XL .A$'?4 r6iA^«vO res dus SeoQÒos Horto da Penlia Dr. Wencesláo Bello Fazenda de Santa Mónica Dr. Sylvio Ransrel. Secretaria, .Mcool e Museu Dr. Benedicto Raymundo. Secção Technica e Bibliotheca Dr. Heitor de Sá. Plantas e sementes Dr. Monteiro da Silva. Propaffanda e estatística Alberto Jacobina. Thesouraria Carlos Raulino. Serão considerados collaboradores não só os sócios como todos que quizereni ser- vir-se destas columnas para a propaganda da ag^ricultura, o que a redacção muito ag^radece. A lista tios collaboradores será publicada annualniente com o resumo dos trabalhos. A redacç<ão não se responsabilisa pelas opiniões emittidas em artigos assig-nados, e que serão publicados sob a exclusiva responsabilidade dos autores. Os orininaes não serão restituídos. As communicações e correspondências ..ieveni ser dirigidas á Redacção d'A LA- VOURA na sole da Sociedade Nacional de .Agricultura. A LAVOURA não acceita assignaturas. R' distribuída gratuitamente aos sócios da Sociedade Nacional de Agricultura. C<>iiul>ll<-iic:''<> 8 aiiiiiineios VEZES MKIA PAGINA UMA PAGINA I I2$000 20$000 3 30$ooo 50S000 6 5o$ooo 9o$ooo 12 9(^000 17(^000 Os annuncios são pagos adeantadamente. Tiragem 5.000 exemplares SUMMARIO PAes c reflexões acerca da criação do poi CO 21 <) trigo cm Minas deraes 29 Hxpcdiente 32 Noticiário '^2 Parte Commercial ^g Bibliograpliia ^2 Anno XIK — Ns. I A 3 Rio db Janeiro Janeiro a Março de 1909 EDITORIAL LIBRARY NEW YORK BOTANICAL QAROEN. CooperatisiTiO Agrícola I o cooperatismo se está impondo cada vez mais como medida iir- yente e do maior alcance para os interesses da lavoura nacional. Por toda a parte o lavrador se queixa, co:ti razão, do exiguo lucro que lhe fica de seu rude e afanoso trabalho. Terminado o longo periodo que vai do arroteamento da terra até á venda do producto, vencidas as difíiculdades da technica, soffridas que foram as emoções de esperança e desalento que se allernam e colidem em seu espirito com as boas e as más eventualidades que occorrem, esgotados, por vezes, os min- guados recursos, á custo adquiridos, para custear a lavoura, não raro é verificar o lavrador que o producto da venda não coijre as despezas e que um deficit é o triste resultado de todo o seu laljor. Esta é a situação do lavrador em todos os Estados, qualquer que seja o género de cultura a que S3 dedique : ou tem prejuízo e verifica que trabalha para o interesse de outros o se arruina, ou apura tão minguado lucroque lhe não garante o futuro e apenas lhe basta para poder viver. Salvam-se excepções, era condições especiaes, e prosperam os rr-i- ador-es, emquanto as epizootias não dizimam seus gados ; a agricultura, ix)rém, que fazia a gloria e a riqueza do paiz, está decadente ®u já está próxima da miséria. Esta situação, que existe de algum tempo e se vai aggravando, tem trazido a suljstituição das culturas pela criação. Grandes fazendas teem sido abandonadas, ou quasi, e apresentamo triste espectáculo das más hervas e destroços cobrindo vastas superfícies outr'ora cobertas de abundantes e rendosas culturas. As que subsistem representam a lula inglória porfiada dia a dia com estóica dedicação, quasi teimosia, do proprietário, mas sem real proveito para a sua prosperidade. A par disso e de longe em longe o que sevèsão pequenas culturas que pou- co mais dão do que o stricto precioso para a modesta e muitas vezes insulticiente subsistência do agricultor. Exceptuam-se algumas zonas prosperas, bem jioucas, e estee o quadro da lavoura. 3200 " 1 CD Q_ SOCIlíDAUi!; NACIONAL D3 A0R1CULTUK.A As causas são múltiplas. Enti-oellas estão os freles cos impostos. Certo a ignorância ú um grande factor. Predomina ainda a rotina no cultivo dos campos e esse regimen, que já foi rendoso com a escravidão, n5(j pjde míis dar resultados económicos. O recurso Sirá o ensino agricola, que infelizmente ainda não está organizado nem possue ainda a bas3 e.\.p3iimental, que éo seu fundamento indispensável. Mas não é esse o factor de que queremos nos occupar neslo mo- mento. Não nos demoraremos tamlj3m salientando os empecilhos que 05 altos fretos e os impostos onero5(js, muitas vezes absurdos e múl- tiplos, oppõ3m á prosperidade da lavoura. Alguma ciusase tem feito já para suavizar os fretes terrestres e marítimos, mas muito falta e ainda não foi compreliendido e praticamente executado pelas emprezas, olliciaes ou particulares, que ellas devem semear auxílios por largo tempo para oilherem depois as grandes rondas. Em vez de promo- verem as producções agrícolas, mediante auxílios de toda sorte e tarifas privilegiadamente módicas, que lhes não deixem lucros directos, mas promovam o desenvolvimento e a estabilidade das explorações, para lucraram mais tarde cora a densidade do trafego, entendera ellas pro curar lucros desde logo com a producção existente, ainda que a .sacri- fiquem e que desanimem as novas iniciativas. Se em sua zona surge um producto novo que apenas se ensaia na vida comraercial, a regra é não existir tarifa de favor para elleessr «la.ssi ficado entre géneros onerados da produc<;ão normal, r&sultando muitas vezes dalii voltar ella para o seio da natureza como riqueza inútil, entre tantas que possuo a nossa terra . Poderíamos citar muitos factos em prova de que as emprezas se recusara a auxiliar o inci'cmonto da producção visando o futuro. Cila- roraos apenas um : Em um muaicipio em que a canna encontrava boas condições de proJucçãj e em que s6 se fazia um poucD de aguar- dente c de rapadura, sendo o assucar passirao, escas.so e muito caro, um moço de iniciativa r.:!Solveu montar ura engenho para o fabrico de assucar, contando que desJe então se fundassera para isso muitos e extensos cannavia33. Procurou elle a Sociedade Nacional de .\griculura, quindo os machinismos eslavara a chegar, epoJio-nosque obtivéssemos tr.uHporte gratuito na estrada de ferro que percorre a zona em que elle ia fundar essa industria. Officiamos ao presidente da empreza, um engenheiro intelligente o illustrado. Respondeu-nns elle dizendo não poder a llender ao pedido, pjrquanto a estrada dava dejicit e até pi-ecizava recorrer à garantia de juros de que gozava e nesse caso elle prejudicaria á emi)reza c ao A LAVOURA Governo se deixasse de aproveitar a vantagem que lliesviniia trazer o novo emprehendi mento com o transporte dos respectivos maclii- nismos. liepl içamos, ponderando que se a estrada áava dejicit eva, segura- mente, por falta de produccão em sua zona e que não havendo para esse mal outro remédio senão o augmenlo da produccão local, pare- cia-nos que o novo emprehendi mento o vinha trazer, não com o exigno produclo do transporte dos machinismos, mas com seus capitães, com o augmenlo de trabalho para os habitantes, com o esti- mulo para maiores plantações e com o futuro transporte dos productos que iam ser fabricados e, nesse caso, julgávamos de boa politica para as finanças da estrada receber a nova empreza como sua alliada e con- ceder-! he o pequeno favor" que ella dizia precizar e solicitava. O pre- sidente não replicou, mas não concedeu a franquia pedida. Assim se comprehende que a estrada precizasse ser encampada pelo Governo pouco tempo depois, e depois de ter sacrificado a zona a que servia . O fisco não é mais previdente. Apezar de estar em crise lia muito tempo, é a lavoura que sustenta o maior peso dos encargos públicos, em todas as suas espheras. Apazar da campanha que se tem feito contra o imposto de exportação, é delle que vivem os Estados, sem que os governantes descubram meio de diminuir a sua taxa, procurando i'ompensação quer no augmento da exportação, (luer era outras fontes de receita. Mão grado o texto expresso da Constituição e apezar das decisões dos tribunaes e de lei ordinária condemnando e prohibindo os imjwstos inter-estadoaes e inter-raunicipaes, elles subsistem, sob múl- tiplas formas e denominações, onerando a circulação dos productos agrícolas e concorrendo para reduzir os possíveis lucros da lavoura. Dentre todos, porém, o factor mais pernicioso éo regimen a que astá escravizada a venda dos productos agrícolas ; por outra, é o negociante, o commissario, o correspondente, o intermediário da venda, era summa. Apezar das circumstancias a que alludimos anteriormente, falta de instrucção technica, altas tarifas de transportes e pesados impostos, jioderia haver lucro na lavoura e esta prosperaria se o lavrador pude&se vender os seus producto-í. Diz-se que o lavrador brazileiro é indolente, inerte, incapaz para o trabalho e tibio na iniciativa. E' a mais clamorosa das injustiças ; é uma apreciação errónea, de quem ob=;erva incompletamente os factos, ajuizando pelas appa- rencias. Essa indolência não é da sua natureza, está na sua educação ; SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA é devida ás circumstancias em (|ue elle vive liabilualmenle. lílla é antes um estado de desalento pela impossibilidade em que elle se vê de i;anliai' dinheiro c constituir para si uma situarão estável de conforlo e prosperidade. O homem do campo é apenas um desanimado, e com razão. Klle" se lança com enthusiasmoe resolução á cultura que lhe parece remu- neradora ; ao calx) do anno, porém, vei-ificando que apenas fez para comei-, di/. com convicção e desanimo : a lavoura não dá ! li não vendo outro recurso, não conhecendo na zona agrícola outro emprego a dar A sua actividade que não seja a lavoura, dá-se por vencido e se resigna a viver aajour lejour, sem mais cogitar de consijtuir um futuro prospero. Deem-se-liie, porém, meios de ganliar e elle se revelará activo, pers- picaz, engenhoso, em .sumraa com as boas qualidades para o trabalho. Mas a lavoura não dá porque o intermediário absorve o valor do producto, esterilizando o esforço do lavrador. Será precizo citar factos? Todos conhecem os mil artifii-ios que os intermediários usam para lesar o productor e se locui)letar á sua custa. As notas de venda consignam preços inferiores aos que os géneros alcançam no mercado. As qualidades dos géneros despachados pres- tam-se a uma variante desse systema, pois é de regra declarar-se que uma grande parte chegou em condições de nã:i poder ser vendida. Se a emassa éa de gallinhas — foram algumas extraviadas e outras mor- reram ; se é de ovos — algumas dnzias se quebraram em viagem ; S3 é de fruclas — apodreceram cm grande numero. O café e outros géneros perdem de peso e são de qualidade in- ferior ; S3 é um género novo mandado para experiência — o mercado não o quer senão a vil preço. E assim variam os artifícios^ além de commissões disfarçadamente cobradas a par da única indicada na conta e que é sempre uma modesta porcentagem sobre a .somma brula apurada na venda. Tudo isto é conhecido, commum, corrente ; todos o sabem, in- clusive o lavrador, que ou .se resigna, por lhe parecer que não ha oulro meio de vender os seus productos, ou abandona o género da cultura que lhe deu rojuizo, ou se liberta do um intermediário para ser explorado por outro. Nessas condiçõss será possível prosperar a lavoura, que sob esse regimen se ha de conservar eternamente em crise l Os lavradores .sjbem i|uc não exagero; os factos são diuturnos, as provas ao alcance de todos e muitas teem sido trazidas á publici- A LAVOURA 5 dade. Referirei no emtanto um facto recenle que consta de minhas notas e de que tive a prova documental em minlias mãos. Passou-se elle na colónia de Nova Baden, em Minas, com o colono Silvestrino Doraenico. Resolvendo ensaiar a cultura de alhos, preparou elle caprichosamente o terreno e plantou boa semente. Acolheita foi de 98 milheiros de calieças de alho, pesando 51õkilos, Enviada a um comraissario desta praça, este mandou-lhe a conta de venda, que examinei com vários amigos que me haviam acom- panhado na visita á Colónia. A. conta consigna: Venda bruta 104$000 Carreto e descarga , . . G$000 Commissão .jSOOO Liquido 93$000 O colono já tinha feito de despezas : Frete 30*000 Imposto estadoal 16ii80 46s|!i80 De modo que o gasto total fora . . . 57S480 E o saldo liquido se reduziu á importância de 46$520 Segundo declaração do colono, a despeza de cultura por causa do preparo do terreno fura de cerca de 500S, o que mostra a enormidade do prejuízo que lhe acarretou esse infeliz ensaio, apezar da produceão da terra ter sido excel lente. Pondere-se agora que aquella sommade 104i, producto da venda do alho nesta Capital, corresponde ao misero preço de 26 réis a restea, que o consumidor paga de 800 réis a 1$500. Será possível a prosperidade da agricultura nessas condições ? Não, não ha medida que sirva emquanto perdurar esse regimen. Não ha protecção de alfandega, de frete, de impostos, não ha esforços de sciencia agrícola que possa proporcionar lucros ao lavrador em- quanto elle estiver escravizado ao commercio intermediário, pois este absorverá todo o valor dos productos, deixando ao lavrador magras migalhas, que não lhe matarão a fome. A casa commercial que enviou aquella escandalosa conta de venda é uraa firma antiga e importante, de grandes recursos e extensa fre- SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA guezia, goza de gi'ande conceito como casa séria, seus directores são pessoas estimadas peia correcção que usam era sua vida particular. Mas a grande concurrencia cnmmercial, a relativa escassez de pro- ductos, a frai|uoza do lavrador em crise e, acima de tudo, o aban- dono em que esto tem deixado seus interesses, viciaram o commercio a ponto do que actos, os mais condemnados pela boa moral, se tor- narom praticas usuaes e coirentes, que o negociante repolle cm sua vida particular, mas pratica no balcão, sem ter já c/)nsciencia de que está procedendo mal. Nada se deve, portanto, esperar actualmente de ])om Ao interme- diário, ]X>r mais honestas que sejam em sua vida privada as pessoas que exercem essa funcção commercial . Não é. pois, contra os fretes, ou contra os impostos que deve se revoltar a lavoura neste momento. Mais importante, mais urgente o efficaz é livrar-se do intermediário, que absorverá quaesquer vantagens que os poderes públicos e as em- prezas de transporte concederem á lavoura e para se lil^ertar delleo recurso é a cooperativa de venda. Associem-se os lavradores em cooperativas desse género, fundem nas praças commerciaes armazéns para a venda de seus productos por empregados seus e a grande margem de lucros que hoje bene- ficia o intermediário ficai-á na lavoura, pois será repartida pelos agri- cultores associados. Por essa forma e só assim poderão elles apurar e receber o ywsío preço por que é vendido seu producto ; só assim terão de pagar sci- mente as despezas inevitáveis a que os géneros estão rigorosamente sujeitos. E estamos convencidos de que conseguindo isso, a lavoura poderá apurar lucros, a despeito dos altos fretes o pesados impostos. Os abusos do intermediário toem até o pernicioso effeito de im- pedir que se avalie com justiça o rigor das taxas de fretes e dos im- postos em relação ao real valor dos productos. Para prova veja-se que na remessa do alhos a que nos referimos, o frete onerou o género em mais de 33 % e o imposto em mais de 15 "Z" em relação ao proço bruto constante da nota de venda. Nesse caso é lógico que o lavrador, ignorando que fAra logrado pelo negociante, clame contra a e.xorbitancia daquellas taxas, movendo-llies uma campanha muitas vezes justa, mas exaggerada em muitos casos. O coopeivTlismo se impõe para que a lavoura assuma o governo de seus interesses e .se liberte do mais implacável de seus inimigos. Tem sido oUe o recurso do todas as classes e por toda a parle. \a Europa as cooperativas existem aos milhares em cada paiz. Na Bolgica A LAVOURA é de tal modo corrente o filiar-se a essas associações, que di.sse um escriptor ser raro que onde estão dois belgas não estejam represen- tadas três sociedades. Nesses paizes, além do concurso dos indivíduos, as cooperativas teem o auxilio lorte e permanente dos poderes públicos, que reconhecem serem ellas o mais poderoso factor de prosperidade social. Urge, pois, que a nossa lavoura se una era cooperativas de venda para defesa de seus interesses. Alguma cousa já se tem feito deinis ([uefoi inii-iadaa propaganda a favor da uniuri da i-lasso ; a cooperação para a venda, porém, ainda não está organiíiada e é hoje a maior das necessidades da lavoura. O Estado de Minas está se ensaiando nesse sentido, por effeito da clarividência do homem il lustre que foi João Pinheiro. Sua organi- zação, porém, será falha emquanto não se centralizar nesta capital, queé a grande praça do commercio mineiro. E' igualmente aqui o centro em que devem se congregar os lavradores do Estado do Rio, do Espirito Santo o do norte do S. Paulo, onde nem seciuer existem ainda as cooperativas regionaes. A Sociedade Nacional de Agricultura, que ha três annos iniciou com esse intuito a organização da Cooperativa Central dos Agricutores do Brazil, resolveu incorporal-a definitivamente dentro do curto prazo e esj3era o concurso efflcaz dos agricultores. Dr. Wengeslío Bello. Circular Illmo. Sr. —Pro«eguindo no propósito de demonstrar as vantagens praticas, ou valor económico que a união proporciona, a Sociedade Na- cional de Agricultura continua a fornecer aos seus .sócios vários géneros de grande consumo por preços muito inferiores aos do com- mercio a retalho. Para isso fez a revisão do conti'actos com os seus fornecedores eos estendeu a outros géneros, do modo a poder proporcionar maiores economias aos lavradores. Temos insistido em que os lavradores precizam se unir, .se as.so- ciar em obediência ao mais verdadeiro e racional do3 proloquios — Á união faz a furça. SOCIKDADlC NACIUNAI. DK AGRICULTURA Precizo é, de facto, que essa reunião se eíTeclue em todos os ter- renos, por todos os modos e para todos oí! effeitos, para que a lavouia possa vencer os interessas estranhos que se oppõem aos seus próprios interesses o resolver os obstáculos que impedem o seu progresso. D3 longa data vimos aconselhand') a união como sendo o mais seguro meiodeattenuar e mesmo dominar a crise de que, com justiça- se queixa a lavoura bra/i leira. Com os progressos da civilização, a concurreniia se tem tornado cada vez mais renhida em todas as fiirmas de trabalho. Lutam as raças, lutam as nações, lutam as classes para prosperar, até mesmo para vivei'. K' o eíTeito lógico da approxi mação dos povos, dl) seu intercambin, do sua convivemia cada vez maior, mais intonsa, mais intima; e essa vida cm coinmum dos iwvos, das raças e das classes ateia no instincto de conservação a luta pelo alimento, pela riqueza e pelo domínio. N&sse afan de vida intensa, o «■«rfíOTcÍHo tem de empregar o máximo de esforço e preciza tirar o má- ximo proveito de .sua actividade, utilizando em seu trabalho os pro- gressos e as conquistas da .sciencia e da civilização para poder acom- panhar a marcha vei-tiginosa de todas as funcções sociaes. E isto ainda não basta. A luta para a coiuurrencia se trava agora, dentro de cada reducto territorial, entre colleclividades, em que se entrin- cheiram os iadividuos para centuplicar os eíTeitos de .seus esforços e aquellt^s quo, arrojados, insensatos, ou inconscientes, .se conservam fora de.s.sas trincheiras, e comltatem sós, sem o amparo da classe, esses são victimas condemnadas ao repasto dos interesses que .sou- beram se fazer fortes jiela coUigação de esforços. Assim (i, que em todos os paizes, ã medida que se civilizam, e em todas as espheras de acção, vae se tornando axiomática a necessidade da união para a vida. A Sociedade Nacional de Agric^ultura tem procurado sempre de- monstrar que, com a cri.se agrícola que nosoppríme, ímp5e-se a neces- sidade de iliminuir o custo da producção. O problema é complexo e múltiplo mesmo, pois .se desdobra era vários outros que se relacionam, que .se influenciam reciprocamente. Para qualquer destes,porém, a acção do individuo, isolado dentro dos limites de sua capacidade, é insuffi- ciente, ix)is não consegue tanto quanto é precizo na lula de interes.ses que está travada. Entre esses problemas parciaes está o do barateamento dos géneros de que a lavoura preciza se .supprir e cujo custo vae influir solire o capital empregado na lavoura ou directamente .sobre o cu.sto dos pro- ductos agrícolas e portanto sobre os lusros que o lavrador pjde apurar. A LAVOURA 9 Esle problema tem acqão directa e iramediata, pois tem pareffeito evidente a diminuição das despezas do lavrador. Em meio de sua vasta e complexa propaganda em que reclama o estudo scienlilico e experimental das questõ3s agrícolas e pastoris e a instituição de serviços agronómicos por parte dos governos, em que pede o ensino das profissões ruraes, em que escolha todas as íVjrmas de associações para o estudo, defesa e custeio dos interesses agrícolas, a Sociedade tem cogitado, tem agido mesmo, no problema do mais manifesto e evidente caracter pratico — a diminuição do custo dos géneros de que a lavoura s> preciza supprir. Para esse fim, a Sociedade, tendo promovido a creação do serviço de distribuição gratuito de plantas e sementes, por parte do Governo Federal, acceitou a incumbência de o executar e já tendo distribuído por todos os Estados do paiz 970.000 plantas vivas c 184 toneladas de sementes, está hoje habiliiada a continuar a fazer esse supprimento era larga escala. Esse serviço não só favorece á installação da culturas de modo mais económico, como promove a experimentação de plantas e se- mentes novas, concorrendo para o estabelecimento de polycultura tão necessária e tão adequada á nossa diversidade de clima. Para essa distril^uição a Sociedade continuará a preferir insti- tuições agrícolas, camarás municipaes, sociedades agrícolas e seus sócios, em todo o paiz. Tirando partido de seu caracter de associação, já prestigiada com o numero 2.400 sócios, a Sociedade, no intuito particular de demonstrar a utilidade e o mecanismo dos syndicatos agrícolas, emprehendeu favorecer os seus sócios com o supprimento de géneros estrangeiros e nacionaes, a preços mais reduzidos do que os do commercio a varejo. Com esse propósito e valendo-se dos favores aduaneiros que a lei confere ao Syndicato Central dos Agricultores do Brazil, tem for- necido arame farpado e respectivos grampos. Além disso e mediante contractos especiaes, tem fornecido, a preços reduzidos, o formicida Paschoal, o álcool e machinas agrícolas. Revendi} todos os seus contractos e fazendo outros que começam agora a vigorar, a Sociedade está habilitada a fornecer arame farpado e respectivos grampos, enxadas, machinas egricolas, álcool, formicida, colmeias nas condições que passamos a indicar : ARAME FARPADO Rolo de 26 kilos co.n 160 moiros de tio a 6$880 Rolo de 40 kiloscom 402 matroido tij a I0$680 Gramp? para os mesmos, o kilo a $36 ) 3200 2 Ill SOCIEDADK NACIONAL DE AnHÍCUITURA ENXADAS BEM CALÇADAS DE AÇO Marca Marca Radiaate Raio De i! libras lè-120 1$270 De 2 V; libras 1$"E) 1$370 De 3 libras 1$630 I$530 De 3 V; libras 1$7«0 1$G30 De 1 libras 1^9:50 l^ISO fok:es Np. 1-2-3-4-5-6-8-9-10-11-12, aos pre<;05? respeclivamanto de : $600 — $G70 — $730 — $810 — $890 — 1$000 — 1$130 — 1$300 — i$500— 1$600— I$800. SALOXO Um preparado de sal e peróxido de ferro, próprio para alimentarão do gado. é económico e asseiado por sei' em tijollos de 5 a 10 kilos, não sujando as baias ou lugares onde são collocados e sem d&sperdicio. Preço 200 réis o kilo, com 5 7» de abatimento. MACHINAS agrícolas Dosprincipaes fabricantes, com abatimento de 5 a 10 % sobre os i'esp€<:tivos catálogos e transporte gratuito nas estradas de ferro. ÁLCOOL De força de 40", em latas de 18 litros, pelo preço das vendas em pipa o que cori'es ponde a uma reducção de cerca de 10 7» • SULFATO DE COBRE Para tratamento de plantas ao preço do — kilo. . , $650 FORMICIDA Paschoal : Latas contendo 4 litros 4$100 Caixa com 4 latas : 15$400 Schomoker : Botija contendo 1 1/2 litro. , 3$700 Caixa com 6 botijas gí^iíOOl A LAVOURA II COLMEIAS Com OS mais modernos aperfeiçoameQtos pelo preço de lõ$000 CREOLINA A miis reputada das creolinas de fabricação nacional denominada Cresolina Wevneck, cora uma economia do 20 "/,. sobre os preços do marcado, custando cada lata com 1 litro ]$200 lacticínios Instaliarõas completas para industria de lacticínios pela casa Hopkins Causer & Hoplíins, com abatimento médio de 5 7o • Os lavradores que bem conhecem os altos preços que costumam pagar podem apreciara vantagem extraordinária dos preços que a Socie- dade está habilitada a lhes propc>rcionar, e que representam economias de 5 a 40 7, . Esses fprnecimentos estão sujeitos, como de costume, ás despezas usua&s no respectivo commercio. Nos preços do formicida, porém, está comprehendido o carreto dlé a estação de despacho. Igual vantagem foi agora obtida para o arame farpado, ficando o lavrador dispensado da des- peza de carreto que tem feito sempre. Como, porém, o enorme augmento desses serviços tem acarretado para a Sociedade muito trabalho e despe- zas superiores aos seus recurso?, ella retirará, para auxiliar os seus gas- tos, uma pequena indcnnniz icflo que não será superior á importância do carreio. A economia proporcionada agora na acqulsição desse géneros, em relação aos preços do annn antei'ior, é de 920 réis em rolo de 26 kilos e de 1$820 em rolo de 40 kilos, e, em relação aos preços correntes no mer- cado, é respectivamente de 2$G20 e de íi$320. Jáatéo flm do anno ultimo (31 de dezembro de 1908) a economia proporcionada á lavoura com os nossos fornecimentos, aos preços que então vigoravam foi de 97:084$400, não computados o supprimento de plantas e sementes e os transportes gratuitos nas vias férreas. Muito reduzidos agora os preços do arame farpado e obtidas, como foram, grandes vantagens em outros géneros, a Sociedade offerece este anno aos lavradores serviços de excepcional valor. Sendo um dos fins da Sociedade demonstrar effeitos do regimen de associação sobre a vida financeira da lavoura e sendo condição essencial desse regimen a pontualidade dos associados, os forno- 12 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA cimentos especiaes da Sociedade seião limitados exclusivamente aos sócios quites. Para os obter o interessado deverá satisfazer as seguintes con- dições ■. i", ser sócio quite da Sociedade Nacional de Agricultura ; 2', ser agricultor, apresentando d i aso provas bastantes a juizo da Directoria da S(X-iedade ; 3", foimular o pedido directamente á Snciedade e ]X)r esci-ipto ; 4", pedir somente para o seu próprio consumo, indicando o nome e a situarão da propriedade a que destina o emprego do producto ; 5", enviar á Sociedade, juntamente com o pedido, a sua importância, ou uma ordem para o seu pagamento contra casa commercial ou bancaria com sede na Capital Federal . A Sociedade se reserva o direito de negar fornecimento a quem peça ou tenha pedido para outrem, ou tenha repartido cora outra pessoai ainda que associada, géneros anteriormente fornecidos e prO0O Arens & C 50$000 Dr. Luiz Bucno do Miranda riOsOOO Dr. Theodor Pecltolt õ0|0iJ0 Dr. Gustavo Peckolt 50$ lOO D. Luiz, Bispo do Olinda 50$000 Manoel Dias Garcia 50.>;000 Albino de Azevedo Branco 50$000 Dr. Eduardo Cotrim õOjOOO A LAVOURA Nom''s Quantias Manoel Pereira da Silva 50$000 Francisco de Azevedo Alve- õf>S*iOO Alb?rto Diniz Junqueira 30$t)0a l>r. Piuilo do Amorim Salgado oO$OuO Roberto Dias Ferreira ãOjjOOO A. Cornelio Lemgruber 20$^09 DomiDg-os Ferreira Mendes iO$000 Joio Pinto da Costa Sobrinho SOsOúO Luiz PellÍQo Nobre de Mello 20Ã000 José Accioli Monteiro 20$000 António J. C. Costa Ferreira 20$000 Joaquim de Freitas Lima ãO$000 Júlio Homem Jorge 20$000 Octávio Campos da Paz 20$000 Abilio de Castro SOfOOO Leovegildo Simões 20$000 José Lopes de Azevedo Costa 20$000 Lqíz Accyndino Daotas 20$000 Conde de Modesto Leal 20$0j0 Banco Hypothecario do Brazil 20$000 Dr. Carlos Teixeira Soares 20$000 Carlos Lix Klet ãO$000 Dr. Hormogeneo Pereira da Silva 20$000 Dr. Francisco Murtinho ãO$000 Manoel Ferreira Tunes 20$000 Conde de Nova Friburgo 20!|000 Lucas Monteiro de Barros Roxo 20$000 Abel Domingues Teixeira Valle 20$000 Christiano Hechler ãO$000 Emilio Blondet 20$000 Arabrozio Perret 20.S000 Conselheiro Narciso Fernandes da Silva Nevos . . . 20$000 Cyrillo Dias Maciíd ãri|000 Manoel da Mendonça Guimarães 20$000 Barão de Italiype 20$000 João Tcixeu'a Soares Jiinior 2O$O0O Dr. Joaquim D. Paul . orrêa 20$000 J. II. O. Tross 20$000 Marcos Torres Braga Júnior 20$000 Evaristo A. Silva Ribeiro 201000 J. R. Augusto Leal a0|O00 Dr. Guãtavo A. Aquino e Castro 20$000 Luiz Felippo Sampaio Vi^inna 20§000 Dr. Ernesto Cândido da Fonseca Portella 20^000 Ernesto Graf 2.1$00J Dr. -Vnl.onio Pacheco Loão 20$000 10 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Nomes Quontias Dr. Nascimento Freitas de Souza 20$()0o Kduardo Augusto Camará ;:íO$OOi( Aonibal Cesário :io$000 Charles Causar lõ^CH)? Domingos Moitinho lõ^iOO Adrião Alves Bebiano 15$00U Carlos Suckow Jopport 15^000 Coronel Epaminondas H. Gracindo 10:^000 Dr. Harão de Santa Cruz lo.*000 Miguel Joaquim do (Jastro Sobrinlio 10$000 Eugénio Pereira de Moraes 10$ )00 Luiz Freire de Aguiar 10$ooo Ur. MÍK'uel V. Calraon Viaiiiia 10$000 Josj Gomes Corrêa 10$000 Dr. José Rodrigues Peixoto 10$')00 José Militão de SanfAnna 10$i)00 JoséKd. Tavares Carmo lO^OOi» Olympio Gomes de Souza 10.^000 Gregório Tavares Leão lOsOOO Coronel Manoel Lopes Carneiro da Fontoura .... 10$OOo COLLABORACÃO Colhsita mscanica No dia 17 de outubro do corrente aiino, dirigiu-se á fazenda Floresta a commissão composta do agrónomo Dr. Mário Maldonado, representando o secretario do agricultura do Estado de S. Paulo; Fedro SanfAngelo, representando a Suciedade Paulista de Agricultura ; o signatário destas linhas, representando a Sociedade Nacional de Agri- cultura ; Januário Grecco, representando a casa Nathan, de S. Paulo ; Luiz Bueno de Miranda, o inventor; capitão Argèo ^'inhas, represen- tando o jornal O Estado de S. Paulo, e mais pessoas. Sendo indispensável que este serviço de colheita mecânica se faça logo depois de chuvas e com as arvores ainda molhadas, lurnou-se cJXjXíTTjnja. X30 c;.a.i^:és tó-.ÃJt'*' mi C71siOEa.c3.c3XT Xjvu.^ I^vierxo c;xjxiii'un..A. uo Gj\.i'n c:;£(,;^lxi£(/Cl<:>x- uí\.zitoiaio I^rst-cLo !5Si»A^BI-^í C;oUki.elt£«. teiTzxi.in£«.cl£t' A LAVOURA 17 nec&ssario esperar que a chuva \iesse favorecer este serviço, procedendo, então, a commissão ao estudo das machinas empregadas pelo Sr. Luiz Bueno na cultura dos cafezaes. O E-tadodeS. Paulo tornou-se em pouco tempo o primeiro pro- ductor de caíé e tal foi o desenvolvimento devido á actividade dos paulistas e á uberdade das terras, que o legislador entendeu prohibir a plantação de cate e ainda mais pretende limitar a exportação ao máximo de 9 1/2 milhões de saccas. O que mais revolta é que o lavrador seja castigado pela sua grande actividade, estando hoje a braços com a miséria, e, entretanto, as estra- das de ferro paulistas, cujas acções são negociadas com ágio extraordi- dinario, distribuindo todos os annos dividendos fabulosos, levando grandes sommas a fundo de reserva, a par do augmento sempre cres- cente de suas linhas com as novas construcções, tudo isso á custa desse producto que está levando a miséria ao lar do productor. Triste situação do lavi'ador que amaina a terra empregando a sua actividade e capitães para produzir e que finalmente é obrigado aos maiores sacrifícios para não deixar succumbir a arvore ijue a custo formou, e que hoje só lhe traz a miséria com o desapjiarecimento annual da fortuna. As emprezas de transportes progridem e as emprezas productoras dos géneros a transportar definham. Parece que a primeira providencia a tomar-se seiia grande reducção nas tarifas dessas ricas estradas de ferro. Em vista do baixo preço do cale, para o lavrador j)oder ainda resistir á crise, tendo em consideração o custo da i)i'oducção sobrecarregada de impostos, tarifas altas, transportes, commissões dos inlermediarius conhecidos pela denominação de commissarios, impunha-se o emprego das machinas na cultura do cafeeiro, masque era obstado polu systema de culheila que obrigava o lavrador a manter em suas propriedades grande pessoal para acudir ao serviço de colheita. O emprego das machinas na agricultura do Estado de S. Paulu ú um facto consumado, póde-se asseverar que não ha lavrador que duvide da vantagem da machina na agricultura, mas o seu uso está muito longe de ser o desejado, sobretudo nas lavouras de café, devido a impossibilidade de reducção do pessoal nas fazendas, attendendo se ao serviço de colheila. São tantas as vantagens obtidas como emprego dos cultivadores mecânicos nos cafezaes, augmentando o coeliiciente de pruducçãocoji- junctamenle can a reducção nas despezas, que seriam laigamente 3?00 3 18 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA lorapensadas, aiiula mearao que o lavrador pagasse ao pessoal para ficar de braços cruzados ú espera da colhei la. E' ura facto verilícado que os culUvadores raeclianicos melliuram de forma tal as condif;õ&s de vegetara) das arvore? ((ue os fruclos apresentam maior desenvolvimento, sendo o café de melhor qualidade, o que aliás é natural. O emprego das maehinas culturaes traz economia de tempo, do dinheiro c meUwiia do proiuclo em qualidade, con^^lituindo os ires elementos industriaes indispensáveis — lempo, dinheiro e qua- lidade. Foi com a machina que os Estados Unidos da America do Norte se tornaram em pouco lompo o primeiro paiz do mundo, quer em pro- ducção, quer era riíjueza, e será com a machina que os Estados Unidos da America do Sul se tornarão, pelo menos, o ssgundo. Em vista do exp^stu, foi com o maior enlhusiasmo que o signatário destas linhas acceitou a incumbancia de representar a Sociedade Nacional de Agricultura na e.Kpai-ioncia oflicial de colheita mechanica. As machinas empregadas na colheita mechanica são, conforme se vê das photographias, um bastão de 1"',65 e de uma pollegada de diâ- metro com um gancho de ferro, meia volla em uma das extremidades e que serve para apprehender os gaiiios do cafeeiro ; um bastão do me-mo compiimenlo e grossura terminando, em vez de gancho, com um revestimento ou luva de borracha na e.x. tensão de O"", -4, que serve para bater especialmente na saia do cafeeiro; mais dois ancinhos de dentes corvados, sendo o de dentes espaçados que serve para tirar as folhas e pequenos galhos seccos, e outro de dentes mais juntos que sjrve para juntar o café em montes e já .sem folhas, deixando a terra oncari ficada, conforme .'=;e observa na plmiographia. o emprego do gancho, que apona^; .servo para firmar o pé de café, por uma insignilicante mossa na parle curtical da arvore e em um .«ò logar onde se firma o gancho dando meia volta para se poder imprimir as sacudidellas necessárias para fazer cahir lodo o café, o que se dá ao-; primeiros impulsos, estando a arvore molhada da chuva ; o bastão forrado de borracha não causa o mjiior damn o nas leves pancadas que se dá na .saia. E' bem difTerenteo aspecto do terreno depois da colheita feila pelo syslema commum do derric-amenlo de café e pelo mechanico; sendo que i)elo primeiro é uma verdadeira hacatomb?, ficando o chãd juncado de galhos, folhas, cafés sjccos, maduros, verdes e as vezes lUwos; as arvores apresentam um aspecto desolador, como que exaustas com os CJOIjHEITA. no CÍ-A-I^É .^^X3X3£t.x*elliois colla.©cl.orosí cL& oetfé, '• Hiir-els-e. A o u i O A H O u (5 a a (5 o o o O" ■H ;4 O O o O o A LAVOURA 19 braços pendidos tendo soffirido unia dolorosa operação, eraquanto que pelo systeraa mechanico apenas se vê café secco, algum maduro, poucas folhas e galhos sêccos, não parecendo ter soffrido a arvore com essa operação, visto apresentar um aspecto agradável, conservando mesmo as flores Esta colheita se faz era duas epochas sendo a primeira varrição em fins de julliodos cafés cabidos ea segunda com as machinas logo depois das primeiras chuvas. Fizemos a experiência da colheita em c/^ndições as mais desfavorá- veis, por falta de chuva e com pessoal bizonho sem pratica do serviço. Em 10 pés de café esclhidos ao acaso gastou-se 5" por pé de café, sendo 2" para a varrição das folhas, 2" para a segunda varrição e amontoo mento do café e 1" para reunir; tendo-se colhido 146 litros de café sêcco. Pelo processo cofnmum gasta-se de 20 a 30" por pé de café com o serviço completo de chão e arvore o que regula ao triplo do tempo empregado com a machina. As vantagens olitidas por este processo são as seguintes : Grande economia de tempo e dinheiro que se reduz a menos da metade conforme verificamos, sendo no máximo de 250 réis por al- cjueire contra 500 e GOO pelo processo commum. Não ha o menor estrago na arvore. A qualidade (typo) de café será melhor pela auzencia de café cho- cho e preto. Economia de transportes e carretos. Economia nos terrenos e no beneficio. Eliminação dos cafés ijaixos. Diminuição de braços para o trato do cafeeiro, redundando em grande reducção de despezas . Fomos informados que na fazenda Morro Azul em Limeira onde o serviço de colheita foi feito em condições favoráveis, foram empregados 22 serviços para derriçsir 25.000 pés de café. Estesystema de colheita mechanica se reduz ao systeraa priraitivo de vara, empregado com critério de modo a não prejudicar a arvore e no momento opportuno. E' um systeraa que só pode ser empregado nas propriedades agrí- colas pouco pedregozas e onde os accidentes do terreno não perturbem o emprego das machinas de cultura, e raais nas propriedades cujos donos estejara em condições pecuniárias de esperar pela venda tardia de seus cafés, especialmente no caso vertente de limitação de exportação. 2) SOCIEDADE NACIOXAI. Dlí AGIUCULTURA Xão posío deixai' passir e?sn npporlanidase o enterramento dns mesmos nas ruas de café onde passar o sulcador W, na (xcasiãi) da floração dos tremo(,'Os, Ibrmando-se assim aduixK.ão verde com uma planta extraordinariamente azotada. Alem dessas medidas de renovação da terra, são feitas cisternas ou fossasde 1"',7G x 1", 1 x 1"',76 em grande profusão espalhadas pelos cafesaes nas proximidades dos caminhos ou can-eadores de forma a impedirem a levada das terras para as baixadas e conservarem em deposito as fulhas siiccas e detrictos trazidos pela chuva tornando-se depósitos de estrumes e agua fornecendo irrigação por infiltração. As machinas empregadas na cultura dos cafezaes são as seguintes conforme se vènas photographias juntas. Cultivador de disco «Wiard» com roda louca, que passa fazendo li- geira aração, para em seguida passar o ciscador Luiz Bueno, capinador António Prado, que ainda subdivide a terra, varreddr Jorge Tibiriçá cnin azas varredoras ou com azas para cobrir sulcos, formando cordões. As machinas empregadas pelo Sr. Luiz Bueno nas fazendas de Prado Chaves & Comp. são as representadas nas photographias; o cultivador de 8 discos Wiard com roda louca, ciscadoí- Luiz Bueno, capinador António Prado, varreilor Joi-ge 'l"ibiriçá com azas varredo- ras ou com azas ijara cobrir sulcos, formando cordões, e arador sul- cador W ; com estas machinas trabalhando constantemente nos cafe- zaes, cruzando o serviço, tem o Sr. Luiz Bueno obtido resultados assombrosos de economia e reforma nos cafezaes onde tem conseguido grande accrescimo no coefficiente de produccão a par de exuberante vegetação differindode uma maneira pasmoza dos cafezaes visinhos. Um colono empregando essas machinas tem temi» para tratar iO.UOO i)és de café, enterrando tremo(;os. trazendo o cafe/al .sempre limpo, emquanto que pelo systema da enxada .só pode tratar de 2 . 500 a 3.000 pés de café. Terminando, cumpre-me chamar aattencão da Sociedade Nacional do Agricultura para esse incansável patriota, Sr. Luiz Bueno do Mi- randa, ([ue está concorrendo grandemente para ser vencida a crise do o o o o ■H (R O O O ia u H O •H O o o < o H O H O ,Mií,"! ^ . .V ■ ■. f. -•. V, '\.. • -. £.■'■* ^ ' ''^ •" *' ■• -•■ "fi'.-'-- V ■ .'^^''.•V' ■ '-/■ ,' • ■ '■•'^ 'i> ■ i '.'■< V ■■"■■ •*••;. . -■»,.■ i> ^ ■';-,•■ ■ v, > , , ,. ,' . . , , , ' ;»w. •-•'■í.. ■)'•#. .-•• ^. -■>•.;' ■ •■ .^ ^ J ^ o li s u 6 O o IS Ti u S 0 o 2 s o A LAVOURA café no Estado de S. Paulo, resolvendo o prolilema pela reducruíi do custo de producção e transformando o assalariado em pequeno pro- prietário, líio, 27 de novemjiro de 1908. FuRNANDo Paranhos da Rocha Passos. Considcraçõss s rsilsxõss ácsrca da criação do porco o encarecimento crescente do porco e a alta importância de que este se reveste soii o ponto de vi^^ta da economia social e domestica, devem justamente preoccupar ao criador e consumidor. Certamente, na industria zoolechnica, não ha outro animal que possa tão utilmente transformar era carne e gordura os alimentos que habitualmente se dão aos suinos ; tão pouco não ha substancia nutritiva mais económica e saborosa do que a carne que estes ani mães fornecem . Tanto o porco, que toda a família decolonoscria para uso domes- tico, quanto as manadas de suino? que existem nas grandes fazendas, para consumir os resíduos da transformação do leite, devem ser con- siderados como úteis transformadores do tanta substancia que ficaria irremediavelmente perdida ou não poderia ser utilizada com igual pro- veito . Além disto, no fim de poucos mezes, sem grave despeza e sem grandes sacrifícios, se consegue ter um porco gordo para consumirem família, ou uma manada de suinos que contribue para o augmento da receitada fazenda. Mas no decurso de alguns annos, vemos, em todas as regiões, augmentar o preçí deste omnívoro, e os fabricantes de sa- lame serem obrigados a recorrer a outra carne, porque, se na prepara- ção de seus productos empregassem exclusivamente a carne de porco, veríamos este attingir um preço caríssimo, accessível tão somente ás algibeiras privilegiadas. E a causa principal do preço ascendente deste animal temol-a nas condições deploravois da criação, as quaes favoí-e- cemo desenvolvimento eadiffusão das matérias infectuosas que dizi- mam ou actuam mais ou menos activamente na zona em que a criação do suíno se pratica em larga escala. Com a importação de animaes reproduclores, ou mesmo pequeni- nos, não só se tem contribuído efflcazmenle para diminuir a rssisten- cia natural da nossa raça autochtone ás varias causas de morbidez, 22 SOCIKDADE NACIONAL DE AGRICULTURA como tamljem para trazer ao nosso meio as moléstias infecluosas ori- ginarias de seus paizes nativos, <|ue fazem frequentemente a devasta- ção de nossas r,riar(~)es. K,de feito, a parle o mal-rô.ro, a septicemia e o cholera, que se desenvolvem quasi todos osannos entre os imrcos, e que arruinam inteiras manadas de suinos, não são- i-aras, na adolescência destes ani- maes e^pocial mente quando são desmamados, certas diarrhéas o dys- enterias rebeldes a toda cura que relu/.em uma criação de 15 e IG ba- curinhos a alguns raros exemplares, e, ainda assim débeis e doentes, predispostos a adoecer gravemente em occasião propicia. Também, por causa dessa grave mortil idade durante a adolescên- cia, o leilão desmamado s3 compra Já caríssimo, e muitos criadores que, então, não tinbam mais que dois ou três, — sendo um para o gasto da família c os outros dous para venda, — hoje se limitam a criar somente um, e este, bem entendido, para uso próprio. Além disso, muitos criadores deixaram de lazer a crwzi^ão do por- co cm larga escala, porque viam lodosos annos reapparecer as mesmas moléstias infectuosas, que anniquilavam quasi bartoramenle os seus capitães: julgaram conveniente, pois, cultivar os terreno? que então eram destinados i'i criação, em vez desses ani mães. Sendo assim as cousas, coraprehende-se muito bem o encareci- mento do suinoe de sua carne, que as varias infecções e as rotineiras condiçõ&s de criação conseguem dizimar, sondo que o uso alimen- tício do mesmo vai, a todo instante, expandindo-se e intensifi- ca ndo-se. Occorre, por isso, estudar o modo de i-emediar taes cousas com pro- veito e os meios que, convém, sejam adoptados. Antes de tudo, conviria melhorar as condirdes de criação deste rús- tico animal, proverbiaUnente conhecido como emljlema da sujidade, quando por sua natureza ha muito tempo carece de asseio e hygiene, tanto quanto os outros seus semelhantes. A pocilga deverá ser construída em local salubre c hygienico, sendo lX)S3ivel em meio de vegetação e onde a ventilação seja franca. O pavimento, como as sua? parede? até uma certa altura, deve ser feito decimento, e igualmente os cochos e regos conductores dos excrementos pira o poço (lambem de cimento) e fechadura iiydraulica, existente fora da pocilga. Tudo quanto for de ferro estará polido afogo, ode madeira pintado a alvaiade e óleo. A LAVOURA ?3 A ventilação e O renovanieiiío do ar far-se-hão mediante amplos respiradouros Lubulados não olvidando a confecrão de camas hygieni- cas, removidas com frequência. Não se deve esquecer tão pouco de que cada pocilsa carece de um pateo adequado e murado em cujo meio se deve encontrar um tanque de agua, convenientemente renovada, para a limpesa e lavagem. O porco, vivendo assim a seu commodo em um ambiente hygienico e limpo, se encontra nas mellicres condiç-ries de crescer e prosperar. Disse mais acima que o porco é um animal rústico a toda prova, voraz e omnivoro por excoUencia, mas ninguém infirmou que o ali- mento estragado e insalubre possa oxitoI-o a graves damnos, predispou- do-o a toda espécie de moléstias, communs ou especificas. Dahi a necessidade de prover os suinos de alimentos não al- terados. Torna-se preciso ainda e>;teri]izar a verdura e os refugos de cosinha com aeliulição, e não permittir queos suinos fussem substancias im- mundas que, não raro, provocam moléstias parasitarias. Cuidando assim opporlunaraente a hygiene das pocilgas e dos alimentos desses humildes omnívoros, se consegue melhorar as suas condições sanitárias, ao mesmo tempo que se alcança um primeiro pas« so na luta contra as moléstias infectuosas a que estão sujeitos. Com o titulo de Infecções dos suinos se descreve nos vários tr cicia- dos de Pathologia Medica Veterinária, ura complexo de moléstia acer- ca de cuja etiologia e pathogenia ainda S9 não fez toda aquella luz que seria para .se de.sejar, afim de .se systemalisar contra ellas proce.ssos prophylaticos, therapeuticose de policia .sanitária que, hoje, felizmente, temos á disposição. Como ainda não se esteja bem seguro e esclarecido acerca do mo- mento etiológico e da pathogenia de algumas infecções, comtudo habi- tuamo-nos a reunir as moléstias infectuosas do porco, sob três distinctos nomes : Mal ró.ro, Pneumonia contagiosa e Pneumo-enterite, dislin- cção e classificação ainda que não são claras e precisas como a pratica as exige. Mas, para o nosso estudo por demais synthetico, e que tão somente cogita da prophylaxia eixilicia sanitária destas moléstias, esta distincção e cla.ssificação podom bastar sufficientemenle, servindo também pelo lado pratico. Começamos poremquantoa dizer .; : appi^u^ece sobrei udo no verão e não se difunde Innto quanto as outras infecções. o poico, a principio, apresenta-s9 ai)alido, feliricitante, i"ecusa o alimento e procura esconder-se soba forragem da cama. Decorrido o 'primeiro periodo da incubação, irrompe a erujição cutânea, característica, sol) a fúrma de pequenas manchas de umròxo- vinoso, especialmente espalhadas pelas orelhas, dorso, espáduas e flan- cos. Owando tocadas, manifestam se edemaciadas e dolorosas : na for- ma benigna, no fim de seteou oito dias, ellas empallidecem e desap- pai'ecem ; na forma grave, so))reveem outros piienome;ios alarmantes, especialmente pai"a o lado do apparelho circulatório que expõe o animal a graves riscos de vida e o mala om brevíssimo tempo. Outras vezes, porém, a moléstia em vez de se resolver rapidamen- te, decorre torpida e lenta, para dar depois um ser marasmatico que cresce doentio e com difticuldatle, ou morre no fim de algumas semanas. Gomo tratamento geral aconselham os desinfectantes intostinaes e os laxai ivos, provendo o jxirco com alimentos cosidos e de facíl digestão. Como processos sanitários, .se recorre ao i.solamentoe a desinfecção da pocilga e dos objectos contaminados. A prophylaxia se íavá, pir fim, com vaccina e soro. A pneumonia contagiosa acarreta maiores damnos que o mal-rôxo, attenta a .sua indole extremamente diffusa, e o êxito linal quasi con- stantemente mortal queespera o doente. De feito, esta moléstia .-^e propaga com uma mortificante rapidez entre os representantes de uma mesma criação.especial mente nos mezes frios e logares húmidos e mal abrigados. De ordinário, são atacados os de média idade; mas não .«ão poupa- dos os adultos e nem tão pouco os suínos .jovens O doente não perde súbita e inteiramente oappetíte, masapparece- Iheuma tosse slridulosa, com accessos que se rei^etem com insistência A LAVOURA 25 especialmente durante a alimentação, ou quando o porco é obrigado a se mover. Quando o suino repousa, ó caracteristii^a wmci respiração difficil, arquejanie, que se pôde acceilar como palhognomonica da moléstia. Não se observam outras complicações importantes, mas, neste esta- do, o animal em curto tempo morre. Em virtude da Índole contagiosa da moléstia, é óptima provi- dencia supprimir de súbito o primeiro doente, tolliendo assim os agentes de diffusão. Gomo é sabido, esta moléstia é devida ao bacillo suiseptico, contra o qual será preciso garantir-se com a vaccinacão e desinfecção, sendo a sciencia medica impotente para curar a moléstia, uma vez «lue esta se declare. A pneumo-onÉerffe iníeclnosa, o\i pesíe suina, ataca de preferencia os individues moços, e caracteriza-se por uma diarrhòa continua e inco- ercível que se associa muitas vezes a perturbações pulmonares. A moléstia pôde ser importada com os porquinhos destinados á criação, que podem albergar o microorganismo especifico ainda (jue apparentemente são. A diffusão da moléstia .se faz de um modo verdadeiramente alar- mante, contendo as fezes diarrhéicas o gérmen da mesma em con- dições activi.ssimas. Os porquinhos assim atacados, e debilitados cada vez mais, pelas continuas dejecções alvinas, ficam estúpidos, indolentes e com o focinho escondido nas palhas do leito. Obrigados a andar, gemem e como que tossem quando o apparelho pulmonar está accommeltido ; e, finalmente, nas formas graves appa- recem também manchas roxas especialmente nas orelhas e sob o ven- tre, as quaes manchas quasi que não são mais em relevo, e nem de- maciadas. Eu as observei em todos os suinos que vi morrer de pneumo-en- terite, todavia Moussu não as dá como constantes na moleslta. Esta infecção é verdadeiramente a peste da criação ; e pôde-.«e as.se- gurar com toda franqueza que .se deve attribuir a ella a maior mortali- dade dos suinos ainda joven.s. A molestia[dura no máximo de 20 dias a um mez, tendo como termo quasi sempre a morte ; e, quando o animal atlingisse a cura, não escaparia do estado cachetico por meio do qual chegaria á morte, ou vi- veria doente. 3200 * 2C> SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Apneumo-entoritese propaga com uma rapidez alarmante e das- aslrosa, attenta a influenciados meios sanitários que costumeiramente se applicom na pratica. Alem dissí), nos grandes centros criadores, ella domina quasi per- manentemente, despertando todos osannos na estação propicia, porque se não pratica quasi nunca uma especial o verdadeira desinfecção dos logares infectados. Im]5Õe-se por isso a necessidade de se providenciar séria e enica/.- raenle contra o desenvolvimento e a difTusão meio de policia sanitária, que cnrta o mal pela i'aíz. Quero alludir á eliminação de todos os indivíduos infectados e con- taminados, is.so, porém, mediante adefiuada indemnização pelos porcos sacrificados. A LAVOURA Isto, como é sabido, se faz em qualquar localidade da Inglaterra, França e Allemanha, não sem teneíicos effeitos. Para aqui, como para algumas localidades da Europa, a ([uestão é ainda inteiramente nova, mas, não está ainda longe o dia era que ella será encarada com a alten- ção de que se faz mister. Além dessas três que, por antonomásia, se chamam moléstias in- fectuosas dos suinns, existem outras puramente de oriííem microbiana, que se não revestem da importância pratica das primeiras, porque, em nenhum tempo e em nenhuma região ou localidade tiveram tamanha difTusão, nem fizeram mortalidade capaz de comprometter a sorte das criações e deseq u i 1 i jjrar os i n teresses ruraes . S3 bem que um ou outro autor entenda attribuir a certas formas dysentericas que atacam de preferencia o suíno que ainda mama ou ape- nas desmamado, quantitativa ou essencialmente os mesmos damnos, — a experiência tera-me demonstrado sempre e em todos os logares, que tudo isso se remedeia por meio de uma hygiene escrupulosa, de asseio da pocilga e do terreno contíguo, e, não menos da saúde da fêmea lac- tante, da sanidade dos alimentos successi vãmente distribuídos ao por- quinlio. E, relativamente á salubridade dos alimentos dados aos suinos, não me cansarei de insistir, sobretudo, acerca dos resíduos de cosinha, do leite e de outros que facilmente se alterara ou se decompõem, occa- sionando ao porco gastrite, enterite, que, além de comprometterera a saúde como entidades pathogen iças, podem tornar propicio o terreno a outras moléstias, especialmente á tuberculose. A tal respeito, Moussu observa muito judiciosamente como, de alguns annos para cá, em França, teem augmentado progressivamente os casos de tuberculose nos suinos ; facto que elle com toda razão attri- bueao novo e vigoroso incremento que dia a dia vai tomando a indus- tria lacticinia nos seus múltiplos productos, a qual, em via de regra, .se acha appensa a criação de porcos. Os factos provam e demonstram á evidencia quanto o Dr. Moussu tem, a respeito, assignalado ; porque na criação pequena e isolada (que- ro alludir a dous ou três exemplares criados por cada família de colonos, ou, no máximo, a 15 ou 20, cevados na fazenda) os porcos são nutridos com aguas gordurosas da cosinha, opportunamente fervidas com fari- nha, raízes e batatas, na criação em larga escala, especialmente onde ha fabricas de manteiga e queijo de toda a espécie, dão-se aos porcos os resíduos dessa industria^ frequentemente contaminados pelo virus tuberculigeno. 2S SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA A lul)erculose do porco é cerlamente de origem bovina ; e, para isto basta que a vacca fornecedora de leite a um determinado estabeleci- men lo seja uma tuberculosa, ali m de que se fique certo dequeossui- nos consumidores dos resíduos da alludida industria, facilmente se contaminem. Uma vez que a tul)erculose irrompa em uma criação, a sua dif- fusão será tamliem facil, attenlas ás exiguas condições hygienicas em ijue vivem lae^ animaes. Que a disseminação da tul^erculose entre os suinos, esteja estrei- tamente ligada ao incremento da leitaria individual ou social, prova-o em Germânia e Ilollanda onde a referida industria está ainda em flor, a porcentagem da tuberculose nos porcos, estimada em 10 °/o. E as mesmas considerações vão com vistas á Ualia e a qualquer outra nação, onde a tuberculose não é, portanto, rara, como a estatística de tempos atra/, queria fazer crer; e isto deve-se ao facto de que a molés- tia em taes animaes com muita facilidade passa despercebida, ou vem confusa cora outra enfermidade. Ora vista e considerada a facilidade com que a tuberculose se trans- mitte dos bovinos aos porcos por meio dos resíduos lácteos, será, como já o disse, óptima regra de hygiene, esterilizar estes productos por meio da cosedura, antes de se os dar aos suinos. Esta l)oa precaução, obrigatória em Dinamarca, tem ci>ntribuido efficazmento para diminuirá porcentagem da mortalidade por tuber- culose na criação dos porcos . Como vê o leitor, chamei de modo especial a attenção dos interes- sados sobro o modo de premunir estes animaes do ílagcllo da tuber- culose; porque a todo hygienista de vulto ou modesto cabe o dever de vedar por lodosos meios adiffusãodo terrível morbo, já bastante es- pi^aiado, e contra o qual a sciencia al(' hoje não poude dar mais que um pequeno passo, qual o de retardar a velocidade da sua marcha fatal. E, continuando nesses preceitos, recordarei ao criador jamais se esquecer dos arranjos da comida afim de que não fermente, como também não administrar mais ao porco são os resíduos de alimentação do doente ou suspeito de o ser, como de ordinário se usa ou é quasi regra fazel-o, parecendo cousa natural fazer comer dous indivíduos per- feitos, sãos, os alimentos excedentes da ração do um ou mais suinos infectado', dando força á infecção (como carvão na fornalha da loco- motiva) para pi-oseguir na sua obra de destruição e inquinamento. E, para terminar, não deixarei de insistir junto dos interessados por que lavem, lance a lance, com agua fervendo e soda, os tanques e A LAVOURA 29 todos OS logaresda [ioi'ilya, para os expurgar, com solicitude, de ijuan- to alterado e palliogenico eventualmente exista nelles. De?sa maneira, cuidando e providenciando sobre a saúde do porco, evitam-se nelle aquellas moléstias a que facilmente estão sujeitos. Declarada a infecção, cumpre cercear a sua diffusão e amainaras consequências desastrosas, cooperando de tal modo pela prosperidade da criação. E tanto mais se deve procurar, por todos os meios, melhorara sorte de tal intlustria, porque o porco é chamado em altas vozes por todas as nações do mundo a preencher uma vasta lacuna no mercado das carnes, como a do boi e do carneiro, dia a dia mais rara e cara. Aos criadores, pois, dirijo estas considerações, afi m de que sejam lieis interpretes delias. Dr. Achilles Rigodanzo. (Medico Ilygiciiista Veterinário) Dezembro de 1908. Rio de Janeiro. O trigo em Minas Gsrass Damos publicidade á algumas observações feitas com referencia á cultura da preciosa gramínea, no campo de experiências da Dire- ctoria de Agricultura, em Bello Horisonle, A altitude de Bello llorizonle é de 800 e tantos metros e a sua temperatura média de 19°, 8" .segundo observações da Commissão constructora da Capital. A terra do campo de experiências, é pobre em elementos fertili- santes, o que logo vemos p3la vegetação natural que apresenta, de aspecto rachitico; própria das terras fracas muito communs aqui. A rocha dominante é o itabijrito, que contém olijisto (sesqui- oxido de ferro), apparecendo lambem uma t-aiif/a ferruf/iiiosa. Aterra originada de taes rochas é, pois, ricamente ferruginosa. Duas ana- lyses da referida terra, effectuadas na Escola de Minas de Ouro Preto, pelo Dr. .1. Michaeli, déramos seguintes resultados, sendo as (pian- tidades dos componentes 1'eferidos a 1000 grammas de terra : ANALYSE I Oxido decai 0,26 » » potássio 0,25 Acido » phosphorico 0,03 Azoto total, 0,11 30 SOCIEDADE NAi lON Al. UE AGRICULTURA ANALYSE II Oxido lie cal ... 0,35 » » pola-ssio 0,33 Acido plio^^plioiicii 0,0.") Azoto lolal 0,42 Além da IVaca fertilidade da tena em questão, devemcs accentuar a aii.sencia de homogeneidade do composição cliimica, propriedailes physicas em gráos exagerados, taes como : coloração vermelha carre- tjada qne augmeiUa-lhe extraordinariamente o poder de concentração caioi-ifica, ijrande permeabilidade, que produz rápido dessecamen to, e finalmente cohesão fraca, o que lhe dá excessiva moliilidade e pul- verulencia^ quando sêcca. O terreno apresenta ligeiro declive e é desabrigado, sendo por esle motivo jjastanle castigado pelas venlanias, que não raras vezes produzem o acamamento. Como medida proph\ láctica temos sempre posto em pratica a suHalagem das sementes, em solução a 4 7o, dan- do-se banho rápido. Temos notado que os banhos demorados, segundo aconselham alguns, prejudicam extraordinariamente a faculdade ger- minativa, não .só das sementes de trigo, como de outi-os cereaes. As moléstias cryptogamicas não teem apparecido. Os resultados alcançados, deixam-nos acreditar quanto á adoptação de ceiias variedades, em vista do factor clima, parecendo-nos mais propicias as do Triticum duram. A questão agrologica para a cultura do trigo, entre nós, parece-nos a de menor importância, uma vez (jue procuremos cultival-o nossas boas terras. São os mezes de muiço, abril c maio, os mais próprios para o ])lantio das variedades experimentadas, nas nossas condições clima- tológicas, conclusão tirada em virtude do proseguimento das experi- ências nos mezes seguintes, o emprego de adubos chimicos lornou-se indispensável, em visla da pjbreza da terra, e adoptamos a seguinte formula, iwra 100 metros quadrados : Escoria Thomas 2 kilogs., sulfato de pota.ssio, 1 kilog. cal, 5 kilogs. esterco animal, 300 kilogs. A semeadura foi feita em linhas distanciadas de 0°, 40, distancia que pide ser vanlajosamenle reduzida a 0'",20, como geralmente é plantado o trigo, pslas semeadeirasSmith o outras. Eis em synthese, um quadro demonstrativo, dos resultados obtidos com as variedades seguintes: Trimonia, Farro, Majorca, Barleto e Francy. A LAVOURA 31 lím lOO""' VAaiIÍDADES 5iEzr;s Triíueuia Farro Majoroa líai-leto Fi-aacy FovereU-o Março Abi*il . 1 11,5 S.O 20,0 20,0 14,0 14,7 I 15,11 14,0 i0,0 2:!,0 li, 5 16,7 1 17,0 21,0 21,0 19,0 55,0 20,0 1 2-4,5 24,0 24,2 ~ 1 Medias ~ 16,0 Vemos que, apresentaram maiores prociucçues us variedades Ma- jorca e Baiieto, cujos colmos altingiram a r",50 e l^.eo de altura. O peso médio do hectolitro de grãos para cada uma das variedades foi o seguinte : k Trimenia 78,5 Farro 73,3 Barleto 76,5 Majorou .... 76,5 Os autores dão geralmente para peso médio do hectolitro, 75 kiolgs. , o que nos mostra vantagens nas nossas experiências. Vem ao casa, citarmos as proluções médias do trigo, segundo Grandeaú, para os seguintes paizes : Inglaterra 27,7 hectolitros por hectare, Bélgica 25,1, lloUanda 22,2, Noruega 20,8, Dinamarca 17, i, França 15,4, Áustria 15,0 e Ilespanha 14,0. O rendimento de Portugal, segundo affirma Paulo de Moraes é de nove hectolitros. Nos Estados Unidos da America do Norte, segundo o referido agrónomo francaz, os terrenos virgens davam 15 a 18 he- ctolitros e hoje não dão mais que 7 a 8 Iieclolitros. Opportunamente contiiviaremos com observações e considerações '-obre a cultura de tão importante cereal, para o ijual os agricultores (los Estados do Sul do Brazii, devem volver as suas vistas ; pois, climas e terrenos adequados não nos faltam, para a exploração com- pensadora do precioso grão. Bello Horizonte, 14 de março de 1909. IIenrijue Vaz, Engenheiro-agronoiíio. 32 SOCfEDAuK NACIONAL DE AGRICULTURA EXPEDIENTE Secretaria Janeiro CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA Cartas 227 Circulares 3 Telegrammas '■ii Offlcios do governo 10 » particulares 12 Propostas 2 275 COURESPONHENCIA EXPEDIDA Cartas 165 Circulares 273 Telegrammas 153 Ollieios (io ;iuverno 5 Offlcio particular 1 ^1 Lavoura 3.879 Folhetos diversos 67 Registrados do diplomas 83 Registrados de distiiictfvos 4 4.630 Fevei-eix*o CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA Cartas 285 Circulares 5 Telegrammas 9 Offlcios do governo 4 » particulares 9 Propostas para rorneciraentos 2 314 COKRESPONliENCIA EXPEDIDA Cartas S5 OfflcidS do governo í> Circulares 343 Telegrammas 7 Registrados — cartas e diplomas 8 A Lavoura 2.085 2.536 A LAVOURA Março COKUKSlOiNDENCIA EXPliDlUA Cartas 58'J Oíílcios do governo 5 » particulares 15 Circulares -I Telegrammas 7 COUKESPONUENCIA EXPEDIDA Cartas 177 Tclograinmas 17 Circulares 1.292 OíHcios do governo 12 » particulares • . . . . 18 Noticias e informações 26 Registrados (cartas) 26 A Lavouro. ... 5.874 7.(54-.' Secção 7 Major Victor Garcia. Carlos Ribeiro Monteiro da Silva. Heitor Vieira de Rezende. Dário Diniz Mascarenhas. Coronel José Moreira Carneiro Felippo. .\ntonio Pereira Coelho. Tenente-coronel António Pereira da Silva. Capitão Mioervino Satyro de Farias. José Pereira Reis. Joaquim Corrêa Sobrinho. José Ferreira Sanflorgo. Sovoro Leão da Costa e Silva. Leonardo Conegundes do Barrus. Gil Pires de Araújo Seda. Kmilio Corrêa. Coronel Olympio Militão dos Santos. Coronel Joaquim Severiano de Carvalho. Moysés dos Santos Lima. Major João da Costa Ribas. Octávio Machado Gontiyo. .\rthur Antunes do Siqueira. Prefeitura Municipal do Poi.'03 do Caldas. Urbino de Souza Vianna. António Augusto Teixeira. Amador Pinheiro do Harros. Capitão Leonardo Furtado da Costa. José Rodrigues Coelho. Lindolpho Rodrigues Coelho. Afifonso Moreira de Mendonça. Aprigio Pinto de Andrade. Dr. Arthur Leandro do Araújo Costa. Sociedade Paulista de Agricultura, Commercio e Industria. .loão Duarte Ferreira. Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto. General A'lolpho Menna Barreto. José Villela Marques. José Alexandre Villela de Andrade. Virgilio Reginaldo Monnerat. 1" Tenente Francisco d'Avila Garcez. Afifonso dos Santos Rangel. Sosostres Liias Maciel. Coronel Francisco Luiz de Barros. Dr. Júlio de Souza Meirelles. Carlos Baptista de Castro. Joaquim -losô Soares. Francisco Gomos da Rocha. Luiz .\ugusto do Souza Vieira. "M SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Francisco de Souza Vieira. Theod Rombauer. Manool Fernandes do Couto. Manool Costa Seixas. .Tosi' Soares Peixoto. João Gonçalves Ferreira. Roberto Cotrim Berla. Sylvio Betim de Paes Lenio. Eduardo Wilson. t'oroQol Manoel Alves de Araújo. António dos .Santos Camilher. Aydano de Seixas Martins Torres. João Augusto de Oliveira. Coronel Francisco Hueno da Costa Macedo. Manoel Peroira Lima. Justo Ribeiro Maciel. Dr. Alfredo Augusto Guimarães Backer. Major José Bonifácio Pereira. António I.uiz Ferreira Guimarães. Manoel Lopes da Silva. Paulino Mendes. Tertuliano Braga. Coronel Oscar da Costa Lage. Capitão João lívangelista da Costa Lage, Major José Machado da Costa Lage. Octávio de Carvallio Drumraond. José Pires Filho. E, Veras I'"ilhos & Comp. Primittivo José de Carvalho. António Santeiro dos Reis. Ivnéas de Souza Pires. Manoel Acrisio Xavier Bezerra. Capitão Roldão Assenso Pereira Lopes. Armando Campcllo. Pedro Maury Filho. Major Ozorio Pereira. Joaíjuim Dias dos Santos Duarte. Joviano Fernandes. 1° Tenente Guilherme d(3 Araújo. Secção Technicá — Dos Srs. Ilopkins, Causer Ã; llopkins, estabelecidos a rua Theophilo Ottoni n. 95, nesta cidade, recebemos uma cana capeando catálogos de niachinas para lavoura e fabrica de manteiga, de gado de raça eda chocadeira Alfn Pinto, etc. A LAVOURA :» Quanto á iastallação de uma fabrica de manteiga, apresentam aquelles senho- res os seguintes orçamentos: InslaUação para íOO litros 1 desnatadeira Alfa Lavai, Cl, p. 150 litros por hora. 220A000 1 batedeira Alfa, aeo, n. li p. 25 litros cada vez . . SOsOOO 1 Espreraedeira B 90s000 Tiíermoraetro, -is; vidro graduado, 4s SsOOfl Baldo esmaltado, 8s; balde irradiiatio para 15 litros . 28.S000 Coador 25 cm., coador com cabo 7$500 Escovas ns. 3, O, « e 14 10.S500 Espátulas C, F e H lOsõOO 1 kilo de corante para manteiga «Tomo» . . . ., 6^500 461^000 Installaçtto para 300 litros 1 desnatadeira Alfa Lavai Cl, para 200 litros por hora 270ÃiiOO 1 batedeira n. 12, Bradfords para 35 litros. . . . 17O.'^0OO 1 espreraedeira de SO centímetros 23OSO0O Accessorios como acima 71$000 741$00''Ó Inslallnção para 500 a SOO litros I desnatadeira II, 400 litros por hora, com polias. . 580.$000 1 batedeira n. 14 para 70 litros ãõ0§000 1 oxpremedeira l^.OO 3808000 Accessorios 7I§000 1:281.4;0U0 Eixo de transmissão, 4", 00, 3 polias, raancaes, ar- ruellas de pressão, correias 320$000 1:601 $000 Agradecemos penhorados as informações que generosamente nos prestaram. — Do Centro das Experiências Agricolas do Kalisijndihal, Alleraanha, com agencia nesta cidade á Avenida Central, 117, 1° andar, recebemos um prospecto sob o titulo « Aduliação e Tratamento das Pastagens », que agradecemos. O prospecto (• deveras instnictivn e de Cirande valor elucidativo sobre os cuidados culturaes, tratamento g adubação dos pastos. Os interessados podem adquirir, livres de quaesquer despezas, não só eãse, senão todos os outros relativos à agricultura, que o alludido «Centro» tem dado á publicidade. Para isso basta que dirijam os seus pedidos á agencia do mesmo Centro, á Avenida Central 117, 1" andnr. 40 SOCIEDADE NACIONAL, DE AGKICULTURA ]Vfa.cIiiiiisiuo>< parít iiiaiifliocii, — Rio de Jaaeií-o, 5 de jaoeiro de 1908. Exrao. Sp. d.'. Presidonto o mais H. Directores da Sociedade Nacional de Agricultura — Nesta. Amigos e Seniiores. — Só agora, era consequência de muita occupação, ti- vemos ensejo do ir^r o njletim «A Lavoura» dessa lienemerita Sociedade, sob n. 8, do aifosto de 1908, ora cuja pigina 349 doparáraos cora a se;.Miinte noticia : MachinisMos para mandioca. — Rocebemos do Sr. Dr. Manoel de Albuquerque, residente oní Cintagallo, uma carta em a qual coramunica-nos este Sr. ter acliado muito e (elevado o orçimento que os Srs. Areus .t Coinp. publicaram em um dus números passidos d' «A Lavoura» para macliinismos de mandioca. Diz-nos maia aolur-sfi habilitado a foinecer um engenho coraploio por 2:000^,000, em tudo per- feitamento igual ao que usSrs. Arcns i^ Comp. lêem á venda. Não temos por habito responder a curiosos nm mochanica. nom nos sobra tempo para analyse do que qualquer desconliecidn ontondeT' dar ;l publicidade ; mas, no presente caso, t5 com prazer que deixamos de um lado asses procono ntos, para, por intermédio dessa illustre directoria, convidar o nosso original pseudo- competidor a exibir nessa SociodaJo as machinas quo diz po ler fornecer, em tudo perfeilamenle iguaes ds nossas, para um confronto com as que, de nosso Stock, es- tamos prnmptos a levar para o mesmo local, subnettendo-aí ao julgamento dessa impoluta Directoria, cuja decisão muito acataremos. .\liás, occorre-nos mencionar que a nossa casa fornece desde longos annos machinismos de mandioca para proços muito inferiores a 2:0iWrO00, como temos tido occasião de demonstrar a essa Directoria, o não nos consta que atr- hoj!) algum imitador ou falsiflcador de nossos systemas haja conseguido vendel-as exoetamenle iijuaos e por monoi' preço. .•Vguardomos o confronto ; o com a pabllcaíão dosta, muito obsequiareis os V>i V. Srs. Altos. Obrms. o Crds. — Arens & Comp. r»a.ssax-o8 iitois á Lavoui-si — O Dr. Wencesláo Bello, presidente da Sociedade Nacional do Agricultura, recebeu do tenente-coronel Fernando da Silveira a seguinte carta, que julgamos sor de útil leitura porá os lavradores: <\a qualidade do agri;uUor, acompanhando sempre com o mais vivo in- teresse o nobre esforço dessa sociedade em prol da agricultura em nosso paiz, venho trazer a V. s. uma commuoicação de observação pessjal rainha, pe dindo a essa benemérita sociedaie divulgal-a, se assim achar necessário e pro- veitoso. No interior d) nosso vasto paiz ha o mão vezo de destruírem animaes, sem indagarem si são elles inoíTeiisivoí, beueflcos ou damoinlios ;l lavoura. São muito conhecidos os pássaros de nomo \nun, de duas espécies, o proto e o branco, que abundam nas roças e vivem e.n baalos, não soodo tambjm igno- rada a grande mitança que fazam dessjs pássaros os desjccupidos e perversos, só paio simples prazer de destruir, pois Dão se prestam elles para a alimentação, como os pombos, macucos, etc. O pássaro em questão é ura animal útil á lavoura e como tal deveria ser pou- pado e protigido pelos lavradores, não consentindo que em suas terras se divirtam os vadios em destruil-os. A LAVOURA O facto é o soguinte: a minha fazenda, em Juparanã, Estado do Rio de Janeiro, não ha muito tempo foi invadida por uma temerosa nuvem de ortlio- pteros saltadores, que pousaram em parte do minlias terras, não destruindo completamente pastos e plantações, devido, talvez, a virem já saciados de outros logares . Ao levantarem, porém, acampamento, deixaram os ovo^, que se transforma- ram em uma quantidade colossal de saltões, que, felizmente, lòram completa- mente destruídos pelos úteis pássaros— os Anuns. Nestas condições, desejando levar ao seu conhecimento esta observação que me parece de incontestável utilidade, rogo fizer delia o uso que mais conveniente julgar e prevaleço-me da opportunidade para apresentar a V.S. as seguranças da minha mais elevada consideração.» Na secção de zoologia agrieola, que esta sociedade apresentou em seu pavilhão, na exposição nacional, e que foi organizada pelo 2" secretario, Dr. Benedicto Ray- mundo da Silva, figuram as referidas duas espécies de anuns no grupo dos animaes úteis á lavoura, o, no respectivo catalogo, já publicado, lè-se a respeito da pri- meira 6 mais commum, o seguinte: «Anil, anun, and preto, anií pequeno. (Rio de Janeiro), (cretophaga anú, Leum . ) Os anus são aves sociáveis, grandemsnte úteis, que em abundância se encon- tram nas mattas, mas especialmente nas baixadas e campos, chegando aos de cri- ação, onde bons serviços prestam, dindo caça habilmente aos carrapatos, que tanto castigam o gado vaccum. Não raro veemse por sobra o dorso dos pacientes boi^, de parceria com ou- tras aves úteis, taes como alguns pequenos gaviões chamados vulgarmente car- rapateiros. Nidifica, segundo consta, do setembro a março, em pequenas arvores do campo. O ninho é toscamente feito de fragmentos de galhos scccos, mas reves- tido de folhas, e em seu interior se acham 03 ovos em numero de seis a 15, co- bertos de uma camada calcarea branca, que retirada deixa ver uma bella còr verde azul. Devera ser protegidos os anus, attenta a natjreza de sua alimentação tirada do mundo dos insectos. Habitat — Rio do Janeiro, Minas Geraes, S. Paulo, Bahia, Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Sul, norte da Republica Argentina, Paraguay e Flo- rida.» Assim, pois, tratem os lavradores de proteger com carinho os inoflfensivos anus, pois que elies, apezar de malsinados por inúteis, são espontoneos e vigilantes defensores do gado o das culturas e, emquanto se não organiza o serviço publico de defeza agrieola, fão necessário e já tantas vezes reclamado, elles serão dos poucos auxiliares permanentes o efflcazes com que a lavoura pode contar para se defender do damninho carrapato e dos devastadores ga- fanhotos. 3200 •42 SOCIEDADE NAaONAL DE AGRICULTURA Secçlo de plantas 2 sementes Boletim da expedição de plantas e sementes do 1° trimestre de 1909 ESPECIFICAÇÃO Alfafa Batatas .... Cânhamo . Cebola Celga vnlgaris. . Kspargo. . . . luhame (raízes de) Lolium Mucunã .... Mudas de abacaxis , Paspalnm dilalalum Sarraceno . . . . Sarradella . . , . Viscia saliva . . , UNIDADES PB808 k 5 — !(ll — 3,200 - ■í,80u — .3,600 - iVm I - r.2 — Gõ 14.750 1 - ,500 - 1.'>,25I^ 14.750 1.073,^0 1 100 3 2 .5 59 1 1 1 197 Km 110 remessas. ?■■*«»*«**- NOTICIÁRIO Estiido ílo l^araná — Leg-islaoíio sobre caça. e pesca— Com viva o justa satisfação damos á publicidade a lei n. 859, do 27 do março de 1909, promulgada pelo executivo do rico e progressl.sta Estado do Paranfi, lei que visa a protecção devida aos aniraaes. A LAVOURA 43 Quo os demais Estados do Brazil ainda não possuidores da lei nesse sentido, o fa^am sem demora, não só como medida económica, sinão também altruistica e civilisadora. O autor da alludida lei, ó o nosso consócio o Dr. M. Corrêa de Freitas. LEI X. 859 — DE 27 de março de 1909 O Congresso Legislativo do Estado do Paraná decretou o eu sancciono a lei seguinte: Art. 1." Fica expressamente proliibida a caça de quadrúpedes o aves durante a época da procreação, isto ó, nos mezes de setembro a abril do cada anno. Esta disposição não se entende com os carnívoros. Paragraplio único. Quanto aos pequenos pássaros e aos pássaros cantadores é absolutamente proliibidn, a ciç.i era qu;ilqiier tempo. Art. 2.» Fica espressainente prohibida a pesca do peixe por meio de arrastões de malha miúda, de peneiras ou parys de malha miúda, do dynamite e outros explosivos, e do emprego do tirabó e do qualquer outros tóxicos. Paragrapho único. Fica também prohibida a pesca nos rios o lagoas, na época da desova (piracema). Art. 3." O infractor desta lei s^rá punido cora a multa de cem mil réis a um conto de réis o o dobro nas reincidências, aléai de outras penas. Paragrapho único. Para o individuo que for encontrado com redes para caçar pássaros ou aves, a multa será elevada a um conto de réis o ao dobro nas reincidências. Art. 4.0 Fica estabelecida nas escolas do Estado, entre outros preceitos ou lições do moral, — a protecção devida aos aoimaes. Nesses conselhos mc-aes os professores farão sentir aos seus alumnos o quaato rebaixa a humanidade não só os máos tratos aos animaes, como a matança dos pássaros. Art. õ.» O Govorno fica autorizado a regulamentar esta lei. Art. 6.» Revogam-se as disposições em contrario. Os Secretários de F.stado dos Negoaios do Interior, Justiça e Instrucção Publica, Finanças, Comraercio e Industrias e o de Obras Publicas e Colonisação a façam executar. Palácio da Presidência dj Estado do Paraná, em S7 de março de 1909, 21° da Republica. Francisco Xavier da Silva, Luii António Xavier. Joaquim P. Pinto Chichorro Júnior. Claudino Ilogoberlo Ferreira dos Santos. Publicada na Secretaria de Estado dos Negócios do Interior.Justiça c Instrucção Publica, cm 99 de março de 1909. O director, João terreira Leite. Fica a cargo de quacsqner das autoridades, tanto ostaduaes como municipaes a execução flel desta lei. As multas reverterão ora sua totalidade, quer para os guardas pcilioiaes ou municipaes, quer para a pessoa, que denunciar. SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Crertito A-g-x-icoIa, — E' o seguinte o toor do docrcto d. 2.080, de 7 de janeiro de 190», que manda applicar As associ;içr«s de credito agrícola ou de credito h> potliecario e agrícola as excepções contidus no arl. 1», n. 2. § 4*, do decreto n. 177 A, de 15 do setembro de 1893: < O presidente d.i Republica dos Kstados Unidos do Brazil : Faço saber que o Conírres-so Nacional decretou e ou sancciono a seguinte reso- lução: Ari. 1". São applicavois ás assocíaiões do crediío afrricola ou de credito liypo- thecario e agrícola as excepções contidas no art, 1 ■, n. 2, S 4", do decreto n. 177 A, de 15 de jetombro de 1893. Art. li". Revogam-se as disposições em contrario. Rio de .laneiro, 7 de janeiro de 1909, ííl^da Republica. Affonso AuGiSTO Moreira. Pbnna. Miguel Calmon du Pin e Almeida.» — Pelo governo de Minis foi entregue ao Banco de Credito Real de Juiz do Fora a quantia de 2. ,500:000$ para se iniciarem as operações do empréstimos agrí- colas, de accôrdo com o contracto para esse fim celebrado com esse acreditado estabelecimento bancário. Ao me^imo banco foi communicido pelo Dr. .Juscellino Barbosa, secretario das finanças, ter o governo de Minas fixado om seis por cento annaaes os Juros que, para as operações puramente agrícolas, ilevem ser exigidas dos mutuários que fizerem empréstimos pela carteira de credito agrícola. .■\^rioiilt»ira no Piaiiliy — A Repartição de Obras Publicas, Ter- ras e Colonísação, do Estado do Piauhy, firmou contracto com o Hansuii >t Woo- druff Syndicate, de Nova York, para arrendamento de terras devolutas. Entre as obrigações assumidas pelo Syndicato figuram as seguintes : a) plantar o cultivar em cada anuo da duração do contracto e em épocas fixadas pelos contratantes, no minimo cem mil pés de maniçoba, na zona arren- dada e em logar que escolherem, de accôrdo com o governo do Estado ou seus delegados ; b) conservar as arvores de maniçoba já existentes nas terras arrendadas ; c) desenvolver, nos torrenos para esse fim appropriados, a exploração ra- cional do algodão o das fibras vegetaes, installando para esse fim os appa- relhos o macliinismos necessários ao preparo e beneficiamento das ditas fibras e algodão ; d) empregar os processos mais adiantados de cultura e os appareliios agrí- colas mais aperfeiçoados nas lavouras que estabelecerem ; e) desenvolver oin larga escala a cultura de cereaes, de maneira a iniciarem em prazo opportuno a sua exportação para outros E^tad js ; f ) mauter postos e fazer observações meteorológicas nos principaes centros de exploração do Hanson ^^ Woodruff Syndicate, em correspondência com idêntico serviço mantido pelo Estado de Piauhy ; g) desenvolver da forma mais conveniente a exploração do que existir .sobre o território, como sejam: madeiras de lei, arvores de borracha, fibras, carnaú- baes, jazidas mineraes, productos vegetaes, etc.; A LAVOUBA 45 h) introduzir aniraaes de raça p.ira o nielhararaento da industi"ia pastoril nas fazendas de propriedade do Hanson ^^ Woodruff Syndicato, não podendo dei- xar de existir pelo menos três reproductores era cada uma dessas lazeiídas ; í ) construir estradas de rodagem, ligando os terrenos arrendados, sem apro- veitamento o prejuízo dos actuaes caminhos públicos, sujeitando o plano daquellas estradas á approvação da Repartição de Obras Fubiicas, Terras e Colonisação. Os contratantes gosarâo dos seguiDt';s favores: a) isenção de impostos estaduaes, de qualquer natureza e classe, pelo praso da concessão, sobre os estabelecimentos de industria fabril que montarem e cos- tearem, não se incluiu. lo, porém, nessa isenção as industrias já existentes no Estado com caracter permanente; b) isenção de impostos estaduaes do industrias e profissões sobre as cooperati- vas mantidas por Hanson & Woodrulf Syndicate, para o supprimento do pessoal sob sua dependência ; deposito de ferramentas, utensílios e machinas para a ex- ploração das industrias agrícola, pastoril e extractiva a cargo dos mesmos Hanson óo Woodruff Syndicate ; c) reducção de 50 por onto pelo praso de 15 annos nos impostos estaduaes de exportação sobre quaesquer proJuetos proviaientos oxclusívameate das cultu- ras feitas e mantidas por Hanson & Woodruirsyodicatte, a juizo do governador do Estado, ficando entendido que essa isenção não alcança a maniçoba extrahida por maniçoba nativa, nem a miniçoba cjmp;'ala pelo syndicato p:;ra a exportação; d) ráducção de 50 por cento pelo mesmo praso, nos impostos estaduaes do ex- portação, sobre quaesquer productos naturaes existentes nos terrenos arrendados, o que, até então, não tenham sido explorados, nem tributados ; e) cobrança, do pedágio para transeuntes e vehiciilos nas estradas de rodagem que construírem nos terrenos de que são arrendatários, e entre municípios do Estado ; /) fundação de núcleos coloniais nos terrenos arrendados, ficando os colonos, findo a praso deste arrendamento, com direito ao aforamento dos lotes que culti- varem, pelo mosmo preço deste contracto ; g) fixação durante o praso da concessão dos impostos a que actualmente podem ficar expostos os contratantes, os quaes oão puderão ser alterados naquello praso, não podendo ainda, na vigência deste contracto, ser creado o imposto sobre o capital daemprezi, syndicato ou companhi i quo os contratantes organizarem ; h) direito de desappropríação por utilidade publica, de accòrdo com as leis em vigor, para as estradas de rodagem que construírem ligando municípios do Estado, nomeadamente para a estrada que construírem ligando a víUa de São Raymundo Nonato á cidade de Floríauo. Ficarani marcados os seguintes prazos, sob pena de caducidade, a contar da data da lei, para execução do contrato: a) de seis mezes para a organização definitiva do syndicato, empreza ou com- panhia exploradora do contrato o publicação da seu? estatutos no jornal oflícial do governo do Estado do Piauhy ; '') de seis mezes para a iniciação dos trabalhos de demarcação e começo da en- trega dos terras aos arrendatários ; c) de um anno, para a iniciação das plantações de maniçobaes e lavouras do Hanson & Woodruff Syndicate ou da empreza por olles organizada. ■46 SOCTEDADE NACIONAL DR AGRICULTURA Ji!xportíiçã.o tio 1>a,nti,nii;si — Alguns algarismos qtiu deraons- tram o gramlo desenvolvimenio da exportarão (If3 baianas nestes últimos annos: Em 1933: Santos 63.791, cachos; Paranaguá, 182.4!í6; Florianópolis, 552.015 ; diversos. 801.230; total, l.650.52ê*. Enj 1907: Santos, 3o9.5()9; Paranaguá, 092.5:i7 ; Florianópolis, 7-17. -135; di- versos, 103.-127 ; total, 1.882.904. A exportação 6 feita qu:isi exclusivaraento para as Republicas Argentina e Oriental e mais considerável se tornará quando íoi feita para Europa onde o con- sumo angmenta de dia para dia. Sociedade de A-g^riciiltux-a, do I*ax'aná — Ficou constítuida da seguinte forma a nova directoria desta sociedade: Presidente, Dr. A. A. do Carvalho Chaves ; vice-presidente, Dr. Jayme Reis; 1» secretario, Dr. Duarte Velloso ; 2° secretario, João Barcellos e thesoureiro, Al- fredo de Freitas. Hliisiiio A^ç^x-it-ola, — E' bastante animador o movimento que se nota no Daiz em favor do ensino agrícola, não só por parto dos governos como também da iniciativa particular que já se fez sentir de modo patente. No>ta secção em quo apenas fazemos o registro do que nuis interessa á agricultura, temos hoje a satis- fação de traduzir o movimento a quo acima alludimos, nas noticias quo publicamos a seguir: — i-m sessão extraordinária, a Gamara Mmnicipal de Uberaba approvou a se- guinte indicação: « Fica o afiei. to execuiivo autorizado a propor ao Sr. Dr. John Wiliam Tar- boux, director do Gyrnn.isio «0"Granbery», de Juiz de Fora, a fundação nesta cidade de uma Escola Praticado Agricultura e um gymnasio equiparado ao Oyninasio A'acional, mediante as seguintes condições: 1.» A municipalidade fornecerá, dentro do património municipal, os terrenos necessários para a Escola Pi-atici de Agricultura e dentro da área urbana os ter- renos necessários para a edificação do gyainasio e, caso queira fundar uma Univer- sidade, 03 terrenos que também forem necessários ; 2." A municipalidade garante uma subvenção annual equivalente a 7 % do capital eíTecti vãmente empregado na construcção doi cdificios para a Escola Agrí- cola e Ciymnaáio ató a quantia de 300:000$, dentro de um prazo que começará a correr da data da inauguração do primeiro osíabelocimeuto e terminará precisa- mente 10 annos depois ; 3." Dentro do prazo da subvenção, a municipalidade terá direito á admissão gratuita de alumnos no internato c externato dos estabelecimentos referidos, cal- culada sobre a frequência, sendo a razão de 3 "/o para o internato e 5 »/„ para o externato ; 4.* Para gozar da subvenção o concessionário justi&cará perante o agente executivo as despezas clTectuadas cora a coustruííção dos odidcios da Escola do Agri- cultura e Gymnasio ; 5.'^ Us estabelecimentos gozarão da isciição dos impostos municipaes.> A LAVOURA 47 — Da Parabyba do Norte cheg-a-nos a noticiado governo do Estado protender fundar uma escola agrícola cuja activirtaie abrangei-á os três ramos agricola-indus- triaos : lavoura eccnomica, leiteri.i e industrix pastoril. A iiistallação está orçada cm 'ip conto?, inclusivo as despezas diversas dos trabalhos do primeiro anno, des- poz^v essa que desapparecerá ou diminuirá cnnsi leravelmeiUe nos aonoj que se seguirem ao da fundação, segundo cálculos do governo. A escola receberá anuaalmento até 15 alumnos pobres, tomados a pequena sul- dada perante o juiz do orpliãos, sendo a mesma recolliida semestralraento á Caixa Económica para constituir o pecúlio do operário agrícola aos seus 21 annos. O ensino será pratico nos campos por meio de machinas e nocturno nos cui^sos de primeiras lettras, portuguez, arithmetica, noções de physica e cbimica indus- triaes e economia rural . A directoria (■' composta de quatro professores, tendo ella mais 50 »/<, so\)re o seu ordenado polo magistério exercido. Essa quantia será tirada do próprio rendi- mento da escola, bem como a soldada dos alumnos. Terá a escola era seus estabulas reproductores das raças bovioa^i, asinina c cavallar com o fim de melhorar as raças já existentes no Estado. Neste estabelecimento destinado a tornar-se o coatro de iastrucção profissional do Estado será creado um syudicato do producção e consumo, fazendo por essa forma jús á subvenção de 15 contos aonuaes concedida pelo governo federal e com a sua provável renda, a sua esphera de acção poderá se dilatar bastante. A instituição modelar- se à pelas Fruitieis Ecoles de França, onde também existe, como principio fundamental, o cooperaíismo agricola-induslrial. E' o seguinte o orçamento das suas despezas: um locomovei a álcool de 2 H. P., 4:000$; um arado de disco, 200$; uma grade de ferro, 100$ ; um plan- tador, Planet, :M0$ ; um capiíialor, 400$; uma carroça de quatro rodas, 1:000$; seis burros de trabalho, 300$; dous bois do trabalho, 150$; drenagem dos terrenos, 1:000$ o estradas, 500$000. — O Lyceu de Artes e Offlcios de Campinas vae fundar nesta cidade uma oscola agrícola, destinada ao ensino theorico e pratico da agricultura, para os meninos pobres e abandonados na cidade. — Foi inaugurado em Bello Horizonte o InslUuto João Pinheiro, creado por decreto de 9 de fevereiro desta anno. O fim visado pela bellíssima insti- tuição é a assistência á infância desvalida. Além da educação intellectual, vasada nos mais modernos processos do ensino, c adstricta ;l missão que a assis- tência devo realizar, compreh^ih o programma do Inslilulo o ensino pratico da agricultura e de um offlcio. O instituto acha-se installado na magniâca fazenda de demonstração agrí- cola que é a Gameleira. Importação ds animais — E' considerável o numero di animaes estrangeiros introduzidos no paiz, principalmente no Estado de Minas Geraes, cujos criadores corresponderam ao appello feito pelo Governo, excedendo em pou.o tempo o nu- mero de auimaes oncouimoudados a mais de mil. A maior parte destes animae; já chegou a) seu destino em oondiçíjes muito salisfactorias, tendo sido a sua 4s SOCIKDADE NACIONAL DE AGRICULTURA importação feita pola casa Hopkios Causer iV Ha^kios. Do« b^víaos, cerca do 200 pert 'ncom lís raçis europó.is Lincoln, HereforJ, lirowa-Schwitz, Holstuin, Simeutal.Oidenburg, Fiúburgucz, Jorsey, ijuornsoy, Sliorthorn, Soiitli iJovou, etc, sendo o restante onstituiJo pjr zebús que merecem a preferuneia dos criadores do triangulo minoiro. As cabras importadas perioncem ás raças Toggenburg, Sun- dgan, AmoIg'in ; os ovinos á Soutli Devon ; galliolias, ás raças Cjchíncliina, Bra- linia e Piymouth e suinos, principalmente á Large-Black. — Foram ainda importadas, paio Estado do Minas Geraes, quatro éguas, Per- chcrOD, puro sangue, animaes estes criadus na cbana do general Roca. — Para diversos criadores do Estado do Rio, importou a casa Hopkins Causer & Hopkins, 14 roproductorea de suinos Largo-Black. — O Ceará preoccupa-se também com o melhoramento de seu gado, tendo im- portado alguns reproductores Holstein com excellentes resultados. — O conde de Hervé de la Morinière, criador bastante conhecido na America do Sul, desejando contribuir para o movimento em prol da criação braziloira, tem importado da Europa aliruns reproductores, como sejam cavallos Yorksliire, car- neiros Oxford, etc. — Finalmente tivemos ainda em S. Paulo a Exposição Bornardez que se rea- lizou de 15 a :.'4 de fevereiro no Posto Zooteclinico da Capital. A maior parte dos aoiínaes que nella figuraram foram adquiridos por cria- dores de S. Paulo e dos Estados vizinhos. — O Sr. Frederico Cerdtzen, engenheiro agrónomo, acaba de publicar uni interessante trabalho acerca da destruição das raattas. Transcrevemos aqui os trechos, em que ello mostra a importância que tem a conservação dos bosques. A LAVOURA 49 O ministro das colónias, da Inglaterra, camraunicou a seguinte nota à imprensa de Londres, que a publicou sob o titulo de «aviso aos emigrantes inglezes» : modelo 48:«50-000 Resgate denotas 1.745.360$0iJ0 Notas dilaceradas 138:370$000 Material para emissão 1.852. 000 :OO0$00O 2.022. 173:706$757 A LAVOURA 51 Passivo Emissão 85. 84í: 230*000 Notas a emittir 81.ã99:fi90$0)0 Fracções, ouro ,....-... 13:706$757 NoUs a incinerar 2.í 97.08 II Tabacco, de Rj-Bi. — Aano XIII, n. 1 15. II Giornile dei Cooier,itori, de .Milão. — Auao II, n. 25. Vltalie IlluslrJe, de Paris. — 7" anno, n. .40. A LAVOURA 53 Bolleltino dei Ministero d'Agricoltwrd, Industria e Commercio, da Itália Anno VIII, fase. 1. Bolleltino delia ArboricoUura Italiana. — Anao IV, IV trimestre (1908). Archivo Catharinense. — Anao I, ns. 1 a 3. PUBLICAÇÕES DIVERSAS Le Brêsil au .Y.Y""" au siècle, por Pierre Denis. Ed. Armand Colin, Paris, 5, rue de Méziêre. Agradecemos ao editor a remessi desta obra, cuja leitura muito sere- commenda pela justeza de observação do autor e modo criterioso pelo qual estuda importantes problemas nacionaes. Álbum Agricole, por Daniel Zoila. Chamamos a attonção dos leitores pira o prospecto incerto no fim desta s icção, desta obra, da qual o editor Armand Colin teve a gentilezi de nos enviar um exemplar. Moutons. Chévres et Pores, por P. DifiSolh. Agradecemos aos editores, Srs. J. B. Baillière et Fils, a remessa do volume desta obra, da qu^l publicamos no tira desta secção um minucioso prospecto, por onde os leitoros poderão avaliar da sua utilidade, Culture du Caoalchouc du Pará, por C. Mithieu. Editor Augustin Challarael, PiWis, rue Jacob, 17. Obra ornala de magnificas illustraçõas, na qual o assumpto é trata lo de modo desenvolvido, sendo mesmo o trabalho mais completo que temos rece>'ido sobre a matéria. Agradecemos ao editor a remessa do exemplar que temos Sobre a mesa. Darioinismus und Lindwirtschaft , pelo prof. L. Plate. Berlim, 1909. Publi- cação da Escola superior de Agricultura de Berlim. Los 7 Arbnles ForeMales mas recommeniables para el Pais, por F. Albert. Santiago do Chile, 19ii9. Mtlhons and Mosquitos, pnr H. A. Billou, I90S. Publicação do Impsrial Departamento de Aíiiculiura das ladias Occidentaes. Putato CuVure, por L. A. Aspinw^ll. Pequeno opúsculo editado pela Aspinwall Mfg. Co., de Jackson, Michiiían, Estados Un.dos da America d) Norte, A compa- nhia remette gratuitamente catálogos de suas raachinas a quem pedir, assim como o opúsculo acima, onde se encontram iustrucçõas precisas sobre os mais modernos processos de cultura da batita na America do Norte. Pelil Guide du Musèe d'AgriO'dlure Roíjal Bongrois, com illustrações 8 planos. Sên,iUsa'ion des Bois par 1'électricité el scierics mecaniques dans les forêts du Brêsil. por Heuri Beruard. Edição do «M issager de S. Paulo», 1908. Contribiicion dei Centro Industrial y AgHcola ai IV Congreso Cientifico, San- tiago (Cliile), 1908. Zonas de R-;gaiio en Tucuman, pelo engenheiro Carlos Wauthers. Trabalho apresentado ao Congresso Scientifico Laiino-Americano, em sua terceira reunião na cidade do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 1908. Brocas, por Julio Conceição. S. Paulo, 1908. ACultura e adubaçto di batata ingleza. Publicação do Centro das Experiências Agrícolas do Kilisyndikat que tem o seu escriptorio no Rio de Janeiro, á Avenida Central n. 117, 1° andar. 54 SOCIEDADE NACrONAL DE AGRICULTURA Adubação das hortaliças, do milho do fumo. algodoeiro, das arvores fructi- feras. ete. São as ultimas publicações do Kalisyodikat que as envia graluiVamente a qaera o desejar. Lis R-ssDurces Minérales du Brésil, por H. Qorceix, Paria, 1908. Dans les htroae% du Pirana. por Paul Wallo. Paris, 1909. Une Mission Com^nerciale au Bré, Londres. Estatisticn Ag--icúae Zootechnica no anno agrícola de 190405, de: Redempção, S. Luiz de Parahytinga e Jaca-chy. Relatório da S iciedade lirizileira para AnimaçõU) da Agricultura . O relatório desta Sociedade que tem a sua sede ora Paris é o correspondente ao aiioo 1907-08. Rapp.rl du Presvlent du Syndicat Central des AgricuUeurs de France, corres- pondente ao aiino de 1908. Reialirio da Directoria da Associação Commercial da Bahia, apresentado na assenibléa ficral de fevereiro de 909. Relatório apresentado a-) secretario da Asricultura do Estado de S. Paulo pelo Dr. Luiz Betim Paes Leme sobre tratamento das aguas de esgoto. S. Paulo, i9u8. Lei orçamentaria para o exercício de 1909 da Intendência do município de Passo Fundo. Orçamento municipal para 1908 de SanVAnaa do Livramento. CATÁLOGOS Eange & Schmidt. Catalogo geral de sementes o plantas para 1909. Erfurt (Alemanha). Vilmorin Andrieux & C'°. Catalogo geral de plantas, sementes, etc. para 1909. Paris, 4. Quai de la M'^gisserie, H.nulinia. Ca.alogo geral para 1909 ie sementes, plantis, flores naturaes, fer- ramentas o o ijíctjs divfor-'i3, irt'g)i piri til Já us miítéres de horticultura e lavouri. Rio de Janeiro, 77, rua do Ouvidor. Vign:s Auiii A-g^i-i.íole publiésous la diroction do M. Daniel Zolla, profes- seur k l'Ecole oationaln dAíricultura de Grignoii, par MM. A. Je.nnepin et Ad. IIerlkm, lauiéats de la souiotó des Agriculteiirs .le Franco. Ud vol. iii-4' avec 600 figures (Armand Colin et Cie., éliteurs, 5, rua de M?ziôres. Paris), cartunoé 2.25. Co qu'elle a fait pour rhistoire avec Sun Alhum historique publiô seus la di- rection do M. Ernest Lavisse, et poiír la géographie avec sun Álbum Géogmphique, Ia maison Armand Colin et C'° le fait aujourd'hui avec non inoins de bonheur Ten^^eignement do Tagriculture dans toutes ses brandias. VMhum agricole será pour los jounes Français un recueil de léçons da choses sur ragricuUuro, três coraplet, ()ratique et scieniifl(iue à. la fois. ChaquG pago de texto fait face à une page de gravuras: lune éclaii-e ou coramento Tantra ; le texie três substantiel, sans un mot inutile, se lit avec intórêt ; les gravuras três aomlirouse-i, clairuset precises, passent en revuo le sol, la plante, les engrais, rirrigation, lemató-iel agricole, les céréales, les prairies, le^ animanx domestiques, rapiculture, la sériciculture, ITiorticulture, la culture potagère, la vigne. locidre, etc. V Álbum agricole, nxóoutí par des praticiens émérites, sous la direction d'un maitrecumme M. Daniel Zoila, professeur à Técole de Grignon, admirablement presente par les édiíenrs, qui l'o(Trint cependant pour un prix três raoiiqno. fera accomplir un réol progrês à 1'cnseignemeot da Tagricuitura. 11 est à souliaiter que cetouvrage penetre dans toutes les raaisons d"éducation oú Ton s'occupo d'ensei- gnament agricole et que les sociétésd"agricuIturo, comices, syndicats, Tadoptent et le distribuent en prix dans leurs fètes aunuolles. 3200 — Rio de Janeiro — Imprensa Nacional — 1*09 CAPITULO H DOS SÓCIOS Art. 8.° A sociodade admitte as seg'uintes categorias de sócios : Sócios effectivos, correspondentes, lionorarios, beneméritos e associados. § i.° Serão sócios etTectivos todas as pessoas residentes no paiz que forem devidamente propostas e contribuirem com a jóia de 15$ e a annuidade de 2o$ooo. § 2.° Serão sócios correspondentes as pessoas ou associações, com residência ou sede no extrangeiro, que forem escoliiidas pela Directoria, em reconhecimento dos seus méritos e dos serviços que possam ou queiram prestar á sociedade. § 3.° Serão sócios honorários e beneméritos as pessoas que, por sua dedicação e relevantes serviços, se tenham tornado beneméritos á lavoura. § 4.° Serão associadas as corporações de caracter olBcial e as associações agricolas, filiadas ou confederadas, cjue contribuirem com a jóia de 30$ e a annuidade de so$ooo. § 5.° Os sócios effectivos e os associados poderão se remir nas condições que forem preceituadas no regulamento, não devendo, porém, a contribuição fixada para esse fim ser inferior a dez (10) annuidades. Art. 9.» Os associados deverão declarar o seu desejo de comparticipar dos tra- balhos da sociedade. (3s demais sócios devei-ão ser propostos por indicação de qualquer sócio e apresentação de dois membros da Directoria e ser acceitos por unanimiilade. Art. 10. Os sócios, qualquer que seja a categoria, poderão assistir a todas as reuniões sociaes, discutindo e propondo o que julgarem conveniente ; terão direito a todas as publicações da sociedade e a todos os serviços que a mesma estiver habilitada a prestar, independentemente de qualquer contribuição especial. S I." Os associados, por seu caracter ^le conectividade, terão preferencia para os referidos serviços e receberão das publicações da sociedade o maior numero de exem- plares de que esta puder dispor. § 2." O direito de votar e ser votado é extensivo a todos os sócios; é limitado, porém, para os associados e sócios correspondentes, os quaes não poderão receber votos para os cargos de administração. § 3.° Os sócios perderão somente seus direitos em virtude de expontânea renuncia ou quando a assembléa geral resolver a sua exclusão por proposta da Directoria. -i>g»fo-i i-ox^k>- T?,EOXJL^A.]VEElSrTO CAPITULO Vi DOS SÓCIOS Art. 18. A sociedade prestará seus serviços de preferencia aos sócios e associado quando estiverem quites com ella. Art. iq. A jóia deverá ser pag:a dentro dos primeiros três mezes após a sua accei tacão. Art. 20. As annuidades poderão ser pagas por prestações semestraes. Art. 21. Os sócios e os associados se" poderão remir mediante o pagamento das quantias de 200$ e 500$, respectivamente, feito de uma só vez e independente da jóia, que deverão pagar em qualquer caso. Art. 22. Os sócios e associados não poderão votar, nem receber o diploma, sem terem pago a respectiva jóia. § i.