<">i 'iimfmmmm^^mfmimmm li É^m '-mm^'": ,tiisj;;:i|;:to.'.'::. i fc«^' /iilifeiiíSi^ \/ p /'//í* "?' / -^í ^ ., -^ '7 BOLE 11 M DA SOCIEDADE BROTERIANA PUBLICAÇÃO ANNUAL Director — Dr. Júlio Augusto Henriques PIIOFESSOK DE BOTÂNICA VolviiTie X^iCVI 'í Propriedade e edição da Sociedade Buoteuiana. Redacção e administi-açào — Jardim Botânico — Coimhha. -<»®«S*- COIMBRA IMPRENSA DA UNIVERSIDADK 1911 BOLETIM DA SOCIEDADE BROTERIANA BOLETIM DA SOCIEDADE BROTERIANi PUBLICAÇÃO ANNUAL Director — Dr. Júlio Augusto Henriques PROFESSOR DE BOTÂNICA VoluiTie XXVI Propriedade e edição da Sociedade Broteriana. Redacção e administração — Jardim Botânico — Coimbra. -<^^-f'í>' COIMBRA IMPRENSA DA UNIVERSIDADH 1911 /^. ^/ R. 6555 A NIEMORIA DE SIR JOSEPH DALTON HOOKER ké//^^^^^^. SIR JOSEPH DALTON HOOKER csi A 10 de dezembro terminou a longa e gloriosi vida d'este grande botânico, o maior de certo entre os mais dislinctos do século passado. Tinha completado 94 annos a 30 de junho, conservando até esta consi- derável idade toda a intelligencia e actividade, trabalhando até quasi aos últimos momentos. Filho d'um grande botânico, Sir W. Jackson Ilooker, na sciencia amável foi educado e, lendo obtido o grau de doutor em medicina em Glasgow, em 1839, aos 22 annos de idade, teve occasiào de entrar em servi^-os, que bem mostraram a sua aptidão. Tratava-se então d'uma expedição de estudo ás terras antarticas. Hooker foi nomeado medico e naturalista d'essa expedição. Por esse tempo estava Ch. Darwin de volta de expedição aná- loga, que durou cinco annos. Foi isso para Hooker de grande utilidade, porque d'este grande naturalista educado com a pratica obtida durante a longa viagem, pôde dar a Hooker instrucçòes e conselhos. Desde então se estabeleceu intima amisade entre os dois novos naturalistas, amisade que só terminou com a morte. Hooker embarcou no Erebus, um dos dois vasos destinados á expedição. No outro vaso, Terror, embarcou outro naturalista que com seus trabalhos tanto iilustrou a sciencia o dr. D. Lyell. Foi esta primeira viagem de grandes resultados e que mostrou bem o grande valor de Hooker. Durante ella recolheu material para dar a co- nhecer a flora de regiões até então não exploradas. Mais tarde percorreu regiões nas quaes ainda nenhum europeu tinha entrado nas gratulfs mon- tanhas do Hymalaia. Já de idade avançada ainda \isitou a Syria para fazer estudos sobre o Cedro do Libano. Nas viagens que fez não colligiu só plantas, fez observações de varias ordens, meteorológicas, geológicas, ele, isto é, fez estudos completos das regiões percorridas. Em Inglaterra fez serviços nos jardins reaes de Kew, sendo director seu pae, e a este succedeu em 1865. A direcção d'este jardim foi noiavel. IV graças ao espirito organisador e vastissimos conhecimentos botânicos de Sir J. Kooker. Durante a sua admiciistraçào teve graves difficuldades, que todas venceu em proveito do grande estabelecimento botânico que dirigia. Enumerar todos os serviços prestados á sciencia por Sir Hooker seria trabalho longo, pois 6 enorme o numero de publicações sobre assumptos botânicos por eile publicados. Foi sob sua indicação a direcção que co- meçou a publicação de tioras notáveis, taes como a Hora da Austrália, da Africa tropical e da índia, na qual tomou parte activissima. A botânica descriptiva e systemalica foi sua obra importante. Attesta-o entre outras obras a que tem por titulo Genera plantarum, feita com col- laboraçâo com o botânico notável Bentham. Os conhecimentos anatómicos eram-lhe familiares e bastaria a memoria sobre a Welicitschia mirabilis para d'isso convencer. Nas grandes viagens feí estudos importantes sobre a geographia das plantas, procurando interpetrar as diíFerenças de vegetação nas diversas regiões como efíeito das condições climatéricas, prevendo a theoria da transformação das espécies, que com Darwin desenvolveu c da qual foi constanlt; defensor. Ainda em 1908, por occasião da solemne celebração do afuiiversario do nascimento de Darwin, coincidindo com o quinqua- gesimo anno da publicação da theoria, Hooker, já então de 91 annos de idade, feí um interessantissimo discurso sobre trabalhos do seu amigo e companheiro. As maiores honras foram concedidas a Hooker. Varias medalhas lhe foram conferidas, entre as quaes uma de ouro oíferecida pela Sociedade de sciencias da Suécia por occasião das festas do bicentenário do nasci- mento de Linneu. Foi presidente da Sociedade real de Londres^ e do governo inglês recebeu também titulos dos mais honorificos. Tudo mereceu quem durante tão longa vida tanto trabalhou. Apesar de insignificante o nosso preito de respeito pela sua memoria, nSo queremos deixar de o prestar. J. A. Henriques* MATERIAES PARA O ESTUDO DO PLANCTON NA COSTA PORTUGUESA POE IvUÍs Wittnich Carrisso o presente fascículo é o primeiro de uma série, que tencionamos publicar sobre o Plancton da costa portuguesa. Kcfere-se às Dino- e Cystoflagelliae, que sam um dos seus elementos mais importantes e característicos, e abre por uma Introdução, onde procuramos resumir algumas ideias geraes sôlDre Planctologia, e fazemos a descrição dos nossos trabalhos, indicando os métodos e processos que seguimos, e alguns resul- tados de maior interesse. No segundo fascículo, que esperamos publicar brevemente, ocupar-nos hemos das Diatomaceae e das Tintinnae. Seguir-se ham outros, que dirám respeito aos Foraminífera, Radiolária e Crustácea, para os quaes já temos algum material acumulado. Como o indica o título, com o qual o apresentamos, este trabalho não tem a pretensão de ser completo; representa apenas uma tenlativa em determidada ordem de estudos, infelizmente pouco conhecidos entre nós (1). A descrição do Plancton das aguas que banham a costa de Portugal é uma obra de largo fôlego, que não pode ser elaborada dum jaclo; ha-de resultar necessariamente da compilação de uma série de monografias, que, apesar de incompletas, não deixaram de ter utilidade. É esla a nossa orientação: pretendemos por ora apenas reunir materiaes, que de futuro possam servir de base a uma obra de conjunto, mais completa. (1) Que eu saiba, na bibliografia científica porlugin-sa apenas existe sobre o Plancton um artigo do sr. A. Nobre, publicado nos Annaes de Sciéncias Nuluraes, tom. IV, pag. 12. Nas publicações do falecido rei D. Cahlos também se encontram ligeiras refe- rências ao Plancton da costa portuguesa. 6 Mas além de taes deficiências, mais ou menos inevitáveis, lia ainda neste trabalho muitas outras, fáceis de reconhecer. Sam elas o resultado de muitas dificuldades que encontrámos, e que nem sempre podemos levar de vencida. A Ciência não é fácil, mormente quando, abandonado o campo limitado dos livros, entramos decididamente no caminho da investigação directa da nature/a, na aspiração de novas coisas. Então, as dificuldades sam enor- mes, e, muitas vezes, insignificantes os resultados obtidos, comparados com o esforço dispendido em os alcançar. Esta verdade é, sem dúvida, re- conhecida pelos que consomem dias de vida nos laboratórios, e também por aqueles que se cansam por montes e vales na investigação científica da natureza. Mas além destas dificuldades de ordem geral, outras se me depararam, não menos importantes e embaraçosas. Hefiro-me à falta de material pró- prio e adequado, indispensável para os trabalhos sobre o Plancton, e cuja aquisição está em muitos casos fora dos limites a que se tem de cingir o esforço particular. A classificação dos organismos só pode fazer-se com o auxílio de livros, que nem sempre se obtèem com facilidade, sobre tudo quando se trata de uma bibliografia tam fragmentada, como a do Plancton, e, pelo que respeita a pescas e operações correlativas, taes como lavagens, fixagens, etc, impòe-se a montagem de um laboratório o mais perto pos- sivel do lugar das pesquisas. Conseguimos, porém, remover algumas dessas dificuldades, a que alu- dimos apenas como explicação das numerosas faltas que porventura se notem no nosso trabalho. Resta-me ainda registar a expressão do meu vivo reconhecimento a todos os que me auxiliaram na mirdia árdua tarefa. Devo referir-me em primeiro lugar ao sábio professor de Botânica da Universidade, sr. Doutor JuLio Augusto IIem«íquez, que tantas e tam seguras provas me tem dado da sua amizade, e a cujo vasto saber e esclarecido conselho tantas vezes recorri. Este meu reconhecimento abrange também o sr. Doutor Gon- çÁLVEZ GuiMAKÀES, a cuja incontestada competência e nunca desmentida dedicação devo a fineza de uma apurada revisão de provas, elucidando-me àcêrca da adaptação ao português de alguns termos científicos. Aqui deixo também consignado o meu agradecimento ao sr. Doutor Bernardo AiitEZ, pela amabilidade, com que muito me penhorou, de por à minha disposição, durante algum temj)0, o material do Gabinete de Zoologia da Universidade. Luís Willnich Carrisso. ITV T Ror>u

é por isso o primeiro a que nos vamos referir aqui. Ao passo que um grande número de animaes terrestres sam de tem- peratura constante, a Fauna marinha é constituída na sua maioria por organismos de temperatura variável, dependentes, por conseguinte, das mais pequenas variações térmicas do meio exterior. A sua temperatura, segundo as determinações de Richkt, ê mais alta cerca de um grou do que a da agua que os envolve, cujas variações térmicas eles reflectem fielmente. Semelhantemente ao que se dá com outros factores, não é propria- mente o valor absoluto da temperatura do meio que tem importância ecológica considerável, mas sim a amplitude e a rapidez das variações. De um modo geral, nos pontos do meio marinho em que as variações de temperatura sam rápidas e de grande amplitude, a Flora e a Fauna nào apresentam nunca a riqueza e variedade de formas que caracterizam as regiões termicamente tranquilas. E este o motivo que Walther invoca para explicar o brilhante desenvolvimento da Flora e da Fauna dos mares polares, o qual contrasta com a pobreza relativa dos mares das regiões mais aquecidas. Mas nem todos os organismos manifestam a mesma sensibilidade pelas variações térmicas. Morius designa pelo nome de eslenotêrmicos os que exigem uma temperatura constante, e por euritérmicos os que sofrem sem incómodo maior variações, ainda que bastante dilatadas e rápidas, da temperatura do meio que os cerca. (1) A propósito do estudo físico do mar, não queremos deixar de citar a obra ma- gistral do oceanógrafo alemão Kriímmel, Handbuch der Ozeanographie. StiUlgart, 1907. No que diz respeito à acção das condições físicas sôíjre os seres marmlios, deve- mos também registar aqui o livro de J. Walther, Bionomie des Meercs. Jeiía, 18j;j. Também é digno de nota o cap. II da obra citada de Steuek. 16 A maior parle dos organismos marinhos sam estenotérmicos, o que se explica pela fidelidade com que neles se reflectem as variações da tem- peratura exterior; e é deste facto que resulta a importância, a que já aludimos, das condições de temperatura do meio marinho como factor ecológico. Ha, porém, organismos marinhos nitidamente euritérmicos, e esses en- contram-se, como é natural, em pontos em que o regime térmico acusa variações largas e rápidas. As algas do Benthos sam um exemplo típico: a sua ditribuíçào depende muito mais da luz, do que da temperatura (Walther); e o mesmo se pode afirmar de muitos outros organismos litoraes, que como elas sofrem as variações de temperatura que caracte- rizam as aguas costeiras. Mas estes casos não sam a regra, e em geral os organismos marinhos sam mais ou menos estreitamente estenotérmicos. Já dissemos que, se- gundo Walther, é à constância do regime térmico das aguas polares que se deve ir buscar a causa explicativa da riqueza da Flora e da Fauna marinhas dessas regiões; riqueza que é mais surprehendente, quando se compara com a nudez solitária e gelada das terras emersas das mesmas latitudes. É a semelhança de regime térmico que nos faz comprehender o aparecimento, nos abismos oceânicos das regiões temperadas e quentes, de formas que vivem ã superfície das aguas frias dos Pólos, precisamente como, no Geóbios, alguns organismos das terras polares se encontram nas altitudes alpinas. Julgou-se a princípio que o facto dos animaes pescados nas grandes profundidades do Atlântico chegarem já quase mortos á superfície, seria devido à rápida descompressão, que atinge por vezes dezenas de atmo- sferas. Mas as investigações do Pkíncipe Alberto de Mónaco vieram mostrar que este facto se deve atribuir sobre tudo à mudança de tempera- tura, e que a descompressão tem uma acção secundária. Este illustre oceanógrafo observou que, contrariamente ao que sucedia no Atlântico, os organismos pescados no Mediterrâneo a profundidades que chegaram a 1650 metros, eram recolhidos a bordo cheios de vida, sem desarranjos fisiológicos de importância. Ora, se em ambos os casos a descompressão é evidentemente a mesma, outro tanto se não dá com a temperatura: ao passo que as aguas do fundo do Atlântico estám a cerca de 0°, no Medilterráneo, abaixo de 1000 metros, reina constante e invariavel- mente uma temperatura de 13°, e assim a diferença em relação à super- fície, que no primeiro caso atinge 20** (admitindo 20° para temperatura superficial) reduz-se no segundo a 7°. Comprehende-se que esta dife- rença seja muito importante, tratando-se de organismos altamente esteno- térmicos, como sam os que habitam aquelas profundidades, onde a tem- peratura se mantém perfeitamente constante. 17 Além da sua importância como factor ecológico, que deriva da sua acção directa sobre os seres vivos, o repiíne térmico do mar merece ainda atenção pelo facto de ter debaixo da sua dependência, de uma maneira mais ou menos íntima, a maior parte dos outros factores, taes como cor- rentes, salinidade, percentagem de gases dissolvidos, etc. Por este duplo motivo, a temperatura deve reputar-se a condição física do meio marinho que tem uma acção mais decisiva na vida e na distribuição dos Planctontes. Luz. A agua do mar é um meio transparente que permite a penetração da luz solar a profundidades que variam não só em relação ao comprimento de onda dos diferentes raios, mas também em função de circunstâncias diversas, taes como a presença de partículas mineraes, organismos, etc. Parte da luz que incide sobre a superfície é reflectida, mas outra parte refracta-se, e penetra na espessura do meio. Investigações de diferentes autores, em particular de Fol e Sarasin, vieram mostrar que esta pe- netração termina praticamente a uma profundidade não superior a 400 metros. Este facto é devido a uma certa absorção dos raios luminosos, absorção que é sobre tudo sensivel para os raios de grande comprimento de onda. Ao atravessar a agua, a luz solar vae-se modificando, extinguindo-se su- cessivamente os diferentes raios, do vermelho ao violete, até à completa obscuridade. A intensidade desta absorção depende da transparência da agua, e assim o limite entre a região diáfana e a região afótica varia dentro de certos limites. Pode, porém, tomar-se como valor máximo bastante apro- ximado, a profundidade de 400 metros, a que já aludimos. A determinação do grau de transparência toma assim um certo inte- resse, pois permite avaliar a maior ou menor penetração da luz. Em geral, a transparência é maior no mar largo do que ao pé da costa, o que é devido, como facilmente se comprehende, à presença, junto da terra firme, e particularmente na embocadura dos rios, de grande número de partículas mineraes ou orgânicas em suspensão. A quantidade de Planc- ton, segundo as observações de Schott, também tem, a este respeito, uma iníiuência notável; e o mesmo se pode afirmar, mas em grau muito menor, da salinidade e da temperatura das aguas. Como factor ecológico do meio marinho, a luz tem uma importância considerável. O concurso das radiações solares, e, particularmente das radiações ver- melhas e amarelas, é indispensável 5 assimilação clorofilina, e deste facto 3 XXVI 1« resulta a íntima dependência que liga a distribuição das plantas marinhas às condições de iluminação. Do que acima dissemos, conclue-se que a vida vegetal, no mar, deve ser sobre tudo intensa junto da superfície, diminuindo com a profundidade, até à sua completa extinção junto dos limites da região afótica. E na ver- dade, estas conclusões sam confirmadas pelos resultados da observação, mormente no que se refere à Flora benthónica. Mas a distribuição vertical do Fitoplâncton nem sempre concorda com este esquema; a zona de maior exhuberáncia da Flora planctónica nem sempre se encontra junto da superfície, mas a uma certa profundidade, aliás bastante variável. Os motivos desta aparente anomalia sam principal- mente a acção de outros factores ecológicos, em particular da temperatura e da salinidade, e o facto de os óptimos de iluminação a que cor- responde o máximo desenvolvimento de cada Fitoplanctonte nem sempre coincidirem com o máximo de iluminação dos estratos superficiaes. Assim no Báltico o maior desenvolvimento do Plancton corresponde às zonas profundas, o que facilmente se explica pela fraca salinidade das aguas superficiaes (I). É o excesso de iluminação e o superaquecimento que dam origem, nos mares das regiões quentes e temperadas, ao mergulhamento diurno do Plancton, que de noite se encontra à superfície (2). As investigações de Lohmann mostram que no Mediterrâneo o má- ximo de frequência dos diferentes Fitoplanctontes se encontra entre 20 e 80 metros de profundidade, e não à superfície; e o mesmo se deduz das observações de SciiuOder (3). Mas cm muitos outros casos nota-se realmente um empobrecimento gradual do Fitoplâncton com a profundidade. CiiuN (4) divide as aguas do mar em três grandes estratos, em relação ao desenvolvimento da uda vegetal. O estrato superior, ou região eufó- tica, eslende-se desde a superfície até à profundidade de 80 metros e é caracterizado pelo exhuberante desenvolvimento do Fitoplâncton; a assimi- lação clorofilina exerce-se activamente, debaixo da acção de uma farta luz solar. O segundo estrato, ou região disfótica, segue-se ao precedente, e atinge uma profundidade de cerca de 350 metros. Nesta região encon- tra-se uma Hora especial, a que Schimper deu o sugestivo nome de Flora da sombra (Schallenjlora) , constituída prmcij)almente por organismos (t) Steuer, loc. cit., pag. 3o6. (2) Waltiieh, loc. cit., pag. 51. (3) Stecer, loc. cit., pag. 35-"). (4) Citado em Steuer, pag. 83. i9 estenotérmicos, cujo desenvolvimento é particularmente favorecido por uma iluminação muito fraca e por um regime térmico constante. Finalmente, a parte restante do meio marinho coiistitue a região afótica, região de completa obscuridade, totalmente desprovida de Plancton vegetal. Os trabalhos do próprio Cuim, de Karsten, de Gran e de outros au- tores levam a crer que a divisão nas três regiões que acabamos de indicar se aplica sobre tudo aos mares das regiões quentes e temperadas. Nas re- giões frias, a estratificação da vida vegetal parece sujeitar-se a outro esquema, e particularmente, a «Flora da sombra» de Schimper não se pode evidenciar nitidamente. Mas o papel que a luz desempenha como factor ecológico do meio ma- rinho não se reduz só ao que deriva do seu imprescindivel concurso na assimilação do carbono. Como excitante fisiológico, a luz tem ainda debaixo da sua dependência directa o interessante grupo de fenómenos que hoje se classificam com o nome de fototropismo e fototactismo. Observam-se muitos fenómenos de tactismo luminoso no Planclon, e é a eles que se devem atribuir os deslocamentos verticaes dos Planctontes, pelo menos em grande parte. Nesta ordem de factos, o fenómeno mais curioso é o que consiste na mi- gração para nma zona mais ou menos profunda, durante o dia, de Planc- tontes (Medusas, Plerôpodes, Ihlerópodes, Crusláceos) que voltam junto da superficie durante as horas da noite (Plancton nictipelágico). É ainda debaixo da dependência da luz que se devem colocar nume- rosos casos de mimetismo dos organismos marinhos, como a transparência de grande número de Planctontes, que constituo um dos seus caracteres ecológicos mais interessantes. A completa escuridão das grandes profun- didades dá lambem lugar a importantes fenómenos adaptativos nos orga- nismos abissaes, taes como a atrofia dos órgãos visuaes, ou a sua hipertrofia concorrentemente com o aparecimento de aparelhos fosforecentes. Saliniclad-© . Debaixo do ponto de vista biológico, as aguas do mar distinguem-se das aguas doces principalmente pelo facto de conterem em dissolução uma dose bastante elevaJa de saes. É à presença desses saes que se deve atri- buir a separação, mais ou menos completa, da Flora e Fauna marinhas da Flora e Fauna de agua doce. As experiências de Plateau, Ricuet e P. Bert vieram mostrar que nas acções que a salinidade total exerce sobre os organismos não ê igual o papel que cabe aos diferentes componentes. Assim os sulfatos (SOjMg, S04Ca, SO4K2) revelam-se biologicamente indiferentes: a sua presença âo não tem acção sobre os organismos de agua doce, e as variações da soa percentagem na agua salgada é suportada pelos organismos marinhos sem incómodo de maior. Com os cloretos (ClNa, GlaMg) observa-se precisamente o contrário; tanto a sua presença, na agua doce, como as variações da sua percentagem na agua salgada, sam altamente tóxicas para os seres vivos, e determinam rapidamente a morte. Os trabalhos de Fredekicq confir- mam e explicam <^stes resultados, mostrando que os cloretos, e particular- mente o cloreto de sódio, impregnam e abandonam com grande facilidade os tecidos vivos, estabelecendo-se rapidamente um equilíbrio entre as pro- porções destes saes no interior dos organismos e no meio ambiente. É ao cloreto de sódio que se deve atribuir o principal papel que a salinidade exerce sobre os Planctontes. Como. porém, as proporções re- lativas dos diferentes saes em relação à salinidade total sam praticamente constantes, é aos números que a representam que se recorre, quando se estuda a iníluéncia da natureza química da agua do mar sobre as formas vivas que nele habitam. Convém ainda noiar que, semelhantemente ao que acontece com os outros factores ecológicos, que estamos estudando, as variações lenias e progressivas da salinidade sam mais facilmente suportadas pelos organis- mos, que a elas pouco a pouco se vam adaptando, do que as variações rápidas e repentinas, cuja acção é geralmente mortífera. Mas, debaixo dôsle ponto de vista, os seres marinhos apresentam uma sensibilidade muito variável: ha-os que resistem a grandes mudanças na natureza quí- mica do meio, ao p.isso que outros sucumbem a variações relativamente insignificantes. Môbhs agrupa-os em três classes: Organismos cstenohalinos — que só podem viver em aguas com salinidade normal (3 a 4%); Organismos eurihalinos — que sofrem facilmente variações con- sideráveis da salinidade; Organismos salobros — organismos adaptados a aguas de fraca silinidade, que tam facilmente sucumbem ao seu aumento como à sua deminuição. Todas estas três classes tèem numerosos representantes no IMancton. Oases dissolvidos. Os gases dissolvidos na agua do mar. Oxigénio, Nitrogénio e Anhidrido carbónico, tèem uma importância biológica considerável. O Oxigénio desempenha no meio marinho o mesmo papel que na terra 21 ftmersa: ;i sijíi prfjsonça (t iriílispcrisfjvel ponj que lenham Inflar os fenó- merios vilães. A sua origem <'; em parte atmosférica, e em parlíí da função assirniladora das Plantas marirdias. Km geral, a percentagem de oxig('ínio tem o sen m.'iximo junto da su- perfíci(!, e deminue gradualmente com a profuiiílidade, sem rontudo se anular nunca, n(!rn nas grandes fossas oc(;.'inicas. Kste facto cxplica-se pela circulaçHo constante das aguas, que só chegam a profundidade depois de se terem carregado de oxigénio à superfície. Nalguns mares interiores, porém, como o Mar \egro (1) e o Mar (^áspio, esla circulação nSo tem lugar, ou ílIo (t siiíicientemente activa, e as aguas ahissaes, desprovidas de oxigénio, sarn completam(;nte a/oicas. í) Anhidrido carbónico dissolvido nas aguas do mar, provém da atmosfera, da rriSpiraçHo dos organismos marinhos, e da oxidaçHo das matérias orgânicas. NTio existe no estado livre, mas unido aos carbonatos, formando bicarbonatos. Semelhantemente ao que jíi dissemos a respeilo do oxigérno, o gas carbónico, no meio marinho como na atmosfera, representa o manancial aonde as Plantas varn buscar o carbono necess/irio à sua síntese vital. As variações na percentagem destes gases lêem uma influência muito secundaria sobre a distribuição das formas vivas. A observação e a experiência sam concordantes em patentear a fraca inlluéncia, sobre os organismos mariníios, das variaçóes de pressHo. .lá nos referimos alr/is às observaçóes do I*hí.\(Jipk dv. Mónaco, ten- dentes a d(!monstrar que a descompressão, que os organismos ahissaes sofrem ao serem arrastados para a superfície, tem consequências fisioló- gicas pouco im[)ortafites, e que é a variação da temperatura que se dev(; reputar a priricijjal causa da sua morte. CiiLN, a propósito de pescas ahissaes de 4000 e 'íOOO metros, nota que, apesar dos organismos sofrerem uma descompressão de .'iOO atmo- sf(!ras, a sua estrutura se conservou perfeitamente ('!). IVocurou-se a coníirmaçrio destes factos por via experimental, e os resultados obtidos foram perfeitamente concordantes. Mulusct^s subme- tidos a uma pressão crescente entraram em letargo a 000 almosferas. (1) Na» aguas profunrJas do Mar Ncf/ro nota-se a exislcncia dfi gas sulflndrico, o qu » 12 de maio de 1910.... 21 de maio de 1910.... 18 de junho de 1910 ... 24 de junho de 1910... 2 de julho de 1910.... n » 6 de julho de 1910.... 8dejnlhode 1910.... i5 do julho de 1910.... 24 de julho de 1910.... 1 de agosto de 1910. . . 15 de agosio de 1910. . . 29 de agosio de 1910... 1 de setembro de 1910 18 de janeiro de 1911 . ■ 7 de fevereiro de 1911, 14 de fevereiro de 1911 Hora 2'' da tarde 2" 1/2 2 l^Vz 2h 1" l^Va 1" 12'' 2h 2" 1/2 12" da manhã 1" da tarde Local Enseada de Buarcos 6" 1" '/2 4" l"'/2 » » » » Rio Mondego Enseada de Buarcos » » Rio Mondego » » » Enseada de Buarcos Rio Mondego » Enseada de Buarcos 1) » » » Observações Quantitativa XXVÍ .'iO Pescas quantitativas Procurámos realizar algumas determinações quantitativas, e, com quanto os resultados que obtivemos sejam muito deficientes e incompletos, não queremos deixar de os consignar aqui. Servímo-nos da rede de pesca que descrevemos nas páginas preceden- tes, e que construímos já na ideia de a aplicar a trabalhos quantitativos. Conscientes das grandes dificuldades inerentes òs pescas deste género, a que atrás tivemos ocasião de nos referir, abandonámos logo de princípio a ideia de efeituar determinações absolutas, e preocupámo-tios apenas em dispor as cousas para obter valores relativos da íreqiiéncia dos diferentes Planctontes, mas por forma que os resultados dos lanços fossem compará- veis entre si. Desta forma, adiámos desnecessário tapar a rede com um obturador, e não tentámos sequer medir o seu coeficiente de resistência à filtração, que, atendendo ao seu grande ângulo de abertura, havia necessariamente de ser muito elevado. Realizámos quatro determinações desta natureza, e abandonámos logo completamente esta ordem de trabalhos, por motivos de natureza diversa, particularmente pela falta não só do material próprio, mas também do conhecimento suficiente da Flora e da Fauna que pretendiamos sujeitar à análise quantitativa. Estas pescas foram feitas, como as simplez colheitas do Plancton, na enseada de Buarcos, a pequena distância da terra, e à superfície. Cada lanço durava 15 minutos, e, emquarito a pesca se efeituava, procurávamos determinar a velocidade do barco com uma barquinha vulgar, de llutuador, que, para pequenas velocidades, dá sem dúvida melhores resultados do que as barquiidias de hélice, ordinariamente denominadas «barquinhas de pa- tente». O material pescado recolhia-se com todas as precauções a que já atrás nos referimos. A seguir a cada lanço colhíamos uma amostra de agua, para a determinação da salinidade, e procedíamos a observações sobre temperatura e transparência da agua (1). Desta forma, cada pesca era acompanhada da nota das condições físicas mais importantes. O material pescado era transportado logo para o laboratório, e aí, depois de convenientemente lavado e fixado, ficava em repouso durante (1) Mais adeanie refcrimo-nos às observações sobre salinidade, temperatura ç transparência. ol 24 horas numa (jrovela graduada. Terminado esse prazo, fazia- se a lei- tura do volume brulo, e procedia-se à contagem. Para esse efeito, depois de convonietitemente diluída, a pesca era lan- çada num balão de vidro, d'onde se extraía uma amostra por meio de uma bombilha graduada, pela forma que já indicámos na primeira parte desta Introdução. Essa amostra, que era sujeita à contagem, era geral- mente de 0.5 cc. Como aparelho contador, servi-me do microscópio de que dispunha, um modelo médio da casa Keichert, a cuja platina apliquei um apare- Ihozinho de madeira, que facilitava a contagem e impedia as repetições. Umas lâminas de vidro, de 10x9 cm., quadriculadas em quadrados de 2 mm., e lamelas de 8x9 cm., completavam o nosso escasso material de trabalho. Efeituada a contagem, uma símplez mulliplicaçào nos dava a composição da pesca total. Para que os resultados dos lanços fossem comparáveis uns aos outros, referiamo-los a uma pesca ideal em que a rede filtrasse uma columna de agua de 100 metros. Os quadros seguintes resumem os resultados obtidos: Lanço n.° 7 30 de março de 1910, a 1" Vz da tarde Temperatura (ta agua 13°,6 Velocidade (por minuto) 30 ni. Tianspaiéncia iiH cm. Duração da pesca lo mm. Salinidade 36,3 Espaço percorrido 4.)0 m. Volume bruto, total 2,3 cc. Volume bruto, em 100 m 0,55 cc. Planctontes (em 100 m.) Crustácea ^ ... Tintinninae — Cytldroajclis campânula f>:' Radiolaria — Acunthomelra ^;' Cystoflagelliae — Noctiluca mitiaris ^-J Dinoflagelliae — Peridinium ãi pressum ;*.* — Ceratiiim fusus • • .• i'-! Diatomaceae — Biddulphia mobiliensis ^^j'^ — outras Biddulpitia Jj — Chaetoch-as ^|J — Çoscinodiscus :.;. Ovam hispídum _^ . Total. 9321 »» S2 Lanço n.° S 30 de março de 1910, às 2'' da tarde Temperatura da agua.. 13°56 Velocidade (por minuto) 30 m. Transparência 120 cm. Duração da pesca 15 min. Salinidade 36,3 Espaço percorrido 450 m. Volume bruto, total 2,5 cc. Volume bruto, em iOO m 0,55 cc. Planctontes (em 100 m.) Crustácea 6038 Tintinninae — CyttàrocycUs campânula 55 Radiolaria — Acanfhomêtra 66 Cystoflagelliae — Nactilnca miliaris 44 Dinoflagelliae — Peridinium. depressum 111 — Ceratium fusus 22 — Ceratium furca 22 Diatomaceae — Biddulphia mobiliensis 3074 — Cliaetocêras 277 — Coscinodiscus 66 Ovum hispidtim 366 Total 10141 Lanço n." 9 / 27 de abril de 1910, à i^ da tarde Temperatura da agua 14»,2 Velocidade (por minuto) 30 m. Transparência 120 cm. Duração da pesca 15 min. Salinidade 33,0 Espaço percorrido 4.'J0 m. Volume bruto, total 5 cc. Volume bruto, em 100 m 1,1 1 cc. Planctontes (em 100 m.) Crustácea 1864 Tintinninae — CyttàrocycUs campânula 932 — CyttàrocycUs serrata 622 Foraminifera — Lituola 266 Cystoflagelliae — NoctiWca miliaris 666 Dinoflagelliae — Peridinium depressum 2131 — Peridinium pellucidum 44 '— Ceratium fusus 932 53 Diatomaceae — Thallassiothrix Nilschioides 577 — Rhabdonema 89 — Rhyzosolenia o728 — Chaetocéras ilTiJ — Lepíocylindrus danicus 1 154 — Biddulphia mobiliensis 4706 — outras Biddulphia i:j(i6 — Coscinodiscm 89 — Stephnnopyxis turris 1420 — Delonula Schrõderi 1483 Ovum hisptdum 799 Total 28580 Lanço n." IO 27 de abril de 1910, à l"* »/2 da tarde Temperatura da agua 14»,2 Velocidade (por minuto) 30 m. Transparência 200 cm. Duração da pesca lo min. Salinidade 33,0 Espaço percorrido 450 ni. Volume bruto, total 1 cc. Volume bruto, em 100 m 0,22 cc. Planctontes (em 100 m.) Crustácea 2fi6 Tintinninae — Cyltârocyclis campânula 88 Dinoflagelliae — Peridinium depressum 400 — Peridinium pellucidum, e outros Peridinium. . . 88 Diatomaceae — Thallassiothrix Nilschioides ()66 — Rhyzosolenia 1 o()40 — Chaetocéras , 58840 — Leptocylindrus danicus *. 0750 — Biddulphia mobiliensis ^22 — Detonula Schrõderi 12-)77 Echinupluteus 444 Ovum hisptdum ^^^ Total 96292 Observações Os resultados dos lanços 7 e 8 foram obtidos a partir da média de duas contagens para cada um. Os lanços 9 e 10 baseiam-se apenas numa con- tagenj. u Os Crustáceos foram contados em globo, compreendendo as formas larvaes. Os números relativos às Chaeloceras, Rhyzosolenia, Melosira, etc, refe- rem-se ao número de frústulas e não ao número de cadeias, que não foi determinado. Só foram contados os organismos dos grupos indicados nas tabelas, a saber: Crustácea, Tinlinninae, Foraminiferat Cyslo/Iagelliae, Dinoflagelliae, Diaíomaceae, larvas de Echinodermàla, e as curiosas formas qne Cleve registou com o nome de Ovum híspídum. Todas as outras formas, aliás pouco numerosas, foram sistematicamente desprezadas. .lá fica registado que a imperfeição tosca do nosso material só nos per- mitia obter resultados aproximados, e, com efeito, como taes se devem considerar os que acima apresentamos. Tanto o material obtido no lanço n." 7 como o obtido no lanço n.*^ 8 foi sujeito a duas contagens, correspondentes a duas amostras, como já notámos nas Observações. Apresentamos a seguir o resultado dessas operações, para que se possa avaliar o grau de precisão com que foram feitas : Lamço n." 7 Volume bruto total 2,5 ce. diluído em álcool a 70" até perfazer o vohune de 50 cc. Volume das amostras sujeitas à contagem 0,5 ce. 4." amostra 2." amostra Crustácea 259 201 Tintinninae — Cyltàrocydis cmipanvla 2 3 Radiolaria — Acanlhomêtra 2 I Cystoflagelliae — NoclilTica miliaris \ 2 Dinoflagelliae — Peridinimn depressum 2 2 — Ceratium fusus 2 1 Diatomaceae — Chaetocêras 27 4 — Cnscinodisrus O 1 — Biddidphia mohilknsis 146 160 — outras Bidilulpliia O 1 Otwn liispidiim l't 9 Total... 455 385 o.) Lanço n.» 8 Volume bruto total 2,d cc. diluído em álcool a 70" até perfazer o volume de oO cc. Volume das amostras sujeitas à contagem 0,5 cc. 1." amostra 2.* amostra Crustácea 294 233 Tintinninae — Cyttãronjdis campânula 3 "2 Radiolaria — AcanthomHra 5 1 Cystoflagelliae — Noctiluca miliaris 2 2 Dinoflagelliae — Peridinium depressum 5 5 — Ceratium fnsus 1 2 — Ceratium furca 1 l Diatomaceae — Cliaetoceras 17 8 — Coscinodiscm 5 1 — Biddulphia mobiliensis 159 118 Ovum hispidum 16 17 Total 508 390 As quatro determinações quantitativas que atrás apresentamos sam evidentemente insuficientes para caracterizarem o Plancton de Buarcos. Prestam-se porém a basear algumas reflexões, tendentes a evidenciar as inegáveis vantagens do método de Iíknsen. Em primeiro lugar, é indiscutivel que a símplez leitura dos respectivos quadros sugere uma ideia muito mais precisa da composição do Plancton do que a que a estimativa poderia dar. Observa-se assim facilmente que nos lanços 7 e 8 as formas dominantes sam os Cruslacea, e que d'eu(re as Dialomaceae o primeiro lugar cabe à Biddulpliia mobiliensis, que é aliás uma das formas mais freqiientes do Plancton da nossa costa. Todas as outras espécies eslám fracamente representadas: das Cliaetoièras apa- recem apenas umas 200 ou 300 Irústulas, e as Rhyzosolenia, Leplocylin- (Irus e Melosira faltam absolutamente. Os Cyslo- e Dinoflagelliae revelam uma frequência fraca. O quadro muda porém sensivelmente nos lanços 9 e 10, feitos 28 dias mais tarde. Os Crustácea manifestam um retraimento no lanço n.^ O, que se acentua no lanço n.° 10. Pelo contrário, a& Dialomaceae apresentam-se exuberantemente, quer no número de espécies, quer no munero de indi- víduos; e a freqiiéncia dos Tintinninae, Cysto- e Dinoflagelliae cresce no lanço n.** 9, para baixar novamente no lanço n.^ 10. Os lanços 7 e 8 foram efeituados no mesmo dia, e com um pequeno intervalo; mas é importante notar que em ambos os pontos em que se Icz a pesca, as condições físicas e quítnicas do meio — temperatura, transpa- 56 réncia e salinidade, se conservaram constantes. E, em concordância com este facto, a análise qualitativa e quantitativa do Plancton correspondente revela uma semelhança que chega quase à identidade, atendendo a que os resultados das contagens devem ser apreciados grosso modo, sem atender a minúcias. Esta concordância já se não verifica nos lanços 9 e 10, feitos também no mesmo dia e com um pequeno intervalo. Com efeito, comparando os quadros respectivos notam-se diferenças importantes; limitar-nos hemos a indicar a redução do número dos Cruslacea no lanço n." 10, o apareci- mento dos Forominifera lanço n.° 9^ e o seu desaparecimento i^lanço n.° 10), o retraimento dos Cyslo- e DinofJageUiae neste último lanço coin- cidindo com o desenvolvimento preponderante das Diatomaceae dos géneros Chaetoccras, RhyzosoJenia. Leplocylindrus e Delonuhi. É interessante notar que, se a temperatura e a salinidade correspon- dentes a ambas as pescas sam as mesmas, o mesmo se não dá com a transparência, que de 120 cm. (lanço n.° 9) passa a 200 cm. (lanço n.° 10). E limitemo-nos a estas ligeiras considerações, porque o número exíguo das determinações quantitativas não nos permitiria mais. Lavagem, flxagem e conservação do Plancton Depois de efeituada a pesca, o matei ial colhido era transportado com a rapidez possivel para o laboratório (1). Aí procedia-se então à obser- vação do Plancton ainda vivo, que oferece em geral muito interesse, e à separação para um frasco especial de algum organismo de maiores dimen- sões, que por ventura tivesse ficado preso pela rede. Seguia-se a fixagom do Plancton, e a sua imersão no líquido conser- vador. Empregámos exclusivamente, como fixador, a solução concentrada de cloreto mercúrico, ou sublimado corrosivo. Escolhèmo-lo de preferência a qualquer outro pela simplicidade da sua preparação; e os resultados que obtivemos foram perfeitamente satisfatórios. Como a mistura da agua do mar com a solução do sublimado dá lugar à formação de um abundante precipitado, o Plancton era cuidadosamente lavado em agua doce antes da sua immersão no fixador. A prática mostrou- nos que, empregando uma solução saturada de sublimado, no fim de o mi- (i) A maior parle dos nossos iraballios foi feita num pequeno laboratório que montámos na nossa casa da Figueira da Foz. 57 mitos de ImmersSo a íixagem era completa. Depois de fixado, o Plancton era novamente lavado; e passado sucessivamente por álcool a 30'' e a SO"*, e finalmente lançado em Álcool a 70^ onde se conservava. Esta série de operações, que consistem essencialmente na immcrsão do Plancton numa série de líquidos, agua, solução fixadora, agua, Álcool a 30°, etc, é muito facilitado pelo emprego de um aparelhozinho extrema- mente símplez, que passamos a descrever. Consta dum tubo de vidro, de uns 4 ou 5 centimetros de diâmetro, e de uns 6 a 10 centimetros de comprimento, numa das extremidades do qual se aplicou um fundo de gaze de seda, fixo por meio de um cordel. Para evitar que as bordas do tubo cortem a gaze, é conveniente lixá-las, ou melhor, passá-las à lâmpada. Este aparelho, assim constituído, a que daremos o nome de filtro de gaze, é muito semelhante ao balde das redes de pesca ; e, como vamos ver, o seu funcionamento é aproximada- mente o mesmo. O Plancton trazido para o laboratório no frasco de boca larga é lançado neste filtro de gaze. A agua do mar escorre-se, ao |)asso que o Plancton é retido pelo fundo. Assim que toda a agua p-issou, e que o Plancton se acumulou junto da gaze, ruima massa amarelada, de aparência gelatinosa, immerge-se rapidamente o filtro até meia altura numa tina com agua doce (1). A agua penetra pelo fundo de gaze, e banha o Plancton; e agi- tando o filtro convenientemente obtém -se uma lavagem perfeita. Levanta-se então o filtro, e deixa-se escorrer a agua ; e assim que esta operação ter- mine, mergu!ha-se novamente o filtro até meia altura na solução fixadora, onde se deixa estar o tempo necessário, facilitando a acção do fixador por meio de uma agitação adequada. Segue-se a escorredela do líquido fixa- dor, nova lavagem na agua doce, immersão no álcool, etc. — e em todas estas operações se utiliza sempre o mesmo filtro, do interior do qual o Plancton nunca sáe — o que simplifica immenso as operações, e reduz muito as inevitáveis perdas de Plancton. Quando o Plancton é muito miúdo, alguns Planctontes de menores di- mensões conseguem atravessar as malhas da gaze juntamente com a agua. Este caso dá-se sobre tudo com as Diatomáceas filiformes, particularmente com algumas Rhyzosolenia, Leplocylíndrus, Melosira, etc. Este prejuízo, que é insignificante nos casos ordinários, tem contudo muita imj)ortáncia no caso das pescas quantitativas; póde-se evitar fazendo passar novamente pelo mesmo filtro o líquido proveniente da primeira filtração, que con- (t) É conveniente evitar um longo contacto entre o Plancton e o ar atmusft-rico. Por esse motivo, logo que a filtração acabe, é conveniente proceder iiiiiiiediatamenle à inversão do Plancton na agua, ou no líquido que se desejar. 58 tém os organismos. O Plancton que se acumulou junto do fundo de gaze obstruiu parcialmente as malhas, aumentando muito-a finura do filtro, por forma que, na grande maioria dos casos, nesta segunda filtração todo o, material fica retido. Quando a pesca é muito abundante, esta acumulação do Plancton junto do fundo do filtro chega por vezes a obstruir as malhas por tal forma, que a filtração deixa praticamente de se efeitiiar. Neste caso recomenda-se o emprego de uma série de filtros, cujos fundos tenham malhas de dimensões decrescentes, através dos quaes se faz filtrar sucessivamente o produto da pesca, a começar pelo de malha mais larga, e a terminar no de malha mais fina. O Plancton divide-se assim nos diferentes filtros, sem se acumular demasiadamente em nenhum deles, e a filtração efeitua-se relativamente depressa. Este processo tem ainda a vantagem, que é muito apreciável, de operar uma separação de Planctontes pescados segundo as suas dimen- sões. Esta separação, porém, nunca é perfeita; alguns Planctontes mais miúdos ficam sempre retidos nos filtros de malha larga, juntamente com os Planctontes maiores. Empregámos frequentes vezes este processo dos filtros em série, com bons resultados. Adoptámos cinco tipos de gaze; a mais larga tinha 100 malhas em cm.^ e a mais fina, que era a mesma da rede, 4900 malhas por cm.^, como já tivemos ocasião de dizer. Da insj)ecção, à vista desarmada, do material pescado, deduzia-se apro- ximadamente a maior ou menor percentagem dos elementos finos e dos elementos grossos, e d'aí se concluia quaes dos tipos de gaze seria mais vantajoso empregar. As diferentes fracções desta filtração, que merece bem a designação de filtração fraccionada, conservam-se em frascos ou tubos difereiíles, convenientemente rotulados. Como liquido conservador, empregámos exclusivamente o álcool a 70°, que nos deu muito bons resultados. O material colhido nas nossas pri- meiras pescas, em novembro de 1909, ainda se encontra actualmente, volvidos 16 meses, em perfeito estado. Condições físicas e químicas Além das colheitas de Plancton que fizemos na enseada de Buarcos, e cujo relatório temos apresentado nas páginas precedentes, tentámos tam- bém determinar para aquelle ponto da costa portuguesa o valor de algu- mas das condições físicas e quimicas do meio marinho que oferecem maior interesse ao Planclologisla. Nesse sentido, fizemos observações sobre temperatura, transparência e 50 salinidade. Os dados que obtivemos sám ainda muito escassos; achamos porém conveniente registá-los aqui. Temperatur^a. Fizemos apenas as seis observações, que vam indicadas no quadro se- guinte : Teinperalura Data da observação oliseiv.ula 3 de novembro de 1909 14°,6 30 de março de 1910 13»,() 27 de abril de 1910 15°,2 12 de maio de 1910 15°,8 24 de junho de 1910 14",4 1 de setembro de 1910 17°,6 Estas observações foram todas feitas na enseada de Buarcos, a uma distância de terra comprehendida entre 500 e 2000 metros, no primeiro metro superficial. Empregámos um termómetro vulgar, que mantinliamos dentro dagua, à sombra, o tempo necessário. O número das observações é demasiadamente pequeno para servir de base a quaesquer considerações. Temos porém motivos para crer que o regime lérmico da enseada é muito mais complexo do que o deixa supor o quadro que acima apresentamos. Transpar-éncia. Servímo-nos de um pequeno aparelho, fornecido pela casa Altmann, de Berlim, que consiste numa placa rectangular de porcelana vidrada, medindo 21x1 5, o cm., suspensa por uma corrente graduada. Mergu- Ihava-se a placa suspensa pela corrente, lentamente, e lia-se a profundi- dade a que deixava de ser visivel. Obtivemos os seguintes resultados: Transparência Dala e hora (cm cm.) 3 de novembro de 1909, às 2'' da tarde 170 28 de novembro de 1909, a l'' da tarde l'i<» 30 de março de 1910, à 1" Va da tarde 1"^0 27 de abril de 1910, ã 1'' da tarde 120 27 de abril de 191(1. á 1" '/. da tarde 2<^0 12 de maio de 1910, à 1" da tarde 40 24 de junho de 1910, às 2" da tarde 2«0 1 de selen)bro de 1910, a 1'' '/» da tarde -J^O Estas observações foram todas feitas na enseada de Buarcos. 60 SalinidLade. As determinações da salinidade foram feitas por meio da fórmula de KUNDSEN (1) S = 0,030 + 1,8050 Cl sendo a percerila^em de cloro obtida por meio de uma solução titulada de nitrato de prata, segundo o processo conhecido. A tabela seguinte dá conta dos resultados obtidos : Salinidade Data por lilro de agua 3 de novembro de 1909 Bee--,! lo de dezembro de 1909 35s%2 30 de março de 1910 - . . . 36g^3 27 de abril de 1910 XW,0 18 de junho de 1910 36s%0 24 de junho de 1910 36s%8 1 de setembro de 1910 36s^,8 7 de fevereiro de 191 1 SSe^S A média destas 8 determinações é 358^7. Tudo leva, porém, a crer que fora da enseada, mais longe da costa e da boca do rio, a salinidade das aguas seja ligeiramente superior à que este número indica. L FLAGELLIA Independentemente do interesse que merecem, por serem um dos ele- mentos mais importantes do Plancton, os Dinoflagelados atraem natural- mente a atenção dos Micrógrafos pela extravagância das suas formas, e pela complexidade da sua organização. (1) Krummel, Handbuch der Ozeanographie, pag. 222. i>\ Não nos ocuparemos aqui do estudo da sua morlologia, da sua fisiologia ou do seu desenvolvimento ontogénico; consideramos esse assunto estranho ao nosso plano de trabalho. Limitamo-nos, a esse respeito, a citar a obra de F. Schutt, Die Peridtneen der Planklon-Expedilion, I, Theil (I), que é, sem dúvida, o trabalho mais completo que modernamente se tem produzido sobre os Dinollagelados. Faremos, porém, algumas considera- ções àcêrea do papel que desempenham no Plancton, do qual sam, como dissemos, um dos elementos mais importantes; e isso levar-nos ha a apre- ciar os fenómenos adaptativos que sam a consequência do seu modo de vida planctónico, e a traçar as Hnhas geraes da sua distribuição nos mares. Abstraindo das Bactérias, o Microplancton vegetal é constituído pelos Dinollagelados, pelas Diatomáceas e por outras Algas, aliás relativamente pouco numerosas. Visto que no Mar, como na Terra emersa, a Vida ve- getal é o substrato de toda a Vida orgânica, segue-se que a distribuição destes organismos tem em Planctologia uma importância fundamental. O concurso da energia solar é indispensável para que se efeilue a sín- tese vegetal, e por isso os domínios dos Fitoplanctontes não vam além dos limites da região diáfana. Mas a incessante queda dos cadáveres dos orga- nismos superficiaes, sendo a única fonte de alimento orgânico nas grandes profundidades, faz ainda depender, directa ou indirectamente, o desenvol- vimento da Fauna abissal do da Vida vegetal dos estratos superiores. Esta dependência da radiação solar torna particularmente necessária para os Dinollagelados, como para os outros Fitoplanctontes, a sustenta- ção nos estratos aquosos correspondentes à região diáfana. E, realmente, é nestes organismos que atingem a maior perfeição os aparelhos que per- mitem e facilitam esta sustentação — aparelhos, a que poderemos talvez dar o nome de aparelhos suspensores, ou hidrostáticos. A existência destes aparelhos hidrostáticos, que é muito frequente entre os Planctontes, deve tomar-se como o resultado de um fenómeno de adaptação à Vida pelágica. Estes aparelhos sam aliás muito diversamente constituídos, segundo os diferentes organismos; e nalguns casos, além de tornarem possível a sustentação na agua, determinam também movimentos verticaes. Mas ha muitos casos em que a sustentação não é devida a uma dispo- sição especial. É o que se dá particularmente com os Dinollagelados, que sam dotados de movimentos próprios. Neste caso é a deslocação activa do organismo, que se pode efeituar tanto no sentido vertical como euj quul- (l) Esta obra faz parte do relatório científico dá expedição do National a que já temos aludido : Ergebnisse der Plankton-Expcdition der Hiwiboldt-Sdflumj, heruusye- geben von Victor Hensen^ Kíel. (y-1 quer outro, que evita que ele seja arrastado para profundidades incom- pativeis com as suas condições de existência. É, como dissemos, o que sucede com a maioria dos JJinoílagelados, cujos curiosos movimentos heli- coidaes sam, sem dúvida, o que principalmente os sustenta no seio das aguas. Alguns factos de observação tendem porém a mostrar que além do seu próprio movimento, estes organismos dispõem ainda de outros meios de evilar que uma queda prolongada ou rápida os arraste para as zonas pro- fundas, onde a falta de luz os condenaria a uma morte certa. Assim KoFOiD observou que o Tripsolenia, logo que cessa o movimento dos seus llagelos, tende a abandonar a posição vertical pela horizontal, posição esta em que a resistência da agua, devida à sua grande superfície, reduz a velocidade da queda a um valor mínimo. O mesmo autor refere ainda que o Ceratium Iripos consegue modificar as suas condições de sustentação quer alongando as hastes, quer abandonando-as, por um fenó- meno de autotomia. As enormes membranas alares do Ornilhocercus splen- didus devem ser consideradas como um pàra-quedas, e a forma alongada de alguns Amphisolenia talvez se explique pelo facto dessa forma facilitar a sustentação, semelhantemente ao que se dá com muitas Diatomáceas. A formação de geléa. envolvendo o organismo exteriormente, e de gotas oleaginosas, no protoplasma, também tem, provavelmente, uma acção im- portante sobre a lluctuabilidade; mas o papel destes agentes não é ainda conhecido com suficiente clareza (I). Muitos Dinollagelados tornam-se ainda interessantes pelo facto de serem fosforescentes. Mas tanto neles, como em todos os outros Microplanctontes em que o mesmo facto se dá, a produção de luz deve considerar-se não como um fenómeno adaptativo, mas apenas como uma consequência se- cundária da sua actividade orgânica, sem significado biológico de maior importância. A distribuição dos Dinollagelados não é ainda coidiecida com suficiente precisão. As investigações de Ghan, Schutt é Vanuoffen levam porém a crer que, em geral, eles se devem considerar como habitantes das aguas quentes, ao passo que a grande massa das Diatomáceas planctónicas teria uma preferência acentuada pelas aguas frias (2). (1) Estes ligeiros dados àcêrca das condições de sustentação dos Dinoflagelados sam extraídos da obra citada de Steuer. (2) Steueh, pag. 3?)9. í)3 Esta afiimaçrio, porém, só se pode e deve aceitar como e\|)rimindo os factos na sua grande generalidade; pois nào só ha alguns Dinoilagelados que vivem normalmente nas aguas do Pólo norte [Dinophysis Vanhôfjem, OsTENF. (1), Peridinium calenaium, Levander (2), Ceralium hijperhureiím, Cleve (3), etc), como também as Diatomáceas estAm representadas nas regiões equaloriaes por um número elevado de espécies (4). ScHRODER afirma que nos mares quentes existe como que um anta- gonismo entre estes dois grupos de organismos, por forma que, ou os Dinoilagelados sam dominantes, e as Diatomáceas pouco numerosas, ou vice-versa (5), Trata-se, porém, em ambos os casos, de informações vagas e pouco precisas. O planctologista escandinavo Gran apresentou para o Mar do Norte uma divisão dos Dinoflagelados em quatro grupos biológicos, que decerto se poderá aplicar a todo o Atlântico septentrional. Ksses grupos sam os seguintes : Espécies árticas — duas espécies, das quaes a mais importante seria o Ceralium arcãcum (Ehr.) Cleve; Espécies boreaes — em número de oito, sendo de entre elas a mais característica o Cerntium longípes (Bailey) Gran; Espécies atlantico-temperadas — cujo número se eleva a doze; Ceralium macroceros (Ehr.) Cleve, e Ceralium horrkhim Gran (==inlermedium Jõrgensen) seriam as espécies mais frequentes; Espécies atlantico-tropicaes — das quaes apenas cinco se en- contrariam no Mar do Norte, como hóspedes pouco frequentes; Ceralium compressum Gran deve considerar-se como o represen- tante do grupo (6). Segundo o seu autor, esta divisão, de que acabamos de indicar os principaes tópicos, além de representar o agrupamento natural dos Dino- ilagelados do Mar do Norte, poder- se hia ainda tornar extensiva a todo o Plancton d'aquelas regiões. As espécies dominantes, que indicámos a |)n)- posito de cada grupo, tomariam assim o valor de espécies caracterís- ticas de determinadas associações planctónicas. (i) Cleve, The seasonal distribulion of atlantk IHanklon organisms, pag. 241 (2) Cleve, loc. cit., pag. 256. (3) Cleve, loc. cit., pag. 223. (4) Steuer, loc. cit., pag. 473. (5) Citado em Steuer, pag. 473. (6) Steuer, loc. cit., pag. 475. 04 Mas os dados mais completos acerca da distribuição no Atlântico, nâo só dos Dinoflagelados, como também de todos os outros Planclontes, en- contram-se hoje, sem dúvida, na obra magistral de Cleve, The seasonal dislribulion of atlaníic Planklon organisms. Aí vêem resumidas um número elevadíssimo de observações, consistindo na indicação não só da data e dos lugares da colheita das diferentes espécies, como também dos valores máximos, mínimos e médios da temperatura e da salinidade das aguas em que essas colheitas foram feitas. Apresentamos a seguir a lista das espécies que encontrámos no Plancton de Buarcos, e que classificámos no decorrer dos nossos trabalhos. Inútil será dizer, que somos os primeiros a afirmar que esta lista está longe, muito ionge até, de estar completa; quer-nos, porém, parecer que nela estarám comprehendidos os Dinollagelados mais frequentes naquele ponto da nossa costa, que imprimem ao Plancton a sua feição característica. Cada espécie vae acompanhada de uma curta diagnose, à qual juntamos a referência não só do niès, como também do lançu em que foi recolhida. Para simplificar, indicamos os lanços pelo respectivo número de ordem, envolvido em parênteses rectos [J, segundo a tabela que exposémos na Introdução. Também apresentamos algumas ligeiras observações sobre temperatura, salinidade, etc. Para levarmos a efeito a classificação das espécies, servimo-nos sobre tudo da obra de O. Paclsen, Peridiniales, que constitue a parte XVIII da magnífica colecção que se está publicando com a denominação genérica de Nordisches Planklon (1). Também nos foi bastante útil o livro citado de ScHUTT, Die Peridineen der Planklon- Expedition, I, Theil, que faz parte do relatório científico da expedição do National (2). Fazemos tam- bém numerosas referências à obra, já citada, de Cleve. Para evitarmos repetições imiteis, limitamo-nos a indicar estas três obras pelos nomes dos respectivos autores. Seguimos Paulsen na ordem de enumeração das diferentes espécies. A respeito de sinonímia, limilamo-nos ao absolutamente indispensável, (1) Nordisches Planklon, lierausgegeben von prof. Dr. K. Brandt und prof. Dr. C. Apstein, Kiel und Leipzijí, Veilag von Jjipsius & Tisclier. (2) krgebnisse der Planídon- Expedition der Ilumholdt-Sliflung, herausgegeben von YiCToa IIensen, Kicl und Leipzig, Yerlag von Lipsius & Tisclier. c tí principalmente pelo motivo de que o nosso escassissimo material de tra- balho nos dava margem para bem pouco. Nào nos parece, porém, grande inconveniente nesta omissão, tanto mais que as espécies que indicamos vam todas referidas ao livro de Paulscn, onde as indicações sinonimicas se encontram com desenvolvimento suficiente. Fam. PROROCENTRACEAE ProroeeiítrHiiii iiileaiis, Ehr. (Paulsen, pag. 8) Est. II, fig. 1 Corpo comprimido laleralmente. Face dorsal mais convexa do que a face ventral, o que (orna asimélrico o conlórno da vista lateral. Na parte poste- rior existe um dente ou espinho forte e desenvolvido, que serve de suporte a uma membrana que, fixando-se nele por um lado, vem pelo outro inserir-se ao longo da linha média dorsal. Na raiz desle dente, e para baixo, ha uma pequena depressão donde parle um flagelo. Em pequenas amplificações, lanto a membrana como o llagelo sam dificilmente visiveis, e esta forma tem a aparência de uma folha, cujo pecíolo seria o dente posterior. Cleve nào se refere a esta esp''^cie, e Paulsen classifica-a como nerí- tica, com larga área de dispersão. Encontrámos o P. micans em agosto e setembro [35, 3 O, 38]. Fam. PERIDINIACEAE nÍllO|»liyíSíÍ!S ovil III, SCIIUTT (Paulse.n, pag. 17; Schutt, Est. I, fig. 6) Est. II, Fig. 2 Forma mais ou menos regularmente oval, vista de lado; e lateralmente comprimida, como todas as formas do mesmo género. Funil bastante fundo ; g xxvi ee membrana alar desenvolvida, sustentada por três espinhos. Superfície com pontuações (poroides). Encontrámos o D. ovum nos meses quentes, julho e agosto [81, 88, 85], mas com uma frequência muilo fraca: apenas observámos dois ou três exemplares. Ooiiiaiilax >«»|iiiiifoi>a (Clap. e Lâch.) (Paulsen, pag. 29) Est. II, figs. 3, 4 e 5 Forma globular, asimétrica. Haste apical distinta, bipartida por uma fenda — fenda apical — que se prolonga para a parle posterior, consti- tuindo o sulco longitudinal. Parte posterior arredondada, com dois (às vezes mais) espinhos ou dentes fortes e salientes. Sulco transverso helicoidal, bastante fundo, com asas pouco distintas. Sulco longitudinal em forma de S; começa na fenda apical, muito estreito, contorna as extremidades destrocadas do sulco transverso, e vem terminar, largo e pouco profundo, na região posterior, onde dá inserção, nos seus bordos, aos espinhos ou dentes a que nos referimos. Superfície com numerosos poroides, grandes e evidentes, munida de pequenos espinhos, nem sempre facilmente tisiveis. Limites das placas pouco distinctos. Tanto esta diagnose, como as figuras correspondentes, diferem nalguns pontos das de Paulsen. Nos exemplares que observámos, e a que nos referimos aqui, a fenda apical 6 muito mais larga e funda do que o indica a estampa daquele autor, e a fenda longitudinal que nessa estampa é quase rectilínea, tem nos nossos exemplares a forma em S, bastante sensivei, a que aludimos. Outras ligeiras diferenças se poderiam ainda notar, mas de menor importância. Estas diferenças sam, porém, compensadas por numerosas semelhanças, que nos levaram a classificar os nossos exemplares como pertencendo à espécie G. spinifèra de Claperède e Laciijiann. Ficam, porém, de pé as reservas acima indicadas, até que trabalhos posteriores venham elucidar completamente este assunto. Além das formas típicas, a que se refere propriamente a nossa descrição, e que vêem representadas nas figuras 4 e 5 da Estampa II, observámos também algumas formas mais pequenas, com poroides menos numerosos. É a elas que diz respeito a figura 3. Nào nos achamos habilitados a afirmar se se trata de uma símplez 6/ variedade do G. spinifera, Clap. e Lacii., ou de uma forma especifica- mente diferente (talvez o G. poli/fjranww, Stein. — Paui.srn, pag. 29). Notámos o aparecimefito do G. spinifera em juidio, jullio e agosto [15, §8, *ii, 5Ô*Í, *è&]. Durante estes meses, porém, a sua j)resença nào foi constante. Clkve (pag. 250) indica 12° como limite máximo de temperatura da agua em que tenha sido encontrado o G. spinifera. As nossas modestas observações não condizem com as do ilustre Planctologista escandinavo: assim, a pesca ['áS], em que este organismo estava presente, foi feita em aguas cuja temperatura era de 17°,5. I*eridiiiliiiii ovattiiu (Pouchet), Schutt (Paulsen, pag. 4i; Schutt, Est. XVI) Est. II, figs. 6 e 7 Forma elipsóide achatada, com a face superior ligeiramente reniforme. Haste anterior muito pouco desenvolvida; hastes posteriores ausentes. Sulco transverso quase no mesmo plano, ocupando a região equatorial, com asas eslriíidas radialmente; sulco longitudincd só na parte posterior, com expan- sões (dares muito desenvolvidas. Superfície pontuada. O P. ovatum é um elemento bastante frequente, mas sempre muito pouco abundante no Plancton de Buarcos. Observámo-lo em abril [O, IO], maio [l-t], junho [S5, fl©], julho [18, «O, 81, 88] e agosto [8«], mas o número de exemplares era sempre muito reduzido. l*ei*Í(B3BlÍS8lll ^tCMItii, .ToRGENSEN (Paulsen, pag. 47; Perkiinium Michaelis, Schutt, Est. XIV, fig. 46) Est. II, figs. 8 e 9 Forma geral piriforme. Haste anterior desenvolvida. Sulco transverso aproximadamente no mesmo plano, munido de membramts. Sulco longitu- dinal só na parte posterior, com asa do lado esquerdo. Esta asa, prolon- gando-se, confunde-se com a haste posterior esquerda, reduzida, como a t » 68 direita, a um longo espinho com membranas alares. Superfície finamente reticulada. Julho [81], agosto [8ô] e setembro [^88], quantitativamente pouco frequente. Peridiíiiiiiii pcllucSdiíiu (Bebgh), Schutt (Paulsen, pag. 49; Sghutt, Est. XIV, tig. 4o) Est. II, figs. 10 e 11 Forma regular, um pouco comprimida na sentido dorsiventral. Haste anterior comprida e bem desenvolvida, terminando num orifício largamente aberto; hastes posteriores em forma de espinhos compridos e fortes, munidos de membranas alares muito desenvolvidas. Sulco transverso aproximada- mente no mesmo plano, alado. Sulco longitudinal só posterior, largo e pouco fundo, com asas, das quaes a esquerda, a mais desenvolvida, se prolonga para trás, para fora do contorno do corpo, formando um espinho, ou antes, um gancho, muito saliente, revestido pela membrana da haste posterior es- querda. Superfície finamente reticulada; suturas lineares. Os desenhos de Paulsen e de Schutt apresentam grandes diferenças. Os exemplares que observámos correspondem perfeitamenle aos deste último autor. Encontrámos o P. pellucidum em abril [IO], junho [lo, I©], julho [18, «I], agosto [««, «G, »9] e setembro [8 8]. Cleve (pag. 269) indica 3o^^63 %o como o máximo de salinidade caraterístico desta espécie. Nós encontrámo-la, porém, em aguas de sali- nidade superior: 36»S8%o [88]. Pcrifliiiieaaii cleiírciiifsiiiii, Bailey Paulsen, pag. 53; Schutt, Peridinimn divertjens, var., Est. XIIÍ, fig. 43) Est. II, figs. 12 e 13 Forma relativamente grande, e asimétrica, em virtude da haste posterior direita ser mais desenvolvida do que a esquerda. Sulco transverso quase plano, com asas muito distintas. Sulco longitudinal bastante fundo, come' 69 çando no sulco transverso e terminando na região posterior, entre as dnas hastes, por uma depressão profunda. Hastes bem desenvolvidas. Suturas lineares, facilmente visiveis, sem zonas intercalares; superfície das placas nitidamente reticulada. P. dipressum é, de entre os Dinoflagelados, a forma mais comum e mais abundante do Plancton de Buarcos. A sua presença é constante, salvo raras excepções aliás explicáveis, desde março atr novembro, e, talvez ainda, até dezembro [S, », 9, 8, », IO, l«, 14, 15, 16, 19, 18, 90, 91, 39, 9S, 9ã, 96, 99, 98]. Segundo supomos, Cleve refere-se a esta forma com o nome de P. divergens, Ehr. (pag. 258). O P. depressum, Bailey, deste autor, é uma forma muito esteno-térmica e esteno-halina, que habita as regiões frias (temperatura média, cerca de 8"). Esta composição é justificada pelo facto de, a propósito do P. divergens, Ehr., Cleve se referir à fig. 43 da Est. XIII da obra de Schitt, precisamente como o faz Paulskn a pro- pósito do P. depressum, Bailey, que aqui nos ocupa. Desta forma comprehende-se que sendo o P. depressum, Bailey, da obra de Cleve um organismo altamente esteno-térmico e esteno-halino, adaptado às aguas frias, o nosso P. depressum, Bailey, seja bastante euri- térmico e euri-haiino, vivendo em aguas de temperatura média muito mais elevada. Com efeito, nós encontrámo-lo em aguas cuja salinidade variou de 338'' 7oo [9] a 368^8%o [i«» *^8]. e cuja temperatura esteve com- prehendida entre 1 3*^,6 [9] e 17°,6 [9 8]; observações estas, que estám perfeitamente de acordo com os dados que o ilustre planctologista escan- dinavo indica a respeito do organismo que regista na sua obra com o nome de P. divergens, Ehr., como atrás dissemos. l*erifliiiÍHiii clauflicauii, Pailsen (Paulsen, pag. 55) Est. II, fígs. 14 e 15 Forma asimétrica, com a haste posterior direita mais desenvolvida do que a esquerda, bastante parecida com o P. depressum Bailev, do qual se distingue, entre outros caracteres, por ser mais pequena e maia alongada. Hastes bem desenvolvidas. Sulco transverso quase num plano, munido de asas. Sulco longitudinal só na região posterior, bastante fundo, com asas muito distintas, terminando na região posterior por uma depressão, limi- 70 tada de um e outro lado pelas eatremidades das asas, extremidades que, prolongando-se bastante, formam dois pequenos espinhos salientes. Suturas lineares, geralmente bem visiveis; superfície em mosaico (reticulada) do tipo hexagonal. O P. claudicans, Paulsen, é muito semelhante ao P. divergens, Ehr. (Paulsen, pag. 54), do qual se distingue sobre tudo por não ter faxas intercalares. Por motivos semelhantes aos que já invocámos a propósito do P. depres- sum, Bailey, somos levados a supor que Cleve não distingue esta forma do P. Oceanicum, Vanhuffen. Pallsen também dá a entender que o P. claudicans, Paulsen, se aproxima muito daquela forma. Encontrámos o P. clandicans, Paulsen em julho [fl8, 81, 2 31 e em agosto [5íô]. Numa das pescas, a sua frequência foi bastante elevada [81]. RerieSiBiiioiii clivergeiíst Ehk. (Paulsen, pag. 56; Schutt, Est. XIII, figs. 43, 19-43, 21-43, 22) Est. III, figs. 16 e 17 Forma asimêtrica. Haste anterior mais ou menos bem desenvolvida. Hastes posteriores bem desenvolvidas, bastante divergentes, limitando late- ralmente uma região deprimida, onde fazem saliência dois espinhos corres- pondentes às extremidades das asas do sulco longitudinal. Sulco l)ansi'erso quase plano, com as extremidades apenas ligeiramente destrocadas, com asas distintas, estriadas. Sulco longitudinal só na parte posterior, terminando numa região deprimida, entre as hastes posteriores, com asas que se prolon- gam para além do contorno posterior, originando dois espinhos, dos quaes o esquerdo é particularmente visível. Faxas intercalares tracejadas, largas e muito visiveis. Sujjerfície das placas em mosaico, com protuberâncias ou pequenos espinhos. O P. divergens é muito semelhante ao P. claudicans, do qual se distin- gue especialmente pelo facto de ter faxas intercalares. Eecontrámo-lo freijuenles vezes no Plancton de Buarcos, desde junho até setembro, e, talvez, até outubro [li?, i<», 15, ííí, 80, 81, '48, 85, 8®, 88], sendo contudo o número de exemplares semj)re relativa- mente deminuto. 71 l*Cl*Í4lÍllÍlllll COISiclllll, (jRAN (Paulsen, pag. 58) Est. III, Figs. 18 e 19 Forma asimélrica em relação ao plano sagital, com o aspecto de um pentágono com a base concava; superiormente reni forme. Parle anterior em forma de cone, sem haste anterior dislincta; hastes posteriores também em forma de cones, terminando por um espinho pequeno e por vezes pouco vi- sível. Suturas lineares, e superfície pontuada. Na diagnose do P. conicum, Paulsen indica a existência nesta forma de faxas intercalares. Nunca conseguimos, porém, ver essas faxas, apesar das nossas observações terem sido feitas num número elevado de exem- plares. Encontrámos o P. conicum em junho, julho e agosto [15, Zt, 8 8]. Cleve não se refere a esta forma, pelo menos com o nome específico que adoptamos. B*eri€liiiiiiiíi iiCBitampa IV aproxi- ma-se mais da segunda variedade do que da primeira; mas observámos também exemplares que pertenciam indiscutivelmente à var. atlântica (Est. IV, fig. 26). C. tripos (O. F. Muller) Nitscii é um elemento muito constante no Plancton de Buarcos, se bem que nunca se apresente em grandes quan- tidades. .Junho [i5, 16, 19], julho [IS, *40, 81, «3, 33], agosto |"«5, 36, «?] e setembro [88]. C. tripos é aliás um dos Pianctontes que mais abunda no Atlântico oriental (Cleve, pag. 231). Segundo os trabalhos de Lohmann (1), o C. tripos, Nitsch, var. sub- salsa, durante os meses do verão e do outono divide-se, dando origem a formas que nalguns casos sam semelhantes à forma-màe, mas que noutros casos diferem muito dela. Destas últimas encontrámos duas, no decorrer dos nossos trabidhos, cujas diagnoses inserimos a seguir. Cei*atiiini tripos, var. Niilisnlsn, f. lÍBieala (Eim.), Lohmann (Paulsen, pug. 88; Sciiutt, Est. IX, íig. 36) Est. V, Fig. 31 Corpo apròximadamenie tam largo como comprido (sem as hastes). Haste anterior aberta, muito disíincta, e comprida; hastes posteriores muito distinc- (1) Citado em Paulsen, pag. 79. 76 tas, e fechadas; a esquerda, mais comprida, está no prolongamento da haste anterior, ao passo que a direita, mais curta, diverge dessa direção. Sulco transverso aproximadamente no mesmo plano, sem asas. Superfície com pontuações e com esculturas lineares. Não registámos as datas de aparecimento desta forma. Ceratiiiiii trípos, var. sliísalsa, f. lata, Lohmann (Paulsen^ pag. 88) Est. V, fig. 32 Forma muito semelhante à anterior, mas com a haste anterior mais comprida e as hastes posteriores mais curtas, relativamente. Superfície com escidturas em mosaico. Nào registámos as datas de aparecimento desta forma. Ceraliiiiii coiii|ik*csisiiiii, Gran (Paulsen, pag. 81) Est. IV, Tigs. 28 e 29 ; Est. V, fig. 30 Haste média forte, aberta, com duas fiadas lateraes de espinhos, por vezes muito fortes e desenvolvidos, ligados por expansões membranosas, cm forma de serrilha. Hastes lateraes grossas, fortes, abertas, curvas na parle proximal por forma a tornarem-se apn)ximadamente paralelas à haste média na parle distai. Contorno posterior do corpo com duas depressões correspondentes à raiz das duas hastes lateraes, revestido de espinhos fortes, ligados por membranas, em forma de serrilha, que se exlende pelo contorno externo das hastes lateraes. Superfície com pontuações mais ou menos abun- dantes, € por vezes com esculturas salientes, irregulares. Observámos o C. compressum, Guan nalgumas pescas em junho [IO, 1?] e em julho [1», «O, »l]. 77 Ceratíiiiu fiirca (Ehr.), Clap. e Lacu. Paulsen, pag. 90; Schltt, Est. IX, fig. 37) EsL. V, figs. 33, 34 e 35 Forma mais ou menos alongada. Contorno posterior do corpo obliquo em relação à linha antero-poslerior, da esquerda para a direita e de traz para deante. Sulco transverso quase plano, sem asas, ou com asas muito pouco distinctas. Haste anterior aberta, por vezes um pouco curva, mais ou menos desenvolvida. Hastes posteriores fechadas, deseguaes (a esquerda maior do que a direita) dirigidas para traz, aproximadamente paralelas, de desenvolvimento variável. Superfície com abundantes pontuações e com esculturas lineares. Tanto esta diagnose, conno as figuras a que ela se refere, ínostram bem que os exemplares de C. furca, Clap. e Lach. que observámos variavam bastante quanto à sua forma geral. O C. furca, Clap. e Lach. que é aliás uma forma muito vulgar, que se encontra nào só no Atlântico, como também no Pacifico, no Indico e no Mar Vermelho (Cleve, pag. 218), constitue um dos elementos mais con- stantes e mais abundantes do Plancton de Buarcos, durante os meses quentes, desde maio até setembro ou outubro [15, IO, t8, IO, Si O, «1, 8«, «3, 85, 8«, «?, 38]. CeratiíEiii fusiis (Ehr.), Clap. e Lach. (Paulsen, pag. 90; Schutt, Est. IX, fig. 35) Est. V, fig. 36 Forma alongada, fusiforme. Hastes anterior e posterior direita muito desenvolvidas ; haste posterior esquerda rudimentar, geralmente reduzida a um pequeno dente. Sulco transverso sem asas. Superfície com estrias e pontuações. Paulsen, indica como dimensões limites desta forma 300 f/. e 500 (i. As formas ^ue observámos tinham geralmente cerca de 300 t/. de com- primento, sendo raras as que atingiam 400 [/.. ^8 C. fusus, Clap. e Lach. é, sem dúvida, de entre os Dinoflagelados, o Planctonte que encontrámos com mais freqiiéncia e com maior abundância nas nossas pescas. Março [5], abril [©], maio [14], junho [!*», lô, 15, 18, 1?>], julho [ao, ai,' ^9, a 3], agosto [as, a«, as] e setembro [28]. O máximo de frequência desta forma parece ter lugar em junho e julho. * * Inserimos a seguir um quadro em que reunimos os resultados das nossas observações, quanto às datas de aparecimento e à freqiiencia dos principaes Dinoflagelados. Como as observações relativas à freqiiencia eram feitas por meio da sím- plez estimativa, limilamo-nos ao emprego dos três graus seguintes: * frequência fraca. * * freqiiencia média. #*# frequência elevada. Da inspecção desse quadro deduz-se que as espécies mais constantes e mais frequentes sam o Peridinium depressum, Bailey, o Ceralium fusus, Clap. e Lach. e o Ceralium furca, Clap. e Lach. Segundo as nossas investigações, sam pois estas três espécies as que, de entre os Dinollagelados, dam ao Plancton de Buarcos a sua feição característica. O quadro mostra-nos ainda que o aparecimento dos Dinoflagelados, considerados na sua totalidade, se faz de preferência durante os meses quentes, com um máximo em junho, julho e agosto, e com um mínimo em janeiro e fevereiro, e talvez em dezembro. Observações mais completas e mais minuciosas ham de, decerto, revelar o aparecimento nas nossas costas, durante estes meses frios, de Dino- flagelados tipicamente boreaes ou mesmo árlicos. Quer-nos, porém, pa- recer que esse aparecimento será apenas esporádico, e nunca se efeiluará em massa. Com efeito, tudo leva a crer que o Plancton da costa portuguesa esteja muito intimamente relacionado com o Plancton do (iolf-Siream, — pelo motivo forte de que as nossas costas sam percorridas |)elo ramo descen- dente dessa corrente — e assim, mesmo durante o inverno, só um acaso 79 excepcional poderia motivar a descida, até às nossas latitudes, de espécies que sam próprias das regiões polares. Pela contrario, a iiiíluéncia do Golf-Síream, a que acabamos de aludir, fazia prever o aparecimento de espécies tropicaes, pelo menos durante os meses quentes. As nossas investigações, porém, nào verificam essa pre- visão; de entre as espécies que classificámos nenhuma se pode considerar como tropical. Estamos, porém, convencidos que este facto se explica pelo pequeno desenvolvimento das nossas pesquisas, e que trabalhos futuros, mais completos e mais demorados, ham de revelar o aparecimento dessas espécies. 80 Fam. PROROCEiNTRACEAE Proiocenlrum micans, Eiir Fam. PEHIDIíMACEAE Dinophysus ovum, Schutt Goniaulax spinifeva {Clw. e Lach.), Diksing . . Piridinium ovatum (Puuchet), Schutt Peridinium Steinii, Jõrgensen Pendiniwn pellucidum (Bergh), Schutt Peridinium depresmm, Bah^ey Peridinium claudicims, Paulsen Peridinium divergens, Ehr Peridinium conicum, Gran Peridinium pentagonum ? Gran Peridinium subinermis, Paulsen Peridinium pundulatum, Paulsen Ceratium platijcorne, v. Daday Ceratium helerocamptum, Ostenfeld e Schmidt Ceratium tripos (O. F. Miller), Nitsch Ceratium compressum, Gran Ceratium furca (Ehr.), Clap. e Lach Ceratium fusus (Ehr.), Clap. e Lach IVúmero 2-3 10 12 14 Data «ias C5 O 03 O li > o c 05 o rt o CO o O' CS o O 05 o ai a * 05 o o» e9 S^ O 05 O S os lanços SI 15 16 17 18 19 20 -21 22 23 25 26 27 28 30 31 32 bservacoes 1 o m H H o o o o o ^^ ^ -i c "5 o o o ««^ «H a> ^ t. c s ^ H o^ 05 05 o o o ^< ^* C5 05 2 H ^^ «Íi4 ^H 05 os 05 •«H s i 1 3 05 05 o OJ •■F^ ^PH ^p« i \ 3 : 5 1 o s o s o a 3 o sz o o o o o o 00 o o tlfe o C/3 3 ; > •^^ "-^ 2 3 3 •—, ■—, &» fO rt õ .'. u 00 (M (3^ o iO CS 50 ^ 0 0 m ^ ■4 • • • • • . • • • * * ** • * . • • * * * * • • * ' * * * * * . * . . # * • , # • * * * * * • # # * • # • ** • * * * * # # * * *# * * *** ** * ** * * # • • • *. • ** * * . . * * * * * * * * # # # • • • • ** * • • • • • • • * * * • « • • • * * * • # * • * * * . • • • • • • • • • * # • • • • • • * • « * • * * # * # * * # * # * # • # * * * * • • • » • • * * • *# # * *## ## * * ** # # s # * ** ** * * # * * **# ** * * * * # XXVÍ 82 OY^TOI^^LA-OELLIAE A sub-classe Cystopagelliae (1) só contém dois géneros: Nocliluca, SuRiRAY, e Leptodiscus, R. Hertwig, que constituem também, muito provavelmente, as suas duas únicas espécies. E entre elas, só nos interessa o fVoctiliica iiiiiiaris, Surtray Forma aproximadamente esférica, com cerca de I mm. de diâmetro, com um fagelo forte, que nasce de uma região deprimida, o sulco ventral. Corpo unicelular, translúcida, amarelado, limitado por uma membrana muito fina; núcleo evidente; citoplasma em trabéculas, quer diagonaes, quer formando uma rede fina, que reveste interiormente a membrana. N. miliaris, Suiuiiay, é um elemento muito frequente, seniio constante, do Plancton de Buarcos, durante os meses quentes. Apresenta-se por vezes em grandes massas, dando enlào origem, de noute, a fenómenos de fosfo- recéncia verdadeiramente admiráveis e grandiosos. Se bem que muitos Dinoflagelados sejam também fosforecentes, as nossas observações levam-nos a atribuir quase exclusivamente, sen3o mesmo exclusivamei^e, ao N. miliaris, Slriuay os fenómenos luminosos das aguas da enseada de Buarcos. (i) Belage el Herouaud, Traité de Zoologie Concrèle, tome l^»". 