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University of North Carolina at Chapei Hill

http://archive.org/details/arteminimaquecomOOsilv

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ARTE

MÍNIMA,

QUÊ COM SEMIBhEVt rBCLAC,AM

craca cm ccmpo breve , os rr;cdc« da Máxima , &

Longa feiencia da Mufica.

OFFEREflBA

\jF f ACRATISSlMsi VIRGEM OUfA R I A

Senhora No (la , debatxt da Invocação da

QUIETAÇAM,

CUJA IMAGEM ESTA' EM A SANTA

delia Cidade,

P O H S E V JfV T 0 %

O P.MANOEL NUNES DA SYLVA,

Meflrc íCathedratico do Collegio de Santa Catharina do Illuílriffi-

mo Senhor Arcebifpo , & do Choro da Parcchial Igreja de Sarna

M^Magdalena, na qual foy baptizado, & ultimamente

Meftre da Real Collegiada de N. Senhora da Corceyçaõ

da Ordem de N. Senhor Jefu Chriílo defta Cidade.

LISBOA OCCIDENTAL.

***£%?**£ ANTÓNIO MANESCAL, ImpreíTbr do Santo OíEcio , & Livreiro de Sua Mageílade , & à fua curta . impreíTo. Anno de 1 725. Com todas as Licenças necej[nrias.

beatíssima virgem.

MARIA.

FOSSOS /agrados pês ( Divina Senhora) chego com humilde rendimento a ijfirtar efla mí- nima Arte, daquella máxima /ciência , que pa- ra louvar a Vojjo Unigénito Filko, & a Vos haVid de jer dos homens na terra exercitada, ccmotejjc Enpjret palácio he , dos Anjos , £2 feus celepaes mor adir es \ he efla principio de meu de /Velo , & fendpVojJ a /agrada Iwtgem da Quietação primícia de minha cordial devoçdò , a quem a haVta de offertar.

Os Authores dedicad /eus liVros, ou aos mais obrigados, ou aos mais poder o I os, ou aos maisjabtos da /ciência de queefcre- Vem. Aos mais obrigados, par a que com a offerta lhe li/orgeent a Vontade $/é confejjem agradecidos. Aos mais poder ofos para que com fcn poder Ihegrangeem cr e dito sfê tributem dt/pendios Aos mau /abios , para que contra os murnmr adores ffjão w- Veucivd ejcudo a /tias feitas: E como em Vos tenfo todos ejles . títulos unidos too excefsivagrande/a^ qm ma podia eu de- dicar} A quem mais obrigado^ TSlaôjois Vos Senhora aporta por onde as mijericordias de Veos nos entrab ? A fonte dende mamo todas juas graças ? Quem ha que tenha major peder*

$3ó ihxks Voí Senhor i todo o poder de De os em Vojfatmãosi B tiveftes o próprio Deos em Vojfo poder? Quem mais Jabta ? naofois Vos bux UniVerfidade de todas as /ciências , & ema da mufica a mais douta, que pudefles com aquelle fober ano T faltem & divina Citharaf que David defejaVa, que Vieffe ao mundo , cantar o noVo cântico em o Vecacordo da Magni- ficai, que foi horror do y inferno , alento para a terra, &gloiia para o Ceo. ffois a quembaVia dedicar efla drte> fenão a Vos, a quemfou mais obrigado ,fobre todos mais poderofa , ($ mah que todos fabia*

Comtaofeguro afio bem pode [em temor navegar as incm- ftantes ondas de murmur adores lingoas, fem temer naufrágio; que impor ta, que o Gigante Goliatb Jayaa campo para adeftru- wj feenvós tem afunda t (3 a pedra para fe defender : que importa a inveja ajunte f eu exercito para a combater ) em VÓí tem ordenado ef quadrai para o Vencer. Que importa, que todo oinferm fe infureçapara a tragar ? fe em Vos tem Tor- ve in^encivel para lhe rêfiftir..

OrSantifshni Senhora, que we adittta de offere* ar a Vofjos pès éjià pequena obra, Ô? de implorar Vojfo pa* tiocmby logre o premio da aceitação para o livro , do aproVei* ttmentOs para os que por elle e findarem, & o que o compo^ hvmimitaçao de yo ff ai virtudes \ para que poffaneffa ceie /- tid¥a&** com fem fober ams moradores ,def pois das watt- m^^/lavidíy as Laudes de Vo/fts grande fa*) gara bonray. S^^yS^^ *fe Sanúffima Trindade .

Humilifllmo fervo vofTc» 0 Paire Manoel Nunes da Sylva»

f&e.

fÇÇ *********** ******** 501

W i************ ******* *iad

PREAMBULO,

AO LEYTOR.

MTJicos forão os motivos , cj me obrigarão a fazer efla Arte.O primeiro foi, logo de idade de defoito ar, nos, o ínlaciavel deíejo de inquirir,& penetrares foi ides íúda- mentos da Mufica ; & porque os Doutos que nella ha faõ taõ eícaflbs em communicar os talentos, que recebei ao, que fendo muitos fazem o que fez aquelle a quem íó hum lhe foi dado; porefíacaufa me refolvi, ainda aífiítindoc m ©Coro da Santa Sè,efcrever, perguntando aos mudosMeí- tres, que alfim refpondem, ainda quede vagar. Contra meu eftudoíeoppuzeraó muitos inimigos, principalmente nu-,, que o hc da íaude , & vida humana, rão forão tedos baf* tantes , para me tirarem o eftudo , porém forão para o mi- norarem. O que nefte tempo eferevi foi íem formai perque era íó meu intento o proveito próprio.

Pouco deípois principiei a eRÍinar alguns efrudantes Canto de Orgâo, os quaes creíccião em baftante numero, & para forrar o trabalho de lhe eferever a Arte, fiz o Refú* mo da Arte de Canto de Órgão vulgarmente chamada , WSo , para por elle a copiarem ; & porque as copias fa- hião tâodeíTemelhantes dooriginal^quelheaecumulàvão mil teftemunhos; fTzdtíigencia por alguma Arrtimprff* fa, para por ella eítudarem , & não achei noticia , fenão da Arre d* António Fernandes, que me nao contentou ,; por me parecer diffícil para mininos eftedsnm df cór, Antes de fer Sacerdote me derão a Cadeira de Cantr Chão. em oSenainirio do Arcebifpado, & logo eferevi a Simir a

ajijj d a

plutdrc. ap< <y[fé.nà. in- çar- comua,

ijerb. jci.enc.

EmmanueT,

da Arte de Canto Chão, para os Colísgiaes do ditto Semi- nários tk fuppoíto, que de Canto Chão,no ooffo idioma tí- creveoo inílgne Cathedraticode Coimbra lJedroTalefío, íáo tão poucas Artes , que íó em livrarias íe achãoj finali- zado o &efumo de Canto de O; gão, & a Summa de Canto Chão, principiei as Expianaçoensa eftas Artes, para que mais por extenfoenfinafle, o que tinha eftudado, & não occultaííe o talento que recebi , que íuppoílo he hum íó commuaicado , poderá íer íe multiplique, &affim me li- vro da culpa» que Plutarco impõem aos que não comrou- nicão o que fabem , que avalia per mayor, que a dos que oão aprendem o q ignor ão. Ultimamente ordenei o Com- pendio da Arte do Contraponto, & Compoítura*a©qual não fiz particulares Expianaçoens,&: meremetto à Expla- nação do Canto Multiíorme,que lhe pertence §e proroet- to continuar o eftudo com Bxplanaçoens particularcs.íen- âo aceito , o que oíFereço: tentoo dado conta dos motivos, que tive para fazer etta Arte , que em titulo Minima, por íer em comparação das que íe tem eferitto, aííim no volu- me, como em a forma, muito pequena,po/me accõmodar com hum verfo, que diz.

'Denvata folent Uges fevvarc parentum; Tenho dado conta dos morivos da obra}agora a darei do obrado. Primeiramente tem o Reíumo da Arte de Canto de Orgáo vinte regras, da oitava até a trezena não perten- cem logo para os principiantes,^ aflim fenão darão, íenão quando forem aproveitando : À Summa da Arte de Canto Chãu divido em três Capítulos-, no primeiro íe achaõ do- ze regras, que dão baftante noticia do Canto Chãoem ge- ral, noíegundofe vêem fette regras comprehend ido tudo o que no coro (eáiz de còr, conforme o uío da Santa de Lisboa, & Capella Real.: E nofeteeiro em duas regras fe contém tudo o que íe dir.de còr em o Altar ^deíde o Af. perges , atò o Ice Miíla eír. Não tratto na Arte de Canto- Chão dos Géneros, Diviíoês , & outras coufas pertencen- tes ao Canto Chãoj porq nas Explanaçoens íe cratta delias,

&naÔ íe podem crtudâr', fem nelle eftare m muito aprovei- tados. O rratcado das Explanaçoens contem íctte, as quacs todas pertencem ao Canto Chão ,6c Canro deOrgáo; tem mais três , que íó pet terneern ao Canto de Orgaõ , Sc Com- poftuta. Tem o Compendio de Contraponto» & Compof- tbra quatorze regras j o prudente Meftre as dividirá , con. forme o eftado, em que for diligente difcipulo.

Tenho fatisfeito minha obrigação, agora benévolo Ley- tor, te peço, fc em a Mulica es fabio, & nefta Arte achares alguns erros, que me parece feraõ muitos, toma por tra- balho advertirmos, paraosemmendar: porque certamente qualquer boroem erra, poiêm íònefcios no erro perfeve- r&o iCujufvis hotnmis efi errar e, mulitas, nifi injipientes fer- G/W* feverare in error t : E ie es em a Muíica mcditno, 6c nefta Arte achares de que tt aproveites, ©podes fazer '- £íees principiante, eftuda por ella, & o que duvidares, o podes procurar nas Explanaçoens , ou pergunta-o a teu Douto Meftre: íe fores zoilo, murmura quanto quizeres , qu§ aí- íim teconvera, para não perderes o nome. Finalmente qualquer que fores, te peço louves a Decs, pelo bom* que nefta Arte achares , porque delle procede , & deve íer louvado por todos os íeculos, Amen.j

EMMANUELIS ABRANTESIJ

inlaudem Auétorisjuxtaopuículi infcriptionem.

E P I G a A M M A.

QUam Símmam dich , Magnam dic reSlius Ar tem > QjúMinimJ jpecie mtgna M agi/ler agis. Qui brevis ejl , ânimos pariter demulcet , ^ aures:

Idquod Semibre)>is} dulcifo?iu/que facis. Tempore cunEla BreVi tradis modulamina Long^e*

Maxim* paleai , Maximits ipfe doces. Arte quidem Mmimk permdgna Voluminaclaudts.

Muficus erga Deus jure Voca??dus eris. Qmnh dumque refers ad Verum Kumeti , & Unum ,

Quid tibijvn jeperejl ? Te fit Apoik minor.

INDEX

DAS REGRAS DO RESUMO

da Arte de Canto de Orgaó.

Reg.i. W^Osfignos , érfua multiplica çà@, p~.il

^eg- IlJ r®al deduções, vozes, & propriedades, p.i. Reg. 3. Das vozes que tem cadafigno , iS propriedade por

donde fe ca nta, p.z 3. & 4 J

Reg. 4, 'Das cantorias , & matanças, p.q*

Reg.f. Das Claves. p.q.& 5.

Reg.ó. Dos fignaes do tempo, & proporções. pjjC

Reg. 7. *Das figuras >& pavf as % & fias valias, p*f.6.&7* Reg.S. *D a ferfeyç ao das figuras, p.f.

Reg.9. Dos pontinhos, p.y.&S»

Reg. íc.Das figuras ligadas , & atfadas, p. 8.9. &10;

R c g. 1 1 . D osfig nos da Mn fica. p. 1 o.

Reg. 1 i.Da Hemiolta , & fexqmaltera , p.ic.&ii,

Reg. 1 ^SDas figuras majores que a perfeyta , p.iu

Reg.14.Dtfi entoações. p.

Reg. 1 5.D0 modo de fazer mutança. p. 1 2. &23I

Reg. 1 6.<Dafemelhança das mutança em Claves ,

diverfas. /M3»

Reg.i y.De cantar os fignos pelas linhas & t f paços. ^.14. Reg. 1 S.Do modo de conhecer as cantorias,^ ufar dãlasf>. \ & Reg. iy. Que vozes ha em cada figno for cada, p.i5-cr 16^

cantoria. Reg, 2 o. Das partes do compaffo. p l &

INDEX

Do Compendio da Arte do Contraponto, & Cctnpcjftura;

Reg. 1 . ^T\ A* efpeciess & como fe multiplicai. p- * 7-

Reg. 2. rJ Da divifao das efpecies em confinantes, & dif-

[onantes, P-18-

b &eg-

Rsgj. T)i iivifaí A*eJpsciu,C9nfoM*tisimperfeytAly i n- perfeyta. p.jft

Reg. 4, T>e como das ]>erfeytasfenao das duas

femelb antes, p, l(£

Reg.5 . Das confonancias,& di(fonanciastque tem cadajign&%

p.i$.& i8.ate2$. Reg. 6. *Da effencia de cada confonancia , ou âiffonancia,

p.l6.&2J.

Reg. 7. Daclaufula, p.2-].&z%.

Reg.8. Do modo de fazer contraponto, p.2%.& 29.

Reg. 9. Dos movimento s% ^.29.30.^31.

Reg. 10. Dos lugares comuns compondo a ^vozes,p.^ \,&$i. Kzg. 1 1 Das f alfas t& ligaduras em duas vozes ,p. 3 3,^.3 6. Reg. 12.73 as mefmasf alfas em 3. & 4 <z/0S£j. p. zj.ate 39. Reg 13.2J01 tons t& fuás Claves por & quadro, p.^.&^z* &G&.i-l.tDostonsí& fuás Claves por bmol,) ^.43.^4^

INDEX

Da Summa da Arte de Canto Chão. CAPITULO I.

Reg' *' ¥*\0S fenosc° ífi or^>na>& fua multiplicação^. 1 í^eg» 2- L/ '^ J deducçoes^vozes, & propriedades, p. 2. Reg. 3. *£>rf j wÀèeí de cadafigno , £?- propriedades por onde fe cantai), p.i.& ?.

Reg. 4. Das Claves. p jjj

Reg.?. 'Das figuras. Ibidem.

jK.eg.6. D<? mutanças. p^t

Reg. 7. 'Dos intrevallosi Ibidem'.

Rçg.s.De cada hum dosintrevallos,^ entoa coes j.b.-j.&a Reg.9. Dos tons, p.§[

Reg. ío.Dí?í levantamentos dos tons. p.g.ate 12.*

Reg. 1 \.Do conhecimento das Antifona$.& Intróitos, p. 14. Reg. 1 1. kDá divifaí dos Uns em mefires, & difipulos, p. 1 5 .<

Ca-

CAPITULO II.

**8g'1, TH d* entoações nas Fe/peras, p. 16. ateio. Re£-2' mJP Das entoações nas Completas, p.io.ate 24. Reg.3. 7-^í entoações nas Matinas ,& Laudes, pi^ate^o. Je Deum taudamtts. p.26.

Reg.4. T>as entoações na Prima , Jerça, Sexta } é<P. 10*

Noa, Kalenda-, p.it.

Steila CM Ibidlm.

Reg.5. O Offlciff dos defuntos , p.24,

Reg.ó. O modo de cantar a Ladainha , p. 30,

Reg 7. T>aqmnta%à-fefta,&SabbaápdafemanaSantatp^o.

CAPITUTO III.

Reg>1' I"ll ^ entoações na CMifa. p. <^2.ejfeqq.

Reg.*. &J? Do modo decantar as TayxÕes, p/50.

L I CE N C, AS.

DO SANTO OFFICI O.

POde-fe tornar a imprimir o Livro^de que eira Petição trará* & deípois de imprefib tornará para íe conferir, & dar licença para correr fem- a qual naô correrá Lisboa Occidental 21. de Julho de 1724.

Fr.R.Jlancafier. Cunha. Syfoa. Labeâo. DO ORDINÁRIO.

*^ Dde-fe tornar a imprimir o Livro de q ue fe trata, 6c JL defpoisde impreilo tornará para [fe conferir, & dar licença que corra fem a qual não correrá, Lisboa Occi- dental 6. de Agofto de í 724.V

•V.J.Arctbtfto* D O

DO P A C, O.

Ue íe poíía ím prem ir viftas as licenças do Santo Of- m fício, & Ordinário , & deípois de impreflb cornará a Meza para fe conferir êr taxar que íem ido não correrá Lif- boa Occidental 2 2. de Outubro de 1 724.

Gahaâ. Oíiveym Teyxtyra.

COmcordaõ com ofeu originais. Domingos de Lif- boa Occidental 26. de Outubro de 1 7*5-

Fr. Tedro do Sacramento.

VIfto eftar conforme com o original, pôde correr. Lisboa Occidental 29. de Outubro de 1725. Rocha. Fr.R.LancaJlre. Cunha. Teyxeyra. Sylva.

OJe correr Lisboa Occidental 5. de Novembro de

17*5-

D. J. isdrcebifpô.

TAyxaõ efte livro em quatrocentos &: oycenta. Lif- boa Occidental 27. deOutubro de 1727.

Tereyra. Galvão. Oliveyra. Teyxeyra. Bonicho*

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ARTE DE

E O R G A M,

Vulgarmente chamada, malfará frincifiantesn

: REGRA I.

£*g MU SI O A fe ordena com fette fig.nós : vÂ\^ duTeíeme^que faô Gfol ie,utj Ala, mi, ™^ rciBfa^mii Cfol/a^Dla^l^Ela, ^i&^M S^-Èf^Uftí Eftesfeniultiplicaó pelas *" *""""' jú^sdaroaoeíquerda três vczes,& mais

fendo necefurrio. Osprimeyrcs fe çhamaó grave5,por fuás vozes Terem bayxas : Os fegundos agudos, por luas vozes ferem mais sitas, que ^s dos graves : Os ter- ceyros fobre pgudos , poi fuás vr zes ferem roa-is altas, que dos graves, & agudos Também heneceflaiio fe ig õás;veí!as; affim: Ffa,ut; Ela, muDl^M,^ Ciol, fã) uCjBfâ^mij Aía^iiVejGfol^ejUt.

A REr

2 tyefumó da Ant

REGRA II.

M cada fette fignos fia três deducçoens , que faÔ , Gfol, re, ut: Cíoi,fa,uc: Ffa, at$ de cada numa das quaes nacem féis vozes , que faõ* ut,íe,mi, que ler- vem paraíubirj fa, foi, la, que fervem para decer. fcl- tas vozes fe governaó por crés propnedades, que lao Bquadro, Natura, Bmol. Quadro ferve para as vozes da primeyradeducçaS ; Natura ferve para as vozes da fegunda de Jucçaõ } Bmoi ferve pata zi vozes da ter- eeyradeducçaõ.

REGRA III.

Sol, ce, ut", tem três vozes, que faõ : t Sol,re,ur, ,

S % íe canta por Natura; porque nace do ut de

Cfo!,fa,ut,dizendo foi, fa,mi,re,uc Re, fe cancã por Btuol, porque nace do ut de

Ffa,ut,dizendo; re,ut. Uc, fe canta por fjquadro, par que nace de li mefmo: dizendo; ut.

A La, mi, re, tem três vozes que faõ la,mi,re,

Li, íe canti por Natura, pôrqie nace de

Cfjl.fajUtrdizenio.-U/oI.fa^i^ut.

M^fícantjprjrBmoli porque nace de

G

Santo de Orgaô. *

Re, feeanra por Quadro; potquenacede Cfol,rejUr, dizendo: re,uc.

BFa, §mi, tem duas vo2e$, tjuc faõ fa,mi. Fa, fe canta por Brnol; porque nacc de

FfajUt,dizendo: fa,a)i,re,ur. Kli, fe canta por Ejquadro; porque nace de Gfol,re,ut, dizendo: mi^ejUt.

.

CSol,fa,ut, tem três yozes, que faôj Sol,fa, ut: Sol, fe canta por Bmol; porque nace de Ffa,ut; dizendo. ío^fajOiijrejUr. Fa , fe canta por Ejquadro , porque nace de

Gfol,retut: dizendo: fa, mi, re, ur. Ut, fe cancã por Natura, porque nace de íimefmo: dizendo: ut.

DLajfol re, tem três vozes, que faó la, foi, re, La, fe canta porBmol, porque nace de

Ffa,ut, dizendo: Ia,fol,fa,mi,re,ut, Sol, fe canta por Ejquadro, porque nace de Gfol,ut,re, dizendo: (ol^mi^c^uty Re, fe canta por natura, porque nace de CfjjjfcjUt, dizendo; re, ut.

ELa, mi, tem duas vozes , que faó la, mi,

A i; La,

x defumo ãa Jriel

La, fe catita por Ejquadro , porque nace de

Gíol^ejur, dizendo; la/ol^mvejUt. Mi, fe canta por Natura ; porque nace de

Cfol,fa,ut:'dizcador mi re ut.

FFa, ut, tem duas vozes, que fa5 fa,ut, Fa, fe canta por natura, porque nace de Cfol,fa,ut, dizendo: fa,mi;re,uc. Ut, fe canta por Bmol, porqne nace de fi mefmo? dizendo, uv

REGRA IV.

AS cantorias fao duas: de ^quadro, & Natura, & deB noi,& Natura; Sc em qualquer delias ha duas matanças ; huma para fubir, em re , Sc outra para decepem la. Qjando cantamos porgquadto i Sc Na- tura , fazemos matança para fubir em Ala, mi, re , & Db,fol,re, comandarei &paradecer etnEla, ou, & Ala,mMe, wman lo la. Por Bmol,& Natura, fazemos matança pa|a fubir em Gfol, re, ut,& Dia, foi, re ; to- BB-an J -i re; #para decer em Dia, foi, re y & Ala , vai te, t amando, la.

1 ~

REGRA V.

T\ \ra denaônflraçaõ dos fignos, deducçòens, &e. 1 tz\rm três dares, qu; fe affigaaõ em lioha.no-

p[Íí>-

JecdntodeOrgaõ. ç

principio das regras , que f;ó clave de Ffa, ur, que fe aíTigna no primeyro Ffa, uc clave de-Cfol, fa, ut , no fegundo Cfol, fa, pt -y clave de Gíol, re ut, no teiceyro Gíol^rejUr: como parece.

Clave de Ffa,ut, De Cíb1,fa,ur,

De GfoljrejUt,

&

zi

S-

R E G R A VL

Iante da clave feafligna o tempo , queda valia ás figuras > o qual tem quatro fignaes, que Ía5 os feguintes.

Tempo Per- Tempo Im- Tempo Perfeyto Tempo Imper-

jJjgSl perfeyro. de permeyo, * fey to de permeyo

1. gZ L— '

fr

«^

Duas Proporçoens fe uzaõ , que fe chamaó mayor, & menor,- cujos fignaes faõ os feguintes, Proporção mayor. Propoçaó menor.

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_2

■&5

REGRA VIL

O Tempo , & proporçoens dão valia a oyto figu» rasdifferentes , fk oyto paufas das mefmas figu- ras, que affi humas3como outras, fe affignâõ pelo medo feguinte-

A ii; Ma^

j (fyfumò da Ãrfè

Máxima Longa Breve Semi Mini Semi Col- Semi-

breve ma nima chea colchea.' r

Ç\ No tempo Perfeito vai a Máxima doze com- paílbs.-a Longa íeis: o Breve três: o Semíbreve hu: as Mínimas vaõ duas em hum compaíTo : as feminimas vaõ quatro : as Coicheas oyto.1 asSemicolcheas defa- feis.

f~^ No tempo Imperfeyto vai a máxima oyro côrn^ paffos a Longa quatro: o Breve dous : o Semíbre- ve hunvas Mínimas vão duas era humcompafíb.-asSe- íiíinimas vaõ quatro: as Coicheas oyto : as Semico!- cheasdefaíeis.

No tempo Perfeyto de Permeyo vai ã Máxima féis compaíTos : a Longa três : o Breve hum , & meyo: oSemibreve vaó dous em hum compaf* fo: as Mínimas vaó quatro em hum compaíTo: as Se- minimas vaõ oyto: as Coicheas vaõ deíafeis: as Semi- colcheas vaó trinta & doas em hum compaíTo.

No tempo Imperfeyto de Permeyo vai a Máxi- ma quatro compafios:a Longa dous : o Breve hu: o Semíbreve vaõ dous em hum compaíTo: as Mí- nimas vaõ quatro: as Seminimas vaõ oyto: as Coicheas vaó defafeis : as Semichokheas trinta & duas em hum compaíTo.

3 Na Píoporçoõ mayor vai a Máxima quatro 2 compaíTos: a Lonea dous: o Breve hum, o Se- mibreve vaó três em hum compaíTo : ai Míni- mas

decanto dz O vgao. j

roas vaõ íeis em hum compafio : as Seminimas doze: as Colcheas vince & quatro: asSemiçolçheas quaren- la & oyto.

G3 Na Proporção menor vai a Máxima oyto có^ i paiTos-a Longa quatro: o Breve dous : oSe- mibreve bum : as Mínimas vaõ três em hum compaf- ío: as Seminimas vaó féis: as Colcheas doze ; as Semi- chokheas vinte & quatro.

REGRA VIII.

TOdat as vezes, que o tempo for fechado O V\^c 0Díeve perfeyto,& tem três Semihre- tT ves: ^ toc^as as vezes> °,ue dçtíu de qual- quer final de tempo efiiver pontinho ique chamaõde prolação, heoSemibreve perfevto. f~\ f^ & vai três Mínimas : ecm condição , que a vL/vli figufa perfeyta para o fer , principiará o ternário nelia,& fera branca, Sc terá figura, cu paufa do feu tamanho, ou mayor diante, ou ao menos duas par- tes do ternário unidas , ou pontinho, que charoaõ de perfeyçaõi& falrando-lhe hurra deitas circunflancias, & condiçoens, vai duas das fuás menores, como im- perfeyto.

REGRA IX.

SEís pontinhos fe achaó na Mufica>que faõ: Ponto de Augmentaçaó , que fepõem diante de qualquer figura , tirando a peifeyta}& lheauga en- ta mais ametade de feu valor.

Ponto

8 ' defumo da "Aiú

Ponto de Prolação dentro do tempo, faz õ fcmi^ breve perfeyco , &faz que as figuras valhaõ três ve-^ zesoque valiaõ.

Ponto de Perfeyçaô diante da figura perfeyta, para aprefervar daàmperfeyçaõ.

Ponto de Reducçaõ , nas figuras mayores , que a perfeyta; quando íe põem no breve fe põem em cima j & na Máxima, ou longa ao pq & lhe reduz huma par- te do ternário , que perde por figura menor diante.

Ponto de Alteração , fe põem quando no meyo de sluas perfeytas eftaó três menores , & põem -fe diante da primeyra menor , Sc ahèra a terceyra, que he valer dobrado*

Ponto de Divifaõ, no meyo de duas menores , ef- tando entre duas mayores; divide huma menor, para a mayor , & outra menor para outra mayor ; da qual &* yifaóie ufa agora, fazendo as ultimas duas pretas.

R E G R A. X.

S figuras feligaõ, pita ligara letra, que he di- zer húa fyliaba da letra por rnuytas figuras li- gadas; Efta ligadura fe fazattando humas com outras, ou cem huma r iíca por cima.

As figuras feai piiçfá , fubindo todas faõ breves, como parece.

b.b.

b.b.b.b.b.b.

'ie carito àtOrgaò?

9

e

^&&

As figuras fem plica, decendo, lendo duas, íaó am- bas longas; & fendo muytas, a jjimeyra, & ultima faó longas,& as do meyo breves.

li. l.b.b.I.

*r

Efeíubir a ultima, ferábíeve, & íóapiirrejra longa i & fedefpois a primeyra íubir, & tcmar ade- cer, a ultima he Ionga,& as demais breves. I.b.b.b.b. b.b.b.b.t.

Toda a figura ligada com plica à n:ão efquercta para bayxo he breve ; & pata fima, a primeyra, &íc> gunda, (ãô femibreves; & fendo mais ímò breves, ti- rando a ultima, fe decer, queJBà lorga ccmo paece. b.b. f.l%.b.i.

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Toda afigura de plica âmafcdireyra fubindo , ou decendo, he longa, íalvofor de corpo dobrado , que fera a Máxima.

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& fumo du Arte. 1.1.

Ha crés figuras ai fadas» que charruo. Atfimocha. De Breve De Semibreve.

A Alfamoeha na piimeyf a ponta vai hua longa, & na fegunJa hum breve. A de Breve vai dous breves. E a de Semibreve vai dousfem breves. i\ E G R A XI.

H\ em a Mufica nove finaes , que faó os que fe fegu:m; O i. fultenido^.que denota mi, accidental. O 2. Ej quadrado, E] .que denota mi naturah O 3..B nol,b.que denota fa. O í}.. EíTes, 5. que denota tornar a principiar. O 5 C mon, S. q je denota donde eflà principia ou- tra voz em fuga. O á.Guiaõ,p,que denota no fim da regra o ponto

qie eftà na outra. O 7. repetição, fjp- que denota repetir. O 8.caldeyraó, .que denota claufula final- O o. Pauzas geraes||| que denota parar, REGRA XII.

TO la a figura branca , que fe achar preta he de conpaflo Ternário; aiida quando fe canta por tempo binário. Por effircaufe as figuras de nota negra * - que

de canto deCYgao. II

que fe acharem no tempo impeifey to, ou imperfeyto de peimeyo, ainda não tendo Ternário , fe cantarão, fendo Breves, & femibreves pretos de Ternário ma- yor, que chamaõ Hemiolia mayor j & íendo femi- breves, & minimas pretas deTernaiio menor , que chamaó Hemiolia menor.

Quando encima das figuras efliver hum 3 de alga- rifxDo, fe chama íêxquiakera, & valem tanto três fi- guras, como de antes valiaô duas. i i^.-- ^ REGRA XIII.

AS figuras mayores , que a peifeyta , faó ímper- feycas per fi, & por effacaufa podem ter ponto de Augruentaçaó , por conter em íi figuras peifey- tas, recebem imperfeyçaô. Pelo que afigura mayor que aperfeyta, fendo branca , & tendo figura neror que a petfeyta diante , perde huma parte do Ternnio; por imperfeyçaô, & fendo toda preta, tantas pastes •perde por imperfeyçaô , quantas figuras continha em fi perfeycas.

REGRA XIV. Eguem- feasentoaçoens para tedos es intervallos dentro de huma deducçaô.

Intervallos deftgmda.

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Intervallos de terceyra.

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fyjumo da Anel In ter vai los de quartaí

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ia ter vaL os de quinta, & festa*

REGRA XV.

S mutanças por Ejquadro & Natura faõ as fe- h gukites ? Matança fubindo de § quadro para Natura fe fafc foi, mudado* cm ret

te mi fa foi fa

&mefmo lede Nd- Q;

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ut re mi fa foi Mutança fubifldo de Natura para fjfe faz fa » K*ta£

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re mi fa loi Ia

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hede B. y fará N,

ut ie mi fa foi la Matança deceida de Natura para Ejquadro fe uv

mí, mudando em la.

Ia foi fa mi re ut

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âe canto âe Orgao. 13

Matança decendo de Ejcjuadro para Natura >fe faz

re mudado em la

Ia foi fa mi re ut o V/»#

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REGRA XVI.

POrqoe a Matança de Ej, para N. fe parece com a de N.para B,& affim mais a de N. paia |. fe pare- ce com adeB. paiaN. por eflacauía laó fcmelhantes

nas matanças muytas claves diverfas, como pnrece.

Semelfcantes.Semdhátss.Semelhãtes^emelhantes. Semelhantes.

Semelhantes Semelhantes^

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r ir ir

'ibil 1;

REGRA XVII.

PAta fe cantar em breve tempo hc tieeeflâríofa- bet contar os fignos por cada huma das claves, fa- bindo,ou decendo. Com clave de Gibi, re, ur, fe con- ta para cima Gfol, te, ut, donde eflà a clave , & lego " - ' " " Biij naai?

14 ^efumf) da xârúl

mais acima efpaço Ala, mi; re ; & mais acima na li- ,

nha Bfa, fgmi,& affi no mais ate donde fubir , como pa*

rece.

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E para decer ás a veffas, principiando na clave Gíol, re, ut, 5c mais abayxo no efpaço Ffa, ut, & mais abay- xo, Ela, mi, &affim no mais até donde decer, como parece.

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552

-1- -^= n

Sendo clave de Cfo!,fa, ut, fera na linha em que efii- verCfol} fa,ut; & mais acima Dla,fo!,rej mais acima Ela, mi, &c. E decendo na clave Cfol, fa, ut, éV mais abayxo Bfa mi, & mais abayxo Alami,re, &c. É íen- do clave de Ffa, ut, do mefmo modo fera Ffa, ut, don- de efti ver a clave G. mais acima , ôc íubindo mais A. B.C.D.&deceodoF. E.D.C.

REGRA XVíil.

SAbendo contar os ílgnos para cima , & para bay- xo da clave, fe verá porque cantoria fe canta, convém a faber, fe por Ejquadro, & Natura; fe por Bmol, & Natura, porque quando fe canta por Bmol, & Natura fe afligna logo diante de clave hum b. como parece.

E

decanto de Ovg4o>

»5f

E quando diante de clave íenaó aííigna odittob. "e canta pot Ej juadro, & Natura.

Quando leeanta por Ejpadro, & Natura, as vo- tes que fecantaô por efta> propriedades fervem naMu- jca , & fe não faz cafo de Bmol , íalvo por accidente ia figura dianre aonde fe puzer huiu b.

E quando fe canta per Bmcl,& Natura, as vezes Je Bmol,& Natura fervem na Mufica, & fe naó faz ca* fa de Ejquadro , íalvo na figura aonde fe puzer huo; §1 du por accidente hum §;.

R E G R A XIX.

SAbendo contar os fignos , & qual he a cantoria, veremos quantas vozes tem qualquer figno por. aquella cantoria, que fe canta, a faber.

Gfol^utjtem Por § quadro, 6c Natura Por Bmol, & Natura

íol para decer, & ut,pa- foi para decer, & re,

ra fubir. para fubir*

Ala,mí,re>tem Por tjquadro, & Natura Por Bmol,& Natura

1 a, para decer, õc re, para la, para decer,& mi,

fubir, para fubir.

Bfa, ^mi,tem Por 6quadro,& Natura Por Bmol, & Natura

mi, pata fubir, & decer fa,para fubir, & decer.

Cfolj

\i6 QfefumodaJrã

CfuljfajUt, tem Por-Ejquadf o, & Natura Por Btnol, & Natura

fa,par*decer, & ut, pa- foi, para dece* ,& ut,

rafubir* para fubir.

D!a,fol,re, tem Por Igquadro, & Natura Por Bmol.Sc Natura

fo!,paca decer, & ret pa* la,para decer,& re,

ia fubir. para fubir.

Ela, mi\ tem Por Ejquadro, & Natura Por Bmol,& Natura

la,para decer, ôc mi, pa- roi,para fubir,& de-

lia fubir. cer.

RE GR A XX.

SAbendo-fe as vozes, que fe tomao em cada linha, & efpaço , fe repartirão as figuras , dando a cadai háa o valor de compaflbs,que ti ver nos tempos em que vaó duas, quatro, oyto , & mais figuras tem ocompaf- fo duas partes, huma decendo , ôc outra fubindo. Nosíí cempos, ôc proporçoens , em que vaó três, féis, doze, ôcc. figuras a compaflb; tem o compaffo três partes^ duas no dar,& huma no levantar. E fabendo os figno^l ôc vpzes y 8c a repartição das figuras no compaíio , cora o ufo, Ôc iiligencia fe cantará em breve tempo comi a.ajudadcDcos, aquém fede toda a gloria, ôc honra parafempre. Amen.

L A U S D E Q.

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ICOMPENDIO

D A

ARTE DE CONTRAPONTO,

&Compoííura.

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REGRA L

- . ,-....: -.- g Contraponto fe ordena com fette efpecles íimpies.

UniTonos [ aa. [ 3a. | 4«. | «;», \ 6\ | 7a.

fette compofias 8a. \ 9*.

* o" 11

1 o

13a. i4:

fette decôpojbs 1 sa.| i 6a. 1 1 j\\ 1 8a. 1 1 9a. [ qo3. 121a. Eftas eípecies âe compfóerh actielcentanõo íette 7m tada hufBa,aíTi como de Unifonus accrefcentãdo Ccttc9 fe compõem oy tavaj de oy tava acerefeentando fete, fe compõem quinzena , & affiro n*j mais ; ôc por cite ^rdem íe podem compor quantas roais quizerem. As pfpecies compoíbs, & decompoftas ko femelhantes as dequefe compõem, aílimcomo iUí. 8a. 15a.

C ' RE-

,..j Compendio

G R A ti

Stas efpecte* humas (ao coníonantes , que íap quefoaóbem^aíabcr: Unifonus. 3a. 5a. 6a.

1 ,.;;; 8a. 10a. 13a. 13a.

i5a.i7a.i9a.2o\ E outras faodiffonantes^ que faó as quefoaõ ©ai, a fober : **• 4 7 ;

a

•q\ 11% 14-.

16a. 18Y 21a.

REGRA 19,

AS efpecíes confonantcs fe dividem em Perfey* tas , que faô as que tem hum fom firme , que ao crefccotado, ou dijninuido as converte em falias, afa-

ber.

Unifonus ç'.

8a. 1 3a.

15*- 19a-

E cm Imperfeytas f que fao as que tem hum fom s que accrefcentado , ou diminuído , fempre he çonfo; nante, aíshm 3a« 6a.

10a. 13.

17a. 30,

RE

d* Àttt Contraponto* j É

R E GR A IV.

D As efpecies perfeytas fe naõ daraõ duas feme* lhantcs íubindo, ou defcendd igualmente , nem emellas fedaiâmi, contra fa, nem outra qualquer voz natural com accidental. Voz natural, íaô as que cor- rem pelos fignos , que as tem naturalmente , como, ur, em Gfol, re, ut^ rc, em Aia,mi,re jmi,em Bfa, 6mi, &c. Voz accidental , faó as que procedem1 por cauía de bmolado , ou íoíteniâo , que o bmolado he , fa , acci- dental, ôc o fuíienido mi, accidental.

REG R A V.

Ada hum dos fignos forma as confonancras , & diflonancias como fefeguej advertindo , que as comportas feropre faõ oy to pontos acima das fimple», ôc as decompofhs v oy to pontos acima das comportas. cafa em que eflà P; faõ as perfeytas , & na em que eíU M* grande, mayor, Ôc na em que eliâ m. pequeno, imenor.

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{Compendio Gfol,t e^tem

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Gfol, re, utj fuítenido tem P. M.

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Advirto, que quando eflâUnifonus 8a. 15a. me- ior,ou may or> não fe entende do Uniíbnus, porque naó ode fermayor , xm menor ; fe emende da 8". ôc **•*-■

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sg Compinâlo

REGRA VI,

UNifotius naõ.he confonancia , mas princípio; de confonancia, por ter hum fam igual em hum! mefuiofigao. sigma* S:gunda he diffonancia; efta, ouhemayor, que tem hum tono, ou he menor , que tem hum feawono* Tono he a diftãcia de põco a outro, como de ur,a rejde re,a mijde fa,a fòl^e foi, a la, q tem nove eomas. Coma,hehuim medida particular coníiderada. Semitono he adiftancia de hum ponto a outro de '/ét**jfo* **mi, a fa j tem cinco comas. 4

%eyr* Terceyra he confonancia imperfey ta ; efta , ou hq %d#*Í^ mayor, que tem dous tonosfou he menor que tem humi #.« .^ 1b knm fpmirnno.

Vnifo- ms»

Tono,

Coma. Semitono,,

tono, & hum femitono.

Quarta, fuppoftofeja inter vallo perfey to cantave!,, ^^ he recebido pordiffonaocia 5 advertindo, que (e prova niuyco bem fer confonancia perfeyta; efta , chi he per- fey ca, qu: tem dous tonos, ôc hum femitono,ou he roa- yor,que he incantavel,que tem três tonots»ou he menor também incantavel, que tem hum tono , & dous femi. tonos. Em voz media fempre he confonancia , por fel 01a yo armsnico, & arithmetico da oy tava. ;

g&u Quinta , he confonancia perfeyta j tem de diílancií .**„/* três t mos , èc hum femitono * também quinta roa w-^yorfalfa, que tem quatro tonos , & quinta menoruv

cantavel { que tem dous tonos , & dous femitonos. * xxu. S xta he confonancia imperfey ta, ou he mayor.qw

*** tem quatro tonos, & hum femitono; ou he menor,qu tem nestoaos ,& dous femitonos/ _ #

da Arte de Contraponto . 3 7

r SeptJma, he diflbnanciaj efta, ou be mayor, que t va se^úm*. cinco tonos , & hum fcmitono/ou he menor, que teu* * quatro tonos, & dous (emitonos. ÇrMsír*

^Oytava , heconfonancia pejfeytiiTima, Rainha das oyuva. confonançias ; tem de diftancia cinco tonos , & íms femitonos. Também oyrava mayor kl ia , que tern^rii*^*^

lyrava mayor Mia , que tem y**f*~** o,&oytav; tem quatro tonos , & três femitonos. -

íeis tonoj,& hum femitono,& oytavarrrenot falía,que

«^T^X-íT-T*

Temos, demais dos fobr éditos inter vallos, alguns ^( incantaveis ram dtminutos,que ião mais pequencs,que p^/ os menores , & taó fuperfluos, q excedem os mayc res.

O femitono menor incantavel de quatro comas dos {jgnos.qne tem ut, àdevifaódemi.acima: & de E.adi- A /' ' viiaõdera,abayxo;&de gmi, abfa, abayxo. Outra fe- m**^ gundafe acha mayor, que a do tono, quehedebfa,a

C.^&dobmj/abayxodeE.aFjISdcFtaG^tcai ***

bum tono , ôc hum femitono incantavel.

h Terceyra de dous femitonos cantáveis de Gggabfa, %/l

&deC^abmoldeE.*

Sexta mais pequena , que a menor , que tem dous ^*^^3^ tonos , ôc três íemiconos cantáveis deG, ^ ao bmola- '^d* â>£ doabayxodeE.^ ^^^<â<

REGRA VII. j«<*r*>

G

Lanfula he o fim de qualquer obra ,• em canto

chaó he fubindo hum ponto , ôc defeendo oucroj & ern canto <^e O g -5 defeendo hum ponto, & fubin- dooutro. Deftasduas fe ordena a claufula em contra- ponto* que tem quatro partes , a faber, Pi£vençaÕ,que he efpecie boa i Ligadura , que he tf^ecie , fe^ti-

D i) \Éz%

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$S Compéndí

ma\joufegundaf & fuás com poftas; Difculpa, ou abono de Ligadura, que he efpecíe imperfey ta j & fe- char a claufula, que fecâferopre efpecieperfeyta, & m:lhor. ius.8a. i^.kmptc fe ufa da claufulajjofitn^ do obra de preceyto; & também fe ufa de cláufula-ncr contexto da obra por elegância , & nefte cafo bem fe pôde eícufar o fechar, porque fomente bafta a pre- venção, ligadura v & difculpa. Saóduas as claufulas em contraponto , a faber , claufula fuftenida , & clau- fula remiíla. Claufula fuftenida he quando o canto chaõhetono, 6c o contraponto femitono. Claufula remiífa he quando o cantochaõ he femitono, & o con- traponto tono. G contraponto fe entende pela voz* que faz a ligadura , ôc o canto chaõ pela, voz, que com ella forma falfa.

Todas as regras atraz fe chamaõ legaes , porque fe naõ podem quebrar de nenhum modo -> as regras fe- guintes, que vaõ refumidasem húa regra, faõ regras; aibitraes, q fe poderàô quebfar em algumas occafiões, como por força de paffo, ou outro qualquer primor,

que o difeulpe.

REGRA VIII. Arbitral.

SEmprc no contraponto fera o principio foflTe- gado , principiando em mínimas , & melhor def- poisdepaufaj Sc não fe principiará tnuyto alto, nem muytobaixo,porém melhor hebayxo que alto. Piin- cipiarfe-hànasperfeytas. ;': %

As corridas feraó direytas , & largas , & não princi- piarão de falto, nodar docompaflb j nem acabaráõ no

le-

âa Arte ck Contraponto. 2 a

levantar defcendo, & quando acabar no levantar fu- bindo o ponto, que fe feguir , fera defcendo.

Quando íe fizer corrida quebrada fera dentro de hum raefmo coaipaffo com foi fa engraçada , fem fal- tos de íabridos.

Naõ fe dará falto de fexta mayor , nem de feptima wayor, ou menor, nem íalco mayorvque de oy tava. | Os faltos de oy tava fe daraõ dando a primeyra figu- ra no dar , & a fegunda no levantar , & quando fe der íubindo , fera para vir defcendo com corrida, & quan- do fe der defcendo , fera para fubir com corrida , (alvo for para principiar paflb. Quando o cr.nto cbaõ def- cer , fubá o contraponto , & quando o canto chão fu- bir defça o contraponto.

Naõ fe dará hum compaiTo inteyro em huma coh- fonancia. Naõ fe farão pontos dando a figura , que o tem no dar , Sc o ponto no levantar ; porem dando a figura no levantar , & o ponto no dar, faõ bons,

Acabarfehà nas perfeytas , & melhor em t/oifonus, & fuás comportai,

REGRA IXí

OS movimentos faõ três. Movimento reâo , que he quando ambas as vozes fobem , ou ambas defcem; Movimento obliquo, que he quando huma cila quieta, & outra fobe, ou defce. Movimento con- trario , que he quando huma íbbe>& outra defce; coma pasçce»

Diij Moyi-^

qo "* Compendio

Movimento reStò movimento obliquo moviméto contrariou

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Toda a paffagem que he boa a menos vozes , hd boa a mais.

As paffagens dehuma efpecieaoutra , fe faraõ, po- dendo, com as mais vifinhas , como o paflar 3a. a 5 a. fera com 3". mayor, que he mais vifinha, que a me< nor;& fe paliar de 6a. a 5 a. fera com 6a. menor,quehe mais vifinha do que a mayor ,• & paffando de 6a. pari; 8a. fera com 6a. mayor , que he a roais propinqua , & affim nas mais.

De qualquer confonancia com qualquer movi! mento , fe pode paffar para 3a. & fuascompoftas não fendo com entoação.

Paffar de huma confonancia a outra com movimen to reíto, nunca he bom a duo , & a três , fenaõ a 3a. d fuás compoftaç4 Sc fextas gradatim.

Toda a paffagem de moviméto obliquo he boa,fen

do fako,q naó for 6\mayor,ou 7a.ou mayor,que d

8a. ou qualquer de entoação ; tirando da 6a. par

. a 8a; da 1 3a. para a 1 5 \ que fe naó paflàià, fe naó coi

movimento contrario.

De qualquer confonancia fe pode paflar para ot tra com movimento contrario, não havendo falto m

da Arte de Contraponto, 3 1

for] que de 2*. em húa das vozes: porem paffando pa- a a 8a.ferá defeendo a voz mais abaixo>& paffando pa- a a 5 a. fera fubindo a voz mais bayxa.

