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JULHO, AGÔSTO E SETEMBRO DE 1958

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DEI ANOS DANDO A BÍBLIA A PATRIA

DIA DA BÍBLIA

13 DE DEZEMBRO

Com o objetivo de auxiliar a todos os pastores e obreiros na reali¬ zação do programa do Dia da Bíblia, damos abaixo uma sugestão para o culto de Ações de Graças e comemoração do Dia da Bíblia.

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Prelúdio de órgão ou harmónio Oração

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Hino

Leitura responsiva, Salmo 119:9-16

Dados informativos sobre a obra da Sociedade Bíblica do Brasil (veja-se as notícias do 10.° aniversário da Socie¬ dade, onde se encontram o total de Escrituras distribuí¬ das, os gastos e arrecadação no evangelismo nacional). Hino

Sermão "Dar a Bíblia à Pátria é contribuir para um

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Brasil melhor'

Apresentação das ofertas

Bondoso e eterno Pai, nós

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te rendemos graças pela distribuição de Escrituras Sa¬ gradas, feita pela Sociedade Bíblica do Brasil nos seus dez anos de gloriosa existência. Permite nosso Deus que esta distribuição contribua para o aprimoramento do ccráter do povo brasileiro; para abreviar a vinda do teu Reino; para aproximar de Ti os corações humanos; para preparar dias melhores para nossa querida e extreme- cida Pátria. Permite que esta seja a sementeira da Salvação e da vida eterna, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém.

Hino sôbre a Bíblia.

Oração pelos colportores que nos mais distantes rincões de nossa Pátria, afrontando os maiores perigos, distri¬ buem a Palavra de Deus. Agradecendo a vida de quantos têm se devotado ao santo labor de transmitir o Recado eterno. Agradecendo pelas agências Bíblicas em tôdas as partes do mundo que contribuem para a disseminação do Evangelho. Agradecendo a Deus as bênçãos prodigalizadas à Sociedade Bíblica do Brasil nos seus 10 anos de gloriosa existência, permitindo uma das maiores circulações de Escrituras Sagradas no mundo. Bênção.

Nossa capa: Reprodução do cartaz "Dia da Bíblia"

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A Bíblia é o Livro do momento. Não livro de maior prestígio no mundo, nestes últimos meses, do que a Bíblia. Senão, ve¬ jamos alguns “instantâneos” do noticiário:

Entre os livros que mudaram o mundo, está a Bíblia”, afirma o autor da Geografia da Fome, Dr. Josué de Castro. Notemos as suas palavras sôbre o Livro Sagrado: “Para o mundo ocidental é o Livro por excelência. Escapando ao par- ticularismo de um povo e às circunstâncias de uma época, a Bíblia se universalizou influenciando consciências no mundo intei¬ ro e se_ atualizou sempre, através das inter¬ pretações que dela fizeram em diferentes épocas da história.

De revelação de um momento histórico ela passou à revelação do mundo”.

O mais alto grau de prestígio da Bíblia coincide com o advento da Era Atômica. Ela não é apenas o Livro de maior venda no mundo, (trinta milhões de volumes com¬ pletos ou em parte, vendidos anualmente) é também um dos principais interêsses da ciência moderna. Haja visto os grandes sucessos de livraria “A Bíblia disse a ver-

A BÍBLIA NA ERA A TÒMICA

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SEwaldo Alves

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dade” por Sir Charles Marston e “E a Bí¬ blia tinha razão”, de Werner Keller. À luz dêste trabalho arqueológico na Mesopotâ- mia a Bíblia deixa de ser um ponto de interrogação para a ciência, e se transfor¬ ma em informações inspiradoras e cheias de certeza. Assim o sentiu Werner Keller quando disse, em meio às considerações sô¬ bre o Livro que o levou a rasgar com sua inteligência, a terra dos velhos patriarcas hebreus “Nenhum livro da história da hu¬ manidade produziu um efeito tão revo¬ lucionário, exerceu uma influência tão deci¬ siva no desenvolvimento de todo o mundo ocidental e teve uma difusão tão universal como o “Livro dos livros”, a Bíblia. Ela está hoje traduzida em 1.120 línguas e diale¬ tos, e após dois mil anos, ainda não qualquer sinal de que haja terminado a sua carreira triunfal”.

Nesta Era Atômica, tomando o tempo das maiores estações de rádio do mundo, a Bíblia é objeto de concurso mundial, com o qual o govêrno de Israel pretende assi¬ nalar o transcurso do seu 10.° aniversário de fundação.

Na Itália, onde a circulação de Escri¬ turas Sagradas foi sempre muito pequena, duplicou nestes últimos meses, à vista dês- se concurso. Nos Estados Unidos, mais de 20 estações de televisão, estão selecionando o candidato que representará aquêle país, cujo vencedor receberá ainda um prêmio de 64.000 dólares. No Brasil, começam a apa¬ recer os primeiros candidatos, entre êles a conhecida Sra. Da. Fúlvia de Cunto Fadi¬ gas, membro de uma das Igrejas Batistas

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de São Paulo, e que participou do pro¬ grama de televisão “O Céu é o Limite”, res¬ pondendo sôbre a Bíblia.

Judeus e cristãos desta geração que se caracteriza pelas rápidas transformações, participam do reaparecimento do Livro que em parte lhes é comum. Também o Papa Pio XII, na Encíclica “Divino Spiritu” reco¬ menda às famílias cristãs a leitura da Bíblia.

A Palavra Divina, nesta Era Atômica, contra a expectativa do materialismo mo¬ derno, estravaza dos púlpitos para o ar, aci¬ ma das suntuosas catedrais, para fixar-se nas telas do cinema. Assim é que o tea- trólogo norte-americano, Henry Denker, acaba de apresentar 440 capítulos da Bí¬ blia filmados em cores, abrangendo parᬠbolas e outros ensinamentos do Novo Tes¬ tamento, no programa intitulado, “Bible Series”.

Num dos concílios mundiais a que tive¬ mos o privilégio de assistir, o plenário reco¬ nheceu a urgência que existe por parte daqueles que se incumbem de distribuir a Palavra. E não poderia ser de outro modo se levarmos em conta o aumento de .... 25.000.000, na população do mundo, anual¬ mente e os 20 . 000 . 000 de adultos que apren¬ dem a lêr. Não obstante as 1.127 línguas e dialetos em que a Bíblia tôda ou em parte, está traduzida, ainda existem, cêrca de 1 . 500 línguas e dialetos falados por 100 milhões de pessoas, para as quais ainda não foi traduzida nenhuma parte das Escrituras Sagradas.

Que dizer da América Latina, uma das regiões de maior progresso do mundo, e atualmente com 175 milhões de habitantes, cuja população, calcula-se, nêstes próximos 20 anos atingirá a 300 milhões. Quem for¬ necerá a Palavra de Deus a esta região que em 1916 contava com uns 200 mil evangé¬ licos e êste número agora eleva-se a 6 mi¬ lhões e meio.

A presente geração atingiu não so¬ mente o átomo, fraccionando-o, mas as ideologias, dissociando-as. O Correio da Manhã, numa das suas notas sôbre o que se nos Estados Unidos da América, dava os “gangsters”, a cozinha e a religião, co¬ mo assuntos prediletos daquele povo, e acrescentava: “a Bíblia continua a ser o livro mais procurado nos Estados Unidos, dela se vendem 7 milhões por ano, e os es¬ tudos que inspira, encontram sempre re¬

ceptividade por parte de numeroso públi¬ co”. Entre histórias de “gangsters”, recei¬ tas de cozinha e a leitura da Bíblia, não é necessário ser muito atilado para saber que nos rescaldos do incêndio no qual está para ser envolvida a presente civilização, ficará para a reconstrução do mundo de ama¬ nhã a Palavra de Deus.

À beira do abismo de uma guerra atô¬ mica, o homem de nossos dias tem a intui¬ ção das cousas eternas e jamais procurou com tamanha sofreguidão a mensagem que, filtrada na cultura de um povo particular, é remédio universal. Foi nesse sentido que Brailowsky, como solista, abrilhantou a re¬ cepção feita a parlamentares brasileiros, quando em visita ao Instituto Weisman da Universidade Hebraica, examinavam os mais antigos pergaminhos da Bíblia. Da mesma forma a Bíblia serviu ao gênio de Portinari para, em seus desenhos inigua¬ láveis, ver Israel de hoje no Israel dos pa¬ triarcas do Velho Testamento. É assim que a Bíblia tem tomado parte nas prin¬ cipais exposições internacionais, a exem¬ plo das edições protestantes e católicas na Feira de Milão e na Exposição Internacio¬ nal de Bruxelas. Somente na França, no fim do ano passado, vieram à luz, duas edi¬ ções da Bíblia a da Escola Bíblica de Jerusalém e a organizada por Edouard Dhorme, pela Gallimard. A revista “Le contract Social” publica um comentário a uma edição da Bíblia de 1899, em que diz: “Somente a Bíblia possue condições para servir a instrução do povo, convidando-o à vida heróica, combatendo as tendências de¬ letérias do utilitarismo”. É assim que Bo- ris Pasternak, considerado o maior poeta vivo da Rússia, entrevistado por um repór¬ ter alemão, disse: “Não sou um ideólogo, sou um poeta e um homem de letras. Não acredito no materialismo dialético, creio em Deus. Os séculos são degraus para os pas¬ sos de Deus. A Bíblia é o meu livro de ca¬ beceira.”

