a | ‘i É WWF. IB: - APN Cr E N 17 > E DE ENT: - LON ITA: | > | ~ <_<) EE - CI ADSL, EN || a > A N D) = Oo ALY : . EC x & A | À Ne = . "e ‘ “ ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL DO RIO DE JANEIRO Nunquam aliud natura, aliud sapientia dicit. J. 14. 321. In silvis academi quærere rerum, Quamquam Socraticis madet sermonibus H VOLUME XVI Officinas Typographicas DA PAPELARIA MACEDO Rio DE JANEIRO 1911 ho. te) NRErIVOS DO MUSEU NACIONAL DO RIO DE JANEIRO Nunquam aliud natura, aliud sepientia dicit. J. 14. 321. In silvis academi quærere rerum, Quamquam Socraticis madet sermonibus H VOLUME XVI Officinas Typographicas DA PAPELARIA MACEDO Rio DE JANEIRO 1911 QUADRO DO PESSOAL DO MUSEU NACIONAL DO RIO DE JANEIRO DIRECTOR João Baptista de Lacerda, Dr. Meo. PESSOAL TECHNICO SECÇÕES 1.º — Zoologia Professor — Hermillo Bourguy Macedo de Men- donça, Dr. Sci. Physicas Nat. Eng. Civil. Substituto — Alipio de Miranda Ribeiro. Naturalista Eduardo Teixeira de Siqueira. Preparador de Taxidermia — Severino Brandão — Cand. Med. Preparador de Taxidermia — Armando Fragoso — Cand. Dir. Preparador de Osteologia— Antero Martins Fer- reira. Praticante, Jonas Peixoto. > Pedro Pinto Peixoto Velho. 2.º Botanica Professor — Amaro Ferreira das Neves Armond, Dr. Med. Substituto—Alberto José de Sampaio-Cand. Med. Nuturalista — julio Cesar Diogo — Pharm. Chefe de Culturas — Philippe Von Luetzelburg — Dr. Phil. Preparador — Alexandre M. de Mello Mattos. 3.º Mineralogia e Geologia Professor — Hildebrando Teixeira Mendes — Eng. de Minas. Substituto — Alberto Betim Paes Leme — Eng. de Minas. Chimico — Alfredo Antonio de Andrade — Dr. Med. Preparador de Mineralogia — Oscar Publio de Mello — Dr. Med. Preparador de Mineralogia — (Chimica Mineral) — Raymundo de Souza Teixeira Mendes — Can. Med. 4.2 Anthropologia, Ethnologia e Archeologia Professor — Domingos Sergio de Carvalho — Eng. agronomo (Ausente em commissão). Substituto — Edgard Roquette Pinto — Dr. Med. » Internio— Carlos da Silva Loureiro — Dr. Med. Preparador — Octavio da Silva Jorge. Annexo äs 4 secgöes Desenhista Calligrapho— Francisco Mana. Laboratorio DE CHIMICA VEGETAL Chefe — Julio Lohmann — Dr. Phil. Assistente — Felix Guimaräes — Pharm. Ajudante Preparador — Manoel Baptista Leoni — Pharm. DE ENTOMOLOGIA Chefe — Carlos Moreira. Ajudante Preparador — Luiz Augusto de Aze- vedo Marques. DE PHYTOPATOLOGIA Chefe — Arsene Puttemanns Dr. Phil. Assistente — Eugenio dos Santos Rangel — Eng. agron. PESSOAL ADMINISTRATIVO SECRETARIA Secretario—Manoel Soares de Carvalho Peixoto. Ra ITE emi onic Fernandes de Medeiros Bl. Dir. BIBLIOTHECA Bibliotheca — Balthazar de Abreu Sodré (Cel.) Ajudante — Mario Gomes de Araujo. PORTARIA Porteiro — Antonio Alves Ribeiro Catalão. Continuo-Ajudante de Porteiro — Pedro Prima- vera Filho. Correio — Joao Pinto dos Reis. DIARISTAS 2 Guardas, 12 Serventes e 20 Jardineiros. ARCHIVOS . DO MUSEU NACIONAL DO RIO DE JANEIRO SUMMARIO ALıpıo DE MIRANDA RIBEIRO — Fauna Brasiliense — Peixes - T. IV— Eleutherobranchios Aspirophoros — Parte A — Physostomos Scleracanthos. ee OVA BRASILIENSE eal | PS SS POR Alipio de Miranda Ribeiro IV (A) | Elentherobranchios Aspirophoros) RESENHA HISTORICA SUMMARIO DO TOMO IV (A) Resenha historica. Eleutherobranchios (Aspirophoros). Bibliographia e Indice. RESENHA HISTORICA Postos 4 margem os autores pre-Linneanos, —abre Linneo a lista dos peixes que constituem esta parte do IV tomo, com as seguintes especies : 1 Loricaria plecostomus (Plecostomus plecostomus). » cataphracta. 3 Callichthys tamoata seu Silurus callichthys (Callichthys callichthys). 4 Silurus carinatus (Mormiroides carinatus). 5 » cataphractus (Doras cataphractus). 6 >» costatus (Doras costatus). 7 » clarias (Pimelodus clarias). 8 » fasciatus (Pseudoplastystoma fasciatum). 9 » bagre (Felichthys bagre). 10 » galeatus (Trachycorystes galeatus ) . 11 » platystacus (Platystacus aspredo). Tudo isso enumerado no Museu do Principe Adolpho Frederico ou nas duas edições do Systema Nature (X e XII)—1758 e 1766. Seguio-se-lhe Marc Elieser Bloch (1794) —o autor da interminavel “Ichthyologia Exotica” com : 1 Loricaria maculata. 2 Cataphractus punctactus (Corydoras punctatus ) . 3 Silurus hersbergi ( Tachysurus hersbergi). 4 » nodosus (Pseudauchenipterus nodosus). 5 Platystacus cotylephorus. 6 » verrucosus (Bunocephalus verrucosus) ; a que Schnei- der juntou mais : 1 Sorubim lima. 2 Silurus hemiliopterus ( Phractocephalus hemiliopterus), (Syst. Ich- thyol 1881), emquanto Lacépede, na sua Hist. Naturelle des Poissons 1803, só trazia : 1 Pimelodus barbus ( Tachysurus barbus), de novo. Em 1814 Mitchill descrevendo : 1 Silurus marinus (Felichthys marinus) entrava na lista dos ichthyo- logistas que trataram da fauna sul-americana (Trans. Litt. & Philos. Soc. INES York IE 8 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL Tres annos mais tarde Humboldt e Valenciennes, o futuro e grande au- xiliar de Cuvier, determinavam nas Observações Zoologicas (N): 1 Doras niger ( Oxydoras niger). 2 » dorsalis. » granulosus. Trichomycterus nigricans. imelodus zungaro (Pseudopimelodus zungaro). P essas especies addieionou Lichtenstein : Pimelodus macropterus (Callophysus macropterus). » filamentosus (Brachyplatystoma filamentosum). Silurus cœcutiens (Cetopsis cæcutiens). O primeiro conhecido entre nós como Pirinampú-Amarello, o segundo como Pirahyba e o terceiro como Candirú.(Wiedemann's Zool. Mag. I--1819). Uma outra forma ahi foi descripta por Lichtenstein, a qual, porém, não incluimos no presente trabalho, por ser considerada duvidosa a procedencia assignada como brasileira. Trata-se de um peixe ( Paradyplomystes coruscans.) de 75 cm. de com- primento, existente nas colleccöes do Museu de Berlim,o qual tem por cara- cteristicos a presença unica dos barbilhöes maxillares que são chatos, os olhos no angulo da bocca, a dorsal com 8 raios e a anal com 13, sendo a caudal furcada e o processo occipital carenado e unido á placa predorsal. Em 1824 Quoy e Gaymard, medicos de bordo das corvetas Uranie e Phy- sicienne, que haviam passado pelo Brasil poucos annos antes, descreviam: 1 Pimelodus quelen (Rhamdia quelen). 2 Callichthys barbatus (Corydoras barbatus) na parte zoologica da re- lação dessa viagem. Em 1828 couberam á Hancock, 1 Hypostomus multiradiatus (Pterygoplichthys multiradiatus), 2 Cailichthys littorale (Hoplosternum littorale). «Zool. Journ. IV» começando então um novo periodo, onde o maiornu- mero de naturalistas trabalhando, cada um por seu lado, concorre para adi- antar a passos largos, o conhecimento dos peixes brasileiros,com trabalhos especiaes. Assim em 1829, Luiz Agassiz, que tão bons serviços havia de prestar mais tarde, colleccionando elle proprio nas nossas aguas, estudou os peixes levados para o Museu de Munich por João Baptista de Spix, publicando o seu trabalho juntamente com as notas e estampas executadas por este ultimo, em complemento da obra geral e a primeira de grande valor sobre a Natu- reza do Brasil—/fer brasiliensis de Spix e Martius. No grupo que nos occupa agora, encontramos ahi : 1 Aypostoma etentaculatum (Pterygoplichthys etentaculatum). 2 Acanthicus hystrix. 3 4 5 A 1 2 3 A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 3 Rhinelepis aspera. 4 Loricaria rostrata. 5 Pimelodus pirinampus ( Pirinampus pirinampus). 6 Platystoma planiceps (Surubimichthys planiceps). 7 » coruscans (Pseudoplatystoma coruscans). 8 Pimelodus spixii (Tachysurus spixü). 9 Silurus candiru (Hemiceptosis candiru). 10 Hypophthalmus nuchalis (Auchenipterus nuchalis). Nas «Mem. of the Werner Soc. Vl», sahio 4 luz outro Tachysurus descripto por Trail, sob o nome de 1 Silurus parkeri. Mas o primeiro grande impulso dado a este grupo foi produzido pela publicacäo do XIV (1839) e do XV (1840) volumes de «Histoire Nat. des Poissons», de Cuvier & Valenciennes. Eram os resultados, especialmente, des esforços de Lalande, por elles mandado a colleccionar no Brasil: 1 Hypostomus cirrhosus (Ancistrus cirrhosus). » granosus (Neoplecostomus granosus). Plecostomus emarginatus. » verres. » commersoni. Rhinelepis hystrix ( Pseudacanthicus hystrix). > genibarbis. Loricaria acuta. » anus. » lœviuscula » vetula. » nudiventris. Callichthys thoracatus ( Hoplosternum thoracatum). Doras hancockii. Pimelodus mustelinus (Heptapterus mustelinus ) . Conorhynchus conirostris. Pimelodus raninus. » » 6378 gracilis (Rhamdia gracilis.) sapo Ge sapo). iii (3 > hilarit). seben 0 > sebæ). ati. p Platystoma emarginatum (Duopalatinus emarginatus). vaillanti (Brachyplatystoma vaillanti). platyrhynchum (Hemisorubim platyrhynchus). 10 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL 26 Bagrus proops (Tachysurus proops). 27 Arius grandicassis ( » grandicassis). 28 >» luniscutis ( » luniscutis). 29 Bagrus albicans ( » albicans). 30 Arius rugispinis ( » rugispinis). 31 Bagrus genidens (Genidens genidens). 32 Ageneiosus brevifilis (Pseudageneiosus brevifilis). 33 Auchenipterus trachycorystes (Trachycorystes trachycorystes'. 34 Tracheliopterus coriaceus. Säo as novidades publicadas; e emquanto Jenys descrevia Pimelodus exudans (Rhamdia exudans) colligida por Darwin durante a excursäo do Beagle (Zool. Beagle, 1842) e Schomburgk, nos seus «Fishes of the British Guiana» (1842) | Pimelodus notatus (Rhamdia notata) 2 » insignis ( » insignis), 3 Pimelodus arekaima, 4 Hypophthalmus dawalla (Ageneiosus dawalla) e poucas outras especies que ficaram incluidas no numero das duvidosas, os dous eminentes naturalistas francezes augmentavam ainda a sua já extensa lista com 35. Wandelia cirrhosa, (XVIII - 1845), havendo tambem mostrado que Temmink se inscrevera entre os ichihyologistas com 36 Aspredo tibicen. Não houve pausa após o esforço de Cuvier & Valenciennes; Müller & Troschel, Filippi, Rudolph Kner e Francisco de Castelnau tomaram a palavra. Os primeiros, ora esquadrinhando as collecções de Schomburgk ( Reise in British Guiana— 1848), ora outras, descrevem aqui 1 Pimelodus foina (Rhamdia foina , 2 » egues, e nas «Horas Ichthyologicas» (1849, 3 Pimelodus lateristriga (Rhamdia lateristriga’. 4 Bagrus pictus (Sciades pictus). O segundo descreveu Auchenipterus heckelii (Rev. & Mag. Zool. 1853). Castelnau, ao contrario, teve a rara felecidade de aproveitar o material proprio, colhido pelas suas proprias mäos nos mares e nos rios d’esta grande terra por onde elle viajou, aproveitando a sua qualidade de consul francez ; e publicou os seus resultados na segunda obra de valor sobre a fauna brasi- leira, bellamente illustrada com estampas coloridas «Animaux Nouveaux ou Rares de ’Amerique du Sud» 1855. D’ahi auferimos: 1 Plecostomus alatus. A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 11 2 Hypostomus niveatus (Hemiancistrus niveatus). 3 » aurantiacus (Parancistrus aurantiacus). 4 » spinosus (Pseudacanthicus spinosus). 5 Callichthys splendens (Corydoras splendens). 6 Doras wédellii. 7 Trichomycterus punctatissimus. 8 Vandellia plasai. 9 Trichomycterus pusillus (Pareiodon pusillus). 10 Galeichthys araguayensis (Platynematichthys araguayensis). 11 Bagrus russeauxi (Brachyplatystoma resseauxi.) 12 Ageneiosus ucayalensis. Mas Kner dispunha de todo o material resultante das excursöes de Jo- hannes Natterer, até hoje näo excedido como colleccionador de animaes da nossa fauna. 1 Aypostomus auroguttalus (Plecostomus auroguttatus). 2 Ancistrus scaphyrrhynchus (Hemiancistrus scaphyrrhynchus). 3 » pictus. 4 Hypostomum cochliodon (Panaque cochliodon). 5 Ancistrus gibbiceps (Pterygoplichthys gibbiceps). » litturatus ( » litturatus). Acestra oxyrhyncha (Farlowella oxyrhyncha). Loricaria barbata (Sturisoma barbatum). Hemiodon acipenserinus (Hemiodontichthys acipenserinus). » depressus ( » depressus). » platycephalus (Pseudohemiodon platy cephalus). 12 Loricaria nudirostris. — © © © J © — — 13 nal. 14 » macrodon. 15 Doras stenopeltis (Hemidoras stenopeltis). 167 = brevis, ( » brevis). DE panctatusy ( » punctatus). 18 » fimbriatus ( » fimbriatus). 19 » humeralis ( » humeralis). 20 » Zlipophthalmus (Hassar lipophthalmus). Di ajinıs: 22 » asterifrons). 23 » heckelir. 24 Pareiodon microps. 25 Pimelodus breviceps (Rhamdia Breviceps). 26 » ornatus. 27 Bagrus punctulatus (Platynematichthys punctulatus.) 12 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL 28 Platystoma sturio (Platystomatichtys sturio). 29 Centromochlus aulopygius (Tatia aulopygia). 30 Asterophysus batrachus. 31 Auchenipterus ceratophysus (Trachycorystes ceratophysus\. 32 » thoracatus (Auchenipterichthys). 33 Tracheliopterus teeniatus (Trachelipterichthys tceniatus). 34 Cetopsis gobioides (Pseudocetopsis gobioides). 35 Bunocephalus hypsiurus (Bunocephalichthys hypsiurus.) 36 Ageneiosus quadrifilis (Tetranematichthys quadrifilis). 37 » dentatus Täo importante messe teve publicidade nas valiosas memorias farta- mente illustradas «Die Panserwelse des Hofnaturalien Cabinets zu Wien, I e II Abtheilugen (Denkschrif Akad.Wien, VIe VII 1854); «Ichthyologische Beiträge» I e II— Abtheil. (Sitzungsberichte d. Akad. Wien, XVII e XXVI. Bd. — 1855 e 1858 respectivamente). | A permanencia de Lund na Lagôa Santa, em Minas Geraes, para ali chamara Reinhardt que, näo sömente publicou a descripçäo e curiosa nota sobre Stegophilus insidiosus (Nat. histor. Foren. Vidensk. Meddelelser, 1858) como reuniu farto material do Rio das Velhas e afiluentes, o qual foi estu- dado mais tarde por Lutken. Tambem em 1858, P. van Bleeker, ichthyologista espantosamente acti- vo, virou a sua attenção para os peixes sul-americanos, especialmente co- dificando-os por generos melhor definidos por diagnoses e typos. Não obs- tante a sua acção especial pertencem-lhe as especies : 1 Loricaria typus. 2 Oxydoras kneri; 3 Rhamdia schomburgki ; 4 Bunocephalus gronowit; publicadas nos «Siluroidei-Prodromus I Ichothyol. Archip. Indici»e mais tarde, 1863, no «Conspectus generum Doradinorum» (Nederl. Tydschriff Dierkunde). Chegou a vez do V volume do Catalogue of the Fishes of the British Museum, obra universal, a primeira ichthyologia descriptiva completa, na verdadeira accepção da palavra e que, apesar de terminada em 1870 com o VIII volume, é ainda hoje indispensavel ao ichthyologista. Principalmente baseada nas collecções daquelle Museu, encerrava tambem os resultados dos seus predecessores, na falta de material. Ali, nos «Proceedings of the Zool. Soc. of London», 1860 a 1868 e 1869 e finalmente nos «Annals and Magasin of Nat. History», 4º ser., 10— 1880, vemol-o descrever : 1 Plecostomus wuchereri. 2 Chetostomus oligospilus. 3 Pterygoplichthys punctatus. 4 Acestra gladiola. A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES -13 5 Acestra amazona. 6 Loricaria lanceolata. 7 Stegophilus nemurus. 8 Pimelodus jenynsi (Rhamdia jenynsi. ) 9 » modestus. 10 » platanus. 11 Arius nuchalis (Tachisurus nuchalis). 12 Auchenipterus longimaus. Não nos esqueçamos de Hensel que descreve nos «Archif f. Naturges- chich» 1868: 1 Loricaria cadee. e 2 Callichthys arcifer. numa boa «contribuição ao conhecimento dos vertebrados do sul do Brasil» e de Theodore Gil, o emulo de Günther que em 1870 publicou Sciades marmoratus (Proc. Acad. Nat. Sci. Philad.) O material de Reinhardt só foi publicado nos trabalhos de Lutken, in- titulados «Ichtyohraphische Bibrag», I e II (Videnskab. Meddelelser ; Kjo- benhaven— 1874) e «Velhas Flodens—Fiske» (Videnskab. Selsk.—1875), onde encontramos : 1 Xenomystus gobio (Hemipsilintys gobio). 2 Doras marmoratus 3 Trichomycterus brasiliensis. 4 Pimelodus westermanni (Iheringicythys westermanni). 5 Rhamdia minuta. » microcephala. 7 Pseudorhamdia vittata (Rhamdia vitata). 8 Pimelodus valenciennis. 9 Bagropsis reinhardti Em 1877, Peters descreveu Cketostomus nigrolineatus (Panaque ni- grolineatus), que os Profs. Eigenmann constataram mais tarde no material brasileiro, colligido por Agassiz. Mas desde 1867 que Franz Steindachner, o actual director do Museu de Vienna, trabalhava na nossa fauna qne elle quiz observar de visu, por duas vezes—a primeira durante a celebre excursão ichthyologica realizada por Agassiz, ás expensas de S. V. R. Thayer e a segnnda ha pouco tempo. Uma grande parte do material de Agassiz foi por elle approveitada e sci- entificamente descripta; outras vezes acquisições proprias forneciam-lhe es- pecies novas que ainda hoje continuam a apparecer, principalmente depois da sua ultima viagem. Tinha tambem o material da Natter lhe deu que fazer A mesma academia que recebera os trabalhos de Kner, acolheu os do seu 14 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL eminente discipulo (1), cuja autoridade, em vigor e meticulosidade das suas descripgöes e pelo cuidado com que faz executar bellas estampas, de que as illustra, conquistou uma posigäo culminante entre todos os ichthyologistas que estudam a fauna sul-americana. No grande grupo que ora nos occupa cabe-lhe o record do numero : 1 Xenocara damasceni (Ancistrus). 2 Hemipsilichthys calmoni. 3 Plecostomus wertheimeri. = » vaillanti. 5 » une. 6 Chetostomus vittatus (Ancistrus vittatus ) . 7 » punctatissimus (Parancistrus punctatissimus). 8 Plecostomus angulicauda (Delturus angulicauda). 9 Rhinelepis parahybe. 10 Ofocinclus maculicauda (Parotocinclus maculicauda . 11 » affinis. 12 Hypoptoma carinatum (Oxyropsis carinatus). 13 Harttia loricariformis. 14 Loricaria konopickii. 15 » cubataonis. 16 » parnahybae. 17 Callichthys adspersus (Decapogon adspersum). 18 Corydoras eques. 19 » elegans. 20 » nattereri. 21 » multimaculatus. 22 » Juli. 23 » treitlii. 24 Oxydoras nattereri (Hemidoras nattereri). ZI, un > morei ( » morei). 26 » orestis (Hassar orestis). 27 > affinis ( >» affinis). 28 Rhinodoras amazonum. 29 Wertheimeria maculata. 30 Trichomycterus amazonicus. 31 Stegophilus macrops. 32 » reinhardti. 33 Conorhynchus glaber. (1) Denkschrift e Sitzungsl ericht d. Akad. Wien e Akademische Anzeiger. A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 15 34 Pimelodina flavipinnis. 35 Pseudopimelodus parahybe. 36 Lophiosilurus alexandri ( Pseudopimelodus alexandri ). 37 Pimelodella ignobilis ( Rhamdia ignobilis ). 38 Pimelodus harttii ( Rhamdia hartii ). 39 » brasiliensis (Rhandia brasiliensis ). 40 » wesselü CURE wesselit ). 41 » altipinnis. 42 Pirinampus agassizi (Pimelodus agassizi). 43 Zungaropsis multimaculatus. 44 Platystoma parahybæ (Steindachneria parahybe). 45 » lutkeni (Paulicea lutkeni ) 46 Duopalatinus goeldii 47 Arius grandoculis (Tachysurus grandoculis). 48 Auhenipterus jequitinhonhæ (Pseudauchenipterus jequitinhonhæ). 49 » affinis ( » affinis). 50 Centromochlus intermedius (Tatia intermedia). 51 Auchenipterus striatulus (Trachycorystes striatulus). 52 Bunocephalus bicolor. 53 » Knert. 54 Agneiosus brevis. E. D. Cope, provando que os detalhes da nossa Natureza tambem Ihe mereciam attencäo, publicou nos «Proc. Acad. Sci. Philad». — 1871, e, depois, nos «Proc. of the Amer. Philos. Soc. XV e XXVIIb — 1878 e 1894 : 1 Otocinclus flexilis. 2 Corydoras trilineatus. 3 Doras brachiatus. 4 Epapterus dispilurus. Clement Jobert, cujo nome jä citamos quando nos referimos 4 respira- ção intestinal dos Callichthys, effectuou uma viagem por conta do governo brasileiro ao norte do Brasil. Calderäo, no alto Amazonas, foi o ponto es- colhido para suas pesquizas, d’onde elle trouxe, segundo officio que vimos do entäo Director do Museu, Ladislau Netto, cerca de 5.000 exemplares de peixes, os quaes foram todos enriquecer ainda mais o Museu de Paris, a pretexto de que os referidos peixes não seriam Oz etes se ficassem no museu brasileiro — como deviam. Aquelle museu, foi de resto generoso, nos devolvendo algumas dupli- catas do material estudado (seria pueril esperar que nos devolvessem os typos das especies raras ou novas); os resultados d'esses estudos foram publicados em 1880, no «Bulletin de la Societé Philomatique» 7.º Ser., 16 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL «Synopsis des espèces de Siluridæ recueillies par Mr. le Dr. Jobert à Calderon, Haute Amazone» ; ahi encontramos de novo: 1 Hypoptoma joberfti. 2 Doras calderonensis. Mas nös que assim entregamos aos outros as provas da nossa rique- za, só de 1889 a 1891, vimos approveitadas, em trabalhos de systematica de grande valor, as collecções feitas por Agassiz e hoje depositadas no Museu de Zoologia Comparada de Cambridge, na America do Norte; outra realizada por ordem de D. Pedro II no Rio Grande do Sul, além de duas outras effectuadas por Vinhas, do Xingú e Honorio. de Goyaz, tambem pro- priedade daquelle Museu, graças os esforços de dous naturalistas norte- americanos, cujos nomes permanecerão para sempre brilhantes na zoologia brasileira. São esses naturalistas Carlos H, Eigenmann e Rosa S. Eigenmann; e os seus trabalhos, primeiramente preliminares —- Preliminary Notes of the S. American Nemathognathi» (Proc. of the California Acad. of Science— de S. Francisco, 2º serie, I e II — 1889 1890, depois systematisos — «A Re- vision of the South American Nemathognathi» (Occasional Papers of the California Academ» of Science I—1890) e por fim zoogeographicos «A catalogue of the Fresh-Water—Fishes o South America» (Proc. U.S. Nat. Mus—XIV 1891). O segnndo é a codificação de trabalhos anteriores á sua época e pos- teriores ao volume do celebre catalogo de Günther, além de encerrar tambem, um elevado numero de fórmas novas : 1 Ancistrus stigmaticus. 2 Plecostomus macrops. 3 Delturus parahybe. 4 Microlépidogaster perforatus. 5 Rhinelepis lophophanes (—Microlepidogaster lophophanes). 6 Hisonotus notatus (~Otocinclus notatus). 7 Loricaria brevirostris (=Parasturisoma brevirostris). 8 » phoxocephala. 9 Corydoras hastatus. 10 Doras spinossissimus. 11 Pigydium immaculatum (Trichomycterus immaculaius). 12 Tridens melanops. 13 » brevis. 14 Miuroglanis platycephalus. 15 Stegophilus intermedius. 16 Nemuroglanis lanceolaus. 17 Pimelodina nasus. 18 Pseudopimelodus acanthochira. A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 17 19 Rhamdella eriarcha (—Rhamdia eriarcha). 20 Pimelodella pectinifer -Rhamdia pectinifer). 21 Rhamdia obesa. 22 Pimelodella buckleyi (—Rhamdia eigenmannorum). 23 Rkamdia poeyi. 24 » tenella. 25 Steidacyneria amblyura. 26 » doceana. 27 Tachysurus agassizi. 28 » upsilonophorus. 29 Felichthys flavescens. 30 Trachycorystes porosus. 31 » analis. 32 Bunacephalus scabriceps. 33 Auchenipterus fordicei. 34 Ageneiosus atronasus. E emquanto Perugia descrevia Pferygoplichthys aculeatus e E. L. Hol- mberg Aristomata inexpectatum (—Hypoptoma inexpectatum), Rev- Zool Buenos Aires 1891, Carlos H. Eigenmann continuava na sua faina em col- laboração com os sevs patrícios Norris: (Revista do Museu Paulista, IV— 1900), onde se encontra: 1 Nanogiannis bifaciatus. 2 Imparfinnis piperatus. e Kennedy (Pr. Acad. Nat. Sc. Philad :-1903), onde vemos mais, 1 Corydoras microps. 2 Doras nebulosus; com o nosso patricio Rud. Ihering, (Nota Preliminares do Mus. Paulista, 1907). 1 Microlepidogaster tietensis. 2 Loricaria piracicabe. 3 Rhamdioglanis frenatus. e finalmente com Ward (Fishes of Paraguay) — Ann. Carnegie Museum IV, n. II, 1907 onde foram mais trazidos 4 luz : 1 Dysichthys australe, além de novas informações sobre a distribuição de especies já conhecidas exoticas para o Brasil e que, ahi foram demons- tradas tambem no nosso territorio; taes como Loricaria labialis, L, apelto- gaster e Auchenipterus nigripinnis de Boulenger. Na collaboração de Eigenmann o proprio Rud. Ihering descreveu. 1 Plecostomus (Rhinelepis) microps. | 2 Aspidoras rochai. 3 Heptapterus. multiradiatus. 6378 3 18 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONANL tendo jä em collaboragäo com Tate Regan: 4 Plecostomus tietensis. Emquanto isto, G. Boulenger nos trouxe mais—Annals & Mag. Nat Hist. (77) XV— 1905 : 1 Cheetotusmus bachi (Hemiancistrus bachi) ; 2 Otocinclus nigricauda ; 3 Hypoptoma steidachneri ; 4 Acestra gladius (Farlowella gladius); 5 Loricaria parva ; 6 » latirostris. i » evanst. 8 Oxydoras eigenmanni (—Hemidoras eigenmanni), 9 » trachyparia (— » trachyparia). 10 » trimaculatus = > trimaculatus). 11 » elongatus (= » elongatus ). 12 » bachi (= » bachi). 13 Trychomycterus goeldi. 14 Platystoma joruense (-Brachyplatystoma joruense ) . 15 » platynema (= » platynema). 16 Bunocephalus iheringi. (Proc. Zool. Soc, London— 1891 e 1895. Annals & Mag. of Nat. Hit., 1892 e 1897. Trans. Zool. Soc. London. 1896 e 1898). O seu assistente no Museu Britannico, Tate Regan, publicou nas mes- mas «Trasactions«—1904—uma bella monographia sobre Loricarideos e Argiideos, com magníficas illustrações ; ali encontramos mais 1 Xenocara brevipinnis. 2 Plecostomus garmanni. 3 Octocinclus vittatus. Quanto á nós só temos encontrado e descripto, neste grupo 1 Hemipsilichthys duseni. 2 Plecostomus agna. 3 Kronichthys subteres. 4 Microlepidogaster bourguyi. 5 Octocinclus cephalacanthus. 6 > lecofrenatus. i » obtusus. 8 » gibbosus. 9 Harttia kronei. 10 Loricaria kronei. 11 Hoplosternum schreneri. A. DE MIRANDA RIBEIRO—FAUNA BRASILIENSE—PEIXES 1% 12 Decapogon verissimi. 13 Trichomycterus proops. 14 Heptapterus fissipinnis. 15 Typhlobagrus kronei. 16 Rhamdia transitoria. 17 Rhamdioglanis transfasciatus. Publicados na Lavoura (n. 5, anno XI — 1907); no Kosmos, ns. 1, 1907 e 2, 1908 e aqui. Mudamos para Rhinelepis rudolphi — Plecostomus (Rhinelepis) microps de Rudolph Ihering ; para Rhamdia eigenmanniorum, Rhamdia buckleyi de Eigenmann & Eigenmann e, finalmente, constatamos a existencia de Trichomycterus dispar de Tschudi em as aguas brasileiras. Chegämos ao momento de explicar como consideramos os Physosto- mos — segundo a nossa chave — pag. 122 do tomo I, primeira subdivisão dos Eleutherobranchios aspirophoros. São elles caracterizados pela presença de um ducto que communica a vesícula natatoria — quando esta existe com o cesophago e secundaria- mente vemos que ainda se grupam em duas secções, perfeitamente definidas e cujo caracter externo, palpavel, consiste na presença de denticulações ou aciculos mais ou menos desenvolvidos sobre o aculeo das peitoraes e da dorsal, para uma das secções, emquanto que na outra, este aculeo, quando presente, é sempre liso, spiniforme. O primeiro grupo foi considerado sob o criterio de familia até Giinther, com o nome de Siluridado, muito embora Agassiz já tivesse proposto em 1829 a sua subdivisão em duas familias: Goniodontes (typo Loricaria) e Siluroidei, nas “ Selecta genera et species Piscium Brasiliensium ” Não foi Agassiz o unico a dividir os Siluros ; Bleeker, Cope. e Gill os dividiram segundo caracteres mais ou menos acceitaveis. Este ultimo autor os collocava no seu “Arrangement of the Families of Fishes”, sob o titulo de Nemathognathi, em 11 familias. Excluindo as for- mas exoticas, tinhamos a considerar : HFlypophthalmide, Trichomycteridae, Siluridae, Callichthyide, Lorica- rüde e Aspredinide ( Bunocephalide ). Assim, os que consideraram o conjuncto geral e semelhança estricta que ha entre as formas desse grupo o deixaram unidos, ao passo que os que entraram numa analyse mais rigorosa o subdividiram ; e entre uns e outros preferimos acompanhar os segundos, porque a mesma homogeneidade de conjuncto existe entre os Epitremati e nem por isso elles foram menos sub- divididos pela generalidade dos autores. 20 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL E acresce que o espirito conservador dos autores inglezes jä os admitte subdivididos geralmente em tres familias (empregando este termo): Siluride, Asprediniade, Loricariide (Geo Boulenger e Tate R gan). Mas Giinther mesmo fôra mais longe. Elle reconhecera oito sub-familias o que já é alguma cousa, se considerarmos a relatividade dos nossos conhe- cimentos sobre os limites onde acabam as familias e começam as sub-fami- lias. Tanto vale, pois, grupar em a para subdividir em 6; será além disso sempre de vantagem eliminar um gräo, quando possivel för, para melhor concisão. Gill chamára aos Silurido de Günther Nemathognethi—o que quer di- zer «portador de fitas (barbilhões) nas maxillas». Não acceitamos essa de- signação, porque os barbilhões não são exclusivos desse grupo; encontra- mol-os nos Cobitidæ e até os Characinideos, de facies tão frisante, posuem formas providas desses orgãos. Ao contrario, só elles, em todo o vasto grupo dos peixes vivos, pos-. suem os aculeos da dorsal e das peitoraes aciculados ou providos de denti- culações dispostas em sentido opposto, quaes as de uma serra nos seus bordos externo e interno, bastantes por si só para fazel-os reconhecer; por isso os denominamos : Scleracanthi, dividido em 11 familias (explicados na parte especial) e em opposição aos Leiacanthi, que encerram todas as demais formas dos Physostomi. ELEUTHEROBRANCHIOS ASPIROPHOROS ELEUTHEROBRANCHII ' Aspirophori ? Peixes de forma variavel e tamanho moderado (quando muito attin- gindo a seis metros), com esqueleto osseo, o craneo articulado e provido de processos operculares perfeitamente diiferenciados. Branchias completamente livres das paredes lateraes do corpo, situadas na parte infero-posterior do craneo, dentro de uma cavidade commum, que se abre para föra por uma unica abertura de cada lado. Vesicula natatoria presente ou ausente; syste- ma vascular desenvolvido, sendo o coração provido de uma auricula em que termina um sinus vascular, de um ventrículo, de um bulbo aortico. Tubo di- gestivo desprovido de valvula espiral; orgãos genitaes poucas vezes exter- namente diferenciados. Nadadeiras geralmente raiadas, ás vezes mixtas (sendo uma adiposa); caudal diphicerca. Oviparos na maioria dos casos e mais raramente viviparos. Dividem-se em com a vesicula natatoria aberta, communicando-se com o exterionipeloRosophago Bis boss Gees 3 8 Oo ons : Physosthomi. com a vesicula natatoria fechada, sem communicação pelo @sophagso, para orexterion een > ugk andor Physoclisti. .Aspiraphoros. . . Te Physosthomi ° Aspirophoros, cuja forma se prende ao typos do fuso superiormente comprimido ou cylindro-conico e não attingem, no maximo a tres metros de comprimento. Tegumento externo nú ou provido de escamas placoides ou mesmo cycloides. Linha lateral nem sempre apparente. Nadadeiras nem sempre todas presentes; ás vezes quando a dorsal é dupla a posterior é adi- posa. Dorsal, peitoraes e ventraes, na regra, com o primeiro raio não rami- ficado. Vesicula natatoria aberta para o exterior por meio de um ducto mem- branoso, que se liga á parede superior do cesophago ; ás vezes, ella é envol- 1 Eleuterobranchii (Gr.); de Eleuteros—livre; branchia=branchias, guelras. 2 Aspirophori (Gr.); de A (privativo) não; spirophori=portador de (valvula) spiral (nos intestinos). a 3 Physostomi (Gr.); de Physe—bexiga, vesicula; stoma=bocca, abertura. 24 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL vida expansäo das apophyses lateraes das primeiras vertebras anteriores Intestino de extencäo variavel. Dividem-se em com a 1.º dorsal e as peitoraes providas de um aculeo aci- x Pp | CiladovoulsermlhadO = «is = o once ce Scleracanthi. hysostomos. . . . : : no com a 1.2 dorsal e as peitoraes, providas de um aculeo,nao 4 : SELUIA TO De are sel reuee Le lee Re emtemae Leiacanthi. Scleracanthi ! Peixes fusiformes, superiormente comprimidos, tendo os ossos do cra- neo geralmente revestidos de um tegumento cutaneo ou, quando expostos, geralmente granulosos, com os parietaes coniluentes com os supra occipitaes, post-occipital quasi sempre emittindo um proccesso posterior. Mais ou me- nos desenvolvido que se dirige ä base das dorsaes, vetebras anteriores re- unidas,transformando-se os seus proccessos em uma serie de peças especiaes — os ossiculos de Weber—no ducto de communicagäo dos orgãos do ouvi- do com a vesicula natatoria. Simplectico raramente presente, intermaxillares grandes e correspondentes aos mandibulares na constituição das maxillas (raras vezes tambem os maxillares). Cobertura das guelras presente, incom- pleta pela falta do sub-operculum e, ás vezes förtemente armada de aciculos. Cintura escapular muito desenvolvida, ás vezes exposta, com o processo coracoide ás vezes enormemente desenvolvido ou externo, recobrindo o tho- rax; corpo protegido por uma couraça de placas largas, aciculadas e mal imbricadas umas sobre as outras ou afastadas, dispostas sm series longitu- dinaes, ou inteiramente nú. Geralmente duas dorsaes, de posição variavel; quando armadas portadoras de um unico aculeo anterior ás nadadeiras, o da primeira quasi sempre articulado ä um fulcrum e tendo uma placa basilar mais ou menos ampla a placa predorsal; a segunda é sempre uma adiposa embora ás vezes tambem aculeada. Peitoraes e ventraes com um aculeo; o destas ultimas quasi sempre fraco e flexivel; caudal em certos casos tendo os raios externos differencia- dos em aculeos flexíveis, ás vezes se prolongando em filamento. Dentes geralmente villiformes, ás vezes ausentes; estomago syphonico como nos Desmobranchios ou ccecal; tubo intestinal normal ou muitas ve- zes mais longo do que o comprimeuto do corpo. Ovarios geralmente moderados; ovos géralmente muito volumosos. No auge do seu desenvolvimento, sobre tudo na agua doce, existem no mun- do inteiro exceptuada a Australia. nt: A seguinte chave mostra em quantas familias e de que mode conside- ramos os Sceleranthi brasileiros : 1 Gr. Lat. Scleros = aspero ; acantha — espinho (dos peitoraes e da dorsal). 25 eprupeyyydodáW XPISOUIIY ®pHojdiuoyony æpreydasoung wpisdojag epiyskiorkyovs 2punyig PDIIjÁ ON A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES æpIpe10q eprÄupne) Pleo 7 "SOWLIOHPISI ‘sosuo] ‘soso1sumu soysey “leingıpuew asXyduids p 97e opuepaloıd as sexjans Sep seinjiaqe | Sajuasaid aıduas sopjuaw so “SOLIPIS SIA SaOurIqieq Jour 0]n919do | | SEUIAJX9 >seasso SEI -ejd ap opiA -o1dsap od107 ~* "epdI990 ossasoïd ov SOIEIIIXEUIOJUI SOP Ej19ge ejjaurjuog SIEWIOU S01} -se1 ‘1ejngıpueu asAydwis Pp 2e opuepaloıd as eounu sei -[on3 sep einjsaqe Tt ss opps -oJAyue odio) ‘EPIAJOAU9SAP 2JUoueuouur Tejndeoso eınyuy\ SOPIAJOAUasap 21du9s saouIqreg » Saetoylad sep > "rer por À 259 P saronayur odioo ‘jeurou Jeindessa einjur sepıznpaI sap -Iydueig seinyuage Tegtdio -90 0SS9901d op aseq P Seurieu Sep E}19q8 ojinur opuenb ejjauejuog © © * *saeiojiad sep aseq p saronadns rt saeunou ‘sepdue soenpouerq seinjiaqe | ‘sajuasaid aJuawpe1ad savseu S20ur1q1eq ‘0d109 op ormu op q S98IJU9A SP 1011aJS0d Jessop *Sojnope ap SoprAoïd ons1adoaıd a ojnoso | a pe onen zo Sumopmdun ossa901d mod à Jerayey BUU] E 21q0S ‘eusa}xa souau no sıeu leurpny}3uo] eme Bun opuciuios | S9BUIPn}ISUO] sali9s senp wa \ : : oueipau au AR a On DE OO LOS Da O Goa * SEUIDJXo seasso seed ap opraoïd odıoy -Jojngun osso -01d was soauey “SO aIgos sep -INQUISIp à spd S2BUIPN}ISUO] Sar19S OdUID ap 2129 wa )-pinod opueutsoy 6378 26 _ ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL LORICARIIDÆ ! Corpo protegido por escamas placoides distribuidas em series longitu- dinaes e imbricadas mais ou menos estreitamente umas sobres as outras, deixando ás vezes a superficie abdominal nua.A cabeça obedece ao typo vo- meriforme, sendo a bocca, sempre inferior, constituida por intermaxillares mais ou menos livres, entre si e mandibulares sempre livres, providos am- bos de uma ou duas séries de dentes delgados, sinuosos, de corôa bifida ou rhomba, e que se roproduzem de dentro para fora desses ossos e se subs- tituem á medida que vão sendo desligados, justamente do mesmo modo que nos tubaröes. Em torno do hiatus se desenvolvem os labios em duas partes das quaes a posterior é muito mais ampla e provida ou não, na face infe- rior, de tuberculos de forma variavel. Do angulo e da espessura d'esses labios sahe um par de barbilhões geralmente muito pouco desenvolvidos. A bocca, assim constituida, é positivamente em forma de ventosa ; e empregada como tal, justamente como fazem as lampreias. Os maxillares são muito reduzidos não sendo percept veis externamente e sim envolvidos nos musculos do labio superior. As narinas são duplas, sempre superiores e ficam reunidas em uma fossa commum, entre os olhos e mais perto destes que da ponta do focinho; ellas são valvulares sendo que a valva da anterior obtura a posterior. Os olhos são superiores ou lateraes, circulares, emittindo commummente a iris um processo do meio da orla superior que, pode se dilatar, até emprestar á pupila a forma de um crescente, tal qual se observa nas rayas e que, natu- ralmente, serve de abat-jour para impedir a entrada dos raios verticaes de luz e, portanto, a offuscação da vista á esses peixes de fundo. Contorno do occipital quasi sempre aproximando-se da forma hexago- nal, tendo, porem, uma proeminencia posterior que pode tomar o desenvol- vimento de um proccesso e ser, ás vezes, carenados ; elle se une aos tem- poraes que são grandes, ás vezes carenados como o occipital,ás vezes, atra- vessados por foramens que podem tomar dimensões relativamente con- sideraveis. Abertura opercular mediocre, mais inferior do que lateral; o apparelho opercular so tem o operculo e o preoperculo e o interoperculo, faltando o sub-operculo ; o inter-operculo ás vezes forma um facho accessorio de ponta curva para diante, revestido de uma bainha cutanea e erecteis, á vontade do peixe e de funcção desconhecida. 1 Loricaria, genero typico ; eidos — semelhante. u = an A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 27 Nota-se tambem um rudimento de branchiostegio. Cintura escapular grande, fórte ás vezes sub-cutanea, ás vezes externa, larga. Tres ou mais placas sobre a região nucal. Dorsal com 1+6 4 14 raios. O aculeo é sempre flexivel, terete; ella fica sobre as ventraes. Adiposa ás vezes ausente, ds vezes vestigiaria, sem- pre posterior á anal quando reclinada. Peitoraes providas de um aculeo forte, mais ou menos fortemente aci- culado no lado superior o que, nesta familia,é característico e levado ao ex- tremo. Ventraes com o aculeo terete, denso e curtamente aciculado, flexivel, mais ou menos attingido a anal que, nunca attinge à grandes proporções e tende a desapparecer. Caudal sempre mais ou menos lunada ou truncada, vertical ou obliquamente se alongam de modo descommunal, transforman- do-se quasi sempre o superior em um filamento que pode attingir o com- primento do corpo. No esqueleto da cabeça falta o symplectico.As vertebras têm as apo- physes largas e lamellares, ás vezes bifurcadas. As costellas são erraticas, as parapophyses tambem faltam. Estomago coecal, grandemente extensivel ; intestino muito longe, com muitas circumvoluções, muitas vezes mais longo do que o corpo; nos que tem mais de uma série de placas nos lados do pe- dunculo, geralmente reduzido, egualando ao comprimento do corpo. Vesicula natatoria adaptada á face interna dos temporaes, reduzida. Os peixes desta familia são todos fluviaes e sul-americanos. No Bra- sil elles são encontrados de norte á sul de éste a véste. Vivem no fundo dos rios e lagos, parecendo serem sociavies. São geralmente nocturnos. Alguns delles emittem um som particular que se deixa perceber de fora da agua. São de Castelnau as seguintes palavras: «Estavanıos, uma tarde, na parte do Araguaya que é obstruida pelos baixios e corredeiras e o sol acabava de se occultar por detraz da espessa vegetação que margeia esse rio em todo o seu curso, quando de repente, um som estranho veio at- trahir a nossa attenção. Foi primeiro um queixume solitario, depois outras vozes lhe responderam ; á cada instante o ruido se tornava mais forte e dis- cordante ; em pouco tempo tornou-se um concerto singular de gemidos, de grunhidos bizarros, articulados nos tons os mais disparatados. Tudo era calmo em torno de nós e o suffocante calor parecia ter adormecido a natu- reza inteira; os macacos, fatigados, tinham cessado de pular pelos ramos; os periquitos já se haviam retirado para a noite e interrompido a sua alga- zarra discordante, em uma palavra, este momento da tarde dos tropicos em que as creaturas diurnas terminam o alarido da sua voz e em que ainda não começou o concerto sinistro dos animaes nocturnos. Nada eu podia descobrir e, 4 meu pezar, meio adormecido, uma especie de calefrio percorria o meu ser ; julguei-me sob um pesadêlo e meus olhos 28 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL se dirigiram aos homens da minha equipagem ; mas eu os vi que se entreo- lhavam possuidos como eu, de uma especie de terror supersticioso. Só um velho, mas habituado 4 vida dos bosques, parecia rir do pavor geral ; depois elle apontou o rio e disse que o som vinha do fundo das aguas. Custei a admittir tal explicação ; mas, poucas horas depois, elle me trouxe um pequeno Hypostomo, de algumas pollegadas de comprimento e cujos numerosos rebanhos, povoando os baixios, eram a causa deste extraor- dinario vozerio.» Na clave junta teremos os E ee a : = a; te A e 3 U UNA BRASILIENSE—PEIXES Pedunculo geral- mente comprimido com mais de uma “Série de placas nos lados Pedunculo fortemen- — te deprimido, com uma unica série de placas lateraes. ggg diposa presente Bordo rostral a anterior desprovido / Pedunculo geral- mente comprimido com mais de uma serie de placas nos lados Focinho totalmente nú, no lado superior e nos bordos provido de tentaculos cutaneos DRI ET uma pla- ca da se-. rie inferi- | or sob os /Focinho mais ou menos revestido de tegumento cutaneo, aciculado temporacs / Superficie abdominal com uma placa granulosay quadrangular entre a o cintura escapular e a pelviana. o o D B o | Focinho des- | Dentes com a corôa , provido de‘ bifida tentaculos | cutaneos Interoperculo sem facho Superficie abdominal mais Dorsal isolada da movel de aciculos . ou menos irregularmen- adiposa . D1-|-7 4 te granulosa, a cabeça ap Interoperculo com facho ao anus movel de aciculos . Dorsal ligada a adiposa pela membrana inter- \Foeinho granu- / radial o 6 o loso, revestido de placas os- | Dentes de coröa larga, cochleariforme seas | | je 1-|-8 D 1-|-8 4 14 quinta mediana, entre a dorsal e a adiposa, com tres ou quatro placas for- D1-|-9414 . mando uma carena que precede a ultima o ö . 4 | Viinha mediana, entre a dorsal e a adiposa, normal, sem carena. D. 1 -|- 6; 2 placas da série inferior sob os temporaes placas da série inferior sob o temporal. 1 placa » » » » » . . . . . . D adiposa presente, normal. eneros em- . contrados Bordo rostral infero- em nossas anterior provido de aguas. aciculos curtos e for- de aciculos curtos e fortes, retrovertidos adiposa ausente. tes, retrovertido constante) Orbita desprovida de entalhe posterior. Pedunculo fortemen- te deprimido, com uma unica série de placas lateraes. Orbita provida de um entalhe posterior, Pag. 28 A adiposa ausente ou anormal, q Cabeça | não expandida no sentido lateral, olhos( Dorsal posterior ás ventraes; olhos superiores superiores ou supero-lateraes nunca transe) pondo o perfil superior da cadeça Dorsal anterior ás ventraes; olhos lateraes. (tendo só o aculeo muito delgado e de presença in- À ( Pedunculo comprimido . Cabeça larga fortemente deprimida, olhos la-} tree teraes, transpondo o perfil inferior ( > deprimido \ longo e delgado; corpo aiongado, pentagonal . Focinho projectando-se em rostro recorberto de placas. tanto osupericy | como inferiormente . . 0 a curto e mais espesso, corpo mais espesso . . . . . . + este triangular, vomeritorme, não aeiculado; abdomen revestido de placas. o 5 - o 5 . (ee triangular sem projecção e nua pela face inferior do focinho; semi- circular, finamente aciculado nos DeLee jabdomen mais ou menos nú. Focinho prolongado n’um rostro moderado revestido de placas na parte inferior . o e . . . ö D o o . . o : fee vestiginario . a o ö o 9 o 0 en Focinho vomeriforme, näo prolongado em rostro o 2 Ventalhe desenvolvido. . + + + + + nn + © Ancistrus Hemipsilichthys Neoplecostomus Plecostomus Hemiancistrus Parancistrus Panaque Pseudacanthicus Delturus Pterygoplichthys Kronichthys Acanthicus Rhinelepis Parotocinclus Microlepidogaster Otocinclus Hypoptoma Oxyropsis Farlowella Sturisoma Parasturisoma Harttia Hemiodontichthys Pseudohemiodon Loricaria A. DE MIRANDA RIBEIRO—FAUNA BRASILIENSE—PEIXES 29 Ancistrus,' Kner. Denkschrift Akad. Wien, VII, 272-1840 Corpo deprimindo-se para a parte cephalica, cujo contorno transverso superior € semi-circular e inferior recto. Escudos quando muito estriados, nunca providos de carênas. Bocca tendo labios espessos, granulosos na face inferior, o posterior redondo, e ambos de bordo inteiro. Barbiihões curtos Focinho desprovido de placas, porém, ornados de tentaculos carnudos, ás vezes Y-formes que se distribuem pelo seu borbo e pela linha mediana, até perto das narinas. Estas como os olhos, superiores. Olhos de orbita perfei- tamente circular. Interoperculo provido de um facho de espinhos moveis, de ponta curva para diante e revestidos de uma bainha na maior parte de sua extensão ; região sub-ocular com as placas moveis. Lado ventral, do focinho ate.a nadadeira anal, inteiramente nú. Dorsal com 1 + 7 ou nove raios so- bre as ventraes; adiposa posterior ao extremo da anal quando reclinada ; esta 1 +3 4 4; caudal truncada mais ou menos obliquamente.Os Eigenmann dizem; «Todas as especies deste genero são muitissimo semelhantes e seria uma repetição de palavras descrevel-as plenamente, etc.» Nos parece tra- tar-se de poucas especies extremamente variaveis, dahi a grande semelhança das numerosas especies descriptas. Peitoraes só attingin-( A. 1 +4 . . A. brevipinnis Espinhos do interoper-} do a base das ven- 4 Especies consta- culo em numero me-, traes A.1+3.. A. damasceni tadas nos nos-/ Mor do que 20 (ee attingindo o meio ou pas- | sos rios. sando o meio do aculeo ventral . A. cirrhosus | Espinhos do interopereulo 20 ou mais . . . . . = . A. stigmaticus 52—Ancistrus brevipinnis, ? Regan. DIE N TUE. 23% 26). «Altura do corpo aproximadamente 6 vezes no comprimento, compri- mento da cabeça 2 e ?, 4 3. Cabeça do comprimento ou um pouco mais longa do qne larga e 2 á 2 e '/, tão longa quanto alta. Diametro ocular 6.4 7 no comprimento da cabeça,espaço interorbital 2e*/;, á 2 e */, comprimento do 1 Ancistrum (Lat.)—gancho de separar as carnes ; allusão aos aciculos interoperculares. 2 Brevipinnis—(Lat.)—de nadadeiras curtas., «un > ie Di ji = 30 ARCHIVOS DO MUSEU NACIANAL focinho 2.Comprimento do ramo mandibular 1 e ?/, 4 2 'J, no espaço interor- bital, focinho com tentaculos. Interoperculo com 12 á 17 espinhos, o mais longo ?, do comprimento da cabeça. 23 4 26 escudos numa serie longitu- dinal, 6 ou 7 entre a dorsal e a adiposa, 11 ou 12 entre a anal e a caudal. Dorsal 1-7, o primeiro raio 2?,ä°, do comprimento da cabeça; o ul- timo ?,, quando reclinado não attingindo o aculeo da adiposa, que é preces dido de uma carena formada por um unico escudo. Comprimento da base da dorsal egual á sua distancia da parte anterior do espinho da adiposa. Anal 1 +4. Aculeo peitoral projectando-se até a base das ventraes ou um pouco adeante. Caudal obliquamente truncada, o raio mais baixo */,4 “J; no com- primento da cabeça. Pedunculo caudal de altura 2e' ,ä2e ‘7, no compri- mento. Olivaceo, nadadeiras manchadas de escuro.» (Regan). Rio Graude do Sul. Rio de Janeiro (Theresopolis). 53—Ancistrus damasceni ! (Steind.) D. 14-7; A. 1-35 L. lat. 23 42. «Dentre os numeros exemplares (até 73 mm. de comprimento) só 4 ex- emplares de 40 a 57 mm. (4 4?) mostram 2 pequenos tentaculos no meio da longa orla núa e anterior do focinho e, lateralmente á estes, um dos ex- emplares tem ainda um terceiro tentaculo delgado. Em todos os dem is, o focinho e os lapos da cabeça, adeante da cobertura opercular, são total- mente desprovidos de tentaculos como Xenocara (Ancistrus) lutifrons e X (A) gymnorhynchus. Em todos os exemplares, a anal contem apenas 1 + 3 raios. Cabeça 2 e °/, á 2 e !|, no comprimento do corpo, largura da mesma um pouco mais de 1 e '/, 4 1 e 'l, comprimento do focinho 1 e */; 4 1 e 2°}; largura da fronte 2e '/;, á pouco mais de 2 e '/,, diametro orbitario 6 á 6 e ’/,, comprimento de um ramo mandibular justamente ou pouco mais de 4 vezes no comprimento da cabeça ou 2 no espaço interorbital. Cerca de 15 aculeos interoperculares. Barbilhões muito curtos. Distancia entre o ultimo raio da dorsal e o da adiposa, nos exemplares de 7 cm. e em poucos dos exemplares moneres, distinctamente mais curta do que o comprimento da base dorsal. Altura da dorsal 1 e'/, 4 1 e 2), comprimento da base da mesma 2 4 1 e */;, comprimento da base das peitoraes I e'/;, á 1 '/, com- primento das ventraes um pouco mais de 1 e'/; a indistinctamente mais 1 e '/,, altura do pendunculo caudal um pouco menor do que 4 à 3 e !), veses no comprimento da cabeça. A ponta da peitoral reclinada passa um pouco a base das ventraes. Aculeo das peitoraes pouco mais robusto do que o da dorsal, francamente curvo. Orla caudal posterior obliquamente. alongada, fracamente concava ; o raio marginal inferior da cauda nos exem- plares menores um pouco mais curtos, nos maiores, porem, mais longa do 1 Um Sr. Damasceno não explicado por Steindackner. A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 3E cinzento claro ou pardo escuro superior e lateralmente reticulado de violaceo escuro mais estreitamente sobre a cabeça. Essas linhas escuras desappare- cem nos exemplares de cerca de 7 cm. de comprimento e produzem total ou parcialmente uma côr violacea cineria que é apenas ás vezes interrompida, na parte superior do tronco, perto da linha dorsal, por algumas manchas mais claras diffusas. Ponta da caudal azul clara. Escudos do tronco não ca- renados, tendo numerosos aciculos dispostos em filas longitudinaes.» (Stein- dachner) Habitat: Victoria, R. Parnahyba — Piauhy. 54—Ancistrus cirrhosus, ' Cuv. vai. Est. 22 fig. 1 ‘ DEI ER 7a 95 Ae To 4- Plat 23 Cabeça 2 e 2); (A 2 e 3/;); no total de contorno rostral elliptico e altura 2 vezes no proprio comprimento ; espaço interorbital largo, contendo a or- bita 3 e '/, vezes 4 3 '/, vezes 0 ramo mandibular; orbita; 6 e '/, 4 8 vezes na cabeça; dentes cerca 50/60 em cada lado da bocca; os superiores são um pouco mais fortes que os inferiores,têm a extremidade (amarelia) dividida e de abertura extrosa, com uma contricção subterminal; labios grossos, circu- lares, granulosos; barbilhão egual a '/, do diametro ocular. Aculeos do in- teroperculo com 10 espinhos mais ou menos. Dorsal originando-se em pouco á frente das ventraes e attingindo a ponta da adiposa com ponta dos ultimos raios. Peitoraes com o aculeo subterete, um pouco curvo para cima, maior que os demais raios e aciculado no bordo externo, attingindo, quando reclinado, o meio do aculeo ventral e quasi igual, em comprimento, ao raio caudal inferior. Ventraes menores, com o aculeo menor que os 4 raios seguintes e egual ao quinto, ellas attingem o terço posterior da. anal que reclinada, occupa 6 anneis. Caudal obliquamente truncada; o raio ex- terno superior egual a '/, do inferior. Pardo uniforme é o individuo que ser- vio á presente descripção. Regan assigna-lhe o colorido pardacento man- chado de mais escuro, para o corpo & nadadeiras, com algumas nodoas es curas. Exemplar descripto 120 mm. Habitat: Amazonas e affluentes. dines Estabelecendo a diagnose de A. dolichopterus, Kner declara que este é tão parecido com A. cirrhosus que bem poderia ser,sómente uma sua varie- dade. Os caracteres principaes em que elle se baseia para a diferenciação das duas especies, são : Dorsal com 8 ou 9 raios e os olhos maiores em 4. dolichopterus do que em A. cirrhosus—dentes 40 4 50 em cada lado das maxillas n’este e 30 a 40 n’aquelle. ' 1 Cirrhosus, cheio de cirros. 32 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL Os Profs. Eigenmann, reconhecendo que todas as especies deste genero são por tal forma parecidas que as sua descripções seriam uma repetição de palavras, entretanto, dão para diagnose de Ancistrus cirrhosus — D. 1+ 7 raramente 1+ 8, olhos 6'),ä 7 na cabeça e para À. dolichopterus que re- unem ä A. temminkü—D. 1 + 8 à 9, (raramente 1 + 7.) Regan baseia principalmente a differencial no comprimento do ramo mandibular, em relação ao espaço interorbital e no numero de raios da dor- sal. Para elle, A. dolichopterus é o unico que possue 1 + 8 4 9 raios e A. temminkii tem o ramo mandibular 3 e '/; 4 4 no espaço interorbital; e A cir- rhosus 2 e 'l, a 2 e °/, no espaço interorbital. Kner teve para descripção treze exemplares de A. cirrhosus e 4 de A. delichopterus ; os Prof. Eigenmann tiveram 18 exemplares de A. cirrhosus e mais de 50 de A. dolichopterus. Regan teve 1 exemplar de A. dolichopterus; 4 de A. temminkii e 8 de A. cirrhosus. Encontramos nas collecções do Museu um unico individuo, determinado por Schreiner como Chetestomus dolichopterus e tendo por procedencia o Estado do Pará, no qual verificamos a D. com 1 + 8 raios, interoperculo com dez aculeos e ramo mandibular 3 '/, vezes no interorbital, sendo os dentes em numero de em cada lado da bocca. Descriminadamente teriamos : A. temminkii A. cirrhosus. A. dolichopterus. DorsalB en o Vogue 1+7el+8 1+7e1+8 1+8 49 OMOSE ERP Te. ee 6 1/2 à 8 6 2/3 4 8 Ig Ramo mandibular... . . . . . 3 e 1/2 à 4 2e 2/3 2 e 3/4 3e1/3 Dentes o EN, ? 40—50 30—40 Ora, duas differenças ressaltam da comparação supra: O raio mandibu- lar 2 e ?), e o numero de dentes. A segunda annulla-se pelo exemplar do Museu - 50 (2 1 + 8; dentes =, donde se conclue que só permanece o indice do ramo mandibular, muito fraco e ainda não provado de valor real. “Nos parece que o estudo da forma dos dentes seria de vantagem para elucidação deste assumpto; comtudo, já Kner diz que os dentes de A. cirrho- sus e A. dolichopterus têm a mesma forma. Convem observar que este autor diz que A. temminkii deve pertencer pouco mais ou menos á diagnose de A. cirrhosus; aquelle «apenas não mos- tra os pontos esbranquiçados» deste. E visto como os Professores Eigen- "USA » "TU “snayewsns SHISIOUY — € ‘ol "EA © “AND “SNSOYAIO SNIJSIOUT — T ‘dl ‘18 NEM 9 OUIQUS ‘dur ‘ypruyos "f “youd “qui “IW ap “y A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 33 mann, examinando mais de 50 exemplares reuniram as duas especies, se verifica que o ramo mandibular varia nellas de 2 e */, à 4. Günther estabeleceu A. hoplogenys dizendo :. «Muito semelhante 4 A. cirrhosus, mas com os espinhos interoperculares mais curtos». Ora, Regan reune a esta especie C. alga, de Cope, cujos espinhos oper- culares são muito maiores do que a orbita; na sua chave Regan dá, ao lado da variação do aculeo dorsal, a orbita da seguinte maneira, como differen- cial de A. femminckü e A. hoplogenys. A. temminckii A. hoplogenys [o taiordaldorsali no 22 22 2/3 à 3/4 na cabeça 3/4 á 5/6 na cabeça OnDitase AE NT ER MAL LR e ce 8 6 e 1/3 Mas na descripção de A. temminckii elle escreve—«Diametro ocular 6 e !, 4 8 vezes na cabeça». Muito de proposito, annotamos o numero de espinhos interoperculares do exemplar do Museu que é o que se encontra em A. temminckii, o que tambem concorreu para nos convencer da identidade de todas estas especies descriptas, visto como n’ellas se verifica uma verdadeira troca de caractéres provando que umas nada mais são que variedades das outras. 55—Ancistrus stigmaticus,! Eigenm. & Eigenm. BARBADINHO Est. 22 fig. 2 DES dA AT ES AA EI lat= 2304624 Cebeça 2e°,ä2e?,, altura '/, do comprimento da cabeça; olhos 2 e*/; a3 e'/, no espaço interorbital, 7 4 10 e !/, vezes no comprimento da ca- beça ; ramo mandibular 1 e 7); 4 2 e “|; no espaço interorbital. Espinhos do interoperculo em numero de 20 4 30. Ultimo raio dorsal tocando o 6.º escudo posterior ä sua base, 7 entre ella e a adiposa. Peitoraes attingindo o meiv das ventraes, estas originando- se sob o 3.º raio dorsal e attingindo ou passando de pouco o meio da anal; caudal obliquamente truncada. Os jovens são denegridos, olivascentes, ma- culados de branco sobre o corpo ; os adultos são pardos (chocolate) com as manchas mais ou menos distinctas ; estas, em um exemplar procedente do Rio Tubarão, Santa Catharina, invadem a nadadeira, deixando interspaços regulares escuros que formam as fachas escuras de A. femminckii. Habitat: Goyaz, S. Paulo (Mogy-Guaçú e Ribeira) Santa, Catharina (Tubarão) e Espirito Santo (S. Matheus). 1 Stigmaticus (Lat.) que tem estigmas, marcas. . 6378 34 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL Hemipsilichthys ', Eigenm. & Eigenm. Pr. Calif. Acad. Sci. 2°, Ser. 2° 46-1890 Corpo um pouco deprimido anteriormente, comprimido na regiäo caudal. Escamas mais ou menos revestidas de pelle ou isoladas entre si, © que se dá especialmente no focinho que, ás vezes, € inteiramente nú; bocca ampla, com os dentes em ordens parallelas, das quaes a posterior,ás vezes, está occulta na gengiva e não é regularmente apparente, como a anterior. Labios grandes, espessos, granulosos ; barbilhão presente ou vestigiario, substituido por uma prega do angulo da bocca. Olhos pequenos, superiores. Margem rostral provida de entumecencias, ás vezes fortemente aciculadas, especialmente nos machos. Dorsal mais ou menos imperceptivelmente ante- rior ás ventraes com 1+7 raios, tendo um espaço circumjacente á base e que se prolonga um pouco por traz da nadadeira, nú ; o mesmo succede á anal, que é grande e tem 1-15 raios. Adiposa presente, bem desenvolvida. Caudal mais ou menos obliqua- mente entalhada em crescente, ‘com os cantos redondos. Superficie ventral, do focinho até a região da anal, mais ou menos totalmente nua ou com uma placa granulosa entre as peitoraes e ventraes. [ Peitoraes e ventraes eguaes, barbilhões presentes . . . . . . H. gobio SUES EOMEERERS Go Er ZEN 9 [focinho provido de cristas late- / raes, cutaneas, aciculadas ; ab- domentni RE H. calmoni Peitoraes muito maiores que as ventraes. é cu... focinho desprovido de cristas la- teraes cutaneas, aciculadas ; abdomen granuloso . . . . H.duseni 56—Hemipsilichthys gobio,” (Lutk.) D.1+7;A.1+5 46;L. lat. 27 a 29. «Altura do corpo 6 no seu comprimento, comprimento da cabeça 3 2 3. Cabeça delargura 1 e '/;e de altura 1e ° |, no proprio comprimento.Diametro ocular 9 vezes no comprimento da cabeça; espaço interorbital 2 e '/,,compri- mento do focinho 1 e '/, vezes.Cabeca sem rugas ou carenas,carenas supraor- 1 (Gr.) Hemi—meio, semi ; psilé-vestes ; ichthys-peixe (peixe semi-nú). 2 Gobio—Gobio, um peixe europeu com o qual Lutken achou ser a especie supra semelhante. A. DE MIRANDA RIBEIRO—FAUNA BRASILIENSE—PEIXES 35: bitaes näo elevadas, espaco interorbital e regiäo occipital chata,com os lados egualmente convexos; focinho largo, redondo, com a margem núa; operculo bem desenvolvido, interopeculo pouco movel, não espinhoso. Em alguns exemplares (machos) os lados da cabeça são tumidos e providos de poucos espinhos curtos. Escudos espinhosos, não carenados, 27 á 29 n’uma linha longitudinal, 5 entre o occipital e a dorsal, 9 entre a dorsal ea adiposa, 13 entre a anal e a caudal. Face inferior núa, a area nua estendendo-se sobre Fig. 44—Hemipsilichthys gobio, seg. Lutken. os escudos inferiores até depois da anal. Machos com uma papilla anal alon-- gada. D. 1+7 ; o primeiro raio egual a °/, do comprimento da cabeça, o ul- timo '/,; comprimento da base da dorsal 1 e */; na sua distancia da adiposa. A 145. Aculeo peitoral curto, mal chegando á base das ventraes ; ventraes do comprimento das peitoraes ; aculeos peitoraes e ventraes grossos, den- samente recobertos de espinhos curtos, que são mais fortes nos machos. Caudal verticalmente truncada ou fracamente emarginada. Pedunculo caudal de comprimento contendo 3 vezes a altura. Olivaceo, nadadeiras maculadas- de escuro. 15 centimetros. Comparando a descripção e figura dadas por Lutken e o unico exemplar existente no Museu Britannico, encaro H. gobio- como o macho e Plecostomus heylandii como a femea de uma e mesma es-- pecie». (Regan). Habitat: Parahyba ; Santos. 36 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL 57 - Hemipsilichthys calmoni,' steina D1-+7:A. 1-+5; L. lat. 27429 Cabeça 3 '/, 43), no comprimento (sem a caudal), largura quasi e al- tura egual ao comprimento da cabeça. Olhos 8 4 9 vezes, espaço interorbi- tal 2 e3/, ä 3 vezes, focinho 1'/,á 12), na cabeça. Orla rostral núa nas Fig. 45—Hemipsilichthys calmoni ©, seg. Steindachner. femeas, escamosa nos machos, como o alto da cabeça, sendo as placas oc- cultas na pelle espessa, donde emergem numerosos aciculos. O lado inferior da cabeça mostra em ambos os sexos um entumecimento longitudinal, mais FIG. 45 A— & desenvolvido para os lados no macho, provido de aciculos delgados, de ponta curva para baixo e, o maior delles fica sobre o extremo do segundo terço do dito entumecimento; e a sua parte emergente é egual 4 um ou dous diametros oculares. 3 rugas longitudi- naes indistinctas ‘apparente- mente tornadas mais fortes pelo alcool em que se acham os exemplares) recobertas de aciculos finos e curtos, per- correm o foccinho, dos olhos e d'entre as narinas ao bordo. Nos velhos, as placas do lado superior da cabeça ficam occultas na pelle espessa, ao passo que nos jovens ellas ficam de fóra e mostram a fórma polygonal.Narinas 4 '/, comprimento da cabeça, separadas dos olhos por um diametro ocular ou um pouco mais. Dentes em dupla fila, nas duas maxillas,. 1) Dedicado ao Dr. Miguel Calmon Du Pin e Almeida. hivos do Museu Nacional, vol. XVI Fauna Brasiliense, est. XXIII — Fig. 1 to Fig. le Mir. Rib. phot. Sabino & Karl gr. Fig. 1 — Hemipsilichthys duseni, Mir. Rib. Fig. 2 — Neoplecostomus granosus (Cuv. & Val.) J. Schmidt impr. A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE— PEIXES 37 -0s da fila anterior contiguos, muito curtos e curvos para dentro, na ponta; os da posterior muito mais longos, em menor numero e, ás vezes, não se -elevando tanto como os anteriores ou semi-occultos na mucosa da gengiva. Todos são dourados. Ramo mandibular menor de '/, á */. de diametro ocular do que o espaço interorbital. Barbilhão vestigiario e isso mesmo em alguns jovens. Dorsal um pouco mais proxima da adiposa do que da ponta do fo- cinho, com o aculeo revestido de aciculos e de altura mais ou menos egual -a0 comprimento da base; a primei- rales); a te 3), e a segunda fes; ‘ou 1 '/,na cabeça; a orla superior truncada e os cantos redondos. Es- paço nú em torno da base não at- tingindo o ponto que attinge o ul- timo raio reclinado. Aculeo peito- ral pelo menos duas vezes mais forte do que o dorsal, curvo, de- primido e aciculado, attingindo o primeiro terço ou mesmo passando o meio das ventraes, nas femeas ; nos machos elle é fortemente des- envolvido, recto, de egual largura até a ponta de córte transverso tri- angular e tendo o lado superior aciculado; é, além disso, entumecido por um espessamento cutaneo e mais longo do que a cabeça, ao passo que o é mais curto nas femeas. Ventraes tendo o segundo raio mais longo, chegando á origem da anal; seu contorno posterior é oval. Anal mais alta do que longa e o espaço nú que a circumda se projecta até o ponto attingido pelos raios reclinados. Caudal obliquamente emarginada. Superficie ventral nua até a ori- gem da anal. Violaceo pardacento ou cobreado, manchado difiusamente de violaceo mais escuro. Lado inferior amarello avermelhado. Nadadeiras mais densamente maculadas de violaceo. Comp. 13 cent.» (Steindachner). Habitat: Rio Cubatão, Santa Catharina. | 58 —Heinipsilichthys duseni,! mir. Rib. CASCUDINHO Est. 24 fig. 1 ID HL A AY SE GEES er SU Fic. 45 B — à Cabeça 3 '/,; altura 4 '/, ‘cerca de 2 vezes na distancia que vae do fo- cinho ao aculeo dorsal). Dentes como ff. calmoni. A cabeça é arredondada, grande, com o espaço interorbital plano, sem elevação supra-orbitaria, aci- 1) Duseni — do Dr. Pedro Carlos Djalmar Dusen, eminente botanico Sueco que foi o .primeiro,a colleccionar esta «especie em aguas do Estado do Paraná. 38 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL culos do focinho mui delgados, curtos, amarellos; olhos 3 '/, no espaço inter-- orbital, 5 '/, vezes no focinho e '/, na cabeça; aculeo dorsal pouco menor do que o comprimento da cabeça, à meia distancia entre a ponta do focinho e: a orla livre da membrana adiposa; peitoraes grandes, sua ponta attingindo : o plano da base do ultimo raio dorsal e o meio do aculeo ventral; ellas säo- falcadas, muito maiores do que as ventraes, tendo o aculeo do tamanho do primeiro raio e a préga dermica de bordo parallelo ao anterior do aculeo, bordo este que é finamente aciculado; ventraes quasi attingindo á origem da anal com a préga dermica do aculeo maior do que a das peitoraes, anal originando-se no plano em que termina a dorsal, quando reclinada sobre o: corpo e terminando um pouco aquem daquelle em que toca O apice da adi-- posa ; esta é mais comprida do que larga; caudal obliquamente crescentifor- me; os escudos do corpo (31 numa linha longitudinal) são menos separados. do que em H. gobio Lutk.); porém, no indivíduo do Paraná, que é o menor, ellas são unidas e o focinho não é tão nú como nos outros,que são maiores; de que se trata de uma mesma especie é fóra de duvida; concluo por isso que, quanto mais velho forem os peixes deste genero, tanto mais separadas. ficam as placas dermicas e mais carnudo o focinho. O abdomen é finamente aciculado entre a cintura scapular e pelviana, como em Neoplecostomus. Cör de chumbo diffusamente manchado de ama- rello, essas manchas sobresahem mais nos jovens; parte inferior alvadia, nadadeiras impares com os raios plumbeos e a membrana alvadia; vestígios de macula sobre as outras e raramente sobre as primeiras. 10 centimetros. Habitat: Estado do Paraná e S. Paulo (Ribeira). Neoplecostomus,! Eigenm. & Eigenm. Prof. Calif. Acad. Sci. 2°, 22 Ser. 42 — 1890 Cabeça deprimida parabolica; corpo subterete, comprimido pos-- teriormente. Labios grandes, dentes numerosos, em uma série; pseudo-bran- chias ausentes; placas postoccipitaes numerosas, mediocres,sem fórma espe-- cial e menores que as do resto do tronco. Dorsal sobre as ventraes, 1 + 7; cintura clavicular recoberta; peitoraes 1 + 6, com o aculeo terminando em ponta flexível; ventraes com um raio rudimentar, interno. «A adiposa com o aculeo normalmente desenvolvido, vertebras sob a dorsal com as neurespi-- nas, sobre a anal com hemespinas bifidas. Vertebras 5 + 8 + 18» Regan)» 1) Neo (gr.) Novo; Plecostomus, genero Plecostomus. A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 39 59—Neoplecostomus granosus,' Cuv, & val. Est. 23 — fig. 2 D.1+7; A1+546;L. lat. 27—30 Cabeça 3 4 3 e 1/4 (sem a caudal) no comprimento total; moderada- ‘mente deprimida, de contorno parabolico anteriormente. Olhos á 2/3 da orla «do focinho pequenos, 8 e 1/2 4 12 (a 13, Regan) no comprimento da cabeça, 4 vezes no espaço interorbital. Uma ruga indist ncta dos olhos ao lado da -orla rostral anterior, ás vezes oulra mediana, dentre as narinas äquella orla. Lobios grossos, papillosos, um tanto quadrangulares posteriormente; barbi- lhão curto; 12 dentes em cada intermaxillare 7 4 8 em cada mandibular, são elles bifidos e curvos como em Loricaria.Todo o lado inferior da cabeça, desde a ponta do focinho, nú. Placas post-occipitaes pequenas. Placas do ‘corpo desprovidas de carenas, nos individuos maiores, mui indistinctamente -carenadas, nos mais jovens. Abdomen recoberto por uma placa, um tanto quadrangular, de escudos pequenos, aciculados, entre as peitoraes e ven- traes. Dorsal mediocre, sobre as ventraes; peitoraes com o aculeo mais curto que o primeiro raio; aquelle é curvo, deprimido e aciculado (especialmente no bordo anterior),sendo a nadadeira falcada.Ventraes do tamanho das pei- toraes, com o aculeo tão ou mais forte que o desta. Região anal núa até por traz da nadadeira desse nome. Esta mediocre, attingindo o plano da adiposa que é normal. Caudal lunada, com o lobo inferior ligeiramente proeminente. Pardo uniforme ou marmorado de mais escuro. Nadadeiras transfasciadas -dessa côr, sendo as fachas formadas por manchas localizadas sobre os raios. Habitat: Os 27 exeplares que serviram á descripçäo supra procedem de Casal—Rio Parahyba—onde foram colleccionados pelos Srs. C. Moreira e Siqueira. Os profs. Eigenmann obtiveram-n'o de Goyaz. Cuvier e Valenci- ennes de Cayenna. Plecostomus, Gronow. Mus. 1, 24—1758. Corpo provido de placas grandes, contiguas, mais ou menos carenadas; com 1 4 3 placas post-occipitaes e 3 nucaes medianas (uma já contada como post-occipital); abdomen mais ou menos completamente revestido de pequenas placas, finamente aciculadas que vêm, no caso mais completo, do focinho, em torno dos labios, ao anus. Bocca moderada, lobios grossos, 0 posterior 1) Granosus=cheio de protuberancias. 2) Plecostomus (gr. lat.) ; plekei—trança, stoma—bocca. 40 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL papilloso; barbilhäo presente, mediocre. Olhos lateraes, mediocres, narinas proximas dos olhos; operculo e interoperculo pouco moveis, desprovidos de aciculos desenvolvidos; temporaes grandes, irregularmente redondos, pouco (quando) carenados. Dorsal originando-se adeante das ventraes, com 1 +.7 raios, livre posteriormente. Adiposa presente,provida de aculeo largo, medio- cremente aciculado. Peitoraes com aculeo forte, attingindo ou quasi attin- gindo as ventraes que nascem mais ou menos sob o 3 raio dorsal. Anal pe- quena (1 + 4). Caudal lunada mais ou menos obliquamente, sendo o ultimo raio inferior o maior. Peixes cummuns em nossas aguas, de coloração quasi sempre maculada de preto ou amarello e conhecidos pelo nome vulgar de Cascudos e Acarys. 41 PEIXES A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE 'somadso smwap Seu 19J0PILO assa,p wiounjsuon p as-op 12141990 0 “149.107/90M smwo7s090]q Wa anb zip urdoy (7) O (190%) “OUUIDOS OP soyawmıp Zp võoquo vu p/L Jvjno OJjour -Uapuay}é Toavjoi 0792] um JOS Hard onb o ‘savonu sopnoso € no zg ‘I 10d YUOUIOLIDJSOA opeursieur 9 910denn or (AO) ww gy "opad ap opepnarıu OJUDOUPAVA “GT PZ WA Wquorojur oSvdsa ou sazaa g/[ DI id I eanjıy “Shu duda 9 Oo !epıyıg eyuod two opurumua} 9 OPEUIIVIIG [eNdI990-Isod ‘sopruaıed od109 q (£/1) vooquo» (1ouy) snunoryjund SHUIOJSO20] (1) ‘snje}pn#oime “q En ET BE ene OC APs Corel Blea] \ sejjpaeu a UT ap PJ10{0991 uaque}\ ‘snynye “d BEE A Laan ty LACH NH (| “TUOSAOUIUOD "A EEE CU PE OT CNE ner oe ea -Ipnysnop segui ‘9 wo Sejoald send SP e/f 9 G emp \ ‘opnosa oolun 2 -BUL Op 0}19q10901 un Jod ojuouiopioysod opeymun [e}dIIO SIL BLUE dE TN RS Be Se ONS Oe Tere aN gl -ldauap S2r10}1od “aJUAUOS OF se ojmu opuenb -21d op epend “QUO (tum OP5PI0[09 -BIU NO UOL | -IUN — OpôpIO(OD / ‘sdoiaeut “gq "DULIOJLUN OLSv10[09 | pas 3 OO ET ee CRIE He, ıonadns v anb op Jor sniuojsooad “q ojosd ap opejnovus aquauipaAndoo -19dıum os 1011 -OJUI wandae] !OJUDUIOLIOF 5 OND Ea aro LOPO Re eu -=U! 01109 JO "SAMA “d osojnurid uawopge : -adns juv) 9) “+ Ojuompiduod ou g/z a pr GE à p vanqe SOHC OUND Uo SISUD}II} ‘4 Dre Zee I OULOD Ly “Bude ‘4 ee “opejnogiumuy 0d109 “sopejnopr À OBU SOSO[NUPI A m “nu uawopqe op sopt -oyuau OUU190} Op sopry Lu “HOJAUONA “q "7° Sopepnoriu seippepeu o odioo o chou) ou saz so -A 9 BG eimy Bo. 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Olhos no meio da distancia que vae da ponta do focinho á placa predorsal, 6 49 vezes na distancia que vae da mesma ponta á do processo occipitale 3 e 1/2 vezes no espaço interorbital. Narinas no meio da distancia que vae da processo ponta do focinha á base do occipital. Espaço interorbital 2 e 1/4 á2e 1/2 vezes no comprimento da cabeça, quasi plano, apenas deprimido por traz da crista orbitaria superior. Occipital mediocre, terminando n'um processo que se eleva algum tanto, acima do plano da placa, em carena mais ou menos aciculada, tendo 1 á 3 placas nucaes em cada lado e uma grande, mediana, posterior. Escudos nucaes medianos bi-carenados, os do corpo mediocremente carenados e todos densamente recobertos de acicu- los muito finos e curtos, que se tornam maiores no extremo posterior da carena. 4 carenas longitudinaes, parallelas, continuas, as duas primeiras do início da dorsal á diposa, as demais da cabeça aos lados da cauda. Dorsal originando-se sobre o terço posterior das peitoraes encostadas ao corpo ; o seu aculeo é terete, fraco, menor do que a cabeça de um diametro ocular e espinhoso, do extremo do primeiro terço para cima. A base dessa nadadeira é menor do que a altura da mesma e egual ao comprimento do aculeo pei- toral que é forte, deprimido, curvo e recuberto de aciculos, dos quaes os su- periores vão augmentando de comprimento, 4 proporção que estão mais proximos da ponta. O primeiro raio é maior do que o aculeo e do que os demais raios da nadadeira, e todos elles têm o lado soperior aguçado e armado d'uma serrilha de aciculos. Nenhum attinge perfeitamente as ven- traes, que nascem sobre o terceiro raio dorsal e que mal attingem o aculeo da anal. Esta nadadeira é fraca, occupando, reclinada, 4 e 1/2 placas. 1) Emarginatus (Lat.)}—emarginado, isto é, o escudo post-occipital assim considerado por Cuv. & Val, ‘JPA D ‘AND ‘snyeuszwa snWoJsoda]d ‘18 oulges “dur ypruyog '[ ‘youd “qui “IW ap “V AIVV “VA ‘AcCIINITICPIG pıınp I TAN ‘IOA “IPUODEN NOSNIW OD SOAIUDIV A. DE MIRANDA RIBEIRO—FAUNA BRASILIENSE—PEIXES 43 Distancia entre o ultimo raio dorsal e a adiposa, egual a que vae da ponta do focinho ao bordo posterior do 2.° escudo nucal; 8 anneis (7 placas media- nas) entre aquelle raio e o aculeo da adiposa que, reclinado, termina 4 4 placas medianas do primeiro raio accessorio da caudal. Esta nadadeira, geral- mente furcada pelo extraordinario desenvolvimento dos raios externos que são comprimidos e fortemente aciculados. Os aciculos, com a edade, augmentam de comprimento, insensivelmente, para a ponta dos raios. Ab- domen fortemente granuloso, do focinho ä anal. Pardo amarellado, zebrado ou pontuado no corpo e irregularmente zebrado de mais escuro nas nadadei- ras. Nos jovens as nadadeiras são tambem pontuadas. O exemplar maior, das collecções do Museu, mede 78 cent. da ponta do focinho á do raio cau- dal inferior (o superior está quebrado ). Habitat: Amazonas e tributarios, Magdalena, Rios das Guianas, Colum- bia e Venezuela. 6i—Plecostomus wertheimeri,! steina D'ART AS Wat 5 abe late 22 «Cabeça (3 e 1 3 no corpo) e lados do corpo com placas não carenadas. As da orla lateral da cabeça providas de numerosas cerdas rijas externas. Superficie laterai do focinho fortemente deprimida; placas temporaes muito grandes, com sulcos vermiformes entre rugas asperas e obtusas e com grandes maculas escuras, redondas, qual o resto da cabeça; caudal obliqua- mente truncada; uma fila de escudos transversos em cada lado do ventre en- tre as peitoraes e as ventraes. Placas do tronco com maculas redondas de cor amarella clara. Dentes muito longos, villiformes, com uma ponta late- ral externa. 240 mm.» (Steindachner. Habitat: Rio Mucuri. 62—Plecostomus vaillanti,? steind. «Altura 5 e '/, 4 6, comprimento da cabeça cerca de 3 vezes no com- primento, sem a caudal. Altura da cabeça 1 e *), ä 2, largura 1 e !h, compri- mento do focinho 1 e “/., diametro ocular 6 e '/,, espaço interorbital 2 e é), no comprimento da cabeça. Comprimento do ramo mandibular cerca de 2 e '/, 1) Wertheimeri — de Wertheimer, que colleccionou peixes no Brasil para'o Prof. Steindachner. 2) Vaillanti — de L. Vaillant, Ichthyologista do Mus. de Historia Natural de Paris. 44 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL vezes na abertura interorbital. Focinho largo, redondo; margens supraorbi- taes fortemente elevadas; supra-occipital com uma carena mediana modera- damente elevada ; placas temporaes não carenadas; barbilhão do compri- mento do diametro ocular. Escudos espinhosos, não carenados, 27 à 28 numa serie longitudinal, 7 á 8 entre a dorsal e a adiposa, 14 entre a anale a caudal. Supra-occipitaes bordadas posteriormente por um escudo mediano e por um ou dous de cada lado. Face inferior da cabeça e do abdomen quasi completamente recoberta de pequenas placas granulares; comprimento da base da dorsal maior do que a sua distancia da adiposa. A. 1 +4. Aculeo peitoral chegando ao terço anterior das ventraes. Caudal obliquamente emar- ginada. Pedunculo caudal contendo 3 e2/, a altura. Grandes manchas escuras na cabeça, no corpo e nadadeiras, as das nadadeiras, äs vezes, formando fachas transversaes. 200 mm.» (Regan.) Habitat: Rio Puty, Rio Preto, S. Gonçalo, Goyaz? 63—Plecostomus wunchereri,' Günther Te AS LA Nat 20 «Cabeça deprimida, apenas elevada no meio, seu comprimento sendo contido 3 e2/,no total (sem a caudal). Não ha crista entre os olhos e as narinas. Diametro ocular '/, da largura do espaço interorbital. Meio da FIG. 46 — Plecostomus wuchereri, seg. Regan. ponta do focinho nú. Pregas labiaes bem desenvolvidas com muitas papillas; barbilhões curtos, do comprimento de um diametro ocular. Maxilla superior 1) Wuchereri — de Wucherer, que fez collecções de objectos de Historia Natural na Bahia. A. DE MIRANDA RIBEIRO—FAUNA BRASILIENSE —PEIXES 45 com cerca de 45 dentes em cada lado, a inferior com cerca de 36. Interor- perculo sem denticulações. Um espaço triangular em cada lado da face infe- rior da cabeça, entre a prega labial e a abertura das guelras, recoberto de pequenas placas. Interspaço posterior ao meio do labio inferior, nú. Thorax e quasi todo o abdomen, adiante das ventraes, recoberto de pequenas pla- cas, porção lateral do ventre núa. Comprimento da base da dorsal maior do que a sua distancia da segunda nadadeira, 6 ou 7 escudos entre as duas nadadeiras. Dorsal não muito mais alta do que longa, sendo o comprimento do seu primeiro raio menor do que o da cabeça. Caudal obliquamente sub- truncada; seus raios externos não espinhosos e o inferior sómente um pouco mais comprido do que o inferior; 13 ou 14 escudos entre a anal e a caudal. Aculeo peitoral muito forte, armado superiormente de longos espinhos curvos; elle se projecta, posteriormente, até ou quasi até o meio das ventraes. Escu- dos do corpo estriados, porém não carenados; a crista post-humeral é obtusa. Corpo e todas as nadadeiras recobertas de numerosas muculas redondas, pardas, que não são muito menores do que os olhos, formando duas series entre os raios dorsaes e uma entre os caudaes. 25 centimetros.» (Giinther) Bahia e Minas —Rio S. Francisco, Rio das Velhas. Considero esta especie identica a P. lufkeni Steind, em face das des- Habitat: Amazonas, Rio Branco e affluentes. Rhinelepis, ' Spix. Gen. & Sps. Pisc. Bras. 4 — 1829 Cabeça moderadamente deprimida, larga; olhos superiores, peque- nos; bocca larga provida de uma fila de dentes numerosos de uma unica ponta; placas somaticas hispidas, näo carenadas; tres placas post-occi- pitaes medianas (até a dorsal), podendo se subdividir. Dorsal sobre as ventraes; adiposa ausente, caudal lunada, ventre quando muito com pla- cas granulares, geralmente nu. Pedunculo despro- vido de carenas, peitoraes chegan- | do a axilla das Operculo e in- ventraes EEE R. parahibe ter-operculo desprovidos Pedunculo provido de aciculos. de carenas peito- raes, passando as ventraes de meia extensão... as R. rudolphi. Abdomen nú, L. lat. 25 (Po ás eee ee Especies brasileiras ; | | Abdomen granuloso L. lat. 24............. R. aspera. ee e interoperculo providos de aciculos bem desen- VOIVIGOS 2502 2 a REA PR Re er RR R. genibarbis 96 — Rinelepis parahybe °, Steind. D: NH ALTES EEE slater 20659020 Cabeça 3 4 3 e 1/4 no comprimento do corpo; sua altura 1/2 do proprio comprimento; maior largura 3 e 1/2 á 4 vezes no comprimento total (sem a caudal). Olhos pequenos, superiores, 7 á 8 vezes no com- primento da cabeça, 2 e 1/2 4 3 no espaço interorbital. Focinho largo, 1) Rhine (Gr.) = lima; lepis = escama. 2) Parahybe = do rio Parahyba. A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 83 elliptico, com a ponta nua; nü é todo o lado inferior da cabeça, onde apenas apparecem algumas placas em baixo do interoperculo, nos adultos. Labios grossos, circulares granulosos; dentes & em cada lado dos inter- maxillares e dentarios; os dos intermaxillares ficam em arco muito fraco. Placa occipital hexagonal, seguida de tres placas transversaes medianas, até a origem da dorsal: essas placas ás vezes se decompõem. Dorsal com o aculeo egual 4 1/2 da distancia que vae da ponta do focinho à sua base. Peitoraes e ventraes do mesmo tamanho, o aculeo das pri- meiras é, porém, um pouco mais forte e termina em ponta cutanea, FIG. 54 — Rhinelepis parahybæ, seg. Steindachner embora sendo, como os das ventraes, aciculado nos bordos externo e inferior. Caudal lunada, ás vezes o lobo inferior ligeiramente mais longo. Ventre nú, ás vezes (nos mais velhos) algumas placas esporadicas sobre a cintura sternal e lados do abdomen. Os jovens são plumbeos, mar- morados de pardo na região post-occipital, tendo uma nodoa circular dessa côr em cada lado da dorsal e duas outras, maiores, sobre a linha mediana, entre a nadadeira dorsal e a caudal; uma pequenina na base da caudal, na mesma linha; nadadeiras pares claras, com os raios dif- fusamente manchados de escuro; margem superior da dorsal clara, colo- 84 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL ração que é produzida pela terminação plumbea dos raios, á curta dis- tancia da orla; caudal clara com duas fachas transversaes plumbeas, uma perto da base e outra da margem, o que tambem é produzido pela coloração dos raios. Abdomen alvadio. Os adultos são pardos uniformes. Habitat: rio Parahyba. 97 — Rhinelepis rudolphi DEI PET CARS Eat le Segundo Rudolph Ihering, esta especie -reproduz os caracteres de R. parahibæ differindo por ter «um sulco posterior á dorsal pela linha mediana, marginado por uma crista lateral que se encontra com a do lado opposto, em frente á dorsal; a face inferior da região caudal é plana, marginada por cristas lateraes; os lados da cauda, atraz, são planos, tornando-se arredondados na frente; outra crista não ha sobre os lados do corpo, à não ser a que corre parallela com a crista dorsal; nadadeiras inferiores arredondadas, extendendo-se ás peitoraes, por metade de seu comprimento, além da base das ventraes e estas até a anal; caudal com os lobos arredondados. Pardo uniforme, 6 cm.» Visto como o autor citado chamou esta especie de Plecostomus microps e esta de- signação já foi empregada por Steindachner em 1876 (Süsswasserfische Südöstlichen Brasilien, III est. XIII — Sitzungsber, LXXIV), não conser- vamos tal designação, substituindo-a pelo nome do joven ichthyologista. 98 — Rhinelepis aspera ', Spix. Roncador, Ácary. DIRES A DE ate EA «Labio superior se prolongando em barbilhão curto, espesso, car- tilaginoso, recoberto de aciculos pequenos; aculeo peitoral muito largo, passando a inserção das ventraes; ventraes oppostas ao bordo anterior da dorsal; raio lateral da caudal provido de um gancho, cabeça quasi 1/4 do corpo (excluida a caudal); corpo totalmente hispido. Cabeça obtusa, cordiforme, tronco um pouco imais largo, não egualando perfei- tamente á 1/5 do comprimento do peixe (incluida a caudal), excedendo irancamente ä 1/4. Labio superior sem véo, terminando em barbilhäo 1) Aspera = aspera. A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 85 curto espesso Toda a cabeça recoberta de placas densamente aciculadas que lhe offerecem um aspecto de lima. Olhos relegados por tal fórma sobre a cervix que quasi ficam oppostos à inserção das peitoraes, muito iso- lados entre si e lateralmente dirigidos. Fossas nasaes superiores, valvu- lares não tão distantes entre si como as orbitas, a 3/4 mais isolados da ponta do focinho do que destas. Corpo quasi terete, gradativamente _ diminuindo, lateralmente comprimido para cauda. Placas rhomboidaes ; as dos lados maiores, imbricadas, as do abdomen não imbricadas e as menores. Todas são, como a cabeça, recobertas em toda a superfície de aciculos pequeninissimos e compactos que se salientam algo na margem posterior. Todos os raios das nadadeiras asperos do mesmo modo. Dorsal inserida numa depressão opposta ás nadadeiras ventraes, e que se estende para o lado da cauda. Aculeo peitoral passando além do início das ventraes. O aculeo de todas as nadadeiras muito forte, o das peitoraes especialmente deprimido, o mais largo. Raios externos da caudal providos de um gancho lateral. (O nosso exemplar tem a ponta dos raios quebrada.) Denegrido uniformemente. Os portuguezes chamam-n’o «Roncador», os indigenas «Acary». O exemplar unico do Museu de “Munich, empalhado, mede 56 centimetros.» (Spix). Habitat: S. Francisco, Paraná. 99 — Rhinelepis genibarbis ', (Cuv. e Val.) DIET PAS ul lat 22 42 «O caracter mais notavel desta especie é um facho de pellos ou aciculos delgados, rijos, contiguos e que occupa, de cada lado, um espaço oval, na base do operculo. A cabeça tem mais ou menos a forma da metade de uma pyramide que tivesse seis faces; uma em cada bochecha e uma entre os olhos. Sua largura nos operculos (que é ao mesmo tempo a d'entre as peitoraes) é contida 3 e 1/2 vezes no pro- prio comprimento, medida esta que, subindo do focinho á nuca, eguala essa largura. Sua altura entre os olhos vale a metade; mas a nuca se eleva e tem della 3/4. Os lados são curvilineos e a circumscripçäo do focinho é um angulo obtuso, redondo no vertice. A bocca e os dentes são pouco mais ou menos como em R. strigosa. Os olhos occupam 1/6 do comprimento da cabeça em diametro, ficam á 3 e meio da ponta do focinho e á quatro um do outro. O craneo, entre ambos, é chato; e a nuca é longitudinalmente convexa. O ventre é quasi da largura da ca- beça: mas a cauda o é 3 vezes menos; ella só se comprime sensi- velmente para a caudal. A dorsal occupa um pouco menos de 1/4 do 1) Genibarbis (Lat.); gena— faces ; barba — barba; os aciculos dos inter-operculos. 86 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL comprimento e & perto de metade menos alta do que longa. Seu pri- meiro raio é redondo e mediocre. O primeiro das ventraes se lhe asse- melha e é pouco mais ou menos do mesmo comprimento; mas o pri- meiro das peitoraes é muito mais forte, comprimido e um pouco arqueado. | Seu comprimento é 4 vezes e meia o do peixe. Todos são asperos. As asperezas do das peitoraes são dispostas em estrias. A caudal é cortada transversalmente, mas seus raios externos proeminam um pouco. Todo o corpo é aspero e as asparezas formam em certos logares estrias diversamente dirigidas. As peças osseas da segunda e da terceira ordem, têm uma aresta um pouco saliente e estas ultimas que correspondem á linha lateral, têm um entalhe inferior ao extremo de sua aresta. As da quarta ordem que têm a maior altura, são ligeiramente plicadas em angulo, pelo meio. A quinta dá nove ou dez peças bem pequenas entre a peitoral e a ventral; atraz da dorsal ha dez pares de grandes placas, em seguida vêm seis pequenas impares, de que a ultima, pontuda, está sobre a base do primeiro raio da caudal. A ponta do focinho e toda a parte inferior da garganta, do peito e do ventre guarnecidas de numerosas peças irregulares, as mais asperas ficam sob a garganta, as mais lisas, mais compactas, sob os humeraes. Nosso exemplar secco, inteiramente pardo é de 5 pollegadas, foi cedido ao Museu de Pariz pelo de Lisboa; vem provavelmente do Brasil.» (Cuv. e Val.) Regan, referindo-se á esta especie diz: «O typo de Cuvier e Valenciennes éra um exemplar empalhado de 375 mm. Os exemplares descriptos por Steindachner mediam até 280 mm., em comprimento total. Estou convencido de que R. agassizi seja iden- tica ä R. genibarbis, porque as descripções se parecem muito estreita- mente e as diferenças são de pouca importancia; a mais frisante sendo a nadadeira dorsal mais elevada em À. agassizi, devido, em parte, ao menor tamanho dos exemplares e provavelmente, á estar a nadadeira quebrada no typo de Valenciennes, e condição que este autor éra muito facil em omittir ou desprezar.» Por nossa vez consideramos R. pellegrini apenas uma variedade de R. genibarbis. Habitat: Manacapuri, Amazonas. Parotocinclus ', Eigenm. & Eigenm. Proc. Calif. Acad. Sci. — 2º, 2º ser. 41. — 1890 - Forma geral de Rhinelepis. Cabeça nua inferiormente, porém, pro- vida de aciculos sobre o bordo inferior e no extremo superior do rostro. Olhos superiores, 3 placas nucaes entre o occipital (hexagonal) e o 1) Para (Gr.) — ao lado (de); Ofocinclus, genero adiante citado. 4 A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 87 aculeo da nadadeira dorsal. Esta posterior äs ventraes. Adiposa pre- sente, normal, com o aculeo granuloso. Peitoraes grandes, com oculeo provido de espinhos no bordo externo. Abdomen sem placas transver- saes, adeante da cintura sternal e recoberto de placas grandes depois da dita cintura. Anus sem placa circumdante. Caudal lunada. 100 — Parotocinclus maculicauda ', (Steind.) Est. 29 fig. 2 Dal VA EE ss lat 24 Forma alongada, mediocremente entumecida na região thoraco-cer- vical. Cabeça 3 vezes no comprimento, de largura contida 1 e 1/3 no proprio comprimento, contorno parabolico; bocca relativamente ampla, com cerca de 20 dentes em cada lado de ambas as maxillas; barbi- lhões curtos, finos; labios semi-circulares, verrucosos. Olhos lateraes, 6 vezes na cabeça, 2 e 3/4 no espaço interorbital. Occipital terminando num amplo escudo nucal e dois lateraes (um para cada lado). Dorsal sobre o meio da base das ventraes; distancia de seu fulcrum a ponta do focinho, egual ä que vae do mesmo, ä orla da primeira placa pos- terior ä ponta do aculeo da adiposa reclinado. O seu aculeo é maior que os demais raios que decrescem gradativamente, dando a förma triangular á nadadeira; elle é, porém, mais curto do. que o aculeo peitoral, flexivel e tem o bordo anterior densamente aciculado e o pos- terior reticulado, 9 placas entre a dorsal e a adiposa; 7 à 8 entre a base do aculeo desta e a caudal. Peitoraes com o aculeo forte, pas- sando o 2º terço das ventraes, aciculado no bordo externo, liso no interno. Ventraes attingindo o início da anal, com aculeo curvo e robusto, mais densamente aciculado no lado inferior. Anal occupando 7 placas, com o aculeo nas condições do da dorsal, porém, muito mais curto e fraco; 14 placas entre a sua base e a caudal; esta lunada, com o lobo inferior um pouco maior. Superficie ventral recoberta por 3 séries longitudinaes de placas e tanto estas como as demais do corpo densa e curtamente aciculadas. Fóge á esta regra um espaço parabolico correspondente á toda a base e projecção da anal e que é liso. Cintura sternal larga. Anus á meia distancia entre a base das centraes e 0 início da anal. Olivaceo uniforme. Caudal com uma larga mancha negra sobre a base, estendendo-se obliquamente até o apice do lobo inferior. Habitat: Santa Cruz (R. Grande do Sul) e Ribeira (S. Paulo). 1) Maculicauda (L.) = de macula na caudal, 88 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL Microlepidogaster ' Eigenm. & Eigenm. Pr. Calif. Acad. Sci. 2? ser. 2º, 42 — 1890 Corpo mediocre, mais reforgado do que em Rhinelepis, na parte anterior. Cabeça núa inferiormente, com a orla marginal de espinhos no bordo inferior e no extremo do rosto. Dentes numerosos em uma fila; olhos superiores. Peitoraes mediocres. Dorsal posterior ás ventraes. L. lat. 24 à 27 / Diametro ocular 6 na cabeça. M. nigricauda. | Abdomen recoberto de | ses 7° \ Diametro ocular 81/2nacebeça M. perforatus. placas granulosas pe- | quenas. LA 29H He ET HE IE FIN: M. tictensis. a P f Escamas fortemente carenadas ........ M. lophophanes. | Abdomen nu. - . . - - \ » indistinctamente carenadas. . . . . . M. bourguyi. 101 — Microlepidogaster nigricauda * Boul. Dil ESTRIAS IE ESS EAN ato 241226 «Altura cerca de 5 e 1/3 no total, cabeça 3. Olhos seis vezes na cabeça, espaço interorbital 2 e 1/3, focinho 2 e 1/2 vezes, região occi- pital regularmente convexa, sem carenas. Escudos espinulosos, não carenados, 24 à 26 numa série longitudinal. Face inferior da cabeça com uma area núa na frente das claviculas; abdomen com muitas placas pequenas, ás vezes irregularmente arranjadas. D. 1 +7. Origem da dorsal posterior 4 das ventraes. Adiposa ausente. A. 1+5. Aculeo peitoral se projectando quasi até o meio das ventraes. Caudal ligeira- mente emarginada. Peduculo contendo 3 vezes o proprio comprimento. Olivaceo; caudal denegrida, com alguns pontos ou linhas que são mais distantes nos raios externos. Outras nadadeiras com faixas ou maculas escuras transversaes. 4 centms.» (Regan). Habitat: Rio Grande do Sul. 102 — Microlepidogaster perforatus °, Eigenm. e Eigenm. D. is Ao lat. 27 «Largo e deprimido anteriormente, a altura menor do que a lar- gura. Cabeça larga, deprimida, sua altura um pouco maior de 2 vezes no comprimento até o extremo da placa temporal; sua largura 1 e 1/2 no comprimento. Focinho estreito, pontudo; região loreal concava; olhos pequenos, 4 vezes no focinho, 8 e 1/2 na cabeça; espaço inter-orbital 1) Microlepidogaster (Gr.) = Micron = pequeno; lepis, pidos escama, gaster ventre, abdomen ; referencia ás escamas do recobrimento da superfície abdominal. 2) Nigricauda (Lat.) = de cauda negra. 3) Perforatus (Lat.) = perfurado (na região temporal) A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 89 concavo, egnal ä porção post-orbital da cabeça. Placa temporal perfu- rada, um largo foramen posteriormente, logo atraz dos olhos. Um largo foramen acima e atraz do aculeo peitoral. Todas as placas hispidas, as da cauda mais intensamente, porém, sem carenas. Face inferior da ca- beça núa. Dentes bem desenvolvidos em ambas as maxillas. Coracoide e clavicula granulares. Ventre, até entre as ventraes, inteiramente reco- berto de pequenas placas granulares; região preanal longa, estreita e nua. Origem da dorsal æquidistante da ponta do focinho e da base da caudal; origem das ventraes zquidistante da ponta do focinho e da ponta da anal. 32 mm.». (Eigenm. e Eigenm.) Habitat: Rio Carandahy, Brasil. 103 — Microlepidogaster tietensis !, Eigenm. e Ihering DD Sar nara nara tos ES das ÃO) « Cabeça 4, altura 7 e 3/4 no comprimento. Corpo alongado, pe- dunculo por traz da anal quadrangular, com os lados dorsal e ventral planos; na altura das ventraes o corpo apresenta, num corte transversal, 7 arestas irregulares; cabeça com faces planas, crista orbital proemi- nente, espaço interorbital um pouco deprimido, partindo de entre as na- rinas uma crista que vae ao focinho; as margens deste são granuladas ; a face inferior da cabeça é núa com excepção de um triangulo de gra- nulações, cuja base está sobre o interoperculo. Beiços bem desenvol- vidos, cobertos de papillas, as maiores das quaes ficam proximas da bocca, ao redor da qual, porém, ha um pequeno espaço nú; bigodes distinctos, ainda que diminutos. Peito e barriga cobertos de pequenas placas granulares isoladas; região anal núa. 3 placas impares em frente da anal. Occipital com uma pequena crista; cerca de 3 placas entre o occipital e a dorsal, todas as placas são hispidas; a distancia entre a origem da dorsal e a ponta do focinho cabe 1 e 1/2 vezes na distancia entre aquelle ponto e a base da caudal; a origem da dorsal fica só pouco atraz das ventraes. A altura da dorsal eguala ao comprimento do focinho; caudal longa (quebrada no exemplar typico, porém, maior do que a distancia entre os olhos); peitoral do comprimento da distan- cia que vae do focinho ao olho, passando por 1/3 além da origem da ventral; esta cabe 1 e 1/3 vezes na peitoral e chega 4 1º placa impar em frente da anal; anal só um pouco mais comprida do que a ventral. Cör uniforme, amarello suja, coberto de minusculos pontinhos, 67 mm.» (Rud. Ihering. ) Habitat: Tieté, S. Paulo. 1) Tietensis ( Latinisação ) de Tiete, Rio paulista, 6378 12 90 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL 104 — Microlepidogaster (?) lophophanes ', Eigenm. & Eigenm. D'ÉTÉ PARIS arW22 «Corpo curto e elevado, a maior altura egual a maior largura. Cabeça curta, apenas mais larga do que alta, sua altura é de 1 e */, no comprimento. Occipital com tres rugas espinhosas, a mediana a mais alta, curta, terminando de repente com o occipital. As outras duas cris- tas projectando-se de cima da margem posterior da orbita á margem do occipital; outras cristas estendendo-se da orbita, para traz, ä mar- gem da placa temporal. Fossas nasaes grandes, marginadas de cristas espiniferas ; duas séries divergeates de espinhos projectando-se de entre as narinas 4 margem do focinho. Região loreal concava. Face inferior da cabeça nua, a porção nua marginada por uma série de espinhos re- curvos, fortes. Olhos pequenos, ligeiramente á frente do meio da cabeça. Coracoide e escapula granulares; ventre com uma pequena placa gra- nular entre a margem posterior das ventraes e uma placa maior atraz das peitoraes; no mais, nú; placas dorsaes e lateraes com uma carena mediana conspicua. Dorsal inserida ligeiramente por traz da origem das ventraes, consideravelmente mais proximas da ponta do focinho do que da base da caudal; origem das ventraes &quidistantes entre a abertura das guelras e a origem da anal. Traços de uma facha lateral que se continúa sobre o meio dos raios caudaes medianos. » (Eigenm. & Ei- genm. ) Habitat: Sta. Cruz — Rio Grande do Sul. 105 — Microlepidogaster bourguyi ?, Mir. Rib. Di SAE Ss EI MIA 2000027 Cabeça 3 e '/,; altura 5 e !/,. Olhos seis vezes na cabeça, duas vezes e '/; no espaço interorbital; dentes ”/„ em cada lado de ambas as maxillas, bem desenvolvidos. Escudos indistinctamente carenados. Abdo- men com tres placas moderadas na região anal. Peitoraes attingindo o ultimo terço das ventraes, com o aculeo longitudinalmente estirado e granuloso e tendo espinhos no bordo externo. As ventraes terminam á tres escamas antes da anal e têm o aculeo curvo e revestido de espi- nhos fortes, introrsos, na face inferior; anal occupa oito placas. Adiposa ausente. Dorsal posterior 4 base das ventraes, o seu aculeo delgado, porém granuloso. 12 exemplares sem procedencia, encontrados na col- lecção do Museu. Habitat: Brasil. 1) dr plane ( Gr.) Lophos — crista; Phanos — evidente. 2) Bourguyi— do Dr. Hermillo Bourguy Macedo de Mendonça, on da Secgäo de Zoologia do Museu Nacional. Archivo do Museu Nacional, vol. XVI Fauna Brasiliense, est. XXIX A. de Mir. Rib. phot. J. Schmidt impr. Sabino & Karl gr. Fig. 1 — Kronichthys subteres, Mir. Rib. Fig. 2 — Parotocinclus maculicauda (Steind.) Fig. 3 — Otocinclus obtusus, Mir. Rib. A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 91 Otocinclus,' Cope. Pr. Acad. of Nat. Sci. — Philad. 283 — 1871 Corpo curto, reforçado, muito comprimido sobre o pedunculo que, as vezes é baixo; cabeça tendo a superficie inferior núa, as placas marginaes providas de aciculos fortes iniravertidos; os temporaes gran- des, as placas sub-oculares presentes, grandes; bocca pequena, provida de uma série de dentes nos mandibulares e maxillares; narinas supe- riores; focinho recoberto de aciculos retrorsos; orbitas lateraes, não transpondo o bordo inferior lateral da cabeça; ventre mais ou menos recoberto de placas, nadadeiras peitoraes moderadas, providas de aculeo curvo, quasi sempre espinhoso no bordo externo; ventraes mediocres, as vezes com o aculeo tambem espinhoso; caudal furcada. (Occipital provido defOrbita Are AANANCADEC dE zer tico prata ne ue O. affinis. uma crista a de] ana recoberta de aculeos retrorsos 4 bras brasi- a E a Orbitaubenarcabeca ee O fado Abdomenstotal= (slat. 2ileal 2270 sms O. vittatus. mente reco- berto de pla- [Orbita 6 à rare cla- CASES or: J na cabega,) ro... O. notatus. Occipital desprovido | de crista mediana | Denegrido acıeuladanı saan. |L. lat. 25, u SU percilios brancos. O. leucofrena tus. lorbita 4e 1/2451/2. . O. flexilis. Abdomen mais(Olhos 5e 1/3; altura 4e 1/3. . . O..obtusus. ou menos nú. loihos 8e 1/2; altura3e 3/5. . . O. gibbosus. 106 — Otocinclus affinis,? Steind. Di 1 E75 AS +25, lato 23 24 Um unico exemplar, encontrado em más condições de conservação e sem procedencia, apresenta os seguintes caracteres: corpo alto, curto; altura 4 no comprimento até a base da caudal; perfil inferior recto até o apice das ventraes; cabeça quasi tres vezes naquelle comprimento, 1) Otocinclus; (Gr.) Otus = orelha; cinclus = entrada engradada; allusão aos crivos dos temporaes. 2) Affinis (Lat.) Affim, parente, visinho (de Ofocinclus vestitus, Cope). 92 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL perfil antero-superior recto da ponta do focinho até a ponta do occipi- tal; toda essa regiäo plana ou quasi plana, apenas enquilhada para a parte posterior da cabeça; contorno rostral anterior parabolico; orla rostral, face dorsal, no focinho, até as narinas e ponta do occipital recobertos de espinhos fortes. Orbita 4 e 1/4 na cabeça, lateral; fossas nasaes superiores e proximas á borda anterior da arcada orbitaria. Ha cerca de oito ä nove dentes em cada lado de ambas as maxillas. Abdomen recoberto de tres filas de placas. Aculeo peitoral attingindo o primeiro terço do das ventraes, estriado nos lados inferior e superior, Fic. 55 — Otocinclus affinis, seg. Steindachner granuloso no bordo externo e provido de algumas filas de espinhos nesse bordo, do meio para a ponta; esses espinhos são fortes, os superiores dirigidos para cima, para traz os exteriores, para baixo e para traz os inferiores. Ventraes quasi attingindo a anal, com o aculeo aciculado em derredor; anal tocando a 9 placa posterior ä sua origem; caudal quebrada. Todo o corpo é finamente aciculado, sendo os aciculos deciduos. Uma facha negra do focinho a cauda, mais intensa após os olhos. O maior comprimento registrado: quatro centm. Habitat: Riachos de Santa Cruz, perto do Rio de Janeiro. A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 93 107 — Otocinclus cephalacanthus ' Di CARAS PoE late 20, Corpo curto, pedunculo estreito, perfil supero-anterior convexo. Cabeça 2 e '/,; dentes cerca de */s; altura 5 (sem a caudal) olhos seis vezes na cabeça tres vezes no espaço inter-orbital; orbitas salientes; do seu angulo anterior sahe uma crista que circumda as narinas e se dirige ao meio do bordo superior; dentre essas cristas sahem duas para a ponta do focinho; do occipital partem duas carenas divergentes, tendo cada uma outra mais fraca pelo lado de dentro, as quaes, passando pelos lados da ponta da placa occipital, que é elevada, recoberta de espinhos, se dirigem pelos lados da dorsal, seguindo depois na carena supero-lateral das placas do corpo; temporaes triangulares, longitudinal- mente carenadas e recobertas as suas carenas, como as demais, de series de espinhos sesseis; escamas do corpo pluricarenadas, aciculadas, ventre recoberto de tres series de placas. Peitoraes de aculeo granuloso quasi attingindo o apice das ventraes; estas a anal; não ha adiposa. Caudal quebrada. Tres centms. Habitat? — Brazil. Um unico exemplar encontrado nas collecções do Museu, sem designação de especie alguma. 108 — Otocinclus vittatus ?, Regan « Estreitamente alliado a O. affinis. Altura 5 no comprimento. Su- praoccipital sem prega mediana, não muito elevado posteriormente ; per- til dorsal elevando-se egualmente do focinho á origem da dorsal. 21 a 22 escudos em uma serie longitudinal. Uma estria escura do focinho, atravez dos olhos, até o extremo dos raios caudaes medianos; caudal tambem com algumas manchas escuras que podem formar 2 ou 3 bar- ras verticacs. Em outros caracteres semelhante a especie precedente (O. affines) 35 mm.» (Regan). Habitat: Descalvados e Corumbá, Matto-Grosso. 109 — Otocinclus notatus *, (Eigenm. & Eigenm.) i at; 25 «Corpo um tanto deprimido anteriormente, mais larggo do que alto. Cabeça estreita e comparativamente elevada; occipital terminando n’um processo triangular que é bordado por uma unica placa nucal. Perfil antes 1) Cephalacanthus (Gr.) cephale — cabeça; acantha — espinho. 2) Vittatus ( Lat.) — listrado. ' 3) Notatus (Lat. ) == notado, marcado, 94 ARCHIVOS DO MUSEU. NACIONAL abrupto e ligeiramente convexo; todas as placas da cabeça fortemente hispidas; uma serie de grandes aculeos recurvos marginando a porgäo granular do focinho inferiormente. Orbita 3 e 1/2 no focinho, 7 na ca- beça, 3 vezes no espaço interorbital; contorno das placas marginaes do focinho indistincto. Superficie ventral inteiramente recoberta de cerca de 3 series de placas irregulares. Placas lateraes fortemente hispidas, os espinhos lateraes ligeiramente augmentados. Distancia da dorsal á ponta do focinho, pouco maior do que 2 vezes no comprimento; margem da dorsal convexa. Caudal emarginada. Aculeo peitoral não chegando ao meio das ventraes, suas margens externas espinhosas. Nadadeiras ven- traes chegando um pouco á frente do anus. Pardo claro; caudal com uma larga mancha mediana denegrida que se projecta até a orla dos raios caudaes medianos; raios caudaes externos amarellos ». (Eigenm. & Eigenm.) Habitat: S. Cruz. Rio Grande do Sul — Juiz de Fóra. 110 — Otocinclus leucofrenatus ', Mir. Rib. Parecido com O. nofatus. Corpo alongado, gradativamente compri- mido para a cauda e anteriormente deprimido. Cabeça 3 e '/,; altura 5 e °/,,; maior largura 4 e '/,. Olhos 2 e '/, no espaço interorbital, 6 vezes na cabeça; cerca de 15 dentes em cada lado da bocca. Aculeo das peitoraes passando um pouco o meio do das ventraes e fortemente aciculado pelo lado de fora. Ventraes quasi attingindo a base do aculeo anal. Póro peitoral grande. Pardo denegrido mais intensamente sobre a cabeça e cauda; uma linha branca parte do rostro e, passando pelas narinas e arcada supraorbitaria, se bifurca no extremo do escudo tem- poral em duas, parallelas, a inferior das quaes segue a linha lateral. As vezes percebe-se outra superior, partindo da ponta do occipital e outra inferior partindo do operculo que é claro; os raios caudaes ex- ternos e a ponta dos seis immediatos superiores, brancos. Abdomen fina e irregularmente salpicado de negro. 6 centimetros. Habitat: Rio das Pedras, Iporanga — S. Paulo. 111 — Otocinclus flexilis ?, Cope «Muito proximamente alliados ás duas especies precedentes. (O. vittatus e O. vestitus.) Diametro ocular 4 e '/, 4 5 '/, no comprimento da cabeça. 25 escudos em serie longitudinal. Pardo claro com uma serie 1) Leucofrenatus ( Gr. lat.); leucos — branco; frenatus — que tem freios ( brancos » 2) Flexilis ( Lat.) — flexivel. A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 9 de 446 manchas escuras pelo meio dos lados e uma serie semelhante acima dessas. Nadadeiras manchadas ou fasciadas de escuro. Compr. maximo obtido: 55 mm.» (Regan.) Habitat: Rio Grande do Sul — Rio Jacuhy. Fig, 56 — Otocinclus flexilis, Seg. Cope 112 — Otocinclus obtusos ! De toe TEN Er SAD lat. 25 Cabeça 2 e 7/6; altura 4 e 1/3; olhos 5 e 1/3; 2 e 2/3 no espaço in- terorbital; dentes cerca de '/,, em cada lado de ambas as maxillas ; occipi- tal e temporaes de ponta angular, formando um tridente de pontas eguaes; placas lateraes do corpo fracamente carenadas ao longo da linha lateral ; no tronco, após as peitoraes e sob a linha lateral duas outras carenas indistin- ctas. Ventre nú com 3 placas no angulo do coracoide e uma 4 2 anteriores ao anus. Peitoraes attingindo o meio das ventraes; estas não tocando a anal que, reclinada, occupa 6 anneis. Caudal quebrada, 33 mm. s. caudal. Habitat: Brasil. Encontrado nas collecções do Museu sem indicação de especie alguma. 1) Obtusus (Lat.) — obtusus. 96 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL 113 — Otocinclus gibbosus ', Mir. Rib. Cabeça cerca de 2 e 1/2 vezes no comprimento; altura 3 e 3/5. Fo- cinho de contorno parabolico, muito regularmente dividido na orla pelas suturas das placas; zona central elevada; pre-orbitarios- salientes; for- mando com a zona rostral mediana uma depressão longitudinal em que ficam as narinas, em fossa ampla. Orbita 3 vezes no espaço interorbital; este 2 e 3/4 na cabeça; occipital com o centro saliente, formando uma gibba no alto da cabeça; temporaes grandes, finamente perfurados; quatro placas post-occipitaes delimitam a occipital; entre ellas e a dorsal ha duas placas transversaes divididas na linha mediana. Dentes ?/,, em cada lado da bocca; labios grandes recobrindo todo o espaço que vae da bocca à cintura sternal. Ventre com duas placas grandes na axilla das peitoraes, após a cintura sternal e algumas placas esparsas sobre a linha mediana, entre as bases das ventraes. Dorsal com o aculeo forte, tendo o bordo anterior aciculado e o posterior reticulado; peitoraes com o aculeo largo e curvo, densamente denticulado, do tamanho do primeiro raio e quasi attingindo o meio das ventraes. Estas com o aculeo muito robusto, porém menor do que os raios; emquanto aquelle chega á origem, estes attingem o meio do ultimo raio quando reclinado sobre o corpo. Caudal emarginada, com o raio inferior um pouco maior que o su- perior. Póro axillar grande, quasi do tamanho da orbita. Pardo até a dorsal, dahi para traz cada vez mais escuro até a cauda; uma nodoa triangular (de vertice anterior) atraz da dorsal duas outras sobre a linha mediana do pedunculo (a posterior sobre a base do raio caudal superior); duas outras inferiores, oppostas as superiores, amarellas de ochre. Dor- sal preta com a orla amarella; anal amarella com uma facha mediana transversal, negra; caudal amarella com a base e a orla e os raios ex- ternos de cor negra, peitoraes e ventraes tranfasciadas de escuro. 49 mm. Habitat: Bethary, S. Paulo. Hypoptopoma *, Gunther Proc. Zool. Soc. London, 234 — 1868 Apparentemente distincto de Oxyropsis pela compressão do pedun- culo caudal. Cabeça grande, fortemente deprimida, de contorno anterior sub-oval, com o maior diametro na região ocular; orbitas lateraes, moderadas; 1) Gibbosus (Lat.) =gibboso. 2) Hypoptopoma (Gr.): Hypos= em baixo, inferiormente; piptein = cahido, deprimida, e poma face, bochechas, - Pr A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 97 narinas superiores, linha orbital anterior. Duas placas post-oculares, mais ou menos divididas, de bordos parallelos, unindo-se quasi transversal- mente ao occipital, este hexagonal, terminando em duas placas post-occi- pitaes. Bocca pequena, com os dentes em uma fila, desenvolvidos; placas sub-orbitarias grandes, inferiores; 3 placas medianas ante a dorsal: esta elevada, com o aculeo mais fraco que o das peitoraes; adiposa, quando presente só annunciada pelo aculeo que é sempre rudimentar e anormal; peitoraes de aculeo deprimido, mais ou menos denticulado nos bordos, ventraes mediocres, inferiores ä dorsal, anal mediocre; thorax com a cintura sternal apparente, granulosa; abdomen recoberto por cer- ca de tres ordens de placas, das quaes as lateraes são transversalmente alongadas; região anal com placas grandes; caudal mais ou menos enta- lhada em crescente. Especies constatadas [Áculeo peitoral attingindo-a anal. ==. = renas H. steindachneri em nossas aguas.. \Acuteo peitoral näo Deu ocular 5 à 6 vezes * COE BNE gs Se 6 omen NA MCADECAME a NE H. inexpectatum Diametro ocular 6 el/2á 7 H. joberti 114 — Hypoptoma steindachneri ', Boul. DÉSERT PAIE SENTE at 22 «Comprimento da cabeça até o extremo posterior da placa post- occipital mediana apenas contido 2 e 3/4 no comprimento do corpo; a maior largura da cabeça um pouco mais de 1 e 1/3 no comprimento da - FIG. — 57/Hypoptoma”steindachneri"seg. Steindachner mesma. Olhos circulares, seu comprimento 1/3 da orla lateral do focinho. Dentes mandibulares pequenos, maxilla superior tendo em cada lado 17 à 18 denticulos que, afinal, cahem facilmente. O barbilhão proximo ao angulo da bocca mede apenas 1/2 diametro ocular. 1) Sfeindachneri — do prof. Dr, Franz Steindachner, 6378 13 98 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL A ponta dos raios peitoraes passa ainda um pouco o extremo posterior das ventraes e chega á origem da anal. O aculeo peitoral chega, em comprimento, á cerca de 1/3 do corpo e apenas quasi attinge a altura do acu- leo dorsal; elle é denticulado no bordo externo, deprimido e um pouco mais robusto que o aculeo dorsal que, no bordo anterior, é densamente aciculado. O aculeo ventral chega apenas á 1/2 comprimento do peitoral, é mediocre- mente largo e, em redor, especialmente na superficie inferior, provido de aci- culos villiformes. O delgado aculeo anal eguala em comprimento ao aculeo das ventraes. A caudal, nos exemplares de- senvolvidos, sobretudo, é francamente semilunar, sendo ambos os lóbos de egual comprimento. Entre o extremo posterior dos grandes escudos tem- poraes e a base dos raios caudaes medianos, conto apenas 22 escudos que são percorridos pela linha lateral. o ultimo destes escudos é em toda ex- tensão supero e infero-posterior, semilu- nar e cercado por 4 escudos menores, sobre os quaes seguem depois, em fila transversal, os pequenos cscudos que ficam sobre os raios caudaes. Na cabeça, os escudos que protegem a orla, mais distinctamente providas de aciculos pon - teagudos; as demais placas cephalicas tornam-se distinctamente menos asperas e parecem na maior parte granulosas. O numero, o tamanho e a posição dos FiG. 57 b escudos abdominaes, seräo claramente apreciados na figura junta, sujei- tos porém, 4 apresentar variacöes individuaes» (Steindachner ). Habitat: Amazonas, perto da föz do Rio Negro. 115 — Hypoptoma inexpectatum ', (Holmb.) D. 1 +7; A. 1+ 5; L. lat. 22 «Altura do corpo 5 e 1/2 4 5 e 3/4 no comprimento total, com- primento da cabeça quasi tres vezes. Diametro ocular 5 4 6 vezes no 1) Inexpectatem ( Lat.) —inesperado, PRE A, DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENE — PEIXES 99 comprimento da cabeça, espaco interorbital 1 e 3/4. Regiäo occipital _ egualmente convexa, sem ruga mediana. Escudos espinhosos, näo carenados, 22 numa série longitudinal. Face inferior da cabeça com uma série transversa de 4 pequenas placas adi- ante das claviculas; abdomen coberto por duas series longitudinaes de placas, a 3° série representada por uma unica placa mediana. Origem da dorsal acima da das ventraes, o comprimento de sua base egual a sua distancia do supra-occipital. Adiposa ausente. FıG. 58 — Hypoptoma inexpectatum seg. Regan. Anal 1 + 5. Aculeo peitoral projectando-se à extremidade posterior das ventraes. Caudal emarginada. Pedunculo ligeiramente comprimido, de comprimento contendo 3 1/3 4 3 e 1/2 a propria altura. Dorsal e caudal com manchas ou fachas escuras. 65 mm.» (Regan). Habitat: Matto Grosso — Descalvados. 116 — Hypoptoma joberti !, (Vaill.) «Comprimento da cabeça é mais ou menos 1/3 do comprimento do corpo, no adulto, a maior largura da cabeça, nos jovens, justamente 1 1/2, nos adultos um pouco mais de 1 e 1/2; largura da fronte cerca de 1 e 2/3; diametro ocular 6 e 1/2 ä 7 vezes; comprimento do foci- nho 2 vezes no da cabeça até a ponta do post-occipital. Em todos os exemplares ha um pequeno barbilhão no canto da bocca; o labio infe- rior desenvolvido, é fortemente papilloso, curvo em arco na orla poste- rior e desprovido de franjas. Cada metade do inter-maxillar, tem nos mais velhos, mais de 20 denticulos amarellos, dourados, bifurcados na ponta. Uma fila de 4 pla- cas osseas, transversalmente, no lado inferior da cabeça, entre os extremos inferiores das pequenas aberturas operculares ; algumas vezes separa-se 1) Joberti — do Prof. Dr. C. Jobert., que colleccionou esta especie em Caldeirão, Alto Ama- zonas. 100 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL do par mediano da mesma um quinto escudo que enche a regiäo entre o angulo interno da placa considerada por Günther e Cope como inter- operculo (?). O escudo post-occipital mediano varia em comprimento e constitue, posteriormente, sobre as placas cervicaes em meio de suas orlas posteriores, ora um angulo recto, ora um agudo. As narinas de cada lado da cabeça ficam tão aifastadas entre si, como dous angulos oculares anteriores. O lado inferior dos escudos marginaes anteriores do focinho são mais densa e grosseiramente den.ados do que os demais escudos cephalicos. O aculeo peitoral é de tamanho mais consideravel, sua ponta, chega justamente ou passa um pouco além do das ventraes, é sempre um tanto mais longo e robusto que o aculeo dorsal, contido cerca FIG. 59-— Hypoptoma jobertl, seg. Steindachneri de 3 e 2/5 à 3 e 3 3/5 no comprimento do corpo e denticulado no bordo externo. O aculeo ventral é, em relação ao seu comprimento, largo, deprimido, densamente denticulado em redor. Seu comprimento chega quasi ä 1/2 do dos aculeos peitoraes. O aculeo anal é egual á cerca de 1/2 do comprimento da cabeça. Adiposa com o aculeo frequentemente ausente; quando presente fica sobre o oitavo escudo dorsal, por detraz da nadadeira cesse nome. A caudal, de orla posterior profundamente semilunar, é do mesmo comprimento que as peitoraes, seus dous lóbos tornam-se fortemente acuminados para traz. Cinco á sete pares de placas. À. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 101 osseas recobrem a superticie ventral, dous à tres anteriores são sepa- rados entre si, por um ou dous escudos medianos; adiante d’esta placa ventral jazem dous pares peitoraes mais largos, porém muito mais curtos, entre as bases dos aculeos dorsaes. Um, muito variavel em tamanho e conformação, comquanto sempre muito longo, cobre a região entre as duas ventraes até a fossa anal; ás vezes se destaca, porém, a parte terminal, anterior, da mesma, immediatamente entre as ventraes, com uma placa especial. 23 4 24 escudos entre as placas temporaes e a base dos raios caudaes medianos, em uma linha, sobre o tronco. A dorsal e a caudal são coloridas de violeta suja sobre fundo amarello. As manchas da caudal constituem estrias transversaes, que correm parallelamente á orla posterior da nadadeira, e por isso são curvas em semi-circulo. As vezes ellas se fundem mais ou menos totalmente em fachas transversas. O lado superior da cabeça é (em exemplares em alcool) pardo-avermelhado claro, assim o são os escudos da linha su perior do tronco, ao passo que os lados do mesmo, muito mais claros, são de cor amarellada suja ou parda esbranquiçada.» (Steindachner). Habitat: Obidos, Lago Alexo, Manacápurú, Jutahy, Juruá. Oxyropsis ', Eigennm. & Eigenm. Proc. Calif. Acad. 2º Serie, 2º, 39 — 1890 Este genero, baseado especialmente sobre a depressão do pedun- culo caudal da unica especie conhecida, é assim estabelecido pelos Profis. Eigenmann: «Cabeca deprimida, olhos marginaes, orbitas infringindo ligeiramente a superficie inferior da cabeca. Cauda deprimida. Uma carena lateral. Ventre recoberto de placas granulares. Adiposa nulla». Especie conhecida: 117 — Oxyropsis carinatus °, (Steind.) DEZ Te AMIE bral later 25: «Corpo alongado, comprimido; comprimento da cabeça 3 vezes no comprimento do corpo, maior largura da cabeça cerca de 1 e 2/3; dia- metro ocular 5 e 1/2, largura da fronte cerca de 2e 1/3, comprimento do focinho pouco mais de 2 vezes no comprimento da cabeça (medida até o extremo posterior dos temporaes). O focinho é anteriormente muito obtuso, as duas orlas posteriores das placas post-occipitaes medianas, se articulam em um angulo obtuso. Dentes moderadamente numerosos. Lado inferior da cabeça até a orla lateral, recoberto de escudos como 1) Oxyropsis (Gr.); oxys — agudo; opsis vista, face. 2) Carinatus (Lat.) carenado. 102 ÄRCHIVOS DO MUSEU NACIONAL nas demais especies conhecidas. Interoperculo presente. Aculeo dorsal mais longo, porém, distinctamente mais fraco do que os peitoraes, que säo mais fortemente denticulados no bordo interno do que no externo. Adiposa ausente nos exemplares examinados. Caudal fortemente enta- lhada em meia lua, com o lobo inferior denegrido. Ventraes curtas, cerca de 1 e 3/5 no comprimento das peitoraes, cuja ponta não attinge per- feitamente o meio das ventraes. Escudos lateraes 25 entre a ponta posterior dos temporaes e a caudal, em uma fila longitudinal; sobre o meio da altura dessa fila de escudos corre uma carena longitudinal den- ticulada que falta nas outras espe- cies de Hypoptoma. Uma estreita fila de escudos ao longo do meio, outra muito mais larga nos lados da face ventral, até as nadadeiras desse nome. Posteriormente, adiante da grande placa anal, os escudos lateraes reunem-se aos da fila me- diana por pequenos escudos; mais para frente, porém, os escudos ven- traes das filas lateraes são separados dos da mediana, por um inter- spaço nú de largura moderada. Fossa anal circumdada anteriormente por um grande escudo, lateral e posteriormente por dous outros. Geralmente os escudos da cabeça e do tronco providos de denticulações que, no corpo, constituem filas longitudinaes moderadas. Um exemplar pequeno proce- dente de um affluente do Amazonas, perto do limite peruano.» Steind. Habitat: Solimões — Lago Hyanuary. Fig. 69 — Oxyropsis carinatus, seg. Steindachner. Farlowella ', Eigenm. & Eigenm. r. Calif. Acad. Sci. 2° Ser. II, 33 — 1890 Corpo muito alongado, mais ou menos pentagonal na parte ante- rior, muito deprimido na parte caudal; cabeça mediocre, com o focinho prolongado em rostro, um tanto elevado na ponta; bocca inferior, dentro de uma cavidade mais ou menos elliptica, circumdada de labios espesos e carnudos, bem desenvolvidos, reflexos, os anteriores apresentando maior ou menor numero de escamas entre o bordo rostral e o labial, o posterior granuloso; uma serie de dentes finos, angularmente curvos junto á ponta, de tamanho egual e dispostos como os dentes de um pente, para- rellamente nos intermaxillares e mandibulares; estes ultimos dispostos 1) Dedicado ao Dr. W. G. Farlow, da Universidade de Harvard. A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 103 angularmente, de modo ä desenhar o conjuncto das maxillas um trian- gulo isoceles, de vertice posterior; narinas moderadas, superiores, den- tro de uma fossa proxima á parte anterior da arcada orbitaria; orbitas lateraes, mediocres; abertura opercular pequena, ossos operculares pouco moveis, pequenos, recobrindo 5 (?) branchiotegaes rudimentares; placa temporal grande, granulosa ou aciculada, dorsal sobre a anal, caudal furcada, com os raios externos prolongados; peitoraes e ventraes mediocres. As placas constituem anneis transversaes de que os do tronco são multipartidos e em numero de 6 á 8, entre o escudo post- occipital e a dorsal. Systemas do Orenoco, do Magdalena, do Amazonas e do Paraná. As especies constatadas no Brasil distribuem-se na seguinte chave. fA. AN crs nee La TE DITES F. gladiola Abdomen sem série mediana, longitudinal de placas. _ . la. (e OS ce ae F. amazona (te raio anal sob o à RNA ultimo dorsal . . . . F. oxyrhyncha Abdomen tendo uma série mediana longitudinal de placas; : : Toes, terceiro raio anal sob o | ultimo dorsal . . . . F. gladius 118 — Farlowella gladiola ', (Günther) DAME ORA DA EP AIatU34 1 «Focinho excessivamente longo e estreito, em forma de espada distancia das aberturas branchiaes 4 sua ponta, maior do que a daquel- las ä dorsal; é inteiramente coberto de escudos lisos, sem aciculos. FIG. 61 — Farlowella gladiola, seg. Regan. Comprimento da cabeça (até o extremo do escudo occipital) apenas maior do que 1/3 do total (sem a cauda). Partes brandas circumdando a bocca, situadas em uma cavidade elliptica, cuja largura é 2/3 da propria largura; barbilhão maxillar curto, prega labial posterior mode- radamente desenvolvida. Olhos redondos, pequenos, seu diametro sendo 1/3 da largura do espaço inter-orbital. 1) Gladiola (Lat.) — espadinha. 