.04372 ■,i-«r)i. pj -TAy.j v/ r? ,0^37Z^ y./C o ■ H ! Q U t ■ L"* DUPLICATA DE LA BIBLIOTHÊQUE rn CONSESVATCIRE BOTAniQUE DE GENEVE 3ÍEIÍPU EN 1922 BOLETIM DA SOCIEDA H r^ -< JL V. V^ JL TERIÂN Red. — J. ^fV. HenriqLTxes PROF. DE BOTÂNICA E DIRECTOR DO JARDIM BOTÂNICO XVI 1899 -^:ít«^ .^^ f.i ■^ ^VATO;; :--CATA PE LA EIBLTOTHEQUE CircE BOTAIJIQUE DE GENEVB VSNDU EN 1822 COIMBRA IMPRENSA DA UNIVERSIDADE 1900 O BOLETIM DA n KJ 1 Ul ^ ^ BI v_y Jl Red. — J. A^. KCeiíriq^xies PROF. DE BOTÂNICA E DIRECTOR DO JARDIM BOTÂNICO XVI Fase. / 1899 LIBPARY NEW y6RK BOTAMCAL QAkDBN -^mz:j:^=^ í* .TA DE LA ETBLIOTHÊQUÍ! IIRE BOTAinQCE BE GEJraVS nu Eli 1925 , ^^■ COIMBRA IMPRENSA DA UNIVERSIDADE 1899 BOLETIM DA SOCIEDADE BROTERIÂNA Red. — ,J. A. Iloiiritixxes PROF. DE liOTANICA K DIUIXTOU DO JAUDIM BOTÂNICO XVÍ 1899 - COIMBRA IMPRENSA DA UNIVERSIDADE 1899 rO->f^y^_ f CD JOHÊl^ LfiMGE No dia 3 de abril de 1898 fallcceu em Copenhague este distincto botâ- nico, que tinha completado a eíhide de 79 aiuios no dia 23 de março. Foi longa a vida do sábio dinamarquez, sempre activa em proveito da sciencia. Dotado de caracter alíavel, firme e activo, tendo por divisa a lealdade e a honra, tendo uma dedicação especial peia botânica, distingniu-se como homem de sciencia e como patriota ardente. Espiritddelicado ligou semjire grande importância ás bellas artes e com especialidade á musica. Admittido na Universidade de Copenhague em 1836, dedicou-se desde logo aos estudos botânicos. Em 18o l entrou para o serviço do jardim bo- tânico, do qual ibi director desde 1856 até 1876. Desde 1858 a 1893 exerceu as funcçòes de professor de botânica na Escola veterinária, agronómica e florestal. A Sociedade botânica de Copenhague teve-o como um dos principaes fundadores e, reconhecendo-lhe os méritos, por muitos annos o conservou na presidência. O estudo especial da flora dinamarqueza forneceu-Ihe os elementos para o — Haandboj den danshe Flora — da qual foram feitas quatro edições desde 1851 a 1888. Ainda em 1896 o professor Lange publicou algumas addiçòes a esta obra. ^fj Tendo fallecido o professor F. Liebmann, o professor Lange publicou o ^ fascículo 4Í- da Flora danica com a collaboração de Jap. Stcenstrup. """" Sendo em seguida encarregado officialmente de continuar esta notável publicação começada pelo professor G. C. Oeder, completou os fasciculos 45 a 51 e os fasciculos 2 e 3 do Sapplemenlo, escrevendo tudo quanto se referia âs plantas vasculares. Terminada a grande obra, feita quasi toda a expensas dos soberanos dinamarquezes, o professor Lange publicou em 1887 o — Nomenclalor Florae Danicae — volume em 4.° de 355 paginas, no qual se encontram os nomes de todas as plantas mencionadas e figuradas na Flora danica com as correcções essenciaes, varias notas criticas e a enumeração de todas as CO f JOHAíi LANGE No dia 3 de abril de 1898 fallcceii em Copenliíigiie este distinclo botâ- nico, que tinha completado a edade de 79 annos no dia 23 de março. Foi longa a vida do sábio dinamarqiiez, sempre activa em proveito da sciencia. Dotado de caracter alíavel, firme e activo, tendo por divisa a lealdade c a honra, lendo uma dedicação especial pela botânica, distinguiu-se como homem de sciencia e como patriota ardente. Esj)irito'delicado ligou sempre grande imj)ortancia ás bellas artes e com especialidade á musica. Admittido na Universidade de Copenhague em 1836, dedicou-se desde logo aos estudos botânicos. Em 18o 1 entrou para o serviço do jardim bo- tânico, do quid foi director desde 1856 até 1876. Desde 1858 a 1893 exerceu as funcçòes de professor de botânica na Escola veterinária, agronómica e florestal. A Sociedade botânica de Copenhague teve-o como um dos principaes fundadores e, recoidiecendo-lhe os méritos, por muilos annos o conservou na presidência. O estudo especial da flora dinamarqueza forneceu-lhe os elementos para o — Haandboj den danshe Flora — da qual foram feitas quatro edições desde 1851 a 1888. Ainda em 1896 o professor Lange publicou algumas addiçòes a esta obra. Tendo fallecido o professor F. Liebmann, o professor Lange publicou o fasciculo 4Í- da Flora danica com a collaboração de Jap. Steenstrup. Sendo em seguida encarregado oíTicialmente de continuar esta notável publicação começada pelo professor G. C. Oeder, complelou os fasciculos 4o a 51 e os fasciculos 2 e 3 do SuppJeuienlo, escrevendo tudo quanto se referia ás plantas vasculares. Terminada a grande obra, feita quasi toda a expensas dos soberanos dinamarquezes, o professor Lange [)ublicou em 1887 o — Nomenclalor Florae Danicae — volume cm 4.° de 355 paginas, no qual se encontram os nomes de todas as plantas mencionadas e figuradas na Flora danica com as correcções essenciaes, varias notas criticas e a enumeração de todas as espécies dispostas systematicamente. É o complemento necessário (]'aquella notável publicação botânica, guia in(lis|)L'n.sii\el |)ara quem quizcr com- pulsar os 54 fascículos, que a com()òem. Desde 1880 a 1887 publicou o — Consprcliis Floreie Graenlandicae — e em 1897 a — Rei^isio gcncris Cralaegi. Além d'eslas publicações ha do professor Lan^e numerosos artigos (mais de 160) em diversos jornaes, referentes todos á scicucia predilecta. Não foi só a flora do norte que lhe mereceu ai tenção. De 1851 a 1853 fez excursões botânicas nos Pvreneos franceses e na península ibérica, colhendo bom numero de |ilanlas. Os resultados d'essas explorações fôrnin publicados cm fascículos, de 1860 a 1865, com o titulo — Pugillm planlarum imprimils hispankarum — e deram elementos para outra obra com o titulo de — Descriplio iconi- bus illustrala planlarum novarum vel miniis cogniiarum, praccipuc e flora hispânica, adjectis pyrenaicis nounulíis — publicada em 1864. O conhecimento da tlora peninsular levou n.iluridmcnte o professor Lange a collaborar com o professor \>'illkomm na publicação do — Prodromus florae Jiispanicae — a obra descriptiva mais completa da flora peninsular. N'esla obra começada em 1861 teve collaboraçào importante, e o seu auxilio foi valioso na confecção do — Supplemeuium Prodromi florae his- panicae — publicado pelo professor Willkomm em 1893. No prologo d'esle livro, referindo-se o auclor aos que lhe prestaram auxilio, escreve o se- guinte: — «Inter quos inpiimis me decet nominare amíciss. Joannem Lange, professorem llainiiensem emeritum, qui observationibus suís et in- dicibus locupletissímis locorum novorum omriiumque plantarum a cl. Diek lectarum mecum communicatis laborem meum maxime jiiva\it. E digna de notar-se esta collaboraçào amiga de dois \ellios, um de 72 e outro de 74 annos, que pela actividade se avantajavam a muitos bem mais novos. É exemplo bem digno de imitação. Ao professor Lange mereceram sempre [)rediIecção as plantas da penín- sula ibérica, que sempre recebia com alegria e esluda\a rom cuidado. Em jornaes scientificos dinamarquezes publicou de 1878 a 1893 as — Dia- gnoses plantarum peninsulae íbericae novarum a variis collcclonbus recen- iiori lempore leclarum. Dedicando o presente volume do Bolelim da Sociedade Brolcriana á memoria do botânico distincto, ciunpro um dever de respeito pelos seus valiosos trabalhos especialmente sobre a Hora da península ibérica, e de agradecimento pelo auxilio que benevolamente me dispensou todas as vezes que recorri ao seu muito saber. Coimbra, janeiro de 1899. J. A. Henriques. 5 subsídios PâRA O ESTUDO DAS SALICACEflS DE PORTUGAL POR António Xavier Pereira Coutinho A fíimilia das Salicaceas com|)reheiide apenas os dois géneros Salix e Popuhis, o primeiro com muito maior numero de espécies que o segundo, e ambos elles distribuidos largamente nas regiões temperadas e frias do nosso bemisplierio. Em Portugal enconlram-se espontâneas, subespontaneas ou cultivadas, varias esj)ccics de um e outro género, algimias com bastante frequência. As csj)ecies do género Populus, e que recebem entre nós vulgarmente o nome genérico de Choupos, são arvores mais ou menos elevadas, pró- prias das margens dos cursos d'agua, ou que se acham plantadas em ali- nhamentos, orliuido os caminhos, nas extremas dos campos ou embellezando os parques e jardins; têm rápido crescimento e fácil cultura, e as suas ma- deiras, embora brandas ou macias, prestam-se a innumeros empregos in- dustriaes. As espécies do género Salix, também mais numerosas em Portugal que as do género anterior, vivem principalmente nos sitios húmidos ou frescos; umas adquirem as proporções de verdadeiras arvores, outras são arbustos de porte variável. Os lenhos, sobretudo os de maiores dimensões, têm préstimos muito diversos na industria c agricultura; os longos ramos, muito llexiveis, que certas espécies produzem, melhormente quando soíFrem podas apropriadas, fornecem atilhos, vencelhos, arcos |)ara vasilhame, e utilisam- sc para o fabrico de cestos e diííerenles outros objectos encanastrados. De ordinário, reserva-se entre nós o nome commum de Vimeiros para estas espécies aproveitadas na producçào de ramos compridos e flexiveis, e guar- da-se mais reàtrictainenle o nome de Salgueiros jiara as espécies que têm ramificação mais curta e nodosa. Quanto á cinuneraçào das espécies portuguezas do género Populus, pouco 6 ha hoje a accrescentar ao que disse Brotero na sua Flora Luslianica (1804). Não acontece o mesmo com propósito ao género Salix, em que Brotero in- dicou nove espécies, considerando a delerniiiiaçào de Ires como duvidosa e considerando duas como espécies novas; .com eííeito, estas ifidicaçòes da Flora deixam margem a tantas duvidas que, já em 1825, José Bonifácio de Andrada e Silva, na sua Memoria sobre a necessidade c nulidades do plantio de novos bosques cm Portugal, traz a seguinte nota [a pag. 110): — «as determinações dos Salgueiros, que tirei da Flora Lusilanica, merecem ser de novo rectificadas por observações e exames mais repetidos.» Na verdade, este estudo das espei ies do género Salix lucta com diffi- culdades grandes. As vezes, a diííiculdade começa logo em alcançar bons exemplares para exame completo, pois que, sendo as espécies dioicas e apresentando muitas d'ellas as flores antes das folhas, 6 preciso procurar o individuo feminino e o individuo masculino na epoclia da lloração, e mais tarde quando tôm as folhas jh desenvohidas. Depois, muitos dos caracteres específicos sào pouco precisos e por vezes bastante reduzidos, actrescendo o polymorphismo de certas espécies, e ])rinclpalmente a facilidade das hy- bridações entre duas ou mais esjiecics, d'onde resultam, entre os typos específicos puros, formas mais ou menos intermediarias, mas variáveis, e que, em virtude de diversas causas, podem tender a supplantar as espécies iniciaes. Estas difficuldades explicam em grande parte o esquecimento a que tem sido votadas, por todos os que tem estudado a Hora portugueza, desde 1804, as nossas Salicaceas. É, todavia, certo, que os trabalhos posteriores de Wimmer, Anderson, Giirke, etc, acerca dos Salgueiros europeus, e os trabalhos de Lange, D. Máximo Laguna e outros, com propósito aos Salgueiros hespanhocs, accumularam riquíssimos elementos, e facilitam hoje extraordinariamente o estudo das nossas plantas. Fiados na alta importância d'estes materiaes, 6 que nos atrevemos a publicar estes subsídios para a revisão de tào intrincada familia, que se apoiam, por outro lado, nào só nas nossas herborisaçòes e pesquisas, como nos dados dos herbarios porluguezes da Universidade de Coimbra e da Escola Polytechnica, nos dos herbarios europeus d'estes dois estabeleci- mentos de instrucçào, e nos do herbario de plantas mediterrânicas do dr. Willkomm. Mas este nosso trabalho, repetimol-o ainda, é apenas apresentado, e apenas pôde servir, como um conjuncto de indagações para revisão mais larga, que precisa necessariamente fundamentar-se em maiores explora- ções do nosso paiz e mais repetidos exames. Lisboa, agosto de 1898. SALICACEAE Clavis (jenerum : Síiiiamae amenli intogeirimae; flores utriusque scxiis glandulis ncctariferis 1-2 (raro pluribus) praediti; staniina 2-3 (in sp. nostris), filamcntis liberis v. con- nalis; geniiiiae squama única tectae; folia breviter petiolata, saepissime plus minas angiista (I) Salix, L. Sqnamac amenli denlatac v. lacinialae; flores utriusque sexus disco cupuliformi iniiiiersi; staniina 8-30, filamentis liberis; gemniae squamis pluribus imbricatis teelae ; folia longe peliolala, latiora (H) Populus, L. I. Salix, L., Gm. PL^, n.° 1098! Clavis seclionuni: ■Squaniae^ amenli concolores (pallidae); amenla screlina v. coaetania ^ florifera iam pcduiiculata, pedúnculo toliato; fios masc. 2-glandiilosus; capsula glabra; folia typice lanceolata (3 8-plo longiora qaam lata), peliolo plus minus glandu- loso, margine serrata, ápice acutissima, sericea v. glaberrima; rami virgati. 2 Isquaniae anicnti discolores (ápice nigricantcs) ; amcnta praecocia' v. coaetania, tlorifera sessilia v. subsessilia, haud foliata v. foliis parvis inslructa (fructifera saepc peduncuiata); flus masc. 1-glandulosus; folia peliolo haud glanduloso. 3 'Fios masc. triandrus; squamae amenli fem. ad maluritalem fructus persistentes; folia breviter acuta, glaberrima, juniora haud sericea. Frutices, raniulis ápice sulcato-angiilalis ....'. Sect. I. Amygdalinae, Koch. |F1os masc. diandrus; squamae amenli fem. ante fructus maluritalem caducae; folia lonçe aeutata, juniora seiicea v. glabra. Arbores v. frutices elali, ramulis ápice tefetibus Sect. II. Fragiles, Koch. 1 C. V. Linné — Grji.Trt Planlanun — Holmiae, 1764. 2 Squamae, seu floriim bracteae. J Amenla serotina appelanlur si post folia, coaetania si cum foliis, praecocia si ante folia evoluía llorere incipiant. 4 fStamina 2 filamentis liberis v. basi tantuni coalitis, anllieris anreis v. luteis de- floratis fiilvis v. infiiscatis; folia plus iiiinus saltem suIjIus tonienlosa v. seri- cea 4 [Stamina 2 filamentis ad apicem usqno coalitis, antlieiis purpureis defloralis atro- fascis; folia (sacpe subopposita) uiiiniiue í;!ai)errima, lauceolalo-linoaria (in sp. noslra ()-8-pl(j lotii^ioia quam lala), margine suijintegia, a|iice brcviícr aculata; capsula sessilis, loiíicntosa. Frutices elali, ramis glabris vitgalis. Scct. Vlí. Pnypttreae, Kocli. ^ToVn sublus plus minus tomentosa et nervis retieulato-rugosa, margine saepe subrevoluto serrulata v. subintegra: capsula pedicellata (in sp. noslris tomen- tosa), stylo brevi v. subnullo. Arboies v. fruticcs 5 (Folia subtus argenteo-sericea, margine saepe subrevoluto levissime serrulata v. subintegra 6 fFolia subtus tomentosa (fomento baud aracbnoideo-subfarinaceo), plerumquc ovala V. obovata (in sp. nostris 1 '/^-i-plo longiora quam lata), apicc breviíer et sae- pissime obliquo acuminata; stamina filameníis libei is;, lami breves, nodosi ; amenta (in sp. nosliis) praecocia, lloiifcra baud foliaia, fiuciifera ad 4-9 cm. usque elongata Sect. III. Capreae, Koch. JFolia subtus lacteo-tomentosa, fomento denso aracbnoideo-subfarinaceo veslila, typice elongato-anguslata (in sp. noslra 3 7-plo longiora quam lata), ápice longe aculata v. obtusa; stamina filamentis basi pliis minus .'■aepe vix coalitis; rami subvirgati; amenia coaetania v. subcoaetania (fractifera in sp. noslra ad 2-4 cm. usque vix elongata) "Sect. VI. Incanae, Anders. íFraticuli, saepe bumiles, trunco subterrâneo, i'amis lenuibus, adscendenlibus; ca- psula pedicellata, glabra v. tomentosa, slylo mediocri v. brevivsimo; folia ovali- subrolunda, elliplica v. lineari lanceolala, brcvia (in sp. noslra 2-3 cm. longa), ápice breviter acuminata, aeumine rellexo Sect. IV. Argenteae, Koch. Frutices elali, ramis .creclis, longissimis, virgatis; capsula sessilis, tomenlo-^a, stylo elongato; folia lineari-lanccolata, longa (in sp. noslra 10-11 cm.), ápice \ longe acuta : Secl. V. Viminalis, Kocli. Series A — Stamina 3 (v. i)liira)-2; sqiianiae ameiíli concolorcs Sect. I. Amygdalinae, Kocli, Synop. *, pg". C44! Amenta serotina v. coaetania, pedunculata, pedúnculo foliato: squamae amenti con- colores (pallidae), in amenta fem. ad maturilalem fructus persistentes ; fios masc. 2-glandul()Sus, staminibus 3, filamentis liberis, anllieris luteis defloratis flavis; ca- psula pedicellata, glabra, stylo brevi v. brevissinio; folia petiolo plus minus glan- duloso, oblongo-lanceolata (3-5-plo longiora quam lata), margine dense denliculato- serrata, ápice breviter acutaia, supra satorate viridia, nitidula. utrinque glaber- rima, jnniora baud sericea. Frutices, coilice Iriinci demum per plagas Platani more soluto, ramis virgatis, ápice sulcato-angulalis. . Koch — Synopsis Flome Germanicae et Helvcticae. — Franefurti, 1837. 9 1. S.^IÍ:^ triniuira. L , Sp. PI. \ pí?. 1 U2! Wimm.. Sal Eu- rop.^, pg. 121 Anders., Sal'\ pg. 202! ]\liUl)i(ni, VI. For.", pg. 394! Laguna, FL For. Fsp.'^, pg. 142, tah. 20! S. nmYgflalina, L, /. c, pg. 1443! Grorí. et Godr., Fl. de Fr. ///«, pg. 120! Hchb., Icon. FL Germ. Xl\ fig. 1256-1200! Wk. et Lge , Prulr. Fl. Uhp. 1^, pg. 220! Far- lat., Fl. llul. yr'^, pg. 222! Exsic. in lierb. í!7t. prope Tuy a dar. Lge. leda ! Friitex, ramiilis glaberrime Fiitidis, odore et sapore mili amygdalino; foliis oblongo-lanceolalis v. oblongo-cllipticis, ápice siibilo aciiminatis, utrin- qiie glaberrimis; stipiibs magriis Ibliaque jiiniorn jam comitaiilibus, scmi- cordalis, serratis; squamis amenti ápice glaljris. Variat: a. concolor {S. Iriandra, L ), foliis utrinque viridibus. ^. discolor [S. annjgdalina, L.), foliis std)tns glaucis. F'or7na microphylla, Lge. (m \Yk. et Lge., /. d). Frutex, pros- traliis, foliis parvis (^2,5-5 cm.), subliis albido-glaiicis. Hab. 3. forma microphylla ad ripas Miiiii : prope Valença (R. da Cunha! 9)» prope Villa Nova da Cerveira (H. da Cunba ! 9)- — Frucllf. Jun. [v. s.). Nota. — Brotero, na Flora Liisitanica (I, pg 27), cita em duvida o S. Iriandra, dos arredores de Lisboa e do Porto; é possivel que n'um e outro ponto ellc exista, mas como em nerdium dos dois tem sido encon- trado pelos modernos colieclores, e como Brotero declara que o viu sem llores, pôde bem ser que esta indicação da Flora se deva antes referir a alguma das formas do S. fragilis, conforme o parece abonar a parte se- guinte da diagnose — «folia serraturis cartilagineis praedita, juniora sub- lus, praecipue ad marginem, pilosa» — . As únicas localidades portuguezas onde hoje podemos allirmar com segurança que existe o S. Iriandra são as duas do norte acima indicadas. Os dois exemplares do herbario da Escola Polytechnica correspondern exactamente, como era de prever, à forma colhida pelo sr. Lange na margem hespanhola do mesmo rio Minho. ^ C. Limiaei — Sppcies VUtntarum (edilio lertia). — ViiKlol)onae, 17G1. 2 Frifleiicns Wiuinior — Saliccs Europacae. — Vralislaviac, iSÓG. 3 N. I. AndiTsson— Salix, in DC. Prodr. Sijst. Univ. fíegni Vegct., A'I7. — Parisiis, 1868. 4 A. Matliicu — F/orP Fore&tière.— Paris, 1887. 5 D. -Maxiino Laguna — F/o/'a Fnresfal ií.vp/zjío/^í. — Madrid. 1883. ^ Grcnicr et Godron — Flore de Franre. — Paris, 18oG. "> L. l{t'iclK'ni)ai*h — ícones Florae Gennanicae et llrlrelicue. — Lipsiao, 184'.'. 8 M. Wiilkoniin et J hímge — Prodronuis Florae Hispanicae. — blixU^iwúne, 1870. 9 F. Parlatore — Flora Italiana. — Firenze, 1867. iO Sect. 11. Fragiles, Kocli., /. c, pg. C42! Aincnla serutina v. coaelania, poclunoulaia, podanculo foliato; squamae amenti con- colores (pallithuí), in ainenta ftMii. aiilc tViictas iiiatiirilaleiíi caduca; ílos niasc. 2-glandul()sus, slaiiiinibiis 2, filauicutis liheris, anlliciis aui'eis v. strainincis de- fl(jValis Jusccsccnlibus ; capsula ses^ilis v. brovitor pedicellala, glahra, slylo Lrevi V. brevíssimo ; folia pcliolo pliis niinus glaiiduloso, lypice lanceoiata (4-8-plo lon- piora (piaiu lata), niargiiuí aianduloso-serrala, ai)ice longe et saepe obliípie acunii- nala, adulla glabeiriína v. [)his iiiiuus sericea, jnniora sericea subglabra v. glabra. Arbores v. fintices elali, coitice irunci deuium Querei more rimoso, ramis virga- tis, gracilibus, ad inserlionem pias minus fiagilibus, a{)ice Icrelibus. /Folia jnniora snbsericea subpilosa v. glabra, adulta glaberrima, longe et oblique i acuininata ; anlherae straniineae 2 1 /Pulia jnnioi'a dense argonteo-sericea (sub prelo liaud nigrescentia), adulta recto V. suliubliipie acuniinata, serrulata; anienia niase. gracilia, anlberis aureis; ca- psula, exsiccatione liaud nigrescens, subsessilis (pedieello glandulani non v. vix superante) 3 /Capsula pedicellala (pedieello glandulani 2-3-plo suiierante), vlridula, exsiccatione nigrescens, slylo niediocri; auienta elongata, niasc. crassa. Arbor ramis fere rectângulo divaricatis, in angulis fragilibus; foliis junioribus subpilosis (saepe vi.\), sub prelo valde nigrescenlibus, aduliis lanceolatis margine cartilagineo- scrratis; stipulis ((punii adsunt) seini-cordatis S. fragiUs, L. jCapsula scssilis, eliam exsiccatione vlridula, stylo brcvi; amenta brevia, foliis pe- dunculi subsuperata. Arboi' ramis elongalis ad solum fere usque pendentibus; fiiliis junioi ibus glabris v. seiiceis, aduliis lineari-lanceolatis, subserratis v. ser- ralis ; stipulis falcalo-Janceolalis, caducis S. hubylonka, L. Folia rectiuscule acuniinata, adulta uirinque v. saltem subtus adpresse sericea. Arbor i'ann's slriciis erecto-adscendenlilins; slii)ulis parvis, lanceolatis. mox de- ciduis, saepe nullis Ú. alba, L. Folia snboblique acuniinata, adulta glabrcscenlia v. [)ilis sericeis sparsis vestifa. Arbor ramis subdivaricatis, inlerdiun subpendiills v. pcndulis; stipulis semi- cordatis, ovalis v. lanceolatis, deciduis S. fragUisXalha, Wimm. 2. ^3allâ^ flVíSá^ilis, L., /. c, p^. 14i3! Brot., Fl. Lusil. 1\ pg. 28! Rchl)., /. c. fig. 12()i! Grei), et Godr., /. c, pg. 124! Wk. et Lge., /. c, |)g. 220! \A'imm., /. c, pg. 19! hirlat., /. c, pg. 220! Anders., /. c, pg. 209! Laguna, /. c, pg. 141, tal). 19, íig. 5-6-7! Mutliieu, /. c, pg. 390! Arbor ruinis fere reclangiile divaricatis, in angulis primo vere fra- i F. A. Brotero — Flora Lusitanica, I. — Olisipone, 1804. II gilibiis; ramiilis glabris (sacpe apicc siibsericeo vix cxceptis); foliis jiinio- ribus subpilosis sub prelo facile nigrescentibiis, adiillis iitriíKpie glaberrimis, 12-li cm. lorigis, lanceolalis, supra salurate viridibiis demiim iiilidis, siib- tus pullidioribiis v. glaucosceFílibiis, margino donse oartilagineo-serralis, apicc longe et obliijiie acumiiialis; slipiilis semi-cordalis, in ramis liixnriaii- lii)iis sat magiiis; gemmis ovatis, roslrads, glabris; ameiílis cyliiidricis, crassis, dcmum laxilloris, foliis |)eduricidi integerrimis; squamis ameiíti longe pilosis; anllieris slramincis; capsulis pedicellatis fpcdicello glandiiiam 2-3-plo siJi)erante), viridulis, sub prelo nigrescentibus, eiongalo-conicis, ápice allenuatis sed sub slylo mediocri incrassalis. p. decipicns (líoíím.), Koch, /. c, pg. 6Í-3! S. vilcllina (^non anel. plerorumqiid), lirol., /. c! Frute^ccns, e putalo trunco ex cul- tura ramuins longos vimineos subsimplices v. panrni ramosos edcns; foliis junioribus vix pilosis v. saepissime glabris, supra nilidis oleoso vcrnice tectis, sub prelo valdc nigrescentibus, aduhis sae|)e angiistioribus et longioribus, sublus glaucescen- tibus, itifimis ramiilorum obovalis; stipnlis sat magnis. Forma corte ex cultura orta; artienta in ea nunquam vidimus. Variat ramis aruiotinis lutescentibus, llavo-olivaceis v. rubicundis. Hab. et. bine indo culta et subspontc; p. frequenter culta in bumcntibus et salicctis in fere omnia Lusitânia. — fl. Mart. et Apr. — Lusil. 3- Vi- meiro, vimeiro ordinário, >imeiro amarello, vimeiro vermelho, vimeiro bro- zio. («. V. V.; 3. V. cuU. sine fl.). OL. — Áhnivhmrn liltoral: margem da Ribeira d'Aiicnra (H. da Cunha!). — líemi llllorcil: Coimbra, Choupal (Alollcr! J). — Centro Ullontl : lo/iria d'AzambMJa, valia do Canlo (K. da Cunha! 9)- — Ifaixna do Sonaia: en- tre Samora e Benavente [V. Coulirdio! ç^). — Alijaive: Monchique (Mol- ler! 9). Nota. — A var. decipicns do S. fragilis, lai como a comprehcndemos, deve sor uma simples forma proveniente da cultura, como o diz Anderson na sua monograpliia. O facto das folhas no\as serem glabras, com muila fre(piericia, explica-so decerto pelas condições culluraes, pois que jA Wim- mer notou (/. c , pg. XXI) que muitas espécies, que tom as folhas habitual- mente pelludas, as apresentam glabras nos silios hiunidos e nos rebentos vigorosos do tronco; e do mesmo modo se explica, pela poda empregada, o serem as folhas novas tào lustrosas — «quasi veniice lecia» — na phrase do nosso Brotero; com elíeito, segundo as observações do mesmo Wimmer — umaxime aulcm splendent folia earum, quae folia prorstis ylabra viridia 12 habcnt, inprimis in ranmlis vpgelis e trunco praeciso oriundis, iil in S. pen- tanclra et S. fragili, qunriim fácies supra nonnwiquam oleoso vernice splen- del» — {l. c, pg. XXXlí-XXXÍIÍ). A variedade descripta corresponde, pois, bem ao S. vileUina, Brot., mas, de modo algum, ao S. vkdlina da maior parte dos aiictores, que é uma fórma do S. alba. De passagem, diremos, que Fries, Koch, e alguns dos velhos auclores, identificaram tam!)em com este S. fraglUs, [i. dccipiens o S. vileUina, L. : o que, se não está cm harmonia com a phrase linneana — ((forte sibi permissa, nec culta, ncc puíala, cvadit S, alba» — corresponde talvez melhor á dcscripçào dada por Linneu, e sobretudo ao facto de ter sido collocado por este celebre botânico na s(!cção dos Salgueiros de folhas glabras. Mas esta approximaçâo está hoje geralmente posta de parte, e todos consideram o S. vileUina, L , como fórma do S. alba. É ainda de advertir que os Vimeiros, cultivados em Portugal, que re- unimos n'esta var. dccipiens, apresentam formas diversas, dislinctas princi- palmente |)eIo porte, pela cor da casca "dos ramos novos, e pela grandeza das folhas. E muito possivel que ellas sejam simples formas de um mesmo typo, multiplicadas de estaca pela cultura, como somos le\ados a acreditar; mas, como não lhes vimos as inflorescencias, nào nos atrevemos a affirmar que, de mistura, se nào encontrem cultivadas algumas formas hybridas, derivadas do mesmo S. frogilis, e que, pela semelhança dos seus caracteres principaes, vão aqui conjunclamcnte englobadas. Com a extensão que damos á var. dccipiens do S. fragilis, é ella mui- tissimo cultivada em Portugal; 6 o Vimeiro incomparavelmente o mais abundante: os seus longos ramos, obtidos pela poda annual, são muito fle- xiveis, logo depois de colhidos, na epocha do descanço vegetativo, e mais tarde, quando já seccos, tôm ainda stifficienle ílexibilidade para muitos di- versos fins, sendo primeiro demolhados em agua. Utilisam-se, principal- mente, em verde, para atilhos e \encelhos; em verde, ou em seccò depois de demolhados, para o fabrico de grandes cestos e cabazes; os mais grossos servem, no norte, para os taipaes cncanastrados dos carros, ele. 3. Sttlix alhtí, L., /. c, pg. 1449! Brot., /. c, pg. 29! Rcbb., /. c, fig. 12G3! Gren. et Godr., /. c, pg, 12S! Wk. et Lge., /. c, pg. 22G ! Wimm., /, c, pg. 16! Parlat , /. c, pg. 217! Anders., /. c, pg. 211! Laguna, /. c, pg. 139, tab. 19, fig. 1-2-3! Mathieu, /. c, pg. 391 ! Arbor rarnis adscendentibus, strictis, subtenacibus. ramulis albo-sericeis; foliis junioribus argenteo-sericeis, sub prelo haud nigrescenlibus, adultis lanceolatis, 6-12 cm. longis, aut utritique aiit siibtus pliis mituis piloso- sericeis, margine dense serrulatis, ápice recte acuminalis; stipulis parvis, lanceolatis; gemmis oblougis, obtiisiusctdis, saepissime albo-hirsutis; amen- lis C}liudricis, gracilibus, curvulis; squamis amenli dorso glabriusculis pilis IS crispis basi cinctis et rilialis; anlheris aiireis; capsulis siibsessilibiis, sub prelo baiid nigrest^^enlibus, ovalo-conicis, oblnsis, slylo brcvissimo v. sub- nullo. Variat loliis pliis iiiiiuis lalis, plus iiiiniis anj^ustis, typice longe raro breviter acuminatis, pilis scriceis pliis miiiiis minierosis diverse ^cslilis, et fobis adiillis sero interdutn glabriíisculis sublus glaiicis v. caesio-glaiicis. [â. vilcUina, L. (et auct. pleroniniquc, jíoíí Brol.), /. c, pg. 1448! Hamis longe vimineis >ilellinis aut \ilellino-rubris, loliis saepe anguslioribiis. Amenla non \idimus. Hab. a. in aqiiosis totae fere Liisilaiiiae, |)raecipue mediae et auslra- b'oris; p. culta in salicetis. — fi Mart. et Apr. — Lusil. a. Salgueiro branco; [3. Vimeiro amaiello. [v. v.). a. — Beira Ulloral: Coimbra, Choupal (Moller!). — Beira meridional: margem do Tejo, Tramagal, Abraules (R. da Cunha!). — Centro Ulloral: margem do Tejo, prox. ao Enlroncarnenlo, Cardiga (íí. Cayeux! (5); San- tarém, lagoa do Malagueiro (H. da Cunha!); Icziria d'Aznmbuja (K. da Cunha! ,^); lagoa d'Obidos (Daveaulj; enlre Caldas da Hainha e Hegougo (Welw. !) ; arredores de Canecas (P. Coiitiídio!). — iiaixas do Sorraia: prox. a Alpiarça [P. Coulirdio, n.° 43 1 ! J Ç ) ; entre Samora e Benavente (P. Coutinho! 5 9)- — Alemlcjo Ulloral: pântanos de Alcácer do Sal (Da- veau ! J); prox. de Santo André (Wehv.! J); prox. de Grândola, Serra da Caveira (Daveau ! ^). Nota. — Esta espécie tem grande importância agrícola, já pelas eleva- das dimensões que pode altingir, produzindo então ramos e troncos de muito variados usos, já pela llexibilidade dos seus longos rebentos. Em Portugal, é ainda muito empregada |)aia o fabrico dos palitos, preferin- do-«se para este fim a madeira das ar\orc8 cultivadas em sitios menos hú- midos. A var. vilellina, acima descripla, é muilo cultivada na Euroj)a, como Vimeiro, mas, segundo o que pudemos observar e segtmdo as indicações que obtivemos, julgámos que a sua cidliira em Portugal é muito mais re- duzida do que a do S. fragllis,, var. dccipieus; este ultimo é que nos pa- rece ser o Vimeiro de uso mais frequente enlre nós. 4, Salix fra^-ifiísx ifilS^a, Wimm., /. c, pg. 133! S. viridis, Fr., apud Anders., /. c, pg. 210! Magnier, Fl. Select. Exsic, n." 2832, 2833 e 2834! a. glabra, Wimm,, /. d S. viridis, a. fragilior, Anders., /. c.! Foliis junioribus argenteo-sericeis, exsiccatione haud nigres- u cenlibus, adultls glabris, lanceolatis, 5-plo longioribus quam latis, glanduloso-scrrulatis, ápice obliqiie v. subobliqiie acumi- nalis, supra \iriclissimis subtiis glaucescentibiis; gemmis plus mimis hirsulis; aineiilis masc. 2,5-3 cm. longis, gracilibus, antheris aureis; amentis íem. parvis, capsulis o\ato-conicis pedicello brevi subsessilibus, ápice obtusalis. Variat lamis siibdivaricatis, v. clongalis subpendulis v. peiídulis. Forma descripta bene intermédia, c foliis ad S. fragilem, e amentis ad S. albam magis accedens. Ab exsiccatis claris. Magiiier diíTert amentis brevioribiis et pedicellis capsularam valde brevioribus. p. vesíila, Wimm., /. c! S. viridis, y. albescens, Anders., /. c! Foliis junioribiis argenteo-sericeis, exsiccalione vix nigres- centibus, adultis ulrinque sat diu pilis raris adpressis vestitis, anguslis (6-10 cm. longis), 5-7-plo longioribus quam latis, giariduloso-serrulalis, suboblique cuspidatis; slipulis latis, sub- cordato-lanceolalis, glanduloso-dentalis, {)ilosis; ramis saepe subpendulis. Amenla non vidimus. Hab. bine inde ad S. fmgilein et S. albam associata. — FL Mart. et Apr. (v. s.). a. — Beira lilloral: Coimbra, margens do Mondego, Choupal (Mol- ler, Flora Lusil. Exsk., i\° 867! J; Soe. lírol., n° 1588! J; Henri- ques!cJ9). p. — Alemdouro lilloral: margens do Minho, prox. de Villa Nova da Cerveira (U. da Cunha!]. Nota. — Os exemplares acima apontados não correspondem bem com os exemplares francezes que examinámos; afastam-se, principalmente, nas menores dimensões do amentilho feminino e no pedicello da capsula muito mais curto, subnullo. Apezar d'isso, nào hesitamos em os referir ao bybrido S. frayilisx alba. Com efíeilo, entre estas duas espécies, o S. fra- gilis e o S. alba, conforme o dizem todos os auclores, ha iiinumeras for- mas hybridas de transição, ora bem intermediarias, ora mais próximas de uma ou de outra espécie, e. sabido isto, nào admira que uma só diagnose não possa representar a todas, ou que os ramos de uns d'esses hybridos não coincidam com os dos outros. i)as nossas plantas, as que determiná- mos como variedade a. são muito notáveis por apresentarem as folhas do S. fracjilis e as inílorescencias do S. alba; as que incluimos na variedade [i., e das quaes não vimos inílorescencias, lém as folhas mais próximas do ò'. alba, mas mais obliquamente acuminadas, e tem as estipulas reniformes i,^ como o S. fragllis; n'um;is e outras a ramificação 6 divergente, como no S. fragilis, oii subpendente ou [)CiiderUe, como acontece em muitas d'estas formas liyhridas. De resto, sendo tào commum na Europa o liyhrido S. fra- gilisxalba, nada 6 para admirar que se encontre em Portugal, asso- ciado com as duas espécies progenitoras ; nvm é para admirar que, tendo qualidades de exploração ngricola superiores ás de qualquer das duas espécies puras, e sendo a estaca o processo habitual de multiplicação dos Salgueiros, o hybrido tenda a sup|)lan(ar as es|)ecies d'onde proveiu, a exemplo do que está acontecendo em vaiias regiões da Europa, onde elle 6 já iiiuito mais frequente do que o S. fragilis lypico. Assim, temos como muito provável, que um exame mais mitmcioso indicará no nosso paiz a presença mais frequente d'este hybrido, revestindo por ventura mais outras formas, hybrido para o qual pedimos particular attenção nas herborisaçôes e pesquisas futuras. 5. l^alix liaB»,yl»iaic*». L., /. c, pg. 1443! Brot., /. c, pg. 28! Gren. etGodr., /. c, pg. 12o! Wk. et Lge., /. c, pg. 226! Anders., /. c, pg. 212! Mathieu, /. c, pg. 393! Arbor ramis elongatis ad solum usque fere pendentibus; foliis junioribus glaberrimis v. piloso-sericeis, adultis glaberrimis, lineari-Ianceolatis, 10-15 cm. longis, 6-8-plo longioribus quam latis, margine subserratis v. serra- tis, ápice longe et obliquo acuminatis; stipulis fíílcato-lanceolatis, caducis; amentis brevibus, foliis pedunculi stdjsuperatis; antheris stramineis; capsulis sessilibus, ovato-conicis, pallide \iiidibus, stylo subnullo. Hab, in regionibus Asiae centralis occidentalis spontanea, et in Lusi- tânia culta in hortis et humentibus. — Ul. Mart. et Apr. — Lusit. Sal- gueiro chorão, {y. v.). Alemdouro lilloral: arredores do Porto (Brot.).^ — Beira lilloraJ : Coim- bra (Brot.); Largo da Feira, prox. de S. Fagundo (líenriques! 9); '">- beira de Coselhas (Araújo e Castro, Soe. Brot-, n." 1423! Ç); Trouxemil (Moller, Fl. Lusit. Exsic, n." 866! 9)- — Beira meridional: Castello Branco (R. da Cunha! 9)- — Centro liltaral: Thomar, S. Lourenço (U. da Cunha! 9); prox. ao Fntroncameiíto, Cardiga (H. Cayeiix! 9); Lis- boa (Brot., P. Cniitiidio! 9)- — Alcmlejo liiíoral: Poceiíão (Daveau, Soe. Brot., n.° 1423?! J). Nota. — Todos os auctores que consultámos descrevem esta espécie com as folhas muito glabras desde novas — afoliis utrinque primitius gla- berrimis»— e com as folhas novas glaberrimas observámos alguns dos nossos exemplares; mas, no maior numero, as folhas novas são mais ou menos pelludo-assetinadas, bem como a parte superior dos rebentos, e só 16 depois de adultas se tornam glabras, exactamente como acontece no S. fra- gilis. Admirados d'esta anomalia, pedimos ao nosso amigo o sr. Daveau para nos enviar alguns ramos do 5. babijlonica proveinenles de IMontpel- lier, a fim de verificarmos sobre exemplares francezes aquclles caracteres; os ramos ensiados apresentavam exactamente a mesma pilosidade nas fo- lhas muito novas. Desejando esclarecer mais este ponto, a nosso pedido, o sr. Daveau escreveu ao reverendo abbadc l!y, ilhislre professor de bo- tânica na Universidade Catholica d'Angers, e que estuda actualmente o género Salix, solicitando-lhe algumas indicações; com a devida vénia, transcrevemos os seguintes periodos da sua resposta — '«La varióté de S. habylonica communément cullivée ici, et mullipliée abondamment de bou- ture dans les pèpinièrcs, presente des caracteres assez constantes sous le rapport du revêtement pileux. Les jeunes pousses tout entières sont re- convertes de poils soyeux: tige, pétiole et limbe sur les deux faces; mais ces poils sont caducs; on les trouve déjà rares a 1 dm. du sommet de la pousse, et localisés a la face supérieure da la feuille, spécialement sur le petiole et la nervure médiane. Finalement les fcuilles adultes sont totale- ment glabres, come la tige qiii les porte. Sous ce rapport le S. babtjlonica se comporte exactcment comme le S. fragilis» — . Esta forma com as fo- lhas novas pelludas 6, pois, ao que parece, abundante na Europa, e não só no nosso paiz, apesar de não estar indicada nas diagnoses da espécie, pelo menos nas diagnoses que conhecemos. O Salgueiro-chorào, geralmente cultivado na Europa, (i do sexo femi- nino, e do sexo feminino são todas as arvores portuguczas d'esta espécie que temos examinado, bem como os exemplares de herbario acima refe- ridos, excepto o exemplar colhido no Poceirão pelo sr. Daveau [Soe. BroL, n.° 1 Í23). A propósito d'esta planta, diz-nos em carta o sr. Daveau, que ella era de pequeno porte, e «que ficou impressionado de ver um exem- plar com desenvolvimento tão reduzido já com Ilores, quando nem sempre nos parques llorescem exemplares com maiores dimensões» — . É bem possivel que este exemplar masculino seja um hjbrido do S. babylonica, e nem de outro modo poderia ser, se apenas existe, como parece prová- vel, o individuo feminino multiplicado por estaca; mas, se é o individuo masculino, importado para Portugal, ou se é um hjbrido, não nos atre- vemos a decidil-o, porque nem vimos a arvore, nem fazemos uma ideia perfeita da inflorescencia masculina do S. babylonica, pouco observada e portanto mal descripta nos livros, e da qual nenhum exemplar authentico pudemos estudar. 17 Series B — Stamiiia 2, libera ; sínianiae anipiili discolores Sect. 111. Capreae, Koch, /. c, pg. 650! Amcnta praecocia, ílorifora sessilia haud foliata, medioeria v. magna, fruclifera plus minas pedunciilata et basi foliis paivis instructa. ad 4-9 cm. usqiie elongata; squa- mae amenli disi'oloi'es (apiro nigricantes), persistentes; (los masc. 1-glandulosus, staminiijus 2, liberis, antheiis ílavis; capsula pedÍL-eilala, loiíiontosa (in sp. nos- tris), stylo brevi v. suLmilio; folia petiolo hand gianduioso, pleiatnque ovata v. obovata' (in sp. nostris 1 '/r^plo iungiora quam lala), margine subintegra un- dulalo-crenata v. seirnlata. ápice breviter et saepissime obii(|ue acuminata, supra obscure viridia opaca rngniosa et saepissime tomeniosa, snblus plus niinus tomen- tosa (lofiienlo baiid aracbnoideu-subfarinaceo) et reticulalo-nervosa. Albores v. frutices ramis brevibus, nodosis. Genimae tomenlosae;ranuiii adnlli (quoque florendi tempore) tomentoso-velutini, robusti, saepe nigricantes; raniuli novelli cano-tomentosi; amenta masc. centrí- fuga^; anienta fem. in fructiíicatione etiam densa; folia oblongo- v. lanceolato- v."raro subrotundato-obO'Vata, subtiis cinereo-glaucescentia pkis minus tomen- tosa, nervis elevatis S. cinerea, L. Gemmae glabrae v. puberulae; ramuli adulti glabri; arnenta masc. centrípeta ^ ; amenta fem. in fructiíicatione laxiuscula 2 (Folia basi cuneafa obovata v. oblongo- v. lanccolato- v. subiolundato-obovata, ápice acumine bievi recurvato. sublus glaucescentia et birto-tomentosa, nervis elevatis; stipulae magnae, semi-reniformes, saepissime jam folia juniora comi- tantes : amenta medioeria, f(.'m. in fructificaiione ad G cm. usque elongala; ra- muli novelli tenuissime pubescentes, aiiuotini (glabri) quam in praeced. graci- 1 liores, saepe rufo-brunnei v. castanei S. uunta, L. 2 / Folia ovato-lanceolala v. elliptiea v. ovali-orbicularia breviter et saepe oblique acuminata, subtus glaucescentia et sublanato tomeniosa nervis e tomento baud emergentibus; stipulae in ramulis junioiibus vix conspicuae; amenta magna, fem. in fructificatione ad 9 cm. usque saepe ekingata; ramuli novelli pubes- centes V. cano-tomentosi, annotini (glabri) saepe lestacei v. viridi-olivacei {an \ in Lusitânia ?) S. Caprea, L. 6. ^ali% eiiierctí. L., l. c, pg. 1449! Rchb., /. c, fig. 1222- 1223 {sub 2022-2023)! Gren. et Godr., /. c, pg. 134! Wk. et Lge., /. c, pg. 228! Wimin., /. c, pg. 47! Parlat., /. c, pg. 237! Anders., /. c, pg. 221! Laguna, /. c, pg. 146, tab. 21, fig. 1-6! Mathieu, /. c, pg. 406! S. atro-cinerea, Brot., /. c, pg. 31! 1 Amenla centrifuga appelantur si ab ápice ad basin, amenla centripeta si a basi ad apicem dores progrediam. 2 XVI 18 Arbor v. frutex el.ilus, gemmis tomeiítosis; ramulis dum novellis c;iiio- tomentosis, post semper lomenloso-veliiliiiis (lempore quocjue dores v. ra- mulos novellos eniillciilibiis), lobiislis, SiiIcíilis, saepissime riigiic-uitibus; foliis junioribus iitrin(|iie tomenlosis, adullis sii|)rii sordide \iridibiis pubes- centibiis v. saepissime apiid nos glal)iiusrnlis obscure viiidibus, sijl)tus cinereo-glaucescenlibiis pliis miniis tomenlosis, tomento leniii raro sub- crasso pliis minus persistente, demum glabriusciilis, vcnis prominentibus valde reticulalo-nigosis, raro margine subintegris saepissime undulato-ser- rulalis, a[tice obtusis raro aculiuscnlis (sacpe in eodem ramulo aculis v. obtusis, inlegris v. serrulatis!); stipulis renilormibus, in ramulis junioribus saepissime non aut vix conspicuis, in validioribus saepc sat magnis; amentis praecocibus raro subcoaelaneis, basi bractcolatis, masc. ol)longis fem. elon- gato-cylindricis, densilloris, squamis oblongo-spathulatis, villoso-pilosis, ápice nigricantibus; capsula tomentosa, pediccilo glandulam 3-o-plo exce- dente, slylo brevíssimo v. subnullo. Planta valde polymorpba; variat prae- cipue in Lusitânia : A. Forma parvifíAla, foliis obovatis, 4-6 cm. longis, 2 Ya-^-plo longioribus quam latis. B. Fornia vulgaris, foliis obovatis v. oblongo-obovatis, 6-9 cm. longis, 2 Vo-3-plo longioribus quam latis. C. Forma lo)igifolia, foliis oblongo- v. lanceolato-obovatis, 9-12 cm. longis. 2 Vs-^^-pI^ longioribus quam latis. D. Forma lali folia, foliis subrotiuidato- obovatis v. obovatis, 1 V^- 2-plo longioribus quam latis, ápice brcviter recurvato-acumi- natis. Hab. ad margines rivulorum et in locis bumidis frequentissima in fere tota Lusitânia (forma I) in Duriminia et Transmontana, scd rarius). — Fl. Febr. et Mart. — Liisil. Salgueiro preto, borrazeira. (y. v.). AUmdouro transmontano: Bragança (P. Coutinho, n.°' 438 e 439 ! á ? ) ; Peso da Regoa (W. de Lima!;. — Alemdoiiro liiloral: Lardiellas (1{. da Cunha!); Villa Nova da Cerveira, margens do Minho (l{. da Cunha!); margem do rio Mouro, ponte do Mouro (H. da Cunha! 9)í ribeira d'An- cora (R. da Cunha!); Serra do Cere/., Murojol (Moller!). — Beira trans- montana: Guarda (M. Ferreira! Daveaii!). — Beira central: arredores de Oliveira do Conde, ponte da Atalhada (Moller!); Penalva do Castello (C. de Menezes! ? i; Serra da Estrella, prox. de Manteigas (Wehv. !); Luso (Daveau! $ ). — Beira littoral: Coimbra, margens do Mondego, Choupal (Brot., Henriques! $ cf, Moller, Soe. Brot., n.° 991, pro parte ! çf) ; Louzã (Henriques !) ; Figueira da Foz (Sousa Pimentel, in lierb. P. Coutinho, n.° 19 442! 2); Pinlinl do Urso, Pocep;iieiriiiho (Loureiro! $); Pinhal de Leiria (Sousa Piíncnlel! ? ). — Cenlro lilloral: Cnldas da Raiidia (Wehv. !); lagoa d"01)id()S (WeUv. !); Ic/iria d'A/.ambiija (H. da Cunha! Ç); Valia do Canto (U. da Cunha ! cf ) ; prox. a Lisboa (Welw. ! cf); Loires (P. Coutinho! cf ) ; eíitre a Povoa e Loires (\A"el\v.! cf' 2 ) : lezirias de Friellas (Welw.! (f); |)rox. a Cascaes, ribeiro de Caparide (P. Coutinho, n.° 4441); Cintra, Granja do Marquez (P. Couliidu). n." 4i3! ?). — íieira meridional: Cas- tello Branco, marfiein da ribeira da Lyra (U. da Cunha!). — Alemlejo lit- toral: Trafaria (l)aveau ! ? ) ; Costa de Caparica (R. da Cunha! 2); Villa Nova ^Daveau ! o'] ; prox. a Alcochete (P. Coutiidio, n.° 445 ! cf ? ) ; Santo André (Wehv.!); prox. da Aposliça (Wehv.! ?); prox. de Villa Formosa (Wehv. ! 9 ) ; entre Alíarim e Cezimbra (Daveau !) ; do Poceirào a Pegões (Da- vcau !) ; Grândola (Daveau ! ? ). — Algarve: Caldas de Monchique (Moller!). Nota. — O S. aim-cinerea, Brot., tem sido interpretado de diversos modos, e o sr. Lange, no Prodromus Flurae Hispanicae, refere-o em du- vida ao S. phyUcaefolia, L. ; é, porém, no S. cinerea, L., que se deve in- cluir, como o demonslrámos em 1889 n*um artigo publicado na Agricul- tura Contemporaiwa í^dezembro, 1889, n." 11). Com eífeito, não só na dia- gnose da Flora Lusitunica nada contradiz esta asserção, como ainda é o S. cinerea, L., que se encontra abundantemente nas margens do Mondego (o logar que Brotero indica para o seu S. alro-ciiierea). O S. cinerea é o Salgueiro mais fre(|uente em Portugal, como também acontece na llespanha, segundo o sr. D. Máximo Laguna. Entre nós, se muitas vezes tem o porte de um grande arbusto ou de uma pequena ar- vore, outras vezes alcança grandes dimensões, e aos 40 annos pôde apre- sentar-se uma arvore de boa grandeza; a sua madeira passa então por ser pouco inferior ã do choupo branco, e superior ã do choupo negro. Os tron- cos e ramos de menor diâmetro utilisam-se muito para tutores de vinha, esteios, arcos de pipa e diversas pequenas obras; os ramos mais compridos e flexiveis são empregados em algumas partes para ligações da vinha e até para o fabrico de cestos grosseiros. Esta espécie é extremamente polymorpha; a forma lalifolia, acima des- cripta, lembra o S. Caprea, mas parece-nos que é bem no S. cinerea que se deve aindu incluir: notando, que as duas espécies sào muito próximas, e nem sempre de fácil distincçào. Na Andaluzia (Serra de Ronda, Serra d'Estepona, Serra d'Algeciras e Serra Morena) existe um Salix, próprio da região mediterrânea occidental (.Andaluzia, Marrocos, Argélia, Tunes, Sicilia e Sardenha), o S. pedicellata, Desf., que talvez se encontre restri- ctamente em alguns pontos do sul do nosso paiz; é muito affim do S. ci- nerea, e distingue-se sobretudo pela capsula glabra, mais pedunculada, e pelos amentilhos coetâneos, com as escamas menos escuras no cimo. 20 7. Salix aiiriia. L., /. c, pg. 1446! Uchb., /. c, fig. 1220 (sm6 2020)! Gren. et Godr., /. c, pg. 13(5! Wk. et Lge., /. c, pg. 229! Wimm., /. c, pg. 51 ! Parlat., /. c, pg. 235! Anders., /. c, pg. 220! Laguna, /. c, pg. 151, tab. 23, fig. 1-5! IVIathieu, /. c, pg. 405! Diííert a praeccdenle, cui valde affinis, praccipue gemmis glabris v. pu- berulis (nec tomeiílosis) ; ramulis novellis teniiissime pubesceiítibus (nec tomentoso-canis), adultis glabris (nec tomentoso-vehitinis), gracilioribus, saepissime nifo-briineis v. castaneis; stipulis saepissiine jam folia jiiniora conaitanlibus; foliis typice bie\ioribus, basi semper cuiieatis, ápice in api- culum plicalum recnrvum saepissime exeunlibus; amentis minoribiis, fem. in friictificatione laxioribus; squamis anienti acutinsculis (saepe acutis v. obtusis in eodem amento!], ferrugineis. Varifit amentis brc\ioribus v. lon- gioribns, foliis 4-8 cm. longis (raro longioribiis), 1 V^-^-pIo (raro 4-plo) longioribus quam latis, obovatis v. ob()\ato-lariceolatis v. rotundato-obo- vatis, tenuibus v. rigidioribiis, fere giabralis v. praesertim subtus plus mi- nus tomentoso-hirlis, margine subintegris v. imdnlato-serratis, ápice bre- viter acuminatis v. apiculalis. Forma ex humidioribus major, foliis magnis lingulato-obovatis, ad S. cineream fere accedens, var. uUginosam con- slituit. Hab. ad (luminum ripas et in locis plus minus bumidis, bine inde, saepe ad S. cineream associata. — Fl. 3Iart. et Apr. {v. v. Alemdouro lllloral: Serra do Soajo, Nossa Senhora da Pencda (Moller!). — Beira central: Ponaha do Castello (C. de Menezes! ?). — Beira lilto- ral: prox. de Oliveira d'Azemeis (Welw. ! $); Coimbra (Moller, Soe. Brot., n.° 991, pro parte!). — Beira meridional: Caslello Branco, margem do rio Ponsul (K. da Cunha! ? d*); Povoa e Meadas, margem da ribeira de S. Joãolcf). — Centro lillaral: prox. de Sacavém (P. Coutinho! ?); rio de Sacavém, prox. de Buccllas (I)avcau! c/' ? ). — Baixas do Gua- diana: entre Garvào e Panoias (Ua\eau!). Nota. — Esta espécie, que os nossos modernos collcctores tem reunido com o S. cinerea, L., sob o nome de .V. atra-cinerea. Brot., é |)ela pri- meira vez apresentada como espécie |)orlugueza no Irabalho presente. Apesar de ser muito próxima do S cinerea, é bem dislincta: a ponio de, tendo nós pedido a um pobre camponez dos arredores de Lisboa que nos enviasse um ramo de cada um dos Salgueiros dilíerenles que conhecia, elle nos remetter em se|)arado os ramos do S. aurita, S. cuurea e S. alba — o que prova ter distinguido perfeitamente as duas primeiras espécies. O individuo que pudemos estudar vivo (das proximidades de Sacavém) per- tencia á variedade iiliginosa. Não é para admirar a existência d'esta espécie em Portugal, com pre- 21 pondcrancia, segundo p.ircce, nas regiòcs do norte e central. Este facto está em lianiioiiia com a sua (listribuiçào na Ifesj)anha, onde, segundo o sr. D. Máximo Laguna, se eiiconlra na Galiiza, em Salamanca, etc. 8. HiiUx ruprt^ii. L., /. c, pg. iUSl Hchb., /. c, fig. 1224 {sub 2024)1 Gren. et Godr., /. c . pg. 13o! Wk. et Lge., /. c, pg. 229! Wimm., /. c, pg. 5o! Parlat., /. c, pg. 241! Anders., /. c, pg. 222! Laguna, /. c, pg. 147, tab. 22! Malhieií. /. c, pg. 404! Hdb. in Lusitânia ex Lge. (m Wk. et Lge., /. c). («. v,). Nota. — Nào vimos neidium exemplar que se pudesse referir com se- gurança a esta espécie; apenas a indicamos pela citarão acima apontada do sr. Lange. Na Hespaidia, vive principalmente na Cataluidia, Aragão, Navarra, Santander. Rioja, e ainda na Galliza, sendo rara nas provincias do centro e do sul. Em Portugal, se existe, encontrar-se-ha provavelmente nas provincias do norte. Sect. IV. Argenteae, Kocli. opiid Anders., /. c, pg. 233! Amenia praecocia, slibscssilia, sqnamis diseoloribus (v. concoloribus), persistenti- bus ; fios niase. l-glandnlosus, siíimuiibiis 2, tilamentis liberis, anlheiis flavis v. aur;inti;icis post antlicsin infuscaiis: capsula plus ininus peciiceílala, ghibra v. to- nioiildsa, slylo iiicdincii ; fulia lirevia 'apud nos 2-3 cm. longa), clliptica v. ovali- subrol mulata, v. liiie.ni-lanccolata, margine revokito subintegia v. serrulata, ápice cuspidalo-apiculata, saltem sidjtus argeiíteo-sericea. Frutieuíisaepehumiles, ramis tenuibus adscendentibus v. strictis. 