meretitas iroparigerterapaiepesaptam tinta RDI A artes elsEt? form ototstinisá ; saga Rtriad) a e o) pá | E x =) am pá < > pá L E LIBRA EY Or THE MUSEUM OF COMPARATIVE ZOOLOGY. E 33.5 GIFT OF 33 1909" “Memorias do Museu Goeldi E ——— et am ame 7 14 7 E. A AN JA RS E E , ns e À K. R Me e «, vá HI = » Se a cd DOS 18 VEADOS GALHEIROS DO BRAZIL > 4 Es 3 + PELO PROFESSOR “a Dr. EMILIO A. GOELDI, Director do Museu (Com 4 estampas feitas no mesmo Museu) DS LS ZEN DX É RIO DE JANEIRO COMPANHIA TYPOGRAPHICA DO BRAZIL 93 — RUA DOS INVALIDOS — 93 I902 e Paraense de Historia Natural e Ethnographia) (Cervus paludosus, C. campestris, €C. Wiegmannt) EN ES ud sobe O desenvolvimento da armação o o + Re am y é Memorias do Museu Goeldi ge; eu Paraense de Historia Natural e Ethnographia) dogs é . Memorias do Museu Goeldi (Museu Paraense de Historia Natural e Ethnographia) ——>—————— pero HI EStudos Sobre O desenvolvimento da armação DOS VEADOS GARHEIROS DO BRAZIL (Cervus paludosus, C. campestris, €C. Wiegmannt) PELO PROFESSOR Dr. EMILIO A. GOELDI, Director do Museu (Com 4 estampas feitas no mesmo Museu) peão RIO DE JANEIRO COMPANHIA TYPOGRAPHICA DO BRAZIL 93 — RUA DOS INVALIDOS — 93 1902 ' ó . ] , j E ( e Ê . : E] 7 a . k a é ] iu ta o A! Ta. o l f q Eb Wa a Las % A aço ] E e AD TOA a A Ad 3 + ces E CPA Da aa pri SR PREFÁCIO « Les cerfs de I'Amérique septentrionale sont aujourd"hui exactement connus, mais il n'en est pas de même de ceux de 'Amérique méridionale. On est étonné, lorsqu'on cherche à en déterminer les espéces de voir combien les données que "on possêde sur ces animaux sont encore incertaines, malgré tout ce qui a été écrit sur ce sujet, le peu de figures utiles qu'on trouve à consulter, particulitrement en ce qui concerne la forme des bois et la legêreté avec laquelle des genres et des espéces ont été établis par certains auteurs. Un tableau de ce genre (représentant une série complête des bois) établis pour toutes les espéces serait d'une utilité incontestable». HENRI DE SAUSSURE (1883). Algumas palavras acerca da origem deste trabalho e do alvo que com elle visei. A relativa e, direi logo, inesperada, facilidade que aqui encontrei em arranjar uma collecção de craneos dos Cervídeos brasilicos com as respectivas galhadas, aproveitando- me das especiaes vantagens que o mercado de Belém offerece pelo trafico commercial directo que, mediante as canôas mineiras, existe entre a praça do Pará e o Brazil central, e esforçando-me pessoalmente neste sentido durante viagens e expedições em regiões pouco exploradas ao Norte do Amazonas, foi o principal factor, embora todo casual, que me levou a cogitar em semelhante emprehendimento. A conjunctura para a obtenção do material, conditio sine qua non do exito do trabalho, excepcionalmente favoravel, o conhecimento de que a materia, embora muitas vezes já, de passagem, por assim dizer arranhada por muitos autores, não havia ainda sido submettida a um tratamento monographico que exgotasse o assumpto, eram uma forte tentação para procurar preencher esta lacuna scientifica. E tão forte foi que, apezar de importar numa pesquiza de laboratorio e gabinete de algum modo extemporanea no meio de trabalhos que me sobrecarregam, e, diga-se, exotica sob o aspecto das occupações intellectuaes convenientes e indicadas para um clima equa- toriai, resolvi elaborar o material desde já e não transferir a tarefa para ulterior periodo de minha vida. O trabalho que ahi segue, foi, mentalmente preparado durante os ultimos 7 annos. De facto, as quatro estampas estavam já promptas e impressas desde 1898, mas devido a duas ausencias prolongadas na Europa e dos impedimentos e consequencias II Prefacio naturalmente dahi emanadas, só agora me foi dado redigir o texto. E, mesmo agora, a redacção do texto só foi possivel com alteração da ordem no meu programma de trabalho e preterição de outras emprezas litterarias. Além do receio de que por um acontecimento imprevisto pudessem as estampas ficar sem texto e portanto inapro- veitaveis, recebeu a redacção um certo impulso accelerativo pelo apparecimento recente de duas obras importantes na Europa sobre o grupo dos Cervideos: 1) A grande obra monographica «Deer of all Lands» (Veados de todos os paizes) de R. Ly- dekker (Londres, 1898); 2) as «Memorias» Uber Geweihentwicklung & Geweihbil- dung» (Sobre desenvolvimento e formação das galhadas) de A. Rórig (Leipzig 1900). Cahia o apparecimento destas duas obras de maior vulto justamente no intervallo litterariamente tão infructifero para mim de 1898 para cá, resultando-me, do ponto de vista da prioridade, outro prejuizo da circumstancia de apenas as estampas estarem promptas. O meu ideal, quando iniciei estes estudos, era investigar com tanta minucio- sidade craneo e galhada destes Cervideos brasilicos, que o menor fragmento de um e de outro pudesse ser attribuido com certeza á sua especie, quando encontrado no estado fossil, isto é, nas condições exteriores em que o paleontologista tem de tra- balhar geralmente. Principiando com as galhadas, tencionei tomar o maior numero possivel de medidas, determinar os valores extremos para achar os medios, reconstruir com estes, descobrir, emfim, a essencia do segredo no plano architectonico e redu- zil-o á fórma condensada de uma formula mathematica. Igual methodo quiz applicar em relação ao craneo e á dentadura, nutrindo a esperança de achar para cada um uma expressão, que em numero € linhas offerecesse a maior exactidão: e plena garantia da possibilidade de a reconstruir e reconhecer. Mas já a pesquiza relativa à architectura da galhada ensinou-me que o tal typo médio mathematicamente definivel não passava de um sonho — não existia. Pasmosa quantidade de numeros e de medidas não me adiantou além do que eu conseguia vêr com os meus proprios olhos, sem este pesado apparato de algarismos. Convenci-me, que seres tão altamente organizados não podem ser comparados com crystaes, onde ha angulos e planos susceptíveis de medição com o goniometro. Muito melhores resultados tirei do methodo graphico, photographando o maior numero possivel de individuos, reunindo-os em uma só estampa e deixando ao obser- vador o trabalho mental de abstrahir das figuras individuaes os caracteres communs e geraes e de construir então o hypothetico typo medio. E' o que H. de Saussure aconselhou em 1883 no criterioso periodo com que epigraphei este prologo. De facto, o estudo comparativo das nossas estampas 1, Il e III orienta tanto sobre o característico das galhadas de cada uma das especies C. paludosus, C. cam- bestris e C. Wiegmanni, que quasi dispensavel se torna um texto e commentario explicativo. Do primitivo plano de incluir em identico estudo monographico craneo e denta- - dura dos nossos Cervideos brasilicos tive de desistir finalmente. Quando consummados mestres, com L. Rútimeyer reconheceram as enormes difficuldades que se antolham á Prefacio NI quem justamente se arriscar neste terreno, o benevolo leitor comprehenderá que nolens volens tive que modelar as dimensões do presente trabalho mais ao sabor dos meios e do tempo á minha disposição. Nem podia calcular com certeza o numero de estampas a mão, que teriam sido necessarias. Seria materia para uma segunda Memoria, para a qual já existem algumas pedras de construcção; comtudo. creio dever fazer a declaração, de que, mo- mentaneamente, me é impossivel dizer quando conto achar o tempo preciso para a confecção das estampas e a folga para a redacção do texto. Quer me parecer que não sera nestes proximos annos. Que o presente trabalho, como o mais comprehensivo na materia, conservará a sua utilidade para as sciencias zoologica e paleontologica, pode-se presumir pelas palavras acima citadas de Saussure. Nem pelo recente apparecimento das obras de R. Lydekker et A. Rórig tornou-se cousa dispensavel ou superíflua. Finalmente ouso esperar, que mesmo fóra dos circulos scientificos, haverá aqui e acolá um amigo da natureza, um caçador, que no seu desejo de orientar-se sobre aquillo que a Sul-America produz de especial e característico em galhadas de veados, encontre nesta nossa memoria uma guia bemvinda, uma sympathica fonte de informações Pará, Outubro-Novembro 1901. Dr. E. A. GoELDI, ERCERVv UBE LUDOSUS VEADO GALHEIRO GRANDE! [Goeldi, « Mammiferos do Brazil, » pag. 106 seq.] Não póde haver duvida — o veado galheiro grande dos banhados do Brazil Central e das partes limitrophes das Republicas meridionaes visinhas, vepresenta o equivalente faunistico do veado europeu (Cervus elaphus). Nas dimensões geraes do corpo pouco fica atraz d'aquelle seu parente do Velho Mundo, e, como elle, desenvolve importante galhada, a qual se não é de todo tão possante como a do Cervus elaphus, sempre constitue vistoso apparelho sexual secundario para o seu portador e um tro- phéo assaz desejado por parte dos caçadores. Se semelhança ha nas feições geraes entre os dous mencionados Cervideos, não fal- tam, por outro lado, tambem as differenças e assim direi logo, que os planos conforme os quaes são construidas a galhada de um e a de outro, são bastante diversos. Vol- tarei a tratar deste assumpto detalhadamente. Não exagero dizendo que tive occasião de ver, até hoje, bem umas 100 galha- das de Cervus paludosus, muitas das quaes ainda presas ao craneo mais ou menos completo, outras ou de todo destacadas ou com um fragmento apenas do occipital. Umas 30 porém tive ensejo de submetter a estudos aprofundados e multiplas medi- das, fazendo dous terços destas parte das minhas collecções particulares. Todo este material, estudado mais de perto nos ultimos annos, veio exclusivamente do Brazil central, com especialidade do Estado de Goyaz, sendo que duas galhadas chegaram às minhas mãos no Rio de Janeiro vindas por terra, através do sertão, com os boia- deiros, ao passo que todas as outras descobri e adquiri no Mercado de Belém, onde ellas chegam, como averiguei com absoluta certeza, pelo caminho fluvial de ! « Sumplhirsch » em allemão, « Marsh-deer » em inglez, «Cerf des marais» em francez. Signi- ficativo é, que nenhuma figura boa, antiga ou recente, de um individuo adulto desta especie, chegou ainda ao meu conhecimento. Na grande obra de R. Lydekker ha uma photographia de dous exemplares muito novos ainda, que idos, via La Plata, foram parar n'um jardim zoologico da Europa. Nota este antes ser um facto singular, a coincidencia do veado galheiro com o lobo (chrysocyon jubatus), na habitação das mesmas regiões, na mesma cor vermelho-ruiva do pello. 6 Cervus paludosus — Veado Galheiro Grande Tocantins-Araguaya, nas caracteristicas canoas, chamadas mineiras, que costumam descer na época das cheias (Abril) com carregamento de couros salgados, levando sal na volta. Taes chifres de veado apparecem regularmente, todos os annos, da mesma procedencia e na mesma época, alcançando um preço de venda, que varia entre IO e 25 mil réis. Vai fazer 7 annos que na temporada propria dou sempre busca no Mercado de Belém. E nas minhas viagens pela Europa e no Sul do Brazil nunca deixei de prestar a maxima attenção a objectos deste assumpto, que por ventura estivessem archivados em Museus publicos ou collecções particulares. Consegui assim reunir um material que incontestavelmente me habilita a emittir opinião propria e independente sobre o typo da galhada de Cervus paludosus, o que julgo ser obra tanto mais meritoria, quanto, afinal de contas, apezar de ser volumosa a litteratura venatoria sobretudo na Europa e na America do Norte, pouco de certo se sabe ainda acerca da biologia do nosso soberbo veado galheiro grande do Brazil central. Vamos adiante — medias in ves. Cheguei ao resultado e declaro ser a minha convicção, que como typo da galhada de Cervus paludosus deve se considerar de cada lado um galho de tres pontas. (Estampa II, fig. A) Galhadas existem com menos pontas (uma ou duas), mas provém de animaes que, si não se podem chamar não adultos, todavia não attingiram ainda o optimo de crescimento e virilidade. Por outro lado, e por virtude do mesmo raciocinio, tomamos as galhadas com mais de 3 pontas como pertencentes a individuos, que já possuem esse limite e acham-se cami- nhando para a velhice.! Apontamos como exemplos d'este typo medio normal, .que vem a ser aquillo que na linguagem venatoria dos povos francez e allemão respectivamente se chama «six-cors» e « Sechs-Ender », para as figuras 4, 10 e 12 da nossa Estampa 1 e as figuras 7, 5, 6 das Estampas I e II da Memoria de H. de Saussure. ? Explico a galhada de Cervus paludosus nesta phase como sendo uma haste que se dirige para traz, para fóvra e para cima ao mesmo tempo, emittindo 1 Bem sei que a linguagem venatoria dos povos europeus taxa de « jagdbar », « venavel » sómente o veado com galhada de 10 pontas, o «Zehn-Ender » ou « dix-cors », isto é individuos de Cervus elaphus do quinto para o sexto anno de idade; « Stark jagdbar », individuos de 6 para 7 annos e 12 pontas (Zwólf- Ender « Douze-cors », etc. (Conf. a obra em 2 volumes «Die Thiere der Heimath» de Adolpho e Karl Miller (Vossel-Berlin 1882) vol 1, pag 391 seg.) E' que o caçador, interessado principalmente na multi- plicação das pontas para a sua collecção de trophéos parte de um outro ponto de vista, fazendo pouco caso de galhadas com ramificação principiante, o que poderia induzir a supposição erronea, de consi- derar como não completamente adulto um Cervus elaphus com 3 pontas sómente de cada lado. Ao contrario podemos tambem allegar, aquillo que o Sr. Rorig diz acerca de galhadas complicadas em diversos logares da sua Memoria. Declara categoricamente, que cada nova bifurcação da « Kampf- sproíse » significa um regresso do poder militante e uma diminuição de aproveitabilidade pag. 578, 579, etc.) Outrosim sabe-se que em veados muito velhos, as galhadas em vez de augmentarem indefi- nidamente de novas pontas, as vezes soffrem reducção, tanto que na linguagem venatoria allemã existe um termo proprio para este phenomeno — o verbo « zuriicklegen > (isto é, para trás, menos). Este phe- nomeno não constitue um optimo argumento para o asserto da kypothese supra? Não seria impossivel que, por exemplo, a galhada do C. Wiegmannis (Fig. 4 Estampa III) por ahi achasse a sua explicação. * Da nossa collecção pertencem 5 craneos a esta phase de desenvolvimento da galhada de Cer- vus paludosus, sendo que todos estes são regulares, por terem 3 pontas de cada lado. Não incluimos um cranco que mostra 2 pontas de um lado e 3 do outro, sendo de facto irregular, apezar de merecer igual- mente a qualificação de «six-cors» ou « Sechsender » pela nomenclatura venatoria, que, como se sabe, duplica simplesmente o numero de pontas, do lado, em que ellas são muito numerosas. a E, rp Cervus paludosus — Veado Galheiro Grande 7 uma vobusta ponta (rebento, “spross”) a alguma distancia da rodella forma- tiva, “Rosenstock” dos allemães, pelo lado anterior e outra pelo lado posterior, geralmente não tão forte. Melhor idéa dá a figura schematica (Fig. A da nossa Estampa ID. Nesta significam a haste principal, [allemão, « Hauptstange », francez « per- che », inglez « beam »]; Aa ponta anterior [allemão, « Augen-spross », francez « branche antérieure » ou «maitre andouiller », inglez «brow-anther »| e O, a ponta occipital ou posterior [alemão «Hinterspross », francez «andouiller » ou « branche postérieure », inglez «tines »|.! Conservamos no correr do presente trabalho os mesmos signaes convencio- naes para formações homologas. Ao mesmo tempo lastimamos a difficuldade que para nós surge pela absoluta ausencia de termos technicos portuguezes, equivalentes aos ter- mos acima mencionados de outras linguas européas.? Quanto á successão ontogenetica e chronologica abalanço-me a declarar que considero como a primeira e primitiva