83 EXPLICAÇÃO DAS FIGURAS Estampa. I Fig. 1 — A rede de pesca. Fig. 2 — As Ires peças do balde, na sna posição respectiva (tamanho natural). Fig. 3—0 balde armado e pronto a servir (reduzido a motadi!). Estampa II X300 Fig. { — Prnrocenffnm micans, Eurenrerg. Fig. 2 — I)inophysis ovum, ScMVTT. Fig. 3 — Goninulox spinifern, Clap. e Lach.? Fig. 4 ) Goniaulax spinifern, Clap. e Lach. Peridinium ovatum (Pouchet), Schutt. Peridinium Steinii, Jôhgensen. Peridinium pellucidum (Bergh), Schutt, Peridinium depressum, Bailey. Fie. 14 ) > Peridininm claudicans, P.^ulsen. Fig. 15 ) Estampa III X300 Fig 16 j Peridinium divergens, Ehrenberg. Fig. 17 j Fig. 18 ) \ Peridinium conimm, Gran. Fig. 19 i Fig. 5 Fig. 6 Fig. 7 Fig. 8 Fig. 9 Fig. 10 Fig. 11 Fig. 12 Fig. 13 84 Fig. 20 — Peridinium subinermis, Paulsen. Fig. 21 — Peridinium pentagonum ? Gran. Fig. 22 — Peridinium punctulatum, Paulsen. Fig. 23 — Ceratium plulycorne, v. Daday. Fig. 24 — Ceratium platy corne, v. Daday, var.? Estampa. IV X300 Fig. 25 — Ceratium heterocamptum (Jorgensen), Ostenp^eld e Schmidt. Fig. 26 — Ceratium Iripos (O. F. Muller), Nitsch, var. atlântica. Fig. 27 — Ceratium tripos (O. F. Muller), Nitsch_, var. subsalsa. Fig. 28 Fig. 29 Ceratium compressum, Gran. Estampa V X300 Fig. 30 — Ceratium compressum, Gran. Fig. 31 — Ceratium tripos (O. F. Muller), Nitsch, var. subsalsa, f. lineata iEhr.), LOHMANN. Fig. 32 — Ceratium tripos (O. F. Muller), Nitsch, var. subsalsa, f. lata, LohiMANn. Fig. 33 j Fig. 34 > Ceratium furca (Ehr.), Clap. e Lach. Fig. 35 ) Fig. 36 — Ceratium fusus (Ehr.), Clap. e Lach. Est. I Est. II Est. Ill Est. IV Est. V 85 ESBOÇO DA FLORA DA BACIA DO MONDEGO (^) Series Rosaies [Garpellos em numero egual ou menor de que o das pctalas. Subseries Saxifragineae. [ Garpellos 1-qo Subseries Rosineae. Subseries Saxifragineae [Garpellos 5 livres Crassidaceae. [Garpellos 2 mais ou menos ligados Saxifragaceae. Subseries Rosineae 'Flores unisexuaes Philanaceae. Flores cyelicas Rosaceae. ^Flores zygomorphieas Legumimsae. Crassulaceae (2) IEstames em dois verticellos 1 Estames num só verlicillo; corolla gamopetala OUylcdon L. [ Flores 5-meras Sedum L. 1 I Flores 6-20-meras Sempcrvivum L. (1) Continuado do vol. XXV, pag. 221. (2) J. de Mariz — Boi. da Soe. Brot.. VI, p. 17; XX, p. i8.i. 86 Seduin L. I Flores amarellas 1 Flores brancas ou côr de rosa 4 [Folhas dos ramos estéreis formando bainha na base S. amnlexicaule DC. i Folhas não formando bainha 2 2 3 [ Carpellos erectos 3 ( Carpellos divergentes S. acre L. IRhizoma subienhoso; estames peitudos na base S. altissimum Poir. I Estames glabros S. elegans Lej. I Folhas subglobosas 5 Folhas mais ou menos cylindricas 6 I Folhas quasi oppostas; flores com peclolo longo S. brevifolium DC. Folhas dos ramos estéreis e da base do caule imbricadas; flores guasi rentes. S. anglkum Huds. l Planta glabra 7 6 (Planta gladuloso-puberula S. hirsutnm L. (Estames 3 S. rubens L. (Estames 10-12 8 8 [Plantas sem ramos estéreis S. pedicellalmn B. et H. (Plantas com ramos estéreis S. álbum L Sect. Seda geiiuina L). Kock. S. amplexicaule J)C. Happ. II, p. 80. Terras áridas. Fl. em junho e julho. I. S. allissimuin Poir. Dicl. IV, p. 634; S. fruliculo.sum Ijrot. II, p. 206. Terras áridas, arenosas. Fl. de junho a agosto. I. — Herva pinheira enxuta. S. elegans Lej. F"'l. Spa. I, p. 205; S. reílexum Brol. (non L.), II, p. 208. Sebes e logares áridos. Fl. de junho a agosto. I. 87 S. acre L. Sp. 432; Brot. II, p. 209. Paredes, lendas de rochas, terras áridas. Fl. de maio a agosto. MI. — Vennicularia. S. brevifolium DC. Rapp. lí, p. 79; S. dasiphyllum Brot. II, p. 210. Fendas das rochas, terras pedregosas. Fl. de junho a julho. 1-V. S. angiicum Huds. Fl. angl. p. 196. a. Raji Lange. S. arenarium Brot. II, p. 212. Terras áridas arenosas. Fl. de junho a julho. I. S. alhum L. Sp. I, p. i32; Brot. II, p. 213. Muros, telhados, terras arenosas. Fl. de jurdio a julho. I-IIÍ. — Arroz dos telhados. Pinhões de ralo. S. hirsutum Ali. Fl. pedem. II, p. 122; Brot. II, p. 212. Muros, rochas, terras pedregosas. Fl. de junho a agosto. I-IV. Sect. Procrassula Gris. S. rubens L. Sp. I, p. 432; Brot. II, p. 213. Campos arenosos. Fl. de maio a junho. I. S. pedicellatum Bss. et Reut. Diagn. pi. nov. p. 24. Sitios áridos e pedregosos de regiões altas. Fl. de junho a agosto. II-III. >^eiii|»crvivaiBii L. S. arboreum L. Sp. I, p. 464; Brot. II, p. 378. Paredes velhas, terrenos arenosos. Fl. de novembro a janeiro. I. Colylcdoii L. Sect. Umbilicus DC. C. umbilicus L. Sp. I, p. 42 a; Brot. II, p. 203. Rochas, muros velhos, logares húmidos. Fl. de abril a maio. I. — Conchellos, Sombreirinhas dos telhados. Orelha de monge. Saxifragaceae \ Pétalas o ; estames 10 ; capsula 2-locular Saa;ifraga L. j Pétalas O ; estames 8-10; capsula 1-locular Chrysosplenium Tourn. 88 Saxifrag;a L. Ovário supero 1 Ovário semiinfero 2 I Filetes dos estames subalados Sect. III. Boraphila Engl. Filetes dos estames mais largos na metade superior. Sect. IV. Robertsonia Haw. Folhas palmatifidas Sect. II. Dadyloides Tausck. 2 Folhas crenadas, retlculato-nervosas Sect. I. Nephrophyllum Gaud. Sect. I. Nephrophjllum Gaud. S. granulata L. Sp. I, p. 403 ; Brot. II, p. 172. Muros velhos, terrenos hervosos. Fl. de abril a junho, I. Sect. II. Dactjloides Tausck. S. hypnoides L. Sp. l, p. 405; Brot. II, p. 174. Sobre rochas lujmidas das altas regiões (Serja da Estrella). Fl. de junho a agoslo. IV-V. Sect. III. Borapliila Engl. V S. stellaris L. Sp. I, p. 400. Logares húmidos das montanhas graniticas (Serra da Estrella). Fl. de junho a agosto. IV-V. Sect. IV. Robertsonia Haw. S. spatularis Brot. I, p. 172. Logares húmidos das altas regiões (Serra da Estrella, Louzà). Fl. de junho a agosto. IV-V. Cliryso8|ilciiiiiiii L. C. oppositifolium L. Sp. I, p. 3í)8; Brot. II, p. 40. Logares húmidos das regiões altas. Fl. de maio a julho. III-IV. 89 Subserie Rosinae Platanaceae Plataiiiis L. P. orientaiis L. Sp. 999; P. hybridus Brot. II, p. 487. Cultivado e com especialidade a var. accrifolia. Rosaceae 1 Carpellos 1-9 { I Carpellos oo Subfani. fíosoideae. (Receptáculo pouco desenvolvido ; estamos perigynicos- . . Sultfani. Spiracoidme. 1 JReceptaculo concavo; carpello 1 livre; estames perigynicos. Subfam. Prumideae. (Receptáculo incluindo os carpellos e ligado com elles; estames epigynicos. Subfam. Pomoideae. Subfam. Spiracoideae Spiraea L. S. Filipendula L. Sp. I, p. 490; Brot. II. p. 355. Arrelvados húmidos da base da Serra da Estrella. Fi. de março a agosto. III. — Filipendula. Subfam. Pomoideae IFructo com endocarpo coriaceo 1 Fructo com endocarpo duro Mespillus Tournf. [Flores solitárias grandes ; fructo coberto de felpo Cydonia Tournf. 1 ( Flores em corymbo ou umbella Pirus Tournf. Cydonia Tournf. C. vulgaris Pers. ; Pyrus Cydonia L. Sp. I, p. 480; Brot. II, p. 330. Cultivado. Fl. na primavera. — Marmeleiro. 90^ Pirus Tournf. Subgen. F»iroplior*u.m Med. P. communis L. Sp. I, p. 479; Brot. II, p. 328. a. Adiras VValIr. Scked. 213 ap. DC. v. Saliva DC. Prod. a. Regiões montanhosas. Fl. de abril a junho. — Pereira brava, Pe- reira. y. Cultivada. Fl. na primavera. — Pereira. Subgen. IMalus Tournf. P. Malus L. Sp. I, p. 479; Brot. II, p. .329. Cultivada. Fl. na primavera. — Macieira. Subgen. Sor^l)!!» L. P. aucuparia (L.) Gaertn. fr. 2, p. 45; Sorbus aucuparia L. Sp. 477; Brot. 11, p. 298. Regiões monlanliosas (Serra da Estrella). Fl. de maio a junho. IV. — Tramazeira, Cornogodinho. P. latifolia (Pers.) P. Cout. Boi. da Soe. Brot. XXV, p. 190; Sorbus Ária Brot. II, p. 2913. Regiões montanhosas. Fl. na primavera. — Mostageiro. ileiipyliis L. |Um único estyiete M. monoijyna (Jacqj Willd. ( Mais de dois estyietes M. oxyacanlha (L.) GaerUi. M. oxyacantha (L.) Gaertn.; Crataegus oxyacantha L. Sp. I, p. 477. Sebes e logares incultos, mas raro. Fl. na primavera. M. monogvna (Jacq.) \AMIId. Frequente nas sebes. I'l. rui primavera. — Pilrilciro. 91 Subfam. Rosoideae [ Receptáculo convexo Polenlilleac i JReceplaculo concavo ;5 (Frncto de carpellos drupaceos com 2 sementes Ruhinae. (Fructo de carpellos seccos o com 1 semente 2 ^Epicaiix de 4-5 divisões ; estyletes lateraes Potenlillinne. (Epicalix 0; estyletes terniinacs accrescentes Dryadinafí. [Carpellos poucos ; receptáculo secco. Hervas Sanguisorheae. (Carpellos muitos; receptáculo um pouco carnoso quando maduro Arbustos. Roseae. I. Potentilleae Rubinae iiliiis L. (1). Eubatus Focke ^Estipulas lineares, foliolos peciolados 1 (Estipulas lanceoladas, foliolos rentes ou levemente peciolados .... Corylifolia. (Turião forte, a principio direito, pouco villoso e sem pellos estrel lados. ■ I Candicantes. Turião arqueado ou prostrado e mais ou menos villoso 2 Turião com pellos e glândulas raras ou nullas; aculeos eguaes 3 Turião com pellos ásperos e glândulas; aculeos deseguaes Uudulae. Foliolos nitidamente peciolados e branco-tomentosos na pagina inferior. .> , Discolores [Foliolos com a pagina inferior verde ou raras vezes pardacenta Silvalici. 9 (i) Ha na região, com certeza, maior numero de espécies Como, pmóm, (i.s excin- plares do herbario são incompletos, deixo para mais tarde o estudo, alias dilTicil, das espécies deste género. 92 Candicantes Focke Natur. Pfl. III R. thyrsoideiis Wimm. Fl. Schles. Sebes e terras incultas. Fl. de junho a agosto. I-II. Discolores Focke R. ulmifolius Schott in Isis (1818). Sebes e terras incultas; vulgarissimo. Fl. de junho a agosto. I-II. Silvatici Focke in A. n. G. Syn. R. villicaulis Kohler in Wk. et N. Rub. Germ. Sebes e terrenos incultos. Fl. de junho a agosto. I-II. Radulae Focke Syn. Rub. Germ. R. radula Wk. in Roenningh. Prodr. Fl. Monast. Sebes e terrenos áridos. Fl. de junho a agosto. I-II. Corylifolia R. caesius x ulmifolius. Sebes; raro. Fl. em junho e agosto. I. Potentiliinãe (Receptáculo succolento e corado Frarjaria L. (Receptáculo secco mais ou menos pelludo Potentilla L. Fraguaria L. F. vesca L. Sp. I, p. 494: Rrot. II, p. 349. Logares frescos e sombrios. Fl. de junho a julho. I. — Moran- gueiro. 93 Poieutilla L. Teduuculos terminaes; carpellos pelludos pelo menus na base; flores brancas. Sect. I. Fragariaslt-um. [Pedúnculos axillares; carpellos glabros; flores ainarellas. Sect. II. EupotetUilla. Sect. I. FragariastruDi P. montana Brot. II, p. 350. Nos arrelvados das regiões altas. Fl. de abril a maio. II. Sect. II. Eupolcnlilla (Caules floriferos replantes e radicantes I (Caules floriferos ascendente-erectos P. Tormentilla Neck. iCorolla 5-mera; folhas caulinares com longo peciolo P. reptans L. * j (Corolla 4-mera; folhas caulinares de peeiolo curto P. procumbens Siblh. P. reptans L. Sp. 499; Brot. II. p. 350. Terrenos húmidos. Fl. no verào. I. — Polenlilla ou Cinco em rama. P. erecta X reptans Murbecke, Bot. Not. 1890. Terenos húmidos, sebes. Fl. de junho a agosto. I. P. Tormentilla Neck. Act. Acad. thod. Palat. 1770; Brot. II, p. 352. Logares húmidos. Fl. no verào. I. — Tormentilla ou Sele em rama. Dryadinae Oeuni L. Sect. Caryopliyliata I Folhas caulinares grandes 3-8ecadas; estipulas foliaceas G. nrbanum L. Folhas caulinares pequenas simples; estipulas lanceoladas. G. silvaticum Tourr. G. urbanum L. Sp. I, p. 501; Brot. II, p. 354. Logares sombrios e húmidos, sebes. Fl. de maio a jurdio. I-III. — Caryophyllala, Herva busla, Sanabomda. 94 G. silvaticum Pourr. Act. Acad. Toul. 3, 319; G. biílorum Brot. II, p. 353. Terrenos calcareos, mattas húmidas. Fl. de abril a maio. I-III. II. Sanguisorbeae 1 Flores com caliculo i (Flores sem caliculo Poterium L. lEstylete basilar; corolla O AlchemiUa L. 1 (Estylete terminal ; corolla mais ou menos desenvolvida Agrimonia L. ililc liem i lia L. [Flores em cymeiras corymbiformes terminaes e lateraes. Sect. I. Eualchenúlla Fock. Flores em feixes opposlos ás folhas Sect. II. Aphanes L. Sect. I. Eiialclicmilia Fock. A. alpina L. Sp. I, p. 123. Subesp. A. saxatilis Buser. Notes sur qnelques Alchem. 1891, p. 3. y. Iransiens (Buser) Uouy, Fl. de Fr. VI, p. 442. Regiões altas (Serra da Estrella). Fl. em agosto. IV e V. Sect. II. A|thanes L. [Folhas 3-parlidas; segmentos 3-4-fidos A. arvensis Scop. (Folhas 3-partidas; segmentos lateraes 2-lobados, o intermédio 3-lobado. A. microcarpa Bss. el Reut. A. arvensis Scop. Fl. Carn. Ed. 2, I, p. 115; A. Aphanes Brot. I. p. 159. Campos cultivados e nas pastagens. Fl. de abril a junho. I-II. A. microcarpa Bss. et Reut. Diagn. pi. nov. Ilisp. 11. Terrenos arenosos arrelvados. Fl. de abril a junho. I-III. 95 Agríiii»uia L. A. Eupatoria L. Sp. I, p. 448; Hrot. II, p. 292. Terrenos diversos, sebes, muros. Fl. de maio a julho. I. l*o(eriuiii L. (Fructos alados { \ Fructos não alados /'. agrimonioides L. íCapimlos de flores relativamente grandes; fructo (3-7 mm.) alado, azas profiinda- j I mente crenadas P. MagnoUi Spach. (Capítulos pequenos; fructo (3 mm.) com azas quasi inteiras. P. Spachianum Coss. P. Magnolii Spach. ]\e\. Poler. in Anu. se. nat. 1846, p. 38; P. San- guisorba Brot. II, p. 296 pro parte. Terrenos arrelvados, coilinas, bordas de caminhos. Fl. de al)rii a junho. I-II. P. Spachianus Coss. Nat. pi. crit. 108; P. Saní:uisorl)a Brot. pro parle. Mesmas locahdades da espécie anterior. Fl. de abril a junho. 1. P. agrimonioides L. H. Ups. 200; P. hybridum L. Sp. 994; Brot. 11, p. 297. Terrei'os húmidos, proximidades de íloreslas. Fl. de abril a junho. I. — Agrimunia bastarda. Roseae Rosa L. Estyletes ligados entre si formando columna saliente e villosa (Seet. I. Synslylae ' Crep.) fi- sempervirens [.. [Estyletes livres inclusos ou salientes 1 (Foliolos sem glândulas na pagina inferior, inodoros (Sect. II. Caninae Crep.)- • 2 1 (Foliolos muito glandulosos, odoríferos (Sect. III. hubigimsae Crep.) 3 (Estipulas largas ^ canina L. 2 { (Estipulas curtas l<- Pouzmn Tra». [Pedúnculos glanduloso-liispidos ^ mirrantha Sm. jpedunculos sem glândulas R «''/"■"^« Thuill. 96 Sect. I. Synslylae Grep. R. sempervirens L. Sp. 492; R. scandens Brot. II, p. 341. a. genuína Crep. — Foliolos gi andes. Fruclos ovaes. ;í. scandens Crep. — Foliolos grandes. Fructos globosos. y. microphylla DC. — Foliolos pequenos. Frequente nas sebes. Fl. de junho a julho. Sect. II. Caninae Crep. R. canina L. Sp. 491; Rrot. 340. a. sphaerica (Gren.) Crep. — Fructos subglobosos ou esphericos. 3. scabrala Crep. — Peciolos e nervura rnedia glandulosos. y. dumelorum (Thuill.) Crep. — Foliolos compltítamente villosos na pagina inferior. Frequente nas sebes, nas florestas e mattagaes. Fl. na primavera. — Rosa de cào ou Silva macha. R. Pouzinii Tratt. Monogr. Ros. II, 111. a. Nuda Gren. — Sepalas sem glândulas na face externa. '^. dionudis Gren. — Sepalus glandulosas. Sebes, florestas e nos níiattos. Fl. de maio a junho. Sect. III. Rubiyinosae Crep. R. micrantha Sm. Engl. Bot. tab. 2490; R. rubiginosa Brot. II, p. 3il. Sebes, florestas e maltos. Fl. de maio a junho. R. sepium Thuill. Fl. Paris. 252. Sebes, florestas e maltos. Fl. de maio a junho. II. Leguminosae Subfam. Papilionatae (Vagem dividindo-se transversalmente em artículos 1-spermicos Uedysareae. j Vagem abrindo longitudinalmente 1 97 íFolhas peunadas, terminadas por uma poDla ou gavinha Vicieae. ( Folhas nao terminadas em ponta ou gavinha 2 2 [Arbustos ; estames nomadeiphos Genisleae. [Hervas; estames em geral diadelphos 3 l Folhas 3-foliadas 4 (Folhas 5-oc - foliadas, imparipennadas 5 IFoliolos com estipellas Phaseokae. Foliolos denteados sem estipellas Trifolieae. 1 Folhas 3-5-foliadas : foliolos inteiros Loteae. ( Folhas oo-foliadas Galegeae. PAPILIONATAE-GENISTEAE 1 Sementes sem estrophiolo Spartiinae. 1 I Sementes com estrophiolo Cytisinae. 4 (Folhas digitadas Lupinm L. i ( Folhas 0. simples ou 3-foliadas 2 ÍFolhas simples ou O 3 2 (Folhas 3-foliadas Adenocarpiis DC. 1 Cálix subspathaceo, 1-labiado Spnrtium L. 3 I Cálix 2-labiado, lábio superior 2-fido Genisla L. l Arbusto muito espinhoso Vlfx L. ( Al busto não espinhoso Cylisus DC. PAPILIONATAE-GENISTEAE-SPARTIINAE í Caiix com appendices lineares entre os lábios 1 j Cálix sem appendices lineares í- í"'^"* ''• 1 Flores amarellas ^ '"'*'"* '^• M ■ 2 (Flores azues ou purpurmas * 7 ÍXTI 2 í)8 1 Inflorescencia em cacho laxo 3 [ Inflorescencia densa '. C. hispanicus B. et R. !i [Planta toda pelluda L. hirsutm L. ( Foliolos glabros na pagina superior 4 IFoliolos 0-7 L. varius L. Foliolos 0-9 quasi lineares L. angustifolius L. L. albus L. Sp. p. 721; Brot. II, p. 132. Cultivado e subspontaneo. Fl. na primavera. — Tremoço. L. hirsutus L. Sp. p. 721; Brot. II, p. 133. Sitios relvosos. Fl. na priníiavera. I. L. varius L. Sp. p. 721. Terrenos cultivados e arenosos. Fl. na primavera. I. L. angustifolius L. Sp. p. 721; Brot. II, p. 132. Frequente nas terras cultivadas entre as searas. Fl. na primavera. I-II. L. hispanicus Bss. et Reut. Diagn. p. 10. Terras incultas e mattagaes. Fl. na primavera. I-II. L. luteus L. Sp. p. 722: Brot. II, p. 134-. Terrenos incultos. Fl, na primavera. I-II. S|iai*iiuiii L. Sp. junceum L. Sp. p. 708; Brot. II, p. 80. Sebes, cômoros e mattos. Fl. na primavera. I-II. — Giesta ordinária ou Giesta d' s jardins. Geuista L. I Legume curto, l-â-spermico comprimido Brachymrpae. 1 Legume comprido linear-oblongo, oc-spermico Stenocarpae. 2 [ Folhas alternas Sect. II. Voglera G. M. S. G. íriacantlios li rol. [Folhas oppostas Sect. L EcUinosparthum Spach. [Arbustos ou arbusculos inermes 3 [Arbustos ou arbusculos espinhosos 4 Corolia marcescente^ cálix persistente Sect. V. Spartioides Spach. [Corolla e cálix caducos Sect. VI. Genistoides Spach. 99 l Vagem recta Sect. IV. Erinacoides Suach. i (Vagem mais ou menos curva Sect. III. Phyllospartum Willk. Sect. I. Ecliinositarlum Spach. G. lusitanica L. Sp. p. 711; Brot. II, p. 88. Regiões montanhosas. Fl. de julho a agosto. IV-V. Sect. II. Voglera G. M. S. G. triacanthos Brot. II, p. 89; Phyt. lusit. I, p. Í30, tab. 54. Terrenos incultos, mattagaes, florestas. Fl. de março a agosto. I. Sect. III. Plijilospartura Willk. (Flores com uma bractea grande foliacea G. anglica L. (Flores com bractea muito pequena 1 IRamulos quasi sempre aos pares, o superior com muitos espinhos e sem folhas. G. falcata brot. Ramulos aos pares, os superiores transformados em 3 espinhos fortes em cruz. G. berbmdea Lse. ■'B^ G. anglica L. Sp. p. 710. Terrenos arborisados, mattagaes das regiões inferior e moiilanhosas. Fl. de maio a julho. I-III. G. falcata Brot. II, p. 89. Outeiros arborisados, mattagaes, silvados. Fl. de março a julho, I-IV. G. berberidea Lge. Descript. et icon. pi. nov. p. 1, tab. I. Terrenos húmidos das regiões inferiores e submontaidiosas. Fl. de maio a julho. I-II. Sect. IV. Erinacoides Spach. G. histrix Lge. Descr. et icon. pi. nov. p. 2, tab. 2 e Pug. p. 357. a. glabra Lge. Regiões altas. Fl. de junho a julho. IV-V. iOO Sect. V. Sparlioides Spach. 1 Flores solitárias ou aos pares G. cinerascens Lge. (Flores em racimos G. polygalae folia DC. G. cinerascens Lge. Pug. p. 358, Regiões montanhosas. Fl. de junho a agosto. IV-V. G. polygalaefolia DC. Prodr. II, p. 151; G. polygalaephylia Brot. II, p. 56. Regiões montanhosas. Fl. de maio a julho. IV-V. — Piorno dos tin- tureiros. Sect. VI. Genistoides Mnch. G. Broteri Poir. Supl. II, p. 720; G. parvidora Brot. II, p. 87. Regiões montanhosas elevadas. Fl. em junho e julho. IV-V. it.c1euocai*pus DC. l Ramos com grande numero de folhas, foliolos lanceolados ... A. hispanicus DC. (Ramos com poucas folhas fasciculadas, foliolos pequenos obovados 1 I Cálix sem glândulas pecioladas A. Telonensis DC. Cálix com glândulas pecioladas 2 2 [Pedúnculos com 2 hracteolas ao meio A. parvifolius DC. (Pedúnculos sem hracteolas A. inlermedius DC. A. hispanicus DC. Fl. fr. V, p. 550; Cjtisus hispanicus La Marck. Brot. II, p. 91. Frequente em sitios somhrios e húmidos. Fl. de junho a julho. l-II. — Codeço alto. A. Telonensis DC. Fl. fr. V, p. 550; A. commutatus Gem. Prod. II. Sic. Mattagaes das regiões inferior e montanhosa. Fl. de maio a julho. I-III. — Codeço. A. parvifolius DC. Fl. fr. V, p. 550; A. complicatus J. Gay; Cytisus compliratus Brot. II, p. 92. 101 Mattagaes da região inferior e montanhosa. FI. de maio a julho. I-III. — Codeço. A. intermédios DC. FI. fr. V, p. 549. Mattagaes. FI. de maio a junho. I-IV. FAPILIONATAE-GENISTAE-CYTISINAE Ulcx L. (Ramos e ramúsculos oppostos e estes em cruz Sect. I. Stauracantlm Lk. Ramos espinhosos alternos, ramúsculos oppostos ou alternos. Sect. II. Eitulex Willk. Sect. I. Stauracanthus Lk. U. spartioides (Webb.) Willk. Prodr. III, p. 443 ; U. genistoides Brot. ex part. II, p. 78. Matias e pinhaes da região inferior. FI. de março a abril. I. Sect. II. Euulex Willk. I Flores grandes (12-lo mm.) ; phyllodios longos espinescentes l I Flores pequenas (4-5 mm.) ; phyllodios curtos espinescentes 4 iBracteolas dispostas junto do cálix 2 (BracteoJas quasi a meio do peciolo U. opisthnlepis Wbb. Bracteolas grandes ovaes ou suborbiculares U. europaeus L. Bracteolas pequenas lanceoladas 3 Dentes do cálix muito pequenos ; bracteolas muito pequenas ... U. baetiais Bss. 3 {Dentes do lábio superior do cálix largos ovaes divergentes ... U. Jmsiaei Wbb. Dentes do lábio superior lanceolados e afastados U. scaber Kze. (Ramos secundários (espinhos) direitos longos U. nnnus Forst. (Ramos secundários curtos, grossos, recurvados, densos 5 (Ramos secundários (espinhos) ramosos U. micranthus Lge. 5 < (Ramos secundários simples em geral U. lusitanicus Maris. 2 102 U. europaeiís L. Sp. 741; Brot. II, p. 78. Vulgar nas mattas, mattagaes das regiões inferiores e montanhosas. Fl. de janeiro a junho. I-III. — Tojo amai. U. scaber Kze. Flora 1846, p. 696. Sebes das regiões inferiores e montanhosas. Fl. de março a abril. I-III. U. nanus Forsl. in Symons Syn. p. 168. Mattagaes, llorestas, charnecas da região inferior. Fl. de abril a no- vembro. I. U. opistholepis Wcbb. Otia hisp. p. 43, Florestas das regiões inferiores e montanhosas. Fl. de março a se- tembro. I-II. U. Jussiaei Webb. I. c. p. 43, tab. 36. Florestas e mattagaes das regiões inferiores e montanhosas. Fl. de fevereiro a abril. I-II. U. micranthus Lge. Diagn. pi. penins. Iber. novar. p. 16. Regiões inferiores, nos Jogares áridos, mattagaes. Fl. de abril a maio. I-II. U. lusilanicus Mariz, Boi. da Soe. Brot. II, p. 115. Kegiões inferiores e manlanhosas áridas. Fl. de abril a maio. l-II. €'ylisiis L. I Caule e folhas normues, cálix campanulado 2-labiado 1 (Caule 2-3-alado; folhas simples ou phyllodios. . . Sect. IV. Pterospartum Spach. I Lábio superior profundamente dividido Sect. III. Teline Webb. Lábio superior apenas 2-dentado 2 l Estylete curvo Sect. II. Spartocytisns Webb. (Estylete longo e enrolado em espiral Sect. I. Saruthamnus Wimm. Sect. I. Sarolhamnus Wimm. I Ramos cylincricos 1 Ramos augulosos estriados 2 1 Legume oblongo-elliptico C. Wehcitschii Bss. et Reut. (Legume trapezoide-elliptico largo C. eriocarpus Bss. et Reut. 103 (Folhas todas 1-foliadas C. grandiflm-us DC. ( Folhas inferiores 3-foliadas, as superiores 1-foUadas 3 3 > Legume todo densamente pelludo C. patens (L.) Webb. ( Legume peUudo nas margens e glabro nas faces C. scoparins Lk. C. scoparius Lk. En. h. Ber. Spartium scoparium L. Terras arenosas, encostas de mattas, florestas das regiões inferiores e montanhosas. Fl. de abril a junho. I-III. C. grandiflorus DC. Prod. II, p. 154; Spartium grandiflorum Brot. II, p. 80. Mattagaes, penedias das regiões inferiores e montanhosas. Fl. de maio a junho. I-IV. — Giesteira das sebes. C. Welwitschii (Bss. et Reut. Pug. p. 28) ; Spartium patens L. Brot. II, p. 83, era parte. Terras arenosas das regiões inferiores e montanliosas. Fl. de maio a junho. I-IV. C. eriocarpus Bss. et Reut. Diagn. pi. nov. p. 10. Regiões montanhosas. Fl. de junho a julho. I-IV. C. patens. (L.) Webb. It. hisp. 51; Spartium patens L. Brot. II, p. 83. Mattagaes das regiões altas. Fl. de maio a julho. III-IV. Sect. II. Sparloqtisus Webb. IFlores brancas • • C. albns Lk. (Flores amarelladas C. purgans (L.) Wk. C. albus Lk. Enum. pi. h. Berol. II, p. 241; Spartium álbum Desf. ; Brot. II, p. 83. Terras incultas da região inferior e montanhosa. Fl. de abril a junho. I-III. — Giesteira branca. C. purgans (L.) Wk. Prod. Fl. hisp. III, p. 456 ; Spartium purgans L. Entre as penedias das regiões altas. Fl. de junho a agosto. IV-V. Sect. III. Teline Webb. . C. candicans DC. Fl. fr. IV, p. 504; Genista candicans L. Mattagaes e bosques das regiões inferior e montanhosas. Fl. de abril a junho. l-III. 1 104 Secl. IV. Plerosparlum Spach. [Peciolo quasi egiial ao tubo do cálix; bracteolas quasi filiformes. C. stenopterus Spach. [Peciolo mais curto que o tubo do cálix; bracteolas linear-espaluladas 1 1 Bracteolas mais curtas que o tubo calicinal C. cantabricus Spach. [Bracteolas mais C(tmpridas que o tubo calicinal C. tridentatus L. C. stenopterus Spach; Genista tridentata L. ; Brot. II, p. 86. Terrenos incultos das regiões baixas e montanhosas. Fl. da maio a junho. I-IV. — Carqueja. C. cantabricus Spach.; Genista tridentata L. Como a anterior. Fl. de maio a julho. I-III. — Carqueja. C. tridentata L. ; Genista tridentata L. Como a anterior. PAPILIONATAE-TRIFOLIAE ( Estames monadelphos Ononis L. (Estames diadelphos 1 [Pétalas ligadas na base ; corolla marcescente Trifolium L. [Pétalas livres; corolla caduca 2 Ilaflorescencia em capitulo 3 Inflorescencia em cacho ou espiga Melilotus Juss. i Vagem arqueada cx-spermica dehiscente Trigonella L. 3 (Vagem em espiral, dehiscente ou não Medicago L. OuouiíS L. 1 Flores articuladas com o pedúnculo lloral Sect. III. Natrix Mnch. I Flores não articuladas 1 1 Plantas arbustivas espinhosas; flores côr de rosa — Sect. I. Acanthononis Wk. Plantas herbáceas inermes Sect. 11 Bugram DG. 1 105 Sect. I. ikanthononis Wk. O. spinosa L. Sp. p. 716; Brot. II, p. 96. Planta espinhosa direita não estolhosa 1 Planta prostrada na base, estolhosa, quasi inerme; vagem 2-spermica. p. mitis L. (Vagem oval-lenticular 1-spermica Y. antiquorum L. (Vagem ovóide 2-4-spermica a. spinosa L. a. spinosa L. — O. campestris Koch. et Zir. Cat. Pai. 22. ^. mitis L. — O. procurrens Wallr. y. anliquorum L. Terras arenosas incultas, campos áridos. Fl. de junho a setembro. I-II. Sect. II. Bugraoa DC. ÍCorolIa rósea Subsect. I. Euhugrana Wk. {Corolla amarella ^ Subsect. II. Bugranoides DC. Subsect. I. Eubugraua Wk. [Flores nitidamente pedunculadas em cacho O. Picardi Bss. (Flores rentes em espiga terminal densa 0. mitissima L. Subsect. II. Bugranoides DC. Espécie perennal ; folhas todas 3-foliadas 0. pusilta L. O. Picardi Bss. El. 55 e Voy. Bot. Esp. p. 954, tab. 45. Terrenos arenosos da região inferior e do liltoral. FI. de maio a junho. I. O. mitissima L. Sp. p. 717; Brot. II, p. 97. Terras calcareas e argillosas, sitios húmidos, bordas de campos. FI. de maio a junho. I. d 106 O. pusilla L. Sp. ed. 10, II, 1159; O. Columnae Ali. Fl. Pedem. Brot. Phyt. lusit. I, p. 135. Outeiros e campos incultos, seccos. Fl. de maio a julho. I. Sect. III. Natrlx Mnch. [ Pedúnculos muticos 1-floreos 1 (Pedúnculos aristados 0. hrcviflora UC. [Folhas inferiores 3-foliadas, as superiores 1-foliadas; estipulas ovaes denteadas mais curtas que o peciolo O. reclinata L. JFolhas inferiores e superiores 1-foliadas, as medias 3-foliadas, estipulas grandes do comprimento do peciolo O. pubescens L. O. reclinata L. Sp. ed. 2, p. 763; Brot. II, p. 97. Outeiros áridos, mattagaes. Fl. de maio a junho. I. O. breviflora DC. Prodr. II, p. 160; O. viscosa Brot. II, p. 93. Rochas, mattagaes, florestas, pastagens. Fl. de maio a junho. I-II. O. pubescens L. Mont. II, p. 207; O. arthropodia Brot. II, p. 94; Phyt. lusit. I, p. 141, tab. 58. Nas mesmas localidades das espécies antecedentes. Fl. de maio a junho. I. Tríg^ouclla L. Sect. Eutrigonella, | Bucerates Bss. T. monspeliaca L. Sp. p. 777. Terrenos arenosos e outeiros áridos. Fl. de março a junho. I. lledioago L. í Vagem reniforme, espiralada na extremidade, 1-spermica. Sect. I. Lupularia Ser. (Vagem espiralada 1 I Vagem livre em toda a extensão Sect. II. Falcago Rchb. ( Espiras ligadas na parte central Sect. lil. Spirocarpos Willk. 1 107 Sect. I. Lopularia Ser. M. lupulina L. Sp. p. 779; Brot. II, p. íi± Campos, pastagens, margem de caminhos. Fl. de junho a julho. I. Sect. II. Falcago Rclib. l Vagem falciforme m. falcala L. (Vagem espiralada 1 lEspiral de 2-3 voltas, espinhos nullos M. sativa L. (Espiral de 2-3 voltas muito juntas, margem grossa e espinhosa... M. marina L. M. falcata L. Sp. p. 779. Terrenos arenosos cultivados. Fl. de abril a agosto. I. — Luzerna de sequeiro. M. sativa L. Sp. p. 778; Brot. II, p. 112. Cultivada em terras frescas e permeáveis. Fl. de maio a julho. I. — Luzerna. M. marina L. Sp. p. 779; Brot. II, p. 113. Frequente nas areias da costa maritima. Fl. de abril a junho. I. Sect. III. Spirocarpos Willk. I Vagem sem nervura extra-marginal Subsect. I. Orbiculares Urb. Vagem com uma nervura extra-marginal parallela à sutura dorsal 1 [Vagem coberta de pellos glandulosos.. Subsect. III. Rigidulae Fiori et Begninot. M. riíjidula Desr. Vagem glabra 2 (Vagem cylindrica com espinhos fortes, espiras grossas e duras e muito juntas; e, ] sementes separadas por septos Subsect. II. Pacliyspirae Urb. Vagens membranosas ; espinhos menos fortes 3 Dentes do cálix piloso-barbados na extremidade. . Subsect. IV. Lcptospirae Urb- Dentes do cálix glabros completamente Subsect. V. Eiispirocarpae Urb. 1 3 108 Subsect. I. Orl)iciilares Urb. M. orbicularis Ali. Fl. Pedem. I, p. 314; M. polymorpha a. L. Sp. 779. Terrenos arenosos cultivados. Fl. de maio a junho. I. Subsect. II. Paehyspirae Urb. 1 Vagem pequena discoide-cylindrica 1 ( Vagem grande mais ou menos cylindriea 2 ( Pedúnculo aristado M. littoralis Rohde. 1 (Pedúnculo não aristado M. obscura Retz. 2 'Vagem com 4-6 voltas de espira; espinhos completamente divaricados. M. truncatula Gaertn. jVagem com o-7 voltas, margem larga t-nervea, espinhos fortes, lacinias do cálix villosas na extremidade M. turbinata Willd. M. obscura Retz. Obs. bot. l, p. 24. 1. Helix. — Voltas da espira 1 Vs"^* a. aculeata Guss. II. Ternala. — Voltas da espira 4-8. (3. muricata Urb.; M. muricata Brot. II, p. 116. Campos e terras incultas. Fl. de abril a maio. I. M. littoralis Rohde in Lois. Not. 118. Areaes do littoral e ainda nas terras arenosas do interior. Fl. de março a maio. I. M. truncatula Gaertn. De fruet. II, p. 350. b. longeciliata Urb. Terras arenosas e incultas. Fl. de março a maio. I. M. turbinata Willd. Sp. pi. III, 1409; M. polymorpha 5. iurhinala e e. muricata L. Sp. ed. 2, 1058. a. aculeata Gaertn.; M. villosa Brot. II, p. 116. a. dexlrorsa Arch. p. sinistrorsa Asch. 109 Campos e terrenos incultos, arenosos e relvosos. Fl. de março a maio. Subsect. III. Rigidiilae Fiori el Begiiinot M. rigidula Desr. in Lam. Encycl. IIÍ, p. 634; M. polymornha i. riqi- dula L. Sp. ed. 2, 1098. Terras arenosas e incultas mais ou menos relvosas. Fl. de abril a maio. I. Subsect. IV. Leptospirae Urb. M. mínima Grufberg in L. Amoen. IV, p. 105; M. polymorpha >i. mí- nima L. Sp. ed. 2, 1099. a. pubescens Webb. Hist. nat. Canar. a. vulgar is Urb. p. longisela DC. Prod. II, p. 178. b. mollissima Koch. Syn. p. 164. Terrenos cultivados e incultos frescos. Fl. de março a maio. I-II. Subsect. V. Eiispirocarpae Urb. Pedúnculos aristados com 2-o flores 3/. arábica Ali. Pedúnculos não aristados com 3-8 flores M. hispida Gaertn. M. arábica Ali. Fl. Pedem. I, p. 315; M. polymorpha >i. arábica L. Sp. ed. 2, 1098; Brot. II, p. 115. Terrenos relvosos e húmidos. Fl. de abril a maio. I. M. hispida Gaertn. De Iruct. II, p. 349; M. ciliaris Brot. II, p. 114. A. MiCROCARPA Urb. a. oliyogyra Urb. — Vagens com 1 '/j-S 7^ voltas da espira. a. apiculala Urb. — Espinhos de comprimento egual ou pouco mais do que a espessura das espiras. j5. denliculala Urb. — Espinhos muito mais compridos do que a espessura das espiras. 110 B. Macrocarpa Urb. a. tricycla Urb. — Vagens com 3-4 voltas da espira. 6. pentacydica Urb. — Vagens com 5-6 voltas. ^. breviaculeala Vrh. — Espinhas pouco mais longas do que a grossura das espiras. y. longiaculeata Urb. — Espinhas muito mais longas do que a espessura das espiras. Terrenos arenosos, incultos, campos e searas. Fl. de abril a junho. 1. ilelilolus Tournf. IFructos reliculado-rugosos Sect. I. Coelorytis Ser. JFructos com linhas salientes curvas concêntricas Sect. II. Gyrorytis Koch. Sect. I. Coelorytis Ser. /Flores e fructos muito pequenos; estipulas acuminato-setaceas. ) iU. paiviflora Desf. (Flores e fructos relativamente grandes; estipulas ovato-acuminadas. M. itálica Lam. Sect. II. Gyrorylls Koch. Planta glabra; fructos côr de palha M. segetalis (Brot.) Ser. M. itálica Lam. Fl. fr. II, p. 594; Trifolium Melilotus itálica L. Sp. p. 765; Brot. II, p. 102. Cultivada e subspontanea. Fl. de abril a maio. I. — Anaphe. M. indica Ali. Fl. Pedem. I, p. 308; Trifolium Melilotus indica L. Sp. p. 765; Brot. II, p. 102; M. parviflora Desf. Fl. ali. 2, p. 192. Pastagens e terrenos húmidos. Fl. de maio a junho. I. — Anaphe. M. segetalis (Brot.) (1) Ser. DC. Prod. II, p. 187; Trifolium Melilotus segetalis Brot. II, p. 484. Searas, caminhos, terrenos arenosos. Fl. de abril a junho. I. (1) Ê considerado por alguns botânicos como variedade do M. sulcatus Desf.^ do qual diflere apenas pela côr do fructo e pela glabrescencia. 111 Trifoliuiii L. j Flores acompanhadas de bracteas Subgen. Trifoliastrum Ser. 1 (Flores sem bracteas Subgen. Lagopus LoisiC. 3 l Cálix regular 5-denteado ou 2-labiado 5-nerveo não accrescenle 2 1 < (Calix 2-labiado 10-nerveo, accrescendo depois da floração. Sect. III. Golearia Presl. 1 Corolla amarella, bracteas pequenas Sect. I. Chronosemium Ser. i (Corolla branca ou rósea, bracteas bem apparentes. Sect. II. Euamoria Gib. et Belli. l Flores de capitulo todas eguaes e férteis Sect. I. Eulagopus Lojac. 4 (Flores periféricas dos capítulos férteis, muitas do centro sem corolla e estéreis. Sect. II. Cahjcomorphnm Presl. I Fauce do calix aberta ou fechada com pellos; corolla marcescente. § Prosbatostoma Gib. et Belli. Fauce do calix fechada por um corpo calloso; corolla caduca. § Stenostoma Gib. et Belli. Subgen. Trifoliastrum Ser. Sect. I. Chronosemium Ser. [Estipulas largas e arredondadas na base, mais curtas que o peciolo: capítulos de 3-5 flores 1 |Caules filiformes, estipulas não dilatadas na base mais longas que o peciolo; capítulos pequenos de 2-5 flores; pedúnculo capillar flexuoso. T. micranílium Viv. Capítulos de 3-5 flores T. minus Sm. Capítulos de 20-40 flores T. eampeslre Sclireb. Sect. II. Enamoría Gib. et Helli Calix bem mais curto que o estandarte 1 I Calix egual ou pouco mais curto que o estandarte 2 (Caules rastejantes e radícantes; capítulos em pedúnculos longos . . T. repens L. 1 (Caules restejantes mas não radícantes. T. pallescens Sclireb.. var. glareosum Pers. 112 I Capítulos em pedúnculos flexuosos mais curtos que as folhas. T. cernuum Brot. Capítulos axíUares rentes T. glomeratiim L. Sect. 111. Galearia Presl. ^ Capítulos com pedúnculo muito curto ou quasí rentes T. tommtosum L. ( Capítulos com pedúnculos longos 1 ! Planta annual; corolla com o estandarte voltado para o labío inferior do cálix depois da fecundação T. resiipinatum L. Plantas perennaes de caule mais ou menos lenhoso na base 2 (Bracteas grandes, as inferiores ligadas entre si T. fragiferum L. 2 (Brecteas muito pequenas, as inferiores subverticilladas T. physodes Stev. Sect. I. Clironosemiura Ser. T. minus Sm. in Relham. Fl. Cantabr. p. 290; T. filiforme Brot. II, p. 111. Terras frescas, caminhos. Fl. de maio a junho. I. T. filiforme L. Sp. p. 773. Prados e em terras de cascalho, Fl. de maio a junho. I. T. campestre Schreb. in Sturm. Deulschl. Fl.; T. procumbens L. Fl. Suec; Brot. II, p. 110. Pastagens, terras incultas, margens dos rios. Fl. de abril a junho. I. Sect. 11. Euamoria Gib. et Belli T. repens L. Sp. p. 767; Brot. II, p. 103. Prados e terras frescas. Fl. de maio a outubro. I-II. T. pallescens Schreb. in Sturm. Deutschl. Fl. var. glareosum Rouy il Fouc. Terras arrelvadas e pedregosas. Fl. de junho a julho. IV. T. cernuum Brot. Phyt. lusit. I, p. 150, tav. 62. Prados, terrenos arrelvados e arenosos. Fl. de maio a junho. I-II. T. glomeratum L. Sp. p. 770; Brot. II, p. 198. Terras cultivadas, áridas, caminhos. Fl. de março a junho. I. ivò Secl. III. Galearia Presl. A 2 ) T. resupinatum L. Sp. p. 771; Brot. II, p. 109. a. majus Bss. ; T. suaveolens Willd. [3. minus Bss.; T. Clusii Gr. et Godr. Terras frescas arenosas, Fl. de abril a junho. I. T. tomentosum L. Sp. p. 771 ; Brot. II, p. 110. Terrenos arenosos cultivados ou estéreis. Fl. de abril a junho. I. T. fragiferum L. Sp. p. 772; Brot. II, p. 109. Pastagens, terrenos arenosos e huníiidos. Fl. de maio a setembro. I. T. physodes Stev. in M. Bieb. Fl. Taur.-Cauc. II, p. 217; T. Cupani Tin. Terrenos de sombra, florestas. Fl. de junho a setembro. I. Sul)gen. I-.agopvis Lnjac. Sect. I. Eulayopus Lojac. § Prosbatostoma Gib. et Belli [Estandarte completamente livre Stenosemium Celak. T. striahim L. Estandarte ligado pela unha com as outras pétalas e estames 1 Fructo com uma única semente i Fructo com mais d'uma semente V. Pmlensia Sib. et Belli. l Cálix com 10 nervuras 3 ( Cálix com 20 nervuras VI. Lappaceae Gib. et Belli. Cálix membranoso entre as nervuras, lacineas selacoas densamente plumosas o i 3-4 vezes mais longas que o tubo I. Anrnsia Gib. et Helll. [Calix coriaceo com nervuras fortes '* íLacinias do calix subuladas quasi erectas na maturação. \ II. Trichopíera Gib. et Belli. (Laclnias afastadas entre si na maturação •• I Lacinias recurvadas para fora IH- Scahroidea (iib. cl Itellí. (Lacinias longas subespinliosas dispostas em eslrella . . IV. Stellata Gil. et Belli. g XXVI 114 i Stenostoma Gib. et Belli (Folhas superiores oppostas, foliolos obovaes 1 (Folhas alternas, foliolos estreitos VII. Angustifolia Gib. et Belli. [Dentes do cálix triangular-acuminados, os lateraes pouco mais curtos que o tubo. o inferior egual ou pouco mais longo VIII. Marilima Gib. et Belli, I Dentes do cálix laiiceolados, os lateraes muito mais curtos que o tubo, o inferior bastante mais longo IX. Ochroleuca Gib. et Belli. Sect. II. Cal)comorphum Presl. Flores da periferia férteis com corolla, as internas estéreis sem corolla. Matura- ção dos fructos liypogea T. subterranewn L. Subgen. Lagopus Lojac. Sect. I. Eulagopus Lojac. Stenosemium Celak. T. striatum L. Sp. p. 770; Brot. II, p. 107. Outeiros, pastagens, terrenos calcareos. Fl. na primavera. I. I. Arvensla Gib. et Belli T. arvense L. Sp. p. 769; Brot. II, p. 106. Campos cultivados, outeiros seccos, caminhos. Fi, de junho a julho. I. — Pé de lebre. li. Trichoptera Gib. et Belli T. Bocconii Savi Observ. Trif. p. 37; T. semiglabrum Brot. Phyt. lusit. I, p. 155. Terrenos arenosos arborisados. Fl. de junho a julho. I. iro III. Scabroldea Gib. et Belli T. scabrum L. Sp. p. 770; Brot. 11, p. 107. Terrenos arenosos áridos, marge;is de caminhos, campos cultivados. Fl. na primavera. I. IV. Stellata Gib. et Belli (Flores em espiga longa, cyiindro-conica; corolla vermelha ... T. incarnatum L. I Flores em capitulo ; corolla branca ou rósea y. stellatum L. T. incarnatum L. Sp. p. 769. Cultivado e subspontaneo era terras férteis. Fl. de abril a maio. I. — Trevo incarnado. T. stellatum L. Sp. p. 769; Brot. II, p. 107. Vulgar nos terrenos cultivados, nos caminhos. Fl. de maio a junho I. V. Pratensia Gib. et Belli [Dentes do cálix linear-setaceos ciliados, o inferior com o dobro do comprimento do tubo ; fauce do tubo fechado por um annel calloso T. praletise L. Sp. [Dentes do ealix subulados duas vezes mais compridos que o tubo; fauce aberta. T. di/Jusum Ehrh. T. diffusum Ehrh. Beitr. VII, p. 14.^; T. purpurascens Roth. Catai. I. p. 91; Brot. II, p. 105. Prados, sitios sombrios e húmidos. Fl. de junho a julho. í. T. pratense L. Sp. p. 768; Brot. II, p. 105. 3. villosum VVahlb. — Caule e peciolos villosos, pellos patentes, y. nivale Sieb.; T, pratense, var. pjrennicum Willk. et Lange. — Caule e peciolos villosos, pellos encostados á casca. Prados, terrenos frescos, margens de rios. Fl. de junho a julho. I. VI. Lappacea Gib. et Belli Cálix com 10 nervuras T. nmlium (h.) Huds. Cálix com 20 nervuras • *• 116 Í Dentes do cálix densamente ciliados T. Cherleri L. Dentes do cálix fracamente ciliados T. lappaceum L. T. médium (L.) líuds. Fl. Angl. ed. I, p. 284. Sitios relvosos frescos sombrios. Fl. de maio a dezembro. 1. T. Cherleri L. Dem. pi. 21, Amoen. Acad. III, p. 418; Brot. II, p. 104. Collinas relvosas, campos incultos. Fl. de abril a maio. I. T. lappaceum L. Sp. p. 768; Brot. II, p. 104. Outeiros calcareos, campos, terras arenosas. Fl. na primavera. I. VII. Angustifolia Gib. et Belli T. angustifolium L. Sp. p. 769; Brot. II, p. 104. Terrenos arenosos relvosos, bordas de campos, collinas incultas. Fl. de abril a junho. I. VIII. Marítima Gib. et Belli [Dentes do cálix muito deseguaes, o inferior com o dobro do comprimento do tubo 1 e por íim reflectido T. squarrosum L. iDentes do cálix deseguaes, o inferior de comprimento egual ao do tubo e não re- [ flectido, todos por fim patentes T. maritimum L. T. squarrosum L. Sp. p. 768; Brot. II, p. 106. Terras frescas e prados. Fl. de junho a agosto. I. T. maritimum Huds. Fl. Angl. ed. I, p. 408. Terras arenosas da região maritima. Fl. de maio a junho. I. IX. Ochroleuca Gib. et Beili T. ochroleucum Iluds. Fl. Angl. ed. I, p. 283; L. Svst. Nat. ed. 12, III, p. 233. Prados, sitios relvosos, terrenos sombrios. Fl. de junho a julho. I. Sect. II. Calicomorpbura Presl. T. subterraneum L. Sp. p. 767; Brot. II, p. 103. Terrenos relvosos, caminhos, paredes velhas. Fl. de abril a maio. I, ir PAPILIONATAE-LOTEAE (Vagem indehiscente 1-2-spermica inclusa no cálix Anthyllis L. (Vagem dehiscente 2 I Vagem recta oc-spermica, valvas enroladas em espiral depois da deliiscencia. Lottis L. Vagem recta 2-4-spermica, valvas não enrolando Doryrninm Vill. itiitliyllis L. ( Estames monadelphicos Scct. I. Vulneraria DC. 1 Estames 2-adelphos i ! Vagem 1-spermica, inflorescencia globosa, pequena.. Sect. II. Dorynwpsis Bss. Vagem oo-spermica (2-6) septada transversalmente, inflorescencia em capítulos de 5 a 9 flores Sect. 111. Cornicina Bss. Sect. I. Vulneraria DC. A. vulneraria L. Sp. p. 719; Brot. II, p. 154. a. vidgaris Koch. — Cálix concolôr; corolla branca ou amarella. p. rubra L. — Corolla vermelha. 8. hispida Bss. et Reut. — Caule e folhas hispidas. Terras frescas, arenosas. Fl. de abril a julho. MI. — Vulneraria. Sect. II. Dorycnopsis Bss. A. Gerardi L. Mant. I, p. 100; Brot. II, p. 155. Collinas seccas, vinhas. Fl. de junho a julho. I. Sect. III. Cornicina Bss. A. lotoides L. Sp. p. 720; Brot. II, p. 155. Campos e terras incultas. Fl. de maio a junho. I. 118 Dorycuiuiii Vill. Secl. Bonjeania Rchb. D. reclum Ser. in DC. Prodr. 11, p. 208; Lotus rectiis L. Sp. p. 775; Brot. II, p. 123. Logares húmidos, bordas de ribeiros. Fl. de maio a agosto. I. IjoIus L. l Cálix tulniloso-campanulado, raras vezes sub-2-labiado.. Sect. I. Eulotus Ser. 1 (Cálix 2-labiado, lábio superior 2-fiào, o inferior 3-partido. . . Sect. II. Lotea Ser. L. crelicns L. Plantas perennaes 2 Plantas annuaes • • 4 Cálix com dentes eguaes 3 Cálix subbilabiado L. glareosus Bss. et Reut. 1 [Caule fistuloso; flores 4-14 em umbellas; cálix de dentes linear-lanceolados. L. uliginosus Schkerber. I Caule não fistuloso, 2-3 flores; cálix com dentes triangulares na base e franca- mente subulados L. corniculatus L. [ Legume incluso no cálix L. parviflorus Desf. (Legume mais comprido que o cálix 5 [Legume em arco L. conimbricensis Brot. 5 (Legume recto 6 3 4 Pedúnculo com 2-4 flores, que se fazem verdes, seccando 7 Pedúnculo com 1-3 flores, que não se coram de verde, seccando. L. imgifstissimus L. [Estandarte chanfrado; carena em longo bico direito L. hispidus Desf. [Estandarte apiculado; carena em bico recurvado... L. castelhanus Bss. et Reut. Sect. I. Eulotus Ser. L. corniculatus L. Sp. p. 775; Brot. II, p. 121. 119 a. vulgaris Willk. — Glabro ou quasi glabro; dentes do cálix do comprimento do tubo. a. genuimis. — Pedúnculos 2 ou 3 vezes mais compridos que as folhas. 3. pedunculatus. — Pedúnculos 4 ou mais vezes mais com- pridos que as folhas. 6. gracilis. — Glabro ou pubescente, caule e ramos muito del- gados. c. pilosiis. — Mais ou menos albo-piloso; dentes do cálix mais compridos que o tubo. a. ciliatus. — Foliolos, estipulas e cálix mais ou menos ciliados. p. villosus. — Toda a planta densamente villosa. f. alpinus Bss. — Anão, cespitoso; folhas quasi rentes, foliolos pequenos. Terras arrelvadas, arenosas. Fl. de abril a junho. I-III. L. uliginosus Schkerhr. Handb. II, p. 433; L. corniculatus silvaticus Brot. II, p. 121. Sitios muito húmidos. Fl. de maio a junho. I. L. glareosus Bss. et Reut. Pug. p. 36. y. glacialis. Terrenos de cascalho e areentos. Fl. de junho a agosto. III-V. L. parviflorus Desf. Fl. Atl. II, p. 206; L. microcarpus Brot. II, p. 119. Terrenos seccos arenosos. Fl. de abril a maio. I. L. coimbrensis Willd. Sp. pi. III, 1390; L. conimbricensis Brot. Phyt. lusit. fase. I, p, 28; Fl. lusit. II, p. 118. Terrenos relvosos e húmidos. Fl. de abril a junlio. I. L. angustifolius L. Sp. p. 774; L. oligoceratus Scop. Brot. II, p. 118. Terras arenosas e húmidas. Fl. de maio a julho. I. L. hispidus Desf. Cat. Hort. Pav. p. 190. Terras arenosas, relvosas e húmidas. Fl. de maio a junho. í. L. castellanus Bss. et Reut. Diagn. pi. orient. n.** 9, p. 34, e Png. p. 38. Terras incultas, arrelvadas, húmidas. Fl. de julho a outubro. I-IIÍ. Sect. II. lolea Ser. L. creticus L. Sp. p. 775; Brot. II, p. 120. Areias do littoral. Fl. de março a maio. I. 120 t PAPILIONATAE-GALEGEAE-ASTRAGALINAE (Vagem cylindrica Asíragalus L. (Vagem linear comprimida denteada no dorso Biserrula L. itistrag^alus L. I Plantas pequenas annuaes ou 2-annuaes Sect. I. Trimenaeus Bge. Plantas perennaes 1 [Flores pedmiculadas em cacho laxo^ vagem grande e um pouco vesiculosa. Sect. II. Phaca Bge. [Flores rentes ou quasi, em cacho denso, vagem comprida e estreita. Sect. III. HypogloUis Bge. 1 1 Sect. I. Trimenaeus Bge. [ Pellos 2-furcados, ramos parallelos á epiderme A. Epiglottis L. [Pellos simples grossos presos pela base 1 1 Vagem em fornia de barquinha A. cymbaecarpus Brot. [Vagem estreita recurvada em forma de foicinha A. hamosus L. A. epiglotlis L. Mart. II, p. 274; Brot. II, p. 168. Campos e outeiros arenosos e argillosos. Fl. de abril a maio. I. A. cymbaecarpus Brot. II, p. 167; Phyt. lusit. I, p. 143, tab. 59. Terras húmidas e arenosas. FI. de abril a junlio. I. A. hamosus L. Sp. p. 758; Brot. II, p. 167. Terrenos áridos e estéreis. Fl. de abril a julho. I. Sect. II. Phaca Bge. A. lusitanicus Lanik. Dicl. I, p. 312; Brot. II, p. 166. Terrenos férteis, terras da beira mar. Fl. de abril a junho. I-II. — Alfavaca dos montes. 121 Sect. III. Hypoglottis Bge. A. granatensis Lge. Piig. p. 372; A. hypoglottis Brot. Phvt. lusit. !, p. 145, tab 60. Collinas estéreis, sitios alpestres. Fl. de abril a julho. I. Biserriila L. B. Pelecinus L. Sp. p. 762; Brot. II, p. 170. Terrenos arenosos cultivados e incultos. Fl. de março a junho. I. PAPILIONATAE-HEDYSAREAE-CORONILLINAE [Folhas inteiras, vagem espiralada e com liuhas salientes (costullas) longilndinaes. Scoíyinrm L. [Folhas 3- 00 -foliadas, vagem recta ou em forma de foucinha i I Vagem recta dividida em articules oblongos Coronilla L. Vagem em forma de foucinha, nitidamente articulada Ornilliopus L. ^corpiuriis L. 'Costullas externas com tubérculos cónicos ou espinhos mais ou menos recurvados em gancho na extremidade S. muricnta L. (Costullas externas com tubérculos muito dilatados na extremidade; voltas da es- pira muito juntas ; pedúnculos 1-floreos íí. vermkulata L. S. muricata L. Sp. p. 745; Brot. II, p. 79. a. typicus Fiori et Beg. — Espira laxa, com curtos tubérculos cónicos; pedúnculos 2-lloreos. p. sulcala (L.). — Espiras laxas, espinhas direitas em geral gla- bras; pedúnculos subtrilloreos. y. subvillosa (L). — Espiras um pouco juntas, espinhos mais compridos e mais finos do que os das variedades ante- riores; pedúnculos i-íloreos. Terrenos cultivados. Fl. de abril a julho. I. S. vermiculata L. Sp. p. 744; Brot. II, p. 79. Terras cultivadas e incultas. Fl. de março a junho. I. 122 OriíitSiopus L. lUmbellas sem bractea Sect. I. Arthrolobivm Desv. i (Umbellas com folha bracieal imparipennada .... Sect. II. Euornithopus Wh. 2 (Folhas inferiores simples; estipulas ligadas invaginantes O. durus Cav. 1 (Folhas todas imparipemiadas; estipulas quasi miUas 0. ebracteatiis Brot. 2 I Flores pequenas amarellas 0. compressm L. j Flores brancas com linhas côr de rosa no estandarte 3 I Flores muito pequenas, vagem articulada direita, roslro curto. 0. perpiisillus L. Flores maiores, vagem curva com rostro longo (Vs ou Va do comprimento da va- gem 0. sativvs Brot. Sect. I. Arliirolobiuin Desv. O. durus Cav. Ic. I, p. 31, tab. 41; O. hetcrophyllus Brot. lí, p. 160; Phyt. t. 87. Collinas áridas. Fl. de abril a junho. I. O. ebracteatus Brot. II, p. 159; Phyt. lusit. I, tab. 68. Terrenos cultivados e arenosos. Fl. de abril a agosto. I. Sect. II. Eiiornilhopus Wk. O. compressus L. Sp. p. 744; Brot. II, p. 159. Terrenos incultos e arenosos. Fl. de março a junho. I. ■ — Serraâella estreita. O. perpusillus L. Sp. p. 743. a. roseus (L,). — Pedúnculos mais compridos que as folhas; folha floral de comprimento do cálix quando muito; flor maior. Terrenos arenosos, incultos, bordas de caminhos. Fl. de maio a ju- nho. I. O. sativus Brot. II, p. 160. Cultivado e subspontaneo nas terras arenosas. Fl. de março a maio. I. — Serradella cultivada. 123 Coroiiilla L. Tolhas com 2 a 3 pares de foliolos, vagem de 4 angulo?. Sect. I. Evcoronilla Benlli. cl Hook. C. glauca L. ^Folhas 3-foliadas, foliolo médio grande, os laleraes reniformes pequenos. Secl. II. Srorpioidrs Benlh. i'l Hook. C. srorpioidcs (L.) Koch. Sect. I. Eucoronilla Benlli. et Ilook. C. glauca L. Cent. pi. 1, p. 23; Sp. ed. II, lOí-7; Brot. II, p. 163. Terrenos calcareos. Fl. de março a jullio. I. — Senna do reino. Sect. II. Scorpioides Beiíth. et Hook. C. scorpioides (L.) Koch. Syn. ed. I, p. 188; Ornithopiis scorpioides L.; Brot. II, p. 161. Terrenos cultivados. Fl. de fevereiro a ju«ilio. I. PAPILIONATAE-VICEAE ITubo dos estames truncado muito obliquamente Vicia L. (Tubo dos estames truncado em angulo recto i lEstylete comprimido lateralmente Pisum L 1 (Estylete comprimido transversalmente Lathyrus L. Wieia L. (Estylete comprimido dorsal ou lateralmente 1 Estylete filiforme assovclado pubeseente na extremidade, Sect. IV. I'Jnilia 1-k. Estylete barbudo na face inferior pouco abaixo do estignia. Sect. I. Envida Vis. Estylete pelludo na face superior ou em roda 2 1 2 (Vagem troncada muito obliquamente e rostrada na extremidade. Secl. II. Cracca Riv. [Vagem arredondada na extremidade c não rostrada Sect. III. Knum L. 124 Sect. I. EuTÍcia Vis. I Caule delgado raslejante ou trepador Vicicinae. l Caule recto mais ou menos consistente e carnoso Fabinae. 4 1 Vagem curta e larga Platycarpae. 2 ( Vagem comprida ensiforme Hyphocarpae. 3 2 1 2 fFlôr amarella, vagem linear-oblonga com pellos duros nascendo d'um tubérculo; sementes globosas V. lutea L. iFlôr amarella n)ais ou menos riscada de violeta; vagem rhomboidal-oblonga co- berta de pellos acastanhados; sementes (3-4) quadrangulares comprimidas. V. vestita L. 1 Flores e legumes rentes V. sativa L. 3 (Flores pedunculadas; pedúnculo egual ou mais comprido que a folha. V. Bythnica L. Folhas inferiores com um só par de foliolos e sem gavinha; foliolos grandes elli- plieos. Flores grandes, pedúnculos mais curtos que a folha; dente superior do cálix triangular, os inferiores lanceolados mais compridos; corolla purpurina. 4 { V. narboneniis L. fFolhas todas mucronadas, corolla branca, vagem muito grande, sementes grandes achatadas lateralmente, hilo linear V. Faba L. Sect. II. Cracca Riv. * 1 Plantas annuaes polyspermicas, flores grandes 1 [Plantas annuaes 2-4-spermicas, flores pequenas 2 [Dentes superiores do cálix muito curtos, os inferiores linear-subulados; vagem glabra V. dasycaiya Ten. JDentes do calix sctaceos quasi eguaes densamente villosos; vagem densamente villosa V. atropurpurea Desf. [Dentes do calix deseguaes, os superiores conniventes, os inferiores subulados ciliados ; vagem amarellada glabra V. ãisperma DG. ) Dentes do calix eguaes villosos; vagem muito pequena (8-10 mm.) negra villo- sula V. hirsuta S. F. Grav. 128 Sect. III. Ervura L. Foliolos linear-allongados; flores de 0-6 mm.; cálix de dentes quasi eguacs. V. tetiaspcnna Moencli. Sect. IV. Eivilia Lk. Folhas com 8-12 pares de foliolos, mucronadas, sem gavinha.. V. Ervilia Willd. Sect. I. Envida Vis. # Vícicinae V. lutea L. Sp. p. 736; Brot. 11, p. 151. Terrenos cultivados, collinas áridas, prados. FI. de março a junho. I. V. vestita Bss. Elench. p. 67; Voy. bot. Esp. p. 193, tab. o7. Searas, terrenos cultivados e sitios sombrios. Fl. de abril a maio. I. V. sativa L. Sp. p. 736; Brot. II, p. 150. Plantas sem estolhos brancos subterrâneos. V. sativa typíca Beck. Fl. Nieder-Oesterr. p. 876. — Flores de 2-3 mm. «. obovala Ser. in DC. Prod. — Foliolos obovaes ou obcor- dados. ^. Unearis Lang. Pug. — Foliolos muito estreitos. Flores de 1,5-1,8 cm. V. cordata Wulf. in Sturm. Deulsch. Fl. — Foliolos das folhas inferiores obcordados, os das superiores linear-cuneiformes. V. angustifoUa L. Amenit. Ac. IV, p. 105. — Foliolos das folhas superiores linear-troncados ou obtusos. a. Bobarlli Koch. Syn. ed. II, p. 213. — Foliolos das fo- lhas superiores linear-lanceolados, ou linear-troncados, ou emarginado-mucronados. p. segeialis Koch. I. c. — Foliolos das folhas superiores oblongo-lanceolados arredondados na extremidade. V. amphicarpa L. Sp. ed. II, p. 1030. — Plantas com estolhos brancos e subterrâneos; duas formas de ílôr, umas completas, outras imperfeitas. Searas, sebes e maltas, terrenos incultos. Fl. de abril a junho. 1. Í2tí V. Bithnica L. Syst. ed. X, p. 1166. Sebes, bordas de campos. Fl. de abril a junho. I. ** Fabinae V. narbonensis L. Sp. p. 737. p. serrati folia Koch. Syn. ed. II, p. 215. Terrenos húmidos e férteis, mattas, valias. Fl. de maio a junho. 1. V. Faba L. Sp. p. 737. Cultivada. Fí. de maio a junho. I. Sect. II. Cracca Riv. V. dasycarpa Ten. Viagg. Abruzz. p. 81; V. varia Host. ; V. Cracca Brot. II, p. 149. Searas, sebes. Fl. de maio a setembro. I. V. atropurpurea Dcsf. Fl. Atl. II, p. 164; V. villosa Brot. II, p. 150. Terras incultas, relvosas, arenosas. Fl. de março a maio. I. V. disperma DC. Cat. líost. Monsp. p. 154. Terrenos arenosos, pedregosos, mattas. Fl. de abril a junho. I-II. V. hirsuta S. F. Gray Nat. an. Brit. pi. II, p. 614; Ervum hirsutum L.; Brot. II, p. 152. Terras cultivadas, searas. Fl. de abril a julho. I. Sect. III. Ervum L. V. tetrasperma Moench. Meth. p. 148. var. gracilis Arch. ex Gurb.; V. gracilis Lois.; Ervum varium Brot. II, p. 152; V. laxiflora Brot. Phyt. I, p. 125. Searas, bordas de campos, sebes, mattagaes. Fl. de março a maio. I. Sect. IV. Ervilia Lk. V. Ervilia Willd. Sp. pi. III, p. 1103; Ervum Ervilia L. Sp. p. 738; Brot. II, p. 153. Cultivada e subspontanea nos campos. Fl. de abril a junho. I. — Orobo das bolicas, Ervilha de pombo. Í27 Í Todas as folhas, pelo menos as superiores, com gavinhas. Sect. I. Archylathyrns. l Todas as folhas sem gavinhas Sect. II. Orobus. (Estylete não torcido 2 1 (Estylete torcido 4 [Folhas reduzidas á gavinha, estipulas muito grandes I. Aphacn Tourn 2 ( Folhas todas ou pelo menos as superiores com foliolos 3 IPeeioIos inferiores foliaceos; estandarte bigiboso-calloso perto da base. II. Clymenum DC Todas ou quasi todas as folhas com foliolos e gavinhas : caule 2-gumeo. IV. Orobastrum Gr. et Godr. ÍEs.ylete recto; pedúnculos com 4-3 flores; vagem oval-alongada. III. Cicercula Much. Estylete curvo V. Eulalhyrus Ser. Sect. I. Archjlalhyriís I. Aphaca Tourn. L. Aphaca L. Sp. p. 729; Pisum Aphaca Brot. 11, p. lio. Searas, sebes, sitios arenosos. Fl. em abril e maio. I. II. Clymenum DC, (Flores amarellas ; vagem 2-alada L. Ochrus DC. I Flores vermelhas ' íAzas da corolla azues; vagem comprimida, canaliculada no dorso. \ L. Clvmenum L. 1 Azas da carolla brancas; vagem tubulosa, não canaliculada no dnrso. ^ L. arluulalus L. L. Clymenum L. Sp. p. 73*2. a. íenuifolius Godr. — Caule e peciolos subalados; foliolos lan- ceolado-lineares. 128 [i. latifolius Godr. Brot. II, p. 14 v. — Caule e peclolos per- feitamente alados; foliolos oblongo-lanceolados ou lanceo- lados. Mattas, sebes, searas, bordas de caminhos. Fl. de abril a junho. I. L. articulatus L. Sp. p. 731; Brot. II, p. 439. Terrenos cultivados, sebes. Fl. de abril a maio. I. L. Ochrus DC. in Lam. et DC. Fl. Fr. IV, p. S78. Campos e terras incultas. Fl. de abril a maio. I. III. Cicercula Much. [ Vagem glabra ' 1 ( Vagem hirsuta L. hirsntus L. ( Corolla amarella L. annuus L. j Corolla mais ou menos violácea 2 (Pedúnculos mais curtos que as folhas; vagem canaliíiulada no dorso. L. Cicera L. (Pedúnculos eguaes ou mais compridos que as folhas; vagem 2-alada no dorso. 3 I Planta sem estolhos brancos L. sativus L. Planta com estolhos brancos, fructificação aérea e subterrânea. L. amphicavpus Brot. L. sativus L. Sp. p. 730; Brot. II, p. 138. Searas. Fl. de março a maio. I. — Chicharos grossos ou ordinários. L. amphicarpus Brot. II, p. 135, e Phyt. lusit. I, p. 163. Collinas e outeiros argilloso-calcareos. Fl. de março a maio. I. L. annuus L. Amoen. Acad. Ill, p, 417; Brot. II, p. 141. Searas, prados, terras incultas frescas. Fl, de abril a junho. I. L. Cicera L. Sp. p. 730; Brot. p. 137. Searas, vinhas, terras incultas. Fl. de abril a junho. I. — Chicharos meudos. L. hirsutus L. Sp. p. 732; Brot. II, p. 141. Terras cultivadas, searas. Fl. de maio a julho. 1. IV. Orobastrum (Bss. Fl. Or.) Taub. Í Pedúnculos oo-floreos L. palustris L. Pedúnculos com uma só ílòr i 1-20 /Pedúnculo aiislado, arliculailo ao meio, mais curto que a folha. 1 < L. sphaerkus Hetz. (Pedúnculo articulado perto da extremidade, 4-6 vezes mais comprido (jue a folha. L. anyulalus L. L. palustris L. Sp. p. 733. p. nudkauUs Willk. — Caule e peciolos nào alados (1). Terrenos incultos húmidos. Fl. de maio a junho. I. L. sphaericus Relz. Obs. bot. Ill, p. 39. Vinhas, terras cultivadas. Fl. de abril a julho. I. L. anguiatus L. Sp. p. 731; Brot. II, p. 139. Terras incultas, searas, terrenos arenosos. Fl. de abril a julho. I-II. V. Eulathyrus Ser. in DC. Prod. I Dentes do cálix deseguaes, os superiores direitos 1 Dentes do cálix deseguaes, os superiores conniventes L. latifolius L. Í Vagem glabra 2 Vagem e caule villosos L. odoratus L. 2 1 Estandarte côr de rosa na face anterior e esverdeado no dorso . . L silvestris L. I Toda a corolla vermelha L. Tingitamis L. L. silvestris L. Sp. p. 733. ^. latifolius Peterm. — Foliolos inferiores grandes ovaes oblon- gos arredondados e mucronados, os médios elliptico-lan- ceolados, os superiores lineares. Mattagaes, terras incultas sombrias. Fl. em junho e julho. I. L. latifolius L. Sp. p. 733; Brot. II, p. 142. Sebes, brenhas, mattas. Fl. de junho a agosto. I. L. Tingitanus L. Sp. p. 732. Sebes e brenhas. Fl. de maio a junho. I. L. odoratus L. Sp. p. 732. Cultivado e subspontaneo. Fl. de maio a julho. I. (I) O sr. G. Sampaio nota diíTercnças importantes entre esta planta e o verdadeiro L puhistris. dando talvez logar a considerar-se como nova espécie. 9 KXM 130 Sect. II. Orobus JFolioIos ovaes, elliplicos ou oblongo-lanceolados; dentes inferiores do cálix egua- lando o lubo. Planta estoionifera e productora de tubérculos. L. montanus Bernh. IFoIIoIos ellipticos; dentes inferiores do cálix egualando Va do tubo. Planta tor- nando-se negra seceando L. niger Bernh. L. niger (L.) Bernh. Syst. Verz. Esf. p. â48 ; Orobus niger L. Sp. p. 729; p. 146. Mattas das regiões montanhosas. FI. de maio a julho. II-III. L. montanus Bernh.; Orobus tuberosus L. Sp. p. 728; Brot. II, p, 147. Nas mattas das regiões baixas e montanhosas. Fl. de abril a maio. I. Pisiiiu L. l Pedúnculos oo-floreos ; sementes amarelladas, globosas P. saHvum L. (Pedúnculos l-floreos; sementes escuras, angulosas P. arvense L. P. sativum L. Sp. p. 727; Brot. II, p. 144. Cultivado em muitas variedades. — Ervilhas. P. arvense L. Sp. p. 727; Brot. II, p. 144. Cultivado e snbspontaneo. Fl. de maio a julho. — Ervilhas meudas. PAPILIONATAE-PHASEOLEAE-PHASEOLINAE [Cálix 2-labiado. Carena com o estylete e estamos enrolados em espiral. Plantas trepadoras Phaseolus L. [ Cálix 5-denteado. Carena não eniolada Dolichos L. Phaseolus L. Ph. vulgaris L. Sp. p. 723. a. communis Arch. FI. Prov. Brandenb. — Feijoeiro branco de trepa. b. nanus L. (como espécie) Cent. pi. I, p. 23. — Feijoeiro branco das searas. Cultivado. Fl. na primavera e no verão. l,1í Ph. mullillonis Lamk. Ericy. Ill, p. 70. Cultivado. Fl. de junho a julho. — Feijoeiro escarlate. Uoliclios L. D. monachahs Brot. FI. lusit. II, p. 125. Cultivado. Fl. no verão. — Feijão fradinho. Serie Oeranlales í Flores hermaphroditas i (Flores unisexuaes Subserie Tricoccae. 1 Flores regulares ou quasi Subserie Gercmiineae. ( Flores symetricas Subserie Polyynlinae. Subserie Geraniineae IFolhas simples 1 I Folhas compostas 2 [ Folhas inteiras estreitas; frueto capsular Linaceae. (Folhas lobadas ou fendidas; frueto com um longo bico Geraniaceae. IFolhas 3-foliadas Oxalidaceae. (Folhas pennadas 3 (Estigma simples Ruíaceae. 3 (Estigma com 5 raios Zygopbyllaceae. Geraniaceae (*) lEstames férteis 10 Geranium L (Estames férteis 5, estéreis 5 (G. pusillum L.) Erodhtm I.'Herit. (1) J. Mariz -£o/. da Soe. Brot., VIU, p. 161. 132 Oerauiuiii L. [Plantas perennaes com rbizoma desenvolvido; pedúnculo 1-tloreo. Sect. I. Batrachia Koch. [Plantas annuaes; pedúnculo 2-floreo 1 í Sepalas patentes Sect. II. Columbina Koch. 1 (Sepalas erectas na flor e conniventes no fructo Sect. III. Robeitiana Koch. Sect. I. Batrachia Koch. G. sanguineum L. Sp. p. 683; Brot. II, p. 7i. Sebes, outeiros pedregosos estéreis. Fl. de junho a julho. I-II. — Gerânio sanguíneo, Bico de Grou sanguíneo. Sect. II. Columbina Koch. ; Folhas lobadas ou fendidas 1 [ Folhas partidas 3 [Carpellos com rugas transversaes G. molle L. ( Carpellos lisos 2 1 Estames 10 férteis G. rotundifolinm L. ( Estames férteis 5, estéreis 3 G. pusillum L. [Carpellos pelludos ; pedúnculos mais curtos que as folhas G. dissedum L. 1 2 3 [Carpellos glabros; pedúnculos muito mais comi>ridos que as folhas. G. Coiumbinum L. G. molle L. Sp. p. 682; Brol. 11, p. 72. Terras cultivadas e incultas. Fl. de abril a julho. I-il. G. rotundifolium L. Sp. p. 683; Brot. II, p. 72. Terrenos cultivados, sebes. Fl. de abril a outubro. I. G. pusillum L. Sys. Nat. ed. X, n.** 36. Campos relvosos, terras cultivadas. Fl. de maio a julho. IV. G. dissectum L. Cent. I, p. 21 ; Brot. II, p. 73. Campos arrelvados, terras de pousio. Fl. de abril a maio. I. 133 G. Columbinum L. Sp. p. 682; Brot. 11, p. 73. Terras arrelvadas, campos. Fl. de junho a julho. I-II. Sect. III. Roberliana Koch. I Folhas renlformes palmilobadas q lucidim L. (Folhas 3-0 palmipartidas G. Robertianum L. G. lucidum L. Sp. p. 682; Brot. II, p. 72. Terrenos sonnbrios e húmidos. Fl. de abril a julho. I-III. G. Robertianum L. Sp. p. 681; Brot. 11, p. 71. Mattas húmidas, fendas das pedras, muros velhos. Fl. de maio a julho. I-IV. Erocliiim L. [Folhas simplesmente denteadas ou lobadas 1 (Folhas piunatiseccadas 2 \ [Bico do fructo de 2-3 centímetros; folhas serrilhadas ou lobadas. E. malacoides (L.) Willd. |Bíco do fruclo de 1 decimetro; folhas inferiores crenadas ou lobadas, as superio- res pinnatifidas E. Botnjs (Cav.) Bertol. (Filetes dos estames férteis largos e 2-denteados na base 3 2 (Filetes dos estames não 2-denteados 4 ÍFoliolos grandes denteados distantes uns dos outros. E. moschatum (Burm.) L'IIerit. Foliolos pequenos pinnatifidos E. primulaceim (Wchv.) Lange. [Folhas inciso-lobadas ou pinnatisecoadas E. cicutarinm (L) L'lierit. 4 ( Folhas 2-pennadas ou qnasi 3-peDnadas 5 (Folhas 2-pennadas, segmentos inteiros E. cicularitm, a. bipinnaíum (W.). b } (Folhas 2-pennadaSj segmentos profundamente divididos. E. ciaitarium, p. Jacquinianum (Fiseh., Mey. et Ave-Lall.). I3í E. malacoides (L.) Willd. Sp. III, p. 639; Geranium malacoides L. p. 680; Brot. II, p. 74. Terrenos arenosos, campos áridos, caminhos. Fl. de maio a julho. I. E. Botrys (Cav.) Bertol. Amoen. p. 35; Geranium Botrys Cav. Diss. IV, p. 218, tab. 90; Brot. II, p. 74. Terras incultas, outeiros seccos arenosos. Fl. de março a junho. I. E. moschatum (Burm.) L'Herit. in Ait. Host. Kew. p. 414; Geranium moschatum L. ; Brot. II, p. 74. Campos e terras incultas, bordas de caminhos. Fl. de maio a julho. I-II. — Bico de Grou ou de Cegonha moscado, Agulheiro ou agulha de partes moscadas. E. primulaceum (Welw.) Lange Ind. sem. H. haun. 1885, p. 24; Pug. pi. IV, p. 328; Welw. pi. lusit. exsic. n." 85. Terrenos argillosos e húmidos. Fl. de fevereiro a maio. I. E. cicutarium (L.) L'Herit. ; Geranium cicutarium L. Sp. p. 680; Brot. II, p. 75. a. bipinnatum (W.) Fiori et Beg. ^. Jacquinianum (Fisch., Mey. et Ave-Lall.) Fiori et Beg. Terrenos cultivados e incultos; ^. terrenos arenosos da beiramar. Fl. de fevereiro a abril. I. Oxalidaceae Oxalis L. Planta de caule prostrado ; folhas caulinares 0. corniculata L. Plantas rhizomatosas bulbiferas; folhas todas radicaes O. cernua Thunb. O. corniculata L. Sp. p. 435 ; Brot. II, p. 223. Frequente em terras cultivadas e incultas, muros. Fl. de maio a agosto. I-II. O. cernua Thunb. Diss. de oxal. n." 8, p. 12, tab. 2. Subspontanea nas terras cultivadas. Fl. de setembro a novembro. I. Linaceae I Flores 4-meras ; planta pequena Radiola L. Flores 5-meras Linum L. 135 Radiola L. R. linoides Roth. Tent. 2, p. i99; Liniim Radiola L. Sp. p 281- Hrot. I, p. 485. ^ ^ Terrenos arenosos, pastagens, mattos. Fl. de maio a junho. I. liiiiiiiii L I Pétalas amarellas; sepalas glandulosas na margem. . Sect. I. Linastrum Planch. ( Pétalas azues, côr de rosa ou brancas; sepalas não glandulosas. Sect. II. Eulinum Planch. Sect. I. Linastrum Planch. I Folhas Ihiear-lanceoladas { Folhas linear-subuladas ; pétalas subuiadas L setacmm Brot. [Ramos pubescentes /,. strictum L. Ramos glabros l. gallicum l. Sect. II. Eulinum Planch. [Sepalas interiores levemente ciliadas; antheras quasi globulosas. L. angustifolium Huds. [Sepalas todas glabras ; antheras sagitadas L mitatissimum L. L. setaceum Brot. I, p. 484. Terras áridas, mattos. Fl. de abril a julho. I. L. strictum L. Sp. p. 279; Brot. I, p. 484. a. laxiflorum Gr. et Godr. — Fasciculos de ílores poucos e dis- tantes uns dos outros na extremidade de ramos longos. p. cymosus Gr. et Godr. — Fasciculos de ílores compactos em ramos curtos. y. axillare Gr. et Godr. — Fasciculos de flores axillares por quasi todo o caule. Terras áridas, vinhas. Fl. de abril a maio. I-II. L. gallicum L. Sp. ed. II, p. 401; Brot. I, p. 483. Terrenos seccos, vinhas. Fl. de abril a junho. I. L. angustifolium Huds. Fl. Angl. p. 134; Linum agreste Brot. I, p. 481. 136 Prados, pastagens, mattas. Fl. de abril a agosto. I-II. — Linho gal- lego bravo. L. usitatissimum L. Sp. p. 277; Brot. I, p. 481. Cultivado em quasi todo o paiz. Fl. de maio a julho. I. — Linho; linho da terra, gallego ou mourisco. Zygophyllaceae (i) ZYGOPHYLLOIDEAE-TRIBULEAE Tribiiliis L. T. terrestris L. Sp. p. 387; Brot. II, p. 70. Frequente em terras áridas e ainda nas cultivadas. Fl. de junho a setembro. I. — Abrolho terrestre. Rutaceae (i) RUTOIDEAE-RUTEAE-RUTINAE Ru. monspeliaca L. (Nervuras lateraes das azas ligando se cm arco na extremidade 1 [ Folhas inferiores oppostas p. depressa Wender. ( Todas as folhas alternas p. vulgaris L. P. monspeliaca L. Sp. p. 702; Brot. II, p. 29; Pliyt. lusil. II, p. 216, tab. 176. Outeiros calcareos, terrenos incultos. FI. de março a julho. I. P. depressa Wender, Schrift. d. Ges. d. Naturwiss z. Marburg. Regiões montaidiosas. Fl. de junho a julho. IV e V. P. vulgaris L. Sp. p. 702; Brot. II, p. 29. a. íypica (P. vulgaris Rchb.). — Azas elliplicas mais largas que a capsula. ^. oxyplcra (Rchb.). — Azas cuncalo-ellipticas mais estreitas que a capsula. f. angusti folia. y. lusilanica P. Cout. — Azas ciliadas. Prados, mattas e montes. Fl. de março a julho. I-IV. Subseries Tricoccae Euphorbiaceae (Flores monoicas ou dioicas nao contidas num invólucro membranoso. Aralyphrae. (Flores monoicas, masculinas e femininas contidas dentro d'um invólucro membra- noso Euphorbieae. 38 Acalypheae * Mercurialinae micreiírialiii (^Tuuriif.) L. (Folhas pelludas glandiilosas ; planta perennal M. perennis L. (Folhas glabras ; planta annuai M- annua L. M. perennis L. Sp. p. 1035. Mattas sombrias e húmidas. Fl. de maio a julho. I. — Mercurial. M. annua L. Sp. p. 1035; Brot. II, p. 51. a. genuína J. Mull. — Flores dioicas; flores masculinas em es- piga com pedúnculo mais comprido que as folhas. "^.ambígua J. Mull. — Flores monoicas em grupos axiliares rentes. Frequente nos campos, nas terras incultas, muros velhos. Fl. de fe- vereiro a dezembro. I. Euphorbieae (í) Eu|ihorbia L. [Flores solitárias; folhas oppostas com estipulas. Plantas rastejantes. Sect. I. Anisophyllum Haw. [Flores em urabella ; folhas sem estipulas Sect. II. TithyniaJus Scop. Sect. I. Anlsophjllum Haw. Subsect. Chamaesyceae E. Peplis L. Sp. p. 455; Brot. II, p. 309. Areias maritimas. Fl. de junho a setembro. I. — Maleileira das areias. (1) J. DâweâVi ~ Euphorbiacées de Portugal — Boi. da Soe. Brot., III (1885). 139 Sect. II. Tilhjmaliis Scop. [Folhas caulinares oppostas Subseel. I. Decussalae Bss. E. Latliyris L. [Folhas caulinares alternas 1 /Glândulas do invólucro inteiras, ovaes ou arredondadas. Subseel. II. Galarrhnei Bss. Glândulas do invólucro em forma de crescente, bicorueas ou i-corneas. Subsect. III. Esulae Bss. Glândulas do invólucro pectinadas na margem, ou 2-corneas, ap|)endices curtos \ dilatados na ponta . . Subsect. IV. Ahjrsiniíis Bss. Subsect. I. Decussatae Bss. E. Lathyris L. Sp. p. 457; Brot. II, p. 311. Terras cultivadas. Fl. de junho a julho. I. Subsect. II. Oalarrhaei Bss. Sementes lisas 1 Sementes finamente tuberculosas E. pubescens Wahl. Sementes alveoladas 2 [Folhas caulinares lanceoladas de 4-7 mm E. (hdcis L. 1 (Folhas caulinares muito pequenas linear-oblongas E. uliginosa Welw. 2 [Capsula alada no dorso E. ptericocca Brot. [capsula lisa E. helioscopica L. E. dulcis L. Sp. p. 457. Prados, pastagens, mattas huníiidas. Fl. de abril a julho. I. E. uliginosa Welw. Plant. lusil. exsic. n." 532. Terrenos muito bumidos do littoral. Fl. de abril a maio. I. E. pubescens Wahl. Syneb. II, p. 55; E. pilosa Brot. II, p. 315. p. leucotricha Bss. — Folhas obtusissimas. y. crispata Bss. — Folhas curtas e de margens onduladas. Terras húmidas, margens de ribeiros, etc. Fl. de maio a julho. I. 110 1 2 E. ptericocoa Brot. 11, p. 312; Phyt. lusit. l, p. 186, tab. 76. Collinas e valles cultivados. Fl. de abril a maio. I. E. helioscopica L. Sp. p. 459; Brot. II,. p. 312. Vulgar nos terrenos cultivados e incultos. Fl. de janeiro a maio. 1. — Maleiteira, Tithymalo dos valles. Subsect. III. Esulae Bss. Folhas floraes livres 1 Folhas floraes ligadas 4 Sementes tuberculosas, folhas floraes lanceolado-lineares E. exígua L. Sementes foveoladas ou lisas 2 Sementes foveoladas 3 ( Sementes lisas E. Paralias L. [4 pequenas cavidades nas faces lateraes E. Peplus L. 3 h pequenas cavidades nas faces lateraes E. peploides Gouan. (sementes irregularmente foveoladas E. segetalis L. l Capsula glabra (planta dos sitios húmidos) E. amygdaloides L. (Capsula pellnda (planta dos sitios áridos) E. Charadas L. E. exigua L. Sp. p. 456; Brot. II, p. 310. Terras cultivadas e incultas, pinhaes. etc. Fl. de maio a julho. I. E. Peplus L. Sp. p. 456; Brot. p. 310. Campos, sebes. Muito vulgar. Fl. de abril a dezembro. I. E. peploides Gouan, Fl. Monsp. p. 174. Terras cultivadas. Fl. de janeiro a abril. I. E. segetalis L. Sp. p. 468; Brot. I, p. 312. Terras cultivadas, especialmente nas searas. Fl. de abril a agosto. I-III. E. amygdaloides L. Sp. p. 463; Brot. II, p. 317. Florestas frescas e húmidas. Fl. de fevereiro a maio. I. E. Characias L. Sp. p. 453; Brot. II, p. 319. Frequente nas collinas calcareas, sebes. Fl. de janeiro a abril. I. — Trovisco macho, Tilhynialo maior, Maleiteira maior. 4 141 Subsect. IV. Myi-sinitis Bss. E. Broteri Daveau, Boi. da Soe. Brot. III, p. 33; E. Myrsiiiites Brot. II, p. 317. Serra da Estrella, Manteigas. Fl. de maio a abril. III-IV. Callitrichaceae Callitriclie L. C. palustris L. Sp. p. 969. «. slagnalis (Scop.). — Fructo lobado e lóbulos carenado-alados. f. major Kutz. f, minor Kulz. ^. verna (L.). — Friiclo oval com os lóbulos levemente margi- nados. Aguas estagnadas ou de pequeno movimento. Fl. de abril a maio. I. Series Sapiudales I Flores herinaphroditas Aquifoliaceae. Floies unisexuaes i 1 Flores 3-meras : fruclo baga Etnpeliaceae. 1 (Flores regulares, sepalas e estames 3, carpellos 3, fructo drupaceo. Anacardiaceae , % Rhoideae. Empetraceae EiiípcCriiiii L. E. álbum L. Sp. p. 10-22; Brot. I, p. 70. Terrenos arenosos da beiramar. Fl. de março a abril. I. — Camari- nheira ou Camarinha. Anacardiaceae § Rhoideae (Pelalas 4-6 '''"'^ ^'^ (Pétalas O rislacia l. '1 142 IIIbus L. R. coriaria L. Sp. p, 265; Brot. I, p. 475. Terrenos áridos, fendas de rochas. Fl. de maio a junho. ML — Su- magre. I*i8tacia L. Í Folhas paripennadas ; peciolo alado P. Lentiscus L. Folhas im paripennadas ; peciolo não alado P. Terebinthus L. P. Lentiscus L. Sp. p. 1026; Brot. I, p. 478. Outeiros áridos, sebes. FI. de abril a maio. I. — Lenlisco verdadeiro, Aroeira. P. Terebinthus L. Sp. p. 1025; Brot. I, p. 478. Terrenos áridos. Fl. de abril a maio. I-II. — Terebinlho ou Corna- Iheira dos transmontanos. Aquifoliaceae IleiL L. L Aquifoiium L. Sp. p. 125; Brot. I, p. 213. Regiões altas (Serra da Estrelia). Fl. na primavera. IV. — Azevinho. Series Rbamnales Rhamneae Rliaiiiiius L. [Flores dioicas, 5- meras; estylete 2-3-fido; folhas membranosas. Subgen. I. Eurhamnus Dippel. [Flores hermaphroditas; estylete indiviso; folhas coriaceas. Subgen. II. Frangula Brongn. Subgen. I. Eurlxamiius Dippel. R. Alaternus L. Sp. p. 193; Brot. I, p. 301. Sebes, mattagaes das encostas e valles, margens di ribeiros. Fl. de mar^o a abril. I. — PbylUrea bastarda ou dos jardineiros. Ii3 Subgen. II. Fraiigula Broiigo. R. Frangula L. Sp. 193; Brot. I, p. 301. Mattagaes e ílorestas húmidas. Fl. de maio a junlio. I. — Franyula, Sanguinho d' agua ou Amieiro preto. Series Hiaivaies (l) Malveae-Malvinae ( Caliculo nascendo da base do cálix Malva L. jCaliculo independente do cálix; foliolos do caliculo ligados na base i (Caliculo com 6-9 divisões Allhat-a L 1 ( Caliculo com 3 divisões Lavatera L. ilalwa L. l Flores axillares solitárias ; folhas palini-partidas l ( Flores axillares fasciculadas ; folhas palmi-lobadas fi 1 1 Caliculo de 2 foliolos M. hispânica L. Caliculo de 3 foliolos 2 ICarpellos glabros 3 2 (Carpellos mais ou menos villosos no dorso 4 3 ICarpophoro pyramidato-conico; sementes túmidas M. Morenii Poli. [Carpophoro em forma do disco; sementes com ííices concavas. M. Colmeiroi Wk. 'Corolla 3-4 vezes mais comprida que o cálix; carpellos não se tornando negros. JW. Tourneforliaiia I.. 4 , (Corolle 2-3 vezes mais comprida que o cálix; carpellos tornando-se negros quando maduros ^'- moschata \. (I) P. Coutinho — ^s Malvaceas de Porlvgal — Boi da Soe. Brot., X, p. inl. l/i4 1 Pétalas pouco maiores que o cálix M. parviflora L. 5 I (Pétalas com compriuiento duplo do do cálix pelo menos 6 1 Carpellos lisos M. Nicaeensis AU. I Carpellos rugosos 7 (Pedúnculos fructiferos mais curtos que as folhas M. silvestris L. 7 (Pedúnculos fructiferos egualando o comprimento das folhas ou mais. M. vulgaris Fries. M. hispânica L. Sp. p. 689; Brol. II, p. 274. Vulgar em terras diversas. Fl. de abril a agosto. I. M. Morenii Poli. Fl. Veron. II, p. 437. |i. Reichenhachiana P. Cout. — Folhas inferiores cordato-rotun- data-lobatas, as caulinares inferiores palmatiseccadas e as superiores palmatipartidas; caule glabrescente. S. flabellata P. Cout. — Folhas inferiores cordato-lobadas, as superiores llabellato-lobadas, lóbulos mais ou menos sub- pinnatifido-crenados; caule hirsuto na base. y. confusa P. Cout. — Folhas inferiores como na var. [3. as su- periores palmatilobadas, lóbulos triangulares inciso-den- teados ou subpinnatifidos. Terras áridas, sebes, Fl. de julho a outubro. III. M. Colmeiroi Willk. Pug. n.° II ; Wk. et Lange, Prodr. Fl. Hisp. III, p. 577; Malva Alcea Brot. II, p. 274? Sebes mattas. Fl. de julho a agosto. I. M. Tournefortiana L. Amen. Acad. IV, p. 283. Campos incultos, logares áridos, sebes. Fl. de maio a julho. I-III. M. moschata L. Sp. p. 690. a. laciniala Gr. et Godr. ; M. laciniata Brot. II (parte), p. 275. — Todas as folhas palmato-pinnatipartidas. fí. inlcrmedia Gr. et Godr. — Folhas inferiores reniforraes cre- nadas, as superiores palmato-pinnatipartidas. y. Ramondiana Gr. et Godr. — Todas as folhas cordato-arredon- dadas levemente lobado-crenadas. 