104 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL Escudos com granulações pequenas arranjadas longitudinalmente ; escudo occipital com duas ligeiras quilhas divergentes posteriormente. Sete escudos entre a dorsal e o occiput, 22 entre a dorsal e a caudal. . O espaço enire a cavidade da bocca e a base das nadadeiras pei- toraes, recoberto por quatro séries longitudinaes de escudos arranjados em tres séries transversaes; ventre, com duas séries longitudinaes de escudos grandes, seis em cada série. L. lat. 34; as rugas lateraes apenas visiveis e coalescentes sobre a anal. Cauda muito deprimida. Peitoraes, 1 +5; ventraes, 1 +4; o raio externo dessas nadadeiras delgado e apenas espessado. Caudal pouco desenvolvida, com o raio superior e o inferior um tanto prolongados. Olivacea pardacenta uniforme; os raios externos das nadadeiras com manchas pardas». (Giinther). Habitat.: Rio Cupay. 119 — Farlowella amazona ' (Günther). D. 1+6; A. 6 «Focinho grandemente longo e estreito, a distancia das guelras ä sua extremidade sendo egual a distancia entre aquellas e a origem da dorsal; focinho inteiramente recoberto de pequenos escudos tuberculares, sem aciculos. O comprimento da cabeça (até o extremo do escudo oceipital) é 1/4 do total (com a caudal); olhos redondos, pequenos, seu diametro sendo 1/4 da largura do escudo inter-orbital. Sete escudos entre a dorsale o occiput, 23 entre a dorsal e a caudal. Thorax e ventre com duas séries longitudinaes de escudos grandes; L. lat. 34. Cauda muito deprimida. Peitoraes, 1 +6; ventraes, 1+5, o raio externo espesso e liso. Nadadeiras com pontos pardos». (Giinther.) Habitat: Amazonas, Santarém, Teffe, Gurupá, Obidos, Jutahy e Tabatinga. 120 — Farlowella oxyrhyncha * (Kner). Est. 30 fig. 1 D.1+6; A.1+5 Cabeça 3 e 2/3, distancia entre o supra occipital e a dorsal 5; largura da cabeça 3 e 2/3 no proprio comprimento; diametro occular (15 4 16) no comprimento da cabeça, tres no espaço inter-orbital, este cinco vezes na cabeça. Comprimento da parte prolongada do focinho, medido como em 1) Amazona (Lat.) — amazonica. 2) Oxyrhyncha (Gr.) — oxy, agudo; rhynch — rostro, focinho, (ou) bUOUAUIAXO BJOMOFIRA ‘13 Ney 9 OUIQUS Sones conten ‘adut IP IAX ‘JOA ‘jeuomen Nasnyw Op SOATYSIV VVV Sa 9sıallIspIdg PUNPA A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES F. gladius, 3 e 1/4 na distancia que vae da sua ponta ao anus e tres da parte post-orbital da cabeça. Rostro e cabeça recobertos de aciculos quasi sómente perceptíveis ao tacto ou á uma lente; 33 placas em linha longitudinal, oito placas trans- versaes entre o supra occipital e a dorsal. Uma série mediana de placas ao longo do abdomen. Caudal, com os raios exteriores prolongados. Castanho escura, uniforme, nada- deiras com a membrana amarelada e os raios castanhos; caudal, tendo os raios exteriores claros e uma facha longitudinal negra, acompanhando os quatros raios superiores que se seguem ao exterior, do lobo superior. Habitat: O exemplar que serviu ä descripção de Kner, proveio da Ca- choeira da Bananeira, Estado de Matto Grosso; o que serviu á presente pro- vém de Cuyabá, provavelmente do rio do mesmo nome, do mesmo Esta- do, o que amplia a distribuição dos peixes deste genero, confinados no Brazil, até hoje, ao systema Amazo- nico, ao systema do Paraná. 121 — Farlowella gladius ' (Boul.) DEI As « Comprimento da cabeça 3 e 2/3 no total, distancia do supra occipital a base do primeiro raio dorsal 6. Largura da cabeça, quatro vezes no proprio comprimento, diametro dos olhos 18 vezes, espaço inter-orbital, cinco vezes. Comprimento da parte prolonga- da do focinho (medido na superficie 1) Gladius ( Lat.) — gladio, espada. 6378 105 Bordenger FIG. 62— Farlowella gladius, seg. 14 106 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL ventral, da orla da área núa contendo a bocca) tres vezes na distancia que vae de sua ponta ao anus e 2 e 3/4 da parte post-orbital da cabeça. Lados da cabeça sem aciculos, 33 escudos em uma série longitu- dinal, 14 + 19, sete, entre o occipital e a dorsal; abdomen com uma série mediana de placas entre as séries lateraes. Raios caudaes externos fortemente prolongados. Todos os raios FIG. 62 A das nadadeiras com maculas escuras; caudal com uma estria longitudinal, denegrida no lobo superior; 210 millimetros». (Boul.) Rio Juruá. E’ bem provavel que esta especie não passe de uma simples varie- dade de F. oxyrhyncha, o que não fica aqui resolvido por falta de exemplares para estudo. Sturisoma ', Swainson. On the Nat. Hist. & Classif. Fishes, Amphib., etc. I, 337 — 1838 Corpo pentagonal, cabeça pouco deprimida, com o focinho recoberto de placas pela parte inferior e prolongado em rostro; barbilhöes pouco desenvolvidos; dentes numerosos e regularmente dispostos em uma fila nos intermaxillares e mandibulares; olhos pequenos, supero-lateraes, sem entalhe posterior; abdomen com ordens longitudinaes de placas mais ou menos regularmente dispostas. 1) Sturisoma (Gr. Lat. ); Sturio— Acipenser sturio, o esturjão ; soma = corpo. (‚xıdg) umyensol LWOSMMIS “43 yo “youd ourqes mos I ye eet ee rer PRA PR DAC og WIN) (DIORA yh am AR a, = ah a x i ¥ ro A - 1 dá Rui o. Ma load 2 = + B 2 ee eee nn ge nn een COS i ahnt Aa PT om ee te ve times ere ets ES ee À. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 107 Das especies conhecidas, habitam o Brasil as seguintes: fAculeos ventraes attingindo a base do terceiro raio anal. S. rostrata. Vo» » passando a base da anal... . . . . S. barbata. 122 — Sturisoma rostrata, ' Spix. Est. 31, fig. 2 DD liar (So DL Sr ab Sus SS) elis Cabeça 4e 1/3 à 4e 2/3 no comprimento, tres placas depois de cada post-temporal, limitando os lados de uma mediana, dividida ao meio, a qual é tambem limitada, posteriormente, por um semi-circulo irregular, composto de duas á quatro placas (uma á duas para cada lado); placa predorsal heptagonal, inteira, cercada por seis placas; ca- renas dos lados do abdomen baixas, unindo-se mais ou menos sobre a 19? placa lateral, elevando-se um pouco antes dessa região e tendo quatro à seis aculeos moderados; as demais placas lateraes do pedun- culo são tambem aciculadas no meio; placas abdominaes medianas em tres series entre as peitoraes e ventraes. Olhos duas a duas e meia vezes no espaço inter-orbital, 7 e 1/2 4 9 1/2 no comprimento da cabeça. Lado da cabeça, até as peças operculares, nos machos, recobertos de aciculos finos, porém, curtos. Aculeo dorsal igualando á distancia que vae do labio inferior 4 placa préanal mediana; os outros raios gradati- vamente menores; peitoraes com aculeo (com aciculos curtos) pouco maior que o primeiro raio nos dous sexos e atlingindo o bordo da pri- meira placa posterior á axilla das ventraes; estas nadadeiras sob a base do aculeo ou do primeiro raio dorsal; o seu aculeo é quasi do mesmo tamanho que o segundo (nos dous sexos) e attinge quando muito a base do terceiro raio anal; esta nadadeira com o aculeo tambem pouco maior do que o primeiro raio; caudal com os raios externos prolongados. Os exemplares que serviram á presente descripçäo mediam de 171 4 250 millimetros. Castanho claro, com os raios transfaciados de escuro. Habitat: Amazonas, Caldeirão, Manacapurú, Rio Branco, Jurúa e Paraguay. 123 — Sturisoma barbata ?, (Kner). 1D), I ara dba OS Ib, ein So «Fórma da precedente; a segunda e a terceira placas post-cervi- caes grandes, pela união das suturas o que as torna apparentemente simples. Olhos tres vezes no espaço inter-obital; aciculos lateraes da cabeça, grandes; peitoraes e ventraes com o aculeo prolongado, o das 1) Rostrata (Lat.) = de rostro, de focinho grande. 2) Barbata (Lat.) = barbada, referencia aos aciculos dos lados da cabeça. 108 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL primeiras attinge a terceira placa posterior ä base e o primeiro raio a base das segundas; o das segundas attinge a primeira placa posterior á anal e o primeiro raio das mesmas chega à frente da ultima nada- deira. Abdomen com tres series longitudinaes de placas (Kner). Gunther (P. Z. Soc. 1868 — 235) disse que Kner, não sabendo que os machos das Loricarias tinham o focinho revestido de cerdas, descre- vera a femea de Loricaria rostrata como tal especie a o macho como FIG. 63 — Sturisoma barbata, Seg. Kner. L. barbata; esta asserção de Giinther induziu os Eingenmann a consi- derar as duas especies como synonymas; até T. Regan que as separou de novo. Com effeito não só a disposição das placas post-cervicaes é. diversa nas duas especies, como os aciculos dos lados da cabeça do macho de L. barbata são muito mais longos e espessos do que no clã cd di 0 7- Ea A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 109 macho de L. rostrata; além disso a proporção das peitoraes e ventraes é muito differente, como se póde verificar comparando as figuras respe- ctivas, dadas no presente trabalho. Habitat. Cuyabá. Parasturisoma, ' Nob. Forma pentagonal e semelhante ä de Sturisoma; cabeça triangular, vomeriforme, sem projecção anterior nem revestimento inferior do rostro ; olhos sem entalhe posterior, parte inferior revestida de placas irregu- lares. Dentes numerosos setiformes; o mais como em Sturisoma. Especie conhecida : 124 — Parasturisoma brevirostris * (Eigenm. & Eigenm.) D. 8; A. 6; L. lat. 34 «Corpo pouco deprimido anteriormente, sua altura uma e meia vezes na largura. Altura da cabeca uma e meia no focinho. Cabeca sem carenas ou rugas, sua superfície e das placas, hispidas; perfil transversal do occiput regularmen.e convexo. Orbita sem entalhe, tres e meia no focinho, sete na cabeça, duas no inter-orbital: perfil anterior pouco concavo; fo- cinho triangular, agudo, pouco mais longo do que o resto da cabeça. Margem da cabeça com pequenos aciculos moveis. Dentes finos, nume- rosos, bem desenvolvidos em ambas as maxillas; labio superior gra- nuloso, labio inferior inteiro, redondo, densamente papilloso. Peito e face inferior da cabeça com numerosas placas irregulares; ventre com cinco series. Carenas lateraes coalescentes em uma á cerca do 20º escudo; a superior obsoleta na frente. Distancia entre a dorsal e a ponta do fo- cinho ligeiramente maior do que o terço do comprimento. Primeiro raio dorsal mais comprido do que a cabeça. Raios da dorsal e da caudal francamente maculados, outras nadadeiras uniformes ». ; (Eigenm. & Eigenm.) 210 mm. Habitat : Içá. Harttia °, Steindachner. Sitzungsher. Akad. Wein LXXIV, 668 — (110 in sep.) 1876. Corpo grandemente deprimido; cabeça moderada, com o focinho de contorno parabolico (especialmente nos machos); barbilhões impercepti- 1) Parasturisoma (Gr. lat.) == Para = ao lado de; Sturisoma gen. citado. 2) Brevirostris (Lat.) — de focinho curto. 3) Justa homenagem ä Carlos Frederico Hartt, que foi chefe da Commissão Geologica do Brasil e não obstante a sua profissão muito concorreu para o conhecimento dos peixes do Brasil, colleccionando-os para o Museu Nacional do Rio de Janeiro e outros estabelecimentos conge- neres estrangeiros. 112 > ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL Hemiodontichthys ', Bleeker Nederl. Tijdschr. Dierk, I, 81, 1863. Corpo deprimido, cabeça vomeriforme com o focinho prolongado n’um rostro moderado, egualmente recoberto de placas na face inferior; bocca provida de dentes curtos sómente nos mandibulares; orbita com entalhe posterior; abdomen recoberto de placas grandes. Dorsal sobre as ventraes, caudal com o raio superior prolongado. Especies conhecidas : Ponta do focinho provida de aculeos retrorsos, peitoraes com osjacíleos MENOFES QUE ONEMTAIO EEE E H. acipenserinum. ) Ponta do focinho desprovida de aculeos retrorsos, peitoraes | compos) aculeos maiores QUE OM ÉTALO EN RE ee H. depressus. 127 — Hemiodontichthys acipenserinus ?, (Kner). Est. 32 fig. 2 DE TS AS EO db at 27: Grandemente deprimida; cabeça 3 e 2/3, com o rostro um tanto curvo para cima e dilatado na ponta que é provida de espinhos curtos retrovertidos; toda sua parte superior é longitudinalmente rugosa, sendo as rugas sobrepujadas por uma crista de aciculos finos; dentes nas mandibulas muito curtos e pouco numeros; labio inferior muito delgado ; narinas n'uma fossa oblonga, grande; orbitas grandes; excavação post- orbital idem, a iris emitte um processo superior bastante longo que chega até o meio da pupilla, tal qual como em cercas rayas, post-oc- cipital e as 2 placas que se lhe seguem bicarenadas; as carenas late- raes do corpo moderadamente aciculadas; dorsal sobre o ultimo raio das ventraes, anal posterior á dorsal, caudal com o raio superior pro- longado; peitoraes redondas com os aculeos curvos, menores do que o 1º raio, finamente aciculados e de bordos denticulados; estas nadadei- ras quasi que se podem occultar por completo sob o corpo do peixe. Parda trasfasciada de escuro; dorsal com os raios annellados ; cau- dal denegrida na base. 14 cm. Habitat: Guaporé, Manacapurú, Caldeirão e Javary. 1) Hemiodontichthys (Gr.)—Hemi=metade : odon—dente : ichthys—peixe. 2) Acipenserinus (Lat.)—acipenserino, em forma de acipenser ou esturjão, a (19uyj) snunosuadioe SAYJUOUOPOILOH — q ‘SIA | "hy UN PUC eye — [BH ‘18 HUM Ÿ OUIQUS dur prunps “f ‘youd “qui JUN ap ‘Vv A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 113 128 — Hemiodontichthys depressus ', (Kner). «Comprimento da cabeça 4 no total, 3 1/4 ou 1/3, no comprimento do corpo; largura da cabeça 3/5 no seu comprimento e egual a dis- tancia entre a ponta do focinho e a orla anterior da fossa nasal; enta- lhe post-orbital fraco, seu comprimento egual 4 1/3 do diametro ocular; olhos muito proximos entre si, apenas 4 1 diametro; ao contrario a 5 da ponta do focinho. Pupilla profundamente recortada em meia lua, com o processo redondo. O focinho termina em uma ponta estreita, rostri- forme, como nos esturjões, um tanto curvo anteriormente, desprovido de denticulações ou ganchos. Tambem toda a parte superior da cabeça, até o dorso, quasi totalmente lisa, todos os escudos da cabeça justa- mente soldados, suas suturas apenas visíveis, sua face externa fina- mente granulosa. Só no meio do focinho se elevam duas cristas lisas separadas por uma depressão e que se reunem, entre as narinas, em uma carena obtusa, mediana. As grandes placas da região temporal, se deprimem asperas e deseguaes adiante das demais em consequencia das numerosas depressões que as entalham. A parte anterior do tronco não tem carenas; ao longo do seu meio até a dorsal é deprimida em canal, em os lados mediocremente saliente e tambem muito deprimida, de modo que a altura do corpo, adiante da dorsal, apenas mede 1/3 da propria largura. Das duas carenas lon- gitudinaes lateraes, a superior é pouco apparente, só a inferior, fina- mente denticulada, produz uma verdadeira carena lateral. Ambas per- correm longitudinalmente 13 4 14 escudos, separadas, aproximam-se de- pois gradativamente e ficam como na regra, reunidas em uma sobre os ultimos 14 ou 15 escudos da cauda. A linha lateral, muito visivel ante- riormente nada offerece de irregular desde ahi. Os escudos marginaes da cabeça são fortemente angulosos, se es- tendendo ainda ä face inferior, deixando, porem, livre a região oral. O labio anterior é pouco, o posterior rasoavelmente desenvolvido, quasi liso, apenas recoberto de delgadas papillas, sua orla tem em cada lado, symetricamente, quatro pequenos cirrhos. Os filiformes barbilhões maxil- lares são curtos; os maxillares estão em connexão com a ponta do focinho por um processo osseo. Os intermaxillares são rudimentares; externamente e sobre nenhuma de suas partes se percebe dente algum, mesmo com fortes lentes. Os egualmente curtos mandibulares são, ao contrario, providos de dentes mui pequenos e que, sob a lente, appa- recem entalhados delicadamente ou simples e em fórma de colher e só em pequeno numero. Peito e ventre são em parte recobertos de placas osseas pequenas, parte de grandes. Perto da bocca ha numerosas pe- (1) Depressus (Lat.)—deprimido. 6378 15 114 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL quenas escamas ou em toda a largura entre os escudos lateraes da ca- beca, ou sömente na parte mediana que variam notoriamente de numero, forma e distribuição. Entre os escudos peitoraes começam depois os grandes escudos e sobre os lados justamente, uma fila de placas emquanto que a zona mediana fica occupada por 3 á 4 filas de curtos escudos polygonaes. A parte posterior do abdomen é recoberta por um escudo composto de peças mais intimamente unidas, o qual tem a forma de um triangulo cujo vertice truncado fica sobre a fossa anal. O peito e o ventre são completamente chatos, as peças abdominaes que se articulam com os escudos lateraes carenados, não se imbricam uns sobre os outros. À posição das nadadeiras, a extensão relativa de seus raios e o numero dos anneis caudaes que lhe ficam posteriores serão melhor comprehen- didos na figura feita do natural. Lado dorsal maculado de escuro, assim tambem os peitoraes; a dorsal mostra na base, entre os primeiros raios, uma grande macula; lado ventral, labios e as demais nadadeiras uni- formes. Comprimento 135 mm; filamento caudal, 15 mm.» (Kner). Habitat: Rio Negro, Marabitanos. Pseudohemiodon, ' Bleeker. Nederl. Tijdschr. Dierk. I, 80 — 1863 Corpo deprimido; cabeça larga, vomeriforme, com o focinho cir- cumdado de placas sem area núa anteriormente; intermaxillares e man- dibulares com uma fila de 5 á 7 dentes ás vezes auzentes nos interma- xillares; barbilhões maxillares desenvolvidos; orbita com o entalhe pos- terior vestigiario; nadadeiras curtas, a dorsal sobre as ventraes, a anal posterior á dorsal; thorax e abdomen recobertos de placas mais ou menos regulares; caudal com o raio superior muito prolongado. Especie constatada no Brasil: P. platycephalus. 129 — Pseudohemiodon platycephalus ? (Kner). DIS Ao «A largura da cabeça é egual ao seu comprimento e este é con-. tido 4e 1/2 vezes no comprimento do corpo; os olhos são pequenos e o entalhe post-orbital muito fraco, o espaço interorbital contém apenas le 1/2 diametros oculares; elles são por isso superiores, e ficam a um diametro da fossa nasal, 4 quatro grandes diametros (inclusive o en- talhe) orbitarios da ponta do focinho. Natterer induz pela descripção 1) Pseudohemiodon (Gr.) = Pseudo, falso; Hemiodon (Hemodontichthys) gen? ref. 2) Platycephalus (Gr.); Platys = chato; cephalê — cabeça. FRE À. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 115 do seu exemplar, ä crer que tenha uma pupilla redonda «que seria re- coberta externamente por um revestimento dermico semicircular, con- tractil, de modo que da pupilla apenas apparece um semicirculo muito fino» e marginado por uma orla estreita, branca suja. A orla orbitaria superior, pouco elevada e apenas sensivelmente denticulada, se prolonga para irente em uma crista divergente da do olho opposto; ao longo do meio se elevam duas outras muito proximas, pelas quaes a linha me- diana apparece deprimida em sulco. Todos os escudos cephalicos são asperos, mais ou menos providos de curtas denticulações retrovertidas; a orla da cabeça e do largo e arredondado focinho, densamente pro- vida de finos aciculos. O escudo mediano post-occipital tem duas ca- renas aculeadas, contiguas, assim como os dous primeiros escudos dor- saes medianos, pelos quaes ellas correm juntamente e tambem paral- lelas, mas um pouco mais distantes. As placas post-cervicaes lateraes e as circumvisinhas dorsaes, são visivelmente carenadas; as duas ca- renas lateraes communs, porém, fortemente salientes e fortemente den- ticuladas. Ellas percorrem 13 á 14 escudos separadas e reunidas os 17 anneis caudaes. A linha lateral é fracamente perceptível. No lado inferior da cabeça os escudos marginaes que a contornam constituem uma orla estreita, na ponta de focinho, porem, larga; esses escudos são muito asperos. O labio anterior, tanto quanto permitte ver a bocca ressecada, é provido de numerosos barbilhões dentre os quaes o barbilhão ma- xillar livre chega ä abertura das guelras; os inter maxillares são vesti- giarios. O labio posterior é grande, liso, provido de franjas curtas só- “mente na orla. As mandibulas são egualmente pouco. desenvolvidas ; os dentes (de que ha cinco de cada lado) são curtos, mas com a corôa relativamente muito larga, apenas emarginada na orla e não recortada plicadamente. Peito e ventre grandes e asperamente couraçados, o pri- meiro desde a região das aberturas branchias. A largura abdominal tem tres filas longitudinaes de escudos, uma no meio e duas lateraes as quaes são em numero de quatro de cada lado entre as nadadeiras pei- toraes e ventraes. A fossa anal fica fronteira ao extremo da base da dorsal, logo depois das ventraes ä tres grandes placas da nadadeira anal. O lado inferior do pedunculo caudal é fortemente arqueado no meio, o superior quasi plano. Pelo numero dos raios da nadadeira esta especie se aproxima das demais Loricarias, em relação da brevidade dos mesmos ella se approxima de Hemiodontichthys depressus e H. aci- penserinus. A dorsal se origina justamente no segundo terço do com- primento do corpo; o seu primeiro raio, moderadamente forte, é, com excepção do filamento caudal, o mais longo de todos os raios de todas as nadadeiras; comtudo, apenas é maior do que 2/3 do comprimento da cabeça. O primeiro raio peitoral é deprimido, curto, curvo e muito aspero; termina obtusamente, como se fosse quebrado, o que não é entretanto o caso. As ventraes ficam justamente no mesmo plano da 116 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL origem da dorsal e não attingem a anal, que nasce 4 meio corpo € tem os raios mais curtos que a dorsal e mais longos, entretanto, que as das ventraes. O raio terminal do lobo caudal superior é prolongado em um filamento de cerca de 1/2 do comprimento do corpo. O exemplar secco, parece pardo claro uniforme, as nadadeiras, com excepção da anal, maculadas de denegrido. Natterer dá o colorido do seu exemplar do seguinte modo: «Iris parda, como toda a parte superior do corpo, lado inferior branco sujo, nadadeiras um tanto avermelhadas ». O mesmo estava egualmente indicado como sendo femea e provida de dous gran- des ovarios. Comprimento (sem o filamento caudal) cerca de sete pol- legadas. (Ca. 180 mm.)» (Kner). Habitat: Rio Cuyabá, Matto Grosso. Günther suppõe que a figura que se encontra em o Atlas de Cuv. & Valenc. da est. 452, seja Storisoma rostrata : Pr. Zool. Soc. 235-1868; a minha conjectura é que aquella estampa antes representa a especie acima descripta, como o fazem suppor a fórma deprimida do corpo, as placas cervicaes, o numero de placas posteriores á dorsal e o longo filamento caudal. Loricaria ' Linneu. Syst. Natura, 307 — 1758 Corpo couraçado, ás vezes nú na superficie abdominal; cabeça in- feriormente nia, vomeriforme; bocca inferior, provida de labios carnu- dos e reflexos lisos ou papillosos redondos posteriormente ou truncados, mais ou menos divididos por uma préga longitudinal e com o bordo posterior inteiro ou franjado; elles empolgam o barbilhäo maxillar, em quasi todo o comprimento; em cada lado, quatro à 25 dentes bifidos, recurvos em uma série externa; olhos superiores, mais ou menos pro- ximos, orbita mais ou menos entalhada no bordo posterior. Duas ca- renas lateraes, aproximando-se ou unindo-se mais ou menos posterior- mente sobre os lados do pedunculo caudal. Dorsal 1 +7; A.1+5; peitoraes 1 + 6; ventraes 1 + 5. Os peixes deste genero são vulgar- mente conhecidos pelos nomes de Violas, Cachimbäos, etc. As seguintes 1) Loricarius — couraceiro, que traz ou faz couraças. O TE E A EEE en GI a ee e RENA 10 dentes Td crete eee EEE SO QISODOVODO COD DOD OO OU OU ODO ODD DOE = = = UU GSE 0 else AVI CO DCO ete = + (= ie tele | vertex e placas post occipitaes indistinctamente aciculados iwertex e placas post occipitaes francamente aciculados lados do abdomen com 7 4 8 placas entre as peitoraes e as ventraes lados do abdomen com 12 placas entre as peitoraes e as ventraes... \ PAIat 3074037 Orbita sem en- 8 talhe posterior ei, aaa Ne in aguas do | aculeo peitoral [diametro orbital 5 maior que os| € 1/2 vezes na ca- raios chegan-| beça, placa anal 0 ausentes rer orbita com entalhe posterior bai- do o 1: terço E 5 das ventraes xo L. lat. 31 á 32. maisoumenos | diametro orbital 6 ä 7 vezes na ca- bega, placa anal presentererr er: aculeo peitoral maior que os raios € näo chegando ao bordo das ventraes . acuta. . typus. . anus. . nudirostris. . labialis. . cataphracta. . leviuscula. . cadée. . parva. . konopickii. L. maculata. . lanceolata. . phoxocephala. . cubataonis. . lima. . kronei. . latirostris. . microlepidogaster. . vetula. . apeltogaster. . macrodon. . parnahybæ. . piracicabæ. . nudiventris. . evansi, umaÿserie de placas{abDdOMINAR SERRE ere re eee eee nee STO PR RR ao bo ft OÙ suoos k x \ cabeca mais ou menos aciculada duasyseriesgdegplacasgaDdominges rer er eee pean EE eters acter rere CE sem estriagöes longitudinaes. | uma á duas series longitudinaes ...............- L. lat. 32-36.................................. BEE EE D nck ip Go GE CEE NEE CAP so DES CEST CEE placas nucaes lateraes carenadas.............. cabega fina e longitudinalmente es- triada Bs ee placas nucaes lateraes lisas ................... : de placas dis- FUSES Gone ies late 33/4135) acarenasipost-occipitaes\duplassy salicntessseeee sane eee esse eer ee à ae nen COTPOgAqUasIw SOFT re TIERE N ESS EINES diametro orbitario egual ou maior que o diametro es longitudinaes inter orbital 22 A ES PA eee een RR corpo um tanto hispido, aciculado .............. re AN ANDSadD opa as Oo SUBS Cana asa Ono nado SS LOU AAA CU OS L. lat. 25 4 31 | carenas post- occipitaes mo- deradas...... diametro orbita- rio menor que o diametro in- | ter-orbital.,.. ventrerecoberto = N de numerosas placas irregularmente dispostas .................... Especies que foram constatadas em aguas do Brasil. ventre nú, quando muito aciculado................ 1) Não verificado em L. cubataonis, Pag. 116-a carenas lateraes reunindo-se sobre o 13° ou 14° annel; raios caudaes externos superiores e inferiores prolongados....................................... quatroraxcincosplacasgentresasipeitoraesgenventraestr EE ee corpo maculado indistinctamente transfaciado de negro, caudal com a ponta do lobo carenas lateraes A A A inferior denegrida reunindo-se sobre o 15° ou 17º annel; cau- escamas do cor- po não carena- peitoraes nor-| das Corpo e nada: dal com o raio maes nos dous deiras larga- externo supe- sexos (1)... mente transfa-\ rior prolon- ciados de ne- gado........., | sete a oito pla- Bro..........- | dentes numerosos cas entre as à peitoraes e as escamasidojcorpolpluricarena dag EEE das ventraes..... vertex e placas post occipitaes indistinctamente aciculados .. |machos com as peitoraes bastamente aciculadas . vertex e placas post occipitaes francamente aciculados............-.. lados do abdomen com 7 á 8 placas entre as peitoraes e as ventraes LAS CEA CL 5666000040 bs po baRs o vondosodosa lados do abdomen com 12 placas entre as peitoraes e as ventraes... EWEN CELA Tee posa cada ApLabosoaoBoo I Je fue Rire y talhe posterior Lo TENS EN ELSE ocooavodabasocodss RETTET diametro orbital 5 e 1/2 vezes na ca- bega, placa anal aculeo peitoral maior que os raios chegan- do o 1º terço das ventraes mais ou menos É sem en- Vorbita com, entalhe posterior bai- xo L. lat. 31 á 32. diametro orbital 6 á 7 vezes na ca- beça, placa anal presentem er aculeo peitoral maior que os raios e näo chegando ao bordo das ventraes ft lat. 32; 4 placas entre as peitoraes e as ventraes............ OO BALHOHSOU BGO OAGSObBODOOGOCUNS IR lat. 29:8 > +» > > . acuta. . typus. . anus. . nudirostris. . labialis. . cataphracta. . Iæviuscula. . cadêæ. . parva. . konopickii. L. maculata. L. lanceolata. . phoxocephala. . cubataonis. . lima, . kronei. . latirostris. . microlepidogaster. . vetula. . apeltogaster. - macrodon, . parnahybæ. . piracicaba. . nudiventris. . evansi, À. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 117 130 — Loricaria acuta ', Cuv. & Val. DISS FAME ET lat. 31. «Esta especie, da qual só temos um exemplar secco e com as na- dadeiras pouco completas, tem o focinho tão agudo como Lor. anus e a cabeça ainda mais estreita. Sua largura é '/, do seu comprimento, de resto, suas proporções são pouco mais ou menos as mesmas; sua orbita tem atraz dos olhos, um prolongamento triangular, cavado no osso do craneo e do qual apenas se vê um começo nas precedentes, de modo que a sua extensão ,é cerca de '/, da cabeça. O diametro ocular é '/, menor e os olhos estão ä pouco mais de I diametro entre si. As cristas lateraes são tambem assignaladas, mas, as da parte superior do dorso estão quasi apagadas. Os dous angulos lateraes, são, até a 19? placa, seguidos de 12 ordens de gume simples. Os maxillares são pelo menos eguaes ao dobro dos da primeira especie e não vejo dentes nas ma- xillas. Comtudo não ouso informar sobre este caracter e nem posso dizer como éra o labio, nem se o raio superior da caudal se prolongava. A parte inferior do thorax é guarnecida de uma unica ordem de placas transversas em numero de seis, e há seis outras de cada lado entre as peitoraes e as ventraes. Os escudos são apenas espessos, os primeiros raios das peitoraes são comprimidos e cortantes; os das ventraes, mais arredondados, parecem ter sido, ao menos da mesma extenção. Todos são quasi lisos. O nosso exemplar d'um pardo amarellado, por inteiro, foi recebido do Museu de Lisbôa. Póde-se crêr que elle proceda do Brasil.» (Cuv. & Val.) Desta especie dizem os Profs. Eigenmann serem os dentes pequenos e numerosos, bem desenvolvidos; a placa anal grande precedida de tres outras; e a caudal emarginada; cabeça maculada obscuramente e corpo marmorado de escuro; dorsal idem com a ponta do lobo inferior dene- grido; anal maculada; peitoraes e ventraes escuras indistinctamente ma- culada, quasi negras nos machos; peito denegrido (nos machos) e mar- gem dos labios negra. Ca. 26 centimetros. Habitat: Rio Negro, Amazonas e afiluentes. 131 — Loricaria typus * (Bleeker). «Comprimento da cabeça 4Ae!/,ä 4 e /, no total. Largura da mesma 1 e !/; no proprio comprimento, diametro ocular 6 e '/, 4 8; espaço interorbital 3 e !/; á 3 e °/,, comprimento do focinho 2e'/,42e'/;. Fo- 1) Acutus (Lat.) — aguçado, agudo. 2) Typus (Lat.) == imagem, 118 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL cinho redondo, lado superior da cabeca, no adulto, sem carenas,, geral- mente convexo; orbita sem entalhe grande; labio inferior liso ou com papillas muito pequenas, com papillas um pouco maior posteriormente e franjas marginaes curtas; liso no macho, com as margens inteiras, muito grandes, cobrindo toda a superficie núa da cabeça; porção livre do barbilhão, mais comprida que o diametro ocular; intermaxillares com 10 dentes pequenos, cada um; mandibulares com perto de 20. 31 escu- dos n'uma serie longitudinal 20 ä 21+ 10 ou 11, as carenas laleraes agudas, separadas em toda a extenção, os demais escudos não care- nados. Face inferior da cabeça núa; abdomen com duas series de placas Fio. 65 —lLoricaria typus — Ses. Eigenmann & Ward entre as series lateraes; placa anal bordada anteriormente; por 2 ou 3. Primeiro raio dorsal um pouco mais comprido do que ja cabeça; aculeo peitoral projectando-se até a base das ventraes; segundo ou terceiro raio das ventraes o mais longo (no adulto); caudal emarginada. Largura do corpo no nivel do primeiro raio anal 3 e /, 4 4 vezes na distancia que vae desse ponto á caudal. Numerosas manchas escuras na cabeça e na parte anterior do corpo; nadadeiras com pequenas manchas, mais numerosas e parcial- mente confluindo em fachas junto dos bordos. 290 mm.» (Tate Regan). Habitat: Bacias do Amazonas e Paraná. Rios Puty e Preto; San- tarem, Javary. A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 119 132 — Loricaria anus !, Cuv. & Val. Est 33er 1 DEE EEE lat 3222736 Cabeça grande, vomeriforme, 4 e '/, no comprimento; largura 1 e '/; ä 1 e'/,; focinho quasi duas ou mesmo duas vezes no compri- mento da cabeça; de cada narina parte uma depressäo larga o que mais realça a elevação da placa orbitaria superior; orbita 7 '/, 4 8 (6 e '/, 4 13 segundo Regan); espaço interorbital 4 e ?/, (á 3 e!) segundo Regan); labios pouco franjados no bordo lateral, o posterior dividido ao meio por uma prega longitudinal; lado inferior da cabeça nú; placas post-occipitaes indistinctamente carenadas, as temporaes mais baixas, finamente aciculadas; ventre com uma série mediana de escudos entre as lateraes, ás vezes os escudos anteriores, da linha mediana se dividem; placa anal grande, marginada por tres escudos grandes, ante- riormente; as carenas lateraes se unem sobre o 24º (30º segundo Cuv. & Val.) annel caudal; da dorsal e da anal parte uma depressão que chega até a caudal. Dorsal trapezoidal, o aculeo maior que os demais raios, pouco mais ou menos egual ao comprimento da cabeça, o ultimo raio pouco menor que '/, do aculeo peitoral; estas nadadeiras attingindo a base das ventraes que são redondas tendo o 3º e o 4º raios maiores que os outros e attingem a base do aculeo anal; este maior que os raios anaes e egual ao aculeo peitoral; caudal obliquamente lunada, tendo o lobo superior prolongado, maior que o inferior; raio externo daquelle lobo prolongado em filamento curto. Castanho uniforme, nada- deiras, dorsal e caudal francamente maculadas; aquella um tanto obscura no bordo posterior; peitoraes e ventraes obscuras. Habitat: Descripta por Cuvier e Valenciennes sobre exemplares procedentes do Rio da Prata, foi mais tarde descoberta por Hensel no sul do Brasil, o que foi confirmado por Eigenmann & Eigenmann e depois descripta por Steindachner sob o nome de Lor. spixii, sobre exemplares do Parahyba, Santa Cruz, Rio Quenda, Samambaia e Men- des, Campos, Muriahé e S. Matheus. Um dos exemplares que serviram ä presente descripção procede do Rio Pomba — Minas Geraes. 133 — Loricaria nudirostris ? Kner. Est. 33 fig. 2 DU aly lat 30F4 32: Cabeça 4 e 1/2, longitudinalmente estriada e de perfil um tanto concavo, sua largura é egual a 1/2 da extensão que vae da ponta do 1) Anus (Lat.) = velha. 2) Nudirostrum (Lat.); nudus — nú; rostrum, rostro, bico, focinho, 120 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL focinho a orla posterior da primeira placa post-occipital, olhos 7 a 8 vezes no comprimento da cabeça, entalhe maior no joven, egualando á 1/2 do diametro ocular. Bocca provida de labios grandes, com uma prega longitudinal mediana que divide o posterior em duas ametades ; o anterior é apenas denticulado nos bordos, até os barbilhões de cima, estes attingindo, no maximo o bordo opercular. Abdomen recoberto de placas numa série posteriormente, em duas e depois quatro anterior- mente, entre as lateraes; placa anal mediocre, precedida de tres escu- dos irregularmente pentagonaes, placas post-cervicaes medianas com duas carenas accentuadas, tambem se nota uma carena sobre as placas que ficam ao lado daquellas. Peitoraes mediocres, porém attingindo a base das ventraes, estas attingindo o 3º raio da anal sobre o terceiro raio ventral. Coloração uniforme em individuos em alcool. Dous individuos de 140 e 235 mm. Habitat: Rio Negro, Amazonas (Caldeirão). 134 — Loricaria labialis ', Boul. DEE TIASIEIIES ACER: «Dentes pequenos, rudimentares, em ambas as maxillas. Cabeca 1 e 2/5 tão longa quanto larga, 4 e 1/2 4 4 e 3/4 no comprimento total; focinho obtusamente pontudo francamente saliente adiante do labio; escudos cephalicos asperos, com espinhos villosos, excepto na orla da ponta do focinho sem carenas; diametro da orbita 6 4 6 e 1/2 no comprimento da cabeça, 3 no do focinho, 1 e 1/2 no espaço inter- orbital; um largo entalhe post-orbital; préga labial inferior mediocre nas femeas, muito grande e chegando aos escudos peitoraes nos machos, sem entalhe e sem franjas. Dorsal com o primeiro raio quasi do comprimento da cabeça, justamente sobre a base das ventraes. Peitoraes | + 6 do comprimento da cabeça, medida até a borda poste- rior da orbita, não chegando 4 base das ventraes. Estas 1+5, do comprimento das peitoraes, chegando a origem da anal. Raio caudal superior prolongado em filamento. Escudos lateraes com as duas cristas se reunindo sobre o 21º ou 22°; escudos nucaes sem carena; 18 escu- dos entre a dorsal e a caudal, 16 entre a anal e a caudal. Peito e ventre recobertos de escudos; escudos peitoraes numerosos, polygonaes, irregulares; ventraes 4 ä 6, augmentados no sentido transverso em cada lado e 1 á 2 séries de outros menores no meio. Todos os escu- dos finamente granulosos e espinhosos. Olivaceo superiormente; dorsal 1) Labialis (Lat.) — beiçuda, u ad ra: D ee), bl LOLE AD Da) HT r el “youd arg IW op “Vv A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 121 e caudal com pequenas maculas escuras ao longo dos raios ; peitoraes e ventraes denegridas — 220 mm». ( Boulenger ). FiG. 66 — Loricaria labialis — Seg. Boulenger. Habitat: Rio Paraguay, Corumbá. 6378 16 122 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL 135 — Loricaria cataphracta, ' L. Est. 33. Fig. 3 D: 1 #7; A 11-55 Ly lat 3335: Cabeça 4 e 2/3 ä 4e 3/4 no comprimento, vomeriforme, núa infe- riormente; bocca pequena com 3 á 4 dentes grandes nos intermaxillares e 6 muito pequenos nos mandibulares; labios providos de appendices villiformes em toda superficie interna e franjas nas margens; barbilhäo attingindo a abertura das guelras; olhos cerca de 7 vezes no compri- mento da cabeça. das narinas se elevam imperceptivelmente duas care- nas que, na altura do entalhe post-orbital (baixo), convergem para a linha mediana e seguem parallelos e contiguamente até a placa mediana post-occipital, onde cada uma termina num espinho baixo. Todas as escamas que ficam entre o terceiro raio dorsal e a cabeça são carena- das; as 2 primeiras da linha mediana têm duas carenas. Abdomen recoberto de escamas em 3 á 5 series irregulares entre as series lateraes, que são de cerca de 8 placas; placa anal substituida por muitas placas pequenas. Aculeo das nadadeiras sempre maior que os raios; o da dorsal egual ao comprimento que vae da ponta do focinho ä orla posterior da placa post-occipital. as peitoraes passam de pouco a base das ventraes; estas estão no mesmo plano que o aculeo dorsal e passam a base do anal. N’um exemplar de 20 centimetros, as nadadeiras são maculadas e o corpo tem 7 fachas transversaes escuras, sendo a primeira sobre a nuca, a segunda sobre o início da dorsal, a terceira sobre a base da anal e quatro sobre o pendunculo; em outros exemplares cnnservados no alcool, tal coloração desappareceu para deixar sómente o castanho claro uniforme. Habitat: Rios Amazonas e Paraguay, Goyaz, Matto Grosso, Cuyabá, Guaporé, Vigia, S. Gonçalo, Cametá, Manäos, Pará, Coary, Villa Bella, Gurupá, Rio Preto, Tajapurú, Porto da Móz, Teffé e Obidos; Surinam; Perú e Republicas do Sul. 136 — Loricaria læviuscula ? Cuv. & Val. DT -ETS AS o plana E « Esta especie, ainda muito semelhante á Lor. maculata e á L. acuta pela forma, muito se distingue, entretanto, em ter os angulos do lado do corpo, ainda que bem assignalados até 4 20? ordem, sem cristas 1) Cataphractus ( Lat.) coberto de ferro, couraçado. 2) Leviusculus (Lat. ) — lisinho, brunidinho. ‘A. DEsMIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSES —/,PEIXES 123 denticuladas e espinhosas; em ter os olhos, ao envez de pouco mais ou menos á meia extensão da cabeça, no terço superior e inuito mais pro- ximos uni do outro, sem mesmo ter entre si a largura de um diametro transverso : finalmente, por ter a parte inferior do peito guarnecida de numerosas placas pequenas, dispostas irregularmente e das quaes póde- FIG.f 67I—Loricaria leviuscula'— Seo, Kner., se contar quatro ou cinco numa linha transversal. Suas orbitas têm o entalhe triangular mediocre. A sua extensão é de um pouco mais do quinto da cabeça. O diametro transverso é menor 1/3. As peças da sua couraça são muito pouco asperas e o labio muito largo posteriormente, só é um pouco espesso e papilloso em duas partes lateraes oblongas. 124 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL O bordo anterior é curto, guarnecido, assim como os lateraes, de fila- mentos carnudos. No angulo posterior externo, de cada lado, estä um pequeno barbilhäo curto e pontudo. Na parte anterior do labio estäo suspensos dous pequenos inter-maxillares, tendo cada. um uma fila de dentes finos, contiguos, formando um pente reclinado contra a gengiva; ellas terminam em gancho bilobado. A maxilla inferior tem duas fachas semelhantes. O primeiro raio das ventraes é mais grosso que o das peitoraes; este é um pouco cortante; todos dous são asperos e egualam approximadamente ä 1/6 do comprimento do peixe. A caudal 4 1/7; o seu raio superior pouco se prolonga. Este peixe, no alcool, parece pardacento. A parte superior de sua cabeça e a nuca são pontuadas de negro e vê-se o resto de duas series desses pontos sobre cada lado. Ha-os tambem sobre as peitoraes e sobre a base da dorsal.» (Cuv. & Val.) Habitat: Cuvier e Valenciennes descreveram esta especie provavel- mente de um exemplar do Museu de Lisbôa, mandado por Alexandre Rodrigues Ferreira — mas não lhe conheciam a procedencia. Kner esta- beleceu-a, descrevendo e figurando exemplares da Barra do Rio Negro e do Rio Branco — Marabitanos. : Hoje sabe-se que a zona de distribuição dessa especie vae pelo Amazonas, do Pará á Tabatinga; e muito provavelmente por todos os affluentes do Rio Mar até os Estados centraes. 137 — Loricaria cadeæ, ' Hensel. D'ETAT «A forma geral do corpo se assemelha mais ainda que Lor. stri- gilata 4 illustração Loricaria nudirostris de Kner; apenas os lados da cabeça são mais rectos, e dahi a cabeça na região nasal parece mais estreita do que naquella especie, ao passo que ella é mais larga do que em Lor. strigilata. Todo o revestimento acicular do animal é tão fino que este parece liso, por isso não se nota signal algum de cristas for- madas pelos aciculos. Em cada inter-maxillar ha seis a oito dentes bi- furcados, da fórma geral, em cada mandibular nove, que são um tanto maiores e mais recurvados do que os superiores. A forma dos labios é a de Lor. strigilata, apenas menos distinctamente franjados; e tambem as papillas são um pouco menos desenvolvidas. O extremo exterior do focinho é nú, as cerdas que lhe ficam em cima são um pouco mais fortemente desenvolvidas do que as do cos- tume sobre o alto da cabeça. O diametro transverso da orbita é egual a */; da distancia interor- bital; o horizontal eguala á esta. 1) Cadeæ = do rio Cadêa, Rio Grande do Sul. À. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 125 Os lados têm 27 escudos, sobre 16 dos quaes as carenas lateraes correm separadas. A dorsal é acompanhada em cada lado, por cinco escudos; comtudo ella ainda projecta uma orla externa do extremo da sua base, sobre parte do escudo impar seguinte; dahi á nadadeira caudal conta-se 17 ä 18 escudos, conforme se inclua ou não o ultimo annel, em que se articula a nadadeira caudal. As peitoraes chegam á origem das ventraes e estas se estendem á origem da anal. Esta é seguida em cada lado de tres escudos. Entre a anal e a caudal 15 ä 16 escudos. O ventre é couraçado, comtudo percebe-se, ainda que diificilmente, tres filas longitudinaes no meio. Estas vão até a cintura sternal. A côr é cinerea, não perfeita- mente uniforme, pois que se percebe regiões mais escuras, comquanto não definidas em maculas. Ein todas as nadadeiras os raios são macu- lados; as membranas interradiaes são, comtudo, incolores. O lado infe- rior do animal é mais claro. Ha um póro lateral. Um exemplar maior mede 12 mm. (sem a caudal), um menor apenas 61 mm. (idem), tendo menor numero de dentes em cada intermaxillar — 4 4 5, e em cada mandibular casualmente o mesmo numero. A côr é geralmente mais clara e se divisa fachas transversaes mais escuras, no extremo anterior da dorsal, no seu extremo posterior, no logar onde esta inclinada toca o dorso, duas dahi à caudal e, tinalmente, uma nodoa mais escura sobre esta, perto da origem. O escudo peitoral chega á cintura sternal. O resto como no individuo maior, com a differenca de serem as carenas mais distinctas sobre a região post-occipital e nos dous escudos seguintes. » (Hensel.) Habitat: Rio Cadêa — Rio Grande do Sul. «Dentes pequenos, bem desenvolvidos em ambas as maxillas. Cabeça de comprimento contendo 1 e'/, vezes a largura, 47/, 4 5 0 comprimento total; focinho obtusamente pontudo, fracamente proeminente sobre o labio ; escudos cephalicos com estrias espinhosas longitudinaes, sem carenas; diametro da orbita 5’/, ä 6 vezes no comprimento da cabeça, 2 '} a 2°}; no comprimento do focinho; 1'/, 4 1°/, no espaço interorbital; um largo entalhe post-orbilal; prega labial inferior moderada, papillosa, fracamente entalhada, com uma franja de papillas obtusas. Dorsal 1+7; primeiro raio 1e'/,41e'/; no comprimento da cabeça, justamente acima da base das ventraes. Peitoraes 1 +6, do comprimento ou pouco mais curtas do que a cabeça, chegando ä frente da base das ventraes. Anal 1 +5. Raios caudaes externos muito prolongados, filiformes, o superior o mais 1) Parvus (Lat.) — pequeno. 126 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL longo. Escudos lateraes 26 — 28, com duas carenas approximando-se sobre o 13º ou 14º; escudos nucaes sem carenas; 16 á 17 entre a dorsal e a caudal, 14 ou 15 entre a anal e a caudal. Peito e ventre couracados; es- cudos peitoraes numerosos, polygonaes, irregulares; ventraes 7 4 9, trans- versalmente alongados em cada lado e tres series de outros menores no meio FIG. 68 — Loricaria parva, seg. Boulenger. Todos os escudos espinhosos e estriados. Olivaceo superiormente, com fachas transversaes, mal definidas; uma facha escura em cada lado do focinho, da ponta aos olhos; nadadeiras tendo manchas escuras, 110 mm.» (Boulenger.) Habitat: Descalvados — Matto-Grosso. 139 — Loricaria konopickii, ' Steind. D. 1 + 7; A. 1 + 55; L. lat. 29. «Conformaçäo do corpo moderadamente reforçada, cerviz e cabeça, no lado superior, entumecidos, tronco por detraz da dorsal fortemente deprimido e diminuindo bruscamente de largura. Comprimento da cabeça um pouco menor do que 1/5 do comprimento do corpo; maior largura 1) Konopickii=de Ed. Konopicky que desenhava os peixes descriptos e figurados por Steindachner, A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 127 da cabeca cerca de 1 e 2/5, altura d’este, no extremo do escudo mediano post-occipital, um pouco mais de 2 e 1/4 no comprimento da cabeca. Cabeca triangular, esvelta, tornando-se ‚ponteaguda para a frente, muito aspera no lado superior. Olhos com ~ RO um! entalhe: triangular, baixo, na orla pos- ss terior. Focinho quasi egual á 1/2 docom- | = primento da cabeça. As duas cristas en: convergentes, na frente da placa media- na post-occipital, se projectam no pesco- co, sobre os dous primeiros pares de escudos e n’estes diminuem de altura; |: tambem as restantes series de escudos, - da parte anterior do tronco, até a orla ventral, são carenadas ao longo do seu meio. Labios anterior e posteriores, finamente franjados na orla. Labio posterior de largura moderada, fortemente papilloso, arredondado em semicirculo na orla posterior, e fracamente entalhado no meio do bordo externo. Maxillas pequenas; 9 á 10 denticulos delgados em cada lado, nos intermaxillares e mandibulares. Bar- bilhões apenas mais longos que o diametro ocular, sem o seu entalhe posterior, 4 á 5 escudos entre as pei- toraes e ventraes, na orla do abdomen. Escudos thoraxicos entre as duas peitoraes, não muito menores do que os escudos seguintes, posteriormente, do meio do abdomen. As duas quilhas lateraes do tronco se reunem n'uma unica sobre o 15º annel. Peitoraes e ventraes de egual comprimento, cerca de 1/6 do comprimento do corpo. Dorsal elevada, primeiro e mais longo raio da mesma 1/4, primeiro da anal 1/5 do corpo. Caudal moderadamente entalhada em meia lua, na orla posterior. Seis fachas transversaes indistinctas no tronco e uma na re- gião post-occipital; pequenos póros redondos, quasi punctiformes, de- bruados de pardo escuro, apparecem em todo o lado superior da ca- beça e parte anterior do tronco. 96 min.» (Steindachner.) Habitat: Amazonas. 140 — Loricaria maculata, ' Bl. D. 1+7; A. 1+5;L. lat. 28—29. «Altura 1 e 4/5 4 1 e 1/2 na largura. Cabeça longa, deprimida, sua altura cerca de 2 vezes a largura; occipital com duas carenas, marginado FIG. 69 — Loricaria konopickii. seg. Steidachner. FIG. 69-A 1) Maculatus (Lat.) = maculado. 128 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL posteriormente por 3 placas; espaço interorbital concavo; focinho de- primido, agudo, mais no joven, sua orla ligeiramente levantada e es- treitamente núa no adulto. Entalhe orbital baixo, parabolico, raramente um tanto anguloso; diametro ocular com o entalhe 4e 1/2 á 5 no com- primento da cabeça. Olhos 2 e 1/2 á 3 e 3/4 no focinho, 5 e 3/4 à 7 na cabeça, 1 e 2/5 4 1 e 1/3 no espaço interorbital. Face inferior da cabeça nua, excepto na estreita facha marginal. Dentes pouco numerosos, pe- quenos, na maxilla superior; outros semelhantes, porém, em maior nu- mero, nos mandibulares. Margem do labio superior ligeiramente franjada, labio inferior redondo. Placa anal pontuda anteriormente, marginada por 2, raramente 3, placas anaes; ventre com 3 series de placas; peito com placas irregulares menores. Placas nucaes bicarenadas, carenas lateraes proeminentes, distinctas, approximando-se sobre o 16º ou 17º escudo. Superficie da cabeça e dos escudos anteriores com series longitudinaes de pequenos espinhos. Distancia entre a dorsal e a ponta do focinho, cerca de tres vezes no comprimento. Aculeo dorsal cerca de 1 e 1/4 no comprimento da cabeça. Caudal emarginada, o raio superior ligeiramente prolongado. Anal quasi da altura das ventraes; ventraes mais altas do que as peitoraes, chegando 4 origem da anal, peitoraes quasi ás ventraes. Dorso com cinco fachas transversaes escuras; dorsaes maculadas, as maculas estendendo-se sobre as membranas, na frente de cada raio, - pontas escuras; margem do lóbo caudal inferior denegrido, com os raios maculados; base da caudal escura; anal uniforme, ventraes ligeiramente escuras. 170 mm.» (Eigenm. & Eigenm.) Habitat: Guaporé, Amazonas (Caldeirão), Coary, Santarém, Içá, Ja- vary, Obidos, Teffé, Jutahy. 141 — Loricaria lanceolata ', Gunth. DI #72 A 1 £15: L. tate 29) 4 31: «Cabega e corpo muito deprimidos, porém estreitos, a sua maior largura sendo 3/5 do comprimento. Labio inferior largo, ligeiramente en- talhado posteriormente; barbilhöes lateraes finos e curtos; franjas dos labios indistinctas. Dentes muito finos, em pequeno numero, cerca de cinco em cada lado dos intermaxillares e sete nos mandibulares. Orbita com o entalhe posterior baixo, seu diametro horisontal (incluido o entalhe) 2/3 da largura do espaço interorbital, que é chato. Cabeça e corpo as- peros; um par de rugas obtusas no occiput e na nuca. Carenas lateraes do corpo confluentes sobre o 15° annel. L. 28. (*) Há uma serie de sete escudos entre as raizes das peitoraes e ventraes. Thorax e abdomen cobertos de escudos irregulares. Comprimento da cabeça (medida do occiputal) um pouco mais do que 1/5 do total (sem a caudal). Nenhum 1) (Lonceolatus) lat. em forma de ferro de lança. 2) segundo Regan. A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 129 dos raios das nadadeiras muito prolongado; as peitoraes se projectam algum tanto além da origem das ventraes. Origem da dorsal opposta a raiz das ventraes. Parda; dorso com cerca de 5 fachas transversaes escuras; nadadeiras com largas fachas negras, transversaes, confluentes. 3 pollegadas e 3/4» (Günther). O typo de Günther, era procedente de Xeberos, d’um tributario do Alto Amazonas. Steindachner descreveu e figurou mais tarde outra Loricaria de 14 * centimetros, que chamou Lor. teffeana, sobre exemplares procedentes de Teffé — no proprio Rio Amazonas. Lê-se na sua descripção: «Na forma do corpo esta especie não se differencia perieitamente de Lor. lanceolata de Gün- ther—comtudo a cabeça é comparativamenie mais cur- im contida 5e 3/5 a be 2/4 vezes no comprimento do corpo; a cabeça de Lo- e nn ricaria teffeana estreita-se, ae Er além disso, um pouco mais abertamente para diante do que na Lor. lanceolata e o raio marginal superior é prolongado em longo fila- mento emquanto que em Lor. lanceolata Günth. não parece ser este o caso (!)» Eigenmann & Eigen- mann dão para Lor. teffe- ana — a cabeça 5 a 5 e 1/2 no comprimento, dizem serza côr desta especie muito variavel, mas reproduzem a de Lor. lanceolafa, inclusive as fachas das nadadeiras peitoraes. O exame das descripções e boas figuras dadas por Günther e Steindachner não me convenceram da di- versidade das duas especies, o que é corroborado pela procedencia; e visto como o proprio Steindachner duvida de que Lor. lanceolata não tenha o ultimo raio superior prolongado, fica a differença das preten- didas especies apenas baseada em 1/4 do comprimento da cabeça em relação ao do corpo, o que bem póde ser levado á conta de variação local. Dahi cremos que a Loricaria teffeana seja synonyma de Lor. lanceolata. 17 centimetros. Habitat: Alto Amazonas, de Tefié para cima. 6378 17 FIG. 70j—Loricariazlanceolata, seg.=Giinther. 130 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL 142 — Loricaria phoxocephala ', Eigenm. & Eigemn. L. lat. 29 «Cabeça 4 e 7/8 á 5, longa, pontuda, o focinho agudo; altura da cabeça 1 e 3/5 na largura; occipital com carenas apenas visiveis; espaço interorbital convexo; perfil anterior concavo; ponta do focinho nua. Um entalhe orbital estreito. Olhos 3 e 2/3 no focinho, 7 na cabeça, 1 e 2/3 no espaço interorbital. Face inferior da cabeça núa; dentes numerosos e bem desenvolvidos em ambas as maxillas; placas thoracicas peque- nas, a margem anterior da região couraçada truncada, projectando-se até 4 abertura das guelras; cinco series longitudinaes de placas ventraes ; placas annaes e as anteriores 4 estas como em L. feffeana, placas nucaes obscuramente bicarenadas; carenas lateraes tornando-se mais ou menos inteiramente coalescentes sobre a 15º placa. Distancia entre a dorsal e a ponta do focinho 3 e 1/3 4 3 1/6 no comprimento; 1º raio dorsal mais alto do que o comprimento da cabeça; ultimos raios caudaes externos, prolongados; anal mais alta do que as ventraes ou peitoraes. Pardo-claro com seis largas fachas transversaes, a primeira sobre a nuca, a segunda sobre a origem da nadadeira dorsal; uma facha escura projectando-se dos olhos para a frente, outra mais estreita para baixo ; cabeça e parte anterior do corpo com póros negros; dorsal ligeiramente escura, obscuramente maculada, sua base com poucas manchas; base da caudal e uma facha que fica parallela ä sua margem de côr parda escura; anal e ventral claras; peitoraes semelhantes á dorsal: 140 mm.» (Eigenm. & Eigemn.) Habitat; Coary (Amazonas) e Posadas (R. Paraná). 143 — Loricaria lima ', Kner. Cascudo barbado Est. 34 fig. 1 D.1+7;A.1+5;L.lat. 25 4 29 Cabeça 3 e 4/7 4 4e 3/5 no comprimento total, tendo os machos, nos lados, uma facha de aciculos; região orbitaria elevada e dando ori- gem a uma crista que se dirige para diante, terminando proximo á ponta do focinho, em cada lado da linha mediana rostral; esta bilurcada pos- 1) Phoxocephalus (Gr.) = cabeça em fórma de pão de assucar, 2) Lima (Lat.) = lima, instrumento. ei À. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 131 teriormente; olhos seis á sete vezes no comprimento da cabeça e 1 e 1/2 no espaço interorbital. Bocca pequena, com seis á oito dentes em cada intermaxillar e mandibular; labio moderadamente desenvolvido, com papillas na sua face ventral e mais ou menos provido de iranjas curtas no bordo livre; superficie ventral recoberta de tres á cinco series longitudinaes de placas, entre as sete ou oito lateraes; tres placas ab- dominaes adiante da anal. O post-occipital e as duas placas medianas que o seguem, formam duas carenas mediocremente elevadas e mode- radamente divergentes, ä proporção que se approxima da dorsal; as placas lateraes têm uma carena que descreve uma curva de concavidade interior, por fóra das placas medianas, encerrando-as em um parenthesis ; e seguem depois, obseletas pelos lados da dorsal, em linha recta, até perto da cauda; formam, dahi uma depressão dorsal mediana. As pei- toraes, aciculadas nos machos, attingem ás ventraes (estas um pouco menos aciculadas) e a dorsal, em suas origens, sendo que a dorsal, co- meça verticalmente acima do 3º raio ventral. As cristas lateraes do corpo se reunem no 16° annel; caudal me- diocremente lunada, com o raio superior prolongado. Cinerea, quatro fachas denegridas, transversaes, no corpo, depois da dorsal; caudal com a base e a orla denegridas e, como as demais nadadeiras, diffusamente maculada; póros da linha lateral denegridos, na femea. Habitat: Rio Preto, R. Parahyba, Guenda. Rio das Velhas, Santa Cruz, Iporanga, R. Grande do Sul, Pará, Norte até o isthmo de Panamá. 144 — Loricaria cubataonis ', Steind. Eat e27e «Todo 0 corpo muito aspero, pois cada escama da cabeça e do tronco é mais ou menos provida de numerosas carenas delgadas, ar- madas de aciculos obliquamente dispostos e terminando em um aculeo saliente. Toda a obtusa orla lateral da cabeça densamente armada de curtos aciculos. Duas carenas pequenas sobre o processo occipital e em ambos os escudos nucaes. Ultimo raio externo superior da caudal, mais longo do que o inferior, comtudo não prolongado em filamento. Orla supraorbital um pouco elevada. Cabeça estreitando-se gradativamente para a ponta. Olhos pequenos, sete vezes; fronte cerca de 3 e 1/2, fo- cinho duas vezes; peitoraes cerca de 1 e 1/2; ventraes cerca de duas vezes; raio caudal superior cerca de 1 e 1/2 no comprimento da cabeça. 27 escudos em uma serie longitudinal. As carenas lateraes da mesma, correm, da decima ä ultima placa caudal, muito juntas. Lado inferior da cabeça nú. SO entre as ventraes e um pouco adiante desta, os escudos venlraes se unem, constituindo um grupo oblongo, compacto. Entre as 1) Cubataonis (Latinisação) —do rio Cubatão. 132 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL duas ultimas da fila dos lados do ventre, säo ellas separadas entre si por uma facha de pelle, que é porém mais estreita do que as tres ou cinco filas longitudinaes de placas. Mais para diante, tornam-se as plaeas depressa menores, assim como muito mais numerosas e se projectam entre as placas lateraes anteriores que, egualmente, diminuem de dimensões (sobretudo trans- versalmente), até que se tornem apenas maiores do que pontos, irre- gularmente dispostos e circumdados por uma orla de pelle relativamente larga. A placa anal é circumdada anteriormente por tres outras em se- mi-circulo. A ponta do aculeo peitoral reclinada chega apenas á arti- culação das ventraes. Aculeo dorsal indistinctamente mais longo do que o aculeo das peitoraes. Tronco com quatro fachas violetas cinereas transversalmente dispostas justamente como em Lor. henselii (— Lor. lima). Caudal com duas fachas transversaes, as demais nadadeiras com duas á tres maculas menos desenvolvidas em fachas obliquas. Largura do tronco junto do principio da anal, cinco vezes na distancia entre os primeiros raios anaes e a base da caudal. 65 mm.» (Steindachner). Habitat: Cubatão: Santa Catharina (perto de Therezopolis). 145 — Loricaria kronei !, Mir. Rib. Est. 34 fig. 2 D.1+7:A.1+5; L. lat. 28. Fórma de Lor. magdalenæ, Steind. Cabeça 4 e 2/3 no comprimento (sem a caudal), sua largura 1 e 1/4 no proprio comprimento; olhos 8 e 1/2 nesse mesmo comprimento e 1/2 no espaço interorbital; entalhe post-orbital estreito, porém maior que 1/2 do diametro ocular e ligeira- mente curvo para o vertex; espaço interorbital quatro vezes na cabeça, comprimento do focinho 1 e 9/10, bocca pequena com 7/8 dentes em cada lado; labios curtamente franjados nos bordos e o inferior recoberto de papillas hemisphericas, como em L. latirostris; porção livre de bar- bilhão maxillar egual a diametro orbitario. Lados da cabeça, da primeira metade rostral para traz, com uma facha larga de aciculos que se estende até sobre a base dos peitoraes ; alto da cabeça desde a regiäo interorbital e todas as placas pre-dorsaes e nadadeiras peitoraes, egualmente recobertas de aciculos um pouco mais curtos, nos machos. Carenas lateraes mediocres, encontrando-se no 16° 4 17° anel; thorax, entre as peitoraes, recoberto de escamas pequenas; ventre, dessas nadadeiras para traz, com tres series longitudinaes medi- anas; ha sete placas lateraes entre as peitoraes e as ventraes; anal grande, bordada anteriormente por tres e estas ainda por cinco outras placas. Aculeo dorsal egual 4 distancia que vai da ponta do focinho 1) De Ricardo Krone, de Iguape, quem a descobrio. ‘nog ‘SIHJSO1e] « — ZN J9Uy ‘PUY CLVILIOT — | Sig 13 [IPM 9 ques “dur jpruvos “f ‘youd “qui JW ap “Vv AIXXX 59 ‘osualistig pune ‘JOA ‘JEUOIOEN Nasnyw OP SOAIU9I SEXE El IAX | | N W MIA A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 133 ao plano das aberturas das guelras ou 6/7 do comprimento da cabeça; peitoraes atingindo a base das ventraes, estas a anal: 2: e 3º raios ventraes os mais longos; raio caudal superior prolongado; largura do corpo sobre o 1º raio anal cinco vezes na distancia que vae deste ponto á caudal. Côr de canella; raios das nadadeiras dorsal, peitoraes e ventraes, pontuados de negro; caudal com a base e uma larga facha marginal negras; cinco fachas transversaes indistinctas sobre o corpo, a primeira no início da dorsal; thorax, entre as peitoraes, ligeiramente obscuro. Comp. 170 mm. Como se vê, esta especie muito se assemelha a Lor. magdalene e não a considero como variedade desta, devido a precedencia. Habitat: Rio Iporanga, S. Paulo. 146 — Loricaria latirostris ', Boul. Stages) IDS SP 78 ANS lear bye libs Ven Aes Cabeca de contorno parabolico no macho, vomeriforme na femea 3 e °/, no corpo; sua largura 1 e '/, no proprio comprimento; seus la- dos, até a abertura opercular recobertos de uma facha de cerdas eguaes a '/, decimetro ocular; toda a sua parte superior fortemente aciculada; olhos 8 4 10; orbita saliente por uma entumecencia que circumda o entalhe post-ocular mediocre e se dirige para diante, até o bordo rostral, em uma crista obtusa; linha rostral mediana egualmente elevada, bifur- cando-se por detrás das narinas; as duas primeiras placas post-occipitaes bicarenadas, as carenas baixas; toda a parte anterior do dorso mais fortemente hispido que a posterior; egualmente os lados do corpo e do pedunculo caudal são tambem mais fortemente hispidos que as zonas medianas superior e inferior que são deprimidas; abdomen recoberto de placas que diminuem da região das ventraes para o thorax; ha sete ou oito em cada lado do ventre, entre as bases dessas nadadeiras; a placa anal representa uma ponta de ilexa, cujo apice fosse transversalmente truncado; em cada um dos seus lados ha uma unica placa, e outra lhe fica por diante. A bocca é pequena, tendo cerca da sete dentes bifidos em cada maxillar e seis em cada mandibular; o labio é espesso, redondo, recor- tado no bordo e recoberto na face interna de grossas papillas esphe- roidaes; ponta do focinho nua e bem assim toda a parte inferior da cabeça; as carenas lateraes apenas perceptíveis se reunem sobre o 18 annel. Peitoraes grandes, com o aculeo deprimido, largo e muito mais curvo no bordo externo do que no interno; tanto o aculeo como os raios, densamente recobertos de aciculos; ventraes pouco menores que 1) Latirostris (Lot.); latus — amplo, largo; rostrum, focinho. 134 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL as peitoraes, tendo sómente o bordo anterior do aculeo aciculado e uma fina estria sobres os raios; o 3º raio destes fica sob o aculeo da doisal e o seu aculeo é attingido pelo 4º raio peitoral. Aculeo dorsal quasi egual á largura da cabeça; caudal abrupta e verticalmante truncada. Olivacea obscura superiormente, mais clara inferiormente; quatro fachas negras, largas, transversas no corpo e abdomen; uma tarja negra na orla da dorsal, perto da orla da anal e na base e na orla da caudal. Habitat: O exemplar que servio a presente descripção procede do Rio Iporanga, Estado de S. Paulo; o typo de Boulenger procede do mesmo Estado, porém do Rio Mogy-Guassú. Pela comparação do meu exemplar com o desenho do de Boulenger, dado por Tate Regan, se verfiica que, com a edade, a parte anterior do abdomen vae mais e mais perdendo as placas que a recobrem no joven. Maior exemplar conhecido 270 mm. 147 — Loricaria microlepidogaster ', Regan DS 7; Aviat 5 Tea «Comprimento da cabega quatro vezes no total. Largura da mesma FIG. 71 — Loricaria microlepidog: stre, seg. Regan. 1 e '/, no proprio comprimento; diametro ocular 6 e '/3, espaço [interor- bital 4 e */,, comprimento do focinho duas vezes. Focinho redondo. 1) Microlepidogaster (Gr.) vide pag. 91, nota. mate ' A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 135 Cabeça, labios, dentes, etc., como em Lor. strigilata. 29 escudos n’uma serie longitudinal, 18 + 11, os da frente da dorsal fracamente carenados, as carenas lateraes fracas, unidas posteriormente. Face inferior da cabe- ça nua; abdomen com placas numerosas em cinco ou seis series entre as placas da serie lateral, anteriormente muito menores. Placa anal bor- dada anteriormente por cinco. Primeiro raio dorsal */; do comprimento da cabeça; aculeo peitoral chegando ao 4º anterior das ventraes; ven- traes com os raios exteriores maiores. Largura do corpo no nivel do primeiro raio anal, 4 e °/, na distancia d'este ponto 4 caudal. Corpo com cinco á seis fachas transversaes escuras; raios das na- dadeiras com maculas denegridas. Caudal denegrida na base e na me- tade posterior. 95 mm.» (Regan) Habitat: Rio Grande do Sul. 148 — Loricaria vetula ', Cuv. & Val. «Sua largura entre os operculos não excede á oito vezes no com- primento e eguala ao da cabeça. O angulo que forma o focinho seria recto, se o vertice não fosse um pouco arredondado. O diametro ocular é egual à '/; da sua distancia da ponta do focinho, e '/, do comprimento da cabeça; estão 4 um pouco mais de dous diametros transversos um do outro. Sua orbita não é aberta posteriormente. Os barbilhões lateraes são mais longos e melhor separados do véo. O primeiro raio das pei- toraes é '/, do comprimento do corpo e o das ventraes '/; menor. A distancia entre as ventraes eguala a !/; de seu proprio comprimento. A dorsal occupa a oitava parte do comprimento total. As placas da parte inferior do peito, entre as quatro series lateraes, são infinitamente mais numerosas; póde-se contar mais de 20 ou 25 de um a outro bordo deste espaço. Todo este peixe parece de um pardo olivaceo superior- mente, amarellado inferiormente. Adiante do bordo anterior de cada um dos raios da dorsal, ha uma ordem de pequenas maculas negras. Os intervallos dos raios de suas peitoraes são de um pordo escuro com manchas transversaes negras. Ha alguns pontos denegridos sobre as ventraes, 18 pollegadas e o fila- mento caudal 15» (Cuv. e Val.) Tate Regan que examinou o exemplar typo e dous outros mais, descreve-os assim: «Comprimento da cabeça 4e',a4e°/, no total. Largura da cabeça quasi egual ao seu comprimento. Diametro ocular 9á11e'/, no comprimento da cabeça; espaço interorbital cinco vezes, comprimento do focinho duas vezes. Quatro ou cinco dentes em cada lado da maxilla superior, seis 4 oito na inferior. 36 4 37 escudos n'uma serie longitudinal, 21 4 23 + 13 a 15. No maior exemplar (480 mm.) o abdomen é recoberto de numerosas placas granulares, muito pequenas 1) Vetula (Lat.), velhinha, 136 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL até o nivel da abertura das guelras, uma placa granular na face inferior da cabeca, em frente da abertura das guelras. Em os exemplares menores (240 mm.) o abdomen é nú, excepto para a serie lateral de placas e para um: facha de duas a tres series de placas granulares pequenas, enviando um ramo anterior para cada lado da base das peitoraes. Aculeo pei- toral projectando-se sobre o terço anterior das ventraes ou, no exem- plar maior, sobre o seu meio. Dorsal com uma serie de manchas escuras na ametade posterior de cada membrana interradial. Raios peitoraes, ventraes e caudaes, com pontos indistinctos. Em outros caractéres seme- lhante 4 L. cataphracta. 48 mm.» (T. Regan). Habitat: Do Rio de Janeiro ä Buenos Ayres. 149 — Loricaria apeltogaster, ' Boul. Ds I 7 FAR Ida Dos E late 31007327 « Alguns dentes delgados em ambas as niaxillas. Cabeça ligeira- mente ınais longa, 5 vezes no total; focinho pontudo, francamente saliente sobre o labio; escudos cephalicos fortemente espinulosos; escudos occi- pitaes com duas carenas estreitamente proximas, parallelas; diametro da Ba. FIG. 72 — Loricaria apeltogaster, seg. Boulenger. orbita 7 e '/, a oito vezes no comprimento da cabeça, quatro vezes no focinho, 1 e '/; a 1 e '/, no espaço interorbital; não ha entalhe post- orbital; prega labial inferior algo mais larga, com franjas longas; bar- 1) Apeltogaster (Gr.); de a, sem; pelte, escudo; gaster abdomen. A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 137 bilhão longo; primeiro raio um pouco mais longo do que a cabeça, justamente acima da base das ventraes. Peitoraes 1 + 6; aculeo mais ou menos prolongado, ao menos do comprimento da cabeça, chegando muito adiante da base das ventraes. Estas 1 + 5; primeiro raio prolon- gado, porém mais curto do que os peitoraes, chegando muito á frente da origem da anal. Raio caudal superior prolongado em um filamento muito longo. Escudos lateraes com duas rugas espinhosas, se reunindo do 17º ao 20º; escudos nucaes bicarenados, 21 ou 22 entre a dorsal e a caudal, 19 4 20 entre a anal e a caudal. Peito e ventre nús ou com pequenos escudos estrellados ; uma serie de seis á oito pequenos escu- dos transversos podem estar presentes em cada lado do ventre. Todos os escudos finamente granullados e espinhosos. Pardo pallido superior- mente, com tres ou quatro fachas transversaes, mais escuras, no corpo e na cabeça; nadadeiras parcialmente denegridas. 12 mm.» (Boulenger). Habitat: R. Paraguay, Corumbá. 150 — Loricaria macrodon ', Kner. L. lat. 31 à 33 «Cabeça de largura quasi egual ao proprio comprimento, o qual é contido 4 e 1/2 no comprimento do corpo. Os olhos são pequenos, seu entalhe marginal semilunar é tão fraco que, apenas augmenta de uma linha o diametro ocular; a prega dermica que os recobre se espessa em uma sorte de palpebra superior e lembra a palpebra adiposa menisciforme que existe adiante dos olhos dos salmões. A distancia entre a orla ocular anterior e a ponta do focinho, contem 5 e 1/2 pequenos diametros oculares, entre a mesma e as fossas nasaes 1, o espaço inter-ocular quasi 2 dos taes diametros. A pupilla performa uma meia lua profunda- mente cortada. Toda a orla ocular anterior e superior é elevada e provida de denticulações curtas e curvas para traz, as fossas nasaes quasi tão largas quanto longas separam as duas narinas (como em codas as Lori- carias) por um ligamento cutaneo alongado em valva erectil. Todos os es- cudos cephalicos asperos; entre as fossas nasaes e os olhos constituem tres cristas finamente denticuladas. No escudo occipital mediano, duas cristas divergentes para traz e ahi mais fortemente denticuladas. Tambem carenados mas um pouco mais fracamente, são os tres escudos post- occipitaes lateraes. Cobertura das guelras e escudos da orla lateral da cabeça e do focinho providos de aciculos villiformes, curtos, compacta- mente dispostos e coloridos de pardo. Dos tres escudos dorsaes medi- anos são os dois anteriores, egualmente atravessados por duas cristas parallelas e a ultima simplesmente carenada. Dos escudos lateraes supe- 1) Macrodon (Gr.); Macros — grande; odons — dente. 6378 18 Er 138 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL riores ha cerca de quatro carenados e denticulados; no mais, só existem as duas listas lateraes communs que correm separadas, sobre 18 à 19 placas e depois unidas, sobre 13 ou 14 anneis -caudaes. Linha lateral conspicua. Póro lateral muito grande. Lado inferior da cabeça inteira- ‘FIG..73 — Loricaria macroden, seg. Krer. mente nú, pois que as placas rostraes um tanto moveis, apenas trans- bordam inferiormente e só adiante das aberturas das guelras constituem uma orla triangular; de resto ellas são aqui tambem providas de aciculos villiformes. — A bocca fica muito proxima da ponta do focinho (apenas separada por um grande diametro ocular); o labio anterior é curto, porém provido de numerosos barbilhões livremente pendentes %dispostos em muitas filas; o barbilhão maxillar comprido, sua peça basilar ossea 73% gr: A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE nr DEIXES 139 (maxilla superior), cuja funcgäo geral parece ser a de expandir o labio, é entretanto curto e não chega ao angulo da bocca. O labio posterior é grande e provido, na orla posterior, de longas e delgadas franjas e na superficie oval densamente recoberto de papillas e barbellas curtas. O numero dos dentes de egual tamanho e forma é de 4 à 5 em cada intermaxillar e mandibular; a sua ponta curva para cima é de cor amarella vinacea ou pardacenta, alarga-se quasi em fórma de colher em gume arredondado, são dispostos firmemente para cima e sem peça basilar transversal. Atraz destes, como em L. cataphracta, escondidos na espessa gengiva, ha dentes inteiramente eguaes, que eu pude distin- guir e levantar, mas como não consegui deitar nenhum dos que já esti- vessem funccionando, pareceu-me que estes existem realmente ahi para servirem de substitutos aos outros, ligando-se só então definitivamente aos maxillares. Peito e ventre apenas parcialmente recobertos de pequenas escamas irregulares, das quaes mesmo as mais finas se deixam notar pela sua aspereza. O numero das placas lateraes maiores é, entre as nadadeiras peitoraes e ventraes, de 8 4 9. O numero dos raios das nadadeiras é como em Loricaria cataphracta. O aculeo da dorsal é de robustez medi- ocre, de egual comprimento dos raios articulados; sua altura é egual ä largura da cabeça. O aculeo da anal é mais curto do que o precedente, moderadamente espesso, flexivel e provido de aciculos villiformes, parda- centos. As peitoraes e ventraes são as mais fortes. O primeiro raio das peitoraes é do comprimento da cabeça, curvo, uniforme, deprimido, pro- vido de denticulações villiformes, de apice vermelho até a sua extremi- dade flexivel. O primeiro raio ventral é apenas mais curto que o prece- dente e quasi 1/3 mais longo do que o segundo raio articulado, mais espesso no meio e provido de denticulações villiformes semelhantes, porém ainda maiores do que os que se encontram na orla rostral e no aculeo peitoral. Ellas se assemelham na förma, substancia e coloração geralmente aos dentes da bocca, não ficam tambem nuamente firmes sobre os raios osseos, mas têm a base implantada sobre um tegumento esponjoso (denticulações semelhantes, mas quasi microscopicas, são tambem perceptiveis mesmo nos mais delgados escudos da face abdo- minal). Os raios externos de ambos os lóbos da cauda apparecem assim como os tres escudos basilares, lateraes e lanceolados, finamente denti- culados. Não ha filamento caudal. Todas as nadadeiras são maculadas, com excepção da anal; lado dorsal com vestígios de fachas transversaes mais escuras, e tambem sobre a região cervical, origem da dorsal e posteriormente á esta. Coberturas das guelras com grandes manchas; lado inferior e labios claros, immaculados. Comprimento do corpo do exemplar descripto 10”30”» (Kner). Habitat: Cuyabá. 140 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL 151 — Loricaria parnahybæ ', Steind. D. 154 75. Al 7055, late 3192734 «Forma muito delicada; cabeça estreita, pontuda, triangular; seu comprimento 4e 3/5 4 mais de 4 e 3/4 do comprimento do corpo (sem a caudal). Largura da cabeça 1 e 1/2, altura do corpo 2 e 1/3 até cerca de 1 e 1/2 vezes, diametro ocular 6 ä 7 vezes, espaço interorbital 5 vezes, comprimento do focinho indistinctamente mais ou menos duas vezes, primeiro raio dorsal 1 4 1 e 1/6, aculeo peitoral le 1/4 à le 1/2, aculeo ventral 1 e 1/4. Primeiro raio anal 1 e 1/3 no comprimento da cabeça, largura do tronco na região do primeiro raio anal, mais de 5 vezes na distancia entre este raio e a base da caudal. Labios completa e espessamente recobertos de longas papillas tentaculiformes e de franjas marginaes ainda maiores. Labios superiores nem sempre chegam ä aber- tura das guelras. Entalhe post-orbital muito breve, pouco profundo. Dentes da maxilla superior dourados, muito mais longos e em menor numero do que na mandibula e mettidos entre longas papillas. Supraoccipital e os dois seguintes escudos nucaes, com um delgado par de carenas. Acu- leo peitoral chegando com a ponta á cerca do extremo do primeiro quarto do comprimento das ventraes. O raio interno das ventraes cerca de 2 e 1/2 mais curto do que o primeiro raio. Lado inferior da cabeça nú. Abdomen com muito poucas pequenas placas asperas, implantadas na pelle em maior numero entre os escudos lateraes posteriores e irregular- mente distribuidas; só adiante da fossa anal ha um mediocre escudo anal rhombo, limitado de escudos pequenos anteriormente e constituindo, com estes, um pequeno grupo mais ou menos unido; 31 á 34 escudos numa linha longitudinal no tronco (18 4 20 + 13 á 14); os anteriores 4 dorsal indistinctamente carenados e as carenas lateraes, ao contrario, se apresentam nitidamente e são geralmente separadas. Cor de farinha manchado de nodoas mais escuras. Às vezes vestígios de fachas trans- versaes mais escuras no tronco. Maculas escuras sobre a dorsal, os peitoraes e caudal; raio caudal superior prolongado em filamento -— 152 mm.» (Steindachner ). Habitat: Parnahyba (perto de Victoria), Estado do Piauhy. 152 — Loricaria piracicabæ ?, Eigenm. & R. Ihering. D. 1 +7: À. 1 + 5: L. lat. 33. «A cabeça (até o fim do operculo) 5 vezes, a altura 12 e 1/2 vezes no comprimento total; a largura do corpo, no inicio da dorsal, eguala co comprimento do focinho e olho. Beiços profusamente cobertos 1) Parnahybe == do rio Parnahyba. 2) Piracicabæ — do rio Piracicaba, À. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 141 é marginados por tentaculos; os bigodes nao alcançam as aberturas branchiaes; sem placa anal. Focinho alongado e estreito, 3 ou 4 dentes no maxillar superior, sendo os do meio maiores do que os lateraes; 5 ou 6 dentes no maxillar inferior, todos curtos. Abdomen e thorax in- teiramente cobertos com pequenas placas granuladas. Os espinhos pei- toraes näo alcangam a base das ventraes. A largura do corpo na origem da anal é contida quatro vezes na distancia entre as bases da anal e caudal. A largura da cabeca nos operculos eguala ao seu comprimento até este mesmo ponto; altura da cabeça 2e3/5 em seu comprimento: diametro ocular um pouco menor do que o espaço inter-orbital, cabendo seis vezes na cabeça; espaço inter-orbital concavo; occipital com duas “series de espinhos que augmentam em tamanho posteriormente; duas cristas sobre as placas que ficam entre o occipital e a placa impar em frente 4 dorsal; esta ultima placa tem uma só crista no meio. A mar- gem da cabeça é granulada, sua lace inferior núa; as placas superiores em frente 4 dorsal são carenadas, as outras só providas de minusculos espinhos; as carenas das placas lateraes, que a principio correm parel- lelamente, unem-se na 22? placa. O aculeo da dorsal é só um pouco mais curto do que a cabeça; caudal emarginada com os seus raios ex- ternos não (?) prolongados; os raios peitoraes, que são um pouco mais longos do que o primeiro espinho; chegam até as ventraes e estas al- cançam a anal. Amarello sujo, uniforme; nadadeiras ligeiramente macu- ladas; comprimento 190 mm.» (Eigenm. & Rudolph). 153 — Loricaria nudiventris, ' Cuv. & Val. Dealt (tos ar as 2414126582? «Cabeça um pouco mais larga e focinho um pouco mais obtuso do que em Lor. cataphracta e menos do que em Lor. vetula. Suas pro- porções são ainda mais curtas que a d'esta. Sua largura nas peitoraes “é 1/5 do comprtimento, a da cabeça quatro vezes e meio. Olhos sete vezes na cabeça, á 4 diametros do focinho e á 2 diametros entre si. Orbita quasi não entalhada posteriormente; tem as mesmas cristas que as duas precedentes, sobre a parte anterior do dorso e sobre os lados, mas as duas sobre a parte posterior da cabeça faltam; estas cristas lateraes estão sobre dous angulos até a 20° ordem; mas em seguida só ha dez ordens, com um angulo simples. Todas as suas partes são mais asperas, sobretudo os raios de suas nadadeiras. As peitoraes são mais curtas do que a cabeça, de cerca de 1/3 e seu primeiro raio é cylindrico e muito herissado. O primeiro raio das ventraes o eguala e é egualmente aspero. O caracter principal desta especie consiste na pelle nua da garganta. Esta pelle molle se continua até entre as ventraes, sem peça alguma dura; sd ha quatro escudos na ordem inferior de cada 1) Nudiventris (Lat.) = nudus = nú; venter = ventre, 142 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL lado, entre as peitoraes e as ventraes. Os seus dentes se assemelham aos da primeira especie e os labios parecem ter sido ciliados pouco mais ou menos da mesma maneira; entretanto, como o individuo está secco, não posso informar sobre esta ultima circumstancia. Tambem não posso dizer se o raio superior da caudal era prolongado, visto como esta nadadeira está mutilada no nosso exemplar. Secco como está, pa- rece pardo cinereo e vê-se sobre o dorso, entre a dorsal e a caudal, quatro fachas transversaes denegridas. As nadadeiras parecem ter tido portos pardos nos intervallos de seus raios. Este peixe foi apanhado no rio de S. Francisco, no Brasil e doado ao Museu pelo Sr. Augusto de S. Hilaire.» (Cuv. & Val.) 154 — Loricaria evansi ', Boul. Do Stal TEEPE eat. 220 «Dentes bem desenvolvidos em ambas as maxillas. Cabeça um pouco mais comprida do | que larga, 1/4 do total | (sem a caudal), focinho obtusamente pontudo, com longas cerdas sobre os lados; tres curtas carenas sobre o alto da cabeça; entalhe post-orbital apenas distincto; diametro da or- bita 1/6 do comprimento da cabeça, 2/7 do focinho e 2/3 do espaço inter-orbi- tal, que é concavo. Préga labial muito desenvolvida, entalhada, papillosa e com longos cirrhos. Aculeo dorsal 2/7 daca- beça e justamente sobre a base das ventraes. Peito- raes 1 +6, um pouco mais CEE Sm curtas do que a cabeça, FiG. 74 — Loricaria evansi, seg. Boulengen 7° pfojectatido-se ate ame das ventraes. Estas 1+5 do comprimento das peitoraes, chegando ä anal. Raio caudal superior prolongado em filamento, egual á 1/2 da cabeça e do corpo. Escudos lateraes 29, com duas carenas espinhosas que se encontram sobre o 19º 1) Evansi — de J. W. Evans, que effectuou uma viagem scientifica a Matto Grosso e alli colligio a especie supra, A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 143 escudos nucaes com carenas espinhosas. 20 escudos entre a dorsal e a caudal, 17 entre a anal e a caudal; peito e ventres nús, porém asperos com espinhos pequenos. Uma serie de 7 ou 8 escudos entre as peitoraes e as ventraes sobre cada lado do thorax. Pardo olivaceo superiormente, uma facha escura atravez da nuca e quatro outras entre as nadadeiras dorsal e caudal — nadadeiras manchadas de negro. 205 mm. Rio Jangadas, Matto Grosso.» (Boulenger.) ARGIID Æ Corpo alongado, posteriormente comprimido, anteriormente sub-cy- lindrico; cabeça grande, redonda, bocca em forma de ventosa inferior, provida de labios grandes, com o labio posterior reflexo e grande- mente expandido para traz, tendo um barbilhäo no angulo da bocca, mais ou menos desenvolvido, narinas superiores mais proximas do labio superior do que dos olhos, as anteriores providas de um prolonga- mento dermico, ás vezes prolongado em barbilhão e servindo de valva ás posteriores que ficam contiguas ä base das anteriores, olhos supe- riores, pequenos; aberturas branchiaes lateraes, mediocres, sendo a mem- brana das coberturas unida ao isthmo. Dorsal mais ou menos sobre as ventraes, com 1 + 6, um aculeo flexivel e quasi sempre maior que os raios; peitoraes e ventraes grandes, com um aculeo de ponta flexivel e nas mesmas condições que o da dorsal; as ventraes ás vezes ausen- tes; adiposa curta, com um raio osseo ou longa e baixa; papilla uroge- nital mais ou menos desenvolvida, caudal com os raios exteriores mais ou menos prolongados. L. lat. pouco perceptivel. Segundo Regan, o pteri- goide é pequeno, ás claviculas e o coracoide correm um pouco para diante da sua symphyse; das vertebras (5 + 12 + 17), as que ficam sob a dorsal tem as espinhas neuraes bifidas, as superiores á anal, ao con- trario, têm as hemaes dessa forma, os pharyngeaes inferiores e o 4: superiores são dentados; os dentes nas maxillas são em mais de uma serie e não ha pseudo-branchias. Desta família parece existir, no Brasil, um representante, citado por Castelnau sob o nome de Arges sabalo. Depois da monographia de Regan sob os «Peixes da familia Loricariidae (1904), a citação de Castelnau ficou em duvida, por não se saber ao certo de que especie se tratava. O culpado de tal facto é o proprio Castelnau, pois que, tudo quanto se lê 4 pagina 40 dos «Animaux Nouveaux ou Rares de PAmerique du Sud, é o seguinte: «Arges sabalo Cuv. & Val., Paris, t. XV, pag. 335. Eu trouxe dos rios centraes do Brasil um individuo que, comquanto menor que o do Sr. Pentland, não parece differir delle. » As collecções de Castelnau foram para o Museu de Paris. 1) Arges = genero typico; eidos = semelhantes. 144 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL CALLICHTHYDE ' Os peixes d’esta familia säo reconhecidos promptamente pela pre- sença de duas filas de placas imbricadas sobre os lados do corpo que ellas protegem, mais ou menos perfeitamente, entre a cabeça e a caudal. A cabeça curta, a bocca p'quena, raras vezes provida de dentes e isso mesmo só nos mandibulares, os labios desenvolvidos, reflexos, não for- mando, comtudo, ventosa e parallelos ao contorno oral e terminando no rictus em dois barbilhões, sempre ınediocres, teretes ou tendo mais, no inferior, duas á seis outras barbellas muito pequenas. Focinho nú. Na- rinas superiores, isoladas; a anterior tubular ou as duas baixas, situa- das n'uma depressão perfeitamente circular tendo uni ossiculo transverso, movel, entre si. Olhos supero-lateraes, pequenos, ou lateraes, circumdados inferiormente pelos sub-orbitarios mais ou menos largos; assim tambem são o préoperculo e o operculo. A abertura das guelras é lateral, não se es- tendendo senão de pouco á face abdominal. Tres branchiostegos. Cin- tura escapular amplamente desenvolvida; post-clavicula e coracoide amplamente desenvolvidos, ás vezes occupando este toda a superficie thoraxica, pela reunião ao seu opposto, sobre a linha mediana ventral. Placas cephalicas e nucaes nitida ou imperceptivelmente delimitadas; no primeiro caso formando polygonos regulares que se distribuem em torno de um centro post-occipital, desprovido de processo; no segundo caso, o processo occipital atravessa pelos bordos de limite das placas nucaes, para se encontrar com uma placa pre-dorsal grande, relativa- mente e como elle quasi sempre perfeitamente triangular. Dorsal ante- rior ou sobre as ventraes, com um aculeo flexivel, terete, ou pungente, deprimido, ou ainda triangular, com vestígios de denticulações no bordo posterior. Peitoraes redondas ou triangulares, com o aculeo grosso, cla- viforme, tão fina e densamente aciculado que tem o aspecto de villoso, ou mais ou menos triangular, pungente ou ainda denticulado, se pro- longando, nos machos, em uma parte membranosa, terete, de compri- mento variavel, como os raios que seguem immediatamente. Ventraes grandes, redondas, ou pequenas e pontudas, com um aculeo flexivel e muito fraco. Anal mediocre, truncada, redond ı ou pontuda, situada, como a adiposa, sempre depois do 3’ quarto do comprimento total. Adiposa com um aculeo bem desenvolvido, aciculado e sempre presente. «A osteologia dos Callichthys, dizem Cuvier e Valenciennes, differe em muitos pontos da dos outros siluroides; o grande alarga- mento do craneo provém da dilatação dos ossos communs, os tres frontaes e, no angulo, por uma peça que nos parece formada da fusão do parietal, do mastoide e do supra-escapular. Os frontaes anteriores e posteriores e o osso em questão, são dispostos em semi-circulo, em torno do inter-parietal que tem a fórma de um grande polygono chato. 1) Gallichthys, genero typico; ei.los, semelhantes. A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 145 Adiante ha um pequeno ethmoide pontudo, duas fossetas para as na- rinas e duas aberturas para os olhos. Os inter-maxillares são muito pequenos e os maxillares muito acha- tados. Atraz, o inter-parietal só dá uma proeminencia curta e obtusa. A primeira vertebra é ainda mais intimamente unida ao craneo do que em Clarias e Heterobranchus. Suas apophyses transversaes egualmente tubulosas, juntam-se ahi, de ponta á ponta e são obturadas, na extremi- dade, pela ponta do supra-escapular; só deixam um pequeno foramen entre ellas e o craneo. O primeiro inter-espinhoso, o que supporta o ves- tigio do raio, tem, de cada lado, uma longa apophyse transversa e arque- ada inteiramente, particular a este genero '. O primeiro par de costellas é muito mais forte que os seguintes, sendo 10 ou 11 o seu numero total. Depois vêm tres vertebras, cujas apophyses transversas, dilatadas e soldadas juntamente em um longo disco oval e concavo, formam o fundo do abdomen e, em seguida, quinze vertebras caudaes, comprehendida a ultima em forma de leque». Vesicula natatoria vestigiaria, encapsulada nas expanções lateraes das vertebras anteriores, communicando-se com o exterior pelos foramens do temporal. Quatro ossos branchiaes; branchias bem desenvolvidas. Esto- mago coecal (Callichthys) ou syphonico (Corydoras); tractus intestinal curto, com uma unica circumvolução, menor do que o comprimento do corpo. Ovarios volumosos, occupando toda a parte superior da cavidade abdominal. Ovos regulando 1.5 mm. Os seus habitos já se acham algo conhecidos, principalmente a facul- dade que têm os Callichthys — Tamoatás — de se transportarem de um ponto á outro, por terra. Attribuem-lhes tambem o habito de construírem um ninho para a próle. O que é facto é que elles vivem em buracos na lama dos rios, donde parece que só sahem 4 noite; e se são encon- trados em terra de dia, será naturalmente pela lentidão do seu meio de transporte, que os deixa surprehender pelo sol. Ao contrario dos Tamo- atás, os Sarros ou Marias-da-Serra (Corydoras) são diurnos e procuram as aguas limpas dos pequenos cursos, onde haja fundo arenoso ou pedre- goso: andam aos pares e quasi sempre contra a corrente. Emquanto não espantados são lentos, deixando-se apanhar com facilidade, mesmo á mão. Superficie abdominal, da bocca ás ventraes, am- plamente núa; processo coracoide subcutaneo, leabers deprimida! não percepulvel externamente esse. EEE Callichthys. | Superficie abdominal menos ENE : | núa; processo coracoide Labio inferior sem bar- externo, recobrindo | bilhöes............ Hoplosternum p LEE) ou menos a regiäo thora- À Generos nr cica Labio inferior com qua- tro á seis barbilhões. Decapogon. Processo post-occipital ausente, duas placas nucaes R | Ber entre a dorsal e a placa d’esse nome......... Aspidoras. Cabeça comprimida . Processo post-occipital presente, encontrando-se 1) Callichthys. | com a placa pre-dorsal, quasi da mesma dimensäo Corydoras. 6378 19 SES Sector cesse 146 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL Callichthys, ' Linnæus. Amecenitates Academicæ, 1, 317-1754 Cabeca e cerviz deprimidas, corpo comprimido, ponta do foci- nho e lados da cabeca revestidos de pelle, bocca antero-inferior, mandi- bula recoberta pelo labio superior; dentes em facha, filiformes, sómente nos mandibulares ; dois barbilhões labiacs espessos, mais ou menos desen- volvides ; narinas anteriores ligeiramente tubulares; olhos latero-superiores, circulares, fontanella circular; quatro placas posteriores ao post-occipital, dois pares nucaes anteriores á dorsal, aberturas branchiaes moderadas, membrana branchiostega ligada 4 outra; parte inferior do corpo, do mento ao anus amplamente cutanea, sem placas osseas externas; coracoide não desenvolvido em placa thoracica, sub-cutaneo. Peitoraes com o aculeo claviforme, densa e curtamente aciculado; ventraes, com um aculeo nas mesmas condições, porém fraco e terminando em ponta flexivel, inferiores a metade posterior da dorsal; esta com o fulcrum saliente e 1 + 7 à 8 raios, o aculeo fraco e flexivel, menor do que os 3 ou 4 raios seguintes; adiposa e anal contiguas a caudal, a primeira bem desenvolvida, com o aculeo aciculado e a membrana maior do que elle; anal relativamente grande, com o primeiro aculeo rudimentar, o seguudo como o primeiro da dorsal e 5 a 7 raios. Cauda redonda. Os Callichthys, vulgarmente conhecidos pelo nome de Tamoatá, têm o tubo digestivo provido de fachos papillosos, ricamente vasculares e que podem servir 4 respiração (vide o tomo I, pag. 57); dahi o poderem elles perambularem livremente por terra; quando pretendam mudar de aguas. Especies conhecidas : Barbilhões chegando 4 ponta ou ao meio dos peitoraes . .. C. callichthys BarbilhoesdchegandofaosTolhos RN TE C. arcifer 155 — Callichthys callicthys, L. TAMOATÁ OU CAMBOATÁ. Est. 36 — fig. 1 Cabeça 4 e 1/2, egual 4 maior altura; maior largura 3 e 2/3. Bocca pequena, antero-inferior; uma facha de dentes nos mandibulares, mais estreita e mais longa nos jovens do que nos adultos, onde ella occupa apenas a metade externa de cada osso; barbilhões mais longos nos jo- vens, chegando o interno ao apice do aculeo peitoral, ao passo que no 1 (Gr. de Calos = bello; ichthys — peixe). Não era, comtudo, o Tamoatá o Callichthys pos Gregos. A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 147 adulto elle apenas attinge a axilla das peitoraes. Focinho recoberto de pelle, e bem assim os lados da cabeça até o operculo. Olhos pequenos 7 vezes no espaço inter-orbital e 11 vezes no comprimento da cabeça. Fontanella oblonga no joven e circular, menor do que o diametro ocular, no adulto. Placas nucaes 3, a mediana dividida ao meio; = sobre os flancos, entre a cabeça e a cauda; cerca de 17 adiante da adiposa, pela linha mediana, no adulto; linha mediana dorsal, do inicio da nadadeira d’este nome até a cauda, nua; superficie abdominal, do focinho á caudal, idem. Linha lateral correndo em zigue-zague pelos flancos, entre as duas séries de placas. Peitoraes com o aculeo curvo, forte, de grossura egual em toda a extensão e ponta rhomba, fina, densa, e egualmente aciculado, em todo o comprimento, superior e inferiormente; o seu aspecto velutino; não attingem as ventraes, que são oblongas e occupam 6 e 1/2 placas com o seu comprimento. Aculeo da adiposa tocando o primeiro raio caudal accessorio; é curvo e forte; anal de bordo posterior redondo, relativamente grande, cheyando a9 mesmo plano que as ultimas placas do corpo (basilares da caudal) ou passando-as de pouco; caudal espatulada, com o lado inferior um pouco maior. Papilla genito-urinaria desenvolvida. Todas as placas finas e densamente aciculadas, o que as torna asperas ao tacto, e tendo o bordo livre egual, porém mais fortemente aciculado. Pardo olivaceo uniforme. 190 mm. Habitat: Vive nos buracos, nas barrancas ou na lama dos rios de todo o Brasil. 156 — Callichthys arcifer, ' Hensel. D. 1+8; A. 1+6; L. lat. À 5 27 «Cabeça larga e chata, corpo lateralmente comprimido. Angulos da bocca com dous pequenos barbilhões, mediocremente espessos, dos quaes o inferior ou posterior chega até os olhos, sendo o anterior mais curto. Nas mandibulas encontra-se, junto ao angulo da bocca, alguns dentes pequenos. Os escudos lateraes, na fila superior 25, na inferior 27, são pequenos e deixam no dorso e no ventre uma larga facha núa e são providos, na orla posterior, de aciculos moderados que tambem são encontrados na orla das coberturas das guelras. A origem da dor- sal cahe entre as peitoraes e as ventraes. Dahi parte, para cada lado, um processo osseo curvo, profundamente sub-cutaneo e dirigido para baixo e para diante, terminando na linha lateral. As peitoraes, cujos raios são providos de aculeos pequenos, não attingem a base das ven- traes e não ficam encaixadas nos lados do corpo, mas sob o ventre. Os raios das ventraes são egualmente providos de aciculos; egualmente a anal. Esta fica muito para traz, não chega, porém, á origem da cau- dal. A origem da adiposa, que se compõe apenas de um aculeo 1) Arcifer (Lat.), de arcus, o arco e o verbo ferre, trazer, 148 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL aciculado, cahe sobre a base da anal, attingindo, comtudo, a ponta do aculeo, o inicio da caudal. Adiante da adiposa encontram-se numerosos aciculos seguramente até o meio da distancia que vae á dorsal. Caudal cuneiforme. A côr (no alcool) é parda amarellada, com maculas mais escuras. Ventre e peito alvadios, immaculados. Comprimento sem a cauda , 34 mm.» (Hensel). Habitat: Rio de Janeiro. Hoplosternum, ' Gill. Syn. Fishes of Trinidad, Ann. Lyc. Nat. Hist. N. York, VI, 396 — 1858. Cabeça deprimida, corpo comprimido; focinho revestido de pelle, um tanto acuminado, bocca antero-inferior, desprovida de dentes; dois bar- bilhões labiaes no angulo da bocca, labio inferior desprovido de barbi- lhões; narinas situadas n'uma depressão perfeitamente circular, sendo as anteriores separadas das posteriores por um osso transverso movel; olhos lateraes, circumdados de ossos expostos; póros mucosos da cabeça, mais ou menos profundamente situados em depressão dos ossos cephalicos, que são rugosos; fontanella oblonga, quasi sempre com um processo transversal que a divide em duas metades; aberturas bran- chiaes moderadas; processo coracoide largo, laminar, estendendo-se exteriorniente por sobre os lados da face inferior do thorax e abdomen, recobrindo-o mais ou menos perfeitamente. Placas lateraes não deixando espaço nú superior, na linha mediana. Dorsal e anal com um aculeo chato, menor do que o primeiro raio; a primeira com 1+7 á 8, sobre as ventraes. Peitoraes com o aculeo mais curto do que os raios, denti- culado no bordo interno, aciculado no externo e lado superior; adiposa e anal situadas junto á caudal; a segunda redonda ou obliquamente truncada, com 1+6 ä 7. Caudal redonda-truncada ou emarginada. aca truncada (soares LUNETTES RENNES Ar H. thoracatum. I abdominal descoberta, processo coracoide | À Eureada não recobrindo inteiramente o thorax. . - . - - . H. litorale. | Superficie abdominal quasi totalmente recoberta, Stu | processo coracoide recobrindo o thorax. . . ... H. schreineri, 157 — Hoplosternum thoracatum * (Cuv. & Val.) TAMOATÁ Est. 36 — fig. 2 25 DIMAS; Ast AEE lat. = Cabeça 3 e 2/3 à 4, altura 3 e 1/3 4 4 1/2. Bocca antero-inferior, mandibula inclinada, dentes ausentes, barbilhões bem desenvolvidos, o 1) Hoplosternum (Gr.) Hopla = arma (couraça) sternum = sterno, peito, de peito couraçado. 2) (Lat.) Thoracatus = armado de couraga. Archivos do Museu Nacional, vol. XVI Fauna Bi asiliense, est. XXXV de Mir. Rib. phot. Fig. Fig. Fig. Fig. 3 — Callichthys callichthys (L.) — Hoplosternum thoracatum (Cuv. & Val.) — » schreineri, Mir. Rib. wm m J. Schmidt impr. Sabino &: Karl gr. he i a ee Eve A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 149 interno chegando ao meio do aculeo ventral, labio inferior irregularmente franjado, profundamente entalhado na symphyse; focinho nú. Olhos quatro vezes no espaço inter-orbital, 6 e 1/2 na cabeça. Fontanella alongada, na linha do centro dos olhos, ás vezes obliterada, placas cephalicas lisas, rugosas. Peitoraes com o aculeo mais curto do que os raios, chegando aquelle á base e este à axilla das ventraes, que occupam 7 e 1/2 pla- cas. 11 placas entre a dorsal e a adiposa, havendo cerca de seis placas medianas na frente desta, 11 entre as ventraes e a anal; esta tendo o bordo posterior redondo, attingindo o plano das placas basilares da cauda, que é redonda-truncada. Pardo olivaceo, uniforme ou com man- chas pretas difiusas. Maior comprimento conhecido 225 mm. Habitat: Norte do Brasil, á partir de Pernambuco. 158 — Hoplosternum litorale, ' Hancock. 24 — 25 DAS RA ali 7a nl alate 23 «Cabeca 3 e 3/4, altura por toda a parte maior do que a largura 3 43e 1/3. Cabeça mais longa do que larga, quasi tão longa quanto larga nos iudividuos muito velhos; sua altura 1 e 1/3 á 1 e 1/6 no com- primento; perfil egualmente convexo, perfil transversal arqueado ; fonta- nella oval ou piriforme com um processo atravessando o seu meio, a abertura posterior obliterando-se no adulto. Sub-orbitaes e operculos ex- postos, o primeiro mais largo do que a orbita no adulto. Olhos circulares, equidistantes da ponta do focinho e da margem do operculo, 3e 1/2 no focinho, 8 na cabeça, 5 no espaço interorbital. Barbilhão interno o mais longo, projectando-se mais ou menos á ponta do aculeo peitoral, mais curto nos muito velhos. Focinho deprimido, algo pontudo; intermaxillares rudimentares; placas de dentes pequenos nas maxillas. Labio inferior com uma larga orla livre, angularmente incisada na symphyse. Abertu- ras das guelras continuadas para baixo até o meio do coracoide externo, medindo o isthmo 2 43 diametros orbitarios. Lados inteiramente cober- tos por duas series de laminas marginadas de aciculos minusculos; uma serie de placas impares por de traz da dorsal, divide as laminas lateraes. Face central com uma ampla area nua. Coracoide e clavicula fortes em toda a sua extensão; processo coracoide divergindo posteriormente, dei- xando de permeio uma area cyathyforme, nua. Linha lateral presente, ao menos anteriormente, consistindo em um simples tubo que se projecta atravez da porção inferior da serie superior de laminas, continuadas para diante como póros, situada em cavidades ao longo dos lados da cabeça, por cima dos olhos. Distancia do aculeo dorsal ao focinho 2 e 1/2 vezes no comprimento; aculeo dorsal curto e chato, contendo de altura 2 4 3 vezes os olhos; 2º raio dorsal o mais alto, margem da nadadeira redon- 1) (Lat.) Litoralis, da praia, da margem, da barranca dos rios, 150 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL da. Raios de todas as nadadeiras asperos, por causa de aciculos minus- culos. Adiposa triangular, composta de espinhos, quasi tão alta quanto o aculeo dorsal e de uma delgada membrana adnata. Raios externos da caudal espessados, a nadadeira emarginada, 3 á 4 vezes no comprimento. Anal com um aculeo semelhante ao da dorsal, sendo a margem da nadadeira obliquamente truncada, o segundo raio 2 á 3 vezes tão elevado quanto o ultimo, chegando a base da caudal. Ventraes inseridas em opposição ao terceiro raio dorsal, seu compri- mento 1 e 1/4 á 1 e 1/2 na cabeça. Aculeo peitoral muito variavel, 3 à 6 vezes no comprimento, sua superficie externa densamente recoberta de aciculos curtos, sua margem interna ora lisa, ora serrilhada, sua ponta aguda no joven, obtusa e, ás vezes, em forma de garra ou em gancho no adulto. Papilla anal muito longa. Olivaceo, duas series de maculas claras pelo meio dos lados, nadadeiras escuras, 4s vezes marmoradas ; 23 cm.» (Eigenm. & Eigenm.) Habitat: Systs. do Amazonas e do Paraná. 159 — Hoplosternum schreineri. ' DFS: 72 ACPA EM iat. a D. Est. 36 fig. 3. Cabeça até o extremo dos temporaes 2 e 5/6 no comprimento, altura 3 e 1/2 (sem a caudal). Bocca pequena, sem dentes, mandibula incluida; barbilhão posterior chegando á ponta das peitoraes. Orbita circular, 3 e 2/3 no espaço interorbital, 5 e 2/3 no comprimento da ca- beça (medida da ponta do focinho ao bordo posterior do supra-occipital ) ; fontanella lanceolada, com um processo transversal que se divide em duas metades, a anterior maior do que a posterior; occipital polygonal, angular anteriormente, entrando no contorno posterior da fontanella ; alto da cabeça, orbitarios, base do operculo e processo do coracoide, rugo- sos; uma depressão circular entre a fontanella (e mais perto desta) e a orbita; desta depressão parte um sulco que se dirige em parabola, ao meio do occipital, meio á que não attinge, pois antes delle o dito sulco volta á encontrar-se com as depressões dos póros mucosos da linha lateral, na sua parte cephalica; post-occipital tendo uma saliencia posterior semi-circular; coracoide unido na linha mediana central em quasi metade de seu comprimento, divergindo pouco posteriormente; 3. placas 1) De Carlos Schreiner, que occupou no Museu Nacional o cargo de Sub-Director da Secção de Zoologia, onde foi por muito tempo o principal elemento. A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 151 nucaes entre o post-occipital e a dorsal, 2 entre os coracoides e as ventraes, 9 entre a dorsal e a adiposa, 10 entre as ventraes e a anal. A dorsal está quebrada, porém ainda assim mesmo é mais alta do que longa; o seu aculeo é chato, terminando em ponta membranosa e de comprimento contido justamente uma vez na distancia que vae da ponta do focinho a constricção transversal da fontanella e situado verticalmente acima da juncção do 2º ao 3º terço do aculeo peitoral. Peitoraes me- diocres, o seu aculeo quasi attinge o plano da base das ventraes, é serrilhado no bordo interno e aciculado no externo e no superior; O 1° e o 2° raios chegam 4 axilla das ventraes ; estas nadadeiras são de- senvolvidas chegando ao meio da 3º placa anterior á anal; esta obli- quamente truncada no bordo posterior, tendo um aculeo como a dorsal e quasi attingindo o bordo posterior das placas basilares da caudal; adiposa tendo a membrana excedendo o aculeo em ponta angular ; seis placas medianas entre a dorsal e a adiposa e duas logo depois da membrana desta; caudal moderadamente furcada. Os aciculos das placas são deciduos, além de muito pequenos; nem os dos bordos são perceptiveis facilmente, de modo que, essas placas parecem totalmente lisas ou apenas rugosas no sentido longitudinal do corpo. Linha lateral perceptivel nas quatro primeiras placas lateraes, cujo bordo é entalhado junto da união com as inferiores e duma serie de fossas que, nascendo por de traz da orla orbitaria superior, se encaminha para os flancos, por sobre os temporaes. Superfície ventral núa apenas entre as ventraes, como em Decapogon. Comprimento 115 mm. Dous exemplares deste peixe, das collecções do Museu, estavam acompanhados, no frasco que os continha, de uma etiqueta com a calli- graphia de Carlos Schreiner, com os seguintes dizeres: «Callichthys tho- racatus — Pará.» donde concluo a sua procedencia. Habitat: Amazonas? Decapogon, Eigenm. & Eigenm. Pr. Calif. Acad. Sci, 2° Ser. I, 165. 1889. «Coracoide exposto inferiormente e junto a clavicula, em toda a sua extensão, dois barbilhöes em cada angulo da bocca; labio inferior coin quatro à seis barbilhões. superficie ventral inteiramente coberta, caudal emarginada; aculeo dorsal alto e pontudo, subterete, os peito- raes serrilhados na margem interna, denticulações mais finas na exter- na.» Tal é a diagnosa dada pelos autores do genero, sobre Callich- thys adspe:sum de Steindachner. De resto, o unico caracter diffe- rencial consiste na presença dos barbilhões do labio inferior, pois quanto, todos os demais podem ser referidos ao genero Hoplosternum, cuja ligação é estabelecida por A. Schreineri, aqui descripto. 152 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL Especies brasileiras. | Barbilhöes passando a ponta do aculeo peitoral; post-oceipital obtuso oustruricado »posteriormente ser Fri N HUF A .. D.adspersum | Barbilhões não attingindo a margem do operculo, post-oceipital com uma saliência, semi-circular posterior... susana si D. verissimi 160 — Decapogon adspersum ', (Steind.) DIS ETA. Wee GAP RITES AVS MERS ao a > «O perfil cephalico superior se eleva promptamente sem curvatura até a dorsal. A cabeça é deprimida (especialmente na sua metade anterior) e na região frontal transversa e moderadamente convexa. A maior altura do corpo, sob a dorsal, é cerca de 3 e 1/4 vezes o com- primento da cabeça até o extremo superior da abertura opercular, cerca de 3e 2/5 no comprimento do corpo; a largura da cabeça, entre os operculos, cerca de 1 e 1/3, o comprimento do focinho duas vezes, a largura da fronte mais de 1 e 1/2 vezes; o diametro ocular cerca de 4 e 1/2 vezes no comprimento da cabeça. O focinho se estreita, direito, para a frente e é ahi obtuso. O seu lado superior é, a partir da região nasal, nú. Adiante dos olhos elle se alarga um pouco mais nos lados superior e inferior. O sub-orbital é estreito externamente e limita o olho por inteiro pelo lado inferior. O focinho sobrepuja um tanto em forma de nariz, ä um tanto curva e pe- quena abertura oval. As narinas posteriores ficam mais proximas da orla orbitaria anterior, do que da ponta do focinho; e sua distancia dos olhos, é um pouco maior do que um decimetro orbitario. O labio inferior, pendente, é entalhado até perto da symphyse e multiplamente tentaculiforme no bordo posterior. Ambos os barbilhões do angulo da bocca são reunidos na base e longos; o superior é, de resto, sempre mais curto que o inferior, o qual, algumas vezes passa á ponta das peitoraes. O supra-occipital é quasi regularmente eneagonal, tão largo ou um pouco mais largo do que longo, o seu lado posterior é convexo, transversamente truncado; as demais partes lateraes são concavas, um escudo par, largo, triangular, separa o supra-occipital do primeiro par de escudos dorsaes. A fontanella frontal é, ora distinctamente mais longa, ora um pouco mais curta que um diametro orbitario, alongadamente oval e chega pos- teriormente, não raro, 4 ponta anterior do post-occipital; anteriormente, ella não se alonga até a parte núa do focinho. As placas humeraes são extraordinariamente desenvolvidas e circumdam a região peitoral por completo; ahi ellas se tocam em toda a extensão de sua margem in- ferior ou apenas se afastam um pouco na parte terminal, posterior, da dita margem, 1) Adspersum (lat.) = espargido (de maculas), A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 153 Por traz das peitoraes, mostram os escudos humeraes uma ampla cavidade ou depressäo em que se encaixa a peitoral, quando encostada. O aculeo peitoral é regularmente denticulado no bordo interno e excede um pouco o aculeo da primeira dorsal, em comprimento. O comprimento” do aculeo peitoral é contido cerca de 1e 1/2 e 1e1/4, o do aculeo dorsal 1e 1/2 4 1e 1/3 no comprimento da cabeça (até a abertura opercular ). FIG. 75 — Decapogon adspersum, seg. Steindachner O primeiro raio dorsal é distinctamente mais comprido do que o aculeo; a sua orla superior é obliqua e convexa. A caudal é crescen- tiforme e cerca do comprimento da cabeça (até a abertura das guelras). As ventraes aproximam-se sempre das peitoraes em comprimento; e a ponta das ultimas chega ä inserção das primeiras. O aculeo da adiposa, curvo, fica aproximadamente sobre a base do 3º raio anal. 24 á 25 escudos lateraes na fila superior e 23 á 24 na inferior; a orla posterior dos mesmos é, sob a lente, finamente denticulada. Tres á cinco pe- quenos escudos jazem anteriormente ao aculeo da adiposa, sobre a - linha mediana do dorso; a ultima se eleva sobre a base do aculeo e é carenada. Os lados do dorso são entumecidos, apenas a parte caudal do corpo € comprimida. As nadadeiras säo immaculadas ; na parte em que se unem os escudos laleraes, ha pequenas maculas pardas, escuras, entre uma linha dupla de maculas diffusas, amarelladas que as vezes, porem, faltam. Näo raro ha, na orla posterior dos escudos lateraes, 6378 20 154 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL pequenas maculas pardas, esparsas de mado irregular, especialmente na ametade superior do tronco. A cör fundamental do corpo € a parda amarellada, mais claro em baixo do que em cima da Jinha lateral; sobre o lado superior da cabega, ha, frequentemente, pequenas maculas re- dondas, pardas escuras, em grande numero.» (Steindachner.) Habitat: Amazonas e afiluentes, entre Santarem e Tabatinga. 161 — Decapogon verissimi Est. 36 — fig. 4 i 5 a D. 1+7; À. 1+6; L. lat. 2 Förma da especie precedente. Escudos lisos, apenas aciculados nos bordos. Cabega rugosa, 3 e 1/3. Bocca pequena, com callo em cada intermaxillar e uma estreita facha de dentes villiformes nos mandibu- lares; intermaxillares pouco proeminentes, não curvos para baixo; bar- bilhões do angulo da bocca muito delgados, não attingindo a margem do operculo; apenas quatro curtos barbilhões no labio inferior. Focinho 2 e 1/3 na cabeça, bossa nasal imperceptivelmente mais proxima da orbita do que da ponta do focinho. Orbita 4 e 1/4 ou 4 1/2 na dis- tancia que vae da ponta do focinho ao bordo posterior do escudo post- occipital, tres vezes no espaço inter-orbital, uma vez no espaço nú do focinho. Post-occipital emittindo uma saliencia semi-circular posterior, limitado por uma placa mediana, dupla e uma em cada lado. Fontanella allongada, não chegando aos bordos anterior e posterior dos frontaes. Os quatro primeiros escudos lateraes entalhados no bordo poste- rior para deixar passar os póros mucosos. Dorsal verticalmente sobre o bordo posterior dos coracoides; 11 placas lateraes entre ella e a adiposa; 11 entre as ventraes e a anal. Peitoraes attingindo, coni o aculeo, a axilla das ventraes; aculeos regularmente denticulados no bordo interno e finamente aciculado no externo superior; dois escudos entre os coracoides e as ventraes; estas pequenas, occupando 5 e 1/2 a seis escudos com o seu comprimento; anal um pouco anterjor 4 adi- posa; caudal emarginada (e como a anal, quebrada), cinco placas na linha mediana, adiante da adiposa; região entre as bases das ventraes e inferior da cabeça e do ultimo, núas. Coloração (no alcool) parda uniforme. Procedencia: Pará. Habitat: Amazonas? Dedico esta especie ao Sr. José Verissimo de Mattos, em homena- gem ao seu livro sobre a «Pesca da Amazonia». À. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 155 Aspidoras', Rud. Ihering. Notas Preliminares do Museu Paulista. 31 — 1907 «Em seu aspecto inteiramente alliado ä Corydoras, do qual se dis- tingue, tal como Callichthys e Hoplosternum, por ter dous pares de es- cudos nucaes entre o occipital hexagonal e a dorsal. A cabeça é alta, não deprimida, pouco comprimida lateralmente. Coracoides inteiramente cobertos de pelle. Barb.lhões curtos, não attingindo a abertura branchial. 162 — Aspidoras rochai”, Rud. Ihering. DIET aus; piles listers. Mat, == to ty ae Cabeça contida 3 e 3/4 vezes no comprimento total (excl. caudal). Altura do corpo pouco maior, largura da cabeça pouco menor do que o comprimento da cabeça. Oiho contido 2 e 1/2 vezes no focinho, pou- co mais de 2 vezes na inter-orbital. Distancia do focinho á dorsal, que é um pouco menor (um ciametro do olho) do que a distancia entre a dorsal e a adiposa, é contida 2 e 1/2 vezes no comprimento do corpo. Espinho D. I pequeno (egual ao espaço interorbital), um pouco curvo, ponteagudo, quasi liso; P. I, pouco maior do que o D. I, um pouco mais forte, coberto de espinhos; os raios seguintes da P. são de com- primento quasi duplo no primeiro espinho; os ultimos são, porém, bem menores. Ventral egual em seu comprimento aos maiores raios da anal; primeiro raio da anal muito fraco. Adiposa de tamanho medio, distando da caudal cerca de | comprimento de base da dorsal (esta e a caudal estão quebradas). Focinho molle, obtuso; fontanella quasi oval, larga, situada na base da occipital; este prolonga-se em angulo recto em di- recção posterior, distando, porém, da base da dorsal cerca de espaço egual ao inter-orbital. 5 4 6 placas impares em frente da adiposa; 6 pares de placas entre o fim da dorsal e as placas impares; 7 ä 8 pa- res entre a adiposa e a caudal. 2 pares de barbilhões curtos, de tama- nho egual entre-si, distando cerca de 1 diamentro ocular da abertura branchial; 1 par de barbiculas no mento, de comprimento de 1 diametro ocular. Peito inteiramente nú, coberto de numerosos espinhos, dispostos em series longitudinaes; processo coracoide completamente invisivel. Pardo denegrido superiormente claro inferiormente; lados com diversas manchas claras sobre o operculo e linha lateral, bem como uma listra indistincta, parallela á linha lateral e pouco acima d'esta, de côr menos clara do que o lado inferior. Essa listra une-se á do lado opposto, em fren- 1) Aspidoras ; de aspis — escudo e doras genero adiante citado. 2) O Sr. Francisco Dias da Rocha que mandou a especie supra ao Sr. R. Ihering, 156 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL te 4 dorsal, formando ahi uma mancha clara. Nadadeiras peitoral e ven- tral incolores. Anal com algumas manchinhas que formam uma listra transversal. Dorsal escura na base, clara no meio e, ao que parece, com desenho preto subterminal, caudal com manchinhas em series obliquas ou transversaes em numero de 4 á 61. 49 mm.» (Rud. Ihering). Corydoras', Lacépède. Hist. Nat. Poiss. V, 145 — 1803 Corpo comprimido, elevado; perfil superior arqueado, inferior recto; focinho sub-conico; bocca pequena, inferior, edentula, obturada pelo re- flexo do labio superior; labios moderados, prolongando-se em dous bar- bilhões em cada angulo e o inferior com um entalhe na symphyse, d'onde elles se prolongam em dous curtos barbilhões. Aberturas branchiaes mo- deradas, lateraes, olhos lateraes; narinas superiores proximas do bordo anterior, não. passando ao lado inferior da garganta; membranas bran- chiostegas reduzidas. Coracoides inferiormente sub-cutaneos ou expostos, encontrando-se mais ou menos anteriormente na linha mediana, com os bordos do processo mais ou menos separados. Post-clavicula larga, dilatada, exposta, encostada ao coracoide. Pro- cesso. occipital triangular, encontrando-se com a placa prédorsal, mais ou menos da mesma dimensão, na linha mediana nucal. Dorsal eleva- da, com q aculeo forte, na regra, mais curto do que os raios; adiposa presente, mais proxima da caudal do que da dorsal. Peitoraes aculea-: das, mais ou menos amplas, pontudas. Ventraes e anal mediocres. Cau- dal furcada. Duas séries de placas lateraes, recobrindo o tronco; uma série de placas impares na linha mediana, antes e ás vezes depois do aculeo da adiposa. Superficie ventral mais ou menos nua. São, peixes de pequeno porte (no maximo 115 mm.) communs nos corregos baixos e de fundo arenoso ou pedregoso. 1) Corydoras ; de Corys (Gr.) elmo, crista e Doras, genero adiante citado. 157 À. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA — BRASILIENSE — PEIXES “snyeqieq ‘HDI *‘sdoioiu nt snyejnsewnmjnu ‘11919}}eu "snjejsey -snyeauajıı} "sue3a]o "snyeajed *snjejound *suapualds "sanba 9 U ---(Seou1o] SEU à SU2AOÏ SOU epunsıpur) Epejnope eye eun p SOPIAOI OYUIDO} op schen] POURIG eyde} Was [eSIOp eueıpau "7 seyueig send | a Eee AD CS Sepne) [= nes "9}U9WOS e vjurjuo; ep ‘Jesıop euripou tesodipe ep BYU] ep OBUO] oe eaueig PYIej eum | ajuripe saled -sooueyno -uı seed 2 -qns oes HAN ve] PUUI] ep OSU] oe SEOULIQ sende anb Sap109 ae RAID Sa en | “pjaqeo eu '-B109 sojad 9er SOUIO 0}19q0991 SEAT DANONE NT A EE RE pa On a SOUBIP | OBU XPIOUL -ou soled p Sejsop ajueipe a esodıpe ep djuvipe soJedu! sedejd Z la esodıpe ep ojuvipe sosedir seoe|d q ‘G + I ‘v| RE STE TR 21jU2A Op sSope] sou | Sour PSNI UN OPUBULIO] apIOIeIOI OSS29014 en "snu {sop sod Cou Ter “yey eu | esodipe |-nsaryiodns opasopua SRE (ep ojueipe | ap salias € *sei[ans soieduil seo se opuesayo ed € {9 + °v saoyrqieg ende *OSI] 2PI0981 -259q wos e] “T -09 08S9901d -zo eu g/tg Be £ SOUIO RS soyJo sop ajual] e opuedayp Soou|Iqueg eta ESG ar "SOU! SOINIWE WOD SOJP]|IXPUI Sop A1olıadns aloysadns re 2PI098109 ossas0id Ofad 041990991 xeıoy, | *SEJIOIISEIY Sa199ds4 158 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL 163 — Corydoras eques ', Steind. «Perfil cephalico superior fortemente curvo, focinho não alongado, | nt a ponta. Infraorbital elevado, — FE) | s te ite protegidas. Processo oc- ch mente pontudo na extremidade en et ), com ella, a placa impar, oF 3 al da, anterior a base da dorsal. Fonta- = Ena n to estreita, não chegando á base ns 4 dc ‚ occipital. Escudos humeraes reu- Eq | nido mente sobre o peito. Tronco, | até perto do lado do ventre, azul denegridos le» | Cabeça até a orla posterior dos olhos, egual- TN mente | denegrida, posteriormente 4 mes- _ ma, até a orla posterior do escudo humeral, amarella. A maior altura do corpo é contida um pouco mais de 2 1/2 vezes, imento da cabeça, até a abertura das guelras, um pouco mais EE: a distancia entre a ponta do processo occipital e a do focinho 2 e 2/5 no comprimento do corpo; espaço interorbital cerca de 2 e 1/4, diametro orbitario 4, focinho duas vezes no comprimento da cabeça (medida até a abertura das guelras). Altura da cabeça, sob a ponta do proceoso occipital, um pouco mais estreita do que a distancia entre a ultima e a ponta do focinho. Fronte fortemente convexa no sentido transversal; a ponta núa do locinho passa um pouco a estreita bocca, cujas orlas são cortantes. Dos dous barbilhões, o inferior, um pouco mais longo, chega á orla ocular posterior. Labio inferior pendente e valvu'ar; é entalhado, e tem em cada lado um barbilhão. Infra-orbital cobre as bochechas até o angulo da bocca; sua maior altura excede indistinctamente á um dia- metro ocular. As narinas posteriores ficam perto da orla orbitaria anterior. Os escudos humeraes são muito fortemente desenvolvidos e envolvem o peito, mais ou menos completamente, segundo os sexos. No macho, tocam-se elles pela orla inferior, em quasi toda a ex- tensão, na femea apenas na parte menor, anterior. O aculeo peitoral é sempre mais comprido do que o aculeo da dorsal, do mesmo comprimento que a cabeça, até a abertura das guelras e denticulado na orla inferior. O primeiro raio das. peitoraes passa o aculeo e chega até meio das muito curtas ventraes. Adiante do aculeo da adiposa, ha tres pequenos escudos que se elevam para cima em 1) Eques (Lat.) — cavalleiro. A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 159 carena. À caudal é entalhada semilunarmente, na orla posterior. 22 á 23 escudos, na fila superior, 20 á 21 na inferior, nos lados do tronco, até a base da caudal. A côr azul denegrida dos lados do tronco, se pro- jecta anteriormente sobre 9 lado superior da cabeça, na forma de um triangulo, cuja ponta chega até o extremo posterior da fontanella fron- tal. A facha amarella da cabeça é estreita na face superior; lateral- mente, ella se estende depressa em largura e chega obliquamente para traz e para baixo, projectando-se desde a orla ocular posterior, até a orla posterior dos escudos post-humeraes. Perto do perfil dorsal é o tronco amarello pardacento, sendo a parte inferior do corpo branco sujo amarellado, ou pardo amarellado. Nadadeiras immaculadas e, com excepção das ventraes amarelladas e da pagina inferior das peitoraes, pardacentas .Tamanho insignificante (c. 55 mm.)» (Steindachner). Habitat: Amazonas — Teffé. 164 — Corydoras splendens ', Casteln. «Comprimento total 65 mm.; largura 15 mm. maior altura 25 mm. O unico individuo d’este bonito peixinho que eu trouxe do Tocantins, está em mão estado; tem 24 grandes escamas lateraes na ordem superior e 23 na inferior. E” de um bello verde dourado, com as nada- deiras côr de borra de vinho; sobre a caudal, uma facha transversa parda. Esta especie é muito visinha de C. punctatus, figurado nos «Peixes» do Sr. D'Orbigny, est. 5 fig. 1, mas d'elle se distingue pela disposição das côres e ausencia de maculas etc.» (Castelnau). 