parte da galhada a haste principal (P.), sequindo-lhe em segundo lugar a ponta anterior (A) e em terceiro lugar a ponta posterior (O). Accentuo este modo de considerar a ordem sucessiva no desenvol- vimento da galhada do Cervus paludosus, porque o Sr. Adolf Rórig na sua excel- lente Memoria «Ueber Geweihentwicklung und Geweihbildung » (pag. 546 seq.), pelo menos quanto aos veados miocenicos e pliocenicos do Velho Mundo, e os seus deri- vados hodiernos na Asia e na Europa, insiste mais particularmente em considerar como sendo da haste principal a ponta a mais distal da galhada, (invertendo portanto, respectivamente as pontas Pe O da nossa Figura A, Est. Il, de sorte que as pontas vêm a ser consideradas como nascendo todas do lado anterior da haste principal. (Comparem-se as figuras da « Memoria » 21,22,23 e 26, Taf. VII). Na realidade, não sei se o. dito auctor mantém a mesma theoria em relação aos Cervideos actuaes da America do Sul, no capitulo respectivo (pag. 581-596) não se declara com sufficiente clareza sobre esta questão. Se tal fosse, eu não concordaria neste ponto com o auctor e julguei util definir aqui distinctamente o meu modo de ver. 1 Para o veado europeu encontro a seguinte nomenclatura ingleza especial: haste principal — (main shaít) beam; primeira ponta de baixo =brow-tine; segunda ponta para cima ==bez-tine (Eissprosse », allemão); terceira para cima =trez-tine ou royal (« Mittelsprosse », allemão), parte terminal ramificada — crown, surroyals («Krone», allemão). (Conf. R. Lydekker, «Deer of all Lands», London 1898, pags. 8, 9 seg.) Ha aliás uma controversia acerca da homologia das partes da galhada dos Cervideos do Novo e do Velho Mundo. Ao passo que Sir V. Brooke em 1878 identificou a primeira ponta de baixo, a « brow- tine > (Augensprosse) do Cervus elaphus com a nossa «ponta anterior (A) » da galhada dos veados do grupo Cariacus, R. Lydekker, seguindo Gray, Gordon Camuon etc. quer que a nossa «ponta anterior (A)> dos veados americanos seja chamada « subbasal-snag » (galho sub-basilar), o que quer dizer que nos veados americanos falta o equivalente da « brow-tine » do Cervus elaphus, ou, o que vem a ser o mesmo que no Cervus elaphus a « brow-tine », a verdadeira « basal-snag » (galho basilar) seja uma formação sui generis. (Conf. Brooke, pags. gro, 918, Lydekker, pag. 246). Devo dizer, que partilho igualmente desta interpretação, por, além de outras razões, parecer-me que ella toma melhor em conta a independencia relativa a pronunciada individualidade que se nota no desenvolvimento dos Cervideos sul-americanos. 2 Galhada em francez: «les bois » — em inglez « the antlers», em allemão das «Geweih.> — A pa- lavra ingleza « antler > é apparentada evidentemente com a franceza « andouiller », a qual, conforme Lydekker, em antigo francez soava « antoiller », derivado do termo latino « antocularum » (synonymo da « brow-tine » ou, Augensprosse»). Ob. cit., pag. 5. 8 Cervus paludosus — Veado Galheiro Grande Já em outra parte dissemos que na America meridional ha duas series de veados : os com simples pontas e os com galhadas e aqui accrescentaremos que, ao nosso ver, a coexistencia de ambos não é obra de mero acaso, mas um indicio instru- ctivo do caminho, que o desenvolvimento da galhada percorreu phylogeneticamente e ainda percorre ontogeneticamente. Inteiramente como os Cervideos das mais remotas épocas geologicas—e encontram-se membros desta familia desde o mioceno inferior— apparecem com a cornadura em sua forma a mais primitiva, que é o espeto simples!, a qual ainda hoje se conserva nesta phase durante toda a sua vida o genero exclusi- vamente Sul americano Coassus (Subulo), sendo esta mesma phase igualmente repetida no primeiro anno de existencia, pelos filhotes de outros veados com galhada. Podemos assim subscrever textualmente o que escreve R. Lydekker na intro- ducção da sua grande obra «acerca dos veados de todos os paizes (pag. 8); «As already said, the antlers of young deer are in the form of simple spikes; ? and that form is retained in the South-American brockets. » ? Se tenho de lastimar a circumstancia casual de não existir nenhum exemplar desta phase entre o nosso material, faltando-me assim o meio de dar a respectiva figura, todavia não é licito duvidar que a these de ser o espeto simples o precursor ontogenetico da galhada ramificada esteja assentada na observação empírica, para o Cervus paludosus, da mesma forma como é averiguado, de modo inconcusso, para o Cervus elaphus e os outros Cervideos do Velho Mundo. Ao espeto simples segue-se, no segundo anno, uma arma de duas pontas, por bifurcação da haste principal. Pertencem a este estadio os craneos representados nas figuras 13 e 14 da Estampa I e bem assim as galhadas figs. 2, 4 da Estampa Ie fig. 3 da Estampa II da Memoria de H. de Saussure. Corresponde -á phase denominada «Gabler» ou «Gabelhirsch » pelos autores allemães em relação ao Cervus elaphus — termo que significa «veado com forquilha. » O Sr. A. Rórig no seu supracitado trabalho liga particular importancia a este estadio. Mostrando por um lado que já no periodo miocenico apparecem os precur- sores da «forquilha » nas especies do genero Dicrocemo*, e apontando por outro lado para o forcado tão semelhante do genero Furcifer? da cordilheira dos Andes da Ame- rica do Sul e do Cervulus muntjacº da Asia, ambos da forma actual, elle estende-se longamente sobre as vantagens, que os veados adquiriram com a novidade da bifurca- ção do primitivo espeto: a uniforme funcção da lucta, ligada a este, ficou decomposta 1 Conf. A. Rórig. op. cit. pag. 536 seg. 2 Sobre os pormenores do processo da mudança annual da galhada no Cervus elaphus da Eu- ropa póde se aconselhar, como proveitosa fonte de informação, acompanhada de uma serie de boas figuras, o trabalho de Max Schmidt « Geweihbildung» na revista allemã «Zoologisches Garten» Vol. VII, 1866 — As mesmas figuras reproduzidas no « Thiere der Heimath» de A. e K. Miller, Vol. I, pag. 393. º Com isto não queremos absolutamente pretender uma filiação directa de Blastocerus de Coassus (Subulo) e de Furcifer. Pelo contrario, ha razões paleontologicas sobretudo, para suppor que o Coassus, pelo menos, representa antes uma reducção atavica. R. Lydekker pg. 282. 4 Riútimeyer, « Geschichte der Hirsche » Taf. |, fig. 10, II, 12. à Lydekker « Deer of all Lands» pag. 295, plate. XXIII. coRútimezgendloc cit lat ll fes ma: Cervus paludosus — Veado Galheiro Grande 9 e distribuida entre os dous componentes, cabendo PONTA ANTERIOR Oo fapel DA DE- FENSIVA (« Abwehrsprosse») parando os golpes e pancadas do adversario, ao passo que PONTA POSTERIOR cabia de preferencia o PAPEL DA OFFENSIVA, do ataque. ( « Kampfsprosse») (pag. 542 seg., pag. 551 seg.) Esta nova theoria, que teve a manifesta vantagem de ser deduzida da obser- vação directa da tactica da lucta empregada pelos Cervideos machos na época da reproducção, é contraria á opinião geral em voga até agora, que attribuia principal- mente ás pontas anteriores a tarefa do ataque. Podemos citar por exemplo, o trecho na pag. 391 do livro dos irmãos A. e K. Múller como amostra desta crença antiga .' Considerando-se que estas contendas, originadas de rivalidades sexuaes, são exe- cutadas com a cabeça fortemente abaixada, logo torna-se plausivel e intuitivo que o forcado é uma arma bastante superior à simples puncção e um terrivel instrumento de lucta. Nota o Sr. Rórig, que cedo se percebe uma tendencia de alongamento na ponta posterior, na « Kampfsprosse » encurtando-se a ponta anterior, a «Abwehrsprosse » e isto não sómente no Cervus elaphus, como em geral na série geologica dos Cervideos (pag. 543). Cousa semelhante dá-se igualmente no nosso Cervus paludosus, como demonstra muito bem a figura 14 da nossa Estampa I. Entretanto parece haver uma divergencia de vista entre nós relativamente à significação morphologica das duas com- ponentes do garfo. Para mim a ponta posterior, a « Kamspfsprosse » representa o eixo e a haste, o tronco da galhada, quando a ponta anterior, a « Abwehrsprosse » não é mais que um ramo da outra. Vêm a proposito novamente P e A na figura A, Es- tampa II e o que escrevi na pag. 4. Sendo assim, torna-se inteiramente natural o facto da tendencia da ponta posterior prevalecer sobre a anterior. O autor em questão porém exprime-se de modo a fazer suppor que elle considera as duas pontas da for- quilha como de igual valor, como o simples producto de uma bifurcação em duas partes homologas e identicas; o alongamento da ponta posterior seria assim unicamente explicado pela adaptação funccional. Se não quero contestar o effeito desta ultima, comtudo não acho de todo correcta esta opinião do ponto de vista evolutivo. Mesmo uma figura como 13, Est. I não depõe em desfavor da nossa theoria. Sustenta o precitado autor que «a forquilha miocenica representa a arma a mais perfeita no seu genero e que cada nova ramificação da ponta posterior « Kamf- sprosse », cada nova complicação, significa no fundo um regresso do poder defensivo para o respectivo portador, (pag. 5178).» E, com toda a razão, elle póde allegar a ominosa nomenclatura, que a linguagem venatoria liga aos veados, munidos de garfo : « Mórder » e « Schadhirsche » — nomes que respectivamente significam «matadores » e «veados prejudiciaes». Refere então, como estes individuos são temidos, tanto pelos caçadores, como pelos seus similares, «pois sabe-se, que por toda a parte, onde elles se mostram, ou pôem em fuga os seus adversarios ou os matam », (pag. 580). Pelas figuras 12, 7, 10 Estampa I (e das figuras 5, 6 e 7 na Memoria de Saus- sure) fica comprehensivel a formação da galhada de 3 pontas, (Sechsender, six-cors), ! Die Augsprossen — diese eigentliche Angriffswafe des Hirsches.» 2 10 Cervus paludosus — Veado Galheiro Grande pela apparição de uma ponta posterior (0), e pela figura schematica A, Estampa II e aquillo que já disse de uma fórma geral na pag. 4, torna-se patente o meu modo de pensar acerca das regras que presidem a este processo. Esta ponta raras vezes mostra desenvolvimento igual ao da media P, e por via de regra fica-lhe bastante inferior em comprimento e calibre. Na nossa collecção 5 são os craneos com galhadas representativas desta phase, seguindo o caminho recto da regra e norma. Havendo todavia em todo este terreno da formação da galhada na familia dos Cervideos uma variabilidade surprehendente, uma negação muito notoria a uma obe- diencia stricta e incondicional para com tudo que se parece com uma lei da natureza, (tanto que até agora mui poucos autores tiveram a coragem de proceder a estudos comparativos, limitando-se a maioria à mera descripção e enumeração, sem tentar a competente explicação), não mais nos causa estranheza, se já entre as galhadas rela- tivamente novas de 3 pontas (« Sechsender ») do Cervus paludosus apparecem exce- pções e anomalias. A mais frequente entre ellas é a representada pela fig. 4, Est. 1 e consiste na bifurcação da ponta anterior (A), em vez da haste principal (P). Um lancear de olhos sobre as figuras 4 e 12 dá a impressão de que as respectivas galhadas formam uma apparente antithese. A differença todavia não é assim tão dia- metral, como parece á primeira vista: logo veremos, que houve apenas uma anteci- pação do periodo immediatamente seguinte (Fig. A, Estampa ID), com omissão ou preterição do desenvolvimento da ponta posterior (O). Basta compulsar a litteratura principal, tal a reunimos adiante, para ver que os auctores que até agora escreveram sobre a materia são justos e concordes em attestar a crescente indisciplina que, do terceiro anno em diante, se observa no desenvolvimento da galhada do Cervus paludosus. Vai isto a ponto delles não mais se darem ao tra- balho de registrar, um por um, o modo, lugar e tempo de cada novo accrescimo ou ponta. Uns dizem que desde o «six-cors» não ha senão vestígios de regra seguida ; outros collocam este limite entre o quinto e sexto annos, no «dix-cors » (Zehnender). Paciente estudo comparativo sobre o nosso excellente material levou-nos, porém, cedo à convicção que a complicação que sobrevem depois da quéda da galhada de tres pontas consiste na apposição de uma ponta secundaria na pri- mitiva ponta anterior (A), isto é, numa primeira ramificação desta. Veja-se o numero 1 na figura schematica A, Estampa II, ) Exemplos disso offerecem na Estampa I as figuras 3 (lado esquerdo), 5 (lado direito), 8 (lado direito), 9 (lado esquerdo), 11 (lado esquerdo) e na Estampa IV, e fig. 3 (lado esquerdo) e bem assim na Memoria de Saussure as fig. 8e 9 da Pl. I. Por um acaso não ha entre todas estas figuras uma só de uma galhada regular, isto é, symetrica de ambos os lados; entretanto possuo entre 11 craneos desta phase um «huit-cors », (Achtender) regular (o craneo G 23);! nos dez restantes ! Um bello exemplo aliás de um tal « 8-Ender > normal em ambos os lados vê-se na figura que acompanha o artigo sobre Cervus paludosus do Prof. A. Nehring. (Deutsche Jágerzeitung, 1886, pag. 263 e reproduzida tambem em Sitz. Berichte der Gesell. naturf. Freunde, Berlim 1884, pag. 117). ad Cervus paludosus — Veado Galheiro Grande 1 segue a regra supra a galhada do lado esquerdo em seis casos, e do lado direito em quatro casos. ! A seguinte complicação, entre o 4º e 5º annos de vida, manifesta-se, como podemos convencer-nos mediante multipla e paciente investigação, por uma nova ponta na haste principal P, é visivel no numero 2 da figura schematica A, Estampa II. Assim fórma-se o «dix-cors » ou « Zehnender » no Cervus paludosus Exemplos desta phase fornecem as figuras 6, Estampa I (lado direito); 16 (lado direito galhada isolada); 17 e 18 (direito e esquerdo) formando estes um legitimo par do mesmo individuo, embora galhos isolados hoje, fixos e solidos ainda na propria calote craneana. Não os possuo na minha collecção. Na Memoria de Saussure pertencem a esse grupo as figuras 10 e 11 da Estampa 1. Cinco são os craneos mais ou menos inteiros entre o nosso material, que se encontram representando esta phase, acontecendo que a regra é observada pela galhada do lado direito em 3 casos, pela do lado esquerdo em 2. Manda a lealdade scientifica reconhecer que já Sir Victor Brooke em 1878, em curta porém substanciosa Memoria sobre a classificação dos veados ? entreviu a regra acima por nós caracterizada. Veja a este respeito a figura 15, pag. 922 do mencionado trabalho, que representa uma galhada de 5 pontas, sendo as duas da frente productos da parte, (6), na nossa nomenclatura homologa ao ramo anterior A (fig. schematica A, Est. Il), ao passo que os tres outros (6) são productos da haste principal, tendo como homologos, por ordem chronologica, P, O, 2, da mesma figura. Aqui é a occasião de dizer que se não poucas vezes nota-se a suppressão ou prete- rição da ponta 1 do ramo anterior,” tenaz mostra-se o apparecimento da ponta 2 do ramo principal, tanto que não conheciamos exemplo de falta. Tambem esta circumstancia, aliás, foi observada e mencionada já no trabalho de Sir V. Brooke (pag. 922): «In adult specimens the former (anterior branch) sometimes, the latter (posterior branch) always bifurcates. » O Sr. A. Rórig dá no seu livro, por diversas vezes aqui citado, uma unica figura de galhada de Cervus paludosus, fig. 62, Taf. XII. Representa um «dix-cors » (Zehnender ») irregular no sentido de ter a galhada do lado esquerdo 4 pontas sómente, ao passo que tem 5 a do lado direito. Esta ultima é normalmente desenvolvida conforme a regra acima estabelecida. Não nos satisfaz inteiramente esta figura do Sr. Rórig, por não representar, por assim dizer, um typo medio da galhada no nosso veado. Parece demasiado estendida no sentido longitudinal em detrimento dos sinus, isto é, da abertura dos angulos das diversas forquilhas. E' cada vez mais embaraçosa a tarefa de indicar uma regra de desenvolvi- mento nas complicações subsequentes da galhada de Cervus paludosus, por mant- festar-se do «dix-cors (Zehnender) em diante uma extrema arbitrariedade e variabi- lidade na apposição de novas pontas. 