9. ^iili% i*c|ieaBS, L., /. c, pg. 1447! Koch, /. c, pg. 655! Rchb.. /. c, íig. 1239-1243 [sub 2039)! Gren. et Godr., /. c, pg. 137! \A'k. et Lge., /. c, pg. 230! Wimm., /. c, pg. 1Í4! Parlat., /. c, pg. 262! Anders., /. c, pg. 237! Laguna, /. c, pg. 153. tab. 23, fig. 6-10! Malhieu, /. c, pg. 410! Fruticulus, prostratus, repens, ramis adscendentibus v. erectis; foliis parvis, 2-3 cm. longis, petiolo brevissimo, limbo apud nos ovali-subrotundo v. oblongo-elliptico, margine sidjrevoluto \ix denticulalo, ápice breviter apicidato apiculo plicato-recurvo. supra plus mirius sericeo subtus dense et adpresse argenteo-sericeo; stipulis obsoletis v. nuilis; capsulis apud nos glabris (var. leiocarpa, Koch), plus minus pedicellatis, stylo mediocri. Hab. in ericetis bumidis et in arenosis littoralibus Lusitaniae borealis. — Fl. Apr. et Majo. (v. s.). — Lusil. Salgueiro rastejante, salgueiro anào. Alemdouro lilloral: V^aliadares (i\l. Ferreira!); prox. ao Porto (Gonçalo 22 Sampnio! $ cf^), — Beira lilloral: areias marilimas de Mira e da Gafanha (Sousa Pimentel, m lierb. P. Coiilinlio. n.^'' 446, 447 e 448! ? cf; S. Pi- mentel e E. de Mesquita, Fl. Liisit. Exsic, n.° 450! ? cf). Nota. — Esta espécie foi pela primeira vez indicada em Portugal no nosso Esboço de uma Flora Jenhosa porlmjueza (1887), pg. 274; os exem- plares que então estudámos tinham-nos sido enviados pelo distinclo silvi- cultor o sr. Carlos de Sousa Pimentel. Os exemplares portuguezes que examinámos pertencem, pela forma e pilosidade das folhas, á var. argên- tea, Koch, e pela capsula glabra á var. Iciocarpa, Koch. Sect. V. Viminales, Koch, /. c, pg. 647! Amenta praecocia, sessilia, squamis discoloribus, persistentibus; fios masc. 1-glan- dulosus, staminibus 2 lilaiiieiitis libei i.^, antheiis aureis; capsula subsessibs. to- mentosa, slylo elongato; foba iictiulo baud glandiiloso, molba, longa, Imeari-lan- ceolala, supra opaca et rugiilusa, subliis argoiiteo-soricea et inicanlia, luaigiiie saepe subrevolulo subinlegra v. undiilato-repanda, apicc longe acutala. t'iulices elali, ramis erectis, longissimis, virgatis. . 10. i§aBix viifiiBiiaBii§, L., /. c, pg. 1448! Brot., /. c, pg. 29! Rchb., /. c, fig. 1248! Gren. et Godr., /. c, pg. 131 ! ^Yk. et Lge., /. c, pg. 228! \Yimm., /. c, pg. 36! Anders., /. c, pg. 264! Laguna, /. c, pg. 156! Mathieu, /. c, pg. 397! Ramulis elongatis, virgatis, aibo-velulinis, demiim glabratis olivaccis v. fuscis; gemmis leviter vehitinis; foliis breviter petioialis, limbo lineari- lanceolato, 10-11 cm. longo, 6-8-plo longiore quam lalo, supra saturate viridi subglabro, subtus albo-sericeo, margine subiiilegro v. undulato-re- pando. ápice longe acutato; slipulis lanceolato-linearibus. Amenta in spe- ciminibus nostris non vidimus. Hah. culta praecipue in Lusitânia borcali. — Lusk. Vimeiro francez, vimeiro branco, vimeiro fêmea, vima. (d. v. sine fl.). Alemdouro lilloral: Serra do Soajo, Senhora da Pencda (Moller!); mar- gens da ribeira d'Ancora (R. da Cunha!); margens do Douro, prox. do Porto (Wehv.!). — Beira cenlral: Penalva do Caslello (C. de Menezes!). — Centro lilloral: Coimbra, Choupal (Moller!). — Centro lilloral : leziria d'Azambuja (K. da Cunha!). — Algarve: prox. de Silves (Wehv.!). Nota. — O S. viminalis é um dos vimeiros mais estimados e mais cul- tivados na Europa. Em Portugal empregam-no sobretudo para ligamentos e vencelhos, e, nas províncias do norte, onde é mais frequente, propa- 23 gam-no ás vezes por enxertia sobre ouiros Salj^ueiros. Todavia, por varias parles, temos ouvido os liomens do campo queixarem-se de que elle en- grossa |)()iico, e enirc nós muitos preforem-lhe outras Vimeiros, como bem o demonstra a menor extensão relativa da sua cultura. Series C — Stamiiia 2, filamcntis jiliis iiiinus (sacpe vii) connalis ; squamae amenli discolores Sect. VI. Incanae, Anders., /. c, pg. 302! Anifnta siibcoaetíinia se«silia v. snbsessilia, saepe basi foliis parvis instrnela, sqiia- mis fasco-tenugineis v. discoloiihus, persisteutibus ; fios niasc. 1-glandulosus, sta- iiiinibus 2 lilanícnlis basi plus ininus saepe vix cualitis. antheris aureis; capsula pedií-fllala, glabfa v. tumiTiiosa, slylo brevi v. subníillo; folia elongata (in sp. iiosu-a 3-7-pío loiígiora (iiiam lata), petiolo haud glanduloso, supra reticulata de- inum 0|)aee viridia, subtus loiíientosa tomcnlo densu arachnoideo-subfarinaceo vestita. margine sai^pe subrevoliito integra v. reinote denticulata, ápice acuta v. obtusa. Frutices v. aibores niediocres, raniis subvimineis. 11. ^aiix salviifioSãa, Brot., Fl. Lusil. 1 (1804), pg. 30! S. salviifolia, Lk., m Willd., Sp. PI. IV (1803), pg. 688, apud Giirke, /-*/. Eurap. JIK pg. 39! S. oleifolia, Lge. [non Viil.), in Wk. et Lge., /. c, pg. 229 el ejcsic. in berb. Wk.! Laguna, /. c, pg. 148, tab. 21, Arbor mcdiocris v. frutex elatus, ramulis novellis incano-tomentosis, annolinis subvimineis rufis v. rufo-purpureis plus minus velutinis, subgla- bris V. glabris : gommis ovato-subrotundatis, tomentosis ; foliis novellis utrinque albidis lanato-lomentosis, adultioribus siipra cinereo-virentibus rugulosis breviter tomentosis, demum obscure \iridibus subglabris, subtus semper canescenli -tomentosis tomenlo denso arachnoideo-subfarinaceo, costa media rufescente et nervis valde prominulis reliculatis; petiolo brevi et limbo typice elongafo-lanceolato supra mediínn parum latiore, sublineari- V. subspatliulato- raro obovato-lanccolato, 6-10 cm. longo, 3-7-plo longiore quam lato, margine subrevoluto subintegro v. plus minus serrulato, ápice acuto v, obtuso; stipulis semi-cordalis, in foliis summis saepe acutatis; amentis coaetaniis basi foliis brevibus plus minus instructis, míTsc. ovatis V. ovato-subcylindricis, parvis (2 cm. raro excedentibus), fem. subcvlindri- eis, curvulis, parvis v. mcdiocribus, demum in fructificalione ad 3-4 cm. * Dr. M. Giirke — Plantae Euiopaeae (operis a dr. K. Richtor incepti), 77. — Leipzig 1897. 24 elongalis et tunc laxiusculis; squnmis jimeiíti oblusis v. aculiiisculis (iii eodem am(Milo), ápice nigricaiitibus, denuim ferrugineis, lariatis; slainini- bus 2, filameiílis basi pliis niiniis sae[)e vix coalilis ibit|iie pilosis, aiitlieris aureis; capsulis primo brevibus, pediceilo brevi 2-3-plo glandiilam supe- rante, lomentosis v. lomeiítoso-hirtis, ápice stiboblusis, slylo snbmillo, de- miim elongalis cylindro-conicis pcdicello majore. Hanc stirpem ex anctoribiis pluribus cum S. oleifolia. Vil!., coiijuiigan- dam esse; sed sine dúbio diversa, nain spontanea est cerle el frcqucris íii tota fere Lusitânia, el S. oleifolia pro b} brida bubeltir S. incaitae quac apud nos baiid adbuc inventa. Hab. ad rivulos et in uliginosis in tola fere Lusitânia. — Fl. JMarl. et Apr. — Liisit. Borrazeira branca, Salgueiro branco, [v. v.). Alemdouro transmontano: Bragança (P. Coutirdio, n." 435! ?); mar- gens do Sabor (M. I^^erreira ! $ ) ; Peso da Uegoa e arredores (W. de Lima! Ç, R. de Moraes! $ ). — Alewâouro Ulloral: Valença, margem do rio Minho (R. da Cunha! ?); Villa Nova da Cerveira, Insua da Bucga (R. da Cunha! ?); Serra do Gerez (Henriques!); margens do rio ílomcm (Moller!); Amarante, margens do Tâmega ((lonçalo Sampaio! ? ). — Beira transmontana: arredores da Guarda (M. Ferreira!); Viliar Formoso, la- meiros do Valle do ÍVrcevejo (M. Ferreira! 5); xAlmeida, p;ox. do rio Côa (3L Ferreira!); Trancoso (M. Ferreira! ?). — Ikira central: Celo- rico, margens do Mondego (R. da Cunha! $); Penalva do Caslello (Car- doso de Menezes! $ c/'); Vizeu, margens do Dào (M. Ferreira!); arredo- res de Oliveira do Conde, junto á ponte da Atalhada (M. Ferreira!); Serra da Estrella, prox. de Manteigas (Wehv. !) ; Caldas, rio do Sabugueiro (Moller! M. Ferreira! ?); Ponte da Murcella (M. Ferreira!). — Beira littoral: Serra da Pampilhosa (Henriques!); Coimbra, margens do Mon- dego (Brot., Welw. ! Henriques! ? 5); Choupal (P. d'Oliveira ! ^ (f; Moller, Fl. Liisil. Fxsic, n.° S8! ?). — Beira meridional: Ca^tello Branco, ribeira da Lyra (R. da Cunha !'i; Tramagal, margens do Tejo (R. da Cunha!). — Centro littoral: leziria d'Azambuja, Valia do Canlo (R. da Cunha! Çj; prox. de Alverca, nos regalos (Daveau!); entre as Caldas da Rainha e a lagoa d'Obidos (Wehv.!); entre o Estoril e Pau Gordo (P. Coutirdio, n.° 437 !j. — Baiias do Sorraia: entre Samora e Benavente (P. Coutinho! $). — Alemtejo littoral: Grândola e arredores (Wehv., n." 551!cf e n." 552! $; Daveau !(/); Serra da Caveira (Daveau! ? ). — Algarve: Bensafrim (Daveau!); prox. de Silves (Wehv., n." 194!). Nota. — Este Salgueiro peninsular foi primeiro (1804) descripto por Brotero, com o nome de S. salvii folia, e mais tarde (1805) por Link, sob o mesmo nome. Grenier, na Flore de France (pg. 132), parece que o 25 ideíitificoii com o S. Smithiami, 3- obscura, pois muito provavelmente devia pertencer ao S. salviifclia a exsiccata poittigiieza, n." 330 de Welwitsch, citada por Grenier. O sr. Lange, no Pnulromus Florae H/spanicae, referiu as plantas hespanliolas ao S. oíclfoha, Vill , juntando a este, em du\ida, como synonymo, o .V. salviifoUa, Lk. O sr. 1). iMaximo Laguna também as enumera sob o nome de S. oJei folia, Vill., mas accrescenta que (knída da idenliíica(.-ão e que provavelmente se trata de algum bybrido dos S. in- cana e cinvrea. \Yimmer, depois de descrever o S. incana, accrescenta (pg. 28), relerindo-se ao S. sahiifoUa, Lk. — «próxima buic, nisi eadem aut \arielas, sed e descriptione Willdenovi et exemplari manco in herb. Willdn. cerle de ea statui nequit.» — ; e mais adiante, ao occupar-se do 5. aurilax incana (pg. 152), escreve: — «quod autem cum Kocliio ceteri hanc S. salviifoUa, Lk., nominaverunt haud recte fecerinit; necque enim fas est nomen retinere, cujus necque Willdenovius, qui nomcn invenit, necque forsan Link ipse, qui stirpem invenerat, ílorem viderant. Certe e specimine manco in berb. Willdn. ne suspicari quidem licet utrum stirps Lusitanica sit nostra, an species, an varietas alius» — . É de tíotar, que nenbum dos auctores citados até aqui, se refere à descripção dada pelo nosso Brotero; apenas Anderson, mais tarde, na sua Monoçjraphia, jmitou em duvida o S. salviifoUa, Brol.. e o S. salviifolia, Lk., ao S. alei folia, Vill. Por ultimo, o sr. Giirke, na continuavào das Planlae Europaeae do dr. K. Uicbter (vol. U, pg. 39), considera o tào discutido Salgueiro como devendo constituir uma espécie peninsular, que inscreve sob o nome de S. salviifolia, Lk. O exame a que procedemos de alguns ramos dVsta planta critica, co- lhidos na Hespanha, e depostos no berbario de AVillkomm, levam-nos a identificar a planta hespanbola e a plarita portugucza, como era de prever; notando, todavia, que, segundo as observações dos auctores (pie se occupam da ílora bespanliola, é muito mais frequente em Portugal do que na visinha nação; é uma planta principalmente localisada no occidcnte da península. Decerto este Salgueiro peninsular tem grandes semelhanças com o 5. olei- folia, Vill., mas inclinamo-nos a que deve ser considerado como uma boa espécie, seguindo n'esta parle a opinião do sr. Giirke. Com eíTeito, não condiz bem com a descripçào do 5. oleifolia dada por Grenier; e tanto, que este botânico não poude referir a esse S. oleifolia o exemplar portu- guez que parece ter observado, como acima dizemos, e o foi antes incluir no seu S. Smiltiiana. var. obscura. Accresce, que tanto o S. Swilhiana, Grcn., como o S. oleifolia, Vill., são hoje considerados geralmente como hybridos do S. incana, espécie que não tem sido encontrada nem prova- velmente se encontrará no nosso paiz, pois que na Hespanha está quasi que limitada á |)arte oriental, faltando, ou quasi, na occidental. Por ultimo, o modo da distribuição da planta portugueza, tão abundante, em condições 2fi de espontaneidade manifesta, n'uma lào larga área, parece-nos um argu- mento de valor [)ara não a considerar como forma In brida. Em que não podemos concordar com o sr. Gurke é na inscripçào da espécie; entendemos que deve ser inscripla sob o nome de Brotero e nào de Link; nem a diagnose de Wiildnow, nem o exemplar de Link, segundo as citações de Wimmer acima apresentadas, permitlem caracterisar a es- pécie; nem mesmo o nome de Liidí tem a prioridade, pois que a obra de Wiildnow é de 1805, e já em 1804 Brotero, na sua Flora, tinha descri- pto a mesma planta. É de justiça, pois, inscrevel-a como espécie brote- riana. No herbario da Universidade, existem uns ramos sem flores, colhidos pelo sr. dr. Mariz nos arredores de Miranda do Douro, em junho, que lembram este S. salviifolia, mas que, pelo tomento mais assetinado, nos inclinamos a acreditar que esses sejam de um hybrido, talvez proveniente do S. viminalis; seria, porém, necessário o exame das ílores para o de- terminar. Como já dissemos, o S. salviifolia 6 bastante frequente em Portugal; tem quasi o mesmo aproveitamento que o S. cinerca, servindo os seus troncos e ramos mais grossos para pequenas obras, esteios, tutores, arcos de vasilhas, etc, e os seus ramos mais delgados, mais compridos e mais llexiveis, para o fabrico de cestos grosseiros. Sect. YII. Purpureae, Koch, /. c, pg. G46! Amonta praecociíi, sessilia, fem. hasi foliis parvis instruota, squamis discolorihus, persislcntibus; fios niasc 1-glanilulosus, staminiljus 2, íllamonlis ad apieem usque coalitis, antlieris purpureis, detloialis alro-fuscis; capsula sossilis, tomentosa, stylo hrevi ; folia alterna v. subopposita, suhscísilia v. brcviter peliolata, potiolo haud glanduloso, uliinijuo alj initio glabcrriína, lineari-lanceolaia, margino subinlfigra V. Itíviter serrulata. Frutiees raiiiis glabris, virgatis. 12. íi^aBix. |i«ir|MBrcai, L., l. c, pg. 1444! Rchb., /. c, fig. 1230 {sub 2030)! Gren. et Godr., l c, pg. 128! \Vk. et Lge., /. c, pg. 227! Wimm., /. c, pg. 29! Parlat., /. c, pg. 229! Anders., /. c, pg. 3061 Laguna, /. c, pg. 158, lab. 25! Mathieu, /. c, pg. 401! S. monandra, Brot., /. c, pg. 27 ! Frutex, ramis gracilibus, purfuiráscenlibus v. fuscis, glabris: gemmis glabris, plerumque et foliis amentisque subopposilis; foliis petiolo brevis- simo lineari-lanceolatis superne lalioribus, 3,5-4,5 cm. longis, 4,5-5-plo longioribus quam latis, utrinque ab initio glaberrimis, subtus glaucis, sic- cando nigrescentibus, margine subintegris v. leviter serrulatis, ápice bre- viter acutis v. cuspidato-acutatis; slipulis nullis; amentis sessilibus, squa- 27 mis obtusis ápice ingricnntil)us, villosis; capsulis sessilihus, tomentosis, stylo luilio, Amenta masc. in speciminibus Insitaiiicis iion vidimtis. Hah. ad ripas Durii: prope Peso da Regoa (Link, ex Brot.); Pinhão (M. Ferreira! 9). — Fl. Apr. {v. s.). II. Populus, L., Gen. Pi, n.° 1123! Clavls secfionum et specierum: fSqiiamae amenti ciliatae; ílos masc. staminibns 8; gemmac puhescentes v. sub- glabrae; ramiili novelli tomentosi, birti v. raro ghibri; folia ovata v. subrotun- data, pabiiatilobata v. grosse et irregulariter sinuato-deutata (Sect. 1. Lence, Duby) 2 Squamae amenti glabrac, pectinato-laeiniatae; fios masc. staminibus 6-30; gem- iiiae glabrae, viscosae; ramuli novelli giabri v. birti, viscosi ; rob"a deltoidea v. triangubiri-ovata, regulariter et arguto serrata, petiolo lateraliter vaide com- i pres.^^o (Sect. 11. Aigeiros, Diiby) 4 (Folia siibtiis albo- v. cinereo-tomentosa : gemmac pubescenles, haud viscosae; ramuli saltem juniores albo- v. cinereo-tonientosi 3 ÍFolia utrinque viridia et glabra (juniora intcrdum pubescentia), petiolo valde la- j teralitiT compresso, limbo irregulariter sinuato-dentalo; gemniae subglabrae v. [ pubescenles, viscosae; ramuli juniores giabri v. pubescenles; squamae amenti \ inciso-digilatae longe ciliatae P. tremula, L. /Squamae amenti ápice crenatae; folia palmato-lobata v. inciso-dentata, subtus ni- l veo-tomenlosa, petiolo subtercli ; stigmala 2 lobata P. alba, L. jS(iuamae amenli ápice laciniato-pcctinatae; folia sinuato-dontata, sublus cinereo- / tomentosa, peliolo lateraliter compiesso; stigniata á-'i-lobata. I P. alba X tremida, Krause. /Fios masc. staminibns 6-8; fios fem. ovário 4-sulcato; folia glabra v. dum novella saepe liirta, serrata, saepissime longe acuminata P. nigra, L. |fIos masc. staminibns 20-30; fios fem. ovário 6-sulcato; amenta fem. longa et laxa moniliformia; folia glabra, dura novella ciliata, eroso serrata v. eroso-cre- nata, saepissime breviter"acuminata, frequenler magna, ad 15 cm. usque longa. P. monilifera, Ait. Sect. I. Leuce, Duby, Bot. GaU. P, pg. 4271 Gemmae (saltem juniores) pubescenles v. puberulae; ramuli novelli tomentosi v. birti, v. raro giabri; squamae amenli ciliatae: fios masc. staminibns 8; folia ovatá V. subrolundala, palmatilubala v. grosse et irregulariter sinuato-denlalu. 1 J. E. Bnhy — Botanicon Gallkum, J. — Paris, 1828. 28 13. i*o|»9iliBS aBBôiií, L., Sp. PI., \)^. 1403! Brol., /. c. II, pg. 47! Hdib.. /. c, fij;. 1270! Greií. et r.odr., /. c, p-;. 144! Wk. et Lge., /. c, P-. 233! Piuliít., /. c , p-. 280! Wcsmael, m DCJ, pg. 324! La- guna, /. c, pg. 125, tab. 16, íig. 1 ! Malhieu, /. c, pg. 420! Arbor excelsa, coiticc primo laevi albida demiim riinosa, ramulis albo- tomenlosis: genimi« tomeiítosis, haiid \iscosis; loliis lorige peliolalis, pe- tiolo siiblereti primo albo-tomoritoso, limbo supra demiim intense viridi gliibralo nítido, subtus albo-lonientoso, ovalo v. subrolundato, basi rotun- dato subcordato v. subcunealo, palmalo-lobalo sublobato-dentalo v. raro sinualo-subintegro; stipuiis lineari-lanceolalis; amentis cylindricis, masc. brevioribus et densioribiis, squamis ápice crcnatis et ciliatis, floribns 8- andris, anlheris purpureis; fem. longioribus et gracilioribiis, squamis ápice crenatis v. subintegris glabrinsculis; capsula ovoidea, glabra, cúpula cin- da, stigmatibus linearibus 2-fidis, Variat foliis majoribus v. minoribus, plus minus iobatis, subtus plus minus albo-tomentosis raro glabrescentibus. Hah. sponte et frequenter culta ad lluviorum ripas et in humidis.^ — Fl. Febr. ad Apr. — Liiúl. Clioupo branco, íaya branca, alemo ordinário, alemo branco, alemo alvar. (v. v.). Beira Ulloral: Coimbra e arredores, Mondego (Welw. !) ; Jardim Botâ- nico (Moller! 9); Cboupal, Vilia Franca (Moller. Fl. Lusil. Exsic, n.° 808! 9). — Coilro Ulloral: Torres Novas, margens da ribeira de S. Gião (H. da Curiba ! 9); Lisboa e arredores (\^'elw. ! 9)« Jardim Botânico da Ajuda (Welw.!); Lumiar (Welw.! (^); prox. de Odivellas (Welw.! 9); Valle de Chellas (Welw.!); Bellas (Welw.!); prox. a Cascaes, Caparide (P. Coutinho, n."^ 449 e 543! 9). li. S^fi6jiai?í8S aBSfa X lB'€»Bía!íirt, Krause, m Jahresb. Schles. Ges., pg. 130, apud Giiike, PI. Europ. 11, pg. 2! Forma canescens. — P. canescens, Sm., l'L Bril. Ill, pg. 1080; Gren. et Godr., /. c, pg. 144! Ricbb., /. c, fig. 1273! Wk. et Lge., /. c, pg. 233! Parlai.. /. c, pg. 282! Laguna, /. c, pg. 127, tab. 17, íig. 3! Malhieu. /. c, pg. 422! Arbor ramulis junioribus cinereo-canescentibus ; gcmmis. tomenlosis, haud viscosis; foliis longe petiolalis, |)etio!o lateraliler compresso, limbo supra >iridi ginbro, subtus griseo-tomentoso mox glabrato, rotundato-ovato V. subrolundato, inaequaliler sinualo-dentalo v. dentato-angidato; amentis lem. quam in P. alba densioribus, squamis laciniato-pectinatis, longe ci- 1 A. Wesniael — Populus, in DC. Prodr. Syst. Univ. Regni Veget., XVI. — Parisiis, 1868. 29 liatis; stigmalibus 2-4-partilis. A menta masc. in speciminibus lusitanicis non vidimus. Hab. in hortis Coiiimhiicae culta; Jiirdim Botânico, Choupal (MoUer, Fl. Lusil. Exsic, n." 8691 $). — F/. lAJart. {v. s.). lo. E^^ciiiilBiJi!» frciíiiiítt, L., /. c, pg. 1464! Brot., /. c, pg. 47! Rchb., /. c, tig. 1274! Gren. et Godr., /. c, pg. 143! \Vk. et Lge., l. c, pg. 233! Parlat., /. c, |)g 283! Wesmael, /. c, pg. 323! Laguna, /. c, pg. 128, lab. 17, fig. 1-2! Mathieu, /. c, pg. 422! Albor mediocris, raniulis jiinioribiis glabris v. pubesccntib»is ; gemmis subglabris v. pubesceiítibus, viscosis; foliis junionbus pl.ibris v. pubescen- tibus, adullis pleruinque glabeiriínis, longe pctiolatis, peliolo laleraliler valde compresso, limbo subrohnidato v. o\;ito-rotuiid;ilo, supra \'\\ lúcido subtus glaucescenle, margifie itiaequ.ililer sirniato-dentato, ápice obtuso v. acutiusculo. Amcnta in speciminibus noslris non vidimus. Hah. «quasi sponlanea ad lluviorum ripas, coliturque in humidis ad pa- gos, in Beira et Lusitânia bore.ili, sed minus IVequens quam P. alba et P. nigra.n (Brot.); Coimbra, Cboiqial (iMoller!). — Lusit. Faja preta. [v. s. sine fl.). Sect. II. Aigeiros, Duby, /. c, pg. 427 ! Gemmae glabrac, viscosae : raniuli novelli viscosi, glaliri v. liirti; squatnao ;uiionli glabrac (haml ciliatac) ; llns in;isf. staiiiinilins G-30; fulia potinlo lateraliter valde compresso, liiiiho deltoidco v. tiiangulari-ovato regulariter et argule serialo. . 16. ■■ís|HbIbes ííiáira. L., /. c, pg. 1464! Brot., /. c, pg. 46! Rchb., /. c. íig. 1273! Gren! et Godr., /. c, pg. 145! Wk. et Lge., /. c, pg. 233! Parlat , /. c, |)g. 288! Wesmael, /. c. pg. 327! Laguna, /. c, pg. 130, tab. 18, íig. 1-2! Malhieu, /. c, pg. 426! Arbor excelsa, cortice rimosa, ramulis junioribus viscosis glabris v. hirto- tomentosis, annotinis subleretibus; gemiiiis o\oideo-acuminatis, adpressis, glabris, valde viscosis; foliis.junioribns viscosis glabris v. pubescento-birtis, adulti-s glabris nitidis et fere coucolcribus, peliolo valde lateraliter com- presso, limbo dellouleo v. triangulari-ovato, bnsi truncato subcordato v. obtuse cuneato, margine regulariter et argule crenato-serrato, ápice longe et subabrupte acuniinato; amentis cyliridraceis. densilloris, squamis pecti- nato-Iaciniatis; lloribus masc. 6-8-andris, antheris purpureis; fem. ovariis globoso-conicis 4-su!catis, fere omnino cupulis cinctis; stigmatibus 2-loba- tis. Variat apiid nos: a. genuína, Wesmael, /. c, pg. 328 ! Arbor coma ovoidea, ramulis 30 novcllis cum foliis glabris. Folia pleriimqiie longiora quam lata. [3. iUilica, Duroi, Harhk. wilde liaumz. II, y^r. 141 {{172), apiid (jQike. /. c, pg. 3! i. pyrainidalis, S|)ach., in Wesmael, /. c! Parlai., /, c! Laguna, /. c, pg. 132, tab. 18, fig. 3! Malhicu, /. c! V. pyramidalis, Hoz., opud Greií. et Godr., /. c! Wk. et Lge., /. c! Arhor coma pyramidali, ramuiis novellis cum foliis glabris. Folia plerumque laliora quam longa et minus acuminala. y. pubesceus, Parlat., /. c, pg. 289! Arbor coma ovoidea, ramuiis et foliis juuionbus (petiolus et limbus ulrinque) birto-pubes- cenlibus. fíab. spoulanea et culta ad íluvios, iii bumidis, ad vias et pagos, fre- qucus, praecipue y. et 3.; a. ut videlur rara. — Fl. Febr. ad Apr. — Lusil. Cboiipo negro, cboupo ordinário (9)» choupo mulato (J). cboupo pyramidal (i). (i\ v.). a. genuína, Wesmael. — Cvnlru IHloral: prox. de Cintra (Welw. !). — Algarve: Faro (Guimarães!). ji. ilalica, Duroi. — Beira llllornl: Matta do Cbouj)al (Mollerl). — Cen- tro lilloral: prox. de Cintra (Welw.! V. Coutinho!); prox. a Cascaes (P. Coutinho, n.'^ 4o 1 !). y. pubescens, Parlat, — Akmdouro lilloral: margem do Minho, Ponte do Mouro (U. da Cunha!); Valença (H. da Cuidia!). — lieira lilloral: Coim- bra, beira das estradas e margeiis do Mondego (Moller, Fl. Lusil. Exsic, n.° 870! Ç). — Beira meridional: Villa Velha de Hodào, Fonte das Vir- tudes (H. da Curdia!). — Centro lilloral: margem do Tejo, Praia (R. da Cunha!): Valle de Figueira (R. da Cunha!); j)rox. de Cascaes (P. Couti- nho! ? 'esmael. /. c., pg. 329! Arbor excelsa, coma ampla; ramulis glabris, annolinis saepissime angu- lato-sulcatis; gemmis glabris, viscosis; foliis junioribus rubellis margine ciliolalis, adultis glaberrimis, rarissime discoloribus, peliolo lateraliter valde compresso, limbo triangulari-ovalo, saepissime magno (ad lo cm. usque longo), margine eroso-crenato, ápice breviter acuminalo; amenlis masc. cjlindricis, densis, crassis, squamis ápice laciniatis, lloribus 20-30-andris, antheris purpureis. Amenta fem. in speciminibus lusitanicis non observa- vimus. Planta ex America septenlrioriali et culta apud nos in humidis et prae- cipue ad pagos et vias. — Fl. MavL — Lusit. Choupo do Canadá. (i\ t-.). Beira llltiral: Coimbra, Choupal (Moller!); á beira das estradas (Araújo e Castro, Soe. Brot., n.'' 1476! cf; Moller, Fl. Lusit. Exsic, n." 1154! cf). — Centro littoral: Lisboa, á beira das ruas (P. Coutinho, n.° 432! cf). 32 APPENDICE Como ha necessidatle, com frequência, de classificar exemplares d'esta familia, observados apenas no lempo cm que não lêm ílores, apresentámos as seguintes claves dicliotomicas que podem servir n'esse caso de bom au- xilio; notando, toda\ia, que d'estc modo a classificação é forçosamente muito mais fallivel, e que o estudo de exemplares completos lloriferos é o único meio seguro de determinar a espécie. Clave dicliotomica para deíerminar as espécies portuguezas do género Salix, na estação em que têm folhas mas não têm flores 1 [F. glabras ou com pellos prateado-asselinatlos (sobretudo na pagina inferior).. 2 |F. m;iis nu iitmo:-; tomentos;is e com as nervuras fortemente iTlicuiadas na pa- gina infeiior, subiniciras ou crenatlo-serradas 9 (Pequeno arbusto com o tronco prostrado, ás vezes snljterraneo. rndicante; f. cur- t;is (2-2,5 cm.), ovado-arredondadas ou eliiplicas, umito asstlinado-praleadas, í-ubiuteiras, de ordinário teiminadas em apiculo curto doljrado cm gotleira; 5 / eslii)ulas nullas ou suljnullas S. rcpens, L. 3 Arvores ou arbustos com o tronco não radicante : f. de ordinário compridas : ramos ', flexíveis 3 'Arbustos com as f. lincar-lanceoladas, 6-8 vezes mais compridas do que largas, subiiUeiras; peciolo não glanduloso 4 |Arvores ou aibustos com as f. lanccoladas ou linearlanccoladas, 3-8 vozes mais compiidas do que lai'gas, serradas; peciolo glanduloso 5 ,'F. densamente pelludo asselinadas com reflexos prateados na jiagina inferior, I sempre alternas; i'amos novos branco-aveludados, por fim subgiabros verde- oiivaceos; estipulas lanceolado- lineares, pequenas S. viminalis, L. JF. glabras nas duas paginas, com freiíuencia suboppostas, bem como as gemmas; [ ramos glabros desde novos, de ordinário avermelhados; estipulas nullas. (, S. purpúrea^ L. 33 /F. oblongo- lanceoladas, curtíuiiciili' acimiiiiadas, 3-o V(!zes mais compridas do que I largas, glaliras dnsdo novas: csii|)nlas grandes, senii-cordiformes. Aibusto com o líijiiiloma esloliado em i)laeas e os" ramos com cheiro e sahor a amêndoa doce ! ^'. tnandra, L. [F. iancooladas ou linoar-Iancenladas, Innganionle acuminadas. Arvore ou arbusto \ com o i'li\tidoma longitudinalmente fendido e os íamos com sajjor heibaceo. 6 F. novas glabras ou um tanio asselinadas, ennegrecendo mais ou menos pela de- seccação, as adultas muito glabras longa e obliquamente acuminadas 7 F. novas densamente prateado-assetinadas e não ennegrecendo pela deseccação, as adultas recta ou subobliquamente acuminadas 8 /Arvoro com os ramos inseridos quasi que a angulo recto e parlindo-SH na base facilmente na ciiucií.i da suhiila da seiva; f. nos, amarellado^, esvcrdinhados ou avermelhados: f. novas subglabias e como que enveinizadas na pagina superior, as da base do ramo obovadas p. decipiens, Koch. Arvore com os ramos nuiilo conq^idos, pendentes (luasi até ao chão; f. novas glabras ou mais ou menos assetinadas, iinear-lanceoladas, 6-8 vezes mais com- \ piidas do que largas; estipulas falcilbrine-lanceoladas S. babylonica, L. /Arvore com os ramos erecio-ascendentcs : f. adultas assetinadas nas duas pagi- nas ou pelo menos na inferior íás vezes por lim subglabras, mas então glaucas ou azulado-glauras inferiormente), rectamr'nle acimiinadas, 4-tí vezes mais com- pridas do que largas: eslipulas pequenas, lanceolada^, ou nullas.. S. alba, L. Arbusto cultivado, com os ramos muito compridos e flexíveis, de eôr viva Q j amarelia, amarello-alaranjada ou amarello-avermelhada; í. de ordinário mais estreitas p. vilellina, L. JArvore com os íamos subdivaricados, ou subpendentes ou pendentes; f. adultas de cor verde muito viva na pagina superior, subglabras em ambas as paginas ou com pellosassetinados mais ou menos espalhados, snboblifiuamente acumi- n:idas, 4-7 vezes mais coinpiidas do que largas; estipulas semi-cordiformes, ovadas ou lanceoladas S. [ragilis X alba^ AVimm. F. branco-tomcntosas na pagina infeiior, com tomento denso tearaneo-subfarina- ceo, 3-7 vezes mais conqiridas do (jue largas, com a maior largura mais pio- xima do cimo, agudas ou obtusas, cinzenlo-tomenlosas na pagina superior até bastante tarde; estipulas semi-cordiformes, de ordinário aguçadas nas folhas 9 '' superiores. Pequena arvoíe ou arbusto com os ramos um lanfo compridos e Iflexiveis S. salcii folia. Brot. F. mais ou monos cotanilliosas na pagina inferior, 1 ^;V4 vezes mais compridos do \ que largas. Arvores ou arbustos com ramilicação curta e nodosa 10 'Gemmas tomentosas: ramos novos (ainda no tempo de eniitlirem as flores ou os l rebentos) tomentoso-aveludados, robustos, com frequência anegrados : rebentos ) branco-tomentosos: f. obovadas (oblongo- lanceolado- ou subarredondado-obo- iO { vadas), na pagina inferior acinzentado-glaucas e mais ou monos cotanilhosas, 1 com as nervuras salientes; estipulas semi-reniformes S. cinerea, L. \Geinmas glabras ou pulverulentas; ramos novos glabros 11 3 ■ XVI Si /F. aeunheadas na base (obovadas, oblongo- lanccolado- ou sul)aiTedondado-obo- vadas), com aciimen ou apiculo cuito"do nidinaiio dobrado cin gotteira, na pa- gina inferior verde-glaiicas, biito-rotaiiilbosas. com as nervuras elevadas; esti- pulas grandes, semireniformes, de ordinário já bem visíveis nas lullias novas; rebentos com pubescencia lenue; ramos novos (glabros) de ordinário mais dcl- 1 1 / gados que na espécie anterior e acastanhados.. S. aurita, L. |F. ovado-lanceoladas, elliptieas ou ovado-arrcdondadas, curla o com fref|ueiicia obliquamente acumiuadas, na pagina inferior vcnie-glaucas e lanosocolanillio- sas, com as nervuras imfiier.-as no tomenio; estipulas pouco visíveis nas folhas novas; rebentos pubcscentes ou branco- louientosos; ramos novos (glabros) com frequência verde-olivaceos (?) C. Caprea, L. Clave dichotomica para determinar as espécies portuguezas do género Popuhis, na estação em que têm follias mas não têm flores [F. ovadas ou subarredondadas, palmilobadas ou grossa e irregularmente sinuado- dentadas 2 (F. deltoideas ou triangular-ovadas, regular e densamente crenado-serradas: pe- ciolo muito comprimido lateralmente; geuimas viscosas. Arvores elevadas.. 4 'F. verdes nas duas paginas, glahras (em novas, ás vezes, pubcscentes), com o pe- ciolo muito (;ompiimid() lateralmente e o limbo UTegularmeiíte sinuado-dentado; gemmas a principio pulverulentas, depois viscosas. ]'equena arvore, coui os re- bentos glabros ou pubescentes f . it emula, L. 'F. branco- ou cinzento-colanilhosas, na pagina inferior; genunas pubescentes, não viscosas; rebentos branco- ou cinzenlo-cotanilhosos. Aivores elevadas 3 fF. palmado-Ioliadas ou inciso-denladas, branco-cotanilhosas na pagina inferior, com o peciolo subcylindrico P- alba, L. |F. sinuado-dentadas, acinzentado-cotanilhosas na pagina inferioi-, com o peciolo comprimido laleralmenie P- alba X ircmula, Krause. /F. crenado-serradas, de ordinário longa e qnasi repentinamente acuminadas, e de medianas dimensões; ramos novos sulicylindiicos /'. vigra, \j. Copa ovóide: i'ebentos glahros, bein como as folhas desde novas; f. de ordi- nário mais compridas do (jue laigas a. rjniaina, Wesmael. M Copa pyramidal ; icbentos glahros. bem como as folhas; f. de oiiliiiario tào ou menos compiidas do que laigas, e com l're(|uencia menos longamente acuminadas p. ilaiira, Duroi. Copa ovóide; rebentos e folhas novas pubescentes y. pubcscens. Parlai. F. roido-crenadas. de ordinaiio curtamente acuminadas, em novas celbeadas, em adultas muito glahras, cum frequência grandes (até lo cm. de comprimento); ramos novos de ordinário sulcados, glabros. Arvore de larga copa. P. monilifera, Ait. 3^ SUBSÍDIOS PÁRA O CONHEClilílENTO DA FLORA DA AFRICA OCCIDENTAL Catalojio (las jilanlas coíliiiias por Aijosliiilio Sizeiíando Marques, subchefe da expedição porluyucza ás lerras do.Muata-lamvo Tendo o governo porlnguez resolvido em 1884 enviar uma expedição commercial ás lerras do JMuala-lamvo, na Africa austro-cenlral, enlen- deu-se que o pessoal da expedirão de\eria procurar fazer um reconheci- mento scienlifico das terras por onde passasse, fazendo observações me- teorológicas, examinando os terrenos e colhendo exemplares dos [)roductos naturaes para mais tarde serem convenientemente estudados. De todos estes trabalhos foi encarregado o sr. A. Sizenando Marques, que durante nove aunos, exercendo o logar de pharmaceutico do quadro de saúde em S. Thomó, tinha tido regular prática d'esles serviços e que por isso estava naluralmente indicado para o encargo que lhe foi confiado. A expedição, dirigida [)elo major iíenrique de Carvalho, partiu de Lis- boa a O de maio de J884, dirigindo-se a Loanda, d'onde seguiu pelo Doudo, Casengo, Ambaca e Pongo-Andoiigo para Malange, entrando ahi no dia 6 de julho, Camiídiando para Lunda chegara á margem esquerda do rio Luhembe em terras do Cahungula de Mataba em agosto de 1886. As difficuldades cou» que luctava a expedição não permittiram que todos os que alé ahi tinham chegado contintjassem, O si'. II. de Carvalho le- solveu mandar regressar a Malange uma parle do pessoal, sendo encarre- gado de dirigir este serviço o subchefe sr. S. Marques. *- As regiões percorridas alé ás terras do Caiiungula são todas bastante elevadas. A menor altitude medida foi de 480 metros em Cugo; perto de Cambuca a allilude era de 643 metros; perto do rio Colli de 788 metros; 3G em Quinacalla de 837; no pliinallo do N'fíiiiize-miJ(juije era de 110o a 1198; e em Gatalla de 1260. Malange, j)unlo principal de parlida, fica na altitude de 1154 metros. Os terrenos percorridos eram miiilo accidcniados e cortados por fre- quentes rios e riachos, qiie nas estações de chuvas levavam grandes volu- mes d'a^ua e inundavam grandes exiensòcs de terra. A composição de todos elles era em geral argillo-siliciosa. Toda o.st;i região, coino (acil- mcnle se deprehende, apresenta um clitna |)er!ei'anu,'nte tropical, com as estações de chuva e de secca, grande humidade em muitas localidades e temperaturas altas. Perto do Seguege a temperatura por vezes chegou a 43°, 2. Tomando as m(''dias, píjde dar se como limites das temper;ituras observadas 11°, 2 e 26°, 2. N'um ou n'oiilro [)orito elevado e na estação mais fria foram observadas temperaturas mais baixas. Assim, perto do rio Camoengo, ás 6 horas da manhã, a temperatura era de 7°. Com as condições climatéricas iridicadns a vegetação não podia deixar de apresentar o caracter tro|)ical t.into pela força da vegetação como pelo numero das formas vegetaes. Haras eram as localidades j)obres em vege- tação. Partindo da estação Vhile e quatro de julho, perto de N'daUa-quin- yuangna, para a estação Ferreira do Amaral, peito de; Ndalla-quissua, diz o sr. S. Marques — «Mattas densas, arvoredo alto, terras elevadas, ho- rizonte desafogado a perder de vista, com llorestas immensas me faziam esquecer de que eu estava sob o 9° paridlelo, n'iim clima ardente K . .. «O terreno, todavia, era accidentado, o camiidio muito mau, obstruído a cada passo por troncos d'arvores e a lloresta tão densa que me parecia irmos atravessando um tunnel .... «A paizagem mudava por vezes. Assim, os territórios, além do Cuango ou região dos Chindes, são na verdade de aspecto bem desolador. Desen- rolam-se extensas cam|)inas sem arvores, cobertas de ca|)im e este mesmo bem pouco desenvolvido, e-os pântanos intermináveis.» Uma outra passagem dã ideia do aspecto (Testas regiões. Partindo das margens do Camãu — «O caminho, lui sua máxima parte, foi sobre a cumiada de algumas montanhas, d'onde se descia a valles bem profundos ás vezes. «Dois ou três riachos serpeavam por entre extensas maltas-bosques. Nas margens de um d'ellcs, onde as aguas faziam reprezas, habitavam cypera- ceas. . .. Atravessei llorestas apenas de mimoseas, caesalpimas, papiliona- ceas, bignoniaceas, rubiaceas e combretaceas. ^ S. Marques — Os climas e as producrões das terras de MeUmge á Lunda. 37 «Em algumas oulras regiões a eslerilidade era comj)lela; mas, entre estes dois extremos, notava-se uma transição marcada por longas campinas de Audropogon e paniceas enfezadas, alguns Hihhcus, também uma ou outra convolvulaeea de bonitas ílores azues claras, uma ampelidea de folhas ver- des mimosissimns, uma acanlhacea delicada e esguia de vistosas espigas de Dores coradas c uma robusta liliacea de longas folhas grossas, cur>as, ar- madas de dentes espinhosos nas margens e de porte aloinio, que se parece com o Aloé succuíriuus L.» * As plantas que o sr. Sizenando Marques colheu e enviou para o her- bario da Universidade e da Escola Polytechnica de Lisboa vào enumeradas no catalogo que agora publicamos. A grande demora na publicação teve por origem as difíiculdades na determinação de espécies extraeuropeas, muitas das quacs só nos grandes estabelecimentos, onde se encontram ma- teriaes de estudo completos, podem ser rigorosamente classificados. N'este trabalho muitissirao me auxiliaram os distinctos botânicos alle- màes, A. Engler, K. Schumaim, Gilg, Giirke e Pax, aos quaes testemunho sinceros agradecimentos. Muitas outras plantas tifdhi colhido o sr, S. Marques. Tendo enviado para Malange as collecçòes feitas para d'ali serem en\iadas para a Eu- ropa, ao regressar a Malange teve o desgosto de saber que tudo se tinha perdido. Os exemplares são muito bem preparados e sempre acompanhados de amplas informações. Pena é que alguns typos de plantas, que têm valor considerável na constituição das formações vegetaes, nào se encontrem convenientemente representados; taes são os fetos, as gramíneas e as cy- peraceas. Muitos exemplares são incompletos por falia de flores, sendo por isso difficil, se não im|)0ssivel a determinação especifica. Apesar d'estas pequenas falhas a collecçào feita pelo sr. S. Marques tem grande valor. Oxalá que o novo explorador que em breve vai percorrer as mesmas regiões, o sr. J. Pereira do Nascimento, comj)lete o conhecimento da flora d'estas ricas regiões. O presente catalogo comprehende 221 espécies, sendo 6 de cryptoga- micas vasculares, 15 monocotjledoneas e 200 dicotyledoneas. As familias mais representadas são as leguminosas com 4-4 espécies, as rubiaceas com 17, as ciq)horbiaceas com 1 1 e as verbenaceas com 10. J. Henriques. 38 PTERIDOPHYTA Cias. FILICALKS Fam. Polypodiaceae Ptcridium aquilinum (L.) Kiihri. iii v. d. Deciícns Reizen IH, Boi. 1 1 var. esculeiita líook. f. Fi. N. Zeul. 11, j). 25. Nome vulg. — Mangue. 3Ialange, muito viil^Mr. Poljpodium lycopodioidcs L. Sp. ed. í, p. 1082. Valles húmidos e sombrios das visiidijiiicas do Cuatiíio. E planta medicinal entre os IMa-Lunda. Nephrole()is acnta Prcsl. llook. Sp. Fil. IV, p. lo3. Nome vulfí. — Mn-léiuia-léiaja na dila. Valles húmidos e sombrios das visinhanras do Cuango (n.° 187). Fam. Osmundaceae Osmunda regalis L. Sp. pi. ed. I, p. lOOS. Nome vuig. — Mu-léiKja-lciuja na Miiile e gulía. Margens do rio Cuillo (n." 19i). As raizes sào consideradas como poderoso anthelminlico. Fam. Cyatheaceae Cyalhea IManniana líook. Synopsis Fil. p. 21. Margens de um ribeiro no território Ma-Chinge (n.° 151). 39 Cias. LYCOPODALES Fam. Selaginellaceae Seliiginella scandens Spriti^. Monogr. li, p. 192. Nome vulg. — Lubúdi. JMargens dos rios e vallcs sombrios do lerriforio Ma-Chinge (n." 152). E empregada em cosimento como depurativo. Cias. MONOCOTYLEDONEAE Ser. Si)atliiílorac Fam. Araceae Ciiicasia angoleiisis Wehv. ex Scliott in Journ. Bot. III, p. 35. Sobre as arvores nos valles que se encontram entre os rios Ciiango e Qiiiliumbo (n." 316). É empregada como planta medicinal pelos Ca-Lundas. Anchomanes Hookcri Scbolt. in Oestr. Bot. \A'ocbefd3l. III, p. 314. Nos terrenos sombrios e frescos de NVlalla-quissua (n.° 119). Ser. Farinosae Fam. Commelinaceae Aneilema ovato-oblongiim P. de Beaiivais Fl. Oware II, p. 71. Nas margens dos riacbos entre o Luacbimo e o Qiiihumbo (n.° 320). Ser. Liliiíiorac Fam. Liliaceae Gloriosa virescens Lindl. in Bot. Mag. t. 2539; Bak. I. c. p. 458. Nome vulg. — Candúa. 40 Nos terrenos incultos de N'dalla-quissua e nas mar{j;ens do rio Lohanda (n.''^ 61, 120). Littonia Wclwitschii Hook. In Benili. et ifooker Gen. Plant. III. Nome vulg. — Candúa. Nos mesmos logares das espécies anteriores (ti," 122). Asparagus africanus Lam. Encycl. I, p. 295. Mome vulg. — MuilcJloácjuima. Nas terras de N'dalla-quissua (n.° 118). Smilax Krauziana Meiss. in bot. Zeit. Flora 1845. Nome vulg. — Lupóssa. 3Ialange nos matos (n.^* 16, 55). E empregada a raiz como succedaneo da salsaparrilha. Fani. Dioscoriaceae Dioscorea bulbifera L. Sp. pi. ed. I, p. 1033. Nome vulg. — Mal-chú. Nos valles dos rios Chicapa e Luachimo (n.° 265). Os indigenas empregam na sua alimentarão os pequenos bolbilhos que esta planta produz. Ser. Scitaiiiineac Fam. Zingiberaceae CoStus spectabilis (Fenzl.) K. Schum. in Engl. Boi. .liilub. XV, p. 422. Nome vulg. — Chála-cliála. Margens do rio Lovo nos estados de Cahungula (n.'' 202). Amomum Clusii Smilli. in Rees Cyclop. XXXIX, n. 4. Nome vulg. — ReCchunzo, Massônge, GinfjueiHja. Desde Míilange até ás margens do rio Qiiihumbo (n.° 28o). Os fructos sào usados como condimento. A. Danielli Ilook in Kew .Tourn. IV, p. 129, t. 5. Nome vulg. — Gi-nguenga. Malange nos prados (n." 66). 41 Fiiiu. Marantaceae ]\rnran(;i nnindiíincea L. Sp. ed. I, p. 2. Nome viilg. — (rinfjâa. Vnlles p.Miliiiiosos entre os rios Luacliimo e Quilitimbo (n.° 286). Fazem esteiras com os peciolos das Colhas. llvbopliryniiim Braiii)ianiim K. Schum. in Eiigl. Bot. Jahrb. XV, p. 428. Nome vulg. — Ca-congo, Ca-n'bungo. Logares pantanosos perto do rio Qiiihumbo (n.° 282). Empregam os caules na fabricação de cestos, ele. Pii)llodes bisubulatum K. Schum. in Boi. da Soe. Brol. XI, p. 83. Nome vulg. — Gingua. Valles sombrios c pantanosos entre os rios Luachimo e Quihumbo (ri." 287). Fazem esteiras com os peciolos das folhas. Cias. DICOTYLEDONEAE Sub-ClaS. AnClIlCHLAMYDICAE Ser. Urticales Fam. Moraceae Ficus mallotocarpa Warb. in Engl. Bot. Jahrb, XX, p. 154. Nome vulg. — Zengue-zcngue, 3Iucusso. Malange (n.° 345).* F. plalyphylla Del. Cent. PI. Mérqé, p. 62. var. glabrata Warb. Nome vulg. — Mulépa, Quhsamha-lcmha. Margens do Cuango, Cuillo, Lovo e d'oulros (ti.° 292). Os indigenas preparam visco com o látex d'esta arvore. F. Vogelii Mi(j. Ann. Mus. Lugd.-Bat. lil, p. 293? Nome vulg. — Lilonde. Malange e n'oulros conselhos (n." 7). 42 Ficus clilamydodora Warb. 1. c. p. 163. Nome vulg. — Malemba, Mkcudcira. Vulgar um todos os concelhos da cosia de Angola (ii." 6). Fam. Urticaceae Bochmeria platyphylla Don ex línmil. Prodr. Fl. Nepal. p. 60. Nome vulg. — Cáye co Maluvo, Quicudla. Terrenos húmidos enlre os rios Luachimo e Quihumho (n.° 32i). É considerada como medicinal e do caule fazem amuletos. Ser. Protcales Fam. Pioteaceae « Protea angolensis Welw. in Ann. de Cons. UKramar, 1858, p. 586. Nome vulg. — Eiurianguhi. Malange (n."^ 11, 15). Ser. Saiitalalcs Fam. Opiliaceae Opilia umbellutata Baill. Adnnsonia VIIÍ, p. 199. var. Marqucsii Engl. in Notizblatt der K. bot. Garlen u. Mus. 1899, n. 17, p. 282. Nome vulg. — Cáuhangh. Arbusto sarmentoso dos valles sombrios e húmidos do fíq Cuango (n.° 183). . • Fam. Olacaceae . i Aptandra Zenkeri Engl. in Nat. Pflanzciifam. Nachtrag, p. 147; Notizblatt der K. bot. Gart. und Mus. 1899, n. 17, p. 287. Nome vulg. — Málui-Cábua.. Pequenas arvores dos valles do rio Lovo nos territórios de Cahungula (n." 208). i3 Fam. Polygonaceae PolygoiHim argyrophyllum Wclw. Nome viilg. — Lumbôa, Qiiibóa. Terras húmidas nas proximidades do riacho Malange (n." G9). Ser. CciitrosixTinac Fam. Amaranthaceae Amaranlhiis viridis L. Sp. ed. I, p.«1405. Nome viilg. — Mu-bhigue, Ginboa. Nas margens do rio Lovo (n,° 214). IManta ahmentar. Ser. Ilaiialcs Fam. Nymphaeaceae Nymphaea mahibarica Poirel in Lam. Encycl. IV, p. 457. a. spiralis. a. macidata Caspary in J. de se. malh., phvs. e nat. de Lisboa, n." XVI, p. 317. Nome vu!g. — Ca-bhnbe, lêmbe. Vulgar no rio Cuango (n.° 181). Os Ca-Lundas extraliem por incineração das folhas um sal que em- pregam como suceedaneo do sal marinho. Obs. Com os exem|)lares d'esta espécie enconlram-se algumas folhas bem diíTerentes [)ela consistência e mesmo pela cor pertencentes decerto a outra espécie ou variedade mas da mesma secção. A falia de llorcs não permitte a determinação exacta. Fam. Anonaceae Uvaria Poggei Engl. in Notizblatt der K. bot. Gart. u. Mus. 1899, n, 17, p. 294. u Nome vulg. — Cá-cuéne. Nos valles do rio Lovo (n." 209). Anona senegalciisis Pers., S\n. PI. íí, p. 95; Hiern 1. c. var. cuncala Oliv. Fl. of Trop, Air. 1, p. IG. Nome vulg. — Dilólo-n buUo. 31alange nos prados (n."* 60, 34). Os indígenas empregam o cosimento feito com as raizes em algumas moléstias de pelle. Xylopia acutiflora A. Rich. Fl. Gub. p. 55; Hiern 1. c. Nome vulg. — TchibambiiUe. Nas mattas dos territórios de Mathungue e Ma-Lunda (n." 165). E planta medicinal entre os indígenas. Fam. Ranunculaceae Clematis orienlalis L., Sp. pi. ed. I, p. 513; Hiern I. c. var. bracliiata Thumb. — Cl. grata Oliv. F. of I, Afr. 1, p. 7. Nome vulg. — Liimbiiso. Nos valles do rio Luachimo (n.° 25.5). Ser. Kliocdalcs Fam. Papaveraceae Argemone mexicana L., Sp. pi. ed. í, p. 508; Hiern 1. c. Nome vulg. — Mussandála . Vulgar nos prados de ftJalange e n'outras regiões (n." 42). Ser. Eosales Fam. Rosaceae Rubus pinnatus Willd. Sp. pi. li, p. 1081; Hiern I. c. p. 322. Nome vulg. — Calumbi. Nas margens do riacho Malange (n.° 57). 45 Parinaiium caperisc líarv. íd líerv. vA Sond. Fl. cap. II, p. 537. var. lalifolia Oliv. I. c. p. 361). Nome viilg. — Gighia. Nas florestas e prados de Malange (r..° 22). Na collecçào de plantas que 'O sr. S. ]\íarques enviou, tanto para a Universidade como para a Escola Polyteclinica, enconlram-se exemplares bastante semclhanles para serem referidos a uma única espécie. Nas notas que acompaidiam esses exemplares e no livro que o sr. S. Marques publicou com o titulo — Os climas e as producções das terras de Malange — lè-se com relação á pliuila em Malange conbecida com o nome de Gighia — «Arvore robustíssima que attinge 25 a 30 metros de altura, cuja copa muito ramosa cobre uma superlicie de 18 metros de diâmetro; tem tronco CNlindrico, ereclc», de casca bastante fendida, e chega a ter a circumferencia de 4 a 5 metros. . .. Encontra-se a mesma espécie no estado arbustivo com a tige pouco mais grossa que uma penna de gallinha, produzindo eguaes fructos um pouco mais pequenos.» E' pois de crer que n'esta regiào haja duas espécies. A espécie arbus- tiva 6 de certo o P. capeiise var. lalifolia já colhida por Welwitsch no Cazengo e Ambaca e frequente entre Cabinda e Izanga. A grande semelhança d'esla variedade com o P. curalellaefolium ^ levaria a considerar como tal a espécie arbórea. É comtudo o P. ciira- tellaefolium arvore cujas dimensões estão longe das indicadiís pelo sr. S. Marques. Em Pongo-Andongo entre Cazella e Caghuy encontrou o dr. Welwi- tsch uma espécie arbórea, o P. Mobola Oliv. Talvez se refira a esta o sr. S. Marques, ainda que as dimensões indicadas pelo sr. Hiern (15-25 pés em Pongo-Andongo e 20-40 pés na lluilia) estão longe das que marca o sr. S. Marques. Altendendo ás dimensões indicadas só poderia ser o P. excelsiim. Sa- bino vulgar na Guiné superior e que Don encontrou na ilha de S. Thomé. Esta espécie forma arvores de grandes dimensões (100 pés segundo Guill. et Perroltet, Fl. Seneg. I, p. 277). ^ Exc^pt tlual it is a dwarf slirul) instcarl nf a trce, it is dinicult to distinguisti lhe variety from P. cnraíeilwfolia (P. cniateilu-roliiuii IMancIí. in llook. Niger l"!. p. 'S.Vò). — ílierii — Catalogue of Wcttcilsch's africun Plants, I, p. 321. Í6 Fam. Counaraceae Mannotcs Griííoniana Baill. iii Adaiisonia VII, p. 244; Oliv. I. c. I, p. 4G0. Nome viilg. — Cá-lump, Calclúcíie. Nos vallcs sombrios tia visinhaiiça do rio Luacliimo (n.° 250). É planta medicinal para os indij^enas. Rourca coccinea llook. in Benlh. Niger Fl. p. 290. Jiyrsocarpus coccineus Scli. et Thon. ;' Oliv. 1. c, p. 452. Nome vulg. — Cá-póla, Calchklie. Nos territórios do Cahungula (n." 236). Cnestis grandillora (jilg in Notizblatt des K. Bot. Gartens und Miiseiims. Berlin, Í8í>5, p. 70. Nome VI dg. — Casse-cpiPíía. Nos \all(.s eiilre os lios Luacliimo e Cliicapa (n." 200). Fani. Leguminosae Trib. íiujeae Albiz/ia coriaria Welw, ex Oliv. Fl. of Trop. Afr. lí, p. 300. Nome viilg. — Mussemba. Nos prados e lloreslas do concelho de ftíalar)ge (n." 2). A. versicolor \^'el\v. ex Oliv. 1. c. p. 359. Nome vulg. — Mulmfuln. Nas ílureslas de Malange (ti.° 39). A. fastiíiiata E. IMcy. Comm. p. 105? Nom. Milg. — Qiiiliuniiza. Nas lloreslas de Malange (n." 170). Ensuda do tronco uma gomma semelhante á gomma arábica. Trib. A(lea;»nthcreae Dichrostachys platicarpa AYelw. Apont. p. 570; Oliv. 1. c. p. 333. Nome vulg. — Muzênza. 47 Nos prados miirgiiiaes dos rios Cuango, Ciiillo, Luchia, Luachimo e Quiliumbo (n.'