165 — Corydoras punctatus >, BI. — CA) — | DEM HISEFAT TEL eae: lat. 2 «Curto e elevado; cabeça 3 e 1/4 do comprimento da propria altura; perfil muito obtuso, redondo, superior e anteriormente aos olhos; fontanella alongada, projectando-se até o occipital; largura deste egual ao seu comprimento, até a ponta do processo, sua margem regularmente concava. Um conspicuo canal mucoso das narinas anteriores para traz e para baixo, por detraz dos olhos. Estes grandes, 1 e 1/2 vezes no focinho, 3 e 1/2 na cabeça, 1 e 2/3 no espaço interorbital. Focinho comprimido, pontudo; preorbitaes muito estreitos; barbilhões do angulo da bocca chegando até a altura das guelras; o externo pardo, o interno branco; labio inferior largo, livre, terminando em dous barbilhões; superficie superior dos ossos maxillares com aciculos finos. Processo 1) Splendens (Lat.) — brilhante. 2) Punctatus (Lat.) — pontuado. 160 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL coracoide apenas invadindo o peito ou ventre. Duas ou tres placas impares adiante da adiposa. Distancia do aculeo dorsal ao focinho 2 vezes no comprimento; aculeo dorsal pouco (quando o seja) mais curto do que a cabeça, liso na margem anterior, na posterior finamente serri- lhado; os dous primeiros raios dorsaes mais altos do que o aculeo. Caudal profundamente furcada, 2 e 1/3 no comprimento. Aculeo peitoral semelhante ou um pouco mais longo do que o aculeo dorsal. Pardo claro, lados e dorso com maculas pardas denegridas; uma barra dene- grida vertical sob os olhos; occiput denegrido; uma barra vertical escura sobre os 2 primeiros raios dorsaes, ás vezes continuados sobre os lados, o restante da nadadeira uniforme ou maculado de pardo escuro; caudal com 4 á 5 barras transversaes escuras; anal fasciada ou maculada de pardo; outras nadadeiras uniformes; operculeo e pro- cesso humeral com reflexos prateados.» (Eigenm & Eigenm.) Habitat: Solimões. 166 — Corydoras paleatus ' Jenyns. D.1/+ 7; ,A..63 L. lat... «Forma geral assemelhando-se ä de C. punctatus. Altura, no comego da dorsal, 1/3 do comprimento, excluindo a caudal; espessura, nas peitoraes, 3/4 da altura. Cabeçc ligeiramente comprimida, sua altura muito pouco menor do que seu comprimento; este ultimo, medido até as guelras, menor do que 1/4 de toda a sua extensäo. Perfil cahindo da dorsal em uma obliqua regular e quasi rectilinea, até adiante dos olhos, onde elle se curva para baixo, fazendo obtusa a ponta do focinho. Bocca pequena, maxilla superior um pouco proeminente; dous cirrhos maxillares em cada angulo; estes quasi eguaes; o inferior um pouco mais longo, chegando até sob o meio dos olhos; tambem dous pequenos cirrhos, 1/2 do comprimento dos maxillares, pendentes do reflexo; labio inferior um pouco separado entre si, um em cada lado do meio. Dentes tão pequenos que dificilmente se deixam perceber; póde-se sentir justamente uma fila em cada maxillar e uma no vomer. Cabeça lisa. O numero das laminas dorsaes sóbe á 21; o das ventraes á 20. Peitoraes excedendo um pouco o comprimento da cabeça; o aculeo quasi do comprimento da nadadeira, porém não excedendo a 1/5 de todo o comprimento; muito forte, comprimido e ponteagudo, com alguns dentes finos ou serrilhados na margem interna, porém liso na externa. Altura da dorsal mais de metade da do corpo e um pouco maior do que o seu proprio comprimento; este ultimo egualando ao espaço entre ella e a adiposa; o aculeo forte e semelhante ao das pei- toraes. Afinal directamente em baixo da adiposa e raramente occupando 1) Paleatus (Lat.) = barreado com palhas. Não sei se Jenvns se referiu á côr ou quiz dizer em fórma de folha de lança — palea. À, DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 161 maior espaço. Ventraes mais curtas do que as peitoraes, articuladas sob o ultimo terço dessas nadadeiras ou sob o segundo raio brando nn dorsal e apenas chegando ä mais de metade da distancia da anal; primeiro raio, assim como o da anal, algo hispido. Caudal furcada dor metade de sua extensäo que quasi eguala ä da cabeça; lobos œquilobados. Cör (em alcool) geral parda amarellada, com maculas e pontos escuros; FIG. 77 — Corydoras paleatus,'seg. Steindachner peito e lados do abdomen alvadios. Peitoraes, ventraes e anal, quasi inteiramente obscuras; dorsal e caudal maculadas». (Jenyns). Habitat: Rio Paraná, Rio Camacuam, (R. G. do Sul) Porto Alegre. 167 — Corydoras elegans ', Steind. FD.1+8; A 1+647;L. lat. ASR «Escudo humeral inferiormente näo recobrindo a parte mediana do peito. Infraorbital estreito; ponta do focinho e maior parte da metade inferior das bochechas nuas. Processo occipital se estreitando gradativa- mente para traz, duas ou tres filas de maculas pardas ao longo do meio dos lados do corpo, sobre estas uma facha longitudinal parda escura que diminue de largura para traz. Uma estreita facha longitudinal, parda, =) Elegans (Lat.) = elegante. 6378 21 162 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL em cada lado da linha lateral. Nadadeiras immaculadas. Perfil cephalico superior mais francamente curvo do que em C. agassizi. Altura do tronco mais de 2 e 3/5, ou mais de 2 e 3/4, comprimento da cabeça, até a abertura das guelras; um pouco mais de 3 e 1/2; até a ponta do pro- cesso occipital, cerca de 2 e 3/5 no comprimento do corpo, diametro orbital 3 e 1/2, largura da fronte quasi duas vezes, comprimento do focinho um pouco mais de duas vezes no comprimento da cabeça (até a abertura das guelras). Escudos da cabega finamente rugosos. Fronte transversamente convexa, o focinho proemine em forma de nariz, por sobre a estreita bocca, cujos bordos säo agugados. Só a ponta do focinho € cutanea. Numero e disposição dos barbi- lhões do angulo da bocca e labio inferior, como nas especies até aqui descriptas (C. agassizi, C. eques). Infraorbital estreito, de modo que a maior parte das bochechas fica descoberta. A fórma do processo occipital é muito distincta do de Cor. agassizi; neste é o dito processo estreito já na raiz e dahi diminue um pouco de largura, até o seu extremo posterior; em C. elegans é elle largo na base e se estreita depressa para a ponta. Os escudos humeraes são, além disso, mais francamente desenvolvidos em C. elegans do que em C. agassizi; elles se estendem um pouco menos posteriormente até a base das peitoraes e deixam no peito entre as suas bordas inferiores mais ou menos francamente curvas, uma facha livre, cuja largura, afinal, é mais estreita no macho do que na femea. As placas lateraes são finalmente denticuladas na orla posterior, ha 21 ou 22 na fila superior e 20 na inferior. Tres escudos pequenos adi- ante da adiposa. Aculeo peitoral distinctamente mais comprido do que o aculeo da dorsal e tem numerosos dentes na orla inferior, moderada- mente fortes, porém muito delgados na orla superior; o aculeo dorsal, ao contrario, é só na orla anterior provido de pequenos dentes externa- mente, cuja ponta é dirigida para cima. O mesmo succede com o aculeo da adiposa. Tambem o primeiro raio ventral é finamente denticulado na orla exterior. Na mais baixa das tres filas de maculas, na metade dos lados do tronco, alongam-se algumas manchas, ás vezes, em estrias transver- salmente obliquas.» (Steindachrer). Habitat: Cudajás, Teffé. 168 — Corydoras trilineatus ', Cope. DA ase As lp eG ae lata 20: «Cabeça muito mais alta do que longa e é contida 3,5 no compri- mento, sem a caudal e a maior altura 1,5. Orbita 2,75 na cabeça, 1,5 no convexo espaço interorbital. Duas placas impares grandemente care- 1) Trilineatus (Lat.) = trilineado, com tres linhas (longitudinaes) À. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRÄSILIENSE — PEIXES 163 nadas, o aculeo agudo, sem denticulações; o aculeo dorsal serrilhado em toda a extensão no bordo posterior, não se projectando até a base do aculeo da adiposa. Esta muito mais alta do que o aculeo anal, li- gada ä uma porção adiposa. Côr de pa- lha clara; pardacenta superiormente, com uma facha lateral amarellada com as márgêns pardas, diffüsas em cima e em baixo e linha mediana :denegrida. Uma nodoa negra, intensa, nas pontas dos raios dorsaes; cauda profundamente fur- cada com cinco fachas verticaes; anal maculada. Algumas linhas longitudinaes nos lados das bochechas. Comprimento 49 m/m, altura 15. A bocca neste espe- cie é inteiramente inferior. A estructura peculiar do labio inferior que é um festao FIG. 78 — Corydoras trilineatus, seg. Steiadachner supportado por delgada membrana, foi por mim verificada em dous individuos. A espessa margem de cada lado traz um barbilhäo muito curto.» (Cope). Eigenmannn & Eigenmann identificaram 4 esta especie Cor. agassizi de Steindachner cuja figura é dada justamente, tendo em vista que o exemplar descripto e figurado por este Professor era um adulto ou, pelo menos, de quasi o dobro do tamanho do figurado e descripto por Cope. Habitat: Alto Amazonas, de Tabatinga para cima. 169 — Corydoras hastatus ', Eigenm & Eigenm. D.1+748;A.1 +647; L. lat. = «Comprimido, comparativamente delgado. Cabeça 3 1/2 da altura, sua largura 1 e 1/3 no proprio comprimento; perfil recto, obtuso, pro- cesso occipital triangular, fontanella alongada, projectando-se até o osso occipital; preorbital pequeno. Olhos grandes, 1 e 1/2 no focinho, 3 e 1/2 na cabeça, duas vezes no espaço interorbital. Focinho pouco curvo, barbilhões do angulo não se projectando até os olhos: labio inferior ter- minando em dous barbilhões. Processo coracoide estriado, formando uma ruga nos lados do ventre. Distancia do aculeo dorsal ao focinho, duas vezes no comprimento; aculeo dorsal um pouco mais curto do que a cabeça. Caudal profundamente furcada, 2 e 3/4 no comprimento. Aculeo peitoral pouco mais comprimido do que o aculeo dorsal, franca- mente serrilhado ao longo de ambas ás margens. Pardo claro; uma facha negra retinta, lateral, terminando na base da caudal, numa larga macula 1) Hastatus (Lat.) = de lança. 164 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL em forma de ferro de flecha a qual é bordada posteriormente de branco, borda que, por sua vez é strictamente marginada de denegrido; a caudal posteriormente enfumada; uma linha negra retinta se projecta em cada lado de uma curta distancia das ventraes, até por traz da anal; corpo e nada- deiras por toda a parte cobertos de pequenos pontos negros. Altura 2 e 2/3.» (Eigenm & Eigenm). Habitat: Villa-Bella. 170 — Corydoras nattereri ', Steind. Dot T;,A 1.45; Lo at, E Corpo elevado, reforçado, de altura 2 e 1/2 vezes no comprimento total, maior do que a cabeça (medida até a abertura opercular) que é contida tres vezes e 1/5 no mesmo comprimento; (sem a caudal); bocca pequena, labio superior grande, recobrindo o mento; barbilhão inferior attingindo o bordo anterior do coracoide; labio inferior entalhado na symphyse, tendo um barbilhão de cada lado do entalhe; focinho curto, co- nico, nú nos lados, sob o suborbitarios; preoperculo com a margem toda exposta, estreita; operculo largo; olhos 3 e 1/2 vezes na cabeça, 1 e 2/3 no espaço interorbital; fontanella oblonga, entre a parte anterior medi- ana do post-occipital e a posterior interna dos post-irontaes: occipital longamente acuminado para traz, num processo que encontra a placa pre-dorsal. Linha lateral assignalada por póros na região post-temporal e por depressões lineares, no extremo inferior das placas lateraes supe- riores. Fulcrum dorsal robusto; o aculeo egualando em comprimento ä 1/2 da distancia que vae da ponta do focinho ao apice do processo occipital; é robusto e transversamente reticulado, seguindo-se ao seu apice um prolongamento membranoso. Seis placas lateraes entre a dorsal e a adiposa, cujo aculeo pouco maior do que o diametro orbitario é pre- cedido de duas placas impares sobre a linha mediana; a membrana é mais comprida do que o aculeo; projectando-se um pouco além do apice deste; coracoides sub-cutaneos, tendo porém descoberto o apice do pro- cesso que não é unido ao seu opposto e deixa um amplo espaço medi- ano thoraco-abdominal. Peitoraes com o aculeo forte, passando a base das ventraes de duas placas, transversamente reticulado, e finamente villoso sobre o bordo supero lateral externo. Nove placas entre as ven- traes e a anal; ventraes pequenas, occupando seis placas; anal mode- rada; pontuda, attingindo a vertical do bordo posterior das placas da pase da caudal; esta furcada e fraca. Olivaceo uniforme, ventre branco. cm. Habitat: Rios Doce e Parahyba, Estados do Rio de free Minas Geraes e Espirito Santo, 1 Nattereri (Latinitagäo) — de Joäo Natterer, hivos do Museu Nacional, vol. XVI Fauna Brasiliense, est. XXXVI Mir. Rib. phot. J. Schmidt impr. Sabino & Karl gr. Fig. 1 — Decapogon verissimi, Mir. Rib. Fig. 2 — Corydoras nattereri, Steind. Fig. 3 — > barbatus, (Quoy & Gmrd.) A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 165 171 — Corydoras multimaculatus ', Steind. D. 1+8; A. 146; L. lat. a «Forma do corpo moderadamente reforçada, focinho recurvo para baixo. Fronte larga, fracamente arqueada no sentido transversal; olhos pequenos. Altura da dorsal menor do que a do tronco. Fontanella pro- jectando-se anteriormente até o meio da fronte, posteriormente quasi chegando á base do processo occipital. Aculeo das peitoraes quasi ou um pouco mais longo, assim como sempre distinctamente mais robusto do que o da dorsal e finamente denticulado na orla interna. Compri- mento da base da dorsal egual á distancia entre a ultima e a adiposa, a cujo aculeo se apoiam dous escudos impares, carenados; adiante destes quatro escudos pares, até a base do ultimo raio dorsal. _. Caudal mediocremente entalhada em crescente, o lobo superior um “pouco mais fortemente desenvolvido e mais ou menos indistinctamente longo do que a cabeça. 22 escudos no tronco, na fila superior e 20 na inferior. Região do thorax e do ventre nuas. Cabeça 3, altura 2 e 2/5 a um pouco mais de 2 e 1/2 no comprimento do corpo (com excepção da caudal.) Diametro ocular 5, largura iuterorbital cerca de duas vezes, focinho pouco mais de 1 e 2/3 á duas vezes no comprimento da cabeça. Altura das dorsal | e 2/5 à 1 e 1/2, altura do pedunculo 2 e 1/4 a 1 e 2/3 na maior altura do corpo. Barbilhões do canto da bocca chegam ao extremo inferior da abertura das guelras, barbilhões superiores um pouco mais curtos. Cabeça, lados do corpo, dorsal e adiposa densamente recobertos de maculas violetas, escuras, nitidas. Menos nitidas são essas maculas sobre a anal e ainda mais fracamente desenvolvidas e diffusas sobre os lados do peito e do ventre». (Steindachner). Habitat: Um aff. do Rio Preto, perto de Santa Rita, Estado da Bahia. 172 — Corydoras julli >, Steind. ; É 21 D.1+8; A. 1+6; L. lat. o «Fórma moderadamente robusta, focinho curto, arqueado, diminuindo para a frente. Olhos muito pequenos, fronte mediocremente larga, trans- versalmente convexa. Fontanella curta, se projectando para a frente até meia extensão da fronte, posteriormente não attingindo bem a base do processo occipital. Este ultimo diminuindo moderadamente de largura para tráz. 1) (Lat.) Multus, = muito; maculatus = maculado. 2) Julii (Lat.) de Julio (não referido por Steindachner), 166 ARCHIVOS DÖ MUSEU NACIONAL Caudal muito mais curta e com os lobos menos delgados do que Coryd. treitlii. Barbilhöes do angulo da bocca egualmente mais curtos, delgados e näo chegando ao extremo inferior da abertura das guelras. Altura do corpo 2e 1/2 4 2e 2/3, comprimento da cabeça até a orla 3ä 3e 1/3 no total (sem a caudal). Diametro orbitario 4, interorbital, egua- lando ao focinho, duas vezes no comprimento do cabeça. Altura da cauda 2 e 1/3 na da maior altura do tronco. Aculeo da dorsal finamente denticulado na orla posterior e um pouco mais curto do que o das peitoraes; este ultimo do comprimento da cabeça e finamente denticulado no bordo interno. Escudo humeral apenas passando sobre a região thoraxica; 20 placas na fila superior, 20 na inferior, mui fina e espessamente acicu- ladas no bordo livre. 3 escudos impares adiante do aculeo da adiposa. Lobo caudal superior mais comprido do que o inferior. Cabeça superior e lateralmente, tronco nos dous terços superiores de sua altura, caudal, dorsal e adiposa, raras vezes tambem a anal, densamente pon- tuadas de cinzento, em vida iridescente. Uma fila de maculas maiores, brancas, enfumadas ao longo da linha lateral, tão nitidamente limitadas que formam uma estria latero-superior e outra inferior, maculadas. Uma nodoa grande, negra, retinta, na parte supero-anterior da dorsal. Na caudal, constituem as numerosas manchas nove á 10 filas regu- lares, transversaes, no lobo superior e sete ä oito no inferior; 52 mm.» (Steindachner). Habitat: Parahim, Parnahyba; Estado do Piauhy. 173 — Corydoras microps ', Eigenm. & Kennedy. D. 14748500146 4,7; Lo lat. SE «Curto, clevado, perfil ventral quasi recto até a base da anal; perfil abrupto até as narinas, menos e egualmente redondo d'ahi á dor- sal. Olhos ä 2e 1/4 no focinho, 4 e 1/2 4 5 na cabeça, 2 e 1/3 a 2e 1/2 no espaço interorbital. Bocca inferior, focinho conico; barbi- lhões maxillares apenas chegando á abertura das guelras, os labiaes ligeiramente mais compridos. Fontanella alongada, estreita, projectando-se até a base do processo occipital. Processo coracoide estreito, distancia entre elles egual á 1/2 da distancia entre as bases dos zculeos peitoraes; tres 4 quatro placas impares adiante da adiposa. Distancia do aculeo dorsal á ponta do focinho, 2 vezes no comprimento; aculeo 1 e 2/3 na cabeça; aspero posteriormente; os primeiros quatro ou cinco raios mais altos do que o aculeo. 1) Mierops (Gr.) de micron — pequeno e ops olho, A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 167 Aculeo peitoral 1 e '/, 4 1 e */; na cabeça, lado externo liso, o interno aspero. Caudal profundamente furcada, 2e'/, á tres no comprimento, seu lobo dorsal ligeiramente mais longo. Pardo amarellado cambiando para branco inferiormente; uma facha dorsal mediana, branca, projec- tando-se da fontanella 4 base da caudal. Na base da dorsal esta faixa se dilata em uma nodoa escura. Uma faixa lateral. Uma faixa lateral parte da base da caudal e se dilata para a frente terminando n'uma nodoa lateral mais ou menos distincta. Todas as nadadeiras são uniformemente coloridas; 3 dos es- pecimens (260) são mais escuros. A faixa lateral não é distincta da mediana dorsal. O alto e os lados da cabeça, as nadadeiras dorsal e caudal são tinctas de escuro.» (Eigenm. & Kennedy). 174 — Corydoras treitlii ', Steind. D. 1+8; A. 1+7; L. lat. À «Fórma um pouco alongada, cabeça fortemente comprimida, focinho longamente estirado, apenas curvo, coracoides apenas passando para 0 lado inferior do tronco, de modo que a região thoracica fica quasi to- talmente núa. Altura do corpo egual ao comprimento da cabeça (até a orla opercular posterior) ou passando-a de pouco; a ultima, cerca de 3 42e '/, no comprimento do corpo (com a excepção da caudal). Fo- cinho, 1 e'/,;ä 1 e !/,, diametro ocular 4 e'/, à 5, largura da fronte, cerca de 3 4 3e°/, no comprimento da cabeça, altura do pedunculo 2%; na maior altura do corpo. Aculeo das peitoraes, um pouco mais curto do que o da dorsal e provido de denticulações no bordo interno. Caudal fortemente furcada, com os lobos muito pontudos, sendo o superior mais longo do que a cabeça. Barbilhões entumecidos, os do angulo da bocca longos, chegando á abertura das guelras e cerca de tres vezes mais longos do que os dous do labio inferior. Processo occipital tino, com as orlas lateraes concavas. Fontanella comprida, chegando anteriormente até sobre a região da orla orbital anterior, posteriormente até á base do processo occipital; 23 escudos na fila superior e 21 na inferior; 4 à 5 escudos impares, terminando em carena superiormente, adeante do aculeo da adiposa. Escudos lateraes providos, na orla livre, de aciculos muito espessos, e na face externa, muito delgados. Metade superior do corpo, parda clara, inferior, branca amarellada. Uma estria cinzenta, denegrida, ao longo do meio da altura do corpo, começando verti- calmente sob a ametade inferior da dorsal, augmentando algum tanto para traz e terminando na base da caudal. A côr fundamental da ame- 1) Treitlii (Latinizaçäo) de Treitle, 168 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL tade superior do tronco é mais ou menos deslocada por uma facha transversal, sobre cada uma das placas da fila superior. do tronco e que ás vezes são totalmente cinzentos, denegridos. Só o lado superior do tronco e o escudo do pescoço se mostram pardos uniformes. Junto do extremo superior dos 5 á 10 primeiros escudos do tronco da fila in- ferior, fica uma nodoa cinzenta mais escura ou estria mais curta, obli- quamente disposta. Caudal frequentemente com uma facha mais escura não acuminada, ao longo das orlas superior e inferior. Mui raros vesti- gios de pequeninas manchas mais escuras sobre os raios medianos, na ametade anterior dessa nadadeira. 6 cm.» (Steindachner). Habitat: «Um pequeno regato que, proximo da villa da Victoria, desagua no Parnahyba.» — Estado do Piauhy. 175 — Corydoras barbatus ', Quoi & Gaimard. Maria da Serra, Sarro ou Sarrinho ESt Ole 1072 D-1 +8; A. LT L. lat ADULTO — —: Cabeça 3 e '/; (sem a caudal) elevada, comprimida; fontanella linear, curta; 2º barbilhão maxillar attingindo a orla da co- bertura da guelra, na terminação inferior da abertura; olhos, 6 e '/, no comprimento da cabeça, duas vezes no espaço interorbital; uma facha de aciculos nos lados do focinho entre a ponta deste e a base do operculo ; aculeo dorsal egual ao comprimento da base da nadadeira desse nome, com aculeos no bordo posterior, os quaes ficam envolvidos por uma pa- rede ossea, continua, transparente, de niodo a formar um gume inteiro; primeiro raio dorsal muito pouco maior do que o dobro do comprimento do aculeo, os outros raios decrescendo gradativamente. Peitoraes ponteagudas, muito grandes, ficando a sua ponta, que é o do aculeo, á distancia de uma placa do início da anal; o aculeo aci- culado e denticulado exteriormente e denticulado inferiormente; ventraes pequenas, terininando à tres placas antes da anal. Caudal furcada ; = placas em linha longitudinal; seis medianas antes da adiposa. Colorido fundamental branco, uma facha branca sobre o focinho, da ponta ás na- rinas posteriores; lados do focinho, lados e alto da cabeça, região dorsal, sob a nadadeira desse nome, vermiculados e punctulados de branco e: preto; uma facha transversa, preta, antes da adiposa; uma facha superior e outra inferior ä linha lateral, pretas; outra facha da mesma côr sobre a base da anal, desde o meio das ventraes, passando por detraz da anal, onde a de um lado se une ä do lado opposto; dorsal, ventraes, anal e 1) Barbatus (Lat.) = barbado. A. DE MIRANDA’ RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 169 caudal punctulados de negro, as punctulações perfazendo fachas estreitas, transversas, em zigue-zagues; peitoraes e adiposa brancas. Iris, negra. Superficie abdominal tenue e esparsamente aciculada. FEMEA E JOVEN — Fórma exacta de Corydoras trilineatus, tal qual foi descripto e figurado por Steindachner (Cor. agassizi), com a diffe- rença de ter os olhos ligeiramente menores, o focinho um pouco mais agudo e os lados da cabeça vermiculados de branco e uma facha negra, transversamente obliqua, sob as duas dorsaes e uma longitudinal sobre a base da anal; a facha de aciculos é atrophiada, sendo elles perce- ptiveis apenas com uma lente. Taes são as descripções de exemplares procedentes do Iporanga (Syst. da Ribeira), o maior adulto ; medindo 115 millimetros. Outros exem- plares procedentes da mesma localidade fizeram-nos ver, além da variação das peitoraes já deprehendida pela referencia ä Cor. agassizi, entre os machos adultos e as femeas ou machos jovens, ainda a variação do contorno da dorsal que nem sempre é elevada e triangular, como no macho, primeiro descripto, podendo ser um tanto arredondada e não ter o segundo raio maior de ?/; que o aculeo e sendo, ao contrario, menor do que o terceiro raio. Outros machos menores apresentavam reducção do focinho e reunião das manchas lateraes numa ampla facha negra que se dirigia da região escapular á cauda; outros apresentavam in- terrupções da facha superior 4 base da anal. Quando descrevemos pela primeira vez este peixe (sob o nome de Corydoras kronei, Lavoura, anno XI, n. 5, pag. 189 c. fig. — 1907) sus- peitämos a possibilidade de ter em mãos um Scleromystax o que reijei- tamos, então, após a leitura das diagnoses do Professor Günther e dos Professores Eigenmann. Diz o primeiro: Cabeça deprimida '; dizem os segundos: Dous pares de placas nucaes entre o occiput e a placa dorsal”. E dahi nos afastamos da senda verdadeira para o caminho da es- pecie nova. Não obstante, o extraordinario facto da presença de aciculos nos lados do focinho, a asseveração de Quoy e Gaimard de que o fo- cinho de Callichthys barbatus era alongado e não achatado e, das asse- verações de Cuvier e Valenciennes de que: «A producção occipital ia em ponta encontrar um escudo triangular, quasi da mesma dimensão » * nos fizeram procurar, no local donde havia sahido o Callichthys barbatus os exemplares necessarios a elucidação deste problema. A minha suspeita foi confirmada pelo encontro de cinco exemplares que apanhei em af- fluentes do Rio da Estrella, á poucas leguas da extincta fazenda da Man- dioca, onde haviam Quoy e Gaimard obtido a especie em questão. 1) Cat. V, 225-— 1864. 2) South American Nemathgnathi, 4501890. 3) Hist. Nat. Poiss XV, 240— 1840. 6378 22 170 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL Os exemplares da Estrella são mais intensamente coloridos e têm a dorsal ligeiramente sinuosa no bordo posterior e as peitoraes denegridas; a facha nasal branca, ás vezes vae até a base da dorsal. E não sómente verificamos a veracidade das affirmativas de Quoy e Gaimard e de Cuvier e Valenciennes, como: a identidade das especies do Estrella e da Ribeira de Iguape, não se devendo levar á conta de ca- ractéres de especie, as differengas encontradas. Assim, a diagnose das chaves de Giinther e dos Eigenmanns está errada. E não sómente nós fomos, por ella, conduzidos ao erro, mas tambem o Prof. C. Eigenmann, com a descripção de Coridoras juquiae procedente do Rio Juquiá, afflu- ente do Rio da Ribeira ' E consequentemente “concluimos a impossibilidade da existencia do genero Scleromystax. DORADIDÆ ’ Cabeça deprimida ou comprimida, vertex descoberto, granuloso; pro- cesso occipital largo, unido indistinctamente á placa predorsal que é. fir- memente soldada à elle; fontanella variavel; focinho: provido ou não de placas osseas superiores; narinas isoladas providas de curtas valvas tu- bulares, as posteriores, ás vezes, protegidas por uma. crista exterior dos sub-nasaes; olhos variaveis, lateraes ás vezes, providos de palpebras adi- posas; dentes villiformes, nos intermaxillares e mandibulares, ás vezes, rudimentares ou ausentes; dorsal elevada com o aculeo sempre forte; peitoraes ás vezes, constituidas pelo aculeo sómente; pinturas esternal robusta, com um processo posterior desenvolvido ; nadadeira adiposa va- riavel; ventraes posteriores, á dorsal; anal quasi sempre inferior à adi- posa; linha lateral provida de largas ossificações armadas de um aculeo mediano retrovertido c de outros menores aos lados deste: -äs vezes, ha ossificações sobre a linha mediana, nos lados dorsal e ventral; ás vezes, ha ossificações sobre todo o corpo; malleos: formando as paredes -ante- riores da vesicula natatoria que é livre e bem desenvolvida, ás vezes, tendo constricções transversas ; tubo digestivo longo, com muitas circumvoluções, quasi sempre dilatado para o extremo terminal. Estes peixes são promptamente reconhecidos por causa da fila la- teral de placas que lhes é peculiar. Elles gosam da mesma propriedade que os Callichthys * de se transportarem de um lago á outro. por terra. Schomburgk relata ter encontrado uma especie da Guiana, em tão grande quantidade sobre a estrada em que elle viajava que os seus homens puderam encher diversas peneiras. Tem-se. verificado que alguns. cons- truem um ninho para depositar a prole. Os Doradideos habitam os tres grandes systemas pluviaes brasileiros, estando distribuidas, as especies que se encontram no Brasil, pelos seguintes 1) Rud. Ihering, Notas Preliminares, 15 e 37—1907: 2) Doras, genero tvpico ; eidos senelhante, 3) Vide Tomo I, pg. 57. A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 171 Focinho não pro- longado em cur-| Olhos mediocres sem va para baixo; | palpebras adiposas.. Hemidoras. Barbilhões | de perfil inerte) Cabeça | villosos. 2 or recto ou mo- compri- deradamente| Olhos grandes, com Linha la- | mida,sub- elevado para| palpebras adiposas.. Hassar. teral re- | conica, cima. coberta |, bocca pe- : : de pla- | quena, in- Focinho mediocremente prolongado em Gene cas. ferior. curva para baixo, proboscidiforme .. Mormyrostoma. ros. - | Batbilhoesiteretes;ssimplesge. nr Keen Oxydoras. Cabeça deprimi- { Adiposa longa, baixa................ iii Rhinodoras. da, bocca anterior. adiposa CURE A ES) ETS E Re Se AIM A AE aloes Doras. Sómente a primeira placa da linha lateral presente ..................... Wertheimeria. Hemidoras ', Bleeker. Ichthyol. Alchip. Indici. Siluri, 1858 Cabeça sub-conica, bocca infero-anterior, pequena; labios espessos, reflexos, barbilhöes maxillares villosos, os mentaes äs vezes tambem villosos ou papillosos reunidos na base por uma commissura commum; focinho nú, narinas sem subnasal apparente ; fontanella alongada, olhos me- diocres, lateraes, desprovidos de palpebra adiposa; placas lateraes, des- providos de palpebra adiposa; placas lateraes mediocres ; adiposa curta. Linha mediana dorsal provida de placas entre a dorsal e a adiposa . H. stenopeltis um processo accesso- rio inferior do pro- | Intermaxillares | cesso humeral ...... H. nattereri. sem den-tes. | sem processo accesso- rio do processo hu- meralal)e 02 LES ADRESSE RS H. eigenmanni. i 1) Sem pro- Lados do Especies cesso acces- focinho nus; brasilei- sorio do 4 primeira ras. processo hu= placa late- meral. ral sem pro- L. lat. 29 4 34) cesso infe- rior appa- A. 13á 14) rente. L. lat. 29 à 30. H. brevis. { Processo Lados do | sein focinhocom Linha | desprovi- placas os- mediana| do defon- seas; pri- dorsal | tanella meira placa despro- | em cada | lateral com ide lado da li- processo placas ) nha me- inferior ap- entre a) diana. parente. L. dorsal e lat. 33 á 34. H. trachyparia. a faire; Intermaxillares dentigeros L. lat. 294 34. H. punctatus. FLAD) À PE a hehe co RR Ce AURIS ee H. fimbriatus. Processo [ occipital provido = 12 4 13 uma fonta- Lucas dorsal liso no bordo posterior... H. humeralis. nella em É | Aculeo dorsal espinhoso nos dous bordos H. trimaculatus ‚da lado da linha media- na. 1) Hemidoras ; de Hemi (Gr.) meio e Doras, genero adiante citado, ES ASS N eier H. morei. 172 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONÁL 176 — Hemidoras stenopeltis ', Kner. D. 1 + 6; A. 13-14; L. lat. 34-35 Cabeça 3 e ?/, no comprimento total (sem a caudal), sub-triagonal, com o perfil inferior recto, o superior convexo; bocca pequena, inferior; barbilhões maxillares chegando á base das peitoraes e reunidos aos mentaes por uma commissura basilar, focinho nú, narinas posteriores mais proximas da orbita do que das anteriores; estas mais proximas das posteriores que da ponta do focinho; fontanella longa, projectando- se das narinas anteriores á orla posterior da iris e seguida, até ao fulcrum dorsal, de um sulco estreito; uma fontanella elliptica nos lados desse sulco, na base do processo occipital ; olhos grandes, 3 e ?/; na cabeça, */, do es- paço interorbital ; sub- orbitaes formando um estreito cordão ossificado; bochechas e operculos nús; pro- cesso occipital emittin- do um processo poste- ro-inferior; supra clavi- cula granulosa encontrando-se com a post-clavicula que é rugosa na base e de forma longamente triangular; cintura esternal sub-cutanea; região tympanica tendo um: serie de pequeninos aculeos que se dirigem pela linha lateral. Aculeo dorsal justamente do tamanho da cabeça, compri- mido, nos lados longitudinalmente estriado, serrilhado nos dous bordos, os espinhos do bordo anterior dirigidos para cima, os do posterior até o meio da mesma direcção mas inclinados para traz; do meio para a ponta elles se tornam retrovertidos. Aculeos peitoraes imperceptivelmente mais longos que o dorsal, fortemente estriado no sentido longitudinal e denticulado nos dous bordos, como na regra geral; ventraes mediocres. Adiposa pequena, superior a anal; esta mediocre. Caudal furcada. O primeiro escudo da linha lateral, articulado aos processos descendentes da placa prédorsal e extremo da post-clavicula, é o maior; os demais escudos gradativamente menores, até a cauda, todos elevados, estreitos, obliquamente inclinados para a frente e denticulado no bordo livre. Sete placas osseas sobre a linha dorsal, entre a nadadeira d'este nome e a adiposa. Uniformemente colorido. Dois pequenos exemplares pro- cedentes de Caldeirão, Alto Amazonas e determinados no Museu de Paris como O. carinatus. FIG. 79 — Hemidoras stenopeltis, seg. Kner 1) Stenopeltis (Gr.); de stenos, estreito; e pelte, escudo, A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 173 Maior comprimento registrado — 160 millimetros. Habitat: Manäos, Rio Negro, Hyavary, Manacapurú, Teffé, Obidos, Tabatinga, Juruá. 177 — Hemidoras nattereri ', (Steind.) DSi os PATS) Se lat: 31 «Na forma do corpo esta especie muito se approxima deZOxydo- ras humeralis Kner. A cabeça é comprimida, o focinho (visto de perfil) é curvo. Uma carena obtusa ainda que moderadamente mais alta, vae da região occipital ä base da dorsal. A fronte é estreita, os olhos maiores, o focinho mais fortemente curvo, o processo humeral menos elevado (e sem ponta no lado posterior singular e obliquamente truncado) do que em O. humeralis. Ainda mais que os ossos dos lados da cabeça e não sómente as coberturas das guelras, especialmente, tambem, a orla do FIG. 80 — Hemidoras nattereri, seg. Steindachner preoperculo, os sub-nasaes e uma estria inferior ao annel ocular, são granulosos e estriados; tambem falta a fosseta revestida de pelle entre as orlas lateraes do processo post-occipital e a carapaça núa. Na forma do processo humeral O. nattereri se parece coni O. stenopeltis Kner, comtudo, aparte as differenças da fórma da cabeça, são os escudos la- teraes, na primeira especie, muito mais baixos, menos numerosos e não ha, tambem, escudo nenhum dorsal em desenvolvimento. O comprimento da cabeça, até a orla posterior das coberturas oper- culares, é contido, c. 3 1/2; a maior altura do tronco, sob a origem da dorsal, o é egualmente 3e 1/2 vezes no comprimento do corpo; o dia- metro ocular, imperceptivelmente mais do que tres vezes, a largura in- 1) Nattereri (Latinisação = de J. Natterer. 174 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL terorbital tres vezes, o comprimento do focinho um pouco menos de duas vezes, a maior largura da cabeça, entre os operculos, 4 e 2/5 no compri- mento da cabeça. O mediocre hiatus (oral) não é muito perceptivelmen- te excedido pelo focinho. Os intermaxillares são edentados; junto á symphyse mandibular, em cada lado, ha um pequeno e estreito grupo de dentes dispostos curvamente em meia lua. Os barbilhões maxillares, villosos no lado externo, quasi attingem o meio dos olhos e medem um diametro ocular; os quatro barbilhões mandibulares, de egual compri- mento, são curtos, providos de papillas e reunidos na base por uma orla commum. Fontanella lanceolada, estreita e de ponta antevirtida. Posteriormente ella não se projecta além dos olhos. A ponta do focinho e mais partes adiante deste, entre as duas narinas, em cada lado da cabeça, não são asperos, unicamente revestidos de pelle lisa e fina. To- do o resto da metade superior da cabeça, é recoberto de escudos mo- deradamente rugosos. Egualmente estriados são, nos lados da cabeça, os subnasaes, os tres suborbitarios externos, estreitos, quasi lineares, as estreitas orlas dos preoperculos, fortemente recurvas, para diante e pa- ra baixo e os operculos por inteiro. Entre os sub-nasaes e a orla preopercular, as bochechas são reves- tidas de pelle lisa. O processo humeral, termina ao meio da extensão do aculeo peitoral; elle é, em perfil rasoavelmente egual de altura e na orla oblíqua, posterior, concavo. N'essa região encontra o primeiro escudo lateral do tronco, pela sua parte menor interior da orla anterior d'este. A placa predorsal envia, sob a base do aculeo dorsal, um processo lateral inferior que chega até meia altura do tronco e tambem se reune ao extremo superior do primeiro escudo lateral. O aculeo dorsal é mais curto, e sómente um pouco mais fraco que o peitoral, estriado em toda a altura, com grandes espinhos na orla anterior e muito pequenos gan- chos na orla posterior; elle se termina, superiormente, em fórma de agulha. A altura deste aculeo é egual ao comprimento da cabeça e mais visivelmente ä 2e 1/2 vezes o comprimento da base do dorsal. A adi- posa é de altura egual ao maior diametro ocular, e menos longa do que alta. O aculeo peitoral é mais longo do que a cabeça de quasi um diame- tro ocular, fortemente deprimido, estriado em todo o comprimento e pro- vido, nos dous bordos, de dentes curvos, dos quaes os da orla poste- rior que ficam proximos á ponta, são os mais longos. Na origem do processo humeral, debaixo da peitoral, ha um processo, ainda que cur- to porém egualmente granuloso, em fórma de haste que, comtudo, não attinge o primeiro terço longitudinal do aculeo peitoral. A articulação das ventraes, fica um pouco atraz do meio do comprimento do corpo, e é attingido pela ponta do aculeo peitoral. O comprimento das ventraes é um tanto mais consideravel do que a metade do comprimento da ca- beça; o numero dos raios ventraes sóbe, no exemplar examinado por nós, sobre um lado do corpo á 6 e á 7 no outro. A ponta das ven- A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 175 traes näo attingem a origem da anal. A anal contem 13 raios dos quaes os tres primeiros simples. A altura do menor que é o 2º raio ramificado, excede um pouco ao comprimento da base da nadadeira, é egual ao com- primento das ventraes. A caudal é entalhada na orla posterior e o lobo in- ferior, um pouco mais longo e fortemente desenvolvido, é quasi do com- primento da cabeça. Os escudos lateraes do dorso, em numero de 31, augmentam em altura, do segundo ao quarto; e diminuem d'este ao ul- timo moderadamente. A altura do 4º escudo attinge bem o comprimen- to de um diametro ocular. O primeiro escudo lateral é visivelmente mais alto e mais longo que o segundo (quasi egual em altura ao comprimen- to do focinho) e fortemente granuloso em toda a face externa, emquan- to que, todos 9s demais, até proximo a orla posterior denticulada, são lisos e finamente recobertos de pelle. O grande aculeo mediano dos escu- dos do tronco, até o 21 ou 22º, augmenta gradativamente em compri- mento e robustez; e d'este até o ultimo, e menor dos escudos. Na re- gião fechada pela carapaça, processo humeral e primeiro escudo lateral, ha, ainda, duas à tres pequenas placas asperas, que realçam O curso do canal lateral e são desprovidas de serrilhas. 12 cm.» (Steindachner ). Amazonas — Tefé. O Museu possue um exemplar muito pequeno, desta especie, proce- dente de Caldeirão, que voltara do Museu de Paris com o nome de Doras brévis. 178— Hemidoras eigenmanni ', (Boul.) D-1 + 6; Awl 4 14; L. lat. 26-27. «Ambas as maxillas providas de dentes, altura do corpo egual ao com- primento da cabeça, 4 vezes no comprimento total. Narinas posteriores mais proximas dos olhos do que das anteriores; diametro ocular 4 vezes na cabe- ça le 1/4no espaço interorbital e 3/4 no comprimento do fo- cinho; base de seis barbilhões unida pela prega da maxilla inferior. Barbilhöes maxillares ramosos, projectando-se um pouco a frente da base do acu- leo pei:oral, duas vezes do com- primento dos mandibulares. Aberturas das guelras pro- jectando-se até sob o bordo posterior dos olhos. Processo humeral estriado, egual á 1/2 FIG. 81 — Hemidoras eigemanni, seg. Boulenger 1) Eigenmanni (Latinisação) — de Eigenmann. 176 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL do aculeo peitoral. Aculeo peitoral pouco mais comprimido que a cabega. Dorsal 1 +6; aculeo um pouco mais curto que a cabeca, muito fortemente serrilhado na frente, muito fracamente atraz. Adiposa um pouco mais curta que a base da anal. Näo ha aculeos entre as nadadeiras dorsaes. Escudos lateraes moderados, seu diametro vertical egual aos olhos, säo serrilhados posteriormente e em numero de 26 ou 27. Caudal bifurcada. Pardo superior- mente, alvadio inferiormente, nadadeiras uniformes ou com pequenas maculas negras. 80 mm.» (Boulenger). Habitat: Descalvados, Matto Grosso. 179 — Hemidoras brevis ', (Kner). Dial EEE Als: AA EI. 20FA 34: «Forma curta, robusta; cabeça 3 e 3/4 no comprimento. bocca infe- rior; barbilhões maxillares passando a vertical do meio dos olhos; foci- nho totalmente nu; olhos circulares, 3 e 1/4 no comprimento na cabeça; processo occipital e placa pre-dorsal tectiformes, obliquamente ascenden- tes até a dorsal que occupa justamente o meio do corpo (sem a caudal). Processo clavicular externamente rugoso, obliquamente truncado no extremo posterior; placa predorsal não se projectando para traz do acu- leo dorsal e emittindo um processo curto in- ferior; aculeo peitoral da forma geral, um tanto curvo em S, at- tingindo o 8° escudo lateral; aculeo dorsal longo, attingindo a ori- gem da adiposa, serri- lhado anterior e pos- teriormente e longitu- dinalmente estriado ; adiposa elevada, tra- pezoide, de altura e- gual a um diametro e comprimento pouco maior; primeiro escudo da linha lateral, tendo de föra apenas a metade superior ao aculeo mediano, é larga e com duas ordens de espinhos curtos, revertidos; as maiores placas lateraes restantes, ficam sob dous penultimos raios dorsaes; o lado inferior dessas placas € mais desco- berto que o superior e os aculeos curtos de seu bordo, em numero de tres, são menores que os superiores; ventraes sob o quarto raio dorsal quasi attingindo a anal, este sob a adiposa mas obliquamente disposto ; caudal emarginada: compr. cinco pollegadas.» (Kner). Habitat: Rio Negro. FıG. 82 — Hemidoras brevis, seg. Kner. 1) Brevis (Lat.) = breve, curto. A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 177 180— Hemidoras trachyparia', (Boul.) DEI VAIS LE Tat. 33) a <34: « Maxilla superior desprovida de dentes. Altura do corpo egual ao comprimento! da cabeça, 3 e 2/3 no comprimento total. Focinho redondo, rugoso, exceptuando-se o espaço internasal, de cada lado; narinas posteriores juntas aos olhos; diametro ocular quasi egual ao comprimento do focinho, mais de 1/3 do comprimento da ca- FIG. 83 — Hemidoras trachyparia, seg. Boulenger beça, egual ao espaço interorbital; preoperculo, sub-operculo e opercu- lo, osseos, rugosos; ossos craneanos granulosos; fontanella não se pro- jectando como um sulco posteriormente; barbilhöes não franjados (ou, antes, barbilhão maxillar com uma unica barba basilar), suas bases unidas por uma prega da maxilla inferior; barbilhöes maxillares não chegando á abertura opercular; barbilhöes mandibulares curtos. Aberturas das guelras projectando-se até sob o bordo posterior dos olhos. Processo humeral granuloso, mais largo de 1/2 e do compri- mento do aculeo peitoral, obliquamente truncado no extremo posterior. Aculeo peitoral do comprimento da dorsal e da cabeça, fortemente ser- rilhado no lado interno, fracamente no externo. Dorsal 1+6; aculeo for- temente serrilhado nos dous lados, um pouco mais proximo da adiposa do que do extremo do focinho. Adiposa egual 4 metade da anal. Anal 13. Não ha escudos entre as dorsaes ou sobre o ventre. Escudos la- teraes 33 á 34, quasi eguaes á 1/2 da altura do corpo, com os bordos serrilhados e espinhos fracos, curvos; caudal profundamente furcada. Oli- vaceo pallido superiormente, alvadio nos lados e inferiormente; nada- deiras brancas. 93 mm.» (Boulenger ). Habitat: Juruá. 1) Trachyparia (Gr.) de trachys — aspero e paria marmotes (fig. pelas placas osseas). 6378 23 178 ARCHIVOS: DO” MUSEU NACIONAL 181 — Hemidoras punctatus', [( Kner. ) D. 1+ 6; A. 133 L. lat.528-29. «A maior altura anterior 4 dorsal, apenas excede a maior largura entre as bases das peitoraes e esta ultima é quasi egual ao comprimen- to da cabeça (até a abertura das guelras); contorno do focinho obtusa- mente parabolico, olhos grandes, quasi circulares, comtudo apenas na sua ametade superior semicircular, provido de escudos asperos, ao pas- so que os sub-orbitaes, estiolados, são revestidos de pelle e como todo o focinho até as narinas posteriores e, lateralmente até a cobertura das guelras, completamente nús. O diametro occular é contido no comprimen- to da cabeça, apenas um pouco mais de quatro vezes, sua distancia da orla do focinho não completa totalmente dous, das narinas anteriores 1, das aberturas das guelras 1 e 1/3, interorbital 1 e 1/2 diametros. A fronte, entre os olhos, é, portanto, larga e egualmente plana; só da região post-occipital a carapaça se eleva até a dorsal, constituindo uma carena muito obtusa. A comprida fontanella projecta-se para diante até FIG. 84 — Hemidoras punctatus, seg. Kner. sobre a pelle núa do focinho, que tambem occulta o escudo subnasal. A abertura oral occupa quasi toda a largura do estreito focinho, sendo cer- cada por labios carnudos; a mandíbula torna-se um tanto sobrepujada pela maxilla superior e por isso a bocca é semi-inferior; os barbilhões maxilla- res nunca chegam ä abertura das guelras, são geralmente muito curtos e ornados de 3 4 4 villosidades lateraes (semi-franjados ); o labio inferior constitue um curto véo papilloso, do qual os barbilhões labiaes, curtos, po- rém de egual comprimento, se ennovelam; o seu comprimento e numero, de resto, são variaveis (frequentes vezes comtudo 5 e 6). Os interma- xillares quasi rudimentares, têm poucos e pequenos dentes, vesti- giarios pelo lado de fóra e que, se tornam perfeitamente impercepti- veis; os mandibulares, comtudo, constituem uma visivel pequena facha firme. O processo humeral termina adiante do primeiro escudo lateral, sob o início da dorsal, ampla e abruptamente truncado e constitue, na sua orla inferior, uma quilha longitudinal não denticulada. O nu- mero de escudos lateraes é de 28 á 29, elles são fracos, baixos e com 1) Punctatus (Lat.) = pontuado. A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 179 excepção dos dois primeiros quasi todos eguaes em altura e compri- mento, comtudo, os aculeos da linha lateral, muito compridos, augmentam em tamanho para a cauda; a orla de todos é provida de denticulações finas e rectas. O primeiro escudo lateral é realmente o mais elevado, porém da mesma largura e em consequencia do processo humeral, de larga terminação que lhe fica inferior e projectado sobre os seguintes, tambem o seu aculeo principal, menor, fica distinctamente mais alto. Por causa da pequenez dos escudos lateraes, fica o resto da maior parte dos lados, em cima e em baixo delles, nú. As placas peitoraes são na parte transversa anterior reco- bertas de pelle; os seus largos processos posteriores, porém, são livres e attingem, com a obtusa ponta, o extremv posterior do processo humeral. A dorsal origina-se adiante da metade do comprimento do corpo; o seu acu- leo é mais curto do que o da peitoral, que se projecta sobre a base das ven- traes; os dous aculeos são, de resto, denticulados nos dous bordos. As ventraes originam-se sob o extremo da dorsal. A fossa anal fica excentrica- mente entre e por traz da base das ventraes, a meio caminho da anal, porém já por traz da ametade d'essa extensão total. A anal chega ao primeiro raio accessorio da caudal; o primeiro raio fica vis-á-vis da pequena adiposa, a caudal é curta, fracamente entalhada, com os dous lobos de egual extensão, redondos; e a região, moderadamente larga, do dorso, entre a dorsal e a adiposa, núa; não ha escudos impares na base da caudal, ou, pelo menos, elles affectam a fórma dos raios accessorios. Não ha póro lateral. Lado dor- sal pardacento, todo o lado inferior alvadio uniforme, porém os lados, até a linha lateral, marcados de manchas ou pontos denegridos, assim como as nadadeiras, com excepção das ventraes e da anal. 3 á 5 pollegadas.» (Kner) Habitat: Matto-Grossso—Rio Guaporé. 182 — Hemidoras fimbriatus, Kner DIE ANNE IS lat. 1202530) «Focinho de ponta obtusa, o contorno quasi parabolico e, até as peças operculares, nú, a fontanella alongada se projecta sobre o focinho nú, os sub-orbitaes são totalmente estiolados e tambem falta o escudo nasal denta- do. Os olhos são grandes, seu diametro contido 4 e 1/2 vezes no compri- mento da cabeça, sua distancia lateral cerca de 1 e 1/4, a da orla nasal 1 e 1/2. A orla orbital superior não é elevada. Pela estreiteza do hiatus fica um muito pequeno espaço nos intermaxillares e mandibulares para os finos e pe- quenos dentes que, demais, não são externamente muito contiguos. ; A região post-occipital eleva-se sobre a carapaça nitidamente, depois torna-se em ambos os lados fortemente retrahida e assim, no meio, quasi carenada. Os barbilhões maxillares franjados ou, em pouco mais da metade, IE ORDNET dE CN ER WESER 1) Fimbriatus (Lat.) — franjado. 180 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL viliosos, chegam até a base das peitoraes. Os quatro mentaes säo curtos mas de quasi egual comprimento e reunidos na base, em uma curta commis- sura. O processo do humeros näo se estreita em ponta, ao contrario, torna-se posteriormente ainda mais largo (algo), terminando redondo e na verdade, por causa da grande expansão do primeiro escudo lateral 4 sua frente. O numero dos escudos lateraes é de 29-30, elles são de egual altura, sendo na orla finamente pectinados, com a serie principal de espinhos simples, ao lon- go da linha lateral que se estende da cintura escapular até a nadadeira cau- dal. O primeiro escudo lateral é o maior de todos, tanto com o que concerne á altura como á largura; especialmente elle augmenta tanto sua ametade in- ferior da parte que fica em baixo da linha lateral que esta termina no extre- mo do humeros e na placa thoraxica, aqui irrompendo do peito num angulo, constituindo uma aguda ares- ta para cima, nos flancos; pa- ; ra cima cresce o primeiro es- | cudo lateral, do mesmo modo, até a carapaça. Logo depois do primeiro está a metade in- ferior do segundo escudo late- ral, como a mais comprida e larga, do terceiro em diante, tornam-se a largura e a altura dos escudos lateraes de egual dimensão, até a caudal; em [© © | | nenhuma outra especie che- |. eae Ber. gam, porém, os dous primei- ros escudos lateraes tão longe, FIG. 25—Hemidoras fimbriatus, seg. Kner até a superficie ventral e são tão largos como aqui. O dorso subterete, en- tre a dorsal e a anal é nú; adiante dos raios accessorios da caudal ha ape- nas, em cima e em baixo, um grande e largo escudo; todo o lado ventral, com excepção da larga e semilunar cintura esternal, de pontas viradas para traz, nú; dous exemplares têm um póro lateral, outro apenas uma funda de- pressão; fossa anal proxima das ventraes. O aculeo da dorsal e os das peitoraes são serrilhados nos dous bordos; o primeiro tem a ponta seguida de um lobo cutaneo e não chega a attingir a adiposa; o forte aculeo peito- ral, de egual comprimento em todos os exemplares, chega sobre a base das ventraes; estas ultimas não attingem a anal; esta, porém, chega á base da caudal que é prefundamente entalhada e de lobos eguaes. Dorso, lado, parte posterior do ventre e da cauda, quasi todas as nadadeiras, pardos mancha- dos e pontuados de escuro denegrido; barbilhões maxillares egualmente denegridos, os mandibulares mais claros; g rganta, região thoraxica, parte ventral anterior alvadias; 5 pollegadas.» (Kner). Habitat: Rio Guaporé. De I EEE TEE : mS EE I ESS A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE— PEIXES 181 183 - Hemidoras humeralis,! (Kner) DP WG AUDE latı 32 «A maior altura (e largura) eguala a 1/5 do comprimento total, a dis- tancia entre o aculeo dorsal e a ponta do focinho, quasi 1/3 do mesmo. Os olhos säo grandes, quasi circulares, seu diametro egualaä 1/4 do compri- mento da cabega (até a abertura das guelras) a distancia inlerorbital apenas 1e 1/2, a da ponta do focinho dous dia- metros. Os sub-or- bitdes, recobertos de pelle formam uma estreita orla; face e focinho, até as nari- nas posteriores, nús; não ha placa subna- sal livre, as narinas anteriores tão afas- tadas das posterio- FIG. 36—Hemidoras humeralis, seg. Kner. res como estas dos olhos, aquellas, porém, ficam um pouco mais proximas do focinho; os escudos oculares superiores não se elevam. A fontanella se prolonga para traz em um sulco que se projecta até o extremo do processo occipital; do seu extremo em diante a carapaça offe- rece uma carena obtusa. Nos dous lados dessa quilha, nota-se ainda uma fontanella oval, menor. O hiatus, sub-inferior é estreito, os intermaxillares sem dentes, a estreita mandibula tem muito poucos dente finos. Os barbi- lhões maxillares semi-villosos ou franjados, chegam aos olhos ; os quatro mentaes de egual tamanho e externamente papillosos, são reunidos, na base, por uma breve commissura. O processo humeral expande-se tanto que a sua maior altura eguala 1/2 do seu comprimento; quasi em fórma de leme, ter- mina com ponta obtusa, sob o primeiro escudo lateral: a pelle do corpo de baixo delle e por traz da base do aculeo peitoral, não mostra verdadeira- mente nenhum póro lateral simples, é, porém, perfurada por numerosos pó- ros, apenas revestidos de pelle fina externamente (cribum pectorale). O pri- meiro escudo da linha lateral encaixado superiormente contra o processo descendente da carapaça, inferiormente no processo humeral, é o mais alto, mas egualmente o mais estreito na sua parte mediana e desprovido de es- pinho; todos os demais são escudos pectinados, fortemente constituidos de 1) Humeralis (Lat.) espadaúdo. (Humerale, is, tambem significa uma capa militar que era trazida sobre os hombros) a referencia aqui porém é clara ao processo humeral cuja maior altura eguala ä 1/2 do comprimento. ; 7 182 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL altura moderada e aculeo mediano fraco e outros collateraes na orla; suas alturas (a maior perfaz 1/3 da altura do corpo atraz da dorsal) se conservam moderamente eguaes até sob a adiposa, tornando-se, porém, menores dahi por diante, até o ultimo, no extremo caudal; ao contrario, ahi tornam-se os espinhos principaes mais compridos e fortes. A área núa, entre o humeros e a carapaça, é frisantemente cordiforme ; nella estão dous á tres escutulos rudimentares ou muitas outras ossificações núas. A parte dorsal, moderadamente estreita e todo o lado inferior, nús; aqui a placa esternal é completamente revestida de pelle. O raio osseo da dorsal e os das peitoraes, são denticulados nos dous bordos. São quasi re- ctos e do mesmo comprimento. O primeiro não attinge longitudinalmente a adiposa; os ultimos, porém, chegam ä base das ventraes e são, ainda, quasi do comprimento do processo humeral. A adiposa fica vis-à-vis da mediocre anal e é de comprimento egual à altura. As ventraes são mediocres, apenas chegando ao anus que lhes fica posterior, entre as duas (no começo do ul- timo terço do comprimento do corpo); a caudal é profundamente entalhada, com os lobos eguaes. Dorso e lados de côr parda avermelhada, uniforme; lado ventral alvadio. Todo o peixe, inclusive as nadadeiras, sem manchas ou pontos. 5 poll.» (Kner). Habitat : Barra do Rio Negro. 184—Hemidoras trimaculatus,! (Bout) D. 1+5; A. 13 «Maxilla superior edentula. Altura do corpo 4 e 1/2 vezes no compri- mento total, comprimento da cabeça 3 e 2/3. Focinho comprimido, pontudo Fig 87 — Hemidoras trimaculatus, seg. Bonlenger. coberto de pelle; narinas posteriores juntas aos olhos; diametro ocular quasi egual ao comprimento do focinho,tres vezes no da cabeça,1 e 1 2n0 espaço in- terorbital; bochechas e operculos cobertos de pelle; craneo estriado superior- 1) Trimaculatus (L.)=com tres maculas. A. DE MIRANDA RIBEIRO—FAUNA BRASILIENSE—PEIXES 18 mente, granulado nos lados; fontanella não prolongada como um sulco pos: teriormente; base dos seus barbilhões unida por uma prega da manbibula; barbilhões maxillares ramosos, projectando-se até a base do aculeo peitoral: barbilhões mandibulares curtos.Abertura das guelras estendendo-se até sob a borda posterior dos olhos. Processo humeral estriado, mais largo do que 1/2 do aculeo peitoral, obliquamente truncado no extremo posterior. Aculeo peitoral do comprimento ou ligeiramente mais comprido do que a dorsal, 1 e 1/4 o comprimento da cabeça, projectando-se até o meio das ventraes, muito fortemente serrilhado, especialmente no lado interno. Dorsal 1+5; aculeo fracamente serrilhado anteriormente, fortemente nö bordo posterior, equidistante da ponta do focinho e da adiposa. Esta á 1/2 da base da anal. Anal 13. Não ha escudos entre as dorsaes nem sobre o ventre. Escudos la- teraes 31 a 32, quasi 1/2 da altura do corpo,com o bordo serrilhado e espi- nhos moderados. Caudal profundamente furcada. Amarellado ; uma nodoa sobre a dorsal, envolvendo a base do aculeo e dos tres primeiros raios; uma nodoa preta, alongada,horizontal, na base de cada lobo da caudal. Compri- mento total 62 mm.» (Boulenger). Habitat: Juruá. 185—Hemidoras morei,! Stein. D 1--6j; A. 14. L. lat. 34. «Forma do corpo muito alongada; cebeça longa, comprimida, com 6 focinho estreito fortemente estirado e carenado na região occipital até á dor- sal. Processo humeral aculeiforme, anterior- mente de menor altura, posteriormente pon- tudo, chegando até o meio da extensão do aculeo peitoral. Acule- os lateraes, no tronco, de altura moderada, o mais alto escudo ape- nas egual 1/2 da al- tura do tronco. Aculeo peitoral longo e como i FIG. 88—Hemidoras more, seg. Steidachner. 0 processo humeral estriado. Dorso.sem escudos. O comprimento da cabega, medida até a orla, é contida cerca de 3 e 1/2 vezes, a maior altura do tronco no inicio da dorsal, cinco vezes, o comprimento do focinho um pouco me: nos que 2, o diametro ócular quasi quatro, a largura da fronte 5, a largura 1) Morei, latinisação não-explicada por Steindachner. “vou © 1 21050 184 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL da cabeça entre os operculos 1e 2/3, no comprimento da cabeça. A fontanella é muito estreita, de comprimento mais consideravel; anteriormente chega até entre as narinas anteriores, posteriormente até o meio do escudo post-occi- pital mediano: as orlas da fontanella são la- teralmente elevadas e constituem, para traz, uma dupla crista um tanto fortemente pro- longada até a origem da dorsal e que cada vez mais se approximam entre si eque, final- mente, apenas formam um sulco linear muito pouco profundo. Na região post-occipital ha, abaixo desta crista, sobre cadalado, ainda uma pequena fontanella arredondada, como | em Oxydoras humeralis. As narinas anteri- | E ores ficam bem no meio do comprimento do Los focinho e as aberturas nasaes, posteriores, são mais separadas das anteriores do que dos olhos. O focinho é, na sua orla anterior, um pouco debruado, não excedendo claramente o hiatus. Os barbilhões ma- xillares são longos e chegam com a ponta á base das peitoraes ; elles são providos, na orla externa, de villosidades lateraes mediocres ; os barbilhões externos do labio inferior, excedem os medianos um pouco em comprimento, não chegam, porém, perfeitamente ao plano vertical da orla ocular anterior e são, como os ultimos, villosos em ambos os lados. Um grupo de dentes muito pequenos, jaz em cada lado do meio dos inter-maxillares, outro, um pouco maior, aos dois lados da symphyse mandibular. Os sub-orbitaes apparecem como uma linha aspera e a cobertura das guelras é fraca e ra- dicalmente estriada. A estreita parte superior da cabeça e o seu ingreme declive lateral, são até a altura da orla orbital inferior e ás narinas ante- riores, granulosamente escudadas. O processo humeral é fundamente sulcado em todo o comprimento, nada offerece de extraordinario em altura e com- primento e se termina, na parte posterior, triangularmente ; sua ponta cahe sobre o meio do comprimento do aculeo peitoral. Na orla inferior d'esse processo, 4 menor distancia da base da peitoral, fica nm grande póro pei- toral. A placa postoccipital é um pouco mais larga do que longa, fraca- mente concava nas orlas lateraes, na posterior entalhada quasi em triangulo. O robusto aculeo dorsal, fraca e invertidamante curvo em S, é quasi do compri- mento da cabeça; sua orla anterior tem numerosos dentes ponteagudos que diminuem gradativamente para a ponta. A denticulação da orla pos- terior é distinctamente mais fraca que a da anterior. O aculeo peitoral não é mais comprido, comquanto mais robusto, do que o dorsal e, como este, é denticulado nos dois bordos. Salientam-se, pelo seu particular tamanho, os dentes da parte posterior da orla interna do aculeo peitoral. A ponta deste aculeo excede pouco notavelmente a base das ventraes, que terminam FIG. 88 À A. DE MIRANDA- RIBEIRO—FAUNA BRASILIENSE—PEIXES 185 verticalmente em baixo do extremo posterior da dorsal. O comprimento das ventraes eguala ao do focinho. A anal é um pouco mais alta do que longa, sua altura eguala ao comprimento pas ventraes. A distancia entre a adiposa e a dorsal é egual 4 que vae da orla posterior dos olhos 4 ponta do foci- nho. O alto, ainda que estreito o primeiro escudo da linha lateral, fica entre a ponta do processo humeral e o extremo lateral posterior da carapaça e tem uma posição vertical. Os seguintes escudos lateraes são inclinados de cima e de diante para traz e para baixo, recobertos de pelle na parte ante- rior e fortemente dentados na posterior ; elles diminuem do terceiro até o ultimo escudo lateral, gradativamente. Os aculeos, á meia altura dessa fita latereral de escudos, são, entre si, quasi de egual altura ou comprimento ; comtudo, elles se tornam um tanto mais fracos para a caudal. O primeiro escudo lateral mais alto, apenas attinge a metade da maior altura do tronco. Na área nua, encaixada entre a carapaça e o processo humerai, ha egual- mente como processos da fila de escudos da linha lateral, duas longas e estreitas placas osseas granulosas. Comprimento do exemplar descripto : : 12 e 1/2 cm» (Steindachner). Habitat Rio Negro. Hassar,! Eigenmann e Eigenman Proc. Calif. Acad. Sci. —2.º Ser. 1, 158—1889 Cabeça conica; bocca antero-inierior, estreita; 6 barbilhões villosos ou papillosos desenvolvidos e rudimentos de dous outros, lateraes, reunidos por uma commissura basilar, narinas isoladas ; focinho nú ; fontanella longa; olhos grandes, lateraes, providos de palpebra adiposa ; placas lateraes mediocres ; adiposa pequena. Especies brasileiras : ML ati 19-21 E afins: BN RN L. lat. 33-35. . . H. orestis. Commmissura latial muito desenvolvida na base dos barbilhöes mentaes CRÉES MORE a ERR Da SR eras H. lipophthalmus. 186—Hassar orestis,? Steind. D. 116; A. 14; L. lat. 33 4 35 Comissura labial curta, barbilhôes mentaes papillosos «Comprimento da cabeça, da ponta do focinho até o extremo pos- terior, osseo, das coberturas das guelras, é contido nos individuos muito pequenos tres, nos perfeitamente desenvolvidos mais de tres ; a altura do corpo, nos primeiros 4 e 3/4, nos ultimos cinco vezes no comprimento do corpo. A maior largura do corpo excede 4 metade do Kenpimenig da 1) esse seg. o Dr. Eigenman, Hassar é o nome aruak das especies. de Doradida. 2) Orestis en) “de Oreste St. jota que Goliseeionor: a especie SHE: 6378 186 _ ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL mesma de muito pouca cousa. O comprimento do focinho é, nos exemplares novos, um pouco mais de 2 vezes, nos velhos 1 e 2/3 á 1 e 3/4, o diametro ocular, nos primeiros, 3 e 1/4 nos ultimos, contido cinco vezes no compri- mento da cabeça. Espaço interorbital, nos jovens 2/3, nos adultos 1 e 4/5 diametros oculares. Os olhos são ovaes, mais compridos do que altos e nos jovens relativamente maiores do que nos adultos. Nos primeiros elles mostram apenas um fraco vestígio de palpebra adiposa, atraz e adiante dos olhos, nos adultos é ella fortemente desenvol- FIG. 86—Hassar orestes, seg. Steindackner. vida e os olhos transparecem da mesma augmentados e longitudinalmente piriformes. A parte posterior dessa palpebra constitue, na orla posterior e paralello 4 mesma, um rebordo ou picamento seminular. A parte anterior alonga-se um pouco sobre a propria orla ocular e vae, directamente até sobre a pelle nua da cabeça. O focinho é muito longo, mais ou menos com- primido, extraordinariamente redondo no sentido transverso, anteriormente arqueado para baixo, por isso geralmente de perfil triangular, de base mais larga. O perfil superior do corpo eleva-se moderadamente desde o focinho até o início da dorsal e é deprimido na região rostral. As pequenas na- rinas ficam completamente isoladas entre si; a distancia entre as poste- riores e a orla anterior dos olhos é um pouco maior do que a distancia entre as narinas e perfaz, nos adultos, cerca de um diametro longitudinal. As narinas anteriores ficam um pouco mais proximas da ponta do focinho A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 187 do que da orla ocular. As posteriores ficam proximas do meio do compri- mento da cabeça. © hiato é pequeno, inferior e nos angulos circumdado por uma prega dermica muito extensível, na qual o par exterior dos bar- bilhões mentaes fica occulto por fora até quasi a ponta. Os quatro outros barbilhões mandibulares são reunidos, na base, por uma commissura e no lado inferior da parte livre, densamente providos de papillas alongadas. Os dous medianos são um pouco mais curtos que os immediatos lateraes. O labio superior alonga-se em cada um barbilhão maxillar villoso, cuja ponta chega quasi ao meio dos olhos. Em cada lado dos inter-maxi- lares ha apenas um pequenissimo grupo de dentes. Uma orla comparativa- mente muito grande constitue a facha dentaria em cada extremo de cada ametade dos mandibulares que, como em O. lipophthalmus terminam em an- gulo recto. Focinho, fronte, coberturas operculares e bochechas, recobertos de pelle nua espessa. A fontanella occupa sómente a ametade da largura da fronte, entre os olhos; ella se estreita posteriormente, sendo limitada em cada lado por uma orla de escudos cephalicos asperos. Ella chega poste- riormente até o extremo anterior do delgado escudo occipital qu , primeiro, se expande na base do aculeo dorsal, em forma de sella, e ahi emitte um processo anterior e um segundo posterior, muito mais longo e delgado que é, ora mais, ora menos completamente recoberto de pelle. O processo humeral tem uma coformagäo aliforme, augmenta sobre o terço longitudinal posterior e sua altura, nos exemplares crescidos, é cla- ramente duas ou tres vezes contida no comprimento; a sua orla posterior é ora mais ora menos fortemente convexa. A pelle sob o processo humeral é porosa como em A. humeralis Kner. A escapula é totalmente recoberta de pelle e pequena. Os escudos lateraes são fracamente desenvolvidos e constituem, primeiro, em uma separação por detraz da: base das ventraes (verticalmente , uma fila com- pletamente fechada, com uma quilha mediana que termina em um espinho. A orla posterior dos escudos, fortemente conformada, tem além disso, alguns dentes, cujo numero e robustez augmentam como desenvolvimento do escudo. Os maiores escudos lateraes ficam sob a adiposa e na parte anterior do pedunculo caudal. O aculeo dorsal é denticulado nas orlas an- terior e posterior, robusto, comprimidoe estriado longitudinalmente sobre os lados. O aculeo peitoral, um tanto mais longo, é deprimido, provido de numerosos espinhos nas orlas lateraes e attinge em comprimento quasi 1/4 do comprimento do corpo. As ventraes começam á alguma distancia posterior 4 ponta do aculeo peitoral e é contido 2 e 1/2 4 2 1/4 do compri- mento da cabeça. A orla postero-inferior da anal é fracamente concava. O lobo caudal superior mais comprido que o inferior. Uma grande mancha negra sobre a-dorsal, entre o aculeo e terceiro raio, na ametade superar da nadadeira.» Steindachner.) Habitat: Xingú-Jutahy. 188 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL 187—Hassar affinis,' (Steind.) DS OM EN GREEN ER aa] «Corpo sub-terete, acuminado para traz, a altura maior do que a largura. Cabeça longa, mais alta do que larga, focinho longo e pontudo, perfil näo muito abruto, a dorsal para os olhos, daqui muito mais abrupto para di- ante, espago adiante das narinas anteriores um tanto concavo. Ossos da cabeça finamente granulares, as suturas apparecendo como sulcos lisos ; um foramen oval coberto de pelle entre a placa dorsal, o processo occipital e uma placa de ossificacdes dermicas. Escapula com uma ossificação der- mica distincta que, na sua parte mais estreita, é da largura do foramen, FıG.“90—Hassar affinis, seg. Steindachner. não encontrando o processo humeral; sua superficie é finamente granular. Fontanella estreira e curta, quasi attingindo o diametro ocular, seu centro sobre a pupilla; ha uma construcção atravez do seu quinto posterior. Placa dorsal reforçada nos lados por ossificações dermicas, suas divisões assigna- ladas por uma linha lisa. Olhos grandes, collocados alta e posteriormente, em meia distancia entre as margens posteriores da placa dorsal e da ponta do focinho, medindo, até a orla orbital 1 e 1/2 á 2 no focinho, 3ä3e 3/4 na’cabeca; a largura interorbital 1/3 ou 1/4 menor do que o diametro or- bital. Barbilhão maxillar chegando 4 abertura das guelras, excepto nos adultos; todos os barbilhões unidos por uma membrana, os barbilhões men- taes continuando como um espessamento d'esta tornada espessa ; um ramo 1) Affim=affim. A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 189 dos barbilhões post-mentaes, projectando-se até a margem da membrana, dando apparencia de um par de barbilhöes extraordinario ; os barbilhões mentaes curtos, suas bases espessas e cobertas de cirros curtos e carnudos. Focinho coberto de pelle, narinas posteriores quasi equidistantes entre as anteriores e os olhos, as anteriores quasi equidistantes entre os olhos e a ponta do focinho; bocca muito pequena, totalmente inferior; uma pequenis- sima placa de dentes villiformes em cada intermaxillar, uma outra maior em cada dentario. Abertura das guelras amplas, oisthmo quasi egualando ao diametro orbital. Coracoides cobertos de pelle mas evidentes exteriormente, como uma ruga. Escudos lateraes baixos, o mais alto acima da anal, sua altura cerca de 1/2 do diametro orbitario, tornando-se gradualmente menor para os dous extremos, ligeiramente adiante da pon- ta das ventraes, mas apparecendo como os- siculos pequeninos, implantados, que se projectam para diante, até um processo sub- cutaneo que se estende para baixo, do an- gulo posterior da placa dorsal, até o extre- mo posterior do processo humeral. Cada escudo com um gancho mediano. Distancia entre o focinho e a dorsal 2 e 1/3 42 e 1/2 no FIG. 00 A comprimento; aculeo dorsal 1e 1/3 4 1 e 1/4 na cabeça, denticulado nos dous bordos, menos fortemente no interno, os lados estriados. Espaço inter-dor- sal quasi 4 no comprimento ; a adiposa livre posteriormente, sua base quasi egual á da dorsal, aculeo exclusivo. Caudal furcada, seus raios cuta- neos, raios accessorios 10 ou 11, o ultimo formando uma pequena placa acima e abaixo do pedunculo caudal; o raio mais longo 1 e 1/24 le 1/3 na cabeça. Anal um tanto cutanea, ligeiramente emarginada, seu maior raio 2 á 2e 1/2 na cabeça. Ventraes não attingindo a anal, quasi 2 vezes na cabeça. Aculeo peitoral serrilhado nos dous bordos, mais finamente no interno ; lados estriados. Pequenos póros na axilla, em baixo da margem inferior do processo humeral, tornando a pelle porosa. Processo humeral forte e largo, chegando ao terço posterior do aculeo peitoral, sua superfície estriada. Uma ou duas placas delgadas implantadas na pelle acima co pro- cesso humeral. Pur. ureo claro superiormente, tornando-se uniformemente claro em baixo ; nadadeira dorsal escura na ponta, peitoraes e caudal com pequeninas manchas. Ventraes e anal uniformemente claras. Uma delgada região na pelle, acima do processo humeral ; o «tympanum» n'um exem- plar de 14 mm., é estreitamente marginado de amarello, dando a apparen- cia de um oculo maior do que a pupilla. Cabeça 3 e 1/3 4 3e 1/5 ; altura 4 e 2/3 á 5. 24 centimetros.» (Eigenmann & Eigenmann). Habitat : Rio Puty. 190 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL 188—Hassar lipophthalmus,' (Kner.). D. 1b 63 A. 12 «O focinho é muito pontudo e é comprido ; o perfil eleva-se da ponta do focinho até a fronte entre os olhos abruptamente , attinge, porém, a sua maior altura ahi e corre depois, quasi em linha recta até a dorsal. A maior largura adiante das peitoraes, quasi eguala á altura da cabeça ; a distancia entre a ponta do focinho e a dorsal comprehende 1/3 do comprimento total (até o extremo da fontanella 1/4). Posteriormente 4 dorsal torna-se o dorso gradativamente abatido até a caudal e o contorno geral é, por consequencia, muito alongado. A maior altura anterior 4 dorsal comprehende apenas 1/5 — re er ot ee a ps 7 # à ER FIG. 91—Hassar lipophthalmus, seg. Kner. do corpo ou 1/6 do comprimento total. Os olhos mostram-se caracterisados e augmentados por uma palpebra adiposa, menisciforme, anterior e poste- riormente, de modo que o seu diametro vertical apenas perfaz a metade ho- rizontal. Este ultimo é contido 2 e 1/2 vezes no comprimento do corpo (até a abertura das guelras) e o primeiro mais de 5 e 1/2 vezes ; os olhos ficam á um pouco mais de dois pequenos diametros do focinho, porém 4 um unico um do outro ou da orla escapular. Posteriormente, a palpebra adiposa produz uma dobra que recobre a orla posterior da orbita e, como esta, é semicircular ; o menisco anterior, porém, termina em um agudo angulo ocular e não tem dobra ou rebordo, im- mediatamente sobre a pelle núa da cabeça; o contorno ocular tem, por isso, a forma de uma pêra alongada, cuja ponta se dirige para diante. Focinho, fonte e bochechas completamente nús, tambem os reduzidos suborbitaese sub nasaes; só uma parte da cobertura das guelras transparece livremente fora da pelle. A fontanella occupa quasi toda a largura da fronte entre os olhos 1) Lipophthalmus (Gr.); de lipein, desprotegido ; phthalmos, olho. Lac A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 191 e é limitada, em ambos os lados, apenas por uma estreita orla granulosa dos escudos da cabeça; ella se termina em ponta, um tanto atraz dos olhos. As narinas posteriores jazem muito proximas dos olhos, as ante- riores justamente à um pequno diametro ocular daquellas, porém, egual- mente ainda mais proximas dos mesmos que da orla do focinho. Toda a carapaça é muito fracamente desenvolvida e na sua maior parte revestida de pelle; a bocca sub-inferior, os intermaxillares rudimentares, totalmente sem dentes, a estreita mandibula truncada em angulo recto, tem pequenos grupos de dentes finos, quasi microscopicos, com a ponta parda; o labio superior, carnudo, estende-se até sobre o barbilhão maxillar que é exter- namente appendiculado e chega até a abertura das guelras. Os quatro bar- bilhões são curtos, de egual comprimento, densamente providos de papillas alongadas e reunidos, na base, em uma commissura que se estende em larga prega sobre o barbilhäo maxillar. A escápula, sömente no angulo da abertura das gueiras não é revestida de pelle; o processo humeral, apenas eguala, em comprimento, ao dobro da altura, por traz é abruptamente trun- cado. O numero dos escudos lateraes é de 37 à 38; elles são pouco desen- volvidos, baixos, especialmente os anteriores, nos quaes quasi só o aculeo principal e uma parte da orla com os espinhos collateraes emergem da pelle; na cauda elles se tornam mais distinctos, mais altos, os aculeos mais fortes e sua forma mais papilionada. Uma área fechada entre a carapaça e o humerus, falta aqui, assim como, tanto o processo superior da carapaça como o primeiro escudo da linha lateral, são revestidos de pelle e tambem o humerus não chega ao referido escudo ; a maior parte dos lados, assim como o dorso sub-terete e todo o lado inferior, são, por conseguinte, nús ; tambem faltam os escudos impares adiante da base dos labios caudaes. O aculeo da dorsal e o das peitoraes são denticulados anterior e pos- teriormente, porém ambos desegualmente mais fracos na frente; o dorsal é o mais longo de todos os aculeos e raios,seu comprimento é egual à distancia que vae da orla posterior dos olhos 4 ponta do focinho; elle é totalmente recto e ainda continuado, na ponta, por um appendice cutaneo; por traz a dorsal é muito abruptamente truncada, de modo que os ultimos raios são tres ou quatro vezes mais baixos do queo primeiro. Depois do aculeo dorsal, o das peitoraes é o mais longo e chega além da base das ventraes. A fossa anal fica muito proxima destas ultimas e afastada da anal, sobre quem fica a adiposa e que possue as raios mais curtos entre todas as na- dadeiras. A caudal é profundamente entalhada ao meio, de lobos eguaes e redondos ; a adiposa que lhe fica perto anter ormente, é pequena, porém mais alta do que longa. Todos os exemplares mostram, sob o processo humeral, uma região triangular cribiriforme, porosa que apenas é recoberta de pelle porosa mais fina e além disto um póro lateral. Pardo avermelhado uniforme ; parte inferior até o anus alvadia. Nadadeiras egualmente sem maculas ou orlas. 7 e 1/2 pollegadas.» (Kner). Habitat : Rio Negro, Rio Capim. 192 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL Mormyrostoma ' Cabeça grarde, sub-conica, bocca inferior, ro extremo do focinho curvo para baixo ; os barbilhões reunidos na base por uma commissura commum, villosos ou papillosos ; fontanella longa, olhos lateraes, poste- riores ao meio da cabeca, providos de palpebra adiposa; placas da linha lateral baixas ; adiposa pequena. 189—Mormyrostoma carinatum,’ (cL. D. 1+ 6; A. 11; L. lat. 35 «Os barbilhões maxillares chegam á abertura das guelras e têm, pelos lados de fóra e de cima, 10 á 12 appendices dos quaes o mais proximo da ponta, é simples e os da base providos de papillas villiformes. Os olhos são grandes e sua orla superior recoberta por uma espessa palpebra adi- posa ; seu diametro é contido cerca de 3 e 1/2 vezes no comprimento da cabeça ; sua distancia do focinho comprehende 2 e 1/3, a interorbital pouco menos de 1 diametro ocular ; a fronte é por isso estreita ; a fontarella que lhe é intermediaria, chega ä parte posterior dos olhos. A cabeça é, na sua maior parte, núa ; a carapaça pequena, sua carena percorrida ao longo de sua linha mediana por um sulco, seu processo lateral descendente e esca- pula, pequenos ; o processo humeral é, porém, largo e comprido (elle chega ao 2º ou 4º raio da dorsal), posteriormente convexo e sulcado longitu- dinalmente. Os escudos lateraes são todos pequenos e baixos, porém quasi de forma papilionacea ; na parte visivel de sua orla livre e denticulada, acima e abaixo do aculeo principal, airda ha um aculeo lateral maior; o tamanho dos escudos e o do aculeo diminuem para a cauda gradativamente. O aculeo da dorsal e o do peitoral são denticulados anterior e posteriormente; o primeiro, mais longo do que os ultimos, têm, além disso, um appendice dermico terminal ; os aculeos peitoraes chegam apenas ás ventraes; a adi- posa é mais comprida do que alta, a caudal moderadamente curta (1/7 do comprimento total) profundamente entalhada e de lobos eguaes. As linhas profundas acima e abaixo da linha de aculeos medianos, de que falla Va- lenciennes, são, na pelle macia e núa, muito visiveis ; o dorso entre a dor- sal e a adiposa, é rugoso na linha mediana e, como o lado inferior, total- mente nú. O anus fica afastado da anal, entre as ventraes, e tem uma papilla genital muito evidente. A região entre a carapaça e o processo hu- meral é geralmente toda núa ; a pelle da parte inferior do ultimo não mos- tra um unico póro peitoral, mas um longo cribrum triangular com grandes foramens mumerosos. Pardo amarellado uniforme no lado dorsal, prateado no ventre, sem maculas ou manchas». ( Kner). 1) Mormyrostoma = Mormyrus, genero de peixe (africano) de focinho (bocca-stoma) comprido e curvo para baixo, = A. DE MIRANDA RIBEIRO—FAUNA BRASILIENSE—PEIXES 212—Trichomycterus amazonicus,' Stein. DiiS At T «Cabeça sete vezes no comprimento. Origem da dorsal sobre a origem da anal; olhos grandes, na ametade anterior da cabeça; barbilhão maxillar superior chegando á base das peitoraes. Caudal redonda. Primeiro raio pei- toral prolongado. Pardo chocolate com maculas indistinctas sobre o pedun- culo ; raios dorsaes e caudaes maculados de violaceo.» (Stendachner e Ei- genm.) Habitat; Rio Amazonas. 213—Trichomycterus proops Mir. Rib’. EST. 35 — FIG. 1 DEI AT Cabeça contida quatro vezes no espaço que vae da orla labial ä nada- deira dorsal e seis vezes no corpo, até a base da caudal; dorsal inteiramente posterior ás ventraes e quasi toda sobre a anal; caudal arredondada. Ama- rello finamente espargido de pardo violaceo. Olhos contiguos ás narinas pos- teriores. Habitat : Ribeira de Iguape, S. Paulo. 214—Trichomycterus punctatissimus,’ Castein. D?A? «Comprimento total 28 cm.; maior largura 6 cm.; maior altura 3 cm. Esta especie € muito visinha de Tr. punctulatus, Cuv. & Val., do qual differe pelo talhe muito maior e pela cor geral de um castanho claro. Elle é inteira- mente coberto de pontos pequenissimos de um pardo obscuro, muito conti- guos e cobrindo as nadadeiras superiores. A parte inferior do corpo e as nadadeiras inferiores são de um pardo amarellado. Do Araguaya.» (Casteln.) 215—Trichomycterus goeldii, Bow. D. 10; A. 7 «Cabeça muito deprimida, do mesmo comprimento que a propria lar- gura, seis vezes no comprimento total; olhos pequenos, á meia distancia entre a ponta do focinho e a orla opercular, seu diametro 1/2 da largura interor- bital; barbilhão supra maxillar attingindo as peitoraes ; membrana das guel- 1) Amazonicus (Lat. = amazonico (do rio Amazonas) 2) Proops (Gr.); de pro adiante; ops vista, olhos. 3) Punctatissimus —pontuadissimo, densamente recoberto de pontos. À N 4) Goeldii (Latinisaçäo); do Dr. Emilio Augusto Goeldi, ex-director do Museu Paraense de Historia Natural. 222 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL ras estreitamente unida ao isthmo, projectando-se anteriormente até sob os olhos. Corpo da mesma altura que a largura ; pedunculo caudal fortemente comprimido, egual 4 duas vezes a propria altura. Dorsal com 10 raios, opposta ao espaço entre as ventraes e a anal, distante da ponta do focinho duas vszes a sua distancia da caudal ; anal com 7 raios. Peitoral com o raio externo prolongado, filiforme. Ventraes equidistantes do extremo do focinho e da orla posterior da caudal ; esta ultima redonda. Amarellado, com pontos pardos mal definidos, superiormente; 99 mm.» (Boulenger). Habitat: Colonia Alpina, Therezopolis, 858 m. sobre o nivel do mar. 216—Trichomycterus dispar,' Tschudi. EST. 35—FIG. 2 D. 10 a 12; À. 8 a 10 Corpo moderadamente comprimido ; cabeça muito deprimida, 5 e 1/2, sem a caudal. Bocca 3 e 2/3 na cabeça, dentes em facha nos intermaxillares e mandibula, labios espessos, papillosos, os barbilhões maxillares passando de pouco a orla ocular posterior, os nasaes chegando ao mesmo ponto ; olhos subcutaneos, quasi perfeitamente circulares, seu diametro 2 e 1/2 ve- zes no espaço interocular ; póros mucosos da cabeça muito pequenos, um lateral outro posterior á narina posterior, tres espaçadamente dispostos em linha transversal por detraz dos olhos, desses tres o mediano fica na linha mediana da cabeça. Póro peitoral presente; abertura das guelras ampla, chegando inferiormente ao plano dos olhos, peitoraes com o primeiro raio prolongado, de comprimento egual ao da cabeça medida sobre linha me- diana, desde a ponta do focinho ao occipital. Dorsal originando-se entre a ponta da caudal e a linha inter-ocular anterior, ella fica entre as ventraes e a anal e tem o 5º raio ligeiramente prolongado, linha lateral indistincta. Pardo vinaceo profusamente recoberto de pontos cor de chocolate sobre todo o corpo e nadadeiras, exceptuando-se, apenas, a pagina inferior das nadadeiras pares e a região thoraxica inferior, jugular e cephalica que são de côr amarellada uniforme. O individuo que serviu à presente discripçäo mede 155 millimetros e me foi trazido do rio Iporanga, Estado de S. Paulo, pelo Sr. Ricardo Krone, de Iguape. 217—Trichomycterus immaculatus,' Eigenm. Eigenm. D.11; AO: «Alongado, comprimido posteriormente; cabega ligeiramente deprimida, focinho largo, espatul:do; largura da cabeça menor do que o proprio com- primento. Olhos comparativamente grandes, equidistantes da ponta do fo- 1) Dispar (Lat.) desegual. dispar (o macho da femea). 2) Immaculatus (Lat.)=- sem maculas. (ea) snuraysnu sniajdeyday — F “SI (1pnyosL) sedsıp "| — Z "ld (7) SISUAIIISRIQ "L — € ‘SI ‘ay ‘JW ‘sdooid snısysAwoyau] — | “SJ ‘18 Ley Ÿ OUIQGES “Id }PIUOS ~f ‘youd “arg “MW ap ‘Vv AX 18º “asuayjseig euney IAX “[OA ‘JEUOIOEN nasny op soalyory A. DE MIRANDA RIBEIRO—FAUNA BRASILIENSE—PEIXES 223° cinno e do operculo. Barbilhöes curtos; os nasaes apenas chegando ao occiput ou mais curtos ainda; os maxillares não attingindo a abertura das guelras. Abertura das guelras continuadas anteriormente até sob os olhos ; a membrana com uma orla livre atravez do isthmo. Peitoraes curtas e lar- gas, com O primeiro raio prolongado em filamento ; dorsal truncada, seu ultimo raio na frente da anal, sua origem equidistante da ponta caudal e da base do barbilhão ou ligeiramente mais proxima da ponta da caudal. Caudal larga, emarginada, com o lobo superior um tanto proeminente ; sua distancia da anal 5 e 1/2 vezes no comprimento. Origem das ventraes equi- distante da ponta da caudal e da do focinho ou um pouco mais proxima da ponta da caudal; suas pontas chegam ao anus. Pardacento, mais claro in- feriormente ; nadadeiras um pouco mais escuras; um exemplar procedente de S. Matheus é pardo denegrido. Cabeça 5 e 1/3 á 5/2.» (Eigenm. Eigenm.) Habitat: Juiz de Fôra ; S. Matheus; Goyaz. 218—Trichomycterus brasiliensis,’ Lutk. CAMBEJA ; BAGRE-MOLLE EST. 35—FIG. 3 DAS O AVS MS Rs: 7 Cabeça (tomada do operculo) 5 e 1/3 4 6 e 1/8: altura egual ao com- primento da cabeça (tomada do occiput). Deprimido na parte anterior e comprimido na posterior do corpo. Cabeça de largura egual ao compri- mento (medida da orla labial anterior 4 margem dos operculos), labio supe- rior muito desenvolvido, recobrindo o inferior e prolongando-se para cada lado em um par de barbilhöes achatados na base e teretes para a extremi- dade ; o superior é o maior e attinge a abertura das guelras ; os barbilhöes nasaes que têm origem no limite posterior do labio, attingem as orlas dos preoperculos ; são achatados e apresentam, em toda a extensão, um sulco absoleto mais accentuado na base dos barbilhões que ahi apresentam mais uma dilatação dermica, juntando-se as extremidades das paredes do sulco e constituindo, de alguma forma, um pequeno funil, em cujo fundo ficam as narinas anteriores. Logo após ficam as aberturas nasaes posteriores, maiores e tambem providas de uma expansão dermica mas, em fórma de crescente só na parte anterior. Em meio da distancia que vae da margem anterior dos labios á linha dos operculos, estão os olhos, pequenos, sem palpebras livres, em distancia quasi egual ä um seu diametro das narinas posteriores. Na cabeça ha duas series de seis póros mucosos. O primeiro de cada serie atraz e para dentro da base dos barbilhões nasaes; o segundo: lateral e interno á cada narina posterior, o terceiro sobre a arcada orbitaria 1) Brasiliensis (Lat.) brasiliensis, brasileiro. 224 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL superior ; o quarto atraz dos angulos orbitarios posteriores; o quinto acima e o sexto no angulo superior das aberturas branchiaes. Ha outro póro mu- coso na parte posterior da zona orbitaria inferior e, finalmente, dois póros axillares precedendo a linha lateral que é obsoleta. Preoperculo e oper- culo providos de espinhos curtos, conicos e fortes, retrovertidos. Aber- tura branchial ampla. Peitoraes medianas, sendo o seu comprimento contido tres vezes na distancia que vae de sua base ä base das ventraes ; estas pequenas, não attingindo a base da anal; origem da dorsal verti- calmente sobre o anus ; origem da anal sob o meio da base da dorsal; caudal truncada com os cantos redondos. Coloração fundamental isabel, parte superior de todo o corpo maculada de fusco ; uma facha ampla e negra vae do angulo supurior da abertura branchial ao pedunculo caudal onde se desfaz em maculas que diminuem de tamanho e se confundem com as pri- meiras citadas. As maculas maiores são as da região dorsal, entre as fachas lateraes negras, o occiput e a nadadeira dorsal; ellas ahi como que formam tres series indistinctas e irregulares ; entre estas maculas as que estão jun- tas ao occiput são mais alongadas. Nadadeiras peitoraes, dorsal, anal e caudal tambem maculadas; as peitoraes, porem, sómente nos raios ante- riores e na face superior, pois na inferior ellas são brancas, tendo as extre- midades dos raios denegridas. Ventraes brancas; labios e barbilhões côr de chumbo. A symphise mandibular tambem apresenta uma pinta escura, assim como, ha uma pequena estria diffusa ao longo da região dos mandi- bulares. Parte inferior do corpo, até a nadadeira anal, branca. As maculas da cabeça, juntas ao contorno especial dessa parte do corpo do peixe, em- prestam-lhe uma effige de felino muito caracteristica. Os jovens differem muito dos adultos : São alvadios, tendo duas fachas emarginadas, escuras no dorso, que, na altura da dorsal desfazem-se em maculas e outra facha lateral negra que, nascendo no focinho, percorre os lados da cabeça, onde se interrompe e segue pelos lados do corpo, em linha recta, até a extremidade da caudal; duas maculas negras lateraes, uma su- perior, outra inferior, na base dessa nadadeira. Os espinhos operculares são mais apparentes e as nadadeiras, com excepção da dorsal, são immaculadas. Esta descripção é feita sobre exemplares procedentes do Itatiaya, dos quaes o maior mede 10 centimetros de comprimento ; a especie, entretanto, é fundada sobre medidas de 14 centimetros, do Rio das Velhas que tem a barra lateral interrompida. Não se deve ter em grande conta a fórma da caudal, quando Eigemnann e Eigemnann digam-n’a redonda, pois que Lu- tken diz, na descripção original : «Caudalis rotundato truncata». Emfim, as differenças essenciaes, entre as descripções existentes, vêm já referidas no meu trabalho sobre os vertebrados do Itatiaya e se rezumem no seguinte: A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 225 Adultos. (T. brasiliensis) Caudal redonda ; extremidade das ventraes attingindo o anus ou chegando à sua frente. Cor parda escura com maculas mais escu- ras; lados variegados de pardo escuro, purpureo e cinzento; na- dadeiras obscuramente maculadas. Idem (exemplares do Itatiaya) Caudal sub-truncada; extremidade das ventraes passando além do anus e quasi attingindo a anal. Cor isabel, tres series irregu- . lares de maculas sépia no dorso; lados maculados tendo uma fa- cha negra intensa e ampla; nadadeiras ventraes immaculadas. Jovens (T. brasiliensis). Caudal redonda ; cabeça mais larga do que longa ; ultimo raio da dorsal attingindo o 1º da anal; côr amarellada, meio dos lados com uma serie de nove maculas purpureas mais ou menos con- fluentes ; maculas escuras na cauda sobre a serie mediana; costas com 10 barras transversaes, cinco destas adiante da dorsal ; na- dadeiras uniformes ou com barras escuras. Idem (Exemplares do Itatiaya). Caudal sub-truncada ; cabeça mais longa do que larga, ultimo raio da dorsal sobre o 4º da anal ; côr amarellada; meio dos la- dos com uma facha negra que vae do focinho à extremidade da caudal, dividindo-a longitudinalmente ; duas fachas longitudinaes diffusas, parallelas, no dorso, até a dorsal as outras nadadeiras immaculadas ; a caudal tem uma pequena mancha escura na parte superior e outra na inferior da sua base, sobre os raios acces- sorios. Essas differenças são menos frisantes, se comparamos com a descripção de Lutken, sobre exemplares dos Rios das Velhas, em Lagoa Santa, o que quer dizer que os individuos do Itatiaya approximam-se mais dos da Lagoa Santa, no Estado de Minas, do que dos do Rio Parahyba, no Estado do Rio que foram os que serviram 4 descripção dos Profs. Eigenmann. Cinco exemplares procedentes de Juiz de Fóra, representam ainda outravariedade deste peixe, comquanto muito muito mais semelhante ás des-. cripções dos autores e dos quaes se afastam, apenas, pela pela posição das ventraes que são um pouco mais proximas da ponta da cauda do que do focinho. A coloração é amarella profusa e irregularmente reticulada ou mar- morada de sepia ; os flancos têm laivos purpureos. Habitat: R. das Velhas, S. Francisco ; Parahyba, Itatiaya. 6378 29 226 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL Tridens,' Eigenm. & Eigenm. Pr. Calif. Aca I. Sci.—2* Ser. II, 53—1890 Os professores Eigenmann fundaram este genero sobre duas espe- cies, uma representada por ume outra por 27 exemplares, de dimensöes muito pequenas, reconhecendo que elles deviam representar um estado jo- ven, podendo ser do genero Trichomycterus e que, se assim fosse, taes peixes deveriam soffrer uma metamorphose admiravel e, como nada era co- nhecido do estado joven dos Trichomycteros, elles julgaram melhor des- crever taesexemplares como novos. Temos tido em mäos os mais novos exemplares de Trichomycterus bra- siliensis, do Itatiaya e de Petropolis, não encontrando n’estes, nada que vá de encontro ao acto daquelles Professores ; por isso, mantemos aqui o ge- nero Tridens, cujos caractéres principaes são: Forma de Trichomycterus, com a cabeça muito deprimida; bocca inferior, ampla, com uma orla de dentes finos seguida de outros dentes mais fortes nas maxillas, dous barbi- lhões maxillares mais ou menos desenvolvidos; olhos entrando nas super- ficies superior e inferior da cabeça ; membrana branchiostega nnida, for- mando uma préga transversal, livre, sob o isthmo ; operculo e preoperculo com aculeos reunidos em facho; dorsal 9 á 12, superior á anal que é longa, ventraes pequenas, caudal mais ou menos truncada. Barbilhöes apenas perceptiveis; aculeos do operculo e pre- É J operculo em tridente. . >... 0... = vo cio me do T. melanops Especies conhecidas: Barbilhões francamente evidentes, operculo e preoperculo com um facho de 6 aculeos..... 2... euer...» T. brevis. 219—Tridens melanops,' Eigenm. & Eigenm. D. 10 4 12; A. 20 a 25 «Corpo comprimido, extremamente delgado. Cabeça larga, focinho re- dondo; bocca larga. inferior. Cperculo longo e delgado terminando em tres aculeos, tridentiformes. Preoperculo com espinhos semelhantes, porém, me- nores. Barbilhöes pequenos, apenas evidentes. Distancia da origem da dorsal ä extremidade da caudal, tres vezes no comprimento ; distancia entre a ori- gem da anal e a extremidade da caudal, 2 e 1/2 vezes no comprimento. Raios annaes diminuindo rapidamente de altura, para traz; o ultimo raio apro- ximadamente sob o ultimo da dorsal. Caudal redonda, se raios accessorios. Amarellado; ametade posterior 1) Tridens (Lat.); de tres dentes. 1) Melanops (Gr.) de mélas, (mélan) negro, preto e ops olhos. A. DE MIRANDA RIBEIRO—FAUNA BRASILIENSE—PEIXES 227 da nadadeira caudal obscura; uma serie de maculas negras ao longo da base da anal. Cabeça 9 ; altura 13.» (27 mm.) (Eigenmann e Eigenmann). Habitat : Ica. 220—Tridens brevis,' Eigenm. & Eigenm. D. 9; A. 22 «Corpo curto e alto. Cabeça tão larga quanto longa, bocca larga, infe- rior. Operculo com um facho de 6 á mais aculeos, preoperculo com facho menor. Barbilhões bem desenvolvidos, os externos extendendo-se até a base dos peitoraes, os internos até as aberturas das guelras. Olhos grandes, mais proximos da ponta do operculo do que da do focinho. Distancia da origem da dorsal á frente da caudal, pouco mais de duas vezes no comprimento. Anal inserida muito pouco adiante da dorsal e es- tendendo-se à alguma distancia 4 sua frente, seus raios diminuindo em al- tura para a caudal, distancia entre a origem da anal e extremidade da cau- dal, menos de duas vezes no comprimento. Primeiro raio peitoral grandemente prolongado. Caudal emarginada. Amarellado ; pontos denegridos ao longo da base das nadadeiras; uma serie de pontos denegridos ao longo da linha mediana lateral, pontos seme- lhantes no dorso. Cabeça com pontos pardos. Cabeça 6 ; altura 8». (Eigenm. & Eigenm.) (1 exempl. 2! mm.) Habitat : Amazonas ; Tabatinga. Miuroglanis, Eigenm. & Eigenm. Pr. Calif. Acad. Sci. 2? Ser. II, 55—1890 Este genero é assim estabelecido pelos seus autores : «Membrana das guelras largamente unidas ao isthmo, sem margem li- vre. Dois barbilhões maxillares. Bocca inferior, cada maxilla com muitas series de dentes fortes. Operculos e preoperculos com espinhos fortes, nu- merosos. Caudal redonda.» Especie conhecida : 221--Miuroglanis platycephalus,’ Eigenm. & Eigenm. D. 10; A. 15 «Corpo curto, comprimido e elevado. Cabeça grandemente deprimida, mais larga do que longa. Olhos grandes, lateraes, posteriores ao angulo da 1) Brevis (Lat.) curto. 2) Miuroglanis (Gr.); de meion—menos, oura=cauda, glanis—bagre (o da Europa Silurus glanis) 3) Platycephalus (Gr.) de Platys=chato e cephale=cabeca. 228 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL bocca. Esta sub-inferior, com a maxilla superior ligeiramente proeminente. Barbilhäo maxillar superior apenas chegando ä abertura das guelras, bar- bilhöes nasaes ou mentaes ausentes. As placas de espinhos operculares e preoperculares unidas. Origem da dorsal um pouco posterior äda anal ; sua distancia da ponta do focinho, um tanto menor do que a que vae da ponta do focinho ä caudal. Cabeca 5 e 1/2.» (Eigenmann e Eigenmann). Habitat : Jutahy. Vandellia,' Cuv. & val. Hist. Nat. Poiss. XVIII pag. 287—1846 Forma alongada, sub-terete ; cabeça deprimida anteriormente, bocca sub-inferior, provida de uma serie de dentes conicos, curvos nos inter-ma- xiliares ; um barbilhäo curto no angulo da bocca ; olhos sub-cutaneos, mo- derados, superiores, aberturas branchiaes muito reduzidas, inferiores, situ- adas adiante das peitoraes. Dorsal posterior äs ventraes. Caudal truncada Peixes pequenos e dos quaes säo conhecidas as seguintes especies: Caudal truncada verticalmente ; cabega 9 ou 10 vezes no compri- mento LI LS OR sam SEE ER nO SA V. cirrhosa Caudal obliquamente truncada, com o lobo superior mais desen- volvido : cabeça 12 vezes no comprimento. ........... V. plazai. 222—Vandellia cirrhosa; Cuv. & val. CANDIRÚ D. 9; A. 10 «Este peixinho tem o corpo alongado, sub-terete adelgaçado anterior- mente, por causa da depressão da cabeça e do focinho; sobre a parte poste- rior do corpo elle é comprimido. A maior altura, egual ao comprimento da cabeça, é o decimo do comprimento total. A cabeça tem o focinho achatado, proeminente, a nuca um pouco desenvolvida. A largura d'esta é approximadamente o dobro da altura e egual á sua extensão ; a parte inferior é achatada, de modo que o aspecto geral é pouco mais ou menos triangular. A bocca é pequena e inteiramente inferior; a maxilla inferior é aberta e entalhada no meio, redonda e elevada nos lados. Os labios são bastante espessos. No angulo da bocca ha um barbilhão carnudo. Não creio que haja É 1) Vandellia, latinisagäo do nome do Prof. Domingos Vandelli que foi director do Museu de isböa. 2) Cirrhosa (Lat.)—cheia de cirrhos os cirros. . A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE— PEIXES 229 dentes nas maxillas! mas sobre a crista do vomer que avanca,-como em Microtoma até o bordo dos intermaxillares, ha um pequeno grupo de cinco dentes pontudos e curvos dos quaes o mediano é o mais longo ; depois vêm os dos lateraes, um pouco mais curtos e emfim o extremo que é o menor. Os olhos são muito pequenos e correspondem ä parte anterior da bocca. As guelras são muito fendi- das e inferiormente, nos ~~ dous terços da extensão da bochecha, ve-se o bordo do preoperculo, ou melhor o seu angulo, que é armado de äculeos, em numero de 6 a 8, bastante fortes, recurva- dos para baixo; não pu- FiG. 99—Vandellia cirrhosa, seg. Rodrigues Ferreira de contar os raios da membrana branchiostiga. As peitoraes são tambem como que ligadas em baixo e afastam-se sobre os lados do peito, quando abrem o leque de seus raios, a maneira das peitoraes dos Callyonymos. As ventraes, extremamente pequenas, ficam relegadas para o ultimo terço do tronco; a dorsal é trape- zoide e mais afastada que as ventraes. A anal corresponde aos ultimos raios da dorsal; a caudal é pequena e truncada. Não vejo traço algum de escama sobre a pelle, que é mosqueada e assemelha-se inteiramente 4 da nossa Loche franca. O comprimento dos nossos exemplares é de duas pollegadas e nove linhas. Estes peixinhos ha- viam sido enviados, ha muito tempo, a Lacépède por Vandelli, professor de Historia Natural em Lisböa, em 18082.» (Cuv. & Val.) Br NT aaa 223—Vandellia plazai,’ Castein. «Esta especie differe da que até agora era conhecida, pelo corpo muito mais alongado e cuja altura é contida 13 vezes no comprimento, ao passo que não o é mais de dez em V. cirrhosa. A cabeça é mais dilatada, mais arredondada anteriormente; a cauda obliquamente truncada; o corpo é de um branco azulado, uniforme, tornando-se um pouco amarello inferiormente; a cabeça é cor de terra de sienne; a cauda tem a metade superior rubra e a inferior negra.» (Castelnau). Habitat: Ucayale, Hyanuary, Caldeirão. 1) A dentição é a marcada na diagnose generica. 2) Este muito certamente os obteve de Alexandre Rodrigues Ferreira que desta especie dá uma boa figura nos seus desenhos de Peixes e a qual reproduzimos aqui. 3) Padre Plaza, Prefeito das Missões do Pampa do Sacramento quando Castelnau visitou o Ucayale. (1846) { 230 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL Stegophilus,' Reinhardt. Naturhist. Foren. Meddelesser—pag. 79—1858 Corpo sub-terete, alongado, inferiormente deprimido. Cabega mediocre; bocca inferior, com series regulares de dentes finos nas maxillas e outras de dentes moveis no labio superior; dous barbilhões no angulo da bocca; o in- terno rudimentar, preoperculo e operculo com uma facha de aculeos curtos e fortes; aberturas branchiaes reduzidas, anteriores á base das peito- raes; narinas isoladas, olhos superiores, sub-cutaneos. Dorsal posterior ás anaes e estas posteriores ao meio do corpo; anal mediocre. | D A: Ee te easier its (od siete SAR Ag LUS S. nemurus. / Caudal emarginada ou fur- F cada 5 ga. RE o copa to LE S. intermedius. \ D. 9a 10 Especies brasileiras . . . . . .. ) VA O end NUE S. macrops. f Dorsal parcialmente sobre a anal. . .. S. reinhardti. \Caudal redonda . ...... \ Dorsal inteiramente anterior 4 anal. . . S. insidiosus. 224 —Stegophilus nemurus, Gunther. D. 8; A. 6 «Caudal profundamente furcada, lobo superior prolongado em filamento. Distancia da origem dorsal à origem caudal contida 1 vez e 1/2 na distancia entre esta e a ponta do focinho. Dorsal entre a origem das ventraes e a da anal. Parte anterior do dorso maculada de pardo. Cauda com fachas largas transversaes, escuras, tres pollegadas.» (Gunther). Habitat: Alto Amazonas, Juruá. 225—Stegophilus interimedius,’ Eigenm. & Eigenm. D. 9; A. 7 «Alongado, comprimido posteriormente, deprimido anteriormente; ca- beça um tanto mais longa do que larga, focinho pontudo; olhos grandes, 1 no focinho, 3 e 1/2 na cabeça. Bocca larga; labio superior com 2 series de dentes, intermaxillares e mandibulares com 4 series de dentes depressiveis; os da serie interna augmentados na ponta. Labio inferior não dilatado, barbi- lhão mais curto do que os olhos. Operculo com 2 aculeos; preoperculo com 5 ou 6 espinhos em forma de garra. Origem da dorsal quasi equidistante da pnota da caudal e do occiput; caudai emarginada; anal collocada inteira- 1) Stegophilus (Gr): de stegein—coberta e philein—amor; quer dizer que gosta das dedo das guelras. Vide desc. Stegophilus insidiosus. 2) Numerus. (Gr.): de nema—fio, fita e oura—cauda. 3) Intermedius (Lat.)—intermedio. A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 231 mente por detraz da dorsal; origem das ventraes equidistante das bases da caudal e peitoraes. Pardo claro; toda a superfície dorsal com pontos pardos escuros; uma serie de pontos maiores escuros ao longo da linha mediana nos lados, os pontos tornando-se maiores para a cauda; caudal com poucos pon- tos escuros indistinctos. Cabeça 5 e 1/2.» (Eigenm. e Eigenm.) 8 cm. Habitat: Goyaz. 226—Stegophilus macrops,! steina. D. 10; A.9 «Caudal emarginada; dorso e lados uniformes; caudal com pontos escu- ros sendo a ponta do seu lobo inferior preta; origem da dorsal muito mais proxima da ponta da caudal do que da do focinho; cabeça mais comprida do que larga, cerca de 6 vezes no total; olhos 3 e 2/5 na cabeça; caudal com muitos raios accessorios. (Steindachner & Eigenm.) Habitat: Lagõa de Manacapurú. 227—Stegophilus reinhardtii, ? Steind. D.9 4 10; A. 8 «Caudal redonda, com muitos raios accessorios. Dorsal posterior ao maio do corpo e parcialmente sobre a anal. Cabeça 7 vezes no comprimento total. (Steindachner e Eigenm.) 228—Stegophilus insidiosus,! Reinhardt. Do PA NET «Dimensões pequenas, cabeça larga, curta, redonda, deprimida; bocca inferior, com pequenos e numerosos dentes em cada maxilla; labio inferior dilatado; dois barbilhões maxillares pequenos em cada lado, nasaes nullos; olhos superiores, bastante grandes; espiculos operculares e preoperculares presentes. Cabeça sete vezes a altura, dez na extensão total (com a caudal); 1) Macrops (Gr.) : de macros—grande e ops—olho. 2) Reinharditii (Latinisação : do Prof. Reinhardt, que foi [companheiro de Lund na Lagoa Santa, onde descobrio o genero Stegophilus. 3) Insidiosus (Lat.) insidioso, perfido. 232 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL adiposa linhalateral e vesicula natatoria ausentes. Aberturas branchiaes pe- quenas, lateraes. Aculeos pungentes; dorsal e peitoraes nullos. Dorsal poste- FIG. 100—Stegophilus insidiosus, seg. Lutken rior, situada entre a anal e o anus peitoraes quasi horizontaes; póro peitoral presente. Comprimento 50 mm. (Lutken). Habitante commum das branchias dos Sorubis. (Pseudoplatystoma coruscans). Pareiodon,' Kner. Sitzungsber. Akad Wien, XVII, 160—1855. Förma sub-cylindrica, cabeca moderadamente deprimida, bocca anterior, com uma unica serie de dentes incisivos nas maxillas; dois barbilhöes ma- xillares, no angulo da bocca; narinas isoladas, olhos pequenos, superiores, subcutaneos; operculo e preoperculo providos de aciculos osseos; dorsal entre as ventraes e anal, caudal furcada, precedida de raios accessorios. Li- nha lateral simples ou apenas ramosa na regiäo thoracica. Vesicula natatoria presente (?). ara 6 e 1/2 no comprimento (sem caudal) altura 9... ..... P. microps Especies conhecidas . . ..... calcio 8 e 1/2 vezes no comprimento, altura 7 e 1/2......... P. pussillus 1) Pareiodon (Gr.); de pareia—bochecha, face e odons dente; referencia aos aciculos do oper— culo e preopercnlo. f A. DE MIRANDA RIBEIRO—FAUNA BRASILIENSE—PEIXES 233 229—Pareiodon microps,' Kner. DO ADE _ «Estructura geral alongada, lembrando uma especie de Cobitis; tronco „quasi cylindrico e sómente um pouco mais alto do que largo. Comprimento da cabeça, até a orla opercular, 1/8 do comprimento total; maior altura 1/9; -dorsal á 4 e 1/2, fossa anal separada da ponta do focinho por cinco compri- mentos da cabeça. Dois curtos barbilhões em cada lado da bocca terminal, de quasi egual comprimento e não attingindo os interoperculos; os espessos -e debruados labios são densamente recobertos de curtas papillas. As largas FiG. 101 — Pareiodon microps, seg. Kner. maxillas têm uma fila simples de dentes incisivos de orla convexa, que apenas deixam esta ultima de fora das gengivas; paladar e lingua sem den- tes. Os pequenos olhos subcutaneos ficam 4 tres diametros um do outro, a dois da orla do focinho e á quasi seis da orla opercular. As narinas posteri- ores ficam justamente 4 um diametro uma da outra, as anteriores a egual -distancia destas e da orla do focinho. Os interoperculares têm cinco á seis espiculos relativamente fortes, que, como os dos operculos semicirculares estirados mais para trás e para cima, apenas surgem da espessa pelle da cabeça. As aberturas das guelras são estreitas, começam sob a primeira -ametade inferior do operculo e chegam tambem um pouco abaixo do inte- roperculo; ellas são, assim, totalmente fechadas na garganta e sobre esta corre transversalmente apenas uma baixa prega cutanea. A posição e as ou- tras relações das nadadeiras, são melhor comprehendidas pela figura juncta. O curso da linha lateral é, desde a cauda até a parte anterior do tronco, ape- nas apreciavel como um sulco e não se abre em póros, excepto n'uma curta extensão, posterior aos operculos, mostra-se ella coordenadamente mais am - pla e a pelle, acima e abaixo da mesma, é provida de tuberculos e tubos irregulares que constituem, aqui e acolá, aberturas e póros; verticalmente, sobreo extremo das peitoraes reclinadas sobre o corpo, fica um tuber- culo dermico, pontudo, com uma curta ponta em cada lado. O póro lateral “é um pouco menor do que em Cetopsis, porém perfeitamente visivel, ha in- 1) Microps (Gr.); de micron — pequeno e ops — olho. 6378 30 234 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL ternamente uma orla saliente, a pelle que conduz a cavidade, mostra na cir- cumvizinhanca desta, estructura glandular. Na fossa anal estäo tres aberturas separadas, fracamente perceptiveis e certamente a anterior é o anus, a media- na o póro genital e a posterior, sobre a ponta de uma curta papilla, o póro uretrhal. Dos orgãos internos, apenas os ovarios e vesicula urinaria estão presentes; os primeiros mostram anteriormente saccos moderadamente cur- tos, pares, porém symetricos, destes o esquerdo se salienta pelo tamanho e comprimento, entre os dois fica a larga vesicula urinaria. O tractus intestinal e o figado faltam; comtudo, parece, de restos de pelle, dever existir uma curta vesicula natatoria. Lado dorsal cinzento, lados e ventre mais claros, alva- dios, com um cambiante avermelhado; do mesmo modo todas as nadadeiras, maculas, estrias ou pontuações ausentes totalmente. A espessa pelle sem es- camas faz lembrar um esqualoide pelo seu aspecto rude, rugoso e pela sua aspereza. Dois exemplares de cinco pollegadas, de Borba (?)» (Kner). 230—Pareiodon pusillus,' (Castein.) «Esta especie é muito vizinha do Trichomycterus gracilis, trazido de Cusco por Pentland. Differe delle pela forma muito mais alongada, cabeça muito menos larga posteriormente, de aspecto mais quadrado; olhos situados muito mais anteriormente. A côr da minha especie é, sobre indiduos conser- vados em alcool, de um pardo obscuro, pontuado de mais claro, formando, em alguns exemplares, fachas longitudinaes pouco regulares. A parte inferior do corpo é branca. Encontrei pela primeira vez este peixinho no Araguaya e depois no Amazonas. O maior dos seus exemplares não mede mais de nove centimetros de comprimento. Esta especie é, da parte dos pescadores do Araguaya, o objecto de um preconceito dos mais singulares: pretendem elles ser muito perigoso urinar no rio, pois que este pequeno animal se atira fóra d'agua e penetra na uretrha subindo o curso da columna liquida. (Fiz so- bre o Araguaya, o desenho de um Trichomycterus que me parece se referir a esta especie e que tem uma nodoa de um pardo escuro sobre o alto da cabeca).» (Castelnau). SILURIDÆ ? Corpo sub-fusimerme, comprimido superiormente e sobre os lados do pedunculo; cabeça geralmente deprimida; bocca ampla, transversa, anterior ou reduzida (quando a cabeça for comprimida inferior ; provida de uma fila de dentes incisivos ou de uma facha de dentes villiformes nos inter-maxilla- res e mandibulares , ás vezes ausentes, de dentes villiformes sobre o vomer 1) Pusillus (Lat.)— pequenino. 2) Silurus, genero typico, eidos—semelhante. A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 23 A e palatinos, frequentemente ausentes ; maxillares vestigiarios, seguidos de um barbilhão terete ou lamelar, de comprimento variavel; um ou dois barbi- lhões sob cada um dos mandibulares. Narinas duplas, superiores, contiguas, numa fossa unica ou amplamente separadas, valvulares, tubulosas ou simples. Olhos superiores ou lateraes, sub-cutaneos ou de palpebras livres ou atrophiadas ou ausentes (caso unico). Fontanella longa, ampla ou redu- duzida ; occipital emittindo ou não um processo posterior mediano ; peças operculares presentes (execeptuado o sub-operculo), moveis ; coronoide e simpletico geralmete ausentes ; arcada escapular desenvolvida, em geral achatada transversalmente na região sternal ; isthmo mais ou menos largo ; membrana branchiostega livre ou unida n'uma prega através do isthmo ou ligada á elle. Corpo inteiramente nú, rarameute com alguns tuberculos os- seos, irregulares, na linha lateral ; esta quasi sempre presente. Vesicula na- tatoria livre membranosa ou algo ossificada, mais ou menos ligada ä parte supero-anterior da cavidade abdominal, tendo constricções longitudinaes ou transversas. Tubo intestinal longo, estomago syphonico ou coecal. Ovarios moderados, sendo os ovos geralmente grandes. Vertebras cervicaes ás vezes modificadas, formando expansões protectoras de vessiculas natatorias. As caudaes não comprimidas. Dorsal mediocre. Adiposa presente mais ou menos ampla, ás vezes confluente com a caudal. Ventraes anteriores, infe- riores ou mesmo posteriores á dorsal,reduzidas. Anal mais menos desenvol- vida e bem assim a caudal que é o mais das vezes bilobada. Geralmente conhecidos pelas designações de Bagres, Mandis, Jundiás, Sorubins. Douradas, Pirahybas, Piratingas, Piramutanas, Peixes- Lenha, etc, estes peixes constituem o mais importante grupo dos Scleracanthi, não só pelo numero como pelo tamanho das suas especies. Algumas reputadas de grande valor como alimento, attingem dimensões consideraveis de mais de dois metros ; outras. ao contrario, são de má fama, não obstante serem assim mesmo consumidas pelas classes menos favorecidas. Não poucas constituem fonte de renda, sendo pescadas com facilidade. Os Silurideos, tal como os encaramos aqui, estão representados por todo o mundo, com excepão, porém, de parte da Oceania (Australia). Na seguinte clave encontramos os En mediocre, vomerinos ausentes adiposa grande, vomerinos presentes . caudal com o lobo superior pontudo ma’or que o inferior. Barbilhöes menores do que a cabeça. i caudal mais ou menos æquilobada Barbilhöes maiores do que a ca- beça 6 . à o processo occipital \ indistincto. 0 ‚ na orla posterior D passando, com um « Generos br nessa região . leiros processo occipital grande, alto da cabeça quasi sempre granuloso A 6 : . o 5 o o E 'processo transverso atraz dos olhos. I | olhos superiores, base dos tarbilhöes maxillares ossificada e curva para baixo 5 5 5 B o û - o o : o olhos lateraes, no mesmo plano do angulo da bocca, base dos barbilhões | não ossificada . à : 4 : E a s | vomcrinos parallelos aos inte maxillares . hi | fontanella med o- | Ro ff ‚ fontanella longa, com uma constricção atraz dos olhos . R x vomerinos separados. cre, lanceolada. ) vomerinos não parallelos o P 5 aos intermaxillares . . | yomerinos ligados entre si francamente os intermaxillares . 5 4 5 5 o 3 ‘ Nannoglanis. Heptapterus. Nemuroglanis. Callophysus, Conorhynchus. Iheringichthys. Pimelodina. Typhlobagrus. Pseudopimelodus. Imparfinnis. Rhamdioglanis. Rhamdia. Pimelodus. Steindachneria. Platynematichthys. Pinirampus. Platystomatichthys. Sorubimichthys. Sorubim. Sciades. Bagropsis. Duopalatinus. Paulicea. Zungaropsis. Brachyplatystoma. Pseudoplatystoma. Hemisorubim. Phractocephalus. Tachysurus. Genidens. Felichthys. dorsal sobre a parte posterior das ventraes ou pesterior ä essas nadadeiras Generos brasi leiros ‚narinas separa- das. e . | dorsal anterior ou sobre a parte an- terior das ventraes narinas contiguas Pag. 230— A — | palatinos ausentes. . ‘ palatinos x adiposa não confluente com a caudal . o D OS q a vomerinos e palatinos ausentes. 5 adiposagconilucnteXcomgaxcaLıd ale ser u © g 6 o 6 6 «@ o 3 G@ 6 G vomerinos presentes - co o » à o 0.90 BS gq > G 6 9.50 6 9 q Sa og 80 8 6 Le à ‘0 Ge Go /dentes intermaxillares incisivos, em uma unica ordem. , . - od Doo God mw q © US D 0 vb É A adiposa mais alta do que longa. . . . . . poate DO. CORSA DS fou dps o (D 5 2 6 00.00 deciduos, focinho conico . 4 5 q 8 placa pre-dorsal adiposa mais longa do que alta. . o o D 5 o o > = a o e o o - 7 5 : a = B o pequena. . a ee HE ot o oo © Oo © © 6 0 A 1 : olhos ausentes. . . dentes intermaxil- barbilhöes 2 lares villiformes, teretes . adiposa mediocre, vomerinos ausentes em facha ampla, subcutaneos. 4 p 4 > 4 adiposa grande, vomerinos presentes . © bocca anterior . LE caudal com o lobo superior pontudo processo occipital\ maior que o inferior. Barbilhöes | à : indistincto . menores do que a cabeça. . i OINOSIPTES ETES ae fontanella terminando na orla posterior f a En dos olhos ou, quando CS Ger um « caudal mais ou menos æquilobada Se P processo transverso nessa região ia maiores do que a ca- , processo occipital grande, alto da cabega quasi sempre normaes com a granuloso fg Eyl Rack ee aD orla livre 5 \fontanella ampla sem processo transverso atraz dos olhos. à barbilhões tæniæformes . 4 4 + + + + . . placas pre-dorsal cordiforme, grande . o a o o o o 6 o a 6 a a 5 5 o 0 a . 0 o a o i é a a o o o o adiposa maior do que a anal . a dm o o ö 6 6 = . - o B intermaxillares projectando-se muito á frente dos mandibulares, cujos dentes ficam posteriores aos daquelles ossos ‘ olhos superiores, base dos tarbilhöes maxillares ossificada e curva para adiposa menor do que a anal + | baixo GR mee pb SP Er O abo) ad ug olhos lateraes, no mesmo plano do angulo da bocca, base dos barbilhões não ossificada : o 5 5 2 B 5 : D - © © 6 pre- ultimo raio dorsal mais longo do que a cabeça . o O o . a a 5 . a e 6 . 5 ö . a o o R 5 . o a . faue são em quatro placas pequenas . vomerinos amplamente separados dos palatinos . le 4 4 \ que são em duas placas grandes \intermaxillares não se projectando anormalmente ä frente das vomerinos parallelos aos inte maxillares . mandibulares où O : ;_( fontanella med o- 7 i 3 a N A d mand bula quando mui-| “cre, lanceolada. ) vomerinos näo parallelos | Yomerinos separados. . ultimo raio dorsal mais curto do à A attingindo o plano dos | aos intermaxillares i i que a cabeça . o o 5 processo occipital mediocre, sub intermaxillares . . 9 * | vomerinos ligados entre si od o 6 O o mó / À | fontanella longa, com uma constricçäo atraz dos olhos . vomerinos contiguos ou em confluencia com os palatinos f a 3 mandibula passando francamente os intermaxillares . o B a e 6 5 ‘ processo occipital muito grande e largo, rugoso, externo o B 9 B o ti o 6 B o o 5 E vomerinos presentes, contiguos aos palatinos e no mesmo plano em que o paladar . 5 B - - n O 5 o 4 3 o o o B o B 6 N o 5 o o o B o 0 seis barbilhües. . . E à i É vomerinos ausen'es; palatinos sobre saliencias do paladar . a 0 ö D . 6 5 0 o D 2 o t 5 6 o D 5 0 a = 6 . a A o o EDR Po RE. 1 LE NO ae Men ae eee we q “à o 9 6 © -O 6 oO © + o oO o Nannoglanis. Heptapterus. Nemuroglanis. Callophysus, Conorhynchus. Iheringichthys. Pimelodina. Typhlobagrus. Pseudopimelodus. Imparfinnis. Rhamdioglanis, Rhamdia, Pimelodus. Steindachneria. Platynematichthys. Pinirampus. Platystomatichthys. Sorubimichthys. Sorubim. Sciades. Bagropsis. Duopalatinus. Paulicea. Zungaropsis. Brachyplatystoma. Pseudoplatystoma. Hemisorubim. Phractocephalus. Tachysurus. Genidens. Felichthys. A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 237 Nannoglanis,' Boulenger. Proc. Zool. Soc. London—278—1887 Barbilhöes em numero de seis ; fontanella em förma de fenda entre os olhos e outra semelhante na base do occipital, cujo processo € curto. Olhos sub-cutaneos. Dorsal sem aculeo pungente e inserindo-se sobre ou atraz das. ventraes. Adiposa presente. Especie brasileira. 23l—Nannoglanis bifasciatus, Eigenm. & Noris. Die Ag «Typo : Um especimen medindo 70 "/,.. A largura da cabeça é compre- hendida 1 e 1/2 no seu comprimento, que é 1/4 do comprimento total, sem a nadadeira caudal. Corpo comprimido. Olhos pequenos, comprehendidos sete vezes na cabeça, tres no focinho e duas no espaço inter-orbital. Barbi- lhão maxillar é egual a .1/2 do comprimento da cabeça. Os mentaes não se estendem até as aberturas branchiaes e os post-mentaes se prolongam um pouco além dellas. A inserção da dorsal é mais proxima da ponta do focinho cerca do dobro do diametro ocular do que da base do raio mediano da nada- deira caudal. O seu primeiro raio acha-se situado sobre as ventraes. A base da dorsal é um pouco mais curta do que a distancia entre esta e a adiposa. A adiposa é comprida, 4 e 2/3 no corpo. Caudal truncada com o raio me- diano um pouco mais curto que os outros. Peitoraes um pouco maiores do que 1/2 da cabeça e comprehendidos 1 e 3/5 na distancia que vae da propria base ä base das ventraes. Estas se estendem, por metade de seu compri- mento, além do anus, chegando mais ou menos ao meio da anal. Uma estria escura da ponta do focinho até a base da caudal. A região abaixo dessa não tem côr. Uma estria estreita acima da mesma tambem incolor. Acima d'essa ha uma estria ainda mais estreita, de côr escura que se une com a sua semelhante do lado opposto, na nuca, na dorsal e adiante da adiposa, por intermedio de fachas de egual côr. A parte basilar e os raios da dorsal são bruno-escuros ; o resto hyalino. Adiposa clara, caudal, anal, ventraes e peitoraes escuras». ( Eigenmann & Norris. Habitat : Rios do Estado de S. Paulo. 1) Nannoglanis : (Gr.) de nannos, anão e glanis, Silurus glanis. 2) Bifasciatus (Lat.) bifasciado 238 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL Heptapterus,' Bleeker. Ichtyol. Archip. Ind. Silur. 197—1858 Cabeça pequena, revestida de pelle, lisa ; bocca anterior com as ma- xillas eguaes e providas de uma facha de dentes finos, os demais ausentes; barbilhöes moderados ; narinas valvulares, superiores ; fontanella estreita, projectando-se até a base do processo occipital, ligeiramente interrompida por detraz dos olhos; olhos pequenos superiores, sub-cutaneos , supra-es- capular obsoleto ; nadadeiras inermes, dorsal sobre as ventraes; adiposa longa, projectando-se até a caudal 4 qual se une; anal desenvolvida em comprimento ; caudal redonda com raios superiores maiores ou entalhada. Vesicula natatoria reniforme, livre. (A. VE Ne hoon a ect cho RED A H. mustelinus. Caucal redonda........ | (a. E RS ROSES Pr A SO OLE H. multiradiatus. Especies brasiieiras. . .\ | A. 19, cab. 7 e 1/2, altura 10 no compri- Caudal furcada........ J mentordo.scorpo. a. NRC at H. leptos. UN 23, cab. 5 e 1/2 altura, 8 no compri- mMENTOKAOLCOLP OFT EN Er ee ele H. fissipinnis. 