De qualquer efpecie boa, fe paflà para huma falfa i endo falfa ligada , ou quando fenaó contaõ, que fe teõ defpois do ferimento do compaflo, como em com- paflinho as femininas , & em compaflo largo as míni- mas gradatimj fuppoflo^que em compafllnho algumas irezes no levantar do compaflo fe daõ mínimas falfasj mas he fuppondo compaflo largo,

REGRA X.

Vos lugares commms que tem as Vô^es , compondo a quatro.

MOvendo feabayxo falto de 6a. ou 5a. fubindo fe poraõ as vezes como parece

Tiple 1 oa. Alto 8\ Tenor 3*. Bayxo iu\

a a a

58

3"

^Movcdo-fe fe o bayxo falto 'de 2 a. 3a. ou 4a. fubindo, fe poraõ as vozes como pare- ce.

Tiple 8a. a 5% Alto ça. a 3a, Tenor 3a. a iu". Bayxo iU8. ius.

Movendo-fe o bayxo falto de 6a. ou 5a. defeendo , fe poraõ as vozes como pare-

ce,

Tiple 5a. Alto 3a. Tenor 1". Bayxo i"\

a 10a a 8a. a 5a.

Quaò-

3 i Compendio

Quando não quízerem ufar de UnJfonas mudaraa efta voz oy tava acima, & qualquer das mais confonan* cias (impl.es fe podem mudar em compoftas,& decom- poftas^fiçando fempre a dica paffagera em feu vigor,oa iimpIes,oacompoftas, &c.

Quando o bayxo faz qualquer movimento comi* miado fe põem ás vozes nas compoftas , & decompof* tas , como melhor der lugar para fe obfervar a regra § porém quando o bayxo fubir Falto de fegunda muyto continuado, he necefTario , que huroa voz pafíeda ç Vi 8\& outra da 8a. â 5 \ & a outra fempre em 3". co- mo parece

I

Ou também pode ir de ius. a 3 a. da 3a. á 5a. da ç\.

à 8a: com fuás comportas.

DefcendotudoneàsaveíTas, & advirto, quequan^ 4o fe encontra com 5 a. falfa, fe ufe da 6a. & muytas ve- zes fem eíTacaufa fepôde ufar delia em lugar da 5% porê jj eftas poíluras fazendo o bayxo movimento de fegunda, fubindo , ou defeendo, fe nao ufaraò fenão cíq, cafo deneceífidade, ufando do ptimeyro modo, como qo$ intcrvallosde %\8c 4a.

Subindo 0 bayxo muytos intervalos de 2*. grada-

8*. a 5a. 5 a. a 8%

tim.

5a. a 3a.

RE-

da "Jrte de Contraponto» REGRA XI.

.33

EM duas vozes fe fazem falfas de feptima , Ôc fe- gunda,& fuás çompoftas. A fal fade feptima or: dinariamente vem a fexta, como parece.

^^7a.a6a.: . i

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Do meímo modoarquatcrzena ved) a 1 3a. Neíía

fcrma faó ordinariamente as claufulas de contrapon- to fobre; canto chão, em outras com fico ens pode ficceder que a voz mais baixa fubindo 4a.bufque a 3a, cano parece.

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4í-*fc.

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A fegunda fe liga de dotis modos. Opnmejrojqua- ò a voz mais baixa fnz a ligadura, & entaódefceadef' cjparcomaterceyra, como parece.

,

« . v. .. .•>

34

Compendio a*, a 3*.

fajfaf âaç)^

m*m* O^ododeligara^heome^,^ 8. > «mr novena . ligando a novena , vem a 8 . & torna a i gai i V ijSMf , ,f vitbufcacaimpetfeyta, para a deiciípa,

<muy tos graves V-UI <"■* > r

a\a i*.a3£

9%a8a7a.a6a.

^<yf. nog. como parece

.Moí. G»»íá«- tibm orgams a 6.CT *a MiflU /*>*"

Inclina Domi- . -|

ne,na gloria, \ \ j Cr »o Patrem, cr urf Áfi^

i»foj no\*Kvr. Cr «ojJán- X

nem, cr .* Eft„ f al fa« , principalmente a fepnma, as ven ^^" defpois delia k vay a tintna perfey ta,& neftecafotona VM:%> a liL para vir bufcar a imperfeyta , paraoabonoplo M *jp *, f *çd quana0 a voz mais bay xa fe move , & naofí-

ípg^ I*" * fe*ca a0 ^UC Chama0 ^ ' CCn°

cr waí^ô paiecc.

7^## vloria, no

Jtnediííusd^t

CT »« Mot.

Jfifunt a6.

<T no Mot. Os

her 4<l mate 7a, Dl

á6.

M Arte Contraponto. 7a.butlada.

Também em duas vozes fe ufa de cjuinra menor Ta, defcolpando*a comaterceyra, como parece.

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jj :f :4-fej

5:

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Mcrales Aíot. o' ficrum 5 . Gf ri «d I k~ tncni.da qwrir- tafeyra <* 9. Cardo f Mavn» do6.tom.<t 4. LaeleM; ff.lt* convertenAê Vomtnus a, £»

r 1 VaJ.a 8. -P» *4^ Pf^ro Tc «fio .Mof.BMríí'»- demvs in me- lius /?.»o

Ceron.L II. tf.

25. L

7. 4 5-.X- Uxand. Strt)r. Madr. Iff.or to, Crc.

m

A quarta em duas vozes pouc2$ Vezes fe ufa, por naó fyfcfàft

fer fâiíadecLuíub, porémbsro fepóde tr&r» porque ^-^#° °^

Limiy tos graves A?Jthores auíáraó em duas vozes , oxx^cnjot^.

por falfa, ou por confonancia ; quando liga a quarta, a **• rer^*

voz mais alça defce logo á 3% como parece. 4a.a3a.

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tt

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í^_^:

3e

Ater aL cr' <*x-

,Mer4/..A24£tt. ç.tom.verffi- cut lotut.

Cipriano de Ror. Líadr. jSTon gemmt. ^terceiravoz^ he d e;uef'Z, (leu ft U com é

fclj

» ulèB. It^^ra.

U$ í Cwpendto v -A

Porém quando liga a voz mais baixa; fubíndo huma ; voz huaí ponto ,- & a mais bayxa defcendo outro di á fexta, como parece. ^

s I

3

*

Da 4a.& 5*. falfa, & 9a. também fe vay a huroa cdn- fonancia , que lhe naó pertence para fazer falfè bai- ladaK como fe tem dito da 7a. como parece. 9a.burlada. 2a.burlada.

amJLii* 9%aioM4a.ai3a. za,a 5^4^ 3*- M

Ceron.l.i i.

í. 2.3.

2*4 6. a 6.

4a.burlada 4a a 5a- &

eja.burlada

5a.aéa.

da Arte de Contraponto. R£G RA XII.

37

AS falfas em três , & quatro vozes fe ordenaó do me imo modo, que em duas; ©acompanhamen- to das mais vozes fera qualquer das outras efpecies boas , que nao for aquella em lugar de que eftà a falfa.

A falfa da 2a. fe põem em lugar de i us.

A falfa de 2a.quandoliga a voz mais bayxa , efiá em lugar de 3a.

A falfa de 4a.em lugar de ga.

A falfa de 7a.ero lugar de 6\

A falfa de y\zm lugar da 8a.

Affim , que quando fe fizer qualquer deftas falfas, fenaõ dará juntamente comella a efpecie, em lugar da em q efià,como quando der 4a. naó darey juntaméte com ella 3a.& quando der 7a.naõ darey Juntamente ella 6a. todas as mais efpeeies podem acompanhar.

Quando o bayxo liga ; a %\ voz eftà em i\ quieta, cfperando o abono, quehe3a. & também efta fegun- da voz fe pôde por na 9a. para efperar a 1 oâ. a tercey- ravózfe pode pôr, ficando queda, que venha o abo- no a fer 6a. como parece.

Tam«

Compendio > Também eíh 3*. voz fe pode pôr 'SUm a ligadura em quarta j & paffar com o abono à íexta , ou dar tia ligadura fexta, & paffar com outra fexta aoabonoi po- de-fe também pòr em quarta com a ligadura , & dar com O abono quinta, & fechar na 3 a.

Também quando a falfade 4a. fe ordena em tre Vozes a 3a. voihidz eíhr na 5a. a qual voz própria meme hs primeyra voz, por fazer a fal fade fegund! com a feguada voz , como parece.

4'. voz.

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Q 1 .VUti «X/

da Jrte át Oc ntr aponto. g 9

i A falia da 5 . menor ligada a três vozes, a 3a. voz efià naó1. para também fazer a falia de 2'. com a a*, yoz, coíbo parece.

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4a. Voz.

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£-39.V0Z. £• I\VÓZ.

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2a. VOZ. g 2a. VOZ.

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cg ia.voz. p«3a.voz. ijano

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Accrefcentei a quarta voz por naõ fazer outro pio, a qual tirada, fica a três vozes.

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REGRA XIII.

S tons faõ doze por b quadro , & doze poç Bmol.

Por |q quadro fenecem. i°. Ôc 2°. em o primeiro Dia, foi, re, 30. & 40. em o piimeiro Ela, mi, ç°. ôc 6o. em o primeiro Ef?,ut, 7°. & 8o. em o fegundoGfol,re,ut; 9°. & 1 o°. em o fegundo Ala, mi, re, ii°.& 12°. emofegundoCfo^fajur,

Qi

b

Os nones fe ckamaõ Meftres , & os paires Difcipu- losj os Meftres formaó íobreo finai hu ma quinta, & ío- bre a quinta húa quarta , que ambas fazem húa oy tava; Os Diícipulos formaó fobre o final huroa quinta 5 po- rém a quarta he para bay xodó final.

Os tonos em canto de Orgaó, feguem a ordem , que em canto chaõ , & o Tenor em canto de Orgaó corref- ponie ao canto chaó , & o Tiple oytava acima corref- ponde ao Tenor. Pelo que todo o tom tem clave de Tenor , que lhe lugar fero acereicentar linha para fubicíendo Meftre huma 8\ de feu final, & a clave do Tiple do mefmo modo, 8\ acima, fuppofto, que o Tiple pó.Je fubir àfexta linha , porque pelle ^ainda he natural y Sc fendo Diíci pulo cem clave, que fem ac- crefcecar linha poffa fubir do feu final huma 5a. 3c def- cerdo final huma 4a. & oTipleS3. acima do mefmqi modo, como parece.

Tons Meftres, que fobem do final oy to pontos. i°. tom. 3°.tom. 50

c Tenor3ouaíTi. lipte. Ten. Tiple.

Ten. Tiple,

7°.tom.

Ten. . ; Tip:

9o. tom. * i?.tom.

Ten. Tip. Tenor. Teple. j

gNJsty

Ton

rda Jriede Cont f aponto. 4 1

jTons Dífcipulos, que lobem do finai cinco póntoSjâc

deicecn do finai quatro.

2°.tom. 4°,tom. 6°.tcm.

Tçnor. Tip. Ten. Tip. Ten. cu tfli Tipi

8o. tom. t o°; tom; 1 20. tom.

Ten. Tip- Ten. Tip. Tenor. Tip.

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Os tonsMeflíes i°. 30. j°l 70. 9.°^ ufaó com as mefmas claves , que vão apontadas. O 1 ia.tcrr'. co- mo tem as claves muito alfas } íe c^nípci ta 8o. abaixo comas claves íeguintes.

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Os tons Difcípulos todos feufaõccmo vaõ apon- tados , tirando o 20. que]poif fer o uitc baixo íe ufa tranipaiuda b^. affima com as claves íeguintes;

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Fú5

Píiíiuíro, & 6o. tom. noT^r podem ter hurmdc emas claves , porque com qual%er delias forma Su- porem a de Cfol, fa, ut, era canto de Orgaô hemaiii ufada.

Qjan Jo o Tenor tem clave de Ffa, ut, na quartai linha, o baixo a tem na quinta, 6c quando oTenor temi clave de Ffa, ut, na 3a. ou de Cfol, fa, ut,na 4a. o baixai tem clave de Ffa, ut , na 4a .

Quando o Tenor tem clave de Cfol, fa, ut, na 3a. o baixo com clave de Cfol, fa , ut na 4a. ou de Ffa, ut, nai 3a. &c. Aclavedoaltocorrefponde ao baixo por 8a. como o Tiple correfponde ao Tenor,como o trás o real Author incerto em as refpoftas das duvidas fobre É Miffa de Paleftina : Tamquem ego dabô : pelo que fe o| Tiple ri ver clave deCfol, fa, ut, na 3a. o alto a terá nãi 4a.& fe o Tiple tiver clave de Cfol, fa, ut, na 1*. ou 1 f o alto a terá na 3a. Sc fe o Ti pie tiver clave deGfof, re , ut , na a*, o alço terá de Cfol , fa ut , na i\ &c.

Eftes tons tem eftas ordinariamente^ o tirallosfora delias lie contra a Arte , falvo quando íaõ em Pfalmos ou outras cantorias, a que o coro t efponde>que então íe ufaõ as que melhor fe accomodaõ ao canto chão, & cola.

RE-

âa ~Àrte de Cciitrapcnto» REGRA XIV.

43

OS tons por Bmol , que chamaõ, Accidentaes, faõ também doze , & fenecesn huma quarta alliroa e Éjquadro , a faber:

i°. & 2o. em Gfol, re, ut, fegundoi 3°. & 4°. em Ala, mi, re, (egundo. 5o. & 6o. em Bfa.

7°. & 8o. em Cfol, fa, ot, fegundo. 9°. & io°. em Dia , foi , re , Íegundo. ii°. & ii°. emFfa, ut, íegundo. Os quaes tem as claves feguintes , pelas mefmas ra« jens dadas a traz. i°. tom. 2o. tom. 3°. tom. 40. tom.

Ten.Tip. Ten. Tip. Ten.Tip. Ten. Tip.

ç°. tom. 6o. tom. 70. tom. 8o. tom.

Ten. Tip. Ten. Tip. Ten.Tip. Ten.Tip.

Fij

9°. tem.

if|. Compendio

toa. io°. tom. 1 i°. toij, 1 20. tom.

Ten.- Ten, Tip. Ten. » Ten.

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F^=fSrt

Das too; Medres por Brool,ío primeiro, & terceírq fe ufaõ com as fuás claves naturaes , os mais 50.7°.9°i 1 1°. Ce tranfporcaõ 8\ abaixo por feretiMnuicoakosJ como parece.

ç°. tom. 70. tom. 9°. tom. 1 19. tom.

Ten» Tip, Ten. Tip. Ten. Tip. Ten. Tip.

©-

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te

a

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gfW^SpffFl

Dos tonsDifcipulos por Bmol, o dozeno, por feri alço, fe cranfporta 8a. abaixo. Os mais Diícipulos tem as claves mturaes.

1 20. tom.

Tenor. Tiple.

#

i.

LAUS D

foi. t

1 Ç*i^:

•«ISI

*

SUMMA

D A

ARTE DECANTO

C H A M.

.

CAPITULO L

REGRA I.

íCANTO fe ordena com fette lígnoí | différences, que faó GfoI, re, ut; Ala, mi, reiBí^^mi^Cfol^a^tiDIa^o^fCjEla, | iDi} Ffiy ut. Efíes fe repetem três vezes * pelas juntas da maó efquerda.Os primei- ros feue fe chamaõ graves , por fuás vo2es ferem bai- xai :os fegundos agudos, por Tuas vozes ferem mais al- ta?, que as dos graves; Os terceyros íobre agudos , por Juas vozes ferem mais altas, que as do graves, & agu- dos. Eftes fig nos para melhor k decorarem , fe diraó as íY:flTas , aíTim : Ffj, ut; Ela, mi, Dia, foi, re ; Cfol, fa, utj 3fa, Ejoiij Ala cni, re$ QM, r^, uc.

Aa

RE;

% Summâ Arte

RE GR A II.

EM cada fettc fignos '\ntm AtAú^fM^^t^ii- oiÇwnQic^tizmwtiz faber Gfol,re, ut.Cfol, fa , uc : Ffa , utj de cada huaia dcftas dedoeçóes nacero féis vozes , que faó f uc, re , mi, fa , foi , la; eftas ut, re, mi, fervem para principiar fubindôi & eftasj fa, íol,1a, fervem para principiar decendo. Governaó fe eíW vozes, por crés propriedades, que faõfcj quadro, que ferve pira as vozes da primeyradeducçaói Nacuraque ferve para as vozesdafeguíida deducçaó ; BnoI,que ferve para as vos de terceyra dedueçaõ, como parece na regra feguinte.

REGRA III.

Sol, re, ut; tem três vozes 5 a faber Sol 1 re 1 ut Se canta por N 1 ~B 1 ~ET~ porqnafcede C 1 F f defimelmo.

Ala, mi, re, tem três vozes , a fabjer : la 1 mi 1 re

Se canta por N 1 B 1 §

porcjnaçe Cl F 1 G

G

Bfa.

irtSJ.

de canto daõ. 3

Bfa,§mii temduas.vozes, a faber:

Fa I mi Se canta por BI tj porq nacede F I G~

Cfol , fa i tem três vozes, a íiberr

foi 1 fa I ut Se canta por BI § l N porq nafce de F l G 1 deíín çímq.

Dia , foi , re 1 tem trei vozes, a faber : la 1 foi l rc Se canta por BI £; 1 N porq nace de ^j I G 1 C~

Ela , tníj tem du?s vozes, a faber : la 1 mi Se canta por £) i N porq nace de G 1 C

Ffa, utj tem duas Vozes, a faber: fa 1 ut

Se canta po jN 1 B

porcj nacede C 1 de fi mefmòj

Ai* RE-

SummiditdrtF

REGRA IV.

D Emolirão fe os fignos , deducçôes , vozes , & propriedades , por duas claves, que fe àflignaó no principio da Cantoria, & principio da regra $ 8c fao Clave, de Ffa, ut; quefeaffigna no primeyro Ffa, ut; com crés pontotj Clave de Cfol,fa,utj quefe aí- fierna no fegundoCfol, fa, ut, com dous pontos % co. mo parece. -

Clave de Ffa, m Clave de Cíbt , fa, ur.

3

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*C3

REG RA V.

Antapfe as vozes fobreditas por oy to diflfcrenel figuras , que faó as fegaintei.

Poma longo Qua- ligados Alfa- Trian- femib.* felmibí dobrado drado dos guiado ligados alfaio

C

Em oponto dobrado fe detém mais > Sc cm todot] fe mette fyliaba de letra por cada ponto $ porem erri os ligados , & aliados , no primeyro fe mette letra ; no? triangulados íe naõ mette letra , falvo quando fe affigna poi bayxo , & fempre faó mais apteílados.

RE-

AtCátitnlm REG RA M

PRincípiada a cantoria, & fubindo acima de hiima deducçaó íe faz mutanca em rc para paflàr a ou-, ja,&decendoabayxo de hua deducçaó fe fazmutan- jacm la, para paílara outra. Por fcjc]uadro,& Natura jarafubirfefazemAla, mi, re; & DIafol,rcitcman- lo re \ para decer em Ela, mi j & A Ia, mi , re ; to. tiando là. Epor Bmol, & Natura fefazparafubirem 3fol,re, uti& Dia, foi, re,< tomando re;& para decer :m Dia, foi , foi, re , & Ala, mi , i e j tomando la.

REGRA VIL

FAzcm fe em a Muílca nove intervallcs cantá- veis ,& nove incantaveis : dos incantaveis fedi- á no fim: Os cantáveis faó osfeguinres : Tono, Se- uitono, Ditono,Semiditono, Diathezeraõ, Diapen- c , Evacordo Mayor , Exacordo Menor , Diapazaõ. lítes inter vallos fe acbaó huns dentro de huma íó de* Jucacaõ, que chamap deduccionaes, outros dentro de Juasdeducçoés, cjue cbamaó de junôivos. 0 Tono, Semitono, Dicono, Semiditono, Diathezeraõ, fero- prcfaõ deduccionaes; o Diapcnte, & Exacordo Ma- ror, humas vezes faâ deduccionaes, & outras dejunfti* pos i o Exacordo Menor, Diapazaõ, feropre lio de- un&ivos , como parece , mofírando cada hum per fi ia fegui«c regra.

Aaiij REf

Tono*

Semit9*9*

5emídit9H0.

6

Smnma da Arte REGRA VIII.

TOdososintervallos, tem principio emUruíd-- nus. Unífonushehum fom igual, ail?arcomo,uc, út;refre. Ton> he humintervallodeduas vozes, a fa* ber , de ut , a re ; a mi» de fa , a foi ; de foi, a la, teta de diftancia nove comas. Coma he húa pequena diftan- cia, por donde fe conhecimento da mayoridadcde hunsincervallos a outros. Semitonohehuminterval- lo de duas vozes mais pequeno que o tono , a faber, de mi, a fa j Ôc tem de diftancia cinco comas

tono tono femi tono tono

tono ? <

Dítonohe intiivallode três vozes, a faber , deutfl a mi; de , a Ia , tem de diftanciadous tonos. Semi Ji- tono he inter valló de três vozes, a faber ,dere,afa;; de mi a foi, tem de diftancia hum tono, ôc hum fertn-

tono.

ditono femidi feaiidi ditonô

to-io

tono

tt1

*

piéth^craõ.

Deathezeraó he intervallo peifeyto de quatro võ* Zèf , a faber, de ut, a fa j de re , a foi ,* de mi , à Ia , te de diftancia dous tonos, & humfemitono, corno pa- seçs. ao diante.

Dia:

ãe canto chão.

Diathez diíit^erT diathez.

Diapente he intervallo perfcyto de cinco vozes , M4fmà cfte , ou he deduçciona! , como de 05 , a foi; de a Ia, ou dejunâi vo, como de mi, a mi; de fa, a fa, & tem de diftancia trei tonos , & hum femitono , como parece.

Diapente Diap. deduccional Diap. D?ap. dejunftivo.

Exacordo mayor, he intef vallo de féis vozes effe, ou he deduccional, como de ura Ia , cu de junaivo,^^ :omo de re a mi ; de fa , a foi, & tem de diftancia qua- :to ronos , & hum femitono , corno parece.

Exac. may deduccional. cxac. mayores dejunclivos

Exacordo menor, he intervallo de féis vozes km-Ixtlmi,

í,CJdflJUnaiV0' dc re' a fai mi a folj de mi a fa, tem m„.r. «e diftancia três tonoi , * dous femitonoi , como íarece. Exac- men: exac. men. exac. men.

Dia-

§ 'Sumhá'cld'Jtm

Díapazao Intervalio dejunâivodeoytc voz* ha de hum figno a outro teu íemelhante , ceco de dít» tanciacinco canos , <5c dous lemitonos ; Dcfte inter

vaílohaTctte efpecies nacuraes.

Diapâzáo*

i

K E G a A IX.

S Tonos, ou Modos, faó ze; porem os qu mais fe u£aó faâ oito, a faber , i .2.3.4.5,6.7 .8, Os nones, que faõ 1 . 3. 5.7. Te chamaõ Mcftresj ou Altos.

Os pares , que faõ i< 4. 6. 8. íe chamaõ Difci- pulos , ou Bayxos. Eftes tons fenecem nos fignos , que fórmaõ Diapente perfeyto, a faber, 1. & 2. caio pri- roeyro Dia, foi, re; 3.& 4-no primeyto Ela, mi:Ç*í$f $ noprimeyro Ffa,ut .7. & 8. no fegundoGíbl, re, uri I Os tons fobrediros tem cada hum fçu levanta mento , efte , ou lie Duplex , ou fímplex.

O; Pfalmos de David duplex , & íimplex ic can taõ rii mefma forma, porém os duplex fe cantaó pau zado, Sc de vagar.

Os Cânticos, Magni.ficat ? Bcqediâus,Nancdj rnutis , duplex fe cantaó de hum modo ,.& fimplex ( esnt 5 pelos Pfalmos \ porem o primeyro verfqt d Magnificar, principia no Mediato, & duplex nm ter mediato : Sc alguns dos alevantamentos tem diverfe íinaes , o que tudo moftra a regra feguince*

RE

'dé canto chão.

*

*

REGRA X.

PRimeyro tom fenece em Dia , fo! , re pnrrcyro, traz leu levantamento, & fíeciiloiomem A la, mi, e íègundo, a Magnificac duplex enrra em Fia, ury di- :endo:fa, foi, ia 5 tem cjuauo iaeculosum j cotno fàrece.

Princípio roeyo final í.

; 3g

Oval Dominus Domino meo feúe a cexins me is.

Final 3.

òaxuioium A men. Saeculomm A Final 4. Duplex.

men.

Século íum A men. Mag ni íi cat.

O fegundo tem fenece em Dia, foi, fe piiiBcyro, traz feu levantamento, & fxcu\otum em Fia, uc pri- neyro tem hum íó feculòrum: A Magnificar entra ena Cíol, fa, uc prime) ro dizendu, uc, 1 e 3 ur , 12, ra, ta, pííio paiece.

?o

* Swnma da Àru

Principio meyo

Confitebor tibi Domi ne % to to eorde me o.

Final.

1

'W^rwj&fwm

i i

in concilio juítbrum &. con gre ga ti o ne. Duplex

-Sff-

-.

Mag íii cat.

Oterccyro tom fenece em Ela, miprimeyro, ôè traz feo levantamento, Ôc faecaloraa) em Cfol , fo, ut fegundo-,& tem dous .faeculorum : a Magnifieat entra em Gfol,re, ut íegundo* dizendo, ut , rc, fa,fa,fa, co- nio parece.

Princípios. Meyo.. Final, i.

lia tus vir, qui timetDnu, in mádatis ejus volet mmis. Fina! 2. Duplex

barculorum A men.. Magni fis cat».

de Canto daô. n

O quarto tom fenece em Ela , m! pi imeyro , traz jfèu levantamento, & (ixculorum erw Ala, nii,re fegiui- Ido : A Magnificat entra em Ala, mi , re fegU(}do5di- jzendo: re, ut : utre,teoi três íascuiorum mais toa- dos como parece;

Principio Meyo Final i.

Lau da ce pue ri Domimi lauda te nomen Dokií nu

Final 2.

Fin. %. efte /e v%dnaSé'Dup\çx.

m

.a

-tí-

Ssculoru A men. Sarculorum Amen. Ma gni ft cai.

. O quinto tom fenece em Ffa, ut primeyro, & traz feu levantamento , & feculorum em Cfol , fa , ut íe- gundo,temhuai íófeculormi). A Magnificai entraem Ffa.ut dizendo fa: re, fa, fa, fa, çowo parece.

Principio

Mevo

F'oaK

Laudare Dominu pmnes gentes.. Laudare eu omnes po Ail. Duplex. ,

t

Ma grT fi cat.

Ibij

o

i i Samrni 'At Jrte

O fíxts tom fenece em Fb, uc primeyro ,. & trás feu levantamento, 8c focuicrum em Ala, mi,re fegon- çb,tem ha-m-fó faíoulofuma Magnificai entra euvFfa, M primevío , dizendo :& , foi, la, la, la, como parece»;

Laetatus íum in his , qux dieta íunt milaiin cio mumDomi-

ni i- bi mus Magni fi cat.

q fettimo com fenece no fegundo Gfol , re, ot, ttaz íin levantamento , & fxeuloruen em Dia , foi, re fegu-nda, tem quatro feculoruai : a Magnifiçac entta em Gfol, re,iu, dizendo ■:. ut,farmijfa, fol,fol,ful, como parece,

priac. fneycr. final t.

Jjsà da íe ru fa lem Dhm LaudaDeunv tiram Si on.

J?i nal 2.

Final 5.

Final 4.

<n|£*gr

S.?cabrum Amen. Ssculorum Amen. Sa?culòr.um Aitten»

iVU^.ai

íi. cat.

âo c4nto thm. ^ i j

O oyfavò tom fenece emGíoI , rc , vt (çgvr,àoytk

ra2 feu levantamento em Cfol , fa , ut fegurdo, icra

]aus finaes, cu fseculomm ; A Magnificai entra em

lífo!, íc, u^dizendo^^rejut, fa, fa, fa, como parecer

Principio roeyo. final i.

\unc dimutis leivant tuuin One iecuncum verLumtuura in face, Final i. Duplex.

4 : r . ' %jí . VI

Sicu lo rum A men. Mag ni íi cat.

Os oyto tons fobredicos moitas vezes fe achaõ,prín£ ipaf mente o primeyro,& íêgondo, fenecerem no Dia* sentei fe conhecerão pela formaç2Ó,& naó fe poderá lizer ferem nono,ou deeimo,os que fenecerem err Ala, ni, re, tendo formação de primeyro,& fegundo, por- jue fuppoftonono, & decimo feneçaô em Ala, mi,^ indecimo,&duodecimo em C fol,fajUr,tem outra for- naçaõ muito diffcrente. De nono tom he o levanta- uento do Pfalmo In exitu,a pontado na forma feguin:

2

xr fu

dejEgypto Do mus Jacob de - »n

ro.

Bfa up

ít E G R A XI.

D Os finaes dittos, íe tira huma regra para cónhcj cer o tona das Antífonas. Toda a Antífona, què fenecer em Dia , foi, re, ou he ptimeyro tom, ou fe* gundo 5 íe trouxer o principio do faeculorum em Alaj tni,re,he primeyro tom, Sc fe em Ffa, ut, he íegundoí Toda a Antífona , que fenecer em Eia , cni , ou hc terceyto r ou quatro tom ; fe trouxer o principio do; feculorum em Gfol, fa, ut,heterceyro , & feem Ali inijfc, be quarto- 1

' Toda a Antiphona, que fenecer em Ffa, ut, ou M auinfo ,ou fexto tom j íe trouxer o principio do fm culQrumemCfoljfa, ut, he quinto, & feem Ala, mi:

re,he festo. .

Toda a Antiphona, que fenecer em Glol, re, ut,oiji heiettimo,ou oytavo tom ; fe trouxer o principio do foculorumem Dia, foi, re , he íettimo , & fe ens Cfo!,fa, ut, heoytavo.

Para conhecer os introy tos daí Miflas, fabendo aoi de tem o final, fe verá o veríò , que principia, como Magnificas duplex. Se fenecer cm Dia, foi , íe ou uj prímeyro, cu fecundo; fe trouxer o verfo como. Magnificac do primeyro ., feia priaeyro; & íe trouxe a ^erfocomoa Magnificrt drfegundo t fera feguod & do mefmo ^noJo íe põJero caohccu os mais C canto chaô, que oaò for Anrifaru, t,u inwoyto, f cenkcer.á pela regra feguiuCe»

' ite canto cfaõ. «5

REGRA Xlfc

DS tons mefires i. 3.5.7. for maõ acima do feu final do difcurfo de fuaCantoria húa 5. Diapen- ,& íobre efta 5. huma 4. Diathezeraõ, fendo o fim 15. principio da 4. E os tens difcipulos 2. 4. 6. 8. rmaõ cambem acima do feu final huma 5 . Diapentej pi ém abayxo do finaLfórroao a 4. Diatbezeraó; fen- 3 o final principio da 5.. para cima, & principio da 4^ ara bayxo. £35. com a 4. fazem humaoytava Dia- azaõ* É

E formando affim os tons mefires , & difcipulos u Diapazaõ, fe chamaõ perfeytos, & podem ter bum ooco mais de licença 5 & fe lhe faltar hum , ou mais ontos para o Diopazaõ , feraõ imperfèjtcs, porem s meftres fóbem mais da 5. para cima , & o* difei- ulosdecem mais do final para bayxo 5 &efiando em jualdade prefere o meftrej Advertindo que quando ef- 36 em igualdade de pontos, fe o que íubir fer femi" pno, & o quedecer for tono, fera difcipulo; E ten- omais dous pontos do Diapazaõ fe chamaõ pluf: u am perfey tos ; E tendo Diathezeraõ acima do Dia- ente, & Diathezeraõ abayxo do final , fe chamaõ Aixtos.

m

SaSina da "Âtiu

CAPITULO II.

Em ftè fe tratta dts entoações pertencentes ao Coro.

REGRA I.

O Coro fe cantão Miffas, às fette Horas Can» nicas, que íaõ Vefperas, Compietas, Matinas, com Laudes, Prima, Prima, Terça> Sexta , Noa, o Of-j ficío de defuntos, Ladainhas , ôcc. £íle canto fe faz,, ou por livros decanta chão como as MiíTas , Sc An»} tifonas, para o que fe tem dado regras, & as que (A feguem fa5 para fe faber , o que fe canta de cot.

As Vefperas fe cantão na fornia feguiate ao uzo da,: Sanca de Lisboa, que me pareceo o melhor.

Principia o Hebdomadario na corda direyta, que; fempre he fa, dizendo.

JDeus in ai ju to ri u;n meum in ten de O Coro refponde, Domine adjxvanáum me fc(í'fttâià &c. no mefmo tom tudo direyto, 6c no fim fe diz, con- forme o tempo.

:i1

Al le lu ya laus tibi Domine Rex arter 112 glo ris. Segaeav-íelogoas Antiphonas,& Pfalmos, osquaes fe cantão como ofxculaiu^queno fim das AntiFo-

ffia3 fe apontao.

Aca-

'iecântètlM'4 17

Acabados os Pfalmos,diz o Hebdom. a CapkuLi

pdo direyto,& no fim abayxa bom ponto , ôc o tot na

1 levantar, & o Coro refponde abay xado húa quinta.

Ab ini tio, &c. Cora ipfo miniítrávi. Deo gra ti as/ Logo principia oHywao, oofimdo cjual dizemo veifo doas cantores na forma feguinte, & o coto ref- ooade do mefmo moda.

'jerf. DiíFufa eíl grati a m Ia bi is ta is

hro, ncfp. Propterea benedixit te D eus in ^er num

Tendo Alleluya fe di2 do mefmo modo, l?g;*flío na Alleluya; & fendo por commemoraçaô, (ó* iigaõ os dqus penúltimos pontoss a fli a*.

. _J

f, ' '¥',',; ' '■- f -'"

1

tu is.

Acabado ; principia o Hebdom a Arnifona de Magnificar, & acabada .efla, dizoHebdomar. Domims »obtfcumy Sc o Coro ufponde , Et cum fflritu tuo , tudo direytoj & logo diz o Hebdom. Grmut, abayxando bum ponto, & íubindo ourro, & profegue aOraçaô tudo díreyto , ôc no fim abayxa bom ponte , & íobe outro, ôc o Coío lefpoxide ítm abayxar.

Ce &m*

l% Summa Me.

tP

#<RDom,nus vobiícu Cor. Eccúfpiritu tuoffeU. Qremus. '

Còcede nos Fâmulos tuos ,

hc. & «terno per frui I&ti t

feer omnia fs cuia fae cu lo rum Amén..

Quando fe á'u %m Cbrijjum Pdmimtmnoftrm , abaixa a tcrceyra..

i^er Chriâum Domiinumaíaftriitiu a*». Aroen

Lpgo dteem o ÈtneÊàmtfs doas cantOY£s»& o Cotjjji ixfponde d*> ineímo modo, o qual fera hucn dos qut abiiyxo ie leguem, conforme ottl&po , oufefta. Duplex, íbieimre;

FerJ. . Benedica

mus Do- ei Gia

mine ti 2

b-/? Bê. nsdi «ca 4. Dô'

ti afc;

de cam cbaô. Dominical per armo.

nrf. ne di ca mus Do ffi* De o Gra

mino. ti as.

Na Dominga daPayxaó.

"crf. Be ne <k mus Do

{efi. Dc o Gra

Semidupl x.

mi no.

ri as-

rer\. B_thmi O* mus ijo tyj>. De o Gra

mi no. ti as*

O ias fimplex & feme* na Sé..

t rT, 7 r=: * iflj

rerf Be ne di camus Do Np. De o Gra

mi no

ti as.

De N. Senhora no Sabbado.

"erí Be nedi ca \*{f. De

mus Do

mi no.

o gra

Ccij

nas.

Nas

ao Summh da Árti

Nas Vigílias , ôc ferias de Quarefma, & Advento, diz hum taiitor fó,o SenedÍMmusy8c cuco o que dizei d cus.

Ferf. Bene di ca mua Do mi no- Kefj>m,Dso gia ti ãel

No tempo da Paícoa.

r*r£Bene dicamusDòm ino Alie luya alie Sut ya-

j?^. Dzo granas ai le lu ya. ai le. lu- ya.

Dktoo Bènedkamus , Cfe & tendo o Cororerpori áido Veogatà&ti logo diz oHcbdbm.Fi*/i^4nwMjt C&. &refpondc.ò Coro- tudo em torabayxo.

E G R A

NAi Completas começa Hum cantor -virado» & inclinado parai o Hebdom.

J

cere.

Jxrbe* Domne bene dl

G Hebáora^ii-Noato f»iítt»,í».no«efl»o tom; âfcacabadomtfmo modo 'gi abajww, St oCorotel; ditcyto...

de cdntocfaõ.

ai

A men.

Logo profeguc e cantor direvro, & viíadòpara O Mear, dizendo: FratmjQb,ij'e(íútey&c. tudo dirtytc,& 6 no fim abayxa <ja. & o meímo quando àlzTu auwm %mim} &c. & o Coro refponde : Veo giatiast bayxan- o 5a. & o mais fe diz entoado bayxo,;; ti que piuicl- liaoHebdotD*

-fOf

Gonrcrtcnos De us íalutaris nbfteiv

Rei ponde o Coro: Et aVtrteiramtuamy &c.diKytoi >go dis^o Hebdofli. Deus imdjutaiumi&z. &refpcn- e o Goro tudo, como no principio de Vefpeias, & cabado principia ha na cantor a* Antífona Mtjenrè^ u Meluya. Seguem- fe os Pfalmos , 6c o HyroíiO , & çabado diz o Hebdom. a Capitula , &c. cemo nas reípera* ; fcdito o Veogratias , dÍ2em doi)s cantores

Reíponfotia breve , ótrefpende o Coió como fe

gue.

4^Hlf*^^

i. roa nu* tu a& Do mine- cosamendo ffi ri*

Ge iijj

mm

tum meum. Re de miíli nos Do mi ne Deus ve ri

ta

tis Gb ria Pa m , & Fi li o

Spiri tu i Sftn £ta

^r/Xuflodi Aos Domine utpupillam o 'cu li.

&ff, Sub umbra alarum tuarum pro tege nos

Acabado o Coro' Te diz a Antífona & Kunc dlmi dfy&c, & as preces (quando fe dizem) o que tudo fin^ do, diz o Hebdomad VominusVQbi/cum) Sc a Oração co«i mo nas Vefperas 5 porem o fBenedkamus Domino, diz ( mefrao Hebdouh decendo 3* abayxo,comofarece

m[. Be ne di ca mus Doèmi no,

Eafllm refponde o Coro. Veò^r^tiai. Nefta forma fe cantaõ as Completas todo o znnn cirando o Refponforio fefevèí que pelo tempo Pafch & aos dias íeriacs s he diferente.

it càtttothúõ' Pelo tempo P^fchaí.

23

Ih manus tu as Domine commendo ípiritum me um

Al le lu ya ai le lu ya RedemifH nos Domine.

Deus

...

ve ri ta tis

Al le luya.-

1 ':

1 * i

- li

Gloria Pa tri Sc Fi o & Spki tu i Saia

rf Cuírodi nos. Domine.. &c. com» acim* , .' Aanjcmtando ^ile*- iuya..

Nos dias feriaes.

jjft » » » #^^t±±É±±M^^

Inmarrus tuas Domine commendo ipiritum meum,

RedemifH nos Domine Dètfs ve ri ta tis commendo ; &c.

24

SftwmaMArte

Gloria a Patri 5c Fi li o & Spiri tui Sandia.

rtrf. Cuílodi nos Domine ut pti pil Iam o cu li j>eft. Sub umbra alarum tuarum pro tege nos.

N

REGRA HL

As Matinas principia o Hebdomadario, dl zendo.

Pomi ne labi a me a a pe ri es.

E o Coro vdponíe: Et os meum annum\ahity^c.t\\ do direyto : logo diz o Hebdoniadario: DetísmàM tèrmmy&c. como nas Velperas. Segue-feolnvitari) fíymoo, Antífonas coai os Pfalmosj & acabado | z-mdaus cantores o verfo,coa*ô no fim doHyflftji deVefperas, & acabado diz o Hebdomadarioabaj %£ndóhu4 5a.

£a ter noíter.

CdttWcvas. 25

E acabado o Fater noíler reíado , diz o Domario,

^tneiiosinducasmtenUúonem -, ócocororeíponde : Sei ibera nos à maio : tudo direito , abaixando húa 5 a. & do mcfoio modo diz Domado* Exaudt Domine , Sta & 3 coro refponde;

A men.

Eftes pontos acima, que abaixaõç*. feufaõnaSé, abaixar 3a. quando naõ he folemnc. Logo diz o que :anta a liçaõ inclinado para o Domario: lubeVomne ienedicere> tudo direito, abaixando no fim húa 5a. & :3o me imo modo diz o Domario: ÚíenediBione perpetua Sc. & o coro refponde , Amen , também abaixando 5 \ pegue fe a liçaó , a qual tem o ponto interrogante , 6c fufpenfo , como na Epiílola , porém nos mais pontos, &: no fim : Tu amem Domine , &c.fe abaixa 5 \ & o coro refponde : VeogratUs , do mefmo modo. Mas ad virta- fe, que todas as vefes, que fe abaixa 5a. no ultimo pon- to , em o penúltimo íê faz quebro ; mas íe a penúltima lllaba for breve , abaixa nella , & na antepenúltima e faz o quebro. Na Capella Real todos os pontos, tjue defeem 5 a. fazem hum ponto de mais em mi , que he o antepenúltimo ligado com o penúltimo , como carece.

Pa ter not ter,

Dd Nas

2 6 Summada Ârtè

Nas mais liço:s tudo he donudoqu^ie tem dit- to. Na leãio Evangélica , fempre fe abaixa 5a. quan do íediz: Secundum Matthcenmf§e. &rdiqua^ & quando íe.diz: Homilia SanSli Augtiftim Epi/copi , 011 outro qual « quer Padre, & acabada a ultima liçaô/e diz o Hymna TeDewn}m forma feguinte.

Te De um lauda mus Te Dominu cõfitemur

^1HfraL^^H*>kirfl

ff—

Te zcernu Patré, omnis terra ve ne ra tur.

Ti fei omiies AngelU Tibiczli,& uni ver iat pofeírates.

Tibi Cherubimj&^erapHm, inceíTabi li você proclamar

Sm âus. «fcm £tus. Sáátus Drius Deus Sabaoth.

T-

Flenifnnt carli &ter ra majefta tis ^oriar tuar.

Te

de Canto chaõ.

*7

^j^PJSQS^^^^^^toS

rm

Te glori o fus A pof to lo -runa' Cho rus.

^^JS&Í

3C

Te Prophe ta rum lau da bi lis nu me rus.

s

i-

Te Martymm candi da tus lau dat excr ci tus,

Te per orbe terraru , fan£ta coníi te tur 'Eccle íi a

Pa trem imir.en ix ma jef ta tis.

I»i'j1wjte3ff

.1 f—L.

RF

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Veneranda mum vem , & u ni tum Fi li um,

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Sanclumquoque Pa ra c!i tum Spi ri tum,

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TuRexslo ri x Chrif te

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Summt ài drte.

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Tu Pa tris fera pi ter nus es Fi li us.

Tu ad iibérãdfi fuícepturus liominé:n5 horruiííi virginis uterú.

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Tu devi 5lo mor tis aculeo '.aperuiífi credetibus regna CxIoriL ';

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Tu ad dexteram Dei fedes ir* gjo ri a Patris*

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Jir dex crede ris ef fe ven trt rus.

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Te er gp Qpxfamxis tuis ta mu lis /ub veni quospre-

i— ;i, . .." '■'

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ti o fo; fanguiae re de ixuf ti

M&££- ®& fac cmaíaflÊis. euis irr gferla jazmesa; si*

Salvuc

Je canto chafc

2

Salvum fac populu tuurjDne & benedic herediwti tu x.

çJSSÍJC

m

Et re ge c os , & ex tolle illos ufque in x ter

nu.

Per fmgu los di es be ne âi mus te.

Et laudanuis nomeD. tuu in fzçulú; & in faeculu feculi.

Dignare Domine die if to fine pecato nos culto di rei

m

-4-^-^^^y^j

rí^.

Mi fe re re n©f tri Domi ne Mi fe re re nof tri>

iar miíérfcordia tuaDRe fuper nos,quéadmodúfperavimus in tel

r*f*

gggg^

I* te Domine #e ta ti. neo coufpttd»r fn «cr jjjjsi.

JM19

3o

Summt da Arte

Acaba Jo o Te Veum , fe principiaõ Laudes f que fe cantão Cem nenhuma differença cosno as Vel petas..-

R E GR A IV.

NA Pritn^, TerçasS:xta,&: Noa fe principia, diz a Capicuta,& Oraçaó,çomo na? Veípetai & o tfenedicamos como na Completa , Si o Keípoi forio breve na Prima he como fe fegue.

CLrif te Fi li Dei vi vi Mife rc re no bis.

Qai fe des ad dex te ram Pa tris Glori a Patri, & Qui , natus es de Maria Virgine

Fi li o Spi Ti tu i San do.

-

Esc ur ge Chrifte ad ju va nos.

E do-tnefmo modo refpon«íe o coro. File R.efpoi forio fe diz na Ff ima coáooanno, tirando notemfi Pafchif, que fe diz como o Refponforio daComplej doaiefroo t:mpo, & nòí dias íeriaes fediz do mefa

mor

■ie canto chat. £l

modo, que na Completa , & p meíino he rn irais ho- tas. Dittasaspieces ( quando k h.ó de dizer) & aO- laçaô diz hum cantor a Kalenda , que Te cat.tará <ei*o as limões. Poíém a Kalenda na Vefpera de Natal ras palavras : In (Betblem )ud* jiafcitur, Cfc. íe íobe hurra 4% acima da corda do toro, & por efla caufafe principia- o tom baixo , & fe canta ua forma feguinte. O pti- roeiiO ponto m.oftraaeorda direita.

In Bechlem Judje nafçitur ex Maúa Virgine íafíus homo.

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Na ti vi tas Dotni ni nof tri Je fu Cfcriíli fecCdú car-

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mm.e odemdié Sanâse AiiíiíWfiíE atque íscaaiú virginú.

Tudo o mais, que fe fegue ra Fiirra defptis da Kalenda fc diz entoado ; no fim da qufl fe carta por rjevoçaò a Amifona contra a pefte, cemo fe legue :

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SteT la Cx li extir vit qusc la£ravit Do-

^dtJif^^gí^

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aiihum morrfs-pefiema Çcani fSmtawi p™p£aac«s P #

Summa da Âni

baniiMiiu íp fa ítel la nunc digne ktur fy de ra

jcompcf ee re, quorum bel la plebeia csdun àijz

mor tis ul cere. O pi jf.fi maStel lamaris,

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apefte fuceur rere nobis.^u di nos Do mi na;

9EEES5íiéhí

nam Fi li us tu us ni hil ne gens te ho-

no rat: Sal va nos Je fu,pro qui bus Virgo Ma ter 1 1

re o

rat.