Num inquérito mundial sôbre os efei¬ tos possíveis da bomba atômica, as respostas revelaram que a Bíblia em muitos exerceu influência.

Perguntaríamos ainda, a esta altura, não será a Bíblia uma espécie de Bomba Atômica no mundo materialista dos nossos dias?

(Introdução ao Relatório do Secretário-

geral à Diretoria da S.B.B.)

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Desejando contribuir para "Dar a Bíblia à Pátria", subscrevo-me como sócio da Sociedade Bíblica do Brasil, na seguinte categoria:

(Assinale a categoria de sua preferência)

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em um ou mais pagamentos

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Contribuinte mensal

a partir de

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50,00

(NOVA CATEGORIA).

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Iqreia local a que pertence?

Renovação

ou sócio novo? _

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Indicar se é Senhor, Senhora ou Senhorita

Rua

Bairro..„.

Cidade...

Estado

É proibido por lei colocar dinheiro nos envelopes comuns.

Sócio proponente.

A Sociedade Bíblica do Brasil fornece Bíblias e porções bíblicas muito abaixo do custo, o que é possível mediante as ofertas do povo de Deus. Ajude-nos a manter êste trabalho tornando-se sócio da Sociedade Bíblica do Brasil, cuja finalidade é "DAR A BÍBLIA À PÁTRIA".

Sociedade Bíblica do Brasil Rua Buenos Aires, 135 Caixas Postais, 73 e 454 Rio de Janeiro. D. F.

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A Rainha Elisabeth observa a embalagem de Bíblias para o exterior.

mais de século e meio que a Famí¬ lia Real da Inglaterra, através de seus ante¬ cedentes, tem manifestado grande interês- se na obra da Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira, sendo a atual Rainha Eli- zabeth patrona da Sociedade.

Havendo Sua Majestade, algum tempo, expressado o desejo de visitar a Casa da Bíblia em Londres, foi designado um dia do mês de fevereiro do corrente ano, ocasião em que a Rainha e seu consorte, o Príncipe Philip, foram recebidos na sede da Sociedade por membros da sua Dire¬ toria e pelos Secretários. Visitaram todos os departamentos e mostraram-se muito interessados na variedade de Escrituras Sa¬ gradas em diversas línguas, que estavam sendo preparadas para exportação. Ao examinarem a máquina em que são feitas as matrizes para a impressão de Escrituras em Braille, os visitantes Reais manifesta¬ ram interêsse excepcional, fazendo pergun¬ tas a respeito da mesma.

Na cantina da Sociedade havia uma exposição especialmente preparada, apre¬ sentando aspectos importantes da obra Bí¬ blica, tanto na Grã-Bretanha como em ou¬ tros países.

O último filme preparado pela Socie¬ dade e que ilustra como a Bíblia Tigrina foi traduzida, impressa e divulgada na Eri¬ tréia, África Oriental, também foi apre¬ ciado.

Na Biblioteca examinaram diversos ma¬ nuscritos antigos, sendo na ocasião, ofere¬ cido à Rainha Elizabeth um exemplar da Bíblia impresso pela Sociedade na Ingla¬ terra, em 1804, e ao Príncipe Philip o pri¬ meiro exemplar da edição recentemente re¬ visada, do Novo Testamento em grego anti¬ go, posta à venda, pela primeira vez, algu¬ mas semanas mais tarde.

Os referidos volumes foram especial¬ mente encadernados, com gravação apro¬ priada para a ocasião.

Por fim, foi oferecido um chá e a se¬ guir a Rainha e o Príncipe Philip assinaram o livro de visitas no hall de entrada do edi¬ fício.

Ao deixarem a Casa da Bíblia foram aplaudidos calorosamente pelos auxiliares da Sociedade e assim terminou mais uma visita da Realeza Britânica à sede da Socie¬ dade Bíblica, no coracão de Londres.

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Isnard Rocha

Muito se tem escrito sôbre êste assunto e acreditamos haverá oportunidade para novos artigos em tôrno da Biblia em terras brasileiras.

Não sabemos ainda a quem se deva dar a pal¬ ma da vitória no tocante à introdução da Biblia no Brasil, pela primeira vez. É um assunto que tem merecido estudo da parte de muitos obreiros, especialmente das organizações que cuidam da distribuição do livro sagrado em todo o mundo as Sociedades Biblicas.

O Dr. H. C. Tucker, de saudosa memória, num artigo publicado nesta mesma revista (vol. III, n.° 3 de 1951) faz algumas declarações impor¬ tantes sôbre o assunto aqui mencionado, que des¬ tacamos as seguintes palavras como ponto de par¬ tida em nossas considerações:

“O padre Luiz Gonçalves dos Santos, em seu livro intitulado “O Católico e o Metodista”, conta que o Rev. Daniel P. Kidder em cartas datadas de 13 e 29 de março de 1838, relatava que a venda de Bíblias em português e latim aumentava muito”.

Convém notar que a Sociedade Bíblica Bri¬ tânica e a Sociedade Bíblica Americana, somen¬ te estabeleceram suas agências no Brasil em 1856 e 1876, respectivamente. Antes dessas da¬ tas o trabalho de distribuição da Bíblia era feito por meio de comerciantes ou obreiros cre¬ denciados para êsse fim.

Ainda o Dr. Tucker, nesse mesmo artigo, refere-se a um relatório que êle fêz em 1906 sôbre a distribuição da Bíblia, num período de 70 anos, a partir de 1836, ano em que che¬ gou ao Brasil, o Rev. R. Justin Spaulding.

“Em junho dêsse ano de 1836, na cidade do Rio de Janeiro, o Rev. Spaulding organizou uma escola dominical, com 30 alunos, dos quais alguns eram brasileiros, ensinados na sua pró¬ pria língua”, segundo nos informa Kennedy.

No ano seguinte vieram novos obreiros, en¬ tre êles o Rev. Daniel P. Kidder, como repre¬ sentante da Sociedade Bíblica Americana, aju¬ dar na obra missionária. O Dr. José Carlos Ro¬ drigues escreveu sôbre o trabalho dêsses obrei¬ ros nos seguintes têrmos:

“Parece que a propaganda dos Srs. Spaul¬ ding e Kidder foi bastante enérgica, não pela pregação verbal como pelo derramamento de Bí¬ blias, Testamentos e tratados ou opúsculos reli¬ giosos ...”

O mesmo Kidder, num de seus livros, publi¬ cado em sua pátria “Sketches of residence and travei in Brazil” que hoje está no ver¬ náculo, sob o título de “Reminiscências de via¬ gens e Permanência no Brasil”, diz coisas admi¬ ráveis sôbre o trabalho feito no pequeno pe¬ ríodo de sua permanência no Brasil, do qual destacamos alguns trechos, como seguem:

“Logo após nossa chegada ao Rio de Ja¬ neiro, tivemos a honra de ser admitidos nos trabalhos missionários dirigidos pelo nosso cole¬

ga Rev. Spaulding. Ocupava-se então êle de uma escola diurna para crianças brasileiras e es¬ trangeiras que havia aberto na Rua do Catete, além de uma florescente escola dominical”.

“A circulação das Sagradas Escrituras em português que é a língua do país cons¬ tituía a nossa missão precípua. Até então ja¬ mais se haviam feito esforços sistemáticos para uma larga divulgação da Bíblia nesse vasto e interessante país.”

“Em épocas anteriores, diversas centenas de exemplares da Bíblia e do Novo Testamen¬ to, impressos pelas Sociedades Bíblicas inglêsa e norte-americana, haviam sido introduzidos no Brasil por intermédio de viajantes comerciais e, em alguns casos, grande foi o interêsse mani¬ festado pela sua divulgação, conquanto, num sentido geral, pouco esforço se tenha despen¬ dido nêsse sentido. Apesar de tudo, pode-se com segurança concluir que o número de exemplares do livro sagrado pôsto nas mãos do povo foi maior então do que em qualquer outra ocasião.”

“Na sede de nossa missão, muitos livros fo¬ ram distribuídos gratuitamente, e, em diversas ocasiões, deu-se o que se poderia chamar verda¬ deira “corrida” de pretendentes ao Livro Sa¬ grado.”

“Um padre bastante idoso que nos foi pro¬ curar pessoalmente e a quem, por especial de¬ ferência, demos exemplares em português, fran¬ cês e inglês, disse-nos ao sair: “Isto nunca se fêz no Brasil”. Em três dias distribuímos du¬ zentos exemplares e esgotamos as nossas re¬ servas.”

“Devemos deixar aqui consignado o fato de, durante todo o tempo em que residimos no Bra¬ sil e mesmo durante as viagens que empreen¬ demos no desempenho de nosso labor missionário, jamais termos encontrado o menor obstáculo ou recebido a mais leve desconsideração por parte do povo.”