° O sócio que tiver pag-o a jóia e uma annuidade, poderá remir-se mediante a apresentação de 20 sócios, desde que estes tenham ig-ualmente satisfeito aquellas contribuições. § 2.° Para esse efTeito o sócio deverá requerer á Directoria, provando seus direitos nos termos do paragrapho anterior. § 3.° Serão considerados beneméritos os sócios que fizerem donativos á sociedade, a partir da quantia de um conto de réis. Art. 23. Para que os sócios atrazados de duas annuidades possam ser considerados resignatariós, nos termos dos Estatutos, é preciso que suas contribuições lhes tenham sido solicitadas por escripto, até três mezes antes, cabendo-lhes ainda assim o recurso para o conselho superior e para a assembléa geral. coiJii;ri\ Mix.wKA ik) caff. / ési- OPTl.MlJ 1-ST.\I)U Ul; lOI.IIl-.IIA Anno XIII — Ns. 4 A (! Rio de Janeiho Abril a Junho dk 1909 iig liPiiullupa FAZENDA ISSÁRA - PORTO SEGURO — BAHIA CULTURA DA PITA — ABREU & COMP. 'apitai F-edei-al ^ VIRIBUS UNITIS €« BRA.SZIILI IMr. NACIONAL ^ 1009 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Fundada km iò de janeiuo de iHg" Caixa-postal, 1245 Sede: Ruu da llfaQdeça d. 108 Endereço Telegraphico, IGRtCUI.TURA a Geaeral Camará d. 127 TelepboDe n. 1416 kio na jinhiho Presidente — Dr. Wencesláo Alves Leite de Oliveira Bello. 1° \'ice-pre.siJente ~ Va^o. 2° Vice-presidente — Dii. Svi.vio I-^ekueika Ranhei.. .•5° \'lce-presidente — Dr. Dominíjos Seugio dr Carvai.mo. Secretario Geral — r)R. [Ieitoii dr Sa. 1° Secretario — Dn. Francisco Tito de Souza Rei.s. 2° Secretario — Dr. Benedicto I^aymundo da Sii.va. 3° Secretario — Dr. José Ribeiro .Monteiro da Sii.va. 4" Secretario — Alberto de .■\raujo Ferreira Jacobina. 1° Thesoureiro — Dr. João Pedreira do Couto Ferraz Júnior. 2° Thesoureiro — Carlos Raulino. olreotores das Seo<^ões Horto da Peniia Dr. Wencesláo Bailo Fazenda de Santa Mónica Dr. Syivio Ransíel. Secretaria, Álcool e Ahmeu Dr. líenedicto Raynuindo. Secção Technlca e Bibliolheca Dr. Heitor de Sá. Plantas e sementes Dr. Monteiro da Silva. Propafíanda e estatística Alberto Jacobina Tlie.soiiraria Carlos Raulino. Serão considerados collaboradores não só os sócios como todos que quizerein ser- vir-se destas coluninas para a propag:anda da agfricultura, o que a redacção muito agradece. A lista dos collaboradores será publicada annnalniente com o resumo dos traballios. A redacção não se responsabilisa pelas opiniões emittidas em artigos assígnados, e que serão publicados .sob a exclusiva responsabilidade dos autores. Os onginaes não serão restituídos. As comiiiunícações e correspondências devem ser dirigidas á Retlacção d'A LA- VOURA na sede da Sociedade Nacional de Agricultura. A LAVOURA não acceíta assignaturas. E' distribuída gratuitamente aos sócios da Sociedade Nacional de Agricultura. OoiKlI^ôt^s «> *l**m nniiaiiioioia VEZES Ml;lA l>A(ilNA UMA PAtilNA 1 I2$000 20$000 3 .30$ooo 5o$ooo 6 5;o$ooo gti$ooo 12 qo$ooo 17(^000 Os annuncios são pagos adeantadamente. Tiragem 5.000 exemplares SUMMARIO PAGS. Dr. .\fronso Penna 57 Cooperatismo agrícola 61 Madeiras e vegetaes úteis do Brazll 67 A tuberculina como diagnostico na vacca leiteira 74 Moléstias das gallinhas 80 Expediente 83 Noticiário 105 Parte Com mercial 115 Biblíõgraplna 121 DR. AFFONSO PENXA noMENACEM DA SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Anno XIII — Ns. 4 A 6 Rio de Janeiro Abril a Junho de 1909 EDITORIAL LIBRARy NEW VOlíK BOTANICAL OARDEN. DR. AFFONSO PENNA. E' com o mais profundo e intenso pesar que .4 Lavoura regista o infausto e inesperado passamento do Sr. Dr. A ffonso Augusto Moreira Penna, Presidente da Republica, occorrido ás 2 1/2 horas da tarde do dia 14 de junlio do anno que corre. Para oBrasil inteiro foi o luctuoso facto uma verdadeira surpresa. Pôde dizer-se. sem visos de exagero, que a Nação Brasileira quando tocada por tão al:irupto golpe, vibrou unisona, numa communhão, numa harmonia de sentimentos tristes e plangentes. O Saudoso Morto, de feito um dos mais beneméritos servidores dos interesses públicos nacionaes, no passado e no presente regimen, de mérito reconhecido e incontestado, tinha direito a esses extraordinários, tocantes e eloquentes preitos de homenagem que lhe foram tributados após o seu fallecimeato, sobretudo aqui nesta cidade, Capital dos Estados Federados, por todas as classes, ])or (luasi toda a população, no dia da tras- ladação dos seus despojos do Palácio Presidencial para a necropole de S. João Baptista. O Sr. Dr . .\ffoiiso Augusto Moreiía Penna nasceu a :iO de novembro de 1847, na cidade de Santa Barbara do Mato Dentro, Estado de Minas Geraes . Fez, na própria cidade natal, os seus estudos primários, passando- se, ao depois, para o afamado Collegio Caraça, onde cursou humanidades até 1865. No anno seguinte niatriculou-se na Faculdade de Direito de S. Paulo, bacharelando-se em 2.') de novembro de 1870 e recebendo o gráo de CT) Doutor, após defesa de lliese, em princiíiios de 1871 . § 39ÍS i I 5.S SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Durante o período académico, fundou e redigiu em curapanliiado condiscipuloDr. Francisco de Paula Rodrigues Alves, «A Imprensa Aca- démica», dislinguindo-se como doulrinador e polemista. Em Barbacena, para onde transferira sua r&sidencia, contrahiu, a 23 de janeiro de 1875, matrimonio com a Exma. Sra. D. Maria Guilhermina de Oliveira Penna, descendente do Marquez do Paraná. A sua actividade ix)litica data de 1874-75, quando eleito deputado provincial e reeleito nos biennios 1876-77 e 1878-79. Filiado ao partido liberal que subiu ao poder cora o Ministério Si- nimbu a 5 de janeiro de 1878, em substituição do que cahira presidido pelo Duque de Caxias, — entrou o Dr. Aílbnso Penna, após a dissolução da legislatura, para a Assembléa Geral como Deputado pelo 3° dislrlclo de Minas, sendo, quer na renovação das demais legislaturas, quer ao deixar por Ires vezes a pasta de Ministro, reeleito consecutivamente aló aoanno de 188U — o do advento da Republica. No Gabinete Martinho Campos, constituído a 31 de janeiro de 1882, coube-lhe a pasta da Guerra. No Ministério Laffayette, de 24 de maio de 1883, foí-lhe entregue a pasta da Agricultura, Coramercio e Obras Publicas, que accumulou, Interinamente, com a da Guerra, por duas vezes. No segundo Gabinete Saraiva, organizado a 6 de maio de 1885, exerceu as funcçõesde Ministro na pasta da Justiça, cabendo-lhe referendar a lei de 28 de setembro daquelle anno, que concedia liberdade completa aos escravos maiores de 60 annos. No anno de 1888 foi convidado para fazer parte da commíssão en- carregada de elaborar o CoJigo Civil, tendo já o titulo de Conselheiro da Coroa . Proclamada a Republica, recollieu-se á vida privada; mas, veio, de tornada ao scenario politico do novo regímen com a sua eleição ao logar de Deputado á Constituinte do Estado de Minas, sendo-ihe dada então a presidência da commissão incumbida da redacção da Constituição Mi- neira. Em virtude dos grandes serviços prestados neste posto, o Congresso Estadual votou unani mente, na sessão solemne de promulgação, a 1.3 de junho de 1892, uma moção de louvor, que lhe foi então endereçada. Era Deputado na Assembléa Legislativa de Minas, quantlo se deu o golpe de Estado de :! de novembro de 1891 . Tendo o Governo de Minas adherido ao mesmo golpe, o Dr. Affonso Penna verberou da tribuna a alludidaadhesão, resignando logo o seu mandato. A LAVOURA 5!) A 30 de julho de 1892 foi eleito presidente do mesmo Estado, e em- l«ssado a 14 de julho seguinte. Foi dentro do período do seu governo que se fez a fundarão da cidade de Bello Horizonte, e a da Faculdade de Direito de Minas de que foi Di- rector e Lente de economia politica Dentro do triennio de sua gestão, • - 1892-189-4 — a i^roposito das tendências: politicas da revolta da Armada, dirigiu o celebre «Manifesto aos Mineiros», que tanta sensarão produziu. Por essa sua altitude, o Marechal Floriano concedeu-lhe as honras de general de brigada, por inexcedioeis seiviços presiados d Re- pablica . Quando se tratou da successão do alludido mareclial jjor um pre- sidente civil,oConselheiro Almeida Couto, na Bahia, lembrara o nome do Dr. Affonso Penna, excasando-se estee aconselhando aos seus amigos votassem no Dr. Prudente de Moraes. Deixando o Governo do Estado, foi convidado para a pasta da Fazenda, para o logar de Ministro do Supremo Tribunal e para Ministro Pleni- potenciário em Montevideo, cargos que não acceitou. A instancias do Dr. Prudenle de Moraes e do Dr. Rodrigues Alves então ministro da Fazenda, acceitou a presidência do Banco da Repu- blica, que exerceu de outubro de 1895 a 14 de novembro de 1898. Tornando a Minas, reassumiu a Directoria da Faculdade dè Direito e reoccupou a cadeira de lente, sendo no anno seguinte eleito Senador do Estado. Tendo fallecido a 25 de setembro de 1902 o Dr. Silviano Brandão, vice-presidente eleito da Republica, foi escolliido para o suljstituir o Dr. Affonso Penna, que obteve no pleito de 18 de fevereiro de 1903 cerca de 600.000 suffragios. Nes.se cargo se manteve durante todo o quatriennio, e levantada a sua candidatura á .suprema magistratura do Paiz, leu a sua plataforma de Governo no dia 12 de outuljro de 1905, e a 1 de março de 1906 foi o seu nomesuffragado, sem competidor, A 12 de maio desse mesmo anno partiu de Bello Horizonte a per- correr de Norte a Sul o paiz, o que íez dentro de 105 dias. Os seus .serviços de real e effieaci.ssimo valor prestados directa ou indirectamente á agricultura merece .sejam postos em relevo, como ten- taremo^íazer em rápido bosquejo. 00 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Quasique em duas palavras poderiamos synthelizar os alludidos serviços: povoamento e ciarão. S. Ex., tendo embora a 29 de dezembro de 190G sancrionado alei votada psio Congresso visando a crearão do Ministério da Agricultura, Industria eCommcrcio, não quiz, por circumstancias especiaes, dar de um golpe corpo e forma ao mesmo, preferindo fazel-o paulatinament':", de accôrdo com os recursos do orçamento e as necessidades mais in- adiáveis. I>ara o exilo de tamanha empresa, valeu-se S. Ex. da actividade, tino c competência de um dos seus mais distinclos auxiliares, o que superentendia a pasta da Industria, Viação e Obras Publicas — Dr. Mi- guel Calmon. Com o desappareci mento da Repartição de Terras e Colonização, passando as terras devolutas para o domínio dos Estados, a iramigração para o Brazil diminuirá considerável menle; mas, o Dr. AÍTonso Penna, comprehendendo as extraordinárias vantagens para o paiz advindas do fomentar da corrente immigratoria, vazado em moldes diíTcrentes dos até então adoptados, auctorizou aos^ii infatigável Secretario da Industria regulamentar o novo serviço, e apparcliiar convenientemente a reparti- ção que deveria dirigil-a, dotando-a de todos os elementos ellicienlas de succasso. Era verdade, este não poderia ser mais brilhante do iiue real- mente foi, pois a estatística do movimento immigratorio accusa a introducção de cerca de 100.000 europeus no ultimo anno, que se es- palharam por certas e determinadas zonas, constituindo os differentes núcleos que já se vêem, todos elles em desenvolvimento intensivo. Temos muitas e fundadas esperanças de que, dentro de um futuro não remoto, a evoluçião rápida e adequada desses núcleos se ha de fazer, e, então, veremos cada um delles como verdadeiras rellnlas psrfeitamenle constituídas e desenvolvidas, culminar num complexo de funcções per- feitamente definidas em (pie, de certo, a funcção agrícola nãoseráade menor quilate. Procurando ainda integrar pouco e pouco quantose tornava necessário para animar e desenvolvera producção nacional, fez regulamentara lei dos syndicatos agrícolas e proHssionaes, a de salários dos trabalhadores ruraos, a de prémios aos sericicultores e a que diz respeito á introducção de animaes reproductores. Tratou também da codificação do regimen industrial das minas, das florestas e das aguas ; cogitou da creação do ensino agrícola ; auxi- liou o Museu Commercial do Rio de Janeiro e a Sociedade Nacional de Agricultura e a outras instituições intima e essencialmente ligadas á A LAVOURA 6 1 defesa dos magnos interesses efom ira icos da nação; concedeu favores a estações agronómicas e campos de demonstração ; facilitou e protegeu a pul)licidado de um avultado numero de ojjras de vulgarização e propa- ganda do Brazil noexti'angeiro e promoveu a grande feira que foi a Ex- posição Nacional de 1908, em que o l^aiz poz de manifesto os grandes re- cursos de que dispõe, a rica variedade de seus productos, o grão de adian- tamento e perfeição de suas industrias, em fim, todos os seus thesouros de uma magnificência sem par. Quanto á viação férrea, basta referir que, em doze mezes, foi'am construídas 1.010 kilometros de linhas em diflerentes Estados, oma- ximo a que ainda se attingiu dentro dos limites de tempo acima re- ferido. Tiveram também benéfica attenção da parte do Governo o Jardim Bo- tânico do Rio de Janeiro, o Observatório Astronómico da mesma cidade, a Hospedaria de Immigrantes, e o abastecimento d'agua ainda desta cidade. Vem de molde que ainda se citem o projecto e contracto das obras do Porto do Recife e outras que estuo no domínio do todos os brazileiros que acompanham de per-to os progressos de sua Pátria. A Sociedade Nacional de Agricultura, que se fez representar por três membros de sua Directoria nos funeraes do il lustre morto, depositando em seu tumulo uma rica grinalda de flores naturaes, partilha muito sinceramente da dor e do luto que alancea e envolve o coração da Pátria, e, dascolumnas de seu Boletim «A Lavoura», dá deveras compungida, pezames á Nação Brazileira e á digna família do grande Patriota. Coopsratismíj agrícola II Em uma Varia « do Jornal do Commercio » o Dr. Guilherme Calramby, applaudindo o primeiro artigo sobre o cooperatismo agrícola, insiste nas mesmas ideias, demonstrando a necessidade dos lavradores 68 SOCTEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA se unirem em associações para a venda de seus productos e bem assim o da fon federarão desles em uma associação centrai com sede n?stii capital . Já conlieciamos as ideias do Dr. Catramljy om harmonia com a que expendemos e sabiamos que S. S. esiá imprimindo um manual para a organização e uso das cooperativas e syndicatos agrícolas, tra- balho útil sobre o qual demos um parecer inteiramente favorável. S. S. vem ser portanto um habil propagandista do espirito de asso- ciação, que lia de salvar a nossa lavoura. Não podemos, porém, deixar sem ronleslação a parte em que S. S. diz que entre nós nada se tem feito de propaganda dessas associações o, (|ue as próprias leis que lhes dão existência legal, apenas são enc/DU- tradas nas collegues do Diário OJJicial ou em livros de rara consulta dos agricultores. A verdade é que tudo o que se tem feito no paiz a esse respeito é o resultado da propaganda, iniciada n-Bsta capital e que se alastrou por todo o paiz. A própria lei primordial que deu existência legal aos syndicatos agrícolas, vem da propaganda. As mesmas origens têm as nossas associações agrícolas, cujo numero já se vai approxi- mando de 205, sondo a maioria do syndicatos agrícolas e cooperativas de consumo e de credito. A Sociedade Nacional de Agricullui-a, que tem sido o centro dessa propaganda, lem publicado as leis em seu Iwletim, a Lavourei, cuja tiragem é de 5.000 exemplares; artigos em grande numero .se encontram nessa revista, muitos outros têm sido pu- blicailos na imprensa diária, com grande reparcussão nos Estados, onde têm sido transcriptos e commentados por prosélitos dessa pro- paganda. Uma memoria sobro .syndicatos, apresentada ao Congresso Nacional de Agricultura de 1931, foi publicada nos jornae? e na Zrt- voura e conta duas edições de 5.000 folhetos cada uma. Foi pu])licado um manual dos syndicatos profissionaes, profusamente distribuído. 03 pareceres .sobre os projectos de lei dessas as.sociaçues foram lamtem tirados era muitos milhares de avulsos por esta .sociedade o pelo Jornal dos Agricultores. Essas associaçõjs têm sido preconizadas om vários congressos agrícolas, era S. Paulo e em Mína,s, e esta sociedade tem distribuído edições de 5.000 exemplares dos respectivos trabalhos. Por occasião do Congresso de Lavradores realizado o anno passado, a Sociedade Nacional de Agricultura distribuiu um folheto contendo a lei, o regulamento o uma norma de estatutos dos .syndicatos agrícolas, a lei das cooperativas, o estatuto de uma cooperativa de credito do systema RaifTeísen e ura longo commentario sobre essas A LAVOURA Cfí associações e a respectiva edirão, de 2.000 exemplares, está quasi esgotada . Finalmente, no intuito de promover a organização de uma co- operativa central, a sociedade publicou em folheto uma exposição e um projecto de estatutos, que já está em sua 2" edição de 2.000 exemplares, Accresce que nos Estados e notoriamente nos do Rio Grande do Sul e de Pernambuco surgiram propagandistas de grande valor, a cujos intelligentes e dedicados esforços se deve a excellente organi- zação syndicataria e cooperativa que esses Estados possuem. Assim pois, é de justiça dizer que se tem feito intensa propa- ganda da união agrícola, sob todas as suas formas. Seus resultados já são patentes e si ainda se não apparelharam as associações, para a venda dos productos da lavoura, é que esta forma é a mais difficil de se constituir pelas múltiplas resistências que o meio lhe oppue. Congratulamo-nos no entanto pelo valioso auxilio que o Sr. Dr. Catramby vem trazer á vulgarização dos syndicatos e cooperativas com seus artigos e seu útil manual ; elle não será demais, antes chega em momento opportuno quando, cheios de confiança, procuramos dar installaçuo definitiva, no corrente anno, á C(X)perativa Central dos Agricultores do Brazil. III «A propósito do 1° artigo que publicamos, recebemos do illustrado engenheiro Dr. Francisco Feio, a interessante carta que se segue: Amigo Bel lo: «Li, com toda a attenção, o teu artigo sobre o «cooperatismo agrícola» hontem publicado no Jornal do Commcrcio. Causou-me profunda e desanimadora impressão a prova que apre- sentaste sobre o triste resultado que de uma colheita de alhos obteve um colono de Nova Baden. O facto de estarem englobados em uma só quantia os fretes co- brados por duas estradas de ferro, ambas hoje administradas pelo Governo Federal, me obriga a de?dobral-os para mostrar a diversi- dade de orientação observada na organização das tarifas. Pelo despacho dos 515 kilos de alhos cobrou a Central: Frete e inscripção 27$700 E a Minas e Rio 2$200 Total 29$900 6* SOCIKDADB NACIONAL DE AGRICULTURA Ha a diflerença de 100 léis (jue supponlio devida ao arreJonda- menlo que fizeste para 30!^ no calt-ulo apresentado. O percurso na Central Ibi do 253 kilomelros e o frete médio i)or kilometro de 109 róis a])pr(iximodamL'nte. O percurso na .Minas e liio foi de 156 kilomelros e p fi-ete médio por kilometro de 1-4 réis. O mal, no caso que apresentaste, não está visivelmente no frete e isso mesmo o declaras, mas não deixará de te causar surpresa que uma estrada de ferro do Governo, de trafego intensíssimo, a Central, cobre polo transporte de um pnxlucto agrícola, cuja cultura convém desenvolver, o alho, um frete por kilometro quasi sete vezes mais superior ao dó uma estrada de pequeno trafego, a Minas e Rio, ora administrada pela Heparti(;á() Federal de Fiscalização e cujo arrenda- mento definitivo dejiende de decisão do Governo desde dezembro do anno passado . O frete da Minas e Rio, do extrema modicidade, visa crear e des- envolver a producção, pois obedece á seguinte tarifa especial para pro- ductos de pequena lavoura do Estado de Minas (juando exportados: 1'0R TONELADA E POr. KIlJiMF.TUO Até 100 kilomelros. ....... $030 Alem de 100 s020 O alho importado está sujeito a uma tarifa diíTerencial com as seguintes bases para cada centena de kilometros $100, s090, i>!080, $070, .'>;or)0,so50. o frete único da Central, leito evidentemente para o alho impor- tado, obdecerá ás seguintes taxas: POR TONF.LADA E POR KILOMETRO De 1 a 100 kilomelros sijOO De 101 a 300 » si50 De 301 a COO » X375 De noi em deante sOõO Evidentemente o frete da Minas e Rio para o alho exportado é muito baixo e não cobre o custo médio do transporte do uma tone- lada de mercadoria que fni em 1907 (quadro -26 da Estatística OíTi- ciíil), de 5 i"éis, masn da Central, tratando-se de um producto agrícola destinado á exportação para o nosso mercado, me parece muito alto. A LAVOURA 65 Attribuo O facto unicamente á diversidade de orientação, a que já me releri, na organizarão das tarifas. Sabendo que és sinceramente um devotado apostolo da lavoura, escrevo-le estas linlias pnra que obtenlias da Central, para o allio nacional, as vantagens jú concedidas ás balatas provenientes de centro productor. Em relação aos fretes ferro-viarios, partilho das idóas de prote- cção á lavoura, sem attingir ao exagero a que se refere a jirilliante gazetilha do Jornal do Coinnicrcio de 16 de junho de 1907, da qual apenas transcrevo, como chave de ouro, os seguintes períodos: «Defensores ha dos productores nacionaes que consideram como verdadeiros parasitas sem direito á vida os seus mais legítimos agen- tes, os que trazem e distribuem os seus productos. Quanto ao meio porque estes são transportados para chegarem ao exportador e con- sumidor, eiles se esquecem que a viação férrea é uma industria tão importante, tão essencial, como a sua propi-ia da agricultura ou da extracção dos minereos da terra.» Sinceras felicitaçucs do amigo e collega. — Francisco Feio. «A importância do '^0^ que attribui ao frete que a remessa do alhos pagou de Aguas Virtuosas até ao Rio, foi ^copiada da nota que o administrador da colónia de Nova Baden havia escriplo na própria conta de venda. Publicamos a carta do intelligenle collega pela grande impor- tância das consideraçõas que contém sobre a tarifa da Estrada de Ferro Central do Brazil para o género em questão. Appellamos para o preclaro e zeloso director dessa Estrada, pe- dindo-! he que abrande o rigor dessa taxa deveras excessiva e que se não justifica, quer pelo confronto com a (lue é estipulada pela Minas e Rio, querem face do critério proteccionista da lavoura em ([ueS.Ex. tem procurado inspirar a organização da tarifa da lorro-via que lera de servir de modelo para toda a viação férrea do paiz. Acreditamos que basta appellar para S. Ex. para que o interesse agrícola seja devidamante resguardado, não consentindo que a Cen- tral, sob sua intelligente direcção, mantenha para um producto agrí- cola uma taxa kílomolrica sele vezes mais pasada do que a de uma estrada de bitola estreita. Essa anomalia é explicada na carta supra pelo facto da tarifa da Central ter sido feita para o género importado. Verifica-se ahio 3998 2 66 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA caso a que alludimos em nosso ai-ligo censurando as nossas estra- das por não terem tarifas de favor para os productos nov:>s que a iniciativa do lavrador faz surgir da terra como tentativa ou expe- riência que precisa ser animada c protegida, afim de poJer se tornar fonte normal de renda para o productor o para a ferrn-via. O caso om questão era de tentativa, e, como a Central não previa a liypolhe.se do se nacionalizar essa producção om sua zona, o prc- ducto agrícola teve que soffrer os rigores de uma tarifa que procurava (lilTicultar a importação no intuito de favorecer á lavoura. E' noem- tanto intuitivo que a tarifa de importarão ») é protectora quando existe outra mais baixa para a exportação. Acreditamos que o Sr. Dr. Aarão Reis resolverá a questão a con- tento da lavoura, agora que está provado que uma grande zona de Minas pôde produzir com vantagem aquelle e outros productos aná- logos em condições de supprir ao consumo do Rio de Janeiro. Bom seria no emtanto qne essa e outras ferro-vias estivessem sem- pre habilitadas com tarifa de favor para todos os productos novos com que a iniciativa do lavrador fosse enriquecendo a prixiucção nacional . Em nosso artigo citamos somente a historia de uma experiência de producção de allios. o caso porém não é único. Muitos outros géneros existem ou podem ser produzidos ao longo de nossas vias férreas e que não conseguem virão mercado. E' assim, por exemplo, que a cidade do Campanha o suas circumvizinhanças, também no Estado de Minas, produz nozes tão toas como as estrangeiras e que podiam chegar ao Rio antes de estarem seccas, isto é muito mais saborosas. Indagando nós, porém, o motivo porque não oram expor- tadas para o Rio, disseram-nos que se havia feito a experiência, mas que não valia a pena porque os fretes absorviam todo o lucro. Nesse modo de explicar o insuccesso das tentativas agrícolas, ha muitas vezes falsa apreciação e injustiça ; no caso vertente porém e avista das consideraçi^es do Dr. Francisco Feio, houve excesso de ta- xação por parte da Central. Em nosso artigo mostrámos que o frete total correspondia a mais de 33 7o. Fizemol-o, porém, não para reclamar contra as tarifas e so- mente para salientar que os abusos dos intermediários, que apresen- tam contas de venda cora preços inferiores aos que são obtidos pelos productos, sendo o principal factor dos insuccessose prejuízos da agri- cultura, alteram as relações e dão um falso fundamento á campanha movida contra as tarifas, campanha que se muitas vezes é justa, outras é improcedente. A LAVOURA 07 O que ha da excessivo, porém, nas tarifas poder-se-ha facilmente meiliorar emquanto tivermos administração bem intencionada, como folgamos em i-econiiecer que ó a administração actual. Quanto ao intermediário, porém, que é o maior algoz da lavoura, só conhecemos ura recurso — éa constituição das cooperativas de venda, filiadas as zonas ruraes e com sede nas praças de consumo. Esse é o único, mas é absolutamente eflicaz. Dr. Wencesláo Belt.o. Madeiras e vegetass úteis do Brasil Monographia n. 60. — Amostra n. 67. família das ANACARDIACEAS Cubatan Branco Asfronium FraxinifoUum Schott Synommia. — Aderne — Aderno, em alguns municípios do inte- rior de S. Paulo — Adcrno-verdadeiro — Aderno-vermelho, na Bahia — Aracueira(J), no Ceará — Barabâ (cf. adiante « Garabú ») — Ca- r/uantan (1), nos arredores da capital de S. Paulo — Candeia de cuja (nome mais próprio a uma lythracea, Lafaensia replicata Pohl.) — Ca- vatan, em alguns logares do Paraná (de certo corruptela) — Chibatan — Cubatan-branco, no littoral sul de S. Paulo e no do Paraná — Cuvatan (erro de pronuncia e de graphia ) • — Gonçalo — Garabú (cf. adiante « Guarabú «) — Gonçaio-aloes do Maranhão ao Rio de Janeiro (este nome pertence antes ao Astronium graveolens Jacq . e decerto a outras es- pécies ou variedades de lenho e mais colorido e mais resistente ; entre- tanto, muitos autores o dão como synonimodo vegetal que ora mono- graphamos) — Gonçalo-hranco, em Matto Grosso (o nome de « Gonçalo- alves» sendo alli dado de accordo com a observação precedente) — Gon- çales-do-matto — Guarabú ou Gurubii (nome que lhe dão era varias regiões dcs Estados com prehend idos entre Pernambuco e Rio de Janeiro, mas que melhor cabe á caesalpiniacea Peltogyne discolor Vog.) — Ju- batan — Pau-gonçalo, no Amazonas — Ubatan (de «. yb » madeira e i antan » dura, verdadeiro nome, mas mais applicavel a outras espécies do mesmo género) — Ubatan-amarello — Ubatão, em outros municí- pios do interior do Estado deS. Paulo. 6S SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Habitat — Não obstante asduvidas (|uo lemos relativas ás va- riedades de «Ciiijatan», suppomos que osla espécie enronti'a-se era todo o tírasil, porém mais frequentemente nos Estados cenlraes e meri- dionaes, vegetando indistinctamente.em terras argilosas ou silicosas, húmidas ou seccas. Descripção — Arvore de caule recto, a ló 15,00 de altura e 0,80 de Jiametro (temos visto estas dimens(jes elevadas nos livros a 30,00 e 2,50 respectivamente, mas nunca as encontramos na floresta); casca ver- melha, de sabor adstringente, exsudando um liquido resinoso pouco abundante e de aroma lerebinthaceo, grossa até 15 ""/„ mais ou menos, '< disposta em elementos côncavos e convexos sempre alternadamente, acoutar do nó vital até á extremidade superior » e revestida do epi- derme crustácea e fendida, de cor verde-parda ; folhas alternas, impari- pinnadas ; foliolos elegantes, inteiros, oppostos, oblongos, acuminados e membranosos , flores bermaphroditas, em paniculas terminaes ; fruclo monospermo, oblongo-arredondado. Madehía — Alburno regular ; cerne rosa-avermelhado, fibras di- reitas, macia, forte, resistente, bonita, recebendo e conservando bem o verniz; dócil ao cepilho o ;t cerra. Pesos espetdficos verificados: 0,818 (S. Paulo) 0,855 — 0,857 0,868,-0,870 (Rio) — 0,919 (Espirito Sanloj — 0,942 e 0,949. Resistência ao esmagamento, de 618 a 701 kilogram- mas por centímetro quadrado. AiTLicAçõEs:— Madeira para marcenaria, taboadode soalho, portas, vigas, barrotes, esteios, caibros, molduras, torno e dormentes de pri- meira qualidade ; fornece também fachos de luz clara e lenha l)oa, de pouca fumaça. O sueco resinoso é succedaneo da terebinlhiiia ; a casca contém regular porcentagem de lannino, pêlo que é empregada para o cortimento de couros ; reduzida a pó e com elle polvilhando as feridas, apressa-lhes a cicatrisação. Observações — Ha algures « Aderno-marçanahiba » e, no interior deS. Paulo, «Canella-marçanahiba n : si ambos não são um só vege- tal, ao menos cremos poder affirmar que nem um nem outro são o monographado aqui, sendo possível que umdelles pertoni-a a') género '^Cássia (familia das Leguminosas). O Estado de S- Paulo exibiu em S. Luiz (listados Unidosj, sob o nome de « Cubata », uma madeira collectada no Cubatão, airedores de Santos e que foi posta na familia das Burseraceas, mas não acreditamos definitiva essa classificação. No Pará empregam na carpintaria uma madeira que alli deno- minam « Marco-gonsalor, mas ignoramos ainda sua classificação. A LAVOURA Ò9 Monooraphia n. Dl — Amostra n. (JS — 69. família das ANACARDIACEAS Cubatan verinellio Astrnilium ijraoeolens Jacq. Synonymia — Aderno-verdadeiro, Aderno-ver/nclho, Gonçalo- olaes, Pou-sebra, Qucbra/iaclia, em Venezuela; Ubatan-vermelha. Cf. a da espécie precedente, que é mais ou menos applicavel a esta. Entre os nomes vulgares, conhecemos mais o « Gonralo-alvas » assú, mirim, prdo, rojado, roxo e sabão ; « Guazabú » gateado e preto e « Aderno- preto», mas não sabemos ainda si constituem variedades das espécies descriplas ou si simplesmente correspondem ao desenvolvimento das arvores e ás nuanças accidentaes da madeiro, o que reputamos mais provável. IlAHrrAT — Desde o l';slado do Amazonas ao do Paiand (littoralj c nos Estados centraes, veyetando em (luaesquer torras, mas preferindo as argilosas e seccas. Descripç.vo — Arvore frondosa, de caule mais ou menos recto, até 22,00 de altura e 1,20 de diâmetro; casca idêntica á da espécie precedente; folhas alternis, imparipinnadas ; foliolos fino-dentados, oval-oblongos, glabros, acurainados ; flores hermaphroditas, em pa- n leu las. Madeira — Cerne ci"ir de rosa-a\-ermelhado, ondeada e com veios discolores, resistente, talhe duro, revessa ao lavrar, dócil ao cepilho e á serra, offerecendo bòa superfície ao verniz, que conserva muito jjem. Pesos específicos verificados : 1031, 1049, 1051, 1113, 1161 e llGi. . Resistência, sf. a da espécie procedente. Applicações - Madeira para moveis de luxo e m.arcenaria em geral, marchetaria, conslrucções civis e navaes, esteios e todas as da espécie anterior ; o mesmo i)odemos dizer das cascas, que no Mara- nliÈío empregam também para tinturaria (?). Observações — Esta descripção é feita segundo uma amostra do Cananéa, littoral de S. Paulo, a qual não faz differença alguma c'a que, precedente do Maranhão, foi exhibida na l^lxposição Na- ci' iual . 70 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Monographia n. 62 — Amostra n. 70 família das ANACARDIACEAS Capiúvn l>i-<>iictado do Rio de Janeiro (ali usivo á principal applicação alli dada outrora á sua ma- deira)— Contigua, no^ arredores de Santos (nome melhor applicadoa algumas mel iaceas) — Caatinga — Couratari, dos indígenas Carailas (outra espécie, de onde foi tiradn o nome scientifico do género) — Estopn-branca,na i'egião do Iguape <; no litloral do Estado do Paraná — Gequitijbd — Jequitibd — Jrpuitibã de agulheiro (allusivo ao fruto) Yigibybá, dos indígenas (significando «arvore de tronco duro e direito». — Ila outros synonimos, qu3alguns attribuem a esta espécie, masque aliás sómenle pertencem ao Couratari legalisM.; entre elles, citaremos Jecuíbá e «Jequitibáu barruga, batuca d.ii cheiro, giboia,iiil'.aiba, macho e sassafraz, decerto synonimos entre si mesmos. Habitat — Estados do sul, desde o do liio de Janeiro ao do Pa- raná e nos listados cenlraes do Brasil, vegetando frequentemente em terras regulares, mas preferindo as boas. Os indivíduos do centro do pais são, em regra geral, os mais desenvolvidos. Descripç.\o — Arvore majestosa e elegante, de caule recto, alé 40,00 de altura e diâmetro proporcional ; galhos nodosos, pardo-escuros; A LAVOURA casca branca, grossa até 0,03, de sabor adstringente, fibrosa, profunda e longitudinalmente sulcada e i'evestida de epiderme dura, de cur parda-brancacenta exteriormente e vermeiiia interiormente ; Ibllias alternas, fino-serradas, pecioladas, peciolo tomenloso, pergamentaceas, penni-venosas,ovaes, mais ou menos 88 m/m de comprimento e5") m m de largura ; ílores em racimos, brancas, seis pétalas ; fruto pixidio oblongo, cylindrico, lenhoso, de 0,10 de comprimento mais ou menos, coroado por um disco opercu lar deliisceutc. Madeira — Branca, revessa, tecido regularmente compacto, leve. Pesos específicos verificados, de 0,616 a 0,691 . Api-licaoIes — Madeira i)3i"a canoas, marcenaria, carpintaria, caixo- taria, taboado de soalho e de forro, caixa de phosplioros ; não serve para o chão, nem para obras immersas. — As cascas conteem ele- vada porcentagem de tannino, pelo que são um adstringente enérgico, empregadas na industria para o corlume e na tlierapeutica contra sa diarrheas, anginas e enterites catarrhaes ; a sua infusão, bem como a das tbilias, ó empregada com eflicacia na cura da inchação das pernas o outras partes do corpo. — O extracto íluido da entrecasca, na dose interna de uma a (jualro gramraas cada vez, e na externa, na de i!0 grammas para um copo de agua, em gargarejos ou loções, combate as diarrheas, dysenteria, hemoptyses e Icucorrliéas. — A casca fornece também excellente e abundante estopa, outrora muito empregada na calafetagem dos navios que se construíam ao longo da costa do sul e designadamente em Cananéa, Observações — As celebres e grandes canoas de S. Sebastião, (juc fazem cabotagem entre aquella ilha e os portos de Santos e Rio de Janeiro e os intermédios, são feitas de um só tronco deste vegetal I — Antigamente era madeira para o encaixotamento do assucar : dahi o seu nome «Caixão» um muitos pontos. (Couliuúa) sygs SOCIEDADE NACIONAL DE AORICULTURA COLLABORACÃO A tubsrculina coíno msio ds diagnostico da tuberculose na vacca leiteira Rm um dos piimoiros dias do correnlj anno, veiu-mo O(\ii)riclio do fozer uma visita (com um iiualquer preU-xto e iucuynilo) a um estabulo de vaccas, cujo leite é, diariamente e de bôa fé, consumido nesta capital. O capricho fiiuerendo ser verdadeiro para cora os meus delicados leitores) nasceu da audioucia de certos accessos de tosse e do estado de nutrição pouco satisfatório de algumas vaccas, facto que quem <]uer (jue passasse pela estrada jiodena verilicar. O resultado da minha visita seria idêntico ao que obtive quatro annos atraz, em uma das i-Dinmunas da Alta Itália, se porventura me achasse aqui investido de l'uiic(;ões olíiciaes: todavia transcreverei o fachi e o exilo nhlido jxjla expcii montarão exerutada além oceano. Em abril de 1905, em umi cnmmuna de Venoto, onde além da arte de medico veterinário exercia também a de hygienista, passando revista a todas as vaccas leiteiras do território, — pude constatar que, do modo geral, o estado de nutrição era um tanto decadente, o asseio muito escasso, a alimentação imprópria e as condiçõss hygienicas dos estábulos más. Duas vaccas tinliam alguns accessos ospeciaes de tosse, e uma, comquanto velha, além dos symptomas de uma lironchite, se achava em cimdições muito exiguas de nutrição. Tal estado de cousas me fez duvidoso, se não certo, de se tralar de vaccas tuberculosas, tanto que julguei ser de mou dever informar á auctoridado municipal, afim de que lizess3 submetter todas as vaccas leiteiras á tuberculinisaçáo. Para obter tal providencia (e isso demonstra como todos o? povos se parecemi não p!>uca fadiga tive então p;u'a \encor a relutância do prefeito, em seguida ú oppusição du- pinpiiolarins ijuo mv) (lueriara saber dc^ta prova. A LAVOURA Com o auxilio do medico provincial e cum a insislencia coulitiua pude alcaiirai' i|uaiU(i reclamava, sem recorrer ao governador da Província e este ao ministro do intei-ior, pai-a tornar obrigatória tal medida prophylalica, o que se teve de fazer mais tarde para a vaccinação anli-carbunculosa. Immediatamente fiz que viesse do Instituto Serotherapico Milanez tuberculina, e puz-me a trabalhar, tomando como objecto de escrupuloso estudo lõ vaccas, entre as quaes, além das duas que attraliiram a minha attenção por alguns accessos de tosse, estava a vacca mal nutrida e velha. Sendo, como disse, lõ as vaccas leiteiras em questão, dividi-as em dous grupos, um de oito e outro de sete, fazendo a prova em dous dias, e as reuni todas em um estabulo, para simplificar a opera(;ão. A.ntes de submetter as vaccas á experimentação, tomei a tempe- ratura delias por alguns dias, verificando ser a mesma normal. Hm todas encontrei 39'^ ; somente na \elha e mal nutrida o themo- motro assignalou 39°i-. No ultimo dia das experiências preliminares tomei a temperatura ás 8 horas, e, ás 10, injectei a dose de tuberculina. Na manhã seguinte, cerca de seis iKiras, comecei a tomar a tempe- ratura para continuar de hora em hora, até a decima-sexta após a injecção, e depois de duas em duas, até 24 horas. A's vaccas que não accusaram hyperthermia até a decima-sexta hora deixei de tomar a temperatura. No quadro a seguir póde-se ver a curva da temperatura obser- vada antes da injecção e nas 2i horas. 7.5 SOCIEDADK NACIONAL DE AGRICULTURA PRLMEIlíO GRUPO o N .UE.IO Di: vác :as TEMI'KBVrU.l\ TOSIAUA ASTII» 1)4 INJECÇÃO ' 2 3 4 5 6 7 8 38,2 38,8 3S,6 33,7 3?, 9 38,3 38,5 38,4 0 33,1 38,8 4D 38,5 33,6 38,5 38,4 38,3 7 33,3 39,4 40,8 3J,5 38,4 38,6 Z<,5 38,7 S 3j,6 39,5 •11,3 38,4 38,9 39,1 38,7 33,8 9 39 •iO,2 ^'4 lioru:». . ■ lií 38,7 40,2 41, i 38,5 4D,1 3S,4 38,6 38,3 1 3S,4 4C,0 41,3 33,3 ES,7 38,2 38,3 33,1 -' 3S,0 39,7 40,7 38,3 3S,6 3S,5 33,3 38,2 i — 38,; 40,1 — 3S,5 3S,2 3S,4 - 0 - 38,7 39,0 33,5 38,3 - - s — 3 -,6 3S,S 38.4 3S,1 - - 1 - 3S,4 38,6 - 3S,2 - - - li — 33,5 38,4 — 38.3 — — Ora, observando, vemos que, ne.sle primeiro gr upu, a vacca n. 2 teve uma reacrão de l°,i ; a vacca u. 3 de 2»,0 ca vacca ii. 5 de l°,í). >;a vacca n . 3 a temperatura além de attingir um máximo da U'',4, S2 manteve elevada por muito tempo e desceu gradualmente á normal . A reacção era ainda positiva, e a detive certamente por tuber- culosa. A vacca n. 2, tendo accusado uma reacção de l°/t a detive como suspeita; e assim para com a vacca n. 5, não obstante haver dado uma reacção de 1°,9 ; e isso porque a temperatura se elevou rapida- mente e do mesmo modo baixou, não podendo considerar uma reacção po-ili\a. A LAVOURA SEGUNDO GRUPn Õ KUMERO DH VACCAS TKMPEnVTURA TOJI VDA ANTES 0\ IXJFCCAO o 1 2 3 4 5 6 7 1 ?S,4 3S,2 3S,6 38,8 38,5 33,3 39 0 ;s.c 3S,4 38,6 3S,7 38,3 33,4 38,8 7 ÍSJ 3S,4 38,5 38,6 33,6 S8,S 39,2 c. 3S,9 3S,5 38,6 38,5 39,1 38,7 39,7 r| 3Ei,l 38, S 38,8 3S,9 39,3 39,2 •10,1 iO ?0.'-í 39 38,3 39,4 39,3 39 4:1,2 11 30 3?,7 38,5 39,1 3S,6 £8,5 39. G Temperatura tomaiJa nas 2í lior.is ' 12 3?, 7 38. 4 38,4 33,5 SS,6 38,4 39.1 1 38,4 33,2 3?, 5 38,4 38,5 38,6 38,9 - 3S,5 3S 33,1 SS.6 3S,5 38,3 Í8,7 38, S G — — — - - 38,5 S — — — — — — 3S,5 1 10 — - - - - - 38,6 i 1-' — — — — — — 33, i Como .se v(', ne.ste segundo grupo, .S(j a 7^ vaccina deu reacção, que foi de l",!. Tratando-se, porém, de uma vacca de.snulrida com cerca de 12 anno.s e com clarissimos symploma.s de bronchile chronico, declarei-a tuberculosa pela razão de que em animaes affectados de tuberculose em estado adiantado, as injecções de tuberculina dão uma pequena ou nu lia reacção. Nas duas vaccas retidas por suspeitas julguei opportuno, após 48 horas, fazer um.a prova de verificação injectando uma dose dupla de tuberculina. A vacca n. 2 reagiu de modo positivo dando uma elevação de temperatura de r,S, emqiianto a vacca n. 1 deu uma reacção de um só gráo e 2/10, duiando a hyperihermia pouco tempo. Esta ultima vacca sendo joven e em di.scretas condições de nutrição, considerei-a .simplesmente .su.speita. No quadro seguinte, o interessado poderá ver com clareza todas as variações de temperatura que foram verificadas nas 24 1ioras: SOCIEDADE XACIOXAL DE AGRICULTUR.> 1'líOVA Dlí \ !•: K 1 1 ICACÃO « o s " ^•5 TEMl>ER*TrBA TOMA D V ANTES li.\ INSPB(í;Ã() OITO IIOSAS TBMPlinVTlBA TOMADA NAS íi IIOIUS C 33.0 3Í,C 7 4U 3S,C 8 40.2 3S,7 9 40,6 30. 1 10 10,5 U ',5 II Í0,i 39,7 12 3J.S 1 35,0 2 •.:S,6 3 -,7 3S,5 3S,5 6 3S,5 :;s,o 8 33,3 38,2 10 ::s.2 38,4 12 2 5 3S,S 3S,5 3S,t 3S,l As três vaccinadas reconhecidas tuberculosas foram afastadas do respectivo estabulo, i.soladas e marcadas a fogo. Prohlbi .se lhe tirassem o leile para fim alimentar e fabricação de lactii'inios, e, para .segurança, iirescrevi por alguns dias diuréticos. A vacca que deu uma reacção duvidosa isolei-a lambem, e per- mitti queo leite fosse utilisado, depois de prévia fervedura, como ali- mentação de um vitello. Os estábulos foram desinfectados com vapor de formal ina e assim todos os apecrechos que haviam .servido aos ani mães doentes. Daix)is, os estábulos foram caiados. Quinze dias pas.sados, os proprietários das va("cas tuberculo.sas decidiram abatel-as, porque não podendo vendel-as, não tinham inte- res.se em mantel-as. Pela necropsia ver i flcou-.^^e : a velha estava affectada de tuberculose generalisada ; as outras duas apresentavam somente lesõas tuberculosas localisadas nos pulmões e nos ganglios lymphaticos peribronchicos. Quanto ii vacca que esteve em observação para refazer a prova da tuberculina, npiis dous outrem mozo* morreu, bru.scamente, de para- lysia. A necropsia assignalou a existência da nódulos no pulmão esquerdo e nos ganglios hmphaticos peribroncbicos, cuja natureza não podia ser duvidosa ante a presença de alguns tubérculos pardos. A porcentagem das vaccas tuberculo.sas foi ainda de 26 "/o, o que, como se vè bem, ú elevada. D.ida e iv^conhecida a muita facilidade com quo os bois, e ospe- cialmenle as vaccas leiteiras, contraem a tuiíerculose, e o perigo a A LAVOURA que se acha exposta a família humana por meio do leite que diaria- mente consome em immen^a quantidade, não si) em estado natural sinãoem divei-.íi^ propai-ados — dovei'-se-liia toi'nar oltrin-atoria a tulior- culinisação, não só nos grandes centros, como tamliem nos pequenos, i'epresentando isso um dos meios mais sei;uros alé agora conhecidos para combater a tuberculose bovina. De fado, nada podendo a therapeulica contra esse terrível inimigo. sc> com a prophylaxia poderemos dcfender-nos, e, por isso, a tuher- culinisação se impõe de modo o mais absoluto, pira adoptar, depois do i'esultado desta, as necessárias providencias sanitárias até debellar a tu])erculos2 ixivina. A tuljerculinisaçdo se por um lado reclama um tral)alho não indif- ferente «especialmente em certas cidades onde se hospedam, contra- riamente aos mais elementares preceitos de hygiene, centenares e centenares de vaceas», tamliem exige um pessoal technico especial, não sendo tal diagnostico assim lacil como qualquer crê ou se illudesup- pondo que o seja. A tuberculina ou lympha de Kock que, nos primeiros tempos, como entendia o seu creador, devera servir como remédio, como cura da tulierculose, tornou-se, pelo esforços de Ilutinel em Franca, um meio de diagnose. Como fruiio de sua experiência e de (iueoset, Vedei, Landouzy o tantos outros insignes .scientes, a injecção de uma pequena dose de tuljerculina (um milligrammo na criança), custava para diagnos- ticar também a menor lesão tuberculosa, ainda que occulta, com uma reacção característica, especifica (hyperthermia de um grão e meio a dous gráos, engurgitamonlo no ponto da inocula(;ão, com endureci- mento dos ganglíos da região, exacerbação das lesões tuberculosas latentes ou em evolução. Mas tal methodo de diagnose, comquanto convincente, não está adoptado na pratica humana, nem experimentado em larga escala na medicina dos irracíonaes, especialmente no tocante á diagnose da tuber- culose bovina. Díscule-se hoje com muilo interesse a diagnose precoce da tuber- culose, por meio da ophthalmo e da cutireacção. Este ultimo, chamado também methodo de Von Pírquel, com- quanto tivesse dado a vários experimentadores, quaes Olmer, Terras, Ferrand, Lemaire, Guinard, resultados infleis e pouco precisos, aponto de se o fazár posposto este critério diagnostico á aphthalmo reacção na espécie humana — em veterinária, ao contrario, tem dado, como o PO SOCIEDADE NACIONAL DE AORICULTURA nffipma Vallée, resultados bem notáveis, do modo a se preferir a cuti- reacção íi nplitlialmo reac(;ão. Para rnsoiver, porém, de mído completo o problema da (uberruloso Ixjvina, não vejo siiião uma soliiíjã) — qual a da immimisa(;ão. As experiências feitas em Itália e no estrangeiro com o melhodo de Behrins lêm dado resultados verdadeiramente animadores, e ainda é de esperar que dentro de poucos a n nos possamos dispor de um meio efflca/ indiscutível para combater a tuberculose bovina, o indirecta- mente a humana, desde que o homem pôde contrair umn tal moléstia por meio dos lK)vinos, isto (■, poi- moio da carne e do leite. Dr. AcIIILLES Rlr.ODANÍO, Medico Ilygienistfi Vctorinnrio, Secção Technica de Agricultura MOLÉSTIAS DAS OAT-I-INIIAS Ao chefe dessa secção foram dirigidas as communicações em se- guida transcriptas para as quaes pede-se a at tenção dos interessados. Do Sr. pharmaceulico Sr. Amadeu do Queiroz, residente em Pouso Alegre, foi recebido o seguinte, que so refere ao gogo das gallinhas. « Leitor assíduo das noticias que dá o Minas Gcracs na Secção Technica de Agricultura, e deparando no dito jornal de 20 do corrente com uma dessas noticias ondo o Sr. Matliias de Castro Dourado faz per- gunlns sobre moléstias de gallinhas,veio-meá lembrança fazer-lhe uma communicnçãoa respeito. São algumas observações mai^ ou meno? concludenles na^^cldas dos meus estudos na resolu(;ão de um importante problema industrial o que v. s. encontrará aqui em seguida. « Estudando altentamente a moléstia das aves, chamada fjôfjo ou ou gosma, notei que ella comei-a por uma hypertrophia periódica da garganta com cxsudai;ão de mucosidades grossas e pogajosas, mis- turadas de fragmentos em forma de membranas e relativamente abun- dantes, que cahem frequentemente na trachéa das aves, produzi ndc-lhes verdadeiros accessos de asphyxia. No ultimo periodo da moléstia se formam falsas membranas na garganta, o apparece consecutivamenle uma película córnea na ponta da língua, depois do que, impossibilitada a alimentação das aves, sobre- vem-lhes vagarosa e invariavelmente a morte. A LAVOUR* SI E' uma moléstia infecciosa da natureza do crup e do garrotilho dos animaes, cuja duração não excede de 5 dias e que me parece provir dos losaro? húmidos onde iiaja agua p detrlctos orgânicos em decompo- sição e onde as gallinlias ciscam de preferencia. Outras aves domesticas, (gallinlias, periís, patos, pombos etc.) como tenho observado, só con- trahem o gogo por contagio, o que parece justificar a minha opinião ; estas aves, como é sabido, não têm os liabitos das yallinhas, isto ó, não procuram alimentação noslogares húmidos, escuros e, por isso mesmo, infeccionados. O contagio se faz pela agua onde bebem em commum as aves. A gallinha doente, ao ])elier, asphyxia-se e consequentemente expelle grande porção de gosma que cai n'agua e, infeccionando-aj contamina as sãs que beberem . Esta minha observação parece comprovar-se' pelas seguintes expe- riências que fiz: — As minhas gallinhas bebem em commum em um coche de madeira, ruja agua contendo uma vez muita gosma em disso- lução, foi dada por mim a um peru que contrahiu logo a moléstia; (convém notar que os meus perus vivem separados das gallinhas e que até então nada soffriam (repeti a exp?riencia em outro peru e verificou-se o contagio ; um pombo que se desgarrou do terreiro e, espontaneamente, beljeu da mesma agua, contrahiu também o gogo. Tive o trabalhoso cuidado de evitar que gallinhas doentes bebessem em commum com as sãs, deixando-as todavia comerem e dormirem juntas e não verifiquei um só caso novo. Cheguei a ver uma gallinha sã que, de voraz, comeu 3 pelliculas que destacamos da lingua de doentes e que tinham cabido ao chão o essa gallinha, isolada das outras, não contrahiu a moléstia ! Na minha criação de gallinhas figuram exemplares communs e exemplares de raças não bem aclimatadas e, tenho notado que, de pre- ferencia são atacadas da moléstia os de raças cruzadas, principalmente os Plymouth Conchiiichina; a causa desta disposição escapa-me ainda por completo. Depois de ter perdido diversos exemplares bons de raças de valor, lembrei-meexparimentar uma applicação medicamentosa e, depois de ter cogitado, occorreu-me naturalmente o iodo, pelos seus múltiplos effeitos e principalraonte pela sua acção fundente e desinfectante. Tentei então embrocações na garganta das aves com tintura de iodo mitigada e a formula que adoptei é esta: Tintura de iodo officinal I r>, ■ i ã ã p. eguaes. Glycerina ' '■ ° xm 4 S2 SOCIEDAuE NACIONAL DE AGRICJLTURA Por miiode umapenna faroembroc-arõas com esla mistura demo- radamente dealro da irarganta, uma vez p^r dia; isolo as pallinlias doentes e não lhes modifico o re.íiimon ; (leixo-as entrejíno- a .«i nv'=;mas num leireiro limpo de vegelaes e isento de humidade. O resultado que obtive foi excellentee muita acima da minha oxp:)- tacliva, tanloquecom esse tratamento ainda não peixli uma só ;ialiinha e nem mesmo pintos; depois que o exi)erimentei, já me foram atacadas 52 aves, todas se restabeleceram com o iodo e. é digno do nota, não me foi preciso ainda fazer í applicações, muitas sararam si) com uma e a que se apresentou cora symptomas mais graves sai'ou radicalmente depois da 3° applicação!... Os primeiros casos que tratei estavam já no ultimo gráo ; — duas gallinhas catalãs atacadas ha i- dias já não comiam, perma- necendo deitadas e com accessos frequentíssimos de a^phyxia. Fiz a pri- meira applicação em ambns ao meio dia — pelas 4 horas da tarde, mais ou menos, já passeavam vagarosamente e se restabeleceram dois dias depois. Vm pinto Plymouth estava de ta! forma infeccionado, que eu o abandonei pelo asco que me produzia, mas o rapaz que me cuida das aves, por sua conta, fez a applicação do iodo e, com dua^í, num só dia, o pintocurou-se. Tenho notado ainda que as aves que se restabelecem com esto tra- tamento, parecem ficar immunisadas, porque, tendo eu jirocurado infeccionar, por diversas vezes, dois frango? que a tempos se i-eslabe- lef:eram, elles tem sido refractários, mea e é do que estou tratando actualmente e j à tenho algumas observações curiosas, das quass espero tirar proximamente proveitosas conclusões, limitando-me por ora ao que hca dito, e que me parece mais ou menos certo, em proveito de uma industria tão útil e proveitosa.» Do " Minas Geraes " O C/j < Q Z < - 2 n -n o -a - D. C ^ -'fí = < A LAVOURA EXPEDIENTE MTZ DE ABRIL DE 1909 Correspondência recelida: Cartas G09 Offlcios do governo 5 » particulares 11 Circulares 6 Telegrammas 17 648 Corrospondeucia expedida: Cartas 114 Registrados (cartas) 23 > (distinctivos) 7 Circulares 1.5'.ií Tel logra mmaí 19 «A Lavoura» 5.165 4.ÕS0 MEZ VF. MAIO DE 19JÍ( Corrcápondencia recebida: Offlcios do governo 3 > particulares 22 Tolegramraas 11 Circulares 5 Cartas 557 Proposti-foraecinionto do plantas 1 599 Correspondência expedida; Cartas lõl Offlcios do governo 4 > particulares 9 Telegrammas 31 Circulares 351 Convit33 para sessão da directoria 18 Registrados (distinctivos) 43 Noticias para os jornaes 17 Boletim «A Lavoura» 607 1.231 Si SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA MKZ DS .11 N'110 HE 10j9 Corresponrlnnrin rficobi in : CarUs 400 Offlcios do govorno 2 > pirticularos II Telegrammas 40 Circulaies 2 470 Correspoudencia expedida: Cartas 137 Circulares do procurações 652 » 140 OíHcio do govorno 1 Registrados (diplomas) 170 > (distinctivos) 10 Telegrammas 221 Boletim «A Lavoura» 2.387 3.018 Fornecimsnto de arame farpado MEZ DE ahuil de 1900 Pedidos 46 Rolos 2.3(11 Metragoin 094.080 Custo pela Sociedade 21:212$0.>=!0 » no Mercado 31:518$000 Economia para o sócio 10:30i$920 MEZ DE MAIO DE 1908 Pedidos 33 Rolos 827 Metragem 231.48.") Custo pela Sooiedado 7:27:^f360 » no Mi>rcado I0:779$000 Economia para o sócio 3:.",0.n$610 MEZ DE .TUN'H0 DE 1009 Pedidos 20 Rolos 1.4U Metragem 523.3:0 Custo pela Sociedade 13:8'19$520 > nn Mercado 18:258$000 Economia para o soeio 4:448$4í>0 A LAVOURA l^i-típívg^íviítltv tio Oíifó nii- !Syi*íít — O Dr. Wenceslào Bcllo, Presidente da SuciedaJc Nacional de Agricultiu-a, endereçou ao Exra. Sr. Ministro da Industria um offloio capoaado c ipia da carta do Sr. Casamiro Georgc, na qual SG propunha a estabelecer um comiuercio cUrect j e propaganda do Café bra- sileiro, na Syria. O Sr. Ministro enviou á Directoria do serviço de propaganda e expansão económica do Brasil no estrangeiro a citada carta, tcudo u Sr. Dr. Vieira Souto, director intsrino, oaviado a informação seguinte, que foi rjmettida a esta Socie- dade, por cópia, pelo Ministro da Industria, Viação e Obras Publicas. "Krm. Snr. Tenho a honra de accusar o recebimento do oRlcio n. 1410, da- tado de 31 de outubro próximo flndo, do Sr. Director Geral da Industria, i-emet- tendo, de ordem de V. Ex., a cópia de uma carta dirigida pelo Sr. Casemiro Goorge S Sociedade Nacional de Agricultura, na qual se propõe o siguatirio a fazer na Syria a propaganda dos productos brasileiros, principalmente o calV^. O desenvol- vimento desse proáucto na Ásia Menor é assumpto de alto interesse para o Brasil. Nesse paiz o uso do café é muito commum e, mediante certas medidas, poderá generalizar-ss ua mais larga escala. Para obter esse resultado, não é indispensável estabelecer o transporte directo da mercadoria, o que dilHcilmente se poderia obter. Basta, sob este ponto de vista, que o café destinado á Ásia Menor venha á Marselha ou outro ponto do Mediterrâneo onde Laja baldeação directa para as em- barcações que dabi navegam regularmente em direcção á Ásia Menor. A despeza da baldeação representa sorama insignificante. O que é essencial, para o alludido fim,é organizar o coramercio docafó em Beyruth. A fraqueza desse commercio dá margem á expucuiação qu3 encarece os preços e restringe o consumo. Se a verba que o Congresso [•'ederal votar para manutenção dos serviços do expansão económica no estrangeiro, durante o anno do 1903 não for inferior á que votou para o corrente anno, estabslecerei ora Beyruth uma a^^encia desseserviço, o nutro as mais fun- dadas e3p3i'anças de que por ta! moio conseguirei regularizar e facilitar o commercio, conseguindo em curto praso notável accressimo no consur.io de café na Syria. Saudações — Ao Exm. Snr. Ur. Miguel Calmon du Piu e Almeida. — Dr. Mi- nistro da Industria, Viação e Obras Publicas. — O Director interino — Lui:: Ra- phael Vieira Souto. Recebemos c agradecemos a communicação que nos foi enviada pela Sociedade Estadoal de Agricultura do Paraná, da posse, em 16 de janeiro próximo passado, de sua nova directoria, que licou composta dos seguintes Srs. : Presidente — Dr. António A. Carvalho Chaves. Vice-presidente — Dr. Jayme D. dos Reis. 1» Secretario — D. Duarte Velloso. y dito — .loão Barcellos. Thesoureiro — Alfredo C. de Freitas. Do Congresso latornacional Americano de Medicina e Hygicue de 1910, em Buenos Ayres, recebemos um extracto do programma e demais dados relativos a inauguração desse Congresso, que terá logar em Buenos Ayres, em comraemoração ao primeiro ceiítcuario da revolução de maio du l'Jli). .Vgraduccmoj a tiucza da r(jmL';;.?a . 86 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA 1;ti virtuile dl! (Icsintelligoncia entre os lavra lores •!. M. da Siiva Mattos e Pudro Pinto, residentes no municipio do itaocara, a Sociedade NacioDal de Agri. cultura, como parte mediadora, appcilou para o iliusire chefe do policia do Estado (lo líio, Dr. Itrnacio Veríssimo de Mello, que, agindo covão lhe pareceu melliur, viu tiiialmente a p:i/. se impor aos que se achavam resontidos. Ao Sr. lir. rhole de policia do listado do Rio agradecemos a attençfio e a lijndadc com que deu gasalhado ao nosso appullo. Iv*,ili«.vii um dos mais convenientes para a execução desta providencia, que V. Ex. bem coraprc- hendorá trar;l incalculáveis vant3gL'ns á cultura do algodoeiro. No local indicado, somos informados, o Governo encontrará quera ceda ter- reno para esse fim, de sorte que com minima despeza i>oderã o Governo prestar relevante servií.-o ao sou Estado. .'\ Sociedade Nacional de Agricultura tivinsmittioilo a V. Ex. essi aspiração, secunda e faz votos para que se torne uma realidade. Aproveito a ocjasião para apresentar a, V. Ex. protestos do mc;i alto apreço o distinota consideração ». 2o:ios Ína:ripto3 ds 1 abril a 30 ds junho d9 1S09 Joaquim .Uigusto do Campos. Tenente Manoel Nunes da Fonseca. Virgílio Borges. .Vntonio Candiílo Uorgcs. Francisco de Paula Rocha. Tenente-Corjuel José Américo Teixeira Junqueira. Raul Baptista de Castro. Ferii.uido llarkradt. Pedro Martins Ribeiro Juuior. Capitão António José Gonçalves. A LAVOURA 87 CoroDel José Baptista dos Santos. Manoel Antouio de A'meida. Joaquim José da Motta. Carlos Lis Tross. Capitão Agostinlio [,oui'enço Alves. Oiyrapio Martins Uuerra. Osvaldo Carneiro Santiago. António da Costa Lage. Raphael Balbino. Euclides Gomes do Souza. João António de Siqueira. Dr. Júlio Junqueira de Aquino. Manoel António Martins. Carlos (í. da Costa Wigg. Jeremias Ferreira de Oliveira. João Gonçalo Serpa. Dr. João Lopes Pereira. Capitão José Ferreira do Souza. Dr. Murtinho da Rocha. Engenheiro António Januzzi. Tenente Joaquim Luiz da Silveira. Domingos Braga. Manoel Rezende de Miranda. José Ribeiro de Oliveira c Silva Júnior, Capitão Pedro Brouliado. Capitão João Macedo. Joaquim da Silva Neiva. Severiano da Silva Neiva. Manoel Neiva. Major Joaquim Paulino da Costa. Aurtliano Martins de Andrade. Coronel Pacifico Lucas Pereira. Capitão Eduardo Lucas Pereira. Major Anthero Feijó Alves da Silva. .\rmando Loite. José Barbosa do Castro. Dr. Sérgio Gonçalves do UlUòa. Angelino Pereira Filho. António Pereira da Silva. Dr. Péricles de Mendonça. Henrique! Kanitz. Nostor Eustacliio du Andrade. .\genor de Souza Dias. Joaquim Nicoláo Paiva Monteiro. Dr. Eduardo Fluriauo de Loraus. Dr. Francisco Freire da Cruz. Joaquim Martins da Costa Cruz. 88 SOCIKDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Euzcbio Araújo de Q. Mattoso. José Bento de Mello Cirvallio. Coronel Octávio Meyer. Fazenda Militar CericiíiO. .Autonio da Silva Fortes. Dr. José Pereira do Kego VUho. Manoel António da Siva Fortes. Eduardo Ilygino do Sá Fortes. Messias Jacob Loinos. Capitão Rodolpho Cocilio dos Santos. Commondador João Alvos Aveiro. Mário Guimarãej. João António de Souza. Lionizio l.essa Bastos (capitão do corveta). Coronel Fabrício Cald is do Oliveira. D. Anna Flauzina Xavier (viuva). Armantino F, Maciel. Arlindo Pinto Zaroni. Gastão Cardoso. Constâncio A. Crumrael (Engeneiro). Coronel José Gonçalves Moreira, l)r. José Bernardino Paraniios da Silva. Manoel I.oite Serra. Mcinoel Teixeira Camar^'os. !).•. Pedro da Matta Macliado. Dr. Alfredo de Mattos lludgf. Dr. Jean Victor Josopl; (ijvenois. António RoJrÍQ:ue> do Carmo. Tenente-coronel Apri^in do Oliveira Cezar. Toncnte-coronel S ibino Augusto Zany. Arthur Nascimento. Dr. ,loão Valentim Villela Gusmão. Joaquim L. do Castro Pacheco. Mário Alfredo da Silva. Coronel Modcstino Caefano Cândido de Andrade. Francisco de I^aula Rocha. João Medeiros da Silva. Alberto Fortes Duarte. .António Monteiro do Britto. Missino Baptista Cardoso. Aureliano 1'iuto Lima Guedes. Euclides Ferreira Dias. Coi"onol Cândido da Fonseca Viaima. Joaquim Pedro de Moraes. -Arthur Joviano. Veridiano Ferreira de A.iruiar. .iutuuio Doret. A LAVOURA . S9 Coronel Josí Lucas Barbosa. Luiz AntoQio Vianiia Bavljosi. Dl'. Pacificu Mascarenhas. Joaquim (iabriel Diniz. Coronel António Diniz Mascarenhas. Annibal Pinto Mascarenhas. José Candiílo Mascarenhas. .lozias Diniz Mascarenhas. Coronci José Américo Teixeira Junqueira. Major (lalilèo Belfort de Arantes. Olympio Corrêa Netto. Matliorino Evangelista de Carvalho. Oiyntho Pereira Botelho. Dr. Álvaro (iraça. Luiz Pedro Guimarães. Coronel Bento Lobato de Miranda. Cândido Lopes Franco. Dr. Cyro Costa. José Augusto de Araújo Lima. Manoel Lopes da Costa Nogueira. Manoel Pereira Machado Júnior. Capitão Cassiano Caxias dos Santos. João Gonçalves Mocinho. D. Maria da Gloria Neves Murta. Tenente-coronel Sebastião de Oliveira Leitão Sobrinho. Dr. Martinho Duarte Pinto Monteiro. Dr. Lucas Tavares de Lacerda. João Baptista de Castro Júnior. Alexandre liarbosa da Silva. João Machado Borba. Jockey-Club Paranaense. Capitão Salvador Borges de Abrantes. Álvaro Mascarenhas. Tenente António ioaO, Ueiinó Júnior. D. Vmerica de Almeida. Sociedade Amazonense de .Vijricultura. SECÇ.A.O TlCCllNICA. Ceutvo <.la publica adniiuistração. A sociedade recebe as adliesões em sua sede á rua da Alfandega, 108. Viticultiii-a — Recebemos do Eím. Sr. Marchose Lodovico Ceuturione, Régio Consolo de Itália, a seguinte carta cujo questionário respondemos : Rio de Janeiro, 12 de junho de 19i)3. Illm. Sr. Tendo recebido do Consócio Ajrario de Matino-Lecco, um questio- nário referente ao cultivo e producção da uva, junto a esta as perguntas que me fazem, pedindo o obsequio a V. S. de me fornecer sobre ellas ou sobre pirte delias, se lho fôr possível, as informações pedidas. Agradecendo-!he penhoradissimo antecipadamente, renovo-lht?, lUm. Sr. Di- rector, os protestos de minha mais alta considi3ração. O R. Cônsul, Centunonc— lllni. Sr. Presidente da Sociedade Nacional de Agricultura, Capital. «LESTIONAIIIO 1 ." Desde quando foi iniciada uo Brasil a cultura da videira ( Não ha dados seguros indicando os primeiros ensaios culturaes da videira no Brasil- 15' provável que os primeiros eolonisidores hajam trazido corasigo a videira européa, porém, varias causas devem ter impedido o desenvolvimento dessa cultura : o clima húmido da região costeira do Brasil, a qualidade do solo, que é de extrema pobreza em cal e pliosphoru, as moléstias cryptogaraicas, os insectos, os pássaros e outros auimaes destruidores dos fructos da videira e, linalmento, as me- didas baixadas pela metrópole prohibindo a cultura da vinha uo Brasil sob penas mui severas. E' possível o mesmo muiio provável que loi no começo do século passado, quando se creou o Jardim Boi mico do Rio de Janeiro, que se introduziram varias pi lutas caónomicas no Brasil, e é provável que se houvessem trazido videiras com muitas outras plantas então importadas. A LAVOURA 91 E esta hypjthese é tanto mais plausível que naquclla occasião toJas as rostricçues de culturas haviam sidj abolidas. Porém só a partir de setenta e tantos anoos para cá é que se começou a fazer ensaios de cultura da videira no Brasil, com o intento de substituir a industria vinhateira da Europa, então ameaçada do ■ extincção pelo pliylloxera. Esses ensaios fjram feitos do Estado de Minas para o Sul, ate Rio Grande inclusive. Foi sobretudo nesto ultimo Estado que atacaram a cultura da videira com maior intensidade. Em S. Paulo, Minas, Paraná e Santa Catliarina, muito se fez rolativamento em prol da cultura da vinha ; mas foi em S. Paulo, onde se lizeram as experiências mais sérias, devidas á E.iraa. Sra. D. Veridiana Prado e Dr. Pereira Barreto, que aeclimaram muitas excellentes variedades da Vitis Vinifera, até então raríssima em todo o Brasil . Estes ensaios sobre a Vitis Yinifara datam de oitenta e tantos aanos para cá, 2.» Em que região? No Estado do Rio Grande do Sul, principalmente cm S. Paulo, Minas, Santa Catharinae Paraná; mas a videira pi-ospera muito bem em tuda a bioia do Rio S. Francisco e Estados do Norte do Brasil. 3." Em que condições se podem adquiiúr, nas ditas localidades, terrenos incultos, próprios para o cultivo da videira '. Conforme a zona, os terrenos poderão ser obtidos grátis ou por preço alto, regulando no máximo 200$ por hectare. 4.° Qual o clima destas localidades ? De Minas até o Estado do Rio Grande Ao Sul o clima é brando, subindo a tem- peratura, de novembro a março, a pouco mais de 30' centígrados o descendo dn maio a julho inclusive, algumas vezes, até zero e a menos de zero. Os mezes do novembro a março são chuvosos. 5.° Pelas recentes estatísticas, quantos hectares de terrenos estão plantados de videira ? Não ha estatística sobre a área plantada em videira, pois esta ainda não constituo uma cultura propriamente industrial; está, por emquanto, em ensaios. 6." A producção vinícola é inferior à necessidade da população? A producção ô muitíssimo inferior ás necessidades do paiz, pois sua importação foi em 1906 do 57.000.000 de litros de vinhos de mesa, emquanto que a exportação do Estado do Rio Grande do Sul, que é o maior produeíor de vinho da Republica, subiu a 30 de junho de 1907 a 3.700.000 litros — producção do anno contado de junho do 190(3 a junho do 1907. -V exportação do Rio Grande do Sul dirige-se aos outros Estados do Brasil. 7." Si o producto é inferior ás nucjssidados, quaos os motivos que retardam o desenvolvimento de tal cultura ? A principal causa do pequeno desenvolvimento de tal cultura é o clima quente o húmido dominante nos Estados em que se tem tentado a cultura da vinha, a qual floresce e fructiflca justamente quando as chuvas são mais abundantes c a temperatura mais elevada. Além desta causa, concorre também para o atrazo da viticultura a falta de instrucção technica sobre a videira e seu producto. 8.° Si se produz vinho do corto ou de mesa, e qual o preço médio ? Os vinhos produzidos no Brasil são em geral pouco encorpados devido ao clima e á variedade da videira cultivada, quo é a Izahella em sua quasi totalidade. SOCIEDADE NACIONAL UE AGRICULTURA Km t:evi\l os vinhos do Hrasil são IVacos cm cór o iiloool. Os preços olliciaos do viiili i áo Kio Grande do Sul são cnlcuUdos á razão de 200 róis por litro. 0." Qual i; approxiinadaiiuiiite o produeto da uva por hectare .' Não ha dados a til rcspaito, visto njo ser ainda a viticultura uuia industria regularmente orjíanisada. Está apenas era sou inioio. jii." As dcsp;;za3 de cultura são caras ' Comparati vãmente o;>ni as diíspezas que so fa^em na Europa, as dcspezas são caras, povquo os instrumentos, o vasilliarau, os modieatnontos são importados do estrangeiro. (Juanto aos salários, re^'ulam cjm os da líuropa, com pequena dilTe- rença. São, porém, um tanto mais elevados em s. Paulo do que nos outros Estados. 11." Qual o t>po de vinho mais aprecia lo í Si produz aqui ou é importado? Qual a quantidade de sua importação ? Os vinhos mais impn-tados são os do mesa — typo Bordeaax, os vinhos de côr carregada portuguozes o os vinhos do Porto. Como ficou respondido, ao quesito n. O acima exposto, a importação do vinho no Brasil soba a perto de 60.000.000 de litros por anno. 12." Qual o systema em uso para o cultivo da videira ? Cultivam a videira cm latada e era cordões, systema Geojot. 1:;.» Existem moléstias comn o Phylloxera ! lOxislem o Ph.\lloxora o todas as moléstias conhecidas no antigo Continente. 14.» Qual o mez de colheita ' .lanoiro a fevereiro nos liítados ceatro-moridionaes ; pjréni, nos Estados do norte da Republica a videira IVuctifica mais di' uma vez ao anno, em lípoi-as variá- veis, conforme a poda. 15." Seria conveniente uma plantação em grande escala (590 hectares) ! A plantação leita assim do chofre, sem prévio cjnhgcimcnõo da moio physico e económico, seria muito arriscada. A podido dos Srs. M. F. do Monte «Sc C. ', do Rio Grande do Xorte — .Mossjró — damos á puldicidade a analyse que chimicos de competência mundial realizaram no sal que aquelles Srs. exportam em larga escala. O i-esultado da analyse, de facto, eollo,'a esse produeto nacional entre os c m- generes da melhor (jualidade. Analyso da sal fabricado por K, F. do Montn & C.'', do Rio Grande do Horto — Mojsoró Sal perfeitamente branco, si'mi-opaca, em crystai'S volumosos, cubico.^, secco3, inalteráveis ao ar, inodoro, de sabor s.ilgado (próprio), facilmente solúveis n"agua fria o quente, pouco solúveis no álcool, insolúveis no acido clilorhydrico concen- trado, etc. Em 100 gramnnis do sal achamos : Agua 1 ..551 grammas Chioruroto do so^io 97,320 » Sulfito de maeuesia 0,153 » A LAVOURA Chlorureto de magnesia o , 1 1 1 grammas Sulfato de cálcio 0,653 » Substancias insolúveis O.ori'^ » ( impurezas ) Esto sal, como se vê pela analyse, coi]t(^m muito pouca afíua, pou ias substan- cias cstranlias (sulfato de magnesia, clilorureto do magnosia, sulfato de cal, ete.) : e entro as substancias insolúveis não se encontra sílica, argila, ctc. (lonclusíío. A sua composição eliimica lova-uos a collocal-o entre os saes de pri- meira qualidade e superiores de Sant-Ubes o da Ktang de lierre (Hespanlia). Os saes de primeira qualidade de Portugal, de Cadix. de Figuéras o de Marennes, são inferiores a este, não só pela proporção de chlorureto de sódio que encerram, como pelas substancias estranhas que contém. Finalmente, este sal 6 de superior qualidade. Rio de Janeiro, 29 de maio do 1906.— Theodor Pecholt — Custnvo Pecholl. Reconheço as firmas deTlieoJor Peckolt o r.ustavo Peckolt.— Rio, 8 de junho do 1900. — Em testemunho da verdade — Dário Tciíeira dn Cunha. Pelo resultado da analyse acima, ficou provado quo um kilogramma de nosso sal contêm 973, 2 gramnias de sal puro equivalente a quasi '.»7 1/2 °/o '. contendo de outros corpos estranhos aponas 2 1/2 "/„, sendo quo nestes 2 1/2 "/„ está in- cluída a parto d'agua que é inoffensiva. Esse resultado importa dizer que industrialmente é impossível produzir-se sal mais puro, o que só por processos chimicos se poderá conseguir maior porcenta- gem, e que nosso producto presta-se a todos os misteres, inclusive o de xarquoada. Nos responsabilizamos pelo resultado, desde quo soja observado o raetlio lo do appli- cação do sal saído directamente do nossos depósitos. Temos actualmente um depo- sito do 800.000 alqueires de 40 litros deste sal. Hoje tomos o duplo. Mossorú, 19 de março do 1909.— il/. F. do Monte X- Ca. Ti-atamento «In, " Ti-istezii " iio g-ado vaecuni — Dos srs. Hopkins Causer & Hopkins, estabelecidos nesta cidade á rua Theophilo Ottoni n . 95, recebemos um utilíssimo prospecto cujo assumpto vera com a seguinte rul)ríca : « Tratamento da Tristeza do Gado Vacoum ». Muito ombora esteja esta Suciedado distribuindo trabalhos do professor Caríni, de S. Paulo, o do Dr. Eduardo Cotrim, visando o mesmo assumpto, ainda assim entendemos de vantagem a transcripção, em o nosso Boletim, do referido iirospecto. A'quelles senhores ainda uma vez agradecemos a gentileza da lembrança. Como importadores do gado europeu, os nossos clientes perguntam-nos, qua^i sempre, qual o tratamento a seguir com um animal atacado desta grave moléstia, e sem preíenção alguma de olferecermos conselhos nossos, submettemos a nossos amigos as infiirraavi")es que temos colhido de diversos criadores com grande expe- riência no tratamento desta moléstia. Está provado que a infecção vem do carrapato, de modo que onde não existe este insecto não existo a « Tristeza >^. O carrapato cm geral existe s(')mente nas re- giões tropicaos, ou sub-tropicaes, as vezes, porém, apparece nos pastos sujos das 04 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA xonas tem joradts; porém, com a limpezii desapparecem immodiíitamente. Devido a estas circu Dstaiicias a moléstia tem sido pouco estudada, e ú quasi desconhecida na Kuropa. .Nos Fotados Unidos só existo nos Estudos do Sul, Texas, Oklahnma, Território Indiano, etc. Na Argentina siiments existe no Norte, e a mesma cousa na Republica Oriental, de modo que a maioria dos criaiores argentinos e nrugiiayos não têm do lutar com essa colossal difllculdado. Agora, quanto á mou.stik — Sijmplomas.— Tristeza., falta de appotite, febro elevada, 40.° a 41.°, retonsão das urinas, que se tornam muito escuras, sanguí- neas, e ás vozes quasi da cor de café ; evacuação ponca e dura. A designação « Tristeza» explica bem o estado do animal atacado da moléstia, que fica com a cabeça abaixada, olhos soranolcntos. triste, deixando de comer e beber, apresen- tando bastante febre. Remédios — O Sr. Dr. KJuard) Cjtrim ominento criailor no Estado do Ilio, que tem importado grande nuiaero de cibeçis de gado europeu, perdendo dous ou três, conseguindo porém salvar a grande maioria, aconselha o seguinte remédio : Purgante de 800 a 1 .000 grammas de suiphato de sódio ; depois dá-so um bolo feito dtí farinha do trigo, no qual se mistura chlorhydrato do quinina, 7 grammas, e salol 4 grammas; póde-se dar dois bolos por dia, um de manhã outro fi tarde. Deve ser o bolo de ura tamanho que facilmente passe pela garfranta do animal ; dd-se- Iho, abrindo a bocca o coUocando o bolo atrás da lingua, o mais perto possível, da garganta, do modo que não possa cuspi-lo fora. O Dr. Lane, director chefe do «Collegio Mackenzie» de S. Paulo, trata os seus animaes importados, do seguinte modo: logo que o animal mostra signal da moléstia, faz um ca tucho de papel de seda no qual colloca SOO a 1 .00 ) grammas do sal moldo ; o cartuclio com o sou conteúdo ó raettido na bocca do animal, atrás da língua para ser engulido; dão-so 2 dósospor dia, e ao lado do animal colloca-so uma tina com agua limpa para beber quando quizer. As primeiras cabeças que o Dr. Lano importou perdeu-as todas, porém adoptnu este systema, e nunca mais perdeu um animal. Remédios para doenças communs — Escrove um grande criador americano: «Frequentemente, quando vendo um animil, o comprador pergunta : «Que devo fazer se o animal adoecer? A minha resposta geral ô: «Não faça nada». Segu- ramente se matam 10 animaes cora remédios para I quo morre do moléstia. Eu ra- ramente dou uma dúse de remédio, e de 500 cabeças de gaio do anno pxssaio, so- mente perdi uma e isto devido a envenenamento de sangue. Quasi sempre o remé- dio quo damos ó o sil amargo coramum. Se ura animal tiver o estômago dos irranjado, devido a ter comido de mais, ou por outro qualquer motivo, dissol- ve-se 700 grammas de sal amargo com 50 grammas de gengibre moido em l '•; litro d'ngua fervente, e quando a mistura estiver morna, põe-se em uma garrafa, des- pejando pela garganta do animal. Isto geraimonto produz movimento livre do- in- testinos, dandj prompto alivio ao animal ; se não acontecer isto, ropetese a dose em 12 horas. Cora os intestinos livres, a natureza geralmente completa a cura. Sobre os remédio; — Deve-sa esperar o tempo neeeísario, geralmsntc 12 horas, para ver se produzem o elTeito desejado: é prejudicial dar uma nova dose meia hora depois da primeira, simplesmente porque o animal não apresenta logo me- lhoras, assim como não é convo:\iente applicar todos os ires aqui citados de uma só Vez, o que provavelmente causaria a raorte do animal. A LAVOURA 95 Conoalescencia — Com a volta Jo appitito, póle-se coQsidorar o animal conva- lescente; a uriaa torna-so mais clara, e abundante ; é bom dar capim verde, cortndo em p3da9os. Recommendamos a todos terem um tbermometro para saber a temperatura, o quo se faz mettendo-o no anus do animal. Todos os animaes vaccuns importado? estão sujeitos á «Tristeza », porém lia algumas excepções que nunca apanhamna, mas a grande maioria lem-na com me- nor ou maior gravidado. Evitando de todo o o irrapato, é possível evitar a moléstia, porém 6 diílicil seguir esto processo por causa do contacto com as vácuas. Ao nosso ver não se deve soltar os animaes m campo, senão depois de acclimados, c elles somente podem ser considerados acclimados depois de terem tido a mo- léstia. Como cada animal representa um capital relativamente grande, o um futuro de grandes esperenças, o seu bom tratamento é obrigatório. No sua chegada elle deve ser alojado em um estabulo de tijolo ou pedra, cujas paredes devem ser lavadas com caliça de vez era quando, pira trazô-las sempre bem limpas ; sendo de madeira, também devem levar uma mão do cal quando precisarem. O bom arejamento ê indispensável ; deve ter sempre abundância do agua bem limpa ; o gado acostuma-se perfeitamente ao capim nacional, que recommendamos cortar por machina appropriada ou por foiço, em pedaços de 10 ou 15 centíme- tros de cumprimento. Convém fazer os animaes andar um pouco todos os dias ; devem ser escovados uma vez por dia, e lavados quando isso tornai'-se necessário, escolhendo dia favorável para este serviço. Os productos de um animal do boa saúde e bom tratado, são sempre melhores que os do animaes mal tratados e doentios. O serviço das vaccas deve ser feito no tronco oucurrai, junto ao estabulo. Falsificação cio caPé — T(>mos a seguinte informação da. la pelo nosso cônsul em Trioíte : « Duranto o anno flnilo o facto mais importante no commercio deste artigo foi o desenvolvimento dado a valorização do café; esta operação que durante algum tempo parecia em perigo, quando os preços do café no Havro baixaram a 35 fran- cos, actualmente, com a pequena collieita em Santos, o consumo muito desprovido e um sensível descoberto nos more idos a tormí) se acha em melhor posição e é provável que elle possa conseguir seu intento do sustentar os preços do café e dispor do seu grande «stoclc» om boas condições. A importação do café na Áustria, por via marítima, durante o anno passado, foi do 1.19.5.257 sacoas das quaes S54.750 vieram do Brasil, ou mais 23.970 saccas do que em 190G e 185. 183 do que em 1905. O mappa n. 4 mjstra a quantidade de café importado e reexportado de Trieste durante o anno de 1900 a 1937, de onde se vê também que, tanto a impor- tação como a reexportação estiveram sempre em augmento durante to lo esse tempo e quo o arino de 1907 apresentou os algarismos miís elevados. O governo austríaco resolveu favoravelmente o podido da Camará de Commer- cio de Trieste para crear nesta praça o mercado de café a termo, com a respectiva 9"> SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA caixa (lo liquidação, a qual principiou a funccionar a :;í do setembro do 1907, e nesse mesrao dia foram vendidos 22.5D0 sacos de caft5; dahi om do.iute suas ti'aasacnues s:< ilfisenvolveram sempre rn.'ul.i.i'nienia s-m interrupção, ros;istrando no fira dn .inno von las do 1S3 7'>0 sac3 h de café, dos nuaes ir..). 200 oram dn Santos o :!3.50'1 do Rio. Considevandd qiia os prim.iir.is mezes do actividido do morcado do i-iféa tnrmo, triestino, c miticilirun com um pirioilo do crise mioniaria c do mercado desanimado, o resultado olitido nosso período pôde sor considerado satisfatório, c se manteem fiimla las esperanças Jo que oUa adquirindo maior reputação poderá desenvolver ainda mais sua csphera de actividade. O raappa n. :J mostra o deposito do café existente em Triosto segundo a pro- cedência a ;í1 de março, '.)Q de junho, setembro e 31 do desembro de lUOT, bein como o deposito visível do mundo em iiíual período dos annos do VM'> o lOliõ. Do mappa n. õ vêso que o movimento de «warrants» dura.ite o anno fmlo foi de UOO títulos representando o valor de coroas 7.022.290, contra 518 títulos re- presentando o valor de 6.148.820 coroas era 1000 e 584 representando o valor de 7.51:í.380 era 10li5. Os preços m ixirao o mínimo do. c ifé luram os seguintes nos niozes de : 1907 Janeiro. . Fevireii'L). Março. . Abril . . Maio . . .Tunlio. Julho . . Agosto . . Setembro. Outubro . Novembro Dezembro ■il 41 42 41 .■!i 35 ."ir. 31 ; 31; a (irt » CiCí » Q7í > (lõ » Cií » G5 » 65 » Tl) » 71 » 71 41 ■il 41 31) 38 38 38 3!) 40 38 37 a 71 » 71 » 70 » 70 » G9 » G!1 » GO » 70 » 71 » 72 » 70 » 70 ItAlIlA 40 a 47 3!l » 44 39 » 4J 38 » 4i 37 » ■S3 37 » 42 .■ío » 41 3t) » 43 37 . 4i 37 . 43 30 » 45 3(5 » 4i 4 ) a 48 40 > 48 40 » 48 40 » 48 38 47 Preço em cor' 'as por sacco de .50 kilogrammas. FALSiFiCAf.Ão or siRROiíATos DE CAFK — Trataudo-se do surrogato de café, a principal questão que se apresenta ô de saber se existe realmente surroga'os ou SC as substancias assim denominadas não passam de simples adulterações de café. Díz-sequcum productosiirroga um outro quando possue todas as qualidades deste, isto ó, quT um vale realmente outro. A LAVOURA 97 Ora, nenhum surrogato de café possue o aroma e gosto e nem tão pouco pôde produzir os elleitos dcUe, íaltaudo-lhe a cafeína e outras substancias espeoiaes ao café, portanto, elles dnvom ser considerados e chamados mi,is acertudamento adul- terações do café, visto como o gosto é o único (demento i|Uo determina o valor do surrogato e este depende exclusivamente do individuo e do haljito de usar. Os surrogatos de café, sendo em geral torrados, introduzem no oi-ganisrao humano matérias torrefactas das quaes, algumas, podera produzir affeitos seme- lhantes aos do café ; além di.000 » 1.995.000 » 1,800.000 .> 1.043:000:^000 l.G98:090.'i;000 2.661 rOOO.sCOO 4.067:000.$i)00 3.291 :OOO$O0O Para mais algumas informações ó de utilidade ler o primeiro volumo d'0 Brasil, do Centro Industrial, e o Manual pai-a os Agricultores, traduzido do alleraão para o portuguoz por F. M. Draenert. • • Dos Srs. Hasenclever & Comp., estabelecidos nesta cidade, recebemos alguns prospectos cujas gravuras representam diirorentes typos de arado "Oliver», o a desnatadeira «Favorita Os mesmos senhores remettom catálogos a quom os pedir. Chamamos a attenção para os aniiuncios que esta casa mantém cm nosso boletim. Os Sr.s. Hopkins, Canser & Hopkins tiveram a gentileza de enviar a este «boletim?, a lista mensal de preços correntes do seus productos. Esses preços &ão sujeitos ás fluctuações do mercado. ]'":itro os annuncios d'A Lavoura íigura o de&ti casa, para o qual tambcm chamamos a attenção dos nossos leitores. A LAVOURA 101 íSECO-%.0 1>1±: I^LAIVX Ais»^ JE SE>IEPsTE^S Distribuição de plaotas e somantes feita durante o primeiro semestre de 1900 . ESPECIFICAÇÃO Plantas fructiteras de clima frio. » » do paiz . Mudas de Abacaxis Ramas do mandioca Coco Weddeliana (sementes). . Raizes de inhame Alfafa Beterraba forrageira . . . . Cenoura » . . . . Nabo forrageiro . . • . Outras forragens Arroz Centeio Trigo Diversos cereaes c leguminosas . Algodão Batatas Sem(iates diversas UNIDADES 714 .588 .751) ÕO .000 30.10.V! PESOS 62. "^ 1. 081. "100 229.^250 232. "930 173. "950 1.104. "145 667." 315." 727. "300 5j9.'o50 255." :;.112." 3'J2."i70 8. 921. "545 VOLUMES 59 113 111 145 145 385 27 58 91 138 12 2! 19 53S 2.166 )U2 S0CI/5DADE NACIONAL DE AGRICULTURA Horto da Fenha Kela, tório ísobre o cultivo de Ua, tatás com itclubu-g-em cliimicii 1-eiilizad.ii. no Moi'to 1-friicticola tia r*ciilia, apresentado pelo Ox*. l^aulino Cavalcanti Illm. Exni. Sr. Dr. Wencesláo Bollo, Presidente da So:iedade Nacional do Agricultura. Em cumprimento ús ordens de V. Ex. e.KaraiIas em oíHcio n. 15.300, do II de junho audante, cumpre-me apresentar o relatório da cultura experimental das batatas, realizada no Horto durante os mezes de março a junho do anno cjrrente. As sementes enviadas pela 3* sjcçãu não apresentavam defeitos, eram limpas, bem conformadas e achavam-se na maioria greladas. Em geral mediam 0.03 cen- tímetros de comprimento por quatro contimetros de diâmetro. As variedades constavam das seguintes : Iraperator, M;ignum Bonura, Syguea, Olympii, Up-to- date, Rose-native, Magnifica, Lechs, Margolin e Aspargo. Para a realização das experiências procedi da maneira seguinte : Km canteiros de :i°',00 X 10"\00 = 20"'=,00 convenientemente lavrados, gra- dados e adubados com estrume do curral e salitre do Chiie, foram abertas covas de O" ,25 de profundidade, na distancia do O", 50 e ahl enterrados os tubérculos com a profundidade de C", 12, tendo-se previamente collocado em cada cova 150 gram- mas de estrume de curral e 20 grammas de salitre do Chile. A natureza do solo era silico-humoso, e tmlia anteriormente sorvido ã plantação de horta. As batatas foram plantadas no dia 31 demarco e no dia 9 de abril quasi todas tinham brotado e em excellentos condições de vitalidade. Os cuidados cuUuraes se reduziram a manter o terreno limpo e mais solto pnssivel. Deram-se duas carpas u uma alporcadura. A primeira carpação so effe- ctuou immediatamente depois que as pc lu !nas ramas attingiram a lo centímetros. Algumas variedades, depois do alpurcadas, apresentaram uma apparencia doentia, o que me levou a estudal-as detidamente, concluindo depois de continuo exame, não se tratar de moléstias comrauns às lialatas e sim, segundo me pai-ece, ao fdcio de flcarem as terras fones em contacto com a terra alporcada e que por effeito do calor, principalmente nos terrenos silieosos, que era o nosso caso, ficavam queimadas na parte de contacto com a terra alporcada, como tive occasião de mostrar a V. Ex. em mais de um individuo. Este facto aínJa mais se accen- tuou, por ter feito retirar em alguns canteiros a terra alporcada, dando om resul- tado o completo desenvulvimonto dos indivíduos om canteiros onde alguasjá apre- sentavam o estado doentio. As variedades mais attingidas pelo mal foram: Im- perator. Syguea, Up-to-date, Olympiae Magnilica. A colheita se fez no dia 10 do junho, cujos rendimentos verificará V. Ex. do quadro junto. Com a área cultivada, isto é, 11 canteiros com as dimensões já discriminadas, despendeu-se o seguinte: Aradura e gradagem 3$000 Limpa a enchada 6$0OO A LAVOURA Alporcagem i3jOOO Semeadura 1$500 Colheita S^OOu 19$300 Custo da unidade 138 reis Período da cultura • 75 dias 103 Rio, 14 dd junho de VM9. — Paulino Cavalcanti, superintendente. Quadro demonstrativo da cultura experimental das batatas realizada no Horto, em março e junho ■n . _, -J < o %* D -: DESISNIÇÃO C 0, Vi is X — o -^ o u < a ? 3 c. o ■- o 2 1^ ca cr < z a. fl < o " Impcrator . . . o Silico hu- lUOSO . 20 U(( Salitre curral . O-III 10-VI 14 1:4,5 Magnum Bonum. . » Idem » » Idem . . > > 1^ 114 Sygueia . . . . » •> * > i> • ^ - '.i 1:3 Olympia . . . . > > > . > » » 11 1:3,5 Up-lo-dat3 . . . » ■> > I. . . . » - 10 1-3.3 Rose-nalive . . . • " , . » . . » " 1^ 1:6 Magnifica .... " • , » . . . <• 6 1:2 Lechs » ' » » » • » i7 1:5,6 Triumpho . . . . » '■ i> » . . . » H) 1:3,3 MargoliQ , . . . » » > . . . » 12 1:4 Aspargo . . . . ** » » » > • < " au 1:6,6 Paulino Vavalca/iíi, ísuperiuleudenlo, 10 1 SOCIEDADE NACIONAL DE AfiRICULIUHA O fc M «! d T O 3! a) cã -a o 49 -.lOlVA -^ r*. '-■'5?,í;S'::rt;;? O l- *T X CC CO *T CC Vj oAii.vNiKaay XílUOd ii ^'i 52 *^ **■ 2Í ^ *'' "*'> ' *^' 00 00 1- Ci à.': ■*• -.3 líí c vzaa.id :ia cyuo "■^íM i-T^ j." -^ — tT: c ■>; r* c=: ^. 00 00 tr Ci -o cv o w Ci < p. - Ill II II II 1 1 1 1 1 1 1 1 = III 1 [ 11 li 1! M 1 i 1 M ^ III II II II 1 1 1 1 1 1 1 M .-. 1 ' : 1 II ! 1 1 1 M 1 M 00 III II II II 1 1 1 1 1 1 1 1 : t- 1 1 1 1 5-/ 1 1 1 CC ^ CN ÍV CC -FH -v^ 1 1 - 1 1 1 1 1 1 «r :-: tn ,i (N C! c^ t- r: ■-• ^^ ~ 1 1 s'-i^^::=£---- ■r. 1 — o C^ i" -.LI r-xíC-. Oí^^-^rccf- c :*. :~ ~ — «í- f ' c^ ^ f^ — .r, X -O— t- — -^ t . c? r: Oí c^: cm -^^- -, '^< 1.-: -r o kr. (T«í j-: c5S -* t^ x if^ ac — . c — i-o ^ CM ro CO 00 r: o - II li li 1 1 1 li 1 li j aa\ uixxvni"» o5| -««ri II 1 u r • .« ,• • -1 ■ ■ -1 ■ ■ 5 t • • -^ i • 1 •:= <3 1 • è •^ . " " c- - - S-l Ss' || 2s "•s^ê- 2õ .s»-? «o á|s '.?§■§' ,,-'S -SB -5 ■ CJ - w -- g — i|||ii||ã A LANOURA 103 NOTICIÁRIO Projecto dos estatutos do Banco Central Agrícola do Brazil TITULO I ORGANIZAÇÃO, PRAZO E SEDE Art. 1.» O Banco Coatral Agrícola do Brazil, organizado na conformidade da lei n. 1782, de 28 de novembro de 1 ,907, será regido pelos presentes estatutos, for- mulados de accordo cora o decreto n. 7.010, de 9 do julho de 11)08, e mais legislação em vigor, relativa ás sociedades anonymas. Art. 2." O prazo do sua duração será de 'òn auiios, contados a partir d i. data do decreto quo defloitivaraente appruvar os presentes estatutos. Art. 3." A sede e o foro judirioo do bancj serão na cidade do Rio de Janeiro. TlIUI.i) H CAPITAL Art. -1." O capital social é de 30.000:000.-;, dividido em 150.000 acções de iOOis cada uma. Art. õ.° A importância das acções será realizada om prestações de 10 por cento do seu valor nominal, com intorvallo nunca menor de 30 dias, precedendo sem- pre annnncios com aatccipação de 15, publicado nas folhas diárias de maior cir- culação, exceptuada a primeira prestação, que será de iO por cento , no acto da sub- scripção. A assignatura dos estatutos equivale :l respectiva approvação. Art. 0." As acções são transfcriveis desde que tenham realizado 'M por cento do seu valor, operando-se a transferoncia no livro competente e por termo asiignado pelo cedente e cessionário ou procuradores espcciaes para o ac(o. Paragrapho unioo. As acções snrão nominativas até o seu integral paga- mento. Integralizadis, poderão ser convertidas em acções tranferiveis por endosso ou em acções ao portador, por deliberação da assembléa geral. Art. 7.» Os accionistas que não oITectuarem o piaamonto das prestações nas épocas fixadas pela administração, incorrerão nas penas comminadas pela lei das sociedades anonymas. § 1." Kxceptuam se os casos em que oocorrerem circumstancias extraordinárias, justi ficadas perante a directoria, dentro de 3n dias, ('ontados do ultimo annuncio para a realização de qualquer prestação, sujeitando-si^ o accionista, neste caso, á multa de 5 por cento sobre o valor da entrada em mora. i^ 2.° As acçõei: caídas em commisso serão reemittidas. 3998 7 106 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA S 3.° O produetj das multas o o ágio das acçõos remettidas sorão leradus ao fundo de reserva. Ai-t. 8." As acções sarão indívisivois era relação ao banco, que não rccoolieco mais de um proprietário para cada acção. TITULO III OPERAÇÕBS Art. 'J.'- SciMu operafijes do Banco Central Agrícola do Brasil : § 1." Adquiriras letras hypothecarias do3 bancos estaduaes, emittidas depois da constituição do Biuco Central, pela cotação da praça o em moeda corrente, veri- ficadas preliminarmente as condições de credito e solvabilidade do banco emissor; §2." As letras liypothecarias dos bancos estaduaes devorão gozar da garantia de juros de 7 por cento por parte dos repectivos Kstados ; § o.° Para que obtenham os favores deste paragraplio, os bancos estadoaes se sujeitarão á tiscalização psrmaníme do Banco Central, occorrenJo as respectivas despesas, assim coino publicarão mensalmente os seus balancetes no Diário Official ; §4. Descontares papeis do credito oraittidos pelos bancos estadoaes ou pelas cooperativas de credito agrícola de responsabilidade illimitada, com garantia daquelles bvncos e provenientes das seguintes operações : a) Empréstimo i sob penhor agrícola, por prazo nunca excedente de um anno; h) Descontos de notas provisórias, com o prazo rauximo de um anno, [garantidas por duas. firmas solvaveis, sendo uma de lavrador ou industrial, alím da respon- sabilidade sjlidaria do banco estadoal ; c) Desconto de irarranis, letras e bilhetes de mercadorias, emitlidos de ac- cordo com a legislação e:ii vigor. § 5.» Empréstimo por meio de contas correntes ou promissórias do prazo infe- rior a dois annos aos syndlcatos e cooperativas de credito agrícola de responsabi- lidade illimitada. Art. 10. O banco, sempre que julgar conveniente, poderá realizar directamen- te as oporaçíies de que trata o artigo antecedente, creando agencias próprias nos Kstadús onde não houver bancos garantidos, com excepção do Estado do Rio de Janeiro. Paragrapho uniso. O Banco Central tora o direito de solicitar dos governos estaduaes, co:no condição para operar nas respectivas uircumscripçõos territoríaes, que não só facilitem, por legisleção adequada, a cobrani.a do seus créditos e ex- cussão das garantias olTerecidas pelos mutuários, como também isentem do impos- to o banco, suas operações e cobrnnças de seus créditos. Art. 11. São destinadas às operavões de que trata o art. W. as importâncias que, cj-vi do art. 12 da lei n. 1.782, de 28 de novembro de 1907, forem recolhi- diis ao banco pelo Tliesouro Federal dos saldos das cai.xn.s económicas, nt6 réis 30.00o:000.>;, a juros do 2 por cento, pagos semestralmente. Art. 12. Receber deposito cm conta corrente de movimento ou letras aprazo operando neste caso como banco do depósitos o descontos. § 1 .' Rejeber em deposito quaes^uer valares, percebendo commissãj razoável í A LAVOURA 107 § 2." Adquirir letras hypotliecarias ou quaesiiuer outroá papeis do credito por conta de terceiros, mediante coramissão ; § 3." llaceber pequenos depósitos om conta corrente, abonando juro superior á taxa lixada para as contas correntes coramuns ; § 4.° O banco emittirá uma caderneta especial para esse Sm, denominada — popular — na qual serão lançadas as entradas e saídas do capital o os juros a fa- vor dos depositantes ; .^ 5." Nessa caderneta serão exaradas as condições de abertura e encerramento da conta, prazo para as retiradas o épocas de capitalização dos juros. Art. 13. As quantias assim recebidas setão applicadas na compra de títulos da divida publica federal, estadual e do Districto Federal, letras kypothecarias do própria banco e no desconto de effeitos commerciaes de primeira ordem, a prazo máximo de quatro meses, revestidos, pelo menos, de duas firmas notoriamente solvaveis, notas promissórias emittidas pelas cooperativas de responsabilidade illi- mitada, com a garantia solidaria do banco local, loarriinís, letras e bilhetes de mer- cadorias a prazo não excedente de M dias. Art. 14. Os depósitos a que se referem o art. li e seus paragrapbos e sua ap- plicação constituirão secção especial, com contabilidade distinota, inteiramente in- dependente das operaçõe-; mencionadas nos arts. 9.», 10 e 11 e paragrapbos. Art. 15. Serão expressamente prohibidas as seguintes operações : a) Comprar de conta própria ou acceitar em caução as acções do próprio banco; h) Descontar titulos em que sejam responsáveis membros da directoria ou em- pregados do banco, não sendo igualmente permittidos adiantamentos ou qualquer operação de que provenha a responsabilidade delles para com o banco; c) Acceitar em gai^antia titulos de campanhias ou emprezas que não tenham o respectivo valor integral e cotação real na Ijolsa; d) Contractar ou operar com arma ou individuo que já tiver lesado o banco, ou procedido de má fé em transacções com o mesmo banco; e Realizar despezas ou contribuições que não sejam absolutamente necessárias ao serviço do banco. TITULO IV LETRAS HYPOTnECARIAS Art. 16. O banco emittirá, nos termos da lei n. 1.782, de 28 de novembro de 1907, letras hypothecarias do valor nominal de 100$ cada uma, vencendo juros du 5 por cento, annuaes, pagos semestralmente, na sede ou em qualquer das agencias do banco. Art. 17. A emissão das letras hypjthecarias não poderá excederá importância das letras liypothecarias estadoaes em carteira e nem ao quintuplo do valor do ca- pital social ellectivamente realizado. Art. 18. A emissão das letras hypotliecarias será feita por series, autorizada pelo Ministro da Fazenda, do forma a não haver emissão sem prévia autorização do Governo. Art, 19. A'.s letras hypothecarias emittidas nos termos dos artigos antecedente concede o Governo da União uma garantia de juroa de 5 por cento. ICS SOCIEDADE NACIONAL DE AGIUCULTURA Art. 20. As letras li.vpothecarias serão nominativas ou ao pjitador e terão nu- meração deorJcm correspon lente a cada serie emittida. Serão assignadas pelo pre- sidente e um director do banco o levarão o seiloda soMedade. Art. :i\ . A simples tradiçio ésnmeientc para a transferencia das letras ao por- tador; as nominativas, porém, se transferirão por cnilofso, cujo effeito é apenas o da cessão civil. Art. '■!'. O pagamento dos juros das loiras liyputiiucinas se firá par semes- tres vencidos o loiufrará uos cinco primeiros dias Je abril e outubro de cada aano. Art. 23. O pigamento das letras bypothecari as destinadas ao resgate se fará po:" meto do sorteio annual no mez de març > de c ida anno. .Vrt,. 21. Será destinada ao resgate das 1 ítras a importância recebida dos bancos esta loaes pelo resgato das suas lotras sorteaila?. Paraijraplio único. O Banco Central verificará, pelos meios cjnvenientes, até pelo cxaiue dos próprios livros dos bancos estadoaes, a natureza das operações que deram logar ã omissão das letras, r.s-im como a applicação ao resgate das quotas destinadas ;i autorização e aos pagamentos pjr antecipação feitos era diuheiro, na forma da lei. .\rt. :S. ProceJer-se-ha :io sorteio annual do modo seguinte: Todas as letras hypothi-earias d i mesma série serão colloc idas em uma só roda, de modo que haja tantas rodas quantas séries de letras cmittidas. Art. '-!&. Os números designados pela sorte serão publicados e preceder-se-ha aopagament> das letras sorteadas no dia annuncialo. Art. 27. Desde o dia annuuciaJo para o pagamento cessira os juros das letras sorteadas. .\rt. 23. Os juros das letras hypothecarias, tempo o modo do pagamento, devem constar dos próprios titules. Art. 29. As letras hypothecarias tOra por garantia: ai O fundo social; b) O fundo do reserva; c) As letras hypothecarias dos bancos estadoaes emiltidas de accórdo com a le- gislação era vigor. Art. 30. As letras hypothecarias resgatadas serão incineradas, lavrando-se do acto um termo, assiguado pela directoria o conselho liscal do banco. Art. 31. .Vs letras o sua transferencia, bem como o capital social, estão isentas do soUo proporcional. Art. 32. As letras hypothecarias emittidas pelo banco gozam dos favores, ga- rantias c privilegies concedidos pela legislação hypothocaria. IITULO V ADMINISTK.\<.ÃO Art. 33. o Banco Central será administra lo por tios directores, sendo um eleito pelos accionistas e dois de nomeação e demissão livrj do Governo. Art. ;i4. O presileatj será designado pelo Governo dentre os dois directores que nomear. .Vrt. 35. O mandato da directoria durará quatro annos. A LAVOURA M.> Art. 36. O director eleito pelos accionistas será o secretario da directoria o o terceiro o vico-prosidente. Art. :i7. O vicft-prosidcnto. sulistitaJrá o presidnnto, o o secro.tario o vii;t'-pri>- sldonto, n:is saas faltas e impodimontos tsmporarios. Art. 3S. O director eleito pelos accionistas poJerá -er reeleito, e, quando o não seja, servirá até que se apressnte o novo eIei*,o. Paragrapho uaico. São inelegivcis para o cargo de director os impelidos le- g:almonte de negociar, consideranJo-se duHoí, na apura.ão, os votos porventura dados aos que estiverem nestas circuinstaiicias. Art. 39. Não polcm exorjer conjuntamente o cargo do director os parentes consanguíneos o afflus atí- o 2 gr io o os sócios da mesma tirma commercial. Art. 40. O director eleito, antes de entrar em exercício, è obri:íado a garantir a responsabilidade de sua gestão cjia o penhor do áOO acções do banco, as quaes fi- carão inalienáveis atú seis mezes depois de cessar o exercício do cargo. .V caução se fará por termo lavrado no livro de registro. Art. 41. No caso de impeiimento temporário do director eleito, por mais de r;0 dias ou fallecimento, será convidado pela directoria, ouvido o conselho flscal, um accionista com as precizasqujliiades para preencher a vaga. Paragrapho único. Se o impedido for o presidente ou o vice-presidente, o Mi- nistro da Fazenda designará quem o deva substituir. Art. 42. O presidente terá os honorários de 2. £00$ measaes e os directores 2:000.