232—Heptapterus musielinus,’ (Cuv. & Valenc.) EST. 35—FIG. 4 D. 1 +6 A. 14; (9) 4 18 Corpo enguliforme, anteriormente deprimido, posteriormente compri- mido ; altura nove a 11 vezes no comprimento. Cabeça espatulada, 5 e 1 2 á 6e 1 2 no comprimento. Bocca ampla, 1/2 do comprimento da cabeça, provida de uma basta facha de dentes villiformes, nas duas maxillas e de larga e espessa lingua. Barbilhões labiaes excedendo do pouco ou quando muito attingindo a axilla opercular ; abertura branchial muito ampla, pro- jectando-se superiormente até adiante dos olhos : estes mediocres, sub-cu- taneos, de maior diametro egual á 1/2 do diametro interocular, uma corôa de cinco póros no alto da cabeça. Peitoraes pequenas, menores do que 1 2 do comprimento da cabeça, dorsal mais ou menos no início do 2º terço do compimento do corpo ; ventraes sob 03º raio dorsal ; adiposa começando a curta distancia da ponta da dorsal quando reclinada sobre o corpo; anal começando á uma distancia das ventraes que é egual á que vae destas na- dadeiras á axilla dasguelras e seguida immediatamente dos raios accesso- 1) Heptapterus (G.); de epta, sete e pteron, aza (aqui raios da dorsal). 2) Mustelinus (Lat.)—côr de marta. A. DE MIRANDA RIBEIRO—FAUNA BRASILIENSE—PEIXES 239 rios infereriores da cauda que formam uma pseudo adiposa inferior, em connexäo com aquella nadadeira que € ablonga, tendo os raios superiores mais compridos. Pardo uniforme superiormente, alvadio inferiormente. O maior de tres individuos em alcool que serviram a esta descripção media NOS wale Habitat : Rio Grande do Sul; Rio Paraná (Prata). Riacho Maldonado. D'Orbigny diz ser este peixe sociavel, vivendo em familias e occultando-se sob as pedras, nas marés baixas; póde-se, ás vezes, virar até 200 pedras sem encontrar um unico ao passo que sob uma pedra encontram-se, ás vezes, 20 exemplares; nada com muita vivacidade e mesmo n’gua abun- dante procura sempre ocaultar-se sob as pedras. Berg diz tel-o obtido em altitude de 2.300 metros sobre o nivel do mar, no riacho Calchaqui (Prov. do Salto). Os exemplares do Museu procedem certamente do Rio grande do Sul, pois que elles trazem uma etiqueta com lettra de H. Ihering. 233—Heptapterus multiradiatus, Rud. Ihering. D. 7; A. 36 «Corpo muito alongado, em geral comprimido, especialmente na me- tade posterior ; largura no thorax egual 4 altura (umpouco menos do que o comprimento da cabeça). Cabeça deprimida na frente, elevando-se gradati- vamente para traz, onde attinge 4/5 da largura ; seu comprimento oito vezes nado corpo, coberta de pelle fina que passa sobre os olhos; numerosos póros no focinho entre os olhos e atraz delles e em linhas paralellas as aberturas branchiaes. Fontanella attingindo a base do processo occipital, que é muito fino e do comprimento de um diametro ocular. Olhos situados um pouco á irente da metade da cabeça ; narinas muito separadas, estando a posterior um diametro ocular à frente dos olhos e a anterior quasi sobre o beiço, com um pequeno tubo alongado ; espaço interorbital egual ao comprimento do focinho ; este 2 e 2/3 na cabeça. Os barbilhões maxillares alcançam o meio das peitoras e bem assim o par exterior dos barbilhões mentaes ; post-mentaes um pouco mais curtos. Distancia da dorsal á ponta do focinho um pouco maior do que 1/3 do comprimento do corpo ; a base da dorsal cabe 1 e 1/2 vezes no comprimento da cabeça ; seu primeiro raio não forma aculeo. A origem da adiposa é tão indisdincta que só com incerteza se pode dizer que começa a um comprimento da base da dorsal, atraz desta nadadeira ; seu comprimento eguala ä metade do comprimento do corpo, attinge a sua maior altura atraz, onde é continuada pela nadadeira cau “al, cnjos raios começam á distancia de uma base da dorsal ä frente do extremo posterior do corpo. Os raios caudaes medianos são os mais longos (eguaes 1) Multiradiatus (Lat.): de muitos raios. 240 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL ao comprimento da cabeça) ; inferiormente elles confluem com a anal, des- tacando-se esta por ter os seus ultimos raios alongados. Raios anaes sub- eguaes, ä excepgäo dos primeiros que säo muito mais curtos. O inicio da anal coincide com o da adiposa, pouco ä frente do meio do corpo. A base das ventraes fica um pouco atraz do meio da dorsal; os seus raios mais lon- gos passam a anal em meio comprimento. Distancia entre as bases das peitoraes e das ventraes 4e 1/2 vezes no comprimento do corpo. Peitoraes do comprimento das ventraes. Colorido uniforme no alcool. Comprimento 107 mm.» (Rudolph Ihering). Habitat: Riachos do Alto da Serra, S. Paulo. 234—Heptapterus leptos,' Eigenm. & Eigenm. D. 7; A. 19 «Extremamente alongado, altura do pedunculo caudal näo muito menor do que a maior altura. Cabega longa e estreita, näo grandemente estreitada para diante, sua largura 1 e 2/3 no comprimento. Bochechas verticaes. Olhos pequenos, mais proximos de um diametro, da ponta do focinho, do que do extremo do operculo ; espaço interorbital cerca de dois no focinho. Barbi- lhões maxillares passando o meio das peitoraes, mentaes e post-mentaes além da base das peitoraes. Bocca ampla, terminal, com as maxillas eguaes ; - sua largura dois no comprimento da cabeça ; cada maxilla com uma facha de dentes fortes, villiformes. Distancia entre a origem da nadadeira dorsal e a ponta do focinho tres e 1/4 no comprimento. Adiposa baixa e longa confluente com a caudal; sua origem anterior 4 anal. Caudal com nume- rosos raios accessorios, amplamente furcada, com o lobo superior mais longo, cerca de 5 1/2 no comprimento. Origem da anal um pouco mais pro- xina da base da caudal do que da abertura branchial, com os raios de quasi egual altura. Ventraes compridas e estreitas, inseridas sob o 1º raio dorsal. Peitoraes longas e estreitas, apenas mais curtas do que a cabeça, com os raios medianos mais compridos. Pardacento, com traços de uma facha lateral escura ; uma facha escura anterior aos olhos; duas linhas es- curas sobre base da caudal e parallelas 4 sua raiz. Cabeça 7 e 1/2; altura 10». (Eigenm & Eigenm.) Habitat: S. Matheus. 235 —Heptapterus fissipinnis, EST. 35 FIG. 5 DATA NS Maior altura oito vezes, altura do pedunculo 16, cabeça 5 e 1/2 no mesmo comprimento total (sem a caudal); de largura 1 e 3/5 no proprio == 1) Leptos (Gr.): delegado. 2) Fissipinnis (Lat.): de fissus, fendidos, e pinna nadadeira. oo A. DE MIRANDA RIBEIRO—FAUNA BRASILIENSE—PEIXES 241 comprimento ; mandibula imperceptivelmente prognatha; largura da bocca 2 e 1/3 no comprimento da cabeça. Barbilhões muito delgados, os maxilla- res quasi chegando ä ponta dos peitoraes, mentaes e post-mentaes de com- primento sub-egual, chegando ao meio das nadadeiras peitoraes. Olhos sub-cutaneos, mediocres, 5 e 1/2 vezes na cabega, mais proximos de um diametro da ponta do focinho do que da do operculo ; espaço interorbital uma vez na focinho. Distancia entre a ponta do focinho e a origem da dor- sal, duas vezes e 2/3 no comprimento do corpo (sem a caudal); compri- mento da dorsal reclinada egual ao da cabeça ; adiposa baixa e longa, con- fluente com a caudal por meio de raios accessorios superiores; peitoraes fracas, pontudas, de comprimento egual ao que vae da pupilla 4 ponta do operculo. Ventraes sob o primeiro raio dorsal, mais compridas do que os peitoraes. Anal longa, com a origem imperceptivelmente mais proxima da base da caudal do que da abertura das guelras, tendo os raios desprovidos de membrana do meio para fóra; caudal furcada, com a ponta dos raios isolada e o lobo superior maior; uma prega cutanea baixa entre a anal e os raios accessorios inferiores da caudal. Pardo chocolate; cabeça dene- grida, uma facha langitudinal na linha mediana dorsal entrando pela base da dorsal, cuja orla é tambem escura; outra facha da mesma côr ao longo da linha lateral do focinho a origem da adiposa ; outra na base da anal e uma (em curva) marginando a base da caudal. Dorsal com uma facha marginal da mesma côr. Demais nadadeiras brancas, uniformes, 6 cm. Apanhamos este pequeno bagre em um corrego affluente do Rio Estrella. Nemuroglanis,' Eigenm. & Eigenm. «Dentes vomerinos. Caudal longa, lanceolada ; adiposa longa e baixa junto a caudal. Cabeça sem processo occipital evidento, näo ha escudos ante a dorsal que fica sobre as ventraes.» (Eingenm. & Eigenm.) 236—Nemuroglanis laceolatus,’ Eigenm. & Eigenm. D.7; A. 13 . «Alongado delgadamente, cauda deprimida, cabeça e corpo deprimi- dos. Cabeça estreita anteriormente, sua maior largura 1 e 2/5 no compri- mento ; sua largura no angulo da bocca cerca de duas vezes no proprio comprimento. Superficie da cabeça coberta de pelle delgada. Olhos 2 42 e 1/2 no focino que é egual ao espaço interorbital. .. Barbilhão maxillar chegando adiante da origem da dorsal; mentaes e post-mentaes adiante da base das peitoraes. Distancia da origem das dor- 1) Nemuroglanis (Gr.) de nema=fita, oura=cauda e a glanis. 2) Laceolatus (Lat.)—em forma de lanceta. à 6378 2 131 242 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL saes da ponta do focinho 2 e 3/4 no comprimento. Dorsal sem uma placa basilar nem aculeos. Distancia entre aadiposa dorsal um tanto maior do que o comprimento da dorsal. Adiposa baixa junta 4 caudal. Raios caudaes acu- minando-se rapidamente para os medianos que säo grandementeprolongados, menos de 2 e 1/2 no comprimento. Raios anaes quasi todos da mesma al- tura. Ventraes longas e estreitas, inseridas sob a ametade anterior da dorsal e chegando a meio caminho até meio da anal. Peitoraes longas, lanceola- das, sem espinho. Amarello uniforme. Cabeça 4 e 1/2.» (Eigenm. & Eigenm.) Habitat : Jutahy. Callophysus,' Mull. & Trosch. Pora Ichthyologiscæ, III pag. 1-1849 Corpo sub-cylindrico, completamente glabro, cabeça revestida de pelle, a da fontanella e da parte posterior da cabeça e espaduas papillosas ; bocca moderada, provida de uma ordem de dentes deprimidos nos inter-maxillares e de duas nos mandibulares ; atraz d’essas ordens de dentes ha uma ruga ossea (sobre a qual são moveis os dentes iutermaxillares ). Barbilhôes des- envolvidos, comprimidos moderadamente, em numero de 6; olhos pequenos, latero-superiores ; as aberturas branchiaes amplas ; as nadadeiras säo des- envolvidas com os aculeos flexiveis ; caudal furcada. Especie unica, fluviatil : Callophysus macropterus. 237—Callophysus macropterus,” (Licht.) FIDALGO, PIRANAMPÜ-AMARELLO D. 1 +6 a 7; A. 72 «Cabeça 4 e 1/2 no comprimento; completamente lisa; bocca moderada, tendo apenas ama ordem de dentes nos intermaxillares e duas nos mandi- bulares, um tanto comprimidos, seguidos de uma saliencia posterior, ossifi- cada ; barbilhäes labiaes attingindo a anal ; post-mentaes a base das ven- traes ; mentaes o meio das peitoraes, quando inclinados sobre o corpo; operculos moderadamente estriados ; olhos atraz de, meio comprimento da cabeca, 1/8 4 1/9 nesta. Processo occipital não apparente. Dorsal originando-se sobre a parte terminal do ultimo raio peitoral, tendo o aculeo flexivel e maior que os demais raios ; peitoraes idem, quasi attingindo a base das ventraes ; estas amplas, attingindo a 2/3 da distancia que vae de sua base a origem da anal; esta abliquamente truncada. Adiposa muito longa, originando-se sob o apice do 1) Calophysus (Gr.); de calos, corda e physa vesicula. 2) Macropterus (Gr. ); de Macros=grande e pteron=aza (nadadeira. A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 243 ultimo raio dorsal e terminando no plano que corta o ultimo raio anal ä meio Caudal lunada. Cinereo glauco, ligeiramente albicante na parte inferior. Habitat: Guyanas e Brasil Norte, Apuré, Caldeiräo, Rio Negro, José Açú, Tocantins, Lago Manacapurú, Amazonas, Cametä, Obidos, Santarém, Tabatinga, Mont' Alegre.» (Compilado) Segundo Goeldi este peixe, no Pará, temo nome de Pinampu-Ama- rello. Natterer diz que em Matto-Grosso chamam-n’o Fidalgo. Conorhynchus, Bleeker. Ichthyol. Archip. Ind. Siluri - 205-9-1858 Cabeca longa, com a parte anterior sub-conica, curva, terminando em bocca sub-inferior provida de labios espessos, com poucos dentes, estes de- ciduos com a edade; barbilhöes curtos; fontanella presente, continuando-se para traz dos olhos por uma depressäo angular até ä base do processo occi- pital ; processo clavicular longo e forte. Dorsal e adiposa mais altas do que longas ; ventral posterior a dorsal, anal elevada ; caudal robusta. Linha lateral presente. Genuinamente brasileiros ; 2 especies conhecidas. Alto da cabeça deixando os ossos de fóra, esses fórtemente rugosos; i 2 placaapredorsalstriang Wlarg-e Wa ee ee C. conirostris. Cabeça completamente revestida de pell2; placa predorsal e ponta de le cha Sida EEE Nc C. glaber. 238 —Conorhynchus conirostris, (Cuv. & Val.) PIRÄ-TAMANDUÄ EST. 36 D. 1 +6; A. 21; (1 + 6 a 7—D 18 — 26) Cabeça 3 e 1/2, robusta, de perfil superior curvo, dobrando-se abru- ptamente sobre a bocca; o perfil inferior acompanha o superior na curvatura o que empresta ao focinho do peixe o aspecto de uma chaminé de ferro de engommar. Focinho liso, maior que o resto da cabeça, 4 contar da orla anterior dos olhos; bocca mediocre, de diametro pouco maior que o diametro dos olhos, desprovida de dentes; labios espessos, reilexos como os de /herin- gichthys westermanni ; barbilhões maxillares pouco maiores que o dobro do diametro ocular; post-mentaes pouco maiores que o di:metro da bocca ; 1) Conorhynchus (Gr.); de Conos, cone, cunha e rhynchus, focinho, bico. 2) Conirostris (Lat.) de conus=cone e rostrum—bico, focinho, rostro. part ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL mentaes, exactamente do diametro desta ; olhos situados logo atraz do meio da cabeca ; o seu diametro se contém 8e 1 2 vezes no comprimento d’esta, 2 e 1/2 vezes no espaço interorbital. A fontanella continúa sobre a parte superior do craneo, até quasi a base do processo occipital, por uma depressão em angulo agudo. Prefron- taes, frontaes e postfrontaes, supraclaviculares, claviculares e processo occipital, fortemente granulosos ; processo clavicular estriado longitudinal- mente, attingindo o início do 3º terço do aculeo peitoral ; operculo franca- mente estriado ; placa dorsal triangular, granulosa, sem projecções postero- lateraes e tendo o vertice encaixado n'uma bifurcação posterior do processo occipital. Altura 5 e 1/2 no comprimento. Aculeo dorsal forte, pouco maior ou egual ao 1ºraio, originando-se sobre a vertical do apice do 3º raio pei- toral, ligeiramente curvo, provido de denticulações curtas no lado posterior, maior do que o aculeo peitoral; os raios dessa nadadeira vão diminuindo gradativamente, o que a torna triangular; peitoraes da mesma forma; o aculeo, porém é menor que os dous primeiros raios e egual ao 3º; as suas denticulações são pequenas e rhombas no bordo posterior ; ventraes trian- gulares, originando-se sobre o plano vertical do apice do 3º raio e termi- nando a curta distancia do inicio da anal; ellas têm um aculeo que termina em ponta membranosa e quasi attinge o apice do seu primeiro raio. Anal grande, falcada ; comprimento do seu maior raio, maior que a me- tade da base da nadadeira e que a distancia que separa a base do ultimo raio da caudal; adiposa sobre a parte posterior do 3º quarto da base da anal e tendo a forma da adiposa dos Characinideos; caudal furcada, de lobos largos e eguaes. Linha lateral tubulosa, coloração «superiormente azul, in- feriormente lactea». O exemplar que servio a presente descripção, pertence ás collecções do Museu e mede 80 centimetros da ponta do focinho á da cauda e é procedente do Rio São Francisco. Habitat : Rios S. Francisco, das Velhas e Cipó. 239—Conorhynchus glaber, Steine. D. 1 +6; A. 19 «Lado superior da cabeça inteiramente liso, recoberto, até a regiäo occipital por uma pelle espessa, que se torna fina sobre o processo occipital e região posterior ao craneo. Cabeça comprimida, focinho comprido e curvo. Abertura oral pequena, semi-inferior, provida de dentes fracos : pequenos dentes no vomer. Barbilhões maxillares attingindo a orla anterior dos olhos, barbilhões mandibulares mais curtos. Comprimento da cabeça até a orla opercular 3 e 1/5, altura do tronco um pouco mais que 4, no comprimento do corpo; comprimento do focinho 1 e 3/4, diametro ocular cerca de 5 e 1) Glaber (Lat.)=liso. “enpuetue perita “PIS "And “SLJSOJUOS SNUOUAUIOUOT TAP god qui IN 0 V NS TOA “IPUIOI9BN nos OP SOAIYOIY 5 3 LN) a A A. DE MIRANDA RIBEIRO—FAUNA ERASILIENSE—PEIXES 2/3, largura da fronte cerca de 3 e 1/3, maior largura da cabeça 2 vezes no comprimento desta. Processo occipital de comprimento quasi 1 e 1/2e maior do que a propria largura, chegando a ponta do da placa aliforme predorsal. Adiposa pequena, um pouco adiante do extremo posterior da base da anal. = em = co EEE FIG 102—Conorhynchus glaber, seg. Steindachner. Aculeo dorsal mais ou menos do mesmo tamanho e robustez que o peito- ral. Parte superior parda avermelhada, a metade inferior dos lados ama- rella dourada, parte abdominal cinerea escura, prateada. Nadadeiras dene- gridas.» (Steindachner). Um unico exemplar conhecido, de 19 centimetros de comprimento € procedente de um rio de Porto Seguro, Estado da Bahia. Iheringichthys,' Eigenmann & Norris Revista do Museu Paulista 1V—353-1900 Este genero differecia-se do genero Pimelodus pelos beiços largos, o superior reflexo sobre o focinho, com um entalhe pouco profundo no meio da margem; focinho comprido, sub-conico e bocca estreita, sugadora. Os in- termaxillares que raramente têm uma carreira de dentes bem desenvolvidos, são geralmente desprovidos d’elles, o que tambem acontece nos mandi- bullares. Especie unica: 7. westermanni. 1) Ihering—Dr. Hermann von lhering, eminente naturalista em boa hora collocado na direc- ção do Museu Paulista; ichths=peixes. 346 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL 240 - Iheringichthys westermanni,' (Reinh. &Lutk.) PAPA-ISCA-AÇÚ Est 37— FIG. | D. 125 6/A012E13 Cabeça 3 2/3 4 3e 3/4, sub-conica, um tarto quadrangular ; rostro curvo, bocca pequena, cerca de 7 e 1/2 no comprimento da cabeça, protegido por labios grossos, espessos, que a tornam de aspecto sugador, desprovida geralmente de dentes intermaxillares e, tambem, ás vezes, dos mandibulares, que se apresentam em uma unica fila; ás vezes, porém, os intermaxillares tambem supportam uma fila de dentes conicos, desenvolvidos (Iheringichthys labrosus) o que se observa em exemplares jovens; barbi- lhões labiaes teretes, attingindo a extremidade da caudal, passando-a de pouco ou não attingindo esta nadadeira ; barbilhões post-mentaes attingindo a base do aculeo peitoral; mentaes não attingindo o bordo da membrana opercular ; olhos grandes, 4 vezes na cabeça, ellipticos, de maior diametro horisontal, pouco mais proximos da orla do operculo do que da ponta do focinho; fontanella triangular, não attingindo o plano do bordo posterior dos olhos; articulação dos ossos operculares formando uma crista basilar parallela aos bordos da cobertura; estes tocando-se sobre o isthmo e formando com a préga externa que fica atraz do lingual a figura de uma ponta de ilecha ; pro- cesso occipital formando um angulo agudo cujo vertice se entalha para receber a ponta do escudo predorsal; ossos escapulares salientes, rugosos, peitoraes pontudas com o aculeo maior que os raios, exceptuado o pri- meiro (que é pouco maior) curvo, denticulado nos dois bordos em sentidos inversos e attingindo a vertical do 4º raio dorsal; nadadeira d’este nome elevada, trapezoide, com o aculeo recto, serrilhado posteriormente, pouco menor queolº raio; este quasi attingindo o início da adiposa,trapezoide, tendo a base egualando ao aculeo dorsal ; ventraes originando-se sobre o ultimo raio dorsal ; ligeiramente falciforme, attingindo a vertical baixada do início da ediposa; anal fraca, originando-se sob o termo do 1º terço da adiposa e, quando reclinada, excedendo de pouco o apice posterior d'esta ; caudal fur- cada .Argyreo plumbeo superiormente e branco inferiormente. A presente descripção é feita sobre cinco exemplares do Museu Nacional; destes um re- presenta /heringichthys labrosus (Kroyer), sem procedencia ; dois /. wester- manni, de Penedo, Rio S. Francisco (Hartt, e dois outros não têm pro- cedencia. Habitat : Rio das Velhas, Piracicaba, Paraná (Rio) e affluentes. Descal- vados, Matto Grosso e Corumbá. 1) Westermanni (Latinisação) de Westermann. A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 247 Pimelodina,' Steindachner. Ichthyol. Beitr. V.—101—Sitzungsber. Akad. Wien— LXXIV Bd. 1876. Este genero € assim caracterisado por Steindachner: «Focinho moderadamente comprimido, alongado; hiatus inferior, trans- verso com os dentes maxillares muito pouco desenvolvidos.Dentes vomeri- nos e palatinos ausentes. Lado superior da cabeça recoberto de pelle. Os de mais caractéres como em Pimelodus.» Brasileiro. Superficie cephalica reticulada, peitoraes mais curtas do que a Especie Cite ue | dorsal, corpo maculado de pardo............... P. flavipinnis Superficie cephalica lisa, peitoraes mais altas do que a dorsal corpo com uma nodoa humeral, no resto uniformemente COTON OO cs to er Re REN SS Tr og nue P. nasus 241—Pimelodina flavipinnis Steina. DEN GA 12. «Pela situação do hiatus no lado enferior da cabeça, pelo fraco desen- volvimento dos dentes maxillares e pelo forte prognathismo do focinho chato do lado inferior, esta especie separa-se tanto das especies restantes do gene- ro Pimelodus (no sentido de Gunther) que ella póde ser considerada perfeitamente como a representante de um genero especial /Pimelodina) que em melhor posição, pelo menos medeia como passa- gem para Conorhynchus. O perfil superior da ca- beca eleva-se em moderada curvatura até a dorsal; a ca- beca mostra uma förma alon- gada e é moderadamente comprimida por de traz dos olhos. A fronte é quasi chata transversalmente; o focinho, do lado superior, moderada- . mente entumecido, no lado in- ferior completamente chato. Toda a cabeça é revestida por uma pelle espessa, de modo que a orla do processo occipital, assim como tambem a placa pre- FIG. 103—Pimelodina flavipinnis, seg. Steindachner 1) Pimelodina (Lat.) deriv. de Pimelodus, gen. adiante citado. 2) Flavipinnis (Lat.) de flava, amarella e pinna, nadadeira. 248 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL . dorsal não transparece nitidamente. O comprimento da cabeça até a aber- tura das guelras é contido um pouco mais de cinco vezes (5 e 1/5—5 e 16) e a altura do tronco, nas ventraes, entre 5 € 1/2 4 5e 3/5 no comprimento do corpo, emquanto que o comprimento da cabeça, até a ponta do processo occipital, é comprehendido cerca de 4 e 3/5 no comprimento total, com ex- cepção da caudal. A largura da cabeça entre as coberturas das guelras attin- ge a 1/3 no proprio comprimento (até a abertura das guelras). A cabeça es- treita-se para a frente, de modo que a largura do focinho entre a base dos barbilhões maxillares apenas chega á 1/3 do comprimento cephalico. O fo- cinho é mui fracamente arqueado na orla anterior. O inter-espaço das nari- nas é egual a um diametro, a distancia das narinas posteriores da orla ante- rior dos olhos é egual a cerca de 1 e 1/2 diametros longitudinaes occulares. As narinas anteriores jazem proximas da orla anterior do focinho, são pe- quenas, circulares e circumdadas de uma orla particularmente mais elevada na parte de traz. As narinas posteriores abertas transversalmente, lineares e têm uma valva anterior. O hiatus jaz transversalmente, no lado inferior da cabeça; e a distancia entre o seu ponto mediano extremo e o anterior do focinho, comprehende 3/4 de um diametro longitudinal ocular. Os dentes intermaxillares são totalmente pequenos e delgados, de modo que não são percebidos mesmo pelo tacto e ficam ocultos entre as papillas. Perfeitamente perceptives entretanto, ainda que menores do que nas restantes especies de Pimelodus, são os dentes mandibullares que constituem uma pequena facha exterior. Os barbilhões maxillares são muito compridos e fortes, em um corte transversal, redondos ou ovaes. Os mentaes attingem um pouco além da base das peitoraes. Espaço in- terorbital egualando a | e 2/3 do diametro ocular. O processo occipital diminue gradativamente para traz, terminando n'uma ponta aguda e mede em comprimento cerca de duas vezes a largura. Um estreito interespaço separa a ponta do processo occipital da espessa placa predorsal ponteaguda anteriormente e subcutanea. Todo o lado superior da cabeça é percorrido por canaes alongados que formam reticulações. O aculeo dorsal é delgado e no exemplar aqui descripto não attinge a mais do que o comprimento da nadadeira. Os se- guintes raios articulados são quasi do comprimento da cabeça (até a aber- tura das guelras) e cerca de 2 e 1/2 vezes mais altos do que o ultimo raio dorsal. O comprimento da dorsal attinge a metade da altura da nadadeira e mais do que a metade do comprimento da cabeça. A desenvolvida adiposa, um pouco rasa na origem, eleva-se egual- mente e tem um aspecto filamentoso e coriaceo. A sua distancia da dorsal comprehende um pouco mais que a metade do comprimento basilar desta nadadeira. O extremo posterior da adiposa cahe aproximadamente sobre 3/4 A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 249 de um comprimento da cabeça, adiante da base dosraios caudaes medianos; a maior altura da mesma excede um diametro ocular. As peitoraes egualam, em comprimento, aproximadamente, a altura da dorsal; o seu aculeo € tambem delgado, finamente denticulado na orla interna e ainda do comprimento do raio seguinte. As ventraes jazem verticalmente mais proximas do extremo posterior da dorsal, do que do inicio da adiposa e säo cerca de um diametro ocular mais curtas que as peitoraes. O extremo posterior da base da nadadeira anal, cahe adiante do ex- tremo da adiposa. A caudal parece pelo numero e desenvolvimento dos raios accessorios envolvidos por um espesso revestimento coriaceo, ser muito vigo- rosamente construida, particularmente no lobo inferior; no exemplar aqui descripto, infelizmente, apenas estäo completos os raios medianos, os quaes säo do comprimento do focinho. A metade do tronco mostra uma coloracäo pardacenta avermelhada; a ametade inferior é amarella. Muitas maculas par- das fortemente em estrias longitudinaes sobre a metade superior. Nadadei- ras immaculladas, amarellas avermelhadas. Comprimento do exemplar des- cripto, até a base dos raios caudaes medianos 10 e 1/2 pollegadas.—Ama- zonas— Pará». (Steindachner) 242—Pimelodina nasus,' Eigenm. & Eigenm. Ds We Ny 1 Barbilhöes maxillares projetam-se até o fim da nadadeira adiposa; estas duas vezes no comprimento. Olhos contidos oito vezes no compri- mento da cabeça que não é comprimida atraz desses orgãos, sendo, porém, fortemente convexa em qualquer secção transversal. Altura, das ventraes 4 e 1/2 no comprimento. Maior largura da cabeça 1 e 3/5 no comprimento, sua largura entre os barbeis maxillares tres. Olhos 2e 1/2 no espaço interorbitai. Parte superior da cabeça não reticulada. Dis- tancia entre a adiposa ea dorsal egualando ao diametro ocular. Peitoraes mais altos do que a dorsal, egual a cabaça. Labos caudaes de egual comprimento, mais longos do que a cabeça. Uma zona humeral escura, o resto amarello. Comp. do exemplar 34 mm. até a base da caudal. Habitat: Pará. (Eigenm. & Eigenm. 1) Nasus (Lat.)—Nariz (aqui certamente por nasuta.) 6378 32 250 ARCHIVOS DO MUSEU NACI ONAL Typhlobagrus,' Mir. Rib. | Kosmos, n. 1, janeiro 1907 Forma geral de Rhamdia. Cabeça deprimida, bocca anterior com uma facha de dentes villiformes nos intermaxillares e mandibulares ; 6 barbilhöes teretes, os maxillares maiores do que a cabega; narinas occupando os an- gulos de um quadrilatero quasi regular. Fontanella muito estreita, linear, com um processo transverso, por de traz dos olhos, attingindo a base do processo occipital; este externamente indistincto, attingindo porém a placa predorsal que é reduzida. Olhos ausen- tes em seu logar apenas uma fenda longitudinal. Peitoral e dorsal com o aculeo mediocre. D. totalmente anterior ás ventraes. Adiposa grande; anal mediocre; caudal lobada. Vesicula natatoria sim- ples, uniforme, ligada á base do craneo e as expansões lateraes das verte- bras cervicaes. Estomago coecal longo; intestino moderadamente longo. Especie conhecida. 243—Typhlobagrus kronei,’ Mir. Rib. CEGUINHO EST. 37—FIG, 2 DTG Anil 12 Cabeca moderada, deprimida, contendo-se 4 ou 4 vezes e 2/5 no comprimento do corpo (sem a caudal); bocca anterior, com a maxilla supe- rior excedendo de pouco, a inferior, provida de labios finos que se adaptam, quasi perfeitamente, um ao outro de largura contida 2 e 1/3 no proprio compri- mento; barbilhdes maxillares, sub-teretes, espessos na base, acuminando-se para a extremidade rapidamente, attingindo a axilla das ventraes nos jovens e o apice das peitoraes, no adulto ; post-mentaes attingindo, no maximo, a axilla das peitoraes e os mentaes mal chegando 4a orla do preoperculo; na- rinas occupando os cantos de um quadrilatero regular, as anteriores na base dos barbilhões maxillares e tanto estas como as posteriores, providas de uma orla cutanea, muito baixa; fontanella imperceptivel exteriormente, muito estreita, projectando-se até a base do processo occipital e com uma interrupção transversa na região orbitaria posterior; processo occipital egualmente sub-cutaneo, não afastado da placa predorsal, como foi dito na descripção primitiva, mas intimamente ligado ä esta. Olhos ausentes—total- mente —uma depressão linear, mostrando a região orbitaria; espaço que me- 1) Typhlobagrus (Latinisação); de Typhlos (Gr.—cego e bagrus—bagre. 2) Kronei (Latinisaçäo)—do Snr. Ricardo Krone, de Iguape. 'soyjo sop um,p OLSI9AOI EL opuensowm Jejduioxo un « « — en] ‘[PSIOP PJSIA « « — Vz lg ‘oyuInsed — “Gly “JM ‘louosy snisegogydAL — Z ‘814 “nôy-vosp-edeg — “(UMNT 9 IpAeyumy) tuueusajsom SÂUJUOISUHOU — | ‘8H youd “qui “IW ap “Vv - 83 A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE— PEIXES 251 * deia entre estas duas depressões, justamente egual ä 1/4 da extensão que vae da ponta do focinho ao aculeo dorsal; aberturas branchiaes amplas, encontrando-se no isthmo, n’um ponto que fica no plano vertical das depres- sões orbitarias, tronco robusto, de altura contida 4e 1/2 á 5 vezes no com- primento; peitoraes providas de um aculeo forte, liso na margem anterior, denticulado na posterior, desde a base ao 2º terço do seu comprimento ; elle attinge o plano do primeiro raio dorsal; o contorno destas nadadeiras é ar- redondado e o seu 2º raio € o maior. Dorsal elevada, de altura maior do que a base e tendo o aculeo liso e modificado em ponta membranosa, no extremo livre; ventraes sem aculeo, attingindo a anal e nascendo logo após o plano da face do ultimo raio dor- sal; adiposa grande, originando-se aquem e terminando após a anal qne é elevada e de contorno arredondado ; caudal furcada, com o lobo superior um pouco maior ; linha lateral presente. Cör amarella de palha nos flancos; parte superior da cabeça, barbi- lhões maxillares, região clavicular, base e raios, lado superior dos raios pei- toraes, ventraes, anaes e caudaes, uma facha na base da adiposa, esta na- dadeira e linha lateral, de côr cinerea azulada; isthmo amarelado ; ventre branco, exemplares ha de côr amarella de palha, uniforme; n’outros, porém, o cinereo invade quasi totalmente o corpo. Maior comprimento conhecido 155 millimetros. Os dentes são distribuidos em uma facha intermaxillar e outra mandi- bular como nos generos Pimelodus, Rhamdella e Pimelodella ; o coração é muito pequeno muito bem protegido pela préga anterior do peritonio ; o es- tomago é syphonico, mesculoso e o fubo digestivo tem algumas circumvo- luções ; em-um exemplar femea que examinei, os ovarios duplos, occupavam a parte supero-posterior do abdomen e estavam repletos de ovos maduros, de quasi um millimetro de diametro; por cima do estomago estende-se a visicula natatoria, globosa, simples, deprimida, as suas paredes são resis- tentes e intimamente ligadas 4 columna rachidiana e base do craeeo ; pare- cem-me serem as tres primeiras vertebras que se soldam em uma, cujo centro é inferiormente percorrido por um canal que fica sobre a vesícula natatoria ; as apophyses tranversas d'essas vertebras uneın-se em uma unica lamina que protege as paredes supero-anteriores da visicula. Os rins deserevem exactamente a figura de um crescente, por detraz da vesicula ; e, do meio dessa expansão crescentiforme segue para traz, um lobo unico, acompanhando a columna rachidiana; os uretéres já reunidos, são muito amplos junto á papilla urogenital. Toda a pelle do corpo, especialmente a da cabeça, é provida de peque- nas depressões circulares, cyathiformes, apparentes conjunctamente aos póros mucosos. Talvez essas depressões minusculas tenham que ver com o tacto extremamente desenvolvido do peixe. Dentre os exemplares que tivemos em mãos, um possue um olho des- envolvido. ; 252 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL Este facto prova perfeitamente a reversäo, por heranga, ä um caracter de seus antepassados ; o orgam mede 4 millimetros no maior diametro e o peixe 150 millimetros. Essa predominancia hereditaria, täo frisante aqui, € certamente um do- cumento de valor para atheoria genealogica, quando se vê que em 35 outros exemplares de todos os tamanhos, apenas uma estricta fenda indica a posi- çäo que outr’ora occupou esse importantissimo orgäo. No exemplar que nôs dissecámos, não conseguimos encontrar, siquer, vestigios do nervo optico e o seu logar estava, ao contrario, occupado pelo grosso ramo nervoso do barbilhão maxillar. E” portanto fóra de duvida que os antepassados desse peixe tiveram olhos e que, confinados á escuridão absoluta, vieram os seus descendentes á perdel-os pela falta do respectivo funccionamento. Um outro facto característico é a existencia desta unica especie no logar em que ella se encontra ; isto certamente prova que só ella pôde resistir á mudança para a escuridão e ä este meio adaptar-se, perpetuando-se pela reproducção. O Sr. Ricardo Kröne que a descobriu, trouxe-nos um exemplar vivo que conservämos em aquario durante quatro mezes. Tinha por habito cavar a areia do fundo, naturalmente a cata de vermes; para isso encostava 0 fo- cinho na areia e batia fortemente com a cauda, propelindo o corpo para a frente ; nadava com facilidade, segurança e elegancia, tendo os barbilhões maxillares para frente e os mandibulares para baixo e para fora ; alimentá- mol-o com carne de vacca reduzida ä migalha e elle sentia, de qualquer parte do aquario, por mais afastado que estivesse (50 centimetros) a che- gada, ao fundo, do ped.cinho da carne; atirava-se então, sofirego, á procura, tal como o faria um cão em busca da pista de uma caça. Em vida era cinereo glauco, com uma nodoa dourada sobre o operculo e deixava ver, perto das guelras, a coloração sanguínea por debaixo da pelle. Habitat : Cavernas das Areias—Iporanga, S. Paulo Pseudopimelodus,' Bieeck. Ichthyol. Arch. Ind. Siluri—196—1858 Cabeca grande, deprimida, quasi täo larga quanto longo ; bocca mode- rada, mandibula prognatha ; dentes villiformes, em facha interrompida no meio, tanto nos intermaxillares como nos mandibulares ; barbilhöes curtos, muito menores do que a cabeça ; olhos superiores pequenos, subcutaneos, circumdados externamente por uma crista ossea; alto da cabeça, processo 1) Pseudopimelodus (Gr.); de Pseudo—falso e Pimelodus genero adiante citado. A. DE MIRANDA RIBEIRO—FAUNA BRASILIENSE—PEIXES 253 occipital e placa dorsal descobertos, rugosos ; operculo visivel, rugoso ; fon- tanella terminando pouco atraz dos olhos ; cintura escapular muito ampla ; região humeral entumecida posterior e superiormente rugosa, não recoberta pela membrana opercular. Dorsal originando-se sobre o extremo das peito- raes, com o aculeo curto, desprovido de espinhos. Peitoraes moderadas, com o aculeo muito forte, curvo, armado de espinhos fortes nos dous bor- dos (extrorsos no anterior e introrsos no posterior). Ventraes e anal desen- volvidas ; adiposa rudimentar, precedida de uma prega cutanea ; pelle papil- losa. Linha lateral presente. dorsal originando-se sobre a ponta do processo clavicular. Olhos um 2 sexto no espaco inter-ocular, uma caudal emarginada............. ‘ facha branca, transversa sobre a / REIS ao 65640, Bin), En SHB one P. parahybe. \ dorsal originando-se sobre a parte membranosa do aculeo peitoral. Olhos um oitavo no espago inter- ocular; amarellado, marmorado de zebruras negras, obl quas, indis- inctas 10 RA ENS o garo. Especies conhecidas ARE no Brasill ..... barbilhôes maxillares quando muito passando pouco além dos olhos; cabeça 3 e 1/2 a 5 1/3 parte anterior do tronco e cabeça no comprimento ../ fortemente deprimidas, alto da cabega com os ossos apparentes, forntementeruirosos RER ae ae P. alexandri. \barbilhôes maxillares projectando- se até o extremo da cabeça; parte anterior do tronco e ca- beça moderadamente denrimidos; cabeça envolvida por pelle espes- savellutidan Roe do 0 010 P. raninus. caudal redonda « | \cabeca 22/3 NM ORCO mp rim ento rs PNEU eee RARE P. acanthochira 244—Pseudopimelodus parahybæ, steina. D. 1 46; A. 10 4 ll. «Cabeca moderadamente deprimida, 3 e 1/3 no comprimento, de lar- gura contida 4 e 1/6 na distancia que vem do labio 4 base do aculeo dorsal, revestida de pelle espessa e vellutina, bocca ampla 1 e 3/4 no comprimento que vae do labio superior 4 origem da dorsal ; facha intermaxillar formando um angulo obtuso, contrahido na symphyse; facha mandibular crescenti- forme, estreita, dividida na symphyse; barbilhões maxillares quasi attingindo a base do aculeo peitoral ; mentaes 2/3 dos post-mentaes que excedem de muito pouco os barbilhões maxillares.O lhos pequenos, 1/6 no espaço inter- orbital que é pouco maior do que o que vae do meio do labio superior á orla anterior dos olhos. Dorsal originando-se sobre o apice do processo humeral com o aculeo (parte ossea) menor do que a base da nadadeira ; processo humeral forte; projectando-se sobre 2/3 do aculeo peitoral ; este deprimido, fortemente armado de espinhos nos dous bordos, sendo os do 1) Ihering, suppõe Psp. cottoide Boul. synonymo provavel de Psp, parahybæ, não tivemos en- sejo de verificar nem de estudar essa especie. eu 2) Parahybæ — do rio Parahyba. 254 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL bordo posterior maiores ; parte ossea egual ä 1/2 da distancia que vem do labio 4 base do aculeo dorsal e seguido de uma ponta membranosa com a qual a nadadeira attinge o plano da base do ultimo raio dorsal, que é o mesmo da base do 1º raio das ventraes; esta nadadeira attingindo a anal que-é um ponco maior que a adiposa; esta é proxima da dorsal que quasi FIG. 104 —Pseudopimelodus parahybæ, seg. Steindachner lhe attinge a origem, quando reclinada ; pedunculo um tanto baixo, caudal ligeiramente emarginada. Pardo, uma facha ondulada clara de peitoral á peitoral, sobre a nuca; uma zona pallida entre as ventraes e a anal; outra depois d'esta; base da caudal amplamente clara, tendo uma facha escura na base dos raios e o extremo destes irregularmente salpicado de pardo ; a cabeça, os peitoraes, ventral e anal são ligeira e irregularmente marmo- rados, a dorsal é escura». (Steindachner). Habitat : Rio Parahyba e afflueutes—Santa Cruz. 245—Pseudopimelodus zungaro,' (Humbolat. PACÚ-DO-RIO-PACAMÃO- PACAMÃO-DO-RIO, BRECUMBUCU Est. 38 fiz. 1 D.1+6a7; A.9a 10 Corpo bastante robusto, posteriormente comprimido; cabeça depri- mida, um tanto oblonga; 3 e 3/4 no comprimento, bocca anterior, ampla, de largura quasi egual ä 1/2 da distancia entre o labio a origem da dorsal ; 1) Zungaro, palavra creola, significando tubarão. A. DE MIRANDA RIBEIRO—FAUNA BRASILIENSE—PEIXES 255 labios bastante desenvolvidos ; mandibula proeminente ; dentes intermaxil- lares em duas fachas largas, contiguas, emittindo um prolongamento no “angulo postero-externo, sendo de comprimento na symphyse, egual á 1/6 da largura das duas placas; dentes mandibulares formando duas placas cujo maior comprimento, na symphyse, é egual ao dobro do diametro ocular. “As narinas são ligeiramente tubuladas, as posteriores teem o tublo pos- teriormente fendido. Barbilhões maxillares mal passando o pre-operculo; men- taes quasi attingindo os post-mentaes e estes não attingindo a orla opercular. Olhos muito pequenos, subcutaneos, cerca de 1/8 no espaço que medeia en- tre os dous. A distancia da sua orla an- terior ao labio superior (na syphyse), é egual á 1/4 da que vae deste ultimo ponto 4 origem da dorsal, distancia in- terocular quasi 1/3 nesta ultima dimen- são. Todo o alto da cabeça, como o corpo, protegido por pelle espessa, mostrando grandes póros no labio supe- rior, em torno das narinas anteriores, atraz das posteriores, no meio da ca-- à beça sobre a parte superior do operculo. Abertura branchial ampla; processo humeral muito obliquo, tendo uma pequena porção posterior descoberta e rugosa. Dorsal originando-se sobre a parte membranosa do aculeo peitoral. Peitoraes moderados, com o aculeo deprimido, da mesma largura em toda a extensão, tendo os dous bordos fortemente espinhosos e terminando abruptamente como se fosse quebrado; desse ponto em dante elle é substi- tuido por uma membrana qne guarda a forma da parte basilar apresentando denticulações pelo lado de dentro e acuminando-se á proporção que se afasta da parte ossiticada: ventraes originando-se sobre o plano do ultimo raio dor- sal eexcendo o anus 1/3 da propria extensão; anal originando-se 4 uma distancia da axilla das ventraes que é egual ao proprio comprimento, medido da base do 1º ao apice do 6º raio anal, o comprimento da adiposa é egual a 1/2 da maior largura da cabeça, é excedida de pouco pela anal que toca a base da caudal. Toda a pelle é finamente papillosa e mesmo recticulada sobre a região da placa dorsal; os póros da linha lateral terminam em tubulos salientes, havendo parallelos a estas duas filas, uma inferior, de pequenos tubulos que se projectam até perto da caudal. Esta é ligeiramente entalhada parecendo, d'ahi, espatulada. O individuo que servio á presente descripção é amarellado, tendo man- chas escuras erregularmente espalhadas pelo corpo. Estava n’um frasco tendo por fóra um letreiro onde selia—Rio S. Francisco 2 Carys-(Acaris)- —2 Cumbacas—1 um Pacamão e 2 Piranhas». Effectivamente havia esses 256 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL peixes no frasco e, como o unico era o aqui descripto, verifiquei que, no rio S. Francisco, elle chamava-se Pacamão, o que concorda com as informa- ções de Lutken e Reinhardt (Rio das Velhas Affluente do S. Francisco) e melhor com as deEigenmann que reuniu Pseudopimelodus ckarus (Cuv. & Val.) e Lutken 4 Pseudopimelodus zungaro de Humboldt. Um joven procedente de Iporanga, apresenta os desenhos de especie pronedente, com a differença de possuir uma banda branca na dorsal e uma tarja negra na anal e na caudal. Habitat: Amazonas e tributarios, Araguaya, Cuyabá, R. Cipó e R. das Velhas, S. Francisco, Paraguay, Magdalena Cauca - Segundo Natterer, em Matto Grosso o nome deste peixe é Brecumbucu. 246—Pseudopimelodus alexandri,' Steineachner. Est. 33— Fig. 2 D. 1+6; Ps. 1 + 6; A. 11 Cabeça grande, deprimida, cerca de 3 4 3 1/3 no comprimento total de perfil recto até 4 base da dorsal, de contorno sub-circular; bocca conforma- da como nos Uranoscopos, moderada, coma mandibula proeminente, tendo os dentes dos intermaxillares em duas placas separadas na symphyse desses ossos, assim como os dentes mandibulares; barbilhôes maxillares curtos, quando muito passando pouco além dos olhos; os mentaes não attingem os post-men- | taes que, no maximo, egualam á 1/2 da dis- | tancia inter-ocular; labio inferior provido de | curtos tentaculos. As bochechas são salien- | tes como nos Trichompycteros; os olhos. muito pequenos, 1/14 do comprimento que vae do labio superior á base do processo occipital; ficam a uma distancia um do outro que é egual ao dobro da que vae da sua li- Fic. 106—Dentes intermaxillares de Psoudopi- nha dos centros á orla anterior do labio supe- a Woe rior,são externamente circumdados por uma crista ossea, visivel, de sob a pel- le delgada; todo o alte e centro da cabeça é osseo, fortemente rugoso e depri- mido; a fontanella termina quasi no mesmo plano em que as cristas oculares externas, seguindo-se do seu ponto terminal uma fenda que se torna mais nitida na base do processo occipital; as expansões osseas lateraes do alto da cabeça e o processo occipital seguido da placa dorsal que é em fórma de ponta de flecha antevertida, desenham um tridente sobre a região cervical do peixe. Operculo scapuliforme estriado. Cintura escapular extremamente desenvolvida, ficando o processo humeral completamente descoberto da membrana opercular e marcando maior largura do corpo, (pouco maior do 1) Alexandri, de Alexandre Agassiz, actual director do Museu de Zoologia Comparada de Cambridge. ‘oeweded — ‘PUIAIS “Hpurxope snpojouidopnosg — & “SH ‘nonquinserg ‘oguvorg — (TEA 9 AND) o1e8unz snpopundopnasg — I "ld UEM » oulges “dut ypruyos f “youd “qui JW 2P "V N bo E A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 257 que o comprimento da cabeça, do focinho ao extremo do processo occipital). Dorsal pequena, com o aculeo curto e forte, näo denticulado e näo podendo elevar-se muito por causa da placa articular que o precede. Peitoraes mo- deradas, com o aculeo muito forte, denticulado nos dois bordos e näo muito menor do que os raios e terminando no plano da articulação do aculeo dorsal; ventraes originando-se sob a articulação do ultimo raio dorsal e terminando á 1/2 da distancia que vae do seu apice ao da adiposa; esta, pequena, pre- cedida de uma préga dorsal que vem da nadadeira d'esse nome; anal termi- nando sobre a base da caudal que é espatulada e desenvolvida. Anus pro- ximo ä base das ventraes. Linha lateral distincta, pelle finamente papillosa. Dois exemalares desse peixe, enipalhados, pertencentes ás collecções do Museu, não têm procedencia nem indicação de qualquer natureza. Steinda- chner, descrevendo-o pela primeira vez, inclue-o na lista dos «Peixes do Amazonas» explicando, comtudo, que o exemplar descripto foi comprado em Vienna, como procedente— Provavelmento do Amazonas. Mais tarde elle cita-o entre os peixes do cauca. Eigenmann e Eigenmann citam um ex- emplar de 24 centimetros procedente de Januaria sobre o Rio S. Francisco, Brasil. 247—Pseudopimelodus raninus,' (Cuv. & val.) Est. 38, Fig. 3 D. 1+6; A. Wäll Cabeça da largura do comprimento, sendo contida 3 e 2/3 no total. A facha de dentes intermaxillares € de largura moderada sem porçäo lateral prolongada. O osso maxillar do aculeo dorsal é estreito, do comprimento do pro- cesso occipital. O barbilhão maxillar projecta-se até o extremo da cabeça. O aculeo peitoral, muito rijo, deprimido, serrilhado nos dois bordos. Caudal redonda. Pardo, marmorado escuro; uma serie de manchas brancas ao longo da base da dorsal e da anal; dorsal, adiposa e anal pardas denegridas com a orla branca; caudal com maculas pardas e com uma facha marginal dene- grida, posteriormente fimbriada de branco, na margem; peitoraes e ventraes pardas denegridas (Gunther). Habitat: Do Estado do Rio (Mauá) para o Norte. Barra do Rio Negro ; Rios Guaporé (M. Grosso). Aporé até Essequibo—Rio Huailaga. 248 Pseudopimelodus acanthochira,” Eigenm. & Eigenm. D. 1268 Ay 10h Corpo curto, robusto, cabeça grande, moderadamenfe deprimida, de largura egual ao comprimento, este contido 2 e 2/3 em a extensão total. Bocca ampla, de abertura contida 1 e 2/3 no comprimento da cabeça, ma- 1) Raninus (Lat.) ranino, com aspecto de rã. } ) N 2) Acanthochira (Gr.); de acantha=espinho cheir—mäo, com referencia aos espinhos do aculeo das peitos: 6318 258 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL xilla superior sobrepujando inperceptivelmente a inferior; dentes intermaxil- fares em facha larga, com um prolongamento posterior no lado externo; os mandibulares dispostos em duas placas que descrevem um semi-circulo; na symphyse as fachas são de altura egual a um diametro ocular. Narinas ante- riores tubulares; as posteriores, antevertidas, as posteriores tendo uma valva fendida na orla 777772020] 7537330 posterior. Olhos mui pequenos, a sua distancia á symphyse intermaxillar, no bordo anterior do labio superior, contida 3 e 1/2 vezes na distan- cia que vae deste ultimo ponto á base do acu- leo dorsal; espaço interocular contido tres ve- zes na referida distancia; barbilhões maxilares, attingindo o apice do processo humeral; post- mentaes o bordo da membrana branchiostega, ria. 107- Dentiçãe de Pseudorimelodus mental o meio dos post-mentaes; o istmo é re largo. Nadadeira dorsal originando-se sobre o apice da parte espinhosa do aculeo peitoral e attingindo a adiposa que por sua vez quasi toca a base da caudal; tem o primeiro aculeo terminando em ponta flexivel, ainda que fra- camente granuloso no bordo anterior; processo humeral curto, triangular, at- tingindo o inicio do 2º quarto do aculeo peitoral; este, forte, deprimido, acu- minando-se para a ponta, com os espinhos nos dois bordos de extensão sub egual e terminando em uma ponta flexivel (membranosa) como em P. zungaro. Ventraes originando-se sobre o plaro da base do ultimo raio dor- sal, mas não attingindo a anal; esta nadadeira tocando a base da caudal Toda a pelle é densa e curtamente villosa, a cabeça cheia de poros tubulo- sos, estes existem tambem e são mais desenvolvidos na parte anterior da linha lateral que termina á curta distancia da caudal sem attingil-a. Côr de chocolate com uma estria irregular clara sobre a nuca, de operculo a oper- culo; o aculeo dorsal e a parte anterior da anal esbranquiçados assim como a parte inferior do corpo. Serviu á presente descripção um individuo de 17 centimetros (sem a nadadeira caudal que falta , pertencente ás collecçães do Museu. Segundo Eigenmann & Eigenmann a nadadeira caudal deste peixe é redonda. Imparfinis,' Eigenm. & Norris. Rev. Mus. Paulista, IV, 351, 1900. Habitat: Amazonas até Tabatinga. Cabeça mais comprida do que larga, coberta de pelle solta, dentes vo- merinos presentes; olhos subcutaneos, processo occipital exiguo; fontanella 1) Imparfinis (Lat.); de impar, desegual e finis, a extremidade, a cauda (os I bos da) A. DE MIRANDA RIBEIRO—FAUNA BRASILIENSE—PEIXES 29 projectando-se até a base do processo occipital, tendo uma constricção atraz dos olhos. Nadadeira caudal lobada, com o lobo superior muito mais com- prido e largo. Especie conhecida. 249—Imparfinis piperatus,' Eisenm. & Norris. D. 1 + 6; A. 10 «Typo—um exemplar medindo 40 mm. Cabeça 4 e 2/3, um pouco de- primida, maxillas eguaes. Largura da cabeça cerca de 1 e 1/3 no compri- mento. Olhos 1 e 1/2 no focinho, um pouco menos de quatro na cabeça; é um pouco menor do que a largura do espaço inter-orbitario. Barbilhões men- taes projectando-se até a base das nadadeiras peitoraes e os post-mentaes até o meio destas nadadeiras. O aculeo peitoral continuando-se com um raio membranoso, sendo a parte espinhosa mais ou menos 3/5 do proprio comprimento total e comprehendida 2e 1/4 na cabeça. Origem da dorsal á meia distancia entre a ponta do focinho e o centro da nadadeira adiposa, o meio sobre as nadadeiras ventraes, o aculeo é menor do que 1/2 do comprimento dos raios e egual ä parte post-orbitaria da cabeça. A adiposa é egual á sua distancia do aculeo dorsal, mas um pouco mais comprida do que a cabeça e comprehendida 4 e 1/5 no compri- mento total. O quinto raio, desenvolvido, contando-se de cima para baixo, na caudal, é o mais curto; em baixo delle ha nove raios e o maior é 1/3 mais comprido do que o miaor do lobo superior e comprehendido 4 e 1/2 no comprimento total. As peitoraes não se projectam até as ventraes que são remotas em relação á anal. Os lados são densamente salpicados, tendo man- chas maiores e em maior numero logo abaixo da linha lateral. No dorso ha uma serie de pintas pretas como em Rhamdia minuta, à qual esta especie muito se assemelha. Nadadeiras peitoraes e ventraes pallidas ; dorsaes e caudal escuros. Rios de S. Paulo.» (Eigenm. & Norris.) Rhamdioglanis, Eigenm. & Rud. Ihering. Notas preliminares do Museu Paulista 16 e 17—1907 Cabeça deprimida, fontanella indistincta, processo occipital curto, bocca anterior, com uma facha de dentes nos inter-maxillares e mandibulares só- mente ; seis barbilhöes mediocres ; olhos superiores, com orla livre , corpo sub-cylindrico, peitoraes curtas, redondas com 1+9 raios, todos flexiveis, ape- nas tendo a base mais rija nos jovens especialmente ; ventraes 1-7, curtas, 1) Piperatus (Lat.) Cör de pimenta do reino moida 2) Rhamdioglanis : Rhamdia, genero adiante citado e glanis, Silurus glanis, o bagre da Europa. 260 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL totalmente em baixo da metade posterior da dorsal; esta com sete raios, sem aculeo ; adiposa desenvolvida, afastada da caudal; anal com 11 raios, em baixo da ametade anterior da adiposa; caudal bilobada, com o lobo supe- rior maior ; abertura branchial ampla, chegando até quasi ao mento, mem- brana branchiostega isolada do isthmo, 7 branchiostegos; rastros curtos, delgados, pouco numerosos ; estomago do typo coecal, grande ; intestino curto, vesicula natatoria em forma de 8, transversalmente encaixada em de- pressão, formada pelas vertebras anteriores de apophyses transversas mo- dificadas ; pelle inteiramente glabra, transparente, deixando perceber os musculos. Carnivoros, nutrindo-se de outros peixes e crustaceos. pols relativamente grandes 6 4 9 vezes na cabeca..,..... P. transfaciatus Especies conhecidas....... \othos pequenos 6ivezes no focinho: =. --0;........ R. frenatus. 250 - Rhamdioglanis transfasciatus,' Mir. Rib. MANDI - PINTADO EsT. 39 Cabeça quasi quadrangula, 4 e 1/2 (4 5 nos jovens), medida até a ponta do operculo ; altura da cabeça 2 e 1/5 no seu comprimento ;-largura 1 e 1/6 (1 e 1/4 nos jovens) ; barbilhöes teretes, os maxillares chegando 4 axilla das peitoraes nos jovens e mal attingindo a do operculo no adulto ; os man- dibulares externos chegam ä orla da membrana branchiostega e os internos ao extremo do 2° terco daquelles; olhos 6(no joven a 9 vezes no compri- mento da cabeça 1 e 1/3 (no joven) 42 e 1/8 no espaço interorbital; narinas nos angulos de um quadrilatero regular, as posteriores pouco fugindo do meio da distancia entre as anteriores e a orla orbitaria anterior. Ventre obeso. Nadadeiras muito carnudas no adulto. Peitoraes redondas no adulto, pouco menores do que 1/2 do comprimento da cabeça, nos jo- vens ligeiramente pontudas e 1 e 1/2 vezes nesse comprimento ; origem da dorsal sobre a ponta das peitoraes nos jovens, afastada desta de meio com- primento das mesmas peitoraes no adulto. Ventraes do mesmo tamanho que as peitoraes, passando de pouco a ponta do ultimo raio dorsal, quando recli- nado. Dorsal pequena, com a parte terminal dos raios isolada, no adulto ; adiposa afastada da ponta da dorsal, quando reclinada, um comprimento das peitoraes (no adulto) ou 2/3 desse comprimento (no joven) em ambos os casos ella é maior que a anal e termina á 2 alturas do pedunculo, aquem da base da caudal. 1) Transfasciatus (Lat.)—transfasciado. A. DE MIRANDA RIBEIRO—FAUNA BRASILIENSE—PEIXES 261 Anal elevada, redonda anteriormente e pontuda posteriormente ; pe- dunculo baixo e mediocre em espessura ; lobo caudal superior pontudo, mais comprido que o inferior de 1/2 da extensão d'este. Anus entre as ventraes, ä meio comprimento dos raios internos. L. la- teral distincto, simples. Amarellado claro com laivos cærulescentes ; uma fa- cha transversal, negra, larga sobre a nuca, uma mais estreita e menor no início e outra sob o extremo posterior da base da dorsal; uma adiante da adiposa, outra sobre o extremo posterior desta e outra sobre o pedunculo, adiante da base da caudal; dorsai com a parte superior denegrida ; jovens com a cabeça mais escura. Maior comprimento 34 centimetros. 251—Rhamdioglanis frenatus, Eigenm. & Rud. Ihering. D. 1 + 6; A. 1 + 9; P. 1 + 8-9 «Cabeça contida 5-5 e 1/4 vezes no comprimento do corpo; largura da cabeça egual ao seu comprimento ou mais curto por 1 diametro ocular ; altura do corpo na dorsal contida 3 vezes na distancia da ponta do focinho á base da dorsal. Corpo muito alongado, delgado, com a maior largura no thorax, muito comprimido na região caudal. Altura da caudal contida 2 e 1/2 vezes no comprimento da cabeça. Focinho muito arredondado ; cabeça muito depri- mida ; sua altura mais curta por 1 2 diametro ocular do que o focinho; o resto da cabeça é mais ou menos como a de Rhamdia, toda coberta por pelle. Processo occipital muito pequeno ou quasi nullo. Fontanella indistincta, re- duzida é uma depressão no meio dos olhos. Narinas separadas por uma dis- tancia que é egual 4 que ha entre o par posterior ou dahi até o olho. Olho oval, ficando á 1 diametro atraz do meio da cabeça, 3-3 1/2 vezes no espaço interorbital ; interorbital 1 e 3/4 vezes no focinho. Bigodes ma- xillares muito curtos, estendendo-se um pouco para traz do olho, não attin- gindo porémas aberturas branchiaes. Barbiculas mentaes estendendo-se até as aberturas branchiaes ; barbiculas post-mentaes muito mais curtas, tendo o comprimento de | espaço interorbital. Maxillares sub-eguaes ; o maxillar inferior um pouco mais curto. Dentes villiformes, formando placas eguaes em forma ás de Rhamdia. Distancia do início da dorsal á ponta do focinho contida 2 e 3/4 vezes no comprimento total. Nadadeira dorsal menos longa do que alta, sua base um pouco mais curta que o focinho; primeiro raio da dorsal molle e liso, por 1/4 de seu comprimento menor que os 3 ou 4 raios seguintes; o raio mais alto eguala ao comprimento do focinho, incl. olho. Distancia da dorsal até a adiposa egual ao comprimento da adiposa e á distancia da ponta do focinho 1) Frenatus (Lat.)—provido de freio 262 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL ao fim do operculo. Adiposa muito baixa no primeiro terço, elevando-se para traz, näo attingindo, porém, maior altura do que meio espaço interor- bital. A distancia entre a adiposa e a base caudal representa cerca de 2/3 do comprimento da adiposa. Caudal profundamente dividida. O lobo superior um pouco mais curto do que a adiposa e 1/3 ou 1/3 mais longo que o lobo inferior. Anal um pouco arredondada ; o raio mais longo com ca. de 2/3 do comprimento da base; sua base por um diametro ocular mais longo do que o focinho e olho. O pri- meiro raio situado atraz do começo da adiposa. As ventraes arredondadas, collocadas abaixo do fim da dorsal; seu raio mais longo é egual ao da dorsal. Primeiro raio peitoral acha-se a meia distancia entre a ponta do focinho e a base da ventral, ou um pouco mais para diante, muito molle na sua me- tade terminal ; só os exemplares mais novos deixam ver numerosos espinhos na margem interior. A margem exterior é sempre lisa; primeiro raio por 1/4 mais curto do que os seguintes. : Amarello sujo com manchas pretas sobre a cabeça, as faces, o dorso e a região caudal, peitoraes denegridos na margem anterior e a dorsal com uma facha clara transversa pelo meio. 22 cent.» (Eigenm & Rud. Ihering.) Rios da ilha de S. Sebastião. Rhamdia, Bieeker. Ichthyol. Arch. Ind. Sil. pag. 197— 1858 Bagres de tamanho mediocre, forma esvelta, cabeça pouco deprimida, revestidos de pelle com poros mucosos quasi sempre duplos ou multiplos, bocca anterior, moderada, tendo uma unica facha de dentes intermaxillares, villiformes e outra mandibular; 6 barbilhöes, teretes ou mais raramente com- primidos, maxillares quasi sempre muito maiores do que os post-mentaes ; olhos superiores ou supero-lateraes, mediocres ; a fontanella e o processo occipital presentes ou ausentes, aquella não continuando por detraz dos olhos ; as vezes um vestígio de fontanella na base do processo occipital. Na- dadeira dorsal um tanto alongada, tendo um aculeo mediocre, originando-se quasi sempre em meio comprimento das peitoraes; estas pequenas, com o aculeo fraco, ventraes originando-se por detraz do ultimo raio dorsal ou sob esse raio; adiposa longa, mais ou menos occupando toda a região que fica entre a dorsal e o pedunculo, variando quanto a elevação ; anal curta mais ou menos sob o meio da adiposa caudal sempre furcada, com os lobos pontudos ou redondos. Fluviateis, occupando uma zona que vem do Rio da Prata ao Mexico, para o occidente até o Perú. São os bagres vulgarmente denominados Nhamdiás ou Jandiás cujo ca- racter constante do colorido consiste numa facha branca na base da dorsal. 1) Rhamdia por Nhamdiá ou Jamdiá. A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 263 252 —Rhamdia ignobilis,' (steina.) DI 16,1. 10.8 12 «Corpo comprimido, pedunculo caudal delgado, cabeca diminuindo de largura moderadamente para diante, na orla anterior de contorno oral. Ma- xilla superior excedendo muito pouco a inferior. Lado superior da nuca mais fortemente convexo, no sentido transversal, do que a regiäo frontal. Processo occipital delicado, finamente recoberto de pelle até a placa predor- sal; fontanella se projectand) até a base do processo occipital. Altura 5 e 1/5 á mais de 5 e 1/3, comprimento da cabeça 4 a4 e 1/3 no comprimento do corpo (sem a caudal); largura da cabeça, entre os operculos 1e 2/5 al e 1/3; largura da bocca 2 e 3/5 4 2 e 1/2. Diametro occular 4 e 1/3 4 4 vezes, espaço interorbital 3 43 e 1/4, comprimento do focinho 2e 1/5 e 2 1/3; 0 delgado aculeo da dorsal 1 e 1/2, o robusto peitoral 1 e 1/4, comprimento da base da dorsal 1e 3/5 4 1 e 2/3, comprimento das ventraes um pouco mais de 1 e 1/2, lobo caudal superior, um pouco mais longo, apenas mais de 1 vez no comprimento. da cabeça. Processo occipital contendo a largura da base cerca de 1 e 1/2á mais de 2 vezes. Facha dentaria inter-maxillar contendo a pro- pria altura cerca de 3 vezes. Barbilhões maxillares no maximo chegando ao extremo posterior da base da dorsal. Barbilhões post-mentaes apenas á base das peitoraes, os mentaes á orla posterior dos olhos ou indistinctamente além. O delgado aculeo dorsal é liso nos lados, o robusto aculeo peitoral provido de fortes denticulações no bordo anterior. A articulação das ventraes fica verticalmente abaixo do extremo posterior da dorsal. O comprimento da adiposa é egual ao da cabeça ou passa-o de pouco e a distancia entre a mesma e a base do ultimo raio dorsal, não é mais curta e em raros casos indistinctamente mais comprida do que a base da dorsal. Caudal profunda- mente entalhada, lobo superior um pouco mais longo do que o inferior. Ex- tremo posterior da base da anal fica anterior á adiposa. Menor altura do pe- dunculo caudal é egual 4 3/7 ou 4/9 da maior altura do tronco ou cerca de 2/5 ou 1/3 do comprimento da cabeça. A metade inferior, menor, da dorsal, opalina, a superior muito densa e finamente pontuada de vinaceo cinereo. Uma linha cinzenta escura ou uma estria um pouco mais ampla, gradativa- mente acuminada para a panta, corre ao longo do meio corpo. 131 mm.» (Steindachner.) Habitat: Rio Cubatão —Santa Catharina. 1) Ignobilis (Lat.)—Ignobil. 264 ARCHIVOS. DO MUSEU NACIONAL 253—Rhamdia minuta,' Lutken. D.1 +6; A. 10 «Cabeca moderadamente deprimida, 4 e 2/3 no comprimento (sem a caudal) revestida de pelle; olhos 5 vezes na cabega; barbilhöes labiaes attin- gindo a origem das ven- DS traes, post-mentaes a axilla das peitoraes, mentaes quando muito passam a vertical da orla posterior da orbita. Altura 6 e 1/2 (sem a caudal). Dorsal medio- | cre, sua origem marca O meio da distancia que vae do mento ä anal. Adiposa FIG. 108—Rhamdia minuta, seg. Lutken saliente, de altura egual A 1/6 do comprimento. Ven- traes originando-se sobre o interspaço do segundo ao terceiro raio dorsal, sua ponta attinge, quando muito, á vertical do apice do ultimo raio dorsal. Anal arredondada, de altura egual á 2/3 do comprimento da base, originan- do-se por traz do início da adiposa e não attingindo a vertical baixada do apice deste. Pedunculo® espactulado, caudal furcada. Pardo plumbeo com 5 fachas diffusas transversaes sobre o dorso.» Lutken.) Habitat: Rio das Velhas, Rio de Janeiro—Ribeiräo das Lages? (Ma- cacos . 254—Rhamdia jenynsii,’ (Günther.) D. 1 +6 A. 14-15 «Placa dorsal lisa e não muito conspicua; processo occipital lanceo- lado, de comprimento egual ao triplo da largura, não se projectando até o osso basilar do aculeo dorsal. Espaço entre a dorsal e a nadadeira adiposa excede de pouco o comprimento da primeira, sendo a adiposa egual ao do- bro do comprimento dessa nadadeira. Barbilhões maxillares projetando-se até a origem da adiposa, os mandibullares externos até a frente da origem dos peitoraes. A altura do corpo é contida sete vezes e meia no comprimento total (com a caudal) o comprimento da cabeça seis vezes. O diametro dos olhos é contido quatro vezes e meia no comprimento da cabeça e uma vez e um quarto 1) Minuta (Lat..)—peauena. 2) Jenynsii (Latinisação); do ichthyologista inglez Jenyns que classificou os peixes colleccio— nados por Darwin, na sua viagem á bordo do «Beagle» NC Dorsal mais ou menos sobre as ventraes . 6 ni D. 1-|-6. Fontanella aberta | até o processo / occipital no adulto e com uma cons- | tricção posterior aos olhos. | \Dorsal anterior ás: ventraes. DSi STE oo © Foritarella fechada ou curta no adul- to; sem constric- ção posterior. Manbibula quurido muito attingindo O mesmo plano que os maxillares. Pag. 264 a D. 1 -|-7 Cabeça de 4e 2/545 / A. Mandibula prognatha . uma facha longitu- Anal com menos de 14 raios . dinal, lateral. 5 fachas transver- saes sobre o corpo D. 1-|-6. \ Barbilhöes labiaes projectando, -se até a 14 415 origem da adiposa . o All Barbilhöes lab'aes projeciândos se até a margem do operculo . 16 á 18. a com 14 raios ou menos, dorsal sem filamento no aculeo. Anal com mais de 14 raios, dorsal com filamento no aculeo . Cabeça no maximo 4 espaço entre as dor- saes egual á 1 dia- metro ocular Barbilhões maxilla- res attingindo a adiposa. espaço entre as dor- saes egual á 1/2 da base da 1? dorsal. Olhos mais proximos da ponta opercular. A. 12. Color. unifor- me. Barbilhöes maxilla- res näo attingindo EEE 13. Uma facha longitudinal preta. altura 6 e 1/5. Aculeo dorsal mais proximo do foci- nho do que do anal Olhos 1 e 1/3 no es- altura 5 e 1/2 paço interorbital. Olhos 1 no espaço Olhos equidistantes interorbital . da ponta do fo-/ cinho e da oper- | cular. Espaço interorbital menor que o dia- metro ocular; lobo caudal superior mais comprido que o inferior Aculeo dorsal equidistante do focinbo e da anal. Espaço interorbital nıaior que o dia- metro ocular; lo- bo caudal inferior maior que o su- perior o ‘ .(D.1-1-6; A. 10 3e4/543e 1/2 (D.1-|-7;48; A. 11 4 12 brabilhöes maxilla- res näo chegando ao meio da adi- posa. póros em grupos rastros 2-|-7 . 2 rastros no al póros no maximo 3 superior do 1º arco rastros 2-|-10 . branchial externo. Dorsal 1 -|- 6 4 9; 4e1/244, +. 4 barbilhões maxillares Er sauce á base cabeça. da adiposa. Rastros 2 -|- 8 3 rastros no ramo (Anus entre as bases da caudal e dos superior do 10 arco peitoraes. A, 13. : : branchial externo. Anus mais proximo da base dos peitoraes do que da caudal, A. 11 B 1 Processo occipital presente. A. 11 BAGIDs a » ° S Bine ( Processo occipital ausente. A. 12 D, 1-|-10 . : ' . ignobilis. . minuta. . Jenynsii. . eriarcha. . microcephala. . exudans. . notata. insignis. weselii gracilis. pectinifer. harttii. . lateristriga. . vittata. . modesta. R. eigenmanniorum DDD yD >> DD . transitoria. . brasiliensis. . schomburgki. . obesa. sapo. . hilarii. quelen. . sebae. poeyi. . tenella. . foina. . breviceps. . arekaime. A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE— PEIXES 265 na largura do espaco interorbital. As peitoraes säo menores do que a cabe- ça e seu aculeo é fortemente serrilhado e muito pouco mais curto do que os raios molles. Nadadeira dorsal 1/3 mais alta do que longa, com o aculeo del- gado. Caudal furcada, com o lobo superior um pouco mais comprido do que o inferior. Uma facha escura ao longo da linha lateral.» (Jenyns-Giinther.) Habitat: Rio de Janeiro. 255—Rhamdia eriarcha,' Eigenm. & Eigenm. D. 1 +6; A. 15 «Corpo comprido, delgado, com a largura sobo aculeo dorsal menor do que a altura. Cabeça comprida, pontuda, a fontanella continua-se até a base do processo occipital que chega a cerca de 1/2 da distancia do aculeo dorsal. Toda a cabeça recoberta de pelle. Cabeça deprimida superiormente, foci- nho longo e pontudo, a largura no angulo da bocca 2 e 4/5 no comprimento da cabeça. Olhos grandes, seu centro á 1/3 ou 1/4 mais proximo da extre- midade do preoperculo do que da ponta do focinho, 2 no focinho, 4e 1/2 na cabeça; espaço interorbital menor do que o diametro ocular. Barbilhões maxillares projetande-se ä margem do operculo, post-mentaes não attin- gindo o limbo da membrana branchiostega, se distendidos para traz, em linha recta; mandibula superior proeminente. Labios espessos e fortemente plicados. Facha de dentes intermaxillares profunda e estreita, dentes peque- nos. Dentes do vomer e do paladar ausentes; os da mandibula em uma fa- cha estreita que se projecta para traz; os dentes semelhantes ao da maxilla superior. Membranas operculares separadas até sob o meio dos olhos. Ras- tros 1 + 5. Distancia entre a dorsal e a ponta do focinho 2 e 4/5 no compri- mento; o primeiro raio da dorsal ligeiramente spiniforme, liso; sua altura, incluindo o filamento, 1 e 3/5 na cabeça; o mais alto raio mais comprido do que a base da nadadeira, 1 e 2 5 na cabeça. Distancia entre a adiposa ea dorsal, egualando ao comprimento da dorsal; nadadeir: adiposa 2 e 4/5 no comprimento. Caudal furcada até a base, o lobo superior grandemente pro- longado, mais comprido do que a cabeça (quebrado no exemplar). Anal comprida e baixa, raios posteriores mais altos, 2 e 1/2 na cabeça, as pon- tas, quando deprimidas, não attingem a vertical baixada da ponta da adi- posa, por mais de um diametro ocular. Ventraes largas, attingindo a anal, 1 e 3/5 na cabeça. Aculeo peitoral forte, 1 e 4/5 na cabeça, aspero nos bordos, raios 1 e 1 4 na cabeça; uma facha lateral pretra, região superior côr de chocolate, inferior muito mais clara, nadadeiras unicolores. Cabeça 4 e 3/4, altura 7; pedunculo caudal 14; D.1 +6; A. 15. (Eigenm. & Eigenm. 1) Eriarcha (Gr.); de eri desenvolvido e archos—anus. 6378 34 266 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL 256—Rhamdia microcephala, Lutk. BAGRE D.1+546; Ps. 1+7 à 8; V.6; À. 16418 «Cabeça 5 no comprimento, sem cauda; altura 6. Bocca moderada; barbilhäo labial attingindo o vertice das peitoraes; mentaes quasi ä base das peitoraes, post-mentaes CEEE ER m egualando a 1/2 do com- primento da cabeça, olhos 6 e 1/2 na cabeça, cuja fontanella é appa- rente; dois grandes póros post-oculares, 6 opercu- lares em duas series pa- rallelas. Peitoraes pe- quenas, de aculeo curto, FIG. 109—Rhamdia microcephala, seg. Lutken seguido de filamento e não attingindo a verti- cal da dorsal; esta tendo o penultimo raio sobre o primeiro das ventraes; adiposa espessa, longa, começando ligeiramente atraz da origem da anal e attingindo a base da caudal que é emarginada (um tanto furcada); anal em for- ma de lamina de yatagan, não attinge a caudal. Linha lateral bem saliente ; papilla genital desenvolvida. Cinereo marmorado de fusco; parte inferior e nadadeiras brancas. 96 mm. (Lutken) Habitat: Rio das Velhas. - Aa 257—Rhamdia exudans, Jenyns D. 1 + 7; À. 13 4 14 «Cabeça recoberta de pelle superiormente; processo occipital não se projectando sobre o osso basilar do aculeo dorsal e mais curto do que longo. O comprimento da dorsal é egual 4 sua distancia da adiposa e á *, do comprimento da ultima. Os barbilhões maxillares projectam-se até a extre- mi ade das ventraes e os mandibulares externos até a origem das peitoraes. A altura do corpo é menor do que o comprimento da cabeça e um quinto do comprimento total (com a caudal). Cabeça com series de grandes póros. 1) Microcephala (Gr.\; de micron, pequeno e cepale, cabeça. 2) Exudans (Lat.) suarento exudans do muco. A. DE MIRANDA RIBEIRO—FAUNA BRASILIENSE—PEIXES 267 Maxillas de egual comprimento. Olhos um tanto anteriores ao meio da ca- " beça; seu diametro egual 4 1/5 do comprimento da cabeça e a 1/2 da largura do espaço interorbital. Aculeo peitoral serrilhado, comprido, porém pouco mais curto do que os raios. Nadadeira dorsal mais elevada do que comprida; caudal profundamente furcada, com os lobos de egual comprimento (Jenyns- Gunther). Habitat: Rio de Janeiro ? 258—Rhamdia notata, (Schomb. B. 9—D. +6. A. 17; — 6. 1 + P. vert. 44 Aculeos fracos, o dorsal prolongado em filamento ; adiposa pouco mais comprida do que a dorsale muito separada della. Barbilhöes maxillares attingindo as ventraes, os outros quando muito a extremidade dos peitoraes. Parte superior e dorsal tendo numerosas maculas pequenas negras. (Shomb. Gunther) 1 metro. Habitat : R. Branco (Forte de S. Joaquim). 259—Rhamdia insignis,’ (Shomburgk) KONNAIRU EST. 40 — FIG. 1 D. 1 + 6; A. 14 (12 — 15) Corpo esvelto, comprido, com a maior altura 5 e 4/5 no comprimento. Cabeça quasi quatro vezes no comprimento, um tanto elevada, não muito larga (a maior largura 1 e 1/2 no proprio comprimento) bocca anterior, es- treita, sua largura excedendo apenas o espaço interorbital ; barbilhão labial attingindo o apice da adiposa, post-mental 2/3 do aculeo peitoral, mental mal chegando á origem desta ; narinas anteriores tendo a valvula tubiforme um pouco elevada, seguidas de um póro mucoso ; olhos grandes, maior di- ametro orbital egualando justamente ao menor diametro interorbital ; fonta- nella projectando-se até a base do processo occipital ; este ligeiramente bi- fido, recebendo no entalhe terminal o vertice da placa dorsal v-forme ; pro- cesso humeral saliente, rugoso ; peitoraes providas de aculeo forte, porém não muito espesso, deprimido, serrilhado nos dous bordos, as serrilhas de ponta retrovertida ; todo o aculeo egual 4 distancia que vae do angulo da bocca ao apice do operculo. 1) Notata (Lat.) notado, marcado 2) Insignis (Lat.) insigne. 268 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL Aculeo dorsal delgado, elevado, attingindo 2/3 do maior raio (o se- gundo), comprimido, tendo o apice serrilhado nos bordos anterior e poste- rior, com as serrilhas retrovertidas, as do bordo posterior muito pequenas ; adiposa de altura egual á 1/8 do comprimento, originando-se pouco atraz da base do ultimo raio dorsal ; ventraes originando-se sob a articulação do ultimo raio dorsal e terminando á uma distancia da origem da anal que é pouco menor do que a que vae da axilla das ventraes ao anus, papilla genital saliente, bastante afastada do anus, terminando á meia distancia entre este e a anal. Esta nadadeira de altura egual a distancia que vae da base do primeiro, á base do 10 raio anal, terminando o ultimo raio, quando encos- tado ao pedunculo, 4 uma distancia egual á extensão da base da nadadeira. Caudal furcada, com o lobo inferior maior. Pardo plumbeo uniforme. O exemplar descripto 23 centimetros, provavelmente do Alto Amazonas (Cal- deirão) e pertencente á collecção Jobert, determinada no Museu de Paris. O Habitat conhecido é S. Gonçalo, Avary, Villa Bella, Jutahy, Tapajoz, Mu- cury, Tabatinga, Javary, Coary, Capim, Takutu, Mahu. 260—Rhamdia wesselii,' (Steind.) D. 1 + 6; A. 14 «Forma do corpo fortemente alongada. Cabeça comprimida, com os lados cahindo abruptamente. Comprimento da cabeça, até o extremo da co- bertura das guelras, 4 e 2/5, altura do corpo mais de 5 e 1/3, comprimento da anal cerca de 2 e 2/5, no comprimento total, diametro ocular quasi 4, es- paço inter-ocular um pouco mais de 3, largura e a parte ossea da fronte 4 e 1/3, comprimento do focinho 2 e 1/4 no comprimento da cabeça. Intermaxil- lares projectando-se apenas imperceptivelmente sobre a mandíbula. Facha dentaria dos intermaxillares quasi egual em comprimento ao quintuplo da largura. Barbilhão maxillar muito longo, attingindo a origem do ultimo quarto longitudinal da nadadeira anal ou o extremo posterior da base da anal; barbilhäo post-mental attingindo 4 ponta do aculeo peitoral. Póro axillar presente. A maior altura da dorsal (sobre o primeiro raio) egual ao comprimento da cabeça, comprimento da base da dorsal cerca de 1 e 2/3 no compri- mento da cabeça. Parte rija do aculeo dorsal imperceptivelmente mais curta do que o aculeo peitoral. Margem anterior e posterior do aculeo dorsal, orla exterior do peitoral com pequenas e orla interna do ultimo com grandes denticulações. O espaço que medeia entre a dorsal e a adiposa egual 4 um diametro ocular. Caudal um pouco mais comprida do que a cabeça. Com- 1) Wesselii=de Wessel. A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES à 269 primento das peitoraes cerca de 1 e 1/5, comprimento das ventraes cerca de 1 e 2/5 no comprimento da cabeça; comprimento da base da anal, cerca de 2 e 2/3 na adiposa. Ponta exterior dos raios anaes, quando reclinados para traz, cahindo mais ou menos á um diametro ocular adiante do plano vertical do extremo posterior da base da adiposa. Coberturas das guelras e processo humeral estriados. Processo occipital de largura egual á 1/3 do comprimento e projectando-se até a placa articular do aculeo dorsal. Fontanella frontal terminando sobre a base do processo occipital. Olhos claramente mais proximos dos extremos lateraes da cabeça do que da ponta do focinho. Parte superior parda avermelhada, uma facha estreita, pouco fortemente delimitada, ao longa da linha lateral ; 4 pequena distancia sobre a base da nadadeira uma facha longitudinal transparente. Comprimento totol 7 e 1/2 pollegadas.» (Steindachner). Habitat: Cudajas, Pará, Marajó, Madeira, Puty, Santarem. (Fóra do Brasil Essequibo). 261 Rhamdia gracilis,’ (Cuv. & vai) DUNDU D, 11.6; A. 12 «Corpo delgado, sua largura, sobre as peitoraes, mais ou menos egual á altura; muito comprimido para a cauda. Cabeça curta, chata superiormente, com o perfil ligeiramente arqueado; largura | e 1/4 4 1 e 2/5 no proprio com- primento ; processo occipital da mesma largura em toda a extensão, tendo os lados paralellos e a largura 3 e 1/2 no proprio comprimento. Fontanellas estreitas, pontudas anterior e posteriormente, attingindo a base do processo occipital, tendo uma constricção transversa sobre a parte posterior dos olhos. Estes redondos, 1 e 3/5 no focinho, 4 na cabeça; seu diametro ligeira- mente menor do que o espaço-interorbital. Barbilhões maxillares attingindo a ponta das ventraes ou ao começo da anal; barbilhões mentaes adiante da base das peitoraes, post-mentaes ás pontas das peitoraes. Maxilla inferior ligeiramente mais curta do que a superior; abertura no rictus 2 42 e 1/2 na cabeça. Facha de dentes inter-maxillares quasi egual a facha mandibular na symphyse. Membranas operculares separadas até sob a margem anterior da orbita. Rastros 3+7. Distancia do aculeo dorsal á ponta do focinho, egual ä sua distancia da ponta dos raios ventraes e é contida 3 e 1/3 no comprimento, altura do aculeo dorsal 1 e 3/5 4 1 e 2/3 na cabeça. Distancia da adiposa á dorsal egualando á base da dorsal ou, ás vezes, sómente á metade d'esta. Adiposa 2e1/3 42e 1/2 no comprimento. Caudal (furcada com o lobo superior mais longo que o inferior, 3e 1/2 do comprimento total—Valenc.) quebrada nos exemplares examinados. Anal 1) Gracilis (Lat.)—gracil, esvelta. 270 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL mais alta do que longa, com o raio mais longo 1 e 1/2 na cabeça e a margem livre redonda. Ventraes 1 e 1/4 na cabeça. Aculeo peitoral largo com peque- nos dentes na sua orla externa, na ametade basilar e entalhes junto á ponta; a orla interna com fortes dentes recurvos até junto da sua extremidade ; altura dos aculeos 1 1/4 á1 e 1/5 na cabeça, a dos raios um pouco maior. Cor parda escura, cá e lá punctulada de escuro. Uma facha escura lateral ; todas as nadadeiras pontuadas. Cabeça 5. Altura 6 4 7 e 1/2.» (Eingenm. & Eingenm.) Habitat: Rio Paraná, Descalvados. Caiçara, Guaporé, Cuyabá, Goyaz. Orenoco. 262 Rahmdia pectinifer,' (Eigenm. & Eigenm, DS IG VA DIZ «Corpo vigoroso, comprimido posteriormente ; cabeça conica, sua lar- gura 1 e 1/3 no comprimento, sua altura na base do processo occipital, egualando ä sua largura. Perfil superior recto, curvo adiante dos olhos ; ca- beça transversamente convexa. Margem lateral do processo occipital con- cavo. Distancia entre as aberturas nasaes 1 e 1/3 nos olhos. Barbilhão ma- xillar não attingindo a adiposa. Barbilhões mentaes attingindo a base, os post-mentaes o meio das peitoraes. Membranas operculares separadas até sob a margem anterior da orbita. Processo humeral projectando-se até o meio do aculeo peitoral. Olho 1 e 1/2 no focinho, quatro na cabeça, mais proximo da orla opercular do que da ponta do focinho. Aculeo dorsal mais proximo do focinho do que da anal, sua altura 1 e 1/5 na cabeça; o mais alto raio quasi egual ao comprimento da cabeça. Nadadeira adiposa 4 no comprimento, sua distacia da dorsal egualando á 3/5 de sua base. Caudal cerca de 4 vezes no comprimento. Margem livre da anal redonda, o maior raio 1 e 3/4 na cabeça. Ventraes posteriores á vertical do ultimo raio dorsal, sua ponta á 1/3 de seu comprimento da anal. Aculeo peitoral egual ao comprimento da cabeça, as pontas dos raios ficam á 1/2 do proprio compri- mento afastadas das ventraes. Pardo claro uniforme. Cabeça 4 e 3/4, altura 6 e 1/2. Br. 6» (Eigenm. & Eigenm.) Habitat : Rio Parahyba, Campos. 263—Rhamdia harttii (Steind.) D-12652, 13. «Tronco moderadamente alongado. Lado superior da cabega recoberto de pelle, transversalmente arqueado. Processo occipital de comprimento 1) Pectinifer (Lat,); de pecten, pente e ferre trazer. 2) Harttii (Latinisagäo); de Carlos Frederico Hartt, que foi o Director da Commissäo Geolo- gica do Brasil. A. DE MIRANDA RIBEIRO—FAUNA BRASILIENSE—PEIXES 271 contendo cerca de 2 e 1/2 a largura, chegando muito proximo da placa tri- angular que dá articulação ao aculeo dorsal. Pöro axillar presente. Compri- mento da cabeça até a ponta do operculo, contido um pouco mais de 4 e 1/2 vezes, até a ponta do processo occipital 3 e 2/3, maior altura do tronco cerca de 5, comprimento da adiposa 3 e 1/2, no comprimento do corpo. Diametro ocular 4 e 1/3 4 4 e 1/4, largura da parte ossea da fronte, cerca de 4 e 1/4, espaço inter-ocular (sobre a fronte) cerca de 3 e 2/5, largura da cabeça entre os operculos 1 e 1/5 no comprimento da cabeça até a ponta do operculo. Espaço entre a dorsal e a adiposa um pouco maior do que o comprimento da base da primeira. Aculeo peitoral, na orla interna, provido de fortes espinhos. Barbilhão maxillar projectando-se até o meio do compri- mento das ventraes (por-tanto não attingindo a origem da adiposa). Barbilhão post-mental não attingindo perfeitamente o meio do aculeo peitoral. Parte superior parda dourada escura; uma estria cinzenta escura ao longo da linha lateral até a caudal. Operculos e processo humeral lisos.» (Steind.) Habitat: Rio Parahyba. 264—Rhamdia lateristriga,' (min. & Tr.) XUE D. 1 + 6; A. 10 4 12 Corpo alongado, posterior e superiormente comprimido. Cabeça 4 e 1/2, sub-conica, bocca moderada, anterior, maxilla superior sobrepujando a infe- rior; barbilhões labiaes attingindo o meio da anal, mentaes e post-mentaes originando-se quasi na mesma linha transversal, os post-mentaes attingindo a axilla das peitoraes; olhos lateraes, de diametro pouco maior do que o diametro inter-orbital, fontanella estreita, attingindo a base do processo oc- cipital, este attingindo o vertice da placa dorsal que é v-forme, ligeiramente bifido, tendo um sulco longitudinal mediano. Peitoraes moderadas, attingindo a vertical do 3º raio dorsal e podendo reclinar-se sobre o processo humeral que é saliente, com o aculeo tendo 9 á 15 denticulações no bordo porterior, retrovertidas e de comprimento quasi ou perfeitamente egual ao maior dia- metro do aculeo. Dorsal elevada, primeiro aculeo delgado, tendo a extremi- dade superior serrilhada anteriormente e sendo as serrilhas retrovertidas. Ventraes posterioros á base do ultimo raio dorsal, não attingindo a anal. Adiposa baixa, não muito desenvolvida, começando atraz do vertice da dor- sal, quando reclinada sobre o corpo e terminando no mesmo plano que a anal, cuja altura é maior do que o comprimento da base e egual a distancia que vae do anus á origem da anal. Caudal furcada, tendo os lobos eguaes. 1) Lateristriga (Lat.); com estria nos lados. 272 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL Plumbea clara ; um estria escura vae dos olhos ac meio da base da caudal; essa estria, äs vezes, seprojecta até o focinho, äs vezes falta. Os individuos até cerca de um decimetro de comprimento têm a regiäo super-axillar translucida. Caldeiräo (Amazonas). Habitat: Ambyiacu, Parahyba, Doce, Mucuri, Trombetas, Obidos, Ica, Mendes, Rio das Velhas, Jequitinhonha, Cannavieiras, Muriahé, rios do Rio - de Janeiro, Porto Alegre, Descalvados: Matto Grosso. 265—Rhamdia vittata,' (Kroyer & Lutken) CHORALAMBRE, CHUE EST. 40—FIG. 2 Um pouco mais robusta do que a especie precedente; cabeça 4e 1/2, aitura 5 e 1/3. Cabeça deprimida anteriormente; abertura da bocca egual à distancia que vae da orbita ao meio do labio superior; barbilhão maxillar attingindo o meio da adiposa, post-mentaes 2/3 da peitoral, mentaes a axilla d'esta nadadeira ; olhos grandes, seu maior diametro 1 e 1/3 no espaço in- ter-ocular; fontanellas se projectando até a base do processo occipital, este como na especie precedente; peitoral attingindo a vertical do 4º raio dorsal, tendo o aculeo com as serrilhas muito mais curtas do que na especie prece- dente, em relação ao diametro do aculeo; comprimento do aculeo dorsal, não entrando em conta a parte membranosa que é egual 4 2/3 do comprimento da ossea, egual à 1/2 da cabeça ; ventraes originando-se sob a base do ul- : timo aculeo dorsal e terminando sobre a papilla genital; adiposa começando sobre a vertical do anus ; anal redonda, de altura egual á distancia que vae do primeiro 4 base do antepenultimo aculeo anal. Caudal amplamente fur- cada, com o lobo superior ligeiramente proeminente. Plumbea com uma es- tria mediana ao longo dos flancos, ás vezes projectando-se até o focinho, ás vezes ausentes. À região escapular em dous individuos de 75 mm. tem a zona translucida que se observa em 2. lateristriga ; num individuo de 11 centimetros, porém, ella não existe. Habitat: Rio das Velhas, Rio S. Francisco, S. Matheus, Rio Jequiti- nhonha. Os exemplares que serviram á presente descripção, provem do Rio das Velhas, Jaguara, d'onde me foram trazidos pelo Sr. Carlos Moreira. 266—Rhamdia modesta; (Gunth.) sD ae. Bach «Cabeça recoberta por uma membrana muito delgada, superiormente ; processo occipital estreito, alongado, projectando-se até um pequeno osso 1) Vittatus (Lat.)—estriado, 2) Modesta (Lat.)—modesta. QRI “HW euonsuem eıpweyy — ÿ "ld ‘S14 (qwoyg) SIUSISUI eipweug — z SI ‘QI JIW SHISEISUET sıuejsoıpweyuy — | ‘SIA “youd ‘gig “IW PP CV ‘13 Ney 9 OUIQES “dus ypruos ‘Î I “SI A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 273 triangular da base do aculeo dorsal. Adiposa comprida, um pouco menor de que 1/3 do comprimento total (sem a caudal), sua distancia da dorsal & me- nor do que o comprimento desta ultima. Barbilhöes maxillares projectando- até a origem da nadadeira anal, os post-mentaes até o meio da peitoral. FIG. 110—Rhamdia modesta, seg. Gunther Altura do corpo cinco vezes e 1/2 no comprimento total, sem a caudal; o comprimento da cabeça quatro vezes e 2/3. Os olhos occupam o meio do comprimento da cabeça, de que o seu diametro é 1/4 e egual á largura do espaço interorbital. Nadadeira dorsal um pouco mais alta do que longa; seu aculeo delgado, um pouco maior do que 1/2 do comprimento da cabeça e um pouco mais curto do que a nadadeira peitoral. Caudal furcada, com o lobo superior mais comprido. Coloração uniforme.» (Giinther). Habitat: Brasil —Rio Juruá. Esmeraldas e Rio Chagres (Equador e Pa- namá Occidental.) 267. Rhamdia eigenmanniorum, Mir. Rib. D. 1 L 6: À. 12 4 14 «Corpo vigoroso, posteriormente comprimido, cabeça sub-conica, sua largura 1 e 2/5 no comprimento ; altura na base do processo eccipital 1 e 1/2; largura no angulo da bocca 2 e 2/3 4 3 na cabeça ; perfil curvo, secção trans- versal da cabeça convexa, processo occipital longo e delgado, sua largura na base tres no comprimento. Barbilhão maxillar attingindo a origem da anal; 1) Eigenmanniorum (Latinisacäo)—dos Eigenmann; profs. Carlos H. e Rosa Smith Eigen- mann, autores da magnifica Synopse : «South American Nemathognathi» , 274 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL barbilhäo näo attingindo a base da peitoral; post-mentaes cerca da metade da peitoral. Membranas operculares separadas até sob a margem anterior dos olhos. Olho 1 e 1/3 4 1 e 1/2 no focinho, 3 e 1/3 44 na cabeça, equi- distante do focinho e da margem posterior do operculo; espaço interorbital 1 e 1/3 nos olhos. Aculeo dorsal equidistante do focinho e da anal, sua altura 1 e 1/3 na cabeça, o mais longo raio egual ao comprimento da cabeça. Adiposa 3 e 2/5 á 4 no comprimento, sua distancia da nadadeira dorsal egualando 4 base da ultima. Lobos caudaes de egual largura, o superior mais comprido, quatro no comprimento. Anal redonda, o seu maior raio 1 e 1/2 41 e 4/5 na cabeça. Ventraes inseridas atraz da vertical do ultimo raio dorsal, 1 e 1/3 4 2 e 3/5 na cabeça, suas pontas a cerca de 1/4 do proprio comprimento separadas da anal. Aculeo peitoral pouco menor do que o comprimento da cabeça. Côr parda clara; uma facha lateral, cinerea. Pontas das nadadeiras obscuras. Cabeça 4 e1/2á 5; altura 5 e 1/2 4 6e1/2;Br.7.> (Eigenmann & Ei- genmann). Habitat: Rio Parahyba. 268—Rhamdia transitoria, Mir. Rib. MANDI - TINGA EST. 30—FIG. 3 D. 1 + 6; A. 13 Cabeça 4 e 1/4; altura 5; fontanella um pouco ampla, na parte anterior a constricção ocular ; barbilhões maxillares attingindo á axilla das ventraes; olhos grandes 1 e 1/4 no espaço interorbital (orla cutanea) equidistantes do focinho e da ponta do operculo ; processo occipital attingindo a placa pre- dorsal ; peitoraes pontudas, fortes, com o aculeo menor do que o segundo raio, deprimido, curvo, com denticulações fracas no apice que é envolvido por tegumento dermico; a concavidade do bordo posterior é fortemente pro- vida de denticulações de que as maiores são as do meio do aculeo ; dorsal elevada, redonda ; aculeo (quebrado) sobre a vertical que passa pela ponta do processo clavicular ; ventraes posteriores á vertical da base do ultimo raio anal, redonda ; caudal tendo o lobo superior um pouco mais longo, sendo, porém, mais fraco que o inferior. Amarella cinerea, com uma estria diffusa sobre a linha lateral ; parte superior obscura ; nadadeiras obscuras ; a dorsal com a facha branca das Rhamdias. Segundo o Sr.Krone, de Iguape, esse peixe passa por ser o «Ceguinho» com o qual realmente se assemelha tanto, na forma e no colorido, que eu acceito a opinião dos Iporanguenses, admittindo-o como a fonte originaria de Typhla- bogrus kronei. Habitat: Ribeirão do Alambary, Iporanga. Um exemplar 150 mm. 1) Transitoria (Lat.)=transitoria (para Typhlobagrus). A. DE MIRANDA RIBEIRO—FAUNA BRASILIENSE—PEIXES to | Qt 269—Rhamdia brasiliensis,' (steina.) Oy i kT IN, 19 FIG. 111 -Rhamdia brasiliensis, seg. Steindachner «Förma do corpo como em P. lateristriga. Pöro axillar ausente. Orla in- ternado aculeo peitoral apenas fracamente dentado. Comprimento da cabeca atéa ponta do processo occipital, cerca de 3 e 1/2, até a extremidade dos oper- culos cerca de 4 e 1/2, maior altura do tronco cerca de cinco vezes, compri- mento da anal cerca de quatro vezes no comprimento do corpo; diametro ocular cerca de quatro, comprimento do focinho um pouco mais do que 2 e 1/2, espaço interocular quatro, largura da parte ossea da fronte, cerca de cinco, maior largura da cabeça cerca de 1 e 1/2 vezes no comprimento da cabeça (até o extremo posterior dos operculos). Os barbilhões maxillares attingem um pouco além do início da anal. Espaço entre a adiposa e a dorsal um pouco maior do que o comprimento da base da ultima. Parte superiorparda avermelhada. uma nodoa parda escura sobre a região humeral e uma facha estreita de identica coloração, ao longo da linha lateral, até a base dos raios caudaes medianos.» (Steindachner). 1) Brasiliensis (Lat. —brasiliense ou brasileira. 276 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL 270—Rhamdia schomburgki, Biceker. JAMDIÀ D. 1 +6; A. 12 | Segundo Schomburgk que a chamou P. maculatus, esta epecie tem a cabeça deprimida com a mandibula proeminente, oito raios branchiostegos sob um operculo estriado e a nadadeira adiposa muito desenvolvida. De côr cinerea glauca superiormente e mais clara inferiormente, esse peixe é ma- culado de claro e habitante do Rio Negro, onde tambem o chamam Jundia. 271—Rhamdia obesa; Eigenm. & Eigenm. D. 1+6; A. 10 «Corpo curto e elevado ; sua maior largura menor do que a maior al- tura; cabeça curta, sua largura 1 e 1/5 no comprimento ; largura no an- gulo da bocca 2 vezes no comprimento; cabeça chata superiormente, co- berta de pelle fina, superficie ossea profundamente plicada, as estriações irradiando dos olhos e de uma depressão na base do processo occipital. A fontanella com uma estreita fenda entre os frontaes. Processo occipital muito largo, parcialmente occulto na pelle, attingindo a mais de meio caminho do aculeo dorsal até junto da grande e occulta placa dorsal. Póros espalhados sobre a cabeça. Olhos redondos, 2 e 1/4 no focinho, 6 e 1/4 na cabeça, 2 no espaço interorbital, sua margem posterior adiante do meio da cabeça. Bar- bilhões maxillares projectando-se até a ponta dos raios caudaes medianos ; mentaes até o meio das temporaes; post-mentaes até meio caminho entre as pontas das peitoraes e a base das ventraes. Maxillas eguaes, bocca com- parativamente pequena, dentes mandibulares na forma commum ; dentes in- termaxillares em uma facha que é reduzida e interrompida no meio; a sua altura cerca de 9 vezes a largura. Rastros 3+9. Distancia entre o aculeo dor- sal e o focinho 2 e 2/5 no comprimento. Nadadeira dorsal mais curta do que alta, o mais alto raio 1 e 2/5 na cabeça. Distancia entre a adiposa e a dorsal egualando á 1/3 do comprimento da ultima. Adipos : egual ao dobro da dor- sal; 3 no comprimento. Caudal profundamente furcada com os lobos mais longos do que a cabeça, cerca de 1/3 no comprimento. Anal curta e elevada, 1) Schomburgki — de Richard Schomburgki, Naturalista inglez que effectuou excursões na região das Guyanas. 2) Obesa (Lat.) = obeso. A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 277 sua margem livre estreitamente arredondada; o maior raio contido 2 na cabeça. Ventraes inseridas sobre a vertical dou Itimo raio dorsal, 1 e 4/5 na cabeça. Aculeo peitoral forte, terete, com espinhos curtos na orla anterior junto a ponta e curtos dentes quasi em todo o comprimento da margem posterior, 1 e 1/2 na cabeça. Uma grande macula humeral escura: nadadeiras escuras; a barra branca, commum, na nadadeira dorsal, junto a base. Cabeça 3 e 3/4; altura sob o aculeo dorsal, sobre o primeiro raio anal 4e 1/2, al- tura no pedunculo caudal 8. Com. 260 millimetros.» (Eigenmann & Eigen- mann). Habitat: Tefé. 272—Rhamdia sapo," (Cuv. & vai) JUNDIÁ Est. 33, Fig. 1 DEE 7 agi A 11a12 Cabeca 3 e 3/4, grande, robusta, plana superiormente, revestida de pelle fina ; bocca anterior, de largura contida 2 vezes e 1/2 na distancia que vae do focinho á do processo occipital ; barbilhöes maxillares attingindo as ventraes ; post-mentaes passando a axilla das peitoraes ; mentaes a orla da membrana opercular ; olhos 3 vezes no espaco interorbital, 8 vezes na dis- tancia que vae do labio superior ao apice do processo occipital; fontanella tendo um grupo de póros mucusos no seu extremo posterior: que fica na linha do bordo posterior das orbitas; outros grupos longitudinaes de póros atraz das narinas posteriores e por dentro das anteriores ; outros pe- quenos grupos occupando os angulos de um quadrilatero regular de que um lado fica pouco atraz da linha do bordo posterior dos olhos. Rastros 3 á 4+8 á 10. Aculeo dorsal terminando em ponta membranosa, delgado, curvo, liso, originando-se sobre o terço posterior do aculeo peitoral; este forte, denticulado na parte mediana do bordo anterior e em todo o posterior; a base das ventraes occupa uma facha correspondente ädistanciaentre a dorsal ea adiposa ; esta elevada projectando-se de um diametro ocular da base do ultimo raio dorsal 4 um diametro ocular da base dos raios accessorios ; anal originando-se 4 uma distancia da base das ventraes que é egual 4 1 e 1/2 vezes o comprimento da sua base e terminando, quando reclinada sobre o corpo, um pouco adiante ou no plano onde termina a adiposa ; caudal furcada, com lobo inferior um pouco mais forte; linha lateral recta, muito distincta ; altura 5 e 3/4. Uniformemente denegrida com a parte inferior alvadia amarellada. Habitat: Guahyba Rio Grande do Sul, R. Paraná. Os exemplares que serviram á esta descripção me foram trazidos de Guahyba pelo Dr. E. Roquette Pinto. 1) Sapo (Lat.) — sabão. 278 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL 273—Rhamdia hilarii,' (Cuv. & var) MANDÍ BAGRE D. 1 + 7 à 8; A. 124 14 Cabeca mediocre, 4 e 1/2 no corpo, bocca moderada, barbilhöes ma- xillares quasi attingindo a anal, post-mentaes o meio das peitoraes, mentaes o extremo do segundo terço dos post-mentaes ; olhos 7 vezes na cabeça, lateraes. Processo humeral attingindo o extremo do terceiro quarto do aculeo FIG. 112 — Rhamdia hilarii, seg, Lutken peitoral. Rastros 2+7. Dorsal originando-se sobre o apice desse aculeo e tendo o ultimo raio sobre o primeiro ventral ; ventraes attingindo o anus ; adiposa começando sobre o extremo do ultimo raio dorsal e terminando proximo dos falsos raios caudaes superiores ; anal occupaudo o centro da distancia que vae da base das ventraes aos primeiros raios caudaes: a na- dadeira deste nome furcado, com os lobos arredondados e o inferior maior. Cinerea amarellada com vermiculações denegridas, indistinctas, superior- mente, alvadia inferiormente ; a facha branca commum da base da dorsal presente. Habitat : Rio S. Francisco, R. das Velhas, B. Jardim, Porto Alegre, Rio da Prata. 274 Rhamdia quelen,? (Quoy & Gmra,) BAGRE ; SAPIPOCA Est 41 fio? Corpo alongado, bastante vigoroso, cabeça 4 e 1/4, um tanto chata, tornando-se mais deprimida anteriormente; bocca moderada 1/3 na distancia 1) Hilarii (Latinisação)- de Saint-Hilaire (Aug:) 2) Quelen— «Ce poisson port le nom de M l'abbé de Quelen, chanoine titulaire du chapitre royal de Saint Denis et aumo- nier de l’expedition, à qui nous l'avons dédié» (Quoy y Gaimard). A. DE MIRANDA RIBEIRO—FAUNA BRASILIENSE—PEIXES 279 que vae do labio superior á base do aculeo dorsal ; dentes villiformes em facha de egual largura em toda a extensäo nos intermaxillares, maxilla infe- rior um tanto sobrepujada pela superior e recoberta pelo labio; rastros 2+10 barbilhöes maxillares attingindo as ventraes ; post-mentaes a axilla dos peitoraes e mentaes 2/3 dos post-mentaes ; olhos moderados supero-la- teraes, a sua distancia do meio do labio superior contida 3 e 1/2 vezes na que vae d'este ponto a base do aculeo dorsal, é quasi egual 4 distancia in- terocular.Dorsal originando-se sobre o extremo do aculeo peitoral; o oculeo _ dorsal termina em ponta membranosa ; adiposa grande, elevada, originando- se logo após a dorsal que attinge a sua origem ; peitoraes pequenas, tendo o aculeo deprimido, forte, curvo, porém seguido de uma parte terminal membranosa ; processo humeral moderado, attingindo o meio do aculeo pei- toral ; ventraes originando-se sobre o plano da base do ultimo raio dorsal e attingindo quando muito a pupilla post-anal ; anal moderada de contorno arredondado, e terminando pouco antes do plano em que termina a adiposa; caudal furcada tendo o lobo inferior maior e sendo ambos redondos ; linha lateral distincta, tubulada na origem ; muitos póros tubulados sobre a ca- beça. Cinereo glauco (cupreo no alcool) ou denegrido. Um bello exemplar de 33 cent. que serviu á presente descripção foi capturado nos lagos da Quinta Boa Vista em S. Christovão. As dimensões da adiposa e o colorido variam, sendo aquella geralmente egual 4 2e 1/4 ou3e 1/2, um exemplar do Rio Branco é maculado de preto. Habitat: Santa Ciara, Rio Mucury, Juiz de Fora, Campos, Rio Jequiti- nhonha, Rio de Janeiro, Macacos, Rio Parahyba, S. Matheus, Canavieiras, Rio Grande do Sul, Rio Doce, Amazonas, Bahia, Maribatanos, Rio Branco, Cuyabá, Rio da Joanna, Mendes, Urucum e Carandasinho (Co- rumba). 275—Rhamdia seb&,' (Cuv. & Val.) NHAMDIA ou JAMDIA — BAGRE DE LAGOA, MANDI-CHORAO Est. 41—Fig. 3 D. 1+ 6; A. 9412 Forma esvelta, bastante comprimida posteriormente; cabeça gradati- vamente achatada para a parte anterior, contida cerca de quatro vezes no comprimento ; bocca moderada de largura egual 4 1/2 do comprimento da cabeça ; barbilhöes maxiilares attingindo o terço posterior da adiposa, post- mentaes 0 meio do comprimento das peitoraes ou a base das ventraes; men- taes quasi a base das peitoraes; olhos um tanto ellipticos, contidos seis ve- zes na cabeca, cerca de 2 e 1/2 vezes no espaco interorbital, este 3 e 2/3 na 1) Sebæ —d2 Alberto Seba, Etzela Oostfisius, auctor do hesaurum Rerum Naturalium, em que collaborou Artedt ‘sobre OS pe xes. 280 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL distancia que vem do labio superior 4 base da dorsal 3 rastros 2+8. Dorsal moderadamente elevada, tendo o aculeo delgado, terete, entalhado junto ao apice de modo a apresentar mais de uma ponta e origina-se sobre o termo do 3º quarto do comprimento do aculeo peitoral; as nadadeiras deste nome mediocres, sendo o aculeo fraco e fracamente serrilhado ; ventraes articulan- do-se sobre o plano do ultimo raio dorsal; adiposa grande, elevada, origi- nando-se á 1 diametro ocular da base do ultimo dorsal e terminando sobre o pedunculo, a menos de dois diametros do plano em que termina este; anal mediocre, mais elevada do que longa; caudal furcada; linha lateral presente, bastante nitida, projectando-se sobre a caudal. Côr negra uniforme no indi- viduo descripto. Varia entretanto para o pardo com uma nodoa negra sobre a região humeral. Alexandre Rodrigues Ferreira representa uma variedade desta especie com a caudal tendo os lobos pontudos e sendo de côr cinerea com maculas negras irregularmente exparsas sobre os lados do abdomen e pedunculo. E” um bagre bastante commum cujos barbilhões constituem um bom caracter differencial ; entretanto estes mesmos variam sendo ora teretes, ora achatados; os maxillares, no typo mais curto, dizem os Eigenmann, projectam-se até o meia da adiposa, quando mais longos até adiante da caudal. São mais longos em exemplares de 10 á 15 millimetros e mais curtos tanto no joven como no adulto. Os post-mentaes variam em comprimento, as suas pontas projectando-se até o meio das peitoraes ou no maximo, das ventraes. As vezes os barbilhões são muito mais curtos de um que de outro lado. Segundo Natterer, no Rio Branco chamam-n'o de Mandi-Chorão ou Bagre das Lagöas. Habitat : Maribatanos, Tocantins, (Amazonas) Gurupá, Xingú, Jutahy, Cudajas, Serpa, Tabatinga, Goyaz, Pará, Bahia, Rio de Janeiro, S. Matheus. Rio Doce, Santa Cruz, Urucum e Carandasinho (Corumbá) Cuyabá, Trin- dade e Surinam 276—Rhamdia poeyi,' Eigenm. & Eigenm. DA" 6: AM «Largura do corpo mais ou menos egual á sua altura, muito comprimido para a cauda. Cabeça curta, chata superiormente, os lados não muito ver- ticaes, sua maior largura 1 e 1/4 no comprimento ; fontanella não se conti- nuando por detraz dos olhos; processo occipital muito curto, triangular, attingindo a 2/7 da distancia entre a sua base e o aculeo dorsal. Poucos póros grades em torno da cabeça. Olhos 3 no focinho, 7 na cabeça, 1 e 1/2 1) Poeyi—de Felippe Poey, naturalista havanez, nascido em 1799 e morto em 1891; foi director do Museu de Havana e professor da Universidade ; escreveu principalmente sobre a Historia Natural de Cuba. (Ten 9 and) ‘aegas y — Big (prup 9 fond) ‘uopnb à — Z BL (IAP 'ANO) ‘odes eipureyy — I “Bld ‘14 ey YW OUIGES ‘dut ‘Ypruyas ‘Î “youd "qui ‘HW ap 'V A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE— PEIXES 281 no espaço interorbital. Barbilhöes maxillares apenas attingindo á vertical do aculeo dorsal; barbilhäo post-mental quasi chegando 4 orla da membrana branchiostega, os mentaes menos da metade ; membrana branchiostega se- parada até sob a parte anterior dos olhos. Rastros 347. Distancia entre o aculeo dorsal e a ponta do focinho menos tres vezes no comprimento ; dis- tancia entre a adiposa e a dorsal egualando ao comprimento desta. Adiposa muito baixa anteriormente, seu comprimento cerca de 3e 1/4 no total. Pei- toraes e ventraes muito curtas. Aculeo peitoral curto, terete, cerca de me- tade do comprimento da cabeça, tendo a margem externa lisa e a interna com espinhos em toda a extensão. Pardo. Lados e dorso cobertos de peque- nas maculas escuras e outras menores negras ; uma nodoa humeral escura ; uma facha lateral da mesma côr. Cabeça 4 e 1/4; altura sobre o 1º raio anal 7 ; altura do pedunculo 9 e 1/2. Branchiostegos 6. Comp. 175""» (Eigenm. & Eigenm. Habitat: Goyaz. 277—Rhamdia tenella,’ (Eigenm. & Eigenm.) DATEN TE «Largura, atraz da cabeca, egual ä altura, acuminando-se para pe- dunculo c sudal que é fortemente comprimido. Cabeça larga e chata trans- versalmente, sua maior largura 1 e 1/3 no comprimento ; perfil regular e for- temente convexo, largura no angulo da bocca 2 no comprimento da cabeça. A fontanella é uma estreita fenda entre os ossos frontaes. O processo occi- pital projectando-se 4 1/3 no espaço que vae da sua base ao aculeo dorsal. Olhos 3 vezes no focinho, 9 na cabeça, 2 e 1/2 no espaço interorbital. Bar- bilhões maxillares chegando à frente da dorsal, mentaes 4 base das peitoraes, post-mentaes ao meio d'essas nadadeiras. Maxilla inferior mais curta que a superior, facha intermaxillar de dentes tendo os extremos de altura egual ao dobro da altura do meio; a maior da facha 3 e 1/2 na largura. Membranas branchiostegas separadas até sob o angulo da bocca; rastros ligeiramente ra- mosos, 3+10. Distancia entre a dorsal e o focinho tres vezes no compri- mento ; raios dorsaes de altura quasi uniforme, maiores do que o aculeo. Distancia entre a adiposa e a dorsal 2 no comprimento da dorsal, sua distancta da caudal menor do que o diametro ocular. Caudal profundamente furcada, com o lobo inferior mais largo redondo, 1 e 1/3 na cabeça. Anal mais comprida do que alta, seu maior raio 2 e 1/4 na cabeça ; ponta da anal não attingindo a vertical do extremo da adiposa pelo comprimento do foci- nho. Ventraes inseridas por traz da vertical do ultimo raio dorsal, duas ve- zes na cabeça. Aculeo peitoral muito forte, apenas mais curto do que o mais longo dos raios, espinhos curvos nos tres ultimos quartos da sua margem externa ; um profundo sulco em quasi toda a metade da margem interna, 1) Tenella (Lat.)— Tenrasinha. 282 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL sendo o terco basilar aspero ; seu comprimento 1 e 3/4 na cabega. Parda- cento ; nadadeiras escuras; adiposa marginada de negro. Cabeca 4 e 1/4; altura 6 3/4 ; acima do primeiro raio anal 8, a do pedunculo caudal 10. Branchiostegos 7 á 8. Comprimento 31 centimetros.» (Eigenm. & Ei- genm). Habitat: Cudajas. 278 - Rhamdia foina,' (min. & Troschel.) D.116;A.11;Ps. 1 + 8; Vs. 6. «A cabeça é contida mais de cinco vezes em todo o comprimento. A maxilla superior projecta-se algo para a frente. Os olhos ficam a meio do comprimento da cabeça. O espaço interorbital é egual ao diametro longitu- dinal dos olhos, porém a parte interorbital do craneo é muito menor do que a parte cutanea que delimita o olho ; aquella perfaz apenas 1/2 de um dia- metro ocular. As narinas anteriores ficam na orla do focinho, as posteriores mais proximas dos olhos do que da orla do focinho. Toda a cabeça é muito chata, de modo que os olhos ficam superiores, ella é em toda a extensão recoberta de pelle fina. O processo occipital é extraordinariamente curto; a placa dorsal é recoberta de pelle de modo que não é visivel. Operculo e pro- cesso humeral tambem cobertos de pelle delgada, sente-se, porém, debaixo desta, a ponta do processo muito aspera superiormente e como que serri- lhada. O póro peitoral é muito pequeno. Us barbilhões maxillares apenas attingem o extremo das peitoraes; os post-mentaes ä origem dessas nada- deiras, os mentaes apenas 1/2 comprimento dos externos. A membrana branchiostega tem seis raios. O aculeo da dorsal é curto, pouco mais alto do que a metade dos raios, delgado, sua ponta tem anteriormente algumas denticulações, posteriormente é liso ; tem seis raios. Adiposa começa atraz do extremo das ventraes, sua base é egual ao dobro da base da dorsal. A anal fica sob o seu meio, conta-se nella 11 raios. A caudal tem o lobo supe- rior mais comprido do que o inferior. Nas peitoraes o aculeo é fortemente denticulado, especialmente na orla externa; tem 8 raios. A ventral tem 6. A vesicula natatoria é muito curta e tem as paredes muito delgadas. Cör: perdida no exemplar conservado em alcool; comprimento 8 pollegadas.» (Müller & Troschel). Habitat : Takutu. 279—Rhamdia breviceps, Kner. DS 176: ALT «Cabeça 6 e 1/2 vezes no comprimento total, focinho pequeno, sem escudo livre. Olhos grandes, lateraes; dorsal quasi egual ao dobro da altura do cor- po; adiposa muito longa; barbilhões maxillares attingindo a anal. 1) Foina—(Lat.) Mustela foine, a foinha, narta das fayas (fagina). 2) Breviceps (Lat.) - de cabıza curta. A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 283 Aspecto total semelhante ao de P. gracilis; largura entre os operculos egual ao comprimento da distancia que vae da ponta do focinho á orla or- bital posterior; altura da cabeça um pouco menor, a do focinho entre as bases dos barbilhöes maxillares 2 e 1/2 vezes no comprimento da cabeça. O focinho é um tanto pontudo, seu contorno parabolico, a fronte suavemente arqueada, o perfil eleva-se em arco moderado até o aculeo dorsal. O dia- metro transverso dos olhos é eguala 1/5 do comprimento da cabeça, a distancia lateral um pouco menos de que 2,a do focinho mais que 2 diametros. As narinas posteriores jazem mais proximas da orla da bocca do que dos olhos, as anteriores são alongadas em um curto tubo. Os intermaxillares projectam-se um pouco sobre os mandibulares; o hiatus é moderado, ambas as maxillas têm pequenas fachas de dentes villiformes; os barbilhões post- mentaes attingem o ultimo terço das peitoraes; os mentaes originando-se um pouco mais adiante, apenas attingem a base d'essas nadadeiras. Toda a cabeça é revestida de pelle espessa e lisa e nem o vertex nem a fontanella apparecem externamente, nem tampouco se precebe a placa pre- dorsal. As aberturas branchiaes se projectam até o isthmo. A dorsal é de altura maior que o dobro da base e moderadamente pontuda para traz, o seu 1º e maior raio (aculeo) termina no 3º superior com uma ponta flexivel e fraca, é estriado longitudinalmente e desprovido de denticulações; a adiposa começa logo depois delle, elevando-se gradativamente, tornando-se, porém, em seguida de egual altura até a sua extremidade truncada em angulo recto, a qual fica à curta distancia da caudal. A anal que se origina mais ou menos sob o meio da adiposa é tão alta quanto longa e arredondada. As ventraes ficam sob o extremo da dorsal, são arredondadas e chegam apenas até sob um pouco além da origem da adiposa; entre ellas jaz, em metade de sua extensão, o anus, em alguma distancia para traz a papilla urogenital tambem afastada da parte anterior da anal. O aculeo das peitoraes attinge apenas o início da dorsal, é chato, denticulado na orla posterior, protegido por um tegumento dermico anteriormente, descoberto e com al- gumas denticulações perto da ponta. O precesso clavicular é o unico de todos os ossos externos que fica em parte descoberto, espiniforme, longitudinalmente rugoso e mais longo do que alto (attinge meio comprimento do aculeo peitoral) sob elle vê-se um pequeno póro peitoral. A caudal é profundamente entalhada ; o lóbo supe- rior um pouco mais comprido, comprehende mais de 1/5 do comprimento total. Nem a linha lateral nem os canaes cephalicos produzem reticulações. Pardo uniforme.» (Kner.) Um unico exemplar conservado no Museu de Vienna. Habitat: Marabitanos. D [0 2} + ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL 280—Rhamdia arekaima,' (Shomb.) JANDIÁ D. 1 + 10; A. 10 «Dorsal com 10 raios; vertex rugoso, processo occipital entalhado no extremo posterior, placa prédorsal recoberta de pelle, barbilhäo maxillar projectando-se até a anal, mandibula mais curta que a maxilla superior, anal longa. Cabeça 1/5; largura, apenas 1/6 do comprimento total; contorno do fo- cinho semicircular; maior diametro ocular apenas 1/6 do comprimento da cabeça, olhos sobre o meio da cabeça, separados entre si por 2 e 1/2 dia- metros. As narinas posteriores transversalmente abertas, ficam muito affas- tadas dos olhos, a fontanella entre os mesmos é alongada. Os barbilhões post-mentaes chegam até sob a dorsal, os mentaes ou anteriores, até a base das peitoraes. Todos os raios da dorsal são de quasi egual comprimento, o aculeo desta nadadeira é longitudinalmente rugoso, não denticulado; as pei- toraes são mais fortemente desenvolvidas do que no cummum, e os seus raios são os maiores de todas as nadadeiras; o seu aculeo, quasi do mesmo comprimento, é longitudinalmente rugoso, no bordo anterior nodoso, denti- culado no posterior. As ventraes ficam sob o ultimo raio da dorsal, tendo raios mais curtos que as anteriores, porém mais longos do que a anal que, sobretudo, possue os mais curtos; a caudal é profundamente entalhada, o lobo superior (com- quanto anterior) parece ser um pouco mais comprido; a base da adiposa excede em cerca de 1/3 0 comprimento da dorsal. A linha lateral tem canaliculos dirigidos para baixo, uma fraca articula- ção nas bochechas em um póro peitoral presente. O anus fica quasi no meio da distancia entre a anal e as ventraes. Pardo no dorso e lados, manchado de mais claro, no ventre esbranquiçado, dois exemplares de dois pés de com- primento» Kner. Hab: Borba — Madeira, Forte do Rio Branco e Rio Tacutu. Pimelodus,” Lacép. Hist. Nat. Poiss. V—1803. Forma commum aos bagres. Cabeça grande, geralmente deprimida na metade anterior; a metade posterior mais ou menos granulosa; bocca trans- versa, ampla, maxillas mais ou menos eguaes; dentes em facha sobre os 1) Arekaima, nome dado pelos indigenas Macuchis ao Jandiá figurado por Schomburgk sob esse nome. 2) Pimelodus (Gr,): Pimele, gordura; didos, semelhante. A. DE MIRANDA RIBEIRO—FAUNA BRASILIENSE—PEIXES 285 com os maxillares e maudibulares ; dentes vomerinos raramente presentes ; olhos mediocres, geralmente ellipticos ; narinas amplas, occupando os an- gulos de um espaçoso quadrilatero, as anteriores semilunares, retrovertidas, sem valvula ; 6 barbilhões teretes ; os maxillares geralmente da extensão do corpo ; fontanella projectando-se quando muito até ao plano do bordo posterior dos olhos. Abertura opercular ampla ; processo clavicular largo, deprimido, rhombo quando apparente. Aculeo da dorsal e da peitoral mo- derados, mais ou menos providos de espinhos de direcção opposta. Média para a dorsal 1+6. Rios de todo o Brasil e republicas limitrophes á E. dos Andes desde o R. Paraná (Prata). Especies constatadas no Brasil: CAR don da he a a N Se nen P. eques. / A. 13; fasciado de ne- [ Placa predorsal STORE ENT rene P. ornatus. inteira. A : \ A. 10 a 12 (4 15 ?) uni- Barbilhöes formente colorido ou teretes. maculado de negro . P. clarlas. Cabeça com os OSSOS supe- VERS Placa predorsal dividida por um sulco \ riores nús. ) ESA (o yay ee ee NME P. altipinnis. raes e dorsal rovidos de fd ART p Barbilhões comprimidos, os mentaes na mesma denticulações - A . retro ere $ linhaicontisuosieisubeguaes! ran. on er P. valencennis. Cabeça recorberta de pelle superiormente . ...:.......... P. fur. « | /Aculeos peito- Caudalfurcada, \ INDO Steen cee P. agassizi. Olhos 5 a 9 ve- zes no compri- mento da ca- | beça; colora- psi compri- ção lue | Barbilhôes teretes . P. platanus. \Aculeos dorsal e peitoraes desprovidos de / denticulações retrosas. Clhos 11 vezes no comsrimenta da cabeca; coloragäo parda clara, ma- culas escuras sobre os flancos, uma risca escura adiante dos olhos. P. pati. 8i—Pimelodus eques,' Mill. & Tr.) DE 1.6: Ae It «Corpo nas espaduas menos largo do que alto, comprimido para a cau- dal; cabeça chata, deprimida, sua maior largura 1 e 1/4 no comprimento, sua maior altura cerca de 2 e 1/2. Toda a parte superior da cabeça granu- 1) Eques (Lat.)—cavalleiro ou cavalheiro. 286 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL losa ou estriada ; fontanella continuando-se como um estreito sulco até a crista occlpital ; ponta da crista occipital emarginada; articulando-se com a placa dorsal escutiforme. Distancia entre as narinas egual á 2/3 do diametro ocular. Um profundo sulco do barbilhão maxillar até sobre os olhos, che- gando este barbilhão até adiante da caudal ou até a base da adiposa ; bar- bilhão post-mental inserido atraz e por fóra dos mentaes; mentaes proje- ctando-se até a base das peitoraes, ligeiramente mais curtas no adulto ; post-mentaes não chegando á ponta das peitoraes. Olhos grandes, cinco a seis vezes na cabeça, 2 4 2 1/2 no focinho, e 1 e 1 2 4 2 na região interor- bital, 1 e 1/3 diametros atraz do rictus. Maxillas subeguaes, a superior um pouco mais longa ; largura da bocca 2 e 1/2 no comprimento da cabeça ; ambos os labios papillosos ; dentes na maxilla inferior em uma facha egual á 1/5 do diametro dos olhos na altura, acuminando-se para traz do rictus; uma larga membrana papillosa atraz delles. não muito mais larga no rictus; dentes na maxilla superior n'uma facha apenas mais alta do que a facha da maxilla inferior, não interrompida no meio ; a facha da maxilla inferior lar- gamente interrompida no meio ; queixo e focinho com muitos póros. Mem- branas operculares separadas até quasi sob o rictus ; rastros sobrepostos, 2--12, n'uma unica serie sobre os primeiros dous arcos. sendo a serie interna substituida por uma membrana recortada. Aculeo dorsal fraco, 1 e 3/5 na cabeça, o mais alto raio | e 2/5 na cabeça, a margem livre da nadadeira arredondada ; o fulcro basilar forte, o aculeo inserido anteriormente ao meio da distancia que separa a base das peitoraes das ventraes, equidistante- mente entre o focinho e o início da anal. Adiposa longa, 3á 3 e 1/2 no comprimento. Caudal obliquamente redonda com a porção inferior mais longa, e 1 e 1/4 na cabeça. Anal com a sua margem livre estrictamente redonda, sendo O oitavo raio o mais ouro, 2 na cabeg a, a base da nadadeira egual á 2/3 da altura. Ventraes 1 e 2/3 na cabeça. Aculeo peitoral muito forte e comprido, apenas mais curtos do que os raios, | e 2/5 na cabeça ; fortes dentes extro- sos no anterior e retrosos no bordo posterior do aculeo. Altura do pedunculo caudal 3 e 1/3 no comprimento da cabeça. Côr perdacenta marmorada de escuro; membrana opercular largamente margi- nada de branco, adiante dessa margem ha uma barra negra; uma larga ma- cula negra nas espaduas, as vezes projectada atravez do dorso, adiante do aculeo da dorsal e como uma facha lateral até a caudal; base da caudal parda escura; nadadeiras obscuras, muculadas de côr mais branca. Cabeça 3 4 3e 3/5; altura 5; Br. 7; D.1.+6; A. 11. Os maiores exem- plares conhecidos medem 30 centimetros.» (Eigenmann & Eigenm.) Habitat: Tocantins; Fonteboa; José Fernandes; Jutahy; Xingú; Obidos; Jamary, Teffe ; Villa Bella. A. DE MIRANDA RIBEIRO —FAUNA BRASILIENSE—PEIXES 237 282 Pinelodus ornatus,' Kner. CABEÇUDO ; MANDI-PIMINA; MANDI-GUARU D.1 + 16; A. 13 «Cabeça 4, maior altura do corpo 6 no comprimento total; a maior lar- gura entre as coberturas das guelras egual 4 altura do corpo. Os olhos grandes, transversalmente ovaes, ficam proximos ao perfil frontal, seu maior diametro é contido 4 e 1/3 no comprimento da cabeça, sua distancia da orla mandibular 2, interocular apenas egual á 1 diametro. Orla do maxillar supe- rior desenha um arco muito fraco; o intermaxillar é, tanto quanto elle ex- cede a maxilla inferior, provido de uma larga faixa de dentes um pouco mais curtos. O barbilhäo maxillar attinge a anai, em outro exemplar quasi elle chega além do apice da caudal, o barbilhão posterior ou exterior, attinge O meio da peitoral, o mental a parte posterior dos olhos. O alto da cabeça é moderadamente chato, a fontanelia longa, mais larga posteriormente; a ca- rapaça externa em parte granulosa, em parte rugosa, projecta-se lateral- mente para deante, até sobre as narinas posteriores e se eleva primeiro so- bre o robusto processo occipital, que se estende até a ponta do escuco basi- lar triangular da nadadeira dorsal, sem comtudo unir-se com este. A cara- paça projecta-se ainda para os lados e para baixo, n'um processo escapular que, de quasi egual comprimento como altura, articula-se em aguda ponta sobre o escudo escapular. A abertura das guelras projecta se até sob os barbilhões post-mentaes, o numero dos branchiostegos é de 10; não ha um annel suborbital osseo, o canal corre como um fino tubo osseo sob os olhos até o barbilhão maxillar; o póro peitoral é pequeno, o canal lateral não constitue reticulação alguma. O-aculeo dorsal é asperamente granuloso no lado anterior; no posteri- or fracamente denticulado e termina em uma ponta elevada, flexivel, quasi egual em altura aos dous raios immediatos; a altura desta nadadeira excede claramente á do corpo e é egual ao comprimento que vae da ponta da foci- nho ä orla posterior dos olhos. As nadadeiras ventraes articulam-se sob o extremo da base da dorsal, são pontuadas e os seus maiores raios são sguaes áqueile da anal que nas- ce sob o meio da adiposa e tanto quanto esta se projecta para traz. A adi- posa tem a base egual á altura da anal, porém mais baixa do que esta de metade; o anus fica logo em seguida ás ventraes. | 1) Ornatus (Lat.) ornado, enfeitado. 