Diante dêsses testemunhos insuspeitos e que se acham registrados em livros que se divul¬ garam em nossa terra e em literatura de valor histórico, podemos dizer, sem mêdo de errar, que cabe aos evangélicos a introdução e distribui¬ ção do livro sagrado ao povo brasileiro, em¬ bora depois de muitos séculos de vida nacional e sob a direção de uma igreja que aqui chegara com os primeiros descobridores da terra. Êles aqui chegaram no século 16 mas a palavra de Deus começou somente ser espalhada pelo tor¬ rão pátrio a partir da primeira metade do século 19.

Dessa época até nossos dias o trabalho de espalhar a Bíblia ao povo brasileiro não tem cessado. Basta ver os relatórios que as Socie¬ dades Bíblicas publicam e, particularmente, a Sociedade Bíblica do Brasil, desde a sua organi¬ zação na capital de nossa República.

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lAm policial que não uóa revólver e carrega óempr

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Contando histórias da Bíblia.

Quem teve a oportunidade de assistir no dia 3 de junho, ao programa televisionado “Esta é a sua vida”, de ter ficado emocio¬ nado diante de mais uma prova eloquente do poder de Deus na vida do homem.

E um dos fatos impressionantes foi que ao estúdio da TY Tupi do Rio de Janeiro, foi tra¬ zido o irmão Pedro Frederico Soares, membro da Igreja Batista de Neves, no Estado do Rio, e Guarda Municipal n.° 1057 da Prefeitura do Distrito Federal. A humildade deste irmão se revela desde sua infância. De procedência hu¬ milde, filho de lavrador, no município de Nati¬ vidade do Carangola, no Estado de Minas, onde ouviu o Evangelho pela primeira vez, veio, homem, embora bem jovem, para o Rio de Ja¬ neiro.

Sempre empolgado pela graça maravilhosa da salvação, se constitui um baluarte no evan- gelismo da Igreja Batista Central, dirigindo to¬ dos os domingos o culto de pregação ao ar-livre, no Campo de Santana até fins de 1957 quando se mudou para S. Gonçalo, E. do Rio.

Nas suas funções de Guarda, soube se im- pôr na confiança dos seus colegas e dos seus che¬ fes. Responsável pela segurança dos alunos do Grupo Escolar Rodrigues Alves, ao lado do Pa¬ lácio do Catete, vinha sendo observado não pelos pais dos alunos daquele grupo mas até pela esposa do Presidente da República, Sra. Sara

Lemos Kubitsehek, e se tornou figura popular, respeitada e admirada pe¬ los moradores do bairro.

Com desvelo, ele se desdobra durante a en¬ trada e saída das aulas. Apita, gesticula e inter¬ rompe o trânsito para que os “seus” meninos atra¬ vessem sem perigo. Se a criança, velhinha ou alei¬ jado titubeia, corre pres¬ tativo e, pela mão, os transporta de uma para outra calçada. Jamais an¬ da armado e nunca aban¬ dona sua Bíblia, que para a garotada, nas ho¬ ras de recreio.

P a r a homenageá-lo esteve presente o Sr. Pre¬ feito da Capital, Embaixador Negrão de Lima, que em nome dos patrocinadores do programa, lhe ofertou um apito de ouro ; vários companhei¬ ros de sua corporação desfilaram perante êle e o comandante de sua unidade, que leu o boletim

(CONTINUA NA PÁGINA 14)

O Guarda n.° 1057 em plena atividade.

BRILHANTES SOLENIDADES ASSINALARAM O TRANSCURSO DO 10.° ANIVERSÁRIO DA SOCIEDADE BÍBLICA DO BRASIL

Grande Culto de Ação de Graças Crescente o interesse do povo brasileiro pela obra da Sociedade Bíblica do Brasil Estatísticas que falam alto

Mensagem do Presidente Outras notas

Dez anos são transcorridos desde que se fundou, sob a graça de Deus, a Sociedade Bíblica do Brasil, organização que viria continuar a obra que estava sendo feita pelas Sociedades Bíblicas Unidas.

A cerimônia de instalação da nóvel instituição teve por local o majestoso templo da l.a Igreja Batista do Rio de Janeiro, na noite memorável do domingo 10 de junho de 1948.

Nova etapa histórica deveria ser cumprida pelo evangelismo brasileiro, que recebia, diretamente, a incumbência solene de se lançar, com todo o em¬ penho, à tarefa de “Dar a Bíblia à Pátria”.

CULTO DE GRATIDÃO

As bênçãos divinas não tardaram, e a obra, rece¬

NÜMEROS QUE FALAM

O Secretário-geral da Sociedade Bíblica do Brasil, Rev. Ewaldo Alves, valeu-se do ensêjo para apresen¬ tar, em números que falam eloquentemente, o trabalho realizado neste primeiro decênio.

Ouvimos de 1.237.732 Bíblias, de 832.326 Novos Testamentos, de 15.081.034 Porções Bíblicas, perfazen¬ do a significativa cifra de 17.151.092 volumes da Pa¬ lavra de Deus, entregues ao povo de nossa Pátria.

E assim, passa a ocupar o lugar dos mais desta¬ cados na distribuição bíblica no mundo, o que nos leva a pensar no glorioso dia em que haveremos de ver nosso povo iluminado pela bendita luz da Palavra de Deus, e remido pela mensagem sublime da Cruz.

Parte da Assistência.

bendo o amparo, cresceu, tomou corpo, agigantou-se, para a alegria do coração dos evangélicos brasileiros que a apoiavam, e para a glória de Deus que a sus¬ tentava. Auxílio indispensável das Sociedades Coope¬ rantes, na pessoa da Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira e da Sociedade Bíblica Americana, jamais faltou, decretando a estabilidade da obra maravilhosa da disseminação do Sagrado Volume.

Forçoso era, portanto, no ensêjo das comemora¬ ções da primeira década, agradecer ao Eterno tão grandes dádivas do seu amor. A tal apêlo acudiu o povo do Distrito Federal, proporcionando aquêle am¬ biente festivo ao templo da 1.» Igreja Batista do Rio, na tarde abençoada do domingo, 22 de junho de 1958.

O mesmo local de onde se havia pedido tantas bênçãos, no início da campanha, agora se prestava para agradecer a Deus por tais bênçãos que não fal¬ taram à grandiosidade da obra nos Í0 anos nela con¬ sumidos.

FALA O PRESIDENTE DA SOCIE¬ DADE BÍBLICA DO BRASIL

Ponto relevante da tarde, foi o sermão oficial proferido pelo Rev. Dr. Benjamin Moraes, ilustre pre¬ sidente da Sociedade Bíblica do Brasil.

Em inspirada exposição, o co¬ nhecido pregador focalizou a Bíblia como sendo o pão divino capaz de mitigar a fome da alma humana.

As palavras do orador, repassa¬ das de fervor e entusiasmo, culmi¬ naram por proclamar que a maior necessidade dos homens nos dias atuais, é a da aceitação das ver¬ dades sublimes do Livro dos livros.

CANTA O CORAL EXCELSIOR

Apresentou-se, sob a regência do Maestro Guilherme Loureiro, o Coral Excelsior, que soube abri¬ lhantar, singularmente, o Culto de Gratidão.

A congregação também entoou hinos de louvor e súplica pela obra da evangelização da pátria brasi¬ leira.

Jamais poderá ser esquecido o modo vibrante com que foi entoado aquêle hino, jóia da nossa mú¬ sica sacra: ...“Salve Deus a minha terra, esta terra do Brasil...”

Era o louvor, era a gratidão comovida que subia aos céus, brotando de corações que ardem pela sal¬ vação da pátria amada.

ENTUSIASMO CRESCENTE

A correspondência recebida até o presente mo¬ mento, e as notícias que chegam dos mais distantes recantos brasileiros, falam, bem alto, do entusias¬ mo, sempre crescente, que vai dominando o nosso povo pela grande obra de “Dar a Bíblia à Pátria”.

Foi por isso que o evangelismo elevou a Deus os seus agradecimentos sinceros no transcurso do 10.° aniversário da Sociedade Bíblica do Brasil.

Porque “Dar a Bíblia à Pátria”, lema sublime e grandioso, tem sido das mais radiosas realidades na terra querida do Cruzeiro do Sul.

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DIA DA BÍBLIA

O Dia da Bíblia de 1958, terá um cunho todo especial, pois êste ano, comemora-se também o 10.° aniversário da Sociedade Bíblica do Brasil. Não é, portanto, apenas o Dia da Bíblia, mas o marco que assinala as grandes vitórias alcan¬ çadas pela Sociedade Bíblica, na distribuição de mais de 17 milhões de Escrituras Sagradas Bíblias, Novos Testamentos e Porções, e que, aproximadamente, um têrço da população do Brasil deve ter sido alcançada por esta grande circulação que representa uma das primeiras do mundo.