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de canto cbaõ.

33

#»+»»»++++g5i|

rcrf. Oraprono bis San&a Dei ge nf-trixi tf]f. Vt digui cfficiamur promiílionibns Chrifti.

OREMUS.

D Em miferuwdite, Deus pie tatu , Deus inddgènti* , cjui mijertus ei fuptr affliSlionem populi tut, & dixifii J fl- uo percuúenú populum tuum \ confine manum tuam : ob mo- m illius flelUgloriol* , cujus ubera pretioja contra Vtnenum ofirorum deliclorum quam dulcker juxtfti, pr^fla auxilium 'atuiu*, utabomnipefley & improVifce morte jecwé libere* \ur, &a totius perditioMSMur/u mi/erkordiíer jdvemur.Ter ' Jefu Chúfie %exglorU , qui VtVis , & regnas in Jãculaj*- dorum. Refp. Anien.

Na Terç?MSexta,& Noa, ÍWdizo R^fponfoiiobre^ , na forma feguinte.

Spe ci c tu a, & pulch rim di ne tu a.

'**ttM&£ç3&Xfc+4?5_

In teu de prof pe pro ce de, & Tcg na Gloria.

H tf tii,ScFi o, &Spi tu . Smâo. ■"

Ee F/r/.

Sum* ttd Àrk\

nrf. ju va bit e âfftDêúâ Vtihd fú0r

*ejf.. Deus in médio cjus fton coisovebitur..

Os Refponforios da Sexta , & Noa, fc dizem ne forma. Todas as feitas^ & Domingas fe cantaô por e te .modo, tirando no te^pò Pàtèbal , & Fetiat , qaef dizem, como fe âpôdta rtá CoaipieÈ3, & no vcmo> que fe dizem, èomo fe fegue.

ni àdli rânduâtnos Dõíilínum DetxS vir tututfe

Õtodôfaeiemtvfâ^ &fál vi e ri mus; Gloria.

tri &Fi li * &Spi-*i ttt i; San ão. Os Refponforios da Sexta, & Noa , vao por cft modo,.& do mefmo-iDodo-fc canta fra* ferias do Ad vente j porém maií apreífadinho*

R E O R A %

To Officio M DefimtWi

S^èfperas de Dtfontos principiaõ afefolbr

& aabadas.as Aouíottas-, &. BaknoSy dw-e

do"

looscantofcs o verfo na .forma feguinte , & o coto d ponde do mcímo modo.

"erf. Audi vi você de Cx lo dj et n tem mM.

r/f. Beati ruortui quiin domino «lojriumur.

Por eíle ver ío vaó o$ vtrfos das Matinas, Todos os nais veríos, & repòíías fe dúesi direito, abadando no ira terceira, como fe fegue.

Pater ncftre.rer/^Et ue nos inducas in ten ta ti © «em. ■Refp.Sed libera nos à maio.

rèrfiKeqwcm seternum dona eis Domine.

eis. mferi. eorum* inpace.

meam.

veniar.

KefpJEt lux perpetua luceat :rhrf.A porta ^^.ErueDomine animRs

m/.Requieícant

/^.Aaien ( direito, ou mi,£a, )

/^.Domine exaudi orationem

%efj?.Es clamor meus ad te Domintis )wbifcum. £í cum/pmtu tuo. Onmus , k dizem jireito, & do meírno rnodoaOfaçaó , ío no fim aca- >a, f , mi, f<i, Porém quando fe diz ptf Cbrtjluw Dmi- ^umfêc. a caba abaixando 9a. <ftjquiem*Lcrncim}&c.kdiz ottto-Gs tnats ver fos, logo diiefií <í<hh c amores.

Regui «f cant 10 pa ce.

Ee i )

Simples*

3<5

SnÃmâcUJrtt*

Simples*

n

Re qul ef caiu. ih pa ce.

E do meímo modo fe diz naMiflá. "Na* Matinas 1 dizem os verfos como o de Vefparas , & nas liçoens k fazem o$ pontos nefta forma.

H

Nihiienim.funt dies tac . i».

içaoi

pW4-*HÍ>| y^MW-

R=

H

Utgliuiamfa Hvam rac aw

Sufpetifo*

-VJ

Etift-palverem-rc du ee& me.

Sed parce pscca tis me

:

' C^nnJbodefanto le^a para a Igreja principia ábus cantore$,Sc fegiefl^os mais a Antífona fégninte

«

Subve ni teSanch De

i Og cu ri te.

IS

rzn

í

^

Au ge li Domi ni fuf pipi en tes a- nimam

e jus. Offe ren tes eam iu conf pe ftu Al-

df

& mi,

Acabada a Antifona , pjíncípíaô os dons cantorcr, c feguem os mais oPfalmo Miíferece : & deípois de ada veifo fe torna a repetir a Antifona Subveniter rc. o Pfalrao fe canta na fotma feguinte .-

Miferere me í De: us fecundum magna miferí-'

cor di am tu am- Subve ni te, &c

Quando fe canta o Refponfo por hum cantor \ ffc anta nefta forma , refpondendo o coro.

tijí

fg

Smrnà da 2rti.

Memento me i De us qui a ^entus eli Tkamea,

Nec «fpiciax me vi fus ho minis. De pio-

!!

jdis clama vi ad te Domine, Domine ex-

+1

au

di você m meã. Ky rie e lei foo.

t-^Jsà

m

Z

Chrifteelei íbn.Ky ri e e lei fon.

O

iief caat in pa ce. A men

RE G RA VI.

M do de cantar a Ladainha hc o q*ie Te f< gue.

;

K

decanto cfao.

^W^N^wl^W^Hf |B

-^>-

Ky lie c lei fon. Chrifte c lei fon, Chrifte Ky rie e lei fon

^^-tt^yWH|HOOwK

tzsz

tu. dinos Chrifte exairdi nos. Pater de Gxli6 De us}

i

Miíe re re no bis*

Por Cárter de Cdis,&c. vaõ Fili^demptor. Spiritus nfte \San&a 7 rinhas fêc.

San£U Ma ri a. O ra pro no bis* Poreftc vcrfo vaõtodos ormais, accrefcentando, i diminuindo , conforme as íillabasi

-ft-« fl-S

V -

Propi ti us ef to paroe no bis Domi ne.

Todos os roais verfos, até ofim vaõ por efie, & pe-

mefmofe diz o ÀgmDeii accr efcentando , ou di-

inuindo conforme a letra. Gripe andinos , Chrifteex-

dinos , & os Kyrios , faó do meímo modo , que no

incipia, a ultimo Kyrie cc roo íe legue»

Smmà dd âife

Hh

£D2:

Kj ri e e l«i fen*

Temos dado regras para tudo, o que k canta Mi coro ^ faltaporém o modo de cantar as lamemaçoenfi & liÇoes de quinta , fefta, & fabbado da femana fantai as quaes k coftumaó dizer por livros , em queeflaíi Codas por extenfo ; mas para ondeos^naõ houver, & fe houverem de dizer pelo Breviário, ou Ripanio, f< cantarão, como íe fegue.

RE GR A Vil.

OS verfo* de cada hum dos No&urnos fe cantai como os de defuntos. Aslamentaçoens, aprii meira de cada dia fe principia como fe fegue.

In ci pit Lamen ta ti o Je re mi z Fio phctae. As letras Hebraycas fe cantaó como fe fégue.

Para o mais das lamentações dividiremos cada poi toem duas partes. A primeira principia em Ala , rt te, primeiro, que propi lamente chamar) Ate , 6c dai! fula em o!, re, coma parece.

Qu

dNàittó châ%.

m *& v Quomoio fe det {o h Ci vi tas plena po pu lo? -

Na fegunda parte de cada ponto dá- kmenr^çoers ?aremos principio , tncyo, Ôc fim ; o principio erírífa, it, & o rneyo em foi, Ia,& o fim em Gípl^e, ut, coroo >arece.

Triwipio* Meyo.

Fa cia e ft qua íi vi du a Doniinagentium.princcpspro-

(viaci- Fim.

k*-W-

3

aru fac~ta cíl fub tri bu te.

Por efta íegunda parte do ponto das lauertícces,

e podem cantar todos os pontos das limões, desligan-

Jo, ou ligandojtirando, ou acerefeentando, cenio me-

hor [parecer ap^cantor, íegu indo fioiêm aiciEDaaci-

O ponto final Jerufalem principia , & acaba eia 31a, foi, re, coroo parece.

g^^-tH^-^MR

Je ru fa lera, ru fa" lem, convertere sd Dcir.irmm

Deura

De um tu

um.

C AP 1 T UL O III;

Dás entotyiem do 4hnr. REGRA I.

AMiffa fe canta na forma feguinte j fendo D< mingo, diz o celebrante antes de deirar a ai b^nca a Antífona feguinte, Sc ô coro a pr ofegue.

-

Af per ges me* Pelo tempo Pafchal diz a Antífona feguinte.

Vi di a quamv

Acabada a Antifona , õc deitada a agoa benta r ái eelebraoteos fegointes verfos , refpondendoocoK

nrfc&kt ide nobis Do mi ne, mi fe ri cor diam tu am. .Et&Uuar*.. «™m> da bo bis.

dec&ntochfo* 44

No tempo Pafchal fe acerefeenta , Àlleluía.

irf, Domirc exaudi omionem mèam. ejf. Et clamor meus ad te veniat.

Diminus Vobifcum , Et cuw fpirito tuo% Crtwfís, & Orctw% udo he como nas Vefperas , St mais Heras, 6V ;,c*ba : m Cbrijlum Dominam no/irum^c fcende.

Se houver Troei ff ah Diacofio , ® /* não houver Diácono , 9 nejmo celebrante virando para o foVo, di^ajfim. como na 6Y, ou ajftm.

TProce da mus in pa ee- Proce da mus in pa cé. £ o coro rei ponde.

In nomi ne Chriftí. A meti.

Acabada a ProciíTaó, & o Intróito da Mifla, levan- a o celebrante a Gloria, conforme o tempo, cemoíc

ègue.

In Dupliabus.

^ j 1 1 w-^hr^Hnr

Glo ri a in ex cel fis De o. Na Capella %eaL

3

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H~

41

Glo ri a a .inex eelfis De o.

Ffij

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InVomhikes , & Semiduplicíhus*

I

Gjo ri a in ex ce^ fis De o*

í;i Semiduplicibas naCapella l^eal.

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golfes r

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T~

Glo ri a in ex cel fis De o, In Mijfts fôeaU Mari^.

íi ,

-Glo ri a in ex cel fis De. o.

In Sv.mpliabus , Fertjs tempore Tafcbaíi.

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3

i &.

i

Glo «i a ih ex cel fis De o. In.Siinplicibus na Qapella ^eal.

ET"

±

Gio ri a: in ex cel fis De o.

Acabaia a Gloria, diz o celebrante , .Jknmus.Vohi) atm ,. direita , & do inefmo modo os diràô as roais ve j zes.. DiccaáasOraçoens, fe-diza Epílíol^naforM fegui nte. . Tonto de Epiftòlà foiemne.

C&\

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Íss-~*~

IfiÊtiòE.piílo lie be a; ti Pau li A" pof to-liadCóriritMo!

Tom

ie cmtocbSol . ^Ponto interrogaste* -

Quis credit audi tu i nof tio? quid er go? Qua*' Tanto /ufpen(o , ^ dos nomes Híbreos.

Sicut ícriptum cft. Audi te er go do inus Da vid. fWo Final.

Et in finem orbis ter rx verba e oruiri.

45

Feriai fe tira

.1.. ._. _ ... .

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[ff V Jriéte

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A a' fcaM W i

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#Tm/ fe tlTA

mi3 lig<tdo.

Quando antes da Oração díz> Flcclamus genfta k. fe canta affim;

Diácono Snbdiacono, Celehrante.

Tcndje tirão os mms lia*" dos} Cr os T deus foz. qué

jehejdã,

Fle&amus gena a. L e va teOm nipetens. As. Profecias fe cantão neffa fotma.

teá_. A £

Âr W1]

I

In princi pi o cte a vit De us Caelum, & ter ram,

Os mais pontos interrogante, fuípenfo, faoccmo rda Epiftola , & fendo feriai fe tiraã ligadura.

Efiij 0

4 1

Suwm Í4 Am. O Tonto find be comi ft jegue.

Etreque e vit ab omni o pe requod patra rae. Acabada a Epiftola , íegueíe o Evangelho na fiSi ma feguinte.

K**^**

I

Domi nus vo bif cuiru tpwtQ de Evangelho jolemhe.

Sequenti a fanfti Evan ge lij fecundum MatthaeumJi

O ponto infef rogmce , Sc final do Evangelho , 1

como na Epiftola , & os monfilíábos , on fufpeufoi!

faó como os mais pomos, porém fazem fe mais atra

como pwece.

1 1 U S

Dixit Je fusDiíci pu lis fui s Para bolam hanc. A<*afodo o Evangelho, diz o celebrante Crede como fe íegue.

Dominical , © fepóJé ufar no* Vuf>les & hfrtf 0&<rt4í,

$*jbéM

Credo in unum De um.

4t tinto chat. ' TÇcí Vuples for u/o.

47

^t^tfÊiâ~m

Cre do in u num Ds um.

Na Cappclia 9Qf&

Cre do in u num De um»

0 Prefacio^ $ater mfliv& r(er omnia [scula, &c. k can- ipeloMiflal,oupor Imos particulares, jor cftacm- i os naõa pooto.Na quinta feyra ferra, artes de fe dar

Comunhão aos Sacerdote*, &pqvo, diz o Dííco- o virado para o celebrante a urfiíkó , ume fc :gue.

ffi*-w-

♦dfcidfcfcMH

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Iftjfcftfiâ

Coníite

or De o Orrr ni po ten ri

be

a re Maria?*

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femper Virgini be a to Michaeli Archangelo / be a to Joa ni

HHH-H ^ffrlHN^-^H^

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Biptí^ap Sf n^is A poíFo lis Pe tro, & Panío, cmnibus Sen£Hs?

+ç#+#m

& ti bi Pa ter, qui á pecea vinimis eo gi ta ti o nr,

Terbo,

48

r

íi

Summâ SiÂtú.

ver boj & o pe ve> me a culpa» me a culpa, mea

roa xi ma culpa : i de oprecor òeatum Mariam féper Virginé , ;

f beatum Michae!e Àrchangelu 3 beatú Jpanae Baptifta, Sandes

Apoílolos J*ãM; & Paulu omnes Saudosa te Pa ter o ra re

t prome adDaminuDe um noflruu.

Ditco o Podcotnmunio nas fetias da Quarefnd diz o celebrante, Oreaíus na forma cufiuasada, &i Diácono diz.

.*|^±^^^^^^^^=Í4

4X

Hum li a te ca pi ta veítra De o.

Segue- fe logo o IteMiffaej}, oufâenedkamHs Donim* &c, ( 8c na Mi (Ta de Defuntos o ^equkjcant in face , et] mo fica apontado em í~eu lugar ) o qual íe cancã coi forme o cç.mpo , coiao fe fegue.

Pm

ie e<tnt$ eh/to. Duplex Jdemne.

4?

te Mif 'Duplex minor.

ã cíl;

te Mif fa eft.

Dominical.

te Mif fa eíh

lu Mi/fis B, Motm.

te Mif fa eíh

lnftjiis Semidupliabus.

Jt

3S

U_

_i

te Mif fa eíl.i

InfeflisSimpliàhM.

te Mif fa eft.

In

5o

Summa da Âm In Simçlicihus na Capella fyíL

I te Mif ía eft.

Al A Sabhatho fanBo , ufane in bis.

I te MiíTaeftAl le lu y a. Al le lu ya.

Os Henedicamus , que íe dizem naMiíía,emlugarç Itè Mi/fa efl : fe tomarão das Vefperas , cap. x. Reg. i Sc o ^uie/cant tnçace , he o mefmo que nas Vefper; de dedefuntosfe aponta.

REGRA ÍL

Àmbem peítenc^ à MiíTa o cantar as Payxõel as quaes fe cantão pelos paffionarios ; poiêi aonde os naõ houver, & íe houverem de cantar pehji Miííaes , íecaotâ*aó na forma fegainte. Sempre Payxões citadas cantão três, queebamao vulgarroeiji te Chrifto, Texto, & bradado. Primeiramente o Te* to, que hco- que mais canta , fempre anda «acordai mè, q-a-e-fe Ffi, ut, & principia, ccunofe feguc.

o Domini ftófe

nl

e fu ChníU fecundú Matth Mareai

hwm ]oane:

de CdYltú chãl.

In ú lo tem pore d ixit Jeíus Difci pnlif fu is

at Je íus dixn.

Todas as clau fulas do Texto , quando fe fcgue o Ihrifto, faó como e fia atraz, porém quando fe legue Bradado, ou Coro elriUÍula,como fe íegue.

Di ce bant. au tem.

Tu áo o mais que o Texto canta he direyto.

O Bradado principia fempre na 5a. em Cfo!,fa,uf, : tem também dous finaes , que faõ quando he ponto terrogante , como fe fegue.

3

í

Quidvultis mihi da re3& cgoenrn vobis rra dam?

Quando naó he interrogame,vembufcar otomclc* . exto, como parece.

O Chriíío he o q tem mais difficudades para fe ca- it fero paíTionario, porém fempre haverá há, & quã~

o o naõ houver , poderá cantar na forma íêguinte.

O Chrifto principia em Ffa, ut , & tem cada ponto es partes/enecendo era Dia/ol^e, com parece^

Sc íus

o

PP

Sçitig quia poft biduum Paícha fi et, £c fi k as aviais itade tur

ut cru ci fi ga tutí Nefta Forma »ay fempre o Chiifto, porésn quad: he interrogantc, fenece como Te fegue.

X

irr-^Htffr^A

hu ic mu U e ri

Quando fe diz Âmtn "dko.Vobist ou ^m<?w dicotibi>Ei Eli, ou BloiíBloifêc. fe canta come fefcgtíc*

Amen dico vobis. E li E K lãmafaba tha ni. Arnen dicOj ti bi. E lo E tai lãmafaba tha ni.

Deite modo fe pode cantar o[Chriftô ; & fuppoí tenha mais algúas particularidades , ít podem accoi{ dar peios pontos acima, por naõ confundir ,- ôece ifêo fedi fiiru ArtedcGantoChaó, por terdadoc primento ao prometti Jo , o que tudo feja pata iflay gloria, & honra de Deos. Amen.

LAUS D E O.

TR

y^?$m$&*k sfc «* áp w t# •' ^< è$§& # fó? # ^ # & wZ&í j|r

TR AT TA D O

DAS

Cííh

EXPLANAÇÕES-

EXPLANA C, AO i.

"ks louvores Mufica , & do modo jue delia /e ãeye ujar.

£*&£%£ &diviíoens, & juntamente dizer algumas de

íuasexcellenciâs;fuppoílc, que Jcaôde Ar2- ^^^ a, nos feus lugares cemmunSjdiga que ner»i úa faculdade 4^ ja, que menos fiecéTlidade tenha de fer louvada, qs Mo- ca, por íerfua perfeição corjhecida, & confefTada de to- os. Principiaremos por fuasexcellencias, para queaííim, cnda o cafo,que delia fe faz nas Divinas, & humanas le- iras, aprendamos nós o modo, 6c reípey to, cem que bave- pos delia ufar.Pouco direy, do muyro, que dizer íe f ódej K>rémtudo, oquediífer, declaro íe entende da Mu fica, tem íeu objecto em Deos,que he o que íó deve fer leuva- o;&como o objecto naõ pôde fer melhor, be ella a prin- Épal de todas as faculdades, & as mais tanto de perf 1 :

Aaa çaõ#

% >• Trattado

cíS, quinto tem de Mu fica* por eíía caufa Jofeph Loaren-i Bí- & ço Luceníi, naiua Amalthea disque a Mufica comprèh^!

de to ias asfciencias:c^/«/^* «"«* «»»« comprehenditfcii entUs (o gieÍTio afRrma Michael Píeiíus; e bem ÍV podei dizer, qae íe Adia naõ peccára, íó eila íe ofará no muodoj E fupooft > que codas no eííadoda innocencia infondíííe EÊos ab homem , íó a fciencia da Mufica era neceffmi. razaôhe, porque todas as mais fcienciasforaô foi madasf para remsdio de três males , que a culpa graogeou aos hpj mdarâ í-fi- mm-, faõeítes: Ignorância, Vicio, lofirmidade* contra i gorptrt.utr. Ignorância fe formou a Thsoriça, contra o V icma Ptatfti eJpt£uc<$. ca, contra aínfirraidade a Mecânica i?keo*tc* ignoraria* esvellens fapientiam illimin&t : Praftica vtttum excludente virttitemrohorat\ CMechamca pemriartí cavens vtt£pr£ Cernis iefeãum (emperat.E como todo o governo Politico Efhico, & Gconomico.fe reja porTheonca,Pratica,& Me chaaica, &■ eftas íe forraártó para remédio do que a culp; gfari^eouí naóhâvendoefta, naõ era nectííariooufoda Qttellas artes, & íciencias ; Sc a fciencia da Mnfrca , comji ■feia para louvar a Deos, que fempre obriga, & enta&mai #fá beneficio da prefervaçaõi daqui íe infere, que foeít fehavii afir: logo A laõ depois de formado ufana dei ta fciencia, louvando a Deos íeu Creador , & as mal?, lup poUoas riffefTe infuías , feriaô para ornato d' alma , pc léu aaõ as exercitaria.

i Deite penlamentofe recolhe a razão, de dizererr que o ca ato éffi he mais antigo , que o canto de Orgaí Para o que íe propõem numa duvida.êt he, íe opnrneyr, qaeexerckott» Mnfica^ nos c- incertamente foy )ub; ého de Lamec.V efte inftituhio aCythara,&r Orgao.achr d , ascoofoii ncias em huns mar tellos de «eu meyo r^rna Tuba! Caim pnmeyro inventor da ferraria , & íe aíhm Cyrhara , & Orgaò.como as coníonancias he caotomult tormc,& nSo uaiforra^corno he canto Chaõ, aonde lei &út& que o cantoChaó he mais aatigo ? Ao que reípod*

das Explanarem. 5

^uenaôobftandoárazaõde duvidar, canto Cha3 hcmais intigojporqdasrneíroas palavras :Jubalfmt pater ccnen- » \tum Lytharai&Qrgwoj fc infere (como diz hum douto ^jj^ Porcugucz)jáhaviaxV]ufica,ftm f ftarntftes inítrumcnrcs, lem íer proporcionada, que bem moftra íer canrochaõ. E Te Adão depois de formaco louvaria a ícu Creadcr , como ) sffirma Frey Joaódela Cruz Dofòinico,co!hendc-o das viddeUscè palavras do texto : Pofuit ev,m in Paredijo lúluitatts : remonutfftt* iperaretur : porque enuó naó havia c| cbrar, íeruõ kuvar 6' 1 Deos pelo beneficio da crtEÇ3õ,& naó tendo Adaõ com- Ccmf' z% mihia para formar canto mu !tifo: me, íó ufana do unifor- ne canto , que he canto Chão. £ eíH deve íer a caufade ^orcr-diç-iõ fe dizer, que ocantoCbaohe mais antigo.

3 Naó íóments Adão, mas codas as crearuras depois Jecreadas ouvá-aõ , §c louvaõ ao feq Cteador : Os Cecs o

uvaó: Cali e n ar rant gloriam 'bei : Os Aífros : Me latrda- rfJ. 18. iant afira tnatutmw.Q iugoilgnis glando.nix glacies^ jfiri- Job 38. us procelía>u,qí:/e faciuntverbum ejns-.O ar; i t ofira wa- rfl. J4^" iuttm cj u s annuntitint firmamentunr»içtmr.ào o fim smen- PJ*^ l^m

o fr\ mdmoar, como adiar- fe molfra, numero 78 )ou-

nomme tuo (xultf&unt : pu \s piaras: Tttnc (xultabint tmma hgnajyuarti a jacte Do- prj 9g# mm. O df£ : Dies dtaeyvãat íer tu. A noy te: Lux , é te- Hd. 18." tebr£ tauà/tbfint 'Dotrnvu- & finalmente o raefmo abifmc : Van.^. Dedtt abijjus.vocem fitam ,Sò os moiros na culpa,& os cr n- Jenados no inferno tem vozes mimo defafinadas, & naó Babac%e.f. Ipóden? íer de louvcr de Decs : Acn n.intii lai dúbi<nt te \Domine , neque etmes , qv.i dejcendvnt in mfeimw. K upJa^lll'

faufahe, porque a Mufica he hOa loberapa ordtm, & no nfernorudo hedcfocdem : Ubi nullus créo ijcdjarpier ~y JO- nus horror inhabiíat.

4 Defta íoberana crdem, cem que a Muficá fe forma, iacêfcusporcentoíoseífeyrn^mru:ae5,íer Medicina,afu-

Aaaij gemar

a Tratada

m 2. ít içencar Demónios, animar os tímidos, refrear irados,* W íhnfclv.ck, i. lo por virtude natural Primeiramente, que he Medicim #. o Íentira5 os mais doutos defta profi{Taó5& deve íer a cau

fa; porque qualquer achaque nace de fcdeíordenaremc, JmnEHfik huí£ore$. $ porque a Mufica confia de htta boa ordem, dl ' ouuhJloM. (troe £oda a dcíordcm,8c por efta mefma caufa afugenta c I fTZ ' l'C' Demooiosipòrquecftes fe valem das difpofiçóesdefordíí

flcóes ,A juntamente porque elle he pay da dtiordem ,J ! pôde fofrer ouvi/taô excelleçtc ordem, ^la meto caufafe aotcnao os tímidos, & refreaô os trados ,porqit tudo he defordem , & com o canto bem ordenado le rem peraõ. Bem conheciaó os antigos o poder ,q tem natura, mente a Mufica fobre os órgãos, poccncias, affcôos, «c M mores do corpo humano ; pois coftuma5 (comootraz I Padre Hufebio nafua cccuka Filofofia) levar diante | que hiaô a encerrar infhumentos muííeos, paraqne aca, aaó foííe a enterrar alguém com algum accidente^pe

com ioftrumentos, & o Senhor os lançou fora, para qu* milagre, que o Senhor fez em refuíctcar a defunta, fenai attrfbuhiíTe a yirtudenaturalda Mufica,

< He © coração humano ternário, como diz oro FMes m* Múo ffâfifafâ , Ur humlt* cor medíocre , cor *ltum:t Bcr^rd-lS. videm.fe 2S raltê da Mufica em graves , que íaô ba, ** ^' xas , ou humildes; em agudas , que faó medianas, £ , fobre agudas, que íaô atrasa como a Mufica tem efta melhtnça com o coração humano, efta M jç-ufa j f e render a íeus poderes > & para que a Mf^^J ha de acompanhar o coração em Deos i donde rompe mefmo Santo oefta doce cantilena , feri prodeft duM

cxceíUcias \ diz o mefmo Sa6 Bernardo, ^ «ha» S^tifíkio Nome de J £ S U S j à kmelhanca do O!

das Expltnouês. 5

wdkcet, qtêod pafcit,quod & tíngit. Foiét tgnêm>mitrit D.**tnffiprf w, lemt dclorem. O Ni me de } h S U S, diz o Santc : /»- c^í./frw. i £ í pncdicâtum xpafcit recogitatum, invéeatutn vtigjt* C.tS íc vem a fer L«x , Çi£itf , ct* Cãíedtcwa.

6 Em a Muíica, que o Catholicocuko faz aDers, libem parece ha eftas três excellencias ; a pnmeyra he : ud líicet. Também a boa Muíica luz : Igmtumeloquium ?0. i ig; kw. O grande Baptifta confefla de fi,que he vozjque cla- i no drfertoiEge vox ilamantis in deferto-,fU dizendo el- Joan.i. que voz , Chnítoo publica lucerna ardtnte , & que z: Lucerna ardem, é lucensi & o Padre Eterno por Da- 10**4* d diz o meímo, como o notou o Cardeal Bellarmino: pí* iy+ %ravi Ittcernam tkrifto me& : E naô parece muito , q r Cia e * e )Z luza , quando íevè , que as luzes promulgarão vozes t ^ ^r todo o mundo: Vosejlis lux mtmdr. diz Chrifto a feus Màtth$.n.\Ai ifcipulos,& eftas luzes por toda a terra íoáraõ:/» omntrtt jj^g* rram exivit fonus eorum : íaó taó eficazes as vozes de- »s luzes, qaffirmaô Sozomeno, & Thecdoreto , como o cenelrJnpf az o douto Genebrardo, que o canto Eccelfiaftico jun- l^^^f-U com a piedade , deu luz de noíTi Santa aos mais dos vos de Syria: Narranttbus Sozomeno, & Theodoretople- Ique yyri£ popnlos ex harmonia Ecclefíaftici cantas pie* ti tnixta adfidem Chrifti Juiffe perda cies. O* que gran- ia lucerna he a palavra de Deos? Que mais foberano nto ? Lucerna pedihus mús verhum tuum , & lúmen fe- pM I3& itis méis : diz o Real Profeta, mufíco da camará de eos.

7 He a fegundaexcellenciado Nome de JESUS, íemelhar.ça do Óleo : §uod p&jcit : Appropriamos mbem efta exeellencia à Muíica de louvor de Deos , p/^'&4 pis íendoíua palavra, he manjar. Que feja palavra de eos o mcftra David : Trenuntiabil língua meaeloqui- n tuum % Aonde confefla a língua íer íua : Língua meai : a palavra, ou cântico ferdeDeos : Eloquiutn tuum. Jaó negáraõ efta yerdade, ainda os mefmos Gentios ,

6 Tratado ,

q_5 3 eonfeíTáraS procederem da bocca de Deos os. caj

cos dos feus Sacerdotes .'Virgílio. $t£. Mn. 3. Kjítque h>£C demde camt divino. ex ore Sacerdos.

O cj És deve aífirmar do cântico dm verdadeyros

da IgrejaCacholica.-Suppofto fero canto da Igreja pala;

de Deos, he logo manjar, como diz S. Gregório Papa: Gf'£'ílm'1')' bus enim mentis eft {ermo. Dei E omeímo Deos hums

dodiííe : Non folo pane vwit homo , fed de omniven

mil quoiproadit de ore Dei. Affirma eíU doutrina Genebr

"^' do Dentando eílas palavras: Er uclâbunt labtâ mea hy

pfal. 1 rS. num. Fundent copiofe cantabunt laudem tuam. Mecaphj

Çemh,lbi^ krucíu qiacopwfum cibum feqmtnr,

6 A terceyra exceliencia heiQvffd ungit* ideftt mel

n<tt Sc heefta caõ appropriada à Muiica , que me parece

eíc JÍa difeu-rfo. Q^iq he medicina d' ai ma afHrmáraó m

tos Theologos: Saíubriter cantas in Ecclejia fmt-inftitui r utinftrmorum anim ad âevotionem provocentnr. O rn

n j Y" mo aíErmiS. Thomá>:S. foaõ Chrvioltonvo di?. quec< itfum ú'i o canto emendamos o togo da ira. v^uel.ja Medicina ài.art. 1. corpo confííTáraò os mais doutos ntfta íciencia. Ha Joan.chryfoft. diz que he univeríalmenre concra toro a género de iníi inGen.hom. midides.O Dotmííimo Theofrafto,Como referePlimo,* 28. que os enfermos de ciática fe curaõ Mufica. Ornei

pht.Lq.Jere- aíT vera Marciano Cappella,& Cdio- Aureliano. Oelei: publ fe & rjouto Medico Cornei ioCeífo diz que curava a

*>//&./. 2 S.f.i.c£irac 5 Mufica. Êftes, ..&. outros muytosfe podem ver \

os Provérbios de Joan Serapan de Rieros, Medico Heí^ 7 nhol r fran 24. Qvien canta fas males e(pantat fobre o q

ÍHÚOUICUS Cf-0 ... . . . v*"* * i p ' c j 4 1

r , . diz o diteo Autbór, que ne«num aforismo úo grande t- Corneí.Celf.l. 'p">crates, nenhua íentença de Galeno, ou cântico ue A ^xr8. cem, Ía5 de tanra importância, & certeza para roirigai

^pudsera. afflicçftes de noííos miíeraveis corpos, Readquirir a alegi pan. & belljíi,qtvidoo mundo ama, como He oc?.nco,& Mi

Jjçí-42. c<r, medicina admirável pára afugentar, & efpantar qu quer género de males. Com o d teto fe conhece bera , i

t

dasfêxplúmyes. 7

a Muííca as três excellencias à ícrr elharça de Ok o , , Cíbus, & Medicina.

Trcs claves ha na Mtfica , porque íc acraó relia thefouros.Tem tfte iK>meyC/tfW,c©mo o trás o D( u- iro Cardeal Hugo, três figmficaçôes. Priroeirarr ért c ífdcaf.iz, o lenho da Cruz: fDtbo clave domus <Da<iid>id rjii. ru mg. ilfd. ,qna calam aperitur. Segunda (ciência : Um vcbts l(gis Z/ií-11- ttt qma tuliftts clave /ww//* Terceyra, podei :7^*^0 ^»ki6. 14 Regm Calorum Por efla cauía era próprio em a Mu- fofiVm as claves três % porque o canto fuave louvor Oeos tem també eftas três ítgmficações. Quanto â pri- fra.a Cyrhara de David (diz o mt(m< Hugo)no fenti- m^0^eirt miítico fignifica o (agrado lenha da Cruz : Lenfitebor pA in cythara , id eft in Crttce , in qua omnes ar tas extenfi , t corda in cythara, dulce Domino reddidervnt melcdiam. o Significa a Mufiôa fciencia,6c naô íóa fignifica, 5 he húa das mais principaes por muitas raíões.Pi irney- por ícr a mais celebrada sm as fagradas letras, & delia r.os efpecial mandato de Deos.David: tantate Domino pfil yf. ticum novum, quia mirabiliafectt •/& em outros muitos ílmosdiz o mefmo lfaí>s : tantate fUcminocaraituno- fa^t-crii wtlaus ejus ab extremis terra&em outra pane: ( anta- Domino, quontã magntfcefecit. Moyíes in lixado: Can- xo ' eaMSr tus T>onnno% glonofe (mm mcgritficatuseft OEípúito t manda q ningutm ia atreva impedir a Ktílca: Ntim- Eaier -2; 'ias Mujicam Mardocheo , para obrigar a Deos, a que o yo não perece fle às roács de feus inimigo*, lhe pedepe- ; muficos, para que todos foflem (alvos. JSeclatidas ora ifiher iji nntium. Outros muitos lugares fe pudéraõ referir-, po- n a brevidade o efcuía,& pnrfertaõ cel< brada em a Sa- lda Eícritura , mercê a Mufica o primeyro lugar entre mais (ciências. A fegunda razaõ, porque he (ciência das \\s principaes , íe inoftra em eftar collocada em a Sanfa ireja} & por efla cauía íer muito agradável à Mapj Oade |vina,corao o meímo Senhor o maniíeâa em os Catares

a-- fua*

8 Trdttadi

çmuunin. i. ã ( u nieftna Efpofa a Igreja: SonetvM tua m amibusn, vqx mim tm dtdcis. A tsrcey ra,& ultima razaô he,por q tun do fijceciaó as (ciências entre os antigos Filoío era ciclo p k nefcio o que ignorava a Muíka -f afíim o ai ivttW d Vdf * ° ^oaío Pecrarchi: vfy«i ///^j quidem cântusxacfiâ\ re~il Í:old, iz>n'ir!iS Vtify11* eífet> indo fins kabebatur. Vej* íe o nut 22. " ■" fo H- nofln. No que temos dito, fe vèyjuõíó fignifíi Mufua íciencia , mas hs das mais principaes.

i í Significa a Mufica poder: diz a Sagrada Efcrirt Ktod.c.i$A q os filhos de lfrael faruraó do Egypto armados \Am> afcendtrunt filii lfrael de terra ^/Egypti.Tz eíre texto grande duvida, por naô coníhr trouxeflem os Hraelitas trás armas , mais que alguns muficos inftrumentos. A < duvidi refponde S. Joaó Chryfoitomo, que os inftrum

toim Ciwy[olt r i t-v

/„ V * tos muiicos.com que louvavaó a Deos, eraõ as mais po

ditc.iQ, rolas ardias para defenderem. Ette poder qmzDeos n

ftrar, quando quiz deftruir a Cidade de Jericó mandan

jtó. <5V Qus os Sacerdotes tangeflfem : Sacerdotes cUnget bticcinu

o povo clamaííe Clamabit omnis popnlus vociferattvmn

ximat&c o q fuccedeu com eftas prevenções? o mefmo r

too diz* tangendo , & clamando cahiraõ os muros. Igi

omni populo vociferante , & clangentibus tubis poftquan

aures multitudinis vôx , fomtnfque tncrepmt, muriil

corruerunt. Poderofa he a oração, & arma tão fútil que

netrando a Deos, fere o Demónio, artelhana tão forte,c

da terra abre brecha em o Ceo , & reconhecendo Sani

go os feus poderes, com igualdade recomenda o orarV

cantar -.Triftatur atitem atiqnis vcftrum > oret : ç_yEquo á

mo ejl ? pfallat ; por eira ca ufa parece ha em a Mufica i

-Jacoj.f; claves , por ter eiras três ílgmficaçóes , Crux Chrifti , i

enligttér'Poteftas.Tzmh(tm fe pôde dizer íaõas claves tf

porcj aquella foberana, & fagrada cythara, a Cruz digo

Bem ferm.6i. tres craV0S fe abrio, aos quaes chama S. Bernardo , ciai

mmiiçá. ou chaves dos Theíouros diviuos,&c5 efte íagrado inft

mento aílig nado eftas tres clives cantou aquelle di

'ddsHxplamçpèSé 9.

b Oyfnc aõcffpaflo de fuás penoas taó regalach Mufica , -^ ^ ue cora ellaatrahi-o codas aseouías a Cu Cra exaíwus ter* * /tfr* 0/»«i^ traham a4 me ipfetm. Eraô caõ efncazes ; vozes das fonoras cordas dtfta fuaveCythàra, que com ias eccos movia os cotações. Diz Ca.fliddoro, que as cor- asdosinítrumemosmuilcos fe chatnaõaífim^po.r^ino' ^â.ULu sm corações : Corda âkitnr %.eo .quod corda moveat ; & ^{M*©. ;mo eítss eraó taõ fi hás , q m uico fi 'ti fiem raes eíFrytcs ?

iz A t\lulicaíuaves& boa j ferindo es ouvidos dos ho- ens os eleva , & arrebata., deíperUfido-lhe a vontade â jntemplaçaôdas virtudes moraes ; por eíía caufa ( cemo izi-Thomás) foi inrrodnzida na igreja: Lantus ad hoc wentustfi tut affeãíts hominis proiwetur m 'Detms por- s.Thm.r.1^ uecornando-lhes os ânimos quiecos, os eleva a filofefar pi.art.i. ascoufasfuperiores,& ái vinas.Elizeu aocompafiode bio muíicoíubio ao mais alto poiuodaoraçaõ,,& parece leferviodeefcada para íubir a fa! lar com Deos: Lmqtte inertt ffaUesfaãaefl fitfer' tem manusDomim. A Mu- **'£"*'* ta fuaye, & boa q íe louva a Deos faz. promulgar à Ju- iça Divina vozes de mifericordia , & aílim alcançou o roleta com o memoriai daque lia íbnora $3uíica, o defpa- lode fuapençaô , remediando o povo que perecia no de 'no: Repleta efi terra aqms. ' * ' Aidemê

13 He caõ admirável era feus cfFeytos o canto fuave , ue diz o Real Profeta, que formando a voz, aítrahia o ef- irito: Os meumaperui, & 6Ítréxifpnitum-% prrèm naõ Ff*l-i iSj mia cm a alma húa alegria interior quando p/eíenre.mas nda quando fe promette de futuro; diz o meímo Dav;d, xifeífará a Deos em a Cythara-: Cmfiltbor libiiricytkã- ?[*l*K i Deus Deus meus. E lego profeguindo fe admira de ter de prefeote alegria imeffior : Quúre tnjhs ejl mi- \amea? moftrando-nos , era digno de, admiração naõ in- lhf^ uif aMufica futura , alegria prefente.

14 SendoaMuficanoneíta, & boa taõ feberana * a fuíicainhonefta, & he taó prejudicial , que afllimaõ

Bbb todçs 1

íô IrâttMo.

todos os Tfiéol ogos he morte d' alma; fendo a boa atent cm.i.i.fçi ^ coração: Mors & *vita m manibus tinguée$\z o Eípi iq TVp'slTt. SaQC0 ° ®odu3âr honefto, & fuave he vida } a Mofica in ZdepJlkL hooefh, & irregular defconeer ta a humana armonra , & in 4 V,í% * tròdoz a morte ;' por efifa cauía fe devia formar o mote ptov^isl Eifdm rrMmur, & lUitour : como otiaz o Padre Oro! Embl.-jè^ãt, co em l?us emblemas* pois coma meímaarmonia com qn i. os bons fe deleyíaò, os máos fe precipitaõ> <Jos bons í- de

kytem comos cantos de louvor de Deos , o Real Proftí, pfal. i ijí. 0 $:iZ ; y0y exuUmtmiSt & falutis m tabemaculis )uftor\

E pelo contrario íó os mios ufaõ dos impuros alentos d

irregular muíica. Boecio ò afíifma: Lafcwus animuslafc^

Muftcl! ^ raveis,quí diz Oavid.he a fua garganta patente íepulchr

' SepulchriímpSensefiguttmeormm'.

j>fd.$.. 15 Manda Deos por IMas catemos bem r Bene ca

ifaíi $. E p ^rqus lhe agrada, o canto bom, repete : Frequenta c

Mim*. tkum-. E pelo contrario, nos mandou porDavid naõ cant

mos mal-, Prohibelinguamtnam àmak : E fe defpreíarraí

eftes coifelrtos, uzando do noíío defafinado canto, naõ f

P/4/.35.. raó ouvidas noíTiS defcõcertadas vozes íCanticaljrrttti

ma mâtâm diz Deos por A mós, & por Ezequiel Sonih

^m14? cith^umtuanimnon audietur. Grande magoa he -offej.

»cd;.-6. trinos a Deos com numa obra q entre todas as exterior

he amaisejícellentepara o louvarmos : E praza a D^

naô haja alguns Nabucos , que com a íoberatia Mu

queiraõ render adoraçoens a fuás eftatuas.

caet, tnÇam. 16 Suppofto o$ temos ditto , he neceífario fabér qua

-veúXíen*.. do a Maíka íírja licita» on illicita, ao que fe reípoude c"

im.t.utr..\. Gayêtano, Bonacina , & outrosj fempre a Mufica exfao

diff.z.q.i... mre j fa ijcica. porque nao gera peceadoí porém per a

pwífm & dem,pò\^Mt prejudicial por aigúa intenção illicita,c^

*Tr* o he a efmola dada com intenção : E a razaõ he j

que os aaosdaM:jíica não faõ libtdinofos,mas incennv dk.âlcgyia:.doade.íe ioiera^ue mfio^nere, naõ he a M

das Explanações. i r

ca illicira-, porém dizemos íer prejudica! tanger, otican. - r ir em osOffkios Divinos : Ex mtentione five mala s five ^mf™* Wz:por<5 coroo diz Armila , íe faz grande injuria ao lu 27aíéf arfagrado,&o CoociiioTridentiao oprohibe,& porei* ^'C * jrazaõ chamamos Muílca illicita, pela intenção com pe íe ajunta. Também fera Mufiça per veria ( íe h? que íe ode chamar MuficaJ) a que íe formar com palavras laia- Jtofcfc as,& faty ricas iExtpfoôreprocedttknediãwx é- mãkdi- tio.Dúadc íe moita naõ he defeito ô^t Mu fie a. , leoaó dos erverfos lábios de hum máo cantante.

1 7 Naô dizemos porém íer illieito cantar , cu tanger or afugentar a melancolia, aliviar o trabalho , divertir a ena ,oa doença , uíandodecanroshoneftos, letras com- loftáSi porque iíío íena prohibirhum uoiverfal remédio, 1 commura afylo a noíías mizerias-, pois certamente,a ex- periência nos moftra o animo agoniado ter em a Mufíca -poufa, o trabalho alivio, a pena deícanío, arníteíarr- Jgio , o tormento coníolaçaô, como o cantou o Príncipe apceíia P* tuguefa.

Canta o caminhante leda Camões fym.p.

No caminho trabalho fo i.n.cwtJe

Por entre o efpefo arvered* , j ?-*

& áenoyie o temeroío , ?■■■.■*■

^ i r J i Cie 7.\.,

imantando refrea o medo. Canta o prefo docemente Os duros grdhoens tocando A'<z t rifle , à- dura corrente % E o trabalhador cantando O trabalho menos fente.

18 A Mufica tem vários modos , & aflim tem vários íeytosjquet m vários modos, dsíTeOvidio. 0v,^

JMille poteft vários tpfa referve modos. Que tenha vários efTeytos , a experiência he a que yUenum.z^ aymes créditos deíla verdade nos , & quem em

Bbbij pâíti-

i'3 Trataio

particular os quizer ver, lea os Doutores citados á mârg

^ff.Fow. í« particularmente os difcurfos íobte a perfeyçaõ do D

mrm.pftlUt chezera6 no encómio propefinem do intignz JoaõrA! var

rt^P-fj' ?rouVO» raetI rneflreo-qual tratou com tanta erudição,

Vwrriò e!eS3nciâ íeu iocento,que fe poda dizer delie o que Far

TirJTl diííe, fatiando com Joíeph : Numquid íapknttorem, & c

•vltAvhU^.l fimMt* tni mvenirepotero>Poiemwmanáo ao notlo inte*

i.f.i^ròí/^tOi como quer que a Muíka tenha vafios modos entre

usl. ^.Mifi.~ diíter en ces,tambem os eff ey tos faó encontrados! aílrm qi

€Ap*,p» gjfr em o canto da Igreja fera acertado accommodar~nos e

as compofições com o fentido daTetra,tempo,& liigtr, Cj

mo fera inconveniente, fe ao levantar a De©s eaatarrm

hum bayle, atndaque tenha a letraao divino, 8c pelo coi

trarioíe pôde permittir em as feitas, canções fcâiyasr,í

guindo em tudo , o louvável coífume da lgrejai

19 Einal mente tiraremos de fte diíeurío,lòuvarrrr<l

aDeos emtodo òtempo,como o faziao Real Profetrí

pfitl 53,. Benedicam Domimmiu omni ttmpore-, femper. Iam ejus}

r j h*á are ,?;<?<?, applicando ainda as canções de dirertinrento,,)

eme 9.1. wd. louvor de Deos.Diz oveneravei Padre Luis-de la Puentí

igjâ*°2. que o fim a que cantarão, os Anjos em o Portaídè Belécji

foy para que comfeu exemplo enfinaíTeniem a terra a*

x*f.\i> homens aquellà doce cantilena-: Gloria inexcéfis De>

para que aflim o fim de noíf a vida faltando nos a voz, fe

intróito cm a Bemaventurança, & juntamente cantem»

com íeu« moradores, aquelle cântico , que entoarão os Ai

ciãos do Apocalípfe : 'Vicentes, fedentiin thronot & Agn

ktneditfio, t$'-hon&r% &glwia% ó ' põtêJlasinfaculàféMl

'íarllxptaftoçpini, , |j

EXPLANARAM II.