^ 290). É considerada planta anliscoiijulica, e com especialidade a raiz. Tctrapleiíra andongucnsis Weiw.? Oliv. I. c. p. 331. Nome vnlg. — Musscsse. Nos prados e lloreslas de Malange (n." 23). É duvidosa esta determinação por nào haver descripçào da ílôr. As folhas são mni!o semelhantes ás dos exemplares colhidos por Welwi- Isch, differindo apenas |)or serem menos esj)essas. A inllorescencia é um cacho tendo as llores um pediiiiculo quasi do comprimento da corolla. Trib. Diiiiariíluuulrcac Ervtlirophloeum guineense Don, Gard. Dict. II, p. -424; Oliv. 1. c. p. 320. Nome vulg. — Muáyp, ou Mhunibo, ou Miloiide ó Muláijc. Arvores elegantes de 20-30 metios com tronco liso de 12 melros e com 2 melros em circumíercncia. líah. na bacia do rio Luadiimo e de outros rios da Africa central (n." 74). Obs. Os excmpliires que examinei sào incompletos constando só 'de ramos com folhas. As indimeòes dadas [xdo sr, S. iMarques sobre o em- prego de parles d'esta planla nas provas judiciarias confirmam porém esta determinarão. Tiil). .Anilicrslicac Bracliystegia sp. Nome vulg. — Mmsâmba. Arvores robustas dos teiTÍlorios Ma-Cliinige em altitudes suj)eriores a 1000 melros (n." 109). Por exsudavào produí: uma g(,mma semellianíe á gonnna arábica. Os indigenas servem-se do liber j)iira fazer cordas. Os exempbires en\iados pelo sr. S. I\íarques sào muito incompletos, pois são apenas representados por folhas. Estas ()orém assemelham-se muito na grandeza e na forma ás da B. longifolia Bcíith. in líooker Ic. plant. IM. p. 1359, diííerindo no numero de foliolos, que é menor (12 ou 14). M Berlinin paiiiciilata Berith. iri Linn. Trans. \X\, p. 31 1 ; Oliv. 1, c. p. 295? Nome vnlg. — Panda. Nos lerrilorios do i\Ia-Cliaiigc e Ma-Luiida, onde forma extensas llorcslas (n.° 1C()). Inlsia africana (Sm ) O. Ktinlze, Rcv. Gen. pi. I, p. 192; Oliv. 1. c. p. 302. Nome \ u\^. — Muzúba. Nos valles do rio Lnachimo (n.° 2iG). , Com os nomes vulgares de Mu-zvba e Mii-pápo encontrani-se folhas colhidas nas mar^iens do rio Ciiarigo nos territorií)S de Ma-Lnnda e per- tentenles a uma h-j^uminosa aihoiesccnle, que o sr. S. IMaríjues julga ser egiial á Mnzaba. As lulhas sào muilo scmelhanles na forma e gran- deza, dillerruílo apenas na consislencia. A cor da llòr é branca, segundo escreve o sr. S. Marcpies, e n'islo é conforme com a informarão de Bar- ter. E pois de crer que eslas folhas j)erlen(,'am a individuos da espécie indicada. Tiib. naiiliinrae Bauiilnia reticulata DC. Prodr. II, p. 51o; Oliv. I. c. j). 290. Nome vulg. — Mnlólo. Pequenas arvores (pn.> vivem nos terrenos de Malange e ató no rio Quihumho (n."^ 67, 275). Trib. Cassicac Dialium Englerianum líenriíjues n. sp. Albor ramulis, peliolo, foliorum r.icliide paginaijue inferiori ferru- gineo-puberulis ; foliolis 5-9 subscssilibus coriaceis ovato-lanceolatis, obluse acuminalis, uno al(ero\e rarissime elliplico, oppositis vel allernis; panicidis lerminalibus foliis lougioiibus adpresse ferrugineo \illosis ; bra- deis brevissimis; peduncidis llorcs subaequantibus ; calyce exius dense et adpresse, intus parce ferrugiiico-\iIbso; petidis i mimilis oblanceo- latis parcissime villosulis; stafninibus 4-5, íilamentis aritheras ovalo- oblongas connectivo villosulo subacíjuanlibus ; ovário breve slipitato dense, sljlo parce ferrugineo-villoso ; Icguinine ovato com[)ressiusculo dense breveque villoso; semine 1 com|)resso nítido pulpa ochracea (in sicco) involuto. Folia petiolo 2-3 cent., rachide 5-8 cm. longis; foliola petiolulis 1 mil), longis; foliola 4-8 cm. longa, 2-4,5 cm,, lata; ílores pedicello i9 3,0 mill. lotijio. calyce 4,5 mill., petalis 1,5-2 miíl. íongis ; stamína fil.imentis 2-2.5 mill., aritheris 3 mill. iongis ; pistilum stipite 1, ová- rio 3, slvio 3,5 mill. Iongis. Xorae vulg. — Mussalla. Arvore de porte regular cios territórios de Ma-Chinge e Ma-Lunda Esta espécie é perfeitamente distincta das congéneres africanas pelo numero de pétalas e dos estamos. As espécies ató hoje conliecidas tem 2-3 estames e 1-2 petal.is. Pela forma das folhas e pelo tomento fer- riigineo qnc cobre especialmente todas as parles da inllorescencia muito se assemelha ás jA conhecidas. Esta espécie cxsuda do tronco uma gomma avermelhada, que depois de secca é muito friável. Dedicando esta espécie ao sábio director do jardim e museu botânico de Berlin presto homenagem á actividade com que tem promovido o es- tudo da ílora africana, e significo também o meu reconhecimento pelo grande auxilio que sempre me tem prestado nos meus trabalhos botânicos. Cássia occidcnialis L. Sp. ed. I, p. 377; Oliv. I. c. p. 274. Nome vulg. — Mitiulianlidca, Fedegoso. Vulgar nos prados e terrenos cultivados de Malange (n.° 54). E planta medicinal. C. Tora L. Sp. ed. I. p. 376; Oliv. 1. c. p. 275. Nome vidg. — Mussandeira-sángue. Vulgar nos prados de Malange (n.'' 41). C. Absus L. Sp. ed. í, p. 376; Oliv. 1. c. p. 279. Nome vulg. — fíinhima-jan pala. Nos prados que ficam entre os rios Luachimo e Quihumbo (n.° 308). É planta medicinal entre os Ca-Lundas. C. Kirkii Oliv. 1. c. p. 281. Nome \ulg. — Muinzigue. Vulgar nos prados que ficam entre os rios Luachimo e Quihumbo (n.° 293). Trib. Eacaesalpinieac Gleditschia africana Welw. ; Benlh. in Trans. of Linn. Soe. XXV, p. 304; Oliv. I. c. p. 265. 4 XVI 80 Nome vulg. — Mufufúia, Mussésse, N'(jungo. Em Malange e no território de Ma-Chinge (n."* 12, 68). Mezoneurum Welwitschianum Oliv. I. c. p. 261. Nome vulg. — Mussálo. Nos prados de Malange (n." 32). Segundo o sr. líiern (Cat. of Wclw. african planis, p. 288) o nome vulgar d'esta espécie é Ságe ou Lasche, c enconlra-se trepando nas Ver- nonia senegaknsis cujo nome vulgar é Mulálu. A semelhança d'este com o nome indicado pelo sr. S. Marques faz-me crer que houve qualquer confusão na indicarão dada. Trib. Tounateeae Tounatea madagascariensis (Desv.) Taub. in Bot. Centralbl. XLVII, p. 391; Swartsia madagascariensis Desv.; Oliv. I. c. p. 257; Ficalho 1. c. p. 150. Nome vulg. — Miirnco. Nos prados do concelho de Malange (n.** 18). Trib. Soplioreae Baphia spathacca Hook. Fl. Nigr. p. 320; Oliv. 1. c. p. 250. Nome vulg. — Cádia lunginga. Arvores dos territórios de Cahiingula nos valles do rio Lovo (n.** 242). Trib. (ienisleae Crotalaria glauca Willd. Sp. pi. Ill, p. 974 ; Oliv. 1. c. p. 12. Nome vulg. — Calóli. Districto de Malange (n.° 62). Os indigenas empregam as folhas como matéria alimenticia. Crotalaria calycina Schrank. PI. rar. Monac. II, n.° 12; Oliv. 1. c. p. 15. Nome vulg. — Tchicáu. Nos terrenos incultos entre os rios Luachimo e Qnihumbo (n.° 314). Os Ga-Lundas usam das vagens como medicamentosas. Hl Crotalaria olygoslachia liaker in Oliv. 1. c. p. 4-1. Nome Milfi. — Calônde. Encontra-se com a aiilerior (n." 294). Os Ca-Luíidas empregam-na como planta alimentar. Trib. Galegeac Indigofera hirsuta L. Sp. pi. p. 751; Oliv. 1. c. p. 88. Nome viilj;. — Cateinja-lihi. Arbusto (los prados entre os rios Luachimo e Quihumbo (n." 307). Indigofera tetraptera Taub. in Engler Bot. Jahrbuch. XXIII, p, 181. Nome vulf;. — Nanyone. Arbusto das mesmas regiões da antecedente espécie (n.^ 328). E considerada planta medicinal. Indigofera aíí. I. sutherlandioidcs Welw. Nome >u!g. — Calla:>saiiza ou Lamba qui L liamba. Arbusto dos maltos dos territórios de Ma-Chinge e Ma-Lunda (n.° 173). Ohs. Comparada com os exemplares colhidos por Welwrtsch na Huilla notam-se diíFerenças na grandeza das folhas, que n'esta espécie são maiores, na côr ferruginca dos pellos que cobrem os ramos, o ra- chis das folhas e especialmente as nervuras centraes dos foliolos. Tephrosia Vogelii Hook. Nigcr Flora, p. 296; Oliv. 1. c. p. 110. Nome vulg. — Cajôlo ou Gafoln. Arbusto vulgar em Malange (n.°^ 27, 47). Empregam as folhas pizadas para pescar. Milletia drástica Welw.; Oliv. I. c. p. 128. Nome vulg. — Muguife. Planta arbustiva ou arborescente das mattas de Malange (n."^ 33, 55). Os indigenas empregam o decocto da raiz para combater o lumbago. Milletia (?) adenopetala Taub. in Engl. Bot. Jahrb. XXIII, p. 184. Nome vulg. — Mu-chiclie. Arvores de porte regular dos territórios do Cahungula nos valles do rio Lòvo (n." 139). É planta medicinal para os indigenas. 82 Trib. Hedysarcac Desmodium mnurilianum DG. Prod. II, p. 33i; Oliv. 1. c. p. 164. Nome vulg. — Ca-nzcnze. Arbusto das margens do rio Lovo nos territórios do Cahungiila (n.° 235). Uraria picta (Jacq.) Desv. in Journ. bot. III, p. 122; Oliv. 1. c. p. 169. Nome vulg. — Cassernbe. Arbusto das terras incultas d'entre os rios Chicapa e Luachimo. Os indigenas tem esta planta como medicinal. Trib. Dalbergieae Pterocarpus erinaceus Poir. in Lamk. Dict. V, p. 278; Oliv. 1. c. p. 239. Nome vulg. — Muléle. Arvores das mattas de N'dalla-quissua (n.°^ 45, 115). Produz uma espécie de kino; a madeira é de boa qualidade. Os m- digenas empregam a rezina, bem como o pó das raizes, no tratamento das feridas. Daguelia nobilis (Welw.) Taub. in Bot. Centralbl. XLVII, p. 387; Oliv. 1. c. p. 245. Nome vulg. — Lumbômbo, Dizombôlle. Arbusto sarmentoso dos prados de Malange (n.*" 18, 19). Tem liber muito filamentoso, que poderá ser aproveitado. Tiib. Vicieae Abrus canescens Welw.; Oliv. I. c. p. 175. Nome vulg. — N' ginga, Lumbango. Trepadeira dos valles entre os rios Luachimo e Quihumbo (n." 281). Trib. Phaseoleae Erythrina suberifera Welw.; Oliv. 1. c. p. 183. Nome vulg. — Molungo. Arvore de Malange (n." 1). 53 Mucuna Poggei Taub. in Engl. Jahrb. XXIII, p. 194. Nome viilg. — N'dongo á m'joi. Planta arbustiva, sarmentosa, dos terrenos baixos e sombrios que ficam entre os rios Luachimo e Quihumbo (n.° 279). Mucuna stans Welw. ; Oliv. 1. c. p. 187. Nom. vulg. — Qiiinzanguilla. Arbusto dos prados de Malange (n." 49). Canavallia ensiformis DC. Prod. lí, p. 404; Oliv. I. c. p. 190. Nome vulg. — Ma-cundI, Maghna. Cultivada na senzala do Cassassa nas proximidades do rio Cuillo (n." 198). « Cajanus indicus Spreng. Syst. Plant. Ill, p. 248; Oliv. 1. c. p. 216. Nome vulg. — Quinzonge. Cultivado em Malange como planta alimentar. Eriozema psoralioides G. Don. Gen. Syst. II, p. 348; Oliv. 1. c. p. 228. Nome vulg. — Quizúngrilla. Arbustos das margens do rio Lovo nos territórios do Cabungula (n.« 234). Voandezia subterrânea Thouars. ex DC. Prod. lí, p. 474; Oliv. 1. c. p. 207. Nome vulg. — Ca-iala, ji-nguba, jaCambambe, Viéllo. Planta cultivada na Ma-Lunda (n." 24 T Vigna ornata Welw.; Oliv. 1. c. p. 203. Nome vulg. — Macundi jampála. Arbusto sarmentoso dos prados que estão entre os rios Chicapa e Luacbimo (n." 248). Vigna glabra Savi Observ. Gen. Phaseol. Mem. III, p. 8. var. villosa Savi. Oliv. 1. c. p. 206. Nome vulg. — Fuça N'Sengo. Arbusto sarmentoso dos prados que ficam entre os rios Luachimo e Quihumbo (n.° 325). 54 Ser. Ocranialcs Fam. Burseraceae Canarium Schweinfurthii Engl. in DC. Monogr. Phan. IV, |). 145. Nome vulg. — M'pache ou Muhafo. Arvore vulgar na regino de Miilange (n." 309). É considerada como medicinal. Paivausea dactylopliylla Wclw. in Linn. Trans. XX VII, t. 7; Oliv. I. c. p. 328. Nome vulg. — N'zuanza. Arvore de pequeno porle dos prados de Malange (n." 5). Fam. Meliaceae Melia Azederach L. Sj). ed. I, p. 384; Oliv. 1. c. p. 332. Nome vulg, — Jasmim da terra. Malange (n.^^ 22, 26). Ekebergia benguellensis Welw. Nome vulg. — Mufuca-mahoge. Planta arbustiva da região de Malange (n.'^ 58, 12). As folhas e raizes sào consideradas anliscorbulicas. Lovoa trichilioides Ilarms. in Engl. Jahrb. XXIII, j). 165. Nome vulg. — Mussanda. Arvore sempre verde, que habita os valles do rio Lovo nos territórios de Cahungula (n.*» 232). Fam. Polygalaceae Securidaca longepedunculata Fresen. in Mus. Senck. II, p. 275; Oliv. 1. c. p. 134. Nome vulg. — Mulundo. Pequena arvore de Malange (n.°' 23, 24 A raiz é tida por anliscrophulosa. 55 Securidaca WeUvitschii Oliver 1. c. p. 135. Nome viilg. — Capála-Maseu. Pequena arvore dos terrenos que ficam entre os rios Luachimo e Quihumbo (n.° 340). Fam. Dichapetalaceae Dichapetalum mundense Engi. in Engl. Bot. Jahrb. XXIII, p. 134. Nos valles do rio Lovo (n." 270 a). Dicliapefalum curieifolium Engl. in Engl. Boi. Jalirb. XXIII, p. 14Í. Nome vulg. — Cajadil. Arvores sempre verdes e muito ramosas dos valles. do rio Lovo' no território de Cahungula {\\.° 212). Fam. Euphorbiaceae Ilvmenocardia acida Tui. in Ann. se. nat. (1851), p. 256; DC. Prod. XV, % p. 477. Nome vulg. — Mupeixe. Pequenas arvores das llorestas e prados de Malange (n.° 30). Anlidesma venosum Tui. in Ann. se. nat. (1851), p. 232; DC. 1. c. p. 260. Nome vulg. — Mudianôna. Arvores de pequeno porte das margens dos rios Luachimo e Qui- humbo (n.*» 2991. O fructo é empregado como anthelmintico. Antidesma membranaceum Muller Arg. in Linnaea XXXIV, p. 68; DC. 1. c. p. 261. Nome vulg. — Canhe-N'(jiUa ou Cafufúla. Arvores copadas dos terrenos baixos entre os rios Chicapa e Lua- chimo (n." 269). As raizes passam por ser anlhelminticas. Uapaca benguellensis Mull. Arg. DC. 1. c. p. 491. Nome vulg. — Mii-N'bullo ou N'bullo. Planta das llorestas dos territórios de Ma-Lunda nas proximidades do rio Cuango (n.° 178). 56 Uapaca Marquesii Vax in Engi. Bot. Jahrb. XXIIÍ, j). 522. Nome vulg. — Mulanla. Arvores robustas das margens do rio Quihumbo e d'oulros (ii." 298). Bridelia micrantha MuII. Arg. DC. Prod. 1. c. p. 498. Nome vulg. — Cambareira. Arvore de porte regular dos prados e florestas de Malange (n." 56). Croton Mubango Mull. Arg. DC. I. c. p. 514. Nome vulg. — Mubango. Arvores robustas cultivadas como ornamentacs no concelho de Ma- lange (n.° 21, 27). Macaranga angolensis Mull. Arg. DC. 1. c. p. 994. Nome vulg. — Mu-cálla. Arvores de porte regular das margens dos rios e ribeiros e dos valles sombrios dos territórios de Chinga e Lundas (n.° 178). Maprounea sp. nov. ? Nome vulg. — C Pequena arvore muito ramosa dos prados de Malange (n.^ 34] Sapium cornutum Pax in Engl. Bot. Jahrb. XIX, p. 114. Nome vulg. — Ma-cúco. Arvore ramosa e esguia dos valles sombrios do rio Lovo (n.° 205). Nome vulg. — Canzonzônzo ou Caril-maril. Ser. Sapiíidales Fam. Anacardiaceae Mangifera indica L. Sp. ed. I, p. 200; Oliv. 1. c. I, p. 442. Nome vulg.' — Mangueira. Arvore cultivada em Malange (n.° 13). Fam. Sapindaceae Paullinia pinnata L. Sp. ed. l, p. 366; Oliv. I. c. p. 419. Nome vulg. — Mógi. Arbusto sarmentoso dos valles d'entre os rios Luachimo e Quihumbo (n.'' 338). 57 Ser. Kliaiiiiialos Fam. Vitaceae Ampclocissus obtusata (VVelw.) Planch. iii DG. Monoj;r. Phaii. V, p. 401; Oliv. Fl. of Trop. Afr. I, p. 415. var. quercifolia Kolfe in Boi. Soe. Brot. XI, p. 84. Nome vulg. — Quichibua. Vulgar nos prados de Malange (n.*'^ 113, 60). Ampelocissus abyssinicus (Ilochstj Plancli. in DC. Monogr. Phan. V, 2, p. 383. Nome vidg. — Luguello. Planta sarmcntosa muito vulgar nos terrenos sombrios próximos do rio Quibumbo. Produz grandes cacbos de bagos roxos agridoces (n.° 280). Rhoicissus erytbrodes (Fres.) Planch. 1. c. p. 465; Oliv. 1. c. p. 401. p. ferruginea Baker. Nome vulg, — Mucolólo ou Tauhi. 3fargens do riacho de Malange (n.'* 66, 113). Cissus rubiginosa (Wclw.) Planch. 1. c. p. 485; Oliv. 1. c. p. 39 í. Nome vulg. — Macula Veado, MucócoJo N'bundo. Vulgar desde Malange até ás margens do rio Gassae (n.° 65, 58). Cissus farinosa (Welw.) Planch. 1. c. p. 488; Oliv. I. c. p. 394. Nome vulg. — Mu-lembuége. Vulgar nos valles sombrios do rio Luachimo (n.** 252). Os indigenas consideram as raizes como anthelminticas. Cissus diítusidora (Baker) Planch. 1. c. p. 496. Nome vulg. — Calamale. Vulgar nos valles d'entre os rios Luachimo c Quibumbo (n." 303). Os Ca-Lundas têm os fructos d'esta espécie como antiscrobuticos. Leea Guineensis Dou. Gen. Syst. I, p. 715; Oliv. I. c. p. 415. Nome vulg. — Jnchinda. 58 Arbustos dos valles sombrios (l'entre os rios Liiachimo e Quihumbo n.'' 296). É planta considerada pelos indigenas corno diaphorelica. Ser. Malrales Fam. Tiliaceae Honckenya ficifolia Willd. in Uslcri, Del. II, p. 200, t. 4; Oliv. I. c. p. 260. Nome vulg. — Ca-vunda N'giivo. Arbusto das margens do rio Lovo nos territórios de Cahungula (n.° 233). Empregam a casca para cordas. Glyphaea grewioides Hook. Nig. Fl. p. 338, t. 22; Oliv. 1. c. p. 267. Nome vulg. — Mucungo ou Mulamha. Arvores de pequeno porte dos terrenos baixos perto do rio Quibumbo (n.° 289). Os Ca-Lundas empregam as folhas como alimento. Grewia venusia Fresen. in Mus. Senck. II. p. 159; Oliv. 1, c. p. 249. Nome vulg. . — N'bunze. Arbusto dos valles de Malange (n." 62). Triumfetta semilriloba L. Mant. p. 73; Oliv. I. c. p. 256. Nome vulg. — M'piim. Arbusto dos valles e dos terrenos inundáveis d'entre os rios Luacbimo e Quihumbo (n."^ 327). Fam. Malvaceae Sida cordifolia L. Sp. PI. ed. I, p. 684; Oliv. 1. c. p. 181. Nome vulg. — N'zônzo. Arbusto vulgar nos prados de Malange (n.° 14). Sida rhombifolia L. Sp. PI. ed. I, p. 684; Oliv. 1. c. p. 181. Nome vulg. — N' zonzo. Arbusto da mesma região do antecedente (n.° 64). 59 Urena lobata L. Sp. PI. ed. I, p. 692. Nome viilg. — Cabódi. Arbusto dos prados de Malange (n.° o9). Kosteletzkya Grantii (Mart.) Giircke in Linnaea XXXVllI, p. fi97. Nome vulg. — Ca-piwyo-pungo. Arbusto dos prados d'entre os rios Luachimo e Quihumbo (n.° 284). Fi\m. Sterculiaceae Sterculia qiiinqiiiloba (Gurcke) K. Schum. in Engl. Bot. Jahrb. XV, p. 135; Oliv. 1. c. p. 224. Nome vnlg. — Mullende. Arvore das terras de N'dalla-quissae (n."* 116). Exsuda uma gomma transparente muito semelhante á gomma ará- bica. Sterculia sp. n.? Arbor sempervirens, plus 12 met. alia, trunco cylindrico vel angu- loso, ramis violaceis sparsim slellalo-pilosis, ("oliis breviter (2,5-4 cent.) petiolatis obovatis 12-25 cent. longis, 9-12 cent. latis, oblusis vel bre- viter acuminatis coriaceis, supra pallide cinereo-virescentibus 'in sicco) glabris, subtus cinereo dense tomentellis, stipuiis caducissimis, foiliculis rubris 4-5 cent. longis brevissime pedicellatis (ped. 5 mill. longo) fere lignosis apiculalis 2-spermis; seminibus nigris 1 cent. longis, bilo albido, caruncula parva elliptica vel orbiculari leviter lobata lutea. Nome vulg. — Múia á Múia, Miissc (em Amb.ica). Arvore vulgar nos valles. terrenos palustres e nas margens dos rios Cbicapa e Quihumbo (n.° 335). Dos troncos leridos corre um liquido branco muito viscoso, que soli- dificando-se produz maí^sas translúcidas e de propriedades muito seme- lhantes ás da gomma arábica. Os Ca-Lundas comem as folhas pizadas e cozidas juntamente com a carne, pei\e e com variados molhos. Melochia Welvvitschii Hiern Catai, of Welvvitsch's African Plants I, p. 91. Nome vulg. — Cal'jS'(/in(ja. Arbusto dos prados d'enlre os rios Luachimo e Quihumbo (n.** 322). Os Ca-Lundas e os Ma-quisas consideram esta espécie como medi- cinal. 60 Ser. Parictales Fam. Dilleniaceae Tetracera ainifolia Willd. Sp. pi. II, p. 1243; Oliv. 1. c. I, p. 12. Nome vulg. — Muembrige. Pequenas arvores dos valles sombrios d'entre os rios Luachimo e Quihumbo (n.° 321). Tetracera Marquesii Gilg n. sp. — Catde terele glabro; foliis oblongis vel obovato-oblongis, breviter petiolatis, ápice lale breviterque acuminatis, basin versus sensim angustatis, utriníjue glaberrimis, nervis lateralibus 5-7 margine inter sese curvato-conjunclis, venis supra inconi^picuis, subtus densissime reticulatis manifeste proeminenlibus; íloribus in ápice ciiulis ramorimique in paniculas (ut videtiir breves paucilloras) disposi- tis, longipedicellatis; sepalis obovatis extrinsecus glabris, inlus sericeis, ápice rotundatis; petalis. . . ; fructibus ternis vel quaternis nondum satis maturis. Folia 4-6 cm. longa, 2,5-3,5 cm. lata. Petiolus 5-6 mm. longus. Pedicelli 1,2-1.9 cm. longi. Sepala 7-9 mm. longa, 4-6 mm. lata. Nome vulg. — Nango-hindo. Pequena arvore dos valles do rio Lovo {n." 226). Aííinis T. Poggei Gilg (Notizblatt du Kgl. Bot. Gartens und Museum Berlin 1895, p. 71), sed multis notis diversa. Fam, Ochnaceae Ochna Hoíímanni Ottonis Engl. in Bot. Jalirb. XVII, p. 78. Nome vulg. — Quiháta, Turamqui. Pequenas arvores dos j)rados de Malange (n."' 17, 54). Ochna Welwitscbii Rolfe in Boi. Soe. Brot. XI, p. 84. Nome vulg. — Talaquhi. Pequenas arvores dos prados de Malange (n." 9). Ouratea aííinis (Hook.) Engl. Bot. Jahrb. XVII, p. 79; Oliv. 1. c. p. 320. Nome vulg. — Cambecésse. fil Pequenas arvores dos valles sombrios dos rios Cuillo, Cuango e Lovo (n." 204). Ouratea reticulata (P. Beauv.) Engl. Bot. Jalirb. XVII, p. 79; Oliv. 1. c. p. 320. Nome vulg. — Icún-Canadil. Pequena arvore dos valles sombrios e húmidos do rio Cuillo (n." 201). Fam. Guttiferae Psorospermum albidum (Oliv.) Engl. Bot. Jahrb. XVII, p. 93 ; Oliv. l. c. p. 159. Nome vulg. — Muhôla, Cambolambla, Quinha mníeií. Pequenas arvores da Africa central. Vulgar nas mattas de Malange (n.° 199). Os Ji-ngasga empregam a casca no tratamento de varias doenças eruptivas. Haronga paniculata Pers. Syn. II, p. 91; Oliv. 1. c. p. 160. Nome vulg. — Mulime. Arvore elegante e copada dos valles sombrios das margens dos rios Cuillo, Chicapa e d'outros (n.°* 288, 30). Os Ma-Lundas e Ma-Quicos consideram a casca como útil nas mo- léstias de pelle. Fam. Violaceae Alsodeia dentata P. Beauv. Fl. dOwar. II, p. 11, t. 6.^; Oliv. 1. c. p. 110. Nome vulg. — Cajallala. Arbusto dos valles sombrios e pulustres d'entre os rios Luachimo e Quihumbo (n.° 337). Fam. Flacourtiaceae Trib. Oucobeae Oncoba spinosa Forsk. Fl. Aegypt.-arab. p. 103; Oliv. 1. c. p. 38. Nome vulg. — Munache. Pequenas arvores dos valles do pequeno rio de Malange (n.° 53). c^ Oncoba Wclwilschii Oliv. I. c. p. 117. Nome viilg. — Mú-ldc. Arvore de porte inedinuo dos valles do rio Lovo (ii." 225). Oncoba dentata Oliv. Fl. of Trop. Afr. I, p. 119. Nome vulg. — Ca-léle. Arvore de altura regular dos valles do rio Luachimo (n.° 264). Buchncrodendron speciosum Giirke in Engl. Bot. Jalirb. XVIII, p. 161. Nome vulg. — Mussenda Calle Calle, Casscllc. Pequenas arvores da Africa cenlral [i\.° 3il). Fam. Passifloraceae Ophiocaulon cissampeloides Masters in Oliv. Fl. of Trop. Afr, II, p. 518. Nome vulg. — N'molle. Arbusios sarmeiítosos dos valles sombrios do rio Luacbimo (n.° 268). Paropsia grewioides Welw.; Oliv. 1. c. p. fiOS. Nome vulg. — Mmcfollála. Arbustos das llorestas dos territórios dos Ma-Dungas e dos Ma-Lun- das (n.» 1G7). Ser. Tliymeleales Fam. Thymeleaceae Dicranolepis thomensis Engl. Bot. Jahrb. XIX, p. 273. Nome vulg. — Mulala-mcma, Janãe. Arbustos dos terrenos húmidos das margens do rio Quihumbo (n.° 276). Ser. Myrtiflorac Fam. Rhizophoraceae Anisophyllea quanguensis Engl. Nome vulg. — Mifongo, Fregalila. 63 Arbustos formando matafíaes nas proximidades do rio Lovo nos ter- ritórios do Cahimgula (n." 216). Os fructos sào comestiveis e agradáveis. Fam. Myrtaceae Eugenia angolensis Engl. in Notizblatt der K. boi. Garten u. Mus. 1899, n. 17, p. 288. Nome vulg. — Cabolle-bolle. Arbusto dos maltes e terrenos incultos de Malange (n." 16). Os indigenas empregam o decocto das folhas em clysteres na dysen- teria das creanças. Eugenia 3Iarquesii Engl. in litt. et in Notizblatt der K. bot. Gart. und Mus. 1899, n. 17, p. 290. Hamulis rufescenlibus, foliis approximatis, sessilibus, coriaceis, supra opacis, lanceoiatis, obtusiusculis, basin versus magis angustalis, nervis lateralibus utrintpie 8-10 cm. adscendentibus procul a margine conjiin- etis, subtus prominenlibus; (loribus 3-8 in axillis foliorum fasciculatis vel brevissime et irregiilariter racemosis, bracteis ovalis vel oblongis bre- viter pilosis; pedicellis quam alabastra globosa 5-6-plo longioribus bra- cteolis parvis lanceoiatis; receptáculo breviter turbinato, sepalis semi- ovatis rotundatis; petalis oblongo-ovatis quam sepala 4-j)Io longioribus; staminibus petalis aequilongis; fruclu subgloboso. Ab Eugenia salicifolia Lauz., cui paullum accedit, diíTert foliis multo crassioribus et basin versus valde angustalis, haud petiolatis. Nome vulg. — Mucumanganhe. Arbusto da Africa austro-central (n.° 343). Syzygium owariense (P. Beauv.) Benth, in Hook. Fl. Nigrit. p. 359; Oliv. Fl. of Trop. Afr. II, p. 438. Nome vulg. — Mussómbo. Arvores de grandes dimensões, que formam florestas nos territórios dos xMa-Chinge (n.^ 171). Syzygium cordalum Hochst. in H. et S. Fl. Capens. II, p. 521 ; Oliv. 1. c. p. 438. Nome vulg. — Musombc. Arbusto dos terrenos pantanosos e da margem do rio 3Ialange (n." 17). ()i Fam. Combretaceae Combrctum laxiílorum Welw. ; Oliv. Fl. of Trop. Afr. II, p. 428. Nome vulg. — Moçasso. Arvore de pequeno porte das maltas do território do Cfihungula (n.°219). Combretiim JVIarqnesii Engl. et Diels. — Ramis purpiireo-nigricantibus viscosulis lucidis; folionim peliolo appresse-bispidtilo et lepidoto, la- mina adulta supra glabra lúcida subtiis inter nervos valde prominentes lepidota et fusco-hispida, coriacea, oblonga uirinque scnsim altenuata ápice acuta, nervis venisqiie reticulatis prominentibus, lateralibus pri- mariis 8-12 utrinque adscendentibus juxta marginem longe productis, secundariis arcuatis primários transverse conjungentibus. Floribus ignotis. Nome vulg. — Chacaliíála. Arvore de mediana estatura d'entre os rios Cbicapa e Luachimo (n.° 272). Os Ca-Lundas empregam a casca das raizes em pó ou em pasta para curativo de algumas feridas, Terminalia sericea Bnrch. ex DC. Prod. III, p. 13. var. angolensis (T. angolensis Welw. ex Ficalbo in Boi. Soe. Geogr. Lisboa, ser. 2, p. 708). Nome vulg. — Mueia. Arvore das florestas de Malange (n.^ 59). Fam. Melastomataceae Dissotis Thollonii Cognieaux in DC, Monogr. Pban. VIÍ, p. 373. Nome vulg. — Mulôn-utôn. Arbusto dos terrenos inundáveis e paludosos das visinbanças do rio Cuango (n.° 179). Dissotis Sizenandii Cogn. in Boi. Soe. Brot. XI, p. 88. Nome vulg. — Mulôn-ulôn. Nos mesmos legares da espécie anterior. Amphiblemma acaule Cogn. in Boi. Soe. Brot. Xí, p. 89. Nome vulg. — Aredime quissupa. Hab. nos valles umbrosos e húmidos dos territórios do Cahungula (n.°211). 6S Sllb-ClaS. Sv.MPETALAF. Ser. Priímilsiles Fam. Myrsinaceae Maesa Innceolata Forsk. Fl. Aeg.-arab. p. 166; Oliv. Fl. of Trop. Afr. III, p. 492. Nome viilg. — Retenga-lenga. Arvore de estatura medi.ina dos valles sombrios d'enlre os rios Lua- chimo e Quiliumbo (n.° 291). Fam. Sapotaceae Sideroxjlon revolutiim Bak. in Oliv. Fl. of Trop. Afr. III, p. 503. var. brcvepetiolatum Engl. Nome vulg. — Cavil urinio. Arvore de pequeno porte das margens do rio Luachimo (n.° 259). Fam. Ebenaceae Diospyros Loiíreiriann Don. Gen. Syst. IV, p. 39; Oliv. I. c. III, p. 522. i\ome vulcf. — N'(}endo. Pequeno arbusto dos prados de 3Ialange (n." 48). Fam. Oleaceae Scbrebera tricboclada Welw. in Trans. Linn. Soe. XXVII, p. 40. Noíne vulg. — Mupando-pando. Pequena arvore dos prados de Malange (n.° 21). t Mayepea nilolica (Obv ) Knobl. in Engl. Bot. Jabrb. XVII, p. 528. Nome vulg. — Cassa Cauíza. Arvore de pequeno porte dos valles do rio Luachimo (n.° 260). 5 XVI G6 Fam. Loganiaceae Coinochlamys congolnnn Gilg in Eiif;l. l>ot. Jaliih. XXIII, p. 197. Nonic vulg. — Cabolàma tende. Arbusto dos vallcs sombrios do rio Ltiadiimo (ii/' 247). Stryclinos Ilcnriqucsiana T3aker Boi. Soe. Brot. XI, p. 8G. Nome viilg. — Mabolle, Maixjqne, Mohnngo, Muingique. Arvore dos prados de Aíalange (ti." JO). Slriclinos Ilenriquesii Gilg in Nolizl)!. boi. Gari. liciliii I, p. 75. Nome vulg. — Mona ngama. Arvore dos valles próximos do rio Liiochimo (ii.° 273). Slrichnos sp. aíT. St. spinosae Lamk. Nome vulg. — Cabólle. Arvore de pequeno porte dos mallos e terrenos incultos de Malange {n." 10). Exemplar muito incompleto. Anthocleista Buchneri Gilg in Engl. Bot. Jalirb. XVII, p. S76. Nome vulg. — MácaUa calla. Arvore alta pouco ramosa das terras dos Ma-Cbinge até aos Ma- Lundas adiante do rio Luacbimo (n.° 267). Fam. Apocynaceae Trib. Aniiiincac Landolphia owariensis P. Bcauv. Fl. d'()ware et Ben. p. 51, tab. XXXIV. Nome vulg. — Liconge. Vulgar no território do Caluingula e nas margens do rio Lovo (n." 230). Apesar da imperfeição dos exemplares, (jue são unicamente represen- tados por alguns ramos com íollias, creio poder referir esses exemplares a esta espécie. Landolphia comorensis (Boj.) K. Scb. in Engl. Bot. Jabrb. XV (1893), p. 403. Nome vulg. — Mu-cungo, Ca-bombo. 67 Arbusto ou pequena arvore dos valias d'entre os rios Lovo e Qui- luimbo (n." 222). E muito incerta esta determinação, fundada apenas na forma da folha e da indicarão da forma e grandeza do fructo dada pelo sr. Sizenando Manjues, que o compara a uma laranja. Trib. PlQniiereae Diplorrliyntlius \A'ehvitschii Rolfc in Boi. Soe. Brol. XI, p. 8o. Nome vulg. — Múrna. Pequenas arvores dos prados de Malange (n." 15). Tabernaemonlana inconspicua Slaph. in Kew Boi. 1891, p. 120. Nome vulg. — Ma- fila. Nos valles do rio Lovo fn." 207). Carpodinus camptolobus K. Sch. in Engl. u. Prantl. Pflanzenfam. IV, 2, p. 132. Nome vulg. — Gingue ganéne. Nos territórios do Cahungula (n.° 2íO). Trib. Echitideae Voacanga Schweinfurlhii Stapf in Kew Boi. 1896, p. 21. Nome vulg. — Bela. Arvore grande das margens do rio Lohanda nos territórios dos N'dalla- quissua (n." 123). Slrophanlhus ecaudatus Rolfe in Boi. Soe. Brot. XI, p. 85. Nome vulg. — Muzua n gongo, Quicolle. Pequenas arvores dos prados de Malange (n." 28). Fam. Asclepideaceae Trib. Periploccae Cryptolepis Brazzai Baill. in Buli. Soe. Linn. Paris; C. Sizanandi Rolfe in Boi. Soe. Brot. XI, p. 86; Hiern Cat. of lhe ^A'el^v. African Plants, p. 678. Nome vulg. — Dantla de Cabéba, Queza. 68 Arbusto sarmenloso dos terrenos incultos nas marf^ens do rio Lovo (n.° 217) e em Malange (n." 63). Os indígenas consideram esta planla como medicinal. Fam. Asclepidiadeae Asclepias lineolata (Dec.) Schlechler in Journ. of Bot. XXXIIl (1895), p. 336. Nome vulg. — Ca ndincja uá pala, Monebia. Arbustos dos terrenos incultos dos territórios de Cahungula (n." 203). Produz tubérculos semelhantes aos da Jaíropha e que passam por ser muito venenosos. São empregados pelos Ji-Nganga no curativo de varias ulceras. Produz um látex rico em caul-chuc. Ser. Tul)iflorao Fam. Convolvulaceae Merremia angustifolia (Jacq.) Hallier in Engl. IJol. .lalirb. XVIIl, p. 117; DC. Prod. IX, p. 5S3. [3. ambigua Hallier. Nome vulg. — Malávi, Caiidamhi. Vulgar nos terrenos cultivados entre os rios Liiacliimo e Quibumbo (n.°311). Operculina tuberosa (L.) Meiss. in xMarl. Fl. lírav. VII, p..212; DC. Prod. IX, p. 362; lí. Hallier in Fngl. Hot. .I.dirb. XVíll, p. 119. Nome vulg. — Munyiie. Planta sarmentosa dos prados de Malange (n.' 3.5). Ipomaea elythrocepbala Hall. I. c. p. I3i. Nome vulg. — Caíaíanganhc. Planta trepadeira dos valles sombrios d'entre os rios Luacbimo e Qui- bumbo (n." 329). Fam. Verbenaceae Lantana salviifolia Jacq. Hort. Scboeíd)r. III, p. 18, tab. 28S. Nome vulg. — Muguulie an guichc à muile é giiila. GO Arbusto dos valles e terras liiimidas iin Africa central (ii,° 332). A inriisào d'csla planta é tida |)or medicinal. Vilex camponim Bwtlener in Verli. bot. V^er. Prov. líranderburg XXXII, j). 35. Nome vulg, — Muxdo-ãUo. Arvore dos prados de Malanj^e (n.° 3). Vilex Mecbowii Giirlvo in ííngl. Boi. Jahrb. XVIII, p. 1()7; V. ilavescens Rolfe in Boi. Soe. Brol. \l, p. 87. Nome vnlg. — Ca- n' bamba- xilo. Peíjnena arvore dos prados de Malange (n." 4). Vilex aíT. V. Fisclieri Gnrke in Engl. Boi. Jabrb. XVIlí, p. 171. Nome vnlg. — Mu- fula n fula. Arvores copadas dos prados próximos das margens do rio Luachimo (n.° 271). Vitex aíí. V. Weiwilscliii riiirkc i. c. p. 160. líslá cMa es()ecie repre>enlada só por folhas, inclnidas no mesmo in- vólucro com a espécie anterior. A forma dos foliolos é muito semelhante b. dos do V. Welwitscbii, diííeritido apenas na grandeza dos peciolos, que tem 4-15 mill. e em apresentar na face itderior da folha, grande numero de pequenissimas granulações cor de ouro. Kaiaharia spinoscens (Oliv.) Gutke in Deutsch. Osf, Afr. V, C, p. 340. Nome \w\^. — MusnnijáUa cachico. Arbusto dos valles enlre os rios Quiliniibo e Lidiembe (n." 342). Clerodendron splendens G. Don in James. Edinb. Pliil. Journ. p. 11. Nome vulg. — Meneia- Candombc. Pequena arvore das llorcstas de Malange (n.^ 13). Clerodendron volubilc P. Bcauv. Fi. d'Ovvarc et de Benin I, p. 51. Nome vulg. — Caléla umila. Arbusto sarmentoso dos valles umbrosos do rio Luachimo (n.° 330). Clerodendron formicarum Giirke in Engl. líot. Jahrb. XVIII, p. 179; Cl. IriplinerNe Ilolle in Boi. Soe. Brot. XI, j). 87. Nome vulg. — Ihuujhama. Arbusto frequeríle nos prados de Malange (n." 50). 70 Clerodendron aíT. Cl. sinualo flook. a qiio diíTert foliis super nervo médio, infra prccipue nervis hispido-pubci iilis, tubo coroll;e longiorc, slaminil)us brevioribus. Nome vulg. — Muanhi. Arbusto dos terrenos bumidos d'enlre os rios Luacliimo e 0"ilii"íiliO (n.° 323). Clerodendron aff. Cl. myricoidi R. Br.? Nome vulg. — Munango-Munquene. Pequenas arvores esguias de 2 a 4 melros, com flores inodoras dos valles de Malange (n.*" 52). Fam. Labiatae Orlbosiphon Wehvitscbii Rolfe in Bui. Soe. Brot. XI, p. 88; O. Mar- quesii Briq. in Afui. du Conserv. et du jard. bot. de Genòve, 1898, p. 242. Nome vulg. — Cabohoala. Planta dos terrenos seccos em Malange (n.^^ 64, 25). Plectrantbus Marquesii Gurke n. sp. — Caule erecto glabro; foliis longius- cule petiolatis, lanceolalis, basi in petiolum alteiuintis, ápice acumitiatis, margine serratis, utrinque glaberrimis; inllorescentiis laxis; verlicillastris remotis ô-floris; íloribus longiuscule pedicellatis; calycibus sparse bre- vissime pilosis. Folia t2-17 cm. longa, 5 cm. lala; peliolus 2-5 cm. longus; inflo- rescentia 11 cm. longa; pedicelli 5-7 mm. longi; calyx 2 mm. longus. Species forma folioruni lanceolalorum et in pclioliim alleiíuatorum distinctissima ; calicibus frucliferis deíicienlibus, allinitas indicari non potest. Nome vulg. — Con-álla. Subarbusto dos valles sombrios do rio Cuillo (n." 197). Coleus Marquesii Briq. in Ann. du conserv. et du jardin bot, de Genève (1898), p. 239. Nome vulg. — N'quiche ou Mu-N'qulche. Planta arbustiva dos valles dos rios Cuango e Cuillo (n.° 191). É planta medicinal entre os Ca-Lundas. 71 Fani. Solanaceae IMiysalis miiiimn L. Sp. pi. ctl. I, p. 263; DC. Prod. XIIÍ, sect. I, p. 445. Nome vulg. — Catóri. Vulgar nos terrenos cullivados d'enlre os rios Lnachimo e Quilmmbo (n.^Sia). Solantim'bifurciim Ilockst. in Scliiinp. il. Abys. n. 201; DG. Prod. XIII, sect. I, p. 17. Nome vulg. — N'scmbo. Arbusto diis margens do rio Luacbimo (n." 258). Solanum Manii Wrigbt in Kew Bui. of misc. inf. 1894, p. 129. Nome vulg. — Caufjiilulo, iMítlúndo. Arbusto vulgar desde I.oanda alé ás margens do rio Luachimo (n." 254). Fam. Scrophulariaceae Sopubia Irifida Hamilt in Don Prod. Fl. nep. p. 88. Nome ^ulg. — Cassa co'ripata. Arbusto vulgar nos prados dentre os rios Luacbimo e Quihumbo (n." 317). Fam. Bignoniaceae Markbamia tomentosa (Bentb.) K. Scli. in Engl. und Prantl. Pílanzíaniilien IV, 3 6, p. 242. Nome vulg. — Muluanda. Arbusto muito ramoso das visinhan(.as de Malange (n.''' 57, 40). Empregam as folbas seccas reduzidas a pó no tratamento da sarna. Obs. Com ós exemplares da M. lowenlosa encontram-se folbas que pertencem evidentemenie a outra espécie. Concordam regularmente com os caracteres da M. Jiilea (Bentb.) K. Scb. Stereospermum líarmsiarumi K. Scli. in Engl. u. Prantl. Pllanzenfam. IV, 3 6, p. 2í3. Nome vulg. — Cliicuála. 72 Pequenas arvores de flores amarellas riscadas de roxo das margens do rio Chicápo (n." 2i4). Spalhodea campanulala P. Beauv. Fl. de Benin et Oware, I, p. 48, tab. XXVII. Nome vulg. — Callongo. Arvores dos valles do rio Luacliimo e d'outras regiões (n.° 304). Fam. Pedaliaceae Ceratotheca inlegrihracteala Engl. Bot. Jalirb. XIX, p. 156. Nome vulg. — Quifacôlo. Frequente em Malange (n."' 33, 37). Fam. Acanthaceae Thumbergia lancifolia J. Aiidr. in J. Lin. Soe. VII, p. 19. var. laevis S. JMoore in Brit. Journ. of Bot. 1880, j). 193. Nome vulg. — Dilúvu. Pequeno arbusto dos prados de Malange (n/' 20, 14). Hipoestes callicoma S. Moore in Journ. of Boi. XVIII, p. 41. Nome vulg. — Mai-máchi. Frequente nos |)rados d'entre os rios Luacliimo e Quihumbo (n.°312). Juslicia Gurkeana Scliinz. in Bot. Ver. du Prov. Branderb. XXXI, p. 201. Nome vulg. — Muquillo biiébe. Arbusto dos valles sombrios e bumidos d'enlre os rios Luachimo e Quihumbo (n.'' 336). Ser. Bubiales Fam. Rubiaceae Trib. Ciiichonoideac Otomeria dilalata lliern in Oliv. Fl. of Trop. Afr. III. p. 50. Nome vulg. — Luhimho. Planta annual dos valles d'entre os rios Cuango e Quihumbo (n." 310 73 Sarcoceplialus Riisseggcri Kotschy ex Schweinf. Hei. Kolsch. p. 40, t. 33. Nome vulg. — Di-jóle, Ma-jóle. Arvore robusta e copada das proximidades do rio QiiihijmI)o. Flores côr de roza (n." 277). Miissaenda arcuata Poir/in Lamk. Encycl. IV, p. 392. Nome vulg. — 3JaUembecc!le. Plaula vulgar nas terras incultas de N'dalla-quissua. Flores amarellas; fruclos comestíveis fn.° 1 1 í). Uandia Engleriana K. Scli.? in Fugi. u. Pranll. Pllanzenfam. 1V^ 4, S. 76. Nome vulg. — Musia tújoníjo. Pequenas arvores dos territórios do Cahungula nas margens do rio Lovo (n." 224). Gardénia Jovis Tonanlis íliern in Oliv. 1. c. p. ÍOl. Nome vulg. — Mído nzage, Inyác. Arvore de porte médio dos |)rados d'enlre os rios Cuillo e Ciiango (ii.° 193). Os indigenas empregam os troncos d'esta planta como pára-raios. Amaralia calycina (l)on.) K. Scli. in Fngl. u. Prantl. Pllanzenfam. IV, 4, p. 78; A. bignonifolia Welw. ex Benlh. et líook. Gen. PI. II, p. 91; Oliv. Fl. of Trop. Afr. III, p. 112. • Nome vulg. — Ca-ruiulo rundo. Pequenas arvores do território do Cahungula nas margens do rio Lovo (n.« 221). Oxyanlluis speciosus DC. Ann. Mus. Par. IX, p. 218. Nome vulg. — Mussápo. Pequena arvore dos valles umbrosos do rio Quihumbo (n.° 262). Bertiera sp. Nome vulg. — Ca- fula lungo. Arbusto dos valles d'entre os rios Cbicapa e Luachimo (n." 262). Plectronia hispida (Dlh.) K. Sch. in Deutsch. Ost. Afr. V, C, p. 386. Nome vulg. — Nuzemgulo. 74 Arbusto vulgar nas terras do Cahungula nas margens do rio Lovo (n.« 228). Craterispermum monlaniim Iliern in Oliv. 1. c. p. 162. Nome vulg. — íauhé. Arvore das terras de Malange (n." 43). Os indigenas cm|)regam as folhas como verni fugas. Fadogia iactiflora Welw. in Oliv. 1. c. p. 15G. Nome vidg. — Calômhc. Planta arbustiva dos prados de Malange (n." 30). Ixora radiata Iliern in Oliv. 1, c. p. 163. Nome vulg. — Calgilôngo. Arvores ramosas e elegantes dos valles sombrios dentre os rios Lua- chimo e Quiliumbo (n." 302). As dores são consideradas como emmenagogas. Rutidea sp. Nome vulg. — Anvulla, Ca-nvuUa. Pequena arvore dos valles do rio Cuango (n.° 182). Psycholria ? Nome vulg. — Quiléte n umbanda. Pequeno arbusto das margens do rio Lovo (n." 213). Borreria stricta (L. f.) K. Sch. in Engl. u. Pranll. Pflanzenfam. IV, 4, S. 143. Nome vulg. — CaãWcha nbcmler. Vulgar nas margens dos caminlios o nas terras d'enlre os rios Lua- cliimo e Qiiihumbo (n." 303). Sjiermacoce senensis (Kl.) Iliern in Oliv. Fl. of Trop. Afr. III, p. 236. Nome vulg. — MnCchinla. Planta dos prados e terrenos incultos do rio Lovo (n." 306). 75 Ser. Caiiipaimlatac Fnm. Cucurbitaceae Trib. Cucurbiteae Momordica charantia L. Sp. PI. ed. l, p. 1009; Oliv. Fl. of Trop. Afr. II, p. 537. Nome viil^. — Mussequcia. Frequente nos prados de Malange (n.° 55). Cogniauxia cordifolia Cogn. in Bui. Acad. R. de Belgique, XIV, ser. 3, p. 350 (1887). Nome vulg. — Calanla. Planta trepadora dos valles do rio Lovo nas terras do Gahungnia (n.° 220). ^ ■ ^' Adenopus breviflorus Bentli. in líook. Fl. Nigr. p. 373. Nome vulg. — Dilanga. Planta trepadora vulgar em Malange (n.'' 43). Fam. Compositae Tiib. Venionlcic Vernonia amygdalina Del. Voyng. ò MéroC, p. 41. Nome vulg. — Quis.sóie, Maltdo. Arvore vulgar em muitos logares da Africa auslro-central e especial- mente nas margens do rio Quibumbo (n.*' 335). Trib. Heliaiitlieae Aspilia Kotschyi Bentb. et llook. f. Gen. PI. II, p. 372; Oliv. Fl. of Trop. Afr. III, p. 381. Nome vulg. — Dibúlo. Arbusto dos prados da Africa central (n.° 295), 76 Trib. Sciiccioncae Emilia sagittata (Valil.) DG. Protl. VI, p. 302; Oliv. I. c. p. 405. Nome viilg. — Sanóna. Vulgar nas margens do rio Cliicapo c do seu aííiuenle Ca-nhoca (n.« 2i-3). Senecio multicorymbosus Klalt. in Ann. d. K. K. nat. Ilofmus. VII, p. 103. Nome vulg. — Calôri. Vulgar em Malange (n.*' 32). Empregam as folhas cosidas no tratamento das queimaduras. Trib. Miilisicac Pleiotaxis eximia O. HoíTm. in Etigl. Bot. Jalirb. XV, p. 539. Nome vulg. — Lufóca, Cal'clmale. Arbusto dos matlos próximos dos rios Lo\o, Chicapa e Luachimo (n." 245). Nota. — Anisophjilea quangensis Engl. ; friilex O'", 30-0"", 80 allus; folia rinifonnia lanceolata brevissime peliolata 5-pIinervia, nervis infe- rloribus fere marginalibus ; ramis novellis, peliolis, nervisque primariis parce pubeiulis; fructu carnosulo, rubro, j)runi magnitudine, eduli, pu- lamine lignoso. Folia peliolo 3 mm. longo, limbo 37 mm.- GO mm. longo, 10 mm.- 18 mm. lalo. Putamen 25 mm. long. Nào tendo sido descripta ainda esta espécie pelo prof. Engler, indico os caracleres que observei tio exemplar colhido pelo sr. S. Marques, servindo-me também da dcscrip^ào que este fez da [)lanta no livro — Os climas e as producçõcs das terras de Malange á Lunda — a pag. 453. 77 FLORA LUSITANiCA EXSICCATA Centúria XVI Algae 150Í. Rytiphlaca complanatn Ag. — Buarcos [nos penedos da praia] (Leg. A. Gollz de Carvalho — no\cinbro de 1889). Musci 1502. Bartramia pomiformis Ifedw. — Povoa de Lanhoso (Leg. Gonçalo Sampaio — setembro de 1894). 1503. Polylrichum formosiim líedw. — Povoa de Laidioso '^Leg. Gonçalo Sampaio — maio de 189Í-). 1504. P. juniperiniim Hedw. — Povoa de Lanhoso (Leg. Gonçalo Sam- paio— maio de 1894). 1505. S|ihagnum subsecuiidum N. el II. — Ponie de Lima: serra de An- thelas (Leg. Gonçido Sampaio — agosto de 1897). Equiseteae 1506. Ecpiiselnm ramosum St hl. — Alfarellos: perlo da Estação (Leg. M. Ferreira — julho de 1898). Lemnaceae 1507. Spirodela polyrrhizn Schl. — Porto: Jovim [margem do Douro] (Leg. Gonçalo Sampaio — agosto de 1897), n Gramineae 1508. Lcersia oryzoitles Sw. — Arredores de Coimbra: S. Fagundo (Leg. M. Ferreira — julho de 1894). 1509. Cliaeturus prostralus Ilack. et Lge. — Matlosinhos: explanada de Bouças (Leg. Gonçalo Sampaio — março de 1897). 1510. Corynephoriis canescens P. B., ^. maritimum Godr. — Porto: Cabe- deilo [areias do mar] (Leg. (ionçalo Sampaio — junho de 1896). 1511. Deschampsia ílexnosa Gris., 3. stricta Gay (D. síricla ííack.) — Pinhal (lo Urso (Leg. M. Ferreira — julho de 1898) 1512. Festufa heterophvlla Lam. — Paredes de Coura: margem do rio (Leg. Gonçalo Sampaio — agosto de 1898). Cyperaceae 1513. Carcx chaeto|)hylla Steud. — Porto: Fonte da Vinha (Leg. Gonçalo Sampaio — maio de 1896). 1514. C. muricala L., a. genuina Godr. — Arredores de Tondella : Lobão (Leg. A. Moller — maio de 1892). Irideae 1515. Gladiolus líeuteri Bss. — Polygono de Tancos (Leg. J. d'A. Gui- marães— abril de 1888). 1516. íris Ibetidissima L. — Coimbra: Eiras, Quinta do Tojal (Leg. M. Ferreira-^ julho de 1898). Butomeae 1517. Butomus umbellatus L. — línlre Montemór-o-Velho e Alfarellos (Leg. M. Ferreira— julho de 1898). Orchideae 1518. Aceras densiflora Bss. — Coimbra: Santa Clara (Leg. M. Ferreira — abril de 1890). rg 1519. A. longebracleata Hchb. fil. — Coimbra: Santa Clara (Leg. M. Fer- reira— ^ março de 1899). Juncaceae 1520. Jiincus aciitillorus Eluli., 3. nigostis Sleiíd. — Pinhal do Urso: Jnncal Gordo Log. M. Feireira — julho do 1898). 1521. J. compressus Jacq. — Alfarellos: perlo da Estação (Leg. M. Fer- reira — julho de 1898^. 1522. J. elaiior Lge. — Villa Nova de Gaya : Aforada (Leg. Gonçalo Sampaio — junho de 1898). 1523. J. pygmaeus Thuill. — l^lallosinhos: explanada de Bouças Leg. (jonçalo Sampaio — maio de 1897). 1524. Luznla mídtillora Lej., y. gennina. — Povoa de Lanhoso (Leg. Gon- çalo Sampaio — abril de 1896). Liliaceae 1525. Allium panirnhitnm L., of. lypicum Regei. — Arredores de Coim- bra: Ademia (Leg. M. Ferreira — julho de 1897). 1526. A. vineale L. — Coind)ra: Penedo da Meditação (Leg. M. Ferreira — julho de 1898). Callitricliineae 1527. Callilriche autnmnalis L. — Povoa da Lanhoso: S. Gens [nos [)oços] (Leg. Gonçalo Samj);iio — agosto de Í896). Salicineae 1528. Salix repens L., y- argêntea Knch — IMattosinhos- areias marilimas (Leg. Gonçalo Sampaio — abril de 1898). Chenopodiaceae 1529. Atriplex hastata L., «. genuina Godr. — Coimbra: porto dos Bentos (Leg. M. Ferreira — setembro de 1897). so 1530. A. palula L., a. geiiuina Godr. — Coimbra: Cellas, Quinta do Espi- nheiro (Leg. M. Ferreira — agosto de 1897). 1531. Chenopodiuni álbum L., «. commune Moq. T. — Coimbra: Cellas, Quinta do Espinheiro (Leg. M. Ferreira — julho de 1897). 1532. Ch. polyspermum L., a. spicatum Moq. T. — ^Alfarellos: Granja (Leg. M. Ferreira —julho de 1898). Amarantaceae 1533. Amararitus viridis L. — Povoa de Lanhoso: Rendufinho (Leg. Gon- çalo Sampaio — agosto de 1896). Polygoneae 1534. Polygonum equiscliforme Siblh. — Aveiro: margem da Ria (Leg. Gonçalo Sampaio — setembro de 1898). 1535. P. líjdropiper L. — Coimbra: Hlstação B [nas valias] (Leg. M. Ferreira— -agosto de 1897). Valerianeae 1536. Fedia Cortiucopiae Gíírtn. — Elvas (Leg. .L C. da Silva Senna — abril de 1886). 1537. Valeriatiella Morisonii Koch, a. leiocarpa DC. — Coimbra: Eiras, Quinta do Tojal (Leg. M. Ferreira — maio de 1898). 1538. V. olitoria Poli. — Coimbra: Choupal, Curral Velho (Leg. M. Fer- reira—abril de 1899). Dipsaceae 1539. Dipsacus silvestris Mill. — Alfarellos (Leg. M. Ferreira — julho de 1898).. 1540. Scabiosa marítima L., 3- atropurpurea Gr. Godr. — Estação de Alfarellos (Leg. M. Ferreira — julho de 1898). 1541. Succisa pratcnsis Mnch. — Entre a Pampilhosa e o Bussaco (Leg. M. Ferreira — outubro de 1892). 81 Compositae 13 52. ErigLMoii acris L. — Arredores de Coimijra : Santa Luzia (Leg. M. Ferreira — setembro de 1897). 1543. Piilicaria Hispânica Binte annos, esludadiís por um de nós. N'essa epocha os maleriaes para Iraballios d'csla ordem eram ainda muito incompletos, e no herbario da Escola Polylechnica quasi que se re- .duziam ás exsiccata de Welwitsch — de grande valor, é cerlo, pelo saber do collector, pela notas com que algumas eslão enriquecidas, e pela per- feita preparação — mas, relativamente, em pequeno numero e portanto deficientes na representação das espécies e das variedades. Nos vinte annos decorridos desde então augmenlaram muitissimo as herborisações no paiz e permiltiram reunir, tanto na Escola Polyteclmica como na Universidade de Coimbra, elemefitos da maior inq)ortancia para a desejada revisão da Flora Porlugueza; revisão, ainda além d'isso, bas- tante facilitada hoje pela existência na Universidade de Coimbra do her- bario de VA ilikomm, cujo estudo comparativo remove muitas duvidas e assegura a determinação de muitas espécies. Estas considerações levaram-nos a cmprehender o presente estudo sobre a mesma familia das Rosáceas, baseado agora em materiaes muito mais numerosos; pois que, além das nossas próprias observações e do herbario portuguez da Escola PolytechtM'ca, tão accrescido pelas posteriores herbo- risações do sr. Daveau e Ricardo da Cunha, e pelas exsiccala da Sociedade Broteriana, também disponhâmos, graças à amabilidade do sr. dr. Júlio 89 Henriques, do imporíiinle lierhario porlujíiioz da Uni>ersidade de Coimbra, rico dos exemplares colhidos por este professor, pelo sr. Moller, 1\I. Fer- reira e outros, e bem assim do lierbario europeu e do berbario de plantas hespanholas de Willkomm, pertencentes ao mesmo estabelecimento de ensino. Conseguimos deste modo accrescentar bastantes espécies ás qne já esta- vam indicadas no paiz; delerminnr, com maior segurança, a subdivisão de algumas eni variedades; marcar a todas imi hnhilal mais preciso; firmar várias determinações duvidosas, e corrigir outras. No emtanto, e devemos accenlual-o bem, nào consideramos aifida este nosso Irabalbo mais do que um subsidio para a rcNisâo íin.il da familia, pois somos os primeiros a re- conhecer quanto, em algumas partes, precisa ser esclarecido com pesquisas e estudos mais demorados. Ha nos géneros que enumeramos principalmente dois — Rubiis e fíosa — de estudo inlrincadissimo, que absorve hoje na Europa a attenção única de distinctos especialistas; e cuja determitiaçào especifica, além de exem- plares muito perfeitos, pede uma longa preparação iniciai. A determinação dos nossos Ritbus apenas a podemos apresentar como prévio desbravamento do caminho, que só de futuro poderá conduzir á verdade, depois de novas herborisaçòes e de exames mais profundos e mais fundamentados. E, decerto, auspicioso o numero elevado das espécies que apontamos, e que nos parecem bem dislinctas; mas a determinação de várias é forçosamente sujeita a bastantes duvidas. Nem somos especia- listas no assumpto; nem os exem|)hires trazidos pelos nossos collectores sào sempre completos; nem podemos consultar as numerosas obras que seria preciso; e, por ultimo, nem sempre tinham aulhenticidade bem ga- rantida os exemplares do berbario europeu com que comparámos os nossos das várias espécies não representadas no berbario de Willkomm. No género -Rosa, a collecçào das espécies bespardiolas, revistas pelo sr. Crépin, e que faz parte do berbario de Willkomm, facilitou-nos extra- ordinariamente o estudo; e a amável intervenção d'aquelle tào distincto especialista, a quem n'este logar reiteramos gostosamente os nossos agra- decimentos, tirando-nos algumas duvidas que nos ficaram na determinação, permitte-nos apresentar trabalho, n'esta parte, de certo de bem maior confiança. Enumeramos 76 espécies na fiimilia das Rosáceas, algumas apenas cul- tivadas, outras simultaneamente espontâneas e cultivadas, e o maior numero espontâneas; notando, todavia, a propósito d'esla divisão em plantas culti- vadas e espontâneas, que ella tem suas difficuldades, ás vezes. Com elTeito, se umas espécies são evidentemente exóticas, e apenas se encontram ro- deadas pelos cuidados da cultura, como o Pninus Armenica, Pérsica vul- 90 garis, ctc. ; se várias outras se cncuutrnm sem duvida espontâneas e tam- bém cultivadas, como a Fragaria vesca, etc. ; ha, ainda, um terceiro grupo de plantas, cultivadas, que é difíicil asseverar se apparecem espontâneas, ou subcspontaneas, fugidas das cultiuas, como o Pyms Malus, etc. Algumas das espécies esponlaneas encontram-se, com mais ou menos frequência, desde as pro\incias de Traz-os-3Iontes e do Minho até ao Al- garve; taes são: o Prunus spinosa, revestindo várias formas; o Rubus discdlor e R. amoenus, não sendo o ultimo tahez mais do que uma forma do primeiro, e ambos muito frequentes; a Potcnlilla Tormenlilla; a Alche- mílla microcarpa ; a Agrimonia PJupatoria; o Polerinm Magnolii e P. Spa- clúanum, o primeiro muito mais abimdante e revestindo duas formas prin- cipaes, maior e menor, esta ultima fácil de confundir, á primeira vista, com o P. Spachianum, pelas pequenas dimensões dos capitulos e dos toros fructiferos; o P. arjrimonioides, cujo aspecto lembra tar)to a Agrimonia Eupaloria; a Rosa canina, subdi\idida em grande numero de variedades, localisadas as de folhas simplesmente serradas (glabras ou pubescentes) nas montanhas do norte, emquanlo as de folhas glabras e composto-ser- radas sào communs por qiiasi todo o paiz, nas sebes, nos \ aliados, nos barrancos, etc; a R. Pouzini, com a anterior, mas muito menos frequente e, ao que parece, mais acantonada no norte; o Pyrus communis, repre- sentado no norte pela variedade Achras, de fructo turbinado e folhas alon- gadas, e no sul pela variedade Pyrasler, de fructo subgloboso e folhas ar- redondadas; finalmente, o Cralaegus monogyna, \ulgar nas sebes, nos bos- ques, á beira dos campos e nas margens dos rios. Muitas outras espécies, segundo os elementos de que dispomos, têm localisnção exclusiva na zona montaidiosa, umas cn\ pontos mais ou menos restrictos, e as restantes por toda ella; taes são: o Prunus Mahaleb, Spi- raea pabcllala, Pyrus acerba, Palerium diclyocarpum e Poíentilla alpeslris, no Alto Traz-os-Montes; o Rubus sikalicus, R. lusitanicus, H. leucoslachys, Sorbus Ária, Rom tomentosa e Potenlida rupesíris, no Alto Minho; a Spi^ raea Ulmaria, em Traz-os-Monles e no Minho; a Potentilla Fragariaslrum, nos arredores do Porto; o Rubus Sprengelii, no Bussaco; o Rubus RaduJa, R. collina, Akhemilla alpina, Sorbus Scandica e Rosa sepiuni, na Estrella e seus contrafortes; o Rubus hiríwi, R. tomentosns, R. sp., Prunus lusi- tanica, P. Padus, Polenlilla montana, Amelanchier vidgaris, Agrimonia odorala, Sorbus Ancuparia e S. lorminalis, nas montanhas de Alemdouro e nas da lieira; o C. monogyna, var. Inscgnae, na região montanhosa orien- tal; o Rubus ihyrsoideus e Alchemilla arvensis, chegam, semj)re pelas mon- tanhas, até ao Alto Alemtejo. Várias espécies parecem preponderar ainda na região norte motanhosa, mas descem também ás regiões inferiores ou ás meridionaes: assim, a Fra- garia vesca está espontânea em toda a zona serrana, chegando a Monchi- 9í que e descendo na Beira litloral aos arredores de Coimbra; a Rosa mi- cranlha, |)ri!i(i|)a!meiile acaiiloiiada nas rnoiítaidias, desce al6 ao Aleintejo litloral; a PolcnliUa prociimbens, mais frcquenle no Winlio, encontra-se em Jiuarcos; a Spiraea FillpenditJa, das mwntnnlias do Alio Traz-os-]\Ionles e da Es(rella, alar^a-s(í (lelo Centro litloral, e foi colhida nas Caldas da Hainha, Montejunto, Torres Vedras, Óbidos e Cintra; o Getnii silvdticum e Geum urbanum, das montanhas de Alemdouro e da lieira, passam, o primeiro, sempre mais ou menos pelas alturas, a Cintra, Castello de Vide, Arrábida e Odemira, o sejíundo até ao Centro littoral; a Alchcinilla cornn- copioidcs, das monlardias de Alemdoino e da Heira, passa ao Algarve, em- bora ahi, é certo, só leidia sido encontrada na serra ; o llubits cacsius, tem a sua \ariedade lonbrosiis no Alto Minho, mas a variedade arrcnsis existe nos campos do Centro littoral. Exclusivas da re<:irio do sul, ou das regiões inferiores, sào bem poucas as espécies: o Polerium vernicosum só tem sido colhido a partir da líeira meridional para o sid ; a Rosa sewpcrvirens parece localisada na região média e austral; a Polenlllla replaus acantona-se de preferencia nas re- giões inferiores, mas está também em Bragança; o Crataegus Oxyacanlha, de resto pouco fretpiente, só tem npparecido da Beira central para o sid; o Cralaeyus que pro\isoriamente descrevemos como variedade do anterior, sob o nome de C. Cossuni, só foi trazido do Algarve; a Alchemilla vuUja- ris, de Cintra e Castello de Vide; por ultimo, os dois curiosos Rubiis, o R. riidis e R. micans, por emquanto, apenas tem sido encontrados nos arredores de Coimbra. Lisboa, maio de 1899. 