$, também raensaos. Art. 43. Compete á directoria: § r. Deliberar sobre as condições geraes dos contratos, admissão de pedidos de empréstimos, emissão e amortização das letras hypothocarias. § 2». Determinar a taxa dos depósitos e dos empréstimos assim como o prazo destas operações; § 3'. .\ssignar as acções e letras hypothecarias; § 4". Fixar a época das entradas a realizar; §5°. Determinar os dividendos semostraes; §6". Resolver sobre o coramisso das acções; § 7°. Exercer livre e geral administração, para o que fie i iavestida dos poderes precizcs, inclusive para praticares actos mencionados no art. 102, do decreto de 4 do julho de 1891; § 8°. Crear filiaos e agencias. § 9.° Organizar o regimento interno das secções. Art. 44. Compete ao presidente: § l.» Supeinntender todos os negócios do banco ; § 2.» Fiscalizar a estricta observância do regulamento que acorapanlia o de- creto n. T.oin, de 9 do julho do 1908, e dos presentes e^tatutos ; § 3.» Convocar a assembléa geral ordinária ou extraordinária; § 4." Nomear e dimittir o pessoal do banco e marcar-lho os vencimentos e fianças, quando julgar necessárias ; § 5." Apresentar relatório annual ao Ministro da Fazenda o á assembléa geral ; § 0.» Assifrnar os balanços semestraes e balancetes raensaesc toda a correspon- dência do banco ; 111 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTORA § 7." Represpntar o banco nas suas relaçõjs com terceiros, ou cm juizo, corape- Undo-llio a outorga de poderes a mandatários que designar ; S 8." Reffiotter ao Ministro da Fazenda e publicar at(> o dia 10 do cada mês os balancetes do binco. Alt. 45. Compatiril ao presidente, além do voto deliberativo, o suspensivo das resoluções por meio de recurso para o Ministro da Fazenda. TITULO VI CONSELHO FISCAL Art. 46. A assembli^a geral elegará annualmente três flscaos e outros tantos siipplentes. Art. 47. Incumbe ao conselho fiscal: § 1." Apresentar com antecedência seu parecer sobre as operações do anno para ser lido na asseniLléa geral ; § 2." Denunciar os erros, faltas e fraudes que encontrar no exame dos livros e contas ; § 3." Examinar os livros, verificar o estado da caixa no ultimo dia do semestre e a existência dos titules pertencentes ao fundo de reserva. Art. 48. Cada momliro do conselho fiscal om exercício porcober.l 3:000A0o0 annualmente. TITULO MI ASSEMBLKA GERAL Art. 40. A assemblóa seral tem poder para resolver todos os nesrocios do banco e poderíl deliberar, quando so aclnrem reunidos accionistas que representem no mínimo ura quarto do capital social. Art. 50. Constituída a assembléa pola forma prescripta no artipo antecedente, poderá resolver sobre tudo quanto for de sua competência, excepto sobre reforma dos estatutos, liquidação, dissolução e augmento de cipital, para o que 6 mister acharcm-se reunidos accionistas que representem dois terços do capital. Paragrapho unio. Quaesquer aU'^raçCies dos estatutos não terão vigor sem approvação expressa do governo. Art. 51. Xo caso de não haver numero legal para a constituição da assemblóa geral, observar-.se-á o disposto na lei n. 434, de julho de 1891, Art. õ2. Todos os accionistas, ainda S(>m o direito do voto, poderão assistir aos trabalhos da assembléa e discutir o objecto sujaito A. deliberação. Art. .")3. Todos os annos, no mOs de airosto e era dia precisamente marcado, se reunirá a assembléa geral ordinária para lhe ser apresentado o relatório annual acompanhado do balanço, conta de lucros e perdas e parecer do conselho fiscal. Art. 54. Nas asserabléas, tanto ordinárias como extraordinárias, o numero de 10 acções dá direito a um voto, até o máximo de .500 votos para cada accionista. Art. 55. Serão admittidos a votar n is assembléas geraes: 1 .° O tutor pelo tutelado e o curador pelo curatelado ; 3.» O marido pela mulher o os pais pelos filhos menores ; A LAVOURA 111 3.° O sócio da firma social pela mesma ; 5." O representanti da administração de sociedade anonyma ou corporação ; 0." Os syndicos pelas massas fallidas. Art. 5'.. Nas reuniões ordinárias 6 pormittido tratar-se de todos os assumptos que possam interessar o banco ; nas extraordinárias, só se tratará do objecto para que forem convocadas. Art. 57. Os donos das acções ao portador e transferidas por endosso são obri- gados a deposital-as na caixa do banco, pelo menos, seis dias antes da assombléa geral, sob pena do não poderem tomar parte nas discussões e deliberações. TITULO VIII FrNDO DE RESERV.\ E DIVIDENDOS Art. 58. Dos lucros líquidos semestraes, provenientes de operações completa- mente ultimadas, se deduzirá, a quota de 10 por cento, para ser constituído o fundo de reserva, destinado a fazer face ás perdas do capital social e á garantia de quo trata o art. 29. Art. 59. O fundo de reserva será constituído em apólices da divida publica federal ou letras hypothecarias do próprio banco. Os juros dos titules do fundo de reserva pertencerão ao mesmo fundo. Art. 60. Deduzida a quota do fundo de reserva, o liquido será distribuído em dividendo aos accionistas, até o limite de 10 por cento ao anno. Art. 01 . Havendo excesso de lucro, além do dividendo fixado no artigo prece- dente, metade constituirá um dividendo supplementar, a juizo da directoria, e outra metade será escripturada sob o titulo de fundo especial, destinado á unifor- mização dos dividendos. Art. 62. Os dividendos não reclamados até cinco annos da data do annuncio para seu pagamento, prescreverão em favjr do banco, salvo se for provada a au- sência em parte incerta do respectivo accionista. Art. 03. Os dividendos do banco são ioentos de impostos. TITULO IX DISPOSIÇÕES GERAES E TRANsITORI.\S Art. 64. Para os elTeitos do art. 14 da lei n. 1 .782, do 28 de novembro de 1007, a directoria, tomando por base o valor de eento e cincoenta mil contos como total máximo das operações a realizar nos dilTerentes Estados, fixará a somma das ope- rações a fazer em cada nm delles, na proporção da respectiva população. A tabela assim organizada será sujeita á approvação do governo. Art. 65. Os bens que o banco obtiver em solução de dividas deverão ser ven- didos no mais curto prazo, a juízo da directoria. Art. 60. O banco poderá crear succursaos e agencias dentro ou fora do pais, se julgar ronveniente aos seus interesses. Art. 67. O anno bancário coincidirá com o civil. Art. 68. Verificada a impontiialidade do banco no serviço de juros de siitis letras, o governo Decorrerá ao respectivo pagamento, promovendo a liquidação 112 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA amigável ou judicial do instituto o nssumiado a respoosabilidade das letras liypo- tiiecarias ciuciroulavão. Nd ciiso de liquidação jiidicinl, os liiiiiidantn^^ serão nomoados pplo i,'o- vorno. Ai't. 69. Nos cisos omissos, obscrvar-se-á o disposto na loi de 4 di- jullio d(í 1891, o legislarão hypothecaria, lei n. 1 .7^!2, de 28 de Qovembro de 1907, o decretj n. 7.010, lio 9 dfi julh 1 de I'.I03. >Iiiiir^ti"o egÍ8lação Federal, rel.itivas ao Credito Agrícola movei e dos empréstimos com a garantia pignoratícia ou liypole- caria, serão: 1°. — Descontos e redescontos: a) de letras agrícolas represei) tativas de productos da lavoura do Est uio, de piompta venda e não susceptíveis de deterioração ; b) de letras ou ordnns do lavradores sol)re commissarios ou exportadores dos respectivos goner.is. 2». — Por empréstimos ou adiantamentos aos lavradores e commissarios, ga- rantidos: a) por penhor agrícola ; h) por penhor mercantil de títulos da divida publica ou do Estado ; de proiuctos agrícolas; ouro, prata e pedras preciosas ; c, com previa approvação do GjVjrno, de títulos da dívida publica municipal, acções, letras, iebcntures de bancj e com- panhias do Estado ; c) por «warrants» omíttidos de accorJo com a lei ; rf) por primeira hypotheca do inwQoveis ruraes ou urbanos (directa ou jor cessão). O Banco poderá receber depósitos por letras a praxo fixo ou em conta corrento de movimento e a taxa mínína a cobrar era todos as suas o;)erações será de 10 °/o annuaes. Gozará de isenção de todos os impostos cstadoaes c poderá estabelecer flliaes ou agencias nas praças do E>tado que julgar convouientc. Os adiantamentos dõstínadoi ao custeio das lavouras serão feitos pjr prazo nimca maior de um anno e o seu valor não poderá exceJer a metade da renda in4día anaual das mesmas lavouras. A média annuiil será determinada pela ]írodii''ção dos últimos annos. A LAVOURA ii.í Os empréstimos feitos sob a garantia liypothecaria aão poderão exceder a ura terço do valor iJas propriedades agrícolas ou a "-i5 "/„ do valor dos ioimoveis urbanos. O seu pra70 não poderá exceder de 10 annos. No contracto 1'orani também estabelecidas as penas applicav(!is ás infracções das clausulas, consistindo em multas até 2:000$, suspensão do garantia de juros o caducidade. A directoria do bancj sorá constituída por cinco membros ; em Paris ficara um comité de outros cinco membros com as attribuições de conselho fiscal das omissões e para informar os accionistas nas assomblcas geraes sobre as operações do banco. As operações deverão se iniciar dentro do prazo de 90 dias, a contar da assig- natura do contracto. Em caso contrario caducará a concessão. — Do Estado de S. Paulo, temos ainda a registrar a creição do Banco de Custeio Rural de S. Manuel, cujos estatutos já foram approvados pelo governo estadoal que o subsidia com õO:'JCO$ ;00. Sociedade >Iiiieii*a. íle A-g-i-iciiltm-a, — Cora grande concur- rencia foi Instaliada em 21 de abril do corrente a Sociedade Mineira de Agricultura. Posteriormente procedeu-se á eleição da sua primeira directoria que ficou consti- tuída da seguinte fjrraa: Pr,'sideate de honra. Desembargador Jo"io Braul o ; Pr^'Sidente eíTectivo, Dr. Álvaro da Silveira ; 1° Vice-Presidente, Di". Aureliano Magalhães; 2° Vice- Presidente, Dr. Nelsou de Senna ; 1" Secretario, Dr. Pjdro Rache ; 2° Secretario tenente Cliristiano Pinto ; Thesoureiro, ooroncl Emydio Germano ; Commissario geral, Dr. Eduardo Lopes. O Sr. Dr. Wencesláo Bello endereçou ao Sr. dezerabargador .João Braulio o seguinte telegramma, em resposta á c^mmunicação recebida por esta Sociedade da installaçâo da nova associação agrícola ; «Exm. Sr. presidente da Sociedade Mineira de Agricultura. Em nome da directoria da Sociedade Nacional de Agricultiir.i, congratulo-me com V. Ex. pela cra.-ão da Sociedade Mineira de Agricultura, qm certamente virá, sob a auspiciosa e patriótica orientação do eminente Presidente do Estado, prestar relevantes serviços á agricultura mineira, tornando-se centro de ensinamentos, de estimules aos que labutam na rude porém honrosa vida. Agradeço as benévolas referencias c im que V. Ex. distinguiu esta Sociedade, que terá a maior satisfação em poder ser útil á futurosa eo-irmã. Cordiaes saudações. — Dr. Wencealáo Bello, presidente.» Tx-ig-o tie oixi*o — Cm grão que produz 70 libras de triga — Systema maravilhoso — A expariencia feita pela Rússia no plantio do trigo, a qual foi explicada ha um anno neite jornal, continua a produzir grande interesse entre os russos, e alguns dos seus jornaes illustrados conteem gravuras dos resultados obtidos. Pretendem que as experiências feitas em Annapolis, provam que o trigo produz em tão grande quantidade que pôde alimentar um homem num acre de 4.0413 metros quadrados de terreno, e que ao mesmo tempo quasi se tornar perenne. •3998 S 114 SOCIEDADE NACIONAI, DE AGRICULTURA E' difllcil do acroditar-se no quo dizem, isto é, que ara só grão de trigo possa produzir 70 libras do po;o oii 31,5 liilos e om l.04i'i metros quadrados produzir •ir; toneladas. O novo methodo, porém, podo ser experimentado por qualquer estacão expe- rimental ou mesmo por amadores om um metro quadrado de seu j irdim. O methodo 6 o seguinte : Cada grão ó plantado em uma cova cónica do 11 a 17 poUegadas de fundo com 42 pollegadas do largura. Depois de cada três semanas os rebentos do frrão são cobertos com uma camada de terra e assim se procede até 10 vezes. O re- sultado, segundo dizem os jornaes russos, é de que cada grão plantado na parte do alto invertido da cova cónica dá hasteas com folhas ou talos. Debaixo das folhas ou talos está, um engrossamento ou nó da hastc.i, que ao chama Bushing Knots, Si a hastea com o nó forem cobertos cora uma camada de terra de meio dedo de grossura, tora a propriedade de tomar raiz e dará no minimo três novos re- bentos cada um cora seus nós. Estes três rebentos si forem cobertos pelo mesmo processo do primeiro, produzirão cada um mais três rebentos e assim por diante, de maneira que depois de cada uma cob:'rtura com torra, o numero de hastes terá triplicado. 1'' cobertura 3 hasteas 2» > 9 » 3» > 27 > 8° » 6. .501 > 9' > 19.683 » 10^ » .-)9.049 » As 10 coberturas levarão 33 semanas, das quaes três serão precisas para os primeiros rebentos, c assim mais três semanas, mais ou menos, para cada cober- tura, dependendo isto do clima, o assim ver-se-ha então no principio do inverno um verdadeira tapete verde com Gd.iiOO pés de trigo. Systema allernativo — Nos casos era que acamada de um solo rico, seja muito fina e que se deseje uma boa colheita, o serruinto systema piide ser applicado : Plante-se o grão como se fosso para sementeira e replantem-se os rebentos na terceira semana na cova cónica, porém menos profunda, e depois cubra -se com terra como no primeiro caso, A replanta muitas vezes causa um forte cresci- mento, quo produz, depois do primeiro, 50 ou mais hasteas, de maneira que, tendo sido cobertos apenas oito vozes, o numero de hasteas pode ser de 105.350. Este sys- tema do cultura não precisa de irrigação, porquanto, tendo o ar accesso livre, as raízes perro ittem a passagem da humidade e gaz necessários para o crescimento da planta. LAVOURA U5 PARTE COMMERCIAL 1° trimestre de 1909 Café Venderam-se durante o trimestre 103.000 saccas para exportação contra 221.000 no trimestre anterior. Saccas Entraram no mesmo periodo 236.890 contra 248.260 Esistencia em 30 do cabril 52.216 contra 93.903 no dia 15 de abril. Existência em 31 de maio 33.293 contra 56.833 no dia 15 do maio. Existência em 30 do junho 132.078 contra 119.438 no dia 15 de junlio. Os extremos das cotações foram : ABP.IL i» quinzena Por arroba Por 10 kilos Typo n. 6 7$500 a 7$800 5$160 a 5í311 » » 7 7.$200 » 7.í500 4$9ã0 » 5$106 » >. 8 6$900 » 7$200 4$698 » 4$902 » » 9 (-4600 » n|900 4$493 » 4$698 2» quinzena Por arroba Por 10 kilos Typo a. 6 7$400 a 7,f^00 5^033 a .5$31I )» » 7 7.$100 >» 7$500 4$834 » 5$106 » » 8 0$800 » 7|200 4$630 » 4$90-2 í. » 9 6|500 » 6f900 4$425 » 4^698 lir. sOi;lKllAl)IO NACIOXAl. 1)K AHHICULTrRA MAM í» quinzena l'or arroba Typo n. O 6$W0 a T.ÇOOO » > 7 f'i$5J0 » (i-;700 > » 8 0$200 > 6$400 > » 9 5$900 » GJIÕO 2» quinzena Por arroba Tyitj n. ri 6$900 a 7$500 » >■> 7 6J003 » 7{2O0 » » 8 (;f3)0 > (;>'joo » » 9 íJslOO » 6s".00 l'or iO kiloí 4$'330 a 4$76C. 4$425 .. 4$502 i^n > 4$357 44;017 > 4$153 Por 10 kilos 4st>yá a ã^jioe 4$403 » 4$932 4$í 9 » 4$n9S •1S083 » 4$493 .TUMIO Por arroba Typo 11. i; 6sS00 a 7slOO » » 7 <;s50 1 » 6$W0 > » 8 6.S-200 » t^í^õOO » » 9 5$900 » OsíOO 2' jutniena Por arroba Typo n. 6 ôsíOQ a 04900 > » 7 5$900 » CS600 » » 8 5,V'00 » r.$?oo » » '.I 5.S300 » GSWil Por 10 kiljs 4S630 a 4-:8J4 4s4-?5 » 4S(>30 4S221 » 4sl25 4i;017 > 4SÍ21 Pnr 11) kilos 4$221 a 4s698 4$017 » 4$493 3$813 » 4Í289 3$60S > 4$0S5 O typo 7 disponível do Rio edo Santos foi, ora aWil, cotado em New-York a 8 7a CS. por Jibra desde o dia 1 a 7 des ;enio a 8 '/» c- nos dias a seguir até o dia 22; a 8 Vis es. de 23 a 27 e novamente a 8 ' , c. do 2S a 30. Na Bolsa foram registradas as seguintes cotações. lí.SO c. no dia 22 ; 6.60 c. em 23; 6.75 c. em 2J; G.8J c. em 10, 17, 19.20, 21, 27 o 13; 0.05 c. em 28, 29 e 30 ; 0.85 c. em 6, 7, 8 e 12, 14 o 15 ; 6.90 .\ em 3 e 5 ; G.9õ c. era 1 e 2. Em maíri o typo 7 disponível do Rio e do Santos em Ne w-Vork. teve as se- guintes cotações: s i ^ c. por libra de 1 a 10 e a 12 ; 8 % c- no dia II e 8 •■'unos di?s 13. 14 e 15 ; Sc. por libiM nos dias 17 i» 18 ; do dia 19 ati^ o fim do raez. O do Rio tbi cotado a 7 ■ ^ c. i; o de Santos mantova-se a 8 c. Xa B )lsa foram regis- tradas as seguintes colações: 7.15 c. nos dias 17, lSol9;6.60o. nos dias 20 o 24; 6.55 c. em 21, 22, 27 e 28 e 6.50 c. cm 25 e 20; 7.05 c. e:n 1, 3, 4, 5 e 12: 7.00 c. em 6, 7, 8 o 11; 7.10 c. eii 15; 7.1.'> c em 13 c II eO.O.-) c. ora 10. Km junho o typo 7 do Rio foi cotido cm iXova York, durante o raez, a 7 "/,, c. por libra até o dia 24 e a 7 ^,\ dahi em deanto. O do Santos a 8 e. todo o xacz. A f.AVOURA 117 ENTRADAS DETALHADAMENTE ABRIL /» quinzena Saccas Estrada de Ferro Central do Brazi! 21.8:31 Cabotagem 809 Barra dentro 17.015 Total 39,645 3' quinzena Sãccas Estrada de Ferro Central do Brazil 43.806 Cabotagem 2.160 Barra Deotro 26.651 Total 72.917 MAIO í» quinzena Saccas Estrada dj Ferro Central do Brazil 22.951 Cabotagem 2,303 Barra dentrj ... 13.732 Total 38.986 2» quinzena Saccas Estrada de Forro Central Jo Brazil 23.310 Cabotagem I.fi87 Barra dentro 19,339 Total 44.342 JLNIIO /* quinzena Saccas Estrada de Ferro Central do Brazil 21.927 Cabotagem 2.376 Barra dentro :í0.784 Total 55.087 2* quinzena Saccas Estrada de Ferro Central Jo Brazil 51.873 Cabotagem 6.095 Barra dentro 95.928 Total 153.897 lis SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Gsnsros nacionaes A-g- uardente Preços por pip^i de 40 litros base de 20 gráos : Preços Máximo iõOjOOO Miniiuo íiS?o:0 A-Icool 40 gràos : Preços Máximo 170$000 Minirno 125$000 38 gráos : Preços Maxirao 155$000 Minirno I30$003 30 gráos : Proços Máximo 140$000 Minirno 120$000 A.Ig'odão em ra.ma/ Pernambuco : Preços Maxirao 10$20D Minirno 9^300 Rio Cirando do Norte : Preços Máximo 10$000 Minirno 'J{000 Parahyba : Preços Máximo 9|800 Minimo 9$000 Ceará : Preços Máximo 10$000 Minimo 9$000 Penedo : Preços Máximo 9f800 MIuimo 8$6C0 A LAVOUUA lt9 Sergipe: Preços Máximo 9$600 Minimo 8$800 A.ssuca,x- Kilo Máximo $340 Minimo. . . . , $120 O iiilo, coníorme a qualidade . Fiuuo em. rolo Preços Máximo 2$200 Minimo $500 GS-enex-os imijox-tatlos Qualidade Quantidade Preços Banlia Americana . 500 barris . . . máximo $800 a libra minimo $760 » » Oarno . secca, 52.310 fardos. Rio Grande — nova minimo $540 máximo $700 Rio da Prata— nova, patos e mantas minimo $560 máximo $740 Dita nova, mantas, só minimo $630 máximo $800 Dita velha Não houve Fariniia de trigo, 51.530 barricas. Americana (barrica) Não houve » (sacca) Não houve Sio da Prata : 1» qualidade máximo 28$000 minimo 27$500 2'' qualidade 26|500 3* qualidade máximo 25$500 minimo 25$000 Moinho Inglez : Nacional máximo 26$000 minimo 25$500 Brazileira máximo Eõ^dOO minimo 24^,700 Buda-Nacional máximo 27s6no minimo 26$7U0 120 SOCIEDADK NACIONAI. DE Ai;r:i;LI.TLRA Savoia máximo 57$0C0 minitiio 23$000 Semolina máximo 28$0^0 rainirao áT^OOO Moinho Fiuminctise : S. Leopoldo 26.S500 O. 0 25ÍÕ0O Moinho Riachuelo : La Verdad 28$000 Riachuelo máximo ^7^500 rainimo STsOOO Superior máximo aSfjOO minimo 25|000 La Justicia máximo 2'lsõOi> minimo 2-i$C0) Sa,l Máximo -l^SJO Minimo I.$3ii00 Mercado monetário CAMBIO As taxiis cfflciaes continuai-ain a mantor-se inalteradas, a 15 1/16 d. sobre Lou- lireg nos banaos estrangeiros e 15 1/8 d. no Hanco do Brazil. As transacções lizeramse a esses extremoso as do outro papol de 15 1/8 a 15 5/32 d., não se registrando movimento digno de nota. Os extremos das cotações cfflciaes foram : Londres, 90 d/ v 15 1/in a 15 1/8 d. Pariz, 90d/v $|^.29 a $635 Hamburgo, 90 d/v $776 a $782 Portugal, 3 d/v $325 a $334 Itilia, r, d/v $n37 a $640 Nova York, à vista 3$290 a 3,$310 O valor offlcial de 1$ foi de $55S a $561 ouro e o de libra de 15$868 a 15$934. Ágio do ouro 78,51 «. a 79,25 °'„. A LAVOURA 121 O balancete da Caixa de Conversão em 30 do junho de 1909 dá os seguintes algarismos : Activo Caixa, ouro 93.020:52ls980 Caixa 019.8 l4:5G8i;020 Fracções em moeda subsidiaria 4:14I.'j;980 Resgate de notas 2.561 :070$000 Notas dilaceradas 219:830!|!;000 » modelo 48:850s000 » inutilizadas 1.069:500fi)00 Material para emissão 1 . 852 . 000 : OOO^OOO 2.0I8.738:4SI$1)8(J Passivo Emissão 93.016:3801000 Notas a eraittir 69.800:710$000 Notas a incinerar 3 . 899 . 250$000 Fracções, ouro • . . . 4:141$980 Thesouro Federal 18:000^000 Notas aassignar 1.852. 000 :000$000 2.018.738: 481$980 BIBLIOGRAPHIA PUBLICAÇÕES PFRIOlJlCAS Temos recebido mais as seguintes : The Journal of lhe Royal Agrictiltnral Sociely of Englanil .^Vo\. 69, correspon- dente ao anno de 1 908 . Verhandlungen des Koloiiiil — Wirtschafllichen Komilees, de Berlim — Anno de 1909, n. 1. Les Annales Politiques et Liltêraires, de Paris. — Anno XX. VII, n. 1353. Bolletino dei Ministero d^AgncoUura, Industria e Commercio (da Itália).— Anno VIII, serie A— fase. 21, sefle B — fase. 12, serie C — fase. IO. Boletin de Agricultura, Ciências Industriales, Economia Domestica, da Republica de S. Salvador. — Tomo 9, n. I. Bolelin do Ministério de Relaciones Exteriores, da Republica da Colorabia. — Tomo II, ns. 7e 8. 3998 9 — 122 SOCIEDADE NACIONAL DE AOBICULTURA Peru ro(/a;/.— Vol. 1, 08. 1 a 3. Annuario delia R. Slatione Bacologica di Padova — \o\. XXXVI. correspon- dente ao anno de 1908. (iiornnle dei I.avori Publici e delle Sírade Ferrate. — Anno XXXVI, ns. 14 O 15. Boletim do Museu Commercial do Rio de Janeiro. — Anno I. ns. 1 e 2. fíoletim do Museu Goeldi. — N. 2, vol V, março de 1909. PUBLICAÇÕES DIVERSAS Registramos com os nossos agradecimentoi o rocebimentodas seguintes : The Bonk of Ih» IHg, poi" James Long. Londres, I90(i, 1 vol. encadernado in-lfi, de 392 pa»s. Offerta do Sr. Alfredo Braga. Enlomnlogie et Parnsitologie Agricohf, por rjeorges Guénatix. Publicamos no fim desta secção o prospecto desta obra ijue acabamos de receber dos editares Srs. J. B. Baillière iimaux Reproducteurs des espéces chavaline et bovinea, Pro- gramma para esta exposição que se dave realizar de 16 a 20 de junho do corrente anno, em Paris. Discursos em Eomexagem a João Pinheiro, proferido uo Congresso Mineiro. Bello-Horizonte, 190'í. Palestra em beneficio da Sociedade .\mante da Instrucção e Trabalho, por Pedro Matta. Bello-Horizonte, 190X. Companhia ilogyana de Estradas de Ferro e Navegação. Relatório n. 5). A LAVOURA 1^3 CATÁLOGOS Estabelecimento Horticola Industrial Quinta Bom Retiro, Ambrósio Perret (Pe- lotas, Rio Grande do Sul). Catalogo Geral para o anno de 1909. Engenho Stamalo. S. Paulo, 1908. Catalogo do engenho sem engrenagem para moagem de canna, com cinco moendas — simples e duplas. Jefferson, Fagundes & Co. Moendas para canna. Catalogo n. 3, abril de 1909. Frted. Krupp. Magdeburg-Buckan. Machina desflbradora systema Bceken . The Geo L. Squier Mfg Co. Machinismo «Buffalo» para assucar, café, arroz e fibras. Catálogos, 61— P a 64— P. Buffalo, New- York. Estados Unidos da Araeiica do Norte. Robert Boby Ltd. St. Andrew's Works, Bury St. Edmund's, Inglaterra. Catalogo n. 35 (machiuas para limpar grãos, sementes, etc). Jones, Burton k Co. Liverpool, Inglaterra. Machinismos de alta velocidade e outras machinas modernas. Catalogo n. 1097. Catalogo illustrado de Magalhães & Moniz. Porto, 1906. Entoinolog-ie et Paríisitolog^ie agrrieoles, par Georges GuÉ.NADX, répéliteur à rinstitut national agronomique, 2' êdition Irès augmentée. 1 vol. in-16 de -S^IO pages, avec 400 fl,<(ures. Broche. 5 fr. Cartonné, 6 fr. (Encyclo- pèdie agricole). Librairie J. B. Buillière et flls, 19, rue Hautefeuille, à Paris. La necessite s'impose d'apprendre à lutter contre les ravages des animaux nuisibles à 1'agriculture, animaux d'autaat plus redout.ibles qu'ils sont plus difH- ciles à voir et à saisir. Le pias souvent les cultivateurs ne sont pas ea mesure de connaitre les animaux si divers qui les entourent, de distinguer ceux susceptibles d'être leuis auxiiiaires de ceux qui leur nuisent, et ne possodent pas surtuut les moyens d'aKÍr avec offlcacité contre ces derniers. Cest à cet ôtat de choses que M. Guénaux a tente d,i remediar, en donnant aux agriculteurs les notions pratiques indispensables pour défendre les champs, les vigues ou les bois contre leurs plus redoutables envahisseurs. M. Guénaux debute par l'étude des êtres les plus inférieurs ; puis viennent les Vers qui comportent de grands développements, oar ils renferment la majeure partie des parasites internes dont les anim.iux domestiques ont si fréquemment à soufTrir; leur ótude est assez ardue et l'auteur a essayó de la simpUfler en ne signalant que cequi est róellement int4ressaat à connaitre pour l'agriculteur. M. Guénaux étudie ensuite les animaux articules (Arlhropodes), qui se divisent en quatre ordres : Insectes, Myriapodes, Arachnides et Crustacès, Les Insectes sont de beaucoup les plus importants. Cette partie capitale de Touvrage a reçu les développemenis qu'elle comporte: Insectes nuisibles à toutes les cultures. aux cérêuíes, aux plantes fourragéres, aux plantes potagères, aux arbres fruitiers, à la oigne, aux arbres foresiiers, aux plantes horlicoles et d'urveinenl, aux animaux domestiques et â Vhomme, ainsi qu'aux habitations, aux boi&erios, aux vêtements et aux matières alimontaires. Cette dívision facilitera les recherches de ragriculteur, qui conuait toujours trop bien les dégâts, mais qui ignore le plus souvent la doscription scientifique do rinsect auteur des ravages. 124 SO:iED.\DE N'A0IO\.\L DE AGRICULTURA Daas un cliapitre spécial, Ni. Guéiaux a pris soin de résnraer los principaus prodéJés de destruction en mago contre les iii3ecte3;le lecteur y trouvera les formules les plus usxtées daru les trailent>n':nts insezticides . Cette derniôre partie a notainment été três di^velopple dans la 2'^™" editinn. Pour terminei-, Nf. Guínanx traite des Myriapodos ou Mille-pattes ; puis des Araohntdes qui renfermont uq gran 1 aotnbrâ d'aiiimaux auisiblos, eotre aiitrej les Acariená, parasites des animaux domestiques. Ce volume fait pirúo do rffncycí)p3'/ie agricole publíóe sous la dlrection de M. Wekt, le dii'ecteur de Tlnstitut national agronomique. \j' Encyclopédie agricole ^'íV Agenda agricole Vf p.KX. (\\n ea est lo coraplémont annuel. sont anjoupd'liui o.atre les maios dí to-is ceux qui s'oecup'íit s'rieusemnat d'agricuUare. Lj citald^'113 d 'IvíIIm de VE-icj^dogeii: ag-iole f)rrain> 72 pages illustrúes de planclies est airess'' í»ratis ;i toute personne qui en f.iit Ia demande a, MM. J. B. Bailliíro et fils, 19, rue HautefeuiUe, à Paris. Dictioiviiaire-inanuel illustré V>a Capital I-'«ileial Mudas de abacate paia distribuição s^ VIRIBUS UNITIS í€ BKA.Z:HLi IMr NACIONAL — 1909 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Fundada em tó de janeiro de i8g7 Caiii-postal, 1245 Seda: Rau da ilfaadeea d. lOá Bodereço Telegraphico, A0RICULT0R4 « General Camará d. 127 TeUphooe o. 1416 hio dk jinkiho I > I K. ia OT-O K. I A. Presidente — Dr. Wencesláo Alves Leite de Oliveira Bello. 1° Vice-presidente — Vago. 2° Vice-presidente — Dr. Sylvio Ferreira Rangel. 3" Vice-presidente — Dr. Domingos Sérgio de Carvalho. Secretario Geral — Dr. Heitor de SA. 1° Secretario — Dr. Francisco Tito de Souza Rkis. 2° Secretario — Dr. Iíenedicto Ravmundo da Silva. 3° Secretario — Dr. José I^ibeiro Monieiro da Silva. 4" Secretario — Alberto de Araújo Ferreira Jacobina. 1° Thesoureiro — Dr. João Pedreira do Couto Ferraz Júnior. 2° Tiiesoureiro — Carlos Raulino. Horto da Penha ... Dr. Wencesláo Bello Fazenda de Santa Alonica Dr. Sylvio Rangel. Secretaria, Álcool e .Museu Dr. BeneJicto Raymundo. Secção Teclinlca e Blbliotheca Dr. Heitor de Sá." Plantas e sementes Dr. Monteiro da Silva. Propaganda e estatística .Mberto Jacobina Thesouraria Carlos líaulino. Oollaborução Ser<ã() considerados collaboradores não só os sócios como lodos que quizerem ser- vir-se destas columnas para a propaganda da agricultura, o que a redacção muito agradece. A lista dos collaboradores será publicada annualmente com o resumo dos trabalhos. A redacção não se responsabllisa pelas opiuiõas eniittidas em artigos assignados, e qtie serão publicados sob a exclusiva responsabilidade dos autores. Os originaes não serão restituídos. As communicações e correspondências devem ser dirigidas á Redacção d'A LA- VOURA na sede da Sociedade Nacional de Agricultura. A LAVOURA não acceita assignaturas. E' di.stribuida gratuitamente aos sócios da Sociedade Nacional de Agricultura. Ooiicllv<}**s iil>ll<*si<,-:'i<> M miiiiiiieitiB VEZES meia pagina UMA PAGINA I I2$000 20$000 3 . . 30$ooo 5o$ooo 6 5o$ooo gc^ooo 12 go$ooo lyc^ooo Os annuncios são pagos adeantadamente. Tiragem 5.000 exemplares SU MM A RIO PAGS. .'\ Sericicultura em .Minas 125 Madeiras e vejetaes úteis do Brazil 127 A anemia no carneiro 134 Ilex mate paraguayensis 137 Parceria agricola 143 ICxpediente 154 Noticiário 172 Parte Commercial 17^ Anno XIII N. 7 Rio de Janeiro Julho de 1909 EDITORIAL A Ssricicultura cm Minas LIRRARY NEW YORK BOTANICAL aAKDBN. Pessoa vinda de Minas trouxe-nos animadoras noticias sol)re a Sericicultura no miinicipio de S. Joãod'El-Rey. Teve occasião de conliecer alii o Sr. Theophilo da Silveira, que se constituiu em denodado apostolo da promissora industria do Bombyx- mori naquella cidade. Este cavalheiro está tão convencido das vantagens da Sericicultura, que não tem pjupado sicrificios para implantal-a na ])8l[a cidade do Rio das Mortes. S. S. adquiriu uma chácara a dous e meio kllometros de S. João d'ElRc-y e alli plantou 5.000 amoreiras, de que se serve para o sustento do insecto da seda. Já o anno passado conseguiu uma colheita delG4 kilos de casulos e este anno conta com uma safra de 300 kilos. Os primeiros ensaios de criação do bicho dasada em S. João d'El-Rey datam de 1904; pois, retirando-se daquella cidade o Sr. Dr. Álvaro da Silveira, succedeu-lhe seu irmão, o Sr. Theophilo da Silveira, que, desde então. Jamais se descurou do precioso Bombyx-mori. Espirito culto e intelligencia segura, S. S. compenetrou-se desde logo do alto papal economico-social que a Sericicultura estfi chamada a desempanhar no meio mineiro. Leu muito, praticou e observou com madureza, de modo que já se lhe não escapa segredo algum na ma- téria. \o intuito de facilitar e garantir o exile da Sericicultura em S. Joãn d'El-Rey, S. S., além de fazer grande plantação de amoreiras, tem pro- curado introduzir boas sementes ou óvulos seleccionados, afim dedestri- ])Uir sirgos vigorosos pelas passoas que, porventura, desejem tentar sua criação. S. S. conta incubar este anno cerca de 500 grammas de óvulos . Para a hibernação dos óvulos, obteve do adiantado industrio" Sr. Lobato r'ilho pei'missão para conservar todos os óvulos Bombijx-moi-: nas camarás frigorificas da grande fabrica de lacticínios que este senhor sustenta em S. João dlíl-Rey. E' esic um serviço de giande valia, poi: como é sabido, sem camarás de hibernação é mui diHicil e fallivel ^ Sericií-ullura. 1 \m SOCIRDADE NACIONAL DE AGRICULTURA O Sr. Silveira visa consliUiir um centro sericicola em S. João d'Kl-Rey, para dalli dirigir o movimento, ora escrevendo, ora acon«3- lliando, ora distriljuindo óvulos e sirgos, fazendo em summa ludo quanto preciso for para guiar os sencicul toros principiantes. Um dos maiores serviços prestados por S. S. foi a constatação das terrivels moléstias que dizimam o bicho da seda. S. S., cm cooperação com o Dr. Francisco Calão, constatou o mal e indicou o moio de llic evitar os terríveis effeltos. Graças á campanha levantada por S. S., Já neste momento exis- tem vários cavalheiros qu9 se dedicam ;i criação do bicho da seda com animo de auferir lucro. Assim, sem intenção de omitlir nomes, ha nada menos de cinco pessoas em S. João d'El-Key que tomam a peito a criação do Bombyx-- inori . — Neste numero e na frente da i)halange destaca-se a veneranda Sra. D. Maria Ubaldi na da Silveira, digna progenitora dos conhecidos cidadãos Álvaro, Francisco, Gustavo, Urias e Theophilo da Silveira. Viva e alerta, embora sob o fardo de setenta janeiros, S. Ex. toma parte activa na propaganda serica, secundando com vigor os esforços de seu extremoso filho. V.' uma hclla acção esta sua, que terá o devido exaltamento, quando no futuro forem dignos de menção os que na hora pre.sente trabalham pela implantação de uma industria destinada a operar grandes benefícios nu nosso meio economico-.soclal, cujas falhas ferem de frente aos que cogitam du mel horamenio da nossa sociedade doentia. E' na espaçosa habitação de D. Maria Ubaldina que o Sr. TheO' philo da Silveira incuba e cria os seus sir.gos. — Cumpre tambam lembrar o nome do Sr. Baptista Rodrigues, negociante em S. João d'El-Rey, o qual possue cerca de 5.000 pés de amoreira com mais de dous annos e se prepara para iniciar a criação do /íomòí/j?/nort na próxima futura .safia. — O Sr. Alb3rto de Castro, funccionario da E. F. Oeste de Minas, trata de cento e tantas amoreiras em plena exuberância com o intento de se dedicar á Sericiíulium. — Com igual escopo, o maestro João Feliciano de Souza, applaudido director da banda de musica do 51° batalhão de caçadores, eslã disposto a formar grandes amoreiraes para a criai-ão do bicho da seda em escola industrial, fossuu já :>AW\) plantas em brllo estado e pretende cobrir de amoreiras a .sua propriedade denominada Agua Limpa, visinha de S. João d'El-Hov. A LAVOURA 127 — O Sr Charles Causers, serente em S. João da firma llopkin?, Causers and Hopkins, na Capital da Republica, cultiva 2.500 amoreiras na sua chácara — Britannia — situada a três kilometros da cidade. O Sr. Charles Causers é ura devotado criador de finas raças de aves domesticas e quer fazer-se sericicullor paradistríicção e negocio. — Outro cavalheiro, proprietário em Rio das Mortes, de nomo Sil- vestre Rodrigues, si me não trae a memoria, possue 500 amoreiras de mais de quatro annos e Imas para serom exploradas. Vae começara criar sirgos na safra entrante. — O coronel Francisco de Paula I^odrigues, aliastadii criador no município de S. João d'El-Rey, também tbrma na piialange de lionra dos pioneiros da Sericicultura mineira. AUi, em casa do coronel Paula Rodrigues, a criação dos sirgos está era boas mãos, pois é a interessante senliorita Rodrigues que dedica carinhoso e inlelligente trato ao Bombyx' da amoreira. O amoreiral de MUe. Paula Rodrigues consta de mil e muitas arvores sadias, que deram farta carga de folhas o anuo passado, ipie foi (juando se iniciou a criação do bicho da seda na propriedade do coronel Francisco de Paula Rodrigues. Vários outros cavalheiros mostram-se animados de bons desejos em prol da Sericicultura no município de S. João d'El-Rey, de maneira que tudo leva a crer que os sericicultores de amanhã formarão legião. Emquanlo houver comprador para a seda em casulos e o Governo de Minas mantiver as normas de administração que vem trilhando em matéria económica, a Sericicultura ha de ir adquirindo terreno nas camadas sociaes do Estado, até se firmar definitivamente como uma abundante fonte de ritiueza publica e particular. Algumas madeiras s vcgetass úteis do Brazil DE M. PIO CORRÊA Monographia n. 65 — Amostra 73. família das mor AC e as Klgucirn Itranca Ficus doUaria M. ■ Synonyjua — Coajimguba, Coajinguba. Coajinguoa e Coajanguba (nomes que alguns autores attrilmem a este vegetal, mas que aliás pertencem á Ficus anlhelminlica M.) — Ccjiaubuçu, algures (de «Capiu- 128 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA ba-assú», que SÓ cabe a diversas anarardiaceas e leguminosas^ — Cua- ícinguba {o mesmo que '(Coajinyuixií, ele, mas lambem applirado á Ficus perlusa l..) — Fif/iieíra-bracn, no Paraná ('nome que cate melhor á Ficus atrox M.; no líiodiiuiile do Sul i> unsnvi nome vulgar édadoá Gecropia adenopu.'? M e talvez anuíras Cecropiasj — Fi (jueiva-de-man- gue (quando crescendo perto de manguezaes) — Figueira-mato-pau (quando epi])hyla) — Figueira-parasita , em Goyaz (idem) — Figueiri- nha (quando nova) — Gamelleira-branca — Gomelleira-branca-de-purga — Guapotj, dosGuoranys («contas com furo») — Guaxinguba (o mesmo que «Guaxinguba»; --Hií/ueron,na Republica do Uruguay — Matn-paa 17^(0 mesmo que «Kigueira-mata-pau» e não confundir coma gultiferacea Clusiaalba Choisy, que tem <> mesmo nome vulgar) — Qunxinduba (o mesmo que »Guaxinguba» — Renaro^ na Cnlumbia e no Peru — Rènaquillo, idem (quando epiphyta). — Ao contrario do que se tem aflirmado, os nomes «Figueira» e «Gamelleira» não são peculiares a determinadas regiões do paiz ; salvas excepções, ambos estão egual- mente general isados, sendo bem possível ou quasi certo que elles cabem a numerosas espécies do mesmo género, ainda imperfeitamente es- tudado:— O nome «Cerejeira», que alguns autores dão ao vegetal que descrevemos, não tem a consagração popular sinão em outro individuo, da familia das Myrlaceas. Habitat — Todo o Brazil, sendo mais desenvolvidos os indivíduos que vegetam no centro e no sul do pjiz, onde são encontrados facil- mente com a ciicumfeiencia de mais de dez melros. Indirierente ii qualidade das terras, quasi sempre nasce e se desenvolve sobre muros e especialmente sobre outras plantas, que elle atropina e afinal mata, encerrando-as dentro de si mesmo; nulrc-se por meio de raízes adven- tícias, de formas tão curiosas como caprichosas, (jue vão corporifi- cando-see formando um caule próprio. Descripção — Arvoro muito copada, de caule pouco recto, até 1S,00 de altura c de grande diâmetro ; galhos longos; casca parda, cmbirenta revestida de epiderme verrucosa, exsudando látex abundante e espesso, de sabor doce, queoxyda ao ar ; folhas persistentes, pecioladas, alternas, ovaes ; lloivs uni-sexuaes ; fr 11 -los mui lo peque nos e doces. Madeira — Branco-amarellada, ondeada, excessivamente leve, porosa, tecido frouxo, dócil ao capilho e rebelde á serra. Pesos específicos verificados: 0,390 (Rio Grande do Sul), 0,598 e 0,600, sendo sempre mais leva a que nasce em terras excessivamente húmidas ou silicosas. Appligaçõf.s — Madeira para canoas, laboado de forro, gamellas, cuias e pasta de papel, sendo que para esta promette ser uma das espécies A LAVOURA 159 nacionaes de maior rendimento; os fru cios são tão pi'Ocurados pelos pássaros, que a «Figueira» é preferida para a coilocaoão de arapucas. Quanto ao iatex, além de produzii' lionadia, já explorada em al.iíuns muniripios do Estado d3 S. Paulo, tem innumeras propriedades tliera- peuticas: tomado internamente na dose de dez a trinta pingos (umas cincoenta gottas), é efíicaz como vei-mifugo : a mesma dose, repetida três vezes diariamente, é útil na cura da Indropisia ; usado externa- mente, em unctura sobre os cravos das boubas, secca-os em poucos dias ; em cataplasmas, que devem cair por si mesmas, é útil nas deslocações ósseas e quebraduras dos ossos. As cascas são consideradas tanniferas; o seu cozimento, tomado ás chicaras, é taml)em vantajoso contra a oppilação. Seccando-seo látex por meio do álcool absoluto em ebullição, filtrando se o licor alcoólico e deixando-o esfriai', oblem-se um corpo branco e amorpho, que é a doliarina, o (|ual condensa algumas das propriedades medicinaesattriíjuidas ao iatex natural, isto é, peptonisa os músculos, facilita a digestão e combate a ankilostomiase pela expul- são dos respectivos vermes ; associado ao ferro, é útil na hypohemia intertropical . A doliarina contém o acido azodoliarinico. Observações — Este vegetal é um dos que, a despeito de sua limitada altura, attinge, pela sua corpulência e extensão de seus galhos, proporções colossaes. Pensamos que ha muita confusão nas espécies de Ficus descriptas e que o seu numero será bam reduzido no primeiro trabalho syste- matico. Monographia n. GG — Amostra 74. família das leguminosas (divisdo papilionacea) Andira specúabilis Sald. Synonimia — Anr-cui, dos guaranys (« nascer » da fêmea (, '? ) — Angelini — Angeliin-jiedra, no Espirito Santo (cf. «Observações») Arai-ui e Aracuim («arvore que dá pó», nome indígena de diversas espécies de Andira era vários Estados, e que é também um dos nomes vulgares de uma palmeira, a Cocos schizophylla M.) — Ba- racaliij — Bracuhy. no oeste do Estado de S. Vaiúo — Garacuhy — Guavaculnj — Guarapui. — No Estado do Amazonas ha uma arvore, de que ainda não conhecemos a respectiva diagnose, e que tem o nome de « Guapui » . l-)0 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Habitat — Estados marilimns do rírasil, desde o do Maranhão, o também nos do centro ; õ, porém, mais commum no littoral . Ve- geta em quaesquer terras, preferindo as argillosas e seccas. Descru^ção— Arvore magestosa, de caule recto, até 30"',00 de altura e 2"',00 de diâmetro ou talvez mais; galhos resinosos, com aroma de flgoíiuandorecem-quebradds : casca grossa até On>,OG de espessura, aver- meliiada, de salwr adocicado e levemente adstringente, revestida de epiderme dura em rectângulos pequenos, uniformes e alinhados, longi- tudinal e transversalmente, folhas caducas, compostas, até O, IH de comprimento, alternas, imparipianadas ; rachis um pouco convexo, i)U- hescente ; foliolos oppostos, também pubescentes, até 13 jugos, oblongos e de margens ci liadas, mais ou menos 50 "'/,„ de comprimento e 15 ""/„, de largura, estipulados, ncrvação delicada, visivel á ti-ansparencia ; llores roseo-violaceas, papilionaceas; fructo vagem indehiscente e monosperma . Madeira — Grande alburno, cerne amarei lo-pardacento, ondeado, porosa, compacta, revêssa, não alisando bem, mas sendo dócil á serra e retendo mal os pregos. Pesos específicos verificados : 0,900, 0,980, 0,986, 1,052, 1,144. Resistência ao esmagamento: carga perpendicular, 229; carga parallela, (■)2G ; sem determinação da posição da carga, C48 e 981") kilogrammas por centímetro quadrado. Applicações — Madeira pai'a conslrucção naval ( cavername de navios e canoas, lendo a vantagem de resistir ao gusano « Teredo na- valis»), obras externas, esteios, postes, vigas, tanoaria, marcenaria, carroçaria e dormentes de segunda qualidade, que duram mais de 10 annos. — As cascas servem para cortume, mas exigem muito cuidado, porque, apazar do lannino não e.x.ceder de 20 7o, cilas queimam os couros, ás vezes em 21- horas, devido á presença de um principio ainda não determinado. Obsf.rv.\ções ^ Vimos amostras de madeiras de indivíduos do Maranhão e do Espirito Santo, que são rigorosamente iguaes á dos indi- víduos de Cananéa (S. Paulo). Nesta ultima região (valle da Ribeira de Iguape), o Gracuhij é um dos mais gigantescos vegetaes, excedendo muito o próprio Jcí/MtííM, que alli tem proporções limitadas. Vimos canoas que transportam seis toneladas de mercadorias. ]■;' facto averi- guado, que os indivíduos dalii fornecem madeira incomparável mento superior à dos do centro, sendo possível que tal anomalia occorra nos demais Estados. — Parece haver duas variedades de Gracu/nj que o povo dis- tingue como «grande» e «pequeno», ficando os nomes na razão A LAVOURA 131 inversa do tamanho de uma pedra que se desenvolve no âmago de cada individuo. Como acontece a outros vegetaes, as follias do Gra- cuhy diminuem de tamanho com o augmento da idade do individuo. — O Gracufuj, como todos os Angelins, teve o corte regulado pela lei de 1799, que impôz a sua venda aos arsenaes do paiz, onde o ap- plicavam especialmente para o leme dos navios. / Monographia n. 67 — Amostra 75 família das CORDIAGEAS Griio do Gallo Cordia grandifolia A. D. C. Synonimia — Acoará-murú — Cloraliiba e Claraiba (nomes com- muns a outras cordiaceas) — Grão de porco (commum a vegetaes de diversas famílias) — - Jaguará-murú (commum a outras cordiaceas) — Louro (nome extensivo a todas as cordiaceas e a algumas lauraceas). O nome «Grão de gallo» é commum a plantas das famílias das sapotaceas, ulmaceas. solanaceas, rubiaceas e rhamnaceas, pelo que deve haver muito cuidado na identificação das espécies; o nome vem sempre da fórraa dos frui 'los. Habitat — Desde o Estado de Pernambuco ao de S. Paulo, vege- tam de preferencia em terras de boa qualidade. DescripçSo — Arvore pequena, de caule mais ou menos recto > ramos pu])9scenles, verticillados, formando cruz ; casca emltirenta e pardacenta, até S '"/■„ de espessura, revestida de epiderme escura, gre- tada; folhas inteiras, alternas, simples, pergamentaceas, ásperas, pe- cioladas, ovaes, acuminadas, mais ou menos 180 '"/„> de comprimento e 67 "7„i de largura, nervuras salientes na pagina inferior; flores brancas, infundibiliformes; fructo drupaceo. Madeira — Camada cortical pardacenta, madeira branca, fibração cruzada, porosa, molle, difficil de rachar e dócil ao cepilho e á serra. Applicações — Madeira geralmente pouco ulilisada, mas que pôde servir para caixotaria, carpintaria e pasta de papel, sendo que esta ul- tima applicação é extensiva ás cascas. Os fructos são doces e comes- tíveis, posto não muito saborosos; delles S3 faz um xarope muciiagi- noso e bechico. Observações — No baixo Tietê (S. Paulo; ha um arbusto, geral- mente conhecido pelo nome de «Saran», masque taml>em denominam 13V SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA «Grão de gallo»: ignoramos a que família pertenre. Vegela alli nas margens baixas e panianosas, socialmeale, cntrelarando as raízes como as rliizoplioraLvas ; dá Iriutos amarei los, que os pássaros comem . Munogropliia n. G8 — Amnslra TO família das MYRTACEAS <«lial)li-<>lia lio :\l:ill<> Campomniiesia klut^scliiann /3rri/. Syxommia — Guahirobn-guassu, no Hio (irande do Sul ea syiioni- m ia referida na «Guabiroba do campo» . Habitat — Estados de Minas G}raes, S. ['aulo, Paraná e norte do Rio (íiandedo Sul, vegetando sempre em torras de primeira (luali- dade. Drscripç.\o — Arvoro de caule mais ou monos recto, até S,OL) de altura e 0,50 de diâmetro ; galiios glabros, rubros e achatados nas ex- tremidades ; casca de sabor muito a Istringenle, ate 4 "7,„ de espes- sura, revestida de epídei^me feirugínoa e furfurosa, em laminas sobre- postas, renovando-se íacilmente ; folhas simples, inteiras, oppostas, pecioladas, base aguda, ovaes, mais ou menos 150 '"/m de comprimento e 80 ™/m de largura, saliente-nervadas, verde-escuras na pagina \\\{^í- rior e de aroma agradável ; flores axillaros, brancas : fruclo baga, de sabor muito adstringente. Madeira — Grande c solido aliiurno (-"ir do rosa ocerno verniollio- escuro, tecido compacto, revessa, dura, niuilo bonita depois de enverni- zada. Para peso e r&slstencia, confira-se «Guabirolja do campo». Applicações — A madeira c utilisada para marcenaria, caibros, cabos de ferramentas, fabrico do carros e insti'umentos de musicci, tulgas, conslrucções civis em geral o lenha, preferida para a lorrefacção da herva-matte. As cascas conteera lanninoexcellente para o cortimento de pellícas ; além disso lêem o mesmo emprego das da espécie anterior e bem assim as folhas, que por causa de seu aroma agradável, muito forte ao serem queimadas, são especialmente empregadas na «sapeca» da herva-male. Os fructos, embora um jiouto acros, .são comestíveis, .sobretudo em comjDOla ; as antas e outros animaes, comem-nos avida- mente. A LAVOURA l;W Monograpliia n. 69 — Amostra 77 família das MYRTACEAS Oual>li*oI>a «Io <;nin|>o Campomaiiesin nwflúnia Jiriu/. Synonimia — Goabíroba — Guabirúba, nos Estados do norte — Guabiroba, nos Estados do sul (Jo Inpi-guarany «gua-bir-ob» folha e casca cheirosas) — Giiabirobeira (a etymologia acima, accrescentada do suffixo portuguez «eira» — Guabirotai/a — Guaoirá, dos indics do Pa- raguay — Guaoiroba — Ibabiraba (de «ybáybirá» arvore de fructos) — Itabiraba (corruptela de nome precedente) — Quabiroba (idem). — A sy- nonimia do norte do Brasil corresponde talvez a espécies muito pró- ximas parentas desta ; o nome «Guabiroba» é extensivo a vegetaes deste e de outros géneros da mesma família ; no Rio Grande do Sul dão os nomes de «Guabiroba do campo» e «Araçá-rasteiro» á Gampo- manesia cyanea Bei'g., que não excede de 0,50 do altura. Ainda o mesmo nome vulgar é dado algures a plantas de outras famílias, e entre ellas a uma cordiacea. Não confundir com «Guariroba», que é uma palmeira, a Cocos oleracea M . HABrrAT — Estados marítimos do Brasil, desde o de S. Paulo ao do Rio Grande do Sul, vegetando em quaesquer terras argillosas, mas prefe- rindo as de qualidade regulai*. Descripção — Arvore de caule geralmente tortuoso, até 8,00 de al- tura e 0,65 de diâmetro ; galhos pardo-lerrugineo-esverdeados, de epi- derme renovável; casca branca, fina, de sabor adstringente, cora epiderme em grandes laminas que se desprendem e renovam com facilidade; folhas simples, inteiras, pergamenlaceas, reticulado-ner- vados, pecioladas, ovaes, mais ou menos G7 "7,„ de comprimento e 34 "/n, de largura, ápice agudo, verdeclaras e de sator adstringente ; flores brancas; fruclo, baga, amarello. MADEmA — Còr amarellada, firme, revessa, compacta, dura e elás- tica. Pesos específicos verificados (sem determinação rigorosa da espé- cie botânica) : 0,747 (Pernambuco) — 0,7'JO (Rio Grande do Sul) — 0,808 (Paraná). Resistência ao esmagamento, sem determinação da posição da carga, Gil kilogrammas por centímetro quadrado. Applicações — Madeira pouco empregada, porque a planta é cul- tivada por causa de seus fructos, mas que pôde ter as mesmas appli- cações da «Guabiroba do matto» ; as cascas e as folhas são uteís em • 2 134 SOCliSDADE NACIONAL DK AGRICULTURA cozimento: internamente, contra as affecções agudas do apparelho in- testinal ; externamente, como adstringente e tónico nos casos de leucorrliéa, dysenteria, diarriíéa e catarrlio vesical. O fiiicto, que é sahwroso e com o qual se foz masnifico doce de compota, não é atacado i)or vermes. (Continua) COLLABORACÃO A ansmia no carneiro — Causas, symptomas e therapeutica Toda a isente salje que, depois do boi e do porco, é o ovino o ani- mal que occupa o logar mais importante na economia social, quer pela excellente carne, preferível, em muitos casos, á dos outros ani- maes, quer pela sua pelie e lã fornecidas ii industria — um dos prin- cipaescoefllcientes de i'ique/,a. E, porque tamijem no Brasil, de algum tempo para cá, a industria dos ovinos vai não só tomando incremento (graças ao &sforço do Gover- no com a actual importação de reproductores), senão, com nobre emula- ção, melhorando e propaga ndo-se — considero de grande vantagem, no intuito de ser útil ao desenvolvimento dessa grande industria, forne- cer ao veilio e ao joven criador certas inslrucções i)roprias para pre- venir, diagnosticar e curar uma das mais importantes e, talvez, menos estudadas moléstias do gado — quero dizer, a anemia. A' parte a anomia essencial ou idiopatliica, ligada á fraqueza congénita, ao clima, logar e á imprópria e insufficiente alimentação, a qual, anemia, tem sua origem nasalludidas causas, e sua therapeutica justa e racional na remoção das mesmas, existe, como bom disse Moussu em uma certa monogiaphia, uma outra syraplomalica, ali- mentada por moléstia parasitaria com sede predilecta no fi gado ou no intestino. Na verdade, por causa do seu modo do vida especial e da alimentação, todos os ovinos em geral estão expostos á fácil penetração, por via A LAVOURA 135 buccal, do ovo ou dos embriões do verme, que, desenvolvendo-se no estômago, intestino ou íigado, determinam muitas erosões que podem servir deporta de entrada não só a outras infecções, como tamloem á penetração na torrente circulatória de ptomainas e venenos segrega- dos pelo verme, que atacam os glolmlos vermeliios, provocando uma anemia rápida. A esse typo de moléstia pertencem precisamente a dístomatose he- pática (podridão ou cachexia aquosa) caracterisada pela presença do distoma no fisaáoe nas vias biliares ; a strongilose gastro-intestinal, ou enterite verminosa, mantida pela presença do strongilo (pequeno verme redondo) no estômago e intestino. A primeira forma é mais frequente na primavera e no outono, todavia a segunda se desenvolve com especial frequência no verão : quanto aos symptomas (e a therapeutica) são mais ou menos idênticos, excepção feita de uma maior gravidade de que se reveste subitamente a forma estival, de que trata com muita largueza a monographia já referida. Os animaes accommettidos da moléstia, especialmente quando esta data de alglini tempo, mostram-s3 macarabusios e emmagrecidos, têm a lã erriçada, a massa muscular mais llacida, e comem com menos appetite. Toda a mucosa apparente mostra-se mais pallida e descorada, e, os vasos superficiaes e visíveis parecem transparentes, sendo que o sangue que nellas circula é pobre de seus elementos figurados. Muitas vezes no canal intermaxillar nota-se como um edema pastoso, que demonstra o extremo gráo de fraqueza. Se o animal morre e não p^atica-se a necropsia, tem-se em pri- meiro logar todo o quadro da anemia; também incidindo-se os vasos não se obtém senão um liquido amarellopallido, quasi semelhante ao soro do sangue. Com os signaoí da anemia da pelle, dos músculos e parenchy- mas se acham as lesõ35 próprias das local isações parasitarias que se assestam no fígado quando se trata de distomatose, na mucosa gás- trica e entérica, ([uando de strongilose. No primeiro caso se encontra a feição evidente da cirrh.ose vulgar ou atrophica do fígado, sclerosedo connectivo hepático, degeneração do acino glandular e a presença dos distomos no liquido amarello ver- doengoque enche os canaes biliares. Na strongilose, encontra-sa toda a mucosa do intestino delgado espessada, fortemente marchetada e ondulada, com soluções numero- 136 SOCIEDAUE NACIONAL UE AGRICULTURA sas, fie continuidade, eé evidente allia pro-^enra de um Jiquido mu- coso filante, misto de declrilos alimenticics, numerosos sti-ongilos o, eventualmente, de li'icocei»iialos e uncinarios. Essa moléstia, es|iecial mente na sua segunda IVn-ma, <■ nuiil" jn- sidiosao pôde estender-so de tal maneira até rom|iroMiettei' ú cria<;ão, porduiando o estado enzooliro no local de desenvolvimento por causa do ciclo reproductivo do verme parasitário. Por esta razão, uma vez verificada a presença da moléstia em um dado centro de criaí.ão, devei--se-ha agir, dentro dos limites da possibi- lidade, no sentido de impodir a moléstia na sua marcha seralmenle fatal, e no de que a mesma possa repetir-se jiara o futuro. Para tid fim, logo que se ponham de manifesto os primeiros sym- ptomas da moléstia, evlte-se deixar os ovinos irem ao pasto ou ás cir- cumvizinhanças do local reconhecidamente infecto, mantendo-os em logar fechado e salubre, administrando-lhcs alimentos muito nutriti- vos, havendo a escrupulosa cautela de separar á distancia os individues doentes dos suspeitos do o serem. Desta propliyiaxia, simples mas utilíssima, resulta (jue, muitas vezes, se consegue sopitar a moléstia nos seus primeiros passos e tanto mais quanto alem de uma alimentação intensiva e corroborante dada ao animal, se Hh' junct;iin tónicos e conveni;'ntes desinfectantes in- testinaes. Será, assim, óptima norma dar aos doentes mistura de aveia, cevada, farelo, farinha de nós de aveia, na proporção de cinco a oito grammas per capita. Tal medica(;ão deverá ser pi'olongada pnr oito dias consecutivos, interrompida i3or um período igual de tempo, e recomeçada e conti- nuada da mesma maneira por outros tantos dias. Os americanos aconselham a agua creosotada, na proporção de 10 grammas por litro, sob a fúrraa de beberagem que os ovinos doentes geralmente acceítam sem o|)pòr difliculdade alj:uma. Para o mesmo fim, aconselha-se agua ferruginosa, que se prepara muito facilmente, pondo" em uma conveniente proporção d'agua um pedaço de ferro enferrujado, havendo o cuidaiio de escoal-a de quando em quando. Além disso convém impedir a conservação e a propagação da moléstia; e para tanto (é bom advertir), as fezes dos animaes doen- tes não devem servir para estrumação dos campos que se cultivam. A agua e os pratos suspeitos, serão desinfectados por meio do sul- fato de ferr(\ e a agua estagnada e os logares pantanosos suppressos. HOPKIKS, CAUSER & HOPKIHS IMPORTADORES DA CELEBRE RAÇA DE GADO INGLEZ ..ItEO SHOItTJHOIiIV*« para ie Mafltei, Mk Gelo e Latas DESNATADEIRAS «ALFA-LAVAL" MODELO i908 » 9 tf ?»

c^^^o<: 2D E O maior amigo da lavoura e único que tem prestado importantes serviços na extin- 'Orn^icldipàscMalj '^'^^^ ^'^^ formigueiros o o único -í*'*^í3k^*S'^W ^^^ apresentou roaos resultados nas experiências efifectuadas por ordem do governo do Estado de S. Paulo, onde supplantou todas as marcas que concorreram a essa experiência e demonstrou praticamente ser o formicida „ PASCHOAL " o mais enérgico destruidor das formigas e mais económico 100 */, conforme o re- latório publicado por ordem do OBTEVE PRIMEIRO LOGAR govcmo do mosmo Estado. NAS EXPERIÊNCIAS EPPECTDADaS EH 8. PAULO Paschoal Vaj Otero communica aos Srs. Laoradores que, de regresso da Europa, acaba de montar nooos apparelhos e que melhorou ainda mais o seu formicida, que ião bons serviços tem prestado d Lavoura. A Sociedade Nacional de Agricultura poderá bem attestar a boa qualidade do formicida pelo grande numero de latas que tem comprado para os seus associados ; assim como communica aos Srs. consumidores que tem todo o escrúpulo no enlatam^nto e que assume também inteira responsabilidade na medida das lataa (quatro litros). Paschoal Vaz Otero ESCRIPTORIO 75, RUA DO hospício, 75 A LAVOURA 137 Os Ingares noloriamenle contaminados e que não possam sei- fa- cilmente expurgados, serão destinados a outro fim que não o da cria- ção dos ovinos, ao menos por um espaço de tempo necessário para eli- minação do ovo e da larvados vermes em (|uestão. Dr. Achilles Rigodanzo, Mi-'Jicu hygicni^ta veterinário. Il9x mats paraguaysnsis CUi.TURA MODERNA E NOVOS MERCADOS Mcifí; Joseph Schuinann Uma das priacipaes industrias do interior dos nossos três Estados do Sul é a da herva mate. Infelizmente até hoje este ramo da industria, desde a derrubada da folha até a mercadoria prompta, é tão primitivo que a herva mate por emquanto não poude conquistar muitos mercados, como ella merece. O mate como mercadoria tem hoje a sua única sahida somente para os nossos visinhos, republicas do Sul, mas ignora-se quasi com- pletamente este importante producto das nossas maltas virgens no mer- cado universal. Eu julgo uma tal centralisação da venda n'um único mercado pouco util.e mais ainda para não deixarmos aos nossos primos trans- platinos elementos para prejudicar o nosso desenvolvimento com- mercial seja onde e como for . Está bastante conhecido osystema do Governo argentino de pro- curar mei'cado e sahida para os géneros do paiz e fazer o possível para fechar o mercado [)roprio aos géneros exlrangeii-os e tornar-se indepen- dente da industria internacional. Tm destes géneros cuja importação o Governo argentino quei- sup- primir é a nossa herva mate. lia annos os argentinos estão estudando os meios de cultival-a no próprio paiz e se conseguirem realizar isso, a nossa e.xportação de mate vae soffrer um damno considerável. Para realizar-se isto não é necassario a ligação das provindas de Corrientes e de Gran-Chaco, onde sem duvida a herva mate produz tão bem como no Paraguay e Brasil, coma rede das estradas de ferro da Republica. lis soc:rEUAUE nacional db agricultura Si os nossos visinhos do Praia i^ealizarein o projecto dessa cullura, perderemos não só o nosso melliore primei lo consumidor, como lambem o produclo por falia de mercado vai soíTrer uma baixa do preço, con- sequência, que na actual situação da industria da herva male, sendo ella para extensos dislrictos dos nossos Ires Eslados, o único meio de subsistência, (juero dizer, uma crise económica para milhares de bra- sileiros e um prejuizo enorme para a fazenda nacional. E' o nosso dever procurar todos os meios de evital-a. Mas mesmo não podendo realizar n Governo argentino as suas idéas sobi-e a cultura da herva Congonha, sempre vale a pena procurar novos mercados para um género tão importante. A consequência de um mercado novo, grande e fiel, será uma cons- tante alteração do preço do produclo. A minha opinião é que a herva male deva-se tornar um género no commercio universal, como o nosso café, fumo, Iwrracha, ele, ele As suas excellentes qualidades hygienicas quali[ícam-n'a para islo. Na velha Europa, por exemplo na Allemanha e na Áustria, igno- ra-se quasi completamente a sua existência. Encontra-se ella somente nas pharmacias como o «grinner Thee» — chá verde — ena industria technica para a fabricação de tinta. Eu estou convencido que dos 100 milhões AUemães e Austríacos nem a millesima partejá uma só vez tomou um chá de mate. Mas, para poder conquistar estes dois importantes mercados ou qualquer outro de além-mar, para ser conhecida e procurada no com- mercio são necessárias duas cousas : Beneficiar o produclo e fazer o necessário reclame. Sustentando a Republica Brasileira as mais intimas relações com- merciaes com o mundo vellio, ó muito natural lembrar-se primeira- mente deste como mercado novo. Em vista da enorme importação de quasi todos os artigos da in- dustria é muito justo procurarmos os meios de remelter em lugar de dinheiro um outro equivalente. O nosso café, fumo, borracha, algodão e madeiras são artigos bera acreditados no mercado europeu, mas cada um encontra concurrencia lá, seja da Ásia, Africa ouOceania. Vamos conquistar aquelle mercado para nosso mate, que nasce só nas nossas zonas, nos nossos len^itorios, e que não tem concurrente no mundo inteiro, porcjue o chá da índia, em vista do grande valor hygienico, não parece mais concurrente delle, como talvez o café ou o chocolate. A tal conquista não é tão difficil como pai'ece, e sendo importado A LAVOURA 1S9 nos dois paizes, dos quaes já fallei, temos cora uma população tão grande um mercado, que vale vinte vezes mais do que o de LaPlata. CadaEuropèoé consumidor de chá, seja de que nacionalidade elle fòr. O maior gasto sem duvida tazem a Rússia e a Inglaterra, mas justa- mente estes dois paizes produzem no Sul da Sibéria e nas índias tanto chá preto, que para elles, a nossa herva mate, será considerada um concurrenle desagradável . Com os Russos e os Inglezes não podemos contar, mas com os outros povos que por emquantoa ignoram. O reclame deve tornal-a conhecida e procurada. Quero dizer poucas palavras a respeito do necessário reclame. O efleito deve ser como uma suggestão. A vista deve encontral-a em toda parle e continuamente. O re- clame impre^^ío deve ser acompanhado de uma propaganda viva e intelligente. Para isto o moderno e atilado commerciante tem innu- meros expedientes. Uma casa especial de chá em Londres, por exemplo, dá a cada com- prador de um kilo de chá, como presente, um relógio despertador . Uma casa hamburgueza offereco como brinde animaes antidiluvianos, collecção de grande valor artístico e scientiflco. Da fabrica de chocolate de Stolhverk Irmão na cidade Elonia existem serias de figuras, descrevendo a vida humana sob qualquer ponto de vista e em qualquer sentido. Essas preciosas series, como também as da casa Liebig, Companhia de extractos da carne bovil, ficam coUeccionadas orgulho sãmente e regateadas como os sellos ou bilhetes postaes com vistas. Quando eu voltei da guerra dos Boers, uma ca^a forte de Nova York mandou distribuir em todas as arandes cidades da Allemanha a cada família, gratuitamente, dois pacotes dos seus géneros alimen- tícios. Certamente uma reclame caríssima, mas o artigo ficou conhe- cido e introduzido d'um momento para outro no mercado alleraão . Da mesma forma devia-se fazer a reclame e a propaganda para a nossa herva mate. Actualmente reina nas terras teutonicas uma propaganda forte contra o abuso do álcool. Sociedades como os Tempereuzler, ou os Gosttempler, têm por fim supprimir o enorme consumo das bebidas alcoólicas o fazer propaganda para as l)ebidas saudáveis do qualquer qualidade, mas sem álcool. Eu já tive a idéa de abrir nas principaes cidades botequins aná- logos aos cafés, mas somente para consumo da herva mate. Não realizei este projecto por dois motivos : 140 SOCIEDADE NACIONAL UE AGRICULTURA Primoii'0, ronvenci-me, que seria bastante difficil para os allemães acostumarem-se ao gosto da fumara, que a nossa lierva tem, e segundo fiquei convencido que a económica senliora allemã não podia resoiver-se acceltar a herva mate no seu repertoir da casa, porque em comparação o chá da índia parece mais vantajoso. Uma colherziniia de chá dá a meçmaqiianlidadede Ijebida do que uma concha de herva mate. A ililíeronça do preço dns dois géneros julgo deve ser insignifi- cante. Hoje sei como se pôde evitar estas inconveniências do nosso producto. Estudando a historia da industria do mate, logo veremos que ella ainda hoje se acha na mesmas condiçõas primitivas, como os portu- guezes a encontraram na época do descobrimento do Brazil . Geralmente nada foi feito até hoje para aperfeiçoal-a. Mas julgo nosso dever moral aproveitar os progressos da technologia e das sciencias, para bem do nosso paiz. A família da « Ilex » deve ser encorporada ás nossas plantas de cultura, quero dizer no logar de aproveital-a como planta silvestre no mato ; temos do começar a pianlal-a nas nossas rcças. .A.s insignilicantes despozas logo ficarão recompensadas pelo augmento das safras e aper- feiçoamento das qualidades. Não me refiro aos conhecidos empenhos da Companhia Ilorticula no Rio Grande, que ha mais de 10 annos está criando as arvores de sementes. Isto leva tempo e custa caro. Durante os longos annos, que trabalhei na mata, nbservei que esta semonlo para germinar precisa de muito ar e luz. Abrindo muitas picadas encontrei as arvores muito isoladas ; voltando raezos depois pelos mesmos caminhos, contei centenas de arvoresinhas na beira das picadas ede uma altura de a a 4 palmos. Isto pi'ovou-me ijue a somente não encontrando as já mencio- nadas condições póJe permanecer annos na terra, sem deteriorar-se e perder seu poder germinai . E de facto a semente da Ilex é uma destas, que levam oiuíIm tempo para biolar, mas pi')de-se apressar este processo por um banho de CO". Então uma cultura moderna, como cu a julgo, custaria pouco. Ti- i'am-senas matas as mudas — renovos e arvoresinhas — eplanlam-.se nas terras destinadas e devidamente preparadas. Os colonos nos campos do Paraná estão aproveitando este syslema, já ha anno>, e o viajante encontra ao redor das casas as necessárias A LAVOURA Ul arvores para o consumo da família. Assim, o homem poupa o custoso trabalho de juntar o material no mato. Mas justamente aqui quero propor um novo systema. Isto é, de não plantar a arvore isolada, talvez no putreiro e deixal-a crescer á vontade, e proponho plantal-a em densas sebes e não deixar passar uma certa altura. O actual modo de subir ás arvores e cortar os ramos cora o facão tem grandes inconvenientes. O trabalhador além de enganar-se na grossura dos ramos, de- mora muito para separai -os. Assim mistura a madeira com as folhas e fica torrada e moída junto. Ramos mais grossos do que um lápis de páo não podem melhorar a qualidade do producto. Isto é impossível. Incontestavelmente não soas folhas têm os ingredientes hygienicos e agradáveis. Os renovos e os ramos finos têm-nas também, mas tornando- se um broto madeira dura, certamente tem de desapparecer a natureza da matéria das folhas. Os brotos e raminhos agradam ao paladar, a madeira moida, porém, prejudíca-o. Senão podia moer-se o páo inteiro e beber o mate. Facto conhecido é, que cada planta, que fica semeada muito densa ou plantada em sebes, permanece sempre fina e procurando ar e luz, torna-se bastante alta. Não deixando crescer, el la procura extender-se para os lados e assim vamos ter nas nossas sebes de herva-mate ramos compridos e finos. O systema actual i«rmitte somente de três em três annos a colheita nas mesmas arvores aos carijueiros ; o moderno systema permittirá, ao menos, uma vez por anno. Então melhora-se não só o material, mas multiplica-se também a colheita com menos e mais fácil trabalho. Estas não são as únicas vantagens. A cultura em sebes proporciona um producto bom . Nas nossas matas não existe uma só espécie da herva Congonha como os brasileiros tratam-na vulgarmente. A sciencia natural conhece a Ilex paraguayensis, Ilex gigantea, Ilex ignipunctada, Ilex Humbold- tiana. Ilex Bomplandia e mais outras. As mencionadas são d'um pala- dar agradável e saboroso. Entre as outras espécies da família Ilex en- contram-se também arvores de qualidades inferiores e dum paladar muito amargo. A mais conhecida destas hervas é a herva Gaúna, desco- berta e classificada pelo sábio Bompland, como Ilex amara. As folhas delias misturadas cora as outras em pequena quantidade podem augmentar o paladar agradável, mas o sertanejo pouco, impor- 142 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA la- se, elle não repara na qualidade ; só lem interesse na quantidade, e corta e mistura, o que encontra na mata. Cora a mistura de foliias da Ilex amarga como as da iierva de Anta elle estraga o agradável pa- ladar da herva-mate. O cullivadorcorlameiíte não plantará qualidadas inferiores. EconomizandDCom uma cultura moderna não só muito trabalho, como augmentando a quantidade da colheita e melhorando a qua- lidade, dá a garantia duma mercadoria limpa e pura. Este syslema evita-nos tamliemo raáo gosto da fumaça. Actualmente a herva passa dois fogos : fica separada e ca- rejada e com este processo enfumaçada. Na cultura por mim pro- posta torna-se desnecessário o transporte da herva ganchada da mata para o engenho, porém as novas culturas vão-.se extender ao redor das fabricas, que devem ser montadas ci>m apparelhos modernas cm sulisli- tuirãodoscorijos. Estes fornos nnrte-americanos são os mais aper- feiçoados e baratos, seccam em poucas horas por meio dum caloi' seceo, alguns mil kilosdo maçãs, ele. A fumaça, sem tocar na fruta, sae em baixo. Eis aqui o melhor beneficio da nossa Ião importante mercadoria. A herva-mate assim preparada vai agradar ao paladar europeu. Para illudir a económica dona de uma casa européa temos também um moio muito simples. E' desnecessário lançar a herva bem moida ou folhas no mercado. Chocolate, café e muitíssimas conservas ficam ho.je no commercioofferecidas era formas de ladrilhos ou cubos, dando cada um, conforme uma menor ou maior porçãode alimento prompto. o major, medico do exercito allemão, Dr. Mansfeld, estacionado na Colónia Kameruns na Africa Occidental, já realizou esta ideia parti- cularmente. Elle manda fazer na Storchaixjlhecke (Pharmacia da Ce- gonha) era Dresden, Saxon ia, pastilhas deJerbina, extracto da herva paraguaya com assucar, refresco tão agradável e saudável, quanto com- modo e barato. O cento destas pastilhas custa um marco e 50 pferming, ou ao cambio de 15, l$l78réis. Resultando essa fabricação completa- mente da iniciativa particular do já citado major medico, ella sempre prova o interesse mais vivo, ((ue reina e existe nas rodas mais hábeis da administração do exercito allemão, de experimentar e provar tudo o que é bom e pôde ser útil na alimentação dos corpos dessa força militar. Sendo possível fazer-se o exercito allemão consumidor do nosío producto silvestre, depois póde-se dizer simplesmente, está con- quistado o mercado allemão, ou, em algarismos, GO milhões de homens. A LAVOURA 143 Para uma tal conquista julgo necessário mais ou menos uma ex- periência como fez a já mencionada casa norte-araericana. Porém reina neste exercito o costume de experimentaras novas mercadorias alimentícias num corpo inteiro do exercito durante algum tempo, para poder assim estudar escrupulosamente os effeitos. Contaram-meque as praças allemães levam comsigo uma espécie de rapadura; igualmente pôde seracceito para o rancho militar um ou dois ladrilhos de herva comprimida. Muito próprio para o estabelecimento de taes plantações julgo, por exemplo, o interior do Estado de Santa Catharina, mais ou menos um kilometro distante do littoral, porque o salitre dos ventos do mar pre- judica muito a qualidade do mate e mesmo no interior procuraria eu lugares abrigados dos ventos orientaes. Eis aqui, em pjucas linhas, ideias talvez fáceis de dar, entregue a direcção a pessoa hábil e perita neste ramo da nossa industria, um novo impulso ao artigo, que merece, por causa das suas excellentes qualidades, todo nosso interesse. Laguna, aos 17 de novembro de 1906. M. J. SCHUMANN Parceria Agrícola Dizem alguns fazendeiros que tarde appellamos para a — parce- ria,— pois os colonos, devido aos preços actuaes, não a acceitarão. Por que não acceital-a, si com esse contracto ganharão mais ? E é o que pretendemos provar . Exemplifiquemos- Uma família de colonos que trata de 7.000 cafeeiros a 70$000 por anno, por 1.000 pés, dando 5 carpas (que são as regulares de todas as fazendas), terá ganho 350$000. Esses 7.000 pés produzindo 954 alqueires (de 50 litros) a 500 réis, ganhará 4.77.$000, mais 350$000, igual a 8õ7$000. Estando os cafeeiros com carga regular, um homem colherá na média -4 alqueires por dia. Ora, uma familia que trate de 7.000 pés e composta quasi .sempre de 3 pessoas poderá colher 900 alqueires em 3 mezes. Porém que colha no minimo mesmo os 954, vê-se, pois, que o salário do colono, em um anno, foi de 857$000 Ha também o salário de um ou outro dia em que elle trabalha como camarada, a chamado do fazendeiro, e ha também o serviço de recolher m SOCIEDADE NACIONAL DE AORICULTURA cafésecco á tulha; mas, eslas duas quantias iwucn influem no augraenlo da somraa acima, por serem insignificantes. Vejamos agora quanto ganharia o colono pela parceria. Os 95'i- alqueires produziram 516 arrobas, as quaes deram liquidas 3:lõ2$150. A metade, 1:57d$07õ será do parceiro, que pagarií dessa (|uantia 492^000 ao fazendeiro, sendo 286$200 pela conducção, lavagem, sécca e recolhimento á tulha dos 954 alqueires a 300 réis, e 206$'t00 pelo beneficio das 516 arrobas a 400 réis. Deduzindo-se de 1:576$075 — 4;)2$600, restam 1:083$475. Veja-se a differença de 1:083.$475 para 857$000: ó igual a 226$475, a mais para o colono. Ainda mesmo que o colono pela parceria ganhasse o mesmo que ganha actualmente ou ainda menos, seria preferível, porque o salário será garantido pela própria natureza do contracto de parceria. E' preciso o colono considerar ainda o seguinte: que no exemplo verídico que acima apresentamos ni5o tomamos por base a producção média das nossas boas lavouras, calculada em 80 arrobas por 1.000 pés, pois, no nosso exemplo, a producção foi de 73 arrobas. Necessário também se torna que o colono considere o seguinte: pela parceria, a média annual augmentará e será de 100 an-obas e mais por 1.000 pés, porque elle tratará muito melhor do cafésal. Todo o fazendeiro sabe que, durante a colheita, ha dias em que se pára com a mesma, devido á chuva ou para não se damnificar a florada . Ora, sendo de parceria, o colono aproveita esses dias para espalhar o césco nos seus talhõ&s, já colhidos: dahi, quantas melhoras para o cafe- eiro, pela indisculivel vantagem de se espalhar cedo a vari^edura. Pelo actual syslema do braço assalariado (único no mundo!), o colono, nesses dias, não se dedica ao serviço, ou porque está com desejos de permutar o talhão, ou porque pretende mudar-se da fazenda. Ainda não é tudo : no fim da colheita, emquanto o director não procede á nova contagem e i-epartição dos talhões, para entregar aos colonos (que raramente pei^manecem com o mesmo), perdem elles alguns dias de trabalho, o que muito prejudica o cafésal. Como parceiros, finalizada a colheita, estariam elles cuidando dos cafésaes (por serem os talhões deteririnados pelo contracto) e além di.sso fariam boas carpas, batendo bem o malto, aprofundando a enxada, ele. Que enormes benefícios não adviriam dahi para o cafeeiro I . . . E' necessário consignar ainda que, pelo actual systema na colheita, por maior cuidado que se tenha, perde-se sempre café no cafésal, e não A LAVOURA U5 pouco; porém, pala parceria, os parceiros colheriam os grãos, um a um, como se fossem pérolas. Pela parceria a colheita será do seguinte modo: cada parceiro co- lherá o seu talhão separado, o que vera a augmentar o trabalho de transporte para o fazendeiro. Depois de beneficiado todo o café, metade é do fazendeiro e me- tade será repartida aos colonos, proporcionalmente ao numero de alqueires que cada um colheu. Enumeremos algumas vantagens da parceria : 1 .'■ A infallivel alta do preço do café. Pela parceria os commissarios ficam livres do fornecimento de dinheiro para o custeio, ficando, portanto, perfeitamente apparelha- dos para resistirem e imporem o preço aos especuladores. 2.^0 fazendeiro, ficando livre desse tonel das Danaides, que se chama custeio, e dos juros deste, venderá o seu café na sua própria fazenda ou onde mais lhe convier. 3." Ao contrario do que muitas pessoas pensam, os credores hypo- thecarios não se opporão a que o fazendeiro faça parceria, porque sabem que o seu devedor ficará com a metade da safra livre. 4." Ao próprio Governo esta medida trará grande economia na verba immigração; porquanto, durante 4- annos, o tempo do primeiro con- tracto, os colonos estarão fixos ao solo, e esse período de estabilidade prolongar-se-ha por muitos annos, porque, com o infallivel bom resul- tado, findos 4 annos, o parceiro celebra novo e idêntico contracto. 5." O credito que o parceiro gozará perante o seu fornecedor de géneros, o qual não terá receio de lh'os fornecer, porque sabe que, finda a colheita, elle tamjjem tem com que pagar a conta. Hoje, o colono que está numa fazenda que paga com i^ontualidade ainda goza de algum credito, mas o que está em fazenda onde os pagamentos estão atrazados não tem credito para um real . Ainda mesmo que elle seja honesto e trabalhador, que valem estas duas qualidades para o negociante, si o fazendeiro não pagar o colono ? Estas são as vantagens que sem estudos, cogitações ou pesquizas, resaltam, á primeira vista, a todo aquelle que pensar em parceria. Mas, se nos déssemos a esmiuçar, veríamos que muitas são as van- tagens reciprocas, a parceiros e patrõe.s, resultantes da parceria. Além da parceria precisamos de outras medidas: — reducção de tarifas, diminuição de impostos estadoaes e municipaes, diminuição do imposto de 11 °/o, bancos de custeio rural, syndicatos, coopera- tivas, armazéns geraes, etc. 145 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Actualmente uma arroba de café fica para o fazendeiro, posta em Santos, em 6$338 ; desde que entrem em realidade as medidas acima referidas e cogitadas, acontecerá que essa arroba de café nos ficará em Santos mais barata e, aproveitando-so dessa circumstancia, o comprador dirá: o fazendeiro agora paga menor frete, menores imiwstos muni- cipaes, abaixemos ainda mais o preço; é o quesuccederá. Sim, ix>rque nós pensamos que a causa principal da baixa do preço do café não é somente superproducção e sim a nossa fraqueza pecuniária, i-orroborada pela nossa dependência para com o commissario, jjor causa dos adean la- mentos de dinheiro para o sorvedouro custeio. Precisamos de uma medida previdente que nos garanta a estabili- dade do futuro. Essa medida, a única efíicaz, salvadora dos mútuos interesses de colonos e patrões — é a parceria. Num anno de pequena colheita, que garantia tem do parceiro, o fa- zendeiro, para o cumprimento do contracto ? Dizem aquelles que' isto objectaram, que o parceiro sahirá ou fu- girá da fazenda, para não fazer a colheita. Resftondemos . Pelo systema actual, o colono não colhe café nos annos de pequena safra ? Colhe, sim . Queé que o obriga a isso? A multa que elle pagará "si sahir da fazenda, sem justa causa, antes de completar o anno, istoé, sem terminar acolheita. Os fazendeiros saliem perfeitamente que, em vésperas de colheita pequena, o colono incorrecto colhe cuidadosamente os seus cereaes e, depois de estar com elles enceleirados, procura pretextos, os mais injustificáveis e absurdos, para não colher café ; alguns chegam até a insultar o fazendeiro ou o administrador, para, iwr esse mo- tivo, serem despachados, poi-ijue quando são despedidos não pagam multas... E vão se contractar numa fazenda que tenha colheita grande. Por queé que se estatuem as multas actualmente? Para cohibir esses abusos. Assim, o contracto de parceria deverá ter uma clausula, iielaqual o parceiro se obrigue a depositarem mãos do fazend(íiro um tanto por cento, om dinheiro ou mesmo em café, para a garantia do contracto. E como em todo o contracto ha obrigações reciprocas, o fazendeiro, pelo seu lado, ficará sujeito a multas, desde que deixe de^cumprir qual- quer clausula. Cremos ter resjjondido satisfacloriamonteá primeira objecção. Pas-semos á A LAVOURA 1Í7 2." Pela parceria como se manterá a ordem na fazenda? Pelo mes- mo systema que se faz actualmente. Quando o colono pratica iim pequeno delicto, não paga quantia proporcional ao damno causado? E quando elle commette um crime? Não recorremos á autoridade policial ? Gomo poderá acceitar parceria o colono novo que, portanto, não tem ainda recursos adquiridos ? E' outra objecção que nos farão. Empreiteii'os sem recursos não formaram miliiões de cafeeiros, com o contracto de receber a importância no lim dos quatro annos? Com que se mantinham? Somente como producto da venda das solaras dos cereaes . E na parceria o casoé differen te, porque, si alguma difficuldade existir, será no primeiro anno, mas, o parceiro encontrará negociantes que lhe forneçam géneros e dinheiro, si delle precisar, porque elle tem com que garantir o empréstimo, e essa garantia é o fructo pendente. Mas aparceriaé impraticável, dizem alguns. Por que? Será irrea- lizável por pensarem que não a temos no Oeste ? Não, no município de São Carlos temos cinco contractos vigorando perfeitamente, e são: osdasExmas. Sras. D. Eulália Botelho de Freitas Pinto, Cândida Bo- telho Braga e dos Srs. João de Deus Pires Ferreira, Casemiro Cândido de Oliveira Guimarães e Joaquim Zoti Nery. No nosso Estado houve, antigamente, em diversos municípios e entre outros, em Limeira, na fazenda Ibicaba, do fallecido Vergueiro, contractos de parceria. Na actualidade, mesmo no nosso Estado, ao norte : Mogy das Cruzes, Pindamonhangaba, Taubaté, Caçapava, Lorena, Guaratinguetã, Jaca- rehy, ele, tèm parceria. Em Serra Negra também existem contractos de parceria. Os lavradores de S. JoãodaBôa Vista, em reunião no dia 11 de maio de 1903, se combinaram para fazer a parceria. Nos Estados de Minas e Rio, idem. No Estado do Espirito Santo, o systema de trabalho é também a parceria, pelo que sele no livro Cha- naan, de Graça Aranha, pag. 13 : «A gente traballiava junto, quem apanhava café apanhava, quem deljulhava milho debulhava, tudo de parceria, bandão de gente, mulatos, cafusas... Que importava feitor?...» Os primeiros immigrantes, chegados ao nosso Estado, vieram en- gajados por meio de contracto de parceria. A crise tem por causa principal o facto de não ser o café uma cul- tura annual; toda cultura permanente ou /lírfl soffre, em certos perío- dos, — crise. 148 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Porque não têm os norle-amei-ican os crises agrícolas? Por que além deserom annuae? as suas culturas, são ellas praticadas mecanicamente. Si num anno, por exemplo, o milho produzio síocfc, no anno seguinte elles cultivarão mais trigo, ou arroz, ou alfafa e menos milho. Pergunte-seao polymillionario, o Sr. Rokefeller, o rei do iielroleo, si poderá o .seu kerozene snlTrer cri.se Não. Porque elle deixará de extrahil-o. E as suas minas não se prejudicarão por esse motivo. Diversas são as industrias que estão quasi isentas de crise, por causada sua natureza especial, entre ellas as metallurgicas, por exem- plo, o carvão de pedra, em Inglaterra ; si o preço não compensar o trabalho, não extrahem o carvão, e as minas continuam inalte- ráveis. A industriada louça, na China, desde que o preço não remunere, não extrahem o barro, e fecham as fabricas. A industria pastoril, no nosso paiz, nos Estados do sul, não obten- do os criadores preço conveniente por uma manada, deixam-na vagar pelos campos. As industrias larlicinias, que estão desenvolvidíssimas na Dina- marca, e na Allemanha, também são, de .sua natureza, p)uco sujeitas á crise, assim, como no Brasil, nos Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catharina, especialmente, onde floresce, entre outras, a da manteiga. Ora, si baixasse o pre<;o da manteiga, a ponto de não pagar o tra])alho, que faria o industrial ? Deixaria de ordenhar as suas vaccas estabuladas, soltal-a.s-ia, deixando que, de posse de todo o seu leite, criassem nédios e bel los bezerros. Li uma vez n'.4 Lanterna Mni/iraáe Theodoro deRanville, mais ou menos o seguinte : aDebaixo de um sol abrazador, num areal deser- to e estéril, as Danaides, Coleno, Glaucippo, Hypomedusa, Amymo- nia, Stygnéa esuas irmãs, tristes, abatidas, tirara desesperadamente do rio, de um verde-negro, a agua turva, grossa, enchendo e despe- jando continuamente suas bilhas, tentam encher os toneis sem fundo ! Trabalho inútil, infructifero, vão, louco ! Exhau.stasde fadiga, desacoroçoadas, por causa daquella tarefa in- términa, trabalham já automaticamente. Súbito, porém, um men.sa- geiro alado, de caboUos do louro fulvo das abelhas, desce donlto espa- ço. E' Asterios, o prototypo da belleza, o qual faz um signal com a sua magica varinha de ouro, e. . . e os toneis se enchem ! O' cal)eças sagradas, lhes fala o joven deus, findou o vosso supplí- cio. Os deuses Titans, triumpharam : a raça Clymena e deJnpeto des- thronou seus filhos ingratos, o libertado Piometheu das algemas, aban- A LAVOURA KÇ» dono o rochedo em que o abutre lhe devorava o flgado. Terminou o vosso martyrio ! Transbordam os toneis. » AppUcando o conto; o systema actual de trabalho são os toneis sem fundo, porém o contracto de parceria serão deus Asterios. Mas, si depois de feita a parceria vier a alta no preço do cate, nós perderemos . Absolutamente, não. Porque acompanhando a alta do preço do café, subirão também os salários dos colonos, os ordenados de empre- gados de adminislração, os géneros de maior e imprescindível con- sumo, etc, etc. E isto porque, assim como actualmente, em vista do preço do café,os colonos se conformam com a reduccão dos salários, também quando vier a alta nogenero elles exigirão o augmento dos mesmos. Porém, dizem alguns: esta alta de salários e géneros, por maior que seja será menor do que o lucro que o parceiro obtém. Pois bem, si no tempo do café a vinte mil réis, fazendeiros houve que compraram outras fazendas"ou plantaram café em larga escala ou construíram prédios de luxo, quer ruraes quer urbanos, ou andaram em villegiatura pela Europa ou pelo Prata, houve também muitos que nada disso fizeram. Hoje, aquelles não têm dinheiro, porque o desperdiçaram e estes, que não o gastaram, por que não o têm também ? Outra não pude ser a resposta sinão esta : o dinheiro foi absorvido pelos exaggerados salários de então. Affirmam na segunda objecção que, pelo contracto de parceria, a fiscalização da fazenda se augraentará. Contestamos. Quanto ao ser- viço de carpas, não, porque o parceiro tratará muito melhor do seu talhão, uma vez que o seu maior interesse está era conseguir o máxi- mo de producção. Na colheita, o parceiro terá o máximo cuidado para não damni- ficaro cafeeiro, fazendo o quanto possível para não quebrar galhos, e não col hera com varas, o que o colono faz toda a vez que se apre- senta ensejo. E os furtos de café? dizem alguns. Mas, no queé que a parceria vem facilitar os furtos, si o café ha de ser todo secco nos terreiros da fazenda, si será guardado e benefi- ciado nos mesmos legares e pelos mesmos processos, pelos quaes são feitos actualmente e tudo soba immediata fiscalização e administração do fazendeiro ? Os lavradores bem sabem o martyrio que soffrem todos os annos, devido a falta de braços. 150 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA E' em vésperas de finalizar a colheita que começa essa luta liLa- nicd, dolorosa e inglória ; este colono dizendo que sae da fazenda por- que foi admoestado por causa de uma falta que commetteu, aquelle promeltendo fazer o mesmo em represália a uma multa que lhe im- puzeram, aquelle outro porque colheu fjoucos cereaes e attribuindo isso ús terras diz que... a fazenda nãn presta, outro ainda porque nãn lhe adiantaram certa quantia que pediu, e assim arranjam as mais fúteis e injustos pretextos. E os que se corapromettem a (Icar, em regra geral, lornam-se de uma (íxigencia intolerável. Noemtanto, o pobre fazendeiro tem a convicção (e com elle esses colonos) de que aquella reprehensãií, feita em termos cortezes, foi justa o indispensável, dequea multa fui applicada em ultimo recurso e depois do delinquente ter sidoadveilidoe de haver, apesar disso, reinci- dido, de que si o outro não colheu cereaes com excesso, como de costu- me, foi porque o tempo não correu bem e não porque as suas terras não sejam ferazes. Que ha de fazer o fazendeiro para conseguir a permanência desses colonos na fazenda ? Pedir desculpas a um pela reprehensão, relevar a outro a multa, e com esse proceder implantara anardiia em sua fazenda ? De modo que o próprio colono está convicto de que a multa nu a reprehensão, que lhe inílingiram foi justa, mas o Brasil, dizem, é tão grande. . . patrões não faltam . . . e, muitas vezes, pelo prazer de deixar a casavasia, certos de prejudicarem os seus próprios interesses, saem da fazenda, falando horrores do fazendeiro. Assim o lavrador durante o anno debale-se neste angustioso dilem- ma e si quer ter ordem na fazenda, tem de pôr em execução as medi- das referidas, porém, si as pratica, os infractores se vingam ; isto é, saem no fim do anno. Não falamos ainda nos muitos colonos que se mudam illu- didos, julgando que a mudança concorrerá para mel horar a sua con- dição, nom naquelles que se deixam embair pelos engodos dos al- liciadores. Onde depois contratar outros? E quando si os ajusta, quantas despesas não surgem : transportal- os, fazer-lh&s adiantamentos, etc, etc. E o trabalho e o incommodo que o colono novo dá atese habituar com o systema de serviço, com o regulamento da fazenda ? Poiso contracto de parceria, de quatro a seis annos, fará de.sappa- A LAVOURA 151 recer todas essas enormes difficuldades, dando ao fazendeiro o inicio de uma época de paz esocêgo. Façam aquelles que nos lera com calma e exactidão os seus cál- culos e se convencerão da superioridade da parceria em talos os sen- tidos. Perguntem aos fazendeiros que têm parceria si são ou não sorpre- hendentes (sic) os resultados obtidos. O systema de trabalho de parceria é mais antigo no nosso paize está mais desenvolvido, do que geralmente se suppõe. Os lavradores devem se decidir por essa medida — definitiva que, desde o tempo do Brasil-colonia, nos deu esplendidos resultados, se- gundo se lê na historia do Brasil escripta pelo inglez — Roberto Southey, tomo II, pag. 284. «A tomada da Parahyba tornou os hollandezes senhores de toda a capitania, que, ao invadirem elles o paiz, achava-se em estado de crescente prosperidade. Pelo lado do sertão eram indefinidos os seus li- mites e pela costa raarcava-os um marco sobre o riacho Taperabú, partindo com Itamaracá, e outro ao norte do Camaratubi, partindo com o Rio Grande. Era Parahyba a única villa, tão dispersa a população, que nem al- deias havia, mas na realidade pôde, com pouca impropriedade, a cada engenho chamar-se uma aldeia, sendo de setenta a cem e ás vezes de mais, o numero de pessoas de todas as cores empregadas em qualquer destes estabelecimentos. Não eram os donos que cultivavam as terras, mas os chamados laoradores das cannas, e depois de tirado do assucar o dizimo del-rei, separavam-se três quintos para o senhor do engenho e o resto ficava ao lavrador». «Além dos operários e trabalho jornaleiro, elle tem (fazendeiro) muitas vezes empreiteiros a preço de dinheiro, rendeiros que pagam em espécie, e colonos de parceria.» A Vida Americana, pag. 118-P, de Rousiers, — ■ traducção de Decimo Júnior. «...a parceria é peculiar á Zelândia e ao Limburgo, tem dado ao occupador foreiro uma prosperidade incomparável. » A Hollanda, de Ramalho Ortigão, pag. 81, 3' edição. Os fazendeiros paulistas têm meio caminho andado para conse- guir a realização da parceria, porque a maior colónia agrícola no nosso Estado é a italiana e essa não estranhará a parceria porque está liabi- tuadacomella na Itália, onde tem o nome de meszadria. 152 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Era Ribeirão Bonito existem uns doze contractos de parceria e entre esses os dos membros da dislincla família Braga. Em Jahú : José Pereira Pinto Toledo, José Egydio Toledo, Sra. D. Anna Barros, Srs. Benjamin Martins Mano, Cândido Ferreira Dias, Francisco Lima Barbosa e Baptista Reple. Dois Córregos, Francisco Pereira Garcia. Está provado que pelos actuaes preços os colonos pela parceria ganhariam mais ; admiltindo, porém, que o preço do café sofTra ainda uma baixa, mesmo assim o parceiro tirará resultado, porque o capital delleé o seu braço. E não será somente do café que elle ganhará e sim da industria peruaria, que poderá explorar em maior escala, por- que, como parceiro, terá maior quantidade de terras para o cultivo de cereaes, e também da venda destes auferirá lucros. Como se sabe, a producção média do Estado do Rio por mil pés é de vinte arrobas e a do Estado do S. Paulo é de oitenta. Pois, em vista do preço baixo e insignificante producção, já deve- riam estar em bem completo abandono as lavouras fluminenses. No entanto permanecem. Qual a causa ? — A parceria . Julgamos desnecessário transcrever nestas columnas contractos de parceria, porque o de um fazendeiro não pôde servir para outro, da mesma forma por que os actuaes contractos não são e não podem ser eguaes, uma vez que o meio physico dilTere de uma propriedade para outra. Todavia, os contractos de parceria deverão ser modelados por uma mesma norma, modiflcando-se, no entanto, as clausulas que forem necessárias para que elle se adapte ao meio em qvie vae ser executado. Assim, por exemplo : aos fazendeiros deS. Manuel, devido á sua phenomenal producção, não será conveniente dar a metade ao parceiro e sim de três partes uma. Porém, os lavradores das zonas de producção decadente, ou de ter- ras ruins, deverão fazer o inverso dos daquelle município. Além das vantagens pecuniárias advenientes do contracto de par- ceria para as partes, pelo lado moral e social terá o operário feito uma grande e gloriosa conquista : pois, de simples empregado, passará a ser sócio de uma propriedade agrícola. E' um systema de trabalho que estimula, eleva, ennobrece e dignifica o colono. Em 1 de julho de 1903 disse no seu segundo discurso, no Senado» o Sr. Dr. Alfredo Ellis: « A principal causa da desvalorisação do pre- cioso producto é a nossa fraqueza, a nossa impotência para defendel-o ! A LAVOURA 153 Os exportadores descobriram a falha da nossa organisação agrícola e. . . aproveitaram-se delia, com sagacidade, para nos reduzirem á triste condição de servos de gleba, de verdadeiros escravos.» A parceria não é, como alguns pensam, recurso de fazendeiro sem meios para o custeio e nem tão pouco é ella somente própria para os pequenos lavradores, pois, dos diversos fazendeiros que têm parceria e aos quaesjá nos temos referido, alguns são grandes agricultores e des- onerados de dividas todos elles. Em Rincão, têm parceria os herdeiros do Sr. Dr. Procopio de Toledo Malta, capitalista. Estão claras 6 evidentes as vantagens da parceria a ppl içada á agri- cultura, e as mesmas consequências resultantes da parceria agrícola, mutatis mutandis, se applicam á industria pastoril. No Estado da Bahia a criação do gado vaccum é feita de parceria, e sobre o contracto entre o ciiador e o vaqueiro nos diz Euclides Cunha, no seu livro Os Sertões, ápag. 125, o seguinte : «Têm todos, com o vaqueiro, o mesmo trato de parceria resumido na clausula única de lhe darem, om troca dos cuidados que despendem, um quarto dos productos da fazenda». A transformação do systema actual de trabalho pelo de parceria é o primeiro passo para resolver a crise. E' obvio que, ao elaborarmos o presente trobalho, outro não foi o nosso intuito sinão concorrer, embora com fraca parcella, para o es- clarecimento da magna e momentosa questão que ora agita, attráe e empolga todos os fazendeiros . E' intuitivo que não nutrimos a pretenção de ter desenvolvido, es- tudado e analysado perfeitamente, contractos de parceria — e nem esse foi o fim a que nos propuzemos ao empunhar a penna. Entretanto, sem jactância, affirmamos que, no dominio do calculo, o nosso trabalho se approxiraa da exactidão. Dário Leite de Barros. 154 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA EXPEDIENTE SUuriçao — Dista da estação da Penha apenas 10 minutos do carro. Viagem —Tomar o trem na Contrai, ir a S. Francisco Xavier e nesta estação baldear para a Leopoldina, (linlia do norte). Gasta-se de trem, 40 minutos, e mais 10 minutos de carro. Despezas — Pelo itinerário acima, 1$300, ida o volta, de 1* classe. Da Estação ao Horto — A conJucção 6 fornecida por este, em comraodo carro, gratuitamente, e devo ser pedida, por carta ou telegramraa, ao Dr, Paulino Ca- valcanti, superintendente, ou a esta Sociedade, rua da Alfandega n. 108. Trens — Correm II trens de mauliã para a estação da Penha, os quaes partem da Central no horário seguinte: 4,30—1,49—6,01—0,59—7,27—8,24—9,23 9,46—10,20-11,23 e 12,23. A' tardo, além dos trens do 1,.56 e 3,32, trafegam outros. Para a volta ha a mesma abundância de trens. O Horto — Composto de 20 hectares de terras, sondo argilosas uos altos e silico-argilosas nas baixadas, está dividido em diversas secções. Gallinheiro — Typo commercial, obedecendo ao systeraa americano, Construcção económica e que preenche os lins a que foi destinado. O gallinheiro tem os compartimentos necessários á criação das gallinhas, nas suasdivorsas phases. E' assim que tem o «Isolamento-, para as aves doentes, secção para as aves que estão pondo, para a selecção dos proiuctos mais perfeitos destinados à repro- dução. Repartição apropriada para guardar ovos. .Vpparelhos e alimentos es- peciaes para engordar as aves destinada-! ao mercado, alimentos diversos e adequados ao desenvolvimento dos pintos, medicamentos e anlisep ticos, etc. Está func<-.ionando constantemente a incubadora. Tem mais ainda divisão especial para a producção de ovos infecundos para o commercio. As experiências nesta secção, visam dois fins : verificar quaes as raças que produzem melhor e mais abundante carne e quaes as que põem mais ovos. Além do gallinheiro americano dividido nas secções já enumeradas, possue também esta secção um gallinheiro portátil, que se arma em 25 minutos. As vantagens desta installação consistem em facilitar ás aves colherem por si as hervas, terem maior área de piso, etc. Pocilga — Esta secção destina-seao estudo da criação e engorda da porcos. Nesta, como nas demais secções deste Horto, se procura colher, por acurada observação e cuidailosas esperiejicias, os ensinamentos relativos aos processos mais económicos e mais remuneradores do criação e engorda e portanto, verificar quaes aa raças que melhor se adaptara entre nós c quaes os alimentos mais HORTO DA PENHA :i^^ -*i^ 'à Frucleiras de Conde ^^í^^^S^â fe^iíí JÉ fei5t5?v; ^: *Ã^í^^^^K^^^íSS ^^mS ^ HytbM^Vi^j^^É^^^tilKraaEíiJBB^^ ^mHM SÉj&aS%lHWiKS 7u ^^^^^^^^^^^l^^^P ^Bh El ^^^^^Êè^^^^S^Ê^^I^^^^ÊmH^ rPéwH| S? I^^^P^ P ¥ »'-\iijj."'