8. G eranii folia yWi. — Folhas profundamente palmatipartidas, segmentos inciso-denteados ou subpinnatifidos. Terrenos arenosos, pastagens, sebes, bordas de campos. Fl. de junho a agosto. I-IV. us M. parviflora L. Am. Acad. III, p. 410. Terras incultas, caminhos, sebes. Fl. de abril a junho. I. M. Nicaeensis Ali. Fl. Ped. II, p. 40; M. rolundifolia Brot. II, p. 273. Caminhos, paredes, terras cultivadas. Fl. de abril a setembro. I. M. silvestris L. Sp. p. 689; Brot. II, p. 273. íi. Mauritiana (L.). — Differe do typo por ser mais glabra, e as pétalas mais coradas e menos lobadas. y. polymorpha Pari. — Carpellos tomentosos ou glabros; caules débeis estrellado-tomentosos. Terrenos áridos, sebes, terras cultivadas. Fl. de abril a setem- bro. I. M. vulgaris Fries. Nov. Suec. p. 219; M. rolundifolia L. (parie). Terrenos relvosos, caminhos. Fl. de maio a setembro. I. Lavatera L. /Carpophoro discoideo Sect. I. Stegia DC. < Carpophoro cónico Sect. lí. Olbia DC. (Carpophoro concavo Sect. III. Anthema DC. Secl. I. Stegia DC. L. trimestris L. Sp. p. 692. a. genuína. — Dentes do cálix (lorifero quasi de comprimento duplo do caliculo. '^. pseudo-trimesíris Kouy. — Dentes do cálix pouco maiores que o caliculo. Terrenos cultivados arenosos. Fl. de abril a maio. I. Sect. II. Olbia DG. L. olbia L. Sp. p. 690. p. hispida (Desf.) Gr. et Godr. — Cálix e parte superior dos ramos lanato-hirsutos com pellos fasciculados. ^ Terrenos húmidos. Fl. de maio a junho. I. 10 "'' 146 Sect. III. Anthema DC. L. arbórea L. Sp. p. 690; Brot. II, p. 277. Sebes e terras próximas da beiramar. Fl. de maio a junho. I. L. cretica L. Sp. p. 691; L. silvestris Brot. II, p. 277. Terrenos arenosos, terras cultivadas, sebes, caminhos. Fl. de abril a junho. I. ^lltliaea Cav. A. officinalis L. Sp. p. 686; Brot. II, p, 280. Terras muito húmidas. Fl. de junho a agosto. I. — Mahaisco. Series Parietales (l) IEstames ligados 1 Estaines livres 2 l Pelos filetes (estames polyadelphicos) Hypericaceae. l < (Pelas autheras Violaceae. (Estames 3-10 3 2 I Estames oc Cístaceae. í Flores 3-4-meras; estyletes curtos; estigmas arredondados. Hervas aquáticas. Elatinaceae. o ICalix com 5 dentes; pétalas 5; estames 6; estylete dividido em 3-4 estigmas linear-clavados. Plantas pequenas rastejantes Frankeniaceae. ÍEstames 5 inseridos num disco hypogynico. Pequenas arvores de folhas muito pequenas imbricadas Tamaiicaccae. (1) P. Coutinho — Boi. da Soe. Brot., XII, p. Ití. U1 Subserie Xheineae Guttiferae HYPERICOIDEAE-HYPERICEAE Hjperieiíiii L. (Glândulas hypogynicas 3, alternando com os estames Sect. I. Elodes Spach. ( Glândulas hypogynicas nullas 1 IFructo antes de completamento maduro bacciforme, abrindo por fim irregular- mente Sect. II. AndrosaemHm Allioni. Fructo capsular, 3-locular, 3-valvar; estames 3-adelphos. Sect. III. Euhypericum Bss. 2 ! Estames grossos (15-20); lacinias do cálix deseguaes. Subsect. I. Oligostema Bss. H. humifusum L. Estames muitos 3 3 4 [Cada grupo de estames de 15 o máximo. Subsect. II. Homotaenium R. Keller. 4 [Cada grupo de estames de 15-25 Subsect. III. Heíerotaenimn R. Keller. H. perforatiim L. 1 Caule cylindrico 5 [Caule quadrangular ou com duas linhas oppostas 6 IToda a planta coberta de tomento denso claro //. tomentosum L. 5 ' I Planta glaberrima H. pulclnum L. 1 Caule com duas linhas oppostas H linearifolium Vahl. Icaule quadrangular H quadrangulum L. Sect. I. Elodes Spacli. H. Elodes Huds. Fl. Angl. ed. I, p. 292; IJrot. H, p. 324. Terrenos húmidos. Fl. de abril a setembro. I. 148 Sect. II. Androsaemuin Allioni H. Androsaemum L. Sp. p. 784; Brot. II, p. 321. Margens de ribeiros, sitios frescos e sombrios. Fl. de junho a se- tembro. I. — Androsemo. Sect. III. Eahypericnm Bss. Subsecl. I. Oligostema Bss. H. humifusum L. Sp. p. 785; Brot. II, p. 323. Terrenos áridos, caminhos, sitios relvosos. f l. de março a setembro. I-IV. Subsect. II. Homotaeiíinm R. Keiler H. tomentosum L. Sp. p. 786; Brot. II, p. 324. a. genuinum. p. dissitiflorum De Roem. — Ramos da inflorescencia longos, llores afastadas dispostas em cjmeira unilateral. Logares húmidos, valias, caminhos. Fl. de maio a junho. I. H. pulchrum L. Sp. p. 786; Brot. II, p. 323. Matlagaes e florestas. Fl. de junho a agosto. I. H. linearifolium VahI. Symb. I, p. 65; Brot. II, p. 321. a. acuíisepalum P. Cout. ; H. linearifolium Gr. et Godr. — Se- palas lanceoladas, acuminadas, glanduloso-ciliadas. p. obtusisepalum P. Coul.; H. linearifolium Lamk. — Sepalas elliplicas, obtusas, glanduloso-íimbriadas. Mattagaes, florestas. Fl. de maio a setembro. I-V. H. quadrangulum L. Sp. p. 785 ; Brot. 11, p. 322. a. acutum (Moench.) Fiori et Beg. ; H. telrapterum Fr.; H. quadrangulare Brot. II, p. 322 (em parte). — Caule per- corrido por 4 azas mais ou menos desenvolvidas, direitas ou onduladas (II. undulatum (Schousb.). Margens de ribeiros, terras húmidas. Fl. de junho a setembro. I-IV, 149 Subsect. III. Heterostaeiíium R. Keller. H. perforatum L. Sp. p. 788; Brot. II, p. 325. Campos, sebes, mattagaes, etc. Fl. de maio a outubro. I-IV. Elaiiue L. Subserie Tamaricineae Elatinaceae (i) (Folhas oppostas E. paludosa Senb. (Folhas verticilladas E. Alsinastrum L. E. paludosa Seub. Monogr. Elatin. Nov. Act. Acad. Leopold. n. 2, XXI, p. 46, tab. Ill, fig. 1-8. Pântanos ou era aguas de pouco movimento. Fl. de julho a agosto. I. E. Alsinastrum L. Sp. p. 368. Aguas pantanosas das regiões altas. Fl. de junho a setembro. III. Frankeniaceae (2) Fraiikeiiia L. F. hirsuta L. Sp. p. 331. a. laevis (L.) Bss. Fl. Orient. I, p. 780; F. laevis Brot. I, p. 536. • — Cálix glabro; flores em fasciculos terminaes. Tamaricaceae (3) Tamaricoideae-Tamariceae Taiiiai*ix. L. [Folhas translúcidas nas margens e no vértice; anlheras não apiculad.is. T. africana 1'oir. [Folhas opacas ; antheras apiculadas T. aivjlica Webb. {{) P. Coutinho — fio/, da Soe. Brot., XII, p. 34. (2) P. Coutiniio — Boi. da Soe. Brot., X, p. 22. (3) P. Coutinho — Boi da Soe. Brot., XII, p. 32. 150 T. africana Poir. Voy. II, p. 189; T. gallica Brot. Logares húmidos, terras da beiramar. Fl. de março a junho. I. — Tamargueira ou Tamariz. T. anglica Webb. Ann. d. Sc. Nat. IV, p. 348; T. galhca Brot. Logares húmidos e terras da beiramar. Fl. de maio a julho. 1. — Tamargueira. Subserie Cistineae Cistaceae (i) I Capsula abrindo em 5 ou 10 valvas Cistus Tourn. Capsula abrindo em 3 valvas Helianihemmn Tourn. Ci§itlis Tourn. [Flores côr de rosa ou purpurinas com unha amarella. Subgen. I. Erythrocistus Dunal. 1 [Flores brancas com unha amarella Subgen. II. Ledonia Dunal. 3 Subgen. I. Erytlirocistu.s Dunal 1 [Folhas pecioladas penninerveas C. polymorphus Wk. (Folhas rentes 2 I Folhas rentes ligadas na base e mais ou menos onduladas C. crispus L. Folhas rentes livres na base C. albidus L. Subgen. II. Ledonia Dunal I Capsula septifraga, abrindo só na parte superior C. mompelHensis L. Capsula loculicida, abrindo até á base 4 [Folhas rentes C. hirsutus Lanik. 4 ( Folhas pecioladas 5 (1) J. Daveau — Coniribution pour 1'étude de la flore portiignise — Cistinées — Boi. da Soe. Brot, IV (1886), p. 15. 151 (Cálix com epicalix (2 folhas) 5 < ' " ' " Galix sem epicalix r i i r ^ o. ladaniferus L. /Pedúnculos com 1-3 Oores sem bracleas; folhas pequenas com pellos estrellados. g ) C. saivifoUus L. Pedunc.ilos com 3-5 flores com bracleas caducas; folhas grandes sem pellos \ esiioiiadus (j populifolius L. Heliautlieiiiuin Tourn. [ Estylete mais ou menos comprido 1 ( Eslylete quasi nullo 9 |E8lames , sendo os externos estéreis, similhando pellos. Subgen. IV. Fumann Danai. 11 [Estames 5-oo todos férteis Subgen. lí. Euhelianthemwn í)unal. 8 H. vulgare Gacrtn. l Plantas levemente víllosas Subgen. III. Tnberaria Dunal. (Plantas argentino-tomentosas com ou sem pellos escamoso-estrellados. Subgen. I. Halimium Uunal. 3 Subgen. I. Halimlxxm Dunal [Folhas estreitas lineares, capsula cora poucas sementes. Sect. Oligospeiina Willk. 4 Folhas largas ovaes ou lanceoladas, capsula oc-spermica. Sect. Polysperma Willd. 5 4 , Flores brancas em umbellas ou eymeiras //. umbellaíum (L ) Spacli. (Flores amarellas, terminaes ou axillares H. Libanoíis (L.) Lange. (Pedúnculos e sepalas villosos com ou sem pellos estrellados 6 (Pedúnculos e sepalas cobertos de pellos escamosos com ou sem pellos esirellados. H. halinifolinm (L.). I Pedúnculos numerosos muito compridos (10-20 ceut.) //. orymoiils l.aiiik. Pedúnculos curtos (3-4 ceut.) 7 (Sepalas cobertas de pellos simples . .' H. lasianllmin Pers. ( Sepalas cobertas de pellos estrellados //. occidnUale Willk, 152 Subgen. II. Eixlxeliantlieniixni Dunal Folhas planas, sepalas quasi glabras H. vnlgare Gaertn. Subgen. III. Tixberaria Dunal I Folhas em roseta junto da terra; estipulas nullas. Plantas perennaes. Sect. I. Evtuberaria Willk. 9 H. Tuberaria Mill. Folhas oppostas no caule, as superiores com estipulas. Plantas annuaes. Sect. II. Scorpioides Willk. 10 Sect. I. Eiiluberaria Willk. Q (Folhas villosas mais ou menos esbranquiçadas na pagina inferior; pétalas ama- I relias sem mancha escura .° H. Tuberaria Mill. Sect. II. Scorpioides Willk. 10 [Folhas caulinares obtusas e planas H. guttatum Mill. (Folhas linear-lanceoladas com as margens reviradas. . H. bupleurifotium Dunal. Subgen. IV. Fuinana Dunal I Flores em cacho com bracteas ; capsulas com 6 sementes. Subsect. I. Helianlhemoides Willk. Flores solitárias sem bracteas; capsulas com 12 sementes. Subsect. II. Eufumana Willk. Subsect. I. Helianthemoides Willk. Planta villoso-glaiidulosa H. glutinosum Pers. Subsect. II. Eufumana Willk. ^Pedúnculos mais curtos que as folhas H. procumbens Dunal. ( Pedúnculos mais longos que as folhas H. Spachii (Gr. et Godr.). 1S3 Cisius Tourn. Subgen. Erytlirocistus Dunal C. albidus L. Sp. p. 524; Brot. IF, p. 258. Collinas calcareas. Fl. de abril a junho. I. — Roselha grande. C. polymorphus Willk. Icon. H, p. 19. a. vulgaris Willk. 1, c. p. 81 ; C. villosus L. Collinas áridas. Fl. de maio a junho. I. C. crispus L. Sp. p. 624; Brot. II, p. 258. Frequente nas terras siliciosas. Fl. de abril a junho. I-II. — Roselha. Subgen. Ledonla Spach. C. monspeliensis L. Sp. p. 524; Brot. II, p. 260. Frequente nas collinas silico-calcareas e argillo-schistosas. Fl. de abril a junho. — Sargaço. C. hirsutos Lamk. Dict. II, p. 17; Brot. II, p. 260. a. brevifolius Willk. — Folhas inferiores pequenas elliplicas, as superiores ovaes cordiformes. p. pumilus Daveau. — Caules numerosos diífusos, folhas peque- nas onduladas oblongo-lanceoladas. Folhas do ej)ic'alix com a margem recurvada. Collinas arborisadas e nas florestas. Fl. de junho a julho. I-Ill. C. salvifolia L. Sp. p. 524; Brot. II, p. 259. Florestas, collinas arborisadas ou áridas. Muito vulgar. Fl. de abril a junho. I-III. C. populifolia L. Sp. p. 523; Brot. II, p. 260. Terras áridas. Fl. de maio a junho. I. — Estevão. C. ladanifera L. Sp. p. 523; Brot. II, p. 261. «. genuína Daveau. — Pétalas totalmente brancas. p. maculatus Dun. — Pétalas com mancha purpurina na base. Vulgarissima nas terras siliciosas. Fl. de março a junho. I-III. — Esteva. 154 Heliautlieiuiiiii Tourn. Subgen. I. Haliinlu-m. Dunal. H. umbellalum ^L.) Mill. Dict. n.° 5; C. umbellatus L. Sp. p. 52S. Pinhaes matlas, solo arenoso.. Fl. de março a maio. I-III. H. Libanotis (L.) Lange, Pug. p. 285; Cistus Libanotis L. ; Brot. II, p. 261. Terrenos arenosos silico-quartzosos do littoral. Fl. de fevereiro a maio. I. H. halimifolium (L.) Willd. Enum. p. 569; Cistus halimifolia L. Sp. p. 524; Brot. II, p. 203. Areias quartzosas da beiramar, coliinas áridas. Fl. de abril a ju- nho. I. H. ocymoides (Lamk.) Pers. Syn. II, p. 76; Cistus ocymoides Brot. II, p. 263. Pinhaes, mattagaes, gandaras. Fi. de maio a junho. I. H. lasianthum Pers. Syn. II, p. 76; Halimium eriocephalum Willk. Ic. II, p. 62, tab. 105. Mattagaes. Fl. de março a maio. I. H. occidentale (Willk. Ic. II, p. 59, tab. 103 e 104). a, virescens Willk. — Folhas todas verdes ou pelo menos na face superior. a. vulgare. — Folhas inteiras planas verdes nas duas faces. p. rugosum. — Folhas denteadas e crespas, brancas na face in- ferior. b. incanum. — Folhas cobertas de pellos estrellados. Mattagaes. FI. de maio a julho. I-III. Subgen. II. E3u.lieliantlieinixm Dunal H. vulgare Gaertn. Fruct. I, p. 371, tab. 76; Cistus Helianthemus L. Sp. p. 528. Terrenos seccos e arenosos. Fl. de maio a julho. I-IV. 15S Subgen. III. Tutoeraria Danai Secl. I. Eatuberaria Willk. H. Tuberaria (L.) Mill. Dicl. n." 10; Cistus Tuberaria L. Sp. p. 526; Brot. II, p. 268. Pinhaes, mattagaes, terras siliciosas. Fl. de março a julho. I. Secl. II. Scorpioides Willk. H. guttatum (L.) Mill. Dict. n.** 18; Cistiis guttatus L. Sp. p. 526; Brot. II, p. 268. Collinas áridas, terras siliciosas. Fl. de abril a julho. I-III. H. bupleurifolium Dun. ap. DC. Prod. I, p. 270. Terrenos arenosos. Fl. de abril a maio. I. Subgen. IV. Funiana Spach. Sect. I. Heiianlhemoides Willk. H. glutinosum (L.) Pers. Syn. II, p. 79; Cistus glutinosus L. Mantissa, p. 246. a. genuinum (Willk.). — Toda a planta pulverulenta-glutiiiosa. p. Barrelieri (Willk.). — Folhas inferiores glabras. y. juniperium {W\\\k.). — Folhas inferiores glabras, ciliadas e terminadas por um pello sedoso. Collinas calcareas. Fl. de abril a agosto. I. Sect. II. Enfumaua Willk. H. Fumana Mill.; Cistus Fumana L. Sp. p. 525; Brot. II, p. 267. Collinas calcareas. Raro. Fl. de agosto a setembro. I. H. Spachii Gr. et Godr. Fl. de BVance, I, p. 174; Cistus Fumana L. Brot. em parte. Collinas áridas. Fl. de abril a junho. I. 156 1 2 3 Subseries Klaoourtiineae Vlolaceae (i) Violeae [ 2 pelalas superiores erecto-ascendentes • Nomimium Ging. 1 [4 pétalas superiores erecto-ascendentes Melaniuni DC. 3 [Estylete terminado em bico A. Rostellatae. 2 [Estylete terminado em disco obliquo B. Patellariae. V. palustris L. [Planta acaule; pedúnculos radicaes V. odorata L. (Plantas caulescentes; pedúnculos caulinares V. canina L. 1 Flores amarellas ; folhas hirsutas V. caespiíosa Lange. [Flores violetas amarellas na base; folhas glabras V. tricolor L. Wiola L. Sect. Sparcifolia Reich. Herbáceas § Nomimium Ging. V. odorata L. Sp. p. 934; Brot. I, p. 305. Cultivada e subspontanea. Fl. de março a maio. I. — Violas ou violetas, V. canina L. Sp. p. 935. Planta sem roseta de folhas: a. typica Fiori et Beg. — Estipulas das folhas caulinares 2 a 3 vezes mais curtas que o peciolo, que não é alado. p. laclea (Sm.) Fiori et Beg.; V. lancifolia Thore. — Estipulas das folhas caulinares egualando metade do peciolo, que é alado. (1) P, Coutinho — Bo/. da Soe. Brot., X, p. 25. 157 Planta com roseta de folhas da qual nascem os ramos: y. silvatica (Fr.). — Estipulas estreitas muito acuminadas e fim- briado-ciliadas. Campos incultos, collinas, maltas. Fl. em maio. I-II. § Melanium 13 C. V. caespitosa Lange, Willk. et Lange, Prod. III, p. 701; Viola lutea parvifiora foliis hirsutis Tournf. Terras siliciosas das altas montanhas; Serra da Estrella. Fl. de mar^o a agosto. III e IV. V. tricolor L. Sp. p. 395; Brot. I, p. 306. ». aivensis Brot. — Pétalas quasi da grandeza do cálix e quasi brancas; pedúnculos eguaes ás folhas ou do comprimento quasi duplo. ^. Henriquesii (Willk.). — Floras pequenas (7-9 mm.); pétalas azuladas; pedúnculos muito mais compridos que as folhas. Campos cultivados e incultos, terras arenosas. Fl. em março. I. Series Opuntiaies Cactaceae Subfam. Opuntioideae Opimtia Haw. O. vulgaris Mill. Dicl. ed. VIU, n."* 1 ; Caclus opunlia L. Sp. p. 408; Brot. II, p. 245. Cultivada e subspontanea, formando sebes. Fl. de junho a julho. I. — Figueira da índia. Series Illyrtiflorae [Ovário superior; ílur monoperiantada, 4-mera; estames perlgynicos. I Subserie Thymeluetnae. (Ovário inferior, ou superior; flores com cálix e corolla . . . Subserie Myrlimue. 158 Subserie Thymelaeinae Thymelaeaceae Da |i li lie L. D. Gnidium L. Sp. p. 357; Brot. 11, p. 27. Collinas incultas, mattagaes. Fl. de maio a junho. I. nario, Trovisco fêmea. Trovisco ordi- Subseries IVIyrtineae 1 Ovário superior; flor zygomorphica. Ovário inferior Lythraceae. 1 1 2 lEstames 2-10 2 (Estames oo Myrtaceae. [Ovário 4-locular ; loculos com um só ovulo Halorrhagidaceae. { Ovário 4-locular ; loculos oo-ovulados Onagraceae. Lythraceae Tubo do cálix comprido ; fructo cylindrico Lythrum L. Tubo do cálix curto ; fructo globoso Peplis L. Peplis L. (Tubo do cálix mais comprido que a capsula P. Portula L. (Tubo do cálix mais curto que a capsula P. erecta Req. P. Portula L. Sp. p. 332; Brot. I, p. 555. P. erecta Reg. ex Benth. Cat. Fl. Pyren. p. 111. Plantas aquáticas dos pântanos e em aguas pouco movidas. Fl. de junho a agosto. I. 139 E, 38, IO, 4a]. Gen. Sceletonema, Grev. Sceletciiieina ooistatiiiii, Grev. Gran, NP., pag. 15; Perag., DM., pag. 439, est. CXXI, fig. 5; V. H., TD., pag. 437, est. 33, figs. 889 e 890. Encontrámos o 5. coslaliim, Grev. em dois lanços, em janeiro e fevereiro de 1911 [30, 38], em grande abundância. Parece tratar-se de uma forma caraterística das aguas frias. Cleve (1) indica a seu respeito os seguintes limites térmicos: 10,2 (min.) e 13,5 (máx.). O facto de a termos encontrado só nos meses frios concorda com estes dados. Gen. Tlialassiosira, Cleve Tlialassiftsira lijalíiia, Grun. Gran, NP., pag. 17; Perag., pag. 438, fig. CXX, fig. 9. Th. hyalina, Grun. é uma forma boreal, que apenas observámos uma vez, em janeiro de 1911 [30j. Gen. OosciíiocLisciis, Ehr. Coscinofli^íciís cxceitf rieiís, Eim. Gran, NP., pag. 29; Perag., DM., pag. 426, est. CXVI, fig. 3; V. H. TD., pag. 531, est. 23, fig. 666. Apresenta-se frequentemente durante todo o ano, mas nunca em grandes quantidades [8-3, S, 18, 15, 18, 8 3, 30, 31, 38]. (i) ClevE; The seasonal distribution of atlantk Plankton organisms, pag. 3S1. 195 Cosi* iiiofli.afliatiis, Ehr. Gran, NP., pag. 31; Pkrag., DM., pag. 430, est. CXVII, fig. 3; V. H. TD., pag. 530, est. 23, fig. 663. Só observámos esta forma nos meses de julho [15, 19, 'íi. 83] e agosto [8«]. Estamos, porém, convencidos que este resultado é devido à escassez das nossas observações, e que trabalhos fu- turos ham de revelar a presença na nossa costa do C. radialus, Ehr., durante todo o ano. Esta previsão ó baseada nos dados de Cleve (1). Cosciiiodísciis ocailus iridis, Eiir. Coscinodiscus subbulliens, Jurg.. Gran, NP., pag. 32; Perag., DM., pag. 429, est. CXVIII, fig. 2; V. H. TD., Coscinodiscus radiatus, Ehr., var. oculus iridis, Ehr. Esta linda forma é muito frequente e muito abundante no Plancton de Buarcos; e, em geral, a sua maior abundância nota-se nas pescas em que os elementos neríticos sam pouco importantes. Novembro l«-»l de 1909; março [Ç, 8], abril [9, ÍO], juidio [fi5, 1«, ISl, julho [18, f», ao, «I, »3l, agosto [«5], setembro [8 8"^] de 1910; fevereiro ['Ji] e agosto [41] de 1911. Cosciíincliscus conciíiuiis, Sm. Gran, NP., pag. 33; Perag., DM., pag. 424, est. CXV, fig. 12; Coscinodiscus radiatus, Ehr., var. concinnus, W. Sm., V. H. TD., pag. 531. C. concinnus, Sm. é, semelhantemente ao C. oculus iridis, Ehr., com o qual em geral aparece associado, uma das formas mais frequentes e mais abundantes do nosso Plancton [í-3, 8, lô, 1<», 19; 18, '^ã, ZG, 40, 41]. Analogamente às que observámos a propósito do C. oculus iridis, Ehr., os máximos de abundância do C. concinnus verificam-se, em geral, nas pescas de caráter holoplanctónico, em que os ele- (1) Cleve, loc. cit., pag. 321. 196 mentos neríticos sam pouco importantes. Ambas estas formas estám presentes todo o ano, sem que as suas datas de aparecimento pa- reçam fixar-se em determinados môses (1). (1) Todos os Diatomislas cujas obras pude consultar descrevem uma espécie, que se aproxima muito, quer do C. oculus iridis, Ehr., quer do C. concinmis, Sm. Essa espécie (ou variedade) é o C. centralis, Ehr. Infelizmente, as diagnoses dos diferentes autores, longe de serem concordantes, apresentam taes diferenças a respeito desta espécie, que é extremamente difícil, se não totalmente impossível, saber ao certo quaes sam os seus carateres morfológicos. Assim Gran (NP., pag. 33) apresenta uma diagnose que se aproxima muito da diagnose do C. oculus iridis, Ehr. (= C. subbuUiens, Jôrg., Gran, NP., pag. 32) indi- cando apenas como caráter distintivo a existência, no C. centralis, Ehr., de espiculas periféricas em todo o contorno da face valvar, que não existem no C. oculus iridis, Ehr. (= C. subbuUiens, Jôrg.). Este autor refere-se ainda a diferenças na face conec- tiva das duas formas, diferenças que sam aliás pouco sensíveis e de pequena impor- tância, por serem, na prática, de uma observação difícil. Van Heurck (TD., pag. 530 e 531) considera tanto a espécie que nos ocupa, como o C. oculus iridis, Ehr. e o C. concinmis. SíM., como símplez variedade do C radiuhis, Ehr. Para este autor, a var. centralis (Ehr.) Rattr. distingue-se da var. oculus iridis, Ehr-, sobre tudo pela presença de duas espiculas asimétricas — ao passo que (segundo o mesmo autor) as espiculas em todo o contorno da face valvar apenas se observam na var. concinmis, W. Sm. Peragallo (DM., pag. 430) refere-se à espécie que nos ocupa nos seguintes ter- mos, que transcrevemos textualmente : «Cose. centralis, Ehr., Ber. A. K. 1838; Creg., Diat. of Clyde, p. 501, 11, f. 40 (n'a été figure nettement nulle part) — C'est une forme intermédiaire entre le C. concinnus et le C. oculus iri'tis. II à une aréolation plus fine que celle du C. oculus iridis, plus grosse que celle du C concinnus, de cette derniére espèce il possede les deux nodules marginaux asimétriqucs mais non la structure fasciculée. Cest une espèce encore bien mal connue et qui a été confondue avec ses deux voisines. Ehrenberg lui méme ne s'y jamais reconnu ei je crois que dans son idée c'était seulement un C. oculus iridis plus finement areolé». Devemos notar, de passagem, que nas figuras com que Peragallo ilustra o texto, não se nota no C. centralis. Ehr. uma areolação mais fina do que no C oculus iridis, Ehr. (Veja-se a est. CXVIII, figs. 1 e 2). De Toni {Sylloge, pagg. 1256, 1272 e 1275) regista a existência, no C. centralis, Ehr de espiculas periféricas em todo o contorno da face valvar, sendo duas dessas espiculas, colocadas em posições asimétricas, maiores do que as restantes. No que diz respeito à areolação, conclue-so dos dados de De Tonm, que as esculturas do C. cen- tralis, Ehr., sam um pouco mais finas do que as do C. oculus iridis, Ehr., e muito maiores do que as do C. co7icinnus. Sm. Em resumo: relativamente à areolação, alguns autores consideram a do C cen- tralis, Ehr. como mais fina do que a do C. oculus iridis, Ehr. (Peragallo, De Toni), ao passo que outros consideram-nas, mais ou menos explicitamente, como eguaes (Gran, Van Heirck); e no que diz respeito á existência de espiculas na periferia da face valvar, Gran descreve-as como eguaes, distrilmidas por todo o contorno da face; Van Heurck e Peragallo afirmam que sam apenas duas, asimélricamente, e De Toni admite a existência de espiculas em todo o contorno (como Gran), mas sendo duas maiores e asimétricas. Para terminar esta confrontação, resta-nos observar que nas duas únicas figuras do Atlas de Sch.nuot qua se referem ao C. centralis, Ehr. (60,12; 63,1 — ambas, aliás, sob grandes reservas), não se nota espiculas algumas. Conscientes destas dificuldades na determinação precisa do C. centralis, Ehr., 197 Cosoinoflisciis gigas, Ehr. Perag., dm., pag. 433, est. GXVIII, íig. 3. Bastante freqiiente, e geralmente associado ao C. oculus iridis, Ehr. e ao C. concinnus, Sai. (1). [O, 16, 1?, :íO, 31, 3», 40, 41]. Cwseiíioiliseics iiitidiis, Greg. Gran, NP., pag. 38; Perag., DM., pag. 434, est. CXVII, fig. 12; V. H. TD., pag. 532, est. 23, fig. 667. Apenas observámos um exemplar [8©]. Gen. ActiTiopt3^cliixs. Eh«. i%ctiiiO|ifyeliiis uiicliiladis (Ehr.), Ralfs. Gr4n, NP., pag. 42; Perag., DM., pag. 409, est. CXI, fig. 1; V. H. TD., pag. 496. est. 22, fig. 648. Muito frequente durante todo o ano, se bem que nunca se apresente em grande abundância [»-», 9, », », 1«. 16, 19. 1?K «O, «1, «3, 36, 30, 31, 3«]. itctiiBOiítycliiis spleiicleus, (Shadb.), Ralfs. Gkan, NP., pag. 43; Perag., DM., pag. 410, est. CXI, fig. 4; V. U. TD., pag. 497, est. 22, fig. 649. Apenas observámos um exemplar [14]. Gen. A.U.1ÍSCU.S, Eíir. i%ulíseiis sciilpdis? (Sm.), Ralfs. Perag., DM., pag. 399, est. CVIII, fig. 1; V. 11. TD., pag. 482, est. 21, fig. 646. Apenas observámos um exemplar [83]. dificuldades tanto maiores, quanto por vezos a observação das espículas iieriférioas da face valvar é muito precária, resolvemos não tomar em consideração o C. centrulis, Ehr., classificando como C. oculus iridis, Ehh. as formas de areijlação prande (1 ou .■> aréolas em 10 [jl) sem espículas periféricas nitidamente visíveis; e cornu C. iimrinuiis, Sm. as formas de areolação fina (mais de 6 aréolas em 10 (i.) com espículas periféricas distribuídas por todo o contorno da face valvar. (1) Classificámos também çom o nome de C gigas, Ehr., algumas formas que se aproximavam talvez mais do C. Janischii, A. S. (Per.\g. DM., pag. 432, est. CXVIH. fig. 4). Na realidade, e como o próprio Peragallo o sugere, as duas espécies uão sam distintas. 198 Gen. Detonxila, Schíítt DctoiíiHla i^oliroderi (Bergon), Gran. Gran, NP., pag. 22; Perag., DM., pag. 456, est. CXXI, fig. 8. NSo muito Irequente, mas, por vezes, bastante abundante [®, IO, 14, 30. 3*^]. Gen. I^aud-or-ia, Cleve Liaiideria liorealis, Gran. Gran, NP., pag. 23; Perag., DM., pag. 457, est. CXXI, fig. 2. [95, 30, 39]. Gen. Leptocylindr^us, Cleve Ije|itocyliiG(lriGi§ ^laMBcasíi, Cleve. Gran, NP., pag. 24; Perag., DM., pag. 454, est. CXXII, fig. 4. [», IO, »8, 30]. Gen. Ou.in.ard.ia, H. P. Ouiuarfllâa flaecicla (Castr.), H. P. Gran, NP., pag. 24; Perag., D3I., pag. 459, est. CXXII, figs. 1 a 3. Pouco frequente [14, 85, 88]. Gen. JFMiyzosoIenia (Ehr.) Brightw. Rliyzosttleuia moltcrfotliii, H. P. Gran, NP., pag. 49; Perag., DxM., pag. 460, est. CXXII, fig. 7. Apenas observámos alguns exemplares em setembro de 1910 [88], Rliyzostolcuia rohiista, Norman. Gran, NP., pag. 50; Perag., DM., pag. 461, est. CXXIII, figs. 1 e 2. Bastante raro ^«8, 39, 41]. 199 Rhyzosoleiiia Sclinilisolei, Cleve. Gra«, NP., pag. 52; Peuag., DiM., pag. 466, est. C\XIV-A, fig. 5. Encontrámos esta forma em alguns lanços, e, num deles, em grande quantidade [O, tO, «O, 30, Íl8j. lllija: o Número dos lanços l 2-3 Fam. BACILLARIACEAE Melosira Borreri, Grev Melosira Jvergensii, Ag Paralia sulcata, Ehr Podosira Montagnei, K Stephanopixis turris, Grev Scélêtonêma costatum, Grev Thalassiosira hijalina, Grun Coscinodiscus excenlricus, Ehr Coscinodiscus lineaíus, Ehr Coscinodiscus radiatus, Ehr Coscinodiscus oculus tridis, Ehr Coscinodiscus concinnus, Sm Coscinodiscus gigas, Ehr Coscinodiscus nitidus, Greg Actinoptychus undulalus (Ehr.), Ralfs. . Aciinoptycltus splendens (Shadb.), Ralfs. Auliscus sculpíus (Sm.), Ralfs Detonula Schrõderi (Bergon); Gran Lauderia borealis, Gran Leplocylindrus danicus Cleve Guinardia flaccida (Castr.), H. P Rhyzosolenia SloUerfothii, H. P Rkyzosolenia robusta. Norma n Rhyzosolenia Schrubsotei, Cleve Rhyzosolenia seligcra, Brightw Rhyzosolenia slyliformis, Brightw Rhyzosolenia alala, Brightw. forma gracillima, Cleve . . forma genuína, Cleve . . . . Racteriastrnm variam, Lauder Chaetoceras densum, Cleve o 05 O o» o CO o 05 o o» g O ** * # * # *** # o Cl X3 re * # ** * * # # o 10 o OS o S o Oi o s o CS c 3 00 12 14 15 # * * # ^ TÍ" w * * * # ## *# * * ** * # # #* * * # 207 o C5 c 16 o C3 *# * 17 * o C5 (íí 18 # * * # o o (Tl 19 *# # * o Cl o x: íO 20 #* * * * o Oi o 3 00 21 * * # o 3 !0 22 * # o 05 23 ** * *# o os o Sc os 2o # * #* # # * *** #* #*# *# o 05 V3 O 26 * # * #* o os ©1 27 # * o ^f4 Ci ^^ ^^ C5 o k. O J3 1- S O) a> :- L. 4) O) >• > .3J ^ 32 * * ## *# # ## * # * # # Oi ■«p< o p 40 O) o CA 41 *# # «# ### «# # # * * â08 Data das observações \ 05 O o S O) > O a o ^^ Cft o o» as S O CO o O o, aS s o o c 05 C 'C 'i •9 -^ 5 O 1 05 ? S 21 maio 1910 18 junho 1910 Número dos lanços 2-3 7 8 9 1 0 12 14 1 3 Chnptncevãs horeale Bail ** • ** # *** * * # * # * # í • < # ^ * * • • * * * * * ** í * * Chãpfocevas Vãrãdoxuni Cleve ChaptocèrãS didvMutn Ehr Chnpfncpm.i diDPrtiifm, Ca,v,w, Cliãptocévãs cuvvisetuin Cleve Kurniunifi zndin.riix Khti Eijnitnnia (ivoptilnndica Cleve DHiiliuni Bvinhtivplli íWest.) Gríín TvicpratiuTti fãvus Ehr Triceratium (amphitetrasj antediluvium. Ehr Riddulnhifi nuTitn (TjYNíír \ Breb Bidãulvhia mobiliensis íBail.). Gríín BiddulDliiã vulchello Gray Cpvataulus Sniithii Balfs Isthtniã enervis. Ehr Rhabdonétnã ãdviãticum KíJTZ Rhn.hdnnêMã (ivcMcitum íLyngb.) Kíítz Rhabdonêmã tninuíuin. Kíítz LiCTtiovhora Lvnabuei íKutz.). Gríín Svnedra fulaens (Kíítz.). Sm Svnedva Gailonii Ehr Syncdra nina (Nitzsch), Ehr. — — var. longuissinia Thdlassiotlirix Nitzschioides Gríín Pleiwosigma angulatum, Sm., var. major Plewosioma oMne Gríín Plewosiotna formosum. Sm PleuTosiama bãlticuni Sm Nitzschia ci)'cumsuta ÍBailey) Gríín Nitzschia seriata, Cleve Surirella fãustuosa Ehr CamvvlodiscHS echeneis. Ehk 209 o ^, o o o o "•H ^ 1 ^'H o o o os w« os Cl «4 as 05 o o o o ^H o- 05 -!H C5 ^H ^m ^H -H ^^ ""^ *^ ■TH ^ 05 c; 05 o ^ C5 05 Oi rrs C5 •^H p o _u Cl •*H O o ^p< •^?^ ^< ^H c o "^ O t> 1— r^ o o o ^ ^ 'S O 3 a 3 O O. o c ^ C/3 o o t» C/J c bft S 'S O) O) > o vi •^-> ""^ zz 3 p 2 ,Z1^ ,^z^ tu as et g^ .^ > ^ ~s &c (3^ (M 3^1 ÍO 5fi (3^ rt IO Vi 00 3^ 16 17 18 19 20 21 22 23 25 26 27 28 30 31 32 40 41 • • , ** # # • • • #*# ## ### * • • * • *## ## * * • • • • • # • • • • *** *** *** ** **# *#* • • * • . . • • • . * • • • *#* *# *#* • • « • . • 4 • * * * * * • . • • • * . * . • . * *# ** * * * * • # * * » * ** ** *#* # * # • . • * . . . • • * * . . * * . • • • # * • * * # * • * • * ** ** * * * # * * *# * • * • * . . • • * . • * • • • • • # • , * . • * . # # ** • # . • • # • • • • * • • # # • * • . • • . # # • * • • • * * * * # • • * # 14 &XV1 210 ESBOÇO DA FLORA DA BACIA DO MONDEGO (^) Metachlamydeae ou Sympetala [ Ovário superior 1 ( Ovário inferior 5 (Flores isocarpicas 2 . (Flores anisocarpicas 3 l Estames em numero duplo das pétalas Serie I. Ericales. 2 (Estames em numero egual ao das pelalas Serie II. Primulales. 3 1 Tubo da corolla curto 4 (Tubo da corolla comprido Serie IV. Tubiflorae. [ Pétalas 4; corolla escariosa Serie V. Plantaginales. 4 < (Pétalas 4-8; prefluração em muitns torcida Serie III. Conlortae. 5 1 Folhas oppostas Serie VI. Rubiales. \ Folhas alternas Serie Vil. Campanulatae. Serie I. Ericales (2) [Planta herbácea sem côr verde; pétalas livres Pirolacea". Subfam. Monotropoideae. \ Plantas lenhosas ; pétalas mais ou menos concrescenlos Ericaceae. (i) (Innlinnado de pap. 177. {t) i. do MM-a — bol. da 6oc. Drol., XVllI, p. 104. 211 Pirolaceae Subfam. Monotropoideae § Monotropeae lloiiotropa L. M. Hypopitys L. Sp. pi. p. 387. Terras hiimosas, sombrias. FI. de junho a julho. I-II. Ericaceae (Fructo baccifornie indehiscente; planta arbórea Subfam. II. Arhutoldeae. (Fructo capsular 1 [Dehiscencia seplicida; corolla um pouco zygomorphica. Subfam. I. Rhododendroideae. [Dehiscencia loculicida; plantas lenhosas de pequenas dimensões. Subfam. III. Eriroideae. Subfam. I. Rhododendroideae § Rhododendreae KlBOclotleiíflroii L. R. ponticum L. Sp. pi. ed. 2. var. baelicum Bss. et Reut. Diagti. pi. orient. II, n.'' 3, p. 118. Terrenos graníticos. Serra do Caramullo. FI. de abril a junho. II-III. Subfam. II. Aiu)utoideae § Arbuteae Arbiiliis Tournf. A. Unedo L. Sp. pi. p. 395; Brot. II, p. 68. Não raro em terras pouco calcareas. Fl. de julho a outubro. I-IV. — Medronheiro. 212 Subfam. III. Ericoideae Corolla gomilosa ou cylindriea; sepalas mais curtas que a corolla .... Eriça L. jCorolla iirofandamenle dividida; sepalas petaloideas e mais compridas que a co- rolla Calluna Salisb. Calluiia Salisb. C. vulgaris, Salisb. Trans. Soe. Linn. VI, p. 317; Eriça vulgaris L. Sp. pi. p. 352; Brot. II, p. 21. Eem terrenos e condições muito diversas. Fl. de julho a setembro. MV. Krica L. Eu-Erica Benth. j Folhas ciliadas 1 [Folhas glabras 2 I Corolla recurvada; capsula glabra; antheras sem appendice E. ciliarís L. [Corolla direita; capsula pelluda; antheras appendiculadas E. Tetralix L. [Antheras salientes 3 1 2 ( Antheras não salientes 4 [Folhas em verticillios de 3; flores erectas em umbellas tei'minaes de 3-6 flores, n I E. mnbellaía L. [Folhas em verticillios de 4; flores aos pares axillares inclinadas. E. mediterrânea L. 4 [ Flores côr de rosa (varias vezes brancas, E. cinerea) 5 ( Flores brancas ou verde-amârelladas 6 /Eslylete pouco saliente; estigma peitado; appendices das antheras denteados, l E. cinerea L. M JEstylete bastante saliente; estigma capitado; appendices das antheras subpinnato, \ incisas E. ausiralis L. [Estylete muito saliente; appendices das antheras inciso-denteados na parte ex- \ terna E. aragonensis Wk. 1 Flores brancas 7 G Flores peíiucnas verde-amarelladas em longos cachos E. scoparia L. / 213 [Pediinculo do comprimonto da corolla com pequenas bracieas n^^ ineio- ai>|i<^n- dices das anlheras lineares e. Insihnuat Hiul. |Pedani-ulo mais comprido que as ft)lhas ; appondices das anlheras oblongo-arrednn- ^ dados /í. arbon-a L. E. ciliaris L. Sp. pi. p. 454; Brot. II, p. 125. Cliariiccus iironosas e húmidas, pinhacs, sebes. Fl. de maio a outu- bro. I-III. E. Tetralix L. Sp. pi. p. 353; Brot. lí, p. 22. Maltagaes, pinhaes e charnecas Inimidas. Fl. de junho a agosto. I-IV. E. umbellata L. Sp. pi. p. 352; Brot. II, p. 24. var. subcampanuíata DC. — Corolla com fauce mais aberta e estames mais curtos. Terrenos arenosos áridos, charnecas, pinhaes. Fl. de abril a junho. I-IV. E. mediterrânea L. Diss. de Eriça; Brot. II, p. 25. Terrenos sombrios, charnecas húmidas. Fl. de jaFieiro a abril. l-II. E. cinerea L. Sp. pi. p. 352; Brot, 11, p. 23. Mattagaes, pinhaes, charnecas seccas. Fl. de maio a julho, l-lll. E. australis L. Diss. de Eriça; Brot. II, p. 23. Mattagaes. charnecas, pinhaes. Fl. de levereiro a maio. I-II. }í. aragonensis ^A k. Inumer. plant. Misp. Mattagaes, charnecas, terrenos pedregosos. Fl. de maio a julho. III-IV. E. scoparia L, Sp. pi. p. 353; Brot. II, p. 21. Pastagens, maltas, pinhaes, outeiros calcareos. Fl. de dezembro a junho. I-II. E. lusitanica Rud. in Schr. .Tourn. II, p. 286; E. arbórea Brot. II (parte). Maltas, pirdiaes, charnecas. Fl. de dezembro a março. I. — Urze branca ou Torga. E. arbórea L. Sp. pi. p. 353; Brot. II (parte). Maltas, proximidades d'agua. Fl. de março a junho. I-I\'. — Urze branca ou Torga. Serie II. Primulales (') 1 Estames inseridos na corolla; eslylele simples Primuhicene. I Estames livres ou quando muito ligados á corolla na base; estyletos íi. IHumhaginaceiu. (i) J. de Mariz — 5o/. da Soe. Brot., XVI, p. lo9. 214 1 Primulaceae IPrefloração imbricada 1 ( Fiefloração torcida III. Lysimachieae. l Ovário superior I. Primuleae. (Ovário semi-inferior II. Samuleae. I. Primuleae-Primulinae Priíiiiila L. P. vulgaris Huds. Fl. angl. p. 70; P. acaulis Brot. I, p. 266. Terreno humoso, prados húmidos. Fl. de março a maio. I-III. — Queijadilho, Pão de leite. II. Samuleae Í»aiii7 C. lineatus L. Syst. Nat. ed. X. Campos argillosos, terrenos ralcareos áridos. Fl. de maio a julho. I. C. tricolor L. Sp. pi. p. 1S8; Brot. I, p. 268. Campos, viidias, terrenos relvosos, searas. Fl. de março a agosto. T. C. meonantluis líoffgg. et Link. Fl. de Port. I, p. 369, tab. 69; C. tri- color, var. Brot. I, p. 268. Terrenos calcareos, relvosos férteis. Fl. de março a junho. I. C. arvensis L. Sp. pi. p. 152; Brot. I, p. 267. p. pumihis Chois. in DC. Prodr. IX, p. 406. — Caule de 9-10 cent.; folhas pequenas. y. oblusifoUus Chois. 1. c. — Folhas ovadas alabardinas arre- dondadas. e. Unearifolins Chois. 1. c. — Folhas lineares. Cearas, sebes, caminhos. Fl. de maio a agosto. I-II. — Corriola, Verdeselha ou Verdisella. C. althaeoides L. Sp. pi. p. 156; Brot. I, p. 268. Caminhos, bordas de campos, terrenos calcareos pedregosos. Fl. de abril a junho. I. Calyisicgíia U. Br. I Caule volúvel trepador; corolla grande branca ou rosada; capsula globosa. C. sepium R. Br. [Caule não volúvel replante; corolla rosada ou purpurina; capsula ovóide aguda. C. Soldaneíla R. Br. C. sepium R. Br. Prodr. p. 483; Convolvulus sepium L. Sp. pi. p. 153; Brot. I, p. 268. var. rósea Chois. (C. repens L. Sp. pi. p. 158). — Corolla rósea. Sebes e margens de ribeiros. Fl. de maio a outubro. I-II. — Trepa- deira, Bons dias. C. Soldaneíla R. Br. Prodr.; Convolvulus Soldaneíla L. Sp. pi. p. 159; Brot. I, p. 268. Areias do littoral. Fl. de maio a junho. I. — Soldaneíla, Couve ma- rinha. »• 228 Subfam. Cuscuioideae Cusiciita (Tournf.) L. (1). I Estigmas filiformes; capsula circuracisa Sect. í. Eucusciita. Estigmas capitosos; capsula quasi indehiscente Secl. II Grammica. Sect. I. Euciiscuta C. Epilhymum (L.) Murr. Syst. Veget. ed. 13; C. europaea, 3- Epi- thjmum L. Sp. ed. 2.", n.** 1 ; C. europaea, var. Brot. í, p. 208; C. europaea barbuvea Brot. Phyt. lusit. p. 192, tab. 165. fTubo da corolla pouco mais comprido do que o limbo; escamas substaminoas denteadas ; caule e flores brancas «. typica. Lóbulos do cálix e da corolla obtusos a. alba (J et C. Presl.). Lóbulos do cálix e da eorolla acuminados b. snbulaía (Ten.). Tubo da corolla mais curto que o liuibo p. plani/lora (Ten.). Estyletes quasi de comprimento duplo do ovário, c. opproximaía (Bali ). Parasita sobre vários vegetaes. Fl. de junlio a outubro. I. Sect. II. Graramita C. australis R. Br. a. breviflora (Vir.) — Flores 4-meras. Plantas parasitas sobre vários vegetaes. Fl. durante o verão. I-IV. — Cuscula, Linho de rapoza. Borraginaceae (-) IEstylete terminal Subfam. Heliotropioideac. Estylete gynobasico Subfam. Borraginoideae. (1) A. Fiore ed A. Beguinot — Flora anaUjHca (Vílalia. (2) P. Coutinho — £o/. da Soe. Brot., XXI (1905). 229 Subfam. Heliotropioideae Hcliotropiuni L. ( Cálix o-fido persistente //. europaenm L. (Cálix 5-denteado caduco n. supinum L. II. eiiropaeum L. Sp. pi. p. 130; Brot. I, p. 293. Terrenos áridos, margens de caminhos, etc. Fl. de junho a outubro. I-Iil. — Tornasol, Verrucaria, Herva das verrugas. H. supinum L. Sp. pi. p. 130; Brot. I, p. 293. Margens dos campos, terras inundáveis. Fl. de junho a setembro. MI. Subfam. Borraginoideae IFlores zygomorphicas — IV. Echieae. 1 Flores regulares i l [ Achenios de base plana ou qnasi plana 2 Achenios de base concava e rebordo annular II. Anehuseae. I Achenios de dorso quasi plano ou concavo com inserção obliqua e mais ou menos ligados I. Cynoglosseae. Achenios muito duros livres e de base pequena III. LWiospermeae. I. Cynoglosseae [Corolla infundibuliforme; tubo egualando o cálix; carpellos cobeitos de aculcos. Cynoglussum L. [Corolla rotacea; Uibo muito curto; carpellos côncavos na face externa. Omphaíodcs Moench. Oiii|iflial»fleii (Tourn.) Moench. O. lusitanica Pourr. herb. ; Cynoglossum lusilanicum L. Sj). 11; Brot. I, p. 29G ; Phyt. lusit. I, p. 53, tab. 24. Terras húmidas e sombrias. Fl. de abril a setembro. I-llI. 230 CynogloiiSiiiiii L. [Corolla fechada de comprimento egual ao cálix; pétalas hirsutas na extremidade. C. clandestinum Desf. [ Corolla aberta; tubo egualando o cálix; pétalas glabras C. creticum Mill. C. creticum Mill. Dict. ed. VIII, n.° 3; C. pictum Ait. H. Kew. I, p. 179; Brot. I, p. 296; Phyt. lusit. I, p. 179, tab. 159. Terras de varia natureza, sebes, caminhos. Fl. de março a julho. I-III. — Cynoghssa de flor listrada, Orelha de lebre. C. clandestinum Desf. Fl. Atl. I, p. 159, tab. 42; Brot. Phyt. lusit. f, p. 177, tab. 158; C. officinale Brot. (non L.) I, p. 295. Collinas relvosas, caminhos, orla de campos. Fl. de fevereiro a ju- nho. I. II. Anchuseae l Corolla tubulosa i I Corolla rotacea ; tubo muito curto . . Borrago L. 1 Corolla regular ; tubo direito Anchusa L. 1 ( Corolla um pouco irregular ; tubo recurvado Lycopsis L. Borrago L. B. oílicinalis L. Sp. pi. p. 137. Vulgar em terrenos diversos. Fl. de fevereiro a outubro. Mil. — Borragem. Auchilisa L. í Achenios com appendice lateral III. Cwyolopha Fisch. ( Achemos sem appendiees 1 (Achenios direitos ou levemente recurvados I. Buqlossum Rchb. 1 Achenios muito recurvados II. Euanchiisa Rich. I. Buglossum Rclib. A. itálica Retz. Observ. p. 12; Brot. Phyt. lusit. I, p. 173, tab. 156; Caryolopha oílicinalis Brot. (non L.) I, p. 297. 231 Searas, terrenos incultos, caminhos. Fl. de abril a agosto. I-IV. b" Biiglossa, Lingiia de Vacca. II. Euanchusa Hicli. A. undulata L. Sp. pi. p. 133; Brot. I, p. 297. ' Bracteas subcordato-ovaes mais curtas que o cálix i |Bracteas ovado-lanceoladas ou lanccoladas, cguaes ou mais compridas que o , cálix 2 I Toda a planta subvelutino-pubescente a. subvehitina P. Cout. (Cálix setoso-estrigoso; caule com pellos encostados e outros patentes. [3. typica P. Cout. I Caules com pellos patentes e pellos encostados y. hyhrida P. Cont. 2 ( Caules só com pellos patentes S. Granatensis P. Cout. Não rara em terrenas diversos. Fl. de fevereiro a agosto. I-II. — Buglossa ondeada, Chupa-mel. III. Caryolopha Fisch. A. sempervirens L. Sp. pi. p. 134; Brot. I, p. 298; Caryolopha sem- pervirens Fisch. Logares húmidos e sombrios, margens de rios. Fl. de abril a junho. I-Iil. — Olho de galo. Ijyco|isis L. L. arvensis L. Sp. pi. p. 139; Brot. I, p. 299. Campos cultivados, proximidades d'agua. Fl. de fevereiro a julho. I-lIl. III. Lithospermeae ICorolla de tubo longo afunilada 1 CoroUa de tubo curto assalveada Myosotis L. ( Fruelo de 4 achenios Litfmpermwn L. l ( Fructo de 2 achenios Ciriniht L. 232 Illyosotis) L. Í Cálix com pellos encostados e não terníiinados em gancho 1 Cálix com pellos patentes e mais ou menos terminados em gancho . 2 [Caule coberto de pellos patentes; cálix 5-fido até além do meio. M. Welivitschii Bss. et Reut. [Caule com pellos encostados; cálix S-fido até ao meio ... M. caespitosa Schultz. 1 Corolla azul ; tubo quasi do comprimento do cálix 3 [ Corolla quasi sempre amarella ; tubo mais longo que o cálix 4 iPedicellos eguaes ou mais curtos que o callx fructifero M. hispida Schultz. (Pedicellos com o dobro do comprimento do cálix fructifero.. . M. intermédia Lk. [Corolla pequena (2-3 mm.) mudando de cor (amarella, azul e violácea). M. versicolor Pers. [Corolla pequena (3-4 mm ) sempre amarella M. lutea Pers. M. Wehvitschii Bss. et Reut. Diagn. pi. orient. nov. p. 138; M. pa- lustris Brot. I, p. 294. p. stolonifera (Gay) P. Cout. — Planta mais fraca, eslolonifera. Logares muito húmidos. A variedade é das regiões altas. Fl. de março a setembro. l-IV. M. caespitosa Schultz. Fl, Slarg. Suppi. II; M. palustris Brot. 1. c. a. vulgaris Loret et Barrandon, Fl. de Montp. — Pedicellos in- feriores muito mais compridos que o calix; limbo da corolla plano, egual ou mais longo que o tubo. ^. perennis Loret et Barrandon. — Bhizoma perennal; planta mais vigorosa. y. skula (Guss.). — Pedicellos mais curtos que o calix; limbo da corolla mais curto que o tubo e concavo. Terrenos pantanosos, muito húmidos. Fl. de março a julho. I-III. M. hispida Schlecht. Mag. Nat. Berl. Víll, p. 210; M. arvensis, var. minar Brot. I, p. 29 1. Terras húmidas, arenosas. Fl. de março a jurdio. I-III. M. versicolor Pers. Syn. I, p. 156. Terras húmidas, florestas, muros. Fl. de março a Jlilho. I-UI. 233 M. lutea Pers. Syn. I, p. 156. Terras húmidas arenosas. Fl. de abril a junho. I-III. M. intermédia Lk. Enum. hort. Berol. I, p. 164; M. arvensis Brot (parte) I, p. 294. Terras cultivadas e incultas, frescas, sebes, muros. Fl. de abril a junho. I-II. — Orelha de ralo. IjÍ III ws per 111 11 111 L. L. prostratum Lois. Fl. Gall. I, p. 105, tab. 4; L. fruticosum Brot. l, p. 292; Phyt. lusit. II, p. 171. Frequente nos pinhaes, sebes. Fl. quasi todo o anno. MH. — Herva das sete sangrias. CÍB*iiitlic L. C. major L. Sp. pi. p. 136; Brot. I, p. 289. á. piirpurascens (L.) Bss. — Corolla de vermelho escuro, p. flavescens L. — Corolla amarella ; tubo por vezes branco. Campos, vinhas e terras húmidas. Fl. de fevereiro a julho. MI. — Ftâr mel, Chupa-mel. IV. Echíeae Ecliiuiii L. 4 [Caule com indumento simples 1 I Caule com indumento duplo (pellos finos encostados; pellos rijidos patentes, inse- ridos num tiiberculo mais ou menos desenvolvido) 2 [Corolla pequena (8-9 mm.); folhas inferiores linear-lanceoladas hirsutas. E. Broleri G. Samp. .Corolla azul grande ; folhas inferiores ovadas ou oblongas... E. plantagineum L. Caule alto (1 m.) anguloso estriado; folhas inferiores oblongo-tanceoladas. E. pomponium Bss. , Caule de 6-7 dec. cylindrico; folhas inferiores medíocres 3 [Indumento não muito denso; plantas de côr verde distincta 4 [Indumento muito denso; pellos fortes sobre um tubérculo branco; i)lantas de côr cinsenla E. tubemdatum HoíTm. et Link. (Nervuras lateraes das folhas pouco ou nada distinclas E. austrak Lam. (Nervuras lateraes bem distinctas E. romlatum Lgc. 234 E. Broteri G. Samp,; E. italicum Brot. (non L.) I, p. 290. Sitios húmidos e arenosos das regiões alias. Fl. de maio a setembro. III-IV. E. pomponium Bss. Voy. bot. Esp. tab. 124. Campos e florestas. Fl. de agosto a setembro. I. — Raro. E. tuberculatum Hoffgg. et Link. Fl. Port. p. 183; E. vulgare Brot. (noii L.) I, p. 289. a. genuinum Bourgeaii. — Planta densamente hispida; folhas um pouco grossas e por vezes revolutosas. p. lalifoUum Hoffgg. et Link. — Planta menos hispida; folhas mais molles e planas. Caminhos, muros, terrenos cultivados, areaes maritimos. Fl. de abril a julho. I-II. — Viperina. E. plantagineum L. Mantis. II, p. 202; Brot. I, p. 289. Terras cultivadas e incultas, arenosas e húmidas. Fl. de março a ju- lho. I-IV. — Soagem. E. australe Lam. III. I, p. 413, n.^ 1860. Terras arenosas. Fl. de março a agosto. l-III. E. rosulatum Lge. Ind. sem. 111. Hann. 1854; Pug. pi. III, p. 2i. a, genuinum. — Flor subregular; planta prostrada. p. campestre. — Flor maior subbilabiada ; planta direita. Terras arenosas, campos, margens de caminhos, proximidades d'agua. Fl. de maio a outubro. l-IL Verbenaceae Verbena L. [Folhas pinnatifidas ou serrilhadas V. officinalis L. (Folhas 1-2 pinnatifidas V. supina L. V. officinalis L. Sp. pi. p. 20; Brot. I, p. 160. Margens de caminhos, logares húmidos. Fl. de maio a julho. I. — Vrgehào, Verbena. V. supina L. Sp. pi. j). 21; Brot. I, p. 160. Nas mesmas condições da espécie precedente. Fl. de maio a julho. I. 235 Labiatae (i) lEstylete semigynobasico Subfam. I. Ajugoideae. (Estylete perfeitamente gynobasico 1 ÍGyneceu inserido sobre um prolongamento do receptáculo (gynophoro). Subfaiii. II. Scntellnrioideae. Gyneceu inserido sobre um disco 2 (Lóbulos do disco oppostos aos locuios do ovário . . Subfam. III. Lavanduluideae. 2 ( Lóbulos do disco alternos com os locuios do ovário 3 lEstames ascendentes Subfam. IV. SIacliyoideae. (Estames inclinados sobre o lábio inferior Subfam. V. Ocimoideae. Subfam. L Ajugoideae ICoroUa 1-labiada; estames 4; achenios rcticulato-rugosos — Trib. I. Ajugeae. Corolla 2-labiada; estames 2; achenios lisos Tiib. II. Bosmarincae. Trib. I. AJUGEAE ICoroUa unilabiada ; lábio 3-lobado Ajuga L. Corolla unilabiada ; lábio 5-lobado Teucrium L. IVerticillastros Go-floreos dispostos em espiga I. Dugiila Schreb. Verticillastros paueifloreos axillares II. Chamaepytis Schreb. I. Biigula Schreb. (Planta estolhosa A. replans L. I Planta não estolhosa A. pyramidalis L. (1) P. Coutinho - Boi. da Soe. Brot., XXIII. 236 II. Chamaepytls Schreb. (Folhas superiores S-partidas A. Chamaepytis (L.) Schreb. (Folhas superiores snbdenteadas ou inteiras A. Iva {L.) Schreb. A. reptans L. Sp. pi. p. 561 ; Hoffgg. et Link. Fl, Port. p. 76. Terrenos húmidos, prados, florestas. Fl. de abril a julho. I-II. A. pyramidalis L. Sp. pi. p. 561; ííoffgg. et Link. 1. c. p. 76. Prados e logares sombrios. Fl. de março a julho. I-IV. A. Chamaepytis (L.) Schreb. PI, V^ert. unilab. p. 24; Teucrium Cha- raaetypis L. Sp. pi. p. 562. Vinhas, terras áridas. Fl. de maio a julho. I. A. Iva (L.) Schreb. 1. c. p. 15; Teucrium Iva L. Sp. pi. p. 563. a. pseudo-Iva (Rob. et Cast.) Benlh.; Teucrium Iva Brot. I, p. 163. — Corolla amarella ou branca com pontuações purpúreas na base. Terrenos áridos, caminhos, orlas de florestas. Fl. de março a setem- bro. I. Teiicriiiiii L. (Flores em capitulo Sect. IV. Polium (Mnch.) Benth. ( Flores axillares ou em espiga 1 (Dente superior do cálix maior que os outros. Sect I. Scqrodonia (Mnch.) Benth. (Dentes do cálix quasi eguaes 2 (Flores (1-3) axillares mais curtas que as folhas. Sect. II. Scordium (Cav.) Benth. 2 ( Flores em espiga maiores que as folhas . . Sect. III. Chaviaedrys (Mnch.) Benth. Sect. I. Scoroílonia (Mnch.) Bentli. (Flores amarelladas T. Scoroâonia L. Flores côr de rosa T. satviastncm Schreb. T. Scorodonia L. Sp. pi. p. 564; Brot. I, p. 163. 237 Florestas, sebes. Fl. de junho a setembro. I-III. — Escorodonia, Salvia bastardo, Seixebra. T. salviastrum Schreb. Unilab. p. 38; T. lusitanicum Brot. I, p. 163; T. lusitanicum salviastrum Brot. Phjt. lusit. p. 71. Regiões altas. Fl. de julho a agosto. II-V. Sect. II. Scordiuni (Cav.) Benth. T. scordioides Schreb. Unilab. p. 37; T. Scordium Brot. (non L.) I, p. 164; Scordium lanuginosum Brot. Phyt. lusit. p. 73, tal). 107. Margens de rios, terras húmidas, paludosas. Fl. de maio a outubro. I. — Escordio. Sect. III. Cliamaedrjs (Mnch.) Benth. T. Chamaedrys L. Sp. pi. p. 565. Terrenos áridos da beiramar. Fl. de abril a maio. I. Sect. IV. Polium (Mnch.) Benth. T. Polium L. Sp. pi. p. 566. a. lusitanicum (Schreb.) Brot. Phyt. lusit. p. 66, t. 104. Collinas áridas. Fl. de maio a agosto. I-II. Trib. II. ROSMARINEAE no.miiariiiiiiii L. R. officinalis L. Sp. pi. p. 23; Brot. I, p. 16. Cultivado e expontâneo em terras seccas, pinhaes. Fl. em quasi todo o anno. I. — Alecrim. Subfam. II. Scutellarioideae Sciitcllaria L. [Planta mais ou menos pubescente^ alia (até 1 m.) S. galericulala L. (Planta glabra ou levemente piloí^a, pequena (6-7 dec) S. minor L. 238 S. galericulata L. Sp. pi, p. 599. Locaes muito húmidos. Fl. de maio a junho. I. S. minor L. Sp. pi. ed. II. Locaes muilo húmidos, prados, airozaes. Fl. de maio a setembro. I-líl. Subfam. III. Lavanduloideae IjaYaucIíila L. [Espiga terminada por bracteas estéreis compridas violáceas. Sect. I. Stoechas Ging. l [Espiga sem bracteas estéreis terminaes Sect. II. Spica Ging. [Pedúnculo curto (0/J a 2 ou ,3 cent.) L. Stoechas L. l (Pedúnculo muito comprido (2,5-9 cent.) L. peãtmculata Cav. Sect. I. Sloecbas Ging. L. Stoechas L. Sp. pi. p. 573; Brot. I, p. 170. Terras áridas, pinhaes, mattagaes. Fl. de fevereiro a julho. I-II. — Rosmaninho. L. pedunculata Cav. Praelet. p. 70; L. Stoechas, var. pedunciãata Brot. I, p. 170. a. longicnma P. Cout. — Bracteas estéreis compridas (20-30 X 3-8 mm.). ^. brevicoma P. Cout. — Bracteas estéreis curtas (8-15 raras vezes 20x2-5 mm.). Nas mesmas condições da espécie anterior. Fl. de fevereiro a agosto. I-II. — Rosmaninho. Sect. II. Spica Ging. L. spica L. Sp. pi. p. 572; Brot. I, p. 170. Cultivada e subspontanea. ¥\. em junho e julho. I. — Alfazema. Subfam. IV. Staciiyoideae lEstames inclusos no tubo da corolla 1. Marrubieae. \ Estames não inclusos ^ 1 â39 IEstames 4 didynamicos, os posteriores mais compridos 2. Nepeleae. Estames 4 ou 2 eguaes ou didynamicos, os anteriores mais compridos 2 I Lábio superior da corolia concavo ou em forma de capacete. 3 Lábio superior da corolia plano ou quasi plano e não muito dilTerente dos outros. o. Sutureieae. IEstames 4 ascendentes parallelos; connectivo nmito curto, não articulado. 3. Slachydeae. Eslames 2; connectivo muito comprido e articulado como filete ... 4. Salvieae. 1. Marrubieae llamiliiiiBii L. M. vulgare L. Sp. pi. p. 583; Brot. I, p. 168. Vulgar em terras diversas, muros, caminhos. Fl. de abril a setem- bro. 1-IV. 2. Nepeteae ( Lábio inferior da corolia concavo ; planta erecta Nepela L. (Lábio inferior da corolia plano : planta rastejante Glechoma L. Hepcta L. 'Planta mais ou menos lenhosa; bracleolas ovadas on ovato-lanceoladas; verticil- lastros em espiga densa N. tubewsa L. [Bracleolas subsetaceas; plantas mais ou menos pubesccntes 1 I Folhas pecioladas serrilhadas iV. Cattaria L. [Folhas rentes ou quasi, crenadas, verticillastros distantes N. latifolia DC. 1 N. tuberosa L. Sp. pi. p. 371; Drot. I, p. 173. Outeiros áridos, caminhos. Fl. de abril a agosto, I. N. Cattaria L. Sp. pi. p. 570. Terras seccas, caminhos, sebes. Fl. em julho. 1-IV. N. latifolia DC. Fl. de Fr. Ill, p. 528; N. multibracteata líoíTgg. et Link. Fl. Port. p. 94, tab. 5; Brot. Phyt. lusit. p. 87, tab. 111; N. violácea Brot. I, p. 173. Florestas, prados, sebes, searas. Fl. de maio a julho. II-III, 210 iMleclioiua L. Gl. hederacea L. Sp. pi. p. 578; Brot. I, p. 165. Terras muito húmidas e sombrias. Fl. de março a julho. I-IV. — Herva terrestre. 3. Stachydeae (Cálix subregular com 5-10 nervuras c. Lamiinae. (Calix 2-labiado 1 ! Cálix campanulado amplo membranaceo b. Melittinae. Callx mais ou menos lubuloso de S-10 nervuras; lábios conniventes depois da , floração; filetes dos estamos denticulados na extremidade superior. a. Brunellinae. a. Brunellinae [Bracteas estreitas e aristadas; estylete 4-fido; lábio inferior da coroUa 2-fido. Cleonia L. I Bracteas largas; estylete 2-fido; lábio inferior da corolla com o lóbulo médio con- cavo e denteado Brtinella L. Cleonia L. Cl. lusitanica L. Sp. pi. ed. II; Brot. I, p. 181. a. vulgaris P. Cout. — Lábio superior do calix denticulado; denticules curtamente aristados. p. aristata P. Cout. — Lábio superior do calix com denticules triangulares mais desenvidos e mais longamente aristados. Sitios áridos montanhosos, pinhaes. Fl. de maio a julho. I-II. Ilriaiiclla L. Í Flores de 15-20 mm 1 Flores de 25-30 mm 3 l Corolla violácea ou purpúrea • 2 1 ( Corolla amarellada Br. laciniata L. IPlanta quasi glabra Br. vulgaris L. 2 ( Planta tomenloso-villosa Br. lacmiaia X vulgaris. 241 (Dentes do lábio superior do cálix de 1,5-2 mm Br. haUaefolia Brol. i (Dentes do lábio superior do cálix pequenos (0,5-1 mm.). Br. hastaefolia X vulgaris P. Cout. Br. vulgaris L. Sp. pi. ed. I; Brot. I, p. 180. Prados, pastagens húmidas, pinhaes e caminhos. Fl. de março a agosto. I-IV. — Herva férrea. Br. laciniata L. Sp. pi. ed. II. a. pinnaliflda (Koch) Briq. — Folhas pinnatifidas. p. subiníegra Halmilt. — Folhas denteadas irregularmente. Regiões montanhosas, pinhaes. Fl. de maio a julho. I-II. Br. laciniata x vulgaris Stapf. in Kerner Sch. ad flora exsic. austro- hung. n.° 1420; Br. intermédia Brot. I, p. 180. Mesmas localidades da anterior. Fl. de junho a julho. I. Br. hastaefolia Brot. Fl. lusit. I, p. 181. Terrenos arrelvados húmidos. Fl. de junho a agosto. II-IV. Br. hastaefolia x vulgaris P. Cout. Boi. da Soe. Brot. XXIIl, p. 138. Mesmas localidades das anteriores. Fl. de junho a julho. II-III. b. Melittinae ileliiiisi L. M. Melissophyllum L. Sp. pi. p. 597; Brot. 1, p. 179. Terras húmidas e sombrias. Fl. de abril a agosto. I-III. c. Lamiinae [Estylete dividido em dois ramos muito deseguaes ; lábio superior da corolla curvo e comprimido lateralmente Phlomis L. [Estylete dividido em dois ramos eguaes 1 INuculas arredondadas na parte superior 2 Nuculas troncadas na parte superior Lamium L. Í 'Lábio inferior da corolla em angulo recto com o tubo Stachys L. Lábio inferior da corolla regularmente inclinado; estames não divergentes depois da fecundação Ballota L. Phioiílis L. Ph. Lychnitis L. Sp. pi. p. S85; Brot. I, p. 166. Terras seccas, pedregosas. Fl. de maio a julho. I-III. — Salva brava. 16 XXVI 1 2 242 liamiuiii L. Subgen. Slulamlum Aschers. [Cálix cylindrico não contrahiclo na base Sect. I. Lamiopsis Dumort. 1 íCalix cylindrico só na parte inferior, cotrahido a seguir e depois venlricoso; annel ( de pellos no interior da parte contrahida Sect. II. Lamiotypnn Dumort. L. maculatum L. [Tubo da eorolla com um annel de peilos interiormente ^ 2 JTubo da eorolla sem annel de pellos; folhas floraes, rentes, reniformes, amplexi- ( caules L. amplexicaule L. [Folhas pecioladas, subregularmente crenadas L. purpureum L. (Folhas subpecioladas irregularmente inclso-crenadas. L. amplexicaule X purpúrea G. May ? Sect. I. Lamiopsis Dumort. L. amplexicaule L. Sp. pi. p. 579; Brot. I, p. 166. Terras cultivadas, cearas. Fl. de fevereiro a julho. I-III. L. purpureum L. Sp. pi. p. 579; Brot. I, p. 166. Terras cultivadas, muros, sebes. Fl. de março a junho. I-III. L. amplexicaule X purpureum G. May? P. Cout. in Boi. da Soe. Brot. XXIII, p. 124. Sect. II. lamiotypns Dumort. L. maculatum L. Sp. pi. ed. II; Brot. í, p. 166. a. longifoUum Rouy, Naturalisle 1882. Frequente nas terras cultivadas, bordas de caminhos. Fl. de março a junho. I-Ul. SIachys L. [Tubo da eorolla sem annel de pellos no interior. Sect. III. Beíonka Benth. St. ofjicinalis (L.) Trev. 1 [Tubo da eorolla com um annel de pellos interiormente 1 jBracteolas muito pequenas; planta piloso-hispida Sect. I. Emtachys Briq. [Bracteolas do comprimento do cálix, villosissimas . . Sccl. II. Eriostomum Briq. St. Germânica L. 243 Sect. I. Eustacliys Briquet (Folhas íloraes miicronado-espinescentes ; plantas annuaes 1 (Folhas floraes inermes; planta perennal rhizomatosa St. palustris L. l Corolla pouco maior que o cálix ; lábio superior inteiro St. arvensis L. l iCorolla mais comprida do que o cálix; lábio superior S-fido. St. Marriibiastrum (Gouan) Briq. St. arvensis L. Sp. pi. ed. lí, Brot. I, p. 165. Vulgar nos campos, hortas, searas. Fl. de fevereiro a agosto. I-III. St. Marrubiaslrum (Gouan) Briq. Les Labiad. des Alpes, p. 252; St. hirta L. ; Brot. I, p. 165. Vulgar nas terras cultivadas, caminhos. Fl. de maio a agosto. I. St. palustris L. Sp. pi. p. 580; Brot. I, p. 164. Terras paludosas, margens de valias. Fl. de junho a julho. I. Sect. II. Eiiostomom (Hoíígg. et Link.) Briquet St. Germânica L. Sp. pi. p. 581. var. lusitanica (Hoífgg. et Link.) Briq.; St. Germânica Brot. I, p. 165; Phyt. lusit. p. 78, tab. 109. Valias, sebes, localidades húmidas. Fl. de abril a agosto. I-II. Sect. III. Betonica (L.) Briquet St. officinalis (L.) Trev. Prospet. delia Fl. Engan. p. 26; Betonica officinalis L. Sp. pi. p. 573; Brot. I, p. 167. a. genuína. p. algeriensis (De Not.) P. Cout. Florestas e mattas. Fl. de maio a agosto. I. Itallota L. B. nigra L. Sp. pi. p. 582; Brot. I, p. 167. Margens de campos, sebes. Fl. de março a outubro. I-IV, t • 244 4. Salvieae SalYia L. ÍTubo da corolla com annel de pellos initeriormente. . Sect. I. Eusphace Benlh. Subgen. I. Salvia Benth. Tubo da corolla sem annel de pellos Sect. II. Pletliiosphace Benth. Subgen. II. Sclarea Benth. Sect. I. Eusphace Benth. , Subgen. I. Salvia Benth. S. officinalis L. Sp. pi. p. 23; Brot. I, p. 18. Cultivada e raras vezes subespontanea. Fl. de abril a agosto. I. — Salva. Sect. II. Plelhiosphace Benlh. ff Subgen. II. Sclarea Benth. [Cálix pelludo e muito viscoso-glanduloso; achenios subglobosos. S. sclareoides Brot. [ Cálix pelludo; pellos longos, nada ou pouco glanduloso; achenios ovóides. S. verbenaca L. S. sclareoides Brot. Fl. lusit. I, p. 17; Phyt. lusit. I, p. 3, tab. 2. Terrenos áridos e principalmente nos calcareos. Fl. de abril a ju- lho. I. S. verbenaca L. Sp. pi. p. 25; S. verbenacoides Brot. I, p. 17. o. subesp. verbenaca Briq. — Folhas crenadas ou sinuoso-cre- nadas. p. amplifrons Briq. — Folhas ovado-ellipticas irregularmente sinuoso-crenadas. 6. subesp. clandesiina Briq. — Folhas pinnato-lobadas ou sub- pinnatifidas, c. subesp. mullifida Briq. — Folhas profundamente pinnatifidas ou pinnatiseccadas. Caminhos, campos, logares áridos. Fl. cm quasi todo o anno. I, 245 1 5. Satureieae I Corolla 4-lobada; lóbulos quasi eguaes III. Menthinae. [Corolla 2-Iabiada 1 1 Estames direitos divergentes 11. Thyminae. (Estaraes arqueados, achatados na base e aproximaudo-se na parte superior. I. Melissinae. I. MellssiBae l Folhas perfeitamente inteiras Satureja L. I Folhas serrilhadas Melissa L. llelissn L. M. officinalis L. Sp. pi. p. 592; Brot. I, p. 178. Sitios húmidos e sombrios. Fl. de junho a agosto. I. — Herva cidreira. Satureja L. l Cálix subregular Sect. I. Sabbatia Briq. Cálix 2-labiado 1 2 'Cymeiras mais ou menos laxas com pequenas bracteolas. I Sect. II. Calamintha Briq. [Cymeiras densas rentes 2 1 Cymeiras multifloreas Sect. III. Clinopoãium Briq. I Cymeiras de poucas flores (por vezes 3) Sect. IV. Acinos Briq. Sect. I. Sabbatia Briq. S. Juliana L. Sp. pi. p. 567. Paredes, logares áridos. Fl. de maio a agosto I. 246 Sect. II. Cãlamintha Briq. S. Cãlamintha (L.) Schreb. Fl. II, p. 577. a. silvatica Briq. — Pedúnculos das cymeiras mais ou menos longos; pedicellos longos. b. montana (HofFgg. et Link.) P. Cout. — Pedúnculos quasi nullos. Logares seccos, nas sebes, caminhos. Fl. de abril a dezembro. I-III. — Neveola, Herva das azeitonas. Sect. III. Clinopodium Briq. S. Clinopodium (L.) Caruel, Fl. ital. p. 135; Clinopodium vulgare L. Brot. I, p. 179. Sebes e sitios mais ou menos áridos. Fl. de maio a agosto. I-III. Sect. IV. Acinos Briq. S. alpina (L.) Schreb. Fl. II, p. 577; Thymus alpinus L. Sp. pi. p. 591. a. granatensis (Bss. et Reut.) Briq. ; Thymus Acinos Brot. I, p. 176. Terrenos seccos das regiões altas. Fl. de maio a julho. II-III. II. Thymlnae Í Cálix com 10 nervuras, 2-labiado 1 Cálix com 10-13 nervuras, uão labiado Origanum Moench. [Cálix não comprimido de dorso convexo; lábio superior da corolla emarginado. Thymus L. [ Cálix muito comprimido de dorso plano; lábio superior da corolla 2-fido. Corydothymus Rchb. 247 Orig;aiiiiiii Moench. O. virens Hoíígg. et Link. Fl. Port. p. 119, tab. 9. a. genuinum. O. viilgare Brot. I, p. 169; O. vulgare virens Brot. Phyt. lusit. p. 89, tab. 112. — Espigas oblongas curtas. {3. macroslachyum (Hoífgg. et Link.) P. Cout. ; O. macrosta- chyum Hoíígg. et Link. Fl. Port. p. 120, tab. 10; O. vul- gare macrostachyum Brot. Phyt. lusit. p. 91, tab. 10. — Espigas compridas (15-30 mm.) subprismaticas. Terrenos áridos, sebes. Fl. de junho a setembro. I-III. — Om- regão. Coryclotliyiiiiis Rchb. C. capitatus (L.) Rchb. Icon. Fl. germ. XVIII ; Thymus creticus Brot. I, p. 174. CoUinas seccas. Fl. de julho a setembro. I-III. — Ouregão. Tliyiiius L. Sect. Serpyllum Benth. I Folhas planas 1 (Folhas, pelo menos as inferiores, enroladas; lábio superior do cálix 3-denteado. § Vulgares Briq. ! Folhas um pouco grossas subenerveas com muitas pontuações glandulosas ; lábio superior do cálix dividido em 3 lacinias triangulares siibuladas, o inferior em 2 lacinias subuladas, ciliadas § Mastichina Briq. Folhas coni nervação pronunciada 2 ! Lábio superior do cálix oval 3-denteado, os dentes lateraes menores que o médio. § Pijperella Briq. Lábio superior 3-fido, o inferior com 2 lacinias subuladas, ciliadas. § Seiyylla Briq. § Serpylla Briq. Th. Serpyllum L. Sp. pi. p. 590. a. ovatus (Mill.) Briq.; Th. SerpyHum Brot. I, p. 174; Th. glabralus Hoffgg. et Link. Fl. Port. p. 130, tab. 15; 248 Brot. Phyt. lusit. p. 103, tab. 120. — Verticillastros dis- postos em espiga, p. liguslicus Briq. — Verticillastros globoso-capitados. Terrenos arenosos e áridos. Fl. de junho a agosto. I-IV. § Piperella Briq. Th. caespititius Brot. I, p. 176; Phyt. lusit. I, p. 26, tab. 11. a. genuinus. — Flores pequenas (6-10 mm.); lábio superior do cálix levemente 3-denteado. Terrenos áridos, pinhaes, muros. Fl. de julho a setembro. I-III. § Vulgares Briq. Th. Zygis L. Sp. pi. p. 591. a. subesp. Zigis P. Cout. — Todos os verticillastros distinctos formando uma espiga longa interrompida. 6. subesp. silvestris (Hoífgg. et Link.) ; Th. Zygis Brot. T, p. 176; Th. Zygis silvestris Brot. Phyt. lusit. II, p. 105, tab. 121. — Verticillastros dispostos em espiga curta e densa. Terras áridas arenosas, pinhaes. Fl. de março a julho. I-IV. § Mastichina Briq. Th. Mastichina L. Sp. pi. ed. 2.'; Brot. I, p. 176. Terrenos áridos, pinhaes, caminhos. Fl. de março a agosto. I-III. III. Menlhinae Estames 2 Lycopus L. Estames 4 1 I Cálix 4-denleaclo ; denles côncavos e aristados; achenios obtusos. . . Prcslia Op. Cálix 5-denteado ; dentes planos ; achenios ovóides Mentha L. 249 Ijycopiisi L. L. europaeus L. Sp. pi. p. 21; Brot. I, p. li. Margens de ribeiros, sítios húmidos. Fl. de julho a setembro. I-III. — Marroio d' agua. Preslia Op. P. cervina (L.) Fresen. Syll. pi. 1. c; Ratisb. II, p. 238; Mentha cer- vina L. Sp. pi. p. 578; Brot. I, p. 172. Localidades muito húmidas. Fl. de junho a setembro. I-II. ilentlia L. í Calix regular de fauce aberta Subgen. I. Menthastrum Coss. et Geran. (Cálix 2-labiado com a fauce fechada por pellos. Subgen. II. Pulegium Lani. et DC. Subgen. I. IMentliastruixi Coss. et Geran. [Folhas rentes, arredondadas ou oblongo-ellipticas; inflorescencia em espiga. M. rolundifolia L. [Folhas pecioladas ovadas ; verticillastros densos 1 1 Verticillastros densos, terminaes ou subterminaes ilí. aquática L. [Verticillastros dispostos em espiga M. aquática X rotundifolia. 1 M. rotundifolia L. Sp. pi. ed. 2.'; Brot. I, p. 171. a. glahrescens Tin. Lap. — Caule pouco villoso. p. bullata Briq. — Caules densamente villosos. y. craspopoda Briq. — Caules floccoso-villosos. Margens de rios, sitios muito húmidos. Fl. de maio a outubro. I-III. M. aquática L. Sp. pi. p. 576; M. aquática e M. hirsuta Brot. I, p. 171. I Largura das folhas maior que metade do comprimento ^ Largura das folhas quasi egual a metade do comprimento. 3. acuta (Op.) H. Br. (Folhas com serrilha profunda «. capitata (Op.) Briq. (Folhas com serrilha pouco profunda 2 2 250 [Folhas discolores (de côr mui clara na pagina inferior) mais ou menos obtusas. p. Broteriana P. Cout. JFolhas subunicoloreSj glabrescentes na pagina superior, oblusiusculas ou sub- agudas, brevemente acuminadas ò. acuta (Op.) H. Br. Margens do rios, de valias, terras muito húmidas. Fl. de julho a outubro. 1-11. Subgen. II. F»u.leglu.iia Lam. el DC. M. puiegium L. Sp. pi. p. 577; Brot. I, p. 172. (Folhas e caules glabrescentes ; planta esverdinhada a. vulgaris (Mill.). I Caules densamente tomentosos p. tomentella (Hoíígg. et Link.) P. Cout. Sitios húmidos, valias, margens de rios. Fl. de junho a agosto. I-IV. Subserie Solanineae [Estamos 5 1 Estames 4 didynamicos 2 [Eslames 2 Lentibulariaceae. iCorolla regular branca, violácea ou azulada; estames glabros Solanaceae. 1 (Corolla subregular aniarella; estames subeguaes, os .'{ anteriores pelludos. Subfam. Pseudo-solaneae. § Verbasceae. 2 1 Plantas com côr verde Scrophulariaceae. [Plantas sem côr verde, parasitas Orobanchaceae. Solanaceae (i) [ Fructo bacciforme 1 [Fructo capsular 3 (1) J. de Mariz — Bo/. da Soe. Brot., XVII. 251 I Cálix âccrescente ; fructo 5-5 locular I. Nicandrfoe. 1 ( Cálix apenas persistente ; fructo 2-locular II. Solaneae. 2 í Corolla cvlindrica # Liciinae. 2 (Corolla rodada; tubo muito curto * Solaninae. Í Capsula 2-locular ; corolla tubulosa IV. Cestreae. * Nicotianinae. ~ j Capsula i- locular ; dehisceneia septifraga; corolla campanulada. . III. Datnreae. 'Capsula 2-locular; dehisceneia circumcisa; corolla zygoniorphica. * Hyosciaminae. I. Nlcandreae PBiys»nlis L. Ph. angulata L. Sp. pi. p. 183; Pli. Alkehengi Brot. I, p. 281. Vinhaes, terras caicareas. Fl. de julho a outubro. I. — Alquequenje. II. Solaneae * Lyciinae l Arbusto lenhoso espinescente ; corolla pequena Lycium L. (Planta herbácea; corolla violacea-escura Atropa L. Ijyciuii] L. L. europaeum L. Sp. pi. p. 182; Brot. l, p. 284. Sebes, não longe da costa. Fl. de março a junho. I. — Espinheiro alvar. Atropa L. A. belladona L. Sp. pi. p. 18!. Subespontanea em sitios sombrios (Bussaco). Fl. de julho a setem- bro. I. — Belladona. * Hyoscyaminae Hyoscyaiuiis L. I Folhas todas pecioladas H. albus L. I Folhas superiores rentes ff- ""^W" ^- 252 H. albus L. Sp. pi. p. 180; Brot. I, p. 274. Muros, terras incultas áridas. Fl. de maio a agosto. I-II. — Mei- mendro branco. H. niger L. Sp. pi. p. 179; Brot. I, p. 274. Caminhos, Jogares áridos. Fl. de maio a agosto. I. — Meimendro negro. # Solaniuae Slolaiiuiii L. I Plantas inermes 1 Planta espinhosa S. Sodomaiim L. [Caule lenhoso, glabro ; flores violáceas S. dulcamera L. 1 I Caule herbáceo ; flores brancas ; fructos negros S. nigrum L. Fructo vermelho a. miniatum Willd. S. sodomaum L. Sp. pi. p. 187; Brot. I, p. 283. Terrenos arenosos próximos da costa. Fl. de maio a agosto. I. S. dulcamera L. Sp. pi. p. 185; Brot. 1, p. 182. Sebes e terras húmidas e sombrias. Fl. de março a setembro. I. -^ Dulcamára, Doce amarga ou Uva de cão. S. nigrum L. Sp. pi. p. 186; Brot. I, p. 283. o. miniatum (Bernh.). Frequente em terrenos incultos sombrios e húmidos. Fl. de maio a outubro. I. — Herva moira. III. Datureae natura L. D. Stramonium L. Sp. pi. p. 179; Brot. I, p. 269. Terrenos cultos e incultos. Fl. de julho a outubro. I. — Estramonio. IV. Cestreae * Nicotianinae Mieoliaiia L. I Folhas glabras glaucas ; planta lenhosa .' iV. glauca Grah. Folhas glanduloso-villosas rentes; planta herbácea N. Tabaeum L. 1 253 N. f2[lauca Grah. Terrenos da beiramar. FI. de abril a setembro. I. N. Tabacum L. Sp. pi. p. 180. Cultivada e subespontanea. Fl. de abril a setembro. I. Scroplmlariaceae (*) (Flores subreguiares ; estames 4-5 subeguaes I. Pseudo-solaneae. ( Flores zygomorphicas 1 [Gorolla com as divisões posteriores cobertas pelas laleraes no botão. II. Antirrhinoideae. [ Gorolla com as divisões posteriores cobrindo as lateraes no botão. III. Rhinantlioideae. I. Pseudo-solaneae [Estames 4 ... Celsia L. [Estames 5 Verbascum L. II. Antirrhinoideae [Tubo da corolla bojudo na base ou prolongado em esporão. Subtrib. I. Aniirrhineae. [Tubo da corolla nem bojudo nem esporoado 1 I Inflorescencia cymoso-racemosa Subtrib. II. Cheloneae. I Inflorescencia racemosa ou flores axillares solitárias... Subtrib. III. Gratiolcae. III. Rhinanthoideae l Lóbulos da corolla planos Subtrib. V. Digitaleae. (Lábio superior da corolla concavo Subtrib. IV. Rhinaníeae. Celsia L. C. glandulosa Bouché, Linnaea, t. 5, p. 12. Terrenos seccos pedregosos, fendas de paredes. Fl. de maio a julho. I. 1 (1) P. Coutinho — Boi da Sue. Brof., XXII. 254 Werbasciiiii L. ÍAntheras dos estames maiores inseridos nos filetes obliquamente. Sect. I. Thapsus Benlh. 1 Anlheras todas eguaes reniformes, inseridas transversalmente. Sect. II. Lyclmitis Benth. 3 í Estames com pellos purpurinos V. virgatum \N'ith. 1 (Estames com pellos brancos ou amarellos 2 iCoroila grande; anlheras pouco decurrentes. . . V. macranthum Hoffgg. et Link. (CoroUa menor; antheras inseridas muito obliquamente ... V. Linkianum Mariz. lEstames com pellos purpurinos 4 (Estames com pellos brancos V. pulverulentum Vill. í Corolla de amarello puro V. sinuatum L. 4 (CoroUa amarella com estrias purpurinas na fauce V. hybridwn Brot. Sect. I. Thapsus Benth. V. macranthum HoíFgg. et Link. Fl. Port. p. 215, tab. 27; Brot. Phyt. lusit. 11, p. 168, tab. 153. Terrenos incultos, Fl. de maio a agosto. III-IV. V. virgatum With. Arrang. p. 250; V. blattarioides Lamk., Brot. í, p. 272; Phyt. lusit. 11, p. 169, tab. 154. a. lanceolalum Mariz (V. blattarioides líofígg. et Link.). — Fo- lhas medias e superiores e bracteas ovaes lanceoladas. Sitios arenosos, estéreis e áridos, vinhas, campos, mattas. Fl. de ju- nho a setembro. I-III. V. Linkianum Mariz, Boi. Soe. Brot. XXIII (1907), p. 33; V. Thapsus Brot. I, p. 270 (parte). a. simplex Mar. — Flores em espiga simples. subvar. — ■ Folhas rentes (V. simplex HoíFgg. et Link. ; V. Henriquesii Lange in litt.). subvar. — Folhas decurrentes mais ou menos. ^. composilum Mar. — Espiga terminal composta. y. ramosum Mar. — Caule ramoso, espiga densa, corollas pe- quenas. Terrenos incultos pedregosos. Fl. de maio a agosto. I-II, 255 Sect. II. Lychnitis Benth. V. sinuatum L. Sp. pi. p. 178; Brot. I, p. 270. Outeiros seccos, terrenos incultos, pedregosos. Fl. de junho a setem- bro. l-II. V. pulverulentum Vill. Fl. Delpli. II, p. 490; Brot. I, p. 272. Terrenos de cascalho, pedregosos, arenosos, férteis, sebes, bordas de caminhos, margens de ribeiras. Fl. de maio a setembro. I-IV. V. hybridum Brot. I, p. 270. Sebes, terrenos pedregosos e sombrios. Fl. de junho a julho. I. Subtrib. I. Antirrliíneae l Corolla mascarina 1 iCoroUa labiada Anarrhinum Desf. ITubo oa corolla bojudo na base ; capsula poricida Antirrhinum L. Tubo da corolla prolongado em esporão 2 I Flores solitárias ou em pequenas espigas ou raeimo axillar 3 Flores em espiga ou raeimo terminal Linaria Juss. Folhas palminerveas com longo peciolo Cymbalaria Baumg. Folhas penninerveas com peciolo curto Elatinoides Wettst. Cyiiilialaria Baumg. C. Cymbalaria (L.) Wettst. in Engl. und Prantl. Pflanzenfam. IV, p. 58; Antirrhinum Cymbalaria L. Sp. pi. p. 612. Subespontanea em fendas de paredes. Fl. de março a outubro. I. Elatiuoicles (Chav.) Wettst. [Pedúnculos glabros mais compridos que as folhas. (Pedúnculos villosos mais curtos ou pouco mais compridos que as folhas. E. spuria (L.) Wettst. (Folhas estreitas lanceolado-hastadas E. cirrhosa (L.) Wettst. 1 Folhas largas ovado-hastadas E. Elatine (Desf.) Wettst. 256 E. spuria (L.) Wetlst. 1. c. ; Antirrhinum spurium L. Sp. pi. p. 613. » a. genuína Bourgeau PI. d'Esp. et de Port. n.° 1978. — Flores solitárias axillares. 3. racemiyera (Lge.) P. Cout. — Antirrhinum spurium Brot. I, p. 188; Phyt. lusit. II, p. 119; Linaria lanígera HoíFgg. et Link. Fl. Port. p. 231, tab. 34. — Flores na base da inflorescencia em ramúsculos com pequenas folhas. Terras cultivadas e incultas, searas. Fl. de julho a outubro. I. E. cirrhosa (L.) Wettst. 1. c. ; Antirrhinum cirrhosum L. Mant. II, p. 249; A. Elatine Brot. I, p. 189. Campos, logares húmidos, sebes. Fl. de abril a outubro, l, E. Elatine (Desf.) Wettst. 1. c. ; Antirrhinum Elatine L. Sp. pi. p. 612. Campos e caminhos não longe do littoral. Fl. de junho a agosto. I. Liiuaria Juss. Xaules floriferos prostrados ou decumbenles ou diíTusos; sementes marginadas. Sect. I. Supinae Benth. [ Caules floriferos erectos 1 1 Flores grandes (35-45 mm.) Sect. III. Grandes Benth. 1 Flores pequenas 2 i [Flores muito pequenas (3-5 mm.j ; sementes lenticular-marginadas. a 1 Sect. II. Arvenses Benth. (Flores de 15-28 mm . . Sect. IV. Versicolores Benth. Sect. I. Supinae Benth. I'Corolla de côr mais ou menos amarella 1 Corolla lilacinea ou azulada 3 IAza da semente grossa na margem L. Broiissoneín (Poir.) Chav. Aza da semente membranosa fina 2 I Disco da semente granuloso L. saxatilis (L.) HoíTgg. et Link. Disco da semente liso L. supina (L.) Desf. l Aza da semente grossa na margem L. ameíhystea (Lam.) HoíTgg. et Link. 3 I Aza da semente membranosa fina 4 4 •i57 I Disco da semente granuloso L. d/psa HotTgg. et Link. (Disco da semente liso L. caesia (Lag.) DC. L. annelhystea (Lam.) Hoffgg. et Liiik. Fl. Port. p. 251, tab. 47; An- tirrhinum amethysteum Lam. Dict. IV, p. 353; Brot. I, p. 197; Phyt. lusit. p. 134, tab. 137. Terrenos cultivados, searas, e mesmo em terrenos incultos. Fl. de março a junho. I-II. L. Broussonetii (Poir.) Chav. Monogr. p. 169; Antirrhinum multi- punctatum Brot. I, p. 195. Terras cultivadas e incultas. Fl. de fevereiro a junho. I. L. saxalilis (L.) Hoffgg. et Link. Fl. Port. p. 239, tab. 40. a. genuína P. Gout. — Viscido-pilosa ou subglabra; folhas lan- ceolada» com 6 mm. de largura, j3. Tournefortii (Poir.) Rouy. — Folhas densas, glutinoso-pilosas, linear-lanceoladas. Terrenos seccos, arenosos, muros. Fl. de março a setembro. I-IV. L. diffusa Hoffgg. et Link. Fl. Port. p. 257, tab. 49; Antirrhinum diffusum Brot. Phyt. lusit. p. 139, tab. 141. Terras bravias, campos. Fl. de abril a agosto. I-III. L. supina (L.) Desf. Fl. Atl. II, p. 44; Antirrhinum supinum L. Sp. pi. p. 615; Brot. I, p. 194 (em parte). Terras incultas e áridas. Fl. de março a julho. I. L. caesia (Lag.) DC. in Chav. Monogr. p. 174. a. pohjgalae folia (Hoffgg. et Liuk.) P. Cout. — Folhas estreitas (1-1,5 mm.) de vértice agudo. 3. Broleri (Rouy) P. Cout. — Folhas mais largas (1-2 mm.) obtusiusculas. Areaes maritimos. Fl. de março a novembro. I. Sect. II. Arvenses Benlh. L. simplex DC. Fl. de Fr. III, p. 588: Antirrhinum arvense, [i. L. Sp. pi. p. 614. / Terras incultas, cultivadas e arenosas. Fl. de abril a julho. I-)^ 17 XXYI 2o 8 Sect. III. Grandes Benth. L. triornithophora (L.) Hoífgg. et Link. Fl. Port. p. 244; Antirrhinum triornithophorum L. Sp. pi. p. 613; Brot. I, p. 198. Sebes, margens de rios, florestas. Fl. de abril a setembro. I-III. Sect. IV. Versicolores Benth. ÍCorolIa aniarella; planta muito ramosa L. spartea (L.) HoíTgg. et Link. Corolla azulada; estylete grosso na extremidade; estigma chanfrado. L. saphirina (Brol.) Iloffgg. et Link. Corolla violácea; estylete não grosso; estigma 2-fido, L. linogrisea HoíTgg. et Link. L. saphirina (Brot.) HoíFgg. et Link.; Antirrhinum saphirinum Brot. I, p. 197; Phyt. lusit. p. 133, tab. 136. Campos, searas. Fl. de maio a setembro. II-IV. L. linogrisea Hoffgg. et Link. Fl. Port. p. 240, tab. 41; Antirrhinum linogriseum Brot. Phyt. lusit. p. 131, tab. 13o. Campos e vinhas. Fl. de fevereiro a julho. I-II. L. spartea (L.) HoíFgg.- et Link. Fl. Port. p. 233, tab. 36; Antirrhi- num sparteum L. Sp. pi. p. 1197. a. typica P. Cout. — Caules estéreis poucos; folhas estreita- mente lineares. Planta de 15-50 cent. ^. praecox (Hoífgg. et Link.) Lange. — Caules estéreis nume- rosos; caules férteis pouco ou nada ramosos. y. expansa Sampaio. — Caules procumbentes; folhas dos caules estéreis um pouco carnosas. 