Teríamos idéia muito mais exata do traba¬ lho da Sociedade nestes 10 anos, se pudéssemos alcançar até onde chegaram as publicações da So¬ ciedade Bíblica, representadas por 1.237.732 Bíblias completas, 832.326 Novos Testamentos, 15.081.034 Porções bíblicas, num total exato de 17.151.092 volumes de Escrituras Sagradas.

Milhares de livros poderiam ser escritos se pudéssemos saber a história de grande parte desta distribuição. Quantos corações elas confortaram! Quantas almas ampararam no seu desespêro, nas dificuldades desta vida! Quanta orientação foi dada por essa volumosa circulação de Escrituras Sagradas que representa um recado de Deus aos homens! Quantas lágrimas aflitas estas páginas sagradas enxugaram nos olhos consumidos pela dor! Quantos passos trôpegos estas páginas divi¬ nas ajudaram a endireitar! Não haveria fim, se fôsse possível publicar a história de cada volume sagrado distribuído nestes 10 anos de existên¬ cia da Sociedade Bíblica do Brasil. Deus, o grande e eterno Pai tem o segrêdo dos benefí¬ cios, das bênçãos desta grande distribuição.

O alvo da Sociedade Bíblica do Brasil é Dar a Bíblia à Pátria. Porém, não desejamos que êste alvo seja permanente, perpétuo na Socie¬ dade Bíblica do Brasil, pois, assim como estamos recebendo auxílio indispensável das Sociedades

Bíblicas cooperantes Sociedade Bíblica Ame¬ ricana e Sociedade Bíblica Britânica e Estran¬ geira, devemos também ter presente não em nossas mentes mas no coração que, quando os recursos levantados no evangelismo pátrio forem suficientes, o nosso alvo deverá ser “Dar a Bí¬ blia à América Latina”. Isto porque a Sociedade Bíblica do Brasil tem o grande privilégio de ser a primeira e única Sociedade Bíblica nacional, na América Latina. Mas enquanto não essa possibilidade, as nossas vistas estão voltadas para êste grande Brasil que cresce em tôdas as dimensões, e é justo, urgente e necessário que cuidemos do seu crescimento espiritual, tenha¬ mos no futuro um Brasil grande como certa¬ mente será no desenvolver da sua imensa poten¬ cialidade, na atualização das suas incalculáveis reservas e nas atividades múltiplas do seu povo. Um Brasil grande, mas de alma voltada para o Eterno doador de tôdas as bênçãos, de tôdas as grandezas permanentes e eternas.

Comemorar pois, o Dia da Bíblia, é distri¬ buir a Palavra de Deus, entregando uma Bí¬ blia, um Novo Testamento, ou uma Porção Bí¬ blica ao amigo que ainda não tenha conheci¬ mento do Recado divino.

Contribuir para a Sociedade Bíblica do Bra¬ sil, é contribuir para um Brasil melhor, e pre¬ parar o terreno para lançar a semente do ali¬ mento que saciará a fome espiritual dos nossos patrícios.

Que o Dia da Bíblia seja um dia de oportu¬ nidades para cada evangélico, para cada sim¬ patizante da causa bíblica em nossa pátria. Dei¬ xemos também um pouco da nossa gratidão em forma de oferta, sacrifício agradável, e com o pensamento voltado para o altar da Graça, lem¬ bremo-nos que estamos comemorando neste Dia da Bíblia 10 anos dando a Bíblia à Pátria.

Diretores presentes ao culto de Ação de Graças pelo 10.° aniversário da SBB. De pé, Dr. Benjamin Moraes, quando

proferia o sermão.

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DIRETORIA DA SOCIEDADE DÍDLICA DO DRASIL

Da esquerda para a direita ao alto: Prof. Domingos Peixoto da Silva, Rev. Rodolfo Nogueira, Dr. Daso Coimbra, Dr. Antônio Teixeira Gueiros, Dr. Edilson Brasil Soá- rez, Pastor José Pimentel, Rev. Diocleeiano Cavalcanti, Rev. Archibald Tipple, Sr. C. H. Morris; ao centro: Dr. Eder Accorsi, Sr. Benno Kersten, Rev. Synésio Lyra, Rev. Sebastião Moreira, Rev. Albérico de Souza, Rev. Benedito Natal Quintanilha, Rev. Rodolfo Anders, Dr. Oliver K. K. Nelson, Rev. José Viana de Paiva; sentados: Brigadeiro Claas Leegstra, Rev. Ewaldo Alves, Rev. Euclydes Deslandes, Dr. Ben- jamin Moraes, Dr. Remígio de C. Fernandes Braga, Sr. Emílio Conde, Tte.-Cel.

Gilbert Abadie.

No dia 17 de junho p.p., a Diretoria da So¬ ciedade Bíblica do Bra¬ sil realizou a sua reu¬ nião anual, que contou com a presença de bom número de diretores, al¬ guns vindos de lugares distantes, todos deixando seus múltiplos afazeres a fim de atenderem à con¬ vocação da Sociedade.

Assuntos de grande interesse foram tratados, visando o maior desen¬ volvimento do trabalho. Os relatórios dos Secretᬠrios-geral, cooperantes e regionais foram bastante apreciados, merecendo vo¬ tos de louvor, pois todos eles continham informa¬ ções e dados expressivos do que se realizou no pe¬ ríodo de um ano de ati¬ vidades.

DEPARTAMENTO FEMININO AUXILIAR DE SALVADOR

Instalou-se no dia 5 de maio último, com solenidade festiva, o Departamento Feminino Auxiliar, na cidade do Salvador, Bahia, orga¬ nizado pelo esforço, dedicação e entusiasmo do elemento feminino de todas as igrejas evangé¬ licas daquela cidade.

Este novel Departamento está demons-

Primeira Diretoria do Departamento Feminino Auxiliar de Salvador, tendo à esquerda o Sr. Paulo D. Macêdo, Secre¬ tário Itinerante da S. B. B. e à direita o Rev. Hercílio Arandas, Presidente da Comissão Local especialmente con¬ vidado para dar posse à referida Diretoria.

trando o quanto pode fazer a mulher brasilei¬ ra, quando empenha o seu coração numa causa gloriosa como a de “Dar a Bíblia à Pátria”! É a seguinte a diretoria eleita :

Sra. Maria Marinho Maciel Pres.

Sra. Júnia Machado Caria Vice Sra. Artêmia do N. Silva Tes.

Srta. Kleide Mendes Lopes Sec. Cor. Srta. Diralva Santos Sec. Arq.

Côro Infantil da Igreja Batista Sião, dirigido pela Srta. Elide Cabral Leal, que muito concorreu para abrilhan¬ tar a reunião do Dept. Feminino de Salvador.

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A Bíblia na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo

< -

Curitiba Posse da Diretoria do Departa¬ mento Feminino Auxi¬ liar, quando falava o Dr. Sátilas do Amaral Ca¬ margo.

Discurso pronunciado pelo Deputado Camilo Ashcar na sessão de 26/12/57 da Assembléia do Estado de São Paulo:

“Sr. Presidente, Srs. deputados: re¬ cente discurso que pronunciei nesta Assem¬ bléia, e no qual citei vários textos bíblicos, provou uma interessante controvérsia en¬ tre dois ilustres parlamentares, que deseja¬ vam conhecer se eram exatas ou não as citações bíblicas que eu havia feito.

Um dos parlamentares, que parece afei¬ to à leitura bíblica, solicitou à Biblioteca desta Assembléia um exemplar das Escritu¬ ras Sagradas para a verificação dos textos, no original. E recebeu, de um dos funcio¬ nários, a resposta de que não havia, na bi¬ blioteca, nenhum exemplar da Bíblia; e

acrescentou que a “Bíblia desta Casa é o Regimento Interno” . . .

Sendo eu um leitor perseverante e assí¬ duo das Sagradas Escrituras que devem constituir, para todos os cristãos, a regra única de fé; e testemunhando a veracidade da expressão do salmista, segundo o qual as palavras do Senhor são: lâmpada para os pés e luz para os caminhos (Livro dos Salmos 119:105), quero ter a honra de, em meu nome pessoal e cumprindo meu de¬ ver de evangélico, oferecer uma edição es¬ pecial da Bíblia Sagrada, na excelente tra¬ dução de Almeida à Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, a fim de que passe a figurar em sua biblioteca e possa ser, a qualquer tempo, manuseada pelos Srs.

deputados e outros in¬ teressados, integrantes do quadro de funcio¬ nários desta Casa.

Tenho a convicção experimental de que todo o contato de cada criatura sincera com a Palavra Inspirada será, hoje e sempre, um fa¬ cho de inspiração, um estímulo para a reden¬ ção!

EXEMPLO A SER IMITADO!

A fotografia é do belo templo da Igreja Batista da Encruzilhada, em Recife, Per¬ nambuco, cujo pastor é o Rev. Dr. Silas Falcão, digno presidente da Comissão Lo¬ cal da Sociedade, naquele bairro. Esta Igreja que tem no seu pastor um grande entusiasta do trabalho de distribuição da Palavra de Deus em nossa terra, destinou 5 % da sua renda mensal para a Sociedade Bíblica do Brasil. E’, pois, com imensa sa¬ tisfação e reconhecimento que registamos o decidido apoio que aquêles irmãos estão dando à causa da Bíblia em nossa Pátria, formulando votos para que outras igrejas venham a imitá-los.