^'. '--•-' '■ Ki. ■" . _« ,i .Mudas de mani;uejra.s paia distnbiiii;ão OitVbcilOS Um canteiro de alface Maniçobal Laranjal A LAVOURA 155 apropriados ã estes flns. Existem em experimentação raças nacionaes, norte-ame- ricanas e européas. Apinrio — Funecionam IS colmeias modelo typo Schenc e Blondain. Esta secção está conveniiíntemonte provida dos apparellios necessários e entre elles encontra- se: — o centrífugo para a extracção do mel, apparelho de Goulle, para fazer os favos, derretedor de cera e apparelho para apantiar enxame, gaiolas para aprisionar rainhas, etc. Em frente ao Apiario, ao ar livre, está installada a Colmeia Gigante, para a fabricação de cera e mel . O Horto distribuo grátis enxames e vende a 15$000 colmeias, typo Schenc. Redil — Typo simples. O flm desta secção é verificar quaes as melhores raças de ovelhas, para lã e para carne, para serem indicadas aossrs. criadores. Cocheira — Dividida em duas secções. Nas baias estão installados us muares o nos estábulos os bois destinados ao trabalho. O preparo das rações é feito em compartimento próprio. As rações são compostas Je forragens nacionaes e estrangeiras, observando-se quaes as mais appetecidas pelos aniniaos <■'■ as vantagens peculiares a cada uma, pela engorda, força e resistência que proporcionam aos animaes que delias so alimentam . Machinas agrícolas — Est i secção dispõe de apparelhos para distribuir e posar adubos chimicos e orgânicos, semeiadores do milho, feijão, etc., arrancador de batata ingleza, arados diversos, ditos reversíveis, iilom de dois discos, grade do pente, dcstorroadores, carpideiras Planet, enfeixadores, arados francezes, arados Oliver, etc, etc. Estas machinas funecionam nas occasiões em que são precisos os seus diíTo- rentes serviços. Estrumeira — Typo simples, de fossa. O esterco é tractado pelo amoníaco. Seis bois e sois burros estabulados e mais seis bois semi-estabulados, fornecem adubo para toda a área cultivada do Horto. Nesta secção os senhores interessados verificarão qual a cama mais apropriada para fazer esterco . As gramíneas são do preferencia empregadas para aquelle flm, porém, 6 mister saber-se dentre estas quaes as que devem ser preferidas, porque umas se decompõem mais rapidamente do que outras. Veri(ica-se também qual o processo a empregar para fazer o esterco conservar toda sua riqueza fertilizadora . Leiteria — Esta se?,ção está pi'Ovida de apparelhos para analysar o leite o pari outros flns, taes são: desnatadeira, salgadeira, e ainda outros mais. Ferraria — Nella se executam os concertos e reparos que precisarem os instru- mentos agrários. Carpmíorta — Fabricam-se na carpintaria, colmeias, gallinheiros portáteis, rábicas de arado, etc. Poslo meteorológico — Com os seguintes apparelhos: Thermometrc, Barómetro, Anemómetro, Anemoscopio, Pluviometro, Evaporimetro e Ozonumetro. Estes instrumentos teem flns diversos, assim, um registra a quantidade de chuva cabida, outro a pressão athmospherica, aquelle a humidade do ar, estos a direcção do vento predominante durante o dia, e força dos ventos etc, etc. IS"? sontRnAoE nacional dr agricultura Gíibinele de Agrologia — Constando do um;v collecção de rochas, adubos, terras, seraentos, mataes, munido de uma. b:ilan(;a da precisão, microscópio, autoclave o o apparelho de Masuro para a analyse pliysica de torras. Este gabinete recebe e examina torras, grátis. Arvores Frttrtiferas — (Culturas fixas). Krucla do conde, figueiras, laranji^iras, diversas variedades, sapotis, abios, cainito, abacates diversos, mangueiras, amci- xeiras. pereiras, macieiras ele. Vinhedos — Kntro as diversas variedades existentes, contam-so as seguintes : Royal Ascot; Witte-Niie, Moscatel de Hamburgo, Hicales, Lydelc, Mister Poarsou, Moscatel lie Alexandria, Golden Qeen, Empire State, Mondeuse, Duchess. Chás- selas, la rouío ; Alicante Torra, ('KBthe. Augusta Gigante, Moscatel Rezado, Málaga Rosa, (íross, Pérola, Mil-Mild, Hamburgo, Izabol Dourada e Herbe- mont. O Horto distribuo bacellos das variedades que possue, a quem os pedir, livres de quaesquer despez is, inclusive as de frete. Plantas Industriaes (Textis) — Hennequea e Gizai (que faz a riqueza agrícola 6 fabril do México). Fourcroy, Lidney, Sanseviora, Piteira e Algodão. Nesta secção experimentam se as fibras para se verirtcar quaes são as mais resistentes, quaes as mais abundantes, quaas de raais fácil extracção, quaes .as que mais se prestam a ser trabalhadas, as que dão to ddo grosso e as que produzem tecidos finos, as mais adequaias á fabricação de fios, cordas, barbantes etc. Arvores de Borracha — Hevea Brasilionsis (que é a Seringueira do Amazonas) Maniçobas do Ceará e do Piauby), Jequié, Mangabeira, Castillo elástico eti'. Outras Plantas Industriaes — Cannas, sem pello e Macào, Camphoreira e Arvore do Cebo, Mamona de Zanzibar, Coco de Dendé, Eucalyptus, Pinheiros e Mandioca, 16 variedades. forragens Nacionaes — Entre outras : capim massambará, capim mimoso, gitirana, canna ubá, grama de Pernambuco, inhame, mandioca e outras em ensaios culturaes. Forragens extrangeiras — Alfafas diversas, entre ellas a da Provence ; trevo, theosinto (forragem que não secca com a geada nem com a secca), caupi, be- terraba, consolida do Cáucaso, cevada, aveia, Girasol, nabo gigante, feijão da Florida o tremoço. Estas forragens estão em campos do experiência. Outras culturas — Trigo, 12 variedades era diversos estados de desenvolvi- mento. Batata inglezaque produziu em 75 dias. Culturas irrigadas — Estão se executando as culturas do arroz, do milho e do fumo, pela irrigação artificial, sendo a do arroz pelo processo de inundação, milho, Tpelo ic distribuição e fumo pelo da infiltração. Viveiros _, luv»-'' "^aaí .J ( 'lallinhciru aí^ çff- rucil-;i Crias Yorksliire A LAVOURA 157 são também industriaes, sentio aquella que produz o cacau cora o qual se faz o chocolate e esta cujas folhas alimentam o bicho da seda. A Amoreira é também uma planta forrageira. Secção de horticultura.— Legumes diversos em experiências. Aprendizado Agrícola. — Annexo ao Horto está installado este aprendizado, que tem por fim o ensino pratico do manejo de instrumentos, enxertia, poda e outros trabalhos culturaos. Estão matriculados qnati'o alumnos internos, osquaes são mantidos grátis pela sjciedade que admitte outros mais. Visitas e informações. — As visitas podem ser feitas a qualquer hora. O superintendente, agrónomo formado em escola do paiz, reside no estabeleci- mento e ostá sempre prompto a fornecer aos visitantes todas as informações. E' assim que elle mostra as culturas, explica as applicações que devem ter as machinas e fal-as funccionar ; emfim, põe os interessados ao corrente dos melhores systemas de cultura e criação etc. O Horto tem sido muito visitado por lavradores de diversos Estados, frueti- cultores, criadores de aves, do abelhas etc. MEZ DE JULHO DE 1909 Correspondência recebida: Cartas 559 Telegrammas 8 Offlcios do governo 18 > particulires 11 Circulares 63 Correspondência expedida: Cartas 168 Telegrammas 23 Offlcio do governo 12 Circulares 1.161 Diploma 34 Boletim «A Lavoura» 3.706 Fornscimento de arame farpado MEZ DE JULHO DE 1909 Pedidos 49 Rolos de 40 e 26/0 ks 1.974 Metragem 353.080 Custo no Mercado » pela Sociedade Economia para o sócio 5.164 26:628$000 18:0;30$900 8: 597$ 100 158 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Rslaçlo dos sccics qus suDScrsvcram 30 ds Junho para o distinctivo até Dr. AntoQio CandiJo Rodrigues 100$000 CoroniU Domingos da Silva Guimarães lOO^OOi) Manoel José de Oliveira Kigueire.iu I00$000 Dr. André Gustavo Paulo Froatin 50$000 Dr. João Teixeira Soares 50$000 Tlieod. Rombauor SO.^jíjuU David Carneiro & C 50$000 Coronel Rodolplio Garcia Adjuio ÕO^OOJ Custodio de Souza Pinto 50.'j;000 Dr. João Pedreira do Couto Ferra/. Juuior. . . . 50$00j Dr. Alfredo Cezar Cabussú 50$000 Mark Soutton 50$OOO John A. Finlay 50$000 Ernesto Magcr 30$000 José da Cunha Pono 30$000 João Giialberto do Carvallio .30$000 Tobias Ferreira de Mello 30$0a0 Coronel Virgilo Augusto Fortes 2.5$000 Augusto da Rocha Monteiro Gallo 20$000 António Gomes Pereira 20$000 Coelho Duarte &C 20$000 Arthtir Augusto do Nascimento 20$000 Abilio de Azevedo Branco 20$000 M. U. Lingruber 20$000 Augusto Lopi'3 de Carvalho 2n$000 Senador Dr. Francisco Salles 2í^0i)0 Dr. José Romão Carneiro 20$000 Coronel Caetano Mascarenhas 20$000 João liazilio d.i Costa Pinto 20:i;000 Alipio Guedes 20$000 João Dierberger 20$OjO Manoel Barboza da Cruz 20$00O José Rangel Jimior 20$000 Augusto de Faria Alvim 20$000 Ozorimbo R. da Silva Castro 20$000 Coronel Feliciano Benjamin de Souza Aguiar . . . 20$000 Dr. Bonifaaio de Castro 20$000 Américo Ferreira Leito 20$000 Coronel Manoel de Oliveira :^0$000 Pedro Procopio Rodrigues do Valli; 20$000 Bernardo Belizario da Silva 2O.7OOO Francisco Augusto de Castro 20$000 Dr. Júlio de Barros R.ija Gabaglia 2U$000 A LAVOURA 159 Alfredo Villela de Andrade 2u$0'J0 Joaquim Braz Villela de Andrade 20$000 Arthur Fernandes Dias 20$000 Dr. H. von Iliering 20$000 Dr. Alfredo Soares do Nascimento 20.$000 Camillo Martins Lage 20§000 Alexandre Francisco Pinto 20S000 Alves Magalhães & C 20^000 João José de Araújo 20$000 José Mendes Bernardes 20$000 João Moutinho França 20$000 Coronel Carlos Napoleão Poeta 20s000 Horácio Teixeira de Souza 20$000 Adauto Coelho de Lemos 20§000 Dr. Francisco Marcondes Macli ido Júnior .... 20$000 Izidoro Silva 20$000 António Lopes Fontes Bôa 20$000 Dr. Feliciano Ferreira de Moraes 20$000 Dr. João Baptista de Castro 20$0C0 Major António de Carvalho 20$000 Dr. Belizario Vieira Ramos 20S000 António Pereira Coelho 208000 Álvaro Guimarães 2u$000 Cornelio de Andrade Pereira 20$000 Manoel Pereira Lima 20$000 Limerio Ribeiro Quintas 20$000 Coronel Octávio Meyer 20§000 Arnaldo Joaquim da Silva 20.SOOO José Gonçalves Ferreira 20.S000 Dr. Bellarmino Pires 20$000 Ignacio Rangel de Marins Coutinho I5$000 Francisco Luiz de Barros 15$000 José Camillo de Castra Leite 15$000 Sebastião Gonçalves Fontes 15§0u0 António (Ia Cunha Castro 15$000 Capitão António José Gonçalves ISsOOO Honório Costa I5$000 Oswaldo Carneiro Santiago 15$000 Romualdo Silveira 15$000 Paulo Charadia 15$000 Manoel Tavares de Oliveira Bastos 15$000 Jorge José Fortes 15S00O João Paulo Ribeiro de Magalhães 15$000 Simplício Ferreira da Fonseca Júnior 15$000 Francisco António de Souza Sobrinho 15$000 Manoel Luiz de Souza Ramos Júnior 15$000 Padre Joaquim Martins Teixeira I5$000 160 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Leopoldo de Faria Pereira Dr, líurico Jacy Monteiro D. Francisca Honoria liiboiro do Carvallio .... José Francisco de Faria Jdninr Dr. Durval Mclchiadeâ do Souza Dr. Manoel Acrisii) Xavier Bezerra Vasco Navarro António Fernandes da Costa Domingos de Faria Torres Aironso Alves Pereira Coronel Horácio José de Leiiio3 José Gomes da Fonseca Adolpho J. Gusraan Dr. José Diogo Fortuna Manoel Lopes da Silva Custodio de Oliveira Machado Carlos Alexandre Steole Coronel Joaquim Ribeiro de Avelhir Franklin Eduardo de Cerqueira Amadeu de Queiroz Jayrae Gomes de Souza Lemos António Mellarmino de Camargo António da Silveira Mattosinhos Firmino Ferreira da Costa Camará Municipal da Villa da Pedra Branca . . Evaristo de Souza Junqueira Marcellino da Silva Tostes Francisco Ignacio Botelho Belizario Duarte da Fonseca Coronel Mathias Xavier Monteiro de Paiva. . . . Aictorino Gomes de Avollap Pedro Gomes Vieira Machado José Januário Carneiro Manoel da Costa Pevide Jayme de Souza Camargo Manoel José da Cunha Manoel Carvalho do Amaral António Cândido Dr. Henrique A. Leite Guimarãea Joaquim Pedro da Silva José Alves Pinto Sebastião Theodoro de Souza Dr. Pedro de Souza Bastos António Pinto Corrêa de Lima Coronel Justiniano Simoens Lopes Alberto de Andrade Coronel Lopo de Albuquerque Diniz Júnior .... 15$iJ00 l:í$000 1-4000 U'.-i;000 12$000 12$0UÚ lOÍOOO 10$000 10$000 10$000 I0$()00 I0$000 lil$000 IÚ$O00 I0$000 10$00U lO.sOOO lO,$()00 10.5000 10$000 H^OGO I0$000 10$000 lOíOOO 10.'i;000 10$000 10í;000 lOifOOO 10,^000 ia$ooo lOjOOO 10^000 10.$000 10$000 I0$000 10$000 10$000 lu$ooo 10$000 10$000 lO.sOOO 10$000 10$000 10$000 10$000 10^000 101000 A LAVOURA 161 Coronel Josô Bernardes de Faria 10$000 Joaquim Reginaldo de Azevedo Werneck .... 10$000 João Clirysostorao de Souza I0$000 Thomé Junqueira de Andrade 10$000 Amador Pinheiro de Barros lu$000 Joaquim Manoel dos Santos 10^000 Joaquim Ribeiro de Oliveir.i Silva Júnior .... 10$000 Dr. António Carlos Simões da Silva 10$000 José de Cerqueira Moutinho iu.<í;000 João Antunes de Cerqueira 10$000 João Ferreira da Rosa lij$000 Miguel Medice 10$000 Commendador Bernardino de Faria Pereira. . . . I0$000 Coronel João Justiniano das Chagas 10$000 Dr. Manuel António Je AzeverJo Í0$000 Francisco Lopes Cardozo 10$000 Coronol Gabriel Augusto de Andrade 10$000 José Ribeiro Junqueira 10$000 João Pedro de Alvarenga 10$000 Dr. José Ferreira Queiroga 1()$000 Luiz Blane 10$000 Dr. Rodolpho Fortes Diniz Junqueira 10$000 Benjamin H. Hunnicut 10$000 E. Veras Filho & C li)$000 Elvidio Josô Lopes da Costa Io$000 António Caetano Manjuos 10$000 João Carlos Barboza 10$000 ]VIUSEU O Museu que esta Sociedade, de alguns annos para cá, vem com carinho e paciência organisando, passa actualmente por uma modificação radical no sentido de sua instullação, augraento e valorisacão do seus variados specimons, do que em breve daremos minuciosa noticia illustrada com numerosas gravuras. SECÇÃO TECH IV IO A. Iiiroi-uia,çõe!S — Em 12 de julho de 1909. — O Sr. João Souza Vieira pede a opinião desta Sociedade sobre vários apparelhos do Sr. Luiz Buono de Miranda, destinados á cultura do café. Os apparelhos do Sr. Bueno fazem óptimo trabalho e realisam grande eco- nomia, porém é necessário que o terreno seja pouco accidontado e que entre os cafeeiros não haja tocos nem madeiras derrubadas. 162 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Realisadãs estas coodições, seu fuDccioaamento é facílimo o vantajoso Os vendedores destas machinas são os Sm. Nathan ^^ Comp., ru.i de S. Bento 43, S. Paulo. Em 12 de julho de 1909. — O Sr. Leopoldo da Fonseca Portella, era carta vinda de Boa Ksperança, no Estado do Rio — pedo informações sobre as machinas de beneficiar arroz «Paulista», dos Srs.Arens L*t Comp., e as de Engelberg, dos Srs. F. Upton & Comp. Para so responder i'om o ilevido critério aos 5 quesitos formulados pelo Sr. Fonseca Portella, seria preciso que elle informasse que quantidade de arroz pre- tende beneficiar e que qualidade de arroz quer produzir. Penso que para uma installação de certa monta os Srs. Arons i, associação mutua em series A LAVOURA 165 de 1.100 interessados, com o direito de assegurar em favor de pessoa ou pessoas, por occasião de fallecimento do associado, uma certa e determinada quota. Para o assumpto chamamos a attenção dos interessados, e agradecemos aos dignos directores da alludida companhia a gentileza da lembrança. Industria da iiiaiidioca — A Sociedade Nacional de Agricultura, tendo promovido um ensaio commercial da exportação da raspas de mandioca, offe- recendo prémios a quem preparasse com esse intuito remessas de cinco toneladas, oITerece hoje a publicação da seguinte noticia extrahida de uma revista allemã: ISaiz de mandioca, predestinada a sixtostituir a ba- tata— Na estatística oflicial do Governo da Índia hollandeza de 1908, figurara pela primeira vez os algarismos da exportação da raiz d;i tapioca, também deno- minada mandioca, ketella ou kaspe. A exportação de Java elevou-se naquello anuo a 27 .135 toneladas ; uma quan- tidade realmente apreciável . A industria allemã tem interesse em acompanhar o augmento da exportação deste artigo do archipeiago de Sunda que acompanha pari-passu a procura cada vez maior por parte da Europa Occidental, principalmente da França, Inglaterra, Hollanda e Bélgica, paizes estes, nos quaes a cultura da batata é resumida. Até um anno atraz foi a França, por assim dizer, o único comprador de toda a quantidade de raízes de mandioca, procedente de Java e só houve neste sentido uma alteração no anno passado, em virtude da alteração da tarifa aduaneira fran- ceza, que creou um direito de importação sobro este producto se bem que dimi- nuto, sendo elle, porém, sufflciente para impossibilitar o fabrico lucrativo de polvilho daquella raiz, e para forçar a mudança da fabricação para outros paizes. Agora, que se trata de conseguir um novo mercado consumidor para este artigo, verifica-se que já existia um grande interesse por esta raiz tão rica em amido e tão fíicil de ser manipulada. A exportação subiu em vista deste facto de mez a mez, com cotações estáveis e o conimercio desse artigo está se desenvolvendo constantemente. A producção das raizes de mandioca poderá acompanhai' o augiaento das neces- sidades de consumo, pois nas regiões tropicaes conseguem-se múltiplas colheitas ■ annuaes, e a natureza as produz com grande abundância, tal abundância, que as despezas de producção são por isso relativamente baixas; o que pesa principal- mente sobre o preço é o frete marítimo. Os indígenas estimam muito a raiz de mandioca como um alimento gostoso o nutritivo muito superior ao de nossa batata. Na Bélgica essa raiz é muito usada no fabrico do álcool. Na Inglaterra é utilizada em grande escala no fabrico do polvilho ; além disto ella serve para o fabrico de (Syrup) melado o dextrina o na Hollanda O utilizada como alimouto para o gado. Na Allemanha está havendo mais e mais um vivo interesse por este producto de paiz longiquo, o qual preencho uma falta muito sensível, onde a nossa batata não vinga bem. K' de suppôr que a raiz de mandioca esteja predestinada a representar um grande papel na nossa vida económica. 16i5 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA SECÇÃ-O r>E PLANTAS E SEMENTES Distribuição de plantas e sementes feita no mez de julho de 1909 ESPECIFICAÇÃO Plantas Arvores fructiferas de clima frio Raízes de Consolidas do Cáucaso Sementes Abóboras Acelga Alfafa Algodão Arroz Aveia Beterraba forrageira . . . . Bromus giganteus Capim Jaraguá Cebola Cenoura forageira Centeio Cevada Couve riitabaíra Dactylis glomerata Eucalyptus Feijão Festuca Fumo Gyra-8oI Holcus Juta Lolium 2.183 l.SOO 158 12 340 8 11,015 7 220,500 26 493 21 905,500 35 2 2 30,600 22 2 1 1.810 181 2,980 29 34,300 27 54 4 3G H 5,230 22 -, 2 210 6 70,600 23 2,700 2 l,6i5 16 7,400 15 14,200 3 1 2 9,400 6 A LAVOURA 167 ESPECIFICAÇÃO Lnpulo Maniçoba Jequié . . Melancia . . . . Melão Milho Mucunã forrageira . Nabo forrageiro . Paspalum dilatatum. Phleum pratense. Pimentão doce . . Serradella . . , . Tomate Tremoços . . . . Trevo Trigo Diversas UNIDADES PESOS VOLUMES _ k 010 1 - 55 6 - 475 13 — 455 i2 — 144,250 30 — 21 7 - 25,080 29 — 3 — 12 2 — 750 9 — 2 1 — 335 12 — 3,100 4 — 15,700 5 — 26,800 6 - 490 22 3.983 4.118,065 801 168 SOCIISDADE NACIONAL Dli AGRICULTURA SECÇAO DO ^VLCOOL Movimento dos serviços de propaganda pratica durante o anno de 1903 ■lanoiro . . Fevereiro Março . . Abril. Maio. .lunho Julho. . . Agosto Setembro Outubro. NoTerubro Dezembro LOr.AR n\ RBALISAÇAO Capital (ceotro) » (3uburbiu) 1- (centro) * (subúrbio) Districto (Paqueti) Capital (centro) ...... » (arrabalde) Districto (Paquetá) Capital (centro) » (subúrbio) » (arrabalde) » (centro) » (arrabalde) » (arrabalde) » ' uburbio) > (aubarbio) * (arrabalde) > (arrabalde) u (I^zposição Nacional). . < (ceatro) V (-^uburbiO) 1, (lLX[rosiv-ão Nacioual) , • (ceiíti-o) » (arrabalde) » (lilxposicão Nacional) „ (arrabalde) .... > (Ii;xpo3Í(ão Nacional) » (arrabalde) . . . . . » (centro) Districto (Ilha do Governador) > (Jacarépaguá). . . 10 16 5 1 51 P. 1 8 t 25 3 G 7 o ' « D 5 o C0N3UU0 DO ÁLCOOL, POB 8BMKSTRK 1 53 1 20 21 s 31 ^ 1 20 2 31 30 1 1 31 20 20 ::0 1 1 31 o ir> ■-'4 1 lo semestre 2.95Í litros. 20 semestre 4.369 litros. Xiotíx — Foram apresentados na Exp'isí';ão NaciODal loiios os anparelh-is de força, luz ou calor, quo compõem o stock da :?ocieda(le o ainda outros pi^r^DceEiles a negociantes desta Capital. O consumo de álcool no serviço da Exposição luonlou a 3.214 litros. A LAVOURA 109 BIBIL, LOTIIEOA. PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS Temos recebido as seguintes: Agronomia, órgão do Centro Nacional de Eogcnhoiros Agronoinos,do La Plata. — Annol, n. 2. Agros, órgão offlcial da Associação dos Estudantes de Agronomia, de Montevi- deo. — I, n. 1. Jahresberilht der Kiiniglichen Landioirlschaftlichen Hoclischule in Berlin. — Annuario XVIIL Bolelin Mcnsual de Esl-xdislica Agrícola. Publicaçiío do Ministério da Agri- cultura da Repubiica Argentina, ^.lan eiró de 1909. Bolelin de la Directioti de Foniciiln, de Lima (Peru). — Anno VII, n. 3. Anales dei Museo Nacional de Montevideo. — Flora Uruguaya. — Volume VII, tomo IV, n. 1. Anuário Estadislico de la Republica dei Uruguai/. — Tomo 1, anoos 1907-908. Kngineering Directorij, de Londres, — N, 18, abril, 1909. CoiitribuCions from the United Slales National Herbarium . — Volume VII. partes, 7", 8»e 9». La Gooperazione Ttaliann, de Milão. — Anno XXIII, n. 819. i: Economista deli' Italin Moderna., de Roma. — Anuo XLII, n. 1.5. Unidn picro- Americana, do Madrid. — Anno XXIIÍ, n. G. Bolelin dei Departamento Nacional dei Trabajo (Republica Argentina. — N. 8, 1909. A EíoÍMfão, revista de economia, agricultura e comraercio, da S.Paulo. — Anno 1. n. 45. TRABALHOS DIVEP.SOS Le Malériel Viiicole por R. Brunet. E' este o titulo do ultimo volume sabido a liimo da Encyclopédie Agricole, qui; estão publicando os Srs..I. B. Bailliôre et Fils e (lo qual tiveram os editores agantile/.a do nos remetter o exemplar que temos sobre a mesa. Registramos o recebimento com os nossos agradecimentos, chamando a atton- dos leitores para o prospecto da mesma obra inserto no fim da presente secção. Queilions Agricoles, por Daniel Zola, Também desta obra publicamos no fim desta secção minucioso prospecto, para o qual pedimos a attenção dos leitores d'.l Lavoura, Ao editor Sr. Armand Colin enviamos os nossos agradecimentos: Le Traitenient curatif de la tuberculose bovine par la «TulaselaJitin» du Professeur von Behring. Relatório apresentado ao Ministério da Agricultura da Republica Ar- gentina pela Commissão offlcial encarregada de verificar os resultados das expe- riências realizadas em Buenos Aires. Cartilla Ganadera por Alfredo Ramos Montero. Publicação da Division do Ga- naderia, da Republica O. do Uruguay, Montevideo, 1909. Estadística Agrícola. Anno de 1908. Publicação do Ministério da Agricultura da Republica Argentina. 170 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA AiIubjçi'o e Tratamento das Pastagens. E' a ultima publicação que recebemos do « Centro de Kxporiencias Au'ricola do «Kali8yndikat>. Esta como outras publi- cações feitas pelo Kalisyndikat são distribuídas grat,uitameQte em seii escriptorio no Rio de laoeiro ;i Avenida Central 117, l" andar. Voyage d'E'tudfs dans iWmcrique Latine por E. VlioborgU. Louvain, 1909. O Amazonas. Ejbovo histórico, oliorojírapliico e estatístico ató o anno de 1903 por Lopes Gonçalves. Nova York, 1904. Scenario Paranaense. Descripção geographica, politica e histórica do Estado do Paraná por Alcebiades Cezar Plais;int. Corityba, 1908. Breves Apunles sobre Hisluria de la Educaciun en México pelo professor Baldo- meroZenil. México, 1909. Pela Missão Brasileira de Expansio Kconomica foram-nos remettidos os se- guintes trabalhos dos quaes tem ella feito larga distribuição no estrangeiro: Le Brêsil. Ses limites actuelles, ses voies de penetracion por Oliveira Lima. Antuérpia, 1909. Clima e salubritd dello Stato di San Paolo por Nereu Rangel Pestana. La salubritd dei Brasile. VImmigrazione ed il Trachoma ai Brazile por Xeren Rangel Pestana. Carte du Drèsil . Politique. Carte du Brésil. Economique. Carte du Brêsil. Voies ferrées, navigation. LeCafé. Publicação feita pelo com missario geral do Estado de S.Paulo por occasião da exposição do Centenário do liruxellas. Le The-Malê du Brésil. .\nalyse chimique, 1908. Eerva-Matte oder Paraná Thee, pelo Dr. F. do Amaral. Les Progrès du Brésil. Socielà Anónima Cooperativa di Consumo fra gli Agenti delle Strade Ferrale in Milano. Boletim dos preços em 1909. Consorzio delle Cooperative di Consumo . Milão. Lista mensal dos preços cor- rentes CATÁLOGOS Aves de Rasa Pura. Preços de aves o ovos. Alexandre Reinhold. Belgrano, 451, Buenos Aires, Republica Argentina. Dreyer & Hesse. Roaslau (Anhalt). Allemanba. Moinhos de vento. Catalogo n. 45. E. R. A. F. Turner, Limtd. 82, Mark Lane, Lonilres, E. C. Moinhos para farinha de trigo, milho o qualquer espécie de grãos ou sementes. Le míitóriel -viticolo, par R. Brunet, ingénieur agrónomo. Pre- cede d'une étude générale sur lo choix et Temploi du matériel viticole, par P. ViALA, professeur à Tlnstitut nacional agronomique, 1909, 1, vol. in-18 de 400 pages, avec á57 figures. Broche, 5 fr. Cartooné, G fr. (Librairie .1. B. Baillière et fils, 19, rue Hautefeuille, ii Paris.) Si la production du vignoble et la qualité des vins sont en dépendance pri- mordial du cépage, du sol et du climat, los actions de Ia culture peuvent faire A LAVOURA 171 varieraussi la productivité du vignobleet la qualité du vin. De la perfection donaée aux labaiirs, de Temploi jtidicieux des engrais, des traitements des maladies de la vigne et encore du clioix des systèmes de plantation et de taile résultant des actions certaincs aussi biea sur la qualité que sur la quantité des pro- duits. Dans tou? les vigaobles, dans ceux á vins commmuns comrae dans ceux a. víqs de grands crus, les diversas opérations culturales sont Tobejet des soins as- sidus des viticulteurs. Mais les bases culturales une fois dôtermiaêes, il faut chercher à appliquer les systèmes adoptes dans los meilleuros conditions économiques d'exécution, par Temploi d"un Matèriel vilicole aproprie. 11 est dono d'un intêrèt primordial pour le viticulteur de bien connaitre ce matériel qul lui permettra de réaliser les di- verses operaiions de la culture d'une façon perfaite et aussi d'uQe façon éco- nomique. Tel estie butde ce livre. 11 est divise en .5 parties : 1. Etablissement du vignoble. —II. Plantation, tuteurage et palissage. — 111. Talilo, labours, fumures. — IV. Vendanges. ^ V. Traitements des maladies de la vigne. La description des appareils spéciaux est préccdéo d'une étude générale de M. Viula sur le choix et Temploi du mati-riel viticole. Ce volume fait partie de \' Encijclopêdie agricole publiêe sous la direction de M. WEaY, le directeur de Tlnstitut national agronomique. VEncyclopédie agricole ot V Agenda, agricole Wery, qui en est le complément annuel, sont aujourd'hui entre les mains de tous ceux qui s'occupent sérieusement d"agiiculture. Le catalogue détailllc de VEncyclopédie agricole formant 72 pages illustrées de planches est adressé grátis à toute personnequi ea fait la demande à MM. J. B. Baillière et fils, 19, rue Hautefeuille, à Paris, Questions ag^i-icoles d'hier et d'aujourd''hui, par Daniel Zolla, professeur à l"Ecole national d' Agricultura de Grignon et à lEoole libre des Sci- ences Politiques. Un vol. in-ISjésus (Librairie Armand Colin, 5, rue de Mê- zières, Paris), broclié 3 fr. 50. Dans ce volume Tauteur étudie une série de problèmes économiques qui se rapportent á TAgricuIture. En premiôre ligne se place la question de TEnseigne- munt agricole que le public ne connait guére et dont Tinílueace sur Ia production est cependant décisive. Une expérience déjà longue permet à M. Zoila de juger les múthodes et d'appréoier les resultais. Les recentes transformations de rEoseignement dans les Ecoles Pratiques d'Agriculture donnent à cette étude un pressant intérèt d"actualité. H ea est de mérae pour les problèmes sidivers relatifs aux Associations Agri- coles. Ce sont des vues nouvelles et originales que Tauteur expose à propôs du ròle quejoue le propriétaire foncier. Le développement si rapide des Syndicats agricoles prouve jusqu'à Tévidence combien on aurait tort de reprocher aux cultivateurs de ne pas savoir grouper leurs forces. Cest ce que M. Zoila démuntre on parlant des laiteries cooperativos, des grouiers coopératifs, des assurances muturalles, etc, ctc. Diversos questions, telles que la production des animaux domestiques, la di- vision de la propriété, Timpót sur le revonu, la colonisation agricole et le com- 172 SOCIEDADE NACIONAL" DE AGRICULTURA mercê des produits coloniaux, complètent ce travail et constituent une vcjritable revue des principaax problèmes qui sMmposcnt aujourd'hni h. rattention do tons les horames íclairés. Les études de M. Zoila poursuivies depuis vingt ans, sa longue carrièro de professeur et de piihliciste, ses norabreuses missiona k l'étranger, lui ont permis de parlor avec aiitoritô dos problèmes dont ce volume contiont l'exposó. NOTICIÁRIO Os íí-a,ra.Tiliotos,— Abaixo rnproduzimos as medidas adoptadas pelo Oo- vorno do Rio Grande, do Sul para a extinc(,ão d.i praga do gafanhotos, naqindle Kstado. DECRETO N. 1.430— de 15 de janeiro de 1909 Adopta ilivorsas medidas para avixiliar a extincção da praga de garanliotos O presidente do Estado do Rio Grando do Snl, considerando que ao Governo incumbe auxiliar os municípios nos moios de defesa no combate contra a praga de gafanhotos, que annualmcnte infesta o Estado, prejudicando alta e especialmente as suas lavouras ; Considerando que ó conveniente a uniformisação dos referidos meios para maior efScacia dos serviços de extincção dessa praga ; Considerando ainda que a avestruz, a gaivota, o gavião, o João Grande e a garça concorrem para isso, devorando esses orthoj)teros, dos quaos se nutrem ; Resolve decretar : Art. I.° Fica desde já expressamente proliibida a caça ás avestruzes, ás gaivotas, aos gaviões, aos .loão Grandes e ás garças assim como a retirada dos ovos de ninhos, as batidas em viveiros e as ciladas para elTectuar a prisão de filhotes. Art. 2." Os infractores desta disposição incorrerão na multa de 200$000 qae será elevada ao dobro em casos de reincidência. Art. 3." São competentes para a applicação da multa estabelecida no artigo antecedente todas as autoridades estadoacs o municipaes. Art. 4.» Cabe ás municipalidades dar ampla publicidade a este decreto e procurar todos os meios adequados á sua integral execução. Art. 5.° Revogara-se as disposições em contrario. Palácio do Governo em Porto Alegro, 15 de janeiro de 1909. Dr. Carlos Barbosa Gonçalves. Prolasio Alves. Café de café. — Realizou-se, no dia 24 do corrente mez, nesta Sociedade, na presença de muitas pessoas, a experiência do Dr. Carlos Marcondes do Toledo Lessa, sobro a sua invenção, denominada: — Café de café. A LAVOURA 173 O Dp. Lessa se propunha a provar que inveotou um processo para conserva- ção do café, em liquido, e conseguiu o que tinha proraettido, pois abriu uma garra- fa de café de café, que estava lacrada havia 6 mezes; delia oxtrahiu o café liquido que é coado e preparado por um processo especial, segredo do inventor. O café conserva-se, por muito tempo, sem perder as suas qualidades de aroma e sabor. Este café, para ser uzado, basta apenas ser aquecido e addicionar-se-lhe assucar á vontade do paladar de cada um. As pessoas que assistiram á experiência beberam o café de café e acharam-no bom. Com o novo invento abrem-se novos horizontes á industria da vidraria, pois, a conservação e exportação do café liquido será em garrafas. E' também provável que a industria da tanoaria seja beneficiada pela nova invenção porque se a madeira não aflfectar ao café, pôde este ser conservado e ex- portado em barris. E', como vemos, uma descoberta que vem crear novos elementos de trabalho em torno da preciosa rubiacea. Cooperati-vas— O Dr. António Picarolo, jornalista, i'esidente em São Paulo, seguiu para Nápoles onde foi organizar as cooperativas para a exportação de café para Nápoles e outras províncias da Itália. * « • Os colonos do Núcleo Colonial Campos Salles, «S. Paulo organizaram a «Coo- perativa de Producção» com auxilio do Governo Estadual, que forneceu os machi- nismos para o beneflcianamento do arroz. Na colónia Nova Holvetia e no núcleo Nova Odessa, o Governo estíl promo- vendo a organização de cooperativas de leiteria. Em França, um dos mais importantes municipios pastoris do Estado, estão encaminhados os trabaliios para uma grande cooperativa de leiteria, organizada pelos criadores. ^laoblnas agr-arias — Têm tido grande acceitação os arados Oliver. Existem diversos typos. Peçam catalagos com preços aos Srs. Haseaclever & C. —Avenida Central, 69 a 77. Caixa 745. Arado reversível. Possante raachina para arar. Puxado por quatro bois ou burros. Tem a grande vantagem de fazer a volta curta. Enviam catalog-os com os preços os Srs. Henry Rogers, Sons& C. Rua Visconde de Inhaúma 85, Rio. Cultivadores, < António Prado» e «Luiz Bueno», machinas usadas nas capinas dos cafeeiros da casa Prado Chaves & C, em S. Paulo. Não cortam as raízes, tornara o terreno poroso, apto, portanto, para absorver as chuvas. Tracção : — um animal — Preços módicos. Fornecem catálogos Nathan & C. rua S. Bento 43, S. Paulo. Lavador de café «Maravilha». Todo de ferro.— Ultima palavra no género. Separa o cereja do coco. Extrabe completamente a pedra e os pausinhos. Único depositário: Upton & C. S. Paulo, rua Alvares Penteado, 44. 7 — 174 SOCIEDADE NACÍONAL DE AGRICULTURA Animaes de raça : Importam llopkins, Causer & Hopkios, 95, ruaTheophllo Ottonio. Tèm ma- chinisraus para leiteiia, em cada 100 kilos do talos, sem follias. Os grã,os, depois de moidos, são empregados para a engorda dos vaccuns e ser- vem também para o preparo do pão. As folhas que se colhem dos talos, na época da colheita, podem ser utilizadas na alimentação dos bovinos. Finalmente, o pendão do olco cafro é a matéria prima com a qual se fabricam as vassouras, para varrer. -A.pi'eudiza.d.0 ^Vgricola— « Dr, Bernardino de Campos». Durante o anuo de 1908 matricularam-se 20 alumnos de 14 e 17 annos de edade, contra 23 no anno anterior. Dos matriculados lt> frequentaram o primeiro anno o quatro o segundo. Os exames começaram em 16 e termiuiram no dia 18 de novembro, e a elles compareceram nove alumnos, sendo seis do primeiro anno e dous do segundo. Aos alumnos promovidos entregou o encarregado do aprendizado, como prémios, livros de agricultura e 30$ em dinheiro. A LAVOURA m O curso theorico correu regularmente o o pratico constou de exercícios no campo de experiências, trabalhando os alumnos seis lioras por dia, manejando elles mesmos os instrumentos agrários: arados, grades de discos e de dentes, semeador meciíaoico e outros. Houvií 428 iieções thcoricas aos alumnos do primeiro anno e 583 aos do segundo. Pela natureza dos terrenos, que são muito húmidos, a cultura experimental do arroz é a que occupa todos os annos maior parcella, tendose feito plantios com adubos e sem elles, attingindo o arroz, em 1908, grande desenvolvimento. O arroz Honduras attingiu á altura de l^TS, tendo produzido 31,57 hectolitros por hectare. Esse arroz resisto bem aos ventos e aguaceiros pesados, dando cachos muito grandes e sementes que rivalisam com as melhoras das boas qualidades de cultura local, tanto pelo peso e tamanho, como pelo brilho que adquirem no beneticiamento. Outras experiências foram feitas: O cânhamo, chamado brasileiro ( Hibiscus, sp.), attingiu á, ;iltura de 2"',50 na média. Suas flbras foram preparadas, por maceração, pelos alumnos. O linho attingiu a 1°',25, na mi^dia, sem se ramificar, produzindo fibra de quali- dade muito regular e óptimas sementes. Praticou-se, correntemente, a adubação verde, tendo sido utilizadas pelos alumnos as diversas leguminosas, cultivadas com bom êxito, principalmente o amendoim rasteiro, o tremoço branco e o feijão da Florida. As culturas arborescentes. taes como as do cacaueiro, da maniçobeira de Jequié, dos coqueiros da Bahia, da amoreira, dos euoalyptus e outras, tiveram o competente e opportuno trato. Além de 348 mudas de cacaueiro transplantadas, dispõe-se no respectivo viveiro dn 1.600, promptas para distribuição. As maniçobeiras tèm-se desenvolvido muito bem, assim como os coqueiros. Fizeram-se novos viveiros de amoreiras brancas francezas. Nas experiências de criação de sirgo, observou o encarregado do Aprendizado qne os bichos, alimentados com as folhas de amoreira produzida ali não têm dado bons casulos, sendo elles molles, leves e pouco resistentes. Os alumnos exercitavam-se bastante nos trabalhos de cultura hortense o pomareira, havendo no pequeno pomar, entre pereiras e macieiras, 100 arvores o diversos viveiros de marmelleiros, macieiras, pereiras e laranjeiras, para exeroicios de enxertia. Em 31 de dezembro existiam nos viveiros 1.600 cacaueiros, 40 condessas, 298 fructeiras europeas, 246 laranjeiras, 267 amoreiras, 1.282 enraizados de videiras e muitas mudas de eucalyptus de diversas variedades. A plantação total de arroz foi de 14.208 m. q. das variedades: dourado branco legitimo de Iguape, Honduras, Gem-el-Gim, além de um lote de 1.300 ra. qs. ; a de milho foi 9.615 m. q. ; a Je araruta, do 400 m. q ; a de sirgo, de 577 m. q, ; e a de feijão de Florida e canna, 750 m. q. O Aprendizado disti'ibuiu diversas mudas e sementes, assim como ministrou dados e informações às ppssoas que o visitaram e as solicitaram. Este aprendizado está situado em Villa Bella, ha doze léguas, mais ou menos da cidade de Santos, (Do Relatório do Dr. Cândido Rodrigues, de 1908). 176 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA I*<$atos Zootéolxnioos— O Dr. Cândido Rodrigues, Ministro da Agri- cultura, croou em S, Paulo, »ntes de deixar a pastada Secretario de Agricultura, 5 postos zootéchnicos regionaes, com sedes nos respectivos municípios de S. Carlos, Quaratinguelá^ Botucatú, Itapetininga e Barretes. Estes municipios são criadores, sendo que o de Itapetininga tem um mata- douro frigorifico o exporta os seus productos. No município de Harretos a Companhia Paulista de Vias Férreas & Fluviaes, está installando um matadouro frigorifico provido de todos os modernos appa- relbos. ReduoçíTo do íVetes— É esta uma medida dií grande alcance que o Governo vae pôr em execução, porque os fretes altos teera cerceado o desen- volvimento da pulycultura, das pequenas industrias pastoris e das industrias agrícolas. O frete bai'ato será o elemento principal para estimular energias adormecidas a attrair para a agricultura actividades novas que virão agir nesse vasto campo de trabalho . Entre os productos beneficiados pela projectada roducção, está o café mineiro, o qual virá pela Central a este Porto, livrando-se assim do imposto de 5 francos em Santos. Exportação de melfincias— Está em organização em Villa Ame- ricana (S. Paulo) uma grande cooperativa frnctifera que promoverá a exportação para a Argentina de melancias e outras fruetas produzidas naquelle município. A colheita, só de melancias, este anno, está orçada em dois mil contos. Exportação de airoz— O Estado de S. Paulo exportou o anno passado, só pela Estrada de Ferro Central, 149, 274, saccos de arroz. Estes algarismos são offlciaes, extrai mol- os do Relatório do Dr. Cândido Rodri- gues, de 1908, que é, no género, um trabalho oxcellente, quer quanto á clareza do methodo expositivo, quer em relação à exactidão das estatísticas. A exportação pelo porto de Santos attingiu a 14.579.r!61 kilos na importância de 5.831 :744$400 reis. Entreposto de café— A acreditada e operosa firma Lage Irmão, desta cidade, com grandes estaleiros e offlcinas na ilha do Vianna, acaba do fundar o Entreposto de Café da ilha do Vianna, com o propósito de proporcionar á lavoura verdadeira economia nos gastos que oneram o café no mercado do Rio de Janeiro. Propondo-se centralizar todo o traliallio de transporte, armazenagem e ensaque de café oriundo das estradas de ferro Central e Leopoldina, cobrará ella pela exe- cução destes serviços unicamente a quantia de 700 réis por sacca. Recebendo dus Srs. agricultores as suas consignações, o Entreposto as venderá por pessoal idóneo, pi estando a respectiva nota de venda— por 10 kilogr.— dando ao género o sen verdadeiro typo, classificando o seu exacto valor e pondo immedia- tamente á disposieão dis Srs. lavradores o saldo liquido ajiurado, livre de cora- niiBsão ou de outras quaesquer despezas que não as já assignaladas acima. A LAVOURA m O Entreposto oflferece ainda aos fazendeiros que não disponham de boas ma- chinas a vantagem de ser o café rebeneticiado em aperfeiçoados catadores a classi- ficadores mechanicos ao preço de 600 réis por sacco. O reraettente preferinio vender o seu café por commissario, o indicará no co- nhecimento remettido ao Entreposto, que fornecerá âquelle as amostras e fará a en- trega do café ao comprador que for designado. O café da Leopol Una Railway deverá ser despachado para a estação de Ni- theroy e o conhecimento, como se disse, para o escriptorio da firma relèrida á rua do Hospicio 23. E' um bom serviço que Lago Irmãos prestam á lavoura do paiz. "&^S^3*^uf ^--c-^^f" PARTE COMMERCIAL JULHO DK 1909 Café Durante o mez de julho venderam-se para exportação 220.000 saccas. Entraram no mesmo periodo ^134. 202. Foram embarcadas 274.713 e a existência em 31 do julho era calculada em 159.776. Os extremos das cotações durante a primeira e a segunda quinzenas, foram : 1* quinzena Por arroba Por 10 kilos Numero 6 6$200 a 6$600 4$22l a 4í493 » 7 . 5$800 a 6$300 3ír949 a 4$289 » 8 5$500 a 6:í000 3.$744 a 4$085 » 9 5$200 a 5§700 3$540 a 3|881 2* quinzena Por arroba Por 10 kilos Numero 6 6$100 a 6$600 4$1.^3 a 4$493 » 7 5$800 a 6$'Í00 3$'M9 a 4$-289 » 8 5$500a6^'i00 3$744 a 4$085 » 9 5S2U0 a 5$7ii0 3?540 a 3$881 Aguardente A escassez de entradas que .se fez notar na 1= quinzena, accentuou-se na segunda, trazendo como consequência melhora de preços. 178 SOCÍEDADE NACIONAL DK AGRICULTURA Durante o mez entraram 640 pipas, cujas cotações por pipa foram (base de 20 %)• Paraty 130$000 a 150$n00 Angra 105$000 a 125$000 Campos 95$000 a 110$000 Maceió 95$000 a lin$OTO Bahia 95$ (00 a Il0$it00 Pernambuco 95$000 a 1 lO.jOOO Aracaju 9540 )0 a UnSOOO Sul 95$()00 a IICÍOOO Alcoo! Durante o mez foram recebidas 1.163 pipas de diversas procedências e as cotações por pipa, sem o casco, regularam : 40 gráos 140$000 a 170.^000 38 > 130$000 a lõOlOOO 36 > 120$000 a 130$000 Algodão em rama O movimonto geral do mercado foi o seguinte : Existência em 15 de julho 11.236 Entrada : Parahyba 1.722 Mossoró 1.60D Sergipe 800 PernamTjuco 700 Ceará 600 Natal 400 Piauhy _93 5.915 17.151 Sabida dos trapiches 7.629 Existência no dia 31 9.522 Preços : Pernambuco 10$300 a 11$200 Rio Grande do Norte 10$;00 a 11$000 Parahyba 9$800 a 10$800 Ceará 10$000 a 1 1$200 Sergipe 10$000 a 10$300 Penedo lO^iGOO a 10$500 Assucar Durante o mez vieram ao mercado 62.263 saccos, sendo de: Pernambuco 12.577 Sergipe 7.577 Campus 30.915 Bahia 11.214 A LAVOURA Itd Os preços regularam do seguinte modo : Pernambuco : Kilo Branco usina 260 reis a 290 reis » crystal 260 » a 290 » » 3» sorte 250 » a 280 » Crystal amarello 200 » a 240 » Somenos 210 » a 220 » Mascavinho 200 » a 220 » Mascavo bom 170 » a 180 » > regular . . 160 » a 170 » » baixo 130 » a 150 » Campos : Branco crystal 260 reis a 320 reis > 2» jacto 250 » a 270 » Crystal amarello não ba Mascavinho 200 » a 240 » Bahia Branco crystal 300 » a 320 » > 2° jacto — — Crystal amarello — — Mascavinho ãOO » a 230 » Mascavo bom — a 180 » Sergipe : Branco crystal 260 » a 280 » Crystal amarello — — Mascavinho 200 » a 230 » Mascavo bom 170 » a 180 » » regular 160 » a 170 » > baixo 130 » a 150 » Oereaes Regularam durante o mez os preços seguintes : Sacuo Aptoz nacional 28$000 a 30$100 » » inferior • . . 25^,000 a 27$000 » » rajalo 21$000 a 24$000 p estrangeiro agulha, 1» qualidade. . . 35$000 a 37$000 » » » 2» qualidade. . . 33$000 a 34$000 Feijão preto de Porto Alegre 9$500 a 1 1$000 » » Mineiro 8$500 a 12$000 y » de Santa Catharina, superior. . 8$000 a 11 $000 » > do Paraná Nominal 180 SOCIEDADK NACIONAL DE AGRICULTURA Sacco Feijão mulatinho 8$000 a 10:{500 » manteiga 10$500 a 13$000 » enxofre, nacional 10$500 a ia$500 » de cores, » 8$000 a 14$000 Farinha do mandioca especial 9$200 a í)$80u » flna 7$000 a 7$800 » peneirada 6$200 a fi$.SOO > grossa 4$800 a 5$40O Milho da torra 6$800 a 7$600 » » » misturado 6$000 a 7$000 Cangica Nominal Amendoim 7$500 a 8$000 Kilogramma Fubá de milho $130 a $200 Mate em folha $400 a $560 Tapioca $380 a $400 Polvilho $200 a $260 Fumo em rolo Foram escassas as entradas durante o mesmo período. As cotações por kilogramma foram : De Minas especial. » » superior » » de 2*. » » orilinario Goyano superior » baixo . Rio Novo, superior » » do 2» » » baixo Pomba superior » de 2» . » baixo Carangola . . Picú especiíl . » do 1» . . » » 2' . . Bahia. . . . 1$000 $900 $600 $300 2$20O 1$800 1$600 1$-?00 $800 1$200 1$000 $900 I$000 2$000 I$600 l$ilOO 1$100 Kio d* Janairo — Impranaa Nacional — 1V09 EST.A.TXJTOS CAPITULO II DOS SÓCIOS Art. 8.° A sociedade admitte as seyiiintes categorias de sócios : Sócios etTectivos, correspondentes, honorários, beneméritos e associados. § i.° Serão sócios eITectivos todas as pessoas residentes no paiz que forem devidamente propostas e contribuírem com a jóia de 15$ e a annuidade de 2o$ooo. § 2.° Serão sócios correspondentes as pessoas ou associações, com residência ou sede no extrang-eiro, que forem escolhidas pela Directoria, em reconhecimento dos seus méritos e dos serviços que possam ou queiram prestar á sociedade. § 3.° Serão sócios honorários e beneméritos as pessoas que, por sua dedicação e relevantes serviços, se tenham tornado beneméritos á lavoura. § 4.° Serão associadas as corporações de caracter official e as associações ag-ricolas, filiadas ou confederadas, cjue contribuírem com a jóia de 30$ e a annuidade de 5o$ooo. § 5.° Os sócios eíTectivos e os associados poderão se remir nas condições que forem preceituadas no reg-ulamento, não devendo, porém, a contribuição fixada para esse fim ser inferior a dez (10) annuidades. Art. 9.° Os associados deverão declarar o seu desejo de comparticipar dos tra- balhos da sociedade. Os demais sócios deverão ser propostos por indicação de qualquer sócio e apresentação de dois membros da Directoria e ser acceitos por unanimidade. Art. 10. Os sócios, qualquer que seja a categoria, poderão assistir a todas as reuniões sociaes, discutindo e propondo o que julgarem conveniente ; terão direito a todas as publicações da sociedade e a todos os serviços que a mesma estiver habilitada a prestar, independentemente de qualquer contribuição especial. § 1." Os associados, por seu caracter de collectividade, terão preferencia para os referidos serviços e receberão das publicações da sociedade o maior numero de exem- plares de que esta puder dispor. § 2." O direito de votar e ser votado é extensivo a todos os sócios; é limitado, porém, para os associados e sócios correspondentes, os quaes não poderão receber votos para os cargos de administração. § 3.° ()s sócios perderão somente seus direitos em virtude de expontânea renuncia ou quando a assembléa geral resolver a sua exclusão por proposta da Directoria. ■>gK i>k j«nkiiillura, Industria e Com- mercio fica sendo desde hoje um dos actos de maior acerto entre todos quantos S. Ex. haja de decretar. A Sociedade Nacional de Agricultura enche-se de justo desvaneci- mento vendo recahir a escolha do primeiro titular da nora Secretaria de Estado sobre a pessoa do sen dilecto consócio honorário e compa- nheiro de obra desde longos annos. Congratula-se com os amigos da lavoura por ver o Dr. António Cândido Rodrigues coUocado á frente dos negócios da Agricultura, Industria e Commercio, porquanto nin- guém melhor do que elle conhece em seus íntimos recessos as deli- cadezas dos novos serviços que em boa hora foi chamado a dirigir. As leves cans que já se vão mostrando sobre sua cabeça de adminis- trador ponderado, S Ex. as adquiriu lidando com problemas relativos á pasta que hora tem sob sua responsabilidade. De.sde ha muitos annos S. Ex. não tem outro encargo publico que não seja o da especialidade da nova jiasta creada. Engenheiro militar, S. Ex. exerceu commissões da cxtincta repartição de terras e colo- nisação nos últimos tempos do Império. No regimen actual S. Ex. leve assento no congresso paulista, passando dalli para a Gamara Federal. Foi em S. Paulo duas vezes ministro da Agricultuua o, l)om é que se diga, coube-lhe a sorte de ter sido o primeiro secretario da A LAVOURA 183 agricultura que passou das aspirações e idéas geraes a actos adminis- trativos, visando resultado palpável. Quando o Dr. Carlos Botelho, após uma administração de raro destemor, se retirou da Secretaria da Agricultura do Estado de S. Paulo, era momento de difficili ma crise, em que se exigia do seu successor a maior calma e ponderação para evitar abandonos precipitados, foi ao Dr. António Cândido Rodrigues que o Dr. Albuquerque Lins buscou, com applausos unanimes da opinião publica da culta paulicéa, para continuar a obra de proporções gigantescas deixada pelo Dr. Carlos Botelho. S. Ex. nãose acobardou ante as responsabilidades que ia assumir. Entrou para a pasta da agricultura e, com uma segurança, uma pre- cisão de velho timoneiro, lá foi .seguindo o rumo que conviu -seguir, sem receios e sem temeridades, mas com cautela e prudência como faz todo bom administrador. O principal é que entre as gestões dos dois administradores não houve separação brusca, houve, pelo contrario, a possível continuidade. Caminharam por curvas ascendentes e de- .scendentes, como é de regra em todo e qualquer phenomeno politico- .social. E.stáahi o maior elogio (lue .se possa fazer ao Dr. Cândido Rodrigues como administrador publico — continuar corrigindo, mas nunca extinguindo. Cremos, pois, que o nascente Ministério da Agricultura, Industria e Commercio vem com ventos favoráveis e ha de tocar ao fim da sua nobre derrota. A Sociedade Nacional de Agricultura, considerando-se a cellula inicial da instituição que vem de ser corporificada na nova Secretaria de Estado, veste-.se das suas melhores galas para saudar e acolher ao timoneiro emérito que ó desde hoje o guia supremo da agricultura nacional . Que seja pro.spera e pródiga de beneflcios ás cla.sses trabalhadoras da nação é o que desejamos á administração do Sr. Dr . António Cândido Rodrigues. Como justa homenagem aos dislinctos organisadores do Ministério da Agricultura, damos conjunctamenteos retratos de SS. EEx. os Srs. Drs. Nilo Peçanha e Cândido Rodrigues, que já eram dignos sócios hono- rários desta sociedade. 1S4 SOCIEDADE NACrONAL DE AORICULTURA Algumas madeiras e vsgetass utsis do Brazil ( Dií M. Pio Corrí:a j Monograpliia ii. 70 — Amostra 78. família das SAPOTACEAS oiKla ClirysophyUum sp. Synonimia : — Cnnelln-Guyacá, Canella-Guaicd e Canelln-Guaycá (?), no \{\o Grande do Sul — Goaicd e Goaycá, no Paraná — Guncá, Guacd de leite, Guacão, Guaicá, Guicá, Haacá, Iracá (?) e Jacuá (não confundir com a anaiardiiirea exolic^ Sclerocarya cafra Sond., quo tem o mesmo nom'3 \\i\i;ãv) Jííqud Oacde Udcaã, dos indígenas («matio fructirero», nome extensivo á Lucuma ramiflora A. DC. e talvez a outras sapotaceas). Habitat : — Serra do Mar, desde o Estado de S. Paulo para o sul. Vegeta em terras de qualidade i-egular, silicosas ou ai-gilosas, mas prefere as ultimas. Descrii'ção ; — Arvore até 12,00 de altura o 0,00 de diâmetro (lemos que algures chega a 22,00) ; ramos glabros, ura pouco tortos, medullosose lactescentes; casca lactescente, grossa até 22 "7,„. branca, revestida de epiderme ferruginea com manchas brancas ; filhas inteiras, simples, pecioladas, peciolo até 25 '"/,„ canaliculado, memliranosas, pen- ninervias, acuminadas, base coneiforme, lanceoladas, mais ou menos 200 '"/,„ de comprimento e 80 '" ',„ de largura, verde-escuras e vernicosas na pagina superior, deixando ver bem a nervarão e salienle-nervadas na pagina inferior, nervação lerrugineo-tomenlosa, visível á transparência em seus mais peciuenos detalhes, sendo que as nervuras são dispostas em sentido transversal e salientes, o que torna bem características as folhas. Madeira ; — Côr branca que oxyda ao ar, tornando-se avermelhada, fibras direitas, tecido compacto, não muito pesada, dócil ao cepilho e á serra. Pesos específicos verificados no Paraná, mas que julgamos exaggerados: 0,903 e 0,963. Resistência ao esmagamento, 727 e 807 kilogrammas por centímetro quadrado. Applicações : — Madeira para vigas, taboado de forro, caibros, canoas, remos e obras internas era geral ; dá boa lenha . O látex produz gutta-percha, ainda não analysada; delle se extrahe um óleo purgativo usado pelo povo. A LAVOUBA 185 Observações : — Parece-nos tratar-se de uma espécie nova para a sciencia, o que mais tarde verificaremos. Este vegetal foi 'outr 'ora considerado como lauracea e também como euphorbiacea (Pactiystroma ilicifolia M. Arg.), erro grosseiro, porque este individuo não é lactescente. Monographia n. 71 — Amostra 79. família das sol AN AC E as Ouaxieliim Solanum inaequale Vell . Synonimia : — Catíneina, dos indígenas («matto imprestável», decerto allusão ao bonito fruclo) — Caiicma-grande. Não confundir com «Ingá-xixi», que é uma leguminosa da Amazónia. Habitat: — Estados deS. Paulo, Paraná, Santa Catharina e Rio Grande do Sul, sendo menos frequente no littoral e vegetando de prefe- rencia em terras argilosas. Descripção : — Arvore arbustiva, até 6,00 de altura e 0,20 de diâmetro ; casca amarella, lenhosa, macia, até 15 '",',„ de espessura e de sabor amargo, revestida de epiderme esverdeada e rugosa ; folhas inteiras, pecioladas, ob-rhombeas, acuminadas, nervura central saliente, mais ou menos 110"',,,, de comprimento e 55"'/,,, de largara; flores em racemos, campanuladas, brancas ; fructo baga grande, globosa, amarella parecida com a do «Juá». Madeira: — Alburno ]>rancoe cerne amarellado, luzidio, nodoso, de densidade regular. Applicações : — Somente a madeira, para lenha. Monographia n. 72 — Amostra n. 80. família DAÍÍ MYRTACEAS Ouajupií-oeit vei*iiiulha Psidium sp. Synonimia : — Araçá-perinha (?), na Bahia — Araçá-piroca, dos indígenas (de «araçá-pir-oca», Araçá descascado, talvez porque renova sempre a epiderme) — Garapiroca e Guajipiroca (decerto corruptelas) — Guajupiroca-da-uvêa , nu littoral do Estado de S. Paulo — Guarapiroca (corruptela, porque significa «arco descascado» e os indígenas não eram capazes de lhe dar tão pouco engenhoso nome) . Habitat : — Littoral dos Estados de S. Paulo e Paraná e decerto nos outros Estados vislnhos, preferindo as terras silicosas. 189 SOCKCDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Descripção : — Arvore pequena, de caule irregular e Inrluoso; folhagem abundante e persistente ; casca fina, vermelha, de sabor adstringente, revestida de epiderme ferruginea, renovável ; folhas simples, inteiras, membranosas, curto-pecioladas, oppostas, ovaes, mais ou menos 50 '"/,„ de comprimento e 33 '"/,„ de largura, enrugadas entre as nervuras, nervura central saliento (parecidas com as da «Goya- beira», porém menores). Madeira : — Cor branco-pardacenta, tecido compacto, macia, pesada, resistente. Appi.icações : — Madeira para caibros, tancli('')es, (?) catos do fei'1'a- mentas e pequenas o])ras ; lenha forte, iiue arde mesmo verde, sendo por isso usada para fachos pelos pescadores. As cascas contém 25 7a de tannino, mas como são finas, não merecem emprego na industria do cortume ; são, porém, uleis na medicina, para combater as lieraoptyses e a diarrhéa. Monographia n . 73 — Amostra n . 81 . família das MIRTACEAS Caus^upií-ucst verde Psidium sp. Synonimia : — A mesma da espécie precedente, substituindo-se apenas «Guajupiroca-da-arêa» por Guajupiroca-de-foUia-larga. Habitat : — A mesma da espécie anterior, vegetando de preferencia em terras argilosas. Descripção : — Arvore pequena, de caule tortuoso ; galhos com as extremidades villosas; casca muito fina, glabra, esverdeada; folhas simples, inteiras, pecioladas, acuminadas, membranosas, penninervias, mais ou menos 160 '"/,„ de comprimento e 50 ""/^ de largura, verde- escuras na pagina superior e verde-clarase villosas na pagina inferior, pontuadas á transparência, base cuneiforme, nervura central saliente e villosa. Madeira : — Gôr branco-arroxada, tecido compacto, macia, pesada . AppLir.AçõES : — Exactamente as mesmas da espécie precedente. Observações: — Este vegetal é perfeitamente distincto da «Gua- jupiroca-vermelha» ; infelizmente, não dispomos ainda do material necessário para a respectiva identificação. (Continua.) A LAVOURA 187 COLLABORACÃO Pathologia e Thsrapsutka UMA ESPECIAL OCCLUSAO INTESTIXAL NOS CÃES DE CAÇA O cão de caça é para o liomem dedicado ao sport venatorio um animal precioso, indispensável, ao qual se dispensa mais cuidado, affe- cto e attenção do que se deve ao nosso próximo soffredor. O medico veterinário é chamado com mais interesse para curar este animal, do que para outros de maior valor. A occlusão intestinal do cão de caça, que me proponho descrever, eque se localisa na ultima parte do cólon e no recto, éuma affecção antonoma que, embora commum e á primeira vista muito simples, pôde todavia causara morte de muitos indivíduos se não fôr curada a tempo e com critério. O cão normalmente não defeca com igual frequência, e, como regra, tal funcção se faz com escassez ; é por isso difficil diagnos- ticar esta affecção no seu começo e, especialmente, porque o cão não apresenta então nenhuma mudança physica nem psychica. Somente quando a defecacçãose torna completamente impossível, os symptomas geraes da moléstia se patenteam, e, em tal momento, por felii-idade, se pôde ainda intervir e salvar o animal. A causa principal desta moléstia parece residir na falta de exercício e na natureza da alimentação. O próprio caçador involuntária e inconscientemente a provoca mui- tas vezes. De feito, nos mezes em que a caçada é prohibida, época em que o cão está exposto a esta grave affecção, — o exercício, como a vigi- gilancía do dono, desapparece quasi bruscamente. A suppressão do exercício dá legar a uma relativa insufflciencia gastro intestinal ligada a uma alimentação mais abundante, irregular edifferente da que lhe era costumeira. Na verdade, o cão, que durante a época da caça só vai em casa á tarde ou á noite, não pôde comer quanto na cozinha durante todo o dia se elimina, nem colher os ossos que, com voracidade, i-óe ; mas, com a alimentação desordenada, a principio, elle defeca regularmente, depois. f88 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA com O augraento da insufficiencia do apparelho digestivo e os restos de ossos cortados, misto de sujjstancias indigestas, reunem-se intactos os alimentos na ultima porção do tubo intestinal, formando cibalas, duras e cortantes, que permanecem immoveis. Por isto a defecarão é suppressa . O animal approxima os quatro membros, arquea a columna vertebral como para defecar, mas não consegue senão expellir uma substancia semilíquida, terrosa, fétida, sanguinolenta, que emporcalha o anus, o perineo, as nádegas e região inferior o próxima da cauda, fazendo crer, á primeira vií^ta, em uma affeção diarrheica. Chegado o cão a este estado da moléstia, manifestam-se os syra- ptomas eólicos e de auto intoxicação ; não acceila alimento, traz a cauda baixa como para proteger o anu^, o nariz expelle muco, o olhar estú- pido, o psychico abatido, manifestando a lodo instante uma sede in- tensa, especialmente nos últimos períodos da moléstia. Não é raro procurar elle os logaies ermos, recusando attender ao chamado do dono ; razão por que, e pelos uivos que emitte em virtude da intensidade das dores, se suppôe tratar de ura principio do hydrophobia, dando logar a que muitas vezes o caçador, por pru- dência e para evitar consequências luctuosas, o sacrifique com faci- lidade. O diagnostico desta occlusão especial é facil, quando se compulsam os dados anamnesticos e os symptomas acima referidos. Basta que se lenha observado um só caso, para differençar esta affecção de outra que possa apresentar symptomas semelhantes. Com o palpar moderado do ventre (uma das mãos de um dos lados, a outra do lado opposto) se percebe na ultima parte do intestino, espe- cialmente no recto, uma corda, dura e nodosa que outra cousa não é senão cibalas enfileiradas. Por meio da exploração rectal, com o Índice, se notam quasi sempre massas fecaes duras e cortantes. Entregue ao abandono, o cão morrerá dentro de cinco a doze dias por enterite necrolica perfurante e perilonile consecutiva, que se dia*- gnóstica pelo symptoma de maior vulto desta complicação, isto é, pela lumefacçãoe acôr azulada da região perineal, symptoma acompanhado do uma elevadíssima lemporalura. A cura espontânea desta moléstia é muilo rara; todavia o trata- mento é facil e accessivel a toda bolsa e inlelligencia quando se age antes que as complicações se manifestem. Um collega meu que teve a fortuna de se achar em local adequado o entre caçadores ricos, apaixonados, sem exagero, salvou quatro cães A LAVOURA 18Í que lhe for&m apresentados, instituindo o tratamento abaixo descripto, e que o appliquei também com êxito verdadeiramente óptimo. Dá-se ao cão um purgante de óleo de ricino— 10 a 15 grammas. Em seguida pralica-se uma irrigação rectal com óleo de oliva ligeiramente quente, e a extracção das cibalas por meio do dedo indi- cador da mão direita ( o mais comraodo e aperfeiçoado instrumento) ajudada pela mão esquerda applicada sobre a parede externa do abdó- men, que repelle as cibalas para o anus, agindo com attenção, muita paciência e delicadeza, para não augmeatar a phlogosee não dar logar a descamações epitheliaes ou escoriações que complicariam o êxito do tratamento. Quando não se consegue extrahir de uma só vez todas as cibalas, para não prolongar as manobras mecânicas interna e externa, r'e- pete-se a operação com breves intervallos ; e se o bom o senso (no caso em que o medico veterinário não esteja presente) o indicar, a irri- gação rectal de óleo de oliva, como acima ficou dito, se repetirá. Um auxilio ainda se ter$ nos esforços de contracção feitos pelo animal, em virtude do estimulo do indicador, tanto que o operador sentirá a impressão própria de um parlo distocico. Livre o tubo rectal das cibalas, irrigações com solução boricada ou permaganato de potássio devem ser feitas nelle, durante quatro ou cinco dias, afira de evitar uma infecção, cuja porta de entrada pôde estar na mucosa rectal, eventualmente lesada pela turgescência óssea das cibalas, ou pela sabida artificial da mesma, feita com pouca paciência ou sem ater-se escrupulosamente ás regras acima expostas. Durante os dias de tratamento, o cão ficará em dieta láctea até a cura completa, o que acontece com muita rapidez. E' fácil, porém, uma reincidência, e, quasi sempre, nos mezes de repouso ; e, a tal respeito assignalo que um explendido, hracco poiíi- ter que eu curei de tal moléstia, morreu, no anno seguinte, do mesmo mal. Uraacadella, precioso producto de ura cruzamento, que consegui salvar desta occlusão especial, raon^eu dous annos depois, com com- plicações de perfuração do cólon e do recto, com enterite, peritonite etc, constatadas por mim em exame anato mo pathologico. Tanto o bracco pointer como a cadella não foram curados techni- camente senão por dous empíricos do logar. (Vi04 ~ 190 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA A prophylaxia desta moléstia, era face do exposto, apresenta-se por si mesma e claramente ao interessado ; porque basta manter o cão em exercício na época em que a caça ó prohibida e não deixal-o entregue a si mesmo, dando-lhe alimento de fácil digestão e prescrevendo de modo absoluto o osso, o qual, se não faz perder ao cão o olfacto como é crença vulgar, fal-o perder a vida. Acredito ter sido útil, elucidando este estudo pathologico, não só aos caçadores senão também aos criadores de taes animaes ; porque c(jmo me tem sido dado observar na minha pratica, esta moléstia nem sempre édifferonçada de outra de origem absolutamente diversa, ainda (jue alguns symptomas importantes se assemelhem. Dr. Aghilles Rigodanzo, Medico Iljgienista Veterinário. Warrants Que é um Warrant l E' um documento que representa uma mercadoria em deposito. O seu hm é isentar essa mercadoria de soffrer no preço de venda as consequências prejudiciaes dos especuladores baixistas. Assim, essa útil e pratica instituição (que existe, ha mais de cem annos, no comraercio europeo !) constitue um solido, perfeito, completo, admirável apparelho de defesa, quer do productor, querdn interme- diário vendedor. Os VFarra/iís são títulos de credito, que facilitam a circulação das mercadorias . De facto, o possuidor de um ^Varrant representando café, pôde des- contal-o, levantar dinheiro e esperar a venda do género, em occasião favorável . Os Wurraats podem ser emittidos por particular, ou companhia ou sociedade. O local onde se deposita a mercadoria Warraatada chama-se : — Armazém Geral . Depositadas, por exemplo, mil saccas de café, a companjiia de Arma- zéns Geraes, entrega ao proprietário, um titulo, declarando a natureza e quantidade da mercadoria . A LAVOURA 191 Os Armazéns Geraes podem ser installados nas cidades do inte- rior, capitães estaduaes, capital doPaiz e portos, e os Warrants em\tli- dos são respectivamente geraes e regionaes. Supponiiamos que um commissario recebeu de um fazendeiro cinco mil saccas de cate, as quaes pôz á venda. O preço obtido, porém, não é compensador, mas o commissario pre- cisa de fazer dinheiro para supprir ao fazendeiro, para este poder atten- der ao custeio, esse tonel das Danaides . Que fazer então ? Vender o café a qualquer preço ? Não ! Porque seria prejudicar o productor, maselle precisa inadiável mente de custeio. Diante do dilema, qual a solução 1 Warrantar o café, levantar dinheiro com o Warraat, e esperar preço compensador para vender o café e resgatar o Warrant. Eis, em synthese, qual é a íuncção dos Warrants. Além do café, podem ser Warrantadas a borracha, madeiras, me- taes, materiaes para construcção, fumo, assucar, cacáo, cereaes, todas as mercadorias em fim. Entretanto prestam-se mais a este fim os géneros que não se de- terioram . Um Warrant é um titulo de credito que offerece, proporcional- mente, mais garantia que uma hypotheca ou um penhor agrícola, pois no primeiro caso a propriedade hypolhecada pôde se desvalorisar pelo mau tracto recebido, pela acção de diversos factores atmosphericos preju- diciaes, como sêccas, chufas de pedra, geadas, etc, além da acção damno- sa de parasitas e insectos. Também no penhor agrícola sobre fructos pendentes, qualquer dos diversos factores já citados é sufflciente para destruir a ga- rantia Ao passo que, sobre Warrant, o capitalista fornece o dinheiro, tendo como garantia uma mercadoria existente, -dvisidi e ao exame do inte- ressado, antes de applicar o dinheiro Essa mercadoria, depositada em armazém apropriado, limpo, secco, liygienico em surama, não se deteriora e é segurada contra fogo. Assim, um Warrant é um titulo tão garantido como as acções das estradas de ferro. Os Armazéns Geraes oíferecem toda a confiança e garantia, pela própria natureza do seu funccionamento e pela previdência, acerto, senso 8 methodo dos seus estatutos . 192 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Os Armazéns Geraes funccionam devidamente legalisados, pois estão as suas operações regularisadas eaulorisadas pelo decreto federal n. 1102, de 21 de novembro de 1903, creado pelo então Presidente da Republica Dr. Rodrigues Alves e o seu Ministro da Fazenda Dr. Leo- poldo de Bulhões. Tarifa de Armasens Geraes Deposito Simples — • Armazenagem... Um mez, 125 réis por sacca. Depois de pago o primeiro mez de ar maz?nagem, as fracçms deum mez não completado serão calculadas e cobradas como .se segue : 1 semana 20 réis por .sarça 2 semanas 30 » » » 3 )• 40 » í » 4 » 50 M n » Seguro contra Fogo Por sacca, 15 réis por mez. Depois de pago um mez de seguro, as fraci;' •4 » 15 « " )' São estas as tarifas dos Armazéns Geraes, de Santos eS. Paulo. Os bancos, capitalistas e negociantes deS. Paulo e Santos acceitam e descontam Worrants. As Emprezas de Armazéns Geraes estão, pois, prestando excellen- tes serviços á Lavoura e ao Gomraercio. Dário Leith dh I?ahro.-^. A cultura do arroz no baixo Gongo Em todas as épocas, o Governo tem ligado uma grande impor- tância á cultura das plantas alimentícias nos postos do Gongo Belga. Entre as principaes espécies propagadas, ha annos, em virtude de seus cuidados, podem ser citadas o arroz, a mandioca, a bananeira, a batata doce, o milho, o inhame, o sorgho, etc. A LAVOURA 193 Actualmente póde-se dizer que cada posto do Governo possue, a par de suasprantaaies de renda, muitos hectares dessas culturas alimentícias. Estas plantações não bastara entretanto para assegurar a alimeii-' tacão do numeroso pessoal da administração, e foi preciso estabelecer em certos centros favoravelmente situados do Baixo, Médio e Alto Congo, importantes culturas productoras de viveres. A creação dos primeiros centros data de 1904. No Baixo Congo, foi o posto de Kitobola o ascolhido para este effeito, por causa dos resultados animadores colhidos em ensaios ernprehendidos anteriormente. O arroz é ahi a cultura principal. Este cereal tinha sido já cultivado, a titulo de experiência, em outros pastos do Baixo Congo, mas sem resultados satisfactorios. Assim fora, sobretudo, nas cercanias de Boma, em 1S95, e, depois, nas plantações de Zambi, que deram melhores resultados, sem, no emtanto, .serem perfeitamente concludentes . Yem de molde serena assignalados os sacrifícios a que se impoz a missão dos padres de Kisantu com o intuito de introduzir esta cultura na região. O posto de Kitobola, situado no valle do Lukunga, possue terrenos muito apropriados ã cultura do arroz. Duas ou três vezes pjr anno, o Lukunga (rio) sabe do seu leito e submerge o valle durante um ou dous dias, depositando ahi um limo verde. Além disto, este rio, alimentado por pequenos e numerosos affluentes, jamais .secca. Os campos de arroz installadns em Kitobola antes de 1904 eram pouco extensos, não tendo tal cultui^a nessa época senão um caracter experimental. Dava um rendimento ]:)em satisfactorio : mais de .3.000 kilogram- mas por hectare. Em 1904 as superflcies cultivadas de arroz foram largamente es- tendidas, mas, em consequência de uma estação secca particularmente longa, a colheita não foi ajjundante. Poude-se, todavia, remetter cerca de 29 toneladas de arroz para Léopoldoille para o abastecimento do pessoal negro. Com o fito de remediar a irregularidade do regimen das chuvas, tentou-se em fins de 1904 um primeiro ensaio de cultura por irrigação, cobrindo uma superfície de cerca de 35 hectares. Desta vez foi a escassez do pessoal que influiu sobre o rendimento : malsde 3/4 da colheita de 1905 se pardeU . 19-t SOCIEDADE N'ACIONAL DE AORICULTURA Esle Iracasso é, em parle, atlribuido a ler sido fundado em 1905 o posto de Congolo, no kilometro 258, da entrada de ferro àe Matadia Léopoldmlle. Um agrónomo do Estado havendo informado ser esse lo^ar favorável á installarão de arrozaes, os tralvi Ih adores de Kitobola, mais ao corrente da cultura do arroz, foram designados para exe- cutar naquella região os tral^alhos de inslallação do um novo centro agrícola . Um ensaio de cultura ahi foi tentado igualmente, porem os resul- tados foram insignificantes em consequência da carência da mão de obra e da pobreza do solo. Os dous postos reunidos não forneceram em 1905 senão 11 tone- ladas de arroz. Afim de praticar em larga escala a cultura por irrigação, projectou- se estalielecer quatro barragens no Lukunga. Elias deviam servir para irrigar os arrozaes e as pastagens ondo pascem mais de 400 cabeças de gado. Este projecto teve apenas, em virtude de circumslancia diversas, um começo de execução. Kitobola e Congolo estabeleceram, em 190G, cerca de 45 hectares de arrozaes. Os campos do Congolo, insiallados em torreno muito ix»bre, deram nesse anno ainda, uma producção quasi insignificante; ao contrario, em Kitobola a colheita foi de 19 toneladas. A experiência adquirida permittiu noanno seguinte, estabelecer melhor as culturas, e a colheita saltou a G3 tons. para os dois pastos agrícolas junctos. Em consequência dos relatórios desfavoráveis dedifferente? agró- nomos enviados a Congolo para estudar, de modo aprofundado, o valor agrícola desse centro, ficou decidido não mais se proseguir ahi a cultura do arroz. Todos os trabalhadores de Congolo foram para Kitobola, onde os arrozaes insiallados em 190S, cobriam pertode 45 hectares. A colheita se annuncia como devendo ser salisfactoria e é de suppôr que, mão grado a suppressão das culturas de Congolo, não seja muito inferior á do anno de 1907. Parece ter entrado agora no período de producção regular. Não foi sem diffieuldades que se chegou a tanto. O Sej-fiço de Agricultura tentou a inlroducção das melhores variedades de arroz das montanhas e dos pântanos, cultivados nas A LAVOURA 195 índias neerlandezas, afim de se obier em Kilobola um producto todo de primeira qualidade. Por diversas vezes vieram de Bui tenzorg quantidades importantes de paddii d'orisa satica, de arestas neyras e brancas, barljudo com arestas curtas, brancas e l)arbudo com grSos vermelhos e brancos. Outras variedades, arroz do Piemonte, Peruviano, Nostrano, Novareteelc. foram igualmente introduzidas por differentes vezes. Os resultados obtidos por meio destas variedades foram salisfactorios. O Governo assentou não mais cultivar futuramente o arroz em Kitobola sinão em terrenos irrigados. O projecto de 190G voltou a estudo, e um agente foi encarregado de traçar um perfil do valle, afim de precisar o melhor modo de irrigação a se adoptar. Esse Irabal lio não poderá estar terminado antes do fim do anno. O material empregado na preparação do arroz comprehende um descorlicador, uma tarara, um separador. Essas machinas, que satisfaziam a todas as necessidades em 1904, não são sufificientes para attender á producção actual. Novos apparelhos foram expedidos no anno ultimo, e, com intuito de reduzir em grandes proporções os braços exigido? pelo seu funccio- namento, o pasto foi provido de um apparelho accionado por seis bois e capaz de fazer funccii)nar simultaneamente todas as machinas. O pessoal actualmente empregado nas plantações e na criação do gado em Kitobola é de três agentes europeus e perto de 200 trabalha- dores negros. Os trabalhos agrícolas se fazem, em grande parle, por meio de charruas, grades, semeadores e outros instrumentos aratorios, cuja tracção é feita por 80 bois. Comquanto a cultura do arroz se ache desenvolvida em Kitobola, mesmo assim não se descura a producção de outras plantas alimen- tares; a mandioca, o milho, as batatas doces, as bananeiras etC; cobrem numerosos hectares. Po Boletim Offlcial do Congo Belga.) êè$&-Jj^«€€€ — 196 SOCrEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA EXPEDIENTE HORTO r>A. PENHA Foram executados esto moz os trabalhos normaes do Horto e também as diversas culturas, próprias da estação. Diversos seruifos (construoçõcs)—Construiu-se um silo, para diversas forragens, um tanque para represar as aguas destioadas & irrigação das culturas do arroz, do milho e fumo. Fez-se um parque aiiuexo ao gallinheiro, para dar pasto ás gallinhas, e um gallinheiro portátil, para pintos. Serviços culturaes — Est;i-so praticando a p ida nas laranjeiras e outras ar- vores fructiforas. A vinha tarabei.i foi podada e enxertada. Procedeu-se ao preparo das laranjeiras, aflm de se operar opportunamente a enxertia. Foi feita uma plantação de melões, com adubos chimicos, para seobservaro resultado. Colheuso a >»»cu>ia, forrageira, era cujas sementes applicou-se o nitrogénio antes de serem lançadas á terra. O resultado desta experiência' será, noticiado no numero de Outubro. Estudo fias Culturas — As plantas destinadas As experencias acham-se em bo;is condições: a mucuna, o caupi, trovo encarnado e amarello, mamoma, ara- ruta, mandioca e o gyrasol, que está em plena floração. As culturas do trigo estão boas, exceptuando-se a variedade do Egypto, que apezar do bem espigado, rosente-sa, entretanto, da secea. A aveia, o centeio e a cevada também sentiram a secca. O cacau está nascendo. A beterraba amarella está muito desenvolvida; corú grandes tubérculos. Mudas— Tem sido pontualmente feita a distribuirão de muJas e plantas, fru- ctiferas, industria.es eornamentaes. As secções — Nas diversas secções do Horto, os factos occorridos foram : líedíi— Veriftcou-se o nascimento de um cordeiro e de uma cordeira. Ura casal de ovelhas, pais dos cordeiros rocem-nascidos, foi aífectido pela sarna. Medicados com Agua Electra Sanitas, Acaram radicalmente curados em três dias. Os bois do pasto estão começando a ser atacados pelos carrapatos. Aflm de extinguir os terríveis parasitas, vai ser applicado aos bovinos conta- minados o Acaroina. Erperiencias—Uma. plantação de 1 .500 figueiras foi estercada com adubos chimicos, e outra de 300 pés, com adubo de curral, o resultado do adubo chimico foi superior ao de curral, pois as figueiras ás quacs foi applicado o adubo chi- mico, apresentira desenvolvimento igual ás estercadas com estrume, embora estas fossem adubadas um mez antes daquellas. HORTO DA PENHA Plantação definitiva de fructeiras de conde Redil Gallinheiro portátil, para gallinhas Gallinheiro portátil, para pintos *^^^i ^^^^^H^l^^^l u^L^Hflflfe wffíT i^#^^ i^ >^^^^^^^^^^^^^M ■■v?Bi HH^^ Jl H^ '^f''^' talha liollaiidc/ía para irriíiação Capinadcira Planet em acção Sil( Posto .Meti.'111'olo'^ic Apiario A LAVOURA 197 Preparo do solo— Es^á arroteado ura terreno para fazer-se o campo do agros- tologia, com forragens nacionaes. Está preparado outro terreno para alfaia. Machinas — Na cultura das laranjeiras serão applieadas as maehinas, «Luiz Bueno» e «António Prado». Aiprendizaão agrícola — As aulas do aprendizado agrícola continuam fre- quentadas por diversos aluranos, que revelam bastante aproveitamento. Acridíos— Uma grande nuvem de gafanhotos poisou, no dia 30 deste mez, no Horto, poróm, promptamente repeliidos, não causaram nenhum damno ás culturas. Visitantes— O Horto continua a ser muito visitado. MEZ DE AGOSTO DE 1909 Correspondência recebida : Cartas 568 Offlcios de governos . . . , 16 » particulares 5 Telegrammas O Circulares 75 Correspondência expedida: Cartas 328 OíRcios aos governos 4 Telegrammas 10 Circulares 702 Diplomas 16 Boletim «A Lavoura» 5.289 Fornecimento de arame no mez de agosto de 1909 Pedidos feitos 59 Rolos de 40 kilos 717 » » 2Ò » 7-19 1.4Ô6 Metragem 415.818 Custo no mercado 19:G79íjO0O » pela Sociedado . , 12:81i'|6S0 Economia realizada pelo sócio 6:868§320 6404 198 SOCIEDADE NACIONAL DB AGRICULTURA r>r. SoiisKii TCeii^ — Após uma ausência prolongada no Maranlião, para onde fôra em exercício de sua proãs-são de eiigeatieiro. che<^ou a esta cidaae, no dia 14 do corrente, o 1° secretario desta sociedade, Dr. Souza Ruis, a quem ella deve efflcuzes e relevantíssimos serviços. Ao seu desembarque compareceram uma commissão representando a directoria da sociedade nacional, uma outra com funcções de representar os empregados da mesma, sendo conduzido de bordo paia a terra em lancha e-^pecial para esse tim destinada e em automóvel até. sua residência. A Lauoura, que também se honra da sua valiosa collaboração, põe de mani- festo ao Dr. Souza Reis as suas expressões de boa vinda e longa permanência entre os que o estremecem . Sócio x-emido — A requerimento do sócio Dr. Bellarmino de Souza Pires, pedindo llie seja expedido o diploma de sócio remido da Sociedade Nacio- nal de Agricultura em virtude de jà haver cumprido as exigências do § 1» do art. ^2 do regulamento da mesma Sociedade, — a Directoria, em sessão de 4 de agosto, resolveu maudar conferir o respectivo diploma. Feiras livres e colónias ag^rieolus — O Sr. Dr. Wencesláo Bello, presidente da Sociedade Nacional de Agricultura, propoz, em sessão de Di- rectoria de 10 do corrente mez, fosse pedido ao Prefeito do Districto Federal a installação de feiras livres e a fundação de colónias agrícolas nos subúrbios. A proposta foi approvada. Dr. Xori-es Ooti^im — Foi lida em sessão de 18 do corrente uma carta do Sr. Dr. Eduardo A. Torres Cotrim communicando sua prosima viajem á Republica Argentina, onde assistirá á Exposição Rural de Palermo, e offe- recendo os seus serviços naquelle certamen sem ónus para a Sociedade. A Directoria resolve seja investido o Sr. Dr. Cotrim de funcções represen- tativas da Sociedade Nacional do Agricultura junto áquelle certamen. SEOÇÃ.O TEOHIVIO.A. r>es filtrador es I>uclxeniiii — Em preseaç;i. do Presidente e mais mem.bros da Directoria desta sociedade e de illustres pessoas interessadas no assumpto, taes como os Srs. Senador Quintino Bocayuva, Coronel Guaraná, Coronel Cornelio Lima, Sampaio Vianna, Dr. João Cabral, Padre António Ayres do Mello, realisou o Sr. Duchomin, no dia 31 de julho próximo passado, ás 3 horas da tarde, na sede da mesma sociedade, as experiências, que annunciara, com os apparelhos desQbradores de sua invenção. Installados os apparelhos do modo mais conveniente e simples no vão de uma das portas do andar superior, o Sr. Duchenim deu começo às experiências, fazendo acompanhar o trabalho de desfibramento com cxulifacões amplas e minuciosas. A LAVOURA 199 Hastes' de bananeiras c folhas de piteira, de saosevieria e de sisal, procedentes do Horto Fructieola da Penha, que a sociedade mantém, constituiata o material de experimentação. Deram resultado satisfactorio o sisal, o sansevieriae a piteira, conseguindo grande numero ao amostras, fibras que, depois de rápida lavagem, se apresentaram limpas e bem alvas, convindo assignalar que no flm das experiências já se achavam enxutas e consequentemente promptas para o mercado. Pensa o Sr. Duchemia que o sisal ou Henequera existente no Horto da Penha ó de maior riqueza em fibra do que o do México, onde O nativo ; confessa-se admi- rado da estupenda riqueza que o solo do lírazil possue para essa e outras especiali- dades, muito mais culminante mesmo do que teve occasião de verificar na índia, China e Philipplnas. Felicitamos o Sr. Duchemin pelo bom oxito de suas experiências. A. Incltxstria, dia Seda — O Sr. Amílcar Savassi, Director da Colónia Rodrigo Silva, em Barbacena, e Redactor do SerícícwZío}-, daquella cidade, offereceu ao Exmo. Sr. Dr. Wencesláo Bello, digníssimo presidente desta sociedade, um ma- gnifico tecido de seda, fabricado com seda produzida pelos casulos criados pelo Sr. Savassi na referida colónia. Café puro— No dia 28 deste mez, o Sr. Pedro António Fagundes, o incan- sável propagandista e cooproprietario do café «Bom Gosto», com sede em S. Paulo, á rua João .4.1fredo, fez, nesta Sociedade, uma exposição dos cafés preparados aa sua torrefacção. Dedicado aos assumptos referentes ao café, o Sr. Fagundes moveu em S. Paulo uma campanha contra os industriaos que torravam café com impurezas. Mas, a não ser pelo gosto, ao ingerir a infusão, não se poJia, com certeza, afflrmar se o café era ou não impuro. A' vista dessa difflculdade, o Sr. Fagundes cogitou de descobrir um processo seguro que facultasse os meios exactos para distinguir um pó de café puro de um que não o é. Para attingir a esse desideralum, elle torrou, separadamente, duas porções do café, sendo uma de grãos perfeitos, isentos de qualquer impureza, e a outra com- posta de grãos perfeitos misturados com grãos pretos, ardidos, fragmentos do páos, ete. Depois de torradas, as duas porções, coUocou, cada uma num copo e verificou que, logo após ter assentado o pó no fundo dos copos que continha pó puro, pro- duzio um liquido do còr inan-on, uniforme, com agradável aroma ; ao passo quo o liquido do copo que tinha pó impuro deu uma côr de lama e estava todo salpi- cado do ponticulos pretos que denunciavam os cafés podres que continha a porção torrada, o o liquido não desprehendia aroma. Divulgado este processo elle contribuio para esclarecer o consumidor, e o café «Bom Gosto» adquiriu a preferencia do publico paulistano. O referido estabelecimento tem sido visitado pelos homens mais importantes deS. Paulo e também por diversos viajantes illustros de outros Estados. A exportação do café «Bom Gosto» está sendo feita para a Itália, era porções de 5 kilcs no mínimo e 60 no máximo. yOO SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Est 18 remessas, em geral, são feitas por italianos residentes em S. Paulo, como presentes a amigos e pareates residoates naquelle paiz. E' este um bom meio de propaganda. Fornscimentos aos sócios Tirando partido de seu caracter de associação, já prestigiada com cerca de 3.000 sócios, a Sociedade, no intuito particular de demonstrar a utilidade e o mecanismo dos syndicatos agricolas, empreiíendeu favo- recer os seus sócios com o suppri mento de géneros estrangeiros e na- cionaes, a preços mais reduzidos do que os docommercio a varejo. Com esse propósito e valendo -se dos favoras aduaneiros que a lei confere ao Syndicato Central dos Agricultoras do Hrazil, lera forneoido arame farpado e respectivos grampos. Além disso e mediante contractos especiaes, tem fornecido, a preços reduzidos, o formicida Paschoal, o álcool e machinas agrícolas. Revendo todos os seus contractos e fazendo outros que começam agora a vigorar, a Sociedade está habilitada a fornecer arame farpado e respectivos grampos, enxadas, machinas agricolas, álcool, formicida, colmeias nas condições que passamos a indicar: ARAME FARPADO Rolo de 26 kilcs cora 160 metros de flo a. . . . 6^880 Rolo do 40 ivilos com 402 metros de fio a. . . . lO.^jBSO Grampos para os mesmos, o kilo a $360 ENXADAS BEM CALÇADAS DE AÇO Marca Marca Radiante Raio De 2 libras 1$420 1^70 De 2 V» libras 1$520 l,-,i370 Do 3 libras 1$630 1*530 De 3 Vs libras 1$780 1$630 De 4 libras 1$930 1$730 lOICES Ns. 1-2-3-4-.5-6-7-8-9-10-11-12, aos preços respectivamente de." $G00 — $670 - $730 — $810 — $890 — 1$000 — 1$130 — 1$300 — 1$500 — 1$600 — 1$800. SALOXO Um preparado de sal e peróxido de ferro, próprio para alimentação do gado, é económico e asseiado por ser em tijolos de 5 a 10 kilos, não A LAVOURA SOI sujando as baias ou legares onde são collocados e sem desperdício. Preço 200 réis o kilo, com 5 7o de abatimento. MACHINAS agrícolas Dos principaes fabricantes, com atetimento de 5 a 10 7„ sobre os respectivos catálogos e transporte gratuito nas estradas de ferro. ÁLCOOL De força de 40°, em latas de 18 litros, pelo preço das vendas em pipa o que corresponde a uma reducção de cerca de 10 "/o- sulfato de cobre Para tratamento de plantas ao preço de— kilo , . . $650 FORMicroA Paschoal : Latas contendo 4 litros 4$ 100 Caixa com 4 latas 16|400 Schomaker : Botija contendo 1 Va litro 3|700 Caixa com C, botijas 22$000 COLMEIAS Com os mais modernos aperfeiçoamentos pelo preço de 15$000 CREOLINA A mais reputada das creolinas de fabricação nacional denominada Cresolina Werneck, com uma economia de 20°/ o sobre os preços do mercado, custando cada lata com l litro 1$200 lacticínios Installações completas para industria de lacticínios pela casa Hop- kins Causer & Hopkins, com abatimento médio de 5 °/o • Para gosar destas vantagens o interessado deverá satisfazer as se- guintes condições : 1^, ser sócio quite da Sociedade Nacional de Agricultura ; 2^, ser agricultor, apresentando disso provas bastantes a juízo da Directoria da Sociedade; S^', formular o pedido directamente á Sociedade e por escripto ; 4°, pedir somente para o seu próprio consumo, indicando o nome e a situação da propriedade a que destina o emprego do producto ; 5^ enviar á Sociedade,, junlamentecom o pedido, a sua importância, ou uma ordem para o seu pagamento contra casa commercial ou ban- caria com sede na Capital I'ederal . 202 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA SECÇÃO DE PLAIVXA.S E SEMENTES Boletim da distribuição de sementes e plantas feita durante o raez de afrosto de 1909 ESPECIFICAÇÃO Sementes Abóboras .... Acelfra Allafa Algodão .... AiToz Aveia Avena elatior . . Beterraba forrageira Bromus gigantous . Capim gordura ruxo Capim jaraguá . . Castanhas do Porá. Cebolas Cenoura forrageira. Cimteio Cevada Couve rutaboga. . Dactylis glomerata. Dolichos Lablab . E-parsetta. . . . Bucalyptus. . . . Feijão Festuca .... Fumo Gyra-sul , . • . Holcus Juta Lacthyrus sylveslris UNIDADES 21 kg. 2.995 74 10,950 9 526,000 31 285.500 20 875,000 40 47,000 10 C,500 7 25,450 22 1,180 4 1.880,000 190 5.013,000 505 — 1 4,145 57 22,950 27 •'51,000 11 40,000 13 2,750 12 000 2 8,700 4 1,600 3 955 29 18,000 4 1,600 3 245 2 4,000 18 1,850 3 700 3 600 2 A LAVOURA 203 ESPECIFICAÇÃO UNIDADES PES03 VOLUMES Lolium (Ray grass) 5.127 28 149 74 1.463 kg. 5,200 030 22,200 2,125 2,120 224,000 18,000 8,400 700 1,255 600 3,400 31,000 11,700 12,000 2,195 89,500 21,100 5 I upulo. •.., •■• ••• . 3 11 Melancia .... ,.., 66 Melão Milho . . 72 44 Mucunã forrageira • . • . . 5 7 Phleum Pratense ......... 2 Pimentão doce 32 Poa trivialis , . 2 Serradella 4 Sorgho , . 13 SuUa 4 Theosinto 6 Tomate 75 Trigo . . , . . 16 Viscia saliva 7 Plantas Bacellos de videiras Cannas «Porto Macáo» 54 1 Fructúiras de clima frio G Manivas de aipim 1 Raizes de consoli^las (Synipliituni) 26 Somma 6.864 9.270,795 1.568 204 SOCIEDADE NACtOXAL DE AGRICULTURA BIBLIOTHECA. PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS Temos recebido mais as seguintes : Bullelin of the Agricultural Experiment Station of Ncbraska, — Xs. 103 a 100. The AgricuUural Experiínenl Station o/' the Colorado AgricÀltural CoUege. — Boletins 136 a 140. The DuUclin of the North Carolina Department of Agriculture, — Volume 30, n. 6. Mimoria Anual, do Instituto de Segunda Enseiíanza de La Habana. — Anno 1907-1908. Boletin Mensual de la Defensa Agrícola. Publicação do Ministério da Agricultura da Republica Argentina.— Ns. 22 e 23. Journal d' Agriculture Tropicale. E' 0 seguinte o summario do ultimo numero desta publicação agrícola que se edita em Paris, tendo sua redacção á rua Jeanne d'Arc prolonp-ée, 164. L'iilevage et les Plantes fourragères au Costa-Rica: espèces pour pâturages, espèces pour fauohaisoD, utilisitiondes Bananiers (par M. Van der Laat). — Cacao et cabtilloa: cultures corabinées (par M. H. Hamei. Smitu).— Saignée du Funtwnia par incisions verticales: les expériences doM. Schui.te im Hoie, avec 4 fig. (par M. O. Labroy).— Organisation générale des plantations d'Hevea: La question de Técartraent dos pieis (par M. G. Vernep).— LExposilion des Produits textiles de rofflce Colonial (par M. F. Main). — Nntes d'actualiti's sur: La Destruction des Rats par le sulfure de carbone (par M. DE Kruyff). — LVHoufferaent de T.Mang par le Passiflora fcelidn et le Mihania scandcns. — Le Coton Caravonica en Nouvelle-Cal(?- donie. — Les Engrais potassiques daas la culture du Tabac. — L'ombrage dans les plantations de Cifiíiers. — A propôs du semis de VHeeea. — Une entreprise françaiso d'impoi'tationdo Bananes. — Une nouvelle utilisation du Rapliia. — L'exploitation pour la Laine de larace de Moutons du Micina, en .Vfrique occidentale. — Lo Com- merce de Mingues à, Paris (par M. P. Goriot). — Mercuriales mensufllesdu Caout- chuuc, du Cólon, du Café, du Cicao, de la Vanille, de? Fibres, ilu Sucre do canne etsous-produits, de Matières grasses coloniales, des Produits de Droguerio et di- vers, des Produite d'Extrême-Orient. — Mercurialo africaine dii Liverpool. — 15 analyses bibliographiques. Exportador Americatio, do Nova-York.— Vol. LXIV, n. 2. A Evolução. Revista de economia, agricultura e commercioque se publica em S. Paulo.— Anno Il,n. 47. Ifoeo Mundo. Jornal de propaganda do commercio, da lavoura p da industria, desta Capital. — Anno I, ns. 1 a 0. A Pila. Boletim de informações da Empreza de Fibras Rio Grandense de S. Se- bastião do Cahy.—l" serie, n. 1. Irrigations et Drainage por E, Risler e G. Wéry . E' o titulo do ultimo volume da Encytluperlie agricole, da qual são eJitoi'es os Srs. .1. R. Baillií>re et Fils. No fira da presente secção publiuamos o prospecto desta obra, por onde sj poJora avaliai- da sua real utilidade. A LAVOUllA 205 The Canning o fPeas T^ov k. W. Bitting. Washington, 1909. Publicação do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos da America do Norte. Chimical Sludies of American Barlei/s and Malts pov J. A. Le Clero e Robert Wahl. Washington, 1909. Publicação do mesmo departamento. Ditrc-hiUti/ and Economi/ in Papers for permanent Records. Washington, 1909. Também do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos da America da Norte. EC Jubileo de la Cria Dur/iam no estabelecimento « Santa Maria » de Carlos A. Arocena. Paysandú, 1909. Memoria sobre a Herva Matte. Justificação das indicações apresentadas ao 2° Congresso Nacional de Agricultura, pelo Dr. Jayme Reis. Corytiba, 1909. O Malte ou Chá do Paraná por Eduardo Heinze, cônsul do Império Ailemão. Corytiba, 1909. Experiências sobre o emprego de adubos chimicos ni cultura do cafeeiro. Rio de Janeiro, 1909. Resultados de Experiências de Adubações. Esta publicação, bem como a prece- dente, foi-nos remettida pelo Centro das Experiências Agrícolas do Kalisyndikat que tem a sua sede no Rio de Janeiro á Avenida Central 1 17 ( 1° andar). Estas, como as demais publicações, são pelo mesmo Centro enviadas a toda pessoa que as desejar, independentemente de qualquer despeza. Dictadura, Parlamentarismo, Democracia, por J. F. de Assis Brasil. Pe- lotas, 1909. Terceira reunião do Congresso Srienlif/co Lati no- Americano . Relatório Geral, tomo III, livro A.— Rio de Janeiro, 1909. Estatística Agrícola e Zootechnica, no anno agrícola de 1904-05, das seguintes localidades do Estado de S. Paulo: Natividade, Rio Bonito e Santo Amaro. Estatutos da Sociedade Mineira de Agricultura. Bello Horizonte, 1909. Estatutos da Sociedade Amazonense de Agricultura. Manáos, 1909. Regulamento e Programma da 2» Exposição-Peira promovida pela Associação Rural de Bagé a rcalisarse nos dias 10, He 12 de outubro do 1909. Camera Italiana di Commercio ed Arti in S. Paulo. Relatório do exercício 1908-1909. Banco de Custeio Rural de São José do Rio Pardo. Relatório de março de 1909. Caísse centrale de Crèdit du Bcerenbond. Relatório apresentado á Assembléa geral de 13 de abril de 1909. Louvain, 1909. CATÁLOGOS Baage efe Sclimidt, de Krfurt (Allemanha). Catalogo de bulbos o tubérculos de llores, sementes e plantas para o outono de 1909. •Vete YorÃJl/arAeí Gardener'sAssoceaíion. Caixa do correio, 1423. Catalogo de amores-perfeitos e de sementes, 1909. Merryweather & Sons, constructores de machinas contra incêndio e engenheiros hydraulicos. Greenwich road, S. E., Londres. Estabelecimento «LabelUflos-». \ooTSchoten (HoUanda). Catalogo de bulljos de flores e de diversas plantas. 1909-1910. Knox Fence Co. Lebanon, Nova York, Estados Unidos da America do Norte. Catálogos dos materiaes necessários á construcção de cerca do arame, abrigo de arvores, etc. G.iO-i 4 206 SOaEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Ix>z-ig-a.tioiii^ et clx>a,iiia;ja:e. L'eau dans les araôliorations agricolea, parE. RisLER et G. Wért, sous-directeur de rinstltut national agronomiquo, 2* édition eittiiremenl refondue 1 vol. in— 18 do 540 pages avec 160 flg. Broche: 5 fr., cartonné: 6 fr. íKncycíopádte o^Wcoíô). Librairie J.-B. Baillière et fils, 19, rue Hautefeuille, Paris.) Ce livre comprend trois parties: 1" Tean, la plante et le aol; 2» Temploi de Teau en Agrieiíltiire ou les irrigations; et 3° la defense contre les eaux nuisibles ou le drainage. Les auteurs retracent d'abord le role de l'eau dans la vie des plantes. Puis, ils étudlont ses relations avec le sol, comment elle y penetre et y circule, commont elley est retenue, quelssunt lesélémonts defenilitéqu'eUe y peut laisser, ceux qu'elle dissout pour lesdonnerimmédiatement aux plantes ou les tranóporter au loin. Ils consacrent un cliapitre au regimen des eaux dans les diverses formations géologiques. MM. Risler et Wéry fournissent d'abord une base scientifique à i'appréciation de ropportunité de rirrigation, à celle de son intonsité ou, au contraire, à celle de la necessite du drainage. Lorsque les pluies qui tombent penlant la póriode de la vie active des plantes sont insufflsantes <1 les satisíaire ot que, durant rhiver, le sol n'a pu emmagasiner de reserves, il convient d'irriguor. Mais lorsque la terre gorgée d'eau par les pluies et les neiges de riii ver, ne peut s'en dôbarrasser n;i,tiavllement, il faut la drainer. lei, il faut distinguer les terres oii les eaux suraboniiautes ne proviennent que des pluies qui sont directement torabées sur elles et les terres qui souffrenl en outre des pluios tombétíS en amont, parfois três loin, ot dont le ruisselloraent ou les couciíes souterraiiies ont, araeuó le produii. Les procélés dassaiiiisseraent ne sont pas les rnêmes dans Tun ot Tautre cas. Dans le second, il faudra d'abordc(iuper les sources, étcindre les mouiilsères, 8'opposer à la réunion des eaux du haut á celle du bas. Après avoir étudiô les effets de Tirrigation, en insistant sur Taération du sol, les auteurs décrivent dans la secoiide partie de leur livro los dilTéreates mé- tbodes (1'an'osage ot les conditioiís de leur eraploi. II faut approprier rirri- gation à la pente du sol, à la nature des plantes, aux qu anti tés d"eau dont on dispose, en rooherchaut les procúdís los pins simples, partant les plus économiques. La techuique de rirrigation est étudiée avec le plus grand soin. Des auteurs achè- vont de remplir leur projramme en traitant de la création, de Tentretien dea prairies irriguées et de leur pratique, do leur arrosage. La troisième partie de rouvrage est consacrée au drainage. En ce qui concerne lo drainage moderno, les auteurs reeommandent le drainage transversal oii les cnllccteurs sont placés suivant la plus graúdo pente et les drains en travers. Ce procede Temporte tant sous le rapport de rt^conomie que sous celui de Ténergie de reíTet produit et de la durée des travaux. La 1°'' édition de ce volume a été couronníe par la Sociétó Nationale d'Agricul- ture, cotte ã° édition a áté entiôrement refondue et três dôveloppée spécialeraent das les chapitres de technique pratique. EXPOSIÇÃO DE HYGIENE EFI-Hirtí DO NITROGÉNIO NA ERVILHA A primeira planta da esquerda tem adubo animal; a segunda escoria de Tiiomas, e a semente da terceira foi inoculada com baterias de nitrogénio. Foram semeadas ao mesmo tempo, com a mesma semente e na mesma terra. EFFEITO DO NITROGÉNIO NAS I-AVAS A planta da direita, inoculada, produziu quatro vezes mais que a da esquerda, não inoculada. EFFEITO DO NITROGÉNIO NA ALFAFA Duas planta.s do mesmo tempo e na mesma terra. A da esquerda não teve applicaçâo do nitrogcniti; a da direita a teve. A LAVOURA 207 NOTICIÁRIO Exposição ds Hygiene Secção de "Vetei^inax-ia — Em uma das salas do pavimento térreo do Palácio dos Estados, na Exposição, o Sr. Manuel Bernardez, jornalista uruguayo e criador no Prata, installou a sua Exposição Veterinária, composta de alguns medicamentos específicos e diversos apparelhos modernos e mais usados na Ingla- terra e nas Republicas do Uruguay, Estados Unidos, Argentina e França. No dia 29 de agosto, o Sr. Bernardez, em phrases simples e claras, explicou aos visitantes o funccionamento dos apparelhos e a applicação dos medicamentos expostos. A-pparelho de < E-ren > — O castrador privilegiado de Even, suppri- mindo a faca, a torsão, a voltn, o macete e todos os processos empirieos ou barl.)a- ros, supprimiu, ipso-facto, a infecção e, por consequência, a mosca, a bicbeira e o tétano, tendo, portanto, resolvido, completamente o problema da castração, nas espécies bovina e laui^^era, desde três dias até seis raezes de edade. Além desta edade, este apparelho não deve ser appliaíido. Entretanto, esta circumstancia não o desmerece de valor e de utilidade, pois é sabido que a operação de castrar, em tudos os paizesadeiintadus na industria pas- toril, é praticada na primeira semana após o nascimento do terneiro ou do cordeiro e isto porque quanto mais novo é castrado o animal menos risco corre da operação e ficando incapaz para a pratica da funcção genésica, engorda rapidamente. O manejo do castrador « Even » é facilimo e está ao alcance de qualquer vaqueiro. A.ppa.r,ílIios para a mrirca e tatiiag^em — São ellas duas operações dillerentes e com flas diversos. Assim, a marca assegura a propriedade do gado ; a tatuagem, entretanto, prova a identidade do animal, isto é, confirma o St^id ou o ffi-rd Booh, conforme a espé- cie de que se trata. Não basta, pois, o registro ou a resenha, ô imprescindível a prova material e essa é: a tatuagem. Estando os individues identiflcaios, póde-se organizar as famílias pecuárias, o que 6 de grande alcance económico para a obtenção dos melliores preços, pois so- mente por esse processo pôde-sa provar a filiação e a desccndoiicia do animal. Executa-se a tatuagem collocando-se no apparelho os números, leitras ou signaes que se desejam, impregnados de uma tinta especial, indelével. Marca-se desde O até 9999. A operação é praticada na orelha, pelo lado de dentre. 