í)a invenção da Muftcay® pejjoas wjíones , j«£4

augmentaraô) ® mllaflumad.-

QUerendo ioveftigar, quem fofie o priímyro iovetor da Mafica, puz cuidado em o efíudo} poièm confef- , que o riaõ pudedeícobrir ; fiz hum re fumo de peíToas ienets nella,que dsfde o principio do mundo flor ecèraõj ira ver,,íe com efta diligencia fatisfazia meu delir jcjmas rificoufeem mim fida íénrençade hum douto, que diz, mpre fe aparta mais o que mar? íe deíeja. Quando a caio Mrc.otttj' ri Marciano Capella das íctte Arte, na Ai te da Mística, likgi tchei dar ellà razaõ de fèu principio com t ílas palavras: tando aquelle immenfo t & wcogitavel fotmador das1 tou- k \ Jemelhançadejua idta me engendrou irmãa doCeey de hum farto nacida com tile, naÕrfefamparey os etapas ir- lalares movimentos das Efirellàst nem as revohçcesde" 4a a maquina , que fazem companhia aos feber anos mora- res% nem os fulgor es velo/es, òol, ér Lna\ antes acompanho ís modos com jon&Y os numeres. Mas quando aquella uni* de , é- pfimeyr a f firmada luz intelleclual crem os homens? almas em a terra fuy mandada *vir a ella por fua gir~ rnador a% finalmente eu me [mo dava aponto a cengruen* } d as coufas , dando os números dos movimentos mttlk*- pães, & todos os impulfos da vontade.

Com efta relação reconheci o pouco, que podia apro- ^ , ^ ytar bufear nacimento na terra , a quero tem a pátria nc ^■l.(t*l3. íoj bem meaconfélhavfrhum douto Pcrtuguez, dize*i- tápkiú^i\- >,que couía taó divina naõ fe havia de attribuir a auther imano ; porém eu confundido das opinioens de muitos >utos,que quizeraõ dar a honra de inventores dt ffa fobe* , na parte da besnayeíiturança a homens , cada htm a itw

Bbbiijj ar3%*

arbicrírj," qusria ínvefèigarqualdelksfoíís; porque hui fazem inventores osGregos, outros os TraceS|& outros figypcios,8c muitos, ouí;asdivsrfas nações. Porém q lha não poismosattribuiraiavenfaóda/Muíica.ao rn nos key mofiraado os que foraõ inílgues nella, & íiosi i trumentos-, principiando de Adãoaté Noe, de Noeai "Moyfes, de Moyíes atè David, de David até o N cimento de noflo liedemptor t & delle atè o tempo p teme.

zi Deu Deis a Adaõ efta fciencia , porque a Mufi

&ttgjjf.i§j (como diz Santo Agoíliuho) hedom de Deôs, & panji

exarcirar louvando-o o poz no Paraifo ; Vt operar et |

it.JmndeU coma expõem muitos doutos. Confirma efta verdadePaí

Crm, dtal de ffa^es t dizendo , que o primeyro que cantou foy Adlnj

L>cer.f.6.f. Vrimumcecmit xjiâam Seth fiího de Adão, & (eus filtv

tf*" d f°raô QS primeyros, que dei Ia efcre veraò em duas co lim

m7/n?uei- hQa de metâí» outra &* l*^rilha, porque fabendo por pr

YõinPfíjLj, -fecia de Adaô, que havia de vir o diluvio, & ignorando]

tom.i.Genòr] feri* da agoa , ou de fogo , quizeraõ com efta prevenc

inchrosogrq, confervaíU, o que me pareceoefciHadoi porque he a W

/. i- ' fica tãoviíieuíada com a humana natureza, que àiz o F

dre Athanaíio Kircha, queíe tirarem todos os homens

.í/ífr wmçjm fnufli0 : dsyxanio fo os míninos ,elles naturalmente u

gottfl.ij.i* narâ5â renovar a Muíica, como o foraõ fazendo os h

*m'& mms na invenção dos inílrumenros,que os prirneyros q

fe ufaraó f oraõ as francas f«ytas de cana , ou de oííos <

pernis d is aves , que por eíía cauía fechamaõ 1 ibia ,

Fiftula Depois Jubil fexco neto ds Adaõ , & filho dei

rctsch, confiiaranda a armou ia , que naciado fom de h<

marte! I >s de feu ir<ni5 Tribal Caim , primeyro inven

da ferraria, ordenou os inftrumentoscompoftosdediv

Gtn/.Afcfy £()S (oris gj, por e(fâ cnifa diz a Sagra. la Efcrittira , 1

pay dos que cantarão à Cythara , &• Orgaõ -. Jubalj

MHvrchi*' cstuatium Cytbsra, & Orgam : Noema, ire

ftt,t9»*t,t. ^e Tubal , foy a primeyra , que cantou ao íom i

, iufí

âas ExpUnaçoens.

Irumtntos , donde íe de-riva o tome , que íígnifrci fua- tiade ; as ligaduras extenfas fe charoaõ Ntirrjs , que MíiceiEVÀ) rece com pouca corrupção ode Noema Dt Juba! fe de- ^ Jve,^u. aõos nomes Jnbilafunti ti Jvbilatio, que fi^nifiaõ ale- ^.23. ia proferida por vezes externas, que prcpi iaroenre he ufica^poreUe com os novos infttunjentos , & Mufica oporcionada alegrar o mundo* Ftla própria Mufica (t ^ereyrdehcld.. ma nas íagradas letras: Beatttsfopths^tfifcitjvbilatio- k}Jlm'h m\ Eíta hc a noticia, que íe teve da Mufica autes de Di- /^^f -3w vio.

tz. Depois "dòDitavín patToa o tifo da Mufica ao ivo mundo, Noe, 6c íeus filhos. Achaõ-fecs vaticínios, eefcreveoaSybilla Caldeafua nora, chauiada Sanvbe- a , em verfo , que he parte da Klufica , cu a mefma Mu- 'med.^u a, como dizhumauthor erudito. O Padre A lhana fio \ArsM4gm rche affirma, que depois do Diluvio os Egy peies foram confl.i^q primeyros iníhuradores deftaícicncia,doumnadcs por im,if íiamo , & Mefraymo feu filho } das íagradas letras nos nft* havia Mufica, & inftrumentos antes deMcyíeSs; )rque queyxando feLabão a Jacob de fua auíencia fe-m o leíaber ,lhsdiz: Porque razaõ vos auíentaftes fero mo zer , para vos acompanhar com feftas , & cantes, Tym- noSj&Cytharas ^ Cur ignorante me fvgeve ichifli, nec dicare mihi* «tperjequerer te cumgaváio , ò ctnttcts, & Genfalfâ mpanis , & Cythans? O psfiemifíimo jtb -nos confins i Arábia em ídumea fequeyxava, que a fua Wcfica fe J«*.iw^ $$• nvertera em luto,& lagrimas: Vtrfaiftinluftwntyiha- rnea, & Organummeumin vocemjlentium. Entre os pa- bres parece íe continuou o uío das frautas de cana, á imi- 'çaõdasquaes Pao paftor juntando fetce canudos inven- u a fua , como o traz Virgílio.

Tm primus -calamos cera ecngeref lures '?"&?$*'

l*$ituit ....

Apolío inventou a Lyra, & íegundo parece ," ou o n# houve ao mundo, ou foyaígum,que vivendo primeyro Corte, como Prúcipe, fugto delia, & foy paííor, no qi exercício ia vear,ou-a Lyra, conforme o contou o no; Camões» t *Pafl&r Tefé z, hum tempo oifíMoloursi

g ■&}+ í §ge do sol as carretas move, &gma,

Ottvio o rio Aufnzo a lyra de ouro,

Que ofeufacro inventor alli tangia*

cert>netz.c*j>. Mercúrio trazem Liciano,5c Diodoro allegados por

u i. Fedro Cerone.foy inventor da Muíká; Uâõ falta quem I

^npolem-dpui ga,que Mercúrio foy Moyfé$;por que os Gentios o tiah

.una nopro- por Embayicidor das Diedades, & Moyfés foy Êmbayi

ogo atradu?. ^ ^of £Q ver(Jaleyro Deos, a Mercúrio piara vaó com vai

Crâomment.a £í^m dm${crp«ntc$ enrofcadas } êç Moyfés teve vara , j

°tákceâ e- ^or àivin* promiíTao no Egypto íe fez íerpe&te $ fííer

krj€(/èi uc a-Mercunoinveotocda Mufica,6c verdadôyramenceMcj

i.njt /.' ^s f°Y oqu*.* augmentou, inventandoaígunsínftíumíj

z íos no£gypto,& fóra delle$a Cythera de quatro cordas]

attribuea Mercúrio no Egypto depois lhe accreícentálj

jauytas. Horácio.

fforttuoLio, je camm magni Jovis , Deorstm

NunHuníi curv£que lyr*e parenteml A quinta corda dize-rjlheaccrefcêntouCorelho filho TdMwin of- A ti R»ey de Lydia } Hyanes Phrygio a fexta ; Terpao] ficin.p.i.tit. ísttimi ; Licaon Sanoto o* oytava ; Prophafto Periote a j •cythxr^l, c^ na } Eftraco ColophoDÍoa decima , fe Thirnoteo Mi! lei 'fififrffn a undécima, Bi duodécima. O referido he a noticia, c|| achey ate Moyfés.

23 Foy Moyfés tao íapientifíioio mníko, quede!) tornou a Muíica o nome3 &■ fuppnfto, que alguns Autfí res digaõ,qií? defta palavra Egypfnca,Moy,traz a Mui íua origem^aõ parece que contradiz asopinióesquelli que a ívjj(i:i traz fua ethermlogia Moyfés ; porqu M jyfjs, pj:jf:r achadj na agoa lhedéraóonomederr

âa$ Rxpldiidficsl 17

) da pala-vraMcy, que quer dizer agoa, & a &'u(k» do . _.., ieímo Moyfes } .porque ancas delle íe naõ-acha cite «orne , tt^%j * imo casco. O Padre Pinada diz, que do fom das agoas ti- c Vi ' mMoyíes as melodias. Também alguns qtierem,que tra. zM.c^o. 1 a Muíica a íua origem das Mufas,às quaesattr iboern íua safin.c*fcz. vençaõj porém Março varron allegado por Dom Pedro ^w;:.í.s. ífoae, dizqueasMuíastomàtaó o nome da Mufica } & Circtteli.c.{fi enais certo he, que as MuíasíaófabuÍoías;& íóminreío- õ eftacuasd^feiencias, q os Gentios dedicarão ao Xem- ode ApoJlo,c?c coroo ema Muíica íecomprcheadem to- l ts,comodiz Plataõl lhe deraô eíte nome de Mofas. Saie- Flaidfí* iMoyfes do Egy pto como o povo de Ifr&el,foy o primei- sque cantou louvando a Deos pela mercê de os livrar do r r £ Krcitode Faraó: Tunc cecmit Moyfes , &c- Foy Moyfes Niim.ioJ Dr mandado de Deos inventor da trombeta : Factibiàttás ■h as argênteas > {&•.& feria à imitação da que ouvío no [cate òinay,cocaia por hum Anjo. Cõtinuou-íe tanto o o das trombetas, que Gedtaô,& todos os feusfoldados afiaó trombetas, & com eftas armas vencèoos Madiani- f*fyfy c-7« s: Divifitque trecentos viros in três partes, & dedit tubas ntanibuseorum-, & mais adiante : Qiumâo perfonuerit 'bainmanu meados quoque cUngite. Debora,& Ba: se lo* ô grandes mujlcos : Cecinerunt 'Débora , & Barac. N ;jM*-M* o ínftrumento da trombetí íe uíava nefte t€mpo,mas ou os muytos ; porqa rilha de Jephce o íahio a receber com 3W«C- l u Impa nos, & cores : oceurnt ei unipenita fita íua cvm tym- r j t m ms,çrchoris. Em tempo dos Juizes dos Hebreos, á\z o 4 f fj-Jfst ^areHorscioScoglioíloreceraõOrfeo,^- Lino, Sr ao \ ' efmo tempo traz o PtdreJoaóBúzicresAmphioniArion ^Kcm,mi9 ty muito depois no tempo de Nabuco,conforme a opiwi- 2700'. 'do meímo Padre. DeOrfeo dizem os Poetas (d« quem utm ÁnKo. jm douto di-2. Multa inentiuntur Toeta)quc tirou com a 3419. louca fua-molher Euridice do inferno,&moria as arvo- ^rtjt. ap»d s ao íeguirem. De Arios, que imio em húa embarcaçãr, Cere»J.i. c<*{* lançando-o os aaiinhcyrosan mar, hiifii Dclrln, p«fa *S«

Ccc íuz

iB Trattddò

íua NÍuíícri í d tómâra, & pufcra íalvoem terra. De AnfToií que as pedras o íegu irão para fundar os muros de Thebaí pdc$co dpud ° qoc.tudo íc çostem neftes verfos de Pacifico. Text. in offic. Qrfhws Euridicem Cythara revocavi ab erce

p.i.th.cyibA &( que Çuis movit faxa,ne mufquejtigis.

r*di9 ^ifce fuit pelagus perlongnm vetJus Arion 5

Hac etiam Amphion mania fiurit ' ope

De Lino fe lembra Propercio no livro 2.

Tunc ego fim In&chio notior arte Lino.

Reduzidas as fabulas a verdade de íeu íemido, com

Muíka redufio Orfeo , & Anrlon nos homens rnfticosa

governo Pblitieo,.Ethtco,&- Económico em as Cidades, i

de Arion fe tem por certa, 5f verdadeyrahiftoria. Foy as

tes de David a Muficatão veuerada,que erão tidos os mu

cos dos Profetas, fe parece cr 5o fyoonymoSi Antes d

Samuel ungir a Saul em Etcy, o mandou ir a hu lugar, aoc

de lhe bivião deíahir ao encontro os Profetas , oj erão c

rou(lcos,c6m^ íè na verfàõ Caldayca,Ôt cõfírmaõ muitc

i.%e%. 10. . huthorcs: Cumqíiefgrejjus fueris ibi urbem obviam habt

bis gregem Prophetarum defcendèntium de excelfo, & am

eos 1J [alter iú, é>Tympanu% & libia, & Cytharam9 ipfofqv

porphetantesi&ti cauía para que o mandou meter entre c

muíi>o&, foy para vir íobre elle o Efpirito do Senhor , i

%Utma. profetizar , k fe mudar em outro varaô : Et infiliet in\

Spiritns Dúmini, & prophetabis canteis, & tnvt abais t

vir um alium , finalizou a noticia até David.

*4 Foy David hum Real mu fico da camará de Deo f y íogode pequeno grande mufico,& portal conhecida Eect vidi filium Ifai Bethelehemitem fcientem pfalten i&èg. iéa Era faõ grande cangedor de Arpa,q afagetava o Demoni wÉà hi? c5 o íom.Dèpois de Rey teve a Mufiea taõ notável acere itf.ò- iV céntamemo, qoe para louvar a Deos inftituhio quatro m ^ovierruEccl . cantoresvp*ra os quses ordenou três meftres Afaph , Hj do ZnJoi m a o , ■& H k hu ro.E ntaõ e ra a flíoi ,& h o j e he pelo co n t r a r í &&#**& Diz Chilcehoggiborim^i. allegado pelo Padre Mhanaf

iâs Explana fieSi 1 9

Lírche, q tinhaô os Hebreos nefte te m po trinta & íeis d i - eríos inltrumencos, os quaes todos David tangia, & eníi- ava,& de muitos foy inventor.Feliz tempo,em que ò Rey nhaaabocca os louvores de Deos, & na maõ a efpada ontra íeus inimigos -, que bem íoube imitar íeus anrece- r[d. 14^, entes , de quem elle rnefmo cantou ? kx&luones Dtiin uttureeorttWt & gladij ancipites in mambuseorurn. Depe- na a authoridade Real para ípuvar,cantãdp a Peos, como uem fabia,qfócom louvar, 6f cantar a Deos íe grangea raayor authoridade ; Diante da Arca do Teftamento foy mgeado,& cantando como os mais líraelitas , & o ò; fez um Rey taõ íabjo diante da Arca de Deos , hoje na© falta uem tenha pordefprefo cantar diante do Deos da Arca : íu ppoiioiua molher Micho.l i filha de Saul o efl ranhou, or ir junto com íeus vafTallos , elle lhe refpondeo entre [itns co\iUs:GkrioJi<>r apparebv: agora ficarey mais hon- i.^.€. ado. O SapientiíTimo Salam.aó íeu 'filho , foy doutiííimo m a Muíiça como o afíevera o Padre Pineda , a qual per- p*f*-^< **m ;verou em íeu, tempo, comofeupay a .tinha inftituhido T^i*' ara o Santo Taberoaculoifoy eftà idade entre o povoHe- ^'^y^í?r reo florente de Profetas, & entre o Gentílico de òabios, £ I7 * 2JZ - :Poetas;dus Santos Profetas diz a fagra da Efcritura, que ulcavaõ modos muíicos para louvar a Deos : hperi- iafua requerentes modos muficos. Homero q teve a prima- nd.^ ia dos Poetas viveo no tempo de Salsíruó,Ê* para louvar Mufica , refere q os Gregos fe librarão com ella de hua fcfpicipfa peite: & era outra paru-, tf tinha poder côtra os .nxosdeíangue.NotépodeCyrofioreceoográdePkha- Ui-Cri^M [oras a que os G egos fazê inventor da Muílca,aflirmãdo <#w* #?4 jachàraascõfonácias era hunsmartellosdehu ferreiro na S°rV"J4£ ieí«u forma q Jubal; o q parece naó ter lugar, íer vero- ^J* \'C0Z:« miijporq depois doDiluvío.antes de Pythagoras mais de -w : cÇcn^ uljuinosinvêcou 'Mí-.rcario,ouMoyíes.aIyra diverfida ^\; e de côfonácias, &em têpo de David havia iirítrumentos le varias cõíonácias,e naõ íe pôde crer q csGregcs atè efte

Ccc ij tempo

20 Tratodé

fépo de Pytliagorâs as ignofaír:;§f íegfido o Fbcíâ Hcm

ro, entre os Gregos antes delíe havia MuíicaV d cer

he,q foyefte infigoe Fíloíofò grande muílco, & como d

M. ^Wcí-. Boecio, inventou o monacordio,queera hum inítrumç

toõH.i.c, 3 1. to de hua corda,& dcfcobdndo nella as armonicas prop

çôes: cita deve fèr a razaò de ihe attribuirê a invenção d

Text.moffie. confònanciis. Laífus Hermineo foi o primeyro » que de

vjernopnnd |^ros f0^ a Mufica, St inventou o generoeromatico^i .t dswesl.. zrentos &írinta & oito ari nos antes da vinda de Ghrifk^ VC^°j~ r diuo Alexandre foi muy grande Muílco , & teve por meí •■ .'. trea FokmiOideípoiãdeduzet9S,t^defoitoannosantes<

;■■ ^ . vinia aKLrTruto.Ohmpio mvetouogenero Enarmonic veúíTymo?' £* nal meate foraõ neíla idade os grandes , & infígnes jpu àensdpnd- bifares 5 U eferirores da,Mufíca em grande numero ; poi mced.Geron. eíitre osfãbios G- egos era údò pornefcio,oque aignor.1 Uue.<i i- : Mufica apud Gracos magno dim hononfuif\ me quis l\ zfiev.KofeL. héraliter cenfebatur erúditus qui Mujicaks cantus no a comb^L às- leret. Therniftocles por ignorar a Mu fica foi tido por i Muftc.p. t. douto, como traz Cícero. Deu-íe fim â noticia da Muff éci.Tufc antigua, pdneipiaremos com os profeflfores da nora d íica , que pi incipiou com a Ley da Graça.

25 O principal, Scprimeyro Muílco, que houve Ley do ■•Graça foi Cfírilto Seabor Nono , como affireri CaíTaneo por teítemonho de graves Authorcs, & naõ i CdffanJ.eonf^- pòie duvidar , que o íoubeflTe ícr. Os grado» Evangeliil der.$ uverf. ra<; decUraô , que defpois da ultima Cea cantou h'fi Hyfl; fed utfemel 0O ffy/frfo Meio, a verf Grega-.Hymnvcânfatõ. O Re X ' , j jr- P*"°feta David naõ íó chamava a Chriítb Mufico, ma '&*j€vt\ 'p m^mA ^Q^ca) dizendo: Exarge PfâlÈetiuí&Cythãra e.i 7.n.i v* me^mo ^,e cbama S. Bernardo: Jèfus inaure meios, in tot isrn<trâ.fMrA. dejubihs: A Virgem Sât iíHma Senhora NoíTá foi excellei m^ma J j^WLba Mkiíici -, Sc com íeucanto , diz Santo Agoftinht

âas Explhoccet* 3 * i S ^ '

inçou fórl c pranto de Eva: Eva phnfíumMaríacantus j™^ \ * , rityfr. Foi elh Senhora a q cantou ro Píalreno àtàtz^ndisi* )rdasonovoCancicodaEncarnsçaõdo Verbo j dez ver. ^^^ i$ remi Magnificar, queomeímo Santo Agoftinho af- ^ipjw, •ma , que a Senhora cantou : Judite qnomodo tympanif- iVt&m. ia no (ir a, cantavuit , <*** w*: Mortificai anima me a bato». *». 6ci hmtrmm. No templo aífoveraõ graves Auihoresapren- n.i^&[tfr !ra acamar os Píalmos. Os fagrados Apoflolos coluro- #*#*** is, & bafes da Igreja Catholicaenfinados por feu Diyuio P"wm? leftre, ufára& no principio da Igreja o catar Píalmcs, & ™*>*<-\J&. ymnos, como cefíifica Santo Agoítinho, dizendo , qse V^ ' ^ hrifto , & os fagrados Apoftolos nos deraô documentos, ^.fgp rempios, 5? preceitos de os canta* : Sicutde Hymns > tf j^J&âYtó /itóí canendiscum, & ipfms "Demim , ^ JpfJIokram %.^v,à^0Afa weamus àocumíta%& exempla, & praceptade hacre Um hs- epÀ. *#■ tília: o mefmo affirroaõ muitos doutos: depois- dos fagra- fr&iér. m a- as Apoítolos.SátoIgnaeio.tcrceyro íucceffor de S. Pedro ihlfcrip.FtcL D Antioquia ordenou ocantar a coros, à imitação de hu- *f*d Macedo tvifaõ, que vio, cantando os Anjos alternatiro. O gran- n^&^Ave- ; Origenes- foi fapientiíTimo em a Muíics. Santo fcfrf m ^j^/í izemTheodoreto, & Niceforo foi Authorda rneduhçaõ ^j^3*. monica,ôc fegundo pareee,dcvia de introdufiralgu can- AJà^nM- i multiforme cm alguma Igreja, como diz Joaó Bcnana ^^Jíp^ aarmonia. Em a Igreja Mêdiolaneníc inftituhioocanto ctfep.f.MZ-- grande Doutor da Igreja S. Ambroíio.G Máximo Dxu-^r.M.crj. rS. Jeronymo foi pcritiífírao em a Mufica.Santo Augu- &ín. ap<â dit Inho Águia dos Doutores eícreveo de MuficafcíVIivrcs. &Mfa*#r IPapa S. Damaío Portuguez , natural de Guimarães roâ- te&catockaS* bu fe cantaflem os Pfalmos, ô? no fim de cada hum fe dif- ^*£ /c,w' *• ffe Gloria Patri , &c.S.Severino Boecio efereve cinco H- *™£y£*m os de Mufica t6e dizem inventou 6 Laude. GsfTiodoro ."" / ^5'- mbem efereveo d<? Muíka.S.Gregono Magno inventou ^ g#<^. zeraselevaçoens, 8c defceníões pelas letras,que châmaò r^r./.2.f^ ominicaesA.B.C.D.E.F.G. ordenando o canto chaõ da ^o.étfvd tmn^, ;reja , que delle tomou o nome canto Gregoriano , cVac- */*£*/. /. ^

Cccii) creí- *>/*/.

IK9 Yy atufo

* ^ , ccecéntou Ma corda ás quinze do monocordio. Santo

Áa7a?m-' dorofoiícieteema Mufica9Ôcefcreveo delia. S.Vitalis

é&m. 1 1. Fonnflce Masimo mítituhio o canto -dos Romanos , é

concordou com o Orga5 , corao o traz Durando : tan

Romamrum inftituit, & Organo concorâavit , Sc outros

Papa S. Leaõ II. foi muito perito neftainíignefciencia

Tjít.vh,. offie, reformou o canto dos Pfalmos, 6c Hymnos,a>mo refer

i.^ç.1. Breviário Romano nafua lenda a vinte «Sc oiço de junh

Muficis ttiam eruditas fuit i ipfe mim facros hymmst

P/almos in Rcckfiâ ad comentum meliorem reduxit>0 Vei

ravel Bedafoi efcrittor de Mufica,S. Joaõ Damafcenotí

' fylamMfcr. Çoz ^uífca. Depois dos Authores referidos , inventei

Ecckffoan' figoos que hoje tifanjos o Reverendo Padre Guido Ar

$o?n div.pfál. noReligiofode S.Bento,ordenãdo-os as vozes, q

mod.c. ij.%, ^e celebre Hy na ao de S, joaõ Bautifta, como íe dirá w

3.0. u 38* E&a invenção dos íignos dizem íer achada pelo an

de noíTa Redepçió mil 8c vinte dous, conforme o Carc

Baronio no tempo do Papa BenedicT:o Viíí. outros era

&*n».xn. no anno de mil 5c vinte quatro, fendo Pótifíce Joaõ X>

iioia.». %%. Pedro Taieíiona fua Arte de Canto chaõ, quer concorcj

■TaUCc1'*^* e^es attHOS*dizendo,q bunscefpeitaõ oannoda invençí

*LL l„fíl» & outros o da imprefifaó i naõ devia de ter noticia , qu

-toa». jstmert . /*• *. - . «/••• i ~ *

ílofc Ufior.p, IfT1pref»ao fie muyto moderna , 6c foi inventada , íegun

z,n.iQi,\. relataõ Polidoto Virgiíioj&PeiroMexia^aisdequâtf

cenros annosdeípois das eras acima , na era de mil qt

foHd.rirg.kz trocentos quarenta 6c dous annos por hum Aleroaõ Ju

t.rjSàv.Ae Contembergo.ouContemvirgis na Cidade de MoguriCj

vAr.cic.petr. naõ faltou quem efcreveííe , fora a invenção dos fignos 1

■$&#./>. 3. r.j. tempo do Papa Joaõ XXLl. perto de trezentos annosdi

pois dos acima reteridos. O certo he, que nefta matéria

naõ Je dar certefa d o que me parece , que os últimos

devem regeitar, 6c oomeyoconíiíre a virtude,conform<i

Padre Joaõ Buíieres anno mil & vintequafro. E íla fq

caufade naõaflinar têpo aosáuthcresda Muficareferid

jpor naõ fazer húa larga lenda de opiniões, que pouco i

porei

•j

Da Explan7(aô. '%'$

rt2o: fomente advirtio,que v ao leguidos, & por tfta or- n (e viráem conhecimento de quaes foraõ primeiros. O lifluo Bernardo amou tanto a Muficà , que te meu por ^miaieSt pieía de fuás armas húa Arpa com efia letra : Qtiid erit Monu vo fcÇ* w/rw.Eícreveo hfia arte de Canto chaõj naõ muito dei- (mj0 dadivi- isefcreveoRicardodeS.VictordeMufica.O Papa Joaõ fa£ da Mufica, í.chamado vinte & hum, Portuguez natural de Lisboa, Talef.Cercn, reveo de Mufica , & o Papa JàaõXXII. conforme os otndre Latc- zaUegadosTalefio, & o ultimo muitos o allegaõ como rent.a.del Dnferrate,Cerone, Montano,& outros. Santo Alberto \wf^™: ignofoi muy doutcmeíta ícifencia »'fez hum Ccmmen- rísrnl-

S - •••» "* -«-«• j*g * alie ff ao Ki-

de Mufica,commentouBoecio, como diz rrey António fj^V ,ja2 Senna: In viia SããorB TatrZ Ordinis Fraduaterum } *r angélico Doutor Santo Thomas feu diícipulo compoz Mont^u-d? Hymnosdo Sacramento , & a cantoria delles. Muitos tmo-lUa*- trosSantoscompuferaõ Mufica, & fòraôícientes nel- como foi S.Franciíco de Sales,S.Francifco de BorjaSã- Cecilia Virgem, & Martyr,a quem os muficos fefrejaõ r cantora, & atradicçaõ da Igreja apinta fempretan- ndo, & cantando ao Orgaõjdoinde fe infere bem que íe-

doutiflima neíta arte de compor Mufica. A primeira itifona de íuas Laudes diz : Céintantihus organisCaciha omino decantabatfc rambem outros muitos $*fitos:£?00- m nominafelnsille novit, qvi nttmtrat wulntudintw fiifc um , & omnibui eis nomina voent.

Nefta ultima idade pudéramos pôr muitos Fmpe rado- ;, Reys, & Príncipes , quefòrac muito fcieims nefía fâ- ldade; porém ío por brevidade pufemos osSantosdeq ia a Tgreja;& alguns eferittores Ecdefiafticcs. qt*e corn- as obras a illuftráraé.

EX-

E X PLANAC,AM HL Das diffiwcotm íít dip^oens da Mufictt.

r " Pi d ^ 1\ ^ica gèral/I5fiRte lQ âtú<\e :. Eft fcientia divh TTI' í , ^ ! JlVJL oiua omnia mundana inviohto vinculo conmíln ^)ii . i.ur , cr y«»ifffl re unaquaque par aquatt propor ttone pari

fertur. Diz eíla dl ffiniçaó, que a Mufica he fcienciadivt na qual íe côprehsnde todo o creado: o mefmo parece qi declarar o Efpitito Santo dizedo; Hoc quad centinet €m fcientiamhahet vecis.» corno explica JFrey Heytor Pinto < ru't.\-j~- Ezequiel, dizendo, qhe o meímo, que fediííera: Mimt continms univerfa (cu fuo medo 'Deum Imdtbus exiolU) ZnEwá.c.L & CQacUcài&únéo Eft mmdimackuna Muficaquadâ & admirabiíis confonantta, \Deum ipfum fro modoprdt canst&Uudans;1Lm outra parte fallaodo o Divino Ef:1 tito na confticuiçiõ do mundo : Ludens inerbe terrarvJ Wrov. í, 8. íe verte do Hebreo.: V.ãiâas in univcrfixotifonanha,. 27 Efêa Mufica geralmente fe dividsem Mtundai Hununa, 5c Inftrumétal. À Míídana diffine Cícero: Mi CâmmdanaeftarmonUfyderumõtuJphaxaruyquaimp '&cerú çu çaufatur . he a arenemia das Eíirellas cauíada do mo!

mento das esferas > que efta haja Muíicacõíirmaõ muírí & veja-fe adiante num, 78. A Humana diílnem Frey G poria Royích Franciíeode Salinas,& ontros.C^UJical 'M4rg.PhiiJ- manx eft, qtite de propor tionthm cúrppris, & anima , & i $ji. i.e. 5 . rum partiii inter fi.coíiderat: He a que coníldera as prog, '$$». li.c°i. çoeriS do corpo, 6c alma, 6c das fuás partes entre ú Por íidersçaõ delia Mufica íe enganarão os PUtonicos,dizl do i como o traz Cícero, que a alma tinha íua origeni -.r U ufica : C£Íeftis anima, qua wúver filas animetur origh 0c,}J»S'{f rumpfi m MuÇtca. A Mufica Inftrumental he a t|J ttja da voz natural, & iuftrumentosmuficos, quecoj

(cm

das Explanações, 25

rntic!o fe percebe, & côa razaõ úos numeres fe julga Sa~ mas : Mujica Iriftnmentalis efo quamvocibvst sut tn mu- S4l*n*fitfrd* \as wjtrumentis, ut tn Lythara , d íibiis conftituta eft Jed tiam armomcadeprehenditur conJUre ratione. btfa ultima nltr umeRtal hc a que uíamos , por íer a q o íentido perce- í, & a razaõ nos números julga. O primeyro tj fe cfferece m a Mufica he o fom, que propriamente he a NJateriaMu- ca j Êlle definem os hiloíofos : Eft percntio atris indiflo- Boec.l,i*c.$9 ila ttjque adattditum. Deita matéria buíca a razão com os umeros, húa,Ôc muitas fossas a ptas,& agradáveis ao fcn- ^do, regeitando as q naôfaôaptss, a qual matéria forma- ... .

a geralmente definem os Muficos : Sonas eft voeis cafus y*r& '/*' * meles yidijt , aptus melo tn unam tnt enfurnem. Doq temes Bm^ » »

Iitcofe coihe.que nem fòoíom, nena íò os numeres faó o igeito da Mufica, masambos juntos, que chamaõ, Nume- us fonorus. Porefta cauía a Mufica humana, §c mundana, íaó para nòs armonicas ; porque nellas íó a razaõ nos iumerospódeju!gar,& oíentidoa naõ pereebei&dc meí- lomodoa Mufica das aves, & quaefqueranimaes irracio- aes, naõ hearm^nica ; porque nella íòofentido noíbm a [ercebe; porém fe naô pôde confiderar nus números.

28 Ncfte numero íonoroíe confideraóduascoufas ,

ue faõ Dtf}crentiat & CAiotus-. O me tus íe acha na eleva-

aõ, & deíeeníaó do compaflo. A DifTerença, cu he geral,

iu eípecial. A geral fe acha na qualidade, k he unifcna,cc-

iio Cantochaõ , oudiverfos fons,comoem centraponro;

kmbe fe acha oa quantidade , fe he local, cc mo t m Canto

fiaô,& Cantodeorgaó,em as diflanciasde htm pontoa

wtro;de grave a agudo; ou temporal em as diflar.ciasáo

atar das figuras em Cãtodeorgaõ. AdifTtrcrça eípecial

«> ou natural , que he o fom da vez , q precede da becca

w artificial, que he o fom , que fazem os iuftrumentos de

nrdis, aíTopro » ou ecco. ^AugX iMt*

'I 29 Divide-fe mais a Mufica em Praâ-ic2,& Theorica. fr*.

pra&ica define Santo Agoftinho , he feiencia de bem

Ddd cantar:

2:6 TrattiJo

aníit: Mii/tca eft Çcimtia bem wodulandi.Napzhvn fcí<? ;j<* r c*a> moílra,que & Mufica, de q ufaõ es imperitos íuppti ; /f me cíiameai Muíica, naohe Icieneia; porque fciencia £c

ifmruLfum. IDO-affifín* Ariílides) Eft cujus eogmtiú firma eft , ^ *i£jíl. to*ni-t**on- prorjks aliena-, òí o meírao Santo Agoítinv fobre as palavras : Pfalhte [apttnter : diz Nonhenc pfallí quinou beneiíttelligit ; a palavra bené nos moílra que | Muíka ha ds íer honefta, & naó como alguns dizem arti eiofa, porque eíti íe comprehende em o modnUndi, cor omeímo Sinto explka,ío o cantar honefro hg bem cants &c he feieneia, porque o cantar desfoonefto eftátaèfóra j feríciescia que he imperícia; A Muííca Theorica diííi , ^ Boecio : Harmónica eft facultas differentias-aesutorum, \ ' ")Vf* " graviunt fonommfen(ttt ac ratione perpmdem : que pr priamfinte comprehende a do Veravel Beda: Mufica Tht r. Bed* aimd $M& "*U cognitimem câmprebendert-, farattomm dwe. h Mmi.M pri/K..caarpíeheíider o conhecimento ,.& dar a razaôY

30 £>ivide-íê mais a Muficaem Uniforme,qoe he Ca to chaiÕ! & Multiforme, ou Menforal* que hecantodeC gaõ, A Uniforme, que chamão, Canto chão, define S.Bç r>*í,ernMPHÍ n^rdo , como trás Montana ; Tlana eft Mttfica eft mtaru Mmtán.jMw.. fimpiex% & Umformii prdatio^ q.u* nee autgm %nec min poíeft.O Cato chaõ,q chamai, Coral por fe uíar nos core lie húa lirnples , & uniforme prolação de norasvou figur de igual valor. Também lhe chamaõ Gregoriano , por 1 S. Gregório feu reformador. A Muííca Multiforme, 1 mMá»ihh;2 Meníural conforme o meímo Montano \ Eft notar um t ver [a quantitm, figurara imequalitas qttorum&ugenttir \ < mvmanturjuxU modtiemporis 9ac prolationissexigentiat A Mu fica de C&nto deorgaóhe htfodiv-erfa quantidade gíiras que fe accrafcenta5 , & diminuem!, conforme o m do, tempo , & prolação. Ba Muííca Multiforme, ou Me f u r a 1 , & Uniforme fetratta nas explanações Theoticam te?-.ôr 'nasíar?es parricasvente-: Ogjro íegointe moftra a d) vtfaô^çra)j,.&d:pe€ia) da- Mulica ,&.gara fe vir entícu c .$£&££ í os e&ro fe ptr incipu 4io eeivccov . Mufi

das Explanapens,

tf

.Vi

EXPLANARAM IV.

Coí Signos y Deducçoens , Ví\es , Propriedades') & M u t ancas.

y

Tz aArte na primeira regra, q principia a Muíica por íecteíignosjdo que naícem duas perguntas :Primei-

Didij ra.

2^ -Trattado.

. . ra, que côufafejafígfio? Segunda , porque faõ feítrM

quanto a primeira rei pondo com Cícero: òtgnum eji qt

Jub fenfum diquem cadit-.U como os íignos da Mufica ci

tenhaõ em íi vozes;, he logo figno em a Mufica, vecabi

/fttt.Ftm, quecontêjsern fio nome das pozes.Emo Apocalypíei

iap. 7. mõâra S. Joaõ fette fignos : Signa , qute locnta funt fepi

^poc.c^o, tonitrua: aos quaes chama fignos por conteré* em fi wi,

Locnta funt feptem tonitrua vocês fuaík Em quanto à

gunda, íaó ferre, porque como a Mufica íeja hum quafi

finito , que tnchie o mundo univerío, &: o circulo do te

p o havendo de lhe dar principio, para fe poder de algu;

maneira comprehender, era judo fe lhe defife pelo nu mu

fetce no que nas (agradas letras ílgnifíca in fíxiidade,coii

repetidamente o aíTevera Santo Agoftinho, Frey H>

^^4^8 tor Pinto, Ricardo de S. Vi&or , & outros muitos. Ali

Fr. Bktt. m defta razaõ, a formal he, porque dentro dos fette figno!

EKffiAif. achaõ as três deducçoens , & propriedades com fuás II

fturdsn- vozes cada hua, & por effa caufa naõeraõ ncceílarios bj

"**c*i* asm podiaô íer menos > como par ec&

das Explanarei* 32 Maõ Aretina abreviada.

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Proptiedades.

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7 SIGNOS.

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deducçaõ.

deducçaõ. deducçaõ.

AlgQas nações variaõ a forma dos fignos , porém fem- e fizeraè íettc com as mefmas vozes. Os Franceíes uíaô forma feguinre,como traz Antoine Parran-Traitedel* ufrque Theonqee, & pratique. C ha pite fexto.

13; Ma&

3o 21 'Atuir

tmmÀh 6t 33 M*s abreviada, de que ufaô os Francezes.

5

^Propriedadei.

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Signos Francefes

deducçaõ?

deducçao, dcducçaõ..

34 A forma primeira he a melhor, & delia fe na6 re variar; porque fenaõ achará outra melhor } porém eras melhores que a dos Francefes fe podem inventar , mo he a que fe íegue.

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das Bxphnaçoeiíí.

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Píopiicdades.

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; SIGNOS.

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deducçaô

deduc^ô

fl Efía forma achei; querendo por os fignos em hum> Vo^conas vozes feguidas, ccmo adiante parcoe.

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Tráttatto

Eftt ma pirece muito melhor, que a dos Francefes íeacommodar mais com adeGuido, quefótresfij muda, no prineiro circulo de fora -eftlo as letras Gr. feias [ ao íegunio as vozes de Natura: no terceiro a< Z2S ÉeBfion fio q jarto as voies detjquadro. Nefta cíaratnsnts fe a caufa de três íignps"terem íó duas vr nus he por Ih? naõ alcançar a deducçaõ, por fere a| zes íeis,& os fignos fe.tte,& he muito appropnado.o ci É.õ# porque a (Sn comi o circulo anaual (e compõem ffltce dias da fentiana denotados as fette letras Doirt caeSiafliJiosdínoscomqueáMuilca fe ordena der dos com as raefrnas letcas Dominicaes rodaô tantas zesàs direytas, quantas a voz humana houver milter

i

deis Explanações. 39

>ír,5c tantas ás a veíTas , quantas a voz humana houver ftáí paradtfcer ; ôtfuppofto diga a Arte, q íe mulcipli- D três vezes, he porque para íe dar termo à Ni? fica, que para aósqu-fi immenia , era jufto fe lhe deíTe hum ter- d perfeieoj como he o numero te< nano , conftituido incipio,meyo, & fim. Que íeja para nósqusfi immenía moltr a claramente, porque íe federa hu"a vez, que fubt» infi«iíamente femprecom multiplicação dos iate Sig- * >s, tivera vozes -de Mufica para cantar, -& o me imo úize- 35 ísdelcera.E nifto he a frlufíca maisa amp!3,qaArtih- 2ticaj porque a Arthmetica he fem fim,ptrèa3 tem prin- pio, que he i.masa Mufica naótem principio , per que >de deícer fem fim , como lubir fero firo. E o dídelhe íncipio, êcfim,naõhe porcaufa da Arte, íe nsó r cr de- ito da humaBâ voz. E a razaó formal de íe muicipliiaré :s vezes, he porque ordinariamente kc o que b«fía para lumana voz Jubir,& deícer,& fe mais forem nectílanos, roo diz a Arte, mais fe muItiplicaraõ.Os primeiros íette charoaó graves t por ferem os mais baixos» os ft-gundes ;udos* por ferem mais alros, que os graves ; os terceiros FrMc.cí&m bre agudos, por ferem mais alros,que es grave s, & sgu- F^.tUe.deo^ )S. EmoMonacordio , &Or<gaó fe achaõ q-uaçro fignos.^™* aixodos graves,quechamaò íobgraves,& quatro fignos imadosíobre agudos, que chamaóagudiíiimcs. ^6 Diz mais a Arre, que os fignos Íe multipjicsô pela aõeíquerda , & a ca-ufadefeafligoarem na maõ eíqueHa. ve fcrpara ficar livre a direita para o cõpafío, Quando pe- , própria roaó íecãtafie^como às vezes íe cata; &o aílígna- m íejoa maõ , parece figniflcar, que com a b"ja Mufica fe v[âm-.jé, lôdeaíTociar as boas obras. Diz David: Gmr.es gentes ityn.ibUcm* tudite manihus$ Jubãnte Deo invoce exttltatt ms-y Rey- írio em Tlauâite mambas acereleenra : Banis openbus co- rdent manuscum UvgnÀfiUée operentur >h*ec confiteatur* eclaramaisaArte.queos fignos fe dirão às av< (Ta$,& 7n outra eaufa mais que p^ra íe decorarem bem,& fácil-

Eee mente

tlef'

tm Tratado

me ice íe bufcarem para cirna da clave às direitas , &

biyxo da clave às avtíTáS.

37 Diz a >Vte , que em cada fetta fignos ha três diiçcôes , que f&ó os figaos, que tem efta voz ut, de ca búi ias quaes nafcem íeis vozes, que heut^e^mijfsjíolj fua dfefiiHçáõ h?: Deduãio cft fex vocam %ut re\mi,fa fi fadg. 6. i^ progrejfíg, Deducçao he o aacimento das íeis voztSiív, ires , porque dentro dos fctte íignos íó sites G,!-»!, re , ui( Cf ai, fa, ut-, Ffafutiteai efta voz ut ; que he o priacipio i todas as vozes,Sr eftes tem eíla voz-, porqacGíol,r#,ut> I o p-ri acipio dos fi^nos , Sr Cfol,fa, ut, o meyo, & Ffa, utt Bm,Sc .como temos ditto em principi®, meyo, & flmcoí &UMdoJe:.L fift.c a p-tfciçiõ. As deducçoens dize muitos Authores U i.w/.f.. fette, & araziõhe, porque as rnuUiplicaõ, èVíuppuft >p< darem cootradizer,dízendo que eataó havia5 de íereov He nsceííario faber, que faziaõ viste íigaos.O primei ^ut , pondo a primeira letra gamma dos Gregos, po os Lariao&deUestomáraó a Mufica , pofta em Ar nJifc!l. H°c ficer unt Latiniaà honor em Gracorum, qnia certum Philofophos Latinos à Grecis i/Iam haujtffe fcientiam , ad Perpetuam hujtts rei memoriumlit taram in principio m ms , quaapud nos diátur G.fofuerunt Ç* A efte primei Çi%ifí> naS davão mais que hCu voz, ut,cf juta com a tetra, chama Gíma,iKj porque,como taziaõ principio eel!e,n polia ter folhem re,por não ter principio donde íe dtá zir; & aílraas primskos íette íignos nomeavaõGiãma Are}B:ni',Cfa,utiDfollreiEla,mi;Ffa,ut48raosíeguáoscl maváJ csa farma,qj fios os chamamos ;& aos ■rercerios cl mayaSGfM.rô.utíMa^i^.reiBfa,- mi; CfoI,fa;Dla,í Elarcom q arava ó ao teres iro C foi, q fa ut.o ut? porque,* mo naó paflUVaõ de Ela , naô era negeílario , flemre , j Db(fí>l,Tei«ieTt mi, em Ela,mi:& Ffa,ut,terceiro ficava fó™, & pelo áiíco íe cjpniheee muyto que as deducçij »ít3 Í3 ni-jkíplicâdas não faõ mais defstte , fazendo vi] fK>íTos,q;ttBÈas ©aisut>Çzercm,i»€CefíariosJ& m»isidedi:j * S.

ftmfJ? Tor. I. í .cdp. f

(Lis Expla>nye$\ 35

ors multiplicadas haverá. Poíète os''l'fignõs,& deduvçoi-s a forma da Aite fazem mt ros ccrdulão , & me parece lais apprcpria.de; peque fluis -fácil hetifsr vozts, q nSo :>rern nect lianas, do que acereícertar as que o forem,

38 De cada hGa das dedneçoens diz a Arfeiiafcê kis czes Vox ^definem es Filofofos )eft qv£ab ammahs ore j , r , rojertur , a mo refere bento Percyra, & a cita dthn çao x ^ x c-creícentaõoutrc s: A;á/«? ahbus ij?jlrnmtjtis formata: & AOA.MAr?. 00 forme eíta dt finiçaô' voz he c íom,que naíct d, becea iliKWhÀ.z o animai, formado com ioftrutrentos ca furar v Os inílru cap.i. Afincos r.cmea António Paran no DiOicofeguinte. i^r^í.i.