288 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL As peitoraes chegam até sob o meio da dorsal, o seu largo e chato aculeo é mais curto do que os raios que lhes seguem e é fortemente denticu- lado em ambos os bordos. A caudal, profundamente furcada, tem os lobos pontudos sub-eguaes quasi do comprimento da cabeça. Coloração: Dorso pardacento, lados e ventraes prateados ou tisnados de amarello; a parte anterior do tronco, até sobre as peitoraes parda escu- ra, depois segue-se a faixa clara que se projecta directamente da base do do aculeo dorsal sobre as ventraes, e atraz dessa, sobre a linha lateral, uma facha denegrida, mais larga, na origem, se projecta sobre a base da caudal onde termina apenas como uma linha. A grande macula ocellada sobre o meio da dorsal, tarja-a do aculeo ao 5º raio; no meio de cada lobo caudal ha uma facha longitudinal denegrida, as demais nadadeiras são como os bar- bilhões claras e immauladas. FIG. 113 — Pimelodus o natus seg. K-er. Os exemplares adultos concordam em coloração e colorido completa- mente com os mais novos, apresentam, porém, as seguintes differenças de edade. O comprimeito da cabeça é contido 3 vezes e 1/3 no comprimento total (sem nadadeira caudal), a largura é egual ao seu comprimento desde o meio do focinho até a orla do preoperculo e o mesmo da altura do corpo adeante da dorsal; da cervix até a dorsal o perfil sobe bruscamente como no joven, a largura da fronte é claramente maior, a distancia interocular equi- vale 4 2 e 1/2 diametros; o elmo torna-se mais forte e asperamente granu- lado na frente, a fontanella persiste, porém, do mesmo comprimento, como nos jovens e augmenta para traz ainda em largura. A mandibula, ao contra- rio, fica menos para traz dos intarmaxillares e os barbilhões, especialmente os maxillares, são mais curtos e attingem no maximo as ventraes. Processo humeral e escapular não mudam de forma, o póro peitoral torna-se grande, A. DE MIRANDA RIBEIRO—FAUNA BRASILIENSE—PEIXES 289 o aculeo dorsal espesso porém sem denticulação, o peitoral chato, largo e denticulado nos dous bordos. As peitoraes não se projectam tanto sobre as ventraes, como nos jo- vens, a adiposa mantem o seu tamanho relativo, os lobos caudaes são mais arredondados, pois que como geralmente, elles gastam as suas pontas e os lobos se arredondam, mantendo entretanto egual comprimento. O estomago constitue um grande sacco que se projecta té além da extremidade da vesicula natatoria e toma por conseguinte a maior parte da e extensão da cavidade abdominal; a vesicula natatoria de paredes muito espessas, sobrepuja-o mais em largura, é simples externamente, in- ternamente dividida em tres camaras que se communicam, das quaes, as duas posteriores, tal como nas especies de Arius e Platystoma, conduzem a pequenas cellulas por plicamentos tendinosos proeminentes; no extremo an- terior ella é recoberta por uma moderada camada muscular. O ovario da femea attinge apenas o começo do 2º terço do compri- mento da vesicula natatoria; a vesicula urinaria é pequena e disposta lon- gitudinalmente. O Imp. Museu (de Vienna) possue exemplares empalhados e em alcool, de 5 pollegadas 4 1 pé de comprimento, procedentes de Suri- nam, do Rio Negro e de Cuvabá. Natterer etiquetou-o como Silurus megace- phalus e com o nome provinciano de: Cabeçudo.» (Kner.) O Sr. Geeldi diz que este peixe tem, no Igarapé Mirim (Pará), o nome de Mandi-Pinima. Habitat: Amazonas, Prata e tributarios ; Rio Negro ; Para; Goyaz ; Co- rumbá e Matto Grosso. Laguna e Arroyo-Trementina. O Sr. Anizitz diz que na Laguna da Assumpção (Paraguay , elle é de- nominada Mandi-Guarú. 283—Pimelodus clarias, L. MANDI, MANDI-AMARELLO, MANDI CASACA, MANDI-DO-SALGADO, CURIACICA-DA-BRANCÁ D. 14.6; A. 10 Corpo vigoroso, elevado; cabeça moderadamente deprimida sobre o focinho, de perfil recto desde o labio superior até a placa dorsal. Bocca mo- derada, egual ä distancia que vae d'um á outro bordo anterior da orbita ; barbilhã maxillar attingindo o meio da dorsal ou da adiposa; mental a base e post-mental o meio do aculeo peitoral; narinas anteriores, poriformes, posteriores crescentiformes, obliqumente dispestas, tendo a concavidade 1) Clarias parece empregado aqui em vez de Callarias, que se julga ser uma designação antiga do Merlucio da Europa. 290 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL posterior. Olhos ellipticos, o seu maior diametro é egual á 1/2 da distancia interorbital ; operculo estriado ; alto da cabeça, post-temporal e processo humeral, grannlosos ; processo occipital egualmente granuloso, tringular, de bordos rectos; placa dorsal um tanto escutiforme, dando articulação ä um aculeo longo, quasi tão longo como o primeiro raio e provido de espinhos duplos retrovertidos no bordo posterior; toda a nadadeira dorsal apresenta um contorno trapezoidal e o seu bordo posterior é ligeiramente concavo ; maior raio (o primeiro) egual á distancia que vae da base do aculeo ao apice do ultimo raio, quando reclinado sobre o dorso. Peitoraes mediocres, tendo um aculeo moderado, deprimido, finamente denticulado no bordo anterior e fortemente no posterior ; as denticulações do bordo anterior são extrosas, as do posterior retrorsas, o aculeo é quasi do tamanho do primeiro raio. Ventraes mediocres, muito afastadas entre si, na base. Adiposa originando- se logo depois do vertice da dorsal, quando reclinada sobre o dorso, de contorno superior ligeiramente redondo ou angular como nas pirahybas; anal originando-se sob o meio da adiposa, ligeiramente falcada, tendo o 3º raio maior que os outros, caudal furcada, tendo o lobo superior um pouco maior que o inferior. Anus sobre a vertical baixada da ponta do aculeo dor- sal, quando reclinada. Plumbeo com maculas circulares negras sobre os lados do corpo, dispostas mais ou menos na intersecção de rectas longitudi- naes e transversaes. Uma nodoa preta por detraz do escudo dorsal, na base do fulcro. Parece ser o bagre mais variavel dos nossos rios. O Museu Na- cional possue dous exemplares procedentes de Penedo, Rio S. Francisco, trazidos pela commissão Hart que repesentam a descripção acima; acham- se um tanto descorados; tendo mesmo os raios caudaes damnificados. Um exemplar denominado por Schreiner Piramutana blochii e procedente do Pará, differe dos precedentes pela ausencia das maculas do corpo e pela nadadeira adiposa que é trapezoide, como a adiposa de uma Pirabyba; esse exemplar tem uma etiqueta com lettras que me parecem ser do punho de Jo- bert, onde se lê «mandy casaca». Outro exemplar, provavelmente do Rio Grando do Sul, porque tem a etiqueta trazendo lettra de von Ihering, onde se lê Pimelodus maculatus, reproduz o colorido commum e a adiposa da ci- tada Piramutana blochit. Eingemann & Eigenmann, tendo examinada cerca de quatrocentos exemplares desta especie, descrevem della cinco variedades: «a— Labios distinctamente plicados; barbilhão maxillar projectando-se até a base da anal ou ligeiramente mais longo ; barbilhão mental até cerca da base da nadadeira peitoral; post-mental até depois do meio dos peito- raes ; mentaes e post-mentaes comprimidos. Olhos 2 e 1/3 4 2 e 2/3 no fo- cinho, 5 á 5 e 3/4 na cabeça, 1 e 1/2 41 e 3/4 no espaço interorbital. Lar- gura da bocca cerca de tres na cabeça, dentes da maxilla superior ligeira- mente proeminentes sobre os da mandibula ; altura da facha intermaxillar 4 e 1/4 4 4e 1/2 na propria largura. Distancia entre as aberturas nasaes ante- A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 291 riores e posteriores, quasi egual ao diametro ocular. Operculo ligeiramente mais comprido do que esse diametro. Placa peitoral alongada, sub-elliptica, sua largura cerca de tres vezes no comprimento. Lobos caudaes pontudos, o superior mais longo do que a cabeça. Adiposa 4 4 4e 1/2 no compri- mento. Aculeo dorsal quasi egual ao comprimento da cabeça; o peitoral 1 e 1/5 4 1 e 1/2. As ventraes 1 e 1/2 4 2 na cabeça. Corpo com 4 ou 5 filas de grandes maculas negras ; maculas na cabeça ; äs vezes as maculas säo muito menores e irregularmente esquadradas, os especimens do Museu parecem-se muito com a figura dada por Lutken—Velhas Flodens 165; elles säo do Rio das Velhas, Urugauy, Giquitibä, Rio Grande e Buenos-Ayres. ‘ erca de 20 exemplares de Goyaz representam uma variedade interme- diaria entre esta e a que sesegue. Elles näo têm os labiospl cados, os barbi- lhões maxillares projectando-se quasi sobre a caudal, a placa humeral an- gulosa superiormente ; numerosas maculas na cabeça e no corpo. Seis ou- tros especimens do Rio Grande do Sul, do collecçäo do Imperador. Alguns destes têm tres series de maculas, outros têm seis ou sete series cobrindo os lados. Dous têm dentes nos pterygoides. «6—Aculeo dorsal mais curto do que a cabeça; placa-peitoral sub- rhomboide suas margens superior e posterior concavas, um angulo visivel en- tre as duas faces. Lobos caudaes longos e ponteagudos, sendo os raios nor- maes; lobo superior mais longo, attingindo ou approximando-se da base da caudal ; mentaes junto á base dos peitoraes, post-mentaes junto á base das ventraes. Olhos 1 e 1/3 no focinho, 3 e 1/2 na cabeça, 1 e 1/4 4 dous no espaço interorbital. Bocca no angulo, quasi egual av focinho, 2 e 1/342e34 na cabeça; uma porção da facha de dentes intermaxillares projectando-se adi- ante da maxilla inferior ; sua altura cerca de quatro á seis na propria lar- gura ; distancia entre as narinas anteriores e posteriores 1 e 1/2 nos olhos. Operculo mais estreito do que os olhos, seu comprimento 1 e 1/3 4 1 e 1/2 no diametro ocular. Processo humeral mais anguloso a mais delgado do que em qualquer outra variedade. Adiposa cerca de cinco no comprimento. Comprimento do aculeo dorsal quasi egual ao da cabeça, o peitoral e ven- tral 1 e 1/3 deste comprimento. Côr prateada, manchada de pardo, cabeça vermiculada de pardo ; corpo com cerca de quatro fachas longitudinaes de pardo, as vezes mais ou menos partidas em maculas; uma nodoa escura na base do aculeo dorsal; adiposa maculada de pardo;dorsal com as pontas de- negridas; outras nadadeiras uniformemente coloridas. Côr ás vezes uniforme. Esta variedade é uma das mais communs no systema do Amazonas. O Museu obteve especimens do Pará, Porto da Moz, Santarém, Obidos, Villa Bella, Coary, Teffé, Fonte Bôa, Tabatinga, Hyavary, Cudajäs, Rio Gonçalo, Rio Preto, Montalegre, Rio Puty, Manacapurú, Tocantins, Lago Aleixo, e Cometa. Esta variedade poderia ainda ser dividida; os exemplares mais occi- dentaes são mais uniformemente coloridos ; os signaes coloridos tornando-se 292 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL mais distinctos nos de Este,até Santarém,nestes a côr existe em arêas bem definidas, como foi dito. Em alguns exemplares o perfil é recto; em outros a ca- beça é deprimida, com um angulo assignalado na base do processo occipital. Em alguns exemplares o corpo é mais curto e espesso e as fachas late- raes interrompem-se em maculas, produzindo copias exactas da estampa de macrospila e arekaima. «c)—Um unico individuo (160 mill. Rio S. Francisco), em más con- dições, differe das descripções dadas acima. Focinho pontudo ; olhos gran- des, 3e 2/5 na cabeça 1 e 1/2 no focinho; barbilhões maxillares projectan- do-se até adeante da anal; Processo humeral recto inferiormente, curvo superiormente terminando em ponta aguda. Aculeo dorsal 1 e 1/3 na cabeça; aculeo peitoral tão alto como o dorsal, liso anteriormente e provido de acu- leos agudos e recurvos em toda a extensão, no bordo posterior. Distancia internasal 3 nos olhos.» «d)—Barbilhäo maxillar projectando-se até o extremo da adiposa, mental quasi até o meio das peitoraes ; post-mentaes até a base das ventraes. Olhos 2 no focinho, 4 e 1/3 na cabeça, 1 e 2/3 no espaço interorbital. Bocca, até o angulo, 3 no comprimento da cabeça. Maxillar superior projectando-se sobre o inferior, altura da facha de dentes intermaxillares não egualando quando, muito,a dos dentes mandibulares; espaço internasal 2 nos olhos. Operculo de largura egual ao diametro dos olhos. Processo humeral muito angular, rhomboide. Adiposa 1 e 3/5 na cabeça. Aculeo dorsal 1 na cabeça; aculeo peitoral 1 e 1/5; ventraes 1 e 1 e 1/5 na cabeça. Uniformemente obscuro, todas as nadadeiras obscuras, uma nodoa obscura na base do aculeo dorsal, as vezes uma estria clara ao longo da linha lateral. Os exem- plares do Museu são de Avary, Pará, S. Gonçalo, Içá, Jutahy, Rio Puty. O maior exemplar mede 250 mm.» «e)—Aculeo dorsal mais longo do que a cabeça, processo humeral triangular. Barbilhão maxillar chegando á frente da base da caudal, mental a frente da base das ventraes post-mental até junto da ponta das peitoraes. Olhos 2 vezes no focinho, 3 4 4e 1/2 na cabeça. Distancia entre as narinas anteriores e posteriores 2 nos olhos. Largura da facha de dentes intermaxil- lares cerea de 6 no proprio comprimento. Operculo quasi egual ao diametro ocular. Lobos caudaes ponteagudos, 1/3 mais compridos que a cabeça. Adi- posa quasi 5 no comprimento. Aculeo dorsal 1/3 mais longo do que a ca- beça ; aculeo peitoral cerca do comprimento da cabeça. Nadadeiras ven- traes pouco mais curtas que a cabeça. Cör pardacenta, branca inferiormente. Esta variedade reproduzindo o macronema de Bleekeré reprseutada por muitos especimens do Amazonas». (Eigenmann & Eigen-mann. Ainda os mesmos auctores reunem ä P. Clarios, P. altipinnis, Stend, o que nos parece um tanto forte; conservamos, por isso, esta ultima especie separada daquella. Habitat: America do Sul, ao oriente dos Andes, desde o Rio da Prata (Paraná) até o Rio Mamoni, no Panamá. A. DE MIRANDA RIBEIRO—FAUNA BRASILIENSE—PEIXES 293 284—Pimelodus altipinnis,' (Steind.) DRI GA 11 Cabeça 4 vezes no comprimento total, de perfil superior mui franca- mente s-forme; intermaxillares um pouco proeminentes sobre os mandibul- lares; barbilhões maxillares tendo a base ossificada e subarticulada, attin- gindo o apice dos maiores raios caudaes; post-mentaes passando o apice das ventraes, mentaes o apice das peitoraes; narinas como em P. clarias; fontanella terminando abruptamente no plano do bordo posterior dos olhos; FIG. 114— Pimelodus altipinnis, seg. Steindachner estes supero-lateraes, 6 vezes na cabeça, 1 vez e 3/4 no espaço interorbital, mais proximo da ponta do operculo do que da do focinho; lados deste,buche- chas e região suborbitaria, carnudos; vertex, processo occipital, post-tem- poraes, supraclavicular, clavicula e processo clavicular, nús; rugosos; pro- cesso occipital attingindo a placa predorsal que é dividida por um sulco transverso, em duas porções. Aculeo peitoral attingindo o plano da base do 3º raio dorsal, denticulado no bordo posterior; ventraes sob o 5º raio dorsal não attingindo a anal que termina sob a adiposa ou um pouco além quando reclinada; adiposa começando no ponto em que o apice do ultimo raio dor- sal toca o dorsal e dahi elevando-se em curva suave, que depois desce da 1) Altipinnis (Lat.)— de nadadeiras (pinnæ) elevadas (alte). 294 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL mesma forma até apice,maior altura dessa nadadeira 6 e 1/2 vezes na base; caudal furcada com os lobos muito longos e pontudos. Coloraçäo argentea mais obscura no dorso. As dimensöes da adiposa variam muito. Habitat: Amazonas. 285— Pimelodus valenciennis,' Lutken MANDÍ EST. 42—FIG. 2 D. 1 + 6; A. 17 (15 4) Cabeça 3 e 1/2, deprimida, de contorno anterior parabolico elevando- se o perfil desde a linha posterior dos olhos até a base da dorsal em uma curva fracamente convexa; bocca anterior, de largura contida 2 vezes e 2 e 2/3 no comprimento, com a maxilla superior proeminente; os dente peque- nos, n'uma estreita facha oculta entre papillas da mucosa; barbilhões maxil- lares attingindo a anal,comprimidos, tænioides; os post-mentaes e mentaes na mesma linha de inserção, attingindo o apice das peitoraes; os mentaes ligei- ramente mais curtos; olhos grandes, lateraes, tangentes á horizontal do an- gulo da bocca; 5 vezes na cabeça; 2 no espaço interorbital; pre-frontaes salientes no angulo anterior dos olhos; fontanella até um pouco atraz da li- nha posterior da orbita, dilatando- se de diante para traz e seguindo, depois, numa depressão baixa até a base do processo occipital; este forte, triangular tendo a base perfeitamente delimitada por quatro linhas, duas obliquas an- teriores formando um angulo antevertido e duas outras posteriores lateraes parallelas entre si: o processo attinge a placa dorsal que é em ponta de fle- cha, mas cujos processos postero-lateraes são ligeiramente curvos para a frente; todo o alto da cabeça fortemente estriado, granuloso e bem assim o processo clavicular; dorsal tendo o aculeo estriado anteriormente e denticu- lado posteriormente; peitoraes com o aculeo fórtemente denticulado nos dous bordos, ventraes posteriores a vertical da base do ultimo raio mas não attingindo a anal; adiposa do mesmo comprimento que a anal, trape- zoide; caudal furcada, com o lobo superior ligeiramente maior; argyreo, plumbeo na parte superior; barbilhões, orla da dorsal e caudal denegridas, as outras nadadeiras brancas amarelladas. 1 exemplar medindo 1/6 cm. Habitat: Rio Paraná—Camaquan—Guahiba. 1) Velenciennis (Latinisação) de Achilles Valenciennes, Preparador, depois Naturalista Ajudante do Museu de H. Natural, e por fim Professsr de Zoologia na Escola de Pharmacia de Paris, ich- thyologista famoso, collaborador de Cuvier na Hist. Naturelle des Poissons. Elle só redigio os 5 ultimos volumes, tendo aliás recolhido apontamentos e material para toda a obra. Fôra collabora- dor de Lamark e Lacépède. Nasceu em 1794 em Paris e ahi morreu em 1865, era filho de um dos ajudantes de Daubenton. ‘(u9%}n7 9 19401M) SIUUSIIUIIEA « — ÿ N (J) seuep snpopung — I "ld “Id Ney » oulges dun ypimyos ‘Î ‘youd “qiy ‘HW OP “Vv A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 295 286—Pimelodus fur (Lutken) PAPA-ISCA D. 1 + 6; A. 12 «Muito semelhante 4 /heringichthys westermanni: cabeça e corpo me- diocremente comprimidos, focinho mais estreito do que largo: maxilla supe- rior proeminente, bocca mediocre, circumdada por um labio reflexo; área dentigera da maxilla superior mais estreita do que a da mandibula. Cabeça FIG. 115 — Pimelodus fur, seg. Lutken toda recoberta de pelle delgada, não granulosa; cabeça mais de 5 1/2 no comprimento total, incluída a caudal que é profundamente furcada. Diame- tro ocular da largura da fronte espaço interorbital); comprimento da cabe- ça, excede de 1/30 quadrupulo do espaço interocular. Aculeo dorsal egual ao da peitoral, e ä 1/3 do comprimento da cabeça; aquelle mais espesso, forte, agudo, quasi recto, liso anteriormente, fortemente serrilhado no bordo posterior; os peitoraes mais largos e mais curvos, com a parte interna an- terior serrilhada, a posterior mais fortemente serrilhada até a ponta. Dorsal quasi egualando ao espaço que a separa da adiposa, esta egual ao dobro ou a mais do dobro da anal. Barbilhões maxillares attingindo a base da caudal; as mandibulares, mais curtas, chegam á base das peitoraes. Côr fusca, indistinctamente maculada, cerca de 23 cm.» Lutken. Habitat: Rios S. Francisco, das Velhas, (Minas e Bahia) Irisanga, Rio Branco; Barra do Rio Negro; Rio Paraguay (Corumbá, Matto Grosso.) 296 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL 287—Pimelodus agassizi,' (Steind.) Di GERA «Comprimento da cabeça até a abertura das guelras 4e 1/3; altura do corpo 6 no comprimento do corpo; largura da fronte 3, comprimento do fo- cinho cerca de 2 e 1/3, diametro ocular 5, largura da cabeça le 2/3 no FIG. 116—Pimelodus agassizi, seg. Steindachner comprimento da cabeça. Toda a parte post-orbital do alto da cabeça fina- mente granulosa. Processo occipital pequeno, não attingindo a placa basilar da dorsal. Fontanella frontal dilatando-se um pouco para traz e de largura egual ao diametro ocular cujo plano posterior ella attinge; uma pequena fon- tanella oval, immediatamente na frente da base do processo occipital. Barbilhões longos teniiformes, maxillares e post-mentaes projectando- se até além da parte posterior da base da anal; mentaes, até quasi á ponta das ventraes. Aculeos dorsal e peitoral delgados. Adiposa muito longa; ori- ginando-se immediatamente atraz da dorsal contida 2 e 1/2 no comprimento do corpo. Barbilhões e peitoraes cinereos deregridos. Parte posterior das ventraes e superior da dorsal punctulada de cinsento» cerca de 195 millime- tros. (Steindachner) Habitat: Pará. Amazonas. 1) Agassizi—de João Louis Rodolpho Agassiz, nascido em Motier, Suissa, em 1807 e morto na Am. do Norte, em Cambridge, no cargo de Director de Zoologia Comparada, onde elle guardou todo material colligido durante sua viagem ao Brazil em 1865 e 1866. Era principalmente geologo, paleontologista e ichthyologo tendo se celebrisado por muitos trabalhos de valor. A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 297. Esta especie, € muito proxima, se näo for uma variedade de Pimelodus altipinnis, a julgar pela boa estampa dada por Steindachner. As differencas pricipaes jazem na forma do processo occipital, dos acules dorsal e peito- raes, proporção dos olhos e arcada scapular. 288—Pimelodus platanus,' (Gunther) D. 16; Ps. 1 + 13; À. 12 Cabeça recoberta de pelle superiormente; processo occipital estreito ; escudo predorsal ausente. Adiposa alta com o comprimento egual a 2/9 do total (sem a caudal) egual 4 sua distancia do quito raio dorsal. Barbilhões ma- xillares projectando-se até a origem da adiposa, indo os externos na mandi- dibula á origem das peitoraes. Comprimento da cabeça um pouco maior do que 1/4; focinho um tanto longo e espatulado, com a maxilla superior pro- eminente sobre a inferior. Os olhos occupam quasi o meio do comprimento da cabeça, tem as margens orbitaes livres e á cerca de 1/2 da largura do espaço interorbital; seu diainetro é 1/) do comprimento da cabeça. Os pri- meiros raios peitoral e dorsal não espinhosos. Caudal profundamente fur- cada, côr uniforme. Comprimento do exemplar 13 pollegadas. — Paraná, (Rio)» (Gunther), Piracicaba, S. Paulo. 289—Pimelodus pati,’ (Cuv. & val.) PIRACATINGA Dra ae Atl: «Largura, sob o primeiro aculeo dorsal, menor do qne a altura, termi- nando em um delgado pedunculo caudal. Cabeça ampla, sua largura 1 e 2/3 no comprimento; focinho comprido, d primido, espatulado, sua largura no canto duas no comprimento da cabeça; a metade superior da bochecha, re- giões nasal e occipital cobertas por pelle reticulada. Processo occipital uma simples ruga. Olhos posteriores ao meio da cabeça 5 e 1/2 vezes no focinho, 11 na cabeça-e 2 e 2/3 no espaço interorbital, 3 e 3/4 diametros atraz do an- gulo da bocca; esta ampla, maxilla superior ligeiramente prognatha; largura da facha mand bular de dentes egual ao diametro ocular; facha intermaxillar dos dentes mais elevada nas orlas externas, que são emarginadas. Barbi- lhões maxillares um tanto compridos chegando á ponta das ventraes ou adiante da região anal; mentaes inseridos quasi directamente na frente dos 1) Platanus—La Plata. 2) Pati, nome vulgar do peixe em Corrientes. 6378 298 7 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL post-mentaes e chegando 4 frente da base das peitoraes ; post-mentaes ade- ante da base das ventraes. Rastros curtos ligeiramente sobrepostos 4,13. Primeiro raio dorsal delgado articulado na sua metade superior, porém nao ramificado, mais comprido do que os raios seguintes 1 e 1/5 na cabeça; raios dorsaes diminuindo rapidamente em altura até o ultimo que € menor do que 1 2 do comprimento do primeiro. Nadadeira adiposa 3 e 1/44 4 e 1/4 no comprimento. Caudal profundamente furcada com os dous lobos prolongados e pontudos e eguaes em comprimento 4 cabeça. Margem livre da anal emarginada. O quarto raio é o mais elevado, 2 e 1/5 na cabeça. Ventraes inseridas atraz da vertical do ultimo raio dorsal, 1 e 3/5 äle 1/2 na cabeça. Primeiro raio peitoral semelhante ao primeiro dorsal, com dentes curtos na sua mar- gem posterior, o comprimento do maior raio attingindo a base das ventraes, nos exemplares maiores e contido 1 e 1/5 na cabeça. Pardo claro, pratea- do inferiormente, com maculas escuras ao longo dos lados; uma raia escura na frente dos olhos, pontas dos raios dorsaes escuras. Cabeça 4, altura 7 (Eigenmann & Eigenmann, sobre 14 exemplares procedentes do Rio da Prata.) Habitat: Rio Branco (junto ao forte S. Joaquim, N. do Brazil), Rio (Paraná) da Prata. Steindachneria, I Eigenm. & Eigenm. Proc. Calif. Acad. Sci. II° Ser. I—137—1888. Cabeca grande, deprimida; bocca ampla, anterior, provida de dentes vomerinos em facha ou em duas placas ovaes isoladas, dentes palatinos au- sentes; os maxillares e mandibulares em facha de bordos parallelos sem prolongamento lateral; barbilhöes mediocres, teretes; narinas pouco afasta- das entre si; olhos supero-lateraes; fontanella estreita, mediocre; processo | occipital terminando mais ou menos proximo à placa predorsal que é lon- gamente triangular; acculeo dorsal fraco, terminando em ponta membrano- sa; peitoraes idem, adiposa maior que a anal. Exclusivamente brasileiro. | Maior altura do corpo 1e 14 no comprimento da cabeça Processo occipital attingindo perfeitamente a placa pre- , caudal bi-lobada D 1 -|- a dorsais Pre: A Shee PENSER MERE ETES 22 3 S. parahybe. \ \ I altura do corpo 2 a 2 e 1/2 no comprimento da ca- Especies . beça. Processo occipital não attingindo perfeitamente a placarpredorsal 2... eee eel eaten Pe S. doceana. Crvdaliredonda inteiras D MERDE RENE PEER RR SR S. amblyura. 1) Steindachneria ; Designação em honra do Prof. Dr. Franz Steindachner, do Museu de Vienna que tanto tem trabalhado sobre os peixes do Brasil. ND le] o) A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE— PEIXES 290 —Strindachneria parahybæ,' Steind. BAGRE, SURUBI Est. 43 D.1i +7; A. 12—13 Cabeça grande, deprimida, 3 e 1/2 no comprimento do corpo; bocca anterior, 1 e 1/2 na cabeça, maxilla um pouco proeminente, dentes vomeri- nos n'uma facha transversa, de contorno posterior concavo; barbilhões ma- . xillares attingindo a ponta das peitoraes; post-mentaes 4 base d'essas nada- deiras; mentaes a orla da membrana branchiostega ; aberturas branchiaes estendendo-se até adeante dos olhos ; narinas anteriores proximas á base dos barbilhões maxillares, as posteriores ä um diametro ocular d'estas e ambas providas de uma orla membranosa ; olhos á meio comprimento da cabeça, 2 e 2/3 43e 1/2 vezes no espaço interorbital; fontanella estreita, um pouco mais prolongada adiante do que atraz dos olhos; processo occi- pital tocando a placa predorsal, longa e agudamente lanceolada ; peitoraes ligeiramente falcadas, com o aculeo deprimido, terminando em ponta molle e densamente revestido de pelle, de comprimento do aculeo dorsal que é da mesma forma; ventraes amplas, immediatamente posteriores á base do ultimo raio dorsal e marcando com o apice o plano da papilla urogenital ; adiposa elevada, espessa, em forma de lamina de yatagan, com a base ori- ginando-se imperceptivelmente aquem e terminando após a base da anal; esta arredondada, terminando um pouco adiante do plano em que termina a adiposa; caudal moderadamente furcada. Parda olivacea, an- terior e superiormente, esvaecendo para o branco nas partes posterior e inferior, profusamente maculada de negro, violaceo na cabeça, parte superior do corpo e nadadeiras (exceptuada a pagina inferior das nadadeiras pares, que é da côr do ventre ; as maculas do tronco, depois da dorsal, vão au- gmentando sendo as maiores as da região da adiposa. Habitat: Rio Parahyba, rio Pomba. 29i—Steindachneria doceana, Eigenm. & Eigenm. D ALA ER A, «Esta especie parece-se com S. parahybæ na forma da caudal, dentição do vomer, comprimento dos barbilhões e raios das nadadeiras. Difere gran- demente na forma da cabeça e na côr. Cabeça grande, deprimida, sua altura 1) Parahybæ -do rio Parahyba. 2) Doceana—do rio -Doce. 300 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL na base do processo occipital 2 e 1/3 43 no proprio comprimento ; sua lar- gura 1e 2/9; maior altura do corpo 2 a 2 e 1/2 no comprimento da cabeça; processo occipital largo, não attingindo perfeitamente a longa e triangular placa predorsal. Fontanella frontal alongada. Olhos medianos, 3 e 1/5 4 5 no focinho, 3 á 3 e 1/2 no espaço interorbital, 8 ä 11 na cabeça. Barbilhões maxillares attingindo o meio da dorsal, no menor, ou o meio da peitoral no maior exemplar ; mentaes ás aberturas das guelras ; post-mentaes 4 frente da base das peitoraes no exemplar menor, mais curta no maior. Nadadeira dorsal como em parahybæ. Base da adiposa 1/4 4 1/5 mais comprida do que a base da anal. Aculeo peitoral rijo, fortemente serrilhado na sua mar- gem interna no exemplar menor. Lados e toda parte superior parda escura com maculas e vermiculações claras. As nadadeiras impares e a face supe- rior das nadadeiras pares claras, profusamente maculadas de escuro; as ma- culas da dorsal e peitoraes, coniluentes em barras e estrias, nos exemplares maiores ; adiposa colorida como o dorso ; face ventral e pagina inferior das nadadeiras pares unicolores. Cabeça 3 e 3/5 ou 3 e 1/2; altura 6 e 1/2 ou 7 e 1/2. 9 exemplares de 37 4 74 centimetros. (Eigenmann & Eigenmann). Habitat: Rio Doce. 292 —Steindachneria amblyura,' Eigenm. & Eigenm. D. 1 + 6; A. 12 «Dr. Steindachner descreveu o seu P. parahybe, sobre um exemplar de 56 cent. de comprimento e referiu os outros exemplares do Museu de Zo ologia Comparada de Cambridge, dos rios Jeguitinhonha e Doce ä esta es pecie. Uma comparação de todos estes especimens mostra que os de Jequi- tinhonha differem grandemente dos do Parahyba, nada mais tendo em commum senão a côr. Escolhemos exemplares de tamanho egual, dos dous rios, para camparação. Corpo delgado. Cabeça muito deprimida, sua lar- gura no angulo da bocca é 2/3 de sua maior largura, que é egual ao com- primento da cabeça; maior altura da cabeça 2 e 13 no proprio compri- mento. Olhos 8 e 1/2 na cabeça, 3 no focinho, e 3 e 1/2 no espaço interor- bital, 4 1 diametro do angulo da bocca. Rastros 4 + 9 ou 12. Aculeo dorsal delgado, 2á 2 e 1/2 43 vezes na cabeça, com os raios 1 e 3/4 4 2. Base da adiposa quasi o dobro da base da anal. Aculeo peitoral 2 vezes na cabeça, com dentes agudos no bordo interno; margem externa aspera em toda a extensão. Ventraes projectando-se em 1/2 extensão para traz do anus. Mem- branas das nadadeiras delgadas. Parte superior pardacenta, com maculas 1) Amblyura (Gr.) de amblys grosseiro, obtuso e oura, cauda. A. DE MIRANDA RIBEIRO—FAUNA BRASILIENSE—PEIXES 301 redondas, que são menores sobre a cabeça, ás vezes confluentes em vermi- culações. A adiposa e caudal maculadas ; membrana da dorsal, ás vezes, com series verticaes de maculas:; outras nadadeiras obscuras. Parte inferior unicolor. Cabeça 4; altura 7 e 1/3.» (Eigenm & Eigenm.) Habitat : Rio Jequitinhonha. Platynematichthys,! Bieeker. Neder. Tydschrift Dierkunde, 1-99-1863 Fórma robusta, cabeça revestida de pelle, bocca anterior, provida de dentes em facha muito larga no meio e de uma facha de dentes vomeri- nos; barbilhöes tænniæformes, grandes; processo occipital attingindo a placa predorsal ; nadadeira desse nome, elevada ; peitoraes grandes, com 0 aculeo forte ; anal maior ou menor do que a adiposa. Peixes grandes, intei- ramente fluviaes e brasileiros. Base da adiposa mais curta do que a anal. Pardo : ge: pintado deipretos A plo tee P. punctulatus. Especies conhecidas . lee da adiposa muito maior do que a anal. Bardoiniionne aan ONE ARE RENE P. araguayensis. 293 - Platynematichthys punctulatus,? (Kner.) MESTIÇO ; CARAVATAI D.1 + 6; A. 16 «Comprimento da cabeça 1/5 do total; largura entre as coberturas das guelras egual á distancia que vae da ponta do focinho ao preoperculo e, a maior altura anterior á dorsal, cerca do comprimento da cabeça. O con- juncto do focinho. até os barbilhões maxillares, quasi semicircular ; o angulo da bocca chega até sob o bordo anterior da orla ocular, ambas as maxillas são de egual comprimento e as fachas dentarias das mesmas, muito largas, especialmente no centro (10 linhas ); a dos intermaxillares é continua, a dos mandibulares, porém, é dividida ao meio ; em ambas, sobretudo na ultima, os dentes se projectam para fóra, de modo que a orla oral apparece exter- namente tambem provida de dentes. O arco dentario transverso sobre o vomer é posteriormente, onde elle é mais largo, menor quasi de metade (10 linhas) da largura da facha intermaxillar e separado d'esta apenas por um estreito espaço. Os palatinos são edentulos. Os olhos ficam com a orla 1) Platynematichthys (Gr .) de platys, chato, nema, fita, barbilhão e ichthys, peixe. 2) Punctatus (Lat.)—pontuado. 302 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL anterior ä mesma distancia da ponta do focinho que do preoperculo (o seu centro fica portanto mais perto deste); são abertos para os lados, quasi em angulo recto, longitudinalmente ovaes e 4 cerca de dois diametros da orla maxillar, 4 á 4 e 1/2 um do outro. Us barbilhões maxillares comquanto res- secados, da largura de 1/4 de pollegada, chegando além do meio do com- primento da dorsal, os externos ou posteriores mandibulares, um pouco mais estreitos, os anteriores apenas do comprimento da metade destes, são ao mesmo tempo de menor largura ; todos terminam em uma delgada facha e são providos de uma orla cutanea que se torna mais larga na base. As narinas são redondas, as posteriores proximas aos olhos,as anteriores, me- nores, juntas á orla rostral. O vertex apparece, atravez da espessa pelle translucida, enrugado longitudinalmente, assim como o processo occipital que attinge a placa predorsal obtusamente carenada e que, sendo de largura sub-egual em toda a extensão, termina com um contorno cordiforme; o escudo dorsal, egualmente revestido de pelle e enrugado, é triangular e tão largo quanto longo. O operculo mostra sulcos e rugas irradiantes para fora, sua orla posterior € emarginada. Branchiostegos—8 á 9. O aculeo dorsal xiphoide, curvo, attinge, apesar de ter a ponta que- brada no nosso exemplar, a altura do corpo e tem estructura semelhante ä que se nota no genero Galeichtys ; a orla desta nadadeira é, como a da anal, de contorno semilunar; a base da quasi triangular adiposa é mais curta do que a da anal. As relativamente pequenas ventraes apenas passam 0 póro anal, o seu ultimo raio interno é o mais curto, porém, robusto. As peitoraes são as mais robustas, o seu espesso aculeo, com os seguintes raios de egual comprimento, attinge o extremo posterior da dorsal e é, no bordo anterior, fracamente e no posterior, junto á ponta, fortemente denticulado. O processo escapular triangular apenas mais comprido do que alto. Pôro peitoral ausente. Caudal furcada,o lobo inferior mais largo, arredondado; o superior pontudo e alongado comquanto jamais ficando no nosso exemplar e som- mando pouco mais de 2/3 do comprimento da cabeça). À linha lateral envia o maior numero de tubos lateraes para baixo, o menor, e isso mesmo mais sobre a cauda, para cima; a rede, em que elles se ramificam, alarga-se d'ahi até sobre mais de metade da linha lateral ( des- coberta tambem acima della )e deixa a maior parte da pelle livre. Côr uniformemente parda até a região inferior que é esbranquiçada ; até onde vae a coloração parda, é todo o peixe coberto de maculas sub- eguaes, regularmente redondas, pretas, as quaes, comtudo, faltam nas na- dadeiras pares. Comprimento total do maior exemplar tres pés, do menor dous pés, todos dous são empalhados e do sexo feminino.» (Kner). Habitat : Rios Guaporé, (Forte do Principe da Beira) e Branco, A. DE MIRANDA RIBEIRO—FAUNA BRASILIENSE—PEIXES 303 294 - Platynematichthys araguayensis,' (Cast.) DEI TEA 9 «Cabeça 4 e 4/5, altura 5 e 4/5, sem caudal; olho 1/6 na cabeça; angulo da bocca anterior ao bordo anterior dos olhos; barbilhões maxillares attin- gindo o apice das ventraes, post-mentaes a axilla d'essas nadadeiras, men- taes quasi o apice das peitoraes. Dorsal elevada com o aculeo apenas as- pero no bordo anterior e isso mesmo junto ao apice; adiposa longa, 2 1/2 vezes no comprimento (sem a caudal) total; peitoraes com o aculeo attin- gindo a vertical do ultimo raio dorsal e attingindo com o primeiro raio a base das ventraes; esta nadadeira provida de aculeo anterior 4 adiposa; anal ligeiramente falcada, situada sob o extremo posterior da adiposa; caudal sub-truncada; linha lateral presente. Côr castanha, alvadia na parte inferior do peixe. Comp. do exemplar descripto 67 centimetros» (Casteln). Habitat: Araguaya. Pirinampus,’ (Bleexer) Ichth. Arch. Ind. — Siluri, pag. 198 — 1858 Corpo e cabeça glabros, bocca ampla, com o angulo posterior á im- plantação dos barbilhões maxillares, tendo apenas uma facha de dentes vil- liformes nos intermaxillares e outra identica, interrompida no meio, nos mandibulares. Barbilhões em numero de 6, muito longos, porém menores do que o corpo, comprimidos e um tanto largos. Olhos latero-superiores, pe- quenos; fontanella seguida de um sulco até sobre o processo occipital; este terminando proximo á placa dorsal reniforme. Dorsal elevada, com o aculeo flexivel, articulando-se sobre a axilla das peitoraes que são previdos de aculeo egualmente flexivel, porém serrilhado, essas nadadeiras são grandes e bem assim as ventraes; anal mediocre, adiposa moderadamente elevada, porém occupando a linha dorsal numa extensão que vae de sobre as ventraes ao apice do ultimo raio anal, caudal furcada. Linha lateral presente, ligeira- mente tubulada. Fluviatil, contendo apenas uma especie conhecida. 1) Araguayensis — do Araguaya. 2) Pirinampus — Latinisação do nome indigena do peixe Pirinampu, corruptéla de Pira-inambu (Pira peixe e inambu ave do genero Crypturus). 304 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL 295— Pirinampus pirinaınpus,' Ag. & Spix. PIRINAMPU, BARBADO D. 1 + 6; A. 11 Forma curta, robusta; cabeça glabra, deprimida, anteriormente de perfil elevando-se até a dorsal; bocca ampla, aberta até quasi sob a orla anterior dos olhos; dentes nos intermaxillares e mandibulares em uma facha ampla; barbilhôes muito desenvolvidos; os labiaes originam-se aos lados e para traz das narinas anteriores, attingem o meio da anal; os post-mentaes pouco- menores, os mentaes o extremo das ventraes. Olhos pequenos, cerca de 1,10: da cabeça, latero-superiores; operculo venulado. A placa dorsal é um tanto: cordiiorme e como o processo occipital revestida de pelle; fontanella termina no plano da orla posterior dos olhos e é seguida de um sulco que vae ao processo occipital. Dorsal grande, com o aculeo flexivel; originando-se sobre a axilla das peitoraes o aculeo é maior do que os raios que dimi- nuem gradativamente de extensão; as peitoraes têm o aculeo serrilhado nos bordos, porém fraco na extremidade e tambem maior do que os raios; estas nadadeiras attingem a axilla das ventraes que por sua vez attingem a anal; esta nadadeira é moderadamente falcada. A adiposa começa a um diametro ocular da base do ultimo aculeo dorsal e termina sobre o extremo do ultimo anal; é bastante elevada e de contorno marginal curvo; caudal furcada. Ci- nereo glauco; albicante inferiormente. Como ınuito bem diz Natterer, o nome de Pirinampu, em Matto Grosso, é Barbado. Habitat: Guyana, Venezuela, Norte do Brasil, Tocantins, Amazonas e tributarios, Paraguay. Platystomatichthys,’ sleeker. Nederl. Tydschf. Dierkunde, 1, 98—1863. Este genero encerra a mais notavel das formas de silurideos dos nossos rios. ; Corpo moderadamente subfusiforme, comprimido, cabeca grande tendo o focinho muito desenvolvido em uma projecção rostral, da maxilla supe- rior, cuja face inferior é totalmente occupada por dentes villiformes; os den- tes vomerinos occupam uma placa mediana, transversa, pequena, isolada das fachas platinas por um amplo interespaço; estas egualmente pequenas e dispostas em angulo recto com a primeira citada, mandibulares em facha 1) Vide etym. do genero. 2) Platystomatichthys (Gr.) de Plctys chato stoma bocca e ichthys peixe. i da ad A..DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 305 dividida ao meio; narinas afastadas da ponta do rostro; olhos superiores, moderados barbilhöes, osseos na base; processo occipital attingindo a placa predorsal; base da adiposa maior que ada anal; linha lateral com ossifica- ções granulares e reticulações anteriores. Especie conhecida: P. sturio. 296—Platystomatichthys sturio,! (Kner.) SORUBIM-MENA--PIRAJAPEAUA—PEIXE-LENHA DE 1.26: Ar 12415 D’este peixe que conhecemos apenas pelos autores que d’elle trataram, os quaes citamos na parte bibliographica, disse Kner: «O comprimento da cabeça é contido 3 vezes no do corpo, sua largura entre os operculos é egual approximadamente ao comprimento da projecção FIG. 117—Platystomatichthys sturio, seg. Kner. rostral sobre a mandibula; a cabeça torna-se por isso, desde a abertura das guelras até a ponta do rostro, conica; os olhos são transversamente ovaes e ficam muito para traz, (sobre o fim do 3º quarto do comprimento da ca- 1) Sturio (Lat.)—o esturjão. 306 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL beca , inteiramente proximos ao perfil frontal, a um pouco menos de 2 dia- metros um do outro, um pouco mais distantes da abertura das guelras, a 3 das narinas posteriores e seis da ponta do focinho. Em consequencia da projecção do rostro ficam aqui as duas narinas anteriores excepcionalmente á 2 e 1/2 diametros da ponta rostral. O meio da fronte é fortemente concavo e percorrido pela larga e comprida fontanella. O vertex atraz dos olhos é granuloso; o processo occipital, furcado, attinge a placa predorsal; os frontaes medianos e preorbitarios, são fraca e longitudinalmente furcados. Na ponta do rostro ha, como no Esturjão, um revestimento rugoso que comprehende toda a largura anterior do mesmo. O barbilhão maxillar origina-se quasi justamente no meio da distancia entre a ponta do focinho e os olhos; e é provido de uma peça basilar resis- tente (os maxillares superiores). Os barbilhões mentaes e post-mentaes apenas chegam além da base das peitoraes, os anteriores são mais curtos. O lado inferior do rostro é, como mostra a figura 117, em toda a extensão, provido de dentes ponte- agudos, qual uma raspadeira; a metade inferior da parte nua dos barbilhões maxillares tem, em cada lado uma orla triangular, mais larga ahi e na ponta muito estreita. Os dentes da projecção rostral ligam-se estreitamente á larga facha dentaria intermaxillar; a placa vomerina tem uma facha dentaria sim- ples, mediocre, transversamente reniforme, a qual fica separada das placas semelhantes dos palatinos. A facha dentaria da mandibula é aqui mais larga do que nas especies mais proximas e dividida na linha mediana. O numero dos branchiostegos attinge apenas a 9. A dorsal origina-se adeante do meio do corpo; o seu aculeo delgado, porém denticulado tanto adeante como atraz, é de altura egual ao comprimento da base; ella é moderadamente truncada para traz. A adiposa tem entre todas o maior comprimento da base e eleva-se logo a uma altura que é egual ao extremo da cauda. A anal pontuda e fortemente truncada, chega quasi tanto para traz quanto aquella. O moderado aculeo peitoral é deprimido e denticulado em quasi todo o bordo posterior. O pro- cesso clavicular que termina em ponta, pequeno; o poro peitoral moderado; a caudal profundamente entalhada, pontuda, com os lobos de egual com- primento. A linha lateral emitte sobre a cauda e parte posterior do ventre ram - ficações inferiores; na metade inferior á dorsal, ella se eleva porém em for- ma de tuberculos asperos e a pelle torna-se até o perfil abdominal percorri- da por muitas reticulações (veias) que, de resto, se estendem tambem acima da linha lateral, de modo que esta região ca pelle, apresenta o aspecto da superficie de uma folha de dicotyledonea. Sob o canal cephalico o ramo suborbital é o mais forte, elle recorta toda a face com uma bonita reticula- ção que se dilata mais amplamente, como ramificações, até sobre os barbi- Ihöes maxillares e se separa, então, mais amplamente, em galhos que se projectam 4 ponta do rostro. A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 307 Coloragäo: Dorso pardo avermelhado. Lados e ventre prateados; sob o extremo da dorsal um grande ocello denegrido maior e um segundo an- terior á adiposa, sobre a linha lateral; dous menores contiguos, negros, retintos, um adiante e outro sobre a base do lobo caudal superior; todas as nadadeiras immaculadas, assim como os fortes barbilhões maxillares amarellos esbranquiçados desde a base. O comprimento total do nosso unico exemplar, que é macho, é de 12 pollegadas e 3 linhas, o comprimento do barbilhão maxillar sósinho 20 pollegadas. À vesicula é como nas espe- cies visinhas, recoberta de uma forte camada muscular, simples, alongada, seu ducto pneumatico amplo; interiormente constitue ella, em cada lado do extremo anterior, uma ampla cavidade; no posterior, porém, ella é dividida por enrugamentos transversos salientes em numerosas cellulas, entre as quaes ha uma communicação que liga a metade esquerda com a direita. Os testículos jazem na superficie anterior da vesicula natatoria e apresentam um aspecto esfarrapado ou melhor fortemente franjado. Procede do Rio Branco e foi etiquetado por Natterer com o nome de Sorubim-Mena.» Rodrigues Ferreira figura na estampa 46 um exemplar que tem os lobos caudaes prolongados em filamento. Os Profs. Eigenmann dizem: Caudal profundamente furcada, com os raios externos maiores do que a metade do comprimento do corpo; numerosos raios basilares. Por estes autores sabe- mos tambem que a parte ossea ou rija dos barbilhões maxillares mede mais de metade do comprimento d’estes. Goldi, que o obteve do Pará e Amazonas inferior, diz que o seu nome vulgar ahi é Sorubim, Pira-japé-auá e Peixe-Lenha. Habitat: Rio Branco, Amazonas, Rio Muria, Curucá, Pará. Surubimichthys,' Bieeker. Nederl. Tydschr. Dierkunde, 1—98—1863. Cabeça grande, muito deprimida, revestida de pelle fina; bocca antero-. inferior, inter-maxillares muito proeminentes com uma ampla facha dentaria seguida da dos vomerios e palatinos, que é sómente dividida por um sulco médio anterior; barbilhões maxillares com a base ossea, caracteristicamente curvos sobre o angulo da bocca; fontanella muito pequena e estreita, pro- cesso occipital largo, recebendo a ponta da placa predorsal n’um entalhe posterior; olhos mediocres, superiores. Dorsal elevada, com o aculeo termi- 1) Sorubimichthys—Soruby ou Sorubim, nome brasilico designando o peixe do genero Sorubim adeante citado, ichthys (Gr.) —peixe. 308 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL nando em ponta molle; ventraes pouco posteriores ao plano da base do ultimo raio dorsal; adiposa sobre a anal menor que esta, que, por sua vez é mais alta do que longa. Coloragäo variavel. Especie conhecida: S. planiceps. 297—Sorubimichthys planicepis,! (Agass. & Spix.) PIRAUACA, PIRAYAPEA, PIRAYAPEANI 2 Est. 44 fig. 1 D. 1 + 6; A. 12 («ou 13) D’esta especie possue o Museu Nacional um exemplar pequeno, em alcool que reproduz o colorido e a conformação do processo occipital de S. spatula, sem denticulações no bordo anterior do aculeo peitoral e com as nadadeiras da forma da S. planiceps. Por sua vez, Alexandre Rodrigues Ferreira figura um exemplar com o colorido de S. planiceps e as nadadeiras de S. spatula. Esta figura mostra, além disso, a cabeça do peixe coberta de pelle e adiposa do comprimento da anal e a caudal pouco furcada. Concluo d'ahi que as duas primeiras especies são variedades de uma unica, como já o suppunham Eigenmann e Eigenmann e que tambem, muito provavelmente, S. gigas de Giinther é o adulto completamente desenvolvido d'esta especie. N’um exemplar de 35 cm. incl. a cauda, observa-se os seguintes cara- cteres: Cabeça 1/3 do comprimento sem a caudal), de bordos lateraes pa- rallelos, muito deprimida, perfil superior quasi recto, focinho proeminente, mandibular apenas tocando o interspaço que medeia entre os dentes inter- maxillares e vomerinos; narinas situadas de modo que a base do barbilhão maxillar fica entre as anteriores e posteriores; barbilhões maxillares tendo a base ossificada até perto do angulo da bocca, curvando-se dahi, caracte- risticamente, para cima e depois para fora em espiral, para ganhar a parte inferior da cabeça e depois se projectar para traz; post-mental mal chegando ao bordo da membrana opercular; fontanella pequena, começando no plano da orla anterior das orbitas e se projectando até um diametro posterior as mesmas; olhos pequenos, ellipticos, com o maior diametro contido quatro vezes no espaço interorbital, e a meia distancia entre a ponta do focinho e a do operculo; o processo occipital curto, attingindo a placa predorsal; aculeo dorsal terminando em ponta molle e sobre a divisão entre 2º de 3º terços 1) Planiceps (Lat,))—cabeça chata. 2) Estas duas ultimas denominações encontram-se em exemplares conservados no Museu Munich.(Vide Guv. & Val.) (ups » Ig) ‘eu wiqning — € Si] (‘ssesy) sdoojuejd sÄyyyarwıgnıns — Z “Sig (puros) ‘aeqAyesed erouyoepuris — | “Si 13 Ney 9 ouiges ‘dur pros ‘f ‘youd -qry JW ap 'V A. DE MIRANDA RIBEIRO—FAUNA BRASILIENSE—PEIXES 309 do aculeo peitoral, anadadeira € arredondada; a peitoral & pontuda, o aculeo termina em ponta aguda, porém é seguido de um filamento curto; apenas vestigios de denticulações no bordo externo; a ponta do filamento attinge o plano da base do ultimo raio dorsal, ventraes sob o meio do ultimo raio dorsal, quando reclinado sobre o corpo. Adiposa pequena, originando-se pouco depois e terminando com a base da anal; esta alta, ligeiramente fal- cada; caudal furcada com os lobos pontudos e os ultimos raios prolonga- dos em filamento moderado. Côr parda com uma facha prateada nos flan- cos, alto da cabeça e nadadeiras, exeptuadas a anal, a caudal e o dorso (até a dorsal) maculados de preto; nota-se uma zona escura abaixo da facha lateral prateada. A figura Rodrigues Ferreira marca toda a parte superior maculada e zebrada de preto; uma facha preta, estreita do operculo á base da caudal, em linha recta, uma nodoa preta na base da peitoral, seguida de outra estria preta parallela á superior até a base da caudal, cinco maculas negras, in- feriores a esta facha, sobre os lados do ventre. O colorido fundamental na região dorsal; até á linha superior negra, côr de cinza; abaixo d'essa linha, branco. Habitat: Amazonas, Orenoco e tributarios; Huallaga? Sorubim,! spix. Gen. Sp. Pisc. Brasiliensium, est. XV-1829 Cabeça muito longa, muito deprimida; bocca antero-inferior, mandibu- lares posteriores aos intermaxillares; estes com uma larga facha dentaria, crescentiforme; palatinos e vomerinos presentes, n’uma facha posterior, mui- to prolongada para traz; narinas anteriores quasi sobre o labio, posteriores na base dos barbilhões maxillares; estes e os demais mediocres; fontanella relativamente estreita, projectando-se n'uma fenda estreita até a base do processo occipital; olhos perfeitamente lateraes, immediatamente anteriores ao preoperculo, no mesmo plano em que a bocca. Dorsal pequena, estreita, ventraes muito posteriores ao plano da base do raio dorsal; adiposa peque- na, menor que a anal que é muito desenvolvida. Especie conhecida: Sorubim lima. 298—Sorubim lima, BL & Schn. GERUPÖCA Est. 44, fig. 2 D.1+6; A. 19 Corpo moderadamente elevado. Cabeça muito deprimida, de bordos lateraes parallelos, contorno rostral parabolico; mandibula attingindo justa- 1) Sorubim ou Soruby i 2) Lima=lima, instrumento de limar, gastar ou cortar o ferro. 310 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL mente o bordo posterior da facha dentaria intermaxillar, narinas a um dia- metro orbital, uma da outra; barbilhões maxillares attingindo o meio do aculeo peitoral, post-mental pouco atraz da cabeça; mentaes os olhos; estes a tres diametros da base dos barbilhões maxillares; fontanella pequena, co- meçando no plano da orla anterior dos olhos e terminando a pouco mais de um diametro após o da orlo posterior, processo occipital com uma de- pressão na base (nos jovens), elliptico, entalhado no extremo livre para receber a ponta da placa predorsal que é em ponta de flecha e grande; todo o alto da cabeça e operculo fracamente rugosos; processo clavicular robusto, de ponta obtusa; aculeo peitoral maior que os raios, longitudinal- mente estriado, serrilhado sómente no bordo interno. Dorsal sobre o ultimo quarto do aculeo peitoral, pequena, mais proxima da adiposa que da ponta do focinho; quando reclinada sobre o dorso, ella passa a axilla das ventraes; estas a meia distancia entre a orbita e a base da caudal; adiposa pequena, em meio da anal que é muito desenvolvida, com tres raios simples e aspe- cto de anal de piranha; caudal furcada, o lobo superior pontudo, muito me- nor que o inferior que é redondo e robusto. Linha lateral evidente, com al- gumas ossificações anteriores. Pardo cinereo superiormente, albicante pra- teado inferiormente; uma facha larga, negra, vae do operculo a base do lobo superior da caudal, donde se inclina para o inferior, cuja margem su- perior ella acompanha até á extremidade. Habitat: Manacupuru, Guaporé, R. Branco, R. Negro, Fonteboa, Taba- tinga, Javary, Teffe, Obidos, Amazonas, Ucayale, Içá, Lago do Maximo, Pará; Puty, Jutahy, Sario, Jaruá, Paraná e tributarios, S. Paulo. Desta especie o Museu possue tres exemplares em alcool e um empa- lhado, sem procedencia. Sciades,! Mui. & Troschel. Hor. Ichtyol. 111-8-1849 Corpo sub fusiforme como o de qualquer Pimelodus; cabeça deprimi- da, olhos lateraes, a meio da cabeg , que é granulosa ou recoberta de pelle, na parte superior; fontanella pequena, não se projectando para traz dos frontaes; dentes vomerinos e palatinos em placas separadas, barbilhões te- retes, longos, os maxillares se projectando além das ventraes. Processo occipital attingindo a placa predorsal; nadadeira deste nome muito desen- volvida; adiposa moderada, superior á anal; ventraes sob o sexto raio dor- sal. Nadadeiras maculadas de escuro e barbilhões annellados de branco e preto. 1) Sciades (Gr.) grandes ramos cheios de folhas dando sombra; allusão 4s manchas sombreadas esparsas como sombras pelo corpo do peixe. A. DE MIRANDA RIBEIRO—FAUNA BRASILIENSE—PEIXES 311 Especies conhecidas : f Espaço post-orbital, da cabeça, granuloso ; olho seis vezes na cabeça Sc. pictus. \ Cabeça recoberta de pelle, olhos 10 vezes na cabeça Sc. marmoratus 299 Sciades pictus,! Mütter & Trochel D.1+9410; A.11 «A descripção e figura de Sc. pictus combin m com um exemplar de 28 centimetros em todos os caractéres, excepto os dentes vomerinos que säo em duas placas isoladas. Müller e Trochel sem duvida que näo viram o es- treito espaço entre as placas vomerinas, como Castelnau não viu os dentes palatinos. Não pode haver duvida sobre a identitade de PICTUS M & T. e LONGIBARBIS Castelnau. FIG. 118—Sciades pictus. seg. Müller & Troschel Um exemplar de 28 centimetrosfoi colligido por Agassiz em Villa Bella, outro de 60 centimetros o foi por Dextrer no Rio Negro. Cabeça estreita, angular, achatada superiormente, sua largura, no rictus, 1 e{2/3 na maior largura que é egual 4 1 e 1/5 no comprimento da cabeça ; fontanella não continuada atraz dos frontaes. Corpo mais elevado do que baixo sob a dorsal. Olhos 2 e 1/4 á 2 e 3/4 no focinho, 5 á 6 na cabeça, 2 4 le 1/2 no espaço interorbital. 1) Pictus (Lat.) pintado. 312 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL ‘ Barbilhöes maxillares projectando-se além das pontas da caudal, no exemplar de 28 centimetros, pouco adiante da dorsal no de 60 centimetros, mentaes até ä base dos peitoraes au antes; post-mentaes adiante da base das mentaes (28 centimetros) ou ao meio dos peitoraes (60 centimetros). Maxilla ligeiramente mais comprida. Dentes firmes, os da maxilla e mandi- bula em fachas de egual altura. Vomerinas em duas placas que se unem com a edade ; palatinos remotos, em duas placas ovaes, longitudinaes. Rastros entrecusando, 4 + 15. Aculeo dorsal muito variavel, mais longo do que a cabeca do joven, 1/3 mais curto do que esta no adulto. Base da adiposa eguai ao comprimento da cabeca. Caudal profundamente furcada, com os lobos quasi eguaes 4 cabega, em comprimento. Aculeo peitoral aspero na orla anterior, fortemente denticulado na posterior, seu comprimento 1 e 1/4 á 1 e 1/5 na cabeça. Dorsal com grandes manchas escuras ; barbilhôes an- nelados de branco e escuro. Cabeça 4; altura 5 45 e 1/2. (Eigenmann & Eigenmann). Habitat: Amazonas, Barra do Rio Negro—Villa Bella. 300—Sciades marmoratus,! Gil. D. 1 + 10; A. 12 «Os exemplares examinados por nös säo de Tabatinga, medem 50 4 58 centimetos. Os dentes do vomer são dispostos n’um oval paralello ao eixo do corpo e não «transverso» como no exemplar de Gill. Elles se mantêm em duas placas, mesmo no exemplar maior. Largura da cabeça, no angulo da bocca, 1 e 1/2 na maior largura, 1 e 3/4 no comprimento da cabeça; olhos mirando para cima e para fora ; adulto sem ossificações dermicas. Corpo sub terete, mais espesso sob o primeiro aculeo dorsal. Cabeça achatada, deprimida. Olhos pequenos 4 e 1/4 no focinho, 10 na cabeça, 5 no espaço interorbital, 1 e 1/2 diametros atraz do rictus; barbilhões maxillares projectando-se ao extremo da adiposa, mentaes 4 base das peitoraes, post-mentaes ás pontas dos peitoraes. Dentes como no joven de /ongibarbis ; placas palatinas 1/4 dos vomerinos, ovaes longitudinalmente. Rastros entrecuzando-se no an- gulo, 4 + 10. Aculeo dorsal inserido sobre o meio da distancia que vae da base das peitoraes 4 das ventraes; sua distancia do focinho egual à da adiposa ; seu comprimento 1 e 1/5 na cabeça; base da adiposa egual ao comprimento da cabeça. Caudal furcada, raios exteriores mais do dobro dos raios medianos, 1 e 1/3 o comprimento da cabeça. Ventraes projectando-se a 1/3 do comprimento adiante do anus. Aculeo peitoral I e 1/5 na cabeça, liso na frente, dentes finos na sua orla posterior ; um pequeno póro peitoral. 1) Marmoratus (L.‚=marmorado. A. DE MIRANDA RIBEIRO—FAUNA BRASILIENSE—PEIXES 313 Cör cinerea manchada de escuro; todas as nadadeiras escuras indis- tinctamente manchadas ; barbilhöes annelados de claro e escuro. Cabeça 4; altura 5 e 1/2. SP. 9-10.» Eigenm. & Eigenm.) Habitat : Amazonas, Tabatinga. Bagropsis,' Lutken. Velhas Flodens, Fiske, 160 e iV—1875 «Pelle não reticulada ; corpo arredondado; cabeça deprimida; rosto não prolongado ; maxilla superior muito pouco saliente ; olhos quasi perfei- tamente superiores, com a margem supraorbital livre ; vertex não granuloso, tenuemente estriado, recoberta de pelle delgada ; barbilhões teretes ; dentes palatinos dispostos em 4 fachas, vomerinos contiguos, distantes dos palati- nos; dorsal curta, com o aculeo delgado, porém rijo, e seis raios ; adiposa não radiada, bastante longa ; ventraes inseridas sob os ultimos raios da dor- sal, com seis raios; anal curta ; caudal furcada.» Lutken. Especie unica. 301—Bagropsis reinhardti, Lut. MANDI-BAGRE Digg ser 63 An til «Cabeça egual 4 quarta parte do comprimento total (até 4 bifurcação da cauda, altura 5 e 1/2, largura egual a sexta parte do comprimento, até as extremidades da caudal; diametro dos olhos, que ficam um pouco mais proximos dos bordos das coberturas branchiaes do que da ponta do foci- nho, egual á 1/2 do espaço intereror- bital e.a 1/7 do comprimento da ca- beca;placa dos dentes palatinos maio- res, a dos vomerinos ovaes, peque- nas. Barbilhöes maxillares attingindo a ponta das ventraes ou além (quasi acaudal, nos jovens), os mandibula- res externos 4 axilla (ou mais, quasi a ponta dos peitoraes) ; os internos a abertura branchial (ou mais). O aculeo dorsal delgado porém regido, sub- FIG. 119—Bagorpsis reinhardti, seg, Lutken 1) Bagropsis (Gr. Lat.) de Bagrus, gen. de silurideo e opsis facies. 2) Reinhardti, do Dr. J. Reinhardt, naturalista dinamarquez, contemporaneo e collabsrador de Lund no estudo da fauna da Lagoa Santa e Rio das Velhas. 314 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL serrilhado na parte postero-superior, maior que a metade do comprimento da cabeça; o peitoral curvo, rigido, um pouco mais largo, fortemente serri- lhado, no bordo posterior ; nadadeira adiposa quasi dupla ou dupla da anal, em comprimento. A côr dos individuos vivos é verde auromicante superior- mente, esparsamente maculada de escuro, inferiormente lactea. 33 centi- metros. (Lutken.) Habitat : Rio das Velhas.» Duopalatinus, Eigenm. & Eigenm, Cabeça grande, mais ou menos estriada e granulosa superiormente; bocca anterior: dentes vomerinos em 2 placas que se soldam com a edade, dei- xando um entalhe posterior, dentes palatinos em duas placas ellipticas, grandes e afastadas das vomerinas ; barbilhöes desenvolvidos, teretes ; olhos grandes, mais ou menos em meio da cabeça ; aculeo dorsal delgado, os peitoraes denticulados posteriormente, adiposa mais longa do que a anal. f barbilhöes maxillares excedendo ás ventraes, . . . D. emarginatus. Especies conhecidas \ barbilhöes maxillares excedendo ao corpo, . - . D. gôldii. 302 — Duopalatinus emarginatus,’ (Cuv. & val.) MANDI-AÇÜ, MANDI-URUTU, URUTU DI CG AOS «Cabeça pouco deprimida, egual a 2/7 do comprimento (até á bifurca- ção da cauda); maior largura da mesma menor que 1/3; diametro dos olhos, que ficam um pouco mais proximos da abertura branchial do que da ponta do focinho, egual a 1/7 do comprimento da cabeça e maior do que o es- paço interorbital; barbilhões maxillares, no adulto, at- tingem ou excedem as ventraes, os post-mentaes a aber- tura branchial, os mentaes a base das nadadeiras peito- raes. Placa intermaxillar, nos lados de largura dupla da do meio ; zona dentaria vomerina irregularmente qua- drangular, entalhada profundamente no contorno poste- rior, nos novos dividida em duas placas ovaes, grande- mente afastadas das placas palatinas. . diposa egual em FIG. ne nn comprimento ao dobro da anal. O peixe vivo é auromi- Zuken. cante, salpicado de pequenas manchas, diffusas, obscu- ras, com a parte inferior branca, iridescente. O comprimento excede a 30 centimetros. Nome brasileiro: «Mandi-Açú». 1 Duopalatinus (Lat.) Dois palatinos, isto é com duas placas de dentes palatinos 2 Emarginatus (Lat.)sem margem (na caudal.) A. DE MIRANDA RIBEIRO—FAUNA BRASILIENSE—PEIXES 315 O filhote differe por ter os olhos maiores, sulcos e granulações diffusas sobre a cabeça, os barbilhões mais compridos (os maxillares attingindo a caudal) fachas dos dentes intermaxillares não dilatadas lateralmente, as placas vomerinas separadas entre si e as palatinas pequenas. Bras. Mandi- Urutu, Urutú.» (Lutken.) Eigenmann & Eigenmann dizem que os olhos säo contidos 5 vezes na cabeça e 1 vez e 1/3 no espaço interorbital, ficando 1 e 1/2 diametros atraz do angulo da bocca e que os lobos caudaes são ponteagudos, tendo os raios simples ou bifurcados. Habitat: Ric das Velhas, R.S. Francisco. 303 — Duopalatins goeldii,' Steina. «Altura do corpo 5 e 1.6 vezes, comprimento da cabeça 3 e 1/3 vezes no comprimento do corpo, diametro ocular 7 vezes, largura da fronte pouco mais de 5 vezes, comprimento do focinho 1 e 5/6 vezes, largura da bocca pouco mais de 2 e 1/2 vezes, comprimento da bocca 4 vezes, comprimento da peitorai 1 e 2/5 vezes, das ventraes 2 vezes, comprimento da base dor- sal reg. 2 vezes, o das nadadeiras adiposas 1 e 3/4 vezes; altura da cabeça sob a base da extensão occipital 2 vezes, a maior largura contida 1 e 1/2 vezes no comprimento da cabeça. A cabeça é deprimida, estreitando-se re- gularmente para a frente; o contorno da ponta do focinho é o d'um arco muito abatido; a maxilla superior sobrepuja regularmente a inferior. A gin- giva do maxillar superior, bastante mais estreita que a do D. emarginatus (mal attingindo a metade d'este), para traz continúa terminando por uma pontuda saliencia ramificada que forma uma ancora. Os dois grupos de den- tes quasi quadrados são sómente separados por um pequeno espaço linear, (eguai aos dos exemplares maiores de D. emarginatus), bastante posteriores a estes estão dois grupos de dentes ovaes, no céo da bocca, que estão um pouco mais para fora. No exemplar que estudámos, o qual ainda não tinha attingido a metade do seu tamanho total, as barbas do maxillar tinham duas vezes o comprimento do tronco e cabeça reunidos. As barbas exteriores do ma- xillar inferior não chegam bem até ao peitoral; as interiores, sahindo pouco mais na frente, são quatro vezes menores que as exteriores. O lado superior do foci- nho é coberto por uma pelle dura até perto das narinas internas, todo o resto do craneo até ä saliencia occipital, é liso e listrado, tambem a carapaça é co- berta de pelle dura e listrada radialmente. Uma comprida e estreita fonta- nella tem começo perto das narinas internas, na direcção dos circulos dos olhos é interrompida por uma pequena ponte transversal ossea; depois desta, continúa n’um sulco linear, dividindo a placa dorsal na parte anterior. A sa- liencia occipital é comprida, estreitando-se pouco para traz, regulando o seu comprimento duas vezes a largura da sua base; esta, como que dividida pela continuação da fontenella frontal, termina em duas agudas pontas, as quaes 1) Goeldii do Dr. Emilio Augusto Goeldi, ex-Director do Museu do Pará. 31€ ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL estão cicatrisadas com a placa lyriforme da dorsal. O aculeo dorsal tem, na parte anterior, farpas pouco agudas e curtas; o peitoral é deprimido, mais forte e tem os lados cobertos de pequenas farpas, em posição de serra, das quaes as do lado interno são de ponta virada para frente, sendo tambem mais fortes e desenvolvidas que as do lado externo, as quaes tomam posi- ção opposta. A nadadeira adiposa começa antes e termina depois da pon- teaguda anal, sendo ligeira e irregularmente arredondada em cima. O afas- tamento da barbatana do raio dorsal é egual, menos um diametro ocular, ao comprimento da base dorsal; a altura da adiposa não é bem contida tres vezes no comprimento da sua base. Cauda bem recortada com dois com- pridos, pontudos lobos, os quaes além disto ainda terminam em um longo cordão. No extremo anterior da linha lateral estão oito ou nove placas osseas, asperas e onduladamente collocadas umas após outras em posição de escama. Tres maculas de um preto fusco, a primeira grande, redonda, quasi sobre a linha lateral, pouco abaixo do meio da largura da nadadeira dorsal, que é rica em raios; a segunda não attinge bem a metade do tamanho da precedente, está na base do lobo superior da cauda; a terceira apenas parecendo um pequeno ponto, mais egualmente fusca, bem escura, acha-se entre a base da nadadeira e do aculeo dorsal. Alem destas, vimos no exem- plar que estudámos e que tinha de tronco e cabeça junctos 0”. 178 (exclu- siva a cauda), pouco distante da grande macula redonda do lado, uma pe- quena, estreita, bem alta, em côr egual ás acima citadas e duas pequeninas, nais claras, na base da nadadeira adiposa mas só no lado direito d'esta.» (Steind.) Procedencia : Rio Purús. Paulicea,! H. Ihering Pr. Acad. Nat. Sci. Philad. 108--1898 Forma robusta; cabeça grande, quasi quadrangular, deprimida, focinho transversamente sub-truncado; bocca ampla mais ou menos 2/3 da cabeça, dentes intermaxillares numa facha larga, projectando-se em angulo agudo nos extremos lateraes posteriores; vomerinos e palatinos n'uma facha es- treita, parallela 4 orla posterior da facha intermaxillar, com tres constricções dividindo-a em 4 partes sub-eguaes, nos jovens; no adulto desapparece a constricção mediana; barbilhões sub-teretes, mediocres; narinas anteriores post-labiaes, posteriores a pouco mais de um diametro das anteriores; fon- tanella estreita, originando-se pouco á frente da orla anterior da orbita e terminando longe do processo occipital; vertex rugoso e granuloso modera- damente; supraclaviculares aliformes; processo occipital triangular, encon- trando a placa predorsal, que é em ponta de flecha, muito alongada; dorsal 4 meia distancia entre a ponta do focinho e a adiposa, provida de aculeo: 1) Paulicea ; deriv. de S. Paulo, Estado Brasileiro. A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 317 moderado; peitoraes com aculeo mais forte, denticulado no bordo posterior, terminando em ponta membranosa; adiposa e anal subeguaes e mais ou menos no mesmo plano; caudal moderadamente furcada. Coloracäo obso- leta. Especie unica: Paulicea lutkeni (Steind.) 304—Paulicea lutkeni,' Steina. JAHU D. 1+ 6; A. 12 «O comprimento da cabeça é contido 3 vezes no comprimento do corpo, a sua largura 1 e 1/4, espaço interorbital 3, diametro ocular mais de 12 vezes, comprimento do focinho cerca de 3 e 1/6, a maior altura do tronco sob a dorsal um pouco mais de 1 e 2/3 no comprimento da cabeça. Lado superior da cabeça chato, focinho cstreita-se pouco anteriormente e a sua FIG. 121—Paulicea Jutkenı, seg. Ste ndachner r orla anterior é fracamente arqueada. A facha dos intermaxillares é muito- larga e cerca de 3 1/3 no proprio comprimento, nos extremos lateraes pro- longa-se em uma ponta posterior. Facha dentaria sobre o vomer e palatinos estreita e dividida em quatro partes subeguaes por tres constricções. Dis- tancia das narinas anteriores das posteriores cerca de 1 1/2 diametros lon- gitudinaes dos olhos. Comprimento dos barbilhões mentaes contidos mais 1) Lutkeni, do Dr. Lutken, celebre ichthyologista dinamarquez, que estudou os peixes do rio das velhas colligidos por J. Reinhardt. 318 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL de2e 1/2 a 2e 2/3 dos postmentaes cerca de 2 e 1/4 vezes no comprimen- to da cabeca. Origem da dorsal a meio da distancia que vae da ponta do focinho ao meio da base da adiposa. Altura daquella nadadeira, que é cir- cular na orla superior, egualande a 3/5 da propria base, 2/5 do comprimento da cabeça. Aculeo dorsal moderado subtilmente denticulado na orla poste- rior. O aculeo peitoral, pouco mais forte e deprimido, tem na orla posterior denticulações mediocremente fortes. O comprimento das peitoraes regula a altura da dorsal. Distancia entre a dorsal e a adiposa não excedendo distin- ctamente o comprimento da base da ultima; a maior altura da adiposa, fi- namente radiada, preenchendo 2/11 e o comprimento da base da mesma cerca de 1/2 da cabeça, emquanto que o comprimento da base da anal é cerca de 2e 3/4 e a altura da mesma contida duas vezes no comprimento da cabeça. A caudal é, na orla posterior, contornada profundamente em meia lua e o seu lobo superior, um tanto mais longo, é contido cerca de 1 e 1/5 no com- primento da cabeça. As ventraes apenas attingem a 1/2 deste comprimento. Todo o corpo, com excepção do lado ventral, densamente maculado de vio- FIG. 122 A--Denticäo de Paulicea FIG, 122—Dentigäo de P. lutkeni. ahu, segundo Ihering. seg. Steindachner laceo denegrido. As maculas sobre a cabeca distinctamente menores e mais numerosas do que as do dorso. As das nadadeiras formam estrias e barras regulares sobre a caudal, anal e ventraes, na maior parte reunidas em fa- chas. O exemplar aqui descripto mede cerca de 32 cents. e foi pescado em meio curso do rio Amazonas» (Steindachner). Ihering constatou a presença deste peixe na bacia do Parana (Rio Tieté) em exemplares de 1,5 a 1,8. Taes exemplares têm os barbilhöes maxillares menores que a cabeça e a anal egual 4 adiposa. A facha dentaria vomerina tambem não apresenta constricção mediana. lhering é de opinião que se trata de uma especie nova que elle denominou P. jahu. Entretanto Berg, que possuiu um exemplar do Rio Paraná, pensa que se trata da mesma especie do Amazonas, Habitat: Bacias do Amazonas e Paraná. A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 319 Zungaropsis, Steind. Sitzungsber. Akad. Wien, Iharg. 1908—N. VI 67 «Habitus, como nas especies typicas do genero Pseudopimelodus Bleck., mediocremente reforcado; comtudo, os olhos näo säo recobertos de pelle e têm a orla livre. Dentes palatinos e vomerinos presentes, um estreito espa- co por traz da larga facha intermaxillar, cabeça larga, deprimida. Aculeo dorsal e peitoraes bem desenvolvidos. Caudal entalhada. Narinas separa- das entre si. Um par de barbilhöes maxillares e dous de meñtaes.» (Stein- dachner). Especie unica: 305 - Zungaropsis multimaculatus,' Steina. «Altura do tronco pouco mais de quatro vezes, comprimento da cabe- ça contida tres vezes no comprimento do corpo, largura da cabeça reg. I e 1/5 vezes, largura da fronte 3e 1/4 vezes, comprimento do focinho pouco menos de tres vezes, largura da bocca 1 e 3/5 vezes, diametro do olho 10 e 2/5 vezes, comprimento da cauda 1 e 1/3 vezes, comprimento da base da adiposa pouco menos que duas vezes, da anal, 3 e 1/3 vezes, comprimento da peitoral regula 1 e 3/5 vezes, o das ventraes contidas duas vezes no comprimento da cabeça. Cabeça bem deprimida, coberta de pelle grossa. A largura do hiatus é quasi egual ao comprimento do maxillar. A largura da gingiva no maxillar medio, eguala 4 um diametro ocular, na extremidade do lado se estende esta em uma saliencia comprida, terminando em uma ponta aguda. A gingiva do maxillar inferior, no meio, attinge a maior largura, a qual eguala a 2/3 do comprimento de um diametro ocular; para as extremidades ella se estreita. Os dois grupos de dentes ovaes são separados por pequeno espaço, porém se encontram com os grupos muito mais compridos dos palatinos. As barbas do maxillar dão até á ponta das ventraes; as muito mais delgadas barbas do exterior dão até á base do raio peitoral, as barbas mentaes, que nascem mais adeante, têm a metade do comprimento das in- ternas. A fontanella termina pouco atraz dos olhos. A saliencia do occipi- tal, bem como a estreita e longa placa predorsal, estão completamente es- condidas pela pelle, parece que as duas se tocam. A pelle do tronco bas- tante espessa é nos lados como que feltrada. O ferrão dorsal tem pequenas farpas no lado posterior e o da peitoral com ditos no interior é mais forte que o precedente; o dorsal tem pouco mais de 1 e 1/2 vezes a altura do comprimento, a altura delle é 1 e 3/5 vezes contidas no comprimento da ca- 1) Multimaculatus (Lat.) —multimaculado. 320 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL beça, o afastamento da adiposa da nadadeira dorsal não pacsa muito o comprimento -da base da ultima. A anal tem duas vezes mais altura que comprimento, é triangular, a adiposa é radiada e filamentosa e começa em posição anterior ä anal e termina apöz esta; a sua altura attinge 1/3 do comprimento proprio. O lobo superior da cauda é pontudo; o inferior arre- dondado. Maculas escuras e redondas espalhadas pelo tronco, cabeça e na- dadeiras em grande quantidade; as maculas da cabeça e nuca são menores e mais unidas que as do tronco, n'este as maculas crescem mais em tama- nho pelo lado da cauda; nas barbatanas as maculas são mais agglomera- das, formando cordões verticaes ou obliquos. D. 1 + 6. V. 1 + 5. A. 8. Um exemplar 28,4"" de comprimento provavelmente do Rio Xingú.» Brachyplatystoma,' Biecker. Nerderl. Tydschrift Dierkunde, I, 97—1863 Forma robusta; cabeça grande, deprimida, de bordos lateraes subpa- rallelos, recoberta de pelle; bocca ampla, anterior; dentes villiformes, mais ou menos moveis, os superiores em duas fachas parallelas, das quaes a posterior (vomero palatina) é dividida em tres porções, uma mediana, trian- gular e duas outras subsequentes, lateraes. Barbilhões teretes, muito desen- volvidos nos jovens (duas a tres vezes o comprimento total); narinas dis- postas nos cantos de um quadrilatero, as anteriores um pouco mais para os lados. Olhos mediocres, de orla livre; fontarella não attingindo a base do processo occipital que, raras vezes, attinge a placa dorsal. Nadadeira deste nome triangular, situada sobre meia extensão das peitoraes, com o aculeo terminando em ponta flexivel, filamentosa; peitoraes com o aculeo serrilhado nos 3/4 externos; ventraes originando-se sob o ultimo raio dor- sal, adiposa trapezoide egual ou maior do que a anal; esta falcada; caudal furcada, com os lobos ponteagudos; linha lateral mais ou menos reticulada, presente. Pelle mais ou menos reticulada, especialmente sobre a cabeça, onde a reticulação forma pentagonos mui apparentes. 1) Brachyplatystoma (Gr.) de Brachys=curto e Platystoma genero referido. A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 321 Especies todas brasileiras: Corpo attenuadamente trans- faciaao de claro e escuro. B. juruense. Ventraes moderadas, barbi- lhões sub-deprimidos . . . Anal originando-se por traz do ini- , Corpo attenuadamente colo- cio da adipósa . . . . . . rido, quando muito inde- finidamente maculado . . B.vaillante. | Ventraes muito grandes, maiores que as peitoraes, barbilhões largamenteideprimidos NE ns eee EU B. platynema. = originando-se no mesmo Altura 5 e 4/5 á 6; processo occipital; egualando á 1/3 da distancia que separa a sua base da placa predorsal. . B. rousseauxi. plano em que a adiposa . . . Altura 4 e 1/2 á 5; processo occipital egualando á 1/2 da distancia que separa a sua base da placa predorsal . B. filamentosum. 306—Brachyplatystoma juruense,! Bout. DRE GUARA «Maxilla superior projectando-se ligeiramente sobre a inferior. Fachas de pequenos dentes villiformes nas maxillas e no paladar; facha vomerina tão larga como a dos premaxillares, unica, entalhada no meio, mui estreita- mente separada dos muito mais estreitos palatinos. Altura do corpo 5 e 2/3 no comprimento total, comprimento da cabeça 3 e 1/2 vezes. Cabeça 1 e 2/3, tão longa quanto larga, sua maior largura 1 e 2/5 na bocca; fontanella muito pequena, olhos extremamente pequenos, seu diametro quatro vezes no espaço interorbital, um pouco mais proximo do bordo opercular do que do extremo do focinho; processo occipital estreito, não attingindo o osso basilar do aculeo dorsal; barbilhäo maxillar projectando-se quasi até a ex- tremidade das ventraes; barbilhão mental projectando-se até o meio das peitoraes, externos até o meio das ventraes. Raios branchiostegos 11. Dor- sal I+ 6, originando-se ä egual distancia da ponta do focinho e do meio da adiposa. Aculeo fraco, não serrilhado, 3/4 do comprimento da cabeça. Adiposa do comprimento da base da dorsal ou anal. Peitoraes não attingindo as ventraes. Aculeo fracamente serrilhado, 3/5 do comprimento da cabeça. Caudal profundamente furcada, ambos os lados prolongados em filamentos. Pardo amarellado; nove fachas transversaes escuras, cabeça parda escura superiormente. Comprimento total 190 millimetros. Um unico exemplar» (Boulenger). Rio Juruä. 1) Juruense (Latinisaçäo)—do Rio Juruä. ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL 322 A. DE MIRANDA RIBEIRO—FAUNA BRASILIENSE—PEIXES 323 307—Brachyplatystoma vaillanti,' (Cuv. & var.) PIRAMUTABA, PIRAMUTA OU PIRAMUTAUA, SORUBIM D. 1 + 6: A: 14 «Cabeça de comprimento egualando 4 1 e 1/3 4 propria largura é con- tida tres vezes e 2/3 no comprimento (sem a caudal); parte superior, entre os olhos e o processo finamente granuloso; olhos pequenos, situados na li- nha que divide a cabeça em duas ametades (anterior e posterior) contidas tres vezes e 2/3 no espaço interorbital; barbilhões moderadamente compri- midos, os maxillares attingindo ä origem da adiposa, os post-mentaes, o meio das peitoraes, os mentaes á orla da membrana branchiostega. Dorsal tendo o aculeo terminando n’um filamento pouco prolongado; processo cla- vicular pouco apparente, ligeiramente granuloso; aculeo peitoral curvo, mais fortemente denticulado no bordo posterior, até perto do apice; adiposa ori- ginando-se adiante da anal e terminando egualmente adiante desta nadadei- ra, a sua base, porém, passa de pouco a base da anal, esta é grande e tem o bordo posterior concavo.» (Kner & Steindachner) Habitat: Amazonas e tributarios; Rio Negro, R. Madeira. Taes são os caracteres do adulto que se deprehende das descripções de Kner e Steindachner, feitas sobre exemplares seccos e em alcool. A des- cripção e as figuras de Steindachner, foram feitas sobre um individuo con- servado em alcool. O estudo d'essas descripções e figuras, comparadas com a estampa dada por Cuv. & Val. de Platystoma vaillantie com um exem- plar de Platystoma vaillanti, determinado por Schreiner e existente no Mu- seu Nacional, levaram-me á convicção de que Piramutana piramuta e Pla- tystoma vaillanti eram uma unica e mesma especie. A unica differença que mantem separadas as duas especies é a figura da dentição de Piramutana piramuta, dada por Steindachner. O typo de Steindachner media 59 centimetros e a figura da dentição está reproduzida aqui na Fig. 124. No individuo ent alcool das colleccöes do Museu, vemol-a assim : Fig. 125: Ora, uma simples variação de edade, senão um erro de observação do desenhista, podem bem produzir a referida differença. O exemplar do Museu méde 16 centimetros. A cabeça é 3e 1/2 vezes contida no comprimento, sem a caudal; a sua largura é egual a uma vez e 1/2 no proprio comprimento; os olhos são contidos 2 e 1/3 no espaço inter- orbital e ficam no meio do comprimento da cabeça; a fontanella termina atraz dos olhos sendo seguida de uma depressão que se esbate até perto do processo occipital; este não attinge a placa predorsal. Barbilhões maxil- 1) Vaillanti, de L. Vaillant, ichthyologista francez. ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL À LT Bi N eau mea re meme mero mo nn moe + 324 ee Ÿ Qt A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 32 lares deprimidos, prolongando-se até a base da caudal; post-mentaes até o apice das ventraes, mentaes até a base das peitoraes; os aculeos destas näo attingem ás ventraes, são serrilhados no bordo externo perto do apice e no interno nos tres quartos de sua extensão. Dorsal com x o aculeo (quebrado), serrilhado no bordo posterior e com os tres primeiros raios situados sobre o aculeo ventral. Ventraes grandes, triangulares, com segundo raio pouco maior do que o primeiro e os aculeos maiores de todos; adiposa trapezoide; anal falcada, elevada, de altura egual 4 base da adiposa e origi- Fig, 125-Dentição de Brachy- nando-se justamente sob o meio d'esta; caudal gran- RR ue ET demente furcada com os 6º, 7°, 8° raios de cada lobo muito prolongados; coloração desmaiada no alcool. Habitat: Amazonas e tributarios; Parahyba, Rios da Guyana Franceza, (Cayenna e Surinam), Calaboso, Tabatinga, Pará; Porto da Mós, Avary, R. Puty, Parahyba (Juiz de Fóra), Rio Negro, Serpa. A Piramutaua (Kner copiou de Natterer o nome Piramutaua por Pira- mutana) é um dos peixes mais conhecidos no Amazonas; 1 metro e desenove centimetros é o maior comprimento registado. Com quanto a “ln, sua carne seja reputada grosseira, ella € acceita melhor do FR q que a da Pirahiba. A Piramutaua tem o habito da migração duas vezes por anno «nos principios da enchente e da va- area de Zante dos rios» em cardumes copiosissimos, «produzindo o sen; que chamamos, com os indigenas pira-cema» (Virissimo). Talvez a causa principal dessas piracemas seja a desova. Um exemplar ainda menor, medindo 8 centimetros da ponta do focinho á base da cauda, (quebrada) determinado no Museu de Paris como Platys- toma mucosa tem a cabeça contida tres vezes e 1/3 no comprimento total, da largura contida uma veze 1 2 no proprio comprimento; a bocca é de largura contida duas vezes e 1/2 no comprimento da cabeça, os dentes dis- tribuem-se como na figura junta; os barbilhões maxillares attingem o dobro do comprimento do corpo sem a caudal) e são deprimidos; os post-men- taes passam o 3º extremo do aculeo das peitoraes; os mentaes terminam muito antes da orla opercular; a fontanella termina antes da orla posterior das orbitas e é seguida de um sulco que se projecta até o extremo posterior do processo occipital que ahi é bifurcado e recebe o apice da placa predor- sal; orbitas 1 e 1/5 no espaço interorbital, aculeo dorsal serrilhado no apice do bordo anterior e em todos os tres quartos terminaes do aculeo dorsal; peitoraes attingindo francamente as ventraes, com o aculeo forte, deprimi- do, serrilhado nos dous bordos; os espiculos do bordo externo são normal- mente extrorsos até perto do apice, onde elles desapparecem para dar logar á denticulações em sentido contrario; ventraes attingindo o plano do início da adiposa anal de origem claramente posterior ao da adiposa D. 1 + 6; JE TS 326 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL As apparentes grandes differengas de estructura externa dos ossos da cabega, denticäo (Fig. 126) e processo preorbitario e aculeos peitoraes säo plenamente explicados pela edade do animal e acham vestigios intermedia- rios no exemplar denominado P.vaillanti. Provavelmente Brachyplatystoma göldi—Eigenm. & Bean é uma variedade d’esta especie que a projecçäo dos intermaxillares (vid. fig. 3 - Goldi), achatamento dos barbilhöes, posigäo da anal e diametro ocular e outros caracteres parecem confirmar. 308—Brachyplatystoma platynema,' Boul. 1) W516; MA) 15. «Cabeça extremamente deprimida, cerca de 3 vezes tão longa quanto alta, seu comprimento 3 e 1/2 vezes no comprimento do corpo. Dentes vo- merinos em facha muito mais larga do que os palatinos, as duas formando Fig. 127 — Brachyplatystoma platynema, seg. Eigenm. & Bean. uma figura em forma de virgula como em Pseudoplatystoma. Focinho es- patulado, projectando-se de pouco sobre a mandibula; olhos extremamente pequenos, na ametade posterior da cabeça, seu diametro contido tres ä quatro vezes no espaço interorbital; processo occipital curto, amplamente separado da placa predorsal, lado superior da cabeça reticulado; olhos um 1) Platyncma (Gr.) de platys chato e nema fita (barbilhão). A. DE MIRANDA RIBEIRO—FAUNA BRASILIENSE—PEIXES 327 pouco mais do dobro dafontanella, seu diametro contido 17 vezes no com- primento da cabeça, cerca de dez no focinho. Barbilhöes maxillares attin- gindo a ponta das ventraes, tæniæformes. Branchiostegos 12. Primeiro raio dorsal contido 1 e 2/3 no comprimento da cabeça, adiposa 2 e 1/2, vezes täo longa quanto alta. Comprimento da base da adiposa, 1 e 1/2 vezes na sua distancia da dorsal. Anal emarginada; seu raio ramoso mais elevado, 2e1/2 vezes tão longo quanto o ultimo; peitoral 1 3/5 na cabeça; ventraes mui- to mais longas do que as peitoraes, eguaes á sua distancia da base das peito- raes, 1 e 2/5 na cabeça. Caudal profundamente furcada, com os lobos pro- longados em filamento. Pedunculo caudal 2 e 1/2 vezes tão longo quanto alto. Prateado, superiormente mais escuro. 260 mm. Amazonas — Entre Pará e Manäos. (Eigenm. & Bean). 309—Brachyplatystoma rousseauxii, (Cast.) DOURADA — PIRATINGA ? D. 1-6; À. 12 4 15. D’esta especie possue o Museu Nacional um exemplar de 1 m. 25 de comprimento. Cabeça grande, deprimida, contida exactamente quatro vezes no comprimento do corpo (sem acaudal), de largura contida 1 e 1/3 no comprimento, ligeiramente mais estreita proximo ao canto da bocca e tendo a parte mediana mais saliente de modo a accentuar um angulo mais forte do que em B. filamentosum. Olhos mediocres 5 e 1/3 no espaco interorbital; fontanella projectando-se até perto da base do processo occipital; este curto eeguulando a distancia que vae de sua base á placa predorsal; peitoraes com o aculeo liso, curvo, deprimido, denticulado na margem posterior em todos os 3/4 terminaes; o seu apice mal attinge ä vertical do 1° raio dorsal; aculeo d’esta nadadeira curvo, liso, terminando em ponta flexivel; parece que completo deve terminar em ponta membranosa; ventraes grandes, ligei- ramente falcadas, originando-se sob o ultimo raio dorsal, não attingindo o início da adiposa, esta nadadeira trapezoide, de base um pouco maior que a anal, porém, originando-se no mesmo plano em que esta que é falcada e forte; caudal grandemente furcada. Pelle grandemente pórosa. O exemplar empalhado do Museu é incompleto e defeituoso pela pre- paração. Em exemplares em alcool, descriptos por Eigenmann & Eigenmann, a cabeça é contida 3 e 3/4 no comprimento total, o aculeo dorsal prolonga- se em filamento e o lobo superior prolonga-se am filamento. Os aculeos peitoraes eram asperos anteriormente. Côr prateada com lustros azul e bron- zeado superiormente. Amazonas e tributarios. 1) Rousseauxii (Latinisação); de Rosseaux, naturalista ajudante do Museu de Paris na epocha em que Castelnau descrevia os peixes colligidos no Brasil. ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL RENT a Pr DR LS A. DE MIRANDA RIBEIRO—FAUNA BRASILIENSE—PEIXES 329 310—Brachyplatystoma filamentosum,' (Licht.) PIRATINGA, PIRAHYBA ou FILHOTE D. 1+6; A. 12 — 13. Forma robusta, volumosa, cabeça cheia, contida 4 vezes no compri- mento total (sem a caudal) de largura contida uma vez e 1/3 no comprimento da cabeca do rostro ä base do processo occipital ; focinho deprimido, mo- deramente anguloso; barbilhöes maxillares curtos, attingindo a axilla das peitoraes ; post-mentaes a orla das membranas branchiostegas ; mentaes muito menores; fontanella ampla, disfargando-se gradativamente para os extremos; olhos pequenos, oito á nove vezes no espaço interorbital ; em meio da distancia que vae da ponta do focinho ä base do processo occipital; processo occipital modarado, occulto sob a pelle, terminando 4 4 e 1/2 da distancia que vae da sua base á placa pre-dorsal; altura 4 e 5/6 sobre o apice do ultimo raio peitoral, quando reclinado sobre o corpo; aculeo dorsal liso, ventraes de origem pouco posterior ao plano de implantação do ultimo raio dorsal, terminando muito aquem da adiposa que é quasi do mesmo ta- manho que a anal, originando-se as duas no mesmo plano caudal, com o lobo superior filamentoso. Côr bronzeada mais ou menos clara inferior- mente. Os dados acima colhemol-os dos autores que têm tratado do assum- pto e principalmente dos fornecidos por Göldi. A pirahiba, com a nadadeira dorsal completa, deve ter o aculeo se- guido de «um filamento comprimido, semelhante á lamina de uma folha de capim e de estructura caracteristica», conforme diz Kner, referindo-se 4 um individuo de 99 centimetros de comprimento, tal como se dá coma Piramu- táua e com a Dourada. As figuras dadas por Göldi de 2 filhotes, «um de 1/2 metro aproximadamente» e outro maior figs. 3 e 2 art. I, mostram como que os vestígios desse filamento nos extremos destacados dos aculeos, o que, ainda, o facto da permanencia do filamento do lobo caudal superior parece corroborar. Entretanto este auctor diz :«Embora Kner, apoiado em nota ma= nuscripta de Naiterer, refira que a Piratinga reticulata tem indifferentemente os dois nomes de Pirahiba e Piratinga, eu pude convencer-me cabalmente que a Pirahiba do Pará não é identica a Piratinga reticulata, Não é por causa da pelle reticulada (tab. 1 fig. 1 do ref. autor), porqueesta, afinal de contas, tambem se observa tanto na Dourada como na Pirabiba paraense ; são outros caractéres ; olhos de tamanho mediocre—espinho da barbatana dor- sal prolongando-se em filamento, espinho da barbatana peitoral denticulado pelo lado interior—os raios branchiostegios em numero de 12 —» tudo isso, além de muitos outros signaes, nos permitte declarar que a Pirahiba do rio 1) Filamentosum—filamentoso, cujos barbilhões são muito grandes. 330 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL Madeira, descripta pelo mencionado autor com taes caracteres, é peixe di- verso do nosso, apesar de näo termos visto nem exemplar nem figura delle.» Teria sido para desejar que, aproveitando uma das suas frequentes viagens ä Europa, Göldi examinasse o typo de Brachyplatystoma reticula- tum (Kner) e assim —de visu— resolvesse este assumpto ce systematica. Por nossa parte o mesmo acontece; isto é, não conhemos aquelle original, accres- cendo mas que de visu, tambem não conhecemos a Pirahiba, como de resto ja dissemos acima. Isto não impede, comtudo que, pelo estudo das descri- pções existentes e das figuras photozincographicas dadas por Güldi, não manifestemos a nossa opinião que justamente é contraria á deste autor. A respeito dos olhos diz Kner : «Ficam mais proximos do operculo do que da orla do focinho e juntos ao perfil da fronte; tem o seu diametro lon- gitudinal alongado e ficam á cinco diametros (maiores) do meio da orla in- termaxillar e 3 e 1/2 um do outro.» A figura 3, de Goeldi (est. 2), reproduz um individuo de 1/2 metro, cujo maior diametro ocular é exactamente contido quatro vezes no espaço inter- orbital, n'um exemplar fresco. A sua tabella figura uma quota 56:12m/m., donde se conclue uma rasão de 4 e 6/12 ou 4 e 2/3. Essa differença a maior para o exemplar de Kner póde bem ser expli- cada por serem as suas medidas tomadas em um animal empalhado, isto é, secco, o que, por certo, ha de concorrer para augmento dos diametros oculares. Já nos manifestamos quanto ao filamento da nadadeira dorsal. Quanto ao aculeo peitoral diz Kner: «' er starke, fein längs gefurchte Pectoralstachel ist am Innenrand der ganzen Länge nach dicht bezahnt.» Göldi não diz como é o aculeo peitoral das Pirahibas , as suas figuras não permittem opinião á respeito; entretanto é como diz Kner que devem ser aquelles aculeos, isto é, fortes, finamente estriados no sentido longitudi- nal e espessamente denticulados em todo o bordo interno, num Filhote de quasi 1 metro, conforme nos ensinam os factos que se realisam com os ou- tros Scleracanthi. Como todo animal commum, a Pirahiba deve variar muito e por isso não serão para admirar as suas aberrações de forma. Pelo que acima dissemos se verifica, ao contrario do que pensam Carl e Rosa Eigenmann, considerarmos reticulatum synonimo de B. filamentosum e não de B. Vaillanti, e fundamos a nossa opinião nas figuras 2 e 3 (est. I e Il) de Göldi. O exemplar typico de Lichtenstein, era um joven de 23 centimetros cu- jos barbilhöes maxillares attingiam o triplo do comprimento do corpo; Göldi encontrou a confirmação desse facto em dous filhotes obtidos por Hagmnn no mercado do Pará. | Habitat : Araguaya, Salto Theotonio, Forte do Rio Branco, Rio Madeira, Tocantins, Amazonas. A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 331 Pseudoplatystoma,' Bieeker. Nederl. Tijdschr. Dlerkunde, 1,97 — 1863 Este genero encerra os Surubins propriamente ditos, representados por duas especies que se encontram nas tres principaes bacias fluviaes do Brasil. Parece que tambem encerra o maior dos nossos peixes fluviateis. Corpo terete; cabeça grande, deprimida; bocca anterior provida de dentes vomerinos e palatinos ligados entre si numa facha que se acumina para traz e é separada da facha intermaxillar por um interespaço moderado; barbilhões mediocres, teretes ; narinas pequenas, proximas do bordo labial ; fontanella ampla, com uma ligação por detraz dos olhos; estes superiores, mais ou menos em meio comprimento da cabeça, mediocres ; processo occi- pital mediocre, mal attingindo a longamente acuminada placa predorsal que é em ponta de ilecha. Peitoraes mediocres, com o aculeo fraco, porém longo. Dorsal entre as peitoraes e ventraes, mais proximas das primeiras; adiposa menor que a anal; caudal furcada. Coloração mais ou menos fasciada ou maculada de preto. Processo occipital /anceolado, mui afastado da placa predorsal P. fasciatum. Processo occipital truncado, mal attingindo a placa predorsal . 5 o P. coruscans. 311—Pseupoplatystoma fasciatum,’ (L. ) PIRAMBUCU (PIRACAMBUCU) SORUBIM De uma das variedades desta especie, possue o Museu Nacional um unico exemplar empalhado medindo 1,07. Cabeça 1 3 do comprimento do corpo, de largura egual á parte post- orbital de perfil superior ligeiramente concavo ; bocca anterior, com a man- dibula ligeiramente mais curto do que a maxilla superior, de largura egual á distancia que vae de um a outro canal suborbitario, justamente no plano mediano da orbita ; dentes intermaxillares tendo um entalhe em losango bastante accentuado; vomerinos em duas placas separadas seguidas imme- diatamente dos palatinos. Barbilhões maxillares projectando-se até o preoperculo, mentaes, até a symphise dos branchiostegos, post-mentaes até o operculo ; narinas ante- riores; olhos 2 e 1/2 á 3 e 1/2 no espaço interorbital, 4 4 ou 5 diametros por 1) Fasciatum (Lat.) — fasciado. 2) Pseudoplatystoma (Gr.), de Pseudo—falso e Platystoma, genero referido. 332 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL traz do angulo da bocca; a uma distancia das posteriores maior de 1/3 do que o diametro orbitario ; fontanella ampla, de contorno losangular, grande- mente alongada, profunda, provida de cirros, projectando-se do focinho á base do processo occipital ; este e todos os ossos exteriores do alto da ca- beça e operculo, densamente enrugados. Um sulco transverso na base do processo occipital que, com as expansös ebasilares, affecta a forma de um tri- folio, muito caracteristicamente, e não encontra a extremidade anterior da placa predorsal ; esta é 77 rugosa sómente na parte anterior 4 nadadeira que supporta, ficando sob a pelle as suas bifurcações lateraes. Tambem é estriado o processo supracla- vicular. Peitoraes attingindo o plano do 4º raio dorsal, com o aculeo fraco, longitudinalmente es- triado, tortuoso e provido de dentes agudos e pequenos no bordo posterior. Ventraes posteri- ores ao plano do ultimo raio dorsal; esta nada- deira tendo o aculeo fraco, subterete, longitudi- nalmente estriado, pouco denticulado no bordo anterior, na ponta, e não denticulado no posterior; FIG. 129-Dentição de Pseudo platystoma quando reclinada sobre o corpo toda a nadadeira, E os raios posteriores attingem o plano que passa pela axilla das ventraes. Adiposa originando-se um pouco aquem da anal e menor do que esta que é redonda. Caudal, tendo os bordos posteriores dos lobos redondos profun- damente entalhada. Região suborbitari : e região clavicular sobre a linha lateral e uma facha inferior a esta, reticuladas ; linha lateral com tubulos inferiores. Varia muito na proporção dos barbilhões e no colorido ; ás vezes os barbilhöes maxillares attingem a ponta das dorsaes, ás vezes são mais curtos que os post-mentaes; branco inferiormente e pardo superiormente com fachas brancas, transversas e algumas malhas negras sobre os lados, ora é pardo, alvacento, punctulado de escuro nas nadadeiras impares sómente ; ora é, além disso, transfaciado de preto. Habitat : Amazonas, Rio Negro, Coary, Javary, Hyanuary, Jutahy, Teffe, Puty, Obidos, Xingú, Caldeirão, Goyaz, Guyanas. ——— 312—Pseudoplatvstoma coruscans,' (Agass.) Caparary, Surubim, Caçonete, Loango, Pintado, Piracajiara, (Piraquora) Est. 45 fig. 2 D. 1 +6. À, 14: O Museu possue 2 exemplares desta especie, dos quaes o maior mede 1,"38 ; Cabeça 2 e 4/5 ä3e 1/5 vezes no comprimento, subquadrangular, 1) Coruscans (Lat.) coruscante. (sseSy) sue9sn109 « — Z lg (1) Wnjzerosey euosájedopnosq — | "did “JS HUM P ouiqes “ıdum ypruyos “f youd ‘qiu ‘IN ap cy | “314 INATX sa ‘asuajiserg vuney IAX ‘JOA ‘JBUOISEN nosny op soaryory A. DE MIRANDA RIBEIRO—FAUNA BRASILIENSE—PEIXES 333 deprimida ; bocca anterior, maxilla muito pouco proeminente ; barbilhöes muito finos, os maxillares e post-mentaes mal chegando ao preoperculo; fon- tanella dilatando-se para traz dos olhos, estes superiores em 1/2 distancia da cabeça, separados um do outro de 3 e 1/2 diametros ; alto da cabeça rugoso, operculo estriado ; processo occipital truncado na extremidade, não attingindo a placa predorsal que é muito alongada; dorsal mediocre, originando-se no plano que toca a ponta dos aculeos peitoraes e terminando, quando reclinada sobre o dorso, no do inicio das ventraes ; aculeos peito- raes fracos, serrilhados no bordo interno; adiposa mediocre, anterior á anal de meia extensão ; anal muito maior que a adiposa, terminando proximo á base da caudal, cujos lobos, fortemente distinctos, são arredondados. Tronco e nadadeiras verticaes maculados de preto; o fundo geral pardo claro. Rios Amazonas, S. Francisco, Paraná e tributarios. E’ o maior dos nossos Sorubins, chegando, segundo Reinhardt, 4 3,3 de comprimento. E’ este peixe a morada ambulante de Sfegophilus insiduosus, Rnhrdt, um pequeno bagre, o qual vive na cavidade branchial do Loango, sendo ao mesmo tempo seu commensal. Eigenmann & Eigenmann dizem que no Museu de Zoologia Comparada de Cambridge existem exemplares procedentes de Manäos. Hemisorubim,' Bleeker Nederl. Tydschr, Dierk—97—1836 Cabeca grande, deprimida; bocca supero-anterior, provida de dentes vomerinos e palatinos, logo atraz da facha intermaxillar que € estreita no centro, dilatando-se para os lados; barbilhöes teretes, moderados, os men- taes contiguos e proximos do labio inferior ; procosso occipital encontrando a placa predorsal e mais curto do que esta; pelle dos lados da cabeça e fo- cinho reticulada. Aculeo dorsal fraco e mais proximos das ventraes do que das peitoraes. Adiposa moderadamente desenvolvida, maior do que a anal. Especie conhecida : H. platyrhynchus. 313—Hemisorubim platyrhynchus (uv. & val.) GERUPOCA D. 1 +6; A. 10 «Esta especie parece-se com Pltystomatychthys sturio na colloragäo, tendo grandes manchas negras espalhadas sobe os lados e uma nodoa negra 1) Hemisorubim de (Gr.) Hemi. meio e Sorubim (brasilico) genero referido. 2) Platyrhynchus (Gr.) de bico chato. 334 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL na base da cauda. Cabega deprimida, redonda no occiput. Olhos dirigidos para cima, 7 vezes na cabeça, 3 vezes no focinho, 1 e 3/4 no espaço inter- orbital. Mandibula proeminente e entrando no perfil. Barbilhöes maxillares projectando-se além da dorsal; mentaes proximos, projectando-se até sob os olhos ; post-mentaes até as peitoraes. Dentes mandibulares em uma es- treita facha. Dentes vomerinos e palatinos logo atraz dos dentes maxillares ; dentes vomerlnos numa unica placa separada das placas palatinas. Aculeo dorsal fraco e delgado, 2 e 1/2 vezes na cabeça sua distancia do focinho maior do que a orla posterior da adiposa, muito mais proxima da base das ventraes do que das peitoraes, com dentes retrorsos na orla posterior. Adi- . posa mais comprida do que a anal. Lobo caudal inferior mais largo e-mais comprido do que o superior, redondo no adulto, pontudo no joven. Ventraes projectando-se 4 2/5 de sua extensão adiante do anus. Aculeo peitoral 1 e 3/5 na cabeça com dentes egualmente fortes adiante e atraz. Branco inferiormente, olivaceo superi- ormente, com poucas maculas negras, esparsas sobre os lados, commum- mente uma nodoa semelhante na base do lobo caudal superior; nadadei- ras uniformemente coloridas. Cabeça 3, altura 6 4 7» (Eigenm. & Ei- genm.). O exemplar que serviu a Cuvier e Valenciennes procedia do Museu de Lisboa, provavelmente uma das remessas do Pará, de Alexandre Ro- drigues Pereira. Habitat: Orenoco, Amazonas, Caldeirão, Rio Negro, Manacapuru, Monte Alegre, Rio Puty, Santo Aleixo, Obidos, Coary, Tabatinga, Javary, To- cantins, S. Paulo, Paranahyba, Paraguay, (Corumbá). Phractocephalus,' (Agassiz) In Spix: Gen et. Sp. Pisc. Bras. 2s—1826 Corpo curto, robusto ; cabeça larga, deprimida ; bocca anterior, pro- vida de dentes vomerinos em grande placa seguida de uma facha sobre os palatinos, além das fachas dentarias intermaxillares e mandibulares. Barbi- lhões teretes, mediocres ; olhos pequenos, lateraes, proximos da origem dos barbilhöes maxillares ; processo occipital muito largo, placa predorsal grande, fontanella pequena, posterior ao bordo anterior dos olhos. Aculeos robustos ; adiposa raiada. Especie conhecida : 1) Phractocephalus (Gr.) phractos protegido e cephale cabeça. “RIVIPIIG (UNS 9 ‘1g) snıaydommmay snjeydasope.iyg ‘15 Ney YW ourqes ıduy jpruyos ‘f ‘youd “qui JW ap ‘vy XIX 353 ‘asualiserg euney IAX ‘JOA ‘jeuomeNn hesnw op soapy A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 335 314—Phractocephalus hemiliopterus,' (Bi. & Schn.) PIRARÄRA—PARABE-PRE, LAI-TU, TO-RAI, UARARÁ. Est. 46. D. 1+17; A. G. Cabeça robusta, larga, deprimida, contida 3 vezes e 1/3 4 1/4 no com- primento, (sem caudal); bocca anterior, de maxillar sobrepujando e incluin- do a mandibula, 1 1/2 vezes no comprimento da cabeça; barbilhöes maxil- lares attingindo a base do aculeo peitoral; post-mentaes pouco menores, näo chegando ä orla da membrana opercular; nos jovens os barbilhöes säo maiores e os barbilhöes maxillares attingem ou passam a parte do aculeo peitoral. Fontanella pequena, começando no plano da orla anterior dos olhos e estendendo-se para traz destes em cerca de 2 diametros; olhos pe- quenos, á 2 diametros da base dos barbilhöes maxillares, 5 á 8 vezes no espaço interorbital, 9 4 14 vezes no comprimento da cabeça; alto da cabe- ça, processo occipital, supra claviculares, processo clavicular, placa predor- sal e preoperculo profundamente alveolados, apparentando o reticulado dos favos de abelha; processo occipital muito largo, seguindo a largura da ca- beça, truncado posteriormente em linha recta e contiguo á placa predorsal; esta uniforme, lárgura maior que o processo occipital; aculeos dorsal e pei- toral alveolados; estes ultimos muito fortes, attingindo o plano do 2º raio dorsal; ventraes logo atraz do ultimo raio dorsal, adiposa sobre a anal, de base quasi egual 4 d’este (um pouco maior), nadadeira raiada, anal alta, redonda; caudal ampla sub-truncada. Segundo Castelnau este peixe é côr de chocolate em todo lado superior, pintado de preto sobre a cabeça e região dorsal até o plano da nadadeira desse nome, lado inferior amarello de chromo, ventre branco; raios das na- dadeiras pares e anal denegridos; labios, barbilhões mentaes, aculeo peito- ral, extremo dos raios e membrana interradial da nadadeira dorsal, a me- tade externa da adiposa, ponta dos primeiros raios anaes, algumas man- chas sobre o pedunculo e toda a caudal de côr rubra viva. Os exemplares do Museu Nacional (2) medem 1",20; o maior tamanho registado é de 1,30. Habitat: Rios das Guyanas, Amazonas, Crixas, Araguaya, Cupai, Xingú, Coary, Teffé, Manacapurú, Obidos, Huamary. 1) Hemiliopterus—Hemilio um e meio, pteron nadadeira ; parece que o que Schneider queria dizer era Hemi—leios—pteron, isto é, nadadeira meio lisa, 336 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL Tachysurus,' Lacépède. Hist. Nat. Poiss. V. 151-—1803 Forma commum, sub-fusiforme superiormente comprimida; cabeça grande; bocca anterior, provida de uma facha de dentes nos intermaxilla- res e mandibulares, vomer e palatinos; olhos lateraes; fontanella ampla; processo occipital desenvolvido attingindo a placa predorsal ou tendo de permeio um escudo interneural; 6 barbilhöes, dorsal mais elevada do que longa; adiposa moderada mais ou menos desenvolvida; anal mediocre; cau- dal furcada. Coloração na regra uniforme. Peixes marinhos, frequentando tambem a agua salobra ou subindo o curso dos rios. 1) Tachysurus (Gr.) tachys veloz e oura cauda. 337 A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES CHLI-1 eueing saysıg) ‘WI}Udd OB — odueıg OLY — BII:XEU EPEI wa vjsoddo ajuatuesuap atas eum oes sojuap SO “jensn o onb op sieur epeäuoge jeuy "zei wird as-adlıp 2 stajond sep vanjlage E qos as-PAd|a Oajnot un RTS se SEQUE Wo SOPEUILUAS savso}od 9 [ESI0p Soomnoe ‘osopnugiñ ‘apuerd [429 O$s29014 ‘aJUauHOHoU Opyed seu “opisBauop openzy ‘ASINQUOUS *snsago \L ;esopianp 91adS4 (I — *snsoydouojnsdn ‘JL : OFA SER Ê x * aJuasne sıundsiänd "J, * 12-61 Ieuy } peanau.ayur vdeld ‘1p -|- | sovs0zad) ‘SUD91Q]D “I x * a a * apueıd ‘ouHOY -gnos ‘ojuosoid ‘JuImouaqur varia 6 0 “SOLU OI] -IA sounjeyed saju9q “SISSDIIPUDIG “I, 3 : x : : ‘ É * tI-|-I Savsto}iad “SISNISIUN] "L Q ‘QJUIULIOLIOJUB PPUOPOII “QUILOS NOIS [BINAUIOFUI LIVIA ? ZIVII-|-1S2U10}94 ‘124104 ‘JL : s i É O 2 ‘ o e * 9JU9LLIOLID} x © SEE \ , -sod 9 ollajue vpeuiSieus ‘oplozodei} [RINaUIJUI Pri sourzered soyuoq | Co + jesiop anb a op Jou no jendo vsodipe v ase: 18420204 “JL . . o . 6 . . 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Largura do corpo 4 e 2/3 no comprimento total; cabeca 3 e 1/4; lar- gura d'esta 2/3 do proprio comprimento; vertex granuloso; fontanella pro- jectando-se desde as narinas até a base do processo occipital que & care- nado, quasi täo longo quanto largo e em contacto com a placa predorsal; partes descobertas da cabega com canaes reticulados ou ramificados. Olhos perfeitanente lateraes, justamente por traz e na mesma horison- tal do canto da bocca; seu diametro 5 vezes na cabeça, 1/2 vez no focinho 2 e 1/2 vezes no espaço inter-orbital. Barbilhões curtos, não attingindo a fenda branchial. Aculeo dorsal cerca de 2/3 do comprimento da cabeça, granuloso anteriormente, retrorsamente denticulado posteriormente. Adiposa pequena, sua base egual 4 1/2 da base da dorsal. Aculeo pei- toral pouco mais curto que o da dorsal, egualmente granuloso no bordo an- terior e serrulado no posterior. Os mais longos raios anaes 2/5 no compri- mento da cabeça. Caudal profundamente entalhada. Pardo superiormente, argenteo inferiormento. 170 mm. O exemplar unico que tivemos em mãos tinha na bocca 18 ovos de 8 mm. de diametro em adiantado estado de desenvolvimento.» (Boulenger.) 316—Tachysurus agassizii,’ (Eigenm. & Eigenm.) D. 1 + 6; A. 19 «Corpo comprimido, especialmente para traz, altura maior do que a largura. Cabeça mais estreita para diante, sua maior largura 1 e 1/2 no comprimento, sua maior altura cerca de 1 e 1/3; largura na bocca 2 e 1/4 no comprimento da cabeça. Alto da cabeça granular, as granulações for- mando estrias quasi por toda parte; processo occipital da largura do com- primento, com uma crista mediana e as margens concavas. Meio da fontanella sobre a orla posterior da pupilla, continuada pos- teriormente como um sulco triangular até a base do processo occipital; area 1) Pleurops (Gr.) Pleuron, costella, lado; ops olhos. 2) Agassizii; de Agassiz. A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 339 inter-orbital commummente com 4 rugas lisas; processo humeral aspero, coberto de pelle; lados da cabeça com canaes mucosos irradiantes. Olhos 1 e 1/2 no focinho, 5 e 1/2 na cabeça, cerca de 3 no espaço inter-orbital. Barbilhões maxillares quasi attingindo as guelras, mentaes projectan- do-se á cerca de 1/2 caminho das guelras, post-mentaes não muito mais compridos. Maxilla superior proeminente; dentes villiformes nas maxillas, sub-granulares ou obtusamente conicos nos palatinos, pequenos; nenhum dente granular na serie interna da mandibula; placas palatinas muito me- nores e mais divergentes do que em 7. spixii. Meınbranas branchiostegas unidas, juntas até o isthmo. Rastros, 8 + 14. Póro peitoral moderado. Distancia do aculeo dorsal ao focinho 2 e 1/2 no comprimento, o aculeo 1 e 1/2 na cabeça, serrilhado na sua orla poste- rior, granulado anteriormente na ametade basilar, tornando-se quasi liso em cima. Espaço entre a dorsal e a adiposa 3 e 1/2 no comprimento; a diposa mais curta do que a dorsal; livre posteriormente. Caudal furcada 4 e 2/5 no comprimento. Anal pouco mais comprida do que alta; seus maiores raios cerca de 1/2 do comprimento da cabeça. Ventraes cerca de 2 vezes na ca- beça. Aculeo peitoral tão longo quanto o dorsal, porém mais forte, serrilha- do em sua margem interior, granular na exterior. Parte dorsal parda; lados e parte ventral prateados; nadadeiras manchadas.» (Eigenm. & Eigenm.) Habitat: Rio Grande do Sul. 3l7—Tachysurus spixii,' (Agass.) BAGRE AMARELLO; BAGRE-DE-AREIA Est. 47-fig, 1. D. 1+6; Ps I + 10; A. 21 —22 Moderadamente comprimido; cabeça 3 e 2/3; bocca moderada, dentes superiores (fig. 130) distribuidos em uma facha intermaxillar e duas placas ovoides ou ellipticas, com o maior eixo obliquamente dis- , posto; labios papillosos; barbilhão labial geralmente attin- gindo o meio do aculeo peitoral, ás vezes, porém, de ex- SP Up tensão maior, ventraes não attingindo a orlada membrana Fig. 130 — Dentição de Dranchiostega, olhos 6 e 3/4 na cabeça; fontanella conti- Tachysurusspixii ya, estreita, de bordos parallelos, apenas acuminada nos extremos, quasi attingindo a base do processo cervical; alto da cabeça e processo cervical granulosos (nos jovens) nos adultos finamente vermicula- 1) Spixi; de João Baptista Spix, companheiro de Martins na excursão que os dous emprehenderam pelo Brasil, tendo feito a collecção de peixes que foi a base do primeiro trabalho e Luiz Agassiz sobre a fauna brasileira. 340 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL dos e excavados; (fig. 131) base do processo cervical com uma ruga trans- versa, sendo o processo triangular, com os lados posteriores concavos; pla- ca dorsal pequena V-forme. Aculeo dorsal sobre o ini- cio do ultimo quarto do aculeo peitoral, apenas granu- loso na aresta anterior; aculeo peitoral fortemente den- ticulado nas duas arestas; quasi tocando a anal; esta ' grande, ligeiramente ondulada (S-forme) no bordo pos- terior; adiposa pequena, sobre o meio da base da anal; Fig. 131 —t Piaca predorsal e Caudal furcada, com o lobo superior um tanto maior. ET Prateado purpureo, superiormente alvadio, amarellado inferiormente; esse amarellado torna-se mais intenso pela presença do muco que é dessa côr no peixe em questão. Habitat: Atlantico Occidental, de Santos 4 Surinam. No Rio de Janeiro o Bagre-Amarello é muito commum, sendo vendido ás classes pobres. 318—Tachysurus nuchalis,' (Gunth.) IRIDECA DIE SIE HRS MNS JN «A altura do corpo é 1/5 do comprimento total (sem a caudal), o com- primento da cabeça 1/4. Cabeça tão larga quanto alta, sua maior largura sendo 2/3 de comprimento; sua parte superior granulada; processo occipital triangular, do comprimento da largura, com as margens lateraes ligeira- mente concavas; é elevado em uma prega obtusa que percorre a parte me- diana; o sulco longitudinal do meio da parte anterior da cabeça é largo, estreitando-se para traz, e não se projecta até a base do processo occipital. Os dentes do paladar são grosseiramente granulares e formam duas placas sub-triangulares de extensão moderada que, ás vezes, são sub-continuas com os angulos anteriores. Os barbilhões maxillares projectam-se até quasi o extremo das peitoraes. Aculeo dorsal de robustez moderada, ligeiramen- te serrilhado ao longo das duas arestas, e representa 5/6 do comprimento da cabeça. Nadadeira adiposa pequena, mais curta do que a dorsal. Aculeo peitoral do comprimento, porém, mais forte do que o da dorsal. Nadadeira peitoral mais curta do que a cabeça.» (Günther.) Habitat: Guyana Ingleza; segundo Göldi tambem em Magoary (Mara- j6), onde diz ser conhecido pelo nome de /ricéca. 1) Nuchalis (Lat.) nucal, referencia ao processo nucal. A. DE MIRANDA RIBEIRO—FAUNA BRASILIENSE—PEIXES 341 194—Tachysurus proops, (Cu. & val.) IRITINGA D.I+7; Ps. I +11; A. 18 4 19 E’ assim descripto por Eigenmann & Eigenmann : «Delgado e comprido, mais largo do que alto. Cabeça deprimida, sua largura 1 e 1/3 no comprimento; altura 2, largura, na bocca 2; porcäo ante- rior da cabega plana superiormente; alto da cabeça, processo humeral e placa dorsal, toscamente granulares, sendo os granulos ordenados em series ao longo da fontanella. Processo occipital pontudo, mais largo do que lon- go, em forma de borboleta. Operculo estriado; fontanella 1 e 1/2 vezes o diametro ocular, o seu centro adiante do meio dos olhos e continuando-se como um sulco pouco profundo. Olhos 1 e 1/4 al e 1/2 no focinho, 5 e 1/2 a 8 na cabeça, 1 e 3/4a 2e 2/3 no espaço inter-orbital 2 e 1/2 a3 e 3/4 no espaço inter-orbital. Maxillas sub-eguaes; dentes villiformes, a facha inter-maxillar muito baixa; dentes no céo da bocca em seis placas continuas. Membranas branchiaes encontrando-se em angulo e formando uma larga prega atravez do isthmo. Rastros 5 + 10. Póro peitoral amplo; series verticaes de poros. Distancia do aculeo dorsal ao focinho 2e 4/5no com- primento; aculeo dorsal granular na frente, estriado nos lados, fracamente serrilhado por traz, sendo o seu comprimento: 1 e 1/4a 1 e 1/2 na cabeça. Espaço entre a dorsal e a nadadeira adiposa 2 e 4/5 a3 no comprimento, a adiposa pouco ma s curta do que a dorsal, a margem posterior livre. Cau- dal profundamente furcada, com o lobo superior mais comprido, 4a 4e 1/2 no comprimento. Anal emarginada, tão elevada quanto longa, 2 a 2e 1/3 na cabeça; ventraes 2 vezes. Aculeos peitoraes asperos ou granulares na fren- te, serrilhados por detraz, 1e 1/5 a 1 e 1/3 na cabeça. Plumbeo superior- mente com lustro azulado, branco inferiormente; barbilhões maxillares es- curosba, rbilhões mentaes brancos; todas as »adadeiras mais ou menos ma- culadas de pardo.» Habitat: Atlantico occidental, de Pernambuco ás Guyanas. Segundo Göldi este bagre é chamado /ritinga em Magoary. 320—Tachysurus grandoculis,’ (Steind.) D.1--7;Ps. I-+ 10; A. 19 E” assim descripto por Steindachner : «O comprimento da cabeça até a ponta do processo occipital € contido cerca de 2 e 1 3 no corpo ou cerca de 3 e 2/3 no comprimento total. Perfil 1) Proops (Gr.) de pro, adiante ; ops, olhos. 2) Grandoculis (Lat.)—com olhos grandes. 342 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL superior da cabeça eleva-se gradativamente até a dorsal e descreve um arco pouco pronunciado. O processo occipital não tem perfeitamente o dobro da largura e attinge a orla anterior da pequena placa basal semilunar da dor- sal. A fontanella inteira estende-se da ponta do focinho á proximidade da base do processo occipital, sendo a sua maior largura a que fica no extremo posterior da frontal, apenas egualando a 1/2 do diametro ocular. O centro dos olhos cahe sobre o meio do comprimento da cabeça. A fronte é pouco curva transversalmente, cahindo os lados da cabeça moderadamente para baixo. As narinas são grandes, srredondadas, a posterior é um pouco mais larga do que a anterior e obturavel por uma valva que se eleva sobre a sua orla anterior. A largura da bocca, entre os angulos, excede um pouco o comprimento do focinho; a facha dentaria intermaxillar tem a altura cerca de 5e 1/2 vezes contida na largura, sendo os dentes villiformes. A facha dentaria da maxilla inferior é medianamente interrompida, estende-se trans- versalmente bem do mesmo modo que a placa dos intermaxillares, é, porém, visivelmente menor do que esta. As pequenas placas dentarias do paladar, muito separadas uma da outra, são fracamente curvas em crescente e pon- tudas anteriormente. Numerosos canaliculos multifidos jazem sobre as par- tes da cabeça recobertas de pelle lisa, isto é, sobre o focinho, a fronte e lados da cabeça, especialmente atraz dos olhos, e coberturas branchiaes. A dorsal é de altura maior do dobro do comprimento, o comprimento da sua base é egual ao do focinho. 3 3 A parte rija do vigoroso aculeo dorsal é um pouco mais curta do que a dos aculeos peitoraes e attinge cerca de 3/5 do comprimento da cabeça. A orla posterior do aculeo dorsal é muito finamente dentada, a orla anterior do mesmo, na ametade inferior como que granulosa; na ametade superior percebe-se fracos vestígios de aculeos curvos. Com inclusão da parte ter- minal flexivel, o aculeo dorsal é pouco mais curto do que o seguinte e mais alto raio dorsal. O aculeo peitoral é mais vigoroso do que o dorsal, forte- mente deprimido e dentado na orla posterior. Na ametade anterior da orla externa do aculeo, ha curtos denticulos rhombos e mais para traz, vestígios de dentes curvos como na orla anterior do aculeo dorsal. A peitoral eguala em comprimento á altura da dorsal e é cerca de 1 e 1/2 vezes o comprimen- to da ventral, cuja ponta quasi attinge o início do anal. Esta é imperceptivel- mente mais alta do que longa, concava na parte inferior da orla posterior e tendo o comprimento da base cerca de 2 e 1/4 do comprimento da cabeça ou egual a cerca do dobro do diametro ocular. A caudal salienta-se pela extensão de seus lobos que são pequenos e pontudos. O comprimento do lobo caudal su- perior um pouco menor do que o da cabeça. O pedunculo caudal moderada- mente comprido e delgado, sua altura não excede de muito o diametro ocular. A base da adiposa é do comprimento de um diametro ocular e jaz sobre a ametade posterior da anal, terminando porém um pouco mais adian- te do que esta. O espaço que medea entre a dorsal e adiposa é egual a um comprimento da cabeça. Ao longo da parte posterior do tronco, correm da A. DE MIRANDA RIBEIRO—FAUNA BRASILIENSE—PEIXES 343 linha lateral numerosos canaliculos curtos e simples, particularmente para baixo; na parte anterior, porém, expandem-se estes ramos collateraes para baixo e para cima e ramificam-se em forma de veios. O extremo posterior da linha lateral curva-se a bem pequena distancia da base deambos os raios caudaes medianos para cima e perde-se na parte basilar do lobo superior da caudal.» Habitat: Rio Doce. 32l—Tachysurus barbus,’ (Lacép.) D.1+7; Ps. I + 19. A. 18 Cabeça 3 e 3/4; bocca ampla 1/2 do comprimento da cabeça; dentes, palatinos em tres placas sobre cada lado; a primeira (vomerina) estreita, a segunda mais longa, as vezes com uma reentrancia no contorno posterior, a terceira dupla. Barbilhôes labiaes attingindo a axilla das peitoraes, men- taes chegando ao bordo da membrana branchiostega e post-mentaes ao bordo posterior da cintura escapular; fontanella seguida de um sulco que se origina sobre o eixo ocular e termina na base do processo occipital, este mais longo de que largo (1 e 1/2 da base) fortemente ca- renado; alto da cabeça e processo muito pouco granula- dos; placa dorsal pequena V-forme, lisa. Peitoraes attin- gindo com o extremo dos raios o plano da base do ultimo Mis raio dorsal; aculeos peitoraes e dorsal mais ou menos do Fig) 132 É Denticao de Mesmo comprimento, póro axilliar mediocre; ventraes trans- Tachylurus barbus mondo a posição do anus, porém, terminando ä meia dis- tancia entre este e a base da anal; esta moderadamente falcada, base da adiposa menor que base da dorsal; caudal furcada, com o lobo superior um pouco maior que o inferior; linha lateral distincta com tubulos inferiores sim- ples; argenteo plumbeo, com reflexos esverdeados no dorso, branco no ventre. Habitat: Costas do Brasil, do Rio Doce para o Sul. Rio Araguaya — Paraná. 322—Tachysurus hersbergi (1) JAHÜ (AMAZONAS) DAC ET ERS TE SEINTIE Cabeca 3 e 3/4, moderadamente deprimida na parte anterior e abaula- da na posterior; bocca moderada, de largura egual á 1/3 da distancia que vae do focinho ao meio da placa dorsal; dentes palatinos dispostos em tres 1) Barbys.—Barbys genero de cyprinoide europeu; por sua vez barbus significa barbilhäo. 2) Hersbergi. -De Herzberg. 344 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL grupos unidos numa curva transversa, sendo o central um tanto entalhado no meio; nos individuos adultos os grupos lateraes são acompanhados de um outro posterior. Barbilhões labiaes attingindo ou passando a ponta do aculeo peitoral recostado sobre o corpo; mental passando ou attingindo a orla da membrana branchiostega; post-mentaes attingindo a axilla da pei- toral; narinas anteriores ovoides ou circulares com um rebordo membra- noso; as posteriores valvulares, a valva de um lado ligando-se a do lado opposto por uma prega membranosa transversa; PU, olhos á um diametro da orla anterior das narinas, 5 e 1/2 vezes Ge, na cabeca; alto d’esta, d’uma linha transversa ligando os cen- É tros oculares, processo occipital e placa dorsal, granulosos. rm, Fontanella não divergindo posteriormente, não continuando 77; por sulco algum e terminando no plano post-orbital; parte su- G 74 perior do focinho cheia de canaes mucosos mais ou menos dis- postos em estrella; processo post-orbital mais largo que longo; "ac *racnyauus placa dorsal scutiforme. Aculeos peitoraes serrilhados como na ""®' regra, assim como o dorsal que € mais ou menos egual em tamanho äquel- les; ventraes nao attingindo á anal que é relativamente grande; caudal furcada com o lobo superior ligeiramente maior; adiposa de comprimento egual ao da base da dorsal; linha lateral nitida, com tubos obliquamente di- rigidos para baixo. Plumbeo, alvadio inferiormente. Habitat: Costas septentrionaes do Brasil, desde Bahia. 323—Tachysurus parkeri, (Trail) DZ IPS MEET AV MGR ALTO: «Proeminencia interparietal em triangulo muito obtuso e ligeiramente festonado; tem, em largura a metade de bordo posterior do vertex e 1/2 me- nos em comprimento. À parte granulosa do escudo projecta-se até meio dos olhos e não deixa senão 1/3 do comprimento da cabeça coberto por pelle lisa. Uma larga fenda ahi sobe até os preoperculos. O escudo é tra- pezoide, aberto anterior e posteriormente. O comprimento de cada um desses lobos é de 1/2 do da parte granulada do vertex ou do terço do da cabeça; porém, de uma abertura á outra ha alguma cousa de menos. Sua largura posterior, onde ella é maior, excede de 1/7 o seu maior comprimento. A parte lisa do focinho, as bochechas, os operculos egualmente lisos, teem venulas mui delgadas. Os olhos são eguaes a 1/7 do comprimento da ca- beça, até a ponta do operculo. O barbilhão maxillar não excede o meio do operculo; os outros são muito mais curtos de metade. A maxilla supe- rior sobrepuja sensivelmente a outra. Os dentes das maxillas são villiformes, um tanto grossos mas baixos; os do paladar, em forma de calçada, poupam 1) Parkeri; do zoologo e anatomista inglez Parker. (TRA 9 And) synosiuny « — Z 8 (‘ssesy) nxids snın s/yJeL — I I JS ey 9 oulqes “dir jpruos *f youd “qui JW ap ‘y A. DE MIRANDA RIBEIRO—FAUNA BRASILIENSE—PEIXES 345 dous grandes espaços ovaes que se tocam sobre toda a sua extensäo, pelo bordo interno. A-membrana opercular não é aberta. A espadua, tão alta quanto larga mediocremente pontuada, é grosseiramente granular; como o craneo, os aculeos dorsaes e peitoraes são estriados, granulares no bordo anterior, o primeiro é recto, francamente denticulado na parte de traz, os segundos um pouco arqueados e com fortes espinhos. A adiposa é quasi do comprimento da anal, um pouco mais baixa do que esta nadadeira. Ci- nereo pardo superiormente, prateados nos flancos e inferiormente. Ind. em alcool) Vertebras 18 + 12» (Cuv. & Val.) Habitat: Guyanas e N. do Brasil (Pará). 