208 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA A. leg-allsação , em Buenos Aires, inserimos na capa do fundo uma photographia dos vebiculos que transporiam café a domicilio, a qual extrahimos de um folheto de propaganda intitulado : — O Café Brazileiro, sendo seu autor o illustre fallecido, de quem nos vimos de referir. Dr. Eduardo Lopes — Falleceu no dia 26 do corrente mez na cidade de Prados, em Minas, o Dr. Eduardo Lopes. Natural do Rio Grande do Sul, o illustre morto era formado em direito. Dedicadíssimo aos assumptos agro-pecuarios, prestou bons serviços á Lavoura, e entre ellos á descoberta da Surucvina, preparado para combater as intoxicações produzidas pelas picadas de cobras. A actividade do Dr. Eduardo Lopes patenteou-se em outros ramos de trabalho. Assim, foi também magistrado {pois exerceu o cargo de promotor publico em Prados), industrial e commerciante em Bello Horizonte. 812 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA O s 'U graaile amor &, Agricultura levou-o a promover a funJaçio, na cai- pitai de Minas, da « Sociedade Mineira do Apriciiltura». A esta nossa joven colloga e d Exma. família do illustrado extincto as nossas condolências. Ciiltui-íido«,x-roz!, por irris-ação, em >roroiríi. César —Tem continuado a desenvolver-se com animadores resultidos a cultura do arroz do Estado, sendo de esperar que, depois do impulso adquirido, deixe esse cereal do figurar, de ora em deante, no quadro dos géneros alimentícios annual- mente importados. O campo de demonstração de Moreira César teem, innegavelmente, despertado iniciativas fecundas (; contribuindo para a adopção do melhores praticas no cul- tivo do arroz, tendo mesmo servido de modelo a alguns fazendeiros, que se mos- tram satisfeitos com os resultados auferidos em terras que, á primeira vista, pa- reciam demasiado pobres por sua natureza quasi exclusivamente sílicosa, graças á pratica da irrigação dos arrozaesali estabelecidos. O arroz da segunda colheita, em Moreira César, foi plantado, em o ultimo anuo, em terras elevadas e artificialmente irrigadas. Essas terras são muito are- nosas, porosas e destituídas dos mais importantes elementos de fertilidade, sobre- tudo as de cor branca. As analyses, íeítas no Instituto Agronómico do Campinas, põem em evidencia a sua pobreza. Peso em volume Capacidade de reter agua. . . . Poder de absorpção da agua de baixo Poder de evaporar a agua . . . Húmus Acido phosphoríco Potassa Cal Azote Entretanto essas terras teem produzido satisfactoriamente, devendo-so attri- buiro seu puder de productibilidade não só ao adubo verde (tremoço) p:'.'viamente enterrado, como à boa execução de seu preparo e á ojjportunidade das irrigações. No começo de março foi o campo ataca^io por violenta tempestade, que lhe causou alguns estragos nas áreas ou taboleíros mais baixos, ficando apenas preju- dicado em parte o arroz primeiramente plantado e já em espigas. Este arroz foi colhido era lins de março e durante o mez seguinte, e com suas hastes o espigas é que foram decoradas as secções de arroz na Exposição Prepa- ratória da Exposição Nacional, quo.se realisoji mais tarde no Rio de Janeiro, tendo o camiio de arroz concorrido a ambas. Dísse primeiro arroz assim desfalcado, foram ainda retirados 360 saccas, daa variedades communs, imiusive ura pouco da variedade japoneza, cujas sementes haviam sido ultimamente importadas. Tcrr.1 branca (ji caltiiada) Terra preta iiiSo mlt irada) 1,488 0,681 28,3 7„ 82,5 7o 27,3 7o 85,5 •/. 27,4 V„ 26,6 7„ 2,70 "/o 27,26 »/o 0.10o/„ 0,30 7o 0,03 »/„ 0,08 "/. 0,09 »/„ 0,09 7„ 0,07 0/0 0,91 7o A LAVOURA 213 Plantadas tardiamente, no começo de fevereiro, assim como as do arroz Hon- duras, não chegaram a amadurecer, por falta de tempo e temperatura suíHciento para o sou cyclo vegetativo, sendo quQ o do Japão exige 12 semanas e o de Hon" duras 16, para espigar. Nosmezes do abril e maio foram plantados, em pequenas áreas, como expe- riência, trigo e cevada que foram muito estragadas, estando já com espigas e pro- mettendo bom resultado, por violenta tempestade que se desencadeou em agosto, de sorte que não se pode apreciar a quantidade do producto nem o seu rendimento por área. Nos mesmos mezos, nas parcellas consagradas á cultura do arroz, plantou-se tremoço, que mais tarde foi enterrado como adubo verde. ( Relatório do Dr. C. Rodrigues, 1908.) Cura da Jfelbre aplitosa — O bálsamo Kôb é um medicamento efficaz. Encontra-se ã venda á rua da Assembléa n. 58 (casa Suissa). Tarifas de cutoag^em das madeiras, por J. A. Fracon, traducção de Renato da Silveira. Obra excellente que facilita aos Srs. fazendeiros calculo rápido sobre o valor das toras de madeira que venderem . Encontra-se nas principaes livrarias. 01iiig--siii-face, para corrêas e cabos de transmissão. Este preparado tem a vantagem de fazer as corrêas trabalharem frouxas, sem cahirem. Saloxo, sal especial para o gado. Vendem Rombauer & Comp., rua Vis- conde de Inhaúma n. 84. Carrinho Mienesees — Especial para conduzir café lavado nos ter- reiros. Este carrinho se transforma em três apparelhos, um para espalhar, outro para mexer e outro para ajuntar café. Tem, pois, quatro applicações diversas e todas de grande utilidade. A' venda nas principaes casas de machinas agrarias. Xorradoí' Soixza Mello — Apparelho especial para torrar café. Este torrador tem tido larga acceitacão pslas vantagens que offerece. Para mais informações peçam catálogos ás casas especialistas em machinas agrícolas e iudustriaes. 6404 214 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA PARTE COMMERCIAL M2Z ds agosto Ca, ré Durante o mez veaderam-se, para exportação, 213.000 saccas. Entraram no mesmo período 457.545 saccas, sendo calculada a quaiuidade em 31 de agosto em 447.989. Os extremos das cotações no mesmo mez foram : Por arroba Por 10 kllos Typo n. 6 5$800 a 6$200 3.1949 a 4$221 » » 7 5$500 » 5$900 3$744 > -IIOI? X. «8 õ,$200 » 5.$600 3$540 » 3.$813 » » 9 4$900 » 5$300 3$336 » 3Í608 Qsnsros nacionaes O mercado manteve-se estável durante todo o mez. As entradas constaram de 960 pipas, quo se venderam aos seguintes preços, por pipa, base do 20 gráos: Paraty 130$000 a 150$000 Angra 120$000 > 123$i}00 Campos 105$000 > IIO$000 Maceió 105$000 » UOJOOO Bahia 105$000 » IIOÍOOO Pernambuco I05$000 > 1104000 Arac^yú 105$000 » 110$0D0 Sul 105$000 » 110.$000 A-lcool O mercado deste proJucto manteve-se sempre firme. Os supprimentos recebidos constaram de 1.244 pipas, cujos preços regularam do seguinte modo: 40 gráos 170$000 a 180$000 38 > 150$000 » 1605000 36 > 135ÍO00 > 140$000 A LAVOURA 215 A.Ig'odão em rama Durante o raez pm-durou a mesmíi firmeza no merca lo daste género. As existências, qujr aqui quer nos mercados exportadores do Norte, são es- cassas, e as noticias sobre a futura safra continuam desfavoráveis. O movimento mensal foi como se segue: Fardos Existência em 16 agosto 13.666 Entraram de: Pernambuco 1.900 Assú 1.089 Natal 700 Ceará 600 Penedo 598 Parahyba 263 Maceió 200 Maranhão 150 5.500 19.166 Sahiram 9.814 Preços Pernambuco 1 1$000 a 1 1$500 Rio Grande do Norte 10$600 » 11$300 Ceará 10$900 » 11$200 Penedo 10$600 » 1 1$000 Sergipe 10$400 > 10$800 A.ssucax* O mercado que, na primeira quinzena do mez, fechara calmo, na segunda continuou pouco movimentado, em virtude do receio de sjrandcs entradas e dos poucos pedidos do interior. Não obstante, nos últimos dias do mez, observou-se alguma sahida. Entraram durante o mez 188.617 saccos, sendo de: Pernambuco 24.153 Sergipe 19.673 Campos 117.909 Bahia 5.330 Maceió 15.006 Parahyba 1.151 Diversas procedências 5.366 A existência orçada ató 31 de agosto ora de 204.726 saccos. 216 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Os preços por kilogramma regularam assim : Pernambuco : Branco usina. . . Dito crystal . . . Dito 3" sorte. . Crystal amarello. Mascavinho . . . Somenos .... Mascavo bom . . Dito regular. . . Dito baixo. . . . Í270 a ^^SO $230 » $290 s230 a $200 $2W > $«0 $\9) > $240 $200 > $^0 $180 > $190 §170 » $175 $150 » $160 Campos Branco crystal. . Dito do 2" jacto . Crystal amarello. Mascavinho . . . Sergipe : Branco crystal. . Crystal amarello. Mascavinho . . . Mascavo bom. . , Dito regula; Dito baixo. . , $240 a $.310 $200 > $260 $200 » ^0 $190 » $230 $230 a $280 .$200 » $210 $190 » $220 $170 » $190 $170 > $175 ■•50 a $170 Oereaes No mez regularam 03 seguintes preços : Saccos Arroz nacioual . 27$000 a 29$000 Dito inferior . 24|00 i > 265000 Feijão preto de Porto Alegre Nominal Dito idem mineiro $500 a S$500 Dito idem de Santa Gatharina. 7$õ00 » 8$500 Dito do Paraná Nominal Dito mulatinho 7$.500 a 8.-^00 Dito manteiga 12.$000 » 15$000 Dito enxofre, nacional lls'Oi - li-' 00 Dito de cores, nacional ■^õui >. !4>000 Farinha de mandioca especial ;i$200 > 9$800 Idem fina 7$200 > &$200 Idem peneirada 6$200 > 6$400 Idem grossa õ$000 » õ$400 Milho amarello do Norte Não ha A LAVOURA 217 Idem idem da terra 6$800 a 7$500 Idem idem misturado 6$â00 » 6$800 Cangica UÍOOO > 15$000 Amendoim 7$800 » 8$500 Kilogrammas Fubá de milho $130 a $200 Matte em folha $440 » $560 Tapioca $360 > $440 Polvilho $200 » $220 Fumo em rolo No correr do raez as entradas foram pequenas e os negocies destituídos de im- portância, coiiservando-se os preços, na primeira quinzena firmes, na segunda irre- gulares. As cotações, por kilogramma, foram as seguintes: Preços De Minas, especial $800 a $900 Dito superior $700 » $800 Dito 2» $550 » $600 Ooyano especial 2^000 Dito superior 1$800 Baixo 1$000 a 1|400 Rio Novo, superior 1$500 Dito 2» 1$200 Dito baixo $900 Carangola 1$000 Picú especial 2$000 Dito 1" 1$600 Dito 2' I$ã00 Bahia 1$100 Sal Entraram 5.284.336 kilogrammas, regulando o preço, por 60 kilos, 4§200 a 4$600. Rio de Janeiro — Imprenaa Nacional — i906 EST.A.TXJTOS CAPITULO II DOS SÓCIOS Art. 8.° A sociedade admitte as seguintes categorias de sócios : Sócios effectivos, correspondentes, honorários, beneméritos e associados. § 1.° Serão sócios eITectivos todas as pessoas residentes no paiz que forem devidamente propostas e contribuirem com a jóia de 15$ e a annuidade de 2o$ooo. § 2.° Serão sócios correspondentes as pessoas ou associações, com residência ou sede no extrangeiro, que forem escolliidas pela Directoria, em reconhecimento dos seus méritos e dos serviços que possam ou queiram prestar á sociedade. § 3.° Serão sócios honorários e beneméritos as pessoas que, por sua dedicação e relevantes serviços, se tenham tornado beneméritos á lavoura. § 4.° Serão associadas as corporações de caracter offlcial e as associações agrícolas, filiadas ou confederadas, que contribuírem com a jóia de 30$ e a annuidade de 5o$ooo. § 5.° Os sócios eITectivos e os associados poderão se remir nas condições que forem preceituadas no regulamento, não devendo, porém, a contribuição fixada para esse fim ser inferior a dez (10) annuidades. Art. 9.» Os associados deverão declarar o seu desejo de comparticipar dos tra- balhos da sociedade. Os demais sócios deverão ser propostos por indicação de qualquer sócio e apresentação de dois membros da Directoria e ser acceitos por unanimidade. .A.rt. io. Os sócios, qualquer que seja a categoria, poderão assistir a todas as reuniões sociaes, discutindo e propondo o que julgarem conveniente ; terão direito a todas as publicações da sociedade e a todos os serviços que a mesma estiver habilitada a prestar, independentemente de qualquer contribuição especial. § I." Os associados, por seu caracter de collectividade, terão preferencia para os referidos serviços e receberão das publicações da sociedade o maior numero de exem- plares de que esta puder dispor. § 1." O direito de votar e ser votado é extensivo a todos os sócios ; é limitado, porém, para os associados e sócios correspondentes, os quaes não poderão receber votos para os cargos de administração. § 3.° Os sócios perderão somente seus direitos em virtude de expontânea renuncia ou quando a assembléa geral resolver a sua exclusão por proposta da Directoria. oS»<X|o- :E?,Ea-XTI-,^A.3VEE3SrTO CAPITULO VI DOS SÓCIOS Art. 18. h sociedade prestará seus serviços de preferencia aos sócios e associados quando estiverem quites com ella. .\rt. 19. A jóia deverá ser paga dentro dos primeiros três mezes após a sua accei tacão. Art. 20. As annuidades poderão ser pagas por prestações semestraes. Art. 21. Os sócios e os a&sociados se poderão remir mediante o pagamento das quantias de 200$. e 5o<:)$, respectivamente, feito de uma só vez e independente da jóia, que deverão pagar em qualquer caso. • Art. 22. Os sócios e a.ssociados não poderão votar, nem receber o diploma, sem terem pago a respectiva jóia. § i.° O sócio que tiver pago a jóia e uma annuidade, poderá remir-se mediante a apresentação de 20 sócios, desde que estes tenham igualmente satisfeito aquellas contribuições. § 2.° Para esse effeito o sócio deverá requerer á Directoria, provando seus direitos nos termos do paragrapho anterior. § 3.° Serão considerados beneméritos os sócios que fizerem donativos á sociedade, a partir da quantia de um conto de réis. .\rt. 23. Para que os sócios atrazados de duas annuidades possam ser considerados resignatarios, nos termos dos Estatutos, é preciso que suas contribuições lhes tenham sido solicitadas por escripto, até três mezes antes, cabendo-lhes ainda assim o recurso para o conselho superior e para a assembléa geral. A.NNOXIII — N. y Rio LIE Janeiuo Setembro db 1909 AMíim de áOPieuisiBPa EXPOSIÇÃO AGRO-PECUARIA DE BELLO HORIZONTE ""■^vjiíL* ..m. ji. Oapl1.al Federal ©^ VIRIBUS UNITIS €€ IMP. NACIONAL — 1909 BRA.9?irj SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Fundada em iò de janeiro de 1807 Caixa-postal, 1245 Sede: Rnu dt Alfaiideçi d. lOá Kndereço Telegripbico, AGRICULTOR* « General Camará n. 127 Telephone n. 1416 "'" "" J»""»!"» Presidente — Dr. WeDcesláo Alves Leite de Oliveira Bello. 1° Vice-presidente — Vaíjo. 2° Vice-presidente — Dr. Sylvio Ferreira Rangel. 3° Vice-presidente — Dr. Domingos Sérgio de Carvalho. Secretario Geral — Dr. Heitor de Sá. 1° Secretario — Dr. Francisco Tito de Souza Reis. 2° Secretario — Dr. Iíenedicto Ravmundo d\ Sii.va. 3° Secretario — Dr. Josi; Ribeiro Monteiro da Silva. 4" Secretario — Alberto de Araújo Ferreira Jacobina. 1° Thesoureiro — Dr. João Pedreira do Couto Ferra/ Jdniok. 2° Thesoureiro — Carlos Raulino. Horto da Penha Dr. Wencesláo Bello Fazenda de Santa .Mónica Dr. Sylvio Raniíel. Secretaria, Álcool e Museu Dr. Benedicto Raymundo. Secção Technica e Bibliothcca Dr. Heitor de Sá. Plantas e sementes Dr. Monteiro da Silva. Propaganda e estati.stica Alberto Jacobina. Thesouraria Carlos Raulino. Serão considerados collaboradores não só os sócios como todos que quizerem ser- vir-se de.stas columnas para a propatiranda da aírrieultura, o que a redacção muito agradece. A lista dos collaboradores será publicada annualniente com o resumo dos trabalhos. A redacção não se responsabilisa pelas opiniões emittidas em artigos assignadas, e que serão publicados sob a exclusiva responsabilidade dos autores. Os originaes não serão restituídos. As conimunicações e correspondências devem ser dirigidas á Redacção d'A L.\- VOURA na sede da Sociedade Nacional de .agricultura. A LAVOURA não acceita a.ssignaturas. E' distribui, ia gratuitamente aos "sócios da Sociedade Nacional de Agricultura. VEZES .MEIA PAÍilNA U.MA PAGINA I I2$000 2O$0OO 3 30$000 50$000 6 5o$ooo gf^ooo 12 go$ooo i70$ooo Os annuncios são pagos adeantadamente. Tiragem 5.000 exemplares SUMMARIO PAGS. Exposição de Bello Horizonte 219 Luiz Bueno de Miranda 234 Madeiras e vegetaes úteis do Brazil 23o Diarrhéa dos bezerros 230 Instituto de .Xgronomia e Veterinária 242 Cactus sem espinhos 245 Borracha de Maniçoba 247 Expediente 253 Noticiário 266 Parte Oimmercial 289 Ann'o XIII — N. o Rio de Janeiro Setembro de 1909 EDITORIAL Exposiçlo AgrO"Pecuam ds Bsllo Horizonte library NEW YORK Vorificon-se no dia 7 de setembro de 1909, ás 3 1/2 horas da boi anical tarde, em Bello Horizonte, a inauguração da segunda Exposição Esta- OA^oeN. dual Agro-Pecuaria . Ao acto, que foi solemne e brilhante, compareceram: Dr. Wen- cesláo Braz, Presidente do Estado; Dr. Francisco Sá, Ministro da Via(;ão; Dr. Wencesláo Bello, presidente da Sociedade Nacional de Agricultura ; Dr. Francisco Salles, Senador Federal ; Dr. Juscclino Bar- bosa, Secretario das Finanças ; Dr. Estevão Pinto, Dr. Benjamin Brandão, Prefeito; Dr, Urias Botelho, Chefe de Policia; Desembar- gador João Braulio, Presidente do Tribunal da Relação: Dr. Chagas Dória, director da E. deF. O. de Minas; Dr. Prado Lopes, Presidente da Camará; Drs. Bernardo Monteiro, Francisco Bressane e Carneiro de Rezende; Dr. Carlos Prates, Director de Agricultura do Estado; Dr. Gabriel dos Santos, Dr. Pedro Maximon, Ministro Russo, capitão Arthur Haas, cônsul i-usso ; Dr. Hector Raquel, director do Posto Zou- technico Central ; Dr. Figueira de Mello, auxiliar technico do pro- fes.sor Raquel ; Dr. Daniel de Carvalho, .secretario da commissão dire- ctora da Exposição ; Dr. Barcellos, membro da referida commissão ; representantes da imprensa do Rio, S. Paulo e Minas ; Dariu de Barros, representante da A Lavoura, e muitas outras pessoas. Após as saudações do eslylo, lavrou-se a acta allusiva ao aclo, a qual foi assignada pelas pessoas presentes. Em seguida o Dr. Wencesláo Braz, Presidente do Estado, declarou aiíerta a Exposição. Antes de começarmos a narrar o que vimos na Exposição, cum- primos o grato dever de registrar aqui o desvanecimento que teve a Sociedade Nacional de Agricultura, por ler sidu o seu illusli'c presidente convidado para presidir o jury da commissão julgadora, e por ver um grande numero de lavradores se apresentarem com o distinclivo da Sociedade sempre na lapela. Do confronto que fizemos desta segunda Exposição com a primeira, resalta o grande progresso da segunda, o qual altribuimos á politica económica e a taes exposições. G405 í 220 - SOCIEDADK NACIONAL DK AGRICULTURA O Governo, organizando essas exposições, fíicultou aos agi-icuilores e criadores uma escola de a|)errei<;oamenlo, jkjís, ó nesses certamens que o productor, além de tornar conhecido o seu producto, avalia, iiela analyse e pela observai;ão, o valor dus produclos de outrem. Além disto, a troca de idéas entre os ([ue concurrem a essas expo- sições sobre os imixjrtanlissiraos assumptos que lhes dizem respeito, corrigem erros de orientação, suggerem modificações, estimulam apti- dões, despertam energias adormecida^, emPim, contribuem para o aper- feiçoamento dos productos e consequentemente concorrem i)ara o pro- gresso do lavrador e, portanto, do Estado. Foi grande o numero de expositores que apresentaram productos agrícolas pecuários, o quo prova que os lavradores e criadores compre- hendem e apoiam a nova ordem de idéas «lue estão produzindo grande progres.so na industria pistoi-il e agrícola de Minas. Concorreram ao magnifico certamen 248 animaes, assim distri- buídos: bovinos 168, cavallares 76, asininos 3 e muares 1. Os suinos foram i-epresentados por mais de 100 specimens. Os lanígeros, caprinos a gallinaceos tiveram exhibição variada e abundante. BOVINOS Raças — As raças apresentadas foram: caracú 27 cato^as, hol- landeza 20, zebú 20, zebú.Xellore 12, .schwitz 11, jersey 5, bretã 4, simentlial 4, flamenga 3, devon 3, guernsey 2, nacional (commum) 2, ze))ú Gueserat 2, angus 1 e volstein 1. Como se vê da relação acima; a raça zebú não predominou, estando os criadores, felizmente, de vistas voltadas, de preferencia, para os caracús. MESTIÇOS Simenthal meio sangue 7, zebú com caracú 7, schwitz meio sangue 3, poIled-aiigus3, liollandezc zebú 2, normando e caracú 1, polled-angus echarolais 1, zebú e polled-angus 1, caracú e suisso 7, zebú e schwitz 1, caracú e hoUandez 2, simeothal e hollandez 1, schwitz e hollandez 1. Os vaccuns mestiços, cruzamento de diversas raças, eram, em geral, bons tyix)s. A nossa observação verificou a influencia do caracú, pois, em 31 mestiços, 11 eram cruzamento de caracú. EXPOSIÇÃO DE BELLO-HORIZONTE Drs. Wencesláo Braz, Wencesláo Bello, Jiiscelino Barbosa, Dário de Barros e pessoas £> radas . A LAVOURA 2*1 GAYALLARES Raças nacionaes — Nacional, 29 animaes; manga-larga, 15 ; cam- polina, 8; mineira 3 e sublime 2. Raças estrangeiras — Percheron, 7; americana, 2; árabe, 2; holstein, 1; oldemburgo, 1; franceza, 1; argentina, i; ingleza, I ; anglo-normando, 1; árabe meio sangue 1 e inglez meio sangue 1. ASININOS Jumentos nacionaes 3. MUARES Uma besta para sei la, esplendida marchadeira, da afamada raça nacional Pega Os animaes apresentados na Exposição demonstravam o progresso do grande Estado de Minas na industria pastoril. Na criação de equídeos o escopo tem sido obter bons cavai los de sella. Nos bovinos nota-se, felizmente^ que o caracú está em primeira plana e que a sua reproduc(;ão obedece a uma orientação acertada. Os exemplares nacionaes, puro sangue, descendentes de raças es- trangeiras, eram admiráveis, e entre os diversos espécimens que se salientaram destacava-se o touro «Ubirajara», hollandez, propriedade do intelligente e adiantado criador Dr. Sá Fortes, de Marianna. Este bovino foi apreciadíssimo, não só pela sua bella esthetíca, mas também pela sua exuberante precocidade, pois cora um anno apenas de idade pesou 37 arrobas. Entre os criadores da rac^ caracú é de justiça destacar o Sr. coronel Francisco Gonçalves Leite, residente etn Alfenas, e os irmãos Castro, da estação de Santa Helena, que obtiveram, successivamente, o primeiro e o segundo premio. O Sr. coronel Leite dedica-se, exclusivamente, á criação da magni- fica raça caracú, ha 16 annoy, seleccionando-a com esmero. Este methodo e esta especialização deram-lhe um magnífico re- sultado, como provou com o esplendido e bel lo grupo composto de um touro e duas vaccas caracús que apresentou. Cacique, considerado um perfeito specimen de raça pura, foi o bovino que obteve o primeiro premio. 2iZ SOCIEDADE NACIONAL DE AUKICUI.TURA () criador Sr. José Soaros l.cile exhiljiu um louro de nome Pacliá, que obteve o segundo premio. Além doííse Cacique que por si si) era sufílrienle para provar o ap9rteiçjamenlo a que atlingiu o coronel Francisco Leite com o seu raethodo de selecção, concorreu elle ainda com duas bellissimas vaccas, Avenida e Guanabara. Damos a seguir a descripção do famoso Cnriquc, que foi, por opinião unanime, proclamado o melhor bovino do importante certamen. Côr, a que os criadores denominam a/oapão e que é a côr cara- cterística da raça. Cabeça pequena e descarnada. Os olhos são vivos e proeminentes. Os chifres são finos, brancos e curtos. 1'ello sedoso e cauda (ina. Idade, cinco aniios e nove mezes. Peso, !).53 kilos. Comprimento, 2'",.45. Altura, l'",58. Circumferencia thoraxica, 2'",'tO. Garupa, l'",60. Anca, l'",;i5. Foi também muilo admirado o louro Pac/írí, do Sr. Soares Leite, de oito annos, que pesou 8G2 kilos e 800 grammas, com as seguintes dimensões : comprimento, 2™,3.''). Altura, l"',õ2. Circumferencia Iho- raxica, 2'",27. Garupa, 1"',.")2 e O'", 56 de anca. Entre as vaccas distinguiram-se: Guanabara e Avenida, com- ponentes do grupo apresentado pelo .Sr. coronel Leite. Guanabara, com r",r)õ de comprimento. Altura, i"',36. Garupa, 1"',40. Circumferencia thoraxica, l'",90. Anca, 0"',õG. Pesou 526 kilos. Avenida, altura 1"',31. Comprimento, 1"',85. Gai-upa, 1™,34. Circuraíeioncia thoraxica, i"',8õ. Anca, 0"',53. Idade, cinco annos. Peso, 410 kilos. O Sr. Manoel Bernandez, ao examinar estas duas vaccas, disse que compraria 500 a 500$ cada uma. O primeiro logar paia o .segundo premio coube ao bovino, de propriedade do capitão Cornelio líaptista de Castro (irmãos Castroj, da estação de Santa Helena, ci-iadores unicamente de caracús. Nacional, é o nome deste touro. Com dous annos e sele mezes apenas, este animal pesou 507 kilos e 800 grammas. As suas dimensões, que augmentarão ainda, são as seguintes : comprimento, l'",85. Altura, 1"',82. Garupa, l'",34. Circumferencia thoraxica, l'",87. Anca, O'", 48. E" um i^erfeito exemplar de excellonte raça caracii, (jue domonsirou cabalmente as vantagens da selecção iiilelligeiite e racionalmenle feita A LAVOURA 223 Estrello, touro caracú, de 2 1/2 annos, de propriedade do Sr. José Affonso .Tunriueira, criador cm Poços de Caldas, foi classificado em segundo logar, para o secundo premio. O terceiro premio, fiiialmeiUe, coube aos louros Cupidu o Packú, ambos caracús, pertencentes aos Srs. Mário B. de Castro, de Santa Helena, e José Soares Leite, de Alfenas. A Exposição revelou que a orientação dos criadores está se enca- minhando para a especialização; assim notamos que, emquaato uns criadores estão se dedicando ils raças especiaes para a carne, outros estão se applicando, de preferencia, á criação de liovinos de raças especiaes pai-a a producção de leite e manteiga. suínos E' grato registrar que a pecuária mineira, neste ramo, attingiu a um progresso exemplar e digno de ser imitado, pois a raça na- cional canastrão pi"ovou as suas excellentes qualidades, conforme se verifica da lista dos suinos premiados que inserimos no fim desta descri pção. Entretanto, obedecendo á justiça, não podemos deixar de nos re- ferir ao Sr. António Dias Barbosa, criador em Catagua^es,([Vien\yve- sontou um belloe grande varrão de raça canastrão que obteve o pri- meiro premio. Este suino foi oflerecidn pelo peu proprietário ao Estado, para servir de reproductor na fazenda modelo da Gameleira. Além da raça canastrão, que foi a que apresentou maior numero de suinos, outras concorreram ;i Exposição e entre ellas: meisner, delschoe, essex, yorksbire e berkshire, etc. Entre os cevados, o primeiro premio foi conferido a um único suino, canastrão, engordado pelo Sr. coronel José Severiano da Silva, criador em Santa Rita, (S. João (l'El Rei), Oeste de Minas. Esse animal pesou 25 arrobas e cinco kilogrammas. CAVALl-ARES Na secção dos equídeos, as raças nacionaes estavam magnifica e abundantemente representadas. Os animaes nacionaes eram marchadores, para sella. A predilecção pelos animaes de marcha se explica pela deficiência de transportes férreos, o que aliás succede em todo o Brazil. 22* SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA De moilo que, dadas as grandes dislanfias a vencer, os animaes marchadores são os proferidas, por serem os que i)i-opoi'cionam, pela suavidade do caminhar, excellenle commodidade ao viajante, que pôde vencer 10 lesuas diárias. Ao passo que num animal de fiotc seria impossível, porque o cavalleiro não r&sisliria. Os cavallos de trote são mais resistentes, porque o trote é o andar natural dn cavallo, ao passo que a marcha é uma degenerescência. Entretanto os anima&s trotadore^; são utilizados para as romontas do exercito, para tiro pesado e ligeiro. São também procurados para passeio nas grandes cidades. Os criadoras devem, pois, interessar-so por elles. A remonta da Policia Mineira é toda feita com os animaes criados no Estado. lanígeros e caprinos Este ramo da pecuária mineira é promissor de grande progresso, como verificámos pelos animaes apresentados. Na criação de carneiros nola-se que os criadores entraram no systema de especialidades; assim, emquant'í/7o — Expuzeram amostras deste pracioso cereal, os seguintes Srs.: Coronel Procopio, de Cataguazes, com uma cultura de 70 litros de trigo Barleta; a colheita pendente está orçada em 1.500 litros; Dl-. Sá Fortes, trigo comuium e trigo em rama da fazenda das Laran- jeiras, em Marianna, que tem uma cultura de 30 hectares; porém, quem mais se distinguio nessa cultura foi o Sr. Coronel SanfAnna, do Carmo do Rio Claro, com uma cultura de 162 hectares, cultivados pelos pra;essos mais modernos. Pelo mói hl 1 de trigo em rama que o referido senhor expoz, a colheita promette ser enorme. Esta nossa supposi(;ão foi mais tarde confirmada pela opinião do Dr. Prates e do Sr. Coronel SanfAnna. O exemplo do Sr. Coronel SanfAnna é digno de ser imitado, e, pelo que de visu verificámos e pelas informações que sobre o assumpto colhemos pessoalmente no recinto da Exposição de muitos lavradno — Pac/iã e Cupido . 'Codos de raça caracú . TOUROS NACIONAES DE RAÇAS EXTRANG EIRAS 1° PREMIO— Ubirajara, hoUandez; Brasileiro, schwitz e Jacutinga, hollandez. 2° PREMIO — Araby, zebú ; A7'aby II, zebú ; Pachá, zebú. 3° PREMIO — Soberano, zebú ; Hamburgo, schwitz ; Atlântico, zebú. Medalhas de ouro — Lord, zebú; Mustafá,^h\\'\i/.; Turuiw, hollandez; Thesouro, jersey ; Lord II, zebú eBaronet, zebú. TOUROS IMPORTADOS Medalhas de ouro — Regolbretaalm, hei"eford ; Menclik, angus ; Plutão, zebú e Csar, schwitz. MUNICEPIO OR ()Ll\i;illA - M[\AS Ideal — i^ premio — Nacionil Zeballos — dois e meio ânuos — i ' premio — Nacional A LAVOURA 229 TOUROS MESTIÇOS l" PKEisuó — Almirante 533 ks., carucú e hollandez; Topasio 497 ks., caracú e hollandez; Kuroki 470 ks., caracú e /.ebú. 2° PK^u\o — Lontra Idl ks., hollandez e nacional; Chumbado 814 ks., hollandez e caracú ; Simenthal 732 ks., simenthal e hollandez. 3° PREMIO — Espadilha, 400 ks., caracú e schwitz ; Mineiro, 619 ks. simenthal e caracú, Menelik I 680 ks., angus e zebú. Medalhas de ouro — Apis, Magaroff, Japão, Chabby, Radio, Gringo e Guarany . Medalhas de prata — Araçá, caracú e zebú ; Castor, .schwitz, e zebú ; Rio Nooo, zebú e caracú ; Rolete, Nellore quasi puro ; Fidalgo, china e caracú. Medalhas de bromze — Satan, Aquidaban, Percheron, Campo- nês, Astrophante e Gilel. VACCAS LEITEIRAS 5° Premio— Chitada (6 litros em 2 horasj. Coronel Joaquim Tiburcio. IMPORTADAS Medalhas de ouro — Flor de Maio, hereford, Escola Agrícola de Lavras ; Annette, hereford, E.scola Agrícola de Lavras ; Iracema, Francisco Teixeira Leite e Rola. Medalhas de ouro — Guanabara a Avenida, caracús, F. Gonçal- ves Leite. Medalhas dr v>í\kt\ — Esterlina, Symphronio Brochado. NOVILHAS Medalhas de ouko— Predilecta, cavam, Mário Baptista de Cas- tro ; Vaidosa, caracú, Cornelio de Castro ; Avenida II. caracú, João Baptista de Castro Júnior; Mie. Joanna, caracú, Jcsé Ferreira Leite; Exposição, simenthal. Pedro Procopio R. Valle ; Bella Valentina, jersey, E.scola Agrícola de Lavras; Jurema, hollandeza, Dr. Carlos P. de Sá Fortes; Wanda 3/4 hollandeza, D. Eugenia de Sá Fortes'. Brisa, hollandeza, D. Augu.sta de Azevedo ; Minerva, holsteíns, Fre- derico Jardim ; Nakgi, schwitz, António Custodio Bittencurt ; Corveta, 230 SOCUSDADE NACIONAL DE AGRICULTURA zebú, António Diniz Mascarenhas; Antuérpia, zebú, Horácio J. de Le- mos ; Norma, zelni Di'. Viriato Mascarenhas e Cantorn e Cuba, hol- landeza e Realeza zeini. suínos REPRODUCTORES 1° PREMIO — Essex prelo, de Anlonio Ferreira Martins ; canas- trão, vermeliio amarellado de António Dias Barbosa; criizamenlo de canastrão e ynrlíshire branco, de António G. dos Santos Vianna. 2° PREMIO — Canastrão preto, pernas Ijrancas, de Anlonio Diniz Mascarenhas ; canastrão preto, pés brancos, Francisco Ribeiro Junquei- ra ; berlíshire prelo com signaes brancos, de João G. Vieira. 3° PREMIO — Canastrão preto calçado, de João Urias ; canastião mascarado, de Alberto Gama Lacerda e um canastrão preto, de Fran- cisco Dias Ferraz. 4° PREMIO — Berksli ire, prelo com signaes brancos, do Conde de Nova Friburgo; canastrão prelo com malhas brancas, do João Ignacio de Araújo Lima ; pampa, pintado de prelo e branco, do Josias Nogueira. 5° PREMIO — Canastrão vermelho, de António da Silva Guimarães ; canastrão preto, de Carlos Alves Nascimento. Medalhas de ouro — Nacional, prelo e pintas brancas, do^Conde de Nova Friburgo; canastrão prelo e malhas, de Anlonio C. Barros de Faria; canastrão prelo e pés J)rani'0s, de Alberto Dias Ferraz, /^o/zi- pa, prelo e branco, de Francisco Anastácio de Moraes ; canastrão preto, de Ferraz & Filho e esse.^ preto, de António Ferreira Monteiro. Medalha de prata — l'm canastrão pinlado, de João Ignacio dos Santos Ferreira; pampa, pintado do Dr. Oscar Vidal; vermelho, de Carlos Alves S. Vianna; canastrão prelo e pellado, de Francisco Fer- nandes Lolx) ; canastrão preto, de Anlonio Custodio Bittencurt ; canas- trão preto, do Dr. Carlos da Silva Fortes ; canastrão prelo, de António A. Lobato ; crioulo prelo, de Josc Rodrigues Pereira; 1/2 sangue inglez, do Dr. Vicente Rodrigues ; idem, idem de Manoel Ferreira Torres e Roterlo Ferreira de Toledo; 1;2 f/or/c.s/ure, de Manoel de Camargo e idem de António Joaquim Moraes Júnior. PORCAS Medalha de oiro — Canastrão vermelho, de Antono da Silva Gui- marães e uma canastrão preta, do Dr. Ribeiro Passos. A LAVOURA 231 Medalha de prata ^Canastrão, 5 leiloas pretos, pés brancos da Rotunda numero 1; canastrão, 12 leitões pretos calçados, de Antó- nio Carlos Ferreira; cruzamento inglez pintada, do Dr. Oscar Vidal. Menção Honrosa — Três casaes de canastrão preto e branco, de José Ignacio de Araújo Lima, e cinco leitões essex, de António F. Monteiro. IMPORTADOS Menção Honrosa — Cinco leitões raça alleraã, brancos, de António Torlola ; dous leitões ai lemães brancos, doDr, António Prado Lopes; berkshirc, da Escola Agrícola de Lavras. CEVADOS 1° PREMIO — Um canastrão vermelho, pesando 380 kilos, de José Sevcriano da Silva. 2° PREMIO — Canastrão vermelho, 323 kilos, 3° PRE^^o — Canastrão vermelho, 293 kilos. i" PREMIO — Canastrão vermelho, 285 kilos e 700 grammas. 5" PREMIO — Yorkshire, branco, 279 kilos e 500 grammas. Medalha de ouro — Allemã, ;il2 kilos, importado. Medalha de prata — Dois yorkshire, pesando respectivamente 244 e 230 kilos e 200 grammas. lanígeros PARA CARNE 1° PREMIO — Árabe, 06 kilos de J. F. Soares Júnior; nacional, 60 kilos, de F. C. Quillar. 2'' PREMIO — Mestiço de merino, 56 kilos, de S. V. de Rezende; merino, 51 kilos, de A. G. de Rezende. '.i° PREMIO — Meio árabe, 48 kilos, do conde de \ova Fri burgo ; nacional, 46 kilos de C M. Franco. PARA L.\ 1° PREMIO — Um rambouillet, dous annos e um meio merino de nm anno, ambos pertencentes ao Sr. J. J. Vieira, pesando o primeiro 54 kilos e o segundo 48. 232 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA 2» PREMIO — Merino, 15 mezes, 45 kilos, do Dr. Silva Fortes; rambouillet, um anno e oito mezes, 45 Iviios, do Dr. M. dos Santos. 30 PREMIO — Lincoln, um e meio anno, 43 kilos, de J. A. Jun- queira ; italiano, um anno e oito mezes, 42 kilos de A. Junqueira. IMPORTADOS PARA Là Medalha- de ouro — Merinovermont, !.'> mezes, dous carneiros, pasando respectivamente, 36 e 39 kilos, de Hans á;. Ernesto Fais.san. PARA CARNE E Là Medalha de ouro — Oxford, S6 kilos, de Fernando Azevedo. CAPRINOS 5° PREMIO — Uma cabra, pertencente ao Dr. Silva Fortes, com dous annos e seis mezes, de raça suissa pesando 44 kilos. Medalha de ouro — Um reproductor de um anno, raça tocken- burgo com 37 kilos, do Dr. J. J. Vieira. Medalha de prata — Um reproductor de 24 mezes, nacional, 44 kilos, de Aristóteles Nogueira. CAVALLARES 1° PREMIO — Ideal, Américo de Oliveira ; Portuguez, Gabriel Ar- chanjo, e Nobre, Dr. Silva Magalhães. 2" PREMIO — Brasil, J. de Bias Fortes; Gaturamo, Joaquim Pa- checo de Rezende ; Oceano, Manoel Theodoro. 30 PREMIO — Tietê, Dr. Oscar Vidal Barlx).sa ; Mineiro, Saturnino RO(-ha ; Tupy, Joaquim P. de Moraes. 4° PREMIO — Areonauta, J. Matheus ; Caxias, Christiano Mei- relles ; Expresso, José Dias de Gouvêa. 5° pRKMio — Yankee, Villela & Irmão; Canário, Américo Y de Rezende. Medalhas de ouro — Phrynea, Dr. Francisco Valladares ; Gra- cio.sa e um filho, J. Pacheco de Rezende; Bucharah, Paulo Pinheiro. Jardineiro, Gabriel Archanjo ; Ramalhete, coronel Junqueira ; Sobe- rano, Álvaro Monte Raso; Córdova, J. Pacheco de Rezende ; Soljerano II, Manoel Vidal ; Soberano, Oscar Marques. íB ■J M fi t^v^^^JKÍ^ JfflB^fí*/^;' Ea^f^r ^"^^^J A4 ^ ^■^^ ^^M J. ifl P*-^-..^ ^^ ■ •■ '".- . ■-•.. •_:-■*<■;■_» Perus americanos — Mainouth A LAVOURA 233 Medalhas de prata — Opala, José Soares da Silva ; Talisman, J. C. de Oliveira ; Ydillio, José G. Pinto ; Rio Pardo, J. da Costa Pinto ; Marajó, Alberto Cambraia. Menção honrosa — Mineiro e Sereno, de Edmundo F. de Car- valho. IMPORTADOS Menção honrosa — Niagara, Gabriel Augusto de Andi-ade ; Tre- fler, holstein, José Ferreira Leite ; Adónis, Oldemburgo, José Pacheco de Rezende ; Yankee, prince, Dr. Donato de Andrade. JUMENTOS 1° PREMIO — Zeballos, José Ferreira Leite. 2° PREMIO — Pachola, Joaquim P. de Rezende. 3° PREMIO — Pachá, Dr. Oscar V. Barbosa. GALLINHAS 1° PREMIO — Um casal de plymouth carijós e um casal de orpington, pretos, pertencentes ambos ao Dr. Carneiro de Rezende. 2° PREMIO — Dous casaes de plymouth carijós, de Rómulo Jo- viano e um casal de plymouth do Dr. Ribeiro Junqueira. 3° PREMIO — Terno de yandottes perdizes do Sr. Charles Causer. 4° PREMIO — Terno de orpington de José Gonçalves Pereira. 5° PREMIO — Terno de cochinchina, D. Christina Villela Jun- queira; brahmas, de José Augusto dos Santos. Medalhas de ouro — Um gallo japonez de Luiz Gonzaga Alves ; gallo francez do coronel Manoel V, Barbosa Lage ; gallo, malayo de José Domingos ; gallo brahma de João Augusto dos Santos. Medalhas de prata — Um gallo indio de Eugénio Yianna ; um casal de brahma de D. Maria Savarini ; gallo plymoutthde Elpidiode Oliveira ; gallo mineiro, José Alves Franco ; gallo, plymouth de Joa- quim Dias Garcia. Menção honrosa — Instituto João Pinheiro, Manoel Bernardez e Hopkins Causer & Hopkins por um casal de perus, mamouth, bron- zeados e um casal de marrecos. 234 SOCIEDADR XAOIOXAE, DR AGRtCUr.TUaA Luiz Busno de Miranda Nascido em Campinas em 13 de dezembro de t868, alli perma- neceu até a idade de 18 annos, quando passou a residir em Santos dedioando-seao commercio. Nesta importante prara, fundou em 1809 aConipanliia Commissa- ria S. Paulo e Minas, com o capital de dois mil contos de réis, \m-a explorar o commercio de café no paize noextrangeiro. Foi esta a primeira cooperativa de agricultoras constituída entre nós, com programma diíTerentedoda rotina commercial, para mom- m.ercio de cafés. Em 181» 1 viajou toda a Europa e residiu algum lompo no llavre, afim de observar o commercio de café dalli. De volta ao Brazil, apresentou pela imprensa de S. Paulo algumas idéas úteis ao nosso commercio de cafés, tendo o Governo Paulista e tamliem o Federal feito votar algumas leis por S. s. polidas. Entre ellas salientam-se as seguintes: l.*A que obriga a (pie os saccos de cafés brazileiros, quando exportados para o exterior, levem uma marca determinando a sua procedência e qualidade, afim de evitar que taes cafés sejam apresentados aos consumidores comi'ei- tada. Não só os jornaes e revistas nacionaes têm-se occupado de sua pessoa e, principalmente, das reformas que S.S. tem introduzido na nossa agricultura; também os jornaes italianos, francezes, belgas e americanos tèm-se referido ao assumpto com grandes elogios ao nos-so consócio. Com a feliz combinação de três machinas aratorias americanas, que S.S. modificou e adaptou á nossa lavoura, ficou resolvido odifflcil problema das capinas dos cafezaes. Com uma quarta machina de sua exclusiva invenção resolveu S.S. brilhantemente outro problema que parecia impo.ssivel, — o preparo do terreno dos cafezaes antes da sua colheita: (Varrição ou Coroação). Finalmente, podemos informar que o Sr. Bueno colheu, com apparelhos que imaginou e que dispensam os dedos dos colonos , em 1907 — iS.OOO cafeeiros; em 1908—250.000 e este anno 400.000, com grande economia de tempo e de dinheiro e beneficio para as ar- vores. Além dos apparelhos já citados, para a cultura e a colheita do café, o Sr. Bueno de Miranda possue excellenles apparelhos para o .serviço de terreiro e uma carrocinha quo di.stribue mecanicamente, adubos nas ruas dos cafezaes. Todo este moderno material, que tem causado verdadeira revolu- ção na cultura do café em S. Paulo, é mestrado, em movimento, aos agricultores dignos deste qualificativo eque visitam as fazendas diri- gidas pelo nosso bíographado, a quem « A Lavoura » rende, com estas linhas, uma justa homenagem, illustrando-ascom o retrato de S.S., e com duas photographias que indicam as vantagens do systema de cultura dos cafeeiros applicado pelo illustre brazileiro. 6405 23G SOCfEDAUE NACIONAL DE AGRICULTURA Algumas madeiras g vsgetass utsis do Brasil (DE M. IMii CORIIÈA.) Monographia n. 74 — Amostra n. 82. (iiinJiiiMivA (Não Palmacea) S\sosiyn\— Jiçaramae Majuruoá, no vaUe da Ril)eii'a de Iguape (Estado de S. Faulo). Habitat — Serra do Mar, no Estado de S. Paulo e Paraná, e prova- velmente nos Estados mais visinhos, vegetando em terras silicosas ou argilosas, húmidas, mas sendo sempre padrão de terra \r>a. Descripção — Arvore de caule recto até 0,00 de altura e 0,G5 de diâmetro; casca até Gm/m de espessura, côr ferruginea, revestida de epiderme da mesma côr, faci! de desprender; foiiias simples, pecio- ladas, revolutas, mais ou menos 0,09 de comprimento e 0,022 de lar- gura, ob-rliombeas, armada^ de pequeninos aculeos, coriaceas, saliente- mente nervadas ; fruclo (que não vimos) vermelho, abundante; fructi- fica em abril e maio. Madeira — Alburno amarei lo-roseo, com cerne um pouco mais escuro e veios pretos, porosa, tecido bastante compacto, dura, quebra- diça e resinosa. AppLir.AçõES — A madeira é empregada apenas para pequenos tra- balhos ; excellenle lenha, que arde me=;mo verde, decerto devido á substancia resinosa de ijue está impregnada ; o povo a procura para fachos. Os fructos são muito apreciados pelos pássaros, sobretudo jacus e tucanos. Monographia n. 75 — Amostra n. 83. família das GUTTIFERACEAS tíuanandy-Oai-x iillio Colophylluin brasiliense Cainb. Synonimia — firctt rfe/rec/ta, dos portuguezes (extensivo a outras guttiferaceas e até a varias burseraceas) Gamambi, Goanaadima, Goa' A LAVOURA 237 iiandy -carvalho e Goarandy (corruptelas), Guanandy, Guanady de leite, no Maranhão, Guanandy-roseo, em Matto Grosso — Guanatim, Guaranay, Guarandy e Gularulim (correntes em vários E.^tados), Jacaró-copahyha (nome que no Amazonas dão ú sua resina), Jacaré-iba, Jacaré-huiba, Jacaré-uba {» arvore do jacaré ») e Jacaré uiva, na Amazónia — Joguandi, Landy, Lantim, Oanandy e Olandi (corruptelas mais vulgarisadas no suldopaiz) Páo-ingles, no interior do Estado de S Paulo — Uáyandy, dos indígenas (« fructo oleoso», verdadeiro nome, de onde «Gua- nandy»). Conhecemos ainda os nomes Landirana e Jandirana, mas não as espécies a que o vulgo os applica, posto nos pareça tralar-se também de guttiferaceas. Consta-nos que o nome Planta lhe é dado em alguns logares do Pará ; o nome Pão de Maria, que alguns au- ctores atlribuem a esta espécie cahe antes á Calopliylium tacama- haca A\', por ser desta que se extrahe o «halsamo de Maria», mais conhecido hoje como «bálsamo de Tacamahaca», embora nesta ultima designação se incluam resinas de outros vegetaes. Habitat — Encontra-se na Ásia e em lodosos Estados do Brasil, com excepção talvez dos do Rio Grande do Sul e Goyaz, sendo mais abundante nos Estados marítimos e nestes não se afastando muito do mar, preferindo os logares jjaixos e húmidos e as terras silicosas, tor- nando-se mais pujante á medida que se approxima do oceano, não sendo raro encontrar indivíduos com as raízes immersas na agua salo])ra das lagoas da costa. Descripção — Arvore frondosa e de caule muito recto até 35,00 de altura e 1,00 de diâmetro (no extremo norte dimínue a altura mas augmenta a cireumferencia) ; casca amarello-avermelhada, grossa até 20 m/m, gretada, quebradiça, meio fibrosa em laminas superpostas, de sabor doce e com aroma de mel, exsudando abundante e espessa gomma-resina de côr amarello-esverdeada ; folhas simples, inteiras, oppostas, pecioladas, coríaceas, penninervias, oblongas, mais ou menos 130 m/m de comprimento e 55 m/m de largura, luzidias, nervura central saliente até perto do ápice , flores brancas, pequenas, abun- dantes, aromáticas, em raciraos ; fructo capsular, carnoso e oleoso. MADEmA — Bastante alburno e cerne rosa-a vermelhado, ondeada, bonita, sobretudo depois de envernísada, talhe duro, mas macia ao lavrar e serrar e rebelde ao cepilho. Peso especifico, 0,802 ; resistência ao esmagamento, sem determinação da posição da carga, 441 kilo- grammos por centímetro quadrado. Applicações — Madeira para mastros e vergas de navios (para cujo flm foi privilegio do Estado no Brasil, 1818), canoas, taboado de 2'\< SOCIEDADE NACIONAL DK AGRICULTURA soalho, vigarsidade de solo e clima deste no.s.so gi- gantesco Brazil. Como, pois, preparar em um único estabelecimento situado em de- terminada zona ou Estado da Republica profl.ssionaes agronómicos aptos A LAVOURA 243 a desempenhar, com seguro critério scientifico e industrial, as varias culturas e industrias agrícolas próprias dos nossos differentes climas e solos ? Como, « verbi gratia », formar no mesmo instituto de ensino agronómico engenheiros agrícolas com competência para dirigir tra- balhos de sua profissão nas margens tépidas do Amazonas, nas re- giões áridas do nordeste do Brazil e nos climas brandamente tempe- rados das terras que se dilatam do planalto de Minas ás visinhanças do Prata ? Devar-se-á crear um instituto superior em cada uma destas diffe- rentes zonas? Sim, dever-se-ia estabelecer, a exemplo do que fizeram os Estados Unidos (aliás menos extensos e dispares em climas do que o Brazil ), dever-se-ia estabelecer um instituto superior de agronomia e veterinária em cada uma das vinte e duas circumscripções politico- administrativas que constituem a União. Porém do dever ao podei' bem grande é a distancia, porquanto faltam-nos ainda a cultura e riqueza que permittem a creação de tão custosas e sabias instituições. E a ter de crear arremedos de taes institutos, melhor será a fun- dação de um só, mas este de verdade e na altura de seu legitimo fim. Creemos, pois, um único « Instituto Eederal de Agronom ia e Vete- rinária » e deixemos para mais tarde todos quantos a fantasia nos possa suggerir. Façamo-nos opulentos pela instrucção e trabalho, que nos não faltarão recursos, não .só para fundarmos 22 institutos, .senão o dobro ou o quádruplo de.ste numero. Emquanto, poiém, não .se realizam tão bel las perspectivas, quiçá não longínquas, façamos alguma cou.sa de serio e modelar, que contribua para firmar de vez os créditos das novas institutições agronómicas que, a medo, .«e tentam levantar, neste feliz momento de nossa evolução administrativa e .social. Creio que, devido á feliz circumstancia de possuirmos na zona intertropical elevados altiplanos ao lado de baixas planícies, fácil se torna encontrar em pequena distancia regiões de clima tórrido perto de outras de brandíssima temperatura. Assim .sendo, a solução do problema estará na escolha de um local que reúna as condições aqui figuradas. Essas felizes condições temol-as ao nos.so alcance, entre as bellas planícies da « Baixada » Huminen.se e os planaltos formados em vários pontos da Serra do Mar. Exemplifiquemos. O Governo Federal tem os elementos precisos para a creação do « Instituto Federal de Agronomia e Veterinária »■• 6405 4 SOr.lKDADE NACIONAL DK AGRICULTURA enlrc as terras altas da aprazível Theresopolis e as ubérrimas pla- nícies da histórica fazenda nacional de Santa Cruz, a cerca de uma hora desta Capital. Aqui nesta l)ella propriedade da Nação nada falta para o íim collimado : as ten^as são planas, ferazes, mansas e irri- gáveis em toda a sua extensão ; a sede da fazenda — o palácio — é um casarão de solida construcção, com capacidade de sobra para todas as dependências do mais amplo instituto agronómico que se tente crear. Gri^non e Holienheim fariam modesta figura ao lado de Santa Cruz, comnamplidão e p3r.sp9cliva ! Não é só isto, outros requisitos se congregam para fazerem da antiga fazenda real de Santa Cruz o mais grandioso instituto agro- nómico que se possa idealizar. A circumstancia de existir alli em Santa Cruzo matadouro do gado com que se abastece a nossa Capital concorre para que haja no local todo o estrume preciso para a adubação das lavouras do almejado instituto. Nos campos de Santa Ci-uz, dada a realização da hypolhe«e que vimos figurando, cresceriam a seringueira, o cacaueiro, a can na de as- sacar, o algodão, o milho, o arroz, a mandioca, os pastos, os cereaes e todas as plantas cultiváveis do clima tropical. Nas elevações de There.sopolis cultivar-se-iam as essências flores- taes dos climas frios, o ti-igo, o linho, as fructas européas, as hortali- ças, etc, etc. Portanto, estabelecido o «Instituto Federal de Agronomia e Vete- rinária » na fazenda nacional de Santa Cruz, facílimo .«;eria aos professores e alumnos acompanharem in situ as culturas executadas alli e em Theresopolis. E assim, sem grande esforço, e antes com aprazi- menlo, os aluinnos do Insliluto liabilitar-se-iam em todas as culturas, desde as da zona tórrida até as da zona bi-andamente temperada. Si a.ssim acontecer, o « Instituto Federal de Agronomia e Vete- rinária do Hío de Janeiro » ficará sendo em seu género um estaliele- cimento .sem lival. Gosará em breve lapso de tempo de invejável renome mundial ; .será um sitio de eleição para passearmos os nossos hospedes de distincção, tal qual já hoje acontece com o Jai-dim Botânico da Capital. Devido ao facto de Santa Cruz e Theresopolis se acharem nas immediações do Rio de .laneiro, o ensino ministrado pelo Instituto será mais completo, attenta a facilidade que terão os alumnos de frequentar as fabi'icas, officinas, nm.seus e tantas outras instituições interessantes para quem .se destine ao exercício da veterinária e á pratica das industrias agrícola esuas derivadas. A LAVOURA 245 Os institutos de ensino agrícola já não se isolam nas solidões dos campos, como iia um século costumava acontecer. Hoje em dia elles disputam Ingar nos ampliitlieatros das universidades, ao lado das de- mais faculdades de que estas se compõem, pois só nos grandes centros dotados dos apparelhos com que a sciencia faz luz, só ahi é que a agro- nomia pôde pesquizar e desvendar os mysterios que impedem o progresso da agricultura. \os laboratórios e no campo é onde a agronomia faz suas pesquizas. Não somos dos que descrêem e negam puras intenções aos nossos dirigentes. Queremos antes crer que estes só almejam acertar, por um justo e nobre orgulho pessoal e pelo ardente desejo de contri- buir para a grandeza desse sacro torrão que lodos nós estremecemos acima de ijualquer Dutro sentimento; por isso, sempre que vimos a publico pela imprensa, o fazemos convictos de merecer sympathico acolhimento poi- parte daquelles a quem mais directamente nos dirigimos. Não é de hoje que meditamos sobi-e o assumpto que vimos de expor e, quanto mais o pesamos, mais nos convencemos da justeza das nossas razões ; devemos, portanto, estar com a verdade, quando preconizamos a fundação do « Instituto Federal de Agronomia e Veterinária i, segundo os traços geraes que deixamos esboçados. í Feci quid potui » . . . A. Gomes Carmo. Os cactos sem espinhos Uma das mais interessantes conquistas jjolanicas de L. Burbank, o celebre «bruxo da Califórnia» como alguns lhe chamam, é o cacto sem espinhos. Agora que esta nova variedade de planta está em vésperas de sediffundir pelo mundo inteiro, será opportuno resumir para os leitores o artigo realmente notável queE. Osthans publica a este respeito no perindico allemão Uber Laiid und Meer : «O trabalho da civilização» do «cacton foi iniciado por Luther Bur- bank ha doze annos e conduzido através de um longo processo de se- lecção e de uma importante serie de cruzamentos até o ponto de obter aquella admirável '(Opancia Burbank» que parece destinada a pruduzir na agricultura e na criação do gado uma verdadeira, grande e benéfica revolução. ?m SOCIEDADK NACIONAL DE AGRICULTURA A cultura dos cactos sem espinhos foi feita até agora naqueila afa- mada estação experimental de Santa Rosa na Califórnia, do qual provêem a ameixa sem caroço, o fructo res\iilante do ci^uzamento da ameixa e do alperce «plumcot» e tantas plantas e ílor&s maravi I hosas ; e poude ad- quirir-um limitado numero de exemplares, pagando-os á razão de mil dollars cada um, só uma sociedade agrícola da Austrália. « A única concessionaria da cultura é a «Tliornless Cactus l'ai'ning Gompany» de Índio (Calilornia) que foi fundada pelo próprio Burbank, o ipial lhe concedeu todos os direitos sobre a preciosa planta, com a con- dição de cuidar do seu desenvolvimento e da sua diffusão » . Esla sociedade começará a vender os cactos sem espinhos na prima- vera de t90'J, e ha já tantas encommondas que se calcula não poder ella satisfazer lodosos pedidos ant&s de um prazo de dez annos. Estes pedidos teem vindo de todos os paizes do mundo. Graças, porem, á extraoiTlinaria facilidade com que as plantas se i^eproduzem, é de esperar que terão attingido entretanto uma larga diffusão. Vejamos agora qual é a producção eo valor nutritivo do celebre cacto. « O crescimento da «opuncia Burbank» é de tal oi-dem que faz jtasmar : uma folha plantada no terreno mais árido e abandonada a si mesma sem rega ou outros cuidados já se encontra ao cabo de ti'es se- manas com rebentos e flores. 4 Experimentou-se plantar folhas que, tendo ficado durante sema- nas fora da terra e expostas ao sol, estavam completamente re'=equidas ; e ainda assim germinai'am . « Em todo o mundo vegetal não se encontra nada semelhante. Gomo forragem, o cacto sem espinhos apresenta qualidades que o tornam digno da máxima attenção: o gado grosso come-o com ver- dadeira avidez, porque encontra reunidas nelle comida e bebida, e porque contém uma grande porcentagem de saes orgânicos que são infinitamente melhores para a digestão do que as saes mi- neraes. Para os gallinaceos a «opuncia Burbank» é uma iguaria agra- dável e pôde também empregar-se vantajosamente para engordar a criação. Além de possuir certas qualidades therapeuticas, a nova planta é também um alimento agradável para o homem. Burbank e os seus assistentes, que provaram os fructos desle cacto, quei' eriís, quer fritos, (juer em salada, asseguram que são muitissimo gostosos. CULTURA DO SR . BURBANK — CALIFÓRNIA Cactus sem espinhos forrageiro Cactus sem espinhos com fructos A LAVOURA S'47 «Para fazer um campo de opuiicias Burbaiik» é plantar as fo- lhas com urr intervallo de cerca de um metro, em carreiras distantes uma da outra cerca de metro e meio. Obtem-se por esta forma a cifra redonda de 2.500 plantas por acre (isto é, -il centenares), as quaes fornecem no terceiro anno, si se encontrarem em condições favoráveis, uma coUieita de 400 tone- ladas ! As experiências feitas até agora em escala bastante larga de- monstraram que, em condições normaes, quer dizer, em terrenos onde não falte a chuva ou que sejam irrigados por qualquer fornia, a colheita por «acre» é de 10) a 150 toneladas no priineii'0 anno, de 175 a 200 no segundo e de 220 a 300 no terceiro anno. Em terrenos completamente seccos oblem-se ainda de 50 a 75 toneladas por anno.» Estas quantidades foram indicadas ao autor do artigo da revista allemã como muito prováveis, pelo primeiro assistente de Burbank, o Dr. T. N. Doud, para o cultivo do cacto no sul da Allemanha. Resta, pois, só indicar os preços da valiosa planta que está des- tinada a revolucionar o mundo. «Os preços pelos quaes se pagarão na próxima primavera as plantas da «opuncia Burbank» podem parecer exaggeradosá primeira vista. De uma a três plantas 5 dollars cada uma ; até dez plantas 3 dollars 50; até vinte e cinco plantas 3 dollars; de cincoenta a mil 2 dollars. Quando se pensa, porém, nas vantagens do cacto sem espinhos, na abundância das colheitas, no pouco trabalho que dá a sua cul- tura, é de suppor que nenhum paiz deixará de fazer uma experiência que poderá ser tão lucrativa.» (De O Século de 27—9—909.), Borracha ds Maniçoba EXPERIÊNCIA DE COLHEITA DE BORRACHA EM MANIIIOT GLAZIOVII, NO CAMPO DE UERE E NO POSTO DE BAMBIU (OISTRICTO DE UELe) (1) Ensinamentos mui interessantes acerca das experiências de ex- tracção de látex, praticadas em Mauihot Glaziovii, cultivadas nos dous postos do districto de Uele, acabam de chegar á administração central. (t) Commimicado pelo Serviço de Agricultura. 2ÍS SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA No campo de Uere as experiências foram levadas a efTeilo em doze exemplares do 6 1/2 annos ; o quadro n . 1 dá os rendimentos fornecidos por cada um delles A producção média por arvore é de cerca de 126 grammas de borracha fresca, em linco galaclomias (sangrias). Este resultado é menos salisfaclorio do que o obtido em Bambiii, de que falaremos mais adeante. As arvores submeltidas a experiência são no emlanlo muito vigo- rosas ; a causa desse rendimento menor do que em Bambiii é provavel- mente attribuivel á estação em que essas galaclomias foram feitas e ao estado vegetativo das arvores. Deix3is de ter-se feilo uma incisão inicial, recorreu-seú excitação, mas o lalex corria pouco abundante. O pontilhado não deu resultado algum nos indivíduos sob ns. 1 e 8 ; nas outras arvores o rendimento foi muito escasso. Esla ultima operação foi praticada com auxilio de uma roseta ; é um objecto de fácil manejo e que não offercce perigo para a arvore. Todas as incisões foram feitas entre G e 8 horas da manhã. Uma parte do lalex foi coagiiladado por meio de repouso; para a outra parte foi preciso recorrer aos ai-idos, [orque, depois de 24 horas de repouso, esse látex não se havia ainda coagulado. Xo posto de Bambiii, as experiências foram feitas em 12 Manihot Glaziovii de G annos de idade. Multo embora o solo no qual estas arvores estão plantadas não seja muito fértil, os rendimentos em borracha fresca são muito mais ele- vados do que os obtidos no campo de Uere . Com effeito, a producção média por arvore é de cerca de 255 gram- mas de borracha fresca em G sangrias, o dobro da do Manihot de Uere. O quadro n. 2 assignala as quantidades fornecidas diariamente por cada uma das arvores tratadas. As sangrias foram feitas entre G e 8 horas da manhã, e de dous em dous dias. As incisões iniciaes tiveram logar em tempo chuvoso. E' interes- sante assignalar-se que o rendimento mais importante, em uma única sangria, foi de 1G9 grammas de torracha fresca. A primeira operação de excitação elTectuou-se dous dias apJs a jiri- meira incisão; o tempT era claro. A segunda, que leve logar em tempo nublado, mostrou pobreza em látex (vide n . 10). Os ns. 2 e 1 1 deixam tamliem muito a desejar : muitas cellulas des- providas de látex , mas as arvores não teem o aspecto de depauperamento. A LAVOURA 2i9 As 3" e 4' operações de excitação foram feitas por um espaço de tempo muito curto. As arvores assim tratadas não tendo sido san- gradas anteriormente, as incisijes não foram muito amplas afim de que podessem cicatrizar com lentidão. A colheita foi satisfactnria, e si o estado das plantas o permittir dentro de 6 mezes, esses Manihot Gia- ziovii serão novamente incizados. Para este fim, estas arvores foram marcadas, e numerados outros exemplares da mesma plantação em numero de doze que serão suJjmet- tidos a experiências de extracção de látex em três mezes ; o que per- mittirá aferir a estação mais propicia para o escoamento do látex. Climatologia Obsarvações mêteoroloÊÍeas feitos em Kambove ( Alt:-Kitanja ) dufantj o anno de 1908 — médias das observações do anno MEZES CHUVAS MÍNIMA 12 h. MÁXIMA IS h. -MÉDIA CHUVAS Janeiro 17 15.7 21.2 27.0 19. i; 21.0 4.0 Fevereiro li;.4 15.7 22. s 2.1.0 19.2 21,1 8.5 Março íG.r. 15. 0 2:!, 7 29 21.4 22.3 1.S2 Abril 17.3 1-i.O 25.1 28.3 20.8 21.0 4.8 13. í 12 111.9 9.0 23.4 23.9 22.3 20.3 27 25 20.1 211.2 19 19.2 18.9 17.3 12 Jalho lO.S — Agosto 11.2 12.9 25.0 29.1 s2.2 21 - Sítembro 17.1 15 29.4 31.9 25.5 23.5 - Outubro, 19.5 IS 15.2 28.5 25.3 30.5 27.7 24.5 20.0 24.2 22 5.0 Novembro IS.-i 0.07 Dezembro 10.4 15. S 23.4 20.3 20.3 21 9.95 Média diária (\f todo o anno. 15.7 14.3 24.8 27.9 21.1 21.1 3.44 As temperaturas são expressas em centígrados e as alturas da chuva em millimetros. Resulta deste quadro: Que a chuva total da agua por anno foi de: 3,4 i X -^^ô ^= i°',259 de onde approximadaraente 1 1/4 ; 250 SOCIEDADE N.\C[ON\L DE AGR1CULTUR.\ Que a temperatura média máxima fii de 28 O, a média minima das noilesde li. 3 ea temperatura diária para todo oanuode21.1 ; o que demonstra de '^oljejoqu3 o clima do .\llo Katan^^a mio é realmente um clima tropical, bera eoraoKambove, onde estas obsorvaçues .são assigna- iadas a menos de 11° de latitude do Sul . (S) Bertholet. Quadr: comparativo das altnras de agua em milUmetros cabida durante as estações chuvosas de 1903 a 1308 MEZES * 1903-1904 1904-19 5 1905-1906 1906-1907 1907-1908 Soteuihro 82.9 12S.3 2(13.9 .340.9 280. -í 115.1 60. r, 81.3 134.1 29>.9 238.0 188.2 li7.3 9.7 19. li 11.9 10.7 273.0 290.8 271.0 171.6 272.0 322,1 19.3 1U5.7 112.5 248.6 174.2 149.9 121.7 243.8 18 Outuf)i'o NoveniIiF'' 4-.6 192.0 239 Janeiro Fevereiro Março * . . \bril 143 245.2 56.6 145.3 ^[aio .'uIdo., * Toloe^ 1.272.0 1.115.1 1.333.2 1.177.5 1.0i'.8.7 Do Boletim Ojfficial do Congo Belga. OVSVT -novOD aa oaore , , a a '- 3 ^ a «1 - o o u ^ o gj J u O u E^ O 3 Z i£ á " -. a O 5í H Pi 6405 A LAVOURA 251 sopioB 9p oijixnE 8 osnod. y tj-llJ !•■* -^ ■; o lo — t>; o --o Ci 'T "i- ^ ; " ^ " =! t?3 CS «D m ^ ►rt -é^ «a ^ C3» s » ■ ,^ P. ' o> o o O rt (£ ^^ (.V t.M c^ -*^ ^N -tí 1 I 1 1 1 to MCi ~ »* «o S3 ,- f- _ .- Í« ** / CO re i"^ •«-1 c< CO -^ ■^ r- *> CO o Cs .2 S.-' (N 4Í- CO CO -^ ia t- •w< CO ■^ ^ CO ^•„ (» c^ Oí f>t Hí , ,, O o i^ CO -o i::» ir3 lO CO ** CO •c (N -a 0 c^< 03 C- Oí o <-j:> (» 00 _ o 00 CO 4N cc Si<- uO v> 00 CO ■*r o a -í C^ CO •" 3Ç 22 Se^ CO Cl J H Bi «5 HORTO DA PENHA Cultura de inhame % Piteiral Fig:ueira) Outro aspecto do Hg-ueiral A LAVOURA 253 EXPEDIENTE HOIiTO I>A. PENHA. Viagem — A viagem se fez tomando o trem na Central, até a estação do S. Irancisco, onde se baldea para a ieojjoWma (linha do norte), estação da Penha. O trajecto férreo é de 40 minutos. A importância da passagem é de 1$300, ida e volta, primeira classe. A conducção da Penha ao Horto é feita em carro, troly ou a cavallo, á von- tade dos visitantes e conforme o numero delles. O transporte é grátis e leva apenas !0 minutos. Os pedidos de conducção devem ser feitos, pessoalmente, por carta ou telc- gramma, a esta Sociedade, rua da Alfandega n. 108, ou ao Dr. Paulino Cavalcanti, Superintendente do Horto, estação da Penha. Horário dos trens — E' o seguinte: Manha— 3 — 45,4 — 0,5— 15,6 — 10,6—40,7 — 45,8— 35,8 — 55,9—30,10 — 6 30,11 — 40. Tarde— 12 — 40, 1 e 3 — 40 . Para a volta, correm, continuamente, trens em correspondência com os dos subúrbios e expressos da Central. Os serviços feitos durante o corrente mez, no Horto, foram os seguintes: CowíífMCfões'- Abertura de um caminho, para facilitar a retirada das mudas dos viveiros, para a distribuição aos sócios desta Sociedade. No referido caminho foi construída uma ponte. Plantações — Foram feitas, as das forragens:— aspergula, que nasceu muito bera, chique-chique, carrapicho beiço de boi e capins massambará, e guiné. Fez-se uma plantação de bananeiras, CoWeíías— Procedeu-se á colheita do girasol, que foi boa e está se Snalízaado a do trigo. Diversos trabalhos — Continua em execução a enxertia nas laranjeiras. Está preparada a terra para a plantação do milho, arroz, etc, aguardando-se as primeiras chuvas para serem então lançadas á terra as sementes destes cereaes e diversas de outras plantas. Foi plantado o Cactus Burhank . Lutero Burhank, o ereador do cactus sem espinho, dotou a industria pecuária de uma forragem que vaio habilitar as mais estéreis regiões a se tornarem pastoris. De facto, o hurbonk, parecendo viver mais do ar que da terra, resiste ás maiores seccas e produz nos terrenos mais pobres. Portence á categoria das fontes vegetaes, de í>aint-HiIaire. Actualmente 6 incalculável a riqueza que esta planta produzirá ; entretanto para termos uma ligeira idéa do seu valor, basta nos lembrarmos da applicação qua ella vae ter uos nossos Estados do Norte, nas zonas flagelladas pelas seccas e 2>i SOCIEDADE NACIONAL DK AOaiCULTURA onde o ga io encontra, nessas occasiões, para correr, aienas, «imhntlorias do tniTíio, opunuas de palmas, diraiautas, diabolicamente erriçuias de espinhos, com o vivo carmim das coihonillias que alimentam. > Os &ríyes— EUCLYDE8 DA ClMlA. Estão plantadas a^ amoreiras iiara ser iniciada, npportiinamente, a sericicul- tura . O estado geral aas culturas, apezar da secca, é Irom. Estão, porém, masniflcos:— o vinhedo, o flguoiral, o laranjal, o pituiral e o inhamal. Pelas domais secções do Horto tudo correu normalmente. Na Pocilga nasceram seis leitões 3/4 de sangue, cruzamento de Paland-Chiua com 1/2 sangue Yorkshire. No GiiUinheiro. a incubadora chocou cincoenta e sois pintos. Aprcndiiado a^nco/a— Matriculou-S(3 mais um alumno, vindo do Estado do Espirito Santo. O Aprindizado conta aprendizes naturaes dos Estados do Rio, Minas e Piauhy . Completou o cur.so de enxertador o arador um discípulo, ao qual foi dado o respectivo diploma de h.ibilitayão. Ví.siías— Visitaram u Horto os Dr.s. Wenceslão Bello, Souza Reis e Sylvio Rangel o Dário de Barros. SETEMBRO DE 1909 Correspondência expedida: Cartas • 250 Telegrammas 19 Otflcios ao governo 5 > particuhres 8 Boletim «A Lavoura» 3.250 circulares l.i*8'l Diplomas 73 Distinctivos 21 4.678 Correspondência rccísbiila: Cartas 553 Circulares "-'5 Ollicios do govorno 8 OlHcios particulares. . . . • , . • 5 Telegrammas 18 609 I^nxerti;! das laranjeiras 4k- - sssy ^1.. ^^^Skk m^ síe^^^ ^Jn^^pI ■K .i^m^. M' f^^y^^^ ' ^j*' >a^^^^P»^jiIk7', ^ .vJFv ^riwtfBSyBM r'"a "T* j-r^ '^R •' A-*^ ^3!i!r^:' 9n^< ' -^wEÉaK-^f^W ^Éí^^ J^^ -Ml ^r-í ^- - ■ .-ímg--^.^^^í^'^(^, ™ ^^^M. ' ^R^I^LV-. j^^^^^^^^H &, - ', flMP^^^*^'^ifnr^Brw* jP ..- • •":., {^JÊÊSatti^má ^.,:/' . -^•..,-:^.r.£ i^amn -/í^^ 5<^-jl^-; -'• í^i^l '^"'":*1 u . ' . .*~ ':-^SiBH yj. 'y^^^^^^^H . K . * ' -^^ ' ^«^1^1 ■ 4» -'.c "'''''' "^^ '^i^S^^H ,^l ♦ jv^^^^H '*'' ^^^1 ^^^^^^^^^^^^^H ^^^neHg$^^|^^ ^fli Um canteiro de couve Plantação de cactiis — Burbank, sem espinhos Gado de trabalho no pasto Ciado para corte do matadouro da Penlia A LAVOURA 255 A. Exposição de JBello Horizonte— O Sr. Dr. Wencesláo Bello, Presidente da Sociedade Nacional du Agricultura, recebeu doExrao. Sr. Dr. Juscelino Barbosa, Secretario da Directoria de Agricultura, Commercio Terras e Colonização, a seguinte carta: Belio Horizonte, 25 de setembro de 1900. — Exmo. Sr. Dr. Wencesláo Bello, digno Presidente da Sociedade Nacional de Agricultura— Em nome do Governo deste Estado, venlio agradecer a V. Ex. a honrosa visita que se dignou fazer á Exposição Agro-pecuaria que so acaba de realizar nesta Capital, bem como o valioso auxilio que com grande competência prestou á Commissão Directora daquella oertamen no julgamento dos productos da secção pecuária. Saúdo e fraternidade.— O Secretario das Finanças, Juscelino Barbosa. Visita, honroso, — No dia 8 deste mez honrou esta Sociedade com a sua presença o nusso amigo c. consócio Sr. Luiz Bueiio do Miranda, que en- treteve agradável palestra cora o Dr. Heitor de Sá, director da Secção Technica. O Sex-icicultoi- — O bem feito periódico que com o titulo acima se publica na cidade de Barbacen a sob a direcção do illustre Sr. Amilcar Savassi, era a sua edição de 22 de ag^osto do anno actual, poz de manifesto ura artigo cora a epigraphe «Gravíssimo», no qual se tornava siilionte uma certa irregularidade occorrida na «Colónia Rodri^'o Silva», e a cuja responsabilidade queria ligar a so- ciedade Nacional de Agricultura . Appellando para o Dr. Wencesláo Bello, digno presidente da alludidaí sccie- dade, afim de que tornasse esclarecido o facto, olle immediatarnon te endereçou ao Ulmo. Sr. Amilcar Savassi uma louga carta onde a luz se fazia cora toda evidencia nos pontos por elle apresentados como duvidosos, por muito sombrios ou escuros. E assim é que na edição de 3 do outubro do seu apreciado jornal lê-se o se- guinte, que transcrevemos com a devida vénia: « Gravíssimo A respeito do assumpto de que nos occupámos sob o titulo supra, em números passados, recebemos da Sociedade Nacional de Agricultura uma longa carta, que por falta de espaço deixamos do publicar. Pela leitura, entretanto, do importante documento verificase que aquella patriótica associação procedeu, naquella emergência o, como sempre, com a maior correcção possível, não Ite cabendo nenhuma responsabilidade no despacho das 1.50 caixas de batatas. E com isso damos por encerrado o incidente.» Foi-necimentos a.os sócios — Tirando partido de seu caracter de associação já prestigiada com cerca de 3.000 sccios, r. Sucifíladc, do intuito parti- cular de demonstrar a utilidade e o mecanismo dos syndicatos agrícolas, cmpre- hendeu favorecer os seus sócios com o supprimento de pcneros estrangeiros e nacio- naes a preços mais reduzidos do que os do commercio a varejo. 256 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Com esse propósito e valendo-se dos favores aduaneiros que a lei confere ao SynJicato Central dos Agricultores do Brazil, tem fornecido arame farpado e re- spectivos grampos. Além disso e mediante contractos especiaos. tom fornecido, a preços redazidos, o formicida Paschoal, o alcoul o inacliinas agrícolas. Revendo todos os seus contractos e fazendo outros que começam agora a vigo- rar, a Sociedade está iiabilitaJa a fornecer aramo farpado e respectivos grampos, enxadas, machiaas agrícolas, álcool, formicida, colmeias nas condições que passa- mos a indicar: ARAME FAKPADQ Rolo de 26 kilos com 1 60 metros de flo a 6$880 Rolo de 40 kilos com 40i metros de fio a 10$i'>80 Grampos para os mesmos, o kiJo a $360 ENXADAS BEM CALÇADAS DE AÇO De 2 libras l,i;420 i$270 De 2»/, libras 1$520 1$:370 De 3 libras 1$630 1$530 De 3 V, libras 1$780 1$630 De 4 libras 1$930 1$730 FOICES Ns. 1, 2, 3, 4, 5,6, 8, 9, 10, 11, 12, aos preços respectivamente de: $600, $670, $730, $810, $890, 1$000, 1$130, 1$300, 1|500, 1$600, 1$S00. SALOXO Um preparado de sal e peróxido de ferro, próprio para aliraentfição do £rado, é económico o asseiado por ser em tijolos do 5 a lu kilos. nfiu stijamlo as baias ou logaros (imlesão collocados e sem despordicio. Preçj 200 réis o kilo, com ~> "/., de abatimento. MACHINAS agrícolas Dos ppiucipaos fabricantes, com abatimento de 5 a 10 % sobre os respectivos cattlojjs 3 transporte gratuito nas estradas de ferro. ÁLCOOL De força de 40°, em latas de 18 litros, pelo preço das Tendas em pipa, o que corresponde a uma reducção de cerca de 10 7o- SULFATO DB COBRE Para tratamento de plantas ao preço de kilo $650 A LAVOURA 257 FORMICIDA Pasckoal: Latas contendo 4 litros 4$100 Caixa cora 4 latas 16$400 Schomaker: Botija contendo 1 1/2 litro 3$700 Caixa com 6 botijas 22$000 COLMEIAS Com os mais modernos aperfeiçoamentos pelo preço de 15$000 CREOLINA A mais reputada das cresolinas de fabricação nacional denominada Cresolina Werneck, cora uma economia do 20 °/o sobre os preços do mercado, custando cada lata com um litro 1$200 lacticínios Installações completas para industria de lacticínios pela Casa Hopkins Causer & Hcpkins, com abatimenio médio de 5 %• Para gosar destas vantagens o interessado deverá satisfazer as seguintes con- dições : 1', ser sócio quite da Sociedade Nacional de Agricultura ; 2*, ser agricultor, apresentando disso provas bastantes a juizo da Directoria da Sociedade ; 3\ formular o pedido directamente á Sociedade e por escripto; 4», pedir somente para o seu próprio consumo, indicando o nome e a situação da propriedade a que destina o emprego do producto ; 5', enviar á Sociedade, juntamente com o pedido, a sua importância, ou uma oniem para seu pagamento contra casa comraercial ou bancaria com sôde na Capi- tal Federal. Hslação dos sócios entrados nos mezss de julho e agosto de 1909 Tenente-coronel Caso,miro Rodrigues de Alm-jida. Joaquim Dutra. José Camillo da Costa. Padre António Ayres de Mello. Coronel António Martins Ribeiro. Coronel Joaquim António dos Santos. Coronel Delbão Francisco Rodrigues. Dr. João SUva. 2S8 SOaEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Pedro Veiga de Almeida. António Horgcs Machado. João José (las Neves. James Frederick Clark. José Fortes CastoUo Branco. Fernando Carvalho de Almeida. Cinabilino Feri'eira de Carvalho. Theophilo Marques Filho. Francisco Pacheco. Virgílio Fernandes de I^aula. António Lope.s Pinheiro. António Pires Eustachio. Ignacio Pires Eustachio. Gastão Machado Nunes. Pedro Rodrigues de Rezende Chaves. Coronel Virgílio Viaima. Dr. José Hygino da silveira. José Joaquim de Souza Aragão. José Carlos Vaz. Coronel .Salathiel Faria Lobato Júnior. Tenente José Hygino de Rezende. Rufiuo da Silva Cardoso. Luia Aflbnso de Souza Gomes. Primeiro tenente Dr. Mário Alves Ferreira. Leonardo António de Freitas. Arlindo Zaroni. António Pedro Ribeiro. Ignacio Bahia Filho. Estevão da Silva Leite. Instituto João Pinheiro. Dr. Manoel da Cruz RoUenberg. Rajmundo Mascarenhas Barbosa. José Pinto de Mascarenhas. Capitão António de Pádua Pinto de Rezende. Álvaro Freií-e Braga. José Domingos de Almeida. Dr. Sérgio Tolentino de Paiva Moira. Companhia dos Fazendeiros de S. Paulo. Dr. Reynaldo Joaquim Ribeiro de Carvalho. Dr. Fernando Abbott. Coronel Leandro Prates. Tenente-coronel Custodio Vicente Machado. Pedro Bezerra da Rocha Moraes . Cândido José de Oliveira. António Rodrigues de Moraes Júnior. D. Helena Nogueira da Silva Moraes, Francisco Gomes da Cruz Júnior. A LAVOURA 259 Braulio Cardoso de Aguiar. Joaquim Mondes Pereira. Dr. I^edro Marion. Dr. Isaias Pereira Soares. José Lourenço Rodrigues. António Thomaz Barbosa. Coronel Joaquim Augusto da Silva. Capitão Manoel Feliz do Azevedo. Tenente João Pedro da Silveira Júnior. Dr. José Mariano Filho. Coronel António Homem da Costa . Dr. Cândido Mendes de Almeida. Capitão José Christiano do Prado. Custodio Estevão Casemiro. Olympio Oliveira Leito. António Oliveira Leite Júnior. José Gonçalves Cannavei'de. Plinio Lima. Coronel João Corrêa Prado. Durval do Araiijo. Joaquim Afifonso. Firmino Garcia. Luiz (la Fonseca. Francisco Ferreira Yelloso. António de Souza Villa Lobos. Coronel Marcondes Alves de Souza. Reynaldo Souto Machado. João Felício Fernandes. Alexandre Soares Diniz. Cândido Pereira da Silva. Coronel José Francisco Ribeiro de Mendonça. António Pantaleão de Mello. Tlieophilo Coelho de Magalhães. Francisco Dias do Castro Sobrinho. Francisco de Azevedo. .José Procopio Junqueira. José Evaristo Tavares Paes. Gabriel Rodrigues de Rezende. Abner Coelho dos Santos. Francisco de Souza Silva Braga. Vicente de Miranda Noguoira. Major Alfredo Eugénio Toste.s. Jeronymo José Salgado Guimarães. Coronel João Baptista Gonçalves de Oliveira, Villela & Irmão. Dr. José de Paiva Magalhães Calvet. Joaquim Ribeiro de Souza. 6405 260 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Jacintho Pinto de Lima Júnior. Vicente F. do Carvalho Dantas. Miguel Pereira Guimarães. António Alves Ferreira. Alberto Amorim. Capitão João Gonçalves Ramos. José Mesquita. Jacinthii Pereira da Rosa. Ulysses Borges. João José dos Santos. Dorotheu José de Mello. Armando Miranda. Theophilo Silveira. Francisco Eulalio Mendes. José Francisco Rodri.çues. Custodio Theodoro Ribeiro do Carvalho. Capitão de corveta Francisco Paim Pamplona. Joaquim Fernandes Villela. Feliciano José da Costa. José Guilherme de Almeida. Coronel Amado Bahia. Coronel Rodolpho Gonçalves Tourinho. José de .Souza Mello. Coronel Adolpho do Carvalho Gomes. António de Souza Antunes. SECÇA.O TEOHIVIOA. Ctxltiura. do trig-o — Do Sr. cónego António Marques Henriques, vigário da «Apparocida do Xorte» (Estado de S. Paulo), recebeu esta Socielade, uma amável carta, na qual o lUusire sacerdote so dignou commuuicar o resul- tado que obteve com a experiência que fez sobre a cultura do trigo naquella cidade. S. S. semeou em 170 metros de terreno. O ti-igal, segundo os dizeres da referida missiva, passou bem o cyclo vegeta- tivo, espigou perfeitamente, tondo algumas espigas quatro grãos em cada capsula, segundo verificámos pela amostra que recebemos. O Sr. cónego Henriques pretende ensaiar, no próximo anno, a cultura do trigo nas margens do Parahyba e apezar de não ter analysado as terras margi- uaes do referido rio, considora-as, entretanto, boas para aquella cultura, por estarem enriquecidas pelas enchentes annuaes. Agradecemos a S. S. a gentileza da communicação e approveitamos o ensejo para informar que o Ministério da Agricultura está autorizado a distribuir aos syndicatos e cooperativas que cultivarem duzentos hectares de trigo um premio de quinze contos de réis, realizadas certas condições que ainda não foram regula- mentadas A LAVOURA 261 Federação Rural fie Mionte-vidéo — Esta Federação oíflciou gentilmente á nossa Sociedade, congratulando se comnosco pelo estreitamento de relações entro esta Sociedade e as suas congéneres do bello paiz, nosso amigo — o Mruguay. Do nossa parte, com prazer o dedicação, envidaremos todos os esforços para que esse vinculo se aperto cada vez mais . Agradecemos, penhorados, as amáveis e lionrosas phrases que Dom Ramon E. Silveira, DD. Vice-Presidente da Federação de Montevideo, se dignou externar, referindo-se á «A Lavoura>. SEOÇÃ.O DO AJLíGOOXj APPLICAÇÕES INDUSTRIAES DO ÁLCOOL Movimento do serviço de propaganda no 3° trimestre de julho a setembro de 1909 Julho . Agosto . Setembro. Capital (centro) . » (arrabalde) > (sabarbio) Nictheroy . . . Capital (arrabalde) » (sabarbio) Estaâo do Rio . Capital (centro) . > (arrabalde) Ilha (Paquetá) . NUMERO DB 8BRVIÇ03 21 NUMERO >B APPA- RBLHOS 3 10 11 3 15 2 10 18 7 15 DURAÇÃO POR NOITBS 1 3 4 1 3 U 3 O 4 £ O consatno do álcool nos diTers os serviços da iUuininaçao foi do l*0õ4 litros. 262 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA SECÇ^VO DE PLANTAS E SEMENTES Distribuição de plantas e sementes feita no mez de setembro de 1909 ESPEOiriCAÇAO Sementes Abóbora Acelga Alfafa Algodão Arroz Aveia Avena platior Beterraba forrageira . . . . Capim g^orilura. roxo . . . . Capim Jaraguá Cebola Cenoura forrageira Centeio Cevada Dactylis glomerata Dolichos Esparsetta Eucalyptua Festuca Famo Holcns . . . ' Juta Lacthyrns sylvestris Lolínm (Ray erass) Lúpulo Maniçoba Jequié Melancia Melão UNIDADES PBS08 k 2,747 - 11,000 — 2G7,000 - 45;, 000 — i3o9,000 - 31.500 - 7,600 — 14,850 — 1.918,000 - 1.969,000 - 5,11.^) - 14,06(1 - 30,000 - 2,000 - 4.300 — 4,100 — 8,, «00 — 1,091 - 2.06Õ - 0,09.-. — 5,7ii(i - 3,orx) — 3,400 — 2i.r,:-o - 0,010 - 22,200 — 2.1U.- — 2,285 A LAVOURA 263 ESPECIFICAÇÃO Milho Macnnã Phleum praiense Pimentão doce Poa tfivialis í^arraceno Serradella Sori:ho Sulla Tlieosint'j Tomate Trigo Viscia sativa Plantas Arvores fructiferag de clima frio . . . . Bacellos de videira Raizes de Consolidas do Cáucaso (Symphyluiii) UNIDADES PESOS k 261,850 - 64,600 - 2,100 — 1,320 - 1,320 — 1,000 - 5,700 - 14,450 - 14,OU0 - 5,700 - l,;t57 - 970,250 — 18,400 12 38. «69 - 540 - 39.421 6.787,670 80 27 17 53 12 1 19 21 19 9 81 44 13 1 102 13 1.769 BIJBLIOTHECA. PtJBLlCAÇÕES PERIOtICAa Temos recebido mais as seguintes, com as quaes de bom grado entreteremos permuta: The Journal oflhe Departuienl of Agriculture of Viciaria. — Vol. VII, n. 8. Journal of the Collei/e of Agriculture, ^\ihlica.<^o da Universidade Imperial de Tokyo.— V. I, ns. 1 e .i. Wyoming Experiment Station. — Boletins 81 e 82. New Jersuij Ai/ricultural Experiment Stxlion. — Boletins 220 e 221 . Conlribulioní! from the United States National Herbariura. — Vol. XII, part. 10 — ■ Miscellaaeous papers— por .1. N, Rose, N. L. Britton, John M. Coulter c G, N. Collins ; Vol, Xlll, part. 1 .— Studies of Tropical American Ferns— por V/illiam R, Maxoii . 264 SOCÍEDAOE NACIONAL DE AGRICULTURA El Mundo de Eoy, de Chicago.— N. do junho ào 1009. Boletin dei Ministério de Fomento, da Republica do Venezuela. — Anno I, n. 1 . Latina, revista mensal de propaganda para os povos latinos, que se publica em Paris. — Anno I, n. 1. Agricultura Moderna, periódico que ora inicia sua publicação na cidade do Porto (Portugal).— Anno I, n. 1. O Solo, órgão do Centro Agrícola «Luiz de Queiroz», do Piracicaba.— Anno I, n. 6. O Rio Grande, órgão do Agricultura, Industria o Commercio, que se publica na cidade de Bagé (Estado do Rio Grande do Sul).— Anno XV, ns. I a 4. Annacs da Academia de Medicina do Rio de Janeiro. — Tomo 74, janeiro a de- zembro de 1908. Revista do Instituto Histórico e Geographico da Bahia. — Anno XV, vol. XV, n. 34. TRABALHOS DIVERSOS Viticultura General, por Teodoro Alvarez.— Montevideo, 1909.— Agradecemos ao autor a deferência que tovo para comnosco enviando-nos um exemplar desta obra, que constituo magnifica contribuição para o estudo da viticultura. O assumpto ó tratado de modo mais ou menos completo, encontrando-se no volume em questão noções sobre a historia natural da planta, cultura, enxertos, adubação, podas, etc. Traz a obra desenvolvido estudo sobre os parasitas da vinha e meios de combatel-os, diversos processos de cepagem e na ultima parte vêem minuciosos dados estatís- ticos que muito elucidam a matéria. Electriciiê agricole,iWT A. Petit. Paris, 1909. Desejando facilitar aos leitores d', a qual permuta com a «A Lavoura», que 6 o órgão official, desta Sociedade. «La Ilacienda» uraa das melhores illustrações agrícolas do mundo, publica-se cm quatro linguas, portuguez, hespanhol, ingloz e francez. A sua tiragem é de sete mil exemplares em cada língua. «La Hacienda», é propriedade da companhia do mesmo nome. A sua sede ó cm Buffalo. O preço de cada assignaíura 6 do llisOOO annuaes, livre de porte. Especialista em assumptos agro-pecuarios, «La Hacienda» é publicação mensiil. Os seus artigos são todos escriptos com aquelle senso pratico especial, peculiar aos no r te-americanos . NOTICIÁRIO ASSOCIAÇÕES Gooperativii Central dos Africnllores lo Brazil ACTA DA SESS.Xo DE INSTAI.LAV.\0 DA COOPERATIVA CENTRAI. DOS AGRICULTORES DO BRAZIL Sociedade Cooperativa de Responsabilidade Limitada PresideDcia do Sr. Wencesláo Bello A"s ;f horas da tardo do dia 20 de setembro de 1909, presentes na sede da Sociedade Nacional d(^ Agricultura, .-í rua da Alfandega n. 108, vários agricul- tores, por si e representados por seus procuradores, e varias associações agrícolas, de accôrdo com u livro de presença, o Dr. Wencesláo Bello, ua qualidade de Presidente da Sociedade Nacional de Agricultura c um dos convocantes da reunião, declara que ba numero paia o íunccionaniento da assembléa geral de A LAVOURA 267 installação da Cooperativa Central dos Agricultores do Brazil, Sociedade Cooperativa de Responsabilidade Limitada. O Dr. Wencesláo Bello convida para Secretários os Si's. Drs. Sylvio Ferreira Rangel e Francisco Tito de Souza Reis, que tomam assento na mesa, indo também sentar-se a ella o Sr. Dr. João Baptista de Castro, a convite do Sr. Presidente da assenibléa. O Dr. Wencesláo Bello, depois do expor o motivo da reunião, fez sentir a necessidade de libertar se o product'jr das condições em que está actualmente com o comraercio intermediário, situação esta que lhe acarreta enormes prejuízos. Mostra que situação análoga se tem veriflcado em todos os paizes e que a solução tem sido sempre cooperativa do género da que se trata de organizar. Em seguida, como apoio enthusiastico á Cooperativa que se vae fundar, diz que vae mandar ler duas cartas, ambas de extrangeiros, um domiciliado no Brazil e outro actualmente em passeio, os Srs. 1^1. Francli e Duchemin. O Dr. Souza Reis, secretario da mesa, procede á leitura das cartas, cuja syntese é a seguinte: A do Sr. Eugénio Duchemin louvando a iniciativa da fundação da Cooperativa e mostrando os resultados obtidas pelos dous syndicatos fundados na Indo-Ct)ina; refere-se á situação de Ceylão, por occasião da grande peste que ceifou os cafesaes, o que determinou a adopção da cultura do cliá. O syndicato organizado para a defesa e implantação do consumo da nova cultura prestou inolvidáveis e valiosíssimos serviços aos plantadores. Diz que fez essas considerações por julgar applicaveis em beneficio da cultura do café e á formação da Cooperativa assim se expressa pelo grande interesse que llie tem despertado a lavoura brazileira, in- teresse que augmenta de dia para dia. A do Sr. II. Franck, agricultor em S. Gonçalo, louva a creaçãu da Coopera- tiva, por julgar ser o único meio de salvação da pequena lavoura, pois pessoal- mente sente as difflculdades que pesam sobre essa classe de agricultores, quer por parto dos negociantes gananciosos, quer por parte das estradas de ferro, que uo seu caso é a Estrada de Ferro Leopoldina. Cita a offerta que lhe foi feita do 500 réis por 40 pcs de alface ! o que llie suggeriu a idéa, para se libertar dessa mão oppressora, de enviar seus productos directamente a consumidores. Ahi surge nova ditíiculdade creada pela Estrada de Ferro Leopoldina, exigindo que o lavrador espere pela hora da partida do trem para obter o conhecimento sem o qual a merca- doria não po lerá ser retirada do trapiche. AfBrma que nem na China semelhante cousa se dá. Isso adirma porque tem viajado muito. Diz que se estabeleceu com recursos próprios, como fizeram recen- temente outros patrícios ; que o paiz faz bem em attrahir estrangeiros, mas que ó preciso que a actividade delles não seja burlada pelas difflculdades que se lhe oppõem para ser um productor, afim de que elles não desanimem e se repatriem desilUiJidos. A Cooperativa poderá resolver o problema do productor e por isso pede para ser inscripto como sócio. V.m seguida é lido o projecto de estatutos pelo Dr. Souza Reis. O Dr. Wencesláo Bello toma a palavra o synthetisa a organização proposta, explicando alguns artigos do projecto que acaba de ser lido. Lembra a vantagem do negociações com unia importante sociedade constituída por negociantes da Bél- gica, cujo representante esteve no Brazil ha pouco tempo eque muito se interessou 6405 7 L'R8 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA polaí relações commerciaes com a cooperativa, ã qual oIToreccu grandes van- tagens. Diz, no emtanto, que nada flcou resolvido, tendo a directoria da Coope- rativa, que vae ser iileita, a mais ampla liberd.ide e não cabendo á sociedade nenhuma intervenção om tal assumpto a não ser a de facilitar o futuro desenvol- vimento da cooperativa. l^ntrando era mais largas explanações, mostra como a Cooperativa poderá collocar osproductos no estrangeiro nas melliores condições, cora segurança e van- tagens aio la não ale inçadas até Jio.ja o somo poder.i. collocar os géneros exigidos pelo consumo interno, quer rulaciouando-se directamente com os consumidores, quer por meio de fornecimentos ás coUcctividades e aos estabelecimentos oWciaes, para o que poderá, certamente, contar com o auxilio do :de já aberta na sede da secretaria a lista de subscripções e quinhões p ira apuração do capital social, de accórdo com os estatutos approvados. São approvadas essas indicações. O Sr. presi'lente designa o dia 5 do me/, de outubro próximo para a nova reunião em continuação, atim de se proceder a eleição da directoria e do conselho fiscal . O Dr. Baptista de Castro agradece o convite que lhe foi feito para sentar-se á mesa e, rcfiTindo-se á carta do Sr. Franck, declara-se envergonliado pela do- scripção por elle feita, que mostra o pouco caso com que se cuida dos interesses da lavoura no interior, ao passo que no exterior e com espalhafato se procura chamar o immifírantu, sem preparar-se os elementos necessários ao ,seu progresso e, conse- quentemente, o dopaiz. Refere-se ainda o Dr. Castro ao próximo Congresso de tarifas de transporto e vó com magua que deixou de ser convidado o principal interessado, a lavoura. Lavra o seu protesto por semelhante exclusão. O Dr. Wencesláo Bello diz que a Sociedade Nacional de Agricultura expediu circularei ãs sociedades agrícola-;, podindo-lbo-s informações sobre esse assumpto A LAVOURA 269 afim de se achar a Sociedade preparada para defender os interesses dos lavradores, ainda que não façam parte daquelle congresso. O Sr. Presidente suspende a sessão ás G 1/2 horas da tarde.— Dr. Wencesláo Bello, presidente. — Sylcio Ferreira Rangel, 1° secretario. — F. T. Sou:,a Reis, 2" secretario. CAPITULO I DA. ASSOCIAÇÃO, SEUS FINS E SUA SEDE Art. 1.° A Sociedade Nacional de Agricultura, o Syndicato Central dos Agricultores do Brazil, as associações agrícolas e os agricultores abaixo assigna- dos resolvem fundar, de accórdo com o decreto federal n. 1G37, de 5 de janeiro de 1907, a COOPERATIVA CENTRAL DOS AGRICULTORES l)i> BRAZIL, sociedade cooperativa de responsabilidade limitada que terá por fim, conforme a Índole dessas instituições, promover a venda dos productos das industrias agrícolas e pastoril de seus associados, assim como oflferecer aos mesmos associados, quando f ir possível, o auxilio necessário a facilitar e melhorar as respectivas producções. Art. 2." A «Cooperativa Central dos Agricultores do Brazil» satisfará seus fins: a) estabelecendo na cidade do Rio de Janeiro um ou mais armazéns, con- forme as exigências e o desenvolvimento das transacções, destinados a receber e expor á venda, em grosso ou a retalho toJos o; productos que lhe forem con- signados por seus associados, de conformidade com o estabelecido nestes es- tatutos ; b) Promovendo, isoladamente ou com o auxilio de outras cooperativas ou syndicatos agrícolas nacionaes, filiados, o estabelecimento, nos mercados estran- geiros, de succursaes destinadas a offereeerem directamente aos consumidores alli os productos do exportação de seus associados, ou contractando com cooperativas, syndicatos ou firmas de reconhecida idoneidade a introducção c venda destes pro- ductos ; c) Facilitando aos seus associados, opportuuamen te, (luando organizados es seus serviços, a acquisição dos artigos necessários ao desenvolvimento e custeio de suas propriedades e industrias ruraes. Art. 3." A «Cooperativa Central dos Agricultores do Brazil» procurará obter o concurso de todas as associações congéneres do paiz que a ella quizerem adherir para o flm de mutuamente se auxiliarem e regularem as suas condições de vida e de funccionamento, estudar o curso dos mercados, os melhoramentos dos processos de manufactura e de acondicionamento dos productos, os usos commer- ciaes, promovendo as convenientes modificações e, finalmente, propagar entre os agricultores brazileiros a idéa generosa e fecunda da cooperação solidaria e dos boneflcios que delia resultam . Art. 4.' A «Cooperativa Central dos Agricultores do Brazil» é uma socie- dade cooperativa de responsabilidade limitada, de forma anon yma, que tem como sede para todos os eíTeitos a cidade do Rio de Janeiro, Capital da Republica dos Estados Unidos do Brazil. Paragrapho único. A duração da sociedade será de 30 annos. 270 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA CAPITULO II DO CAPITAL SOCIAI. Art. 5.° O capital social será, illímitado e variável e coostituido por quotas do valor de 100$ cada uma. § 1 ." O pagamento das quotas será, feito do uma só vez ou 50 por cento DO acto da admissão do sócio e 50 pjr ceoto no prazo estipulado pela Dire- ctoria, não exci'deado de 90 dias. § 2.° Quando a Directoria, do aceòrdo cora o Consolho Fiscal, julgar conve- niente, a segunda prestação das quotas do capital pudera, ser feita em géneros consignados, cujo producto será recolhido pela sociedade até a iategralização das quotas. CAPITULO 111 DAS OPERAÇÕES SOCIAES Art. (í.» A «Cooperativa Central dos Agricultores do Bra/il», sendo do typo das cooperativas de venda o podendo opportuaaiiieQte também ser de consumo, terá neste caso duas secções distinctas de operações : a primeira, destinada a pro- mover a Venda dos productos d:is industrias de seus ;issociados ; a .segunda, tendo por fim facilitar a estes a acquisição, nas melhores condições de preços e de qua- lidades, dos géneros de que carecem para o desenvolvimento e custeio do suas propriedades o industrias. Art. 7.° A associação poJer.i começar a fuQccionar desde que tenha realizado o capital de20:000,'j000. Art. 8-° As operações da primeira secção serão feitas por si e por suas agencias o succursaes, mediante commissão arbitrada pela Directoria, de aocòrJo com o Conselho Fiscal, sendo, porém, veiaio ;l associação perceber vantagens sobre car- retos, passagens e outras quaesquer despezas feitas com a mercadoria e, bem assim, auferir lucros por effeito de rateios nos respectivos preços. Paragrapho único. Para cssc^ íira a Cooperativu terá os armazéns e depósitos que forem necessários, bem como estabelecimentos destinalos a conservação o be- neliciamento dos géneros destinados á venda. .\rt. 9.'' As operações da 2* secção serão inici.idas quando as da P jà estiverem devidaaiente organizadas, a juizo da Directoria e do Consolho Fiscal. Para satis- fazer os intuitos dessa secção a associação poderá empregar entre outros os seguintes meios : a) Contratar com os fornecedores, sempre que fúr possível, mediante concur- rencia, o fornecimento a seus associados, pelos preços correntes mais baixos do mercado, dos artigos por estes solicitados, cabendo á associação o direito d« authen- ticar as respectivas facturas e fiscalizar as qualidades e preços dos géneros, me- diante comaússão pagável pelos mesmos associados e arbitrada previamente pela Directoria, de accôrdo com o Conselho Fiscal ; b) Comprar directamente a quem melhores vantagens offcrecer, os géneros solicitados pelos associados, reiíiottcnlo-lhes directamente, mediante commissão arbitrada na fói'ma do ilem antecedente ; A LAVOURA 271 c) C!onstituir depósitos, de conta própria, de productos não sujeites a avarias e de maior consumo eatre seus associados, para fornecer-llies á mudida que forem solicitados, mediante commissão igualmente estipulada pela Directoria e Conselho Fiscal ; d) Receber a titulo de consignação, para expor á venda, machinas e instru- mentos agrícolas, adubos, insecticidas, sementes e todos os productos que possam interessar ás industria agricola e pastoril e, bem assim, quaesquer productos que lhe forem consignados por umprezas, syndicatos ou cooperativas agrícolas na- cionaes ou estrangeiras. Art. 10. A Cooperativa Central dos Agricultores do Brazil jamais se envolverá, na primeira secção, em negocio de conta própria e na segunda, todas as suas trans- acções serão feitas a dinheiro e á vista, salvo o caso previsto no art. 12. Art. 11. A associação se empenhará para obter o auxilio já de outras coope- rativas ou syndicatos agrícolas fundados no paiz, j;'i de outras associações agrícolas nacionaes, já, finalmente, dos productores directamente, no sentido de organizar a venda no extrangeiro, dos productos nacionaes, servindo-se para isso de agentes idóneos, ou procuranJo fazer taos operações por intermédio de synUcatos agrícolas, associações, cooperativas ou firmas de reconhecida idoneidade alli existentes. Art. 12. Emquanto a associação não tiver attingido seu pleno desenvolvimento e não dispuzer de um fundo social pelo menos, de 200:000-:, não poderá, sob pre- texto algum, fazer fornecimentos a prazo e nora mesmo tomar responsabilidades que não sejam simplesmente moraes, perante fornecedores, por compromissos con- trahidos para com estes, por seus associados. Paragrapho uníco. Realizada, porém, aquella hypothese e resolvida era con- sequência, pela maioria absoluta dos sócios, mediante proposta da Directoria, apoiada pelo Conselho Fiscal a faculdade do serem feitos fornecimentos a prazo, pela associação, taes fornecimentos que serão previamente e pela mesma forma limitados quanto ao valor e prazo, se realizarão unicamente quando as respectivas propostas forem apoiadas por syndicatos ou associações agrícolas, associadas a esta Cooperativa, ou por dous sócios idóneos para o caso, a juízo da Directoria, e o pro- ponente assignar, endossado por estes, documento em devida forma, de modo a poder servir ás operações de credito que sobre elle precízar fazer a associação. Art. 13. As operações da Cooperativa poderão se estender a todo o paiz e comprehender todos os géneros que lhe forem consignados ou solicitados, á medida que fôr opportuno, a juízo da Directoria e do Conselho Fiscal. CAPITULO IV DOS SÓCIOS Art. 14. Serão considerados sócios da Cooperativa Central dos Agricultores do Brazil os agricultoi^es, criadores, industriaes agrícolas ou outros indivíduos que por qualquer laço de solidariedade ou de collaboração profissional, na forma do art. 4", do rcfgulainento a 'provado pelo decreto n. 0332, de 20 de junho do 1907, estiverem ligados ás industrias agricola e pastoril e que, sendo acceitos pela Dire- ctoria mediante proposta firmada por dous sócios, contribuírem pelo menos com uma quota de 100$, para a formação do capital social e a jóia do 50.4000. 272 SOCIEDADE NACION'AL DE AGRICULTURA Paragrapho udícú. Os Governos Feicral, Estadoaes ou Muaicipacs podei-ão concorrer cora quotas a titulo de auxilio para a formação d(> capital social. Nesse caso scr-lbesha permittido terem uni representante Icfíal para acompanhar a marcha da associação, einquanto não forem indemnizados da importância das quotas. Essas quotas não terão direito a dividendo nem a rateio. Art. 15. Os sydicatos agricolas que concorrerem cora dez quotas o raais 10$ por sócio para a constituição do fundo social da Cooperativa serão considerados sócios dos ta associação. § 1." Gozarão dos mesmos direitos as cooperativas que subscreverem vinte quotas e fizerem a entrada de 10$ por cada ura de seus sócios. § 2.» Os sócios destas associaçiies o por seu intermédio írozarão de todas as vantafrens concedidas por estes estatutos para as operações de compra e venda. Não terão, porém, direito de voto quando não lorem pessoalmente sócios e os rateios correspondentes ás suas operações serão creditados ás associações de que fizerem parte. § 3." As demais associações agrícolas adquirirão o direito de sócio subscrevendo dez quiitas. Para que possam, po:ém, os seus asíociados :■;(> utilizar dos serviços da Cooperativa, deverão ellas inscrevel-os na Cjoperativa o contribuir com 10$ annuaes por cada um que fôr acceito e inscripto e que deverá para esse flm satis- fazer ás condições proflssionaes exigidas no art. 14. § 4." As contribuições de lii.'^ de que trata este artigo serão creditadas ás respectivas associações, até perfazerem a importância de quotas, cujos titules lhes serão entregues quando integralizados. S rt." Para a boa execução destas disposições, os syiidicatos e cooperativas devem remotter semestralmente á Cooperativa Contrai dos Agricultores do Brazil a relação nominal de seus sócios de accôrdo com o respectivo registra em :'() de junho e 31 de dezembro de cada anno. Art. 16. São direitos dos sócios : a) Tomar parte em todos os trabalhos da assembléa geral ; b) Votar e sor votado na Ibi-ina dos «estatutos ; c) Gozar de todas as vantagens concedidas pelos mesmos estatutos, já par.i a venda de seus productos. já para a compra de utilidades para o desenvolvimento e custeio de suas propriedades e industrias, já, finalmente, para a percepção das bonificações resultantes das operações sociaes. Art. 17. As viuvas, os filhos menores e quaesquer outros herdeiros de sócios fallecidos continuarão a gozar a-í mesmas vantagens concedidas a estes si, conti- nuando a oxer;era profissão do.s mesmos, declararem expressamente desejar conti- nuar como associados e forem como taes acceitos pela Directoria. Paragrapho único. O titulo de sócio assim adquirido por herança só poderá beneficiar a. uma sõ pessoa. Art. 18. Sendo a Cooperativa Central dos Agricultores do Bra/.il uma asso- ciação de caracter essencialmente profissional, em caso algum será permittida a transferencia das quotas a terceiros, extranhos à mesma associação, sera pn^vio consentimento da Directoria, devendo o adquirente aSíim proposlo para sócio satisfazer as condições exigidas por estes estatutos. Paragrapho único. Sendo o pagamento da jóia condição para o exercício dos direitos dos sócios, ella só será dispensada nos casos de transferencia de SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA ou um syodicato ou cooperativa associado, cooperativas do credito agrícola ou bancos populares, instituições que, fundadas, serão preferidas para collocação daquelie fundo, a juizo da Directoria e Conselho Fiscal. Art. 87. A' medida quo se forem desenvolvendo os sorviíjos sociaes será determinado o valor que elles representam em rateio pelas quotas d<^ capital emittidas c essa quota parte será accrosaida á jóia do admissão dos novos sócios . Essa operação será feita de dous em dons ânuos o submetida á asscmbléa geral, que resolverá sobre o referido accroscimo. CAPITULO Vil HA ASSEMBLIÍA GKKAT. Art. :!8. A assembléá geral será convocada uma vez por anno, em março, para resolver sobre o relatório o contas apresentadas pela Directoria com pa- recer do Conselho Fiscal bem assim sobro quaesquer outros assumptos na forma dos estatutos. Art. 39. Além das sessões ordinárias haverá extraordinárias, quando a Directoria julgar conveniente, ou quando funuii requiíridas ]iola maioria do Conselho Fiscal ou pnr mais de 10 sócios na forma destes estatutos. Art.. 40. A assembléá geral será, convocada com antecedência de 15 dias pelo menos pela imprensa e por cartas circulares aos sócios. Se na primeira convocação não compirecer a maioria absoluta dos sócios, se fará no mesmo dia o da mesma forma nova convocação com o prazo nunca menor de 15 dias e se ainda desta vez não houver aquella maioria, se far i no mesmo dia nova convocação pela imprensa com o mesmo prazo, constitui udo-se legalmente a assembléá geral com o numero de sócios que concorrer á terceira convo- cação. Paragrapho único. Nas sessões de assembléá geral os sócios ausentes po- derão fazer-se representar por procuração do próprio puulio. mas seja qual fôr o numero de quotas e de sócios que representar cada sócio presente, não terá. ello direito a mais de um voto além do seu, nas deliberações do qualquer natureza, inclusive eleições. Art. 41. Xas sessões de assembléá g.Tal, quo serão presididas pelo Pre- sidente era exercício, observar-se-hão os preceitos estabelecidos pela praxe nestas reuniões. CAPITULO YIII DA HISSOLUrÃO OU LIQUIDAÇÃO DA SOCIEDADE Art. 42. A Cooperativa Centr.l dcs Agricultores do Hrazil se dissolverá, quando assim o entender a maioria absoluta dos sócios que a constituir ou (luando, terminado o prazo de sua duração, não fôr elle prorogaio. Art. 43. No caso de liquidação, satisfeitos os compromissos sociaes, será feito o rateio do fundo social pelos sócios, até o montante do valor dasquotns que cada um po>suir. A LAVOURA 277 Se, satisfeitas estas disposições, houver ainda saldo, será este entregue à actual sociedrtdo Nacional do Agricultui-a e, na falta desta, ao Governo Federal, pai'a ser applicado como património de Institutos de easinu agrícola, do prefe- rencia aos de ioiciativa particular situados nos Estados que tiverem auxiliado a fundação da mesma Cooperativa. CAPITULO IX DISPOSIÇÕES GERA.ES Art. 44. A Cooperativa Central dos Agrií^iltores do Brazil, sendo uma asso- ciação de caracter essencial monte profissional, se regerá pelo decreto federal n. 1037, de ."