Resumo dos relatórios dos secretários da Sociedade Bíblica do Brasil apresentados à reunião anual da diretoria em 17/6/58

Secretário-geral - Rev. Ewaldo Alves Um dos perío¬ dos no Brasil de maior interêsse para a distribuição da Palavra de Deus, encontra a Sociedade Bíblica, lamen¬ tavelmente, numa fase de transição, quando passamos a imprimir a Bíblia revisada no Brasil, cujos preparativos, correções, revisões e demais ajustamentos para a im¬ pressão tomaram mais tempo de que o calculado. E assim é que, na história da distribuição bíblica em nossa Pᬠtria, nestes últimos 20 anos, não tivemos circulação de Escrituras tão pequena, quanto a que se está verificando êste ano, principalmente quando lembramos que no l.° triénio de existência a nossa distribuição foi de 4.278.200 exemplares das Escrituras Sagradas, no 2.° triénio 4.131.662 e no 3.° triénio 7.574.463, num total de 15.984.325 de Escrituras até 30/4/57. É justamente no momento em que o interêsse pela palavra Divina, no Brasil é cada vez maior, que nos vem surpreender uma circulação muito reduzida, motivada, como dissemos, pelos trabalhos de revisão, e pela falta de variedade de tipos. Estamos convencidos de que, passado êste período, a que chama¬ mos de crítico, a Sociedade, no campo da distribuição, passará a uma nova fase.

Comissões Locais Mantivemos durante o ano, atra¬ vés de correspondência, contacto com estas Comissões, principalmente pela passagem do 10.° aniversário da So¬ ciedade.

Departamento Feminino Auxiliar Êste Departamen¬ to, iniciado no Rio de Janeiro em agosto de 1955, pro¬ vou ser um grande auxiliar no levantamento de fundos para o trabalho da Sociedade Bíblica. Atualmente a So¬ ciedade conta com 7 Departamentos localizados no Dis¬ trito Federal, São Paulo, Pôrto Alegre, Niterói, Curitiba, Salvador e Fortaleza. De agosto de 55 a maio de 1957, o Departamento Feminino Auxiliar do Distrito Federal, arrolou 3.526 entre novos sócios e reformas e recebeu a importância de Cr$ 97.700,00. No mesmo período, o de São Paulo arrolou 439 sócios, e o de Pôrto Alegre no pri¬ meiro trimestre de 1957, conseguiu 186 novos sócios, no 2.° trimestre 362 sócios e no 4. o trimestre 234 sócios, numa arrecadação financeira de cêrca de Cr$ 60.000,00, num to¬ tal geral de 4.164 sócios com a importância de Cr$ 128.458,00 arrecadados.

A secretaria mantém correspondência com êsses De¬ partamentos cumprimentando-os, encorajando-os e en¬ viando material de propaganda.

Propaganda A propaganda da Sociedade como as demais atividades, estão em função do volume do seu trabalho, assim, para uma despesa de propaganda de Cr$ 881.401,60 em 1955 e de Cr$ 622.903,20 em 1956, temos em 1957, uma despesa de Cr$ 1.222.926,70, incluindo-se a revista, a propaganda do dia da Bíblia, cartazes, envelopes, etc., reuniões e concentrações, sendo que mais ou menos um têrço destas despesas foram de viagens dos Secre¬ tários, Regionais e Itinerante, e também despesas com ex¬ posições, impressão de formulários de sócios e folhetos.

Êste ano a Sociedade está experimentando uma pro¬ paganda nos bondes do Distrito Federal e colocou em 50 dêstes veículos um cartaz.

A maior propaganda, todavia, é aquela que não tem sido paga pela Sociedade, referimo-nos à propaganda da Bíblia e da Sociedade Bíblica nos jornais evangélicos e seculares. No ano passado, mais do que em qualquer ou¬ tro da história da Sociedade Bíblica do Brasil, foi tão elevado o número de jornais evangélicos e seculares que se ocuparam do tema A Bíblia, ou a Sociedade Bí¬ blica, que nos causou admiração.

Secretarias Regionais A Comissão Executiva deci¬ diu criar mais três Secretarias Regionais, e enviar ao México os candidatos a êstes cargos, para fazerem o curso de treinamento de colportagem no Instituto Penzotti. Uma comissão especial, nomeada pela Executiva, está encarre¬ gada de selecionar os nomes apontados. existem qua¬

tro nomes a serem estudados e depois de receberem a aprovação da Comissão Especial, serão levados à Executiva, para a decisão final.

Dia da Bíblia Vai se tornando uma das datas mᬠximas do evangelismo pátrio e grandes concentrações são levadas a efeito tanto no Norte como no Sul do Brasil. As duas maiores concentrações do Dia da Bíblia do ano pas¬ sado que tivemos notícias, foram, em São Paulo e em Recife. Disseram-nos que em São Paulo, na praça do Pa¬ triarca, a assistência era de umas 10.000 pessoas, e em Recife, na praça Dantas Barreto, calculamos em 5.000 pessoas.

Secretário de Colportagem Enviado ao México, no ano passado, o Rev. Luiz Antônio Giraldi, para fazer o curso de colportagem no Instituto Penzotti, deverá che¬ gar ao Brasil por êstes dias. Depois de instalar o seu centro de trabalho na cidade de São Paulo, segundo apro¬ vação da Comissão Executiva o Rev. Giraldi, dará início às suas atividades de Secretário de colportagem da So¬ ciedade Bíblica do Brasil. Cremos que será uma grande bênção para as igrejas evangélicas nas suas campanhas de distribuição das Escrituras Sagradas, bem como na orien¬ tação dos futuros pastores, quanto ao modo mais pro¬ veitoso de se distribuir a Palavra de Deus. Será uma opor¬ tunidade para o evangelismo pátrio, dar novo sentido ao trabalho de colportagem, aproveitando melhor os volumes distribuidos na propaganda do Evangelho.

Aproveitamos a oportunidade para pedir a esta ilus¬ tre Diretoria, todo o apôio ao Rev. Luiz Antônio Giraldi, a fim de que o seu trabalho sirva de marco inicial ao novo modo de encarar a distribuição das Escrituras Sa¬ gradas em nossa Pátria. Tomamos a liberdade de suge¬ rir que a Diretoria, envie ao Instituto Penzotti, e ao seu diretor, o Rev. Samuel Nelson e também à Sociedade Bí¬ blica Americana, os agradecimentos profundos desta So¬ ciedade, por ter possibilitado melhor preparo a um dos nossos Secretários.

Contribuintes Em data de 13/5 dêste ano, recebe¬ mos de um dos encarregados dêste Departamento, que está sob a direção geral do Sr. C. H. Morris, informação de que a Sociedade desde a sua fundação em 1948, tinha arrolado 63.600 contribuintes, dos quais 51.821 reformaram mais de uma vez as suas contribuições. Ha¬ vendo muitos que contribuem regularmente desde 1948. A Sociedade conta com 48 sócios vitalícios, isto é, sócios que contribuem de uma vez ou parceladamente com a quan¬ tia de Cr$ 10.000,00.

Temos a informar ainda, que mantemos uma campanha permanente de endereços, que consiste em enviar apê- lo a pessoas estranhas para que se tornem sócios da Sociedade, cujos nomes e endereços nos são fornecidos pelos contribuintes, também a nosso pedido. Esta é uma campanha permanente e que está dando ótimos resul¬ tados.

Cooperação Como em anos anteriores recebemos a cooperação indispensável e cordial das sociedades coope¬ rantes, Sociedade Bíblica Americana e Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira. Em têrmos financeiros elas re¬ presentam a cobertura de mais de 80% das nossas des¬ pesas totais. Em têrmos pessoais é esta cooperação feita através de nossos irmãos Sr. C. H. Morris com mais de 28 anos de trabalho na distribuição da Palavra de Deus no Brasil e do Dr. Oliver K. K. Nelson que cêrca de ano e meio em nossa pátria, tem cooperado em dar a Bíblia ao Brasil.

Finalmente Êste relatório é uma “vista de pássa¬ ro” sôbre o trabalho feito por muitos e, pouco foi dito do quanto a Sociedade deve ao Presidente de Honra e ao Presidente em exercício, Vice-Presidentes Honorários e aos em exercícios, Diretores, Sócios, Sociedades e Secretários- -cooperantes e funcionários. É dêles êste relatório. E a Deus, nosso bondoso Pai, a nossa profunda gratidão pela

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bênção extraordinária que nos concedeu de contar, sin¬ gela e descoloridamente, o que muitos fizeram com en¬ tusiasmo e fé, por êste alvo de Dar a Bíblia à Pátria.