324— Tachysurus luniscutis,' Cuv. & var. BAGRE GURY ; CANGATA ; GRUY-JUBA Est. 47 fig. 2 DIET: Ps. 1 il; À 1e 21. Cabeça conica, moderadamente deprimida, quasi 4 vezes no compri- mento total; bocca mediocre, dentes superiores dispostos em duas fachas, uma anterior sobre os intermaxillares, moderadamente curva, outra sobre os palatinos, fortemente curva para traz, deixan- do um estreito espaço nú, mediano, no qual, ás = vezes, se nota uma zona elliptica pequena, tam. LQ bem provida de dentes. LE Us barbilhöes labiaes e post-mentaes attin- 7, / gem a orla opercular, sendo, entretanto, aquelles maiores do que estes; os mentaes attingem 0° X, extremo do 2º terço da distancia que vae do la-.. bio á orla da membrana branchiostega; narinas amplas, contiguas, as posteriores recobertas por en ima valva dermica; olhos: 1// da cabeça; meio = mann da fontanella sobre a linha posterior das orbitas; pj, 13:--Dentigäo de Tachysurus luniscutis alto da cabeça granuloso; processo occipital ir- regularmente triangular; placa dorsal geralmente crescentiforme, um tanto variavel. Aculeos peitoraes e dorsal fortemente espinhosos nos dous gumes an- terior e posterior; ventraes passando o anus, não attingindo, porém, a anal, esta symetrica com a adiposa que lhe fica superior; caudal furcada, com o lobo superior maior; linha lateral bem visivel. Prateado azulado superiormente, alvadio inferiofmente. Segundo Göldi, em Magoary chamam a este bagre Cangatá e em Marajó Gurijuba. Habitat: Costas do Brasil, de Norte a Sul. Surinam. 1) Luniscutis (Lat.) luna—lua ; scutum=escudo predorsal. 346 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL 325 Tachysurus grandicassis,' Cuv. & vai D. 1+7; Ps. 1412; A. 18 E’ assim descripto pelos Profs. Eigenmann: «Corpo anteriormente cylindrico, acuminando-se para um delgado pe- dunculo caudal. Cabeça grandemente deprimida, perfil quasi recto, descendente, largura da cabeça 1 e 1/3 ä 1 e 2/5 no comprimento, sua altura 1 e 4/5 á 2 no com- primento. Processo occipital com uma profunda constricção no ponto em que se reune ao occiput, conformado como um foliolo de trevo, muito mais do que em Ailurichthis panamensis, äs vezes mais largo do que longo, ás vezes quilhado. € entro da fontanella sobre o meio dos olhos; fontanella não continuando posteriormente como sulco. Processo occipital, alto da cabeça e processo humeral, granulares; região inter-orbital quadrirugada, as rugas internas limitando a fontanella, as externas correndo para traz das de pro- ximo ás aberturas nasaes posteriores. Olhos 3 4 3 e 1/2 no focinho, 8e 1/2 á 10 da cabeça, 4á 4 e 1/2 no espaço interorbital. Barbilhöes maxillares chegando á base das peitoraes, mentaes ä guelra, post-mentaes um pouco mais longos. Maxilla superior projectando-se 1 diametro ocular ou mais; labios muito largos, especialmente na frente, tor- nando o focinho pontudo; dentes antes grandos do que pequenos, os do paladar um tanto menores; a altura da facha intermaxillar 7—9 na largura; facha mandibular muito baixa; dentes vomerinos ausentes em tres exempla- res, n'uma pequena placa em um dos lados, em outro, e em uma pequena placa nos dous lados em um quinto exemplar; placas palatinas, triangula- res, projectadas para traz. Membranas operculares encontrando-se em an- gulo e formando uma prega atravez d isthmo. Rastros 6 + 10. Distancia do aculeo dorsal ao focinho 2 e 1/3 á 2 e 1/2 no comprimento, estando o aculeo quebrado nos exemplares estudados. Distancia da adiposa á dorsal 3 e 3/5 44 nº comprimento; adiposa no minimo tão longa quanto 4 dorsal, adnata. Caudal furcada, lobo superior mais comprido, cerca de 5 no comprimento, tendo as pontas quebradas. Anal apparentemente mais longa do que alta, porém, os raios sao um tanto gas- tos. Ventraes pequenas. Póro peitoral amplo, fendido, Pardo claro supe- riormente, um tanto manchado inferiormente, pela occurrencia de pequenas maculas esparsas. Cabeça 3 e 2/5 à 3 3/4; altura 5 e 2/3 4 6.» 1) Grandi-cassis (Lat.)—de capacete grande. A. DE MIRANDA RIBEIRO—FAUNA BRASILIENSE—PEIXES 347 Eigenmann & Eigemann consideram Arius parmocassis e Arius stricti- cassis de Cuvier e Valenciennes, como duas variedades de Tachysurus gran- dicassis. A unica differença d’quellas duas formas para com esta ultima, está no contorno do processo occipital que é codiforme em T. parmocassis e bacillar, entalhado posteriormente, em T. stricticassis ; outra differença estaria na distribuição dos dentes palatinos. Assim sendo, as tres variedades poderiam ser diagnosticadas deste modo : Processo occipital scutiforme, largo, separado do occiput por uma estreita facha, dentes vomerinos quando presentes, em duas placas eae Mares, Dune em placas dessa forma. . . . HA T. grandicassis. Processo occipital cordiforme ou bacillar: Separado do occiput por uma facha mais estreita do que a largura da parte posterior do Bd Sue vomerinas triangulares. . . . . shee T. grandicassis parmocassis. Separada do occiput por uma facha de egual largura ä da parte posterior do processo, placas vomerinas au- SEILESE HERR D Re eta Tee Mints heres rer ir SE che T. grandicassis stricticassis. Habitat: Atlantico occidental, da Bahia ás Guyanas. 326—Tachysurus albicans, (Cuv. & val.) a MIE AIO Cabeça elevada, robusta 3 4 3 e 3/4; bocca ampla com as maxillas eguaes ; dentes palatinos em facha ampla, tendo posteriormente, em cada lado, uma placa triangular ; barbilhöes labiaes attingindo a axilla peitoral ; mentaes terminando 4 menos de metade dos post-mentaes e estes apenas a orla da membrana branchiostega ; olhos pequenos á dous diametros do sulco labial, á cerca de 8 da orla preopercular; alto da cabeça granular, processo occipital muito reduzido; placa dorsal scutiforme, grande, egualmente gra- nulosa. Aculeo dorsal granuloso, menor que o peitoral e articulando-se so- bre a axilla dos peitoraes ; ventraes em meio da distancia que vae dos labios ao apice do lobo caudal inferior ; adiposa desenvolvida, sobre o espaço entre as ventraese a anal, esta não falcada, caudal furcada ; linha lateral accentuada. Pardacento com as pontas dos raios das nadadeiras alvadias. Habitat: Amazonas e Guyanas. 1) Albicans (Lat.)=albicante, alvadio. 348 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL 327—Tachysurus rugispinis, (Cuv. & Val.) YURUPIRANGA, BAGRE BRANCO. D.I1-+ 7; A. 19 4 21. «Delgado, comprimido para a cauda. Cabeca grande e deprimida, acu- minada para a frente ; largura da cabeça | e 1/2 4 1 e 2/5 no comprimento, no angulo da bocca 2 e 2/5 4 2 e 1/2; altura da cabeça 1 e 3/5 á 2; perfil abrupto. Alto da cabeça, processos humeraes, fronte e lados dos espinhos e placa dorsal granulares, não se projectando as granulações para diante do meio das bochechas. Processo occipital triangular, quasi tão longo quanto largo, ruga mediana não muito proeminente. Meio da fontanella atraz dos olhos, parte posterior separada por uma prega, não continuada para traz como um sulco; região interorbital com quatro rugas ; olhos pequenos, tres vezes no focinho, 10 veses na cabeça, 3 e 1/2 no espaço inter-ocular. Barbi- lhões villiformes. Barbilhões maxilares attingindo ou chegando adiante da base das peitoraes ; post-mentaes a orla opercular; barbilhões mentaes muito mais curtos. Bocca inferior, maxilla inferior incluída, labios espessos; dentes villiformes, os anteriores das maxillas maiores ; altura da facha in- termaxillar 4 na largnra; placas palatinas um diametro dos olhos. Membra- nas do operculo encontrando-se em angulo, formando uma prega atravez do isthmo. Rastros 6-11. Póro peitoral nullo ; serie vertical de póros pre- sente. Distancia do aculeo dorsal ao focinho 2e 1/44 2e 1/2 no compri- mento, estando os aculeos quebrados nos exemplares ; espaço entre a dor- sal e a adiposa 4á 4e 2/3 no comprimento. Adiposa adnata, do compri- mento da anal. Ventraes 2 e 1/2 na cabeça. Aculeo peitoral serrilhado posteriormente (quebrado,) cabeça 3 e 1/2 4 4; altura 5 e 1/24 6. (Eigenmann & Eigenmann.) Habitat: Das Guyanas ao Maranhão. o Segundo Göldi, em Marajó este bagre é chamado Jurupirauga e Bagre ranco. 328—Tachysurus upsulonophorus, Œigenm. & Eigenm.) PAPAI. BOCCA-LISA Est. 48-fig. 1 D. 1 +7; Ps. I +11 ; Vs. 6 ;£A IT. Cabeca 3 e 2 4, robusta, moderadamente deprimida, plana entre os an- gulos anteriores dos olhos, granulosa na parte posterior e no processo occi- pital. Bocca ampla de largura contida 2 e 1/2 vezes na cabeça, com a facha 1) Rugispinis (Lat.) de ruga, ruga, e spinna, aculeos (das nadadeiras). 2) Upsulonophorus (Gr.) Upsulon=Y, lettra do alphabeto; phorein=trazer. A. DE MIRANDA RIBEIRO—FAUNA BRASILIENSE—PEIXES 349 de dentes palatinos em forma de ferradura. Barbilhöes labiaes attingindo a base das peitoraes ; mentaes terminando aquem da orla da membrana bran- chiostega e post-mentaes attingindo a orla posterior do arco escapular. Oihos 5 e 1/2. Fontanella divergindo posteriormente, seguida de um sulco que, nascendo no plano da orla posterior dos olhos, se prolonga até a base do processo occipital; este ensiforme, quilhado em seu meio ; placa dorsal fra- camente granulosa, V-forme. Aculeos peitoraes denticulados nos bordos e os denticulos occultos: por um tegumento mucoso; póro peitoral, axillar, redu- zido ; dorsal originando-se sobre o inicio do terço posterior do aculeo peito- ral, quando reclinado sobre o flanco e pouco mais ou menos do mesmo comprimento que aquelle ; ventraes originando-se sobre o plano em que ter- mina o 5º raio dorsal, excedendo o anus, não attingindo porém a anal que é moderadamente falcada ; adiposa sobre a parte basilar da anal e precedida de uma prega que vem da dorsal 4 sua origem; linha lateral visivel, com tubulos inferiores parallelos ; caudal furcada, com o lobo superior maior. Pra- teado escuro superiormente, branco inferiormente. Habitat : Atlantico—Rio Grande do Sul ao Rio de Janeiro. Genidens,' (Castein.) Anim. Nouv ou. Rares de l’Amerique du Sud. Poiss. pag. 33—1855. Forma moderadamente comprimida; bocca mediocre, armada de uma facha de dentes villiformes ; os intermaxillares formando uma facha egual, moderadamente arqueada, com os extremos virados em ponta para traz; os mundibulares em cinco á seis series irregulares sendo a facha interrom- pida anteriormente ; os dentes palatinos acham-se situados sobre duas sa- liencias muito accentuadas da mucosa do paladar, formando um angulo de vertice voltado para traz ; seis barbilhões mediocres; narinas contiguaes ás posteriores, tendo um rebordo valvular maior do que o das anteriores ; olhos ellipticos, lateraes ; aberturas branchiaes moderadas, sendo o isthmo largo ; fontanellas projectando-se anteriormente e seguindo-se em estreito tufo pos- teriormente aos olhos, sobre o processo occipital que é triangular, granu- loso como as da base e muito desenvolvido para traz; d'ahi decorre a peque- nez da placa dorsal que é Sr We Do e NF bagre: 1) Felichthys (Gr. Lat.) Felis—gato (os bagres säo chamados cat fishes pelos inglezes e norte- americanos) e ichthys—peixe. CU) — snunewm sÄyyyamag — 7 ‘Su (TEA © AND) — suapjuos suapiuan —- | “Si = ‘15 Ney YW OUIQES Re “ıduy ypuuyog *f yoya “GY “HW ap ‘y D a ___ IT ‘189 ‘asuaniseig Pıınp ı A. DE MIRANDA RIBEIRO—FAUNA BRASILIENSE—PEIXES 351 330—Felichthys marinus,' itch.) BAGRE-BANDEIRA, BANDEIRADO, SARASARÀ Ext. 49. D. 117, P. 1-12: V.65;A, 20-24, Corpo elevado, comprimido; cabeça de contorno anterior elliptico, de- primida anteriormente, elevando-se gradativamente para traz com um sulco longitudinal, mediano, que desapparece sobre a transversal que une as duas axillas operculares. Processo occipital articulando-se com a placa dorsal, pouco granuloso e moderadamente elevado; região temporal moderadamente granulosa; bocca ampla, anterior, de contorno parabolico, ligeiramente obli- quo, maxilla inferior incluindo-se na superior, barbilhões maxillares compri- midos, passando pouco além da base das ventraes ; barbilhöes mentaes apenas attingindo o ponto de união das membranas branchiostegas; narinas amplas, contiguas ás anteriores, ovaes, tendo o vertice para fora; as poste- riores tambem ovaes, porém, muito mais alongadas e com o vertice para dentro; olhos grandes, ellipticos, contidos 4 e 1/4 vezes na distancia que vae da symphyse intermaxillar á base das peitoraes; abertura branchial am- pla, rastros 3 + 6. Dorsal elevada, com um aculeo forte, comprimido, trans- versamente nodulado em meia extensão; esses nodulos se transformam em espinhos antrorsos na ametade terminal; este aculeo é contido 1 vez e 1/3 no maior raio dorsal que é o primeiro; sobre a margem dorsal deste raio, em seguimento ao aculeo, estão dispostos finos raios que transformam a membrana interradial em uma fita que se projecta muito além do extremo do 1° raio; ao primeiro raio peitoral succede o mesmo, sendo o aculeo dentea- do nos dous bordos, extrorsamente no anterior e introrsamente no poste- rior. As ventraes são moderadas e attingem a anal com o apice, esta na- dadeira é curta e falcada; verticalmente sobre o meio da sua base, origina- se a adiposa que é curta; a caudal é amplamente furcada e bastante desen- volvida, o pedunculo é relativamente estreito. Azul metallico de aço, com laivos esverdeados superiormente ; lados prateados, tornando-se finamente ponctuados de sépia sobre o abdomen, parte inferior branca amarellada. Nadadeiras denegridas. Segundo Góldi, no Magoary chamam a este bagre — Bandeirado e no Pará Sardsará. 331—Felichthys bagre, (L.) DIT EAN 32358 Não o conhecemos; Eigenmann & Eigenmann assim o descreveram: «Alongado, comprimido; maior largura menor do que a maior altura. Cabe- 1) Marinus (Lat.)—marinho. Z ; 2) Bagre, nome portuguez, geral para quasi todo o grupo que é o objecto do presente livro. 352 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL ca deprimida, curta, sua maior largura, 1 e 1/7 no comprimento, altura no processo occipital 1 e 1/3 4 1 e 1/2 no comprimento da cabeça; perfil muito abrupto; processo occipital muito mais largo na base, do que no apice que näo é entalhado, articulando-se com a placa dorsal; processo inter-orbital chato, a fontanella näo se projectando até a parte posterior dos olhos, con tinuada como um sulco até a base do processo occipital. Toda a parte su- perior e anterior da cabeça, muito porosa; olhos, 1 e 2/3 no focinho, I e 1/2 ä 2 no espaço inter-orbital, 4e 1/2 4 6 na cabeça. Barbilhões maxillares, chegando além da origem da anal; barbilhões mentaes apenas attingindo ás guelras. Maxilla superior projectando-se ligeiramente; todos os dentes mui- to finos, villiformes; a facha intermaxillar mais baixa no meio, tornando-se o dobro mais alta sobre os lados, acuminando-se em uma fina ponta para traz; dentes do vomer em duas placas ellipticas, separadas; dentes palati- nos em uma placa semelhante em cade um lado muito mais comprida do que as placas vomerinas. Membranas operculares unidas e estreitamente juntas até o isthmo. Rastros muito delgados, 2 + 6. Distancia da dorsal da ponta do focinho, 3 e 1/2 no comprimento, o aculeo granular, denteado na frente, le 1/4 á1e 1/2 na cabeça, chegando o filamento até a caudal; o raio se- guinte egual ao comprimento da cabeça, distancia da nadadeira adiposa por detraz da nadadeira dorsal 2 e 1/5 a 2 e 1/2 no comprimento. Caudal, pro- fundamente furcada, cerca de 3 1/2 vezes no comprimento. Base da anal 3 e 3/4 a4 e 1/4 no comprimento, o mais alto raio 2 e 1/3 na base. Base das ventraes mais ou menos equidistante entre o focinho e o fim da nada- deira anal, as ventraes 1 e 2/5 41 e 3/5 na cabeça. Aculeo peitoral 1 e 1/6 na cabeça, os filamentos attingindo além da origem da anal. Purpureo es- curo, superiormente, gradualmente cambiando para a cör de prata, inferior- mente; todas as nadadeiras purpureas, mais ou menos densamente cobertas de maculas negras, com as pontas, äs vezes, purpureas escuras, äs vezes, a orla do ventre e partes inferioees dos lados com eguaes maculas. Cabega, 4 e 3/4 á 6. Os exemplares examinados são de S. Matheus, Santos, Pará, Curucá, Pernambuco, Bahia e Guyana Ingleza.» TRACHYCORYSTIDA ' Forma robusta, cabeça curta, moderadamente deprimida, com os ossos apparentes, nús ou revestidos de pelle mediocremente espessa, com as suturas quasi sempre distinctas, formando desenhos geometricos percepti- veis; processo occipital curto; bocca mais ou menos anterior, mandibula quasi sempre desenvoivida, dentes villiformes, em facha nos intermaxillares e mandibulares, raramente no vomer; abertura oral seguida, na regra, de um sulco posterior ao angulo, bastante longo, ás vezes se prolongando li- 1) Trachycorystes gen. typico; cidos, semelhante. A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 353 vremente para traz da vertical baixada da orla posterior dos olhos. Seis barbilhöes teretes, mediocres, os maxillares encaixando-se no sulco post- oral, osmandibulares dispostos em duas series afastadas; olhos lateraes, moderados ou grandes, sub-cutaneos ou providos de palpebras adiposas; narinas moderadamente afastadas, as anteriores supralabiaes; fontanella oval, mais ou menos prolongada para frente, näo attingindo posteriormente alinha da orla ocular anterior; membrana das guelras unida ao isthmo, dei- xando a abertura apenas lateral e superior a região das peitoraes; processo humeral apparente, moderado, nú ou sub-cutaneo, dirigido obliquamente para cima, nadadeira peitoral provida de aculeo forte, serrilhado nos dous bordos ou sómente no posterior, póro peitoral quasi sempre pr sente; na- dadeiras robustas, carnudas, com um aculeo forte e poucos raios, situados muito proximas da cabeça, placa predorsal mediocre, quasi sempre despro- vida de processos infero lateraes; adiposa pequena ou totalmente ausente; ventraes variaveis, ás vezes com grande numero de raios; anal idem, ge- ralmente supportando orgãos genito-urinarios nos raios anteriores; caudal furcada ou truncada, sendo os raios superiores, nos machos, mediocremente prolongados. Vesicula natatoria livre; as vertebras anteriores modificadas sem processo lateral. Linha lateral sinuosa, em zig zag, ás vezes emittindo ramos collateraes. Pelle muito espessa. Os peixes desta familia, todos flu- viaes, são vulgarmente conhecidos pelos nomes de Cumbaca, Cabeça de Ferro, Anujá, Peixe Cachorro, etc. Existem nos principaes systemas iluviaes sul americanos. São os seguintes os: Bocca e abdo- = 17a 0214 VS RE s | + + + + Pseudauchenipterus. men normaes. | 4 5 recoberta de pelle Glanidium. A. Ta 11; Vs.6. Papilla genital Centromochlus. | anterior aos Cabega nua. raios anaes . Caudal furcada. < Papilla genital | sobre oS raios anteriores da ; anal. Tatia. Generos consta- é | Bocca e abdomen enormemente dilatados - - + - - Asterophysus. tados no Bra- sil. Adiposa presen-fV- 6 (1) . Trachycorytes. te. Caudal truncada ou redonda, nos machos com a) \v. 9 à 10 Auchenipterichthys- raios superiores prolongados. : ( V.6. Tracheiopterus. Adiposa ausen- te- V. 15 416 Tracheliopterichthys 1) Cuvier e Valenciennes däo 10 raios para T. trachycorystes; é, porém, muito provavel que tenha havido engano, em vista das bifurcações dos raios se estendercm até a base da nadadeira. 354 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL Pseudauchenipterus, Bieeker. Nederle. Tijdschrift Dierkunde, 1, 83—1863 Förma robusta, cabeça curta, focinho redondo, bocca anterior com uma facha de dentes nos intermaxillares e outra nos mandibulares; narinas an- teriores, supra labiaes, olhos lateraes, subcutaneos, alto da cabeça osseo, rugoso ou liso; fontaneila näo se projectando para traz da linha orbital pos- terior, processo occipital firmemente unido ä placa pre-dorsal; dorsal provi- da de aculeo forte, peitoraes idem, adiposa pequena, anal longa, caudal furcada. Diametro ocular2 e 1 2 no espaço interorbital. Ps. 1-|-8 - - : - P. nodosus, Espécies raios Processo humer: 1 mais curto que o diametro orbita- / rio. Orla anterior do aculeo dorsal lisa : P. jequitinhonhe. | | Diametro ocular 1 e 15a. 1 e 3/4 no espaço inter- orbital. Ps. 1 -|- 6a 7. Processo humeral mais longo /Barbilhäo maxillar não qu: o diametro orbitario. chegando á ponta das Orla anterior do aculeo peitoraes ; diametro dorsal finamente denticu- À ocular 3 vezes na ca- lada ou granulosa beça. P. affinis. / Barbilhäo maxillar che- gando ä ponta das nadadeiras, diametro ocular 3 e 1/2 vezes na cateça. . P. flavescens. 332—Pseudauchenipterus nodosus, (8) CARATAHY—PEIXE CACHORRO D.1-+6;A. 2C; Vs. 8; Ps. 1+ 8 «Alongado, ligeiramente comprimido; altura em qualquer ponto um pouco maior do que a largura. Cabeça curta, robusta, sua maior largura 1 e 1/4 no proprio comprimento; sua largura, no rictus, 1 e 3/4 a 1 e 5/6; sua altura ra base do processo occipital 1 e 1/4 ale 1/6. Ossos do craneo cobertos de pelle excessivamente delgada, sua superficie finamente estriada e granular; frontaes entumecidos e profundamente alveolados. Fontanella frontal aberta anteriormente. Processo occipital parabolico posteriormente, 1) Pseudauchenipterus (Gr.) Pseudo—falso; Aucheripterus, genero adiante citado. 2) Nodosus—cheio de nós. A. DE MIRANDA RIBEIRO—FAUNA BRASILIENSE—PEIXES 339 firmemente unido ä placa dorsal. Esta emarginada posteriormente, emittin- do dous longos processos curvos para traz e para baixo do aculeo dorsal onde elles se curvam para baixo e ligeiramente para frente. Suturas distin- ctas. Olhos moderados, situados immediatamente acima e atraz do angulo da bocca; seu diametro 1 no focinho, 4a 4e 1/2 na cabeça e 2 e 1/2 no es- paço interocular. Barbilhões maxillares chegando ao meio das peitoraes ou mais adiante, mentaes um pouco á frente da base das peitoraes, post-men- taes inseridos ligeiramente atraz do rictus e estendendo-se quasi tanto pos- teriormente como os barbilhões maxillares. Focinho largo, redondo anterior- mente; maxillas sub-eguaes as inferiores um pouco mais curtas; dentes vil- liformes,os dos intermaxillares formando uma facha curva de altura uniforme em toda a extensão, sendo sua altura egual a 1/7 da sua largura. Abertura das guelras extendendo-se até a base das peitoraes. Guelras muito curtas, 6 + 16. Processo humeral estriado ou ligeiramente granular, não se esten- dendo até o meio do aculeo peitoral; póro peitoral presente. Linha lateral ondulante, tendo liames lateraes muito curtos. Distancia do aculeo dorsal ao focinho 2 e 3/4 no comprimento, aculeo dorsal co comprimento ou mais comprido do que a cabeça, ds vezes grandemente entumecido na base, sua margem externa aspera, a interna com dentes curtos; primeiro raio brando um pouco mais comprido que o aculeo. Distancia entre a dorsal e a adiposa 2 e 3/4 a2 e 4/5 no comprimento. Adiposa curta. Caudal profundamente furcada, com os lobos sub-eguaes, pontudos, 3a 3 e 2/5 no comprimento. Nadadeira anal emarginada, com as pontas dos primeiros raios, na femea, não attingindo a base do ultimo. Ventraes não attingindo ou attingindo ape- nas a anal; 1 e 3/4 a2 na cabeça. Aculeo peitoral muito longo e forte, 2 e 2/3 a3 e 1/3 no comprimento, seus lados e margem externa estriados, a margem interna fortemente serrilhada, um pouco mais comprida do que o aculeo dorsal. Primeiro raio brando um pouco menor do que o aculeo. Su- perficie dorsal côr de café, os lados abruptamente mais claros; região hu- meral densamente coberta de largas manchas pardas; todas as nadadeiras amarelladas uniformemente. Cabeça 4 a 4 e 1/3, altura 5; D. 1+ 6; A. 20; Vs. 8; P. 1 + 8—145 mm.» (Eigenm. & Eigenm.) Göldi diz chamarem os Marajoenses este peixe de Caralahy e P. Ca- chorro. Habitat: Bahia, Parä, Guyanas. 333 Pseudauchenipterus jequitinhonhe,’ Stein. D. 115 a6; P. 147; V.8; À. 17 a 20 «Cabeça, por traz dos olhos, comprimida; região occipital com uma carena longitudinal obtusa e baixa; lado superior da cabeça revestido de pelle. Olhos grandes, ovaes, recobertos de pelle espessa. Comprimento da 1) Jequitinhonhæ (Latinisação) do rio Jequitinhonha. 356 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL cabeça até a ponta da cobertura opercular de 4 e 2/3 a 4e 3/5, altura do corpo cerca de 4 e 3/5 a 5 vezes no comprimento do corpo; largura da ca- beça, entre as coberturas operculares, cerca de 1 e 2/5 vezes; diametro ocular 3 a 3e 1/3, largura da fronte 2 e 1/3 a2 e 1/2, comprimento do focinho 5 quasi 6 vezes no com- “zjprimento da cabeça. Maxillas de extensäo - jegual. Focinho redondo janteriormente. Barbi- Jlhões delgados; os ma- = |xillares chegando ape- - nas a pouco acima da base do aculeo peito- — ral. Processo humeral Fig. 135 — Pseudauchenipterus jequitinhombe seg. Steindachner estreito, aculeiforme, li- so, mais curto ou do mesmo comprimento que os olhos. Pöro axillar distinctamente visivel; aculeo dorsal e peitoral robustos; o ultimo mais comprido do que o primei- ro, fortemente denticulado no bordo interno, do mesmo modo o dorsal na orla posterior. Adiposa muito pequena, um pouco adiantada do extremo posterior da base da anal. Caudal entalhada triangularmente na orla poste- rior, com longos lobos pontudos. Macho com um tubo urogenital na anal, que na femea é talhada em linha recta no obliquo bordo inferior. No macho, pelo alongamento dos primeiros raios anteriores se mostra fortemente con- cava. Dorso violeta, metade inferior do corpo amarella clara, nadadeiras amarellas avermelhadas.» (Steindachner.) Habitat: Jequitinhonha. 334 Pseudauchenipterus affinis,' Steind. D. 146; A. 20 a 21; Vs. 8 Ps. 146 «Cabeca, na regiäo post occipital mais fracamente comprimida e menos descahida lateralmente; barbilhöes, especialmente os mandibulares, mais longos do que em P. Jeguitinhonhe. Comprimento da cabeça, até a ponta das coberturas das guelras, 4 vezes; altura do corpo 4 e 1/2 a 5 vezes no comprimento do corpo, largura da cabeça, entre os operculos, cerca de 1 e 1/4; diametro ocular 3 vezes; largura entre a fronte 2 e 1/6 a 2 e 1/5, com- primento do focinho 5 e 1/2 a 6 vezes d'este comprimento da cabeça. Inter- maxillares e mandibulares de egual extensão ou os primeiros um pouco sa- lientes sobre os ultimos. Focinho redondo anteriormente. Barbilhões maxil- 1) Affinis (Lat.) affim. A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 357 lares chegando até o meio do comprimento longitudinal ou quasi á ponta “do longo aculeo peitoral fortemente deprimido; barbilhões post-mentaes so- bre a base ou ao meio da extensão da peitoral. Processo humeral longo, forte, estriado, um pouco mais comprido do que os olhos, com a ponta, na regra, cahindo atraz do meio do comprimento do aculeo peitoral. Aculeos dorsal e peitoral robustos, o ultimo mais longo do que o primeiro e mais fortemente denticulado do que o dorsal na orla posterior. Orla anterior do aculeo dorsal finamente dentado ou granulado na metade inferior liso em P. Jequitinhonha). Caudal profundamente entalhada com os lobos pontu- dos. Macho com longos tubos urogenitaes na orla anterior da anal que, na femea, é talhada em linha recta na orla inferior e fortemente concava no macho. Dorso chocolate; lado dorsal cinereo prateado sujo e com innumeros pontos de côr violeta escura. Lado ventral branco amarellado.» (Steinda- cher.) Habitat: Rio S. Matheus, Mucury, Pará. 335 Pseudachenipterus flavescens,' Eigenm. & Eigenm. D. I+6 A. 20; Vs. 8; Ps. 1+6a7 «Alongado, comprimido, acuminando-se rapidamente para o pedunculo caudal; altura em toda a extensão muito mais longa do que a largura. Cabe- ça curta e elevada, sua maior altura pouco maior do que a sua maior largu- ra que é 1 e 1/2 do comprimento da cabeça; largura no rictus 2; cabeça co- berta de pelle fraca, a superfície dos ossos não evidente; ossos frontaes não entumecidos nem alveolados; fontanella aberta na frente, projectando-se para traz até cerca do centro dos olhos. Processo occipital egualando em largura ao triplo do comprimento. Placa dorsal muito amplamente furcada na frente, sua largura no logar mais estreito, mais do dobro do seu compri- mento em uma linha mediana; porção posterior da cabeça fortemente con- vexa n'uma secção transversal. Quatro póros no focinho, nenhum póro evi- dente nos lados ou no alto da cabeça. Olhos com o diametro mais comprido do que o focinho, 3 e 1/2 na cabeça, 1 e 3/4 no espaço inter-ocular. Barbi- lhão maxillar chegando junto á ponta das peitoraes; mental ä base destas e post-mental um pouco adiante da mesma base. Focinho redondo, maxil- lar superior proeminente; dentes villiformes, arranjados como em P. Jequi- tinhonhe. Abertura das guelras estendendo-se até ä base das peitoraes. Processo humeral recoberto de pelle, um pouco rugoso na superfície, proje- ctando-se um pouco adiante do meio das peitoraes. Póro peitoral grande. Linha lateral ondulante. Distancia entre o focinho e a nadadeira dorsal 3 e 1/5 no comprimento; aculeo dorsal 1 e 1/2 na cabeça, sua margem externa 1) Flavescens. (Lat .)=amarellado. 358 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL apenas aspera, a interna ligeiramente serrilhada; primeiro raio 1 e 2/5 na cabeça. Distancia entre a dorsal e adiposa 2 e 1 2 no comprimento. Caudal . profundamente furcada, com os lobos pontudos, 3 e 3/5 no comprimento. Anal emarginada, com o primeiro raio não attingindo a base dos ultimos. Ventraes, não attingindo a anal, 1 e 3/4 na cabeça. Aculeo peitoral ligeira- mente mais curto do que a cabeça, com a margem externa e lados lisos, sua margem interna fortemente serrilhada. Dorso pardo, a côr sendo com- posta de numerosos pontos pardos; alto da cabeça e focinho manchado de pardo, sobre fundo amarello; operculo e uma nodoa triangular atraz dos olhos amarellos; região humeral coberta de numerosas manchas pardas conspicuas; lados e superfície ventral, amarellas; lobo caudal superior, ob- scuro, demais nadadeiras amarellas, uniformes. Cabeça 4 e 1/5, altura 5 e 1/2» Eigenm. & Eigenm.) Habitat: S. Francisco. Glanidium,' Lutk. Corpo moderadamente deprimido no extremo anterior. Bocca anterior, mandibula prognatha; dentes inter-maxillares e mandibulares em facha des- envolvida; fontanella inter-ocular curta, olhos e ossos da cabeça subcuta- neos; placa predorsal com um processo lateral antvertido. Ventraes e anal mediocres, adiposa pequena, posterior á anal. Especie unica: G. albescens. 336 — Glanidium albecens,’ Lutk. BUREVA, PACÚ-BRANCO Est. 50, fig. 1 Cabeça e região post-occipital um pouco deprimidas, parte posterior do corpo comprimida. Focinho redondo. Bocca anterior, com a mandibula imperceptivelmente prognatha e uma forte facha de dentes villiformes nos intermaxillares e mandibulares; barbilhões maxillares chegando ao extremo do processo clavicular; mentaes muito pequenos, post mentaes attingindo a orla da cintura esternal. Olhos subcutaneos, com o centro sobre o angulo da bocca, 1/6 da cabeça (até a orla opercular). Aculeo dorsal curto, egual a 1/2 do comprimento da cabeça, serrilhado no bordo posterior e menor que os dous raios que se seguem. Aculeo peitoral, grande, denticulado nos dous bordos, sendo as denticulações maiores para a extremidade; o seu compri- mento é egual ao da cabeça, a sua ponta passa folgadamente o limite pos- terior da dorsal. Ventraes pequenas, quasi attingindo o anus. Anal me- 1) Glanidium (Gr.)—Glanis, Silurus glanis, o bagre da Europa e eidos semelhante. 2) Albescens (Lat.)—albescente. (J) snyesje3 saSAIODAUOBIL — € ‘SIA (ddl) Woo sny9EWENUII) — q ‘SIA INT ‘SU99S9QE wnıpmuepn — | “Sid “1d ey WY ouges dir Jprus “[ ‘youd “qui ‘IN ap “Vv A. DE MIRANDA RIBEIRO—FAUNA BRASILIENSE—PEIXES 359 diocre, mais alta do que as ventraes no macho, mais baixa na femea. Adi- posa logo posterior 4 anal. Caudal forte, moderadamente entalhada, com muitos raios accessorios. Parte superior plumbea, ás vezes manchada irre- gularmente de preto, parte inferior branca. Comprimento: 25 centimetros, Habitat: Rio das Velhas, Rio Parahyba, Macacos (Rio de Janeiro), Ipo- ranga (S. Paulo). Centromochlus,' Kner. Sitzgsber. Akad. Wien. XXVI, 430—1857 Bocca moderada, anterior, mandibula estreita, obliquamente disposta, reentrante; dentes villiformes em facha nos maxillares e mandibulares, bar- bilhöes maxillares repousando n’um sulco sub-ocular que se projecta ate sobre o processo clavicular; todo o alto da cabeça, processo occipital e pla- ca predorsal, osseos nús; narinas anteriores marginaes; olhos grandes, pro- vidos de palpebra adiposa, obliquamente dispostos para baixo; preoperculo presente, linha lateral presente, sinuosa; dorsal moderada, anal pequena, anus entre este e as ventraes. Especie conhecida: C. heckelii. 337—Centromochlus, heckelii,’ Fitippi Est.. 50, fig, 2 D. 145 a6; À, 7. Alto de cabeça, processo occipital e placa predorsal em dous planos que se encontram na linha mediana como os lados de um telhado e tendo a superficie externa núa e finamente rugosa; bocca parecida com a dos peixes do genero Mugil, mandibula reentrante e deixando parcialmente de fóra a facha dentaria intermaxillar; barbilhäo maxillar terete, attingindo a ponta do processo humeral, encaixando-se numa depressão que se projecta do angulo da bocca por sob a orbita e ganha o processo humeral, percorrendo-o em toda a extensão; mentaes e post-mentaes curtos, narinas moderadas, as pos- teriores precedidas de sub nasaes apparentes. Olhos muito grandes, 1 e 1/3 no espaço interorbital, 4 vezes na extensão que vae dos intermaxillares ao extremo posterior do processo occipital e providos de palpebra adiposa; operculo muito pequeno; post-temporal muito desenvolvido, salientando se sobre o processo humeral que termina no mesmo plano que a placa predor- sal, marcando o meio da distancia entre a ponta do focinho o a nadadeira 1) Centromochlus (Gr.) de Centron aculeo e mochlos, alavanca, bastão endurecido ao fogo, com que Ulysses vasou os olhos de Polyphemo. 2) Heckelii, do ichtyologista Heckel, que estudou os Cichlideos colligidos por Natterer. 360 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL adiposa. Aculeo peitoral longo, quasi egual ao comprimento que vae da ponta do focinho ao fulcrum dorsal, granuloso no bordo anterior e serrilha- do no posterior; aculeo dorsal um pouco menor, egualmente granuloso no bordo anterior e serrilhado no posterior; ventraes articuladas entre as pontas dos aculeos peitoral e dorsal; anal pequena, anterior ä adiposa que ainda é muito menor; caudal furcada. Linha lateral presente. Pardo punctuado de preto, uma facha longitudinal escura nos lados. Um decimetro. Habitat: Villa-Bella, Obidos, Pará, Tabatinga, Gurupa, Manacapurú, Lago Aleixo, Javary, Caldeirão, (Amazonas), Juruá. Tatia,' Alto da cabeça e processo occipital nús, rugosos, processo occipital sem sutura apparente na placa predorsal; bocca anterior, maxillas eguaes, a inferior horisontal, desenvolvida; olhos moderados, lateraes, superiores ao plano da bocca; papilla genital sobre os raios anaes anteriores; anal pe- quena. Especies brasileiras: yj Olbes com a orla anterior sobre o angulo da bocca T. intermedia. À ” ” ” ” posterior ao ” »» Ds aulopygia. 338—Tatia intermedia,’ Steind. D. 144; A. 9—10 «Olhos maiores do que em C. aulopygus, comquanto menores do que em C. heckelii. Comprimento da cabeça até o extremo osseo posterior da cobertura dos guelras cerca de 4 e 1/2 vezes no corpo ou 5e 3/5 vezes no comprimento total. Altura 4 e 3/5 no comprimento do corpo. Diametro ocular contido 3 e 1/3, espaço interorbital 1 e 2/3, largura da bocca cerca de le 4/5, largura da cabeça, entre os operculos, apenas maior de 1 vez, no comprimento da cabeça. Olhos moderados, circulares, comtudo com a orla anterior cahindo um pouco adiante do angulo da bocca, não attingindo a ultima inferiormente, subcutaneos. Distancia entre as narinas anteriores e posteriores um pouco mais estreita que um diametro ocular. Barbilhão ma- xillar ainda chegando ao 2º terço do aculeo peitoral. Barbilhão post-mental muito tenue e fino, com a ponta chegando atraz dos olhos. Maxillas de egual comprimento, largura do hiatus | e 2/3 no comprimento da cabeça, proces- so humeral muito estreito, fortemente elevado para traz. Aculeo peitoral 1) Tatia—em honra de Tate Regan, do Museu Britannico e que se tem especialisado nos es- , tudos dos peixes sul-americanos. 2) Intermedia (Lat.) intermediaria (entre T. aulopygia e T. heckelii). A. DE MIRANDA RIBEIRO—FAUNA BRASILIENSE —PEIXES 3€1 denticulado apenas na orla anterior, peitoral nas duas orlas, o primeiro mais curto que os ultimos que excedem á cabeça um pouco em comprimen- to. Caudal fracamente entalhada, com os lobos pouco pontudos. Focinho redondo anteriormente, região frontal transversamente plana, região cervi- cal moderadamente convexa. Carapaça de aspecto finamente verrucoso, processo humeral mais grosseiramente granuloso. Aculeo dorsal um pouco mais fraco que o peitoral. Póro peitoral ausente. Os olhos ficam com a orla anterior sobre o angulo da bocca; em C. aulopygius Kner, posteriores e a alguma distancia d’estes». (Steindachner.) «Pardo escuro, face ventral branca, um dos exemplares tem o queixo muito escuro; nadadeiras inferiores alvadias; caudal, adiposa e base da dor- sal de côr parda escura. — Jovens com estrias alvadias, curtas, nos lados». (Eigenm. & Eigenm.) Habitat: Maribitanos, Jutahy, Jutuarana, Tajapurú, Teffé, Içá, Lago Aleixo. 339—Tatia aulopygia, Kner. D.1+3a5; A.9a 10 «A maior altura do corpo, no começo da dorsal, é quasi egual 4 maior largura anterior ás peitoraes e é apenas mais estreita que o comprimento da cabeça, que apenas é contida quatro vezes no comprimento do corpo e 5 e 1/4 no total. O corpo diminue ligeiramente de altura para traz e o as- pecto geral parece, ahi, mais cheio do que em N C. heckelii; a menor altura, na cauda, compre- . Ds hende ainda 2/3 da maior. Os olhos ficam in- teiramente mais altos do que o angulo da bocca e são sub-cutaneos, seu diametro quasi egual m a 1/4 do comprimento da cabeça; ficam inci- — mn. dentemente a 1/2 diametro da orla da bocca e a 2 da orla dermica que fecha a abertura das guelras. A abertura oral chega até a orla anterior dos olhos; ambas são de egual comprimento e teem fachas moderadas de dentes granulosos e não pontudos. As narinas anteriores ficam proximas da orla maxillar, produ- zem curtos tubulos de direcção inferior, as posteriores e menores ficam so-. bre os olhos e entre estes a fontanella, aqui circular. Os barbilhões maxil- lares ficam em repouso como em C. heckelü, em um sulco subocular e che- gam á metade do aculeo peitoral; os mentaes, villiformes e muito curtos, se projectam apenas até a origem dos posteriores e estes tambem só até sob a orla ocular posterior. | A carapaça se comporta inteiramente como em C. heckelii, é modera- damente convexa, de aspecto granuloso e constitue ainda, sob a base da dor- sal, um processo de terminação larga. Fig. 136 — Tatia aulopygia, seg. Kner 1) Aulopygia (Gr.) de aulos, canudo, tubo, e pige, posterior. 362 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL O processo supra escapular (omolita) se estende até o processo es- capular que se dirige para cima, o qual, em todo o seu comprimento, é de egual largura e termina em ponta obtusa. A dorsal começa sobre a ponta do aculeo escapular, do extremo do ultimo quarto do comprimento total. Seu aculeo é mais curto do que o seguinte raio articulado, porém mais es- pesso do que em C. heckelii e denticulado sómente no lado anterior. A adi- posa se eleva de sobre o extremo da anal e é visivelmente maior do que na especie citada. O aculeo das peitoraes excede realmente o dorsal em com- primento, comtudo este é apenas egual á cabeça; é fortemente denticulado nos dous bordos, rugoso longitudinalmente e elevado no centro quasi em carena. As ventraes chegam ao póro anal, atraz do qual egualmente come- ça o espessamento musculoso do tubo urogenital (no macho) que é reunido ao primeiro raio anal e se abre á meia altura d'este. Na femea fica, ao con- trario, a curta papilla uro-genital mmediatamente adeante e sobre a base d’esta nadadeira, que, por conseguinte, parece maior e mais ramosa do que no macho, em que apenas os raios posteriores são livres e numerosos. À na- dadeira mais fortemente desenvolvida é a caudal, que é apenas semi-lunar- mente entalhada e mede nos raios externos mais do comprimento da cabeça, sendo o lobo superior algo mais longo que o inferior. A ampla linha lateral, de paredes espessas,emitte ramos para baixo,do lado inferior, a sua parte ce- phalica torna-se perceptivel apenas na mandibula por grandes poros. Pardo maculado de negro sobre o corpo até o ventre e garganta, de modo que só o meio do lobo inferior é alvadio e immaculado. Dorsal orlada e maculada de negro, os raios da caudal maculados alternadamente de negro e branco em toda a extensão; 8 centimetros». (Kner). Habitat: Guaporé, Cudajas, Essequibo. Asterophysus,' Kner. Sitzungsber. Akad. Wien, XXVi—Bd—402— 1878 «Cabeca revestida de pelle, de largura egual ao comprimento, mandi- bula proeminente, abertura oral muito ampla, larga facha de dentes, gros- sos ou villiformes nas maxillas e sobre tcda a extensão do paladar; vomer sem dentes; 6 barbilhöes. Dorsal sobre a região cervical; adiposa pequena; numero dos raios branchiostegos (4 a 5), abertura das guelras estendendo- se até a base das nadadeiras peitoraes. O póro uro-genital, no macho, fica na ponta do primeiro raio anal; a vesicula natatoria arredondada, com cæcums de quasi egual comprimento ao redor». (Kner.) 1) Asterophysus (Gr.) de aster, estrella, astro, e physa, vesicula (natatoria). A. DE MIRANDA RIBEIRO—FAUNA BRASILIENSE—PEIXES 363 340 —Asterophysus batrachus, 'Kner. D. 145; A. 13. V. 10 «Os olhos sub-cutaneos situados na base dos barbilhões maxillares, estes chegando um pouco além da abertura das guelras, aculeos peitoraes e dorsal curtos, terminando em ponta flexivel, caudal de lobos eguaes, pelle do lado ventral provida de fundas rugas longitud naes e outras mais fracas transversaes. FIG. 137—Astero, hysus batrachus seg. Kner A estructura total é compacta e a cabeça parece, d'ahi, maior e mais larga; seu comprimento, desde o meio da mandibula até o extremo da co- bertura das guelras, comprehende no macho e na femea cerca de 1/3 do comprimento do corpo, é egual a largura posterior ao angulo da bocca; quasi justamente ahi as bochechas se mostram entumecidas; a maior altura sobre o aculeo dorsal é um pouco mais reduzida e eguala ao comprimento da cabeça, desde a orla dos intermaxillares até a placa predorsal. O hiatus, extraordinariamente grande, occupa quasi toda a largura e 2/3 do compri- mento da cabeça. A forte mandibula, arqueada para cima, excede em toda a largura de sua facha dentaria os intermaxillares e fica, com a bocca fe- chada, anterior e superior a estes. As fachas dentarias em ambas as maxil- las são separadas, na linha mediana, por um sulco; a dos intermaxillares é mais larga que as mandibulares, quasi do dobro e chegam posteriormente até o angulo da bocca. As fachas dentarias dos palatinos são quatro vezes 1) Batrachus (Gr.): Batrachos—ra. 364 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL mais compridas que largas e divergem posteriormente. O vomer € completa- mente desprovido de dentes e bem assim a lingua largamente arredondada e que näo tem ponta livre; n’ella chegam os primeiros arcos branchiaes la- teralmente até a orla anterior do osso lingual. Os barbilhöes maxillares nascem sobre mais de metade do comprimento dos intermaxillares e säo cutaneos até a base; dos quatro barbilhões mandibulares, os anteriores e mais curtos ficam juntos á symphyse, os posteriores que chegam á base das nadadeiras peitoraes nascem mais perto do angulo da bocca. Os olhos, sub-cutaneos, são transversamente ovaes e ficam situados lateralmente e dirigidos obliquamente para cima; sua distancia da orla maxillar compre- hende sua distancia lateral, quatro diametros oculares. As pequenas narinas posteriores ficam quasi sobre o meio dos olhos, as anteriores juntas á orla maxillar; ambas são prolongadas em curtos tubos. A carapaça da parte superior da cabeça deixa-se perceber granulosa através da pelle que a re- cobre, a fontanella chega até entre as narinas posteriores; o vertex é chato, o processo occipital toca a placa predorsal. As coberturas das guelras teem, na orla posterior, uma larga orla dermica, pela qual a abertura fica quasi fechada e que se projecta até a concavidade do supra clavicular que se ter- mina no processo escapular granuloso e dirigido para cima. Em consequen- cia da abertura branchial não attingir os lados da garganta e da espessura da pelle desta ultima, não são os raios branchiostegos, sem prejuizo dos exemplares, enumeraveis com justeza; comtudo, difficilmente poderão ser elles em numero maior de cinco. A dorsal começa sobre a abertura das guelras, a sua articulação anterior é espessa, o seu aculeo, porém, é curto, granuloso anteriormente, rugoso nos lados e sua ponta superior é compri- mida em lamina e de egual estructura ä que se encontra em Galeichthys, assim mesmo elle é mais baixo que os seguintes raios articulados, dos quaes o segundo é o mais longo, por isso a orla da nadadeira é redonda. A adi- posa fica vis-á-vis do extremo da anal e é redonda e um tanto mais alta do que longa. As nadadeiras ventraes que excedem a dorsale as peitoraes no numero dos raios chegam até a proeminente papilla anal; as peitoraes, mais curtas, sómente um pouco atraz do extremo da dorsal, o seu aculeo ainda mais curto que mais largo, € fortemente dentado no bordo interno, € no resto longitudinalmente rugoso. Os raios medianos da larga caudal re- donda säo divididos tres ou quatro vezes dichotomicamente. Os raios da anal são revestidos de pelle espessa ao longo da sua base; na femea é o primeiro raio mais curto e apenas 1/3 do comprimento do seguinte, que ape- nas se torna excedido em comprimento pelo 3° ou 4°; no macho o canal uro- genital se prolonga por elle que chega com a ponta, em que jaz aberto o meato, ao extremo do raio seguinte, ou o excede ainda de alguma extensão. Adeante da anal abre-se, por isso, no macho, apenas o anus, sobre uma pa- pilla saliente; na femea, ao contrario, posterior a esta papilla, ha uma fossa profunda, em que jazem as papillas uro-genitaes menores. A. DE MIRANDA RIBEIRO—FAUNA BRASILIENSE—PEIXES 365 A linha lateral é apenas perceptivel na cauda onde emitte para cima e para baixo curtos tubulos curvos; mais adeante toda a pelle se mostra tão rugosa e desegual, além disso cá e lá como que levemente recoberta de curtas villosidades, que o seu percurso mais para frente não é perceptivel. Tambem da parte cephalica d’essa linha, apenas na mandibula ha grandes póros distinctos. O aspecto egual, finamente rugoso, não se mostra sómente em toda a parte anterior do tronco até o dorso, especialmente mais forte no lado ventral até á garganta, pois que ahi mesmo se eleva cheia de pregas longitudinaes, que ainda se tornam transfasciadas de outras mais finas e nu- merosas pregas transversaes, como que constituintes de uma especie de rede ou tricot, que faz lembrar a reticulação cutanea de Bagrusreticulatus e B. goliath; e se ella, mesmo aqui, não é de cordões salientes, ainda assim produz, da mesma förma, a desegualdade da pelle. coloração dos nossos exemplares, conservados em alcool, é parda amarellada, lado ventral branco, todas as nadadeiras são immaculadas. A estructura interna tambem se apresenta em uma não menos interes- sante especialisação, tal como a exterior. Antes de tudo merece menção a concavidade a que conduz o póro peitoral. Este jaz em uma profunda fosse- ta, como na regra sob o processo escapular, é redondo e de dimensões mo- deradas; conduz, porém, a uma excavação espheroidal que se desenvolve, amplamente, pela cavidade abdominal. Estas concavidades são atravessadas por numerosas camaras cellula- res cylindricas ou prismaticas, que estão cheias de uma substancia parda- centa, a qual, quando secca, torna-se amarella clara e se desfaz em um fino pó terroso, ao tacto. Toda a concavidade é recheiada desse pó, de modo que quando se comprime pelo lado de fóra as suas paredes, sente-se uma resistencia analog ä que se teria comprimindo uma cartilagem firme. Comp. total 9 pollegadas.» (Kner.) Habitat: Maribitanos. Trachycorystes,' Bieeker Nederl. Tijdschrift Dierkunde, 1, 88—1863 Corpo curto, robusto, cabeca moderadamente deprimida; focinho re- dondo; bocca anterior, seguida de um entalhe depois do angulo, com a man- dibula proeminente e uma facha de dentes villiformes sobre os intermaxil- lares e mandibulares; barbilhöes maxillares projectando-se, no maximo, até a dorsal; mentaes menores que os post-mentaes; narinas anteriores pro- ximas aos labios, as posteriores proximas da linha do bordo anterior dos 1) Trachycorystes (Gr.) de trachys, aspero, rude, e corystes (guerreiro portador de) elmo. 366 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL olhos; estes mediocres, subcutaneos lateraes. Alto da cabega desde o focinho, processo occipital e placa predorsal osseos e granulosos,desprovidos de re- vestimento dermico; processo occipital intimamente unido á placa predorsal; esta sem processo descendente antevertido; fontanella muito curta, interocu- lar. Dorsal mais ou menos sobre a ponta do processo humeral e tendo um aculeo forte; processo humeral desenvolvido; peitoraes com os aculeos den- ticulados nos dous bordos; adiposa pequena; anal,no macho, com tubos uro- genitaes nos raios anteriores. Processo humeral mais comprido que o aculeo peitoral. 2 5 = = Trachycorystes trachy- \ corystes. Especie brasileira { Carapaça com sulcos providos de > P \ póros . = a . a - T. porosus, D.1-[-4a5 . . Processo hume- ral mais curto \ Carapaça da for- (A. 20 . 5 - T. ceratophysus. que o aculeo ma commum . peitoral / A,25a27 . . T, striatulus. D.1-1-6 fa: 22-25 . 5 o . o . T. galeatus. la 41. B 5 = 3 5 © T. analis. 341—Trachycorystes trachycoristes Cuv. & val. D. 146 ; A. 20; V.9a10? «Cabeça 5 vezes no comprimento total, quasi do comprimento da pro- pria largura. Processo post-occipital mais largo 1/3 que o proprio compri- mento e dividido posteriormente em dous ramos dilatados nas extremidades que formam um semicirculo e abarcam a origem da dorsal; elles pertencem a este escudo em mosaico jä observado nas especies precedentes, mas cujos dous ramos anteriores säo aqui soldados com a placa do primeiro interespinhal e com interparietal, como em uma unica pega, em cada lado do craneo. O supraescapular produz uma longa ponta que desce obliqua- Arius oncina, Schomburgk. «Este peixe foi apanhado no Padauiri. Os aculeos dorsal e peitoral säo serrilhados o craneo € duro, corpo sem escamas, porém ha um processo osseo sobre o qual se articula o aculeo dorsal, posterior äcarapaca ou craneo. Linha lateral recta. Corpo pardo amarellado, variadamente man- chado de negro e näo dissemelhante äs maculas do jaguar. As ventraes säo mais proximas da anal do que das peitoraes, a segunda dorsal é moderada; cauda ligeiramente furcada e tem o lobo su- perior mais comprido do que o inferior. Olhos pequenos, collocados junto ao focinho, itis parda; narinas proximas do focinho; dentes, uma serie densamente disposta em ambas as maxillas, todos finos. Superficie das guelras ligeiramente estriadas, margens lisas, abertura, semilunares; vive frequentemente 3 ou 4 horas depois de retirado d'agua. Cahe no anzol de espera com minhocas,de noite, e é um dos peixes de melhor sabor; elle é considerado um grande luxo e cresce até dez pol- legadas. Os intestinos formam circumvoluções e appendices.» (Schomburgk). Apezar da phrase: «Cauda ligeiramente furcada», quer nos parecer tratar-se pela comparação do que diz Schomburgk da estampa de Arius oncina, dada por elle, qus este peixe pertença ao genero Trachycorystes tal como o consideramos aqui e não estamos longe de admittir que se trate de T. trachycorystes de Cuv. & Val., com o qual Arius oncina se relaciona pelo processo descenden- te da placa post-occipital e pelo grande tamanho do processo humeral. A. DE MIRANDA RIBEIRO—FAUNA BRASILIENSE—PEIXES 367 mente para o humeral que, por sua vez, emitte uma estreita ponta que se di- rige para traz, subindo um pouco e é inteiramente granulosa como a cara- paça. Mais adiante o humeral é um pouco entumecido e estriado em diversos sentidos. A carapaça enorme não tem por solução de continuidade mais que um pequeno espaço oval entre os olhos; a parte anterior do focinho é em arco muito aberto de que a bocca occupa toda a largura, mas não abre por mais de 1/6 a extensão da fenda. A mandibula é um pouco prognatha; em ambas as maxillas ha dentes villiformes. Os orifícios nasaes são muito pequenos, um supra labial, o outro um pouco mais acima em um entalho da carapaça. O olh» é mediocre, vertical- mente sobre a commissura e um pouco afastado della. Barbilhões delga- dos; não dou a medida dos mesmos porque parecem truncados no nosso individuo; mas os maxillares não deviam exceder as guelras. O aculeo pei- toral é muito forte, comprimido e armado, nos dous bordos, de denticula- ções fortes e pontudas, dirigidas um pouco obliquamente, os anteriores para a ponta, os posteriores para a base, seu comprimento é o 7º do do cor- po e não excede a ponta do processo humeral; o aculeo da dorsal, pouco mais ou menos do mesmo tamanho, mas menos espesso e redondo, é gra- nuloso anteriormente. A adiposa é muit - pequena, a caudal parece ter sido cortada transversalmente. Linha lateral finamente granulosa e tem ondula- ções numerosas, pouco regulares e pequenos ramos. O nosso exemplar, secco, é de 14 pollegadas e parece inteiramente pardo. Vem do gabinete de Lisboa e nós o acreditamos do Brasil.» (Cuv. & Val.) E” provavel que, pelas indicações acima e o que se dá com T. cerato- physus, esta especie tenha 5 ou 6 raios ventraes e não 10 e que a região de procedencia sejam os estados do Pará ou Matto Grosso, ambos visitados por Alexandre Rodrigues Ferreira, o fornecedor do Museu de Lisboa, de animaes do Brasil. 342—Trachycorystes porosus,' Eigenm. & Eigenm. D. 115; A. 25 «Curto e robusto, pouco comprimido; largura da cabeça quasi egual ao seu comprimento, sua altura 1 e 1/4 no comprimento. Ossos da cabeça gros- seiramente granulosos. Fontanella oval. Focinho e lados da cabeca com poros conspicuos. Tres sulcos no osso occipital formam uma figura Il-for- me e são guarnecidos de poros; outros poros no alto da cabeça. Olhos cir- culares, 2 vezes no focinho, 7 vezes na cabeça, 4 e 1/2 no espaço inter- ocular. Barbilhões maxillares e postmentaes projectando-se um pouco além 1) Porosus (Lat.)—poroso. 368 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL da base das peitoraes; barbilhöes mentaes até a immersão dos post-mentaes- e medindo 1 e 2/3 no comprimento da cabeça. Mandibula prognatha; dentes finos, a facha intermaxillar de largura egual a 8 vezes a altura. Processo humeral projectando-se obliquamente para cima, fortemente granular, com margem inferior serrilhada, e chegando além do meio do aculeo peitoral. Distancia entre o aculeo dorsal e a ponta do focinho 3 a 3 1/2 vezes no comprimento; aculeo dorsal delgado, 1 e 2/3 a 2 na cabeça, seu bordo in- terno aspero, sua margem anterior com uma serie mediana de espinhos di- vergentes e duas séries de dentes menores, o primeiro raio mais alto do que o aculeo. Espaço entre a dorsal e a adiposa 2 e 1/2 no comprimento; mar- gem anterior da adiposa continua com o perfil dorsal. Caudal obliquamente truncada. Anal fortemente connexa no bordo posterior mais alta posterior do que anteriormente. Aculeo peitoral fortemente serrilhado, as denticula- ções externas muito mais largas do que as internas, especialmente junto & ponta do aculeo, os lados deprimidos, fortemente granulosos, os granulos anteriormente augmentados, formando serras ao longo de cada lado dos dentes marginaes espiniformes; aculeo 5 a 6 do comprimento. Linha lateral um tanto ondulada, com poros conspicuos. Pardo avermelhado superior- mente, com fachas longitudinaes continuas; ventre uniforme. lado inferior da cabeça densamente maculado de mais escuro; nadadeiras dorsal e anal maculadas; caudal com fachas regulares transversas, escuras; face interna das ventraes e peitoraes mais ou menos obscura. Cabeça 4 e 1/4, altura 3 e 1/2.» (Eigenm. & Eigenm.) Habitat : Brasil. 343 Trachycsrystes ceratophysus,' Kner. D. 145; A. 20 «Largura da cabeça, entre os operculos, quasi egual ao proprio comprimento e este 1/4 ao comprimento total; a maior altura do corpo sob a dorsal, excede de pouco o comprimento da cabeça e comprehende apenas o dobro da menor, na cauda. Os olhos, mediocres, ficam mais altos que o hiatus e mais para traz do que em outras especies; seu diametro é egual a 1/7 do comprimento da cabeça sua distancia da orla labial é egual a 1 e 1/2 diametro. Cs barbilhões maxillares passam a base das peitoraes,. os postmentaes chegam a esta, os anteriores muito curtos apenas at- tingem os posteriores. A carapaça moderadamente granulosa, ele- va-se quasi da orla dos intermaxillares até a dorsal, circumda a metade superior dos olhos, terminando posteriormente em uma ponta curta, continuando, porém, por processo emergente das 1) Ceratophysus (Gr.) de ceras, chifre, e physa, vesicula natatoria. A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 369 omolitas sobre o escudo escapular que se eleva perfeitamente sobre as pei- toraes. A carapaça é, até o extremo, brandamente convexa e produz, até a dorsal, uma curva moderada. A dorsal é baixa, seu aculeo espes- so, denticulado anteriormente e mais curto do que os seguintes raios, cuja orla produz um forte arco. O aculeo peitoral excede em comprimento e robustez o precedente e é denticulado nos dous bordos; a adiposa, muito pequena, fica sobre o extremo da anal, cujos raios apenas diminuem de com- primento para traz e são revestidos, na base, de espessa pelle. Na femea está perto de sua parte anterior e por traz do anus à papilla urogen:tal ; no macho, FIG. 138 — Trachycorystes ceratophysus, seg. Kner ao contrario, falta esta, e em seu logar está um tubo urogenital que se estende sobre o 1º raio anal, até 1/2 da extensão d'este, que é peculiarmente duplo, com duas aberturas, no extremo das quaes a anterior é seminifera e a posterior o meato urinario. Os cinco raios das ventraes são furcados até á base e ca- da ramo se bifurca depois dichotomicamente de modo que numa inspecção ligeira contam-se 10 raios. A caudal é truncada quasi em angulo recto, porém redonda nos cantos. A linha lateral emitte alguns tubos lateraes para baixo. Póro, lateral ausente. Parte superior parda escura com manchas pardas denegridas alongadas; côr fundamental do ventre e da garganta al- vadia, porém frequentemente com finos pontos pardos escuros. Todas as nadadeiras mais ou menos densamente manchadas de pardo denegrido. 11 pollegadas.» (Kner.) Habitat: Rios Branco, Negro e Guaporé (Matto Grosso) R. Paraná. 344 — Trachycorystes striatulus ', (Steind.) Dele Arab N 25 Bar «Lado superior da cabeça aspero,desprovido de’pelleg Olhos pequenos sub-cutaneos, situados lateralmente a pequena distancia por traz do angulo da 1) Striatulus (Lat.) = riscadinho. 6378 47 370 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL bocca. Uma pequena fossa externa, fontanella alongada ou punctiforme na fronte; mandibula um tanto prognatha. Barbilhões maxillares attingindo o meio da extensão longitudinal ou o extremo do 2º terço longitudinal, os post- mentaes um pouco acima da base do aculeo das peitoraes ou apenas esta; barbilhões mentaes egualando a 1/2 dos post-mentaes. Processo hume- ral curto, estreito e aspero, com a ponta ainda mais adeantada do FIG. 139 Trachycorystes striatulus seg. Steindachner. meio do aculeo peitoral. Aculeo dorsal do comprimento ou um pouco mais comprido que os peitoraes, providos de denticulações finas, apenas na orla anterior. Aculeos peitoraes fortemente denticulados nos dous bordos. Caudal na orla posterior obliquamente disposta, fracamente ar- queada. Póro peitoral ausente. Linha lateral em zigue-zague. Cabeça até á orla posterior dos operculos 4 e 3/4 a 5, altura do tronco 4 e 1/2 a 4 ne comprimento do corpo; espaço interorbital 1 e 3/4 a 1 e 3/5, diametro ocular 5 e 2/3 a 6 vezes no comprimento da cabeça. Cinzento claro na cabeça e lados do tronco, lado inferior da cabeça e ventre alvadios. Manchas pardas escuras grandes e pequenas sobre o lado superior da cabeça; manchas alongadas ou longitudinaes nos lados do tronco. Na- dadeiras com pequenas manchas escuras, redondas de côr parda. Ma- cho com um tubo urogenital na orla anterior da anal.» (Steind.) Com. 24 centimetros. Habitat: Rio Doce, Itabapoana, Campos, S. Matheus, Mucury, Pa- rahyba, Pará, Gurupá. 345 — Trachycoristes galeatus ', L. Anujá, Cumbaca, Cabeça de Ferro, Chorão. Est. 50 fig. 3. D. 1 +6; A. 22-25 Perfil rostrodorsal recto, elevando-se obliquamente até á dorsal, dahi á adiposa o perfil é horizontal. Focinho redondo, mandibula modera- 1) Galeatus (Lat.): coberto de elmo, A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 371 damente prognatha, barbilhöes maxillares attingindo o operculo ou o extremo do processo clavicular; postmentaes 4 axilla das peitoraes, mentaes curtos, passando apenas a base dos postmentaes. Olhos subcutaneos tocando o sulco do barbilhão maxillar 6 vezes na cabeça. Alto da cabeça, pro- cesso occipital e placa predorsal granulosos, deixando perceptiveis as suturas; post-temporal quasi encontrando o aculeo clavicular; este gra- nuloso, attingindo o 2.º terço do aculeo peitoral, que passa um pouco além do plano posterior da base da dorsal. Aculeo desta nadadeira ás vezes um pouco granuloso na base do bordo anterior, espinhoso no posterior, sendo os espinhos mediocres. Aculeo peitoral fortemente de- primido, serrilhado nos dous bordos. Ventraes attingindo a anal, esta posteriormente truncada. Adiposa estreita, carnuda, terminando aquem da anal, pedunculo mais alto do que longo. Caudal obliquamente redonda, ás vezes conı o lobo superior prolongado. Pardo escuro com figuras geometricas sobre o alto da cabeça, claras; manchas irregulares da mesma côr sobre o dorso e flancos; nadadeiras claras indistinctamente maculadas; uma nodoa preta no segundo raio dorsal, perto da ponta; ventre branco. Este colorido varia mui.o, havendo individuos em que os desenhos e manchas não apparecem. Habitat: Rio S. Francisco, Amazonas e tributarios, Marajó, Orenoco e ilha da Trindade, Matto Grosso. 346 — Trachycorystes analis ', Eigenm. & Eigenm. D. 1+6; A. 41 «Largura da cabeça egual ao seu comprimento; largura da bocca I e 3/4 no comprimento da cabeça; altura no processo occipital e 1 e 1/4 no comprimento da cabeça. Fontanella oval, de bordo osseo. Barbilhões mentaes menores de 1/3 do comprimento da cabeça; aculeo dorsal le 1/5 na cabeça, sua margem anterior lisa, excepto junto á ponta, sua margem posterior ligeiramente serrilhada. Caudal dilacerada. Raios anaes coroados, ligeiramente diminuindo de altura para traz, com a margem ondulada. Aculeo peitoral muito forte, 3 e 1/2 no comprimento. Pardo escuro; superficie ventral escura com muitos pontos escuros; nadadeira dorsal com manchas escuras, mais proeminentes junto á margem; pon- tas das ventraes escuras, com a base profusamente maculada e a re- gião intermediaria quasi uniformemente amarellada. Peitoraes profusa- mente maculadas. Cabeça 4; altura 4 e 3/4.» (Eigenm. & Eigenm.) Habitat: Arari ? 1) Analis (Lat.) anal, ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL ur =) bh Auchenipterichthys ', Bleeke Nederl. Tijdschrift Dierkunde, 1, 89,- 1863 Corpo elevado e da mesma forma que em Trachycorystes ; focinho redondo, com a mandibula ligeiramente reentrante e nao prognatha; den- tes villiformes, facha nos intermaxillares e mandibulares sömente; nari- nas como em Trachycorystes; olhos lateraes; moderados, subcutaneos ; fontanella pequena, interoculor; prefrontaes largos, salientes sobre a or- bita e formando a orla anterior d'esta. Ossos da parte superior da ca- beça nús, granulosos, de suturas apparentes. Processo occipital firme- mente unido á placa predorsal, esta com um processo descendente an- tevertido. Dorsal mediocre, provida de aculeo forte; adiposa pequena, anal com tubos urogenitaes, caudal obliquamente truncada. Especies conhecidas : AEN223,V52 LOTEP Ise - 5 ARIS Ele one: A. longimanus ASZI a 21 VS 9 oS ee ee ea ere ASAE ee A. thoracatus 347 — Auchenipterichthys longimanus *, Günther DS 1625: A722 SPEA O AVES; «Os ossos da cabeça e região cervical finamente granulares; sulco entre os frontaes aberto na frente. Maxillas eguaes anteriormente; bar- bilhões maxillares extendendo-se até o meio do processo humeral, men- taes não chegando aos olhos. Processo humeral projectando-se além do meio do aculeo peitoral; aculeos dorsal e peitoraes serrilhados nos dous bordos, o primeiro do comprimento da cabeça, porém muito mais curto que o aculeo peitoral que é fortemente comprimido e egual a 2/7 do compriment) total (sem a caudal); ventraes e anal com a base carnu- da. Caudal ligeiramente marginada com o lobo superior mais comprido e menos obtuso que o inferior. Uma série dupla de póros ao longo da linha lateral, cada póro sendo o centro de uma pequena macula alvadia. Corpo pardo escuro.» (Günther. ) 18 cents. comp. Habitat: Rio Capim, Maues, Madeira, Cametä. 1) Auchenipterichthys (Gr.) de Auchenipterus, genero referido e ichthys peixe. 2) Longimanus (Lat.) longimano, isto é, com as nadadeiras peitoraes compridas, A. DE MIRANDA RIBEIRO. — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 373 348 — Auchenipterichthys thoracatus ', (Kner) Del 10); vA. 2350227 «Cabeça 5 e 1/2 vezes no comprimento total; sua largura é menor do que a altura na região post-occipital, a maior altura do corpo é con- tida 4 e 1/2 no comprimento total e a menor na cauda apenas eguala a 1/2 da maior. O diametro longitudinal dos olhos comprehende 1/3 do comprimento da cabeça, espaço interorbital um pouco mais de 2, a distancia entre os ultimos e a ponta do focinho é egual a 1/2 diametro. FiG. 140 — Auchenipterichthys thoracatus seg. Kner A mandibula é apenas mais curta do que a maxilla superior; os barbilhões maxillares apenas passam um pouco sobre a base das pei- toraes, os post-mentaes chegam aos olhos; os mentaes, que nascem junto á orla da mandibula, não chegam á depressão do isthmo.. A abertura das guelras abre-se até ä base ‚das peitoraes e é obtu- rada por uma valvula dermica. Os escudos da cintura escapular se reunem ä carapaça e são como esta finamente granulosos; o processo escapular é muito mais longo do que alto, chega ao extremo do aculeo peitoral e termina arredondada- mente sob o meio da dorsal. Esta é mais baixa do que a altura do corpo que lhe fica inferior e seu aculeo mais curto que o das peitoraes, é anteriormente um pouco crenulado e, posteriormente, distinctamente denticulado; os aculeos peitoraes, mais fortes, deprimidos e, como o pri- meiro, longitudinalmente rugosos, SãO fortemente denticulados em ambos os bordos e quasi attingem as ventraes; estas, porém, apenas chegam a anal cujos raios, na sua maior parte circumdados de pelle espessa, apenas diminuem gradativa e moderadamente para traz, em comprimento, 1) Thoracatus (Lat.) = armado de couraça. 374 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL _ A pequena adiposa fica verticalmente sobre o ultimo terço da anal. A caudal é obliquamente truncada na femea; no macho é, ao contrario, entalhada e o lobo superior que se alonga, egualando ao comprimento da cabeça, termina em ponta. A linha lateral corre tambem aqui em zigue-zague e emitte curtos ramos lateraes para cima e para baixo; tor- ha-se, porém, indistineta anteriormente, na região entre a carapaça e O processo escapular; sob o meio do comprimento deste percebe-se um poro peitoral pequeno. E A vesicula natatoria não se proloriga em cœcum pafa traz; o tubo digestivo estava cheio de restos de insectos e de plantas. Pardo claro, sobre os lados e abdomen alvadio; nadadeiras dorsal e caudal com larga margem, estreita na anal, de cêr preta; na ultima e na caudal, segue-se 4 facha negra outra mais clara e mais larga; base da peça articular anterior da dorsal, ornada com uma nodoa negfa. Ventraes e peitoraes claras; cabeça e dorso immaculados; .cabeça e tronco immaculados, apenas na região posterior 4 carapaça notam-se pequenos pontos brancos, que se prolongam, ás vezes, ao longo dos lados do tronco e da cauda, de modo que muitos individuos parecem ornados de asteriscos pallidos; 5 a 6 pollegadas». (Kner.) Habitat: Guaporé, Javary, Coary. 3 Tracheliopterus ', Cuv. & Val. Hist. Nat. Poiss. XV, 164 — 1840 Forma robusta; cabeça deprimida, moderadamente ; focinho redondo ; bocca com a mandibula prognatha e dentes villiformes em facha sobre os intermaxillares e mandibulares; 6 barbilhöes teretes e mediocres ; alto da cabeça osseo, fontanella oval; proceso occipital firmemente unido á placa predorsal; dorsal provida de aculeo pungente, adiposa ausente. Especie conhecida. + 349 — Tracheliopterus coriaceus ?, Cuv. & Val. Do 15-7 A 32 «Corpo curto e comprimido. Cabega 5, curta, sua largura e altura egual ao comprimento; perfil abrupto, focinho truncado, mandibula en- trando no perfil; ossos da cabega e processo humeral finamente granu- lares. 1) Tracheliopterus (Gr.) de trachelia extremidade e pteron aza nadadeira, 2) Coriaceus (Lat.) = coriaceo, A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 375° Olhos pequenos, redondos, 6 na cabeça, 3 a 3 e 1/2 no espaço in- terorbital. Barbilhöes maxillares chegando ä ponta do processo humeral ; os mentaes cerca de 1/2 do comprimento da cabeca, os post-mentaes um pouco mais compridos que os barbihöes maxillares. Dentes villi- formes, em fachas estreitas. Distancia entre o aculeo dorsal e o focinho 3 a 3 e 1/2 no compri- mento; aculeo dorsal fraco, terete, seu bordo anterior liso, o posterior com aculeos curtos; sua altura um pouco menor do que o comprimento da cabeça. Caudal obliquamente arredondada. Ventraes attingindo a anal. Aculeo peitoral liso na sua margem externa, dentes curtos na interna; contido no comprimento da cabeça. Processo humeral passando de pouco o meio do aculeo peitoral. Escuro. Dorsal com barras obliquas ; peitoraes e ventraes quasi negros; superficie ventral mais clara, com grandes manchas. Altura 3 e 3/5 a 4. Comp. 105 mm.» (Eigenmann & Eigenmann.) «Uma variedade deste peixe (T. maculosos, Eigenm. & Eigenm.) tem os lados pardos com series longitudinaes de maculas pardas queimadas.» Habitat: Obidos, Porto da Móz e Matto-Grosso. Tracheliopterichthys ', Bleeker. Nederl. Tijdschr. Dierkunde, I, III, 1863 Cabeca curta, bocca anterior com a maxilla inferior pouco saliente, dentes villiformes; olhos lateraes, mediocres ; nadadeira adiposa ausente ; ventraes e a anal grandes, linha lateral presente. Especie conhecida. 350 — Tracheliopterichthys tæniatus * (Kner) D. 1+4; A. 51-53. V. 15-16 «Comprimento da cabeça, até a orla cutanea da abertura opercular, apenas 1/7 do comprimento total e € egual ä altura; no occiput, porém, menor do que a maior largura que se encontra adiante da base das peitoraes e se contem 6 e 1/2 vezes no comprimento total. A maior altura do corpo, adiante da origem da anal, é contida no mesmo comprimento 5 e 3/4; a menor, anterior á caudal, mais de 2 vezes na maior. Os olhos, immediatamente posteriores e superiores aos 1) Tracheliopterichthys (Gr.) Tracheliopterus, genero referido, ichthys peixe, 2) Teniatus (Lat.): fasciado, 376 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL barbilhöes maxillares, estäo a 3 diametros da orla posterior da abertura das guelras e cerca de 2e 1/2 um do outro. A largura da bocca € um pouco maior que a metade da anterior ás peitoraes; a mandibula fica um tanto anterior aos intermaxillares. as fachas dentarias de ambos são moderadamente estreitas, os dentes curtos e finos. As pequenas narinas posteriores ficam acima ás anteriores, maiores, adiante dos olhos e barbilhões maxillares. Fig. 141 — Tracheliopterichthys tæniatus, seg. Kner O perfil do focinho é rhombo e se projecta, depois, em curva mais forte sobre o convexo vertex; este termina em cada lado, abaixo do aculeo dorsal, com um processo que se prolonga. para baixo, formando uma especie de X, e se encaixa na pequena placa predorsal; sobre os lados estende-se elle ainda sobre o processo escapular granuloso, o qual attinge a metade do comprimento das peitoraes; tambem, atraz dos olhos, emitte elle um processo quasi em angulo recto, dirigido para baixo, que separa as bochechas nuas e longitudinalmente estriadas da cobertura das guelras. Os barbilhões maxillares chegam além da base das nadadeiras pei- toraes, os barbilhões post-mentaes, mais longos que os mentaes, chegam a base das peitoraes e os mentaes, finamente taenioides, apenas attingem os post-mentaes, entre os quaes fica pequena prega jugular. A abertura das guelras é estreita e se torna, como nas especies precedentes, perfeitamente obturada por uma valva cutanea. A dorsal começa sobre o inicio do segundo quinto do comprimento total; seu aculeo é largo, espesso e tanto, adiante como nos dous lados provido de asperos nodulos quasi pontudos; elle chega com a ponta a um pouco mais de metade do comprimento da cabeça e é aqui excedido pelos dous raios articulados seguintes. O comprimento do aculeo peitoral subrepuja o da cabeça; elle é, além d'isso, muito largo e deprimido, sulcado longitudinalmente e pro- vido de longos dentes dirigidos em angulo recto, para baixo, no bordo anterior e de outros curtos, curvos para föra, no posterior e, termina em um pequeno lobo cutaneo : os raios seguintes são de comprimento egual ao do aculeo. A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES ST A base da anal comprehende a metade do comprimento do corpo e quasi attinge a nadadeira caudal. Seus raios, até sua extremidade, persistem de altura sub-egrual. As ventraes são especialmente desenvolvidas, e por ellas se diffe- rencia esta especie, essencialmente, de Trachelyopterus coriaceus e, tam- bem, dos demais siluroides. Em consequencia do grande numero de raios, elles ficam articulados sobre uma larga base, cujo comprimento eguala á sua distancia das pei- toraes e cujo extremo posterior chega sobre a vertical do anus; além disso, ellas occupam quasi toda a largura do lado ventral, tendo os bordos internos contiguos um do outro; e os seus maiores raios se estendem sobre a origem da anal. A caudal truncada quasi em angulo recto, é, ao contrario, apenas do comprimento da cabeça. O dorso, ainda largo e redondo por detraz da dorsal,estreita-se gradativamente para a cauda e constitue,antes da caudal, uma especie de gume. A linha lateral dirige-se quasi em linha recta e é pouco asssignalada. Não descobri o póro peitoral. O meio do dorso, até a nadadeira caudal, é pardo escuro; a este segue-se, inferiormente, uma dura facha, longitudinal, um tanto estreita e de bordos descontinuos, de sob o extremo da dorsal até a caudal; em seguida uma outra, parda escura, que ainda parece dividida pela linha lateral, mais clara; na metade inferior, segue-se uma facha clara, quasi branca e, finalmente ao longo da base da anal, ha uma fila parda escura de manchas diffusas. A anal tem uma larga orla negra; egualmente a caudal. Peitoraes e ventraes em todo o lado superior denegridas; no infe- rior, na base, alvadias; nos extremos denegridos. Cabeça, focinho e gar- ganta pardos; os barbilhões ainda mais escuros, peito e ventre, ao con- trario, alvadios.» (Kner). Comprimento 20 centimetros. Habitat: Guaporé, Teffe, Hyannary. CETOPSIDA (" Forma um tanto curta; cabeça moderada, envolvido o craneo por grande massa muscular; bocca anterior ou antero-inferior, provida de dentes incisivos, conicos ou villiformes, intermaxillares, mandibulares e vomer; labio superior recobrindo o inferior, seis barbilhões mediocres, encaixando-se em sulcos mais ou menos profundos; narinas anteriores supra-labiaes, as posteriores mais ou menos interoculares; olhos sub- cutaneos, lateraes ou latero-superiores; abertura das guelras latero-infe- riores, mediocres; dorsal e peitoraes sem aculeos, quasi sempre o primeiro 1) Cetopis, genero typico e eidos semelhante. 6378 48 378 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL raio prolongado nos machos; a primeira anterior ás ventraes que são pequenas, ás vezes ligadas por uma commissura posterior; adiposa au- sente; anal longa; caudal entalhada; linha lateral simples; vesicula na- tatoria atrophiada; vertebras anteriores tendo os processos lateraes differenciados formando, capsulas osseas. Abertura das guelras es- | Dentes mandibulares vil- tendendo-se acima e a- | INOS) ee Pseudocetopsis. baixo da base das pei-\ tOraes O 1910 tee Dentes mandibulares inci- Generos brasileiros . . . L : SIVOS G eo. BER Cetopsis. Abertura das guelras reduzida, em baixo das { MNOS a 6 Bac à 0 re: .. . Hemicetopsis. | | Pseudocetopsis ', Bleeker. Nederl. Tydschrift Dierkunde I, III, 1863. Pequenos peixes sub-fusiformes, de bocca antero-inferior com os dentes inter-maxillares e mandibulares villiformes, em facha; os vome- rinos conicos em uma unica serie; os barbilhões encaixando-se num sulco cutaneo; narinas anteriores mais afastadas que as posteriores; olhos mediocres, sub-cutaneos, aberturas branchiaes extendendo-se superior e inferiormente pela frente da base das peitoraes, estas nadadeiras e a dorsal mediocres e com o primeiro raio prolongado, no macho; ventraes pequenas, ligadas entre si por uma commissura posterior; adiposa au- sente, anal longa e baixa, caudal furcada, linha lateral simples. Especie conhecida: 351] — Pseudocetopsis gobioides ?, (Kner) «Comprimento da cabeça 5 e '/, no comprimento total; maior altura do corpo sobre as ventraes, quasi da mesma dimensão, largura da cabeça */, do seu proprio comprimento, abertura da bocca estendendo-se até sob o meio des olhos, a mandibula fica um pouco sobrepujada pelo entume- cido focinho. A mandibula tem como os intermaxillares uma estreita facha de finos dentes villiiormes e a placa vomerina uma fila transversal sim- ples de dentes conicos; a lingua não é livre na ponta ou, o mais das vezes, falta. Os barbilhões maxillares nascem em um sulco alongado sob os olhos e chegam, com as pontas filiformes, á orla anterior dos oper- culos; dos quatro barbilhões mandibulares, os internos, um pouco mais curtos, ficam mais proximos da symphyse do que os externos que attingem ue 1) Pseudocetopsis ( Gr.) pseudo, falso e cetopsis, genero referido. 2) Gobioides ( Gr.) em forma de Gobius, generos de peixes marinhos de que nos s occupa- remos mais tarde. À. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSÉ — PEIXES 379 pösteriormente 4 orla da membrana opercular; os olhos são como nas outras especies sub-cutaneos, porém moderados, seu diametro apenas excedendo o sexto do comprimento da cabeça; sua distancia do focinho le}, a interocular 2 diametros. As narinas posteriores, maiores, ficam justamente entre os olhos, as anteriores juntas ä orla do focinho. Todas as peças das coberturas das guelras, são como o resto da cabeça, lisas e espessamente recobertas de pelle, a abertura das guelras estende-se tanto para baixo como para cima da base das peitoraes. A dorsal começa no extremo do primeiro terço do comprimento do corpo; o seu primeiro raio egualmente flexivel como os demais, prolon- ga-se, no macho, em um filamento, de modo que mede '/, do compri- mento do corpo; na femea elle ter- mina com effeito, tambem em uma ponta delgada, filiforme, a qual a- penas excede o segundo raio em cumprimento. A base da anal com- prehende !/; do comprimento do corpo e começa logo depois da pa- pilla genital, seus raios são reves- tidos de espessa pelle. As ventraes, de todas as nadadeiras, são as que FIG. 142 — Pseudocetopsis gobloides, seg. Kner têm mais curtos raios e são reuni- Ea das no bordo interno por uma commissura. O primeiro raio peitoral, tambem flexivel é, no macho, egualmente prolongado em filamento que chega até as ventraes; na femea, porém elle apenas é mais longo que o segundo raio. Os lobos da caudal, entaihada, são de egual compri- mento, moderadamente pontudos. O póro peitoral é em ambos os sexos alongado, no macho, porém, distinctamente maior e excede mesmo, em tamanho, os de Cetopsis cecutien e Hemicetopsis caudirú. A linha lateral é simples; do ramo cephalico apenas apparecem o mandibular e alguns poros. sobre o focinho. A papilla uro genital posterior ao anus é, no macho, larga e volumosa. Dorso pardo cinereo, com finas pontuações negras, lados argyreomicantes, nadadeiras imaculadas. Comprimento 3 e !/, pollegadas. Natterer dä como local de procedencia para esta espe- cie, Irizanga e etiquetou-a como Silurus pygmeus.» (Kner). Cetopsis ', Agassiz. Pisc. Bras. 11 — 1829 Peixes sub-fusiformes. Cabeça grande, obtusa; bocca antero-inferior com os dentes intermaxillares villiformes, em facha, os mandibulares com- primidos, incisivos, os do vomer egualmente incisivos e como os mandibu- lares em uma fila; 6 barbilhões, encaixando-se n'um sulco cutaneo; narinas 1) Cetopsis (Gr.); de Cetos, baleia, cetaceo e ops, aspecto, 380 ARCHIVOS DO MUSEO NACIONAL anteriores mais afastadas que as posteriores; olhos pequenos, sub-cutaneos, aberturas branchiaes estendendo-se acima e abaixo da base dos peitoraes ; dorsal e peitoraes mediocres, a primeira com 7 raios e todas com o 1º raio prolongado, no macho; adiposa ausente, anal longa, moderadamente eleva- da ; caudal moderadamente entalhada; linha lateral simples. Especie conhecida : 352 — Cetopsis cæcutiens ', (Licht.) Candirú-Açú D. 7; A. 21 «Corpo pesado, pouco comprimido, acuminando-se rapidamente para o pedunculo. Cabeça obtusamente conica, com os ossos completamente cobertos por espessa camada de musculos. Perfil arqueado, altura da cabeça consideravelmente maior que a propria largura. Narinas anteriores situadas junto ao labio;á quatro vezes entre si a distancia que separa. as posteriores que são grandes, ovaes, superiores ä margem anterior dos olhos. Olhos pequenos, rudimentares, cobertos de pelle, não maiores que as narinas posteriores. Barbilhões maxillares quasi inteiramente occultos n'uma fenda, 3 e 1/9 no comprimento da cabeça. Barbilhões mentaes e post-mentaes de comprimento quasi egual, dispostos em dous pares por detraz do angulo da bocca e encaixando-se eni sulcos baixos. Bocca inferior, sua largura no rictus, 2 e 1/3 na cabeça; uma faixa estreita de finos dentes villiformes sobre os intermaxillares : mandíbula e vomer com uma unica serie de dentes esparsos comprimidos e firmemente implan- tados. Operculo com uma larga orla membranosa. Abertura das guelras estendendo-se mais para diante inferiormente do que acima do raio peitoral; póro peitoral uma fenda alongada; linha lateral recta, simples. Distan- cia entre o focinho e o aculeo dorsal, 2 e 1/2 no comprimento, primeiro raio dorsal um tanto alongado, com os raios diminuindo rapidamente de altura para traz, o ultimo não egualando á 1/3 da altura do segun- do. Caudal profusamente emarginada, 4 e 1/2 no comprimento. Raios anaes diminuindo de altura para traz. Ventraes curtos, com a metade basilar das suas margens internas ligada ao ventre. Primeiro raio peito- ral alongado, chegando alêm da base das ventraes, (sua ponta quebra- da) provavelmente mais longo que a cabeça. Superficie dorsal cinerea pare, tornando-se cinzenta nos lados, mais clara inferiormente. Cabeça e 3/5; altura 4.» (Eigenmann & Eigenmann) 28 centimetros. Habitat: Amazonas até Cupay. Rio Branco. 1) Cocutiens (Lat.)— que vê pouco, À. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 38i Hemicetopsis ', Bleeker Nederl. Tijdschr. Dierkunde, I, III — 1863 Corpo alongado, cabeça obtusa, revestida de pelle e musculos, bocca anterior com o labio superior recobrindo o inferior, dentes em uma se- rie nos intermaxillares e mandibulares, comprimidos, incisivos, idem no vomer, onde elles formam um crescente que acompanha a fila dentaria intermaxillar; narinas anteriores mais afastadas que as posteriores, 6 barbilhões, os mandibulares em dous pares e todos encaixando-se n'um sulco cutaneo, olhos pequenos, subcutaneos; abertura branchial estreita, situada na frente da base das peitoraes, inferiormente; dorsal mediocre, com 7 raios; peitoraes tambem mediocres e, como a dorsal, nos ma- chos, tem o primeiro raio grandemente prolongado e constituido de pe- quenas secções transversaes, obliquamente justapostas; ventraes peque- nas, livres; adiposa ausente; anal elevada, longa; caudal moderadamen- te entalhada; linha lateral simples. Vesicula natatoria atrophiada. Especie conhecida : 353 — Hemicetopsis candirú ?, (Ag. & Spix) Candirú Est. 50 fig. 4. Corpo alongado, moderadamente comprimido; cabeça mediocre, egual á altura, 6 vezes no comprimento (até a base da caudal); bocca mo- derada, anterior, com os labios espessos, papillosos, o superior recobrin- do ligeiramente o inferior; dentes intermaxillares em uma fila, compri- midos, incisivos, 4 em. cada intermaxillar, separados os dous grupos por um interspaço consideravel; vomerinos um tanto mais largos, 8 em cada lado, os posteriores os mais largos, quadrangulares no extremo livre; narinas anteriores mais separadas que as posteriores de cerca de 1/2 vez; olhos pequenos, 4 vezes no espaço inter-ocular, situados 4 2 diametros das narinas anteriores; barbilhões subeguaes, encaixados n’um sulco da pelle; abertura branchial egualando á base das peitoraes e si- tuada justamente á frente d'esta, pelo lado inferior; dorsal situada ä meia distancia da ponta do focinho e do início da anal; os seus dous primeiros raios são muito alongados, sendo, no exemplar que ser- ve a esta descripção, o primeiro de extensão quasi egual á que vae da sua 1) Hemicetopsis (Gr.). Hemi meio; cetopsis, genero referido. 2) Candirü, nome brasilico com os quaes são designados os peixes d'este grupo e outros mais do genero Vandellia, 383 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL base 4 ponta do focinho; o ultimo raio quasi attinge a ponta do 3°; peitoraes 1 e 1/2 na cabeça, terminando antes da metade da distancia que vae ás ventraes, o seu primeiro raio é grandemente prolongado chegando adiante da base destas ä uma distancia egual a que medeia entre as narinas anteriores; ventraes pequenas, inteiramente livres, 4 meio da distancia que vae do focinho ao extremo posterior da base da anal, esta moderadamente elevada, de contorno arredondado ; caudal furcada, coloração carnea, mais escura para o lado da dorsal; dorsal e peitoraes denegridas com o primeiro raio branco. 28 centimetros. Tabatinga, Jutahy, Tocantins, Içá, Pará, Cupaí, Huallaga e Rio Branco. BUNOCEPHALIDÆ ' Forma anteriormente deprimida, um tanto rhomboidal, posteriormen te comprimida; bocca infero-anterior, provida de dentes villiformes inter- maxillares e mandibulares; 6 á 8 barbilhões sendo, no ultimo caso, dous adnatos a base dos barbilhões maxillares; narinas, pequenas, desprovi- das de barbilhões, isoladas entre si; olhos, pequenos, superiores, sem palpebra livre: abertura branchial muito reduzida, transversalmente dis- posta adiante da base das peitoraes; um póro peitoral atrás destas na- dadeiras que são armadas de um forte aculeo deprimido mais ou me- nos estriado e tendo os bordos anterior e posterior por sua vez muni- dos de espinhos extrosos naquelle e entrosos n'estes, dorsal unica, pe- quena, com 1+1 á 1+6 raios, com o aculeo flexivel, situado mais ou menos sobre as ventraes; anal variavel, caudal pequena, redonda ou as vezes com os raios externos prolongados. Pelle nua, ás vezes a linha lateral é ligeiramente granulosa ou provida de placas pequenas. As vertebras anteriores são coalescentes, com os processos lateraes curvos para tráz e desenvolvidos a ponto de attingir o tegumento ex- terno; cintura escapular muito desenvolvida, sendo os ossos perceptiveis exteriormente. O intestino é curto, vesicula natatoria livre. Oviparos; em um dos generos cujos costumes estão mais conhecidos, a femea traz os ovos, após a postura, adherentes á face abdominal do corpo. Habitat: Guyana e Norte do Brasil. No Brasil foram constatados nos Rios Pará, Branco, Jutahy, Negro, Javary, Tajapurú e no Lago Avary. 1) Bunocephalus, genero typico ; eidos = semelhante, A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 383 Uma cinta dorsol sobre o penduncu- lo, anal. Anal lon- ga, com 5l ä 57 | Nadadeira dorsal desenvolvida com 1+4 raios, pedun- culo caudal fila-) raios............ Platystacus. Barbilhões mentaes | mentoso no terete e post-mentaes ou quadrangular. presentes. | Pendunculo despro- vido de crista dor- enerosrepresen- sal anal curta com CES no Brasil, ‘ 64 Siraios2 22. 521 Bunocephalus. Nadadeira dorsal obliterada, com I +1 raio, pedunculo caudal comprimido, la- mellanzelevadonge a en Bunocephalichthys. Barbilhöes mentaes e post-mentaes auseutes.............. Dysichthys. Platystacus ', Bl. Ausl. Fische, VII — 1794 Corpo deprimido e rhomboide, de maior eixo longitudinal anterior- mente, seguindo-se para traz o pedunculo caudal que é longo, compri- mido e termina n'uma nadadeira pouco desenvolvida. Bocca pequena, maxilla superior proeminente, intermaxillares com uma placa de dentes villiformes, mandibulares idem; seis barbilhões, olhos pequenos, superiores ; aberturas branchiaes pequenas; uma dorsal pouco desenvolvida com 1 + 5 raios; peitoraes com um forte aculeo deprimido, armado de espinhos fortes nos dous bordos; os do anterior extrorsos, os do posterior en- trorsos; processo coracoide e humeral desenvolvidos; ventraes pequenas “com 6 raios situadas sob a dorsal; por detraz d'esta nadadeira segue-se sobre a parte postero-superior do corpo, uma crosta formada de pequenas placas verticalmente dispostas, em opposição a serie ventral em que se articula os raios da anal que é muito longa, acompanhando toda a ex- tenção do pedunculo, até a caudal, sem se unir a ella. A respeito de sua reproducção diz Giinther: Bloch e Valenciennes encontraram o ventre de muitos individuos deste genero coberto de curtos e macios appendices, cada um dos quaes tinha uma base styliforme e uma dilatação discoide terminal. Emquanto o primeiro considerou esta peculiaridade um ca- racter especifico, o ultimo mostrou que estes appendices se desenvolvem em certa edade; mas, ao passo que na pag. 430 elle diz que observou-os somente em certas femeas, na pag 440, descreve um macho provido com os mesmos orgãos. Estou habilitado, pelo exame de uma femea de A. batrachus ( Platistacus aspredo), a mostrar que os peixes deste genero pertencem áquelles siluroides que cuidam da prole e que os appendices menccionados, servem para o fim de manter os ovos ligados ao ventre materno. Os ovarios dos peixes examinados são dous saccos quasi vasios, com as peredes espessas taes como se os ovos tivessem sido postos 1) Platystacus (Gr. Lat.) Platys = chato; acus (agulha) peixe agulha. 384 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL á pouco; alguns delles que não haviam se desenvolvido ainda, jaziam entre as pregas do interior. Toda a superficie do ventre, thorax, garganta e uma porção das nadadeiras peitoraes mostravam numerosas impressões baixas a que ainda adheria uma parte dos ovos. Estes ultimos são dis- postos em um unico plano e sendo corpos globulosos deixam entre si pequenos espaços. Estes interspaços são cheios pelos appendices men- cionados e a sua dilatação terminal é de um valor essencial em conservar os ovos em sua posição. Se as bolsas dorsaes da Pipa fossem reduzidas a meras impressões e as paredes entre ellas se transformassem em fraldas, teriamos a mesma disposição que em Aspredo ( Platystacus ). Tendo examinado muitos machos adultos e femeas de Aspredo, chego á conclusão que somente as femeas trazem comsigo os ovos e que so- mente ellas são providas de taes appendices. E’ mais que provavel que na epocha da postura a pelle das partes inferiores torne-se esponjosa ; que, depois da postura, a femea os liga a si, simplesmente fazendo pressão sobre elles e que, a substancia esponjosa dentre os ovos, é absorvida pela pressão dos ultimos, excepto nos interespaços onde adquire a forma dos descriptos appendices. Os ovos, comtudo, são retidos não somente pelos ultimos mas, tambem, pela adherencia á inteira superficie de pressão, ainda que fracamente. Após a eclosão, as exclescencias desapparecem e a pelle do ventre torna-se lisa como dantes. Os ovos têm um diametro de 1/2 ä 2/3 de linha». São tambem brasileiras as seguintes: Focinho desprovi-fBarbilhôes maxillares sem um barbilhão sup- do de aculeos, face plementar na base, processo humeral não inferior da cabeça | excedendo posteriormente ao coracoide, Ps. apenasiconrosibar=)| = 1.46, A534 97... 2: efeito rojois [Sento foto quo Et P. cotylephorus. bilhões mentaes e} post-mentaes. | Especies.... | Barbilhões maxillares com um outro supple- mentar na base, processo humeral não ex- cedendo ao coracoide posteriormente Ps. ISAAC I cy lo snes NE EEE ES P. aspredo. Focinho com uma serie transversa de 4 espinhos, face inferior da cabeça com 4 serieside espinhos [224.0 er. nee. P. tibicen. 354 — Platystacus cotylephorus ', Bl. Rabecca Est. 51 fig. 1 DAS ANS TE PS AIR O AVS 6 Corpo anteriormente muito deprimido, de contorno rhomboide com o maior eixo no sentido antero-posterior, sendo o menor eixo marcado pela linha das peitoraes e o lado posterior do rhombo alongando-se 1) Cotylephorus (Gr.) Cotyles — glandula, umbigo ; phöros = portador, (Jouy) ‘sninisdéy sXyyyoyeydeosoung — € “Std pooqey — (9) ‘sn1oydo4}09 snopisáeld — 7 ‘SIA (xıds 9 “Sy) 'mılpued sisdojaoiwiay] — I ‘SM ‘18 HUM 9 OUIQES ‘youd “qui JN ap Vv “id ypruyos ‘f IAX ‘I0A ‘EUOIIEN nosnW Op SOATYOIV sv 307 faonNAlNCDIO DIINY I A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENE — PEIXES 385 gradualmente até a dorsal, donde o corpo se torna comprimido, adelga- cando-se para a cauda. Focinho redondo, tres vezes na cabeça (até o extremo posterior do operculo), bocca antero-inferior, tendo duas placas rhomboides de dentes villiformes nos inter-maxillares; mandibulares com duas outras mais longas, abertura oral 1/5 da distancia que vae do fo- cinho á base da dorsal; barbilhões maxillares, attingindo a abertura opercular; mentaes ou post-mentaes e estes attingindo a linha dos aculeos peitoraes; olhos pequenos situados no início do 2º quinto da distancia que vai da ponta do focinho á primeira dorsal; essa distancia é de 3 e 1/2 4 4 no comprimento total (incluindo a caudal); por detrás dos olhos elevam-se duas cristas convergentes atraz da linha dos aculeos peitoraes, dahi segue-se uma crista mediana até a placa articular da dorsal, que é pequena. Processo coracoide ligeiramente divergente e humeral não exce- dendo áquelle e tendo o póro peitoral por detrás da sua terminação. Aculeos peitoraes attingindo a base da dorsal, tendo os espinhos margi- naes envolvidos por membrana, ventraes articulando-se sob o início da placa articular dorsal e não attingindo o extremo dos raios da dorsal; 57 placas verticaes formando a crosta dorsal do pedunculo. Pardo uni- forme ou pardo maculado de claro. “Habitat: no Brasil — rio Pari. Goyanas. Segundo Göldi, este peixe é conhecido no Pará pelo nome de Rabecca. 355 — Platystacus aspredo ', (L.) A. 51 & 55 «Cabeca grandemente deprimida; espatulada, largura interorbital, 3.e 1/2 na distancia entre a base das peitoraes e a ponta do focinho, cabeça ampla, o: focinho projectando-se quasi em seu comprimento total; cada maxilla com duas fachas de pequenos dentes. Barbilhões maxillares attingindo a base das peitoraes, um barbilhão accessorio anterior; barbi- lhões mentaes collocados junto aos labios e projectando-se até sobre os post-mentaes, que são eguaes aos inter-orbitaes. Processo coracoide, divergindo ligeiramente para traz, com o comprimento egual ao espaço entre elles. Póro peitoral pequeno na extremidade do processo coracoide. Processo humeral um pouco mais longo do que o coracoide e exceden- do-o. Distancia entre a ponta do focinho e a dorsal 3 e 4/5 no com- primento; primeiro raio dorsal raramente prolongado. Raios caudaes externos ligeiramente prolongados. Aculeo peitoral como em P. fibicen (achatado, curvo para cima e para traz, com a margem posterior provida de uma serie de espinhos que são mais longos e mais fortes para a ponta, e o anterior com os espinhos um tanto mais fracos, chegando a 1) Lat. Aspredo — (genero referido) asperesa. 6478 49 386 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL sua ponta adiante da origem das ventraes). Face dorsal parda purpu- rea uniforme, ventral uniformemente clara, cambiando para purpureo claro ou carmineo; dorsal escura, commummente com uma sombra mediana na membrana interradial; caudal escura, excepto nos raios externos; peitoraes sujas, ventraes usualmente brancas, com a metade posterior geralmente escura; anal branca anteriormente, -tornando-se escura para traz; barbilhöes maxillares mais ou menos escuro. Maior largura adiante das peitoraes 5 e 2/3 á 6, no comprimento total. (Eigenmann & Eigen- mann). 356 — Platystacus tibicen ', ( Temm.) D.5— Ps. 1+8; Vs. 6; A. 57 4.58 Tambem assim descripto por Eigenmann & Eigenmann: «Esta especie pode ser promptamente distincta pelos espinhos nasaes (2); cabeca um tanto alongada, sub-conica. Largura interorbital cinco vezes na distancia entre a base das peitoraes e a ponta do focinho. Bocca estreita, o focinho pouco proeminente; dentes finos e compridos, a facha intermaxillar continua. Barbilhão maxillar quasi attingindo a aber- tura branchial; um barbilhão accessorio na margem anterior de sua base ossea; face inferior da cabeça com quatro series irregulares de cirrhos, a serie externa continuada posteriormente até atraz das peitoraes. Pro- cesso coracoide divergindo posteriormente, seu comprimento cerca de 1 e 1/3 e 1e 1/2 na distancia entre as bases do mesmo. Processo hume- ral coextensivo com o processo coracoide, o .póro peitoral quasi imme- diatamente em baixo da sua terminação. Distancia entre a dorsal e a ponta do focinho cerca de 4 no comprimento : primeiro raio dorsal gran- demente prolongado, filiforme, um tanto mais comprido do que a sua distancia do focinho. Raios caudaes externos ligeiramente prolongados. Aculeo peitoral achatado, curvo para cima e para traz, sua margem posterior com uma serie de aculeos que são maiores e mais fortes á proporção que se aproximam do extremo, a anterior com os espinhos um pouco fracos; a ponta do aculeo apparece além da origem das ven- traes. Face dorsal chocolate: uma serie de manchas quadradas mais es- curas em cada lado da prega dorsal, as quaes são mais ou menos confluentes; face abdominal uniforme, quasi branca; nadadeiras dorsal, peitoraes, caudal e parte posterior da anal de côr parda escura; ventraes e parte anterior da anal claras; a face superior das ventraes é macu- lada de escuro. Maior largura, adiante das peitoraes, cerca de 7 vezes no comprimento ». 1) (Lat.) Tibicen — flautista. 2) (Uma serie transversa de quatro pequenos espinhos curvos, no lado superior do focinho, dois delles pertencendo ao ethmoide e dois aos ossos nasaes — Günther). A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 387 _ Habitat: Goyanas; os 5 exemplares que serviram aos professores Eigenmann eram de Curuca (Rio Muria) Estado de Pará, e mediam 20 á 22" /,. Bunocephalus ', Kner. Sitzungsber. Akad. Wissenschaft z. Wien, 17 Bd. — Hft. I pag. 95-1855. Corpo deprimido na parte anterior, estreitando-se para a cauda abru- ptamente; cabeça moderada, deprimida, granulosa-rugosa ; bocca anterior, pequena com duas fachas de dentes villiformes em cada maxilla; seis barbilhões moderados; narinas duplas, as anteriores ligeiramente tubulares; olhos pequenos, superiores; aberturas branchiaes pequenas, fendidas adiante da base das peitoraes; estas com um aculeo deprimido forte- mente armado nas arestas externa e interna, sendo os aculeos exteriores extrorsos e os interiores introrsos, os do extremo do aculeo maiores; dorsal desenvolvida com cinco aculeos flexiveis; ventraes 1 +5; A. 1 + 6: o pedunculo cylindroconico ou quadrangular; linha lateral distincta, pelle revestida de papillas tuberculares. No Brasil os peixes deste genero são encontrados no Amazonas de serpa para cima. ' Maior altura menor do que [ caudal quadrangular; pardo maculado 3/4 da distancia que vae| de claro e escuro .......... B. verrucosus. do focinho ä base das pei- Especies brasi-| toraes; pedunculo..... leiras (2). . caudal terete, delgado; pardo cinereo maculado de escuro......... B. bicolor. Maior altura egual ou maior (Distancia entre a ponta do focinho e do que a distancia que vae} a base da dorsal 2 e 1/2 no com- do focinho à base das pei-| primento total; pardo com tres fa- toraes ees le chas transversaes . . 2. 22.2.0. B. kneri. Distancia entre af Aculeo peitotal at- ponta do foci-| tingindo ás ven- nho ea base da traes, pardo ma- dorsal 2e 2/5 4{ culado de escuro B. gronovit. 2e 1/6 no com- primento. . ‚Aculeo peitoral at- tingindo a ponta do processo co- racoide. Pardo maculado de cla- ro e de escuro . B. scabriceps. (1) (Gr.) Buno = tuberosidade; cephale = cabeça. (2) Não tivemos ensejo de estudar B. iheringü, Boul. br. Zool, Soc. Lond. 1891, 388 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL 357 — Bunocephalus verrucosus ', (Bl.) ACAO. São ainda Carl & Rosa Eigenmann que dizem: «Cauda quadrangular, mais alta do que larga; corpo não muito deprimido; altura da cabeça, na base do occiput, um tanto menor do que 1 e 1/2 do espaço entre a ponta do focinho e a base da peitoral. Placa nuchal larga, sua largura na base cerca de 3 e 1/2 no comprimento ; uma ruga transversa na sua base voltando-se abruptamente para traz e para cima exteriormente; uma outra ruga transversa na frente desta e ligada á primeira descripta por uma ruga mediana, continuação da placa nuchal. Largura interorbital maior do que o comprimento do fo- cinho. Barbilhões maxillares chegando um pouco a frente da origem das peitoraes; barbilhões mentaes quasi attingindo os post-mentaes, estes quasi do comprimento da distancia interorbital. Dentes em duas fachas em cada maxilla. Processos coracoides parallelos, do comprimento da distancia que medeia entre elles. Processo ‘humeral attingindo o meio do aculeo peitoral. Póro peitoral fendido. Pelle cá e lá recoberta de tuberculos. Distancia entre a dorsal e a ponta do focinho 2 e 1/2 no comprimento total. O aculeo peitoral ligeiramente curvo; chegando a frente do da ponta do processo coracoide e tendo os lados com espinhos recur- vados que são maiores ao passo que se aproximam da ponta. Pardo escuro, ponteado e maculado de mais claro e mais escuro; ventre um tanto mais claro, com maculas pardas um tanto grandes, todas as nada- deiras de côr parda escura, tendo os raios pequenas maculas transpa- rentes, as pontas das dorsaes anaes e ventraes transparentes. 11 mun.» Habitat: Serpa, Amazonas abaixo do Madeira. 358 — Bunocephalus bicolor ?, Steind. A. Tä8 «Cauda longa e delgada. Cabeça e corpo grandemente deprimidos sendo a altura, no occiput, contida duas vezes na distancia que vae da ponta do focinho á base das peitoraes. A placa nuchal é uma delgada crista baixa e as cristas e rugas da cabeça baixas, não proeminentes. Maior largura da frente das peitoraes pouco maior do que 1/3 do com- primento total: perfil um tanto deprimido atraz dos olhos. Largura inte- rorbital egualando ao focinho mais os olhos. Barbilhões maxillares 1) Verrucossus, (Lat.) = cheio de verrugas. 2) Bicolor. (Lat.) = de duas cores, A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 389 chegando quasi 4 base das peitoraes; os mentaes aos post-mentaes que egualam ao espaço interorbital, dentes pequenos, villiformes, em duas fachas em cada maxilla. Processo coracoide convergindo ligeira- mente, no minimo de comprimento da distancia entre as suas bases. Póro peitoral presente. Parte superior da cabeça comparativamente lisa, focinho, parte inferior e cauda, densamente coberta de tuberculos. Distancia entre a dorsal e a ponta do focinho 2 e 1/4 no comprimento. Aculeo peitoral attin- gindo as ventraes, tendo nos bordos espinhos recurvos. Cinereo-pardo, es- curo, mais pardacento no jovem; alto da cabeça e nuca claros maculados de escuro; cauda mais escura; tres areas claras no lado dorsal ventre ma- culado de mais claro; nadadeiras pardas escuras com as pontas dos raios claros. 50 4 73 millimetros ». (Eigenmann & Eigenm.). Habitat: Jutahy, Cudajás (Amazonas até Huallaga.) 359 — Bunocephalus knerii *, Steind. A. 7—8 «Caudal delgada, terete, altura no occiput 1 e 1/2 no espaco entre a ponta do focinho e a base das peitoraes. A placa nuchal é uma delgada crista baixa; rugas da cabeça menos proeminentes do que em quaesquer outras especies. Espaço inter-orbital egualando ao focinho mais a orbita. Barbilhão maxillar attingindo a base das peitoraes; barbilhões mentaes apenas mais compridas do que os olhos, post-mentaes cerca do dobro. Processos coracoides muito curtas, eguaes a cerca de 1/2 da distancia entre elles. Pelle espessamente verrugosa, a face inferior da cabeça menos tuberculada. Distancia entre a dorsal e a ponta do focinho 2e 1/2 no comprimento. Ponta do aculeo peitoral á meia distancia entre a ponta dos processos coracoides e da origem das ventraes. Lados cinzentos es- curos com uma serie de maculas claras; cabeça mais clara manchada de obscuro; cerca de tres fachas transversaes cinzentas escuras sobre a dorsal; caudal denegrida, maculada e marginada de clara; outras nada- deiras claras, pontuadas ou manchadas de cinzento, comprimento 35 mil- limetros.» (Eigenm. & Eigenm.) Habitat: Tabatinga, Javary, Cudajás e Canelos. ( Amazonas e tribu- tarios desde Cudajás até Canelos). 360 — Bunocephalus gronovii ?, Bleek. D.5; Ps. 1+5; A. 6;C. 10 «A distancia entre 0 focinho ¢ a origem da dorsal cerca de 1/3 do com- primento total, a que vae até a orla opercular 7 e 1/2 vezes contida no mesmo 1) Knerii— de R. Kner, illustre naturalista de Vienna, creador do genero Bunocephalus. 2) De L. Gronow, allemão que residia na Hollanda e que havia descripto e figurado o peixe em questão no seu livro Museo Ichthyologico, em 1754, 300 ARCHIVOS DÔ MUSEU NACIONAL comprimento; a maior largura adiante das peitoraes & egual 4 1/4 do comprimento total; a maior altura, na gibbosidade anterior á dorsal, egual a cerca de 1/5 desse comprimento ou 1/2 da distancia entre a ponta do focinho e a dorsal. O hiato oral é terminal, estreito, ambas as maxillas são providas de grupos allongados de dentes villiformes. Os barbilhões do canto da bocca chegam até além da base das peitoraes, os dous posteriores do labio inferior que é papilloso, são muito curtos e finos, os dous mais afastados para traz da garganta com o dobro do comprimen- to destes. Olhos pequenos, 5 diametros separam-n'os um do outro, 3 da orla do focinho, 1 das narinas posteriores; a abertura nasal anterior é prolongada em um pequeno tubo. O alto da cabeça assim como os lados da parte anterior do corpo nodulados pelas callosidades e rugas que ahi se encontram. As duas protuberancias anteriores, limitam em cada lado, os olhos adiante e atraz; tres tuberculos maiores projectam-se ao longo do meio da parte posterior do pescoço, um atraz do outro; e em cada lado dos mesmos eleva-se uma ruga longitudinal; mais para traz ha uma outra qui- lha mediana, moderadamente aguçada, que se projecta abruptamente so- bre a dorsal. Tambem a cintura escapular constitue, sobre as peitoraes, nodosidades salientes e se dirige para traz, sobre as peitoraes em um pro- cesso ponteagudo, por detraz do qual ainda se encontra um tuberculo re dondo, um pouco mais alto em cada lado. Posteriormente a cintura es- capular constitue duas largas laminas, ligadas no meio por uma sutura e projectando-se para traz em um processo acuminado, terminal, que attinge a origem da dorsal. Todas estas saliencias são de granulações de tamanho variavel, tuberculiformes, que tambem recobrem a base da dorsal e mesmo todo o aculeo das peitoraes. A dorsal origina-se um pouco adiante do meio do comprimento total do corpo, o seu primeiro raio flexivel é um pouco mais curto do que o segundo e mais longo, caudal re- donda. Pelle recoberta de papillas conicas que se avolumam sobre a linha lateral, de modo a tornarem quilhados os lados do pedunculo. Porus late. ralis semilunar. Côr pardacenta, maculada de mais escuro, especialmente ao longo da linha lateral; dorsal, anal e caudal de côr parda-escura uniforme ou apenas maculadas nos raios, peitoraes e ventraes mais claras, fasci- adas de escuro.» (Kner). Habitat: Barra do Rio Negro. 361 — Bunocephalus scabriceps ', Eigenm, & Eigenm. A. 6 E’ assim descripto pelos seus descobridores : « Distingue-se pelo extremo desenvolvimento das protuberancias da ca- beça. E’ apenas conhecido pelos typos. Cauda delgada, acuminada. Cabeça e 1) Scabriceps (Lat. Gr.) scabet = aspero; ceps= cabeça, A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 391 corpo altos a altura na base do processo occipital apenas menor do que a distancia da ponta do focinho ä base das peitoraes. A placa nuchal é uma delgada crista com dous altos callos e com outro callo em sua base; uma crista transversa na base da placa nuchal, dirigida externa- mente para traz; entre os olhos ha uma crista baixa, duas cristas pro- jectam-se para traz, tornando-se convergentes para traz e formando uma figura lyriforme; cada lado deste processo lyriforme provido de tres callos; uma crista projectando-se dos olhos para a frente e, encontran- do-se com a sua correspondente na ponta do focinho. Espaço interor- bital eguzlando ao focinho mais os olhos. Olhos quasi lateraes. Barbi- lhões maxillares attingindo quasi a base das peitoraes; os mentaes não attingindo os post-mentaes e estes menores do que a largura do espaço interorbital; dentes villiformes em duas estreitas fachas em cada maxilla. Processos coracoides convergindo para traz sendo as margens do osso coracoide marcadas por cristas salientes que, com os processos, formam a figura lyriforme; o comprimento dos processos é quasi egual ao espa- ço entre elles. O processo humeral estende-se á quasi o meio do aculeo peitoral. O póro peitoral grande, fendido. Pelle cá e lá revestida de pe- quenos tuberculos. Distancia da dorsal da ponta do focinho 2 e 1/6 no comprimento. Aculeo peitoral attingindo a ponta do processo coracoide, tendo ambas as margens com fortes espinhos cada vez mais fortes para a extremidade do aculeo. Dorso maculado de pardo claro e denegrido ; ventre mais uniformemente pardo ; todas as nadadeiras de côr parda escura manchadas de mais claro. A maior largura adiante das peitoraes 3 vezes no comprimento. Dous exemplares de .04 a .043 m». Habitat: Jutahy. Bunocephalichthys ', Bleek. Nederl. Tydschr. Dierk. I pg. 118 — 1863. Corpo anteriormente deprimido, posteriormente comprimido; um acu- leo e um raio dorsaes rudimentares; aculeo peitoral provido de espinhos no lado posterior (internos) da ametade terminal; dous barbilhões labiaes (maxillares) dous mentaes e dous post-mentaes; ventraes situadas logo atraz da dorsal, anal elevada; raios de todas as nadadeiras (excepto a dorsal) bifidos. Especie conhecida : 1) Bunocephalus — genero acima referido; ichthys = peixe, 392 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL 362 — Bunocephalichthys hypsiurus ' (Kner.) Est. 51 fig. 2 Dieses. TIR SE AVS LED E Aare, Corpo em forma de guitarra, anteriormente deprimido, posteriormente comprimido de tal modo que da anal, para traz, é perfeitamente lamellar. Pelle granulosa como a de um sapo. Cabeça de largura maior que o comprimento, é contida 4 e 2/3 no comprimento; focinho proeminente por dous tuberculos contiguos, anteriores; maxilla superior projectando-se além da inferior, tendo as narinas anteriores tubulares na base dos tuber- culos citados; entre estas e a base do barbilhão labial ha outro tuber- culo menor que fica situado sobre o angulo da bocca; atraz desse tuberculo ficam as narinas posteriores, crescentiformes, de concavidade posterior ; logo atraz das narinas anteriores, ficam os olhos, pequeninos sobrepu- jados por um tuberculo ceratoide; o diametro ocular é egual ä 1/4 do comprimento do focinho que é muito pouco menor do que a distancia ante-ocular e eguala ä que vae de vertice á vertice dos tuberculos super- oculares. Abertura oral justamente egual ao diametro inter-ocular; a mandibula tem os ossos muito salientes e reunindo-se, na symphyse, em angulo bastante accentuado; os dentes são substituídos por papillas der- micas que, na maxilla, superior, formam uma facha de egual altura, em toda a largura da bocca; da base dos barbilhões labiaes partem os labios inferiores, delgados, que formam com os ossos mandibulares uma fossa externa no angulo da bocca; os barbilhões labiaes têm a base muito espessa e attingem á abertura das guelras, os mentaes são muito curtos e os post-mentaes de pouco os excedem; os mandibulares espessam-se na sua parte articular, de modo a formar um tuberculo inferior; atraz deste mas do lado de cima e sobre a linha do contorno lateral da cabeça, ha outro tuberculo donde parte uma crista baixa para traz; por detraz deste tuberculo, no contorno, só ha um tuberculo humeral, donde parte outra ruga baixa, parallela ä primeira citada, seguida de outra mais baixa acompanhada duma crista que se dirige para traz, em curva, buscando a base da dorsal. Por detraz de cada um dos tuberculos oculares, se- gue-se uma fila de tres outros em linha um tanto curva, de concavidade virada para dentro; na linha mediana ha tres outras predorsaes ; os primeiros post-oculares estão em connexão com o primeiro predorsal, por uma ruga baixa e com elles, por esse modo, formam a figura de um M. As peitoraes são relativamente grandes, tendo o aculeo flexivel, membra- noso, na extremidade ainda que offerecendo ahi, posteriormente, os de- senhos de aciculos extrorsos. O annel escapular, inferiormente, apparece por debaixo da pelle dese- nhando o contorno de um escudo; a dorsal é rudimentar. 1) Aypsiurus (Gr.); de hypsi, ao alto e oura, cauda. A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIESE — PEIXES 393 As ventraes marcam o plano em que comeca a lamina caudal abru- ptamente elevada, ä uma distancia da base do raio dorsal que eguala ao comprimento do aculeo dessa nadadeira; as ventraes distam entre si, anteriormente, cerca do proprio comprimento; ellas são dispostas quasi que verticalmente e terminam pouco depois da papilla genital. Em segui- da encontra-se um callo oblongo que marca a origem da anal; esta é arredondada e de altura egual ao comprimento. A linha lateral estende-se do segundo tuberculo predorsal á base da cauda com uma serie de pequenos tuberculos marginada superior e infe- riormente por uma outra parallela de tuberculos menores; bordo superior e inferior do pedunculo parallelo 4 partir do inicio da anal, ligeiramente recortado nas proximidades da caudal; esta nadadeira redonda, maior altura 6 e 2/3. O exemplar que serviu a presente descripção, mede 8 centimetros de comprimento; é cinerio obscuro uniforme. Encontrei-o no Museu em um frasco sem indicação de especie alguma. Habitat : DYSICHTHYS ! Cope Pr. Acad. Nat. Sci. Philad. 133 — 1874 «Cauda curta; anus quasi equidistante entre a ponta do focinho e a base da caudal; anal com menos de 10 raios; dorsal bem desenvol- vida, com cinco raios, o ultimo dos quaes adnato; cabeça mais alta do que a porção posterior da cauda, 2 barbilhões (nos maxillares sómente). » (Eigenm. & Eigenm). 363 — Dysichthys australe ? Eigenm. & Ward. D ISA PP IRA AVE RO ARE CAIO) «Corpo delgado, sua maior largura na base das peitoraes 3 e 1/4 no comprimento; altura na origem da dorsal 6 vezes no comprimento ; cabeça deprimida; focinho redondo; duas rugas divergindo de perto da porção central do focinho, correndo para traz por cima dos olhos, encon- trando-se ainda para formar a crista nuchal, deixando uma depressão em diamante entre as rugas; crista nuchal continuada para traz até a base da nadadeira dorsal; uma crista em cada lado começando no operculo e correndo parallela ás cristas lateraes e nucaes; as rugas e verrugas da cabeça bem desenvolvidas; espaço interorbital muito concavo; a parte da crista que limita a orbita especialmente forte; uma verruga adiante e outra atraz dos olhos. Estes collocados quasi lateralmente em baixo das 1) Dysichthys (Gr.); de Dys, privação e ichthys, peixe (referencia a falta dos barbilhöes). 2) Australis (Lat.) austral, do sul. 6378 50 394 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL rugas; olho 1 e 1/2 no focinho, 7 vezes na cabeça, 3 vezes no espaco interorbital; barbilhöes maxillares näo chegando ä base das peitoraes por 1/4 do seu comprimento. Processo coracoide parallelo posteriormente ; seu comprimento 2 vezes na distancia entre os dous. Processo humeral ligeiramente mais curto; pelle cä e lä recoberta de papillas muito cons- picuas, as dos lados do corpo arranjadas em cerca de 7 filas; distan- cia da dorsal ä ponta do focinho 2 e 1/2 vezes no comprimento ; aculeo peitoral armado, em ambos os lados, de longos ganchos. Pardo escuro, maculado de mais claro, nadadeiras de um pardo claro; ventre macu- lado de branco; cabeça 5; altura 6, largura 3 e 1/4. Habitat: Paraguay, Corumbá. AUCHENIPTERIDAE ' Corpo longo, comprimido; cabeça curta, focinho curto com as ma- xillas sub-eguaes, 6 barbilhöes, os mentaes em uma unica fila post-labial ; ossos da cabeça mediocremente desenvolvidos; fontanella projectando-se até o occipital, processo occipital terminando em parabola sobre a placa predorsal e curto; membrana branchiostega ligada ao isthmo; cintura esternal saliente; processo post-clavicular curto, com um aculeo dorsal mediocre; adiposa pequena, na parte posterior da anal; peitoraes mode- radas, ventraes amplas, äs vezes unidas entre si, posteriores ä dorsal; anal longa caudal furcada e linha lateral em zigue-zague. | Adiposa ausente . . . .. Epapterus Generos conhecidos | SE presenteni aaa Auchenipterus Epapterus ?, Cope Pr. Am. Philos. Soc. XVII — 677 - 1878 Forma alongada, comprimida, perfil superior mais arqueado que o inferior; cabeça curta, com os ossos recobertos de pelle; bocca anterior, sem dentes; 6 barbilhões teretes; olhos lateraes, sub-cutaneos; fonta- nella longa, chegando ao occipital; processo occipital longo, membrana branchiostega unida ao isthmo ; dorsal rudimentar, 1 + 3; adiposa ausente; coracoide e humeral ponteagudos; peitoraes com aculeos fortes; ventraes com 14 raios; anal longa; caudal emarginada e linha lateral em zigue- zague. Especie conhecida: 1) Auchenipterus, genero typieo e, eidos semelhante. 2) Epapterus (Gr.); de epi em cima a, sem e pteron, nadadeira. A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 395 364 — Epapterus dispilurus ', Cope. DAMES PAGE « Alongado, fortemente comprimido ; perfil ventral quasi recto, dorsal fracamente arqueado. Cabeça curta, sua maior altura um pouco menor que a maior largura que é 1 e *; no proprio comprimento; superficie dos ossos aspera, coberta de pelle espessa. Fontanella continuada até o oc- cipital. Processo d’esse nome egualando, em comprimento, ä mais do dobro da largura, redondo posteriormente e unido á placa dorsal. Lados e orla anterior da placa dorsal emarginados, amplamente furcada por detraz, os ramos da bifurcação projectando-se muito á frente da dorsal e mais longos do que o resto da placa. Olhos grandes, lateraes, 1 vez no focinho, 3 vezes na cabeça e 1 e 1/2 no espaço interocular. Barbilhões attingindo o início das ventraes; maxillas sub-eguaes, largura da bocca 1 e 1/2 na largura da cabeça, no angulo. Rastros longos e delgados, 13 +23. Póro peitoral presente. Linha lateral em zigue-zague, com numerosos ramos. Distancia entre a dorsal e o focinho 5 vezes no comprimento ; o aculeo pouco mais comprido que a pupilla. Caudal emarginada; 5 vezes no comprimento. Anal muito longa, a distancia entre sua origem e o focinho 2 e 1/2 no comprimento. Ventraes chegando muito adiante da origem da anal, 1/4 mais longas do que a cabeça. Aculeo peitoral forte, attingindo as ventraes, seus lados e bordo externo lisos, o interno denticulado, 1 e 1/3 na cabeça. Dorso mais escuro ; cabeça, nuca e região humeral com maculas redondas escuras; uma nodoa escura no centro de cada lobo caudal; pagina superior das peitoraes maculada. Cabeça 5 e 4/5, altura 5; comprimento 13 centimetros». (Eigenm. & Eigenm.). Habitat: Alto Amazonas, Javary. AUCHENIPTERUS ?, Cuv. & Val. Hist. Nat. Poiss. XV, 154-1840 Forma alongada, comprimida; cabeça revestida de pelle, de perfil superior recto, obliquo, o que pela opposição do inferior, lhe empresta um perfil cuneiforme. Bocca anterior, com as maxillas sub eguaes e dentes nos inter-maxillares e mandibulares; 6 barbilhões teretes, os mandibu- lares n’uma unica linha post-labial; narinas anteriores labiaes; fontanella longa, larga, de bordos sub-parallelos, projectando-se até o occipital por um sulco posterior; processo occipital mediocre, de contorno posterior parabolico; olhos lateraes, contiguos ao angulo da bocca. Membrana branchiostega unida ao isthmo. Cintura esternal vigorosa, com o post- 1) Dispilurus (Gr.); Dis = duas vezes; spile = macula; oura = cauda. 2) Auchenipterus (Gr.); de auchen, pescoço: nuca e pferon, asa (nadadeira). 398 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL 367 — Auchenipterus fordicei ' Eigenm. & Eigenm. D.1+6; A. 46; Vs. 13 4 14 «Corpo curto, elevado, comprimido. Cabega curta, sua largura egual á distancia entre a ponta do focinho e o meio do operculo; altura na base do processo occipital, pouco menor do que a sua largura. Alto da cabeça coberto de pelle muito fina, superfície dos ossos estriada. Pro- cesso occipital de comprimento egual ao dobro da largura, parabolico posteriormente, na união da placa predorsal; esta profundamente enta- lhada na frente e atraz, menos nos lados; seu comprimento na linha me- diana 2 e 1/2 vezes no diametro ocular. Olhos 1 no focinho, 3 e 1/5 na cabeça, 2 e 1/3 no espaço interocular. Barbilhöes niaxillares chegando adeante da base das ventraes, sua base ossea, não attingindo o meio dos olhos; barbilhões mentaes chegando ao meio das ventraes; post- mentaes não attingindo o meio das peitoraes. Focinho redondo na fren- te, maxillas quasi eguaes, largura da bocca, no rictus, 1 e 3/5 na do focinho, no mesmo logar. Dentes como em A. nuchalis. Distancia entre o aculeo dorsal e o focinho 3 e 1/2 no comprimento; aculeo dorsal 1 e 1/4 na cabeça, delgado, sua margem, anterior lisa, a posterior com dentes curtos; sua ponta, quando deprimida, chegando a vertical do ex- tremo do primeiro terço das ventraes. Caudal 4 e 2/5 no comprimento. Origem da anal equidistante entre o focinho e a base da caudal. Ven- tiaes grandes, 1/6 mais compridas do que a cabeça, com os raios in- ternos ligados por uma membrana, as pontas dos raios mais longos, chegando ao 8.