92 1 ROSACEAE Clavís tribiium et gencrum: IFructus nudi ; flores hermaphroditi, petaloidei 2 Fructus toro inclusi 9 íCarpellum unum, monospermum ; fruclus drupaceus. Arbores v. frutices, foliis Q 1 simplicibus serratis (Trib. I. Pruneae) 3 ( Carpella 5 (raro 2-1) v. multa ; fructus composilus 5 ! Drupa carnoso-succulenta, non dehiscens 4 Drupa exsucca, fibroso-coriacea, denium irregulariter dehiscens; putamen foveolis punctiformibus profnndis exculptum ; flores solitarii (III) Amygdahis, L. [Putamen làeve aut leviter sulcaluin aut rcliculalo-rugosum absque foveolis; flores solitarii aut in umbellas, cí.rymbos, raocmos dispositi (I) Prumis, L. |Pulanien irregulariler profunde sulcalum foveojisque majoribus munitum; flores solitarii V. getnini (11) Pérsica, Tournf. Carpella S (raro 2-1). 2-pleiosperma; fructus c folliculis composilus. Herbae pe- rennes v. frutices (Trib. 11. Spimceae) (IV) Spiraea, L. [ Carpella multa, monosperma, fruclus liaud debiscentes formantia 6 [FrucUis o diupis compositus; epicalyx nnllus. Frutices v. suíTrutices, plerumque aculeati, foliis saepissime compositis (Trib. 111. fíubeoe) (V) Riibus, L. [Fructus e acheniis compositus; epicalyx íi-pbyllus. Herbae v. raro frutices, iner- mes, foliis variis (Ti ib. IV. PolentiHcae) 7 [Styli terminale.s, continui v. ad médium articulati, post antbesin excrescenles (et saepe longe plumosi); folia inferiora lyrato-pinnatisecta (VI) Geum, L. ! Styli lateralos, caduci v. marcescentes 8 Achenia carpoplioro cónico, cilíndrico v. ellipsoidco, post anlbesin aucto et niatu- ritalis tempore carnoso-succulento, inserta; folia inferiora tcrnata. (VII) Fr a fiaria, L. 'Achenia carpophoio convexo v. cónico, post anlbesin non aucto nec carnoso, sed piloso, inseria; folia inferiora ternata, digitata v. pinnata. (Vlllj Potenlilla, L. 93 !Torus frucliferus siccas, indara!ns; carpolla 1-3 monosperma, toro libera; flores herniapliiodili v. polysiami. petalis iiullis v. o. Herbae v. laro siifl^rulices (Tiib. V. Poteriue) ^. ■ . ■ ■ 10 Torus irucliftíius incrassalus, cainosus ; (lures herniaiibroditi, petaloidei 12 10 11 Sopala 8-10, biseriata ; slamina 1-4: lotiis fiiicliferiis uiceolatiis : prlala niilla. Herbae foliis varie palniatiparlilis, tloi ibus incoiispiciiis virentilms, eymo^^o-co- rynibusis v. cyinoso-fasciouialis (IX) AlchemiUa, L. Sepala 4-5, uniseriata; staiiiina 12-13; lorus turbinalus 11 Flores beriiiapbroditi, 1 .nge spieali; pétala 5, liava; torus frucliferus lO-Puleatus ápice exlus uiicinato-se^tosus; folia interruple piíinata (X) AgriíHonia, L. IFlores polygami, capilali (feniinri apioem, niasculi v. lierinapbrodili ba^iii capiluli occupaiiles); pétala iiuila; torus frucliferus quadrangularis : folia (salteui iufe- riora) imparipinnaia • (XI) Poteiium, L. [Fruclus sicci nionospermi (aclienia) plurimi, liberi, toro cainoso inclusi. Frulices, saepissiuie aculeati, foliis imparipinnatis (Trib. Vi. Roseae) — (Xilj Rosa, L. Fruclus carnosi 1-pleiosperuii 1-3 cum toro carnoso connati ponmm formantcs. [ Arbures v. frutices inermes v. spinosi (Trib. Vil. Pomeae) 13 'Carpella seplo dorsali carenlia unilocularia; pctala suborbicularia 14 13 (Carpella e septo dorsali incompleto bilocularia, disperma; pétala cuneato-oblonga. Frutex, foliis simplicibus, floi ibus cymoso-racemosis, pomis parvis nigro-coeru- leis (XIX) Amelanchier, Lindl. 12 14 [Pomum e endocarpio charlaceo loculos 2-5 in circulum dispositos 1-pleiospermos continens 13 [Pomum e endocarpio ósseo pyrena 1-5 monosperma continens 18 [Slyli o; endocarpium carlilagineum v. membraiiaceum sat distinclum; folia sim- l plicia 16 iStyli 2-5 saepissime 3 ; endocarpium crustaceo-fragile vix distinclum; flores parvi / in cymas compósitas corymbiformes disposili; folia imparipinnaia v. simplicia, caduca (XV) Sorbus, L. 16 Endocar|)iam carlilagineum; pctala imberbia; flores cymoso-corymbosi v. soli- tarii ; folia caduca • 17 Endocar|)ium membranaceum ; pétala barbata; flores longe paniculati; folia sem- pervirenlia (XVl) Eriobolnja, Lindl. 'Sepala parva denlifoiniia, post anthesin non aucta: pomum glabrum, luculis 1-2- spermis; seminis e|)ispermium haud nmcilaginosuin; flores cymoso-corymbosi. (XIII ) Pyvus, L. Sepala foliacea, posl anlhesln aucta; pomum grossum lanato-tomcntqsum, loculis ' 10-lo-spermis; seminis ei)ispermiuin mucilaginosum; flores solilarii. ' (XIV) Cydonia, Tourof. 18 94 íSepala fuliacea ; slyli 5: iiommii calycc loiíiití coronatiim, dií^co diamoiro pomi l claasiiin ; pyrena 5 ; Hjlia subiiitcgia ; lloies sí lilarii. . . . (XVII) Mespilus, L. Sepala Lrevia; slyli 1-2: puimini calyce maiccscente coionatum, disco pomi dia- ir.elro angustiore claiisiuii; pyrena 1-2; folia paliiiato- v. piínialo-lobala; tlores cyinoso-corynibosi ' {XVlIlj Cralaegus, L. Trib. I. JPj-nnoae, Blh. el Huok., Gm. Pl.K pg. G09! I. Prunus, L., Gen. PL\ n.° 020! Drnpa veliUina; pulanicn comprossiiin faeiebus lacve, iiiargine dorsali obluso, veiitrali bisulcato et cai inalo: ílurcs solitaiii v. geiíiiiii,. praecoccs (Sect. I. Ar- mcniaca, Touinf.). Albor buiuilis culla,. foliis ovalo-rotiiudatis basi subcordalis, 1 glabris, niiidis; drupis globosis aureis v. riibenlibus, odoialis, diilcibus. I P. Armcniaca, L. . ;Drupa glabra, pruinosa: piUamen compiessum faeiebus laeve aul ieviler reti- 1 culato-rugosum, margino dorsali obtuso unisulcato, venlrali bisulcato et cari- nalo; flores solilarii v. gemini, praecoces v. subcoaetanei; folia in gemma lon- gilLiilinalilcr canaliculato inílexa (íect. II. Pitinastra, Nym.) 2 Drupa glabra, epriiinosa; pulairen compresso-globosum, margine dorsali subeari- I nato, venliali l-2sulcalo et Ieviler caiinato; (loies gemini v. umbellali, corym- \ bosi V. racomosi; folia in gemma complicala 4 (Ramuli juveniles glabri; drupa oblonga, pêndula, dulcis; flores magni. picrumque gemini, pedunculis pubescentibus, petalis virenlialtjis. Arbor medioeris, culta, mermis, foliis ulrinque pubescentiljus P. domestica, L. ,Uamnli juveniles dense puberuli; drupa subglobosa; pétala alba 3 Flores magni, plerumqiic gemini, pedunculis pubcscenlibus, pelalis subrotun- dalis; drupa nutans, dulcis v. acidula, magnitude et colore varia. Planta culta, arbórea v. íruticosa, ramis patulis inlerdum spinescentiluis, foliis suhtus hirto- pubescenlibus P. insititia, L. jFlores medíocres, plerumque solitarii, pedunculis glabris, petalis oblongis; drupa erecta, atro-coerulea, acida. Frulex inlrincalus, ramis numerosis rectângula pa- tenlibu.«, brevibus, crassis, spinescenlibus, cortice nigricanle teclis. P. spinosa, L. 4\ilamen faeiebus laeve; flores gcnu"ni v. umbellali, coaelanei (Sect. lII. Cerasus, Touruf.) õ IPutamen faeiebus reliculalo-rugosum ; flores corynd)osi v. racemosi, post folia erumpentes (Sect IV. Padas, Koch.); drupa parva, ad maluritalem nigra.. tí ^ Bentliam et Hooker — Genera Plantamm, vol. I, pars 11. — Londini, 18G5. 2 C von Linné — Genera ?lantarum — \\o\m\&^i, 17G4. 95 íSquamae gemmarmn floriforaium exlciioros soariosac, intoriores foliaceae; folia lirma, u"íriiiqae glabra. |)eliolo c'i!l;imliil(is(! : diiipa dcprossn-gloliosa, acida v. acidula, purpúrea v. aliu-puii)Uioa. Pl.aila cuila, ai Lorca v. fruticosa. P. Cerastis, L. 5 |Squama(3 gciumaiiuii llorifcraruni omniís sc;iiiosac; folia majora, mollia, subUis pujjcsconlia, pcíiolo ad liíidii basiu l)ii;landulnso : dtupa cordalo-íílolmsa v. -ovoi- dea, dulciS; colore varia. 7\rljor culla, sacpc clata {an elúim sponlanra?}. P. uvium, L. [Folia meinbranacca. decidua. Planlae spontancae, fruticosae 7 (Folia coriacea, persistentia; tlores raceinosi ; drupa ovoidca, acerba 8 Flores corynibosi ; corymlti suberecli v. patuli, paucifloi'i: sepala liaud ciliata; l folia ovato-ioluudata basi subcordata, giaíjia; rirui)a ovoideo giobosa. acida. I P. Mahalib, L. Flores racemosi; racenii paUili v. peuduli, cylindrici, longo floribundi; sepala glanduloso-ciliata; folia ovato-oblonga, glabra, uiollia; drupa globosa, auiaro- acerba P. Padus, L. 8 [Racemi folio longiorcs. Arbor spontanea v. culta, foliis ovato-lanceolalis, supra obscure virenlibus, serratis, glabris P. lusiiunicus, L. I Racemi folio breviores. Planla culla, aibnrea v. arborescens, foliis clliplico-lan- ceolalis, supra nilidis, reuiole serratis, glabris P. Laurocerasus, L. Sect. I. Armeniaca, Tournf., Insl. ^, pg. G23, tab. 3991 1. B^riiuiifs .^MiicMiia^*». L., Sp. Pl.^, pg. G79 1 Brol., VI. Litsit. IIK pg. 250! Gren. et Go(ír., li. de ir. l'\ pg. 513! \Vk. et Lge., Vradr. Fl. Hisp. lll'K pg. 2t3! Ficalho, íiosac.'^, pg. 15! Hab. «ponte iti Arménia, et cultíi frequens in Lusitânia. — 5- Ff- Febr. et Mart. — Lusit. Damasqueiro, albricoqueiro, alperceiro ou alperclieiro. V. V.) 1 Josepbi Pillon Touinelorl — InsíHutiones liei Herbariae — I^arisiis, 1711.). 2 C. Linnaei — Spíries Plantarnm (editio tertia). — Vindobonae, 17tíi. ' F. A. Brotero — Flora Lusitanira, vol. II. — Olisipnne, 1804. * Grenier et Godri u — Flore de Fraitre, vol. I. — Paris, 1848. s ÃVillkoniiu et Lauge — Prodromns Florae Hispanicae, vol. III. — Stuttgartiae, 1880. •* Cíjnde de P^icallio — Apontamentos para o estudo da Flora Portugneza — Rosareae — (Extracto do Jonud de Sciencias Matlwmaticas, Pliijsicas e Naturaes, n." XXVI). — Lisboa, 1879. 1)6 Sect. II. Prunastra, Nym., Sill. FL Earop. ^ pg. 2771 2. B^^fiiiiiis cl4iiiirsii<';t, L., /. c, pg. 680! Gren. et Godr., /. c, pg. .^14! Koch, Synop/K |'g. 205! Wk. et Lge., /. c„ pg. 244! P. domestica, Brot. [pro parle), l. c, |)g. 250! Ficalho, /. c, pg. 15! Colitiir in horlis, et inlerdiim ad sejies stibsponlanca occuriit. — 5- Fl. Mart. — Lusil. Ameixieira, (o. v.). 3 i*i*aii£iis iiiiiiiilin, L., /. c, pg. 680! Gren. et Godr., /. c, pg. 514! Koch, /. c , pg. 205! Wk et Lge., /. c, pg. 244! P. domes- tica, Brot. [pro parle), I. c. ! Ficalho. /. c. / Colitur frequeiis ii! horlis, et interdum ad sepes subspoiítanea oceurrit. — Ô. Fl. Mart. — Lusil. Ameixieira ou abrunheiro, [v. v.). Nota. — Segundo vários anelares, o P. domestica é considerado como a estirpe das ameixieiras cultivadas de fructos oblongos, e o P. insililia como a estirpe das de fructos arredondados, sendo algumas formas cultu- racs hjbridas de um e outro. Ambas as espécies nos parecem introduzi- das, tendo-se tornado em raros casos subespontaneas, fugidas das culturas. O P. insililia, citado por Brotero, como espontâneo, nos arredores de Lis- boa, de\e referir-se, na nossa opinião, a uma das variedades da espécie seguinte. 4. ã^riiiiii^ §i|»iiiossi, L., /. c, pg. 681! Brot., /, c, pg. 251! Koch, /. c, pg. 205! Gren. et Godr., /. c, pg. 515! Wk. et Lge., /. c, pg. 245! Ficalho, /. c, pg. 15! Eocsic. plura in herb. Wk. et in herh. europ. ! Planta valde polymorpha. Variat praecipue apud nos: a. genuina (P. spinosa, Auct. plur.). Drupis parvis, 8-10 mm. diâmetro; foliis obovato-lanceolatis saltem supra glabrius- culis. ^. pubescens, nob. [an P. fruticans, Weihe?). Drupis majusculis, 12-15 mm. diâmetro; foliis obovato-lanceolatis, utrinque dense cinereo-pubescentibus. * G. F. Nyinan — Sylloge Florae Eiiropaeae. — Ocrehro-de, 1854-1 855. 2 Koch — Synoj)sis Florae Germunicae el Helvelicae. — Francofurti ad Moenum, 1837, 97 y. insiliiiuiJeSt riob. (P. insititia, Brot., /. c, pg. 251 in nota, non L,). Drupis magiiis pro specie, 15-25 mm. diâmetro; foliis lalioribus, suhovalis. Ilab. in dumelis el sepibiis, ut videtur a. et 3- praecipue in regione monlana boreali et y. in Extiemadura. — 5. Fl. Febr. ad Apr. — Lusil. Abrunheiro bravo ou ameixieira brava. {y. v.). a. rjcnuina. — Akmdouro transmontano: fíragança (P. Coutinho, n." 1336!). — Beira transmontana: ViHar Formoso, Valle d'Alpicao (R. da Cunha !). 3- pubescens. — Alemdouro transmontano: arredores de Vimioso, Argo- zello (Mariz!); Bragança e arredores, Bica Fé, Ponle Velha do Sabor (P. Coutinho, n.° 1340! Mariz, Fl. Lusil. Exsic, n.° 1464!). — Alemdouro litloral: Melgaço, Casaes da Crujeira (li. da Cunha!). — Algarve : y\\\di Beal de Santo António (MollerI). y. insitilioides. — Alemdouro liltoral : Ponte do Mouro, margens do rio Mouro (K. da Cunha!). — Beira meridional: Malpica (H. da Cunha!). — Centro littoral: prox. de Cascaes, Caparide (P. Coutinho, n.°^ 1338 e 1339!); arredores de Lisboa, Serra de Monsanto e Tapada d'Ajuda (Da- veau !) ; prox. do Lumiar (Weiw. !) ; Qiiehjz (Welw.!); prox. da Torre (Daveaii!); Buceihis e S. JuHào do Tojal (Daveau!). Nota. — Estudámos com particular cuidado esta var. y. nos arredores de Cascaes; embora apresente fructos com dimensões muito grandes, jul- gamos que é bem no P. spinosa que se deve incluir, e de nenhum modo no P. insititia, do qual manifestamente se afasta em lodos os outros cara- cteres: no porte, na cór e espinescencia dos ramos, nas dimensões das llores e forma das pétalas, na falta de pubescencia dos pedúnculos, na cor ncgro-azulada e no sabor acido dos fructos, etc. Scct. IIL Cerasus, Tournf., /. c, pg. G25, lab. 401 ! . 5. I*ruiiii!i Cerasus, L., /. c, pg. 679! Brot. {pro parte), l. c, pg. 251! Greií. et Godr., /. c, pg. 515! Wk. et Lge., /. c, pg. 245! Ficalho, /. c, pg. 15 ! Nonnullae formae cultae, fructibus grato-acidulis, ex hac et sequente specie formas hybridas esse videnlur. Hab. culta in tota Lusitânia. — 5- Fl. Mart. et Apr. — Lusil. Gin- geira. [v. v.). 7 XVI 98 6. I*riiiiiiiraen IJiiiaria. L., /. c, pg. 702! Brot , L c, pg335! Gren, et Godr., /. c, pg, 517! \Vk. et Lge., /. c, pg. 241! Ficalho, /. c, pg. 14! Exsic. pliira in herb. Wk.l Variat apiid nos foliis utrinque glabris (subtus pallidioribus) aut siibtus canescenti-lomentosis (var. lomenlosa, Camb). Hab. in pratis et idiginosis Transmontanae et Duriminiae. — 2f. Jun. et Jul. — Lusit. Herva nlmeira. (r. i\). Ahmdouro Iransmonfano : Bragança, Bica Fé, prox. ao Sabor (P. Cou- tinho, n.^ 1334! Mariz!); Serra de Bebordãos (Mariz, Fl. Lusit. Exsic, n.** 1463!). — AlenuJouro litloral : margens do Minho, Valladares (R. da Cunhal); Albergaria (B. da Cunha!); Valença, Lameiras (B. da Cunhal); Villa Nova da Cerveira (B. da Cunha!). 1.). N|iii*aoa llaliellat». Bertol., apud Guss., PI. Rar., pg. 205, tab. 40; Bertol., Fl. Ilal. V\ pg. 179! Lge., Pngillus^, pg. 143! Wk. et Lge., /. c, pg. 242! S. crenata, Brot., /. c, pg. 336 (non L.)l Ficalho, /. c, pg. 14! Hab. in Transmontana prope Bragança (Brot.; P. Coutinho, n.° 13351 M. Ferreira! Moller!). — 5. Fl. Maj. {v. v.). Nota. — Nào pudemos examinar nem exemplares italianos da S. fla- bellata, nem exemplares hespanhoes da planta que por Lange foi identi- ficada com aquella espécie italiana. Evidentemente a nossa planta de Bra- gança pertence á mesma espécie encontrada na Hespanha, e de modo nenhum se inclue na S. crenata, L., planta muito diversa, da Hungria e da Sibéria. Afigura-se-nos que a espécie da peninsula hispânica é bem a mesma espécie italiana acima indicada, conforme Lange o sustentou; no emtanto, a questão só |)óde íicar completamente esclarecida pelo exame comparativo com exemplares italianos authentieos. Cultivam-se nos jardins, como plantas ornamentacs, várias espécies d'este género, principalmente de proveniência americana. ' A. Bertoloni —Flora Itálica, vol. V. — Bonouiae, 1842. 2 J. I^ange —Pugiltuíi plantarum imprimis hispanicarum, IV (1860). 102 Trib. III. I^u.l3eae, Blh. et Ilook., /. c, pg. 616! V. Rubus, L., Gen. PI., n.° 6321 [Mora a carpophoro conico-cjlindrico soluta; folia omnia imparipinnala (Sccl. I. Idaei, Godr.). Planta culta'. R. idaeus, L. JMora cum carpophoro connata. non secedcns; folia quinata aut ternata (Sect. IL Fruticosi, Godr.). Plantae spontaneae 2 [Glandulae pedicellatac nullae v. paueae subnullac 3 jTuriones petioli et pcdunculi glandulis pedicellatis plus minus numerosis vestili. Turiones paene prostrati 12 Toliola subtus incano-totnentosa. Turiones angulali; folia lurionum quinata, ra- niorum fertilium (saltem superiora) ternata 4 JFoliola utrinque viridia. subtus plus minus pubescenlc-pilosa (interdum albido- virescentia) .8 [Pedunculi erecto-paluli ; cal> ces albidi tomentoso-pilosi. Pétala calyce longiora. 5 jPedunculi divaricati; ealyces albidi adpresse tomentosi. Turiones arcuatodecum- bentes '. 7. 'Turiones erecto-arcuati, aculeis validis; foliola submembraiiacea, supra viridia subglabra, haud v. vix lobata inaequaliler serrata, tenninale ovato-acuminatum; pétala obovata basi attenuata R. thyrsoideus, Wimni. [Turiones arcuato-decunibentes : foliola subcrasse coriacea, supra cinerascentia ténue et dense velutina (saltem apud nos), plus minus lobata 6 'Pétala obovata basi attenuata; aculci breves param vulnerantes; foliola inei.-;o et duplicato-serrata, terminale basi cordatum rhombeo-obovalum. R. tomentosns, Borckh. jPetala suborbiculária basi rotundata; aculei robusti vulnerantes; foliola arguto duplicato-serrata, terminale rhombeo ovalam v. rhombco-subrotundatum. R. collinus, UC. íFoliolum terminale obovatum abrupto acuminatum, lateralibus param aut vix ma- jus; foliola margine argute et subduplicato-serrata, nervis subtus plus minus glabrescentibus; turiones glabri v. suljglabri, aculeis validis retrorsum spectan- tibus sed parum curvatis R. discolor, Weihe et Nees. Foliolum terminale obovatum obtusum v. rarius acuminatum, lateralibus «alis ma- jus; foliola margine subcrenato-dentata, nervis subtus dense puberulis v. to- mentellis; turiones dense puberuli v. tomentelli, aculeis falcalis. 7Í. amoenus, Portenschl. 103 IFolioIa inf. conspieue petioliilala (peliolulo 2 mm. plus minus excedenie); morae ex aciuis mediocribus v. parvis numerosis compositae 9 8 /Foliola (plus minus lobata) inf. subsessilia v. brevissime potiolulata (peliolulo 2 1 nuu. non aut vix altingenle) : morae ox acinis inflatis haud numerosis compo- [ sitae. Turiones graciles prustiali, t;labri v. parce pilosi, glauei v. glaucescentes ; \ panicula corymbosa subsimplex ; petioli canalieulatl 16 I Turiones crecto-arcuali robusii, anguiali, parce pilosi demum subglabri nitidi, aculeis validis redis et euivis inteimixtis: petioli subcanaliculati; pétala ob- ovata basi longe attenuata: folia turionum quinata ramorum fertilium summa ternata, utrinque laete viridia, foliolo tcrminali ovaloelliptico longe acuminato; panicula eiongata, composUa R. siiaticits, Weibe et Nees. [Turiones (haud erecto-arcuati) pilis patentibus villosi, aculeis omnibus rectls, v. inf. falcatis e sup. rectis ; petioli subplani 10 Turiones robnsli arcualo-decumbcntes, obtnse angulati, aculeis rectis, foliis qui- natis; foliola coriacea subtus liirto-velutina; panicula compósita, pedunculis haud gracilibus 11 10 13 e' ^Turiones graciles proslrati. striati, aculeis inf. hamatis sup. subreclis declinatis; folia omnia ternata; foliola mollia sublus hirto-pubescentta, terminale ovalo- acuminatum ; panicula laxa, pedunculis elongatis gracilibus patentibus; pétala (parva) obovata basi attenuata R. Sprengelii, Weihe et Nees. f Foliola subtus ad nervos pilis micanlibus quam reliquis longioribus et densiori- , bus, terminale ovaliim v. obovatum acuminatuni ; pétala ovata basi breviter attenuata; panicula sublaxa, pedunculis patentibus; aculei inaequales. 1 1 I R. micans, Godr. et Gren. |Foliola subtus pilis hirtis aequalibus, terminale orbiculare breviter acuminatum ; pétala suborbiculaiia; panicula densa, pedunculis divaricalis; aculei subaequa- les R. leurostachys, Sch. fFoliola saltem novella subtus albido-tomentosa; petioli plus minus canaliculati ; I turiones angulai!, aculeis multo inaequalibus, majoribus robuslis in angulis, fa- ciebus e aculeis alteris tuberculis etglandulis denseasperis; folia turionum qui- nata aut ternata, ramorum fertilium ternata 13 [Foliola utrinque viridia, subtus plus minus pubescentia; petioli supra subplani; \ aculei inaequales, majores validiusculi aut ténues , 14 [Turiones subglabri: aculei recti; panicula lala, lomentosa; foliola subtus minus albida, cito viridia R. rudis, Weihe et Nees. JTuriones lenue pilosi; aculei robusliores, dedinati ; panicula stricta. villosa; fo- liola magis et diutius albida R. Radula, Weihe et Nees. Glandulae rachis et pedunculorum longe pedicellatae multo inaequales, setis glan- dulosis intermixlae, vesiimcntum pilosum valde excedentes; turiones basi ex- cepta angulati, pubescenles et glandulosi, aculeis rectis declinatis (summis re- w ) curvis) inaequalibus, validiusculis; folia ternata, foliolis subcoriaceis plicato- ' serratls, terminali ovalo-acuminato R. hirius, Weihe et Nees. ÍGIandulae rachis et pedunculorum breviter pedicellatae, vestimenlum pilosum non aut vix excedentes 15 lOi 'Panicula magna, pyramidalis, compósita ramis cymosiís, tomontoso-pilosa pilis lonire patentibus; turiònos angulati parco piibescenlcs cl paice glandiilosi, acnlois le- nuibus declinatis, foliis quinatis; foliola subcoriacca, sublus pallide lomentosa hirto-velutina v. ad nervos pilosa, inf pelioiulata, terminale basi subcordaliim elliptico-acuminainm R- hisitanicus, Murray. \Panicula parva, corymbosa, subsimplex, pedimcuiis gracilibiis palentibus, pubos- cenle-tomentosa; turiones teretiusculi graciles levitcr piibesccnlcs parcc gl;in- dulosi, aculeis tcnuibns redis; folia onmia tern.ila, fobolis mollibiis lobalis den- íato-serratis subtus birto-siibvelulinis, inf. siilisessiiibus, leiniinali basi cuneaia cl subcordata obovato v. rotundato-obovato ápice abruple acumiiiato. R ? /Sepala acuminata maturitalis tempore reflexa; turiones et rami lloriferi basi tcre- tiusculi deinde angulati, haiid pruinosi, aculeis subvulneranlibus; folia turionum quinata v. ternata, ramorum fertilium ternata, foliolis inf. brevitei- pelioliilatis, terminali rhombeoovalo elliptico- v. ovato acuminalum; aculei petiuiorum in- lg / curvi ; morae nitidae R. nemerosus, Hayne. jSepala appendiculata maturitatis tempore morae adpressa; turiones et rami flori- feri a basi ad apicem teretiusculi, glauco-prninosi, aculeis vix vulneranlibus; folia omnia ternata, foliolis inf. subsessilibus, terminali rhombco-ovato; aculei peliolorum reeli ; morae glauco-pruinosae R. caesius, L. Sect. I. Idaei, Godr., in Gren. et Godr., /. c, pg. 531 ! 16. Riibiis iilaciis, L., Sp. P/., pg. 706! Brot., /. c, pg. 347! Gren. et Godr., /. c! Wk. et Lge., /. c, pg. 219! Ficalho, /. c. pg. 10! Colitur in horlis. — 5. FL Jun. et Jul. — Lusk. Framboeza. [y. v. c). Sect. II. Fruticosi, Godr., in Gr. et Godr., /. c, pg. 537! A. Silvatici. — Turiones erecto-arcuati 17. Kiilius s»iivaticiiSí, Weihe et Nees, Ruh. Germ., pg. 4i, tab. 15; Gren. et Godr., /. c, pg. 549! Wlí., SuppL, pg. 225! Hogers, British Rubi in Journ. of Boi. ' XXX, pg. 204! Harmand, in Revue de Boi. F/^ pg. 339, pi. XXXIX et XLI! Exsiccala plura in herh. europ.! In planta nostra panicula ampla, lata, et íoliolis magis serratis. 1 W. Moyle Rogers — An essay at a Key to brilish Rubi, in Journal of Botany XXX eí JJX/. — London, 1892-1893. 2 J. Harmand — Description des diferentes formes dn genre Rubus observées dans le département de Meurthe-et-Moselle, in Revue de Btitaniquc [Bollctin de la Société Fran- çaise de Botanique), VI. — Pi\T\S, Í8S7-Í888, 10S Hab. in Durimitiia horeali: Kuivães (Moller!). — 5- ^/- J>'1. — Lmil. Silva (ut eliíim species alterac). (u. s.). Nota. — O sr. Rogers (/. c.) descreve as planias inglezas com a pani- cula estreitamente cylindrica, e a panicula estreita tinham também os exemplares allemàes que estudámos. Mas tanto Grenier e Godron, como AVilIkomm, como o sr. líarmand, descrevem esta espécie com a panicula larga, citando mesmo este ultimo auctor, sob o nome de R. anomalus, non Mull. (/. c, pg. 33, pi. XLI), uma forma de iarguissima panicula, com os pedúnculos muito alongados e divaricados. Acreditamos, pois, que a nossa planta corresponde a esta espécie, com a qual coincide nos res- tantes caracteres, representando o exemplar de Rui>àes uma das formas de larga panicula, que parecem faltar na Inglaterra. 18. RiiliHis tliyrsoifleiís, Wimm., Fl. von Schles., pg. 131; Gren. et Godr., /. c, pg. 547! Wk. et Lge., /. c, pg. 219! Harmand, /. c, pg. 340, pi. XLVI! Exsic. plura in herb. Wk.l Panicula exacte thyrsoidea. Variat apud nos paincula saepe ramosiore floribunda, calicibus saepissime pilosioribus, foliis supra subglabris raro pilis strigosis sparse vestitis. Hab. ut videtur in regione montana. — 5. FL Maj. ad Jul. [v. s.). Alemdouro transmontano : Moncorvo, Roboredo (Mariz!). — Ahmdonro litloral: Serra do Soajo, prox. de Nossa Senhora da Peneda (Moller!). — Beira transmontana: Guarda (M. Ferreira !j ; Villar Formoso (R. da Cunha !). — Beira central: Figueiró da Serra (M. Ferreira !). — Beira litloral: Louzà (Henriques!). — Beira meridional: Serra da Pampilhosa (Henriques!). — Alto Alemtejo: Mar>ào, prox. da Quinta Nova (R. da Cunha!); Castello de Vide, Prado (R. da Cunha!). B. Dlscolores. — Turiones arcualo-decumbenles; foliola sublus jncano-tomentosa 19. Riihiisi cliscoloi% Weihe et Nees, /. c pg. 46, lab. 20; Gren. et Godr., /. c, pg. 546! Wk. et Lge., /. c, pg. 220! Harmand, /. c, pg. 331, pi. XXX! Exsic. jdura in herb. Wlc! R. discolor et K. thjTSoideus, Ficalho, /. c, pg. 10 et 11! R. fruticosus, Brot. [pr o parte), l. c, pg. 347! Variat panicula majore v. minore, ampliore v. angustiore, typice pube- riila rarius pilosiore; petalis roseis v. albis; foliolis supra subglabris v, ra- i06 rins pilis strigosis sparse vestitis. Forma inermis culta vcrosimiliter ex cul- tura orla. Hab. in sepibus, incultis, nemoribus et agrorum marginibus frequens per totam fere Lusitaniam; forma inermis rarissime culta in horlis. — 5. Fl. 3Iaj. ad Aug. — Liisil. forma inermis, Silva sem espinhos ou de S. Francisco, [v. v.). Alemdoiiro transmontano: Bragança, estrada do Sabor (Mariz!); Chaves (Molier!). — Alemdouro liltoral: margens do rio Minho, Melgaço, Valla- dares (R. da Cunha!); Serra do Soajo (Molier!); Arcos de Vai de Vez (Molier, Fl. Lusil. Exsic, n.** 959! Barros e Cunha, Soe. BroL, n.° 826*!) ; Vianna do Caslello, Senhora d'Ag()nia, Darque (U. da Cunha!); ribeira d'Ancora (B. da Cunha!]; Gerez, Ponte Feia (Molier!); prox. de Braga, Castro (A. Ferreira!). — Beira transmontana: Guarda (Daveau, n." 23!). — Beira central: Mangualde (M. Ferreira!); Litdiares (M. Ferreira!); Gouveia (M. Ferreira!); Oliveira do Conde (Molier!); Serra da Estrella, prox. de Vallczim (Henriques!); Valle de Bodra (Molier!); Corgo do rio Coja, Senhora da Lapa (M. Ferreira!); Santa Comba Dào (Molier!). — ■ Beira meridional: Fundão, Carquejeira (B. da Cunha!); Castello Branco, Millui (R. da Cunha!); Malpica, Covào da Cruz (B. da Cunha!); Serra da Pampilhosa (Henriques!). — Beira litloral: Ponte da Murcella (M. Fer- reira!); Pinhal do Urso (Loureiro! Molier!); Foja (M. Ferreira!); Coimbra e arredores, Villa Franca, Cidral, moitas do Mondego (Molier!); Alber- garia, Vermoil, Pombal (Molier!); Pinhal de Leiria (Pimentel!); S. Mar- tiidio do Porto (B. da Cunha!). — Centro liltoral: Mira, Covão da Car- valha (B. da Cunha!); Torres Novas, S. Gião (B. da Cunha!); Villa Franca, Cevadeira (R. da Cunha!); arredores de Lisboa, Monsanto (P. Coutinho, n." 1320!); Casal do Duque de Cadaval (B. da Cunha!); Odivellas (Oli- veira David, Soe. Brot., n." 826"!); prox. a Cascaes, Estoril (Welw. !); Caparide (P. Coutinho, n." 1319!); Cintra (Valorado!); prox. da Malveira (Welw.!). — Baixas do Sor raia: Montargil (Cortezào!). — Alemlejo litlo- ral: ?\eáaáe, Caramujo (B. da Cunha! Welw.!); Seixal, Arrentela (Da- veau!); Serra d'Arrabida, Portinho (Molier!). — Baixas do Guadiana: entre Ourique e Garvào (Daveau!). — Algarve: entre Corte Figueira e Mú (Daveau!); Almodovar (D. Sophia!); Monchique (Molier!); Tavira e ar- redores (Molier! Welw., n." 355!). Forma inermis. — Beira central: Coimbra, cult. no .Jardim Botânico (Welw.!). Nota. — Não é possivel dizer quaes sâo as espécies citadas n'este tra- balho que se incluem no B. frulicosus, Brot. ; nem a descripção dada na Flora Lusitanica, nem o habitat ahi apontado, o permittem. O que se pôde 107 decerto aflirmar é que a espécie broteriana devia abranger também o R. discolor e R. amoeims, os dois Riibus incomparavelmente mais communs em Portugal. 20. Riiliiisi niiioeniis, Portenschl., Enum. pi. Dalmal, Lge., Pug. IV, pg. 146! \Vk. et Lge., /. c, pg. 220! Exsic. plura in herb. Wk.I R. fruticosus, Brot. [pro parle), L c, pg. 3i7! A praecedente vix species diversa. 3. integrlfolhis, Lge., /. c! Wk. et Lge., /. d Foliis inlegris V. leviter trilobis renilormibus. Potius forma monstruosa, et intermediis ad typum transit. Hab. a. ciim praecedente et etiam frequens; 3. prope Cascaes. — 5. Fl. Maj. ad Aug. (v. v.). Alemdouro transmontano: Chaves (ftloller!). — Alemdouro llltoral: mar-r gens do rio Minho, Albergaria, Valladares (H. da Cunha!); Monsào, mu- ralhas da Villa (R. da Cunha!); Valença, Raposeira (R. da Cunha!); Ponle do Mouro, margens do rio Mouro (R. da Cunha!); Seixas, pinhal (R. da Cunha!); Barcelios, bouças da Marnota (R. da Cunha!). — Beira Irans- monlana: Sernancelhe (A. Soveral!); Guarda e arredores (Davoau!); Pêro Soares (M. Ferreira!). — Beira central: Vizeu (M. Ferreira!); Caldas de S. Pedro (Moller!); entre Cannas e Felgueiras (Moller!); matta do Bussaco (Daveau!). — Beira littoral: Figueira da Foz (Loureiro!). — Beira meri- dional: Idanha a Nova, Tapada do Tanque (R. da Cunha!); Castello Branco, ribeira da Lyra (R. da Cunha!). — Centro littoral: Porto de Moz, Alçaria (R. da Cunha!); Caldas da Rainha (Daveau!); Cartaxo (Cardoso!); Azambuja, Valia do Lczirào (R. da Cunha!); Canecas (D. Sophia!); Serra de Cintra (Daveau!); prox. a Cascaes, Caparide (P. Coutinho, n.*" 1321 e 1322!). — Alto Alemlejo: Povoa e Meadas, ribeira de S. João (R. da Cunha!); Marvão, Lavandeiras, Pedreira da Escusa (R. da Cunha!); Por- talegre, 'Senhora da Penha (R. da Cunha!). — Alemtejo littoral: charneca de Caparica (R. da Cunha, Soe. Brot., n.° 826!); Piedade (Daveau!); Moita, estação (R. da Cunha!); Lagoa d'Albufeira (Daveau!), — Baixas do Guadiana: Beja, ribeira de Frades (R. da Cunha!) ; arredores de Serpa (C. de Ficalho!); entre Ourique e Garvào (Daveau!). — Algarve: entre Corte Figueira e Mu (Daveau!); Faro (Moller! Guimarães!); Fuzeta (Welw.!). [5. integrifolius, Lge. — Centro littoral: entre o Estoril e Caparide, pinhaes dó Livramento (P. Coutinho, n.°' 1323 e 1324! Soe. Brot, n.° 1611!). 108 Nota. — O R amoemts enconlra-se promiscuamente com o R. discolor cm qiiasi lodo o paiz ; as duas plantRS são muito próximas, e provavel- mente o R. amoenus não é mais do que uma forma do R. discolor, como Willkomm j/i o suspeitava No >ivo, a distincçào é relativamente fácil, mas nem sempre acontece o mcsino quando se trata de exemplares seccos de herbario, com frequência mais ou menos incompletos; é, por isso, bem possivel que alguns dos exemplares acima referidos ao R. amoenus per- tençam antes ao R. discolor e vice-versa. 21. Riihiis ioiiieiitosiis, Borkh., ap. Roem., Neus Rol. Mag. st. I; Gren. et Godr., /. c , pg. 544! Wk. et Lge., /. c, pg. 221 ! Bss., Fl. OrientJ U, pg. 694! Ilarmand, /. c, pg. 332, pi. XLII! Exsic. ex Hisp. in herb. Wk. ! Hab. in niontosis Lusitaniae borealis. — 5. Fl. .Tun. (y. s.). Alemdouro litloral: Serra do Gerez (Murray). — Reira Iransrnonlana : Adorigo (Schmitz, n.*' 62!). — Reira meridional: Alcaide (H. da Cunba!). Nota.- — Do Gerez não vimos exemplares; a indicação é dada pelo tra- balho do Rev. Murray publicado no Rol. da Soe. Rrot. V, pg. 189. O exemplar de Adorigo corresponde perfeitamente ao lypo; o do Alcaide é notável pela maior robustez do aculeos, no emtanto julgamos que é ainda n'esta espécie que se inclue. 22. Riiliiis colliuiiii», DC, Horl. Monsp., pg. 139; Gren. et Godr., /. c, pg. .^45! Wk. et Lge.. /. c, pg. 221! Harmand, /. c, pg. 30, pi. XXI! Exsic. in herb. europ.! Hab. in Beira montana : Celorico, Quelha da Fonte (R. da Cunha!). — Ô. Fl. Jun. [v. s.). C. Vestiti. — Turiones arcuato-decumbentes v. prostrati, pilis patentibus vestiti ; folia ulrinque viridia v. subtiis albido-virescenlia. Planlae eglandulosae v. parce glandulosae 23. 11 iiliiis iiiieaiijsi, Godr. et Gren., in Gr. et Godr., /. c, pg. 546! Rogers, /. c, pg. 231! Harmand, /. c, pg. 336, pi. XXIII et XXIV! 1 Ed. Boissicr — F/om OrientaHs, //. — Genovae et Basileae, 1872. 109 Hab. in Beira prope Conimbricam: Quinta da Zombaria (M. Ferreira!). — 5. fl' Jul- (i^ s.). Nota. — O exemjilar acima referido, bem dislinclo de todos os outros d'este género que observámos, parece condizer com as descripçòes do /í. micans; como porém, não tivemos occasião de o comparar com exemplares typicos, a determinação fica forçosamente um tanto duvidosa. 24. Hfiiibiis leiíoostacliy», Schleich., apud Sm., Engl. Fl. (1824); Kogers, /. c, pg. 234! R. vestitus, Weibe et Nees, /. c, pg. 81, tab. 33; Gren. et Ciodr., l. c, pg. 541! Harmand, /. c, pg. 327, pi. XXIX! Exsic. pliira in lierb. europ.! Sepala apud nos vix glandulosa. Hab. in montosis Duriminiae. — 5. Fl. Jun. (y. s.). Alemdouro litloral: prox. de Melgaço, S. Gregório (Moller!); Valença, Choupal (R. da Cunha!); Arão, Villar de Lamas (R. da Cunha!); Serra do Soajo, Nossa Senhora da Peneda (Moller!^ 25. IKiihiis ^|ii*eii^-elii, Weihe et Nees, l. c, pg. 32, tab. 10; Gren. et Godr., /. c, pg. 542! Rogers, /. c, pg. 232! Schultz, lierb. norm. cenl. II exsic, n." 1085! Lge., exsic. in lierb. europ.! Hab. in Bussaco i^Louieiro! 31. Ferreira!). — 5- FL ]\Iaj. ad Jul. (y. s D. filandulosi. — Turiones paene prostrai! cum [)elioli et poduncnii giandulis pedicellalis pliis minus nnnierosis veslili; aculei inaequales; morae ex acinis nuniern.^is mediocribus V. par vis cumpositae 26. Kiihais liisiiaibieiís, Murray, fíol. Soe. Brol. V, pg. 189! Exsic. a ciar. aucl. commwiicala et in herb. Univ. Couimbr. deposita! Variai pilis typice iongioribus (in Juresso) v. brevioribus (in Melgaço). Stirps e vestimento piloso ad seriem Vestiti qiiasi accedens. Hab. m monlosis Duriminiae borealis; Melgaço, S. Gregório (Moller!); in .Turesso, Caldas (Murray! Moller, Soe. Brot., n." 1313! Fl. Lusil. Ex- sic, n.° 960!); Leonte (Murray). — 5- Fl. Jun. (t\ s.]. 27. RitSliiis riidis. Weihe et Nees, /. c, pg. 91, tab. 40; Gren. et Godr., /. c, pg. 544! Rogers, l. c, pg. 301 ! Harmand, /. c, pg. 32i, pi. XIX et XX! Schultz, herb. norm. cent. 8 exsic, n.° 784! no In spccimine noslro ramis lloriferis axillaribus numerosioribus et pedi- cellis miniis gracilibus. Hab. prope Conimbricam, valle de Coselhas (M. Ferreira!); Quinta de S. Jorge (Moller!). — ò- Fl. Maj. et Jun. {v. s.). 28. Itiibiis II adula. Weilie et Nees., /. c, pg. 89, tab. 43; Rogers, /. c, pg. 299! Harmand, /. c, pg. 326, pi. XXI! Exsic. plura in herb. europ. ! Hab. in Hirminio: prope Vallezim (Henriques!); Sabugueiro (Moller!). — 5. Frucl. Aug. (v. «,). 29. Iliiliiisi liirtiiii, Weibe et Nees, /. c, pg. 95, tab. 43; Gren. et Godr., /. c, pg. 543! Wk. et Lge., /. c, pg. 222! Harmand, l. c, pg. 321, pi. XVI et XVII! Exsic. plura in herb. europ.! R. glandulosus, Henriq. m herb. et in Boi. Soe. Jirol. IIP, pg. 211!. Folia ternata, petiolo dcnse glunduloso supra plano subtus aculeis curvis armato, foliolis utrinque viridibus et praecipue subtus ad nervos pilosis, médio latioribus, sublobatis et acute plicalo-serratis ; panicula llexuosa, foliata, foliis summis trilobatis; sepala breviter albo-marginata, aciculata et glandulosa, longe acuminala v. potius appendiculata, demum reflexa. An forsan ad /?. foiiosum, Weihe et Nees [íi. Gúnlheri, Bab.), ducenda? Hab. in regionc monlana boreali. — 5- /'/. Jun. {y. s.). Alemdouro lilloral: Serra do Gerez, prox. da Ponte Feia (Moller!). — Beira transmontana: Trancoso (M. Ferreira!). 30. Kiiliiisi ? R. caesius, Ficalho {non L.), /. c, pg. 11! R. caesius, Henriq. (non L.) in Boi. Soe. Brol. III, pg. 211! R. fusco- ater, Murray [pro planta dúbia) in Boi. Soe. Brot. V, pg. 189! Caules ut videtur prostrali, graciles, subteretes, striati, leviter pubes- ccntes, aculeis paucis debilibus inaequalibus compressis, e dilatata basi redis, sum.mis declinatis et saepe curvatis, cum tuberculis et glandulis pedicellatis paucis intermixtis; folia omnia ternata, stipulis linearibus et glandulosis, petiolo supra subplano subtus parce et debiliter aculeolato aculeis curvis, pubcscente et glanduloso, glandulis pillos non aut Aixattin- gentibus; foliola utrinque viridia, supra pilosa subtus birto subvelutina, denlato-serrata et saepe sublobata, terminale obovatum v. rotundato- ^ Dr. Júlio A. Henriques — A vegetação da Serra do Gerez, in Boi. Soe. Brot. III (1884).— Coimbra, 1885. 111 obovalum, basi cuneata subcordatum, ápice abriiple aciiminatum, lale- rales subsessiles; painCiila brevia cor^mbusa simplev v. subsimplex, ramis duobiis axillaribus Irilloris, |)e(liinculis gracilibus palentrbus v. erecto- patentibus cinereo-tomcntosis, glancliilis et aciculis rectis plus minus nii- merosis veslitis; sepala ciiiereo-tomentosa, glandulis breviter pedicellatis et aciculis brevissimis baud numerosis, ápice acuminatu v. subappeiidi- culata, laxe reflexa; pelala obovata. Hab. iri Jiiresso et lierminio. — 5- Fl. Jun. et Jul. [v. s.). Alemdoufo Ulloral: Serra do Gerez, prox. a Villar da Veiga (^Welw.!); Aguas do Gallo (3Joller!); prox. das Caldas (Murray) ; prox. de Leonle (Moller!). — Beira central: Serra da Estreila, Sabugueiro (Moller! Mur- ray). Nota. — Nào cbegámos a formar opinião sobre esta espécie, que pre- cisa ser estudada sobre exemplares mais completos. Apesar de nào ter- mos visto os exemplares coibidos pelo sr. Murray, julgamos que elles se identificam com os que acima enumeramos, j)or nós examinados, das mes- mas localidades, e, sendo assim, a espécie em questão foi considerada em duvida por aquelle botânico como sendo o R. fusco-aler. Este R. fusco- aler dos auctores inglezes é uma planta critica, que no trabalho citado do sr. Rogers se reparte [)clas duas espécies — o R. badius, Focke, e R. oigo- cladus, Muell. et Lefv. — . Os nossos exemplares, a pertencerem a alguma d'estas duas espécies, seria decerto á ultima delias — o R. oigocladus — espécie a que julgamos dever ser referida uma exsiccala ingleza do R. fusco- aler, dada pelo sr. Backer, e existente hoje no herbario europeu da Escola Polytechnica; ora este exemplar inglez tem, na verdade, á primeira vista, umas certas semelhanças com os nossos, mas dislingue-se muito bem pela maior robustez, maior pilosidade, maior panicula, forma e dimensões dos aculeos, etc. : deve ser espécie diversa. Posteriormente, enviámos ao sr. dr. Focke uma das exsiccala do Gerez, consultando-o sobre a sua deter- minação; infelizmente este distinclo especialista nào se poude pronunciar com segurança, pois que o exemplar enviado, como todos os que possui- mos, era assaz incompleto; na sua resposta, diz-nos que a nossa planta lembra o R. longilhyrsiger, Lees., espécie das regiões montanhosas occi- dentaes da Inglaterra, e cuja presença nas altas montanhas de Portugal nada teria de inverosinnl, mas que julga imprudente, apenas sobre os ele- mentos de que dispoz, apresentar uma determinação definitiva. Assim, pois, ficará esta espécie para futuras pesquisas e mais demorada inda- gação. 112 E. Caesii. — Turioiies prostrali; aculei debiles; foliola inf. sessilia V. subsessilia; panicula corymbosa simplex v. .^ubsimplex; . morae ex aciíiis baud numerosis inflalis compositae. Planlae egiandulosae v. parce glandulosae 31. Itiibiis iieiiiorosiisi, Mayne, Arzneygewachse, t. III, tab. 10; Gren. et Godr., /. c, pg. 539! Wk. et Lge., /. c, pfj. 222! Bss., /. c, pg. 692! llarmand, /. c, pg. 309, pi. VIII et IX! Exsic. plura in herb. europ. ! Ditíert a R. corylifolio, cui valde affinis, turionibus minus robustis et minus angulalis, aculeis minus validis, panicula salis minore, foliolis basi rotundalis (nec cordalis), ele. Pliinta polymorpba: variat praecipue apud nos aculeis gracilioribus aut robustioribus, panicula plus minus tomentoso- pilosa, petalis suborbicularibus v. obovatis, foliolis utrinqiie viridibus v. sublus albido-pilosis, foliolo tenninali rbombeo-ovato rarius eliiptico- v. ovato-acumin;ito. Hab. in Lusitânia boreali et media in regione montana. — Ô. FL Maj. ad Jul. (y. V.). Alemdouro transmonlano : arredores de Vimioso, Avellanoso (Mariz!); Bragança (P. Coulinbo, n.° 1326! Mariz!); valie do Cliorido (Moller!).— Alemdouro iiltural: ? Serra do Gerez, Caldas (berb. da Univ., n." 18! Hen- riques!).— Beira iransmonlana : Trancoso (31. Ferreira!); Guarda (Da- veau, n.'' 780!). — Ihira central: Serra da Estrella, Cântaro Gordo (R. da Cunha!). — Beira meridional: Fundão (U. da Cunha!); Alcaide (R. da Cunha !). Nota. — Se é exacta a ideia que formamos do R. nenwrosus e R. cory- lifolius, espécies muito próximas e ambas bastante poIymor|)has, as nossas plantas incluem-se melhor na primeira das duas; devemos no emtanto ac- crescentar que a distribuição d'eslas espécies na visinha Ilespanha, segundo as indicações de Willkomm (no Prodromus e no Supplemenlum), levaria antes a acreditar na existência do R. corylifoliiis em Portugal, pois que esta ullima espécie é ali mais frequente e occupa mais larga área, em- quanlo o R. nemorosus só tem apparecido na Catalunha e no Aragão. Os exemplares do Gerez são bastante incomftletos e ficam-nos duvidosos. Cor- responderão elles ao R. caesius, Brot.? Em todo o caso, no R. caesius, L., é que de certo se não incluem. 32. Riiliiis caesius, L , Sp. PI, pg. 706! Brot., /. c, pg. 347?! 113 Gren. et (lodr., /. c, pj;. 3'*7! \Vk, et Lge., /. c, pg. 323! Bss., /. c, pg. ()<)2! Kogers, /. c. XXXI, pg. 42! IlarniMiul, /. c, pg. 304, j)l. Ill et IV! Exsic. plura in licrb. Wl>.! et. umhrosus, W;illr., in Gron. et Godr., /. d Foliolis niollis planis siihglíihris lohalo-serratis, lennitiali rliombco-ovato acumiiiato. ^. (irvensis, W'i\\\\\, m líogers, /. c! Robustior, acnieis niimerosio- rihiis et \ali(lioiibus, loliolis coriaccis lohato-serratis plicatis, termiriali cordato-rolundato brevitcr acumiiiato. Varietas apud nos (saltem uhi eam observavimus) rarissime llorescens. Hab. a. iii ncnioribus et Inimidiíisciilis Durimiiiiae, 3. in arvis et vineis Liisitaniae ccnlralis. — O- Fl. Jun. — Liisit. [i. Silva gallega (arredores de Cascaes). (v. v.). ot. umbrosiis, Wailr. — AJemdouro Ullnral : Valença, Chonpal (R. da Cunha!); Yailadares (R. da Cunha!); Serra do Gerez? (Brot.). 3. arvensis, Wailr. — Cenírn lilloral : prox. a Cascaes, Caparide (P. Coutinho, n.''' 1327 e 1327 bis!). Nota. — Naturalmente esta variedade ;3. deverá encontrar-se em mais localidades, que liguem os pontos extremos onde marcámos a espécie; é provável que, peio fado de llorescer com tão pouca frequência, teidia sido despresada pelos collertores, e por esse motivo seja tào rara nos nossos herbarios. O R. caesius, L., iiTio tem modernamente apparecido na Serra do Gerez, e por isso lhe referimos em duvida o fí. caesius, Brot. : apesar de que a descripçào da Flora Luí^ilanica concorda bastante com a espécie linueana. e de que a existência agora comprovada desta espécie no Alto Minho (Valença e Valladares) torna muito plausi\el o seu habitat no Gerez. Trib. IV. F*otontilloao, Blh. et Hook., /. c, pg. 617! VI. Geum, L., Gen. PL, n.° C3C1 Folia caulina magna, Irisecta, iiiciso-dcntala ; sti[»ui.'i(' niagnae, foliaccae, sabro- lundatae, grosse tloiUalae; sepala post anlliesin reflexa; slyli ad Vi geniculati ; capituluui fl uctiferum scssile G. wbanum, L. Folia caulina parva, simplicia, profunde dentata : stipulae ovato-lanceolatae; se- pala post anltiesin erecta v. subpalenlia; slyll ad médium geniculati: capitulum frueliferum conspicue slipitatum G. silvaticum, Pourr. 8 XVI Mi 33. Ciiciiiii iirliaiiiiiii. L., Sp. PI., pg. 716! Brol., /. c, |»g. 354! Gron. et Godr., /. c. pg. 519! VVk. et Lge., /. c, pg. 237! Fica- llio, /. c, pg. 13! Exsic. pliira in lierb. \Vk.! Hab. in nemnril)us, unibrosis et iul sepcs, praeripue in legioric inon- tana. — 2f. Fl. Apr. ad Aiig. — LusH. Caryoplnllada, herba benta, sana- iiiiinda. [v. \).). Ahmdouro Iransmonlano : Vimioso, Valle de Frades (IMariz, Fl. Lusil. Exsic, n." 531!); Bragança e arredores. Castro d'Avcllafis (P. Coutinho, n.° 1331! M. Ferreira!); Moncorvo, Sonlo da Velha (Mariz!). — Alan- douro lillaral : IMtlgaço, S. Gregório {Moiler!j; Monsào, margens do rio Minho (li. da Cnnha !) ; Valhidares, Anjào (l{. da CiiidiaJ); Caheeeiras de Basto (1). M. L. líenri(|nf>s! Henriques!;; Amarante (G. Sampaio!). — Beira transmontana: Guarda, Pêro Soares (M. l'\M-reira !). — li eira cen- tral: Bussaco (Henriques! Daveau ! A. de Carvalho!); Serra da Jístrella, Manteigas (Brot., Daveau!). — lleira litloral: Coind)ra [^]. Ferreira!). — fíeira meridional : Covilhà, Sania Cruz [\\. da Cunha!); Alcaide, Barroca do Chorão (R. da Cunha!); Fundào, margem da Hibeira Velha (B. da Cunha!); Alpedrirdia, Bilros (B. da Cimha !j. — Centro littoral : 'J^orres Novas, Bibeira da lioa Agua (l{. da Cunha!). 34. Ciíciíiii í«»B8vniÍ4*iiiBt, Pourr., Act. Tol. e\ DC, Fl. Fr. V, pg. 544; Gren. et Godr., /. c, pg. 520! Boiss., Voij. liot.K pg. 201! AVk. et Lge., /. c., pg. 238! Ficalho. /. c, pg. 13! PJjsic. plura in herb. Wh. et in herb. europ.! G. billorum, Hrol., Fl. hisit. II, pg. 353 et /*//?//. Lusit.^ pg. 196, tab. 80! G. allaulicum, Desl"., Fl. AU. I\ pg. 402 {te$te Boiss.)! Ilab. in collibus,.nemoribus et humidiuscidis praecij)ue Ífi Lusitânia bo- reali et media. — 2/. Fl. Mart. ad .Iul. (e. v.). Alemdouro transmontano: Miranda, Villar Secco (Mariz !) ; Bragança, prox. ao Sabor (P. Coutinho, n" 1332!); Serra de Bebordàos (Moller !) ; Moncorvo (Mariz!). — Jieira central: Serra da lisl relia, S. Bomào, Amiaes, Soutos de Paradas (M. Ferreira! Foíiseca!). — lieira littoral: (Coimbra e arredores (Brot.); Baleia, Montes de Santa Clara (Leilão! Moller!); In- gotte (L. Uosette!); Alto das Calçadas (A. de CarNulho!); Pousada (Mol- * Ed. Boissier — Voifage Botaniqiic dons le Midi de VEspagnc. — Paris, 1839-1840. 