1 Na figura 73 pag. 284 da grande obra de R. Lydekker parece tratar-se de um individuo de Cervus paludosus com 3 pontas -do lado direito e com 4 pontas do lado esquerdo. O respectivo especimen acha-se no British Museum, conforme indicação do autor. 2 «(Qn the Classification of Cervidae ». Proceedings of Zoog. Society, London 1878. 8 Na minha collecção conto 3 casos destes. — Um exemplo é visivel na fig. 6, Est. I, galhada esquerda. 12 Cervus paludosus — Veado Galheiro Grande Entretanto, consultando o magnifico material da nossa collecção, resultou empi- ricamente da simples verificação, por onde apontava a maioria dos casos, que uma nova ponta (3) nasce de preferencia do ramo posterior (0), como indica a figura schematica A, Est. IL. Sinto que nenhuma galhada fosse figurada nas nossas estampas em posição sufficientemente favoravel para o exemplificar com toda a clareza. Comtudo póde-se perceber mediante as figuras 1 (lado direito) e 2 (lado esquerdo) da Estampa 1, e peço ao leitor para recorrer tambem á figura 13 da Est. II da Memoria de Saussure. O numero 4 da Fig. A, Estampa II, indica onde costuma apparecer outra ponta. E” na haste principal, bem perto da base da galhada. Observa-se um exemplo na fig. 1, Estampa IV, lado esquerdo, sendo que o respectivo bico foi quebrado nesta galhada, aliás já bastante hyperplastica. Assim procuramos acompanhar o desenvolvimento da galhada no Cervus palu- dosus até o « quatorze-cors » (14-Ender), isto é, de 7 pontas nominaes de cada lado. Se já nestas duas ultimas phases a regularidade se torna bastante problematica, uma completa dissolução de ordem principia a entrar em acção no ultimo desenvolvi- mento da galhada nos annos seguintes. Manifesta-se então o phenomeno que Rórig chama de hAyperplastia e que vem a ser mais ou menos a accumulação e o augmento desregrado de pontas e espetos. Haja vista às figuras 1 e 2 da Estampa IV do presente trabalho (e as figuras 12 e 13 da Estampa II da Memoria de Saussure), devendo-se dizer que propositalmente deixamos de figurar a maioria das galhadas hyperplasticas da nossa collecção, que são nada menos de 5. A" pergunta de em que consiste propriamente a feição hyperplastica das galha- das de velhos individuos de Cervus paludosus direi: 1) que a base dos sinus interio- res entre as forquilhas, enchendo-se de substancia ossea, dá origem a novas pontas intermediarias adventicias; 2) que os lados anterior e posterior das pontas pri- mitivas ao redor da face exterior das forquilhas, elevam-se igualmente em arestas, que favorecem a formação de pontas, espetos e espinhos. Como as pontas, de cylin- dricas que eram, mudam para lateralmente comprimidas e laminares na base, os seus respectivos cortes transversaes em vez de circulares, são ellipses mais ou menos alongadas ; 3) se existe uma forte tendencia para a transformação de pontas cylin- dricas para elementos laminares, todavia estes elementos, em vez de reunirem-se em coalescencia para superficies maiores em forma de pá (Cervalus americanus fig. 51, Taf. XI (Rórig) ); (C. alies fig. 54 Taf. XI, Rórig) (C. macrotis fig. 59 Taf. XII, Rórig); conservam-se isolados, independentes, dando á galhada extranho aspecto todo eriçado e espinhoso e um quê de formação stalactitica. A apparencia tem tambem semelhança com a que apresenta um barbante ou arame, que serviu de inserção ás agulhas de crystaes no meio de uma solução saturada de certos saes ou de enxofre liquefacto, etc. O extremo neste sentido, aliás já pouco formado, por assim dizer, de galhos como na Fig. 1, Est. IV (e Fig. 12, Est. II da Memoria de Saussure), é certamente attingido pela galhada figurada sob 75 na grande obra de R. Lydekker, pag. 286. Conto nelle 16 pontas do lado direito e 17 do lado esquerdo, sendo de observar ainda, que naturalmente numa vista frontal nem todas as pontas existentes apparecem. PALUDOSUS (24) (26) 40 o Grossura inserção (M/m). . «2.2. 240.0. rol ; 45 4 E) 42 u 42, 41 Haste principal (RP) (s/m).. a cr sl 98 3 º a 7) 2) > 99 g g s (33,5) (34,5) RA: É 5 E al Er Haste anterior (A). < 2 cnc res RR E ç 29 9) ') 2 À Haste posterior (0) 7 Rapto im Envergadura entre pontas hastes principaes Idem entre hastes anteriores, Idem entre hastes posteriores Comprimento basilar (m/m ) | Comprimento total PES RI Margem anterior orbitas até ponta intermaxillar | Nasalia | | Largura cranco | | Comprimento serie molares superiores | Comprimento serie molares inferiores. Mandibula 4º 88 89,5 7 20 96 6 obget 28,0 2 (19?) 282 IES 189 E) Rosenstock, Diameter m/m. Hauptstange em/. (percha, beam) Vordersprosse (branche antéricure, maitre-andouiller, brow-antler) Hintersprosse (branche postéricure, andouillers tinc) Spannweite Hauptstangenspilzen Spanníeite Augensprossspilzen Spannyweite Hintersprossspitzen Basilar-Lânge des Schadels (Henscl) Totallânge. Vorderaugenrand bis Intermaxillare Nasalien. Sehadelbreite, Lange der oberen Molar-Reihe. Lange der unteren: Molar-Reihe. Unterkicfer. ( á Ex ms R E rn ad és E” cid l * “ E | | ado da Re E RR at A dd E do = A E A Ei cp a * E £ Fe = e "a | pe +“ .s 01 E! Ts, Ed k ne . ' E 4 ap, av “Y f Ê e” i 4 aa od A dem Pg f es IT. ETTA a ; a e " us 4 0 ; +» em» f 20º" S | 5) Envergadura entre pontas das principaes hastes... 12 o Rice, Cnire pontas anteridtesm Do... css... AO ERidem entre pontas posterigresdo............. 41,5 RR nprimento: basilar... BM sn. Subs Rs eemprimento total. .... ma cc css. Sia E 10) Margem anterior, orbitas até á ponta intermaxilar.. RS ERRAR lia (compr.)..... as css co 12588 Ra Beemado cranco..... BR ocre. Jim 13) Comprimento da serie dos molares superiores... So Chamado a reunir em poucas theses o que o Cervus paludosus offerece de propria- mente característico na sua galhada, desempenhar-me-ia desta tarefa do seguinte modo : Hastes e pontas são cylindricas quando novas, angulosas, irregulares e providas de arestas com o augmento da idade. Costuma haver fortes impressões, sulcos e regos longitudinaes e levemente espiraes como vestigio dos vasos sanguineos da época da formação da galhada; não attinge porém, muita importancia a formação de «perolas» (Perlen) na base da haste principal. - À linha descripta pela inserção no craneo, lado interior da galhada até ás pontas terminaes é semi-ovoide (Figs. 1 e 2, Estampa 1); apezar de suavemente recur- vadas para dentro as pontas, o espaço entre as duas metades da galhada é uma aber- tura bellamente arredondada, francamente visivel em cima e ganhando sensivelmente em largura com o augmento da idade. Tomando como ponto de partida a galhada da idade de 3 pontas, pode-se salientar como particularidade desta especie de veado o desenvolvimento relativamente importante em calibre e tamanho, assumido pela ponta anterior (A), a « Abwehrsprosse », parecendo assim, conforme a theoria do Sr. A. Rórig, que o Cervus paludosus é um veado par- ticularmente bem apparelhado para a lucta defensiva. Com maior idade nota-se uma pro- nunciada tendencia para o augmento numerico illimitado e desregrado de pontas e espetos, revestindo a galhada um aspecto stalactítico, por conservar cada um elemento a sua independencia, sem entrar em coalescencia na formação de grandes pás e super- ficies laminares uniformes, quer perto da base da inserção, quer perto da ponta distal. 14 Cervus paludosus — Veado Galheiro Grande Renccer E. R. na sua obra Naturgeschichte der Sáugetiere von Paraguay, 1830, pag. 345 seg., diz: Der Kôrperbau des Guazu-pucu kommt demjenigen des Edelhirschen nahe, nur ist er im Ganzen ein etwas schmãchtiger; hingegen weichen diese beiden Tiere in der Gestalt ihrer Geweihe sehr von einander ab. Diese erlangen bei dem ersten nie die Grósse und Stirke wie beim letzteren, und verâsteln sich weder so vielfáltig noch auf die nâmliche Art, wie bei diesem. Sie sitzen auf einem, von den áussern Bedeckungen umgebenen, walzenfórmigen Fortsatze der Stirnknochen, oder dem Rosenstocke, welcher bei erwach- senen Individuen verhiltnissmâssig niedriger und dicker ist als bei jungen, und laufen so rúckwárts, dass der Stamm des Geweihes mit der Grundflâche des Schâdels einen Winkel von ungefáhr 45 Graden bildet. Ihre untere Háâlfte krúmmt sich in etwas nach aussen, die obere nach innen. Der Stamm ist walzenfôrmig, wird an den Stellen, wo die Enden entspringen, abgeplattet, auf der innern Seite flach, auf der ãussern etwas convex. Mehr oder weniger tiefe Rinnen laufen von der Rose bis gegen die Spitze der Ende, und am Stamme, che die Verástelungen anfangen, bemerkt man einige kleine Erhabenheiten oder Perlen. Die Ende sind alle, mehr oder weniger, in einer mit der Axe des Kórpers gleichlaufenden Ebene enthalten ; an ihrer Basis unvollkommen dreieckig, gehen sie von da kegelfórmig aus. Die Rose erreicht keine bedeutende Grósse. Die Farbe der Geweihe ist, wenn sie eben den Bast verloren haben, bráunlichweiss, spáter aber werden sie braun. Die ersten Geweihe des Guazu-pucu, welche nach Verfluss des ersten Jahres” erscheinen, sind einfach; die zweiten haben jedes zwei Ende; mit zunehmenden Jahren vermehren sich die Ende bis auf fúnf. Ob aber, bis diese Zahl fiinf erreicht ist, bei jedem neuen Triebe ein Ende mehr zum Vorschein komme, ist mir unbekannt. Die ein- fachen Geweihe sind ungefáhr sechs Zolllang, ihrer Krúmmung nach, eine Lânge von neun und einen halben Zoll, und an der Basis einen Durchmesser von neun Linien. Vierthalb Zoll úber der Rose teilen sie sich unter einem Winkel von 65 Graden in zwei Ende, von denen das vordere vier Zoll lange, seine Richtung nach oben und in etwas nach vorn nimmt, das hintere dagegen, welches sechs Zoll lang ist, in der Richtung des Stammes fortlâuft, Dieses letztere Ende ist einen Zoll unter der Spitze, zusammengedrickt, so dass es nach hinten einen, bei zwei Zoll langen scharfen Grad bildet. Bei den Sechsen- dern sind die Geweihe etwa sechszehn Zoll lang; vier Zoll úber der Rose entspringt das erste, acht Zoll lange Ende, das seine Richtung zuerst nach vorn und oben nimmt und sich dann, ungefáhr in seiner Mitte, allmálig ganz nach oben und sogar: in etwas nach hinten umbiegt; die zwei anderen Ende, von denen das vordere etwa sechs, das hintere vier Zoll lang ist, sitzen sechs Zoll úber dem ersten; ihre Richtung ist wie beim Vierender. Die Geweihe der Achtender haben eine Lânge von ungefâhr sicbzehn Zoll, und an der Basis einen Durchmesser von beinahe anderhalb Zoll. Die Rose ist gross und hóckerig. Fiúnf Zoll úber derselben teilt sich das Geweih in zwei Aeste; der vordere ist vier Zoll lang, lâuft nach vorn und oben und geht in zwei Ende aus, von denen jedes eine Lânge von etwa finfthalb Zoll hat. Der hintere verfolgt in ciner Lânge von fúnfthalb Zoll die Richtung des Stammes, und spaltet sich dann gleichfalls in zwei Ende, von denen das vordere nach oben und in etwas nach vorn Cervus paludosus — Veado Galheiro Grande 15 gerichtet ist und eine Lânge von sieben und einen halben Zoll hat, das hintere nach oben und in etwas nach hinten sieht, und nur vierthalb Zoll lang ist. Die Geweihe eines Zehnenders konnte ich mir nicht verschaffen; Azara hingegen hat deren gesehen, beschreibt sie aber nicht umstândlich. Die angefiúhrte Lânge der verschiedenen Geweihe und Ende ist úbrigens nicht bei allen Individuen die nâmliche, so dass man Vier-, Sechs- und Achtender antrifft, bei denen sie bald in etwas grósser, bald in etwas kleiner erscheint. Der Guazu-pucu wechselt, wie ich schon oben von den Hirschen dieses Lan- des túberhaupt bemerkt habe, die Geweihe nicht immer zur nâmlichen Jahreszeit. Die mehrsten Individuen stossen dieselben im Augustmonat, Herbstmonat und Wintermonat ab, andere hingegen erst im April und Mai. ScHREBER WacnER: Die Siugeticre, Erlangen, 1844, Suppl. Bd., 4. Abteil. pag. 367, escreve: Die ersten Geweihe sind einfache Spiesse / ungefáhr 6 Zoll lang /; das zweite Geweih /ungefáhr 9 1/2 Zoll lang/ hat zwei Enden, von denen das untere vor- und aufwárts gerichtet, das andere die Fortsetzung der Stange ist. Der Hirsch ist also alsdann ein Vierender. Beim Sechsender ist ein vorderer Augensprossen, wáhrend die Stange riúckwárts noch ein kurzes Ende angesetzt; ein solches Geweih ist ungefáhr 16 Zoll lang. Beim Achtender gabelt sich auch der Augensprossen in 2 gleichlange Gabeln und das Geweih hat dann etwa 17 Zoll Linge. Azara sah auch einen Zehnender, wáhrend Rengger einen solchen nicht auftreiben konnte. Die Enden liegen alle in einer mit der Achse des Kórpers gleichlaufenden Ebene. Der Stamm ist vor seiner Verâstelung mit Perlen besetzt, dann glatt, aber von Lângsfurchen durchzogen. BurmeIsTER: Tiere Brasiliens, etc. I. Bd. Sâugetiere, Berlin, 1854, pag. 313, assim se pronuncia : Das Geweih ist im ersten Jahr einfach, im zweiten bildet es eine Gabel, mit zunehmenden Alter vermehrt sich die Zahl seiner Enden bis auf fiúnf, wird aber trotzdem nicht hóher als etwa 1 1/2 Fuss. Zehnender sind selten, die meisten Tiere haben 6 oder 8 Enden. PucmeranN : Monographie des espêces du genre cerf, Archive du Musée T. 4, pag. 455 seg., ensina : Quant au bois, on sait qu'il est fortement bruni et assez épais. La disposition suivante m'a paru la plus normale: les perches se dirigent de dedans en dehors, four- * nissant, en avant et à une distance tres-marquée de la couronne, un maitre andouiller qui se porte en avant, en haut et un peu en dedans; puis, la perche se dirige en dehors et en arriére, fournissant une bifurcation, dont la branche antérieure est la plus longue et dirigée en avant, en haut et un peu en dedans. J'ai vu quatre bois chez lesquels cette derniêre disposition existait : une des perches de Vindividu figuré par M. Lichtenstein la présente aussi. Mais, jen ai observé 16 Cervus paludosus — Veado Galheiro Grande un certain nombre chez lequel le maitre andouiller se bifurque, ce qui porte a quatre . le nombre des pointes. Le plus divisé que jai vu em portait cing; car, indépendamment de la bifurcation du maitre andouiller, la branche antéricure de- la division de la per- che se divisait elle-même. C'est Vinverse de la disposition du bois de animal figuré par M. Smith, et chez lequel Pandouiller surnuméraire se trouve entre le basilaire et la bifurcation terminale. M. Rengger dit avoir eu entre ses mains un bois porteur de huit bouts, et, suivant lui, Azara en aurait observé un de dix. Ce sont des faits exceptionels ; mais quoique nous pensions que la disposition la plus normale est celle que nous avons indiquée plus haut, nous devons faire connaitre tout ce qui se pré- sente de plus ou moins anormal dans les formes des prolongements frontaux, dans le but de faire disparaitre cette tendance funeste des zoologistes a créer des especes par la seule inspection des bois. C'est dans les mois d'aoút, de septembre et de novembre que tombent les bois chez le plus grand nombre ( Rengger ); chez d'autres, cela arrive d'abord en avril et mai. Les premiers bois, qui paraissent à la fin de la premitre année, sont simples, les seconds ont deux bouts ; les années suivantes le nombre s'en éléve jusqu'a cing. Gray: Catalogue of Ruminant Mammalia in the British Museum, Lon- don, 1872, pag. 87, quasi nada adianta limitando-se a dizer : Antlers ascending, straight, erect; median branch anterior, furcate; upper branch posterior, rarely wanting. — The horns vary in sharpness and length of the snags, and in the distinctness of the granulations. Frrzincer : Nyitische Untersuchungen úber die Avten der natirlichen Arten der Hirsche, Wien, 1874-79, pag. 52 