Ivftrtttr.entsi, novem ftintgittttr, Iwgva ^alatunt-t Quattifir cr dentest & duolabrafimuL. Mdrg.ihUÇ.

*õe(!es iôílrumíncos a ga-gâcajingua^padar,^ csháu.ços ^Ta' 6 osquatio dentes diancriro le forma a voz,a qut! divie 'e IsFilofofos em voz finificacaciva^crno Hoir.é,& em v> z ião fignifiestiva, como íaõ as vezes da Nj titica ur , te, mi, a,fol.Ia;poré eftas vozes da Mu fie a fuppoÍTO não í< jão fi- l,niricativaS;íaó final de figmfkativa?; & fe chsmaó v< des.* Kon po i-eta vtce-, fed p o figtio vccis. Forsô e Mas t i< sdar raltfedp. 6. le bo Hymno de S. joao Bapciíta pelo.Deurjííimo Guido Retino Mon^e de S\Ôento,o qual Hyronocóp^z Paulo &r<mJ.i.e*f. >lJc^no.para q por interceíTaó do Santo lhe f í íTe reftitui- -,4- ia a voz,^ue pcrdeu,cantandoa'ben-çaõ do Cirio Paícoai', 'orno a reíh(uirí) a íeu p?,y Zacarias , & o mefrno Hymno mh da tVkílcaj as vozes íaõ as primeiras íyllabasde cadai '€.rk>. c^mo parece/

tyti Vt cfu?anthKÍ$ Fa, Famuli lnortmt ^nfr.^t.

Re, Ftftnarefibris Sol, Solve follnti swJttJcwu

Mi, Mtragejhrtw. La, L&bureaUitn. %aft-

SanoíeJ cânnes. Quites AutrVire* áizern . que as vozes foraõ divina^;**- Ifl achadas nefte Hymno, ainda q O.Pedro Cerone tornos liuitoà fja conta o córradizer ifto , dizéJo q aares deG-ji- lo Muíico , que naó nomea, puzera o dito Hymno em

Eeeij Mu fie a

'0 Tmttadò

Muílcacom as letras Gregorianas, &queacafcr pufen pniiieyras íylUb^s de cada verío, ou meyo verfo, fubin* de grado na forma das vozes, ur, re„mia&c. Eqcomeli *,.'r oçcaíkó emM 1U0 o íobreditto Guido inventou as íeis I âf^^yp!" JâkâsmuíiC3es} &naodtanda ern © caro de Arezo coj *w' J' os demais MoQg.es,coinoefcreve o R.D.Nicolao V <m £ ne em o cap. z. do liv. i. de íua Mufica pratica :Nem II

pojcocom mípirsçaó Divina, como dizo &. f\ Fr. Ml èmtó&tm. f1103^0 Aygumoem o princ. defua íilum.aocap,5, roei I 2.f.4-f. *^° ^e ^e c-rons,que naô figo , antes figo os Authores,, clie trás contra fi, &c ostros que pudera ajuntar; po que por íinao.tras, aenhum>, &.por iíTo inoftroque ÍjjJ bem, Gr9w.fkpA 37 Para formar Guido os fignos com as vozes fobrç; «/•>5» dietas feguio ordem das Letras de S. Gregório com a foi ma dos Tecracordos dos Gregos no género Diatónico À\ procede p^rfemitonof tono,coBo. Nofemitono por mi, I oo primeiro tono fa,íoljnofegundo íol Iá,& aomeímo fl principiou cOurrotetr3cordo,oqualacabado,torflouapri| cipiar outro nomefmo la}que heo recracordodosGrejgc! acci isrítal (Inemeaon , de depois formou outros dous«fi oytavas do prirneyro95t fegundo. Antes deítesretracord(íií| poz o renque era a primeira letra A Gregoriana» &. a pr, meyra corda dos Gregos,quechamaõ Proslarobanomenc ante g?nus, oqualre, foy pondo antes de todosos Tem cordos j ,& porque a primeiVa íyllaba do Hy«ino era ut , poz antss do re, como primeyra,&v principio dafr ma«> í porque as letras Gregoriana? principiarão em A. pozenj out^onroGvGrego,!^ por ficar em oytavada letr ©í cie iS. Gregório, & também poz a dieta voz ut, para flj psrfeiçoar os feus exacordos,ou dedocções.E também pai •*a cimaâjémdas quinze cordas dos Gregos accreceaton quatro; com que fez numero de vinte., comfetce exaco?) dos perfeitos.

i #t Para/gorano ...dcúfcs exacordos ordeaoH ©>n©íflj f Qulád

I

jidorres propriedades, que Arte fe cíarriaògquadio, itura, bíroliCorrtfpofidcrfjttsàs daducçóes } para a pti? [fcradeducçaó de Grammaut, & íuas oytavas ordenou uadro-, para a fegunda de Gía , ut, & íuas oytavas orde- lou Nacu!a,6c para a terceira dtducçaó accMkntal, por em fi o fet-acordo accidcnral dos Gregos, &- fuás cyta- Ter 'ètnètitjL 5, ordeaou BmoL Chamaõ-íe prepnedades j ptrque 1.dvàâ.^. ropietas eft jus difpenendt de re aliqua tutnquamjua. >|-4-»- is propricdades-diipoem cadahuma,ccmoas íuas vt Zts 6°7' fua deducçaõ. Mais propriamente de finemos Muficos: oprtetas ejl plurtumvocum abuno, eadem que principio j*[ff'^ rivatw : Propriedade he derivação de moitas vozes de fj"fê* ' meímopriRcipio.Tambéíechamaõ propriedades , por le em o canto ha tresdiverfidadesde própria natura ,4 ) Natural, que chamamos Natura j.afpera , que chama Mar^f.j>hU: DS&quadrOi-branda,que chamamos Bmol : Natura tft U$f£$* ? " ca mu s, qui molhtie, aut durit ia non exceátU ff d na mã.z.caf^- rah progreditur fonont ate. Êquadro eft illec*ntustqut ah mtVdurtus.quám nat urdis progpedttw \ E íe afligna :e ^quadrado, como diz MargariraPhilofcrlca,g»^/r«- \]k"[uí$ tnotui reftftit Btnol eft, qni ahquando molhus \am rtatvralis progreditur , & ob non nun quam fe? B. tundum^quod defacili mobile ,& molle eft. O cacto de Na- ra procede de modo, q nemhe aípero nêjbrandc.Geãto quadro procede mais aípero, que © natural,&o canto de Bmol procede mais brando , q o natural. I41 Tem ofobreditto huroa objecção muito forçoía,Sc l :í«ocanto de Natura tem féis vozes naturaes, que faõ, ^re,mi, fa, foi, la 6c o de & quadro tem as meímasfeis vc- is,& o de Bmol as mef mas féis, como pode fer prece- Temdiverfamentehum natural , outro aípero, & entro ando Parafe refpoErder a eira duvida fe hade advertir9. Je cita voz,mi,naturalnreiitc he afpera, & inclinada a ia- r,& a voz , Baturalmsnre branda, & icdinadaa def° r„psgrcftawuíami, fa ,interval!o de d*as vczís for*

SP . ; IfãtMQ

nuíanittmo, ienio que codas as mais vo^es formão h^i co 21 outra fua coníecurivâiSc a razaõ he.pcraue íubMdo.&ofa, deícenda naturalmente fazem meaoi taaciâifappoftologo que o mi,he aípero; buícando c de Natura,que he o mi,de E-Ia,mi,& o fa,de Natura, £ he o faideí,fa,ut!& fubindocorn cftas vozes a.rè Bfa,^ que tem mi, de | quadro, & f a de.Bmol, vejamos c' .concorda com Natura^de nenhum modo concorda o fade Bmol, nem em diapente,nem em diatfwzefaõ,-, o mi, de g quadro concorda em quinta diapente } b$ logo que | quadro cõcorda naturalmente cõo o: he voz afpera y 6c naó com o fa , que he voz branda/E lo contraria, o fa, de Bmol concorda naturalmente co 4a,de Natura,em diacl>ezera5i& não com o mi de Nat pelo que bem fe conhece que B quadro he propriedade ^era^ & Bmol propriedade branda. Aiodacontri razão parece me arguem, dizendo, que lambera o mi Nanara concorda com .o mi., de Bmol., & o fade Nar ^ concorda com o fa, de ^ quadro, aoq refpondo, que a nãohadiveríidadá denhiu, porque quãdo hum coneoi *oíicQfdaooutro,5cfó em Qfi, g mi, conhece a div< ■na;tupéfa,-que por eíTâ ca ufa tem Jeíte íigno dual letras do os outf os todos hiw-j porque as duas vozes que t íuppoftoeíte?ãoem huma cãfa, remdiveríos apoíenro; 42 Não faiará quem pergunte, porque as vazei cada p^opieda 1e -olo íaóiin-ais de íeis, como âita A t r os/Vuthí)fès antigo^do^zeraô iúv&k porque os (5| faõfèfí^ijíarecia^úílo^que es^ozes civeflV m ò meítr •« mero? De msís que Gu ido n (? o M icrolcgo parece cl ( tfaõ fecte,como cohfta dos íervos feguintcs.

i ......

Guid.Mlcrol fepTem foniç coaptantur $ fm-em funt difmmina,

li.cap.j. ■UtnutiiM ik)ci$l&má?ti?m ftr \ m.aherj.

O meímo numero de Vozts traz Virgílio no <l livro irirgÁ.Mn. Eneyda.

das Explana fie f* 39

AV/ ntm Th mins Unga. cum vefte facerdôsv Qbloqmtur nurrmis je [t em dij a wunâVôtum.

ém roiosefbs tdVmimhcs íó provaõ q tantas fachas Jas, qcorrdpondem aosfett fignfcs difTerenres, & não ão das íei> vozes mu fi cães, que- Guido tm EXaCordos liou ■, claramente o difle Horácio. ffor.l.^od,

Tl . .

IX,

Tu que teftudo rej&nare fèptem- Callida nanjts. )vidio.

Tlifpar fef ténis fiftu! a canis, e bem moft ão &Uar das cordas , porque as vozes ç^: orid.tr ansf,i* cão as havia. Aquelles Angélicos muílcos , que 1 faias cantando a duo diante do Throoo Deos , com íeis :es formarão fuás cançoeBS^ Sixala umtf(x ala altíri, if/t.cjp.6. '. figaifíqusm as azas vozes,diz Fr. Hcytcr Pinto : FiY Ujusverbamtelhguntur sh Ezequiel diz q envio ts^M*^* :es das azas 1 Auâivivocem alarum. A razão formal de ;m as vozes fuás, me parece qus he,porqne detro dcllss chão três tçtracordos } hm que tem e ítmiteno nc fim , 110 ut,re,rni, fr; outro que tem o íemitono no meyo.co- re, mi, fi, foi; & outro que tem o femitono ro princi- iComomi, fâjíol, la;& juntamente porcue dentro das vozes fe achâo as coníonancias fimples ', como unifo- 3â.j3.6a.&as propofçoeasdascsníoflaneias, cemofe fira numero 140. & como o numero íeis he perfei- po por nelle formar Deos a fabrica univerfaldo rr.un- & porque efte numero dividido em pa»tes as rocfmas^ tesunidas fazem o todo: porcíTa razão fão as vozes da fica féis, & não podem fer mais, nem meses; eíles losdeducçoens, vozes & propriedades, feiòdfm ver tabo as breves , que fícâoatraz numero 32. 33.34. &"' ^ na cab»ayiftivufal, que vay adiaate, num.

43 Diz

<ç£pJ$:

Trtâtniè

43 Wíz anis a Arte , que das feís vozes áittts três vem pira fazer mu rança para fubir,& crés para £azer tança, para deícer. Mutança ou para melhor dizer mu< ça,hs dey xir huma voz de hua propriedade , & tomar trajem o msímo (Iguo, Mutatto efi variatio nominisvoc e&demfigm. Primeiramente havemos de faber,que ha Muílca dous movimentos; primeiro he moviméto dei cionihjffgundo disjuntivo. Movimenccodediíccioíiai quaaia o cancã viy por húi íò deducção , ou propriei de, Sc neftecaío não íefaz mutança ; porqus amuta ferve para pnfardí humadsducçío a outrat& por iíío vem todas as vozes para fubir , & todas padra defeery efjj carece.

L

44 Movimento disjuntivo he quando íe pafla Ma propriedade, ou deduççaó para outra, & então íe mutança paraíubir em re* & para deícer em lâ} 6r í movimento disjuntivo is deve agora chamar, disjun cõf jrme íua definição : 'Dhpmtiú e/l tr-anfittts de propt t atenua m aliam. Dizemos (agora ) porque os antigos zião muitas disjuntas $ porque faziáo muitas mudança

4f Para mayor declaração das mutaoças , que h em que eootlítetodâ a difficuldade âi Mu fica, havemos íaber, que (em pre cantamos por duas prúpnedades»ou{ 6 lU3dro;8c Natura,ou por BmOÍ,& Natura; quando c

camos par[q qu3Íro5& Natura fizemos mutança p3ra feirdeEj jua -$fa a Natura em Dlj,fo!,re,torxíaodore para (ubirde Natura a £3 juadroem Ala,mi, re,tom re;& para deícer de fr qu4°droa Natura fazemos mut em AUj mi,re, toma doía; & para deícer de Natura 4§u id.ro em Elajmi, tomando ia, com oparece»

#4/ ExplanaçõinV

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4*

r BmoVfc Natura fazemos rnutãça para fubir de Bmet, 4acura cm DU,fol,re, tomando ta & para fubir dt Na- a a Bmol em Gíol, re ut, t&mando re* & para de icei de tala Natura, em Aia,mi,re,tomando láj Sr para deícef Natura a Bmol em Dla,íol, te, tcmar-do la , como pa- e.

re

te

re la la

ftoqueeftá diro coma explicação do fciente Meftre, la para fe entender * que íó com o re,fazemos mctança *a íubir, & com o la,para deícer,& as mais vozes áe lu- , 6c de defcer fervem para principiar o canto íubifidot deícendo, & aíli fe deve entender o verfo.

Vt% ret mifurfurn tfafolja itotedeorfvm.

mbem fe deve advirtir , que eíla mutarça fe faz vitual, fabintellecla^uando naõ he gradatimi mas de /ahc,& :aõ íe períuppõem as vozes, que no mevo faltaô , como neftcs exemplos,

FíF gu.

Trátaãòi

w

7S"

km

M

6 **,.

TVnbsm-fe Je cantar ufando dasvozes de íubir pre para fubir •, Sc das ds.defcer íempre para deícer, co| íe neíte exempla..

wtj re,iui. iit,'re.mi,fi,ur,"P, Ia , foi, fi Ia.fol.fa,mi,la,íol,

Efuppoftoo fa,de Fí:a,ut>ílrva para fubir,$E o mi, de B

B mijfir^a para deícer.he, porque eftes fignos naôtemc

tra voz por quadro , & Natura , 'Se o meímo fe achí

cancaado por Bmol, &.Na.tura, como parece.

«t,re.mi,|fa, ur, te, mi? ut jc, fol.fa, mi» lajlol, fa>.la; íol>fa;

E X P L A N A C, A M ¥.

Vcis ClaVes Vlvi/oens , & Géneros*

i

Emos em a Múfiea três Claves, que fervi

de demonfrrar o ílgnOj emqueas figuras» '

^r^H 4; pintos eftaõ : C/^v/í efl referatio cantus\ & notajigno »j

MwQr.c.io. »{<Mte demonftratiô'. Charnão-feclàves ; porq fe toma e1

vocábulo do nome Latino Clavis iClaviSf quefígnific*

&#r tlnc.nmt. efartre material,coni que fe abre,ou fecha, algua coufa C

$&. vis ?flinfthimmtum , per quoà quis ofthim claufiimrefei

re , & -refaratum clduisre poteft: Aífi as claves Mu

apsíazjmparsfttstuda.Q qeftà inckiío-em ec2to,dem

rra

j

Sdo-nos os fignos, deduiçõcs, vozes propriedade^ Òcc.

47 Muitos charruo claves aos vime figncs , & curros ^ ^^ zcm íerem claves as íctíe deducçóes , que feachaõden. /í';; }dellcs,& finalmente as propriedades lhe puferaóc no- W*.r, edeclavesjaosíignos chamarão CUves umveríaes,& às ' opriedades de Ej quadro, & natura claves naturaes', &

amaõ claves principaesàs que hoje uíaraos, que íao cerofí.l.i.c-6®

ias em canto Chaõ, a faber, de Ha , ut, & Cíol, fa, ut , &

;s em canto de Qrgaò , que íaõ de Ffa, ut, & Cfol, fa ur,

de Glol , rc ut, asquaes íe atíignaraõ primeiro cem li-

us de diverfas cores; porem deitas antiguathas a noti-

i ferve de pouco , quem as quizer íaber mais por extenfo

io Capitulo 6o. do 2,liviodeCercne.

48 Eftas claves fe a íiinaõ em linhas , & efia he a ra- õipcrque a ác Ffa, ut,fe afligna no primeiro Ffa, ut & a : Cfol, b, ut, no fegundo de Cfol,fa utYcV a de Gícl, re, , no terceiro GfoJ, re, ut* porque foe-fies ficaô em linhg» >mo íe pôde ver na taboa univeríal numero 6c.£íuppcf-

Gamma, tit eftt ja em linha, como a de Ffa , i|t e-flá' nos ;nos graves, era efeufada outra nos rrreíracsgf aves t de ais que naõ faltou quem ufaíle deliam porém ailirmaGla- *.„* j anol atricioler elcuíado. Das claves a primeira de Ffa, j'fArf*l.»l&> »«e afligna com tre^pontos,& a íegunda de Cio j.fj^ccô 1.^. >us, & terceira de Gfol.re, ur, com hum. Dizem que por irimeira com a fegunda ficar em ícxquialtera prepr çaõ |Cresadoi3S ;o qual parece não ztc lugar } pois que naõ «■rsomefmocom aíegund3, & terceira, tarr.b<nvficaõ ftantes por quinta } mas o cerro parece, cefom eFran- Fr^cjrc c:e ícode Tovar, que a de Ffa,ut, tem três pentes por lerá nrJúítàà

fçaõ de f como parece, -^ ~!&j ^T & a de

çao ae r como parece, "s^ j&csr

ol,re, ut,aieiçaõdeC,aíiiín C & a de

oIirc,ut,afciça6de Q,affim

Ffíij W 49 Di-

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NtcoUô Vvol

licob.i.6.

Monfer.c.i^.

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* ?' Tratkâol 49^Divifa5 a que chamaó conjunta : Efítoniinfeim tonium, vel femitonij in tonum tranfpofttio. Deitas teme cinco em uío , duas de fa , & fres de mi. Dividem o toni da duas maneiras , ou com dívifaó armonica , que he pr rneiro , o íemitono cantavel de cinco comas , & deípois incantave] de quatro,Sc deite modo dividem o tono as d; vifóes de fa, ou com divifaõ Arithmetica, que divide pn meiro o femitono inca*itavel. E deítre modo dividem ottí bo as divifóes de mi. As divifóes de fa, fe aífinaõcom huti b,& as de mi.com huaseftrelinhas,ou diezís.aífim Sfdofi: deíeaílinaõ, &como dividem o tono em dous íe miti nos moftra a figura abaixo. S. fignifícaíemitono.Mjgraii! de mayor;m,,pequeno , menor.

Tono.. Tmoi TanOê. Toh£ T6m.

S. M. S. m. S..M. S. m. S. M. S. m. S. M. S. m.S. M, S.m. S. M.

i_bj C UD b E fc U G % A

Nefta figura femaífra, õ^a primeira diviíaô he de fa, 1 íe aííl rm entre Ala,miíre,& B mi,&r a feguadahedemi,! íeaíHgnientreCíoI,fa,ut,& Dia, foi, re-, a terceira hecf! fá,& fe aíTIgria entre Dla,íol,re,&Elatmiia quarta be de mi & íe al%naêntreFfa,ut,$rGíol,re,utia quinta he demiti fe afligaa entr? Ffa, ut,& Gíol,re utj a quinra he de mi,& I aíHgna entre GfoI,re, ut,& Ala, mi, re; Também raoítrai como as divifóes fa, dividem o tono , querem nove cpi mas armonicamence , primeiro o femitono rnayor cãíav de cinco comas, Scdefpoiso menor incantave 1 de qustn &kasde mi dividem o tono Arithroeticamente primeiro íemitono menor incantavel de quatro comas* &: deípois mayorcantavel de cinco comas. Naõ pôde haver mais c cin^o diviíóes; porque dentro da oitava naõ ha mais,qu kttz intrevallos de fegtmda;dnus dos quaes íaõ fémirono n.aiuraes,^oacinco faô tonos, St.fó elíes f? podem di\M"dtí

5)2 eífi caníâ emo Mònac ordio entre gm^ôc Cíc^fa.u!

das Explana fés. 45

entre Ela,mí, & Ffa,ut, naô ha diviíaõ, porque nelles el- o femirono natural.

50 Porém fora deitas divifoens fazem alguns doutos tre Gíol,re, ut,& Ala, mj,re & eutre Cíol, fa, ur, & Dia, I, re,& entre Ffa,ut5& Gíol,re,utidiviíoensdefa: E íup- )fto naõ ha taes divifoens em o Moraacordio,parece que- m dividir os tonos, que as divifoens de mi devidem Ari- me-t icamente como divifoens armonicasjccmo fe divide de fa.fc húa razaõ podem dar, & he que íeasdivifões de ^fe ordenarão por evitar o rntono difícnancia em a Mu- também fendo fa, een Ela mi, por divifaõ fe ha de fazer ^em Ala,mi,re, fubindc}por evitar otritonc& fendo fa, 1 Ala.mi, re, íobindoa Dia, foljrefeha de fazer fa , em la,fol,Te pela mefroa caufaj & fendo fa,eui Dl«,fol,re, de fazer fa,em Gíol,re,ut, para fe fazer quarta peifey- , como parece.

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9 rèm efle modo de div ifoe m : Kec stfj tcho , me r(pcb(fr audeo-, porque fem ellas fe canta, íuppcfto , que prece- ndo poreftes intervallos, neef fíariafrente fe dtve níar lias, como fe em hrm refpcrfcrio da Septuagrfiira^ rmavit Deus , em as palavras : TfiBus efi homo , qv fe sfa, entre Gfol, re,ut,& Ab,mi,re,&em canto de Orgaô nuito Reverendo Padre Frey M?ncel Cardcfoufada ifma divifaô na Magnifícat , roro fegundo. ?t Todas as divifoens de fá, fe crdeháraõ para evitar ritono , êt também para evitar o fere id ia pente, çue her inta menor & as divifoens de mi , para fazer clauíula. aufúla heo âm de qualquer ebra , fuppcficque dentro1

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fTrattaãi

das obas tambsm íe fazem elaufulas por elegância, a em cinco Chií, comoem canto de Orgaõ. A clauíula ds duas mineiras fubindo hum ponto, &bayxandooutr< quehepropru de canto Chaó} ou baixando hum ponc &c fubindo outro, que hs pro(pria de cant j de Qrgaõ,£Ci parece.

Subindo hum ponto, & bayxando outro.

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Defcendo hum ponto, & íubindo outro.

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Ambas eítas regras de elaufulas fervem affim para cani chaô , como para canto de Orgaõ.

52 Suppoftodizerfe,que íubindo o canto de Ffa,MY Bfa,Eimi,©ude Ffa,&mi,a Ffaut,ou pelocontrario deíc^l do íe fará 5 no dittoBfa, 6 mi, pro obviar a quari dotricono , ota a quinta meriotj te eíia regra as exceiçc^ íeguintes.

Í?rimeyraexeeiça5: fe o cato fuhir de Ffa,ut,a Bfa,&ri 8c deícer juntamente a Ela, mi fazendo antes redoble d Gíol,re,ut,farfe-ha o ponto de Ffa,ut, fcírenido na quaí diviíaô » p^r ab?iar a quinta falia •, & aííim fera fer fa , a Bfa, k mi, is giurda a perfeição da quarta, &: quinta, fuj; $>:>(tQ fe contradiga a regra das quartaj , Quiautile i mutihnonvitiatur,

Exen

•*• "~*1

das Explanares* Exempla

47

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ttis-fea^g

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guodaexceiçaõ.-feocanrodcfcer de Bfa Emi,a Ffa,uf, z-njoelaiiíulaem Gfo!, re, ur, acabando dicção de le- s, faríe-ha o f a , de Ffa ,ut ,/uftemdo na quarta drçifaõ, )rférclaufula^aflimfemfer fa,em Bfa,Enri,fícaanuar- perfeita,&porefla raíaõ íe naõfaz fa, "em Bfa, fkmií */* cegante atufa ctflat effecJur. ^

Exemplos

?rceiraexceíçaõ : fe fubir huma quinta de Ela, mi,a Bfáf mi,oudeícerdeBfa,mi, a Ela, mi , te mar fé- ha tn i , em Bfa, § roi, ainda que Tuba, ou dcfça quarta de triteno;. rque íe faz a quinta perfeita com hum femitono.que mta aos três tonos, & naõ íe guarda o interrallo menor,, ando fe Jnclue no mayor } id eu\ roais perfeito. Exemplo. Subindo. Defceudó;

a meímo me parece neftes exemplos, .por iíTo naÔ faze< » particular exceyçaô*

ar*-

amónia fernand.

Qurraexceíçaô : E vindo muitas duvidas juntas form;- remos a primeira , Sc as outras confor me a slla , eomo : j neíles f xernplos.

jl. Exempla. ic Exemplo.

sfcBSi

ig

£, Exemplo.

fcíiprimiro exíuplo íe deíce deEfa,tfr,aBfai;{;tn[,tom2! djfi.pira fizer a quinta perfeita,&fubindo ay£la,mij faz fi.por ob Mir o critom.No fegundoexemf>íjO quefc fej Í3 (Ui, mi,* Br\ 6j mi,íe forma a quinta de mi, a mi,í defcen io a Ffa,ut, íe "* raz fuftenido, por evitar o tritono êc ínbiad > a Cio!, fi, ut, faz tambe fubftenido,por obvii a quinta falfa.No terceiro exemplo íe deíce de Cío;l,fa»á a Fía.ut/formanJo quinta naturalize íubindoaBfa, nMm faz fa,p:>revitarotritonoj5c Jeícedo aElj,mi,íefaz faj por obviar o íeroidiapente. AíHri, quefeformando-fiq primeira duvida, naíce por caufa do fa,fe diflblve por 01 Cro fa;$c íe por caufà de mi, íe diííolve por outro mi: Qm vts per quafiumque caufas nafeitur , ptr ea fitem diffolvitt 55 Final nence, vierem juntas quarta, êc quinta,f feoa os por guardar luas quantidades perfeitas^oufazeBí

íuft

das Explafiaçoew* 49

!tenido , ou bmolado } & naó obfta, que fe não afíignemj fta prever o dano do incervallo diííbnante , para lhe al- tearmos o remédio.

Exemplo.

a | g 1 b=^=b h g j

jarda-fe a perfeyçaõ da quarta, êf quiata , fendo o fa, de a, ut, íu (lenido na quarta divifaó.

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uarda-fe a quarta, êc quinta, fazendo em Bfa, &mi, fa& ;fcendo a Ela,mi,també fa.Porèm havendo-te de deixar m deites intervallosdifionantes, antes fe deixe a quinta, ia dando-íe fempre a quarta , por fer maisdiflbnaete ; uia ex duobus malts minus e/l eligendum,

Exemplo.

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-S-1H-

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âz-fe fa,em Bfaj§ mi, por obviar a quarta, fuppofto fubá

; quinta Mas.no terceiro , & quarto fe deve guardar

íjuintademi, ami,poríerda eíTenciado tom.

54 Ufamos muitas veies de bmol por elegância, &

fahe acaufadefe praticarem três deducçôes como na-

Iraes, fendo que íó a do ur, de Gíol,re, ut & Cfol.fa, ut, o

ô; porque as cinco divifoens tem cinco deducçôes acci-

^ntaes Àdiviíaõde fa, entre Ala, mi, re, & k mi, tem fax

,em Ffa.ut ; &a divifaó de fa , entre Dia , fol,re,&Ela,

i,tem íeu ut,*m Bfa, E a diviíaô de roi,entre Cfol, fa,ut,

Ggg Sc

5 o Ttáitâh

6 Dia, fo^feitemfeuut.em Ala,mi,re}&adivifaôde encre Ffa,ut, 8cGíol,J"e, ut, tem fsu ut em Dia, foi, re}J diViíaõ de mi, entre GfoI, re, ut, & Ala , mi, re^ tem feu em Ela, mi; '& todas eftas cinco deducçoens faõ accidetaeí & bem íe maftra.que a d?ducçaô do ut, de Gfol,re,ut,f Cfol.fa, ut, fàô nattiraeSi porque formaô íuas vozes íem dji vifoens, como parece.

Deduções naturaes. DeEjquadro De natura.

-^-s-^-^-ff-

t\ de fa.

Deducçoes accidentaes.

. de fa.

ithhh1[4

H*

ia. de mf. aa. de mi. ?\ de mi.

O primeiro poato,que ut, guiaatèa diviíaÔ de que f Íamos i, porque íe põem muitas juntas para formar as fi vozes com íeus tonos , & íemitonos \ & bem moftra qua quer deitei exemplos as diviíoens, por ondeie corre ca tando , ou tangendo por qualquer delias.

55 Suppofto o que temos ditto, à divifaô de fa> que te feuut.cm FfâjUt, parece coanatural, pois pra&icamenreíj daõ fuás vozes aos ílgaos por onde corre* p^rq nem Ff &t, havia de te* ut; nem jl, ut ; re -> nem Ala, mi re* ro

&

dÁiExplanaçõet, $ f

c. aífim diremos, que quando o canto he nataral idcit o El quadro, & natura , uíando deftadivifaõ , entaõ Urá •a junca, & prop: iamenre divií«ô, q divide o tono em nis í outonos -t potèm quando diante da elave íe afiigna jm bmol, entaó parece connatural, & efla deve íer a eau- de te nomearem três propriedades em a Muíica , naô ne- ido t m o Monacordio íer Bfa, diviíaõ em tecla pretaj po* m muitas vczts em biíameíma Mufica cantaõ as vozes ítural , Sc o Orgaó tange accidental. Uíamos defta pro- tedade de bmol em os cantos brandos, & letras devotas; arque propriamente abranda a dureza de noflb animo: ingua mollts confrmget duntiem : diz o Efpirito Santo, & ira títeeífeitoíaõmaisappropriados o quinto, & ftxto Trov.i^.v» itn, porque faõ tons de ta , que he voz branda. J5»

56 As divifõesde fa, íeallinaõ no figno, que fica aci- a 1 & as de mi , no figno , que fica abaixo : E a razaõ he $ arq asdivifões de fa,,ficaõ diftantes do figno acima qua- o comas , & do figno abaixo cinco comas , & por eíta uiía fe aflinaõ no íigno acirna , que lhe fica mais perto, as divilões de mi ficaô diftantes do figno abaixo quatro amas , 6r do figno acima cinco comas , & por efia caufa iaííignaõ no figno abaixo , que lhe fica maisccnjunclo} : tolas faõ degenero Oromaticoi porque nelle tiveraõ u principio.

J57 Temos etyi a Mufica três géneros que faó Dia- inico, Cromático, EnarmonicoGVwtfí (diz o Principe da oquencia ) efi notin ad piares diffetentias ptrtinens : £ cõ- irmeefta definição , cada hum dos generes procede por es differentes inter vallos , fendo o termo hum Diathe- eraó. O geuero Diatónico, qne he o que mais uíames, rocede por dous tonos , & hum íemitoRO íem diviíaõ ,6c orquecom os dous tonos íe junta o femitono, fe chama Matonico. Oíemiceno pôde vir nopiincipio, meyo,]ou ,m, como parece.

Ggg § Género

5*

Trattddo

&enerj. In

Pfd. 1 50.

GeronJ, 2 . f.

22. )-

Género Diat on ieo.

58 O género Cromático procede por outros três _ tervallos f diftin£bos dos primeiros j a faber , por hum í micono cantarei de cinco comas , êc outro incatítavcli quatro, &: três íemitonos, dousmayores, & hum meno Chama-fe Cromático , idefi , Coloraíum, porque muda i tonos em íemitonos , &dá novacòr à Muíica. Seuinve tor foi Timotheo Milefio. Também ede género pôde v riar nos interirallos , guardando as diftancias de cada hui eomo parece.

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Márg.Thihf. l.^.tovt. í. rap'. í 8. '

$9 O género Enarmonicó he totalmente apartado nofifa natureza, & em alguns inftrumentos fe uíava; prc cede pordous dieíis, aílim x,& tresaífim * & hum ditonjj chama-íe Enarmonicó -, porque he íeparado por muitos, , pequenos intervallos. Enarmonicum atitem dteitur 9qm fhrihu$ffatijs%& anguftioribus feparatur. Seu invente dizem íer Olimpo. Também pode variar os intervalloi formando as quantidades , como parece.

das Explânaçf.ef* 53

6o O género Diatónico íe ufa ccim lua inteira perfci- õ, fuppoík) que muitas vezes íe mifturacomo Croma- coadas vezes por nectííidade por evitar o tritono, &ou- as por elegância , como diíTemos, ao género Cromático, ntoem parte com o Diatónico, cbamaô alguns Autho- s, Sêmicroa*?atico, & íó íe ufa do íemitono cantavel , 5c 5 iemiditono. Do género Enarmonico íó anda env prati- i o ditono, tudo o mais anda em Theorica. Tudo o ditto, ornais do que íe ha de dizer pelo difcuríodefte Tratta-

, fe vè(como o Mundo em hum breve mappajreíumido

íeguinte taboa univeríal.

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7AB0ADAUNIVERSAL,

NlBE^jN B | ^ Propriedade

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ZMporp Di Maneias. Lét. Gr.' n

das Explawçotm, 5 5

Nefta taboa eftaõ quinze columnas » a primeira tem os meros das proporções, em proporção continuada , com livifaó natural Diatónica lyntona deTolomeo,em nu- :ros , para que melhor fc com prebendai A fegunda columna multiaõ género Enarmonico,que yide os íercironos.

A terceyra muftra o género Cromático , que divide os aos.

A quarta moítra o género Diatónico natural , fem divi- 1 , ainda que leve a de Bfa , por fer connatural cantando r Bmol.

A quinta columna tem a diviíaõ das letras em graves , udas ) êt fobreagudas. À fexta tem as letras Gregorianas. A fettima moítra donde íe aflinaõ as claves. A 8a- 9a. 10a. 11a. 12a. 13a. 14a. mcftraõ as leis vozesi , te, mi, fa, íol, laias três deduceões,as três propriedades flnaes dos tons as letras da íexca columna com as vo- jsmoftraõos fígnos.

A 15a. & ultima columna modra os nomes das quinze rdas dos Gregos.

EXPLANAC, ÀM VI.

©oí Intervalos.

1 T""1 Emos em a Mufíca nove intervallos cantáveis : G}a^jee}tm JL Terterni fitnttntdi, qmbus omnis cantilena con- ^orj] r f g iitur, os quaes todos íe achaó em o género Diatónico, Ce SfI- >eftes:Tono,Semicono>Ditono,Semiditono, Diatheze- 5, Diapente, Exacordo mayor, Exacordo menor, Diapa- õ. Tâbem temos outros ivove , a 4 chamaõ os práticos mpofítores, Jntervallos incantaveis , & faõ:Semitono enor, SemidiathezeraõjTiitonojSemidiaptnte^iaf éts,

/

çá {Tratada

fuperfluo,Etacordomayor , Êtacordo meaorySemidi zaó,Diapazaõ íuperfluo, dos quaes o TriconOjSemidia, te,Ecaeordo mayor, Ecacordo menor, fe achaó em oj nero Diatónico •, porem os outros cinco fe naó póá\ formar, fem intervir o género Cromático * idtfc , algui diviíaõ f como fe moftr ará explicando cada hum deites j tervalios.

6i Primeiramente intervailo em a Mufica he diftí $oet.U. cja de hum fom grave , a hum agudo '."Inlervallumeftji acuti gravifque dífiantia-. £ naó ie entende nelt a defiaiç, que para haver intervallo devemos combinar hua voz fignos graves, com húa dos fignos agudos* porque fup to ahamamos aos fcgtiios fette íignos agudos » he a reím to dos primeiros íetce,graves}& qualquer figno,ou voz aguda a reípeico de outra fua inferior, como Ala, mi,re, agudo a ref peito de Gibi, re, ut ,-& re , he agudo a refpe; de ut, que he grave, por fer íua inferior $ pelo que.

63 Naó nomeamos unifonus entre os intervallos, p naô convir com a definição, & naõ ter diítancia de gravi agudo}& íupofto haja diíiancia de movimentG,ou de te põem a pronuncia, peíoqíe poíTa chamar intervallo, mofe em Cícero em muito lugares de fuás obras,

'rer.in^fyp. chama intervallo à diítancia do tempo: Quoniâminte) ddducid.n. lolocorutn , & temforumdisjunãifitmm\ (Scaílim mai l^4'. douto Pereyra affirma ,qoe qualquer eípaço fe chama j

tervallo : Omne fpâtium intevvalnm nuncupamtis. Com I do, unifonus naõ he ema Mufica intervalio ; parque a d tanciahade íerdeíom f & naó de tempo, conforme et finiçaõ ; Intervalam ejl foniãcutigravifque diftantia. ^

64 He logo unifonusema Mufica principio de inti vallo, ou principio de coníonancia, ou diíonancia. e unifonus, ou hsíinples, que hehuaíò voz em hum ílgt aoquílchamaóos práticos, íonanci^, ou he compofto he duas ou mais vozes em bum meírno figno, aoquecl maóospra&icos uniíonancia. Todos os intervaljos,

das Jmpkmytni. çj

5 cbnfonwcia, ou diflonancia. A coníonatícís, ou diíío- ncu íe coofidéra cm o que bem , ou mal foa , cu o que ^ « ., lias relulca :U quedem, ou mal íoa íe confidera s m o eó- \n^ut j, i ponto : oque dt Uas reíulta íe coníídera em húa íó voz, atochao *.•," t lejatenor,ou contralto; hum ponto a reípeito de ontro » melmo papei , & do melmo modo envcanto chaõ. Das ►aíonancias em o contraponto em -Iheorica naõ tratte- t>s i pelas refervarmos ex coníulro para outra obra ; do a£hco baila a noticial que a terceira Artetíá. As confo- ncias tomadas, íegundo o que delia reíulta, he o inefrno ie iaterv allos cantáveis; as diffonancias o meímo que in- rvallosincantaveis* o que íuppofto. 65 Os intrevalloscantavcisíaó nove^comp fetem di- i os quaes todos íeacbaò dêtro noDiapazaó oitava Rat- ta das confonar^ias,cemo4he chama Gladiano PatricÍG: HapafonvtmiiumcQKJonantiarum Regina. O primeyro in- ;vallo he tono intre vallo de duas vozesichama íe Toncj fcQComa beof>rimevro.intre¥a14ototna onome ão gè« l de todas ís cantoriss.tjue chamaõ tonos à imitação dos ebreos,que às fuás cantorias chamavaõ Neghincth , no- e geral de todas , que em Latim he o meímo que hioài% dividindoos intrevallosem nove, ao primt iro chama- cenelr.wpÇ ôNeghenoth^do nomegéral.O íegundo Maíkil: tercei- 150.1/.5, ! Miltjm: quartoSigaion: quinto JN-e-bht-loth; Sexto Se- bnoth-:Settim.o''Ohithih : oitavo Ghaimud : nonoShe- í-oith, ideftyoirava. Efte tono tem de diflancia nove cô- as: Coma he htíadiftancia mtiito pequena > acha-íeeíta 1 a diftancia,que vay do íemitono mayor ao menor* dos aes íemitonos ambos, fe com põem o tono: Oomaefifpa- y \m , quomis ejl femitonium majus femitonio minori -, & ' &'c' ^? 'aíaõ de íerera as comas nove i de q U f< rma o tono he, rqueo principio dosintreval* s heo tono,o rim he a 01- a} Ferma-Ía a okava de hum Dia pente, que íaõ cinco ntos, & de hum Oiarnezeraõ, cj íaõ quatro, que em nu. ro faz^oi nove* do meímo modo k foítna o tono de

H.ih íemi-

ç 8 Trattado

Umkono raiyor, queTaõ cinco comas , & ó*e hum ment que faô qamo ;os qua^s íe mito nos em numero fazem n ve comas, & aíliíti a oitava em numero torna ao pnneipi porque em a Mufica, que he fciencia perfeitiffima,, o pi i pio, U o fim ha de ter a meíma formação»

66 Em aquelle íoberano Sermaõ do Monte , aon» nos qulz en finar o divino Meftre os degráos para íubií eterna felicidade, a que a Igreja chama bemaventuranç;

imkcdjf. 3. nota Santo AgoíHohp-, que ia em a primeyra , & oira nomea o Keyno do CçQ:Beatipauperesfptritu> quonitipi rumeft regnum cakrúm) & em a oitava : BeatiquiperjeC - n j tionem patiuntur propterjulittta, quonuipforumefiregnu f Dmn Cíeiorum' ^efolve o Santo efta duvida.dizendo :a primd i»mon°7T n h^ ° PriílciP*°» & a ^itava o fim j &como o divino Mj er+Dméiu. to? «âs «oftra,.& provao que he coníumado, & perfeit ikm^m.of-^ he acaafa, porque na oitava íe torna a repetir o mi mo,q na primeira:0^^ (diz o Sãto) tamquamad cap redit, qma confuwatunt tperfeãumque oftendit & probat

67 a oitavaem a Muficaconfonaaeia perfeitif ma; formi-fe efta do tono,& tem nelle feu principio: aoytavahum Diapente, & hum Diathezeraõ,quefaad nove pontos imaginados* logoellè nos moftra tem o tot nove comas confi ieradas* porque deííe meímo tooo íe riva : Derivata folent legesfervare parentum-, ve-íe efta melharçça coníiierando os pontos do tooo , que íaõ dous a hum , & os números de nove a oito & os pontos I oitava faõ de nove a orto,& os numerosde dous a humj | mo íe vé.

Poitos; Numero.

Tono 2. 1. 9. &

Oitava 9. 8. __ 2, 1,

E>nnde fe moftra tem otono os pontos, que tem aotta números I; 6c a oitava tem os pontos , que tem o tono n

mer

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dai Explanações. 5 9

eros. Por eftls razões ie n.oltra ter o tcno neve ctn as paginadas. He o numero Novenario, conforme es Aritf*- Tft'e-tà eticos,ternariocub<iporque íe íorma do ternário rripli- ^*f#*^- ldo,& ternhuma excelieucia entre os mais nume rcs,qut M'""-1^-.**' ppofto ic multiplique quantas vezes quzertn, kirpre inadofeachaò nove, como fe mcílra.

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72 Si

9 9 9 9

eíta excellencia corre infinitamente , cerro fe ceife do jmeral , ve-íe eira excellencia na de me rjítrrç ó zcin a ; prque multiplicando duas vezes 9 íaõ 18 & í< nsrd.ee í- hum cem© oito, lomaô nove* & o me In o ít gchsià nas aismntriplicações: Deflni-fe o tono: Itms (Jí jexqtito. js}c.Mrt.\^. 'avtfdimentioms fpatiu. Eíte tcno dizem alj. 8BB ler n a}er cl\.Zc,úM íut, a re,doquedere. a mi,& sífím de fa,a lc I,rra)ei eh TKcr.flr.har. je de foi, a Is, a qual ordem íenaõ conhece pelas vcztí> &*ltyufbâ inaõ peloílgnos: Porém em prsclica claramente íe mani* Wí/.f^n, (ta ferem iguaes,porq de Gjel,re, ut a A la, mije; ít acha ,re,ronornayor, cV íol,la, tono menor, &naõíepcdt dar n hum rmímoeípaço mayoridade;& menoridade }&bem prova em o inftrumento de tecla, que he irr mcve),que o leímo tono deGÍGl,(e,ue,a Ala mi,re,íe forma de Aía}mi, , a Ej rui, tangendo hum pento mais altc} cerro etê tan- ;fa em Dia , íblre; porém o que mfia matéria ít fòde zer em Theor ica pertence para as prcpcçôes de que ex oteíToíe naõ trata por hora. Na diftancia de 1 íía citava mos cinco tonos naturaesde Gfol,fa, ut,a Dla,ícl,re;de la.íol, re, a Ela,mi:deFfa,uc; a Gft l,re,ntjde Gfe 1, re; ut Ma, mi, re: de Ala, mi, re, a R mi: aceidentaes íe fetmaõ 1 diviíaô da fa , afeixo de E!a,mi,a fa uht de Ela,mi, J!vrtaõacim*-]e Ffa,ur; cVdtfladiviíac à diviíaô acima ! Gfol^ciUt; de .f, mi à diviíaô acima de CícJ, fa, ut.