2 F. A. Brotero — Plintograpliia lAisilaniae Selettior, I. — Olisiponae, 1810. ^ B. Dcslontaines — Flora Atlântica, vol. I. — Parisiis, anno sexlo reiputilicae gal- licae. llíí ler!); Ccllas íl{. V.iI.miIc, Soe. lírnl., n." .377!); Cibo IMorulcí^o (í.on- reiro!); Fonte 'elw. ! I)a- veau!); Montelavar (II. da íliiidia!). — Alenílcjo liUoral : Serra d'Arral)i(Ia (l)a\eaM!^; Serra de S. Luiz (Wel\v,!j; enire o Cercal e Odemira l)a- veaii! . — Alto Alctnlcjo: Caslello de Vide, Prado (H. da (jirdia!j. VII. Fragaria, L., Gcn. 1>I., u." iVXW 3.^. I*"!'»;^-»!*!.! vi^M4*». L., .S'/>. I'L, |)^^ 708! lirot,, /. c, [>«;. 3 49! (,ren. el (iodr., /. c, ^fr. :i3o! VNk. et L-e., /. c, pg. 22í ! Ficu- llio, /. c, \)'^. I I ! E.r.sic. ])lura!;; Haleia (Moller, Fl. I.usil. E.rsir.., n.'' 1188!); Sal^Mieiral (F,. Lou- reiro!]; Finlial de Valle de Carnias (Mollei!). — l{cirn meridional: Ser- naclie do Honi Jardim (A. F. Fera!). — Ahjarve: MonclH'(|iic, Foja (Welw. I Moller!^. Nota. — AHira os exemplares ernimerados, alguns vimos, pouco inime- rosos, (pie lembram a /''. colliiia, Fliili., mas o estado de imperfei^ào de lodos elles nào nos permille asseverar (juí; perten(;am realmente a (íst.i espécie. Limilàmo-nos, por isso, a indical-a A atlení.ão dos nossos explo- ra(Jor(!S, nas suas lutiiras [)es(juisas. Conjnnctamenl(! com a /''. vesca, ciil- li\um-se u I'\ sempcr/lorens (morango de lodos os inczcs) c a l'\ chilmsis. 1 116 VIII. Potentilla, L., Gen. Pi, n.' C3i! 'Axis indeterminatLis (caules floriferi ex axillis foliorum rosulae centralis pro- deunles) [Sect. I. Lalendes, Doll ] ; folia digitata 2 |Axis determinatus (caules floriferi terminales) [Sect. II. Terminales, DiJll.] ; folia impai ipiíinata; pétala alba . .' P. mpestris, L. iPetala alba; folia rosularam 3-nata 3 (Pétala (lava : folia rosutarum o-nata (rarius 7-nata) 4 Rhizonia stoloniferuui ; foliola basi excepta grosso crenata. P. Fragariastrum, Ehrh. Rhizoma saepissime estolonc; foliola a médio v. a Vs í>d apicem usque crenato- serrata P. montana, Brot. 'Caules floriferi stoloniformes, procumbentcs et radicantes : folia omnia petio- ata 5 4 ICaules floriferi (haud stoloniformcs) ascendenti-orecti ; folia inf. 5-nata, sup. 3- nata 6 1 Flores pentameri; folia caulina longe petiolata, o-nata, foliolis obluse' serratis; caules simplices P. reptam, L. " jFlores letrameri, rarius pcnlameii; folia caulina l)reviter petiolata, plerumque 3- 1 nata, foliolis acule et profunde serratis: caules di(*hotomo-ramosi. I P. procunibens, Sibtli. 6 [Flores pentameri. Planta laxe caespitosa, parva, e regione niontana bureaii. flores- cenliae tempore foliis rosularum adbue vivis P. alpesíris. Hall. JFlores telrameri. Planta saepissime elata, in fere omnia Lusitânia fiequons, fnliis rosularum florescentiac temponi jam evanidis; folia caulina sessilia v. sulises- silia P. Tormentilla, Sibth. Secl. I. Laterales, Dnll., Fl. Uheuau., pg. 700, apud Wk. el Lge., /. c, pg. til ! 36. I*4>ieulil9a Frii;^-ai*itiJ^di*aBBai. Ehrli., líerh., pg. 769; Gren. el Godr., /. c, pg. 522! Wk. et Lge., /. c, pg. 227! Easic. plura in herh. Wk.! Fragaria sterilis, L., Sp. IH., pg. 709! Hab. in Beira littorali, prope Durium: Yilla Nova de Gava, Sezedo (J. Araújo e Castro, Soe. Brot., n.° 1231!). — 2í. Fl. Apr. (1887). (v. s.). 37. Poteiililia nioiitaiia. Brot., Fl. Lusit. II (1804), pg. 350! 117 P. splendens, Ramond, in Lam. et DC, Fl. Franc. r(1815), pg. 468; Grcn. et Godr., /. c, pg. 523! \\k. et Lgc, /. c, pg. 228! Ficalho, /. c, pg. 12! Exslc. plura ex Uisp. in herb. Wk.! Eocsic. plura ex Eiirop. cenlr. in herb. eitrop. ! Variat apud nos foliis plus minus saepe valde pilosis, et statura sat di- versa, intcrdiim nana congesto-caespitosa. Planta brotcriana a planta ramondiana vix diííert acheniis matnris le- vissime rugulosis. Ex descriptionibiis, planta broteriana folia caulina 2-3 habet, iniimo ternato, et planta ramondiana 1-2 omnia unifolinta, sed ut vidimus hl characteres inconstantes; loliorum dentes etiam plus minus nu- merosi in utraque planta. Hab. in graminosis montosis Duriminiae et Beirae. — 2í. FL Mart. ad Maj. (v. s.). Alemdouro liUoral: Valladares (Johnston, Soe. Brol., n.° 690!); prox. ao Porto (Johnston!). — Ikira cculral: Bussaco (M. Ferreira, Fl. Lusit. Exsic, n." 1379 !). — Beira liltoral: Villa Nova de Gaya, Monte de S. Paio (C. Barbosa!); Serra do Pilar (Dr. Scauler, in herb. Wclw.!); entre Se- mide e 31iranda (Brot.); Ponte da Murcella, Barreiro, Lavegadas, Egreja Nova (M. Ferreira!); Lonzà (Henriques!). 38. fl*o(oii(sila reiítaus, L., l. c, pg. 714! Brot., /. c, pg. 350! Gren. et Godr., /. c, pg. 531! Wk. et Lge., /. c, pg. 229! Fica- lho, /. c, pg. 12! Exsic. plura in herb. Wk.! Variat foliis rosularum typice 5-nalis interdum 7-natis, plus minus adpresse pilosis. Hab. in humidiusculis et pratis, ad vias et fluminum ripas, ut videtur praecipue in regionibus inferioribus. — 2f. Fl. Maj. ad Jul. — Lusit. Po- tentilla ou cinco em rama. (y. v). Alemdouro transnionlano : Bragança, Fonte Arcada, Valle de Prados (P. Coutinho, n.° 1329! Moller !). — 5(?/ra liUoral: Cantanhede (M. Fer- reira!); Coimbra, Ademia (Moller, F/. Lusil. Exsic, n.° 736!); Buarcos (Goltz de Carvalho, Soe. Brot., n." 1445!); Miranda do Corvo (B. F. de Mello!); Pombal (Moller!). — Beira meridional: Tramagal, margem do Tejo (B. da Cuidia!), — Centro liltoral: Torres Novas, ribeira da Boa Agua (R. da Cunha!); Leziria rrAzambuja, Valia do Lezeirào (B. da Cunha!); Alverca (Daveau!); Cacem, Bio de Mouro, Bamalhào (Welw. !) ; Tapada de Queluz (Daveau I); prox. a Cascaes, Capnride (P. Coutinho, n.*^ 1329!); arredores de Lisboa, Babicha (B. da Cunha!). — Baixas do Sorraia: Mon- targil (Cortezão!). — AlemUjo litloral: Cezimbra, Alfarim, Corredoura (Da- veau! Moller!); entre Alfarim e SanfAnna (Moller!); Calhariz (Welw.!); 1Í8 Odemira (G. Sampaio!). — Baixas do Guadiana: Serpa, Pulo do Lobo, margens do Guadiana (C. de Ficalho e JJaveau !). — Alijarve: Faro (Wehv. !) ; Loulé (J. Fernandes!); Alte, Villa Nova de Portimão (Moilor!). 39. fl*oieiiiiiIa |ii*(i(*iiiiai»eaij^, Siblh., Fl. Oxon., pg. I(i2; Gren. et Godr., /. c, pg. 531 ! \Vk. et Lge., /. c, pg. 230! Exsic. pliira iii herb. europ.l Tormentilla reptans, L., /. c, pg. 710! Hab. in Duriminia et Beira. — %. Fl. Jnn. ad Sepl. [v. s.). Alemdouro Ulíoral : V^dença, Valle de Gaidei; Valladares, Vellirdia, mar- gens do Miídio (H. da Cunha!); Cabeceiras de Basto (J). M. L. Henri- ques!); prox. ao Tâmega (Henriques!). — Beira lilloral: Buarcos (Hen- riques!). 40. B*oteiítil8iâ al|»4V«»tB-i.9, H,dl. fil. m Mus. Hclv., pg. 53; Wk. et Lge., /. c, pg. 232! Gren. et Godr., /. c, pg. 528! Easic. in herb. Wk.! Folia rosularum 5-nata, caulina summa 3-nata; achenia rugulosa. Forma singularis, e foliis miims pilosis sid)lus nervosioribus et íloribus minoribus, quasi ad P. aiiream accedens; sed, e foiiis rosulae c quorum axiilis caules lloriferi prodierunt llorescenliae lempore adliuc vivis, certe cum P. alpestre conjugaiida. Hab. in Transmontana boreali : Serra de Hebordàos, Carvalhal (Mariz!). — 21. Fl. Jul. (1897). {v. s.). 41. I*»tciili3ra 'r»B>ini^iUãSSi), Sibth., Fl. Oxon., pg. 102; Gren. et Godr., /. c, pg. 530! \^k. et Lge., /. c, pg. 233! Ficalho, / c, pg. 12! Ejsíc. plura in herb. Wk.! Tormentilla erecta, L., /. c, pg. 716! Brot., l. c, pg. 352! Variat foliis plus minus saepe valde pubesccnlibus rarius dense strigu- losis, loliolis plus minus serralis saepe sub|)itinatifidis. 3, Herminii, Ficalho, /. d Nana, foliolis angustioribus 3-5-den- tatis, stij)ulis saepe simplicd)us. Hab. a. in nemoribus, [)ratis, humidiusculis et uliginosis in fere tola Lusitânia; 3- i" praealtis Herminii et Soajo. — 2/. Fl. Maj. ad. Aiig. — Lusit. Tormentilla ou sete em rama. [v. v.). Alemdouro Iransnxmlano : Cha\cs e arredores, rigiieiro de Villiir, Venda Nova (Moller!); Serra de Montesinho (Moilor!); Serra íIo Marão (herb. da Univ.!). — Alemdouro Ulíoral: Melgaço e arredores, S. Gregório (Moller!); 119 Monsào, Cuidas (R. da Cunha !) ; Ponte do Mouro, margem do rio Mouro (H. da Cunha!); Valcn^-a, montes da Logeira (R. da Cunha!); Caminha (R. da Cutdia!); IMonle Dor, Gandara; praia do Carreço; Ancora; Vianna do Caslello (R. da Cunha!); Serra do Soajo, Nossa Senhora da Peneda (Moller!); Ponte da Barca (Rocha Peixoto!); Serra do Gerez, Caldas, Leonte, Agua do Gallo (Henriques 1 Moller! M. Ferreira!); Serra do Bouro (R. da Ciudia!); C;ibeceiras de Basto (D. M. L. Henriques! Henriques! M. Ferreira!); Povoa de Lanhoso (Couceiro!); arredores de Braga (A. Fernandes e B. Biaga!); Barcellos, Souto (R. da Cunha!); prox. a Vizella (V. d'Araujo!); Villa do Conde (Craveiro!); Santo Thyrso (Rehello Va- lente!); Boiígado (Padrão!); prox. ao Porlo, ribeiro d' Avintes (Marquez do Fayal!).^ — Beira iransmonlana: Almeida e arredores, Valle de Marcos (R. da Curdia! herh. da Univ.!); Mido (R. da Cunha!). — Beira central: 01i\eira do Conde (Moller!); prox. a Vizeu, Paços de Silgueiros (Cortez!); Lobào (Moller!); Caramullo (Moller!); Bussaco (Mariz!); Manteigas (Da- veau!); S. Ronir^o (Fon.-icca !) ; Serra da Estrella, Senhora do Desterro, Malhada dos Fornos, margem do ribeiro de Beijames (Daveau! Moller! R. da Cunha!); Lapa c Matta da Vide (M. Ferreira!). — Beira litloral: arredores do Porlo, Serra do Pilar (V. d'Araujo!); Coimbra e arredores, Gandara do Amial, Zombaria (herb. da Univ.! Moller, Fl. Lttsit. Exsic, n.° 991!); Ourentam (A. de Carvalho!); pinhal de Valle de Cannas (Mol- ler!); Pinhal do Urso (Loureiro! M. Ferreira! Moller!); prox. de Monte- mór-o- Velho, Seixo (M. Ferreira!); Miranda do Corvo (Moller!); Alber- garia (Moller!); Serra da Louzà (^herb. da Univ.!); Pinhal de Leiria (Pimentel! Mendia !). — Beira meridional: Covilhã, Rio Zêzere, S. Se- bastião (l{. da Cuidia!); Inuidão, Cabeço de S. Braz (R. da Cunha!); Serra da Pam|)ilhosa (Hem-iques !) ; Sernache do Bom Jardim (A. F. Pêra!); Figueiró dos Vinhos (Victorino de Freitas!); Castello Branco, Rio Ocreza (R. da Cunha!); Mal|»ica (R. da Cunha!); Belver (P. Coutinho, n.'' 1330!). — Centro Valorai: Caxarias, Pinhal dos Mosquitos (Daveau!); S. Martinho do Porto (R. da Cunha!); Caldas da Rainha, Casal do Nobre (R. da Cunha!); charneca d'Otta (Daveau!); Serra de Cintra (Welw. ! Daveau! Moller! D. Sophia!). — Alemlejo litloral: (Valorado!); Amora (Welw. !); Arrentella, Pií.hal do Coelho d'Abreu (R. da Cunha!); Serra d'Arrabida, prox. ao Convento (Daveau!); Odemira (G. Sampaio!). — Baijas do Surraia : Montargil (Cortezão!). — Alto Alemlejo: Povoa e 3Iea- das (R. da Cunha!); Marvão, Covões (R. da Cunha!); Castello de Vide, Prado (R. da Cunha!); Elvas (Seruia !). 3. Herminii. — Alemdouro Iransmoíitano : Murça (M. Ferreira!). — Alemdouro litloral: Serra do Soajo (iMoller!). — Beira central: Serra da Fstrella, |»rox. a Vallezim, Cântaro Gordo, Fronte dos Perus, Lagoa Es- cura (Henriques! R. da Cunha! Welw.! Daveau!). 120 Sect. II. Terminales, Doll., /. c, pg. 722, ainid Wk. et Lge., /. c, pg. 234 ! 42. Poleiítilla E*ii|>(\^(ri.«, L., /. c. pg. 711! Rrot., /. c, pg 350! Grcn. et Godr., /. c, pg. .^32! Wk. et Lge,, /. í., pg. 234! Fica- lho, /. c, pg. 13 ! Hab. in rupestribus circa Melgaço et alibi iii Dtirimiiiia, sed raro (IToíTgg ex Brot.). — 21. Fl. Jiin. et Jul. (n. v.). Trib. V. P*otei-ia<3, Blh. et llook., /. c, pg. 621 1 IX. Alchemilla, L., Gen. PI, n.° 105 (jnchiden. Aphanes)\ TIores in cymas corymhiforiiies terminales et lateraies dispositi ; stamina saepis- sinie 4. Species pereinies (Secl. I. Eiiaklicmilla, Coss. el Cicrni.) 2 JFlores faseicnlati, fascicnii folio oppo?iti; stamina 1-2. Species annuae (Sect. II. Aphanes, Coss. et Geiíii.) 3 'Folia renifornii-orbicularia ad tertiam linilji partem 5-9-Iobata, lobis ovato-rolim- datis circamcirca crenato-serralis, glabra v. |)ubescenlia; sepala 8, interiõra exteriora sabaequanlia A. vnlgaris, L. jFolia orbicularia ad basin limbi fere usíjiie 5-9-parlita, sogmenlis ovato-oblongis ápice serratis cetcruni integerrimis, supra glabris obscure virentibus subtus margineque argenteo-seiiceis; sepala 8, interiõra quam exteriora multo lon- giora et latiora A. alpina, L. [Slipulae foliaceae, dimidiato obovalae, inciso-lobatae, connivenles; folia plus mi- nus peliolulata. Planta caulibus proslratis v. adseendenlibus, sae])e in orbem expansis 4 ^Slipulae cufn folio late connatae, niaximae, concavae, flabellatae inciso lobatae, connivcntes, vaginam amplexicaulem cyatlii formem furmanles; folia sessilia, tripartita, segmentis 2-3-lobatis. litania hirsuta, caule erecto sinqilici v. ramoso, foliosissimo .1. cornucopiokles, R. Sch. I Folia flabellato-tripartita segmentis 3-4-lidis; torus fructiferus calyce longe coro- nalus. Planta majuscula A. arvcnsis, Scop. ^Folia flabellato-tripartita segmentis lateralibus 2-lobis intermédio 3-lobo: torus fructiferus minimus calyce bieviter coronalus. Planta plermiiquc pusilla, mi- cropliylla A. microcarpa, Bss. et lleut. 121 Secl. I. Eualchemilla, Coss. el Germ., Fl. Paris, 2 ed., pg. 583, apud Wk. el Lge., /. c, pg.-SOO! 43. lloliemiien viilf^aris. L., Sp. PI., p^. 178! Brot., FL Liisil. 1, pg. 159! Gren. el Godr., /. c, pg. 5G4! Wk. et Lge., /. c, pg. 200! Ficallio, /. c, pg. 5! Exsic. plura in lierb. JMí. et in herb. eurnp. ! Hab. in Exlremadura et Translagana. — 21. Fl. Jun. — Lusil. Pé de leão. (r. s.). Centro Uttoral : Cinlra [ex fide rhizomatorum, Brot.). — Alio Akmlejo: prox. de Caslello de Vide, Prado (R. da Cunha!). 44. .%lchc-iaiilla al|iina, L., /. c. pg. 179! Gren. et Godr., /. c, pg. o64! Wk. et Lge., /. c, pg. 201! Ficalho, /. c, pg. 5! Exsic. plura in herb. Wk. et in herb. europ. ! Hab. in praealtis líerminii et in Duriminio. — 2/. Fl. Aug. (v. s.). Alemdouro litloral: Yisinhanças do Porto (Johnston).^ — Beira cenlral: Serra da Eslrella, Canlaro Magro (Welw. ! M. Ferreira, Soe. Brot., n.° 533!); Covào da Metade (Henriques! Daveau!). Nota. — O sr. R. Buser, conservador do lierbario De Candolle, exami- nando esta planta refere-a á A. Iranziens, R. Bus., in Buli. de la Soe. Suisse de Boi., IV, 1894, p. 56, forma intermédia á A. saxalilis, R. Bus. e A. alpina, L. Secl. II. Aphanes, Coss. et Germ., /. c, apud Wk. el Lge., /. c, pg. 201 1 45. .%l4.*lieiBiilla nrvoírsig». Scop., Fl. Carn. I\ pg. 115; Gren. et Godr.. /. c, pg. 565! Wk. et Lge., /. c., pg. 201! Ficalho, /. c, pg. 5! Exsic. plura in herb. 117,. et in herb. europ.! Alchemilla Aphanes, Brot., /. c, pg. 159! Aplianes arvensis, L., /. c, pg. 179! Hab. in agris et pascuis in Lusitânia boreali. — 0. Fl. Apr. ad Jun. (v. s.). Joannis Anlouii Scopoli — Flora Carniolica, i. — Vindobonae, 1772. 122 Alemdouro lilloral: arredores do Porto (C. Elirhart!). — Beira trans- monlana: Trancoso (M. Ferreira!); Almeida (M. Ferreira!); Villar For- moso (M. Ferreira!). — Beira cenlral: Caramulio (Moller!). — Beira lil- loral: Mofiofores (A. de Carvalho, n.° 268!); Coimbra e arredores, ca- minho de Cellas, Sete Fontes, lialeia (lírot., IMoller!); Ponte da Murcella (JM. Ferreira!). — Alio Akmlejo: Castello de Vide, Prado (R. da Cunha!). 46. AleSuMíBilIa Biíierot^arjía, Bss. et Heut., Diagn., n." Í9; Wlí. et Lge., /. c, |)g. 202! Ficalho, /. c, jig. 6! hJjcsic. plura in herb. Wh. et in herb. europ.! Planta typice pnsilla, interdinn eiatior. A praecedenle vix species diversa. Hab, in arenosis graminosisque siccis hinc inde in Lusitânia íere omnia. — O. FL Apr. ad Jun. (d. v.). Alemdouro Iransmonlano : Bragança, Martinho Cançado (Mariz!); ar- redores de VMmioso, S. Marliidio d'Angueira (Mariz!). — Alemdouro lillo- ral: Melgaço, S. Gregório (Moller!); Ponte do IMouro (R. da Cunha!); Camirdia, Senhora d'Ajuda (K. da Cunha!); S. Pedro da Cova (Schmitz!). — Beira IrammonUma: Almeida (R. da Cunha!); Villar Formoso (R. da Cindia!); xMido (R. da Cunha!); Guarda (M. Ferreira!). — Beira cenlral: Celorico (R, da Cuidia!); Lohào (Moller I), — Heira meridional: Covilhã (R. da Cunha!); Fundão (R. da Cunha!); Al|)edriidia (R. da Cutdia!); Castello Branco (R. da Cuidia!). — Cenlro lilloral: Azambuja (Daveau!); arredores de Lisboa, Tapada d'Ajuda, Serra de Monsanto, Cruz da Oli- veira (Welw. ! Da\eau!); Cintra (Valorado! Welw.!); prox. a Cascaes, Caparide (P. Coutinho, n.'' 1301! .Soe. Broí., n.^ \{)^0l). — Alio Alem- tejo: Castello de Vide (R. da Cunha!]; Monteniór-o-No\o (Uaveau !). — Alemlejo lilloral: Grândola (Daveau!). — Algarve: Monchique, Foia (Mol- ler! Welw.!). 47. i%ll«'h glandulosa. inodora: sepala post antliesin refracta v. pateniia, ante maturitatem decidua (Sect. II. Canuiae, Créi).]. Styli hii li^ glabrescentes v. glabii 4 ^j Foliola sulitus inter nervos secundários copiose glandulosa, odorala (Sect. III. Ruhifjinnsae. Oép.). Caules et rami tlexuosi, aculeis aequalibus; styli glabri V. glabriusculi : sepala'i)ost anlbesin pateniia v. vefiacla, ante maturitatem de- cidua 5 (Caulis, rami et ramuli floriferi crassi ; foliola et corolla sat máxima; stipulae elongatae: pedicelli eglandulosi v. glanduloso-bispidi, breves v. elongati. Planta viridis V. glaucescens I{. canina, L. jCaulis, rami et ramuli floriferi gracilcs: foliola et corolla saepissinie parva; sti- pulae breves; pedicelli graciliores glanduloso-bispidi et saepissinie elongati. Planta saepe vinoso tincta, dentibus folioium palenlioribus. fí. Pouzini, Tratt. iPcdicelli glanduloso-bi.^-pidi : foliola basi allenuato-rotundata; corolla pallide ro- - 1 sea R. micmntha, Sm, (Pedicelli eglandulosi; foliola basi attenuata; corolla alba.... R. sepiwn, Thuill. Sect. I. Synstylae, Ci^ép., in Wk. et Lge., /. c, pg. 2091 56. Rosa seiíigícrvircBBS, L., Sp. PL, pg. 704! Gren. et Godr., /. c, pg. 555! Wk. et. Lge., /. c, pg. 209! Ficalho, /. c, pg. 9! 9 XVI 130 F. Crépin, Tableau anahjl. des Roses europ. ^ pfi;. 71 ! Exsic. plura in herh. Wh. a dar. Crépin delerminala ! R. scandeiis, Brot., /. c, pg. 341! et. genuína, Grép., /n Wk. et Lgo., /. c. / et specim. in herh. Wk.! Foliolis sat amplis, loris rriicliferis ovalis. p. scandens, Crép , /. c, pg. 210, el specim. in herh. Wk.l Fica- Iho, /. c! Foliolis sat amplis, toris fructiferis globosis. y. microphyUa, DC, Hort. Monsp., pg. 138; Wk. et Lgo., /. c, el specim. in herh. Wk.! Ficallia, /. c! Foliolis valde mino- ribus. Hab. in sepibus et collibus in Lusitânia media et australi, sed y. ut vi- detur rarins. — 5- Fl. Apr. ad Aug. (v. u.). n. fjenuina. — Jieira lilloral: Coimbra e arredores, Baleia (A. Saraiva!); Boa Vista (Moller, FL Lusil. Exsic, n." l3o !); prox. das Sete Fontes (Mol- ler!); Buarcos (Gollz de Carvallio, Soe. Brot., n." 10i3!); Ponte da Mur- cella (M. Ferreira!); Pombal (Moller!). — Beira meridional: Sernache do Bom Jardim, Cerca do Coliegio {P.^ Marcellino de Barros!). — Centro lil- toral: Torres Novas (U. da Cnnba!); prox. de Cintra, S. Pedro (Welw. !). — Algarve: Lagos (Moller!). p. scandens. — Beira liítoral: Coimbra, Santa Crnz (A. de Carvalho, n." 26i! A. Coelho!); Figueira da Foz (Loureiro!). — Centro litloral: Thomar, margens do Nabào (K. da Cunha!); Cartaxo (Cardoso Jumor!); Gollegã, ribeira do Paul (B. da Cindia!); Villa Franca, Cevadeiro (U. da Cunha!); enire Alemqiier e o Cercal (Daveau!); Alemquer e Caslaidieira (Welw.!); prox. a Friellas (Welw.!); prox. a Cascaes, Caparide (P. Cou- tinho, n." 1312! Soe. Brot., n." \ lOOl). — Algarve: Lagos (Moller!). y. tnicropln/lla. — Beira litloral: Coimbi^a, Baleia (^Moller!). — Cenlro litloral: Alverca (Daveau!); Bellas (Welw. !j. Sect. II. Caninae, Crép., in Wk. cl Lge., /. c, pg. 2131 57. Ilosn eaisiitn. L., /. c, pg. 704! Brot., /. c, pg. 340! Gren. et Godr., /. c, pg. 557! Wk. et Lge., /. c, pg. 213! Ficalho, /. c, pg. 9! Crép., /. c, pg. 90! Exsic. plura in herh. Wk. a ciar. Crép. determinata! * F. Crépin — Tableau analytique des Roses européennes — in Bnllelin de la Sociélé Royale de Butanique de Belgique, JíXXl. — líruxeiles, 189á. 131 Plynta valde polymorplia. Variat praecipue apud nos: /Foliula lUiinque glabia 2 JFoliola sallcin siibtus villosa, siiiipliciter seriata; pedunculi eglandulosi ; toriis ( fruclifeiiis ovatus 7 ( Foliola siinpliciter serrata 3 2 I (Foliola pias iiiinus coniposito-sorrala 4 ITorus fiuctifcrus ovalas, ellipticas v. oblongas a. genuína, Crép. JTorus fructiferus subglobosus v. sphacricus p. sphaevica (Gren.), Crép. íDcntes foliolorani cani ano dentiralo; torus fructiferus ovatus v. ovalo-rotunda- , I tus ; [jcduncali (eglandulosi y. dumalis (Bechst.), Crép. (Dentes foliolorani cuni denliculis namerosioribus 5 í Podunculi glanduloso Iiispidi 3. verliciUacanlha (Mérat), Crép. Pedunculi eclandidosi 6 ÍPetioli pai't'e glandulosi, costa media cglandulosa; toras fructiferus sphaericus. £. globularis (Franchet.), Crép. Pelioli et costa media glandulosi; toras fructiferus ovato-rotundatus. -. scahrata, Crép. .Foliola sap?'a glabra v. glabriuscula, subias costa et nervis secundariis villosa; l |tetioli (villosi) eglandulosi r^. urbica (Lem.), Crép. 7 / /Foliola supra levitcr pubcscentia, sabtas oumino villosa: petioli (villosi) plus mi- l nas glandulosi i. dumelorum (Thuill.), Crép. Hah. in scpilnis, silvis (lumetisque in fere lota Lusitânia: formae fo- liolis sirn[)liciter serralis, glabris aut villosis («, ^, vi, i), in Lusit. boreali, et ut videtur minas frequentes; formae foliolis glabris composito-serratis (praecipue y» ^i ^) ex regioriibus horealis ad australes et frequenliores. — ô- Fl. Apr. ad Jui. — Lusil. Rosa de cào ou silva macha. (i\ r.). a. gcnidna, Cróp., m Wk. et L^c, l. c, pg. 214! — Alemdouro Irans- monlaiio: Freixo d'Espada á Cinta (Mariz!); Moncorvo (Mariz!). — Alem- douro lilloral: Ponte do Mouro, margens do rio Mouro (R. da Cunha!); S. Pedro da Cova (Sclimitz!). ^. sphaerica (Gren.), Crép., /. c. / — Beira central: Celorico (R. da Cunha!). y. dumalis (Bechst.), Crép., l. d — Alemdouro transmontano : arredores de Vimioso, S. Martinho d'Angueira (Mariz!); Bragança, prox. de Rabal » » I3â (Moller!); Alfandega da Fó (Ocliôa, m herb. P. Coulinho, n.° 1316!); Freixo d'Espada á Cinta (Mariz!). — Alemdoiirn lilloral: Melgaço (Mol- ler!); Ponte do iMouro, margens dorio Monro (R. da Cnidia!); Cabeceiras de Basto (D. M. L. Henriques!); Montalegre (Moller!). — Beira Irans- monknw : Almeida e arredores, Junca, Prado dos Salgueiros (M. Ferreira! R. da Cunha!). — Beira meridional: Idanlia a Nova, margens do rio Ponsul (U. da Cunha!). — Centro lilloral: ilha de Tancos, prox. ao Castello d'Al- morol (l)aveau !j ; Serra de Monsanto (Moller .') ; prox. de Friellas (Welw. !) ; j)rox. de Cascaes, Caparide (P. Coutiidio, n." 1314!). — Baixas do Gua- diana: prox. de Serpa, barranco de Grafanes (C. de Ficalho!). — Algarve: Monchique; Villa Nova de Portimão; Lagos (Moller!). (i. verlicillacanlha (Mérat ), Crép., Tubi. analyl., pg. 90! R. canina, Brot., salieni pro máxima parle. — AlcmdDiiro lilloral: prox. ao Porto (Johnslou!). — Beira central: Ponte de Jiigaes (M. Ferreira!). — Centro lilloral: Serra de Minde (K. da Curdia!); Leziria d Azambuja, Valia do Alqueidào (K. da Cunha!); Alverca, Arruda (Daveau!). — Alemlejo lillo- ral: Aguas de Moura (Welw.!). — Baixas do Guadiana: Beja, Seidiora das Neves (K. da Cunha!). — AU/arve: Faro, .Joiíial, Campo da Trindade (Guimarães! J. Brandeiro, Soe. BroL, u." lOi'2" pro parle!); Estoy. mar- gem do Rio Secco, Moncarrapaxo (J. Brandeiro, Soe. BroL, n." 1042! Welw., n." 792!). e. globularis (Franchet), Crép., m Wk. et Lge., /. c! — Cen Iro lilloral: Santarém, Cães da Ribeira (B. da Cunha!); arredores de Lisboa, Cruz Quebrada (R. da Cuídia!); Luz (Daveau!). — Algarve: Faro, .íoinal. Campo da Trmdade [.\. Brandeiro, Soe. BroL, n.** 1042" jjro parlei); Boliqueime (Moller!). }•. scabrala, Crép., /. d — Alemdouro Iransmonlano : Bragança (P. Coulinho, n." 1313!). — Beira lilloral : ariedores de Coimbia, Cnmiada (Moller, Fl. ímsíL Ecsic, n.° 9o()!): Almas da Conchada (M. Ferreira! Moller !i; Miitla do Paço, Eiras (M, Ferreira!]; Buarcos (Goltz de Car- valho, Snc. BroL, n." 944!). — Beira meridional: Caslello Branco, Carva- lhinho, S. Martiníio (K. da Cunha!). — Centro lilloral: arredores de Lis- boa, Lumiar (I). Sophia !). — Alio Alemlejo: Povoa e Meadas, Malabrigo (R. da Cunha!]; Portalegre, Seidiora da Penha (H. da Cuidia!); Redondo (Pitta Simões!). — Alrmlejo lilloral: Cezimbra, Allarim (Daveau !). — Bai- xas do Guadiana: Cuba, Senhora da Rocha (R. da Cunha!): Serpa, mar- gens do Enxoe (C de Ficalho e Daveau!). r.. urbica (Lem.), Crép., /. c! — Alemdouro Iransmonlano: Bragança e prrcdores, Valle de S. Francisco. França (Moller! M. Ferreira!); Freixo d'Espada á Cinta (Mariz!). -T—-6e/m transmontana: Almeida, Junca (M. Ferreira!). — Beira central: Mido. Touco (H. da Cunha!). — Beira meri- dimal: P^undão, Cabeço de S. Braz (R. da Cunhal). 133 i, dumctorum (Tluiill.), Crép., /. c. / — AJemdmiro litloral: Vall.-ularcs, Albergaria, margens do rio Minho (R. da Cunha!); Amarante, Gatão (Gon- çalo Sampaio!}. — Beira lilíoral: Ourentam (A. de Carvalho, n.° 265!). Nota. — Das variedades d'esta espécie polymorpha, descriptas no Pro- dromits Florae Hiapanicac, apenas a Andegavcnsis e fusiformis nào foram notadas por cmquanto em Portugal. Encontra-se, em contraposição, no nosso paiz a var. verlicillacanlha, que não sabemos ter sido ainda colhida na Ilespanha; a propósito d'esta curiosa variedade, que, segundo a descri- pção da Flora Lusilanicn, deve representar a R. canina, Brot., ao menos na sua maior parte, cônsul lámos o sr. Crópin, que confirmou a nossa de- terminação. 58. Ros» E*4»aiJí»iaiB, Tratl., Monogr. lios. If, pg. 111; ^Yk. et Lge., /. c, pg. 215! Crópin, /. c, pg. 90! Eocsic. pliira in lierb. Wlc. a dar. Crépin revisa! Variai apud nos: a. nuda, Gnm., in liillolia, pg. 121, apud Wk. et Lge., /. c! — Foliolis utrinquc glabris, denlibus cum uno denticulo, cosia parce glandulosa; sepalis extus eglandulosis (v. parce glan- dulosis!). p. Diomedis, Gren., /. c, apud Wk. et Lge., l. c! — Foliolis utrinque glabris, dentibus cum 1-5 denticulis, costa glandu- losa; sepalis extus glandulosis. y. subinlrans, Gren., /. c, apud Wk. et Lge., /. c! — Foliolis utrinque glabris v. subtus costa j)ilosiuscula, dentibus cum 2-5 denticulis, costa et nervis secundariis glandulosis; sepalis extus glandulosis. Hab. in sepibus, silvis, dumesfique a. in rcgione montana, 3. praecipue in regione montana sed eliam in Algarbiis, y. in Transtagana littorali et ut videtur rara. — 5- FL Maj. ad Jul. [v. v.). 9.. nuda. — Alemdonro Iransnwnlano: Bragança, I*onte do Sabor (P. Coutiidio, ;i.^ 1317! Moller!). — Ihira central: Caramullo (Moller!).— Beira litloral: Miranda do Corvo (Moller!). — Beira meridional: Alpedri- nha, S. Salvador (R. da Cunha!); Figueiró dos Vinhos (J. V. Freitas!). — Alto Alemtejo: Villa Viçosa (Moller, Fl. Lusit. Exsic, n.' 1070!). 3. Diomedis. — Alemdouro transmontano: arredores de Moncorvo, Pe- redo (Mariz!). — Alemdouro litloral: Valladares, margens do Minho (R. da Cunha!); Amarante, margens do Tâmega (Gonçalo Sampaio!). — Beira 13-i iransmonlana : Adorigo (Schniil/ !), — Beira central: Cnramullo (Moller!). — Beira liiloral: Moiilemór-o-Vcllio, Quinta (h S. Jorge (M. Ferreira!); Pinhal do Urso (Loureiro!). — Alio Alem lejo: Caslello de Vide, Prado (R. da Cunha!). — Algarve: Boliqueime (Moller!); Louló (J. Fernandes!), y. siibiiilrans. — Alcmtejo liiloral: Odemira (Gonçalo Sampaio!). Nota. — Esta espécie 6 intermediaria á fí. canina e /?. micranlha, das quaes se approximam bastante as suas lórmas mais extremas. As formas mais robustas da B. Pouzini distinguem-se das formas menos desenvolvi- das da /?. canina peio caule e ramos, habitualmente mais delgados e mais flexuosos; pelas flores, de ordinário mais pequenas; pelos pedicellos maio- res, mais delgados, e quasi sempre muito hispido-glandulosos; pelas esti- pulas, embora largas, mais curtas; pelos dentes das folhas mais abertos, e peia cor vinosa que as folhas apresentam com frequência. Tem muitas vezes o porte da B. micranlha; mas as duas separam-se bem pelo exame das glândulas da pagina inferior da folha, pois que estas glândulas, na B. Pouzini, estão apenas situadas na nervura média e muito raras vezes nas nervuras secundarias, e nào disseminadas em grande numero por toda a folha, como na B. micranlha. D'estas variações mais glandulosas da B. Pouzini diz o seguinte o sr. Cré|)in, no seu trabalho citado, a pag. 90 — «les varalions h nervures secondaires gianduleuses soiit extrêmement rares; on a parfois pris pour leiles des variations du R. micranlha». Sect. III. Rubiginosae, Crép., m Wk, et Lge., /. c, pg. 215! 59. BSosa iiiieraiUBtit, Sm., EngL Boi., tab. 2490 (non DC); Wk. et Lge., /. c, pg. 216! Crépin, /. c, pg. 8C ! Exsic. plura in herb. Mk. a ciar. Crépin revisa! K. rubiginosa, Brot., /. c, pg. 341 (nan L.) ! Ficaiho, /. c, pg. 10 ! Hab. in sepibus, dumetis et silvis, in Transmontana et Beira, rara ut videtur in Transtagana. — 5. Fl. Jun. {y. s.). Alemdouro Iransmonlana: Miranda do Douro, Paradella (3Iariz!); Bra- gança, Cabeço de S. Bartliolomeu, Capella do Senhor dos Perdidos, Rica Fé, prox. do Sabor (Mariz! Moller!); prox. de Rabal (Moller!); Alfan- dega da Fé (Ocliôa, in herb. V. Coutinho, n.° 1318!); Piniiào, margens do Douro (Murray !). — Beira Iransmonlana: Villar Formoso, Valle do Percevejo, Alto da Baza (M. Ferreira! R. da Cunha!); Pcro Soares (M. Ferreira!). — Beira ceulral: Serra da Estrella (Fonseca!). — líeira liilo- ral: arredores de Coimbra, Paul da Atalhada, Paul de S. Fagundo, Matta do Paço, Eiras (Moller! M. Ferreira!). — Beira meridional: Sernache do 135 Bom Jardim (P.'' Marcclliiio de IJarros!}. — AlehUejo Ultoral: Venda do Pinheiro (Daveau!). 60. Blosa seiíimiii. Tluiill., Fl. Paris., pp;. 252; Wk. et Lge., /. c, pg. 215! Crépin, /. c, pg. 87! Eocsic. in lierb. Wk.! Hab. in Beira monlana. — 5. Fl. Jun. (v. s.). Beira central: Gouveia (M. Ferreira!). — Beira meridional: Villar For- moso, Lameiro de Bodanes (M. Ferreira i). Sect. IV. Tomentosae, Crép., in Wk. et Lge., /. c, pg. 2IG! 61. BKosa toiiBOiilo.«í0, Sm., Fl. Bril. 11, pg. 539; Wk. et Lge., l. c, pg. 216! Crépin., /. c, pg. 78! R. canina, var. fusiformis, Henriq., Boi. Soe. Brot. III, pg. 211, pro planta dúbia {non Crép.)! Hab. in montosis Lusitaniae borealis. — ^. Fl. Maj. et Jun. (v. s.). Alenulouro Ultoral: Melgaçp, Casaes da Crugeira (R. da Curdia!); Serra do Gerez, Caldas (Moller, Fl. Lusil. Eocsic, n." 957!); Estrada Romana (Henriques!); Vizella (Henriques!). Nota. — Esta espécie foi determinada pelo sr. Crépin, sobre o exame de exemplares do Gerez e de Vizella que lhe remettemos. Cidlivam-se cm Portugal numerosas variações de diversas espécies exó- ticas do género Bosa, e a B. gallica, L., apparece subespontanea, com flores semi-dobradas, em diversas localidades; o lierbario da Escola Poly- technica possue exemplares, colhidos pelo fallecido conservador Ricardo da Cunha, dos seguintes pontos: Caslello Branco, margens do Ocreza ; Alpe- drinha, Bilros; Portalegre, Casas Altas; Beja, Senhora das Neves. Trib. Vn. r^on^ieae, Blh. et Ilook., /. c, pg. 626 f XllL Pyms, L., Gen. PI., n.° 626! Styli liberi : i)omnni basi non unibilicatuni ; pétala alba; antherae loseo-violaceae (Sect. I. Pijrophorton, DC). I*'uli;i adulia utiinque glabra, subtilitor serrala, sub prelo nigrescentia, longo petiolata (pctiolo gracili linibum aerpianie v. supo- rante); pétala unguc glabra P. communts, L. [Slyli basi subcoalili : pomum basi unibilicatum; pétala rósea; antherae lutcae (Sect. II. Malus, Tuurnf.) ; folia crenalo-serrata, sub prelo haud nigrescen- tia 2 136 Folia ov.it.T, adulta nmnino glabra, pctiolo llmbuiii diniidinm v. totiim aeqnantp. ; pedunciili calycesque glabi'i v. puliescenli; [iniiiiim globdsiim, parvuin (20-25 mm. diamolrcíj, acerbum. Arbor v. frutex radice subsiniplici, genimis pubes- centibiis P. acerba (Mérat ), DC JFolia sublus cano-lomentosa, petiolo limbum dimidiurn aeqiiantív, pcdunculi ra- lycesque tomoniosi; pomiiiii globosuiii v. deprcsso-globosum, diik-c v. dulcius- ciiliuii. Al bor V. friitex, radice ramosa, gemmis lomenlosis P. Malns, L. Sect I. Pyrophorum, DC, Prodr., pg. C33 ! 62. Pyríis e4»3BBiniiiiis, L., Sp. PL, pg. 686! Brot., /. c, p*;. 328! Gren. et Godr., /. c, pg. 570! Wk. H Lgc, /. c, pg. 193! DC. /. c, pg. 633! Ficallio, /. c, pg. 2! Exsic. in Iterb. Wlc! a. Adiras, Wallr., Sched. 215, apiid DC, /. c, pg. 634! Wk. et Lge., /. c! Spinosa, foliis ovatis v. ovato-lanceolatis brevilcr aciiminalis, pomis pyriformihus. {i. Pyrasler, Wallr., in DC, /. c! Wk. et Lge., /. c! Sj)inosa, fo- liis rolundalis aciitis, poinis globosis |)arvis. y. saliva, DC, /. c.t Wk. et Lge.,-/. cl Iiiermis, foliis pomisqne varie formatis. Hab. stirps silveslris in neinoribus, collibiis, dumetisqiie, a. regionis borealis, p. regionis auslralis; y. culta in omni Lusitânia, snb formis innu- meris ex cullura orlis. — 5- Fí- Apr. ad Jun. — Lusil. y. Pereira; a. et 3. Pereira brava, pereiro, [v. v.). a. Adiras. — Alemdoiiro Ulloraí : Gondarem, margens do Miniio (H. da Cunha!); Villa Nova da Cerveira (R. da Cuidia!); Serra do Soajo,. Nossa Senhora da Perieda (Moller!); Serra do Gerez, Preguiça (líenrirpies ! M. Ferreira! Barros e Cunha, Soe. lirol., n.° 1398! Moller, fl. Lusil. Iixsic. n." 952!). — Beira cenlraí : S. João do Monte (M. Ferreira!); Manteigas (R. da Cunha!); Sabugueiro (II. da Cunha!); Lapa e Matta da Vide (M. Ferreira! . — licira lilloral : prox. ao Porto, margem escpierda do Douro (Welw. !) ; Pt>iite da Murcella (M. Ferreira!). — Jfcira meridional: Idanha a No\a, Cabeço de S. João (R. da Cunha!); Malpica (R. da Cuidia !). ^. Pyrasler. — Heira meridional: Castello Branco (R. da Cunha!). — Alio Alemlejo: Serra d'Ossa, prox. de Extremoz, Corticeira (Daveau!); Monlemór-o-Novo (Daveau!). — Baixas do Guadiana: Beja, Charneca da Rata, Charneca do Ouero;d (R. da Cunha!); entre Beja e Albornôa (Da- >eau!); Serpa, Salsa, collinas de Pantufo (C de Ficalho e Daveau!); Al- justrel (Daveau !). — Alemlejo lilloral: Grândola, Serra da Caveira (Da\eau!). 137 Scct. II. Malus, Tournf., /. c, [)g. 031, Uib. 40C! 63. B^^.mis rteJalus accrl);i, Méraf, Fl. Par., pg. 187; \\ Malus, Brot., /. c, pg. 329 ex parle?! Hab. iti Transmontana prope Bragança (M. Ferreira!). — Ô- (v- s.). Nota. — A maceira brava qiic Brotero cita da Serra da Navalheira, próximo de Bragança, 6 muito provável, dada a concordância das locali- dades, que se deva referir a esta e não á seguinte espécie. De Manteigas nào vimos exemplares, e por isso não sabemos em qual das duas espécies deve ser incluida essa citação da Ulora Lusitanica. 64. Pyríis .'Siafiis, L., /. c, pg. 686! Brot., /. c, pg. 329 {sal- tem pro parle) l Gren. et Godr., /. c, |)g. 571 ! DC , /. c, pg. 635! Wk. et Lge., /. c, pg. 193! Ficalho, /. c, pg. 2! Hab. frequenter culta et interdum s[)onlanca (et lunc humilior et spi- nosa) v. subspontanca. Ex planta culta quamplurimae formae occurrunt. — 5- FL Apr. ad Maj. — Lusil. Maceira [i\ v. c. XIV. Cydonia, Tournf., /. c, pg. 632, lub. 405! 65. l\ytiii*ia, L.. /. c, pg. 683! Brot., l. c, pg. 298! Gren. et Godr., /. c, pg. 572! Wk. et Lge., /. c, pg. 194! Fica- Iho, /. c, pg. 3! Exsic. plura in herb. Wk.! Pyrus Aucuparia, Gtírtn., Fmct. II, pg. 45, f. 87. 139 Hab. in nemorihus rejíionis montanac. — o. Fl. Jun. et Jul. — Lusil, Tramazeira ou Gornogodiíiho (i\ 5.). Alenidouro (ransniontauo : prox. du Monlesinhn, Tcixadcllo (Moller!). — Alemdouru Jilloral: Serra do Gercz (Brot , Henriques! M. Ferreira!); prox. da Ponte da Maceira (Moller, Fl. Lusil. Exsic, n.** 953!). — Beira cenlral: Serra da Eslreila (Brot., M. Ferreira! C. Machado, in herb. A. de Carvalho, n.° 270! Fonseca!); Sabupiieiro (Welw.! M. Ferreira!); S. Romão (Fonseca!); Mondeguinlio (K. da Cunha!). — Jieira meridional: Covilhã (11. da Cunha!); Valle do Zêzere (Batalha Reis!); Serra de Tei- xoso (R. da Cunha!); Castello Branco, rio Ponsul (H. da Cunha!). Sect. II. Ária, Bss., / c, pg. C08! 68. Sor0)ii$!t tOB*gísÍBii3lÍJ>!í, Cranlz, Slirp. Aust. 1\ pg. 85! Gien. et Godr., /. c, pg. 574! Wk. et Lge., /. c, pg. 195! F^icalho, /. c, pg. 3! Crataegus torminalis, L., /. c, pg. 681! Brot, /. c, pg. 291! Pyrus lor- minalis, Ehrh., Bcitr. 6, pg. 92. Hab. in nemoribus regionis montanae. — 5- Fl. Maj. Jun. (y. v.). Alemdouro Iransmonlano : Bragança, Cabeço de S. Barlholomeu (P. Cou- tinho! M. Ferreira!); Serra da Navalheira (Hffgg. ex Brot.); Serra de Re- bordàos (Moller! M. Ferreira!). — Alemdouro littoral: Serra do Gerez (Sousa Pereira!). — Beira cenlral: Alcaide, Barroca do Chorão (R. da Cunha !). 69. ^<»:*l»3rs íi»c*asi«§ic*a, Fries., Fl. Hall., pg. 83; Gren. et Godr., '/. c, pg. 573! Wk,, Snppl., pg. 220! Ejsic. pliira in herb. eiirop.! S. lati- folium. Laguna (ex Wk., /. c), non Pers. ; S. Ária, Ficalho [pr o parle), l. c, pg. 3! Hab. in Beira transmontana. — 0. Fniclif. Jul. — Lusit. Mostageiro. (v. s.). Beira trarumoulana : Trancoso (I\I. Ferreira !) ; Guarda (herb. da Univ. !). 70. Norhiis Ari», Crantz, /. c, pg. 80! Gren. et Godr., /. c, pg. 573! Wk. et Lge , /. c, pg. 195! Exsic. plura in herb. europ.! Sorbus 1 Ilenrici Joa. Ncpom. Cranlz — Slirpiím Aushiacainm, I. — Vicnna, 176Í), 110 Ária, Ficalho [pro parle), l. c! Cralaegus Ária, «. L., /. c, pg. 681! Brot., /. c, |)g. 291?! Hal). in rupestribiis silvaticis et subalpinis Gerez (Brot.). — 5. Fl. Maj. Jun. (n. V.). Nota. — Esta espécie nào tem sido ericoiilrncla pelos modernos collc- ctores; pela dcscri|)çào da Flora Lusilanúa, parece-nos arriscado asse- verar com segurança que a planta broleriana é bem o 5. Ária, e nào a espécie anterior. Todavia, como a localidade indicada por Brotero é tão diversa d'aqiiellas d'onde examinómos exemplares do S. scandica, e como a descripçào talvez corresponda melhor ao S. Ária, deixamos enumerado este ultimo, até que futuras herborisaçòes no Gerez possam resolver a questão, encontrando a planta. XVI. Eriobotrya, Lindl., Tratis. Lin. Soe. IS, pg. 102, apiii DC, l. c, pg. 031! 71. ROrEolfOÍr.rst •Paj»imi<*a, Lindl., /. c, apud DC., /. c! Mespilus Japonica, Tliumb., Jap. 206; Crataegus Bibas, Loureiro, Fl. Coch. J\ pg. 319! Planta ex Japonia et China oriunda, et nunc frequent^er culta in Lusi- tânia cenlrali et australi. — 5- Fl. Oct. et Nov. — Lvsil. Nespereira do Japão. (v. í).). XYII. Mespilus, L., Gen. PI., n.° 6^25! 72. iae!^|iiBii« €r'eriBiia5íi<'a, L., Sp. IH., pg. C84! Brot., l. c, pg. 327! Wk. et Lge., l. c, pg. 197! Ficalho. /. c, pg. M Colitur (sed nunc parce) in hortis et interdinn etsi rarissime ad sepes occurrit: in Beira boreali (Brot.); in Algarbiis, prope Monchi(iue, adoras caslenalorum (WeUv. !). — Ò. Fl. Maj. — Uísit. Nespereira {v. v. c). Joannis do Loureiro — Flora Cochinchinensis, 1.— Olysipono^ 1790. til XVIII. Crataegus, L., Gen. PI, n.° «22! 'Nervi lalerales folioruni inferiores deorsum arcuali 2 Nervi iateralcs f(jlioriiin adsccmleutes; folia çlahra breviter i^-o-idbata, lobis oblu- sis et obtLise dcntatis; siyll "l-W: punuiiii rubiuiii saejiissime â-pyicmuii. C. 'Oxyaamlha, L. (?) Folia dimorpha. ab'a rainoiuin fiorif. iniegra v. apiee SLib-3-lol)ata, cetcra ;{-o-loÍjata lobis obtiisis v. aciitiaíoller, Fi. Lmit. Exaic, n." 933!); margens do Mon- dego, Cabrizes (Moller! Mein-iques!); Buarcos (Goltz de Carvalho, Soe. Brol., n.^ 9í2!). — Beira meridional: arredores de Alpedrinha (José Gal- vão!); Pampilhosa (illetiri(|ues !). — Centro litloral: Serra de Montejunto (Weíw.!); arredores de Lisboa, Monsanto (Perestrello !) ; Bellas (Welw. !] : Cintra (Valorado!); arredores d(í Cascaes, Caparide (P. Coutinho!). — Alio Alemtejo: Monlemór-o-Novo (l)aveau!). — Baixas do Guadiana: arredores de Serpa, Enxoe (C. de Fii-alho e l)a\eau!). — Alemtejo littoral: Serra da Caveira, prox. de Grândola (Daveau!); S. Thiago do Cacem (Daveau!). — , Algarve: Monchiípic (Moller!). p. Insegnae, Tin. — Beira transmontana: Almeida, Valle de Marcos (R. da Cunha!). — Beira central: Celorico, Escoriai (R. da Curdia!). — Beira meridional: Tramagal, prox. do Tejo (H. da Curdia!). — Alto Alemtejo: Marvão (Moller!); Serra de S. ftlamede (Moller!). 75. CrrtCa^-^-aBS ^&xy«í*aBitSsa, L., /. c, pg. 683 {excl. var.) ! Brot., /. c, pg. 290! Gren. et Godr., /. c, pg. 507! Wk. et Lge., /. c, pg. 199! Ficalho, /. c, pg. 4-! Lge., /. c, pg. 70! Exsic. plura in herb. Wk. et in herb. europ. ! (?) p. Cossoni, nob.; C. Azarolus, var. glabra, Coss., in Bourg., PI. d'Esp. et de Porl., n.° 1860! Foliis glabris, ramorum llorif. 1 M. Wililíomm — Iliuslrationes Florae Hispanicum Insulanimque Balearicum. ■ Stultgartiae, 1886-1892. 1i3 obovato-ctineatis iiilegris v. ápice 3-crenalo-sublobalis, reli- quis superioribus polvinorjibis 3-o-lobiilis lubis obliisis v. nciiliiisciilis irílcgris v. |)bis mimis serralis ; pomis parvis, roccineis, 2-l-pyr(Miis, scp.ilis latircolalis coroiialis ; llores riori vidimiis. Phmla iit vidclur polyinorjtbn, et tiobis (bibia; iillcriíis iii vivo observaiula. An ad C. Oxyacanlham v. ad C. Mauram relercnda? Hah. a. in sopibiis diimelisqno, scd ut videliir bniid froqiicns; [i. in Algarbiis. — ■^. Fl. Mart. ad i>jaj. (a. v. v.; '{!>. v. s.). a. — Beira central: CaramuIIo (Moller!). — Centro liltural: prox. a Cas- cacs, Capatido (P. Coulirdio, n." 1300!); Cintra (Valorado!); prox. a Col- lares, Equaria fWelw !). — Alto Alcmlcjo: Castello de Vido, 1'rado (l{. da Cunba!). — Alcmtejo liiforal: Azciluo c Coina (Welw. !). 3. Cossonl. — Algarve: Moncliiquo (José Hrandeiro, Soe. lirol., n.° 1504!); S. Pedro, prox. de Faro (ÍJourgeau, PI. tiEsp. el de l*ort., n." 1860 !). XIX. Amelanchier, Lindl.. in Trans. Lm. Soe. XIII, pg. 100, apud lUli. el llouk., /. c, pg. 0-i8l 76. AiiicSasicSaies* vai8<;-iirií«, Mncb., Meth., pg. (582; Gren. et Godr., /. (;., pg. 57.5! \\k. el Lge., /. c, j)g. 196! Ficallio, /. c., pg. 3! Exsic. plura in lierh. Wk.l iMespibis Amelancbier, L., /. c, pg. 685! Brot.. /. c, pg. 327! Hab. in locis saxosis et nemoribus regionis inontanae. — 5. FL Apr. ad Jun. (y. s.). Alemdouro transmontano: Bragança, margens do Sabor (M. Ferreira!!. — Alemdouro littoral: Sena do Gerez, Borrageiro, Presa (Brot., Henri- ques! Moller, FL Liisit. Exsic., n.° 95 í! Barros e Cunba, Soe. Itrot., n." 1399!). — Beira meridional: Caslello Branco, S. Marliidio (H. da Cunha !). iU OUELQUES OBSERVATIONS SUR Ih TECHNIQUE DES DIATOMÉES (Lettre à M. le Dr. Júlio A. Henriques) PAR José cia Sil^^a e Castro Porié p;ir volre zèlc pour loiít ce qiii a rnpport à Tétiide de la flore porliigaise, vous me comiiiuniípiez, obligcamniont, le mt'moire de Mr. Ca- ballero, que je iie coiin;iissais pas encore, sur Ia Techniqiie drs preparalions systémaiiques dcs didtcviécs, paru daiis les Analcs de la socicdad espanola de hisloria nalurcU de Madrid, (ascicule úu 30 nu\embre 1897, et vous me demande/, si je rie me rd-soiiorai pas eníiu à publier les procedes, d'après lesqwcls j'ai rnoiílé, pour le Musée du Jiirdin Bolaiiique de Coím- bre, la collectioti des dialom(''cs portuga ises, doul Tétiide serait publiée depiiis lotiglem|)s, si u?ie cruelle maladie ne m'avait iuterdit loute appli- caliou, pendaiit ces deruières aiinées, et dout la [)remière partie vous será envoyée procliainemeiít, |)Our les bullelins de la Sociedade liroleriana de Coímbre. Dójà dès 1892. la description des procódés, dont je me servais, avait étó rédigée par inoi, dans le but d'être agréable au savant diatomologiste M. Gtiiiiard, de ]\l(;nlpellier, à qui elle lut commuuiquée à cetie époque ; mais je n'ai rien [)ublié, parce que je n'a\ais, vraiment, ancune décou- verle à révóler. Comme vous poiírrez le voir, au foiíd, je n'ai rien invente, m'étant ser\i des moyens depuis longlemps conniis de tout le monde. Et, Ton peut m'en croire, il n'y aura plus de procódés secrels, cn fait de pré- parations de diatomóes, dès que les dialomistes voudront se convaincre que, pour cela. comme pour tout aiitre mótier, il faut un sérieux appren- lissage, et faire bicn des essais infructweux, avant d'avoir acqiiis la fer- melé de main nécessaire, pour manier les objets microscopiques. PREÇOS DA ASSIGNATDRA POR VOLU.M-E í Para sócios 1^000 réis Poiliigal I (Para não sócios 1^200 réis Ilespanba 6 pesetas Para o eslraiigciro (paizes da união posíal) 10 fr. — 8 nik.— 8 sch. Para os paizes não comi»reliendidos na união postal accrescc o porte extraordinário. BOLETIM DA J Ky u -i n m X V v_y J- i Red. — J. j^. Hoiiriq^ixos PROF. DE BOTÂNICA E DIRECTOR DO JARDIM BOTÂNICO XVI Fase. J ^ ^ 1899 COIMBRA IMPHEiNSA DA UNIVERSIDADE 1899 14S Quant au procede de M. Caballero, je le Irouve assez ingénieux ; mais j'y vois la préoccupatioti habiluelle de vouloir siibsliliier rhabilité manuelle, qui s'oblient avec de la pralifiiie et de la persévrrance, par des ap|)areils pliis ou nioins com|)li(jiiés, qui (juelquefois demaiident autarit de dextériló et de pratique, pour s'en servir, que pour manier directerrtetil les frnslules sous le microscope; et qui assurément ne seront qu'un embarras, pour lout micrographe, avaiit de Tliabitude. Le cbirurgien qui fait, par exemple, une opéralion de ia calaracte, doit acíjuórir, avaiit d'y arriver, une bien plus grande fermeté de main, et Ton n'a jamais pense à y suppléer par une mécanique quelconque! Dans bien des métiers on sait aussi, que Ton n'arrive pas à faire quelque cbose d'utile, au premier essai. Pour quelques uns, il íaut même metire bien p.lus sa patience à lépreuve, avant d'y parveiiir. lít, pour ne parler que cl'un ordre de travaux dont je me sois moi-mème oceupé dans le temps, dans ranalomie microscopique des mollusques, il y a des dissections bien plus difficiles, que de séj)arer des frustides de diatomées, et de les ranger pas ordre sur le couvre-objet. Si Ton paivient avec de la pratique à exécuter ces travaux plus diííici- Ics, pourquoi esl-cc seulement. pour le montnge des diatomées, qu'il faut avoir recours aux doigts mécaniques et autres iriventions semblabics? Cest cet ordre d'idées, qui m'a porte à reprendre et h publier mon ancien maiuiscrit. dans Tespoir de concourir à mettre dans la bonne voie les jeunes micrograplies auxqueis il est destine. J'ai encore presentes tou- tes les difficullés, que j'ai eu à surmonter, et nos débutants me trouve- ronl toujours disposé à leur vcnir en aide; heureux si je puis leur éviler ces tàtonnements, qui, quelquefois, sont de nature à décourager tout-à- fait. surlout celui, qui se voit force de travailler dans Tisolement. Je vous reinoie donc, vous engageant à le publier dans les bulletins de la Sociedade Broleriana, quoique je ne considere pas moi-même les pro- cedes que j'y décris comme définitifs dans leurs détails. Dans mes essais, je n'ai eu en vue, que de parvenir à monter mes diatomées portugaises, de façon à pouvoir les étudier en conscience. Pour cela, je n'ai lait que suivre les vieilles méthodes, depuis longlemps indiquées par les auteurs, me laissant guider par la pratique, qui m'a porte à profiler un peu de tous, sans en suivre absolument aucun. 10 XVI liC Préparation des diatomées Avant d'enlrer en malière, je dois exposer mon opinion individuelle sur ces préj)aralions oíi l'on trouve réuiiies un grand nombre d'espèces de dia- tomées. D'après ma manière de voir, ce soiit de joiies chinoiseries, admi- rables à cotip sur, comme jeu de patience, mais qiii ne présentcnt aucune valeiír réelle scieritifique, ou du moiíis, qui ne compenseront jamais le na- turaliste du temps dé|)ensé à les monler, Les avantafícs, que l'on trouve ordinaircment à ces próparations: celui de pouvoir reunir sur une seule lame loutes les formes d'une rógion, que l'oii veut éludier, et celui de pou- voir plus facilemciit les comparer entre elles, sont en eííet plus apparents que r(''els. Pour le premicr, chacun sait que Ton ne par\ient pas d'emblée ò reunir toutes les formes d'une région, même rcslreiíite. Ces découvertes se font graduellemciit, et Ton aura à étudier los écliantillons à mesure qu'ils nous vionncut sous la main. L'on aura dono à renouveler constamment sa collection. Quand au deuxième, comme Ton est force de travaillcr avec des systè- mes forts, Ton n'aura presque jamais, dans le champ du microscope, qu'un setd iiidividii des espèces à étudier. Dês qu'il n'est pas possible de les examincr cii même temps il n'y a aucun avantage à les trouvcr reunis dans la même préparation. Pour ces cas, on aura rccoiirs au moyen le plus usilé, qui est aussi ie plus commode et le plus sur pour former une bonne diagnose, celui de dessiner les frustules, et d'en comparer les dessins. Par coiitre, ces piéparations oíTrent un inconvénient, suflisant à lui seul pour les faire rejeler par tout botanisle sérieux. Cest que cbaque espèce y esl, en general, représentéc par un seul éclianlillon. Or i'on ne doit pas étudier une forme, d'a|)rès un scuI individu, que quand on ne peut pas fair(! aiilrement. Dans bien des cas, c'est seulemcnl par Texamen d'un ccilain nombre d'éi lianliilons. et en étudiant les varialions auxquelles une méme forme est sujette. que Vou parvient à se former une conviction, sur sa réelle valeur spéciíique. En résumé : exceplion faite de quelqucs Typcn-PhiHc, qui, quand leur délermination porte la garantie d'un nom autorisé, ollrcnt une commode collection de types, auxquôls on pourra comparer les écliantillons, que Ton veut détermiuer, toutes ces preparai ions sont excelleiíles pour les ama- teurs de curiosités microscopiques, Irès commodes pour des démonstrations en sociélé, mais improprcs d'un berbier scienlifique. Í47 D'iiprès ma manière de voir, dans toute colleclion destinée a une étude conscieiícieuse de ces algiies, les espèces et variélós doivent èlre disposées chaciine à part dans nne préparation, chaqiie slide comprenant un nombre suííisant d'éclianlillons clioisis, de sorte à permettre Texamen des varia- tioiís, (jue celte nieme forme j)réseMte dans la mème localilé, ou dans ia même rócolte. Dans la pliiraliló des cas, ii faiit même qiron y Irouve que!