seg., declara : Die Geweihe, welche entfernt an jene des Edel-Hirsches « Cervus elaphus » erinnern, aber weder so lang, noch so stark als dieselben und auch viel weniger und in einer ganz anderen Weise verâstelt sind, sind nach auf-und rúckwárts gerichtet, in der untern Hálfte etwas nach Aussen, in der oberen nach Innen gekehrt und in vier bis fúnf Sprossen verâstelt, von denen aber nur eine nach vorwárts gerichtet ist. Die Rose ist gross und hóckerig, die Stange bis zu der Stelle, an welcher die Aeste entspringen, walzenfôrmig und mit einigen Perlen besetzt, von da aber auf der Innen- seite abgeflacht und fast ihrer ganzen Linge nach bis gegen die Spitzen der Enden von mehr oder weniger tiefen Lângsfurchen durchzogen. Die Enden sind an ihrer Ba- sis unvollkommen dreiseitig, im weitern Verlaufe aber kegelfôrmig und stehen alle mit der Achse des Kórpers mehr oder weniger in gleicher Ebene. Im zweiten Jahre tritt das Geweih in der Gestalt eines ungefâhr 6 Zoll langen | und an der Wurzel 7 Linien dicken einfachen walzenfórmigen Spiesses hervor. Im - dritten Jahre, wo dieselben eine Lânge von 9 1/2 Zoll erreichen, theilen sie sich 3 1/2 Zoll úber der Rose in zwei Enden, von denen das vordere 4 Zoll lange nach auf-und etwas nach vorwárts gekehrt ist, das hintere 6 Zoll lange aber, welches die Stangen- spitze bildet, nach aufwárts gerichtet erscheint und 1 Zoll unterhalb der Spitze zusam Cervus paludosus — Veado Galheiro Grande 7) mengedriúckt und an der Riúckseite mit einem bei 2 Zoll langen scharfen Grate verse- hen ist. Beim dritten Wechsel, der Geweihe, welcher wahrscheinlich im vierten Jahre eintritt, erlangen dieselben bereits cine Lânge von ungefáhr I Fuss 4 Zoll, und die 4 Zoll oberhalb der Rose an der Vorderseite der Stange entspringende 8 Zoll lange Augensprosse ist nach vor-und aufwirts gerichtet und mit der Spitze etwas nach aufwárts gebogen. In einer Entfernung von 6 Zoll úber der Augensprosse geht von der Stange hinten noch ein kurzes, bei 4 Zoll langes Ende ab, wáhrend die Stan- genspitze selbst ein bei 6 Zoll langes Ende darstellt. Ihre Richtung ist dieselbe, wie beim zweiten Geweihe. Beim vierten Wechsel erreichen die Geweihe eine Lânge von ungefáhr 1 Fuss 5 Zoll und an der Wurzel einen Durchmesser von beinahe 1 1/2 Zoll, und theilen sich 5 Zoll oberhalb der Rose in zwei Aeste, von denen der vor- dere 4 Zoll lange, welcher die Augensprosse darstellt, nach vor-und aufwárts gerich- tet ist und sich in zwei ungefáhr 4 1/2 Zoll lange Enden gabelt, wáhrend der hintere Ast, der durch die Stange selbst gebildet wird, 4 1/2 Zoll úber der Augen- sprosse an der Hinterseite gleichfalls einen Ast abgibt und auf diese Weise ebenso eine Gabel darstellt, deren vorderes 7 1/2 Zoll langes Ende auf-nach und etwas nach vorwarts gerichtet ist und die Stangenspitze bildet, das hintere weit kúrzere und nur 3 1/2 Zoll lange Ende auf-und etwas nach rúckwárts gekehrt erscheint. Sehr selten aber trifft man Exemplare mit fúnf Enden an jedem Geweihe an. Brooke : On the classification of the Cervidae, Proc. Zool. Soc. 1878, Nov., pag. 922, exprime-se da seguinte maneira : Antlers slightly exceeding the head in length, on short pedestals. They are dichôtomus, the anterior branch inferior to the posterior branch in development. In adult specimens the former sometimes, the latter always bifurcates. HexseL : Beitráge sur Kenntniss der Tierwelt Brasiliens, Zoolog. Garten, Frank- Rn Bd. 207 18/9, pag. 6 seg., diz: Zum Schlusse noch einige Worte tber das Geweih des Sumpfhirsches. Dasselbe ist gelb und hat eine ziemlich glatte Oberfliche. Bemerkenswert ist die Hôhe seines spezifischen Gewichtes, eine Folge der grossen Dichtigkeit seiner Masse, bei der die Porositit des Innern auf ein Minimum reduzirt ist. Man braucht blos ein solches Geweih in die Hand zu nehmen, um zu wissen, es kônne nicht von unserem Rothirsch herriihren. Bei einem normalen Geweih spaltet sich jede Stange in zwei Aeste, einen vorderen und einen hinteren, deren jeder wieder eine Gabel trágt mit einem vorderen und hinteren Ende. Es trágt also jede Stange von vorn nach hinten im Ganzen vier Enden, die einander fast gleich sind, so dass man schwer un- terscheiden kann, welche der Hauptstange und welche der Augensprosse angehô- ren. Bei solchen Geweihen dagegen, welche iúber die gewôúhnliche Stárke hinausge- hen, verlângert sich der hintere Gabelast jeder Stange und gibt sich durch die Vermehrung seiner Enden als Hauptstange zu erkennen, wobei also der vordere Ast mit seiner starken Gabel, deren Enden sicht nicht vermehren, als Augensprosse 3 18 Cervus paludosus — Veado Galheiro Grande erscheint. Junge Geweihe tragen an jeder Stange drei Enden und iàhneln dadurch dem Geweih des gewúhnlichen Pampas-Rehes. Das erste Geweih ist ein Paar einfacher Spiesse. Ich besitze als besondere Seltenheit ein Geweih von aussergewôhnlicher Grósse, welches an einer Stange neun, an der andern sieben gut entwickelte Enden trágt. Das National-Museum in Buenos Ayres besitzt cine schône Sammlung' von Geweihen des Sumpfhirsches, aber darunter kein so grosses und schônes Exemplar wie das meinige. Saussure: Note sur le Cervus paludosus et les espêces voisines, Mem. de la Soc. Phys. et Hist. Nat. de Genéve, T. 28, pag. 7 seq., dá a seguinte des- cripção : DESCRIPTION DES BOIS Les bois du C. paludosus ont généralement une couleur brunâtre. Ils sont ru- gueux dans leur premiere moitié, verruqueux et parcourus par des sillons ou des lignes saillantes. Au délà du milieu, ils n'offrent plus guêre en fait de rugosités que des restes de sillons ou de lignes en relief. Ils deviennent lisses et ont toujours un aspect gras, presque huileux. La couleur en est pále. et Pextrémité des andouillers est trans- lucide. Des la premiere année les bois sont bifurqués. Passé la troisieme année ils n'aug- mentent plus guere en longueur, mais ils deviennent toujours plus épais. Dans les vieux sujets, la disposition des andouillers rappelle assez bien celle qui sert de type à I"Élan Tarandus, à part les palmatures qui, chez ce dernier, les réunissent, en ne laissant de libres que les extrémités. Le Cervus paludosus est parmi les grands cerfs "un des plus fortement armés En effet, les bois adultes sont três robustes, presque aussi épais à la base que chez PElan et que chez le Wapiti (C. canadensis); ils sont garnis de nombreux andouil- lers aigus pour ainsi dire écartés en éventail, qui les rendent três redoutables, et leur brieveté même les rend d'un maniement d'autant plus facile qu'ils ne sont pas embarrassants comme ceux des autres espeéces de grande taille, et qu'ils forment des leviers plus courts. Nous donnerons ici à Vappui des figures la description des bois de tous les àges, avec leurs dimensions. La série est complete depuis la premiere apparition de ces appendices jusqu'a leur état de plus grand dévelloppement. A. Bois de premiére année Les bois les plus jeunes que nous possédons sont un peu courbés en avant, ils ont une forme comprimée et sont aplatis à la face interne ; ils ne sont à peu prês cilindri- ques qu'a la base; ils se bifurquent seulement prês de Vextrémité et vont s'élargissant Jusqu'a la bifurcation. Les branches de la fourche sont elles mêmes comprimées et Cervus paludosus — Veado Galheiro Grande 19 legêrement arquées en dedans; la branche postérieure est un peu plus longue que Fan- téricure, la surface de ces bois est lisse, à peine sillonnée ; la couronne seule est ver- rugqueuse. B. Bois de premiere ou de deuxiéme année Ces bois sont un peu plus grands, un peu moins comprimés, mais la face interne est toujours três plate. La bifurcation est moins distante de la base. Les branches de la fourche sont aussi longues que le merrain et à peu pres égales; leur extrémité est légerement recourbée en arriere. Le merrain commence souvent à porter des lignes Saillantes ou des inégalités vérruqueuses. C. Bois de deuxiême ou troisiême année Même forme que les précédents, mais três robustes et de dimensions beaucoup plus grandes. La surface est rugueuse, verruqueuse vers le bas avec des lignes saillantes dans le reste de Vétendue. Les branches sont égales ou inégales. D. Bois présumés de troisiéme année Ces bois sont tres robustes, garnis de lignes saillantes, et vers le bas de rugo- sités verruqueuses. Ils sont três cylindriques, peu aplatis à leur face interne. La four- che est plus ouverte. La branche antérieure reste simple, mais la branche postérieure se bifurque en son milieu ou au déla du milieu. E. Bois complets Mêmes formes que dans le type précédent, mais la branche antérieure de la four- che (maitre andouiller) se bifurquant à son tour. Jemrinc: a. Ueber die Cerviden aus der Gegend von Pirácicába in Brasilien, Sitz. Berichte d. Gesell. naturf. Freunde zu Berlin, 1884, No. 8, pag. 117 und pag. 121, escreve: Wie vorstehender Holzschnitt zeigt, besitzt jede Geweihstange 4 Enden, indem sowohl die Vorder--als auch die Hintersprosse (oder Hauptstange) sich gabelt. Nach der fúr unseren Edelhirsch iúblichen Terminologie wiirden wir den vorliegenden Sumpf- hirsch als «Achtender» bezeichnen diirfen. Die Vordersprosse hat fast die Stirke der Hauptstange. (Dieses ist die Regel bei C. paludosus, wesshalb man sein Geweih zu den dichotomischen rechnet), Die Geweihenden zeigen eine glatte Oberfliche und eine wachsartige, rótlich-gelbe Farbe, wáhrend die unteren Teile der beiden Geweihstangen stark ausgeprâgte Lângsrinnen und eine grau-gelbe Fárbung aufzuweisen haben. Die Rose ist stark entwickelt; der iúber ihr liegende Teil der Geweihstange zeigt sich mit einigen schwachen Perlen besetzt. Das ganze Geweih ist verhaltnissmássig dick und schwer. Die Hauptstange hat, der Krúmmung nach gemessen, eine Linge von 350-360 mm, direct gemessen 310 mm. Die Vordersprosse (Augensprosse) misst von der Gabel 20 Cervus paludosus — Veado Galheiro Grande ab 190, resp. 205 mm, die hintere Sprosse der Hauptstange etwa 50 mm. Die Rose einen Durchmesser von 44 mm. — — Wir sehen aus seiner Darstellung (Saussure) welche sich auf eine an- sehnliche Serie von Geweihen (ohne Schádel) stútzt, dass die Geweihentwicklung des Cervus paludosus, wie dieses von vorne herein anzunehmen ist, mit dem Alter stufenweise fortschreitet und die Zahl der Sprossen zunimmt. Aber diese Geweihbil- dung scheint, nach dem von mir untersuchten Materiale zu urteilen, viel unregelmâssiger vor sich zu gehen, als bei Cervus elaphus, und somit die Altersbestimmung nach den Geweihen viel unsicherer zu sein, als bei dieser europáischen Species. b. Der Sumpthirsch Sid-Amerikas (Cervus paludosus Desm.), Deutsche Jáger- zeitung, Neudam 1886, No. II, pag. 264, deste trabalho destacamos os seguintes trechos : Im iúbrigen erlaube ich mir úber die Geweihe des Sumpfhirsches noch folgende Bemerkungen : Im Vergleich mit denen des Edelhirsches sind dieselben niedrig, zugleich aber relativ dick und auffallend schwer. Sie zeigen von dem Sechsender an durchweg eine starke Vornúberbiegung, âhnlich wie die Geweihe des virginischen Hirsches. Ihre Farbe ist im allgemeinen gelblich oder rótlich an den Enden, am unteren Ende der Stangen mehr gelbgrau oder graubraun; im frischen, unverwitterten Zustande zeigen sie einen eigentumlicnen fettigen Glanz. Ihre Bauart weicht von der des Edelhirsches bedeutend ab. Sie gehóren nâmlich zu den sogenannten dichotomischen Geweihen, d. h. sie zeigen, sobald sie úber die Entwicklungsstufen des Spiessers und des Gablers hinaus gekommen sind, eine der- artige Teilung, dass man Vorder und Hinterstange an jeder Geweihhalfte unterscheiden . kann, und dass sowohl die Vorder als auch die Hinterstange die Tendenz zur Teilung resp. Sprossenbildung darbieten. Die einzelnen Entwicklungsstufen folgen, soweit wir wissen, folgendermassen aufeinander: Zunâchst entwickelt der junge mânnliche Sumpfhirsch ein Paar einfache Spiesse von etwa 16 cm Lánge. Die folgende Stufe ist gewônhnlich die des Gablers; sie fállt, wie schon oben angedeutet wurde, meistens mit den Hauptphasen des Zahn- wechsels zusammen. Die dritte Stufe ist die des Sechsenders; dieselbe scheint aber bisweilen úber- sprungen zu werden. Die vierte Stufe der Geweihentwicklung ist die des Achtenders; diese môchte ich als die Hauptstufe bezeichnen, weil man das Geweih der meisten erwachsenen Sumpfhirsche mit acht Enden versehen findet. Geweihe, welche tber die Stufe des Achtenders hinausgehen, sieht man ver- háltnissmássig selten. Ich selbst besitze einen sehr massiven Zehnender aus Para- guay, welcher rechts 4, links 5 Enden aufweist. Nach dem Zehnender kommt der Zwúlfender, freilich als grosse Seltenheit bei C. paludosus. Die Form des normalen Zwúlfenders geht aus der des normalen Zehn- enders hervor, indem der Hauptast der Hinterstange sich dreifach gabelt. E Ro. “AM Cervus paludosus — Veado Galheiro Grande 21 Lypexker: The deer of all lands, London, 1898, pag. 284 seg., informa da se- guinte maneira : Antlers large and rugose, with both prongs of the main fork dividing more than once, and upper prong usually somewhat larger than the lower one. Although ten is the normal number of their points, the antlers of this species are liable to «sport» in an extraordinary degree; specimens as complex as the one represented in Fig. 75 being by no means uncommon. The following dimensions of antlers are taken from Mr. Rowland Ward's Records of Big Game :— LENGTH ALONG BASAL WIDEST NUMBER OUTER CURVE: CIRCUMFERENCE : e: INSIDE : Or POINTS: 62,2 cin RT Ae 10,64 cm 45,12 cm 5— 5 59,7 17,5 66,04 63,50 ga 59,4 12,9 40,00 a RA) 4— 5 58,9 15,2 E 49,53 12 57,6 15,97 50,80 52,07 Dre 56,8 13,97 63,50 eo 28 54,6 12,70 32,38 40,64 5 Da Hensec: Beitráge zur Kenntniss der Siugethicre Sid —Brasiliens, Abh. d. Kel. Akad. d. Wiss. z. Berlin, 1872, escreve: Das Geweih, welches gelb und glatt ist und sich durch grosse Schwere aus- zeichnet variirt sehr. Im Allgemeinen kann man daran eine Hauptstange unter- scheiden, die vorn eine nur wenig schwáchere Augensprosse besitzt und sich an der Spitze gabelt, oder vielmehr eine nach hinten gerichtete Sprosse bekommt, denn der vordere Zweig der Gabel ist stets der stárkere. Hirsche mit diesem Geweih sind wohl immer jung. Bei àlteren Thieren gabelt sich auch die Augensprosse, d. h.-sie erhãlt nach vorn und etwas nach innen zu eine Sprosse, welche etwas schwácher ist inre Hauptsprosse. Zugleich ist die Augensprosse fast ebenso stark wie die Stange und entspringt úber der Rose, so dass der Hirsch ein dichotomes Geweih besitzt, dessen beide Enden wieder dichotomisch sind, wobei die Augen- sprosse das schwáchere Ende vorn, das stárkere hinten hat, wáhrend es an der Stange sich umgekehrt verhãlt. Endlich theilt sich bei stârkeren Geweihen das Hauptende der Augensprosse nochmals, indem es wieder an der Vorderseite noch eine Sprosse erhált. Dasselbe ist an der Stange der Fall, nur ist hier die neue Sprosse an der Hinterseite Die einzelne Geweihhálfte hat nun 6 Enden und wir werden sie als Zwólfender an- sprechen. Ein solches Geweih sah ich im Nationalmuseum in Buenos Aires, doch war nur die rechte Geweihhãlfte so ausgebildet, die linke zâhite blos 4 Enden. é 22 Bei fm a Geweih unter allen, “die mir vorgekommen sind, . “máchtige Augensprosse nur zwei Enden, ein stárkeres und nach vorn ein cheres, die linke Stange dagegen hat ausser ihren drei regelmâssigen En vier kleinere meistens nach hinten oder aussen gerichtete Sprossen, so hier eine Art Krone bildet. Die rechte Stange hat ausser den drei normal noch zwei ebenfalis nach hinten oder aussen gerichtete Nebensprossen, so das ganze Geweih 16 Enden besitzt. II. CERVUS (BLASTOCERUS) CAMPESTRIS VEADO BRANCO OU CAMPEIRO! [Goeldi « Mammiferos do Brazil, » pag. 107, seq.