8. monantha (Hoffgg. et Link.) P. Cout. — Planta de 20-50 cent. quasi sempre ramosissima ; ramos finos; folhas fdi- formes; pedúnculos em alguns exemplares mais longos do que nas variedades anteriores. Vulgar em terrenos muito diversos. Fl. de janeiro a setembro. I-IV. ^iitirrliiiiiiiii L. ISepalas lineares deseguaes mais compridas que a capsula. Sect. L Orontium Benth. (Sepalas largas um pouco deseguaes em geral mais curtas que a capsula. Sect. II. Antiirltinastrum (Lam.) Lge. rò^j Sect. I. Orontium Benth. A. Orontium L. Sp. pi. p. 617. ar. genuinum. — Corolla mais comprida que o cálix. 3. calycinum (Lam.) Lge.; Antirrhinum calycinum Lamk. Dict. IV, p. 365; Brot. I, p. 200; Phyt. lusit. p. 117, tab. 167. — Corolla mais curta que o cálix. y. abyssinicum Hochst. in DC. Prod. — Subsimples ou ramoso na base; corolla muito pequena (5-7 mm.). Terras cultivadas e incultas, searas, etc. Fl. de março a agosto. I-II. Sect. II. Aalirrhinastrum Ghav. [ Corolla pequena côr de rosa^ amarellada ou branca 1 I Corollas grandes vermelhas 2 [Sepalas lanceoladas agudas; bossa basilar muito pronunciada; caule glabro na \ parte inferior e pubeseenle-hirsuto na parte superior. 1 < A. meonanthwn lIolFgg. et Link. (Sepalas ovaes-obtusas; planta toda glanduloso-pubescente. A. hispanicum Chav. Folhas ovaes-lanceoladas quasi rentes; pedúnculos em geral mais compridos que o cálix A. Linkianum Bss. et Reut. JFolhas lanceoladas ou lanceolado-lineares glabras e pecioladas; pedúnculos mais curtos que o cálix ou egualando-o A. majus L. A. meonantbum Hoífgg. et Link. Fl. Port. p. 261, tab. 51; Brot. Phyt. lusit. p. 115, tab. 126. Entre rochas, muros. Fl. de maio a agosto. I-III. A. hispanicum Chav. Monogr. p. 83; Antirrhinum majus, var. flore luleo Brot. I, p. 199. •a. genuinum Bourgeau, PI. d'Esp. exsic. n.*' 2286. — Corolla de 25-30 mm. levemente purpúrea ou amarellada. 3. glabrescens Lge. — Corolla de 20-25 mm. levemente rosada ou branca; sepalas menos obtusas. Planta de ramos finos flexuosos. Entre pedras, paredes. Fl. de junho a setembro. I-III, • t 260 A. Linkianum Bss. et Reut. Diagn. pi. Orient. Ill, p. 160; A. majus Brot. I, p. 199 (parte); A. majus iatifolium Brot. Phyt. lusit. p. 113, tab. 125. Muros, sitios áridos, sebes e mesmo nas searas, não longe da costa marítima. Fl. de abril a julho. I-III. — Herva bazerra, Boccas de lobo. A. majus L. Sp. pi. p. 617. a. genuinum. — Folhas lanceoladas ou linear-lanceoladas, pecio- ladas. |i. ramosissimum W. in W. et Lange, Prodr. Fl. Hisp. — Planta robusta muito ramosa ; ramos enrolando-se nos corpos vi- sinhos. Muros, rochas, sebes. Fl. de abril a setembro. I. AuarrBiiiiuiii Desf. A. bellidifolium (L.) Aschers. ; Antirrhinum bellidifolium L. Sp. pi. p. 617; Brot. I, p. 198. Outeiros, pinhaes, caminhos, muros. Fl. de março a agosto. I-III. Subtrib. II. Clicloiieae Scropliularia L. IEstaminodio longo escamoso . Sect. I. Scorodonia Don. 1 Estaminodio linear-l;iiicooIado Sect. II. Tomiophyllum Benth. 4 1 iSepala com margem escariosa estreita S. Herminii HolTgg. et Link. I Sepala com larga margem escariosa : 2 (Folhas com longo peciolo pinnatiseccadas S. ebulifolia HolTgg. et Link. 2 (Folhas com peciolo curto; caule quadrangular 3 l Caule íistuloso subaiado glabro S. Srorodonia L. 3 ( Caule não íistuloso mais ou menos puberulo-hirsuto S. aquática L. (Planta mais ou menos villwa^ forte; caule simples S. grandipora DC. 4 (Planta glabra multicaule S. canina L. 261 Sect. I. Scorodonia Doii. S. Herminii Hoffgí;. et Link. Fl. Port. p. 266, tab. 53; Brot. Phyt. lusit. II, p. 158, tab. 48. a. genuína. — Folhas pouco mais compridas do que largas. 3. fíourgeana (Lge.) P. Cout. — Folhas 2 ou 3 vezes mais com- pridas do que largas. Regiões montanhosas (Serra da Estrella). Fl. de junho a agosto. IV-V. S. Scorodonia L. Sp. pi. p. 620; Brot. I, p. 201. Frequente nos sitios húmidos. Fl. de março a setembro. I-IV. S. aquática L. Sp. pi. p. 620. a. glabra. S. aquática Brot. í, p. 201; S. auriculala Brot. I, p. 261; S. trifoliata HoíTgg. et Link. — Folhas glabras e sem auriculas ou auriculadas na base. ^. pubescens Cíirud. — Folhas pubescentes na pagina inferior, auriculadas na base e por vezes 3-5 pinnatiseccadas. Proximidades d'agua. Fl. de abril a setembro. I-III. — Herva das escaldadellas. S. ebulifolia Hoífgg. et Link. Fl. Port. p. 270; S. sublyrata Brot. Phyt. lusit. p. 156, t. 147. a. genuina. — Folhas todas pinnatiseccadas lyradas; segmento terminal comprido subovado. p. Schoushoei (Lge.) P. Cout. — Folhas superiores e floraes indivisas, todas as outras pinnatiseccadas lyradas; segmento terminal grande ovado arredondado. y. Schmilzii (Rouy) P. Cout. — Todas as folhas indivisas. Região littoral e montanhosa. Fl. de maio a julho. I-IV. Sect. II. Tomiophyllum Benth. S. grandiílora DC. Cat. II. Monsp. p. 143; S. sambucifolia Hoíígg. et Link. Frequente em localidades diversas. Fl. de fevereiro a julho. I. 262 S. canina L. Sp. pi. p. 621. a. genuína. — Folhas pinnatiseccadas ou pinnatifidas ; segmentos pinnatifidos ou denteados. (3. pinnatífida (Brot.) Bss.; S. pinnatifida Brot. I, p. 202. — Folhos subpinnatifidas ou pinnatilobadas. y. Baeiica Bss.; S. frutescens, var. Brot. I, p. 202. — Fdhas ovado-lanceoladas subagudas muitas vezes serrilhadas. í. frutescens (L.) Bss.; S. frutescens L. Brot. I, p. 201. — Folhas ovado-cunheadas ou subarredondadas ou quasi in- teiras. Bordas de caminhos, regiões montanhosas e marítimas. Fl. de abril a agosto. I-III. Subtrib. III. tiratioleae Graiiola L. Tlantaglaberrima; caule tctragono; folhas lanceoladas ou sublineares 2-5-nervea8 denticuladas ou subintegras G. officinalis L. I Planta pubescente pelo menos na extremidade e nos pedúnculos; caule cylindrico; folhas lineares sem nervura ou quasi G. linifolia Vahl. G. officinalis L. Sp. pi. p. 17. Sities pantanosos, margens de correntes d'agua. Fl. de maio a agosto. I. — Graciosa. G. linifolia Vahl. Enum. plant. I, p. 89. Sitios pantanosos, margens de correntes d'agua. Fl. de junho a setem- bro. I. — Graciosa. Subtrib. IV. Rliinaudieae [Corolla quasi regular; tubo muito curto ou tuboloso-campanulada. Subtrib. Digitaleae. 1 [ Corolla perfeitamente 2-labiâda Subtrib. Rhinantheae. 3 [Estamefi 4 2 (Estames 2 Verónica L. [Corolla tuboloso-campanulada; limbo desegualmente 4-lobado Digitalis L. (Corolla rodada 5-lob;ida; lubo muito curto Sibthorpia L. 1 2 263 (Folhas pennatiseccadas Pcdicularis L. (Folhas inteiras denteadas ou um pouco divididas 4 ( Calix 4-denteado 5 ( Calix 5-denteado 7 5 Calix ventricoso-coinprimido Rhinanthiis L. Calix não ventricoso 6 Sementes delicadamente estriadas Parentusella Viv. 6 {Sementes sulcadas longitudinalmente Bellardia AU. Sementes sulcadas e aladas. Bartsia L. I Loculos do ovário 1-2-ovulados Melampyrum L. I Loculos com mais de 2 sementes 8 (Loculos das aulheras com appendices eguaes Odontites L. (Loculos das antheras com appendices deseguaes Euphrasia L. Subtrib. V. Dig^ítaleac i^ililhorpía L. S. europaea L. Sp. pi. p. 631; Brot. I, p. 203. Visinhanças d'agua, sebes, muros. Fl. de junho a agosto. I-IV. Weroiiíca L. ! Flores solitárias na axilla de folhas eguaes ás do caule; sementes cymbiformes. Sect. IV. Omphalospora Bess. , Flores em cacho ; sementes comprimidas 1 1 Inflorescencia terminal Sect. III. Veronicastnim Benth. ( Inflorescencia axillar ; capsula loculicida 2 /Valvas por fim 2-partidas e separando-se ambas ou uma da columna placentaria. a 1 Sect. i. Beccabunija Griseb. (Valvas intimamente ligadas á colunma placentaria. Sect. II. Chamaedrys Griseb. 264 Sect. I. Beccabunga Griseb. f v/ihas carnosas pecioladas obtusas; capsula oval V. Beccabunga L. Folhas pouco carnosas, rentes e amplexicaules; capsula obovada. V. Anagallis L. V. Beccabunga L. Sp. pi. p. 12; Brot. I, p. 13. Sitios húmidos, fontes, ribeiras. FI. de maio a julho. I-II. — Beccabunga. V. Anagallis L. Sp. pi. p. 12; HoflFgg. et Link. Fl. Port. p. 290. a. genuína. — Capsula suborbicular, levemente chanfrada, um pouco mais curta que o ovário. Planta glabra. [3. transiens Rouy; V. Anagallis Brot. I, p. 13. — Capsula ovada ou piriforme. y. anagaUoides (Guss.) Bertol. — Capsula menor elliptica obtusa não chanfrada. Sitios húmidos, proximidades de fontes, ribeiras. Fl. de abril a setem- bro. I-IV. Sect. II. Cliamaedrjs Griseb. IRacinios mulliflores e pedúnculo firme 1 Racimos com poucas flores; pedúnculo fino V. scutellata L. [Folhas inteiras ou dentes pequenos 2 JFolhas com dentes grandes mais ou menos pubescentes; pedicellos mais curtos que o cálix. Planta muito pelluda F. officinalis L. [Pedicellos mais longos que o cálix e bractea ; coroUa mais comprida qne o cálix. V. Chamaeãrys L. [Pedicellos muito mais curtos que o cálix e bractea; corolla mais curta que o cálix. V. micrantha IIoíTgg. et Link. 'S8- V. scutellata L. Sp. pi. p. 12; Brot. II, addenda, p. 421. Terrenos húmidos, visinhanças de rios. Fl. de junho a julho. I-III. V. officinalis L. Sp. pi. p. 1 1 ; Brot. I, p. 12. ^. Tourn p for tii Uchh. — Planta pequena; folhas arredondadas; dores menos coradas. Florestas e silios montanhosos. Fl. de maio a setembro. I-IV. 265 V. Charaaedrys L. Sp. pi. p. 13; Brot. I, p. 14. Sitios húmidos, FI. de abril a junho. I. V. micrantha Hoffgg. et Link. FI. Port. p. 286, tab. 57. Sitios um pouco húmidos e sombrios. FI. de maio a agosto. I-III. Sect. III. Veronicastrum Beuth. [ Pedicellos mais compridos que o cálix . . 1 ( Pedicellos mais curtos que o cálix 2 I Caules radicantes ; píanla perennal V. sevpylli folia L. Caules não radicantes; plantas annuaes V. acinifolia L. (Planta glabra, brevemente puberula na extremidade V. peregrina L. 2 (Planta com duas linhas de pellos no caule V. arvensis l,. V. arvensis L. Sp. pi. p. 13; Brot. I, p. 14. Campos, hortas, searas, muros. FI. de março a agosto. I-IV. V. peregrina L. Sp. pi. p. 14. Caminhos, muros, terras cultivadas. FI. de março a maio. I. V. serpyllifolia L. Sp. pi. p. 12; Brot. I, p. 13. et. genuína. — Folhas ovadas ou ovado-subarredondadas. p. mimmiilarioides (Lee. et Lamoth) Bor. — Folhas arredon- dadas. Sitios húmidos, prados, sebes. FI. de abril a agosto. I-IV. V. acinifolia L. Sp. pi. II. Sitios húmidos, muros. FI. de março a junho. I. Sect. IV. Ompbalospora Bess. Folhas lobadas ou digitadas 1 Folhas mais ou menos digitadas 2 Folhas digitadas ; flores de côr azul viva V. íriphyUos L. Folhas lobadas; flores de côr azul pallida; capsula glabra ... V. hederaefolia L. Pedicellos fructiferos mais compridos que as folhas V. pérsica Poir. Pedicellos pouco maiores que as folhas; caule prostrado V. agrestis L. 1 2 266 V. hederaefolia L. Sp. pi. p. 13; Brot. I, p. 14. Campos, muros, searas. Fl. de fevereiro a julho. I-II. V. agrestis L. Sp. pi. p. 13; Brot. I, p. 14 (em parte). a. typica Fiori et Beg. — Sepalas ovaes-lanceoladas, ordinaria- mente obtusas, quasi sem nervuras; corolla de azul-pallido. ^. didijma (Tenor.) Fiori et Beg.; V. polita Fr. — Sepalas ovaes geralmente agudas e com nervuras bem distinctas; corolla de azul vivo. Campos, muros. Fl. de fevereiro a julho. I. V. pérsica Poir. Dict. Ene. VIII, p. 542. Sitios húmidos. Fl. de fevereiro a agosto. I. V. triphyllos L. Sp. pi. p. 14; Brot. I, p. 14. Campos, jardins, searas. Fl. de fevereiro a março. I. Dijíitalís» L. i 1 l Capsula egual ou pouco mais longa que o cálix (Capsula mais comprida que o cálix; folhas caulinares decurrentes. D. Thapsi L. i Limbo das folhas radicaes terminando abruptamente no peciolo; corolla grande. I D. purpúrea L. (Limbo das folhas radicaes diminuindo successivamente para o peciolo. D. nevadensis Kze. D. purpúrea L. Sp. pi. p. 621; Brot. I, p. 200. p. longebracteata Henriq. — Bracteas duplo, triplo ou ainda mais longa que o pedicello. ■y. tomentosa (Hoffgg. et Link.) Brot. Phyt. lusit. p. 159, tab. 149. — Planta mais pubescente que o typo. Sebes, sitios sombrios e um pouco húmidos. Fl. de abril a setembro. I-IV. — Dedaleira. D. nevadensis Kze. Chlor. n.** 306. Begiòes mais altas da Serra da Estrella, Covão das Vaccas, Cântaro Magro. Fl. em agosto. V. D. Thapsi L. Sp. pi. ed. H; Brot. I, p. 200. Montanhas, margens de rios. Fl. de maio a agosto. I-IV. llelaiiipyniiu L. M. praiense L. Sp. pi. p. 605; Brot, I, p. 187. Mattas e sitios sombrios. Fl. de maio a setembro. I-III. 267 Pareutucellia Viv. ICorolla de côr amarella P. viscosa (L.) Caruel. Corolla de côr purpúrea ou branca P. lati folia (L.) Caruel. P. viscosa (L.) Caruel, Fl. Ital. p. 482; Bartsia viscosa L. Sp. pi. p. 602; Rhinanlhus viscosus Brot. I, p. 187. Sitios húmidos. Fl. de março a julho. I-IV. P. latifolia (L.) Caruel, I. c. ; Euphrasia latifolia L. Sp. pi. p. 604; Brot. I, p. 184. Sitios seccos e arredondados. Fl. de março a junho. I-II. Odoutites Pers. O. tenuifolia (Pers.) G. Don. Gen. Syst. IV, p. 611; Euphrasia linifolia Brot. I, p. 185; Euphrasia tenuifolia Pers. Syn. PI. II, p. 150; Brot. Phyt. lusit. p. 111, tab. 124. Mattagaes, mattas, terrenos arenosos maritimos. Fl. de junho a ou- tubro. I-III. Oartsia L. B. áspera (Brot.) Lge. in Willk. et Lange, Prodr. II, p. 614; Euphrasia áspera Brot. I, p. 185. Mattagaes, logares pedregosos e seccos. Fl. de junho a outubro. I. Bellardia AU. B. Trixago (L.) Ali. Fl. Ped. p. 61; Bartsia Trixago L. Sp. pi. p. 602; Brot. I, p. 186; Phyt. lusit. II, p. 154, tab. 58. a. lulea. — Corolla amarella. ^.versicolor (Rhinanthus versicolor Willd. ; Brot. I, p. 186; Phyt. lusit. I, p. 32, tab. 14). — Corolla branca com ou sem o lábio superior roseo-purpurescente. Collinas, pinhaes, terrenos arenosos. Fl. de abril a julho. I-III. Peclioularis L. P. silvatica L. Sp. pi. p. 607; Brot. I, p. 188. a. genuína. — Planta de côr verde pallida, lloriíera quasi desde a base do caule central; lábio superior tendo d'um e outro lado da extremidade dois denticules bastante longos e um pouco dobrados. 268 p. lusitanica. — Planta de cor verde escura, florifera quasi sem- pre só na parte superior do caule central ; denliculos do lábio superior mais curtos e direitos. Prados, sitios húmidos, terrenos arenosos. Fl. de maio a julho. a. IV. ^. I-II. Orobancliaceae (i) Oroliaiiclie L. [Flores acompanhadas de 3 bracteas Sect. I. Trionychon Wall 1 ( Flores acompanhadas de uma única bractea Sect. II. Osproleon Wall. 3 í Antheras glabras 0. nana Noé. 1 (Antheras muito villosas 2 1 Corolla de 15-21 mm O. trichocalyx Beek. 2 ( Corolla de 24-36 mm 0. arenaria Borkh. ÍFlôr pequena (10-20 mm.); corolla em tubo estreito III. Minores. 5 ^ i (Flor grande; corolla amplamente campanulada 4 1 Linha dorsal curva desde a base até ao lábio superior I. Arcuatae. 8 4 \ Linha dorsal direita no meio II. Cruentae. 9 Corolla apertada na extremidade do tubo 6 ( Corolla não apertada 7 I Corolla branco-amarellada glabra interiormente 0. Hedcrae Dubv. Corolla violácea glanduloso-pilosa O. minor Sutt. o 7 [Caule delgado de 15-45 cm. estriado, não muito grosso na base e em geral glan- duloso-piloso O. amethystea f huil. I Caule grosso firme de 16-60 cm. amarellado e mais ou menos violáceo na base e ahi muito escamoso O. mauritanica Beck. I Filetes longamente pelludos abaixo das antheras; estylete mais ou menos glan- duloso-piloso ....'. 0. major Smith. Filetes glabros ou com poucos pellos; estylete glabro ou parcamente glanduloso. O. insólita Guimarães. (1) J. d*A. Guimarães — Orobancns — Brnteria, III (1904). 269 l Corolla atro-purpurea O. foetida Poir. 9 (Corolla amarellada com veios violáceos 0. gracUis Smith. Sect. I. Trionychon Wall. O. nana No(i in Reich. Herb. norm. n." 1352; Beck. Monopr. d. Gatt. Orobanche, p. 9í; O. ramosa Brot. I, p. 183 (parte); Pbyt. lusit. II, p. 152, tab. 145. Terrenos arenosos, parasita sobre plantas diversas. Fl. de abril a ju- nho. I. O. trichocalyx Beck. I. c. p. 107. Parasita sobre o Pleris aquilina? Fl. de abril a junho. I. O. arenaria Borkh. Beitrâge zur Dent. Fl. in Romer's Neuen Magar. f. Bot. I, p. 6. Areaes maritimos, parasita especialmente na Arlcmisia crilhmifolia L. Fl. de maio a junho. I. . Sect. II. Osproleon Wall. I. Arcuatae O. major Smith, Engl. Brot. tab. 421. Mattos, parasita das leguminosas do grupo das Genisteas e por vezes nos Cistus. Fl. de abril a agosto. I. O. insólita Guimarães in Orobancas, p. 91, est. XII. Parasita no Erynyiurn campestre. Fl. em junho. I. II. Cruentae O. gracilis Smith in Trans. of. the Linn. Soe. IV, p. 172. Mattos, parasita nas leguminosas e cistaceas. Fl. de fevereiro a ju- lho. I. O. foetida Poir. Voy. en Berb. Itin. II, p. 195; O. foetida lusitanica Brot. Phyt. lusit. 11, p. 149, tab. l4o; O. barbala atro-purpurea Brot. I, p. 183. Terras cultivadas ou incultas, parasita nas leguminosas herbáceas. Fl. de abril a maio. I. â70 III. Minores O. amelhystea Thuill. Fl. de Paris, ed. II, 1.**, p. 317. Sebes, sitios sonil)rios e arrelvados. Fl. de maio a junho. I-II. O. mauritanica Beck. 1. c. p. 233. Terras cultivadas, arrelvados. Fl. de abril a junho. I. O. minor Sutton, Trans. of Linn. Soe. IV, p. 179. Collinas, prados e sebes. Fl. de abril a junho. I. O. Hederae Duby in Bot. Gallic. I, p. 352. Sebes, proximidades de regatos, parasita da Hedera Helix. Fl. de abril a agosto. I. Lentibulariaceae 1 Folhas inteiras ; plantas terrestres Pinguicula L. (Folhas pinnato-filiformes; planta aquática Utricularia L. l*iii^iiioiila L. P, lusitanica L. Sp. pi. p. 17; Brot. I, p. 15. Sitios bastante húmidos. Fl. de maio a junho. I. Utricularia L. [Planta ramosa; folhas niultifidas; lacinias lineares; flores amarellas grandes. U. vutgaris L. ) Planta pequena, ramosa; folhas pennadas; foliolos poucos, filiformes; flores pe- quenas U. exoleta R. Br. U. vulgaris L. Sp. pi. p. 18; Brot. I, p. 16. Pântanos, arrozaes. Fl. de maio a julho. I. U. exoleta R. Br. Prodr. Nov. Holl. p. 430. Pântanos. Pinhal do Urso. Fl. de maio a julho. I. Acanthaceae i%caiitiiiis L. A. mollis L. Sp. pi. p. 939; Brot. I, p. 182. Sitios sombrios e húmidos. Fl. de março a julho. I. 271 Serie Plantaginales (1) Plantaginaceae (Flores unisexuaes isoladas; fructo indehiscente Lilíorella L. (Flores hermaphroditas em espiga; fructo dehiscente Ptantago L. Ijittorella L. L. lacustris L. Mant. II, p. 295; Plantago uniflora L. Sp. pi. p. 115. Terrenos arenosos mais ou menos húmidos. Fl. de maio a julho. I. Plantago L. [Caule ramoso; folhas lineares Sect. I. Psilliiim Tournf. PI. Psillium L. [Plantas acaules 1 1 Capsula com 2 ou 4 sementes 2 (Capsula com muitas sementes Sect. V. Polynevron Dcn. 1 Folhas largas e compridas 3 2 (Folhas estreitas inteiras ou mais ou menos divididas. Sect. IV. Coronopus Tournf. 1 3 iSepalas anteriores ligadas; folhas com 3-5 nervuras. Sect. II. Arnogloss-um Dcn. [Sepalas livres; folhas com 3 nervuras Sect. III. Leucopsyliium Dcn. Sect. I. Psillium Tournf. Planta glanduloso-pubescente PI. Psillium L. Sect. II. Arnoglossum Deu. ilnflorescencia com pellos longos PI. Lagopus L. [ ' * [infloseseencia glabra ou quasi — PI. lanceolata L. (1) J. A. EenviqVies — Ptaniaginaceae — Boi. da Soe. Brot. XIV (1897), p. 67. 272 Sect. III. leucopsjilium Dcd. * Folhas linear-Ianceoladas pubesceutes; espiga compacta curta. Pt. Bellardi Ali. Sect. IV. Coronopus Tournf. Capsula com 2 sementes estreitas e lougas, 3-quetras ou semicylindricas 1 ) Capsula com i sementes (ou 2 por atrophia); folhas planas com recortes mais ou menos profundos 2 (Folhas linear-Ianceoladas planas 3-nerveas . PI. alpina L. (Folhas linear-filiformes mais ou menos rijas PI. carinata Schrad. [Folhas oblongo-lanceoladas mais ou menos serrilhadas PI. serraria L. 2 (Folhas espatuladas ou lineares 3 ! Folhas espatuladas mais ou menos denteadas e densamente pelludas. PI. macrorrhiza Poir. Folhas linear-Ianceoladas quasi pinnatifidas PI. Coronopus L. Sect. V. PoIjDeiirou Dcn. Folhas largamente ovaes 3-7-nerveas PI. major L. Sect. I. Psyllium Tournf. PI. Psillium L. Sp. pi. p. 115; Brot. 1, p. 158. [3. dentifolia Willk. — Folhas mais ou menos denteadas. Terrenos arenosos, searas, muros. Fl. de março a julho. I-TI. Sect. II. Arnoglossum Dcn. PI. Lagopus L. Sp. pi. p. 114; Brot. I, p. Í56. — Orelha de lebre. p. major Bss. ; PI. lusitanica Willd. Sp. I, p. 644; Brot. 1, p. 156. — Planta de maiores dimensões, por vezes cau- 273 lescente; folhas com longo peciolo, 5-7-nerveas. — Tan- chagem do reino, Língua de ovelha. Terrenos incultos arenosos e mais ou menos estéreis. Fl. de abril a junho. I-III. PI. lanceolata L. Sp. pi. p. 113; Brot. l, p. 156. p. eriophylla Dcn. ; PI. eriophylla Hoíígg. et Link. Fl. Port. I, p. 423; PI. argêntea Brot. I, p. 156. — Folhas lanuginosas. y. capiíala Dcn. — Folhas lineares ou linear-lanceoladas, fel- pudas na base. Sitios húmidos em geral. Fl. de abril a julho. l-III. — Tanchagem menor ou das boticas. Sect. III. Leucopsjlllum Dcn. PI. Bellardi Ali. Fl. Pedem. í, p. 82; Brot. I, p. 157; PI. tenuis Hoffgg. et Link. Fl. Port. I, p. 426. Terrenos arenosos seccos e nas margens de campos; Fl. de março a julho. I-II. Sect. IV. Corouopus Touriif. PI. alpina L. Sp. pi. p. 114; PI. subulata Brot. I, p. 157 (parte). Regiões mais altas (Serra da Estrella). Fl. de julho a agosto. V. PI. carinata Schrad. Cat. h. Gott. p. depauperata Gr. et Godr. ; PI. subulata Brot. (parte). — Planta menor que a espécie; folhas mais curtas obtusas; bracteas móis curtas que o cálix. Regiões altas (Serra da Estrella). Fl. de julho a agosto. V. PI. serraria L. Sp. ed. X, n.*^ 11; Brot. I, p. 157. p. hispânica Dcn. — Folhas semi-pinnatifidas. Terrenos arenosos incultos. Fl. de maio a julho. I. PI. macrorrhiza Poir. Voy. 11, p. 154; PI. coronopifolia Brot. í, p. 157 (parte). Terras áridas da beiramar. Fl. de março a agosto. I. PI. Coronopus L. Sp. pi. p. 1 1 5 ; PI. Coronopifolia Brot. I, p. 1 57 (parte). ?. Idlifolia DC. Fl. fr. (PI. ceratophylla Hoíígg. et Link. Fr. 6). Terras incultas, áridas. Fl. de março a agosto, l. — Guiabelha. 18 wvi 274 Sect. V. Polynenron Dcn. PI. major L. Sp. pi. p. 112; Brot. í, p. 151. Terras cultivadas, proximidades d'agua, margens de caminhos. Fl. de março a julho. I. Serie Rabiales Rubiaceae (i) § Galieae Fructo carnoso Rubia L. Fructo secco 1 l Fructos sem appendices na parte superior . . ; 2 1 (Fructos com 3-6 appendices na parte superior 4 I Flores em espiga com 2-3 bracleas na base Crucianclld L. Flores não em espiga 3 ITubo da coroUa muito curto; fructo 2-spermico Galmm L. Tubo da corolla infundibuliforme ou campanulado Asperula L. ( Fructos com 3 appendices espinhosos Vaillantia L. 4 I Fructos com 6 dentes Sherardia L. Slierarclia L. S. arvensis L. Sp. pi. p. 102; Brot. I, p. 152. Campos cultivados, mnros, caminhos. Fl. de fevereiro a maio. I-II. Cruciauclla L. I Planta herbácea ; folhas lineares C. angnsli folia L. Planta subfrutescente ; folhas coriaccas de margem carlilaginea. C. marítima L. (1) P. Coutinho — As Rubiaceas de Portugal — Boi. da Soe. Brot. XVII (1900), p, 7. 275 C. angiistifolia L. Sp. pi. p. 109; Brot. I, p. 15o. Terras seccas incultas, pinhaes. Fl. de maio a jiillio. Í-IH. C. maritimiim L. Sp. pi. p. 190. Terrenos arenosos da cosia maritintia. Fl. de maio a setembro. I. i%si9eriiB!a L. A. arvensis L. Sp. pi. p. 103; Brot. I, p. 132. Terras cultivadas, nas cearas. Fl. de abril a junho. l. Ci^aBiiiMi L. [piolhas 3-nerveas 1 (Folhas 1-nerveas 2 (Flores amarellas polyganiicas Scct. IV. Cruciata Kocti. 1 (Flores Ijrancas hermaphroditas Sect. III. Ptatygalium DG. I Plantas perennaes 3 Plantas annuaes 4 /Inflorescencia em panlcula de pedúnculos curtos; caule liso. Q ) Sect. I. Eugalium Koch. (infloresceDcia em panicula de pedúnculos longos; caule aculeado. Sect. II. Trachigalium K. Sch. (Inflorescencia em panicula ou cvmeira de muitas flores. Sect. V. Aparine Koch. 4 (Flores axillares em pedúnculos 1-floreos ou de poucas flores. Sect. VI. Pseudo-vaillantia Lange. Sect. I. Eugalium Koch. I Caules robustos direitos ; panicula pyramidal direita 1 ( Caules prostrados ; paniculas curtas G. saxatile L. (Flores de amarello vivo G. verum L. [Flores amarelladas G. Mollugo L. Sect. II. Trachigalium K. Sch. [Folhas eííuaes em cada verticillio, mucronadas, com aculeos nas margens volta- das para a base G. Elodes HoíTgg. et Link. Folhas desesuaes obtusas 1 1 ■'O t • 1 276 [Folhas ovado ou oblongo-lineares ; panicula laxa; fructos rugulosos, 1 G. palustre L. (Folhas lineares; panicula mais compacta; fruelo tuberculoso... G. dehile Desv. Sect. III. rialygaliuin DC. [Panicula laxa paucidora; folhas orbiculares; fructos hispidos. G. rolundifolium L. [Panicula corymboso-densiflora; folhas ovado-ellipticas; fructos tuberculosos. G. Broterianum HoíTgg. et Link. Sect. IV. Cruciala Koch. [Pedúnculos com bracteas foliaceas G. cruciata Scop. /Pedúnculos sem bracteas; caule mais ou menos hispido, ou subglabro ou esca- bro 1 [Caule duro, ramoso; folhas lineares, verdes, negras depois de seccas. \ G. vernnm Scop. 1 < i Caule escabro, simples; folhas elliptico-ovaes, amarelladas, muito mais curtas que ( os entrenós G. pedemontanum Ali. Sect. V. Aparine Koch. I Pedúnculos fructiferos reflectidos | Comptaparine K. Sch. Pedúnculos fructiferos direitos 1 I Flores brancas § Leucaparinc Bss. G. Aparine L. Flores amarellas § Xanthaparine Bss. G. parisiense L. Sect. VI. Pseudo-vaillanlia Lange I Flores polygamicas, a do centro feminina; pedúnculos fructiferos com um só fru- cto verrucoso G. saccliaratum Ali. Flores hermaphroditas; pedúnculos com 2-3 fructos G. tricorne With. Sect. I. Eiiyalium Koch. G. saxatile L. Sp. pi. p. 106; G. hircinum Brot. I, p. 149. Muros, terrenos húmidos. Fl. de maio a agosto. I-V. 277 G. verum L. Sp. pi. p. 107; Brot. I, p. 150. Muros, sebes, collinas. Fl. de junho a agosto. I-IV. G. Moilugo L. Sp. pi. p. 107; Brot. l, p. 151. Sebes, muros, prados, etc. Fl. de maio a agosto. Í-IV. — Solda branca. Sect. II. Tracliigaliirm K. Sch. G. Elodes Iloffgg. et Link. Fl. Port. p. 47; G. uliginosum Brot. I, p. 150. Margens de ribeiros, sebes, florestas. Fl. de abril a julho. I-III. G. palustre L. Sp. pi. p. 105; Brot. I, p. 149. Logares húmidos. Fl. de maio a agosto. I-III. G. debile Desv. PI. d'Anjou. Logares húmidos. Fl. de junho a julho. I-II. Sect. III. Piatigaliuni DC. G. rotundifoHum L. Sp. pi. p. 157; Brot. I, p. 151. Regiões altas (Serra da Ettrella). Fl. de maio a junho. IV-V. G. Broterianum Bss. et Reut. Diagn. pi. Hisp. p. 15; G. rubioides Brot. I, p. 148. Logares húmidos. Fl. de maio a agosto. I-IV. Sect. IV. Criiciata Koch. G. cruciata Scop. ¥\. Carn. I, p. 100; Vaillantia cruciata L. Sp. pi. p. 1052; Brot. I, p. 207. Sítios sombrios e húmidos. Fl. de março a agosto. I. G. vernum Scop. 1. c. p. 99, tab. 2. Terrenos seccos e altos. Fl. de abril a julho. I-III. G. pedemontanum Ali. Fl. Ped. p. 2. Fendas de rochas e sitios arrelvados das montanhas. Fl. de maio a junho. III-IV. Sect. V. Aparlne Koch. § Comptaparine K. Sch. G. saccharatum Ali. Fl. Ped. p. 9; Vaillantia Aparine L. Sp. pi. p. 1051; Brot. I, p. 207. Sebes e muros. Fl. de janeiro a maio. I. 278 G. tricorne Witli. Brit, ed. 11, p. 153; G. spurium Brot. I, p. 150. Campos, searas. Fl. de abril a maio. I. I Leucaparine Bss. G. Aparine L. Sp. pi. p. 157; Brot. I, p. 151. Sebes, campos cultivados, sitios áridos. Fl. de março a junho. I. — Amor de horlelão, Pegamaço. § Xanthaparine Bss. G. parisiense L. Sp. pi. p. 157. a. leiocarpum Tausch. — Fructo glabro. p. lasiocarpiim Tausch. — Fructo glochidiado-hispido. y. decipiens Jord. — Planta em tudo maior que a var. antecedente. Sitios áridos. Fl. de abril a julho. l-ll. Sect. VI. Pseudo-vaillantia Lange G. murale Ali. Fl. Ped. I, p. 8, tab. 77, fig. 1 ; Sherardia muralis L Sp. pi. p. 103; Brot. I, p. 153. Sitios seccos, muros. Fl. de março a junho. I. Waillaiiiía DC. V. muralis L. Sp. pi. p. 1051; Brot. I, p. 207. Terrenos seccos, muros. Fl. de março a maio. I. Oaprifoliaceae (i) (Flores regulares rodadas ; tubo muito curto 1 (Flores zygomorpliicas ; tubo lougo III. Lonicirae. [ Folhas compostas ; antheras extiorsas 1. Sambiiceae. (Folhas inteiras; antheras introi"sas II. Viburneae. (1) J. de Mariz — Boi. da Soe. Brot., XVIII. 279 I. Sambuceae í Planta lenhosa s. nigra L. (Planta herbácea S. Ebulus L. II. Viburneae l Folhas caducas palmatilobadas V. Opulus L. (Folhas permanentes coriaceas penninervadas V. Tinus L. III. Lonlcerae I Folhas superiores ligadas pela base 1 Folhas todas livres; corolla pubescente glandulosa L. Periclymenum L. l Inflorescencia terminal rente L. imvlexa Ait. ( Inflorescencia terminal pedunculada L. etrusca Santi. I. Sambuceae Saiiiliiieiisi L. S. Ebulus L. Sp. pi. p. 269; Brot. I, p. 474. Terrenos húmidos e sombrios. Fl. de junho a julho. I-IIl. — Engos, Ebulo ou Sabugueirinho. S. nigra L. Sp. pi. p. 269; Brot. I, p. 474. Sebes, margens de caminhos, proximidades d'agua. Fl. de abril a maio. I. — Sabugueiro. II. Ylburneae lihuruuiii L. V. Opulus L. Sp. pi. p. 268; Brot. I, p. 474. p. roseutn R. et S. Syst. VI, p. 635; V. roseum L. Brot. I, p. 474. — Cymeira globosa; flores estéreis; corolla branca grande. Sitios húmidos, sebes. Fl. em junho. I. — Novellos, Rosa de Guel- dres. 280 V. Tinus L. Sp. pi. p. 267; Brot. I, p. 473. Maltas, sebes, collinas calcareas. Fl. de março a abril. I-II. — Fo- lhado. III. Lonlcerae liouicera L. L. implexa Ait. Hort. Kew. í, p. 131; L. caprifolium Brot. I, p. 285 (parte), p. lernalum Lge. — Folhas ternadas. y. puherula P. Lara. — Folhas pubescentes ou pelludas na pa- gina inferior. 5. lusííanka P. Cout. — Folhas medias e superiores inteira- mente soldadas na base, as floraes arredondadas ou leve- mente apiculadas. Sebes, outeiros calcareos. Fl, de abril a maio. I. L. etrusca Santi Viagg. I, p. 113; L. caprifolium Brot. I, p. 285 (parte). Sebes, vallados, muros e mattas. Fl. de junho a julho. I. — Madre- silva caprina. L. Periclymenum L. Sp. pi. p. 163; Brot. I, p. 285. Sebes, mattas, sitios húmidos. Fl. de maio a julho. I-II. — Madre- silva das boticas. Valerianaceae (i) [ Estames 1 Cmtranthus DC. (Estames 3 1 Í Limbo do cálix enrolado formando um annel em volta da corolla. . Valeriana L. Limbo do cálix membranoso não enrolado Valerianelta Hall. Valcriauella Hall. I Limbo do cálix muito reduzido 1 Limbo do cálix grande, C-denteadO;, villoso na face superior. Secl. I. Coronalae Bss. (1) J. de Mariz — Boi da Soe. Brot., XV. 281 ÍFructo mais largo que longo Sect. III. Locmlae DC. 1 < (Fructo mais comprido do que largo Sect. II. Euvarianella Iluek. Sect. I. Coronalac Bss. V. discoidea Lois. Not, Fl. Fr. p. 148; Valeriana discoidea Brot. I, p. 48. Terreno calcarão secco, searas. Fl. de abril a junho. I. Sect. II. EuYarlanelIa Kock. I Fructo telragono V. carinatn Lois. Fructo ovoide-conico V. dentata Poli. V. carinata Lois. Not. Fl. Fr. p. 149. Terras cultivadas, muros. Fl. de abril a maio. I. V. dentata Poli. pai. I, p. 30. Searas. Fl. de julho a agosto. I. Sect. III. Locustae DC. V. olitoria Poli. pai. I, p. 30; Valeriana olitoria Brot. I, p. 68. Terras cultivadas. Fl. de março a maio. I-II, Waleriana L. V. tuberosa L. Sp. pi. p. 33; Brot. 1, p. 48. Pastagens e prados das regiões altas. Fl. de abril a junho. IV. Ccuirauthus DC. ^Esporão egual ou mais comprido que o ovário Mucrocenlron Lge. (Esporão mais curto que o ovário Calcitrupa Lge. Macrocentron Lge. C. ruber DC. Fl. Fr. p. 239; Valeriana rubra L. Sp. pi. p. 31 ; Brot. T, p. 47. Muros, rochas, sebes. Fl. quasi todo o anno. I-III. 282 1 2 Calcítrapa Lge. ÍTubo da coroUa mais comprido que o aehenio; esporão curto. C. macrosiphon Bss. Tubo da corolla de comprimento egual ao do aehenio; esporão quasi nuUo. C. Calcitrapa DC. C. macrosiphon Bss. p. micranthus Wk. Lange in Wk. et Lange, Prodr. Fl. Hisp. II, p. 5. Campos e terras arenosas. Fl. de abril a junho. I-IV. C. Calcitrapa DC. Fl. Fr. V, p. 492; Valeriana Calcitrapa L. Sp. pi. p. 31; Brot. I, p. 47. Terrenos estéreis arenosos, muros, campos cultivados. Fl. de feve- reiro a agosto. I-III. Dipsaceae (O (Planta com numerosos aculeos Dipsacus L. ( Planta sem aculeos 1 [Palhetas herbáceas quasi tão compridas como as flores; corolla 4-lobada. I Siiccisa Coult. [Palhetas mais curtas que as flores 2 I Cálix de 5 dentes ; estigma 2-lobado ; Scabiosa L. 1 Cálix com mais de 10 dentes Plerocephalus Vaill. Dipsacuis L. [Folhas com numerosos aculeos nas duas faces; capítulos ovado-hemisphericos com coroa de palhetas na extremidade D. ferox Lois. [Folhas com aculeos só nas nervuras e por vezes nas margens; capitulo ovado- conico ; palhetas superiores curtas 1 (Folhas caulinares inteiras; cálix celheado 4-denteado D. silvestris Mill. 1 (Folhas caulinares peunati fidas; cálix 4-lobado; flores brancas.. D. laciniaías L. (1) J. de Mam — Bol. da Soe. Brot., XV. 283 D. silvestris (Dod.) Mill. Dict. n.° 2; Brot. I, p. 146; D. fullonum L* Sp. pi. p. 97. Outeiros calcareos, sebes, beira de caminbos. Fl. de julbo a agosto. I-IIl. — Cardo penteador bravo. D. laciniatus L. Sp. pi. p. 97; Brot. í, p. 147. Sebes, terras calcareas, caminhos. Fl. de julho a agosto. I-II. D. ferox Lois. Fl. Gal. ed. 1.', p. 719. p. ambiguum Lge. — Planta com menos aculeos; palhetas re- curvadas no ápice e muito estrigoso-celheadas. Terras calcareas, campos cultivados, caminhos. Fl. de iunho a ju- lho. I-II. Siicciisa Coult. [Folhas inferiores e superiores inteiras ou remotamente denteadas i Folhas inferiores mais ou menos divididas, as medias lyrato-pennatifidas, as su- periores inteiras S. pinnaUfida Lge. 1 |Calyculo hirsuto quadrangular em 4 dentes curtos S. pratensis Moench. Calyculo glabro; limbo membranoso com 4 ou 5 lobos obtusos. S. Carvalheana Mariz. S. pratensis Moench. Meth. p. 489; Scabiosa succisa L. Sp. pi. p. 145. Terrenos relvosos e frescos. Fl. de julho a setembro. I-II. S. pinnalifida Lge. Pug. II, p. 113. Mattos e rochas. Fl. de julho a setembro. I-III. S. Carvalheana Mariz, Boi. da Soe. Brot. VIII, p. 147. Terrenos húmidos e paludosos. Fl. de maio a agosto. I. Picroccphaluis Vaill. I Planta annual; capítulos pendentes Pt. papposus Coult. Planta perennal ; capítulos erectos Pt. Broussonetii Coult. Pt. papposus Coult. Dips. p. 32, lab. 1, fig. 17; Scabiosa papposa L. Sp. pi. p. 101. Sitios estéreis arenosos. Fl. de maio a julho. I. Pt. Broussonetii Coult. in li(t. 182Í-; Pt. Iiisitanicus Coult. in DC. Prodr. ; Scabiosa gramunlia Brot. I, p. 145. Terras arenosas. Fl. de maio a julho. I. 284 Sc. marilima L. Cent. II, n.° 114 in Amoen. acad. IV, p. 304; Sc. Columbaria Brot. I, p. 145. a. genuína Lge. — Glabra; corolla roseo-lilacinea ou amarella. 3. atropurpurea Gr. et Godr. — Corolla purpureo-escura. y. grandiflara Bss. — Folhas inferiores serrilhadas; flores maio- res. ^. sahuldorumysk. — Capitulos pequenos, os fructos globosos. Rochas, terras pedregosas, calcareas e arenosas. Fl. de junho a agosto. I. Cucurbitaceae Cucurbiteae-Cucumerinae [Planta trepadora; folhas membranaccas verdes Bryonia L. ( Planta rastejante; folhas ásperas um pouco carnosas, glaucas. Ecbalium A. Rich. Brjoilia L. Br. dioica Zacq. Fl. aust.. II, p. 59; Brot. 1, p. 308. Sebes. Fl. em julho e agosto. I. — Bryonia, Norça branca. Echalíiiiii A. Bích. Ec. Elaterium A. Rich. Dict. cias. d'hist. nat. VI, p. 19; Momordica Elaterium L. Sp. pi. p. 1010; Brot. I, p. 309. Terrenos incultos áridos. Fl. de maio a agosto. I. — Pepino de S. Gregório. Campanulaceae (i) I Flores actinoniorphicas I. Campannloidcae. Flores zygomorphicas II. Lohelioideae I. Campanuloldeae I Capsula abrindo por fendas lateraes Campamdeae-Campanulinae. 1 Capsula abrindo na extremidade superior Campannleae-Wahlenbenjinae. 2 (1) P. Coutinho — Boi. da Soe. Brot., XVIII, p. 22. ? 285 Corolla campamilada Campânula L. 1 jCorolla rodada; sepalas longas Specularia Heist. Corolla infundibuliforme; cálix muito pequeno Trachelium L. Flores solitárias ; corolla tubuloso-campanulada Wahlenbergia Schrad. (Flores em capitulo ; corolla estreita 5-partida Jasione L. II. Lobelioideae I Corolla 2-labiada ; tubo fendido no dorso quasi até á base Lobelia L. Corolla subbilabiada; tubo não fendido Laurentia Neck. Gampanulinae Caiiipauiila L. /Capsula abrindo por fendas perto da base Sect. I. Médium Tournf. j C. Erinus L. ( Capsula abrindo por fendas ao meio ou no vértice.. . . Sect. II. Rapunculus Bss. Sect. II. Rapuuculus Bss. /Espécie annual; inflorescencia cymoso-dichotomica laxa; capsula obconica. i C. lusitanica L. jEspecies biennaes ; inflorescencia em cacho C. Rapunculus L. ( Espécies perennaes 1 (Planta robusta ; folhas grandes crenadas C. primulae folia Brot. 1 (Planta pequena; caule rubro, uniíloreo simples, raras vezes ramoso. C. Herminii Hoírgg. et Link. Sect. I. Médium Tournf. C. Erinus L. Sp. pi. p. 169; Brot. I, p. 287. Terrenos frescos e arenosos, muros. Fl. de março a setembro. I-II. Sect. II. Rapunculus Bss. C. Herminii Hoffgg. et Link. Fl. Port. p. 9. Terrenos arrelvados da Serra da Estrella. Fl. de junho a agosto. IV- V, 286 C. primulaefolia Brot. T, p. 288; Phyt. lusit. I, p. 43, lab. 19 e 20. Localidades húmidas e sombrias. Fl. de junho a agosto. I-II. C. Rapunculus L. Sp. pi. p. J64; Brot. I, p. 286. Terras cultivadas, sebes, maltas húmidas. Fi. de abril a agosto. I-III. — Rapuncio ou Raponcio. C. lusitanica L. in Petr. Loeíl. Iter hisp. p. 160; C. Loeílingii Brot. I, p. 287; Phyt. lusit. 1, p. 41, tab. 18. a. occidenlalis Lge. Pugil. p. 107. — Caule ramosissimo; ramos patentes; lacinias do cálix de comprimento egual ao dobro da capsula. p. Matritensis Lge. 1. c. — Caule menos ramoso e ramos levan- tados; lacinias do cálix em alguns pouco mais compridas que a capsula. y. filiformis Lge. — Caule longo muito fino e debil ; lacinias do cálix muito longas e escabras. Sebes, searas, pastagens, sitios húmidos. Fl. de abril a agosto. I-IIL Speciilaria Heist. (Corolla mais curta que o cálix; planta mais ou menos pubcscente. Sp. hybrida DC. [Corolla quasi do comprimento do cálix; planta áspera. ..... Sp. castellana Lge. Sp. hybrida DC. Monogr. Camp. p. 348; Campânula hybrida L. Sp. pi. p. 168; Brot. I, p. 287. Searas, terrenos cultivedos sombrios. Fl. de abril a junho. I. Sp. castellana Lge. Ind. sem. Holm. p. 25. Searas. Fl. de maio a junho. I. Tracbcliiiiii L. Tr. coeruleum L. Sp. pi. p. 171. Paredes velhas e rochedos húmidos. Fl. de junho a setembro. I. Wahlenberginae lValilcul»ei*ftia Schrad. W. hederacea Uchb. PI. crit, V, p. 47, tab. CCCCLXXX; Campânula hederacea L. Sp. pi. p. 169; Brot. I, p. 287. Sitios sombrios húmidos pedregosos. Fl. de junho a setembro. I-IV. 287 Jaisione L. Tlanta annual ou bisannnal de raiz aprumada, não estolhosa; folha linear-lan- ceolada ; pedúnculo e cálix glaberriuios J. montana L. jPIanta perennal, estolhosa; estolhos terminados por uma roseta de folhas; cálix de lacinias lauuginosas J. humitis Lois. J. montana L. Sp. pi. p. 928; Brot. I, p. 402. a. genuína Wk. — Bracteas inteiras, crenadas ou crenado-ser- rilhadas; lacinias do cálix metade ou de duplo compri- mento do tubo; capitules de 12-22 mm. p. dentata DC. — Bracteas com 1-3 lobos arislados; lacinias do cálix de comprimento duplo ou triplo do do tubo; capítulos de lS-25 mm. y. gracilis Lge. — Planta delicada glabrescente; folhas inteiras ciliadas; pedúnculos longos filiformes; capitulos pequenos (8-12 mm.). Terrenos áridos arenosos, bordas de caminhos e de campos. Fl. de maio a setembro. I-IV. J. humilis Lois. Notes PI. de Fr. p. 42. Terrenos áridos. Fl. de maio a agosto. Í-IV. II. Lobeiloldeae Ijofielia L. L. urens L. Sp. pi. p. 931; Brot. I, p. 304. a. longebracteata P. Lara. — Bracteas egualando quasi o cálix; lacinias do cálix lineares eguaes ou maiores que o tubo. |3. brevibracteata P. Lara. — Bracteas por vezes minimas, mais curtas que o cálix; lacinias do calix triangular-subuladas mais curtas que o tubo. Sitios húmidos. Fl. de maio a setembro. I-III. Eiaisrcntia Neck. L. Michelli DC. Prodr. VII, p. 409; Lolulia Laurentia L. Sp. pi. p. 931; Brot. I, p. 304. Logares muito húmidos e sombrios. Fl. de abril a setembro. L 288 1 Ooinpositae (i) iFlores todas tubulosas ou só as do disco TiibuUflorae. (Flores todas liguladas Liyuliflorae. Tubuliflorae i Flores do raio quasi sempre liguladas, as do centro tubulosas 1 [Flores todas tubulosas IX. Cynareae. 1 Capítulos homogamos I. Eupatorieae-Agereíinae. (Capítulos heterogamos 2 [ Autlieras com cauda III. Invleae. 2 [ Antheras sem cauda ou 2-mucronadas ou mucronado-subcaudadas 3 I Aulheras sem cauda ou submucronada 4 [ Antheras uiucronado- subcaudadas VII. Calenduleae. .Folhas oppostas , IV. Ueliantheae. [Folhas radicaes ou alternas 5 [Invólucro de bracteas interiores 1-seriadas e as exteriores pequenas ou nullas. VI. Senecionideae. [ Invólucro de bracteas 2- oo - seriadas .' 6 1 Bracteas do invólucro seccas ou escariosas na extremidade 7 [Bracteas nem seccas nem escariosas II. Astereae. 1 Achenios sem pellos V. Anthemideae. I Achenios densamente pilosos VIII. Arctotideae. I. Eupatorleae-Ageretinae l^iipaioriíiiii L. E. cannabinum L. Sp. pi. p. 838; Brot. 1, p. 351. (1) J. de U'àr\z~ Boi. da Soe. Brot., IX-XI. 289 Terrenos férteis nas margens de rios, maltas regadas. Fl. de julho a agosto. I-III. II. Asterieae I Todas as flores da mesma côr a. Solidagininae. 1 Flores do raio de côr diíTerente das do disco 1 í Goroila das flores femininas ligulada 2 i (Corolla das flores femininas nulla ou filiforme d. Conyzinae. IPapilho nullo ou muito reduzido b. Bellidiíiae. 2 (Papilho dislinclo seloso c. Asterinae. a. Solidagininae Koli. 327. Terrenos arenosos, pedregosos, áridos, rochas. Fl. de junho a outu- bro. I-ll. c. Inulinae Biivila L. l Sedas do paj)ilho ligadas na base por uma membrana /. viscosa Ait. (Sedas do papilho livres 1 ILIguIas pouco ou nada maiores que o invólucro I. Conysa DC. (Ligulas bastante mais longas que o invólucro /. crilhmoides L. I. viscosa Ait. Hort. Kew. ed. II, p. 78; Brot. Phyt. lusit. II, p. 190, tab. 164. Terrenos arenosos, incultos, margens de rios. Fl. de agosto a outu- bro. I-II. — Taveda de Dioscorides, Hcrva de bálsamo. I. Convza DC. Prodr. V, p. 46i; Conyza squarrhosa L. Sp. pi. p. 861; BVot. I, p. 358. Terrenos pedregosos, incultos. Fl. de julho a agosto. I-II. I. crilhmoides L. Sp. pi. p. 883; I. crithmilolia Brot. I, p. 38Í-. Terrenos pantanosos, marilimos, arenosos. Fl. de agosto a outubro. I. 294 Pulicaria L. I Planta annual; capítulos medíocres; folhas estreitas e agudas. P. hispânica Bss. Planta perennal ; capítulos graudes 1 1 [Folhas superiores abraçando o caule com duas grandes aurículas. P. (lysenterica Gaerln. [Folhas superiores maiores que as da base e levemente aurículadas. P. odora Rchb. P. hispânica Bss. Fl. orient. III, p. 205; Inuia Pulicaria Brot. I, p. 384. Terrenos reivosos, arenosos, estéreis e hiimidos. Fl. de junho a se- temhro. I-II. P. dysenterica Gaertn. De fruct. sem. II, p. 461; Inula dysenterica L. Sp. pi. p. 882; Brot. I, p. 384. Terrenos pantanosos, inundados, margens de rios. Fl. de agosto a setembro. I-II. — Herva das dysenterias. P. odora Rchb. Fl. germ. exsic. p. 239; Inula odora L. Sp. pi. p. 881 ; Brot. l, p. 380. Terrenos arenosos, incultos, mattos, pinhaes. Fl. de maio a agoslo. l-II. — Herva Monta. d. Buphthalminae Otiontospcriiiiiiii Neck. 1 (Folíolos do invólucro espínescentes na ponta O. spinosum (L.). Foliolos não espínescentes 1 Folíolos exteriores mais longos que as ligulas O. aqtiaticum Sch. Bip. Folíolos exteriores não mais longos que as ligulas O. mariíimum Sch. Bip. O. spinosum (L.) ; Buphthalmum spinosum L. Sp. pi. p. 903; Brot. I, p. 395. Terrenos arenosos, cultivados ou incultos. Fl. de abril a julho. I-III. — Pampilho espinhoso. O. maritimum Scb. Bip. in W. et B. Phyt. Cass. II, p. 233; Buphlhal- mum maritinum L. Sp. pi. p. 903; Brot. I, p. 396. Rochas maritimas e areaes da zona littoral. V\. df março a junho. I. — Pampilho marilimQ. 295 O. aqualicum Sch. Bip. 1. c. p. 232; Buphthalmum aqualicum L. Sp. pi. p. 903; Brot. I, p. 396. Terrenos arenosus ou argillosos, cultivados, húmidos. Fl. de abril a agosto. I. IV. Heliantheae Heliantheae-Caryopsideae ISifllcBis L. B. triparlita L. Sp. pi. p. 831; Brot. I, p. 351. Terrenos húmidos, paludosos, charcos e poços. Fl. de junho a outu- bro. I-III. V. Anthemldeae I Receptáculo com palhetas a. Anlhcmidinae. Receptáculo sem palhetas b. Chrysantheniinae. a. Anthemidinae 1 Folhas inteiras, ou denteadas, ou creuadas 1 I Folhas mais ou menos divididas 2 íCapitnIos homogamos pequenos dispostos em corymbo. I^lanta carnosa cotonosa , 1 branca ". Diotis Desf. ) (Capiíulos heterogamos grandes, solitários ou em corymbo; achenios cónicos. Anthemis L. (Folhas pennatifidas; achenios telragonos comprimidos SantolÍ7ia L. 2 (Folhas 2-pennatipartidas; achenios comprimidos e alados Anacyclus L. * b. Chrysantheminae IFolhas oppostas Phalacrocarpum Willk. I Folhas alternas 1 (Folhas simples mais ou menos serrilhadas Chrysanthemum L. 1 (Folhas pennatifidas ou 2-3-pennatiseccadas 2 (Folhas pennatifidas Cotula L. 2 ( Folhas 2-íi-pennatiseccadas 3 296 ( Capítulos pequenos 4 ( Capítulos relativamente grandes termínaes 5 1 Capítulos rentes entre as folhas Soliva Buiz et Pavon. 4 (Capítulos com curtos pedúnculos em cacho, espiga em panícula.. . Artemísia L. 5 1 Receptáculo cónico Matricaria L. (Receptáculo plano ou convexo Chrysanthemmn (Pyrethrum). a. Anthemidinae !laiiloBiiia L. S. Chamae-Cyparissus L. Sp. pi. p. 842; Brot. I. p. 352. Cultivada e suhespontanea. Fl. de junho a julho. l. — Ab raiano fêmea ou Guarda roupa. Aiitliemis L. [Flores do disco com tubo alado e com esporão Sect. I. Ormenis Cass. (Flores sem esporão 1 1 Receptáculo com palhetas só na parte superior; acheníos tuberculosos. Sect. III. Manda Cass. ) Receptáculo completamente coberto de palhetas permanentes ou as superiores caducas Sect. II. Euanthemis Cass. Sect. I. Ormenis Cass. A. mixta L. Sp. |)1. p. 894; Brot. I, p 393. Terrenos cultivados mais ou menos pedregosos, proximidades d'agua. Fl. de maio a outubro. 1-1 V. Sect. II. EuaDllieinis Cass. Acheníos lisos, os externos maiores pyramidato-quadrangulares. Planta annual. A. airensis L. 'Acheníos obovados, subtetragonos, estriados. Planta annual A. fuscala Brot. 'Achenios com 3 linhas pouco salientes na lace interna; folhas divididas em laci- nías linear- setaccas. Planta perennal A. nobilis L. 297 A. arvensis L. Sp. pi. p. 894; Brot. I, p. 393. Terras cultivadas, caminhos, sebes. Fl. de abril a setembro. I-III. A. fuscala Brot. I, p. 394; Phyt. liisit. I, p. 61, tab. 28. Terras cultivadas, relvosas, arenosas, hiimidas. Fl. de dezembro a maio. l-IÍ. — Margaça fusca, Margaça de inverno. A. nobilis L. Sp. pi. p. 894; A. aiirea Brot. I, p. 39 i. Pastagens, terrenos de matto, arrelvados, arenosos. Fl. de abril a agosto. I-IV. — Macella gallega vulgar. < Sect. III. Manita Cass. A. Cotula L. Sp. pi. p. 894; Brot. I, p. 393. Terrenos cultivados, arenosos. Fl. de maio a setembro. I-III. — Mu- cella felida ou fedugosa. Aiiacveliis L. A. radiatus Lois. Fl. gall. ed. I, p. 583; Anthemis Valenlina L. Sp. pi. p. 895; Brot. I, p. 394. Terrenos cultivados, relvosos, arenosos. Fl. de abri! a maio. l. — Pão poslo. Ilíolis DesF. D. maritima (L.) Sm. Fngl. Fl. III, p. 403; Athanasia maritima L. Sp. ed. II; Santolina maritima Brot. I, p. 352. Areaes maritimos. Fl. de junho a agosto. I. — Cordeiros da praia. b. Chrysantheminae Cliry$^aiitlieiiiiiiii L. Plantas annuaes 1 Plantas perennaes 2 ÍAchenios do raio quasi sempre 3-quelros e 3-alados sem coroa. Secl. I. Pinardia Cass. Achenios do raio com 4-10 linlias salientes, sem aza e com coroa memiiranosa. Sect. li. Coleostfphns Cass. ICapitulos radiados; liouias brancas ou amarciias. . Sect III. Pyrethnim Gaertn. 2 I (Capilulos discoideos; íloies do laio femininas, tuiiuiosas, 3-4-denleadas. Sect. IV. Tanacetum L. 298 Sect. I. Pinardia Cass. [Achenios da circuuifereucia alados nos dois ângulos externos; folhas denteadas. Ch. segeíum L. lAchenios da cifcuniforcncia com 3 ângulos alados; folhas 2-pennatifidas. Ch. coronarium L. Ch. segetum L. Sp. pi. p. 889; Brol. I, p. 378. Terrenos cultivados, searas. FI. de maio a junho. I. — Pampilho de searas. Ch, coronarium L. Sp. pi. p. 890; Brot. I, p. 379. Terrenos cultivados, sebes, muros. Fl. de abril a junho. I. — Mal- mequer ou Pampilho ordinário. Sect. II. Colcosteplius Cass. lAchenios do disco com coroa lubulosa Ch. Myconis L. < j Achenios do disco sem coroa Ch. hybridus Lge. Ch. Myconis L. Sp. ed. II; Brot. I, p. 379. Terrenos cultivados e incultos, vinhas, sebes. Fl. de abril a agosto. I-III. — Pampilho de Mycao. Ch. hybridus Lge. Pug. p. 127. Terrenos húmidos, incultos ou cultivados, searas, sebes. Fl. de março a julho. I-ll. — Pampilho. Sect. III. Pyrdhruni Gaertn. 1 Folhas com dentes grossos, profundos e deseguaes 1 1 Folhas pennaliseceadas ou pennatifidas 2 [Coroa dos achenios nulla ou quasi Ch. Leiícanthemum L. 1 < Coroa dos achenios 2-partida; caule simples ou pouco ramoso.. Ch. pallens DC. (Corôa muito variável; folhas ohovadas crenado-denteadas: caule muito ramoso. Ch. silvaticum Hulígg. et Link. l Folhas muito i)eqnenas mais ou menos tomentosas 3 2 1 Folhas não pequenas 4 299 [Lacinias das folhas lineares curtas e quasi roliças Ch. pulverulentum Lag. (Lacinias das folhas lineares compridas e planas.. Ch. flaveolum Hoífgg. et Link. [Folhas todas pecioladas Ch. Parlhenimn Sm. 4 (Folhas superiores rentes Ch. conjmbosum L. Ch. Leucanthemum L. Sp. pi. p. 888. Prados, terrenos relvosos, cultivados. Fl. de maio a agosto. l-II. Ch. paliens Gay. ex Perreym. in Guill. Arch. Bot. lí, p. 545. Mattos, outeiros pedregosos. Fl. de junho a julho. I-IIÍ. Ch. silvaticum Hoff<:g. et Link. Fl. Port. p. 329. Terrenos somhrios e de mattos, areaes do litloral, fendas de roche- dos. Fl. de m;iio a junho. I-ÍV. — Margarida maior. Olho de boi dos hervolarios, Bemmequer das florestas. Ch. pulverulentund Lag. Nov. gen. sp. n.** 375; Ch. minimum Brot. I, p. 379. Terrenos arenosos, pedregosos, rochas das regiões altas. Fl. de maio a julho. I-IV. Ch. flaveolum Hoífgg. et Link. Fl. Port. p. 34t. f5. alpestre. — Peciolos e pedúnculos mais curtos; folhas mais sericeo-puhescentes; ligulas amarelladas estreitas. Terrenos pedregosos das alfas regiões. Fl. de maio a julho. IV e V. Ch. Parthenium Sm. Fl. Brit. IL p. 900; ftlatricaria Parthenium L. Sp. pi. p. 890; Brot. I, p. 375. Terrenos de cascalho e rochas. Fl. de junho a agosto. Í-III. Ch. corymbosum L. Sp. pi. p. 890; Brot. I, p. 378. Terrenos relvosos, mattagaes, mattas. Fl. de maio a agosto. II-IIL Sect. IV. Tanacetuin L. Ch. vulgare (L.) Bernh.; Tanacetum vulgare L. Sp. pi, p. 844; Brot. I, p. 354. Sebes, mattas, margens de campos. Fl. de julho a agosto. I-llI. — Tanaceto ou Athanasia das boticas. Plialac*i*oc*ar|iaiiii Willk. Ph. oppositifolium Willk. Prodr. Fl. Ilisp. II, p. 94; Chrysanthemum oppositifolium Brot. I, p. 381. Bochedos e sitios pedregosos das regiões altas. Fl. de maio a junho. IV e V. 300 Cotula L. C. coronopifolia L. Sp. pi. p. 892. Terrenos húmidos e salgados da região littoral. Fl. de março a ju- nho. I. ^oli%'ti Rtiiz et Pavon. S. lusitanica Less. Syn. p. 268; Hippia stolonifera Brot. I, p. 373; Phyt. lusil. I, p. 72, lab. 73, fig. 2 e 3. Sítios húmidos, caminhos, por entre as pedras. Fl. de fevereiro a junho. I. jLrleiíiísiia L. Sect. Dracuncuhis DC. .Planta aromática glabra ou sul)viscosa: follias 2-penuatiparlidas: capítulos muito i numerosos quasi rentes e dispostos em panicula A. variubilis Ten. * Planta não aromática: folhas carnosas pennatipartiflas; segmentos linear-lanceo- lados; capitules quasi rentes dispostos em panicula de racimos curtos e paten- tes A. crilhmifoiia L. A. variabilis Ten. Fl. Neap. Prodr. V, p. 128; A. pani«u!ata Brot. I, p. 356. Terrenos arenosos, de cascalho, estéreis, margens de caminhos. Fl. de julho a outubro. IV. A. crithmifolia L. Sp. pi. j). 846; Brot. I, p. 355. - Areaes marítimos. Fl. de setembro a outubro. I. VI. Senecionldeae (Caule com foltias normaes '. 1 (Caule com escamas, desenvolvendo-se antes das folhas Petasiies Gaertn. ( Foliolos do invólucro dispostos nnma só ordem Senecio L. 1 (Foliolos do invólucro dispostos em duas ordens 2 2 .Folhas alternas Doronicim L. \ Folhas oppostas Arnica L. P. Iragrans Presl. Fl. sic. I, p. 28. 301 Terrenos arrelvados. prados húmidos, proximidades d'agua. Fl. de dezembro a março. I. Ariiiea L. A. montaria L. Sp. pi. p. 884; Brot. I, p. 387. Terrenos arenosos, pantanosos, paúes, prados. Fl. de junho a agosto. I. l>oi*oiiieiiiii L. [Caule simples glanduloso s>em folhas na parte superior; folhas basilares ovaes de longos peciolos D. planíagmeum L. [Caule ramoso hirsuto muito glanduloso; folhas basilares oblongo cordi formes. D. carpetanum Bss. et Reut. D. plantagineum L. Sp. pi. p. 885; Brot. I, p. 386. * Terrenos arrelvados, matlas. Fl. de abril a julho. I-IV. D. carpetanum Bss. et Ueut. ; Lange, Pug. pi. p, 130; D. Pardelian- cíies Ort. Brot. I, p. 386. Pastagens, terrenos pedregosos, rochedos das regiões altas. Fl. de junho a julho. IV-V. ^eucci» L. (Folhas mais ou menos profundamente divididas (pelo menos as superiores)... 1 (Folhas simplesmente denteadas, serrilhadas ou crenadas. Sect. III. Dória Ilchb. I Escamas do invólucro reflectidas depois da queda dos achcnios. Sect. I. Enscfícrio. Escamas do invólucro sempre erectas Sect. II. Jacobaea Tlmmb. Sect. I. Eusenecio ILigulas nullas ou muito curtas; invólucro cylindrico ou ovoideo. a. Obaejacae DC. Ligulas bem formadas muito mais longas que o invólucro campanulado. b. Obaejacokleae DC. a. Obaejacae DC [Ligulas nullas; planta não glandulosa S. vulgaris L. I Ligulas cartas ; plantas glandulosas na parte superior 1 302 I Capitules pequenos; lóbulos das folhas profundas e deseguaes. . S. silvaíicus L. I Capítulos grandes; lóbulos das folhas pouco profundas e quasi eguaes. S. lividus L. b. Obaejacoideae DC. I Capítulos solitários em longos pedúnculos S. minutus DC. Capítulos numerosos em corymbo S. gallicus Chaíx. Sect. II. Jacobaea Thumb. [Planta glabra ou (juasí ; caule amarellado até ao meio; escamas do invólucro ovaes, pouco aeuiiiinadas, membranosas na margem 1 'Plantas pubescentes; escamas do invólucro lanceoladas 2 i Kolhas rígidas pennatípartidas; segmentos oblíquos, obovados ou linear-oblonjros; capítulos em corymbo denso S. jacobaeoides Wk. iFolhas inferiores ovaes ou elliptico-lanccoladas, inteiras ou lyradas; pedúnculos erecto-pateutes com muitas bracteolas lineares; ca()itulo em corymbo laxo. S. aqualicus Huds. [ Ligulas amarellas S. foliosus Salzm. 2 I Ligulas do raio purpurinas S. pseudo-elegans Less. Sect. III. Dória Rchb. i Capítulos quasí solitários; caule direito; folhas hirsutas ovaes. S. Lagascanus DC. (Capítulos (2-10) em corymbo ; folhas glabras S. Tournefortii Lap. p. carpetamis Wk. Secl. I. Euseiiecio a. Obaejacae DC. S. vulgaris L. Sp. pi. p. 807; Brot. I, p. 388. Terrenos arenosos cultivados. Fl. quasi todo o anno. I-III. — Tas- neirinha. S. silvaíicus L. Sp. pi. p. 808; Brot. I, p. 388. Terras areentas de mattas. Fl. de junho a agosto. I-IV. S. lividus L. Sp. pi. p. 807; Brot. I, p. 388. Terrenos arenosos. Fl. de março a julho. I-llI. 303 b Obaejacoideae DC. S. minutus DC. Prodr. VI, p. 346; Cineraria minuta Cav. Brot. I, p. 387. Terrenos arenosos. Fl. de março a julho. I-II. S. gallicus Chaix ap. Vill. Fl. Dauph. 1, p. 331. p. exsquameus DC. Prodr.; S. exsquamcus Brot. I, p. 388. Terrenos arenosos, de cascalho, cultivados, pastagens. Fl. de julho a Sect. II. Jacobaea Thunib. agosto. I. S. jacobaeoides \\'k. Prodr. Fl. Ilisp. II, p. 119. Prados e terrenos sombrios. Fl. de julho a agosto. I-III. S. foliosus Saizm. in pi. liug. exsic. 1825; DC. Prodr. VI; S. Jaco- baea Brot. I, p. 389. Terrenos húmidos, prados, pastagens. Fl. de junho a julho. I-IV. S. aquaticus Huds Fl. Angl. p. 366; S. Jacobaea Brot. I, p. 389. Terrenos húmidos, lagoas. Fi. de junho a dezembro. I-IV. S. pseudo-elegans Less. Svn. p. 391; S. elegans Thumb. Brot. I, p. 389. Prados, pastagens e logares húmidos. Fl. na primavera. I. Sect. III. Dória Rchb. S. Tournefortii Lap, 3. carpelanus Wk. Prodr. Fl. Ilisp. II, p. 115; S. caespitosus Brot. I, p. 390. Terrenos pedregosos. Fl. de julho a agosto. IV e V. — Uerva loira. S. Lagascanus DC. Prodr. VI, p. 3.57; S. Doronicum Brot. I. p. 390. Terrenos pedregosos. Fl. de junho a julho. I-IV. VII. Calenduleae Caleufliila L. fAchenios exteriores grandes terminados em ponta, transversalmente rugosos no dorso C. arvensis L. lAchenios exteriores glabros ou parcamente aculeados, terminados em esporão dilatado C. micropliylla Lge. 304 G. arvensis L. Sp. pi. ed. II; Brol. I, p. 400. Vulgar em terrenos diversos. Fl. em diversas épocas. Í-ÍI. C. microphylia Lange, Boi. .da Soe. Brot. I, p. 51; VAillk. 111. Fl. Hisp. ins. Balear. 1, p. 130, tab. LXXIX. Zona lilloral, em sitios lodosos. Fl. de maio a setembro. I. VIII. Arctotldeae Sect. Crjptostemma R. Br. A calendulacea L. Syst. XII, p. 578; A. Calendula L. Sp. pi. p. 922; A, acaulis Brot. I, p. 401. Terrenos arenosos do litloral, outeiros e planicies incultas. Fl. de abril a junho. I. IX. Cynareae [Capiulo gi^al espherico formado de capítulos parciaes unifloreos. 1. Ecliinopsideae. , Capitules simples 1 1 Inserção dos achenios basilar 2 1 (Inserção dos achenios obliqua 4. Centaureinae. 1 [Bracteas internas do invólucro maiores e coradas 2. Carlineae. |Bracteas internas, nem maiores que as externas, nem mais coradas; sedas do papilho ligadas iia base 3. Carduinae. 1. Echinopsideae Keliino|is L. E. slrigosus L. Sp. pi. |). 815; Brot. I, p. 353. Outeiros seccos abrigados, caminhos, searas. Fl. de maio a julho. I. 2. Carlineae Ca 1*1 i na L. [Planta quasl acaule; capitulo muito grande cercado de folhas grandes encostadas á terra C. gummifera Lessing. ' Planta com caule distincto 1 \ 3 305 'Escamas medias do ins^olncro lineares tomentosas prolongadas em um bico pur- purino, as interiores sulplmreas C. racemosa L. JEseamas medias do invólucro curtas lanceoladas cotonosas terminadas por um pequeno espinho, as interiores radiantes linear-lanceoladas amarellas. C. corymbosa L. C. gummifera DC. Prodr. V., p. 547; Acarna gummifera Brot. Pliyt. Iiisit. II, p. 183, tiib. 165; Cirselium gnnimiferuin Brot. I, p. 346. Outeiros calcareos, sebes, bordas de caminhos. Fl. de setembro a ou- tubro, í. — Carlina bastarda. Cardo do Visgo, Cardo matacão. C. racemosa L. Sp. pi. p. 829; Brot. I, p. 346. Outeiros áridos, campos em pousio, terras estéreis. Fl. de julho a setembro. I, C. corjmbosa L. Sp. pi. p. 828; C. hispânica Lamk. Brot. I, p. 345. Terras estéreis, caminhos, campos em pousio. Fl. de julho a agosto. I-IIl. 3. Carduinae (Receptáculo com sedas 1 (Receptáculo nii mas [irofundamente alveolado Onopordon L. iFiletes dos estames ligados entre si 2 (Filetes^ livres 3 I Flores marginaes neutras, radiantes, maiores que as do centro . . . Lnpsia Neck. Flores todas férteis ; papilho pelludo Sylibwn (Vaill.) Gaertn. Bracteas do invólucro terminadas em gancho Arctium L. Rracteas não terminadas em gancho 4 1 Receptáculo carnoso Cynara L. 4 ( Receptáculo não carnoso 5 (Papilho plumoso Cirsium Scop. 5 (Papilho não plutnoso : Cardmis L. i%rcliiiiii L. A. Lappa L. Sp. pi. p. 816; Brot. I, p. 349. a. minus Bernh. Terrenos férteis sombrios, sebes, margens de caminhos. Fl. de julho a agosto. I-III. — liardana ordinária, Pegamaço, Lahaga. 20 wvi 3()í; Carcliiiis L. 1 2 1 Capítulos pequenos ou mediocres 1 [ Capítulos grandes ou muito grandes 2 'Escamas exteriores do invólucro linear-lniiceoladas planas erecto-patentes; planta muito espinhosa; espinhos longos amarellos C. Gayanus Dur. [Escamas exteriores lanceoladas canaliculadas superiormente, arqueado-patentes; capítulos alongados na extremidade dos ramos C. tenuiflorus Curl. Escamas patentes ou quasi recurvadas no vértice C. medius Gou. ( Escamas arqueadas ao meio 3 I Invólucro pouco ou nada unibilícado C. nigrescens Vill. Invólucro muito umbilicado C. granaiensis Wk. C. Gayanus Dur. in litt. 1837; Willk. et Lange, Prodr. Fl. llisp. II, p. 133. Caminhos, sebes, pastagens. Fl. de junlio a julho. I-IV. C. tenuiflorus Curt. Lond. fase. VI, p. 55; C. acanthoides Lam. Ene. meth. I, p. 697; Brot. I, p. 341. Terrenos pedregosos argillosos, sebes, ete. Fl. de maio a julho. I-III. C. nigrescens Vill. Prosp. hist. pi. Dauph. p. 30. Terrenos pedregosos, férteis. Fl. de maio a setembro. I-II. C. granatensis Wiílk. Prodr. Fl. llisp. II, p. 197. Terrenos férteis mais ou menos cascalhentos. Fl. de junho a julho. I-III. C. medius Gou. 111. p. 62, tab. 24. p. Broleri (Welw.). Mattos e terrenos incultos, rochas calcareas. Fl. de março a julho. I-III. Cirsiuiii Scop. (Escamas do invólucro terminadas em espinho pennado. . IV. Picnomon (Cass.). (Escamas do invólucro terminadas em espinho simples ou inerme 1 I Folhas com pellos rígidos espinescentes na pagina superior. III. Epilrachys DC. Folhas lisas na pagina superior 2 307 I Flores herniaphroditas; papilho mais curlo que a corolla 3 Flores dioicas; papilho por fim mais longo que a corolla. II. Cephalonoptos Neck. 1 Flores periplierieas estéreis; filete dos estames hirsutos I. Nofobasis Cass. (Flores todas herniaphroditas; filetes papillosos Y. Chainaclon DC. I. Notobasis Cass. C. syriacum (L.) Gaertn. Fruct. II, p. 383, tab. 163, fig. 2; Cnicus syriacus W. ; Brot. I, p. 342. Caminiios, sebes, maroens de ribeiros, terrenos cultivados e incultos. Fl. de maio a junlio. I-II. II. Cephalonoptos Neck. C. arvense Scop. Fl. carniol. II, p. 126; Serratula arvensis L. Sp. pi. p. 820; Cnicus arvensis Brot. I, p, 344. Searas, vinhas, terras cnltivadas. Fl. de julho a agosto. I. III. Epitrachys DC. jCapitulos grandes; escamas pouco lomentosas; folhas decurrenlcs hranco-tomen- losas na pagina inferior, peunalipai tidas ou pennatifidas. C. tanceolafum Scop. JCapitulos menores; escamas bastante tomentosas; folhas decurrentes branco- tomentosas na pagina inferior, pennatilobadas ou lanceoladas. C. Linkii Nym. C. lanceolatum Scop. Fl. carniol. II, p. 130; Carduus lanceolatus L. Sp. pi. p. 821; Cnicus lanceolatus W. ; Brot. I, p. 343. Terrenos pedregosos, muros, sebes, margens de campos. Fl. de ju- nho a outubro. I-III. C. Linkii Nyman Syll. p. 23; Comp. Fl. Europ. p. 406; Cnicus stri- gosus Hoífgg. et Link. Fl. Port. p. 191. Mattas, sebes, margens de campos e de caminhos. Fl. em julho. l-III. IV. Picnonion (Cass.) • C. Acarna (L.) Moench. Meth. Suppl. p. 226; Carduus Acarna L. Sp. pi. p. 820 ; Cnicus Acarna Brot. I, p. 344. 308 Terrenos áridos e estéreis, campos em pousio, Fl. de junho a agosto. I-II. V. Cliamaelon DC. 1 Capítulos termioaes isolados i I Capítulos numeiosos pequenos aglomerados C. palustre Scop. ;Folhas radicaes penuatífidas densamente alvo-tomentosas na pagina inferior. C. fdipendulum Lge. [Folhas radicaes oblongo-lanceoladas mais ou menos lobadas e glabras. C. Weluritschii Coss. C. filipendulum Lge. Pug. p. 142; Cnicus bulbosus Brot. I, p. 343. Prados seccos, mattas, sebes. Fl. de maio a agosto. I-III. C. Welwitschii Coss. PI. crit. p. 118. Terrenos húmidos. Fl. de jurdio a julho. I. — Cravo de burro. C. palustre Scop. Fl. carniol. II, p. 128; Carduus palustris L. Sp. pi. p. 822; Cnicus palustris W.; Brot. I, p. 343. [3. spinosissimus Wk. Terrenos húmidos, pantanosos, margens de regatos. Fl, de junho a agosto. I-IV. Cyiiara L. C. humilis L. Sp. pi. p. 828; Brot. I, p. 339. (â. kucanlha Coss. 1. c. — Corolla branca. Terrenos áridos. Fl. de maio a julho. I. — Alcachofra de S. João, Alcachofra brava. ^ilyliBiiii Vaill. S. Marianum Gaertn. de fruct. sem. 11, p. 378, tab. 168, fig. 2; Car- duus Marianus L. Sp. pi. p. 823; Brot. I, p. 341. Terrenos férteis, relvosos, sebes. Fl. de maio a agosto, I-II. — Cardo de Santa Maria, Cardo leiteiro. ljii|i.?ii poucas lacinias na base Sect. VIU. Melanolouui Cass. I Appendice pennado em quasi toda a extensão; lacinia terminal pouco maior que as lateraes Sect. IX. Acrolophus Cass. ICorolla amarella Sect. XIII. Mesocentron Cass. 9 (Corollas purpurinas IO I Appendice terminado por longo espinho canaliculado de côr clara. Sect. XI Calcitrapa Cass. Appendice palmado Sect. XIII. Scrídea DC 3Í1 Sect. I. Centaurium Cass. C. tagana Brot. I, p. 369 ; Pliyt. lusit. I, p. 69, tab. 32. Terrenos áridos arenosos, mattos, pinhaes. Fl. de junho a julho. I-II. — Rhaponlico bastardo, Rhaponlico da terra. Sect. II. Phalolepis Cass. C. amara L, Sp. pi. II, p. 1294; Brot. l, p. 369. Pastagens do iittoral, terrenos seccos. Fl. de junho a outubro. I. Sect. ÍII. Leuzea DC. C. longifoUa (HoíTgg. Lk. Fl. Ort. p. 217, tab. 96; Serratula conífera Brot. Phyt. Lusit. I, p. 67 (parte), tab. 31. Mattos e terrenos húmidos. Fl. de junho a julho. I. Sect. IV. Microlonclms DC. C. Salmantica L. Sp. pi. p. 918; Brot. I, p. 372. Sitios estéreis, terras incultas, vinhas, caminhos. Fl. de maio a agosto. I-III. Sect. V. Jacea Cass. C. nigra L. Sp. pi. p. 911. p. pallida Lge. Pug. p. 134; C. rivularis Brot. I, p. 367; C. pratensis Hoífgg. et Link. Fl. Port. p. 322. Prados, terrenos relvosos, proximidades d'agua. Fl. de junho a de- zembro. I-III. Sect. VI. Cpuus Cass. C. Cyanus L. Sp. pi. p. 911 ; Brot. I, p. 366. Searas. Fl. de junho a julho. I. — Fidalyiiinhos, Lóios dos jardins. 312 Sect. YII. Melanoloraa Cass. C. pullata L. Sp. pi. p. 911; Brot. I, p. 366. Campos, pastagens, sitios relvosos. Fl. de fevereiro a junho. I. Cardinho das cdmorreimas. Sect. VIII. Cheirolophus Cass. l Appeudice longo triangular; caule ramoso C. sempervirens L. (Appendice estreito arredondado; caule simples ou pouco ramoso. C. uliginosa Brot. C. sempervirens L. Sp. pi. p. 913; Brot. I, p. 366. Sebes, terrenos calcareos pedregosos. Fl. de julho a agosto. I. — Lavapé ou Viomal. C. uliginosa Brot. I, p. 368; Phyt. Lusit. I, p. 65, tab. 30. Sitios pantanosos, juncaes. Fl. de julho a setembro. I. Sect. IX. Acrolophus Cass. [Invólucro ovado-oblongo C. limbala HoíTgg. et Link. [invólucro oblongo-cylindrieo C. micraníha HofTgg. et Link. [invólucro ovado-globoso i I Appendice escuro C. coerulescem W. Appendice fusco C. Hanrii Jord. C. limbata Iloffgg. et Link. Fl. Port, p. 221, tab. 97; C. paniculata Brot. I, p. 366 (parte a. melanosiicla Lge. Pug. p. 136. Outeiros, maltos, terrenos arenosos do litloral. F'i. de julho a agosto. I-III. C. Hanrii .íord. Obs. fr. V, p. 70, tab. i, fig. B. Terrenos seccos da região montanhosa. Fl. de junho a agoslo. III. G. coLTulescens W. Sp. pi. Ill, p. 2319; C. arislata Iloffgg. et Link. Fl. Port. p. 260. 313 Outeiros das regiões inferiores e montanhosas. Fl. de maio a iiillio. I-IV. C. micrantha Hoffgg. et Link. Fl. Port. 11, p. 220; C. paniculata Brot. I, p. 366. Terrenos graniticos e schistosos, áridos. Fl. de julho a agosto. I-IV. Sect. X. Acroceiílron Cass. C. ornata W. Sp. pi. III, p. 2320. p. microcephala Willk. Prodr. lí, p. 147; C. collina Asso Syn. Terrenos arenosos, de cascalho, estéreis. Fl. de junho a agosto. I-III, Sect. XI. Calcitrapa Cass. C. Calcitrapa L. Sp. pi. p. 917; Brot. I, p. 371. Caminhos, muros, terrenos pedregosos. Fl. de julho a agosto. I-IlI. — Cardo estrellado ou Calcilrapa. Sect. XII. Mesocentron DC. C. Militensis L. Sp. pi. p. 917; C. solstitialis Asso; Brot. I, p. 371. Outeiros seccos, campos, sitios pedregosos, searas. Fl, de junho a setembro. I-III. Sect. XIII. Seridea DC. í Folhas caulinares decurrentes C. lusitanica Bss. l\eut. (Folhas caulinares não decurrentes C. polyacantha W. C. lusitanica Bss. et Reut. Diagn. pi. orient. III, ser. 2, p. 85; C. napi folia Brot. I, p. 370. Terrenos calcareos e arenosos do lilloral. Fl. de maio a agosto. I. C. polyacantha W. Sp. pi. III, p. 231 1; C. caespitosa Brot. I, p. 370. Areaes, terrenos arenosos do littoral. Fl. de março a maio. 1. Cartliaiiiiis L. C. lanatus L. Sp. pi. p. 830; Carduus lanatus Brot. I, p. 342. 3U Terrenos de cascalho, cultivados, outeiros estéreis. Fl. de julho a agosto. I. — Cardo sanguinho. Cartliiucellusi Juss. C. coerulens DC. Prodr. VI, p. 614; Carduus coerulens Brot. I, p. 342. a. deníalits DC. Terrenos cultivados, relvosos. Fl. de maio a julho. I. Cuiciis Gaertn. C. benedictus L. Sp. pi. p. 826; Centáurea benedicta L. Sp. pi. II, p. 296 ; Brot. I, p. 370. Terras ferieis relvosas. Fl. de maio a julho. I. — Cardo santo. Liguliflorae Cichorietee I Planta espinhosa; receptáculo com palhetas muito amplas 1. Scoliminae. [Plantas não espinhosas 1 I Receptáculo nú ou herissado com pellos 2 [Receptáculo com palhetas caducas ou nú 3. Leontodontinae. iPapillio palheaceo, membranoso ou nullo 2. Cichorinae. [Papilho de pellos denticulados, mas nunca plumoso 4. Crepidinae. 1 9 1. Scoliminae Scoliiiius L. Capítulos terminaes envolvidos nas folhas floraes pectinadas; folhas de margem espessa cartilaginea Sc. Jiuiculatus L. I Capítulos lateraes em espiga folhosa, pouco envolvidos nas folhas íloraes não pectinadas; folhas de maigem não curtilaginea Sc. hispanicus L. Sc. maculatus L. Sp. pi. p. 813; Brot. I, p. 335. Campos áridos, searas. Fl. de junho a agosto. I. Sc. hispanicus L. Sp. pi. p. 813; Brot. I, p. 834. Areaes, terrenos de cascalho, bordas de campos. Fl. de junho a agosto. I-ll. — Cardo douro ou Cangarinha. 315 1 2. Cichorinae Receptáculo alveolado e íibrilloso Hispidella Bernad. Receptáculo nu 1 Flores amarellas 2 Flores azues ou brancas Cichoríum L. Papilho O 3 2 {Papilho formado de escamas muito finas, pelo menos no centro 4 Papilho reduzido a uma coroa curta membranosa Arnoseris Gaerln. Achenios da margem divarlcado-patentes e envolvidos pelas escamas do invólucro 3 , quando maduros Rhagadiolus Scop. (Achenios não divaricado-patentes Lapsana L. í Invólucro de escamas largas 1-seriadas Hecb/pnois (Tournf.) W. 4 ' (Invólucro de escamss muito estreitas oo-seriado Tolpis Biv. Ilis|)ítlclla Barnad. H. hispânica Lamk. Dict. Ill, p. 134. Terrenos arenosos, incultos. FI. de maio a agosto. Ul-lV. Ciclioriíiiii L. I Planta perennal verde C. Iníybus L. Planta annual de cor glauca C. glaucum HoíTgg. et Link. C. Intybus L. Sp. pi. p. 813; Brot. I, p. 333. 3. glabralum Gr. et Godr. — Capitulos geminados; escamas do invólucro giabras. y. Imcophaeum Gr. et Godr. — Capitulos ternados; escamas pel- ludas mais ou menos glandulosas. Campos seccos, cultivados, caminhos. Fl, de junho a setembro. I-II. C. glaucum Hoflgg. et Link. Fl. Port. II, p. 178, tab. 9o. Terrenos incultos, beira de caminhos. Fl. de julho a agosto. I. 316 Ijap.«>aiia L. L. communis L. Sp. pi. p. 811; Brot. I, p. 312. Terrenos cultivados, sebes, logares sombrios. Fl. de jiinbo a setem- bro. I-III. Tolfiis (Adans.) Biv. l Ligulas centraes purpúreas T. barbaía Gaertn. ( Ligulas todas amarellas T. umbellata Bert. T. barbata Gaertn. de fruct. sem. 11, p. 372; Brot. I, p. 321. Campos incultos, arenosos, searas, sebes. Fl. de abril a junho. I-III. — Leiluga. T. umbellata Bert. Mem. Soe. Emnl. Génova. Rluros, pastagens, terrenos arenosos, schistosos. Fl. de abril a junho. I-IV. ilriB»seri$i Gaertn. A. pusilia Gaertn. de fruct. sem. II, p. 365, tab. 157; Ilyoseris mí- nima L. Sp. pi. p. 809; Lapsana minima Brot. I, p. 313. Terrenos arenosos graniticos. Fl. de junho a julho. I-V. Rliag;aclioliis (Tournf.) Scop. Rh. stellatus DC. Prodr. VII, p. 77. a. leíocarpus DC. — Folhas inferiores oblongo-lanceoladas den- teadas. ^. edulis DC. Brot. I, p. 313. — Folhas inferiores compridas lyradas com o lóbulo terminal grande orbicular denteado. Terrenos cultivados, searas, sebes, muros. Fl. de abril a junho. I. Heflyiiiiois (Tournf.) W. (Pedúnculos fiucliferos muito grossos; papillio dos achenios centraes de palhetas curtas e de 5 ;iallietas sedosas centraes H. cretica W. [Pedúnculos fiuctiferos pouco engrossados, quasi cylindricos. H. polymorpha DC. II. cretica W. Sp. jil. p. IGIC; Ilyoseris cretica L. Sp. pi. p. 810; Brot. I, p. 322. Terras arenosas estéreis, cultivadas. Fl. de maio a agosto. I. 317 H. polymorplia DC. Prodr. Vil, p. 81. a. jjendula Wk. et Lange, Prodr. II, p. 207. — Folhas den- teadas ou inteiras. Terrenos cultivados e incultos, arenosos, calcareos, estéreis. Fl. de abril a julho. I. 3. Leontodontinae Ilnvoluero l-seriado ; aclienios com longo Ijico 1 invólucro de escamas imbricadas 2 ILIgulas amarellas Urospermmn Scop. 1 I Ligulas violaceo-roseas Geropogon L. I Receptáculo com palhetas lineares caducas; papilho 1- seriado plumoso. l Hypocheris L. ]Receptaeulo nú ou fibriloso; pedúnculos radicaes; folhas em roseta. Leontodon L. (Receptáculo nú ou fibriloso ; caule com folhas 3 (Papilho caduco formado de sedas ligadas na base em annel Picris L. 3 (Papilho de sedas não ligadas na base, plumosas, barbas erusadas. Scorzonera L. Hypocheris L. íBracteas do receptáculo muito aguçadas e mais compridas do que o papilho. Planta perenual de raiz grossa H. radicata L. iBracteas acuminadas e mais curtas que o papilho. Planta animal de raiz del- gada it. glabra L. H. radicata L. Sp. pi. p. 811. a. roslrata Moris. ; H. radicata Brot. I, p. 331. — Aclienios todos attenuados em ponta delgada mais compridos que o fructo. ^. heterocarpa Moris. — Achenios externos sem ponta. Prados, terrenos relvosos. Fl. de maio a dezembro. I-V. H. glabra L. Sp. pi. p. 811. a. genuína Godr. Fl. Fr. p. 293; II. hispida, lí. dimorpha Brot. I, p. 329; lí. adscendens Brot. Phyt. lusit. I, p. 55. 318 — Achenios externos sem ponta, os internos com ponta longa. [â. Loisekuriana Godr. — Achenios todos com ponta longa. y. erostris Coss. Germ. Flor. paris. p. 427. — Achenios sem ponta. Campos seccos, bordas de camifihos. Fl. de maio a agosto. 1. Urojilicruiiiiii Scop. U. picroides Desf. Cat. h. paris. ed. I, p. 90; Tragopogon picroides L. Sp. |)]. p. 790; fírot. I, p. 330. Terrenos relvosos, caminhos, mattos. Fl. de abril a maio. l-II. Ijeoiitocloii L. [Achenios de duas formas, os externos quasi sem rostro e com papilho escamoso em forma de coroa ou nulio, os internos com rostro longo. Sect. II. Thrincia (Roth.). ^ Achenios eguaes^ com ou sem rostro e com papilho plumoso 1 'Raiz tuberiforme; achenios com rostro longo; papilho plumoso. Sect. III. Millinoides Benth. 1 |Raiz não tuberiforme; achenios de rostro curto; papilho de pellos plumosos 1-2- seriados, sendo os externos denticulados, os internos plumosos. Sect. I. Apargia (Scop.). Sect. I. Apargia (Scop,) [Planta glabra ou com pellos simples L. pyrenaicum Gouan. I Planta scabro-hirsuta L. hispidum L. L. pyrenaicum Gouun. 111. p. 55, tab. 22, fig. 1 e 2. Pastagens, terrenos férteis. Fl. de junho a setembro. IV e V. L. hispidum L. Sp. pi. p. 799. a. vulgare Bisch. Beitr. p. 58. ^. glabratum Bisch. 1. c. Prados, pastagens, terrenos pedregosos. Fl. de julho a setembro. IV-V. 319 Sect. II. Thrincia (Rolli.) L. hirtum L. Sp. X, n." 6; Thrincia hirta Rolh. a. íypicum Fiori et Begn. — Uostro dos achenios centraes egual a Vi ^^ grandeza destes. Planta 2-annual ou perennal. ^. Rothii (Bali.); Thrincia hispida Roth. — Rostro egualando uma ou duas vezes a grandeza dos achenios centraes. Planta annual. Terrenos arenosos, relvosos, seccos. Fl. de maio a agosto. I-III. Sect. III. Millineides Benth. L. tuberosum L. Sp. pi. p. 799; Thrincia grumosa Brot. I, p. 325. Outeiros arenosos, pedregosos, relvosos. Fl. de fevereiro a maio. I-III. Picris L. Invólucro simples; escamas com uma ou mais series; achenios eguaes e atte- nuados Secl. I. Eiipicris DC. [invólucro duplo, o exterior de 3-3 escamas folheaceas, o interior de 8- 10 escamas lineares 1-seriadas; achenios com rostro mais comprido do que elles. Sect. II. Ilelminlliia Juss. Sect. I. Eupicris DC. i Escamas exteriores do invólucro patentes P- hierurioides L. (Escarnas exteriores quasi encostadas P. longifolia Bss. et Reut. P. hieracioides L. Sp. pi. p. 792; Brot. I, p. 327. Prados e terrenos cultivados. Fl. de julho a agosto. I-IV. P. longifolia Bss. et Reut. Pug. p. 69. Matlagaes das altas regiões. Fl. de julho a agosto. IIl-lV. 320 Secl. II. Helniinthia Juss. /Planta revestida de sedas simples e pellos mais curtos em gancho; escamas exte- l riores do invólucro ovado-cordiformes espinescentes ; aehenios com rostro fle- ] xi vel P. echioides L. /Planta aculoado-liispida; escamas exteriores lanceoladas planas echinoso-celhea- 1 das ; aclienios terminados em i ostro rijo P. spinosa Poir. P. echioides L. Sp. pi. p. 792; Ilelminlhia echioides Brot. I, p. 328. Terrenos ferieis, relvosos, sebes, logares húmidos. Fl. de maio a julho. I-II. P. spinosa Poir. Sup. 3, p. 408. Terrenos áridos, coMinas argillosas, beira de caminhos. Fl. de maio a gosto. I-II. Oci*0|iog»u L. G. glaber L. Sp. pi. II; G. hirsutus Brot. I, p. 331. Outeiros relvosos, pedregosos. Fl. de abril a maio. I. Seorzoncra L. [Folhas mais ou menos divididas; aehenios com pedicello ôcco sulcado mais longo que elles Sect. I. Podospennum DC. ^ Folhas inteiras; aehenios sem pedículo Sect. ÍI. Euscorzonera DC. Sect. I. Podospermum DC. Planta glabra; escamas do invólucro não aristadas ou levemente em gancho no ápice Sc. calcilrapifolia Vahl. (Planta quasi glabra; escamas exteriores recurvadas em gancho no vértice. Sc. laciniata L. Sc. laciniata L. Sp. pi. p. 791. Terrenos cultivados, caminhos. Fl. de maio a julho. I-III. Sc. calcitrapifolia Vahl. Symb. bot. II, p. 87. Terrenos argillosos, cultivados, caminhos, littoral. Fl. de abril a ju- lho. I-II. 321 Secl. II. Eoscorzonera DC. I Caule e folhas roliças fislulosas Sc. fistulosa Brol. Folhas planas com nervuras Sc. humilis L. Sc. fistulosa Brot. I, p. 329. Terrenos húmidos, relvosos. Fl. de julho a agosto. I. Sc. humihs L. Sp. pi. p. 790. ^. angustifolia Hoffgg. et Link. Fl. Porl. p. 124. — Folhas linear-lanceoladas. Prados e terrenos relvosos húmidos. Fl. de maio a junho. I. 4. Crepidinae I Achenios com rostro 1 ( Achenios sem rostro 3 [Rostro nascendo do centro d'unia coroa escamosa ou d'entre dentes. Chondrilla L. (Rostro nú na base 2 [Pedúnculos radicaes Taratvm Hall. 2 (Plantas caulescentes Lactuca L. Í Achenios comprimidos ou 5-angulares estriados longitudinalmente. . Sonchus L. Achenios attenuados no ápice e com 6-20 estrias longitudinaes Crepis L. Achenios attenuados na base e ironcados no vértice 4 (Receptáculo com alvéolos apenas fimbriados Hieracium L. 4 (Receptáculo com longas sedas. Planta cotonosa Andryala L. Auflryala L. (Planta bisannual ou perenne ; ligulas amarellas A. inlcgrifolia L. (Planta annual ; ligulas amarcllo-alaranjadas A. íenui folia DC. 21 XXVI 1 322 A. integrifolia L. Sp. pi. p. 808. a. CO ry mfcosa Wk. ; A. corymbosa Lamk.; Brot. l, p, 337. — Cíiule muito ramoso iia parte superior; folhas inferiores sinuosas, p. angusii folia DC. — Caule ramoso desde a base; folhas linear- lanceoladas. y. sinuala Wk. — Foliias inferiores e medias mais ou menos sinuoso-denteadas, ou sinuoso, ou roncinado-pinnatifidas. Terrenos arenosos, pedregosos, estéreis ou ferieis. Fl. de junho a agosto. I-III. A. tenuifolia DC. Prodr. VII, p. 245. Terrenos arenosos e rochas do liltoral, maltas, vinhas. FI. de abril a junho. I. Clioiidrilla L. Ch. juncea L. Sp. pi. p. 796; Brot. I, p. 314. Campos e terrenos incultos. Fl. de junho a setembro. I-II. Tara^iLiiiai L. T. officinale Web. in Wigg. Primit. fl. holsat. p. 56; Brot. I, p. 324. a. genuinum Koch. — Folhas de verde claro. [B. lividum Koch. — Folhas um pouco glaucas. y. alpinum Koch. — Planta pequena; folhas verdes. Prados e terrenos férteis, relvosos. Fl. de abril a outubro. I-IV. Soiichiis L. / 1 [Folhas caulinares com aurículas aciiminadas S. oleraceus L. ( Folhas caulinares amplexicaules i [Folhas mais on menos divididas, as caulinares com aurículas muito largíis ahra- çando o caule S. asper Vill. I Folhas caulinares pouco largas na haso ; capítulos poucos i>. maritimus L. S. oleraceus L. Sp. pi. p. 794; S. oleraceus, var. laevis Brot. I, p. 316. a. triangularis Wallr. Sched. crit. p. 832. — Lóbulo terminal de folha trian*íular ou arredondado e grande. p. lacerus Wallr. I. c. — Lóbulo terminal egual aos lalcrars. 