(jiics indi- AÍdus placés sur leur lace coiincctive, et d'autrcs sur leur lace valvaire, ponr bion pouvoir apprócier tons leurs c.iraclères. Si Ton parvient en ouire à donner à lenseiiible un asjiect a^iéable, ce n'en será que mieux. Celui qui n'anra pas le tomps ou la |)alience nécessaires pour se livrer á celle occiípation n'aura qn'à iiioníer ses récoUes. sans se donner la peine (Ten séparor les espèces. Ces dernières préparations sont eíi f;énéral suf- fisantes ponr Tétude et, à coup síir prélérables à celies dont je viens de parler, dites systómaliqnes. Trailcmenl (les malérkiux. — Tons les procéd(!''S, pour le trailement des dialomées par I(>s acides, ont èlé reprodnits bien des lois par les auleurs. Nous n'av(ins dotic pas à les reproduire ici. II sulíit d'y renvoyer le leclenr : enite aulres au m('!moire cite de .M. Gaballero, oíi tontes ces opéralions se Ironvent décriles avec mélliode et clarlé, d'une façon tout- à-fait pralique. Tout débulant n'aura qu'à suivre ces inslructions à la letlre. Instrumcnls. — Ceux, dont je me scrs le pliis communément, sont de ces pclits pinceaeux qu'emploient les minialnrisles et qu'il faut clioisir de première qualitè. et aussi pelits et minces que pos«-ible. Je les façonne en oiilre sons ie microscope, en leur enlcvant, avec des ciseaux três fins, line parlie des poils. 11 n'est pas fai iie de s'en servii- !oiit d'abord, mais, avec de riiabitiide, on en fait tont ce que Ton veiil: Iransporter les frus- tules les plus liagiles; les retourner sur la face coimeclive, ou valvaire; les disposcr par ordre dans la préparation, ele. J'ai en oulre loujonrs devant moi divers poils emmanchés (blaireau, cil de porc, martre, ele), auxquels j'ai recours, en cerlains cas. Les frus- tides silicieiíx des diatomées présenlant une configination et une conlexture si variées Ton aura à régler d'après cela la manière d'opèrer. La façon, dont yi monte ces poils, et (|ne je trouve la plus commode, est la suivanle. Je clioisis de minces brindilles de bambou de grosseur convenable, pour former le manclie. Je les coupe sur une longueur de 10 à 12 cenlimèires, et je les taille en pointe sur Tun des bouts. De ce côté, dans Télroit canal, que le bambou presente, j'inlrodui(s une grosse épinc de caclus, que j'ai examine au microscope, pour voir si ell^^ conserve &a poinle inlacle et bien acérèe. Cest sur celte poinle, que je colle mon poil, en ne le laissant la dépasser, que Irès pcu. 148 Triage cies espèces. — Je conserve mes récoltes, une fois traitées par les acides, dans de petits flacons avec de ralcool pur. Je trace au diamant, sur une lame porte-objet formal 28 x 48, deux lignes perpendiculaires, comme dans le dessin ci-conlre, en aa et bb. En agi- ^ tant le flacon je prends avec une pi- pette une goulte de mon álcool diato- mifère et je la fais tomber sur la lame, au centre du carré de gaúche, en A; j'approche de la lampe, et je laisse bríi- ler et évaporer Talcool. Je porte alors ma lame, sur la platine du microscope. Je me sers pour ce travail d'un petit statif Zciss arme de son obje- clif AA, oculaire 2, et prisme redresseur. Cet objectif est ce que je con- nais de mieux pour cet eífet. Avec une distance frontale de 7,5 mm., et un champ de 2,5 mm., pour Toculaire 2, ce qui permet de travailler bien à Taise, elle possède une clarté d'image, et une puissance résolvante vraiment exlraordinaires, pour son peu de force. Avec Toculaire 2 c'est- à-dire sous une amplification de 50 diamèlres à peine on peut séparer, même des formes assez petites, et difficiies à distinguer. Ce n'est que rarement, que je me vois force de recourir à un oculaire plus fort. Mon microscope est d'ailleurs muni d'un revolver, ce qui me permet, à tout moment, de coíitrôler mes observations en substituant un objectif plus fort. Je place dcvant moi un carré de toile fine d'Irlande, pliée en quatre, et soigneusemcnt repassée au fer, et une pctite capsule en verre, avec de Talcool pur. J'y mouille mon pinceau et le passe ensuite sur la toile, en lui faisant une pointe. et en l'égoultant, de façon à ce qu'il ne soit mouillé, que juste ce qu'il faiit, pour que les poils se conservent unis. Cest avec ce pinceau, ainsi prepare, que je prends sur ma lame un fruslule. En le tou- chant avec le poil le plus long, par lequel se termine le pinceau, il y adhère en general. Si cependant il est comme colié à la lame, ou bien si c'est une espèce trop fragile, on na qu'à appuyer un peu le pinceau; Talcool en dócoule, et il est alors facile de le prendre. En consorvant Ia main appuyée, je leve un peu le pinceau et je fais glisser, avec la main ganche, la lame sur la platine, de façon à rencontrer premièrcment, la ligne aa puis, en remontant, la ligne transversale 66. J'abaisse alors le pinceau et, en Tappuyant sur la lame, j'y dépose mon frustule. Je le débarasse des impuretés qui peuvent s'y être attachées, et je le fais glisser vers la place oíi sont déjà dautres échantillons pareils. Je separe de cette façon, en Irès peu de temps, toutes les formes conte- nues dans la même récolte. 149 Quaiid inn goiítte est épuisée, c'est-à-dire qu'elle ne contient pliis d'é- chantillons des formes que je veux monter, je nettoie la lame sur le carré de gaúche, avec le doigt enveloppé d'un linge imbibé d'alcool, en ayant soin de ne pas trop approcher de la ligne aa, et je fais lomber une nou- velle goulte, dont je continue à séparer les espèces, jusqu'à ce que, dans les diííérenls tas, marquês dans mon dessin par le signe x, il y ait un nombre sulTisant d'individus. Pour quelqucs formes, Ton va plus vite, en se servant du poil emman- ché. Dans ce cas il est qiielquefois préférable d'altendre que Talcool s'é- vapore lentement. Transport des fruslules. — J'ai substitua, dans mon microscope, au dia- phragme ordinaire (diaphragme à tube), un autre, au centre duquel j'ai fait creuser une cavité à fond et à bords droits, dans laquelle entre exactement un cover, qui de cette façon se trouve centre et ne se déplacc pas, pendant l'opération. Sa profondeur doit dépasser ' un peu Tépaisseur du cover, de telle sorle, qu'on puisse le recouvrir d'une lame piacée sur la platine, sans danger pour les frustules qui y soient déjà placés. Le rebord extérieur est coupé, sur deux points opposés, par une cntaille, qui se prolonge un peu sur le fond de la cavité et qui permet d'introduire sous le cover Tune des poinlcs d'une pince fine, pour pou\oir retirer facilement celui-ci de dessus le diaphragme. Mon microscope, dont le mouvement rapide est donné par le glisscment du tube, est muni d'un revolver, comme je Tai dójà dit, Supérieuremcnt à la douille dans laquelle glisse le tube, celui-ci porte une bague, qu'on serre à volonté, et qui est destinée à empêcher qu'il ne soit entrainé par le poids du revolver et des objectifs, qui y sont, visses. Ceei pose, je place un cover dans la cavité du diaphragme et, par des- sus. Ia lame, qui porte les frustules triés. Je fais rempnter tout-à-fait le tube de mon microscope, jusqu'à ce que le revolver vienne buter contre son support, je fixe la bague, et en me servant de la téte de vis, donnaiit le mouvement Icnt, je mets au foyer pour la surface de la lame. Je mets celle-ci de côté, je desserre la bague, el, en me servant seulement du mou- vement rapide, c'est-à-dire, en faisant glisser à la main le tube dans sa douille, je mets au foyer pour la surface supérieure du cover. Je serre en- suite définitivement la bague, dans cette position. L'on comprend que d'un côté, la bague, de i'autre le revolver forment deux points d'arrôt, qui don- nent les mises au point extremes du cover et de la lame. Je releve le tube et, avec le pinceau imbibé d'alcool, je fais une pelote de mes frustules, en les retournant les uns sur les autres, et je les enleve, par un mouvement brusque. Je leve un peu le pinceau; avec la main gaú- che j'éloigne la lame du champ de Tobjeclif, et, en faisant pression de 150 celte môme main, jc dcscends le tiibe jiiscju'à ce qii'il soit arrêlé dans sa descente par la hagtic, ce qiii doiine la niisc aii poinl poiír le cover; j'a- baisso alors le pinceau, et j'y dépose mes diatomces. S'il en reste quehjiies unes sur la laine, il n'y a qu'à r(''pétcr ropéralion. Quarid il s'nf5Íl de cer- taincs formes il est rare que je ne transporte p;is en une seiíle fois tou.s mes frustules (10,20 et plus). Poiír d'aiilres, il faul les prendre et les trarisporler un à un. 31eme da»is ces cas, ce travail s'exécute toiíjonrs en Irès |)eu de temps. Au commencemerit je me servais de deux microscopes placés à côlé Tun de Tautre. Par le procedo décnt, Ton ojière plus ra|)idemcnt, et sans courir le risque de perdre un seul frusiule. Arrangcmcnl el fixalian des frustules. — Après avoir de celte façon placo mes frustules au milieu du cover je les lais {ilisser, en demi cercie, vers les bords du champ du microsco|)e, en les distribuant d'après la laille et en retournanl cbacun d'eux sur Ia lace que je veux quil conserve dans la préparation. Je prends alors m\ aulre pinceau et un autre liiifie. J'ai prepare une solulion concentrée de j;omme adraganie dans Teau distillée, à laijuelle jc mele de la j^hcórine Irès puie, dans Ia proportion de une parlie de glycé- rine pour cinq environ de gouime. Pour les frustules qu'il est dilTicile de mainlenir en equilibre dans la posilion voulue, il faul une proj)orlion plus forte de gomnie. ('omme cliacun sail, lemploi de ces deux substances a élé indique par M. J. Brun, de Genève. J'en mets quelques goulles dans une pelile capsule en verre; j'y mouille mon pinceau et, après Tavoir ègouttè, en le passant à plusieurs reprises sur le linge, je commence par en éter)dre une légère couche au centre du cover. Ensuite, avec le même pinceau, ou bien avec un poil, je fais glisser les frustules un à un vers la posilion, qu'ils doivenl occuper. Je n/aide pour cela du tube porte-diaphragme, en prenant de la main gaúche son rebord inférieur, et en le faisant tourner, et avec lui le cover. Ceei facilite beaucoup le travail en ce que, de celte façon, on peut pousser ses frustu- les, en les faisant glisser sur le cover, toujours du bord vers le centre et de droite à ganche; au lieu de les prendre pour les déposer à la place qu'ils doivenl occuper, ce qui est bien plus contingent et difficile. En outre par ce syslème, quand on veut retoucher la posilion d'un frusiule, Ton ne court pas le risque de déranger ceux qui sont à Tentour, vu que du côlé droit, c'est-à-dire du côlé par lequel on fait mouvoir son pinceau ou son poil, le champ est toujours libre. Si Ton veut, par exemple, former une rosetle, après avoir poussé un frusiule vers le centre, on fait lourner le cover d'un angle proportioruié au nombre de frustules, dont on veut former la premicre série; on fait glisser un deuxième, que Ton place à côté du premier, et on continue de la même 151 fíiçon, jiisqii',ui doinicr de ccUc série. On retouclie la posilion dcs ses frus- tules, ce qui est daiilant pltis IV.cile, que, comme je l'ai déjà dil, le champ est toujoiíis libre dii còté de Ia main droite. Oii passe à la secoiide série concentriqiie, que Ton exécule de la même façoii et ainsi de suite. On ter- mine par enlevcr, a\ec le pinceau lave et imbibé dans de Teau dislillée, les frtislules eu excès. Si! en manque pour coinpléler le dessin, on aura naturellement rccours à la lame, ou Ton a fait le Iriage. Cetle dispo- sition en rosette, qui est considérée comme assez diílicile par quelques microj^raphes, de\ient au conlraire des j)lus faciles en suivant celte mé- thode. A prés avoir, de celte façon, range mes fruslules siir le cover, je prends celui-ci a\ec une pince, je le place sur une plaque de verre déj)oli, je le couvre avec un verre de monlre et je passe à un aulre. Ciiacune de mes plaques peut contenir 8 covers de 10 mm. de diamétre. Quand j'en ai un nombre suíTisant, je place ces lames, toujours recou- vertes par leur a erre de monlre sur une plaque de cuivre que je chaufle avec une lam|)C à álcool pour faire sécher et évaporer la glycériue. Avec une ílamme modérée il suíFit de ihauíTer pendant 80 secondes. Ce lemps de chauííage déperulant d'ailleiirs en oulre de la ílamme, de Tépaisscur de la [tlaque de cui\re, c'est à la pratique à le calculer. Si Ton chaulTe un peu trop la gomme est brúlée et la préparation n'e>t bonne à ricn; si Ton ne chaulíe pas assez, la glycérine n'a pas tout-à-fait disparu, et la prépa- ration restera défectueuse. II serait méme préférable, pour qui n'a pas en- core acquis assez de praliipie, de faire volatiliser la glycérinc au bain- marie, ou dans une étuve, comme le conseille M. Brun. Je laisse reíroidir et je passe au montage. Montage. — J'ai prepare une aulre plaque de cuivre, au cenlre de laquclle j'ai Iracé quelques cercies concenlriques et aux deux bouls de laquelíe j'ai fixe deux petites régies en cuivre, desli- nées à centrer la lame porte-objet, que j'y place (figure ci-contre). Je prends avec ma pince un de mes covers, que je porte sous le microscope et que j'examine une der- nière fois, pour voir si, malgró les précau- tions prises, quelque grain de poussière n'est pas venu s'y déposer; auquel cas je Tenlève avec mon pinceau imbibé d'alcool. Avec un aulre pinceau je prends une toute petile goutle de liquidambar, que je dépose sur le co>er lout prés du bord. Je prends celui-ci avec la pince et je le retourne ati cenlre de la lame. Je chauífe un peu pour élen- dre la resine et cliasser les bulles, et la préparation est achevée. Ces slides sont portes dans une étuve, ou ils sont désséchés. j5â Avec la praliqiie, Ton parvient à propoitionncr la quantilé de liquidam- bar au diamèlre du covcr, et à la grosseiir des friistiiieir. L'on n'aura pas ainsi d'excès de resine à enlever, ce qui est une opération ennuyeuse. Aulrefois je me sorvais du baume du Canada dissous daíis ie xjlol, el je perdais beaucoup de lemps pour imbibcr mes Iruslules, sous Ie micros- cope, dans du xylol, que j'apporlais à pliisieurs reprises avec mon pinceau. Jemploie maintenant Ie liquidambar, qui lui est supérieur sous lous les rapporls, et je ne me préoccnpe plus de Timbibition des fruslules. Quel- ques petiles bulles d'air, qui peuvent y être encore emprisonnées, après Ie chauffage sur la plaque, finiront par disparaitre dans i'étuve. Pour quelques espèces, un peu grosses et fragiles, il sufíit du poids du cover pour les briser. Pour éviter cct inconvénient j'ai recours dans ces cas à rartificc suivant. Je prends quelques filaments de verre, filés à la lampe, et je les réduis en une poussière fine, qui, sous Ie microscope, se montrent sous la forme de pelis cylindres de diflórentes grosseurs. Je mets cetle poussière dans un petit llacor» avec de l'alcool, et j'en fais Ie Iriage, comme si c'6taient des dialomées, en les séparant en diflérents tas, d'après la grosseur. J'en prends 3 ou 4 dógale grosseiir, proportiormés aux frus- tules, que je vcux monter, et je les colle sur les bords du cover, avec la solution de gomme adragante. Ces petis cylindres sont destines à supporler Ie poids du co\er, en évilant ainsi toulc pression sur les frustules. Coupes de dialomées. — Pour quelques genres ce n'est pas tout, pour bicn étudier ses espèces, que d'en monter les fruslules sur ces faces conneclive et valvaire. II faut encore, pour se faire une idée exacto de la configura- tion du frusiulc, eí pour bien comprondre Timage que nous donno.le mi- croscope d'une val\e de diatomóe, obtonir une coupe de coite valve el la fixer dans une posilion convenable. Ces preparai ions, excessivemcnt difficiles, quand il s'agit de cerlaines formes, requièrent loujours beaucoup de palience et de fermeté de main. Les difficullós que Ton renconlre sont de deux sortes: obtenir la coupe, et la fixer dans la prèparation. Quelquefois Ie basard se cbarge de faire disparaitre la prcmière; mais il est excessivement rare de trouver dans une récolte une coupe loule faile dont on puisse profiter. Ce Iravail m'ètant devenu nócessaire, pour pouvoir èludier les espèces porlugaises (\n gciire surirellu, elude qui será prochainement publiée dans les bulletins de la Sociedade Brolcriana de Coimbre, je suis arrivé, à force de porsévórance, à oblenir des slides me montrant des seclions Iransversales des valves de prcsque loutes los formes do ce genro, qui se Irouvaient dans mes récoltos porlugaises. Je dois donc dirc quolquos mots de la ma- nière dont j'y suis parvenu. L'inslrumeiLl, avec loquei j'èxécule ce Iravail est une èpinc de cactus de Tespèce la plus ténue. Comme ces é|)ines sont aussi Iròs fragiles, j'en 153 colle la parlie terminalc, bien mince et acérée, sur la pointe (l'iine épine plus forle de la mème manière dont j'ai dit qtie je procedais pour mes poils. C est sur le cover même que j'opère après y avoir porlé mes fruslules. Je donne un légère couche de filycériíie, sur Tun des còt^s du cham|), et j*y pousse quelques valves. Les vulves de suridella sont sujeites à s'envoler du champ du microscope au moindre attoucliement, ce qui n'arrive pas, quand elles sont indultes de glycérine, Je prends une de ces valves, et je commence par lui enlever un éclat, en appuyant la pointe de raon épine sur Tun des bouts, et je continue, en émoussant les parties atiguleuses. L'on comprend qu'il faudra en perdre, avant d'obtenir une, dont Ia cassure soit bien nette, et dans une direclion perpendiculaire à la ligne médiane. Pour quelques espèces du moins, ceei n'est pas aussi difficile d'obtenir qu'il pourrait le paraitre. Les valves des surirelles ont une tendance à se séparer transversalement, en suivant la direction des coles; ces coles n'étant autre chose que des ondulations de la lame silicieuse, à Tinstar de ces tôles galvanisécs qu'on fabrique pour la couverlure des toits de hangar. Quand j'en ai une ou deux dans les conditions désirées je les débarasse de la glycérine, avec mon pinceau lavé et moiiilié dans de Teau dislillée; avec un poil des plus minces je tache de les relevcr en les mettant d'aplomb sur le côté qui a éló coupé, et je les pousse vers le centre, ou j'iii mis une couche de gomme avec une proportion minime de ghcérine. Avec le pinceau mouillé dans de Teau dislillée, j'enlève les éclats et je nclloie le chnmp, tout autour des valves rangées par ordre au ccnlre du cover. J'achève ensuite ma préparation de la façon ordinaire, comme je Tai décrit plus haut. Pour quelques 'espèces três plates, comme le surirella (jcmma, par exem- ple (celte forme est encore difficile à manier à cause de son extreme fra- gilité), il est presque impossible de mainlenir les coupes debout, si Ton n'a pas recours à quelque stratagème. Voilà celui que. j'emploie: je place un frustule, ou méme une simple valve, sur son còlé connectif et, après avoir leve ma coupe dans la position verticale, ce qui e^st une opéralion assez délicate, je la pousse avec mon poil, jusqu'à ce que, tout en se conservant bien verticale, elle vienne toucher le bont le plus étroit de celte vahe, les plans de la coupe et de la valve, qui lui sert d'appui, formant un angle droit. Elle y adhère, sans que ce point de conlact nuise à la netlelé du conlour de la coupe. Je me suis contente d'obtenir des sections de valve de suridella, au lieu d'employer les fruslules, ce qui serait préférable, parce que dans ce genre les conuectifs se détachenl au moindre altouchement et, quand on a aíTaire à un individu, dans lequel il se monlre plus résistant, il est Irès dilíicile i5i dVn obtenir une cassure nettc. U rcslc toiíjoiírs des piírties saillanles des conticctifs, qiii emj)èchcnt les dcini-fnístulcs d'èíre jilacés datis une posilion vorlicalc. J)ans |)Iiis (l'uiic ccntaiiic de prój»araliorís, qiic j'ai élé forcé de faire, je ifai |)ti obtenir quuiic seule, qiii me laissa voir (l'uiie inaiiière bieii dis- tincle Ia sectioii transversale d'un ÍViistuIe siirirelle avec ses deux vahes et ses coniiectifs; et encore je ba dois au basard, qui m'a mis sous la main, quaiid je procedais à bi séparation des espèces, iiii demi-friistiile, qiii s'était, j)ar accideiít, brisé transversalemeiít sur sn partie inoyenne, et dont la cas- sure ótait Irès régulière. L'on comprend que la diílícultó, qiielquefois pres- que insiirmontable, de fixer bi coupe dans la posilion verlicale, est de cetle façon, c'est-à-dire avec des deini-friistides, rédnite à rien, dès que cette coupe est sur mi plan per|)endicidaire aux deux ligues de pseudo-raphe. En entrant dans tous ces détails, sur la biçon. dont j'ai obtenu ces der- nières préparalions, j'ai cu deux cboses en vue: monlrer ce que l'on peut obtenir de la pratique de manier ces frustuies dircclement, et appeler ]'attention des diatomistes sur ces seclions de dialomí'es, qui nous donnent, dans bien des cas, des caracteres d'une extreme im|)ortancc, pour Tétude de ces alguès. Comme on peut le voir, ce n'est pas une cbose si ditíicile qu'on pour- rait le croire. II est vrai qu'il faudra peidre quebjues frustuies, avant dobtenir une coupe dont on puisse profiter; mais, si lon parvient à obtenir une préparation, qui nous montre nellemeiít la section trarisversale d'une valve, ou d'un frustule, on será amplement dódommngó de ses peines, meme si on y a dépensé une, ou deux lieures de travail. Pour le procede, que j'ai sui\i et que je viens de décrire, il ne repre- sente qu'une première tentati.ve dans ce sens. Ainsi j'aurai, surement, à y introduire bien des modifications, d'après ce que la pratique me conseillera. Condusion. — Je conseille à nos débutants de s'babituer à manier leurs frustuies directement, avec Taide du pinceau, et du poil. On obtiendra une dextérilé suffisanle plus vite, quon ne peut se Timaginer. Pour ce qui a rapport aux procedes décrits pour le triage des espèces, je ne crois pas que Ton puisse indiquer un autre plus simple et aussi plus expéditif, que celui, que j'ai adopte; et de même quand au transport des diatomées pour le cover. Quand à la fixation des frustuies et au montage, j'ai déjà eu Toccasion d'entrevoir quelques perfectionnements, dont ma ma- nièrc d'opérer serail susceptible. J'avais meme depuis longtemps forme le projet de faire quelques essais dans ce sens; mais forcé d'aller de Tavant dans le montage et Tétude des diatomées portugaises, dès que je suis ar- rivé íà tin procede donnant des résultats satisfaisants, j'ai laissé cela pour plus tard. Pour la méme raison Toccasion n'est pas encore arrivée de faire exécuter quelques modifications au statif dont je me sers pour préparer, 155 modifications, dont j'avnis aulrcfois forme Ic plan et qui jjermcllruient, j'en suis síir, un travail pliis facile et pliis coinmodc. Je Fic crois pas cependant, que, poiír li; fund, je vienne à modificr ma méthode de ranger les friislides d.iiis la |)róparalion, qui consiste en somme à les faire giisser siir le cover dii boid vers le centre, potir leur Paire pren- dre à chaciin sa position, en faisarit tourner ponr cela le cover siir lui- mème, et en einployatit une stibstance qui mèlée au (ixaleur, facilite ce glissage, et empêche le frustule de se coller pendant rarranpement de la |)réparation, tout en mcltant obstacle à ce qu'il perde la position doiinée. Cette note, que j'ai rédi<;óe induit par le dósir (rencourager nos jeunes microf;raplies, en faisant mon possible pour leur dóbiayer le cliemin, je ne pouvais mieux Tadresser, qu'à vous, mon ancien et excellent ami, dont Tambilion de professeur a toiíjours 6té de faire des botanistes de vos jeu- nes élèves, en les lançant dans Texploration et dans Tétude de la ílore de notre beau pays, llore si intóréssante, et qui, si elle est déjà assez bien connue, dans prcsque toutes ses branc hes, c'est à vos elíorls persistants et à votre infalij>able zele, qn'on le doit surtout. En faisant la révision, je suis force de recoruiaitre. que je m'y suis laissé enirainer à des minuties, que Ton trouvera assurément excessi\es. Riais, bien pense, je n'y retran- cherai rien, Ce n'est pas pour les micrograpbes, passes maitres dans Tart de préparer, que j'écris, et, pour nos jeunes débutants, j'ose espérer qu'ils m'en sauront gré. Sinçàes, le 15 aoiit 1899. 1S6 subsídios para o estudo da flora portugueza PRIMULACEAS E GENCIANAOEAS POR Joaqiaim de IVEariz As duas fiimilias da Hora portugueza, Primulaceas e Gencianaceas, que constituem o presente trabalho, rej)rescr!tam a ordem das Limbiforae de M. \A'illkomm no seu Prodromus Fl. Hispanicae, e estão agrupadas nas classes das Contorlae e Myrsineae de Bartling e E. Spach. A primeira d'estas lamilias é representada na flora de Portugal por 7 géneros, sendo muito duvidosa a exislencia do género Androsace no nosso paiz. D*esles géneros cslão verificadas 19 espécies, das quaes são cultiva- das 3 Primulas. e 6 bastante problemática a existência do Anagallis collina Schou^b. Não ha a mencionar, d'esta familia, espécies novas para a nossa flora, mas sim algumas espécies e variedades convenientemente definidas que se encontravam mais ou menos coníusas nos livros de botânica. Dou o exemplo do Anagallis linifolia L. do qual se podem perfeilamente se- parar as 3 variedades seguintes: ';!.. angusli folia Welw., -. latifolia Win- kler e /J. marilima Mar. Para a classificação das Primulaceas segui o processo adoptado por En- dlicher no seu Genera phnilarinn, pag. 729 e seguintes, e seguido por Duby e M. Wiilkomm, que tomam por caracteres primordiaes o modo de abertura das capsulas nos fructos e a posição do cmbryão nas sementes. As espécies d'esta bella familia fazem o ornamento das zonas tempera- das do nosso bemispherio. Preferem as montanhas, revestindo os rochedos e embellezando os taboleiros e os contrafortes elevados. É notável que, ha- vendo em Portugal grandes tractos de região montanhosa, não seja um paiz 157 mais rico em espécies d'es(a familia, com especialidade no género Primula, pois que é representado apenas pela Primula vulgarls Huds, como planta espontânea, em quanto que na visirdia Hespnnha se contam 1 1 espécies, além d'oulros {íeneros que faltam á nossa flora, como sào os géneros Gre- gório, Androsace ?, Soldanella, Cyclamcn e Coris. Podemos explicar esta deficiência para a nossa flora de representantes das Primulaceas, em grande parte pela circumstancia de que muitas espécies dos géneros apontados ha- bitam a região alpina e nevada dos Pyreneus e outros pontos muito eleva- dos das zonas central e meridional da Hespanha, em altitudes superiores á nossa serra da Estrella. Outras espécies que crescem sob menores alti- tudes habitam de preferencia a zona oriental da peninsula baidiada pelo Mediterrâneo, afastando-se das costas do Atlântico. As propriedades das plantas d'esta familia são muito limitadas e tem cabido em desuso. Algumas passam por comesliveis, como sào as folhas da Primula o/ficinalis. As flores e raiz são antispasmodicas, anti-asthmalicas e peitoraes. Outras são adstringentes, vulnerarias e eméticas, e com appli- cação á tincturaria, taes como as espécies do género Lysimachia. Ainda outras são amargas como o Samohis Valerandi. Algumas espécies do gé- nero Androsace também são medicinaes e com aj)plica(;ão ás afí^ecçòcs genito-urinarias. A familia das Gencianaccas é representada na flora portugueza por 6 géneros, distribuídos em 18 espécies, das quaes são 4 novas para a nossa flora, a saber: a forma genuina da Genliana Pneumonanílic L., a Clúora imperfoliala L. fil., a Erylliraca lenuifolia Griseb. e a E. grandi/Iora Biv., com algumas variedades também novas. iNo género Erylhraea foi corrigida a svnonvmia de algumas espécies por se não ter observado a seu res|)eito as regras que a nomenclatura botânica aconselhava, pelo que não repre- sentavam essas espécies o verdadeiro valor que lhes competia, taes são a E. major Hflgg. Lk. ^ i\ E porlcnsis lííTgg. Lk. Para a distribuição das Gencianaceas em tribus e subtribus \arios au- ctores tem luctado com ditíiciddades, por serem as espécies d'esta familia muito artins. Bentham c liooker, dando muita importância ao desenvolvi- mento das placentas e á forma do o\ario, afl^;istaram-se das aíímidades na- turaes. Baillon contentou-se com a divisão da familia em 4 séries. Gilg dá a preferencia á estructura do pollen como base da classificação das Gen- cianaceas. Parece ser esta, até ao presente, a que melhor aproxima as espécies pelas suas affinidades. Todavia, como o estudo que se faz aqui d'esta familia é relativo a uma flora parcial e limitada, é suRiciente para a distribuição dos grupos o processo que segue Griscbach na sua obra 1S8 sobre as Gencianaccas e que vem publicado no Prodromus de De Can- dolle, vol. IX, pag. 39 e seguintes. Por elle me guiarei com as modifica- ções apropriadas ao presente Irabalbo. As Gencianaceas constituem uma bella familia cujas espécies estão espa- lhadas por toda a siiperficie do globo, tanto na região das neves perpetuas e nos paizes boreaes como sob os climas ardentes dos trópicos. As mais diííerentes estações possuem representantes d'esla numerosa familia; en- contram-se nas monlaniias, nos' prados, nos bosques, nas steppes, no liltoral e nos patitanos e cursos (Tagua. O género Genliana prelere as montanhas chegando ate; grandes altitudes e é por este motivo também muito mal re- presentado em Portugal, onde só conta duas espécies e uma d'ellas rarís- sima que ó a G. Iiilea L., em quanto que na Ilespanha é elle representado por IS espécies. Não obstante esta grande diíTerença para o género Gen- liana, estão as Gencianaceas melhor representadas em Portugal em nu- mero de géneros e em distribuição das espécies do que a familia das Pri- mulaceas. Da limitada dessiminaçào das espécies d'esta familia pelo paiz exceptuam se, cointudo, os géneros Aiiagallis e Samolus. Como plantas de ornamento poucas excedem em bclleza o grupo das Genciímeas alpinas com as suas grandes e formosas Dores de brilhante e variado colorido, com as suas Ibllias simples de um verde vivo, ás vezes glauco e com frequência lustroso a revestir-Ihe o caule umas vezes humilde, outras elevado, formando grupos no [)endor das rochas abruptas e cobrindo os prados e as orlas das llorestas a que imprimem o maior realce. A Gen- liana lulea L. habita no nosso paiz os pontos mais alcantilados da serra da Estrella, jimto dos Cântaros, onde se não pode ir sem perigo. E possível que antigami^iite esta espécie revestisse e embellezasse os contornos da serra, mas as suas propriedades medicamentosas, já conhecidas dos pas- tores, (jiie a colhiam para as suas doenças e jiara vender, a tornaram muito rara. A maior parle das Gencianeas são amargas. Iónicas, próprias para acti- var as funcçòes do systema digestivo, em virtude de um alcalóide corado que contêm, ligado a uma subsiancia volátil e aiomalica, e a matérias gom- mosas. O typo d'estas plantas amargas è a Geuúana lulea L. que também é febrífuga, vermífuga e antiseptica. Algumas Erithraeas lambem partici- pam d'eslas [)ropriedades ainda (|uc em menor grau, como são o Fel da terra ou E. Ceitlauriuni P. e as oulras espécies com que esta se asseme- lha. O Trevo (Tagua no grupo das JMeriyantheas também 6 um tonico- amárgo, além d'isso gosa de propriedades aniiscorbuticas, diuréticas e de- purativas; as suas folhas também se empregam em vez de Lúpulo para dar o amargor á cerveja. Eslas propriedades encontram-se, com menor inten- sidade, no Limnanlhemum nymphoidcs Lk. Pena 6 que a maioria das Gencianaceas seja de cultura tão difficultosa. iS9 PRIMULACEAE Verit. Plantas vivazes, raras vezos anniiaes. Caiilo umas vezes ciirlo e rudimentar, produ- zindo uma roseta de foliias radicaes, oulras vezes aldiii^ado ramoso com loliias op- postas, i'aro alternas. Folhas simples, raras vczi's compostas; estipulas nuUas. Flo- res iiermaplii'oditas, reiiulanís, nas acaules aiiriipadas cm umbclla simples no apicc dos pedúnculos radicaes mis (escaims), laras vc/.es solitárias, nas caulescentes dis- postas nas axillas dos ramos ou icrminacs, soliiaijas, cm caclio ou espiga. Calyx íiamosepnho lubuloso ou campanulado, ri-denlado ou o-femlido, per>islcnte. Coiolla £iamo|)Clala, ivíridar, liypuginea. alimilada, assalveada. campanulada, arroselada, caduca ou nuircliosi, laras vezi's nulla, lindio com o divisões; pertloiação iniLii- cado-torcida. Kstames inseridos no tuijo ou na fauce da corolla, ojipostos e em nu- mero eiiual aos seus lólios. Filetes livres, laru ligados na hase. Anilieras liilocula- res introrsãs, hiculos alirindo longiludinaluienle. Ovário livre, raríssimas ve7es sol- dado ao calw, uniliHMílar : placciíla cenlial gluhosa livre iimilo cedo. f)U sempre livre (Ducliartre). mullioviilada. Fslylete uuicn terminal, estigma simples, (lapsula unilocular, com "2 ou muitas semenlcs. abiiiido p(ir valvas ou dentes, ou circular- mente p(jr um (iperciilo (pvxide). Sementes rentes ou cravadas nos alvéolos da pla- centa, freqiientemenie planas m» dnrsn, ceiívcxas e unibilicadas na face ventral. Embryão recto em um alliuinen carnoso dirigido parallelamente ao liilo. Quadro das (ribus c dos (jciicros 1 [Capsula livre, abi-indo por valvas ou opeiculo 2 [Capsula soldada ao calyx. abrindo |ior valvas: Trib 111. Smnolcar. — FoWkm^ Ijasi- lares em losela, as caulinares alternas Vlil. Samolus Tourn. I Capsula abrindo por valvas: Tiib. I. Piimiúcac. — Floics em undjclla ou solila- l rias ,. I{ jCapsula abrindo circulaiiiienti* pnr operciilo; Tiib. II. /l))r/.r/r///íV/ft;c. — Plantas / caulescentes, flores axillares solilarias. Inibas ojipostas, verticilladas ou alter- 1 nas 7 I Plantas sem caule, folbas em i'oseta ou cespitosas, escapos radicaes : Subbib. I. Andiosaceac 4 (Plantas caulescentes, folhas oppostas, verticilladas on alteinas ; Subtiib. 11. Lysi- macliii ae ■ S o 4 'Capsula rom muitas sementes. Tubo da corolla cylindrico, dilatado na fauce, de comprimento quasi egual ao diâmetro do limbo I. Primula L. [Capsula (O.n 3 a 5 sementes. Tubo da corolla curto, mais curto do que o calyx, apertado na fauce II. Androsace Tourn. 160 ( Calyx petaloide, corolla nuUa III. Glaux Toiírn. (Calyx não petaloide, corolla 5-partida regular 6 ! Corolla muito mais curta do que o calyx. Planta anã. V. Asterolinum HÍTgg. Lk. Corolla mais comprida do que o calyx. Hcrvas erectas e ostentosas ou reptantes e llexiveis IV. Lysimachia L. I ! Corolla mais curta do que o calyx, quasi gouiilosa. Planlula pequena. VI. Centunculus L. Corolla mais comprida do que o calyx, assalveada. Hervas vistosas. VII. Anagallis Tourn. Trib. I. r*riiiiviloí^ie Endl. Gen. pi. 730 Siiblrib. I. Aiidrosaccac Endl. I. c. Hervas acaules. percnnes ou annuaos, follins todas bnsilnres em roseta ou ce.':pitosas, escapos uuilielliferos ou pedúnculos uniíloraes. Seuiente curva auq)liitrnpica. I. Primula L. Gen. pi. [Calyx anguloso. Folhas obovadas elliplicas, ovado-oblongas ou subcordiformcs irregularmente ondeado-denteadas, muito i'ui;oso-reticaladas, glabras na pagina .. 1 superior, pube.scentes, villosas ou lomeulosas na inferior á [Calyx não anguloso. Folbas obovadas carnosas, serreadas. glabras em ambas as paginas, cellieado glandulosas nos bordos. Flores sulpbureas . . P. aurícula L. (Plantas sem escapo. Folbas obovadas elliplicas ou ovadas oblongas, altenuadas em peciolo muito alado. Pedúnculos radicaes numeiosos, compridos, unifloraes, mais curtos do que as folhas. Flores grandes, inodores, condias assalveádas g ) amarellas, lúbos ohcordiforuies P. vulgaris Huds. [plantas com escapo. Folhas ovadas oblongas ou subcordiformcs contrabidas subita- mente em peciolo alado. Escapo pubescente excedendo as fulhas com muitas flores em umbella li 'Calyx estreito cylindrico, dividido no terço superior em dentes ovados acumina- dos, verde nos ângulos, pallido-membranoso nos intervallos. Flores medíocres, inodores ou levemente aromáticas com a fauce de côr amarella intensa: limbo o ; da corolla plano P, elatior Jacq. jCalyx obconico um pouco dilatado, com divisões ovado-triangulares obtusas de côr esbranquiçada. Flores pequenas, aromáticas de um amarello carregado, com manchas alaranjadas na fauce; limbo da corolla concavo.. P. officinalis Jacq. IGI Sccl. I. Primulastrum Dub. Boi. G;ill. p. 383; Diib. ap. DC. lYodium. Vlll, p. 35 1. P. Milijaris Huds. Fl. nrij;!. p. 70 (17C2), Cf. Buli. soe. boi. Fr. VI!I, p. 279; \Vk. Lgc. Trodr. Fl Jíisp. II. p. ()37; Njm. Consp. Fl. Europ. j). 603; Colm. Eiiiim. y Hcv. pi. |)enins. IIis|).-Lnsit. IV, p. 7 (P. ^eris, y. acaulis L. ; P. siheslris Scop. Fl. carn. ed. 2, I, p. 132; Rihb. Ic. fl. g.-rm. XVH, l 50, f. II, III; P. acaulis Jacq. Misc. I, p. 159 (1779), Biot. Fl lusil. I, |). 2C6; Ilfígg. Lk. Fl. porl. I, p. 334; P. sraiidiflora Lam. Fl. fr. II, p. 2i8; Dub. I. c. p. 37; Gr. Godr. Fl. fr. II, p. 447; P. veris llore luleo Grisl. Virid. lusil. u. 1 189). Terreno fértil das ma! las, s(bes, prados húmidos da região inferior. — Alcmdunro trasnionlaun : Bragíim^-a (M. Piíuliuo, P. Coulinho); — Alem- úoitro lillonil: serra do Gerez: rio das Caldiís (Welw., JM. Ferreira, S. dos Anjos), Cabeceiras de Basto [D. M. L. líeiwiq.), Povoa de Lanhoso (A. dtí S. Couceiro, G. Samjiaio), arredores de Braga: S. Martinho de l)umc (A. Sequeira), margens do rio Minho: Albergaria, Valladares (R. da Cunha), Ponte de Lima (Bodr. de Moraes), Amarante: Insuas do Tâmega (Taxeira de Carvalho), arredores do Porto: Bougado (A. M. Padrão); — Jicini Irasmoiilfum: Trancoso (A. de S. Couceiro); — Beira central: ar- redores de Cannas: Felgueira (M. Ferreira), serra da Fslrella; S. Romão, Albôco, IMieiro (líolhnsegg., J. Ifcnriíj., Fonseca, ]\I. Ferreira), Ponle da Murcella: Lavegadas (M. Ferreira), serra do Caramulo: \^irziellas (A. Sousa Pinto), matta do Bussaco (J. Duveau, F. Loureiro); — Jieira litíoral : Cas- tello de Paiva (J. Salema), arredores d'Albergaria a Velha: Alquerubim (Pompeu Garrido), arredores de Coimbra: Calçada do Galo, malta da Ba- leia, Valle de Coselhas, Penedo da IMeditaçào (Brot., Barros Gomes, A. de Carv., A. Moller, Barros e Cuidia, II. da Silva); — Beira meridional: Man- teigas: margem do Zêzere (R. da Cutdia), Sernache do Bom Jardim (J. Rosa), Figueiró dos Viidios (J. V. de Freitas), Alcaide: Sitio da Serra (R. da Cunha); — Centro littoral: Caxarias: Casal dos Frades (Daveau), serra de Cintra (Hoíhnsegg., Welw., Daveau), Alcobaça (líoíímsegg.) ; — Baixas (Io Guadiana: Merlola (A. Moller); — Algarve: Monchique: serra da Picota (Welw., Willk.). — pcren. Març.-Maio (v. v.). — Qaejadilho, Pào de leite. llab. na Ilesp., Fr., Inglat., Aliem., Escandin., Uai., Cors., Sicil., Turq., Grec, Russ. merid., Syria. 2. P. elalior Jacq. I. c. p. 158; Dub. I. c. p. 36; Brot. 1. c. p. 265; Gr. Godr. 1. c. p. 450; Wk. Lge. I. c. ; Nym. 1. c. ; Colm. I. c. p. 6; Rchb. Ic. 1. c. t. 49, f. 1 (P. veris, [J. elatior L.). 11 XVI 162 Nos prados, pastafícns c sítios relvosos das regiões itifer., monlaiih. e subalpina. — Cenlro Ulloral: Cintra, culliv. (Valorado). — Abr.-Jiin. (v. V. c). — Primavera dos Jardins. Hab. na líesp., Inglat., Escand., Dinam., Fr., Europ. med., Itai. su- per., Russ. media, Alpes altaicas. 3. P. olTicinalis Jacq. 1. c. p. 158; Dtib. I. c.; Brof. 1. c.; IIÍTpg. Lk. 1. c. p. 335; Gr. Godr. 1. c. p. 4i8; Wk. Lge. 1. c. p. 638; Nym. 1. f.; Colm. 1. c. p. 4; Hclib. Ic. I. c, t 49, 1". II (P. vcris, a. oííiíinalis L. ; P. veris W., P. veris flore albo sive llerba parnl\sis Grisl. 1. c. n. 1188). Prados húmidos, paslagens, (errenos rehosos e de cascalho das regiões monlan. e alpina. — Alcmdouro Irasmoulauo : Varias localidades d'esta re- gião (Brot., Hoíímsegg.) ; — Alcmdouro Ulloral: Porlo (E. Johnslon). — peren. Març-Jun. (n. v.). — Primavera. Hab. na líesp., Fr., Inglat., Belg , Alleman., Suiss., Aiislr., Hungr., Escandin., Russ. mer. e med., Croass., Transsilvania. Sect. II. Aurícula Tourn. Iiisl. p. \iO, t. 4G; Dub. 1. c. p. 37 * 4. P. Aurícula L. Cod. n. 11.52; Brot. I. c. p. 2^0: Dub. 1. c. p. 37; Gr. Godr. 1. c. p. 451 ; Wk. Lge. 1. c. p. 640; Njm. 1. c. p. 604; Colm. 1. c. p. 8; Rchb. Ic. I. c. t. 52 (P. lulea Vill. Dauph. 2, p. 469). Prados, silios húmidos das regiões monlan. e alj)iua. Em Portugal é cultivada. — peren. JMaio-Junh. (v. v. c). — Orelha d' Urso. Ilab. provav. na Ilesp., Pjren. (Lapejr.), Er., Euioj). cenlr., Ilal. bor. e ccntr., Istria, Hungr., Transsilv., Servia. II. Androsace Toiíiii. Insl. p. Ii3, I. 46; Dub. 1. c. p. 47 rianla annnal, raiz pcipondicular. Follins em roseta liasilai", ovado-elliplicas, ar- redondailap, dculicnladas agudas. leulcs. Es^capd.s ascendentes oii credos. Fo- liolos do invólucro oiiovados obtusos, excedendo os pediceilos. Caiyx aveludado com os lobos accrescentcs oval-lanceolados deniiciilados patentes. Corolla mais curta branca com a fauce amarella A. máxima L. 5. A. máxima L. Cod. n. 114í; Cav. Prael. n. 853; Dub. 1. c. p. 53; Gr. Godr. 1. c. p. 458; Wk. Lge. 1. c. p. 6i2; Nym. 1. c. p. 606; Colm. 1. c. p. 12; Rchb. Ic. 1. c. t. 70, f. I. Pastagens, sitios pedregosos, de cascalho e cultivados das regiões infer., montan. e alpina. — Portugal (Welvv.). — ann. Març.-Jun. (v. s.). 163 Ilab. na ííesp., Fr., Europ. med., Uai. super., Turq., Russ. austr., Si- bcr., Pers., Syria. Obsiíuv. — Cilo es(a espécie de Porlu<íal, mas sem indiraçào de locali- dade, por ter vislo no herb. do Mnseu da Escola Politcchnica de Lisboa um duplicado de Welwilsch que se suppòe ler sido colhido no paiz. Apre- sento-o porém com Iodas as reservas, por se nào ter encontrado alé agora em Portugal esj)ecie alguma do género Anihosacc, apesar de ser a espécie A. máxima L muito frequente na Hespanha. Sublrib. II. Lysiiiiaeliieac Endi. Gen. pi. 732 Ilcrvas cniileseontcs, caules fuiheosos, flores sulilarias axillarcs, ou com frequência dispostas em cachos, es|)igas ou panicula. 111. Glaux Tuurn. Inst. p. 80, t. CO; L. Gen. pl. Glalira. planoa,. caules prostrados ascendentes, folhcosos; folhas aproximadas en- cruzadas, oldoni;() laiiceoladas, subcariiosas, l-nervadas rentes. Flores peque- nas, soliiarias axillarcs rentes, formando espigas compridas folheosas, calyx branco rosado, campanulado, 5-fendido. Estames 5, inseridos no fundo do calyx. G. marítima L. 6. G. niaritiiiia L. Cod. n. 1G87; Cav. Prael. n. 86 i; Gr. Godr. 1. c. p. 462; Wk. Lgc. l. c. p. 6i4; Nym. I. c. p. 600; Colm. 1. c. p. 15; Rcbb. Ic. l. c. t. 76 (G. supina Lusitana Grisl. 1. c. n. o63). Areaes marítimos do norte de Portugal. — Alemdouro hlU.ral: Praia d'Areosa (R. da Cuidia), arredores do Porto: marinhas de Mattosinhos (G. Sampaio). — percn. Junh. (v. s.). Hab. luis praias do ]\Icditerranco, Allant. seplentr. e Báltico, em ter- renos salgadiços da líesp., Fr., Allemiin , Austr., Transsilv., Ásia bor. alé á China. Obslrv. — Se a phrase do Grisley, acima cilada, se refere, como parece, ao Glaux marillma L. nào lortiou esta j)liuita a ser colhida em Portugal senào em 1886 nas |)roximidades de Vianna do Caslello, mais d'um século de inlervallo dej)OÍs da sua descoberta no paiz. E por isso que "os botâni- cos a nào citam de Portugal, podendo passar por nova para a nossa Hora. Já foi distribuída pela Soe. Broteriana com exemplares colhidos nas visi- nhanças do Porto em 1893. 164 IV. Lysimachia L. Gen. pi. íHervas erectas vistosas, folhas oppostas ou vorlicilladaí!, raras vozes alternas, flo- res em cachos verticillados ou em panicula 2 1 (Hervas prostradas, nmito glabras, folhas oppostas, ovaes íigiidas; flores nxillares solitárias. Caule filiforme, simples, pediimulos opposiossubcapilhires mais com- pridos do fpie as folhas; lacinias do calyx linear-iigudas; corolla arrosetada amarella, filetes livres L. nemorum L. /Planta muito glahra, caule simples. Folhas oppostas ou alternas, rentes, decor- rentes na base, lincar-lanceoladas ou lanceoladas. Flores solitárias na axilla de bractéas em cacho terminal alongado cyliiidrico; calyx com as lacinias ellipti- cas marginadas de branco; corolla branca, ostames mais compridos do (pic a corolla com as antheras d'uni purpúreo escuro L. Ephemerum L. |Planta pubescente, caule sim|)los ou ramoso. Folhas opposta.*, tornadas ou qua- ternas, pouco pecioladas, ovado-lanceol.-idas agudas. l't'dunciilos axillares com muitas flores foi'mando uma larga panicula terminal ; calyx com as lacinias lan- ceoladas marginadas de vermelho; corolla amarella, cstaiiies mais curtos do que a corolla com as antheras amarellas L. vulgaris L. 7. L. Ephemerum L. Cod. n. 1171; Cav. Prncl. n. 852; Dub. 1. c. p. 62; Gr. Godr. 1. c. p. 463; Wk. Lgc. I. c. p. 6i5; Njm. 1. c. ; Colm. 1, c. p. 16; Fl. Liisit. cxsic. n. 1182 (L. Olani Ass. Syri. p. 22, t. 2, f. 1 ; L. gjauca Mnch.). Nas margens dos rios e ril)clros, bordas das fotites, sities liunnidos das regiões infer. e montan. — Beira lilloral: Coiin!)ra e arredores: Oi''nla de S. Jorge, Barcouço: Azenba (M. Ferreira); — Centro lilloral: Torres No- vas: niargenn da ribeira de S. Giào (R, da Cunha), Caldas da Raiidia (R. da Gunlia), Lagoa d'Obidos (Welw.), arredores de Montejmilo: Santa Qui- téria de Meca (A. Moller) ; — AlcuUejo lilloral: prox. de Villa Nova de Mil- fontes (Welw.). — peren. Jiinli.-Agosl. (v. s.). Hab. na Hesp. e nos Pyren. francezcs orientacs e cenlracs. OnsERV. — Esta espécie, tendo sido colhida a primeira vez cm Portugal em 1848 e 1850 pelo dr. F. WeUvitsch em Villa Nova de Milfontes e perto da Lagoa d'Obidos, só muito recoiitemcnle (1892) foi divulgada de localidades portugiiezas pela FL Lusil. Exsiccata com exemplares colhidos na margem do Mondego, junto a Coimbra. Tem apparecido lambem esta linda espécie em outros pontos da região média e littoral do paiz, mas nào com muita frequência. 8. L vulgaris L. Cod n. 1170; Djb. 1. c. p. 65; Boot. I. c. p. 264; IGS HíTgg. Lk. I. c. p. 331; Gr. Godr. 1. c. p. 464; \> k. Lgc. I. c; Nym. 1. c. p. 599: Colm. 1. c. p. 17; lUIib. Ic. 1. c. t. 45, f. II, III (L. lutea Lob. Baiili. Grisl. I. c. n. 931). Nas margoíis das corrcrUcs, rios, ribeiras, valias, sitios húmidos da re- gião iiifer. — Alcmdouro Irasmonlano: Bragança (P. Coutinho), arredores de Vimioso: Simluihào (J. IMariz); — J/f m(/owro ////o/y//;, arredores de Vi- zella (A. V. d'Araujo), Espozende (A. Siqueira), arredores de Santo Thyrso (A. R. Valente), margens do Douro (Brot., HoíTmsegg) ; — fíeira trasmon- lana : arredores da Guarda: Misarella (i\I. Ferreira); — Beira Ulloral: Coimbra e arredores: Ademia, S. Fagundo, motas do Mondego, Choupal, Barcouço: Azeidia Nova (Brot., líoíímsegg., Moller, M. Ferreira), entre Montemór-o- Velho e Alfarellos (M. Ferreira), Foja, Gatões (F. Loureiro, M. Ferreira), Pombal (A. Moller), Leiria (Costa Lobo), Marinha Grande (C. Pimentel); — Beira meridional: Manteigas: margem do Zêzere, perto dos Baidios (H. da Cunha), Fundão: margem da Ribeira Velha (R. da Cunha), Alcaide: Sitio da Serra (R. da Cunha); — Centro Ulloral : Poly- gono de Tancos (J. Pereslrello), Torres Novas: margens do rio de S. Gião (R. da Cunha), Lagoa d'Obidos (Wehv., J. Daveau), Lezíria d'Azam- buja: Valle do Alqueidào, prox. da Pouzada (R. da Cunha), arredores de Lisboa: Bellas: ribeira (R. da Cuidia); — Alio Alenilejo : arredores do Crato: Valle do Peso: ribeira (R. da Cunha); — Baixas do Sorraia: Mon- targil (J. Corlezão), Samora (Welw.), Benavente (J. Daveau); — AlenUejo Ulloral: Barroca d'Aha (P. Coutinho). — peren. Maio-Julh. (v. v.). — Ly- simactúa. líab. na ITesp , Inglat., Escandin., Fr., Europ. med., Ital., Turq., Russ. med. e austr., Ásia menor. 9. L ncnionim L. Cod. n. 1178; Dub. 1. c. p, 66; Brot. I. c. ; Hffgg. Lk. I. c. p. 331; Gr. Godr. 1. c. p. 464; Wk. Lge 1. c. p. 646; Nym. I. c. ; Colm. 1. c; Rchb Ic. 1. c. t. 43, f. I (Nummularia vulgaris Grisl. 1. c. n. 1061). Nas maltas sombrias de terreno fértil, logares húmidos, nas sebes das fontes c motas dos rios das regiões infer. e montan. — Alemdouro Ulloral: Caldas do Gerez (Brot., Hoílinsegg.), Povoa de Lanhoso: Carvalhar(G. Sampaio). — peren. Juidi.-Julh. (v. s.). Hab. na Hesp., Fr., Inglat., Norueg., Holland., Dinam., Europ. media, Ital., Açores. 16G Y. Asteroliniim llíTgg. Lk. Fl. Porl. p. 33^2; Uiib. 1 c. p. G8 Caule erecto de 3 a 6 eenl. de compr., siinples ou lamosi-^siino. Folhas pequenas, verdes, oppovtas em cruz, rentes, lanceoladas lineares, acuininadas agudissi- jiias. Flores numerosas niindas pedunculadas, axillares no ápice dos lanus; lacinias do calyx lauceoladas acuuiinadas, corolla niininia airoselada, d'uni branco esverdeado • A. stellatum IHÍiig. Lk. 10. A. sicllaliim impg. Lk. 1. c. p. 332; Diib. 1. c; Gr. Godr. 1. c. p. 4-62; Wk. Lgc. I. c. ; Njm. I. c. p. (iOO; Colin. 1. c. p. 18; Hchb. Ic. I. c. t. 45, r. IV, V (Ly>ima(liia Liriuin stollalum L. Cod. n. 1177; Brot. 1. c\ Terrenos arenosos de cascalho, outeiros incultos das regiões infer. c montan. — Alenidouro Irasmonlatio: ariedores de Moncorvo: Peredo (J. Mariz) ; — Alcmdowo llKoral: arredores do Porto: S. Gens (E, Jolinston); — Beira trasnwuíaixi : Adorifio (\í. Schinilz); — Beira cenlral: Bussaco (F. Loureiro); — lieira lilloral: Villa No\a de Gaya: Grijó (Araújo e Cas- tro), Coimbra e arredores: Pinhal do líaugel, 0"'"*^ de S. Jorge, Quinta de Sania Cruz, Santa Clara, Santo António dos Olivaes (Brot., A. de Carv., J. Henriq., 31oller, J. Craveiro), arredores da Figueira da Foz: Cabedcllo (F. Loureiro), Pinhal do Urso (F. Loureiro); — Beira meridional : serra da Eitreila: Manteigas, prox. dos Banhos [W. do Cindia), Caslello Branco: Monte Fidalgo (H. da Cuidia); — Cenlro lilloral: Leziria d'Azambuja (l{. da Cunha), Alhandra (R. da Cuuiia), arredores de Lisboa: prox. de Te- lheiros, Santo António da Maçã. beira dos piuliaes (\N elw., .1. Daveau), Alcântara, Tapada jd'Aju(ia (Welw., IIoíTinsefig ), Cascaes (í*. Coulinho); — Alio Alemlejo: Caslello de Vide: Arieiro (B. da Cuidia), Portalegre: Senhora da Penha (B. da Curdia); — Alemlejo lilloral: arredores de Lis- boa: dunas da Trafaria (J. l)a\eau). Costa de Caparica: Juncal (B. da Cunha); — Baixas do Guadiana: Beja: Charneca do Queroal (R. da Cunha); — Algarve: entre Corte Figueira e Mú (J. Daveau), F^aro e S. João da Venda (Welw.). — arui. Març.