| E' costume tomar-se o Cervus campestris da America do Sul como o homologo exacto da corça européa (Cervus.capreolus), tal qual o veado galheiro quando passa por substituto do veado do Velho Mundo (Cervus elafphus). Emquanto não se vae além de uma ligeira e superficial comparação de dimensões e outras semelhanças -exte- riores, nada haverá que dizer contra o estabelecimento de tal parallelismo. Num confronto, porém, mais cuidadoso desfaz-se cada vez mais qualquer suppo- sição de parentesco consanguineo. Se já, para mim, a corça européa parece ser um Cervideo bastante heterogeneo do seu parente maior, uma cousa sui generis e não sómente mero diminuitivo do Cervus elaphus, ainda menos estreitos se me afiguram os laços de parentesco com o nosso veado branco ou campeiro. Tanto a variedade da Siberia, o Cervus pygargus, como a raça typica do Cervus capreolus do continente europeu, mostram uma galhada, se bem que'variavel na sua fórma, sempre tripartida sómente na sua parte distal (Rórig, op. cit. Taf. VI, figs. 19 e 20), sendo a base da haste principal toda semeada de asperezas e escabrosidades («Perlbildung», da linguagem venatoria allemã). O nosso Cervus campestris porém emitte uma ponta anterior já bem perto da base, mani- festando-se a este pormenor, como nos demais detalhes da formação da sua galhada, emulo fiel do seu patricio maior, do Cervus paludosus. De facto consideramos sob o tonto de vista da constituição da galhada, ser o veado branco genuino dimi- nutivo do veado galheiro grande. É 1 «Camposhirsch » «Pampashirsch» « brasilianischer Sprossenhirsch» em allemão— «Pampas-deer» em inglez; «cerf des champs>» em francez. Nas figuras recentes, coloridas desta especie merece ser indi- cada como boa a Est. XXII da grande Monographia de R. Lydekker; entre figuras mais antigas citamos a de Schreber-Wagner, Est. 251 B. Concordam satisfactoriamente; comtudo a ultima differe da primeira por um colorido geral do pello mais vermelho-ruivo.— Que a figura representada por Geoff. Saint Hilaire et Cuvier na sua obra « Histoire naturelle des Mammifêres », Est. 352 com o nome de « Mazame» nunca se pode referir ao C. campestris, terei de frizar adiante. 24 Cervus (Blastocerus) Campestris — Veado Branco ou Campeiro Acerca do veado branco tive tambem á minha disposição farto material, em sua maior parte colleccionado aqui mesmo na região amazonica. Passaram pelas minhas mãos nos ultimos annos talvez umas 150 galhadas, adherentes ainda á respectiva. calotte craneal ou não, e dessas 50 ao menos submetti a detalhadas pesquizas e medição cuidadosa. Como se sabe, os couros de veado formam importante artigo de exportação “da Amazonia e entre os fardos de ramos seccos e espinhosos, que affluem ao mercado belemense, ha nos provenientes de certas e determinadas regiões e vias fluviaes uma porcentagem não pequena fornecida pelo veado branco. Eu fui em pessoa para o trapiche da Recebedoria estadoal, para averiguar este ponto de visu e apurar ao certo umas tantas cousas. Couros de veado branco vêm, por exemplo, regularmente pelo mesmo caminho, como as galhadas do Cervus paludosus, — do Tocantins-Araguaya. Vêm tambem de outros affluentes do Amazonas médio e superior; natural é que sejam fornecedoras principaes as regiões percorridas pela nave- gação e onde, quer de um quer de outro lado do rio, haja consideravel extensão de campos. Foi principalmente assim no Mercado de Belém que eu poude arranjar, pouco a pouco, uma collecção de galhadas de Cervus campestris, durante os ultimos 7 annos. Estas galhadas alcançam alli um preço maximo de 58 até 108 para os exemplares maiores e mais vistosos; geralmente porém não influe essencialmente o aspecto, porque para serem raspadas para «remedios» e semelhantes fins, nem sempre amigos da luz clara do dia, tanto serve uma ponta curta como uma longa. Dez craneos com galhadas de C. campestris recebi directamente do Brazil central, quando no Rio de Janeiro em 1897, por boiadeiros vindos de Goyaz. Foi um presente, que me enviou o Sr. José de Mello Alvaro, Director da Colonia orphanologica Blasiana em Santa Luzia, Estado de Goyaz. Aproveito a occasião para testemunhar-lhe aqui, publicamente, a minha gratidão por tão solicito empenho de auxiliar-me com material nos meus estudos. Se o numero de tres ramos deve ser considerado como regular para a galhada do Cervus paludosus adulto, isto tem a fortiori applicação ao caso do Cervus cam- pestris. Fastidioso seria, acompanhar outra vez, passo a passo, o desenvolvimento da armação deste, desde que tudo se repete tal qual como na especie anterior. Melhor doque uma longa dissertação orienta a nossa Estampa II, onde, nas figuras 1 até 31, reuni farto material escolhido entre as nossas collecções, ao passo que a figura B, schematica da mesma estampa, demonstra a marcha seguida pelo desenvolvimento da galhada do veado branco.! As figuras 30 e 31 dão galhadas do principio ao terceiro anno ; de phases an- teriores, o material actualmente á disposição, infelizmente, não me offerece algum exemplo apropriado para ser reproduzido aqui. ! O leitor excusará, que para os contarmos dos craneos das 3 especies do veado fosse aproveitada a mesma chapa. Tanto isto, como a circumstancia de serem reproduzidas essas tres figuras A, Be C na mesma grandeza apparente sem attender ás respectivas proporções entre Os originaes, naturalmente não pode ser levado em conta de erro, visto o multiplo aviso de se tratar de figuras schematicas. E Cervus (Blastocerus) Campestris — Veado Branco ou Campeiro 26 Formada a galhada de 3 pontas, apparece, tal qual como no Cervus paludosus, uma ponta nova no galho anterior (Fig. A e Fig. B, Est. Il, Nov. 1) Mas, em vez de projectada igualmente para cima, ella tende, ao contrario, a dirigir-se para baixo e para a frente, tomando o caracter de um espeto ou espinho curto, como bem deixa ver a figura 2, Estampa Il, de um 8-cors regular. Ao mesmo tempo o lado anterior da parte distal do ramo em questão tende a elevar-se, em fórma de lamina de faca, de aresta aguda, repetindo-se o mesmo por vezes do lado anterior da haste principal P. Em geral dá-se outra vez o phenomeno já descripto no Cervus paludosus: os galhos, cylindricos a principio, tornam-se com a idade mais angulosos, à feição de punhal de corte triangular. (Fig. 8, Est. II, galhada- esquerda). Uma segunda (quinta) ponta (2), que caracterisa o « dix-cors » (Zehnender) tende a desenvolver-se no ramo posterior O, como se vê pela Fig. 13 e a figura schematica B, Est. II. Assim encontramos a primeira differença com o Cervus paludosus: desen- volvimento de n. 2 no ramo O em vez de no ramo P. Como explicar a sua causa, francamente dito, não sei com certeza desejavel. Entretanto, sendo o espaço dispo- nivel no sinus entre Pe O, quer relativa, quer absolutamente, pequeno numa especie das dimensões do Cervus Campestris, ha vantagem, facilmente comprehensivel, na transferencia das pontas adventicias para o lado posterior de O, (pois é muito pos- sivel que aquillo que é chamado 2 na nossa figura B, Est. II tenha de ser interpre- tado como O, e vice-versa). (Fig. 13, Est. ID. (Fig. 4, 5, Est. IV). À subsequente complicação no desenvolvimento da galhada do nosso veado branco é offerecida pela formação de um espeto na base da haste principal (N. 3, fig. B, Est. ID. Exemplos disso vêem-se nas figs. 6 e 19 da Est. II, mas sobre- tudo é bem visivel na galhada, em verdade já bastante hyperplastica, fig. 4 e 5, Est. IV. Ha aqui novamente um traço de parentesco com o Cervus paludosus (N. 4, Fig. A, “Est. II) e coincide em ambas as especies, que a tal ponta costuma ser frequentemente torta e virada para dentro. A figura 61 Taf. XII no trabalho do Sr. A. Rórig representa a galhada de um «six-cors> normal; a configuração toda porém resente-se do mesmo defeito já acima definido. Na obra de D'Orbigny ha uma galhada anormal do Cervus Cam- pestris, toda torta e ondulada; nunca vi semelhante cousa. Repetimos : em geral a galhada do Cervus campestris não é sómente o fiel retrato, em menor escala, da do Cervus paludosus, como segue tambem as mesmas regras no seu ulterior desenvolvimento. A apparente differença na successão das pontas examinada mais de perto não é senão a simples suppressão de um elemento, visivel- mente occasionada pelo embaraço proveniente da falta de espaço e factos naturaes directamente accessiveis á nossa comprehensão. Si formos, outra vez, convidado a caracterisar em poucas palavras os traços especiaes da galhada do Cervus campestris, diremos o seguinte: Leis de desenvolvimento em geral as mesmas que no Cervus paludosus. A regra é serem 3 as pontas; a tendencia para a hyperplastia não parece ser em alto grau pronunciada, sendo raro verem-se galhadas com muitas ramificações. Em contraposição 4 / 26 Cervus (Blastocerus) Campestris — Veado Branco ou Campeiro E parece a forquilha posterior tomar um incremento notavel, circumstancia que, con- forme a theoria do Sr. A. Rórig, indica uma especie vantajosamente apparelhada para a lucta offensiva. O galho da frente (A) costuma emittir uma ponta ou espinho virado para a frente e para baixo. Iormação de arestas em lamina de faca no lado anterior e posterior dos galhos. Desenvolvimento relativamente exuberante de aspe- rezas (Preslen) na base. Linha descripta pela inserção no craneo e lado interior da galhada de cada lado mais estreita e menos arredondada. Galhada em geral relativa- mente mais desenvolvida no sentido longitudinal. | De uma tabella por nós organizada nos ultimos annos, abrangendo medidas comparativas referentes a 41 craneos e galhadas do Cervus campestris, extrahimos os seguintes valores absolutos maximos, que reputamos de alguma utilidade para dar uma idéa quanto aos limites inferiores de crescimento : | 1) Haste principal (P), comprimento. ...... TO, MRE RP o a 2) Ponta “anterior (A), comprimento... Fo SR am : 3) Ponta posterior (O), comprimento... La a Sm 8] 4) Envergadura entre hastes principaes (P). É Vis | 5) Idem entre pontas anteriores (A)........ 246 | 6) Idem entre pontas posteriores (0).....-. JO 17) Comprimento basilar do craneo......... RP Comprimento total... .. «E 3 E 254"m 9) Margem anterior das orbitas até a ponta E tecto xiliar. ..... .. RR Loo E IO Nasatia (comprimento)... aa RR e fo ir ont ameura do craneo.. .... POr ; 12) Comprimento da serie dos molares supe- MNOOSS citei ais «o SL RO fam Não é balda de interesse a comparação com as medidas tomadas por mim de um veado vermelho ou mateiro Cervus (subulo) rufwus da nossa colecção e que juntei nas tabellas que seguem. Finalmente chamo a attenção para a noticia dada por R. Hensel, que certos espertalhões importam galhadas do C. campestris da America do Sul, vendendo-as na Europa aos avidos de trophéos venatorios, como galhadas excepcionalmente for- tes do corço europeu (C. capreolus). Não comprehendo bem como isto seja pos- sivel —victima de semelhante conto do vigario só póde, de facto, ser quem mui fraco conhecimento tiver do assumpto. Em todo o caso um lançar de olhos sobre a nossa estampa II ensina immediatamente o caracteristico da galhada do veado branco. CERVUS CAMPESTRIS «TABELA 1) “(opuira PSgur ojmur epeyjeg—sejuod 9 “Ojajdiuos oourio wroo OBU OM[9] UIDD) & . -UL Opumiey (e opuonbsa 'z oyoxp oper) seuod 9 21 10. SL 3. 45. “Ojajdtoo Oourio wroo paou rpeyppy—seuod 9 19 13 20 10,5. 25. o & OjduoS osurio wo» “pAou epryjeo —stiuod 9 7 6. 3,5. ; (Cqxemaour opuri(ey) & S a ojduoo ouro uroo “paou eperypry—seuod 9 36 2a 9,5, “oyo(d “LO? OQUPID UIOD “PAOU [pulou Ppeypey—:sejuod 9 17 11,5. 17,5 1) Dx 10,5 *Saq10y SejO 19d (-jxeur -I9JUL OPUPI[B)) Ojojduroo oaurio uo)—"sejuod 9 1 lt. 20 sã 26. 135. “IPUIUR] OPÍPUIOS ap SOrtpur LOS 3, Joojsod oyjes) "ojajdwoo oourio twoy—sejuod + 30 + 5) 23. Pra 12. 14, 13, “Ruod eu sopewr 2 & Our) WM soyo “ojojduoo oourio moy—"sejuod 9 23 õ 2) Po) 26 25. 11 12. 10,5 E ESA o PS “ojajduo? osurio woD—-sejuod 9 o E 31 13 12. 10 ar “(SOy|OS saxjuo)—'sejuod 9 o E) "OuaI O -Ip OPP[ Op J0ojur ojsngor oquidsy—"sejuod 9 1, 17. 18,5 PA 15 19,5. “QJ1OJ PpeyjLo—"sejuod 9 E “(soIjos soajimo) & opionbso opej + 'ojop ope & :sejuod go rsejuod 17 15 2 11 S “JOIID q & Ur OYjeS OU Sajupjoo sejsaly “urp|—'sejuod 9 20 9. “uop|—'sejuod 9 2 19,5 20. A 2,5. 1 “Je[nSo1 “9J107 Ppeypeo—'seyuod 9 85. 19 o o : [e «a 'z -bsg] sejuod q 28. 12,5. “QJIOj PPeYjeo—'sejuod 9 O» y 8, = Ss "SP[OJIod Saj10j “QJJ0j PpeyjL9—"sejuod 9 2 17 2! 24 14, 8. o ap “S9JUPI IO SpjSaxP 'sopro q £ &-INJIq SoJOLIQjUP SOYJRS) *0J10J Ppeyjpoy—sejuod q 1 20 10. 9 ) “9JUPJIOD PISIIP 2 N & mo IOLIQJUP OU[2O) “ojIOy epeypro—sejuod 9 19 e ES ho “uop|—'sejuod 9 á o 18 E) 10,5 > es “BAOU OjInUI Ppeyjeoy—'syuod 9 14,5. 9 14 17 20 8. — sejuod 9 20,5 5. 20,5 16 21 “poeay epeypeoy—"[z “q 'g -bsg] sejuod c 19 17 18 “poray CpeypLo— sejuod 9 0 14 20,5 = “poPIy Ppeyjeo—"sejuod q Z 16 19 23 23 12 -spjo1od ap sordwutid “PYjPA Ojnu epeyjero—sejuod 9 o 16 24, 19,5 “PoPI) Ppeypeo —sejuod q 2 14,5 21,5 11 7. “PoLIj PPeY[eo— sejuod 9 18 13,5 16, 10 9 11,5. ú ; “opionbso ope| ou sejoxod op sordoutig— sejuod 9 16 19 9 21 6,5. o ndo “PPLIRA a 2 a oquomeaou vpryjeo “oyosjop oouriy— sejuod 9 [TO SU jarasa 23 11,5 “Wop|—'sejuod 9 16 16,5. 16,5 8 “sope[ so Soquir o 9SEq UIO? SEJOJad soj1o|—"sejuod 9 3 19, 3 23. 10. “OQUPIO UIOD) “JONaJUL 2 JOLojUP OUjeS ap oypounstp oidiutid : opronbsa oprj—sejuod 9 13,5. 15,5 16 “grBy qrasa O 10 10. É vê “(BJOS 2peyjes) seuod 9 13 AM = “Pprigonb 1otIojur = = 9 pjuod : opinbso opej—(»jos epryjes) sejuod 9 10 “JONOJU! — JOLIE & oyjeS un op oidwurd : oprnbsa oprj—'sejuod 9 15. a | co “SOp2| SO SOQUIP UIS Opr>INJIq JOSjUr OU[p)—"sejuod > 8 30. "OpP>INIq [ejdiodo oujrS : ONaIp opr7j—*ou'PpUnDas JON9jUe OY[eS tum op ordra -utd : opronbso opr1—(p-H) sejuod g op epeújro 16 14 8 grey | TI asa a Galho principal. Galho anterior . Galho occipital (posterior). Envergadura entre pontas, galhos principaes. Envergadura entre pontas, galhos anteriores Envergadura entre pontas, galhos occipitaes . CERVUS CAMPESTRIS «TABELA 2) | Comprimento basilar 199 196 206. 222, 228. 217. 210. 224 198. 203. 208,5. 220. 200. Comprmentoltotal 50 233 226 229. 248. 254 | 241. 238. 228. 244, 219. 226. 224, 238 (2) 229. Margem anterior orbital até ponta interna . ... 122 121, 124, 136. 137, 138. 135. 132. 138. 122. 129. 125. 135. 120. Nasala! sro + Gupta a er de Te PAR RR 3 64, 61. 61. 83. 7.6. 81. 67. 82. 82. 83, 88. 54. TER 9. 1. 68. 2 Tite areurateranco seg po oo one Ee 92 po 92. 91. 94. 97. ER 9. 91. 89 98,5. 101 (!) 101. 95. 94, 94,5. 9. 90. 87,5 93(2) 97. Comprimento serie molar superior. . . ...... 69 67. TALO Tl. 72. 70. 4 69. TT. 68. 73. rt) il. 66. 63, a. 73. 68. 68. 68. 58. Comprimento serie molar inferior, . +... .... 