323 Terras cultivadas, caminhos, muros. Fl. durante quasi todo o anno. I-IV. — Serralha, Serralha branca ou macia. S. maritimus L. Syst. X, p. 1192; Brot. I, p. 317. p. lalifoUus Bisch. Terrenos húmidos, juncaes. Fl. de julho a agosto. I. S. asper Vill. Dauph. III, p. 158. a. inermis Bisch. Beitr. p. 222. fi. pungens Bisch. 1. c. Terrenos cultivados. Fl. de junho a outubro. I. — Serralha preta, espinhosa ou áspera. S. glaucescens Jord. Obs. fr. V, p. 75, tab. 5. Terrenos pedregosos, muros. Fl. de maio a julho. I-III. LiaciíBca L. l Capilulo com muitas flores Sect. I. Scariola DC. f Capitulo com poucas (5) flores Scct. II. Phoenixopus Cass. Sect. I. Scariola DC. [Capitules quasi rentes em espiga; folhas quasi lineares; rostro do achenio mais comprido do que este L satigna L. Capitules pedicellados em pauicula; rostro um pouco menor que o achenio.. i Í Folhas espinhosas na margem e na nervura dorsal, roncinado-pennatifldas; ligu- las amarellas L. Scariola L. Folhas espinhosas na nervura dorsal; folhas inteiras ou sinuosas; escamas do capilulo e ligulas mais ou menos violáceas L. virosa L. L. saligna L. Sp. pi. p. 796; Brot. I, p. 316. Terrenos cultivados, maltagaes, sebes. Fl. de junho a outubro. I. L. Scariola L. Sp. pi. II; Brot. I, p. 315. Terreíios cultivados, mnttas, sebes. Fl. de junho a setembro. I-II. — Alface brava menor. L. virosa L. Sp. pi. p. 795; Brot. I, p. 315. Terras férteis, húmidas. Fl. de julho a outubro. I-III. — Alface brava maior. ■ 9 324 Sect. II, Pboenixopiis Cass. L. vimiiiea Lk. Eniim. li. Berol. 11, p. 281; Prenaiillies \iminea L. Sp. pi. p. 797; Choiidrilla viminea Lamk.; Brot. 1, p. 314. Terrenos estéreis pedregosos. Fl. de julho a outubro. I. Crcpis L. [Raiz fibroso-tuberculada ; capítulos solilarios na extremidade do caule; achenios quasi de 4 faces Sect. II. Aetheorrhiza Cass. |Raiz fibrosa: capítulos solitários ou em cymeira; achenios um pouco comprimi- dos 1 'Achenios todos ou pelo menos os do disco rostrados. Sect. I. Barkausia Moench. 1 < Achenios apenas attenuados no ápice Sect. III. Eucrepis DG. [Achenios nem attenuados nem rostrados Sect. IV. Catonia Moench. Sect. I. Barkausia Moench. C. taraxifolia Thuili. FI. paris. p. 409. p. laciniala Wk. — Folhas basilares sinuado-pinnalifidas, ron- cinadas ou pinnatipartidas. y. Haensekri Bss. — Folhas obtusas quasi sempre apenas den- teadas. Terras cultivadas, arenosas, caminhos. FI. de maio a julho. I-II. — Almeirão. Sect. M. Aetheorrhiza Cass. C. bulbosa (L.) Tsch. Flora XI, Eng. I, p. 78; Leontodon bidbosum L. Sp. pi. p. 798; Ilieracium tuberosum Brot. I, [>. 318. Areias do lilloral e terrenos leves. Fl. de fevereiro a julho. 1. — Chundrilla de Diuscorides. Sect. III. Eucrepis DC. C. virens L. Sp. pi. II; C. lectorum Brot. I, p. 320. 328 ». dentala Bisch. — Folhas basilares oblongo-lnnceoladas, den- teadas. ^. runcinaln Biscli. — Folhas basilares roncinado-pinnalifidas 011 laririiado-pinnaliíidas. y. pectinala Bisch. — Folhas caulinares pectinato-pinnatipar- tidas. S. agresíis Bisch. — Folhiis como em 3- mas capilulos maiores e caule sempre erecto e robusto. Prados, terras relvosas. Fl. de abril a outubro. 1 IV. Saci. IV. Catonia Moench. C. lamp«anoides Frõl in DC. Prodr. VII, p. 169; llieracium lampsa- noides Lamark. Dicl.; Brot. I. p. .319. Prados e matlas húmidas. Fl. de maio a a{^osto. IV-V. Iflieraeiíiiii L. |Pi;uilas cstolhosas com folhas viv.is n.i h;iso na cpoca da floração ; aclioiiios pe- quenos (2 Va) m"i- quando maduros Suhgt-n. i. Pilosella. [iManlas rhizomalosa.% mas não ostolhos.is; achciiios grandes (.3-'i. V^) mm. Suligen. II. Archieracium. Sultgen. I. r*ilosella Rosula de folhas central estéril; estolhos férteis, 1-4 hastes simples ou forqiu"lha- d;is ; folhas concolores § Castellaninae. Rosula central feriil; folhas discolores; haste nua com un^a única flor. § Pilosellinae, S Castellaninae H. caslellanum Bss. et Reut. Diagn. n." 37; H. sloloniferum lloffgg. et Link. a. pilosum Schul. — Escamas do invólucro com longos pellos brancos nào glandulosos e outros pequenos glandulosos. p. glandulosmn Schul. — Escamas com pellos curtos glandu- losos. Pastagens arenosas. Fl. de julho a outubro. III-V. 326 § Pilosellinae H. Pilosella L. Sp. pi. p. 800; Brot. I, p. 318. Terrenos arenosos, relvosos, fendas de rochas. Fl. de junho a setem- bro. III-V. Subgen. II. Arcliieraciu.m Í Folhas basilares vivas (pliyllopodio) na época da floração A. Aurélia Fr. Folhas basilares mortas na época da floração B. Accipitrina Fr. A. Aurélia Fr. I Plantas escapigeras * Triviaha. Plantas de caule com folhas ** Vulgata. * Trivialia IEslylele amarello; folhas ellipticas de peciolo curto H. cinerascens Jourd Estylete castanho ou aloirado; folhas cordiformes de longo peciolo. H. murorwn L. ** Vulgata Folhas lanceolodas, sinuosas ou inciso-denteadas, as inferiores e basilares atte nuadas em curto peciolo H. vulgatum Fr. B. Accipitrina Fr. [Planta verde vivo; folhas coreaceas ovadas ou ovado-lanceoladas, serrilhadas, as inferiores attenuadas em peciolo, as superiores semi-ainplexicaules H. sabaudum L. I, Planta de verde-pallido; folhas molles oblongo-lanceoladas, denteadas. H. boreale Fr. * Trivialia II. cinerascens Jord. Cat. Grenob. 1849, p. 17; II. murorum líoffgg. et Link. Fl. Port. II, p. 140. 327 Terrenos relvosos, maltas das regiões altas. Fl. de maio a setembro. IV-V. H. murorum L. Sp. pi. p. 802. Terrenos arenosos, relvosos. Fl. de junho a setembro. IV-V. ** Vulgata H. vulgatum Fr. Symb. p. 115; H. intybaceum Brot. I, p. 320. Florestas. Fl. de junho a julho. Ill-V. B. Accipitrina Fr. H. sabaudum L. Sp. pi. p. 804; Brot. 1, p. 318. Terrenos soltos, lloreslas e maltagaes. Fl. de agosto a setembro. I-II. H. boreale Fr. Symb. p. 190; II. silvaliciim Brot. l, p, 318. Em terras húmidas, nas maltas de carvalhos. Fl. de agosto a setem- bro. I-IV. Júlio Henriques. 328 OBSERVAÇÕES PHAENOLOGICAS FEITAS NO JARDIM BOTÂNICO DE COIMBRA NO ANNO DE 1910 rou A. F. Moller Allit. 89"'; Latil. N. 40»12'; Longit. W. Gren. 8"23' Acer platanoides A. pseiido-platatms Aesculus Hippocastaneum Ailantlms glandulosa AInus glulinosa Aniygdalus commiinis A. pérsica Anacamptis pyramidalis Armeniaca viilgaris Atropa Belladona Berberis vulgaris Belula pubescens Buxus sempervirens Calluna vulgaris Campânula primulaefolia Cereis siliquastrum Chelidoniuin niajus Chrysanthenium leucanthenuim Cornus mas C. sanguinea CoryJus avellana Crataegus monogyna Cydonia japonica C vulgaris Cytisus Laburnum Drosophyllum iusitanicnm Eriça lusitanica Fagus silvatica Fragaria vesca Fraxinus anguslifolia Gleditschia triacanthus Gynerium argenteum Jugians regia Lagestrofimia indica Laurus nobilis Liguslrum vulgare 15.IV Pi.IV 12.11 29.IV 20.III iO.IV l.IV lo.III l.III 2i.IV 3.11 7. IV Primeiras fo- lhas amarcllas lO.X 30.x lo.X 7X1 2.XI 5.XI 2X1 28.X 23.X Í8.XI 28.x 16.x 24.III 23.XII 2.11 4.111 13.IV 20 III 18.V lo.V 24X11 20X11 15.VI 17. III 23.11 2.VI 5.111 lO.V 25.III 5.11 29.11 li. IV 20 IV 20.XI 19.11 30.1 25.VIII 14.1V 25.VII 12.111 12.IV Primeiros fru- clos maduros 10. IX 22.VII 20.VIII lO.IX 24.VIII 6.x 8.IX 28.IV 15.IX 18.IX l.X 15.1X 329 Primeiras folhas Lilium candidum Liriodendron tulipifera Lonicera etru.sca L. tatarica Morus alba Narcissus Bulbocodium . . . N. obesus N. poeticus N. pseudo-uarcissus N. Tazzetta Olea europaea Ophrys liitea Philadelphus coronária. . . . Platanus oriental is Populus alba P. canescens , P. nigra Prunus avium P. domestica P. Pissardi P. spiliosa Pyrus cornmunis P. nialus Quercus pednnculata Ranunculus Ficaria Robinia pseudacacia Rosa scandens Rubus idaeus R. ulniifolius Salix atrocinerea S. capiea Salvia offlcinalis Sambucus nigra Sarotbamnus grandiflorus . . Sciila pumila Secale cereale Sorbus aiicuparia Syinphoricarpiis racemosus Syringa vulgans . Tilia americana . . T. argêntea T. vulgaris Triticilm vnigare. Ulex Jussiaei . . . . Ulmus campestris Viburnum Tiniis.. Vilis vinifera .... 22 III 6.III 30.111 25.11 2.IV 30.111 Mattas de carvalhos todos verdes Cearas de centeio maduras Cor^llus Avellana— flores masculinas 5.1V 14. III 18.11 20.111 31.11 21. IV 12.IV 10 IV 23.IV 12. IV 3!).1II 1'rimeiras fo- lhas amarelias 7.XI lO.XI 6.XI 20X1 18X1 15.XI 6.XI 23.x 12.XI lO.XI 12.X 8.XI 18.x 25.x 20.XI 8.XI lO.X Primeiras llores abertas 22.V 20.V 20. IV 18.III 2.1II 22.11 12.11 21.111 4.1II 18X1 18.V 19.11 30.IV 20.111 26.111 22 III 22.111 26.11 7.11 8.III 25.111 51V 28.X11 1 .IV 15.IV 15.IV 17.1V 23.1 20.11 12.IV 5.III lO.IV 5.I1I 19.IV 15.IV i6.IV lO.Vl lO.V 22X1 4.11 12.11 22. V lO.lV 15.VI 28X11 Primeiros fru- ctos maduros 15.V1I1 201V 25.1 V 14.V 18.V 12.VI 25.VI 27.V1II 181X lO.VI 25.VI 15.III 14 IV 8.VII1 e.Viíi 24.VIII 6.1 V 4.VII1 330 índice das matérias POB ORDEM DOS AUCTORES Carrlsso (Dr. Luís Wittnisch) Henriques (Dr. J. A.) Mariz (B.«' J. A.) Moller (A. F.) Pag.- Materiacs para o estudo do Plancton da costa portuguesa 5 e 190 Sir Jose|ih Dalton Hooker III Esboço da flora da bacia do Mondego 85 e 210 Cypreste portiiguez (Cupressus lusiianica Mill.) Cedro do Bus.saco 178 Flora lusitanica exsiccata — Centúria XIX.. 180 Observações phaeiíologicas feitas no Jardim Botânico de Coimbra no anno de 1910 . . . 328 331 índice alphabetico DAS famílias e géneros mencionados neste volume Pag. Acanthaceae 270 Acanlhiis L » Actinoplvchus Ehr 1 9o Adenocarpus DC 100, 186, 189 Agrimonia L 9') Agropyrum Bcauv 182 Agroslis L 181 AJLiga L 2:^5 Alchemilla L 91 Allium L 182 Althaea Cav 146 Ammi Tournf. 171 Anacardiaceae 140 Anacyclus L 297 Anagalis L 215 Anarrhinum Desf. 184, 260 Anchusa L 188, 230 Andryala L 321 Anethum L 174 Angélica L 1 7o Anthemis L 296 Anthriscus HoíTm 166 AnthyllisL 117 Antirrhinum Tournf. 184, 188, 2o8 Apium L 170 Apocynaceae 524 Aquifbliaceae 142 Arabis L 187 Araliaceae 162 Arbutus Tournf. 24 Arctium L 30o Arctotis L 304 Arenaria L 186 Pag. Aristolochia Tournf. 183 Ariiieria Willd 216 Arnica L 301 Arnoseris Gaertn 316 Arrhenatherum Beauv 181 Artemísia L 300 Asclepidiaceae 22o Asperulia L 275 AsKT L 2ol Aslrocarpus Neek 187 Atropa L 2ol Auliscus Ehr 19o Avena L 181 Bacillariales 190 Bacteriastrum Wall 199 Ballota L 243 Bartsia L 267 Bellardia Ali » Bellis L 289 Bíddulpbia Kilt 202 Bidens L 295 Bifora HoíTm 168 Biserrula L 121 Borraginaceae 228 Borrago L 230 Bromus L 182 Bryonia L 284 Brunella L 240 Bupleurum L 170 332 Cachris L Cactaceae Calendula L Callitrichaeeae Callilriche L Calluna Salisb Calystegia R. Br — Campânula L Oanipanalaceae . ■ . . Campylodiscus Klir. Caprifoliaceae Cardamine L Carduncellus Juss. . Carduus L Carlina L Carthanius L Cariim L Celsia li Pag. 169 157 :'03 141 Cenaiigium Fr Centáurea L Centranthus DC Centunculus L Cerastiuin L Cerataulus (Ehr.) (^eiintlie L 183, Chaerophylluni L ChaetoC''ras (Ehr.) Chlora L Clirysaulhemuni L Chrysospleninm L Chrytlnnum L Cliondrilla L Cicendia Adans Cichorium L Circaea L Cirsinm Scop Cistaceae Cistus Tournf. loO, Cladosporiuni Link Cleonia L. Cnicus Gaerln Conipositae Coniuin L Conopodium Koch Convolvulaceae Convolvulus L ívonysa Less Coriandrum HolTni Cornaceae Cornus L Coronilla L Corydothymus Rchb Coscinodiscus Ehr 212 227 28o 284 20o 278 187 314 306 304 313 172 253 180 310 281 216 73 202 233 166 200 223 297 88 174 322 221 315 162 306 150 187 180 240 314 288 168 172 226 2Í6 290 168 163 » 123 247 194 Pag. CotulaL 300 Cotyledon L 87 Crassulaceae 85 Crepis L 324 Crucianella L 274 Ciicurljitaccae 284 Ciiscnta L 228 (]ydonia Tournf. 89 Cvmbalaria Baumg 255 CVnanchum L 225 Cynara L 308 Cynoglossum L 230 Cynosurus L 181 Cytisus L 102 r> Daphne L 158 Datina L 252 Daucus L 177 Deschampsia Beauv 181 Detouula Scliult 196 Dianlhus L 187 DigilalisL 184,266 Dinollagelliae 60 Dinoplivsis Ehrenb 65 Diotis Desf 297 Dipsaceae 2S2 Dipsacus L » Dilyliuni Bail 201 Dolicos L 131 DoronicuMi L 301 Dorycnium Vill 118 E Ecbalium A. Rich 284 Echinops L 304 Echinm L 184, 283 Elatinaceae 149 Elatine L » Elatinoidos Wettst 255 Emex Neck 183 Empetrum L 141 Epilobium L 160 Eriça 1 212 Ericaceae 24,211 ErigeronL 280 Erodiuni L 133 Eryngium L 164 Erysimuni L 187 Erythraea iNeck 185, 222 Eucampia Ehr 201 333 Pag. Eupatoriíim L 288 Euphorbia L 138 Eiiphorbiaceae 137, 176 Evax Gaerin 202 F Ferula L 175 Festuca L 182 Filago L 291 Flagellia 60 Foeniculum Adans 174 Fragaria L 92 Frankenia L 149 Frankeniaceae » Fraxinus L 220 Fumana Spach 187 Galium L 183, 188, 27o Genista L 98 Genliana Tournf. 224 Genlianaceae 221 Geraniaceae 131 Geraniales » Geranium L 132 Geropogon L 320 Geum L 93 Glechoma L 240 Gnaplialium Dod 293 Goniaulax Diesing 66 GratiolaL 188, 262 Grimmia Ehr 180 Guinardia Perag 198 Guttiferae 147 H Halimium Dunal 187 Haloirhagidaceae 162 •Hedera Tournf 162 Hedypnois Tournf. 183, 316 Heleocliloa Host 181 Helianthemum Tournf. 151, 187 Helichrysum DC 293 Heliolropium L 184, 229 Heloseiadium K 185 Heracleum L 176, 185 Hieraciuni L 32o Hispidella Bernard 31o Hydrocotyle L 163 Pag. Hyoscianus L 351 Hvpericoideae-Hypericeae 147 Ilypericum L 147, 186 Hypocheris L 317 Ilex L 142 Inula L 293 Isthniia Ag 203 Jasione DC 183, 287 Jasmiuiuni L 221 Juncus L 182 Labiatae 235 Lactuca L 323 Lamium L 242 Lapsana L 316 Lalhyrus L 127, 186 Lauderia Cleve 198 Laurentia Neck 287 Lavandula L 238 Lavalera L 14o Leguniinosae 96 Lentibulariaceae 270 Leoutodou L 183, 318 Leptocvlindrus Cleve 198 Lepturiís R. Br 182 Ligustruni L 220 Limnanlhemum Gni 224 Linaceae 134 LinariaL 180,256 Linum L • 135 Lithospermum L 233 LiUorella L 271 LobeliaL 287 Lobium L 182 Lonicera L 280 Lolus L 118, 186 Ludwigia L 159 Lupinus L 97 Lupsia Nfick 308 LuzulaDC 182 Lycium L 25 1 Lycmophora Ag 203 Lvcopsis L 531 LycopusL 184,249 334 Pag. Lysi machia L 214 Lythraceae 158 Lythruin L 159 m: Malva L 143 Malvaceae » Malvales » Malveae-Malvinae » Margotia Bss 176 Marrubium L 239 Medicago L 106, 186 Melampyrum L 2t 6 Melilotus Tournf. 110 Melissa L 245 Melittis L 241 Melosira (Ag.) 193 Menianlhes Tournf 224 Mentha L 249 Mcicurialis L 138, 186 Mesembryanthenium L 185 Mespylus L 90 Monotropa L 211 Myosotis L 184, 188, 232 Myrtaceae 159 Myrtiflorae 157 Mvrtus L 159 ]V Ntíckera Hedw 181 Nepeta L 239 Nicotiaiia L 252 Nitzschia Hass 205 O Odonlites Pers 267 Odontospermum Neck 294 Oenanthe L 173 Oidium Lara 180 Olea L 220 Oleaceac 219 Oiiiphalodes Moencli 184, 229 Onagra 'lournf. 164 Onaíjraceae 159 Ononis 1 104 Onopordon L 309 Opuntia Haw , 157 Opunliales » Orchis L. 182 Pag Origanum Moench 247 OrlayaHoíTm 167 Ornithopus L .' 122, 186 Orobanchaceae 268 Orobanche L 268 Orobns L 186 Oxalidaceae 134 OxalisL 134,186 Paralia Heiberg 193 Parenlucella Viv 267 Parietaria Tournf. 183 Pedicularis L 267 Peplis L 158 Peridiniaceae 65 Peridinium Ehrenb 67 Pelasites L 300 Petroselinum HoíTm 171 Phagnalon Cass 292 Phalaris L 181 Pbalacrocarpum Willk 299 Phaseolus L 130 Phlomis L 241 Phycosiris L 180 Phyllirea L 220 Pbysalis L 251 Physospermum Cuss 168 Picris L 319 Pimpiíiella L 173 Pinguicula L 270 Pirolaceae 201 Pirus Tournf. 90 Pislacia L 142 PisumL 130 Plaulaginaceae 271 Planlago L » Platanaceae 89 Plalanus L » Pleurosigma W. Sm. . 204 PlundDaginaceae 216 Poa L 181 Podosira Ehr 193 Polygalaceae 136 Poianiogeton L 1«1 Potenlilla L 93 Poterium L 95 Preslia Op 249 PrimulaL 214 Primulaceae 114, 214 Prorocentraceae 65 Prorocenlruni Khrenb; » Pterucephalus Vaill 2S3 835 Pag. Ptychotis Koch 171 Paccinia Pers 180 Pulicaria L 284 Racomilrium Brid 180 Radiola L 135 Ranunculas L 18H Rhagadioliis Scop — 316 Rhamnales 142 Rhamnaceae » Rhaninus L » Hhus L » Rhvnchostegiiim 181 Ridolfiia Moris 171 RosaL 95,189 Rosaceae 89 Rosales 85 Rubiaceae 274 RubusL 91, 185 Riiniex L 183 Ruía L 136 Rutaceae " Salvia L |44 Sambucus L 279 Samolus L 214 Sanicula L lo3 Santolina L 296 Sarolhamnus Winim 186 Satureja L 2^5 Saxifraga L 88 Saxifragaceae 87 Scabiosa L 284 Scandix L 166 Sceletoiiema Grev 19 1 Scolimus L 31 i Scorpiíirus L '21 Scorzonera L 320 Scrophularia Tournf. 184, 260 Scrophiilariaceae 253 Sculellaria L 237 Sediiin L 86 Sebnum HoíTm 1/4 Sempervivum L 87 Senecio L .- 301 Serralula L 309 SeseliL Hj SherardiaL 2/4 Siblhurpia L 263 Pag. Sideritis L 184 Silene L 187 Silvbum Vaill 308 Siiím L i72 Siiiiniium L 166 Solanaceae 250 Solanum L 252 Solidaeo L 289 Soliva R. etP 300 Soncbus L 322 Spaiiium L 98 SperoulaL 189 SpiraeaL 244 StachvsL 242 Statice Willd 217 Stephanopvxis Ehr 194 Succisa Cõull 283 SurirellaEhr 205 Svnedra Ebr 203 Tamaricaceaft 189 Tamarix L » Taraxum L 322 Teucrium L, 184, 236 Tbalassiosira Cleve 194 Thalassiotrix Cleve 204 Thapsia L 176 Thvmeliaceae 158 Thymus L 247 Tolpis Biv 316 Tordylium L 176 Torilis Adans 166 Tracbeliiim L 286 Triceralium Ehr 201 Trifoliuin L Hl, 186 Trigonella L 106 Tiiberaria Dunal 187 XJ UlexL 101 Umbelliferae 143 Urospermuin Scop 318 Ulriculai ia L 270 VaillantiaDC 278 Valeriaua L -81 336 Fag. Valerianaceae 280 Valerianella Hiill » Verbascum I 2o4 Veibena L 234 Verbenaceae » Verónica L 185, 189,283 Viburnum L 279 Vicia L 123, 189 Vinca L 224 Viola L 156 Violaceae » VuipiaGmel 181 Pag. W Wahienbergia Schrad 286 x: Xantliium L 183 z Zygophyllaceae 136 ADOEIVDA Pag. 136 — A seguir a Polygalaceae deve ir Polygala L. < BOLETIM DA SOCIEDADE BROT[R Red. — J. A. HENRIQUES Prof. de Botânica e Director do Jardim Botânico "VOL. 2£:2£:"V"II 1917 »»><■ COIMBRA IMPRENSA DA UNIVERSIDADE 1917 BOLETIM DA SOCIEOID [R Red. — J. A. HENRIQUES Prof. de Botânica e Director do Jardim Botânico "VoL. x:2§:"vii 1917 i»-*-4« COIMBRA IMPRENSA DA UNIVERSIDADE 1917 A ILHA DE S. TOMÉ SOB O PONTO DE VISTA HISTORICO-NATURAL E AGRÍCOLA Á MEMORIA DE (Sonxlâcho o/^ancòcc cfdhêcvto ^ia:> Qc^ta àMOT .8 aa ATilAO •esvísiíO 9£) BaA oiS .8S .àdrasJ « .è^S .lobfiínoO « BS .oioO of) « .TS .9bnB-í§ BO^A « .8S .9«iioL íauaeM « .6S .ebedA « .08 .onsupsq oSO « .18 .89VfiiíO 9b bqA 9b bíbH .o .BflA bíabS ab eiBa .á .OBoL .8 9b BigaA .0 .sbflBig bíbi^I íib bíbS .^ .ò^òl-ògòl ob BbB9&a3 .» .6q69 fib ragniod ob BÍflo*! .\ .IsjjgiM .8 9l) &UQ- \i ,sbY o-goid .^ .8979^ âBb ^-lag — .o^a BÍno*I -s .a«IoíI 2Bb JJ9ÍÍII .H 9a-B(9v a9Ô5BOÍbflí aifim bibI .3K ."09910 .iQ ob Bdli 6b BÍ-XBf) B .èaiodT .8 9b ooH .1 .Bsiro8 oJB-^BÍaa .S ^BÍÍèraA BÔgBwI .8 .oiíbbO onoM .^ .Biíaia9*I .0 .oíluoo o .9 .aoaoffliol .? .si\iio8. .8 .OlÍ98IílO .6 .9bBbiaT9ÍBi'i £b egíaoM .01 .iuprainpoM onoM .íí .obBggnfiO « .21 .9ZÍ9*I « . .81 .o^aoqoM O .ti .oÍB^BlaBO onoM ÕI .a9baBaT9'í bíibM « -'dl .89VBriO 9b BnA 09Í*I TI .8911^ rIirVí ooil no oia-xBdO O .81 .'^9dfflodBO Mí .9bnBi§ obO .os .BÍB^bS 0DÍ4 .fS .9baBi^ òl cia .SS CARTA DE S. TOME 1. Pico de S. Thomé. 23. Rio Ana de Chaves. 2. Estação Souza. 24. » Lembá. 3. Lagoa Amélia^ 25. 1) Cantador. 4. Morro Castro. 26. » Contador. 5. Peninha. 27. » do Ouro. 6. 0 oculto. 28. » Agua grande. 7. Formosos. 29. » Manuel Jorge. 8. Botija. 30. » Abade. 9. Cruseiro. 31. » Cão pequeno. 10. Montes da Fraternidade. a. Baia de Ana de Chaves. 11. Morro Moquimqui. b. Baía de Santa Ana. 12. » Carregado. c. Angra de S. João, 13. » Peixe. d. Baía da Praia grande. 14. 0 Mopongo. e. Enseada do lógó-Iógó. 15. Morro Cantagalo. /• Ponta do homem da capa. 16. » Maria Fernandes. 9- Baía de S. Miguel. 17. Pico Ana de Chaves. h. Diogo Vaz. 18. 0 Charuto ou Pico Maria Pires. i. Ponta figo. — Snr.^ das Neves. 19. Cabombey. R. Ilhéu das Rolas. 20. Cão grande. Pico Zagaia. N 21. B. Para mais indicações veja-se 22. Rio ló grande. a carta da ilha do Dr. Greeff. Í-O 29 Desde quando o Jardim Botânico da Universidade de Coimbra começou a ter relações com os agricultores da ilha de S. Tomé, enviando-llies plantas úteis e entre elas principalmente as da quina, para que encetassem novas culturas, nutri desejo de visitar esta ilha para ver e estudar processos agrícolas e para contemplar a explên- dida vegetação tropical. Realizei esse desejo em 1903. A 23 de junho embarquei no Benguela. Os longos dias de via- gem tornaram-se agradáveis pela amabilidade do pessoal do navio e pela óptima convivência com os passageiros, que seguiam para diversos pontos de Africa. Fora do navio as distrações eram pou- cas. Repetidas vezes gastava horas contemplando o movimento constante do mar e de noite admirava a luminosa esteira do navio, na qual parecia que se moviam milhões de pirilampos. Sinais de vida eram dados por cardumes de peixes voadores, quando faziam uns curtos exercícios aéreos. No isolamento em que nos achávamos durante longos dias era bem agradável ver ao longe a coluna de fumo dalgum vapor que passava, ou algum navio de vela, que com o Benguela conversava. Boas bátegas de água, acompanhadas de trovões longínquos davam-nos sinais de proximidades da serra Leoa e por vezes o piar triste de aves nocturnas nos faziam conhecer que não navegávamos longe de terra. A monotonia da longa estrada é cortada pelo brilhante quadro, que oferece a ilha da Madeira, pelas ilhas de Cabo Verde, cujas costas negras e ásperas quási causam terror, pelas Canárias de tão curiosa vegetação e sobretudo pelo aspecto admirável da ilha do Príncipe, na qual, tudo, desde o mar até aos lugares mais altos, está coberto de densa vegetação. Parece mesmo que elegantes pal- meiras surgem das águas do mar. E bem curiosa a forma dum rochedo, próximo da ilha, conhecido com o nome de — boné de jokei. 8 Ao fim de 18 dias ao amanliecer tive o prazer de me encontrar em frente da ilha de S. Tomé. Cedo desembarquei e em terra tive a satisfação de encontrar amigos e grande número de administrado- res de roças, que amavelmente me convidaram para visitar as cul- turas que dirigiam. No dia anterior tinham vindo dar uma grande demonstração de amizade ao Dr. António José de Almeida, que nesse dia deixava S. Tomé, onde era por todos sobremodo estimado. Jantei na — sala dos doutores (1) — com amigos dos tempos de Coimbra, que me prodigalisaram todas as amabilidades. Segui depois por entre palmeiras para a roça Boa Entrada, nome bem escolhido. Pertence esta magnífica roça ao Ex.™'' Sr. Henrique de Mendonça. Prevenido por este senhor o administrador da roça, o Sr, Silves- tre Dias da Silva, apenas desembarquei, comunicou-me as ordens que tinha recebido e que por isso me conduziria até à Boa Entrada. Assim se fez, e aí passei alguns dias bem agradavelmente. Voltei à cidade e^embarcando no pequeno vapor que fazia o ser- viço da ilha, dej)OÍs de dobrar, não o Cabo das tormentas, mas o Morro Carregado, aportei ao mesmo porto, onde tinham ajíortado em 1470 João de Santarém e Pêro de Escobar. Daí segui para a roça Ponta Figo, onde o Sr. José da Costa Santos me deu óptimo acolhimento e donde fiz interessantes digressões. Segui daí depois, fazendo paragem mais ou menos longa, por Ponta Furada, S. Mi- guel, S.'° António de Mussacabú, Jou, Porto Alegre, donde fui ao ilhéu das Rolas, trepei até Monte Mário, posição explêndida. Novo Brasil e depois "^através de longas plantações de cacau até S. João dos Angolares e roça Granja. Embarquei e segui para a cidade, indo daí à roça Agua-Izé e seguindo por Huba-Budo, Nova Java, passei a visitar as roças das regiões altas. Saudade, Nova Moka, Monte Café, S. Nicolau, subindo até a Lagoa Amélia, não chegando a realizar a ascensão ao Pico de S. Tomé, como tanto tinha de- sejado. Desci até Ponta Figo e daí pela Rosema, por caminho, que só para cabras poderia servir, entrei na grande roça Rio do Ouro onde me esperava delicado acolhimento, graças à amabilidade do proprie- (1) Sala dum pequeno hotel, onde jantavam o juiz, delegados, advogados e outros empregados públicos. tário, o Ex.""" Sr. Marquês de Valflor. Aí passei alguns dias tendo ocasião de conhecer uma das principais roças da ilha, senão a pri- meira. Quem tinha começado a visita em S. Tomé |pela Boa Entrada, não podia terminá-la melhor, passando os últimos dias nesta explên- dida roça, à qual está ligado o nome_ dum dos princij)ais fomentado- res da agricultura de S. Tomé, o Dr. Gabriel de Bustamante. O Cabo Verde, no qual tinha de embarcar, estava prestes a par- tir. Forçoso era nele entrar deixando com profunda saudade a terra na qual tinha passado tão belos dias, e recebido em toda a parte o melhor acolhimento, as mais afáveis distinções, de que sempre guar- darei saudosa recordação. O grande interesse que nutro por tão interessante ilha levou-me a estudar tudo quanto lhe diz respeito. O tempo passado na ilha foi curto para dela obter conhecimento completo. Ajiesar disso julguei dever procurar dar da ilha a mais completa notícia, mas quási só sob o ponto de vista histórico-natural. Na descrição física valeram-me extraordinariamente as publicações do distinto enge- nheiro Ezequiel Campos, das quais íiz longas transcrições, por que me era impossível fazê-las iguais, e valeram-me ainda as minuciosas informações que dele recebi. Sem tal auxílio eu j)ouco poderia es- crever. Mal posso agradecer todo o valioso auxílio que me prestou. A um outro amigo, o Conselheiro Francisco Felisberto Dias Costa, devo favores especiais. Foi êle quem me animou a empre- ender a viagem a S. Tomé, e quem para isso me auxiliou de modo muito especial. De justiça era dedicar este meu trabalho à sua memória. De vários outros amigos recebi elementos importantes, tais como fotografias, |)lantas, animais e informações. Foram eles a Ex.""* Sr.* D. Laura Almeidinha, e os Ex.'"^' Srs. Dr. Lúcio Abranches, Dr. Adriano Pessa, Henrique de Mendonça, Marquês de Valflor, Mário F. Lopes, A. Lucas, Dr. Eduardo Lemos, Armando Cortezão, Aníbal Gama, Acácio Magro, e igualmente a Direcção da Sociedade de emigração para S. Tomé e Príncipe, que amavelmente emprestou não poucos clichés de gravuras, que se encontram no magnífico rela- tório referente ao ano de 1914. A todos dirijo os mais sinceros agradecimentos. 10 BIBLIOGRAFIA Não é pequena a bibliografia relativa a S. Tomé. Fiz o possivel para reunir o que nela se compreende e pude obter as publicações seguintes. Publicações gerais sobre a ilha Alberto Campos Mello. — A Ilha de S. Thomé. — Dissertação de concurso para admis- são ao professorado das escolas industriais. Coimbra, 1904. Almeida Negreiros. — Historia ethnographica da ilha de S. Thomé. 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No Boletim da Sociedade Broteriana, vol. iv, v, vii, x, xvii, xxi, xxiv, encon- tra-se a indicação mais completa das plantas colhidas em S. Tomé pelos Srs. Moller, F. Quintas, F. Newton, E. Campos c outros. No estudo dessas plantas fui proíiqua- mente auxiliado por diversos botânicos. Estudaram os fungos os Srs. Winter, G. Brasadola, Sacardo, C. Eoumeguère, Berlese, Veríssimo de Almeida e M. Sousa da Câmara. Determinou os lichenes o Prof W. Nylander ; as algas os Drs. J. G. Agardh, D. Nordstedt e P. Hariot; as hepáticas o Sr. F. Stephani ; os musgos o Prof. C Muller; quási todos os fetos o Sr. Baker; as gramíneas oProf. Hackel; as orquídeas 16 03 Srs. Ridley e Rolfe do Jardim de Kew ; as begónias e piperáceas o Sr. C. de Can- dolle ; as melas tomáceas e cucurbitáceas o Prof. A. Cogniaux. Além destes outros botânicos se ocuparam do estudo de plantas de S. Tomé, muito especialmente os do Jardim Botânico de Berlin, descrevendo as espécies novas. No Botanischer Jahrbuch, redigido pelo sábio professor Dr. A. Eugler, encon- tram-se muitas descrições de plantas de S. Tomé. Na Flora of tropical Africa, publicada em Kew, de muitas espécies se encontram indicações. RESUMO HISTÓRICO DA ILHA A ilha de S. Tomé parece ter sido descoberta em fins de Dezem- bro de 1470 por João de Santarém e Pêro de Escobar, cavaleiros da casa de El-Rei com os pilotos Martins Fernandes e Álvaro Este- ves. E isto o que se julga como certo. Pelos nomes dados às ilhas se conhece a ocasião da descoberta delas. Assim se julga que aque- les navegantes tenham chegado a S. Tomé a 26 de Dezembro, dia dedicado pela Igreja ao apóstolo S. Tomé, assim como à de Ano Bom no primeiro de Janeiro e à de S.^° António ou Antão a 17 de Janeiro de 1471. Foram estas descobertas devidas ao contracto celebrado em 1469 sob Afonso V com Fernam Gomes, cidadão honrado de Lisboa, que tomou de arrendamento por cinco anos as terras e senhorios, que D. Henrique tinha legado ao Infante D. Fernando com obrigação de pagar por ano 200?$Í00 ede descobrir anualmente 100 léguas na costa africana a partir da Serra Leoa. Diz-se que a ilha era completamente deserta na ocasião da des- coberta. Sabe-se que de 1485 a 1486 João de Paiva levou colonos para S. Tomé e que em 1493 a população aumentou tendo o Caj^itão Álvaro Caminha levado para lá os filhos dos judeus e degredados. Da ilha da Madeira foram também para S. Tomé muitos mestres para tentar a fabricação do assúcar. Em 1540 o naufrágio dum navio junto às — Sete pedras — perto de S. Tomé deu logar à entrada de negros de Angola, que se estabeleceram no Sul da ilha. Desde 1560 já estava estabelecida a principal povoação, cidade. 17 episcopal com mais de 600 fogos, e na ilha havia uns 60 en- genhos de assúcar, j)roduzindo mais de 150 arrobas. Ali havia já muitos comerciantes portugueses, castelhanos, franceses e geno- veses. Até fins do século xviii a vida da ilha foi extremamente aciden- tada por causas tanto internas, como externas. Assaltos e mesmo invasões de corsários e ph-atas por diversas vezes alteraram profun- damente as condições da vida dos habitantes da ilha. Os angolares repetidas vezes fizeram incursões com o fim de roubar mulheres, o mais considerável foi a revolta destes em 1574 e ainda em 159Õ nova revolta capitaneada pelo negro Amador. Além disto o incên- dio da cidade, a discórdia quási permanente entre as autoridades civis e entre estas e as autoridades eclesiásticas, assim como o re- petido abandono por parte do governo central, notável durante o reinado dos Filipes, foram as causas principais do estado decadente a que chegou a ilha, que quási só era procurada por navios que necessitavam tomar água, ou receber alimentos. As culturas esta- vam despresadas porque os principais agricultores tinham emigrado para o Brasil. O século XIX foi mais favorável à ilha. Em 1800 o governador João Baptista da Silva Lagos, mandando vir do Brasil semente de café, promoveu a cultura desta planta, que com extrema facilidade se desenvolveu. Em 1855 o benemérito João Maria de Sousa e Almeida, mais tarde Barão de Agua-Izó, promoveu com grande em- penho a cultura do cacau, importando-o da ilha do Principe, para a qual do Brasil a tinha importado o governador Manuel Ferreií-a Gomes. Ao Barão de Agua Izé se deve igualmente a introdução do Ar- tocarpus incisa árvore de grande utilidade pelos frutos (fruta pão) de notável qualidade alimentícia. Nesta época começavam a dirigir os trabalhos agrícolas homens de grande actividade e iniciativa. Francisco de Assis Belard com Manuel Joaquim Teixeira lançaram o fundamento das roças S.'* Mar- garida, Monte Macaco, e Maiança; João M. de Sousa e Almeida os da roça Água-Izé; Manuel José da Costa Pedreira os da Monte Café; José Maria de Freitas os da roça Bela-Vista, Santarém e Ilhéu das Rolas. Os trabalhos encetados serviram de exemplo e muitos outros concorreram para o progresso agrícola da ilha. Entre eles ó de justiça mencionar o brasileiro Dr. Gabriel de Bustaraante^ 18 que lançou os fundamentos da roça Rio do Ouro, importando do Brasil, sua pátria, grande número de boas plantas e promovendo com cuidado as melhores culturas. ■ Não foi pequena a luta nestes primeiros tempos pela dificuldade de obter pessoal, pelas gravíssimas epidemias de varíola, que redu- ziam profundamente o pessoal existente e ainda em 187Õ a situação foi agravada com a publicação da lei que aboliu a escravatura em todas as colónias portuguesas. Essa crise grave foi vencida e os agricultores continuaram a prosperar admiravelmente. Os angolares, que por vezes incomodaram os agricultores, já em 1693 tinham sido metidos na ordem, estabelecendo-se regular- mente na vila de S.'^ Cruz, sendo Governador ou Capitão General Ambrósio Pereira de Berredo, que desse serviço encarregou o capi- tão dos matos Mateus Pires. Apesar disso o sul da ilha continuou improdutivo e os habitantes quási selvagens. Em 1878 sendo go- vernador Estanislau Xavier de Assunção e Almeida, um novo con- quistador dessa gente bárbara foi o Dr. Mateus Augusto Ribeiro de Sampaio, que tinha obtido por compra os vastos terrenos, que os angolares ocupavam. O Dr. Sampaio, destemido e valente, com alguns amigos e limitado j)©ssoal desembarcou na baía de S. João, tomou posse dos terrenos, neles se instalou, arroteou as terras, abriu caminhos, civilisando a população negra, que hoje presta ser- viços de valor na exploração agrícola. A ocupação dos Angolares foi um dos actos mais notáveis da história da ilha. A prosperidade crescente da ilha tem-lhe creado inimigos, que sob pretextos humanitários não se tem cansado de lhe promover guerra de descrédito. Infelizmente — entre j)Oi'tugueses traidores houve algumas vezes — que secundaram esse movimento. Os progressos agrícolas fizeram a illia conhecida e homens de sciência a visitaram para a estudar. O primeiro foi C. Weiss que em 1847 nela fez explorações; em 1855 e 1861 o Dr. F. Welwitsch; em 1862 os ingleses Don e G. Mann, chegando este a fazer a ascen- ção ao Pico, no que não deveria ter encontrado pequenas dificul- dades. O Dr. H. Dohrn lá esteve em 1865, e o professor R. Greeff esteve no ilhéu das Rolas em 1879 e 1880, fazendo repetidas excur- sões pela ilha e conseguindo óptimos resultados. Ultimamente, em 1905 os naturalistas franceses Ch. Gravier e Ch. Chevalier fizeram 19 ricas colheitas de produtos naturais, que serviram de base a publica- ções importantes. Não teem sido só os estrangeiros que se teem ocupado do estudo da ilha. Em 1885 o Sr. Adolfo Moller, jardineiro chefe do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, na ilha permaneceu por alguns meses fazendo colheitas valiosas tanto de plantas, como de animais. Estes trabalhos de exjíloração botânica foram continuados com ópti- mos resultados pelo Sr, Francisco J. Dias Quintas. De produtos zoológicos fez também boas colheitas o falecido naturalista F. Newton. Nos últimos tempos o engenheiro Sr. Ezequiel Campos, que teve de joercorrer grande parte da ilha no serviço de levantamento de plantas dalgumas roças, recolheu alguns exemplares botânicos e reuniu muitos elementos sobre a orografia e geologia da ilha. O que está feito em relação ao estudo dos produtos naturais da ilha é já considerável, mas o que há a fazer será de certo muito mais, e pena é que tal estudo não seja continuado. POSIÇÃO GEOGRÁFICA E OROGRAFIA Conhecida desde 1470 e desde 1800 xplorada activamente por agricultores diligentes, só nos últimos tempos tem começado a ser estudada scientiíicamente, podendo afirmar-se que o conhecimento da orografia da ilha se deve quási exclusivamente ao distinto enge- nheiro Ezequiel de Campos, que durante não poucos anos percorreu a ilha em todos os sentidos e dela deu notícias importantes. A notícia mais antiga desta ilha encontra-se nas crónicas de Valentim Fernandes, que datam de 1510 (1). Nelas se diz — E re- donda e terá em cerco 40 léguas ; e em algumas partes da ilha ha picos secos, altos que vão ao ceu, com terras de penedos. No meio desta ilha ha serras e rochedas mui altos em cinco picos que (1) Crónicas de V. Fernandes publicadas por Gabriel Pereira na Ilevista jwr- tuguesa colonial e marilima, 6." volume, 1900. 20 parecem que vão ao ceu, e o meio d'el]es é o mais alto e chamam-no mosteiro. Tem muitas ribeiras d'agua doce, que correm todo o anno, que descem das serras, que sae da serrania e não acliam fonte al- guma. Tem uma formosa bahia, onde está a povoação, onde espal- mam navios e está á banda de nordeste desta povoação — . Mais tarde, em 1554 um piloto português escreveu outra notícia com o título — Navegação de Lisboa á ilha de 8. Thomé. — Nessa publicação lê-se a seguinte descrição — A illia de S. Thomé, que foi descoberta á oitenta e mais anos pelo Capitão do nosso Rei, tendo FÍ;í. 1 sido desconhecida pelos antigos, he de forma circular, e tem sessenta milhas italianas de diâmetro, isto é, um gráo; jaz debaixo da linha Equinoxial, o seu horisonte j^assa pelos dous poios Árctico e Antar- tico; tem sempre os dias eguaes ás noutes sem a mais pequena differença, quer o sol esteja no Cancro, quer em Capricórnio. A estrella do Polo Árctico he invisível, mas as guardas ainda se vem fazer um jjequeno giro, e a constellação chamada o Cruseko vê-se muito alta. Nesta ilha ha um monte grandíssimo, e quasi no meio delia, o qual sobe com a sua extremidade a muitas milhas de altura, todo vestido de arvores altíssimas, muito viçosas e todas direitas; são tão espessas e densas, e o caminho tão alcantilado, que com mui grande dificuldade se pode alli subir: á roda do cume deste monte, e dentro daquella espessura se vê continuamente como huma névoa, e ou esteja o Sol na Linha, ou no Trópico, em qualquer 21 hora alli se conserva sem se dissipar, quer de dia, quer de noute: não doutro modo do que nós vemos em montes altissimos estarem continuamente as névoas. — Mais tarde, em 1740, foi publicada uma carta (íig. 1) da ilha num livro editado em Amsterdam pela Companhia das índias orien- tais (1). A forma dada ao contorno da ilha pouco se afasta da indicada por V. Fernandes e pelo Piloto português. Uma outra carta (íig. 2) foi 23nblicada em 1831, levantada pelo oficial da Marinha inglesa, T. Boteler, encarregado pelo seu governo do reconhecimento das ilhas do Golfo da Guiné. Data de então o conhecimento do contorno, posição geográfica da ilha, assim como da relação de posição com as outras ilhas do Golfo. O bem recortado da costa está traçado com suficiente precisão. Outro tanto não se pode dizer em relação ao relevo. São apenas apontados os picos mais salientes do centro da ilha e alguns próxi- mos da costa. Esta carta foi reeditada em 1853 e 1902 com algumas correcções. Descrição extensa e minuciosa foi feita por José da Cunha Matos na Chorographia histórica, no capítulo que tem por título — Descri- 2)ção hidrográfica da ilha de S. Tomé — Aí indica que a ilha está encostada a 28 minutos de latitude ao norte da linha e a 24 graus e 58 minutos de longitude do meridiano da ilha do Ferro. Descreve com cuidado a costa de toda a ilha, indicando alguns picos, tais como o j)ico Mocondon, o Maria Fernandes, o Mucurú, o Ana de Chaves, que decerto confundiu com o Cão grande, pois o indica como pico muito delgado bem semelhante a uma pirâmide. Descre- vendo a parte da costa de Diogo Vaz diz «Estas paragens constam de montanhas as mais altas desta ilha em que merece a primasia o grande pico de S. Thomé». Na descrição cita a lenda, que ele não julga verdadeha, da existência duma caverna que atravessa a ilha desde o Ilhéu grande até Diogo Vaz. Como bom militar mede muitas vezes as distâncias pelo alcance de tiros de espingarda e até de peça. O capitão de fragata José Joaquim Lopes de Lima nos Ensaios sobre estatística das possessões portuguezas dedica o livro II às ilhas (1) Almada Negreiros, A ilha de S. Thomé, Paris, 1901. 22 de S. Tomé e Príncipe. Faz a história dessas ilhas e referindo-se á de S. Tomé indica do seguinte modo a posição e dimensões dela: % f ISl.ANJ; SITUOMXH. lU.i. W..I.. fXt-tèl . ..-y^ fii'-' W- ' 1 ^ <' ; ■■'V-.-.Í.I, ,■.*■'.""■ !!•« if «"^' fn^tirc^ih í-ig. 2 «Esta ilha de S. Thomé lançada no Majipa do Golfo da Guiné quasi de Nornordeste a Susudoeste tem nesta direcção nove léguas de com^^rimento a contar desde a Ponta Figo ou do Morro Carregado 23 ao Norte até à Ponta da Baleia, que ó a mais meridional da ilha ; a sua maior largura (desde o Ilhéu de Santa Anna ou da Ponta do Praião a Leste até ao ilhéu de S. Miguel ou a Ponta furada na costa Oeste) é de seis léguas; esta porem deminue muito para o Norte, em cujo extremo não chega a contar três léguas — e muito mais diminue para o Sul, em cuja direcção a Ilha adelgaça mui sen- sivelmente até acabar quasi em bico no logar chamado Villa onde tem apenas uma milha de largo. A sua área está calculada em 270 milhas quadradas das de 60 ao grau e a sua costa apresenta 23 a 24 léguas de circumferencia». «Pela parte septentrional ofPerece esta ilha de S. Thomó aos olhos do viajante extensas planuras e férteis varseas, regadas por muitas ribeiras caudalosas, que dantes serviam grandes engenhos de assu- car; e a ]3equena distancia da costa se avistam oiteiros de mediana grandeza, no regaço dos quaes está assentada a villa de Nossa Se- nhora de Guadalupe. No meio da ilha (um pouco mais para NO) ergue-se o notável pico de S. Thomé — na latitude de 17' ao Norte do Equador». Transcreve a descrição dada pelo piloto português e a seguir escreve: — «Todavia cumpre observar que não é somente deste ele- vadíssimo Pico, que nascem as numerosissimas ribeiras que fertili- sam a Ilha : todo o terreno d'alli para o Sul é montuoso, e a menos de uma légua do Pico de S. Thomé E4SE eleva-se como pirami- dal o Pico de Anna de Chaves, e d'ahi correm duas cordilheiras de montes altos, uma para Leste, que finda em despinhadeiros na Angra de Maria Alves e d'ahi se estende para a Angra de S. João — e a outra que vae ao SE até topar o Pico Maria Fernandes e Pico Mocondon, e de lá volta a SO, ostentando nesta direcção as bem conhecidas Pontas, denominadas — Cão grande o Cão j)equeno, — ^ a Ponta Preta e o agudo Pico dá Praia Lança. Do seio de todas estas montanhas encadeadas, que encerram nas suas vastas abertu- ras extensos e fecundíssimos valles brotam por toda a parte fontes, as quaes engrossando o seu cabedal na sua queda vam despenhan- do-se nas planicies, e restituindo ao solo a humidade que de conti- nuo lhe rouba a acção dos raios solares. . . húmus argiloso constitue geralmente o solo da ilha». Descreve a costa da ilha não se afas- tando do que tinha escrito Cunha Matos, e numa carta representa o contorno como na de Botelar mas a orografia ó muito imper- feita. 24 Publicações mais importantes são as que teem jíot autor o Dr. Eicardo Greeíf que nos anos de 1879 e 1880 percorreu as ilhas do Golfo da Guiné. Durante dois meses esteve no Ilhéu das Rolas e c^ .,^««.^- i- Jt' V/tni/a:rrtí TeUti mrvf l^nmitt ^ ■ òfr-tt^a í/«r íft^nririfl^ 9-Afrit'tt -*> -.o \ ~^^:^ Jí>- Moftstab 1:250 000 /^Gj//íL» 7 í't. ,tr Ãttfí/i Ãiil^ ■_^<,, niicH) (las Caliras . .! . 1 A 7l\ ar íj^ ^-"'^ I J^Wv* «^' Arma de Cham ... £.'iyí:-**-M^^'' > v--i-^- <5JSiav,';*s.F,Ti'.»J j . jo S« :-■ ^4 ' :^^'^ <^jJtfc>m?)i- /"á /V(^- ^d^*-' flíúiihi- I.in^i- G^ w Fig. 3 2õ de lá fez repetidas excursões na Ilha de S. Thomé colhendo precio- sos elementos de estudo. Descreve do modo seguinte a orografia da ilha (1), e acomjDanha a descrição com uma carta (fig. 3). «A ilha de S. Tomé, como a do Príncipe e as outras do golfo da Guiné, é de origem vulcânica e consiste fundamentalmente em basalto e lava basáltica. Desde a costa sobe de todos os lados, incluindo numerosas ravinas e vales profundos percorridos j)or tor- rentes e regatos, até um jjlanalto verde e elevado, com montes e píncaros de forma variada e fantásticos cones agudos frequente- mente quási verticais, do meio dos quais sobresae, como domina- dor, um forte massiço central, o pico de 8. Tomé, de 2.000 metros de altura, que se deve considerar como o antigo vulcão principal, em volta do qual se agruparam os restantes montes como cones eruptivos secundários. Para leste e nordeste é o pico cercado em arco por uma serra de numerosos cumes, a Cordilheira de 8. Tomé. Esta desce gradualmente em terraços, na direcção da cidade de S. Tomé e da costa N. E., até uma extensa encosta suave e ver- dejante na qual ainda se encontram alguns cones mais pequenos, e para oeste pelo contrário eleva-so o Pico atrás da serra como de uma gigantesca muralha protectora. Se fosse permitido tirar alguma conclusão desta conformação singular, poderia considerar-se esta linha montanhosa curva que rodeia em parte o Pico, como resto da borda de uma antiga grande cratera, de cujo fundo se levantou o Pico actual. Outras muitas provas se encontram da antiga actividade vulcâ- nica da ilha, em toda a sua superfície . . . 8erras: De nenhum lado se descortina tão completamente o grandioso panorama orográfico de S. Tomé, como do Sul e nomea- damente da Ilha das Rolas: (fig. 4). Primeiro aparece -nos logo atrás da borda meridional de S. Tomé, da Praia Inhame, uma cumeada arborisada que em cada extremidade termina por um pequeno monte : é a península do logo, que constituo a extremidade meridional de S. Tomé, e ó limitada a E. por uma profunda enseada, o logo-Iogo, ou baía de logo no qual desagua o Rio Salgado. Atrás do logo salienta-se um segundo (1) Die Insel Sam Thomé (Petermanns Geogr. Mitteilungen. 1884) Die Imd Rolas (Globus, Band xli n.«' 7, 8, 9). 26 dorso montanlioso, dej^rimido ao meio, e elevando-se mais em ambas as extremidades, e atrás do qual se vê a ponta dentiforme do Cão Pequeno, cone deveras singular do aspecto que se eleva quási ver- ticalmente não longe da costa S. W. Depois segue-se, mais atrás, uma pirâmide larga e alta, que para oeste começa numa encosta recortada e de inclinação áspera, e depois se eleva gradualmente, o Pico de Ana de Chaves (2), o se- gundo monte da illia em altitude, tendo talvez 1.600 metros. Atrás deste e um pouco à esquerda ergue-se acima de tudo o majestoso Pico de S. Tomé (1) de 2.000 metros ou mais de altitude, e à direita a orgulhosa j^irâmide do Pico de Cabombey, junto da qual, e ainda Fig. 4 mais à direita, aparece ainda a parte sul da Cordilheira de S. Tomé. Ainda à direita desta, e atrás do dorso montanhoso que acima foi descrito, avista-se uma pirâmide truncada em forma de mesa, e por trás desta o dente do Cão Grande (4), um cone quási vertical semelhante ao Cão Pequeno mas muito maior, que faz lembrar de um modo notável o Pico Papagaio da Ilha do Príncipe, e que é visível na sua totalidade da costa do sudoeste. Mais à direita ainda ergue-se a ponta arrojada do Pico Maria Fernandes (5), e finalmente, como saindo das ondas, surge, sobre uma j^enínsula avançada na Angra de S. João, o Pico Macurú (6), que deste lado fecha o grandioso panorama. A oeste, à esquerda do Pico de S. Tomé avista-se ainda da Ilha das Rolas uma pirâmide aguda, o Pico Zagaia, que fica não longe da costa ocidental entre os rios Cabombey e S. Miguel. A estes, visíveis desde Rolas, acrescenta-se o Pico Micondom, mesmo junto à costa próximo à Praia Micondom, e finalmente temos ainda a lembrar um monte muito notável, e até aqui segundo parece des- conhecido, cuja notícia devemos aos negros Angolares: é um terceiro Cão de tamanho intermédio entre o Cão Grande e o Cão Pequeno e como eles da forma de um cone agudo e que se eleva abrupta- 27 mente; fica entre o Pico de S. Tomé e o Pico Cabombey, e parece que se não avista de nenhum ponto da costa nem do mar, sendo além disso de mui difícil acesso, por ficar no sertão desconhecido da Ilha rodeado de altos montes e floresta espessa. Os Angolares chamam-lhe, na lingua dos pretos de S. Tomé, Cào de San Ma Pibes, isto é, Cão de Santa Maria Pires. Além das acima mencionadas elevações mais importantes, verda- deiros montes, que são denominados, ora Pico, ora Cão, encontra-se um grande número de altos menores, os chamados Morros, a maior parte dos quais são, como os montes maiores, cones ou cabeços mais ou menos íngremes, e também cobertos de floresta, mato ou capim, e só excejicionalmente cultivados, como os que se elevam na cordilheÍ7-a. Ao Norte da Ilha fica mesmo junto ao mar o Morro Peixe, assim chamado porque parece que nesta parte da costa ó grande a abundância de peixe; a oeste daquele e igualmente junto da praia fica o Morro Carregado, mais pequeno. Na vertente da cordilheira para a costa nordeste elevam-se igual- mente vários cones jíequenos, como o Morro Moquinqui próximo da Vila N. S. de Guadalupe e do Rio do Ouro, um cone bastante abru- pto coberto na parte inferior de floresta e na superior de mato, árvores isoladas e ervas altas. Uma tentativa que empreendi de o subir, foi baldada. . . Outros dois cones da cordilheira ficam no Rio de Diogo Nunes perto da Roça Boa Entrada. O maior deles é coberto de floresta, e por causa da fartura de macacos chama-se Morro Macaco; o outro contém culturas de café, misturadas em parte com outras árvores e matagal. Com o auxílio de um guia hábil consegui alcançar o cume deste onde fica uma pequena cabana meio arruinada, e donde se goza uma vista soberba sobre a rica cordilheira e até à cidade e ao mar. O maior cone da cordilheira, que fica entre os princípios dos rios de Diogo Nunes e de Mello, ó o Morro Momjo, que é também visível da Baía do Ana de Chaves. Do lado oriental a oeste do Pico Zagaia e muito perto da costa fica o Morro de Souza, e no sudoeste entre Agua-Izé e Rio Ribeira, dois cones, um dos quais tem o nome de Morro Cantagalo. Ao sul do Rio Ribeira foram notados por nós e indicados na carta segundo as suas posições três morros sem nome. Finalmente encontram-se morros nas pequenas ilhas que rodeiam S. Tomé como o Ilhou das Cabras, etc. Dois dos mais notáveis ficam na Ilha das Rolas deno- minados pelo proprietário Morro Eqninoxial, e Morro de Ricardo 28 Greef. O primeiro tem 110, o segundo 120 metros de altura. Am- bos conteem uma cratera profunda e regular cujo fundo desce até poucos metros acima do nível do mar». - * A ilha de S. Tomé está situada entre o meridiano de 6" 20' e tí°4J:' e os paralelos de 0°5 e 0°24'40'' e na linha que partindo dos Camarões passando por todas as ilhas do Golfo, vai terminar na ilha de S.*'*^ Helena partes superiores talvez de terras africanas submer- gidas em épocas remotas. O contorno da ilha (carta da ilha) (1) pondo de parte a quási pe- nínsula do extremo Sul, é sensivelmente elítico, ficando o centro da elipse no meridiano de G° 34' e no paralelo de 0° 14', fazendo o eixo maior com o meridiano um ângulo de 21° na direcção NNE. A ilha tem no seu maior comj)rimento pouco mais de 47,5 quilómetros, 27 na maior largura, e proximamente 1.000 quilómetros quadrados de superfície. Em volta da ilha encontram-se não poucos rochedos, alguns cu- riosos. Um deles, o Joana de Sousa, próximo da costa ocidental, é cavernoso. A água do mar entra e sái dele com grande explosão, toda pulverisada. São bem notáveis as — Sete pedras — as quais, no dizer de Lopes de Lima são — «como ilhotes levantados em cima do mar como navios à vela». Apesar do nome o grupo é formado de 14 agulhas vulcânicas, das quais 7 são de dimensões superiores às das outras. São de formas mais ou menos diferentes e algumas teem cavernas de grandezas diversas. Não longe da ilha encontram-se alguns ilhotes, um ao norte — o Illieu das cabras — de pequenas dimensões (fig. 5) formado de dois pequenos montículos ; outro, um pouco maior o Ilhéu de 6'.'" Ana a nascente; três pequeníssimos o Ilhéu formoso, o Ilhéu gabado, o Ilhéu S. Miguel, situados perto da costa ocidental à entrada da linda en- seada de S. Miguel , ao Sul o Ilhéu das Bolas de dimensões já um pouco consideráveis. Encontram-se nele duas crateras bem deter- minadas. Morro Greef e o Morro eqninoxial. E de pequena altitude e é curiosa a estructura da parte Sul toda formada de tufos vul- cânicos, com extensas cavernas pelas quais a água do mar penetra [IJ Fig. 5 — Ilhéu das cabras visto de Fernão Dias C2J 3] N c s "a [2] o "d eS o •d Li I 3] ci Kl a CS o o i 29 saindo com violência, quási pulverisada, por aberturas que se en- contram em pontos diversos (fig. 6). A costa da ilha apresenta grandes variantes. Ora se estende regularmente prolongando-se pelo mar até distância considerável sendo formada de areia negra ou coberta de grossa camada de calhaus rolados (fig. 7), ora é cortada a prumo até grande altura, como se Fig- 6 vê em Diogo Vaz, onde a costa tem a forma de grande muralha construída de pedras de forma regular, bases de j)rismas basálticos. Junto da entrada da angr^ de S. João levantam-se os picos Agua e Macurú, sendo a angra cercada de despenhadeiros de difícil acesso. Ao norte junto da costa encontram-se os Morros Peixe e Carregado. Noutras partes a costa é formada de rochas de formas variadas. Quási no extremo sul sobre um aglomerado de grandes pedras le- (1) É reprodução fotográfica da carta em relevo sobre outra desenhada pelo sr. Esequiel Campos. Não pode ser considerada como representação exacta da illia, mas dá idéa suficiente da orografia dela, como não dava nenhuma das cartas pu- blicadas até hoje. 30 vanta-se uma de forma curiosa^ bem conhecida com o nome de Jíomem da Capa. Noutros pontos a costa entra pelo mar até distâncias variadas formando as chamadas pontas das quais as mais notáveis são as pontas Praiâo e xigua na parte oriental, ao Sul a Ponta Baleia e a do Homem da capa, jà indicada, na costa ocidental a Ponta Figo, Ponta Zali, a Ponta Azeitona e a Ponta Furada, considerável rochedo perfurado de modo a ser possível passarem barcos pela abertura. Encontram-se numerosas enseadas de grandezas muito diversas, sendo as mais notáveis a baía de Ana de Chaves (a) (1), perto da qual está edificada a cidade, a angra de S. João (c) de forma quási circular e de bastante fundo ; menor, mas muito agradável é a enseada de S. Mi- guel (g) na costa ocidental, e ao sul a enseada do Yogó yogó (e), que se prolonga pelo interior formando quási uma lagoa — Malanza — de grande beleza (íig. 8). Outras enseadas e calhetas dão acesso a barcos servindo para embarque de materiais para a cidade. Se a costa da ilha é de formas tão variadas, o interior é de ex- traordinária estrutura. Terras planas são raras e as únicas de re- gular extensão encontram-se na região inferior do Rio do Ouro. Da costa as terras sobem com inclinações muito diversas até ao ponto culminante, cuja altitude, segundo observações do sr. E. Campos, é de 2.023 metros. E o Pico de 8. Tomé (*) «monte grandíssimo (íig. 9) 6 quási ao meio dela (ilha) o qual sobe com sua extremidade a muitas milhas de altura», como descreveu o piloto português. Este pico liga-se por terras de diversas ondulações passando pela Estação Sousa, pelas escadas (2) e pelo Calvário (') cujo j)onto cul- minante está a 1.596 metros de altitude, com a Lagoa Amélia (3) com 1.485 metros. Este conjunto forma a parte culminante da ilha donde irradiam todas as linhas divisórias principais, nada central como bem mostra um corte pelo paralelo, que passa pelo Pico. A distância do pé da perpendicular baixada desse ponto à costa ocidental é de 7.800 metros e de 23.560 à costa oriental. As terras que vão do Pico à Lagoa Amélia formam uma cordilheira em curva cuja posição e grandeza é inteiramente diferente daquela à qual o Dr. Oreeíf chamou Cordilheira de S. Tomé e que figurou na carta que publicou. Com esta parte culminante estão mais ou menos ligados os picos. (1) As letras e números referem-se á carta da ilha. (2) Passagem aspérrima e estreitíssima, pois tem em alguns sítios quando muito &0 centímetros de largura, caindo aos lados o terreno a mais de 45". 31 montanhas e morros que se encontram em diversos pontos da ilha. Um deles o Morro Castro (*) que em Monte Forte tem 1.064 metros desce quási directamente do Pico até ao mar, formando uma âncora para noroeste muito ravinada da Prainha ás Neves ; outro contraforte muito saliente de 1.212 metros de altura cái do Morro das quinas de Diogo Vaz para o lado ocidental. Da Estação Sousa, que fica pró- xima do Pico, num pequeno planalto da cordilheira, parte para o Sul outra cordilheira, segunda em importância na ossatura da ilha, o Ca- homhey (*^) com 1.400 metros de altitude, cuja cumeada vai até à Ponta do Homem da capa, prolongando-se através do mar até ao ilhéu das Rolas, que dela é o extremo. Do Calvário uma outra cumeada segue para sul, compreendendo morros interessantes, a Peninha (^), os Formosos (^). o Botija (') o Cruseiro (^) até aos montes da Fraternidade (*°). As duas cumeadas, esta o o Morro Castro, limitam duas regiões da ilha muito diferentes sob vários pontos de vista. Dum modo geral pode dizer-se que a parte que fica ao norte destas cumeadas sobe de modo bastante regular até à cumeada Pico Lagoa Amélia. Alguns morros importantes aqui se encontram bem eomo ravinas profundas. Em terras do Rio Douro levanta-se o curioso Moquinuqi de forma muito regular (fig. 10) com 271™, 95 de altura. Em terras do Monte Café encontra-se o Mohongo todo coberto da densa floresta ; na alti- tude de 800 metros está situado nas terras da Água Izé o Cantagalo igualmente povoado de árvores. Outros morros de menor importância num ou noutro ponto se encontram, tais são o Maclu, o Sacli, o Monte Macaco, o Monte Sa- meiro da Pinheira, e perto da costa os morros Carregado e Peixe. Depressões mais ou menos fundas oncontram-se nas bacias dos rios, que correm neste sector., E notável a profunda ravina por onde corre o Agua Coimbra em Rio do Ouro. O rio Contador e seus afluentes, descendo com grande declive da cumeada Pico — Lagoa Amélia, tem cavado extensa e profunda ravina, com certeza a maior da ilha. Ainda em terras próximas do Rio do Ouro a Ribeira funda é bem notável. Quem da Rosema caminha para Rio do Ouro tem grave impressão ao olhar do alto da ravina para os terrenos baixos. Tem de se descer por caminhos tortuosos mais de 200 metros para chegar ao fundo da depressão. Se na descida da Rosema para Rio do Ouro o caminho é tão abrupto, a subida da costa para a Rosema não é 32 menos difícil e perigosa. A pequena distância da costa começa-se a subir por uma encosta de grande inclinação por caminho estreito, por vezes quási em degraus, tendo ao fundo uma grota apertada, medonha. O caminho para o Pico até à Lagoa Amélia é mais ou menos re- gular, a23esar de por vezes o cavalo, que eu montava, na ascensão que realisei até esse ponto, por vezes ter mostrado dificuldades em subir os degraus, que no caminho se encontravam. Da Lagoa até ao Pico é que as dificuldades são grandes, e por isso poucos se teem aventurado a ir até lá. A primeira ascensão a tão elevado ponto seria talvez feita pelo piloto português. A descrição que desta parte da ilha êle faz, parece indicar que por lá andou. Nos tempos modernos quem primeiro lá subiu foi o explorador botânico Gustavo Mann em 1861. Em 1880 lá chegou também o Dr. M. R. Sampaio, voltando em 1884 em com- panhia do Dr. A. Emílio de Azevedo. Em 1885 nova ascensão foi feita por ocasião da estada do sr. Adolfo Moller em S. Tomé em es- tudo da ílora da ilha. Organizou a expedição o sr. Spengler, admi- nistrador da roça Monte Café, bom conhecedor da ilha. Fizeram parte dessa ascensão, além dos srs. Moller e Spengler, e sr. José P. de Castro, director das Obras Públicas em S. Tomé e os srs. Palanque e Patrício Alvares. Por meio dum podometro calcularam a distância da Lagoa ao Pico em 47 quilómetros. Em 1905 visitou a ilha o explorador botânico francês Augusto Chevalier. Depois de percorrer boa parte da ilha procurou explorar a região alta e nesse sentido a 29 de agosto seguiu para a roça Monte Café para daí subir ao Pico. Dessa ascensão dá a seguinte descrição (1). — «Fui dormir a Monte Café, e no dia seguinte ao rom- per da aurora em hora e meia de caminho a cavalo cheguei a S. Pedro, uma das mais elevadas dependências da roça, proximamente a 1.150 metros de altitude. O terreno é extremamente acidentado formando um verdadeiro caos de vales pitorescos, cobertos de vigorosa floresta nas partes em que esta não foi destruída. Nevoeiro denso e frio, que ao anoitecer se resolve em chuva fina e que o sol com dificuldade atravessa, envolve quási sempre toda a região sendo difícil vêr a paizagem para além de 50 a 100 metros. (1) O Ocidmte de 20 de maio de 1910. 33 Não é raro ver as. partes altas inundadas de luz e as baixas en- volvidas por denso nevoeiro formando uma espécie de auréola em volta dos picos. A 31 de agosto, logo de madrugada saí de S. Pedro e a pé fui até à Lagoa Amélia. Do terraço que está no bordo desta cratera vê-se perfeitamente o pico, nessa ocasião envolvido em densa névoa, ficando a descoberto apenas alguns pontos superiores. As 9 horas deixei a Lagoa Amélia acompanhado por três indígenas. Desce-se da cratera contornando a espiral da chaminé, que a suporta e ás 10 horas cheguei à cota de 1310 metros, donde se vêem densas plantações de cafezeiros e de quinas na direcção Sul, situados a alguns centos de metros ; ca- minha-se depois para oeste seguindo uma aresta de poucos decímetros de largura e na qual cada um se aguenta agarran(^o-se às árvores, cujas raíses aparecem à superfície da terra. As 11 horas trepámos ao Pico Calvário, cuja base é coberta de densa floresta. As 11 horas e 2õ minutos estávamos no cume do Calvário, situado a 1Õ80 metros de altitude. A descida deste pico é muito difícil e em alguns pontos quási vertical, sendo necessário cada um agarrar-se aos troncos das árvores completamente cobertos de musgos. A um e outro lado vêem-se abismos de muitos metros do profundidade e quási verticais, não sendo fácil distinguir o fundo deles por que densa névoa se encontra em toda a jDarte. A meia hora depois do meio dia atravessamos uma torrente encaixada entre basaltos, cujas fracturas produzem a ilusão de rochas estratificadas na direcção vertical. Ao meio dia e três quartos encontra-se terreno bastante plano e só dum ou doutro ponto se vê o abismo. A uma hora e um quarto encon- tramos uma cabana de madeira, na qual trabalhavam dois indígenas, construída alguns anos antes por um francês, Celestino Palanque, nesse tempo empregado na roça Monte Café. E a Estação Sousa cuja altitude é de 1585 metros. As duas horas névoa intensa não deixava distinguir os meus companheiros, que estavam a uns 10 metros de distância. Chegamos à parte superior dum cabeço cuja altitude era de 1755 metros e onde encontramos vestígios duma antiga cabana. Desce-se bruscamente para de novo subir. Nesta altura a névoa dissipou-se na direcção do Sul e podemos então comtemplar um abismo de 500 a 600 metros cujo fundo estava coberto de densa névoa, e por cima um sol bri- lhante. Para chegar ao cume do Pico a partir da esplanada donde se 3 34 domina o abismo, é necessário subir quási verticalmente agarrando -se às raízes e ramos das árvores. Por fim ás 4 horas e 10 minutos cliegámos ao ponto culminante, onde mal vegetam algumas quinas plantadas há anos. Sol brilhante inundava toda a parte culminante da ilha ao passo que a névoa co- bria a parte inferior nem deixando ver a costa. Aí o barómetro marcou 2025 metros. O Pico não é de forma arredondada, mas tem a forma duma crista alinhada de O 20' S a E 20' N. A parte culminante tem apenas 20 metros quadrados em extensão, e mesmo no extremo se encontram vestígios duma pequena habitação construída pelos plantadores de quinas. E soberbo o espetáculo que se gosa deste ponto elevado. O cume do Pico está completamente inundado de luz e revestido de árvores raquíticas, torcidas, aleijadas, com os ramos curvados sob o peso das criptogâmicas, que sobre eles vivem. A distância duns lÓO metros apenas se distinguem nuvens densas, brancas como algodão. Um único pico atravessava a espessa névoa ; era o Pico de Maria Pires. Demorei-me na parte culminante desde as quatro horas e dez minutos ató às quatro e trinta. A descida foi mais fácil e ás seis horas acampei na Estação Sousa, onde dormi, e apesar de bem agasalhado não me livrei de sentir o frio da noite. No dia seguinte parti de Estação Sousa ás seis da manhã, cheguei à Lagoa Amélia ás onze, trazendo uma rica colecção de plantas, que não se encontram noutras partes do mundo», A esplanada inferior do Pico deu o dr. Sampaio o nome de va^ randa do Pico. Em carta escrita do Pico de S. Tomé o sr. E. CamjDOS descreveu do modo seguinte as impressões que recebeu : «A trovoada ronda de dia e de noite com rumores longínquos princijDalmente para os lados de S. Miguel; mas para o lado da cidade, quando não há ne- voeiro, vê-se apenas o recorte duvidoso da ilha toda esbatida num tom azul sombrio através dum céu húmido e fumarento. Ao sol posto, todos os dias, é que paisagem se torna mais interessante. Olhando j)ara os lados de Diogo Vaz vê-se o mar erguer-se em parede inclinada para o largo ató à altura dos nossos olhos, a confundir-se com o céu ; curva-se para os lados do Lembá e para o norte da ilha, como superfície dum grande cone, todo rugoso do nuvens brancas e 8Õ pardacentas, coroado à altura do horizonte. A terra cái a prumo j)ara o pego, donde saem grandes fumaradas alvas de nevoeiro, como penachos de vajDor dalgum vulcão colossal. E o conjunto, todo a meias tintas, com o sol a mergulhar-se uo mar por entre nuvens de trovoada, dá-nos a impressão de que ocupamos o centro duma cra- tera imensa, onde se levantou um cone de terras altas, de cujos lados fendidos sobem nuvens de fumo branco, que se vão descaindo para o ocidente. E a impressão que salta logo, tão frisante é a perspectiva do mar como o interior rugoso duma cratera iluminada por luz oblíqua, tão profunda fica a orla ocidental da ilha mergulhada em trevas de vapor, tão a prumo parece a queda para o abismo, e tão alvas e movediças são as nuvens brancas a levantarem-se das grotas todas na escuridade». O sector do Sul é inteiramente diverso. Logo no alto a terra cái do Pico com grande inclinação e a grande profundidade. Diz assim o sr. Campos. «Afeito, como estava, a olhar muitas vezes para 200 a 300 metros de depressão talhada a pique a meus pés, tive uma verdadeira impressão de receio quando do Pico olhei pela primeira vez para a caldeira da nascente do rio Cantador. O nevoeiro tinha voado num levantar de pano ; a meus pés sem mais planos que o das ervas amareladas que o vento a subir deslocava uns 40 metros mais abaixo, via-se muito longe, quási na vertical, o tapete verde sombrio da floresta, toda igual, sem uma árvore mais aparente na massa da verdura — tamanha é a distância — e somente a des- tacar-se neles umas pedras, que deviam ser colossais, mas que pareciam uns pequenos calhaus rolados a orlar o leito dum fio de água — o Cantador — cuja música chegava até mim. A queda deve ser de 800 metros, se não for maior» (1). Começa assim a asj^ereza da região, que fica ao Sul da cordilheira superior da ilha. Ravinas profundas, morros de considerável gran- deza, picos e agulhas notáveis, rochedos de formas cajjrichosas cortam o resto. Na cumeada, que segue do Calvário quási na direcção SE. há uma série de picos curiosos o Peninha (^) (2), o Oculto (^), os Formosos (^)j o Botija {^), o Cruzeiro {^), e por último os montes da Fraternidade, todos formados de rochas basálticas e de formas singulares. — O (1) E. Campos — Conferência sobre S. Tomé. (2j Estes números cncontram-se na carta da ilha. 36 Formoso grande (íig. 11), escreve o sr. Campos, «é todo de pedra. Passando-se encostado a êle, da banda dos Angolares, como é ta- lhado a pique, parece que as grandes rugosidades, constituídas por enormes calhaus de basalto fendido, vêem despenhar-se sobre a nossa cabeça (1)». Um jdouco afastado desta cumsada encontra-se o Maria Fernandes (fig. 12j (*^) o morro mais interessante do sudoeste da ilha. É uma enorme jjedra a nú polo lado de sudoeste, acomjianhada de terra à orla do topo por nordeste, com o seu penacho de nevoeiro Fig. 12 alvadio. Referindo-se a êle, visto do Cabombey escreve o sr. Campos — O Maria Fernandes despe o casaco flutuante, põe um chajjeu al- vadio, que pouco a pouco vái afeiçoando até dele se aborrecer e ficar com a sua permanente côr azul sombria, curvado para o Sul» (2). Como mo contrariou este morro, quando pretendi fofcografa-lo da Granja! Deu voltas variadas jDara afeiçoar o chajjeu, mas por mais que eu esperasse, não chegou a aborrecer-se dele. Cumeada, ou antes cordilheira bem definida e extensa é a que partindo da cumeada Pico-Calvário vai até à Ponta do Homem da (1) E. Campos — Conferencia. (2) Idem, ibidem. 37 Capa a constituir a espinha dorsal de todo o sul da ilha. Na parte superior^ que vai ligar-se àquela cumeada salienta-se alteroso o Cha- ruto, noutros tempos Pico de Maria Pires, linda agulha, cujo topo está a 1356 metros ; a seguir depois de bastantes reductos da serrania levanta-se o Cabombet/ {^^) com 1400 metros de altitude, dominando pe- sadamente todo o sul da ilha. Tem a forma regular de monte, sem agulha de pedra a domina-lo. — Referindo-se a este monte escreve o sr. Campos. «Não se pode descrever o panorama extravagante que daqui se vê. Apesar de acostumado a viver com selvagens nesta natureza revolta, soltei hontem uma série de interjeições para o meu pseudo-guia Cocálo diante da vista imponente que o sul e lesto da ilha apresenta daqui. Sob o ponto de vista de estudo e pelo lado artístico a ascensão deste morro é inquestionavelmente mais interes- sante que a do Pico. De lá nota-se nitidamente a disposição e re- lação de todo o relevo da ilha, desde Santa Catarina até à Lagoa Amélia contornando pelo sul. Os cavaletes e ravinas apresentam-se nítidos para estudo, destrinçados por ordem e orientação ; emquanto que alguns rios, o ló, o Quija, o Lembá correm como fitas luminosas j)ara o mar, perfeitamente distintas. Tem-se aos pés um mapa em tamanho natural com relevos salientados pela luz oblíqua da manhã ou da tarde, posto em boa posição para a perspectiva ordenada duma grande parte da ilha. A ascensão do Cabombej, por distracção apenas encarada, é muito mais interessante que a do Pico. A meio caminho vê-se a grande cascata do Umbugú, dum brilho imponente, a cair para o grotão profundo, tinta de uma cor azul sombria, e de lá de cima, à luz clara da manhã ou com o sol a pino^ a vista não se cansa de admirar os caprichos desta ilha toda viçosa, tão fan- tástica, com tantos cambiantes de formas e de luz, tão movediça de aspectos, que, mesmo para os mais acostumados a vê-la por toda a parte, por todas as maneiras, há-de trazer exclamações e surprezas. Agulhas gigantescas de pedra, como grandes menhirs do tempo alinhados pelos cavaletes ; erosões profundas, grotas e caldeirões ; cavaletes com arestas escarpadas, mamilos erectos para o céu ; fitas de água brilhante e espumosa, recortes caprichosos de angras e baías; ilhéus e pedras pelo mar; casas brancas perdidas pelos montes; um grande mar de nevoeiro a bailar, a dar enfeites caprichosos aos picos e ás montanhas ; o deslisar suave duma geleira enorme de nevoeiro sobre as grandes altitudes . . . tudo nos oferece no curto espaço duma hora o alto de Cabombey acompanhado pela cons- 38 tante toada das cascatas longínquas quando se descerra o scenário da i]ha(l). Foi para mim penosa e longa a ascensão de Cabombey, onde gastei quatro dias, sempre a caminliar debaixo de cliuva e trovoada. Para o Cabombey não há trilho seguido, e muito menos caminho ; é necessário conhecer muito bem a orograíia da região e, com ne- voeiro, como é regulamentar, guiar-se constantemente por ela e pela Fig. 13 agulha magnética para não andar para trás, ou fazer um trajecto perigoso e longo; manter-se constantemente na divisória do Quija e Umbugú, depois de sair da serrania de Vila Verde, caminhando para o norte». Além desta parte tão interessante e pouco conhecida desta cu- meada encontra-se ao lado dela a agulha mais notável de toda a ilha o — Cão grande— {fígs. 13, 14 e 15) H. Descreve-o assim o sr. Campos. — E uma agulha gigantesca com mais de 310 metros de altura ; é uma pedra mais alta que a torre (1) E. Campos no O Tempo n.° 2262. [5] Fig. 10 — O Moquimqui [6] ■!'~í5a Fii;. II — O Formoso grande F'\ — No Miinuol .íoríje [15] Fi'':, ií"> — Nu foz lio rio Lenibá ItíJ Cl, cá CO bl) 45 Em toda a parte as águas dão valor muito especial à paisagem, 6 em S. Tomé, onde a vegetação que cobre a terra c bastante monó- tona, quási só o som das quedas dos rios dá indícios de movimento, de vida. Apesar da côr negra dos leitos dos rios a paisagem ari- Fig. 30. — Cascata do rio Ana de Chaves ma-se, tornando-se nuns sítios amena, noutros vigorosa e quási medonha. O Manuel Jorge nas proximidades da ponte que fica pró- xima da roça Guegue (fig. 23 e 24), a foz do Lembá (fig. 25) são exemplos de lindas e amenas paisagens, e não menos a Ribeira Peixe (fig. 26). O Rio do Ouro tem aspectos bem diversos, ora se despenha de 46 grande altura formando admiráveis cascatas (fig. 27), ora corre apertado entre negras margens basálticas (fig. 28\ ora, como quási Fi^. 3Í, — Cascata do rio Qiiija todos os rios da ilha se apresenta enérgico, terrível, como forte agente destruidor (fig. 29). Como quási todos os rios da ilha nascem a grandes altitudes, as quedas de água são frequentes e notáveis e algumas de singular beleza. No rio Ana de Chaves há uma (íig. 30) que o Sr. Cam2303, 17 Fiequenos cristais de a^ja- tite; e de olivina, alguns idiomór- Fig. h (1) R. Reinish — Petrographisches Pratikum, Berlin, 1912. (2) Achávamos mais própria a desiguação — basaltos fonolíticofl. 64 ficos, com formas bem desenvolvidas e geralmente com as suas habi- tuais alterações em serj^entina ou óxidos de ferro. Alguns octaedros e grãos de magnetite de dimensões apreciáveis, duma primeira geração, diferentes dos grãos da base. (Loc. Pico, juuto do marco da triangulação). h) Traquidolerito. Caracteres macroscópicos, Roclia cinzenta-escura, com cristais macroscópicos de feldsj^ato, brancos, alterados. Exame microscópico. Textura holocristalina avisiuliando-se da textura ofítica (fig. i). Predominam os cristais colu- nares da labradorite e massas de grãos irregulares de augite e di- vina. Deste último mineral cris- tais regulares, muito irregular- mente fendidos. Alguns fenocristais de plagio- clase, tabulares e com estrutura zonar, de maiores dimensões que os cristais colunares. Pequenos cristais ou pequenas manchas claras de nefelina. A textura faz classificar esta rocha entre os doleritos. (Loc. Cabombey). c) Traquibasalto típico. Caracteres macroscópicos. Ro- cha cinzenta-escura, compacta, com aspecto basáltico. Exame microscópico. Textura microlítica traquítica (fig. j"). Base do labradorite em pequenos cris- tais alongados, augite, magnetite e nefelina. Fenocristais de angite, pouco abundantes e de pequenas dimen- sões. A rocha não contêm olivina. (Loc. Angolares.) ^ ^m h|. ^p ^^pj ^^L fíC'^^9A ■nvC^^V^SV^nD^ ^ttf^r '"^ ^^«3qm^^«N|A gSà^ • j^^^^S iSSb^sL. kã^K "WM- *^ 9 '^P* 0^ <^9^^^0K^sl \ Fig- j w 65 d) Rochas de transição para os limburgitos. 1.