Hhhi/ 63 O

3

63 O íegundointervallo he femitofto mayor, q íHÍ9ZdccJ con^a£lecincocoraâSiacha -feefteem a dttbneu que v 4*c.z. ""• doDiconoao Dithezcraó .comoím definição© dtela. oUud.DoJec. Semitonus maior: ejtmter^aílu, qua ditonu$à*Dwthefe\\ /. ».<\S. feparatur, Chama-feieamonojnaõ por denotar mediaç

Marg.phil.L m is imperfeição , com© affirma Gladiano Patrício. / $•«■• i .<•. 1 1 8 '«&«# femi nommeãtetãté ,,fedimperfeãiônem noUnte-, afríi como íemivegal naõ fe entende meya.vogal $ mas voi imperr^y ca.: Quem aÀmoiumftmi^Qçétv^qfiafiâimidii *voc(ilis habettm Jeãqua/iimperfeãtm vouile, fcfte íemii no,ou.r.e natural, ou aceidentaí ; o natural he mi, a fa, f< G*;ú Y;\°' pfocedèf por dkííaéiformá-fetieEla^i/aFfaju^&deè Mjruslfc.J' â Gí"°í»f*fUt» ° accideatakmavoríe Forma da xiiviíaô " ^•-. ' -J ""' mijão ftgno acitna, 6c da div iíão de fa ao ftgno abaixo, ô j^J.z.f.30.^ nienorda divifaõ de fa,aòfignoacimai8&dadivifaôde n GuiU.y.c, ao flgao abâixoiSc; como as diviíões faô cinco rtemosci i9'}y€rift.^, co íemitonos mayores acck!eniae&> &cinco menores: f «fc cauf.M?- tes femi tonos aceidentaes4e acbaõ dividindo o tono f 1 êtfh. doiys íemitoníOSyhum inayor de cinco comas,a qne cnam

gUíM dec,l\os Gregos Apotome j como traz Gladiano Patrício: de 1 d ne-íe : jfpotemfreftfpatiftm minus fwitonúnnoxomatt^

¥lTc'^°V' Pervdden*.& oíegundomenor^a quecharaaô, Deifis, < Mojãllc.^. hilíl : 'àpBm46 : DtèfíSi feuiimmãtflfpãtiumumcornãU mtÀ . slcm 'fifytèUmtt mâiori âeficiens* Semicono rraayor be eípaçc fmtn&vifa-*- querem mais hík comajque otnenor j femirono menor mm DiJtow- ha eípaçn que tem menos bua corna, que o mayor; 0 íefíii c*m (ymww-toao mayor he cantavel, Sc o menor incánravel : íuppoí fyUgfid pro dizem -aigfis douros o contrario,naõ íe deve fèguir fuado múw e$ ài- xt'xm^ p^ríer contra a experiência , naõcalumniando fii vifioDittoiv- -0p|n|ag . porém fegu indo a mi is provável; por qua b to ^ , que rizem o menor canraveli provao com razão contr

zzrtitsdm. ©x??nencia;& os q/Jaze o mayor cantaveI,fazedo oroeti B'}fc4r.& alii ,iae3ravel[\|us por mtis provável feguerrrtodõsos-moddí mulii-fiew nos) provai raza§,ôí*expsricncia Defíáinaeena íe trí j*&*0 p carâ. sm joufifi occaíiiõj 5queferídÔo Seuboi? a cuja v ceta j

á* fogeito todo o querer. Cum enes deusintrevallc$,to. . ^ f, >,&íemitono, formaõ todos os mais intrevallos. f.za.&*álii

69, 0 terceiro intervallo he ditono. He intervallo de LJiTá\^tti. ►svoz*es, tem de diftaneiadous tonos y*Dttonusefttrium xj^t tom*® ,duorum que tonorim cwnpofít 9 : for ma-íc natural- jocedeCíoijre.utja Bfa,6tTii& deGfol.farUt^Bla mi 8c Ffa,ut,a Alamire»poré accidentalmete per divifaõ fe rmade Dia, foi ,re , àdivifíaõ acima de Ffa, ut d e E 1 a 1 i, à divifaõ acima de Gfol, re, ur- de Ala, mi,re,à divifaõ ima deGfol,fa,ut,dadivifa5 abaixo de Ela* mí^a Gíol, twt;,de Efa,aDla, íol,re.,

Ko: O quafto inire-vallo He femiditorra > He também rrevallodetres vo2es;tem de diflancia hum tono,8t hfí ^rr &* mitono cantavel ifemditonus ex tmo% étjimitono mep- ^^J^S íw/íÍ 1 fortaa-f? .naturalmente de Ala, miYre,a Cfol,fi, (ytTior^n. ide Bfa,& mi, a Dia, íbl,re,& de Dia, (oJj re>a Ffa, & de rel.?.í*r*frr la, mi , a Gíol,re,ut;a€eidentalmenre íe forma de Gfol, , ut, a divifaõ abaixo de Ela, mi, aula divifaõ acima fol,faut,a Elajmivda divifaõ acima de Ffa,ur,a Ala, mi, ,de Gfòl,re»ut, a bfa,& da divifaõ scim* de Gfol,re uti a mi O vocábulo Ditenosfe forma do primeiro iorrevallò TonuSi & delia palavra«iiz,que be o me/mo que bis, em ortuguesdouS} & íoa tudo dous tonos. O fêmiditono fe »rma da palma ditonus & dèfetni, denotando imperfei- to, êc vai o meí«ofeaiiditono,que oous tonos imperfei* )s,que he hum tono, & hum femitono mayor,- 71 O quinto intervallo Diathtzeraõ beintervalló \. aatro vozes > dous tonos, & hum femitono mayor: Via- ^n^J-9fltflf wÇerunvocH effe quatuor intervallorum trttm exdmbus ^rtt«e_CAfUi}} nis ,& [emitenio rnaiori tonftat : Chama-fe Diathe zeraõ - *¥*"* ?ftaduas dições Gregas J9/*,que vai o mefmo^ Ex, ou >e,& deThezeraõ , que he o meírno que- Quatro , & tudo into íe diz intervallo de quatro |joze$.Efte intrevallo he erfèito, portereiurlo numero quaternário em vozes, & ternaíio ei» típaços. Das f xcellencias do mirccro qua-

Hhfviij ] mnari»

#| Trâttdi

terai aio tratou oQjartenano J oaó Alvares Frotivo me MsitraexprjLíTj; p >ré n de paífagemcôfiderenios diz< do t3ivÍ9JvÍeiire,qa3amde eíh5dous,ou três era ícu n|

Mttthc i& P^^W e^* e"s : Ubifu&t duo tatu ires w nòmme meotibij e£9' Q.13 P«f? poderá iiavár para q diffdle mais citas nii meros, que outrosfa formal Deos a Jaoejo congruente pr(i babiliíliui parece fir a demonftraçaó, que qmz oàenhc fazer da perfeição do numero ternario,6cquatemario{qu Virgili > Gentio reconhecendo fua perfeyçaõ determino por inâaicoi; quaniochamqu aos íeus Troya^os fiuma^ muitas vezes diccaf os. Oterqtíe, quaterque beati,)

f$g.M*li< p^qje aon je eftió douseftando o Senhor, faz o numer ternário», & eâanio aonde eftaô os três faz o numero ou a ternário; querendo moftrar afua infinita immeoíídaáe pa aumeros infinito?, qual ne o ternário, & quaternário. Sai eftes d jus números táo celebrados em as (agradas letras aíHm doNovo,como doVelhoTeftamento^ue para (efe rir a menor parte, feria nunca acabar. O (agrado Lenho dil Cruz, de crés, ou quatro arvores foycompofto, os cravo foraô tres,ou quatro(Tegurado varias opioniòes) o letreir< foi efcritto em três lingoas,8cforpnadq com quatro nomes Os fagrados^poftollos fo.raõ doze}o qual numero dividi do em quatro partes, cada parte contem o ternário } & di vidido em três partes, cada parte contem o quaternarioiô

Z/Êugufi fitprà par efís caufa Santo Auguftinho diz, que o numero duo

pf*L%6. denariofigmfica humyfterio grande: Vacrãwntummagrt

hujus duo dinarij fignificatio eft numeri Tarnbem numen

.'ff ^P^nari°'Par^côPor dequarfenario,Sr ternariojhe uni!

£f *Xi Te^íal * aírifn ° affír,Tla ° ^oufi^mo Ricardo: Septenam ^' miverfitas de fignatur \quod ipfe feptenarim ex quaternária qui vifibilmm, & ternário , qm invifibhtim forma eji , con '• Jumaíur. Veja feonum 32.

Com o quexftà dittfc fe prova fer o Diathezeraõ* interi vallo perfeito: pois conte o numero quaternário em voz & Qfecaariojero eípaçosj acha-íe efte intreellodeducci*

o

elas Explanações, éj

\n\ât ut, afa,dere}a lol,de mi, a la, «xceptuar^e aquaira e Ffa, ut, abfa, kmi. Accidenfaes íe formafc dadivifac* eimadeCfol.fa, ut à diviíaê acima de Ffa,ut, a bmi;da ivilaõ acima de Gíol, re, ut , àdivifaô acima de Clol, I ut,de Bfa,à divifaó abaixo de Elamu

71 O ítxto intervalio Djapente he intervalio de cin- mrg.Fhilof.L o vozes, trestnnos , & húfemjtono mayor cantaveU -.Dia- 5./r,i.<vi3#. tteeft qnmquem vocumjntei vallorum quatuof: E fte intre- |allo he mais principal, que o Diathezcraó : ^Liapcnte /»- "trcvnfonanttaspo/' "Diapafon locatnr. Chama fe Dia pente ia dicção Grega dia>fkdc ^entha,<3 íaõ cincc;& vai c n eí- no que coníonancia de cinco vozty>*Vicitura ffntha gra- vV&We t>qu&â efl quinque latiné:Pià\*õ íe Diapentes deus deduc- ionaes,&dous divjuctivos,ou deducionaes faõ de ut,a íol, iere,a la;os disjuntivos de mi, a mi,& de fa,a fa,í<Iim eo« node Elajmi.aBfaj&mi,^ de Ffa,ut, a Cíel,fa,ut..fcccic,é- al fe forma de & à diviíaõ acima de Ffa,ut & dadiviíaô cima de Gíol, fa ut,à divifaô acima de CÍ€l,re,ut, & da liviíaõ acima de Ffa,ur, àdivifaô acima de Gfcl, fa, ut, & le Bfa,a Ffa,ut,& da diviíaõ abaixo de Ela,mi, a Bfa.

73 O íetimo intervalio Exacordo mayor, heintre- 'allo de íeis cozes, quatro tonos, & hum femitono mayor Tdèf.ezp.6l :antaveli rorma-fe do Diapente ,6c tono : Excordonmojvs Franch.l.y.en \x(Diape»tf%& tono conficttur.N efte intervalio poz o dou- *líj'A. lifllmo Guido a dedução das vozes, ermo o traz Gladia, fj/* * 10 Patrício- fallando da fexta mayor :ifof indu tf tones fuás ^tmoitM1 ruido conftituit: Charoa-fe Exacordo da particula£x,que ^\w% \\m^ ignifica fexfr de corda cord<e& tudo (oa,íeiscordas;afíim h.Mu.it omoHexagonus entre osGeometricos íeis angulos;àcha- e efte intrevaJlo deduccicnal de ut, a la, & disjur6Hvo de ^Mol,reiaBfa,6mi,&deFfa,ut,aDla,íol,re.Accider3fal te Are à divifaô acima de Ffa,ut,& dePmi.àdiriíão aci- na de Gfol,re ur.fc de Era,mi, à divifaô ^acima deCíc!,fa •t.Sr de Bfa,a Gíoíire, ur,& da diyifão abaixo de Ela,imi,» *&l>,fa>,ur.

6% Tratado

74 O oitava intervallo Exacordo menor hêtambe intervallo disjufi&ivode íeis vozes, três tonos,& dous-í rn i tonos may ores : Exmardon mimts efi femttonium cu, Diapente^uemadmodum mitfatex Elatmitad C/òl,fa ut, cj aliisitem /irmlibus Uas: for m*4G efte intervalio, contem, a deíi víçãodi mi, a fa, de & la mi, a Coí,fa,ut,ondere,a f;í Ala,rni,reiaFfa,ut,ou de mi\a defol,6fa,& rai,aGfol,r«j ut/Eltshí mais fuaveq@£íXacQrdo mayor porquanto Êxicordomayor he alpero, & raramente íe admite dl falto, §r no menor fe acha grande graç?. , principalmente no terceiro tom: Htec phrigio modo miram babet gr atmm fuo adhibiatnrtotozÇàzcndQ-le de mi,afa, por ter íemironi iio principio, & femicono no fim. Accideaul íef©rma d

ut a éívifás abaixo de £la,mi» diviíâo acima de GÍf fa,nt, a Ala, mijrQjâc da diviíão acima de tfajUtja Dia, íd re,& da diviíão acima deGfol,re,ut,& a£la.,mi,êí de Dl; íol, re, a bfa.

75 O nono intervallo Diapazâo.he intrevallo de oit; meerJefom. vozes, cincotonos, & dousíemicoraomayores '•: 'D/apafô, exUJe rep. (dJzÇjcero) Mi offo curjus, inquibns túâemvistliduoriih

,-cUdnt dodec.

totÂ% cia: Confonantiarum , tnquit yfimftrtmammmjfectesertl

quam fuermt vocês : fempre as cõfunancias de qualquer irii

trevaiíohão deferhúa menos, que asvozes.j por eíTacaij

fa o Diachezeráo teado quatro vozes,te crés efpeeies,dou

tonos, & hum femicono: Bz o mefmo nos mais intervallci

Mdrg.?hilof. fnayoreSj ot3 rnenores.He efta cõfocancia de oitava a maj;

l~ytr,i.e.LO. .agrad4Vel,maiç perfeita,& maisfacilde perceber no oovij

do: ^DUpafon omnium<;<mf®n<mtiãrn eftjtiCímdiJJimayperfâ

r*. ^ Tri_ -ãijfiina^ ajudicio awtsfaciMima.E Saato Auguftinho

wtXc.i.. <irmatquã até os indoucos podem delia julgar, ou cantan

M^rarML <do,ou ouvindo. Necímfenupojfm^eam w fentmtfiveif

hm. útautcs.fi dm uadistes* Procede e ft a pet h i$aó iu:

das Explamcxtes. 6 5

e por fc fprraar a oitava, ou Diapazaõ de dous intcrvallos lerfeitos, a laber, Diapente, Diatheseraô. .76 Neíic inter vallo de Diapazaõ, como fentiraõroui- as f iJofcrfos antigos, & íeguem muitos modernos , confif- :m os movimentos teleftes; que eftes movimentos fejaõ oníoantes íe confirma nas (agradas letras : §juismarrabtt tlorum vocesl & concentum calt quis dormite factev. ou cõ- prme te do Hebreo : Quis exponet nubes tn fapientta , mt itrumentnm calorum qutsfaaet qutefcere. Com eftas con- Ordancts vozes, diz David , louvaõ , & publicaó a gloria ie Deos : Cali enarrant gloriam Dei. O doutiffirno Nicc- ^o de Lyra a comenta íobre efte lugar: Tatenter cflendunt vagmtndmem fua potentta ', & ordinem fua fapientta, pois .uando naô ouçamos fuás vozes por percuffaõ aérea , as iuví aios tacias por contemplação, como affirma o douto ítíncbrardo.Os Doutores â margem citados ,a quem íegue i grande Marinho , tormaõ da terra ao firmamento íeis tc- I *•> , ^ue he hum Diapazaó perfeito , 6c fuppofto íe acha aais lya coma , naô contradiz às opinioehs , por fer parva wantitas*

IvJoítraô-fe eftas quantidades; nefía figura.

Debaixo def]e grande firmamento Vez e Ceo de SaturnoyfDcos antigo

fupitey logo faz o movimento ,

$

S miar te abaixo bellico inimigo -9

D claro olbo do Ceo no quarto afiento,

S Vénus que os amores traz configo.

Mercúrio de eloquência foberana ,

lom três rcflos debaixo vay ^Diana. h

ia

'S ? refcs.

rlw.l. 2 .

S.lffdcr.!.$. /. : 6 .Cjc.6 .de jfcpfíM. Ecet

L í.c. 27.

Gccr^.VÀl.l, l .c.t. afud Ciad.l.i.c. j 3 . Marw. I ic.i.r.i.

luÂM,

66 Tratado

Da fuperficre da terra à Lua vay humaproporça5 íexq

&ava,-quehé hum tono} da Lua a Mercúrio hum femi

nojde Mercúrio a- Vénus outro íemítono;de Vénus ao í

, hum fsmiditonoí do Sol a Marte hum tonoj de Marte aj

piter hum ferafcono* de Júpiter a Saturno out«*o femitoti

de Saturno ao Ceo eftrellado outro femitono ,com que

zem féis tonas}8c movendo- íe eftesCeos, hunscom m

velocidade que outros* fazem os mais velozes as^onfona

cias miisa-lta? » & os mais tardios as maisbayxas ; porq

como diz Baeçio , do movimento fefazofom, & do-fon

, Muííca}por eíTa cauía os fa bios antigos , como refere C,

, x- íanio, diziaó haver nove Mufas, em razaô dos aííentos

consta,, cáp, i. f t * r i_

'Mk Miceí. ovti) wferaí, Sc numa fupenor armoma,que comprenenC Eva,&+-<xoe codas. Virgílio invocando efta ultima chamada Calli p.i.c.i$.n.& pc> diz :

MneU. 9 . Vos o Caliiúppe precd r afpirate canenrk

gIaL.I. l. d. Donie k q-ié falhado com húa Mufa põem o verl

J4* noplun!, afpirate-, porque efta novena comprehende t

da>as mris ;, afíim como a oytava Diapazaõ compr^hen)

os oyto inrrevallos inferiores s & dahi lhe vem chamar.

Osapazaó d j dita* dicçaS Grega Dia , em Latim Ex s & <

,/tnjlJe cAo pâ;íí'jqll2 em Latim fignifica omneyno naíTo idioma; Tud

a'^" & íoa tudo} Corpo todocheyo de melodia, que comprent

todas as confonancias.

77 Padece eíta doutrina fobreditta dos fonsarmo» cos das esferas huma contradicçaõ muy £jrçofa,.& he (o mo afHrma o Filofofo)que íuppoftohaja em os Ceosmi vimentos naõ ha; percuíTaõ de zr y. & fem efta naõ fe póc formar íom* logo naôtern os Ceostalarmonia. A efta di vidaferefponde,que Ariftoteles naó foy S. Paulo, que fo rebatido áo fupremo Ceo, pira dar dei lés noticia ve dadeyra.

7-8 Doutores Catholicos affirmaÓy ferem os Ceos í< irrores, Sr de mais que muytosaffirmaó ferem a éreos coi feaílante probabilidade * & razão he ,, que fázsndo De(

o fi

das Explanações»] 6j •'■

i firmamento ao feguodo dia , lhe chamou Ceo -.VocavU p'Àm.i.f. \ue 'Deusfirmamentumccclum. Eíte firtnamento,diz6m Sã- ?-68^-T- cr o 1 hômas, Durando , & outros muitos , he o mefmo ar-, tf6? uDí'~ forque ío o ar divide as agoas das agoas, a qual divifaô íó r3d'in lJ'^' i armamento faz;como denota a particular caufal do tex- 'H'1**-1! o Vf.Fiatfirmamtnium mtdioaquarnm, ut dividat aquas teiriTcènef baquiSi & como em o firmamento eftaó os Planetas, fica r^teU&tr. Samfcfto fazerem com íeus movimentos tão fuave armo- de opere ft* Ua, que íenaó fora íufficiente a diftancia> que entre nos, & diertm difi lies leda, paia a naô podermos ouvir s patece que Deos 32. r». 2^* ião p?rmictiriaouvirmolai porque excede a faculdade da taerqve soar[ lOtencia audiriva : Fiant luminária in firmamento c£li -, & M&gJM «/*_ vira manuum ejus annumiat firmamtntum^ & naõ tem ne- reíex J"™?m 'hum logar a duvida de Ariftotelts, porque.o rneímo ar, 5* w-7-z'í/*. ue na opinião detaóíancos Doutores he o firmamento; ^ C^°.M?, s aonde os Planetas eftaó, &aílim afUrmaõ, conforme o *„£$"*?*'' kpoffoio S. Paulo, naõ haver mais de três Ceos ; lmpireo, ^'Joz'%b<- lorada dos btmaveniuradosj o Eftrellado, aonde eftaó as ph\n*T.L<>- íftrellas fixas ; &o Aéreo, ende enjoos Planetas. Eftas rinc^rriaMc- oncordes coníonancias naõ íe ouvem na terra (como diz un.cemlrar- loecio} porque Deosaílim o permute por mnyras caufas, J.r.TircJ.D. primeira das quaes deve fer; porque íua grande melodia chyfcfrm. 'odia fazer danao a notfa limitada potencia j & affim diz T^prt- v- .riftc ce e*,que ta& boa pôde fer huma coufa, que faça mal ^*W*>"eC- fua potencia, como fe experimenta olhando para o Sol, £*d.meide«* uecom fftaluzsf? ndeahurya navifta. Declara bem efte v'^Ai^-AL brecer o que íuecedeo a S.Paulo, quando ®eos o chamou c*^/ Bctcf loa Igreja, com a voz , & luz,*que o cercou ficou fem fen- Irf.2^fr//?«' dos : Ntl videbat , naõ via : naõ fe pode ter : Cadens in de 'calo /». 3. rram: não comia , nem bebia : Aon mandveavit neque bi- «/tiCff.r.p. \t : Valhame Deos, quenxnrou os íentidos a Pauío? A oz de Deos » &r a luz que o cercou , que era tão íoberana, be ao limitado do homem parece tirou a operaç3Õ. De pm Mongç íc conta , que com a voz de huma avefinha, elevou tanto, que trezentos annos lb-e pareceram hum

liiij dia»

6% Travado

dia : E naõ vio trezentas íeflfenta & cinco vezes cada anr,< as trevas da noyte ? naõ fentio a natureía faka do alimen toda vida? nãoodúvertioo fallardos homens? o canta1 dasaves ? as mais vozes dos animaes terreíles > Não, qu jera tão fuave (por permiflaõ divina ) a voz de huma avefi !nha, que lhe tirou a operação dos fentidos. Muito bem co firma efta verdade, ò quediffe Deos a Moyíés : Naõ h poíFivel verme creatura humana, & viva na terra-, naõ, par que a viftade Deos marte, íenaõ » porque com íua vifta fraca humanidade morre.

79 Os iacervallos iacantaveis fa5 nove , coroo feteí.

dicto atraz , a íaber feraitono menor , que tem quatro ce*

mas; acha-fe effce dividindo o tono em dons femitonos , hj

mayor que he cantavel ,6? outro menor, que he incarna

Zdrf.wfi.h4r' veli efte íe define Semitonium minus k majori commatefii

monJ.^c.ig peratnr. O íemitono menor tem menos bua coma qo ma

Taleff. ^ yot; efte femitono aaõ fe acha no género Diatónico , & fi

por divíTaó íe acha de Bfa, a 6 mi, de CÍQl,Ffa,ut,à diviíai

acima , da divifaõ acima de Dla,fol,re, a Ela, mi, de Ffa

ut à divifaõ acima ; de GfoI;re, ut à divifaõ aerma do ditti

ol , re ut.

8o Tritono he intervallo diflbnante de quatro vozes tesa de díftancia três tonos , acha-fe natur*l de fa , ut , I oUU.cApJ!, , n tfritonus quarta dura , &generi 'Diatónico plane inep stepk vann. ta^ ex tr^m tm^ conflat<_ por divifaõ fe forma de Gío! %evm.l.u. te< nt) à diviíâô aíima de Cfpl, fa, ut , de Bfa, a Ela* mi , d €' 36* C.fol.fa.ur.à drVifaó acima de Ffa,ut,&deDla,fol,r* à divi

íaõ acima de Gfol,re,ut,da Sivifâo abaixo deEla,mi,a Ala

mi, re. r 8.i Semidiathezerão he também intervallo diílonami

Íf&cmh^ ^ quatro vozes , hum tono, & dous femitonos : Semidi

Ts o atwl^' theferon eft inter vallum toni , duorum^nefemitonorum •, ni

TMr.u. fe acha efte no género Diatónico; & íò por diviíã© fe fo

fnadadivifãacimàdeCfol, fa , ut, t Ffa ut; dadivifs

acima de<5fol, re, ut. a Cfol, fa, ut, Sr da divifão acima c

Ff

>.'.!

daí ExfJatuiçoens.

jfa.ut, a Bfa,& de k mi à divifão abaixo de Ela , mi. Si Semidiapête ~ he intervallo diíTonante de cinco vo oraíug : Semidiapente quinta tpiperfeãa ex duobus tonis , toti- e'l6J ^ falt1 w quefemitomjs majortbus cenftat: Acha.fe naturalmente *¥*à nleJ- Emfl aFfa,ut,& accidentalmente de Ela, mi, a Bfa da di- W- ; vilão acima deCíol, fa, ur, a Gfol, re, ur} & da divifão íima de Ffa,ur,a Cíol, fa, utj & da divifão acima deGfol, t, ut,a Dia, íol, re.

183 Diapentefuperfluo he também intervallo de cin- j vozes , tem de diftanda quatro tonos : *Diapente fuper- , r - \uum ex quatuor tonis cenftat : Não íe acha efte intervallo A W™

0 género diatonicf 3 por diviíão íe forma de Cfol,fa, ut,à ivifaõ acima de Gfol, re, ot, & de Ffa, ut,à divifão acima e Cfol,fa,ut,de Bfa,à divifão acima de Ffa, ut, & da divi- ,o abaixo de Ela, mi, a 6 mi.

1 84 Etacordomayor he intervallo diíTonante de fette j6fif>Í<%%L Ozes, cinco tonos, êc hum femirono mayor cai>tavel:i7f- mflmr. facordum majus , ex quinque tonis cum femitono waJ6riha1m.L5.tl wflat: Acha-fe no género diatónico de Gfol, fa,ut, B mi, 12. onr.

t de Ffa,ut,a Ela, mi, por divifão fe acha de Gfol, re, ut, 7Ígr.Li.c.z'x divifão acima deFfa,ut,deAla,utmi,re,à divifão acima de ^ndraUfiâ íol, re , ut; & de Dia, foi, re, á divifão acima de Cfol, fa>

8$ Eracordo menor conda de quatro tonos , & deus mitonos mayores ; he também diííonante : Heptacordum

Íinus ex quatuor tonis , duobn f que Jemittinijs major ibus cof- /}forma.fe natural de Dla,fcl,re,a Cfol,fa,ot,deEla,mi, a Ma, foi, re, de Gfol, re,ut,a Ffa,uf,deAla,mi,re,a Gfcl, re, rde&mi,a A'a,mi, re,por divifão íe forma de Cfol,fa,ut, Bfa, da divifá acima de Cfol, fa, ut a & mi ; & de Ffa, ut, divifão abaixo de Ela, mi , da divifão acima de Ffa, ur, Ela, mi & da divifão acima de Gfol, re,utá divifão aci- iadeFfa;ur. zárUwfim*

86 Semidiapazaohe intervallo difTonante de oito vo- iArmjt 3,^ es, quatro tonos, & três íemitonos mzy onsSewidiapafcn ng

lii iij esc

7 o 7rmd$

ex quatnor toms , trihujqne femitonijs majoribus tiftat. E incervalio naõ /e acha no género Diatónico* por diviíaé forma da <4iviía5 acima de Cíoi, fa, ut,a CfoI,fa,ut,da dir taó acima iie Ffa, uc , a Ffa, at, da divsfaó acima de Gf< re^ic aGíol.rejUC.de tila, miá diviía§ abaixo de Eia", mi, de |n& a Bfa, fubindo íempre le acharão quatro tonos, ires íeoiitonosmayores.

87 Diapazaõ íuperíluo ha também intervallodiííl mate de oiro vozes , féis tonos ., & hum femitono mayo ^Diapafonfuperfluum [ex tonos cum femitomo ãmpleãitv ' z*U't Mem. NSo íe acha natural} por divtíãofe forma de Gíoi, te, uc

y/Tniif.c. 2,5,

. , < - ., . , , ,

aivifao acima de outro Cfol , re,uc, oitavaacíma.' de Hl àdivifão , acima de Cíoi, fa, ur, oitavaacima; da diviíí

til

abaixo de Ela, mi, a Ela, mi, oitava acima; de Bfa,a fi na rm fma ma, fobindo mais quatro comas , que o pazaõ perfeito.

Todos eíles inter^allos faõ d iflb na ntee , porque ferm dos prin:?pa!mente de íalto oifébdem o ouvido&fe dc^e evitar.

:

Nêft

das Explanares.

7*

A b § G % D b E F m

lefta figura aonde eflá p. figm fica perfeita-, M. grande rnejtr^ w. pe- iem menor \ mi. m\nmia\aonde ejlà eflulltnha * he $a,de mais luma co- ú\aonde eftahúaCm\inba\befemtono menos Ima coma}4onde ejjk èfle lai § he tono de dc^ comes ; befêmitono , 6frv :

EX-

J2 Trattado

E X P L AN AC, A M VII.

* Dos Tons.

Mar^pVdoj: a~r^ E mos em a Mufíca doze toas, ou modos : Tonust

tf.tr.i.c.8- g^ regula canttts regularis, curfum naturalem infine %

G^d.do dec. termirians : íaô os^onsdozq, fuppoílo dizemos acima, qi

- íâòoito por nos aeommodariaos com o íntrodqzido uf

O mefmc» fez Pedra Taieíio na fua Arte do canto Chaá

dizendo no capitulo 15. que eraôostonsoito}& noeapici

lo 31, que neceíTariamente erao dozej Scnaó faz ao cal

t&n contrariedade; porque certamente íaó oito os que ma

fe ufao , 6c íe póJern achar, como fe achaõmaís quatt

que íaó doze i principalmente em canto de Orgaõ , qj

.muitos ufaó do noveno & dozeno, com titulo, que he es

ceiro , & oitayo.

89 Muitas razões ha para os tons ferem doze : apor taremos algumas. A primeyra he, qo? íend . os fignos íet & acabando cada dous tons em hum figao, parece havia de feros tons catorze* porém como Bfa,&mi, naõ pode f( mar quinta psrfeytanatutalregeitando eftes dous toi que nelle hayiaô de fenecer ficao doze; & fe primeiro, íegundo tom fenecem «m Dia., foi , re ; terceiro, &■ quar em Ela,mi,quintQ,&: fexto em Ffa, utj fettimo, U oitai em Gfol,re,ut,& naõ diz a regra dostoQS,que nenhum de tes fsnecem em Ala, mi,re,nern Cíol, fa,ut; porque fe ha dizer, terceiro fenece em Aia, im,ref §c oitavoem Cíol, ut.? £ fe íe açiiaõ alguns tons ueftes fignos, logo ha mais $\ oito tons.

90 Segunda razaõ: Bem certo he haverem a Mufi^ vinte fignosjdosquaes o primeiro heGamma,ut| Srouk mo Ela. Também hecert®, que qualquer tom uaõ foi mais defeuíinil para cima, qd&z pontos, para fermeft

plu

das Explanações. 75

luíquaro perfeito: logo fettimo toin, q he dos oiro o mais co, o mais que pôde íobir he a Bfa.b mijobre agudo,& h> 16 acima Cíol , fa-, Dia, íol ; & "'Ela, icm íer virem na lufica, havendo oito ton? jdonde fe cIaro,que ha no- ;no tom , que forma dezena em Cfol, fa , & onzenc que >rma dezena em tia. E fe me diílerem , que eftes fignog õíuperfluos, negaloheij porque aílim como principia- õ a fenecer os tons primeiro , & fegundo em D foi,re, lixando abaixo de Dlolrre, cinco pontos, quatro para o uthezeraóde fegundo,&hum de licença;& naõ deyxàraõ ais; porque naò eraó neceíFarioSi síTiro naô haviaô de >rmaríignos (uperfíuos.

9,1 Terceira razaõ ; Em o canto Chão fe acha hum vantamento do Pfalm. In exitu Ifrael, que naó he dcs to levantamentos; & não íe poderá dizer, que he primei- >, como dizem alguns ; porque primeyto tom não tem om levantamentos diferentes ; nem alguns dcs mais^lo- nefte tom certamente he (orados oito, & ha mais de oi- > tons.

9_z Quarta, & ultima razaõ. Temos em aMuíicafeis ozes , & cada hum dos dous tons tem hua voz natural ap- ropriada ; ao que lhe correíponde outra femelhante, ou n quinta por cima, ou em quarta por baixo. Primeiro, êe gundo tom tem re, terceiro, & quarto tem mi, quinro, & xto tem fa íettimo, & oitavo foi, nono, & decimo rem , onzeno, & dozeno tem ur. donde fe moftra ferem os tõs :>ze ; porque as vozes fãe íeis.

93 SediíTerem, que eftes tons, que fenaõ cemprchen- cm nos oiro, faõ irregulares, he contra roda a rawao; per- ue tom irregular heo com quecantaõ os que não íabtm Iufica,qiie não regras ; pelo que a. definição chama ao >m da Mufíca Regula cantus regularis, &c regra do canto ígular; porque na Mufica do canto Chão, & Órgão nâcr e canto irregular. Alguns dizem que os tons irregulares í.e )rmáraõ por erro das Claves; poraue mudanéo a chv? <*&

Kkfc Ffa,ut*

74 Trattadò

Ffa, ut, cm clive de Cfol, fa, ut, fica o final, que ficava err Dia, íol,re, em /Vla,mi, reoqualdicto naõtem lugar5 por que os qcresladaffem, íabendo,que não havia tons em Ah mi, re, naõ podiáo fazer cal erroj antes pelos finaes podia conheceras claves. Pelo que melhor íerá dizer, que os qu treladáraõ não podendo diítinguir aclave de t fa, ur, da d Cfol, fa, uc, porque peio final fendo clave ds Fia , ut erái primeirojou fegundo, & pelo final fendo clave de Cfol,f; ur, era noveno, & dezeno, fanaõ os primeiros novenos, ti os fegundos dezenos.

94 O certo hequeos tons faô infinitos, ôc fòemo nt ^r%'?êr mcro dozeno, W* fignifica univeríidade fe podem num< rfalM.re». rar:gaoco Agofiinho : Sacramentam efi cujufdam univei Bedaff^m ç mefmodiz Venerável Bcda : Duodenariof*&

ned.Glad.L2,. numero fblet m fcnpturis univer fitas dejtgmri. Os uregej Ctl'z% " nomeaõ os tons deíla forte : Primeiro , & fegundo Dorí< Hypodorio. Terceiro & quarto ; Phrygio , Hypophrygi< Quinto & fexco: Lydio,Hypofydio:Smmo,&oitavo:Mi xolidio, Hypooiixolidio: Noveno & dezeno, jEolio,Hjj p.Franc poíeolio : Onzeno & dezeno : Jónico t Hypojonico: Êffl Marol.ofufc. tons Dono,PhTygio,Lydio» M ixoUdio^EoiioJomcocer MAtbem.tr. eftes nomes das regions donde fe inventarão , & os ma Mufíratr*- fe compõem de£tes,&da propofiçáo Grega Hypo,que he d**' mefmo , qwefub , ou fubter como traz António de Nebrs

xa,& faõ mais baixos. Os primeyros fymples fechamaõ ai( thenticos-,& os compoftos da propofiçaõ Hypo fe chama Plagares, & nos Meftres , Sc Difcipulos entendendo-íe ít M^r.pUlof peno^es, inferiores : Auãmti fie diãi% quia aufhrttate Lytr.i.c.S. afcen4mdi majorem habent , eximi : Tlagalesficàifti.qu niam magis quam priores defeendunt , & mirins afeendun, Cada humdeftes tons compofto com propriedade tem d veríoserTíytos: O primeiro*he alegre: O fegundo grave J terceiro irofo: O quarto agradável : O quinto humanativ Q fexto^trifte: O íecimoalcivo:0 oitavo generico:Q nor pacifico : O decimo afpero s O undécimo force : O dezei

aprafiv

das Explanarem. 75

írafível: Caffiodoro aponta as propriedades de alguns: hrius prudente* largitor e/i: Phrygius pugnas excitai: Ly- fts intelletium obtujjis acmt , & terreno dejiderio gravatts 'lejtium appetentiatn tnducit : c^Ecoltus animitempeftates anquillat jomminquejam placatts attrtbuit : Bem ditíeraõ Platónicos > que rendia todo o creado vaíTalagem à Mu- :a i porque a alma celefte de quem univt Malmente todas creaturas recebem animação , teve origem da Mufica ; (tleftis anima qua univer fitas animatur> originem fumpfit ex ffífica. Em hum tom abranda '.x^ALcolius animi tempeftates anquillat. O doutiíTimo OzorioPortuguez: Aon igiturfo. m regi colenda Mufica eft% ut animam à labore recreat, aut \tur# vehementtam Uniet% atque temperei &c. Donde nos òftta tem a Mufica poder para abrandar,tem poder para furecer : Prigius pugnas excitai : Ovídio.

Efíent pugnaces , qui fera bella canunt. nalroente tem infinitos poderes : alivia as dores, alegra a ntafia fufpende o animo, $z he à dilicia mayor, que ha na rra : a experiência o moftra, íem que o diííera Phaleto ftes verfos.

CMuJíca turbatas animas , agrumque dobrem Sola levat mento <D'tvumque homtnumque võluptas Qua fine rui jocundum animis , nec amabile quidquam %j4d cujus números fuperivertuntur , & orbes. ..rã conhecimento da formação dos tons , he neceíTario jer .queremos em o canto quatro eípecies de Diapente, crés eípecies de Diarhezeraõ.

As eípecies de Diapente faõ as feguintes.

CaJJloâ. Jnpet

rJ4.

Cie. l.Tufc.qq Vcldrd. 5. Cáft 2 9. H1eron.ox.0r. de %fg. stjfit.

evtd. 2,

Hier.Thalei. de latf.Mafr

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7 6 Trattado

Ás eípecies de Diathezeraõ íaô as que íe íeguenh

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Comeftasefpecíes de Diapente, & Diathezeraõ fe fórmíj fccc eípecies de Diapazaô , ou para melhor dizer neftase1 pecies fe dividem cada nua das fece eípecies de Diapazai como adiante íe verá.

As eípecies de Diapazaô íaô asyfeguinr.es,

Cada hum dos tons"tem em o decurfo de foa cantoria psj íer perfeito hum Diapazaô , o qual fe divide em hum D! pente, & em hum Diathezeraõ, Os tons Meftres dividem; lua oitava armonicamente , primeiro Diapente, & defp | o Diathezeraõ. E os Diícipulos dív idem a íua oitava A1 thmeticaraente , primeiro o Diathezeraõ, & deípoií! Diapente. A fegundaefpecie Diapazaô naõ tem rryns c húa divizaõ , que he Anthmetica,& a fexca efpecie de D pazaõ naõ tem mais que huadiviíaõ, que hearmonica.

Primeiro tom he compoilo da primeira _ ef ^cie de Diapente re , la , & da primeira ..- efpecis de Diathezaraõ, re, foi, que aofbos j| fazsm a quarta eípecie de Diapazaô..

das Explana fés. Segundo tom he compofto da primey- i efpecie de Diathezeraó re, foi a & da^gg rimeyra de Díapence re, la , q ambos fa-TT em a primeyra efp?cie de Diapazaõ.

Terceiro tom he compofto da fecunda fpecie de Diapente mi, mi, & da legunda fpecie de Diathezaraõ, mi, la, que ambos iazem a quinta efpeeie de Diapazaõ. ( Quarto tom he compofto da íegundaef jeciede Diathezaraõ mi, la , & da feguada §Hf— j le Diapente mi, mi, que ambos fazem a fe-Zffjij »unda eípecie de Diapazaõ.

Quinto tom he compofto da terceira ef- jecie de Diapente fa , fa , & da terceira de Diathezeraó ut , fa , que ambos fazem a \x xta eípecie de Diapazaõ.

Sexto tom he com pofto da terceira eípecie r]e Diathezeraó ut , fa , & da terceira de Dia- pente fa , fa, que ambos fazem a terceira eí-— | pecie de Diapazaê.

Settimo tom he compofto de quarta eí- pecie de Diapente , ut, íól, & da primeira de Diathezeraó re, foi , que ambos fazem a íetima efpecie Diapazaõ.

Oiravo tom he compofto da primeyra eí- pecie de Diathezeraó re, íol, & da quarta de Diapente, ur, íol,que ambos fazem a quarta fpecie de Diapazãn.

Noveno tom he compcfto d$ primeira ef- —Ss*.

ntere, la , & da íegunda de 8 «HS»"

pecie de Diapente re, la , õí aa ieg~. ......

Diathezeraó mija. que ambos fazem apri-ppg meira efpecie de Diapazâ.

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78 Tratado.

Decimo tom Fie compofto da fegundalj-*1 ^ efpecie de Diathezerâo mi, Ia,& da primei- -p|— fljHH^-' ra de Diapente re, la, queambos fazem ap3ij-ZI quinta eípeciede Diapazâo.

Duodécimo tom heeompoftoda quar- ta efpecie de Diathezerâo ut, fa , & da ter- ceira d<3 Diapente,urt fel que ambos fazem a ferima efpecie de Diapazâo.

Ooudecimo tom he com podo da ter- ceira efpecie de Diathízeráo ut, fa , & da quarta de Diapente, ut, foi que ambos fa- zem afetcima efpeciede Diapazâo.

Asfrguraspretasdenotãooilnafdotom. Contraefta doutrina me põem os Authores daopiniãod oito tons hííaobjeção , & he , que fe o 30. 6c 10o. tom tem ambos a 5a. efpeciede Diapazâo de Ela, mi, a Ela, mi, h logoomefmo3°. & ioe. domeímomodo iej°:he 12o. ter ambos a 7a. efpecie de Diapazâo , fão logo femelhante 7o. & 1 2o. & afíi mais, fe 68. & 1 1°. tem a 3a.efpecie de Dia pazão, não ha diverfidade entre 6o. & 1 1°. & por eíTa cauíí íaõ efcufados to0, n°. 1 20.

Ao que refpondo,diftinguifido,&!)egando a confeqcen cia, que o Diapazâo de 3°. & i°. fejaomefmo, concedo porém as partes de que fe compõem fão, diverfas; porque o 3o. he comporto da 2a. efpecie de Diapente , & da 2a. ef ■' peciede Diathezerão , & o lo.hecompofto da 2a. efpecie j de Diathezerão,& da i\ de Diapente, pelo que os Diaper»., íes diveríos , por eíía eaufa não fão o mefmo , por ferem partes diverfas. Ê o rnefmo digo dos mais. De mais , que a mefma femelhança de Diapazâo fe acha em i°. & 8o. tom que ambos tem 4a. efpeciede Diapazâo , & ninguém ne ga, que o i°. he i°. & o 8o. he 8o.

A ates fe confirma ferem os tons 12. porque tendo em Muíícafette eípecies de Diapazâo, das quaes cinco tem <k as diviíoeos Ar m oaica» & AritUmetiça > que fazem 10 * toasl

dâ$ Expl facões. j 9

lns,& porque a 2*.efpecie de Diapazâo fe divide At irh- eucamence , & a 6a. elpecie íó fe divide armomcamente, jzenia.quecomos io.f3o i2.Prova-íe mais não ter a obje- \o fundamento pelas mefmas eípecies;porq fe a ia.eípe< ie sDiapeote, & a 2a. & as mais tem anuíma quar ndade ; brque razão terá o Diapente quatro eípecies diverías, & a mefmo mGdo o Diathezerão três diverías, & o Diapa- íofette? Aoque refpondo,que fendo a 1 a. & 2a. típecieo reímo no tocante ao todo, ião diverías no tccante às par- js, de que íe compoem,por razão do femitono,que humas bzeseftà no principio, & outras no meyo, & outras no m. E porefTa mefmacauíao Diathezerão tem íó três eí- scies>por cer íó três diverías poíturas o femitono. E o Dia- entetem íó quatro, por ter íó quatro pofiuras diverías o imicono i & pela mefma razão tem o Diapazão íettc ef- ecies.

Tudo o que fe tem ditto ferve para canto chaa, & canto 1 Orgao juntamente i o queje Jegue pertence a canto de \rgao. 1 .

CANTO DE ORGAM.

Ocanto de Órgão chamão Figurai, Méfural,& Mul- tiforme.Figural, porque tem diverías figuras, humas e valem mais , & outras menos. Menfural , porque etfas utas íe medem nuas com outras, ou com numero bina- \Ot ou ternário: Multiforme pela ccmpcílçáo, & arroonia s vozes, em proporcionadas diftancias ; por tanto psra itarmosconfuzão dividiremos tudo o que pertence ao nco ds Órgão em três Explanações.

EXl

Tratada

EXPLANC, AM VIII.

Do Canto Figurai*

' C*% ^ânto %grtí íe define aífim: Cantusfiguratus efl\ <fi

mco„d9 %Q£ \J vanis confiat notnlts. Em quanto ao canto figurai, d ot.^ar. l. as ^gar ÍS ^q C2nCo de Orga6, havemos de faber,que das to figuras as cinco primeiras: Máxima , Longa, Breve, S< mibreve, Mínima, íaõ as maispnncipaes,em queconfiftei os modos, tempo , & prolação} & por effa caufa humas (| perfeitas , Sc outras alteraõ as três Seminima. Colchea, S< mico!ch?a,,ía5 diminutivas , & nellas naó pôde haver pe feição ,. on alteração. !

97 Eftas oito figuras, ouíaofihal devoz, quepropnV mente chamaó figuras , ou faõ final de filencio , que pril

"cApfiadtx ín PT * a m&n r e chamao pau ias das fi gu r as: Figura eflfignu quoc\ !. ? Mdrff. dam voeis , & filentiis reprafentativum voeis propter no ti\ fhdof.cap. r.. rum-, filentii propter paufas notis equivalentes: Eftas figurai!

& paufas na icem humas das outras : Ovídio. °W, Ex. alijs alias recipit natura figuras-.

98 A Máxima he híía figura quadrada mais larga m comprida, com plica à parte direita, fubitido, ou deícend também (c ufa fem plica : Máxima efi quadrangular is cttjt hngitudú trtplicat latitudinem t filum quoque duãumt v\\ furftim , vel deorfum,

A longa he figura quadrada, taô" larga , cnmocomprid; com plica fugin do,ou defeendo: Longa e(l figura quadrai qnemaàmodum máxima caudata, fed longitudmem , & laU pudinem aqualis.

O Bnve he figura quadrada fem plica: Br.evisnotaiter quâdlata fed ah f que cauda.

CH"mibreve h\ahua figura redonda fem plica \Semibn vis efi n0tâ;admodum.ovis formata nullam babem caudaà

das Explanações, g f

A Mínima também he redonda curo plica: Mínima nnf- nodí ejljigur* m corpore fedfihm adjccíum hahet.

A ^mínima he como a Mínima, porém he preta, & [uando hz branca cem nica acraveflada ! Seminima, qva nt WrniBA pmgiturjed vel appleto medto (pátio , vel áopoftto fr- eme unco.

A Colchea , he como a Seroinima prera cem huma riíca traveíTada ou branca com duas : hi/a qva pleno pngitur orpore , ut femimmajed cólon untum et iam addit no color a- tf bmos adjicit uncos.

A Semicolçhea he o mefmo, que a Colchea, rendo mais íía nica: Semtfufca ejafdemfpeciet, duos queque habens tin- ?st vel non color at& três obttnens uncos. i 99 Naõ faça duvida chamarmos ás Colcheas fuzasj :as SemicolcheasfemifuzaSiporqueheomclmoem rodos s que fazem oito figuras. Em algumas obras de Grgaô, & íbeca.íeachaô fufas c6 três rifeas, & femifuzas quatro, ue íaó diminutivas das noíías cokheas , & (c micolcheas ; orem os que fazem oito figuras, íó nomeaõ em lugar de alchea fuza , & em lugar de íemicolchea, femifuía, fendo uns nomes finonimos dos outros, Eiras figuras di2em D. edro Cerone, Sc André Lerence,as inventou Joaõ deMu- I Francês a a no de 1352.

100 Das oito figuras dittas as quatro Máxima, Lonpa, jreve , Semioreve , podem fer perfeitas , & eftas r ede m r ligadas. A ligadura , cu he quadrada , ou obliqua , cu íxta: ligadura quadrada he quando dous, ou mais pr nrrs iadrados fe ataõ,para que entre todos íe metra húa 61- ba de letra. Ligadura obliqua he a que chamamos A!fa% pe faõ figuras de corpo atraveflado , & erneída htmafe >rmaõ duas vozes diferentes, húa no piincipio ,& cura ) fim. Ligadura enixta he quando os quadrados le ligiaõ )m as figuras obliquas.

A ligadura quadrada, ou templica,ru rac;íetfm plica, lhefubiado, kcutífcíccndoi tír rrefmt Hicdc alipsdura

LU cbli-

8* T¥4tt4Í9

obliqua i ou tem plica , ou aao > k tem plka^ou he fubii do , ou de ke ado o

Das figuras qué tem çlicài

v^Oda figura ligada cora plk* à parte eíquerda fubir* "do, ou; quadrada, ou obhqua,a pr imí ira, & a íegund íao femibreve$rôc íe foré roais de duas, as maisfubindo íal breves , & def&éado , cambem? tirando a ultima te defeer que he longa.