76 — — — — — — = — — — — — — = = - == — = = Mandibuladã ss sapo tan ER O Ee EE 180 — — — — — — =. = Dentesfeaninoss. + Moo Ra V. V V.? = E! V V v V | D—V do Cervus (Blastocerus) Campestris — Veado Branco ou Campeiro 27 Renccer, J. R., Naturgeschichte der Sáugetiere von Paraguay 1830, pag. 352 seg., escreve: Seine Geweihe ergeben sich nâmlich beinahe senkrecht auf dem Kopfe, indem sie mit der Grundfláche des Schidels nach hinten einen Winkel von ungefáhr 70 Graden bilden. Mit ihrer unteren Halfte krúmmen sie sich in etwas nach aussen, mit der oberen nach innen. Der Hauptstamm ist walzenfôrmig, die Fortsetzung des- selben seitwárts zusammem gedriúckt, der untere Theil der Ende unvollkommen dreiseitig, der obere kegelformig. Gerade und geschlângelte Furchen laufen von der Rose bis gegen die Mitte der Ende. Auf der inneren und auf der hinteren Seite des Hauptstammes bemerkt man, je nach dem Alter des Thieres, bald mehr bald we- niger Perlen. So wie nâmlich die Geweihe keine neuen Ende mehr erhalten, was oft schon bei Sechsendern der Fall ist, setzen sich dafiir mehr Perlen an. Die Ende sind, wie bei der vorhergehenden Gattung, beiláufig in einer, mit der Axe des Kórpers pa- rallelen Ebene enthalten:; die Rose ist niedrig, der Rosenstock kurz und dick bei alten, in etwas lânger und diúnn bei jungen Individuen. Die Geweihe haben, wenn sie sich von ihrem Baste entblóssen, eine brãunlichweisse Farbe, die zum Vorscheine kommt, wenn der braune Ueberzug durch Reiben und Abnutzung verschwunden ist. Die ersten Geweihe erscheinen beim Guazu-y nachdem er ein Jahr zurúckge- legt hat. Sie sind einfach und etwa drei Zoll lang. Die zweiten haben eine Lânge von sechs bis sieben Zoll; etwa drei Zoll úber der Rose theilen sie sich in zwei Ende, von denen das vordere kirzer ist als das hintere, und nach vorn und oben lâuft, wahrend das letztere beilâufig die Richtung des Stammes verfolgte. Die dritten Geweihe zeigen drei Ende und haben ihrer Krúmmung nach eine Linge von neun bis zehn Zoll. Das erste Ende entspringt in einer Entfernung von einem bis zwei Zollen úber der Rose, ist vier und einen halben Zoll lang, und nimmt seine Rich- tung erst nach vorn und oben, dann blos nach oben. Fiuníhalb Zoll úber der Rose theilt sich die Fortsetzung des Stammes, unter einem Winkel von 60 Graden, in zwei andere Ende, von denen das vordere mit seiner Spitze nach oben, das hintere nach hinten und oben sieht. Beide sind beinahe gleich lang. Nur selten findet man Geweihe, welche in vier Ende ausgehen; sie haben die nâmliche Gestalt, wie die mit drei Enden, nur entspringen auf der vorderen Seite des Hauptstammes, statt einem, zwei Ende, von denen das untere kiúrzer ist als das obere, Diese vierte Ende erscheint aber nur bei wenigen Individuen selbst wenn die Thiere noch so alt sind: gewôhnlich wird es durch eine grosse Anzahl Perlen ersetzt. Die Zeit, wo der Guazu-y seine Geweihe ândert, ist noch unbestimmter als beim Guazu-pucu, denn ich habe zu allen Jahreszeiten Individuen gesehen, welchen dieselben entweder fehiten, oder bei denen sie im Wachstum begriffen waren. Die mehrsten jedoch wechseln die Geweihe gegen das Ende des Winters, das heisst im Augustmonat oder Herbstmonat. 28 Cervus (Blastocerus) Campestris — Veado Branco ou Campeiro Scureser, Wacner: Dic Sáugeticre, Erlangen 1884 Suppl. Bd. 4. Abt. pag. 367, diz: Das Geweih gibt auf der Vorderseit einem aufwártsgewendeten Augensprossen ab, und láuft am Ende der Stange in eine gleichzackige Gabel aus; die Stange ist nur bis zur Halfte mit kleinern Perlen besetzt. Burmester: Thiere Brasiliens etc. I. Bd, Sáugetiere. Berlin 1854, pag. 314, declara : Das Geweih besteht im zweiten Lebensjahre, wo es zuerst erscheint, nur aus einer einfachen, 3 Zoll langen Stange. Nach dem ersten Abwurf wird es gabel- fórmig, indem es sich etwa 3 Zoll úber der Rose in zwei Aeste spaltet, von denen der hintere, mehr senkrechte, den vorderen mehr geneigten etwas an Lânge úber- trifft. Im náchsten Jahre kommt noch eine Sprosse hinzu und besteht das 10-12 Zoll lange Geweih aus drei von unten nach oben etwas kiúrzeren Enden, von denen. die beiden unteren nach vorn gewendet und sanft aufwáãrts gebogen sind. Das erste Ende pflegt 2 Zoll iúúber der Rose zu stehen, das zweite 5-6 Zoll. In dieser Form erhalt sich das Geweih bei den meisten Individuen, und so war auch das Exemplar mit dem Schâádel beschaffen, welches mir Hr. Dr. Biart, Arzt der englischen Com- pagnie in Congonhas, zum Geschenk anbot. Bisweilen findet sich aber noch ein viertes Ende, indess das ist eine Seltenheit; gewôhnlich unterscheiden sich die alteren Thiere von den jingeren nur durch eine etwas betrâchtlichere Stárke und gróssere Rauhigkeit der Stangen. Pucmeran : Monographie des espêces du genre cerf, Arch. du Musée, T. 6, "pag. 461 seqg., assim se pronuncia : Quant au bois, il est grêle, peu hérissé de perlures, n'en présentant d'un peu notable que sur la couronne et la meule ; il est presque lisse dans le reste de son étendue. Chez nos deux individus montés, le maitre andouiller nait en avant de la per- che, à trois centimétres au moins au-dessus de la couronne. Les perches s'élêvent de dedans en dehors et d'avant en arriere, et aprês avoir fourni le maitre andouiller, elles se divisent, à dix centimetres au moins de son origine, en deux andouillers à peu pres égaux, un en avant, Vautre en arriere. Chacun des andouillers s'élêve en suite, le postérieur en arriere, Vautre en avant, mais de façon à présenter quelquefois par suite de Iincurvation légere de leurs pointes, le postérieur, une concavité anté- | rieure, Tantérieur, une concavité postérieure. Le maitre andouiller suit la même dire- ction que la bifurcation antéricure des perches, de sorte que tous les trois se trouvent dans un plan antéro-postéricur dont les faces sont peu éloignées. Voici les dimensions du bois et d'une des perches sur I'individu décrit plus haut : Distance entre les deux couronnes.- RR 0,04m Distance entre les pointes des deux maitres andouillers. ........ 0,2lm Distance entre les pointes des deux andouillers antérieurs....... 0,32m Cervus (Blastocerus) Campestris — Veado Branco ou Campeiro 29 Distance entre les pointes des deux andouillers postérieurs ...... 0,26m » directe de la couronne a la pointe de la bifurcation pos- téricure de la peremEndBmite D....2....... 0,25m » » de la couronne à la pointe de la bifurcation anté- rieure-de la perchemtóre. .... : 0:26: > » de la couronne à la pointe du. maitre E cnier qui: estotreslongRAMARE .......... DA hei Les bois du Guazouti nous sont, en général, paru remarquables par leur régu- larité. Aussi, pensons-nous que le nombre des andouillers est normalement de trois. Mais quelquefois, par suite des développements exagérés qui ont lieu dans cette es- pece, comme dans toutes les autres, il se forme de nouveaux prolongements, tantôt bien formés, tantôt seulement rudimentaires. C'est ainsi que, sur une perche, le bord postérieur de la branche antérieure de bifurcation nous a présenté un quatriême andouiller, ayant environ quatre pouces d'étendue. Chez deux autres, nous avons vu un tubercule sur les perches, aux environs de la naissance du maitre andouiller. Il existe un quatrieme andouiller dans le bois dont ont parlé MM. Cuvier et de Blain- ville, bois dont ils devaient la connaissance à M. Desmarest, qui Iavait reçu du Port Désiré, vers le 52 degré de latitude australe. Sur ce bois, remarquable par T"odeur d'oignon qu'il exhale, cet andouiller surnumeraire nait en arriére, plus haut que le maitre andouiller. Dans un exemplaire, figuré par M. Waterhouse, et dont le dessin a été reproduit par M. Wagner, le maitre andouiller se bifurque, comme cela arrive assez souvent chez le Guazoupoucou ; il en est de même de la branche postérieure de bifurcation de la perche, de sorte que ce bois porte cinq pointes. Ce nombre est bien plus grand encore dans le bois donné à la collection d'Anatomie comparée du Muséum par M. le capitaine Letourneur, et que M. Cuvier a décrit et figuré. Ceux qu'a fait dessiner M. Gervais, dans le voyage de d'Orbigny/Mammiferes, pl. 20, fig. 2/sans être aussi pourvus d'andouillers que ce dernier, lui sont comparables par leur torsion. Frrzincer : Kyitische Untersuchungen iúber die Avten der natiirlichen Fami- lie der Hirsche, Wien 1874-79, pag. 66 seg., ensina : Die Geweihe. sind von mittlerer Grôsse, schlank und mehr oder weniger ge- runzelt, und bis zur ihren oberen Halfte an der Stange mit Perlen besetzt. Sie sind beinahe gerade aufwárts gerichtet, nur wenig nach aus-und riickwárts gebogen, und úber ihrer Wurzel in einiger Entfernung von der Rose mit einer nach vor-und auf- wárts gekehrten Augensprosse versehen. An der Hinterseite der Stange entspringt nach oben zu ein Ast, der mit der Stangenspitze eine gleichzackige Gabel darstellt, die schief nach vorn gewendet ist und deren Spitzen sich gegen einander neigen, indem der hintere Ast schwach nach vorwárts, der vordere etwas nach riúckwárts gebogen ist. 80 Cervus (Blastocerus) Campestris — Veado Branco ou Campeiro Brooke : On the classification of the Cervidae, Proc. Zool. Soc. 1878, Nov.,. pag. 922, diz: Antlers slightly exceeding the head in length, on short pedestals. They are di- chotomous, the anterior branch inferior to the posterior branch in development. In adult specimens the former sometimes, the latter always bifurcates. Henxser : Beitráge zur Kenntniss der Sáugetiere Siúd-Brasiliens, Abh.-BHa Kgl. Akad. d. Wiss z. Berlin, 1872, pag. 96, escreve: Sein Geweih variirt gleichfalls nicht unbedeutend. Die Form mit drei Enden an jeder gehórt wohl nur júngern Tieren an. Auffallend ist bei dieser Art wie bei der vorigen die Neigung starker Geweihe zur Asymmetrie. Es hatte nâmlich in einem sol- chen Falle die Augensprosse der rechten Seite drei Enden, die der linken zwei Enden wáhrend die Stange jederseits zwei Enden zeigte. Das ganze Geweih hatte also neun Enden und das Tier war eigentlich ein Zehn-Ender. In anderen Falle hatten rechts die Augensprossen zwei Enden, die Stange deren- vier, links war die Augensprosse einfach, die Stange hatte drei Enden. In Montevidéo sah ich ein ungemein dickes und schweres Geweih mit wenigsten 15 IEnden. Nemrinc : Ucber die Cerviden aus der Gegend von Piracicaba in Brasilien, Sitz. Berichte d. Gesell. naturf. Freunde z. Berlin, 1884, N. 8, pag. 123, d'este tra- balho destacamos os seguintes trechos : Das Geweih zeigt sechs Enden (drei an jeder Stange), welche ausserordentlich schlank und zierlich gebildet sind und die bei €. campestris gewóhnliche, an unser Reh erinnernde Stellung zu einander haben. Die Hauptstange misst 240 — 250, die Augensprosse 110, die Hintersprosse 70, resp. 90"P. Die Fárbung ist dunkel rot- braun (mahagonifarbig), die Rose scharf abgesetzt und sehr kraus, der untere Teil der Stangen mit sparsamen Perlen besetzt, der obere Teil glatt. Im hiesigen zoologischen Museum befinden sich einige sehr áhnliche Geweihe des C. campestris, wie denn die Stufe des Sechsenders von den meisten Exemplaren des Camprehes nicht úberschritten wird. HenseL : Beitráge zur Kenntniss der Tierwelt Brasilicns, ZOOL. A Bd. 20, 1870, pag. 7, exprime-se da seguinte maneira : Die bekannten Geweihe haben gewôhnlich an jeder Stange drei Enden und âhneln dadurch etwas dem Rehgehôrn, das sie aber an Grósse úbertreffen. Daher kommt es, dass sie hâufig nach Europa gebracht und an Nichtkenner als riesenhafte Reh- gehôrne zu hohen Preisen verkauft. werden, wáhrend sie an sich fast wertlos sind. LypexKer: The deer of all lands, London 1890, pag. 288 seg., diz: Antlers of moderate size, with the-lower or front prong of the main fork simple, and the upper or posterior prong divided, and thus much the more com- plex, the usual number of tines being three. A fraction over 141/2 inches is the length of the longest pair of antlers of this species recorded in Mr. Rowland Ward's book; the specimen being if the British Museum. ERG ERVUS (CARIACUS GYMNOTIS) WIEGMANNI VEADO GALHEIRO DA GUYANA | Podemos dizer, que o veado com este nome representa uma dupla novidade : em primeira linha é positivamente um novo elemento faunistico para a fauna do Brazil, dantes não conhecido como pertencente tambem a ella; em segundo logar é re- presentante de um novo grupo de veados, — Cariacus, — contrastando com o grupo do qual fazem parte as duas formas antecedentes. O veado em questão é um pioneiro meridional e dum grupo, e genero, que tem o foco da sua distribuição principalmente na America septentrional, ao passo que "O genero Blastocerus, abrangendo o C. paludosus e o C. campestris por nós estudados nas paginas antecedentes, é de feitura typicamente sul-americana. A diversidade de descendencia manifesta-se não sómente na distribuição geo- graphica? mas ainda no habitus geral exterior e sobretudo depõe neste sentido a differença na feição e no desenvolvimento da galhada, — differença tão notavel que dá logo na vista mesmo dos que não possuem a visão muito exercitada para o discernimento. Veja a Estampa III. Quando em 1895 estivemos em exploração scientifica do littoral Guyanense entre o Oyapock e o Amazonas, ouvimos tanto no Cassiporé, como no Connany 1 « Cerf des paletuvicrs» « Cerf gymnote >» em francez, — « Kahlohrhirsch em allemão » — « co- lumbian race of american deer > em inglez. 2 E' digna de attenção a circumstancia de ter Rútimeyer subordinado o genero Blastocerus ao grupo Cariacus, explicando-se assim o mappa Est. IV do seu aliás excellente trabalho « Historia dos veados », onde como área do grupo Cariacus se vê indicado todo o continente americano ao sul do 40º lat. N. O que levou Riitimeyer a proceder assim, foi a comparação da dentadura do Bl. campestris com a do Cariacus e a existencia de certos traços communs na configuração dos respectivos craneos. Mas elle mesmo queixa-se de ter tido um material muito deficiente de Blastocerus para a confecção do seu trabalho (pag. 49) e estou certo que, tão perspicaz observador como elle era, se dispuzesse de um material de galhadas approximadamente tão bom como o nosso, teria sem duvida chegado ao mesmo resultado que nós: — á separação do Blastocerus e do Cariacus. 32 Cervus (Cariacus Cymnotis) Wiegmanni — Veado Galheiro da Guyana ec no Amapá! de um « veado galheiro » grande. Ora, do Cervus paludosus, que no Brazil central é conhecido com este nome, não me constava absolutamente que elle se estendesse nem até a margem esquerda eu Rio Amazonas, quanto mais passasse para o lado da Guyana.? Por outro lado a descripção oral que os indigenas e os caçadores me fizeram mostrava que tambem não se tratava do C. campestris. Bastante intrigado, portanto, puz o maximo empenho em obter materiaes para resolver o problema. Obtive alguns craneos com as respectivas galhadas, no Amapá, e não com pequena surpreza minha vi, ainda lá em viagem, que tinha diante de mim o veado chamado « de orelhas nuas » (Gymmnotis Wiegmanni, descripto pela pri- meira vez em 1833 e bastantemente caracterisado por Fitzinger em 1898. Poste- riormente obtive mais material, ainda da região entre o Amapá e o Araguary, de Macapá e um couro com craneo e galhada da Ilha de Maracá. São ao todo 9 craneos com galhadas, — material de proveniencia garantidamente conhecida e col- ligida in loco por nós pessoalmente ou por gente digna da nossa confiança. A caracteristica torsão para a frente da haste principal a modo de costellas num thorax humano, não me tirava desde o primeiro momento a menor duvida de que enfrentava com um especimen de veados Mazama (Cariacus), numeroso grupo norte- americano? que sobrepuja por assim dizer, o C. virginianus, como typo, e que possue representantes algo degenerados (pelo menos a julgar pelas dimensões das galhadas) ainda no Norte da America meridional nas especies (ou raças) savannarum e — gymnotis . Não tenho a menor vontade de metter-me nesta contenda de synonimia, re- união e scisão de especies. Quem se interessar por este assumpto, leia o bem re- digido e amplamente illustrado capitulo, American deer na grande obra de R. Ly- dekker, pag. 243 e seg., os trabalhos monographicos de Fitzinger II, pag. 12-50. e as de Pucheran (pag. 305-374). O Cervus gymnotis ou Gymnotis Wiegmanni foi fundado sobre um in- dividuo proveniente da Columbia. Diversos autores porém, dão-lhe um habitat até «Cayenne et la Terre Ferme » (Fitzinger, pag. 48, Pucheran- pag. 363.) Si apezar desta apparente dificuldade geographica, identifico os meus veados galheiros guaya- nezes, com o Gymnotis Wiegmanni, é porque a isso me levaram pacientes compa- rações do meu material com as figuras de Pucheran Est. XXV, de Schuber Wagner ! A primeira noticia provisoria da descoberta deste veado naquella região dei no meu trabalho : « Naturforscherfahrt nach dem Littoral des siidlichen Guyana zwischen Oyapock und Amazonen- strom.» Jahresbericht der Naturf. Gesellschaft 51. Gallus (Suissa) 1896-1897, pag. 87 e seg. 2 Quem sabe se por ahi não se explica a indicação dada na Monographia de R. Lydekker, acerca da distribuição geographica do C. paludosus, «in suitable localities throughout Brazil and perhaps part of Guiana. » Nós podemos só repetir ainda uma vez, que esta especie não passa.da margem direita do Ama- Res que aliás nem lá chega, por limitar-se ás regiões das cabeceiras dos grandes tributarios do ado direito. 