*). Caracteres macroscópicos. Rochas compactas basaltoides com cristais de piroxena e grãos de oli- vina. Exame microscópico. Textura por- íirica com base microlítica pilotáxica, ou hialopilítica mas com muito pouco vidro residual (fig. k e /). Na base microlitos de plagio- clase e augite, grãos de magnetite e de olivina. Nefelina rara. Fig. / Fig. k Fenocristais dominantes de au- gite, muito claros, quási incolores, outros claros na parte externa, mas com a parte central verde. Muitos maclados. Cristais e grãos de olivina com serpentinização frequente. Cris- tais de magnetite. A augite é o mineral predomi- nante. Loc. São as rochas mais fre- quentes da bacia do rio do Ouro. 2 . ^ ) . Caracteres macroscópicos . Rochas porosas, basaltoides, cinzen- tas-escuras em que com o auxílio da lu2Da se distinguem cristais de au- gite, magnetite e grãos de olivina. Exame microscópico. Textura por- fírica pilotáxica ou hialopilítica. Base formada principalmente por microlitos de augite e magnetite. Grandes cristais de olivina, idio- mórficos, de contorno hexagoiial, com alongamento da zona prismá- Fig. m Q6 tica. Traços de clivagem imperfeitos e paralelos à direcção do alongamento. Grãos corroídos de olivina envolvidos por cristalizações de augite (fig. m). Grandes cristais de aegirina-augite, pleocroicos, com tons verde claro no contorno e verde carregado no meio. Rocha visinlia dos limhurgitos, pelo ^^redomínio da aiigite e oli- vina. Loc. Molundo, Diogo Vaz. Muito seme- lhante um exemplar do bordo da La- ■ goa Amélia. B. Basanito nefelínico fonolitoide. Caracteres macroscópicos. Roclias cinzentas escuras, ásperas e j)oro3as, quási homogéneas, distinguindo-se cristais de hornblenda e augite. Exame microscópico. Textura porfírica microlítica. Base de augite, plagioclase, nefelina e sanidina (?). Cristais de hornblenda apresentando com frequência larga orla de corrosão magmática com produção de augite e magnetite. Augite basáltica e aegirina-augite tão abundante como a hornblenda. Raros grãos de olivina. Agregados de nefelina. Muito rara a hauyna ou noseana. Pequenos cristais de apatite e magnetite. Loc. Pico de S. Tomé. c. Tefrito nefelínico basaltoide. Rocha densa, compacta, homo- génea, de côr cinzenta escura, fractura conchoide. Aspecto do basalto. Exame microscópico. Textura porfírica microlítica. A base formada por microlitos e pequenos cristais alongados de plagioclase e augite (fig. n). Me- nos abundantes, pequenos cristais de nefelina. Magnetite. Numerosos cristais de horn- blenda, alguns quási inteiramente f-ig- n 67 transformados em aglomerados de pequenos grãos opacos de ma- gnetite. Macas divididas de nefelina e cristais de labradorite. Cristais de augite, parda clara. Loc. Nova Moka. Da mesma loc. outra amostra de rocha mais escura e com augite dominante e sem fenocristais de plagioclase. D. Limburgito. Caracteres macroscópicos. Rocha densa, preta, basaltoide, com amigdalas. Exame microscópico. Textura microlítica com resíduo vítreo. Microlitos de augite violácea e magnetite. Pequenas agulhas inco- lores de olivina, com forte relevo, extinção longitudinal, e pequenos esqueletos de cristais do mesmo mineral com a sua forma caracte- rística em dois ramos curvos, voltando um para o outro o lado con- vexo e ligados pelo meio. Cristais de augite quási incolores e grãos de olivina e magnetite. Esta rocha afasta-se dos limburgitos tipos pela redução da parte vítrea. Loc. Curso médio do Eio do Ouro. E. Augitito. Caracteres macroscópicos. Rocha muito densa, preta, com vácuo- los. Distinguem-se pequenos cris- tais pretos de augite. Exame microscópico. Textura porfírica de base microlítica com resíduo vítreo pouco abundante. Microlitos de augite e magnetite, (fig. o). Cristais de augite, de cor vio- leta pálida, quási incolores, al- guns. Rocha, como a anterior destituída de feldspato. Loc. Nova Moka Fig. o 68 CLIMA Do clima da ilha pouco se sabe alem do que é comum a todas as terras, que se encontram em condições geográficas análogas. Colocada quási sob o equador tem as duas estações distintas de chuva e de tempo seco, durando esta em geral de Maio a Setembro com variantes em diversos pontos da ilha. A época das chuvas tem por vezes uma pequena diminuição de intensidade em Janeiro formando o que chamam — pequena gravana ou gravanita. — Em todos os outros meses a chuva é por vezes enorme, a humidade do ar muito considerável e a temperatura alta. Durante esta estação chove abundantemente em todos os dias, quási sem excepção. Como em toda a zona tropical, quási a hora certa nuvens de trovoada apa- recem vindas quási sempre do Norte, e a tempestade, por vezes medonha, desenvolve-se e durante todo o tempo, que ela dura, a chuva cai em torrentes. Os rios engrossam rapidamente, tornan- do-se violentos em todo o seu curso : nada se lhes pode opor. No seu rápido correr as mais pesadas rochas são arrastadas, árvores colossais são arrancadas, A ventania forte que acomj)anha a tor- menta vem auxiliar a acção destruidora. O efeito é por vezes hor- rivel, aterrador. Passado certo tempo tudo sossega : a convulsão passou. O ceu apresenta-se lim^:»© e de uma notável transparência. As árvores lavadas pela chuva torrencial parecem mais verdes e viçosas ; as aves cantam ; tudo respira satisfação. Em S. Tomé, como os rios são de curta extensão e de leito extremamente inclinado, o efeito da tempestade é ráj^ido e violento. Por vezes o viandante fica detido entre dous rios, tendo de esperar que a torrente pare. Nesta estação a alta temperatura e a grande humidade são alta- mente incómodas. Durante a gravana não há chuvas, Ou quando as há são de pouca importância; a temperatura é menos alta; o ceu quási sempre mais ou menos toldado. São condições estas, como já se disse, comuns a todos os países intertrojjicais. Em cada um deles há porém va- 69 riantes, que dependem de condições locais, tais como a orografia, a direcção e frequência dos ventos, a vegetação, a acção das corren- tes marítimas nas terras próximas do mar, ou cercadas por êle. A ilha de S. Tomé está cercada por mar quente, devido às duaa correntes marítimas, uma ascendente costeando o continente africano, aquecendo durante o trajecto, a outra descendente, a corrente da Guiné, igualmente quente. Em mar de temperatura alta o ar satu- ra-se de humidade que se nota em toda a ilha. A direcção dos' ventos, o número de vezes que em cada rumo sopram determinam graus de humidade diversos nas diversas localidades e essas varian- tes estão intimamente ligadas com a orografia da ilha. Variadíssima como é, deve determinar variadíssimas condições locais. Pelo quadro seguinte pode fazer-se ideia da importância dos ventos que em diversas direcções sopram na ilha, E este quadro baseado no que tem sido publicado e principalmente pelo que se lê no livro do Sr. Ferreira Ribeiro. Como unidade tomei o número (8) de vezes que na cidade soprou o vento NNE. NN£ WEW NWW ESE wsw ENE E NE NE sw NW N ssw SSE SE S 1(8) 1,1 1,4 1,5 hi 1,6 2 2,9 3,7 4 4,1 5,6 10,7 12 16 47,9 Por este quadro se vê a importância que teem os ventos, como factores climatéricos e vê-se bem qual deva ser a acção dos ventos do sul, o menos frequente dos quais é representado por 10,7, que corresponde a 8õ,5 vezes que tal vento sopra, e o vento S ó indicado por 47,9, correspondendo a 373,3 vezes a sua acção na ilha, ao passo que a soma das vezes que todos os outros sopram é consideravel- mente menor. Junte-se a isto a forma orográfica da ilha; uma muralha alterosa dividindo-a em duas regiões bem definidas, uma ao Norte, outra ao Sul, dando logar a humidade, chuvas e névoas mais frequentes e importantes no sector Sul. Este mesmo, dividido por montes altos e sulcado em direcções diversas por ravinas fundas, necessariamente tem de apresentar condições climatéricas muito variadas. O Sr. Campos, bom conhecedor de tudo quanto se refere a 70 S. Tomé, em carta, que me dirigiu diz o seguinte: — A gravana acen- túa-se, em regra, rapidamente por toda a illia numa transição brusca do tempo; mas as chuvas vêem de vagar. Ficam elas mais ou me- nos permanentes em torno do Zagaia e nas terras altas do Pico e e Cabombey. No centro da ilha, quer na bacia do ló, perto da Peninha, quer na profundidade do talvegue dos rios Lembá e Can- tador, em j)l©na gravana (Junho e Julho) senti sempre chuva, um nevoeiro densíssimo, que de vez em quando se resolvia em chuva. Descendo as torrentes o tempo ia mudando, e na proximidade do litoral encontrava-se a gravana seca. Pode-se observar todos os anos a marcha das primeiras chuvas do sudoeste jDara norte por ambos os lados da ilha. Nas viagens de circumnavegação, ou a quem se desloque frequentemente pela ilha o fenómeno dá na vista. Os nevoeiros permanentes do Zagaia ao Morro Irene, e do Cabombey ao Pico, começam a resolver-se em chuva, e o litoral do Bindá até à Ponta Furada dia a dia se enevoa mais. No entretanto começa a chover no Paga Fogo e nas terras altas a sudoeste do Pico, notando-se dia a dia o descanso e engros- samento das névoas das montanhas, sem que a gravana deixe de soprar rija de sudoeste nas terras de S.'^ Catarina, Diogo Vaz e Ponta Figo. Já está ensopada toda a Estação Palanque e Ponta Furada e a terra de Diogo Vaz. continua toda gretada com os cacoeiros de ra- mos sem flores. Pelo lado do ló acontece o mesmo; chove do For- moso grande para o centro da ilha nas terras de Vila Verde e Novo Brasil, há secura nas terras de litoral por S. João, Coimbra, Aliança, e sopra a gravana rija de Angra Toldo à cidade. O centro da ilha cada vez mais se carrega de nuvens, lá por 8 ou 12 de Setembro ouve-se a primeira trovoada a nordeste das terras altas, e cái a primeira chuva, que basta para florirem os cafezeiros. Ao mesmo tempo a chuva ronda pelas praias de oeste e vem até Diogo Vaz, dias depois até às Neves, quando por Agua-Izé comtíça também a chover. Quantas vezes por dias e até por semanas consecutivas faz sol num ponto donde se vê a chuva cair torrencialmente a 3 ou 5 qui- lómetros mais longe. . . Em 1904, na segunda quinzena de Junho chovia no cume superior do Lembá, àlêm do Morro Irene; só no fim de Agosto já chovia em Paga Fogo, de Diogo Vaz à j)raia de S.'* Catarina, e só em 12 de Setembro é que começou a acentuar-se 71 em Ponta Figo o mesmo ceu carregado que de há tanto tempo se notava para as bandas da Ponta Furada (1). A grande humidade atmosférica dá higar nas altas regiões a névoas densíssimas. Na minha digressão até à Lagoa Amélia, aí a névoa era tão densa, que nada se distinguia a pequeníssima dis- tância. O Pico está quási sempre cercado de largo anel de nuvens. Quem lá chega gosa de admirável espetáculo. O Sr. Campos des- creve assim o que tanto admirou quando duma vez subiu ao ponto mais alto da ilha : — Nem ao menos ao sol posto, antes da retirada de todos os dias, o ceu apresentava aspectos lindos. Só num dia por pouco não fui assaltado pela noite no Pico por causa da pai- sagem. As cinco e meia começou a limpar, e em poucos minutos num rápido mudar de scenário, tinha a meus pés em toda a volta, dos coníins do horizonte até 20 metros de mim, uma enorme geleira alvíssima, chã, de nível, deslocando-se socessivamente para oeste, cheia de ondulações e sombras delicadas ao largo, a noroeste. So- bresaindo a um mar branco não agitado, única mancha de terra, estava apenas o topo do Pico, a meus pés com uma extensão menor que trinta metros, em oval irregular, com uns pinheiros esga- niçados e uma árvore de aspecto estranho ; o sinal da triangulação com o quadrado branco, como se fosse vela da jangada misteriosa dum mar fantástico. O sol a dous palmos acima do horisonte, todo radiante num ceu de chumbo cortado de fresco, muito extravagante, sem uma nuvem, sem. o mínimo tom avermelhado de crepúsculo ; e Vénus atrás dele a caminho para o ocidente, destacando-se muito bem como estrela brilhante no ceu plúmbeo. Para leste a sombra do Pico muito esguia no mar de nevoeiro, sombra que parece que tem léguas de extensão a terminar em bico aureolado por um resplendor de arco iris, como se fosse cabeça de um santo. Uma esj^écie de ilusão de que esse canto de terra, com árvores musgosas e disformes ia a navegar na geleira tão suave- mente, como se deslizasse em mar estanhado. E por sobre tudo isto um silêncio, que não se exprime, a letargia enorme da naturesa que vai dormir debaixo do lençol branco do nevoeiro ... — Todas as variantes climatológicas deviam ser observadas com rigor. (1) E. Campos — Conferencia, pág. IG. 72 Tal serviço não é questão de luxo, mas sim de necessidade e utilidade. Para se emj)reender qualquer cultura com proveito é indispensável conhecer o clima da região natural da planta, que se quizer cultivar, e o clima da região na qual a cultura tem de ser feita. Não se procedendo assim, o acaso poderá favorecer a empresa, mas pode bem dar-se o contrário, e então todo o trabalho e dinheiro empregado na tentativa será perdido. Por outras razões essas observações meteorológicas são neces- sárias. A floresta tem importância capital no clima, e especial na humi- dade da região. Derrotada a floresta sem cuidado, pode bem suce- der que haja j^rofunda alteração na humidade do ar, e como conse- quência a diminuição ou mesmo o desaparecimento das chuvas, indispensáveis para todas as culturas. A província de Cabo Verde é disto prova evidente. A excessiva humidade pode ser também prejudicial. E por tudo isto que convêm ter a floresta como regulador do clima e isso não se pode conseguir sem se fazerem regulares observações. Pouco se tem feito para conhecer o clima da ilha. Só em duas localidades se tem realizado observações, na cidade com repetidas interrupções e em Monte Café onde o Sr. Spengler fez observações regulares durante 10 anos seguidos. As primeiras foram feitas a pequena altitude e a pequena distância do mar, as de Monte Café foram feitas na altitude de 690 metros, e a 10.832 metros de distân- cia do mar. Os quadros seguintes dão a conhecer os resultados obtidos nas duas estações. 73 -03 E o CO ■o e , o o> o ^ o 1- • o O) c3 a> a E ^ o o (0 c3 O o CO J c a. o c o s Cd o p Q CO o (D CQ c tJ +^ .2 u 0 o ti CO u •a o 0 03 T3 O) 'O O i o O (D L. <^ m O ;:5 o 0 O) 09 E c 0 'd R m c« lO CD L. m to 3 ■O Cd a> CO J3 O 0} es o. o «1 L. t: n. -4J CO -t-= a p— 1 ^.4 «O 03 íipajV '^^ O C5 o^ eo^ CO^ CM Cí co^ CO "*- O]^ co^ r^ *- crT t- C^ c-'~ t-T c-" Go" t- t>r I>r [-"^ t^ t-'~ suaAnu ap apípiínçtiQ «IPílí - Oí c- o O CO iH 1 tH ia 05 o lO lO ÍAIltp Op tH T-l 1 »-) I>- s«ip ap ojamníj 3 ^ ri |e| s -* co ço CO o (M O O o CC 00 CO ,£ co ^ »* a ciT in to lO tD to ^D CO co" lO lO lO ■d CO o S2 •* a o^ rt o < O. ^ n a i-i o l>- 1-1 CO O ^^ t- co^ t— (>J Tíf 00 ^ M i2 S r-T oT to trs co" (m" Ol" CO t-*^ CO cm" co" o" o C<1 T— ( CO (M CO Tíí CO CO (M (M tH t— 1 CO H iH 7-1 tH r-i I—l T-( r-t r-l r-( r-l tH tH I—l 2 C3 gO (N o lO o. o lO O o_ O o rt ■w c ^ 2 •p e 2 so" o~ c^" CO Cí' o" 1 tH o" •^^ CO cd" o -a =^- l^ O Oi Ci lO Tj< Tí< 00 C5 05 *rt o s s; 1— ( 3 1— 1 câ > = < G a f !£>, íO_ o^ ií5 líi O 00 r- Cl CM lO CD rt s cT od" CO" oT T-l CM o" O (M CO (^ o t— Õ Oí O m 'ti 1-M (N (M (M CD lO o >— t r-( tH r-i r-( 1-1 o I— ( Bipsjv lO í£>_ ^ I— 1 00 t— CN^ C2 05 O C5 CM c- — CO -r-T o" (M O .n itT O r^ o" T-l 1— 1 05 8AI1BI8J apcpaunij GO CO GO CO CC t- c- c- E— 00 CO 00 t- / «is Ê D i£^ co^ O^ OJ, o. lO^ o^ CO^ C. q. o^ ~ d s ^r~ cfl © O Is O Ol 05 C5 o CD «D lO OD 00 00 00 'c o 1 S-ã r-^ 1—1 T— 1 1—1 c^ 1— 1 1— 1 1— 1 rH I—l tH 1— 1 S I— ( tyo ^ S 3 iC^ q_ O, o^ o_ O ■^^ CO^ GO co^ 00 o. tn =3 a 'P "S o CO CO (N 1—1 O C5 05 C5 1—1 CM CM •ri CO s^ CC CO CO CO CO CO (M (M (M CO CO CO e CO ri 'i 00^ CN T-l (M CO ri^ I>- líi ^ a t- o^ 00 cS ^«•§ o " '^ ■~ "^ c^ *^ '^ ** ** "^ "^ c- 2-0 c 1— ( (M fN J (>J Ga CO (M l !P?W Et-^ Oi o 00 v~ t--^ O CO^ f 1-H T^ o" D-'' CO a^ lO lO iC lO iC «D CO CD CD CO lO ^ ií5 B0I.I3JSO m\v oçssajj t^ c- t- I>- t>- C- t- t- !>• t- t- t- ^4 00 • . • • . • r— 1 00 • • * • 0 ^SH CJ • d • • O 2 2 rt CO o u 0) fl ci '3 >• • o o- .2 o o O +^ r/l O bC a 0) <13 o f-l a 0) o 1 N Pm S < ^ ^ '-s <1 72 O ^Q 74 E 0 CO O c es O c« ce eo o IO o CS > 09 CO CO Cd T3 O {03 es 03 O O) OC T-l CO o oq_ ^ t>- CO^ 1—* CO 0 CO siiOAtiu ap apEpnuBno oT l>^ c-" t-" t-" çíT t^ t>r 1»" 00" t-" sfiu jod íAnqo ap CO ^ lO lO ^ ^ CO (N t— ■^ uO SEip' ep oipaiu 0J0iuç\[ r- 1— 1 r-< 1— ( tH . 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Que quantidade de chuva não cairá no sector Sul, indo todos os ventos que nele sopram deparar com a cordilheira central determinando a precipitação da água e a formação de névoas quási permanentes e um superior grau de humidade. O conhecimento do clima duma localidade qualquer não tem unicamente o interesse scientífico ; é de primeira necessidade para a vida do homem e para o bom resultado das culturas, que êle queira empreender, ou dos animais que deseje criar. Hoje ninguém pode duvidar disto. Um simples exemj)lo mostra a verdade desta afirmação. A floresta é um agente de condensação de humidade e como consequência de chuvas. Terreno coberto por floresta densa é ne- cessariamente muito húmido e como tal prejudicial ao homem e a determinadas culturas. O exemplo está nos resultados péssimos da cultura do cacau em determinada altitude no sector Sul. A floresta desvastada sem critério pode determinar o efeito con- trário. Em muitas localidades a desvastação da floresta é seguida da falta de humidade e de chuvas e em mais duma localidade a aridez é tal, que a terra se torna improdutiva. O sector Norte de S. Tomé ressente-se já não pouco do efeito da destruição do arvoredo. Este deve ser conservado na devida proporção e isso só se consegue tendo por guia os instrumentos meteorológicos. E não se pense que a observação desses instrumentos oferece dificuldades. E justamente o contrário. Com dous termómetros, um marcando as temperaturas mais altas (termómetro de máxima), outro as mais baixas (termómetro de mínima), um psicómetro e um pluviómetro, lendo estes instrumentos todos os dias a hora deter- minada, tem-se o que é mais importante. A casa Negreti e Zambra de Londres vende esta pequena colecção de instrumentos por pequeno preço. Um outro processo consiste no emprego de instrumentos regis- tradores. Com esses o trabalho reduz-se a substituir o papel no 76 qual o instrumento regista os fenómenos meteorológicos durante dias, e a ler o registo feito. E serviço de poucas lioras no fim de cada semana (1). Se na sede de cada roça houvesse estes instrumentos, o clima da ilha seria definido e poderia com precisão indicar-se o tratamento das florestas para que nunca faltasse a humidade e as chuvas na quantidade útil. Seria óptimo, na dificuldade de se realizar este serviço nas roças que o governo da província estabelecesse certo número de postos em localidades convenientes, ou ainda tratasse com os proprietários das roças para que essas observações fossem feitas, concedendo-se uma gratificação ao observador. Não poderia ser grande a despesa, e era considerável o valor do serviço feito. Se para as culturas o estudo dos elementos meteorológicos indi- cados é suficiente, para a aclimação e condições de vida do homem outros elementos há e importantíssimos, cujo estudo é absolutamente necessário para serem conhecidos e poderem ser corrigidos. O calor e humidade são dous agentes activíssimos da decompo- sição orgânica dando logar ao desenvolvimento extraordinário de agentes j)atogénicos. Em consequência disso o ar e a água, ele- mentos essenciais para a vida do homem, são constantemente con- taminados, tornando-se agentes poderosos de doenças. A decomjío- sição das matérias orgânicas nas águas pantanosas, infectam o ar: análogas decomposições nas florestas e nas j)laiitaçÕes produzem efeito semelhante e infiltrando -se na terra vão contaminar as águas das fontes e dos rios. O exame dos quadros nosológicos de S. Tomé, e servem bem para isso os que se encontram nas publicações do Sr. Manuel Fer- reira Ribeiro (2), mostra que são predominantes as febres palustres sob diversas formas e as moléstias intestinais — a diarreia e a de- senteria — , cuja origem é hoje conhecida. O exame médico ó sempre indispensável. Ele tem mostrado que os pântanos são causa de grandes males e que as impurezas das águas de consumo são portadoras de agentes maléficos diversos. (1) A casa Ricbard Fròres (Paris, Impasse Fessard, 8) fornece aparelhos regis- tradores muito bons. (2) M. F. Ribeiro. — A provinda de S. Thomé. e Príncipe e suas dependências. 77 Em S. Tomé, especialmente na cidade, o clima não é bom e a causa está principalmente na existência de pântanos nas proximi- dades 6 na má qualidade das águas de consumo. Uma análise bacteriológica publicada no Boletim oficial de 1916 n.° 24 indica 100.000 colibacilos por litro de água e indica igual- mente abundância do bacilo desintérico. Nas diversas localidades da ilha ó desconhecida a constituição das aguas de consumo. E de crer que muitas não sejam próprias para a alimentação. A análise da água de seis nascentes da roça Saudade deu apenas duas como potáveis. Destas não foi feita a análise bacteriológica. Por isso nem mesmo nessas pode liaver confiança. Todos os defeitos das águas podem ser vencidos, fazendo desa- parecer os i^antanos, procurando boas águas, filtrando-as sempre, tornando as plantações permeáveis ao ar e aos raios solares, enér- gicos purificadores da atmosfera. E de notar que apesar das relativamente fracas condições clima- téricas, não poucos indivíduos há que tem vivido em S. Tomé, mesmo na cidade, por não poucos anos, gozando saúde. A FAUNA Nas crónicas do alemão Valentim Fernandes se dá a mais antiga notícia dos animais que se encontravam em S. Tomé. As informa- ções que dá colheu-as de Gonçalo Pires «marinheiro que' foi a esta e outras ilhas, muitas vezes, homem maduro e de credito, anno 1506, no dezembro». As informações dadas jDor esse homem ma- duro são as seguintes : «Ha nesta ilha bois que levaram j)a.ra lá de Cabo Verde, tão grandes como de Portugal. E assim as váccas parem uma vez no anno. «Cavallos quando os levam lá não vivem mais que um anno e dizem que morrem de gordura. Trazia o capitão d'agora duas bur- ras tao gordas que parecia que queriam arrebentar. 78 « Ovelhas ha nesta ilha tao grandes como de Portugal, e na têem lãn se naõ no jDapo, e tudo outro é cabellinho curto como de cão da nossa terra, E as ovelhas da Guiné parem como as cabras cada vez dois e três cordeiros e ás vozes quatro. E as ovelhas que levam para lá de Cabo Verde parem de três em três meses. «Cabras desta ilha e de Guiné são grandes de corpo e pequenas e curtas de pés, assim que a barriga lhes chega acerca do chaô E parem cada vez e delles j^árem duas creanças, delias três, delias quatro crianças. E o dito autor viu que cabrito dum mez nascido emjjrenhára naquelle mez. E os vira mamar e serem 25i'6nhes. As cabras que levaram para ahi das ilhas de Cabo Verde estas parem de três em três mezes e dois cabritos até três ou mais. «Porcos criam nesta ilha muitos que levaram de Portugal. «Ratos grandes se criam aqui pelas matas e são próprio como os de cá com orelhas e rabo porém são tão grandes como grandes coelhos. E assim os comem lá como nós aqui os coelhos. (íGallinlms da Guiné ha nesta ilha muitas e gallinhas como de cá. a Falcões muitos e Rolas muitas. Pombas e seixes muitas. Alca- trazes muitos. Habi- cortados muitos. Patas bravas e mansas muitas. (.(.Lagartos havia muitos e agora poucos de doze covados em longo. E comem homens e mulheres, vaccas e bois e animalia. Estes lagartos não vão fora d'água senão que sempre lhes fica o rabo na agua doce. E qualquer animalia que toma e logo dá com ella na agua e dentro na agua o mata e o come. Empina-se sobre o rabo como um homem em pés. « Cobras ha nesta ilha mui peçonhentas de dous covados de longo e de um braço de homem em gordo. E estão olhando os homens e não fogem d'elles. Estas cobras são negras de côr. (.(Tubarões peixes no mar são como grande caçoes. «Ha nesta iWidi, ])exotas bicudas; e quem delias como morre». (.(Peixe agidha ha nesta ilha também peçonhento. «Sardinhas tem, pequenas e boas. ((Badejos peixes, e muitos. «Em agua doce tem enxarrocos muitos e bons. «Disse-me Gonçalo Pires marinheiro que aqui tomaram um peixe feio com grandes dentes e sua feição era de cação de três braças de longo». Como com2)lemento acrescenta: — Muitas gallinhas da Guiné, 79 são milito bravas. Pombos bravos pelas arvores. Rollas, seixes, tordos; todas estas aves são mansas, e estão em cima das arvores, e andam os moços com uma vara, feito um laço de cordão na vara, e lhes lançam no pescoço, e as tiram para baixo. Todas estas aves se não podem comer de gordas, se não frigir e lançar fora a gor- dura. — Boa informação de homem maduro e de crédito. Mais conciso ó o piloto português. Menciona — uma infinidade de caranguejos semelhantes aos do mar, que andam por toda a ilha; os que nascem sobre os montes, são melhores do que os da planicie, porem todos elles se comem. Ha infinitas aves como perdizes, es- torninhos, melros, e huns pássaros verdes, que cantam, e também huma espécie de pa23agaios j^ardos. Pesca-se toda a qualidade de jieixes, mas sobretudo em alguns tempos do anno: os sáveis são delicadissimos nos meses de Junho e Julho. Entre esta ilha, e a costa de Africa, vê-se tão grande quantidade de balêas grandes, e pequenas, que he cousa maravilhosa de dizer. — Mais próximo da verdade está esta informação. Cunha Matos apenas faz a descrição da cobra negra — cnja mor- dedura causa immediatamente a morte : o comprimento das ditas cobras chega muitas vezes a 12 ou 15 palmos : é veloz em extremo, e brilha como um espelho : a cabeça é similhante á do pato com cer- tas excrescências vermelhas como cristas, e tem o pescoço ama- rello. — Lopes de Lima sem entrar na ilha indica, de certo de informação, como encontrando-se em S. Tomé — abutre, albatroz, andorinha, codorniz, curuja, corvo, estorninho, francelho, gaivota, garça, ga- vião, gralha, maçarico, melro, milhafre, mocho, pardal (ha-os de uma espécie muito linda como canários e com canto), pardella, pa- pagaio (são pardos), periquitos (são verdes), pica-peixes, pombos (de varias espécies), rabo-de-juiico, rola. — Informação quási tão falsa como a que deu da constituição geo- lógica da ilha. O conhecimento exacto dos animais que na ilha vivem assim como no vizinho ilhéu das Rolas é devido às explorações de C. Weiss em 1847, e muito especialmente às do Dr. Greeff em 188i e dos Srs. A. Moller em 1885, Francisco Quintas e Francisco Newton, e ultimamente dos naturalistas franceses Ch. Gravier e A. Che- valier. 80 O que actualmente se coiiliece é o seguinte: Mamíferos 12 Insectos 113 Aves 64 Miriápodos 10 Reptis 18 Aracnideos 27 Anfíbios 5 Crustáceos 69 Peixes 118 Policliaetas 23 Moluscos 181 Equinodermos 19 Celenterados 10 E bem de crer que uma exploração bem feita dará maior número de representantes do reino animal, atendendo a que uma grande parte da ilha está por explorar. Todos os terrenos altos para o Sul do Pico compreendendo o Pico de Ana de Chaves e o Cabombey estão ainda não estudados. O que se conhece porém é já impor- tante. O número dos mamíferos é pequeno e desses nem todos são rigorosamente indígenas na ilha, mas apenas aclimados. Tais são ratos, a lagoia (Viverra Ciretta), a doninha, importados da Europa, e o cachalote, que tanto aparece no mar de S. Tomé como noutros mares. O Corcopithecus mona não é também nativo da ilha, pois encontra- se na costa africana e em especial no Senegal. O Cyno- mi/cteris straminia, encontra-se também nas ilhas do Príncij)e e Fer- nando Pó, e este morcego e o Phyllorrldna fuliginosa vivem igual- mente na ilha do Príncipe, bem como o Crocidura thomensis. São portanto pró|)rios da ilha só os três morcegos Cynomycteris hrachyce- pliala, Phillorhina thomensis e Miniopterus ^ewtonii. Pelo número .e pelos prejuízos que produzem são os ratos os mais notáveis, verdadeira j^raga tanto nas habitações, como nas culturas de cacau. E grande a guerra que se lhes faz, mas a sua acção ma-' léíica continua. E de triste efeito ver voando lentamente ao cair da tarde o gidmhu (Phgllorrhijna thomensis) com suas grandes asas negras ; de dia cortam o grande silêncio das plantações o rouco grito dalgum macaco velho, ou os gritos agudos de grupos de macacos que agil- mente saltam de ramo em ramo. Das 65 espécies de aves que vivem em S. Tomé 5 são comuns também às ilhas do Príncipe e Fernando Pó (Crisococcyx smaragdi- nus, Niimenius phaeops, Ardea gidaris, Batorides atricapillus, Anous 81 stolidvs); vivem também em Fernando Pó Milvus aegyptius, e Bihulcus Ihis e no Príncipe 11 (Agapornis pullaria, Alcyon Dryas, Coradas garrida, Cypselus ajfinis, Spermestes cucullata, Estrelda astrilda, Tur- turaena Malherbi, Actitis liypoleuca, Sida leucogastra, Phaeton candidus, Sterna anaestetaj. Ainda 17 espécies se encontram em diversas partes da Africa ocidental (1), ficando portanto privativas de S. Tomé 2õ esi^écies. Não animam a paisagem de modo notável estas aves nem pelo brilho das cores, nem pelo canto. Poucas são as de plumagem brilhante e só uma é de canto agradável, e tanto que lhe chamam — roixinol da ilha. — E o ossobó. Não o ouvi e por isso não posso dizer se o canto dele quebra agradavelmente o grande silêncio, que domina toda a ilha. A informação que deu o maduro Gonçalo Peres de certas aves tão mansas, que se deixavam apanhar a laço, tem ainda hoje uns visos de verdade. As cecias (Treron crassirostris), parecem surdas e até de vista curta; não fogem quando de j)©i"to lhes fazem fogo. Presenciei isso. Ave curiosa é o Taclé (Prinia Molleri). Saltando de ramo em ramo produz com as asas um estalido particular, donde deriva de certo o nome por que ó conhecido. E interessante também a Garça branca (Ardea gidaris), que ó quási ave doméstica. Branca, de forma elegante, acompanha os bois no pasto, salta-lhes para o lombo e cata-os com singular cui- dado. Bem perto das habitações elas se encontram neste curioso serviço, não se importando muito com os serviçais que passam. Do pequeno número de reptis e anfíbios que vivem na ilha só 7 são especiais da ilha. São também da ilha do Príncij^e 6 (Chelone Mydas, ITemidactylus Greeffíi, Lygodactylus tJiomensis, L. macuUlahris, L. africaniis, Boodon lineatus); um é comum às ilhas do Príncipe e de Fernando Pó (Rana Neictonii); a Naja melanoleiíca e o Boodon lineatus são também de Angola (1) Em S. Tomé alguém afirmou ao Sr. Moller que algumas das espécies de aves que se encontram em S. Tomé eram de introdução moderna, devido ao seguinte. Em certa ocasião o capitão dum navio, arreliado pelas constantes questões levanta- das entre os marinheiros por causa dos roubos de aves que traziam de Angola, que uns aos outros faziam, chegando a S. Tomé abriu todas as gaiolas dando liberdade às aves que nelas se encontravam. 6 82 Be todos o mais temível, ou antes o único perigoso é a Naja. É de todas a maior e muito venenosa. Não é já muito vulgar, e são raros os casos de morte em consequência da mordedura dela. São comensais dos habitantes as osgas, que se encontram por toda a parte nas casas. Ao cair da tarde é curioso vê-las andar caçando, correndo velozes pelas ]3aredes. E curiosa a djita, cobra longa e fina de côr verde brilhante. Trepa pelos cafezeiros com toda a facilidade, naturalmente à caça dalgum pequeno animal. Não se importa demasiado com quem passa perto dela. Alem destes animais ainda fazem parte da fauna terrestre e flu- vial alguns peixes, numerosos insectos, moluscos, e crustáceos. Reduzido é o número de peixes de água doce. Será isso devido talvez à disposição do leito dos rios, que por grande inclinação determina movimentos fortes e rápidos da água, havendo só na re- gião inferior, na proximidade da foz desses rios pequena extensão de águas de movimento lento. A esta circunstância acresce a das cheias frequentes e fortes na época das chuvas. O Dr. Greeff só teve conhecimento de duas espécies de peixes de água doce — Gohius Bustamanti e Leyitipes Bustamanti. As explo- rações do Sr. F. Newton no Sul da ilha deram a conhecer mais oito espécies — Serranus aeneus, Lutjanus eutactus, L. jocu, Gohius Man- droni, G. soporatur, Periophthalmus papiUo, Eleotris gyrinus, Mugíl hrasiliensis , sendo estas duas espécies americanas. Ultimamente a meu pedido fizeram-se pescas nos rios do Sul da ilha e obtiveram-se novas espécies, ficando a fauna ictiológica da água doce representada por 11 espécies da família Gohidae. As espécies do género Gobius teem uma organização especial que lhes permite caminhar fora da água. As barbatanas ventrais sol- dando-se formam uma es])écie de ventosa que lhes dá a faculdade de se fixarem tanto sobre a terra como sobre as jjedras, podendo fazer longas viagens fora da água. De todos estes um dos mais vulgares ó o peixinho (Lentlpes Bus- tamanti), que os negros pescam aos milhões (1), e secando-os e de- (1) O angolar e o indígen.a apauham muitos peixinhos com um aparelho feito de andala (folha de palmeira) chamado quissacli. Seca-o ao fumo em folhas de ba- naneira. Acontece apanhar num dia muitos cestos cheios, como muitas vezes vi na Fraternidade, quando regressava do ló para S.i» Cruz dos Angolares. Em algumas roças os serviçais, por vezes em número superior a 100, teem chegado a tomar algumas refeições exclusivamente de peixinho. (Nota do Sr. Campos). 83 fumando-os, deles se servem como alimento. Estes pequeníssimos peixes, tendo como os Gobios a ventosa ventral, viajam extraordi- nariamente pela ilha, trepando até grandes altitudes, movendo-se sobre a terra e sobre as pedras mais ou menos húmidas. E curiosa a forma do caminhar deles. Assim o descreve o Sr. E. Campos: «Lembro-me bem do dia em que almocei sobre a Perna do Diabo, uma — ponte que Deus fez — no rio Quija, junto de Vila Rial, a ver o peixinho subir, como uma fita enorme de corpo vivo, a pedra húmida da cascata, dum e doutro lado, bem encostado à água a despenhar-se. «Surpreendeu-me aquele processo especial de vencer 8 e 12 me- tros de rio a pique, e a teimosia da luta pela vida que a grande massa dos pequenos seres revelava. Imagine-se um amontoado semi-pastoso de milhões de cor23Úscu- los de dois centímetros de comprimento, estirado em fita contínua côr de castanha dum e doutro lado da torrente, na roclia humede- cida, como 30 fosse uma cobra indefinida, achatada de encontro a ela. A fita, de perto vê-se deslocar lentamente, com a velocidade de 40 centímetros por minuto, sempre a subir com movimento uni- forme, sempre interminável, sempre dum castanho escuro, reluzente ao sol. De vez em quando despega- se daquela trepadeira viva uma mão cheia de peixes que caem na torrente : os de traz cobrem logo a depressão da fita, e ela continua a subir intacta, sem se notar a falta dos vencidos. E é assim, desde pela manhã até à noite, e desde a noite até j)ela manhã, um desfilar contínuo de milhões de corpos vivos, sempre a subir, uns j)or cima dos outros, colados em massa, como se fosse um todo de pequenas coisas que oscilam e se arrastam com um barulho es^^ecial, como de muitas mandíbulas de insectos a roer folhas. «Nem sei quanto tempo e em quantos dias observei aquela luta pela vida, aquela união de esforços, tão persistente, tão afincada. «E quantas vezes não fugiam eles de mim, despegaudo-se em grandes cha2:)adas da parede de rocha húmida, caindo aos milhares na base do imenso degrau que já levavam quási de vencida, quando eu aparecia na crista duma cascata, de^Dois de ter suado valente- mente para lhe vencer as margens escarpadas ! «E chegava a ter pena daqueles pobres animalculos que nasce- ram talvez na grande bacia espelhenta de Monte Rosa, tão linda e calma, e que vieram através de perigos, fugindo à caça brutal que 84 os homens lá em baixo lhe davam, rio acima, em busca das paragens frias do obó, dos penedos disformes do curso superior do Quija. «Vencida a crista da cascata aquela fita que vem a deslisar e a subir, descola-se da rocha, alastra-se pela água, e cada pequeno peixe vai só a nadar pela torrente acima, aproveitando aqui e acolá a aderência da ventosa para se firmar às pedras, nalgum rápido que o queira derivar rio abaixo. «Que trabalho enorme subir assim a grandes degraus de 10 a 20 metros, e a grandes patamares inclinados a enorme altitude de 300 a 500 metros em busca de um refúgio !» (1) Os outros elementos desta parte da fauna terrestre da ilha de mais difícil dispersão compreendem bom número de espécies novas colhidas pelos Srs. Dr. Greeíf, Moller, Newton e Ch. Glravier. O número efe insectos encontrados em S. Tomé e scientíficamente determinados é de 113, sendo 28 espécies completamente novas. Esta proporção entre o número total das espécies encontradas e o das espécies novas, já de si bastante notável, é muito mais pronunciada com relação aos coleopteros, representadas por 74 espécies, sendo 27 novas e 3 géneros (Stenioternus, Ph//solagria, IlatitaJ, novos também. Nas aranhas dá-se quási a mesma proporção entre o número total das espécies observadas (33) e o das espécies novas (12). Dos mi- riápodos, representada por 8 espécies, 5 são igualmente novas. Dos lepidopteros tem sido colhido pequeno número de espécies (14). Destes não há formas muito notáveis quer pela grandeza, quer pelas cores. Dos outros grupos de insectos o Dr. Greefí' nas suas publicações menciona apenas as famílias ou géneros das espécies colhidas. Com relação às térmites, vulgares na ilha, assim como a muitas es]3écies de formigas, nota que diferem das que se encontram no continente pela forma de organizar as habitações. Em vez de as construírem à superfície da terra, altas e consistentes, estabelecem- nas junto das raízes ou nos troncos carcomidos das árvores. Dos ortopteros cita como muito notável um muito semelhante ao Clilorocaelas Tanánà da região amazónica, cujo canto ó tão intenso e forte, que a grande distância é ouvido. O Dr. Greeíi', estando no ilhéu das Rolas ouvia-o durante a noute cantar em S. Tomé. (1) Conferencia cit., pág. 9. 85 Para cantar este insecto arqueia as azas de tal maneira acima do corpo, que o animal parece quási um balãosinho verde-amarelado, formando a cavidade assim produzida uma caixa de ressonância. De entre os coleo23teros é notável o Macrotoma edulis, cujas lar- vas de grandes dimensões são muito estimadas pelos negros. Insectos há, que atacam algumas plantas causando não pequenos prejuízos. Uma borboleta, que o Sr. Gravier diz que será talvez a Zeuzera coffeae ataca os cacaoeiros ; um coleoptero do género Phlaeo- hius é prejudicial aos cafezeiros, abrindo a larva dele largas galerias no tronco dessas plantas causando-lhes a morte. Espécies do género Sphenoplioriis (S. quadrimaciãatus, sordidus, striatus) são prejudicialíssimas às bananeiras. As larvas vivem no caule destas plantas, que com isso sofrem e mesmo morrem. Tem havido graves prejuízos em consequência da acção de tais insectos. Dos moluscos terrestres ou íluviáteis as explorações dos Drs. Wel- witch, Greeíf e dos Srs. Moller e Newton deram a conhecer 31 espé- cies. Igual número se encontra na vizinha ilha do Príncipe, notan- do-se que só 7 (Stveptostele Moreliana, Dendrolymax Ilynemanni , Bidimus eminulus, Achatina bicarinata, SabuUna striatella, Succinea concisa, Opeas Dohrni) são comuns às duas ilhas. Comparando as faunas malacológicas terrestres das ilhas de Fernando Pó, Ano Bom, com a de S. Tomé vê-se que a fauna dessas ilhas é muito limitada (6 espécies) e que das espécies de Fernando Pó nenhuma tem representante em S. Tomé e das de Ano Bom só duas (Opeas Dohrni e O. Greeffi.) aqui se encontram. O Bidimus eminulus e a Subulina striatella, que se encontram em S. Tomé, vi- vem também no Gabão e em Angola. São pois prójJrias de S. Tomé 19 espécies. Uma dessas, a Achatina bicarineta, que é de dimensões relativamente grandes e cujos ovos são de grandeza igual à de ovos de rola, fornece alimento muito estimado dos negros. Muito interessante é a Thijophorella thomensis, gasteropodo terres- tre de pequenas dimensões, colhido pelo Dr. Greeíf na altitude de 800 a 900 metros, que é munido dum falso apérculo. O exame de alguns exemplares colhidos pelo Sr. Newton deu ao Sr. A. Girard ocasião de interpretar tão curiosa organização (1). (1) A. Girard — /S'í(r la Thyophorella thomensis GrreeíF gastropode terrestre muni d'un faux opucule à charnière. — Jornal de se. math. phys. e nat., tom. IV, n.» xm. 1895. 86 Dos crustáceos, dos quais o Dr. Greeff foi o primeiro a dar notí- cia, seis espécies vivem nos rios da ilha Atya intermédia, A. scahra, Palemon Olfersii, Potamon margaritaceus, Tkelphusa margaritacea, Actaea ynifopunctata vivem nos rios da ilha a grandes altitudes. O Potamon margaritaceus, encontra-se no rio de Mello na altitude de 300 metros e ainda na Saudade a 700 metros. É talvez a esta espécie que se referiu um poeta desconhecido, pouco afeiçoado a S. Tomé, quando escreveu Maldita terra Onde se pesca camarão na serra. Quatro espécies são perfeitamente terrestres Gegarcinus lagostoma, Cardisoma arinatuum e duas espécies de ArmadiUo. O Dr. Greeíf cita ainda como terrestre o Caenobita rugosus, ou antes o C. rubescens, segundo o -Sr. Bouvier, que examinou 19 exem- jDlares colhidos pelo Sr. Gravier. O Dr. Greeíf encontrou este crus- táceo na roça Monte Café na altitude de 800 metros. Este Caenobita aproveita-se de conchas variadíssimas j)ara nelas se alojar. Oita-se o caso de ter sido encontrado um metido num caroço de palmeira Andim. Os dous crustáceos terrestres, Gegarcinus e Cardisoma abrem longas o profundas galerias nas quais habitam não longe do mar, invadindo as plantações, causando não pequenos prejuízos. E curioso o modo de andar e a facilidade com que se escapam, quando alguém tenta apanhá-los. O Sr. Gravier, que teve ocasião de bem os observar dá deles a descrição seguinte (1) : _ Os caranguejos ter- restres da família dos G egarcinidae (Cardisoma armatum, Gegarcinus lagostoma), os quais durante o período de evolução apresentam curioso polimorfismo, são numerosos em S. Tomé como em todas as regiões quentes dos dous hemisférios. Nos terrenos pertencentes às Obras públicas, na capital da ilha, afastam-se da costa a muitos centos de metros, chegando aos jardins da Administração, nos quais se fazem ensaios de aclimatação de várias essências e princijDalmente de Eucalij^tos, causando aí prejuízos comparáveis aos que nos nossos países causam as toupeiras. O número deles aumenta ao passo que (1) Obíierb-ations biuloyiífies sur les crabes terrestres de file de S. Thomé par M. Ch. Gravier, Ihdl. da Museum et histoire nalurelle. — Paris, 190G, fase. n." 7. 87 dimiuue a distância ao mar, e nas vizinhanças deste a terra está completamente crivada pelas galerias, que elas abrem. É espetáculo bem particular observar de manhã sob o sol quente desta ilha equatorial estes crustáceos nas proximidades de suas habitações subterrâneas caminhar de modo rápido e bem especial com o corpo parecendo colocado sobre umas andas formadas pelas longas pernas, que tocam na terra apenas com a extremidade do artículo terminal. Vendo-os de longe, dir-se hia que são pequenas aves saltitando sobre a terra. As cores vivas, dominando o azul, o amarelo e o vermelho faziam-me lembrar das cores brilhantes de algumas aves, que eu tinha visto na Africa oriental nas altas pla- nuras do Harrar. oConservam-se não longe do seu buraco sempre em observação e nele entram imediatamente logo que qualquer barulho é jiroduzido, quando, por exemplo, alguém se aproxima deles com as maiores precauções. Desde que se refugiam no seu esconderijo em conse- quência de qualquer rebate, não saem de novo senão com extrema circunspecção e conservam-se por algum tempo ao nível do orifício como para exjilorar o horisonte e ver se todo o perigo terá passado. Por vezes tentei surj)reendê-los antes que eles entrassem para a sua morada, mas em vão; os rapazes indígenas, mais ágeis do que eu, também não o conseguiam. «Foi nas proximidades da deliciosa baía da Ribeira Peixe, na costa Este da ilha que eu colhi os exemplares que estudou o Sr. E. L. Bouvier. Sob os coqueiros que se encontram nesta baía tão pitoresca os Cenobitas (Caenohita rubescens) vivem em grande nú- mero em companhia dos Gegarcinos. Estes penetram mesmo nas plantações de cacoeiros que cobrem os terrenos próximos, que se elevam bruscamente muito perto da costa e aí abrem galerias cujo diâmetro é de 10 centímetros e mesmo mais até à profundidade de um metro ou mais. Estas galerias não teem orientação determinada e por vezes ligam-se entre si. . . Se de dia ó inútil pensar em que- rer apanhar alguns destes animais fora da sua habitação, na qual rapidamente se recolhem, de noute é isso fácil colocando sobre a terra uma lanterna. Vê-se então os carangueijos aproximarem-se da luz com curiosidade, e facilmente podem ser apanhados». A fauna marítima é mais numerosa e variada. E isso próprio do meio, no qual há mais facilidade de transporte e no qual os ani- mais podem quási em todas as regiões encontrar as condições de Í?!S calor * hu qut» liie$ coíiv^^à*m. E d^^ ci^èrto por is^^ ■ ■-» no* m*r^« dt» S. Tor^c^i <íi «Mxcoíitnm c^:í'..i» «*«piki«?$ A èkuua, a; kl c^tàc'^, HO «è^j^k-ws dt? péoi^ d*» moliisco^s» 63 ^pòoièsj d<í crustík^èo*, T ^s\>^-w$ d« au^ l.ido5> U> í^-^núuodtírm^í * 10 c«I'*íit<*r*do«. D<è$tti»$ .5 ^^plor*- s*0^« c Ssius darão com C'èròoi'«»s. O Sr. Giravi^èr obsi^rvxjtt ao faudo vío mar «ííitr^ a coíita «> o ilii«?u das Cabras iudioio$ c^rtío* d»^ s-^rt^s d^èst»? grupo ac >.^» r.Ào te > 6k*ír colii^ita di*^ por ódia d<è iastrom^^atos propnos. O »iu como vi. dos baleotes com o peixe serra. Da baia de Agua-tiè tive ocasião de observar esse curioso combate. O peixe iutrod\i3t a serra uo dorso do baleote. líiSte íèrivío procurando Uvraj>se do incómodo compaalxeiro, ora mergulhava, ora voltava à suj>erficie da água. Ao chegar à suj>erfície da agua ainvia se via o peixe serra, direito, mas tombava logo. Por longo tem.po vi des- aparecer e de uovo reaparecer estes dous ■ :,>s, que se éíram aíAstar.vío> teudo-os por ám perdido de vista. O número de esj^ies de peixes já indicado mostra que a fauna ictiològica maritima é rica e ^variada. A maior parte dessas espa«rm« ii^<^* F-^' ""^ cAonu». ^ . rifigr. ''^)-».>.>,-»tP*#.>í ,j .r:«í, (^';jr- ^ae são dos mares c - .ie a costa oriental alricduia at^ à costa ocidental americana. Comuns à costa oriental 80 arní-írícana o noa inarcfí do 8. Tom*'} «ão 22 esp''icío8, íacto bastanto ÍJOtííV<íI. K«|/ícío« nova» propriamente dita» são aj>f5íias 4 (OphirhUi//n f/uíneenHiu, OtrrhíUn atUnfíruff, H/irraauH drin/itn», Sphyraaiui Ji<)<:a(j(d) d'5«<;rjta» pelo Br, lialta«ar Osório. A íauua malacológica apreíenta também ajgamaíj sjijgu)aridasaUi do Ví),(Úí\ííq e da» Filipinas, a JCaUrrui In- UrmcÁvi. vive desde a Noruega at<'i ao Mediterrâm^o e desde a» Ca- nárias at6 â Florida. Comuns aos mares de S, Tom<'i e a co»ta oriental americana sâo 4 esp''}cíe» (lJ©s do grupo do» livííAldura 12 vivem i^inh^nn Ji^ »ta oriental da Am^íríca do Sul. O mesmo se dá com a» espécie» de equínoder- me», do» qoai» líJ «ão comun» também nas mesmas regiões. Do» crinoide,» a A?d('Â/m roJsac^M, que »ó era conhe<;ida do M.edí' terrâneo, foi eíi-contrada peJo J>r. Oreeíf na ^x>»»ta portuguesa, na» Ganiria» e em H. 1'omA, A FLORA A iliia de B. Tom<5, wlocada qjiási »ob o equador, tem toda» a.» eou, agentes poderoso» da vida vegetal. Outro agente indispensável, a h-umiduA^a, é-lhfi fornecida abundant**- ment© pelo mar que a cerca. ifQuando foi d^^scoberta, escreveu o piloto português, era U>ovoou os terrenos abandonados. As árvores não cres- ceram em poucos meses como entre nós em muitos anos, como dizia o piloto, más ainda hoje essa força vegetativa se manifesta. Um ligeiro abandono da terra basta para que a vegetação expontânea adquira grande actividade. Na roça de S.*° António de Mussacabú admirei a rapidês e vigor da vegetação expontânea. Não longe da casa de habitação, num terreno sem cultura, mas povoado de árvores- indígenas, as plantas trepadeiras tinham-se desenvolvido por tal forma que atingiam as partes mais altas das árvores e formavam uma rede fechada, perfeita- mente impenetrável (fig. 40). Não são porem só as plantas erváceas que teem rápido e fácil crescimento. Observa-se isso mesmo nas grandes árvores. Um exemlpo notável deu-se na roça Boa Entrada. Foi aí derrubada uma árvore enorme, um Ocá (fig. 41). O tronco não foi aj^roveitado, e deitado sobre a terra ao fim de pouco tempo produziu ramos e raízes em vários pontos, de modo que o gigante derrubado foi substituído por umas poucas árvores (fig. 42). [25] Fig. 40 — Em Mussacavú. As trepadeiras [26] -5 a o m a <3 o O o o a o H [27] [28] ! i ^^ÊÊÊ f ■ ^jjj ( l .f. 1 ■ 1 ■ ^7I||^^^^^^^^^^^^^^^^^^^H f !. ^^^^^^^H !'■■ ^^Bmi i^^H^^I 1 ^íM' J^^B^H ^^^H cã a o EH (D O O CO -31 91 Como estes exemplos muitos outros se encontram na ilha mos- trando que não era fantástica a informação dada pelo piloto por- tuguês. Nos diversos períodos porque passou a ilha as modificações da vegetação de certo foram muito variadas. O estado actual será do certo de mais profunda modificação devida à intensidade que teem tomado certas culturas. A cultura do café ocupou extensão considerável de terreno. A cultura do cacau suplantou esta e tem tomado posse de área exten- síssima até altitudes superiores a 800 metros. A das quinas invadiu também zonas extensas nas altas regiões. Hoje quem fizer uma excursão circular pela ilha fartar-se há de vêr plantações de cacaoeiros, árvore que dá riqueza à ilha, mas não beleza. Num ou noutro ponto em altitudes inferiores encontram-se ainda restos de antigas florestas. Porém florestas normais sem mistura de plantas introduzidas só podem ser encontradas nas regiões superiores, no Pico, no Cabombey, no Ana de Chaves e terras ^^róximas, nas quais ainda a acção do homem não entrou. Fora desses lugares a floresta ou tem desaparecido ou está em vésperas de desaparecer, porque por toda a parte a acção do homem, nem sempre bem pensada, trata de a destruir. E vulgar nas partes em que a vegetação é vigorosa e densa sen- tir-se por vezes a distância o som do machado e o ruído prolongado dos gigantes vegetais derrubados. A acção do homem é rápida. Em 190.3, quando estive em S. Tomé, os terrenos próximos do Cão grande, apezar de já terem cacau ainda eram povoados de ár- vores viçosas cercando o Cão (fig. 14), hoje está desacompanhado quási por completo (fig. 15). * Presentemente a vegetação da ilha é formada de três elementos distintos, um constituído pelos vegetais indígenas, outro formado pelos vegetais de antiga introdução e hoje perfeitamente adimados, o terceiro pelas plantas de moderna introdução, o cafezeiro, o ca- caoeiro, a fruta pão, as árvores de quina, a vanilha e outras essências 92 de muita restrita cultura e que por isso não teem influência apreciável no aspecto da vegetação. Pondo de parte um limitado número de plantas cultivadas já em altitudes consideráveis, todas as formas vegetais são das caracterís. ticas das plantas tropicais. A vegetação arbórea é a dominante, e as árvores são, como as descreveu o piloto português, todas direitas tendo ramos só na parte superiar, o tronco liso, em grando número delas de côr muito clara, quási branca (tig. 43). Surpreende a forma elegante e a altura delas. Desenvolvendo-se densamente crescem em altura procurando a luz indispensável para a vida. Na floresta densa os raios do sol só penetram coados através das folhas, e nessa muitas vezes mais que meia sombra só vegetais in- feriores podem vegetar, e são esses os que taj)etam o terreno. Das árvores liá formas notáveis. Uma das mais singulares pelas dimensões do tronco ó o imbon- DEIRO (Adansonia digitata). E quási uma monstruosidade e singular quando despido de folhas conservando ainda os grandes frutos pen- .dentes. Não é árvore vulgar. E nas baixas do Rio do Ouro que maior número delas se encontram. O OCÁ (Eriodendron anfracUiosum) toma dimensões notáveis. Entre outras é bom exemplo o ocá da praia Cadão (fig. 44) e dois da Agua- Izé com mais de 60 metros de altura (fig. 45). Teem estas árvores base de forma singular, alongando-se em diversas direcções, formando verdadeiros gigantes ou arcobotantes que lhes dão solides extraor- dinária. A base do ocá gigante, que foi derrubado na roça Boa En- trada (fig. 41), com 26 metros em circunferência, mostra a que grau de desenvolvimento podem chegar estas árvores. O que o homem conseguiu, quem sabe com que trabalho e ao fim de quanto tempo, para dar solides aos seus castelos e às suas ca- tedrais, a natureza deu à árvore a faculdade de se desenvolver de modo a poder resistir às mais fortes tempestades. Uma das árvores de maior desenvolvimento é a Amoreira (Chloro- pliora tenuifoUa). Do tronco fabricam-se canoas, que os pretos uti- lizam. Nas crónicas de Valentim Fernandes já destas grandes árvores se faz menção. «Há nesta ilha, escreve êle, árvores que parecem que chegam ao Céu, e todas lisas senão umas ramas no mais alto, como [29] ^» ■ ^m^^M.. ^r LIHbi^^^?^' ' Ag f'^"'' 'f^ -r;;*^ KfiSF" L^ I^^H^^^fT^ilr^ f^^B?* jc^j-^-Srk- jfflBBl «m.^. '.. .^t^^M^^HiH j^^ 1^ HI^^Hí^^K^^^^^I Jl' ■■*-•-■ ' ■' ■f '' ' ™^ .*dósfiaEi-««^.._ . iiipi^ í". .^^^^^ w '■' . Á __ •-^*,,,ll^ fe.. . • ' ' '"■■"-**^ HBjL ^ .. -' ■ Kiíí 44. — Praia do Cadão. Um Ocá [30] Fig. 45 — OcAs em Agua Izé [31] Fig. 4" — Obó próximo da Lagoa Amélia [32] Fig. 48 — Obó próximo á Lagoa Ámelia 93 um pinheiro cortado, e se alimpa de si mesmo sem ninguém cortar. E, destas árvores são tão grossas que podem fazer táboas de 25 palmos. E disse Gronçalo Pires que vira lõ homens cortar em uma árvore sem verem uns aos outros. Vi eu em tempo de Elrei D. João o segundo de pia memória no ano de 1496 uma meia táboa, que o dito rei mandara serrar na dita ilha que tinha em largo 16 palmos, porque mandara lá serras para isso e não cabia no navio a táboa de 32 palmos serraram-na por meio e lha levaram». De grandes dimensões são também o Ipé (Olea WewUtschi) próprio das altitudes consideráveis, e o PÁu lírio (Conopharingía stenosyphon) de flores muito aromáticas. Notáveis pelas dimensões são também o Iza-quente (Treculia africana), a JACA (Artocarpus íntegrifoUa), o PÁU Capitão (Ceitis Prantlei), o PÁu Sangue (Ilaronga madagascariensis) notável pelo lí- quido de côr sanguínea que corre de qualquer ferida feita na casca. Notáveis são também algumas figueiras não só pelas dimensões e pela folhagem, mas principalmente pelas raízes adventícias que nascem a diversas alturas e que descendo a procurar a terra, se ligam umas com as outras, quando se encontram, dando lugar à uma verdadeira rede, que impede o desenvolvimento do tronco, que por vezes chega a morrer e a ser destruído, ficando a rede cilíndrica sus- tentando a copa da árvore. E organização muito singular e sur- preendente (1). Não tanto pelas dimensões, como pela ramificação e forma das folhas, é o GoFFE (Mussanga Smithii) bastante distinto. Surpre- endeu-me uma destas arvores, que vista a distância me pareceu um Castanheiro da índia. Arvores doutra forma são vulgares. São as chamadas — Cordas — semelhantes aos cipós americanos, e que são características das florestas tropicais. Não crescem direitas, nem engrossam, como as outras. Não po- dendo conservar-se na posição vertical, vão crescendo e rami- ficando-se, encostando-se ou enrolando-se em volta das outras. Por vezes enrolam-se em si mesmas tomando formas curiosas. Todas estas formas mais ou menos associadas formam a floresta. (1) Era notável pela forma (fig. 46) uma destas árvores, que se tinha desenvol- vido sobre um muro velho numa das ruas da cidade. Uma ventania forte quáai a destruiu. 94 Esta por vezes é tão densa, que a copa das árvores em contacto íntimo formam uma capa de verdura tão fechada através da qual mal passam os raios do sol. As cordas passando de árvore para árvore dão à floresta uma forma muito esj)ecial. Abrir caminho através dela não é fácil. Quando a floresta é densa de modo a não penetrar nela os raios do Fiíí. 46 sol, nem os pequenos vegetais, que tapetam a terra se podem desen- volver. Todas estas circunstâncias dão à floresta um carácter muito es- pecial e verdadeiramente im23onente e quem nela se encontra recebe impressões profundas. Nas proximidades da Lagoa Amélia atravessei uma destas flo- restas, já um i^ouccT aberta (figs. 47 e 48). O Páu lírio toma aí uma boa parte, ladeando o caminho e aromatizando o ar deliciosamente. Figueiras cercadas de raízes adventícias, algumas vindo dos ramos superiores direitas à torra, num ou noutro ponto o gigante Ipé com longas cabeleiras de líquenes ramosos j)roduzem efeitos singulares. Em toda a floresta o silêncio é profundo. Em S. Tomo a fisionomia da floresta ó sensivelmente a mesma em toda a parte. Pas árvores modernamente introduzidas três modificaram pro- 95 fundamente a paizagem pela forma e pela côr da folhagem. São as árvores da quina, o cafe^eiro e o cacaoeiro. As árvores da qiiina não ocupam área tão extensa como as outras. Formam manclias relativamente pequenas, mas muito densas de folhagem de côr verde intensa, tomando algumas folhas com a idade côr vermelha brilhante, parecendo flores. O cacaoeiro forma floresta densa, pouco alta, extremamente mo- nótona. Indo de Novo Brazil para os Angolares fartei-me de ca- minhar por entre cacaoeiros todos iguais, sem um caminho ou atalho seguido, encontrando aj^enas um negro, que seguiu seu caminho sem atender ao que se lhe pedia. Cheguei a perder a esperança de en- contrar casa que me recebesse. Como na floresta natural também nesta mesmo nas horas de mais claro sol a luz c muito atenuada. Vi morcegos vagueando por entre os cacaoeiros, como entre nós ao cair da tarde. As árvores do café formam florestas mais luminosas, porque a folhagem menor e menos abundante dá livre j^assagem aos raios do sol. Na época da floração são de efeito encantador, cobrindo-se por completo de pequenas flores totalmente brancas e odoríferas. São então estas árvores verdadeiramente belas. Mais tarde, quando com frutos maduros, como cerejas rubras, teem aspecto agradável. Na floresta das grandes árvores indígenas encontram-se vegetais curiosos. São pequenas plantas que vivem sobre o tronco ou sobre os ramos das árvores. Uma, pouco vulgar, é um cato (Ehípsalis cassitha), cujos ramos delgados e longos formam uma espécie de ca- beleira verde, pendente dos ramos da árvore sobre a qual vive ; outra é um feto (Platycerium Phlegmaria) de forma singular. Duas ou mais folhas largas forma,m uma espécie de vaso de dentro do qual saem folhas longas, estreitas e bifurcadas muito elegantes. Não são raras também impUntadas nas árvores diversas orquídeas de flores curiosas, mas nenhumas porém brilhantes e vistosas, como se encontram em florestas doutras regiões. Nas arvores da região superior tronco e ramos são completamente cobertos de musgos e de líquenes ramosos dando efeitos curiosos. Como aí as névoas são constantes, esses musgos estão sempre com- pletamente ensopados em água, o que permite que neles haja ve- getais de pequenas dimensões, tais como fetos e uma bem curiosa Utricularia. Formas arbóreas interessantes são as palmeiras, introduzidas na 96 ilha, uma pelo menos, nos primeiros tempos que se seguiram ao des- cobrimento da ilha. E o coqueiro. A respeito dele o piloto português diz o seguinte — «também ali levaram da costa da Etiópia a árvore de palmeira, que j)roduz frutos, que eles chamam cocos, e na Itália nozes da índia, cuja amêndoa quando está fresca é de um gosto delicadíssimo, e da água que se contêm dentro do coco se servem de mil maneiras por ser de um sabor muito suave». Não é grande a área ocupada pelos coqueiros e nunca distantes do mar (figs. 49 e 50). As raízes deles parecem mesmo procurar a água salgada. Há perto da costa um coqueiro que vive imjjlantado nas fendas dum rochedo cercado pela água do mar (fig. 51) e por ela coberto na praia-mar, dando à paizagem um aspecto bem curioso. Bem mais vulgar é a Palmeira Andim ou do óleo (Elais guine- ensis) elegantíssima (fig. 52) atingindo grande altura (30 a 40 metros), de caule delgado terminado por coroa de longas folhas de dentro das quais saem enormes cachos de frutos de cor viva. Destaca-se de todos os vegetais que a cercam pela altura que atinge. Uma outra palmeira, a Palmeira leque (Borassus flahelUfer var aetliiopicus), cujo caule ó ótimo para estacaria nas águas salgadas, é um j)ouco rara. Nas baixas do Rio do Ouro ó onde maior número delas se encontra (fig. 53). São elas e o Imbondeiro que dão um caráter distinto a esta região. Uma outra planta quási arbórea, que como o coqueiro parece pre- ferir a proximidade do mar, é o PÁu esteira (Pandanus thomensis), de cujas folhas longas e estreitas se fazem esteiras, do que se deriva o nome. E planta de 4 a 8 metros ramificada tendo grande j^arte do caule e dos ramos cobertos de folhas dispostas em espiral. E no- tável pelas raízes adventícias que sucessivamente produz, as quais crescendo procuram a terra e para a qual se dirigem obliquamente. Como estas plantas vivem associadas e a pequena distância umas das outras, as raízes cruzam-se e dão lugar à formação duma espécie de rede, difícil de vencer (fig. 54). Dão os gru2D0s destas plantas um tom particular à paizagem. E curioso o fruto de forma de grande 2)inha de côr verde brilhante. Na margem dos rios ou mesmo junto à costa são frequentes os Mangues (Rhizophora racemosa), cujas raízes estão sempre debaixo da água e como o Páu esteira produzem grande número de raízes 97 adventícias, que se ramificam e todas mergulham na água, formando uma verdadeira barreira, sendo muito difícil chegar à terra, tendo de se vencer tão valente obstáculo (fig. 54). Outros tipos vegetais são constituídos por plantas erváceas ou quando muito arbustivas. Dessas duas são as principais — a cana de açúcar e a bananeira, ambas importadas pelos primeiros colonos. "m,y.,..>i Fig. 48 Duma e doutra se faz menção nô escrito de piloto português ô nas Crónicas de Valentim Fernandes. O piloto escreve — «Tem igualmente principiado a jílantar aquela erva, que se faz tão grande em um ano, que parece árvore, e produz aqueles cachos com frutos à moda de figos, a que em Alexandria o no Egypto chamam Muce e na dita ilha avelãs». Valentim Fernandes faz menção da bananeira descrevendo-a do modo seo-uinte. — «Há nesta ilha de S. Tomé uma árvore chamada O avalaneira, e delas muitas, e a mais alta é de três braças. E não é páo senão como erva. E suas folhas tão grandes como uma adarga; e no cabo de mais alto leva um fruto só, tão grande como uma ca- nastra. E pesa quanto um homem pode levantar do chão. E ó 7 98 assim amarelo como côdea de melão. E assim daquela feição de talhada de melão e é tão doce como assúcar. E é dentro massiço e como coisa coalhada. A verga desta árvore é uma só e uão tem Fig. CO outro ramo nem trás outro fruto, senão um só pomo, como se disse, porém ao pà dela da raiz nascem muitos filhos, de que cada um também não trás mais que um fruto só. E logo cortado o fruto cortam o pó da dita verga de todo para não lançar a j)erder os filhos». A bananeira em poucas parles ocupa largos tratos de terreno. Encontra-se em todas as terras cultivadas mais ou menos dis- seminada, nãò tendo por isso influencia importante na fisiono- mia da vegetação. Com ela se encontra o ananás, de certo im- [33] Fig. 50 — Coqueiros em Porto Alegre [34] Fig 53 — Palmeira leque em Rio do Ouro [35] Fig. íá — Pau eateira [36J Fig. 56 — Gruta no rio Manuel Jorge Ô9 j)ortado do Brazil por colonos que de lá viessem ou regressassem â S. Tomé. Mais importante é de certo a cana do açúcar, qne na região baixa ¥U. õl ocupa bastante terreno. Dâo aã plantações da cana uma ideia muito aproximada dos nossos campos de milho. Como ó de vegeta- ção permanente, os terrenos ocupados j)or ela estão sempre cobertos de tapete de verde brilhante. ico Além destes vegetais de aspecto e crescimento notáveJ há uma infinidade de plantas de peqnenas dimensões, muitas quási invisíveis sem côr verde, enconfrando-se quási por toda a parte outras mais desenvolvidas, verdes, cobrindo todos os lugares onde liaja um pouco de terra livre. Uma das formas mais características é a das gra- míneas e ciperáceas, bastante conformes no aspecto. Cobrem, pelo menos as primeiras, terrenos extensos, atingindo algumas altura considerável dando ideia de longas searas. Fig. 54 Uma 2)lanta da família das gramíneas, de. relativamente recente introdução, o bambu, atinge grande altura o forma grupos muito elegantes. Só num ou noutro ponto tem certa importância. Os fetos, bastante numerosos, todos de formas elegantes e de bela côr encontram-se em abundância em todos os sítios sombrios e hú- midos cobrindo com denso tapete a terra, as rochas, o tronco das -árvores, tudo emfim onde haja calor, humidade e luz suave. E exem2)lo evidente a gruta no rio Manuel Jorge (fig. 5õ). Tudo aí está coberto de fetos de formas diversas de côr verde brilhante. Para completar a beleza do quadro ainda algumas trej)adeiras pres- tam concurso. Entre os fetos alguns há, que em beleza competem vantajosamente com as palmeiras. São os fetos arbóreos de caule delgado e alto marcado com as cicatrizes das folhas, que vão caindo e coroado por folhas de grandes dimensões, elegantemente recortadas e extrema- mente delicadas. Na ilha e nas regiões altas encontram-se apenas três, Cyathea Welwitschif C. Manniana e Drf/opteris Ilenriquesu. 101 A par destes alguns liá de insignificante grandeza. Dois (Pol//po- diiim oosorum e P. Mollerl), que vivem não longe do Pico sobre o musgo que reveste o tronco e ramos das árvores, teem apenas 3 a 5 centímetros. Das criptogâmicas vasculares liá ainda duas formas distintas — a dos Lycopodios e Selaginellas, estas ramificadas, rastejando sobre a terra, aqueles com ramos longos cobertos de pequenas folhas, quási todas pendentes e um direito, de ramos horizontais, verdadeira miniatura duma árvore. Organizações mais elementares são as das crij^togâmicas celulares, havendo dois tipos bem distintos. Num as plantas teem côr verde. São os musgos e hepáticas, pequenas plantas que vivem nos sítios húmidos. São abundantes nas regiões superiores, como já foi in- dicado. Outros não teem côr verde : são os fungos e líquenes. Os pri- meiros, privados da faculdade de fabricar matérias alimentares vivem como parasitas sobre outras plantas, ou tiram sua alimentação dos produtos da decomjoosição de todas as matérias orgânicas. E enorme o número deles e em S. Tomé; com uma exj^loração relativamente pe- quena foram colhidas 204 espécies. Encontram-se por toda a parte sendo uns benéficos, outros bem prejudiciais. Felizmente nas culturas da ilha não entrou ainda nenhum dos mais terríveis, tais como a ílemilea vastatrix e outros. Teem um papel importante na natureza, qual é o de reduzirem ao estado mineral todas as matériaS;, que atacam, transformando-as de modo a servir de elemento a novos vegetais. São abundantes os líquenes, dos quais 17 próprios de S. Tomé. A maior parte das espécies são das regiões altas e quási todas cor- ticícolas. E notável a falta de líquenes vivendo sobre pedras. Já o professor Nylander, sábio liquenógrafo tinha notado esta singulari- dade. Até hoje nenhuma dessas esj^écies foi encontrada. Dos lí- quenes ramosos alguns tomam grandes dimensões, distinguindo-se entre todos a Usnea longíssima, que pende dos ramos das árvores em longas cabeleiras. A grande massa de vegetais é com2')Osta de plantas sífonogamas e ainda dessas são as espécies da grande divisão das dicotiledóneas as que mais importância teem pelo número e pelas grandes dimensões que muitas adquirem. Organisar um inventário completo da flora da ilha ó presentemente 102 impossive], porque, como já foi dito, falta muito que explorar. E pois o inventário actual por emquanto muito incomj)leto. O número das espécies conhecidas é indicado no quadro seguinte : Fungos Líquenes Algas mainuhas Musgos Hepáticas Criptogâmicas vasculares Gimnospérmicas IMouocoliledóneas .... Dicotiledónias Número de espécies 20i 86 54 57 74 101 1 127 425 Espécies próprias da ilha 38 21 2 25 33 8 1 23 52 Nem todas estas espécies são originárias da ilha. Grande número delas encontram-se noutras localidades da costa africana, não poucas americanas e outras são de larga distribuição à suj^erfície da terra. São numerosas as plantas importadas, umas sem acção directa do homem, como são a Fumaria qfficínalís, o Xasturtium ojficinale, a Capsella bursa-pastoris, a Stellaria média, a Senehiera pinnatijida, e a Argemone mexicana. Outras foram introduzidas pelas suas proprie- dades ; tais são as esj)écies americanas seguintes : — Bixa orellana, Anacardium occidentale, Indigofera Anil, Arachis hipogaea. Carica Pa- 2')aia, Syphomandra hetacea, Xicotiana TabacAim, Persea gratíssima, as mirtaceas Eugenia Jambos, E. Michellii e Psidium pomiferum e ainda as plantas da borracha Castillôa, Ilevea e Manihot Glasiouvii e desde muito a Manihot lãilissima e as Cinchonas. Das regiões orientais foram introduzidas a Mangifera indica, o Artocarjms incisa e integrifolia, assim como o Cinamomum zeilandicum e C. campJiora. É muito diversa a importância das diversas famílias na vegetação da ilha. E o que mostra o quadro seguinte : 103 Leguminosas. , Compostas . . , Gramíneas . . . Euforbiaceas . , Urticales . . . , Orquídeas . . , Rubiáeeas . . . Ciperáceas . . . Malváceas . • . Chenopodiáceas Número de géneros Número de espécies 34 58 18 18 17 38 14 30 14 28 13 31 9 29 8 25 6 14 8 13 Além destas famílias outras há (80) de menor número de espécies. Pelo quadro antecedente vê-se, que as famílias predominantes pelo número das espécies e naturalmente pelo número dos indivíduos são as leguminosas, gramíneas, compostas, orquídeas, rubiáeeas, ur- ticales, enforbiáceas e ainda as ciperáceas. Apesar do número de espécies parecer indicar o valor relativo das diversas famílias na formação da vegetação da ilha, outras qua- lidades devem ser tidas em conta e que modificam bastante o qup indica o número das espécies. Está neste caso a grandeza relativa das plantas. Atendendo a este carácter as compostas e ciperáceas de pequena estatura, muitas de duração anual, teem influência muito reduzida. Outras jDelo contrário, árvores altas e vigorosas, teem papel prin- cipal no aspecto da vegetação. Estão neste caso as leguminosas, as euforbiaceas, muitas rubiáeeas, muitas urticáceas e das de pequeno número de géneros e espécies as apocináceas. As gramíneas tem notável importância pela área que ocupam. A principal espécie, que oonstitui uma formação perfeitamente distinta, é a cana sacarina. Os bambus teem também importância pelas dimensões que adquirem, mas não pela área que ocupam. Das monocotiledóneas são notáveis pela elegância das formas e pelos productos que dão as palmeiras, das quais duas são cul- tivadas— o coqueiro e a j^almeira de óleo — em número conside- rável mas sem chegar a formar plantações extensas. Estão dissemi- nadas pela ilha por entre outras plantações. 104 Dá um tom especial à paizagem da costa o Páii esteira, como já foi indicado. As bananeiras dispersas por todos os terrenos cultivados são interessantes pela folhagem ele- gante e úteis pelos frutos. Da mesma família há na região inferior uma 2^1 anta curiosa. É o Costus fflganteus, conhecido com o nome de — bordão de macaco — (íig. 56). O ramo estéril desta planta re- curvado um 230UCO em espiral atinge a altura de dois a três metros. O ramo fértil de pouco mais de um metro não tem folhas e quando a inílorescência começa a organi- zar-se tem a forma esférica com tons avermelhados dando ideia do castão duma bengala. 'De tal dis- posição provêm o nome popular. A inflorescência comj^letamente desenvolvida tem a forma de uma longa e densa esj)iga. As orquídeas bastante nume- rosas em espécies pouca ou ne- nhuma influência teem na fisio- nomia geral da vegetação. Como já está indicado, a grande massa da vegetação é devida às plantas dicotiledóneas, que sobre- sáem pola grandeza, pela forma e pelo número tanto das espécies como dos indivíduos e pela área ocujíada. Das mais notáveis são as plantas j)ertencentes à classe das urticales, muitas árvores de grande j)orte. Tais são o PÁu fede (Ceitis Diirandii), o PÁu capitão (Ceitis Praiitlei), o Quaco branco (C. Loyauxii), a Amoreira (Clovoplwva temdjòlia), a Mesocjyne Henri- Fig. CG 105 qnesii, a Iza-quente (TrecuUa africana), a Fruta pao (Artocavpus in- cisa), a JACA (A integrifolia) e ainda 7 espécies de Ficus. São as es- pécies destas famílias que dão maior contÍDgente dos indivíduos que constituem as florestas. As grandes árvores de tronco direito e de casca branca pertencem a estas famílias. Outras árvores há de valor pertencentes a famílias diversas. As ipericáceas teem o Pau sangue (Ilaronga madagascariensisj ; as ru- táceas teem o Marapiao (Zanthoxylon rnhescens) ; às burseraeas per- tence o Safú íCanarium edule.) de frutos muito estimados ; é das anacardiáceas o Cajueiro (Anacardium occidentale). E de valor a Sucupira (Pentachletra macrophyllaj. O Pau lírio [Conopharingia stenosyphon) de flores aromáticas e o Pau cadeira (Kichsia africana), apocináceas, teem valor importante nas florestas da região superior. As euforbiáceas teem como representantes arbóreos os Cyclostema glaber, C. Uenriquesii e Thecacoris memhranácea. A corda Que (Paidlinia pinnata), a corda Ipé (Dioclea reflexa), a Glycinia sinensis ; a rubiácea Corda de água (Plectronia Uenriquesii) interessante pela quantidade de líquido que escorre de qualquer ramo cortado e que fornece bebida apreciável, e a Psichotria Guerke- ana e outras fazem parte da floresta como trepadeiras (cordas) en- rolando-se nas árvores de modos curiosos. A estas formas vegetais ligam-se várias plantas erváceas, espe- cialmente as da família das convolvoláceas e piperáceas. O tapete vegetal que cobre a terra quer das florestas, quer das partes não cultivadas ou arborizadas, é formado por várias plantas de pequeno porte, gramíneas, ciperáceas, compostas e muitas outras. Pode afirmar-se que toda a ilha está coberta de vegetação ; mesmo as grandes massas de rochas, tais como o Cão grande e os Formosos, se não estão completamente cobertas por vegetais, lá teem pelo menos alguns. No estudo da distribuição dos vegetais na 'ilha é indispensável vêr o que diz respeito às plantas cultivadas e o que se observa em relação aos vegetais indígenas. A distribuição das primeiras é fácil. A cana do açúcar encontra-se quási exclusivamente na região mais baixa da ilha na costa ocidental, começando no Rio do Ouro até à 106 Ponta Furada ou pouco mais. Fora desta região só se encontra em Nova Cejdão e em Trás dos Montes em altitude considerável. O coqueiro é encontrado perfeitamente à beira-mar. Fora de aí mn ou outro exemplar aparece, como sucede em Monte Café. Outro tanto não sucede com a j)almeira Andim. Essa chega até à altitude de 570" e ainda em altitudes superiores, mas com fraca vegetação. Pode pois tomar-se esta altitude como limite superior da pri- meira zono de vegetação, constituindo a região das palmeiras. O cacaoeiro, que se encontra hoje em grande parte da ilha e em todas, as exposições, vái até 880"* de altitude. Será aí o limite da segunda zona de vegetação. A seguir o Cafezeiro, que vai até à altitude de 1050™, marca outra zona ; as quinas, que formam pequenas florestas ainda a 1400™, marcam o limite superior das culturas. Convêm notar que estas indicações se referem quási exclusiva- mente à região ocidental. É de crer que, principalmente no Sul, a distribuição destes vegetais seja diferente. Se em relação às plantas cultivadas a caracterização das zonas de vegetação oferece pequena dificuldade, outro tanto não sucede em relação à vegetação indígena. Duas são as causas que tornam difícil essa caracterização : — a exploração botânica relativamente pequena, pois de certo haverá bem maior número de espécies àlêm das já conhecidas, — e a acção das culturas, que teem feito desaparecer grande número de plantas, al- terando jDrofundamente a fisionomia vegetal. Na região das culturas os únicos elementos que podem servir de guia são quaisi só as plantas conservadas para dar sombra e protecção às plantas cultivadas. Em vista dos estudos feitos poder-se há apenas traçar um esboço da geografia vegetal da ilha e nada mais. Dum modo geral poder-se há dividir a ilha em duas zonas de al- titude, uma a inferior desde a costa até proximamente 1000 metros, a outra, superior, desde essa altitude até ao Pico. Tomando em conta apenas as espécies encontradas em cada uma dessas zonas e pondo de parte muitas que lhes são comuns, notam-se diferenças importantes. Na zona inferior contam-se '248 es- pécies, na superior 133. A diferença é mais pronunciada ainda vendo a distribuição de certas famílias. 