> de janeiro de 19)7, a cujas disposições obedecerá fielmente, Art. 45. A sociedade poderá, no interesse de seus associados, crear e custear serviços ou industrias que tenham por fira diminuir os ónus que pesam sobre os productos agro-pecuarios, aproveitar, beneficiar e aperfeiçoar estes e, linalmente, produzir utilidades necessárias aos mesmos associados. 1'aragrapho único. A sociedade terá marcas commerciaes próprias, a que jun- tará a designação da proceiencia dos productos, por Estados, munioipios e por p;'o- ductores, quando possível. Art. 40. .\ primeira directoria terminará seu mandato a 31 de março de 1912 e o primeiro consellio fiscal na mesma data de 1911. Art. 47. Nos ponto.^ omissos nestes estatutos o não expressamente determi- nados pelo decreto n. 1637, de 5 de janeiro de 1!107, resolverá a directoria de accôrdo com o consellio fiscal, dando conhecimento opportunaniento á a.ssembléa geral, caso a natureza dos assumptos o a sua urgência não lho aconselharem uma convocação extraordinária desta assembléa. Art. 4'S. Estes estatutos i)oderão sor reformados ou modificados sempre que assim o entonJer a assembléa geral por maioria absoluta dos sócios presentes á mesmii, devendo, porém, os.se intuito ser declarado nos editaos de convocação. (Seguem-se as assignaturas), Estes estatutos foram approvados na assembléa geral realizada no dia âO de setembro corrente, na sede da Sociedade Nacional de Agricultura. Sociedade A-g-ricola I?astox-il do Pai-aná — No dia 18 de julho próximo passado fundou-se na cidade de Ponta Grosía, com o titulo acima, com grande assistência e animação social, uma sociedade para fomentar o d(ísen- volvimento das industrias agrícola e pastoril no prospero Estado do Paraná. A Lavoura agradece, em nome desta sociedade, o oíHcio que recebeu da refe- rida sociedade, eommunicando a sua installação e faz votos pola sua prosperi- (lade. A Sociedade Agrícola Pastoril tem uma orientação toda pratica, o é assim que já organizou o Posto Agrícola e Zootechnico, inaugurado no dia 19 deste raez e do qual inserimos um dkh,-. Que se multipliquem por todo o paiz as sociedades de Agricultura, para a ri- queza do Brazil, eis os nossos mais ardentes votos. 278 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Eslalitos da Socieíade Agrícola e Pastoril Central do Paraná, approvados em assemMta ^eral de 8 de aiosto de 1909 CAPITULO 1 SEDE, FINS K MEIOS UE ACÇÃO D.V SCCIEDADE Alt. 1." A Sociedade Aírricola e Pastoril Central do Paraná tem sua sede na cidade de Ponta Grossa. Art. 2.» Esta sociedade é composta de lavradores, criadores, amigos da la- voura e industria pastoril, e tem por fim reunir esforços a favor da asricultura estadoal, occupando-se de to^los os assumptos que possam concorrer para o pro- gresso rural do Paraná. Art. 3." A sociedade promoverá todos os moios para relacionarse cora as asso- ciações congéneres, quer do Kstado ou do exterior, procurando unil-asdo modo o mais intimo e constituindo flliaes nas sedes dos municípios e nos Estados. Art. 4.° Para esta sociedade conseguir seus fins, ahnn do que for necessário para sua evolução : § 1." Organizará um campo de experiências com a denominação do «Posto Agrícola Central do Paraná» ; § 2.° Promoverá o aperfeiçoamento dos trabalhos ruraes do Estado, divulgando os principies e methodos adaptáveis a esie meio. Art. 5." Para a realização dos §5 anteriores serão praticados os seguintes meios : a) Discussões o resoluções em sessão da Directoria e Conselho Fiscal ; b) Conferencias publicas na sua s(''de e nas regiões agrícolas ; c) Publicações na imprensa ; d) Experiências e demonstrações agrícolas o pastoris; c) Informações aos agricultores e consulías a pessoas competentes ; f) Organização de uma bibliotheca a.^ricola para uso dos sócios na sedo social ; g) Realização de exposições agrícolas, quando o desenvolvimento da sociedade permittir ; h) Uisiribuição de plantas o sementes, e coberturas pelos reproductores da secção zuotechnica : t) Representação aos poderes públicos e aos agricultores, reclamando as me- didas necessárias aj progresso da agricultura estadoal. Art. C>," As questões politicas e pessoaes são absolutamente banidas da so- ciedade. CAPITULO II DOS SÓCIOS Art. 7." A sociedade admitte as seguintes categorias de sócios : rt) Sócios fundadores c eITectivos do 1" e S^ classes ; b) Sócios correspondentes, honorários, beneméritos e remidos. ■ § I .o São socioí fundadores todas as pessoas que assignarara a listada iniciativa, e concorreram com a jóia de 20$ e a mensalidade de 3$000. a. ■6 U A LAVOURA 279 §2. o Serão sócios effectivos de Pelasse to las as pessoas que forem devid;i- meate propostas o aeceitas (mu reunião de directoria e contribuírem com a jóia de 20$ 6 a mensalidade de 3$000. § 3." Serão sócios offeotivoá do 2" classe as pessoas quo se acharem em condi- ções idênticas ás do § anterior c que contribuirera com a jóia de 10$ e a mensali- dade de2$000. § 4." Serão soeios correspondentes todas as pessoas residentes em outros municípios ou Estados e quo forem escolhidas pela directoria, em reconheci- mento dos seus méritos e dos serviços que possam ou queiram prestar á so- ciedade. § 5." Serão sócios honorários, e beneméritos, todas as pessoas que, por sua de- dicação e relevantes serviços, tenham feit) juí a este titulo o distincção. § 6.» Serão sócios remidos todas as pessoas que tiverem pago sem interrupção as suas mensalidades durante dez annos. Art. 8." Os sócios fundadores e effectivos de 1^ classe poderão assistir a todas as reuniões sociaes, discutir o propor o que julgarem conveniente, votar e ser vo- tados, gozar de todos os proveitos que a sociedade esteja habilitada a prestar-ihes, independente de qualquer contribuição especial. Paragrapbo uaico. Os sócios fundadores gozarão mais da reducção de metade das suas mensalidades, quando a renda mensal da sociedade attinja á quantia su- perior de 600$000. Art. 9.» Os sócios eflectivos de 2* classe gozarão dos mesmos direitos dos de 1» classe, excepto a cobertura de seus reproductores pelos unimaes existentes no Posto, de valor excedente a 600|000. Art. 10. Os socius correspondentes, honorários e beneméritos gozarão de todos os direitos que gozam os eflfectivos de 1* classe. Art. 11. Os sócios remidos gozarão das prarogativas correspondentes á classe que pertenceram. Paragrapho unieo. Qualquer sócio effectivo poderá remir-se por meio de um só pagamento, otlectuado de uma só vez, sendo : de 300$, si pertencer á 1°- classe, e do 200,í;, si fôr da 2» classe. Art. 12. São deveres geraes dos sócios : a) Satisfazer as contribuições que lhes competem ; b) Fazer activa propaganda a favor da sociedade, no intuito de augmentar progressivamente o numero de seus membros ; c) Concorrer, na medida de seus recursos, para o desenvolvimento da biblio- theca ; d) Comparecer às assembléas geraes convocadas pela directoria ; e) Angariar productos para as exposições agrícolas organizadas pela socie- dade ; /■) Informar á sociedaJe dos resultados obtidos com as sementes, plantas ou quaesquer outros objectos foraeeidos pela sociedade, e bem assim todas as occur- rencias que affectarem a lavoura ; g) Respeitar e fazer respeitar todos os actos, resoluções e regulamentos creados pela directoria e approviídos pelo conselho fiscal. Paragrapho único. O sócio que faltar ao pagamento duranto três mezes con- secutivos será considerado resignatario. 280 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Ari, lo. Só poderão gozar dos direitos estipuladjs nos arts. 8' e 9' os sócios que estiverem quites com ;i sociedade, não podeado oUes, em caso contrario, votar nem ser votados. CAPITULO III DA ADMINISTRAÇÃO Are. 14. A sociodade será administrada por uma directoria e um conselho fiscal. Avt. 15. A dii-octoria será eleita triennalmonte, e constituida por cinco mem- bros, eleitos em assembléa geral, e o conselho fiscal s-^rá, eleito annualmente, com- posto de quatro membros, também eleitos em assembléa geral. S 1 .° A directoria compor-se-lia de um presidente, um vice-presidente, I» e 2" secretários e um thesoureiro. §2," Os raombros da directoria c conselho flsual não poderão, por qualquer forma e em hypothese alguma, ser lemunerados. ha directoria Art. 16. A' directoria compete : (t) Nomear as commissões que .julgar convenientes ; h) Dirigir e administrar a sociedade; c) Autorizar as despesas ; d) Providenciar sobre qualquer donativo que a sociedade receber c resolver sobre o modo di! assignatura ou venda de publicaçõt,'s, distribuição e alienação dos productos para esto lim existentes ; e) Convocar as asscmbléas geraes dos sócios, os congressos e as sessões extra- ordinárias do cons.^Iho fisoal ; f) Dividir os trabalhos em secções e nomear os respectivos directores ; //) Nomear e dcraittir os empregados e fixar-lhes os vencimentos ; h) Resolver sobro as coucliisões dos pareceres c informações das commissões para esse fim nomeadas. Du presidente Art. 17. Ao presidente compete : «) Presidir as sessões da directoria, as do conselho fiscal, as conferencias publi- cas e as asserabléas geraes ; b) Representar a sociedade em juizo e fora delle, e em geral nas suas relações com terceiros ; f) Apresentar o relatório annual dos trabalhos sociaes e as respectivas contas em assembléas ordinárias ; '/) Autorizar, por e-scripto, as despesas o, o pagamento das contas, devidamente processadas e autorizadas pela directoria, e as despesas de expediente; e) Tomar conheiúmento dos traballios de todas as secções, providenciando )):ira seu regular andamento, auxiliando-as com as suas idí-as e conselhos, e submetten- do á deliberação da directoria as medidas que julgar necessárias para o desenvol- vimento da sociedade; /•) Cumprir o fazer cumprir os estatutos, os regulamentos, as deliberações da directoria edo conselho fiscal. A LAVOURA 281 Do vice-presidente Art. 18. Ao vice-presidente compete : Substituir o presidente nas suas faltas e impedimentos. Dos secretários Art. 19. Ao 1» tioeretario compete dirigir a secretaria o redigir as actas das sessões, providenciar sobre o registro e areliivo de toda a correspondência social. Art. v!0. Ao 2" secretario compete : a) Substituir o 1" secretario nas suas faltas ou impedimentos ; h) Organizar e expedir a correspondência, podendo assignal-a quando autori- zado pelo presidente. lio thesoureiro Art. 21. .\o thesoureiro compete : a) Arrecadar a receita e ter sob sua guarda todos os títulos e valores da sa- ciedade ; h) Assignar com o presidente os clieiiues, as contas e os balancetes da socie- dade ; c) Pagar as contas autorizadas pela directoria e visadas pelo presidente ; d) Organizar a oscripturação social ; e) Apresentar á directoria os balancetes annuaos. Do conselho fiscal Art. 22. Compete ao conselho fiscal : a) Estudar e dar parecer sobre as questões que lhe forem propostas pela di- rectoria ; 6) Assistir as reuniões da directoria, ijuando us interesses da sociedade assim exigirem e quando lhe approuver ; c) Reunir-se em sessão especial sempre qui' fòr convidado polo presidente ou por iniciativa própria ; d) Tomar conhecimento da gerência da directoria e providenciar nos casos por esta trazidos ao seu conhecimento ; e) Examinar e dar parecer sobre as contas annuaes da directoria. Das sessões Art. 23. Haverá sessões da directoria, do conselho fiscal e de assembléa gorai. Art. 24. A directoria se reunirá em sessão sempre que fôr necessário c qual- quer dos directores o reclamar. § 1." As assemblúas geraes serão publicadas, podendo qualquer sócio apresentar propostas e tomar parte nas discussões. § 2." A,i resoluções serão tomadas mediante votação de modo claro e preciso» e por maioria de votos. § 3.» Não poderão ter logar as asscmbléas geraes com menos de quatro mem. bros da directoria e três do conselho fiscal. § 4.° Pari questões de urgente solução, bem como para assumptos especiaes, a directoria poderá nomear commissões especiaes, escolhendo para esse fim livre- mente entre os sócios. 282 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA § 5.° O director ou membro do conselho fiscal que faltar a quatro sessões consecutivas, sem participaçãj de motivo do força maior, será consiuerado resi- gnatario. Art. 25. A sociedad'! realizará a sessão de assembléa ^^eral ordinária no fim de cada anno social e a extraordinária quando fòr resolvido em sessão da directoria e do conselho fiscal, e s;'mpre quo fôr requerida por dez sócios eflfectivos. § 1.° As sessões serão convocadas com antecedência nunca menor de cinco dias para as asscmbléas geraea ordinárias e ãe tros dias para as extraordinárias. § 2.° Para que se realizem as assembléas, em virtude do primeiro convite, é preciso que compareça, ao menos, um torço do numero dos soeios; em virtude do segundo, que poderá, ser feito em prazo mínimo da três dias, a assemblja poderá resolver com qualquer numero. § 3." Qualquer sócio pôde fazer-se representar por um consoiio, mrdiantu pro- curação ou carta de autorização; mas nenhum sócio poderá votar por mais de duas procurações ou associados ausentes. §4.° A assembléa geral ordinária deve toraai" conhecimento do relatório do presidente, resolver sobre as contas annuaes da sociedade e o parecer sobre as mesmas emittido pelo conselho fiscal, eleger a directoria e conselho fiscal. CAPITULO IV DISPOSIÇÕES GBRAES Art. 26. o prazo de duração da sociedade é indefinido. Art. 27. A sociedade poderá ser dissolvida, por unanimidade de votos de uma assembléa geral a que compareçam dois terços do numero dos sócios. Art. 28. No caso de dissolução, o património social terá applicação que inte- resse á agricultura estadoal, pelo modo que fôr resolvido pela assembléa. Art. 29. Os estatutos só poderão ser reformados era sessão de assembléa geral extraordinária, a quo compareçam dois terços do numero de sócios. Trajano Madureira, presidente. João Rodrigues Beher e Silva, vice-presidente. Manoel Cyrillo Ferreira, 1° secretario. Herculano Marcondes de Alhiquerque, 2<> secretario. Luit José da Silva, thesoureiro. Oong^resso de CSeograplxia — Precisamente no dia 7 de setembro, data da nossa emancipação politica, insiallou-se, com a máxima soleranidade, no Palácio Mourõe. a sessão do abertura do Primeiro Congresso Brasileiro de Geo- graphia, cuja iniciativa coube ao Sr. José Boiteux, muito digno 2° aecretiu-io da Sociedade de Geographia do Rio de Janeiro. A LAVOURA 2S3 A' solemnidade compareceram, além dos cavalheiros que anteriormente haviam adherido ao Congresso, o Sr. Presidente da Republica, acompanhado do Sr. Ministro da Guerra, general Carlos Eugénio, e de sua casa militar, Ur. Cân- dido Rodrigues, Ministro da Agricultura, conde de Selir, Ministro de Portugal, monsenhor Lustosa pelo Sr. Cardeal Arcoverde, barão Homem de Mello, represen- tantes dos Estados da União, de diíTerentes associações scientiíicas e Jitterarias brasileiras e do numerosas e distinctissimas famílias. Recebido o Sr. Presidoate da Republica pela commissão organizadora do Congresso com todas as honras da pragmática, tomou assento em logar que lho era de feição, assumindo então a presidência do Congresso o Sr. general Thauma- turgo de Azevedo, que proferiu um longo e substancioso discurso, sendo multe applaudido ao terminar. Paliaram em seguida os Srs. Dr. Viveiros de Castro, capitão de mar e guerra José Carlos de Carvalho, marquez de Paranaguá o José Boiíeux. Distribuídos os diplomas aos presidentes honorários do Congresso e achando-se cumprido o programma da sessão do dia, foi encerrada a sessão, retirando-se o Sr. Presidente com todas as hom-as do seu alto cargo. Durante dez dias funccionou proficuamente o Congresso de Geographia, sendo ventiladas e discutidas questões de alto interesse que se relacionavam com a própria natureza do Congresso, sendo finalmente redigidas e approvadas as con- clusões finaes. Dentre estas destacaremos para as nossas columnas as que dizem respeito á geographia agrícola propriamente, conclusões cujo valor não se torna preciso encarecer ecom as quaes a «A Lavoura» se acha accorde. Eíl-as : «Commissãu VII. Propondo que se solicite do Governo da União a regulamen- tação systematica da conservação e aproveitação das florestas e mattas do Estado, comprehendendo para os effeitos do regulamento as mattas propriamente ditas, os matos de corte e os terrenos onde abundarem piassiveiras, maniçobas, manga- beiras, carnaubeiras, arvores, arbustos ou vegetaes que possam ser utilisailos no commercio e na industria, comprehendendo as florestas de propriedade do Estado, geraes, espociaes, protectoras de vertentes, as que avultarem em espécies pre- ciosas e mesmo as particulares em divisas com florestas geraes do Estado. Igualmente regulamentar a caça e também a pasça, quer nos mares, praias, bahias, rios, etc, que promulguem igualmente leis nssae sentido, de accôrdo com a União e sob a inspecção e direcção immediata desta. » Ainda dessa commissão foram approvadas mais as conclusões a seguir : I. «O Congresso de Geographia deve representar ao Sr. Ministro da Agricul- cultura sobre a necessidade de propagar por todo o paiz a cultura da Pauliaia sorbilis (guaraná), como vegetal de grania valor medicinal.» II. «Tentar a sua cultura na Bahia, Espirito Santo e Rio de Janeiro, nos ter- renos sillico-humiferos, quentes e húmidos, como são os da sua área geogra- phica. > III. «Mandar vir sementes e fazer a sua distribuição gratuita, com um pro- specto que explique o modo de cultura, o terreno próprio, maneira de preparo e preços nos mercados. » IV. «Estabelecer prémios de animaçlo para aquclles que apresentarem melhor producto e maior quantidade fora da zona natural do guaraneiro.» 6405 9 284 SOCIEDADE NACIONAL' DE AGRICULTURA V. «Mandar incluir na etapa do exercito e marioba a guaranada como bebida saudável, nutriíiva e eminentemente tónica.» Quanto á parte referente « á rc^'ulan'entatão systeraatica da conservação e apruveit uiiento das florestas e maltas *, bom como a outra que diz respeito á re- gulamentação da caça o pesca, de ha muito a Sociedade Nacional de Agricultura por ellas so tom batido, como é prova evidente quanto so cont(''m a respeito nas conclusões do 1° e do 2' Congresso Nacional de Agricultura. O 1° Congresso do Geographia Brasileiro ultimou os seus trabalhos em sessão solemne realizada a 16 do setembro, no Palácio Monrõe. Esta Sociedade, quo se fez represeutar naquella assombléa pelos Drs.Wencesldo Bello, Heitor de Sá, Monteiro da Silva, BenoJicto Raymundo e Alberto Jacobina, por intermédio do seu boletim «A Lavoura», apresenta ao» dignos e aos esforçados promotores do alludido Congresso as suas mais festivas e calorosas felicitações pelo êxito alcançado. Fazenda, d» Gameleira (Bello Horizonte) — Os serviços e negó- cios referentes à agricultura no Kstado do Minas, assim também as industrias que lhe são connexas, como sejam a pastoril, a sericicultura, a viticultura e a vini- cultura, etc, são feitos pela Directoria de Agricultura, Commercio, Torras e Colonisação, da quul é director o illustre engenheiro Dr. Carlos Prates. Entre os muitos trabalhos a cargo dessj Directoria, estão: o exame e analyses de terras e de plantas; a cultura dos campos ; a distribuição de sementes e a irri- gação ; o estudo para o aproveitamento dos cursos d'agua e dos lençóes subterrâ- neos; o estudo dos phenomonos meteorológicos que interessam à agricultura ; mo- tores, machinas e instrumentos agrícolas ; administração e custeio de fazendas- modelo; todos os serviços concernentes a immigração e colonização e terras devolutas; a propaganda dos productos commorciaes nos mercados o a estatística agncola. Os trabalhos da Directoria de Agricultura, teem tido grande augmento, espe- cialmente na venda de machinas agrícolas, onsino pratico de agricultura, fa- zendas-modelo e importação de gado do raça. O fornecimento de machmas e instrumentos agrícolas aos lavradores ele- von-se no anno próximo passado ao numero de 1.89l) e este anno a somma approxima-se já a 4.UU0. Esses altos algarismos constituem a prova eloquente do grande impulso que a Directoria do Agricultura tem dado á lavoura mineira. A iiuportução quu os criadores lizeram de bovinos reproductores, europeus e americanos, no anno do 19d8, por intermédio e inlluencia da importante repar- tição já referida, foi da 1.065 animaes. Importaram tarabom 99 caprinos, 34 bovinos 3 cavallares e 3 galiinaceos. O Estado mantém cinco íazendas-moielo om diversas zonas, vários campos de demonstração em diversas cidades e núcleos coloniaes, todos dirigidos pela Dire- ctoria do Agricultura, a qual subvoaciona 10 fazendas particulares que se prepa- raram para ministrar o ensino proflssional de agricultura. A Uirecloria de Agricultura, além da fazenda Uameleira, dirige c administra o Campo uo lijiperieucias daquolla ropartição, o qual foi visitado paio Dr. Won- ceslão liuUo, a cuuvite do Dr. Uarloa Pratts. A I.AVnxiRA 2SS O nosso illustra Presidente trouxe da alludidi visita lisonjeira iraprpssão. O Sr. Dr. Wenceslrto Bello, Presidente desta Sociedade, visitou, no dia 8 deste mez, a fazenda di Gameleira. O Dr. Bello fez essa visita era corapantiia dos Drs. Carlns Prates, director de Afrricultura, Daniel de Carvalho, secretario da Commissão Central da Expo- sição Asro-Pecnaria ; Dr. Hector Rnqiiet. dirpftor do Posto eZootchniro Federal Benjamim Hunnimílt, director da Escola Agrícola de Lavras, Dr. FiçrnPira de Mello, auxiliir teelinico do Professor Raquet e dosSrs. W. Frost, lente do Cursr) Fundamental e Dário do Barros, d'.4 Lai-ovra. Esta fazenda, situada em aprazível local, nos arrabaldes de Bello Horizonte, é' como já foi dito, propriedade do Estado. Dirige-a o prof^^ssor Otto Noucuneschw. Fundada pelo governo do b^nemeri'oe immortal estadista João Pinheiro, ella é uma Escola Modelo com Posto Zootechnico. O seu estado actual revela perfeitamente a capacidade administrativa do infatigável e dedicadissimo Dr. Pratss, que bem comprehonlo o admiravelmento executa, na parte que lhe cabe, o sábio governo económico que o eminents Dr. Francisco Salles tão patrioticamente iniciou e que continila a ser executado com firmeza pelo illustre presidente, Dr. Wencesláo Braz. Para satisfazer os fins a que se destina, estd, a referida fazenda conveniente- mente apparelhadacom as raachinas agrícolas mais modernas. As dependências ruraes nos estabelecimentos deste género '"estão na Game- leira, muito bem construídas, quer quanto á solidez, quer â sua collocação. As con.strucções são: Casa do Director, Casa dos Apprendizes Agrícolas, Silo, Estrumeira, Estábulos, Baias, Celleiro, edificação especial, que evita a subida dos ratos; Pocilgas, S3'St6ma belga modificado; Cosinha, para preparar a alimen- tação dos porcos; Redil, Gallinheiro, Alpendre, para guardar os instrumentos agrários ; Secção de raachinas. Leira, eto. Todas ellas são elegantes, duráveis e ecjnomicas. Entre os muitos apparelhos recolhidos ao Alpendre, notámos: Semeadeira Parquar, que abre a cova, aduba, semeia e cobre, ao mesmo tempo ; maohina Hoosier, para arroz ; arado Chatanooga ; ceifadeira Deering, desterreador Obson e muitas outras raachinas modernas. A secção de machinas'' está provida, de entre outras, das seguintes: Arens maírnifica insfallação para beneficiar arroz ; moinho, para milho, cevadeira, prensa e taxo, para mandioca, aquecedor, para banho-maria, para mamona e prensa, idem. Engenho Staraato, inventado pelo industrial Raphael Stamato, de S. Paulo, typo pequeno, que moe dois carros de canna em seis horas. A área total da fazenda é de 135.52 hectares, sendo 46 em culturas diversas, e os restantes api-oveitados para pastagens. As experiências demonstraram já que, em trigo, é o Barletta o que tem pro- duzido melhor, o em arroz —o Honduras. O arroz (5 cultivado em terreno preparado pelo systema de diques italiano e americano, adoptado em S. Paulo no campo da Estação de Moreira César, da Estrada de Ferro Central, próximo .1 cidade do Pyndamonhagaba. Outras culturas, alfafa, milho forrageiro, amendoim, cebola, batatas inglezas, Duchess, Buldenege, etc, têm sido feitas com óptimo resultado. 286 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Está, também sendo cultivado o O-hique-Chique, leguminosa indígena que equivale a alfafa o ó tenra até ura metro de altura. Iina interessante e útil experiência foi ha tempos feita por ordem do Dr. Carlos Prates. Submetteram uma vacca com cria, um cavallo o um burro, durante três meze<, á alimentação ixclusiva du (nnri iios capins gordura, roxo e branco e veri- ficaram qi^e todos elles engordavam e que a vacca duplicou a producção do leite. Os apprendizes habituam-se a manejar as raacliinas e o beneflciamento dos productos, oraflm, sahera com o curso de abegões. Os animaos existentes, para os estudos Zootechnicos, são, no Redil. carneiros, das raças oxford-dadn, southdaun, rambouillet e outras; cabras, tockenburgos que produzem cinco litros de leite, alpinas e caracou, importadas do centro da Ásia. Os bovinos, cavallares e suino-s, era experimentação, pertencera a diversas raças ouropéas e americanas. K raça nacional de porcos canastrão está sendo seleccionada no Posto. Instituto João l^inlioix-o — Bello Horizonte — Após a visita á fazenda da Gameleira, já, relatada em outra noticia, dirigiram-se os Drs. Won- cesláo Bello e Carlos Prates, acompanhados das pessoas que tomaram parte na referida visita, ao Instituto «.loão Pinheiro», que foi fundado pelo illustre Sr. co- ronel .lulio Buono Brandão, no curto, porém brilhante poriodo de governo em que substituiu o inesqueoivel Dr. João Pinheiro da Silva. Outros actos importantes praticou o coronel Bueno Brandão, actual Vice-Pre- sidentc do Kstado, no rápido período em que governou ; mis basta a creação do Instituto «João Pinheir.i> para provar a sua capacidade de homem de governo. E' director desse estabelecimento do ensino, ura verdadeiro modelo no seu género, o notável professor Leon Renon. O Instituto admittô exclusivamente alumnos orphãos, pobres, de \i annos de edade. A admissão dos aprendizes é gratuita. O curso é todo primário e compõe-se de oito annos. Os raonino-i estudam os conhecimentos geraes mais necessários a um homem e depois aprendem bem um olllcio, escolhendo aquelle para o qual teeiu mais in- clinação. Os aluiimos que revelarem aptidões especiaes, em qualquer officio, são en- viados, por conta do governo, aos Estados Uni los, afim de se aperfeiçoarem. Os conhecimentos de agricultura recebem-nos, praticamente, nas culturas da fazenda Gameleira, que (5 anuexa ao Instituto. K' admirável, nobilissiina e de alto alcance social a missão deste estabeleci- mento : — formar homens bons e úteis a si próprios, á pátria e à sociedade. Felizmente, para chegar a esto patriótico fim, a direcção do Instituto está confiada a ura profissional compeientiss.mo, didicado e que conhece e b^ra avalia a grande responsabilidade que assumiu. O regimen dessa Casa de Educação está organizado de moio a despertar nas creanças o espirito de iniciativa o os devores sociaes. Para que estes intuitos sejam conse;;uidos, a disciplina é mantida pelos pi-o- prios alumnos, que teem organizadas as comraissões ae Pulieia ode Justiça. A LAVOURA 287 Assim, si um alumno brigar com um companheiro, será preso pela Commissão de Policia, que o entrega á de Justiça, para julgal-o. Todos os cargos são occupados por eleição. Dentre os alumnos, um goza da regalia de sentar-se à mesa das refeições do Director e sua Exma. familia. Esta distiucção é concedida áquello que tiver melhor comportamento e applicação, sendo os próprios condiscipulos quem escolhem e elegem o collega me- recedor daquella honra. Os meninos conservam-se asseiados, mas modestos. Este systema tom por lim não mudar o ambiente donde veio o orphão, isto é, conservar-lhe os lialMtos de pobreza, prep;irando-o pnra que elle n<ão estranhe o meio onde tem de viver, mais tarde, ao deixar o Instituto. E' ainda tendendo ao flm expresso no periodo antecedente que os alumnos são encarregados de fazerem diversos serviços internos, tratar da horta, do gallinheiro, do apiario, etc, tudo suavemente executado, á proporção das suas edades e apti- dões e patriarchalmente guiados pelo Director. O numero do alumnos atualmente 6 de trinta. O custeio do estabelecimento é muito económico, não excede de seiscentos mil réis mensaes, inclui-las todas as despezas. A. ci-iação cie g-aciono Bx-a.zil— O Sr. Manoul Bernardez, o conhe- cido jornalista uruguayo, é, como todos sabem, um especialista em assumptos pecuários. Ha tempos, o Sr. Bernardez fez, no Pavilhão de Minas, uma conferencia sobre a criação de gado no nosso paiz. O autor publicou em folhetos a referida conferencia e teve a gentileza do enviar á nossa líibliolheca alguns exemplares. Agradecemos a utilíssima offerta. Federação Ftui-al— No dia 20 do corrente mez realizou-se em Porto Alegre, com grande cnthusiasrao, a Federação das Associações Ruraesdo Estado do Rio Grande do Sul. A direcção central tem a sua sele em Pelotas. Os estatutos da Federação já loram approvados. A Lavoura, i[uo publici, com prazer, a noticia acima, agradece, em nome desta Sociedade, a gentileza que teve o Dr. Joaquim Ozorio, presidente da Fe- deração, o telerramma que teve a gentileza de enviar ao presidente desta Sociedade participando importante acto, que prova o adiantamento e a acertada orientação dos agricultores rio-grandenses. Indicações uteis — Medicamentos :— O azeite de peixe ou de mamona_ quente, com pó de fumo torrado, é um especifico contra os b.n-nes e carrapatos. O Ceoadil/io, é um poderoso tónico para os cavallos. Abre oappetite dos animaes e engordaos dando-lhes brilho ao palio. Vaccina, contra a peste da manqueira, no gado. Invenção do Instituto Oswaldo Cruz (.Manguinhos). 288 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA E' o inedieamento mais ellicaz para ocarbiinculo symptoraatioo (manqueira). Esto preparado é o que tem ho,> maior applic&ção em todus os Estados pastorid doBrazil. Manteiga de antimonio, cura as pisaduras chroQieas dos cavallos, produzidas pelos mãos arreios. Applica-se, levemente, com uma peana do galliuha, pois é um liquiio cáustico o vonenoso. Transporte de ai-roz — O Commissariado Geral do Estado de S. Paulo, na Europa, fez sciente ao írovorno haver coaseguido da directoria da Mala Real Ingleza a reducçção de 500 réis por sacco no transporte de arroz de Santos para Buenos Aires. Exposições ag-i-icolas — Com o fito de animar as industrias, agrí- cola, pastoril e manufactureira, pretendo o governo do Estado de S. Paulo pro- mover periodicamente exposições de anim.ies de raça cavallar, bovina, suina, laní- gera e caprina, bem como de produutos fabris e do lavoui^a. Aos expositores que concorrerem a esses certamens conferirá o governo proraios de estimulo, até as quantias seguintes e sub as condições aqui esti- puladas : Aos cultivadores de milho, arroz, trigo, feijão, batatas e algodão, até a quantia de 70:000$000. Aos criadores de gado vaccum, cavallar, lanígero, suino e caprino até a quantia de 36:00i!$000. Além (lestes premies em dinheiro, s(Mão também conferidas medalhas e monções honrosas aos expositores que não obtiverem prémios pecuniários, ou que não concorrerem aos mesmos. Para os productos de cada espécie agrícola ou pastoril haverá cinco prémios. Os prémios aarricolas serão das seguintes importâncias : 3:000|, 2:000$. 1:500$, 1:000$, e 500$000. Os prémios pastoris serão igualmente de 3:0úu$, 2:000$, 1:500$, 1;000$ e 500$ para os expositores de cavallos, touros ou vaccas leiteiras; 3;000$: 1:200$, 700$, 600$ 6 300$ para os de porcos roproductores ou de cevados gordos; de 1 :O0O$, 400$, 300$, 20n$ o 100$ para os de carneiros ou cabras. Podem concorrer aos prémios, não só particulares, senão também companhias, associações ou omprozas, desde que provem ser criadores ou agricultores habituaes no Estado, desde três annos pelo menos, antes da data do regulamento. Essa prova soi-á, feita por afflrmação dos coUectoros estadoaes o dos presidentes das camarás dos municípios em que estiver a propriedade do concurrente. Receita 7 5$600 » 6;300 3$813 » 4$289 » > 8 5$300 » 6$000 3$608 » 4$085 > » 9 5|000 » 5Í700 3$404 » 3$881 .A.g'u.arX*deiite Em virtude das avultadas entradas de diversas procedências, a baixa que se manifestara na primeira quinzena accentuou-se ainda mais na segunda, fechando o mercado em completa apathía. Os preços por pipa, hase de 20 gráos, foram os seguintes: Preços Paraty 130$000 a 135$000 Angra 110$000 » 120$00n Campos 95$000 » 105.$000 Maceió 95$000 » 1U5$000 Bahia 95,$000 > 105$000 Pernambuw 95$J0O » 105$000 Aracaju 9õ$000 » 105$()00 Sul 95$000 » 105$000 290 SOCIEDADE NACIONAI. DK AGRICULTURA A-lcooI Na primeira quinzena o mercado manteve-se, em giTal, firmu, liaven lõõíOOO 36 » 130|000 » 135$000 A.lg-oclão em rama/ Houve grande procura, no correr do mez, com preços cada dia mais altos, era virtude da altaom Liverpool, para onde se fizeram grandes embarques. O movimento geral do mercado foi o seguinte : Entradas: Fardos Mdceiô 1.306 Pernambuco 1.358 Parahyba 1.010 Sergipe 400 3.974 Mossoró 2.40J Ceirá 2.075 Natal 3.052 Sergipe 1.829 Pernambuco 950 Maceió 902 Parahyba 800 Assú 52" Piauhy 140 12.170 16.444 Existência no dia 30 9,907 Preços Pernambuco 11$100 a 12$500 Rio Grande do Norte 11$200 a 12$200 Ceará Nominal Parahyba 11$200 a 12$000 Penedo 11$000 a IIJSOO Sergipe I0$600 a 11$500 Xo correr da 1" quinzen\ do setembro os assucares crj-stal branco e niasca- vinho melhoraram de preços, não só pela escassez dessa ultima qualidade, senão também pela noticia de ter-sa realizado o negocio de 00.000 saccos em Campos, sendo 30,000 de cryatal branco e igual porção de deraeraras para exportação. A LAVOURA 291 Na 2» quinzena, o mercado esteve bera paralysado para todas as qualidades, devido à falta de pedidos quer do interior, quer do sul. O mercado fechou calmo. Durante o mez os suppri mentos rerebidos constaram de: Saccos Pernambuco 13.956 Sergipe 4.980 Campos 55.487 Bahia 1.759 Maceió 6.550 Outras procedências 4.487 Os preços regularam do seguinte modo: Pernambuco : Kilos Branco crystal $240 a $250 Dito 3» sorte $240 » .$260 Crystal amarello $200 » $220 MascavinQo $200 » $220 Somenos $200 » $210 Mascavo bom $160 » $180 Dito regular $150 » $160 Dito baixo $140 » $150 Campos : Branco crystal $250 a $280 Dito 2° jacto $230 > $250 Crystal amarello $210 » $220 Mascavinho $200 » $230 Sergipe : Branco crystal $240 a $250 Crystal amarello . $200 » á210 Mascavinho $200 » $220 Mascavo bom $160 » $180 Dito regular $150 » $160 Dito baixo $140 » $150 Cei'©a,es Durauto o mez foram assignalados os seguintes preços: Saccos Arroz nacional 27$5i)0 a 29|000 Dito inferior 2õ$000 > 27$500 Dito estrangeiro (agulha) 36$000 » 37$000 Dito, 2» qualidade 32$000 > 34*000 Feijão preto de Horto Alegre Nominal Idem idem mineiro 8$000 o 9$000 Dito Santa Cathariua "$000 > 8$000 Dito do Paraná Nominal 6405 *0 — 292 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Saccos Feijão mulatinho 7.so00 a 8$500 Dilo manteiga I4$000 > lii$000 Dito enxofre nacional ll$000 » Ii$c00 Dito de cores, nacional 7í;õOO » 12$000 Farinha de mandioca, especial ihJiíOO » 9$800 Idom, flna 0$800 » 8$000 Idem, peneirada (;$200 » 6$500 Idem, fírossa õ.$000 » aíSOO Milho amarello da terra 6$G0i) » 7$0()0 Idem idem misturado 6$000 » G$400 Cangica 14*000 > 15$0u0 Favas Nominal Amendoim 7$000 » 8$u00 Kilo Fubá de milho íílâO a $200 Mate em folha $440 » Í540 Tapioca $340 » $420 Polvilho $160 * «220 Fumo ©ni rolo Durante o mez oi negócios foram de pouca monta, teíido sido no omtanto avultadas as entradas e sem importância as sabidas. As cotações por kilo^rrarama foram as seguintes: De Minas, espacial $800 a $900 Dito superior $700 » $S00 Dito 2» $550 » $000 Dito ordinário — $500 Goyano especial 2$000 Dito superior — 1$800 Baixo — 1$400 Rio Novo, superior I$õ00 a 1$600 Dito 2'^ I$á00 » 1$400 Dito baixo — IJOOO Pomba superior — 1$300 Dito 3» — l$00O Dito baixo - $000 Carangola — 1$000 Picii especial — 2{000 Dito 1» — 1$600 Dito 2» — 1$200 Bahia — 1$100 Sa.1 Eu ti-aram 3.661.996 kilogrammas por cabotagem nacional, que foram cotados de 4$ã00 a 4$600 por 60 kilos. 64Q5 — Rio np Janeiro — Imprensa Nacional — 1909 BSTA.TTJTOS CAPITULO M DOS SÓCIOS Art. 8.° A sociedade admitte as seguintes categorias de sócios : Sócios effectivos, correspondentes, lionorarios, Ijenemeritos e associados. § i.° Serão sócios effectivos todas as pessoas residentes no paiz que forem devidamente propostas e contribuirem com a jóia de 15$ e a annuidade de 2o$ooo. § 1." Serão sócios correspondentes as pessoas ou associações, com residência ou sede no extrangeiro, que forem escolliidas peia Directoria, em reconíiecimento dos seus méritos e dos serviços que possam ou queiram prestar á sociedade. § 3.° Serão sócios lionorarios e beneméritos as pessoas que, por sua dedicação e relevantes serviços, se tenham tornado beneméritos á lavoura. § 4.° Serão associadas as corporações de caracter ofíicial e as associações agrícolas, filiadas ou confederadas, cjue contribuirem com a jóia de 30$ e a annuidade de 5o$ooo. § 5.° Os sócios effectivos e os associados poderão se remir nas condições que forem preceituadas no regulamento, não devendo, porém, a contribuição fixada para esse fim ser inferior a dez (10) annuidades. Art. 9.° Os associados deverão declarar o seu desejo de comparticipar dos tra- balhos da sociedade. Os demais sócios deverão ser propostos por indicação de qualquer sócio e apresentação de dois membros da Directoria e ser acceitos por unanimidade. Art. 10. Os sócios, qualquer que seja a categoria, poderão assistir a todas as reuniões sociaes, discutindo e propondo o que julgarem conveniente ; terão direito a todas as publicações da sociedade e a todos os serviços que a mesma estiver habilitada a prestar, independentemente de qualquer contribuição especial. § i." Os associados, por seu caracter de collectividade, terão preferencia para os referidos serviços e receberão das publicações da sociedade o maior numero de exem- plares de que esta puder dispor. § 2.° O direito de votar e ser votado é extensivo a todos os sócios ; é limitado, porém, para os associados e sócios correspondentes, os quaes não poderão receber votos para os cargos de administração. § 3.° Os sócios perderão somente seus direitos em virtude de expontânea renuncia ou quando a assembléa geral resolver a sua exclusão por proposta da Directoria. IÍ,EC3-XJL,^A.]VEE3SrTO CAPITULO VI DOS SÓCIOS Art. 18. A sociedade prestará seus serviços de preferencia aos sócios e associados quando estiverem quites com ella. Art. 19. A jóia deverá ser paga dentro dos primeiros três niezes após a sua accei tacão. Art. 20. As annuidades poderão ser pag-as por prestações semestraes. Art. 21. Os sócios e os associados se poderão remir mediante o pagamento das quantias de 200$ e 500$, respectivamente, feito de uma só vez e independente da jóia, que deverão pagar em qualquer caso. Art. 22. Os sócios e associados não poderão votar, nem receber o diploma, sem terem pago a respectiva jóia. § i.° O sócio que tiver pago a jóia e uma annuidade, poderá remir-se mediante a apresentação de 20 sócios, desde que estes tenham igualmente satisfeito aquellas contribuições. § 2.° Para esse effeito o sócio deverá requerer á Directoria, provando seus direitos nos termos do paragrapho anterior. § 3.° Serão considerados beneineritos os sócios que fizerem donativos á sociedade, a partir da quantia de uni conto de réis. Art. 23. Para que os sócios atrazados de duas annuidades possam ser considerados resignatarios, nos termos dos Estatutos, é preciso que suas contribuições lhes tenham sido solicitadas por escripto, até três inezes antes, cabendo-lhes ainda assim o recurso para o conselho superior e para a assembléa geral. X / ,^3^J^^ :^ HORTO DA PENHA Alameda de coqueiros da liahia "-"^^f"^^ '-^J %M \. ^ ,^~ AnnoXIII-N. 10 Rio DE JiLNBIKO Outubro sb 1909 Capital Federal APiARio — Visita do Sr. Ministro da Agricultura ^ VIRIBUS UNITIS €€ (MP. WACIONAl. ^ IQIC SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Fundada em io de janeiho ue iHq7 CaUa-postal, 124£ Sede: Rnu da ilfuidgça o. lUti godereço Telegrapliioo, AGRICULTURA « Oener»! Camará n. 187 TelephoD» n. 1416 ""' »" J'n«iko PresÍ(Jc-iUe — Ur. Weiicesláo Alves T,eit« de Oliveira Bello. 1° Vice-presidente — Vajío. 2° Vice-presidente — Dr. Sylvio 1'Eui(eiha Rangel. ^t," Vice-presidente — Dr. Domingo.'; Sekgio de Cauvai.ho. Secretario Geral — Du. Heitor de Sá. 1° Secretario — Dr. Francisco Tito de Souza Rbis. 2° Secretario — Dr. Benedicto Raymundo da Silva. 3° Secretario — Dr. Josi; Ribeiro .Monteiro da Silva. 4" Secretario — Alberto de .Xiíaujo Ferheira Jacobina. 1° Tliesoureiro — Dr. JoXo Pedreira do Couto Feukaz Juniok. 2° Thesoiireiro — Carlos Raulino. Horto da Penha Dr. Wenceslào Bello Fazenda de Santa Mónica Dr. Sylvio Ranerel. Secretaria, Álcool e Museu Dr. Benedicto Raymundo. Secção Technica e Bibliotheca Dr. Heitor de Sá. Plantas e sementes Dr. Monteiro da Silva. Propaganda e estatística Alberto Jacobina. The.souraria Carlos Raulino. Ooi 1 u i>oi*ii<.*â<> Serão considerados collaboradores não só os sócios como todos que quizereni ser- vir-se destas columnas para a propaganda da ag-ricultura, o que a redacção muito agradece. A lista dos collaboradores será publicada annualmente com o resumo dos trabalhos. A redacção não se responsabilisa pelas opiniões emittidas em artig-os assignados, e que serão publicados sob a exclusiva responsabilidade dos autores. Os originaes não serão restituídos. As communicaçôes e correspondências devem ser dirigidas á Redacção d'.-\ L.\ VOUR A na sede da Sociedade Nacional de Agricultura. A LAVOURA não acceita assignaturas. R' distríhiiíila gratuitamente aos sócios da Sociedade Nacional de Agricultura. VEZES .MEIA PAGINA UMA PAGINA I 12$tXX3 2O$000 3 30$ooo 5o$ooo 6 5o$ooo 9o$ooo 12 q(^ooo i7o$ooo (Xs annunci0.s sãor.p^os adeantadamente. k Tiragem 5.000 exemplares SUMMARK) PAGS Sobre a peste da Manqueira 293 Febre aphtosa 300 Visita honrosa 301 Fmissão de papel moeda sobre lastro terra . 307 A apicultura no Rio Grande do Sul 310 Exi>ediente 311 Noticiário 32Q Parte Conimercial .'í4" Amno XIII — N. 10 Rio de Janeiro Outubro de 1909 SOBRE A PESTE DA MANQUEIRA LIBRARY NEW YORK Dr. A. GODOY sotanical Ass steute ilo Instituto Oswoldo Ci'uz OARDEN. l Os criadores mais adiantados do Estado de Minas já haviam de muito observado os principais inconvenientes dos processos de vacinação contra a peste da manqueira ou carbúnculo sintomático por meio das vacinas pulverulentas, outro tanto se dava no estranjeiro, onde se mo- dificava a vacina Arloixg-Gornevin, primeiro pelo emprego de fios im- pregnados, em seguida pelas culturas aquecidas. Recentemente o dezejo de conservação dos pós vacinantes deu logar ao emprego delles em aglomerados ou grânulos. Merct: de continuas instancias o Instituto se ocupou do assunto que reprezenta sob o ponto de vista económico centenas de contos. O primeiro material recebido foi trabalhado peloDk. E. Dias e em seguida pelo Dr. R. Lima e o autor. Foram as primeiras tentativas infrutiferas . Fácil era o diagnostico da infeçáo pela observação dos animais inoculados como pelo exame dos preparados microscópicos feitos com os tecidos invadidos. A grande impureza das culturas obtidas impossibilitava, qualquer que fosse a técnica, o izolamento do bacterio. EUe só foi obtido quando tivemos a fortuna de receber, enviado pelo Dr . M . ^'II.I,AÇA material recolhido com cautelas especiais. Os estudos feitos de então para cá estão em sua maioria encerrado'? na expozição feita em Juiz de Fora perante a Sociedade de Medicina e Cirurjia em Junho de 1906 peloDR. R. Li.\iA;emuma memoria apre- zentada ao 3" Congresso Medico Brazileiro pelo Dr. Go.me3 de Faria e o autor; na teze de doutoramento do Dr. Go.mes de Faria em i(ju8. Neste trabalho rezumiremos os rezultados obtidos e faremos algumas considerações sobre a pratica da vacinação . 7675 1 294 SOCIEDADli NACIONAL DK AGRICULTURA A peste da manqueira é zoonoze que interessa somente aos criadores de gado vacum, ao menos entre nós não foi ainda rejistado cazo de contajio ao gado lanijero, não vale a pena falar da possível contami- nação do homem, que só imperfeita observação pôde fazer acreditar. EUa é, porém, inoculavcl em cobaias, sendo refratarios os animais domésticos. A mortalidade é de quazi i oo " \, si se considera — o que é incor- reto — apenas o numero de animais que sofrem um ataque que se tra- duza pela formação de tumor e por sinais de dificuldade na marcha. Tomada em conta a imunidade que possuem os bovinos maiores de dois anos ella é de 1-! a 40 ° 'o segundo as localidades e a jépoca . Esta imunidade, já referida por Arloinc, Cornevin e Thomas foi por elles demonstrada não poder ser atribuída á idade. O modo pelo qual o animal se infeta é ainda desconhecido. Opi- niões varias teem sido emitidas . A dificuldade começa quando se pro- cura càtabelecer se a infeção é realizada por meio dos esporos ou pelas formas vejetativas. A experimentação mostra que a infeção não seda pela inoculação de quantidade minima de esporos ou bacilos. Assim sendo, não se poderia, com razão, atribuir a infeção aos ferimentos ou erozóes acidentais, dado ainda o aparecimento muitas vezes verificado do tumor nos músculos internos. Como se verá adiante somente cazuali- dade extrema poderia fazer com que em um ponto do corpo do animal fosse possível a inoculação natural de centenas de milhares de esporos, fala ainda contra, o aspeto da pele, onde não se poderia achar o ponto da lezão que sérvio de porta de entrada. O problema c assaz difícil e somente condições otimas de observação poderia resolvel-o. .Vliaz a ignorância no que se refere ao mecanismo das infeções baterianas não é tão raro como se poderia a primeira vista supor. Os nossos conhecimentos sobre o carbúnculo sintomático são artifi- ciais; o seu modo de existência na natureza é julgado pelas culturas, a moléstia natural pelo que se obtém pela inoculação. A infeção experi- mental é a rcprodurão perfeita da infeção natural. O mesmo não se dá com as culturas naturais em que muiia; das propriedades se contrapõem ás das culturas puras de laboratório e só foram reveladas pelas culturas mixtas ou impuras. Comparc-s;;, por exemplo, a nossa amostra, que c ex- tremamente cxijentc para os meios de cultura em que não se multiplica nem dá cultura virulenta senão em prezença de soro ou sangue com o que se verifica quando sobre o solo. As culturas impuras mostram que os es- poros de carbúnculo sintomático, tétano, ou edema germinam desde que estão em prezença de micróbios aeróbios, c esporulam quando as con- dições bc tornam desfavoráveis. A LAVOURA 295 As zonas de preferencia para a peste da manqueira são as monta- nhozas, assim é que Minas está dentro da regra . Seu aparecimento é periódico e estacionai . A falta de estatistica agrícola em que temos vivido não permite ava- liar a extensão precisa desta zoonozc. Dizem, porém, os observadores que só excepcionalmente se encontrará um municipio de Minas onde não exista a peste da manqueira. O diagnostico da moléstia é fácil, quer seja elle considerado sob o ponto de vista da clinica, da anatomia palolojica ou da epidemiolojia. A invazão rápida, quazi súbita, o estado febril no inicio, a hipotermia no fim da moléstia, a abolição do apetite, o aparecimento de tumefação dura, que crece rapidamente c que se vai tornando depressivel, enfizematoza e timpanica, caralerizam a moléstia. A' inspeção o vitelo morto pelo carbúnculo mostra-se tumefato, a pele é distendida por gazes ; secio- nada a sede da lezão especifica escapam-se bolhas de gazes de odor buti- rico; o tecido conjuntivo mostra-se infiltrado de um liquido vermelho- cscuro, outras vezes simplesmente serozo, e sempre acompanhado de inú- meras bolhas gazozas. Pelo exame de _/ro//w de suco de músculos ve- rifica-se a prezença, nos pontos em que a moléstia se dezenvolveu, de bastonetes curtos, raramente longos, izolados, moveis, sendo o corpo mi- crobiano ora homojeneo, ora \ acuolisado ; os bastonetes são cilindricos. ou elipticos (clostridios), as extremidades desses elementos são sempre arredondadas, e se a autopsia não é feita logo apoz a morte encontra-se formas esporuladas; os esporos não teem sede de predileção. Os clos- tridios coram-se pelo iodo em castanho ou pardo escuro.não temos, porém, observado a coloração azul de que falam os autores. A moléstia ataca quazi que excluzivamente os vitelos de seis mezes a dois anos de idade; dos acometidos, como dissemos, rarissimos se salvam. Os animais doentes não transmitem a moléstia. Esta faz o seu aparecimento pe- riódico. Insuficientes como são os nossos conhecimentos sobre o mecanismo de penetração no organismo do bacterio cauzador da peste da manqueira, não se poderia tentar o combate contra ella, quer pela destruição do seu cauzador no mundo exterior, quer impedindo a penetração delle no orga- nismo sensivel . A deteza está em tornar os animais rezistentes ou imunes contra a moléstia . O ideal da imunização é uma vacinação não perigoza . Muitos são os processos propostos para a imunização contra o car- búnculo sintomático. Citaremos apenas alguns, indicando o que os cara- tcriza . 296 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA 1°, Inoculação vacinante de suco de musculo em natureza, cm pe- quenas dozes sob a pele ou de maiores dozes na veia ou na traquea ; 2°. Do mesmo material modificado pelo aquecimento ou dessecação ; 3°. De culturas atenuadas ou não ; 4°. De toxina do bacterio ou de misturas de toxina e antitoxma . Na pratica, porém, só conseguiram re/.ultados os de inoculação do suco de musculo desecado e aquecido. Os outros mostraram-se in- ativos ou perigo/os. O defeito capitai do processo de inoculação de vacinas derivadas de suco de musculo seco e triturado está nas múltiplas impurezas rezultantes de processo tão complexo e desprovido de critério cientifico. A substancia vacinante é impura e de valor indozavel. A impu- reza pôde ser tal que impossibilite a demonstração em cultura do bacilo do carbúnculo sintomático . A impossibilidade da sua dozagem resalta das experiências que fizemos com o fim de verificar a doze mortal mí- nima de determinado material infeciozo. A morte de algumas cobaias que serviam a dozagem já se da\'a com a inoculação de quatro mili- gramas de pó, enquanto que outras rezistiam ádóze de 20 miligramas. A experiência c minuciozamente descrita na teze do Dr. Gomks de Faria. A dificuldade de inoculação de substancias insolúveis, como são os produtos rezultantes do aquecimento de músculos triturados em suspensão grosseira num liquido, c evidente. Em vista do exposto, o Instituto quiz fazer melhor e tivemos a ven- tura de, durante o nosso estudo sobre a biolojia do bacilo do carbún- culo sintomático, deparar com propriedades peculiares á amostra por nós izolada. Esta se carateriza por fraca virulência. As culturas quando muito ativas só matavam a cobaia na doze de i/-2 c. c. enquanto nas mesmas condições e no mesmo meio a amostra Kirr, de .Alunich, ma- tava na de iiooo. As culturas feitas cm meios glicozados que conti- vessem mais de ij-z "/„ de glicoze aprezenta\am abundante dezenvol- \ imento, porem os elementos microbianos que nella existiam se mostravam alterados, c não tardavam a se dezagregar. Estas culturas apóz completa vcjetação, quando semeadas, mostravam possuir, apenas, raras formas, algumas dezenas aptas a dar orijem a colónias. Como as nossas experiên- cias demonstraram, as culturas não começam a ser mortais senão quando os 3 c. c. que inoculávamos continham 800 mil esporos ou mais. Pesqui- zamos seu poder imunizante ; elle excedeu á nossa expectativa ; desde as primeiras experiências mostrou-se extraordinário. Nenhum dos bo- vinos adquiria a mole3tia quando vacinado e em seguida inoculado com A LAVOURA 297 material virulento. Estas experiências foram feitas em Manguinhos e em Juiz de Fora nas fazendas dos Drs. H. Villaça e C. Palleta. Devemos aqui referir que a mesma facilidade de se imunizar não possuem as cobaias. As culturas em meios glicozados mostraram-se avi- rulentas mesmo quando adicionadas de substancias quimiotaticas ne- gativas, enquanto que a virulência das culturas em meios sem glicoze com soro ou sangue se mantinha, mesmo apóz envelhecimento ou aque- cimento a 65° c, durante i hora. Dos estudos originais e de verificação até agora realizados no Insti- tuto julgamos poder tirar as seguintes conclusões: 1°. As culturas em meios glicozados são avirulentas. 2". As maiorias das formas aí existentes são inaptas á vejetação. 3". A propriedade imunizante de uma cultura depende da massa de germens que ella contem. 4°. A inoquidade das culturas em meio glicozado é independente da existência nella de substancias quimiotaticas negativas. 5'^ A ação .patogenica de uma cultura de carbúnculo sintomático terminada a vejetação é, no mesmo meio e com a mesma semente, de- pendente do numero de esporos formados. i')'\ A glicoze é nociva ás culturas do bacilo do carbúnculo sinto- mático do qual impede a esporulaçao. 7". Existe grande diferença de virulência entre diferentes amostras do bacilo do carbúnculo sintomático. II VACINAÇÃO Conhecidas as propriedades excepcionais das culturas obtidas, veri- ficadas em milhares de inoculações praticadas nos campos infetados, tirámos privilejio para utilização delias como vacina, prlvilejio que ce- demos ao Instituto. A produção em grande é feita em balões de 2 litros que conteem caldo glicozado-soro. Apóz completa vejetação da cultura faz-se a distribuição em vidros de 10 c. c. que são fechados ao massarico. A indicação geral para o emprego c dada na bula que acompanha cada vidro. Aqui a transcrevemos : 2)< SOCIEDADE NACIONAI, DK AdRIl.ULTURA INSTlTUTí^ OS\\ AlJX) CRUZ - IvlO |)K JANEIRO iN>i'RU(,:õi:s P\R \ o I MPRi:ouiir\ A vacina c foríuviíla sob a forma de liquido turvo que clareia pelo ropou/.o, formando-se um depozito branco amarelado. Nos frascos em que ó fornecida, a vacina conscrva-se inalterada por muitos me,'os. Aberto, porem, um, deve o conteúdo ser uzado no mesmo dia. A vacina deve ser empregada por injeçao debaixo da pele na dó/e de 2 C.C. Náo se deve empregar dó/.e menor. Nesta quantidade ella não c absolutamente perigo/.a c antes de ser fornecida c do/.ada. Só pôde haver acidentes em animais que, na ocazião da injcçao, )á se achem atacados da moléstia, embora sem os sintomas. .\ vacinação será feita quando o \ itelo tiver cerca de .^ mezes de idade . .\ pratica mostrou que uma só inoculação c, em regra, suliciente, porém nos animais de valor p6de-sc fazer duas vacinações, deixando entre ellas um espaço de õ mezes. Aiitar o frasco. Partir a extremidade afilada. Introduzir, pela abertura assim obtida, a agulha de seringa própria para injeções, e aspirar a vacina . Kxpelir, voltando a agulha para cima. o ar que tenha penetrado na ocazião de aspirar. Lavar com solução de creolina o ponto de inoculação, quec de preferencia o quadril . Imobilizar bem o animal. IntroJuzir a agull\a sob apele cerca de I a •: cm. e inocular a doze indicada, isto é, •» c. c. que correspondem a quinta parte do conteúdo de cada frasco. A \acina traz no rotulo o numero e a data que devem ser indicados em qualquer comunicação ou reclamação. Ksias devem ser dirijidas para o r».\-////í/o O.s-w.i/./o O-//-. Cjíxj Jo CotTeio oa6. Rio Je Janeiro. A LAVOURA 209 A disu-ibuição em vidros fechados ;i lampaua c duplamente van- tajo/.a, não só porque impede que a vaccina se contamine, como evita de ser inoculado produto proveniente de frasco já anteriormente aberto. A inoculação não ofere:e a menor dificuldade, recomendamos, porém, como modelos muito práticos as seringas inteiramente de metal ou vidro de loc. c. de capacidade. As agulhas serão de preferencia de paredes espessas, de forma cónica e sem solda, o soli comprimento de ! — -1 cm. mais ou menos, comprimento este suficiente e que oferece muito maior re/.istencia a llexão ou fratura na oca/Jão da punção A lavajem do ponto cm que se vai inocular é apenas Lima limpeza; a picada da agulha é sempre menor que a do ayuilhão, que entretanto não cauza infeções de importância. A seringa será suficientemente esterilizada si se aspirar e expelir com ella agua fervendo, algumas vezes. Depois das inoculações deve a seringa ser desmontada, limpa e seca. Si de metal passa-se um pouco de olco mineral em toda ella, interna e externamente. As agulhas, sendo de aço, só serão prezervadas da ferrujem pela imersão em solução de bórax em agua, ou no álcool forte, tendo-se antes colocado no seu interior um lio metálico ( man- darim). O numero de dozes já fornecido pelo Instituto foi o seguinte : Em ii)oó 11.780 « 11)07 47.700 » 190X 71 .Xi)fi » 1909. ( ate Outubro '.i3'93o 'rota! 287.303 Sobre a vacinação concluímos que : i.° A vacinação por meio de culturas éa unVca passivel de uma verilícação cientifica. ■2.0 O estado refratario ao carbúnculo sintomático é fácil do ser conferido. 3." A imunidade contra o carbúnculo sintomático é certamente ob- tida pela inoculação de culturas tipicas em caldo glico/.ado-soro. 4.° Uma única inoculação é suficiente para conferir a imunidade. 5." A imunidade ad-jnirida pelos vitelos vacinados é suficiente para que elles atravessem indcnes a época de maior sensibilidade. Manguinhos, Outubro de 1909. 300 SOCIRDADE NACIONAL DE AGRICULTURA EDITORIAL Febre Apht:sa A febre aphtosa, que presentemente de novo invadiu o Estado do Rio, mereceu a attenção do nosso Governo, patenteando-se assim a neces- sidade que tínhamos da criação do Ministério da Agricultura, que apenas inicia seus primeiros passos. () digno Minisiro Dr. Cândido Rodrigues fez partir para Cantagallo, zona onde parece estar centralizada a epizootia, médicos veterinários que vão prestar aos criadores os ensinamentos precisos para tratamento e preservação do mal . Registrando com prazer este primeiro acto do novo Departamento, não podemos deixar de salientar o inestimável serviço que vae prestar á agricultura nacional, mormente, quando nos recordamos dos muitos prejuízos que ha cerca de dois annos occasionou a mesma moléstia, sem que outras medidas, alúm das instrncções dadas por esta Sociedade, algumas desinfecções feitas directamente por particulares e medidas de precaução tomadas pelo governo de S. Paulo, fossem tomadas pelo Poder Publico, para reduzir a propagação que vae tendo o terrível mal nos nossos campos, com incalculáveis perdas para os criadores. Felizmente o acto que registramos indica bem que já a sorte do trabalhador rural e dos fazendeiros interessa ao Governo, que por ella zela, já dispondo para isso de um órgão de acção. Ainda a 3 de setembro noticiaram os jornacs a passagem de uma nuvem de gafanhotos que, atravessando uma parte do Estado do Rio, invadiu o Districto Federal, c bem certos estamos, que, como para a aphtosa, não deixará de se apparelhar o Governo para dar combate a tão temerosos inimigos da nossa lavoura. Occorro-nos, fatiando em febre aphtosa, trazer a publico uma infor- mação, que á Sociedade Nacional de Agricultura foi trazida pelo Sr. Luiz Drumond Franklin, criador em Minas Geraes, relativa ao mesmo mal e que certamente deverá merecer a attenção por parte dos nossos especialistas no assumpto. E' o caso que tendo o Sr. Quirino Teixeira de Queiroz, criador em S. Sebastião da Estrella, 24 bezerros dos quaes 5 estavam atacados de febre apthosa, applicou em todos a varcina anti-carbunculosa no intuito A LAVOURA 301 somente de os pi-eservar da manqueira . Assim procedeu sem ter sepa- rado os 5 animaes doentes e notou <[ue a aphtosa não se propagou aos 19 restantes. Impressionado com este facto, experimentou a vaccina em um porco e depois em vários bovinos, reunindo-os aos animaes aphtosos, ve- rificando que elles também se conservaram immunes. Trazemos este facto a publico sem emittir opinião ou critical-o, mas só no intuito de chamar sobre elle a attenção dos interessados e dos proflssionaes, parecendo-nos que qualquer que seja a opinião que a priori se tenha, não se deve desprezar uma suggestao ainda que de puro empirismo, especialmente quando se trata de moléstia ainda tão mal conhecida em seu determinismo e de que é ignorada a sua pro- phylaxia. Ainda com relação á apthosa, possue a Sociedade Nacional de Agricultura, em seu registro de informações^ a referencia de um facto que confirma a supposição de que os urubus são os propagadores da moléstia. Assim, distincto criador do Estado do Rio, tendo tido a um tempo muitas vaccas com cria, recolheu-as para um campo cercado situado no centro de suas terras, no intuito de evitar qualquer contagio por parte dos visinhos. Com sorpreza no emtanto verificou que os bozerros e em seguida as vaccas foram atacadas da aphtosa, sem (jue ella existisse em seus campos e nem mesmo nos visinhos mais próximos. Observou , porém, a presença de urubus que, ao que disse, são attrahidos pelas dejecções dos bezerros e assim attribue a essas aves o transporte da moléstia por sobre uma larga zona até então immune. Em muitas outras occasiões verificou o mesmo observador a correlação entre a pre- sença dos urubus e o apparecimento da aphtosa. Muito merecia, também, estudo esta questão, porquanto, verificado que seja o seu perfeito fundamento, seria certamente o caso de se recommendar a queima dos animaes mortos e a perseguição dos urubus cuja preservação só se justificava por se encarregarem elles de destruir os restos de taes animaes com estes suppostos germens de infecção. Dr. Wencesláo P.flí.o Visita honrosa No dia .')o do corrente foi esta sociedade honrada com a presença do illustre Ministro da Agricultura, Industria e Commercio, Dr. António Cândido Rodrigues. ^02 SOCÍEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Após a sua chegada, que se verificou ás 3 horas da tarde, o Exm. Sr. Dr. Cândido Rodrigues, presidiu a uma reunião, na qual se tratava da representação do Brasil na exposição de Bruxeilas, a reaiizar-se no próximo anno . Em seguida o Dr. Cândido Rodrigues visitou minuciosamente todas as secções desta sociedade, tendo tido e manifestado excellente impressão. A's 7 horas da noite, finalizada a visita, S. K\. retirou-se. Estiveram presentes as seguintes pessoas : Drs. Serzedello Corrêa, illustre prefeito ; Augusto Ramos, Conde de Cândido Mendes, Jorge Street e Carlos Rezende, deputados Dr. Christino Cruz e Ribeiro Junqueira, Dr. João Gabriel e Drs. ^^'encesIáo Bello, Syl- vio Rangel, Heitor de Sá, Benedicto Raymundo da Silva, João Pedreira do Couto Ferraz Júnior e Srs. Alberto de Araújo Ferreira Jacobina e Carlos Raulino, da directoria desta Sociedade. Damos, a seguir, a descripçSo de cada uma das secções desta socie- dade feita pelo « O Paiz « do dia 3i deste mez: Archivo n.x LEGISLAÇÃO Agrícola no Brasil — .\ Sociedade está organizando uma publicação da maior importância, tal como a collecção de leis e regulamentos que teem sido expedidos sobre assumptos agrícolas desde a data cm que D. João VI veio para o Brasil. Esse trabalho utilissimo para consulta e para a nossa historia está sendo impresso na Imprensa Nacional,por autorização do (io\cino passado e compõe-se dos seguintes capitulos : Agricultura — Industria Pastoril — Immigração — Colonização — Impostos — Ensino Agrícola — Legislação Florestal — Credito Agrícola — Industrias Ruraes — Industria Extractiva. O archivo alcança até a data de 190S, comprehendendo também disposições estadoaes . E' evidente a grande utilidade desse importante trabalho . Registro de informações — A Sociedade tem em adiantada organi- zação o registro de informações agrícolas e que consiste na fácil apreciação dos vários ramos da agricultura c da industria pastoril. A Sociedade para esse serviço utilizou-se do s\ stema de cartões encabeçados com cada uma das especialidades c cuidadosamente arraniados de modo a facilitar as pesquisas . Museu Agrícola — No grande salão que estava destinado ás assem- bléas geraes em todo o pavimento superior, occupando ao todo cinco salas, está installado o .Museu Agrícola, único, talvez, no paiz e certamente o melhor que se tem organizado . A collecção exposta com ordem, methodo e critério em excellentes installações e mostruários, já existem mais de 2 .oooespccímens c abrange A LAVOURA 303 a grande e a pequena cultura, as plantas tcMis e de varias applicações industriaes, e a Zoologia Agricola. Todos os Estados ejtáo representados pelo que teemde melhor, e qualquer género de cultura pôde ser estudado em seu desenvolvimento e progresso comparativamente nos diversos Estados . Os estudos e collecções sobre zoologia agricola ncão teem menor valor, dispostos e classificados como estão, insectos, aves, mammiferos, etc, pelos seus efteitos úteis e noci\'os as diversas culturas . Foi seu organziador e dirige essa divisão, como todo o Museu, o Dire- ctor Sr. Dr. Benedicto Raymundo da Silva. Propaganda das applicações industriaes do álcool — Foi esta Sociedade quem promoveu uma intensa propaganda a favor das applicações indus- triaes do álcool depois de ter realizado nesta capital, em igoS, com o melhor êxito um Congresso e uma exposição internacional de apparelhos a esse fim destinados, no intuito de desenvolver uma industria por onde se derivasse asuperproducção de assucar nacional. Para isso tem ella realizado oito exposições de todas as sortes de apparelhos e íeito 445 exhibiçóes dos apparelhos de illuminação durante 3. o38 noites, empregando para isso 64.2()2 litros de álcool. Esse interessante problema que não tem preoccupado somente o nosso paiz, mas também a Allemanha, a P^rança, a Áustria, a Argentina e os Estados Unidos, ainda não encontrou certamente a sua solução, devido ás causas múltiplas que teem impedido o barateamento do álcool. Não teem sido porém perdidos os esforços empregados, porquanto em Pernambuco, Rio Grande, Minas e S. Paulo ha povoações que empregam esse combus- tível para illuminação publica e o consumo particular de apparelhos teem augmentado com as demonstrações das vantagens da luz do álcool . Essa secção foi por muitos annos dirigida pelo Dr. Sérgio de Carvalho, achando-se actualmente a cargo do Dr. Benedicto Raymundo da Silva, sendo chefe dessa secção o Sr. Joaquim de Freitas Lima. Herd-book e Stud-book Nacionaes — Estes serviços foram confia- dos á sociedade pelo Governo Federal no anno de igo8 c comprehendem as importações de bovinos e equinos de 18 de abril de 1907, data em que foi approvado o regulamento sobre a importação de animaes úteis, até ju- lho de 1909. Herd-book — Sobe a 104 o numero de bovinos registrados durante o periodo alludido, tendo sido a seguinte a di>tribuição dos animaes pelos Estados, segundo as raças : Dcvon, -x ao Estado do Rio ; 2 ao Es- tado do Rio Grande do Sul ; Lincoln Red Shorihoun, 18 ao Estado do Rio de Janeiro, 2 Minas; Gerser-, 2 Estado do Rio; Di/rham, 304 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA 1 ao Estado do Rio Grande do Sul ; KeiifOr, 2 ao Rio Grande do Sul ; Hereford, 2 ao Rio Grande do Sul, 3 ao Ceará e i a Santa Catharina '; Jcrscy^ 3 ao Ceará, 5 a Minas ; Si/issa, 2 ao Estado do Rio, I ao Districto Federal, 2 a Santa Catharina ; Ilolslcin Lriesian, 34 ao Ceará, 2 ao Estado do Rio, i a Santa Catharina e 5 a S. Paulo; rinlsleiíi alleniã, 7 a Minas; Brelã, 3 a S. Paulo; Nirernaisc-Charo- laísc, 1 ao Rio Grande do Sul ; Normando, i ao Estado do Rio Grande do Sul. Os bovinos que não puderam ser registrados por falta de pedigree attingem a 158 de varias raças. Stud-book — Do Stud-Book constam apenas cinco registros, a saber : I garanhão puro sangue inglez, nascido na Inglaterra, 3 garanhões puro sangue, nascidos em França ; i garanhão Percheron nascido em França, destes animaes 4 destinaram-se ao Estado do Rio c i ao Estado do Rio Grande do Sul . Não puderam ser registrados por falta depedií^rce, 17 animaes desti- nados ib pai\a o Estado do Rio e i para Santa Catharina. FoRNEci.MKNTOs AOS SÓCIOS — Em julho de 1906 a sociedade iniciou o serviço de fornecimentos de vários géneros aos seus sócios por preços inferiores aos do mercado a varejo, mediante ajustes com casas fornecedoras importando directamente do estrangeiro. Entre esses géneros estão o arame farpado para cerca, formicidas, insecticidas diversos e toda a sorte de machinas agrícolas . O valor dos géneros assim fornecidos eleva-se á importância de bb I : I49S8(')0 e a economia proporcionada aos sócios lavradores nesse curto prazo de dois annos e meio foi de i()o:4'Jo$9.^o. Este anno em que o serviço recebeu grande incremento a economia até o fim do mez de setembro foi de 67:092x850; a administração acredita que até o fim do anno será de perto de ioo:oooAooo. Eis ahi um serviço que faz honra á administração da sociedade e que c uma prova real do quanto vale e quanto pôde o espirito da associação. SiíCRKTARiA — Esta sccção, apezar do seu pequeno pessoal, realiza um trabalho compara\'el ao de uma secretaria de Estado, pois, percorrendo a estatística do seu movimento, vêem-se os seguintes algarismos relativos a correspondências expedidas em 1908: cartas, 3.09? ; officios a governos, i3i ; olVicios a diversas instituições, í(35; diplomas, 368; circulares, 10.413; telegrammas, 976 ; publicações, 29.278. No corrente anno o movimento não é menor. E' isso de\ ido a que a sociedade está em relações com lavradores e instituições de todo A LAVOURA 31"! O paiz, com os quaes se corresponde assiduamente sobre os mais va- riados assumptos de interesse agricola, respondendo a consultas e forne- cendo informações. Em seus doze annos de útil existência, tem ella distribuído •272.938 exemplares de suas numerosas publicações de ensino e propaganda. Sua correspondência vae mesmo ao estrangeiro permutando publica- ções com 1 79 instituições em 3o paizcs, entre os quaes se contam ate o .la- pão, a colónia do Cabo e a Austrália. Dirige a secretaria o director Dr. Benedicto Raymundo da Silva e c chefe o Sr. Carlos de Castro Pacheco . Thesouraria — Esta secção tem a seu cargo todo o movimento finan- ceiro da sociedade e a escripturação respectiva. E' dirigida pelo director Sr. Carlos Raulino, sendo chefe o Sr. Pedro Minervino de Oliveira. Siicç.\o DE PLANTAS E SEMENTES — Esta secção é encarregada de fazer o serviço de distribuição gratuita, que foi confiado pelo Governo á Socie- dade desde setembro de 1902. Os seguintes algarismos dão ideia da importância deste trabalho : Numero de pedidos feitos á sociedade até 3o de setembro de 1909 . . . . 20.71)7 Numero de pedidos satisfeitos . . . iS.3Si B » plantas distribuídas . . . 1. 116. 177 Dentre essas foram fornecidas pelo Horto da Penha 225,466. Na distribuição de plantas, a Sociedade tem-se prcoccupado de pre- ferencia em desenvolver a fructicultura nacional. Assim é que no numero acima indicado, as plantas fructi feras figuram com elevado numero de 53o. 365, ao qual deve-se accrescentar as videiras, em bacellos e enrai- zadas, em numero de 482.003. Não foi menos importante a distribuição de sementes que a Socie- dade tem feito, no intuito de desenvolver e melhorar as culturas com sementes seleccionadas e de promover a polycultura. Assim c que as estatísticas registram as seguintes quantidades : Trigo, 6.583 kilos; milhoi 9.021 kilos; arroz, 1 7.683 kilos; algodão, 23.536 kilos; forragens di- versas, 94.715 kilos, além de muitas outras formando tudo um grande total de 213.397 kilos. Esses números demonstram o grande trabalho realizado pela Socie- dade e o valioso auxilio que esse serviço tem prestado á lavoura sobre- levando-sc o melhoramento das pastagens e desenvolvimento da fructi- cultura. 306 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA O serviço, que foi dirigido durante cinco annos pelo Dr. Wen- cesláo Bcllo, é feito com grande regularidade por um pessoal ade\trado em sete annos de tirocinio e de vários registros constam a distribuição feita a cada lavrador e ás zonas do paiz a que tem sido distribuída cada uma das variedades de plantas ou de sementes ; por esses registros se verifica que todos os Estados da Republica e até o próprio Acre teem sido contemplados nessa distribuição. E' hoje director dessa secção o Sr. Dr. José Ribeiro Monteiro da Silva, sendo chefe da secção o Sr. Olympio de Accioli Monteiro . Secção technica, bibliotheca n lavoura — No salão do primeiro andar da parte do edifício que dá para a rua General Gamara estão a Bibliotheca e a Secção Technica, secções estas actualmente ^ob a direcção do secretario geral da Sociedade, Sr. Dr. Heitor de Sá. A Secção Technica, a cargo do engenheiro agrónomo Dr. A. Gomes do ("armo, é principalmente o órgão consultivo da Sociedade, ministra informações verbaes ou por escripto a consultas feitas á Sociedade. A ella cstd também atlecto o serviço de propaganda, que é feito principalmente pelo boletim da Sociedade, A Lavoura, e pujjlicações sobre assumptos agrícolas. A Lavoura, no seu ij" anno de existência, em uma tiragem de 5 .000 exemplares, é distribuída gratuitamente pelos sócios da Sociedade, asso- ciações agrícolas, instituições diversas do paiz, mantendo além disso um largo serviço de permuta com o exterior. Sob a direcção dessa secção já teem sido publicados 92 trabalhos sobre assumptos agrícolas diversos. A Bibliotheca possue actualmente 2.017 volumes encadernados e para mais de 3 . 000 em brochuras e folhetos. Entre as suas obras salien- tam-se as collecções sobre agricultura nacional e outras de valor, princi- palmente sobre pomicultura. Recebe a Bibliotheca Kjg publicações periódicas sobre agricultura e assumptos connexos, dos principaes paizes do mundo. Estas publicações, bem como as demais que possue a Bibliotheca são franqueadas á con- sulta para os sócios na sede da Sociedade. Bim.iocRAiMiiA AGRicci.A DO Brasil — Um importante serviço, iniciado pela Sociedade ca Bibliographia Agrícola do Brasil, isto é, um archiv o indicador de tudo o que se tem escripto sobre as questões agrícolas que interessam o nosso paiz. Esse archivo é feito pelo systema americano por meio de caitões e de tal modo se encontram reunidas sob cada titulo ou especialidade indica- ções precizab dos principaeb trabalhos que podem elucidar o seu estudo. A LAVOURA 307 Geographia agrícola — A secção de Geographia Agrícola foi creada em junho do anno de u)o8 e comprehende o conjuncto de Informações geographicas que directamente Interessam a agricultura. Essa secção já possue 51 mappas assim discriminados: Mappas do Brasil constando dos seguintes mappas : Geológico Agrologico, de Alti- tudes Máxima e Minima — ^Climatologico — ^Demographico,de Vias de Com- municação e Instituições Agrícolas ; Mappas mostrando as zonas de dis- tribuição das culturas onde são indicadas as zonas da cultura do Café, Algodão, Canna, Fumo, Cacáo, Mate, Pinho, Maniçoba, Seringueira e Mangabeira. Mappas dos Estados onde são designadas as zonas de distribuição das culturas c das plantas industriaes expontâneas, o esboço da consti- tuição geológica, agrologica, physica e indicação dos productos vegetaes importados e exportados. A esses mappas acompanham diagrammas da producção e renda de cada exploração vegetal quanto á sua exportação do período de lyoi a 1905. A serie dos mappas acima discriminados é o primeiro trabalho destinado a divulgar taes informações não só no paiz como no estran- geiro. Esse trabalho foi confiado ao agrónomo Sr . Dr. Manoel Paulino Cavalcanti, auxiliar da Sociedade, e constitue um dos elementos da secção de informações agrícolas da Sociedade. -i^'^&%JK^$:^£- 1k^ COLLABORACAO Emissão ás papsl-mocda sobrs lastro tsrra A emissão de papel-moeda que circula actualmente deve ser substi- tuída por outra que otlereça maior renda e garantia . Não me refiro á emissão da Caixa de Conversão porque esta, c moe- da papel e não papel-moeda. A emissão de papel-moeda, pois, deve ter como lastro a terra, cm substituição á que circula actualmente sem lastro . O proprietário da terra entrará com esta como lastro da emissão, re- cebendo do Thesouro um papel-moeda que se emittir, então, valor cor- respondente ao da terra com que entrar. 308 SOCIEDADE NADONAL UE AGRICULTURA O proprietário que requerer emissão sob garantia dos seus terrenos pagará 6 % de juros. O Thesouro abrirá conta aos proprietários de terrenos, como a Caixa d;i Amortisação aos possuidores de apólices. Assim, pois, estabelece-se emissão com garantia e renda : como garantia o lastro ; como renda o juro. O terreno que não for medido por profissionaes e que não marginar vias de communicaçáo deve ser exduido. Não lia que recciar sobre desvalorisação da terra, desde que se trate de curso forçado ou valor fixo perante as repartições publicas. Esse valor, ao contrario, deve crescer e fixar acima do valor official que é o da própria circulação. Não se de\e igualmente receiar falta de pagamento de juro porque as bem feitorias que existirem no tcrreno-lastro, outros haveres de proprie- tário do terreno devem ser sujeitos, creando-se para esse fim leis de acção summaria a respeito. O capital de todo paiz novo é o valor da terra ; portanto deve ser a terra o lastro natural das emissões circulantes. Esse capital até então immovel, paralysado como se acha, entrando em franca e agitada circulação, trar-nos-ha vantagens excepcionaes, extra- ordinárias e incalculáveis mesmo. A renda que se perceber por effeitodos juros deve ser applicada ao resgate da emissão que circula actualmente sem lastro. Mais tarde, então, depois de completo aquelle resgate, deverá ser applicado na abertura de vias de communicação, amphando assim a no- va emissão. A colossal renda porvir de tal emissão, ha de poderosamente in- fluir sobre as nossas finanças, como é de obvia intuição. A lei Torrens produzira elTeitos financeiros taes que o glorificara ou immortalisara o seu nome no espirito universal. Pois bem: a lei Torrens, pelo systema emissão-lastro-terra é accei- ta por completo, ampliada e auj^mentada : Acceita por completo porque o terreno que não estiver dentro dos moldes Torrens não será acceito como lastro da emissão ; Ampliada porque Torrens tornara o capital-terra movei por um simples endosso do proprietário, o que é muito mais acanhado do que pela rápida circulação do papel-moeda; Augmentada porque abrange toda renda do systema Torrens e mais o que se perceber pelo juro da emissão, o que, por si só, pôde attingir a proporções capazes de influir elevadamente bobre nosso meio financeiro. A LAVOURA 309 E' mister crear-se um corpo etlectivo de engenheiros para medir, demarcar e qualificar o terreno que tem de ser acceito como lastro . Uma commissão de peritos é igualmente indispensável para avalia- ção do terreno que tem de servir de lastro . Deve-se cobrar ao possuidor do terreno-lastro, a titulo de jóia, uma pequena commissão para fazer face ás despezas preliminares . No praso de ib annos o Governo terá recebido, por effeito do juro, quantia igual á que se emittiu . Não é, pois, de bom conselho recusar emissão como lastro e renda directa em substituição á que circula sem lastro e sem renda directa. Preferir a que menos garante e rende é absurdo . Extinguir, portanto, a velha emissão ou substituil-a por outra de maior segurança e renda é o dever de quem tem a responsabilidade da nossa direcção. A extincção da Caixa de Conversão parece já ser aconselhada, o que prova a impossibilidade do papel conversível entre nós . Ainda é cedo, o tempo é que ha de encarregar-se de melhor êxito a respeito . Não temos ouro, o nosso capital é terra, e nós a possuímos em magna quantidade e da melhor qualidade . A terra é a causa do ouro, directa e indirectamente : directamente por meio da industria extractiva ; indirectamente pelas raizes dos vegetaes . Aguardar-se os eífeitos dessa grande causa é pretender ouro pelo seu canal natural . De que, pois, devemos lançar mão da terra com que se faorica o ouro, ou do ouro com que se compra a terra ? Entre nós não ha que cogitar a respeito da terra, é claro, que é o que possuímos e o que ha de ser causa do nosso futuro e pretendido ouro. Apparelhar a terra, este capital paralysado, de modo a ella circular activamente por intermédio do papel moeda, é sem duvida preparar ca- minho natural, recto e seguro para a fortuna do^ paizes de grande ex- tensão tcrritoi'ial como succcdc ao nosso. Tabolciro do Pomba, lõ de julho de 1909. Oi.v.MPio Cokkiía Netto. 7675 •fio sooiedadií: nacional dk agricultura A apicultura nc Rio Grande de Sul Na Exposição Nacional, a apicultura <;000 Alberto Pio da Silva Dias laíOOn (ialiriel do .Vndrado Junqui'ira íõsOlO Fernando Leão Alves Pequeno 15$)0n Dário Diniz Mascarenhas 15SO0O Kr.incisco Níanool Santos l''S00ii Francisco Riijeiro do Castro í."j000 Arino Ferreira Marcos . . . i Iu$000 Antenor Ferreira Marques 10>000 Evaristo Ribeiro de Oliveira e Silva lOá'00 Aflfonso de Faria Lobato I(i$ii00 Francisco Eugénio de Rezende lU.fOOO Frederico D. Olne li)$O0J Honório Ferreira dos Santos 10^000 Francisco Ribeiro de Almeida 10|000 Francisco Solano Braga lOsOOO Coronel Adolpho Ferreira de Aguiar lOsOOO Luiz Gonçalves Ferreira lO^OOO ArthurHaas 10$000 Francisco Pinto Ferreira l(i$000 liustavode Almeida lO.^jOOO António Marques Ferreira lOsOOO W. Coulson Deixon 10$00() S. H. Osmonde lOsOOO José Martins da Silva Mattos 10$00U Dr. Luiz de Souza Brandão lO^OOU Joviano de Campos Valladares 10$000 Coronel António Diniz Mascarenhas lO^OOO Victor Mascarenhas 10.«;000 Aydamo de Seixas Martins Torres 10$000 Gustavo R. P. Dutra 10.i;009 Dr. António Cavalcante Sobral lOsOOO Coronel Pedro Garcia Leão 10$000 Coronel António José Monteiro de Castro 10$000 Francisco SanfAnna Moreira 10.'^00() Ildefonso Coutinho de Moraes. ........ lOiOOO Alexandre Bernardes Primo in$lOO Coronel Josú Baptista dos Santos .... . • lOsOOO Dr. Pedro Telle.i Barreto de Menezes lOsOOO Coronellsoliao Romualdo da Silva lO.^OOO Eaéas de Souza Pires 10$000 Messias Jacob Lemos lOsOOO Álvaro Miranda 10$000 Manoel Campista de Medeiros 10$000 Antenor Ferreira Leite lUsOOU Dr. Fidelis de Andrade Botelho lO.sOUO EpaminonJas Cincinato de Senna 10$900 Juáiiniino Peieira de Souza 10.^000 319 3i0 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Mário do Carvalho 1 0:^000 Jos ■■ do Castilho Barliosa 10$OiiO Moysés dos Santos Lima in$ooO Fornecimentos aos sócios — Tirand'"» partido de seu oa- racler de assoriacuo, já prestigiada rom cerca de 3.000 sócios, a So- ciedade, no intuito particular do demonstrar a utilidade e o meca- nismo dos syndicalos agrícolas, emprehendeu favorecer os seus sócios com o supprimento de géneros estrangeiros e nacionaes, a preços mais reduzidos do que os do comraeicio a varejo. Com esse propósito e valendo-se dos favores aduaneiros que a lei confere ao Syndicato Central dos Agricultores do Brazil, tem forne- cido arame farpado e respectivos grampos. Além disso e mediante conti^actos especiaes, tem fornecido, a preços reduzidos, o formicida Pasciíoal, o álcool e machinas agrícolas. Revendo todos os seus contractos e fazendo outros que começam agora a vigorar, a Sociedade esl;i habilitada a fornecer arame farpado, e respectivos grampos, enxadas, machinas agrícolas, álcool, formicitia, eciilmcias nas condiíxies que passamos a indií^ai-: ARAME lARPADO Rolo de 20 kilos com 100 motros de flo a Rolo de 40 kilos com 402 motros do fio a Grampos pira os moamos, o kilo a. . . fl$880 losiWO $360 ENXADAS BEM CALÇADAS DE AÇO De 2 libras . , De a 1/2 libras . De 3 libras . , De 3 1/2 libras De 4 libras . . Marca Marca ladianto Raio 1$430 1$?70 1$520 1$370 1$630 1S530 1$780 1$63U 1$930 1$730 KOICES Ns. 1-2-3-1-5-6-8-9-10-11-12, aos preços lespectivamento de: $(;00 — %~0 — Ã730 — í;8io - $8no — ISOOO - l^i:!0 — lí.WO l:|;5()0 _ líGOO— liíSOO. A LAVOURA :i2l SALOXO Um preparado de sal e peróxido de ferro, próprio para alimen- tação do gado, é económico e asseiado por ser em tijolos de 5 a 10 kilos, não sujando as baias ou logares onde são coUocados e sem des- perdício. Preço 200 réis o kilo, com 5 7o de abatimento. MACHINAS Ar.RICOLAS Dos principaes fajjricantes, com abatimento de 5 a 10 % sobro os respectivos catálogos e transporte gratuito nas estradas de ferro. ÁLCOOL De força de 40°, era latas de 18 litros, pelo preço das vendas em pipa, O quo corresponde a uma reducção de cerca de 10 7o. SULFATO DE COURE Para tratamento do plantas ao preço de — kilo . . $650 FORMICIDA Paschoal : Latas contondo 4 litros 4$lO(l Caixa com 4 latas 16$400 Schomaker : Botija contendo 1 1 /2 litro 3$700 Caixa com r, botijas 22$000 COLMEIAS Com os mais modernos aperfeiçoamentos pelo preço de ISsOOO C.RF.OIJNA A mais reputada das creolinas do fabricação nacional denominada, Crosolina Wernock, i'oui uma economia de :iO "/„ sobro os preços do mercado, custando cada lata do 1 litro 1$200 lacticínios Installações completas para a industria de laticínios pela casa Ho- pkius Causer cj- Hopkins, com abatimento médio de 5 7o- 3Í2 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Para go?ar destas vantagens, o interessado dever.i satisfazer as segu i n tes co ndirões : 1», ser sofio ([uito da Sociedade Xacional de Agricullura ; 2», ser agricultor, apresentando disso provas bastantes, a jui/.o da Directoria da Sociedade ; 3°, formular o pedido directamente á Sociedade e por escripto ; A% pedir somente para o seu próprio consumo, indicando o nome e a situarão da propriedade a que destina n emprego dn producto ; 5*, enviar á Sociedade, juntamente com o pedido, a sua impor- tância, ou uma ordem para o seu pagamento contra casa commercial ou bancaria com sede na Capital Federal. SECÇ^VO TECHXICA T^voííiig^aiida ag-i^ieola. — Em o numero A' da .1 Lavoura, eJição de outubro do aono próximo passado, sub o niesrao titulo aoiraa, referimo-nos cir- cumstanciadamente ácorca das publicações até eutão leitas em edições ospeciaes e todas cilas com um fim instructivo o consequentemente útil. Era numero de nove naqucUa época, e ventilando assumptos differentos mas ile indiscutível interesse para os lavradores, o (:om os títulos «Cultura do Alt'odooiro», «Culturado Lupulo>, «Cultura da Cevad u>. «Cultura daConsdída», «Cultura da Alf.ifa», €Quatro íraportantis leguminosas forrageiras e fertilizadoras do solo», «Plantas Froductoras do liorracua», «Praga do gafanhotos no Dístrícto l'ederal» e « Moléstias dos Animacs» tiveram uma acceitaçao manifesta, e a sua procura por parte dos interessados trouxc-nos um estímulo que muito nos conforta. Agora, completando o numero X dasório «l^ropagauda Agricola», e com a rubrica de Plantas Tuberosas Forrageiras, damos a lume uma outra edição. Nessa voem condcns idos artigos já publicados na A Lavauru ha, muito tempo c agora convoQioutemjnto ilhistrados com gravuras correspondentes ás dillorentes plantas alli estudadas. Convém ainda que se note ter sido incluso nesse numero ura artigo do Dr. Hoi- tor de Sá, director da Secção Technica, sobre o Jacatupé, por estm- a jHunta no ijenero dns acima citadas, ser fntclo de c.'peri;ncias obtidas cm S. Paulo e /w<* conlcr as analijscs do Instituto Agronómico de Campinas, feitas especialmento para este estudo quando em inspecção agricola em S. Paulo o referido director. Ap'i8 osso numero, outros e outros virão, dobaixo sempre da mosma orienta- ção pi-atica e útil. Infoi-mtK.-õors — O Sr. Alexandre Hornardes Primo, em carta dlri;-'ida a esta Sociedade, diz que os agricultores do sua região ponsam que os terrenos lavrados soffroui raais do que os não lavrados. A LAVOURA 3-'3 Entre dois terrenos iguaes, iio lavrado é certamente onde menos se faz sentir a acção do sjl, devido isto ao phanomeno denominado capillaridado, cuja acção consiste em trazer para a suporficie a humidade das cimadas profundas do solo. No terreno não lavrado, a crosta superficial sécca completamente o cada voz mais, visto não receber humidade vinda das ctraadas profundas da terra. O Sr. Alexandre Bernardes póJe fazer uma experiência comparativa entro dois terrenos iguaes, sendo um lavrado c outro não. O Sr. Amadeu du Queiroz, do Pouso Alegre, pede informações sobre a litte- ratura referente aos porcos e seus productos. O Sr. Amadeu de Queiroz, poderá ler, L. Bourrier — Les Industries des Aba- toirs ; Ch. Cornevim — L';s Pores, — Paris. The Book of lhe Pig por James Long ; Pig Kceping por Gairatt — Londres. Les racís porcines, por Magno — Paris. São estes os livros principaes sobre a matéria. Os Srs. Galeno Gomes ^ C. pedem para se llics indicar o gado que mais con- venha a um criador de Rochedo. Cumpro que elles digam que espécie de gado elles querem designar o qual o fim industrial que visara. Só com estes esclarecimentos ú que se pjJerà responder vagamente, porquanto só depois do conhecidas as condiçõjs locaes é qus se pjderá fazer juizo a tal respeito. O Sr. Õjtavio Macliado Goutijo pede conselhos a respeito da pneumo-enterito. Na «A Lavoura», numero de marga deste anno, vem um trabalho do Dr. Ri- godanzo, sob o titulo do Considernrã) sobre o cria;ão dos porcos: Mi, ás paginas -5, vêm consollios a respeito da pneumo-e!iterite. O Sr. Manoel Gouvêa Varellu, imu carta de 12 do corrente, vinda de Ceará- Mirim — Estado do Rio Grande do Norte, pedo instrucção sobre a cultura do cacáo. laJicamos : 1." Relalorio sobre o cacdo por Joaquim Bahiano — Bahia; 2.° O cacáo por l^Iig-uel Calmon — Bahia ; 3." Monogruphias, Agrícolas do Dr. Tra- vassos — Rio do Janeiro, o" volume. 324 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA São osles os dados de que o Sr. Mário A. Silva c.irece sobre a alimentação do gado bjvino : Resíduo de cervejaria . Farelo de semente de algodão Farelo de arroz Piv teina 14,4 V. 18,0 2,6 Graxa 5,7 5,9 1,3 llvilratos do carbono 38,8 17.7 28,6 Estes algarismos indicara as quantidades assimiláveis ou digeriveis. Quanto ao tronco da binaneira, esto 6 paupérrimo nos princípios alimentícios, acima nomeados, portanto, nada ou pouco va!e como alimento. O Sr. Manoel Tavares de Oliveira Bastos, em carta dirifrida a esta sociedade, vinda do Cabo Frio, peJe «ot aduia c^ímicj próprio para laranjeiras em terreno com agua subterrânea a 1'" e arenoso: Um terreno em tal condição 6 impróprio para a laranjeira e todo o adubo que se lliu addicione pouca ou nenhuma utilidade terá. Em todo o caso, empregue esterco do curral, ajuatando-lhe cal e phosphatos. Quanto ao o^galliamunto ilas lar.mjeiras, com Ibliias amarelladaá, v provável que a causa dosse mal seja mesmo a huraid;ide do solo, não sondo possível indicar- 88 um remédio sem mair estudo do local. Peste lia nia,nE I»3LiAlSTAS E SEMENTES T>istx-ibiiiç£Vo tle i^laiitas e sementes feita tlui-ante o luez fie oiitulbro tle lOOO ESPECIFICAÇÃO PLANTAS Bacellos de videiras. . . . Canoas .sem pello .... Raizes de Consolida do Cáucaso SEMENTES Abóbora Acelg'* forrageira .... Alfafa Algodão Anthoxantuna odoratum . Arroz Aveia .\vena eUitior Beterraba forrageira . . . Capim gordura roxo . Capim Jaraguá Cebola Cenoura forrageira. . . . Centeio Dactylis glomeraia. . . . Dolichos Lablab Espirsetta Eucalyptus Fcstuca llolcus .luta Lacthyrus sylvostris . . . Maniçoba Jequié Melancia Melão Milho Mucunã forrageira .... Plileum Pratense .... 1'imentao doce Poa trivialis Sarraceno Sorradella Sorgho Sulla Theosinto Tomate Trigo Viscia sativa Varias sementes UNIDADE PESOS 18.481 — 20 — 40 " 3.ÕS3 4.. 500 470.01)0 — 801 .000 .500 30 . 500 l4l.0:iH z 13. a (0 40.020 — liSQ.OOO — 1.067.000 — 3.33(1 2.:.'00 — 43.01"! — 5.21"! — 1.6(1(1 — 25(1 1.47(1 — 500 7.500 80(1 _ 4.000 — 36.550 — 2.075 2 . 870 141.(100 — 128.0(10 - — Õ.OOO 2.3(J5 — 2.400 — 17.000 18.400 5.^50 — 21.750 — 1.000 2.(325 1 .2. 50(1 — 14.(100 3.040 18.541 4.100.448 VOLUMES 57 1 1 129 12 59 40 1 •i 34 6 39 105 116 (37 2 27 17 5 1 .57 1 11 10 21 118 121 46 27 14 U3 9 7 27 9 26 1 110 2.S 9 10 1.479 7675 326 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA SsEOÇ.VO r>0 ^LCJOOL Movimento do serviço de propaganda no 1' semestre de janeiro a junho de 1909 Janeiro . Fevereiro Março . Abril. . Maio. . Juniio . Capital (arrabíiide) . . . > (soburbios) . . . » (Ilha GoTernador). » (centro) . . . . » (arrabalde) . > (subúrbio) . . > » (centro) . . . . » (arrabalde) . . . » (Ilha Governador . > (centro) . . . . * (arrabalde) . . > » (subúrbio) . . . Kstado do Rio . . . . Capital (centro) > (arrabalde) , . . » (subúrbio) . . . Nictheroy 7í j -• ti a A ' a ^4 20 29 3 6 S iõ 15 10 15 3 1 17 1 31 1 3 35 ií 12 24 43 6 4 5 1 CO.NSUMO DO ÁLCOOL, PCB SEMESTRE I O coDsamo do álcool no serviço d:is di- / Tersas illuminações foi de 1.764 Utros. 3Iovimeiit<> ilos !sei*vi<»0!*i tle px-opag-auclsi. iio iikíz de outull>z'o tle lOOO — Foram feitas duas exliibiçõos com apparelhos a álcool, uma no centro da cidade e outra em S. Christovão durante duas noites, consu- mindo 18 litros de álcool de 40». Forneccram-sa ;:dl latas de 18 litros cada uma com álcool de 40° para diversos. Total do álcool consumido no mez de outubro, 396 litros. BIBLIOXHJÍIC.^ PDBLIC.\ÇÕES PERIÓDICAS Accusamos com os nossos agradecimentos o recebimento das seguintes publi- cações periódicas, além daquellas cujo registro tomos feito nos números anteriores: Energy, periódico consagrado d, engenharia e ás industrias, que se publica em Leipsig.— Vol. 4, n. 9. Deutscher Ex!/jorler, também de Leipsig.— N. 9 (setembro de 1909). Popular Mechunics. — Jornal de divulgação scientilica, ospocialmente consa- grado ás artes mecânicas. E' volumoso, com um texto capiosamento illustrado. K' o seguinte o endereço da redacção dosto periódico: «Washington Street 222, Chicago, III. U. S. A.»— O numero quo temos sobre a mesa é o 2° do volume 12°. A LAVOURA 327 Journal d'Agriculture Tropicale. — Damos a seguir o suramario do ultimo nu- mero desta importante publicação. Para mais amplas informações, queiram os leitores da «A Lavoura» leroanauncio desti rovisla inserto neste boletim. «A propôs des qualités et de la práparation du Caoutchouc de plantation (par M. It. Lamy-Torrilhon).— Les possibilites agricoles dans lo Nord-Tunision (par M. MAriiiCE MoNTET). — Organisation générale 'fune plantation i'Hevea: Pique- tage duterrain, Homogénéité des peuplemeats, av. 2 flg. (par M. G. Veunet. — Gultureet exploitation du Zapupe :iu Mexique (par M. Russel Hastings Mill- WARo). — Le Su'íre decaniie et sa fabrication, analyse de Touvrage do M. H. C. Prixsen Geerligs (par M. F. Main). — Notes dastualitó sur: Le Bostriche du Cafôier au Tonkin, Xyleborus Coffecs Wurth (par M. L. Duport); — Deux maladies du Cannelier à Ceylan;— Une nouvelle Gire vágétale au Mexique; — Lexudation spontanée du Látex daas les essences à caoutchouc (par M. le Professeur .1. Parkin); — L'exploitation desgraines d'lnoy (Poga Oleosa Pierre) en Afrique Occidentale; — Des essaisde transport d'Ananas de Hawai aux Etats-Unis; — La crise commerciale du Cachou au Burma (par M. V. Cayl\); La Récolte mécanique du Café dans TEtat de S. Paulo;— Le Thrips du Cacaoyer, et soa traitement aux Antilles;— Un concours de Charrues indigònes en Cochinchine; — La désinfeoiion des graines de Coton poLir le semis, au moyen du sublime corrosJf;— La Culturo du Tabac au Para,'uay; TExportation de la Farine da Manioc du Brésil.— Mercuriales men- suelles du Caoutchouc, du Coton, du Café, du Cacao, du la Vanille, des Fibras, des Matières grasses coloniales, des Produits de Droguerie et divers, des Produits d'Ex- ti'ême-Orient ; Mercuriale africaine de Liverpool. — 15 analyses bibliographiques.» Records ofthe Australian Museum, de Sydney. — Vol, VII, n. 4. Bulletin ofthe New York Bolanical Garden. — Vol. 7, n. 23. Le Courrier de VEtat de St. Paul.— 3° anno, n. 32. Ilalia e Brasile, revista que ora inicia sua publicação em S. Paulo. — Anno I, ns. 1 e 2. PUBLICAÇÕES diversas The development of Scienli/ic Irrigation in the United States, Publicação daF. A. Ferris A. Company, :i62 a 272— Mott Str, New York. Tem este trabalho o seu texto em cinco línguas diíTerentes, inclusive o portuguez. Agradecemos a remessa desta obra que nos foi feita por um Orasileiro residente nos Estados Unidos. Ajjparatus for use in Ihedeterminalion of volatile acids, ipor H. C. Gore. Wash- ington, 1909. Publicação do Departamento de Agricultura doa Estados Unidos da America do Norte. Anew method for measuring the electrolitic dissoliation of wcder, por C. S. Hudson. Washington, 1909. Publicação do mesmo departamento. Memoria do Ministério de Fomento, da Republica de Venezuela, correspondente ao anno de 1909. Tomo II, demographia. Demo/jro.phia Venezolana. 1907. Publicação do Ministério do Fomento da mesma republica. Serviço do Povoamento em 1908 . Relatório apresentado ao Ministro da Industria, Viação o Obras Publicas, Dr. Miguel ("almon, pelo Director Geral do Serviço do Povoamento, Engenheiro Gonçalves Júnior. Eslatiitica Agrícola e Zootechnica íio aiano a.gviooAA áa 1904-1904 das seguinte 328 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA localidades do Estado de S. Paulo: Bom Successo, Sallesopolis, Jundiahy, Piedade e S . Manoel do Paraizo . EslntisHca (lo Commcrcio (lo Porlo di: Siintos, 6^ serití, u. 2, janeiro a junho. 1908 e 1909. Publicação da Secretaria de Agricultura do Estado de S, Paulo. Relatório apresentado ao Dr. M. J. do Albuquerque Lins, presidente do Kstado de S. Paulo, polo Dr. Antunitj Cândido Rodrigues, secretario da Agricultura. An no de l'J08. Relatório apresentado ao Presidente do Estado do Rio de .laneiro, Dr. Alfredo Backer, paio Secretario (Joral, Ur. .lofio Damasceno FoiTeira, em 15 de julho de l',)09. Relatório apresuntando ao Presideute do Estado do Rio (írande do Sul, pelo Dr. Cândido José de 'jodoy, secretario dos neg:ocio8 das Obras Pdblicas, em 27 do agosto de !!109. 7ic/a(orio apresentado á Assembléa Geral do Centro Económico do Rio Grande do Sul, em 17 de setembro de líJOO. Uniòn Universal de Estudiantes . Projecto. México, 1909. Associação Rural de Bagè. CatalOíTO da llxposição de 1909. Estatutos do Ceitro Agrícola «Luiz de Queiroz», outubro de 190;). ísíaÍMÍox da Federação das Associações Ruraes do Uio Grande do do Sul. Pe- lotas, 1909. Estatutos da União Commercial de Garanhuns, Garanhuns, 1909. ^staíKíos do Centro Proletário Beneficente e Instruotivo de Garanhuns. Re- cife, 1909. CATÁLOGOS Ba.rbier Si. C'°. 