3 Jc = - -— . , Na obra de R. Lydekker numeram-se nada menos de 11 raças subordinadas à Mazama ame- ricana, - Cervus (Cariacus Gymnotis) Wiegmanni — Veado Galheiro da Guyana 33 Est. 247 1 e 247 K. e G. St. Hilaire, Cuvier Est. 352 e os cuidadosos estudos sobre o desenvolvimento da galhada conforme Est. XXIII, fig. 2-10 do primeiro desses autores. (Que a figura 352 de St. Hilaire-—Cuvier se refere a um membro do grupo ariacus, e não ao Cervus campestris, como erroneamente diz no texto o grande Cuvier, é uma verdade indiscutivel para quem tiver a minima experiencia pratica e-um certo tirocinio empirico neste terreno.) O meu couro da Ilha de Maracá concorda com as ditas figuras coloridas de Pucheran, Schuber-Wagner e Cuvier, reforçando assim os meus resultados obtidos do estudo comparativo das galhadas. Aliás parece que o cerf des paletuviers ou cerfblanc mencionado já pelos antigos autores francezes ! dos brejos littoraes da Guyana não é outra cousa senão o C. gymnotis. E, nesta occasião julgo tambem ser do meu dever declarar que, uma vez encontrado por mim pessoalmente, um veado do grupo caviacus em territorio bra- zileiro, principiei a comprehender outra estampa no antigo atlas-manuscripto do Dr. Ale- xandre Rodrigues Ferreira, acerca dos animaes e plantas colligidas durante a expedição philosophica, ao Rio Negro, (em fins do seculo passado), que representa um veado com a galhada fortemente curvada para a frente. ? Este zeloso colleccionador tinha observado o veado em questão, ou no Rio Negro ou no Rio Branco, em todo o caso na parte continental da Guyana brazileira. Sem jámais ser acompanhado do texto impresso, a dita figura ficou esquecida e com ella a verdadeira interpretação, além da prioridade. Curioso é que, desde aquelle tempo até hoje, nenhum naturalista mais chegou a verificar a existencia de um ca- viacus na margem esquerda do Amazonas: devo frisar, que esta especie de veado escapou á attenção do proprio Johs. Natterer.. Que maravilha que eu mesmo delle não-soubesse, quando redigi o meu livrinho «Os mammiferos do Brazil»? Eu porém nunca perdi de memoria a tal figura no atlas de A. R. Ferreira e, se me coube a dita de ter sido o primeiro zoologo que demonstrou de facto ser o Gymnotis Wiegmanni um habitante do littoral guya- nense e, portanto, um elemento faunistico do Brazil, seja feita esta reivindicação com a merecida reserva e resalva a favor da figura manuscripta do nosso precursor luso- brazileiro, dos tempos coloniaes. E não queremos passar em silencio que tambem Pucheran, em 1852, na sua bella Monographia, fez a sagaz declaração, à qual não podemos negar inteiro applauso, por concordar exactamente com a realidade: Constatons, pour le moment, que la limite méridionale des especes qui representent le cerf de Virginie dans les pays située au Sud des Etats-Unis, parait être la rive gauche de ' Amazone et à Quest la Cordillêre des Andes. » (pag. 364). O nosso veado é portanto um avançado pioneiro do grupo «Cariacus», com o «C. virginianus» por typo, uma infiliação da Fauna norte-americana 1 Barrére, Buffon, De La Borde. 2 Confer. Goeldi « Die Zoologishen Zeichnungen von A. R. Ferreira». Zoolog. Jahrbiicher (lena), vol. II, pag. 175-182. (1886). A estampa em questão tem o n. 43 e é mencionada na pag. 180. 34 Cervus (Cariacus Gymnotis) Wiegmanni — Veado Galheiro da Guyana | as ns em territorio da America do Sul, estendendo-se ao menos pelo lado do littoral, até a região marginal do Amazonas. | A questão do enfraquecimento successivo com o augmento de distancia do centro de distribuição (que elle procura no Cervus macrotis das Rocky-mountains) e approximação das regiões equatoriaes da America do Sul, é longamente ventilada pelo Sr. A. Rórig no seu trabalho ás pags. 585 e seg., Memoria 1. Habituado já um tanto o leitor, pela dissertação das duas especies anteriores ao nosso methodo e systema, sem grande embaraço comprehenderá o que o novo cervideo tem de particular no desenvolvimento da sua galhada, auxiliado pela Est. II erva figura schematica C, Est. II. As illustrações são tão boas e foram es- colhidas com tanto cuidado, que quasi superfluo se torna um minucioso texto ex- plicativo. As figuras 12, 13 e 5 e 6, Estampa HI orientam sobre a feição da forma- tura durante os tres primeiros annos. Temos, no fim deste periodo, tambem uma galhada com 3 pontas, porém o galho anterior (A) é virado para cima e para den- tro, ao passo que o galho principal (P) tende a executar a caracteristica curvatura obliquamente para a frente e para cima. (Fig. C, Est. Il. A ponta posterior (O) porém, em geral bastante robusta, nada offerece de especial, correndo para traz e para cima, em direcção quasi parallela à da ponta anterior. Eis ahi o «six-cors » (Sechsender) como elle se representa no Gymnotis Wiegmanni (Est. II, fig. 5, fig. 6, fig Endemias. As phases posteriores são no C. Wiegmanni, como em todo o grupo do €. Vir- gimianus, caracterisadas pelo extranho desenvolvimento em possante arco para a frente do galho principal (P) Fig. C. Est. II, em forma de meia lua.! Vem tanto para frente, que as pontas anteriores (A) ficam recuadas, e comdemnadas a um papel, cuja importancia na defensiva não pode mais ser muito grande, excepto o caso da sua dis- posição, de par com a exquisita curva da haste principal que pouco espaço livre deixa no meio, poder servir para facilitar o laçar a galhada do adversario. Sabe-se que isto acontece entre veados de galhadas já complicadas e não raro levando ambos a uma morte miseravel. Sobre taes casos veja A. Rórig, pag. 579 seg). O «six-cors » (Sechsender) tronsforma-se em «huit-cors » (Achtender) pelo abparecimento de uma primeira ponta (!) no lado posterior da haste principal P. Vide figura schematica C, Est. Il e as figuras 8, 9, 10, 11, e 1 da Est. II. Por ahi apanha-se logo a grande differença que ha no desenvolvimento da galhada do C. Wie- 1 Entre todos os Cervideos, actuaes e extinctos, nenhum se parece tanto, em sua galhada, com o grupo Cariacus, como o Cervus (Anoglochis) tetracerus Dawkins, do post-pliocenico e plistocenico da França e da Inglaterra. A julgar pelas figuras 67 pag. 243 de R. Lydekker e fig. 30 Taí. VIII de A. Rórig e o que diz no texto ao primeiro autor acerca de um exemplar no Museo Britanico de Londres, este Cervideo extincto mostrava, não sómente já a curvatura da haste principal para a frente como, em geral, uma tal disposição dos galhos, que a gente é tentada a ver ahi o prototypo, por assim dizer, da galhada do Cariacus. E' verdade que Rórig (pag. 575) declara esta semelhança como puramente ca- a É End contra um parentesco effectivo, mas preferimos neste ponto acompanhar a opinião de ydekker. decir 1 2» o Cervus (Cariacus Gymnotis) Wiegmanni — Veado Galheiro da Guyana 35 gmanni grupo cariacus, e da dos C. paludosus e C. campestris, grupo Blastocerus. — À serie dos nossos craneos ensina que uma outra ponta (*) costuma inserir-se então no galho anterior, que póde apresentar o aspecto de duplo espeto, de moderado com- primento. Est. HI fig. 3 (galhada direita), fig. 2 (galhada esquerda), fig. 7 (idem). — Frequentemente elevam-se em seguida numa ou outra das asperezas (« Pulen ») da base em espinho mais ou menos pronunciado, merecendo por vezes já a qualificação de espeto. (N. 3, fig. C. Est II) (fig. 3, Est. III, fig. 14 Est. 13). O Gymnotis Wiegmanni tem de commum: com o €. campestris um desenvolvimento assaz vigoroso de taes asperezas na base das galhadas, na vizinhança immediata do disco formativo. As maiores pontas costumam apparecer pelo lado postero-superior na haste prin- cipal (P), enfileirando-se (*) (Fig. C, Est. II) uma depois da outra, atraz da ponta 1, ou antes intercalando-se entre Pe | (Veja Fig. 3 Est, HI, lado direito). Toma assim a haste principal o aspecto de todo um arsenal de horridos espetos verticalmente erectos sobre um arco horizontal, aspecto que se acha preformado, por assim dizer, na galhada figurada sob n. 1, Est. III e que se apresenta com toda a sua exquisitice em galhadas hyperplasticas como as figuradas em R. Lydekker fig. 68 (pag. 246), fig. 69, e na memoria de A. Rórig Taf XII, pag. 57 e 58. Este autor conta de uma galhada do C. Wiegmanni, que tem nada menos de 78 pontas (pg. 589). O « huit cors » figurado sob fig. 10, Est. Il, merece especial attenção pelo achata- mento notorio da sua galhada, que mostra uma tendencia para a formação de grandes pás, como ellas attingem o seu desenvolvimento extremo no alce (Cervus alces), co- lossal curvideo circumpolar. O Sr. Rórig tambem observou destes casos: Figura como exemplo sob n. 59, Tab. XII, uma galhada toda em forma de pá de um individuo de Cervus macrotos e menciona expressamente semelhante tendencia no grupo cariacus pg. 589. Entre o nosso material ha além da galhada fig. 10, ainda diversas outras que poderiam ser citadas como exemplos da passagem de pontas cylindricas para pás bastantemente comprimidas, em grau mais ou menos perceptivel. Muito curiosa, sem duvida, é a galhada fig. 4, Est. II: apezar de evidente- mente pertencente a um individuo já bastante idoso (huit-cors) ella é encurtada de modo extraordinario e parece ser um pendant e exemplo homologo áquellas formações do corço europeu (C. capreolus), que os caçadores allemães designam com o nome technico de « Kiúimmerer » (isto é «atrophiados »). Propomos o termo «ceranápero »! para esta formação evidentemente um tanto teratologica. Creio dever interpretar como a estas pertencendo a galhada de cariacus nemoratis figurado sob M. 60, Est. XII, na Memoria de A. Rórig e distinctamente re- conheço galhadas analogas á nossa fig. 4 nas figuras de 2 a 10 da obra de Pucheran, sendo que estas se referem exactamente ao Gymnotis Wiegmanni. Abstenho-me de dar uma explicação deste phenomeno, pois não achei ainda nenhuma, que a mim sa- tisfizesse, excepto talvez a eventualidade dada na nota 8 da pg. 3.-1. 1) Adjectivo, formado de duas palavras gregas: kéra galhada, chifre e anáperos estropiado, atro- phiado. 36 Cervus (Cariacus Gymnotis) Wiegmanni — Veado Galheiro da Guyana. Sommando tudo isto, manifesto fica que as difterenças nas regras de desenvolvi- mento da galhada do C. Wiegmanni em comparação com €. paludosus e campestris são tamanhas, que ellas justificam plenamente a supposição de um parentesco rela- tivamente afastado e de uma filiação assaz heterogenea. De uma tabella abrangendo medidas comparativas de 10 craneos e galhadas de Gymnotis Wiegmanni, por nós obtidos na região littoral entre o Amazonas e o Oyapock, resultaram os seguintes numeros como valores absolutos maximaes, e limites supe- riores de crescimento : 1) Diametro do disco formativo 43mm, 2) Haste principal (P) 21º". ? -) Donta anterior (A)... .. ca 90 “8,008 s| 4 Bonita: posterior (0)... .... 10,5 1368 E 5) Envergadura entre pontas hastes principaes..... 228 5| 6) Idem entre pontas anteriores Oia | 4) Idem entre pontas posteriores os 26,58 8) Comprimento basilar. .... a RR 224.788 9) Comprimento total... ..... + Zoe 10) Margem anterior, orbitas até ponta intermaxillar . 13578 8 11) Nasalia (comp.).... 8o mm “4 12% Laçgura do. craneo.. . .. o. RR 1OgRE 13) Comprimento da serie de molares superiores. ... 697 | 14) Comprimento da mandibula ER 1a 15) Comprimento da serie de molares inferiores..... 1908 2 E" uma galhada isolada, do lado direito. CERVUS G. WIEGMANNI Grossura, inserção m./m. . .... YO PSA Tive DROCÃO astefpomeipal (Ro) EesnorR Rontafanteriora(A) ES Re ED RR RontadpostentonÃ(O) ER Envergadura entre pontas, hastes principaes. Idem entre pontas anteriores. . ........ Idem entre pontas posteriores. . . ....... Comprimento basilar m/m Comprimento fotalimin a Margem anterior, orbitas até ponta intermaxillar. Nasalia. ... Comprimento, série molares superiores. . ... Comprimento, série molares inferiores . . ... Mandibulas.- ces Mec ces aa Ds So RE ro Pa e (1) (2) (3) (4) (5) (6) 85 29 25 27 26 81. 20 19 15,5 16,5 19,5 18 16 16 16 16,5 15 3 6,5 7 6 9 8,5. 6,5 6,5 4 45 | Vestigio 6,5 9 9,5 75 85 10 9 7 6 8 45 21 12 22 16,5 21,5 15 95 6,5 85 6 6 8 24,5 925 26,5 22 23 20 (1) (2) (3) (4) (5) 208 = 294 206 2992 ER 235 == 9247 249 257 Es 1924 == 129 122 135 ae 7.6 = 78 66 80 de 103,5 107 108. 95 107 = 66,5 69 66 69 67 E == = A, = 73 = (7) (8) (9) (10) 17 25. 37. 43, 16,5 14 13,5 R.21 20 18,5 11,5 12,5 3,5 15 2 6 55 35 35 3,0 q 1 1,5 9 10,5 13,5 85 — 7 — 13 18,5' 45. = 85 la 10 — 16 20. a ” + K LP + » - Cervus (Cariacus Gymnotis) Wiegmanni — Veado Galheiro da Guyana 37 OCHREBER WAGNER: Dic Saugethicre, Erlangen 1844, Suppl. Ed. 4. Abteilung, “pag. 381 seg., escreve; Das Geweih ist dem des mexicanischen Hirschen táuschend áhnlich, nur un- gleich gleicher, auf seiner Krimmung gemessen 6 3/4 Zoll lang. Seine bereits am - Wurzelende flachen Stangen steigen anfangs in schráger Richtung und fast parallel einander rúckwárts/ wahrend sie bei jenem divergiren/, treiben fast 2 Zoll úber der ' Rose ein etwa zolllanges, schrãg aufwárts und einwárts gerichtet Ende, und krúm- men sich dann, stark seitlich zusammengedrúckt, mit ihrer Spitze ein und vorwárts, ndem sie nach hinten einen kurzen Zacken absenden, der mit der Spitze der Stange eine kleine Gabel bildet. PucHeraN : Monographie des espêces du genre cerf, Arch. d. Mus. T. 6, pag. 350 seg., ensina: Bois de petite taille, dirigé d'abord en dehors et en haut, puis portant sa pointe en avant et un peu en dedans. Perches aplaties à partir de la naissance du maitre andouiller et des le second bois. Maitre andouiller petit, court, arrondi, nais- “Sant en dedans. Andouillers au nombre de deux, naissant sur la convexité, le plus supérieur pouvant être considéré comme une bifurcation de la perche. — D'aprês ces faits, on peut conclure que le bois dans le Cerf Gymnote tombe principalement au mois d'avril: il en a été ainsi quatre fois sur six, si tant est que Ion puisse conclure d'un individu à Vespéce entiere. Frrzincer: Kyitische Untersuchungen iúber die Arten der natiirlichen Familie der Hirsche, Wien 1874-1879, pag. 46, declara: Die Geweihe, die sehr grosse Aehnlichkeit mit jenen des mexikanischen Ma- zamahirsches /Reduncina mexicana/ haben, haber denselben betrâchtlich an Grósse nachstehen, sind kurz, fast schon von der Wurzel an abgeflacht, Anfangs beinahe - parallel zu einander schief nach riickwárts aufsteigend und nach oben zu stark seit- “Jích zusammengedriúckt, bogenfórmig von rúckwárts nach vorwárts und mit der — Spitze nach einwárts gebogen. In einer Entfernung von nahezu 2 Zoll oberhalb der Rose entspringt auf der Innenseite der Stange eine ungefáhr 1 Zoll lange nach auf- und einwãrts gerichtete Augensprosse, wãhrend vom Stangenend an der Hinterseite ein kurzer Zacken abgeht, der mit der Stangenspitze, die sich bisweilen gleichfalls “in zwei Zacken theilt, eine kleine Gabel bildet. » ” ” a RESUMO DOS RESULTADOS 1) Estudos comparativos sobre as leis e regras do desenvolvimento da ar- mação dos veados galheiros sul-americanos actuaes (Cervideos sensu stricto) levam à conclusão de que existem dous typos architectonicos diversos. Il) Pertencem ao primeiro typo o Cervus paludosus, « veado galheiro grande » dos banhados do Brazil Central e o C. campestris, «veado branco» ou « campeiro » sendo que este ultimo é a fiel copia do primeiro em miniatura. Pertence ao segundo typo o Cervus gymnotis (Gymnotis Wiegmanni), « veado galheiro da Guyana », sendo que esta especie, encontrada por nós em 1895 no littoral Guyanez, constitue um novo elemento faunistico, antes não conhecido como tal, da fauna brasilica hodierna. WI) Formam os dous primeiros um grupo natural, para o qual pode ser aprovei- tado o nome generico « Blastocerus », lembrado por alguns autores anteriores. Em opposição, o terceiro faz parte de outro grupo natural que apropriada- mente leva o nome generico de « Cariacus. » IV) A formação da galhada no grupo Blastocerus effectua-se conforme as regras visíveis pelas figuras schematicas 4 e B, Est. Il, a da do grupo Cariacus con- forme a figura C. V) Estudando-se a distribuição geographica apura-se que o grupo Blastocerus está circumscripto na America meridional cisandina, ao sul do Rio Amazonas, em cuja margem esquerda (região guyanense) é substituida pelo grupo Cariacus. VI) Ha assim um parallelismo entre os resultados, colhidos por um lado da diversidade na distribuição geographica, e por outro lado da differença no plano architectonico da galhada. Ri. VII) O grupo Blastocerus é, em relação á sua galhada, de feitura typicamente sul-americana, (*) apresentando talvez menos parentesco com os Cervideos do norte: do continente americano, do que com certos outros, hoje extinctos, do Velho Mundo. (*) Entram aqui tambem algumas especies extinctas, modernamente descriptas, das camadas plistocenicas ( Pampasformation) da Republica Argentina : Mazama brachyceros, M. ultra e M. fragilea, Veja-se R. Lydekker pag. 291 — 293. 