107 Das gramíneas, que na ilha são representadas por 37 espécies, 17 são próprias da região inferior e apenas 6 da superior. Das Ciperáceas, cujo número total é de 23 espécies, 4 são da zona superior e 9 da inferior; as Amaramtáceas, cujo número total é de 21 espécies, são representadas na zona superior só por uma es- pécie ; as Malváceas são todas (14) da zona inferior. Bem maiores diferenças são dadas j^ôlas Leguminosas e Euforbiáceas. Das pri- meiras 'Oncontram-se na zona inferior 47 espécies e na superior apenas 3 ; das segundas na zona inferior contam-se 22 esj)écies e na superior 5. Comparando ainda o número de famílias representadas nas duas zonas, de 181 famílias, que fazem parte da flora da ilha, só 13 não teem representantes na zona inferior, ao j)asso que na sujoerior faltam 42. Esjjecializando um pouco em relação às plantas criptogâmicas, ainda outros dados vêem confirmar ou caracterizar as duas zonas. Assim dos líquenes há na zona inferior 11 espécies e na superior 65, dos musgos 3 são da zona inferior e 23 da superior ; dos fetos (97) são 19 da zona inferior e 51 da superior , das Licopodiáceas (8), uma só se encontra na inferior. Esta desigual distribuição das espécies nas duas zonas é suficiente para fundamentar a divisão proposta. Há porém outras considera- ções que a justificam. O aspecto da vegetação nas diferentes épocas do ano, e mais es- pecialmente durante a gravana, é muito diverso. Durante esse período mais ou menos longo, mas sempre bem dis- tinto, grande parte das árvores e arbustos perdem a folha, resultando disso alteração notável na fisionomia da vegetação. Como exemplo bastará notar o aspecto do Imbondeiro vestido de folhas na época das chuvas e nú, só com os frutos pendentes, durante a gravana. Não é só nas plantas arborescentes que a gravana influe. O mesmo su- cede às gramíneas e outras plantas, que secam ficando as terras, que elas cobriam, completamente despovoadas. Outro tanto não sucede na zona superior. Várias formas vegetais são também características da zona inferior. As gramíneas, e nelas deve entrar a cana de açúcar, desde séculos aclimada na ilha, cobrem largos tratos de terreno, e não é só pelo número que elas teem importância, mas também pelo tamanho. Os Androporjons atingem boas dimensões, o os bambus são gigantes. Forma bem característica é a das palmeiras, desde muito ha- 108 bitantes da ilha : o coqueiro, a palmeira do óleo, e a palmeira leque, esta própria só da parte mais baixa da ilha. Está bem rej^resentada nas terras baixas do Rio do Ouro ; o coqueiro vegetando nas terras próximas do mar, subindo excepcionalmente até perto de 800 metros de altitude ; a palmeira do óleo, muito mais difundida, atingindo maiores altitudes, ainda que com menor produção. Duas outras plantas costeiras são próprias da zona inferior, o Pau esteira e a Bhizophora racemosa. O primeiro foi'ma grupos de grandeza diversa na costa ocidental e ainda na oriental ; a segunda não é rara, mergulhando as raízes na água salgada. No Malanza é abundante. Na parte baixa desta zona é onde o Imbondeiro vegeta. As famílias da classe das Urticales teem nesta zona muitos re- presentantes e alguns de consideráveis dimensões. Pondo de parte as espécies erváceas ou mesmo as arbustivas, pertencentes a esta classe, devem notar-se o Pau fede (Ceitis Durandii) notável pelo péssimo cheiro que exala, o Quaco branco (C. Prantlii), o Pau capitão (C. Soi/aiixii) uma das maiores árvores, o Pau cabra (Trema affinis), a Amoreira (Chlorophora temdfolia) árvore gigante, o Mesogyne Ilen- riquesii, o Gofe (Musanga SmitJii) e os Ficas 77iucusso, suhcalcarata, Vogelii, Gilletii, e Demeuxi, quási todos árvores de grandes dimensões. São todas estas árvores, como bem dizia o piloto português vi- çosas e tão grandes, que parecia tocarem o ceu — Quási todas teem a casca de côr muito clara. O seu conjunto, hoje mesmo, apesar já bem longe de formarem florestas, dão um tom muito especial à pai- zagem. Outras famílias fornecem elementos à povoação vegetal desta zona: das rosáceas os Parínariuvi excelsa e macrophylla ; das legu- minosas não poucas de grandes dimensões teem aqui lugar impor- tante, tais a Par/lia intermédia, a Pentacletra macrophi/Ua, a Tetra- pleura Thoniiifjii, a Cynometra Mannii, o lamarindiis indica, de frutos medicinais, o Lonchocarpiis macrophijUus, todos de dimensões con- sideráveis. A Fagara thomensis, rutácea de grandes dimensões, o Cf/clostemon glaber, euforbiacea de dimensões médias, o Gogó (Pseudos- pondias acutifolia), a Adinandra Mannii de 10'", o Pau Obá (Pentadesma hiLtyracea), o Pau sangue (JJaronga paniculata), o óleo barão (Sí/m- phonia glohulifer e ainda o Anisophijllnm Cabolé, produtor de linda madeira, concorrem de modo considerável para a formação dos ve- getais arbóreos. 1Ô9 Arbustos e jDlantas de pequenas dimensões são abundantes : espécies numerosas de leguminosas, tais como as espécies de Cássia, de Desmodiuin, das tiliáceas os (.'orchonis, e todas as malváceas. Como elementos das ílorestas desta zona devem contar-se as cordas, pertencentes algumas á familia das rubiáceas como a corda de água (Plectronia Ilenriqnesiana), (Randki Qníntasu) a TTippocnitea velutina, PauUinia pinnat((, a ScJiefffera Ilenriqucsii entre outras. Ve- getam também nesta zona as diversas espécies de Cis.nLs, uma só das quais se encontra na região superior. Aqui vivem igualmente as cucurbitáceas com excepção também duma só. E nessa zona também que se cultiva o Caeaoeiro, o Cafezeiro, as árvores e cordas produtoras da borracha. A zona superior sob o ponto de vista climatérico ó muito diferente da zona inferior na sua maior parte : a temperatura é menor, o grau de humidade enorme, névoas densas são quási permanentes obstando à acção luminosa e calorífica do sol. Ainda em contradição com a zona inferior, nesta o período da gravana é insignificante. Todas estas condições se acentuam a partir da Lagoa Amélia, cuja altitude é de 1-Í35 metros, e em mais baixas altitudes no Cabombey. Desde a altitude de 1.160 metros até à Lagoa estas condições não são tão acentuadas. Há aí uma zona de transição mas já caracte- rizada jDor formas vegetais distintas. O l^ò (Olea Welwitsclilij é re- presentado por dimensões colossais, o Pau lírio (Conoj)haringia steno- si/jJion) formando macissos consideráveis, perfumando o ar com o delicioso aroma de suas flores, são elementos bem característicos desta zona. Para àlêm da Lagoa Amélia e a menor altitude no Cabombey há, como me informou o Sr. E. Campos, florestas densas e contínuas : ó tudo floresta, mas o aspecto da floresta ó outro. Há muitas árvores, talvez mais do que nas florestas litorais e das torras próximas, mas as árvores teem muito menos pujança, menos ramaria, porte mais esguio, muito menos diâmetro, e os troncos e ramos carregam-se de musgos e líquenes, engrossando-os e deformando o aspecto da vege- tação. Nas montanhas centrais, ao longo das cumiadas ásperas e atormentadas, a vegetação da floresta apresenta verdadeiros aleijões nas ramarias, ajoujadas com as mantas de musgos, curvas e tor- tuosas, quando não esgaçádas com os penachoslongos de cabeleiras musgosas. No aspecto diferem ainda as cumeadas do Norte do Pico das do IIÔ Sul, antes e depois do Cabombey. Há nesta maior saturação de hu- midade e falta de luz, menos vigor, menos diâmetro, mais folhagem larga, as folhas todas cheias de pequenos musgos. Os fetos e as begónias e muitos arbustos idrófilos fecham e atulham a grande es- ponja, que está sempre a pingar. Aqui o Sol nunca chega a enxugar a floresta ; o chão está sempre fofo da folhagem o sempre lamacento, sempre saturado de água. E assim grande parte da zona superior. Condições tão especiais não podem deixar de dar lugar a formas de vegetação bem diversas. Especializando um pouco mais podem ser indicadas plantas es- peciais, realmente características. Já foi indicado o Ipé, que aparece gigante perto do S. Pedro na altitude de 1162 metros e que vai quási até ao Pico embora com menores dimensões. E exclusivo desta zona o Pau lírio, já citado. Está no mesmo caso uma figueira (Ficus tro- chocarpus M'arl)), e, embora hoje já um pouco raro, o pinheiro da terra (Podocarpus Maimii), Plantas de bem menores dimensões, mas igualmente exclusivas desta zona são o Rubus pinnatus Willd. e a urze (Philippea thomensis Henriq.). Ambas estas espécies formam manchas de boas dimensões nos sitios onde a floresta desapareceu. Não longe de S. Pedro vi um largo trato de terreno coberto pelo Rubus, formando um tapete serrado, impenetrável. A urze desenvolve-se de modo considerável formando quási pequenas florestas densas, de belo efeito na época da floração. Além destas espécies outras são próprias desta zona ; as anouáceas são representadas pelas Myristica Kombe e M. macvocarpa; a Her- nandía beninensis, lauracea de boas dimensões, as leguminosas Dia- liiim guineense e Desmodium Scalpe, o Marapião Pagara melanacariiha , as euforbiaceas Cydostoma Ileriquesiana, Ihecacor-is Manniana, que vai até ao Pico, o Sapium Manniamun, o hipatiens buccinalis, balsa- minacea, a rhisoforacea Dactyloi)€tahim Mannii, que vive nos sitios mais altos, as melastomaceas Calvoa crassinoda, robusta, hirsuta, Ilen- riquesii e integrifolia, a loganiacea Anthodeista scandeus e as rubiaceas Bertiera laxa, Psichotrla, Guerkeana. Das criptogâmicas o número das espécies prój^rias desta zona já está indicado. Não teem valor só jdcIo número, mas também pela qualidade. São características desta zona as seguintes esj^écies arbóreas, Ct/athea Welwitschii, C. Manniana, Dryopteris Ilenriquesii e ainda o 111 Diplazium arhoreum. Nenlinma destas espécies tem representantes na zona inferior. São ainda desta zona as seguintes espécies, próprias de S. Tomé Dryopteris afra^ D. opositífoUa, Asplenium Molleri, Pohjpodium as- trosoriim, Elaphoglossum Chevalieri e as Selaginella MoUeri, S. Manni. As mnsciueas, e com especialidade os musgos, teem aqui um papel bem predominante e característico. Como já foi indicado essas plantas cobrem densamente o tronco e ramos das árvores dando-lhes aspecto singular. Essas massas musgosas, cercadas quási constantemente de densa névoa, estão completamente ensopadas em água e constituem um modo de cultura muito especial para uma vegetação muito caracte- rística. Aí vegetam Begónias, fetos diversos, entre os quais dois de pequeníssimas dimensões (Polypodium MoUeri, P. oosorum) e uma curiosa fanerogâmica, delicadíssima (Utricularia hryophijUa), de certo a de menores dimensões dentro das congéneres. A vegetação atenua-se consideravelmente na parte mais alta do Pico, e aí aparecem espécies próprias às regiões temperadas. Tais são as Stellaria media e St. Mamúi, as crucíferas Diplotaxis tenuisiliqua, Cardamine africana, Capsella bursa-pastoris e Senehiera pinnatijida. A AGRICULTURA A planta vive em dois meios : o solo e a atmosfera. O solo oferece-líie lugar onda se íixa e materiais nutritivos ; a atmosfera na qual ela espande seu aparelho aério, considerada como fonte do alimentos, fornece-lhe elementos de extrema importância. Na lin- guagem vulgar as condições da atmosfera sintetizam-se na palavra clima. O clima é o conjunto de todos os fenómenos meteorológicos que exercem influência sobre os seres organizados. O clima e o solo colaboram na produção agrícola, jDodendo mesmo dizer-se que tem verdadeira preponderância sobre as operações do cultivador. A jDosição deste ó bem diferente segundo se tratar do solo ou do clima. É possível obter qualquer produção vegetal em uâ qualquer solo, por exemplo em areia calcinada, até mesmo em água distilada, uma vez que à planta sejam fornecidas sob forma con- veniente algumas substâncias nutritivas, que ela reclame. Ainda também em qualquer terra cultivável é possível sob todos os climas modificar a composição dela, o grau de liumidade, isto ó corrigir os defeitos que dificultem a cultura. Lutar contra o clima é que é impossível. Está-se dependente das acções meteorológicas, das leis gerais das estações, das variações de temperatura, etc. O mais que se pode fazer é atenuar a gravidade dos defeitos dominantes da atmosfera em determinada situação, sendo conhecidas as causas desses defeitos (mudanças de temperatura, do estado de humidade, etc). E portanto essencial conhecer e compreender essas influências para se poder tentar combate-las quando forem desfavoráveis, e aproveitá-las no caso contrário. Este conliocimento é indispen- sável para a instrução do cultivador que calcula todas as suas operações e que deseja aproveitar os benefícios que o futuro lhe terá reservado. E este o processo duma agricultura progressiva : usar das forças da natureza, defender-se contra elas, ou secunda-las, se- gundo os casos, para que elas concorram para um fim melhor (1). Em S. Tomé a acção do clima é benéfica dum modo geral. Para uma boa vegetação são condições indispensáveis, abundância de luz, de humidade e de calor. Nenhuma destas condições falta, como já anteriormente foi ex- posto. Ainda até a atmosfera pode concorrer jDara o enriquecimento do solo fornecendo- lhe compostos azotados, consequência das acções elétricas intensas tão frequentes na época das chuvas. Com tais condições a vida vegetal é intensa, ainda mesmo quando o solo não for muito favorável. E sabido que o terreno cultivável deve poder fornecer às plantas uma parte das matérias necessárias para a nutrição delas. A atmos- fera fornece uma muito importante — o carbono. A terra deverá fornecer especialmente potassa, cal, azote, e ácido fosfórico, elementos sem os quais a nutrição vegetal não pode ser regular. Da quantidade relativa desses elementos e das exigências das plantas depende toda e qualquer vegetação. (1) Ad. Damseanx — Manud dUigricullíire gétiérale, Bruxcllcs, 190?, 113 Só por meio de análises podem ser conhecidas estas qualidades das terras e das plantas. Assim nma terra será boa, fraca ou má, conforme tiver o grau de divisão conveniente e contiver os princípios nutritivos necessários para as plantas, que se quizer cultivar. Quem não atender a tudo isto em vez de fazer agricultura pro- gressiva, fará agricultura regressiva, caminhando para a riiina. Como todas as terras derivam das rochas, as quais atacadas pelos agentes atmosféricos se dividem e decompõem, nelas haverá fragmentos de grandeza diversa — cascalhos, areias e terra fina, último grau de divisão. Nas terras haverá também restos de vegetais e animais, em parte profundamente modificados constituindo o húmus. O agricultor deve conhecer a quantidade das matérias funda- mentais da terra que desejar cultivar. E sabido que uma boa terra deve conter 20-30 0/,, de argila, 50-70^/0 de areia, 5-10% de calcáreo, e igual quantidade de húmus. As análises físicas das terras de S. Tomé dão a composição se- guinte (1). Argila Areia Calcáreo Húmus Humidade 41,62 41,27 0,24 3,95 7,65 São terras argilo-arenosas, pobres em calcáreo e não muito ricas em húmus. Teem porem a permeabilidade e consistência conve- nientes. Não basta porém esta análise ; é essencial a análise química que dará a conhecer a existência e quantidade das matérias nutritivas. Da natureza das rochas, que entram na formação da ilha 6 já possível prever quais serão essas matérias, pois ó bem sabido que as terras derivadas de rochas vulcânicas são ricas em potassa, soda, sílica, cal, magnésia, óxido de ferro e ácido fosfórico em quantidades tais e em tal estado que em determinadas condições são fortes e muito férteis. (1) Média de análise de 17 amostras de terras de localidades diferentes, 114 Algumas análises feitas parecem dar a conhecer que os terrenos da ilha não são ricos de potassa, em ácido fosfórico e que são muito pobres em cal, elementos importantíssimos da nutrição vegetal. Apesar disso a vegetação em S. Tomé é vigorosa, dando produtos de grande valor. Hoje é bem limitado o terreno não aproveitado. Sem errar muito pode dizer-se que, exceptuando o Cabombey, o Ana de Chaves e as terras comj)reendidas entre estes dois picos e a cordilheira Pico Lagoa Amélia, todas as terras estão em cultura desde a costa até 1.400 metros de altitude. Calculando a superfície da ilha aproximadamente em 91.259 hectares, podem considerar-se em cultura, instalações e caminhos 51.676 hectares, divididos em 164 roças (1) de grandezas diversas, algumas de área extenssíssima. Estão neste caso as roças Rio do Ouro, Boa Entrada, Porto Alegre, S. João, Água Izé, Monte Café. Muitas outras há importantes. A organização das roças não apresenta grande variedade. Em geral quási todas teem o mesmo tipo. Em cada uma há a sede, centro de administração, e dependências, secções com administração especial subordinada à administração central. Nesta reside o administrador geral, o pessoal dirigente e o pessoal trabalhador. Nas dependências há um chefe de serviço, algum pessoal branco e de côr mais ou menos numeroso segundo a área a cultivar. Tanto na sede, como nas dependências há as habitações neces- sárias para o pessoal branco e para o de côr (Senzalas). Em todas as roças há um hospital e em muitas há creches nas quais são re- colhidos e tratados os filhos dos trabalhadores de côr. O serviço clínico ó feito por médicos contratados j)©las roças. Em todas há o material necessário para as culturas o para as in- dústrias, que o pessoal possa exercer. Entre o grande número de roças algumas são modelares sab todos os, pontos de vista. Não são raras lindas plantações, bem aliuhadas orlando caminhos, tais como a avenida das árvores de fruta-pão em Água-Izé, e a bela rua de palmeira, (fig. 57), bem com construções elegantes, (fig. 58) na roça Rio do Ouro. (1) F. Mantero — A mão de obra em S. Tomé e Príncipe •— Lisboa, 1910. É pu- blicação de muito valor e muito digua de ser consultada. 115 Estão neste casí) todas as que pertencem ao Sr. Marquês de Vale Flor. — Rio do Ouro, Diogo Vaz, Bela Vista e Vale Flor, a primeira de 50 quilómetros quadrados, a segunda quási de igual área, e as outras duas cerca de 8 quilómetros quadrados. Na primeira liá 16 distritos ou dependências, Jiavendo um director, 86 europeos e 2.500 serviçais, Fig. 57 oriundos das costas oriental e ocidental africanas. Diogo Vaz tem apenas 35 quilómetros em cultura, nas quais são empregados 74 eu- ropeus e 2.000 serviçais. Na Bela Vista e em Vale Flor há duas dependências nas quais trabalham 14 europeus e 418 serviçais. Em todas estas roças há caminhos de ferro de via reduzida e de sistema Decauville. Há oficinas para variadas indústrias, escolas de instrução primária 116 para rajDazes e adultos, creclies para os pequenos, e boas habitações para todo o j^essoal. Na sede as habitações e numerosas dependências ocupam um grande espaço, estando situadas num terreno levemente inclinado na parte inferior do qual está a habitação do administrador, as habita- ções dos empregados europeus, vários armazéns. Fi >•. £8 Na encosta disposta em duas linhas estão as senzalas e na parte mais alta um perfeito hospital de grandes proporções, com labora- tório, casa de autópsias e capela (fig. 59). Visto da habitação do administrador este conjunto é de belo efeito. O quadro termina ao longe com o Pico de S. Tomé frequentemente envolvido em névoa. [381 tS. a o o O o [39J \ c W o ta i mê. ■• .JVt-iflCi ■ -• »v-j :.. v^'^ |40] [41] [42] "^f cS N O) rfí [43] CD tn ^ ^^\ in ■:'^i ■=•■ «r'^;. 117 A roça Boa Entrada, j)i'opi"ieclacl6 do Sr. Henrique do Mendonça é igualmente digna de menção; abrange uma área de 1.700 hectares de terreno. Está dividida em 11 dependências, nas quais trabalham por ano em média 4.500 serviçais, para dirigir os quais há europeus. As instalações tanto da sede como das dependências são modelares. Na sede (fig. 60) a bela casa de habitação do administrador (fig. 61) tem em frente um grande largo com grande reservatório de água ao centro e é ladeado por um bem organizado hospital (íig. 62), um grande grupo de senzalas (íig. 63), bem construídas e nas quais cada serviçal tem tudo quanto lhe é necessário (fig. 64). A pequena distância estão as oficinas, a casa da fabricação de azeite de palma, currais, e cercado por um bonito jardim um hos^jital para doentes de moléstias infeciosas (fig. 65). Atrás da casa de habitação estão os terreiros para secar o cacau e café, as casas nas quais são recolhidos os taboleiros rolantes, e ainda páteos para aves e vários animais. Energia elétrica fornece a luz e a força necessária para mover os diversos maquinismos. Toda a roça é cortada por caminhos e ^^or linha Decauville. Em Agua Izé a sede vista do mar dá ideia duma pequena vila, tal é o número de construções. Entre ela sobresai o hospital (fig. 65). Esta roça abrange uma superfície de mais de 80 quilómetros quadrados. Em 1908 o administrador, sr. Conde de Almeida e Faro, calculava em 3.000 metros quadrados a área cultivada. A roça é dividida em 9 distritos dos quais alguns são subdivididos em dependências, em todas as quais há para o j^essoal habitações bem organizadas. Trabalham nesta roça 2.500 trabalhadores e para cada um ou para cada casal há uma casa de habitação que mede 4" de comprimento, 3"' de largura e 3'",50 a 4"^ de pó direito, tendo portanto cubagem mais que suficiente. Monte Café, roça das mais antigas é de enorme extensão, (quási 87 quilómetros quadrados). Começando ao Norte por 400"' de altitude vai até ao Pico, passando àlêm para ir terminar junto ao mar a poente. Tem óptimas acomodações, linhas férreas, ligando as de- pendências, pessoal numeroso. Aí o administrador Spengler fez regulares observações meteoro- lógicas, anteriormente citadas e estabeleceu um pequeno jardim ex- perimental, onde ainda hoje se encontram preciosas plantas, que 118 bem podiam ter larga cultura da ilha. Tais são entre outras a Lan- dolphia Daioei e a Myristica fragrans. Outros exemplos poderiam ser apresentados, pois liá muitos. Por estes se pode ajuizar dos outros. As sedes de muitas roças estão admiravelmente situadas. A de Agua Izé junto à costa está em magníficas condições. A de S. Mi- guel num ponto elevado sobranceiro ao mar, junto da linda baía, guardada pelos Ilhéu Formoso, Gabado e S. Miguel é admirável. A de Monte Mário na altitude de uns 300 metros é cercada por todos os lados por paisagens soberbas. * A vida nas roças é toda de trabalho, tanto para dirigentes, como para dirigidos, não exceptuando mesmo os pequenos pretitos, que em muitas roças colhem o cacau dos ratos (1). Durante os 365 dias, que conta cada ano, apenas nos domingos há um ligeiro descanço. Ao romper do dia a sineta dá o sinal de preparar para o trabalho. Os doentes são inspecionados e todos os válidos formam em frente da habitação do administrador, saudam-o todos a um tempo com o — bom dia patrão (fig. 67). A. seguir dividem-se em grupos, que acompanhados por europeus — homens do mato — encarregados de vigiar e dirigir o j)©ssoal de cada grupo, seguem para o local onde há trabalho a realizar. Lembro-me bem de ter visto um desses grupos caminhando para o seu destino. Estava na j^raia da Angra de S. João. A luz da manhã fraca, o mar sem o menor movimento, o pequeno vapor, que fazia a viagem em volta da ilha, ancorando ao meio da angra, nem baloiçava; em volta enorme massa de verdura, mas tudo imóvel; um silêncio profundo. Parecia que não havia vida. Nestas con- dições é que vi passar na costa oposta uma longa fila de serviçais, silenciosos também, caminhando lentamente. Quantos com saudado se recordariam do sertão angolense, onde tinham nascido ! Durante o dia na sede o pessoal é limitado, e fora do serviço vêem-se alguns doentes fazendo serviços ligeiros, compatíveis com (1) Semente de cacau dos frutos em parte roídos pelos ratos. [45j SC ti < P< m O u a C CD to l46] o a m cS bb [471 MáÊKÊ yi^g^^^«oã.-^^Hn| k íJHk ^^^ .ai^^^ I^^^^^^^^^^H^' '^^Bk • '- jà^B^fl^^P^ ^^^^Iv^^Hl^fe^ r i» ^^^Kf \ik^ -^CcvF^y&nr - ^^^^^B^B^^^^P^f^^^^J . ^^^S^^^^H^ 4- ""^ ^^^^^^^^^^^^^^^^hsK "\ IP^^^BHv ' ' ^ ^'^si^BfiStfM^K^^B^^^^H^vU^lli^HK « r attp' ' f ■■ * , ' ' ' Fig. 68 — Serviçal com o filho [18] o- O O 50 a o as lã [49] 30] o oi -M a o O-, a (D CD O «3 o- "3 I 151J [52] Fig. 73 — Depois da derrubada 119 as forças deles, mullieres, trazendo as mães os filhos sobre os rins embrulhados nos panos, que lhes servem de vestido (1) (fig. G8), e fervilham por toda a parte os pequenos moleques (fig. 69). Ao fim da tarde regressam à sede todos os serviçais, formando, como de manhã, trazendo cada um amostra do que fez, uns lenha, outros pasto para os gados, cachos da palmeira do óleo, os serradores uma táboa, etc. O maioral passa revista para vêr se algum fugiu e em seguida dão as — boas noites patrão — e debandam seguindo para suas habitações. Estes quadros repetem-se invariavelmente em todos os dias do ano. Os trabalhos executados em cada dia são variadíssimos e alguns são executados com perfeição. Vi aparelhar enormes vigas de modo admirável. Em Monte Gafe vi fazer cestos muito perfeitos imitando os que tinham visto fazer aos chineses, que durante algum tempo estiveram em S. Tomé. Aos domingos o movimento é maior. Cingem panos lavados, as mulheres vestem blusas garridas, panos ou saias, colares de grandes contas ao pescoço e cobrindo a cabeça com lenço bem posto em forma de barrete. As negras que fazem serviços de creadas apresentam-se bem, mesmo até com tal ou qual elegância. (Jhegam mesmo a originar paixões (fig. 70). O movimento aumenta quando chega a hora da distribuição dos alimentos. Correm todos para as proximidades dos armazéns e aí o pessoal encarregado da distribuição vai dando a cada um o que lhe pertence (fig. 71). Os alimentos distribuídos consistem em arroz, farinha de milho, bacalhau, peixe e carne seca, carne de conserva, açúcar, farinha de mandioca, grande quantidade de azeite de palma, vinho e leite es- terilizado para o hospital e creche (2). (1) Em Ponta Figo deu-se um caso curioso. Uma preta por mais duma vez abortou devido isso talvez a pancadas, que lhe aplicava o marido. Duma vez porém nasceu um pequeno e o pai tomou conta dele e trazia-o sempre como as mulheres. Creio que seria exemjilar único. (2) Como exemplo veja-se o que com isto se consome na Boa Entrada. Nessa roça consomem-se em média 100 toneladas de arroz, 20 de farinha de milho, 18 de bacalhau, 35 de peixe seco, 6 de carne sêea, 12 de carne de conserva, 10.000 de feijão, GOO de mandioca, 15.000 litros de vinho, 1.200 de leite esterilizado c 6 000 de azeite de palma. 120 Além destes alimentos teem à descrição os frutos que se encontram nas roças, bananas, fruta pão, mamão, e muitos outros. Pode afirmar-se que não passam fome. No fim de cada mês faz-se o pagamento do salário. É uma das ocasiões mais interessantes. Recebido o ordenado sentam-se na terra e contam e recontam o dinheiro, distribuem-o em pequenas parcelas, talvez calculando despesas determinadas e conservando-se neste serviço por não pouco tempo (fig. 72). Na roça o administrador (patrão) é tudo. E êle quem faz e desfaz os casamentos, quem julga os delitos e determina os castigos, quem resolve os casos familiares. Em Ponta Figo ao anoitecer, terminada a forma, uma preta veiu procurar o patrão. Falava pelos cotovelos muito exaltada. Segundo depois me disse o administrador, ela queixava-se dos maus tratos, que lhe inflingia o marido. Por tal motivo não podia continuar a viver com êle. Tinha abandonado a casa recolhendo a casa honesta. O patrão aconselhava-lhe socego e acalmação, chegando até a indicar-lhe tais ou quais penas. A nada se movia. Pouco depois veiu a outra parte interessada no caso. Fez queixas, recebeu con- selhos paternais e deu-se a audiência por terminada. Passados dias, quando regressei a Ponta Figo perguntei pelos litigantes. Tinham feito as pazes e a desertora tinha volvido aos trabalhos caseiros. Costa Santos era um patrão bondoso e os serviçais tinham por êle muita consideração. Procedendo assim, captando a afeição e respeito do pessoal a disciplina é fácil. E necessário certo rigor; é indispensável que o pessoal reconheça a benignidade do patrão, mas que também re- conheça que êle é justiceiro e enérgico. Ter numeroso pessoal, como é vulgar em quási todas as roças, na devida ordem não ó coisa fácil. Se entre os serviçais há elementos de raças diferentes, a difi.culdade é bem maior. Os delitos teem de ser castigados, mas por processos razoáveis. Felizmente hoje é esse o processo geralmente seguido. Poderá alguém dizer o contrário, mas a verdade é que o tratamento actual nada tem de bárbaro. Note-se que o serviçal tem um protector oficial ; o curador dos ser- viçais, para o qual pode recorrer. O serviçal terminado o seu contrato pode voltar para o seu país. 121 Para facilitar a repatriação é parte do seu salário posta em depósito, sendo-lhe entregue ao voltar para a sua pátria. Traz isso consigo não pequenas dificuldades à agricultura porque os serviçais ausentam-se justamente quando estão mais habilitados para os serviços agrícolas ou industriais, sendo substituídos por pessoal ignorante, mal disposto e que só com o tempo se aclimata ao novo modo de vida e adquire a educação necessária. A repatriação é um direito, que não pode ser negado ao serviçal. Querer trocar a vida de trabalho, mas sem lhe faltar alimento, remédios, cuidados, pela vida do sertão é bem pouco razoável. A vida que o negro aí passa é verdadeiramente miserável. E porém um direito, tem de ser respeitado. Entre os serviçais há vícios, que dão que fazer. Um deles ó a paixão pelas bebidas alcoólicas. Não podem passar sem elas e disso lhes vêem doenças e transtornos diversos. São gastadores, pois não pensam no futuro. Para obviar a estes desmandos em quási todas as roças há a loja, na qual o pessoal encontra tudo quanto lhe pode ser necessário e pelo mais baixo preço. Em algumas roças há mesmo cooperativas que j)roduzem óptimos resultados. Esta organização tende a evitar que as compras sejam feitas fora das roças sempre por preços elevados. Outro defeito é o hábito de roubar, havendo nessa arte artistas perfeitos, dando-se até casos engraçados (1). Roubar cacau e outras frutas para vender por baixo preço a es- tranhos é coisa corrente. Os regulamentos policiais são de limitado efeito, e necessário era que fossem mais rigorosos e rigorosamente executados (2). (1) Na roça G-ranja tinha-se guardado coin segurança um barril de vinho. Quando em certa altura quizeram utilizar-se do vinho encontraram o barril vazio. Procurando explicação descobriu-se que entrando numa loja da casa por baixo do compartimento onde estava o barril, furaram o pavimento e o barril, e beberam o vinho. (2) Na ilha da Trindade (Pequenas Antilhas) o regulamento do comércio de de- terminados produtos agrícolas é extremamente rigoroso. Só o proprietário ou quem o representa pode vender e para se ter faculdade de comprar é indispensável estar autorizado pela Repartição da polícia. O autorizado é obrigado a ter escrituração regular das compras e vendas, sujeito à inspecção po- licial. Quem negociar sem a devida licença paga uma multa de 1 até 25 libras e não 122 Não é raro também dar- se a fuga dos serviçais. Para não serem presos ns camiulio levam consigo qualquer objecto roubado na roça em que viviam, que lhes serve para mostrar que vão cumprir ordem que lhes foi dada. Por este processo ficou sem cabeçada numa noite em Porto Alegre uma égua em que eu viajava. Na ilha além dos serviçais há trabalhadores activos, que nas roças prestam bons serviços. São os angolares, descendentes dos escravos que naufragaram nas Sete pedras em 1640 e que por largo período viveram independentes no Sul da ilha. Hoje ainda muitos aí estãc estabelecidos, outros vivem em localidades diversas. São homens enérgicos, próprios para todos os serviços, sendo insignes para as derrubadas. Ninguém faz esse serviço com tanta perfeição. São também bons homens do mar. Faz gosto vêr como navegam velozmente nos seus barcos feitos duma só peça, talhado no tronco de qualquer árvore gigante. Os angolares trabalham por paga diária e sabem pagar-se. E assim a vida nas roças. Interesses especiais levantaram a este respeito críticas graves, mas não justas. Viajantes independentes que teem visitado a ilha teem dado informações claras, completamente opostas ás críticas in- glesas. O Príncipe alemão A. de Lõewenstein, o director das plan- tações do Camarão, W. Kemmer, os doutores Schulte e Strunk, os naturalistas franceses A. Chevalier e Gravier deram notícia do que pagando logo, tem a pena de prisão de 14 dias a 6 meses, seudo confiscadas pela po- lícia as mercadorias apreendidas Quem fizer compras a um menor de menos de 12 anos paga a multa de 5 libras, ou prisão com trabalho forçado por três meses. O licenciado que não tiver os livros em ordem terá pela primeira vez a multa de 10 libras e de 10 a 20 pela segunda vez e à terceira pagará 20 libras e ser-lhe há cassada a licença. Não sendo pagas as multas imediatamente terá três meses de tra- balhos forçados. Os proprietários ou os seus representantes devem ter autorização legal para fazer prender qualquer pessoa, que se suspeite ter desviado produtos agrícolas seja onde fòr. Ainda mais. — Qualquer pessoa que tenha roubado ou assistido a um roubo, ou tenha recebido produtos roubados terá seis meses de trabalhos forçados e será açoi- tado na prisão. É com estas medidas rigorosas e com outras providências que a agricultura tem prosperado na Trindade. 123 tinliam observado e nenhum deu a menor nota pela qual se pudesse inferir que as acusações tinliam fundamento. Ainda mais, na própria Inglaterra mais do que um individuo tomou a defeza de Portugal. O tenente-coronel J. A. Wyllié foi um dos principais (1). * O primeiro trabalho a executar para transformar a floresta em terreno cultivável é derrubar as árvores. G-eralmente começa-se por cortar todas as plantas de pequeno porte (salsar) e em seguida são abatidas as árvores. Neste serviço são aproveitados em geral os angolares. O modo de proceder é assim descrito pelo Sr. Conde de Sousa e (1) O Dr. Strunk escreveu o seguinte. No decorrer da minha visita cheguei à cozinha, grande e espaçosa, onde se es- tava a cozinhar para todo o pessoal de côr. Lá estavam instaladas sobre fornalhas de alvenaria grandes caldeiras para cozer arroz e o feijão e formidáveis tachos de cobre para a preparação de azeite de palma em plena actividade. A comida era feita com asseio e esmero. Adquiri a convicção de que na Alemanha o sustento dos trabalhadores nas grandes propriedades rurais não pode ser melhor. Théo Masui numa notícia publicada no Bulletin de la Soe. d'études coloniahs, escreveu o seguinte : «Si Ton se place au point de vue uniquement moral, c'est une véritable missiou philantropique que remplit TÉtat portugais en favorisant le rachat de ces esclaves des mains de leurs bourreaux ; le travail régulier et remunere n'est-il pas le premier èchalon de la régénération de cette race déshéritée?. . . «Les serviçaes ont une vie de travail, mais pour toujours soustraits à une mise- rable vie d'aventures, ils ont une famille, un intérieur et sont assurés de soius cons- tants. . . «Je quittais Tile après m'etre rendue compte três exactement de ce qu'est cette belle colonie et suis heureux de rendre un hommage sans restriction aux qualités qu'ont déployées les Portugais dans cette entreprise considérable. Avec des moyens restraints, presque sans capitaux, ils ont transforme, en un quart de siècle, des milliers dliectares de forôt vierge en riêches plantations et montré au monde un bel exemple de ce que peut devinir cette terre d'Afrique par la volunté et le travail». Diz mais ainda — ftLes portugais connaissent bien le noir, ils savent la manière de le ti-aiter, ne se livrent pas sur lui à desbrutalités répréhensibles, mais n'ont pas d'excés de sensibleries; ils lui inculquent des idées de respect et de discipline, iu- dispensables pour maintenir une organisation regulière du travail». 124 Faro. — Êsfces homens picam, a golpes de macliado, as árvores de menor porte e inferior resistência, que se encontram em volta das mais possantes, grandiosas e colossais, fazendo em seguida baquear estas. Colocam-se dois bons maoliadeiros junto a cada árvore ferindo-a a um tempo, em golpes perfeitamente conjugados, acompanhando o som rijo e cavo do bater dos machados com o canto plangente e monótono dos negros. Ao primeiro estalar, próprio do ranger das árvores prestes a serem decepadas, os derrubadores, fazendo grande alarido, fogem pelas encostas alcantiladas das serras, e as árvores, na sua queda racham, quebram, derrubam e arrastam aquelas sobre as quais se precipitam. Ouve-se então, repercutindo-se pela profundidade dos vales e pelas encostas das montanhas circumvizinhas o éco estron- doso da queda desses gigantes vegetais, espalhando-se pelos ares nuvens de folhas, que o choque violento das árvores desprendeu das suas ramagens. — É um espectáculo, na verdade, imponente e como- vedor !» O aspecto do terreno a seguir à derrubada é medonho (fig. 73). Aproveitam-se as boas madeiras e todas as outras ficam expostas à acção dos agentes atmosféricos, dos fungos, das bactérias e dos insectos que num período não muito longo as reduzem a pó, que fertiliza a terra. Começa-se em seguida com plantações sendo em geral a primeira a das bananeiras e mais tarde, obtido o bom estado do terreno, a doutras plantas de mais valor. A cultura que primeiro foi ensaiada na ilha foi a da cana do açúcar. Assim o afirma o Piloto português, dizendo: — O principal negócio dos habitantes desta ilha, é fabricar açúcar, e vende-lo aos navios, que vão busca-lo todos os anos. Dá esta ilha cento e cincoenta mil arrobas de açúcar e mais . . . Tem vindo para aqui muitos mestres da Ilha da Madeira, para fazer os açúcares mais brancos, e mais duros ; mas por mais diligências que tenham posto nisso, não o podem conseguir». Esta cultura continuou-se até hoje, mas não para fazer açúcar, mas sim álcool. A área cultivada, como já está indicada, não ó grande e não sei se a variedade da cana será da melhor e se a cul- tura será feita de modo a dar bom produto. Seria de vantagem talvez a fabricação de açúcar, que a ilha consumiria e poderia exportar. 125 A fabricação do álcool oii antes da água-ardente é corrente na ilha. A mais ampla e perfeita instalação j^ara isso é a da roça Rio do Ouro, na qual a cultura ocupa maior área. Toda a água-ardente produzida na ilha, nela é consumida e mais alguma é ainda importada. A cultura do cafezeiro foi a que se seguiu à da cana sacarina, sendo iniciada em 1800, chegando a atingir considerável desenvol- vimento. O clima tem-lhe sido favorável e o cafezeiro não tem sido atacado por moléstias de importância e felizmente ainda na ilha não entrou o principal inimigo — a Ilemileia vastatríx. Alguns insectos, quando no estado de larvas, causam alguns prejuízos. Além do Cojfea arábica foi modernamente introduzido o C. liherica pela razão de ser mais resistente às doenças. A cultura porém desta espécie não tem tomado grande desenvol- vimento. A colheita dos frutos é em geral feita por mulheres, que vão re- colhendo os frutos em cestas de palmeira (coal) colocadas em face do ventre e susj)ensas por uma delgada corda em volta da cinta. Os frutos passam por diferentes operações para os quais em muitas roças há aparelhos próprios Em 1855 ensaiou-se a cultura do cacau e com tão bons resultados que dentro de pouco tempo se tornou a cultura dominante, invadindo mesmo terrenos que eram ocupados pelo cafezeiro. Hoje ocupa área enorme. Nem todas as plantações teem sido feitas de modo. conveniente. Colocam-se em cada cova 3 ou 4 semestres a certa distância umas das outras. Depois de germinarem e as novas plantas terem atingido certa altura, uma só, a mais forte, devia ficar. Não é essa porém a regra, ficam todas, o que necessariamente as j)rejudica. Ficando só a melhor, decerto se desenvolveria mais regularmente, poderia ser educada convenientemente e seria mais produtiva. A conservação de todas as plantas que nascem na mesma cova torna a plantação mais irregular. Um outro defeito, que hoje vai sendo evitado, consiste no pouco ou nenhum alinhamento das plantações, tornando a plantação irregu- laríssima, dificultando os serviços de limpeza do terreno e da co- lheita. O cacaueiro necessita de sombra, mas a sombra demasiada traz 126 grandes inconvenientes. Com uma atmosfera Immidíssima a sombra intensa facilita o desenvolvimento de parasitas bem prejudiciais. É essencial que a luz f)enetre livremente na plantação. Tenho visto folhas de cacaueiro cobertas de pequenas plantas (musgos, liquenes) em quantidade, o que prejudica a planta. Se a sombra fosse menor isso não sucederia. O excesso da humidade e a falta de luz são ainda condições favoráveis ao desenvolvimento de fungos, que pre- judicam as árvores e em especial os frutos. Além dos vegetais que podem viver sobre os cacaueiros, vários animais e em especial uma espécie de cochonilha (Aspidiotus trilo- hitiforynis) os atacam também, prejudicando-os muito. Para combater as plantas parasitas é útil o emprego da calda bordeleza, e contra os animais servem os líquidos que teem por base o petróleo (1). (1) O petróleo tem aeção activa sobre os iusectos, que atacam as plantas. É aconselhada a fórmula seguinte do líquido que deve ser aplicado por meio do pul- verizador ás árvores atacadas. Sabão negro 500 gramas Agua a ferver 4 litros Petróleo 2 litros Dissolve-se o sabão na água quente e em seguida mistura-se o petróleo j^ouco a pouco, mexendo constantemente o líquido para o petróleo se emulsionar completa- mente. Esta emulsão pode conservar-se por algum tempo. Para ser empregada mistura-se uma parte da emulsão com 15 a 25 partes de água. Um meio de destruir as cochonilhas consiste na propagação de fungos parasitas desses animais. Em S. Tomé descobriu o sr. Armando de Seabra um (Microcera coccophila). O dr. L. Trabut, que em Argel se tem ocupado muito no estudo dos parasitas vegetais, aconselha proceder-se dos modos seguintes. Cultivar junto de qualquer árvore muito atacada pela cochonilha infectada pelo fungo qualquer planta trepadeira, um feijoeiro ou qualquer outra. A cochonilha ataca essa planta e quando ela já tiver bastantes cochonilhas, corta- se e distribuc-se pelas árvores atacadas. Quando essas plantas receberem cochonilhas já infectadas, o fungo que elas levam proi)aga-se e ataca as cochonilhas que nela encontra. Lembra outr.' processo que é o seguinte — lançar em água muito pura folhas ou ramos nos quais haja cochonilhas atacadas pelo fungo, agitar a água, que depois é espalhada por meio do pulverizador nas árvores que apresentam cochonilhas- Este pi'Ocesso tem por fim conseguir que na água sejam espalhados esporos do fungo» que irão germinar sobre as árvores a que a água é aplicada. Para evitar a destruição do fungo nunca deve ser empregada a calda bordeleza. 153 1 Fig. 74 — l']nntacHO nova rlc cafiiu L54J aí 05 O 1) -a a, ci o 05 Cá O o ti O (8 o «3 El. 129 é na estação das clmvas, a cada j)asso é necessário reunir e cobrir com impermeáveis o cacau, que está espalhado nos terreiros. Em muitas roças em vez de o cacau ser espalhado no terreiro, ó posto em taboleiros que rolam sobre carris, de modo que prontamente podem ser recolhidos numa casa própria (fig. 79). O processo, bastante geral, dos taboleiros metálicos, aquecidos por ar quente, ó de efeito rápido, mas exige grande cuidado para evitar que as amêndoas cheguem a ser torradas. Seria necessário poder graduar-se a temperatura para se evitar ôsse perigo. Exige ainda pessoal para remecher constantemente as amêndoas, para que a secagem seja bem igual. O processo das estufas seria o melhor, não devendo ser necessário estar dentro delas pessoal, que decerto muito se há de incomodar com o alto calor necessário para a secagem. Seguindo-se os métodos emj)regados para a secagem de vários frutos tanto na América, como na Europa, o resultado seria bom, sem esse inconveniente. O emprego de aparelhos especiais é bom, mas é caro. Em Agua- Izé emjDrega-se esse processo e por êle se pode avaliar o efeito. As dificuldades devidas ao preço dos bons aparelhos podiam ser vencidas pela união dos cultivadores, constituindo um sindicato, processo hoje seguido em muitas indústrias com magnificos resul- tados. A unificação dos processos tanto de fermentação, como de secagem daria um tij^o definido ao cacau de S. Tomé, no que haveria van- tagem. Se na fermentação ó essencial grande cuidado, na secagem não pode deixar de haver a maior atenção. Por isso deverá seguir-se o processo em que o bom resultado dependa menos do pessoal em- pregado nele. Dos processos conhecidos o melhor será de certo o aconselhado pelo Dr. Schulte, no qual todo o bom resultado depende apenas da determinação da quantidade de água contida nas amêndoas e na regularização da temperatura que seca o cacau e melhora suas quali- dades. Tem ainda as vantagens de reduzir o pessoal empregado e de evitar que ôste fique exposto a doenças, tais como á pneumonia, pela necessidade, quando a secagem se faz em estufas, de se expor sucessivamente a temperaturas muito diferentes. O cacau é a grande riqueza de S. Tomé, todo o cuidado por isso é pouco para que êle no mercado tenha sempre boa aceitação e para 9 130 isso 6 absolutamente necessária preparação perfeita e escolha ou classificação cias amêndoas feita muito conscienciosamente (1). Uma outra cultura foi iniciada em 1868 e com grande entusiasmo, sendo o Jardim Botânico de Coimbra que para ela concorreu, en- viando sementes e plantas (2). Foi a cultura da árvore da quina. Procurou-se promover activamente essa cultura. As novas plantas desenvolveram-se bem e em poucos anos contavam-se na illia alguns milhares de árvores. Em Lisboa estabeleceu-se uma fábrica para a prejjaração do quinino e com bom resultado. (1) A importíiucia da cultura do eacaueiro e do cafezeiro pode ser avaliada pelos dados seguintes, que representam as quantidades exportadas e os valores respectivos : C acau Valor Café Anos Quilos Quilos Valor 1898 ......... 1.825.77G 273.000,^00 8.323.057 2.132.000íâ00 1899 . 1.555.198 233.000-^00 11032.133 3.088.000100 1900 . 2.400.050 300.000^00 11.420.397 3.199.000^00 1901 . 1.6G2.242 249.000s^0() 13.571.345 3.799.000^00 1902 . 2.275.277 341.000^00 14.741.352 4.130.000,^00 1903 . 1.290.8G3 193.000^00 18.842.793 5.274.000^00 1901 . 1.7G1.993 lGI 000^00 21 236.108 5.955 OOOc^ 00 1905 . 730699 109.000^00 22.306.793 G.245.000^00 190G . 1.513.428 25.^6.000^00 21.324.142 5.997.000;SCX) 1907 . 1.143.409 171.000^00 20.699.227 5.961.000^00 1908 . 1.G11.551 241.000^00 27.187 290 7.786.000,^00 1909 . 1.313.777 197.000^00 31.602.418 7 900.000;^(;0 1910 . 979.082 86.000^00 36.174.932 9.043.000)^00 1911 . 1.3G9.151 205.000^00 31.203.379 7.790.000,^00 1912 . 33.558.84^5 7.477.403^32 645.860 781.508;^79 1913 . 43.495 2G0 7.5IG.248(^'iO 673.077 201.718,^50 1914 . 33.319.079 7.1G3.G0M99 471.686 141.508^50 1915 . 28.013.587 6.023.0õ6;^71 512.124 163.537^35 M6 lias 23.747.674 4.461.284^80 1.320 302 204 292/95 (2) Já anteriornieutc o Dr. Wclwitsch tinha mandado sementes, mas infelizmente da peor espécie. lai A grande baixa désto modicamerito cauHOu o dosaiiímo dos cul- tivadores o hoje a cultura dessa preciosa pl;ujta está quási aban- donada. Apesar da baixa de valor, ainda em 1000 a exportação de quina foi de 74,054 kiios no valor de 14:74'3/58í/J, sendo só superior a do cafc o do cacau. Creio bem que 6 ôrro pór de parto esta cultura, que ocupa re- giões onde outra não pode ter lugar e que dá relativamente pouco trabalho. Como as árvores da quina atingem bastante altura e formam floresta bastante densa, serviriam como meio de regular as precipita- ções da chuva, substituindo utilmente as florestas destruídas. Cultura antiga ó a das palmeiras, tendo importância não pequena a da palmeira Andirn, ou do óleo, e alguma a do coqueiro. Estas plantas realmente são já mais como plantas indígenas do fjue como plantas cultivadas. A primeira produz frutos dos quais h extraído o óleo da palma, empregado na cosinha dos serviçais, e do qual pouco é exportado. As sementes (coconotej teem valor considerável sendo exportadas para a Europa, onde teem várias aplicações. A expor- tação em 1000 subiu a 20.201r5<^j80 reis. A palmeira Andim <'; planta de valor e de vantagem seria obter-se sementes do variedades de frutos de maiores dimensões, ou mais ricos em óJ';o, que se encontram em algumas localidades na Africa. iJas folhas fazem os negi-os cestos, peças que entram na cons- trução das habitações, material de pesca. O coqueiro tem na illia menor importância apesar de ter maior valor do que a palmeira Andirn, Além do emprego das folhas, tal como o das folhas palmeira Andim, tem o fruto do qual tudo <'; útil. A parte externa dá o cairo, o endocarpo muito duro tem aplicações diversas, o albumen (miolo de coco; 6 de grande valor pelas variadas aplicações que tem. Ainda modernamente a indústria dele extrai a iifívalna e produtos análogos de grande consumo. O corní^jrcio do mioUj de coco (coprah quando «'^ seco) •'; hoje de 70<'J-80^J.0^/J toneladas e ó de crer que aumentará. Além destas duas palmeiras e palmeira leque outras podiam ser cultivadas utilmente. Vi lá poucos exemplares da Cart/ota urens, palmeira vinifera e produtora de bom sagú, que tambôrn 6 produzido pelas e8p<'ícies do género Matroxylon. A liaphvt. r/inifera é digna de ser cultivada. É rica em seiva produtora de vinho e é útil pelas folhas, cuja epiderme forma a ràpMa do qual se faz enorme consumo. 132 Do Jardim de Coimbra foram enviadas para S. Tomú sementes do Butia eriospatha, palmeira elegante e que frutifica abundantemente. Os frutos são desagradável sabor e fermentam facilmente, produzindo boa água-ardente. Todas estas palmeiras de cultura fácil podiam ter bom lugar na ilha dando rendimento apreciável. Uma cultura iniciada modernamente — a das plantas produtoras de borracha pode vir a ter importância grande. Do Jardim Botânico de Coimbra foram enviados para S. Tomé, segundo creio, os pri- meiros exemplares da Ilevea brasiliensis (Seringueira do Brazil) e da ManiJiot. O Sr. H. de Mendonça introduziu na sua roça em 1900 estas duas espécies e a Castillôa. Em Porto Alegre vi lindos exem- plares desta planta. Tanto a ManiJiot (fig. 80), como as Hevea e Castillôa (fig. 81) tem tido bom desenvolvimento e hoje umas e outras teem já notável cultura na ilha. Uma Landolphia^ (L. Dawei Stapp) é cultivada em Monte Cafó e em Porto Alegre, se não me engano. Produz muito boa borracha e, como corda, que ó, podia ser cultivada nas florestas. Todas estas esjDÓcies são de valor. Como porem o produto de cada indivíduo não é grande, necessário ó dispor de grande número de plantas para se obter quantidade bastante para comércio. E in- dispensável procurar-se obter sementes das variedades melhor pro- dutoras, pois algumas são fracas. Cultura hoje desprezada é a da Vaiiilha, introduzida dos Camarões pelo Sr. Custódio de Borja em 1870, planta que em S. Tomé vegeta magnificamente e cuja frutificação é fácil de obter. Não é cultura de grande rendimento, mas nas colónias francesas e noutras ligam-lhe importância. Vegeta bem na ilha a árvore |)rodutora da canela. Vi em Nova Moka um belo exemplar. Facilmente podia essa espécie ter cultura regular. Modernamente tem-se iniciado a cultura das plantas produtoras de fibras. Do Jardim de Coimbra foram enviadas algumas espécies de S.anseviera e na Boa Entrada cultiva-se com certa intensidade a Ágave 7'i(jida, var. Sizahma, tendo já sido obtidos bons filamentos, óptimos para cordas, tecidos e papel. São pequenas culturas em comparação com as do cacau e café, mas não convêm despreza-las. E certo o ditado — de muitos poucos se consegue muito. A cultura duma ou de duas espécies, embora de boa produção, c [591 Fig. 80 — Manihot (3 anos de edade) 1601 ^ 133 um perigo É fácil o aparecimento duma moléstia, que as pode anular, assim como igual cultura feita noutra região, prosperando de modo especial, pode fazer concorrência no mercado fazendo descer o valor dos produtos. Foi o que aconteceu com as quinas, as quais tiveram culturas largas na índia e em Java, facilitando a fabricação dos sais de quina, descendo o preço destes extraordinariamente. Todas estas culturas teem-se desenvolvido também em S. Tomé, e não é razoável deixar de as aproveitar todas. Poderia referir-mo a muitas outras plantas, cujo desenvolvimento atesta o que aqui tenho exposto. A árvore de fruta pão, a man- gueira (íig. 82), muitas árvores frutíferas brazileiras vegetam em S. Tom»'' tão bem como nas terras nas quais são indígenas. Uma cultura bem antiga é a das bananeiras, cultura utilíssima para a alimentação. Uma espécie de oídio ou talvez mildio ataca as folhas, e um insecto (Spherophorus sordidus '?) deposita os ovos nestas plantas, e as larvas vivendo na base das folhas e no caule matam-as. O fungo ou fungos que atacam as folhas podem ser combatidos com a calda bordelesa ; os efeitos jiroduzidos pelo in- secto só poderão ser evitados dando-lhe caça, o que será difícil, ou pela destruição das plantas atacadas, sendo queimadas. Seria indispensável uma campanha geral, aliás os insectos creados numa parte qualquer seriam foco de propagação do mal. O remédio não deixa de ser violento de certo modo, mas não me parece que haja outro eíicaz. Todas as culturas necessitam de encontrar na terra tudo quanto lhes é indispensável e é incontestável que as plantas esgotam as terras mais ou menos rapidamente. E por isso indispensável res- tituir as matérias gastas e em certos casos dar mesmo às terras matérias que certas plantas exigem e que nem todas as terras con- teem. Assim para o cacaueiro é essencial o calcáreo, de que a terra de S. Tomé ó pobre. Para que as culturas não emfraqueçam é indispensável a adubação da terra. Com esse fim é muito útil empregar os resíduos dos frutos, as folhas, todas as partes das plantas que não teem emprego especial. Assim as cascas das cápsulas dos frutos do cacaueiro, o parche ou camisa das sementes dos cafezeiros, quer postos em montureira com estrumes de animais, quer reduzidos a cinza, podem servir 134 magnificamente para fertilizar a terra. É meio que não deve ser desprezado. Como complemento os adubos químicos, fosfatos cal- cá.rios, sais de j)otassa serão muito úteis. A FLORESTA . Ninguém pode pôr em dúvida a importância da floresta. Em qualquer direcção que dirigamos nossas vistas depara-se sempre com produtos florestais. São as nossas casas, nossas mobílias, nossos navios, caminhos de ferro, e nem mesmo até as minas poderiam existir, se não existissem florestas. Sem combustível de nada nos serviriam os alimentos, que necessitam de ser cosinbados ; a força do vapor ser-nos-ia desconhecida e não nos transportaria através dos continentes e dos mares, se a floresta não nos fornecesse ou tivesse fornecido tudo isto» . Assim enuncia a importância da floresta um grande j)rofessor alemão (1). Esse mesmo diz ainda — A extensão das culturas está em intimas relações com as florestas ; é porem deplorável que a agricultura tenha sido noutros tempos a mais terrível inimiga da vegetação florestal e que ainda hoje em algumas partes se proceda do mesmo modo». A floresta tem acção j)rQponderant6 sobre o clima^ sobre a tem- peratura, sobre o grau de humidade e até sobre a fertilidade da terra. As árvores ao cair das folhas restituem à terra quási todos os elementos qae dela receberam. E a floresta que regulariza a queda das chuvas, modera a corrente das torrentes impedindo o efeito desastroso das inundações. Em toda a parte onde as florestas teem sido destruídas as con- dições da vida teem sido profundamente modificadas. Em S. Tomé, como em toda a parte, deve ter-se em muita con- sideração estas verdades. Nào as conhecer, ou não as tomar como regra a seguir tem como resultado desastres extremamente preju- diciais. Se em S. Tomé continuar a destruição das florestas, já conside- (1) Dr. H. Schaclit. — Lcs arhres. [611 Fig, 82 — Mangueira (5 anos) 135 rável em algumas partes, a humidade diminuirá, a temperatura au- mentará, e as culturas sofrerão. No Norte da illia já a cultura do cacaueiro dá sinais de falta de água, e mais se ressentirá se a floresta continuar a ser destruida. No Sul, como as condições orográficas dão lugar a grande condensação do vapor aquoso na atmosfera, pode haver conveniência em rarefazer a floresta, mas com muito cuidado. Devia esse serviço ser dirigido por competentes e as au- toridades para bem da colónia deviam ter grande rigor e vigilância nesse serviço. Bem fazem os proprietários e administradores que conservam quási intactos determinados massiços florestais, como o Mongo em Monte Cafó. Na floresta teem os agricultores lenha para consumo, madeiras magnificas para toda a qualidade de obras. A amoreira dá óptima madeira para construções, a azeitona quási que não tem rival, a gogó ó madeira óptima para marcenaria, o ipé, forte e resistente, o obá tão útil para construções, o pau-ferro, o marapiam, o viro, próprio para mastros de navios e para marcenarias, o cabolé de beleza singular, magnifica para marcenaria, e muitas outras merecem muita atenção dos agricultores porque são de apli- cação directa na ilha e para exportação, que, se hoje é difícil por falta de cómodo transporte até à costa, mais tarde ou mais cedo poderá ser feito com facilidade. A floresta é uma riqueza, que não deve ser desperdiçada. Se fôr destruida as consequências serão desastrosas. Pensam' nisto Bs agricultores. UM PROBLEMA É ideia corrente que a ilha do S. Tome não era habitada quando foi descoberta pelos portugueses. Nunca teria realmente tido habi- tantes ? O sr. dr. Adriano Pessa, que durante alguns anos exerceu clínica nesta ilha, oferecen-me um instrumento de pedra perfeitamente com- parável a alguns da idade da pedra pulida. Este instrumento tinha-lhe sido dado 2'or um empregado da roça Porto Alegre, que 136 lhe disse que tinha sido encontrado numas escavações feitas para abrir um caminho. O exame da pedra de que é formada mostra que é de natureza vulcânica, comparável a algumas das que se encontram na ilha. A sujDerfície deste instrumento está um pouco modificada 2:>or alteração parcial da rocha, de que é feita. Qual seria a origem deste objecto? Será admissível que alguém, em qual- quer época, a levasse para S. Tomé e por acaso a joerdesse ? Não me parece acei- tável tal hipótese, muito especialmente atendendo à circunstância de ser feita de rocha da natureza das rochas da ilha. Haveria em épocas pre-históricas ha- bitantes na ilha ? Na Africa ocidental houve habitantes nas épocas da pedra lascada em Mos- sâmedes e na Huilla e em Maugyanga no vale do Congo. O sr. Stainier(l) descreve numerosos instrumentos de pedra lascada encon- trados no Congo e com eles instrumentos de pedra pulida parecendo-lhe que de- veriam pertencer à época neolítica. Desses alííuns apresentam forma com- parável à de S. Tomé. Haveria portanto habitantes em S. Tomé na éj)Oca neolítica? Bom seria que houvesse em S. Tomé quem procurasse descobrir exemplares de instrumentos semelhantes àquele de que dou notícia, pois que um só e desacompanhado de informações sobre o local e condições em que foi encontrado, mal pode servir de base a qualquer hipótese. (1 ) Staiuier — Uàge de la pierre au Congo. Annales du Musée du Congo. Série iii, Bruxelles, 1899. Portugal cm África n.« 83 (1900) e 85 (1902). 137 Deste instrumento de pedra diz assim o meii colega dr. Anselmo F. de Carvalho ; — Talhado numa rocha besaltoide muito compacta, tendo ana- logias estreitas com exemplares estudados de Nova Moka ou Rio d 'Ouro (íig. p). Apresenta textura hialopilítica, com passagem a uma disposição íluidal dos pequenos cristais sobre tudo junto dos cristais de maiores dimensões. Estes são raros e prin- cipalmente de augite e olivina, um e outros muito alterados. A augite em quási todos associada à clarite e a olivina à serpentina. A massa de cristais micros- F'g- p cópicos é formada por augite e magnetite, apresentando-se esta última em gráos de dimensões muito seduzidas. E do grupo das rochas basaltoides mais básicas, podendo clas- sificar-se entre os augitetos. CATALOGO DAS ESPÉCIES DE ANIMAIS E PLANTAS ATÉ HOJE ENCONTRADAS NA ILHA DE S. TOMÈ(l) I. MAMMALIA(2) Pitheci Fam. Cynopitheci Cercopithecus mona Erxl. Macaco. Chiroptera Fam. Ptepopina Cynomycteris straminea (GeoíFr.) Greeff. Morcego. — C. brachycephala Bocage, Morcego. Fam. Rhinoiophína # Phyllorhina thomensis Bocage. Morcego. — Ph. fuliginosa Temm. Morcego. * Miniopterus Nevvtouii Bocage. Carnívora Fam. Viverridae Viverra civetta Schreb. Lagoia. (1) O catálogo das espécies de animais ó transcrição do publicações feitas por diversos naturalistas, alguns estrangeiros, como sâo o professor Greeíf, dr. J. Bedriau-a, H. Cross, H. Dorhn, V. Fairmaire, L. Gormain, Cli. Q-ravier, L. Laniy, E. von Martens, A. Morelet, Miss Rathbun e C. Verhoeíf, outros portugueses, dr. J. V. B. du Bocage, Prof. Balthazar Osório, F. de B. Capello, A. A. Girard, dr. A. Lopes Vieira, dr. F. Matoso dos Santos, Prof. A. Nobre. O catálogo das espécies vegetais foi já publicado no Boletim da Sociedade Brotcriana, vols. IV, V, X, XIII, sendo na presente publicação feitas algumas adições e correcções. Nas deter- minações das espécies mencionadas colaboraram não poucos botânicos estrangeiros, botânicos do jardim botânico de Bei-lim, dos jardins de Kew, do Museu de História natural de Paris, os Profs. VVinter. G. Brasadola, C. Roumeguère Borleso, Nylandor, Nordstorit, P. Hariot, F. Stephani, C. Mullcr, Prof Hackol, O. du Candolle, A. Cogiiiaux. Dos portugueses estudaram, algumas espécies de fungos os Profs. Veríssimo de Almeida e M. Sousa da Câmara. No Jornal de seicncias malcmálicaí, /incas e naturais, no Boletim da Soe. de Geografia, nos Anais de Sc. Nal. do Porto, nos Nouvelles Archives dcs Jilissions scientifiques O no liulclin du 3Iuseum d'IIisl. Kat., no Instituto de Coimbra o nos Procccdin(js of lhe U. Stats nal. Mtiseum, encontram-se as pu- blicações que serviram para o presente catálogo. Da parte botânica muitas descrições se encontram do Bolanischcr .Jahrbuch, na Hora of. tropical Africa c ainda no Buletin de la Soe. boi. de France. No catálogo as espécies próprias de S. Tomé silo marcadas cora o sinal*. (2) Bocage, dr. J. V. der -Jornal de scienc. math.iJiys,, n."' XXIV, XXLIV, 2." série tdmo I, IV_ 139 Fam. Mustelidae Putorius ibericus Barrett-Hamilton. Doninha. Insectivora Fam. Soricideae # Crocidura thomensis Bocage. Rodentia Fam. Mupídae Mus. decumanus Pall. Ratazana. — M. rattus L. Rato. Natantia Fam Catodontídae Catodon. macrocephalus Lac. Cachalote. II. AYES(l) I. Accipitres Fam. Falconidae Milvus aegyptius (Gm.) Hartl. Milhafre. Fam. Strigídae Scops lencotis (Hartl.) L. Vieira. * Strix thomensis Hartl. Coruja do mato. II. Psittaci Fam. Psittacídae Agapornis paliaria (L.) Hartl. Periquito. III. Picaria Fam. Copaciidae Coracias gárrula L. (1) Bocage, Dr. J. V. B. du — Jorn. de scien. math. phys. etc, n »* XLVI, XLVII, XLVIII, 2.» série tomo I, Instituto de Coimbra, 1887. Aug. de Souza, J. — .lorn. de scienc. math. phijs. etc, n." XH. 140 Fam. Aicedínidae « Corythornis thomensis Salv. Cenobia^ Halcyon dryas Hartl. Fam. Cuculídae Crysococcyx smaragdinus (Sw.) Bocage. Ossóbó. Fam. Caprimuigidae Cypselus affinis G. R. Gray. Andolim. * Chaetura thomensis Hartest. Andolim. IV. Passeres Fam. Nectarínídae * Eleocerthia thomensis (Bocage) Shell. Zom-zom. Cinniris Newtoui Bocage. Xele-xde. Fam. Hirundi!iidae Hirundo rústica L. Andorinha. Fam. Muscicapidae Terpsiphone atrichalibea (Thomps.) Bocage. Tomé gayé té. Fam. Lanidae * Fiscus Nevvtonii Bocage. Zana. Fam. Oríolídae * Oriolus crassirostris Hartl. Papa figo.. Carniceira, Fam. Turdidae Turdus olivaceofusciis Hartl. Todo. * Amaurocichla Bocagei Sharpe. Fam. Syvtdae * Prinia Molleri Bocage. Tadé. Fam. Paridae * Zosterops lugubris Hartl. — Z. Feae Salv. Pastelim, Dá-buto (nos Angolares). Fam. Lamprotornidae * Onychognatus fulgidas Hartl. 141 Fam. PIoceidae Hyphantornis grandis Gray. Camixda. Vidua principalis (L ) Bocage. Viuva. Steganura paradizea (L.) Salv. Spermestes cuccullata Sw. Freirinha. * Quelea erythrops (Hartl) Salv. * Laganosticta thomensis (Sonza) Salv. Pyromelana áurea (Gm.) Bocage. Quc-hlancana-jnmilo. — P. flaniiceps Sw. * Heterophantes Sancti Thomae (Ilartl.) Salv. Tchim-tcliim. Estrelda astrilda (L.) Bocage. Thudi. Fam. Fríngílidae * Linurgus tliomensis (Bocage) Salv. Pádé. Neospiza concolor (Bocage) Salv. Enjolé. Serinus icterus (Vieil.) Salv. V. Colnmbidae * Treron crassirostris Frazer. Cacia. * Cofumba tliomensis Bocage. Pombo bravo. Turtur senegalensis L. Eôla. Turturaena Malherbi (Vcrm.) Bocage. Bola, Lôla. Haplopelia simplex (Hartl.) Bocage. Munqiié. VI. Gallinae Fam. Meliagridae Numida meleagris L. Galinha do mato, galinha de Augola. Fam. Tetraonídae Coturnix Delagorguei Bocage. Codorniz. VII. Grallae Fam. Charadriidae Strepsilas iuterpres (L.) Bocage. Fam. Ardeídae Ardea gularls Bac. Garça branca. Herodias garseta (L.) L. Vieira. Bubulcus ibis (L.) L. Vieira. Gaça. Buturides atricapillus (Afr.) L. Vieira. Tjomo, 142 Fam. Ciconidae Ciconia alba Becbst. Cegonha. Fam Scolopacidae Numenius phoeopus L. Coco piloto. Actitis liypoleucus (L.) Brclim. Totanus glareola (L.) Bocago. Fam. Rallidae Rallus coeruleus Gm, Ortygometra egrégia Finscli et Haiti. Gallinula angulata Semd. — G. ehloropus L. Galo d'aúa. Fam. Ibídae Falcinellus igneus Gray. Comatibis olivacea (Du Bue ) Bocage. Galinhola. VIII. Odontoglossae Fam. Phoenicopterídae Phoenicopterus roseus Palias. IX. Gaviae Fam. Laridae Sterna fuliginosa Gm. Coco Sanãjia. — St. anaestbeta Scop. Anous stolidus Leacb. Padé do male. X. Steganopodes Fam. Suiidae Sula leucogastra (Bod.) Salv. Matchia, Vage. Graculus africanus Hengl. Fam. Phaêthontidae Phaèthon candidus (Briss.) Bocage. XI. Longipennes Fam. Procellaríídae Oceanodroma castro (Harcourt) Salv. 143 111. REPTILlA(l) I. Chelonia Fam. Testudinidae Sternotherus derbianus Gray. Kágado. Fam. Chelonidae Ghelone mydas (Latr.). Tartaruga. — Ch. imbricata (L.) Schwcigg. Tartaruga. II. Sauria Fam. Ascalabotae Hemidactylus mabuia (Mor. de Jon.) Greeff., var. Moíleri Bedriaga. — H. Greeffii Bocage. * Lygodactylus thomensis (Peters) Boulenger. Fam. Scincoidea Mãbuia maculllabris (Gray) Bedriaga. Euprepes notabilis GreeíF. Lygosoma africanum (Gray) Bedriaga. Mocoa africana Greeff. Ophidia Fam. Typhiopidae T3rphlops Newtoni Bocage. Onycbocephalus coecus Greeff. Fam. Elapídae Naja melanoleuca Boulenger. Naja haja Greeff. Cohra preta. Dendraspis viridis (Hallowel) Boulenger. # Fam. Lycodontidae Boodon limatus D. & B. — B. capensis Greeff". Cobra Djita. Philothamnus thomensis Bocage. Colra Suá-Suá. (1) Bocage, Dr. J. V. B. du — J. de se. mal., pln/s. otc, n." XLII ; 2.* série, tomo II, VII. Bedriaga, Dr. J. — Insíilulo de Coimbra, vol. XXXIX. 144 * Rana Newtonii Bocage. AMPHIBIA Annra Fam. Ranidae Fam. Polypedatidae * Rappia thomensis Bocage. — * R. MoUeri Bedriaga. Arthroleptis calcaratus Peters. Fam. Gymnophionaé * Dermophis thomensis Bocage. Cohra hó bó, Cobra amarela. PISCES(l) Teleostei Oi(L I. CANTHOPTERYGII MULL. Fam. Prestipomatidae Frestipoma Perotaci Cuv. et Vai. Honcaãor. — P. suilliim Ciiv. et Vai. — P. Ben- nettii Lowe. — P. cavifrous Cuv. et Vai. * Haemulon miciophthalmum B. Osório. Gerres melauopterus Blhr. Parente. Dentex macrophtlialmum BIocli. Vermelho fundo. — D. filosus Vai. Pargo. Smaris melanurus Cuv. et Vai. Fam. Mullidae Mullus surmuletus L. Upeneus prayensis Cuv. et Vai. Salmonete. Fam. Squamípennes Chaetodon striatua L. Tchin-chi. Ephippus gigas Cuv. Palá-patá. Drepane punctatum Vai., var. africanmn, B. Osório. Fam. Sparidae Box vulgaris Cuv. et Vai. Letherinus atlanticus Cuv. et Vai. Bica. Pagrus vulgaris Cuv. et Vai. — P. Ehreubergii Cuv. et Vai. Pagellus Belcottii Sleid (1) Baltaaar Osório —Jornal de se. mal., i^hys. c nat., 2.* séiie, II, n."^ VI o Vil; III, n."' X e XI ; IV, n.» XIII ; V, n.» XIX ; VII, n.» XXVII. 145 Fam. Triglidae Scorpena seuegalonsis Stciíul. Mê-vudê. — S. laevis Froíclil. — S. tudcs Vai. — S. scrofa L. — S. Pluinieri BI. Sebastus poljdactylus Valil. — S. Kiililii Bowd. Canga. Dactylopterum volitans Cuv. et Vai. Fam. Trachinidae Trachinus radiatus Cuv. et Vai. I.ainlia dé plé (rainha da praia). Fam. Polynemídae Galeoides polydactylus Vahl. Barbudo. Fam. Sphyraenidae Sphyraena dúbia Blk. — S. Bocagei Osório. Bacuda. Fam. Scombridae Cybium tritor Cuv. et Vai. Cavalla. — C. maculatum Agasa. Fixe sela (Peixe serra). Echeneis uauerates L. Canna-Leme. Nomeus chrysurus L. — L. Gronowii Gm. Drepane punctata Cuv. et Vai., var. africana Osório. Fam. Carangidae Trachurus trachurus L. Caranx carangus Cuv. et Vai. Cocovado, corcovado. — * C. alexandrinus GeoíF, — C. crumerophthalmus Laccp. Garapàn. — C. rhoncus Geoff. Micropteryx chrysurus L. Bébéca. Lichia amia L. Bébéca-bâhô. — L. glauca L. Bébéca, Bebeca blanca. Trachinotus goreeusis t uv. et Vai. Bébéca blanco. Fam. Gobidae Gobius Bustamanti, Greeff. Encharroco, Charroco. — G. soporator. Cuv. et Valenc. — G. Mandroui Svg. Charroco. — G. guineensis Peters. Lentipes Bustamanti (GreeíF) Boulanger. Peixinho. Sycidium Plumieri, 1>1. — S. brevifilis O. Graut. Periophthalmus Koelreuteri Schu. — P. papilio BI. Eleotris Monteiri O'. Sh. — E. gyrinus Cuv. et Vai. Fam. Pediculati Antennarius vulgaris Cuv. et Vai. Fam. Biennidae Salarias atlantlcns Cuv. ot Vai. CliuUS muchipinnis Quoy et Gaim. Maruja, 10 146 Fam. Athcrinidae Atherina Boyeri Risso. Fam. Mugílídae Mugil cheio Cuv. — M. biasiliensis Agass. Fam. Fístularidas Fistularia tabaccaria Lacep. Aulostoma coloratum Miill. et Frosk. Ord. II PHARYNGOGNATHI Fam. Pomacentridae Pomacentrus Icucostictus Mull. et Frosck. Heliastes margiueta Castelu. Glyphidodon saxatilis Lacep. — G. Hoefleri Sleiu. — G. chrysurus Cuv. et Vai. Fam. Labridae Gonyphus tredecimspiuosus Guntli. Novacula cultrata Gimth. Julis pavo Cuv. et Vai. — J. Newtonii B. Osório. Coris atlântica Gunth. — C. guiueensis Blkr. Scarus cretensis Cuv. et Vai. — S. radians Cuv. et Vai. Psendoscarus Hoefleri Stein. Ord. III. ANACANTHINI Fam. Scopelidae Saurus myops Cuv. et Vai. — S. iutermedius Spin. Scopelus Benoiti Cocco. Fam. Pieuronectidae Hemirhombus aramaca Cuv. Rhomboidictys podas Delar. — R. lunatus Lacep. Fam. Scoinbresocídae Belone Lowi Gruntli. — B. rapbldoma Rawzaui. — B. choram Forsk. Zam-vi. Hemirhamphus vittatus Valenc. — H. Schlegeli Steiud. Mati-pombo. Exocaetus liueatu.s Cuv. et Vai. Fam. Clupidae Clupea madeirensis Low. Sardinha. — C- senegalen.sis Benn. Sardinha carça. G. dorsalis Cuv. et Vai. Fam. Muraenidae Muraena mel.anotis Raup. — M. maculipiímis Kaup. Gymnomuraena vittata Kichards. 147 Enchelycore nigricans (Bonaterrc) Gunth. Myroconger compressus Guutli. Ophichthys fiiseriadis Kaup.— 0. scmicinctus Ricli. — 0. pardalis Vai. — * 0. gui- neensis B. Osório. Ord. IV. PLECTOGONATHI Fam. Sclerodermi Balistes forcipatus Gou. Asno. — B. bimiva Lacep. Monacanthus setifer Beun. Ostracion quadricornis Lacep. Fam. Gymncdontes Tetradon Spengleri Bloch. Diodon histiix Lacep. Chilomycterus geometiicus BI., var. a Gunth. Ord. IV. LOPHOBRANCHIJ Fam. Syngnathidae Hippocampus guttulatns Cuv. Longo de mar. Oíd. V. PLAGIOSTOMATA Fam. Carchaniídae Carcharias Walbeemhii Blkr. — C. glaucu.s MuU. et Heul. Zygaena tudes Vai. Fam. Prístídae Pristis i^ectinatiLs Latham ? Peixe agulha. Fam. Torptdinídae Torpedo narce Riss. Uza-limi. MOLLUSCA(l) Cephalopodes Fam. Sepildae Sépia Hierreda Raiig. — S. ornata Rang. (1) A. Nobre — Matèriaux pour 1'ílurle de ta/auné malacotogique des póaséssions forttitjaíxM de VÀ/ri- quK occidenlale. (Bui. de la soe. porl. rlex .tciencct naítircllexj, vol. Ill, snppl. 2. A. Qirard — Jornal r/c .vc. mnUi. plnju. c r.aliiraca, 2." série, tomo III, n.» ÍO, tomo IV, n." 13. E. Lamy — Lislc deu coqiiillen rcrucUlks par M. Cb. Gravier a file de S, T/iomf, Rui, dtt Mmeum d'hist, lutíurelle, U07. 148 Gasteropodes Fam. Auriculídae Melampus flavus Gmelin. — M. Llbertianus H. et A. Adams — M. pusillus Gmelin. Fam. Siphorwaridae Siphonaria capensis Quoy et Gaimard. — S. stiiato-costata Dunker, Fam. Gadinidae Gadinia afra (Gmelin) Gray. Fam. Bullidae Bulia Mabillei (Gray). — B. ampulla L. — B. striata Bruguière. Haiuinea navicula da Costa. Fam. Umbrellidae Umbrella mediterrânea Lamk. Fam. Aplustridae Hydatina physis L. Fam. Terebridae Terebra corrugata Lamk. — T. senegaleusis Lamk. Fam. Conidae Conus papiliouaceus Hwass. — C. testudinarius Martj^u. — C. genuanus L. — C. pro- motlieus Brug. — C. monachus Lamk. Pusionella vulpina Born. Pleurotoma diadema Kiener. — P. sinistralis Petit. Drillia pyramidata Kiener. Cancellaria cancellata L., var. similis Nobre. Fam. Olividae Oliva flamulata Lamk. — 0. acumiuata Lamk. Olivelia leucozonias Gray. Fam. Har»pidae Harpa rósea Lamk. Fàm. Mapginellidae Marginella bifasciata Lamk. — M. olivaeformis Kiener. Gibberula miliaria L. Fam. Volutídae Cymbium Neptuni Gmelin. Fam. Mítrídae Mitra barbadensis Gmelin. Fam. Fasciolaridae Fusus albocínctus. Latirus filosus Schiib. et Wagn, 149 Fam. Turbineliidae Melongena morio (Lamk.). Trionidea viverrata Kiener. Cantharus sulcatus Born. Pseudoliva plúmbea Chem. Fam. Nassídae Nassa tritoniformis Kiener. Fam. Columbellídae Columbella rústica L. Fam. Murí«idae Murex rosarium Chemnitz. — M. hoplites Fisclier. — M. tuniuloses Sowcrby. — M. Blainvillei Payr. Potamites radula L. Purpura hoemastoma L. — P. cônsul Chemnitz — P. coronata Larak. — P. neritoides Lamk. Ricinula nodulosa Adans. Fam. Tritonidae Triton nodiferum Lamk. — T. variegatum L. — T. oleariam L. — T. ficoides Reeve. — T. ridens Reevc. — T. tranquebaricus Lamk. — T. obscurum Reeve. Ranella scrobiculator L. Fam. Cassídae Cassis spinosa Gronovius. — C. crumena Brug. Fam. Dolíidae Dolium galea L. Fam. Cypraeidae Cypraea tigris L. — C. lurida L. — C. zouata Chemnitz. — C. picta G-ray. — C. spurca L. — C. variolaris Lamk. — C. ratus Lamk. — C. moneta L. Fam. Strombídae Strombus bulbonius Lamk. Fam. Cerithidae Cerithium atratum Born. — C. guiniacum Philippi. — C tuberculatum L. Tympanotomus radula L. — T. fuscatus L, Fam. Planaxídae Planaxis Hermannseni Duuker. Fam. Vermetidae Tenagoides senegalensis Reclus. Fam. Littorinidae Littorina punctata Gmclin. — L. striata King. 150 Fam. SolarWdae Solarium granulatum Lamk. Fam. Hipponycidae Hipponyx autiquatus L. Mitrularia equcstris L. Calyptraea cliinensis L. Fam. Naticidae Natica millepunctata Lamk. — N. ala-i^aiiilionis Chem. — N. collaiia Lamk. — N. carrera L. — N. niamilla L. — N. variabilis L. — N. dillwyni Payraudeam. — N. porcelana cl'Orbiguy. Sigaretum concíivus Lamk. Fam. Janthinfciac Janthina commimis Lamk. Fam. Scalaridae Scalaria commutata di Monterosata. — S. lamelosa Lamk. Fam. Eufimidae Eulima intermédia Cantraiue. Fam. Pyramidellidae Pyramidella dolabrata L. Fam. Neriíidae Nerita senegalensis Gmeliu. Fam. Tisrbhiidae Pharianella azorica Dautzenberg. Fam. Trochidae Glauculus spadiceus Philippi. — G. cruciatus Gmeliu. — G. guiueensis Ginelin. — G. Krausii Plúliijpi. Fam. Haiíotidae Haliotis roáacca Recve, var. stricta. Fam. CapuHdae Fissurella gibberula Lamk. — F. nubecula L. Fam. Patellidae Patella natalensis Krauss. Fam. Chiionidae Chiton lyratus Sowerby. — C. cauarieusis d'Orbigni. 151 Pélécipodes Fam, Ostreídae Ostrea plicatula Gmelin. — 0. cornucopiae Dohrn. — 0. cucullata Born. — 0. guine- ensis Dunker. Nota — Chemnitz considera a O. cucullata synouimo de O. cornucopiae e Dohrn con- sidera a O. giiineensis formas juvenis dessa espécie. Fam. Spondyiídae Spondylus gaederops L. Fam. Pectinídae Pecten nodosus Lamk. — P. gibbus L. Fam. Aviculídae Avicula atlântica Lamk. Perna isognomum L. Fam. Mytilídae Mytilus senegalensis Lamk. tythodomus biexcavatum Reeve. Fam. Arcídae Arca Nooe L. — A. Bouvieri Fischer. — A. pulcliella lieeve. — A. tctragona Poli. — A. senilis L. — A. plicata Chemn. — A. decussata Sowerby. — A. nivea Chemn. — A. láctea L. Pectunculus rubens Lamk. Fam. Cardítídae Cardita rufescens Lamk. — C. senegalensis Reeve. — C. trapezia L. Fam. Cardiídae Cardium ringens Chemnitz, — C. bullatum L. Pam. Venerídae Meretrix tumens (Gmelin) Dunker. Dosinia isocardia Dunker. Vénus lyra Hanhy. Fam. Donacidae Donax rugosus L. — D. scortum L. Fam. Solenidae Solenocurtus guiueensis Chem. Fam Mactridae Mactra Adansoui Philippi. ^ M. silicula Dcsluiys. 152 Fam. Lucinidae Lucina leucoma Turton. Jagonia reticulata Poli. Fam. Teilínidae Tellina baltica L. Âsaphis hyaliua Gmelia. Fam. Scrobicularidae Amphidesma modesta A. Adanson. Mollusca terrestria et fluviatila (1) Fam. Gastpopoda Streptostele Moreletiana Dohru. Dendrolimax Heynemannii Dohrn. Nanina hepatison (Gould.) Nobre. — N. Wclwitscliii (Morelet) Nobre. — N. chrysos- ticta (Morelet) Nobre. — N. thomensis (Dohrn) Nobre. — N. MoUeri Nobre Bulimus eminulus Morelet. — * B. Dohrui Greetf. — * B. hispidus Greeff. — * B. Cas- tro! Nobre. — # B. Crossei Nobre. * Pupa Nobrei Girar d. Atopocochlis exarata Miiller. Achachatina bicarinata Bruguiere. Trichodina marmórea (Eeeve). — T. clavus Pfeiffer. — T. monticola (Morelet). — T. Massonianus (Crosse). Sabulina striatella Rang. * Opeas Dohrui Girard. — #0. Greeffi Girard. * Thomea Newtoni Girard. Pyrgina imíbilicata Greeff. * Thyrophorella thomensis Greeff. — # T. Nobrei Girard. Succinea concisa Morelet. * Veronicella thomensis Girard. « Cyclophorus MoUeri Nobre. — * C. Vandellii Nobre. INSFXTA C^) Coleoptera Fam. Cícíndelitae Cicindelidae Cicindela melancholica Fabr. — C. generosa Dej. — C. purpúrea Oliv. — C. nitidula Dcj. Odontocheila confusa Dej. Oxycheila tristis F. (1) Alb. Giraril. — Jornal d( se. math., phijs c naluraa. 2." .série, tomo III n." 10, tonn IV, n.» 13. (2) Greeff, Dr — Dic Fauna der Giiinca Invcln. Fairmain, V. — In-il. de Coimbra, XXXIV. Lopes Vieira, Dr. A. — liibt. de Coimbra, XXXIV. 153 Pherophorhus augolensis Ericli. Zargus collatus Karsch. Fam. Carabídae Brachinidae Scaritidae Scarites fatuus Karach. Achmocera semipicea Chan. Morionidae Morio guineensis Smh. Sclenophorus atratus Klg. Hydaticus capricula Anlar. Trogus biuotalus Klg. Harpalidae Fam. Dytíscidae Dytiscitae Fam. Nítidulariae Peltidae Trogosita (Temnochila) Patricioi Karsch. Fam. Pselaphii Pselaphidae Pselaphus (Pentolobus) barbatus Fabr, Lissomus Francisci Karsch. Atractocerus frontalís Klug, Fam. Byrrhií Lissomidae Fam. Lymexylonií Lymexylonidae Fam. Elaterií Hemirhipidae Âlaus chalcolepidinum L. Fairm. Psephus melanoatoides L Fairm. — P. athoides cand. Ctenicera controversa Karsch. Fam. Scarabeii Scarabidae Cetonidae Cetonía (Pachnorla) prasina (Mus. Berl.) — C. rufa Dcj. Diplognata gagates Fabr. Tephraea ancilla Karsch. 