10, Routo d'01ivet, Orleans. Catalogo para o outomno de 1909 e primavera de 1910. Arvores fructiferas, plantas de productos comestíveis, plantas de ornato e ílorestaes, flores, objectos diversos necessários ;i agricultura e obras hortícolas. Bailei Frcres. Troyos, Aubo (Krançi). ('atalo^ro para 1909-1910. Arvores fru- ctiferas, arvores ílorestaes, do ornato, para arborisação de luas, trepadeiras, co- níferas, flores, morangueiros, espargos, etc. Hijacinthe Rai/mond. Carpentras (Vaucluse), França. Videiras american;is. Blain Fils Ainé. Saint-Rèmy de ITovence (Franco). Sementes de liortaliças, plantas forrageiras e flores. Setembro de 19)9. hratelli IngeynoU . Milão, Corso Buenos Aires, 54. Plantas e sementes, forragens c coreacs. setembro 1909. Domingo Basso. Saraudi, 319, Montovid('o, (Uruguay) Preços correntes para o auno de 1909 de arvores e planias fructiferas, ílorestaes e ornameutaes. John Croxrlcg & Co, Shellield (Inglaterra). Catalogo n. 145. Machinas agrícolas. Real Companhia Horticolo-Agricola Portuense. Quinta das Virtudes, rua dos Fo- gueteiros, 5, Porto. Cataloiro geral edoscriptivo de plantas e outros artigos, n. 45. Hopkins, Causer & Hoi>hins. Hirmiugham, Rio de .laneiro (95Thcophilo Ottoni) e S. João d'El Uey, Minas). .Metaes, ferragens, machinismos, drogas, estivas, ctc. Apparelhos para lacticinios, gelo, refrigeração, etc. Exportação e importação de gado de raça. Catalogo de Outubro de 1909. CasaNathan. Machinismo para a lavoura de café. São Paulo, rua S. Benton. 4:5. -^*í5S^^íj€«€€ A LAVOURA 329 NOTICIÁRIO r>oci'eto 11. '7'*S2%i, tle SI ara o respectivo paífamento. Art. 16. Para os cargos dn director, chefes das secções do Zootochnia, do Hro- matologia Animal e do Lei teria e resjiectivos ajudantes só poderão ser nomeados ou contractados engenheiros agrónomos formados no paiz ou no estran,£:eiro, com es- tudo,^ especiaes acerca dos serviços de que tenham de ser encarregados, ou pessoas de notório saber. § 1.° Os cargos de chefe e ajudantes da Secção da Medicina Veterinária e In- specção Sanitária do Gado só poderão ser preenchidos por vetorinarios formados no paiz ou no estrangeiro. S 2." Os cargos de auxiliares das diversas secçiies serão, de preferencia, pre- enchidos pelos diplomados nas escolas africolas praticas do paiz. Art. 17. Com o flm de facilitar a divulgação dos conhecimentos zooteclmicos serão admittidos no Posto Zootechnico Federal e nos postos zootechnicos regionaes que forem sondo creados, a titulo de auxiliares gratuilos, moços formados pelas es- colas de agricultura nacionaes ou filhos de criadores do i)aiz, os quaes receberão durante três mezes a necessária instrucção pratica, por meio de conferencias e exercícios práticos presididos pelo pessoal technico dos ditos postos. Paragrapho único. Os auxiliares gratuitos deverão ser admittidos em turmas, que não excedam de dez no Posto ;iootechnico Federal ou de cinco nos postos re- gionaes, do modo que, em cada anno, poderão receber instrucçilo 40 praticantes naquello e 20 em cada um destes últimos. Art. 18. No Posto Zootechnico Federal e nos postos regionaes realizar-se-hão periodicamente, e mediante aviso pela imprensa, com a necessária antecedência, conferencias especialmente destinadas á instrucção dos criadores da zona, nas quaes serão tratadas pelos chefes dos serviços as questõos zootechnicas que olfereçam maior interesse no momento. Art. 19. Sob a direcção do director da Directoria de Industria Animal será pu- blicado e distribuído fjratuitamente aos criadores do paiz um «Roletim Mensal» para a divulgação entre os criadores de todos os conhecimentos ateis á industria pecuária, especialmente os relativos aos estudos e pesquizas realizados pelo pessoal technico da directoria. Art. 20. Os postos zootechnicos fundados e custeados pelos Estados, municipa- lidades ou associaeões particulares gozarão de subvenção da União, desde que fiquem sujintos á inspecção da Directoria de Industria Animal e obrigados a obe- decer nos seus trabalhos á orientição que lhes será imprimida pela mesma dire- ctoria. Art. 21. As secções de Bromatologia Animal e Económica só serão iustalladas A LAVOURA 3:j;} quando o (ioverno julgar opportuno, devendo o quadro do respectivo pessoal ser preenchido somente na medida das necessidades do serviço. Paraarapho único. A Secção de Medicina Veterinária e Inspecção Sanitária do Gado será installada com um chefe e dous ajudantes apenas, sendo o pessoal res- tante nomeado conformo o exigir o serviço. Art. 22. Revogadas as disposições em contrario. Rio de Janeiro, 21 de outubro de 1909, 88" da [ndepondencia e 21° da Republica. — Nilo Peçanha. —A. Cundido Rodrigues. Tabeliã do numero e venoimentos dos empregados da Directoria de Industria Animal I — Pexxoal tcchnioo Directoria : 1 (lii*ector Secção de Zooteciínia : 1 chefe .'ajudanles 4 auxiliares Secção de Bromatologia Animal : 1 chefe 2 ajudantes 1 auxiliar Secção de Medicina Veterinária e Inspe- cção Sanitária do Gado : 1 chefe 0 ajudantes Secção de Leileria : 1 chefe 1 ajudante 1 auxiliar Secção Económica : 1 chef- 1 ajudante II — Pessoal administrativo 1 guarda-livros 1 bibliothecario secretario 1 escripturario 1 porteiro III — Pessoal operaria Feitores, fiscaes. guardas nocturnos, serventes de laboratórios, de estrebarias, vaccarias, trabalhadores ruraes. etc, no numero ma ximo de 40, á razão de 90$ measaes, cm média Total 12.000$000 S:000$000 5:iiOO$UO() 2:000$0i;0 :OU(J$l)l)0 :60ls000 :OOOSUOO S:OOU$ilOll r>:G0f$ilUO S:0O0iJ00O 5:6UO$000 2:000,<;0UU :00ii$0OI) :(ii)0$00o 4:00(!>;iiOíi 4:Ul)0sO0li 3:i0(l$(l(l0 2;400$OIIO 6:000$0()0 4:000$OUU 2:S(JUSO00 1:000$000 4:000$000 2:Sim$000 1 : ( lO0i?( l( 10 4:OOU$00(l 2:S0!$0U0 4:OOCsOOO 2:>ll0s00U 1:OOOSOOO 4:0n0$00i) 2:NUU$i)00 2:l)()0í;000 2:0ii0$il(l0 IrfiOOsOOO 1:2U0$U00 > S a 18:000$000 12:000$n00 S:400sOÚO ;í:000$000 12:0ii0$000 S:4fiUÃ000 3:OOOSOOO 12:0ii0$0o0 8:400$00U 12:OO0$0O0 t::400$000 3:U00$000 I2:()00s0(i0 S:4OO$0OO G.lilir$Oi)ll (i:(iiiO$(iO() 4:8111 §000 3: 600^000 18:000$000 12:000.5000 10:8001^000 12:000$000 12: 000*000 KrSOOSOOO 3:000SO00 U>:000s000 rio:4(io$ooo 12:000$000 S:400$0ll0 3:000;i000 12:000S000 8:400$0l)0 OOO15OOO 1 11)1 1:5000 80US000 (jOi)$000 43:200íp000 260:400$000 fth.iercaeões — 1.'' O pessoal da Directoria de Industria Animal, em serviço em Pinheiro, terá alojamento, sem n.oliilia, nas di'pendencias do Posto /ontcchnico Federal. 2.* Serão também alojados nas dependências do posto os auxiliares gratuitos admit- tidos como praticantes. S." O pessoal technico da directoria, quando cm serviço fora da sede da repartição, vencerá uma diária de lOJ, correndo as despezas de transporte por conta da União. Rio de Janeiro, 21 de outubro de 1909. — A. Cândido liodrigues, 7675 6 334 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Exposição de Bello Horizonte — Os niombros da conimissão julgadora dos profluctos da industria pastoril apresentaram :kO presidente concurrentes, por julgarmos não ser isso de nossa attribuíção, limitando-nos a classificar os animaes segundo os dados fornecidos pelas sub-commissões e o exame quo fizemos. Bello Horizonte, 14 de setembro de 19 i9 . — Álvaro Astolpho da Silveira.— Carlos Prates. — Dr. Wencesldo Bello. A lista dos animaes premiados já foi publicada no numero de setembro. 336 SOCIKDADK NACIONAL DE AGRICULTURA Caixiis do r»f!nsõos A^italicias — Damos em seguida os tópicos principaos do rei itorio linal do inspdctoi- do si'í:uros sobre as associações de provi- dencia, denominadas «^Caixas de Pensões Vitalícias»: « No oiflcioque dirigi ao Exm. Sr. Ministro da Fazenda, em 4 de janeiro desto anno, o que, sob n. ■.^ foi dlroetamonto encaminhado ao sabinnte ilo S. Kx., acre- dito ter refutado cabalmente os artigos o allcgações, contidos no «Memorial», pu- blicado pelo presidente da «A Previdência» e que constitue ura dos documentos de sua reclamação ;í íls. Esse meu oíllcio, bera como a primeira representação de 21 de agosto de 1907, sob n. -1:.^5, são demasiado extensos para quo i)ossam .ser aijui resumidos. Com a devida vénia, roporto-me o renovo as ponderações que longamente expuz nos alludidos ofHcios eque se acbam insertos no appendice do relatório da Inspectoria, que acaba de saliir á luz (31 de dezembro do iun7). Como, porém, o presidente da «A Previdência», era .sua dita reclamação, sem allegar factos novos, junta extenso parecer de jurisconsulto, seja-me permittido fazer novas considoraçries em defesa da altitude da inspectori.i, cuja mã vontade so reduziu a fazer, por intermédio do sub-inspector de S. Paulo, as notilicações decorrentes do despacho do Exra. Sr. Ministro, de 11 de outubro de 1907. Nenhuma hostilidade ou prevenção me animoa, nem me, mantém nesta contro- vérsia ; penso estar prestando ao meu paiz o ao governo os serviços quo lliesdevo lealmente, contribuindo e mo empenhando, quanto cabe nos limites desta fiscali- zação, para que esses nascentes institutos se organizem em bases sérias, solidas e honestas. Sei, e não .sou tão hospedo nos assumptos de economia social, sei quo as socie- dades mutuas são as sociedades do futuro e, se não fossem os erros e desordens das antigas tontinas e do outras mutualidades, o seguro de vida não teria cabido nas garras do anonyraato e do capitalismo onzenario, leonino e devorador. Para quo ninguém mo julgue precipitado e leviano nas apreciações que ex- ternei desde o meu ofFieio n. 425, de 21 de agosto de 1907, e que mantenho, a des- peito dos pareceres do advogados que nada esclareceram, nem argumentos novos trouxeram ao debate, b.istará escudar os meus conceitos com a autoridade de no- tável scientista, que sij ha poucos dias tive ensejo de compulsar. O accõrdo cm que me aeho com a opinião do Arthuis, omiMeiito professor de Direito Commercial da Universidade do Poitiers, ó tão perfeito que chega a parecer um plagio por tole- pathia . \o sou recente tratado sobre as sociedades commerciaes, publicado em lOOfi, Artliuis consagra uma das ultimas secções (VI) ás sociedades do seguros, e assim summaria: « As sociedades de seguros se riprosentam sob as firmas as mais variadas ; por isso não podemos tr.itar senão muito summariamente est(! assumpto, todo es- pecial. Propòmo-nos estudar: 1°, as sociedades anonymas de seguros a premio fixo ; 2°, as sociedades de seguros mútuos ; 3°, as que praticam o seguro contra acridcntes do trabalho, .-'is quaes accres- centareraos os syndicatos de garantias e as sociedades ou caixas mutuas agrícolas ; 4", as tontinas e os seguros sobre a vida e geralmente aquellas que fazem operações baseadas nas probabilidades de vida e de morte ; A LAVOURA 337 5°, as sociedades de capitalização.» O estudo de Arthuis é exhaustivo e completo ; precizo, porém, ser breve e muito ma constraugorei cm citar somente us trechos mais explícitos da parte de- dicada ás sociedades de capitalização e economia, do género da «A Previdência», Les Prévoyants de Vavenir e outras semeliiantes. « Ces societés onl pour objet des opcrations de nalure tellement diverso que Von ne peut pas en donner une énwneration . Elles peuvent se repprocher des assurances siir la vie, des tontines, des assurances mulueltes et des societés de secours mutueles, gt mSme se confondre avec ces sociétàs ou associations.» Mais adiante accroscentao mesmo escriptor: « 5» elles font des opêrations datis lesquelles il est tcnu comptc des probabililês de vie ou de dêcds, la loi du 17 mars 1905 leur est applicable. Un projet de loi vote en préynière lecture d la Chambre des Deputes les soumet á des régies analogues á celles de la loi du 17 mars 1905. (Arthuis: Les Societés commerciales, vol. 2», pags. 362 a 410)». Devo lombrar que a lei de 17 de março de 1005, acima citada, é a que regula em França o funccionamento das fociodades do seguros sobro a vida. De facto, as sociedades de previdência actualmente existentes na França são autorizadas a lunccionar de conformidade com a loi especial de 2 de fevereiro de 19o2 c com o art. 5" da lei de i de julho de 1901. Mas ó precizo comprehender : 1°, que não se trata de uma lei geral, applicavel a todas as sociedades do capi- talização que vierem a se fundar ; 2». que a lei franceza de 1 de julho de 1901, bem que oriunda dos mesmos pro- blemas religiosos e caldeada nas mesmas necessidades de ordem politica, ô muito diversa e mais complexa quo a nossa similar de 10 do setembro de 18'.)3. Entre outras differenças que apontaremos com vagar, basta verificar que a lei franceza de 1'JOl distingue três espécies de associações. Em primeiro lugar, ella admitte associações «não declaradas», isto é, naquella.s a quo basta a convenção para existirem : nenhuma formalidade lhes é imposta, mas também nenhuma vantagem ou personalidade adquirem . Em segundo lugar ella reconhece as «associações declaradas». A declaração feita nos termos do art. õ" constitue apenas a publicidade dada á associação, que por conseguinte fica investida de uma capacidade limitada. Emfim, a lei de 1901 admitte associações reconhecidas de utilidade publica, por um decreto expedido na forma dos regulamentos de administração publica : sua capacidade ó então mais completa, l-^sta terceira categoria 6 a que correspondo ao nosso systema de autorização regulado desde 1860, ou antes, desde 1849. ( Vid. Planiol : Droit Civ., ed. lOOG, vul. I", pags. 984 a 988 : o Thibaut : Des associa- tions, pags. 50 a 02, ed. 1904). O nosso exímio e abalizado Teixeira de Freitas, em uma de suas tão provectas e celebradas concisões, poude dizer com certa emphase o verdade : « Que o decreto de 19 de dezembro de 1860 tinha, nos capítulos IV a IX, regulado as sociedades na vasta comprehensão de todos os seus fins possíveis». (Consolid. das Leis Civis, 3"- ed., nota l'' do art. 742). Realmente , no citado decreto se acham classificadas e previstas, para a boa execução da lei n. 1.08M, de 22 de agosto do mesmo anuo, todas as sociedades 338 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA e associações de que o Codlg^o Commercial não flzer^i menção o por isso as leis pos- teriores, que mais tardo refundiram ou alteraram muitas de suas disposições, especificadamente na parte rolíiiiva ás s jciedades aaonymas, respeitaram no con- juDio, conservaram o copiaram om vários pontos, aquello verdadeiro padrão do sabedoria de Angelo Moniz da Silva Ferraz, estadista a quom jamais se poderá fazer elogio maior qiio o próprio nome. Não mo movia empenho didáctico, nom vaidade de dispensável erudição, para ir rebuscar mais longe as fontes da legislação pátria, sabidamente esparsa e feita a retalhos. Por isso, em todas as minhas argumentações e estudos a respeito desta e de outras questões sobre sociedades do seguros e suas congéneres, tenho tomado sempre por ponto do partida o celebre decreto de 19 de dezembro de 1860. Quiado pela mão lirmo do Teixeira du Freitas, eu não poderia desacertar. Tanto a lei do 22 de agosto, como o citado decreto de 19 de dezembro de 1860, prescreviam em synthese o seguinte : «As companhias o sociedades anonymas, civis ou mercantis nacionaes ou estrangeiras, suas caixas flliaos, ou agencias, que se incorporarem ou funccio- narem sem autorização concedida por lei ou por decreto do Poder Executivo e approvação dus seus estatutos ou escripturas de associação, além de incorrerem na pena do art. 10 do decreto n. 575, de 10 de janeiro du 1.S4',», pagarão, as quo tiverem capital soci.il, a multa de l a 5 por cento do mesmo capital, o as que o não tiverem, de 1:000$ a 5:000$000. Esta disposição 6 applicavel aos montepios, ás sociedades de soccorros mútuos, às caixas económicas e toda e qualquer sociedade som firma social, ailministrada por mandatários, ainda que seja beneficente.» O decreto n. 2.71 1, entre outras exemplificações das sociedades sem firma social, mencionou no art. 30 as sociedades de seguros do vida do qualquer espécie, as tontinas e outras quaesquer sociedades que tenham por Hm a repartição dos lucros !:or moio da sorte ; e, finalmente, nos art-. 33 a 35, incluio as associações religiosas, politicas e outras presentemente reguladas pela loi n. 173, de 10 de setembro de 1893. O facto de leis posteriores, a começar pela de 4 de novembro de 188-i, terem alterado ou modillcado o regimen da lei do 22 de agosto de 1860 e seu respectivo decreto, na parto relativa ás sociedades anonymas, que ficaram isentas da auto- rização prévia, não implica revogat.ão geral e completa do regimen alli estabelu. eido, o qual foi mantido o respeitado por disposições das leis novas consolidadas no decreto n. 434 de 1891, conforme demonstrei na introducção do relatório da Inspe- ctoria. (Vide officio do 31 do d(, sobre o mesmo assumpto, ao Dr. Cândido Rodrigues. Destas communicações eztrahimos as seguintes notas, que mostram bem as ubérrimas qualidades do nosso solo, onda podem se alimentar plantas dos mais variados climas. A colheita deste cereal na colónia «lyuhy» foi, no anno passado, de 20.000 saccos, dando uma proporção de 25 por 1. Nos municípios de Caxias, Alfredo Chaves, António Prado o Guaporé, consti- tuídos por terras outr'ora pertencentes a uma ez-colonia italiana, actualmente emancip ida, a colheita do trigo, em 1906, attingiu a 190.000 saccos. E' preciso notar, entretanto, que estas terras não são as mais apropriadas á cultura deste cereal. Apezar desta colheita, de todo não desprezível, a importação do trigo, era \, attíDgiu o valor de 6.299:317.'?000. Na colónia «Guarany» a producção que, em 1904, cheg-oa a (5.713 saccos, tom diminuído sensivelmente. Esto decrosciraento (• determinado pelos fretes verdadei- ramí^nte excessivos que sobrecarregam o producto em demanda dos grandes mer- cados consumidores o pelo custo elevadíssimo dos saccos de que se servem os expor- tadores para transportal-o. Em alguns municípios deste fértil e opulento Estado ha muito tempo que a farinha de trigo não é importada. A producção regional attende ás necessidades do consumo local. Sabe-se que o solo e o clima do Rio Grande do Sul se prestam satisfactoriamento .1 lavoura do trí^ro. O que ('■ preciso é tornar essa lavoura mais lucrativa, do modo a poder entrar em coucurrencía, em favoráveis condições, cora os productos simi- lares estranaeiros, que abarrotam os mercados nacionaes. Km ípucas remotas n Rio Grande do Sul foi um grande exportador do trigo para os Kstados Unidos e para a Republica Argentina, quando aindu não eiam. utilisadas, nestes dous paizes, micliinas agrícolas aperfeiçoados. Depois que nestes paizos foram introduzidas as ditas machinas e outros aperfeiçoamentos scientiflcos, que se relacionam com a lavoura, essas RupuMicas se tornaram as nossas maiores fornecedoras deste preciosíssimo cereal. Emquanto elles adoptavam, um a um, os melhoramentos agrícolas —instrumentos aratorios modernos, adubação chimica apropriada á terra o ao cereal, etc.,— nós nos muntinhimos firmes nos antigos processos de amanho das terras. A Argentina em 1902 e 1903 comprou 11.160.000 francos do instrumentos ruraes, emquanto que o Brasil, paizeujo futuro depende da lavoura, gastou, nessa mesma época, a quantia de 200.000 francos. .\ causa primeira doengrandecimento A LAVOURA 343 da Republica Argentina, do seu desenvolvimento agrícola, da abundância da sua producção está aqui. A falta de apparelhos apropriados ao beneflciamento das terras e dos seus productos — moinhos em condições de tornar mulhor o preparo dus cereaes, tom obstado o progresso da cultura. Por sua vez as tarifas esmagadoras, que pesam sobre os exportadores, emba- raçam os esforços tendentes a levar o trigo dos legares interiores do Estado aos melhores mercados consumidores. Se não vejamos: um sacco de trigo era grão, paga de transporte, de colónia «Guarany» para a capital do Estado, onde somente pôde ser beneficiado, a exorbitante quantia de 5$500, o que é em extremo desani- mador para os lavradores. E apezar disto, neste Estado, o Sr. Rheigrantz mantém uma fazenda, em D. Pedrito, intitulada «Nova Waills», onde cultiva o trigo pelos processos os mais modernos, verdadeiro campo de experimentação. (De A Gaseta de Noticias.) O Brasil no Estrang^eiro — Forças nYDRAULicAS.— do Commer- cial Intelligence: Grandes progressos estão se operando no Brasil, no tocante á applicação das forças hydraulicas ao desenvolvimento da electricidade. Começou o movimento no Estado de S. Paulo, onde ha innumeras quélas de agua, na >ua raaioriít proprie- dade do Estado, que estão ainda por ser exploradas. As principaes iustallações hydro-electricas ali existentes, constam de um recente relatório consular. .\ prin- cipal, porém, é a da < S. Paulo Tramway, Light and Power Company », em Par- nahyba, com a capacidade geradora de 8.000 cavallos. Outras companhias têm iustallações em Juadiahy, gerando 1.000 kilowatts; em Sorocaba, gerando 1.000 kilowatts ; no Rio Claro, 580 kilowatts ; em Mocóca, gerando 500 kilowatts ; em Piracicaba, gerando 450 kilowatts. Um i importaute usina está em via de oon- strucção, pelas Docas de Santos, nas cachoeiras do Itatinga, perto de Santos, que vão transformar e transmittir 3 . 000 kilowatts para o serviço de carga e descarga DO cães de Santos, e para supprir luz e energia naquella cidade. Entre as muitas quedas de agua que têm sido examinadas, mas que ainda não estão .sendo utilizadas, nomearemos as seguintes: No rio Paraná : Cavallos Urubú-punga 447.000 No Rio Grande : Patos 400.000 Marimbondo. . 61.00Q Avanhandava 57.700 Itapura, Juqueryquerê, Cruzes e Ilha Secca, cada uma. 40.000 O Caca,ueii"0 na Babia. — Escreve o Colonizar : « Grande parte das mais fecundas terras do Brasil pertence ao Estado da Bahia e parece que os plantadores ali estão duscobrindo que a cultura do caoáo é a mais proveitosa. (J cônsul britannico local acaba d(^ fornecer os seguintes pormenores : 344 SOCIEDADE NACIONAL DE AORICOLTURA As plantações de cacáo abrangem uma área de 40.000 acres, contando 10 mi- Ihõíís de pós. Era 1907-908, a producção elovouso a 25.000 toneladas. Cada acre conténa S50 pis de caoáo e a mi^dia de prodn(!c.'rLO annual é de 5,5 libras por pé. NSo ha duvida, iwrém, que com mais esmero e intnlligont • esforço, essa média po- daria ser lariramente au^rmentada, visto que um itonluicido plantador colhe rogu- larmonte 13 libras por pé cm cada safra. Durante os últimos annos tera-so tentado substituir o velho methodo de soccar a vatrs;n ao sol pelo da sécca modianto calor artificial. .\s tentativas foram satisfactorias, porque ficou averigaado que o cacáo seccado pelo novo processo torna-si^ superior e adquiri' uma coloração mais roi;ular e uni- forme, o que lhe dá molbor cotação no mercado. Este methodo, porém, é um tanto dispendioso, e por isso somente adoptado até agora por um pequeno numero de plantadores. O Brasil, ao todo, concorre presentemente com um pouco mais de um quinto da producção de cacáo do mundo. Dessa proporção a Bahia entra com 80 por ceato, — por onde se vê que esse Estado occupa posição considerável no mercado mundial do cacáo. As safras da Bahia têm ;i.ugmentado de 14.000 toneladas em 1901-002 para 25. 182 toneladas em 1907-908 e a presente safra é cal('ulada era 27.000. Esse cacáo é exportado em arande escala para os Estados Unidos, Allomanha o França. O reino Unido também recebe uma parte. O augmento da producção continua a ai:centuar-se de anno para anno. A re- gião apropriada a essa cultura é praticamente il limitada e as condições são alta- mente favoráveis ao rápido m 'drio. O grande embaraço ao desenvolvimento desta industria é a difflculdade de trans- porte. Não ha uma só via férrea na zona do cacáo e as estradas existentes são imprestáveis. Como resultado, o transporte de cacáo e outros productos é muito dispendioso. Muitos planta^lores pagara tanto quanto 4 shillinirs pelo transporte de cada sacco (132 libras) do cacáo, e o prior é que esse transporte, assim feito aos trancos e barrancos, estraga a tal ponto o artigo, que chega a affectar a sua cotação no mercado». O café. — Os Srs. Nortz & Comp. do Havre, publicaram no dia 2 do cor- rente, a sua costumada circular sobre a situação e futuro do café. Duuring & Zoon, de Rotterdam e Nortz & Comp., do Havre, são dois grandes negociantes de café, muito populares entre nós, e nos grandes mercados mundiaes de cale, pelas suas celebres circulares, que revelam o perfeito conhecimento quo teera desse negocio. A seguir transcrevemos a referida circular : « Recebemos esta semana ura telegramma dos nossos amigos Srs. Barbosa & Comp., inforraando-nos que o chefe da família, .sir. Barbosa pai. importante fazendeiro de Ribeirão Preto, tendo percorrido diversos districtos, verificou que a florescência se fez em em condições muito desfavoráveis e pensava que a próxima colheita não daria oito milhões de saccas. Bem sabemos quanto pode ter de hypothetica, nesta época do anno, uma opi- nião desse género, t mto mais quanto ainda haverá outra florescência em outubro e talvez outra em novembro. Sabemos igualmente quanto o publico está sempre disposto a estranhar que já se avalie a próxima colheita, quando ainda não se A LAVOURA 345 sabe ao certo o que vai dar a actual. Devem admittir, entretanto, todos quantos se teem approximado da cultura cafeeira, que é facílimo averiguar o estado desfavorável da florescência, ao passo que é difflcil avariar, com approxi- maçào de algumas centenas de mil saccas, as entradas de uma colheita em mo- vimento. Além disso, essa informação é confirmada por apreciações de differentes pro- cedências, uma das quaes, de opi?em muito séria, calcula apenas em 10 a 10 1/2 milhões de saccas a colheita actual. Desde a manhã de quinta feira corre o boato de que o Governo de S. Paulo desistiu do projecto de supprimir a limitação de exportação e um aviso offlcial publicado hontern á tarde e procedente de Antuérpia, assegura que não se trata dessa suppressão, mesmo porque a colheita actual deve ser inferior ao que se es- perava, e a futura ainda menor que a actual . Por nossa parte, pensamos que se ainda perdura essa funesta limitação, é que não foi possível chegar a accôrdo sa- tisfactorio com os bancos. Não temos lembranças de, em 85 annos, ter assistido a semelhante situação no cafó. Parece que ninguém quer auxiliar o mercado e elleacha-se inteiramente entregue a si mesmo, o que, entretanto, não impede que, em vez de baixar, mani- feste tendência a evidente firmeza . Não se pode explicar esta circumstancia senão pelo facto de altistas e baixistas pretenderem uma só cousa — que o mercado baixe e ainda uma vez, pois sentem os perigos da situação, vendo que o tempo corre, que se approxima o momento em que as entradas devem forçosamente reduzir-se e em que terá de entrar em vigor a limitarão da exportação, e tudo isso sem que tenham tido ensejo de abastecer-se a preços baixos. Parece que o effeito da depreciação do artigo vai desconcertar todos os cál- culos. Cumpre ainda dizer que ha alguns annos todos os grandes artigos teem tido alta de preços : o algodão, a lã, o assacar, a pimenta, os metaes, assim como todos os va- lores, estão em alta visível desde o anno passado, devidh d barateia do dinheiro. Sâ se exceptua o trino, em vista da sua forte producçâo, o qtte è ainda um factor da pro- speridade geral e do augmento da força acquisitiva da collectividaue , SÓ o café ficou atraz, mantém-se barato e é o único producto, cujos preços são inferiores ás custas de producçâo. Ora, aiigmentado regularmente o consumo do café, emquanto muitos paizes produetores diminuem gradualmente as respectivas colheitas, ou mesmo o abandonam completamente, como Java, e tendo em vista que ha seis annos não se fazem novas plantações, nfio é ser demasiadamente opti- mista acreditar que esse artigo, tendo passado ha treze annos por tantas attri- bulações, acha-se talvez na véspera de restabelecimento definitivo ; tanto mais, talvez, quanto todo mundo finge não o crer, temendo que o facto se realize ; porque são raros os que deram providencias para esta eventualidade. E' tanto mais fácil agora tomar posição no artigo, qu into elle está em deport e ha certo tempo tem sido regularmente possível vender a preços sensivelmente mais elevados, no vencimento, as compras feitas a prazo para mezcs mais proximosi ao passo que é impossível a cobertura sobre os mozes mais afastados. Ao que vimos de expor, não é preciso accrescentar conselhos. A nossa opinião é a mesma : — deve-se comprar café e saber guardal-o». 346 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Iiiclioa.<,*ôeii< utoiH. —Desintegra dor «Dr. Ca.rlos Botelho». — Esta machina ô ;i unioa quo produz o farelo de oanna, som extrahir o sueco. O mesmo apparelho 6 tambora um purfoito desintegrador para milho. Uiiioos fabricantes: — CompaQliia Mechanica — S. Paulo. Saloxo. —Ao fSaloxo», sal especial para gado, importado jielos Srs. Rom- bauor & C, foi conferida a menção honrosa, na exposição agrícola de Porto Alegre. O Ministério da Agricultura mandou agradecer aos Srs. Rombauer &. C. a of ferta de 1.000 kilos «Saloxo», para distribuição gratuita entre os criadores das zonas flagelladas pela febre aplitosa no listado do Rio de Janeiro. Agua Electra Sanitas. — Especifloo contra a sarna dos carneiros, moléstia que causa o empastamento da lã. A agua Sanitas foi applicada com completo successo, nos carneiros, do Horto dft Penha, mantido por esta Sociedade, e situado na estacão da Penha. Cooperativa, Central dos A.js;ricultoi-e8 do lírazsil — Conforme estava annunciaJa, reuniu-se no dia 5 do corrente a assembléa geral da Cooperativa Central dos Agricultores do Brazll. Aberta a sessão, o Dr. Wencesláo Bello declarou que tendo siimente naqiiella mesma data ficado promptos os estatutos, não tinha ainda dado conhecimento delles aos 184 lavradores, que já tinham adherido á Cooperativa, para ro- metterem os necessários poderes para assignar os estatutos e subscrever o ca- pital de cada um. Não estando ainda esses adherentes habilitados para exercer os direitos de sócio, isto í, votar e ser votado, propoz o adiamento da assembléa para quando tiverem sido observadas essas formalidades essenciaes, devendo elle então con- Tocal-a novamente para a eleição e posse da directoria e conselho flscal. Essa proposta foi approvada e ficou também resolvido que os originaes dos estatutos e as listas de assignaturas dos quinhões, ficassem á disposição dos in- teressados, nesta sociedade. Industria Pastoril — Continua com grande incremento por parte dos nossos criadores a imjiortação de aniraaes reproductores, que, depois do introduzidos no nosso meio pecuário, formarão forçosamente um precioso contin- gente tão necessário á industria pastoril. A 12 do outubro, ãs 2 iioras da tarde, desembarcaram no caos da Companhia Cantareu'a, no Pharoux, um bellissimo cavallo árabe o um esplendido louro da raça Quernsey, chegados pelo vapor inglez Tintoretto e importados pelos activos commercianto.s desta praça Srs. Hoplvins, Cansorà Mopliiiis, que os adquiriram para o Sr. José Soares Pereira Júnior, iim dos mais importantes fazendeiros e criadores do prospero Estado do Rio de Janeiro, que não tem poupado os maiores sacrifícios para elevar bem alto o conceito de que goza o nosso paiz no estrangeiro, no que concerne ao melhoramento e completo levantamento da nossa pecuária. Alôm destes dois reproductores, vem mais um cavallo também árabe, perten- cente ao adianta lissimo Governo do Estado de Minas Geraes, que o mandou buscar para um dos seus mais operosos criadores, seguindo no mesmo vapor para o porto de Santos, onde desembarcará com destino a Uberabinha. ^ ^ •t -^' i, í?; < ■f/. r— z N •íí cr, O u ^ ? 7: blj Cí l D- H 8 ?. o a i-. S Ph '^ o ',1 ^ t: OJ 2 S a o S O -< o A LAVOURA 347 Como acima dissemos, a importação foi feita por intermédio da casa Hopkins, Causer & Hopkins, já tão conhecida dos nossos criadores, não só pelos bons espé- cimens que faz transportar para o Brasil, como pelos relevantíssimos serviços que lhes tem prestado facilitando-os e auxiliando-os na' adquirição de reproductores especi.ies e que se prestem ao fim para que são destinados. A casa Hopkins, Causer & Hopkins ô uma das mais consideradas e respeitadas quer da nossa praça, quer das praças ondo mantám flliaes, como sejam: Estados Unidos da America do Norte, Bolirica, Canárias, Suissa, Hollanda, etc., não so le- vando em linha de conta as filiaes d'aqui e de S . João d'El-Rey, além das agencias de Bello Horizonte, .luiz do Fora, Curityba, Porto Alegre, Recife, Pará, Paraná e muitas outras que não nos occorrem agora, de forma quo a casa está preparada para adquirir logo na fonte principal qualquer reproductor, sendo estes os motivos por que a casa Hopkins, Causer & Hopkins se impõe a todo criador criterioso quo deseja fazer uma boa selecção. No intuito de auxiliar os criadores no extermínio do carrapato têm sido incansáveis os Srs .Hopkins, Causer & Hopkins, já mandando vir da sua casa matriz, em Birmingham, medicamentos especiaes, como o poderoso desinfectante denomi- nado «Vacclio», reíristrado na Junta Commercial e ao qual se poderia applicar o titulo de «Salvação do criador», visto a sua efflcacia na destruição daquelle parasita, que incalculáveis prejuízos tem até hoje trazido aos criadores. Os animaes quo hoj > desembarcara são reproductores de primeira ordem e pelos respectivos pedigrees se poderá avaliar a sua fina qualidade. O progenitor do touro tem alcançado consecutivamente nestes últimos annos o campeonato, que ainda conserva. Os cavallos, do linhas correctíssimas, mostram a qualquer leigo no assumpto a sua especialidadi', podendo os Srs. Hopkins, Causer & Hopkins exultarem com o êxito obtido com esta importação. Prémios a,os sex-icicultoi-es — A importância de 60:000$ desti- nada aos prémios aos sericicultores e ás fabricas de seda será distribuída do modo seguinte : lOrOOOs, á razão de 1$ por kilogrammo aos sericicultores que apresentarem casulos de producção nacional, de accôrdo com o regulamento n. 6.519, de 13 de julho de 1907; 5:000$, aos sericicultores que provarem, a juizo do Governo, ter, no mínimo, dois mil pés de amoreiras formadas e perfeitamente cultivadas e 22:500.-j, a cada uma das duas primeiras fabricas que, installando machinas aperfei- çoadas, empreguem, na tecelagem, casulos nacionaes. rtamie — A oEferta de rhizomas de roMíe, queo Sr. barão do Paraná fez ao Museu Commercial do Rio de Janeiro, nos suggero algumas considerações sobre essa importante planta têxtil. Outr'ora foi, com enthusiasmo, tentada pelos agricultores do nosso paiz a cultura dessa planta, tendo sido. porém, abandonada, em vista da difflculdade do preparo da fibra e da sua applicação commercial o industrial. Kntriítanto, com a vinda do Sr. Theophile Trébucq, que traz pessoal ha- bilitado e machinas especiaes para installar um grande estabelecimento de te- celagem e ilação, com capitães francezes, será naturalmente iniciada, em ampla 348 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA escala, a cultura da rumie. Sobre a cultura da rnmie, o Sr. Trébníq foz uma con- ferencia muito interessante, no Musuu C nnmercial, a qual foi muito concorrida. Estão interessados nessa cultura os Sfs. viscondes do Urarahy e Quissaman, o Sr, barão do Paraná e o Sr. J. Ribeií-o do Castro. A plantação deve ser feiti por niuio de rliizomas. A cultura por sementes, além de exigir maior cuidado, é do desenvolvimento mais demorado. Devido ao tanino que contCm, a ramie 6 inatacável peles insectos. Planta de fácil cultura, produz muito bem nos Estados do Rio, S. Paulo e Santa Catharina. Os rhizomas que o Sr. barão do Paraná ofTerecou ao Museu Commercial vieram da fazenda do Sr. A. Marcondes, na Apparecida, município de Sapucaia, Estado do Rio. lieg-isti-o do criadores e industriaee— O Sr. Charles Causer, sócio da importante firma, Hoplvins, Causer & Hopkins, foi o primeiro criador, que se inscreveu no Registro de criailores e índMstrtaeí, organizado pelo Ministério da Agricultura, Industria e Commercio. Este acto do adeantado criador merece ser largamente imitado, pois é de grande utilidade a insoripção no referido Registro. -&$$»<|QK^^ PARTE COMMERCIAL Mez de outubro Ca,ré Durante o mez de outubro foram vendidas 281 .0 )0 saccas de café para expor- tação, veriflcando-se em 31 de outubro um stock de 341.104 saccas. Houve nerta animação no mercado dos comraissarios, observando-se franco supprimento do café á venda sob a influencia das noticias de alta no fechamento em Nova Vork. Os extremos das nossas cotações durante o mez foram os seguintes: Por arroba Por 10 kUoa Typo n. 6 6$300 a 7$300 4^289 a 4$970 » » 7 G$(JOO > 7$(»00 4$085 > ■)$766 » ,8 5$700 > 6$700 3$881 » 4^562 , ,9 5$400 » 6$400 3$G76 » 4$357 A LAVOURA 349 A.^ua>i*d eu te Os supprimeQtos recebidos no decurso do maz constaram de 593 pipas de di- versas procedências, conservando-se os compradores retrahidos. As cotações por pipa, base de 20 grájs, foram : Paraty r25$00O a 130$000 Angra 10"j$030 > 110$)00 Campos 90$000 » 93$000 Maceió 93$000 *• 95$000 Bahia 90$000 » 95í;000 Pernambuco gDjOOO ■- QõjOOO Arac^ii 9J$000 » 95:>C00 Sul 90$000 » 93$000 Álcool Na pi-imoira quinzena, o mercado deste producto permaneceu estável, na se- gunda, porém, estsve indeciso, recusanlo-se os compradores a pagar os preços anteriores. As entradas foram pouco volumosas e os preços regularam do seguinte modo : 40 gráos 160.$000 a 170$000 38 • 140$000 > 150§000 3fi > 185.?000 > 135J000 A.Ig'odão em ra^ma. Durante todo mez, a mirciía dos preços foi sempre ascendente em virtude das noticias de Liverpojl e dos grandes embarques para ahi. A existência do numero de fardos no dia 31 de outubro era de 10.768. Preços Pernambuco 12$600 a 15$400 Rio Grande do Norte I2$400 ^> 15^400 Parahyba 12$600 » 15$000 Ceará 12$600 » 13$600 Penedo lã|000 » 14.$300 Sergipe. 11$200 > 14$000 A-ssucar Na primeira quinzena, em consequência da falta de pediio5;.do interior e da suspensão de pagamentos de algumas firmas deste ramo de nBgocio, o mercado conservou-so frouxo para o género; na segunda houve alguma animação. O mercado fechou flrme e orçava-se em 31 do mez a existência em saccos 164.434. 7575 8 — 350 SOCIEDADE NAQONAL DE AGRICULTURA 03 preços regularam do seguinte moio: Pernambuco : Branco usina $240 a $260 Dito crystal $240 * $2-30 Dito 3' sorte $230 a $260 Crystal amarello $2X) > $240 Masoavinho $20J > $24) Somenos $2.X) > $230 Mascavo bom $100 > $203 Dito regular $150 >• $185 Dito balso $140 > $160 Campos : Branco crystal $250 a $290 Dito do 2» jacto $2i0 » $250 Crystal amarello $200 » $240 Mascavinho $190 » $240 Sergipe : Mascavo bom $160 » $193 Dito regular $150 > $180 Dito baixo $140 » $160 Fumo em rolo Na primeira quinzena o movimento de negocio continuou escasso; na segunda, houve augnien to regular nas entradas e negócios mais desenvolvidos. O mercado fecliou firme. As cotações, por kilogramma, foram as seguintes : Preços De Minas, especial .•tgOO Dito superior $300 Dito 2» $600 Dito ordinário $500 Goyano especial í;$000 Dito superior 1$800 Baixo $800 Rio Novo, superior L$ô00 Dito 2' 1$40J Dito baixo $800 Pomba superior 1$200 Dito 2» 1$000 Dito baixo $800 Carangola 1$000 Picú especial, 2$000 Dito I« 1$600 Dito 2* 1$200 Babia 1$600 A LAVOURA 351 Oereaes No mez rogalaram os seguintes preços : Saccos Arroz nacional 29.|C00 a 32$000 Dito inferior 27|000 > 29$000 Dito esíi-angeiro (agulha) 1" qualidade 36$0C0 » 38.$000 Dito 2" qualidade 3ã§000 » 34ÍO0O Feijão preto de Porto Alegre Nominal Dito idem mineiro 9$500 a 11|000 Dito idem de Santa Catharina "$500 » 8$500 Dito do Paraná Nominal Dito mulatinho IT.sõOO a 19§500 Dito manteiga 16$000 » 18$000 Dito enxofre, nacional 15$000 » 17$000 Farinha de mandioca especial 9$200 ► 1U$000 Idem flna 7$200 » 8$800 Idem peneirada 6$500 « 7$600 Idem grossa ... 5$900 » 7$200 Milho da terra 6$800 » 7$600 Idem idem misturado 6$õ00 > 7$200 Cangica 15$000 » 16$000 Favas Nominal Amendoim , 7$000 a 8?00O Kilogramraa Fubá de milho $130 a $200 Matte em folha $540 » $640 Tapioca $360 » $400 Polvilho $460 » $560 7S75 Rio de Janeiro — Imprenaa Nacional — 1^09 EST A.TTJTO S CAPITULO H DOS SÓCIOS Art. 8.° A sociedade admitte as seguintes categorias de sócios : Sócios eITectivos, correspondentes, honorários, beneméritos e associados. § i." Serão sócios eITectivos todas as pessoas residentes no paiz que forem devidamente propostas e contribuírem com a jóia de i5$e a annuidade de 20$ooo. § 2.° Serão sócios correspondentes as pessoas ou associações, com residência ou sede no extrangeiro, que forem escoliiidas pela Directoria, em reconhecimento dos seus méritos e dos serviços que possam ou queiram prestar á sociedade. § 3.° Serão sócios honorários e beneméritos as pessoas que, por sua dedicação e relevantes serviços, se tenham tornado beneméritos á lavoura. § 4.° Serão associadas as corporações de caracter official e as associações agrícolas, filiadas ou confederadas, que contribuírem com a jóia de 30$ e a annuidade de 5o$ooo. § 5.° Os sócios effectivos e os associados poderão se remir nas condições que forem preceituadas no regulamento, não devendo, porém, a contribuição fixada para esse fim ser inferior a dez (10) annuidades. Art. 9.° Os associados deverão declarar o seu desejo de comparticipar dos tra- balhos da sociedade. Os demais sócios deverão ser propostos por indicação de qualquer sócio e apresentação de dois membros da Directoria e ser acceitos por unanimidade. Art. 10. Os sócios, qualquer que seja a categoria, poderão assistir a todas as reuniões sociaes, discutindo e propondo o que julgarem conveniente ; terão direito a todas as publicações da sociedade e a todos os serviços que a mesma estiver habilitada a prestar, independentemente de qualquer contribuição especial. § I ." Os associados, por seu caracter de coUectividade, terão preferencia para os referidos serviços e receberão das publicações da sociedade o maior numero de exem- plares de que esta puder dispor. § 2." O direito de votar e ser votado é extensivo a todos os sócios ; é limitado, porém, para os associados e sócios correspondentes, os quaes não poderão receber votos para os cargos de administração. § 3.° Os sócios perderão somente seus direitos em virtude de expontânea renuncia ou quando a assembléa geral re.solver a sua exclusão por proposta da Directoria. -'>jr»«-CH KÕ^^jio- I?,Ea-XTI^.A.lS/a:B3SrTO CAPITULO VI DOS SÓCIOS .•\rt. 18. A sociedade prestarei seus serviços de preferencia aos sócios e associados quando estiverem quites com ella. Art. iQ. A jóia deverá ser paga dentro dos primeiros três mezes após a sua accei tacão. \tI. 20. .\s annuidades poderão ser pagas por prestações semestraes. .•\rt. 2[. Os sócios e os associados se poderão remir mediante o pagamento das quantias de 200$ e 500$, respectivamente, feito de uma só vez e independente da jóia, que deverão pagar em qualquer caso. An. 22. Os sócios e associados não poderão votar, nem receber o diploma, sem terem pago a respectiva jóia. § 1." O sócio que tiver pago a jóia e uma annuidade, poderá remir-se mediante a apresentação de 20 sócios, desde que estes tenham igualmente satisfeito aquellas contribuições. § 2.° Para esse eíTeito o sócio deverá requerer á Directoria, provando seus direitos nos termos do paragrapho anterior. § 3.° Serão considerados beneméritos os sócios que fizerem donativos á sociedade, a partir da quantia de um conto de réis. .•\rt. 23. Para que os sócios atrazados de duas annuidades possam ser considerados resignatarios, nos termos dos Estatutos, é preciso que suas contribuições lhes tenham sido solicitadas por escripto, até três mezes antes, cabendo-lhes ainda assim o recurso para o conselho superior e para a assembléa geral. LARANJEIRA FORNECIDA PELA SOCIEDADE PARA O l')MKR DA FAMÍLIA CRUZ, FM 19O7 An.no XUl - N. 11 Rlú OK Janbiku .\o'. hllUBO DB l9Uy PIUWEUPt HORTO DA PENHA S^inhedo, visto de frente CspltAl Federal ^ VIRIBUS UNITIS «« BRA.ZIEJ IMP. KACIONAL — I^IC SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA pDNUAliA EM 10 OK JANEMOI l)K I Hq? Oaim-poslal, 1245 Sen»; «om d» ilfimiog» d. Ifll! eoderego Tslegriphico, AGRICULTORA « flínora Camira d. 127 Têlephone d. 1416 hi>> i>r janriko Ollt WOTOK.IA Presidente — Dr. Wencesláo Alves I.eite de OMveír.i Bello. 1° Vice-presidente — Vaíio. 2" Vice-presidente — Dn. Sylvio Fekreira Rangel. :i" Vice-presidente — Dr. Domingos Sérgio de CARVAf.iio. Secretario Oeral — Dr. Heitor de Sa. í° Secretario — Dr. Francisco Tito de Souza Kkis. 2° Secretario — Dr. Benedicto Ravmundo da Sii.va. 3° Secretario — Dn. Josi: Ribeiro .Monteiro da Sii.va. 4" Secretario — Alberto de Araojo Ferreira Jacobina. 1° Thesoureiro — Dr. João Pedreira do Couto Ferraz Jiinior 2° Thesoureiro — Carlos Raui.ino. Horto da Peniia Dr. Wencesláo Bello Fazenda de Santa Mónica Dr. Sylvio Raníjel. SecretfN ia, Álcool e iMuseu ...... Dr. Benedicto Raymiindo. Secção Technica e Bibliotlieca Dr. Heitor de Sá. Plantas e sementes Dr. Monteiro da Silva. Propaganda e estatística Alberto Jacobina. Tlie.souraria Carlos Fiaulino. 0«>l lii l><>ru<.*ÀO Serão considerados collaboradores não só os sócios como todos que quizeieni ser- vir-se destas coUimnas para a propaíjanda da afrricultiira, o que a redacção muito agrradece. A lista tios collaboradores será publicada annualmente com o resumo dos trabalhos. A reiiacção não se responsabilisa pelas opiniões emíttidas em artifjos assig-nados, e que serão publicados sob a exclusiva responsabilidade dos autores. Os onerinaes não serão restituídos. As communicações e correspondências devem ser dirigidas á Redacção d'A^^A VOURA na sede da Socieiiade Nacional de .Agricultura. A LAVOURA não acceita assignaturas. F.' distribuída gratuitamente aos sócios da Sociedade Nacional de .Agnciiltura, VEZES MEIA PAGINA tIMA PAGINA I 12$000 2O$O0O 3 .... 3o$ooo 5(^000 6 5o$ooo 90$ooo 12 go$ooo i70$ooo Os annuucios são pagos adeantadamente. Tiragem 5.000 exemplares SUMMAklO .V .Mandioca PAGS 53 Caixas ruraes 356 .\ exposição e criação mineira 35q Scccas contra secca 373 Calculo.^ de safra ^76 Expediente 378 Noticiário 3g-5 Parte Commercial 423 Anno XlII — N. II Rio de Janeiro Novembro de 1909 EDITORIAL LIBRAk. NEW VOKK BOTANICAL A mandioca cardiín: A mandioca é uma planta que tem elementos para vir a ser, em nosso paiz, uma inexgotavel fonte de riqueza, pela facilidade, barateza e abundância de producção. De facto, exceptuando os terrenos de humidade estagnada, a man- dioca produz em qualquer si'ilo, preferindo, entretanto, os silico- argilosos. Os climas quentes e seccos são os mais favoráveis á sua cultura. A plantação da mandioca é feita pelos processos mais simples, não lia- vendo quem ignore como se cultiva essa preciosa planta . . Existem umas 50 variedades, entre as chamadas braoas e mansas, que servem para a alimentação do homem e de algumas espécies de ani- maes, o entre elles o porco, os bovinos, os ca vai lares e muares, previa- mente habituados. A mandioca brava, para ser foi'necida aos animaes, deve ser sub- mettida, de antemão, a uns certos processos especiaes, afim de se tor- nar inoffen=!Íva. Deixamos de indicar aqui esses processos, por serem l>era conhe- cidos dos nossos lavradores. Para a extracção do polvilho, que tein applicações alimentícias e industriaes, utilizam-se as mandiocas mansas ou braoas. No no.s.s5 pai/, são cultivadas umas 30 variedades, e entre ellas: mandioca palma, em S. Paulo; mata-fome, nos Estados de Minas, S. Paulo, Rio e outros ; amarella, era Alagoas e Pernambuco ; mandioca doce, cultivada em quasi t'idos os Estados do Brasil ; mandiocas branca, 'ou mansa, caoellinha, fria. Landim, Mandy, milagrosa, Morandu, manteiga, pacoré, Mandy, Sebastião, pipoca, suissa, assú, Barroso, Maniború, nos Estados de Matto Grosso e Goyaz ; Parati, periquito, S. Pedrinho, no Paraná ; retrós, amargosa ou oermdlia, etc. No Horto Fructiculo da Penha, mantido por esta Sociedade, .são cul- tivadas, para experiência, as variedades seguintes : Doces — Carcarica, manteiga, poquim, veado, mata-fome, pão do Chile, pão encarnado, Sinhá está na mesa a poça. ^ Amargas — Mamão, saracura e Capanema . ^ 8552 1 ■ a. Cl 354 SOCIEDAD:': nacional DI5 AOaiCULTUaA Tubérculo alimenlicio de primeira ordem, a mandioca, enlretaiUo, nijo attinglu ainda, no Brasil, a importância, agi'icola, indusli-ial e com- merrial, (jue liie e^^tá re^orvada, e islo porque ella não púJe ser expor- tada, no seu estado natural, porque se deteriora. Para ser, pois, exportada, é preciso que ella seja Iransfoi-maiia em rampas on aparas, convenientemente dessecada*. Felizmente, para realisar esse di^sideratuni, o industi-lal Sr. co- ronel Napoleão Duarte, inventou um niarliinismoesi>e(i;il que descasca a mandioca e depois a redu/. a liimina> mui delgadas, as quacs, tratadas por um processo espacial quo evita leimentaião, são, em seguida, de- seccadas em apparellios apropriados, que as expurga das substancias to- xicas ou nocivas. As laminas assim preparadas conservam todos os seus elementos nutritivos, e são de perfeita conservação desde que não estejam expostas á l)umidade. O coronel Duarte tem o privilegio para a fabricação da farinha de mandioca, para a panificação. Para se avaliar do mérito do processo do coronel Duarte, basta dizer que o governo fi-ancez, roceioso da concurrencia quo o producl^ prepai-ado pelo seu systema vae fazer á producção similar das suas colónias, lançou sobre o producto preparado pelo systema « Duarte » o imposto de sete francos por 100 kilos. Si, até o presente, a exportação da raiz da mandioca era irrealizável, a tapioca e o polvilho, entretanto, conquistaram já diversos mercados estrangeiros. Mas mesmo estes productos não teem ainda, entre nós, a impor- tância commercial que lhes compete. Entretanto o numero de fecularias existentes nos Estados é já animador, mas da farinha fabricada pouca sobra para a exportação, porque o consumo dentro d" paiz é grande. Nos Estados do Norte, especialmente no Amazonas, no Pará e nas demais regiões onde so extrahe a Itorracha, a farinha de mandioca compõe, com a carne secca, o principal alimento dos ri- Jlciros . Java exportou para a França, em 190S, 27.000 toneladas de raiz de mandioca. M. Pcrkíns, administrador da « Planters Manufacturing C."», estabelecida na Florida (America do Norte), produz, annualmente, em cada uma das suas fecularias, G.OOO toneladas de fécula extrahida da mandioca. A LAVOURA 355 O Bi'asil exportou de 1902 a 1906 as seguintes quantidades: Annos 1902 . 1903 . 1904 . 1905 . 1906 . Total O? principaes impor Kilos 6.214.009 6.671.239 3.980.076 5.276.146 G. 664. 103 28.805.573 Coutos 722:607$000 810:233$000 892:23ts000 1.1 57: 737^5000 1 . 335 : 7258000 í.'JlS:53f;!<000 tadores são as Republicas do Prata. Os pi'incipaes Estados exportadores são Santa Catharina e Rio Grande do Sul . A exti'acção do álcool da raiz da mandioca é praticada na Bélgica eem S. Paulo, na estação da Várzea, por uma sociedade anonyma frau- ceza. A Soc-iedade Nacional de Agricultura, com o intuito de crear e des- envolver a industria de raspas ou aparas de mandioca, para exix)rtação, instituiu, o anno passado, Ires prémios, sendo o primeiro de 1:0008, o segundo de OOOs e o tei-ceiro de íOO^OOO. Para fazer Jus a esses prémios era preciso (conforme se lê nos jor- naes do dia 19 de novembro de 1908 e na .4 Laooura do mesmo mez e anno, pag. 524) : 1°, a descripção detalhada e clara do processo empregado; 2", a demonstração do custo de producção do preparo industrial ; 3°, a apresentação do producto na ciuantidade minima de cinco t' meladas, em estado de ser embarcado e romeltido para a Europa, como experiência, até 31 do maio de 1909. Seriam condições do pi-eTerencia para o 1° [)remio : 1°, o maior preço alcançado na praça de Antuérpia, com margem para lucro ; 2"^, menor custo do preparo industrial; 3», a maior quantidade de producto apresentado. A Sociedade se promptiflcaria a auxiliar a exportação e a venda, por conta dos productores. Sobre este importante as.sumpto da cultura da mandioca e da pro- ducção e exportação dos seus productos, esta Sociedade tem se occupado sempre, como se verifica nos números da A Lavcura de dezembro de 1900, março a junho de 190J , novembro de 1908 o julho de 1909. -&^*»íjt««««- 350 SOClEDAUh .^AC10^AL UU. AGKICULTURA COLL.ABORACÃO Caixas rurass Acredito da minha incomiieleiícia deve ser levada a sorama do desejo que nutro de servir, com o melhor das forças de que é capa/ a acanhada cultura do mou espii'ito, á causada Lavoura, magno problema em que se firma o futuro do paiz. E assim me desculpando no julgamento severo dos competentes das lacunas que bem sei existem neste desprelencioso artigo, irei, á medida das minhas forças, explanar a opinião que tenho no atti- nen te ao modo de accelerar solução completa, inteira e cabal da crise que assoberbou a lavoura do paiz. o quiçá abalou sua vida economo- financeira, hoje em si combatida, enfraquecida e minorada pelos gol- pes que vêm de receber dos muitos patriotas que a têm enfrentado co- rajosamente, imperlerrilamenle, na luta gloriosa para sua solvabilida- de, concretizada no diuturno e i-nces-^anle batalhnr da Sociedade Nacio- nal de Agricultura. Não venho tecer elogios — merecidos quaesquer que fossem — aos Drs. Assis Brasil, Ignacio Tosta, Pereira Barroto, Goi-los Botelho, João Pi- nheiro, Wencesláo Bello o muitos oulro5 nobillissi mos pelas aureolas de Apóstolos da grande causa ; e, sendo outro o meu fim, passo a elle sem cançar a paciência do leitor. Reconhecendo no credito o fundamenli principal, a base segura da Lavoura; esposando a liíeoria de que o dever primórdio daquelles que ar- maram-se para combater o nosso quasi aniquilamento é sustentar a idéa cm lodosos campos, em todos os terrenos, de que a salvação está na orientação calculada, serena e consciente da classe organisando-se para derrotar o inimigo commum : — a falta de credito ; certo de que as associações livres sem esparar dos governos que a protecção da Lei, única a poder ser alcançada com probabilidade de bom êxito, são a forma mais segura de methodico arranjo para o seu desenvolvimento : estou de perfeitíssimo accordo com a creação de syndicatos agrícolas, porque está muito claro, cos factos o tèra demonstrado no pouco que se ha A LAVOURA 3.7 feito sol ire o assumpto, que a conriregaçSn dos interessados vincula- dos em contracto estadual — é o tolhi grabatum, et ambula — tão bera applicado pelo Dr. Tosta no final do seu discurso na ultima sessão plena do Congresso de Agricultura realizado na capital da Republica a 20 de setembro de 1901, consubstanciandi^ a grande, a gigantesca idéa, unanimemente approvada, do poder das assoc-iaojes . A Lavoura é a maior força do paiz, e referindo-se a ella liem o disse o Dr. Wencesláo Bello no mesmo Congresso quando apresentou o seu projecto : uA União na Lavoura sob a forma de Sijndicatos agrico- las»: «a classe é uma grande força latente, o que se faz preciso para que se manifeste e se reconheça é que se organise» . Nas Considerações apresentadas ao Congresso de Agricultura, no mesmo em que Ignacio Tosta e Wencesláo Bello disseram o que venho de i-eferir, Ferreira Ramos judiciosamente sentenciou : « o lavrador isolado nada conseguirá, ao passo que, fortemente aggremiado con- forme aquelle p\ano {si/ndicatos íz^tícoZíís), compenetrado, seriamente, no espirito de associação, tudo pôde conseguir em prol de sua classe e do paiz» . E tão seriamente a base da salvação da lavoura está nas asso- ciações, que o Congresso referido votando suas «Conclusões finaes» re- conheceu o poderdos syndicatos agrícolas a que se ligaram as caixas e federações cooperativas segundo os princípios e preceitos de Raiffeisen. A idéa tomou vulto e o Governo da União cônscio do seu papel na dianteira deste momentoso assumpto tem sanccionado os decretos sob ns. 979, de 6 de janeiro de 1903; 1637, de 5 de janeiro de 1907; 6532, de 20 de junho do mesmo anno, e regulamento para execução daquelle primeiro decreto, que, dando feição legal ás associações para os fins agricola-industriaes, lançou a pedra angular do edifício proje- ctado porW. Bello, Tosta e Fábio Leal. A lavoura e industrias do paiz têm hoja na legislação a garantia completa; compete agora áquelles quesã'ios paladinos do Bem, nesta cruzada gloriosa, fazer a propaganda, envidar esforços no tocante à fundação, em iodas os municípios da Republica, de syndicatos agrícolas ou industriaes, ou unseoutios, e mantendo o fogo em toda a linha fazer o Brasil occupar o logar que lhe compete no concerto das na- ções produc toras. Estou aoladodaquelles que pensam que a forma mais segurada chegar a feliz porto é fazer resurgir o credito geral pela opplicação honestados rendimentos do paiz ; proteger as industrias creadas ; in- crementar o surgimento de novas ; desenvolvera propaganda por meio dos próprios interessados unidos em associaçõas conforme pensamento r.S SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA do segundo Congre^íso Agrícola realizado em ago-ilode 190S ; de acrordo pleno com rs syndioatos c coaperativas agi^icola^^, coma previdência e credito rural, neste pre^upposto creandoconcomilanlemonte os syndi- catos as Caixas Rniff'eisei) \)3íva p^qucni is empréstimos aos lavradores, e libertar os proprietários das peias da usura a que se sujeitam pela falta de ostaljeleci mentos que lhes emproslem o npital bastante para desenvolverem suas faz uidas, sitios c lavoura do pesado Juro de 2i 7» aoanno, comaccumulações seraeslraes, como se pratica onde resido; fomentando as industrias nascentes e creaçSo de inexploradas, cada qual de maior futuro ; osttibMocendo em cada centro productor uma destas associações do credito, chave de previdência e moralidade, que tão sérios e reaes serviços hão feito na França, Allemanha, Bélgica e Itália. Nada de agricultura moderna se conhece no sertão da Bali ia, moxi- me onde tenho domicilio ; e seria para louvar S3 uma dessas insliluições fosse croada com o fim de tudo fazer para sahir-se da rotina que o tem- po não tem i)odido destruir. Ao que me conste ainda nenhuma existe no sertão da Bahia, e releve-mea immodeslia declarar aqui (lue a primeira existente foi uma a que dei corpo e firma, creada no logar em que resido sob a denomi- nação de «Caixa Económica Accumulativa» que viveu ávido ephemera das gi-andes idéas num centro de ignorância : — constituida em se- tembro de 1902 dissolveu-se em fevereiro d!M903. Defeito de clausulas no estatuto — doce recordação que confiei em mãos do meu di^tin- cto amigo Dr. Joaquim Augusto Tanajura — fel-a fenecer devido á cor- rida no seu caixa motivada p3lo desgosto que causou ao maior deposi- tário um empréstimo feito a (lesa lleiívado seu, empréstimo que foi ne- cessário se transferisse a outrem alim de se obter capital para suppor- tar a crise . Não progrediu o meu pensamento naquella época ; hoje, iwrém, com a segurança da Lei, muito desojo croar uma nova caixa modelada pelo systema allemão. lamentando somente que as administrações da minha terra desvirtuando a instituição de credito que temos, creada para esse fim a ingentes esforços do bahiano operoso que é o Dr. Joa- quim Ignacio Tosta, — o Banco da Lavoura, haja feito delia não um refugio da classe, porém camarilha ile afilhaJos, senãj covil de desa- busada politicagem, e muito djsejara se espalhe por todo o centro do meu Estado esta idéa feliz. Basta. Fomentemos por todos os meios a creação de caixas ruracs de credito, unida a associações agricolas para o desenvolvimento da la- GADO ALLE.MÃO TiJiim de 24 niezes, escuro. Importado pelos Srs. Herm, Stoltz & Comp. A LAVOURA 359 voura e industrias, concitemos o povo a exigir dos governos locaes vias de communicação para facilidade do transporte, e teremos alcan- çado o primeiro estádio da nossa regeração económica. Paramiiim, E. da Bahia, 25 de setembrode 1909. Urbino de Souza Vianna, Sócio da Suciedaik^ Nacional d; Agricultura. A cxposiçãc e a criação mineira julgada por Manoel Sernadez (conferencia pronunciada no acto do enckrra.mento da exposição pecuária DE BELLO IIORISONTE) Meus senhores — Julguei que a honra de ter sido admittido fi- dalgamente neste Ijello certamen da vida do trabalho e do progresso rural mineiro, devia ser por mim retribuida de alguma forma que externasse, com os meus parabéns, os mr-us agradecimentos. Bem de- sejaria eu, para fazer este pagamento, possuir as algibeiras a trans- bordar de boas moedas de ouro inlellectual — mas assim não sendo, infelizmente para mim, pagai'- vos-ei, meus senhores, no modesto cobre de uma desprelenciosa palestra, em que procurarei fazer a syn- Ihese de minhas impress(5es de observador transeunte deste bel lo es- pectáculo de energia económica em potencia que, decerto, encheu-vos o coração de varonil conforto, como a nós, forasteiros, amigos, en- cheu-nos os olhos de uma franca e sincera admiração. Daremos um rápido olhará exposição em seu conjunto, dizendo com leal e amigável franqueza, aqui lio que a observação achou credora de immediatos louvores, e aquillo que, da comparação com outras ex- posições semelhantes, pôde parecer que conviria ser ampliado ou li- geiramente modificado em futuros certamens. E dahi partindo desta synthese eloquente que é a exposição, faremos uma rápida viagem paios contornos industriaes e económicos da vida pastoril, onde podem os homens de empreza e os homens de governo tirar o i-esultado de previsões que são suggeridas ao espirito por um forte conjunto de factos ambientes, obtendo-se a.ssim o máximo resultado que de si mesmo pôde dar este robusto esforço collectivo, em que o povo pro- «60 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA duclor e laborioso vinfulou-se, numa Oflyssóa de honra, gloria e pro- veito commum, com os poderes do lislado e sua enérgica delegação organizadora, presidida por esse extraordinário trabalhador, que é o nr. Francisco Salles, resultando este conjunto intenso, verdadeira- mente exemplar, onde o governo de Minas pôde ter sua melhiir recompensa moral, no facto ile ter sido o mais bello successo desta exposição — seu successo de jiopularidade. O povo olhou para aexposi<;ão, achou que delia era digno e deu-lhe cora o enthusiasmo o seu soberano prestigio. E eu digo, meus se- nhores, que, quando em um Estado, como desde os gloriosos temidos de João Pinheiro, observo pessoalmente o que neste acontece, junta-se á cooperação popular a acção do governo, não ha excessiva distancia para seu pé sol)ranceiro nem lia altura domasiadti elevada para as azas de seu espirito, avidci de horizontes ! Haveis de perdoar-me, meus senhores, por ter escripto estas li- geiras observações. Desejo dizer com a iwssivel brevidade e clareza, somente aquillo que achoi ulil dizer e, improvizando-se, emlwrasó as palavras sejam impro\ izadas, porquanlD as idéas não devem sel-o, nem sempre a oração pôde ficar restricta aos moldes rijos de seu propósito, principalmente quando, C(imo no ineu caso, expresso-me em uma lingua que, semelhante a uma mo(;a !a(eira,scnlindo-seaident('menle desejada, só aos poucos, desespeiadoramente, vai entregando a chave ideal de seus cubicados thesouros. Não tive occasião de oljser\ar a primeira exposição, apenas vis- lumbrei-a pelo prisma deficiente de informações, referencias e phuto- graphias. Acho, porém, uniforme a opinião de ser esta de maior im- portância em numero e qualidade deanimaes, salientando-se ainda o facto de terem se apresentado nesta menor quantidade deanimaes in- dianos, que na primeira predominaram, e que nesta, ainda imponentes em numero, ficam expressivamente batidos pela col ligação feliz das diversas raças aperfeiçoadas, presentes na exposição. Deste facto, da funcção ai-cidental do gado indiano na pecuária mineira, havemos de dizer alguma oiisa, fructo de novas observações, porém, e preciso um « aperçu » da exposição, começando por seu ma- gnifico erapiazamento, por sua ampla esthetica e adequada instal- lação, que, ainda em começo, apresenta traços de magnitude fora do commum, no seu grandioso ensemble. O logar foi escolhido com oliio esperto e feliz, e o que vai se fazendo A LAVOURA 361 corresponde a «m conceito de vastidão, que bem al^rangea importância actual da criação mineira, preparando um scenario para maiores ex- pansões futuras. Uma tal obra de installação não pôde ser commettida a um governo, nem talvez mesmo a uma geração; a Sociedade Rural Argentina só agora está demolindo os velhos galpões de taboa e zinco que por mais de vinte annos serviram ás suas grandes exposições. Porém, a questão essencial é o traçado do plano, para evitar o trabalho exhaustivo de fazer e refazer . Neste ponto, talvez algumas moditicações de detalhe fossem de op- portunidade para a terceira exposição. O grande istadium» para o des- filar e para asexhibições de conjunto parece-me estar naturalmente indicado no centro do prado de corridas, que só precisa ser fechado com gradil de madeira e ajustando a esse critério a ornamentação e concerto deste magnifico espaço, que continuará a servir para jogos athleticos e concursos hippicos de gentlemen, que são um especial at- tractivo das grandes exposições. Tamtem é noc^s-ario um i'eciato parao trajjalho dos juizes, um tanto afastado do trafego popular, ficando esse espaço, vago hoje, entre as fileiras de baias e as construcções mais de biixo, para ser apro- veitado por uma outra série de Ijaias, que sem duvida virá a ser necessária. E, segundo parece-me, está igualmente indicado para a terceira exposição o preparo de um local para uma exposição de la- cticínios, de primordial importância para este Estado, juntando á apre- sentação dos productos industriaes um concurso de vaccas leiteiras, cuja influencia será preciosa no começo desta grande transformação eco- nómico-pastori 1 em que visivelmente enveredam, tanto o governo como os criadores do Estado de Minas Geraes. Uma questão fundamental a ser enfrentada é o trabalho dos juizes. E' sabido seresta uma das maiores difficuldades em toda a parle. Os argentinos, depois de mais de 20 annos de exposições, acabaram por entregar o julg.imento de seus principaes reproductores, os seus campeonatos de raça, a peritos inglezes, que lodos os annos vêm ex- pressamente para esse fim. Estes juizes são designados, a pedido da Sociedade Kural Argentina, pela Real Sociedade de Agricultura, de Londres, que, sem duvida, é a maior autoridade mundial em questões de pecuária. Naturalmente, não quero dizer que Minas importe juizes de Inglaterra; faço referencia para salientar a necessidade de reformar os jurys com antecipação, procurando, no possível, que não sejam directamente vinculados com a exposição. Ainda o Jornal do Com- merciode hontem traz um lelegrammade Buenos Aires communicando 8552 2 3'.? SOCIEDADE NACIONAL DE AQUICULTURA haverem rhegarlo ahi òs [lerilos iniílezes deslinadus ao jury tlosle onno. A' sua rhegada luilo e.«ld preparado para fai'ilitar-lhes o traliallio. Cada raça está dividida cm categorias segundo a idade, sendo, por exemplo, para os bovinos, a primeira categoria de 18 a 24 mezes ; a segunda de 24 a 30, e assim conseculivamenle, subindo de seis em seis mezes até os 4 ânuos. Aqui o limite máximo da idade deve ser maior, visto tratar-se, na maioria, de raças não precoces, que fazem sua evolução mais lonlamenle. .Mas naturalmente, deve liaver um limite, porquanto as exposições não se inventaram para a í;c:nle ad- mirar Malhusaiens. Os aniinaes estão todos cm raças, em baias con- tinuas, começando pelas categorias mais baixas, da esquerda para a direita. Assim, não só os jurys, mas o publico mesmo vae fazendo seu juizo seguro p3la comparação immediataque não pôde ser feita quando as diversas raças e idades estão misturadas. Além disto, as baias que devem ser bastante largas para os animacs terem lodo o con- forto o poderem ser observados de flanco .sem serem incommodados a cada instante, é conveniente que não estejam fechadas, pelo menos com portas altas, pai-a melhorar o aspecto do conjunto e para facili- tara observação do li-an.d'5 e-sperar 15 ou 20 annos, o processo rápido do cruzamento, usando cava lias altos, Iran- quillos, harmoniosos^ sadios, e fortes, com as éguas crioulas nervosas, activas, para unirem um typo intermédio as vantagens dos dois. 3j8 sociedade nacional DE AGRICULTURA E' sabido que para a selecção requerem-.«e lypos semellianles, servindo então a esse prorosso, se não se quizer agir s e 8$ cada arrolia nas diversas feiras que pode- riam fornecer as xarqueadas. Este preço não ssria supportavel pela industria doxarque. .Mais adiante será esle ponto tratado, mas" aqui corresponde adiantar a hypothese, ou antes a certeza de que a baixa nos preçosdosgados éimminente. Nas feiras de Minas sente-sejá um mal- estar proveniente do excesso de gados, custando-se a manter os actuaes preços. O consumo não cresce sensivelmente e a criação dosenvolve-se rapidamente; porém outro factor vem em marcha precipitar as coisas: é elle as estradas de ferro de penetração ás grandes regiões pastoris do Brasil, e principalmente á ([ue vai dar escoamento para os mercados litoraes aos grandes rebanhos da Yaccaria e outras vastas planícies [lecuarias do norte de Matto Grosso, onde o boi gordo vale de 30$ a 40$ com doze e até quinze arrobas de carne para açougue — isto é, a metade do que vale no Rio Grande do Sul com 30 % mais de peso. Toda aquella massa semovente que hoje vem magra a engordar na visinhança dos mercados do litoral, porque tem que fazer um percurso de mezes a pé, lendo transporte rápido lá mesmo engordará, e em dois dias do estrada de ferro cairá sobre os mercados consumidores. A inexorável lei da offerta e da demanda farão o resto. Eis ciiegada então a grande exi>ansão das xarqueadas no interior, com toda a carne que quizer altaixo de G-S a arroba, que é o preço pago pelis xarqueadores do Rio Grande, para osquaesha, entretanto, na actualidade a perspectiva de alta D Até alii o que julgo aiiroveitavel do memorandum, para se ver como faço justiça ii i nlelligencia de circumstancias com que os criadores pro- cedem na sua apparente teimosia pelo zebú. Simplesmente éo animal (lue boje nos produz mais dinheiro, porque nem o invernador, nem o abatedor, nem o açougueiro são prejudicados ]ielo excesso de osso. O único que aguenta o conto do vigário é o consumidor, mas elle nem suspeita. Ròe seu osso e fica até contente da bondade de Deus. Mas quando o freguez comprador da carne não seja só o consumidor i.solado. T,2 SOCIEDADE NACIONAL UE AGRICULTURA mas também as xarqueadas que matam, cada uma, 30 a 40 mil bois e precisam ani mães de 0S50 miuJo, e os frigoríficos, que exigem carne fina para o estômago do inglez, as coisas mudarão vioienlamenle c o mestiro zebú ficará liquidado. Eis o critério com que, do meu ponto de vista, que pôde ser errado, mas é reflectido e sincero, enxergo esta questão ; e não como alguns amigos acreditam, parque odeio o zebú ! . . . Coitado !. . . Que culpa tem elle de ser um bicho inferior como fornece- dor de bifes para o dente voraz da humanidade?, . . Para mim o zebú é, simplesmente, um facto económico de quatro palas. Observado no conjuncto offlcial de hoje acho bom ; porém, como os factos de hoje vão embora, também com o dia de hoje, procuro no po55ivel enxergar qua3s serão o? factos dominantes de amanhã, aliás fáceis de desvendar. Isto p3re:e-m? ser e isto é o que digo. Os criadores podem ainda não ter pressa para evolucionar, porém os governos dos Estados que não são preparadores do futuro, conferindo no mappa das estradas de ferro e nas estatísticas os factos aqui men- cionados, se porventura acharem que são exactos, facilmente acharão em suas mãos os modosdeacautelar a grande industria pastoril contra contrastes rudes, preparando previdentemente os elementos de uma evolurãoque, segundo a minha obscura observação, não tardará talvez nem cinco annos, mas certamente não tardará doz, em ser franca- mente imposta por factos eomomicos incoercíveis. Escrevendo ao correr da penna, nos breves m«3mentos que, de hontem para hoje, tenho ix)dído dedicar a preparar estas notas de des- pretonciosa observa<;ão, vejo com terror, no numerar das folhas, que vou já na folha 27, e i"esolvo, espantado, estacar nol la, emljora muito interessante fique por dizer, por exemplo, sobre os carneiros que havia na exposição e os carneiros que deve haver nas pastagens do Estado, futurosas para e^sa nobre espécie; sobre os suínos, que, francamente não estiveram de lodo bem representados, sendo muito mellinres, ix)r exemplo, que a maioria dos typos ahí expostos, os magníficos porcos ca- nastrix!S que tenho visto pa&seiando grave e até polidamente pelas ruas de Itabyrado Campo. Esto assumi>to dos porcos é de superior inter- esse, nada cedendo em importância á questão da pecuária bovina. Ahi sim que os frigoríficos encontrarão já prompta carne superior para mandar ao inglez, só tendo o criador de fazer um rápido cruzamento (como é o caso do boi caracé) com uma raça precoce — Berkshii-e, Tam- worth, Polland China ou Large Black — imnca Yorkshire nem alle- mães brancos, — e mudar seu i)rocesso de criação, fornecendo aos fri- goríficos não monumentos de banha, que elles nao querem, mas por- A LAVOURA. 373 quinhos de oito mezes, com setenta e oitenta lb agua: ao terceiro dia foi plantado milho, feijão, algA PEXIIA. Estado das Culturas — Apezarda grande socca é bom o estado das culturas que se ostentam verdes, do um verde glauco, patenteando a riqueza da cliloropliila. O milliaful está, com as suas hastes pendentes de grandes espigas. As forragens do tampo de agrostologia estão, todos, em plena v.'gotação e entro ellas as seguintes : — sulla, carrapicho beiço de boi, massambará, canna ubá, sorgho, gordura roxo, gramraa do Pernambuco, colónia e araguaya. A vinha está em phaso do fructiflcação, estando era maturação diversas varie- dades. Os caclios que estão sazonando estão todos envolvidos por uma t(Ma prote- ctora contra os pássaros. A mesma tela foi tanil)om applicada aos figos. I'liinlaçOi-s —Este mez, além do não ser próprio para culturas, foi muito secco, entretanto, a titulo de experiência, foram plantadas cinco vavielades de caw-peer, a mucuna forrageira e sisal. Trnbiilhos cuUuraes — Procedeu-se ás capinas em todas as plantações o pro- parou-se uma areado três aros para varias culturas exparimentaes. Foi também preparado o terreno para a cultura da ramie, a qual será plantada no dia 1 do de- zembro próximo. Foram enxertadas 3.í00 laranjeiras. Plantas recebidas — Importadas dos listados Unidos ciiegaram quatro varie- dades do mangas, cuidadosamente aoonlicijmdas numa estiifa espi^cial para trans- porte do mudas. •WvvvyjH^jíflr a T=i .d ■g O ■= « -o f! 2 o rt O. d « S '3 í; c/j (v; W ^ T3 S O i: o T3 o „ t 23 £ n .2 "3 ^ f- cn I t < tji .^ Q a Mil i^. T IO O IN. ii( )R i< » HA Hr:\iiA Laboratori( i de Aun >l<»u"ia. lORTO DA PRXHA Vinhedn, visto de lado A LAVOURA 379 Essas variedades são : Sellon. Kacbmahua. Malda, Maogifera indica e Leitlhei cliimemis, planta cliineza. Cojheitas — Effectuou-se a colheit.i do caw-peer o da mucuna cujo resultado se verifica no quadro abaixo: NOMES (JLA.NTlDiDE SEMEADA ÁRRA PLANTADA ADOBARÃO PltODUÍTOS Caw-pea bl'.7 1/2 litro to X 10 Sti^jerplio-i^ilialo 35 htros » » » . 1/2 . 10 X 10 Curral , . . 20 » » » 1/2 . 10 X 10 Sem adubo . . 12 » » » 1'lacl; l/i • 11) X 10 Superpliosphalo 2d « » > » ••,.... l/á . 10 X 10 Curral . . . 15 . » » ' 1/2 . 10 X ló Sem a (111 'to . . 11 <■ 3 litros 10 X 10 Curral . . . » V 42 » Pelo resultado acima se conclue que a cultura do caw-peer é remuneradora, mesmo sem alubo. Pocilgas ~ Nasceram cinco leitões, filhos de porca varoneza e varrão pollaad- chine. Gallinheiro — Existem actualmente 104 pintos emplumados, de diversas raças. E' grande também o numero dos frangos de raças puras criadas no Horto. Carpintaria — Para attendor ao graude numero de pedidos de colmeias quo têm sido feitos, a secção de carpintaria tem um grande stock de colmeias typo Schenck, para serem vendidas a lõ$ cada uma. Visitantes — Visitaram O Ilorto os seguintes Srs. Drs.: Delphim Moreira, Vi- anna Castello, D imiogos Penna, Epamiaondas Ottoni, Carneiro Rezende, Arthur da Silva Bernardez, deputados mineiros, e Drí. Wencesláo Bello, José Marianno, José Marianno Filho e Dário de Barros, da redacção desta Revista. SEORETA.IÍIA MEZ DE NOVEMBRO DE 1909 Correspondência recebida: Cartas 470 OíTlcios de governos 17 » do particulires 7 Telofframraas . . 10 Circulares 3 507 380 SOCrEDADE NACIONAL DE AORICULTl.'RA Correspondência expedida: Cartas 399 OfBcios a governos 19 OflScios a particulares 3 Telegrammas 170 Circulares 328 DLstinctivos 6 Boletim «A Lavoura> 5.117 e.042 Fornecimento de arame no mez de novembro de 1909 Pedidos 79 Rolos de 40 kilos 1.425 Rolos do 26 kilos 316 Metragem 623.410 Custo no mercado g7:385$000 Custo fornecido pela Sociedade 17:393$080 Economia realizada pelos sócios .... 9:991$d30 Fornecimento aos sócios .A.ra.me farpado PBDIDOS BOLOS MBTBAGBM CUSTO Fornecido aos sooios Adquirido no morcado Economia feita 1906 ( jalho ) . . . . 1907 1908 1909 (atá30 de setembro) 51 279 5olLa:dos Casto Econoi-iia 1909 — Fornecimeuto feito pela Sociedade 5:085$ã70 Se fosse feito pelo commerciante 6:780$360 1:695$090 Seoção » » » » da Sociedade 390:68^10 Economia realizada pelos sócios lavradores em 2 1/2 annos . . 160:460$950 Economia verificada pelos sócios lavradores em nove mezes de 1909. 67:086$850 Secretaria da Sociedade Nacional de Agricultura, outubro de 1909. Sócios entrados no mez de novembro de 1909 Ramiro Teixeira do Mello. Annibal Alvea Sampaio. Raymundo Dias Duarte. Dr. Antoaio César Berenguer. Gabriel Ciriaco Ribeiro. Macário Júdice. Domingos José Soares Júnior. Artliur Tiburcio Ribeiro. Joaquim Barbosa dos Santos Werneck. 3«2 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Joaquim Dias Kií>a3. Coronel João Ferreira He Araújo Leite. José Américo II. Garcia. João Jaciotliú Muoíz. Gabriel Rodriguos Campos. Dr. Bento Bueno. António Thadeu Assumpção. Manoel Bayma. Capitão José Bento de Almeida Faria. Capitão José Francisco Mariano da Silva. Capitão Octaviano Fernandes de Moraes. Coronel Lentz de Araújo. .loão Baptista Bueno. Manoel Felippc da Gama. Reynaldo Ferreira. Dr. Oscar de Macedo Soares. José Vonancio Augusto de Godoy. Francisco Teiíeira Guimarães ."Sobrinho. Virgílio José de Abreu. João Luiz Erthal. Hugo Leal. Cooperativa .Vgricola União S. .loannense. João Francisco do Almeida Bran'lão. Machado Mello ^ C. José Pedro Barbosa de Mattos Júnior. Pedro Junqu 'ira Reis. Capitão Luiz Gianine. Major António Paulino Franco. Coronel Ramos Brandão. Américo Barbozi. Capitão José Pinto de Sã Vianna. José Maihias da Costa. Coronel José Fernandes dos Reis. Jeronymo Ferreira de Andrade. Joaquim de Cimpos Tavares. Capitão Evaristo Ribello Teixeira. M. A. da Cruz Rios. Honório Moraes. Antonio Ferreira da Rocha Bastos. Viciai Ribeiro dos Reis. Cipitão Belisjrio Ferreira do Amaral. Coronel Pedro Teixeira de Menezos. Manoel Joaquim Braz. José Henrique Júnior. Cândido Vianna. Antonio Augusto Vianna. Francisco de Paula Braga. A LAVOURA ?83 Ermelino do Mollo. Francisco Ferreira do Mello. João Florêncio Mendes. Angelino Baptista Teixeira. Fernando dos Santos Pacheco Lima. João Braga Netto. Thoodoro AlTonso Martins. Alferes Joaquim António da Silva. Arthur Suplicy. Coronel João Ferreira Maciel. Sebastião Corrêa. Salvador Affonso de Siqueira. Francisco Teixeira da Cunlia. Leopoldo Xavier de Almeida. Han o Irmãos. A. Gama e Lima. Brazilio Celestino. João de Paula Cunha. Leocadio dos Santos Pacheco Lima. Roberto Ehlk. Manoel Martins de Amorim. Relação dos sócios quG subscreveram para o « distinctivo », durante o mez de novembro Jacyntho Buono de Godoy 20$000 Francisco Kugonio Rodrigues 20$000 João de Souza Vieira 20$000 Eudoro de Andrade 20.f;000 António Marques Simõjs gO$0'JO Olympio Corrêa Netto 20-;000 Barão de Familicão 15$000 Francisco Modesto de Souz:i, Júnior ISSOOO João Coppo 15$000 José Thoraaz da Silva 13$000 Joaquim Pedro do Moraes 12$000 António Luiz Ferreira Guimarães lO.fOOO Carlos Custodio Nunes 10$000 Luiz da Motta & Comp 10$000 Coronel António Leito Pint j 10$000 Coronel Pedro Santerre Guimarães 10$000 4' Oonrorencia A.ssiicíir©ix*á — A directoria da Sociedade Nacional de .^gricultuia, por solicitação dos interessados, providenciou para que a 4» Conferencia Assucareira se realizasse na época o logar previamente desi- 384 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA gnados paio 2° Congresso Nacional de Agricultora em que ficou resolvido tivesse ella logar em S. Paulo. Ouvido a respeito o Governo doste liitado, informou elle não sor possível eITectual-a. Dessa resolução tiveram sciencia, por intermédio da Sociedade Nacional do Agricultura, os govGraos dos Estados interessados no assumpto. A Sociedade aguarda opportunidado para promover a realização dessa confe- rencia no próximo anno, sondo muito possível que a escolha da sôde recaia na cidade de Maceió. Fornecimentos aos sócios — Tirando partido de seu caracter de a.ssociação, já prestigiada cora cerca de 3.000 sócios, a Socie- dade, no intuito particulai' de demonstrar a utilidade e o mecanismo dos syndicatos agrícolas, empreliendeu favorecer os seus sócios com o supprl mento de géneros estrangeiras e nacionaes, a preços mais reduzidos do que os do commercio a varejo. Com esse propósito e valendo-se dos favores aduaneiros que a lei confere ao Syndicato Central dos Agricultores do Brazil, lera fornecido arame farpado eresi^ecti vos grampos. Além disso e mediante contractos especiaes, tem fornecido, a preços reduzidos, o formicida Paschoal, o álcool e machinas agrícolas . Revendo todos os seus contractos e fazendo outros que corae<;am agora a vigorar, a Sociedade está habilitada a fornecer arame farpado, e respectivos grampos, enxadas, machinas agrícolas, álcool, formicida, colmeias nas condições em que passamos a indicar: ARAME FARPADO. Rolo de 26 kilos com 160 metros de fio a 6$880 Rolo de 40 kilos com 402 metros de flo a . . . . 10$680 Grampos para os mesmos, o kilo a $380 ENXADAS BliM CALÇADAS DE AÇO Marca Marca Radianto Raio De 2 libras 1$420 1$870 De 2 Vi lil>ras 1$520 1$370 De 3 libras 1$630 1$530 De 3 'A libras 1$780 l$-.30 De 4 libras 1|930 1$730 FOICES NSi 1-2-3-4-5-6-7-8-9-10-11-12, aos preços respectivamente de: $600 — $670 — $730 — $810 — $890 — 1$000 — l$i30 — 1$300 — 1$500 — 1$G00— 1$800. HORTO DA PENHA Cultura da Consolida do Cáucaso. HORTO DA PENHA Sala de aula do Aprendiíadu Agricol: A LAVOURA 385 SALOXO Um preparado de sal e peróxido de ferro, próprio para alimentação do íiado, é económico e asseiado por ser em tijolos de 5 a 10 kilos, não sujando as baias ou logares onde são collocados e sem desperdício. Prero 200 i-éis o kilo, com 5 "/„ de abatimento. MACHIXAS Ar.RICOLAS Dos principaes fabricantes, cora abatimento de 5 a 10 ° o, sobre os respectivos catálogos e transporte gratuito nas estradas de ferro. ÁLCOOL De força de 40", em latas de 18 litros, pelo preço das vendas em pipa, o que corresponde a uma reducção de cerca de 10° /a. SULFATO DE COBRE Para tratamento de plantas ao preço de— kilo . . . ,s650 FORMICmA Paschoal : Latas contendo 4 litros 4$100 Caixa com 4 latas 16.'<;400 SchomaJier: Botija contendo 1 '/., litro 3$700 Caixa com (5 botijas 2?$000 COLMEIAS Com os mais modernos aperfeiçoamentos polo preço de ISsOOO CREOLIXA A mais reputada das creolinas de fabricação nacional denominada Creolina Werneck, com uma economia de 20 % sobre os preços do mercado, oustando cada lata com l litro 1$200 LACTICÍNIOS Installações completas para industria de lacticinios pela casa Ilop- kins Causer & Hopkins, com abatimento médiode 5 °'o. • 8552 5 386 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Para gasar destas vantagens o interessado deverá satisfazer as seguintes condições: 1», ser sócio quite da Sociedade Nacional de Agricultura ; 2*, ser agricultor, apresentando disso provas bastantes, a juízo da Directoria da Sociedade ; 3", formular o pedido directamente á Sociedade e por escripto. •4^, pedir somente para seu próprio consumo, indicando o nome e a situação da propriedade a que destina o emprego do producto ; 5*, enviar á Sociedade, juntamente com o pedido, a sua imix)r- tancia, ou uma ordem para o seu pagamento contida casa commei- cial ou bancaria com sede na Capital Federal. SEOÇÃ-O TEOHNIOA. Inforiim-çôes. —O Sr. Álvaro G. de Oliveira, em carta de 6de setembro de 1909, vinda da estação de Cruzeiro, pede as seguintes informações sobre o gra- vata sem fibra: a) « quae> as folhas que devem ser colhidas ? » As folhas maduras, isto é, as mais perto da terra, quando jà bem pendid is para o chão, b) « Qual o preço de venda no estran^^eiro ? » Este producto ainda não teve entrada franca e regular nos mercados, mas a.á fibras se approximam da do gra- vata e vendem-se por cerca de 5i)0,>CiOO a tonelada, ou 500 rs. por kilo. c)« Onle tom accitaçãu e, si possível, indicar um ou mais compradores?» Todas os grandes mercados da America do Norte e Europa — Nova York, Lon- dres, HamLurgo, Havre, Anwors, etc. etc. (/) Qual a raacliina do desfibrar, o custo desti e si a SocioJadd se incumbe da importação?» Ha diversas macLinas de desfibrar, a saber: F. Fasio — 56, Rue d Ysly- Alger;—Lekmans— Manchester e Duchemin, 76, llua General Gamara, Rio de Ja- deiro. Esta ultima custa 180$000 O Sr. Francisco Schmidt, era carta vinda da Inião da Victoria — Paraná, pergunta qual a pastagem que mais convém áquella zona. Não c possível respaniorse desle jA o que mais convenha, jwrquanto a questão está dependente do clima o terreno daquella longínqua região; todavia elle deverá ensaiar — capim Jaraguà, o gordura, o capim fino e as gramíneas mais commuiis em Iní.ío da Victoria, qiin os animaes domésticos comem com mais voracidade: este é o melhor critério. O Sr. Francisco Fernandes, morador em Laguna, pergunta qual o melhor capim para vacias leitolraá e podo alguns escriptos a respeito. Não so podo dizer daqui qual é a gramíuo). (lua melhor couvom para vaccas leiteiras em Laguna. O que clle deve fazar é cultivar alguma leguminosa, como por exemplo, a alfafa, e dar algum alimento concentrado em ração diária, podendo esse alimento sor o milho reduzido a fubl. E' o que, parece-me, pode-se aconselhar desle jà. A LAVOURA 387 O Sr. Feroando Alexandre Villela de Andrade pede um tratado sobre cavallos árabes : 1" Lecheval. por E. Alix Paris. 2" Guide pratique dclclevaire du eheval, par L. Relier — Paris. 3° Alimentation rationnello dos animaux domestiques par Gouin — Paris. Nesta ordem incluo El Caballo Argentino — Buenos Aires. Nestas obras o Sr, Andrade achará o que lhe convém. O Sr. Aydano de Souza Marques, em carta vinda de Icarahy, faz diversas per- guntas sobre o capim J.iraguá. 1» « Qual o valor nutritivo do capim .laraguápara o eavallo?» Resposta. Em vista da analyso deste capim, p(kle ser considerado como uma boa forragem, mas, como todas as grarainoaes, ó pobr-e em proteína e não basta para a alimentação animal ; deve portanto ser completado com um alimento con- centrado, como o milho, a aveia, a alfafa ou outra leguminosa, O capim Jaraguà só não basta para alimentar um cavallo. 2» « E' melhor secco ou verde ?» Seria preferível em estado verde. 3» « Quaes os melhores raozes para semear o Jaraguá ?» Os mezes de chuva, sendo os molhores os que vão do outubro a fevereiro. Quanto mais limpa for a terra melhor. Si puder misturar as sementes de Já- ragiià com cinza e terra fértil tanto melhor. 4" «Quantos cort?s dá o capim Jaraguá por anno e quando deve ser cortado ? » Deve ser cortado logo que começa a pondoar. 5" «O capim gordura é muito melhor do que o Jaraguá ?» lia poucas anal yses destes dois capins, mas mesmo assim resalta a superio- ridade do Jaraguá sobre o gordura . O Sr. Nicohiu Badariotti pede informações sobre a piteira. Penso que com o livro do Dr. Thoophilo Ribeiro— A Agricultura no Estran- geiro, Bello Horizonte e com o numero 10 da «A Lavoura» do I90!j o Sr. Bada- riotti tem tuJo quanto lhe convém sobro o assumpto. O Sr. Francisco Azevedo, em carta vinda do Pedro Leopoldo, consulta esta Sociedade sobro vários casos de teratologia occorridos cm muares de sua criação. Em resposta á consulta relativa a defeitos de proporção nos maxillares supe- riores, protiuctos do asininos, afllrmo que tratando-se, como no caso presente, dt um phenomeno teratologico, isto é, de uma aberração congénita no animal, .ates de tentar corrigir o citado defeito, seria preciso observar, e si fosse possivel, es- tudar o caso : isso por consciencioso dever de minha proft-são. Posto qui' numorosvs aberraçòos morphologicas congénitas tenha eu tido occa- sião de observar, comtiido essa forma de que V. S. mo falia é para mim nova. Na impossibilidade, porém, do observar de perto e com os meus próprios olhus os animaes defeituosos, para mais seguramente agir, dou uma prescripção do ordem geral que, acredito, dará bom resultado, lento, porém, seguro. 388 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Fari uma solução do 50 grainmas do cal virgem para cada litro do agua, 5 %; deixe repousar durante al:.'umas horas, 4 ou 5; depois docaut:; o liiiuido claro e o resto que fica no fundo do vaso aproveita-sa no que se quizer aproveitar. Do tal liquido calcilicado tira-se um copo e liumedeccso a ração E PLA.NTA.S E SEMENTES Distribuição de plantas e sementes feita durante o mez de novembro de 1909 KSPEOIFICAÇÃO UNIDADE PESO V01.0UE3 Abóbora 1 1 1 1 1 1 1 1 i 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 II 1 i 1 k 185 r!0,80a 2,8M "lOO 28,300 l:!,2.10 872 170 065 23 iOO 600 r> 9,700 400 51,700 1,025 9.5 10,200 4S,6J0 Í2,600 2,945 1,650 700 i2,600 l,-28õ 18,0ri0 1,200 12 Alfafa 8 Algfodiio 381 Anthoxaatum odoratum 1 Aveia 12 2 Beterraba forrageira 16 Capim por lura, roxo Capim Jaraguá ..•,,, 91 18 Cebola 3 Conteio , , . , 14 Dactylis glomerata 2 Kucalyptus* . . , , , 25 Foijão da Cbina l Holcus lunatus 10 Lactljyru-! svlvestris 3 Mauiç iba Je (uió 9 Melancia .39 Melão .... 40 Milho 17 Mucuiiã forrageira .... 17 Mudas de h^isil (Pita do Me\ii-ã) Plileum prateii>e . . . . 6 9 Pimentão .loce .... 41 Pòa trivialis , , . . 5 Sarraceno 2 11 Sulla 2 44 Trigo ... 12 3 634 4.168,510 í<56 BIBLTOTIIEOA PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS Temos recebido mais as seguintes : Chácaras e Quintões — Recebemos o primeiro numero desta revista que ora inicia a sua publicação om S. Pauiu sob a competente direcção do Sr. conde Am.i- deu Barbiellini. Traz texto abund mto c cheio de interesse, sendo aliara diíso profundamente illustrada. Desejamos ao nosso collega vida longa o prospera. BuUrtin da la Sociétê Irançnise dcs Jngéiiieurs Coloniaux, ■- X. 33, corres- pondente ao 3» trimestre de 1909, A LAVOURA 301 Lahoratoirc Provincial de Roulers. — Relatório dos trabalhos exoeutados du- rante o anno do 1908. fíontributions from lh>s United Slates Nulionnl Uerbm-ium. — Vol. XII : Syste- matiú [nvesti^.itions and Bibliography. Washington, 1908—1903. Boletim dii A.isociação Commercial ilu Bahia, — Annol, n. 1. Boletim do Serviço de Estatistica Commercial. — Primeiro semostro, janeiro a junho de 1908 e 1909. PUBLICAÇÕES DIVERSAS Registramos com os nossos agradecimentos o recebimento das seguintes : Géologie AqricoJe, por Ernest Cord. Os leitores a quem este assumpto possa interessar deverão se reportar ao fira da presanto secção, onde encontrarão o pro- specto desta importante obra, da qual os editores, Srs. .1. B. Railliôre et Fils, tiveram para comnosc > a í;entileza de enviar o exemplar que temos sobre a mesa. Eslrtdio sobre 1% presencia de formas evolutivas en la leche esterilizada, pelo Dr. Enrique Fyon. Buenos Aires, 1906. The Grafling ofCacao, por .íoseph Jones. Cotton Giiis, por E. Y. Conuell. Os dous últimos trabalhos são publicações feitas pelo Departamento de Agricultura das Índias Occid^ntaes. Institui Agronomique (Université de Louvain. ) Programraa dos estudos o condições de admissão no anno académico de 1909 — 1910. Les Etats du Brasil^ Opúsculo do 87 pags., contendo numoro?as illustrações o noticia sucointa sobre cada um dos Estridos o Districto Federal, notas estatís- ticas, ete. A Questão In'Hgena — Publicação feita pela Coraraissão Promotora de Defesa dos índios. Campinas, 19iJ9. Relatório apresentado ao secretario das finanças do Estado de Minas pelo enge- nheiro Carlos Pratos, director de Agricultura, Commercio, Terras o Colonização, referente ao anno de 1908. Mensagem dirigida an Congrasso Legislativo do Estado do Pará pelo gover- nador Dr. .loão Coelho, em 7 de setembro de 1909. CATÁLOGOS Fratelli Sgnravatti. Saonara (Pádua). — Supplemento do catalogo n. 83. Ar- vores fructiferas. Sluis & Groot. Enkhuizen, Hollanda. — Catalogo de sementes para o mez do outubro do corrente anno. The Cfo. L. Squier Mfg. Co. — BuíTalo, Nova York, Estados Unidos da America do Norte. Machinismo=! para agricultura. Nota do descontos n. 64. Ilopkins, Causer & Hophins. — Catalogo de novembro Ze 1909. Simon Fr-res, Chorbourg. — Catalogo dos novos appavellios para fabricação de manteiga. Vapor, Gax e A^íwa . — Catalo-ío de Rorlido Moniz & C, n. 6,'), Avenida Central, Rio de .laneiro. Scharrer &. Cross. — Niirnberg, Allemanha. — Catalogo de machinas e mo- tores diversos. 302 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA G6oloí»-ie íig-ricole, par Ernest Cord, professeur spr^cia! d"Agri- culturo, attaché au sírvice des étiides techniques du Ministôre de rAgricuI- ture, 1 vol. in-18 de 45n pages, avec 316 figures. Broclié 5 fr. ; cartonué i> fr. ( Librairie .l.-B. Bailliôre et flls, 19, me Ilautefeuilie, á Paris. ) L'agricaltour ne doit pas se désiotéresser do la géologie, car cette science lui vient en aide en plu-! d'une circonstanoe. La terre arable sert en ellet do support k la planto ; c'est en outro d.ins son s in quo los racines vont chercher los éléments rainéraux qui servent ii Ia construo tion do la cellule vég.^tale. Chaque récolte enleve donc au sol une certaine quautité d'élémenls minéraux que Tagriculteur doit lui rostituer sous íormo ii'cngrais ou d amendements, s'il ne veut pas voir diminuor los rendoraents do .^es culturas. Ces éléments mineraux se trouvont soit dans le sous-sol en profondeur ( raarne, chaux ), soit dans les car- rióres voisin ^s ou lointaines ( pirure, phosphate, nitrato, seis de potissp, ete. ). Cest rótudo de la géolo^ií régionalc qui pennottra do les y découvrír, de montrer rimportance et létondue deleuvs gisemeats. La bise de tonto culturo ratioanello résiJe, h riieure .actuelle, dans 1 'elude próalable des propriôtús phy.siques et cliiraiquos dos sjIs. Cette étudo nócossite une connaissanco des lois ile la géologie. Cest cette étude théorique que M. Cord fait dans son volume de V Encyclopcdie ogricole, en ayant soin de raontror on memo temps les rapports qui existent entre telle oi tello formation géologiqun et lagri- culture des diversos régions, ainsi que les consóquences qui en résnltont. A peiao les promiers volumes de V Encyclopddie agricole, publiús par la librairie J. B. Baili.ière et Fii.s, sous la direction de M. Wèby, étaient-ils publiés, qui la Société Nationalo d Agriculiure, sur le rapport do son seci'étaire perpetuei, M. Louis Passy { de riiisiitut ), leur accordait sa ijrande mcdaille d'or ú 1'elfigie d'Olivier de Serres. Aujourdhui qun la publication est arrivée ã son cinquantiòrao volume et que Itís promLSses du directeurs et des éditeurs ont 6té, et au dela, réalisiíes, elle vient de lui accorder ki plus haute recompense dont elle disposo, le Grand Prix Ileuzê. Cest dire en quelle haute estime elle tient cette coUection, oeuvre unique en son genre, véritable monumcnt élevó à la gloire de Tagriculture au commencement du XX e siécle. Eu même temps, M. MÉLi.NE, ancien ministre de r.-Vgriculture, la fdus haute pjrsonaalitè du mondo agricole, lui adressait, á la tribuno du Sénat, à jiropos de la disoubsion du budget de Tlnstitut agronomique, cet éolatant hommage : « Sous la direction et Timpulsion de son lionorable directour qui est h la fois un savant érainent et un três habile administrateur, les professeurs de Tlnstitut agronomique ont entrepris de publier une Iinc;/clopé'lie agricole qui eít assuré- ment une des publications les plus remarquables qui aiont été faites dans les viii;/t derniòres années. lis ont dressé le bilan de la science agricolo au commen- cement du XX siècle. » Le catalogue dócaillé et illustré de VEncyclopédie agricole est adressé grátis et franco à t ou te personne ijui en lait la demande a MM. J.-H BailliOiro et lils, 19' rue Hauteíeuille, à Paris. -$$$$^€^€7- A LAVOURA 393 NOTICIÁRIO DECRETO N. 7572 — de 18 de novembro de 1909 Ci'i"'a uo Ministério da Agricultura, Industria e Coiumeroio a Directoria de Meteorolo;;ia e Astronomia O Presidente da Republica dos Estados Unidos do Brasil : Usando da autorização contida no decreto legislativo n. 1606, de 29 de dez- embro de 1906, decreta : Art. 1.'^ E' creada no Ministério da Agricultura, Industria e Commercio uma Directoria de Meteorologia e Astronomia, a qual terá especialmente por objecto : §1.0 Promover o conliecimento da climatologia geral do paiz, publicando bo- letins trimensaes e annuaes, bem como mappas e diagrammas climatológicos, resumindo as observações feitas na rrde do estações nacionaes. § 2.» Estudar as occiírrencias das cliuvas e das seacas e o consequente regimen das estiagens e cheias de rios, fazendo pesquizas no sentido de collaborar efflcaz- mente na solução dus problemas de abastecimento de aguas ás regiões suecas. § 3.» Fazer a previsão do tempo e dar avisos marítimos o agrícolas, baseados nas observações locaes e nos despachos telegraphicos, noticiando a formação e marcha das depressões, ondas frias, tempestades, ele. § 4.» Estabelecer os diversos typos do tempo nas zonas da Republica, moteoro- logicamente distiiictas umas das outras. § 5.» Organizar edar publicidade á carta diária do tempo, bem como das pre- visões e avisos aos navegantes e agricultores. § 6.° Fazer todas as observações astronómicas, geodésicas e de physica do globo, úteis em geral, o com especialidade ao Brasil. § 7.» Determinar as posições geographicas dos principaes pontos do território e executar quaesquor trabalhos geodésicos que possam ser utilizados para orga- nização do mappa geographico da Republica, § 8.° Regular os chronometros dos serviços públicos, assim como dar a hora mediante o sigual i-oavencionado, § 9." Transmittir diariamente o signai de meio dia á Repartição Geral dos Telegraphoa e á Estrada de Ferro Central do Brasil. § 10. Publicar os respectivos trabalhos, bem como um annuarío contendo dados e informações úteis relativas à astronomia, meteorologia, physica, chimica, geographíi e estatística, além das publicações avulsas que forem julgadas de inte- resso para as sciencias astronómica, geodésica e meteorológica. Art. 2.» Para a e.Kecução dos serviços a seu cargo a Directoria de Meteorologia e Astronomia comprehenderd : a) Um Observatório Nacional ; 6) Tantos observatórios regiouaes ou estações de 1» ordem quantos forom os districtos agrícolas em que ae dividir o paiz ; c) Estações de i* ordem ; d) Estações de 3» ordem . 