º ou 9.º raios anaes. Aculeo peitoral longo e delgado, 1 na cabeça, curvo, chegando um pouco adeante da origem das ventraes, com a orla externa lisa, a interna com dentes recurvados, agudos. Póro peitoral grande. Quasi uniforme, dorso um pouco mais escuro do que a parte inferior, raios internos das peitoraes e ventraes escuros; pontas dos raios anteriores da anal escuras, nadadeiras claras uniformes. Cabeça cinco, altura do aculeo dorsal, cinco; maior altura 4 e 3/5.» (Eigenm. & Eigenm.) Habitat: Esta especie foi fundamentada sobre um exemplar de 12 centimetros de comprimento, procedente do lago Coary. AGENEIOSIDÆ * Forma alongada, comprimida; cabeça curta, larga, deprimida anterior- mente com a parte superior revestida de pelle; bocca antero-inferior com uma facha de dentes villiformes nos intermaxillares e mandibulares: barbilhões rudimentares geralmente com a base ossificada, os mentaes sempre ausen- 1) Fordicei (Latinização). De Fordice. 2) Ageneiosus, gen. typico; eidos semelhante, A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENE — PEIXES 399 tes e os post-mentaes sómente presentes em um genero; olhos lateraes, posteriores ao angulo da bocca, sub-cutaneos; aberturas branchiaes amplas, se prolongando até o isthmo: fontanella longa, se projectando até a base do processo occipital; este curto, mais ou menos Y-forme ; nadadeira dorsal com um aculeo, articulada sobre as peitoraes; estas moderadas, ventraes largas, as vezes reunidas por uma commissura pos- terior; adiposa pequena, sobre a parte posterior da anal; esta longa, baixa; caudal furcada obliquamente ou verticalmente truncada. Linha la- teral simples, recta ou em zigue-zague, vesicula natatoria atrophiada ou quando desenvolvida, dividida em cellulas moderadas e tendo um septum longitudinal mediano. As especies brasileiras conhecidas, distribuem-se pelos seguintes generos : Linha lateral simples; barbilhões post-men- Caudal truncada .. taesgspresentesie en > Tetranematichthys Linha lateral ramosa; barbilhões post-men- taesimausentes em" Pseudageneiosus Can dal TURC Ad SE ee No ora o ee Ageneiosus TETRANEMATICHTHYS ', Bleeker. Nerderl. Tijdschrift Dierkunde, I, 108 - 1863. Corpo comprimido, cabeça moderada, com os ossos superiores nús ; bocca anterior, barbilhões atıophiados, os mentaes totalmente ausentes, olhos mediocres, lateraes, dorsal mediocre, adiposa pequena, caudal trun- cada, anal longa; linha lateral simples; vesicula natatoria livre na cavi- dade abdominal, dividida longitudinalmente por um septo mediano. Especie unica: 368 — Tetranematichthys quadrifilis *, (Kner) DEC WAN ATV PS ME TOR ECO! «Comprimento da cabeça quatro vezes no total; largura adiante das peitoraes apenas um pouco mais estreita, a maior altura sob o inicio da dorsal quasi 1/5 do cemprimento total. Contorno rostral semicircular, a 1) Tetranematichthys (Gr.); de tetra, quatro; nema, fita, barbilhäo e ichthys peixe, 2) Quadrifilis (Lat.) = com quatro fios, isto é barbilhões, 400 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL bocca occupa toda a sua largura, os intermaxillares apenas excedem um pouco os mandibulares, e tanto aquelles como estes possuem estreitas fachas de dentes, apenas perceptiveis, externamente mais finos; o bar- bilhão maxillar, villiforme, fica dissimulado numa prega sobre o angulo da bocca e é mais curto do que o barbilhão mandibular que lhe fica inferior e attinge a vertical dos olhos. Estes ultimos ficam bem poste- riores ao angulo da bocca, são de tamanho moderado e sub-cutaneos, ao contrario da granulosa parte superior da cabeça. As narinas que ficam entre os olhos são tambem pequenas. Os pharyngeanos superiores têm placas alongadas de grossos dentes compostos ou cardiformes. O aculeo dorsal é 1/3 mais curto do que o raio seguinte, que não attinge total- _ mente a altura do corpo; : O fulcrum da nadadeira, | até sob o qual chega a | Carapaça, é notavelmen- ' te expesso; o aculeo das | peitoraes mais curto do “| que aquelle e que os raios articulados seguin- tes, é porém, fracamente FIG. 144 — Tetranematichthys quadrifilis, seg. Kner dentado no bordo exter- no e mais fortemente no interno. As peitoraes attingem o início da anal, cuja base comprehende mais de 1/3 do comprimento total, até os raios accessorios da caudal e cujos raios diminuem um pouco a altura para a sua parte posterior. A pequenina e pontuda adiposa fica sobre o extremo da anal. Linha lateral simples. Póro peitoral apenas perceptível. A coloração parece parda uniforme, a anal marginada de negro, ao longo da linha lateral ha uma estria denegrida. A vesicula natatoria é dividida por uma constricção em duas partes, uma anterior, arredondada e outra posterior mais comprida e terminando em ponta; ella occupa todo o comprimento da cavidade abdominal e encontra-se anteriormente e em cada lado em um sacculo provavelmente em relação com os orgãos do ouvido. A parede capsular longitudinal mediana prolonga-se pelas duas camaras da vesicula, só na posterior porém, partem della septos transversos, pelos quaes a sua concavidade se torna dividida em cellulas mediocremente numerosas. O estomago é grande, o tubo digestivo recto, os rins ficam á esquerda, os orgãos se- xuaes constituem saccos pares, fechados. (Sobre ovarios, pelo conteúdo elles não permittiram decidir com segurança.» (Kner). Deste raro peixe é o Museu de Vienna possuidor do unico exem- plar até hoje conhecido; esse exemplar mede cerca de nove centimetros. A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 401 Pseudageneiosus !, Bleeker Nerderl. Tydschrift. Dierkunde. 1, 1863. Forma alongada, comprimida: cabeça curta, deprimida; focinho de contorno semicircular, com a mandibula reentrante; dentes villiformes, em facha nos inter-maxillares e mandibulares ; barbilhöes maxillares os unicos presentes, de base ossea, não attingindo o angulo da bocca; olhos sub-cutaneos, lateraes, posteriores ao angulo da bocca; articula- ção da dorsal sobre a base das peitoraes, ventraes largas, adiposa pequena, sobre a parte posterior da anal; anal baixa, com os raios anteriores maiores, caudal obliquamente truncada. Linha lateral em zigue- zague, ramosa. Aberturas branchiaes se prolongando até o isthmo. Fontanella ampla, chegando ao processo occipital; parte superior da cabeça recoberta de pelle. Especie brasileira. 369 — Pseudageneiosus brevifilis ?, (Cuv. & Val.) Mandubi Est. 52, fig. 2. D. 1+6; A.34 Corpo comprimido, maior altura 5 vezes no comprimento (sem a caudal). Cabeca cuneiforme, 3 e 2/3, com o perfil inferior horizontal, parallelo ao plano do corpo, perfil superior obliquo sobre o mesmo plano, um tanto concavo pela forte elevaçäo do processo occipital; contorno rostral parabolico, bocca ampla com a maxilla superior exce- dendo um pouco a inferior; barbilhöes attingindo o angulo da bocca; olhos logo em seguida a este, 3 e 1/3 no focinho e 6 vezes na cabeca; fontanella se projectando até a base do processo occipital, este regu- larmente chanfrado no extremo posterior e de bordos fracamente concavos; todos os ossos da cabeça recobertos de pelle; aculeo dorsal robusto, obtusamente denticulado no bordo anterior, pouco menor que as nadadeiras peitoraes; aculeo destas fraco, flexivel, não denticulado porém transverso e obliquamente estriado, as nadadeiras chegam fran- camente á axilla das ventraes; estas não reunidas por commissura posterior; anal um tanto falciforme pela elevação dos raios anteriores; adiposa sobre o ultimo terço da anal; caudal obliquamente truncada, com uma reentrancia fraca entre os lobos e o inferior redondo, 1) Pseudagenelosus (Gr.); de pseudos, falso ; “ageneiosos, genero referido. 2) Brevifilis (Lat.) com os fios (barbilhões) curtos. 6478 5 As Ve ng | 54 402 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL Parte superior, axilla, pagina superior das nadadeiras pares, dorsal e adiposa pardas; uma larga facha obscura marginando a caudal; face ventral alvadia (em alcool), 32 centimetros. Maior comprimento registado 5 decimetros. Habitat: Amazonas, Paraguay. Ageneiosus ', Lacép. Hist. Nat. Pois. V, 132, 1805 Corpo comprimido, de perfil superior e inferior convexos; dorsal anterior, superior á axilla das peitoraes; cabeça cuneiforme, anterior- mente deprimida, contorno superior do focinho mais ou menos largamente parabolico, pelo desenvolvimento dos intermaxillares, dentes em facha nos intermaxillares e mandibulares; barbilhões maxillares os unicos presentes, com a base ossificada, quando muito apenas attingindo o angulo posterior da bocca; olhos lateraes, subcutaneos; fontanella longa, chegando ao processo occipital, mais ou menos; este mais ou menos Y-forme; todos os ossos do alto da. cabeça delgados, revestidos de pelle; abertura branchial ampla, chegando até o isthmo; ventraes largas com 7 a 8 raios, ás vezes reunidas por uma commissura posterior; anal baixa: caudal profundamente furcada; linha lateral em zigue-zague, ra- mosa nos lados; vesicula natatoria atrophiada. Anal não chegando a. 35 raios 2u..e te. era ai a o dante, = ee A. brevis, Especies brasileiras barbilhöes Rit 38-39... . A. dawalla. | [Olhos6e1/2a7 formes Mis. An Ag. A A. dentatus. A.38-44... Jel/2na a Olhos 7 e 1/2 a 8 vezes na cabeça. A. ucayalensis. 1) Ageneiosus (Gr.) = imberbe; isto é, sem os barbilhões mentaes e post mentaes. 2) Ageneiosus atronasus pertence a este grupo e differe de A. brevis em ter o pediculo do barbilhão espinhoso. Ageneiosus atronasus, Eigenm. & Eigenm. Dis +/63 A730: «Corpo da mesma largura que a altura sob o aculeo dorsal. Cabeça curta, deprimida, não muito elevada por detrás dos olhos; perfil quasi recto, muito menos abrupto que em A. brevis; cabeça coberta por pelle delgada, com a superficie ossea longitudinalmente rugosa, a maior largura da cabeça 1 e 1/3 do seu comprimento; largura no rictus 1 e 1/2; o focinho como em brevis largamente redondo na frente. Fontanella curta, terminando no centro dos olhos porém continuando como um sulco para trás até a margem posterior dos olhos. Processo occipital apenas de comprimento egual 4 sua largura basilar, coossificado com a placa dorsal, suas rugas superficiaes um tanto granulares. Olhos 1 no focinho, 3 e 1/3 na cabeça, 2 no espaço interocular. ‘xidg snyeguapa snwpeyyydodip] — € ‘SIA (IA 9 AND) SHAG SNSOTSU20EP NOS ARE GI TEE ED SN 3 NEM 9 oulgeS youd “qui ‘AW ap "V “Adir Jprunçs * nm ‚oo E A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 403 370 — Ageneiosus brevis ', Steind. D. 1+6; A. 32 a 34 «Comprimento da cabeça até o extremo osseo das coberturas das guelras 3 e 1/3 maior altura do tronco, sob o aculeo dorsal 4 e 1/2 vezes no comprimento do corpo, diametro ocular 3 e 1/2, comprimento do focinho um pouco mais de 3 vezes, largura da bocca, entre os an- gulos, um pouco menos do que 2 vezes no comprimento da cabeça. Ossos no lado superior da cabeça estriados e só recobertos por pelle muito fina. A metade anterior da cabeça mui fortemente deprimida ; olhos grandes, ovaes, recobertos por uma ‘pelle opaca, posteriores ao angulo da bocca e dirigidos em parte para o lado inferior da cabeça. Barbilhões maxillares no curto rudimento externo pedicular dos maxillares superiores, curto e delgado, não ramificado. Dentes ponte- agudos, villiformes. Intermaxillares projectando-se circularmente para a frente e excedendo de pouco os mandibulares; focinho largo anterior- mente, curvo em amplo arco. Por trás da fronte se eleva o perfil su- perior da cabeça muito abruptamente até a base do aculeo dorsal. Este ultimo é mui finamente denticulado na orla anterior e um tanto forte- mente na posterior. A parte rija do aculeo dorsal excede o focinho de pouco em com- primento, o primeiro e mais elevado raio da mesma nadadeira, eguala ao comprimento da cabeça mais meio ou todo um diametro ocular. ——_ eee 1) Brevis (Lat.) = curto, Porção ossea dos barbilhões maxillares 2/3 no comprimento total dos mesmos, projectando- se a metade de sua extensão ä frente do rictus, sua margem inferior mui finamente crenulada junto 4 ponta. Focinhö curto como em A. brevis, quasi 2 no espaco interocular. Maxilla superior por toda a extensão estreitamente proeminente, com a facha intermaxillar de dentes como em A. brevis. Linha lateral em zigue-zague, com ramificações partindo dos angulos. Distancia da dorsal ao focinho 2 e 3/5 no comprimento; o aculeo dorsal*1 e 1/3 na cabeça, aspero naifrente e tendo curtos dentes na margem interna, excepto junto á base. Espaço interdofsal 2 e 1/2 no comprimento, adiposa alta e curta. Caudal furcada, com os lobos ponteagudos, 1 na cabeça. Origem da anal 3/5 mais proxima da base da caudal do que do rictus. Ventraes chegando 4 anal, le 4/5 na cabeça. Aculeo peitoral como ode A. brevis, um pouco mais curto, 1 e 1/2 na cabeça. Dorso purpureo; cabeça punctulada superior e infe- riormente de purpureo; labio superior purpureo escuro, o inferior mui estreitamente marginado ; uma: facha lateral obscura formada de manchas escuras; punctulação pequena acima-da anal, todas as nadadeiras mais ou menos punctuladas de purpureo, a caudal estreitamente marginada desta côr. Cabeça 3 e 3/5, altura, sob a dorsal 6, sobre a anal 5; D. 1 +6, A. 30. 95 centimetros. (Eigenm. & Eigenm.) Estes autóres presumem ser A. atronasus procedente do Brasil, 404 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL O aculeo das peitoraes é sempre distinctamente mais longo e mais forte do que o da dorsal; é deprimido e provido de denticulações muito curtas no bordo externo e mais robustas no interno (do mesmo modo que o dorsal). Póro peitoral distinctamente visivel. O primeiro raio peitoral chega incidentemente ao mesmo comprimento que o da dorsal; a ponta das peitoraes excede um pouco as ponteagu- das ventraes; as ultimas egualam, em comprimento, a cabeça com excepção do focinho. A adiposa é muito estreita na base, comquanto mediocremente elevada; a caudal é entalhada profundamente em forma semilunar na orla posterior. Os lobos caudaes terminam posteriormente em ponta e o superior é um pouco mais longo que o inferior. A linha lateral emite, de todo o curso, pelo tronco até a caudal, certas ramifi- cações para cima e para baixo e é delicadamente anfractuosa em zigue- zague. Troncos e nadadeiras immaculados, 11 centimetros.» (Steindachner). Habitat: Coary, Javary — Amazonas. 371 — Ageneiosus dawalla ', Schumb. Mapará ; Lalau. D. 1+6; A. 38 4 39. «Cabeça 3 e 1/3; quando as guelras são contrahidas, ella é 1/3 mais longa do que larga, quando muito abertas a differença não é maior do que 1/5. O contorno horisontal do focinho é parabolico. A maxilla superior avança mais que a inferior, todas duas têm uma facha de dentes villiformes; o paladar não tem dentes. O barbilhão maxillar é reduzido a um filamento mais fino que um cabello, o qual excede, entretanto, a commissura e chega até os olhos. A fenda oral occupa 1/2 da extensão da cabeça. Os olhos, immediatamente posteriores á commissura e quasi sem bochecha inferior a si, occupam o sexto desse comprimento em diametro e ficam a mais de quatro diametros um do outro; as narinas, os operculos, as membranas branchiostegas, são como em A. valenciennesi ; os aculeos, quer o dorsal quer os-peitoraes, são muito delgados, sem denticulações, mais curtos de metade que as nadadeiras, bastante rudes entretanto para não terem perdido o caracter de aculeos. De resto, as nadadeiras são dispostas pouco mais ou menos como em A. valenciennesi. A linha lateral tem as mesmas ondulações e os mesmos ramos. O joven que serviu de motivo a esta descripção e cujo tamanho não excede de 11 centimetros, parece, no alcool, cinzento, com largas maculas ou fachas irregulares e pholigonos de um pardo desbotado. A dorsal e as 1) Dawalla, nome pelo qual os Aruaks designam este peixe, A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 405 quatro nadadeiras pares são de cor parda obscura; a anal e caudal coloridas como o corpo; garganta e abdomen alvadios.» (Cuvier & Va- lenciennes.) Habitat: Amazonas, Guyana. 372 — Ageneiosus dentatus ', Kner. D. 1+6; A. 4 Moderadamente alongado, comprimido; altura 4 e 1/2 (sem a caudal). Cabeça deprimida, cuneiforme; bocca infero anterior, com os intermaxil- lares proeminentes, descrevendo um semi-circulo completo; facha dentaria intermaxillar de altura egual á 1/2 do diametro ocular, mandibula reen- trante, com os dentes föra de contacto com os da maxilla superior; bar- bilhão maxillar não attingindo o angulo da bocca ; fontanella se projectando até o nieio do occipital; processo desse nome V-forme, com as hastes mais curtas que a base; olhos tres no focinho, 6 e 1/2 na cabeça; dorsal originando-se na vertical da axilla peitoral, com o aculeo delgado, pro- vido de denticulações obtusas no bordo anterior. Aculeo peitoral recto, egualando ao comprimento que vae da ponta do focinho ao bordo ocular posterior, maior que o aculeo dorsal e serrilhado no bordo posterior; depois da dorsal o perfil superior se eleva e depois desce em curva fraca até a caudal; a adiposa, pequena, porém espessa, fica sobre o ultimo quinto da anal; esta é baixa; as ventraes são largas porem não reunidas posteriormente por uma commissura caudal furcada. O exem- plar que serviu á presente descripção, conservado em alcool, é de cor escura superiormente, nas axillas e pagina superior das peitoraes, sendo os lados e parte inferior do corpo branco; maior comprimento regista- do — 25 centimetros. Habitat: Amazonas e Magdalena. 373 — Ageneiosus ucayalensis ? Casteln. D. 1+6; A. 43 «Corpo alongado, quasi do mesmo comprimento que a largura, na frente das ventraes, tornando-se fortemente comprimido aträs destas. Cabega recoberta de pelle, muito deprimida, focinho pontudo, espatulado ; superficie dos ossos longitudinalmente rugosa. Fontanella continuada para träs por um sulco até junto do processo occipital. Este da mesma lar- gura que o comprimento, firmemente unido á placa dorsal. Largura da cabeça pouco mais do que duas vezes no proprio comprimento; largura 1) Dentatus (Lat.) = provido de dentes. 2) Ucayalensis — do rio Ucayale. 406 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL do rictus apenas menor do que a maior largura. Olhos lateraes, tres e meia a quatro vezes no focinho, sete e meia a oito na cabega, tres e meia no espaço interocular. Barbilnöes maxillares simples, não attingindo o angulo da bocca. Comprimento do focinho maior do que a largura interocular. Abertura da bocca duas vezes € um terço na cabeça. Dentes como em À. valenciennesi, com altura da facha intermaxillar, na frente, egual ao diamentro ocular. Membrana das guelras confluente com a pelle do isthmo por detrás dos olhos. Rastros, 5 + 12; poro peitoral pequeno. Linha lateral em zigue-zague, ramosa. Distancia entre o aculeo dorsal e a ponta do focinho 3 e 2/5 a 3 e 1/5 no comorimento da cabeça; o aculeo 2 a 21/5 da cabeça, delgado, flexivel com pequenos dentes nas margens. Distancia entre a dorsal e adiposa quasi duas vezes no com- primento, adiposa alta e curta, egual 4 metade do comprimento da dorsal. A caudal é profundamente furcada, com os lobos ponteagudos, 4 e 1/2 no comprimento. Origem da anal equidistante da base da caudal e do ricto ou da margem posterior dos olhos. Ventraes attingindo a anal e duas vezes na cabeça; aculeo peitoral liso na sua margem externa, ex- cepto junto da base; sua margem interna serrilhada; muito mais delgado do que em A. dentatus; duas vezes na cabeça. Superficie dorsal azul escura, tornando-se abertamente pallida sobre os lados; nadadeiras pal- lidas; cabeça 3 e 4/5 a 4; altura em baixo da dorsal 7 e 1/3 a 8 e 1/2, de cima da anal 5 e 3/4 Br. 11. 26 centimeiros». (Eigenmann & Eigen- mann). Amazonas e tributarios, Paraná, Cuyabá, Rio Puty. HYPOPHTHALMIDÆ ' Forma alongada, comprimida, cabeça com os ossos delgados, reticula - dos;bocca anterior, edentula ou com dentes villiformes nos intermaxillares, mandibulares e vomer; 6 barbilhöes variaveis; olhos lateraes, sobre o angulo da bocca ou sobre a articulação dos mandibulares; processo «cci- pital delgado, muito afastado da dorsal; abertura das guelras projectando- se até o isthmo; rastros numerosos, altos; rudimento de lingua sub-cu- taneo, bifido; dorsal sobre a parte anterior da anal, peitoraes moderadas, ventraes pequenas, adiposa idem sobre a parte posterior da anal, que é longa e baixa; caudal iurcada; linha lateral recta, com reticulações pro- duzidas por entrecruzamento de bifurcações dos ramos lateraes supe- riores e inferiores, os quaes quasi attingem os bordos superior e inferior do perfil lateral; vesicula natatoria atrophiada. Genero brasileiro: 1) Hypophthalmidæ (Gr.) Hypophthalmus, genero typico; eidos, semelhante. A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENE — PEIXES 407 Hypophthalmus !, Spix. Pisc. Bras. 16 — est. 9 — 1829. Caracterisado principalmente pela ausencia de dentes sobre o vomer, mandibulares e intermaxillares, é representado pela especie unica: 374 — Hypophthalmos edentatus ?, Spix. Manduby Corpo alongado, comprimido, contorno superior mais arqueado que o inferior; cabeça alongada, deprimida anteriormente, de perfil que faz lembrar vagamente o da cabeça de um robalo e com os ossos muito delgados, reticulades e revestidos de pelle fina; bocca ampla, anterior, edentula, mandibula prognatha; olhos sobre a articulação mandibular, mediocres 11 e 1/2 vezes na cabeça; operculo estriado; abertura bran- chial projectando-se até a symphisis; rudimento de lingua bifido, sub- cutaneo; rastros numerosos, finos, villiformes e altos, constituindo uma escova cesophagiana; em vez de fontanella um sulco que se prolonga até o processo occipital, este delgado e mediocre 3 e 1/3 no comprimento da cabeça; dorsal afastada do processo occipital e sobre o 2º nono do comprimento da anal; peitoraes mediocres, attingindo, porém, a parte posterior dos raios internos das ventraes; estas pequenas, tendo o anus posterior ä sua base e quasi attingindo, com a ponta dos raios exteriores, o início da anal; esta, baixa e longa, com os raios anteriores um tanto maiores que os posteriores; caudal amplamente furcada, com os raios externos prolongados, muitos raios accessorios superior e inferiormente e o lobo inferior mais robusto que o superior. Linha lateral recta, cur- vando-se junto á caudal para o lobo superior e emittindo, em toda a extensão, raios collateraes para cima e para baixo, os quaes attingindo as proximidades das orlas superior e inferior se curvam para trás; os ramos superiores emittem outros para cima e para a frente e os inferi- ores para cima e para trás, rectos, e como todos estão situados em distancias eguaes e teem direcção parallela entre si, segue-se que nas visinhanças da linha lateral, parte dita, forma-se uma recticulação que faz lembrar o contorno das escamas dos ganoides, ao passo que os inferiores e superiores lembram a disposição das escamas do genero Callichthys ou dos fosseis; em os dois lados de cada ramo ha pequenos tubos onde se abrem póros mucosos. 1) Hypophthalmus, (Gr.) Hypo, em baixo; ophthalmus, olhos. 2) Edentatus (Lat.) — desdentado. 408 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL Os barbilhöes säo fimbriados e variam de comprimento, sendo que, no exemplar que serviu á presente descripgäo, os maxillares attingem a base das peitoraes, os mentaes a base das peitoraes e os post-mentaes a orla opercular. A’s vezes a extensäo € maior. Comprimento 42 cent. o maior registrado, 1/2 metro. E’ este um dos peixes mais curiosos da fauna brasiliense e o es- tudo do seu desenvolvimento merece a attenção dos que se occupam com os problemas da phylogenia dos animaes. Com effeito, os seus caracteres, tanto externos como internos, säo muito aberrantes e pro- mettem favorecer grandemente as pesquizas de sua evolucäo. Habitat: Amazonas e tributarios, Rio Paraná. BIBLIOGRAPHIA BIBLIOGRAPHIA Ancistrus brevipinnis, Regan — Xenocara brevipinnis, Regan, Trans. Zool. Soc. Ancistrus damasceni Ancistrus cirrhosus, London, XVII, 3º parte—252 e 257—1904; o mesmo, Annals & Mag. Nat. Hist. XVII (7º Ser.) — 97 — 1906; Xenocara brevipinnis, Steind. Sitzungsber. Akad. Wien CXVI — Bd. 488— 1907. (Steind.) = Aenocara damasceni, Steind. Akad. Anzeigen, XVII, 292 — 1907. Cuv. & Val. = Hypostomus cirrhosus e H. temminckii, Cuv. & Val. — XV, 378 e 3801840; Val. em D'Orbigny: Voyage dans |" Am. Merid. Poiss. IX, est. VII, ig. 3 — 1847; Ancistrus cirrhosus, A. dolichopterus, Kner, Denkschrift, Akad. Wien, VII, 272 e 274, est. III, fig. 1— 1854; "Ancistrns temminckü Bleeker, Silur. Surin. 11, est. 1, fig. 3e est. 2, fig. 2 — 1864; Chaetostomus hoplogenys, C. lencostictus, C. cirrhosus, e C. dolichopterus Günther, Cat. V. 247 a 249 — 1864; Chaetosto- mus alga, C. malacops, C. variolosus, Cope, Pr. Acad. Philad. 287 e 288, est. XV, figs. 2 e3— 1871; Ancistrus cirrhosus, A. hoplogenys, A. leucostictus, e A. temminckii Eigenmann y Eigenmann, Pr. Calif. Acad. Sci. 2°. 2º Ser. 47 e 48—1890; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci. —l. 445, 446 e 448 — 1890; os mesmos, Pr. U.S. Nat. Mus., XIV, 43, 1891; Chaetostomus cirrhosus, C. leucostictus, Boul. Trans. Zool. — Soc. London, XIV, 31—1806, Chaetostuma cirrohosum e C. hoplogenys Berg. An. Mus. B. Aires, V, 275 e 277 — 1897. Xenocara dolichoptera, X. temminckü, X. hoplo- genys, X. cirrhosa, Regan, Trans. Zool Soc. London XVII, 3º parte, 252 — 254 e 256 — 1904. 412 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL Ancistrus stigmaticus, Figenm. y Eigenm. — Ancistrus stigmaticus, Eigenm. y Ei- genm., Proc. Calif. Acad. Sci.—2!, 2! Ser. 48 — 1890; os mesmos, Occas. Papers. Calif. Acad. Sci. I, 445 e 446— 1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus, XIV, 43 — 1891; Xenocara stigmatica, Regan, Trans. Zool. Soc. London, XVII, 3% parte —253 e 259 —1904; A. de Miranda Ribei- ro, Lavoura, anno XII, n. 5— 186 — março de 1907. Hemipsilichthys gobio (Lutks.)— Xenomystus(preoccupado) gobio, Lutken, Ichthyogra- phiske Bidrag — Videnskabelige Meddelelser i Kjöbenhavn— 217, est. IV—1874; Hemipsilichthys gobio, Eigenm.y Eigenm. Pr. Calif. Acad. Sci. — 2°, 2° Ser. 46—1890; Occas. Papers Calif. Acad. Sci., 438 — 1890; os mesmos, Plecostomus hey- landii, Boulenger, Annals y Mag. Nat. History, 7? ser. V, 165 —1900. Hemipsilichthys gobio, Regan, Trans. Zool. Soc. London, 221 —1904 Hemipsilichthys cameroni, Steind.—Hemipsilichthys cameroni, Steindachner, Ue- ber einige Fischarten aus dem Flusse Cubatäo, im Staate Sta. Catharina bei Theresopolis (Brasilien) pag. 1, est. 1, fig. 1, est. II, — Sitzungsber. Akad. Wien — Bd. CXVI — 1907. Hemipsilichthys duseni, Mr. Rib.— Hemipsilichthys duseni, Alípio de Miranda Ri- beiro, Peixes do Iporanga, Lavoura, anno XI, n. 5 —187— 1907; o mesmo, On Fishes from the Iporanga, Arkiv för Zoology, Bd. IV, N: 19—Junho 1908; o mesmo, Kosmos, n. 1—1908. Neoplecostomus granosus (Cuv. |& Val) — Aypostomus granosus, Cuvier & Valen- ciennes, Hist. Nat. Poiss. XV, 371—1840, Plecostomus gra- nosus, Günther, Cat. V, 237—1864; Plecostomus microps, Steindachner, Süsswasserfische. Brasilien (III), 130, est. XII —LXXIV Bde. Sitzungsber. Akad. Wien — 1876; Neo- plecostomus granosus e N. microps, Eigenm. & Eigenm. Pr. Calif. Acad. Sci — 2º 2º Ser. 42 — 1890; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci. I, 395, 1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 40, 1891; Ncoplecostomus granosos, Re- gan, Trans. Zool. Soc. London, XVII — 3º parte, 306 — 1904. Plecostomus emarginatus (Cuv. & Val.)— Hypostomus emarginatus, Cuv. & Val. Hist. Nat. Poiss. XV, 369—1840 — Hypostomus squalinus, Schomb. Fishes Brit. Guiana, III, 142, est. 2— 1841; Aypos. tomus horridus e H. emarginatus, Kner, Denkschrift Akad. Wien, VII, 259 e 260 — est. 1, figs. 1 e 2— 1854; Plecos- tomus emarginatus e P. horridus. Günther, Cat. V, 232 e 233 A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE PEIXES 413 — 1864; Plecostomus scopularios e P. biseriatus, Cope. Pr. Acda. Philad. pgs. 55 e 285, est. 16, figs. 1 e 2— 2871: Plecostomus virescens, o mesmo, op. cit. 137 — 1874; Plecos- tomus horridus, Peters. Monatsber. Akad. Berl., 471 — 1877; Plecostomus villarsi, Lutken, Overs. Dan. Selsk, 211 — 1874; Plecostomus virescens, Cope, Pr. Am. Philos. Soc. XVII, 681 — 1878; Plecostomus tenuicauda e P, villarsi, Steindachner, Denkschrift Akad. Wien, XXXIX, pgs. 40 e 42, ests. VI e VII; Plecostomus tenuicauda Steindachner, Denkschrift Akad. Wien XLII, 63— 1888; Plecostomus annae, o mesmo , Denkschrift, XLIII, 112 —est. III fig. 2 —1881; Plecostomus emarginatus, P. biseriatus, P. villarst, P. vi. recens, e P. annae Kigenm. y Eigenm. Pr. Calif. Acad. Sci., 2. Ser. 1°, 167, 1889; os mesmos, : Occas. Papers Calif. Acad. Sci., —I, 397, 398, 401, 408 e 409 —1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 40 e 41—1891; Plecos. tomus emarginatus, Regan, Trans. Zool. Soc. London, XVII, parte 3°, 204 e 210 — 1904; ?. tenuicauda Regan, Annals & Mag. Nat. Hist. Ser. 7º, — vol. XVII, pag. 94 — 1906. Plecostomus wertheimert, Steind. — Plecostomus wertheimeri, Steindachner, Sit- zungsber. Akad. Wien (Ueber eine Plecostomus-Art aus Brasilien) LV Bd. 701 — est. I—1867; Pseudancistrus wer- theimeri, Kigenm y Eigenm., Pr. Calif. Acad. Sci—2°, 2? ser., 45—1890; os mesmos, Occas. Papers. Calif. Acad. Sci. I, 435, 436—1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 42—1891; Plecostomus wertheimeri. Regan. Trans. Zool. Soc. London, XVII, 3: parte, 205 e 218—1904. Plecostomus vaillanti, Steind = Plecostomus vaillanti, Steindachner, Süsswasser- fische Sudöstliche Brasiliens (IV), 9 — Sitzungsber. Akad. Wien LXXVI—1877; Eigenm. y Eigenm. Pr. Calif., Acad. Sci—2* ser. 1º, 169—1888; 0s mesmos, Occas. Papers. Calif. Acad. Sci. I, 398 e 407—1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. 41—1891; Regan, Trans. Zool. Soc. London, XVII, 204 e 210 — 1904. Plecostomus wuchereri, Gunther — Plecostomus wuchererie P. brevicauda, Gunther, Cat. V, 235 — 1864; Pl. Lima, Lutken, Overs. Selskaab, n. 3—70 — 1873; o mesmo, Vidensk, Selsk. Skr, 5 Raekke, A. 12, Bd. II, 140 — 1875; Steind. Sussewasser- fiche Sudöstlichen Bras. 121, Sitzungsber, Akad. Wien. LXXIV — 1876; Pl. lutkent, o mesmo Sitzungsber, LX; VI, 217 — 1877; Pl. vermicularis, Pl. lutkeni, Pl. wuche- reri Eigenmann y Eigenmann, Pr. Calif. Acad. Nat, Sci. 414 ARCHIYOS DO MUSEU NACIONAL 2º, Ser. I, 170 e 171 — 1898; os mesmos, Occas. Papers. etc. I, 399, 400, 411 e 413 — 1891; os mesmos, Pr. U.S. Nat. Mus. XIV, 41 — 1891; Plecostomus vermicularis, Boul. Trans. Zool. Soc: London, XIV, 2º parte 30 — 1896; Ple- costomus wuchereri e Pl. luetkeni, Regan, Trans. Zool. Soc. London, XVII, 205, 216 e 217— est. X, fig. 2— 1904. Plecostomus obitusirostris, Steindachner, Sitzungsber, Akad. Wien. CXVI, 4901907. Plecostomus agna, Mir. Rib. = Plecostomus agna, Alipio de Miranda Ribeiro, Peixes do Iporanga) — Lavoura, anno XI, n. 5 — Maio de P g 1907. Plecostomus tietensis, Rud. Ihering e P. metensis, Rud. Ihering e Tate Regan, Ann. & Mag. Nat, History, Ser. 7-XV de 1905, 569. Plecostomos verres (Cuv. & Val.) = Hypostomus plecostomus e P. verres Cuv. y Val. XV, 361 e 365 — 1840; Plecostomus bicirrhosus, Gun- ther (parte) Cat. V. 231 — 1864; Plecostomus carinatus, Steind, Denkschrift Akad, Wien, XLIII, 108, est. IV, fig. 2 — 1881; Plecostomus carinatus. Eigenm. y Eigenm., Occas. Papers Calif. Acad. Sci. I, 398 e 416 — 1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 40 — 1891 Plecostomus verres e Pl. carinatus, Regan. Trans. Zool. Soc. London, XVII, 204-209 — 1904. Plecostomus plecostomus (L.) — Loricaria plecostomus, Linnaeus, Syst. Naturae, 508 — 1766; Bl. Ichthyol. VIII, 374; Bl. & Schn. 124 — 1801; Hypostomus guacary, Lacép., V, 145 — 1803; Loricaria flava, Shaw, Zool., V, 38 — est. CI— 1805; Zypostomus plecostomus, Schomburgk, Fishes Guiana, I, 139 — 1841; Kner, Denks- chrift. Akad. Wien. VII, 263—1853; Plecostomus bicirrhosus, Gronow, Cat. 158— 1854; Aypostomus robini, Gill, Ann, Lyc. N. York, VII, 46— 1858; Plecostomus brasiliensis, Bleeker, Sil. Surin. 7 Nat Verh. Holl. Maats. XX — 1864; Plecostomus bicirrhosus, Günther, Cat. V, 231 — 1864; Kner & Steindachner, Abhandl. Bayer. Akad. X, 60 — 1865; Hensel, Wiegmns, Archif für Naturg.. 75 — 1870; Steind. Flussfissche Südamerica II — 109. Denkschrift Akad. Wien. XLIII, 1881; Plecostomus flavus, Eigenm. y Eigenm, Bull. Soc. Philomatique, Setima serie, IV, 155 — 1880; P/ecos- tomus plecostomus e P. seminudus, Eigenmann y Eigenmann, Pr: Calif; Acad. Seis, 280 Send 1687 e 2169 1889; M0S mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci. —I, 398, 408 e 409 — 1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 40 e 41 — 1891; Plecostomus boulengeri, Eignm, & Knnedy. Pr. Acad. A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 415 Philad. 502 — 1903; Pecostomus guacary, Regan, Trans. Zoolog. Soc. London, VXI, 203 e 205 — 1904; Eigenm, & Ward, Annals Carnegie Museum, IV, n° I, 122— 1907. Plecostomus macrops, Eigenm. & Kigenm.— Plecostomus macrops, Eigenmann & Eigenmann, Pr.Calif. Acad. Sci.—2? Ser. I. 170— 1889; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci. —I, 399 e 410 — 1890; Pl. pantherinus Boul. Ann. & Mag. Nat. Hist, vol. 10, n. 55, pag. 9, — 1892; Plecostomus terres- tris, Boul. Pr. Zool. Soc. London, 525 — 1895; o mesmo, Trans. Zool. Soc, Lond. XIV, 2? parte, 30,est. V — 1896; Plecostomus latirostris, Pl. terrestris e Pl. macrops, Re- gan. Trans. Zool. Soc. London, 3* parte, 204, 213 e 214 — est. XI, fig. 1, — 1904. Plecostomus garmani, Regan — Plecostomus lima e Pl. lima atropinnis, Ei- Plecostomus unae, genm. y Eigenm. Ocas. Papers Calif. Acad. Sci — 399, 409 e 410 — 1890; Plecostomus lima, os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 41— 1891; Plecostomus garmani, Re- gan. Trans. Zool. Soc. London, XVII, 3* parte, 205 e 214, est. X, fig. 1 — 1904. Ann. & Mag. Nat. Hist., Ser. 7%, vol. XVII, 95 - - 1906. Plecostomus paulinus, Pl. her- manni. Rhud. Ihering & Regan. Ann. & Mag. Nat. Hist. Ser. 12, XV, 560 — 1905. Steid. — Plecostomus robinii, Gunther, Cat. V, 236 — 1864; Steindachner, Susswasserfische Sudostlichen Brasilien, III, 118, Sitzungsber. Akad, Wien, LXXIV, — 1876; Plecosto- unae, Steindachner, Sitzungsber Akad. Wien (Ichthyol, Beitr. VI), 383 — 1878; Plecostomus robini, Figenm. y Ei- genm. Pr. Calif. Acad. Sci. 2º Ser. I, 170 — 1889%e Occas. Papers Calif. Acad. Sci. — I, 400 e 412 — (nec synonyma) 1890 ; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 41 — 1891; Plecostomus unae, Regan, Trans. Zool. Soc. London, XVIII, 3: parte, pags. 205 e 215 — 1904. Plecostomus commersoni (Cuv & Val.) = Hyppostomus commersoni e H. punc- tatus, Cuv. & Val. XV, 364 e366 — 1840; Valenciennes in d’Orbigny, Vovage dans 1'Amérique Meridionale, IX, Atlas 2,est VII, fig. 2 — 1847; Hypostomus subcarinatus, Casteln. Anim. Nouv. etc., Poiss. 42, est. X, fig. 1— 1855. Plecostomus commersoni e P. punctatus, Gunther, Cat. V, 232 — 1864; Plecostomus spiniger, Hensel, Wieg- “man's Archif für Naturgeschichte, 1, 73 — 1870 ; Plecosto- mus affinis, Steindachner, Sitzungsber. Akad. Wien., LXIV, 685 —1876. P. limosus, P. commersoni, P. commer- 416 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONL soni afınis e P. c. scabriceps, Eigenmann y Eigenmann, Pr. Calif. Acad. Sci.— 2% Ser. I, 167 e 168 —1899 ; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci. — I, 398 e 405 — 1890 ; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. vol. XIV, 40 — 1891; Plecostomus aspilogaster, Cope, Pr. Am. Philos Soc. XXXII, pg. 100, fig. 14—1894; Pl. commersont, Pl. ce. afınis, Berg. Peces de Agua Dulce, An. Mus. B. Aires — — Tomo IV, II Ser: vol. ’II—- 139, 141 — 1895. Plecosto- mus commesoni e P. puntactus, Regan. Trans. Zool Soc. London XVII, 3º parte. 204 e 206 — 1904; A. de Miranda Ribeiro, Lavoura, anno XI, n. 5, 188 — 1907. Plecostomus alatus (Cast.) — Hypostomus alatus, Castelnau, Anim. Nouv. etc., pag. 41, est. XX, fig. 1 — 1855; Plecostomus alatus, Gün- ther, Cat. V, 234= 1864; Pl. Froncisct, Lutk, Overs: Dansk, Selsk, n. 3, pag. 39 — 1873; P. francisci, Pl. ala- Zus Lutken, Velhas Flodens, Fiske, Videnskab. Selsk. Skr. 5 Raekke — 143, 144, II e III — 1875; Engenm. y En- genm. Occas. Papers. Calif. Acad. Sci.—I, 399 e 410 — 1890; os mesmos, Pr. U. S, Nat. Mus. XIV, 41 — 1891; Plecostomus alatus Regan, Trans. Zool. Soc. London XVII, parte 3º — 204 e 211 — 1904; Plecostomus regani, Rud. Ihering & Regan, Annals & Mag. Nat. Hist. 7º Ser. Juny — 1905. Plecostomus auroguttatus (Rner) = Hypostomus auroguttatus, Kner, Denkschrift Akad. Wien VII, 269 —est. II, fig. 3— 1854; 4. aspera- Zus Castellnau, Anim. Nouv. etc. 41, est. XX, fig. 2— 1855; Plecostomus auroguttatus, Gunther, Cat. V, 234 — 1864; Plecostomus jonhii, Steid. Sitzungsber Akad. Wien LXXIV parte 1,691 — 1876; Pl. auroguttatus, Steindachner, Denkschrift Akad. Wien XLIV — 6 — 1881; Plocostomus auroguttatus, Pl. jonhü, Eigenm. y Eigenm., Occas. Pa- pers Calif. Akad. Sci. —I, 399, 400, 410 e 413 — 1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus, XIV, 41 — 1891; PU. auroguttatus, Regan, Trans. Zool. Socc. London, 205 e 217 — 1904; Pl. johni, Eigenm & Ward, Ann. Carnegie Museum. IV, n. II, 122 — 1907. Hemiancistrus scaphirhynchus (Kner) — Ancistrus scaphirhynchus Kner, Den- kschrift, Akad. Wien, VII, 280, est. III, fig. 2 — 1854; Chaetostomus scaphirhynchus, Günther, V, 244 — 1864; Hemiancistrus scaphirhynchus, Eigenm. y Eigenm. Pr. Calif. Akad. Sci. 2º Ser. 2º, 43 — 1890; os mesmos, Occas. Papers. Calif. Acad. Sci. I, 419— 1890; os mesmos, Pr. A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 417 U. S. Nat. Mus. XIV, 41 — 1891; Kindle, Ann. Acad. N. York. VIII, 254 — 1895; Regan, Trans. Zool. Soc. Lon- don, XVII, 3% pte, 223 e 231 — 1904. Hemiancistrus pictus (Kner) — Ancistrus pictus e A. brachyurus, Kner, Die Hy- postomiden, etc. Denkschrift Akad. Wien, VII, 277 e 279— est. IV, figs. 1e 2—1854; Chaetostomus pictuse C. brachyu- rus, Günther Cat. V, 242— 1864; Hemiancistrus pictus e A. brachyurus. Eigenm. & Eigenm., Pr. Calif. Acad. Sci. 2, 2° Ser. 43-1890; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci. I. 418—1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. 41—1891; Kindle Ann. N. York. Acad. Sci. VIII, 254—1895; Ancis- trus brachyurus, Regan, Trans. Zool. Soc. London., 3º pte., 223 e 231 — 1904. Hemiancistrus vittatus (Steind.)—Chaetostomus vittatus, Steindachner, Denks- chrift Akad. Wien (Beitr. z. Kenntniss Flussfische Suda- merika's) XLIII, 115— 1882; Hemiancistrus vittatus, Eigenm. & Eigenm., Pr. Calif. Acad. Sci, 2°, 2? Ser. 44— 1890; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci. I, 421— 1899; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 41— 1891; Kindle, Ann. Acad. N. York. VIII, 254 — 1895; Ancis- trus vittatus Regan, Trans. Zool. Soc. London, XVII, 223 e 232 — 1904. Hemiancistrus oligospilus (Günther) = Chaetostomus oligospilus, Günther Cat. V, 244 — 1864; Hemiancistrus, oligospilus. Eigenmann & Eigenmann, Pr. Calif. Acad. Sci.—2°, 2? Ser., 43—1890; os mesmos, Ocas. Papers Calif. Acad. Sci. I, 420—1890 ; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 41—1891. Kindle, Ann. Acad. N. York. VIII, 253—1894; Ancistrus oligospilus, Re- gan, Trans. Zool. Soc. London, XVII, 3? pte.—223 e 232, est. 3?—1904. Hemiancistrus bachi (Boul.) — Chaetostomus bachi, Boulenger, Trans. Zool. Soc. Lond. XIV, 7º parte, 425, est. XLI, fig. 1—1898; Ancis- trus bacht, Regan, op. cit. XVII, 3? pte., 323 e233—1904. Hemiancistrusniveatus (Casteln.)— Hypostomus niveatus, Castelnau, Anim. Nouv. etc. 43, est. XXI, fig. 3—1855; Chaetostomus niveatus, Günther, Cat., 243—1864; Hemiancistrus longipinnis, Kin- dle, Annals. Acad. N. Y. VII, 255—1895; Ancistrus ni- veatus, Regan, Trans. Zool. Soc. London, XVII, 3 pte., 224 e 235—1904. Parancistrus aurantiacus (Casteln.)—Hypostomus aurantiacus, H. nigricans, H. vicinus, Castelnau, Anim. Nouv. ou Rares etc., pags. 43 a 45—est. XX, fig, 2, est. XXII, fig. 1 e est. 6478 5 418 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL XXXII, fig. 1—1855; Parancistrus aurantiacus, Bleeker, Nederl. Tijdschrift Dierkunde 1, 79—1863; Chaetostomus aurantiacus e C. negricans, Günther, Cat. V, 246—1864 ; Parancistrus aurantiacus e P. Negricans, Eigenm & Eigenm. Pr. Calif. Acad. Sci.— 2°, 2? Ser. 44—1890 ; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci—I, 423 e 424—1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 42—1891. Ancistrus aurantiacus, Regan, Trans. Zool. Soc. London, XVII, 3? pte. 224 e 236 —1904. Parancistrus punctatissimus, (Steind.) = Chaetostomus punctatissimus, Steindachner, Denkschrift Akad. Wien (Beitr. Z. Kenntniss des Flussfische Südam.) XLIII Bd — 1191882; Parancis- trus punctatissimus, Eigenm. & Eigenm., Pr. Calif. Acad. Sci. 2º, 2º Ser. 441890; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci.,I, 4231890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 421891; Regan. Trans. Zool. Soc. London, XVII, 224 e 2361904. Panaque cochliodon (Kner) — Hypostomus cochliodon, Kner, Denkschrift. Akad. Wien, VII, 265, est. II, fig. 1—1854, Plecostomus cochlio- don, Günther, Cat. V, 238—1864; Cochliodon cochliodon, Eigenm. & Eigenm., Proc. Calif. Acad. Sci. — 2°, 2º ser. 44—1890 e Occas. Papers. Calif. Acad. Sci. I, 425—1890; Plecostomus cochliodon Boul. Ann.& Mag. Nat. Hist., vol. 10, n. 55, pag. 10—1892; o mesmo, Trans. Zool. Soc. London, XIV. 2: pte. 30—1896; Berg. An. Mus. B. Ai- res, V, 273—1897; Eigenm & Eigenm., Pr. U. St. Nat. Mus. XIV, 42—1891; Panaque cochliodon, Regan, Trans. Zool. Soc. London 242—1904. Panaque nigrolineatus (Peters)— Chetostomus nigrolineatus, Peters, Monatsbe- richt Akad. Berl. 471—1877; Steindachner, Flussfische Süd- amerikas III, 7 — Denkschrift Akad. Wien XLIV—1881; Panaque nigrolineatus, Eigenm. & Eigenm., Pr. Calif. Acad. Sci. II, 2º ser. 44—1890; os mesmos, Occas. Pa- pers, etc. I, 425 e 426—1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 421891; Regan, Trans. Zool. Soc. London, XVII, 3º pte. 242-244—1904. Pseudacanthicus spinosus (Casteln.)— Hypostomus spinosus, Castelnau, Anim. Nouv. ou Rares etc. 45, est. XXII. fig. 3—1855; Chaetos- tomus spinosus, Günther, Cat. V, 241—1864; Hemiancis- trus spinosus, Eigenm. & Egenm., Pr. Calif. Acad. Sci. II, 43—1890 ; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci. —I, 418—1890; os mesmos, Pr. U.S. Nat. Mus. VIV, A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 419 41—1891 ; Pseudacanthicus spinosus, Regan, Trans. Zool. Soc. London, XVII, 260—1904, Pseudacanthicus hystrix (Cuv. & Val.)— Est. 39, Desenhos de Peixes etc. Alexandre Rodrigues Ferreira, etc. 1783—93 ; Rhinelepis hystrix, Cuv. & Val. XV, 359-1840; Chaetostomus hystrix, Capello, Jornal de Sciencias etc. de Lisboa, 2°, 64, est. VII, 1870; Hemiancistrus hystrix, Eigenm & Eigenm. Pr. Calif. Acad. Sci. 22,2º 43—1890; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci. I, 418—1890 ; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 41-1891; Pseudacanthicus hystrix, Regan, Trans. Zool. Soc. London, XVII, 3? pte. 260-261— 1904. Delturus angulicauda (Steind.) — Plecostomus angulicauda, Steindachner, Suss- wassfische Südöstliche Brasilien (III)114, est. XII—Sitzun- gsber. Akad. Wien, LXXIV — Bd. 1876 ; Delturus angu- licauda, Figenm & Eigenm. Pr. Calif. Acad. Sci. 2º Ser, 2°, 45—1890 ; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci. 437 e 438—1890 ; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 42—1891 ; Ancistrus angulicauda, Regan, Trans. Zool. Soc. London, XVII, 3º pte.—225 e 241—1904. Delturus Parahybae, Eigenm. & Eigenm.=— Delturus Parahybae, Figenmann & Eigenmann, Pr. Calif. Acad. Sci. 2°, 2° ser. 45—1890 ; os mesmos, Occas. Papers. Calif. Acad. Sci. I, 437-438—1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus, vol. XIV. 42- 1891. Ay- cistrus parahybae, Regan, Trans. Zool. Soc. London XVII, 225 e 241—1904. Pierygoplichthys aculeatus (Perugia)= Chaetostomus aculeatus, Perugia, Pesci Sud-Americani, Annalidel Museu Civico de Storia Naturale de Genova, Ser. 2°, Vol. X (XXX).— 1890-1892; Chaetosto- mus gigas, Boulenger. Pr. Zool. Soc. London, 526- 1895 e Trans. Zool. Soc. London XIV, 30 est. VI—1896; Ancis- trus gigas, Regan, Trans. Zool. Soc. London, XVII 32, parte, pgs. 223 e 240—1904. Pterygoplichthys etentaculatus (Spix) Hypostoma etentaculatum, Spix; Gen. & Spec. Prsc Bras. 7,est. IV, fig. 182 — 1829; Hypostomus duodecimalis, Cuv. & Val. XV, 367, est. 454 — 1840; An- cistrus longimanus, Kner, Denkschrift Akad. Wien, VII, 283—1854; Prerygoplichthys duodecimalis, Günther, Cat. V, 251—1864; P. etentaculatus Eigenm. & Eigenm. Pr. Calif. Acad. Sci. 2°, 2? Ser. 44—1890 ; os mesmos, Occas. Papers. Calif. Acad. Sci. I, 428—1890 ; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 42—1891; Ancistrus etentaculatus, Re- gan, Trans. Zool, Soc. London. VXII, 223 e 226—1904. 420 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL Pterygoplichthys multiradiatus (Hancock) — Hypostomus multiradiatus (Hancock, Zool., Journ. IV, 246—1828 ; Hypostomus pardalis Casteln. Anim. Nouv. etc., 42, est- XX, fig. 3—1855; Liposarcus multiradiatus e L. pardalis, Günther, Cat., V., 238 e 239 — 1864: Liposarcus varius, Cope, Pr. Acad. Philad., 284— 1871; o mesmo, Liposarcus jeanesianus, 135 op. cit.—1874; Plecostomus pardalis, Peters, Monatsber. Akad. Berl. 471-1877 ; Steind. Denkschrift Akad. Wien XLIII, 112-1181; o mesmo, op. cit. 6, XLVI Bd. 1882; Pferygoplichthys pardalis P. jeanesianus e P. multiradiatus Eigenm. & Ei- genm. Pr. Calif. Acad. Sci. 2º, 2º Ser. 45 e 461890; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci. 1,428, 431 e 433—1890 ; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus., vol. XIV, 42 — 1891; Péerygoplichthys pardalis, Berg. An. Mus. B. Ai- res. Tomo IV, (ser. II, t. I) 1421895; Ancistrus multira- diatus, Regan, Pro. Zool. Soc. London, XVII, 223 e 228—1904. Pterygoplichthys punctatus, Günther. = Ancıstrus duodecimalis. Kner, Den- kschr. Akad. Wien, VII, 281—1854 (nec synonyma) Pte- rygoplichthys punctatus, Günther, Cat. V, 251—1864 ; Chae- tostomus punctatus, Steind, Beitr. z. Kenntnis der Flus- sfische Sudamerika’s, Denkschrift Akad. Wien, 43 Bd. 113—1882; Péerygoplichthys punctatus,, Eigenm Eigenm. Pr. Calif. Acad. Sci., 2°, 2º Ser. 45—1890; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci. I, 428 e 4311890: os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 42-1891 ; Aneistrus punctatus, Regan, Trans. Zool. Soc. Lond. XVII — 3º pte. 223 e 229 — 1904. Pterygoplichthys gibbiceps (Kner) — Ancistrus gibbiceps, Kner, Denkschrift Akad. Wien, VII, 284—est. V, fig. 2 — 1854; Liposarcus altipinnis e Pterygoplichthys gibbieceps, Günther, Cat. V, 239 e 252 — 1864; Liposarcus scrophus, Cop. Pr. Acad. Philad., 136—1874; Chaetostomus gibbiceps, Steind—1.Denkschr. Akad. Wien, XLIII — 114 est. IV, fig. 1—1881; Pterygoplichthys gibbiceps, Eigenm & Eigenm. Pr. Calif. Acad. Sci. 2°, 2% ser. 44 — 1890; os mesmos, Occas, Papers Calif. Acad. Sci. I, 428 e 429 —1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 42—1891; Ancistrus gibbiceps, Regan, Trans. Zool. Soc. London, XVII, 3? pte. 223-227 — 1904. Pterygoplichthys litturatus (Kuer)— Ancistrus litturatus, Kner, Denkschrift Akad. Wien, VII, 285 est. V, fig. 3—1854; Prerygopli- chthys litturatus Günther, Cat.—252-1864; Chaetostomus littu- A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 421 ratus Steind. Denkschrift Akad. Wien, XLIII, 115 — 1881; Pterygoplichthys litturatus, Eigenm. & Eigenm. Pr. Calif. Acad. Sci. 2°, 2º Ser. 45—1890; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci. I, 428 e 433 —1890 ; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus., 42-1891 ; Regan, Trans. Zool. Soc. London, XVII, 3° parte, 223 e 227—1904, Kronichthys subteres, Mir. Rib.—Xronichthys subteres, Alipio de Miranda Ribeiro, Kosmos, n. 2—Fev. 1908. Acanthicus hysthrix. Spis—Acanthicus hysthrix. Spix et. Agassix, Gen. & Sp. Pisc. Bras., 3, est. 1—1829 ; Rhinelepis acanthicus, Cuv. & Val. XV, 360—1840; Schomburgk, Fish British Guiana, I, 131, est. 1—1841; Günther, Cat. V,253—1864 ; o mesmo, Pr. Zool. Soc. Lond. 233—1868 ; Eigenmann & Eigenmann, Pr. Acad. Nat. Sci. Philad. 2º, 2º ser. 46—1889; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci. I, 440—1890 ; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 42—1891; Tate Regan, Trans. Zool. Soc. London, XVII, 3º parte, 262—1904. Rhinelepis parahibae, Steind = Rhinelepis parahibae, Steindachner, Die Susswas- serfische des Sudöstlichen Brasilien (IV) pag. 2, est. II, Sit- zungsber. Akad. Wien, LXXVI Bande—1877 ; Eigenm. & Eigenm. Pr. Calif. Acad. Sci. 2°, 2º ser, pag. 42—1890; os mesmos, Occas. Papers. Calif. Acad. Sci—l, pag. 414—1891; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus., XIV, 41—1891 ; Plecos- tomus Parahibae, Regan, Trans. Zool. Soc. London, XVII, 3º pte., 205 e 219—1903 ; Rhinelepis parahibae, Mir. Rib° — Vertebrados do Itatiaya—Archivos do Museu Nacional do do Rio de Janeiro, vol. XIII, pag. 177—1906. Rhinelepis rudolphi. Mir. Rib’ = Plecostomus (Rhinelepis) microps, Rudolph Ihering, Notas Preliminares, 25—1907. Rhinelepis aspera, Spix — Rhinelepis aspera. Spix. & Agassiz, Pisc. Bras. 4, est. 2 —1829 ; À. strigosa, R. aspera, Cuv. & Val. XV, 354—1840 ; Günther, Cat. V, 253- -1864 ; Higenm. & Eigenm., Pr. Calif. Acad. Sci. 2°, 2? ser., 42—1890; os mesmos, Occas. Papers. Calif. Acad. Sci.—I, 415 e 417—1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 41—1891 ; Berg. An. Mus. B. Aires, V. 275—1897. Regan, Trans. Zool. Soc. London, XVI, 205 e 220—1904. Rhinelepis genibarbis, Cuv. & Val— Rhinelepis genibarbis, Cuv. & Valenciennes, Hist. Nat., XV, 357, est. 453—1840 ; Acanthicus genibarbis, Günther Cat. V. 253—1864 ; Rhinelepis agassizi, Steinda- chner, Die Susswasserfische Südostlichen Brasilien (IV),pag.12, — LXXVI Bd. Sitzungsber, Akad. Wien—1877 ; o mesmo, Flussfische Südam. IV, 7 Denkschrift. Akad. Wien, XLVI 422 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL 1882; Rhinelepis agassizi, Acanthicus genibarbis, Eigenm. & Eigenm. Pr. Calif. Acad. 2º ser., 2°—42 e 46—1890; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci—l, 415, 416 e 441 1800 Mosemesmos Pr UM S Nat Ms, cl Vi.) Alge42— 1891 ; Plecostomus pellegrinni, P. gennibarbis Regan, Trans. Zool. Soc. London, XVII. 205 e 219—1904. Parotocinclus maculicauda (Steind.) = Otocinclus maculicauda, Steindachner, Sitzungsber. Akad. Wien, LXXVI Bd. — Süsswasserfische Sudostlichen Brasilien (IV), pag. 6, est. 1, fig. 2 — 1877; Parotocinclus maculicauda, Eigenm. & Eigenm. Pr. Calif. Acad. Sci. 5°, 2º ser. 41— 1890 ; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci—l, pag. 392—1890; os mesmos, Pr. U.S. Nat. Mus. XIV, pag. 40—1891 ; Otocinclus notatus, Regan, Trans. Zool. Soc. London, XVII, 266 e 268—1904. Microlepidogaster nigricauda, Boul. — Otocinclus nigricauda, Boulenger, Pr. Zool. Soc. London, 234, est. XXV, fig. 3—1891 ; Zisonotus le- vior e H. leptochilus, Cope, Pr. Am. Philos. Soc. XXIII, 95, est. VII. fig. 12—1894 ; Otocinclus nigricauda, Regan, Trans. Zool. Soc. London, XVII, 266 e 268—1904. Microlepidogaster perforatus, Eigenm. & Eigenm. — Microlepidogaster perforatus, Eigenm. & Eigenman, Pr. Calif. Acad. Sci. 2º Ser. 2°, 42— 1890; os mesmos, Occas. Papers. Calif. Acad. Sci. 1—394 1890 ; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 40—1891 ; Otocinclus microlepidogaster, Regan, Trans. Zool. Socc. London, XVII, 3º pte.—266-269—1904. Microlepidogaster tientensis (Eigenm & Rud. Ihering) — Ofocinclus (Microlepido- gaster) tientensis, Rudolph Ihering. Notas preliminares do Museu Paulista. Fasc. I, 27—1907 ; Macrolepidogaster (?) lophophanes (Eigenm. & Eigenm), — Rhinelepis lophophanes, Eigenmann & Eigenmann, Pr. Calif. Acad. Sci. 2? — 28 ser., 42 — 1890 ; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci. —I, 414 e 416—1890 ; Otocinclus lophophanes, Regan. Trans. Zool. Soc. London, VII, 3% parte, 266 e 269—1904. Otocinclus affinis Steind. — Otocinclus affinis, Steindachner, Die Süsswasserfische Sudöstlichen Brasilien (IV)—7—est 1—fig. 1 e 1 a, Sit- zungsber. Akad. Wied, LXXVIBd.—1877; Eigenm., & Ei- genm. Pr. Calif. Acad. Sci. 5? Ser. 2°-41 — 1890 ; os mesmos Occas. Papers Calif. Acad. Sci., I, 392 — 1890 ; os mesmos, Pr. U, S. Nat. Mus. vol. XIV, 40 — 1891; Regan, Trans. Zool. Soc. London XVII, 266 e 267 — 1904. Otocinclus vitatus, Regan=Ottocinclus affinis, Boulenger, Trans. Zool. Soc. Lon- don, XIV, 32—1896. Otocinclus vittatus, Regan, Trans. Zool. A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 423 Soc. London, XVII—3? pte, 266 e 267, est. XV., fig. 3— 1904; Eigenmann & Ward, Annals Carnegie Museum, IV 121 — 1907. Otocinclus notatus (Eigenm. & Eigenm.) — Hisonotus notatus, Eigenmann & Ei- genmann, Pr. Calif. Acad. Sci.—2! Ser., 2° 42—1890; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci.—I, 391—1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 40—1891 ; Otocinclus notatus, Regan, Trans. Zool. Soc. London, XVII, 3º pte., 266 e 268— 1904. Otocinclus leucofrenatus, Mir. Rib°.—Otocinclus leucofrenatus, Alipio de Miranda Ribeiro, Kosmos, n. 2 — Fevereiro — 1908. Otocinclus flexilis, Cope, — Otocinclus flexilis, O. fimbriatus Cope, Pr. Am. Phi- los. Soc. XXXIII, 97, est. XII, fig. 13 — 1894; Otocinclus flexilis, Regan, Trans. Zool. Soc. London, XVII, 3º pte., 266 e 267— 1904. Otocinclus gibbosus, Mir. Rib”. — Otocinclus gibbosus, Alipio de Miranda Ribeiro, Kosmos n. 21908. Hypoptopoma steindackneri, Boul.—Hypoptopoma thoracatum, Steindachner, Denk- schrift Akad. Wien, XLI, 47, est. VI, fig. 12 b.—1879; Ei- genm. & Eigenm, Pr. Calif, Acad. 2º Ser. 2º, 40—1890 (parte); os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci. I, 339 — 1890 (parte); os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. 40— 1891 (idem); Hypoptopoma steindachneri, Boulenger, Pr. Zool. Soc. Lond. 527 — 1895 ; Regan, Trans. Zool. Soc. Lond. - XVII—263 e 265—1904. Hypoptopoma inexpectatum (Holmb.) = Aristomata inexpectata Holmberg, Rev. Jard. Zool. B. Aires I, 96 e 354—1893; Hypoptopoma guntheri, Boulenger, Pr. Zool. Soc. London, 526—1895; Æypotopoma güntheri, Boulenger, Trans. Zool. Soc. London, XIV, 31, 1896— Hypoptopoma inexpectatum, Berg, Com. Mus. Nat. B. Aires, n. 1 tomo 1—11—1898; Aypoptopoma güntheri Regan Trans. Zool. Soc. London, XVII (3º parte), est. XV, fig. 2—1904. Hipoptopoma joberti (Vail.) = Hypoptopoma bilobatum (preocc.) Steindachner, Denk- schrift Akad. Wien, XLI, pag. 47, est. V, fig. 2—1879 ; Otocinclus joberti, Vaillant Bull. Soc. Philomatique (7) IV, 147—1880 ; Aypoptopoma thoracatum, Kigenmann & Eigen- matin, Pr. Calif. Acad. Sie. 22, 2% Ser., 40\(parte) 1890; os mesmos. Occas. Papers. Calif. Acad. Sci. I, 388 (parte) 1890 e Pr. U. S. Nat. Mus. 40 (parte)—1891 ; Aypoptopoma joberti, Regan, Trans. Zool. Soc. London, XVII, 3º parte — 263 e 265—1904. 424 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL Oxyropsis carinatus (Steind.) — Hypoptopoma carinatus, Steindachner, Denks- chrift Akad. Wien XLI, 48, est. IV, fig. 3—1879; Oxyropsis wrightiana, e Hypoptopoma carinatum, Eigenmann & Eigenm. Pr. Calif. Acad. Sci— 2º Ser. 2°, 39 e 40—1890 ; os mes- mos, Occas. Papers. Calif. Acad. Sci. I, 387, 388 e 390—1890; Hypoptopoma carinatum, Regan, Trans. Zool. Soc. London, XVII, 32 pte. 2637e 2641904. Farlowella gladiola (Günth.)—Acestra gladiolus, Günther, Cat. V, 261—1864; Far- lowella gladiola, Eigenmann & Kigenmann, Pr. Calif. Acad. Sci— 2 Ser. II 33—1890 ; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci—l, 355 e 356—1890 ; os mesmos, Pr. U.S. Nat. Mus. XIV, 38—1891 ; Farlowella gladiolus, Regan, Trans. Zool. Soc. London, XVII, 303-305, est. XX fig. 2 — 1904. Farlowella amazona (Günth.)—Acestra amazonum, Günther Cat. V, 261—1864 ; Farlowella carinata e F. amazona ; Eigenmann & Eigenmann, Pr. Calif. Acad. Sci. 2º Ser. II, pags. 32 e 33—1890; os mesmos, Occas. Papers. Calif. Acad. Sci. I, 356 e 357— 1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 38— 1891; Farlo- wella amazonum, Regan, Trans. Zoll. Soc. London, XVII, 3º pte, pags. 303 e 305—1904. Farlowella oxyrhyncha (Kner)—Est.51, Desenhos de Peixes, etc, Alexandre Rodr. Ferreira-1783-93; Acestra oxyryncha, Kner, Denkschrift. Akad. Wien. VI, 95, est. VIII, fig. 21854; Farlowella oxyrhyncha, Günther, Cat. V., 96—1864; Eigenm. & Eigenmann, Pr.Calif. Acad. Sci., 2º Ser. 2°33 — 1890; os mesmos, Occas. Papers. Calif. Acad. Sci.—356 e 358—1890; os mesmos, Pr. U.S. Nat. Mus., XIV, 38—1891; Regan, Trans. Zool. Soc. London XVII, 3º pte., pags., 303 e 304—1904. Farlowella gladius (Boul)—Acestra gladius Boulenger, On a collection of Fishes from the Rio Juruá — Trans. Zool. Soc. London — XIV, pte. 7°, pag. 425, est. XLI—1898; Farlowella gladius, Regan, A monogragh of the Fishes of the Family Zoricariidæ Trans. Zool. Soc. London, XVII, pte. 3,pags. 302-303—1904. Sturisoma rostrata (Spix). — Loricaria rostrata, Spix, Gen. et. Sp. Pisc. Bras. 5, est. III, figs. 1e 2—1829 ; Cuv.& Val. XV, 353—1840; Kner Denkschrift Akad. Wien, VI, 83—1854; Günther, Cat. V 256—1864 ; o mesmo, Pr. Zool. Soc. London, 235—1868 ; Peters. Monatsbericht Akad. Berl. 471 — 1877; Cope, Pr. Amer. Philos. Soc. XVII, 681—1878; Steindachner, Fluss- fiche Sudmerikas, I—17, Denkschrift Akad. Wien XLI— 1879; Vaillant, Synopsys des espèces de Siluridae recuellis par M. le Dr. Jobert 4 Caldeiron, Bul. Soc. Philom 7? Ser. IV, 156— 1880; Eigenm. & Eigenm., Pr. Calif. Acad. 2º Ser. II, 33 — A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 425 1890 ; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci.I, 362 e 366 (mec. syn.)—1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 38, (nec synonyma) Boulenger, On fishes collected by Mr. Ternets in Matto-Grosso — Trans. Zool. Soc. London, XIV, 32—1896 ; Loricaria rostrata, Jord. & Evermann, Bull. U. S. Nat. Mus. 47—pte. 1º, pag. 157 (nec synonyma)—1896. Oxyloricaria güntheri, O. robusta, O. Lyra, O. rostrata Regan, Trans. Zool. Soc. London, XVII, 3º pte., pgs. 298, 299 e 300, est. XVIII fig. 1 e est. XIX. figs. 1 e 2—1904; S. robusta Eigenm. & Ward, Ann. Carnegie Mus. IV,n.II —120—est. XXXVI, 1907. Sturisoma barbata (Kner) = Loricaria barbata, Kner, Denkschrift Akad. Wien vol. VI. 87. est. V— 1854; Günther, Cat., V, 257 — 1864 ; T. Regan, Trans. Zool. Soc. London, vol. XVII, pte. 3%, 298 e 301—1904. Parasturisoma brevirostris (Kigenm. & Eigenm.)—Zoricaria brevirostris, Eigen- mann & Eigenmann, Pr. Calif. Acad. Sci., 2º Ser. Il, 35 — 1890 ; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci. I, 362 e 367 —1890 ; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 39 — 1891; Oxyloricaria brevirostris, Tate Regan, Trans. Zool. Soc. London, XVII, pte. 3%. 299—1904. Harttia loricartiformis, Steind.—Harttia loricariiformis, Steindachner, Die Suss- wasserfische des südöstlichen Brasiliens (III) 110—est. VI, fig. 2—Sitzungsber. Akad. Wien, LXXIV — 1876 ; Eigen- mann & Eigenmann, Pr. Acad. Nat. Sci. Philad., 2°, 2! Ser. 39—1890; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci.— I, 386—1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 39— 1890 ; Oxyloricaria loricariiformis, Boul. Trans. Zool. Soc. London, XVII, 3°, 297 e 298—1904. Harttia kronei, Mir. Rib. — Hartiia kronei, Alipio de Miranda Ribeiro, Kosmos, ; n. 2—1908. Hemiodontichthys acipenserinus (Kner.) — Hemiodon acipenserinus, Kner, Denk- schrift Akad. Wien, VI, 92, est. VII, fig. 2—1854; Æe- miodontichthys acipenserinus, Bleeker, Nederl. Tijd. Dierk. I, 81, 1863; Loricaria acipenserina, Günther Cat. V, 260 — 1864; Vaillant, Bul. Soc. Philom., Ser. 7°, IV, 159—1880: Hemiodontichthys acipenserinus, Eigenm. & Figenm., Proc. Calif. Acad. Sci. II, 34—1890; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci. I, 359 — 1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 38—1891 ; Tate Regan, Trans. Zool. Soc. Lond. XVII, pte. 3%, 296—1904 ; Eigenm & Ward, An. Car- negie Mus. IV, n. II, 120, est. XXXV, fig. 1—1907. 426 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL Hemisdontichthys depressus (Kuer) — Hemiodon depressus Kner, Denkschrift. Akad. Wien. VI, 91, est. VII, fig. 1—1854; Loricaria de- pressa, Günther, Cat. V, 259—1864; Eigenm. & Eigenm., Pr. Calif. Acad. Sci. 2, 2% Ser. 34—1890; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci. I, 361 e 305—1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus., XIV, 38 — 1891; Hemzio- dontichthys depressus, Regan, Trans. Zool. Soc. XVII, 3 pte. 267—1904. Pseudohemiodon platycephalus (Natt. & Kner) — Hemiodon ? platycephalus, Natterer & Kner, Denkschrift Akad. Wien, VI, 89—est. VI, fig. 2— 1854; Loricaria platycephala, Günther, Cat. V, 258—1864; Eigenm. & Eigenm., Pr. Calif. Acad. Sci. 2? Ser. 2º, 37—1890 ; os mesmos, Occas Papers Calif. Acad. Sci. I, 362 e 370—1890 ; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 39—1891; Regan, Trans. Zool. Soc. London, XVII — 3º pte. 295—1904. Loricaria acuta, Cuv. & Val.—Zoricaria acuta, Cuv. & Valenciennes, Hist. Nat. Pois. XV, 349 (nec. fig.)—1840 ; Kner, Denkschrift Akad. Wien VI, 1853; Günther, Cat. V, 258 — 1864; Vaillant, Bul. Soc. Philom. 7* Ser,, IV. 159—1880; Eigenm. & Ei- genm., Proc. Calif. Acad. Sci. (2º Ser.) II, 38 — 1890 ; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci. I, 363 e 375 — 1890 ; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. 39—1891 ; Regan Trans. Zool. Soc. London, VII, 273 e 287 —1904. Loricaria typus, Bleeker—Locaria maculata, Cuv. & Val. Hist. Nat. Poiss. XV, 350—1840 ; Valenciennes, in D’Orbigny, est. VI, fig. 3-— 1847. Voyage dansl’Amer. merid. Parahemiodon typus, Bleek , Nat. Verh. Holl. Silures Suriname, 20 est. VI, fig. I eest. XIII— 1863 ; Maats. XX—1864; Loricaria parahemiodon, Günther, Cat. V., 258— 1864; Loricaria valenciennest, Vaillant. Bul.Soc. Philom.7*ser. IV, 157—1880; Loricaria stubeltii,Steind. Denks- schriff Akad. Wien, XLVI, 7, est III, fig. 2—1882 ; Loricaria stubelii e Loricaria typus, Eigenm. & Eigenm. Pr. Calif. Acad. Sci. 2º Ser. II, pag. 37—1890 ; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci. I, pag. 363-370 e 373—1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 39—1891; Loricaria typus, Regan, Trans. Zool. Soc. Lond. XVII, 273 e 286—1904; Eigenm. & Ward, Ann. Carnegie Museum, IV, no II, est. XXXV, figs. 2 e 3 —1907. Loricaria anus, Cuv. & Val. — Zoricaria anus, Cuvier & Valenciennes, Hist. Nat. Poiss. XV, 347— 1840; Valenciennesin D'Orbigny, Voy. Am. Merid., Poiss. IX. est. VI, fig. 1— 1847 ; Loricaria cas- tania, Casteln, Anim. Nouv. etc., 46, est XXXI, fig. 4—1855; A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 427 Lor. anus, Gunther, Cat. 2581864; Hensel, Arch. fur Na- turg — (Beitr. z. kenntniss Wirbelthiere sudbrasiliens) 36—Iharg. I Bd—77—1870; Loricaria spixii, Denkschrift. Akad. Wien, XLIV, est. 2—1881; Locaria spixiz e Lor. anus, Eigenmann & Eigenmann, Pr. Calif. Acad. Sci., 2º ser. II, 37 e 38—1889 ; os mesmos, Occas, Papers Calif. Acad. Sci. — I, 363-372 e 374—1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 39—1891; Zoricaria acuta A. de M. Ribeiro, Peixes do Rio Pomba—Lavoura Anno VI,ns. 7 a 8 — 1902, (nec synonyma) Regan, Trans. Zool. Soc. London, XVII, 273, 289—1904. Loricaria nudirostris, Kner — Laricaria nudirostris, Kner. Denkschrift Akad. Wien, VI, 86, est. IV; Günther, Cat. V. 259—1864 ; Lori- caria nudirostris Regan, Trans. Zool. Soc. London, XVII- 273, 288—1904. Loricaria labialis, Boul.—Loricaria labialis, Boulenger, Trans. Zool. Soc. London XIV, 2º serie, 32 est. 7, fig. I—1896; Eigenmann & Ward, Annals Carnegie Museum, IV, n. II. 121—1907. Loricaria cataphracta, L —Lortcaria dura, Linneu, Mus. Ad. Fred. 79 — est. 29, figs. 1 e 2; Loricaria cotaphracta, o mesmo, Syst. Nature 307—1758 ; Bloch, Ichtyol., VIII, 76 est. 75 figs. 3 e 4—1794; Liricaria cirrrhosa, Bl. & Schn., Syst. 125 est. 34 — 1801; Loricaria setifera, Lacép., Hist. Nat. Poiss. V, 140 — 1803; Loricaria cataphracta Cuv. & Val. XV, 339—1840; Plecos- tomus flagellaris, Gronow, Cat. 158—1854 ; Zoricaria ca- rinata, Casteln, Anim. Amer. Sud. 46, est. XXIII—fg. 3 — 1855; Loricaria cataphracta, Kner, Denkschrift Akad. Wien—VI, 77—1854; Loricaria dura, Bleeker, Silur. Su- riname, 18—1864; Loricaria cataphracta, Holmberg, Viage a Missiones, 1883; Günther. cat. V. 255 — 1864 , Peters, Monatsber. Akad. Berl. 471---1877; Cope, Pr. Amer. Philos. Soc. XVII. 681, 1878, Lorioaria cataphracta e Lor. lata, Eigenm. & Eigenm. Pr. Calif. Acad. Sci. II, 2° Ser. 36 — 1890 ; os mesmos Occas. Papers Calif. Acad. Sci. I, 364, 382—1890 ; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. vol. XIV, 39—1891; Zorzcaria cataphracta e Lor. carinata. Regan, Trans.Zool. Soc. London. XVII, 3º pte. 274, 291 e 292— 1904, Eigenm. & Ward, Ann. Carnegie Mus. IV, n. II, 120 ; est. 37., figs. 1 e 2—1907. Loricaria laeviuscula, Cuv. & Val.—Zoricaria leviuscula, Cuvier & Valenciennes, XV, 352—1840; Kner, Denkschrift. Akad. Wien, VI, 81, est. III, 1854; Günther, Cat. V. 256 — 1864; Eigenmann & Ei- genm, Pr. Calif. Acad. Sci. 2*ser. 2° 37 — 1890; os mesmos, 428 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL Occas Papers Calif. Acad. Sci. 1, 364, 380 —1890; os mes- mos, Pr. U. S. Nat. Mus. 39—1891 ; Zoricaria laeviuscula, Lor. punctata, Tate Regan, Trans. Zool. Soc. London XVII 3? pte.— 272, 284 e 285—1904. Loricaria cadee, Hensel — Loricaria cadew Hensel, Beiträge Zur Kenntniss der Wirbelthiere Sud-Brasiliens—Archif. fur Nuturg. 34— pg. 369—1868, e op. cit. 36 pag. 77—1870; Eigenm. & Eigenm., Occas. Papers Calif. Acad. Sci. I, 361—1890; os mesmos, Pr. U. Nat. Mus. XIV, 39, 1891; Cop. Pr. Am. Philos. Soc., XXXIII —94—fig. 15 — 1894 ; Regan, Trans. Zool. Soc. London XVII — 1904. Loricaria parva, Boul. =Loricaria parva, Boulenger Pr. Zool. Soc. Lond. 527 — 1895; Trans. Zool. Soc. London, XIV, 2? pte. pg. 32, est. VIII-fig. 1—1896; Regan, Op. cit. XVII, 3% pte. 271 e276 1904; Eigenm. & Ward, Ann. Carnegie Mus. IV, n. II 12121907 Loricaria konopickü, Steind — Loricaria konopickii, Steindachner, Denkschrift Akad. Wien. XL— 40, 45, est. VI, fig. 3 e est. VII, figs. 1 e 1º — 1876; Eigenm. & Eigeum. Pr. Calif. Acad. Sci. 2° Ser. 2° — 39 —1890; os mesmos, Occas, Papers Calif. Acad. Sci, I, 364 e 378 (nec synonyma), 1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. 39— 1891; Regan, Trans. Zool. Soc. London, XVII, 272 e 281 — 1904. Loricaria maculata Bl. = Loricaria maculata Bloch, Ichthyol., VIII, 73, est. 375, fig. 1— 1794; Loricaria cirrhosa, var. maculata, Bl. & Schn., Syst. 1251801; Plecostomus maculatus, Swaius., Fishes, II, 304— 1839; Loricaria amazonica, Casteln., Anim. Nouv. etc. fig. 46, est. XXIII, fig. 2— 1855; Loricarich. thys maculatus, Bleeker, Sil. Suriname, 16— 1864; Loricaria maculata, Gunther, Cat. V., 257—1864; Vaillant. Bul. Soc. Philom — (7) IV, 157—1880; Eigenm. & Eigenm., Proc. Calif. Acad. Sci. 2º ser, II, 38 —1890; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci. I, pags. 363 e 377—1890 ; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. 39—1891: Regan, Trans. Zool. Soc. London, XVII, 273 e 286—1904. Loricaria lanceolata, Gunther,=Lor. lanceolata, Gunther, Pr. Zool Soc. London, 235, fig. 3—1868; Lor. teffeana, Steindachner, Denkschrift Akad. Wien, XLI Bd. 44, est. VI, fig. 2—1879; Boulenger, Pr. Zool.Soc.,277—1887; Lor. lanceolata, Lor. teffeana,Eigenm. & Eigenm., Pr. Calif. Acad. Sci. — 2? ser. 2°, 39 — 1890; os mesmos, Occas. Papers. Calif. Acad. Sci., 364,378 e 379— 1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 39 1891; A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 429 Regan, Trans. Zool. Soc. London, XVII, 271, 272, 277 e 280 — 1904. Loricaria phoxocephala, Eigenm. & Eigenm.—Zoricaria phoxocephala, Eigenm. & Eigenm., Pr. Calif. Acad. 2º Ser., II, 37—1890; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci. I. 363 e 372 — 1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 39—1891; Regan, Trans. Zool. Soc. London. XVII, 3º parte, 276 = 1904. Loricaria cubataonis, Steind.—Loricaria cubataonis, Steindachner, Ueber einige Fisch arten aus dem Flusse Cubatäo, im Staat Santa Ca- tharina bei Theresopolis (Brasilien), Sitzunsgerber, Akad. Wien — Bd. CXVI — 151907. Loricaria lima, Kner—Loricaria lima, Kner, Denkschrift Akad. Wien, VI, 89, est. VI, fig. 1 e 1 a—1854; Kner & Steindachner, Fischen aus Centr. Am., Abhandl. Mat. Phys. Cl. Bayerische Akad. Wiscenschaft., X. I, pag. 58—1866; Gunther, Cat. V, 260 — 1864; Gunther, Fishes Centr. Am., 393:; Pr. Zool. Soc. London— 1866 ; Loricaria lima e Lor. strigilata. Hensel, Archif für Zoologie, Anno 34—367, 368, 1868 e anno 36— 77, 1870; Loricaria lima, Lutken. Velhas Flodens, Fiske, Vidensk, Selsk. Skr. V. Raekke, 139 e II—1875; Steinda- chner, Denkschrift Akad. Wien, Bd. XLIV—pag. 6—est. I—1882; Eigenm. & Eigenm., Pr. Calif. Acad. Sc. 2? Ser., II, 35—1890; os mesmos, Occas. Papers. Calif. Acad. Sci. I, 362 e 368—1890; os mesmos, Pr. U.S. Nat. Mus. 39—1891; Loricaria nigricauda, Lor. steindachneri, Loricaria lima, Lor. strigilata., Regan, Trans. Zool. Soc. London, XVII. 3º parte—271, 272, 275, 281 a 283, est. XVI, fig. 2—1904; Loricaria lima, A. de Mir. Ribeiro, Lavoura,n. 5—Maio— 187 (parte) 1907; Steindachner, Akad. Anzeiger, n. 10—1907, Loricaria henseli, Steindachner Sitzungsber Akad. Wien. CXVI Bd. — 1907. Loricaria kronet—Loricariajlima, (parte o”) nob. Lavoura, n.5, anno XI—187, 1907. Loricaria latirostris, Boul.==Loricaria latirostris e Lor. paulina Boulenger, Ann.& Mag. Nut. History (7° Ser.) V, 165 e 166, 1899; Regan, Trans. Zool. Soc. London XVII, 3º parte—272 e 283— 1904: A. de Mir. Ribeiro, Peixes do Iporanha, Lavoura n. 5—anno XI Maio 187, 1907. Loricaria microlepidogaster, Regan.—Loricaria microlepidogaster, Tate Regan, Trans. Zool. Soc. London XVII, 272 e 283 est. XV, fig.4. Eoricaria vetula Cuv. & Val.=Loricaria vetula, Cuvier & Val.—XV, 3441840; Val. in D'Orb. Voyage en Am. Mer., Poiss. IX atlas, est. VI, fig. 2—1847; Günther, Cat. V, 2561864; Eigenm. & 430 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL Eigenm., Pr. Calif. Acad. Sci. 2% Ser. II, 37—1890; os mesmos, Occas. Papers. Calif. Acad. Sci.—I, 365—385— 1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 39—1891; Berg, An. Mus. B. Aires, 270—1897; Regan, Trans. Zool. Soc. London. XVII, 293—1904. Loricaria apeltogster, Boul.—Loricaria apeltogaster, Boulenger, Trans. Zool. Soc. London, XIV, parte 2*—33, est. VII, fig. 2—1907; Eigenm. & Ward, Ann. Carnegie Mus. IV, n. II, 120—1907. Loricaria macrodon, Kner=Loricaria macrodon, Kner, Denkschrift Akad. Wien VI. 79 — est. II— 1854; Hyrtl, Denkschrift. Akad. Wien XVI, 18—1860. Gunther. Cat. V, 255—1864. Eigenmann & Eigenmann, Proc. Calif. Acad. Sci. II, Ser. II. 361590; os mesmos, Occas. Papers. Calif. Acad. Sci, 364 e 382 — 1890; os mesmos, Proc. U. S. Nac. Mus. XIV, 39 — 1891; Regan, Trans-Zool. Soc. London, XVII, parte 3°, 274-293 — 1904. Loricaria parnahybe, Steindachner,—Loricaria parnahybae, Steindachner, Akad Anzeiger, n. X, pag. 2—1907. Loricaria piracicabe, Eigenm. & Rud. Ihering.—Notas Preliminares, 29—1907. Loricaria nudiventris,Cuv. & Val.—Lortcaria nudiventris, Cuv. & Val. Hist. Nat. Poiss. XV, 348—1840; Eigenm & Eigenm, Pr. Calif. Acad. Sci. II, II! Ser, 36—1890; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci. I, 364 a 382—1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 39 (nec synonyma) 1891; Kegan Trans. Zool. London, XVII, 3? parte, 273 e 290—1904. Loricaria evansii, Boul.=Loricaria evansü, Boulenger, On Fishes obtained by Dr. Evans e Mr. S. Moore during their recent expedition to the Province of Matto-Grosso, Brazil, Annals & Mag. Nat. Hist. vol. X. No. LV pg. 10, est. 1—1892; Regan, Trans. Zool. Soc. London, XVII, 273-290 — 1904. Callichthys callichthys, L=Callichthys tamoata, L. Mus. Adolph Fred., 73—1754; Silurus Callichthys, o mesmo, Syst. Nat., 307—1758; Gmlin in Syst. Nat.,L.,I. 1861; Cataphractus callichthys, Bl. Ichthyol VIII, 86 est. 377. fig. 1—1794; Bl & Schn. Syst. 107—1801; Lacep. Hist. Nat. Poiss. V, 124—1803; Callichthys asper, Quoy & Gaymard, Voyage de 1l’Uranie, Zool. 232—1829 ; Cataphractus depressus, Swains. Fishes, II, 304 — 1839; Callichthys asper, C. laeviceps Cuv. & Val. XV, 225 e 229— 1840, Callichthys loricatus, Gronow, Cat. 157 — 1854; Cal lichthys kneri Gill Syn. Fishes Trinidad. Am. Lyc. Nat. Hist. N. York. VI, 394—1858; Callichthys asper. Kner. Ichthyol. Beitr. 107, Sitzungsber. Akad. Wien XVII—1855; Castelnau Anim. Nouv. etc.;38—1855; Bleeker, Ichthyol. Arch. Ind. A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 431 Siluri, 53—1858; Callichthys tamoaté, o mesmo, Silures Surin., 22—1864 Callichthys asper, C. affinis e C. Kneri Gunther, Cat. V. 226 e 227—1864; Callichthys hemiphractus, Hensel, Wiegman, Archif fur Naturg. 1, 374—1868; Cal- lychthys kneri, Lutken. Vid. Medd. 18, 214-217—1873; Callichthys asper, Cope, Pr. Am. Philos. Soc. XVII, 681— 1878; Callichthys kneri, Jordan, Pr. U. S. Nat. Mus. SE 1886; Callichthys callichthys, Kigenm. & Eingenm. Pr. Calif. Acad. Sci.-164, — 1889; os mesmos, Occas Papers Calif. Acad. Sci. I, 481-452 — 1890; os mesmos, S. Nat. Mus. XIV, 43—1891; Callichthys asper, Boul. Bol. Mus. Torino X, 33—1895 e Trans. Zool. Soc. Lond. XIV, 2° parte—29 —1896. Callichthys callichthys, Ihering (Hermann) Peixes d’agua doce do Rio Grande do Sul, 15—1897. Callichthys arcifer, Hensel—Callichthys arcifer. Hensel, Beiträge z. Kenntniss der Wirbelthiere Südbrasiliens, Archife für Naturg. 34 Iharg. I Bd. 373, 1868; Eigenm. & Eigenm. Pr. Calif. Acad. Sci. 2: ser. I, 164—1889; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci. I, 451 e 455—1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 43—1891. Hoplosternum thoracatum (Cuv. & Val.)— Callichthys thoracatus e C. longifilis Couvier & Valenciennes, XX, 230, est. 443 e 235—1840; C. longifilis, Schomburgk, Fish Guiana, pte. I, 150, 151e 154— 1841; C. personatus, Ranzani, Nov. Comm. Acad. Sci. Inst. Bonon, 332, est. 24—1842; C. pictus, Müller & Tr. in Schomb. Brit. Guiana, III, 630—1848; C. thoracatus e C. sulcatus, Kner, Ichthyol. Beitr. 108 e 110—Sitzungksber, Akad. Wien XVII, 1855; Hoplosternum thoracatume H. longifilis, Gill, Fishes Trinidad 36— Ann. Lyc. Nat. Hist. N. Y., VI, 1858; Hoplosternum thoracatum e H. longifilis, Bleeker, Sil. Suri- name, 26 e 27—1864; Callichthys thoracatum, C. longifilis Günther, Cat. V,228—1864; C.thoracathus, Peters, Monatsber. Akad. Berl. 471—1877; Callichthys (Hoplosternum) thora- catus, Steindachner, Fish-Fauna des Cauca Flusse bei Guaya- quil, 14, Denkschrift Akad. Wien XLII, 1880; Callichthys thoracatus, Jordan, Pr. U. S. Nat. Mus., 5591886; Hoplos- ternum thoracatum, Kigenm& Eigenm. Pr. Calif. Acad. Sci., 2* ser. I, 164—1889; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci. I, 455 e 458—1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. 44—1891. Hoplosternum littoralle (Hancock)—Callichthys littoralis, Hancock, Zool: Journ. IV, 244, 1828; Callichthys laevigatus, Callichthys subulatus e C. albida, Cuv. & Val., XV, 231, 232 e 235, 1840; D’Orbigny, ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL Voyage dans l’Am. Merid., IX, atlas II, est. V, fig. 2, 1847; Callichthys laevigatus, Kner, Icthyol. Beitr. 109, Sitzungsber. Akad. Wien XVII, 1855; Hoplosternum laevigatum e H. stevardi, Gill. Ann. Ly. Nat. Hist N. Y. VI, 396 e 401— 1855; Bleeker, Sil Suriname, 24—1864; Callichthys littoralis, Gunther Cat. V, 227, 1864; Lutken. Videnk. Med. 215—1874; Vaillant, Boull. Soc. Philom., 7º ser. IV, 155—1880; Steinda- chner, Flussefische Sudamerikas, VI, 6, Denkschrift Akad. Wien XLVI,1882; Jordan, Pr. U. S. Nat. Mus., 559—1886; Hoplosternum littoralle, Kigenm. & Eigenm. Pr. Calif. Acad. Sci., 2? ser. I, 164—1889 e Occas. Papers Calif. Acad. Sci., 455 e 456—1890; Proc. U. S. Nat. Mus. XIV, 44—1891, Berg, An. Mus. B. Aires Tomo V, serie II, tomo I, 136—1895; Callichthys littoralis e C. laevigatus, Göldi, Bol. Mus. Pa- raense, II, 468 e 480—1898. Decapogon adspersum (Steind) — Callichthys adspersus, Steindachner, Ichthio- logisch Bestrage, V, 87, est. XI, fig. 2—Sitzungsber. Akad. Wien LXXIV Bd. 1876; Decapogon adspersum, Eigenm & Eigenm, Pr. Calif. Acad. Sci 2? Ser. I, 165 — 1889, os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci. I, 461 — 1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 44—1891. Aspidoras rochai Rud. ther — Aspidoras rochai, Rudolph Ihering, Notas Prelimi- nares do Museu Paulista, Fasc. I do vol. I, 31—1907. Corydoras eques, Steindachner — Corydoras eques, Steindachner, Ichthyol Beitr. Corydoras splendens Corydoras punctatus (V), 92 est. XII, figs.3e3 A. LXXIV Bd. Sitzber. Akad. Wien, 1876 ; Eigenm & Eigenm. Occas. Papers Calif. Acad. Sci. I, 455 e 4685-1890 ; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 44—1891 ; Eigenm. & Kennedey, Pr. Acad. Nat. Sci. Philad., 505—1903. (Cast.) Callichthys splendens, Castelnau, Anim. Nouv., etc. pag. 39, est. XVIII, fig. 3—1855; Eigenm & Eigenm. Pr. Calif. Acad. Sci., 2º ser. I, 165—1889; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci. I, 465 e 468 — 1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 44—1891; Eigenm & Kennedy. Pr. Acad. Nat. Sci. Philad. 505— 1903. (BL) = Cataphractus punctatus, Bloch, Ichthyol, 377. fig. 2, Bl. & Schn.108 — 1801; C. punctatus e Corydoras geofroyi, Lacépède, Hist. Nat. Poiss. V, 125 e 147 — 1803; Hoplisoma punctata, Sawainson, Fishes, Rept. etc. II, 304—1839; Cal- lichthys punctatus, Günther, Cat. V, 329 — 1864; Corydoras ambiacus Cope, Pr. Acad. Nat. Sci., Philad., 280 — 1871; Gasteroderma ambiacus, o mesmo, op. cit., vol. XVII, 681 — 1878; Corydoras punctatus, Eigenm. & Eigenm., Pr. Calif. A, DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 433 Acad. Sci., 2? ser1,166—1889; os mesmos, Occas. Papers Calif, Acad., I, 466 e 472—1890; os mesmos, Pr. U.S. Nat. Mus. XIV, 44—1891 ; Eigenm. & Kennedy, Pr. Acad. Nat. Sci, Philad. 506—1903. Corydoras paleatus (Jenyns) = Callichthys punctatus, Cuv.& Val., XV, 236—1840; Valenc. in D’Orbigny, Voyage dans l’Am. Merid.. IX, est. V, fig. 1, 1847; Collichthys paleatus, Jenyns, Zool. Beagle, Fishes, IV, 113 — 1842; Günther, Cat. V. 230 — 1864; Hensel Archif. f. Naturg. I, 71—1870; Corydoras marmora- tus, Steindachner, Über einige neue and seltene Fisch Arten aus den Zool. Museen z. Wien, etc., Denskschrift Akad. Wien, XLI Bd. 26—1879. Corydoras paleatus, Eigenm. & Eigenm., Pr. Calif. Acad. Sci., 2º Ser. I, 166 — 1889; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci. I, 471 — 1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 44 — 1891; Callichthys paleatus, Boulenger, Trans. Zool. Soc. London, XIV. |2? parte, pg. 29—1896; Corydoras paleatus, Eigenm. & Kennedy, Pr. Acad. Nat. Sci. Philad. 506—1903. Corydoras elegans, Steind — Corydoras elegans, Steindachner, Ichthyol. Beitr. (V) 93—LXXIV Bd. Sitzungsber. Akad. Wien —1876; Eigenm & Eigenm. Occas. Papers Calif. Acad. Sci. I, 465 e 469 — 1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 44 — 1891 ; Eigenm. & Kennedy, Pr. Acad. Nat. Sci. Philad. 505—1903. Corydoras trilineatus, Cope — Corydoras trilineatus Cope, Pr. Acad. Nat. Sci. Corydoras hastatus, Corydoras nattereri, Philad., 281, est. VI, fig. 2 — 1871; C. agassizi, Steind. Ichthyol. Beitr. V, 90 e 186, est. 12, figs. 2 e 2 A. Sitzun- gsber. Akad. Wien LXXIV,Bd. 1876; Corydoras trilineatus, Eigenm. & Eigenm. Occas. Papers. Calif. Acad. Sci., I, 466 e 473—1890 ; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 44—1891 Eigenmn. & Kennedy, Pr. Acad. Nat. Sc. Philad. 506—1903. Eigenm. & Eigenm.—Corydoras hastatus, Eigenm. & Eigenm Pr. Calif. Acad. Sci., 2? Ser. I, 166 — 1889; os mesmos, Occas. Papers. Calif. Acad. Sci., I, 466 e 474 — 1890 ; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 44—1891; Eigenmann & Kennedy, Pr. Acad. Nat. Sci. Philad. 506—1903; Corydoras australe, Eigenm & Ward, Annals Carnegie Museum, IV; n. II, 123—1907. Steind.—Corydoras Nattereri, Steindachner, Ichthyol. Beitr. V, 95, est. XI, figs. 1 el b; Eigenm. & Eigenm. Pr. Calif. Acad. Sci—2* Ser. I, 165—1889; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci.—I, 465 e 470 — 1890; os mesmos, Pr. U. 434 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL S. Nat. Mus. vol. XIV, 44 — 1891; Eigenm. & Kennedy, Pr. Acad. Nat. Sci. Philad.—505—1903 . Corydoras multimaculatus, Steind.— Corydoras multimaculatus. Steindachner, Akad. Anzeiger,—n. XVII—291—1907. Corydoras julii, Steindachner— Corydoras juli, Steindachner Akademische An- zeiger d. D. Akad. Wien. n. XXVII—2—1906. Corydoras microps, Eigenm, & Kennedy—Corydoras microps, Eigenmann & Ken- nedy, Pr. Acad Nat. Sci.—Philad.—505—1903. Corydoras treitlii Steind. — Corydoras treitlii, Steindachner, Akademische Anzei- ger d. Akad. Wien, n. XXVII, 1—1906. Corydoras barbatus (Quoy & Gaimard.)= Callichthys barbatus; Quoy & Gaimard, Voyage de l’Uranie etc, Zoologie, pag. 234; Cuv. & Val. XV, 2391840; Günther, Cat, V, 2291864; Scleromystax bar- batus, Eigenm, & Eigenm, Pr. Calif Acad. Sci. 2º Ser. I, 164— 1889; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci—I, 451— 1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 43—1891; Cory- doras kronei, A. de Mir. Rib”, Lavoura, anno XI,n.5—maio de 1907: pg. 189, c. fig.— 1907; C. eigenmani, C. juquiae, Rud. Ihering (e C. Eigenmann), Notas Preliminares, 35 e 37- -1907. Hemidoras stenopeltis (Kner)=-Doras (Oxydoras) stenopeltis, Kner, Sitzungsbe- richte Akad. Wien. XVII—142—est. IV — fig. 7 — 1855; Hemidoras stenopeltis, Günther, Cat. V, 208 — 1864; Hemi. doras stenopeltis, Eigenm. & Eigenm. Pr. Calif. Acad. 2º Ser. I— 158—1889; Oxydoras carinatus. Vaillant, Bull. Soc. Philom, ser. 7.IV,154—1880; osmesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci. —I— 252, 255—1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 33—1891; Boulenger, Trans. Zool. Soc. London. XIV pt. 7º, 422—1896. Hemidoras nattereri (Steindachner)=Oxydoras nattereri, Steindachner, Denks- chrift Acad. Wien, 43 Bd — 104 — 1881; Hemidoras natte- reri, Eigenmann & Eigenmann Pr. Calif. Acad. Sci. 2º Ser. 158—1889;0s mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci.—251 253—1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus.vol. XIV, 33— 1891; 7. paraguayensis. Kigenm. & Ward, Ann. Carnegie Mus. IV, n. Il, 116 e 134 fig. 1—1907. Hemidoras eigenmanni (Blgr.)=Oxydoras eigenmanni Boulenger, Proc. Zool Soc. Lond. pg. 524—1895; o mesmo, Trans. Zool. Soc. Lond. XIV, 2º parte, 28, est. IV,fig. 3—1896; Oxydoras eigenmanni, Eigenm. & Ward, Ann. Carnegie Museum, IV,n. II, 116— 1907. Hemidoras brevis (Kner), —Doras brevis Kner, Sitzungsber. Akad. Wien, XVII, 138—est. VI fig. 11—1855; Oxydoras brevis, Günther, Cat. A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 435 V, 207—1864; Eigemann & Eigenmann, Pr. Calif. Acad. Sci. —2º Ser. I, 158—1889. Os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci.—I, 251 e 254—1890. Os mesmos, Pr. U.S. Nat. Mus. XIV, 331891. Hemidoras trachyparia (Boul.)=Oxydoras trachyparia, Boulenger, Fishes from the Rio Juruá. —Trans. Zool. Soc, London. XIV. 7º parte, 423 est. XL. fig. 2—1896. Hemidoras punctatus—Doras ? Kner, Sitzungsber. Akad. Wien, XVII—136—est. VI fig. 101855; Corydoras punctatus, Hyrtl, Denkschrift Akad. Wien, XVI, 17—1859; Oxydoras punctatus, Günther, Cat. V, 2071864; Hemidoras punctatus Eigenmann & Ei- genemann, Pr. Calif. Acad. Sci. 2º Ser. I, 158—1889; Os mesmos, Occas, Papers Colif. Acad. Sci. I—251 e 255— 1890; os?mesmos, Pr. U. Si „Nat. Mus. XIV, 331891. emidoras Jimbriatus. (Kner)—Doras fimbriatus, Kner, Sitzungsber, Akad Wien. XVII, 134 est. III fig. 5—1855; Oxydoras fimbriatus, Günther, Cat., V, 207—1864; Hemidoras fimbriatus, Eigenm & Eigenm. Pr. Calif. Acad. 2% Ser.I, 158—1889; Os mesmos, Occas. Papers, Calif. Acad. of Sciences I, 251, 255—1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 33—1891. Hemidoras humeralis (Kner)—Doras humeralis, Kner, Sitzungsber. Akad. Wien XVII — 140 — est. IV fig. 6 — 1855; Oxydoras humeralis, Günther, Cat. V, 206—1864; Hemidoras humeralis, Eigenm. & a. Pr. Calif. Acad. 2? Ser. I, 158—1888; os mes- , Occas. Papers Calif. Acad. Sci. I, 252 e 257—1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, pag. 33—1891. Eleicoes trimaculatus (Boul,) — Oxydoras trimaculatus, Boulenger, On Fishes, fron the Rio Jurua. Trans. Zool Soc. London, XIV, pt. 7—422 est. XL fig. 1—1898. Henidoris morei (Steind.)—Oxydoras morei, Steindachner, Denkschrft Akad. Wien, 43 Bd—106—est. I, fig. 2—1882—Hernidoras morei, Eigenm. e Eigenm. Pr. Calif. Acad. 2º Ser I, 158—1889; os mesmos; Occas. Papers Calif. Acad. Sci. I—252 e 257— 1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 33—1891. Hassar orestes (Steind.)—Oxydoras orestes, Steindachner, Uber einige brasilia- nische Siluroiden aus der Gruppe der Doradinen 1, est. ISit. zungesber Akad. Wien, LXXI Bd.—1875; Hemidoras orestis Eigenm. & Eigenm. Proc. Calif. Acad. 2º Ser. I, 158—1889; Hemidoras (Hassar) orestis, os mesmos, Occas. Papers. Calif, Acad. Sci. 1, 253—258—1890; os mesmos. Pr. U. S. Nat. Mus, XIV, 33—1891. Hassar AS, (Steind.)—Oxydoras affinis, Steindachner, Denkschrift Akad, Wien, 43 Bd., 107, est. I fig. I—1882; Æemidoras affinis, 436 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL Eigenmann e Eigenmann, Pr. Calif. Acad. Sci., 2º Ser. I, 158—1889; os mesmos, Occas. Papers. Calif. Acad. I, 253 258—1890 : Hemidoras (Hassar) affinis, os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. 33—1891. Hassar lipophthalmus (Kner) — Doras (Oxydoras) lipophthalmus, Kner, Sitzungsber. Akad. Wien, XVII—147—est. V. fig. 8—1845 ; Oxydoras lipophthalmus, Günther, Cat. V, 208 — 1864; Hemidoras lipophthalmus. Eigenm. e Eigenm. Pr. Calif. Acad., 2º Ser. I, 158—1889; Os mesmos, Occas. Papers. Calif. Acad. Sci. I—251 e 2551890; os mesmos, Pr. U.S. Nat. Mus. XIV, 33— 1891. Mormyropsis carinatus (Lin.) — Silurus carinatus Linnaeus, Syst. Nat., ed. XII —I, 504—1766 ; Bloch e Schn. — Syst. Nat. 108 — 1801 ; Doras carinatus, Lacép., Hist. Nat. Poiss. V. 116—1803 ; Doras oxyrhynchus Val. in Humboldt, Obs. Zool., II — 184—1833; Doras carinatus Cuv. e Val., XV, 214. est. 4421840; Mull. e Trosch. in Schomburgk, Reise in British Guiana, Ill, 6291848; Kner, Sitzungsber. Akad. Wien, XVII—144—1855 ; Bleeker, Ichthyol. Arch. Ind. Siluri, 54 — 1858; o mesmo, Nederl. Tijdschr. Dierkunde, 1, 13, 1863; id. Silur. Suriname, 31, 1864; Oxydoras carinatus, Günther, Cat. V, 206—1864, Hemidoras carinatus, Kigenm. e Eigenm. Proc. Calif. Acad. Sci. 2º Ser. I, 158—1889 ; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci.—I. pags. 252 e 258—1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 33—1891. Oxydoras niger (Val.) — Doras niger, Valenciennes in Humboldt Obs. Zool. II, 184, 1833; Doras humboldti e D. edentatus, Agass.e Spix —Pisc. Bras. 14, est. V—1829; Cuv. e Val. XV — 216 — 1840; Shomburgk, Fishes Brit. Guiana, pte I, 165—1841 ; Müll. e Troschel, in Shomburgk Reise in Britsh Guiana, III 629—1848 ; Doras niger. Bleeker, Nederl. Tijd. Dierk., I, 14, 1863; Rhinodoras niger, Gunther, Cat. V.—209— 1864 ; Doras humboldti., Agass. Journey in Brasil — 1868. Rhino- doras prionosmus, Cope, Proc. Acad. Nat. Sci. Philad—134 1874; Rhinodoras teffeanus, Steindachner, Sitzungsberichte Akad. Wien LXXI, 145 est. III—1875; Rhinodoras priono- mus, e Rhinodoras niger, Cope, Pr. Amer. Philos. Society. 678 — Rhinodoras niger Vaillant. Bull. Soc. Philom. Ser 7, IV, 1880; Oxydoras niger, Eigenmann e Eigenmann. Pro- ceedings Calif. Acad. Sci. —2º Serie I, 159—1889; Os mes- mos, Occas Papers Calif. Acad. Sci. I, 246 e 247— 1890 ; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV— 33 — 1891; Gœldi, Bol. Mus. Paraense, II, 457—1898. A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 437 Oxydoras knerii, Bleeker — Doras (Oxydoras) niger, Kner — Sitzungsber. Akad. Oxydoras elongatus, Wien, XVII, 146— 1855; Oxydoras knerii Bleeker. Nederl. Tydschrift Dierkunde, I, 12, e 14—1863; Günther, Cat. Wo 209—1864; Eigenmann e Eigenmann, Occas. Papers Calif. Acad. Sci.—246 e 249—1890; os mesmos Pr. U. S. Nat. Mus. 33—1891; Rhınodoras knerii, Perugia, Ann. Mus. di Genova (2? Ser.) X. 635 — 1892. Oxydoras knerü, Lahille. Rev. Mus La Plata, VI—270 — 1895; Berg. Comunicaciones Mus. B. Aires—Tomo I —n. 89—300 — 1901; Rhinodoras knerü, Boulenger, Trans. Zool. Soc. Lond., XIV, 2º pte, 29—1896; Oxydoras niger, Gœdi. Bol. Mus. Paraense, II, 458—1898; Oxydoras knerü, Eigenm. e Kennedy. Pr. Calif. _ Acad. Sci.—501—1903. Boulenger=Oxydoras elongatus, Boul., On Fishes from the Rio Jurua—Trans. Zool. Soc. Lond., XIV, pte 7,—424— est XL—fig. 4—1896. Oxydoras bachi, Boul.—Oxydoras bachi. Boulenger, On Fishes from the Rio Jurua—Trans. Zool. Soc. Lond. XIV, 7º parte—433—1896. Rhinodoras amazonum Steind. — Rhinodoras amazonum, Steindachner, Sitzungs Doras affinis, Kner, berichte Akademie z. Wien, LXXI Bd. «Uber einige neuc brasilianische siluroiden aus der Gruppe der Doradinen, 4 — est. II — 1875; Oxydoras amazonum, Eigenmann e Ei- genmann, Proc. Calif. Acad. Sci. —2º Ser. I—159—1889; os mesmos, Occas. Papers. Calif. Acad. Sci.—I, 247—250 — 1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus., vol. KIV—33 1891. =Doras affinis, Kner, Sitzungsber. Akad. Wien, XVII Bd., 121, est. II fig. 1—1855; Amblydoras affinis e A. truncatus, Bleeker, Nederl. Tijidschrift. Dierk. I — 17 e 18 — 1863; Doras affinis, Günther, Cat. V, 205 — 1864: Eigenmann e Eigenmann, Occas. Papers. Calif. Acad. of Sciences—I— 224—-238—1890; Os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 32—1891. Doras weddellii, Casteln.—Doras weddellii, Castelnau, Anim. Nouv. etc. 48, est. XVII fig. 1—1855; Günther, Cat. V, 203 — 1864; Doras grypus, Cope, Pr. Acad. Nat. Sci. Philad., 270 — est. XV. fig. 1—1872; Doras weddellii, Vaillant, Bull. Socc. Philom., ser. 7, IV, 154, 1880; Eigenmann e Eigenmann, Pr. Calif. Acad. Sci., 2% Ser. I. 163—1899 ; os mesmos, Occas. Papers. Calif. Acad. of Sci. I—224, 229, 1890; os mesmos, Pr. U. S. Nac. Mus. vol. XIV, 32—1891; Boulenger, Trans. Zool. Soc. Lond. XIV, 2º pte. 28—1896; Goldi, Boi. Mus. Paraense II, 457 e 480—1898. Boulenger, Ann. Mus. Civ. Hist. Nat. 438 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL di Genova, XIX (2° Ser.) 126—1899. Doras asterifrons, Kuer—Doras asterifrons, Heckel, Manuscr.—Kner, Sitzun- gsber. Akad. Wien— XVII, 123—Est II—fig. 2—1855; Astrodoras asterifrons, Bleeker. Nederl. Tijdschrift. Dier- kund I—1863; Doras asterifrons, Gunther, Cat. V, 203— 1864; Eigenm. e Eigenm. Pr. Calif. Acad. Sci. 2º Ser., I, 163—1889; os mesmos, Occas. Papers. Calif. Acad. Sci. 225 e 241-1890; os mesmos,Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 33— 1891. Doras marmoratus, Lutk.—Doras marmoratus, Lutken. Dan. Selsk. 30—1874 Steindachner, Sitzungsber. |Akad. Wien, LXXI—147—est. IV—1875; Lutken, Velhas Flodens, Fishe—146 e III est. I fig. 1—1875, Eigenmann & Eigenmann, Proc. Calif. Acad. Sci..—2? Ser. I, 163—1889, os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci—I— 224, 237—1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Museum, vol. XIV, 32—1891. Doras heckelit, Kner—Doras heckelii, Kner, Sitzungsbericht Akad, Wien XVII, 125, fig. 4— 1855; Gunther, Cat.- V. 204 — 1864; Eigenmann & Eigenmann, Pr.;Calif. Acad. Sci.—2? Ser. I— 163—1889 : Eigenmann & Eigenman, Occas. Papers. Calif. Acad. Sci.—I, pags. 225—243—1890; os mesmos, Pr. U. Nat. Mus. XIV, 33—1891. Doras calderonensis, Naïllant—Dor. calderonensis, Vaillant, Bull. Soc. Phi- lon., Ser. 7, IV, 154, 1880; Doras depressus, Steindachner, Denkschrift Akad. Wien, XLIII Bd.—103—est. 1 figs. 3 e 3 a— 1882; Doras calderonensis, Eingenmann e Eigenmann, Occas. Papers Calif. Acad. of Sci.—I pags. 223 e 234— 1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV-32-1891: Doras cataphractus (L)—Stlurus cataphractus, Linzus, Syst. Nat. ed. X, 307 — — 1758; Cataphractus americanus, Bl. & Schn., Syst. 107, est. 23—1801; Lacép., Hist. Nat. Poiss. V, 124 e 127; 1803; Doras cataphractus, e D. Blochi, Cuv. & Val. XV, 205 e 207, 1840; Doras caphractus, e D. Brunnescens, Schomb, Fishes Brit. Guiana, pt. I, 158 e 163—1841; Callichthys asper, Gronow, Cat. ed. Gray, 157—1854; Doras cataphra- ctus, Kner, Sitzungsber. Akad. Wien, XVII, 126—1855; Bleeker, Ichtyol. Arch. Arch. Ind.—Siluri. 54—1858; Acantho. doras cataphractus. Bleeker, Nederl. Tijdschrift Dierk., I, 16, 1863; o mesmo, Sil. Suriname, 40, 1864; Doras cata- phractus, Günther, Cat. V, 204 — 1864; Eigenmann & Eigenmann, Occas. Pagers Calif. Sci. —I, pags. 223 e 234 1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. 32—1891; Doras brunnescens, D. cataphractus, Goldi Bol. Mus. Paraense, A DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 439 II, 456, 457—1898. Doras spinosissimus, Eigenmann & Eigenmann—Doras spinossimus, Eigenmann e Eigenm. Pr. Calif. Acad. Sci.—2? Ser. I, 161. 1889; os mesmos, Occas. Papers. Calif. Acad. Sci.—I—223e 235 —1891; os mesmos, Pr. U.S. Nat. Mus. Vol. XIV, 32—1891. Doras hancockiiCuv. & Val=Doras costatus, Hancock, Zool. Journ. IV—242— 1828; Doras hancockü, Cuv. e Val, XV—209—1840; Gun- ther, Cat. V, 207—1864; Eigenmann & Eigenmann, Occas. Papers. Calif. Acad. Sci.—I—1890; os mesmos, Proc. U. S. Nat. Mus. XIV-32—1891. Doras costatus (L)=Silurus costatus, Linneus, Syst. Naturae, ed. XII, 506— 1766; Cataphractus costatus, Bloch, Aust. Fishe—8—82— est. 376—1794; Doras costatus Lacépe. V, 116, etc.—1803; Doras costatus e Doras armatulus, Cuv. & Val. XV, 200 e 204—1840; Doras costatus, Schomburgk, Fish. Guyana, part. 1, 156, 1841; Castelnau, Anim. Nouv. etc., 48—1855; Doras armatulus, Kner, S.B. Akad. Wien. XVII, 16—1855; Platydoras costatus, Bleek. Nederl Tydschr. Dierk, 1, 16, 1863; o mesmo, Sil. Suriname, 38, 1864; Doras costatus e D. armatulus, Gunther, ICat. V., 201, 1864; Doras costatus e Doras armatulus, Peters, Monatsbericht Akad. Berlin, 4701877; Eigenmann & Eigenmann, Pr. Cal. Acad. Sci. 2º Ser. vol. I, 161—1889; Doras armatulus, Steind. Flussfisch Sud. Am. IV, 5, Denkschrift Akad. Wien, XLVI—1882; Doras costatus e D. armatulus, Kige- mann & Eigemann, Occas. Papers Calif. Acad. of Sci. I, pgs. 223, 231 e 234—1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat, Mus. vol. XIV, pag. 32—1881; Doras costatus Perugia, Anns. Mus. Hist. Nat. de Genova, (2º Ser.) X, 634—1892 ; Boulenge. Trans. Zool. Soc. Lond. XIV, 2% pte. 23—1896 ; Göldi, Bol. Mus. ‘Paraense, II, 456-460, 470 e 479—1898; Doras costatus, Eigenmann & Kennedy, Pr. Acad. Nat. Sci. Philad. 5001—1903; Doras costatus, Eigenmann & Ward, Ann. Carnegie Museum, IV, nº II, 116, 1907. Doras dorsalis, Val.—Doras carinatus, Valenciennes. in Humboldt Observations Zoologiques—II—184—1817; Doras dorsalis, Cuv. & Val., Hist. Nat. Poiss. V,211,— 1840; Guerin, Icon, Régn. Anim. est. 52 fg. 2; Doras papilionatus, Filippi, Guér. Menev.Rev. Mag. Zool. — 167 — 1853. Doras lithogaster, Bleek. Nederl. Tijdschrift Dierk. I—15—1863; Doras dorsalis e D. litho- gaster, Kner Ichthyol. Beitr., Sitzungsber; Akad. Wien— 129 e 132—XVII—Bd.—1885; Doras dorsalis, D. lithogaster e D. papillionatus, Günth, Cat. V, 205—1864. Doras dorsalis, 440 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL Eigenmann & Eigenmann. Pr. Calif. Acad. 2º Ser. I—159 —1889; os mesmos, Occas. Papers Acad. Sci. —I, 222, 225 — 1890; os mesmos—Pr. U. S. Nat, Mus. vol. XIV, 32— 1891; Doras lithogaster, Doras dorsalis, Göldi, Bol, Mus. Pa- raense, II, 462, 469 e 480—1898; Doras dorsalis; Eigenmann & Bean, Amazon. Fishes—Pr. U.S. Nat. Mus, XXXI, 663 — 1907. Doras nebulosus, Eigenm. & Kdy.—Doras nebulosus Eigenmann & Kennedy, Pr. Acad. Nat. Sci. Philad.—500—1903. Doras granulosus Val.—Doras granulosus, Valenciennes, in Humboldt Obs. Zool. II—184— 1812 (?) Doras maculatus, Cuv. & Val. XV, 209 — 1840; Val. Voyage D’Orbigny, IX atlas II, est V, fig. 3 1847; Doras murica, Kner, Sitzungsber, Akad. Wien, XVII —129—1855; Pterodoras granulosus, Bleeker, Nederl. Tijds- crift. Dierk I—15—1863; o mesmo, Silur. Suriname, 36— 1864 Doras muricus, Gunther, Cat. V. 202 1864 ; Doras maculatus, Steindachner, Denks. Akad. Wien, 28—1879; Doras maculatus, Lahille, Rev. Mus. La Plata VI, 270; — 1895; Doras maculatus, Günther, Annals & Mag. Nat. Hist. pg. 11. N. 31—Jnly—1880; Eigenmann & Eigen- maun,, Pr. Cal. Acad. Sci., 2º Ser., I—160—1889 ; os mes- mos, Occas. Papers. Calif. Acad. Sci. I, 222 e 229—1890; os mesmos Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 32- 1891; Doras ma- culatus, Perugia, Annali del Museu civico d’Hist. Nat. di Genova (2º Ser.) X, 634—1892; Eigenmann & Kennedy, Pr. Acad. Nat. Sci. Philad. 500—1903 ; Boulenger, Trans. Zool. Soc. Lond. XIV, 2? parte, 28 — 1886; Goeldi, Bol. Mus. Paraense, II, 456-1898. Doras brachiatus, Cope=Doras brachiata, Cope, Proc. of the Academy of Nat. Sciences of Philadelphia—270 — 1871— (1872); Eigenmann & Eigenmann, Occas. Papers Calif. Acad. of Sciences I pags. 223 e 234- 1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. SIN SSSI Wertheimeria maculata, Steind. — Wertheimeria maculata, Steindachner, Sus- swasserfische des Sudöstlichen Brasilien (III) 102, est X — Sitzungsber. Akad. Wien LXXIV — 1876; Eigenmann & Eigenmann, Occas. Papers. Balif. Acad. Sci—I, 265—1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 34—1891. Trichomycterus nigricans, Val. in Humboldt, Obs. Zool II, 348; Cuy. & Val. XVIII, 836—1846; Gunther, Cat. V. 274; Pygidium nigricans Eigenm. & Eigenm. Pr. Calif. Acad. Sci. 2º Ser. II, 53— 1890; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci. (nec sy- A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 441 nonyma) 328—1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 37—1891; A. de Mir. Rib.—Vert. Itatiaya, 7, Archivos do Mus. vol. XIII, 1906. Trichomycterus amazonicus, Steind. = Trichomycterus amazonicus, Steindachner Flussefische Südamerikas, IV, 29, est. VI figs. 4 e 4 a— 1882; Pygidium amazonicum, Eigenmann & Eigenm; Pr. Calif. Acad. Sci., 2º Ser. 2º, 53—1890; os mesmos. Occas, Papers Calif. Acad. Sci. 328 e 338—1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV. 37— 1891. Trichomyterus proops, Mir. Rib.==Trichomycterus proops, Mir. Rib. Kosmos, n. 2 —Fev'—1908. Trichomycterus punctatissimus, Casteln. = Trichomycterus punctatissimus, Castelnau, Animaux Nouveaux etc., 49—est. 24, fig. 3 — 1855; Pygidium punctatissimum, Eigenm. & Eigenm. Pr. Calif. Acad. Sci. 2% Ser. II—52— 1889; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci. I, 327 e 334—1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus., 36—1891; Trichomycterus punctatissimus, A. de Mi- randa Rib.—Vertebrados de Itatiaya, 7.—1906. Trichomycterus goeldi, Boul=Trichomycterus goeldi, Boulenger, Description of a new Siluroid Fish from the Organ Moutains, Brasil—Ann. & Mag. Nat. Hist. vol. 18. n. CIV pag. 154, 1896; A. de Miranda Ribeiro, Vertebrados do Itatiaya, 7—1906. Trichomycterus dispar (Tschudi) = Pygidium dispar, Tschudi; Fauna Peruana, Ichthyol, 22 est. 3—1845; Trichomycterus punctulatus e T. functatus, Cuv. & Val. XVIII pg. 362, est. 552 — 1846. Lutken Velhas Flodens, Fiske, 137—1875; Pygidium dispar e P. dispar punctulatum Eigenm & Eigenm. Pr. Calif. Acad. 2º Ser. II, 52—1889; os mesmos Occas. Papers Calif. Acad. Sci. I, 317—335 e 366—1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV—36—1891. Trichomycterus immaculatus (Eigenm. & Eigenm.)—Pygidium immaculatum, Fa. genmann & Eigenmann, Pr. Calif. Acad. 2º Ser. II—1890; os mesmos, Occas. Papers. Calif. Acad. Sci.—I, pags. 328 e 337—1890 ; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 37 — 1891; A. de Mir. Ribeiro, Vertebrados do Itatiaya, pg. 7 — 1906. Trichomycterus brasiliensis, Lutk.=Trichomycterus brasiliensis, Lutken, Overs. Selsk. 3 fig. 29—1893 ; 7. brasiliensis, e T. b. var. tristis O mesmo, Velhas Flodens, Fiske, 135 e I, est. III, fig. 8 — 442 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL 1875; Pygidium brasiliense, Figenmann & Eigenmann, Pr. Calif. Acad. Sci. — 2? Ser., II—51—1889; os mesmos, I, 327 — 3321890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 36— 1891; Trichomycterus brasiliensis Boul. Pr. Zool. Soc. Lon- don 2311891; Boulenger, Trans. Zool. Soc. London, XIV, 2º Pte. 34—1895; Pygidium brasiliensis, Inhering, Peixes de agua doce do Rio Grande do Sul 121897; Trichomycterus brasiliensis var Itatiayæ, A. de Miranda Ribeiro, Vertebrados do Itatiaya, 7 e 15—est. I, fig. 1 a, 1 be 1 c—1906. Tridens melanops, Eigenm. & Eigenm.—Tridens melanops, Eigenmann & Eigen- mann, Pr. Calif. Acad. Sci., 2º Ser. vol. II, 531890; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci.—I, 3391890; os mesmos; Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 37— 1891. Tridens brevis, Figenm. & Eigenm.=Tridens brevis, Eigenmann & Eigenmann, Pr. Calif. Acad. Sci.—2* Ser., II, 54 — 1890; os mesmos, Occas. Papers. Calif. Acad. Sci.—I, 340—1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat: Mus. XIV, 37—1891. Minroglanis platycephalus, Eigen. & Eigenm.—Miuroglanis platycephalus, Eigen- mann & Eigenmann, Pr. Calif. Acad. Sci., 2? Ser. II. 56 — 1890; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci., —I, 347—1890: os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus., XIV, 37 — 1891. Vandellia cirrhosa, Cuv. & Val.=Vandellia cirrhosa,Cuv. & Val. Hist. Nat. Poiss., XVIII, 278, est. 547—1846; Castelnau, Anim. Nouv. etc.,51 est. 28 fig. 2; Gunther, Cat. V, 277—1864; Eigenm & Ei- genmann, Pr. Calif. Acad. Sci—2* Ser. II, 55 — 1890; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci.—I, 345—1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 37 — 1891; Boulenger, Proc. Zool. Soc. London, 1891—1897; o mesmo, Trans. Zool. Soc. London, XIV, 7º parte—426—1898. Vandellia plazai, Casteln.—Vandellia plazai, Castelnau, Animaux Nouveaux ou Rares de l’Amerique du Sud—51 est. 28 fig. 1—1855; Vail- lant, Bull. Soc. Philomatique, Ser. 7—IV, 159—1880; Ei- genmann & Eigenmann, Pr. Calif. Acad. Sci. 2º Ser, II, 55—1890; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci. I, 345—1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 37—1891. Stegophilus nemurus, Günther—Stegophilus nemurus, Günther, Proceedings of the Zool. Society of London, 429 — 1869; Pseudostegophilus ne- murus Eigenm. & Eigenm., Pr. Calif. Acad. Sci.—2* Ser. A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 443 II, 54—1890; os mesmos, Occ. Papers Calif. Acad. Sci.—I, 341—1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. 37—1891; Ste- gophilus nemurus, Boul. Trans. Zool. Soc. London, XIV, 7° parte 426—1896, Stegophilus intermedius, Eigenm. & Kigenm.—Stegophilus intermedius, Figenmann & Eigenmann, Pr. Calif. Acad. Sci. 2* Ser. II, 54—1890 ; os mesmos, Occas. Papers. Calif. Acad. Sci.—I, 342 e 343 — 189005 mesmos, Pr. U.S. Nat. Mus. XIV. 37 189% Stegophilus macrops, Steind—Stegophilus macrops, Steindachner, Flussfische Süd- amerika IV, 28, est. VI figs. 2 e 2 a.—1882; Eigenm. & Eigenm,. Pr. Calif. Acad. Sci. 2° Ser. II, 55—1890; os mes- mos; Occas. Papers Calif. Acad. Sci. I, 343 e 344 — 1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. 37—1891. Stegophilus reinhardti, Steind. — Setagrophilus reinhardti Steindachner, Flussfi- sche Sudamerikas IV, 28, est. VI, fig. 1—1882; Eigenm. & Eigenm. Pr. Cal. Acad. Sci. 2º Ser. II, 55— 1890; os mesmos Occas. Papers Calif. Acad. Sci., I, 343, 344—1890 os mes- mos; Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 37—1891. Stegophilus insidiosus, Reinhardt— Séegophilus insidiosus, Reinhardt, Naturgist Foren, Videnskabelige, Meddelelser, 79—est. II; Gunther, Cat. V, 276—1864; Lutken, Velhas Flodens—Fiske 135 e I, figs. 1 a 3—1875; Figenmann & Eigenmann, Pr. Calif. Acad. Sci., 2º Ser. II, 45—1800 ; os mesmos, Occas. Papers. Calif. Acad. Sci —I. 343, 344—1890, os mesmos, Pr. U.S. Nat. Mus. 37—1891. Pareiodon microps, Kner,—Pareiodon microps, Kner, Sitzungsber. Akad. Wien, XVII, 160 c. fig. 1855; Günther Cat. V. 275—parte—1864; Cope. Pr. Acad. Nat. Sci. Philad.—290—1871; Eigenmann & Eigenmann, Pr. Calif. Acad. Sci., 2º Ser., II, 55—1890; os mesmos, Occas. Papers. Calif. Acad. Sci.—346 (parte) 1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus., XIV, 37—1891. Pareidon pusillus, (Casteln.) = Trychomicterus pusilus. Castelnau, Animaux Nouveaux, etc., pg. 50—est 24—fig. 4 — 1855; Astemomy- cterus pusillus, Guichen. Rev. & Mag. Nat. Hist. XII — 525—1890; Eigenmann & Eigenmann, Pr. U. S. Nat. Mus. a 37—1891. Nannoglanis bifasciatus, Bigenmann & Norris = Nannoglanis bifasciatus, Eigen- mann & Norris — Sobre alguns peixes do Estado de S. Paulo, Brasil — Rev. do Museu Paulista, vol. IV, 350 — 1900. 444 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL Heptapterus mustelinus (Valenc.) — Pimelodus mustelinus, Valenciennes, D'Or- bygny, Voyage dans l’Amer. Merid. Poiss. Pl. 2 fig. 1—4—1847 (?) Cuv. & Val. Hist. Nat. des Poisons, vol. XV—122—1840; Heptapterus mustelinus, Gunther Cat. V, 2711864; Hensel, Beitrage z. Kenntniss Wirbelthiere Süd Brasilien — Wigman’s Archif. 77—1870; Eigenmann & Eigenm. Proc. Calif. Acad. Sci. 2? Ser, I, pg. 172—1889 ; os mesmos, Occas. Papers. Calif. Acad. Sci —I— 144, 1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV—29—1891. Perugia, An. Museo Civico di Genova, X— (2º ser.) 639 — 1890-92; Berg. Peces de Agua dulce — Annales del Mus. de B. Ayres; tomo IV (Ser. 2? T. I, 135—1895 ; Lahille— Rev. Mus. La Plata—VI—275—1895, o mesmo, Peces sud americanos, loc. cit. tomo V (Ser. 2? T. II) 264—1897; C. Eigenmann, Notes on Fishes, Dr. Ihering, R. Grande do Sul, Annales N. York Acad. of Sci., VII-632—1894 ; v. Ihering—Peixes d’agua doce do R. Grande do Sul— 12—1897 ; Boulenger — Boll. Musei de Zool. ed. Anat. Comp. della R. Univers. di Torino—XII—279—1897 ; Stein- dachner, Sitzungsber. Akad. Wien CXVI—12—1907. Heptapterus multiradiatus, Rud. Ihering, = Heptapterus multiradiatus, Rud. Ihering Notas Preliminares do Mus. Paulista— 20 e 21 — 1907. Heptapterus leptus (Figenm. & Eigenm.) — Acentronichthys leptus Eigenm. & Eigenm. Proc. Calif. Acad. Sci., vol II—28 — 1890, os mesmos, Occas. Papers. Calif. Acad. Sci. I—145—1890; os mesmos Pr. U. S. Nat. Mus. 29—1891. Nemuroglanis lanceolatus, Figenm. & Eigenm.= Nemuroglanis lanceolatus, Eigen- mann & Eigenmann, Pr. Calif. Acad. Sci., 2º Ser. II — 29—1889 ; os mesmos Occas. Papers. Calif. Acad. Sci.—193 — 1890 ; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus., vol XIV, 30—1891: Callophysos macropterus (Licht.) = Pimelodus macropterus Lichtenstein, Wiedem, Zool. Mag., I (pt. 3º) pg. 59—1819; Pimelodus ctenodus Agass. Gen. Spec. Pisc., Spix,& Mart. pg. 21 — est. VIII a — 1829; Cuv. & Val. Hist. Nat. Poiss. XV pg. 186—1840; Pime- lodus insignis, Schomburgk, Fish British Guian. I,est VI, 1843; Callophisus macropterus Mull & Trosch. in Schomb. Reise British. Guian 629 — 1848; Callophysus macropterus cteno- dus, Mull. & Trosch., Horae Ichtyol. III pg. 92 —1849 Pimelodus ctenodus, Casteln, Anim. Nouv. etc. pg. 35 — A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 445 1855 — Callophysus ctenodus Kner, Sitzungsber. Akad. Wien XXVI pg. 422 — 1857; Pimeletropis lateralis, Gill, Pr. Acad. Nat. Sci. Philad. pg. 1961859; Callophysus lateralis, C.macro- pteruse C. ctenodus, Gunther, Cat. V pg. 137 — 1864; Callo- Physos lateralis, Steindachner, Ichtyol. Beitr. V pg. 105 — Sitzungsber. Akad. Wien. LXXIV—1876; Callophysus macro- pterus Peters, Monatsbericht Akad. Berlin. pg. 470 — 1877. Callophysus lateralis Cope, Proceedings Amer. Philos. Soc. XVII, 676 — 1878; Callophysus ctenodus, Goeldi, Bol. Mus. Paraense, II, pgs. 458,464 e 476—Vaillant. Bull. Soc. Philom. serie 7% IV — 1880; Callophysus macropterus, Eigenm. & Eigenm. Proc. Calif. Acad. 2º serie vol. I pg. 120 — 1888; os mesmos Occas. Papers Calif. Acad. Sci. —I—pg. 95—1890; os mesmos Proc. U. S. Nat. Mus. vol XIV pg. 27—1891; Eigen- mann & Bean, Pr. U. S. Nat. Mus. vol XX XI — 659 — 1907. Conorhyncus conirostris (Cuv. & Val.)=Pimulodus controstris, Cuv. & Val. XV, 151 est. 436 — 1840; Conostoma conirostris, Dumeril, « Ichtyol. Analytique, 484 — 1856; Conorhynchus conirostris, Bleeker, Nederl. Tydschr. Dierk. I,102—1863 ; Gunther, Cat. V, 135— 1864; Lutken, Velhas Flodens, Fiske 162 e V — 1875; Eigenmann & Eigenmann, South Amer. Nemathognati — 185 — 1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. 30 — 1891. Conorhynchus glaber, Steind.—Conorhynchus glaber, Steindachner Suswasserfische S. O. Brasilien (III) 79 — est. VIII—Sitzungsber. Acad. Wien LXXIV — 1876. Eigenm. & Eigenm. Occas. Papers Calif. Acad. Sci. I, 185 — 1890 ; os mesmos, Pr. U.S. Nat. Mus. vol. DEVA 20 11891 lheringichthys westermanni (Reinhard & Lutken) — Pimelodus westermanni e P. labrosus. R. & Lutken, Videnskab. Medel — 32 e 200 — 1874; Eigenmann & Eigenmann, Occas. Papers Calif. Acad. Sci. I, — 166 e180 — 1890; os mesmos, Pr. U. S, Nat. Mus., vol. XIV pg. 29— 1891; Pimelodus labrosus, Boulenger Trans. Zool. Soc. Lond., XIV — 2º parte — pg. 27 — 1896. Jheringi- chthys labrosus e Bergiella westermanni Eigenmann & Norris — Revista do Museu Paulista IV,354e 355 — 1900. Pimelodus labrosus Berg,—Communicaciones del Mus. de B. Aires— Tomo I, nº9 — 296 — 1901. Eigenmann & Kennedy, Pr. Acad. Nat. Sci. Philad.—449—1903 ; Jheringichthys labrosus, Ei- genm. & Ward. Ann. Carnegie Museum, IV, n. II, 116— 1907. 446 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL Pimelodina flavipinnis, Steind. = Pimelodina flavipinnis Steindachner, Ichthyol. Beitr. V—102— est. VIII— fig. 2— Sitzungsber. Akad. Wien, LXXIV Bd. — 1876 ; Eigenmann & Eigenmann,South American Nemetognathi—Occas. Papers Calif. Acad. Sci. I — 1011890; os mesmos. Pr. U. S. Nat. Mus. vol. XIV, 27—1891. Pimelodina nasus, Eigenm. & Eigenm. — Pimelodina nasus, Eigenmann & Ei- genmann, Proc. Calif. Acad. Sci.—2* serie pg. 120—1889; os mesmos, Occas. Papers. Calif. Acad. Sci. —I pg. 101, 1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. vol. XIV pg. 27— 1891. Pseudopimelodus parahybae, Steind., — Pseudopimelodus charus, Steind, Susswas- ser-Fische. S. O. Brasilien, III, pg. 74-Sitzungsber. Akad. Wien, LXXIV Bd. 1876; P. parahybae,o mesmo, Denkschrift. Akad. Wien — pg. 60—est. I, figs. 2, 2-a e 2-b XLII Bd. — 1880 ; Eigenmann & Eigenmann, Pr. Calif. Acad. Sci. 2? serie—vol.Ipg. 122—1889; os mesmos, Occas. Papers, Calif. Acad. Sci. pg. 109 e 110—1890;s, os mesmo Pr. U. S. Nat. Mus. vol. XIV pg. 27—1891. Pseudopimelodus zungaro (Humb.)=Pimelodus zungaro, Humboldt, Obs. Zool. II pg. 170 est. XLVI fig. I—1833; Pimelodus bufonius, P. man- gurus, P. charus e P. Zungaro Cuv. & Val. XV ps. 115, 116.118 e 1191840; Pimelodus zungaro. Schomburgk,Fishes B. Guiana, II, fig. 205—1843; Pimelodns mangurus; Valenc. in D’Orb. est. I figs. 4 4 6 — 1847; Pimelodus bufonius, Kner, Stzungsber. Akad Wien, XXVI Bd. pag. 421—1857; Zungaro humboldti Bleek., Nederl. Tydschr. Dierk. I, pg. 101—1863; Pimelodus bufonius, , P. mangurus, Gunther, Cat. V pg. 133 e 134 — 1864; Pseudopimelodus charus, Lutken, Velhas Flodens, Fiske, pg. 180 e app. VIII 1875; Pimelodus bufenius, Göldi—Bol. Mus. Paraense, II—pg. 456; Pimelodus bufonius, Cope, Pr. Am. Philos, Soc. 675, 17, —1878; Ste- indachner, Denkschrift Akad. Wien. vol. 42—pg. 59 est. II figs. 1, 1-ae 1-b—1880; Pseudopimelodus zungaro, Ei- genm. & Eigenm., Proc. Calif. Acad. Sci.—2? serie I, pag. 122—1889; os mesmos, Occas, Papers Calif. Acad. Sci— I, pags. 109 e 112—1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. vol. XIV. pg. 28—1891; Lahille, Rev. Mus. La Plata,tomo A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 447 VI, pg. 270, 1895; Eigenmann & Norris, Rev. Mus. Pau- lista, 1V—350, 1900. Pseudopimelodus alexandri (Steind.)= Lophiosilurus alexandri, Steindachner-Ichtyol. Beiträge V, pag. 106, est. XV—Sitzungsbericht Akad. Wis- senschaft Wien, LX XIV Bd.— 1876; Pseudopimelodus agassizi, Steind, Denkschrift Akad. Wien, XLII Bd., pag. 61—1880; Pseudopimelodus alexandri, Figenm & Eigenm. Occas. Pa- pers. Calif. Acad. Sci. T, pags. 109 e 110 — 1890; os mes- mos, Pr. U. S. Nat. Mus., vol. XIV, pag. 27—1891. Pseudopimelodus raninus (Cuv & Val.) =Pimelodus raninus, Cuv. & Val. AVE pag. 117, est. 434— 1840: Kner, Sitzungsber. Akad. Wien XXVI, pag. 421—1857; Gunther, Cat. V, pag. 133—1864; Peters, Monatsber. Akad. Berl., pag. 470-1877; Pseudopt- melodus raninus, Eigenmann & Eigenmann, Pr. Calif.Acad. Sci., 2? serie, vol. 1 pag. 122 — 1889; os mesmos, Occas. Papers. Calif. Acad. Sci. I, pags. 109 e 111—1890; os mes- mos, Pr. U. S. Nat. Mus., vol. XIV, pag. 27—1891. Pseudopimelodus acantochira, Eigenm. & Eigenm. — Pseudopimelodus raninus, Steind. Denkschr. Akad. Wien, pags., 61, 42. Bd. — 1880; Pseudopimelodus acantochira. Proc. Calif. Acad. Sci., 2º se- rie, vol. I, pag. 122—1889; os mesmos, Occas. Papers Acad. Sci. I, pags. 110 e 114—1890; os mesmos Pr. U. S. Nat. Mus., vol. XIV, pag. 27—1891. Imparfinis piperatus, Figenm. & Norris = /mparfinis piperatus. Figenmann & Norris, Revista do Museu Paulista, IV, pag. 352—1900. Rhamdia ignobilis (Steind.) = Rhamdella ignobilis, Steindachner, Sitzungsber. Akad. Wien, CXVI—486—1907. Rhamdia minuta, Lutken—=Ramdia minuta, Lutken, Velhas Flodens Fiske,179 e VIII, est. III, fig. 6 — 1875; Eigenm. & Eigenm. Pr. Calif. Acad. Sci. 2º serie I, 131, 1889; os mesmos Occas. Papers. Calif. Acad. Sci I, 138 e 142 — 1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus., vol. XIV, 28—1891. Rhamdia jenynsii (Ginther.)—Pimelodus gracilis, Jenyns, Zool. Beagle, Fishes, 110 — 1842; Pimelodus jenynsü, Günther, Cat. V, 128 — 1864; Rhamdia jenynsii ? Kigenm. & Kigenm. Proc. Cal. Acad. 2º serie I, 130—1889; Rhamdella jenynsii ? os mes- 448 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL mos, Occas. Papers. Calif. Acad. Sci. I—138 e 140—1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus., vol. XIV—28—1891. Rhamdia eriarcha (Figenm. & Eigenm.) — Rhamdella eriarcha, Figenmann & Eigenmann, Proc. Calif. Acad. Sci. 2º ser. I, 129 — 1889; Os mesmos,Occas. Papers.Calif. Acad. Sci. I—138 e 139 —1890; os mesmos, Proc. U. S. Nat. Mus. vol. XIV 28-1891. H. von Ihering, Peixes do Rio Grande do Sul— 11 — 1897. Rhandia microcephala (Lutk.)— Rhandia microcephala, Lutken, Velhas Flodens, Fiske, 177 c VIII, est. III, figs. 7 e 7 a — 1875, Eigenm & Eigenm. South. Amer. Nemath. 138—1590; os mesmos Pr. U. S. Nat. Mus. XIV—28—1891. Rhamdia exudans (Jenyns)=Pimelodus exudans, Jenyns Zool. Beagle, Fishes 111— 1842; Günther, Cat. V, 132—1864; Rhamdia exudans Eigenmann. & Eigenmann, Pr. Calif. Acad. Sci. 2º Ser. I, 130—1889; os mesmos Occas. Papers. Calif. Acad. Sci. I 138 e 140—1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. vol. XIV 28—1891. Rhamdia notata (Shomb.)—Pimelodus notatus, Shomb., Fishes Guian., I, 181, est. 7-18; Günther, Cat. V, 131 — 1864; Rhamdia notata, Eigenm. & Eigenm. Proc. Calif, Acad. 2? Ser. I, 129 — 1888; os mesmos, Occas. Papers. Calif. Acad. Sci. I, 138 e 139—1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV. 28 —1891. Pimelodus notatus, Göldi, Bol. Mus. Paraense III, 457—1898. Rhamdia insignis (Shomb.) = Pimelodus insignis, Shomburgk, Fishes Brit. Guian. 180-1843; Pimelodus cristatus, Müll & Trosch. in Shomb. Reise in B. Guian. 628—1848; os mesmos, Horae Ichthyologicae III, 4—1849; Günther, Cat. V. 117—1864; Pimelodus agassisi, Steindachner, Sitzungsber. Akad. Wien, LXXIV Bd. (Ichthyol. Beitr.) pag. 99—1876; Pime- lodus ophthalmicus, Cope. Pr. Amer. Philos. Soc. XVII, 675—1878; Pimelodella cristata, Vaillant, Bull. Soc. Philom. 7° Serie, IV, 152—1880; Steindachner, Denkschrift Akad. Wien XLVI, Beitr. Kenntn. Flussfische Sud Amerikas, IV 4—1882: Pimelodus cristatus, Eigenm & Eigenm., Pr. Calif. Acad. Sci. I, 2? Serie, I, 132 — 1889; os mesmos, Occas. Papers. Calif. Acad. Sci. I, 147 — 150 — 1890; os mesmos, A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 449 Pr. U. S. Nat. Mus. vol, XIV, 29—1891; Pimelodus cris- tatus, Perugia. An. Mus. de Genova X, 631—1892 : Pime- lodus insignis, P. cristatus, Goeldi, Bol. Mus. Paraense, II, 459, 466 e 476 — 1898; Pimelodella cristata, Eigenm. & Bean, Pr. U. S. Nat. Mus. vol. XXXI, 660—1907. Rhamdia wesselii (Steind.)=Pimelodus (Pseudorhamdia) wesselii, Steindachner Sitzungsber. Akad. Wien, LXXIV Bd, I Absh. Sussw, Fische S. O. Bras.(III) 56— 1876. Pimelodella wesselii, Eigenm. & Eigenm. Pr. Calif. Acad. Sci. 2º Ser. I, 132, 1889; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. of. Sci. I, pgs. 148 e 152—1890; os mesmos. Pr. U. S. Nat. Mus. vol. XIV, 29 1891. Rhamdia gracilis (Cuv. & Val)= Pimelodus gracilis, Cuvier & Valenciennes, Rhamdia pectinifer XV 134—1840; Valenciennes in d’Orbigny, Voyage dans l’Am. Merid. atlas II fig. 5 — 1847; Kner, Sitzungsber. Akad, Wien XXVI, pg. 418—1857 ; P. Pseudorhamdia gra- cilis, Steindachner Flusf. Sud. Am. I, 9—Denkschrift. Akad. Wien — XLI—1879; Pimelodella gracilis, Figenm. & Ei- genm. Pr. Calif. Acad. Sci. 2? Ser. I, 132—1889; os mes- mos, Occas. Papers. Calif. Acad. Sci. I, pags. 148 e 153 — 1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. vol. XIV—1891; Pimelodus gracitis, Boulenger. Trans. Zool. Soc. London— XIV, pt 22, 27—1896; Pimelodella gracilis, Pimelodus gra- cilis, Goeld, Bol. Mus. Paraense, 458—1898; Eigenmann & Ward, Annals Carnegie Museum IV, 114—1907. (Eigenm. & Eigenm.) Pimelodella pectinifer, Figenmann & Eigenmann,Proc. Calif. Acad. Sci., 2? serie I, 132—1889; os mesmos, Occas. Papers. Calif. Acad. Sci. I, 148 e 154 — 1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. vol. XIV — 29 — 1891. Rhamdia harttii (Steind.) Pimelodus (Pseudorhamdia) hartii, Steindachner Suss- wasserfische des südöstlichen Brasilien (III), 53 Sitzungsber. Akad. Wien, LXXIV Bd.—1878 ; Pimelodella hartü, Ei- genm. & Eigenm. Proc. Calif. Akad. Sein 22 Ser. 1,5133, 1889; os mesmos, Occas. Papers. Calif. Acad Sera 149 __158—1890 ; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. vol. XIV —29— 1891. 450 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL Rhamdia lateristriga (Muller & Tr.) = Pimelodus lateristriga, Muller & Tros- chel, Horae Ichthiol., III, 3, 1849 ; Gunther Cat. V, 118— 1864 ; Hensel, Archif. Naturg. Anno 36, 69—1870 ; Cope, Pr. Philad. Acad. Nat. Sci. 270—1872; Pseudorhamdia la- teristriga Lutken, Velhas Flodens. 172 c. fig. e VI—1875, Steindachner, Susw. fische. Sudöstlichen Bras. III, 45—Si- tzungsber. Akad. Wien, 1876. Vaillant. Bull. Soc. Philom. 7? serie—IV—52—1880; Pimelodella lateristriga, Eigenm. & Eigenm. Pr. Calif. Acad. Sci 2? Ser. 1—133—1889 ; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci. I—149—156—1890; Pimelodus lateristriga, Boulenger. Trans. Zool. Socc. Lon- XIV Pte. 3227. 1896. Os mesmos, Pr. US. Nat Mas: vol. XIV, 29- -1891 ; Ihering, Peixes d'Agua doce do R. Grande do Sul, 11—1897. Rhamdia vittata (Kroyer-Lutk.)—Pseudorhamdia vittata (Kryeer) Lutken, Velhas Flodens Fiske, 172 c. f. e VII, 1874; Pimelodella vittata, Eigenm. & Eigenm. Pr. Calif. Acad. 2? serie I, 183-1889 ; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci., I, 149 e 159 1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. vol. XIV, 29-1891. Rhamdia modesta (Günth) — Pimelodus modestus, Gunther, Proc. Zool. Socc. Lond. 239—est. 10, fig. C. 1860; o mesmo, Cat. V, 117— 1864, o mesmo, Fishes Centr. Amer.—393—1866 ; Pimelo- della modesta, Eigenm. & Eigenm. Pr. Calif. Acad. Sci. — 2º Ser. I—183—1889; os mesmos, Occas. Papers. Calif. Acad. Sci. I. 148 e 155— 1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. vol. XIV, pg. 29—1891; Pimelodus modestus, Boulen- ger, Trans. Zool. Soc. London, vol. XIV, pt e. 8, 422— 1898. Rhamdia eigenmanniorum,Mir. Rib.—Pimelodella buckley Eigemann & Eigemann, Proc. Calif. Acad. Sci. 2º ser. I, 133 — 1889; os mesmos, Occas. Papers. Calif. Acad. Sci. 1°—pgs. 149 e 158 (parte) 1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. vol. XIV, 29—1891, (parte.) Rhamdia transitoria, Mir. Rib.=Pimelodella transitoria, Alipio de miranda Ri- beiro. Peixes do Yporanga, Lavoura, anno XI, 404 n. 5 pg. 186-Maio de 1905. Rhamdia brasiliensis (Steind.)=Pimelodus (Pseudorhamdia) brasiliensis,Steind. Sursw, fiche So, Bras. (III) 50, est. VII, Sitzungsber Akad. A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 451 Wien LXXIV Bd. 1876; Pimelodella brasiliensis. Eigenm. & Eigenm. Pr. Calif. Acad. Sci. 2º Ser. I, 133 — 1889; os mesmos, Occas, Papers, Calif. Acad. Sci. vol. I, 140 e162 : —1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. vol. XIV, 29 — 1901 Rhamdia schomburgki, Bleeker—Pimelodus maculatus, Schomburgk, Fishes, B. Guiana, 1—175, 1843; Rhamdia schomburgki Bleeker, Ich- thyol. Arch. Ind. pg. 208—1858; Eigenmann & Eigenmann Pr. Calif. Acad. Sci—2? Ser. Vol. I pg. 124 — 1889; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci. I pgs. 118 e 122 —1890; Pr. U. S. Nat. Mus. vol. XIV pg. 28 — 1891; Pi- melodus maculatus, Goeldi, Bol. Mus. Paraense, II vol. pg. 459. Rhamdia obesa, Eigenmann & Eigenmann— Rhamdia obesa, Eigenmann & Ei- genmann, Proc. Calif. Acad. Sci. 2º Serie, vol. I, pag. 124 1889—Os mesmos, Occas. Papers. Calif. Acad. Sci. I, pgs. 119/€ 1221890; 05 mesmos) Pr. US. Nat. Mus. vol; XIV pg. 281891. Rhamdia sapo (Cuv. & Val.) = Pimelodus sapo, Cuv. & Val., XV, pg. 133 — 1840; Valenciennes in D'Orbigny — IX, Atlas II fig. 6 à 8-1847; Kner, Sitzungsber. Akad. Wien, XXVI, pag. 417 1857; Gunther, Cat. pg. 1321864; Steindachner, Ichthyol Notizen IX pg. 5, Sitzungsber. Akad. Wien, LX — 1869; Hensel, Wiegman’s Archif, I pg. 69 — 1870; Steindachner, SW. Fische SO. Brasilien, III pg. 60—I. cit. LXXIV Bd — 1876; Rhamdia sapo, Eigenm. & Eigenm. — Pr. Calif. Acad. Sci. 2º Serie, vol. I, pag. 126 — 1889; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci.—I, pgs. 120 e 130—1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus., vol. XIV pag. 28—1891; Pimelodus sapo, Perugia, An. Mus. de Genova X, 631 — 1892; Lahille, Revista do Mus. de La Plata, tomo VI pg. 270— 1895. Rhamdia hilarii (Cuv. & Val.) —=Pimelodus hilarü, Cuv. & Val., XV, pg. 134 1840; Günther Cat. V, pg. 132 — 1864; Rhamdia hilarii, Lutken, Velhas Flodens, Fiske pg. 175 c.f. e pg. VII app. 1875; Eigenm. & Eigenm.—Pr. Calif. Acad. Sci. — 2º Serie, I—pg. 1261889; os mesmos, Occas. Papers. Calif. Acad. Sci. —I pg. 120 e 1311890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL Mus. XIV pg.28—1891; H. v. Ihering: Os peixes d’agua doce do Rio Grande do Sul, pg. 11—1897. “ Rhamdia quelen (Quoy & Gmrd.)