154 Dinastidae Temnorhynchus DIanac P. de Beauv. Oryctes obuucus Karsch. — 0. latecavatus L. Fermaire. Cyphonistes canunis Karseh. Triophus sp? Leptognatus Latreillianus West. Orphniini Stenosternus costatus Karsch. Fam. LucanH Lucanidae Cladognatus quadrideus Hop. — C. antilopus Swader. Figulus sublaevis P. de Beanv. Fam. Pímelíi Tenebrionidae Opatrum aequale Ericb. — 0. calcaripes Karsch. Opatrinus Josephii Karsch. Cyphonistes canorus F. Priocelis serratus F. Derasphaerus Justi Karsch. — D. Marqucsii Karsch Uloma Costae Karseh. Toxicum taurus Fabr, Menephilus conquinatus Karsch. Fam. Lagriídae Physolagria Molleri V. Fairm. Fam. Oedemeridae Danerces semipicea Karsch Fam. Curculíonii Antribidae Phlaeobius .sp. Benthidae Ceocephalus Georgei Karsch. Phyllobitae Phyllobus verrunculatus Karsch. Cryptorhynchidae Cyanobulus Greeffi Karseh. Curculionidae Mecistoceros uubcculosus L. Fermaim. — M. costatus Karsch. Fam. Cerambycii Cerambycidae Sphenophorus quadrimaculatiis Gilhn. — Sp. sordidus. — Sp. striatus F. Chlorida festiva Jj 1Õ5 Hystrocera sp. Calliehroma festivum F. Euporns brevicornis F. Phiíematium Greeffii Karsch. — Ph. festivum F. Prionidae Macrotoma (Sarathrogastra) edulis Karsch. Mallodon Downesi Hope. Lamidae Ceroplesis bieincta F. Achmocera authriboides Chevrot. Ancylonotus tribulus F. Monohainus ruspator F. Coptops fusca Olio. Sternotomis ducalis Klg. Fam. Chryscmelidae Crioceridae Lema rubricollis Klg. Anlacophora delata Erichs. Hatita limbatella L. Fairmaire. Fam. Coccinellidae Chilomenes lunatas F. Aspidomorpha quiuquefasciata F. Coccinella sulfúrea Oliv. Hymenoptera Fam. Sphegldae Pelopeus spirifer Latr. Hemipepsis sp. Papilio Demoleus L. LEPIDOPTERA I. Rhopalocera Fam Papílionidae Fam. Pieridae Callidryas Pyrene Swains. — C. florella F. Terias floricola Brd. Pontia Alcesta Cr. Fam. Nymphalidae Hypolimnas ^lisippus L. — H. salmacis Dr. — H. dubius P. Beanv. Danais chvysippus L. Fam. Satyridae Melanitis Leda L. Fam Acraeidae Acraea Zetes L. — A. guirina F. Leucostrophus Hirundo Stdg. Zeuzera CoíFeae? Tabanus serratus Loew. 1Õ6 II. Heterocera Fam. Sphingidae Fam. Cossidae Diptera Fam. Tabanidae Fam. Muscídae Sarcophago regularis Wiedemann. Fam. Nyoteribidae Cyclopedia Greeffi Karscli. Sarcopsylla penetrans L. Fam. Pulicidae Hemiptera Fam. Pentatomídae Agonoscelis versicolor F. Nezara smaragdnla F. Pierosternum calidum F. Pentatoma sp, Eurygaster (Platypleura) sp. Fam Coreídae Leptoglossus membranaceus F. Choerommatus farinosus Am. Cletus lanciger F. Leptocorisa sp. Fam. Lygacídae Pamera sp. Fam. Reduvíidae Acanthaspis sp. Fam. Cercopidae Locris rúbida Stal. Fam. Coccidae Aspidotus trilobi íbrmis Green. Orthoptera Fam. Blattidae Periplaneta americana F. — P. australasiae. Leucophaea surinanensis F. — L. Maderae F. Panchlora sp. Fam. Mantidae Polyspilota pustulata Stoff. Deroplatys sp V 167 Fam. Phaegcmuridae Conocephalus mandibularia Charp. Fam. Phasmidae Bactododema miliaris, Bolívar. Paracinema tricolor Br. Oxya africana Br. Acridium sp. Humbe sp. Euprepocnemis sp. Pachytilus sp. Xyphidium sp. Liogrylius capensis F. Gryllotalpa africana Pai. Termes (Entermes) sp. Fam. Acrídíldae Fam. Locustidae Fam. Gryilídae Fam. Tepmitidae MYRIAPODA(l) I. Chilopoda Fam. Lithobidae Lithobius seutigeroides Verhoeff. Otostigmus prodiictus Karsh. — 0. iuermis Br. Fam. Scolopendrcídae Scolopendra subspinipes Leach. — * Sc. subsp. v. Mollcri VerhoefF. — Sc. elongata Per. Fam. Geophilldae * Geophilus fossuliferus Karscli. * Mecistocephalus guineensis Karsch. II. Diplopoda Fam. Julidae * Spirostreptus Molleri Verhoeff. — * S. iuteger Karsch. — # S. margineseaber Karsch. (1) Dr. F. Karsch. — Die Fauna der Gidnea-Inxeln, é. Tliomé em Rolns von Prof, ilr. R. Qreelf. 1Õ8 AllACHNOlDEA(l) Arthrogastra Fam. Scoppionídae Isometrus maculatus (Deg.). Damon medias Herbst. Pedipalpi Fam. Phrynidae Araneidea Fam. Theraphosídae # Selenocosmia Greeffi Karsch. N. V. Samanpinger- TaranítíZa. Fam. Drassidae Anahita mamma Karscli. Fam. Lycoridae Lycosa bacchabunda Karsch. — L. gulosa Karsch. Fam. Atlidae Icius maritus (Karsch.). Fam. Theridídae Limiphia viridis Karsch. Fam. Thominidae Sarotes veuatorius (L.) Karsch. Pholcus barbonicus Vinson. Thelcticopis truculenta Karsch. Philodromus morsus Karsch. Diaea puncta Karsch. Fam, Epeinídae Singa coucinna Karsch. Epeira Redii (Scopoli) Karsch. — E. semiannulata (Karsch). — E. aprica Karsch. Cyrtophora citricola (Forshel). Meta uudulata (Vinsou). — M. argeutea-nigra Karsch. Nephila pilipes (Lucas) Karsch, Nephilengis diadela (Walckeuaer) Karsch. Argiope lobata (Palias) Karsch., var. Caboverdiana Capello. — A. flavipalpis (Lucas) Karscli. Gasteracantha formosa Vinson^ var. confiuxa Karsch. (1) Ph. Bertkan. — Jnstilulo de Coimbra, 15-93. — Dr. F. Karsch, 1. c. 1Õ9 Acarina Fam. Sarccptidae Pteropus Cynonycteridis Karsch. CRUSTÁCEA (1) Sub-ordo — Brachyura Fam. Octpodídae Ocypoda ippeus OUv. — 0. cursor L. — 0. africana de Man. — 0. Edwardsi B. Osório. Uca Taugeri (Eidoux). Fam. Gegarcínidae Gegarcinus lagostoma M. Edw. — (G. ruricola Greeff ) — G. rurlcola Latr. Cardisoma armatum Haklot. — C. Guanhami Greeff. Fam. Grapsidae Goniopsis cruentata (Latreille). Metographus messor (Porsh) M. Edw. Grapsus grapsus (L.) Ives. — G. pictus Latreille. Geograpsus lividus M. Edw. Pachygrapsus transversas Gibbes. Cyclograpsus occidentalis M. Edw. Plagusia degressa (Fabr.) Say. — (P. squamosa B. Osório}. — P. squamosa Herbst. — Percnon planissimum (Herbst) Dana. Fam. Poíamonjdae Potamon margaritarius (M. Edw.). — P. dubius (Capelo) Tolphusa dúbia Capelo. Fam. Píiummidae Actaea margaritaria M. Edw. — A. rufo pumctata M. Edw. Leptodius convexus (M. Edw.) Eathb. Xanthiae melauodactylus (M. Edw.) Rathb. Eupanopus africanus (M. Edw.) Rathb. Chlorodiella longimana (M. Edw.) Eathb. Pilumnus hirtellus, var. africanus^ M. Edw. Epixanthus Helleri M. Edw. (1) Baltasar Osório — Jorn. de scienc. matem., plnja. e naturais, 2.* série, figura II, pág. 45, 140, 1S9, Xr, pág. 129. Marj' J. Rathbun — Procecdings of thc Unil. Slalcí nalional Muteitm, vol. XXII, pàg. 271. Greeíf, D. R. — Die Land und LUssicanser-Krehsc der Tnveln S. Thomi und Rolas. ■ Bouvier^ E, L. — Bui, du Muscum d' UM. naliirel. Paris, 1G06, n," 7, P"g. 491. 160 Fain. Portunidae Portunus hastatus (Latr.) Rathb. — P. diacanthus Latr. Callinectes Bocomti M. Edw. Carybdella rubra (Lamb.) Rathb. Thalamita iutegra, var. africana^ Miers. Fam. Oxyrhyncha Stenorynchus sagitarius (Fabr.) Rathb. Micropisa violácea M. Edw. Fam. Oxystomata Calappa pullus (Herbst) Rathb. — C. rubro-guttata Herklot. Fam. Dòrippidae Dorippe armata Miers. Fam. Raninidae Ranina Rauina (L.) Rathb. Fam. Dromidae Dromia vulgaris M. Edw. — D. spiuiratris Micos. Sub-erdo Macrura Fam. Hippidae Hippa cubensis (Sauss.) Rathb. Remipes scutellatus Faljr. Fam. Taguridae Tagurus striatus Fabr. Fam. Cenobitae Cocnobita rubescens Greeft. — C. rugosus M. Edw. Pachycheles ornatus E. L. Bouvier. Fam. Palinupídae Palinurus rcgius Capello. — P. hirtellus, var. africanus, M. Edw. . Fam. Penaeídae Penaeus brasiliensis Latr. — P. velutimis Baua. Fam. Alpheidae Alpheus paracrinitus Miers. — A. tubcrculosus B. Osório. — A. intriuseclis Hate. Fam. Hippolytidae Hippolyte, Sp. 161 Fam. Atyídae Atya Seabra Leach. — A. intermédia Bouvier. Fam. Panaemonídae Bithynis jamaicensis Vollenhovenii (Herld.) Rathb. — B. Olfersii (NViegmann) Rathb. Galeopsis nitidus M. Edw, Stomapoda Fam. Squillidae Petrosqnilla Folini M Edw. Squilla Hoevenii Herklotz. — S. empusa Say. Lasiosquilla scabricauda Lamk. Isopoda Fam. Oniscidae Armadilho officiualis Desm. — A. nigricaus Brandt, Fam. Cymothoidae Cymothoa Dufresnii Leach. ENTOMOSTRACA Cirripedia Fam. Lepadidae Lepas anserifera Darwin. Fam. Baíanidae Chelombia testudiuaria L. ANELIDA(l) Polyctaeta Errantia Fam. Nereidae Pseudonereis ferox Hansen. Fam. Phyliodocidae Phyllodocide, Sp. Exemplar em mau estado, dando os cirros dorsais ideia do P. maculata. Fam. Amphínomidae Hermodice carunculata Palias, var. didymohranchiata^ Baim. Eurythre laevisetis P. Fauvel. (1) Dr. R. Greeff. — Úber die pelasglichc Fauna and en Kliten du Ouinea-Inseln, — Pierro-Faurel — Sur Jes Polychetes rapporUes par Mr. Ch. Qravier de S. Thomó {Bui, du Muscum d'IIul. nat., 1914 n.» 2). 11 162 Vam Eunicsdae Eunice tubifex Cronlaod. — E. coccinea Grub. — E. siciliensis Grub. Nicidion edentulum Ehlers. Aglaurides erytbaeensis Gravier, var. symetrica. Maclovia iricolor Montagu. Fam. Alciopídae Alciope Cantraiinii (Dela Chiajc) Clap. — A. longirhyncha Greeff. Vanadis melanophthalma Greeff. — V. setosa Greeff. Rhynchonerella fulgens Greeff. Fam. Tomopteridae Tomopteris Eolasii Greeff. — T. Mariana Greeff'. Polychaeta sedentária Fam. CIrratulidae Anduina filigera Delia CliiajeV Fam. Hermeilídae Sabellaria spinulosa Leucbart, var. Intoshi, P. Fauvel. — Var. Gravíeri, P. Fauvel. Fam. Terebellídae Loibia Medusa Savigny. Fam Serpulídae Hypsicomus pigmentatus Gravier. ECHINODRRMATA (1) Holothurioidea Fam. Aspidochírotae Holothuria grisea Selenha. Stichopus maculatus Greeff'. Thyonidium flavum Greeff. Echinoidea Fam. Cidarídae Gidaris tribuloides (Lamk.) Blainv. Fam. Diadematidae Diadema setosum Desml. [1) Dr. R Groeff. — Zoologischcr Anzciger, 1882, n.»' 106, 107. 163 Fam. Arbacidae Arbacia punctulata Gray. Hipponoè esculenta Agassis. Fam. Echinometridae Echinometra subangularis Desml. Clypeastroidea Fam. Clypeastridae Clypeaster subdepressus Agassis. Meoma ventricosa Liitkeu. Ophiuroidea Eam. Ophioglyphidae Ophioderma guineense Greeflf. Fam. Amphiurídae Ophiocoma pumila Liitken. Ophiolepis paucispiua Mull. u Tr. Ophiactis Krebsí Liitken. Asteroidea Fam. Linchiidae Ophidiaster ophidianus Agass. Linchia Guildingii Gray. — L. Bouvieii E. Peirier. Fam. Pentacepotidae Pentagonaster semilunatus Linck. Pentaceros dorsatus E. Perrier. — P. semilunatus Linck. Crinoidea Fam. Comatulidae Antedon rosácea Normau. COELKNTERATA (1) Polypomedusae Fam. Stylasteridae Allopora subviolacea W. S. Kent. coral azul — # A. rósea Greeíí'. Stenohelia madeirensis W. S. Kent. (1) Dr. Eí. Greeíf. — Vber die pelasgische Fauna au den Klislen der Ouinea-Inseln. 164 ANTHOZOA Madreporaria (1) Fam. Poritldae Porites IJernardi Gravier -2). Fiim. Madreporidae Meandra cerebrum EUis et Soland. Fabia fragum (Esp.) M. lídw. et Heime. Orbicella aimularis Ellia et Soland. Oculina aibuscula Agassics. Siderastia radians Palias. Actiniaria (3) Fam. Actinídae Actinia equina L. Fam. Cribinidae Cribina Listeii (Johnson) Pax. Fam. Sagartíadae Aiptasia Couchii (Cocks) Pli. II. Gosse. Telmatactis Valle-Flori Ch. Grav. Zoantharia Fam. Zoanthidae Palythoa guiueensis Koch. — P. canaliíera Koch. 1. c, Spongiaria Fam. Spongldae Euspongia irregularis. Hippospongia Sp. Chalinide Sp. Clathria Sp. Stelospongia ? (1) Ch. Gravier — yln. de Vlnstitut oceanographique, tom. I, fase. 2, 1909. (2) Idem— Bui. du Mus. d'Uist. nat., tom. XV, 1909. (8) Idem — Conlribuíion h V ilude de la/aune acíienne de San Thomí iQolfe de Guinée) — Annalcs de VJnslilid ocia)iograjihique. Tom. VII iasc. 5. 165 FLORA (1) I. SOHIZOPHYTA Schizophyceae Oscíllatopíaceae Oscillatoria tenuis Ag. Phormidium Boryanum Kg. Scytonemataceae Scytonema javanicnm (Kg.) Bornet, II. MYXOTHALLOPHYTA Myxogasteres Lycogala epidendrum Bunb. III. CONJUGATAE Zygnemataceae Spirogira lineata Suring f. gracilior. IV. CHLOROPHYCEAE Confervales UIvaceae Enteromorpha prolifera (Mull.) Kg. Valoniaceae Struvea delicatula Kg. Siphomocladales Ciadophoraceae Cladophora catenata (Ag ) Ardiss. Cl. prolifera (Roth.) Kg. Siphonales Bryopsideae Bryopsis plumosa (Huds.) Ag. Caulerpaceae Caulerpa sealpelliformis (R. Br.) Ag. C, denticulata Dene. C. taxifolia (Vahl.) Ag. C. pliiinaris Forak. C. cupressoides (Vahl.) Ag. C. racemosa (Forsk.) Ag. V. PHAEOPHYOEAÊ Phaeosporeae Cutleriaceae Cutleriã multifida (Sm) Grev. Cyclosporeae Fucaceae Marginaria Boryaua (Rich.) Mut. Sargassum viilgare Ag. (1) Boi, da Soe. Brot., IV, 1«S6. — P. Hariot — J. de Hot., 2." série, tomo I, ItJCe. — FobIío Rtv, syst. SuTV, of JUelobes, 1900. 166 Dictyotales Dictyotaceae Zonaria variegata Kg. Padina pavonia (L.) Lmrx. Dictyota deutata Lmrx. D. ciliata, Ag. D. Bartayresiana, Lmrx. D. Martensii (Mart.) Kg. D. dichotoma (Huds.) Lamrx. VI. RHODOPHYCEAE Florideae Helminthocladiaceae Batrachospermum (e grege B. atri). Chaetangiaceae Galaxaura cylindrica (Sol.) Lmrx. G. rugosa (Sol.) Lmrx. G. lapidescens (Sol.) Lmrx. G. marginata Lmrx. Gelidíaceae Caulacanthus notulatos (Mart.) Kg. Gelidium claviferum Kg. G. crinale (Turn.) Lmrx. Rhodymeniales Sphaerococcaceae Gracilaria VVrigtii (Turn.) Ag. G. Poitei (Lmrx) Ag. # G Henriquesil P. Hariot. Hypnea musciformis (Wulf.) Lmrx. H. spinella (Ag ) Kg. Rhodomelaceae Laurencia obtusa, (Huds.) Lmrx. L. tuberculosa, Ag. L. perforata, Mont. Acanthophora muscoides (L.) Bory, Digenea simplex (Wulf.) Ag. Bryothamnion Seaforthii (Turn.) Kg. B. triangulare (Gaud.) Kg. Ceramiaceae Spyridia filamentosa (Wulf.) Harv. Sp. cia V ata Kg. Ceramium clavulosum Ag. Cryptoneniiales Corallinaceae Lithophyllum Marlothii Heydr. L. retusum Foslie, forma. L. subtencllum Foslie. Hildenbrandtia rósea Kg. Amphiroa capensis Aresch. Goniolithon Boergeuii Foslie var. afri- cana. Lithothamnion ponderosum Foslie EUMYCETES (1) Oomycetes Perenosporiaceae Phytophthora Faberi !Maubl. Em frutos Peronospora australis Spegz. Em folhas de cucurbitaceas (1) Dr. G. Wiuter— Rol. Soe. Jirut., IV. — SaccórJo — Boi. Sue. lirot., XXÍ. — Sacc. ot Ber- le.se — Rcvut mijcol., ISfeO. — Bresadol.i et Eouine^uòre — licviie myeol., Ib90. — Lister — Bui. de la Soe. Bot, de France, 2.* série, tomo VI. — V. de Almeida e S. dii Câmara. 167 Zygomycetes Mucor raucedo L. Nas sementes fermentadas do ca- cau. Ascomycetes Peziza stictica Berk. et Curt. Na terra húmida Helotium herbarum (Pers.) Fr. Coryne sarcoides (Jacq.) Tui. Patellaria Theobromatis V. Alm. et S. Cam. Na casca dos cacaueiros Cudunia circinans (Pers ) Fr. Plectascineae Aspepgiliaceae Meliola triloba Winter. Em folhas de cucurbitaceas M. conglomerata Winter. * M. stenospora Winter. Em folhas da Piper subpeltata * M. Thomasiana Sacc. Nas folhas e caule da Elatostoma angolensis * M. asteroides Winter. Em folhas de piperaceas H. manca Ellis et Mart. Em folhas do JRubua * M. anastomosans Winter. Em folhas de Labiadas M. inermis Kalchbr. et Cook., var. Ma- cilenta Winter. M. amphitricha Fries. Em folhas de gramíneas * M. velutina Winter. Em folhas duma Canacea * M. Molleriana Winter. Em folhas duma Malvacea * M. acicularis Winter. M. coronata Speg. Em folhas de Luhea divaricata * M. bicornis Wintei'. Em folhas de leguminosas Perisporiales Erysibaceae Sphaerotheca Castagnei Lév. Em folhas de cucurbitaceas Apiosporium Footii Dcsm. et Burel. Em folhas do Coffea arábica Microtheríaceae Microcopora fecundum Sacc. Em folhas do Craterispernmm * Asterina tenuis Winter. Em folhas de Turraca Vagelii # A. circularis Winter. Em folhas indeterminadas A. labecula Mont. Em folhas duma árvore * A. pseudo-cuticulosa Winter. Micropeltis appl anata Mont. Em folhas de árvores * M, viridiatra Winter. Em folhas de feijoeiros # M. Molleriana Sacc. Em folhas de Thecacoris Manniana # M. aeruginosa Winter. Em folhas indeterminadas Pico de S. Tomé. Hypocreales Hypocreaceae Nectria episphaeria (Tode) Fr. Parasita no líypoxylitm cetrarioidts # N. asperula Winter No hymenium do Stereum subjnliatum # N parvispora Winter. No Stereum srthpiliatum. Sphaerostilbe nigrescens Kalchbr. et Cook. ílm casca de árvores # Cesatiella polyphragmospora S. Ca- mera. Em casca de árvores # Hypocrea lobata Winter. Nas árvores da região superior 168 Dothidiales Dothidíaceae * Scirrhia infuscata Winter, Phyllachora Bromi (Pers) Rab. Em folhas de gramíneas Sphaeriales Sphaeríaceae Melanomma Henriquiesiana Bres. et Koum. Na casca dos cacaueiros Scortichinia acanthostroma (Mont.) Sacc. Em casca de árvores Mycosphaerellaceae * Guignardia filicina (Winter) Lindau. Em folhas de fetos. G. Cephalariae, A^ar. Alter nantherae Sacc. Em folhas murchas de Álternan- thera. Mycosphaerella Bonna-noctis Sacc. Em folhas de Ipomaca bonna noctis. Pleosporaceae * Diplodia punctata Winter. Nos peciolos podres da Musa. Metasphaeria Cumanella Sacc. et Bres. Em folhas mortas de Musa. Pleospora herbavum (Pers.) Rabenh. Nos caules secos duma Crassula. Melogrammataceae Melogramma Irpex (Berk. et Br.) Sacc. Em casca de árvores. Clypeosphaeriaceae * Trabutia Mollcriana Winter. Em folhas de iSpathodea. Anthostomella Molleriana Winter. Nas folhas secas de Musa. A. itálica Sacc. et Spegaz. Em folhas secas de Musa. Xylariacea Ustrulina vulgaris Tui. No tronco de árvores. Hypoxylon malleolus Berk. et Curt. Nas árvores. H. cetrarioides Welw. et Curr. Na casea de árvores de região su- perior. Daldinia concêntrica (Bolt.) Ces. et Not. Nas árvores. Xylaria polymorpha (Pers.j Grev. No tronco das árvores. X. filiformis (Ali. et Schw.) Fr. Na casea dum fruto. X. digitata (L.) Grev. Em madeira podre. X. dichotoma Mont. Em madeira podre. X. involiit;i (Khtz ) Cooke. No tronco de árvores. X. nigripes (Klotz.) Cooke. X. scruposa (Fr.) Berk. LICHENES (1) Pyrenocarpeae Verrucariaceae Verrucaria mamillana Ach. Região superior. V. nitida Schrad. Região superior. V. glabrata Ach. Região superior. # V. glabriuscula Nyl. Região superior. V. pyrenuloides Mut. Região superior. (1) Nylander, Dr. W. — liol. da Soe. Brot., IV". 169 * V. lugescens Nyl. Região superior. # V. euthelia Nyl. Região superior, # V. infossa Nyl. Região superior. V. trópica Ach. Região superior. V. nucula Ach. Região superior. # V. albidoatraía Nyl. Região superior. Trypeíheliaceae Trypethelium platystomum Mui., var. leucostormim Nyl. l. c. Região inferior. * Tr. subalbeus Nyl. Região superior. Strigulaceae Strigula complanata Mut.? Mycoporaceae * Mycoporum consimillimum Nyl. região superior. GYMNOCARPEAE Coniocarpinae Sphaerophoraceae Sphaerophorus coralloides Pers. Região superior. Sph. compressus Ach. Região superior. Graphidineae Arthcniaceae Arthonia cinnabarina, var. adspersa (Mut.) Nyl. N. Grau. p 97. A. Antillarum Fée. A. bessalis Nyl. Andam, p 1.^. A. rubella Fée. Região superior. Graphidaceae Opegrapha atra Pers. Região superior. * 0. subuothella Nyl. * 0. lepidella Nyl. Região superior. * Graphis timidula Nyl. Região superior. * Gr. subnivesceus Nyl. Região superior. Gr. coutexta Pers. Região superior. Gr. scripta Ach. Região superior. Gr. teuella Ach. Região suijcrior. Gr. diversa Nyl. N. Caled. p. 74. Região superior. Gr. quadrifera Nyl. Região superior. Gr. ohrysautera Mut. Região superior. * Phaeographis pervarians (Nyl. sub Graphis). Região superior. * Ph. lynceodes (Nyl. sub Graphis). Região superior. * Graphina albonotata (Nyl. sub Gra- phis). Gr. rigida (Nyl.) f. Condaminea (Fée). Gr. Acharii (Fée) Mull. Arg. Gr. soi^histica (Nyl.) Mull. Arg. Região superior. Chiodectonaceae Sarcographa labyrinthica (Ach.) Mull. Arg. Região superior. S. trichnsa (Ach ) Mull. Arg. Região superior. Chiodecton sphaerale Ach. Região superior. 170 Ch. rubrocinctum (Ehrbg) Nyl. N. Gran. p. 110. Região superior. Rocellaceae Rocella tinctoria D. C. Cyclocarpineae Lecanactídaceae * Lecanactis leucophora Nyl. * L. Montagnei (Borsch), var. deducta Nyl. Thelotremaceae Thelotrema albido-pallens Nyl. Andam. p.9. Região superior (1110"'). * Th. foratum Nyl. Região superior (1150""). Th. cavatum Ach. Região superior (800'"-21-20™). Th. microporum Mut. Região superior (1250'"'). * Th. subterebratum Nyl. Lecideaceae * Lecidea thomeusis Nyl. Região superior (2120n>). L. tuberculosa Fée. Região superior (IIOO^-ISOO-'). L. vigilans Tayl. Região sujjerior (950"'). * L. furfurosula Nyl. Região suijerior (950"). L. rubicola Cronau. Região superior (900™) nas folhas de Elais guineensis. .# L. sopliodella Nyl. Região inferior nas folhas da E. gnineensis. L. nigritula Nyl. Região superior (1200'"). Cladonieae Cladonia sphaerulifera Tayl. Collemaceae Leptogium azureum Ach. Região superior. Pannariaceae Pannaria rubiginosa (Thunb). Stictaceae Lobarina retigera (Ach.). Região superior. Stictina intricata (Del) f. subargyracea, Nyl. Região superior. S. argyracea (Del). Região superior. * Ricasolia interversans Nyl. Região superior. Lecanoraceae Lecanora granifera Ach. Região inferior. L. punicea Ach. Região superior. * L. dactylopholis Nyl. Região superior. Coccocarpia molybdeia Pers. Panmelíaceae Parmelia tinctorum Despr. P. perlata (L.). Região superior. P. ciliata D. C. Em todas as regiões. P. crinita Ach. P. laevigata (Sm.). Região superior. Usneaceae Ramalina subcomplanata Nyl. R. geniculata Hook. R. pusilla Le Prév. Usnea longíssima Ach. Região superior. 171 U. florida (L.). Kegião superior. U. ceratina Ach. Região superior. U. triehodea Ach. Eegião superior. D. articulata Hoffm. Região superior. Physciaceae Pyxine Meisseneri Tuck, Physcia flavicans DC. Ph. angustifolia Mey et Flot. Região superior. Ph. speciosa Wulf. Eegião superior. Ph. hypoleuca (Ach.). Região superior. Ph. corallifera Tayl. Região superior (800'" a 1300"). BASIDIOMYCETES Hemibasidii Uredínales Pucciniaceae Puccinia rubigo vera (DC.) Winter. Em folhas de Cy2Jerus. * Aecidium Pouchetiac Saco. Em folhas de Pouchetia parvifloia. * A. Cassiae Bres. Em folhas de Cássia occidentalis. Uredo Commelinae Spegaz. Em folhas de Traducantia. U. Vignae Bres. Em folhas de Vigna lutea. U. Ficus Cast. Em folhas de Ficus. Auricuraliales Aurícularíaceae Auricularia polytricha Mont. No tronco de árvores. A. fusco-succiuea Mont. Nos ramos de árvores. Tremelineae Tremellaceae Tremella sarcoides (Diks.) Fr. Nos troucos de árvores. Hymenomycetineae Hypochnaceae Corticium eoeruleum (Sclwad.) Fr. Em madeira húmida. * G. Quintasianum Bres. et Roum. Em madeiras. Hymenochaete damaecornis (Llnk) Lcv. Em madeiras. H. tabacina (Sw.) Lev. Em madeiras. H. tenuissima Berk. Em madeiras. Stereum obliquum Mont. et Berk. Em madeiras. * St. fasciatum Schr., var. pulchellum Sacc et Berl. Nas árvores. St. subpileatum Berk. et Cust. Nas árvores. St. versicolor Swartz. Nas árvores. St. lobatum (Kunze) Fr. Nas árvores. St. bellum Kunze. Região do Pico. St. hirsutum (Willd.) Fr. No tronco das árvores. * St. amphyrliytes Sac. et Bcrl. No tronco das árvores. St. spadiceum Fr. Nas madeiras. St. bicolor (Pers.) Fr. • No tronco das árvores. St. subpileatum Hak. et Curt. No tronco das árvores. 172 St. duriusculum Berb. et Br. Em madeiras. Thelephora affinis Berk. et Curt. Em madeiras podres. Th. radicans Berk. Nos troncos das árvores. Th. aurantiaca Pers. Craterellus crispus Fr. Sobre a terra. Clavariaceae * Glavaria Henriquesii Brass. et Bonmg. * Lachnocladium MoUeviaimm Sacc. et Roumg. Nas madeiras. Hydnaceae * Phlebia Molleriana P. Heuu. Hydnura rawakense Pers. Irpex flavus Kloteseb. Nos troncos das árvores. Polyporaceae Poria ferruginosa (Sclirad) Fries. Nos troncos das árvores. Fomes igniarius (L.) Fries. F. iDectinatus Klotzsch. Em troncos de árvores. F. senex N. et Murt. Em troncos de árvores. F. lucidus (Leys) Fries. Em troncos de árvores. F. amboinensis (Lmk.) Fries. Sobre madeiras na região alta. F. australis Fries. Nos troncos das árvores. F. ochrolaccatus Mont. Nas madeiras. F. fulvellus Bres. Polyporus dictyopus Mont. Nos troncos das árvores. F. gilvus Schm. Nos troncos das árvores na região superior. P. scruposus Fries. P. scruposus, var. isiãioides Berk. Nas árvores na região superior. P. lichnoides Mont. Nas árvores. P. Auberianum Mont Nas árvores. P. zonatus Berk. Nas árvores. P. rugulosuB Lev. Nas árvores. P. atypus Lev. Nas árvores. P. torquescens Sacc. et Bres. Nos troncos das árvores. P. grammocephalus Berk. Nas árvores. P. albo-gilvus Berk. et Curt. Nas árvores. P. Venezuelae Berk. et Curt. Nas árvores. Polystictus flãbelliformis Klotzsch. Muito vulgar. P. rossogramma Berk. Nas árvores da região superior. P. velutiuus Fries. P. Personii Fries. P. caperatus Berk. Nas árvores da região superior. Trametes cubensis Mont. Nas árvores « T. hypnoides (Sm.) Fries. Nas árvores. T. badia Berk. Nas árvores. T. cami)estris Quelet. Nas madeiras. Daedalea quercina (L.) Pers. Nas árvores. D. sanguínea Klotz. Lenzites áspera (Klotz) Fries. Nas árvores L. repanda (Pers) Fries. Nas árvores. L. deplanata Fries. Hexagonia polygramma (Mont.) Fries. H. teuuicola Palis. Nas árvores. 173 Laschia auriscalpum Mont. Nos ramos podres na região superior. L. treraulosa Fries. Nas árvores na região superior. Favolus purpurascens Berk. et Curt. Nas árvores. F. Jacobaeus Sac. et Berl, Nas árvores. F. brasiliensis Fr. Sobre as raizes das árvores. Aganícaceae Cantharellus buccinalis Mont. Na casca das árvores. Coprinus cinereus Schaeff. Sobre a terra. Schizophyllum commune Fr. Sobre as árvores. Lentinus villosus Klotzsch. Na? árvores. L. descendeus Fries. Nas árvores da região superior. Marasmius amadelphus (Buli.) Fries. Nos ramos das árvores. M. splachnoides Fr. Sobre folhas mortas. Nancoria fusco-olivacea Bres. et Rourner. Nos troncos das árvores. Hyporhodius papillatus (Bres.). Sobre a terra. Phallineae Ciathraceae Clathrus parvulus Bres. et Roumg. Nos troncos podres. Plectobasidiineae Tulostomaceae Tulostoma Mollerianum. FUNGI IMPERFECTI Sphaeropsidales Sphaeropsidaceae Phyllosticta dcstructiva Desm. Nas folhas dum Hibisco. * Ph. Fiei Bres. Nas folhas dum Ficus. * Ph. dissiminata Winter. Nas folhas do Ormocarpus sesa moides. * Ph. Ormocarjili Bres. Nas folhas do Ormocarpus sesa- moiães. * Ph. Theobromae S. Cam. et A. Cam. Nas folhas do cacaoeiro. Actinonema Rosae (Lib.) Fries. Nas folhas de roseiras cultivadas. Diplodia cococarpa Sacc. Nos frutos do cacaoeiro > * D. cacaoicola Henn. Nos frutos do cacaoeiro. * Diplodia Sterculiae Winter. Nos frutos podres de Sterciilia. Chaetodiplodia diversispora E. March. Nas bracteas dos coqueiros. * Lasiodiplodia Thomeana Sacc. Nas folhas da Schefflera líenriquesi. * Camerosporium megalosporiíam S. Cam * Septoria jMolleriana Bress. et Roumg. Nas folhas de Catmvalia obtusifolia. * Aschersonia chaetospora Sacc. A. parnjjhysata Sacc. Melanconiales Melanconiaceae * Gloeosposium laccatum Winter. Nas folhas das Artocarpeas. * Colletotrichum maculans Winter. Nas folhas duma Asclepia. Pestalozzia funérea Desm. Nas folhas do Persea gratíssima. * P. conglomerata Bres. No pericarpo das Anonas, 174 HYPHOMYCETES Mucedinaceae Sterigmatocystis luteo-nigra Lutz. Verticillium candidulum Sacc. Nas folhas de Conopharingia. Acrostolagmus Vilmorini Gueg. Dematíaceae Stachybotrys papyrogena Sacc. Nas folhas podres de Musa. Trichosporium splenicum Sacc. etBerl. No hymenio do Stereum subpiliatum. Zygosporium orcheoides Mont. Nas folhas da Carica Papaya. * Helminto sporium clavatum Winter. Nas folhas de Spathoclea. * H. parasiticum Sacc. et Berl. Sobre o stroma de Diaporthe. Macrosporium verrucosum Lutz. Em frutos doentes do cacaueiro, * Cercospora aequatorialis Winter. Em folhas de compostas. C. crassa Sacc. Nas folhas dum Sonclius na região alta. * C. Mangiferae Winter. Nas folhas da Mangifera indica. C. Nasturtii Passerini. Nas folhas de cruciferas. C. Gilbertii Speg. Nas folhas da Celosia trigina. C. rosicola Passerini. Nas folhas de roseiras. * C. striaeformis Winter. Em folhas de gramíneas. Stílbaceae * Isaria arbuscula Bres. et Koumeg. Na casca de ramos podres. * Arthrosporium parasiticum Winter. Parasita na Meliola inermis. Tuberculariaceae * Tuberculina apiculata Sacc. Nas folhas dum Clerodendron. Fusarium Theobromae Lutz. Nas sementes fermentadas do Ca- caueiro. Chaetostroma atrum Sacc. Nas folhas secas de Musa. EMBRYOPHITA ASIPHONOGAMA Hepaticae (1) Ricciaceae Riccia fluitans L. Região superior. Marchantiaceae Dumortiera hirsuta (Sw.) R. BI. Nees. Região superior. Marchantia planiloba Stef. Jungermanlaceae anakrogynae * Aneura erosa Stef. A. reticulata Stef. A. piuguis (L ) Dumort. Região superior. Metzgeria recurva Stef. Região superior. * M. thomensis Stef. Pallavicinus piliferus Stef. Jungermaniaceae acrogynae I. Epigonianthecae * Syzygiella geminifolia (Milt.) Stef. * Plagiochila rotundifolia Stef. (1) Stephani in Boi. Soe DroUriana, 17, 1886; Bui. de 1'herbier Boissier ; Hedwigia, 1891, 1896 Engler Bot. Jahrh. 175 P. Molleri Stef. Eegião superior na casca das ár- vores. * P. bruneola Stef. P. thomensis Stef. P. amplifolia Stef. * P. mauritiana Nees., var. angustifolia Stef. P. triangularis Stef. * P. Quintasii Stef. * P. gibbiflora Stef. P. flabellata Stef. Região sujjerior. P. Winteri Stef. P. clavaeflora Stef. Forma integerrima. P. curvatifolia Stef Lophocolea devexa Mitten. * L. Molleri Stef Região superior na terra húmida. Conoscyphus inflexifolius Mitten. * Chiloscyphus thomensis Stef. li. Trigonantheae * Mastigobryum Molleri Stef Região superior. Sprucella succida (Mett.) Stef. III. Ptiiídíoideae Chandonanthus hirtellus (Weber) Mit- ten. Região superior. * Schisma molle Stef. Região superior. IV. Stephanoldeae * Radula thomensis Stef. R. bipinnata Mitt. Região superior. R. tamariscina Mitt. * R. Molleri Stef. R. angustata Stef. Região superior. R. tubaeflora Stef. V. Pleurozioideae Pleurozia gigantea (Weber) Lindb. VI. Bellincinoídeae * Bellincina thomensis Stef VII. Jabuloídeae-Frullanieae * Frullania (Chonanteiia) thomensis Stef. Fr. africana Stef. * Fr. (Galeiloba) Molleri Stef. Fr. Stephauii Schfín. Fr. (Thyopsiella) cordata Mitt, * Fr. laceriloba Stef. * Fr, cordifolia Stef. * Fr. (Meteriopsis) subatrata Stef. Fr. angulata Mst. VIM. Jabuloldeae-Lejeuneae Mastigolegeunea Buttneri Stef. M. túrgida Stef Ptychocoleus amplectens Stef. * P. Quintasii Stef. * P. Molleri Stef. * Brachiolejeunia thomensis Stef. * B. nigra Stef. Marchesina excavata (Mett.) Stef. * Odontolejeunea thomensis Stef * Prionolejeunea fissistipula Stef. Drepanolejeunea clavicornis Stef. * D. Molleri Stef. * D. Gomphiae Stef * Leptolejeunea Quintasii Stef. * L. thomeensis Stef. Região superior. Ceratolejeunia floribuuda Stef. * Taxilejeunea lougirostris Stef. * T. ramorissima Stef * Hygrolejeunea grossocristata Stef. * H. pulcherrima Stef. * H. patelliro.stris Stef. * Enosmolejeunea grandlstipula Stef. * Microlejeunea cochlearlfolla Stef. * Leptocolea crenatiflora Stef. * Diplaziolejeunea cavifolia Stef. 176 Anthrocerataceae Aspiromitus pinnatus Stef. MUSCI (1) Acrocarpi Dicraneaceae * Trematodon flexifolias C. Mull. Região superior. * Leucoloma gracilescens Brotb. L. secundifolium. Brotli. * Gampylopus Quintasii Brotli. C. erytlirocaulon Broth. Leucobryaceae * Leucobrium homalophyllum Broth. *L. leucoplianoides C. Mull, * Leucophanes MoUeri C. Mull. Fissídentaceae * Fissidens subglaucissimus Brotb. Calympenaceae Sirropodon lainprocarpus Mitt. Região superior nas árvores. * S. Quintasii Brotb. * Calymperes thomeanum C. Mull. Região superior. Orthotrichaceae * Macromitrium undatiíblium C. Mull. Região superior nas árvores. Splachtiaceae * Tayloria (,Ortbodon) tbomeana (Brotb). Região superior nas árvores. Funariaceae * Funaria acicularis C. Mull. Região superior. Bryaceae * Bryum squarripilum C. Mull. B. erytbrostegum C. Mull. Região superior nas árvores. * B. areoblastum C. Mull. * B. Molleri C. Mull. Região superior ; Pico. B. subuliferum Mitt. Rhodobryum Quintasii (Brotb) Paris. Rhisogoníaceae Rhisogonium spiniforme (L.) Brucb. Região superior. Bartramiaceae * Philonotis tricbodonta (C.Mull.j Paris. * Ph. mauotbecia (C. Mull.) Paris. Região superior sobre a terra. Poiytnichaceae * Fogonatum Molleri (C. Mull.) Paris. Região superior. P. rnbenti-viride (C. Mull.) Paris. Região superior. Pleurocarpi Necheraceae * Orthostichidium thomeanum Brotb. in Engl. v. Prantb, Pflanz, tamil. * Pilotrichélla ealomicra Broth. * P. inflatifolia C. Mull. * Região superior ; encostas do Pico. * P. leptoclada C. Mull. Região superior; encostas do Pico. (1) Boi. da Soe. Uiot., IV, VIII. — Hiern, Catalogue of M"dw. african Plants. T uris — IndeJ) mus- corum 177 * Floribundaria pateutissima (C. Mull.) Bio th. Região superior iias árvores. * F. Molleri (C. Mull.) Broth. Região superior perto do Pico. * Trachydopsis Qiiiutasiauua C. Mull. Pinnatella africaua (C. Mull.) Fieiscb. * Parotrichum Quintasii Broth. * P. caudatum Broth. P. corticola Kindb. Thamnium Molleri (C. Mull.) Paris. Hookeriaceae * Callicostella thomeana Broth. Região superior. * C. Quintasii Broth. * C. chionophylla (C. Mull.) Broth. Região superior nas árvores. * Lepidopilum niveum (C, Mull.) Paris. Região superior nas árvores. Hypoptenygiaceae * Hypopterygium subtrichocladon Broth. H. laricinum Hook. * H. brevifolium Broth. Região superior. Leskeaceae « Thuidium iuvolvens (Hedw.) Mitt., var., thomeanum Broth. Microthamnium subelegantulum Broth. Região superior. * M. lepto-reptans Broth. Ectropotheciumbrevifalcatum (C. Mull.) Kindb. Região superior. E. drepaniphyllum Broth, Região superior. * Acanthocladium trichocoleoides (C. Mull.) Broth. Região superior. * Isopterygium uauoglobuni (C. Mull.) Paris. Região superior. * Vesiculariã flaucula Broth. Região superior nas árvores. Lematcphyllaceae * Rhaphidostegium amblystegiocarpum (C. Mull.) Paris. Região superior. * Trichostelum dicranelloides Broth. Região superior. * T. subpycnocylindricum Broth. Rhacopilaceae * Rhacopilum orthocarpoides Brot. * R. thomeanum Broth. Região superior nas árvores. Brachythecaoeae * Rhynchostegium HopíFeri (Welw. et Duby) Gepp. PTERIDOPHYTA (1) Pilicales leptosporangiatae i. Hymenophyilaceae Trichomanes hymeuoidcs Hedw. Região superior. T. pyxidiferum L. Região superior. T. radicans S. Schrad. Desde a região inferior até 1800'". T. reptans S\v. Região inferior (Chevalier). Hymenophyllum polianthoa Schrad. Região superior. H. ciliatum Schrad. Região superior. (1) Boi. da Soe. Brot., IV. 13 178 li. Cyatheaceae Cyathea Manniana Hook. Eegião superior nas encostas do Pico. C. Welwitscbii Hook. Região superior. III. Polypodlaceae Aspidieae Dryopteris cirrhosa (Schum) O. Kze. Região superior, no Pico. D. orientalis (Gmd.) C. Christ. Região superior. D. Filix-mas (L.) Schott. Gm. fil., var. elongatum Hook, et Grevil. D. securidifoi-mis (Hook.) C. Clirist. * D. Henriquesii (Baker) C. Christ. Região superior. D. truncata (Point) O. Kze. D. parasitica (L.) O. Kze. * D. afra Christ. Região superior. D. striata (Scluim) C. Christ. Região superior. D. truncata (Poir) O. Kze. Região superior nas margens do rio Agua Grande. D. opporitifolia (Hook.) Urban. Região superior, Pico. D. pennifera (Forst.) C. Christ. Região superior. Didymochlaena truucatula (Sw.) .T. Sim. Região superior. Aspidium cicutarium (L.) Sw. Região superior. A. nigrescens Mett. Leptochilus auriculatum (Lam,) C. Christ. Região superior (Chevalier). L. virens (Wall.) C. Christ. # L. phanerodictyum (Bak.) C. Christ. Oleandreae Oleandra articslata (Sw.) Pr. Região superior. Davallieae Arthropterisobliterata (R. Br.) J. Smith. Nephrolepis bisserrata (Sw.) Schott. Em todas as altitudes. N. cordifolia (L.) Pr. Região superior. Davallia denticulata (Burm.) Mett. Microlepia speluncac (L.) Moorn. Ilhéu das rolas e na região supe- rior. Odontosoria chinensis (L.) Sm , var. di- varicata Christ. Região superior sobre as árvores. Asplerdeae Athyrium macrocarpum (BI.) Bedd. Região superior. Diplasium arborescens (Bory) Fée. Região superior. D. proliferum (Lam.) Thouars. Aspleniuin Currori Hook. A. variabile Hook. A. hyppomelas Kuhn. Região superior. A. vagans Baker. Região superior. A. longicanda Hook. Região superior. A. lunulatum Sw, Região superior. A. anisophyllum Kze. Região superior. A. serra Langsd. et Fisch. Região superior (Pico). A. adiantoides (L.) C. Christ. Região superior. A. dimidiatum Sw. Prodr., var. exaustum Christ. Região superior. * A. MoUeri Hieron. A. unilaterale Lam. Região superior. A. praemorsum Sw. Região superior. A. pedicularifólium St. Hil. S. Tomé e Príncipe (Barter e Mann). 179 A. drageanum-Kzc. Região superior. A. caudatum Forst. Prod., var. suhin- tcgrum Christ. Região superior nas rochas húmidas no caminho do Pico. A. africanum Desv. S. Tomé (Welwitsch). A. protensum Schrad. Região superior. A. emargiuatum P. Beanv. Região superior. Stenochlaena sorbifolia (L.) J. Sim. Região superior. Pterideae Gymnogramlnae Coniogramma fraxinea (Desv.) Diels. Região superior nas margens do Contador e no Pico. Cheilanthinae Pellaea Doniana (J. Sm.) Hook. Ilhéu das Rolas. Hypolepis sparsisora (Schrad.) Kuhn. Região superior. Adiantlnae Adiantum tetraphyllum Willd. A. lunulatum Burm. Fl. A. candatum L. Pteridlnae Pteris biaurita L. Em todas as altitudes. P. atrovirens Willd. Região superior. P. tripartita Sw. P. brevisora Bakr. Histiopteris incisa (Thumbg.) J. Smitt. Região superior. Pteridium aquilinum (L) Kuhn., var. lanuginosum. Em toda a ilha. Lonchitis pubescens Willd. Região superior. L. occldentalis Bnker. Em todas as altitudes. L. Currori (Hook.) Mett. Região superior. Vittarieae Vittaria lineata (L.) Sm. Anthrophyum Mannianum Hook. Em todas as altitudes. Polypodieae Hymenolep.s spicata (L. fil.). Região superior ; em Trás dos Mon- tes. * Polypodium Molleri Baker. Região superior; sobre as árvores no Pieo. P. loxogramma Mett. Região superior. P. vaccinifolium Langs. et Fischer. Região superior sobre as árvores. » P. oosorum Baker. Região superior sobre as árvores, P. lineare Thumb. Região superior, P. lycopodioides L. Ilhéu das Rolas. P. punetatum Sw. P. phymatodes L. Em todas as altitudes. P. astrosorum Christ. Região superior (Chevalier). Diynaria Willdenowii (Bory). Acroatlclieae *Claphoglossum Chevalicri Christ. Região superior; Pico. E. conforme (Sw.) Schott. Região superior. E. Aubertii (Desv.) Moore. Região superior. 180 E. vJlIosum (Sw.) J. Smith. Região superior. Acrostichum aureum L. Ilhéu das Rolas. Platycerium stemaria (Beanv.) Desv. Gleicheniaceae Gleichenia linearis (Burm.) Clarke. Região superior uas margens do rio Contador. Marattiales Marattiaceae Marattia fraxiuea Sm. Em todas as altitudes. Ophiaglossales Ophioglossaccae Ophioglossum reticulatum L. Lycopodiales Lycopodiaceae Lycopodiuin verticillatum L. fil. Região superior sobre as árvores. L. gnidioides L. fil. Região superior. L. dacridioides Baker. Região superior sobre as árvores. L. Phlegmaria L. L. cernum L. • Região superior. L. clavatum L. Região superior. Seliaginellaceae * Sellaginella Molleri Hier. Região superior. # S. Mannii Baker. No Pico. EMBRYOPHYTA SIPHONOGAMA Gymnospermae (1) Coniferae Taxaceae # Podocarpus Mannii Hook. Pinheiro da terra. Região superior. Angiospermae Monocotyiedoneae Pandanales * Pandanus tbomensis, J. Henriq. Pau esteira. Região inferior, litoral. Glumiflorae Gramineae Coix lacryma L. Região inferior (600-800'"). Andropogon Sorghum Brot., var. effusus Hackel A. contortus L. a genuinus, siibvar. typicus Hack. Região inferior. A. rufus Kunth. a genuinus Hackel. Região inferior. Paspalum conjugatum Berg. A todas as altitudes. P* scrobiculatum L. Região inferior. P. paniculatum Gaertn. Região inferior. Eriochloa puuctata Hamilt. Região inferior, litoral. Isachne Mauritiana Kunt. Região superior. Panicum sauguinale L, Região inferior. (1) Boi da Soe. Brot., V, 181 P. uueinatum Raddi. Região superior, Pico. P. brevifolium L. Em todas as altitudes. P. homonymum Steud. Região inferior. P. indicum L. Região superior. P. maximum Jacq. Região inferior. P. ovalifolium Poir. Região inferior. P. costatum Roxbourg. Região inferior. P. elatum Aubl. Oplinesmus afrieanus P. Beanv. Região inferior. 0. barbifultus Hochst. Região superior (1200'"-1300'"). 0. Jacquini Kuuth. Região inferior. Pennisetum Benthami Anders. Região superior. P. unisetum Kunth. De 600"'-1000"'. P. purpurascens Humb. et Kunth. Região inferior. Stenotraphum americanum Schrank. Região inferior, litoral. Olyra brevifolia Schumacher. Litoral. 0. latifolia L. Leptaspis cochleata Thw. •, L. conchifera Hackel in Boi. Soe. Brot. Região inferior. # Sporobulus Molleri Hackel. A diversas altitudes (770 "-1300"'). Sp. virginicus Kunth. Zona litoral. Sp. indicus Brown. Região inferior. Cynodon dactylon Pers. Zona litoral. Chloris abyssiuica Hochst. Região inferior. Ch. radiata Swartz. Região superior (800'"- 1100'") Eleuzine indica Gaertu. Região inferior. Centotheca lappacca Dew. Região inferior. Rottboellia exaltata L. Regiào inferior. Cyperaceae Hypolytrum afrieanum Nees. ; II. ne- morum Ridlcy in B. Soe. Brot. Região inferior. Cyperus difíormis L. S. Thomé (Don). C. Manuii C. B. Clarke ; C. elegans Ri- dley non Vahl in B. Soe. Brot. C. Reuschii Roech. ; C. sylvicola Ridley in B. Soe. Brot. Região superior. C. sphacelatus Ruttb. Região inferior, C. distans L. fil. Região inferior. C. rotundus L., var. laxatus C. Clarke. C. exaltatus Retz. S. Tomé (Don). Mariscus Dregeanus Kunth ; C. dubius Rottler in B. Soe. Brot. Regiào inferior. M. umbellatus Vahl. Região inferior. * M. thouiensis C. Blarke ; C. flavus Ri- dley non Boech. in B. Soe. Brot. Desde 20'"-1100"'. M. rufus H. B. et Kuntli. M. flabelliforinis II. B. et Kunth.; C. umbellatus Ridley no B. Soe. Brot. Killinga peruviana Lamk. Ilhéu das rolas. K. pumilla Mich. Regiào superior. Fuirena umbellata Rottbol. S. Tomé (Don). Fimbristylis ferruginea Vahl. S Tomé (Rattray). F. monostachys Thwaites. B. Tomé (Dou). 182 # Mapania ferruginea Ridley. Kegião superior (1100"-1350"). M. subcomposita C. Clark. M. superba C. Clark. Região superior. Carex leptodadus C. Clark. Região superior ; Pico. Príncipes Palmae Borassus flabellifer., var. aethiopicum Warburg. Região inferior (cultivado). Coccolneae Coccos nucifera L. Coqueiro. Região inferior (cult.). Elais guineensis Jacq. Palmeira An- dim ou do Óleo. Região inferior (cult.). Spathiflorae Araceae GulcãSia angolensis Welw. Pimenta da terra. Região inferior. C. scandens P. Beanv. Região superior. Colocasia antiquorum Schott., var. e«- ctdenta. Cultivada em algumas roças. Galadium bicolor Vent. Região inferior. Farinosae Bromeliineãe Bromeliaceae Ananás sativa Lindl. Ananás. Cultivado e quási espontâneo. Juncaceae Luzula campestris DC, var. Mannii Bu- chin. Pico de S. Tomé. Commelinineae Qommelinaceae PoUia Mannii C. Clark. Região superior. P. condensata C. Clark. Em altitudes diversas. Palissota pcdicellata K. Schum. Região superior. P. laxiflora C. Clark. Região superior. P. bracteosa C. Clark , P. Mannii in Boi. S. Brot. Commelina nudiflora L. Aneilema beninensis (P. Beauv.) Kunth. Bufforrestia imperforata C. Clark. Liliiflorae Liliineae Liliaceae Dracaena arbórea Link. Pári sabão. Em altitudes diversas. D. elliptica Thumb. et Dalm. Amaryllidaceae Hippeastnim Reginae (L.) Herb. Crinum giganttum Aubr. S. Tomé (Don). C* podophyllum Hook. Dioscoraccae Dioscorea sativa L. Oto/ti, luhane Zam buço. D. alata L. 183 D. prehensilis Bentli. C. (Heimia) diimctorum. Bofo. D. Wehvitchii Rendle. Cuini. Scitamineae Musaceae Musa sapieutium L, yíiy . pai adirica L. Cultivada na região inferior. A variedade vittata, que se diz oriunda da ilha de S. Tomé, é hoje ali desco- nhecida. Zíngiberaceae Costus afer Ker. * C. giganteus Welw. Bordão de ma- caco. * Renealmia grandiflora Baker; Alpinia africana Kidley in B. Soe. Brot. Amomum Melagueta Rose. A. angustifoliuin Sonnerat., A. erythro- carpum Ridley. Cannaceae Canna indica L. subsp. orientalis Rose. Região inferior. Marantaceae Thaumatococcus Daniellii Benth. Região inferior, Maranta araudinacea L. Região inferior. Microspermae Orchidaceae * Habenaria thomana Rchb. •, H. barrina Ridl. Pogonia umbrosa Rchb. * Zeuxine elongata Rolfe. Região superior. * Cheirostylis lépida Rolfe Ch. heterosepala Rchb. Manniela Gustavi Rchb. Região superior. Eulophia latifolia Rolfe. Corymbis Welwitschii Rchb. * Orestias elegans Ridl. Região superior. * Polystachia albesceus Ridl. Região superior; Pico. P. tessellata Lindl. * P. Ridleyi Rolfe. Região superior. * P. expansa Ridl. Em altitudes diversas. * P. disticha Rolfe. Calanthe corymbosa Lindl. Região superior. * Bulbophyllum resupinatum Ridl. Em altitudes diversas. * B. Quintasii Rolfe. B. recurvum Lindl. Megachlinium maximum Lindl. Angolares. Mi. falcatum Lindl. Angolares. * Angraecum flexuosum Rolfe; Redino- xium flexuosum Ridl. in B. Soe. Brot. Região superior. * A. Quintasii Rolfe. Região superior. * A. Henriquesianum Rolfe. * Listrostachis acuta Rolfe; Angraecum acutum Ridl. in B. Soe. Brot. * L. subclavata Rolfe; A. subclavatum Ridl. 1. cit. * L. thomensis Rolfa; A. thomense Rolfe in B. Soe. Brot. * Mystacidium Astroarche Rolfe; A. Aa- troarche Ridl. 1. cit. Região inferior. M. rutilum Durand et Schinz; Listrosta- chis rutila Ridl. 1. cit. Região superior. * M. dolabriforme Rolfe. M. distichum Benth, Região inferior. Vanilla plauifolia. liegião inferior (cnbtivada). 184 vai', ihomeanum DICOTILEDONEAE (1) ARCHICHLiMYDEAE Piperales Piperaceae Piper eapense L. fil. P. subpeltatum Willd. Kegiâo superior. P. guineense Schum., C. D. C. Região inferior. # P. pseudo-silvaticum C. DC. Região superior. # P. Molleri C. DC. Região superior. * Peperomia Molleri C. DC. Região superior. * P. thomeana C. DC. Região inferior — Angolarcs P. pelliicida Kunth. Região inferior. P. Martiana Miq. Região inferior. P. Holstii C. DC. Região inferior. Urticales Ulmaceae Celtoideae Ceitis Darandii Engl. Páuféde. Região inferior. C. Prantlii Priemer. Quaco branco. Região inferior. C. Soyauxii Engl. Páu capitão. Região inferior. Trema affiuis Blum; T. guineense Fi- calho in PI. úteis da Afr. port. Páu cabra. Moraceae Meroideae * Clorophora tenuifolia Engl. ; C. excelsa Heniiq. in B. Soe. Brot. Amoreira. Região inferior. # Mesogyne Heuriquesii Engl. Região inferior — Angolarcs. Treculia africana Dene. Iza-quente. Região inferior. Artocarpideae Artocarpus incisus L. fil. Fruia pão. Região inferior (cult.). A. integrifolius L. fil. Jaca. Região inferior. Castilloa elástica. Região inferior (cultivada). Bosquiea angolcnsis Ficalmo? Região inferior. Exemplar sem flores e sem frutos. Deter- minação i)or comparação com exem- plares africanos. Artocarpoideae Ficus mucusso Welw. Região inferior. F. exasperata Warb. Região inferior. F. subcalcarata Warb. et Schwein Em diversas altitudes. F. trochocarpa Warle. Região superior. F. Vogelii Miq. Região inferior (Chevalier) F. Gilleti Warb. Região inferior (Chevalier) F. Demeuxi Warb. Região inferior. Comocephaloideae Musanga Smithii R. Br. Região inferior. Gojfe (1) nol. da fíoc. Brot., X. 185 Cannaboideae Cannabis sátira L. Liamba. Região inferior. Urticaceae Urera obovata Bentn,, var. Quintasii Engl Região superior. Fleuria aestuans Gaudich. a Linnaeaua Wedd. Região inferior. Pilea Manniana Wedd. Região superior. P. ceratomera Wedd. Região superior. * Elatostoma Welwitachii Engl. Região superior. * E. Henriquesii Engl. Região superior. E. angolense Engl. Região superior. * E. thomense Henriq.; E. parvulum Engl. região superior. Boehemeria platicarpa Wedd. Região inferior Pouzolzia guineensis Benth. Santalales Santãlineae Olacaceae Heisteria parviflora Smitli. Nono. Região superior. Polygonales Polygonaceae Rumex abyssinica Jacq. Região superior (Pico o Lagoa Amélia). Polygonum senegalense Meisn. Região inferior. Centrospermae Chenopodiineae Chenopodíaceae Chenopodium álbum L. Região inferior. Ch. ambrosioides L. Em todas as altitudes. Amarantaceae Amarantoideae Gelosia trigyna DC. Região superior. C. argêntea L Região inferior. Amarantus spinosus L. Região inferior. A. viridis L. Em todas as altitudes. Cyathula prostrata Blume. Em todas as altitudes. Achyranthes áspera L. Folha galo. Região inferior. Pupalia lapacea Moq. Região inferior. Gomphrenoideae Alternanthera sessilis R. Br. Região inferior. A. Achyrautha R. Br. Região inferior. A. nodiflora R. Br. Região inferior — Angolarcs. Irisine vermicularis (L.) Moq. Região inferior. Phytolaccineae x Nyctaginaceae Mirabilis Jala[)a L. Região inferior. Boerharia adscendens Willd. Região inferior. 186 B. paniculata Ri eh. Região inferior. Phytolaccaceae Phytolacca dodecaudria lj'Herit. Região superior. Ph americana L. Região inferior. Portulacineae Portulacaceae Talinum crassifolium Willd. Região inferior. Caryophyllineae Carlophyllaceae Stellaria Mannii Hook. Região superior. St. media (L.) Smith. Região superior. Drymaria cordata Willd. Região superior. Ranales Magnoliineae Anonaceae Uvarioideae Polyalthia acuminata Oliv. Pàu preto. Região inferior; Angolares. Xylopeae Xylopia africana Oliver. Em altitudes diversas. Oxymitra sp. O patenti Bentli. affinis. Inhé preto. Região superior (Welw ). Anona muricata L. Sap-sap : Coração de preto. Região inferior. A. palustris L. Nona. Na parte inferior da região superior. Monodorea Myristica Dun., var. gran- di flora Oliver. Região superior. Myristicaceae Myristica Kombu Baill. Região superior ; Monte Café (Welw). M. macrocarpa Welw. Região superior. M. fragrans. Cultivada em Monte Café.' Lauraceae Cinnamomum Camphora Nees et Ekerm. Carnforeira. Cultivado em algumas roças. C. zeylaudicum Brayn., var. commune Nees. Caneleira. Cultivado em Nova Moka. C. Burmanui Blume. Região superior (Chevalier). Persea gratíssima Gaertn. Abacateiro. Cultivado. Hernandiaceae Hernandia beninensis Welw. Bungo. Região superior E-hoeadalés Rhoeadineae Papaveraceae Argemone mexicana L. Região inferior no litoral. Fumaria officinalis L. Região inferior. Capparidineae Cruciferae Coronopus didymus (L.) Sm. Região inferior. 187 Diplotaxis tenuisiliqna Delil. Região superior. Brassica juncea (L.) Coss. Mostarda. Região inferior. Nasturtium officinale R. Br. Cultivado e quási expoutâneo nas terras altas. Cardamine africana L. Região superior. Capsella bursa-pastoris (L.) Moench. Região superior. Capparidaceae Cleome ciliata Schura. et Thonn. Região inferior. Pedicellaria pentaphylla (L.) Sehrank. Vulgar em toda a ilha. Capparis tomeutosa Lamk. Região inferior. Rosales Saxifragineae Crassulaceae Kalanchoe crenata Haw.? Região inferior. Exemplar bastante incompleto colhido em Porto Alegre. Eosiueae Rosaceae Eriobotrya japoniea. Cultivada. Rubus pinnatus Willd. Região superior. Âlchemillã tenacicaulis Hook. S. Tomé (Chev.). Rosa laevigata Much. Parinarium excelsa Sabin. S. Tomé (Mann). P. macrophylla Sabine, S. Tomé (Don.). Connaraceae Connarus africanus Lamk. Corda anã. Ilhéu das rolas. Agelaea obliqua P. Beauv. Caestis oblongifolia Baher. Mondim Muda. Ilhéu das rolas. Leguminosae Mimoseae Acácia Farnesiana Willd. A. pennata Willd. Leucaena glauca Benth. Mimosa asperata L. M. pudica L. Tetrapleura Thonningii Benth. Cm-' pira. Parkia intermédia Oliv Luha. Pentaclethra macrophylla. Sucupira. Caesalpinioideae Cynometra Mannii Oliv. Tamarindus indica L. Tamàrideiro. Região inferior. Dialium guineense Willd. Salambá. Região superior. Cássia occidentalis L. Maiobo, Fede- goso. C. Sophora L. Em diversas altitudes. C. Tora L. C. mimusoides L. Região inferior, litoral. C. siberiana DC. Região superior. Gaesalpinia Honducella Fleming. Litoral; illieu das rolas. C. pulclierrima (L.) Sw. Fapiliouatae Sophora tomeutosa L. Crotalaria othrolenca G. Don. C. intermédia Kotschy. Litoral. 188 C. striata DC. Indigofera hirsuta L. I. endecaphylla Jacq. Litoral. I. Anil L. Tephrosia Vogelii Hook. f. T. flexnosa G. Don. Região inferior. Milletia Barteri Dum. Sesbania pubescens D C. Diphaca cochinchinensis Lour. D. verrucosa (P. Beauv.) Taub. Aeschynomena indica L. Arachys hipogaea L. Ginguha. Desmodium lasiocarpum D. C. D. adscendens D. C. D mauritianum D. C. D. scalpe D. C. Região superior, perto do Pico. D. incanum D. C. Alysicarpus vaginalis D. C. Litoral. Uraria picta D. C. Dalbergia acastophyllum (L.) Taub. Lonchocarpus macrophyllus H. B. etK. Colema. Glycine hedisaroides Willd. Litoral. Teramnus labialis Spreng. S. Tomé (Don. Chevalier). Mucuna pruriens D. C. M. ureus Medik. Diodia reflexa Hook. f. Corda Ipé. Ilhéu das rolas. Canavallia marítima P. Thouar. C. iucurva P. Thouar. Litoral Cajanus indicus Spreng. Rhychosia caribaea D. C. S. Tomé (Don). R. debilis Kook. f. S. Tomé (Don) Phaseolus luuatus L. P. adenanthus G. F. W. Mey. P. vulgaris L. Cultivado até 800"\ Vigna triloba Walp. V. lutea A. Gray. V. Donii Baker. Geraniales Geranineae Oxalidaceae Oxalis corniculata L., var. stricta Oliv, Região superior. 0. caprina L. Rutaceae Xanthoxylum maerocarpa Oliv. Sudoeste (Chevalier). Pagara megalacautha (Planch.) Engl. Marapião. Região superior. * F. thomensis Engl. Burseraceae * Pachylobus edulis Don. Safú, Mu- hafo. Região superior. * Santiriopsis balsamifera (Oliv.) Engl. Bálsamo de S. Tomé. Região superior. Mel iaceae Melioideae * Garapa Goge Chev. Turraea Vogelii Hook f. Vara preta. Trichilia grandifolia Oliv. Região superior. Malpighineae Malpighiaceae Acridocarpus Semeathmannii Guill, et Perrot. Milando hometn. Litoral. 189 Dichapetalineae Dichapetalaceae * Dichapetalum Bocageamun Eiigl.; Chailletia Bucageana Henriq. Me- lambó. Angolares. Tricoceae Euphorbíaceae Phyllanthus Niruri L, Ph. discoideus Muel. Arg. Ph. floribundus Muel. Arg. (Chevalier). Ph. odentadeuium Muel. Arg. (Chevalier). * Cyclostemon glaber Pax. * C. Henriquesii Pax. Nó-nó. Região superior. * C. laciniatum Pax. Thecacoris Manniana Muel. Arg. Páu fígado Eegião superior. Pico (Mann.). * Th. membranacea Pax. Th. steuopetala Muel. Arg. Região superior. Bridelia stenocarpa Muel. Arg. Croton Draconopsis Muel. Arg. Páu purga. * Agrostistachys africana Muel. Arg. * Claoxylonpurpurascens Beille; C. Mol- leri (Pax) Prain. Região superior. Alchornea cordata Benth. Acalypha Vahliana Muel. Arg. Caporonia latifolia Pax. Jatropha curcas L. Purgueira. Litoral. J. multifida L. Hevea guyanensis. Cultivada na região inferior. Manihot utilisslma L. Mandioca. Cultivada e quási expontânea. M. Glasiovii Muel. Arg. Cultivada na região inferior. Sapium Mauuiauum Muel. Arg. Região superior. Euphorbia pilulifcra L. E. hypcrici folia L. S. Tomé (Douu). E. prostrata Ait. E. indica Lamk. Litoral. E. rhipsaloides Lem. E. Esula L. * E. Quiutasii Pax. Litoral perto do rio Agua grande. Sapindales Anacardiineae Anacardíaceae Mangifera indica L. Mangueira. Cultivada até SõO"'. Anacardium occidentale L. Cajueiro' Cultivado até 260™. Pseudospondias microcarpa Eugl. Gue- gue. Sorindeia aeutifolia Engl. Gogó. Eegião superior. S. grandifolia Engl. Gunni-quion. Hippocrateaceae Hippocratea víilutina Afz. Sapindineae Sapindaceae Paullinia pinnata L. Corda Qué, Zo- roqué. Cardiospermum ILalicacabura L. Litoral. Allophylus africanus P. Beauv. Páu vala, Stlá-aelá, S'la S'la. Litoral. Chytranthus Mannii Ilook f. Pece gueíro de S. Tomé. Blighia sapida Koenig. 190 Balsaminineae Balsaminaceae * Impatiens buccinalis Hook f. Ca- marões. Desde 100" até 1400" de altitude. Rhamnales Vitaceae Cissus producta Afz. C. Barbeyana de Wild. C. uvifera Plancb. in B. Soe. Brot.., v. C. aralioides Planch. Ilhéu das rolas, debilis (Bak.) Planch. gracilis Guill. et Perrot. curvipoda (Baker) Planch. Leeoideae Leea tinctoria Lindl. Região inferior. Fruta ceté-celé. Malvales Malvineae Tiliaceae Corchorus olitorius L. C. acutangulus Lamk. Grewia carpinifolia Juss. Gr. pilosa Lamk. forma subglabra. Triumfetta rhomboidea Jacq. Maivaceae Abutilon hirtum Don. Wissadula rostrata Planch. Sida carpinifolia L. S. humilis Cav. S. acuta Burm. S. rhombifolia L. S. cordifolia L. tJrena lobata L., var. reticulata GiirJce. Hibiscus suratensis L. H. tiliaceus L. H. Abelmoschus L. H. rosa-sinensis L. H. lunarifolius Willd. Gossypium herbaceum L. Bombaceae Adansonia digitata L., var. angolensis Cheval. Imbondeiro. Bombax pentandrum L. Ocá. Sterculiaceae Theobroma cacao L. Cacaueiro. Cultivado até 800". Sterculia pubescens G. Don. Cola acuminata R. Br. Cola, Coleira. Cola digitata. Masters. Parietales Ochnaceae Diporochna Quintasi, van. Tiegh-, Ochna membranacea B. Soe. Brot.., iii. Região inferior. Rhabdophyllum Quintasii, van. Tiegh •, Ouratea affinis (Hook.) Engl. Região inferior. Monelasmum thomense, van. Tiegh; Ou- ratea reticulata (P. Beauv.) Engl. M. Henriquesii, van. Tiegh; Ouratea re- ticulata (P. Beauv.) Engl. Páu dumo, Dumo vermelho. M. MoUerii, van. Tiegh; Ouratea reticn- lata. Região inferior. Theineae Dílleníaceae Dillenia indica. Theaceae Ternstroemlaceae Adinandra Mauuii Oliv. 191 Guttiferae Harungana paniculata Pers. Páu san- gue. Região superior. Pentadesma butyracea Sabini. Páu ova, Obá. Região superior. Symphonia globulifera Sabim. Óleo barão. Região superior. Cistineae Rixaceae Rixa orellana L Quisafú, Urucú. Região inferior, subspontâuea. Tlacourtineae Víolaceae * Rinorea MoUeri M. Brandt-, Alsodeia ardisiae flora Henriq. B. Soe. Brot. Soá-soá. Região inferior. R. dentata ^P. Beauv.) O. Ktze. Tesse. Flacourtiaceae Oncobã spinosa Forsk., var. Angolensis Oliv. Malinhogue, Dihini. Litoral. Passlfloraceae Passiflora foctida L. Região inferior. P. edulia. Maracujá. Cultivado. P. quadrangularis. Maracujá. Cultivado. Papayineae Carica papaya L. Papaia. Cultivada na região inferior. Begoniineae Begoniaceae * Begónia (Meziera) Heuriquesii C. D. C. Região superior. * B. (Squamibegonia) ampla Hook. Região superior. •* B. baccata Hook. Região superior, * B. (Luasiobegonia) thomeana C. D. C. Região superior perto do Pico. #B. (Fusibegouia) Molleri (C. D. C.) Warb. Região superior. *B. (Rostrobegonia) Quintasii C. D. C. Região inferior: ilhéu das rolas. Opuntiales Cactaceae Rhipsalis Cassytha Gaertn. Myrtifiorae Myrtineae Rhizcphoraceae Rhizophora racemosa G Meyer. Região inferior; litoral. * Dactylopetalum Manuii Hook. Região superior perto do Pico (Alann.). * Anisophillea ( 'abole Henriq. Cabolé. Região inferior; Angolares. Combretaceae Quisqualis indica L. Região inferior (Chevalier) cul- tivada? Terminalia Catappa L. Amendoeira da índia. Cultivada. Conocarpus erecta Jacq. Ilbeu das rolas. 192 Myrtaceae Psidium Guajava L. forma pommiferum. Guiaheira. Cultivado na região inferior. Eugenia Jambos L. Jamboeiro. Cultivado na região inferior. E. uniflora Tv. Pitangueira. Cultivado. Melastomaceae Tristema incompletum Br. Região superior. T. Scliumacheri Guill. et Perrot. Região superior. T. albiflorum Bentli. Região superior na estação Souua (E. tampos). * Calvoa grandifolia Cogniaux. Ilhéu das rolas. # C. crassinoda Hook. Região superior no Pico (Mann). * C. robusta Cogniaux. Região superior no Pico (E Cam pos). C. Heuriquesii Cogniaux. Região superior. C. hirsuta Hook. Região superior. * C. integrifolia Cogniaux. Região superior. Onagraceae Jussieua linifolia Vahl. Região inferior, J. villosa Lamk. Região inferior. Umbelliflorae Araiiaceae Sclieff.lereae Scheffiera Henriquesiana Harms. (1) in lit. (1) Esta planta foi indicada no Boi. da Soe. Broteriana X, com o nome de Heptapleurum Bar- teri Hiern. O Prof. Harnis examinando mais tarde novos exemplares indicou-me o novo nome, considerando a planta como espécie nova. Não conheço a descrição desta nova espécie. Que é diferente da Schefflora [Aeplapleurum] bastará vêr qne esta é, como a descrtve o Hiern — A small glabrous (rcc — ao passo que a nova espécie é arbusto trepador (corda, liana). Compa- rando a planta de S. Tomé com exemplares da Scli. Barlcri colhidos nos Camarões noto di- ferenças na grandeza e forma da flor em botão. O botão da Sch. Bartcri tem 3 milímetros, o da iSch. Henriquesiana 4,5 milímetros. A forma da coifa formada pelas pétalas é de forma có- nica e apiculada, na Sch. Henriquesiana e quási semiesférica na Sch. Barteri. ComparanJo a nova espécie com a SeU. scundens (Hiern) dos Camarões, espécie afim, noto as diferenças indicadas no quadro seguinte : Peciolo Peclololos Limbos Ramos da inflorescência. Pedidos das umbelas. . . Pediolog das flores . Umbelular Sch. Henriq. 5 — 8i'ol. 1-2 5—9 8 — 13 1 I 10 flores Sch. scandens 1,5 _ 6po1. 1-1,5 3,5 — 7,5 ò quási metade do anterior 10 flores Em ambas as espécies nos ramos da inflorescência há bracteas e bracteolas ovadas Irmcn- /arinosa como indica Hiert. São espécies. extremamente afins, se não são uma e mesma espécie. 193 Panax fulvuin Hieni. Ilhéu das rolas. Umbeilíferae Hydrocotyloideae Hydrocotyle bonarieusis Lamk. Região inferior ; Angolares. Saniculoideae Eryngium foetidum L. Kegiào inferior (Mann). f METACHLAMIDEAE Ericales Ericaceae * Philippia tliomeusis Heuriq. Urze. Região sui^erior; Pico. Primulales Myrsinaceae * Maesa Borgeana Henriq. ; M. Quintasii Gilg. Região superior. * Ardisia cymosa Baker. S. Tomé (Mann.). Oncostemon cuspidatum K. Schum. Região inferior. Myrsine menalopliloes R. Br. Região superior (Chevalier). Plumbaginaceae Plumbago capeusis Thumb. Região superior (cultivada) V P. zeilandica L. Regiào inferior (Chevalier). Ebenales Sapotaceae Sideroxylon densiflorum Baker. Páu azeitona. Regiào inferior (Maun, Wehv.) Chrysophyllum africanum DC. Umiuem. Região inferior. Ch, álbum G. Don. Regiào inferior (G. Don, Chevalier). Diospyrineae Ebenaceae Maba buxifojia Pers. S. Tomé (G. Don). Contortae Oleineae Oleaceae Olea Welwitschii (Knobl.) Gilg. Ipé. Regiào superior. Jasminum mauritianum Boje. Litoral (Chevalier). Gentianinae Loganiaceae Anthocleista scaudens Hook f. Pico de S. Tomé (Mann.). A. Liebrechliana W. et Dur. Região inferior em Porto Alegre (Chevalier). Apocynaceae Landolphia Dawei Stapf. Parte mais alta da região inferior em Monte Café (cultivada)? * Conopharyngia insignis K. Schum in lit. (1). Região inferior. (i) Ignoro se o Prof. K. áchumann descreveu esta espécie, fundada era exemplares colhidos por mim numa dependência da roça Ponta-Figo. 13 194 # C. stenosiplion Stnpf. Páit lírio. Região superior. C. angolensis Stapf. Região inferior Voacanga angolensis Stí\pf. Região inferior. Rawolfia macrophylla Stapf. Região inferior no Monte Café. C. dichotoma K. Schum. Monte (íafé. R. Senegambiae DC. Ilhéu das rolas. R. vomitória K. Schum. Região inferior; Ilheu das rolas. Fontuinia africana Stapf. Região inferior. Asclepíadaceae Asclepias curassavica L. Região inferior. * Oncostemma cuspidatum R. Sclnmi. Região inferior. Tubiflorae Convolvulineae Convolvulaceae Merremia pentaphylla Hallier. Região inferior. M. congestifolia Ilallier. Região inferior. M. umbellata Hallier. Região inferior. Ipomoeae Quamoclit coccinea Moench. Região inferior. Ipomoea hispida R. et Sch. Região inferior. I, stolonifera Gmel, Região inferior. 1. palmata Forsk, Região inferior I. lilacina 151. S. Tomé (Don). I. biloba Forsk. Região inferior; Ilheu das cabras. I. digitata L. Região inferior. ColomyjLi:n s^!(!ciosum Choisy. Região inferior. Borraginineae Borragínaceae Heliotropium indicum L. Região inferior. Verbenineae ^■ Verbenaceae Lantana camera L. Região inferior (('hevalier). Duranta'^Plumieri Jacq. Região inferior. * Premma macrosiphon Baker. Região superior. * Clerodendron Silvaeanum Henriq. Região superior. Avicennioideae Avicenia africana P. Beauv. Região superior (Chevalier). Labiatae Leonotis nepetifolla Ait. Região inferior (Chevalier). Achyrospermum densiflorum B 1 u m e . Folha Ihga. Região inferior. Salvia coccinea L. Região superior (cultivada) ? Solenostemon ocymoides C. Sch. et Thorn. Região inferior (Chevalier). Platostoma africanum P. Bcauv. Região inferior. 195 Ocimum Basilicuin L. « piloáiiin. Mos- quito. liegião inferior. Solanlneae Solanaceae Nicandra physaloides Gaertn, liegião inferior. Physalis angulata L. Capsicum cerasiforme Mill. Kegião superior. C. frutescens L. Região superior. Solanum nodiflorum Jacq. Região superior. S. bifureum Hocliot. liegião inferior. S. bilabiatuin Dammer. Região superior. S. Saucti Thomae G. Bithr. Região superior, S. Monteiroi C. H. Wriglit. llheu das rolas. Cyphomandra betacea Sendtn. Cult. a 700™. Datura fastuosa L. Região inferior. Cestrum vespertiuum L. S. Tomé (Mann). C. Parqui L'Herit. Região inferior. Nicotiana Tabacum L. Subspontâneo até 800". Scnophulariaceae Scoparia dulcis L. Região inferior ; Ilhéu das rolas. Thumbergianthus Quintasii Engl. Bígnoniaceae Newbouldia laevis Secm. Quine. Litoral. Gesner.acaae Epithema thomensis Ileuriq. Região superior. Lentibulariaceae Utriculária bryophylla Ridley. Região superior. Acantineae Acanthaceae Elytraria marginata P. de Beauv. Região inferior; Angolares. Thunbergioideae Thumbergia alata Boger. Região inferior. Brillantasia Vogeliana Benth. ; B. Mol- leri Lindau D. Soe. Brot. Região superior. B. Lamium Benth. Região superior. B. Palissotii Lindau. Região inferior até 800'°. Phaylopsis micrautha (Benth.) Clarke. Região inferior (Don, MoUer). Heteradelphia Paulo -Wilhelmia Lindau; Paulowilheimia nobilis Clarke. Região superior. Graptophyllum hortense Nees. Região inferior, subspontâneo. Isoglosseae Brachystephanus occidentíilis Lindau. Região superior. Justicia tenella T. Anders. Região superior. J. Lazarua S. Moore ; J. thomensis Lin- dau. Região inferior, 196 Rubiales Rubiaceae Oldenlandia corymbosa Oliver. Litoral ; Ilhéu das rolas. Pentodon pentaudrus Vatke. Região inferior, Pentas occidcntalis Beuth. et Hook, Região superior i encostas do Pico. Cinchona succirubra Pav. C. Calysaia Wedd. Cultivadas na região superior. Mussaendia tenuifloraBenth., var. ^rraw- diflora Schum. Região inferior. Determíhaoão duvidosa pela imperfeição dos exemplares. * Bertiera racemosa K. Schum. Região inferior; Angulares. B. laxa Bcnth. Região superior ; Pico (G. Mann). Urophyllum insulare Hiern. Páu cai- xão. De 650-" a 800"'. Sabicea cauliflora|Hoem. Região superior. S. ingrata K. Schum. Região superior. Randia palleus Hiern, Região inferior. # R. Quintasii K. Schum. Muindo. Oxyanthus speciosus DC. Páu-louro. Região inferior. Pouchetia parviflora Benth. Região inferior; Angolares, lilicu das rolas. * Plectronia glabriflora K. Schum. Ilha de S. Tomé (G. Mann). # P, Henriquesiana K, Schum. Corda de água. Região superior. Craterispermum moutauum Kiern. Ma- cambrará. Região superior. Coffea arábica L. C. liberica Hiern. Cultivadas. Pyschotria Doniana Benth. Ilha de S, Tomé (G. Mann). P. monticola Hiern. Ilha de S. Tomé (G. Don). * P. velutipes K. Schum. Região superior. ^ * P. Guerkeana K. Schum. Na i^arte mais alta das encostas do Pico, * P. Molleri K. Schum. Região inferior ; Angolares * P. Henriquesiana K. Schum. Região inferior ; Angolares. P. euchlora K. Schum. Região inferior. Grumilea macrocarpa Hiern. Região superior {G. Mann). Chassalia virens K. Schum. Em diversas altitudes. Geophila spathacea Hiern. Em diversas altitudes. Morindã citrifolia L. Moindo. Região inferior. Diodia marítima Thon. et Sch. Litoral. Borreria ocimoides (Baker) Oliver. Em altitudes diversas. B. verticillata G. F. W. Mey. Região inferior. Campanulatae Cucurbitineae Cucurbitaceae Melothria minutiflora Cogniaux. Em diversas altitudes. Momordica Charantia L. B. abreviata S\v. Região inferior. Lufifa cylindrica Roem. Mumalongo. Região inferior. Bryonopsis laciniata Naudin, Região superior. * Peponia bracteata Cogniaux iu Boi. Soe. Brot. X. Região superior. 197 # Cayaponia latebrosa Cogniaux ^ gla- brata Cogniaux. Sechium edule Sw. Piv^pinda. Cultivado e subspontâneo. Campanulineae Campa nuiaceae * Lobelia Molleri Henriq. ; L. tliomensis Dgl. Região superior. Eugl. Composítae Sparganophorus Vaillantii Gaertn. Região inferior. Vernonia amygdalina Delib. Região inferior. Herderia stellulifera Beuth. Região inferior. Elephantopus scaber L. Região inferior. Adenostemma viscosum Forst. Em altitudes diversas. Ageratum conysoides L. Em altitudes diversas. Mikaniã seandens Willd. Em altitudes diversas. Dicrocephala latifolia DC. Região superior nas encostas do Pico. Conysã percicaefolia Oliv. et Hiern. Em diversas altitudes. Epaltes brasiliensis DC. S. Tomé (G. Don). Ambrósia senegalensis DC. S. Tomé (G. Don). Eclipta alba Hassharl. Região inferior. Spilanthes Acmella L. Região inferior. Bidens pilosus L. Pega-pega. Em altitudes diversas. Galinsoga parviflora Cavan. Em diversas altitudes. Chrysantemum indicum L. Região inferior. Gynura crepidioides Benth. Região superior. Sonchus oleracens L. Região inferior. OBSERVAÇÕES FLORESTAIS DE UMA JORNADA PELA BEIRA FEITA EM AGOSTO DE 1876 PELO Engenheiro florestal BERNARDINO BARROS GOMES 1. — Fins que me propuzera Desejei averiguar as condições de vegetação nas três partes da Beira que distingui com os nomes de meridional, transmontana e central ; tais como o aspecto dos arvoredos, das culturas e o regímen das águas mas j)udessem revelar. Tinha particularmente em vista determinar a distribuição do car- valho da Beira, muito pouco averiguada ainda, e difícil de averiguar por outra forma, em resultado da confusão que se faz geralmente das nossas espécies de carvalhos, cujas designações vulgares carecem de ser revistas e esclarecidas pelo estudo botânico. Este trabalho tinha-me parecido de absoluta necessidade para um desenho definitivo da carta xilográfica, tal como a empreendera fazer. Para o conhecimento regional do país era-me também muito pre- ciso visitar a serra de Montemuro e observar de ]36rto a sua impor- tância orográfica e condensadora, pela assinalada posição que ela ocupa entre todas as do pa-ía, sendo a que mais perto da costa maior área possue a mais de 1 kilómetro de altura. 2. ~ Itenerário seguido A 18 de manhã parti de Lisboa. A 21 de manhã cheguei a Cas- telo Branco, seguindo de Abrantes até lá por estrada nova, em carro, e apeando-me a meudo para observar os arvoredos. Nesse mesmo 190 dia atravessei em diligência a planície entre Castelo Branco e a serra de Alpedrinha, observei em rápida i^assagem os arvoredos im- portantes que revestem parte desta última e atravessando o Zêzere de noite cheguei pouco depois h Covilhã. A 22 percorri a cavalo e a pó a nova estrada da Covilhã até à Guarda. A 23 segui da Guarda, a cavalo e a pé até Longroiva e a 24 de Longroiva a For- coa 6 S. João da Pesqueira ; donde a 25 parti, Douro abaixo, che- gando de tarde' a Lamego. A 26 ao meio dia estava no alto da serra de Montemuro, a 27 em S. Pedro do Sul, a 28 em Vizeu, a 29 em minha casa no Ribatejo e a 31 de regresso à residência da Azam- buja. 3. — Concelhos visitados Foram 7 na Beira meridional, 10 na transmontana, 7 ná central, a saber : 1) Na Beira meridional — Abrantes, Sardoal, Vila de Rei, Proença a Nova, Castelo Branco, Fundão, Covilhã. 2) Na Beira transmontana ~ Guarda, Pinhel, Trancoso, Meda, Foscôa, Pesqueira, Taboaço, Armamar, Lamego, Resende. 3) Na Beira central — Sinfais, Castro Daire, S. Pedro do Sul, Vouzela, Vizeu, Tondela, Santa Combadão, e, já na Beira litoral pela maior parte, o concelho da_Mealhada. 4. — Observações sobre a distribuição do carvalho da Beira, Quercus Tozza De Abrantes até Castelo Branco não deparei com uma só árvore ou moita desta espécie. Encontrei as primeiras lenhas dela numa casa de Castelo Branco, onde me disseram que tinham vindo da Ribeira de Ponsul. As primeiras matas de Quercus Tozza que vi nesta excursão foram as da serra da Guardunha junto a Alpedrinha, a mais de 200 metros de elevação. Aparece logo associado ao cas- tanheiro formando árvores de porte mediocre com abundância de moitas ou criação expontânea pelas abas da serra ; ocupando porém pouco terreno. Pode contudo dizer-se que ao largar o alto plano de Castelo Branco>e entra por aquela serra em plena região do Quercus Tozza. Na Covilhã, no vale do Zêzere, no concelho da Guarda, nos 200 de Trancoso, Pinhel, e ainda na parte sul do actual concelho de Meda que fez parte de V. N. de Fozcôa, o carvalho da Beira forma constantemente elemento importante da arborização espontânea, "preponderando mesmo em muitas partes sobre o castanheiro com o qual é quási constante a sua mistura. As abundantes moitas de carvalho que encontrei de Avelãs da Ribeira do Freixial no caminho da Guarda a Longroiva, são todas desta espécie, reduzida em muitos casos pelas arroteas e culturas a ter de contentar-se com as extremas das propriedades onde não falta por entre as j^edras dos muros' e onde procura bracejar e elevar-se apesar das roças frequentes. As melhores matas que dele encontrei são as de Belmonte, Seixo e Vela ao subir do Zêzere para a Guarda, onde revestem com verdadeiro montado de carvalho e castanho dezenas de hectares, em terrenos graníticos de encosta a 300-600 metros de altura. Ao descer da Guarda para Fozcôa torna-se muito notável nas imediações de Marialva e Barreira o rápido desaparecimento, dali para o norte, das moitas e árvores do Quercus Tozza, e a sua substi- tuição por moita rasteira de azinho sobre terrenos schistosos ; facto constante até Fozcôa. Nesta parte do trajecto torna-se evidente que a cultura tem conseguido extinguir nela o azinho como árvore dominante ainda mais eficazmente do que o carvalho da Beira na parte anterior. De Fozcôa a S. João da Pesqueira passando por Cedadelhe, Horta e Sr.'*^ da Estrada, longe de descer de contínuo como da Guarda a Fozcôa, sobe-se e desce-se cortando transversalmente as ondulações grandes do terreno e podem observar-se com menos cla- reza, mas com ma,is frequência, as mudanças de arborização devidas às variantes de altitude. São pequenos os carvalhais beirões que se encontram pelas encostas mais elevadas e com eles aparecem já de mistura, àlêm dos castanheiros, algumas moitas de carvalho por- tuguês, que talvez noutras épocas tivesse por ali mais importância do que o carvalho beirão, ou pelo menos ocupasse áreas maiores do que hoje. De S. João da Pesqueira a Pezo da Régua todo o alto Douro vinhateiro e schistoso não tem arvoredo es23ontâneo e oferece apenas vestígios de antigos azinhais nas moitas e raros e pequenos bosques, ou quàsi só talhadias ou roças desta espécie que se podem facil- mente observar, dispersas por entre os quási continuados vinhedos. E na subida da Régua para Lamego que reaparece o carvalho da 201 Beira, mas dum modo inteiramente diverso do que até ali ; porque se observa então associado ao roble, ausente de toda a Beira por mim atravessada ató à Régua ! E esta associação é constante em todo o terreno da serra de Montemuro de Lamego a Castro Daire, por Grralheira, alto da serra, Póvoa e freguesia do Pinheiro, excepto na parte mais alta onde o carvalho da Beira forma sósinho as moitas e grupos de poucas árvores que se encontram por pé das povoações. Nas margens do Paiva a admirável arborização que reveste a parte inferior das encostas é de annosos castanheiros com muito roble e carvalho da Beira, àlêm do pinheiro marítimo. Mas de Castro Daire a Vizeu e daí à Mealhada o carvalho da Beira, se não desaparece de todo, reduz-se pelo menos a ocupar excepcionalmente um ou outro lugar a par do roble, do castanheiro ou do pinheiro, como por exemplo nos arredores de Vizeu e na mata do Bussaco. 5. — Resumo de todos os factos de que tenho conhecimento relativos à distribuição do carvalho da Beira em território português Segundo as observações precedentes este carvalho é a espécie preponderante desse género, ou quási exclusiva, do alto Zêzere, do alto Coa, e do alto da serra de Montemuro. E também, segundo excursões de 1873 à serra da Estrela, o car- valho principal de Ceia a Loriga e Alvôco, onde sobe acima dos últimos castanheiros. A págs. 247 do relatório acerca da arboriza- ção geral do país lê-se que entre o Sabor e a fronteira crescem di- re7'sas espécies de carvalho. O carvalho da Beira é designado naquele trabalho pelo nome de negral. Embora não se cite expressa- mente este nome não pode restar dúvida que a existirem a leste do Sabor diversas espécies de carvalho, uma delas há-de ser o carvalho da Beira e a outra provavelmente o roble, ao qual os autores do relatório dão o nome vulgar de alvarinho. Para o trato entre o Tua e o Sabor cita-se a pág. 253 expressa- mente o negral como o mais comum a par do alvarinho. A pág. 296 dá-se também como existente no Minho. E pois provável que tam- bém exista entre o Tua e o Tâmega embora não se leia naquele relatório coisa alguma que o afirme positivamente, Torna-se notável a ausência deste carvalho na parte inferior da 9(19 Beira transmontana, em todo o alto Douro vinhateiro, em grande parte da Beira central e da Beira meridional, por toda a costa até Lisboa, com excepção dos altos de Ourem e Bucelas onde poucos exemplares o representam. Ao sul do Tejo acha-se reduzido a ocupar área de alguma ex- tensão só na serra de Portalegre. E se existe aí por outras partes do território, tão pouco se faz notar, que só o encontrei no concelho de Monto Mor o Novo. no extremo ocidental do alto Alemtejo ; onde a maior proximidade- da costa e maior elevação produzem uma abundância relativa de frescura e águas meteóricas, que comunica a essa parte pequena da província uma feição peculiar, recordando re- giões mais do norte. Do conjunto destes factos se deduz : 1) Que o Quercus Tozza ou carvalho da Beira é a árvore pre- ponderante das montanhas da Beira ; 2) Que requer elevações de 2 — Os mortos 212 ■•5 índice Pág. Ilha de S. Tomé. Intkodução 7 Bibliografia 10 Resumo histórico da ilha 16 Posição geográfica e orográfica. . , 19 IlheuS; picos e morros 28 Rios e cascatas 40 Estrutura geológica 48 Rochas de S. Tomé .53 Clima 68 A fauna 77 A flora 89 Zonas de vegetação 105 A agricultura 111 As roças 114 A vida na roça . 118 As culturas. 123 A floresta 134 Um jjroblema . ■ 135 Catálogo dos animais 138 Catálogo dos vegetais 176 Estudos florestais 198 Os mortos 212 EREATA Pág. Linha Onde se lê Leia-se 55 13 Guengue Guegue 70 23 Cacoeiro Cacaueiro 84 18e22 representadas representados 85 33 aperculo operculo 97 — Fig. 48 Fig. 49 98 — Fig. 50 Fig. 51 99 — Fig. 51 Fig. 52 100 — Fig. 54 Fig. 55 125 25 semestres sementes