-Maio (v. v.). Hab. na Hesp., Fr. mediter., Ital., Dalmac, Grec, Ásia menor, Chjpr., Syria. Trib. 11. A nagallicleae Eudl. Gcn. pi. 733 VI. Centunculus L. Gcn. pi.; Dub. 1. c. p. 72 Planta glabra ; caule credo, simples ou com ramos patentes. ft)llias alternas rentes ovado-mucronMdas. Mores numerosas quasi rentes miúdas; lacinias do calyx linear-lanceoladas, acuminado-assoveladas, corolla branca ou rosada. C. minimus L. 1G7 II. C. niininuis L. Cod. n. 948; Brot. 1. c. p. 158; HÍTgg. Lk. 1. c. p. 329; Dtib. 1. c. ; Gr. Godr. 1. c. p. 466; Wk. Lge. I. c. p. 647; Nym. 1. c. p. 601 ; Colm. I. c. p. 2o; Rclib. Ic. 1. c. t. 41, f. IV (Nummularia mínima Ltisitaiia Grisl. I. c. n. 1062). Terreirjs relvosos, arenosos e húmidos tia região infer. e do litloral. — Akmdouro lilioral: Areaes de Carreço (R. da Cunha); — Beira lilloral: arredores de Coimhra (Brot., IIoíTinsegg.) ; — CnUro lilloral: Entronca- mento: Pinlial do Vidigal (li. da Cunha). — ann. Junh.-Julh. (v. s.). llab. na Ilesj)., Inghif., Fr., Norueg., líolland., Dinam., Europ. med., Ilal. sup. e med., Russ. med. e austral. VII. Anagallis Tourn. Inst. p. 142, t. 59; L. Gen. pi. 1 [Caule reptanle ou radioanie, simples ou pouco ramoso; folhas orbicularos ou quasi redondas, pcciuladas 2 (Caule não radieanto, prosiiado ou ascendente, muito ramoso; folhas ovaes lan- ccoladas ou Janceolado-lineares, rentes 3 ^Planta annual, glahra niuilo ténue; caule filiforme quadrangular de base replante. Folhas ()pi)osias pouco pecioladas quasi redondas ou ovadas. Pedúnculos sub- (•a|iillaies inuilo mais conqiridos do que as folhas; lacinias do calyx lanceolado- linearos acuminadas: comlla rósea 3 vezes mais comprida do que o calyx, de lóhos obtusos ou chanfrados A. tenella L. [Planta peronne, glahra, lusirosa; caule radicoso. Folhas alternas orbiculares, gros- sas, conlrahidas em peciolo curto. Pedúnculos forles mais curtos do que as fo- lhas; lacinias do calyx lanceohidoacuminadas, memliranoso-marginadas; co- rolla l)i'ani'a um pouco mais conq)rida do que o calyx, de lobos ovaes, glabros ou celheadogiandulosos A. crassifolia Thore. 'Folhas ovaes lanceoladas. Pedúnculos uma vez e meia ou duas vezes mais com- pridos do que as folhas. Flores pequenas ou medíocres. Plantas annuaes. . 4 (Folhas lanceolado-lineares ou lineares, por vezes ovadas. Pedúnculos muito mais compridos do que as folhas. Flores grandes. Plantas perennes 6 (Planta pequena, dehil Caule anguloso comprimido, folhas ovadas opposlas. Flores pe(|uenas; calyx quasi do coMq)rimento da corolla, com as lacinias liuear-lan- ceoladas niuilo agudas marginadas de branco. Corolla azulada com os lobos ovados miudamente crenelados. Estames um jiouco mais cuilos do que a corolla. A. parviflora HITgg. Lk. Plantas medianas, mais ou menos robustas. Caule quadrangular com azas, folhas oppostas ou ternadas. Flores medíocres; calyx mais curto do que a corolla com as lacinia.> lanceolado-lineares acuminadas, membranosas na margem. Corolla azul ou rosca, com os lobos crenelados, ás vezes glandulosos. Eslames mais \ curtos do que a corolla 5 168 Folh.ns ovaJns ou ov.-ido- lanceolada?, subagudas. i\s vozes alongadas c oMusis- siiiias (var. loiífiifulia \Vk.). (lorolla unias vozi'S azul roni os lobos glabros (A. cocntlcn Lani.). outras vezes rosada com os lobos cellieadíj glandiilosos {A. phoenicea Lani.) A. arvensis 1^. Folbas iargamcnlc ovadas snbrordiformes na base, meio amplexicanlcs. Lacinias do cálix, mais compridas. Cnrolla de côr azul do base purpurina. 1'lania maior \ em Iodas as suas ]»artes o mais robusia do que a anlecedenle.. A. latifolia L. Herva quasi glabra. Folhas (roncadas na base ou subcordiformes lanceolado-linea- res, larga ou estreitamente lineares, ás vezes ovadas, obturas, planas ou leve- mente enroladas na margem, as antigas relleclidas. Pedúnculos alongados fdi- foinies, |)at(iiles rectos na floração, arípieado-recurvados quando fiiictifeios; lacinias do calyx esljeiiamente lanceoladu-lineares, lineai'-acuminadas. Corolla d'uma bella còr azul, purpurina na base, lobos esireltamente crenelados na mar- gem A. linifolia \j. |Herva glabra. Folhas cordiformes na base. ovadas ou í)bIongas lineares, obtusas, as amigas relleclidas. todas curtas. Pedúnculos alongados lilifoimes, palenli'S direitos mesmo quando fiuctiferos, apenas uni pouco curvados no ápice lacinias do cálix lanceolado- lineares, agudíssimas. (;orolla intensamente escarlate com os lobos arredondados tenuemente celheados na margem. A. collina Schousb. 12. A. lenclla L. Cod. n. llSi; Brot. 1. c. p. 2G3; Mfrg. Lk. 1. c. p. 328; Diib. I. c. p. 71; Gr. Godr. 1. c. p. 467; Wk. Lge. 1. c. ; Njm. l. c. ; Colm. 1. c. p. 24; Rclih. Ic. 1. c. t. 41, f. III (A. femina, lalifolia minor Grisl. I. c. u. 92; Jirascckia alpina Schm.). Terrenos relvosos húmidos, principalmente musgosos irrigados, junto de fontes, ribeiras, das regiões iulcr. e montan. — Alcmdouro lilloral: i^Ieigaço: Casaes de Crugeiras (R. da Cuiilia), Laidiellas: Murraceira (R. da Cunha), Valença: Veiga de Ganfei (H. da Cunha), Vianna do Casleilo: Monte de Santa Luzia (R. da Ciinlia), Pedras Salgadas (I). M. L. líenriq.). Cabe- ceiras de Rasto (J. Henriques), arredores de Guimarães: S. Thingo de Lordello, Vizella (A. V. d'Araujo), Barcellos : Pinhal do Giào (R. da Cunha), arredores do Porto: S. Gens, Santa Cruz do Bispo (E. Johnslon); — Beira Irasmonlana: Castcllo Bom: margem do Côa (R. da Ciiniia), Villar Formoso: Moinho Novo (R. da Cunha); — lieira central: Ponte da Murcella: Moura iMorta (M. Ferreira), serra da Estrella: Senhora do Des- terro (A. Moller) ; — Beira lilloral: arredores d'ANeiro: Gafanha (E. Mes- quita), arredores de Cantanhede: Ourenlam, Marzogo (A. de Carv.), Coim- bra: Valle de Coselhas, Penedo da Meditação, Santo António dos Olivaes (A. Moller, A. Castro Freire, M. Ferreira), serra da Louzã (A. Moller), Figueira da Foz (F. Loureiro), arredores do Louriçal: Pinhal do Urso, Lagoa de S. José (F. Loureiro, A. Moller, M. Ferreira), Pombal, Alber- garia (A. Moller); — Beira meridional : Covilhã: margem do Zêzere (R. da Cuniia), serra da Pampilhosa (J. Henriques), Idanha a Nova: margem do rio Ponsul (R. da Cunha), Castello Branco: margem do rio Ocreza (R. IG9 da Cunha). Villa Vellia : margem do Tejo, jimio da Forilc (R. da Cunha); — Centro lUioral: Monlejunlo: Espinheiro de Cào, base da serra (J. Da- veau), arredores d'Ah'mqiier: Merceana, Coilegana (A, Moller), Venda do Pinlieiro (J. Davcau, Torres Vedras: Qiiinla do llespaidiol (J. Pcreslrello), serra de Cintra e acima de Collares (Welvv., Valorado), arredores de Lis- boa: Sapal do Estoril (P. Coiititdio); — Alcmlcjo lillunl: Lagoa d'Alhu- feira (J. Daveau, A. Moller), entre Fernão Ferro e Aposliça (J. Davcau); — Algarve: entre Córle Figueira e Almodovar (J. Davcau), Mondiique: serra da Picota: Co\ào d'Agua, Foia (J. Brandeiro, Welw., A. Moller). — ann. Maio-Julii. (v. v.). Hab. na Hesj)., Fr., Inglat., Belg., Holland., Aliem, occid., Suissa, ítal. supeu.., Sardcn., Creta. 13. A. crassifolia Thore Chlor. Land. p. 62; Oub. 1. c. ; Ph. Webb ller Hisp. p. 18; Gr. Godr. 1. c. p. 4C6; Wk. Lge. I. c. p. 048; Nym. 1. c; Bourg. PI. exsic. n. 2003; Colm, 1. c. (Jiraseckia crassifolia Schm.). Terrenos húmidos, beira dos regatos da região montanhosa. — Alem- douro lilioral: Foz do Douro? (Webb); — Altjarve: Monciíique (Bourg,). — peren. Junh. (v. s.). Hab. na Ilesp., Fr. occid., Algéria. Obsekv. — Tem os diíTerentes aurtores mencionado esta espécie da re- gião montanhosa. EíTectivamcnte em Portugal, onde é extremamente rara, apparece ella em Monciíique colhida em 1853 por C. Bourgeau A beira dos regatos, de que vi exemplares authenticos no herbario do sr. M. Willkomm. Mas antes d'esla ejiocha, em 1838, cila o sr. Webb o A. crassifolia Thor. no ller Hispanicnse colhido nas areias do mar na Foz do Douro. — Não me parece que esta espécie se encontre na peninsula proveniente da região maritima; todavia fica a sua citarão sob a auctoridade do mencionado bo- tânico, tanto mais que não tornou a ser encontrada na referida localidade e por isso não confirmada a sua existência á beira mar. 14. A. parviflora Híígg Lk. Fl. port. í, p. 325, l. 64 ; Dub. 1. c. p. 69; Wk. Lge. 1. c; Nym. 1. c. ; Colm. 1. c. p. 19 (A. femina, latifolia altera, minima Grisl. 1. c. n. 93). Nos campos e terrenos arenosos da região infer. — Alemdotiro lilioral: Lanhcllas: Ramalhosa (U. da Cunha), Caminha, nas muralhas (R. da Cunha), Vianna do Castello : Piídial do monte de Santa Luzia (U. da Cunha), Montedor: Gandra (B. da Cunha), Porto (Vasco d'01ivciia); — Beira lilioral: arredores de Coimbra: Miranda do Corvo (Ballh. de Mello), Coimbra: Zombaria (J. líenriq.), arredores do Louriçal: Pitdial do Urso (F. Loureiro); — Alcmlcjo lilioral: do Poccirão a Pegões (J. Daveau), 170 Comporta (HoíTmsegg.) ; — Ahjarve: Faro (A. Moller), S. Draz d'Alportel (J. l). dos Santos). — aiin. Jiilli.-Agost. (v. s.). ITub. Ill llespaniia. 15. A. arveiisis L. Cod. n. 1 180; lííí--. Lk. 1. c. p. 323 (ex p.) ; Diib 1. c. ; Gr. Godr. I. c. p. 4(37; \\k. Lge. I. c. ; Nym. I. c. (ex p.); Colm I. c. p. 20; Uchh. Ic. I. c. t. íl, f. i (A. mas viilgaris Grisl. 1. c. n. 85) — furm. 1 — plioenicea (A. phocnicca Lam. et DC. Fl. fr. Ilí, p. 431 Brot. I. c. p. 262); — form. 2 — cocridca (A. coeridca Lam. et DC. I. c. Brot. 1. c; íííígg. Lk. 1. c. p. 324; Nym. 1. c; A. repens DC. Fl. fr. V, p. 381). [i. lungifolia Wk. Serf. p. 102; Wk. Lge. 1. c. (A. parviflora (Salzm) Lois.; A. femina tcnuissimifolia piisilla, coerulea Grisl. 1. c. n. 91). — Folhas ovado-lanccoladas alongadas obtusíssi- mas, corolla azul. Planta ramosissima erecta, folheosa, folhas grossas muito ponctuadas. Terrenos arenosos e cu!ti\ados, por en(re as searas das regiões infer. e monlan. — form. 1. — Alcindoiiro Irasnwnlano: I^ragança (P. Coutinho), arredores de Alfandega da Fé: Santa Justa (D. M. C. Ochôa), arredores de Freixo de Es])ada á Cinta: Poiares (J. !\Iariz), Chaves (A. Moller); — Alcmdouro liUoral: IMonsào: Portas do sol (U. da Curdia), Valença: Fonte de Sá (H. da Cunha), arredores de JMelgaço: Alvarcdo, S. Marliiiho, Val- ladares: Barqueiros (R. da Cuidia), praia do Carreço (R. da Cunha), Vianna do Caslello: Pinhal do monie de Sania Luzia (K. da Cunha), serra do Gcrez e Caldas (D. M. L. lleiuiq., Capello e Torres), Pinhal d'Ancora (R. da Cunha), Espozende (F. Sequeira); — Beira trasmonlana: Taboaço (C. de Lima), Guarda e arredores: Faia (M. Ferreira), Villar Formoso: Tapada do l\lonleiro (R. da Cunha); — Beira central: Penalva do Castello: Castendo, arredores d'Algodres; Muchagala (M. Ferreira), Oliveira do Conde e arredores: Valle Travesso (A. Moller), Sabugosa, Tondella e ar- redores: Lobão (M. Ferreira, A. Moller, Anselmo de Carv.), serra do Ca- ramulo (A. Moller), Bussaco (F. Loureiro), Ponte da IMurcella c arredores: Sobreira (M. Ferreira), serra da Eslrella: S. Romão (Ferreira da Fon- seca);— Beira lilloral: Aveiro (F. Mesquita), arredores de IMira (3J. Fer- reira), Oinenlam (A. de Carv.), Coimbra e arredores: Penedo da Saudade, Cidrul, Penedo da Meditação, Baleia, Sanlo Anionio dos Olivaes, Quinta de Santa Cruz, Valle do Inferno, Sanla Clara, Villela (A. Moller, J. V. de Freitas, P. da Silva, Allipio Barbosa, A. Pires, M. Arruda, A. Granado, F. M. Cunha), Miranda do Corvo: Godinhella (Gouveia Pinto), Louzã (J. Jlenriíj.), IMontemór-o- Velho : entre Gatões e Fôja (M. Ferreira), Soure: 171 estrada de Paleào (Cabral, IMoIloij, Louriçal e arredores: Gardiitilia, Pinhal do Urso (Vaz Serra, 31. Ferreira), Pombal (A. Moller), Leiria (Cosia Lobo) ; — Beira meridional: Fundão (1{. da Cunlia), arredores d'Alpe(lrinlia : Orca (J. Galvão), Sernaclie do Bom Jardim (NeUo), serra da Pampilhosa (J. Henriq.), Castello Branco: ribeira d'Ocreza (H. da Cunha), Idanlia a Nova: margens do rio Ponsul (U. da Cunh.i), Villa Velha do Rodào: passagem da Barca, Fonte das Virtudes (li. da Ciirdia), Beher, prox. de Abrantes (1). M, P. Coutinho); — Cenlro lillonú: Tones No\as: Sopeira, Casas Altas (B. da Cuidia), Torres Vedras c arredo-res: Quinta do fferpanliol, Runa (J. Peres- Irello, Barros e Curdia), arredores d'Alemcjuer: Meca (A. Moller), Cartaxo (Cardoso), Alcobaça: Quinta da Ponte (R. da Cunha), Moita: Arruleia (R. da Cunha), Lisboa e arredores: serra de Monsanto, Tapada d'Ajuda, mar- gem da ribeira da Cruz Quebrada (J. Daveau, Welw., R. da Cunha), de Carcavellos a Oeiras (J. Daveau) ; — Alio Alemleja: Castello de Vide : Arieiro (R. da Cuidia), Portalegre: Seidiora da Petdia (ÍL da Cunha), Redondo (Pitta Simões), Évora (A. Moller) ; — liaiaas do Sorraia: iMontargil (J. Cortezào); — Aleivlejo liltoral : Caparica (\^'ehv., J. Daveau), Odemira e arredores: Santa Clara a Velha, margens do Mira (G. Sampaio, Basílio Costa); — Baixas do Guadiana: Cascvel (A. Moller): — Algarve: entre Corte Fi- gueira e Mú (J. Daveau), Monchi(pie serra da Picota (Wehv.), Faro e ar- redores: Atídaia (A. Moller, J. (juimarãcs), estrada de S. Braz a Faro (J. Daveau), S. Braz d'Alportel (J. D. dos Santos). — Corm. 2. — Alemdouro lilloral: arredores de Vizella (A. V. d"Araujo), Poito (Vasco d'Oli\eira); — Beira central : Tondella (Anselmo de Carv.l; — Beira lilloral: Ouren- tam (A. de Carv,), arredores de Coimbra: Villela (F. M. Cunha), Coim- bra: estrada de.C<^llo. estigma liilobado. Glândulas hxpogyneas nullas. Ovário dis.posto n'um disco annullar celheado. (Capsula unilocular, quasi indehiscente, com as placen- tas inseridas ao meio dos carpellos. E[)ispeiina muito liso, luzente U. Menyanthes Tourn. 12 XVI 178 /Estylcte nullo, esligma pcrsistcnto na extremidade attcnunda da capsula. Calyx Uibuloso, cami)niiulado ou tísijathilornn', 4-o-ft'iidido ou partido. Corolia afuni- lada, canipanulada ou aada, de fauce nua ou franjada, limbo ciini 4-5 lo- bos auginenladus de appendicrs variáveis. Esianies 4-5, inclusos; esligma bi- fendido ordinariamente incluso. Capsula unilocular 111. Gentiana Tourn. Estylete distincto c muitas vezes caduco 4 IEslames 4-6-8; antheras não contornadas om espiral depois da emissão do pollen. Corolia afunilada ou arrosetada. Capsula ovada 5 Estames 5; antlieras contornadas cm espiral depois da emissão do pollen. Corolia j assalveada ou afunilada com o tubo cyiindrico apertado abaixo da fauce. Ca- I psula linear, semi-bilocular, ou seml-unilocular. Calyx tnbuloso, com 5 ângulos \ salientes e 5 divisões lineares VI. Erythraea Renealm. i'Calyx dividido até perto da base em G 8 divisões qu.isi lineares. Corolia arrose- tada, com o tubo dilatadoglobuloso c o lindji) G-8 fendido. Estames 0-8. Capsula unilocular IV. Chlora L. jCalyx quasi campanulado, arredondado, 4 pai tido ou 4-fendido. Corolia afunilada com o tubo curto o bojudo e o limbo 4 fendido. Estames 4. Capsula unilocular ou semi bilocular V. Cicendia Adans. Trib. I. ]VIoiiya.iitlaeae Griseh. Genlian. p. 330 et ap. DC. Trotlr. IX, p. I3G I. Limnanthemum Ginel. iti Acl. acad. Pclropol. 17GÍ), p. 527; Griscb. ap. DC. hodr. 1. c. [). 138 Caule muito comprido ramoso cylindrico subnier'o e radicoso, somente folheado no a[)ice. Folíias nmito pecioladas, lindio orbicular-Cdrdifoime nadanle IHores em cymeiras .''asciculadas na axilla das follias, muito pedunculadas, IlucUianIes; calyx com as lacinias linear-lanceoladas; emolias amarellas mnilo finas, com os ióbos cuneifornies obinsos, brandamente cellieados nos bordos. Caj^sula ovada, acuminada; sementes amarellas de margem larga e guarnecida de eilins bran- cos L. nymphoides Hffgg. Lk. 1. L. iijniiilioidrs lín^íi. Lk. FI. jiorl. I. p. 3íí ; Grisel). I. c. ; Gr. Godr. Fl. de Fr. II, p. 497; Vi k. Lge. Prodr. FI. hisp. l!, p. (15 I; Co!m. Kiinm. y Rev. pi. |)ciiiiis. liisp.-lusil. iV. p. 71; R( lib. íc. fl. (jerin. XVII, t. I (L. peitaluin Gmel. I. c. t. 17, f. 2; Njin. Cotisi). Fl. F^urop. p. .^03; Menyaiilhes iijmplioides L, ; IJrut. V\. lusil. I, p. 267; M. ualans Lain.; Viliarsia nymphoides Vcnt. DC. Fl. IV. Ill, p. C48; N}nipliaca lulca, mi- nor Grisl. Virid. Liisit. n. 1066). Nos poços e terrenos inundados, rios c aguas estagnadas. — Alemdouro lilloral: Valença: rio Miidio (II. da Cunha), Villa Nova da Cerveira e ar- 179 redores: Liuiliellas: IMiirracoira (l\. da Cuiilia); — Jicira Hlloral: Monte- mór-o-Vollio (IJrot., lUr^ifi. Lk , Welw., M. Ferreira), oiilre Monlemór e Fijíiieira: lAIaiorca, Paul de Fôja (Biot , Welw., A. Moller) ; — Cenlro Hl- loral: Le/iria d'Azaml)iija : Valia do Caiilo (K. da Cuiilía'. — |)eren. Julh.- Agost. (v. V.). — Golpitào pequeno. líab. iia líesp. ((iallizn: rio JWinlio), Inglater., Fr., Eiirop. mcd., Ital., Turq., Grec, Russ. med. e auslr., Siber. occid., Cachemir., China boreal. II. Menyantlies Toiírn. Insl p. 117, t. 15; Griseb. 1. c p. 137 Rliizonia cylindi ico nrliculadíj rciitanlo, ('(ihiTto jielas bainlias das fullias mortas, prolMiig;i'n(!u-so sii|ieiiorinenl(' ii"iim ^^'Ulle curto follioado. Folhas milito pecio- ladas, as bainlias dns iieciolos cnvulvciido o caulo, limbo tripartido, segmentos grossos ub(iv;idus, obtusanientH dfutfadus loures em cviiieini racimosa no ápice d uni c.iniprido pcdiinciilu axillar. podicciins guarnecidos na base d'uma bractéa ovada : lacinias do c.ih x lanceol;:d,is : comllas roseo-albas com os lobos obovado- lanceolados iiiiiilo franjados; antlieias piiri)Ui'eas. Capsula globosa ; sementes ovadas, amai ellas . M. trifoliata L. 2. M. trifoliala L. Cod. n. 1 164; Gr. Godr. 1. c. p. 497; Wk. Lge. 1. c. ; Nym. 1. c; .1 ííetiriq. Exp. se. á Serra da Eslrella, 1881, p. 86, n. 457; Colm. 1. c. ; Uelib. le. 1. c. t. 2. Nos paúes, j)iados húmidos, terrenos paniancsos das regiões infer. e monlan. — Alenidoiiro hlloral: norle de Portugal (È. Goeze sec. Nym.), Valença (Texid. sec. Colin.^; — Beira irai^rnonlana : Aguiar da Beira: La- meiros do Poço Negro (M Ferreira); — Beira cenlral: serra da Estrclia: Lagoacho das Favas (.1. Henriques, J. Duvcau, M. Ferreira). — peren. Ahr.-Junh. (v. s.). — Trevo d'a(/ua. líab. na líesp., Ingl , Escandin.. Europ. med., Fr., Ital., Turq., Grec., Uuss. mcd. e austr., Caucas., Cachemir., Americ. boreal. OiíSEnv. — O M. Irifoliala L. foi recentemente encontrado na região boreal de Portugal |)elo sr. E. Goeze segundo a cilaçào do sr. Nyman, e pelo sr. Texidor em Valença do Minho conforme menciona o sr. Colmeiro. Só se obtiveram, porí-m, exemplares aulhenticos c completos d'esta espécie em o nosso |)aiz nas lierborisat'ôes emprehendidas na serra da Estrella pela Sociedade de Geographia de Lisboa, que tiveram começo em 1880, con- servando-sc todavia uma espécie rara em Portugal. 180 Trib. II. Ooiitiaiioao Griseb. 1. c. p. 38 III. Gentiana Toiírn. Inst. p. 80, t. 40 Planta delgada. Caulo erecto sitrples, follieado até ao ápice, com uma ou muitas flores. Fullias inferiores reduzidas a bainhas escamosas, as restantes lineares lanceoladas obtusas 1-nervadas rentes levemente ligadas na base. Flores bellas 2-;] em cymeira no ápice do caule ou 1 única terminal, ou landjem 1-2 pedun- culadas na axilla das folhas próximas (]alyx (ibconico anguloso, egual ao terço da coroUa com as lacinias lineares agudas. C.orolla tubuloso-campanulada, d'uma bella côr azul no interior, listada d(; aiiiarello por fora, lobos ovados separados por um den;e agudo. Anlheras soldailas G. Pneumonanthe L. Planta robusta Rhizoma volumoso. (>auie erecto, grosso, fisluloso simples, folheado. Folhas um tanto glaucas de 5-7 niTvuras, as interiores grandes subarrosetadas elliplicas attenuadas em peciolo, as caulinares medias e superiores lentes abra- çando o caule, ovadas pouco acuminadas, decrescendo gradualmente para o ápice. Flores pedunculadas em cymeira densa nas axillas tias folhas superioies, formando um cacho alongado verticillado, muito interrompido. Calyx membra- noso irregularmente dentado no ápice, fendido até á base d'um so lado á ma- neira de espalha Coi'olla partida até á base em o-U lobos lanceolados agudos abertos em estrella, amarelia. Anthtiras livres G. lutea L. 3. G. Piicumonanllie L. Cod. n. 18C2; Griseb. 1. c. p. Ill; Gr. Godr. \. c. p. 491; Wk. Lge. 1. c. p. 656; iNjm. I. c. p. 498; Colm. 1. c. p. 68; Rchb. Ic. I. c. t. 10, f. II (Pncuinouaidlic vulgaris Schmiiit. in Rum. Archiv. I, p. 10). (i5. depressa Bss. \í\. p. 04 ot Voy. boi. E.sp. p. 11.5, t. 121, f. A; J. Ileririq. 1. c. p. 86, ii. 458 (G. Pncuinonaiitbe L. var. nii- iior Brot. 1. c. |). 276; G. rueumonanllie, var. Boryaiin Wbb. It. p. 28; Pncuinouaiilhe Nulgaris illTgií. Lk. 1. c. p. 3'i7). Nos prados e mallos lurfosos c panlaiiosos das regiões infer. c moiilan. e a var, lambem na rogiào alpina. — a. — Alemdomo UlUiral: Barccllos: Pinhal de S. Gião (U. da Cuidia), arredores de Guimarães: Caldellas (Jaymc Sampaio), arredores do Porlo: Vallongo, Laguoiròes, V^alle Dcào (E. Schmilz), S. Gens (E. J(dinslon); — Beira lllUind: entre a Pampi- lhosa e o Bussaco (M. Ferreira), arredores do Loiíiiçal: Pinhal do Urso: Juncal Gordo (F. Loureiro); — Centro lilloral : pro.x. da Lagoa d'Obidos (Wchv.); — 3- — Alemdouro lilloral: serra do Gerez: Portella do Homem, Caldas, S. João do Campo (Welw., S. dos Anjos), serra da Cabreira: Toco (G. Sampaio), Povoa de Lanhoso: serra do IMerouço (G. Sampaio), arredores de Vallongo: Vallc Deão (E. Schmilz); — Beira central: serra da 181 Eslrella: Fonle dos Pcrús, Víille de Candiciras (Brot., líoíTmsegg., Welw,, A. de Carv., J. Henriques, J. Davcaii). — peren, Jtdh.-Se(emb. (v. s.). Ilab. a csp. na líesp., In<^l., Fr., Ditiarn., Ilolland., Norueg., Europ. med., ítal., Uiiss. mcd. e austral. Ohseiív. — A forma gcnuiiia da G. PnewnonanlJw L. ó nova para a flora portiiguozn, tendo a|)erias sido diMdgada pela Soe. Broleriana, em 1885, dos arredores de Vallongo, porque a planta que 6 citada pelos bo- tânicos, respeito ao paiz, refere-sc á var. 3« depressa Bss. d'aquella espécie a (jUiil cresce na serra da Estrella e que Brotero designa por varielas mi- nar, e a respeito da qual lIoíTmsegg. e Link aííirmam serem os exem- plares, que viram, pequenos com uma flor única e terminal. A forma ge- luiina foi encontrada pelo dr. WeKvitsch a primeira vez em 1850 próximo ti Lagoa d Obid(js. O exemplar respectivo é acompanhado d'uma etiqueta que contém a seguinte nota do colleccionador : aVidelur forma lypica Eu- ropae mediae quae hucusque nondiim in Lusitânia observata fuil.» Poste- riormente a esta data tem sido encontrada em outras localidades. ^í. G. Inlca L. Cod. n. i858; Griseb. 1. c. p. 86; Brot. 1. c. p. 275; HÍTgg. Lk. I. c. p. 346; Gr. Godr. 1. c. p. 488; Wk. Lge. I. c. p. 657; Nym. 1. c. ; Colm. 1. c. p. 63; J. Henriq. 1. c. n. 459; Rchb. Ic. 1. c. t. 18. Nos prados, pastagens, terrenos férteis e relvosos húmidos das regiões montan. e alpina. — Beira central: serra da Estrella, logares elevados: Cântaro Magro (Fonseca, J. Daveau), Cântaro Gordo, Espinhaço de Cão (lIoíTmsegg., Welw.). — peren. Julh.-Agost. (v. s.). — Genciana das hoti- cas, ou Argençana dos Pastores. Ilab. na lícsp. região moritaidiosa, Pyren., Vosgos, Jura, Alpes, montes da Alleman. austr. e med., Carpath., Appenin., Sarden., Córsega. IV. CMora L. Gen. pi. /Plania imiiio ^;Iauca. Caule (lucilo, di-liichotomo no ápice. Folhas inferiores e nie- tll;is ov;i(las acaniiiiada.';, soldadas na Iiai^e em toda a largura, decrescendo gra- dualmente para o ápice, as ultimas hracleifnrmes. Flores pedunculadas em ey- nieira panicidada ou coryml.iosa. í.acinias do calyx patentes metade mais curtas do que a coiolla, linear-assoveladas, ligadas só na Ijase. I^óbos da corolla oblon- j gos obtusos Ch. perfoliata L. |Planla muito glauca. Caule direito, dichotomo já abaixo do meio. Folhas inferiores e medias ovado laneeoladas não soldadas, as floiaes ovado-laneeoladas soldadas. Flores nuiito pedunculadas em cymeira pouco densa. Lacinias do calyx nmilo acuminadas excedendo a corolla, largamente linear-lanceoladas, soldadas na quarta parte inferior " Ch. imperfoliata L. 182 5. Cli. pcrfoliala L. Cod. n. 2C93 ; Griseb. 1. c. ; Brot. 1. c. II, p. 20; ITÍTgg. LIv. I. c. p. 358; Gr. Gotlr. 1. c. p. 487; Wk. Lge. 1. c. p. C58; Nym. I. c. p. 501 ; Colm. I. c. p. 61 ; Rclib. Ic. I. c. t. 19, f. 1 (Gciitiana perfoliala L. Sp. pi.; Ceiílíuiriíim i»iims liitenm pcríolinlum Lobolii Giisl. 1. c. II. 309). Sitios biimidos, sombrios, ferieis, cullivados das ref^iòcs infcr. e moiilan. — Alemdouro Ulloral: arredores do Porto: Pedra Salgada (E. Joluislon) ; — Beira central: Biissaco [l'. Loureiro); — Beira lilloraJ: Coimbra e ar- redores: Baleia (Hrot., A. de Carv,, A. i^loller), J\liraiidii do Corvo e ar- redores: Godiíiliella (A. Leal de Gouveia, Ballii. de Mello), Monlemór-o- Velho: Galões (M. Ferreira), Figueira da Foz: Tavarede (M. Ferreira), Soure (A. IMoller), arredores do Louriçal : Piídial do Urso (M. Ferreira), Pombal, Vermoil (A. Moller), cnlre Poinb.d e Auciào (J. Daveau) ; — Centro littural: Poilo de Mo/.: margem do rio Leria [W. da Cunha), ar- redores do Porlo de Moz: Mira, Co\uo do Carvalho (U. da Cuuha), Tor- res Novas: prox. (\ Quinta do Vieira (í{. da Cunhai Caldas da Baiidia (Hoíímsegg.), arredores d'Alem(]ucr: Olhalvo (A. IMoller), estrada de Pe- niche: Lourinhã (J. Daveau), Montejunto: Cercal (J. Daveau), arredores de Torres Vedras (A. H. Valente), Vdla Franca: Monte da Torre, Monte do Paraizo (11. da Cunha), serra de Cintra (Brot., IíoÍTuísí gg., Welw., Valorado, D. Sophia da Sdva, IL de Mendia), Cullares (\\elw.), arredo- res de Lisboa: Lumiar, Campolide, Cruz Quebrada (Welw., J. Daveau, R. da Cunha), Cascaes: margem da ribeira de Caparide (P. Coulirdio); — Baixas do Sorraia: Montargil (J. Corlczào) ; — Alcmtcjo Ulloral: arredo- res de Lisboa: Cacilhas (R. da Cunha), arredores de Sehd)al : Qtniita da Rasca (Barros e Ciuiha), de Azoia á Lagô:i d^Mbufeira (A. Moller), Cabo de Espichel (A. Moller). — ann. Maio-Setend). (v. v.). — Centáurea menor per foi liada. Ilab. na Hesp., Fr., Ingl., Europ. med., llh. Balear, e Ioda a zona me- diterrânea até á Syria. 6. Ch. imperfoliala L. fd. Suppl. 218; Gr. Godr. I. c. p. 488; Lam. 111. t. 29G, f. 2; Nym. 1. c; Colm. 1. c. p. 93 (Ch. dúbia Lam. Dicl. ; Cii. aíTmis Wk. in Boi. Zeit. 1847. p. 874; Ch. sessilifolia Desv. et Wbb. Iter non Guir.; Centaurium minus luteimi sive no\um Fab. Columnae Grisl. 1. c. n. 310). 3. lanceolata Koch ap. Rcbb. 1. c; Griseb. 1. c. p. 70 (Ch. lan- ceolala Wk., Ch. lanceolata, var. serotina Bss. Voy. bot. Esp. p. 412). — Planta mais delgada, quasi simples, com poucas llores. Folhas Iodas lanceoladas. Lacinias do calyx lanceola- das mais cúrias do que a corolla. 183 Terrenos arenosos liiimidos da região inferior e do liltoral. — a. — Alcmdouro lUloral: Espo/ende (A. Se(jueira), praia de Mallosirdíos (U. da Cunha), arredores do Porto: Santa Cruz do Bispo (K. J^bnston) ; — Beira lilloral: arredores d'A\eiro: nas dunas (E. de Mesquita), Mira: entre Val- leiros c a jtraia, prox. ao Poço da Cruz (Thiers D. dos Reis), Cantanliede e arredores: Tocha (M. Ferreira), Miranda do Corvo (Ballh, de Mello), arretiores do Louriçal: Piídial do Urso (F. Loureiro); — fieira meridional: serra da Eslrella: Manteigas, Samieiro (R. da Cunha), Castelio Branco: rio Ponsul (R. da Cunha); — Centro lilloral: Albergaria (A. Moller), Al- feizirão: Paúes (R. da Cunha), Lourinhã: estrada de Peniche (J. Daveau), Torres Novas: prox. A Ouinla do Vieira (R. da Cunha), Montejunto: Cercal (J. Daveau), arredores de Lisboa: Lumiar (Welw.), serra de Cintra: Pena, Collares (^Welw.), Cabo da Roca (J. Daveau), Pharol da Guia (^YeI^v.); — Baixas do Sorraia: Montargil (J. Cortezão); — Alemlejo lilloral: ar- redores de Lisboa, prox. do Alfeite, Quebra Grilhões (R. da Cunha); — Bciíjcas do Guadiana: enlre Corte Figueira e Mú (J. Daveau); — Algarve: Loulé (J. Fernandes), Villa do Bispo, prox. do Cabo de S. Vicente (Welw.); — ,3- — AlenidoLiro lilloral: praia de Mattosiidios (R. da Cunha); — Centro lilloral: entre a praia das Maçãs e Azenha (J. Daveau), Cabo da Roca (J. Daveau); — Alio Alemlejo: Povoa e Meadas: S. João (R. da Cunha), Mar- vão: Quinta Nova (R. da Cunha); — Alemlejo lilloral: Trafaria, costa de Ca|)arica (.1. Daveau); — Algarve: Tavira (Welw.), Olhão (A. Moller), Villa do Bispo (Welw.). — ann. IMaio-Juidi. (v. s.). ITab. na llesp., Fr. mediter. e Africa (território de Tanger). OitSEiiv. — A. Cli. imperfoliala L. íil. andou, entre os botânicos que escreveram sobre a nossa Hora, muito tempo conftnidida com a Ch.perfo- liala L., porque só assim 6 que se pode explicar a falta de citação daquella espécie nos livros sobre flora de Portugal, pois que é ella tanto ou mais freijuente no [)aiz do que a sua congénere. Uma prova d'esta confusão for- ncce-a o herbario de F. Welwitsch pertencente ao Museu botânico da Es- cola Polytechnica de Lisboa, cujo auctor designou todos os exemplares do género como pertencentes á CU. perfoliala L., sendo aliaz mais de metade peitencente á oulra esj)ccie, c um exemplar mais caracteristico (exsic. Fl. Algarb. n. 61)5), que representa a var, lanceolala da Cli. imperfoliala L. fil., considerou-o aquelle botânico como uma variedade foi. caul. minus connatis da Cli. perfoliala L. Se a phrase de Grisley acima citada corresponde á Ch. imperfoliala L-. fil., como 6 de toda a probabilidade, visto a frequência d'esta espécie no paiz, não se pôde reputar como nova para a nossa Hora apesar da omissão que d'ella se faz em todas as obras que tratam de plantas portuguezas, 18í apparecctido nindcrnamenlc com o seu verdadeiro nome publicado na So- ciedade Broleiiana, exsic. n. 1224 do armo de 188(), colhido na Trafaria pelo sr. J. Daveaii. V. Cicendia Adans. Fam. II, p. 503; Gr. Godr. I. c. p. 480 /Caule credo siin|)k's c uiiill(ir;il, ou tlicliolonio desde a l)aso c imilliriorai. Folhas pef|iieiias diíTurmos : as liasilares oblongo laiiceoladas ;iUeiiua(las n;i l)aso. as caulinaiis |)otic;is, lineares dispestas [lor pares imiito afasiados. Pedimcidos muito eouipiidos ereclos Calyx eom o liiiijjo 4 dentado, dentes tiiangulaies lanceoládos. Corolla duas vezos mais compiida do que o calyx, amaiella. C. filiformis Delarb. |Caule ramosissimo iiregularmenle dicliotomo diduso, ramos patentes. FoIIi.ts con- formes ohiongo-lanceoladas ou oblongo-lineares Floi^es nnudas uumeiosas col- locadas cm eymciras dieholomas muito frouxas. Pedunrulos mais finos e cur- tos. Calyx partido até cá base em 4 lacinias lineares. Corolla um terço mais com- prida do que o calyx, branco rosca ou amarello-pallida C. pusilla Griseb. 7. C. filiformis Delarb. Fl. Auv. í, p. 20; Gr. Godr. I. c. ; Wk. Lf^e. 1. c. p. 659; Nym. I. c. p. 502; Coini. I. c. p. 60 (Geisliana íiliformis L. ; Brot. I. c. I, p. 279; Microcaia filiformis Ui]l. Ferreira); — Cenlru lilloral: Entron- camento: Pirdiid do Vidigal (U. da Cunba), Nilla No\a d'Oiirem (J. Da- veau), Cascaes: barrancos dos piídiaes de liissesse [V. Coutiidio); — Alem- lejo lilloral: entre Seixal e Calliariz, entre Arrcnteila e Perúm (WcKv.); — Baixas do Guadiana: entre Almodovar e Ourique (J. Davcau). — anu. Junb.-Setemb. (v. s.). Hab. na Hesp,, Fr., Belg., Sardenha. Observ. — Esta espécie foi a primeira vez citada de Portugalpelo sr. Nyman no Conspeclus Flnrae Europac, de exemplares coibidos pelo dr. Wehvitsch cm 1816 no Alemtejo. VI. Erytliraea Rcnealiii. Spec. 77; Griseb. 1. c. p. 37 Corolla amarella. Follias inferiores cliipticas ou ovadas, as superiores ovado-lan- l cooladas. Caule eiecto simples ou repelidas vezes dichotouio. l-lores assentes . I eiH pediTnculos grossos mais eompridos do que o calyx. Eslylete profundamente j partido em dois ramos . .". E. marítima P. ( Corolla rosada, raras vezes branca. Eslylete não partido em ramos 2 'I-^lores em cymcií^a espigosa. Estigma afunilado obtusamente Liloljadn, lobos con- tíguos. Folhas rentes elliplicas oblongas ou laneeoladas, 3 nervadas, as supe- riores agudas as infei iures não anosetadas. Flores numerosas (|uasi rentes, as- 0) ] sentes nas fúrculas dos ramos e ao bmgo d"elles formando caclins espigosos. Lacinias do calyx linear-lanceyladas eguaes ao tubo da corolla-. E. spicata L. Flores dichotomas cm c\meira coryndjosa ou paniculada. Estigma bigloboso ou bifeiidido com os lubos planos ovaes 3 ICalvx na anthese egual ao lubo da corolla 4 (Calyx menor que o tubo da corolla 5 186 Plania glabra, anã, com muitos caules ascendentes, simples ou ramosos com pou- cas ílores. Folhas carnosas (ihlontras obtusas attcnuadas na base, as basilares cm roseta densa. Flurcs fjiiasi rentes, i-7, em cymeira fascicnlada no ápice do caule e dos ramos. I.acinias do caiyx lanceolado aaudas, com a margem esca- riosa. Lobos da corolla oval-lanccolados obtusos, côncavos. Capsula excedendo o calyx E. chloodes Gr. Godr. Planta escabroso-tomentosa, com um ou nuiilos caules erectos ramosos ou ramo- sissimos. Follias grossas liuearobl(ingas ou linear obtusas giadualmente atte- nuadas para a base, as basilaies condensadas em roscía compacta. Flores pe- quenas pouco pedunculadas em cymeira lasciculada, formando panicula aper- tada pyramidal. Lacinias do calyx linear-iiiucronadas, elevadas em quilha sca- brosa denticulada. Lobos da corolla ovado-lanceoiados ou oblongos obtusos. Ca- psula egual ao calyx E. linarifolia P., var. tenuifolia Griseb. I Calyx na antliese qnasi egual ao tubo da corolla 6 (Calyx quasi metade mais pequeno que o tubo da corolla 8 'Planta não cespitosa; caule erecto mais ou menos robusto quadrangular, alado nos ângulos, nuiilo ramoso em dicholomia. Folhas 3-5-nervadas, ellijjticas ou lan- ceoladas oblongas as basilares cm roseta, as superiores tornadas em bractéas lanceoladas lineares. Flores pequenas pouco pedunculadas, dispostas nas fnr- culas dos ramos c terminaes, formando uma cymeiía composta mais ou menos densa. Lobos da corolla lanccolados agudos 7 Planta cespitosa; caules prostrados ou ascendentes diffusos, filiformes quadrangu- lares pouco raiuosos. Folhas 3-nervadas quasi redondas ou espatuladas^ atte- nuadas na base, as dos ramos muito remotas mais estreitas. Flores grandes quasi rentes situadas no ápice do caule e dos ramos, formando cymeiras sim- ples Lobos da corolla ovado-lanceolados obtusos .... E. portensis Hffgg. Lk. Caule delgado, em dicliotomia ramosa desde o meio ou da base com os ramos e ranuisculos patentes. Folhas inferiores ovadas ellipticas ou oblongas, as basila- res nunca em roseta, as superiores oblongo-lanceoladas ou lanceoladas. Cymei- ras das flores subfastigiadas muito frouxas; tubo da corolla amarellado, limbo rosado E. pulchella Horn. ^'Caule rol)usto, ou delgado (var. (3.), em dicliotomia nuiilo rornosa desde o meio ou ' para cima do meio, com os ramos erectos ou impertigados. Folhas ellipticas ou elliplico-oblongas arredondadas na base c no ápice, as inferiores aproximadas quasi imbricadas, as da base em roseta frouxa. Cymeiras das flores em corymbo convexo muito compacto, ou com poucas flores (\i\r. [5 ), tubo da corolla quasi bi"anco, limbo d'um rosado vivo branco na base, ou roseo-pallido ou branco com os lobos mais estreitos e agudos (var. p.). E. latifolia Sm. e var. [3. tenuiflora Hffgg. Lk. (Corolla mediana com i2-i7 lum. de comprimento, liiuho còr de rosa intenso, lobos oblongo-lanceolados obtusos um terço mais curtos do (|ue o tubo. Calyx eguai ou menor que metade do comprimento do tubo da cor'olla. Folhas caulinares me- dias e superiores quasi eguaes 9 Corolla gi'ande com 16 a 19 mm. de comprimento, limbo côr de granada, lobos ovaes lanceolados subagudos do comprimento do tubo. Calyx um terço mais curto do que o tubo da coi^olla. Cymeiras follieosas muito fi'ouxas, bractéas alniigadas. Calyx e bractéas glabi-as. Follias caulinares medias e superiores quasi amplexicaulcs decrescendo gradualmente em tamanho da base ao ápice. j E. major Hffgg. Lk. 187 'Cnrolhi incdiíidi) 14-17 iiini. do coiii|)rimriil(), cnlyx com mct.ndo do coiiiprimonlo do tiilio da corolla, lacinias laiiccolado-asjíovcladas. Calyx o lnutM(''as dcnsa- iiientc cscabidsas. Cynieiras poiícu ^ulll('u^■as E. grandiflora liiv. j Corolla medindo 12-l.j mm. de comiJiimcnlo, calyx com menos do melade do coni- [iiimenlo do tidjo da corolla, lacima^ cstrcilaniciiie lineares agudas qiia^i em (|iiillia. (jalyx e l)ractéas (iiiasi glahras. Flores numerosas quasi lenles. em cy- mciías lasciculadas, as lateraes hibracler.das E. Centaurium P. Secl. I. Xanthaea Rclib. Fl. cxc. Germ. p. 4-22, Giiscb. 1. c. p. GO 9. E. maiitima P. Svn. I, p. 283; llfíg^. Lk. 1. c. p. 357; Griseb. 1. c; Gr. Godr. I. c. p 48í)"; \Vk. Lge. I. c. p CGO; Nyni. 1. c. p. 502; Colm. 1. c. p. 53; Hclib. ic. 1. c. t. 20, f. VI (Genliaiia in.iriliina L.; lirot. I. c. p. 278; Erythr. occitlenlalis R. Sch. Syst. IV, p. 171; Cav. Ic. l. 290, f. 1 ; Chironia marilima W.). Terrenos arenosos do Hltoral e da ref;iào inferior. — Alcmdouro lilln- ral: Valladarcs: Ponte de IMoiiro: Carrascal (11. da Cnnlia), Caminha: Rclorla (H. da Cunha), serra do Gerez (S. dos Anjos), Villa do Conde (C. Barbosa), arredores de Leça da Pabneira, Granja (C. Barbosa), Porto e arredores: S. Gens, Santa Cruz do Bispo (E. Johnslon, M. Ferreira); — Beira cenlral: Bussaco e Luso (B. Gomes), Ponte da iMurcelhi : Lave- gadas (M. Ferreira); — Beira lilloral: de Oliveira de Bairro a Aveiío (M. Ferreira), Coimbra e arredores: Baleia, Pinhal de Marrocos, Zombaria (A. de Carv., M. Paulino, A. Moller, 31. Ferreira), Louzã (J Henriq.), Mi- randa do Corvo (Ballh. F. de Mello); — Beira meridional: Sernache do Bom Jardim (Marcellino de Barros), Castello Branco: marpem da ribeira da Farropinha (R. da Cunha); — Centro liUoral: Caldas da Rainha: Char- neca (J. Daveau), Pinhaes d'Azambuja (J. Da\eau), Villa Franca: |)rox. do Monte da Torre (R. da Cunha), arredores de Lisboa: Relias (J. Da- veau), Cascaes (R. da Curdia); — Aílo Alemlejo: Campo Maior (Daniel Fi- lippe), Redondo (Pitta Simòes) ; — J/í'/n/íy'o lilloral: arredores de Lisboa: Alfeite, Piídial do Marechal (R. da Cunha), do Seixal a Arreniella (Valo- rado, J. Daveau), Pinhal Novo (J. Da\eau), de Coina ao Cabo dT.spichel (Welw.), entre Corroios e Cezimbra (.L Daveau), Setúbal: Silha Velha (J. Daveau); — fíaixas do Guadiana: Beja: Lavradoras (R. da Cunha), entro Messejana e Casevel (A. Moller); — Algarve: Faro (J. Daveau, A. Mol- ler), entre Aljezur e W\\\a do Bispo (J. Daveau), Cabo de S. Vicente c Olhào (Welw., Bourg.). — ann. Abr.-Julh. (v. s.). líab. no litt. da Ilesp., Fr., Ital,, T)alm., Turq., Grec, Ásia men., Afr, boreal. 188 Sect. II. Spicaria Griseb. 1. c. 10. E. spicala P. I. c. I, p. 283; HÍTgg. Lk. 1. c. p. 3S6, f. 68; Gri- seb. I. c; Gr. Godr. 1. c. j). 485; Wk. Lge.; Nym. I. c; Colm. 1. c. p. 54-; Rchb. Ic. I. c. t. 20, f. IV (Genli.ina spicala L , Brot. I. c. p. 279; Chiiot)ia spicala W., Cciilaiiriíim iiiiniis sj)icalum Lusitantim Grisl. 1. c. n. 311). Silios arrelvados paiilaiiosos salsiigiiinsos do blloral e da rogiào inferior. — Beira liltoral : Moiídio do Almoxarife: Bico do Canal (A. de Carv.), entre Buarcos e o Cabo 3Iondego (J. líonriqiies) ; ^ — Couro liltoral: S. Martinho do Porto e Óbidos (Welw,), Lourinha (J. Daveau), Leziria de Azambuja: Lezeirào (R. da Cunha), arredores de Torres Vedras: Santa Cruz (J. Batalha Reis), entre Sacavém e Villa Franca (Welw.), arredores de Lisboa: Casal do Lumiar (Welw.), prox. a Cascaes (P. Coutinho); — Alemlejo liUoral: Costa da Trafaria (Brot.), Caparica (Brot., J. Daveau), declives da Serra d'Arrabida (Welw.), Setúbal: Almelào, Quinta da Com- menda (J. Daveau), Odemira (G. Snmpaio); — Algarve: Loulé (J. Fer- nandes), Faro: Atalaia (J. d'A. Guimarães, J. J. Peres). — ann. Julh.- Setemb. (v. s.). Ilab. no lilt. de Hesp., Fr., Balear., Ital., Dalm., Turq., Grec, Crimea, Ásia men., Egypt., mar Caspio. Sect. IIL Euerythraea Griseb. 1. c. p. 57 11. E. luílchella ííorn. Fl. dan. t. 1637; Fr Nov. II, p. 31; Gr. Godr. 1. c. p. 483; Wk. Lge. 1. c. p. 661; Nym. 1. c; Colm. I. c. p. 55 (E. ramosissima P. Syn. I, p. 283; IIÍTgg. Lk. I. c. p. 353; Rciíb. Ic. 1. c. t. 20, f. V; E. ramosissima, [í. pulchella Griseb I. c. p. 57; Genliana ramosissima Brot. 1. c. p. 276 (ex p.); G. Centaurium, [i. L. ; Chironia pulchella Sw , DC. Fl. fr. 111, p. 661). Areaes do littoral, outeiros scccos, calcareos, margens dos ribeiros e cnmpos das regiões infer. e submonlan. — Alcmdouro liltural: praia de Matlosinhos (R. da Cunha); — Beira lilloral : Coimbra: Santa Clara, Ba- leia (Brot., IM. Ferreira, J. Paulo), Buarcos: prox. da Mina (A. Moller, M. Ferreira), Soure (A. Moller); — Centro littoral: Alfeizirào: Paúes (R. da Cunha), Villa Nova da Rainha (Welw.), Villa Franca: Monte das Torres (R. da Cunha), Torres Vedras : Quinta do Ilespanhol (J. Perestrello), Ma- fra: Tapada real (.1. Zuqte Simões), arredores de Lisboa: Belem, Moinho dos Gafanhotos (R. da Cunha), Cascaes e arredores: ribeiro de Caparide 189 (P. Coutinho); — Alemlcjo litloral: serra d'Arrabida (dr. Valorado); — Al- garve: arredores de Tavira (J. Daveaii). — ami. Jiin.-Agost. (v. s.). Hab. em quasi toda a Furop., Sibéria allaica, Himalaya, Sjria, Arab., Madeira, Canárias. 12. E. latifdlia Sm. Kngl. boi. I, p. 321 ; Griscb. I. c. p. 58; Gr. Godr. 1. c. p. 48i; Wk. Lgc. I. c.; Nym. I. c. ; Colm. 1. c. (E. ramosissima, var. lati folia Rclib. fil. ap. Rchb. Ic. I. c. p. 13; E. pulchella Coss. ap. Bonrg. pi. exs.). [^. íeintiflora Grisçb. 1. c. p. 58; W'k. I. c.; Njm. I. c. ; Colm. 1. c. p. 56 (E. lenuiílora lííTpg. Lk. I. c. p. 354, t. 07; Bss. Voy. boi. Esp. p. 413; Geiítiaiia ramosisí^ima Brot. 1. c. (ex p.) ; Ceiítaurium miniis alleriim, Lusilamim Grisl. 1. c. n. 308). — Caule mais |)eqiieiio, mais delgado, menos íloiido, tubo da corolla mais eslreilo excluso, limbo roseo-pallido, ou branco (E. pulchella, 3. albillora Lge. Pug. p. 165, Wk. Lgo. 1. c.) com os lobos mais estreitos e um pouco agudos. y. pscudvlinari folia Rouy Exc. II, j). 75; Wk. Supj)!. Prod. Fl. hisp. p. 194. — Dillere da esp. pelas folhas mais grossas, mais estreitas, scmelhaiiles ás da E. linari folia; flores pouco pedicelladas formando pequenas cymeiras umbelliformes. Nos prados e pastagens salgadiças, sitios arenosos e argillosos húmidos das regiões inferior, e subraontanh. — a. — Beira Ulloral: Canlatdiede: Ourentam? (A. de Carv.), prox. de Quiaios (M. Ferreira); — CenUo Ul- loral: arredores de Peniche: Lourinha (J. Daveau), entre Ericeira e Mafra (Welw.) ; — Algarve: Faro (Bourg.). — 3. — Alemdouro Ulloral : Monte- dor: Gandra, Darque: margens do Lima (H. da Cunha); — Beira litloral: Coimbra e arredores: Baleia. Eiras (Araújo e Castro, M. Ferreira), Mon- temór-o- Velho: Seixo (M. Ferreira), Pombal (A. Moller), entre Pombal e Ancião (J. Daveau); — Cetilro litloral: Porto de Moz: margens do Lena (R. da Cunha), Monte. Tiuito (J. l)a\eau), arredores de Monte Junto: Mon- tegil (A. Mollcr), Le/.iria d'Azandjuja: Catito (H. da Cunha), Villa Franca: Monte das Torres, Ce\adeiro (H. da Cunha), Fornos d'El-Rei: margem do Tejo (WeKv.), Alverca (.1. Daveau), Cabo Carvoeiro (J. Daveau), Malveira (J. Daveau), arredores de Li^boa : prox. do Lumiar, Telheiras, Odivellas (Welw.), serra de Monsanto: Tapada d'Ajuda, Loires (Welw., H. da Cunha, J. Daveau); — AlemUjo lilUraU: Alemtejo (^^'elw.) ; — Baixas do Guadiana: Beja: Boa Vista {\\. da Cunha), entre Carregueiro e Castro Verde (J. Daveau); — Algarve: Alcoutim (A. Moller), Villa Real de Santo António (A. Moller), arredores de Tavira (J. Daveau), arredores de Faro Í90 (J. Gtiim.iiucs), perlo de Espiche (Welw,); — form. albi flora: — Beira liltoral: Vermoil (A. Moller) ; — Centro lilt<>ral: prox. da Logôa d'Obidos (Welw.), nnedoies de Lisl)oa : Bemfica (A. Figueiredo':; — Alcmlejo llllo- ral: CosUi de Caparica (J. Davenu); — Baixas do Guadiana: líeja: char- neca do Qiieroal (H. da Cunha); — y. — Algarve: entre Aimodovar e Ou- rique (J. Da\eau).^ — aiin. Jun.-Agost. (v. v.). Hab. esp. na Ilesp., Fr., Inglat., Escoe; var. na Hesj)., Sard., Sicii., Dalm., Turquia. 13. E. cldoodcs Gr. C.odr. 1. c. p. 48 i; Wk. Lgc. I. c. p. 6C2; Colm. 1. c. p. 50 (E. coiifeita P, 1. c; Nym. 1. c. ; E. hltoralis Sm.?; E. linari- Iblia, 3- humilis Griseb. 1. c. p. 59; E. caespilosa Híígg. Ek. 1. c j). 352, t. 00, b.; Genliaiia cidoodes Hiot. Fi. Lusit. 1. c. p. 270). No litlo)'al aienoso do Oceano, pastagens liuniidas da beira mar. — Alem- douro lilloral: entie o í^rlo e Leça da Palmeira (\A'el\v.), arredores do Porlo (N>'el\v., Johiiston); — Beira lllloral : arredores de Mira: Lagoa dos Braços, enlre o Furadouro e Areào iM. Ferreira, E. de Mesquita), prox. da Figueira da Foz (Brot.). — ann. Juih.-Agost. (v. s.). Hab. na ííesp. (GalHza), Fr. occid., Escócia. li. E. linarifolia P. Svn. \, p. 283; Griseb. I. c. p. 09, var. leniiifoUa Wk. Lge. 1. c ; Nym. l c. ; Cohn. I. c; Hchb. Ic. 1. c. t. 20, f. III (E. tenuifolia Griseb I. c. ; Gr. Godr. 1. c. p. 485; E. uliginosa Waldst. Kit. t. 258; E. tiiphylla Schm. diss. t. 1; Cbironia biuirifolia DC. Fl. fr. VI, p. 428). Silios pantanosos e salgadiços da regiào inferior, areaes do littoral. — líeira hlloral: arredores de Mira: entre Valleiros e a praia, Poço da Cruz (Thiers D. dos Reis). — ann. Jim.-Agost. (v. s.). Hab. es|). na líscandin. (exc. Lap|)on.), Europ. nied., Buss. med. Tur- quia; var. na Ilesp., Fr., Inglaterra. OcsiíHV. — A E. tenuifolia Griseb. [E. linarifolia P., var. tenuifolia Grh.) é nova |)ara a (lora porlugue/a. Foi colhida a piimcira vez em 1895 pelo sr. Thiers David dos Beis, professor primário no Rumalhào proximidades de Mira. O sr. M. Willkomm citou de Portugal esta espécie, mas ao tempo da citação (1801) ainda neidnim botânico a tiidia colhido em o nossso paiz, nem mesmo se encontrou nas collecçòes de Fred. Welvvitsch. Houve talvez confusão d'aquelle auctor com a E. cJãoodes que Grisebach considerara como var. da E. linarifolia Pers. e não a E. tenuifolia Gris. 15. E. major Hffgg. Lk. 1. c. p. 349, t. 05; Bss. Voj. bot. Esp. p. 191 412; Wk. pi. liisp. cxs. l8io, n 972; lioiírg. pi. exs. n. 1958; Njm. 1. c. p. 501 [cxcl. syn. Duraiirei] (K. Boissicri ^^'k. Fiium. pi. n. 140; Prodr. Fl. líisp. 1. c. p. G()4, el Suppl. p. 194; Hoiiy in Buli. soe. bot. Fr. 1887, p. 444; E. Ceiílaiiriíim, i. graiidiiloia Wk. Piodr. I. c. [cxcl. syn. Persoonii et Bivoriae] ; E. CciiUiiiriuin, y- major Per. Lara PI. nov. Fl. gadit. p. 351; E. sanguínea Mabillc exsic. cors. a. 18(38, 322). Nos bosíjues, pinhaes, sitios siheslres e arenosos, outeiros de malto das regiões inferior, e montanh. — Centro lilloral: prox. de Otta e Alemquer (NYelw.), arredores de Lisboa: serra de Monsanto (J. Daveau); — Baixas do Sarraia: Montargil (J. Cortczào); — Alemlejo lilloral: arredores de Cezimbra: Casacs d'Azoia (J. Daveau), Cabo d'Espichel (A. Moller), Ode- mira (G. Sampaio); — Algarve: Moncbiipie: serra da Picota (Bourg., A. Moller), Villa Heaí de Sanlo António (A. Moller), Tavira e arredores (J. ])aveau\ Faro e arredores: Conceição (J. Guimarães, J. Teixeira), S. Braz d'Alportel (J. Domingos dos Santos), entre Salir e BenaHm (A. Moller), cbarneca de Esj)iclie (J. Daveau), entre Aljezur e Villa do Bispo (J. Da- veau), Sagres (A. Moller), Cabo de S. Vicente (Wehv.). — ann. Jun.- Agost. (v. s.). Hab. na ílespanha. Obsekv. — A E. major ÍIíTgg. Lk. não ó synonymo da E. fíarrclicri Duf. mas sim da E. Itoissicri Wk. E o próprio sr. M. Wilikomm que isto confirma no Prodr. FL Hisp. II, p. 603, Observ. ; razão porque este au- etor preferiu o nome de Dufour ao de Liiik, a quem pertenceria |)or mais antigo, se considerasse a E. major llIFgg. Lk. synonymo da E. Barrelieri Duf. Não só a estampa e a diagnose da Flore Porluga>se corroboram este modo de ver que 6 verdadeiro, como lambem os exemplares que exa- minei, coibidos nas localidades apontadas acima. A E. ííarrclieri Duf. 6 espécie nuiito caracteristica princijialmente pela forma espalulada de suas folbas basilares e tamunbo de suas llorcs para que baja de confundir-se com a planta porlugueza. Está claro que sendo a E. major íílígg. Lk. sjnonymo da E. Boissieri Wk. devemos preferir para a desigfiaçâo da espécie a d'aquel!e auclor que d'ella faz a primeira descripção exacta com a nomenclatura correcta, c esta não pôde ser senão a de HoíTman^^cgg e Link; podemos accrescentar também que estes auctíires deram da sua planta a primeira figura boa, porque, embora o sr. Willkonim aííirme que ella parece ser idêntica à estampa descnliada por Biirrelier, d fora de duvida que a figura da Flore Porliujaise reproduz com toda a fidelidade a E. major Híígg. Lk. Não podemos, portanto, em rigor, dar a preferencia ao nome do sr. AYillkomm como propõe o sr. Rouy no trabalbo acima citado e que vem transcripto no Supplemento do Prodr. Fl. Hispanicae, p. 194» f02 16. E. giandiflora Biv. Slirp. rar. sicul. 4, p. 17; P. Syn. I, p. 283; Welw. exs. liisit. (1843); Nym. I. c. [excl. sjn. Willkommii] ; Uouy 1. c. p. 445; Wk. Su|)pl. Pr. Fl. Hisp, I. c. (E. Cenlaurium, [i. grandiflora Per. Lara I. c). Terrenos de matlo e arenosos, charnecas, outeiros relvosos da região inferior. — Beira liltoral: Aveiro: Costa de S. Jacinlho (E. Mesquita), Cantardiedc: Oiirentam (A. de Cnrv.), Coimbra: Baleia (A. Moller) ; — • Beira meridional: ftlalpica (R. da Cunha); — Cenlro lilloral: entre Otta e Villa Nova da Bainha (Welw.), arredores de Fornos d'EI-Bei (Welw.), arredores de Lisboa: Queluz, serra de Monsanto (Daveau, B. da Cunha), Cascacs {V. Coutinho); — Alemlejo lilloral: arredores de Lisboa : Valle do Ferrão, prox. do Alfeite J\. da Cuniia), Alcochete (P. Coutinho); — Al- garve: S. Marcos da Serra (Agrónomo), Loulé (,L Fernandes). — ann. Maio-Agost. (v. s.). Hab. na Ilesp. e na Sici'ia. Obseuv. — Esta espécie, que vários botânicos consideram como uma subespécie ou variedade da E Cenlaurium P., é nova para a nossa flora e foi colhida a |)riinei?a \ez em Portugal polo sr. \>'elwitsch em 1843, perto de Otta e Vilhi Nova da Bainha. 17. E. Centíiuriíim Pers. Sjn. L p. 283; Griseb. 1. c. p. 58; Gr. Godr. 1. c. p. 483; Wk. Lge. 1. c. p. 663; Njm. 1. c; Colm. 1. c. p. 57; Bchb. Io. I. c. t. 20, f. I [mala] (Gentiana Centaurium L.; Brot. I. c; Chironia Cenlaurium DC. Fl. fr. 111, p. 660; Centaurium minus vulgare Grisl. 