40 Resumo dos Resultados Prudente é todavia dizer que a feitura é sui generis, e, causa da filiação do grupo Blastocerus, é ainda cedo para se formular um julgamento definitivo. VII) Ao contrario, o grupo Cariacus é de feitura genuinamente norte-ame- ricana, tendo a sua metropole na parte montanhosa, de clima moderado dos Estados- Unidos. O typo é concretisado no Cervus virginianus ; O « veado galheiro da Guyana » Gymnotis Wiegmanni é o emissario o mais meridional, extremo e um tanto enfra- quecido do grupo. Tambem aqui deve-se declarar que; embora a tendencia notada no C. Wiegmanni para o achatamento nas bases das forquilhas e a principiante formação de pás que de certo modo lembram o Cervus alces circumpolar, e a semelhança ainda maior que se nota no plano architectonico com o C. tetracerus pliocenico e plistocenico da Europa (curvatura da haste principal para a frente !) um typo da galhada do grupo Cariacus representa não menos um producto sui generis, para a explicação de cuja filiação a sciencia até hoje não dispõe ainda de material sufficiente. IX) Embora haja no genero Subulo Cervus veados hodiernos que conser- vam durante toda a vida a phase do simples espeto, e no genero andino Furcifer outros veados, cuja galhada não passa além da phase da forquilha, não se deve ver nisso mais do que uma mera lembrança phylogenetica da marcha percorrida em seu desenvolvimento pela galhada dos Cervideos sul-americanos em geral, — sem que se possa dahi derivar um direito, de suppor filiação e descendencia directa dos grupos Blastocerus e Cariacus dos dous generos mencionados com armação simplificada. X) Ha uma concordancia notavel entre os meus resultados e os do Sr. À. Rórig, tanto mais significativa, quanto os dous estudos foram inteiramente indepen- dentes e os caminhos e methodos de investigação diversos. Poderei entretanto, no que concerne especialmente aos Cervideos sul-americanos, definir em poucas palavras a nossa situação mutua, dizendo que eu provei material- mente aquillo que o .Sr. Rórig de modo mais theorico e geral apenas de passagem. annunciou. | XI) Posta a pergunta e problema, se seria possivel reconhecer desde já com bas-. tante certeza um fragmento de galhada não insignificante de mais, de qualquer uma destas tres especies actuaes de veados galheiros sul-americanos, sob as condições extremas em que geralmente tem de trabalhar o paleontologista, creio poder responder de modo affirmativo e julgo que a sciencia reconhecerá à presente memoria quali- dade e valor de uma contribuição essencial para semelhante possibilidade. Explicação das estampas EST. I. Cervus (Blastocerus), paludosus, Veado galheiro grande. Fio. 1. « Dix-cors » (Zehnender), muito forte, irregular, (lado direito 5 pontas, lado esquerdo 14), vista frontal. Fic. 2. « Dix-cors» (Zehnender), Forte, irregular, (lado esquerdo 5 pontas, lado direito 4), vista frontal. Fio. 3. « Huit-cors» (Achtender), Forte, irregular, (lado esquerdo 4 pontas, lado direito 3; O quebrada), Galhada esquerda seguindo a regra fig. A, Est. 11), vista lateral. Fio. 4. <«Six-cors» (Sechsender), regular, tendo tres pontas de cada lado. (Anomalia da bifurcação da ponta anterior (A), precedendo á da haste principal P.), vista lateral. Fic. 5. « Huit-cors >» (Achtender), Forte, irregular, (lado direito 4 pontas, lado esquerdo 3). Galhada esquerda seguindo a regra fig. A, Est. 11), vista lateral. Fic. 6, «Huit-cors» (Achtender), muito forte, irregular, (lado direito 4 pontas, lado esquerdo 3). Galhada direita com nova (2º) ponta na haste principal (P.), conforme a regra fig. A, Est. II), vista lateral. Fic. 7. «Six-cors» (Sechsender), regular, vista lateral. Fio. 8. «Huit-cors» (Achtender), irregular, (lado esquerdo 3 pontas, lado direito 4). Galhada direita seguindo a regra fig. A, Est. 11), vista lateral. Fio. 9. «Huit-cors» (Achtender), regular. Galhada esquerda seguindo a regra fig. A, Est. II), vista lateral. Fio. 10. «Six-cors» (Sechsender), novo, regular, vista lateral. a Fic. 11. «Huit-cors» (Achtender), irregular, (lado esquerdo 4 pontas, lado direito 3), seguindo a regra fig. A, Est. Il), vista lateral. Fic. 12. «Six-cors» (Sechsender), novo, regular. (Galhada com bifurcação da haste principal conforme a regra fig. A, Est. 11), vista lateral. Fic. 13. «Six-cors» (Sechsender), novo, irregular, (lado esquerdo 2 pontas, lado direito 3). (Galhada na passagem da forquilha ao «six-cors»), vista lateral. Fic. 14. Galhada nova, de duas pontas somente (phase de «forquilha»). (Predominancia do galho posterior (Kampfsprosse), sobre o anterior (Abwehrsprosse), vista lateral. es é Par de Galhadas de um « Douze-cors> (Zvôlfender), velho irregular. Fig. 15. (lado esquerdo), de 6 pontas. Fig. 16. (lado direito), de 5 pontas. Esta galhada com nova (2.2) ponta na haste principal (P), conforme a regra fig. À, Est. II. res EA ) Par de galhadas de um « Dix-cors» (Zehnender), velho, regular. Fig. 17. (lado direito), 5 pontas. Fig. 18. (lado esquerdo), 5 pontas. Galhadas com nova (2.2) ponta na haste principal conforme a regra fig. A, Est. II. EST. II Em cima : Figuras schematicas demonstrando o desenvolvimento progressivo da galhada em Fig. A) Cervus paludosus. Fig. B) Cervus campestris. Fig. C) Cervus Wiegmanni, Em baixo: Fig. 1—31: Galhadas de Cervus (Blastocerus) campestris « Veado branco ou campeiro». 492 Explicação das Estampas Fies, 4200, 7, 8,10, 12, 14, 15, 17, 18, 20 PO NDA 3) 24, 25, 26, 27 € 28, 20, «Six-cors» (Sechsender), mais ou menos fortes, desenvolvidos e regulares. : Fio. 4. «Huit-cors » (Achtender), velho, regular, apparecimento do espeto n. 1 no galho ante-. rior conforme a regra, vista lateral. Fic. 5. «Six-cors» (Sechsender), irregular, fig. B, Est. II (lado esquerdo 2 pontas, lado direito 3) vista lateral. Fire. 9. «Huit-cors» (Achtender), irregular, (lado esquerdo 4 pontas, lado direito 3), vista lateral. Fio. 11. Idem, irregular, (lado direito 4, lado esquerdo 3 pontas). Vista lateral. Fio. 13. «Huit-cors» (Achtender), velho, regular. (Apparecimento de uma (2) ponta no ramo posterior, conforme a regra fig. B, Est. Il), vista lateral. Fic. 30, « Six-cors» (Sechsender), novo, regular. Vista lateral. Fic. 31. Galhada muito nova de um «Six-cors», regular, vista lateral. Fios. 6 e 19. Exemplos de appparecimento do espeto n. 3 na base da haste principal, conforme a regra Ag; B; Est; TE EST. III. Cervus (Cariacus gymnotis) Wiegmanni. : Fic. 1. «Dix-cors» (Zehnender), muito robusto, velho, irregular, (lado direito 4 pontas, lado esquerdo 5 pontas, nesta vista frontal sómente 4 visiveis). Fic. 2. A mesma galhada, vista dorsal. Fic. 3. «Dix-cors» (Zehnender), igualmente robusto e velho, regular. Fic. 4. Galhada de um veado velho, em phase de reducção « ceranápero », (Kiimmerer, zuritck- legend). Vista frontal. ErGoas : ; FiG 5 | « Six-cors » (Sechsender), novos, regulares, vista frontal. 6 Fic. 7. « Dix-cors» (Zehnender), velho. Vista lateral. Fio. 8. « Huit-cors » (Achtender). robusto e regular. Vista lateral. 9 Fic. « Huit-cors » (Achtender), irregular (lado direito 4 pontas, lado esquerdo 3 pontas). Vista lateral. Fic. 10. « Huit-cors » (Achtender), regular. Note-se o achatamento e a principiante formação | de pás. Vista lateral. Fic. 11. Galhada de um huit-cors (Achtender), ainda assente na respectiva pelle. Vista de cima. Fio. 12. « Six-cors » (Sechsender), regular, vista lateral. Fi. 13. «Six-cors», muito novo ainda, vista lateral. Fic. 14. Galhada isolado (huit-cors irregular), com espeto accessorio basilar. [As figuras 1, 7, 8, 9, 10 sobretudo deixam ver a caracteristica curvatura para frente da haste principal (P.)] ES» a Fig. 1, 2, 3: Cervus (Blastocerus) paludosus. Fic. 1. Galhada hyperplastica, « Veado galheiro grande » muito rubusta e velha «(18-cors (achtzehnender) aa lado direito 6 pontas, lado esquerdo 9). Fic. 3. Outra galhada notavel pela sua robustez («Dix-cors» (Zehnender) irregular : lado es-. querdo 4 pontas, lado direito 5). Fic. 2. Galhada hyperplastica (« Douze-cors, » (Zwôlfender) irregular. (As figuras 1 e 2 em escala. maior do que no restante das outras) Fic. 4, 5, 6, 7: Cervus (Blastocerus) campestris. («Veado branco ou campeiro »). Fic. 4. Galhada isolada, hyperplastica com 6 pontas « Douze-cors» ( Zwoólfender ). Vista exterior. Fic. 5. A mesma vista interior. Fig. 6 Galhada anormal teratologica de uns six-cors. ( Sechsender) O galho anterior (A) do lado esquerdo substituido por dous espetos em forma de esporas. Vista lateral. FíiG. 7. Galhada anormal pathologica de um six-cors. /Sechsender). No lado esquerdo vê-se o galho anterior (A) quebrado e pendurado, prestes a cahir. Vista lateral. = Literatura sobre os Cervideos brasilicos | J. R. RENGGER: Naturgeschichte der Súugetiere von Paraguay, Brazil, 1830, [1 vol.] SCHREBER GOLDFUSS, WAGNER: Die Súugetiere, etc., Erlangen & Leipzig, 1825 [7 vols. e 5 supplementos]. Suppl., vol. IV (1844) vol. V (1855). CUVIER F. et E. GEOFFROY- SAINT HILAIRE: Histoire naturelle des Mammiferes, Paris, 1824— 1847 [4 vols. grandes]. PUCHERAN: Monographie des especes du genre cerf, Archive du Musée, tomo VI (1852) [1 vol.) H. BURMEISTER : Syst. Uebersicht der Thiere Brasiliens etc, Berlin, 18541856 [3 vols.; vol. 1, Mam- miferos]. J. E. GRAY: Catalogue of Ruminant Mammalia in the Bgitish Museum, London, 1872 [1 vol]. L. 1. FITZINGER: Kritische Untersuchungen iúber die Arten der natiúrl. Familie der Hirsche, Wien, 1874—79, [4 Memorias]. V. BROOKE: On the classification of the Cervidae. Proc. Zool, Soc., 1878, Nov., pag. 922. R. HENSEL: Beitráge zur Kenntnis der Tierwelt Brasiliens, Zool. Garten, Frankf, Bd. 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(1goo— 1901) (Leipzig). e onemo mao » » >» » » » » » » » » » » v há » voy v VV vs» y 26. 27. 28. » » v ERRATA na nota em baixo; » » » » o >» 20.2 linha em baixo: >» nota em baixo; » » » » z » » » » z >» 6.º linha em baixo: >» nota em baixo: » » » » o > $.4 linha de baixo: » nota em baixo: » 19.2 linha em baixo: » Sis » » » : » RS Sid » » » » 18.2 e 19 linha: » 20.2 linha : » 24.% » ? » 11.2 linha de baixo: » 10.2 » » » 44 her » » » » 9.2 linha: 58) (2/4008 0 ju DP PZ A » 1.2 » » 22,4 » » 6.4 » - » 1.2 linha da nota em baixo : » 17.2 linha : >» 30: » ÇÃO Mo) ares RE » 9.4 linha de baixo: » 32linha: » 8º limha: » 14.2 linha de baixo : » 3º linha: » 3.º linha: » 18.2 linha: no titulo : na 6.º linha: no titulo movel: na ultima linha de baixo: 3.2 linha da nota: 42 linha: 7.º linha: 12.2 linha: 13.º linha : 21.º linha: vv vv % autor Chrysocyon passaram Kassel-Berlin Rórig Wiegmanni brow-antler Cameron antoculorum Dicrocerus Zoologischer Kampfsprosse idem — idem pag. 6 e 7 (C) as tres outras conhecemos Cervalces alces preformado comprimento hastes principaes Schreber- Wagner maitre-andouiller Nehring couros seccos e espichados contornos campestris idem Perlen Subulo erheben kegelfôrmig fiinfthalb Vorderseite einen wenigstens Cariacus, Gymnotis de um grupo Gymnotis Schreber- Wagner St. Gallen Cariacus Schreber- Wagner Cariacus certa estampa Cariacus em vez de antes » » » chrysocyon possuem Vossel-B. Rorig. Wiegmannis brow-anther: Camuon antocularum Dicrocemo Zoologisches Kamfsprosse Kampsfrosse pag. 4. (6) os tres outros conheciamos Cervalus alies pouco formado comparativo principaes hastes schreber Wagner maitre andouiller lehering. ramos seccos e espi- nhosos. contarmos Campestris idem. Preslen subulo ergeben kegelformig' fuúnfhalb Vorderseit einem wenigsten Cariacus Gymnotis e dum grupo Cymnotis Schuber Wagner s1 Gallus ariacus Schuber Wagner cariacus outra estampa cariacus 46 Errata Pag. 33. Leia-se, ultima linha: infiltração em vez de infiliação * CODE > na nota: soologischen > > Zoologishen >. DM: » » 22. linha: virginianus » » Virginianus ho Pio » » 2.º linha da nota: pleistocenico > » plistocenico » SA aa » 4º linha da nota: Britannico e SS Britanico > as: » » 1.º linha: Cariacus » » cariacus o SA > » 5.º linha: Perlen > “4 Pulen » SE » » 10.º linha: Ulteriores » » As maiores > a dao » » 22.º linha: cervideo » » curvideo RES si » » 24º linha: macrotis » » macrotos >». go » 22.º linha: Cariacus » ED cariacus PES oa ) » 34º linha: idem ; >» » idem x AS » » 35.º linha: nemoralis » » nemoratis 2 35. 2» » 35.º linha: N.º 60 » » M. 60 2.º 95. » ultima linha: nota 1 da pag. 0. » » nota 8 da pag. 3 DR e > na 9.º linha: indem »º > ndem. 2 BT » » 242 linha: aber > >» haber. bio > » 30.2 linha: Stangenende > > Stangenend. JA sto): » » nota: pleistocenicas > > plisto cenicas. 3 30: » Ss A: fragilis » » fragilca. » AO » » T.ºlinha: acerca > > causa, » 40 » » 11.2 linha: | eleistocenico Pes plistocenico. » 40. > » 15.º linha: Coassus » » Cervus. » 40. » » 3." linha de baixo: exteriores » » extremas. 2 00AD. »- » 16.2 linha: Cariacus, Gymnotis > > Cariacus gymnotis, » des » » 38.º linha: robusta > » rubusta, E > » 1.ºlinha: Basel » » Brazil. > vd: > » 18.º linha: Genêve » » Genova. > 43: » » 21." linha: Neudamm » » Vendamm. Do TRAS ia » » ultima linha: Rórig > > Rorig. Na tabella Cervus paludosus na 2.º linha percie em vez de percha. » » » ; na 3.º linha maitre-andouiller >» » maitre-andouiller. ——>———— 3 T———————————————— = , MANTAS OUTAHTVO odavap” o) SNSOANTTA (SNIIIOLSHIA |SNANAY ( asWog 7 40/9208) pi UPVIVOÇA ISUTVLVE NISNIY HI TCE DEE PO E CRE 23 DUDE SEO AS EE o PRA Es mm me e im e ie Sa Sa costas A aii = DES” po] | Hi Mi RESID STR PESO SRTA li. Museu Paraense £. bohse / CERVUS ( BLASTOCERUS) CAMPESTRIS. .VEADO BRANCO OU CAMPEIRO* | q — A Est. 1 “Schema do desenvolvimento progressivo da falhada de CERVUS PALUDOSUS, C.CAMPESTRIS E CWIEGMANNI. GER IR JEI 3 st EM . - sas = E k see eo roged) | Van e q SS dr qa mr geo SACAR 1 pa GT e SER de ade PR o e a no x Tae. k 0 Les Pub as o o k “4 | É [ À aci É msi riiá NT PA qo, ie. 4 mas + e 4 ERA EN DREs: 717 4/4 m < ia ty; hs fp Museu Paraense ops dir DE E E vs E CERVUS ( CARIACUS,GYMNOTIS ) WiIEGMANNI » VEADO GALHEIRO DA GUYANA“ RÃS E bofse |) di PaRçe: Eae RO RT » ar fãs A a Pets á % CAMPESTRIS “sm = [= ui o EB E — ep = ty ef o e o + — Dn = q O o O - n A > mM Ea = X ma Las — QO a add a mm o . nt LO mm + = = MEADO GALHEIRO GRANDE” FiQ 1 2,3 CERVUS' BLASTOCERUS) PALUDOSUS. dida anditênago: ei id Abe A NA, “e q Á Pe a a