Secretário Cooperante - Sr. C. H. Morris Distri¬ buição e Finanças Nêste mês de junho, enquanto co¬ memoramos o décimo aniversário da Sociedade é sequên¬ cia natural que contemplemos algo do caminho pelo qual passamos, do trabalho que temos realizado, e de até onde temos progredido em busca do nosso alvo de “Dar a Bíblia à Pátria”, e, ao mesmo tempo compreender o pouco que temos alcançado em comparação com o muito que nos resta a fazer. Ao nos recordarmos do que esta Socie¬ dade tem alcançado do seu objetivo desde a sua orga¬ nização, tomamos novo ânimo para enfrentar no futuro a vasta tarefa que nos está proposta, como também re¬ ceber incentivo novo, sagrado, para vencermos nas difi¬ culdades do presente.

Êstes gráficos foram preparados com vistas a infor¬ mar aos prezados Diretores, num relance, do trabalho realizado na distribuição das Escrituras Sagradas; do au¬ mento ano após ano do custo da obra em que estamos empenhados; como também da cooperação financeira, cada vez maior do evangelismo brasileiro.

Distribuição Êste relatório ocupa-se especificamen¬ te com o movimento do ano financeiro de 1957, isto é, dos 12 meses de novembro de 1956 a outubro de 1957 inclu¬ sive. Neste período a distribuição das Escrituras no ter¬ ritório nacional foi de: 154.803 Bíblias, 62.085 Novos Tes¬ tamentos, 1.429.287 Porções, no total de 1.646.175, no valor, segundo o catálogo, de Cr$ 11.804.515,60.

Esta distribuição de Escrituras é pouco mais de 50% do volume do trabalho realizado no ano anterior, o ano récorde de 1956. O ano récorde também na distribuição de Bíblias completas foi 1956, com 191.515 volumes. Em 1951 foi vendido o número récorde de Novos Testamen¬ tos, sendo 118.894 volumes, e em 1956 a maior quan¬ tidade de Porções distribuidas, sendo a grande maioria Evangelhos, no total de 2.911.754 volumes. Portanto, em 1956 conseguimos a maior distribuição, isto é, de Bíblias, Novos Testamentos e Porções, num total de 3.213.739 volumes.

Durante o ano passado a distribuição das Escritu¬ ras foi conseguida da seguinte maneira:

Por meio de Livrarias 398.729 volumes, no valor se¬ gundo catálogo de Cr$ 6.364.990,40, sôbre os quais cede¬ mos descontos de Cr$ 1.749.616,60. Por meio de colporta- gem 869.130 volumes, no valor segundo catálogo de Cr$ 2.656.552,50, sôbre os quais cedemos descontos de Cr$ 1.001.094,10. Pelo sistema de simples revendagem 376.808 volumes no valor de Cr$ 2.704.599,20, sôbre os quais ce¬ demos descontos de Cr$ 449.698,40.

Embora a distribuição de 1957 tenha sido somente pouco mais de 50% do resultado do trabalho do ano an¬ terior, o valor dos volumes foi maior.

Presentemente, a Sociedade está passando por um pe¬ ríodo de transição, não estamos recebendo mais do es¬ trangeiro Bíblias em português, e os nossos estoques de tais edições, estão para todos os efeitos, esgotados, menos o restinho de volumes que reservamos para venda no nosso próprio balcão aqui, no Edifício da Bíblia. Se ti¬ véssemos em estoque poderiamos vender milhares, e mais milhares, das Bíblias pequenas de Almeida, com refe¬ rências. Além dêste fato, é necessário declarar que até o presente a Sociedade publicou no Brasil, somente Bí¬ blias sem referências, que nunca são tão procuradas como as edições com referências. Também a Bíblia Revisada ainda não está pronta. por alguns anos menor procura do Novo Testamento do que antigamente, e além disto, bastante tempo não tínhamos Testamentos com Salmos.

Quanto a Evangelhos, a Sociedade sentiu-se obrigada a aumentar o preço de venda e ao mesmo tempo dimi¬ nuir os descontos, e a procura dêstes livrinhos última- mente tem sido menor. Em vista destas circunstâncias, o volume do nosso trabalho na época presente está bas¬ tante reduzido em comparação com o que tem sido atra¬ vés dos anos.

Mas, mesmo assim, tomando isso em consideração, no período de 9 anos e 11 meses distribuímos 1.237.732 Bí¬ blias, 832.326 Testamentos, 15.081.034 Porções, num total de 17.151.092, no valor, segundo o catálogo de Cr$ 53.307.497,20.

Temos enviado milhares de volumes em português para o estrangeiro, Portugal, África Portuguêsa, Estados Unidos e Inglaterra porém, tais livros não fazem parte da distribuição da Sociedade Bíblica do Brasil, mas da distribuição das Sociedades às quais foram vendidas.

Na recente Feira do Livro vendemos Escrituras em 24 Línguas diferentes 1.359 Bíblias, 405 Testamentos e 1.737 Porções, no valor total de Cr$ 113.230,00.

Finanças Agora passamos a considerar o movi¬ mento financeiro da Sociedade. Como nos anos anterio¬ res, todos os nossos livros de contabilidade foram rigo¬ rosamente examinados pelos peritos contadores, Price, Wa- terhouse, Peat & Co., de renome mundial, e o relatório completo dêstes auditores está sôbre a mesa para veri¬ ficação e consulta dos Diretores. Estas contas do ano fi¬ nanceiro de 1957 foram apresentadas à Comissão de Fi¬ nanças em sua reunião no dia 11 de março, e por reco¬ mendação desta, aprovadas pela Comissão Executiva no dia 31 de março do corrente ano.

A receita durante o ano foi de Cr$ 13.748.884,40 in¬ cluindo o valor segundo o catálogo das Escrituras ven¬ didas, num total de Cr$ 11.804.515,60. A receita orçada foi de Cr$ 16.055.000,00.

Em contribuições e anuidades recebemos do evan¬ gelismo brasileiro, e de outros, o total de Cr$ 1.823.025,50, o que constitue novo récorde. Ao mesmo tempo podem yer que no período desde a organização da Sociedade até o dia 30 de abril p.p. foi recebida em contribuições e anuidades, a importância de Cr$ 9.849.460,30.

No primeiro semestre do corrente ano recebemos Cr$ 1.730.658,50, e visto que no mês de maio as contribui¬ ções e anuidades somavam mais de Cr$ 180.000,00 é logo aparente que em sete meses ultrapassamos o total rece¬ bido em 1957.

Quanto às despesas do ano passado somaram a Cr$ 18.080.275,60. O déficit do ano era de Cr$ 4.331.391,20 o que foi coberto pelas Sociedades Cooperantes.

Os descontos cedidos em 1949 através das 3 catego¬ rias, colportagem simples revendagem e livrarias, foram de Cr$ 673.698,40, mas em 1957 atingiram o total de Cr$ 3.200.409,10.

A receita total por contribuições e anuidades, no pe¬ ríodo de 9 anos e 11 meses, foi de Cr$ 9.849.460,30, mas no mesmo período, através das três categorias referidas, a Sociedade cedeu descontos no valor de Cr$ 16.089.920,10. Isto quer dizer que, às igrejas, aos obreiros em serviço de colportagem e às livrarias, a Sociedade devolveu, somente em descontos, 60 % mais do que o total recebido no Brasil para desenvolver a obra.

O total das contas a Receber em 31 de outubro do ano passado era de Cr$ 4.186.486,00, mas foi reduzido para Cr$ 3.345.186,50, em 30 de abril p.p.

O orçamento para 1959 foi aprovado pela Comissão Executiva em reunião especial no dia 15 de abril.

Terminando, espero, que as muitas cifras citadas não tenham sido enfadonhas, e que o que tive o privilégio de dizer, e a mensagem dos gráficos apresentados, que por si me parecem eloqüentes, possam contribuir para tor¬ nar a Palavra Divina mais conhecida em todo o terri¬ tório nacional.

Secretário-cooperante - Dr. Oliver K. K. Nelson

Produção

Publicação no Brasil Desde a sua organização, a So¬ ciedade Bíblica do Brasil publicou as seguintes Escrituras: 388.302 Bíblias; 513.424 Testamentos; 11.340.202 Porções, perfazendo um total de 12.241.928 volumes no valor to¬ tal de Cr$ 22.083.840,20.

Nêsse mesmo período também houve importação de Escrituras, a maior parte da Inglaterra e também dos Estados Unidos, por meio das Sociedades Bíblicas, Bri¬ tânica e Americana. Algumas foram importadas de ou-

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tros países. Atingiu os seguintes números: Bíblias ... 1.099.447; Testamentos 448.086 e Porções 6.167.554, no valor de Cr$ 38.705.197,80.

A publicação das Escrituras tem sido feita de vᬠrias formas. Em São Paulo a Sociedade usou as se¬ guintes Casas Publicadoras: W. M. Jackson & Sons; Reis, Cardoso Botelho, & Cia.; Imprensa Metodista; IMPRES (Companhia Brasileira de Impressão e Propaganda) , Impren¬ sa Independente Editora, e as seguintes firmas no Rio de Janeiro: Editora Dois Irmãos, Imprensa Bíblica Brasi¬ leira, Gráfica Betei e O Mundo Gráfica Editora Ltda.