1. c. n. 307; E. microcalyx Bss. Bcut.). Sitios silvestres, terrenos de matto, prados, pastagens, outeiros calcareos das regiões inferior c montanh. — AlemJouro Irasmonlano: Bragança, Bi- café (P. Coutinho, A. Moller), serra de Bebordàos (.1. IMariz), arredores de Miranda do Douro: Palaçoulo (J. Mariz), arredores de Vimioso: Campo de Viboras (,I. Mariz), arredores de Alfandega da Fé: Santa Justa (D. M. do C. Ochòa), Chaves (A. Moller), Mezào Frio: Bede (D. Sophia da Silva); — AlemJouro lilloral: Villa Nova da Cerveira: Veigas (B. da Cuidia), La- nhellas: Insua (B. da Cunha), serra do Gerez: Caldas (I). M. L. Henriq., A. Moller;, Cabeceiras de Basto (D. M. L. líenriíi.), Barcellos: Alhoguirdia (B. da Cunha), Leça do Balio (E. Johnslon), Vizeíla e arredores (J. Hen- riq., A. Velloso d'Arauj()); — Beira Iraswonkuia: Taboaço (C. de Lima), arredores de Moimenta da Beira: Sernancelhe (A. de Soveral), Castello Mendo: Moita do Carvalho (B. da Cunha), arredores da Guaida: Mizarella (M. Ferreira); — Beira central: Penalva do Castello: Castendo (IM. Fer- reira), Vizeu: margens do Dão (M. Ferreira), Bussaco (F. Loureiro); — Beira lilloral: de Avintes á Pedra Salgada (E. Johnslon), Mealhada (B. 193 Gomes), Coimbra e arredores: Baleia, Penedo da Meditação, Pinhal de Marrocos (Brot., A. Moller, Diogo Horta), Miranda do Corvo (Balth. F. de Mello), Montemór-o- Velho e Gatões (M. Ferreira), Pinhal de Foja (M. Ferreira), Buarcos, Mina, Pharol, Cabo .Mondego [íbrm. maritima] (Gollz de Carv., A. Moller, M. Ferreira), arredores doLonriçal: Pinhal do Urso, Lagoa de S. José (F. Loureiro, A. Moller, M. Ferreira), Leiria e Pinhal de Leiria (Cosia Lobo, C. Pimenlel), Pombal, Vermoil (A. Moller), entre Pombal e Anciào (J. Daveau) ; — Beira meridional: Manteigas: Samieiro (U. da Cunha), Coxilhà: prox. da serra (U. da Cunha), Castello Branco: Monle Cancello (H. da Cimha), serra da Pampilhosa (Feio de Carv.), Ser- nache do Bom Jardim (Uiiarle Nello); — Centro liltoral: Porto de Moz: Alçaria (R. da Cunha), Torres No\as: Co^a do Fidalgo (R. da Cunha), Cabo Carvoeiro (J. DaNcau), Torres Vedras e arredores: Quinia do Hes- panhol. Runa (J. Pcreslrello, Barros e Cunha), arredores de Alemquer: Montegil (A. Moller), Villa Franca: Monle Gordo, Monte do Paraizo, Monle das Torres [Ú. da Cunha), Mafra: Tapada real (Zuqle Simões), Alverca (J. Daveau), serra de Cinlra (B. Gomes, H. de Mendia), praia das Maçãs (Wehv.), arredores de Lisboa : Almargem do Bispo, D. Maria, Loures, Canecas, Valle de Rosal (R. da Curdia, D. Sophia da Silva, J. Da- veau), entre Cascnes e o Cabo da Roca (J. Daveau), Tapada d'Ajuda (J. Daveau); — Alio Ahmlcjo: Caslello de Vide: Arieiro (R. da Cunha), Por- talegre: Outeiro da Forca (R-. da Cunha), Alter do Chão (Callado), Campo Maior (Daniel Filippe), Elvas (Silva Senna), Redondo (Pitta Simões); — Alemlijo Imoral: Lagoa d*Albureira (J. Daveau), Cezimbra: Zambujal (A. Moller); — Jitrixás do Guadiana: Beja: Charneca da Rala (R. da Cunha), Case\el: Miúdos (A. Moller); — Algarve: Almodovar e entre Corte Fi- gueira e Almodovar (D. Sophia da Silva, J. Daveau), arredores de Tavira (J. Daveau), Faro (A. Moller), entre Faro e Moncarapaxo (Wehv.). — aim. Jun.-Agost. (v. v.). — Fel da terra ou Centáurea menor. Hab. na Europ. quasi toda (exc. Escandin.), Ásia men. e Afr. medi- terrânea. 18. E. porlciisis HITgg. Lk. 1. c. p. 351, t. 66, a; Griseb. in DC. Prod. 1. c. p. 59 (pro p.); Schmid. Diss. inaug. De Erilhr. (1828); A. Le Jolis Mem. Soe. se. nat. Cherbourg. tom. XXX, |). 66 (E. diíTusa Woods. ap. Griseb. Gent. p. 144 et DC. Prodr. I. c. ; Nym. 1. c. p. 502; Gr. Godr. 1. c. p. 485; E. scilloides Chaub. ap. Puel Not. in Buli. soe. bot. Fr. VII (1860), p. 502; Lge. Pug. p. 165 et pi. exs. n. 329;, \Vk. Lge. 1. c. p. 664; Colm. 1. c. p. 60; E. Massoni Sw. Hort. britan.; Watson in Lond. Jorn. of Bot. Ill, p. 595; Chironia maritima Ait. Hort. Kew. ; Gen- liana portensis Brot. 1. c. p. 278; G. scilloides L. fil. Suppl. plant. p. 175). Beira dos caminhos, vinhas da' região inferior e submontan. e principal- 13 XVI 194 mente terrenos húmidos do litloral. — AlemJouro lidoral: arredores de Melgaço: S. Gregório (A. Moller), Alvaredo: S, Mnrlinlio, Fontainlia (U. da Cunha), arredores de Monção: Torporiz : mnrgcm do rio Mitdio (R. da Cunha), serra do Soajo: Senhora da Penodii (A. Moller), Lnidiellas: Miir- raceira (H. da Cunha), Caminha: margem do rio Coura [W. da Cuidia), Vianna do Castello: margem do rio Lima (H. da Cunha), serra do Gerez: Chão do Carvalho (A. Moller), Caldas do Gerez (D. M. L. H(,'nri(|iies), Povoa de Lanhoso: serra do Merouço (G. Sampaio), Villa do Cotidc (Hoíímsegg.), arredores do Porto: Maltosinhos, estrada de S. Mamede (Casimiro Barbosa), S. Gens, Barreiro (L. Johnston, Brot.). — ann. ou peren. Jun.-Setemb. (v. s.). Hab. na Ilesp. (^Galliza), Itiglat., Fr. e Açores. OusERV. — Esta curiosa espécie foi objecto de muitas incertezas com relação .á sua synonymia, o que se pôde e\idenciar pelo quadro acima das suas varias designações. Estou de accordo com o parecer do sr. A. Le Jolis exposto no seu artigo «Sobre o nome que de\a dar-se A Erylhraea diffusa X^oods?» publicado nas Mcnwires de la Sociélé unúonah de Chcr- boiírg, p. 55. Kste aurtor fazendo muito judiciosamente a critica de todos os nomes dados a esta espécie, e seguindo com rigor as regras da nomen- clatura botânica, é de oj)inião que devem ser postos todos de parte para dar a preferencia á designaçtào de Brotero e de Iloíímansegg et Link, d'aquelle porque deu da espécie a primeira descripçào exacta e por con- sequência de valor, d'esles porque, foram os primeiros que assignaram á espécie o logar correcto na nomenclatura e que da planta representaram a primeira figura perfeita. Devemos notar que o dr, Brotero considera as flores amarellas: Corolla lulea. Parece ter sido inadverlencia y,a al«eris Flor 1861, in «Buli. Soe. imper. Nat. de Moscou» p. 398 [HiiMiPTEit.]. Kipiègiimcnlo dei margine fogliare verso la pagina superiore con ipertiofia e decolorazione. — Inlorno a questa galla, mollo dif- Itisa nellEuiopa mcridioiíali'. Irovansi inleressanti notizie in una Nota di TiiOMAs (in «Gartenflora» 1891 Heft 2, p. 42). Estate 1899. Margotia gummifeTa (Desf.) Lange (Laserpilium Ihapsiaeforme Brot.) ** 2. ftjikjs»i»|»lei*a sp. [Dipteij.]. Vistosi ingrossnmonli dei fuslo in corrispondenza deiritiserzione delle ombielle, globosi, dei diâmetro di 2-3 cm., sublegnòsi, verdastri. Neirinterno vi sono numeroso logge l.irvali distinto,- ciascuna delle (ju.di raccliiude un'uiiica larva. La galla quando fresca è piú o meno rlvestila di una sostanza gom- mosa, íot temente altaccaticcia. Anche le galle delia í.aaioplera carophila si sviluppano d'ordinario in questa stessa posizione, però qu<'st'ultime sono assai piú pic- cole ed occupate da uirutiica larva. Lakva: — Di color giallo-arancialo, di forma tozza, lunga 2-3 mm., somigliante a quella delia Lasioplera carophila. Luglio 1899. 198 Pistacia Lentisous L. 3. A|iloiieiira IjCmIíscí (Piísserinl) Passerini 18G3, in «Aphi- didae itíilicae» in «Archivio per la Zool. Anat. Fisiol. di Canes- trini e Dória» vol. II, fs. II, p. 201 ; Telraneura Leni. Passerini 1856, «í. Giardini» vol. III, p. 264 [Hemipteu.]. Sembra che quesla galla sia stata già avverlita da lungo tenupo in Portogallo, menzionandola Lixneo in una sua leitora direita ai Vandelli ^ come gentilmente mi fece avverlito il Prof. P. A. Saccardo: «Crescit in Lusitânia Lenliscits, scrive Linneo, fre- quentissima cum suis folliculis rubris et magnis; undenam \n ful- . licidi generanlur? eliamnum haereo; alii dicunt eos repletos esse Aphidibus, Cherme alii, alii Cynipe; Tu qui es in loco potes me docere certissime ut rile collocarem bane spcciem in próxima editione Syslcmatis; gloria tua erit». Primavera 1899. Prunus Pérsica Stok. 4. i%|>liís |ici'fSÍoae Boy. de Fonsc. 1841, in oAnn. de la Soe. Entom. de France» X, |). 162 [Hemipt.]. Questo dannoso Afide vive sulla pagina inferiore delle foglie dei germogli, le quali si accartocciano e ripiègano in basso, incrcs- pandosi inollre variamente. — Quesla delormazione non é a con- fondersi con quella prodotta da un fungo, VExoascns deformam Fuck. ; quesfullima presenla sempre delle estrollossioni saccbi- formi, senza notevoli incres|)amenti, inoltre la lamina è forte- mente ispessita e colorata in giallo-roseo o in rosso vivo. Giugno 1899. « Quercus coccifera L. 5. l*lag;ioEOBili,yft.^s sp. [AcAK.]. Fillcri epi-od ijjodlli situati in depressioni orbiculari delia lamina. 11 CoKDA cliiamò questa deformazione Erineum impressum (in «ícones fiingorum» t. IV, |). 3. n. 8, laf, 1, íig. 8. — Praga 1840). Tra i peli di queslo Fillerio avendo potnlo osservare solo rari e mal conservali cccidozoi non mi fu possibile rifcrirli a qual- clie spccie già nota, ad es. coW Eriophíjes cerrem Na\(i[)a, ai quale mi sembrercbbe esser molto vicino. Giusno 1899. 'p' Quercus humilis Lk. * 8. ^'yifiig»«)i S4<»lliâs'i llartig 18i2, in «Germor's Zeitscbr. f. En- tomol.» IV, p, 403 [Hyjiiínopt.]. Eslate 1899. ** 9. i.\yiiig>s sp. (an? C. linctoria Hart.) [Hymenopt.1. Gallc delle gemme, globose, ruvidc, grigio-cineree a maturità, dei diâmetro di 1.4-1.8 cm., provvisle qua e là alia superfice di qnalclie lieyc tubercolo ap|)ena saliente. Tagliondole si mostrano di consistenza legnosa, specialinente in vicinanza delia regione centrale, nella quale Irovasi la galletta interna, distinta, abitata 200 dalla larva. Distingiiesi dalla C. Kollari, per il coloiito esterno, per la ruvidità delia siiperfice e per la consistenza. Giugno 1899. * 10. Meiírolcriis» Ic^iillesiBarÊis (Olivier) G. Mayr 1870-71, in «Mitteleurop. Eichengaiien in Wort urid Bild» p. 49, taf. VI, fig. 03, e in «Europ. Arten d. Gailenbew. Cynip» p. 39; C\j~ nips 1. Olivier 1791, in aEncvcl. mélh.» VI, p. 281 [Iíymenopt.J. Novembre 1899. * 11. I^eiirotorsÍ!!» tricolor (Har(ig) Mayr 1882, in «Europ. Ar- ten d. Gailenbew. Cynip.» p. 38; Spalliegasler t. Harlig 1841, in «Germar's Zeitscbr. 1"; Entomol.» Ill, p. 341 [Hyaiiínopt.]. Maggio 1899. * 12. Ti*i^oiins|»is i§yiias|iis Harljg 1840, in «Germar's Zeilsclir. f. Enlomol.» II, p. 340 [Hymenopt.]. Maggio 1899. * 13. i%iidi*icaií$ raiBiiilí (L.) Scbcnck 18C5, in «Ver. f. Nalurk. Nassau»; Cynips quercus ramuli Linnco, Syt. Naliirae. var. trifascíata Kieíícr 1809 «Le C^nijjides» p. 403 [Hyme- NOPT.]. La galla è come nel tipo, soltanto Tinselto oíTre alcuni caratteri di- versi cbe qui piú dettagliatamenle credo utile doscrivere, avendo avuto KiEFFEK a disposizione un único individuo e per di piú mutilato: 9 Testa e torace bruno-neraslri a rossiccjo-giallaslri; addome giallo- rossaslro piú o meno bruno ai di sopra; anlcnne, di íã arl. ror. 4S, giallaslrc nella porzione basale, piú oscure verso Veslrcmilà; mesonoío carallcrizzato da Ire fasce oscure, una wcdiale jiiil grossa due lalerali piú piccole. Quesle fuscc si vedono naluralmeníe, in modo piú dislinlo, negli individui con lorace a adorazione piú chiara. Ali cilialc sui bordi wa non hingamenlc come nel (^ . (5 Tesla e lorace a colorazione piú chiara: giullaslri a giallo-rossicci con le Ire fasce sul mesonoío come nelle 9 ^ lalvolla una leniie macchia brunastra nellarea degli occelli; anlenne di 4 â arl. inlc- ramenle gialle, con il 5*' arl. Icgg. incurvato. Ali lungamcnle ci- liale sui bordi. — Sorte dalla galla nel mese di maggio. Maggio 1899. 201 Quercus lusitanica Lk. ^ 14. Cyiiips I4ollaa'i Hartig [Hvmenopt.J. Estale 1899. * 15. Cyii.y|is íoxae Bosc 1792, in «Jour. d'Hist. Nat.» II, p. 154, pi. 32, ííg. 3. — Syn. C. argêntea líartig ^ [Hvmenopt.J. InNerno 1898-99. * 16. /%iBclrãdB.« ciis*vai<»i* Hartig 1840, in «GernKu-'s Zoilsclir. f. Eiitomol.» II, p. 191 [Hymenopt.J. Fine di maggio 1899. Q,uercus pedunculata Elirh. 17. <'yiii|»s I4»98ai*i Hartig [Hymenopt.]. Eslate 1899. 18. Cyiiips toxae Bosc [Hymenopt.]. Inverno 1898-99. Rliamnus Alaternus L. 19. /%sterole<*aiiimiii i*lKaiiiiii KicíTcr 1898, in «Bnll. Soe. Enlom. de Fraiice» n. 10, p. 214 [Hemipt.]. Questa Cocciniglia produce deile galle ("ogliari ceratorieiformi, epi- fdle, lunglie ciica 4-6 mm , cave nellinterno, verdastre, con ostiolo ipoíillo tondeggiaiile. Era nota sino ad ora- delTAlgcria (Kikffer I. c.) e delia Sicilia (De Stefani T.: «IMiscelIanea eiilomoiogica sicula» in «Naturalista Siciliano» An. II, Nuov. Ser. p. 255). Estate 1899. 1 Per tale sinonímia si confronti : KieíTer, Ueb. neue und bekannte Cvnipideii, in «Wien Entom. Zeit.» XVII, p. 257, an. 1898. 202 Sambucus nigra L. 20. l<]g»itriiii(M*Bi!$ (rih»9>sBJ§ (Nnlepa) Nalopa 1898, in «Tliier- reich» 4 Lief. : Kriophjidae, |). 65; Trimerus l, Nalepa 1895, in : «Anz, Ak. NAieii, v. 32, p. 213; Cccidopinjes t., Nalepa 1891, in: «Ada Ac. Lcopold.» v. 55, p. 388, t. 4, íig. 3, 4, 7 [ACAH.]. Maggio 1899. Ulmus campestris L. 21. ^ehi%<»BseiBB*a BiiBiBi^^Biaosãi llarlig IHil, in «Germar's Zoilschr. r. Enloiíiol.» Ill [IIe.mipt.]. Primavera 1899. 22. 'E'cli*afliCBBi*a i*íiI»b>íii Lichlenstein 1882, in «Coinpt. Rend. Acc. de Sc.» t. XGV, p. 1171-1173 [Hemipt.]. Primavera 1899. 23. T^^ís*aflleiBS'a ibIebíI Kaltembach 18í3, in «Monogr. d. Pflan- zenlause» p. 189 [IIemipt.]. Primavera 1899. Vi tis vinifera L. 24. l*ei*B'isia (K;iiO|iSBÍIa (HaimhoíTen) KieíTer 1898, Sjnopse des Cecidom. d'Europ et d'Algcrie, in «Buli. Soe. d'líist. Nat. de Melz» 20" cali. (2" Sér., VIII) p. 11 dell'EstralU) ; Cecido- myia ce. Ilaimhoííen 1875, in «Abli. zool.-bol. GesellscI». Wien Bd. XXV, p. 803 [DiprEií.]. Estate 1899. 25. EOi'i<»|ih,yes ^Kís (Landois) Nale])a 1898, in «Tliicrreich» 4 Lief.: Eriophyidae, p. 21 ; Phyloplus v. Landois 1864, in «Zeilschr. f. Wissensch. Zool.» v. 14, p. 353 [Acah.]. Gingno 1899. 203 SOCIEDADE BROTERIANA ESPÉCIES DISTRIBUÍDAS Algas 1624. Polysiphoiiia pnleris Grcv. — Arredores de Lisboa: penedos ao pé da Torre de Helem (J. Daveaii — junho de 1883). Cogumelos 1625. Agariciis campeslris L. — Arredores de Torres Vedras: Runa (J. G. de Burros e Cunha — dezembro de 1896). 1626. Lepiota procera Scop. — Arredores de Torres Vedras: Runa, malta da Granja (J. G. de Barros e Cunha — janeiro de 1897). 1627. Lenliiius llabcinformis Bolt. — Arredores de Torres Vedras: Buna [nos troncos do Eucalypius] (J. G. de Barros e Cuidia — de- zembro de 1896). 1628. Slereum hirsutum Willd. — Arredores de Torres Vedras : Runa [nos troncos mortos do Eucalypius] (J. G. de Barros e Cunha — janeiro de 1897). Hepáticas 1629. Ricciella íluitans A. Br. — Coimbra: Estação B, aguas estagnadas (J. L. Mendes Pinheiro — agosto de 1897). 204 Polypodiaceas 1630. Aspleniiim ruta-miiraria L. — Malta do Bussaco (J. A. d'Araiijo e Castro — abril de 18951 Isoeteas 1631. Isoeles Duriaei Bor. — Coimbra: CcUas, Quiiila do Esj)inheiro (M. Ferreira — abril de 1897). Oinmospoi^iTueas Coníferas 1632. Ciipressus glauca Lam. — Malta do Bussaco (J. A. d'Araujo e Castro — março de 1895). IVloiiocotylecloiieas Potamogetoneas 1413". Polamogelon iiataiis L. — Monlemór-o-Vellio: Paúes de Foja (J. L. Mendes Piídieiro — julho de 1894). Typhaceas 16331 Sjtarganium aíTine Scliinzl. — Serra da Estrella: Lagoacho dos Cântaros (M. Ferreira — julho de 1894). 1634. Sj). simplex Huds. — Arredores de Coimbra: paúl de S. Fagundo (J. L. Mendes Pinheiro — julho de 1894). 205 Gramíneas 1635. Paspalum vnginalum Sw.-r-Monlemór-o-VclIio: Foja (J L. Men- des Pinheiro — jiillio de 1896). 1469". Sparlina slricta lUh. — Figueira da Foz: Galla (A. Goltz de Car- valho—julho de .1896). 27". Psamma arenaria I{. et Sch. — Mattosinhos: areaes marilimos, Figueira da P^oz: Galla (Gonçalo Sampaio, A. Goltz de Carva- lho—maio, julho de 1896 e 1898). 607''. Corjnephorus canescens P. B., ^. marilima Godr. — Arredores de Lisboa: dunas da Trafaria (J. Daveau — maio de 1889). 1636. Deschampsia tlexuosa Griseb., 3. slricta Gay. — Pinhal do Urso (M. Ferreira— julho de 1898). 168^ Arrhenaterum Thorei Desm. — líntre Melgaço e S. Gregório (A. Moller— junho de 1894). 744". Danlhonia deciniibens DC, i. longibb.. a. vulgaris Urb. — Coim- bra: prox. de Cellas, arredores do Porto: Avintes (A. Moller, Gonçalo Sampaio — junho de 1889 e 1897). 1679. Ononis Picardi Bss. — Arredores de Coimbra: entre S. Joào do Campo e S. Fagundo (J. L. Mendes Pinheiro — maio de 1896). 1680. O. procurrcns Wallr., -. spinosissima Lgc. — Faro: prox. da Horta da Castelhana (José Brandeiro^ — maio de 1889). 836". Genista Lusitanica L. — Serra da Cabreira: alto do Toco (Gonçalo Sampaio — agosto de 1896). 1681. Ulex aph\Ilus Lk. — Alemlejo: entre Coina e Azeitão (J. Da\eau — abril de 1887). Euphorbiaoeas 252". Euphorbia exigua L., «. genuina. — Arredores de Torres Vedras (J. G. de Barros e Cunha — maio de 1896). Geraniaceas 713". Geranium disseclum L. — Arredores de Torres Vedras: Runa (J, G. de Barros e Cunha — março de 1596). 1060". G. Robertianum L. — Arredores de Torres Vedras: Runa (J. G. de Barros e Cunha — maio de 1896). 213 Acerineas 1682. Acer monspessulaiuim L. — Serra de Rebordàos: Castello dos Mou- ros (J. de Mariz — julho de 1897). Malvaceas 1083. Malva vulgaris Frios. — Bragança: Cerca do Seminário (J. de Mariz — junho de 1897). Hypericineas l()8í. Iív|iericum linearifoliuin Vahl. — Enlre Melgaço e S. Gregório '(A. Moller— junho de 1891). Alsinaceas 1085. Sagina nodosa F/l. — Arredores d'Aveiro: areaes (J. A. d'Araujo e Castro — junho de 189o). lloo". Stellaria uliginosa Murr. — Arredores de Melgaço: S. Gregório (A. Moiler — junho de 1894-). Sileneas 1080. Lychnis Fios cucidi L. — Coimbra: prox. de Santo António dos 'Olivaes (M. Ferreira — abril de 1898). 1087. Sihme melandrioides í.ge. — Serra do Caramulo (J. A. d'Araujo e Castro — maio de 1892). Violarias 26o". Viola tricolor L , a, arvetisis Brot. — Portalegre: serra de S. Ma- mede (A. Moller — junho de 1891). 214 Cruciferas 1075". Iberis contracta Pers. — Bragança: monto de S, Bartholomeu (J. de Mariz —julho de 1897). 1688. Sisyníibrium Sophia L. — Arredores do Porto: Atàes, margem do Douro (Gonçalo Sampaio — maio de 1898). Papaveraceas 1689. Papaver somniferum L., ot. seligcrum Bss. — Arredores de Cas- caes: Caparide (A. X. Pereira Coutinho — abril de 1898). Fuinariaceas 856". Platycapnos spicatus Bernh. — Porto: Cabcdello (Gonçalo Sampaio — março de 1896). Ranunculaceas 588*. Ranunculus muricalus L. — Faro: Horta de S. Chrislo>ão (José Brandeiro — fevereiro de 1888). 972". Clematis Vitalba L. — Bragança: ponie velha do Sabor (.1. de Mariz — julho de 1897). J. M. Em.©nclas cl'algiinsi minaoi^os anterior*©» 1106". Fedia Cornucopiae Gíírtn. — Algarve: Tavira (J. Daveau — abril de 1890). 84. Linaria linogrisea Hffgg. Lk. — Portalegre (R. Larcher Marçal — maio de 1880). 92. Erylhraea grandiflora Biv. — Serra de Monsanto (A. Ricardo da Cunha— junho de 1880). 215 428. Ilypccoum grandillorum Bth. — Arredores do Porto: Qiiebrantôes (J. Casimiro Barbosa — abril de 1882). SÓCIOS DO ANNO DE 1898 Olasse 13 D. António Xavier Pereira Coutinho — Lisboa. Augusto Gollz de Carvalho — Buarcos. Gonçalo Sampaio — Porto. Dr. João (iualberto de Barros e Cunha — Torres Vedras: Runa. B."' Joaquim Augusto (rAraiijo e Castro — Porto. José Brandeiro — Faro. B."' José Luiz Mendes Pinheiro — Coimbra: S. Fagundo. Jules Daveau — Montpellier: França. Collcccionadorcs das plar.tas (lislribuíilas pelo Jardim Uulauico Adolpho Frederico Moller — Coimbra. B."' Joaquim de Mariz — Coimbra. Manuel Ferreira — Coimbra : Eiras. 216 J. KREYN CONTRIBUIÇÃO PARA A FLORA DO PORTO O dr. Buchtien durante o tempo que et^teve no Porto, nos annos de 1890 e 1891, colligiu alj;timas plantas, de cuja dctermiriavào se encarregou o sr. J. Freyn. E a enumeração das esj)ecies determinadas, que me loi com- municada por este distinclo botânico, que agora publico. Liste der fiir Herrn Dr. 0. BUCHTIEN bestimmten Pflanzen aus Portugal Ranunculus Lenormandii F. Síbullz. — Porlo, quellige Orle, III, 1891. Spergularia capillacea Willk. forma superne parce glandulosa. — Porto, felsige Orte, V, 91. Sp. diandra Heldr. ! — Porto, Sandbank im Douro, VI, 91. Sp. urbica Njm. var. glabrata Ilouy et Fouc. — Porto, Oceanstrand, V, 91. Sp. urbica, [i. glandulosa Houy et Fouc. — Ibibem. Sp. Dillenii Leb. s. confusa Kouy et Fouc. — Ibidem. Arenaria serpyllifolia L. ^i. patula Marlr. — Porlo, Sandbank im Douro, V, 91. Cerastium glomeratum Tbuill. a). coroUimim Fenzl. — Porlo, an Wegen, IV, 91. eadem, forma perbirsuta. — Ibidem. eadem, ^. apetalum Fenzl. — Porto, am Seestrande, III, 91, und an Wegen, IV. 91. Ononis procurrens Wallr. ^. vulgaris Longe. — Porto, unbebaule Orle, VI, 91. 217 Medicago lupiilina L. — Porto, an Wcgcii, V, 91. M. obscura Hetz. T). líelix Urb. a), inermis Urb. — Porto, trockenc líii- gel, VI,9I. Rubus ulmiíblius SchoU. — Porto, in Ilecken, V, 91. Epilobiwm adiiatum Gris.? (Innorutio carcl!). — Porto, auf 31aucrn, VII, 91. Hydrocolyle bonariciisis Lam. — Porto, iin Sande des Seestrandes. Conyza ainbigua DC. — Porto, aii Wogoii, Vi, 91. Inula viscosa Ait. — Porto, Saiidbaiik im Douro, VIII, 91. Perideraca fuscala Willk., var. minor líííg. et Lk. — Porto, Fclder, IV, 91. cadem, var. m;ijor íIÍTg. Lk. — Il)idem, V, 91. Antliemis srcuiidiramoa Biv. lorma apiculis acutioribus. — Porto, Occari- strand, IV, 91. Lepidophorum repaiidum DC. — Porto, Fclder, VI, 91. Senecio vidgaris L. — Porto, sandige Orte, IV, 91. S. galliciis Chaix, a). laxillorus DC. — Ibidem, V, 91. S. aquáticas lluds. — Porto, an Wegen, VII, 91 eadem, forma miuor, foliis indivisis. — Poito, Avintes im Duuro- bctt, VII, 91. Caleridula stellata Cav.? (Friíclitc fehien!).' — Porto, Abliiiiige, III, Í)I. Centáurea Calcitrapa L. — Porto, sandige Orle in der Nabe des Meeres, IV, 91. Hedypnois polymorpha DC. — Porio, Oceanstrand, V, 91. Hypocboeris radicata L. a), rostrata Moris. — Porto, wiiste Orte, VIII, 91. Cbondrilla juncea L. — Porto, Saiidbank im Douro, VII, 91. Sonclius tenerrimus L. a), laevigalus Lgo. — Porto, diirre Hiígel, V, 91. eadem, y. spinulosus Willk. — Porto, uiibebaute Orte, V, 91. Crepis gaditana Boiss. — Porto, an Wegen, VI, 91. C. virens L. 3- runcinata Biscb. — Porto, diirre Iliigel, V, 91. Cuscula triumvirati Lge. — Porto, auf Ifeideti, V, 91. C. planiílora Ten. 3. Tenorii lingelm. — Porto, auf Heiden, VI, 91. Verbascum virgatum Witb — Porto, an Wegen, IX, 91. V. sinuatum L. — Porto, Sandbank im Douro, VI, 91, Armeria marilima Wilkl. a), genuiiia G. G. — Porto, Oceanstrand, an Fel- sen bei Leça, IV, 91 . Cbenopodium muraie L. ^i. cauescens Mo(\. — Porto, an Wegen, VI, 91. Verscbiedene Formen. Rumex conglomeratus L. — Porto, an Wegen, VII, 91. Etwas su jung; dei Scbwielen undeutlich, R. induratus Boiss. Rcut. — Porto, Qunimauer des Douro, VI, 91. Euphorbiii amvgdaloides L. forma gliii)ra et forma velulina. — Porto, an Ilecken, V. 91. E. Buchtieni Frevn n. subsp. aííinis E. amygdaloides a qua diílert foliis 218 caulinis majusculis aciitis, ramis rnceini apicem caulis versus senso sen- sim elongatis umbellae terminali ap|)roximalis et cum ea in ihyrsum multillortim confliientibus, iiti umbellae radii primarii repetite (2-7 pio) dicliotomi-, foliis floralibiis ad modium vel saepe ad trientem inferum liberis, eis E. amygdaJoid es -S-plo minoribus, lloribus nidlo rmmero- sioribus. Habilus Euphorhiae slricta a qiia primo aspcctii iriAolucris connattis discernaiida. Caulis pliis minus longe mollilenpie hirsutiis. — Oporlo, ad sepes et ad \i.is, V, 91, leg. Biichlici). Eupliorbia taiirinensis Ali. — Por(o, líeiden bei Leça, IV, 91. — Neii fiir Portugal. Ilierber gehort aucli die ais E. cxiqua verlheilte n.** 166 der Flora Lushanica exsiccala mit der Slandorts. — Angab : Coimbra, Boa Vista, VII, 86, leg. A. Moller. Asparagus aphyllus L. — Porto, líeiden bei Foz, VIU, 91. Juiicus Fontanesii J. Gay. — Porto, Wiesen, VI, 91. eadem? ibidem (die Grundtbeiie der Pílanzen fehlcn). J. supinus Moencli, y- acpialilis Gren. — Porlo, im Flusse Leça bei Val- longo, VII, 91. J. bufonius L. — Porto, Aecker, V, 91. J. bufonius L. y. fasciciilalus Jan, forma perigonii j)li}llis subaequalibus. — Porlo, fcuclile Aecker, V, 91. J. capilatus Weigel. — Porlo, suinplige Aecker, IV, 91. Heleocliaris acicularis R. Br. — Porto, in Surnj)fen, V, 91. Carex arenaria L. — Porto, Tannenwalder, IV, 91. C. depressa Lk. (= C. basilaris Jord. tesle Nvman). — Porto, Waldran- der, III, 91. Echinocbloa Crus galli P. B. — Porto, Feldcr, X, 90. Poa annua L p. varia Gatid. — Porto, an Wegen, V, 91. Agropyrum jauceiím L. — Porto, Oceanstrand, VII, 91. Bracbypodium macropodum Ilackel. —Porto, an Hecken, V, 91. 219 OBSERVAÇÕES PHAENOLOGiCAS FEITAS EM COIMBRA EM 1897, 1898 E 1899 i L. 40" 12'; Long. W. Greenwich 8° 22' Fagus silvatica Betula alba Ulinus campestiis Morus alba Platanns occidentalis Cereis siliquaslruni Populus alba Robinia pseudaeacia Gleditschia triaeanthus . . . Quercus pedunculata Ti lia earopaea Liriodendron tiilipifera ... Ailanlhus glandiilusiis. . . . Aesculus Hippoeastaneum. Mattas de carvalhos todos verdes Primeiras follias 1897 23 ;m 20. o lo 21. 3 1?. 2o 16 27 1 29 18 2.3.I1I 1898 i4.1V iO.Ill 22.111 23.111 15.111 21.111 2o.lV i6.IV iO.Ill 1899 12. IV 20.III 26.111 28.11 :o.lII 281II 27.11 16.11 2Í.11I lo.lll 7.1V 26.11 lO.lV 2.3.11 10. VI Primeiras folhas aniarellas 1897 8X1 22.x 20.X1 23.X1 20.x 23.x 25.x 28.x 20.x 5.XI 26.1X 29.IX 28X o.X 1898 i.X 2Í.IX 26.1X 1899 8.XI 5X1 29X1 o.Xil io XI 29.x 5.XI 20.XI iOXl Í2XI 12 X i6XI 8.XII l.XI í As observações em i897 e em 1899 foram feitas pelo sr. A. F. Moller, e em 1898 foram feitas por mim no impedimento d'esle. /. Henrifjues. 220 Pi-iiueii"as flores 1897 I 1898 1899 Primeiros fnictos maduros 1897 1898 1899 Liliuni c.nndidum Ana-amp!is pyramidalis ... Ophrys Intea ." Narrissus obesas >'. Biilbocodiuni >'. pootifiis Scilla puniila Gynoiiuni argenleQiii Lagesiroemia indica Rol.iinia pseudacacia Cereis silit|uastriini Sarothaimiiis giaudiflurus. . Cytisiis Labiirnuin . Aescukis Hyppoeastaneiin) . Prunus aviíiiii P. spinosa P. domesiiea Armeniaea vulgaris Amygdalus pérsica Pyrus coinnuinis P. Mahis 30. IV 28. Y 2o IV ! - 29.1» 2.11 lOlí 28.11 6.III 2olX 2.VÍII :íl.ili lo III 20.III 2.5. III iU.lll 6.I1I l.lll 10.11 4.111 Lonicera elrusca Ulmus campestris Sambiicus iiigra (^ydonia vulgaris C. japonioa Crataegus o.xyacantha Rubus idat'us R. discoior Rosa scandens Viburnum Tiims Laariis nobilis Eriea iusitanica Atropa Beiladona Symphoricarpus racemnsus Drosopbyllum lasitanicuni . Campânula primulifulia.. . . Syringa vulgaris Salvia ollicinalis Cõrnus sanguínea Vitis vinifera Tilia europaea Ligustruin vulgare Fragaria vesca Cearas de centeio maduras.. Cor\lus Avellana (d. masc.) 18.111 I.IV ;51.III 8.11 l.lll 6.111 l.II 181II lo.lV lO.V •D. IV 25.11 l.IU 12.1 8.V :!81V :;0.1V 8.V1 lUII lolll 28. IV lO.V 2.3.V 4V lo. VI 20X11 20.III 26.111 lolll 2(5.111 8.iV 2.3.111 22.111 16.IV Ki.lV 28.111 201V 2'i.lll 26.111 n.iv 20.111 8.V1 lo.V 24. IV 10 IV o. II l.xll 28.111 611 20.V1II IS.VIII 30.111 10.111 21.111 I8.1V 12.111 Õ.IU 18.11 20.11 l.lll 13.11 l.lll 24.111 .5. IV 30.1 8.111 9.111 1.11 17.11 20. IV l.D.V lo. IV 9.11 26.11 lõ.l o.V 2.V l.jlV lo.Vl 18.111 28.11 30. IV 22 V iív lO.V i VI 20.X11 18.1X 30. Vil 1.5.111 2o. Vil o VI 6.V11 4.1X 2.IX 20.V1I o.VlIl 2IX 8.1X lO.IX 26.VI I5IV l.VIIl 1.5.111 o.VílI 10. VI lõ.VU lOlX 12.1X 31. Vil lO.VlIl lO.IX 8.IX l.V 221 NOTA BIBLIOGRAPHICA Santos Cosia (M.) — Hisloria das planlas medicinar.t poríiiguczas, Lis- boa.— Foi edilada esta obra em Lisboa no corrente antio. O auctor na primeira parte áh uma succinla ideia das classificações botânicas, espe- cializando o syslcma de Liimeu e algumas modificações que n'eile fo- ram introduzidas. Seria de certo prercrivcl occnpar-se dos mclliodos mo- dernos. Trata em seguida da composição, colheita, preparação e conservação das plantas medicinaes, indicando com clareza tudo quanto sobre isto o pbarmaccutico deve conhecer. Occupa-se resumidamente das propriedades medicinaes das plantas, da posologia e d.i cultura. Esta introducçào é simples e curta, mas suilícicnl emente clara e precisa. A segunda parte é toda occupada pela descripçào das plantas medicinaes, que se encontram em Portugal, indicando a respeito de cada uma qual é a parte empregada, as propriedades therapeuticas e ainda a cultura. As espécies são indicadas com os nomes portuguezes seguidos sempre do nome scientitico e sào dispostas pela ordem alpliabetica. Seria preferivel a ordem scientifica, adoptando-se para isso uma classificação botânica. Essa dispo- sição daria só por si conhecimentos valiosos. O livro é útil e bom será que d'elle façam uso aquelles para quem o sr. Santos e Costa o dedicou, pois n'elle encontram muitas indicações uti- líssimas. J. Henriques. 222 NOTAS NECROLOGICAS A 4 de dezembro de 1898 perdeu a Ilalia um dos lioirrens que mais linha trabalhado para que os esludos botânicos tivessem grande desenvol- vimento, F. Cauuel. Nascido em Chanderganor, na índia, em 1830, mas educado desde os primeiros annos na Ilalia, ahi se lornou notável como professor, como explorador botânico e como escri|)lor. Occupou com dis- lincção as cadeiras de botânica em Pavia, Miiào, Piza e por ultimo em Florença. A sua obra como explorador botânico na Ilalia está patente no grande numero de artigos publicados nos principacs jornaes italianos e n'outras publicações de maior vulto, taes como o Proilromo delia Flora Toscana, o Erborisla toscano, a Slalislka botânica toscana. Como escriptor publicou trabalhos variadissimos sobre as questões mais importantes da botânica e dotou a Itália com li\ros tanto elementares como de ensino superior. Seria longa a enumeração de todas as suas publicações. Entre todas sobresáe a contimiaçào da grande Flora italiana começada por Parlatore, da qual publicou cinco volumes com a collaboraçào d'outros botânicos italianos. A sua actividade manifestou-se por modos variados, todos tendentes ao progresso da botânica no seu paiz adoptivo. N'esse sentido fundou a Socie- dade de Horticultura e mais tarde deu organisaçào definitiva á Sociedade botânica italiana. Como assiduidade de trabalho bastará diz er-se que diri- giu durante 23 annos o Niiovo Giornale botânico italiano. Foi uma grande perda para as sciencias na Ilalia. No anno corrente teve ainda a Itália oulra perda importante. A 27 de março falleccu o Conde abbade Fhanciísco Castuacank degli Antelmi- NELi.i, de antiga nobreza. Seguiu a \ida ecclesiastica, tendo começado os esludos no collegio dos jesuítas de Ueggio, conliiuiando-os no collegio Nolíi em Fano, c recebendo as ordens sacras em 1840. Antes de ler attingido a edade de 25 annos tinha já uma notável somma de conhecimentos das sciencias physico-chimicas e n'ellas começou a exercer a sua actividade. 223 N*esse tempo a descoberta da daguerreotypo prendeu-Ihe a altençào e chegou a ser um hábil operador. Os seus trabalhos especializaram-sc sobre o estudo das diatomeas e a elle dedicou toda a sua vida. Publicou grande numero de trabalhos descriplivos tanto de diatomeas actuaes como fosseis, e occupou-se com grande proficiência das mais deli- cadas questões biológicas d'este inleressantissimo grupo de vegetaes. Por todos esses trabalhos obteve logar honroso entre os mais notáveis dialo- mologos. Era respeitado pelo seu saber e pelas suas qualidades pessoaes e tanto que Pio IX quiz conlVrir-lhe a dignidade prelaticia, mas que elle humil- demente declinou. D'elle escreveu o professor De-Toni : «A Francisco Castracane, vinulo serenamente adenipiendo i doveri dei próprio stato, incorroto frammczo airodierna pnlredine che tenta dei suo veleno ammorbare tutlo e tutli, ben si conviene quanto lasciava scrilto il noslro sommo Leonardo: Si come una giornata bene spesa dà lieto dormire, Cosi una vita bene usata dà lieto morire!» E assim succedeu ao abbade Castracane. Tendo celebrado missa, como costumava, voltando a casa alegre e e satisfeito, depois de jantar leve um deliquio pouco depois das 3 horas da tarde e antes das 7 horas tinha fal- lecido. Um outro diatomologo, o archidiacono dr. Adolf Schmidt, falleceu também no corrente anno. Era um dos especialistas mais notáveis n'este ramo da botânica e isso é comprovado com numerosas e valiosas publica- ções. A todos sobresáe o cxplendido Allaa der dialomaceenkunde, cuja pu- blicação será continuada. No corrente anno a França perdeu três homens cujos serviços scienli- ficos foram de grande valor — Cu. Naidin, o dr. W. Nylander e H. de VlLMOHlN. Ch. Naudin, nascido em 18 IS, luctou por muito tempo para chegar a ter uma posição que lhe tornasse faci! o estudo das sciencias naturses, suas predilectas. Depois de dar lições por pouco dinheiro, de se fazer copista nas casas commerciacs, pôde obter o modesto logar de jardineiro no Jar- dim das plant.is em Paris. Tendo n'essa condição grandes elementos de estudo, prcpiíiuu-se para os exames necessários para obter o gráo de dou- tor, o que conseguiu em 1842. 224 Começou logo por collaborar com A. S.' Hilaire na Revue de la Flore du Brézil meridional, e aos trabalhos que para esta publicação realizou muitos outros se succederam, dando-lhe accesso ao Instituto de França em 1864. Como naturalista ajudante no Museu coUaborou com o professor De- caisne em varias publicações e Icz trabalhos exchisivamenle seus, taes como o estudo das Cucurbilaceas e suas variações. Quando em 1878 a villa Thuret em Anlibes foi oíTerecida ao Estado por M."'^ H. Thuret, a direcção d'es(a villa foi entregue a Naudin que ahi pas- sou quasi 22 annos, dispensando á cultura das plantas todos os seus cui- dados e transformando este estabelecimento n'um precioso jardim de acli- mação. Das riquezas ahi acciímuladas fazia larga distribuição. Ninguém a elle recorria sem ser altendido. Desde muito que tinha perdido totalmente o sentido do ouvido, tornan- do-sc necessário a quem se lhe dirigisse ter de escrever n'uma ardósia o que se lhe desejava communicar. A este mal outro se lhe juntou — uma nevralgia facial atroz, que por niuilo tempo o torturou. O estudo das suas plantas queridas foi o único consolo que encontrou |)ara mitigar seu soíTri- menlos. , O (Ir. W. NvLANnnii, nascido em Ulcaborg, na Finlândia, em 18*22, foi em 1839 estudar medicina e scieiícias naturaes na Universidade de Hel- siiigfors, recebendo o grcáo de doutor etn 1847. Depois de ter passado algum tempo em França, voltando a llelsingfors foi encarregado de reger a cadeira de botânica. Não satisfeito com certas modificações feitas na or- ganisaçào da sua cadeira, abandonou o seu paiz e fixou em Paris a sua residência e ahi morreu a 29 de março. O dr. Nylandek era um lichenologo distincto, cuja opinião era respei- tada por todos os especialistas. Poucos terão disposto de material de estudo mais numeroso, pois todos o consultavam e lhe enviavam exemplares para serem por elle examinados. Como consequência d'estes trabalhos publicou numerosas descripçòes de espécies de todo o mundo. Era prompto na determinação das espécies, que eram entregues ao seu exame e prestava o seu auxilio sempre com a melhor vontade. D'isso tive repetidas provas. IIenuique L. de ViLMORiN, fallccido a 23 de agosto, na edade de 56 annos, nào foi um botânico rigorosamente fatiando, mas um horticultor distincto e illustrado, que muito concorreu para o progresso do estudo das plantas, ao qual se dedicou muito cedo. Mereceram-lhe attençào especial as plantas úteis e sobre ellas fez publicações importantes. Não as estudou só no campo theorico, mas no terreno, cultivando-as, aperfeicoando-as e ZZÒ guiado pela sciencia, que muito bem conhecia, obteve variedades notáveis, que hoje são cultivadas com proveito. O mérito scientifico de H. Vioiorin é comprovado com o facto de oc- cupar em 1889 a presidência da Sociedade botânica de França, da qual fazem parte os mais notáveis botânicos francezes. É considerável o numero de publicações horticolas que lhe são devidas. Era estimado de todos que o conheciam pelas excellentes qualidades de que era dotado. No extremo oriente o Japão perdeu um dos botânicos mais notáveis, o professor dr. Yatabe. São d'elle entre outras publicações o Flora japo- nica e a Iconographia florae japonicae. Na ilha da Madeira finou-se também, na edade de 75 annos, um dos homens que melhor conhecia a Hora da ilha. Era o sr. J. ftlAiuA JMoNiz, em quem todos os naturalistas, que frequentavam aquella ilha, encontravam guia seguro. A convivência com o R.''° Lowe e com outros naturalistas desenvolveu no sr. Moniz o gosto e aptidão para o estudo da natureza, (jue até ao fim da vida continuou. J. Henriques. i5 XVI 9.-2(] O JARDIM BOTÂNICO DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA NO ANNO LECTIVO DE 1898-1899 O jardim botânico de Coimbra níio soffreu alterações importantes no anno lectivo findo. A parca dotação que é concedida para custear as des- pezas não permittiu, nem permittirá, mais do que os trabalhos indispensá- veis para conservar o que está. Como nos annos anteriores, foi publicado o catalogo de sementes con- tendo 1:400 espécies, que foi distribuido pelos jardins (82) e estabeleci- mentos |)articulares com os quaes o jardim tem relações. Em troca de 4:170 pacoles de sementes, 70 bolbos e 20 tubérculos de Oxalis, rece- beram-se sementes de 557 espécies. Al6m d'isto receberam-se sementes oíTérecidas pelos Ex."""^ Srs. Theo- doro da Cruz, de Ijenguella (3); Norberto Paes Mamede, de Loanda (12); dr. Bruno F. Carreiro, dos Açores (1); J. António de Sousa, da Africa Occidental (I); José de Barros T. da Moita, de Basto (54); D. António X. Pereira Coutinho, de Lisboa (1); e pelo Arnold Arbonetum, da Ame- rica do Norte (7;; Jardim botânico de Sibpur, na índia (3); Jardim bo- tânico do Bio de Janeiro (I); Jardim botânico de Saigon (4); Acciimat. Slalion Aschabol (5); Damman & C.^ (34). Na casa Vilmorin Andrieux & C." compraram-se sementes de flores diversas. Na cerca annexa ao jardim foram plantadas diversas arvores (166). No jardim cultivou-se o Rumex hymenosepaJus que tão recommendado tem sido como planta tannifera. Vegetou regularmente. Foi cultivada também uma variedade de algodoeiro, muito elogiada. Desenvolveu-se muito regular- mente e fructificou bem, graças á temperatura alta do verão e ainda do outomno. Esta planta foi culti>ada com a ideia de fornecer sementes a al- guns agricultores coloniaes. Do jardim sahiu grande numero de plantas, entrando n'esse numero bastantes pés de bambu, planta que podia e devia ser largamente cultivada em quasi todo o paiz. Também do jardim foi enviada para a Africa occidental boa porção de '227 exemplares da ManiJwl Glazioiíi, que produz a borracha do Ceará, bem como para C;djo Verde muitos bolbilhos de Agave riyida, espécie recom- mendavel pela quantidade e qualidade dos filamentos extrahidos da folha. Substituiu-se parte da antiga canalisa^ão das ajíuas por canos de ferro, obra que deu em resultado o melhor aproveitamento da agua da mina do jardim. No museu pouco entrou de novo. Apenas se compraram alguns modelos de flores, óvulos e algas fabricados na casa Brendel, úteis como elementos de demonstração nas lições de botânica. No herbario continuou o trabalho sempre regular. Distribuiram-se 2:938 exemplares de plantas portuguezas, entrando n'esta distiibuiçào a 16." cen- túria da Flora lusitanica exsiccala. De vários institutos receberam-se 2:112 exemplares de plantas. Do herbario sahiram algumas plantas por empréstimo a pedido de bo- tânicos, que se occuparam do estudo das familias ou géneros a que suas espécies pertenciam. Na bibliotheca foram recebidas 93 publicações periódicas, sendo só 15 por assignatura, e sendo as outras recebidas por troca com o Boletim da Sociedade Broteriana. Deram entrada 59 publicações botânicas, sendo 34 oflferecidas, e algumas em troca do Boletim da Sociedade Broteriana. Re- ceberam-se ainda as partes publicadas n'este anno de 9 obras, que estão em via de publicação. J. Henriques. 228 índice por oudem dos AUCTORES Castro (José da Silva) Coutinho (D. A. X. Pereira) Coutinho e Conde de Ficalho Freyn (J.) Henriques (Dr. J. A.) Mariz (R.«=' J. de) Moller (A. F.) Trotter (Dr. Allessandro) Pag. Qaelquos observations sur la technique des dia- toniées 144 ■ Subsídios para o estudo das Salicaceas de Por- tugal 5 Clave dichotomica para a determinação das -espé- cies portuguezas do género Salix 32 • As Rosáceas de Portugal 88 • Liste der fiir Herrn dr.' O. Buchtien bestimniten PUanzen aus Portugal 216 ■ John Lange 3 • Subsídios para o conhecimento da flora da Africa Occidental 35 ■Nota biblíographica 221 ■ Notas necrologícas 222 ■O jardim botânico da Universidade de Coimbra no anno lectivo de 1898-1899 226 ■ Flora Lusitanica exsiccata — Centúria XVI 77 - Subsídios para o estudo da flora portugueza — Primulaceas e Gencianaceas de Portugal 156 ■ Sociedade Broteriana — Espécies distribuídas em 1898 ' 203 -Observações phaenologicas feitas nos annos de 1897-1899 219 -Prima communicazione intorno alie galle (zooce- cidi) dei Portogallo 196 229 índice ALPHABETICO DAS famílias e géneros contidos n'este volume Pag. AbrusL 52 Acanlhaceae 72 Acer L 213 Aceras R. B 78 Acerineas 213 Adenanthereae 46 Adenopus Beiítli 75 Agaricus L 203 Agrimonia L 123 Agropyrum Gaert 218 AUjizzia Duraz 46 AlcheniillaL 83, 120 Algae 77, 203 AlliumL 79,206 Alsineae , 85,213 Alsodeia Tou 61 Allhaea L 84 Amaralia Welw 83 Amaranlhaceas ... 43, 80 Amaranthus L 43, 80 Anibrosiaceas 81 Amelanehier Lindl 143 Amherstieae 47 Amomuin L 40 Ampelocissus Planch 57 Amphiblemina Naud 64 Amygdalus L 99 Anacardiaceae • 56 Anagalis Tournf. 167, 209 Anchonianes Scholt 33 Aneileiíia R. Rr 39 Anisophyllea R. B 62 Anona L 44 Pag. Anonaceae 43 Antheniis L 217 Antidesma L 55 Anthochleista Afz 66 ApiumL 210 Apocynaceas : 210 Aptandra Miers 42 Araeeae 39 Arenaria L 216 Argemone 44 Armeria Willd 217 Arnoseris Gaertn 207 Arrhenaiheriun P. B 205 Asclepias 68 Asclepidiaceae 67, 82, 210 Aspaiagus L 40, 218 Aspilia Thnn 7o Aspleniuin [ 204 Asierolinauí lUígg. et Link 166 Atriplex L 73 BallotaL 208 Baphia Afz 50 Bartramia Hedw. 77 Bauhinia L 48 Bauhineae » Berlinia Soland » Betonica L 208 Bifora Hoffm 83, 210 Bignoniaceae. 71 Bcèhemeria Jacq 42 Bonjeania Reichb 84 Rorragineas 208 230 Pag. Boireria Mev 74 Bracliypodium P. B 218 Biíichystegia Benth 47 Brassica L N5 Bridelia Willd «6 Brunella L 208 Buclinerodendron Giirke H2 BalliardiaDC 8;{ Burseraceas o4 Butoineae 78 Butomus L. '. » Oalaminlha M(jencli 208 Calondula L 81,217 Callitrichineae 70, 206 Callitriclie L 79, 20H Campânula L 207 Canipanulaceas » Canarium L 54 Canavalia Adans 53 Carex L 78, 205, 218 Carpodinus B. Br 67 Cariim L 83, 210 Cássia L 49 Cassieae 48 Centauiea L 217 CerasUum L 85, 216 Ceratolheca Endl 72 Cerinthe L 208 Chaetuius Link 78 Chenopodiaceae 79, 206 Chenopodium L 79, 207, 217 Chloia L 181 ChondiillaL 217 Cicendia Adans 28, 184 Cissus L 57 Ciítineas 85 Cistus L Clematis L 44, 214 Clerodendron L 69 Cnestis Juss 4(i Cogniauxia H. Bail 75 Cogumelos 203 Coinochlamys T. Anders 66 Coieus Lour 70 Combretaceas 64 Combrelum L » Commelinaceas 39 Compositae 75, 81, 207 Coníferas 204 Connaraceas 46 Convolvulaceas 68, 209 Convolvulus L 209 Convza Less 217 Corònilla L 202 Corynephorus P. B 205 Pag. Costus L 40 Crassulaceas 83, 210 ('rataegus L 141 Craterispermum Benth 74 Crepis L 217 Crotalaria L 50 Cioton L 56 Cl ueiferae 85, 214 Cryptolepis B. Br 67 (^ucurbitaceae 75 Culcasia P. B 39 Cupressus L 204 CuscutaL 209,217 Cuscuteas 209 Cyatliea Sm 38 Cyatheaceas » Cynanchum L 82, 210 Cvperaceas 78, 205 Cyiierus L. . . . •. 205 Cy tisus L 84 I>anlhnnia DC 205 Deguelia Aubl 52 Deschampsia P. B 78, 205 Desmodium Desv 52 Dialiuin L 48 Diaiomées (Technique) 144 Diehapetalaceae 55 Dichapeialum Thou » Dichroslachys DC 46 Dicranolepis Pianch 62 Dillemiaceae 40 Dioscorea L » Dioscoriaceae 40 Dio>^pyrus L 65 Diplorhynchus Welw 67 Dipsacus L 80 Dissotis Benth 64 Ebenaceae 65 Echinochioa P. B 218 Ekebersria Sparm 54 Epilobium L 211, 217 Equisetaceae 77 Equiselum L 77, 86 Eriça L 81 Ericaceae » Erigeron L » Eriobotrya Lindl 142 Eriosemã DC 53 Erophila DC 85 Ervthiaea DC 185, 210, 214 Erythrina L 52 Erythrophioeum Afzel 47 Eugenia L 63 231 Pag. Eupliorbia L 212,217 Euphorbiaceas 55, 212 Fadoeia Schweinf 74 Fedia Moench 80, 86, 2] 4 Festiica L '8 Ficus L 41 Flacourliaceae 61 FragariaL Ho, 211 Fumaria L 86 Fuiiiariaceae • • 86, 214 OallumL 81,208 Galle (Zoocecidi) dei Portogallo.. . . 196 Gardénia L 73 GenisiaL 84,212 Gentiana Tournf. 180 Gentianaceae 156,177,210 Gerauiaceas 212 Geraniuni L » Geum L 113 Gladiolus L 78 Glaux Tournf 163 Gleditschia L 49 Gloriosa 39 Givphaea H. f 58 Gramineae 78, 205 Grewia Juss 58 Guttifcrae 61 Maroníra P. Thou 61 Hedvpnois Tournf. 81, 217 Helèocharis a. Br 218 Heliantheinuni Tournf 85 Hepáticas 203 Heracleurn L 210 Hieracium L 207 Honckenya Willd 58 Hvbophrvnium K. Seh 41 Hydrocou le Tournf. 217 Hymenocàrdia EndI 55 Hyosciarnus L 82 Hypeeoum Tournf. 215 Hypericineas. 213 Hvpericum L » Hvpochaeris DG 217 Hypoestes R. Br 72 Iberis L 214 Indiííofera L 51 Intzia H. Tb 48 Inula L 217 Ipomaea L 68 Irideae 78, 205 Isoetaceas 204 Pag. Isootes L 204 Ixora L 74 Juncaceae 79, 206 Juneus L 79, 206,218 Juslicia Nees 72 Ivalaharia Bail 49 Kosteletzkya PresI 59 Labiatae 70, 82, 208 Landolphia P. B 66 Lantana L 68 Laserpitium Tournf. 82 Latbyrus Tournf 212 Leea L 57 Leersia Sw 78 Lemnaceae 77 Lenlinus Fries 203 Lepidopborum Neck 217 Lepiota Pers 203 Libaceae 39, 79, 206 LinariaJuss 82,209,214 Littonia Hook 40 Loganiaceas 66 Lovoa Harms 54 Luzula DC 79 Lychnis L • 85 Lyinnanthemum Gmel 278 Lysiinacbia L 164 Lythraceae 83, 2H Lythruni L 83 ^Macaranga MuU. Arg 56 Maesa Forsk 65 Malva L 213 Malvaceae 58,84,213 Mangifera L 56 Manotes Sohind 46 Maprounea Aubl 56 Maranta 1 41 Maranlace;ie .■ » Markhaniia Seeni 71 Mayepea Aubl 65 MedicagoL 84,212,216 Melastomaceae 64 Melia L 54 Meliaceae ■• Meliiotus Tournf. 84, 212 Melissa Tournf. 208 Melochia L 59 Montba L 82 Menvanlbes Tournf 179 Mespiliis L 140 Mfzoneurum Desf. 50 Milletia \V. et A 51 232 Pag. Mollngineae 83, 211 Moilugo Ser » » Momordica L 7ò Moreae 41 Mucuna Adans 53 Muscari Mill 206 Mussaenda L 7;< Myrsinaceas 6o Myrtaceae 63 IVephrolepis Scliolt 38 Neiium L 210 Nolhoscordium Kuntli 206 Oclina L 60 Ochnaceae » Oenanthe L 83 Oleaceae 65 Onagrarias 21 ! Oncoba Forsk 61 Ononis L 212, 216 Operculina Mart 68 Ophiocaulon H. f 62 Opilia Houlj 42 Opiliaceae . . » Orchideas 205 Oiiaya Hoffm 210 Orobanehaceas . 209 Orohanclie L » Ortliosiphon Benth 70 Osniunda 38 Osmundaceae » Otomeria Benth .' . . . 72 Ouratea AubI 60 Oxyanthus DC 73 r»aiveusea Welw 54 Papaver Tournf. 86 Papaveraceas 44, 86 Papilionaceas 83, 212 Parinarium Juss 45 Paronychiaceas 211 Paropsia P. Th 62 Paspalum L 205 Passifloraceae '. 62 Paullinia Schum 56 Pedaliaoeae 72 PeplisL 83,211 Perideraea Webb 217 Pérsica Tonrnf. 99 Phyllodes 41 Phvsahs Dun 71 PingLiicula Tournf. 82 Plantagineas 208 Plantago L » Platycapnos DC 214 Pag. Plectrantbus Scher 70 Pleetronia L 73 Pleintaxis Sleetz 76 Plumbagineas 208 PoaL..^ 218 Polytralaceas 54 Polygonaceae 43, 80, 207 Polvgonuni L 43, 80 Polypodiaceae 38, 204 Poly[)odiuni L 38 Polysiphonia Grev 203 Polvtri('huni L 77 Populus Tournf. 27 Potaniogetoneas 204 Potamogeton Walt » Potentilla L 116, 211 Poterium L 124 Prininla L 160 Primulaceas 24 Protea L 42 Proteaceas » Prunus L 94 Psaninia P. B. 205 Psorospermum Spach 61 Psvchoti ia L 74 Pteridinm 38 Pterocaipus L 52 PulicariaDC 81 Pyrus Tournf. 135 Ranunculaceae 86, 214 Ranuncuius Bauh 86. 214, 216 Re.^íeda L 86 Resedaceae » Rhoicissus Planch 57 Ricciella A. Br 203 Rosa Tournf. 129 Rosáceas 211 Rosáceas de Portugal 88 Rosmarinus Tournf. 208 Rourca Aubi 46 Rubiaceae 72, 207 RubusL 44, 102, 211, 216 Rumex L 207, 217 Rytiphlaeae 77 ísiagina L 85, 213 SaliVaceac 7, 79, 206 Salicornia Moq 207 Salix Tournf 7, 79, 206 Saniolus L 175 Sanmiisorbeae 83 Sanicula Tournf. 210 Sapiuni P. Br 56 Sapotaceae 65 Sarolhaninus Wimm 84 233 Pag. Scabiosa Roem. et Sch 80 Sclirebera Roxb 6o ScillaL 206 Sci ophularia L 71, 209 SeropliLilaiiaceae » » ScLilellaria L 208 Securidaca L o4 Securigera DC 83 í^edum Tournf. 211 Selaginella Spring 39 Selaginellaceae 210 Seiwcio L 76. 217 Sida L o8 Sideroxvlon L 65 Silene L 85, 213 Sileneae » » Sisimbriíim Ali 214 Solanaceae 7 1 . 8'2 Siiiilax L 40 Solanuni Tournf. 71, 82 Sonchus Cass 207 Sopubia Haniilt 71 Sorbus L 138 Sparganiuni L 204 Spartina Schreb » Spathodea P. Beauv 72 Specularia Heist 81 Spergularia Pers 211, 216 Spha^num Ehrh 77 SpiraeaL 100 Spiranthes L 205 Spirodela Schleid 77 Stalice Willd 208 StellariaL 213 Slerculra 59 StercuUaceae » Stereum Pers 203 Stereospermum Cham 71 Strophanthus DC 67 Strychnos L 66 SuaedaMoq 207 Succisa 80 Syzigyum Gaertn 63 Tabernaemontana Piam 67 Pag. Tariiariscineae 84 Taiiiarix iJesv » Tephrosia Pers 51 Teniiinalia L. f. 64 Tetracera L 60 Tetrapleura Benth 47 Teucrium L 82 Tbunibergia L 72 Tiliaceae 58 TillaeaMich 83,210 Tounatea DC 50 Trichononia Ker 205 Trifoliuni Touraf. 84 Tiiumfetla L 58 Typhaceas 204 TLTapaca Baill 55 Ulex L 84. 87, 212 Unibclliferas 210 Uiiibilicus DC » Uraria Desv 52 Urena L 59 Urtlcaeeas 42 Utricalariaeeae 82 Uvaria L 43 Valerianaceae 80, 207 Valerianella Tournf » » Verbascum L 217 Verbenaceae 68 Vei nonia Schreb 75 Verónica L 209 Vicia Tournf. 212 Viena Savi 53 Viola Tournf. 213 Violaceae 61,213 Vitaceae 57 Vitex L 69 Voacanea P. Tb 67 Voandzeia P. Th 53 ^^'ahlenbergia Schrad 207 ^^anthium L 81 Xylopia L 44 16 XVI 234 Datas da publicação dos fascículos d'este volume Fascículo I (pag. 1 a 80) Julho de 1899. Fascículo II (pag. 81 a 144) Dezembro de 1899. Fascículos III e IV (pag. 145 a 234) Março de 1900. PREÇOS DA ASSIGNÂTDRA POR VOLXJMJE (Para sócios 1^000 réis Portugal 1 (Para não sócios 1^200 réis Hespanla 6 pesetas Para o estrangeiro (paizes da união postal) 10 fr. — 8 mk. — 8 scli- Para os paizes não comprebendidos na união postal accresce o porte extraordinário. New York Botanical Garden Librar 5185 00259 9403 "3E^ : "Spf-'j