—Pimelodus quelen, Quoy & Gmrd, Voyage Rhamdia sebae (Cuv. Uran., Zool est. 49—figs. 3 e 4—1824; Heterobranchus sex- tentaculatus, Agass. in Spix Pisc. Bras., pg. 28 est. 11— 1829; Pimelodus sellonis, Müll. & Trosch. Horae Ichthyol, III—pg. 2 — 1849; Pimelodus bahianus, Castelnau, Anim. Nouv. etc. pg. 35—est. XVI fg. 2—1885; Pimelodus sebae e P. sapipoca Kner, Sitzungsber. Akad Wien XXVI pgs. 417 e 418-— est. 191857; Rhamdia queleni, Bleek, Nederl. Tijdschr, Dierk I, pg. 101 — 1863; Pimelodus queleni, P. wurchereri, Gunther, Cat. V, pg. 1231864; Pimelodus que- leni, P. queleni cuprea e P. cuyabae, Steindachner, Suss- wasserfische SO. Bras. III, pgs. 64, 65 e 76—Sitzungsber, Akad. Wien LXXIV-— 1876; Ramdia quelen, Eigenm & Ei- genm. Pr. Calif. Acad. Wien 2? Serie — vol. I. pg. 126— 1889; Rhamdia quelen, Berg, Anales del Mus. Nac. de B. Ayres, tomo IV (Ser. II, tomo I) pg. 133 — 1895; os mes- mos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci. I, pgs. 120 e 1261890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. pg. 28, 1891; Pimelodus queleni Boulenger—Bol. Mus. di Torino—370 e vol. XV— 1900 Eigenm. & Norris, Rev. Mus. Paulista IV, 3501900; Rhamdia quelen, Eigenm. & Kennedy, Proc. Acad. Nat. Sci. Philad.—499- 1903; A. de Miranda Ribeiro—Archivos do Museu Nacional, vol. XIII pg. 177, 1906; Eigenm. & Bean, Pr. U. S. Nat. Mus. vol. XXXI, pg. 660 — 1907; Eigenman & Ward, Annals Carnegie Museum. vol IV, 113 1907. & Val.)—Artedi, Thes sebae, III est. 29 fig. 5, Rhamdia ou Bagre de Rio, Marcgrav, Pisc. Bras. pg. 149, c. fig., 1648; Gronow. Mus. Ichthyol.—I, pg. 34—1744; Zoophyl. pg. 125 — 1763; Estampa 48 — Alex. Rodrigues Ferreira: 1783—93; Quoy, & Gmrd. Voyage Freyc, Zool. pg. 228 est. XLIX figs. 3 e 4, 1824; Pımelodus sebae, Cuv. & Val., XV . pg. 125, 1840; Pimelodus stegelichit e P. musculus, Mull. & Trosch., Hor. Ichthyol. III, pg. 3 e 4—1849; Pimelodus se- bae, Kner, Sitzungsber, Akad Wien, pg. 417—XXVI Bd— 1857; Hyrtl, Denkschr. Akad. Wien, XVI pg. 16 — 1859. Pimelodus holomelas, Gunther, Ann. & Mag. Nat. H., XII ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL 453 442— 1863; Rhamdia queleni, Bleek., Sil. Sur. pg. 75—1864; Pimelodus sebae, P. mülleri, P. holomelas, P. stegelichü, Gün- ther, Cat. V pgs. 119, 120 e 121—1864 ; Pimelodus sebae e P. kneri, Steindachner, Sussw. fische. SO. Bras. III pgs. 68 e 73—Sitzungsber, Akad. Wien LXXIV—1876; P. sebae, o mesmo, Fische-Fauna Magdal. Str. pg. 17, Denkschrift Akad. Wien XXXIX Bd. — 1878; o mesmo Fisch. Fauna des Cauca und Flusse bei Guayaquil, pg. 7, Denkschrift Akad. Wien, XL Bd.— 1879; Rhamdia sebae e R. sebae kneri Eigenmann. & Eigenmann, Proc. Calif. Acad. Sci., vol. I pg. 126—1889; Occas. Papers. Calif. Acad. Sci.—Ipgs. 119, 1232871261890, Pr. U.S. Nat. Mus. Vol. XIVips. 28 —1891 ; Pimelodus mulleri e P. sebae, Göldi, Bol. Mus. Pa- raense, II pgs. 459, 461-e 476—1898; Pimelodus sebae, Bou- lenger, Annali del Mus. di Genova, vol. XIX—126—1899 e Boll. Mus. di Torino— XV n. 370—1900. Rhamdia poey, Eigenm. & Eigenm — Rhamdia poeyi, Eigenmann & Eigenmann, Pr. Calif. Acad of Sci, 2? serie, I vol. gg. 127 — 1889; os mesmos, Occas. Papers. Calif. Acad. Sci, I, pgs. 121 e 135 1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus., vol. XIV. pg. 28 1891. Rhamdia tenella, Eigenm & Eigenm. = Rhamdia tenella, Eigenm. & Eigenm., Proc. Calif. Acad. Scf, 2? serie, 1° vol. pg. 127—1889; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci, — I, pgs. 121 e 136—1890; Pr. U. S. Nat. Mus., vol. XIV, pg. 28—1891. Rhamdia foina (Müll. & Trosch.)—Pimelodus foina, Müller & Troschelin Schom- burgk B. Guiana, pg. 628—1848; os mesmos Horae Ich- thyol, III, pg. 5—1849; Gunther, Cat. V, pag. 130—1864; Rhamdia foina, Eigenmann & Eigenmann, Proc. Calif. Acad. Sci. 2º serie—1° vol., pg. 126 — 1889 — os mesmos, Occas. Papers. Calif. Acad. Sci., I pgs. 119 e 1261890; os mes- mos; Pr. U. S. Nat. Mus., vol. XIV pg. 281891. Rhamdia breviceps (Kner)=—Pimelodus breviceps, Kner Sitzungsber. Akad. Wien — XXVI Bd.—pg. 4191857; Gunther, Cat. V, 1221864 Rhamdia breviceps, Eigenmann & Eigenmann, Proc. Calif. 454 A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES Acad, Sci. 2º ser. I, 124—1888; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci—I—118—121—1890; os mesmos Pr. U.S. Nat. Mus., XIV—28—1891. Rhamdia arekaima (Schomb)—Pimelodus arekaima, Schomburgk, Fishes British Guiana—pt I,—178 (nec fig.) 1841; Pimelodus multiradiatus Kner—Sitzungsber. Akad. Wien—XXVI—414—1858; Noto- glanis multiradiatus, Gunth. Cat. V—136—1864; Rhamdia multiradiatus, Eigenmann & Eigenmann, Proc. Calif. Acad. Sci. 2% Ser. —I—126—1889; os mesmos, Occas. Papers. Calif. Acad. Sci.—I, 120 e 130—1890; os mesmos, Proc. U. S. Nat. Mus. XIV, 28—1891 ; Pimelodus multiradiatus, P. are- kaima, Goeldi—Bol. Mus. Paraense—II—459—1898. Pimelodus eques (Miiller.)—Pimelodus eques, Muller e Troschel in Schomburg British Guiana, 3º, 628—1848; os mesmos, Horae Ichthyol, III, 5—1849; Gunther, Cat. V, 116 — 1864; Steindachner, Ichthyol. Beitr. V. pg. 99—Sitzungsber. Acad. Wien, LXXIV Bd — 1876 ; Eigenmann & Eigenm. Pr. Calif. Acad. Sci. 2º Ser. I—134—1889; os mesmos, South. Am. Nemato- gnathi—165 e 166—Occas. Papers. Calif. Acad. Sci— 1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. vol. XIV—pg. 29—1891; Goeldiella eques, Eigenm. & Norris, Rev. do Mus. Paulista IV, 3583-1900. — Pimelodus ornatus, Kner—Pimelodus ornatus, Kner, Sitzungsbsr Akad. Wien XXVI Bd,—pg. 411, Est. VI, fig. 18, Ichthyol Beitr. II — 1858; Gunther, Cat. V—116—1864; Pseudorhamdia ornata, Bleeker, Sil. Surin. 77—1864; Pimelodus ornatus, Eigenm. & Eigenm. Pr. Calif. Acad. 2* Ser. I — 134 — 1889 ; os mesmos, Occas. Papers, Calif. Acad. Sci.—I—168—1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. pg. 29—1891; Goeldi, Bol. Mus. Paraense, II pgs. 456, 461 e 475; Eigenmann & Ken- nedy, On a collection of Fishes from Parguay (Proc. Acad. Nat. Sci. Phila.) pg. 499 julho 1903; Eigenm. & Ward, Annals Carnegie Museum, IV, no II, 115—1907. Pimelodus clarias (L) = Silurus clarias, Linneo, Syst. Nat. Ed. X, 306 — (parte)—1758; Bloch, Ichthyol, est. 35, pags. 1 e 2—Bloch ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL 455 & Shn. Syst., 379—(parte) 1801; Pimelodus clarias, P. ma- culatus, Lacép Hist. Nat. Poiss. V, pgs. 93, 94 e 107 — 1803; Pimelodus rigidus, Spix, Pisc. Bras. pag. 19 — est. VII fig. 2 — 1829; P. blochii, P. maculatus, Cuv. & Val. Hist. Nat. Poiss. XV, pgs, 139 e 143—1840; P. maculatus, P. arekaima Schomburgk, Fishes of Guiana, 1, 175 — (es- tampa só.) 1741; P. maculatus Val. in D’Orbigny, Voyag en Am. Merid. IX, atlas, II, est. I figs. 1—3—1847; Ba- grus clarias, Müll & Troschel, in Schomb., Reise in B. Guiana. pag. 627—— 1848; Artodes clarias, os mesmos,Hor. Ichthyol., III, 10—1849; Mystus ascita, Gronow, Cat. (Ed. Gray) —156 — 1854; Pimelodus clarias., Casteln. Anim. Nouv. etc. pag. 34—1855; Arzodes clarias, Kner, Sitzungs- ber. Akad. Wien, 413, XXVI, Bd. — 1857; Pseudorhamdia ascita, Bleeker, Verh. & Medel. Akad. Wetensk. Amst. 348 —1862; Pseudariodes clarias, Bleeker, Nederl. Tydschr. Dierk., I, 99—1863; P. macronema, Bleek, Sil. Sur. 79, est. 14,—1864; Piramutana blochi, e Pimelodus maculatus, Gun- ther, Cat. V, 111 e 115—1864; Pimelodus maculatus, Steind. Ichthyol. Not. VI—32—LVI Bd. Sitzungsber. Akad. Wien. 1807; Ichthyol. Not. IX, — 6 — Sitzungsber. Akad. Wien —Bd. LX—1869; Hensel, Wiegm. Archif. 1, 69 — 1870 ; Pseudariodes piscatrix, Cope, Pr. Amer. Philos. Soc. XI, 569—1870; o mesmo, Pr. Philad. Acad. 262 — 1872; Pseu- dariodes clarias, Pim. albicans e P. pantherinus Lutken, Meddel, Naturhist, Foren, 192—194 e 199—1 e 4—1874; o mesmo P. maculatus, Velhas Flodens, Fiske, 163 (c. fig.), 168, 169 V e VI—est. II, fig. 3—1875; Pimelodus macula- tus, Steind. Susswasserfische S. O. Brasilien, III, 40, LXXIV Bd. Sitzungsber Akad. Wien — 1876; Monatsber. Akad. Brl. 460—1877; Pimelodus clariase P. albicans, Steind. Fischf. Magdal. Stromes—15 e 16 — 1878; Pseudorhamdia piscatrix, Cope, Pr. Amer. Philos. Soc. XVII, 674—1878; Pimelodus clarias, Steindachner, Fluss. f. Sud Amer. I, 10 Denkschrift. Akad. Wien VII—1879; Piramutana macros- pila, Ann. & Mag. Nat. Hist. July—10 — est. II — 1880: Pimelodus clarias Eigenmann & Eigenmann, Pr. Calif. Acad. A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES Sci. 2º Ser. I, 134 e 135—1888; Pimelodus clarias Eigen- mann & Eigenmann. Occas. Papers Calif. Acad. Sci. I, gs. 165, 171, 180 e 182—1890; Pr. U. S. Nat. Mus.,vol. XVI, pgs. 29 e 30—1891; P. argenteus, Pimelodus macula- zus Perugia Ann. Muss. d’Hist. Nat. di Genova—X, 630 e 631—1892; Pimelodus clarias e P. argenteus, Labille, Rev. Mus. de La Plata—6, 270 e 274—1895; Pimelodus macula- tus, Jord. & Evermann, Bul. 47 U. S. Nat. Mus, parte 155 — 1896; Pimelodus maculatus, Blgr. Trans. Zool. Soc. Lond. XIV, parte 2*, 271897, e Bollettino dei Musei di Zool. ed. Anat. Comp. della R. U. di Torino — XII — n. 170 — 1897; Pimelodus clarias, Ihering—Peixes d’agua doce do R. G. do Sul, pg. 12—1897; Pimelodus maculatus, Goeldi. Bol. Mus. Paraense, vol. II, pgs. 461 e 475—1898; Pi- melodus maculatus, Boulenger. Trans. Zool. Soc. Lond. vol. XIV, 422—1898 e Annali Mus. Civ. d’Historia Naturale de Genova—XIX—pag. 126—1899. P. clarias, Eigenmann & Norris Rev. Mus. Paulista, vol. IV—353—1900; Pimelodus clarias, Eigenmann & Kennedy, Pr. Acad. Nat. Sci. Phi- lad. 499— 1903; Eigenmann & Ward, An. Carnegie Museum, IV, n. 2, 115—1907. Pimelodus altipinnis, Steind. — Pimelodus altipinnis, Steindachner. Ichthyol. Not. 1, 14 est. II figs. 3 e 4; Sitzungsber, Akad. Wien, XLIX. B.—1864; e Ichthyol. Beitr. IV, 56 est. XI—Sit- zungsber. LXXIV— 1876; Eigenmann & Eigenm. Pr. Calif. Acad. 2º Ser. I, 135—1889 ; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. of Sci., I—pgs. 166 e 180—1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. vol. XIV, 30 — 1891; Göldi, Bol- Mus. Paraense II, 461 e 476 — 1898, Eigenmann & Bean, Pr. U. S. Nat. Mus., vol. XXXI, pg. 660—1907. Pimelodus valenciennis, Lutken—Pimelodus valenciennis Kröyer—Lutken, Viden- shab. Meddel—201 e 204 — 1874; Pimelodus nigribarbis, Boulenger, Annals & Mg. Nat. Hist: 6 ser — IV — 266 — 1889; Pimelodusvalenciennis, Eigenmann & Eigenmann, Occas. Papers. Calif. Acad. Sci. —I-—166 e 180; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus., vol. XIV—29—1891; Pimelodus spegaz- zintt, Perugia, Alc. Pesc. Sud. Am. — Annali del ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL 457 Museu Civico d’Historia Naturale di Genova—Ser. II vol, X — 632 — 1892; Eigenmann — Annals N. Y. Acad. Sci. — VII — 632 — 1894 ; Pimelodus spegazzinii e P. valenciennis, Lahille, Rev. Mus. de La Plata — VI—274 e 275 — 1895. Ihering, Peixes d’agua doce do Rio Grande do Sul, pag. 11—1897 ; Berg, — Communicaciones del Mus. de B. Aires — tomo I—n. 9 — 297 — 1901 ; Eigenmann & Kennedy, Proc. Acad. Nat. Sci — Philad. — July — 499 — 1903. Pimelodus fur (Lutken) —Pseudcrhamdia fur, Lutken, Dan. Vidensk. Selsk. 3 — 1874; Velhas Flodens, Fiske, Vidensk. Selsk. Shr., 5 Raekke 12 te. Afd. Bd. 11 — 169 e VI est. II e III— fig. 3 — 1875; Prmelo- dus maculatus, Kner, Sitzungsber. Akad. Wien XXVI, 413 — (parte) 1857 ; Pimelodus microstoma, Steind. Stzungsber. Akad. Wien. LXXIV — 1876; Pimelodus fur, Eigenm, & Eigenm. Proc. Calif. Acad. Sci. 2a ser. I, 135—1889 ; os mesmos, Occas Papers Calif. Acad Sci. 166 e 182 — 1890 ; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV — 30 — 1881 ; Eigenm, & Ward, Annals Car- negie Mus. IV, no II—115—1907. “Pimelodus agassizi (Steind.)—Pirinampus agassizi, Steindachner, Ichthyol. Beitr. IV, 57 est. 12. Sitzungsbericht Akad. Wien DXXIV Bd. —1876; Vaillant, Bul. Soc. Philom., 7? serie, EIV—153—1880 ; Pimelo- dus agassizi, Kigenmann & Eigenmann, a Papers Calif. Acad. Sci. I, pg. 183—1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus, 30—1891; Perugia agassizi, Eigenm. & ni Rev. Mus. Paulista, vol. [V355—1900; Luciopimelodus agassizi, Eigenmann Bean, Pr. U. S. Nat. Mus. vol. XXXI—660—1907. Luciopimelodus platanus (Gunth.)—Pimelodus platanus, Gunth. Anals & Magazin of Nat. History, 4º serie pg. 10—July—1880. Luctopimelodus pla- tanus Eigenm. & Eigenm. Occas. Papers Calif. Acad. Sci.—I —pgs. 106 e 108—1890; os mesmos, Pr. U.S. Nat. Mus. vol. XIV pg. 27—1891; Lahille, Rev, Mus. la Plata, tomo VI, pg. 270—1895 ; Pimelodus platanus, Boulenger, Trans. Zool. Soc. London—XIV—27—1896 ; Eigenmann & Norris, sobre alguns peixes do E. de S. Paulo, Rev. Mus. Paulista, vol. IV, pg. 350—1900. 77 pati (Cuv. & Valenc.)\—Pimelodus pati, Cuv. & Valenc. XV. pg. 131— 1840; Valenciennes, in d’Orbigny, Voyage Am. est. 1 figs.7 a 91847 ; Kner, Sitzungsbericht Akad, Wieien, XXVI—Bad. pag 4161857 Gunther, Cat. V. pg. 128; Luciopimelodus pati Ei- 458 A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES genm. & Eigenm. Pr. Calif. Acad. 2, serie—vol. I, pg. 122— 1889 ; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci. I, 106—1890 os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. vol XIV—1891; Pimelodus pati, Perurgia, Ann. Mus. di genova, X 631—1892 ; Zuciopime- lodus pati,Lahille,Revista del Museu de La Plata,tomoVI pg. 270 — 1895. Luciopimelodus pati, Boulenger, Trans. Zool. Soc. Lond. XIV—pte. 2%, pg. 27—1896; Pimelodus pati, Goldi Bol. Mus. Paraense II—pg. 464—1898. Steindachneria parahybae. (Steind — Platystoma parahybae, Steindachner. Susswasserfis- che S:Q. Brasilien, III—82—est. IX—LXXIV Bd:, Stzungsber. Akad. Wien.—I Abth. Nov. Heft.—1876 ; Steindachneria para- hybae, Eigenmann & Eigenman, Pr. Cal. Acad. Sci. 2a Ser. I— 137— 1888; os mesmos Occas. Papers. Calif. Acad. Sci. I—202 e 204—1890 ; os mesmos, Pr. U.S. Nat. Mus. XIV, 31—1891; Alipio de Miranda Ribeiro, oito especies de peixes do Rio Pomba «Lavoura: ns. 7— 8—julho e agosto, 255—1902—(nec syno- nyma). Steindachneria doceana, Eigenm.& Eigenm.— Platystoma parahibae, Steindachner, Sus- sw. of. S.O. Bras. III—82 pte) Stizungsber. Akad.Wien— LXXIV Bd—1876 ; Steindchneria doceana, Eigenmann & Eigen- mann, Proc. Calif. Acad. Sci., 22 Ser. II, 30—1889; os mesmos, Occas. Papers. Calif. Acad. Sci.—I, 202 e 204— 1890 ; os mesmos, Pr.U. S. Nat.Mus., vol., XIV—31—1891. Steindachneria amblyura, Eigenm. & Eigenm. —Platystoma parahybae, Steind, Suswas- serfische SO «Brasilien, 82 (parte) LXXIV—Bd. Sitzungsber. Akad. Wien— 1976. Steindachneria amblyura, Eignem. & Ei- genm. Pr. Calif. Acad. Sci. 2a ser. I-137— 1888; os mes- mos Occas. Papers. Calif. Accad. Sci. I—202—203—1890 ; os mesmos Pr. U. S. Nat. Mus., XIV—31—1891. Platynematichthys punctulatus (Kner)—Bagrus punctulatus, Kner. Sitsungsber. Akad. Wien 26, 380—1858; B. nigripunctactus Kner, Wiegman’s Archif. 345—1858. Platystomatichthys punctulatus Bleeker Nederl. Tijds- chrift Dierkunde, I-99—1863 ; Gunther, Cat. V. 1121864; Eigenmann & Eigenmann. South. Am. Nematognathi, 187— 1890 ; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. 1891; Bagrus puncta- tatus, Goldi, Bol. Mus. Paraense, II—457. Platynematichthys araguayensis (Cast.)—Galeichthys araguayensis, Castelnau, Anim. Nouv. ou Rares del’Am. du Sud—37—1855 ; Gunther, V— 111— 1864 ; Platynematichthys araguayensis, Eigenmann & ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL 459 Eigenm., Pr. Calif. Acad. Sci., 2a ser. I, 135—1889; os mesmos, Occas. Papers. Calif. Acad. of Sci., I, 187— 1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. vol. XIV. pag. 30 — 1891. Pirinampus pirinampus (Spix) — Pimelodus pirinampus, Spix. Gen. Spec. Pisc. Bras. pg. 20 est. VIII—1829 ; Pimelodus barbancho Humboldt, Obs. Zool., II, pg. 172 —1838; Pimelodos pirinampus Cuv. & Val. Hist. Nat. Poiss. XV, pg. 146—1840; Pimelodus pirinampi, Schomb. Fishes B. Guiana. Part. I, pag. 183—1841; Castelnau, Anim. Nouv. etc., pag. 35—1855: Pimelodus pirinampus, Kner, Sitzun- gsberichte Akad. Wien. XXVI Bd. pg. 416—1857 ; Pirinampus typus Bleeker,Nederl. Tydschr. Dierk., I, pg. 100—1863, Piri- nampus typus, Gunther, Cat.V pag. 135—1864; Pirinampus piri- nampu, Eigenm. & Eigenm. Proc. Calif. Acad. 2º Serie — vol. I, pag. 121—1889; os mesmos Occas.Papers Calif. Acad. Sci. I pg. 104—1890 : os mesmos, U.S. Nat. Mus., vol XIV pg. 27- 1891; Pimelodus pirinampus e Pirinampus typus, Goeldi, Bol. Mus- Paraense, II, pgs. 456, 461, 464, e 476—1898, Pimelodus piri- nampus Boulenger, Trans. Zool. Soc. Lond., XIV, pte 2º, pg. 27—1896; Pirinampus pirinampi, Eigenm.& Bean, Pr.U.S. Nat. Mus. vol. XXXI, 659—1907. Platystomatichthys sturio(Kner, — Estampa 46—Alexandre Rodrigues Ferreira, Dese- nhos de peixes etc. 1783—93; Platystoma sturio, Kner, Sitzungs- ber. Akad.Wien, XXVI, 395—Est. 9, fig. 1e 2—1858; Platysto- matichthys sturio, Bleeker, Nederl. Tijdschr. Dierkunde, 1, 98- 1863, Gunther; Cat. V, 110—1864; Eigenmann & Eigenmann, Pr. Calif. Akad 2º Ser.1, 139—1888; os mesmos,Occas.Papers. Calif. Ac. Sci. I, 217—218—1890, e Pr. U. S.Nat. Mus., vol XIV, 31— 1891; Platystomatichthys sturio ePlatystoma sturio Goeldi, Bol. Mus.Paraense, II pags. 463, 464, 467 e 477—1898; Platys- tomatichthys sturio, Eigenm. & Bean, Pr. U. S. Nat. Mus. vol. XXXI, 663—1907. Surubimichthys planiceps (Agass.) — n. 6 — Artedi, in Seba Thesaurum, III, 84 est. 29, 6e n. 386; Gronow, Zoophill. 125—1763—81; Estampa 44. Alexandre Rodrigues Ferreira, Desenhos de Peixes etc., 1783- 93; Platystoma planiceps e P. spatula. Agass. Gen. & Sp. Pisc. Brasiliensium,25 e 26— 1829; Surubim pirauaca, e S. Jandia, Spix loc. cit, 25e 26 ests. XII e XIV. Platystoma spatula e P. pirau- aca, Cuv. & Val XV —13 e 14—1840; Platystoma planiceps, Schomburgk.Fishes Guiana, 1—187—1841; Kner, Sitzungesber- 460 A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIYES Akad.Wien, XXVI—400—1858; P. planiceps e P. spatula e P. ar- tedi, Gunther, Cat. V—106—1864; P. planiceps, Peters, Mona- tsber. Akad. Berl.-469—1877 Surubimichthys ortoni, Gill, Pr. Acad. Pat. Sci. Philad. 94—1870; Platystoma jigas Gunther, An. & Mag. Nat. Hist., X-449—1872; Platystoma artedi, N ail- lant, Bull.Soc. Philom, Ser, 7”—IV—850—1880; Surubimichthys planiceps e S. spatula Figenmann & Eigenmann, Pr. Calif. Acad.Sci.,ser 2°, I—139—1888; Surubimichthys gigas? Eigenm, & Eigenm. Proc.Calif. Acad. Sci. 2º ser-1-139—1888; Sorubi- michthys planiceps, Sor. spatula, ? Sor. gigas, os mesmos, Occas. Papers. Calif. Acad. Sci.—I—215 e 217—1890 ; os mesmos. Pr.U.S. Nat.Mus. 31—1891; Platystoma spatula, P. planiceps, Sorubim pirauaca, Goeldi, Bol. Mus. Paraense, II—466, 1898. Sorubim lima, (Bl. & Schn.) — Szlurus lima, Bloch & Schneider, Systema, Ichthyol, 384 — 1801; Platystoma lima Spix, Gen. et Sp. Pscium Bras — 24 — 1829 ; Sorubim infraocularis, Spix, loc. cit. est. XV; Platystoma lima, Kner, Sitzungsber. Akad. Wien, XXVI, 399 — 1858; Sorubim lima Gunther, Cat, V. 105 — 1864; Peters, Mo- natsber. Akad. Berl. 469 — 1877; Platystoma luceri, Weyern- bergh, Nuevos Pescados, 10. est. III figs. 1e 3 (Actas Acad: Sienc. Exactas, III — 1877; Sorubim lima Steindachner, Fich* Magdalenen Stromes. 15—Denskschrift Akad. Wien, XXXIX —1878; Cope, Proc. Am. Philos. Soc. XVII, 674-1878; Steindachner, Fisch-Fauna des Cauca, etc. Denkschrift. Akad. Wien, XLII—1880 ; Vaillant, Bul. Soc. Philom. Ser. 7,IV 150—1880 ; Steindachner, Flussefische Sud-Amerikas. IV, 4, Denkschrift. Akad. Wien. XLVI, 1882; Eigenmann & Ei- genmann, Proc. Calif. Acad., 2° Ser. I, 188—1889 ; os mes- mos Occas. Papers. Calif. Acad. Sci. I, 213—1890; os mes- mos, Pr. U. S. Nat. Mus., vol. XIV — 31 — 1891 ; Platys- toma lima Perugia, Ann. Mus. d’Hist. Nat. di Genova, X —630—1892; Sorubim lima, Boulenger, Trans. Zool. Soc. London XIV—pte. II, 2º, pg. 27—1896 ; Sorubim lima.Bou- lenger, Trans. Zool. Soc. Lond. vol. XIV—pte — 7—421 — 1898 ; Eigenm. & Kennedy. Pr. Acad. Nat. Sci.—Philad. — 500—1903. Sciades pictus, Mull. & Tr.—Bagrus (Sciades) pictus. Muller e Troschel,Hor. Ichthyol., III, 8, est. I, fig.1—1849; Arius longibarbis Casteln. Anim. Nouv. etc. 36, est. XV fig, 2— 1855; Bagrus & Sciades A. DE MIKANDA RIBEIRO—FAUNA BRASILIENSE—PEIXES 461 pictus, Kner, Sitzwngsber Akad. Wien XXVI 386—1858 ; Sci- ades pictus e Sc. longibarbis, Gunther, Cat. V, 113 e 1141864 * Sciades pictus, Eigenmann & Eigenmann, Pr. Calif, Acad. 2a Ser. I, 136—1889 ; os mesmos, Occas. Papers. Calif. Acad. Sci. I. 191—1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. vol. IW; 30-1891; Sciades marmoratus Gill—Sciades marmoratus, Gill. Pr. Acad. Nat. Sci. Philad, 95— 1870; Eigenmann & Eigenmann, Pr. Calif, Acad. Sci., 2? Ser. I, 136—1888; os mesmos, Occas. Papers. Cali. Acad. Sci. I, 191 e 192—1890; os mesmos, Pr. U S. Nat. Mus. vol. XIV -—30—1891; Boulenger Trans. Zool. Soc. London — XIV—pag. 27—1896. Bagropsis reinhardii, Lutk.—Bagropsis reinhardti, Lutken, Velhas Flodens, Fisk, 160 e V—Tab. I, fig. 2—1875; Eigenmann & Eigenmann, South-American : emathognathi, 186—1890 ; os mesmos Pr. DÉS EN at Muss XIV 130-18 Oile Duopalatinus emarginatus (Cuv. & Val)—Platystoma emarginatum, Cuv. Val., XV— 19—1840 ; Lutken, Velhas Flodens. Fiske—152 e V—c. f. 1875; Duopalatinus emarginatus, Eigenmann & Eigenmann, Proc. Calif?” Acad, 2a) Ser,, I- 137-1889; Vos mesmos; Occas. Papers. Cal. Acad. sci. I, 200—1890 ; os mesmos, Pr. U.S. Nat. Mus. 31—1891. Duopalatinus göldi, Steind.—Duofalatinus göldi, Steindachner, Akad. Anzeiger, 1908. Paulicea lutkeni, (Steind.)—Est. 45. Alexandre Rodrigues Ferreira, Desenhos de pei- xes, etc.—1783—93. Platystoma lutkeni, Steindachner, Ich- thyol Beiträge, IV, 59—est. XIII, Sitzungsber. Akad. Wien, LXXII Ba.— 1875 ; ? /utkeni, Eigenm. & Eigenm. Occas. Pa- pers. Calif. Acad Sci. I, 201—1890 ; os mesmos, Proc. U.S. Nat. Mus. vol. XIV, 31—1891 ; Brachyplatystoma lutkenês Berg. Peces de agua dulce, An. Mus. Nac. B. Ayres—Tomo IV (Ser. II—tomo I) pg. 126 — 1895; Paulicéa jaht, H. von Ihering, Proc. Acad. Nat. Sci. Philad. 108—1898; Göldi. Bol. Mus. Paraense, vol. III, n. 2—1901. Zungaropsis multimaculatus (Steind.)—Zungaropsis multimaculatus, Steindachner. Sit- zungsber. Akad. Wien n. 6—65—20 de Fev. 1908. Brachyplatystoma juruense, Boul. — Platystoma juruense, Boulenger, Trans, Zool. Soc. London, vol. XIV—-Parte 74, 422 est. XXXIX—1898. Brachyplatystoma vaillanti (Cuv. & Val.) — Platystoma vaillanti e P. affine, Cuv. & Val., XV, 16, e 18 est. 43—1840 ; Castelnau Anim. Nouveaux, 462 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL etc, Poiss. 40—1855; Bagrus piramuta ; B. Vaillanti Kner, Ichthyol. Beitr, II Sitzber. Akad. Wien. 26 Bd. 384—1858 ; Brachiplatystoma vaillanti e Piramutana piramuta, Bleeker, Nerderl. Tydschr.Dierk I, 97 e 99—1863 e Sil. Sur. 70—1864; Platystoma vaillanti, P. affine Piramutana piramuta, Günther, Cat. V, 108, 109 e 111—1864 ; Platystoma vaillanti, Peters. M. B. Akad. Berl., 469— 1877; Platystoma mucosa, Vaillant, Bull. Soc. Philom. Ser. 7a, IV, 151—1880 ; Platystoma verru- cosum, Boulenger, Zool. Record, XIX, Pisces—1880; Piramu- tana piramuta, Steindachner, Denkschrift Akad. Wien, 44 Bd. 2—1882; Prachyplatoma voillanti Eigenm. & Eigenm. Pr. Calif. Acad. 2a Ser., vol. I—1888; Piramutana piramuta e B. vaillanti, os mesmos Occas. Papers. Calif. Acad. Sci. I, pgs. 78, 195 e 196—1890; os mesmos, Pr. U.S. Nat. Mus. vol. XIV, 30—1891 ; Piramutana piramuta Virissimo, Pescas na Amazonia, 26, 108, 172 e 190—1895 ; Platystoma vaillanti, e Bagrus piramuta, Goeldi, Bol. Mus. Gceldi. vol: IL 464 e 476 —fig. 3; Piramutana piramuta, o mesmo—pg, 184 (nota) Bol. cit. 1901; Brachyplatystoma göldi e B. vaillanti Eigenm & Bean—Pr. U S. Nat. Mus., vol. 661 c. f. e 6621907, Brachyplatystoma platynema Boulenger—Pr. Zool. Soc. Lond. 177—1897; Taenionema steerei, Eigenmann & Bean, Pr, U. S. Nat. Mus. volume Rex 1662) Cr 1907: Brachyplatystoma rousseauxit (Cast.) Bagrus rousseauxii, Castelnau, Anim. Nouv. ou Rares de "Am. du Sud, pg. 32 est. 14 fig. 1—1855; Bagrus goliath, (Hekel Ms.) Kner. Sitzungsber. Akad. Wien. 26, Bd. 379—1857 ; B. rousseauxii e Piratinga goliath, Gunther. Cat. V, 112 nota e 113—1864; Piratinga goliath, Steindachner Denkschritt Akad. Wien, XLIV Bd. 1. est. III—1882; Bra- chyplatystoma roussaueaxii, Eigenmann & Eigenmann Pr. Calif. Akad. Sic. 2, Ser. I, 136—1889 ; os mesmos Occas. Papers. Calif. Acad. Sci. 195 e 198—1890 ; os mesmos Pr. U. S. Nat. Mus. 31—1891; Piratinga rousseauxii e Bagrus goliath Goeldi Bol. Mus. Goeldi II, 457, 458 e 477; Pira- tinga goliath, o mesmo, Bol. Cit. vol. II!. n. 2, 185, 186, 192 e 1931901; Brachyplatystoma rousseauxii, Everm.& Bean, Pr. U. S. Nat. Mus. vol. XXXI, pg. 6621907. A. DE MIKANDA RIBEIRO—FAUNA BRASILIENSE—PEIXES 463 Brachyplatystoma filamentosum (Licht) Estampa 47, Alexandre Rodrigues Ferreira, de- . senhos de Peixes—1783—93.— Pimelodus filametosus, Lichten- stein, Wiedman Zool. Mag. 1, pt. 3,60—1819 , Bagrus reticu latus Kner, Sitzungsber. Akad. Wien, XXVI Bd. 376—1857 ; Piratinga reticulata e Malacobagrus filamentosus, Bleeker Nederl. Tijdschr. Dierkunde, 1, 99 e 160—1863 ; Piratinga filamentosa e P. reticulata, Gunther, Cat. V, 111 e 112—1864 ; Brachypla- Zystoma filamentosum e B. reticulatum, Eigenmann Pr. Calif. Acad. Sci. 2° Serie vol. [, 136—1888; os mesmos Occas. Pa- pers Calif. Acad. Sci. I pgs. 195 e 198—1890; os mesmos Pr. U.S. Nat Mus. vol. XIV, 30 e 31—1891 ; Bagrus ve- ticulatus e Piratingu pira-aiba Göldi, Bol. Mus. Goeldi, 464 e 477; Piratinga pira-aiba e P. filamentosa, o mesmo, Bol. Cit. vol. III, n. 2, 181 e seg.— 1901 (c. fig.) Pseudoplatystoma fasciatum (L)—Silurus fasciatum, Linnœus, Syst. Nat. ed XII—I, 505—1766 e ed XIII, 1759—1788 ; Bonaterre, Encyclop- Ich- thyol. 154—252—1788; Estamp. 43— Alexandre Rodrigues Ferreira, Desenhos de Peixes, etc.—1783 - 93; Bl.& Shn.Syst. 372—1801; Pimelodus fasciatum, Lacép. Hist. Nat. Poiss, V, 94, 99 e 100—1803; Platystoma truncatum, Agass. in Spix. Gen Sp. Pisc. Bras. 27 est. XIII a—1829; Platystoma ti- grinum fasciatum e P. truncatum, Cuv. & Val. vol. XV, 8—11 e 15 est. 422—1840 ; Platystoma tigrinum, Shomburgk, Fishes B. Guiana pt. 1,—185. est. VIII—1840; Platystoma tigrinum e P. punctifer, Castelnau, Anim. Nouv etc. 39 e 40—est IX fig. 2—1855; Platystoma truncatum, Hyrtle, Denk. Akad. Wissen- chaftz. Wien, XVI,—17—1859 Pseudoplatystoma fasciatum, Blee- ker, Nerdel. Tydschrift Dierk. 97- 1863 e Sil Surin. 72— 1864 ; Platystoma tigrinum fasciatum e P. truncatum, Gunther, Cat. V, 107 108—1864 ; Platystoma fasciatum, Peters. Mona- tsber. Akad. Berl. 469—1877; Steindachner, Fische-Fauna des Magdalenen Stromes Denkschrift Akad. Wien— XXX IX— 1878 ; Cope Proc. Am, Philos. Soc. XVII. 674— 1878 ; Ich- thyol. Beitr. VIII, 54—Sitzungsber. Akad. Wien, LXXX Bd. — 1889; Platystoma tigrinum, Vaillant, Bull, Soc. Philom. 7? ser. IV., 151— 1880; Platystoma fasciatum, Steindachner Fische Fauna d. Cauca & Flusse Guayaquil, Denkschrift Akad. Wien — XLII-1880 ; Flusse Fische Sud-Amerika, IV, 4 — Denks- 464 ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL chrift Akad. Wien, XLVI—1882 : Platystoma fasciatum e vari- edades—nigrinus, brevifile, intermedium reticulatum e tigrinum, Eigenmann & Eigenmann, Ir. Calif. Acad. 2º ser. I, 138 — 1888 e 2! ser. II, 30 e 31—1889 ; Occas. Papers. California Akad. Sci. I, 208, 211, 1890 : os mesmos, Pr. U. S, Nat. 31—1891; Platystoma tigrinum e P. fasciatum, Göldi Bol. Mus. Mus. vol. XIV Göldi II—— 464, 467, 468, e 477—1898. Pseudoplatystoma coruscans (Agass.)—Platystoma coruscans, Agass in Spix. Gen et Sp. Pisc. Brasiliensium, 26—1829; P. caparary, Spix. loc. cit. est. XIII: Platystoma orbignyanum, P. pardale. P. corus- canse P. punctatum, Cuv. & Val. XV, 9,12, 13 e 15—1840; P. pardalis e P. orbignyanum, Val., in D’Orbigny, Voyage dans "Am. Merid. IX, Atlas II. est IV figs. 2 e 3—1847 ; Platystoma caparary, Castelnau. Anim. Nouv. etc, 40—1855; Platystoma pardale, Kner Sitzungsber Akad. Wien, XXVI Bd. 402—1858, Platystoma orbignyanum, P. coruscans e P. pardale Gunther, Cat. 107 e 108—1864; Platystoma orbignyanum e P. forskhammeri Reinhard, M. S.) Lutken Velhas Flodens, Fiske, 154 c. f. e IV—1875; Platystoma coruscans. Figen- mann & Eigenmann. Pr. Calif, Acad., 2 ser. I, 138—1888 ; Platystoma ceruscans, Eigenmann & Eigenmann Occas. Papers Calif. Acad. Sci. I, pgs. 208 e 211—1890 ; os mesmos Pr. U. S. Nat. Mus. vol. XIV, 31—1891; Platystoma coruscans Kou- lowsky, Rev. Mus, de La Plata VI, 398—1895 Pseudoplatys- toma coruscans, Lahille Rev. Mus. La Plata VI, 270—1895; Platystoma orbignyanum, Boul. Trans. Zool. Soc. Londen, XIV 27—1826 ; Platystoma pardale, e P. coruscans Göldi, Bol. Am. Paraense, II, 464 e 467—1898; Pseudoplatystoma corus- cans, Eigenmann & Kennedy, Pr. Acad. Nat. Sc. Philad. 499—1903 ; Pintado Henriqne Silva, Fana Fluviatil de Goyaz, 24 1905 e Pseudoplatystoma coruscans 20,—1906. Hemisorubim platyrhynchus Cuv. & Val. —Platystoma platyrhynchus, Cuv. & Val. XV —20—1840 ; Casteln. Anim. etc 40—1855; Kner. Sitzun- gsber. Akad. Wien, XXVI—398—1857 ; Hemisorubim platyr- hynchus, Bleeker. Nederl. Tydschr. Dierk—97—1863 ; Gun- ther, Cat. V.—109—1864 ; Peters. Monatsbeer Akad. Berl 470—1877 ; Cope; Pr. Am. Philos. Soc. XVII—674—1878 ; Vaillant, Bulle Sock Philom, Ser. 72 1V — 1527 71880 ; Eigenm & Eigenm. Pr. Calif. Acad. 2º Ser. I— 138 — 1888 ; os mesmos, Occas. Papers Calif. Akad. Sci. I— 206 — 1890 ; ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL 465 os mesmos, Pr. U. S. Nai. Mus., vol. IV, 31 — 1891; Boulenger — Trans Zool. Soc. London XIV — 2% pte. — 27 — 1896; Platystoma platyrhynchus, Goeldi — Bol. Mus. Goldi — 458 — 1898; ; Hemisorubim platyrhynchus, Eigenm. & Kennedy, Proc. Acad. Nat. Sci. Philad.—499- 1903; Ei- genm & Ward. Annals Carnegie Museum, IV, n. II — 116 — 1907. Phractocephalus ‚hemiliopterus (Bl. & Schn.) = Est. 49 — Alexandre Rodrigues Ferreira, Desenhos de Peixes 1783—93— Silurus hemiliopterus, Bloch & Schneider, «Systema Ichthyol, 385 — 1801; Phracto. cephalus bicolor, Agassiz, Pirara bicolor, Spix in Spix, Gen. Spec. Pisc. Bras. 23—est. VI — 1829; Phractocephalus hemi- hoprerus, Cuv. & Val., XV, 2, 4211840; Schomburgk, Fishes of Guiana, pt. 1— 1691841; Muller & Troschel in Schomb. British Guiana, 643-— 1849; Castelnau. Anim. Nouv. etc; 47— est. XV, fig. 1—1855; Gunther, Cat. V.—110—1864; Vaillant, Bull. Soc. Philom., 7% ser. IV—152—1880; Cope, Pr. Am, Philos. Soc., 17—674—1878; Eigenmann & Eigenmann, Proc. Calif. Acad. Sci.,2"Ser.1,135—1889; os mesmos,Occas. Papers. Calif. Acad. Sci.,1—188, 1890; os mesmos Pr. U.S. Nat. Mus. XIV, 30 — 1891; Goldi, Mus. Paraense II, 463; Pirarára Henrique Silva, Fauna Fluvial de Goyaz, 231905: Tachysurus pleurops (Boul.) = Arius pleurops, Boulenger, Annals & Magasin of Nat. Hystory— XX—296— 1897; Goeldi, Bol. Mus. Paraensse, II, 458 e 478 — 1898. Tachysurusagassizü, Eigenm. & Eigenm.—Tac/ysurus agassizü,Bigenmann & Ei- genmann., Proc. Calif. Acad. Sci.—2? Serie, vol. I, pg. 145— 1889; os mesmos, Occas. Papers. Calif. Acad. Sci. I—pgs. 49 e ‘86—1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. vol. XIV pag. 27—1891; v. Ihering—Os peixes d'agua doce do R.G. do Sul pag. 10—1897. Tachysurus spixii(Agass.)=Pimelodus albidus, Spix e Pimelodus spixii Agassiz, 6378 in Spix Genera et Species Piscium, pg. 19, fig. 1 da est. VII— 1829; Arius spixii e A. arenatus, Cuv. & Val., Hist. Nat. Poiss. vol. XV, pgs. 57e79—1840; A. /aticefs e Artus arenatus, Gunther,Cat. V, pgs. 171 e 172—1864; Arius arenatus, Bleeker, Silur. Surin. pg. 53 est. IV fig. 2—1864; Galeychthys are- natus laticeps, Jord, Proc. U. S. Nat. Mus. pg. 55 e 559— 1886; Tachysurus spixii. Eigenmann & Eigenm. Pr. Calif. Acad.Sci., 2º Ser., vol.I,pg. 146—1889; os mesmos,Occas. Pa- 59 466 A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES pers Calif. Acad. ofSci., I, pg. 88—1890 ; os mesmos, Pr. U.S. Nat. Mus., vol. XIV, pg. 27—1891; Jord & Everm. Bull. 47 U.S. Nat. Mus., I parte, pg. 13121896. Tachysurus nuchalis (Giinth.)=Arius nuchalis, Günther, Cat. V. pg. 171 — 1864; Galeychthys nuchalis, Jord. Pr. U.S. Nat. Mus., pg. 559 — 1886; Tachysurus nuchalis, Eigenmann & Eigenmann, Proc. Calif. Acad. Sci., 2º serie, vol. I, pg. 145 — 1889; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad., Sci.. I,pgs. 49e 86 —1890; Arius nuchalis, Perugia—Ann. Mus. Civ. di Genova, 634— 1892; Jord. & Everm. Bull. 47. U.S. Nat. Mus. I, pg. 131 — 1896; Arius nuchalis, Goldi, Bull. Mus. Par. II, pgs. 458 e 478-— 1898. Tachysurus proops (Cuv.& Val.) = Bagrus proops. Cuv. & Val. Histoire Nat. Poiss. XIV, pg. 3391839; Kner, Sitzungsber. Akad Wien, XXVI Bd. pg. 386 — 1857; Netuma proops, Bleek. Ichth. Arch. Ind., Prod.I, pg. 67 (seg. Eigenm. & Eigenm.),Bleeker Sil- Surino pg. 162, e VII fe XI fies 271864, runs proops, Günther, Cat. V pg. 148 — 1864; Galeichthys proops, Jord. Proc. U. S. Nat. Mus. pag. 5591886 ; Sciadeichthys proops, Jord. & Uverm. Bull. 47, E. S. Nat. Mus. I, pag. 123 — 1886; Tachysurus proops, Eigenm. & Eigenm., Pr. Calif. Acad. Sci., 2º Ser., vol. I, pag. 141 — 1889; os mesmos, Occas. Papers. Calif. Acad. Sci., I — pag. 57 — 1890; Arius proops, Goeldi, Bol. Mus. Paraense, II pgs. 458 e 477, 1898. Tachysurus grandoculis (Steindachner) = Arius grandoculis, Steindachner, SW, Fische Sö Brasilien, III, pag. 86 est. XI— Sitzungsber. Ak. Wien, LXXIV Bd. 1879; Tachysurus grandoculis, Figenmann & Eigenmann, Pr. Calif. Acad, Sci., 2º serie, pg. 145—1889 ; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. I, pgs. 49 e 85—1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. vol. XIV pg. 27 — 1891. Tachysurus barbus (Lacep.)—Pimeledus barbus, Lacépêde, Hist. Nat. Poiss., V,pgs. 94 e 106 — 1803; Pimelodus commersonii, o mesmo, Op. cit. pgs. 95 e 108, est. 3fig. 1; Bagrus barbatus, Quoy & Gaimar, Voyage de L’Uranie, Zool. pg. 230, est. 49, figs. 1 e 2 — 1824; Bagrus commersonii, Cuv. & Val, Hist. Nat. Pois. XIV, pg. 333—1839; Valenc. in D'Orb. Voyage Am. Merid. Poiss., atlas II, est. 3, fig. 1 — 1847; Pimelodus versi- color, Casteln. Anim, Amer. Sud. Poiss, pgs. 35, est. 16, fig. 3 (a numeração está trocada), Bagrus commersonii Kner, Sitzungsberrichi Akad. Wien. XXVI Bd., pg. 386—1857;Arius ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL 467 commer sont, Günther, Cat. V pg. 143—1864 ; Hensel, Wiegm. Archit. I, pgs. 69—1870; Steidachner, Susswasserfische Sô Brasiliens III, pg. 85—Sitzungsber Akad. Wien, LXXIV — 1876; Tachysurus barbus, Eigenmann & Eigenmann, Proc, Calif. Acad. of Sci. 2? serie, I, pg. 142 — 1889; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. of Sci. I pgs. 47 e 76 — 1890; os mesmos Pr. U. S. Nat. Mus., vol. XIV; pg. 27—1891; Arius commersonti, Perugia, Ann. Mu . Civ. de Genova, X, 633 — 1892; Ihering — Os peixes d’agua doce do Rio Grande do Sul, pg. 10 — 1897. Tachysurus hersbergii (Bl.) = Silurus hersbergii Bloch, Ausl. Fische, XI pg. 24, est. 367; Bl. & Schn. Syst., pg. 383 — 1801; Pimelodus argenteus, Lacép. Hist. Nat. Poiss., vol. V, pgs. 94 e 102 — 1801; Bagrus hersbergi e B. pemecus, Cuv.e Val. Hist. Nat. Poiss., XIV, — 1839;. Bagrus celestinus, Müll. & Trosch., III, pg. 7 — 1849; Bagrus mesops e B. hersbergi, Kner, Sitzunbgsber. Akad. Wien, XXVI Bd. pgs. 384 e 386, est. I, fig. 2— 1857; Selenaspis hersbergi, Bleek., Ichthyol. Arch. Ind. Prod., I, pg.63 (segundo Eigenmann & Eigenmnn) Hexanemichthys hymenorhinus e Netuna hersbergii Bleeker, Silur. Surin. pgs. 57 e 61 est. 11, fig. 2, est. XIII, fig. 4—1864 ; Artus hersbergii Günther, Cat. V pg. 144 — 1864; Bagrus mesops e Arius (Netuma) hersbergi Göldi, Boletim do Museu Paraense, vol. II, pgs. 456, 459 e 477; Galeichthys hersbergit, Jord. Proc. U. S. Nat. Mus. pg. 559 — 1886; Tachysurus hersbergi, Eigenm. & Eignm. Proc. Calif. Acad. Sci. 2º serie vol. I, pg. 141 -- 1888; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci. I, pg. 59 — 1890; os mesmos, Pr. U.S. Nat. Mus. vol. XIV — 1891; Selenaspis hersbergü, Jord. & Everm, Bull. 47. U.S. Nat. Mus., 1º pte. pg. 127 — 1896; Selenaspis hersbergi, Figenmann & Bean, Pr. U.S. Nat. Mus., vol. XXX pg. 659 — 1907. Tachysurus parkeri (Traill)=Silurus parkeri, Traill,Mems. Wern. Soc. VI, pg. 377 est. 6 fig. 1— 1832; Arius quadriscutis, Cuv. & Val. Hist. Nat. Poiss, XV. pg. 85 — 1840: Schomburgk, Fisches Brit. Guian. pt. I, pg. 188 — 1843; Arius Quadriscutis, Kner, Si- tzungsberichte Akad. Wien, XXVI pg. 3891857; Arius par- keri, Gunth, Cat. V pg. 1531864; Netuma quadriscutis, Bleek Silur. Surin. pg. 59,est. VIII e XIII fig. 21864; Galeichthys parkeri, Jord. Pr. U.S. Nat. Mus., pg. 559 — 1886; Tachy- 468 Tach A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES surus porkeri,Eigenm.& Eigenm. Proc.Calif Acad.Sci. 2? serie vol. I, pg. 141 — 1889; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci. I, pgs. 45 e 65 — 1890; Selenaspis parkeri Jord. & Everm., Bul. 47 U.S. Nat. Mus. I, pg. 125 — 1896. surus luniscutis (Cuv. & Val.) = Arius luniscutis, Cuv. & Val. Hist. Nat. Poiss. XV p. S2—1840;Kner, Sitzungsber. Akad. Wien, XX VI g. 390 — 1858; Gunther, Cat. V, pg. 58—1864; Galeichthys luniscutis, Jord. Pr. U. S. Nat. Mus. pg. 559—1886; Tachy- surus luniscutis, Eigenm & Eigenm. Pr. Calif. Acad. 2? serie Voll, pg. 141 — 1889; os mesmos, Occas. Papers. Calif. Acad. Sci. I, pg. 63 — 1890; Selenaspis luniscutis, Jord. & Everm. Bull. 47. U. S. Nat. Mus., I parte pg. 125 — 1896; Arzus lu- niscutis, Goeldi, Boletim do Museu Paraense, vol. II, pgs. 457 458, 460 © 477 — 1898. Tachysurus grandicassis (Cuv. & Val.) Arius Grandicassis,A.parmocassis & Arius strictcassts,Cuv. & Val. H. N. des Pois. XV pgs. 41,43 e 44 est. 427—1840; Arzus stricticassts,Bleek,Silur. Surin. pg.55— est. XII fig. 4 — 1864; Gunth. Cat. V, pgs. 153 e 1541864; Ga- leichthys grandicassis, Jord. Pr. U.S. Nat. Mus. pg. 559 — 1886; Tachysurus grandicassis, T. grandicassis parmocassts e 7. grandicassis stricticassis, Eigenmanm Eigenmanm, Pr. Calif. Acad. of Sci., 2º serie I, pg. 141 — 1889; os mesmos, Occas. Papers. Calif. Acad. Sei. I, pgs. 45, 46, 65 e 68 — 1890; Netuma grandicassis e N. stricticassis Jord. & Everm. Bull. 47 U. S. Nat. Mus., I pgs. 126 — 1896. Tachysurus albicans(Cuv. & Val.)—=Bagrus albicans, Cuv. & Val. Hist. Nat. Poiss; XIV — est. 420 — 1839; Bagrus valenctenest Casteln. Anim. Nouv. etc. Am. du Sud. pg. 31, est. XIII fig. I — 1855; Arzus valencienesi, Gunth. Cat. V, pg. 150 — 1864; Galeichthys albicans, Jord. Pr. U.S. Nat. Mus. pgs. 559 — 1886; Tachy- surus albicans Eigenm. & Eigenm.,Pr. Calif. Acad. Sci.,2º serie vol. I, pgs. 45, 441 — 1889; os mesmos, Occas. Papers. Calif. Acad. Sci. I, pgs. 45 e 59 — 1890; os mesmos: Pr. U, S. Nat. Mus. vol. XIV pg. 27 — 1891; Sczadeiachithys albicans, Jord. & Everm. Bull, 47, U.S. Nat. Mus. pag. 124 — 1896. Tachysurus rugispinis (Cuv. & Val.) = Arius rugispinis e A. pkrygiatus Cuv. & Val., H. Nat. Poiss. XV, pgs. 58 e 59—1840;Kner,Sitzungs- berichte Akad. Wien XXVI pg. 338 — 1857: Gunther Cat. V pg. 156 — 1864; Gakichthys rugispinis e G. phrygiatus, ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL 469 Jord. Pr. U. S. Nat. Mus. pg. 559 — 1886; Tachysurus ru- gispinis e T. phrygiatus, Kigenmann & Eigenmann, Pr. Calif. Acad. Sei., 2% serie — vol. I, pg. 145 — 1889; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci. pg. 48, 49, 83 e 84 — 1890; Heranemichthys rugispinis, H. phrygiatus, Jord. & Everm. Bull. 47 U. S. Nat. Mus. FI, pe. 130: — 1896. Arius rugispinis, Goldi, Bull. Mus. Paraense, II, pg. 456 460 e 478 — 1898. Tachysurus upsulonophorus Eigenm. & Eigenm. — Tachysurus upsulonophorus, Eignm. & Bignm. Proc. Calif. Acad. Sci. 2% ser. II — pg. 31—1889; os mesmos, Occas. Papers. Calif. Acad. of Sci. I, pags. 47 e 73, — 1899; os mesmos Proc. U. S. Nat. Mus., vol. XIV pg. 27 — 1891; H.v. Ihering, Os peixes d'agua doce do R. Grande do Sul, pg. 10—1897. Genidens genidens (Cuv. e Val.)=Bagrus genidens, Cuv. e Val. Hist. Nat. Poiss.. XIV, pag. 335—est. 419 — 1839; Genidens cuvieri, G. gra- nulosus, Casteln. Anim. Nouv. etc., pg. 34—est. XVI fig. 3 (a numeração esta trocada)— 1855; Rhamdia laukidi, Bleeker, ‘Nederl. Tijdschr. Dierk., I, pg. 208—1563; Genidens cuvieri, Gunther, Cat. V pg. 175—1864; Kner, Novara Reise Fische, pg. 312—est. XII figs. 3-3a—1869; Hensel, Wiegmans, Archif. I pg. 71—1870; Steindachner, SWF. SO. Bras., III, g. 89; Sitzungsber. Akad. Wien. LX XIV Bd.—1876; Genidens genidens, Eigenm. e Eignm. Proc. Calif. Acad. Sci., 2% Ser. vol. I, pg. 148—1889; Occasionals Papers Calif. Acad. Sci. I pg. 38—1890; Proc. U. S. Nat. Mus. vol XIV, pg. 26— 1891; H. v. Ihering—Os peixes d'agua doce do R. Grande do Sul pg. 10 — 1897. Felichtys marinus (Mitch.)=Silurus bagre, Bl. Ausl. Fische XI, est. 365—1794; (preoccupado) Bl. e Schn. Syst. pg. 377 — 1801; Silurus marinus, Mitchill, Trans. Litt. e Philos. Soe. N. York I pg. 143—1814; Marcgrav (Bagre specie alia (4º). H. Nat. Bras, pg. 174 ec. fig. — 1648; Galeichthys marinus, De Kay New York Fauna—Fishes, pg. 178, est. 37, figs. 118 181; Zelichthys filamentosus,, Swains. Fishes, II pg. 305- —1837; Ailurichthys marinus, Girard, U. S. and. Mexican Boundary Surv. 31 est. 14; Galeicthys parrae e G. blochii Cuv. e Val. Hist. Nat. Poiss, XV, pgs. 25 e 33—1840; Az- lurichthys marinus, Baird e Girard, Pr. Acad. Nat. Sci. Philad., pg. 26 — 1854; Galeichthys parrae e G. bahiensis, 470 Felichthys bagre (L.) A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES Castelnau, Anim. etc. pg. 37 est. XVIII, fig. 1 — 1855; Galeichthys parrae, Hyrtle, Denkschrift Akad. Wien, XVI, g. 17—1859; Pimelodus filamentosus, Bleek, Silures Surin., pg. 67—1864; Ailurichthys marinus e A. longipinnis, Gun- ther, Cat. V pg. 178—1864; Ailurichthys marinus, Goode, Pr. U. S. Nat. Mus. pg. 119 — 1879; Steindachner Flusse- fische Sud Am. Denkschrift Akad. Wissenschaft Wien. XLI — 1879; Jordan e Gilbert, Pr. U. S. Nat. Mus. pgs. 246 e 548—1882; Jord. Pr. U. S. Nat. Mus. pg. 106—1883; Jord. e Gilbert, Synopsis pg. 111—1883; Jord. Cat. Fishes N.Am. pg. 16—1885; Adlurichthys marinus, A. longipinnis, Jord. Pr. U. S. Nat. Mus. pgs. 26 e 559—1886; Eigenm e Eigenm. Pr. Calif. Acad. Sci. 2º serie, vol I,pg. 148—1889; os mesmos, South Am. Nemat., pg. 36 — 1890; Ailurichthys gronovii, Göldi Bol. Mus. Paraense, II, pgs. 456, 467 e 479—1898; Felichthys filamentosus, F. marinus, e F. bahiensis, Jord. e Everm. Bull. 47 U. S. Nat. Mus. I, pgs. 117 e 118—1896 e IV est. 23 fig. 52—1900. = Bagre Marcgrav, Hist. Nat. Bras. pg. 174 c. fig.— 1648; Piso pg. 54 (seg. Gunther) Willughby, est. H;7 fig. 6—1686; Parra, est. 31 fig. I—1787; Mystus, Gron. Zoolophyl. 338 pg. 124 —1763; Silurus bagre, Linneus, Syst. Nat. Ed. XII pg. 505 — 1766; Pimelodus bagrus, Lacep. Hist. Nat. Poiss. V, pgs. 93 e 98 — 1803; Gmlin. Syst. Nat. pg. 270 — 1818; Felichthys filamentosus, Swains. Fishes Rept. e Amphib. vol. II pg. 3091839; Galeichthys gronovit, G. erdouxii, Cuv. e Val: bust.) Nat Poiss: vol EVE pes: SUMMER 1840; Bagrus macronemus, Ranzani, Nuov. Comm. Acad.Sci. Instit. Bonon, V pg. 334 est. 281842; Galeichthys gronovit Müller e Trosch. in Schomburgk, Reise Brit. Guiana pg. 628 — 1848; Kner,Sitzungsber. Akad. Wien, XXVI Bd. pg. 392— 1857; Mystus carolinensis, Gronow, Syst. Ed. Gray pg. 156 — 1854; Pimelodus bagre Bleek. Silur. Sur. pg. 66—1864; Ailuri- chthys gronovii, Gunther, Cat. V pg. 178-— 1864; Azlurichthys eidouxii, Jord. Pr. U. S. Nat. Mus. pg 40—1884 ; Azlurichthys bagre, Jord. op. cit. pg. 559 — 1886; Aizlurichthys bagre Eigenm. e Eigenm., Proc. Calif. Acad. Sci.,IIser. vol. I pg. 148 — 1889 ; Ocas. Papers Calif. Acad. Sci. I, pgs. 31e 33 — 1890; Felichthys bagre, F.'eidouxii e F. filamentosus, Jord. e Everm. Bull. 47 U. S. Nat. Mus., I parte, pgs. 117 e 118 — 1896. ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL 471 Pseudauchenipterus nodosus (Bl.)—=Silurus nodosus, Bloch, Ichthyol. VIII, 35 est. 368 fig. 1—1794; Bloch e Schneider, 333—1801; Arzus nodo- suse Auchenipterus furcatus, Cuv.e Val., XV, pgs. 53 e 157— 1840; Auchenipterus nodosus, Mille. e Troschel,Hor. Ichthyol, III, 11, 1849; Kner, Sitzungsber. Akad, Wien, XXVI, 424 — 1858; Pseudauchenipterus nodosus, Bleeker, Nederl. Tijd- schrift Dierk. I. 88—1863; o mesmo, Silur. Suriname, 43 est. XI, fig 1, est. XIII, fig. 6—1864; Gunther,Cat. V, 194 — 1864 Felichthys nodosus, Eigenmann e Eigenmann, Pr. Calif. Acad. 2º Ser.I, 154—1889; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci. I, 286 e 290 — 1890; Pseudauchenipterus nodosus, os mesmos, Pr. U.S. Nat, Mus. XIV, 34—1891; Auchenipterus nodosus, Goeldj, Bol. Mus. Par. II 479—1898; Pseudauche- nipterus nodosus, Eigenman e Bean; Pr. U.S. Nat. Mus. XXX 663 — 1907. Pseudauchenipterus jequitinhohae (Steid.) = Auchenipterus (Pseudauchenipterus Jequitinhonhae,, Steindachner, Die Susswasserfische des Su. döstlichen Brasilien (III) — 89 — est. VI—fig. 1 e 1 a Sitzun- gsber. Akad. Wien — LXXIV — 1876; Helichthys jequtte- nhonhae, Eigenm. & Eigenm. Pr. Calif. Acad. 2? ser. I, 152- 1889; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. of Sci-I-286- 1890; os mesmos Pr. U.S, Nat. Mus. XIV, 34—1891. Pseudauchenipterus affinis, (Steind.)— Auchenipterus (Pseudauchenipterus) affinis » Steindachner, Susswasserfische S. O. Brasilien (III), 93 — Sitzungsber. Akad. Wien, LXXIV—1876; Felichthys afınıs, Eigenm. & Eigenm. Pr. Cal. Acad. Sci.2* Ser. I, 154 — 1889; Os mesmos,Occas. Papers. Calif. Acad. of Sci.1,286-288—1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 341891. Pseudauchenipterus flavescens, Figenm & Eigenm—Felichthys flavescens, Eigenm. & Eigenm. Pr. Calif. Acad. of Sci. 2º Ser.1-152—1889; os mes- mos, Occas. Papers. Calif. Acad. of Sci. I, 286-288—1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 34—1891. Glanidium albescens Lutk.—Glanidium albescens Lutken, Dan. Vidensk. Selskab,31- 1874; o mesmo, Velhas Flodens, Fiske, 150, est. III fig. 5- 1875; Centromochlus (Glanidium) albescens Steindachner, Sus- swasserfische Sudöstliches Brasilien (III) 106-Sitzungsber- Acad.Wien, LXXIV—1876; Glanidiumalbescens Eigenm. & Ei- genm. Pr. Calif. Acad. Sci.—2? Ser. 1,157—1889; Os mesmos Occas. Papers Calif. Acad. Sci. I, 267, 270 — 1890; os mesmos Pr. U. S. Nat. Mus., XIV, 34—1891; Mir. 472 Centron A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES Rib. Peixes do Iporanga — Lavoura Anno XI, m. 5, pag. 186 — 1907. rochlus heckelä, (Filippi) = Auchenipterus heckelii Filippi, in Guerin Rev. & Mag. de Zool. 166—1853; Centromochlus megalops, Kner, Sitzungsber. Acad. Wien, XX VI, 430,est. VIII, figs. 24 e 24 a- 1857; Centromochlus heckelit, Gunther, Cat. V. 197—1864; Cope, Pr. Am. Philos. Soc., XVII, 667—1878; Vaillant, Bul. Soc. Philom, 7º Ser. IV, 1880; Eigenmann & Eigenmann Proc. Cal. Acad. 5º Ser. I. 156-1889: os mesmos, Occas. Pa. pers. Calif. Acad. of Sic. I, 266 e 267—1890; os mesmos, Pr. U.S. Nat. Mus. XIV,34—1891;Boulenger, On Fishes from the Juruá — Trans. Zool. Soc. London, XIV. Pte. 77—422—1898. Tatia intermedia (Steind.) == Centromochlus itermedius, Steindachner, Susse- Tatia aulopygia, wassertische S. O. Brasilien (III) — 106-Sitzuugsber. Akad. Wien. LXXIV— 1876; o mesmo, Flussfische S. America (III), 4-Denkschrift Akad. Wien (XLIV)—1881;Eigenmann & Eigen- mann, Proc. Calif. Acad. 2º Ser., I, 156 — 1889; os mesmos, Occas, Papers Calif. Acad. of Sci. I 267 e 269 — 1890; os mesmos. Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 34 — 1891. Kner. = Centromochlus aulopygyus, Kuer. Sitzungsber. Akad. Wien., XXVI. 432—est. VIII fig. 25—1857; Günther. Cat. V, 198—1864; Eigenmann & Eigenmann, Pr. Cal. Acad. Sci. 2° Ser. I—157—1889; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci. I. pgs. 267—270—1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV — 34 — 1891. Asterophysus batrachus Kner.— Asterophysus batrachus, Kner. Sitzungsber. Akad. Wien XXVI — 403 — 1858; Günther, Cat. V, 200 — 1864; Eisenmann & Eigenmann, Occas. Papers Calif. Acad. of Sci. I, 262 — 1890; os mesmos Pr. U. S. Nat. Mus., vol. XIV, 33 — 1891. Trachycorystes trachycorystes (Cuv. & Val.) = Auchenipterus trachycorystes, Cuvier & Valenciennes, Hist. Nat. Poiss. XV. 159 — est. 437 — 1840; Trachychorystes typus, Bleek. Nerdel. Tijdschrift Dierkunde, 1 — 88 — 1863; Anuchmepterus trachycorystes, Gunther Cat. V, 195 — 1854; Trachycorystes trochycorystes, Eigenm. & Eigenm. Pr. Calif. Acad. Sci. 2° Ser. I—154—1889; os mesmos, Occas. Papers. Calif. Acad. Sci. I — 274—276 — 1590, os ifiesmos, Pr. U. S. Nat. Müs.. XIV — 1891. Trachycorystes porosus, Eigenm. & Eigenm. = Trachycorystes porosus, Eigen- mann & Eigenmann Proc. Calif. Acad. Sci. I, 2º Ser. 154 — ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL 473 1889; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci. I, 274 —276—1890; os mesmos,Pr. U.S. Nat. Mus. XIV—34—1891. Trachycorystes ceratophysus (Kner) = Auchenipterus ceratophysus, Kner, Sitzun- gsber. Akad. Wien, XXVI,427 est. VII fig. 23 e est. VIII fig. 23a, b, c,— 1857; Günther, Cat. V,196—1864; Trachycorystes ceratophysus, Eigenmann & Eigenmann, Pr. Cal. Acad. Sci. —I — 154 — 1889; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci. I, 274 e 276 — 1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus, XIV, 34 — 1891; Auchenipterus ceratophysus, 3 Perugia, Ann. Mus., de Genova, X (2º Ser.) 636— 1890-92. Trachycorystes striatulus (Steind.) = Auchenipterus striatulus, Steindachner, 9 ; 2 D 4 ; o ] Susswasserfische des S. O. Brasilien. III, 98—est. V,—Sit- zungsber. Akad. Wien. LXXIV — 1876; Trachycoristes striatulus, Eigenm. & Eigenm. Pr. Calif. Acad. Sci. — 23 Ser. I — 155—1889; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci. — I— 274, 277 — 1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 34 — 1891; Auchenipterus strialatus, Goeldi,Bol. Mus. Paraense, II, 456 e Auchenipterus striatutus, Goeldi, Bol. Mus. Paraense, II, 463, 479 — 1898; Eigenmann & Kennedy, Proc. Calif. Acad. Sci. 501—1903. Trachycorystes galeatus (L.)=Artedi, in Sebae Thesaurum,III,est. 29 fig. 7—1738; Silurus galeatus, Linnaeus, Syst. Nat. ed. XII, 503 — 1766 e ed. XIII—1357-1788; Bloch. Ichthyol. pt. 8-39—est. 369 fig. 1—1794; Bloch. & Schn., Syst. 304 — 1801; Pümnelo- dus galeatus, Lacepede—Hist. Nat. Poiss. V, 97 e 114 — 1803; Auchenipterus maculosus, Auchenipterus immaculatus e A. punctatus Cuv. & Val. XV, 161, 162 e 163—1840; Auche- nipterus muculosus e A. punctatus, Kner, Sitzungsber. Akad. Wien, 26, 425 — 1858; Parauchenipterus galeatus, Bleeker, Nederl. Tidschrift Dierk., I, 88 — 1863; Auchenipterus ga- leatus e A. maculosus, Gunther, Cat. V, 196 — 1864; Au- chenipterus lacustris, Lutken, Velhas Flodens, Fiske, 147 e III c. fig. — 1875; Auchenipterus galeatus, Peters Monats- bericht Acad. Berl. 470 — 1877; Trachycorystes galeatus, Eigenmann & Eigenmann, Pr. Calif, Acad. Sci. 22 Ser. I 155—1889; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci. I, pgs. 274 e 279—1890; os mesmos, Pr. U.S. Nat. Mus. XIV 34 — 1891; Auchenipterus galeatus, Boul. Trans. Zool. Soc. Lond. XIV, 2% pte. 28 — 1896; Parauchenipterus pas- seae (descripção) e Pseudachenipterus guppy estampa, Tate 6378 E 474 A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES Regan, Proc. Zool. Soc. London I, 387 est. XXIV—1906; Tra- chycorystes galeatus, Eigenm & Bean, Pr. U. S. Nat. Mus. XXXI, 663—1907. Trachycorystes analis, Eigenm. & Eigenm=Trachycorystes analis, Eigenmann & Eigenmann, Pr. Calif. Acad. 2º Ser. I, 156—1889; os mesmos Occas. Papers Calif. Acad. Sci. I, 275 e 288 —1890; os mesmos Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 34—1891. Auchenipterichthys longimanus (Günther) — Auchenipterus longimanus, Günther, Cat. X, 195—1864; Auchenipterichthys longimanus, Eigenm. & Eigenm. Pr. Cal. Acad. 2? Ser. I, 154—1889; os mesmos Occas. Papers Calif. Acad. Sci. 284—1890; os mesmos, Pr. U.S. Nat. Mus. XIV, 341891. Auchenipterichthys thoracatus (Kner.) = Auchenipterus thoracatus, Kner, Sitzun- gsber. Akad Wien, XXVI, 425 est. VII, fig. 22—1858; Auche- nipterichthys thoracatus, Bleeker, Nederl. Tydschrift Dierk. I- 89— 1863; Auchenipterus thoracatus, Günther, Cat. V, 194 — 1864; Auchenipterichthys thoracatus, Eigenm. & Eigenm. Pr. Calif. Acad. Sci. 1,2º Ser., 154—1889; os mesmos,Occas. Papers Calif. Acad. Sci. I, 32—1898; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 34—1891. Tracheliopterus coriaceus Cuv. & Val.— Tracheliopterus coriaceus, Cuvier & Valen ciennes XV, 164 est. 438—1840; Günther, Cat. V, 198 — 1864; Eigenm. & Eigenm. Pr. Cal. Acad. 2? Ser. I, 157 — 1889; Tracheliopterus coriaceus maculosus, os mesmos, loc. cit.; os mesmos, Occas. Papers. Calif. Acad. Sci. I, 264 e 265—1890; Tracheliopterus coriaceus e T. maculosus, Kigen- mann & Eigenm., Pr. U.S. Nat. Mus. XIV,33 — 1891; Bou- lenger Trans. Zool. Soc. London, XIV, 2º Pte, 28—1896. Tracheliopterichthys taeniatus (Kner)—Tracheliopterus taeniatus, Kner, Sitzun- gsber. Akad. Wien, XXVI,Bd. 434, est. VIII, fig.26—1858, Steind. Denkschrift. Akad. Wien, XLIV Bd. 4—1882; Tra- cheliopterichthys taeniatus, Bleeker, Nederl. Tijdscrift Dierk I, 111 — 1863; Trachelyopterus coriaceus, Günther, Cat. V, 198—1864; Tracheliopterichthys taeniatus, Eigenm. & Eigenm. Pr. Calif. Acad. Sci. 2º Ser, I, 157—1889; os mesmos,Occas. Papers. Calif. Acad. Sci. I, 263—1890; os mesmos, Pr.U. S. Nat. Mus. XIV, 33—1891. Pseudoceptosis gobioides (Kner) = Cetopsis gobioides Kner, Sitzungsber. Acad. Wien, XXVI, 407—1857; Pseudocetopsis gobioides Bleeker, Nederl. Tijdschrift Dierk. I, 111 — 1863; Cetopsis gobioides, ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL 475 Günther, Cat. V, 199—1864; Eigenm. & Eigenm. Occas. Pa- pers Calif. Acad. Sci. I, 319 e 322 — 1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 36 = 1891. Cetopsis cœcutiens (Licht)—Szlurus cecutiens Lichtenstein, Wiedem.Zool.Mag. I, pt. 3, 61—1829; Spix, Gen. et Sp. Pisc. Bras. 12, est. X, fig. 2; Cetopsis cecutiens, Agassiz, in Spix. loc. cit. — 1829; Cuv. & Val. XIV, 285—1839; Kner, Sitzungsber. Akad. Wien, XXVI, 409 — 1858; Bleeker, Nederl. Tijdschrift Dierk I, 111 — 1863; Günther, Cat. V, 199 — 1864; Eigenm. & Eigenm. Pr. Calif. Acad. Sci., 2º Ser. I, 157 — 1889; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci. 318 e 320 — 1890; os mesmos Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 36 — 1891; Goeldi, Bol. Mus. Pa- raense, II, 457 e 179 — 1898. Hemicetopsis candirıi (Spix )— Estampa 42, Alexandre Rodrigues Ferreira, Dese- nhos de Peixes, etc. — 1783-93; Sz/urus candiri e Cetopsis candiri, Agas. & Spix. Pisc. Brasil. 13, est. X fig. 1 — 1829; Cetopsis candiri, Cuv. & Val. XIV, 286 — 1839; Hemicetopsis candiri Bleeker Nederl. Tijdschrift Dierk, 111 — 1863; Ceto- psis candiri Günther, Cat. V, 199 — 1864; Cope, Pr. Am. Philos. Soc., XVII, 678 — 1878; Steindachner, Flussefische S. Amerika's, IV, 5. Denkschrift Akad. Wien XLVI — 1882; Eigenm. & Eigenm. Pr. Calif. Akad, 2º Ser. 1,157 — 1889; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci., 318e 319 — 1890; os mesmos, Pr. U.S. Nat. Mus. XIV 36 — 1891; Cefopsis can- diri, Boulenger, Trans. Zool Soc. London, XIV, pte. 7º, 422 — 1898; Cetopsis sp. altera, aff. plumbeus, Goldi Bol. Mus. Paraense, II, 479 — 1898; Hemicetopsis candiri, Eigenm & Bean Pr. U. S. Nat. Mus. XXXI, 664 — 1907. Platystacus cotylephorus, Bl. = Mystus, Artedi Thes. Sebae III, pag. 86 n. 9est. 29—fig. 9 — 1738; Batrachus sp. Klein, Miss. III, Pisc. pg. 86 — 11est. 4 flgs. 7 e 8— 1745; Aspredo sp. Gronow. Mus. Ichthyol. I pag. 8, n.26—1754 & Zoophyl. n. 3241763. Pla- tystacus cotylephorus, Bloch Ausl. Fische VIII pg. 54—est. 372 —1749;Bl. & Schn. Syst.pg. 3721801: Szlurus cotylephorus, Lacep. Hys. Nat. Poiss. V pgs. 78 e 821803; Aspredo sex- cirrhis Cuv. & Val. Hist.Nat. Poiss.,XV pg. 3261840; Aspredo spectrum, Gronow, «Syst. Ichthyol. pag. 137, Ed. Gray 1854; Aspredo sex-cirrhis, Kner, Sitzungsber. Akad. Wien, XVII. pg. 93 — 1855; Bleek. Sil. Surin, pag. 95 — 1864; Aspredo cotylephorus, Gunther, Cat. V pg. 269 — 1864; Aspredo coty- 476 A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES lephorus, Goeldi Bol. Mus. Paraense, II, pgs. 466 e 481; Pla- tystacus catylephorus, Eigenm. & Eigenm. Proc. Calif. Acad, Sci. II, 2º serie, pg, 50—1890; os mesmos; Occas. Papers Calif. Acad, Sci. I pg, 211890; Os mesmos, Pr. U.S. Nat. Mus. vol. XIV pg. 26 — 1891. Platystacus tibecen (Temmink ) = Aspred tibicen, Temmink in Cuv. & Val. Hist. Nat. des Poiss. XV pg. 320, — 1840; Gunther, Cat. pg. 270 1864; Platystacus tibicen, Kigenmann & Eigenm. Pr. Calif. Acad. Sci. II, 2º serie pg. 50 — 1890; os mesmos. Occas Pa- pers Calif. Acad. of Sci. I pg. 24 — 1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat, Mus. pg. 26 — 1891. Ptatystacus aspredo(L.) = Mystus 10 — Artedi, Thes. Sebae III pg. 86, est. 29 fig. 10—1738; Aspredo sp. Gronow, Zoophyll, pg. 102. n. 326; Aspredo batrachus Linneus, Mus. Adolph. Fred, pg. 73—1754; Amænit. Acad. I pg. 311, est. I fig. 5—1749; Silurus aspredo, Linneus, Syst. Nat. ed. X pg. 304 — 1758; Bonat, Tabl. En- cyclop. Ichthyol. pg. 150 — 1788; Platystacus laevis. Bl., Ausl. Fische, VIII pag. 58—1794; Bl. & Schn, pg. 373—1801; Silurus aspredo, Lacep. Hist. Nat. Poiss. V, pg. 78 — 1803; Aspredo laevis, Cuv. & Val. Hist. Nat. Poiss. XV, 320 — 1840; Mul. & Troschel in Schomburgk. Reise Brit. Guian pg. 630—1848; Aspredo batrachus Gronow pg. 137—1854; (Syst. Ed. Gray) Aspredo batrachus Bleeker, Silurus Surin. pg. 93 — 1864; Gunther Cat. V. pg. 268—1864; Gunther, Annals & Mag. Nat. History; Platystacus aspredo, Eigenmann & Eegenmann, Proc. Calif Acad. Sci. II, 2º Serie—pg. 50— 1890; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci. Ipg. 23—1890; os mesmos, Proc. U.S.N. Hist. vol. XIV, pg. 26—1891. Bunocephalus verrucosus ( Bl.) = Platystacus verrucosus, Bloch Ausl. Fische, XI pg. 63 est. 363 fig. 3; Sz/urus verrucosus, Bloch. & Schn. pg. 379 — 1801; Aspredo verrucosus Cuv. & Val. XV pg. 328 — 1840; Bunocephalus verrucosus, Gunther, Cat. V, pg. 266 — 1864; Eigenm & Eigenm. Proc. Calif. Acad. Sci. II, (2? Serie), pg. 48 — 1890; Eigenmann & Eigenmann Occas. Papers. Calif. Acad. Sci., I pg.16—1890; Pr.U.S. Nat.Mus.vol. XIV pg. 26—1891. Bunocephalus bicolor, Steind — Bunocephalus bicolor, Steindachner, Fluss Fische Sudam. — IV — Denkschrift Akad. Wiss. Wien — 46 Bd. pg. 8, est. II fig. I, 1882; Eigenmann & Eigenmann Preliminary notes Proc. Calif. Acad.Sci., II,2?serie—pg. 48—1890. Os mes- mos, South Am. Nem. — Occas. Papers Calif. Acad. Sci —I ARCHIVOS DC MUSEU NACIONAL 477 Pg. 17—1890; os mesmos—Pr. U. S. Nat. Mus. vol. XIV, pg. 26—1891. Bunocephalus kneri, Steind.==Bunocephalus kneri, Steindachner, Flussf. Sudam. IV—pg. 9 est. II fig. 2 — Denkschrift Akad. Wiss. Wien XLVI-—1882; Boulenger, Proc. Zool. Soc. Lond. pg. 278 — 1887; Eigenmann & Kigenmann, Pr. Calif. Acad. of Sci. pg. 48 do II vol. 2º Serie 1890 e Occas. Papers Calif. Ac. Sci., I pg. 19—1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. vol. XIV g. 26—1891. Bunocephalus gronowti, Bleek—Aspredo sp. e A. verrucosa,Gronow. Mus. Ichthyol. II pg. 5—153, est. 5, fig. 3—1745,Zoophyl. pg. 102—n.325— 1754 Syst. (ed. Gray) pg. 137—1854; Bunocephalus verrucosus Kner, Sitzungsber Acad. Wien, XII Bd. I Heeft. pg. 96—1855; Bunocephalus gronowi, Bleeker, Prodr. Silur. pg. 329—1858; Gunther Cat. V, pg. 266—1864; Eigenmann & Figenmann, Proc. Calif. Acad. Sci., II, 2º serie, pg. 48—1890 e Occas. Papers Calif. Acad. Sci., I pg. 17—18)0; 0s mesmos,Proc. U. S. Nat. Mus. vol. XIV pg. 26—1891. Bunocephalus scabriceps, Eigenm. & Eigenm. — Bunocephalus scabriceps, Eigen- mann & Eigenmann, Proc. Calif. Acad. of Sci.,II, 2º Serie, pg. 49—1890; os mesmos Occas. Papers. Calif. Acad. of Sci., I pg. 15—1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus., vol. XIV, pg. 26—1891. Bunecephalichthys hypsiurus (Kner) = Bunocephalus hypsiurus., Kuer, Sitzun- gsber. Akad. Wien, XII Bd., I Heft. pg. 98, est. 1 figs. 1 e 1 a—1855; Dunocephalichthys hypsiurus, Bleek, Nederl. Tydschr. Dierk. I, pg. 118—1863; Gunther, Cat. V pg. 267 — — 1864; Kigenmann & Kigenmann, Proc. Calif. Ac. of Sci. II, 2° Serie — pg. 48 — 1890 e Occas. Papers. Calif. Acad. of Sciences —I pg. 14—1890; os mesmos Pr. U. S. Nat. Mus. vol. XIV pg. 25. — 1891. Dysichthys australe, Figenm, & Ward=Dysichthys australe, Eigenmann & Ward, Ann. Carnegie Museum, vol. IV n. 2—1907. Epapterus dispilurus, Cope=Epapterus dispilurus, Cope, Am. Philos. Soc., XVII, 677—1878; Euanemus longipinnis, Steindachner, Flussefische Süd Amerikas,III,17—Denkschrift Akad. Wien XLIV, 1882; Epapterus dispilurus, o mesmo, op. cit. (IV) XLVI Bd. 1883; Eigenm. & Eigenm. Pr. Cal. Acad. of Sci, 2° Ser. 1,152 — 1889; os mesmos. Occas. Papers Calif. Acad. Sci. 1,293— 1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 34—1891. 475 A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES Auchenipterus nigripinnis (Boulenger) — Euanemus nigripinnis, Boulenger Trans. Zool. Soc. Lond., XIV, pte. 2—28 est. IV figs,2 e 2a — 1896; Auchenipterus negripinnis. Eigenm. & Ward, Ann. Carnegie Mus. IV, n. II—117—1907. Auchenipterus nuchalis (Spix.)—=Hypophthalmus nuchalis, Spix, Gen. et Sp. Pisc. Bras, 17 — est. 17 — 1829; Auchenipterus nuchalis, A. dentatus Cuv. & Val. XV, 155 e 156 — 1840; Zuanemus colymbetes, Müll. & Tr. Hor. Ichthyol. III, 11, est. I, fig. 2 1849; Auchenipterus nuchalis, Castelnau, Anim. Nouv. etc. 47—1855; Kner, Sitzingsber. Akad. Wien, XXVI, 422 — 1857; Zuanemus nuchalis, Günther, Cat. V, 193 — 1864 ; Cope, Pr. Am. Philos. Soc. XVI, 676 — 1878; Vaillant Bull. Soc. Philom. 7 — IV — 1880; Zuanemus colymbetes, J. Müller, Beobacht. Schwimblase etc., Monatsber, Akad. Berlin 203—1842; o mesmo, Arch. f. Anat. Phys. und Wiss. Med. 230—1842; Troschel, Archif. f. Naturg. IX, 2, 109— 1843; Euanemus colymbetes, J. Müller, Arch. fur. Naturg. IX 318—1843; Auchenipterus nuchalis, Eigenm. & Eigenm., Pr. Calif. Acad. 2º Ser. vol. I, 151 — 1889; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. of Sci., I. 295—1890; os mesmos Pr.U.S.Nat. Mus. XIV, 35—1891; Goeldi,Bol. Mus. Paraen- se, II, 479—1898; Auc:nipterus nuchalis, Berg. Com. Ictio- logicas—Communicaciones del Mus. B. Ayres— Tom. I, n.9 —301— 1901. Auchenipterus fordicei, Eigenm. & Eigenm. — Arc henipterus fordicei, Eigenmann & Eigenmann, Pr. Calif. Acad. of Sci., 2° Ser. I, 151—1889; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci. I, 295 e 297 — 1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 35—1891. Setranematichthys quadrifilis (Kner)—Ageneiosus quadrifilis, Kner, Sitzungsber. Akad. Wien, XXVI, 442—est. IX fig. 29 — 1857; Tetrane- matichthys quadrifilis, Bleeker, Nederl. Tydschrift Dier. I, 108—1863; Gunther, Cat. V, 193 — 1864; Eigenmann & Eigenmann, Occas. Papers Calif. Acad. of Sciences I, 298 — 1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 35—1891. Pseudageneiosus brevifilis, Cuv. & Val. Hist. Nat. Poiss. XV.180—1840; Kner Sitzungsber. Akad. Wien, XXVI, 438 --1857; Pseudagenetosus brevifilis, Bleeker. Silur. Suriname (83—est. XVI—fig. 1— 1864; Ageneiosus brevifilis, Gunther, Cat. V., 192—1864; o mesmo, Pr. Zool. Soc. Lond. 229—1878 ; Cope, Pr. Am, Philos. Soc. XVII—676— 1878; Eigenm & Eigenm. Pr. Calif. ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL 479 Acad. Sci., 2? Ser. I, 150—1889: os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci. 2º Ser. I, 301, 309 —1890; os mesmos,Pr. U. S. Nat. Mus., XIV, 35—1891; Perugia, Ann. Museo di Genova—(Pesci.—Sud-Americani) — Ser. 2º — Vol.X. — 1890-92; Ageneiosus brevifilis., Boul. Trans. Zool. Soc. Lond. XIV— 2? parte—1896; Ageneiosus (Pseudageneiosus) bre- vifilis, Berg. An. Mus. B. Aires, V, 265 — 1897; Göldi, Bol. Mus. Paraense, IF, 461 e 481—1898. Ageneiosus atronasus, Eigenm. & Eigenm. Pr. Cal. Acad. 2º Ser. I, 149—1889; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci. I, 300, 302— 1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus., XIV, 35—1891. Ageneiosus brevis, Steind.=Agenetosus brevis, Steindachner, Denkschrift Akad. Wien=XLIV Bd. pg. 16 — 1882; Eigenm. & Eigenm. Pr. Calif. Acad. Sci. 2? Ser., I, pgs. 149 — 1889; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci. I — 300 e 301—1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 35—1891. Ageneiosus dawalla (Schomb.)—N. 8. Artedi in Thesaurum Sebae est. 29 — tom. III—1738; Agenetosus inermis,Cuv. & Val. XV, 178 est. 440 — 1840; Appophtalmus dawalla, Schomburgk, Fishes Britsh Guiana, 191 est. 9— 1849; Agenetosus inermis, Cas- teln. Anim. Nouv. etc, 48— 1855 ; Ageneiosus sebae, Gun- ther, Cat. V. 192—1864; Ageneiosus dawalla, Eigenm. & Eigenm. Pr. Calif. Acad. Sci. — 2º Ser. I, 150—1889; os mesmos, Occas. Papers Cal. Acad. Sci. I, 301 e 309 — 1890 ; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 35 — 1891 ; Goldi, Bol. Mus. Paraense, II, 461—1898. Ageneiosus dentatus, Kner. — Ageneiosus dentatas, Kner, Sitzungsber. Akad. Wien, XXVI, 441 — 1857; Günther Cat. V. 192 — 1864; Ageneiosus pardalis, Lutken, Vidensk. Medel., 190—1874; Steindachner, Fische-Fauna Magdalenen Stromes, 17—III— figs. 1 e 1a; Denkschrift Akad. Wien, XXXIX — 1878; o mesmo, Fisk-Fauna des Cauca, etc. 10, Denkschrift Akad. Wien, XLII — 1880; Eigenmann & Eigenmann, Pr. Calif. Acad. Sci., 2? ser. I, 150 — 1889; os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci. I, 300 e 306 — 1890; os mesmos, Pr. U). Se Nat. Mus. XIV 7351838 Ageneiosus ucayalensis, Casteln.—Estampa 41, Alexandre Rodrigues Ferveira,de- senho de Peixes etc. — 1783-1793; Ageneiosus militaris, Cuv. & Val. Hist. Nat. Poiss. XV, 173—1840; Ageneiosus ucayalensis, Casteln. Anim. Nouv. etc. 49, est. XVII. fig. 2- 480 A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES 1855; Valenciennes in D’Orbigny, Voyage dans l’ Am. Merid. IX, Atlas II, est. IV, fig. 1—1847: Kner, Sitzungsber. Akad. Wien, XXVI,437—1858, Ageneiosus valenciennesi, Bleeker, Sil. Suriname, 28—1864; Ageneiosus militaris, Gunther, Cat. V, 1911864; Ageneiosus ucayalensis e A. valenciennest, Engenm. & Eigenm.,Pr. Calif. Acad. Sci. 2º Ser. 1,1501889, os mesmos, Occas. Papers Calif. Acad. Sci. I, 300, 304 e 306 — 1890; os mesmos, Pr. U. S. Nat. Mus. XIV, 35—1891; Ageneiosus valenciennesi Lahille, Revista del Museu de la Plata, VI, 270—1895: Ageneiosus militaris, Goeldi, Bol. Mus. Paraense, II, 463—1898; A. ucayalensis, Eigenm. & Bean, Pr. U. S. Nat. Mus. XXXI, 663—1907. Hypophthalmus edentatus, Spixs—=Hypophthalmus edentatus, Spix, Pisc. Bras. 16 est. IX. 1826; Hypophthalmus marginatus, AH. longifilis e H. spixit, Cuv. & Val. XV, 168, 171e172—est. 439—1840; Æy- pophtalmus edentulus, Casteln., Anim. Nouv. etc. 47—1885; Hypophtalmus fimbriatus, H. spixi Kner, Sitzungsber, Akad. Wien, XXVI, 444e446—1857; Notophthalmus marginatus, Hyrtle, Denkschrif Akad. Wien, XVI Bd.-17—1859; Æy- pophthalmus longifilis, Bleeker, Sil. Suriname. 88 — 1864; Hypophthalmus edentulus, H. longifilis, H. marginatus, A. Jfimbriatus, Gunther, Cat. V. 67, 681864; Aypophthalmus edentatus e H. perporosus, Cop. Pr. Am. Philos. Soc. XVII 673- 1878; 7. marginatus, Vaillant, Bul. Soc. Philom. 7? Ser. IV, 150—1880. #7. perporosus, Steindachner, Flusse- fische Sud-Amerika,(IV) 4 Denkschrift Akad. Wien XLVI— 1882; R. Wright, Trans. Roy. Soc. Can. III, 107, esc. 8 e 10 | 1885; HM. edentatus, Eigenmann & Kigenmann, Pr. Calif. | Acad. Sci. 2° Ser. I, 120—1889; os mesmos, Occas. Papers | Calif. Acad. Sci. I, 313—1890; os mesmos, Pr. U.S. Nat. Mus, | XIV, 35—1891; Berg. Com. Ictiologicas, Communicaciones | del Mus. B. Aires. Tomo I,N.1, 10—1898; Eigenmann & Bean, Pr. U. S. Nat. Mus. XXXI, 664—1907. EXPLICAÇAO DAS ESTAMPAS © PAG ESPN OG se ana a ese dei a ates E MR DO E cie nee coos Eee 32-33 Fig. 1 Ancistrus cirrhosus, Cuv. & Val. DIZ, > stigmaticus, Eigenm. & Eigenm. SIDA CO CINE RO DO RR SR re 36-37 Fig. 1 Hemipsilichthys duseni, Mir. Ribr°. » 2 Neoplecostomus granosus (Cuv. & Val.) STAND 3.0.4 BR EUER ae DE DO AS O BE SGaSBB SS E 42-43 Plecostomus emarginatus (Cuv. & Val.) ISLAM IT REMO RE Be RR Te opa ARNO SER MS 50-51 Fig. 1 Plecostomus verres (Cuv. & Val.) 2, > macrops, Eigenm. & Eigenm. 58 » . commersonii (Cuv. & Val.) IBS AMD PAD OQ Ca er He ne ea ie RE ou as bas De 70-71 Fig. 1 Plecostomus alatus (Cast.) » 2 Delturus parahybæ, Eigenm. & Eigenm. SIPAM A DOCA ne ae ee TEE 74-75 Pterygoplichthys aculeatus (Perugia) ISIS MOORE aids bas ee TERRE Re N ee Serra GA PACE 76-77 Fig. 1 Pterygoplichthys etentaculatus (Spix) DAS 2 » multiradiatus (Hancock) (*) Tendo sahido erradas as indicações das estampas constantes do texto, passam a ter effeito somente as exaradas nas ditas estampas e na presente explicação. 482 A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES PAG JOSIP DA DRITTE ER NR ASS tete eric 90-91 Fig. 1 _ Kronichthys subteres, Mir. Ribr’. » 2 Parotocinclus maculicauda (Stein.) » 3 Otocinculus gibbosus, Mir. Ribr”. DUNN COS eh ore nose a este lei ae SER ET fo ASAE jeto 104-105 Farlowella oxyrhyncha (Kner.) SANTE DO O ER Ce EEE SRA DECS POC RR Coe 106-107 Sturisoma rostrata (Spix) ESTAMPA, XD EE Eee nr rec PS Dr tele ee eee 112-113 Fig. 1 Harttia kronei, Mir. Ribr”. » 2 Hemiodontichthys acipenserinus Kner) EST AP ANR SORTE EEE rec Ce do svao ace ado con apucbpopoa) ECC 120-121 Fig. 1 Loricaria anus, Cuv. » 2 » nudirostris, Kner. > 3 » cataphracta, L. ES YA VEEDANEIERERTENV Br navono Deo erteilen cactiiee ei 132-133 Fig. 1 Loricaria lima, Kner. » 02 » latirostris, Boul. ESTAMPAMRXNE EE Fonte dere $ slstal eis sta esse ame 148-149 Fig. 1 Callichthys callichthys, L. » 2 Hoplosternum thoracatnm (Cuv. & Val.) a 53 » schreineri (Hancock) HBSS LVAD A TIEREN ee erde gen ER 164-165 Fig. 1 Decapogon verissimi, Mir. Ribr”. » 2 Corydoras natteri, Steind. 4 8) » barbatus (Quoy & Gmrd.) ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL 483 PAG STAND ODER ner ae an nee cree EL 194-195 Oxydoras niger (Val.) ESPN NOON TIT I Re a sane once noces 204-205 Fig. 1 Doras marmoratus, Lutk > 2 » keckelii, Kner. ST AIN ZA se NO NON GTENE E ces ayeln ved eye assis eier ele CAS nase haette 212-213 Doras dorsalis, Val. SPAIN AMENER aA a AAS A DO Aran 222-223 Fig. 1 — Tricomycterus proops, Mir. Ribr°. > 2— > dispar (Tschudi) 3 3— » brasiliensis, Lutk. 4 4 — Heptapterus mustelinus (Val.) IE SABINE ZANORSTET PE dane ee nennen ale seen ee ee ee Te 244-245 Conorhynchus conirostris (Cuv. & Val.) ESAMPAN XI" te RR PA onto non pd eng nn po a dut 250-251 Fig. 1 — Iheringichthys westermanni (Reinhardt & Lutk) » 2 — Typhlobagrus kronei, Mir. Ribr! BST MPAMEXTLIIT |... TEE . 256-257 Fig. 1 — Pseudopimelodus zungaro (Humb.) 5 Dax » alexandri (Steind.) ESTAMPA XLIV RS ES PO 10400090.00600960.0008.08 0000 272-273 Fig. 1 — Rhamdioglanis transfasciatus, Mir. Ribrº » 2 — Rhamdia insignis (Shomb.) >» 3 — » vittata (Kröyer & Lutk.) > de » transitoria, Mir. Ribr°. 484 A. DE MIRANDA RIBEIRO — FAUNA BRASILIENSE — PEIXES ESDAMEPA. UV us orne seele SS Saia cla ce Toe AREA OISE 280-281 — Rhamdia sapo (Cuv. & Val.) — » quelen (Quoy & Gmrd.) us » sabæ (Cuv. & Val.) ¥ OO D HH ESTAMPA XL VE nee see ce ie RERO RAR EN En 294-295 Fig. 1 — Pimelodus clarias (L.) » 2 — » valenciennis, Lutk ESTAMPA XL VII N ee de ee ET 308-309 — Steindachneria parahybæ (Steind.) — Surubimichthys planiceps (Agass.) — Surubim lima (Bl. & Schn.) Y On ESTAMPA SUG VIDE Sa er a Pega adorn ee eee 332-333 Fig. 1 — Pseudoplatystoma fasciatus (L.) > 2 » coruscans (Agass.) BESTAND ee es EN A 334-335 SE N a A io Dt ae ANNE QN sooo aaa ane a 344-345 Fig. 1 — Tachysurus spixii (Agass.) » 2— » luniscutis (Cuv. & Val.) ES TEAM ASIE een ent cm e sta cre lato [eia ajo =!s sis vielen slereloveisielelere siareigeretele 350-351 Fig. 1 — Genidens genidens (Cuv. & Val.) » 2 — Felichthys marinus (Mitch.) BISA JOL cmo cenas aonavacasomooosconavacansac op DappadPoocavasaBonbapdoos 358-359 Fig. 1 — Glanidium albescens, Lutk. » 2 — Centromochlus heckelii (Filippi.) « 3 — Trachycorystes galeatus (L.) 485 PAG. Eee Eee len ee ee 384-385 Fig. 1 = Hemicetopsis candirá (Spix) > 2 — Platystacus cotylephorus, Bl. 3 — Bunocephalichthys hypsiurus (Kner.) . 402-403 q PO Ru EAN pu BLUE In EN DICE A Acanthicus, 28, A, 81 » hystrix, 8, 81. » (Rhinelepis), 421, acanthochira (Pseudopimelodus), 16, 253, 257. 448. Acary, 47, 84. Acestra amazona, 13. » gladiola, 12. » gladius, 18. » oxyrhyncha, 11. acipenserina (Loricaria), 426. acipenserinus (Hemiodon),11, 425, 426. » (Hemiodontichthys), 11, 112, 425, 426. aculeatus (Chætostomus), 419. » (Pterygoplichthys), acuta (Loricaria), 9, 116 A, 117, 426, 427. adspersum (Decapogon), 14, 152, 433. adspersus (Callichthys), 14, 443. affine (Platystoma), 461, 462. Affinis (Amblydoras), 438. » (Auchenipterus), 15, 471. » (Callichthys), 431. » (Doras), 11, 200, 436, 438. » (Felichthys), 471. » (Hassar), 14, 185, 188, 436. » (Oxydoras), 14, 436. » (Otocinclus), 14, 91, 422, 423. » (Plecostomus), 415. » (Pseudauchenipterus), 15,354,356. agassizi (Luciopimelodus), 457. » (Pimelodus), 15, 285, 449. » (Pirinampus), 15, 457. » (Perugia), 457. » (Pseudopimelodus), 448. » (Rhinelepsis), 421, 422. Agassizi (Tachysurus), 17, 337, 338, 465. Agenciosidae, 25, 398. Agenciosus, 399, 402. » atronasus, 17, 402. 17, 72, 419. agenciosus brevis, 15, 402, 403, » brevifilis, 10. » dawalla, 10, 402, 404, » dentatus, 12, 402, 405. » quadrifilis, 12. » neayalensis, 11, 402, 405. agna (Plecostomus), 18, 41, 45, 414. alatus ( » ), 10, 41, 51, 416. albescens (Centromochlus), 371. » (Glassidium), 353, 471. albicans (Arius), 468. » (Bagrus), 10, 468. » (Galeichthys), 468. » (Pimelodus), 455. » (Sciadeichthys, 468. » (Tachysurus), 10, 337, 347, 468. albidus (Pimelodus), 465. alexandri (Lophiosilurus), 15, 448. » (Pseudopimelodus) 15,253,256,448 alga (Chaetostomus), 411. altipinnis (Liposarcus), 420. » (Pimelodus), 15, 285, 293 456. » (Rhamdia), 15. amazona (Farlowella(, 13, 103, 104, 424. amazonica (Loricaria), 429. amazonicum (Pygidium), 442. amazonicus (Trichomycterus), 14, 220, 221, 442. amazonum (Acestra), 13, 424. » (Oxydoras), 438, » Rhinodoras), 14, 197, 438. ambiacus (Corydoras), 433. » (Gasteroderma), 433. americanus (Cataphractus), 439. amblyura (Steindachneria), 17, 298, 300, 458. analis (Trachycorystes), 17, 366, 371, 474. Anhä, 45. Anujá, 370. Anus (Loricaria), 427. Ancistrus, 28 A, 29. » cirrhosus, 9. » damasceni, 14. » gibbiceps, 11. 488 ancistrus pictus, 11. » scaphyrhynchus, 11. » stigmaticus, 16. » vittatus, 14. angulicauda (Ancistrus), 419, » (Delturus), 14, 70, 419. » (Plecostomus), 14, 419. anne ( « ), 413. anus (Loricaria), 9,116 A, 119, 427. apeltogaster ( » ), 17, 116A, 136, 430. araguayensis (Galeichthys), 11, 458. » (Platynematichthys, 11, 301. 303, 458. arcifer (Callichthys), 13, 146, 147, 431. arekaima (Pimelodus), 10: 454, 455. » (Rhamdia), 262 A, 274, 454. arenatus (Arius), 465. » (Galeichthys) 465. Argiide, 143. argenteus (Pimelodus), 456, 467. Arges sabalo, 143. Aristomata inexpectatum, 17. Arius grandicassis, 10. » grandoculis, 15. » luniscutis, 10. » nuchalis 13. » rugispinis, 10. armatulus (Doras), 440. artedi (Platystoma), 460. ascita (Mystus), 455. » (Psendorhamdia), 455. asper (Callichthys), 431, 439. aspera (Rhinelepis), 9, 82, 84, 421. asperatus (Hypostomus), 416. aspidoras, 145. 155. » rochai, 17, 155. aspilogaster (Plecostomus), 416. Aspirophori, 23. Aspirophoros (Eleutherobranchios), 21. Aspredinidæ, 19, 20. aspredo (Platystacus), 384, 385, 477. » (Silurus), 476. » tibicen, 10, 476. asterifrons (Astrodoras), 439. » (Doras), 11, 200, 202, 439, Asterophysus. 253, 262. » batrachus, 12, 263. INDICE atronasus (Ageneiosus), 17, 402, 479. Auchenipterichthys. 372. » longimanus, 372. » thoracatus, 12, 372, 393. Auchenipleridæ, 25, 394. Auchenipterus, 394, 395. » affinis, 15, » ceratophysus, 12. » fordicei, 17, 396, 398. » heckellii, 10. » jequitinhonhae, 15. » longimanus, 13. » nigripinnis, 18, 396. » mechalis, 9, 396, 397. » striatulus, 15. » thoracatus, 12. » trachycorystes, 10. aulopygia (Tatia), 12, 360, 361, 472. » (Centromochlus), 12, 472. auranthiacus (Ancistrus), 418, » (Chaetostomus), 417. » (Hypostomus), 11, 417. » (Parancistrus), 11, 417, 418. auroguttatus (Hypostomus), 11, 416. » (Plecostomus), 11, 41, 51, 416. australe (Corydoras), 434. » (Disichthys), 17, 393, 477. B bachi (Chaetostomus-, 18, 417. » (Hemiancistrus), 18, 54, 60, 417. » (Hemidoras), 18, 438. » (Oxydoras). 18, 195, 196, 438. Bagre, 266, 278, 290. » Amarello, 339. » Branco, 348. » Bandeira, 351. » de Areia, 329. » » Lagoa, 279. » » Rio, 453. » (Felichthys), 350, 351, 470. » Gury, 345. » Molle, 233. “ (Silurus), 469, 470. » Urutu’, 350. Bagropsis, 236 A. 313. INDICE 439 Bagropsis reinhardti, 13, 313. bagrus albicans, 10. » genidens, 10. » pictus, 10. » (Pimelodus), 470. » props, 10. » punctatus, 10. » rusieauxi, 11. bahianus (Pimelodus), 452. bahiensis (Galeichthys), 469; 470. Bandeirado, 351. Barbadinho, 33. Barbado, 304. barbata (Loricaria), 11, 425. barbatum (Sturisoma), 11, 106, 107, 425. barbatus (Callichthys), 8, 435. » (Bagrus), 466. » (Scleromystax), 435. » (Corydoras), 8, 465. barbus (Pimelodus), 456, 467 » (Tachysurus), 4, 337, 343, 466 467 batrachus (Aspredo), 475. » (Asterophysus), 12, 363, 472. bicirrhosus (Plecostomus), 414. bicolor (Bunocephalus), 15, 387, 388, 476. » (Phrastocephalus), 465. » (Pirarara), 468 bifasciatus (Nannoglanis) 17, bilobatum (Hypostoma), 425. biseriatus. Bituva, 111. blochi (Doras(, 439. » (Galeichthys), 469. » (Pimelodus),555. 257, 445. » (Piramutana), 455. bourguyi (Microlepidogaster), 18, 88, 90. brachiatus (Doras), 15, 200, 216, 441. Brachyplatystoma, 260 A, 320. » filamentosum, 8, 321, 329. » juruense, 18, 321, 329. » platynema, 18, 321, 327. » rousseauxi,ll, 321, 327. » vaillanti, 9, 321, 323. brachyurus (Ancistrus), 417. » (Hemiancistrus) 417. brasiliensis (Plecostomus), 414, 451. » (Pimeiodus), 15. brasiliensis (Pygidium), 443. » (Rhamdia). 15, 262 A, 275, 451. Brecumbucú, 254. brevicauda (Plecostomus), 412. breviceps (Rhamdia), 11, 262 A, 282. (Pimelodus), 11, 454. » (Rhamdia), 454. brevifilis (Ageneiosus), 10. 470 479. » (Pseudageneiosus) 10, 401, 478,479. brevipinnis (Ancistrus) 29, 411. » (Xenocara), 18, 411. brevirostris (Loricatia), 16, 425, » (Parastu ma), 16, 109, 425. brevis (Ageneiosus) 15, 402, 403, 479. » (Doras), 11, 435. » (Hemidoras), 11, 171, 176, 435. » (Oxydoras), 435. » (Tridens), 16, 226, 227, 443. brunnecens (Doras), 439, 440. Bocca-Lisa, 348. Botoado, 214. boulengeri, (Plecostomus), 414. buckleyi (Pimelodella, 17, 451. buckleyi (Rhamdia), 19. bufonius (Pimelodus), 447. Bunocephalichthys, 383, 391. » hypsiurus, 12, 392. Bunocephalidae, 19, 21, 328. Bunocephalus, 383, 387. » bicolor, 15, 387, 388. » iheringi, 18, 387. » kneri, 15, 387, 389. » gronovii, 12, 387, 389. » hypsiurus, 12. » scabriceps, 18, 387, 390. » verrucosus, 387, 388. Bureva, 358. Ú Cabeça de Ferro, 370. Cabeçudo, 287. Caçonete, 352. cadeae (Loricaria), 13, 116, 124, 428. caecutiens (Cetopsis), 380, 475. » (Silurus), 475. À ! calderonensis (Doras), 16, 200, 201, 439. 490 INDICE Callichthydae, 19, 25, 144. Callichthys, 145, 146, 170. » arcifer, 13, 146, 147. » adspersus, 14. » barbatus, 8. » callichthys, 7, 146, 431. » cataphractus, 431. » » littoralis, 8. (Silurus), 431. » splendens, 11. » tamoata, 7. » thoracatus, 9. Callophysus, 236 A, 242. » macropterus, 8, 242. Calmoni (Hemipsilichthys), 14, 34, 39,412. Cambeja, 223. Candirti, 228, 381, 475. » Açú, 380. » (Hemicetopsis), 9, 381, 475. » (Silurus), 9, 475. Cangatá, 345. Caparary (Platystoma), 464. Caratahy, 354. caravatahy. 301. 428. carinatum (Hypoptopoma), 14, 424. carinata (Loricaria), 427, » (Mormyrostoma), 7, 191, 437. Carinatus (Doras), 437, 441. » (Oxydoras), 435, 437. » (Oxyropsis), 14, 101, 424. » (Plecostomus), 414. carolinensis (Myrtus), 470. Cascudinho, 37. Cascudo-Barbado, 130. cataphracta (Loricaria), 7, 116, 122, 427, 428. Cataphractus (Acanthodoras), 439. » (Doras, 7, 200, 208, 439, 440. » (Silurus), 439, 440. » punctatus, 7. Ceguinho, 250. Centromochlus, 353, 359. » aulopygius, 12. » heckelii, 359. » intermedius, 15. cephalacanthus (Otocinclus), 18. ceratophyrus (Auchenipterus), 12, 473. » (Trachycorystes), 12,366,368,473. Cetopsidae, 25, 377. Cetopsis, 378, 379. » caecutiens, 380. » gobioides, 12, 474. Chaetostomus bachi, 18. » oligospilus, 12. » nigrolineatus, 13. » punctatissimus, 14. Characinedeos, 20. charus (Pseudopimelodus), 447. Choralambre, 272. Choräo, 370. cirrhosa (Loricaria), 327, 428. » (Vandellia), 10, 228, 443. » (Xenocara), 441 cirrhosum (Chaetostoma), 411. cirrhosus (Ancistrus), 9, 29, 51, 411. » (Hypostomus), 9, 411. » (Chaetostomus), 411. clarias (Ariodes), 455. » (Bagrus), 455. » (Pseudariodes), 455. » (Pimelodus), 7, 285, 289, 455. » (Silurus), 455. Cobitidae, 20. . cochliodon (Hypostomus), 11, 48. » (Panaque), 11. 64, +18. » (Plecostomus), 418. coelestinus (Bagrus), 467. colymbetes (Euanemus), 478. commersonii (Arius), 466, 467. » (Bagrus), 466. » (Hypostomus), 415. : (Pimelodus), 466. » (Plecostomus), 9, 41, 50, 415,416. » affinis (Plecostomus), 416. Conorynchus, 236 A, 243. » conirostris, 9, 243, 246. » glaber. 14, 244, 246. cariaceus (Tracheliopterus), 10, 374, 474. Coruscans (Paradiplomystes), 8. » (Platystoma), 9, 464. » (Pseudoplatystoma), 9, 331,332,464. Corydoras, 145, 156. » barbatus, 8, 157, 168. » elegans, 14, 157, 161. » eques, 14, 157, 158. Corydoras hastatus, 16, 157, 163. » julii, 14, 157, 166. » microps, 17, 157, 165. » multimaculatus, 14, 157, 165. » nattereri, 14, 157, 164. » paicatus, 157, 160. » punctatus, 7, 157, 159. a BL » treitlii, 14, 157, 167. » trilineatus, 15, 157, 162. costatus (Cataphractus), 440. » (Doras), 7, 200, 210, 440. » (Platidoras), 440. » (Silurus), 440. cotylephorus (Aspredo), 475. » (Silurus), 475. » (Platystacus), 384, 475, 476. crisata (Pimelodella), 449. cristatus (Pimelodus), 449. ctenodus (Callophysus), 440. » (Pimelodus), 445. eubataonis (Loricaria), 14, Cumbaca, 370. cupreus (Pimelodus), 452. Curiacica-da-Branca, 289. Cuvieri (Genidens), 469. Cuyabae (Pinelodus), 452. Cuyu-Cuyú, 193. » splendens, 116 D damasceni (Ancistrus). 14, 29, 30, 411. » (Xenocara), 14, 411. dawalla (Ageneiosus), 10, 402,404, 479. » (Hypophthalmus), 10 479. Decapogon, 145, 151. °» adspersum, 14, 152 De vıcıssimi, 19/0152 0154 Delturus, 28 A, 69. » angulicauda, 14, 70. » parahybae, 16, 70. dentatus (Agenejosus), 12, 402, 405, 479. » (Auchenipterus), 478. depre-sus (Cataphractus), 431. » (Doras), 439. » (Hemiodon), 11. » (Hemiodontichthys), 11, 112,113,426. A, 131, 429. | » INDICE Disichthys, 393. » australe, 17, 393, dispar (Pygidium), 442. dispilurus (Epapterus), 15, 395 477. doceaua (Steiudachueria), 11572983 299, dolychoptera (Xeuocara), 411, dolychopterus (Aneistrus), 411. » (Chaetostomus), 441. Doradidae, 25, 170. Doras, 171, 199, » affinis, 11, 200, » austerifrous, 11, 200, 202. » brachiatus, 15, 200, 216. » brevis, 11. » calderonensis, 16, 200, 205. » cataphractus, 7, 200, 208. » costatus, 7, 200, 210. » dorsalis, 8, 200, 212, 213. 441, » fimbriatus, 11. » granulosus, 8, 200, 214. hancockii, 9, 200. » heckelii, 11, 200, 205. » humeralis, 11. » lipophthalmus, 11. » marmoratus, 13, 200, 204. » nebulosus, 17, 200. » niger, 8. » punctatus, 11. » spinosissimus, 16, 200, 209. » stenopeltis, 11. « weddellii, 11, 200, 202, 210. Dourada, 327. Dundü, 269 duodecimalis (Hypostomus), 419. » (Pterigoplichthys), 415. Duopalatinus, 236 A, 314. » emarginatus, 9, 314. » goldii, 15, 314, 315. dura (Loricaria), 427. duseni (Hemipsilichthys), 18, 34, 37, 412. E edentatus (Doras) 437. 7 » (Hypophthalmus), 407, 480. dentulus ( » ), 480. 491 » (Trichomycterus) 19, 220, 222, 442. 458. 492 eidouxii (Galeichthys), 470. eigenmanni (Corydoras), 435. » (Hemidoras), 18, 171. 175, 435. » (Oxydoras), 18, 435. eigenmanniorum (Rhamdia), 17, 19, 262 213, 451. elegans (Corydoras), 14, 157, 161, 434. Eleutherobranchii, 23. » (Aspirophori), 5, 21, elongatus, (Hemidoras), 18. » (Oxydoras), 18, 193, 195, 438. emarginatum (Platystoma), 9, 461. emarginatus (Duopalatinus), 9, 313, 461. » (Hypostomus), 412. » (Plecostomus), 9, 41, 42, 412,413, Epapterus, 394. » dispilurus, 15, 395, Epitremati, 1». eques (Corydoras), 14, 157, » (Goeldiella, 454. » (Pimelodus), 10, 285, 454. eriarcha (Rhamdella), 17, 448. » (Rhamdia), 10, 262 A, 266, 448. etentaculatum (Hypostoma), 8, 419. etentaculatus (Ancistrus), 419. » (Pterygoplichthys), 8, 72, 74, 419. evansi (Loricaria), 18, 431. Explicagäo das estampas, 481. exudans (Pimelodus), 10, 449, » (Rhamdia), 10, 262 A, 266, 449. 158, 433. F Farlowella, 28 A, 102. » amazona, 103, 104. » gladiola, 103. » gladius, 18, 103. 105. » oxyrincha, 11, 103, 104, fasciatum (Platystoma), 463, 464. » (Pseudoplatystoma), 331, 463. fasciatus (Pimelodus), 463. » (Silurus), 463. Felichthys, 236 A, 350. » bagre, 7, 350, 351. » flavescens, 17. » filamentosus, 469, 470, A, INDICE ı Felichthys marinus, 7, 350, 351. Fidalgo, 242, 329. filamentosa (Piratinga), 463. filamentosum, (Brachyplatystoma,) 463, filamentosus (Malacobagrus), 463. » (Pimelodus), 463, 470. (Doras), 11, 436. » (Hemidoras), 11, 171, 179, 436. » (Hypophtalmus), 480. » (Otocinclus, 423, (Oxydoras), 436. fissipinnis (Heptapterus), 19, 238, 240. flagellaris (Plecostomus), 427. flava (Loricaria), 414. flavescens (Felichthys), 471. » (Pseudauchenipterus), 354, 357 471. flavipinnis (Pimelodina), 15, 247, 447. flavus (Plecostomus), 414. flexilis (Otocinclus), 15, 94, 423. Focinho de Porco, 194. foina (Rhamdia), 10, 262 A, 282, 454. » (Pimelodus), 10, 454. fordicei (Auchenipterus), 17, 396, 398, 478. forskhammeri (Platystoma), 464. francisci (Plecostomus), 416. frenatus (Rhamdioglanis), 17, 260, 261. fur (Pimelodus), 285, 295, 457. furcatus (Auchenipterus), 470. fimbriatus ’ G galeatus (Parauchenipterus), 474. » (Pimelodus), 473. » (Silurus), 473. Galeichthys araguayensis, 11. garmanni (Plecostomus), 18, 41, 48, 415. genibarbis (Acanthicus), 421, 422. » (Plecostomus), 422. » (Rhinelepsis), 9, 82, 83, 321. Genidens, 236 A, 349. » (Bagrus), 10, 469, » genidens, 10, 350, 469, geoffroyi (Corydoras), 433. Gerupöca, 309, 333. gibbiceps (Ancistrus), 11, 420. » (Tachycorystes), 366, 370, 473, 474. INDICE gibbiceps (Chaetostomus), 420, » (Pterygoplichthys), 420. gibbosus (Otocinclus), 18, 91, 95, gigas (Ancistrus), 419. » (Chaetostomus), 419. » (Platystoma), 460. glaber (Conorhyn:hus), 14, 244. gladiola (Acestra), 12, 424. » (Farlowella), 103, 424. gladius (Acestra), 18, 424. » (Farlowella), 18, Glanidium, 353, 358. » albescens, 358. SST at Ay Cg 423, 103, 105, 424. gobio (Hemipsilichthys), 13, 34, 412. » (Xenomystus), 13, 412: gobioides (Cetopsis), 12, 474. » (Pseudocetopsis), 12, 378, 474. göldi (Brachyplatistoma), 462. » (Duopalatinus), 15, 314, 461. « (Trichomycterus), 18, 220, 221, goliath (Bagrus), 462. » (Piratinga), 462. -Goniodontes, 19. gracilis (Pimelodella), 450. » (Pimelodus), 9, 110, 448, 450. » (Pseudorhamdia), 450. » (Rhamdia), 9, 262 A, 269, 450. grandicassis (Arius), 10, 408, 442. » (Netuma), 468. » (Tachysurus), 10, 337, 346, 468. grandoculis (Arius), 15, 466. » (Tachysurus), 15, 337, 341, 466. granosus (Hypostomus), 9, 412, » (Neoplecostomus), 9, 39, 412. granulosus (Doras), 8, 200, 214, 441. » (Genidens), 467. » (Pterodoras), 441, gronovii (Ailurichthys), 470. » (Bunocephalus), 12, 387, 389, 477. » (Galeychthys), 470. grypus (Doras), 438. Guacary (Hypostomus), 414, 415. Gury-Juba, 345. guntheri (Hypoptopoma), 423. » (Oxyloricaria), 425. gupyi (Pseudauchenipterus), 473. 493 HM | hancockii (Doras) 9, 200, 210, 440. Harttia, 28 A, 109. » kronei, 18, 110, 111. » loricariformis, 14, 110. hartii (Pimelodus), 13, 450. » (Pseudorhamdia), 450. » (Rhamdia), 12, 272 A, Hassar, 171, 185. » affinis, 14, 186, 188. » lipophthalmus, 11, 185, » Orestis, 14, 185. hastatus (Corydoras), 16. 270, 450. 190. heckelii (Auchenipterus), 10, 472. » (Centromochlus), 359, 472. » (Doras), 11, 200, 205, 439. Hemiancistrus, 28 A, 53. » bachi, 18, 54. » niviatus, 11. » oligospilus, 54, 59. » pictus, 54, 56. » scaphyrhynchus, 11, 54. » vittatus, 54, 58, 60. Hemicetopsis, 378, 381. » candirú, 9, 381. Hemidoras, 171. » bachi, 18. » brevis, 11, 171, 176. » eigenmanni, 18, 171, 175. » elongatus, 18. » fimbriatus, 11, 171, 179. » humeralis, 11, 171, 181. » morei, 14, 171, 183. » nattereri, 14, 171, 173. » punctatus, 11, 171, 178. » stenopeltis, 11, 171, 172. » trachyparia, 18, 171, 177. » trimaculatus, 18, 172, 182. hemiliopterus (Phractocephalus), 7, 335, 465. » (Silurus), 465. Hemiodon acipenserinus, 11. » depressus, 11. » platynocephalus, 11. Hemiodontichthys, 28 A, 112. » acipenserinus, 11, 112, » depressus, 11, 112, 113. 494 hemiphractus (Callichthys), 431. Hemipsilichthys, 25 A. » calmoni, 14, 34, 36. » duseni, 18, 34, 37. » gobio, 13, 34. Ha ‘ hi, A26 A ep] Hemisorubim, 236 A, 353. n platyrhynchus, 9, 333. henselii (Loricaria), 430. Heptapterus nssipinnis, 19, 255, 240, » leptos, 238, 240. » multiradiatus, 17, 97, 98. hersbergi (Arius), +67. » (Galeichthys), 467. » (Netuma). 467. » (Silenaspis), 467. » (Silurus), 467. » (Tachysurus), 7, 337, 343, 467. hermanoni (Plecostomus), 415. heylandii ( » )» 412. hilarii (Pimelodus), 9, 432. » (Rhamdia), 9, 272 A, 278, 452. Hisonotus notatus, 416. holomelas (Pimelodus), 453. hoplogenys (Amcistrus), 411. » (Chaetostomus), 411. Hoplosternum, 145, 148, fittorale) Q 14Q 140 429 ai 145, 172, 392. ttorale), 8, \ » schreineri, 18, 148, 150. » thoracatum, 9, 148. horridus (Hypostomus), 412. » (Plecostomu=), 412, 413. humboldti (Doras), 437. » (Zungaro), 447. humeralis (Hemidoras), 11, 171, 181, 436. » (Oxydoras). 436. hemenorhinus (Hexanemichthys), 467. Hypophthalmidae, 19, 25, 406. Hypophtalmus, 407. » dawalla, 10. » edentatus, 407. » nuchalis, 9 Hypoptopoma, 28 A, 34, 96. » carinatum, 14. » inexpectatum, 17, 97, 98. » joberti, 16, 97, 99, » steindachneri, 18, 97. Hypostoma etentaculatum, 8. INDICE Hypostomus aurantiacus, 11. » aurogultatus, 11, 416. » cochliodon, 11. » granosus, 9. » multiradiatus. 8. nivezs!t 14 nivcatus, ii. hypsiurus (Bunocephalus), 12. » (Bunocephalichthys), 12, 362, 477. hyxtrix (Acanthicus), &, 421. » (Chaetostomus), 419. » (Hemiancistrus), 419. » (Rhinelepis), 9, 418. » (Pseudacanthicus), 9, 67, 418, 419. I ignobiiis (Pimelodella), 15. 448. » (Rhamdia), 15, 262, 263, 448. iheringii (Bunocephalus), 18. Theringichthys, 236, 245. » westermanni, 13, 246, immaculatum (Pygidium), 16, 442. immaculatus (Trichomycterus), 16, 220, 222, 442, 473, Imparfinnis, 236 A, 258. » piperatus, 17, 259, 1), 479, inermis ( A cet imerr s (Ager inexpectata (Aristomata), 17, 423. inexpectatum (Hypoptopoma), 17, 97, 98, 423, infraocularis (Spix), 460. insidiosus (Stegophilus), 12, 230, 231, 444. insignis (Pimelodus), 10, 445, 449. » (Rhamdia), 16, 262, 267, 449. intermedia (Tatia), 15, 360, 472. intermedius (Centromochlus), 15, 472. » (Stegophilus), 444. Iricéca, 341. Iritinga, 341. itatiayae (Trichomycterus bras.), 443. J Jahú, 317, 343. » (Paulicéa), 461. Jandia, 276, 279, 284. » (Surubim), 459. INDICE arm Jundiá, 277. jeanesianus (Liposarcus), 420. » (Pterygoplichthys), 420. jenynsii (Pimelodus), 13, 448. » (Rhamdia), 13, 262 A, 264, 448, » (Rhamdella), 44. jequitinhonhæ (Auchenipterus), 15, 471. » (Felichthys). 470. » (Pseudauchenipterus),15,355,471, | johni (Plecostomus), 416. joberti (Hypoptopoma), 16, 97, 99, 423. » (Otocinclus), 423. julii (Corydoras), 14, 157, 165, 434. joruense (Brachyplatystoma), 18, 321, 461. » (Platystoma), 18, 461. Jurupiranga, 348. juquiæ (Corydoras), 435. Fá kneri (Bunocephalus), 15, 387, 389, 477. » (Callichthys), 431. » (Oxydoras), 12, 193, 194, 438. » (Pimelodus), 453. » (Rhamdia), 453. » (Rhinodoras), 438. Konnairú, 267. Konopickii (Loricaria), kronei (Corydoras), 435. » (Harttia), 18, 110, 111, 425. » (Loricaria), 18, 116 A, 132, » (Typhlobagrus), 19. 250. Kronichthys, 28 A, 79. » subteres, 18, 80, 421. 14, 116, 126, 428. 430. L lacustris, (Auchenipterus), 473. labialis (Loricaria). 17, 116 A, 120, 427. labrosa (Bergiella), 446. labrosus (Iheringichthys), 446, 447. leviceps (Callichthys), 431. levigatum (Hoplostermem), 432. levigatus (Callichthys), 432. levior (Hisonotus), 422. 1æviuscula (Loricaria), 9, 116 A, 122, 428, Lai-Tu, 435. lanceolata (Loricaria), 13, 116 A, 128. 495 lanceolatus (Nemuroglanis), 16, 241, 445. lata (Loricaria), 428. lateralis (Callophysus), 446. » (Pimeletropis), 446. lateristriga (Pimelodella), 450. ) (Pimelodus), 10, 450. » (Psendorhamdia), 450. » (Rhamdia), 10, 262 A, 271, 450. latirostris (Loricaria), 18. 116 À, 133, 430. » (Plecostomus), 415. laukidi (Khamdia), 469. Leiacanthi, 20, 24. leptos (Acentronichthys), 445. » (Heptapterus), 238, 240, 445. leptochilus (Heisonotus), 422. leucofrenatus (Otocinclus), 18, 91, 94, 423. leucostictus (Ancistrus), +11. » (Chætostomus), 411. lima (Loricaria), 11, 116 A, 130, 429, 430. » (Plathystoma), 460. » (Plecostomus), 413, 415. » (Silurus), 460, » (Sorubim), 309, 460. limosus (Plecostomus), 415 lipophthalmus (Doras), 11, 437. » (Hanar), 11, 185, 190, 437. « (Hemidoras), 437. jithogaster (Doras), 441. littorale (Hoplosternum), 8, 14°, 149, 432 littoralis (Callichthys), 432. litturalus (Ancistrus), 11, 420. » (Chætostomus), 420. » (Pterygoplichthys), 11, 72, 78, 420: Loango, 332. longibarbis (Arius), 460, 461, longifilis (Callichthys), 432. » (Hypophtalmus), 480. longimanus (Ancistrus), 419. » (Auchenipterichthys), 372, 374. » (Auchenipterus), 13, 474. longipinnis (Ailurichthys), 470. » (Euanemus), 477. » (Hemiancistrus) 417. lophophanes (Microlepidogaster), 16,38,90,422. » (Otocinclus), 422. » (Rhinelepis, 16. 422. Loricaria, 19, 28 A, 116. 496 Loricaria acuta, 9, 116 A, 117. » apeltogaster, 17, 116 A, 136. » anus, 9, 116 A, 119. » barbata, 11. » cadeæ, 13, 116 A, 124. ) cataphracta, 7, 116 A, 122 „14.116 A, 131. » evansii, 18, 116 A, 142, » kouopickii, 14, 116 A, 126. ) krenei, 18, 116 A, 132. » cubataonis » labiatis, 17, 116 A, 120. » læviuscula, 9, 116 A, 122. » lanceolata, 13, 116 A, 128. , » latirostris, 18, 116 A, 133. » lima, 11, 116 A, 130. Loricaria macrodon, 11, 116 A, 137. » microlepidogaster, 116 A, 134. » nudirostris, 110 A, 119. » nudiventris, 9, 116 A, 141. » parva, 18, 116 A, 125. 14, 116 A, 140, » phoxocephala, 16. 17, 116 A, 140. » plecostomus, 7. » parnahybæ, » piracicabæ, » rostrata, 0. » typus, 12, 116 A, 117. Mba AS aS Loricaride, 19, 20, 25, 26, 143. loricarii formis, (Harttia), 14, 110, 425. » (Oxyloricaria), 425. loricatus (Callichthys), 431. luceri (Platystoma), 460. luniscutis (Arius), 10, 468, » vetula, 9, » (Galeichthys), 468, » (Selenaspis), 468. » (Tachysurus), 10, 337, 345, 368. lutkeni (Brachyplatystoma), 461. » (Paulicea), 15, 317, 461. » (Platystoma), 15, 461. » (Plecostomus), 413, 414. lyra, (Oxyloricaria), 425 M macrodon (Loricaria), 11, 116 A, 137, 430. macronema (Pimelodus), 455. macronemus (Bagrus), 470. INDICE macrops (Plecostomus), 16, 41, 48, 415. » (Stegophilus), 14, 230, 231, 444. macropterus (Callophysus), 8, 242, 415,446. » (Pimelodus), 445, 446. macrospila (Pıramuta). 456, 457. [a NANTES ON NES er $96 429 maculata (Loricaria), 7, 116 A, 127,426,429. (Werlheimeri), 14, 217, 442. maculatus (Doras), 441. » (Lovicarichthys), 428 ) (Pimelodus), 451, 455, 456. maculicauda (Otocinclus), 14, 422, » (Parotocinclus), 14, 87, 422. maculosus (Anchenipterus), 473. » (Tracheliopterus,) 474. Mãe-do-Anhá, 80. malacops (Chaetostomus), 411. Mandi, 289, 294. Mandi-Açú, 314. » Amarello, 280. » Bagre, 278, 313. » Casaca, 289. » Chorão, 279. » do-Salgado, 289, » Guarú, 287. » Pinima,287. » Pintado, 260. » Tinga, 274. » Urutü, 314. Mandubé, 397, 401, 407. mangurus (Pimelodus) 447. Maria-da-Serra, 168. marinus (Ailurichthys) 469, 470. » (Felichthys) 7, 350, 351. » (Galeichthys), 467. » (Silurus), 469. marginatus (Hypophthalmus), 480. » (Notophthalmus), 480. marmoratus (Doras), 13, 200, 204, 439, » (Sciades), 13, 311, 312, 461. megalops(Centromochlus), 472. j melanops (Tridens), 16,226,412. mesops (Bagrus), 567. Mestiço, 301. microcephala (Rhamdia), 13, 262 A, 266, 449. microlepidogaster, 28 À, 88. Microlepidogaster bourguyi, 18, 68. » lophophanes, 16, 88, 90. INDICE 497 Microlepidogaster (Loricaria), 116, 134, 430. Microlepidogaster nigricauda, 88. Microlepidogaster (Otocinclus), 422. Microlepidogaster perforatas, 16, 88. » tietensis, 18, 88, 89, 422, microps (Corydoiras), 17, 157. 165, 434. » (Neoplecostomus), 412. » (Pareiodon), 11, 232, 233, 444. » (Plecostomus), 17, 412. » (Rhinelepis), 17. microstoma (Pimelodus), 457. anilitaris (Ageneiosus), 479, 480. minuta (Rhanıdia), 262, 264,. 448. Miuroglanis, 219, 227. » platycephalus, 443. modesta (Rhamdia), 262 A, 272, 451. modestus (Pimelodus), 13, 451. morei (Hemidoras), 14, 171, 183, 436. » (Oxydoras), 14, 436, Mormyrostoma, 171, 172. » carinatum, 7, 192. mucosa (Platystoma), 462. multimaculatus (Corydoras), 14, 157 ‚163, 434, 461, » (Zungaropsis), 15, 319. mulleri (Pimelodus), 453, 454, multiradiatus (Ancistrus), 420. (Hehtapterus)17, 238, 239, 445, » (Hypostomus) 8, 419. » (Liposarcus), 419, 420. (Notoglanis), 454. » (Pterygoplichthys), 8, 420, murico (Doras), 441. mustelinus (Pimelodus), 453. » » (Heptapterus),, 9, 238, 444. » (Pimelodus), 9, 444. N Nanoglanis, 236 A, 237. » bifasciatus, 17, 237. nasus (Pimelodina), 16, 247, 249, 447. — nattereri( Corydoras), 14, 157, 164, 434. » (Oxydoras), 14. » (Hemiodoras\, 14, 171, 173, 435. nebulosus (Doras) 17. 200, 213, 441. Nemathognathi, 20. Nemuroglanis, 236 A, 241. Nemuroglanis lanceolatus, 16. nemurus (Pseudostegophilus), 443. » (Stegophilus) 13, 230, 444. Neoplecostomus, 23 A, 38, » granosus, 9, 39. » (Rhinodoras), 437. » (Oxydoras), 8, 193, 457, 438. nigribarbis (Pimelodus), 4 6. nigricans (Hypostomus), 417, 418. » (Pygidium), 442. » Trichomycterus, 8, 220. 442, nigricauda (Loricaria), 430. » (Microlepidogaster), 88, 422. » (Otocinclus) 18, 422. nigripinnis (Auchenipterus), 17, 396, 478. » (Euanemus), 478. nigripunctatus (Bagrus), 458. nigrolineatus (Chactostomus), 13, 418. » (Panaque), 13, 418. niveatus (Ancistrus), 417, » (Chætostomus), 417. » (Hemiancistrus), 11, 54, 61, 417. » (Hypostomus), 417. nodosus (Arius), 471. » (Auchenipterus), 471. » (Pseudauchenipterus), 354, 471. » (Silurus), 470. niveatus (llypostomus), 11, 417. notata (Rhamdia), 10, 262 A, 267, 449. notatus (Heisonotus), 16, 423, » (Otocinclus), 16, 91, 93, 422, 423. » (Pimelodus), 10, 449. nuchalis (Arius), 13, 466. » (Auchenipterus), 9, 396, 397, 478. » (Euanemus), 478. : » (Hypophthalmus), 9. 478. » (Tachysurus), 13, 337, 340, 466. nudirostris (Loricaria), 11,116 A, 119, 427, 430. nudiventris ( » ) O OS Ag EHE © obessa (Rhamdia), 17, 262 A, 276, 451. obtusirostris (Plecostomus), 414. obtusus (Otocinclus, 18, 91, 95. 498 oligospilus (Ancistrus), 417. » (Chætostomus), 22, 417. » (Hemiancistrus), 54, 59, 417. ophtalmicus (Pimelodus), 449. orbignyanum (Platystoma), 464. orestis (Hassar), 14, 185, 436. » (Oxydoras), 14, 436 ornatus (Pimelodus), 11, 285, 287, 454. ortoni (Surubimichthys), 460. Otocinclus, 23 A, 91. » affinis, 422, » cephalacanthus, 18, 91, 93. » flexilis, 15, 91, 96. » leucofrenatus, 18, 91, 94. » maculicauda, 14. » nigricauda, 18. » notatus, 16, 91, 93. obtusos, 18, 91, 95, vittatus, 18, 91, 93. 171 193. i » affinis, 14. » bachi, 18, 193, 196. » eigenmanni, 18. » elongatus, 18, 193, 195. » kneri 12, 193, 194. » morei, 14. » nattereri, 14. » niger, 8, 193. » oreitis, 14. » trachyparia, 18. » trimaculatus, 18. oxyrhyncha (Acestra), 11, 424. » (Farlowella), 11, 103, 104, 424. Oxyropsis, 28 A, 101. » carinatus, 14, 101. P Pacamã-do-Rio, 254. Pacú Branco, 358. » do-Rio, 254. paleatus (Callichthys), 433, 434. » (Corydoras), 157, 160, 433, 434. Panaque, 28 A, 63. » cochliodon, 11, 64. » nigrolineatus, 13,64, 66. pantherinus (Pimelodus), 455. INDICE pantherinus (Plecostomus), 415. Papai, 348. paplionatus (Doras) 441. Paradiplomystes coruscans, 8. paraguayensis (Hemiodoras), 435. parahemiodon (Loricaria), 426. parahybæ (Ancistrus), 419. » (Delturus), 16, 70, 419. » (Platystoma), 15, 458. » (Plecostomus), 421. » (Pseudopimelodus), 15, 258, 447. » (Rhinelepis, 14, 82, 421. » (Steindachneria),15, 298,299, 458. Parancistrus, 28 A. » aurantiacus, 11, 62. » punctatissimus, 11, 62. Parasturisoma, 28 A, 62, 109. » brevirostris, 16, 109. Pardale (Platystoma), 464. pardalis (Ageneiosus), 478. » (Hypostomus), 419. » (Liposarcus), 410. » (Platystoma) 464. » (Plecostomus), 420. » (Pterygophichthys), 420. Pareiodon, 219, 232. » microps, 11, 232, » pusillus, 11, 232, 234. Papa-Isca, 295. » » Açú, 246. parkeri (Arius), 467. » (Galeichthys), 467. » (Selenaspis), 467. » (Silurus), 9, 467. » (Tachysurus) 9, 337, 344, 467. parnahybæ (Loricaria), 14, 116, 140, 430. Parotocinclus, 28 A, 86. Parotocinclus maculicuada, 14, 87. parræ (Galeichthys), 469, 470. parva (Loricaria), 18, 116 À, 125, 428. pati (Luciopimelodus), 458. » (Pimelodus) 9, 457, 468. Paulicea, 236 A, 317. » jahu. 16, 317. » lutkeni, 15, 317. paulina (Loricaria), 430. paulinus (Plecostomus), 415. Pectinifer (Pimelodella), 17, 450. » (Rhamdia), 17, 262 A, 270, 450. Peixe-Cachorro, 354, Peixe-Lenha, 305. pellegrini (Plecostomus), 422, pemecus (Bagrus), +67. perforatus (Microlepidogaster), 16, 88, 422, perporosus (Hypophthalmus), 480. personatus (Callichthys), 432. Phractocephalus, 236 A, 334, » hemiliopterus, 7, 335, phrigiatus (Arius), 468, 469. » (Galeichthys), 468, 469. » (Hexanemichthys), 463, 469. » Tachysurus, 468, 469. Physoclisti, 23. Physostomi, 23. pictus (Ancistrus), 11, 417. » (Bagrus), 10, 460. » (Chaetostomus), 417. » (Hemiancistrus), 54, 56, 417. » (Sciades), 10, 511, 460, 461. Pimelodella, 251. » buckleyi, fie 451. » ignobilis, 15. » pectinifer, 17. Pimelodina, 236 A, 247. » flavipinnis, 15, 247. » nasus, 16, 247, 249. Pimelodus, 236 A, 284, 251. » agassizi, 15, 285, 296. » altipinnis, 15, 285, 293, 294. » arekaima, 10. » barbus, 7. » brasiliensis, 15. » clarias, 7, 285, 289, » breviceps, 11. .» eques, 10, 235. » exudans, 10. » filamentosus, 8. » foina, 10. » fur, 285, 295. » gracilis, 9. » harttii, 15. » hilarii, 9. » iusignis, 10. » jenynsii;. 13. © INDICE 499 1 Pimelodus, lateristriga, 10, » macropterus, 8, » modestus, 13. » mustelinus, 9 » ornatus, 11, 285, 287. paty, ©, 285, 297. » pirinampus, 9. » platanus, 13, 285, 297. » queien, à. » vaninus, 9. » sapo, 9. » sebae, 9. » spixii, 9. L » valenciennis, 13, 285. » wesselii, 15. » westermanni, 13. » zungaro, 8. Pintado, 464. piperatus (Imparfinnis, 17, 259, 448. piracicaba, (Loricaria), 17, 430. Pirabe-Pre 335. Piracajiara, 332. Piracatisga, 297. Piracambucú, 331. pirahyba, (Piratinga), 463 Pirahyba 329. Pirajapeau4, 305. Pirambueu, 331. » (Bagrus), 462. Piramuta, 323. Piramutaba, 323. Piranampu-Amarello, 242. Piraquara, 332. Piraräre, 335. - Pirá Tamanduá, 243. Piratinga, 327, 329. Pirauaca, 308. pirauaca (Soribim), 459. Pirayapea, 308, Pirayapeani, 308, Pirinampu, 304. pirinampus (Pimelodus), 9, 459. Pirinampus pirinampus, 9, 304, 459. piscatrix (Pseudariodes), 455. Pseudorhaindia, 455. planiceps (Platystoma), 459, 460. » (Surubimichthys), 9, 308, 459, 460. 500 platanus (Lucio-pimelodus), 457. » (Pimelodus), 13, 285, 297, 457. platycephala (Loricaria), 426. platycephalus (Hemiodon), 11, 426. » (Miuroglanis), 16, 227, 443. » (Pseudohemiodon), 11, 114, 426. platynema (Brachyplatystoma), 18, 321, 326, 462. Platynematichthys, 236 A, 301. » araguayensis, 11, 301. 303. » punctatus, 11, 301. 222 platyrrhynchus (Hemisorubim), 9, 333, » (Platystoma), 9, 464, 465. Piatystacus, 383, Platystacus aspredo, 384, : ) cotylephorus, » tibicen, 384, 386. » verrucosus, 7, 476. Platystoma coruscans, 9, » emarginatum, 9. » juruense, 18, » lutkeni, 15. » parahybæ, 15. » planiceps, 9. » platynema, 18. » platyrrhynchus, 9. » sturio, 12. » vaiilanti, 9. Platystomalichthys, 236 A, 304. » sturio, 12, 305. plazai (Vandellia), 11, 228, 229, 443. Plecostomus, 28 A, 39. » agna 18, 41, 45. alatus, 10, 41, 51. » angulicauda, 14. » auroguttatus, 11, 41, 51. » commersonni, 9, 41, 50. » emarginatus, 9, 41, 42, » garmani, 18, 41, 48. plecostomus (Hypostomus), 414. » (Loricaria), 414. Plecostomus macrops, 16, 41, 48. » microps, 17, 19. » plecostomus. 7, 41, 47, 414. « tietensis, 18, 41, 46, » unce, 14, 41, 49. » vaillanti, 14, 41, 43. » verres, 9, 91, 46. 464, 465. INDICE Plecostomus wertheimeri, 14, 41, 43. » wuchereri, 12, 41, 44. pleurops (Arius), 465. » (Tachysurus). 337, 338, 465, poeyi (Rhamdia), 17, 262 A, 280, 453, porosus (Trachycorystes), 17, 366, 367, 472. prionomus (Rhinodoras) 437. proops (Bagrus), 10, 466. » (Netuma), 10, 466. » (Sciadeichthys) 466. » (Tachysuruso), 10, 337, 341, 466. » (Trichomycterus), 19, 220, 221, 442. Pseudacanthicus, 28 A, 66. » hystrix, 9, 67. » spinosus 11, 67. Pseudageneiosus 399, 401. » brevifilis, 10, 101. Pseudauchenipterus, 353, 354. a » affinis, 15. » flavescens, 354, 357. » jequitinhonhæ, 15, 354, 335. » nodusus, 354. Pseudocetopsis, 378. » gobiodes, 12, 378, 474. Pseudohemiodon, 28 A, 114. » platicephalus 11, 114. Pseudopimelodus, 236 A, 252. » acanthochira, 16, 253 257. » alexandri, 15, 203, 256. » parahybe, 15, 253. » raninus, 253, 257. » zungaro, 8, 253, 254. Pseudoplatystoma, 236 A, 331. » coruscans, 9, 331, 332. » fasciatum, 331. Pseudorhamdia vittata, 13. Pterygoplichthys, 28 A, 71. » aculeatus, 17, 72, 73. » etentaculatum, 8. » giboiceps, 11, 72, 77 » litturatus, 11, 72, 78. » punctatus, 12, 72, 75 » multiradiatus, 8, 72, 75. punctata (Loricaria), 428, 433. punctatum (Platystoma), 453. punctatus (Ancistrus), 420, » (Auchenipterus), 473. INDICE 501 punctatus (Calaphractus), 7, 433. » (Chaetostomus), 420. » (Corydoras), 7, 157, 159, 433, 436. » (Doras),- 11. 436. » (Hemidoras), 11, 171, 178, 436. » (Oxydoras), 436. » (Pterygoplichthys), 420. » (Trichomycterus), 442, punctatissimus (Chaetostomus), 14, 418, » (Chaestostomos), 14, 418. » (Parancistrus), 14, 418. » (Trichomycterus), 11, 220,221, +22. punctyfer (Platistoma), 463 punctulatus (Bagrus) 11, 458. » (Platynematichthys), 11, 301), 458. » (Platystomatichthys), 458. » (Plecostomus), 415, 416. » (Trichomycterus), 442. pusillus (Astemomycterus), 444. » (Pareiodon), 11, 252, 234, 444. » (Trichomycterus), 11, 444. Pygidium immaculatum, 16. Q quadrifilis (Ageneiosus), 12, 478. » (Tetranematichthys), 12, 339, 478. quadriscutis (Arius), +67. » (Netuma), 467. quelen (Pimelodus), 8, 452. » (Rhanıdia), 8, 262 A, 278, 452, 453. queleni. Pimelodus, 452. R Rabecca, 384. raninus (Pimelodus), 17, 448. » (Pseudopimelodus), 253, 257, 448. regani (Plecostomus), 416. Resenha historica, 5, 6, 7. reinhardti (Bagropsis), 13, 313, 461. a (Stegophilus), 14, 230, 231, 444. reticulata (Piratinga), 463. reticulatus (Bagrus), 463. Ramdella, 251. » eriarcha, 17. Rhamdia. 236 a 262. Rhamdia arekaima, 262 à, 284. » brasiliensis, 15, 262 a, 275. » breviceps, 11, 262 a, 282. » buckleyi, 19. » eigenmanniorum, 17,19, 262 a, 273. » eriarcha, 17, 262 a, 265. » exudans, 10, 262 a, 266. » foina, 10, 262 a, 282, » gracilis, 9, 262 a, 269. » harttii, 15, 262 a, 270. » hilarii, 9,.262, 278. » ignobilis, 15, 262 a, 263. » insignis, 10, 262 a, 267. » jenynsii, 13, 202 a, 264. » lateristriga, 10, 262 a, 271: » modesta, 262 a, 272, » microcephala, 13, 262 a, 266. » minuta, 13, 262 a, 264. » notata, 10, 262 a, 267. » obesa, 17, 262 a, 276.. » pectinifer '17, 262 a, 270. » poeyi, 17, 262 a, 280. » quelen, 8, 262 a, 278. » sapo, 9. 262 a, 277. » schomburgki, 12, 262 a, 276. » sebae, 9, 262 a, 279. » tenella, 17, 262 a, 231. » transitoria, 19, 262 a, 274. » vittata, 13, 262 a, 272. Rhandioglanis, 236 a, 259. » frenatus, 17, 260, 261, » transfasciatus, 19, 260. Rhinelepis, 28 A, 82. » aspera, 9, 82, 84. » genibarbis, 9, 82, 85. » hystrix, 9. » lophophanes, 16. » mycrops, 17, 19. » parahybae, 1+, 82. » rudolphi, 19, 82, S4. Rhinodoras, 171, 197. » amasonum, 14, 197. robini (Hypostomus), 414. » (Plecostomus), 415. robusta (Oxyloricaria), 425. » (Sturisoma), 425. rochai (Aspidoras), 17, 155, 433. 202 INDICE rostrata (Lo:icaria), 9, 424, 425. » (Oxiloricaria), 4, 5. » (Sturisoma), 106, 107, 421, Roncador, 84. rousseauxi (Bagrus), 11, 462. » (Rrachrnlatystoma), 11, 321, 327,46? x a N a he PAU D ‚> , a rudolphi (Rhımelepis), 421. rugispinis (Arius), 10, 468, 469. n (Galeichthys) 468. » (Hexanemichthys), 469. » (Tachysurus), 10, 468, 469, Ss sabalo (Arges), 143. sapo (Pimelodus), 9, 452. » : (Rhamdia), 9, 262 A. 277, 452, scabriceps (Bunocephalus), 17, 387, 390, 477. scaphyrrhynchus (Ancistrus), 11, 416. « (Hemiancistrus), 11, 54, 416. schomburgki (Rhamdia), 12, 262 A, 276, 451. schreineri (Hoplosternum), 18, 148, 150. Sciades, 233 A, 310. Sciades pictus, 10, 311. » marmoratus, 13, 311, 312. Scleracanthi, 20, 24, 235. Scleromystax, 169, 170. scopularius (Plecostomus), 413. scrophus (Livosarcus), 420. sebae (Pimelodus), 9, 453. » (Rhamulia), 9, 262 A, 270, 453. sellonis (Pimelodus), 452. seminudus (l’lecostomus), 414. setifera (Loricaria), 427. sexcirrhis (Aspredo), 475. Siluridae, 19, 20, 25, 234. Siluroidei, 19. Silurus bagre, 7. » cæcutiens, 8. » callichthys, 7. » carinatus, 7. » cataphractus, 7. : = » clarias, 7. » costutus, 7. » fasciatus, 7. ( = » galeatus, 7. nm hemiliopterus, 65. Silirus marinus, 469. » nodosus, {fe » parkeri, 9. » platystacus, 7. Sorubim, 323, 331, 332. (Tinta) 7,809. Sorubim Mena, 305, spathula (Piatystoma), 459, 460. spectiuui (Aspicdu), 475. spegasini (Pimelodus), 456, 457. spiniger (Plecostomus), 415. spinosus (Chæstostomus), 418. » (Hypostomns), 11, 418. » (Pseudacanthicus), 11, 67, 418. spinosissimus (Doras), 16, 200, 209, 440, spixii (Arius), 465. » (Hypophthalmus), 480. » (Pimelodus), Y, 405. » (Tachysurus), 9, 337, 339, 465. splendens (Callichthys), 11, 433. » (Corydoras), 11, 157, 159, 433. squalinus (Hypostomus), 412. steerei (Tænionema), 462. Steindachneria 236 A, 298. steindachneri (Hypoptopoma), 18, 97, 423. » (Loricaria), 430. Steindachneria ambiynra, 298, 310, » parahybæ 15, 298, 299. » doceana, 298, 299. stegelichii (Pimelodus), 453. Stegophilus, 219, 230. » insidiosus, 12, 230, 231. » intermedius, 12, 230. » macrops, 14, 230, 231. » nemurus, 13, 230. » reinhardti, 14, 230, 231. stenopeltis (Doras), 11, 435. » (Hemidoras), 11, 171, 172, 435. stigmatica (Xenocara), 412. ; stigmaticus (Ancistrus), 16, 29, 33, 412, striatulus (Auchenipterus), 15, 473. » (Trachycorystes), 15, 366, 369, 473. strigilata (Loricaria), 429, 430. strigosa (Rhinelepis), 421. stubelii (Loricaria), 426, 427. Sturisoma, 28 A, 106. » barbatum, 11, 106, 107. Striusoma rostratum, 106, 107, Sturisio (Platystoma), 12, 459. » (Platystomalichthys), 12, 305, 459, Subcarinatus (Plecostomus), 415. Subteres (Kronichthys), 18, 80. Subulatus (Callichthys), 432. Surubi, 299. Surubim, 236 A, 307. Surubimichthys, 236 A, 307. Surubimichthys planiceps, 9, 308. d'à Tachysurus, 236 A, 336. » agassisi, 17, 337, 338. » albicans, 10, 337, 343 » barbus, 7, 337, 343, » grandicassis, 10, 337, 346. » grandoculis, 15, 337, 341 » hersbergi, 7, 337, 343 » luniscutis, 10, 337, 345 » nuchalis, 13, 337, 340. » parkery, 9, 337, 344 , 3 , » pleurops, 337, 338 » proops, 10, 337, » rugispinis, 10, 337, 348. » Spixii, 9, 337, 339. » upsulonophorus, 17, 337, 348. tæniatus (Tracheleopterichthys), 12, 378, 474. » (Tracheleopterus), 12, 375, 474. Tamoata, 148. tamoatá (Callichthys), 431. Tatia, 353, 360. » aulopygia, 11, 360, 361. » intermedia, 15, 360. teffeana (Loricaria), 429. teffeanas (Rhinodoras), 437. temminckii (Ancistus), 411. » (Hypostomus), 411. » (Xenocara), 411. tenella (Rhamdia), 17, 262 A, 281, 453. tenuicauda- (Plecostomus), 413. terrestris (Plecostomus), 415. Tehanematichthys, 399. Tetranematichthys quadrifilis, 12, 399. thoracatum (Hoplosternum), 9, 148, 432. » (Hypoptopoma), 423. INDICE thoracatus (Auchenipterichthys), 12, 372, 373. » (Auchenipterus), 12. » (Callichthys), 9, +32. tibicen (Aspredo), 10, 384, 386, 476. » (Platystacus), 476. tietensis (Microlepidogaster), 17, %8, 89, 422. » (Plecostomus), 18, 41, 46, 414. tigrinum (Platystoma), 463, 464. To-Rai, 335. Tracheliopterichthys, 375. Tracheliopterichthys teniatus, 12, 375. tracheliopterus teniatus, 12. Tracheliopterus, 374. » coriaceus, 374. Trachycorytidae, 25, 352. Trachycorystes, 353, 365. trachycorystes (Auchenipterus), 10, 472. Trachycorystes analis, 17, 366, 371. » ceratophysus, 12, 366, 368. » galeatus, 366, 370. » porosus, 17. » striatulus, 15, 366, 369. » trachycorystes, 10, 366. 472. trachyparia (Hemidoras), 18, 171, 177, 435. « (Oxydoras), 18, 435. Transitoria (Rhamdia), 19, 262 A, 451. transfasciatus (Rhamdioglanis), 19, 260. treiflii (Corydoras), 14( 157, 167, 434. Trichomycteridae, 19, 25, 219. Trichomycterus, 219. » amasonicus, 14, 220, 221. » brasiliensis, 13, 220, 223, 443. » dispar, 19, 220, 222. » goldii, 18, 220, 221. » immaculatus, 16, 220, 222. » nigricans, 18, 220. » proops, 19, 220, 221. » punctatissimus, 11, 220, 221. » pusillus, 11. Tridens, 219, 226. » brevis, 16, 226, 227. » melanops, 16, 226. trilineatus (Corydoras), 15, 157, 162, 434. trimaculatus (Hemidoras), 1°, 436. » (Oxydoras), 18, 436. truncatum (Platystoma), 463. truncatus (Amblydoras), 438. 504 INDICE Typhlobagrus, 236 A, 250. » kronei, 19, 250. typus (Loricaria) 12, 116 A, 117, 426. » (Parahemiodon), 426, 427. { » (Pirinampus), 459. Trachycorystes), 472. Uacary-Guaçú. 67. Uararä, 335. ucayalensis (Ageneiosus), 11, 402, 405, 479, 480. unæ (Plecostomus), 14, 41, 49, 415. upsulonophorus (Lachysurus), 17, 327, 348, 469. Vv Vact, 212. vaillanti (Bagıus), +02. » (Brachyplatystoma), 9, 321, 323, 461, 462. » (Platystoma), 9, 461, 462. » (Plecostomus), 14, 41, 43, 413. valenciennis (Ageneiosus), 480, » (A rius), 468. » (Bagrus), 468. » (Loricaria), 426. valenciennis (Pımolodus), 13, 285, 294, 456, 457. Vandellia, 219, 228. » cirrhosa, 10, 228. » plazai,,11,.228, 229, variolosus (Chætostomus), 411. varius (Liposarcus), 420. verissimi (Decapogon), 19, 152, 154. vermiculatus Plecostomus), 413, 414. verres (Plecostomus), 9, 41, 46, 414. verrucosum (Plitystoma), 462. verrucosus (Aspredo), 476, 477. » (Bunocephalus), 387, 388, 476, 477. versicolor (Pimolodus), 466. . vetula (Loricari: ), 9, 116 A, 135, 430. vieinus (Hypostomus), 417. villarsi (Piecostomus), 415. virescens » 413. vittata (Pimelodella), 451. » (Pseudorhamdia), 13, 262 À, 272, 451, (Rhanidia), 19, 451. vittatus (Ancistrus), 14, 417. » (Chætostomus), 14, 417. » (Hemiancistrus), 54, 58, 417. » (Otocinclus), 17, 91, 93, 423. Ww wedellii (Doras), 11, 200, 202, 438. wertheimeri (Plecostomus), 14, 41, 43, 413. » (Pseudancistrus), 413. Wertheimeria, 171, 216. » (maculata), 14, 217. wesselii (Pimelodella), 449. » (Pimelodus), 15, 449. westermanni (Iheringichthys), 13, 246, 446. » (Pimelodus), 13, 446, wrightiana (Oxyrcpsis), 424. wuchereri (Plecostomus), 12, 41, 44, 413, 414. x Xenocata damasceni, 14. » brevipinnis, 18. Xenomyrtus gobio, 13. Xué, 271. Y Yarü-Itacuä, 50. VA zungaro (Pimelodus), 447. » (Pseudopimelodus), 8, 253, 254, 447. Zungaropsis, 236 A, 319. » multimaculatus, 15, 319. u; Depois de ter jazido tres annos nas officinas da Im- prensa Nacional, este trabalho deveria ser distribuido em Setembro do anno passado, quando o incendio d’aquella Imprensa destruio toda a ediçäo composta de 1.100 exem- plares. Por um acaso, dous exemplares que estavam n’uma prensa, foram encontrados ainda em condigöes de permit- tirem a reproducgäo do livro. E’ obvio que as figuras feitas em photozincographia näo dariam bom resultado, sendo- preciso novas photographias e novas gravuras. Comtudo, como eu me achasse na Europa, em commissäo do Museu, os Srs. Drs. Pedro de Toledo, Ministro da Agricultura e Joäo Baptista de Lacerda, director d’este estabelecimento, näo querendo retardar mais o jä täo atrazado trabalho, ordenaram a reimpressäo pelos exemplares salvos. A casa Luiz Macedo, d’esta praga, se desempenhou d’esse encargo no praso de 90 dias. Foram revisores ä meu pedido os Srs. Severino Brandäo e Pedro Pinto Pei- xoto Velho, funccionarios da seccäo de Zoologia. Aqui faço publica a minha gratidão ao Sr. Ministro, ao Snr. Director do Museu Nacional e aos meus dous. companheiros de trabalho. Rio 31—1— 1912 Alipio de Miranda Ribeiro Ns Ê 7 + E L Et sã a Abhi ORG Sore ») 2) ” LE] ” ” ” ” ” 2” ” ” 30-31 ” ” ” ” ” ” ” ” ” ” ERRATA ” Wandelia niveautus plasai 5 Panserwelse = Denkschrtf nn I. Ichothyol EE cadeæ is Gil the Bibrag a Hemipsilintys o Ckeetostomus a da Natter 3 cuja autoridade, em vigor 5 Hypoptoma ER Silzungslericht 55 Rhandia a parahybe = Auhenipterus ee Hypoptoma ae Academ Es eigemmannorum E Steidacyneria se Nanogiannis DD Nota =; Hipoptoma steid- achneri 5 lecofrenatus 5 Siluridæ 5 Nematognethi 5 envolvida expansão ,, dispostas em serie ,, Sceleracanthi 5 Rio Graude, 5 Theresopolis 5 lapos À exemplares moneres ,, da base dorsal 55 pendunculo à veses : mais longa do cinzento ,, cineria que € apenas as vezes ” os Prof Eigermann po alutus 55 est. 24 fig. 1 “5 diposa a recuberto E soperior ss wunchereri D muculas > leia-se Vandellia niveatus plazai Panzerwelse Denkschrift Ichthyol. Cadeæ Gill Bidrag Hemipsilichthys Chetostomus de Natterer que cuja autorida- de pelo vigor Hypoptopoma Sitzungsbericht Rhamdia parahybæ Auchenipterus Hypoptopoma Academy eigemmannio- rum Steindachneria Nannoglanis Notas Hypoptopoma steindachneri leucofrenatus Siluridæ Nematognathi envolvida pela expansäo disposta em series Scleracanthi Rio Grande Therezopolis lados exemplares menores da base da dorsal pedunculo vezes mais longo do que o superior. Cinzento. cinerea que é, apenas e ás vezes os Profs. Ei- genmann alatus Est. 24 adiposa recoberto superior wuchereri maculas Anhá, Est 24, fig 2 47 ” ” » accupando 49 » 9» » O ultimo 12 do pri- meiro ” ” ” ” 2 e 23 vezes 50 ” ” ” Ytacura 5 DD o Apeitoraas ” ” ” » Caveça 4/3 e no total 54 ” ” ” scaphirhynchos 56 » » » extrema » En ap » tatalmente 60 ” ” ” Britanico 61 Na aa O cCipita 63 ar » puntactissimus 65 a, SeATICISERIS 70 ” LE ” A. 1+5 71 ” ” ” extremo 82 ” ” » Rinelepis 90 ” ” estirado XXIX onde se lê obtusus, 93 DA RA TIN ES; 96 ” ” ” est. 29 fig 4 97, 98, 99 e 100 „ ,, » Hypoptoma 102 ” ” ” ” ” TeeGalitvAcadsn.. Anha occupando o ultimo 1/2 do primeiro 2 e 2/3 vezes Ytacua peitoraes cabega 4e 1/3 no total scaphirhyn- chus externa totalmente Britannico occipital punctatissi- mus Ancistri A. 1+5 externo Rhinelepis estriado gibbosus affinis est. 29 fig. 3 Hypoptopoma Proc. Calif. Acad. 108 a figura dada pertence ä pag. 123 e vice versa. 109 onde se 115 à 116 x 124 À 132 E 133 5 135 q 145 x 146 E 148 e 149 ? 149 7 154 ds 161 E 168 > 170 x ” ” ” ” 180 h 186 à ” lê ” Setzungsher Akad. Wein Peito e ventre gran- des etc Storisoma a illustragäo Loricaria etc Loricaria Kronei. Est 34 fig 2 base dos peitoraes precedencia Est.735 pordo expanções calos litorale litoralis Est. 36 fig. 4 cequilobados Quoi & Gaimard cinturas esternal gosam systemas pluviaes prefundamente picamento semilunar leia-se ” Sitzungsber. Akad. Wien. Peito e ventre grande etc. Sturisoma a 1llustraçäo de Loricaria etc. Lolicaria Kro- nei base das pei- toraes procedencia Est 34 fig. 2 pardo expansoes callos littorale littoralis Est 36 fig. 1 æquilobados Quoy & Gai- mard cintura es- ternal gozam systemas flu- viaes profundamen- te plicamento se- milunar ” ” 2) ” 1 1) 1) ” LL 2 2) ” 2 ” 188 » 197 ” ” ” ” ” ” ” ” ” ” ” „ ” ” ” ” ” ” ” ” ” ” ” ” ” ” aculeo peitoral e é contido etc abrupto, a dorsal para os olhos Fontanella estreita constucção Abertura das guelhas amplas, oculo cribiriforme Est. 32 suprior 4 e 2/2 diametro ocular 12 no comprimento etc Fidschrift extrerna são eguaes a 12 do comprimento etc. arla buchecha E affinis nadadeias Titte Est. 33 fig 2 Est 33 fig 3 aculea clariforme couraçodo 2/2 espinhos do lados säo os mais confido est. 34 sebre csme bronchiostego acima do espinho contimetros osseos csprimento xeves muculas Auchenipterus properculo Vandelia Tricomyetherus Est 35 fig | caudal se raios etc. corusçans inviduos subfusimerme ” ” ” » ” LL ” ” aculeo peito- ral e são con- tidas etc. abrupto, da dorsal para os olhos Fontanella es- treita constricção abertura das guelras ampla ocello cribriforme Est. 37 superior 4e1/2 diametro ocular 1/2 no comprimento etc. Tidschrift externa sao eguaes a 1/2 do compri- mento etc. orla bochecha D. affinis nadadeiras Teffé Est. 38 fig. 1 Est. 38 fig. 2 aculeo claviforme couraçado 1/2 espinhos dos lados são os contido est. 39 sobre como branchiostego acima e abai- xo do espinho centimetros osseas comprimento vezes maculas Auchenipteri preoperculo Vandellia Trichomy- cterus Est. 34 fig 1. caudal sem raios etc. coruscans individuos subfusiforme mai- ” 236 a 236 a ” ” placa predorsal pequena ,, placas predorsal cordi- forme ” Est 35 fig 4 ” enguliforme a excedendo do pouco ,, comprimeuto » acaultar-se Fe oito vezes na do corpo ,, Heptapterus fissipinnis, est 35 fig 5, » Poræ Ichthyologicæ 5 ama ordem ss Est. 36 ” posterior ao craneo ,, labos caudaes an Est. 36 fig. 2 5 mesculoso 1) visicula ” ponco O afflueutes 5 Est. 38 fig 1 » tublo ” erregularmente ” pronedente » Est. 38 fig. 2 5 Dois exemalares + Pseudopimelodus ra- ninus, Est. 38 fig 3 ss miaor a ESt89 3) 1/3 ou 1/3 5 panta » espactaculo ss pretra » cepale 5 Est 40 fig. 1 5 posterioros 5 um estria = Est. 40 fig 2 Est. 30 fig 3 francamente dentado a Richard Schomburgki ss deste nome furcado 6 Est. 41 fig 2 ” Est. 41 fig 3 ” hesaurum »” dentes em facha sobre os ,, placa predor- sal pequena, em ponte de flecha placa predor- sal anchori- forme Est. 40 fig. 4 enguiiforme excedendo de pouco comprimento occultar-se oito vezes no do corpo Heptapterus fissipinnis Horæ Ichthy- ologicæ uma ordem Est. 41 posterior do craneo lobos caudaes Est. 42 fig. 2 musculoso vesicula pouco affluentes Est. 43 fig. ? tubo irregular- mente procedente Est. 43 fig. 2 Dous exem- plares Pseudopime- lodusraninus maior Est 44 fig. 1/3 ou 1/2 ponta espatulado preta cephale Est. 46 fig. 2 posteriores uma estria Est. 46 fig. 3 Est. 44 fig. 4 francamente dentada Richard Schomburgk d’este nome furcada Est. 45 fig. 2 Est. 45 fig. 3 Thesanrum dentes em facha sobre 285 ” com os maxillares e maudibulares P. valencennis comsrimenta dispesta Cometa areas Stend buchecha toca o dorsal Est. 42 fig 2 tæniiforme cinsento acules quftos Est243 comquanto Jamais fi- cando previdos um tanto cordifome Est. 44fig. 1 Jaruä entrecuzando centimetros Bagorpsis regido ' collabsrador Duopalatins Bleck vaillante symphise Goyas, Guyanas Est. 45 fig. 2 insiduosus colloração Rodrigues Pereira Est. 46 Est. 47 fig 1 Iridéca Barbys Est. 47 fig 2 Est. 48 fig 2 Est. 49 Tracheiopterus Steindacher Est. 50 fig. 1 Est. 50 fig 2 trachycoristes trachycsristes Est. 50 fig 3 Blecke uma dura facha cæcutien caudirú os interma- xillares e mandibula- res P. valencien- nis comprimento disposta Cametá áreas Steind. bochecha tóca o dorso Est. 46 fig 2 tæniæforme cinzento aculeos quintos Est. 47 fig. 1 comquanto mutilada providos anchoriforme Est. 47 fig. 2 Juruá entrecruzan- do centimetros Bagropsis rigido collaborador Duopalatinus Bleek. vaillanti symphyse Goyaz, Guy- anas e Para- guay Est. 48 fig. 2 insidiosus coloração Rodrigues Ferreira Est. 49 Est. 50 fig. 1 Iricéca Barbus Est. 50 fig. 2 Est. 51 fig. 1 Est. 51 fig. 2 Tracheliopte- rus Steindachner Est. 52 fig. 1 Est. 52 fig. 2 trachycorys- tes trachycorys- tes Est. 52 fig. 3 Bleeker uma escura facha cæcutiens candirú 447 imaculadas Est. 50 Rago Avary os liga a si Est. 51 fig 1 mais ou menos escuro Est. 53 fig 2 Habitat Est. 52 fig 2 Symphisis Manduby Mormyropsis carinatus depois de Pimelodina nasus e antes de Pseudopimelodus pardhybe entre Imparfinnis piperatus e Rhamdia ignobilis CCG 592 ” ” immaculadas Est. 53 fig. 1 Lago Arary e Rio Paraguay os ligue a si Est. 33 tie 2 mais ou me- nos escuros Est. 53 fig. 3 Habitat. Rio Branco Est. 54 fig 2 Symphyse Mandubé. Est. 54 fig. 3 Mormyrosto- ma carinatum Typhlobagrus Kronei Mir Rib. Kosmos, n. 1. Janº.— 1908; id. n. 2, Fev. 1908, Arkiv. för Zo- ologi Bd. IV- n. 19-1908. Rhamdiogla- nis transfas- ciatus Kos- mos, n. 2, Fev. 1908, e Rhamdiogla- nis frenatus Rud Ihering Notas Preli- minares do Museu Pau- lista-1907. _ PP SR : E Bee UN 3 5185 00274 07 » DIDO