Ao ensejo, os preços são coletados de várias firmas e quando a publicação das Escrituras está planejada, abre-se concorrência entre as várias firmas que apre¬ sentam os seus preços. Bíblias e Novos Testamentos são publicados em papel importado da Europa. A Socie¬ dade tem uma cota para importação de papel. Até agora, produzimos sòmente edições populares de Bíblias, com exceção de algumas em couro, impressas em São Paulo e encadernadas pela Imprensa Bíblica Brasileira.

Os Novos Testamentos também têm sido de edição po¬ pular, alguns em brochura e outros encadernados com capa dura. Êstes últimos impressos na Imprensa Bíblica Brasileira.

Porções publicadas pela Sociedade Bíblica do Brasil: os 4 Evangelhos em tamanho pequeno, separados; Evan¬ gelho Ilustrado Marcos e João e os Atos dos Após¬ tolos, Evangelho de João, com tipo de letra graú¬ da, para recém-alfabetizados; A História do Natal; O Sermão do Monte; Epístolas de Paulo; A Bíblia Falada Discos em série de 5, selecionados do Velho e Novo Tes¬ tamentos.

Escrituras para Cegos A Sociedade Bíblica do Bra¬ sil, não poderia deixar de lado as publicações em Braille. Assim, por meio da Sociedade Bíblica Americana, pu¬ blicou o Novo Testamento e Salmos em Braille português que são grandemente procurados por cegos, aqui no Bra¬ sil. Houve certa dificuldade com a Alfândega na che¬ gada de alguns volumes, hoje porém, chegam quase que diariamente, volumes e mais volumes dessas Escrituras, que são vendidos por preço abaixo do custo. A diferença é coberta pela Sociedade Bíblica Americana, que ainda ofereceu por meio de nossa Sociedade, ao Instituto dos Cegos, “A Bíblia Falada” em inglês, em discos (“The Talking Book”).

A Revisão da Versão de Almeida Para dar a Bíblia à Pátria, deve ser de forma que o povo possa entender. Uma das mais importantes tarefas da Sociedade Bíblica do Brasil tem sido a Revisão da Versão da Bíblia de Almeida. Era uma necessidade sentida por muitos, espe¬ cialmente desde que a reforma da ortografia foi oficia¬ lizada. Após estudos e pesquisas entre evangélicos bra¬ sileiros e muita oração e consideração, foi determinado fazer-se a revisão da Versão de Almeida, a fim de pro¬ ver a Bíblia ao Brasil, de forma autêntica, porém em linguagem atualizada.

Num período de 12 anos, êste árduo trabalho foi feito com assiduidade e dedicação. três anos publi- cou-se o Novo Testamento revisado, sendo recebido en- tusiàsticamente pelos evangélicos em geral.

Foi completado o Velho Testamento e sua publicação está em andamento. O Rev. Antônio de Campos Gon¬ çalves e Dr. Paul W. Schelp, Secretários da Comissão de Revisão, supervisionaram a composição final, a fim de garantirem o êxito perfeito desta obra. Esperamos tê-la pronta para distribuição, até o fim do ano. Esta ver¬ são será verdadeiramente, uma versão brasileira, no que diz respeito à língua portuguêsa. Os estrangeiros inte¬ grantes da Comissão, tiveram suas atividades limitadas no que se refere ao conhecimento especializado do grego e hebraico.

A Comissão de Revisão também foi escrupulosa no estudo dos assuntos a revisar. No estudo do texto de Almeida, reportaram-se às outras 20 traduções da Bí¬ blia, comparando-as com os textos originais em grego e hebraico. A impressão da nova Versão, está confiada à IMPRES, em São Paulo. três grupos independentes de leitores, dois em cada grupo, e leram as provas pre¬

liminares. A prova final foi lida pelo Rev. Oswaldo da Silva que foi designado pela Sociedade Bíblica do Brasil. Esta leitura entretanto, foi tipográfica. Tudo o que se refere ao texto, foi determinado pela Comissão Re¬ visora.

A nova versão da Bíblia, será publicada primeira¬ mente em edição popular numa tiragem de 80.000 exem¬ plares, de capa preta e 40.000 com capas de várias côres. 10.000 terão a Concordância que está sendo preparada especialmente para esta edição.

Planos de produção de Escrituras para o futuro A produção de Escrituras nos últimos 2 anos, foi sustada, aguardando-se o lançamento da versão revisada. A Co¬ missão Executiva determinou que tôda Escritura produ¬ zida pela Sociedade Bíblica do Brasil, de agora por diante, seja na nova versão. Em conseqüência, nossos estoques dos diversos tipos de Escrituras estão esgotados, e planos, para que outros tipos sejam publicados.

A Comissão de Produção da Sociedade Bíblica do Bra¬ sil estuda o problema da apresentação em variadas for¬ mas, ainda que não seja necessário um grande número. sempre procura das edições de luxo, em tamanho pequeno, Testamentos com Salmos, Bíblias e Testamen¬ tos com capa de couro especial, de vaqueta, em dife¬ rentes côres. Planeja-se o lançamento da chamada Bíblia de Púlpito, usada nas Igrejas e em muitos lares. Todos êstes assuntos estão sendo estudados e planejados, e dependerão do montante das finanças arrecadadas. Pla¬ neja-se também uma nova edição da Bíblia Falada, em discos.

Jamais o mundo teve número suficiente de Bíblias. Para que o Brasil tenha um suprimento eficiente, é ne¬ cessário que os cristãos, tanto individualmente, como igrejas organizadas, sejam despertadas para um senso de responsabilidade de “Dar a Bíblia à Pátria.”

A Sociedade Bíblica do Brasil não é uma Sociedade separada das Igrejas, mas é parte integrante da Comu¬ nidade cristã. Pertence às Igrejas e não pode existir sem elas. Solicitamos orações e ofertas sacrificiais àque¬ les que estão interessados na difusão do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, no Brasil.

ESTA É A SUA VIDA

(CONCLUSÃO DA PÁGINA 7)

da ordem do Dia, exaltando as suas qualidades de funcionário zeloso e exemplar. Estavam presentes os pastores Manoel Bento e Alberto Araújo, o côro de crianças da Igreja Batista de Neves que entoou ma¬ gistralmente o hino “Vinde meninos, vinde a Jesus”. A Exma. Sra. Sara Lemos Kubitschek enviou uma mensagem que foi lida, fazendo-lhe entrega de uma casa. Inúmeros alunos da Escola Rodrigues Alves, também estiveram presentes com as professoras.

Terminando, queremos fazer justiça às palavras do grande locutor Carlos Frias, que entrevistando o referido irmão disse; Guarda Pedro, temos co¬ nhecimento que o senhor, não anda armado e quando seu chefe recomenda que se muna de arma, o senhor pede-lhe que o dispense. É verdade?

Sim, respondeu. Por que guarda Pedro? Ao que êle respondeu: eu tenho uma arma da qual nunca me separo.

Que arma é essa? O irmão Pedro tira do bôlso um exemplar das Sagradas Escrituras e mostra aos telespectadores, dizendo; a Bíblia, que é a Palavra de Deus.

E, finalmente, transcrevemos do Diário da Noite, as palavras com que o locutor encerrou a homenagem:

“Aí estão, Guarda Pedro, as suas crianças, cujas vidas você protege. Na adolescência você aprendeu a ser Babá; como soldado você aprendeu a ser o bom dragão dos contos infantis que protege as crianças contra a maldade dos homens; como homem de fé, você aprendeu no livro de todos os ensinamentos, aquela palavra de amor: “Deixai vir a mim os peque¬ ninos. . . Guarda Pedro Frederico Soares, anjo da guarda n.° 1057, anjo negro da Escola Rodrigues Al¬ ves, esta é a sua vida.”

(Extraído de um artigo do Dr. Eliezer C. de Oliveira, publicado no Jornal Batista)

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O CANON SAGRADO

OOOCOOCOGOOGCOSeOSOOSOOCCCOOeOOGGCCCOOSCOOeOGOGOGOOOSOGOOOGOSOQOOSOOGO*

(CONCLUSÃO)

O Senhor Jesus não os incluiu nas suas cita¬ ções das Antigas Escrituras, pois, lemos em S. Lu¬ cas 24:44: “São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: Que convinha que se cumprisse tudo que de mim estava escrito na lei de Moisés, e nos profetas e nos Salmos”. Justa- mente fazendo tríplice divisão do Antigo Testa¬ mento adotada pelos judeus, sem a inclusão de apócrifos.

Nos acanhados limites desta despretensiosa palestra, sem pompas de erudição, sem lugar para uma documentação minuciosa, apresentaremos, todavia, mesmo em síntese, um perfuntório exame dos livros apócrifos para que os leitores notem, sem esforço mental, quanto se afastam da linha dos livros inspirados, por apresentarem um as¬ pecto totalmente estranho aos canônicos.