Si ià.- & s. s. $. b. s.s kk L

t

■+

Ioda afigura ligada cora plica à parraefquerdapafaba| m, ou feja quadrada,, Guobliqua , he breve.

b.b;

b.

Ioda afigura ligada com plica á parte direita fubináo,d> ieícen do , ou bt Máxima , o u be Longa , & te GoaheGetai pelo corpo.

M. 1 li &■

testai.

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das Explana foi*

Das figuras que nao tem plica.

«3

J\ S figuras que naS tem plica, ou defcem, cu fcbern;íe fjL^bem rodas íaõ breves, ôcíe defcem a primeira, & llrima faõ longas, &asdomcyo, íe forem m ais de duas, breves.

kb.b.b.b. b.

èm =

1. !.

l.b.b.L

E

i Sf principiarem fubindo , & acabarem defeendo, íó a ul- ma he longa,& as mais íaõ breves5& íe principiarem def- endo ,6c acabarem fubindo , a primeira he longa-, & as ais breves, & íe principiarem febindo, & deícer m ao eyo, 6c acabarem fobiíido , todas íaõ breves ; & íe deíce- m, & tornarem a íubir, & acabarem defeendo, a pri- eyta, & ultima faõ longas , & as mais breves, .l.b.b.b.b. b.b.b.b.1.

Se entre eftas figuras quadradas vier hum quadrado de rpo de Máxima, eíTe fera Max iro a,& em es roais íeguar- raôas regras, como parece.

LNij

t>.M.i:

b.M.l.

Trattafo I.M.b.

l.M.bl.

ioi A figura fem plica obliqua he na primeira par Iongi,& nafegunia breve: As figuras oblíquas, a que chi ma5 Alfas fe nomeaõ,

Alfa Mocha, alfa Breve. Alfa de Semibreve. 1. b. b. b. i s.

103 A ligadura mixta he quando as figuras quadrj das fe hgaõ com as obliquas : as obliquas íempre tem mefmo valor , que antes de ligadasj as quadradas fe regíj pdas regras acima : defcendo femprea Oltima , & pr meira he longa, & íubindo fem plica para cima á maõ ú qusrla ou fem plica à mão direita, he breve, como pareci I. b b. b; bl. L b.k b.b;b>

NeftesVerfos jeguintes fe contem tudo o que efí a Das /em plica.

Trima carem cauda /it longa cadente Jecttnda* Ultima quadrata dependem fit tibi longa Efêowiis media brevis, ex pio ftat fine cauda Vrima carens cauda hrevis eft (candente fecunda" Ultim í conlcendens brevi$eft\cmcnmque ligata. ZfiMiqaa brevis femper finalis habenda.

dittQè

Da

Das com plica. Efl quebrtvis canâam filava parte Ytnntttt Semtbuvi* fertur íforfnmji duxmt tilam Una cum próxima (equenti Máxima cognofeipotent rationefgura.

>as paufas das figuras r5o temos que dizer, íenão que fuás alias faõ fixas , como diremos a diante.

104, Temos em a Mufica mais alguns caracteres figu- ados na forma que a Arre os aponta, & os repico para de- larar o que fignifícaõ , íaó por todos treze,a faber :

1 iguras.

'auzas.

*—l L

klaves.

_

r

lina-sto O"! Cl

empo. ^* -1

juioei;

cu

aldeirao. 0 fcmo!. b

luftenido, ou díeíi5. § ffles. §

anon. S Repetições. 3E Bquadrado. E)

auzas

geraes.

Lliii;

Iodos

86 TtMuí*

Todas efe íinaes faõ neceíTarios em a Multei do canl

de Orgaõ, para fe denotar o primor que nella ha* As figuras denotaõ a detença da voz. As pauzasa detença 4o filencio._ As claves denotaõ os ílgnos*

Os finaes do tempo denotaõ a perfeição i &" imperfeição O guiaõ no íioi da regra denota afigurai quecttànaoutíl

íeguinte. O caldeirão denota ciaufulae O Bmol denota brandura , abaixando quatro cornas d:

nacural.

O 6 quadrado denota aíperefa,5e levantamento ao natura E o íuftenido faz o meímo cíFeíto , levantando quatr comas do natural. Os eíles denotaõ , donde eftaõ fe torna a principiar. As repetiçaões dentaõ repetir do principio. O cânon molha donde principia outra voz em fuga. As pauzas geraes moftraó fazer pauía , ou detença.

Tem-fe ditto ojque pertence ao canto figurai , diremoj o que pertence ao canto Menfural.

E X P L A N A C, A M IX.

Vo Canto Menfural.

OCaRto Menfural fe define: Eftnotularnmpaufarnm\ que valor t five tnenjura : todoefte íe governa por cõi paíío , que em Latim he o mefmo que taâíus ou menfura Efte tem dous defcanços, & dous movimentos hum baixa i do, o outro levantando, define-fe: Tatus efi continua nwtiu itimenfiira contenta. Eíles com paííos fafreemo infirumen| to da Menfura; efta fe faz por Modo, Tempo,FroUçaõ.C M >io naMu(ica,ou he Modo IVíaynr, que íe define: Moâu.\ major efi longarum m maxtmis / ou hc Modo ©enor , quil

ias 'Explahtíftsi §7

s define: lUfaís tninor eft wejttra ortvitwin lÕgis.O Tcm- oíe define : 7empus eft winjmajetmbrevívrn m bn*véns% :o iJrolaçaó : Prolatto eftmmjura mimmarim mjtmibrt- tbus. De medo que le a Máxima tem três longas he mo- , o mayor perteitoj íe tem duas , he modo mayor imperfei- > : Se a longa tem tre* breves, he modo menor per feito,&: itemdous ,he modo menor imperfeito. SeoBrevetem es íemíbreves he tempo perfeito j& fe tem dous,he tempo n perfeito. Se o Semíbreve tem três mínimas, he proJaçaõ erreica, íe tem duas , he prolação imperfeita : Hajfecwsfê rnano âeducanlny ferfeãayft bwAtw, iwferfiíla ài-

106 Com o que bem claro fe , que a Kíaxima he mdomayori a Longa modo menor j o Breve-tcmpcjoSe-

íbreve prolação. A perfeyçaõ cftà em ferem ternárias, & imperfeição em ferem binarias. Para mayor clarefa de- liraremos , que coufa íeja numero , & que feja numero bi- ario, & numeraternario : Numeras eft unitatum colU-flio*. íumero he hum ajuntamento de unidades, donde clara- mente fe vè, que hum, naõ he numero } porque nac t<m a- intamento de unidades: Uniíasmneft nv.mertis ifedprw- pittm numeru Numero binário he ajuntamento de duas M^g» J&/. aidades % Numerus binarias eft du ar um unitatumnerMis. ^V*****®*» Jumerc ternário he ajuntamento de três unidades: Numt- is ternárias trium nniutum eft nescus.

107 Tendo-fe efte conhecimento r que íeja numero , & lie íeja numero binário, & que íeja numero ternário, & je feja coropaíTo, he ueceíTario faber como fe mete o com- iiíTo nas figuras. Para o que havemos de faber , quedas nco figuras principaes, o breve he a que fica no meyo,, feio que a elle fe deu o Tempo, que governa todas as cou- S: Ovídio.

Ipfaquoqítt ajfídtte vofountur 1 cm foram olw. pw&

feefte breve he o tempp« Quando for perff ito, que íe cc- Kcerà por cite circulo^ Q teta ttes unidades, que íéra&

três-

88

Tratada

três c5 patifas , de quando f^for imperfeito , £| fe conl ccrá por efte meyo circulo ^-*terà o ditto breve duas uai< des, que feraõ dôus compaflos. Advertindo , que quando B eve he perfeito, tom o Semíbreve nua unidade, ficai do com elle em tripla proporção, Scquando o Breve he iti perfeito, também o Semibreve tem hum corapaíío, & eji taô fieaíendo a ame tade do ditto breve , ficando coro el em dupla proporção, & aífira todas as mais figuras para c ma do breve váo dobrando em creícimento, &: parabaul 4o Semibreve também fe vaó diminuindo por ametade,ctn momoffcfa aBguraíeguiate , a qual principiando debaixo peia Máxima , facilmente íe entenderá,

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Sinal de tempo perfeito Smdde tempo imperfeita.

As valias das figuras em os moios, & prolação fe conhec pelo dito tempo i qj íej a perfeito, ou imperfeito.

108 S

108 Se rirmos o -Modo May orafll nado ] fe aíTmacom duas punias , que comáo qus- o linhas , & três eípaços , ôc e Menor que ht íanameíma forma, com final de tempo im- srfeito, eftatá nefte caio o tempo, & a prolação im per fei- ,& valerá o Breve d©usc6paflbs,& para cima a longa do- ado, que íaõ quatro, ôq a Máxima no dite Mc do Mayor es vezes quatro que faó doze por ier perfeita i &. ao Mo- 3 Menor o Breve os meímos dous compaíTos, & akrga es Breves , por fer perfeita , que fsõ íeis cc mpafles & a laxima dobrado; que íaõ doze. às ferainimssColcheas, êc micolcheastem a mefma valia, que no tempo imperfeito caodo fempre em proporção dupla.

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mayor.

menor:

tjlfodo.

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^o ' . -Trattãdo

A Pfokç3o,que he o femibreve tem por final âe fua pe feição hum pontinho dentro no íinai do tempo, oqu pontinho muííra o femibreve- fèr perfeito tendo ctes mui mas, $c treplica o íemibreve da valia , que .dantes tini íem ponto, &t«das as mais figuras a feureípeito: pc! quea valia das figuras fe governa pelo tempo, ou íeja pe feito, ou imperfeito, guardando/ fe íempee a prolação.

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12

II

41 16 i8 VJi^^V^^^^ " M

G

109 Temos moílrado as figuras perfeitas nosModoj Teaipo>6c Prolaçaõ,& aflim o valor de cada hua das figi ras, a re.íp útv das perfeitas» Agora moftrarem os três ca u

das Explanações. &x

as, por ò^ficaõetTas figuras perfuras, fendo iir perfeitas, bnrorme a boa razaô. Primeira, toda a figura pstkitàjtp. >0 preta fica im per feira-, porque lempre a mudança de htm fará mal cauía imperfeições , ainda nos ^ de fua natureza ^6 perfeitos. Segunda, toda afigura perfeita ficará imper- eita, tendoajuntamentoderaenoresantes , oudeípoisds ;, falvo as menores antes, ©u defpois , fizerem ternário per i. Lumferverfofervtrteris; o ajuntamento de imperfeitos empre he prejudicial. A rerèeyra,& ultima cauía he, quao- o faz fiocopa com outra para fazer ternário perfeito^Nef- 6 calo parece virtude defraudar- fe,porèm he imperfeição lar a outrem o que ha mifter para ri > tudo fe moltra nelte xemplo.

2 2 2 11 2 11

1 ; m.

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" 1 i I

) primeiro breve he imperfeito, por fer preto. O fegunde te imperfeito, porqíe lhe urahúa parte para fazer ternário om o primeiro preto. O terceiro tambtm he imperfeito , orque faz ternário com a ultima parte do fegunde. O [uarto também he imperfeito , per ter menor antes que o ufca para o ternário. O quinto he imperfeito, por tei me- or defpois com divifaõ,0 /exro he perfeito,ainda que te- ha menor, porque íaõ três ít-mibreves.que fazem nrrrero srnarioíeguindo femayor.O fettimo também heperfeitCi orque tem ternário diante , que ião de ys íemibreves , & o

Wmm ij fegun-

£* Tratadè A

fegunde altera, fcguinda-fe mayor j porém tendo divrifâfi ficará imperfeita A longa contem d ous breves perfeitos por ter figura perfeita defpois. O oitavo breve he perfeito por ter defpois de fi iemelhar.ee. O ultimo he perfeito,pa

íer final. . r

i io Suppofto o que eftá ditío» he acceflario faber , qm remos em a Muíica cinco pontinhos , tôra o pontinho d< ProlaçSo,que denota dentro do tempo a prolação perfeita Eftes pontos íaô pontos de Augmcntaçaó, Perfeyçaó. Re ducçâo, Diviíâo, & Alteração.

Opontode AugmeBtação fe aífina diante qualquer fíí gura , tirando a perfey ta, & lheaugmentaametade» ài que dia valia. .

* O ponto de Perfeyção aífina diante da figura perreyta a prefervar a que não íeja imperfeita, por ter figura mena defpois de fi.

O ponto de RedocçSo fe aífina em cima dobrere,& « da longa, ou maxinia,qua;tfdoa prolação he perfeyto,& ao da longa, oumaxima,apndoo tempo heperteyto & na máxima, quando o1P5o menor he perfeyto. N< modo mayor não he neceflfario ponto de reducção. klf ponto reduz hãa parte do ternário à figura em que efta , i qual parte lhe faltava j por figura menor, que a per feyta; j

O ponto áf. Dí^iíaô fe aífina entre duas menores > eftaaw danomeyodeditismayores.Efte pontodevideaprimeii menor para a orimeira mayor,& aíegunda menor para a fe gunda mayor: parqvwfem devifaõ, a primeira mayor er; perfeita | & a f egunda menor altera va, como temos dittov

O ponto de Alteração íe aífina, quando três menores eíj t&o no meyodeduas mayores , & também as menores pai dem íer íeis porque he ternário , br pondo fe na primeitfjj menor, akéraa «ltieu , que he valer dobrado. As mayorfljJ Mo as- perfeitas, ainda que eítejão imperfeitas,porter figq ra menor,St as menores, as que logo fe lhe feguem.

s 1 1 Efes. cinco pontos reduzem alguns, doutos- a tr

das Explanações. ;• 93

izendo, que o de perfeição, & reducção fee o ròeíma & aftanre probabilidade •, porque a figura mayor que a pre- ;ita , íe deve medir íenipre pela perfeita, & por eífa caufa uandoa prolação he perfeita, o breve, longa, & maximay lõperfeitas; porque contém em f\ femibreves, quehea rolaçaô. Suppofto naõ íaõ perfeitas per fi q não ttm três asíuas menores* Ião perfeitas por outrem, que contem era ,queheofemibreve E a rafãohe , porque afigura imper- pita não pôde receber mais imperfeição , & eftas figuras scebê imperfeição por minimas antes, ou defpoisna mef-

Í a conformidade, que a recebe a perfeita, logo faõ perféi- s pela prolação perfeita,que contém em fi Suppolto ifto, ponto de reducção não faz íeu effeito,fenão na ultima Igura das perfeitas , que em íl contém , logo he peuio de ier feição.

I 112 Dizem também que o ponto de Divizão, & Alre- açãohe o mefmo ; & a ra2ãohe ; porque o ponto de Alre- pção não altera a figura em que íe põt m , íe não a figura , iue nçceífario ha de alterar para comprimeto de ternário, íqual figura íem ponto , fendo neecífario * altera, logo tauelle ponto não faz officiode alterar, mas divide a pri- peira menor para a primeira mayor, & por caufa dtfta di- izão he neceílario alterar a terceyra , para fazer ternária om a fegunda.

Exemplo.

em íe vè, que o primeiro femibreve he pereiro , porque íetn três mínimas que fazem ternário perfeito : E o fegun-

0 fem ibreve he imperfeito, ainda que tenha três minimas liante ; porque o ponto qefrá defpoisna primeira mini*

McDíaiij '«na

. . •• Tratada

madiviJeeíTa mínima paraodittofemibrevel& porquef cioso duas mínimas para outro ternário, altèraa ultiro como fuccede, qnaadofe ajuntão duas mínimas, ainda qi, mo haja pontoa pelo q parece , que o ponto não he de a teraçlo , fenâo de Divizão.

n$ Franciíco de Tovar, não fomente diz que o ponr Alteração nâo hefenão de Divizáo mas afTirma,que mncJe nv. áe perfeição nãp he de perfeição, fenão de divizáo; & a ri U.w/.ii. zâo he,porque a figura perfeita não pode fer mais perfciti & fendo imperteita,hâO pode receber íenão augroentaçãc ôcaílim o ponto,que fe allima defpoisda figura perfeita dj vide as^menores a húa parte; & a mayor a outra ; com qu ficando dividida a mayor das menores, na ô fica im per fei<

Exemplo. 2 i 1 ii 3 3 3 ^ ii 12 3

Muito q íe tem dito do Caro mentora], o ufo tem derrql gada.Os modos não ha quem puíla catar húaMaxima,aj longa imperfeita,quãto mais perfeita,- porqa voz humai j cada vez íe debilita mais. Da perfeição do tépo tambe" p< i 11 ha poueo uzo, por ler muíica muito vagarofa-, porè uza-fecom proporção diante do final do tempo afli ST ponco uzada , ou aílun «7 ' 3 que íe uza, a que Ç) chamão proporção ma (j) 2 yor tf

1 14 A perfeição da prolação também íe uzacom ni^ rneros diante do tempo de meyocircnlo^"^ 3 ou aílid 3 poucouzada, aquechamãoprof 1 porç5j i menor neflas proporções as^-^ íéminimaj colcheas,& femicolcheas, ordinariamente ÍSo brai cas , na forma que atraz fe difíe : as vahas^neftas propo: ções íeõ as feguintes.

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12.

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ííVíj trxftfwcçrens.

95

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eftas proporções pode haver es dirrcs cinco pcntos, po- \m uzamos deites tres^a laber ponto deAtigmentação, e Perfeição, de Redução.O ponto de divizáoefcuíamcs,

izendo tíivizão denota negra affim.

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1 ponto de Alteração tsmbem he efcuíado^ porque quaa- oquizermos hua mínima alterada, fazenda a ícmíbave, s o me (mo , como U vè.

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Tratado

E qutndo qaiusrmos íemibreve alterado , fazeado-o br* v#íica com a meíma valia.

i if Poderá fer por erro dos que trasladão não íe faze a divizlo da nota negra} aíTttn <5 íuppofto íe não faça*, nâ< faremos a primeira mayor perfeita , nem alteração na ulti ma menor -, mas íempre que virmos menor diante , a figurj pgrfeitajficará imperfeita, falvo tiver ponto de perfeição.}! o mefaio dizemos da Proporção mayor tjueíuppoftonãY tenha o tempo fechado,farefnos o breve perfeito £ na pro porção menor , íuppofto lhe falte o ponto dentro do tem po, também faremos o íemibreve preíeitoj porque muita vezes por defcuido dos que traslada© íeachâo eflas faltas ad vertindo.que íe for muíica de lmprefsão} não avemos d fazer eftas íuppoílçoês-, porque o Author, que manda i primir, quer que íe cante, como eile o aílina : <&omeíi dizemos do traslado de homens doutosj aílim como qua do lemos hum eícricocom muitas faltas as relevamos^ quarjdo he eícritnra de Imprefsão a calumniamos.

1 1 6 Deitas faltas fe veyo a dizer , que ero qualquer ter' nario mayor he o breve perfeito^Sc menor o femibreve pet feito por uzo , íendo que o uzo , que não he recebido do douto? , não faz ley , |doqual diz Santo Agoftinho, que uzo illicito he abufo : Ujtts illiatus abufus dicitur.

Defte abuío nafceo, cuidarem alguns, que Prolaçãc Proporção,& Ternario.he o meímo,íendo que não tem a gíuíemelhança; porque Prolação he o Pontinho dentn

das Explanarem. 07

!o Tempo : Porporçaõ faôdcus números diante do tem. >o: Ternário hchd três de ajgariímo diante de qualquer fi- lai de Tempo. A prolação faz o femibreveperfeitCi& naõ iode haver proporção mayor , que fsça o Brt ve per feito , ilvo for pelo tempo fechado. Proporção, & Ta nano per i naô faz figura perfeita. E íuppofto diga Santo A^cfti- ho, que todo o ternário he perfeito, naõ contradiz ao que izemos: porque o ternário naõ íe acha em alguma figura, ue (e íe achara fora perfeito ; chamar-fe terna! io, he por- ue vaõ três partes ao compaíTo , & naõ porque alguma fi- ura tenha três das fuás menores.

117 Advirta-íe mais,qoe no Canto Menfuraí ha muita iverfidade de proporções das quaes ncfte breve compen- 10 íe naõ pode tratar } porém faibaõ, que fempre dos deus umeres, o decima mcftra as figuras , que de prefente vaò" p compaíTo , & feraõ daquellas , que mcftra o numero de- 1 íxo , que dances hiaõ.

Exemplo.

Io primeiro vaõ quatro mínimas ao compaíTo, perque da- te, como moftra o numero debaixo , hiaõ duas. No íegun- p vaõ três minfmas aocompaflb,porque dantes hiaõ duas, pmo moftra o numero debaixo-, E no terceiro vaõ circo íinimas : E no quarto exemplo vaõ féis mínimas ao com- |aflbj porque dantes, como mcftra o numero debaixo, iaõ duas,

118 Por fim do Canto Menfural íe advirta , querrui- is vezes íe pode achar hum ternário mayor, cu nurerfem umeres , que o declarem ; & he quando fe achartm zs fi- uras,que de fua natureza faõ brãcas.de nc ta negra, ao qu-e hamaõ Himioliaj fe vaõ três fenubreveí, Hiroiolja mayor;

Nnn U

0 Tratado

Íq vai três mínimas pretas, Himio! ia menor j quando as gurâs de nota negra faó breves, 8c íemibreves, enraô he ma- yor,8í quaruio faõíemibeves, & minimas»entaú he menor, 6c logo que pararem as figuras de nota negra , para a Hi- miolia.

Exemplo.

De Hemiolia Miyor. -

Exemplo. De Himiol ia Menor,

A Himiolia mayor chamaô alguns Doutos, HimioliaTem poris, & a menor Himiolia Prolationisj do meímo gener<| íaõ quaeíquer figuras denota negra em números binários porque fendo pretas paíTaõ a ternarias,& naô he bem fe dí1 ga, que hum íemibreve preto hfjas vezes vai duas minimái como íe em qualquer ternário, & outras húa minima cj pontinho j & outras huma minima , como alguns qu< tem neftes exemplos.

isfjiH vA duas mmimas. [^qui querem valha minima yAqut estere 'vd&w

com pontinho. hua mtmma, j

I

Sè^

O que na5 parece fer conforme com a razaõ , porque ro^ as figuras tem hik valia própria, comforme o Modo, Ten- ■po, é* f fOÍaçaõ,6c ofer preta^naô lhe faz mais, que fazei! 4

impe!

das Explanaçoef. o |

^perfeitas por mutaçio de cor,6iás vezes íe fazeffi por di- fidir o flernario,& evitar alterações; & p0rqfe fazem pre- ás por dividir o ternário» todas as vezes, q íe achãc pr eras, endo em numer, binário, aonde não ha perfeição, fica íé- lo de ternário, ouHimiolâ; & íe não digão-me, fe Ra mef- occafiâo , que o íemibreve vai huaíô mimma, o breve ntccedencc vai trres,ficando o ditto breve tendo três femi- reves pretos,he logo o breve nefta occafiâo figura perfei- i; porq tem três de íuas menores? Digo mais;& não íôme- 2 he figura perfeita como as mais, fenlo com húa fingula- idade,que não tem algúa das figuras verdadeirarrête per- eira; porque as figuras perfeitas,por mutação de cor ficão mperfeitas; & efta não. Mais, as figuras perfeitas, por me- iordiance íe fazê imperfeitas , & efte breve preto tem três pmibreves pretos,por ter diãte de li hQj& íe me dizê|q não era três femíbreves , hão de confefiar , que ou a primeira [uadrada não he breve } ou a fegunda ovada não he femi- ireve; porque íe o forem, hão íe de proporcionar em o ge- lero multiples, como ião proporcionadas todas as figuias. Im quanto ao femíbreva preto que dizem valer húa mini- Wcom hum pontinho, que heomefmo, que três femini- nas, he outro erro malfeito* porque íe o íemibr eve te três eminimas, o breve ha de ter íeis, & porque três, & fc is faõ love, & oiro vão em douscompaíTos , quehe omeímo ralor que dão ao ditto breve, & íemibreve.fica húa demais, >que tudo íerè claramente fer falío íem nenhum funáa- nento,& fòfe ha dedizer, que as figuras pretas ião terna- ias,asquaes fe hãode cantar em com paíTinho , áe tresmi- limas ao core palio, &em cõpaíTo largo, de tresíemíbreves o compaíTo , fazendo ao breve íempre dous íemibrêvesjSc 10 femibreve duas mínimas, fcV a figura rtdond a cem plica jue vier com íemibreve preto, he minina preta, & não íe- ninima;6c não importa que fe faça o compaíTo dear terna* 10 ; porque as mais vozes cantão binaria.*, ficando hvmas :om qutrssem fexquiakera prcprrção , & por iffo íe faz o Com pado igual. ' * Nnoij Quan-

ioo frattado

Quando fe acha hum j de algarifmo fobre as figuras! quer dizer,qus três figuras fazem a quantidade, quedantel faziaõduas, & por eíla caufa lhe chamaõ íexquialitcra como parece.

3

Temos ditto da íegunda divifaõ do Canto de Orgaõ, quli lie Menfural i da terceira , que he Multiforme utilifiim} para a compoftura, feja.

EjXPLANAC,AM UJL T 1 M A? Do Canto Multiforme,

Canto Multiforme , qúe he a ref peito das confoaanv cias, & dififonancias, que ha era o contraponto, & c8 *| poítura, íe define.- Eft numerus ex diverfitate cífonmtiartw eonftitntiiS. E aflim todas as vezes , que huaou mars voze forem diffsrenres em grave, & agudo, he canto Multifor j me, Sc por eflfa caufa chamaõ ao Canto Chaõ,canto unifor me; porque nel!eduas,ou mais vozes vão fempre unidas,! fem entre e! las haver grave , & agudo; Efte canto Mnltij forme tem feu principio em unifonur, que nelle heo mef I mo, que na Arithmetica unus, & na Geometria, punBus-, 6fl aílloi como ponto naõ he mer>íura,& r-.naõ he numero, ma I principio delia : Si utunnseft numerus % fed principium nnr mm-, itaunifonusnm eft confonantia fed principium confo \ naniite. Pelo que no canto Multiforme íò temos confonan* 1 cias que íaòasdiíhncias degrade agudo , que íoaõ^ bem i

ddt.Êxplinâdts. lei

l diíTonan£ÍâS,que faò as diftancias de grave, a agudc,que oão mal. Elias ecníonancias, & difíbnancias fe ccnhectm relos íentidos, èi razaõ;& não baila, ccmo alguns euidão, jue o fentido julgue;porqu* pôde errar, & junto cem

razão não pôde ler enganado : daqui nafet que muitos

ulgão o bom por máo , & pelo contrario o mào por bom,

>orque julgão conforme fentem , & não tem razão no que

uígão.

1 20 Ptolomeo diz,que o fentido jtiíga da matéria ; ôc

afTeição, & a razaõ julga da forma, & cauíaj do que íe co- heque aílim como a forma aperfeiçoa a matéria aflim o uizo racional aperfeiçoa; o fenfitivo* o fentido recebe o q e lheorTereee;pòrem a razaõ inteira fatisfaçaõ.Pelo cõ- rario a razaõ recebe o q lhe a ppreíenta o fentido , & perfi nefma acha a inteyreza do que julga:de modo,quc na mu- ica,o que o fentido julga nos fons,a razão prova em nume- osj do que fe infere, que nem o íom, nem o numero per íi o fugeito da mufica, porém, hum, & outro couftituhem ) fugeito , qu chamão Numero fonoro , que fe define : Efi •umerus partiam corporis finori , qticd raticnedifcretiacci~ tens, & per números m partes divifum, iucit nos tncognitio- tem quantitatis , tamfoni ab to produBi , qnam diverfcrttm pnorum ex fartibus iffius cum eot& inter fe comparatis fro- unientinm. Deita den"niçãa,confta que o numero fonoro íe kha em a proporção , ou proporções ,qc©m de (igualdade B acha em o corpo fonoro ; corpo fonoro fe chama o efpa- [o i que ha entre duas, ou mais vozes , q bem foão , 5c em lúalquer inftrumenro , que tem ponto , contraponto , cu pm contra fom armonicamentecompofío Suppoflo odit- b, he neceíFario para virmos conhecimento dos nume* os íonoros , trattarmos das proporções; pelo qee; I X2i Proporção hehua comparação entre duas quanti- dades de hurna mefma efpecie, como de numero a numero, tu de linha a Ywhs-.Proportiô tft duarvm quanliutttm hâbi- «fito; eftá igualou deíigual. A igual he de hum numero

Nnniij, acutro

ids I Trattado

aoatrofeufemelhante, como dei. ai. ou de 2, a 2. &c. í deíigual íediviJeem de mayor deligualdade,quehcquan do a quantidade mayor íe campara a menor, como de 3. 2. 5c c. & em menor defiguaida de , que he quando o nu mero menor íe compara ao uiayor, como de 2. a 3.

122 A proporção igual não ferve na muíica , porqu nellasò íe acha a deíigual , & por efla caufa íó delia trate* remos. A propocção deíigual tem cinco géneros, queían

M jltipleXíSuperparcicularis.Superpartiens, Muitiplex íu perpartíçnlatís. Multiplex íuperpartieasi os psimeiros tr< iam fimples , & os dous uiaraus iam compoftos dos pr roeiros.

123 O primeiro género, qhe Multiplex fc chama, aílí. porque o nn neru uuyor de qualquer de fuás eípecies coniij tèm o menor duas,ou mais vexes íem foòejar nads.àe o mil yor contém o menor duas vezes íe chama dupla , como dl 1 z. a 1. íe o mayor contém o menor três vezes íe chama tri« pia, íe quatro quadrupla, êíaífím mais, como parece.

IPròporçoens de género Multiplex.

Duj>UA Tripla \QuA-dru- QutntupUlsextupU. j Setru- . oftir,

í l . .tf*. 1 . 1 pU. I ?U.;

8a. | iia. I -5a. \i7\my.\ ,9. rffldi* i22a#

. ■■, hantavel. \

*M Oílgundo género heSuperparticularis,&hequáj do o numero mayor contem o menor húa íò vez , & mai húi íò parte ;&fe a parte hemeyo, íe chama fexquiaUeru & fehum ferço íexquiteria , & ie hum quaito íexquiquat, ta , &fe hum quinto, fex.juiquinta,& aflim nas mais cogsi parece.

jfVi

âds Explanares.

Tropotçôes género òuperpartuularis.

5 l

l

4 15 I -6 i 7 l

1 3 ' 1 4 1 < 16 1 7 1 *

v^wí 1 Sexqus j sex^m- | Sexfu- I Jfx^»/- | Sefyui- j Jíx^i

■era. terchi. quarta, quinta. fexta. Jettima. cuBíívu+

cantava, cantavel. * mty0**

125 O rerceyro género he Superpartiens, & hc quando numero mayor contém o menor hwma vez, & mais duas, j mais parces: Sc as partes faõ duas, fe chama Superbipar- ens , & íeeftas duas partes faõ terços , ir diz , Supeibi- artiens tertias : E íc faõ quintas Superbipartiens quintas :■

fe as partes faõ três , fe diz .: Supertripartiens > & íe eiras es partes íão quartos , íe diz Supertripartiens quartasj & flim nas mais, como parece.

Torporçoens do género òupetpa) item.

5

uperbi irtiens rttas.

I 7 I 9

l 5 I 7

1 7 i 8 i io i 9 i ti

1 4 ] I I 7 1 5 1 7

fuperht fuperhi- parties fártiens quintas, ftttimas.

fupertri \fupertri uffirtrí \juftr- fvjer- * artÍ€its\pnftiélk \farturs\qvadrt- qxu^n- quartas) quintas. \Jettin.as.i ftrtiensl jorin ns. 1 étimos, ft umas.

ftdfá in- \fdfo, in- cantavel. cautavel.

tf.men.

I 2. Um. i

1 26 O quarro género , que he M-u^tiplf x fupcrpartieu- aris he compcíto do primeiro , & íegundo , he Guardo o luroero mayor contém o menor duas ou maisvrz<s , & ■naisalgíía f>arte:S? o contém duas vezes, & mrya/e churra pelas duas vezes Dupla ; cV pelo mevo f xquialtera ;tudo unto Dupla fexquiaUeri ;S* o contém três vezes, & m^ya ITriplafexquialtera; fe contèas o menor duas vezes, & hum

terço,

- ;

ío4 v Tràtuâè

terço, Duplafexquiterria, & aílifli nas mais,* como pi

tece.

Torrões dogemroMultiplex /uperpartkularis.

i

9 i

Dupla- I Tripla- i Quadru- fexfii- 1 fexaui. Iplajex- Alter*. J altera. I quialter. IO», ifalfam- i iòa. rnxyor. J £rf#f tvd. mayor.

17

IO

3

13

3

c amável.

Dupla- Tripla- jexqm- Jexqni- tereis tereid.

Quadrui

pUjex- quiterc.

127 O quinto , & ultimo género he raultipkxíuper, pamens ,eompofto do primeyro, & terceyro ; he quandí o numero mayor contém o menor duas , ou mais vezes i duas, ou mais partes do ditto numero menor , aflim comi de a. a 3. pelo oito conter 3. duas vezes , fe diz Dupla & porque íobejão duas partes fe diz Superbipartiens &r pórí as duas partes íaôtcrçoi,íe diz terçúsi&rudo junto, Dupla' !uperbiparnenftcrcias,& fe obtiver três vezes,& maisdui as partes,q fej5o térços,íe diràTripla fuperbipàrtiensterciíí as & íe o cótiver quatro vezes,íe dirá Quadrupla,ajUntan dolhe as partes que forem & affim nas roais , como parecà

Proporções do género Mutiplex /uperpartiem.

11

3

l

11

Dupla- i Tripla- fuperbi-\fuperhi fartiens\ paniens

<2H«dru- I Dupla plafetper- yfupertri- vipartiens partem

I J5 t J; 4 l

12

1

temas, \ temas, \ ter cias. 1 quarea

Tripla _ j J9w^ i/?*^ / 7}>r

partiens partiens quadri- qua( quintas. Uartiens partiei quintas, quinta

j quaras*

I K Ifalfa w- \f4ja m- Wfil^fpU w- | , oa. \MnT\falU ffrfen.lcanuve! datável. \ cataveLvcíuvel] vemer. \cantavel\cann

Ttm

Quando éfltverm dous números juntos, hum debaixo doou. tio , entte Unhas , o debaixo pertence ao de ema.

ízS Temostíatcadodoscincogenerosde Proporções defiguaes de mayor deíigualdade : falta dizer das pre per- pões de menor dthguaidade,as quaes tem os meímcs cinco generos.com as nu imas cfpecks , & íó f e lhe acersícenta a propofiçao^; afiiro como íe comparamos o mayor ao menor nefta proporção j 2 X he Dupla, Si íe corr paramos o menor ao mayor,pondol 1 lo menor por cima, & o mavor

porbaixoinCcdjz.fubdapla.&affimfecoiíiparamcsísr fiefexqui li Ulcera, òf fei 2 ifabfcxqu «Itera, caffi nas 1 Vi fnais de todos os generosj 3 I

129 Sabidasas proporções de mayor , & menor deíi- gualdade , doemos íaber , que dos cinco genrres de pro- porções(obredirtosifò os dous priroeirosMulr iplcx,& Su- ^crpirtuolaris íáo acommodados â Mufica , em quanto âs ponlonancus : E fuppofto a íexta mayor eítja na pro- porção luprrbipartiens rercias de 15 1 & a fexta menor t fíe ia

iaprop~.rçáoíupertripartiésquinl3ltasdei8i&ambasfe. W> de género íuperpartiens oâo contradiz I5 1 o que íe tf m IittOiporque por eííi cauíaàíexca mavor não cbamãoíex- a,fenãoTcMuscum Diapente, compondo-a de tono, Sc Jiapente, queanbos eftaõ nogencro íop- rparticularisjôc Jomcfmomodoàíexta menor chímavão íemitonus cvm Oiapente,os quaes ambos eftão no n efmo género, & aíTm jas mais , que naõ eftão n^fle dous $t neros Multar !ex , & fuperparereularis por fingular prepí ção.

130 Sabidos os géneros, para íaberraosos números onoros, & diflonoros,que na Mufica íerven>, havemr s de aber que todos nafeem dos números que Jtbalj ou Pyi ha- uras achou, que proporcionado* mcftrSo as coníonancias

ue íe leguem.

Oo£> Deitas

:<,

Trattadct

tráqv

61

Deftas coníònancias, principalmente da Dupla, <Çh« oita- va , nafcem todas as mais buas que ia© as fimples pordi- minuiçáa , & outras que faõ as compoftas por multiplica- §aô>. fará o qUe he neceííariofabermoslquequatqu« pro- porção pò je eftar em vários numero» mayòres r ou meno- res, comcaat©^ que tenháíoa meíma comparação, como li 38 Dupla de i. ai. de 4. a 2. de 6. a j. da 8.a 4-de 10. a f- & finalmente de li.a 6.porque qualquer dettVporporÇ^s conte™ o numero mayor duas vezes 0 menori& por iffo chama Dupla. S u p pòfto ifto pira mais clatefa ufaremos áoísTinmérDsminiínos, que charaão Radicacs, por íercm a

raiz dos mais

13 1 Para fe acftar a raiz de huma proporção , que eílà em números raayores, comonefta Dupla de 12. a 6.íe par- íirà hum pelo outro,como parece na margé , na qual rcpar- tiçaófahiráo i. Sc uaõfobeiou. Porém n5o fallando rio 2. q fthiraô, por quinto nada íobejou. 06 íerào partidor ambis os numsros n. 6e 6; primeyro o nnmero may«r & to^o omimero m?nor , como fe moftra na margem # porqi; íwpri^yra fahirró 2, 8cna feguadafahio i.a 2; a 1. hs a proporção Djpla aos feus rmaa«ro& radicacs , os

I

das Explânapcnu 1 07

quaes juntos feaílíntôaílim \zl l>eic*n fc partindo- íe os dous números , à íaber o me 1 1 1 ncr pelo mayor , íc btja- rem alguns, o que íobejar.íc torna a partir pelo numero menor ioríeíobejarcm alguns feternao a partir peloíobe- 10 mayor * & itto de bum cm outro íobejo, até que não ío- bejc.Dc forte, que os fobejos íaô o partidur.fc parriçaó; 8c como fe achar partição que naò fobeje, cffe partido r fera partidor de ambos os números, a que queremos achar a raiz ; & o que íahir da partição de ambos , íaô os números °4 . radieaesdatal proporção. Seja exemplo a pmpoflçaõítx- "ll- quialterade 12. a 8 para íabermos quaes íaó os íeus nume- 8r

tos radicaes,repartiremcs hum pelo outro,como parece na °*

margé, & porque íobejão quatro ( naô fazendo caio de 1. tf 8I*

íahio jefles 4.íera6 partidor do numero menor, como pare- 4 ~"

ce,& porquenada íob-jou fe moftra q eftes 4.ía6 o partidor deambôs os números da proporção 12. a 8. cada hum per « I co li , pnmeyro o miyor , & defpois o menor, como parece,& T

porque da pnmeyra partição íahiraó 3. & da fcgunda 2. 12I oe I 3 j he a proporção fexquialtera é íeos números radica- 3

es 1 2 1

. 13* Sabendo-fe buícar os numeres radicaes, he neceí- *

lanojaber, que as propoções íe fomaõ buas cem outras, & I o led.minuem ,01» rirão huroa-s de outras, & íe muirirlição 812

muytacem hCU, & fc repartem huapor muytas O írmar, & À~*

multiplicar proporções íe faz de hum mrímç mcdo,&;0 dimmmr, & repartir át outrb.í^ara (ornar duas prop. teces em hua íe põem a mayor primeyrc ,& a menor lYguncfò.aííi como fe quero fomar a Dupla \i } & íexquialterã 1 3 1 íeaf- finarâojOtasaffip^ 3&rnuii sltiplicadoosnulil me- rodcciaahapeli- ilcomro fazem 6 & multiplicando 03 aumeros debr ix© hum pelo outro, fazem a.& de 1 6 j he 1 propo; çaô Tripla,& ranto foicaõ as duas jutas. O 1 2 1 di- miouir,& repartir íe faz pondo os números do mtfmo mo- do, Vnas multiplicando em Cruz ; como fe quero tirar da Dupia de z a ítxcjuialtera de 3 porr y os fcuiuiicsxtfla 1 a Ooo ij for-

forma l*5F3l'&: multiplicando em Cruz 2. Visfif 2. faò* A & logoli 2I hua vez 3. h#3-& porque as multiplicações deitarão |4[ que hepoporçaõ ítxquicercia, efla ha apro* porçaói I3I que fica tirada a f'xqui*itera da Dupla.

133 Para fabermos a proporção de cadahúa das Cor-1 fonanciaSi & Diífanaoeias, he fícceíTario íabarmos , quess1 coníonanc ias, ou faõ íim plês, ou compaftas, ou trieom pof- 1 tas.Asftmplis feachàraõ por diminuição da Dupla, que he oitava ès [i\& porque heneceíFario outra prsparçaó para' fetirar,oulil diminuir da Dupla $ tomatemesa do tono,ej fesfeadomayor Íexqui9&avadei9l& fedo menor ff xqui- noaa de [ioj & porq para alguasL8l he forçoío tirar o fe- ra itono 1 9 1 saturai cantav el fexquiquiadccima j 1 6\ mof- traremos eftás três iutervaUos menor, na oitava 1 1 5 1 em aMjfica com fuás proporções , como parece.

âsrifcas mollraoos números das por porções , & os femt- brevesos Cizms em que edão os íobrsditos inter^aílos, cuja ■■diflkreíça moítraôos títulos de cima. Dentro deíta oi- tavafe ac??*5 as con fona nci as, & diflonaiicias íepjintes; Settima, Sexta, Qainta, Quarta, Terceyra , Segunda*

134 Pa^a virmos em conhecimento da proporção da fettima, podemos tirar da Dupla de \i\ que he oitava, hfr t€mo may >r dej9 f para o que pve l 1 1 mos ambas as pw pofç&ss.h&adôl 81 fronte da cwtra,primeiro a de oittva.Sc r T defptof

1

das Explanares. t o 9

flefpois a dorono, aífira \1JC9 \ & multiplicado cm Ciuz Fazemduas vezes 8.1 6,&l 1 8 1 defpr^s multiplicando* outra; húa vez he 9. os quaes pondo o rnayor de cima, & o mi<ior debaixo, aíli |t6j fazem húa proporção da fettima lebmiaMitmi,ret\ 9I E íe da ditta oitava tirarmos hum

0 00 menor na meíma forma, ficará ruía fettima pouca nayor de Ala, mi, re,aGXol,re, ut, para o cj poremos am- »as is proporções ju&tas | 2 Y io j & multiplicando em fruz fazem 1 8 & íe. os 1 1 9 í quaes tr* fidos aos íeus lumerts radicaes fazem 9. a 5. que pofto bum febre outro I9 1 íe moftra efta fer a fettima menor, perém raayor que a lf Ide 1 16 i&c feda ditta oitava tirarmos hufemitonocã- àvel I9 Ide } 16 \ ficará hSa íutima maycrde p 51 de fíoI,fa,ut,aAlal i* lroi,re :Oquefuppofto,bêfe ] 8 1 mo- ra, qeftasfertimas não faõ iguaesj porém asduasíettimas ícaores, a faber áe ] 9 1 8c de j 16 [ em pratica não d ifTe- ;aça , porque em 1 5 I The 1 9 ] r rica he pc uca a cj tem^ rquerendo feíaber , fe mnltiplicaiãoem Cruz na forma sim a-, & íahira hua proporção de | 8 j j que he huma co- raayor. 1 80 1

13c Sabidas as proporções de fettima mâyor, & me- or.para conhecermos a proporção da ir xta mayor riran- r> da fertima mayor hurn tono mayor ficará a fexra , Sr fe a.fexta mayor tirarmos hum tono menor, ficará a quinta

1 fe áz quinta tirarmos hum tono mayor, ficará s quarta; J fe da quarta tirarmos hum rono menor, ficará a terceyra enor} & porque a diferença que vay da fettima mayor ,

| hum íemiteno incantavel de pqrirando de qnalqiier fftes intervallos hum femitono I24I incanravel , ficará f ma yor>feito menor; &ifto fe entêde nos intervallos im- rieitns , que partindo de mayores a menores ficão canta- is. Por efta ordem fe virá em conhecimento èc todas ss nfonanctiy, & diíTonancias fimples,& íe achara, que fuás joporcoés faõ as feguintes.

Coo irj Oitava

1 1$ Trinta* "-S

Oitava Dupla de a,Víii

^ecciíB* mayor fuperíeptipatens c&aras de 15. a d

Sétima menor, luperquadnparckns quintas, de <)> a \,\

Setuma mínima íuper íeptipartiens nonas de 16, a 9

Sexta mayor ínperoipartieni certias, de 5. a 5

Sexta menor lupertripartiens quinus, de 8. a 5

Quinta Piapcnce fexqmakera, de 3. a zi

Quinta menor íuper 19. pare. 45. de 64. a 4J;

Quarta de trkoaoíu per 13.part.32.de 45. a 311

Quarta DEathezsraô íexquicercia, de 4. a 3:

1 erceyra mayor fexquiquarta, de 5 . a 41

Terceyra menor íexquiquinta, de 6.a ffl

Ton© mayor íexquioclaya, de 9,a^|

Tono menor, íexquinonj, de 10. a 91

Semítoao mayor fexquidecima quinta, de 16. a i:J

Ssuiitono menor, lexquiyigeílima quaita, de 25. a 241

Advertindo, que todos eftes intrevallos faõ naturaes,tji

raodo o femitono menor, que fe acha na maycridade, qui

tem a terceyra may^r a menor,8c o meímo em qutlquer efi

íonanciJjOU diííonancia imperfÀyra.Tambrm fe deve ad,

vertir ,. quefuppoftâ íe diga , que a quaita perfey ta efiá d

porp çaó fexqukercia de 14 j a quarta de Ala^i/e^ Dl;

íol, re, íeicHa na porpor 1 3 l çaõfupetíeptiparrieES vigíí

{Imas de | 27 |-& he mayor , que a fexqcitmia. E íuppoílli

íediga,l2ol que a quinta pf rfcyta íe acha na porporça|

fexquialtera de[ 3| a qumtade Dia, iol,rea -Ala, mi, nu

fe acha na p o l 2 1 porçaõíupertredccim patriens vigeín

maíettima da f 40 1 que hemenor, quea ícxquíaifcra. ij

tantotem tfta l 27 1 quinta de Dia, íoI,re, a *la, mi, re, d

menor, quanto tem a quarta de Ah, mi, re, a Dia, íol, rfl

de ro3yor,& íomarido as duaç proporções,a faber.da q-uari

j 27 jSeta quinta j 40 [ íe achara t que fazem a oytav|

I 20 l Dupla dei 2 1 27I Também feacasrd, que a fextac

Ffa, ur, a Dia, l 1 1 íbijre^aõeftá na propo çaô fuperbipi

liei

das Explanares. iir

liens tertias de j 5}fexta major por quãtoefl â na prcper. *o faperunde 1 3 1 ciiupartiês decima ít xta,de \2j\ que he nayor que a lexca de 1 5 j o n elmo íe vt 1 1 6Icj a ter- eira menor de Dia , I 3 1 re , a Ha, ut , he mais ptqtre- ia,que a terceira menor iexquiquinta de ] 61 per quan- o íe acha na proporção loperquinpartifns ] 5 1 vjgcfima KCtma de 1 32iPoièmfuppc;fío íeachãocm números el- as d ifFeren 1 27 1 ças , não íe&châo em fem ; per lerem as iayoridades,ou menoridades muito pequenas,que tm to- as he a propoiçáo de coma mayrr de 1 £1 1 & ie chate- io acha do tono mayor ao menor , me 1 80 1 nos íe achará os intervallosmayores. Temes trattado dos inrervalles )iacoBÍcts íimples , & de luas proporções % feguem -íe os omp tiros.