Por exemplo, no Eclesiástico, denominado Livro da Sabedoria, não o Eclesiastes de Salo¬ mão, livro canônico, lê-se: “Eu vos exorto, etc., etc., a que me perdoeis naqueles lugares em que seguindo a imagem da sabedoria parece que desfalecemos na contextura das palavras”. O Espírito Santo pedindo perdão por possíveis erros cometidos? Um tal livro não pode ser inspirado.

Os livros dos Macabeus, escritos originalmen¬ te no hebraico, mas, logo traduzidos para o gre¬ go, cuja versão é a única conhecida, além de conter erros de geografia e história, apresenta a seguinte desculpa: “Se a minha narrativa está bem organizada e convém à história, isso é tam¬ bém o que desejo, mas, se pelo contrário, foi com menos dignidade deve-se-me perdoar”. O Espírito Santo pede perdão por se haver portado com me¬ nos dignidade? E neles ainda se louva Razias, nobre judeu, que, para não ser prêso por seu ini¬ migo, rasga, como Catão, as próprias entranhas e, arrancando-as, lança-se sôbre o povo e morre. Dêle diz o escritor: “escolhendo antes morrer no¬ bremente do que ver-se sujeito a pecadores”. O Espírito Santo louvando o suicídio?

Os livros de Tobias e Judite estão repletos de erros geográficos, cronologia e história. O de Tobias revela a influência danosa de supersti¬ ções persas na abundância de visões de anjos. Nêle se narra que o anjo Rafael induziu Tobias a mentir e que um espírito mau se apaixonou de tal modo de uma mulher que, enciumado, mata os que com ela se casam. Mas, o coração e o fígado fumegantes do peixe, afastam o de¬ mônio tanto do homem como da mulher. Que incidência de crendices assimiladas do paganis¬ mo! Como destoa dos livros canônicos na sobrie¬ dade de suas narrativas! No de Judite se esta¬ belece o princípio imoral de que os fins justi¬ ficam os meios na utilização da falsa história que ela conta a Holofernes e de seus encantos

Josibias Fialho Marinho

pesoais para alcançar o que deseja, mesmo à custa do embuste e do crime. Nele ainda se louva o crime de Simeão, condenado no cap. 49 e v. 5 do Gênesis.

Quanto ao acréscimo feito ao livro canônico de Ester, contém justamente aquilo que alguém entendeu faltava nele, a palavra DEUS. Entre¬ tanto, os críticos mais abalizados afirmam que não livro na Bíblia em que a providência de Deus na história seja mais claramente ensinada. Essa parte S. Jerônimo colocou no fim do livro de Ester, por considerá-la apócrifa, uma vez que foi escrita no grego e não foi incluída no cânon judaico. Daí por que encontrada na versão grega e na Vetus Latina.

Os acréscimos a Daniel apresentam três fᬠbulas, no dizer de Jerônimo: a oração dos 3 mo¬ ços na fornalha de fogo ardente, sem apoio em a narrativa genuína; a história de Susana, im¬ própria e inverossímil, contendo um trocadilho que prova haver sido escrita no grego, e a lenda de Bei e o Dragão não absurda como ridícula.

Portanto, caros leitores, as sociedades Bíbli¬ cas não divulgam Bíblias falsas. Elas não exis¬ tem. Há, apenas, edições que incluem os apó¬ crifos que o próprio Antônio Pereira de Figuei¬ redo, tradutor da vulgata, reconhece como infe¬ riores, pois, a êles assim se refere na Prefação Geral, na Parte I, cap. I, pág. 2: “A diversidade, porém, e discrepância que se observa entre os primeiros e segundos catálogos sôbre o número dos livros sagrados, deu ocasião aos teólogos es¬ criturários para dividirem os mesmos livros em duas classes: Uma protocanônicos que quer dizer canônicos de primeira ordem; outra deuteroca- nônicos, que quer dizer canônicos de segunda ordem”.

E é a Bíblia Sagrada, traduzida do original, que as Sociedades Bíblicas oferecem ao povo bra¬ sileiro. É esta Bíblia que queremos dar à Pátria. É ela que ensina o Caminho da Felicidade, não da Felicidade relativa porque objetiva, mas, a felicidade absoluta porque subjetiva no tempo e na eternidade.

É esta Bíblia a Revelação Divina aos ho¬ mens, a sua mensagem de amor e de perdão, o seu convite ao arrependimento e à em Cristo, êsse Cristo que deixou a sua glória, desceu a êste vale de lágrimas para substituir o pecador no cumprimento da lei divina que êle não po¬ dia cumprir, na satisfação da integérrima jus¬ tiça de Deus, pelo sacrifício na cruz, cujo valor infinito assegurou pela sua ressurreição ao ter¬ ceiro dia.

Nesta Bíblia, portanto, revela claramente o único meio de salvação, o único caminho para a vida eterna CRISTO!

15

Q BÍBLIA EM 1.127 LÍNGUAS!

Até dezembro de 1957, era o seguinte o número de línguas em que a Bíblia, no todo ou em parte, foi publicada: Línguas em que a Bíblia completa

foi publicada . 215

Línguas em que o Novo Testamento

completo foi publicado .... 270

Línguas em que pelo menos um Evangelho ou outro livro com- leto foi publicado . 642

Total de línguas em que alguma parte da Bíblia foi publi¬ cada . 1 . 127

Brrníl

(ÓRGÃO DA SOCIEDADE BÍBLICA DO BRASIL)

Pela maior divulgação das Sagradas Escrituras Redator Responsável REY. EWALDO ALVES

Redação

EDIFÍCIO DA BÍBLIA

RUA BUENOS AIRES, 135 3.® ANDAR Caixa Postal, 73 ou 454 End. Telegráfico: Escrituras RIO DE JANEIRO

Vol. XII - Julho, Agosto e Setembro de 1958 - N.° 41 Assinatura anual . Cr$ 50,00

Secretaria Regional do Recife Rev. José Viana de Paiva, Secretário Regional Rua da Conceição, 53 - Recife - Pernambuco

Secretaria Regional de São Paulo Rev. Benedito Natal Quintanilha, Secretário Regional Rua Barão de Paranapiacaba, 93 - s/ 81 e 82

São Paulo

LEITURAS DIÁRIAS DA BÍBLIA

NOVEMBR O

DIA

LIVRO

CAP.

1 .

. . Salmos .

...... 16:1-11

2 Domingo . . .

. . Isaias .

. 11:1-16

3 .

. . Isaias .

. 52:1-15

4

Oséias .

. 4:1-11

5 .

. . Oséias .

. 11:1-12

6

. . Oséias .

. 14:1-9

7

Amós .

. 5:1-27

8 .

. . Miquéias .

. 4:1-13

9 Domingo . . .

. , Miquéias .

. 7:1-20

10 .

. . Zacarias .

. 8:1-23

11 .

. . Malaquias .

. 3:1-18

12 .

. . Lucas .

. 1:1-38

13 .

. , Lucas .

. 1:38-80

14 .

. . Mateus .

. 2:1-23

15 .

. . Mateus .

. 11:1-30

16 Domingo . . .

. . Mateus .

. . 13:1-30

17 .

. . Mateus .

. 13:31-58

18 .

. . Salmos .

. 65:1-13

19 .

Salmos .

. 67:1-7

20 .

Salmos .

. 73:1-28

21 .

. . Salmos .

. 107:1-43

22 .

Salmos .

. 1:1-6

23 Domingo

Isaias .

. 35:1-10

24 .

João .

. 15:1-27

25 .

João .

. 17:1-26

26 .

. . I Coríntios .

. 15:1-58

27 .

. . Salmos .

23U-6

28 .

Salmos . .

27-1-14

29 .

Salmos .

46-1-11

30 Domingo . . .

. . Salmos .

. 103:1-22

DEZEMBRO

DIA

LIVRO

CAP.

1 .

Salmos

121:1-8

2 .

Isaias

. 40:1-31

3 .

Isaias

53:1-12

4 .

Isaias

55:1-13

5 .

Miquéias .

. 6:6-15

6 .

Mateus

5:1-48

7 Domingo .

Mateus .

. 6:1-34

8 .

Mateus

7:1-29

9 .

Mateus

25:1-46

10 .

Marcos

15:1-47

11 .

Lucas

10:1-42

12 .

Lucas

15:1-32

13 .

Lucas

24:1-53

14 Dia da Bíblia

João .

. 3:1-36

15 .

João

14:1-31

16 .

Atos

. 2:1-47

17 .

Romanos

8:1-39

18 .

Romanos .

12:1-21

19 .

I Corintios

13:1-13

20 .

Efésios .

6:1-24

21 Domingo .

Filipenses .

. 4:1-23

22 .

Tiago .

. 1:1-27

23 .

I João . . .

3-1-24

24 .

Lucas .

2-1-52

25 Natal .

João .

1:1-51

26 .

Gênesis ....

1:1-31

27 .

Êxodo .

20-1-20

28 Domingo .

Deuteronômio ....

. 6:1-25

29 .

Salmos

91-1-16

30 .

Hebreus

11-1-40

31 .

Apocalipse .

. 21:1-27

16

'

.