1 36 Para fe vir em conhecimento das proporções , em ueaftáo asconíonancias, & diflbnancias compefias, uza- ícnos de fomar proporções ; como íe quizermos íaber os umeros da novena mayor , que he tono cem Diapazaõ ; amaremos a Dapla oitava de ] 2 ] cem a ícxquic £Uvavde )\ podo ambns os números 1 1 1 defronte do outro, pri- meiro os da oitava, e dei pois os do tono aflim j 2 ►-,-, 9 t multiplicando primeyro os decima, dizendo i 1 «ws** ti efes 9. faõ 18. & logo os debaixo dizendo f fia vez 8 he ios quaes nos (eus números radicaes faõ 9. £4. que he a roporçaóda novena de A ia, mi, re, a &mi,& íe fomar mos dkta oitava com o tono menor na íbí ima forma fará a foporçâo de 1 20 ] novena mayor de Gíol, re ur, a Ala, mi, ]m mais pe I9 íquena, que a de Ala, mire, 6 mi. E b mefmo modo,fomande o femirono mayor com a oira- I , íe achará a novena menor , êi aflim em todas as com- bífcis, & de compoítas.

J *37 Outra regra darei faciliíHma , ôcfrm dorida par* í achar os números das Confonancras, & Diflbnancias, fompoíhs,&Dfc*pcft3S,& he que hefabidbs os numeres is fonpíes donde fe compõem >ou debraremos o numero

major

til ,Trâtuh

tnayor* íerabolir no menor, ou partiremos o menor pela

tneyo íem boltr nomayori & fendo o menor pattivel, feri

tuetiior partido, porque ficara a proporção nos numeres

radicieSi & fenaó for partivel dobraremos o mayor 6c ícm-

x>re ficará nos dittos números radicaes. Exemplo» Hú.a do*

zena, (jus proporção tem Pverey qual he a fim pies donde fe;

compòeim , 6c porque he quinta (exquiakefa \ 3 j partido

o menor :.fica i.peloq de j 3 [ hea proporção 1 3 l tripla <

cmqueflcaadozena.Maisl iiqneroíaber a dezanovena*

M he com pofta de dozena,que proporção tem? ver ei qual -h<

a proporção da dozena,& porq he a tripa] \ 3 \ & o menoj

numero naõ he partjvd, dobrarey o mayor N 1 3 que faz<6

& de {6 { proporção fcxtupla, fera a:pri>porçaô da ^íanej

vena 1 1 1 cóp *rta da dezena. Ror qualquer dertas regas í(

£onhece,que asConíbnãcias, D itfonancias comportas, íac,

as que fe leguem em léus números.

Novena ma.,vor naíctda do tono mayor ,

Dupla fexquiquarta de 9. a

Novena mayor nafcida do tono menor,

Dupla fuperbipartierrsnonas de 20. a |

Novena menor,Dupla íuperbipartiçs decimada de 32 a i< .Dezena ,mayor , Dupla.fexquialcera de 5. a

Dezena menor, Dupla íuperbipartiens quintas de 1 2. a < Onzena mayor, Dupla fupsr i 3. part.i6. de 45. a U

Qnzecia perfeita , Dupla íuperbipartiens temas de 8 a Dozena menor » Dupla íuper 38, pare. 45. de 118. a 4 Dozena perfeita, Tripla de 3- *

Trezena mayor, Tnplafexqukercia de 10. a

.Trçzena menor, Tripla íexquiquinfa de 16. a

-Quatorzenamay, T ipla íapsrtripartiêfquantas de íj. a Q.tarorz?rm men. "Tripla fupertripartieíquintasde 18. a Qoatorzena mínima, Tripla fuperquinparufins nonas

de 3h-A

; Quinzena quadurpla de 4. a

Domeímo modo que fe compõem as comportas das ti

Pi

àài Explânaáès. i ? 3

iles te ccmp*»em as Decompoftas das Corr poftas ; & por GTacaiifa asDtxompofhs efião oas proporções íegumres. >czaíexcena naícida do lonomayor quadrupla ítxquisi- terade 9. a 2.

>ezafcxrerunafcidad« tono menor, quadrupla íuperqua- driparuens nonas de 40.39.

íczakxcenamenoríuperquadripsrtiens 15a .de 64.3 ij. tezatetceaa roeeor quadrupla fuperquadripartiens quin- ta de ' M'.*Ú »c«3<etrena nuyor, quinfupla de ^ ,a 1* ^ezoit.i-nay.quinrnplí fuperquint.parr.oiravaSíde 45.3 8. >ezoyr.perf,q»Í!icupla íexquirema. 16 a 3. >ezaoov.mei».qtíinrt)pl.rup.3i.paíc.^5.de 256.3^. íezanovpcrf.íexfupiade 6.a 1. inrena mayor Oxrupla íuperbipsrfinestertiasde 2r.a 5; ^inrena menor fextupla fi]pc<rbipartiensquintasde32.a f, 'tgefima prima mayor feptupl/fexquialt. de 15.9 1. rigefima priro.men.íeptupla íexquiquima de só.a 5. ^ígetíma pnra. mínima íeptupla kxqutncoa de 64. ao. rigefima lecundaoctuplade 8.1 i. 1 38 Temos mcftrado os números das Simples, Cem- o&as, 8c Decompoftas* fequiíermos formar cufrzs tricô- oftasje formarão do meímo modo,- advernndo,q«?e íup« oílo Tepõ^m ar£hv3dup'aentrç as ílmplcs.nacdnvida- icrsfercernpoíladountfonus 1. * r, porque dobrando primeyro 1. fica a Dupla de 2. a i.Efco iimfcrius fe sp^n- ir de 2. a z.íe poderá partir o í?gundc.& fie?» à 00 rneímo iodo de 2. a i. com o que le fer cerr pòfia do uríícnt^, :omefmodizemode jg> que hedecompefía, & a :28.cre etricompofía. Todas efíasdiftanciasíaô Draícniccs nc- uraes. Adiftancia da coma mayor, q<j«- ac»»* no ror o de ^foljf-a^ut.aDIí/oJ.rr^refpfyrodo tevo^tre ncr,r?mhf m ie Díatonic2}& por eíTaraeaõ 3 ci<ir,tí», & ccr'fc,que in- tuem efte tono, tem de maiseítacowa mayor de Sj.aSò. jrio fe Cem isofhado.

Ppp O

n a Ttâttãdo

1 39 O género cromático he o que divide os tonos er d pus íemitonos, hum mayor, 6c outro menor , que chamai Dieíls cromaeico de 25. a 14. 1]

O género Enarmonico, he o quedivide os feraitonos na turaes em dous dieíis, hum cromático de 2?. a 24. & outri queçhamão finarmonico de 128. a 125. Além defres intel Ta! los Dútonicos , Cromáticos, Sc Enarmonicos, fe acha* outros em difFerença, que Jiuns intervallos tem a outros. I toaonayjr fupèra o femitono menor hum femitono m^ yor, que o natural da 2 7. a 2?.& omefmoronoraayoríupti ra o;femito io m?yor de mi, a fa , hum femitono incantavd de 1 3 f . a 12I miyor, que o Dieíls Cromático hum Diefl Enarmonico, como fedice acima. E o tono mayor fupèr, ao menor bua coma mayor de 8 1. a 80.& o Dieíis Enarmo nico íupèra a eíta coma mayor, hfia coma menor de 1024a a jo 1 25. os quaes intdrvallos peitos em íua ordem , íaõ o que íe feguem,

àemicono menor, que|chamaõ dieíls cromático de 2?. a 24

Semitono rnayór que onatural de 27. * si

Semitono menor,mayor 5 o dieíis cromático de 1 35 -a i&Sj

Diiíts Enarmonico de 128. ai:|

Coma mayor de 8i.a8<

Coma menor de 10140.81012

Os quses intervalos fe conhecerão ferem eítes os nume

ros de fuás proporções 9 & fuperarem huns aos outros, pel

partir proporções em Crus, íendo meftra acuriofidade-, &

baila o que f; cem ditto para vir em conhecimento dos in

tervalios Cromáticos, & Enarmonicos por partição, oi

inakiplicaçaõ^omoíetem.diuo acima numero 1-3=2. 131

&134. ;;

140 Bsitfe moílra no que fe tem ditto das proporções

& fias confonaneias, Sc diíTonancias,que o primeiro gene;

ro Múltipla, Sc o íegunio Superparticuiaris,faõ os gene

tos-, e a qjfje eftaõ todas as côíonancias perfeitas, & ás maii

êas imperfeitas $ &as que nelles fe naõachaõ as confidera.f

das Explanações. ' 1 1 ç

bios nellcs com addiçaó de tono, ou íemitono,quetam- bcm eftaõ nellcs $ o que tudo íe mcftra na figura ieguinte,

ynumfcrõ i. de cima com qualquer dcs numeres c^ayxo (la em proporção do género Mukiplex , & o mefroo fe a , ha na linha, q naíce do centro até o n?merc i.cõ qualquer las linhas, q nafeem do ditto centro, Os números debaixo lum com ourroifeuconíecutivo, cihõ (em picporçac do jenero[Superpgf ticularis ;t& o n efrrr rias líiyhzs, que vz( era do cenrro húas com cttns, tirando a^que vem do cc-

Fppij orr-

H.6 Trúttah

te -o para cima. ás linhas que n alcem de numefõ? i. & veí * ákt tios números dtbaino, nidier vem de mais, q d-emoi irar a proporção do género Multiplf x.

141 Temos moítrado a proporç õ de cada huma da; .€cnfona&cias,& DiííbnanciaMgora faiu declarar^ porqui razão hs a prop^rçaS dupla da 8a. & proporção íexquiali terá da 5a. Scafllm nas mais. 11 juntamente; porque íaõ hu mas Coafonawes, & outtas DiíTonantts, E em terceiro lu gar: porque k chamaõ ruías peiftytas , & outras imperfeii tas. Muita difíicuítofas parecem eflas três duvidai, porém pelas m cimas proporções fe reíblvem juaco com o kmiúo porque como fe difle no numero 119 nem o featido fóhe <! fugeiro da Mofíca, nem os numeres íó iem provar , o ( o íentiio lhe não offerece* & fe naõ dígãoms , poderáat! guem conhecer, em que proporção eftaó duas vozes diftãM tes -de-grave, a aguie, íe não âSOuvii^Certameate que não Poderá cambem aiguem conhecer a diílancia que vay hum íom grave , a M agudo , (em o numerar ? Certamente naõ logo he nectíTario, que os fentidos preponhaõ o íom araíaã julgue em números. Propoz íe ofem de quatrJ raartelíos i Pyth3goras,&logocoaheceo,queo queeftaví, em dupla propofçio, eia húa citava Diapazaõ} &-effecoJ nhecímento lhe nafceo da unidade , que o rnartcHo matl pequeoo.oc mais agudo no íom, tinha com o mayor,& fnaii' grave no íom á que ambos patecião hum mefmofom, fende1 diílantes: aílim como de hSa fegunda feira contando ati' oicojvem outra íegunda fcyra, íemelhame no nome, fende di (bares por tem po. Por tila caufa os mínimos numeres da OuoUíaõ de dpus» a hum, que íao taô unidos, que entre eh l&s não cabe oafrò numero fendo taò diíhntes, que híí du- plica o outf & E fuppoílo a ftxquiatxcra de 3. a a.& as maij degenero íuperpaiticuiaris, naõ medie unidadecemo na Dup!>, he por íer propriedade defle género t porém a Dq« p!*eíxaio nogeueroíVíuIciplex, íó goza deita uniaô Deita; Oitava nafeena as miís coníonaacias , como fetetri dato.

Pan

9

1*42 Para vir em cauhccimtnto dos números Cõío- nantes,& DiíTonantes>I?cíftitosi'& Irrperfeytcs,íedeve fa- ber, que os inrervalios íe divid(.m cm Ccníonantes canta* i?eis>& em Diflonantes cantáveis, & em DiíTonantes incan- sáveis. Os Coníonantes cantáveis íe dividem em Perfeitos, U Imperfeitos. Os Confonantes cantáveis íaó os que fc di- videm, íendo perfeitos, cm Confinantes, & fendo imper- feitos, em Diflonantes catáveis. Os interyallos diflonantes cantáveis faó os que fe dividem tendo partecantavel , 6c parte incantavel. Bcs DiíTonantes iceantaveis íaô os qera fua divifaó tem tudo incantavel. Para virmos em conheci- mento deftasdiviíóes , be neceflsrio fabermos, que temers ires diviíões, que faódiyifaõ Armonica , Aritmética , & 3eometrica. A divifaô Armonica divide hi)ma proporção pm duas , ou mais proporções d t íiguat s , que chamaõ Pro- porcionalidade: porém a mayor confonancia, cu difltinan- :ia primeiro, & deípcis a menor. Eftadrvifaõ Ariuonicafe faz íomando os numeres àt tuia propor ção.cV a ftma roul- :iplicalla por cada hum dosdktosnumeros,& a multipli- cação fera a ratfma proporção j dtfpois multiplicando o íumcro mayor pelo menor , & o que refultar debrando-o erào Arm~nko ; 2 íaber : A Dupla de 2, a 1. femades h- pem 3. multiplicando eftes 3. pelo numero mayor faz. í M áeípois pelo menir faz 3. & de 6. a 3.hea meíma propor- ão Dupla; defpoís multiplicando o a, pelo 1. faz 2. & do- brando 4. 6. efte 4. he o meyoarmoBico entre 6.& 3, como; parece.

Pppiij 134

iiB

Trmiíâò

k «~J

Soma

s*5

vefes dobrado.

Fexquialtera Stxquitertia <$'• 4a.

Dupla diviiid aArmonka- mente.

143 A fegunda diWfaõ, quechamaõ Arithemetca.tam." bem divide o todo em partes deíiguaes, porém a merio parte primeiro, & a mayor defpois. Efta divifaõífe faz íc maado os dous números da proporção,^ a foma partid pelo meyo, faj o meyo Arichroetico5 a íaber: A Dupla ck 4. a 2. íomando0 4. & o 2. faz 6. & o ditto 6. partido pelo meyoíaõjj. 6c eíle he o meyo entre.4. & 2. como parece

drihmttkãmp.nte. Dupla dividida a 8 a-

4 3 2

Sexquitertia I Sexquialtera

das Exphnacptns. 1 1 c>

144 A terceira , & ultima diviíaó fe í hama Gecmeti « ca. Efta divide o todo em partes iguaes; & por cfía caufa íe naó uía na Mufica. Efta íe faz multiplicando o mayor,pelo menor, & aoquerefulrar buícar a raiz quadrada, & efia fe- ra omeyo Geometrico,a íaber, a quadrupla de 4. a i.ir ul- tiplicando hum por outro faz 4. a raiz quadrada de 4. íaõ 2. & eííe he o meyo Geométrico, como parece.

Quadrupla dividida Geometricamente.

4

2 1

1

Dupla 8a

Dupla

8a.

145^ A raiz quadrada de bum numero, he o que mul- tiplicado per fi gera o outro mayor , de quem o ditto he raiz, aílí : A raiz quadrada de 4. he 2. p@rque duas vezes 3ous íaõ 4. A raiz quadrada de 9. íaõ 3. porque multipli- :ados per íi gera 9. Cbamaõ-íe numeres quadrados, por- que formaó quadrangulo repartidos cm unidades, & taç- as unidades tena cada lado, quantas em numero tem a aiz quadrada, como íe em 4. cuja raiz he 2. & em 9. cu- araiz, he 3. & em 16. cuja raiz he 4.

11 iii 1111

11 iii 1 1 1 1

1x1 1 1 1 1

1 1 1 1

146 Temos ditto b modo dastresdivifces,AriBcníca; ^ithmerica, & Geométrica; falta dizer a dirTcreeça, que ia nefta* diviíôes. A difFerença que effas três diviífies tem ;ntre íl femanifeffa ; porque além de Íe conhecer , que a proporcionalidade Geométrica íe faz de huma proporção m duas iguaes , como 4. 2. 1. porque des 4. a 2.he a meírr a >roporçaõ Dupla , que a de 2. a 1. íaõ pote» os números

dirTe-

tio Trata

difF^reaff s,<lB* e «x€eíTo»qu@ nss numeres k acfia dos maí

yore* aos au «ores, -.feô.atfteíOM pf oporçaã t em que eíH

dividida » esmo fe vc.

{proporciotmluUdâ Úm métrica.

Dupla. Exccflfo a i 411

Quadrupla íi'í-

A proporcionalidade Arirhmetica forma em o exccíío hua; proporção ignáicomo parece.

Igcal. Exceda 1 1

Proporcionalidade Àt í(« £ metica.

lSex(]ui\Sexjmj tertk. \ altera. Dupla dividida

A Proporcionalidade Armonic?. he feda pelo contrario j! porque a Geométrica tem em íeusexcefios a fljefma-pro.;l porção, em qtiehe Ú$$mW% Arithmeticatem em íeuí excefloía mefffia proporção,; c|ue fe div ide,que he propor-1 çaõ dos extremos.

Dupla. Exceííos z 1

í 4

Proporcionalidade Ar» ÍSexqui \ Sexqui^

monicfc Wtera. 1 tenta-.

Dupla dividida

Te

das Explandyes. m

1 147 Tim porém toda efta doutrina húa grande con- medade porque fe a proporcionalidade Arithmeticafe •nnece por dividir a todo cm partes defigua? s, primeiro , ayor, 5c deípois a menor 6c feus excedo* íaô húa próper- 6 igual.Efta proporcionalidade 2. j.^tem em feus exceí- s proporção igual* porem diWde o todo em partes defí- iaes, primeiro a mayer, que he fexquialtera, 6c fegundo a enor fexquitercia pelo que he divifaõ Arithmetica pelos cefles, 6c Armonica pela divifaõ de mayor primeiro, 6c snor deípois. Mais efta proporcionalidade 3.4.6. tem em as excefibs a meíma proporção, que os extremos , 6c por g caufahe proporcionalidade Armonica; mas porque di- de o rodo em partes defiguaes, p/imeiro a menor fexqui- xia,5c deípois a mayor ícxquialtera#he divifaõ Arithme- :a. Ao q fe refponde , que a proporção dos extremos não ! de mayor defigua Idade, que íc o fora , havia de feguir a gra das divifôesi 8c porque a proporção de menor defí- saldade não he outra.coufa , que números contrários da lyor , por eíía caufa as coníonancias ficaõ direríaSiaífim i quando a proporção íubduplaíe dividir Arithmerica- Snte, ficará primeiro o menor 6c deípois o mayor > tudo lo contrario , guardando íempre a diverfidade nas dif- •enças.

148 Suppofto temos dado regras para as divifoens de ima proporção em muytaSj falta faber, com fe dividirá a prcporçãojcujosnumeros fomados,faõ imparcs;porque raie lhe dar meyo Arracnico fêpre divide femarmonia, para íe lhe dar meyoArithmeticc,fe não acha fem psrti- ode unidade em feus números radicaes. E porque a oporçaõ entre cujos números não cabe unidade, kàeve ►brar? a que não for Dupla, ou do género fuperparticula- -, não deve íer dobrada para fer dividida. Seja exemplo a oporção fextupla de 6. a 1. a qual proporção, pela regra I diviíão Armooica fe hão de fomar os números ambos,6c speis cada hum íe ha de rcuiiiplicar pela íerna , & para o

Qqq meyo

122 Trattado

meyofe multiplicarão os dons números 6. & 'i.Stdeípou: dobrados faraó o meyo, como parece.

7

/ V 6 i

42— 12^-7

E parque de 42. a 1 2, he intervallo difíbiaante, Sc de 12! a 7. também hediííonânte, & efla íextuplade 6. a i.po< íar confoaancia per feyta,fe deve dividir em coofonanciaSj bsm parece, qus a àwihó Armonica, não divideosnu* meros , que fomados íaõ impares.

E para efta fexruplade 6.a i.fe dividir Arithmeticamen. te, os dous números íe hâo de fomar , & a ametade da ditt forna he o meyo Arithmettco } 6c porque fomados fazei 7.que naõ tem meyo , naõ pode a ditta fextupla fer divid da Arithmeticamence. E fuppofto íe dobrem os numer< de 12. a 2. fomados íaõ 1 4 cuja ametade faõy.que naõ con- fona, nem com "o mayor, nem com o menor, como parece 12—, 7_ 2. o mefmo fe achará naocluplade 8. a 1. 6c naji mais.

\40 Para dividirmos eftas coníonancías , que pelas dit tas diviíoens ficaó divididas em intervallos incarnáveis, da remos hfia regra geral, & nova a qual divideas fimples cm íonancias em os mefmos intervallos , em qadivifaõ Arith- mecica os divide , & as comportas, fem mudar de regra, divideem as de que íe compõem. Para o que havemos dt íaber, q is Confonancias, Diflbnancias íaõ fimples, Có< poítas, DecompoftaSjTricompoftas&c. As fimples para 1 dividirem, fe tirará do numero mayor hua unidade, & òi ficar fará a ditta divifáof advertindo, q para a proporção! D'tip!a>,&para todas as proporções do género foperparticu1 là-ris.fe dobraràÕ os numeroS,éc defpois de dobrados htía U vez*fe tirará hua unidad©,& o que fícatjhe o numero diviíij

d is ExplanaçôinL 123

vsJ Porém nos números das mais proporçoens naõ íerao dobrados^ & feo forem, fe tirarão deus, hum pela regra, Sc outro por fe dobrar; & fe fe dobrar outra vez,fe tirarão rr es, num pela regra, & dous por íerero os números duas vezes dobrados ; & fe mais vezes fe dobrarem , mais unidades fe tirarão fora huma unidade, que a regra. Seja rxemplo a Dupla de 4. a 2. â qual para fe dar o numeio div ifivel, fe ti- lará ao numero mayor bua unidade, & flcaõ 3. que he o dit- K> numero divifivel, como parece 4_ 3~ 2. Porém ia Cobrarem os diteos números de 8. a 4. fe tirará hua unidade, pue a regra , & outra por fe dobrar , como parece £-* ó_ 4. E fe fe triplicar, tirarão íóra a que a re- £ra , duss unidades , como parece 1 2_ 9^ 6. E por eíta Fejgra feconhece,queas Coníonancias,& Diflónãciasfun- p'es fe dividem como parece.

Ditava dividida ^_ 3-, 2

"ettima mayor dividida.' ij_* 14^ 8

Fettima menor dividida. 9^, 8_ 5

Settima minima dividida. x6— mm 9

Sexta mayor dividida. 5^ 4-* 3

iexca menor ; dividida. 8— 7—. $

uintâ Diapente dividida. 6_ j„, 4

pinta menor dividida. 64^63^,4^

parta de Titono dividida. 45Z44—

jiartadiathezeraõ dividida. 8_ 7-, 6

crceiramayor dividida, io_ 9-, 8

'erceira mesor dividida. n^ 1 1

Ton.) mayor dividido. 1 s_ 17—. 16

Fenómeno' dividido. 20^19-^.18

Semitono mayor dividido. 32^31—30

St mltono menor dividido. 5o_ 49^. ^8

. i;0 Para as Compofhsfe deve guardar a mefma re* gra ; advertindo, que a* compoftas fe compõem dos nu- meradas fim pies, partindo o men^r numero, ^ quando o menot naó he partível/sdcbra o mayor,.& enta.ôrlca feita

Qqqij eíta

r24 Trâttâdó

eftacorepoíiça5 do'nufflcro das fímples dobrado; afilrn cr> nioj a Quadrupla de4.a i.íe formou da Dupla de 2.a i do- biando o numero mayor 2. em 4. porque o menor 1. não he partive^a qualcompofíçáo he o meímo, que íefe formara a ditra quadrupla da Dupla dobrada de 4. a 2. partindo o menor 2.6c fazendo 1. E por efta caufa afta quadrupla para ífi dividir, fe tirarão do sumero mayor numa unidade pela regra ,-& outra por fe compor , de números dobrado», & o meímo íe guardará em coda a confoaancia, qtie fecompu- z?r, por dobrar o- mayor das ítmples , como parece ena af comporias, que fe fegu£, que a húas íe tira o que manda a regra,& a outras, por fe formarem de números dobrados» fe tira mais hum, como parece.

Novena may nafcida do ton« may.dividid. 9 -+ >^»4 Novena may. naíeidado tono men.dividid. 20^ i8_« 9 Novena menor dividida* 32-* 30,-, ifi

Dezena mayor dividida. 5-* 4 « 2 '

Dezena menor dividida» 12— i°— 5" I

Onzena mayor dividida? 45— 44—16

O izena perfeita dividida, 8—6 3 |

Dozena menor dividida. 128— 126— 45]!

Dezena perfeita dividida» 3 2 1

Trezcna mayor dividida. 10— 8—3

Trezeaamcaor dividida. 16— 14— .5 *

Qjatorzena mayor dividida» i $-* 14— 4 1

Qaatorzena menor dividida. 18— 16^,5

Quatorzena mínima dividida» 32— 3o— 9

Quinzena dividida. 4 ~ 2 r".1

151 A Quadrupla com as maisDecompoftas fe divide II do meímo modo tirando htra unidade pela regra, 5r tantas,] quanta* fe dobrarem» do numero mayor das fimples donde | nafeem , & por erra caufa as Decompoftas fedividem, co- 1 mo íe fisguem.

Defafextenanafcidâ do tono niayordfvid. 9 . 8^ 2 D-efaíexrec-a naíeida do tomo mcn. dividida. 40— 36— 9

De

das Explanações'* 1 2 É

Deíaíéxrêna menor dividida 64^ 6o_ 1 c

Pcfifetteua mayor dividida 5^, 4,^1

Defâfettena menor dividida. 24_ 20^ r

Defoitena mayor dividida. ^5^44^8

Defoitena perfeita dividida. 1 6„_ 12ZI 3

Peíaoovena menor dividida. 256-. 252^45

Deíanovena perfeita dividida. 6- 4^ 1

Vintena mayor dividida. 20.-* 1 6~ í

Vintena menor dividida. jí^uS^tf

Vigefima prima mayor dividida. *y^ ££? z

fcigefima prima menor dividida. 36—32115

v igefima prima mínima dividida. 64— óZ 9

V igefíma fecunda tricomp. divid. 8-« 4.- 1

Parecerne q o curiofo Leytor eftará íatisfeito das duas Regras novas: primeira para compor os números das com- portas, partindo o menor numero das flmples, ou dobrada 1 mayor. Segunda para íe dividirem as confonancias ens luas proporçoens.

152 Temos ditto retro numero 139 que os interval- as côfonantes Perfeitos íe dividem r em confonames; po- em pelasdivifões, queremos feito, íe naoítra.que a quarta íerfeita íe divide cmiurervallos diflbaaates.&r não caa- aveis , mas iacantaveisj pelo que parece íer diíTonancia. Jue íeja cõfonancia , afKrmSo os mais doutos com prova* •eis fundamentos. E que íeja diíTonancia, moftra qualquer las rresdivifóes referidas. Porém eu, como tenho obriga» âo ("alem dos grades fundamentos) de feguir a opiniaôdc tieumeftrejDigo, que a quarta he coníonancia perfeita, om particular diviía». Efta divifaõ fera em hOa coaíonan- , & hOa diíTonancia canravel , por íe dividir em confo? lancia.gozi da perfeição, & por fe dividirem diffasancia havei, íe moftra fer a menor das perfeitas. Duas íaó as di* ifões particulares da quartaj primeira em riumDitono,& um íemitono cantavel } íegunda em hum íemidiíono , êç um tono, como parece.

"**.

iaé Tratado

l Ditono 1 Semitono J J Senúditono \ Tono menor*-

4 Diãihcztrao dividido. A 1 ^JJiate^erao dividido. I

Ou aílin.

1 $JPtton0 \ 'Ditono _^ V \Tono men> 1 Semiditono ,

t-Diathezerao dividido. A ^Uiãthezerao dividido. *

Também a 3a, menor , Sc a 6 a. menor carece de divifão pelas regras acraz, asquaes por particular divifão, íe divi- dem como parece.

lf *-■—! l6 ***** l8 8 »— 1 6 _-_ ^

1 ^^ *gygg I ^ono fààyõA Ipiâthezerào l Semidit. \ * òermditono divididoT" '* *ÉxaCôTáo fffênõFdJvid, ~ *

Eílas divifoens não ceítificão ferem eílas confonancias boas; porque também podemos diVidir as dhTonaneias era bons iattírValltíSi por particular divifão.

1 ç 3 Htía razão íe pode daf muito forçofa para a quart— perfeita, & a terceira menor, & a íexra-menor,f2rem eoníb-, fiancias, íuppoCto íe dwidãoeoj incantaveis. P^ra o que ffl deve libei , que todos os números, & propor çoens , que ef tão dentro do Seaario» fão cooíonantes, & não eítes fim pies, mas ainda hum fira pies junto cem hum dobrado, do queeítão dentro doSenario, forma confonsneia. E tem ta força o eftar dentro do Senario , que fuppoílo a difi niç3a , da confoiancí a d sga5qu€ftfua proporção deve fer do gene- "x.mm^ 1. 50 MultipleK, ou íuperparticubrisj como traz Jacob o Sta puiíofe í Cònfonantia eft foni gr •avi acutique tnixtur 'a kavi Ur , umfornttterque aunkis imidens exmuiltipltci, autjupet

parti

JíteohjÈ dj>.l.

6

das "Expldnãcref* 127

parti aãariratiene pofeãa : a k xjça mi.yôr de c. a J. q nin- guém nega ler confonácia, eíTà no género íuperpartiens, & fie coníonancia, por eítar dentro do Senario; pelo que bem claroeft^quea^.de^.a 3a. & a 3a menorde 6, a ^.íaocnn- fonancias, por eftarem dentro do Senario , Sc também a (*l menor de 8. a 5. he cocfonancia,por fer o numero maycr o quartenario dobrado, & o menor o quinario,que ambos ef- tão dentro do Sena rio i humíimple, curro de brado , & o mefmo podemos dizer da decima mayor da 5. a 2 & da tre- zeoamayorde io. a 3. & da onzena de 8. a 3 &da decima menor de 12.35. as quacs todas fãoconíonancias, fem fe- rem do g<*neroMuiriplex(ou SuperparticuIaris,por íe com- porem de hum numero fimples dentro do Senario,& de dobrado dentro do meímo numero.

154 Confirma-feelh razão, de ferem todos os núme- ros dentro do Senario confonantes,com íe dividir a quarta perfeita,^ terceyra,& ftxta menores,em diflbnStes.E a ra- zão he, q fendo os numeres da ftxta menor, fexta maycr»

&c.de género diflfonáte, ião confonantes, por terem nume- res dentro do Senario Do mefmo modo as partes em que fe divide a quarta perfeita.^ terceyra menor, & íexra menor, fio diíTonantes,aindaqueíejãodo género fuperparticularis confonante.por terem números, q não eftáo dentro do Se- nario; como bem moítra o meyo da quarta , que he 7. co- mo parece 6 -.7—8 & o meyo da terceyra menor, que he 11. como parece 10— 1*_ 12 & o meyo da fexta me- nor, que he 7.0S qnaes meyos divifi veís fão diííonantes,por íerem fora do Senario fimples, ou dobrado, cu triplicado, &c.Que todos os números dentro doSenariefejão conío- nantes, moítra a figura feguinte;a qual em toda tem todos os números dentro do Senario , & as linhas que afraveflao df hum numero a cutro formão as propcfições de cada hu* ma das confonancias , como parece.

Ntíta

tjS

Tratuda

•s .^«- : k<- '.(■*"

Nsíta figura fe moftrâo as confonancias dentro do Senâ- rio, coníiderado hum numero coei outro. E também fe po- derio cooíidcrar qualquer dell;s dobrado com qualquer fi tiples, & fempre fera confonante j ainda que íeja de ge- açrodifTonante, CQmo íe na íeguinte Figura.

Figura

A

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I 0—» 6 Wíty» 13- 8».

INDEX

ALPHABETICO

Das Explanações.

A

ADaó foi o prímctroquecintoo.n. 21 p.i4-Deu p"rm- cipio ao canto chio, n. x.p.3.Santo Alberto Magno foi enuy (ciente na Muiica, & comentou Boecio,n.25 p.2* Alexandre Magno foi grande Mufieo , n. 24. p. 20 S. Am- brofio ínftituhiooc&to na Igreja Mediolanenfe,n.2f.p.2i. A pollo inventou (?*• » n- "• P* x^ Ap°ftol°s fagrados «afinados por Chnftot deixarão preceitos, & documentos de Mufíca, n.25 . p. 2 1. S. Agoftinho cfcreveo íeis livros de Muiica, Ibidem.

B

BRda Venerável efereve© de Mnfiea, n;i?.p.2j.

S. Bernardo efereveo de Muíka , 11.25.P 23.

Bfa , b mi, porque tem duas vozes, n 35 P- ' j

P >r 4 tetndua* letras b> |r, Viverias , 11.41.^3$.

13nol,Ôt3quidco porque Í*o contrários, 11:4.1 p $7.

B>ecia efereveo cinco livros de Muiica, cV

inventou o Alaúde » o. 25. p. 2 1.

Cante

Alfabético. 1 5 1

CA ato cnt5 que firja , o. 30. p. 26. Porque lhe chmaõ. Coral, & Gregoriano, Ibidem. Porque Ihethamad. XJrjifor me , o. 1 19 p.ico.Cantede Orgaôíua diviíac,n 9?. p. 79. Canto figurai que íeja, n. 96. p.òo. Canto Menfuial, q íeja^o. 10$. p.86.CaBto Multiforme, qfej», n, 119.P. ice. Cantode A quadro, porque he aípero , de Buk I brando, & de Natu ^ra natural, a. 40. Si 41. p. 37. Cafiodore eícre- ve©deMufica, n. 25. p. 2 í.S. Cecília foy grande Mufica, 0 2 5p.23,Ceosfaõfonoros, n. 76 . atè;8. p 65.Cbamo, & Mefraymo feu filho enfioàraõ MuíicaaosEgypciosdef. pois do diluvio, n. 22. p. 1 j. Chnfto Senhor NoíTo cantou comos Api.ítolos,5c osenfmou, n. 2j.p. 20. Claves,que fe- jão, n 46 p.4o.Trazem íua ethitnologia do nome Latino Clavis, quefiguifica a chave material , ibidem. Efte nome Latino, Cia vis três (ignificaçôcs nas (agradas letras,n. 9. p.7.PoíqutfeaíTioaÔasClaves cm F,C,& G,n. 48. p. 43. jC!ave$nacuíezas,univeiíacs, & principacSjquaesíaÔ, n.47. p.-l3,Côíonancia,comoíc de fine, n. 153. p. 126 EftSo todas dentro do Senario,n. 154 p 128. Como fe conheça íua per- feição pelos números de fuás proporções , «. 140. atè o fim, p.115.

D

S. I '^k Aroaío Papa Poriuguez rr?a»dou cantar es Pfal- LiP mos coro Gloria Patri no fim, n. 25. p 2 1.

David inventou muitos iaftrumétos,&r< cava trinta & íeis diverfos, n 24 p. 19. Inftituhic quatro mil cantores, & três tneftres, n. 24.P.18. Diapasão íua dffiniça6,n. 75 p. 64. íua -etimologia, o. ;6. p 66. fuás eípecies, & formação,!). 94 76. Diapaza6íuperfluoffuadtnrjiçaó,& foriraçoôn hy p, 70. Diapazaõ he còíonanci» mais agtactevel,mais perfeita. maio fácil de percebcr.qatèes iodeutos podem deli» jul- gar, n. 75 p. 64 Nclletílaoos mcvimcntos.cekftes,n. 76.

Rrr ij p. 6j.

iyz Index

p.65. O DíapiZáõ comprehcnde rodas as mais confonan- ! cus,n.ibidem,p. 66. Diapente,fua ethimologia, definição, & formação, a. 7 2. p. 6 3. Suasefpecies, n. 94. p. 75.Dia- penteíuperfluo, íuadefíniçãos8cformaçaõ,n.33,p 69. Dia- thezera5,fua ethimologia, definição, & formaç.n. 7 i.p. 61. ; Suasefpecies, n. 94. p 7& Diatbezeraõfu per fluo, vicie tri- tono. Definições , & divifôes da Mufica, n.26 p.24. Di- viíáo geral da Mufica cm hum giro, n. 30. p. 27. Divifões 110 canto, que feja8>,& donde feaílnaõ, n.49. p. 44, Dito» no, fua definição 8 & formação, n.69. p.6*.

S. |]J Frê inftituhío canto de Qrgaõ na fua Igreja, n 2f p." J^3# *°- Êlifeu com a Mufica fe elevou, & profetizou, n. i2.p.9.Etacordomayor, fua definição, & formação, n. 84. p.6 9, Etacordo menor, fua definição, & formação, n. 85 p. 69. £x acordo mayor, íua ethimologia , definição , & for- mação , o. 73. p 63. Excordo menor, fua definição, & for- mação , 74. p, 64.Ela^ mi, porq tem duas vozes» n. 3 j.p. 32*

FFa, ur, porque tem duas vozes, o. ibidem, Ff-, diviítõ, porqoe fe ordenou, n.y 1. p. 4$. Fa , & mi, em quarta , ou quinta, como fe temperaô , n. 52. p. 46. Figuras, quem as inventou ? o. 99. 81. Figuras de Canto de Orgaõ quaes íão^n. 104. p. 85. Quantas faô , &qual a eííencia de cada hu3fr n.98, p. 80. Quaes íaõ as mais pííndpacs, n. 67. p.8o. Qpaes podem for perfeitas, r. i 00. p. 8 1. Com perfeição por modo, po, & prolação, n. 105. p.87. Figuras ligadas, & alfadas,n. ioo.p. 82. Porque cauía fica5 imperfeitas,». 109. p.90. Figuras de tona nepra, faõ de compaííb ternário, sj.i i&p.oj}. f*%

G8deão,& rodos os feus íoldados traziaô trombetas,».1 ' 23. p, 17, Gçncro , íuadefinição 3 & quantos faõ, &

qual

jtfphabettci. 122

qual íua formação, n. 5%atè6o. p. * 1. Género de pro por- ções,quãtos,& qual fua eflencia, n. 121. ate 1 2 7. p. 101 .Gi- ro, em que ie moftra a diviíaõ geral da Mufica, d. y 7. p. $u S.Gregorio inítiruhio catar pelas letras Dominicaes,& orl denou, & eníinou o Canto ch2o da Igreja, n. 25. p.2 1. Gre- gos, puzerãoa Mufica em arte, n. 37.P.34. Guido Arecino inventou os fignos , & tudo da mão, n. 25.0.22.

ÍT Eroiolia mayor, & menor, que feja, R. 1 1 8. p.9 8. Ho-' X mero louva muito a Mufica , n. 24. p. jq, Hum, não he numero, n. 106. p. 87.

S. T Gnacio Martyr , inítituhio cantar a coros, n. z$.p. 2 7. 1 Intery alio, que íeja, n.62.p.j6. Intetvallos cantáveis» quantos fejaõ , & íua difiniçaõ t o. 61. & 62. p. . Como íaô nomeados pelos Hebreos , n. 65. p. 57. Interrallos in- cantaveis,n. 79^.68. S. João Damaícenoecmpoz Mu fi- ca, n. 2f.p. 22. Joaõ XX. & João XXII. Papas, eícreverão Mufica, n. 25. p.23.SJfidoroeícreveode Mufica, n.25 p.22* Jubal.fexto neto de Adão achou as coníonancias,n.2i.p. 14. Jubilasum, & Jubilatio íederivão de Ju-bal, n. 21.0.15.

L

L Afifas Hermínio foi o primeiro, q defpois do diluvio efereveo de Mufica, n*24.p. 20. S. LeaõPapa foi mui- to douto na Mufica, n. 25. p. 22. Ligadura quadrada obli- qua, & Mixta , que íeja, n. ioo.p.8 1.

M

MAria Santifílma foi fapientifíima na Mufica, ri. ar.çC 20. Mão da Mufica, no priocipio, Mercúrio in- ventou a cithytra de quatro cordas,dizem ferMoyíes,n.22: p.i 6.Mgdos mayor,& menor, como íe affinâc, a. ic8.p.8^

Rrriij Moyij

1^4 Index

Movioittiitt ucduccional, 5c dás jun&í vo , que íeja, a.43-P« 49. Moyfcs inventou a trombeta,<f<outros irjftrumentos, «^ *3p. 1 7. Wufas tomarão o nome da Muíica, n. ibidenvMu* fica, íuadcfinicaS geral, n. 16. p.24. Muíica mundana, hu- mana, & Hiftruroental, qfeja, n. 27^24. Muíica pra&ica, & Theoricafqíeja,n. 29^.2$. Muíica. n&o nectílita de íer louvada, por fer iua perfeição confeflada de todos,n.i.p..i, Se Adàouãopeceára, (óeíia íe havia de uíar, n.i.p.2.Tras lua origem de palavra rigypciaea Moy, ti'. 22. p. 16. He me- dicina contra tudo o achaque, affugenta Demónios natu- ralmente, n. 4. p. 3.. Coro prebende teclas as I denteias, n. 1, p. 2. Porque fe introduzio ca Igrej* , n. 1 i.p. 9. Sempre licita, & forma tenção a pôde p<cvantar,n. i6p. 10. Tem vari s modos ,& vários effeicos, n. 18 p. n. Mulícosíe ti- nha6 por Profetas , n.i 3 p. i &

NOemi Irmáade Tuhalfoy a primeira, qne cantou ao íom du» ittárumentos.n. 2 i.p. 1 4 Noe, 6c feus filhos» forão os primeiros, que uforaõ aMufica defpois do diluvio* e.2ipag. if. Numero,qu^ íeja, n. iQÓ.p.&7. Numero bi- panos& ternário, que ff ja, n. ibidem, Numero ter nario,áfc quaternário, fuás excellencias, n. 71. p.62. Numero íensr no hc perfeito , & íuas excellencias, n.42 p. 39. Numcto novenario, n. 67. p, 59.

o

OBj &xjda MufictEccleíiafHca,qu*l he, »• 1 p i.Or* píiev, Àaphion, porque dizem , que as pedras os íe* gutàõ, n. -5 p. 8.

PAn paftor foi inventor da frauta de íettecanudos,o.2i p. 15 Paulo pise no compoz o HymnodeS Joaõ Ba^tifta, donde íetiráraÓ as vozes da Míufíca, n."24.p.io/i Poiuuh.s da Mufica,quantos,n. 1 1 .a,p. 1 1 3.Proltça6, que

l . - íeja

rJlf>h(t iettco. 1 2 ç

feja, n. 108. p. 90. Profeta era fynonimo de Mufico, 1». 22. p.18. Os Santos Profetas bufcavaô novos medos de Mu- fica, R.24.P. 1 9. Proporção, que íeja, n. 121. p. ioi.Propr.r- ção tem cinco géneros, n. i2 2.p.i 2 7.Proporçôes no com- paflb, como fe fazem, rt. 117. p.97. como íe fomaõ as pro- porções^ como íe repartem, o. 132. p. 107 Proporções das efjxcics fjmples,n. 135. p. 11 1. Propor çes das Com poftas, & Decomporias, 1.1 37.p. 1 1 2.Proporcioialidade,qur \z% n. 142. p. 117. r^\

/^ Uartahe perfeita, & porque, num. 15 2. p, 12c.

KJ R

RA dica 1 numero, qfeja, 0.2:1 p 106 R ais quadrada, qfrja, n. ?45.p i 19. Ricardo de S.Viclor ctweveo de Mufica, o. 2 5. p. 23. r*

SAlamaõ foi fapientifOmo oa Mufica, n. 24 p. 19. Sam- betha Sybilla C aldeã, nora de Noe, tfere veo feus vati- cínios em vcrfo,n. 21, p. 15. Seth filko de Adão, & ícusfí- ilhos, foraôos q primeiro dereveraõ de Mufica, 0.2 i.p. 14. ISemidiapazaõ , íua definição, & formação, n. 8*\p. 69. Se- midupente, íuadefíniçíe, & formação, d. 82. p.69.Semi-

Íiathezérãe, fua definição, & formação , n. 81 p.68 Semi- itono.fua ethimologi*,deíIniç.& íormaç.n. 70.^.61. Scmi- tono mayor,& menor, que feja, u. (%. p. 60. S.Severinr Boe- cio eícre veo íeis livros de Mufica, & inventou o Alaude,n 2j p.21. Scxquialtera noctmpaflo, qutft ja, n. 118 p. igo. Signo que íc;a, u, 31. p.28. Signos fctte.or porq n.3i.p 27. Signos Fraocezes, n. 53 p. 30. Signos novos tm hum cir- cule, n. 35 p.32. Pcrquc fe multiplicáo três vifcs, n. 35. p. 33.PorqiiS fe dizem pela n 5o ef^uerda, o. 3^.p. 33.

T

*T* A boa univerfal, n. óo.p.e^. Tempo na Mufica, q ff- JL ja, n. 107. p. 87. *ft«-

136 Índex

Themiftocles por ignorar a Muíiea, foi tido por indoufo; 24. p. 20. Timothco Miileíio efcreveo deíafctte livros de Muftca, Sc inventou o genencrornetico , n. ibidem, Santo Th ornas compoz oshymnos do Sacramento, Sc cantoria, ii. 25. p> 23.TonoquefcjaaB. 67. p. 59. Tens, ou modos, íua definição, 6c numero, n.88.p.72. TonsGrogos,n.94. p. 74. Quaes faó meftres, 6c difcipulos , 6c quaes feus eftei- ros, ibidem, fua formação , n. 94. p. 76. &c Tritono que íeji , & faa formação , n. 80. p. 68.

Italiano Papa inflituhio o canto dos Romanos 5c o concordou com o Órgão, o. i5>p. 22. Uniíonus queíeja, 0.64^.56. Vozes da Mufjca, íua definição & nu- mero, n. 38. p 3>. Gomo fe forma a voz, n. ibiôxm^Úzo que na5 he recebido dos doutos , he abuío,Q. 1 16. p. 96.

T

UJoo queeíli eferi to tocante á Arte , fugeíjo ao melhor parecer dos íabios Medres, prome- tendo emmendar o que naó íor bem diteo : E tudo o que eftà ditto j que encontrar aos bons coftumes , Sc aofentir da Sarna Madre Igreja , de agora o dou pornaóditto, St p fdmetc o , para que pelos venerá- veis Miniftros a quem pertencer feja deílruidot& rif~ cado, ou em todo , ou cm parte, como melhor jh. a parecer»