8õ5á 6 394 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTORA Art. 3." O Observatório Nacional é a repartição à qual incumbe a direcção, a collccção o pulilicação d;is observações meteorologi:aj e astronómicas do paiz, coraprehondiendo : a) A Administração Gerai da Directoria do Meteorologia e Astronomia, com : 1 Director ; I Secrctario-bibliothecario ; 3 Escreventes; 1 Mecânico; 2 Ajudantes de mecânico ; 1 Aprendiz mecânico ; 1 Zelador ; 2 Serventes. b) Secção de MeteoroloL'ia e I'h)'8ica do Globo, com : 1 Chefe do secção ; 3 Assistentes de I* classe ; 2 Assistentes de 8' c!asse ; 4 Assistentes do 3" classe. c) Secção de Astronomia e Goodesia, i'om : 1 Chefe de secção ; 2 Assistentes de l* classe ; 2 Assistentes de 2» classe ; 2 Calculadores; 3 Guardas-manobras. Art. 4." O Observatório Regional <■. um centro subordinado ao Observatório Nacional, para a dirncção e collecção das observações de certo districto agrícola, incumbindo-lho espocialmeoie : a) Fazer todas as observações exigidas pelo Código Internacional, para as estações de 1* ordera ; h) Centralizar todos os tnlegramraas de previsão do seu districto, com cujos elementos o respectivo chefe construirá a cartado tempo e fará a consequente previsão ; c) Tiansmittir ao Observatório Nacional e ás partes interessawlas os avisos relativoa á previsão do tempo ; d) Centralizar igualmente as demais observações feitas e tabuladas nas estações subordinadas, remettendo, em cada raez, ao Observatório Nacional os quadros relativos a todas as estações do districto, inclusive o Observatório Kegiona] . Paragrapho único. Em cada Observatório Regional haverá : 1 chefe ; 1 ajudante ; 2 até 4 assistentes de 3' ciísse, conforme o numero das estações. Art. 5.» Estações de 2" ordem fão aquollas onde são eflfectuadas observações completas e resrulares dos elementos meteorológicos usuaes, como pressão baro- métrica, temperatura e humidade do ar, vento, nuvens, chuva, hydrometros, etc, tendo cada um i : 1 observador; 1 ajudante. A LAVODRA 395 § 1.» Ao observador compete : a) Fazer fielmente toJas as observações, que tiverem siJo indicadas nas instrucções expedidas pela directoria ás lioras regulamentares, lançando-as imme- diatamente na calerneta apropriada e transcrevendo os dados, depois do corri- gidos, no registro especial, de onde serão extrahidos os quadros de resumo, que serão enviaiios ao Observatório Regional do respectivo districto, no começo de cada mez, som prejuízo do quadro geral annuo, reraettido jio começo do mez de janeiro de cada anno ; b) Remetter diariamente, logo depois do feita a observação da manhã, um telegramma ao Observatório Regional contendo os dados observados na hora local correspondente ao meio dia de Greenwich ; c) Adesti'ar um ajudante no uso dos instrumentos, para habilital-o a ser seu substituto, em casos de necessidade, ou quando, por qualquer motivo, deixar de ser encarregado da estação. Art. 6.° Estações de 3" ordem são aquellas em que apenas parte, maior ou menor, dag observações feitas nas estações de ã» ordem são effectuadas havendo em cada uma delias um observador. § 1." Nas estações de 3' ordem, onde haja barómetro, as obrigações, espe cialmente a de remetter telegraphicamente os resultados das observações simul taneas da manhã, são as mesmas das estações de 2» ordem. § 2," Nas estações de S* ordem, onde não haja barómetro, serão fiel mente observados os outros instrumentos, do accôrdo eom as instrucções dando-se particular cuidado ás observações das chuvas, medindo-se a precipi- tação occorrida pelo menos uma vez por dia e neste caso ás 7 horas da manhã e conservar-se-ha a estatística completa da força e direcção do vento, da nebulo- sidade, dos dias claros, nublados, de chuva e de t.rovoa'la, cuj i cópia, era forma de quadro, será mensalmente enviada ao Observatório Regional do districto. § 3.» O observador encarregado das estações de 3* ordem deverá es- colher uma pessoa idónea, a quem instruirá para o flm de ser o seu substituto, em casos de vaga ou impeliinento. Art. 7.» O pessoal da Directoria do Meteorologia e Astronomia será nomeado : a) O director, chefes de secção e chefes de observatórios regionaes, por decreto ; 6) Os demais empregados, com excepção dos observadores e seus ajudantes das estações de 2* e 3* ordem, por portaria do Ministro ; c) Os observadores e seus ajudantes das estações de 2* e 3* ordem, por portaria do director da Directoria de Meteorologia e Astronomia. Art. 8." Os deveres e attribuições de cxda um dos empregados serão esta- belecidos no regulamento interno, que o director da Directoria de Meteorologia e Astronomia submetterá á approvação do Ministro. Art. 9." Os vencimentos do pessoal serão os da tabeliã annexa, devendo os ajudantes dos observadores de 2* e 3* ordem servir gratuitamente, habilitando-se a substituir eventualmente a estes, em caso de vaga ou de impedimento tem- porário. Art. 10. Os observadores das estações de 2"^ e 3» ordem serão nomeados dentre as pessoas que, pela sua instrucção e a natureza sedentária de sua profissão ou emprego, possam, em cada dia, consagrar um pouco de suas horas de lazer ás observações e trab^ilhos que lhes incumbem . 3!>r, SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Art. 11. O serviço meteoroloL'ii'0 será iniciííio com as estaçõts já, existentes, devendo ser installadas durante o anno próximo mais 40 estações de 2' ordem o 180 de 3* ordem e pluviometricas, repartida? como convier pelo território da republica. Paragrapho único. Anaualraenta deverão ser installadas mais estações, de modo a ir desenvolvendo pi-ogressivamente o serviço, até a constituição da rede de estações indispensnveis para a climatologia e previsão do tempo. Art. i:i. Os observatórios rejíionaes serão installado-; á proporção que em cada um dos districtos agrícolas e densidade das estações por toda a aréa do districto seja superior a uma estação, por 20.000 kilometros quadrados. Paragrapho único. As estações do 2^ o 3' ordem, eraquanto não houver Oliservatorio Regional no respectivo districto, deverão communicar ao Ob- servatório Nacional as observações e dalos que são obrigadas a communicar áqaelle. Art. 13. O material das estarões ilepenilontos da Directoria do Meteorologia o Astronomia será fornecido por esta aos respectivos observadoras, que serão responsáveis pelo seu extravio. Art. 14. A installação dos instrumentos, assim como a inspecção o fiscali- zação periódicas das estações meteorológicas, serão feitas por pe.ssoal da di- rectoria, commissiouado pelo director, pelos chefes dos observatórios regionaes ou pelos inspectores de agricultura. Alt. 15. Aos Estados quem anliverem serviço mnteorologico offlcial uu por intermédio de institutos scientificos, por ello^ subv-jucionados, serão concedidas subvenções, desde que a respoctiva rêlo meteorológica possa constituir, a juizo do Governo, servií^o completo para a climatologia e previsão do tempo, dentro de um districto agrícola. Art. 16. Para eflfectividade do disposto no art. 15, devem os Estados obri- gar-se a : a) Ter os instrumentos adoptados pelo Observatório Nacional ; b) Manter as estações meteorológicas em logar.;s approvados pela Directoria de Meteorologia e Astronomia ; c) Admíttir como encarregados dns serviços pessoas com as necessárias habi- litações, para executarem as observações de acccordo com as instrucçõos da mesma directoria ; (l) Mandar transraittir por telegrammas ou por oílicios osdados que forem exigidos ; e) Sujeítar-se, quanto ao registro das observações e ,1 remessa periódica dos quadros e demais trabalhos, ás mesmas normas estabelecidas para as estações meteorológicas nacionaea ; f) Submetter-se á inspecção e fiscalização dos funccionarios para isso commís- sionados pela directoria ; .-Vrt. 17. A subvenção aos Estados consistirá na contribuição necessária ]ara a acquisição dos instrumentos e manutenção do pessoal, calculadas essas despezas polo que ella seria si inteiramente feita pela União, nas condiçõo.s do presente decreto. Art. 18. A subvenção de que trata o artigo anterior será paga por trimestre vencido, tendo em vista o numero das estações em funccionaraento, o qual não A LAVOURA 397 poderá exceJer do que a União julgar necessário e;ii cada Estado, podendo este ter ásua custa maior numero. Art. 19. Além das estações custeadas ou subvencionadas pela União, a Directoria de Meteorologia e Astronomia poderá accoitar a collab jração de todas as que quizerem prestar o seu concurso, podendo fornecer-lhes por empréstimo os instrumentos necessários, desde que estes possam ser confiados a pessoas idóneas, que se promptifiquem a lazer as observações e a fornecer os dados gratui- tamente. Art. 2L Para maior rapidez na transmissão dos telegrararaas meteorológicos, haverá no Observatório Nacional uma estação telegraphica, com um telegra- phista exclusivamente encarregado do serviço da Directoria de Meteorologia e Astronomia. Art. ãl. Fica extincto o actual Observatório do Rio de Janeiro. Art. 22. Revogadas as disposições em contrario. Rio de .laneiro, 18 de novembro do 1909, 88° da Independenci i e 21» da Republica. Nilo PEyA.NHA. A. Cândido Rodrigues. Tabeliã dos vencimentos do pessoal da Directoria de Meteorologia e Astronomia a que se refere o art. 9" do decreto n. 7673, desta data PESSOAL ORDENADO GRATIFICAÇÃO TOTAL Director Chefe de secção Assistente de l» classe » n 2'-^ » » » 3-'^ >» Calcuindor "Mecânico . . ... lírOimOOO SiOOOsOOO t;:400.$0i)0 4:.suU.'500O ?:400.SO00 2 : 400,^000 oráuOsOOO 6:0n0s;0()0 4:000s000 3:?UO$000 2:400.^1100 l:20ft^OOO i:íOO.SOOO 1:600$000 1:ÍOO$000 ■ioosooii 600$000 3:2011$ 00 I : ÍUOSODO 800$000 4.SO$000 2:800s000 :.':0(iO$000 I:O00.Sii00 lS:(iori$0(ii) i2:ouos0ou 9:000$000 7:20n$000 3:600s000 3:000$000 4:800$000 Ajudante de mecânico Aprendiz de mecânico 2:400^000 soo.$ooo I:á00$0(l0 ti:4O0S000 2 : ÍOOsOOO í:6iHi.S000 OóOKOOO r,:(')00$000 4:000$0oii Í:0(.i0s000 3:0 0$000 í: 2005000 l:800S00O Secrc-tario-lúbliolli ■cario - Escrcvnnlf Zelador Servente Clicle do Observatório Regional Ajudante idem Assistente i lem í):íJOiJ$00o 3:tíi)0$000 2:4o:$0ll0 1:440$(I00 8:400$00i> G:000.§000 3:000$000 Observações a) O pessoal do Observatório Xacional e dos Observatórios regionaes, quando em viagem de serviço, perceberá mais a diária de lOiJ, correndo as despezas de transporte por conta da União ; b) Os observadores das estações de 2» ordem perceberão a gratificação mensal de G0$0OO ; c) Os observadores das estações de 3'^ ordem e pluviometricas pi^rceberão uma grati- liçação de 30$ a 50$ mensaes. Rio de Janeiro, 18 de novembro de 1909. — .1. Cândido liodrigiees. 398 SOCtEDAUE NACIONAL DE AGRICULTURA DEORETO N. 7673 — de 18 ds novembro de 1909 Crèa o Ministério da Agricultara, Industria o Commercio e Secção de Pablicaçõos e Bibliotheca O Presidente da Republica dos Estados Unidos do Brasil : Em execução do decreto legislativo n. 1006, de 29 de dezembro de 1906, alineas A do n. 1 e e do n. 2, Decreta : Art. 1.» Ficam creadas no Ministério da Agricultura, la^iuatria e C!ommercio a Secção do Publicações e a Bibliotlieca. Art. 2." A' Secção de Publicações, da qual fará parte a Bibliotlieca, incumbe: a) Piovidenciar sobre a impressão das publicações do Ministério, que tenha de ser feita no pai/, ; b) Fazer no paiz a distribuição systomatica de todas as publicações do Minis- tério ou das que olle adquirir, destinadas á propaganda agricola e á divulgação das informações e conhecimentos úteis á lavoura, á industria e ao commercio; c) Rometter regularmente á Commissão de Expansão Económica do Brasil no estrangeiro as publicações que por ella tenham de ser distribuidas, impressas ou adquiridas no paiz para distribuição no exterior, assim como todas as que possam servir de fonte do informação o contenham dados úteis aos servií.os a cargo da commissão ; d) Reunir e catalogar, por ordem do matéria, todas as boas publicações nacio- naes ou estrangeiras referentes ás diíTereuies especialidades de que trata o Minis- tério da Agricultura, Industria e Commercio, procurando manter correspondência e permuta constante e regular com as repartições ou instituições nacionaes e estran- geiras que cuidem de assumptos que intei-essom aos serviços do ministério ; e) Tomar conhecimento de todas as publicações recebidas do interior e do exterior, aflm de publicar e vulgarizar o que lor de utilidade geral, por meio do notas ou noticias fornecidas á imprensa ou pelo Boletim do Ministério da Agricul- tura, Industria e Commercio, publicação que fica a seu carg^o ; f) Manter a bibliotlieca do ministério, de modo a que nella figurem em boa ordem a collccção de publicações do ministério e todas as que interessem aos ser- viços a cargo deste, além das melhores obras que tratam de agricultura, industria e commercio, e sciencias subsidiarias. Paragrapho único. A' Secção de Publicações incumbe também fornecer infor- mações pedidas au ministério e que não tratem do matéria do exp "dicnte ou de assumptos technicos pertencentes á esphcra de trabalhos de outras repartições. Art. 3."> A bibliotheca será franqueada a todos os funccionarios do Ministério da Agricultura, Industria e Commercio, para o estudo dos assumptos que lhes estiverem confiados. Paragrapho único. Os livros ou collecções existentes na bibliotheca também poderão ser franqueados a consultas de pessoas estranhas ao ministério, medi kn te especial autorização do director geral. Art. 4." A consulta aos livros o collocções da bibliotheca deverá ser feita dentro da Repartição, durante as horas do expediente. Paragrapho uuico. O chefe da Secção de Publicações poderá, entretanto, permittir aos funccionarios do ministério a retirada de livros para estudo fora da A LAVOURA 39D repartição desde que o seja por tempo limitado e tenha sido isso requisitado por um chefe de serviço. Art. 5.° Os livros ou publicações retiraJas para estudo íóra da repanição serão carregados, no respectivo livro, á conta do funccionario a quem forem en- tregues, sendo o seu valor descontado dos respectivos vencimentos si não os resti- tuir á bibiiotheca, deniro do prazo que lhe for marcido. Art. 6.° O «Boletim do Ministério da Agricultura, Industria e Commercio» será publicado mensal ou quinzenalmente, conforme a abundância de matéria e deverá conter especialmente: os actos do Governo da União, expedidos por intermédio do ministério ; artigos e trabalhos originaes da lavra do pessoal das repai-tições technicas ; artigos, noticias e informações extrahidas de publicações scientiflcas e outras que tratem de assumptos da competência do ministério, tudo no intuito de propaganda e maior divulgação dos conhecimentos úteis â lavoura, industria e commercio. Art. 7." A Secção de Publicações terá o seguinte pessoal, com os vencimentos da tabeliã annexa: 1 chefe ; 2 ajudantes ; 1 bibliothecario; 2 auxiliares revisores; 1 chefe de expedição. Paragrapho único. Serão admittidos na Secção de Publicações, para auxiliar 08 serviços da bibiiotheca, da correspondência, de revisão e do expedição de pu- blicações, auxiliares praticantes em numero não excedentes a quatro, conforme o desenvolvimento dos serviços e vencendo a gratificação constante da tabeliã annexa. Art. 8.° O chefe da Secção de Publicações sara nomeado por decreto e devo possuir, além de outros conhecimentos indispensáveis, os das línguas nacional, franceza, ingleza o allemã. Art. 9.° Incumbe ao chefe de secção: a) Velar pela fiel execução dos serviços pertencentes à secção, superinten- dendo o fiscalizando os trabkIh!)S de seus auxiliares ; fc) Exminar iodas as publicações dirigidas ao Ministério di Agricultura, In- dustria e Commercio, extrahindo delias o que convier divulgar no paiz, annotando e levando ao conhecimento dos chefes do serviço o que possa interessarás repar- ÇÕ6S a cargo dos mesmos ; c) Traçar e fazer executar o plano de distribuição do cada uma das publicações do ministério, visando a maior efflciencia da divulgação dos conhecimentos e noticias que ellas contiverem ; d) Ivedigir as notas e informações que devem ser fornecidas á imprensa sobre assumptos de interesso da lavoura, industria e commercio ; e) Assignar a correspondência da secção e mandar cumprir os pedidos que lhe forem dirigidos ; f) Observar e fazer cumprir pelos seus subordinados as disposições do presente decreto e as iustrucções e ordens do Ministro ou directur geral ; g) Apresentar, no flm de cada anno, ao direotor geral, um relatório de todo o serviço e movimento da secção, durante o anno findo. •ICK) SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Art. 10. Os ajudantes, o biblíothecario, os auxiliares revisores e o chefe de expediçcão serão nomeados por portaria a-sign.ula pelo Ministro. Paragraplio único. O: auxiliares praticantes serão admittidos e dispensados inilependonte de nomeação, conforme as necessidades do serviço e do accordo com a autorização do Ministro. Art. 11 . Os ajudantes devem possuir as mesmas habiliiações exigidas para o exercicio do cargo de chefe de secção, e incurabe-llies collaborar com este cm todos os serviços e trabalhos a seu cargo, substituindo-o nos casos de impedimento tem- porário, conforme designação do director geral. Art. 12. Ao l'ibliotliocario incumbe: a) Ter na melhor ordem a bibliotlieca ; b) Providenciar sobre a encadernação das publicações e livros ; c) Organizar e manter com perfeita rogul.iridado o catalogo ; d) Attendor às pessoas que precisarem consultar os livros e publicações da bibliotlieca ; c) Velar para que as collecções se mantenham completas, reclamando a remessa dos numeres de publicações que deixarem do ser remcttidos á secção ou que faltarem nas collecções ; /) Manter em dia o livro do carga dus volumes e publieaçfles que tiverem de sahir da bibliothcca, com permissão do chefe dn secção ; g) Executar os demais trabalhos que lhe forem ordenados pelo chefe de secção. Art. 13. Aos auxiliares revisores compete : o.) Fazer todo o serviço de revisão de provas, submettendo-as, depois de revistas, aos respectivos autores, antos de r(!stituil-as á typographia para a impressão ; b) Executarem os trabalhos que lhes forem ordenados pelo chefe de secção ou pelos ajudantes, em falta de serviço do revisão. Art. M. Incumbe ao chefe de expedição : a) Providenciar sobre a expedição das publicações a distribuir, fazendo os respectivos endereços, de accurdo com o plano mandado observar polo chefe de secção ; b) Ter om dia o livro de distribuição do publicações, do qual constarão : o titulo das publicações distribuídas, a sua quantidade o o destino por paizes. Estados, repartições, instituições, associações ou particulares, de modo a poder-so levantar a qualquer riiomcnto a respectiva estatística. Art. 15. Aos auxiliares praticantes incumbe .executar os serviços para que forem admittidos, de accordo com as determinações do chefe do secção. Art. ]('>. .\s publicações do Ministério da Agricultura, Industria e Commercio serão impressas na typogriphia da Direcoria Geral de Estatística, a qual será, para isso, dotada do pessoal e material necessário. Art. 17. Revogara-se as disposições em contrario. Rio de Janeiro, 18 de novembro de 1909, 88" da Independência e 21° da Republica. Nilo Peçanha. A. Cândida Rodrigues, A LAVOURA 401 Tabeliã dos vencimentos do pessoal da Secção de Publicações do Ministério da Agricultura, Industria e Commercio, a que se refere o decreto n. 7673, desta data Chefe de secção Ajudante . . Bibliothecario. . . Auxiliar revisor . . Chefe de expedição . Auxiliar praticante. ORDENADO 8:000$00l r>: 0001000 4:000$000 3:200|000 2:000^000 OHATIUCAÇAO 4:000$00o 2:S0()$000 2:000$00(l 1:000$000 l:000$00(i I:S0UiJO00 12:000$O0O 8:400$000 6:000$000 4:800$000 3:000$000 1:SOO$000 Ri; de Janeiro, 18 de novembro do líK )',!.— ,1, l^anáido Rodiiyues, Inspecção A-g-vicoliv nos ICstatlos — Este qovo doparta- mcnto, creado pelo Exrao. Si*. Dr. Cândido Rodrigues, Ministro dii Agricultura, comproliende : « O serviço de Inspecção Agricola em cada um dos Estados o quo abrangerá o estudo das condições da agricultura o das industrias agrícolas e das causas que en- torpecem o seu desenvolvimento e progresso ; a indicação das mádidas capazes do melhorar as condiçõ ís da agricultura e industrias agrícolas e de animar a crearão de novas fontes de producção, a divulgação de conhecimentos utuis á lavoura, a propagação de novas culturas ou variedades de plantas já cultivadas ; o levanta- mento das cstíitisticas agrícolas e zootechnicas ; avaliação das colheitas e a fisca- lização das escolas agrícolas, estações agronómicas, campos do experiência ou de demonstração, postos ou estações zootechnicas o meteorológicas, custeados ou sub- vencionados pela União nos Estados. Para esse serviço fica o território da Republica dividido em ládistrictos : 1." Amazonas c Pará, 2.» Maranlião e Piauby. 3.° Ceará, Rio Grande do Norte e Paraliyba. 3.° Pernambuco e Alagoas. 5." Bahia o Sergipe. G." Rio de .laneiroe Espirito Santo. 7." Minas Goraes. 8.» s. Paulo. 9.» Paraná o Santa Catharina. 10. Rio Grande do Sul. 11. Goyaz. 12. Matto Grosso, . 8552 ' 402 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA O território do Acro sorá objecto do uma prorideacia especial, visando a re- gularização da exploração do seus saringaes e melhorameato da producção da bor- racha. Cada um dos distriotos agrícolas Soará a cargo do um inspectur, ao qual íih cumbirá, doutro das respectivas circurasoripjõos, percorrer constantemente o seu districto, investigando as condições das lavouras, informando o ministério sobro todas as ocourrcncias ou circumstancias tendentes a favorecer ou prejudicar as plantações das colheitas e estudando toJas as necessidades agrícolas de sua oír- oumscripção ; visitar frequentemente as fabricas, usinas e engenhos, examinando os processos e resultados do beneflciamento ou transformação do productos agríco- las, indicando os moios do meUioral-os e de remover os obstáculos que se ante- ponham ao desenvolvimento da producção ; realizar nos centros agrícolas de seus districtos, quando o ministro autorizar, con forencias sobre assumptos de interesse geral da lavoura, especialmente visando a propaganda di introJucção de novos processos culturaes ; a organização de syndicatos agrícolas e cooperativas agríco- las, conforme o programma mandado observar pelo ministro ; aiteader, quando em viagem pelo seu districto, aos pedidos do informação que lhe forem dirigidos pelos lavradores ; collaborar ua organização a direcção das expedições, concursos e demonstrações agrícolas, promovidos pelos governos dos Estados, municipalidades ou associações agrícolas da respectiva eiroumscripção ; colligír todas as informa- ções sobre as riquezas e os varies productos do respectivo districto, colhendo amostras e organizando relatórios succinto^ para o museu do ministério e propa- ganda no estrangeiro ; inspeccionar as escolas agrícolas, estações agronómicas, campos da experiência ou demonstração, postos ou estações zootochnicos e meteo- rológicos, custeados ou subvencionados pela União nos Estados de sua circumscrí- pção ; divulgar por meio da imprensa ou do circulares conhecimentos úteis para a lavoura e instrucções o conselhos para a extincção das pragas ; colher exempla- res de plantas doentes o de insectos nocivos, remiittendo-os ao ministério para o estudo dos meios de tratamento ou extincção ; fazer a distribuição do rnudiís o se- mentes que lha forem remettidas para isso pelo ministério ; remetter mensalmente ao ministro um relatório dos trabalhos feitos no mez fiado, além da noticia sobre a parte do districto percorrida, as observaçõas feitas durante as excursões; a in- dicação das medidas que as mesmas observações suggerírem e tudo o mais que possa ser útil para resolução do ministro sobre as providencias a tomar em bene- ficio da agricultura o das industrias agrícolas » . d) Encher e assignar os certidjalos das coberturas fornecidas pela mesma Directoria o onvíal-os aos proprietários das fêmeas cobertas. e ) Organizar e remetter á Diroctoría mencionada, no fim de cada mez, a es- tatística completa e exacta das femoas apresentadas aos roproductoros da Estação, e, bem assim, os dados fornecidos poios proprietários, referentes aos productos obtidos. f) Dar aviso, por telogramma, á Directoria de Inlustrla Animal, de qualquer alteração notada na saúdo dos roproductoros o rometter-lho, mensalmente, a ronda arrecadada o proveniente das cobrições. g ) Enviar, ã mesma Directoria, mensalmente, a relação das despezas feitas com a manutenção da Estação, assim comj a folha de pagamento de seu pes- soal. A LAVOURA 403 Exposição ^Vg^ro-I^ecuax-ia — Esmo. Sr. Dr. Francisco Salles, dig^no presidente da commissão central da Exposição Agro-Pecuaria de Bello Ho- rizonte. Os abaixo assignados, membros da commissão de julgamento dos productos, que, com os devidos documentos, concorreram ao «Certamen» de 7 do corrente, na secção agrícola- industrial, depois de terem examinado do melhor modo possível o que lhes foi apresentado, assim enunciam o seu julgamento: TRIGO Em numero de 7 foram os concurrentes aos prémios destinados aos cultivado- res de trigo, sondo destes qualificados com prémios pecuniários: com o 1° premio, João Evaristo de SanfAnna, do Carmo do Rio Claro ; com o 2», Alberto Dias Ferraz, de Christina ; cora o 3', Nicolau de Carvalho Sampaio, de Marianna; com o 4°, o Dr. Carlos da Silva Fortes, do Barbaceoa, e Dr. Luiz de Souza Brandão, de Queluz. Obtiveram medalha de ouro: Procopio Affonso Guimarães, do Cataguazes, o Cândido da Fonseca Vianna, do Rio das Velhas. (V. quadro n. 1.) ARROZ Dos 19 concurrentes aos prémios do arroz, nove foram classificados com direito aos prémios pecuniários, a saber : o 1" a João E. SanfAnna, do Carmo do Rio Claro ; o 2° a Gabriel Archanjo da Silva Costa, de Cabo Verde, e a Nicolau de Car- valho Sampaio, de Marianna ; o 3» a Francisco da Costa Araújo, de Rio Novo, o Tancredo França, do Sacramento; o 4" a Villela & Irmão, de S. Paulo de Muriahé, o Loopoldo Correia Notto, do Pomba ; o 5" a Carlos Cavalcante, de Cambuhy e Augusto Pacheco Resende, de Rio Novo. Obtiveram medalha de ouro: Sincero Fernandes Diana, de Conceição do Serro; Dr. Luiz de Souza Brandão, de Queluz; Cândido da Fonseca Vianna, Rio da3 Velhas; António de Rezende, de Uberabinha ; Francisco António Arruda Camará, de Leopoldina; João Francisco Furtado, do Cataguazes e Joaquim Lacerda Werneck, de Leopoldina. Medalha de prata: Adormevil da Rocha & Comp., do Uberaba; José António de Araújo Quintão, de Piranga, o Roberto Francisco do Toledo, de Leopoldina. (V. quadro n. 2.) FEIJÃO Aos premies destinados aos cultivadores de feijão compareceram 15 concur- rentes, sendo promiaduS: com o 1° premio, Josó António de Araújo Quintão, de Piranga ; com o 2», João Evaristo SanfAnna, do Carmo do Rio Claro, e Francisco de Paula c Silva, do Muzambinhu ; com o 3°, Leopoldo Corrêa Netto, do Pomba, e Pedro Cláudio Sallos, do Rio das Velhas; com o 4», José Amâncio de Lima, de Muzambinho, o Francisco Gil Senra, do Tiradentes, e com o 5", Frederico Jardim, de Barbacona, o Villela & Irmão, do S. Paulo do Muriahé. Obtiveram medalha de ouro: Nicolau de Carvalho Sampaio, de Marianna ; Augusto Pacheco de Rezende e Francisco da Costa Araújo, do Rio Novo ; Cândido da Fonseca Vianna, do Rio das Velhas ; Dr. Luiz de Souza Brandão, de Queluz, o Roberto Ferreira de Toledo, de Leopoldina. (V. quadro n. 3,) 404 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA MILHO No planí.io do millio foram premiados com preirios pecuniários 6, a sabor: o 1° premio, a Francisco da Costa Araújo, do Rio Njvo, o Pedro Cláudio d • Sall ;«, Kio das Velhas; com o :i', CanliJo da I^onsoca Vianna, do Rio das Vellias, e Loopoldo Correia Notto, do Pomba ; com o 4', Sincero Fernandes Vianna, de Conceição do Serro e João E. SanfAnna, do Cirmo do liio Claro ; com o 5", Frederico Jardim, de Barbacena. Foram premi \dos com raodallia de prata: Herculano Pereira do I^ago, de Cabo Verde ; Francisco Oil Sonra, de Tiradentes ; Auu'iisto Pacbcco Rezende, do Rio Novo; Nicolau do Carvalho Sampaio, de Miri mua. (V. quadro n. 4.) n\TATAS Somente quatro foram os concurrentes aos prémios destinados ao plantio aa batata, sendo classificados: em 2" logar, Josí lUydio da Silva Perdigão, de Alvino- polis: em 3', Thomaz Hoslep, de M )rrj Velho ; era 4°, o Dr. Luiz de Souza Bran- dão, de Queluz. O quarto concurrente foi desjlassiticilo não só por não tor a área exigida, como também por ter sido informada a commissão de que o requerente não (5 agricultor. (V. (uiadro n, 5.) ALGODÃO Sò houve um coiicurrento ao |iri!niio de algodão, e esse mosmo sem direito a rocebolo, por não tor remettido amostra, conformo exigem as instrucçõos regula- mentares. Como so evidencia doe quadros ns. 6, 7, 8, 9, 10, 11 e li, os expositorss deeafé foram om numero de 15 ; de productos cerâmicos, 5 ; sericicultura e vários outros tecidos, 7; bebidas, 14; productos lácteos, 10; milho, feijão, arroz, assucar, fari- nha, sal u algodão 22 ; e finalmente, 3 ) com productos diversos. As qualidades do café exposto tiveram as classificaçõos mencionadas no respe- ctivo quadro. Devemos salientar o preço remunerador obtido no llavre, pelo expositor Dr. José Cupertino Teixeira, de Ponte Nova. Este senhor conseguiu apurar, man landa o café por intermédio da Cooperativa. — o preço do 75 francos por 50 kiljs, ileixan lo livre, cm Poate Xova, a quantia do OSlQ i por 15 kilos. Outra observação teve occisião de fazer a Commissão julgadora sobro esse prolucto: o café separado pela Sue -Ão de cafí: com as machinas — Paitl KaacJi — foi considerado o nioUior de todos os expostos. ICra productos cerâmicos, além de medalhas de ouro concedidas a vários expo- sitoros, ont'jniieu a commiísão concelor o prkmio de honra — ao expositor Paulo Pinhuiro da Silva, deCaoté, pala variedade o quali lade do producçõos expostas — entro as quaos — porcellana, etc , etc. Sibre tecidos e productos sericos foi concedido o piiemio de honra aos indus- triaes F. Mascarenhas & Filho, do Rio das Velhas, o á Colónia Rodrigo Silva, de Barbacena. A LAVOURA íOã Aos demais expositores ftjrara concedidas medalhas do prata e menções hon- rosas. No quadro dos expositores do liebi'las houvo classificações cora medallias do ouro e pivita e monções honrosas. No quadro dos productos lácteos obtiveram medalha de ouro as seguintos fabricas: do Dr. Carlos da Silva Fortes, do Barbaccna; Josó Guilherme ^^ Comp. , de Palmyra ; Alfredo Bvptista de Oliveira, Entro Rios, e Mihvard & Comp., de Ayuruoca. Notou a Commissão que uma das marcas, a registrada, exposta pelos fabricantes Milward & Comp., 6 do enlatamento inferior. Os demais expositores desse proJucto foram classificados conformo se vorá do quadro referido. Aos expositores constantes do quadro n. 11, já citado, foram concedidas moila- llias de ouro, prata, bronze e menções honrosas, coin excepção do expositor João Evaristo SanfAnaa, ilo Carmo do Rio Claro, a quem entendeu a commissão conce- der o PREMIO DE HONRA pelas inuumeras variedades de productos expostos o por ter verificado, no exime que fez nos documentos apresentados, ser um dos maiores, senão o maior airricultor do Estado. Pela leitura do quadro n. 12 vê-se que os expositores constantes do mesmo — tiveram medalhas de ouro, prata, bronze e menções honrosas. A classificação foi feita á vista dos productos expostos nos dois pavilhões — de Agricultura e Industria — após exame minucioso por parte da commissão julgadora. A concessão dos prémios de honra— foi feita como animação aos expositores que não só so esforçaram acudindo ao appello do poder publico, trazendo seus pro- ductos ao Ccriamc», como também por terem procurado introduzir os systemas modernos de agricultura 6 aperfeiçoamento nas industrias. Menções elogiosas merecera, sem duvidíi, os expositores Joaquim de Lacerda Werneck, de Leopoldina ; Almeida, Bezerra & Comp., do Rio de Janeiro, e Hopkins Canser & Hopkins, de S. João d'El-Rei. O primeiro pop ter exposto uma «capinadeira» do sua invenção denominada «Werneck», que ao ver da Commissão pôde prestar Dons serviços ã lavoura do Estado ; os segundos por terem exposto, como fabricantes, sal em tijolos e refinado que, segimdo informações prestadas â Commissão, é de vantagem para os nossos criadores, e os terceiros, por terem feito completa installação de machinas e fabricação de raanteiica . Com o intuito de propaganda oní.re os innumeros industriaes de productos lácteos a casa Hopkins Causer & Hopkins fez, na Exposição, installação para o fabrico de manteiga systeraa «Alfa-Laval», movida por electricidade, com todos os acces- sorios; iii, c Langshan » e patos « Aylesbury » destinados ao Sr. Cliarlos Causar, fazenJoiro em S. .loão d"Iíl-Ile.v, Estado do Minas, sendo este senlior o primrúro que í.jí registrado no novo « Hogistro dos lavradores, criadores e protlssionaos do industrias connoxas>. A.iiiiua,es de i-açít — Clie;,'ou pelo vapor inglez « Vcrdi », entrado neste porto, um esplendido casal de suinos da preconizada raça americana « Poland China », quo foi adquirido no seu paiz de oriírera pelos Srs. Hopkins, Causer & HopkiDS, iuiportadoros de aves e animaes para ropruducção. 03 suinos ora importados vêem consignados ao Sr. Coronel Tbeodorico de Assis, jazondciro e criador de Juiz de Fora, no i;itado de Minas Goraos, que, pódo-se dizer, 6 um dos mais adiantadas criadoras da sua vasti zona, pelos optimjs reproductores que tem introduzido na sua fazenda, por intermédio da L-asa Hopkiiis, Causer à Ho- pkins que jamais poupou esforços para bem servir aos seus nanierosos commit- tentes . Pelos respectivos pedigrees, póde-se sem receio avaliar a especialidade dos suinos quo foram felizmente transportados para o nosso paiz, mormente o porco cujo progenitor já alcançou dois campeonatos e três primeiros prémios nas expo- sições a quo concorreu com outros espécimens pertencemos á sua raça. Como do costume, o desembarque realizou-se por ordem dos Srs. Hop- kins, Causer & Hopkins, no cães de Companhia Cantareira, devendo seguir para a estrada de ferro, onde embarcarão com destino á fazenda do Sr. Coronel Assis. Os Srs. Hopkins, Causer it Hopkins participaram-nos haverem, mesmo sem auctorisação, adquirido na Inglaterra para o Sr. .losé Soares Pereira Júnior, um dos maiores criadores de porcos eia todo o Brasil, o alamado porco TKEVKGLOS ■WARllIOR, da raça < Largo 131ack », que foi adquirido por £ 55.0.0, preço este nunca alcançado por animal de sua raça. Kste suino ganhou na Exposição da Royal Cornwall Show o campeonato e primeiro premio para o melhor porco de todas as raças; ganhou mais dois primeiros prémios e segundo premio na Exposição da Royal Gloucester, de modo que tem levantado prémios em todas as exposições onde concor- re tendo, nascido em 20 de junho do anuo pioximn passado, sendo o seu criador John Warne, de Cornwall ; para elle já havia muitas oífertas de criadores inglezes que desejavam obtel-o, quando os Srs. Hopkins, Causer & Hopkins, por intermédio de amigos, conseguiram adquiril-o, desoinando-o para o Sr. Pereira Júnior, mostrando assim o interesse que téai pelo nosso paii, para onde será elle expor- tado brevemente. Iiitr"otiiic<;'íio do aiiiniaes i*epi*oductoi*es com auxilio do g-ovei-no — Para obtoução dos favores concedidos aos agricultores o criadores na acquisição do animacs destinados á, reproducçã», devem os interessa- A LAVOURA 403 dos, de accordo cora o regulamento de 18 do abril de 1907, obedecer aos seguint» dispositivos : 1." Coraraunicar pri?viaraent9 ao ministério qu i vão fazor a encomraenda, mencionando o nuni(;ro e raça dus animaes, oondiçõos climatéricas e recursos ali- mentares da propriedade a que elles se destinam. Esta communicação fica dependente de despacho autorizando a encom- menda. :í.'> Indicar, em occasião opportuna, o nome e a residência do intermediário no Rio de Janeiro, si a importação não fòr feita directamente. 3.0 Indicar, com antecipação do 15 dias, no minimo, o nome do vapor em que devora embarcar os aniraaes e data provável da chegada ao porto de destino. Esta indicação torna-se inlispensavel, visto que o governo fará examinar por veterinário ollicial, no porto do Rio de Janeiro e em outros, sempre que fòr possí- vel, ã raça dos aniraaes importados e seu estado de saúde. 4." Declarar que se subordina a qualquer medida de policia sanitária estabe- lecida pelo governo, por occasião da chegada dos animaes. Feita a importação, devem declarar no requerimento em que solicitarem a restituição das quantias despendidas que se obrigam a fornecer ao governo todos os esclarecimentos que lhes forem pedidos, em relação aos resultados obtidos com os reproductores e a communicar o nascimento dos productos, signaes earaoteris- ticos, sua filiação e a transferencia que fizerem, sob qualquer titulo, dos animaes adquiridos e seus productos. O processu respectivo deve constar dos seguintes documentos, escriptos ou tra- duzidos em portuguez : a ) Requerimento na forma indicada. b) Certidão do pagamento do imposto estadual ou municipal como lavrador ou criador. c) Conta geral, em duplicata, mencionando todas as despezas. d ) Coous parciaes, em duplicata, acompanhadas dos documentos que as comprovam, devendo todas as coutas estar em nome do interessado. e ) Conhecimento do navio e factura consular. /") Certidão da Alfandega relativa á entr;;;la dos animaes. g) Pedrigree de cada animal. h ) f hotograpiíia em duplicata de cada animal. «■ ) Certidão de tuberculinisação, tratmdo-se de bovinos. j ) Attestado de saúde dos animaes, passado no paiz de origem. h ) Certidão das estradas de ferro e companhias do navegação pn- ondo circu- larem 03 animaes até o ponto do seu destino. "Vag'r>e'^ pai-a, fi-iicta,s —Tendo o Sr. Ministro da Agricultura conhecimento de uma reclamação feita pelo Sr. \V Ganglitz, fructicultor em São Paulo, ao siecretario da Agricultura Jo mesmo Estado, contra a deficiência do meios de transporte e a falta do carros apropriados para o transporte de fructas na Estiada de Forro Central do Brasil, o que lhe causara sérios prejuízos pela damnirtcação dos fructos — o Sr. Ministro scientificou o Congresso Nacional dos termos da reclamação, solicitando dos seus membros se consignasse no orçamento 8552 8 410 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICIILTURA do Ministério da Viação, ou no da Agrricultara, uma verba necessária para a coDstrucção de vagões apropriados ao transporto de fructas. S. Ex. offlciou A, Companhia Edificadora, indagando do custo desses vagõea. l^x-omios por ©acpoi'taoão tle fnictaa — O Sr. Ministro da Agricultura, Dr. Camiido Rodri.u'ues, mandou publicar nos jornaes dos Estados o deoreto n. 7644, de 4 do actual, que institua prémios para a maior exportação de fructas, bera acondicionadas, o na quantidade mínima do 50 toneladas. O decreto está exarado nos seguintes termos : DECRETO N. 7644 — de 4 de novembro de 1909 Inglitue prémios para a exportação de fructas nacionaes O Presidente da Republica dos Estados Unidos do Brasil : Considerando que é dever do Poder Publico procurar desenvolver a producção do paiz, animando-a pelo estimulo á iniciativa particular; Considerando que a producção de fructas, já bastante avultada, ô susceptível de grande desenvolvimento desde que sejam proporcionados mercados que assegurem aos productores suflBciente remuneraçã'i ; Considerando rjuo ô cada vez maior o consumo de fructas nos grandes centros de população mundial, estimulado pela maior divulgação dos preceitos do hygiene moderna ; Considerando que um dos meios mais eíiícazes de animar a producção de qual- quer género é desenvolver o respectivo commercio de exportação, não sendo sufi- cientes os mercados internos para assegurar a regulaid !ade da sua collocação ; Considerando que para animar a exportação do novos proJuctos convém insti- tuir prémios que possam compensar as despezas imprevistas inhorentes ás novas tentativas commerciaes ; e Attendendo a que pelo decreto n. 1606, de 29 do dezembro de 1906, que creon o Ministério da Agricultura, Industria e Commercio, cumpre ao Governo estudar os mercados Internos e externos para promover e fomentar a collocação dos pro- ductos nacionaos : Decreta : Art. 1." Ficam instituídos, para cada um dos portos nacionaes que mantêm relações cummerciaes directas com portus estrangeiros, quatro prémios do ani- mação para a exportação de fructas nacionaes, sendo o primeiro de 10:000$, o segundo de 5:000i, o tiTceiro de :í:000$ e o quarto de 2:n00$000. Art. 2.» Esses prémios serão pagos, respectivamente, a quem provar, perante o Ministério d.i Agricultura, Industria e Commercio, ter exportado maior quanti- dade do fructas, melhor acondicionadas, a juizo dos inspectores das alfandegas, dentro do prazo de oito mezcs, a contar da data do presente decreto, desde que a exportação não seja inferior a 50 toneladas. Art. 3.° Aprova a que se refere o artigo antocedonte será feita mediante certidão das alfandegas, extrahida dos mnnifestos dos navios, ficando livre ao Go- verno exigir também certidões dos despachos feitos nos portos do destino. Art. 4.» Revogamse as disposições em contrario. Rio de Janeiro, 4 de novembro de 1909, 88' da Independência e 21° da Republica. Nii.o Peçaniia. A, Cândido Rodrigues. A LAVOURA 411 A CRIAÇÃO NOPARANA c^' «La Planette»— É um bello animal paranaense de 3/4 de sangue e 3 annos de idade, pertencente ao conhecido «sportman» e criador Carlos Dietsch, proprietário da Coudelaria Confiança. (■La Planette» é fillia do victorioso «Siegfried» e da égua de 1/2 sangue «Bellona», sendo irmã da valente <(Indiana», vencedora do Grande Cruzeiro Flumi- nense de 1909. Tem pello castanho e já deu as melhores provas nas experiências preparati- vas ao Cruzeiro de 19 10, que, certo disputará com provável êxito. «La Planette» acha-se em Corityba. Congresso Internacional de Agricultura — No próximo anno do 1910 deve reunir-se ora Bruxcllas, sob os auspícios do Govenio belga e por iniciativa da Federação das Sociedades Horticulas da Bélgica, o Congresso Inter- nacional de Horticultura. As suas sessões irão de 30 de abril a 3 de maio. Nelle serão discuti las as questões relativas á horticultura. Os trabalhos do futuro congresso vão coincidir com a grande Exposição de Flores. As secções do mesmo foram assim distribuidas : Floricultura — Arboricultura fructifera— Cultura de legumes — Sciencia e vulgarização — Economia hortioula — Engenharia hortioula — Material e processos especiaes de cultura. O Sr. Barão do Rio Branco fez a respectiva communicação ao seu collega que gere a pasta da Agricultura, Industria e Commercio. 41? SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA I-s;i, praça. Eâte serviço occupa cerca de 300 lioraens. Este pessoal reside e alimenta-se na própria ilha. A descarga do carvão é fáita directamente na ilha ; os vapores atracam do lado oeste da ilha ; é descarregado de bordo por guinchos eléctricos o arrumado cm pilhas. A média da importação ;i de 80.000 teneladas. O coimnissayiado 6 o centro de onde dimaiião todos os serviços da casa Lage, quer da ilha, quer da navegação costeira. O commissariado divide-se era duas secções, maçames, ferragens e comeitiveis . A média do stock de mercidorias em deposito ó de 600:000s o o movimento eleva-se 1.. 500 : 000$ trimestraes. Vimos figurando nos armazéns : Metallurgia, maçames, madeiras, objectos de escriptorio, roupas, fazendas, louça, crystaes, christotles, materiae-5 sobresaleutes. coraestiveis e molliados ; A' excepção dos molhados todos os comostiveis são de procedência nacional. O commissariado, perfeitamente sortido, fornece para todos os paquetes de navegação costeira, os quaes ao partirem do Rio levam tudo o que é necessário para as viagens redondas. — Os elVtíitos benéficos da agta EermiUe podem ser verificados praticamente na ilha do Vianna, cuja hygiene nada deixa a desejar apezar da variedade de ser- viços, alguns dos quaes, como o do dique o o da carreira, recebem iliariamente ele- mentos de fácil decomposição. Acorrente eléctrica é fornecidi peia Usina Central ; duas pequenas Itombas tocara a agua necessária para o electrolisador, onde é recebida em grandes tanques. Quando um destes tanques está, cheio, automaticamente entra em serviço uma terceira bomba, quealjastece o tanque do serviço geral da ilha. Agua Hermiiie — Esta agua ô o resultado da agua salgada, atravessada por uma corrente eléctrica. O apparálho em que o phenomeno se dá, compõe-se de uma caixa deardozi.i, nos quies tica envolvido um flo de platina. A corrente, atravessando a agua, decompõe seu; elementos, deixando livre o chloro e saturando-o de ozone. A usina elaclrica desperta viva impressão de alegria nesta bella e luxuosa secção; todo o machinismo brilha e assenti sobre mármores u ladrilhos Ijanhado todo o pavimento por intonsa claridade, abortas janellas e portas para bera tra- tado jirdim á ingleza. A usina tum tr-os caldeiras de I5J civallos cada uma, três geradores typo « Ideal », sendo ura de 80, um de 90 e o terceiro de 300 Civallos. Novas iustalla- çOes, porém, já estão sendo feitas de modo a augmentar o poder da força eléctrica, atteadeudo ao sempre crescanto desenvolviment-j do estabelecimento. O m:tladouro é uma das dependências que mais doraoradameute prende o visi- tante pela organização a qua obedece e moldado sobre o systema de Pariz . 414 80CIBDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Compõo-se de quatro compartimentos : o pi^imciro, queó o maior, é o estabulo onde se conserva o sto-h do gado existente na ilha. O segundo é o da matança; o animal isolado tom uma mascara amarrada aos °lhos e ferido no frontal por um estileto recobe morto instantânea. Uma talha correndo sobre um trilho suspende o animal que ó conveniente- mente tratado ; o terceiro é a pesagem da carne o a sua distribuição, o quarto é o deposito de oouros durante o tempo em que so aguarda a remessa para os curtidores. Ao lado do estabulo do gado vaccum está a pocilga dos suínos, onde se ostenta bem tratados exemplares de raças diversas. O < chiquniro >, como vulgarmente so denomina na ilha do Vianna, attrahe o curioso pela rigorosa limpeza e condições hygienicas o excellente disposição do pavimento. Toda a lavagem 6 feita pela agua Hermitto que não deixa exhalar o menor fétido. Os couros são conservados pela referida agua, não teem o monor mão cheiro, desaggregara-so todas as cartilagens dos chifres e desprendem -se perfeitamente limpas as crinas. São abatidas mensalmente de 150 a 180 rezes. Posssue a ilha uma padaria que produz mensalmente de 30 a 35 mil kilos de pão amassado a electricidade que 6 destinado ao consumo do estabelecimento o dos paquetes da Navegação Costeira. O Entreposto de Café, creado ultimamente pela casa Lago Irmãos com o intuito de, com evidente economia para os interessados, centralizar todo o serviço de trans- porte, armazenagem e ensaque do cafi5, merece uma refereneia especial. Installado em amplo armazém asphaltado, com capacidade para 12.5.000 saccas de cafd, tivemos occasião de observar como 6 feito alli o serviço o podemos afflrmar sem receio de contestação que, pela execução quo lhe é dada, rivaliza sem duvida nenhuma com os grandes armazéns de Santos, onde, como é sabido, o preparo e en- saque do cafêattlngiu ao grão máximo de importância. Vimos trabalhar óptimas machinas para o rebeneílcio do café e apreciamos magnificas amostras do café rebeneflciado que provam exuberantemente a ex- celloncia destes machinismos. Estes foram installados especialmente, como nos informou a administração da ilha, com o ftm de proporcionar aos committentes do Entreposto, que não dispu- nham de boas machinas, a vantagem do rcbeneflcio do café, que com uma inslgnifl- canto despeza, apenas de 600 réis, por sacco, compensada largamente pelo au- gmcnto do preço do género, obtêm typos superiores, de muito maior valor. O Entreposto, que começou as suas operações em flns do anno atrazado, recebeu durante aquollo período até o fim do anno passado 37. 3i'i8 saccas de café; esto anno, porém, até o mez de outubro ultimo, já haviam dado entrada 75.920 saccos, ou seja cm menos tempo, mais do dobro daquolla época. Isto prova que, real- mente, as vantagens que o Entreposto oCFarece aos seus committentes são verda- deiras e, assim sendo, merece a attenção da lavoura do café em sou próprio interesso. Fronteira á ilha do Vianna está situada a de < Santa Cruz », que mede quatro kilometros de extensão e que é também de propriedade da firma Lage Irmãcs ; é uma das mais bellas de toda a bahia e o sou aspecto hoje é encantador o pôde servir de modelo. Nessa ilha estSo agricultadas culturas fructlculas, legumes e cereaes, que são (i.\lK) ALI.l.MAO Vacca leiteira, de 6 annos, dn (3estc da Im isia. Importada pelos Srs. fíerni, Stoll/ ^S: Cmiip. A LAVOURA 415 consumidos na ilha do Vianaa e vapores da Navegação Costeira, havendo sobras, tal a quantidade da proilueção. Para o anauncio quo sobre oKatreposto de Café fez nesta Revista 03 Srs. Lago Irmãos chamamos a preciosa attenção dos Srs, fazendeiros. O ^a,do a.llemrio — Os criadores brasileiros estão habituados a importar o gado inglez directamente da Inglaterra ou da Argentina e o gado indiauo «Zebú>, para melhoria das raças iadigenas. E' muito justificável esta resolução, pois o Zebú é a raça que resiste mais do que todas ao nosso clima e é também de grande im- portância porque ella dispensa todo e qualquer cuidado. Dos europeus foram os ioglezes os primeiros que exportaram o seu gado para cá e além disto os bovinos de corte de procedência ingleza agradam à primeira vista a todos, embora existam muitas outras raças que so possam igualar a elles. Os nossos criadores não podem livrar-se de certa inadvertência, porque um gado que 6 criado para um certo tiiu, como o inglez, deve ter absolutamente grandes inconvenientes que prejudicam o seu valor. Como jã dissemos, o êxito que sem duvida tiveram os inglezes na criação dum gado de corte baseia-so em especialisar o fim da criação. A criação especial para corte, raras vezes também para leite, é idêntica com uma délgadeia exagerada, que torna os animaes incapazes de supportarem mesmo as mínimas alterações na alimentação, sem prejuízo do seu desenvolvimento e rendimento. A resistência contra a tuberculose, que existo infelizmente em quasi toda parte do mundo, nestas raças é minima ; emquanto que algumas raças de gado allemão são quasi immunes, outras muito resistentes contra esta epidemia. As raças allemãs são geralmente de uma constituição robusta, mas apezar disto muito rendosas om todos os respeitos, emquanto que as inglezas geralmente são criadas para um sá fim, com uma delgadeza exagerada e portanto cora uma capacidade diminuta a aclimatar-se. E' pois muito evidente que o gado allemão deva ter o primeiro lugar quando se trata da exportação para paizes transatlânticos, por ser a maior possível a sua adaptação a outros climas. Ha ainda a considerar que o gado allemão ô criado para dois flns: carne e leite, e mesmo geralmente para três flns : carne, leite e trabalho ; o inglez porém, na maioria dos casos, exhibe somente um rondimento-carne. Em geral será recommeudavel cruzar as raças existentes nos paizes da Ame- rica do Sul cora as raças allemãs de superior saúdo o do uma constituição robusta. Os productos obtidos t'c3ta maneira serfio animaes muito rendosos em todoa os Sentidos. Existe lambem a maior probabilidade que estes cruzamentos serão immunes contra moléstias sanguíneas parasitarias, como a febre de Texas (tristeza), pois até animaes do puro sang-ue, que foram importados no Brasil, supportaram a febre Texas, com poucas excepções, e deram-se muito bem. Mas o gado da Arj^entina (oriollo) não resiste mais a esta febre, quando cru- zado com gado inglez, cruzamento a que são obrigados os argentinos por ter a In- glaterra o privilegio para a importação nessa terra. 416 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Não SG nega que os iDglezes criam bem o gado para um si fim, de modo que a Tinica producc;ão (carne) é muito rendosa, motivo do grande oxito que este gado tem om exposições. Mas quem conhece os inconvenientes deste gado e sabe quaes os cuidados com que devo ser tratado, principalmontn om paizes tropicaes, para não porJer logo toda sua fon.a o particularidaile e para não degenerar, concordará sem duvida, ilue 6 mais conveniente importar o gado robusto e bonito, procedente da Alie- manha c da Suissa, que so aclimata com muito mais facilidade a nossos pastijs e não exige uma manutenção tão cara como o gado inglez de corte. Não deve jer esquecido o rendimento do leito dos bovinos allemães e suissijs e quem sabe estimar o valor da proiiucção lacticinia no desenvolvimento actual do nosso paiz, levará certamente em consideração esta vantagem. Pelas sommas enormes que foram pagas para touros inglezes premindos, já se poderia ter importado uma quantidade considerável das afamadas raças allemãs o o rendimento teria sido bem maior. O quG valo a imporlação do touros noni quatro e cinco annos por preços de5'l0 a 1000 libras esterlinas (como de facto foi feito na Republica Argentina) se repro- ductores desta idade já passaram o melh ir tompo da sua reproducção ? Taes preços não são justiflcaveis de maneira alguma e por estas sommas já so poderia ter importado seis a 12 reproductores do procedência allemã uo estado principal da sua reproducção o cora a sua plena forçi. Não resta duvida que muitas destes também podori ira obter posteriormente prémios do exposição. Na AUemanha os reproductores desta idade não costumam mais ser empre- gados e são preparados para ser abatidos e ninguém pensaria om exportar animaes desta idade para fins reproiuctoros; nem mesTiu por preços muito infe- riores aos acima mencionados. Finalmente, o flni de uma cria ão proveitosa não é a criação de animaes de exposição, mas sim o maior aproveitamento possível de carne e loit.o e também de trabalho o tudo isto cora poucas dospezas o perdas. Esse rcsiillado conse-'ues<' cora a maior segurança servindo-so do bovinos sadios c robustos de procedência allemã, que são criados com o maior cuidado, apezar das suas numerosas qualidades iirovcitosas. Publicam is alguns typos de gado al- leniãd dos qui.es nos forneceu a casa importadora Hei'm. Stoliz & Cia. as respec- tivas photogr.iphias. A. fiuewtfio «lo ti"ií;-o — Um jjrulílcma a resolver — A producção do trigo no paiz— Os moinhos. — Estão publicadas no Diário O/Jicial de hoje as infor- mações que ao Sr. ministro da agricultura foram ministradas pela inspcctoria do serviço do povoamento no Rio Grande do Sul sobre a producção do trigo nesse futu- roso Estado, e por ellas se vê que ahi está uma importante questão para o paiz, e que precisa ser resolvida pelo governo. O trigo podo ser produzido em larga escala no Brasil, sendo apenas necessária a adopção de providencias quo facilitem a exportação, a sabida do género dos centros productorcs e o estabelecimento dos moinhos aperfeiçoados nos logares con- venientes. GADO ALLEMÃO Touro du 24 mczcs, escuro. ImporUidu pelos Srs. Herm, Slultz & Conip. A LAVOURA Í17 O Congresso, por iniciativa do governo e do Dr. Homero Baptista, estuda agora o assumpto, procurando adoptar providencias que perraittam em larga escala o plantio do trigo e estabelecendo premio aos plantadores e facilidades de transporte para o producto, A questão dos moinhos, porém, precisa também ser convenientemente estudada pelo governo, sob pena de acontecer o que se tem visto até agora ne-;se assumpto. Os moinhos estabelecidos nesta capital o noutros pontos, e que gozara de grandes favores, concedidos com o fim de se desenvolver no paiz o plantio do trigo, nunca trataram disso, moendo até hoje apenas o trigo importado. E uma das causas da grande celeuma que se está levantando contra as taxas do arrendamento do porto é justamente esse caso do trigo importado. As concessões feitas, portanto, aos moinhos, nesse particular nenhum resultado produziram em beneflcio do plantio do trigo no paiz ; apenas serviram para que esses estabelecimentos tenham prosperado extraordinariamente. Ainda hoje no Diário Ofjlcial estão publicados os estatutos de uma nova socie- dade para a montagem de um outro moinho, nu Rio de Janeiro, que gozará de ex- traordinários favores, como as outras já existentes aqui, em S. Paulo, em Santos e em outros pontos, sem que qualquer delias tenha promovido até agora no paiz o plantio do trigo. A nova sociedade é o moinho Santa Cruz, sociedade em commandita por acções, sob a firma Macliado, Mello &. C, a organizar-se com o capital de 2.500:000$000. Esta concessão se refere principalmente á moagem do trigo; e, para esse fim, está sondo concluida a montagem do Moinho Santa Cruz, á rua ViUagram Cabrita, Toque-Toque, em Nitheroy, cuja capacidade productiva inicial será de 3.000 saccos de 41 kilos de farinha por 24 horas de trabalho, podendo, por sua disposição, ele- var-so a 6.000, com machinismos dotados dos mais modernos aperfeiçoamentos, ac- cionados por energia hydro-electrica. O estabelecimento dispõe de cáes próprio para todas as operações de carga e descarga por moio de apparelhos automáticos, gozando a sociedade, além dessa, mais as seguintes vantagens. a) isenção do todos os impostos de exportação ; b) isenção de todus os impostos estadoaes creados a a crear ; c) isenção de todos os impostos municipaes creados e a crear ; d) isenção do imposto municipal sobre construcções ; e) isenção de impostos est^idoaos e municipaes sobra navegação ; /) isenção para construcção do desvios de estradas de ferro e bonds ; g) isenção de direitos aduaneiros para todas as macliinas, materiaes e acces- sorios necessários á construcção do moinho e todas as suas dependências ; h) cessão gratuita de quaesquer terrenos de propriedade do Estado que os con. cessionários destinem á cultura do trigo e seus similares ; t) direita de desapropriação na forma da loi e outras. E todos esses favores para nesses moinhos ser moido apenas o trigo estran- geiro ! Pedimos para este importante assumpto a attonção do Sr. presidente da Ropu' blica e dos representantes do Estado do Rio Qrandu do Sul, transcrevendo a seguir a interessante exposição a que acima nos referimos, hoje publicada no Diário OJJicial. 8552 9 ■118 SOCIEDADE NAf^rOXAL DE AGRICULTURA «Ministério di Agricultura, Industria e Commercio —Cópia — Inspectoria do Serviço de Povoamento no Estado do Rio Grande do Sul — N. 67 — Porto Alegre, 17 d.! setembro do 1909. Exin. Sr. Dr. .loaquira Gonçalves Júnior, muito di::no director geral do Sorviro de Povoamento.— Sabendo o interesse que o Exm. Sr. Ministro da Agricultura toma pela cultura do trigo, em data de 26 do próximo passado mo dirigi aos chefes das colónias Ijuhy e Guarany, poJindo informações sobre essa cultura na- quellas colónias e sobro o meio pratico de desenvolvel-a. Como V. Ex. verá pelas informações recebidas daquellas col )nias, cujos originaes junto a este, o tri;Lío produz perfoitamente em qual juer uma delias, tenJo sido no Ijuhy, em 1908, acolheita de 20.000 saccos, na proporção media de 23 por 1. A cultura não so tem desenvolvido naquellas colónias pela falta do moinhos aperfeiçoados que beneficiem nas propiias colónias o producto, pois o grão não supporta os fretes das estradas de ferro ; só a farinha poderá supportal-os. Regula 3$500 o frete do sacco de trigo de Cruz Alta a esta capital o 2$ de Guarany áquella estação, total de 5$500 ! Nesta praça o saeco de triíío é, ás vezes, do 6$ o sou custo. Por ahi se vê quo muitas vezes os fretes absorvem o valor da mercadoria, O meio pratico de desenvolver essa cultura nossas colónias será animando o es- tabelecimento de moinhos aperfeiçoados, barateando o frete nas estradas do ferro e distribuindo sementes aos colonos. Poder-se-ha animar a installação de moinhos dando-se prémios aos industria- lista quo os estabelecerem em cortas condições de aperfeiçoamento, nas sedes das colónias, e obtendo-se do Estado que oUes fiquem livres de impostos por um certo numero de annos. O trigo dá perfeitamente em todo o Estado, sendo cultivado em quasi todos os municípios para consumo local, não tendo desenvolvimento a sua cultura pela ca- restia dos transportes e falta de moinhos aperfeiçoados, que só existam em Pelotas e Rio Grande, porém os pesados fretes das estradas de ferro não permittem que o grão seja vendido para essas cidades, salvo o produzido nos municípios visinhos. As terras de campo são as que mais se prestam á cultura do trigo e no em- tauto ó niíUas que menos se cuida dessa cultura, porque actualmente estão en- ti'eguesá industria pastoril. Nas ex-colonias italianas, hoje municípios de Caxias, Alfredo Chaves, An- tónio Prado o Guaporé. as colheitas de trigo em 1906 foram do 90.000, 50.000, 20.000 e 30.000 saccos ; entretanto não são essas terras as que mais so prestam ao cultivo do trigo. Apezar dessa producção já assas elevada nesses rauaicipios, ainda o Estado im- porta farinha de trigo e grão desse ceroal em elevadas proporções. No anno do 1906 o valor dessa iraporiai.'ãii foi de 6.299:317.s000 I Está verificado pela experiência de mais de meio século quo o solo e o clima do Rio Grande se prestam á lavoura do trigo. O que convém agora é tornal-a lu- crativa. O Rio Grande em épocas remotas já foi exportador de trigo para a Republica Argentina e Estados Unidos, em épocas em que esses paizes não faziam uso de ma- chinas agrícolas e que estavam nas condições de atrazo em que ainda hoje nos achamos. A LAVOURA 419 Em todas as colónias os processos agrícolas ora em actividade são primitivos e rudimentires. Em nenhuma delias encontrara-se instrumentos aratorios modernos, melho- rando o facilitando o trabalho ; estrumeiros para fortalicer a terra, canaes de irri- gação para irrigal-a na estação secca. Nada existe; a terra alada é revolvida pela enxada, pela charrua ou pelo arado dos mais primitivos. O estrume empregado não vae além do produzido pelos animaes de serviço e quanto á irrigação, a chuva ô que se encarrega disso. Apezar de tudo, a producção ó grande, o* que vem demonstrar cabalmente o quanto é feraz o solo rio-grandense e quanto dolle se poderá tirar! Com o pro- gresso e aperfeiçoamento dos instrumentos agrários, logo adaptados pelos norte- americanos e argentinos, como ficássemos fiado?; no trabalho manual e no uso de instrumentos antiquados, impróprios para as grandes culturas, perdemos nossa superioridade agrícola e passámos a ser tributários de nossos antigos consumi- dores. Emquanto a Argentina compra milhões de pesos annualmente de instrumentos aratorios, o Brasil compra apenas al;-'uns milhares. Haja vista a estatística de 1903 a 1903, que nos mostra que, emquanto a Ar- gentina comprou 1 1 . 160.000 francos de machínas agrícolas, nós apenas comprámos 200.000 francos! Está ahi o segredo do nosso atrazo. Com a macbina obtem-se producção abundante, o que não se dá com os pro- cessos antiquados usados pelos nossos agricultores em geral e que encarecem por demais o producto, que só pode ser obtido em pequena escala. Só cora os processos modernos de agricultura poderá o lavrador rio-grandense fazer concurrencia nos nossos próprios mercados ao? productos argentinos o norte- americanos. Nos trabalhos agrícolas 6 preciso fazer uso de apparelhos que centuplicam a producção: é necessário substituir o braço pela machina. Só assim deixaremos de comprar aos visínhos os alimentos que nossas terras privilegiadas nos podem dar. A cultura do trigo, como já disse, data de época remota aqui neste Estado. Nas Memorias Econonw-Politicas, de A. J. Gonçalves Chaves, so diz que, ainda depois da diminuição da cultura pelo apparecimento da ferrugem, exporfaram-se 331. 987 alqueires de trigo no anno de 1813. A população do Estado nesse anuo jã era superiora 90.000 almas, segundo a estatística ; portanto, a producção devo ter sido grande, attendendo-se ao consumo interno. O sábio naturalista francez Saint-Hílairo, na sua interessante memoria sobre a viagem que fez â então capitania do Rio Grande, diz que viu por toda parte la- voura de trigo com cxcellente aspecto. Diz também que a porcentagem da producção era maior que a da França. Naquelle tempo o trabalho ora barato, pois ora feito pelo braço esjravo. A tradição diz que foi a (crnigem que fez abandonar a cultura do trigo no Rio Grande. Não ha, porem, certeza do que o que so chamou femujem fosso a [lesto (juo hoje tem esse nome e que hoje se sabe combater, assim como também as mais en- fermidades que atacam o trigo, taes como a cramiiem, o morrão, a carie, a anyuil- lula;etc. 420 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Sou da upinião dos i|uo dizem que a valorização dos proJuctos pastoris, como a creação das xarqueadas, foi que fez abandonar a cultura do trigo. A industria pastoril, íí lei da natureza, sem risco e de resultados seguros, fez abandonar a cultura dos trigos nos c:impos do Kstado. A cultura do trigo exige muito pessoal e grande trabalho e a criação do gado & «lei da natureza», como então so fazia, exigia pouco pessoal, ]ioiico trabalho ora de resultados compensadores. Hoje, com a grande valorização que tem tido os campos do Estado, com os pro- cessos modernos de criação já aloptados pola maioria dos fazendeiros, a industria pastoril, para dar resultado compensador, c.xi;,'e emprego do grandes capitães o um continuo trabalho. Cumpro-nio menciunar, entro as colónias existentes neste Estado, a particular de Nova Walls, com uma área de 185 hectares, situada no município pastoril de D. Pedrito, fundada pelo saudoso industrial rio-grandense corameudador Rhoingantz, para o plantio di' trigo pelos processos modernos. Para isso mandou vir da Europa o Dr. Alberto Willhanser, engenheiro agró- nomo, iiue procediíu a cxamo de torras. om diflferentes pontus do Estado, tendo es- colhido o local onde está a colónia, no anno de 1906, época om quo foi fundada. Actualmente é dirigida pelo Sr. F. Schreiner e nella o trigo e todos os cereacs produzem abundantemente, Esfci colónia pôde st considerada um verdadeiro campo de demonstração, pois ahi são empregados todos os processos modernos do agricultura. Nes-e género existem também no Estado varias plantações de ai'roz, estando esta cultura aqui sendo feita com muita intelligencia, com o emprego do machinas modernas e de todos os aperfeiçoamentos agrícolas nas regiões de campo, nas proxi- midades de rios e vias férreas, portanto, em pontos de fácil transporte da producção. No dia em que os plantadores de arroz aproveitarem as suas intallações para a cultura do trigo, esta terá então prodigioso desenvolvimento no Estado». (U'A Trihuna) Banco fie Custo io líiirul — Na cidade do Rio Claro constituiu-se em 22 de novembro do anno iluento o 'iõ" Hanco Rural, pois tantos são os que existem até agora no Estado de S. PjíuIo. O Sr. ministro da Agricultura, ao ter conhecimento de tão auspicioso facto, en- dereçou á directoria do estabelecimento do credito as suas mais calorosas felici- tações, o que fazemos igualmente o com grande jubilo, além das muitas prospe- ridades que lhe desejamos. E^ni-iiiio aí»-i'ioola. iio l>isti-ieto Fedei-al ^ Com o Sr. mi- nistro da Agricultura esteve, no dia O do corrente, era deinorada conferencia, o Sr. Dr. Joaquim da S:lva lic;»,f;ri<> da. iiid-oíi-iiiti — A nitrogiua é uma cultura arti- ficial de azobacieri;is destinadas ;l inoculação do solo. A sua distribuição no solo deve ser foita com o máximo cuidado ; para isto convcm preparal-a y 6|500 » 6.í;800 4$425 > 4$ JSO ^^u.a>x* (lente Durante a primeira quinzena dj raez do novembro escassearam de modo sen- sível as entradas, na segunda, p.jrém, ellas foram fortes, mautendo-se sempre firmes os preços. As entradas attingiram a 889 pipas, de diversas procedências. Os preços por pipa, base de 20 gráos, foram os seguintes: Preços Paraty 12õ$000 a M0$000 Angra IIO.^SOOO » lãO$000 Campos 95$000 » 105$000 Maceió 95$000 » 105$OOO Bailia 95$0U0 •> 105$000 Pernambuco 95$ )00 » 105$000 Ariícajú 95$000 » 105$000 Sul 95$000 » 105^000 AJ.C00I Na primeira quinzena o mercado esteve fraco em todos os seus movimentos, as vendas foram pequenas, como também as entradas, os pr.^i' >■; 'nb^oiois ; na segunda o mercado manteve-se em boa posição do estabilidade. Entraram durante o mez 889 volumes. As cotações por pipa, sem o casco, foram: 40 gráos 150$000 a 160^000 38 » 140$000 » 150$000 30 » 125^000 » I35$000 Alf^-otlfio em x-ama, Eni virtude d i indecisão do mercado de Liverpool, liouve menos firmeza nos preços desta fibra durante o decurso da primeira quinzena ; no decurso da segunda o mercado dessi; producto se manteve estacionário o com poucos negócios realizados. O movimento geral do mercado foi o sej^uiute : Entradas : Fardos Mossoró 4.786 Maceió 2.68á Natal 3.300 Pernambuco 1.875 424 SOCIEDADE NACIONAL DK AGRICULTURA Fardos Parahyba 3.400 AS8Ú 1.519 Ceará 2.G22 Sergipe 1.900 Penado 429 Piauliy 519 2.3.032 Existência era 30 13$600 Assucar Durante o mez o mercado de assucar soíTreu alternatiras de alta o baixa, subindo na primeira quinzena e baixmdo na segunda ora virtude das grandes entradas do Norto, assim discriminadas : Saccos Pernambuco 29.016 Sergipe 7.775 Campos 5/./9/ Bihia S-204 Maceió :^ 15.972 Parahyba -'^•WO Outras procedências I.ti69 A existência orçada em 30 deito mez era de 193. 29Í saccos. Os preços regularam do seguinte modo: Pernambuco : ,.., Branco usina ^^ Dito crystal $290 a $310 Dito 3' sorte $280 » $^00 Crystal amarello $250 > $290 Mascavinlio $240 » $2-0 Somenos $240 . .•?270 Mascavo bom «'^'O » $^20 Dito regular !f'9^ * $"-10 DiM) baixo $180 » $190 Campos : Branco crystal $300 a $330 Dito 2° jacto $270 > $.300 Crystal amarello $-50 > $280 MascavinUo $250 » $290 ESTA.TTJTOS CAlMTriJ^ II DOS SÓCIOS Art. 8.° A sociíídade admitte as stíi;uinttís cateiiorias de sócios : Sócios efTectivos, correspondentes, honorários, beneméritos e associados. 5 i.° Serão sócios eiTectivos todas as pessoas residentes no paiz que forem Jevidamenle propostas e contribuírem com a jóia de 15$ e a annnidade de 2()$ooo. § 2." Serão sócios correspondentes as pessoas ou associações, com residência ou sede no extrang^eiro, que forem escolhidas pela Directoria, em reconhecimento dos seus méritos e dos serviços que possam ou queiram prestar á sociedade. § 3.° Serão sócios honorários e beneméritos as pessoas que, por sua dedicação e relevantes serviços, se tenham tornado beneméritos á lavoura. § 4.° Serão associadas as corporações de caiacter official e as associações agrícolas, filiadas ou confederadas, que contribuírem com a jóia de 30$ e a annuidade de 5o$ooo. § 5.° Os sócios eiTectivos e os associados poderão se remir nas condições que forem preceituadas no retrulamento, não devendo, porém, a contribuição ti.xada para esse fim ser inferior a dez (10) annuidades. Art. g." Os associados deverão declarar o seu desejo de comparticipar dos tra- balhos da sociedade. Os demais sócios deverão ser propostos por indicação de qualquer sócio e apresentação de dois membros da Directoria e ser acceitos por unanimidade. Art. 10. Os sócios, qualquer que seja a categoria, poderão assistir a todas as reuniões sociaes, discutindo e propondo o que julgrarem conveniente ; terão direito a todas as publicações àa sociedade e a todos os serviços que a mesma estiver habilitada a prestar, independentemente de qualquer contribuição especial. .^ I." Os associados, por seu caracter de collectividade, terão preferencia para os referidos serviços e receberão das publicações da sociedade o maior numero de exem- plares de que esta puder dispor. § 2.» O direito de votar e ser votado é extensivo a todos os sócios ; é limitado, porém, para os associados e sócios correspondentes, os quaes não poderão receber votos para os cargos de administração. § 3.° Os sócios perderão somente seus direitos em virtude de expontânea remmcia ou quando a assembléa geral resolver a sua exclusão por proposta da Directoria. °S>«OI l-Õ»al l*^eIf*ROTORCA Presidente — Dr. Wencesláo Alvfs Leite de Oliveira Hello. 1° Vice-presidente — Vayo. 2° Vice-presidente — Dr^ Sylvio Ferkeira Rangel. 3" Vice-presidente — Dr. Domingos Sérgio de Carvalho. Secretario Geral - Dr. Heitor de Sà. 1° Secretario — Dr. Francisco Tito de Souza Reis. 2° Secretario — Dr. Benedicto Raymundo da Silva. 3° Secretario — Dr. Josi: Ribeiro .Monteiro da Silva. -)" Secretario — Alberto de Araújo Ferreira Jacobina. 1° Thesoureiro — Dr. JoXo Pedreira 00 Couto Keumaz Juniok. 2° Thesoureiro — Carlos Raulino. Horto da Penha Dr. Wence.s!áo Bello Fazenda de Santa Mónica Dr. Sylvio Rançíei. Secretaria, Álcool e Museu Dr. Benedicto Raymundo. Secção Technica e Bibliotheca Dr. Heitor de Sá. Plantas e sementes Dr. Monteiro da Silva. Propaganda e estatística Alberto Jacobina. Thesouraria Carlos Flaulino. Oo] I tt i>f>i-2acÀo Serão considerados collaboradores não só os sócios como todos que quizerem ser vir-se destas columnas para a propaganda da agricultura, o que a redacção muito agradece. A lista dos collaboradores será publicada annualmente com o resumo dos trabalhos. .\ redacção não se responsabilisa pelas opiniões emittidas em artigos assignailos, e que serão publicados sob a exclusiva responsabilidade dos autores. Os originaes não serão restituídos. As communicações e correspondências devem ser dirigida.s á Re<-)acção d'.A LA VOURA na séJe da Sociedade Nacional de .Agricultura. A LAVOURA não acceita assignaturas. R' distribuída gratuitamente aos sócios da Sociedade Nacional de Agricultura. VEZES .MEIA PAGINA UMA PAGINA I l2$00O 20$000 3 30$ooo 5o$ooo 6 50$ooo 9<^ooo 12 90$ooo 17(^000 Os annuncios são pagos adeantadamente. Tiragem 5.000 exemplares SUMMARIO l'AGS. Dr. Rodolpho iMiranda 427 -Mandioca Doce 428 Propaganda e comercio de café 433 L.\p«(Jiente 436 Noticiário 448 Parte Commercial 4Ó0 Dr. KniioLPno Miranda Ministro da Agricaltuni, Industria e Comniercio Anno XIII — N. 12 Rio de Janeiko Dezembro de 1900 EDITORIAL Dr, Hodolpho Miranda MINISTRO DA ACRICULTUnA, INDUSTRIA E COMMERCIO LIBRAKY NEW YORK BOTANICAL GARDEN. No dia 29 do mez de novembro próximo passado. S . Ex. oSr. Dr. NiloPeçaniia, Presidente da Republica, nomeou Ministro da Agricultu- ra, Industria e Commercio, o Dr líodolpho Nogueira da P>ocha Miranda. A escolha feita pelo eminente Chefe da Nação foi acertado. O Dr. Ilodcilpho Miranda que, ao ser convidado para o alto cargo que ora exerce, era deputado federal por S. Paulo, é um paulista illustre. Homem de trabalho e de acção, S. Ex. possue uma inteliigencia praticamente cultivada, alliadaauma vontade que sabe querer e sabe realizar. Assimilando rapidamente a.çsumptos dependentes da sua delibe- ração, dotado de decisão prompta, forte e trabalhador, S. Ex. é um excellente administrador, como exuberantemente provou com a grande fortuna que conseguiu fazer, agindo ao mesmo tempo na agricultura, no commercio e na industria. Conciso nas suas determinações como todo o homem de acção, a celebre phrase: — novos productose novos mercados — ,por elle pronun- ciada logo ao assumir a sua pasta, constitue como o notável lemma, (( lumi) an mar» um vasto e fecundo pnigramma de trabaliio e administração. De facto, nessa fórmula esti'i condensada: a) a colonisação, não a assalariada, que équasi sempre ephemera, e sim a que fixa o colono ao solo e, portanto, o povoa ; b) a polycultura, as industrias pastoris e as metal lurgicas. Da expansão e do grande progresso que estas novas fontes de pro- ducção tiverem, impulsionadas pela capacidade e energia do Dr. Hi idolpho Miranda, surgirão novos artigos de commercio e innumeras industrias que farão a emancipação económica do paiz, que é hoje a nossa maior preoccupação. l'"elizmenle, pois, a difíxilimapasta da Agricultura está entregue a um lechnico, e com isto se regosija esta Sociedade, e tanto mais quanto o Dr. Rodolpho Miranda é competente também cm industria e 832 1 ■i33 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA commercio, sendo, além de grande faz?nJeiro em S. Paulojmporlanle industrial om Piracicaba e comraissario em Santos. Experimentado no traballio, organisador de importantes estabele- cimentos industriaes e agrícolas de S. Paulo, e entre estes a grande fazenda Dumont, a maior lavoura de café daquelle Estado, tendo realisado longas viagens do observação e estudos na Europa, accessivel, affavel, attencioso e democrata, o Dr. Rodolpho Miranda, por todos estes motivos, é bem o homem que a nova pasta, ainda em organi- saçião, requeria. Após a posse da sua pasta realisada no dia 1 deste rnez, oDr. Rodolphi Miranda já assignou, juntamente com o Chefe do Estado, os decretos: que dá regulamento e organisa a Secretaria do Ministério ; que abre o credito especial de duzentas contos para o pagamento de pré- mios de animação para a exportação de fructas nacionaes ; decreto referente ácroação de ascol as de aprendizes artiflces, nas capitães dos Estados, e á nomeação de professores pai-a os respectivos cursos noctur- nos, primário e de desenho; sobre importação de animaes de raça, reproductoreSj como auxilio do Governo e instrucçi^es para a execução do decreto que creou o Serviço de Inspecção Agrícola. Além destes importantes decretos, S. Ex. expediu telegrammas contendo instrucções aos auxiliares do Ministério, encarregados da oxtincção dos gafanhotos e da cura da peste aphtosa, além de muitas outras disp3sições sobre varias serviços internos de organização do seu Ministério. COLLABORACÃO Mandioca doce ESTUDO PRATICO Com o fito de verificar o rendimento das diversas variedades de mandioca doce, plantei em um sò dia do mez de setembro do I90S um milheiro de pés da seis variedades que possuo em minha propriedade agrícola. A LAVOURA 429 Tomei um terreno alto, de terra solta e mui porosa, todo elle tendo a mesma Inclinação, a mesma direcção, o mesmo gráo de ferti- lidade verificado com successivas plantações de cereaos. Para evidenciar ainda que o rendimento a veriíícar-se não seria de pequena differença de um a outro canto do terreno, plantei as seis varie- dades completamente a esmo, de sorte que em todo e qualquer pedacinho do terreno eram encontrados exemplaresdas seis variedades. A mandioca, como outra qualquer planta, para dar troncos vigorosos e apresentar )jom rendimento, necessita ter sempre o terreno capinado, durante sua joven- tude. Para que a joven planta receba bastante ar e luz, convém não plan- tar milho no mesmo terreno. Observei estes cuidados e no flm de um anno comecei a fazer acolheita. Com minhas próprias mãos e não dei- xando perder-se uma única raiz, arranquei a esmo, aqui, alli, acolá, diversos pés de uma única variedade e tomei a media do peso das raizes . No 2" dia fiz o mesmo com uma outra variedade. Nos dias seguintes tomei a media do peso das raizes das outras variedades. Para evidenciar ainda mais a differença do rendimento entre as seis variedades, flz novamente a 2" pesagem, a 3* e a 4*, de todas ellas. Tomei a media das medias e peço permissão para offerecer as notas abaixo. Não podendo affirmar ao certo o nome de nenhuma das varie- dades, entendi numeral-as e dar os característicos de cada uma. E' singular o nome que nesta zona dão ás diversas variedades de man- dioca, quer doces, quer amargosas. A uma dão o nome espalha rama porque se esgalha muito. Mas eu tenho quatro variedades que se esgalham, tomando grande extensão de terreno, de sorte que o nome espalha rama não descreve uma variedade. Faliam em mandioca branca e vermelha. Mas entre as que possuo, ha duas variedades que teem a haste e a epiderme da raiz claras, e quatro variedades que no seu conjunto nos dão uma sensação de vermelho. Na Exposição Nacional de 1908, vi um interessante mostruário de mandiocas e procurei approximar os nomes das variedades alli expostas ás minhas; porém, por faltarem folhas, nada pude fazer. A Escola de D. Bosco, da Cachoeira do Campo, expoz fragmentos de troncos das 13 variedades seguintes : Bandeirinha, Pão da Cliina, Tijucana, Cachoeirinha, Amarella, Mandiocassú, Aipim rosa, Aipim branco, Olho de pomba. Rosa, Vara, Mulatinha e Sabará. Eis, com os seus característicos e seu gráo do rendimento, as seis variedades que possuo : Variedade n. 1. Mandioca vermelha de grelo verde. As folhas, os ijeciolos e a parte joven do caule teem inteiramente a côr verde 439 SOCrEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA claiM ; o caule envellieoido tom a còi- de len-a roxa ou de cliocolale. O inLervallo entre osni>sou distancia fleuma á oulra foliia é algum taato considerável. O tronco que não é muito grande, esgalha-se muito, e as ramas tomam a direcção do solo, difficultando a limpa do man- dioca!. A epiderme de suas raízes é vermeliio escura. As raízes do um exemplar de um anno pesavam na media cinco kilos. Variedade n. 2. Mandioca pau-lisiado. Parece ser parente muito próximo da precedente. As folhas, os peciolos e asummidade do caule teem a mesma cõr verde clara da variedade prece Jonlc. O caule envelhe- cido, porem tem a côr branco-suja, côr de parede caiada já muito velha. O inlervalloentre os nóséo mesmo da variedade precedente. O tronco tem o mesmo porte da precedente. A epiderme das raizes tema côr de tijolo mal queimado. Esta variedade olfercce uma singularidade no caule que de longe em longe apresenta uma lista mais ou menos larga no .sentido longitudinal. Esta lista tem a côr do tronco envelhecido da varie- dade n. 1 . Muitas vezes a lista apresenta grande largura, e havendo uma bifurcação no tronco, um galho fica inteiramente côr de cacáo torrado, ao passo «lue o outro contínua coma côr suja de parede de casa em minas. Por causa da citada anomalia, vemos muitas vezes no mesmo exemplar umas raizes com epiderme vermelha, outras com a pellicula amarella, côr de tijolo mal queimado. As raizes de um e.xoraplar de um anno pesavam na media 4'., 850. Variedade n. .'!. Mandioca vermelhada grelo roxo. O grelo ó roxo claro. As folhas adultas são de um verde carregado, mais escuras que as do outras variedades. Ouer na pagina superioi-, quer na inferior da folha, as nervuras são ligeiramente roxeadas. Os peciolos .são forte- mente violáceos. O joven caule tem a côp verde escura, pai-ecendo levar aqui e alli leves píncelladas de tinia roxa. O ti'onco envelhe- cido é avermelhado ou antes fica entre vermelho e róseo. O intervallo entre os nós é pequeno. Esta variedade csgalha-s3 bastante, porém os galhos ficam a certa distancia do solo o não impedem a capina. A epiderme das raizes é vermelha. Pela côr roxeada que predomina em quasi toda a planta, pen.so ser esta variedade a saracura, descripla pelo Dr. Th. Peckolt. As raizes de um exemplar nas condições supra, pesaram i',800. Variedade n.4. Mandioca amarella. Caule lodo vermelho desde q cimo até a base. As folhas novas e os peciolos novos e velhos têm a côr vermelha desmaiada. As folhas velhas têm reflexos avermelha- dos. Das variedades doces por mim conhecidas, é a que tom o tronco mais desenvolvido. Engrossa muito e esgalha-se bastante, tomando A LAVOURA 431 grande extensão de terreno. O intervallo entre os nós é muito gran- de. A epiderme das raizes é vermellw-escura. Das variedades por mim conliecidas, é a única que deixa de ter a còr branca muito alva na parte comestível, esta tem a cor de gemma de ovo. As raizes de um exemplar pesavam na média 4''_,630. Variedade n. 5. MandiQca Ijranca de pouca rama. Folhas novas e velhas todas verdes. Peciolos verdes com laivos avermelhados. Caule novo, verde claro ; velho, branco sujo. Poucos galhos e estes erectos para cima, não impedindo absolutamente a capina no mandiócal. Pequeno intervallo cnti-e os nós. Epiderme das i'aizes clara, còr de tijolo mal queimado. Com um anno de idade as raizes são finas, porém, muito compridas. Achei um peso médio de 3'',(j60 por exemplar de um anno. Variedade n. G. Mandioca rosada. Do cimo a base predomina a còr varmelho-clara. Assim, as nervuras das follias, os peciolos, o caule novo e o velho, tudo tem a cór rosada. O tronco dá poucos galhos e estes vol- tados para cima. As raizes são muito curtas e tem a epiderme vermelho- escura. Por lornarem-se fibrosas as raizes apenas com um anno de idade, penso tratar-se da mata-foine ; pela còr vermellia que predomina em Ioda a planta, julgo ser a variedade rnedriti, descripla iielo Dr. Pe- ckolt . As raizes de um exemplar pesaram 2'',S70 na média. Das seis variedades a 5* é a que maiores vantagens offercce. No fira de um anno as suas raizes .são ainda muito finas e pouco pesam, porém, com dous annos de idade tomam grandes dimensões e .seu rendimento iguala ao das variedades n. 1 e n. 2. Com minhas próprias mãos lenho arrancado pés desta variedade com dous annos de idade, pe.sando as raizes uma arroba. Póde-.se dizer que é uma mandioca tardia. A 2° vantagem delia consiste em conservarem-se as raizes tenras no solo, ainda além de dous annos. As raizes das outras variedades tornani-se lenhosas quando velhas. A 3" vantagem está no esgalhar-se muito pouco, eí=erem os galhos voltados para cima e não embaraçarem os capinadores. Este caracterís- tico da ')• variedade e da G" não é para se desprezar, porque a quebra dos galhos das mandiocas doces e amargo.sas perturba a distribuição do ami- do nas raízes tuberosas. Eu me explico. No ponto de vista culinário, aqui no interior conhecemos mandioca enxuta c aguada. Mandioca enxuta é a que com a cocção torna-se logo tenra, e apertada na bocca se desfaz com facilidade, tornando-se uma pasta farinácea. Prolongada a cocção, a tu bera se desfaz, formando uma massa gom- mosa, verdadeiro mingáo. 432 SOCIED.VDE NACIONAL DE AGRICULTURA Mandioca aguada é a que não se modifica com a cocção mesmo muilo prolongada, e está sempre dura, imprestável para a mosa. Pessoas pouco praticas julgam que a mandioca enxuta só existe no tempo secco, quando está paralysada a vegetação, e que a aguada é con- sequência da brotação. Eu que observo ha muito, posso aíTirmar que a mandioca doce ou amargosa conserva-se enxuta durante todo o anno, comtanto que sous galhos não soffram podagem. EUa torna-se aguada alguns dias ap<')s a quebra dos galhos, para voltar ao estado normal alguns mezes depois. No Districto Federal onde os pequenos lavi^adores para desembara- çar o teneno e facilitar a capina, ou para dar folhas aos porcos quebram constantemente os galhos da mandioca, raríssimas vezes encx)ntram-se raizes de mandioca enxutas. E' possível que além da quebrados galhos existam outras causas determinadoras do phcnomeno aqui conhecido poi' mandioca aguada. Parece certo que isso se dá sempre que ha uma per- turbação na marcha da vida da planta. Não sei como possa ter acceitação a variedade n . 3 que, nesta zona ao menos, tem gosto amargo e no rendimento occupa o 3° logar. Poderia ser plantada para porcos si as duas primeiras variedades não a superassem no rendimento. Não uso delia, eai)enas plantei ulti- mamente para fazer o presente estudo. Também não uso da variedade n. 6, que com menos de um anno tem as raizes lenhosas. E' possível que em outros pontos da terra e mesmo em zonas diver- sas do Estado do Rio seja contraditório quanto deixo aqui narrado. Um escriptor francez disse que o que é verdadeiro em França pôde deixar de sel-o além dos Pyrineus. Dou testemunho do quanto affirmo ; mas os phonomenos vitaes são muitíssimo complicados e variam com o clima (lue por sua vez é uma complicação de phenoraenos cósmicos e meteóri- cos. Oxalá, possa com estas notas ser útil aos meus collegas, e dar-me-ei por bem pago. A. C, Fkreeira Paui-a, lavrador de caM. Miracema, novembro de 1909. A LAVOURA íí: Propaganda s commercio de café E' parfeitamente conhecido o nosso systema de venda de café, isto é, o nosso commercio interno, por isso, deixamos de descrevel-o. Porém, os negócios externos feitos com o nosso café e que muito nos interessam são os que precisam ser divulgados para que nos liabi- II temos a defender os nossos interessas contra a espei;-ulai;ão que se fa/. na Europa, Estados Unidos, etc. com o nosso producto. Essa especulação nasceu do seguinte: Antigamente, no começo da lavoura de café, os productos mal preparados em terreiros de terra, não agradavam ao consumidor europeu, elsso era natural porque a boa acceitação de um producto depende de trás elementos : ser agradável á vista e ao paladar, não ser nocivo e .ser de módico preço. Descurado o preparo do nosso café, que chega nos mercados estran- geiros contendo grãos pretos mal separados e cora gosto de terra, dizem elles, o que até certo poato é verdadeiro porque muitos cafés contém torrõesinhos. Os estrangeiros cuidaram de beneficiar esses cafés em machinas aperfeiçoadas que eliminam todas as impurezas ; feito isto, vendem os nossos cafés cora o nome de outras procedências, inculcando-os como oriundos de Guatemala, Porto Rico, Java, etc. A causa dessa falsificação de procedência é motivada pelo facto de ser pequena a producção desses paizes e serem bem cotados os seus cafés. Entretanto o café dessas regiões, absolutamente, não é superior ao nosso, nem no gosto, nera no aroma, nem no tamanho ; mas, pelo aperfeiçoamento a que são suljmettidos em machinas aperfeiçoadas, fabricadas em Hamburgo por Paul Kaack & C'-'., depois de discriminados os typos pela perfeita separação, adqui- rem um aspecto bellissimo, porque fica ura café egual na côr e no tamanlio. A côr e o tamanho homogéneos dão ao café uma magnifica apparencia e isto impressionando agradavelmente c consu- midor, contribue poderosamente para que elle compre o pro- ducto. De modo que o nosso café, assim preparado, avoluma colossal- mente a producção insignificante desses paizes, chegando mesmo a ser vendido com o nome de localidades que não produzem mais nem uma sacca ; assim acontece com Martinica, entretanto encontra-se á venda café da Martinica ! 4M SOCIEDADK NACIONAL DE AGIUCULTURA Os cofés de Guatemala, Java, Moka, olc. são l)onilos poi-ijue, sendo pequena a producção, é coUiido a dedo, isto o, aitanham só os fructos maduros, quando a maturação édesegual, e seccam á sombi-a. Nós não podemos fazer o mesmo devido á grande producção que temos. Colhido a granel, o nosso café contém grãos verdes e pretos e (guando mal banefiriados tèm tambam pau, pedra, cascas, torrões, etc Exportamos incontestavelmente muito café fino, mas o nosso maior volume contêm quasi sempre algumas das impurezas acima mencionadas ca pellicula, que i)ara o cslrangcií^o é considerada im- pureza. Si não nos é pratico e económico, pelos methodos naturaes, pre- parar um bim producto, isle é, seccal-o á sombra e fazer duas e Ires colheitas, é intuitivo que devemos lançar mão dos processos arti- ficiaes, isto ó, passar os cafés cm machi nas ospeciaes e fazer aqui o que fazem com os nossos cafés em todos os paizes jiroiluctores ou não pro- duclores, aperfeiçoal-os e remeltel-os do accôrdo com as exigências do mercado consumidor. E' este o grande segredo do Iriumpho commercial da AUemaiilia, porque se submetto á vontade do comprador. Todos os paizes productores de café, mesmo os menores, têm as macliinas a]ierfeiçoadoras de Paul Kaack & C'. Entretanto, o Brasil, o maior productor e o mais interesstido, só agoi'a as possue ! Devido ao nosso descuido e inércia estamos sendo vencidos num assumpto tão material ! Do ligeiro exórdio se conclue que, o primeiro passo para o bom êxito da propaganda sohre café, éopreseníar no mercado iimprodudo fmo, bonito, bom, que impressione bem a vista e agrade ao paladar. Porque o café não pôde fugir á regra dos demais artig()3 ou géneros de commercio. O aperfeiçoamento aproveita extraordinariamente aqui a todos os interessados, quer sejam commissarios, compradores, fazendeiros ou torradores, porque é muito mais fácil collocare vender bem um pio- ducto bom do que um ruim. Ao torrador a vantagem está especialmente na limpeza e egual- dadedocafé, porque um café misturado torra mal, porque, emquanto os grãos grandes estão crus, os pequenos e quebrados estão queimados, diminuindo, portanto, na quantidade e prejudicando a qualidade. O publico gosarã em larga escala das vantagens dos cafés aper- feiçoados, visto que as machinas, expui'gando todas as impurezas, vém A LAVOURA 435 prestarão consumidor um grande serviço hygienico, evitando quo elle ingira café querontém substancias nocivas á saúde. Vejamos a base sobie a qual operam aquelles que nos prejudicam. São os celebres typos que elles nos impuzeram, denominados de «New York» e com numeração de 1 a 9, sendo o typo básico o de n. 7. Todos sabem que esse typo é constituído por misturas de cafés melhores e outros mais ordinários, em determinadas proporções, o que este café é todo aperfeiçoado no estrangeiro, sendo dahi tirados os cafés de todas as demais procedências: Java, Molca, Porto Rico, ele, ele. Sabemos mais que os consumidores do café legitimo, em toda a parte do mundo, ignoram que o Brasil tem bons cafés, sendo o maior productor desse artigo, estando falsamente informados soljre os nossos cafés, desprestigiados completamente no seu conceito. Só para o café brasileiro é quecrearam typos ! Os cafés de qualquer oulro paiz não têm typo. E' assim que se compra simplesmente café Java, Guatemala^ etc. O que nos aconselha o mais elementar bom senso nesse caso? Libertarmo-nos desse jugo, pelos meios e metliodos usuaes, tirando das mãos dos que nos exploram o commercio viciado instituído por elles. Como ? Em primeiro logar, deslruindo-lhes as bases sobre as quaes operam, empregando os mesmos processos que elles, isto é, aperfeiçoando toda a nossa producção, fazendo subir de maneira tal que não mais se possam fazer as taes caldeações ou misturas. Assim, os typos 1, 2 e .3 melhoram em qualidade e ganham em preços. Assim como existe em S. Paulo uma lei sobre a quasi prolii- bição das novas culturas, attentaa elevação do imposto que se teria de pagar, assim também o governo poderia crear o imposto de exportação, na escala inversamente proporcional, aos acluaes typos 7, 8, 9, ele. e menos aos lypos superiores. O governo poderia até auferir maior renda, deslocando o actual im- posto, da base typo 7, para o typo 4 ou mesmo 3, uma vez, como é sabido, que esse imposto é ad-valorem. Esta seria a primeira medida ; em seguida seria preciso instituir leilões para as vendas dos cafés, armazéns geraes com emissão de war- ranís, ao mesmo tempo que se iriam collocando directamente os nossos cafés aperfeiçoados, nos vários paizes, recorrendo-se aos fornecimentos directos, ás cooperativas, syndicatos e mais associações agrícolas que se tornariam os melhores propagandistas dos nossos cafés. 832 2 436 SOCIEDADE NACIONAI- DE AGRICULTURA Porque não basta produzir barato e cnm abundância, é preciso sabr^r vender. O Estado de 18 de junho de 1907, em um telegrarama de Londres, diz que a The San Paulo Coffee Stafs Conipany Limited distribuiu um dividendo de 8 %> bavendo ainda ura luci'0 suspenso de 5.567 libras. Mas como conseguiram elles esse magnifico lucro? Os directores lomettem todos os annos, em véspera de colheita, á gerência da Com- paniiia, as amostras de café que têm melhor acceitação no mercado, e daqui é enviado o produclo egual á amosti^a. Como se vê, apezar do alto preço por que foi comprada a fazenda e ao bom salário pago a todos os empregados, ella dá grande lucro e isso devido á venda directa. Portanto é urgente augmentar-se o commercio directo. Bons mercados não faltam, a começar pela Bélgica, que tanta sym- pathia tem pelo nosso café, que até não nos cobra imposto de impor- tação. Dário de Barros. EXPEDIENTE HORTO r>^ I>EIVHA. Viagem — Com a viuda da Estrada de Ferro Leopoldiaa ao Cães, o itinerário da viagem ao Horto Fructiculo da Penha foi modificado. Actualmente, para se ir ao Horto, toma-se o bond do Caju ou S. Luiz Durão ou S. Januário que passam á porta da esticão — « Praia Formosa », onde se toma o trem na plataforma B. As despezas de viagem inipjrfeani em novecentos réis, sendo quatrocen- tos do bond, idi e volta, o quinhentos da passagem de primeira classe, ida e volta. O desembarque deve ser feito na estação de « Olaria». Os pe lidos de conducção devem sor feitos directamente a esta Sociedade, ou ao Dr. Paulino Cavalcanti, superintendente do Horto, sendo as cartas ou tclegrammas sobre esse assumpto endereçados ao referido Dr. Cavalcanoi, na estação da «Penha ». A viagem de trem é de vinte minutos e a do troly da estação de < Olaria » ao Horto, gasta apenas quiuze minutos, em excellente caminho, e ó grátis. O horário dos trens é o mesmo que já publicamos n'A Lavoura de outubro próximo passado. HORTO DA HENHA H ^ --S^-i Campo de Agrostolouia HORTO DA F^ENHA ?*vJfv»«,; ^y'v-T9\ Outro aspecto do Campo de Agrostolo(íia HORTO DA PENHA Cultura da Ramiií H0R'10 DA PENHA v^t^ts/ '-^^f-it ' "^IX ..S'. Cow-Pea, entue o maniçobal A LAVOURA 437 DIVERSOS TRABALHOS Consirucções — Foi eonstruido um aôi-tyo para mudas de mangas, morangos o litichia, importadas dos Estados Unidos. Diversos trabalhos—Serviços cuUuraes — Capinas geraes a machina e a enxada, transplantação de duas 'variedades de Eucalyptus ; Resiniflra e Gigante, enxertia de laranjeiras e outros pequenos serviços. Estado das cuUtiras — li' óptimo o estado das culturas, e entre ellas destaoam- se admiravelmente a do Cactus Burbank, a Ramie c do Ali/odão. O campo de Agrostologia contendo : capim mimoso, grama de Pernambuco, capim Araguaya, capim gordura, canoa Ubá, chique-chiquo, gitirana, carrapicho commura, sulla, carrapicho beiço de boi, liagua de vacca, ticianho e sarradella, está era pleno desenvolvimento. Diversas secções — Pelas diversas secções do Horto, já minuciosamente descri- ptas na A Lavoura de julho próximo passado, nada oecorreu digno da menção, ex- ceptuando O Gallinheiro, onde a incubadora chocou 85 pintos das raças Plymouth, White, Wymdote e Hamburguezes. Visitas — Visitaram o Horto durante este mez os Srs. : Dr. Belgrano, Delegado do Depirtamaato de Agricultura do Acre ; Carlos Raulino, Luiz de AíTonseca, Luiz de Freitas, António Esteves de Macedo, Manoel Gonçalves Capella, João Baptista de Souza Moreira, Francisco Ribeiro Bernardes, Waldemar Paulino Costa, Paulino Augusto de Souza o Dário de Barros, da Redacção desta Revista. MEZ DE DEZEMBRO DB 1909 Correspondência recebida : Cartas 47S Offlcios do Governo 15 OíTicios de partieularos 16 Telogrammas 23 Circulares 8 540 Correspondência expedida : Cartas 533 Offlcios ao Governo 9 Offlcios a particulares 6 Circulares 493 Telegrammas 184 Lavoura 4.368 5.587 438 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Tialant.-a, «as Iteií-as iilen1e do iCstado de Minas, o oíflcio abaixo: Esta Sociedade tem recebido -varias queixas sobre o modo por quo são feitas as transacções nas feiras do gado tão sabiamente instituidas polo Governo de Minas cujos resultados, porém, desvirttiaJos na pratica estão longe de ser o que delias era licito esperar. Assim allogam os criadores quo, não existindo nas feiras uma bal^ança apro- priada, o peso do gado (' estimado por simples inspecção dos marchantes, bastante liabeis para dar-lhc um valor sempre abaixo do verdadeiro, cora differenças até de 8 a 10 arrobas. Ora, sendo um pequeno numero e sempre os rnesmos os marchantes, enten- dendo-se facilmente entro si. aquollas estimativas se impõem e prevalecem por não terem os boiadeiros moios de procurar melhor mercado, o para esta situação concorre ainda a circumstancia das pastagens circumvisinhas estarem era poder dos marchantes que, desse modo, di-poem do meios de vencer as hesitações dos boiadeiros, em lhes ceder o gado pelo baixo preço offerecido. Ta os são as allegações que repetidas vozes temos recebido por declarações verbars e ora coramunicaçnes escriptas que terminam pedindo a intervenção desta Sociedade para quo os poderes públicos laçam cessar uma situação que os prejudica o os desanima. Levando ao conhecimento de V. Ex. essas queixas tomimos a libei dade do lembrar que, so forem ellas procedentes, as seguintes medidas regularisiriam esse importante commercio. 1." Installaião de uma balmça dirigida por funccionario publico. ■^."^ Pesagem obrigatória na balarça otHjial. 3." Cotação oiricial do gado. 4." Manutenção do um campo offleial para invernadas a preços baixos. Essas medidas generalisadas a todas as feiras, dariam ao commercio de gado a necessária regularidade e as vantagens para os boiadeiros o criadores seriam taes que de bom grado pagariam um imposto mais forte que d(''SS0 ao Governo os recursos para o custeio do serviço assim modificado. Sulimettendu ;l esclarecida apreciação de V. Ex, tão importante assumpto, julgamos cumprir um dever a beneficio da industria pastoril do Estado de Minas. Offloio lionvoso — Do Sr. visconde de Salgado, muito diftno cônsul geral de Portugal, no Rio do Janeiro, recebeu o Sr. Dr. Wcncosláo Bello, presi- dente desta Sociedade, um offlcio, cujo conteúdo abaixo publicamos, ao mesmo tempo que aqui deixamos os nossos agradecimentos, pelas palavras lisonjeiras c honrosas que gentilmente dispensaram ao nosso boletim A Laoura: « lllin. e Exm. Sr. — Tendo recebido diversos números d'.l Lavoura, boletim da Sociedade Nacional de Agricultura, cumpre-me vir agradecer a V. Ex. a amável offerta de tão útil e interessante publicação. Depois de a br e examinar, tenhoa rcmettido offlcialmentL» ao director geral da Agricultura do ministério competente em Portugal, que mo agradece tal re- messa com palavras de verdadeiro elogio e interesse pela referida publicação. A LAVOUR.\ 439 lafulizmenta deixei de ncjbor o n. 12 áWLaooura, referenta ao mez de dozoinbru do 1938, que provável mente se extraviou no correio, pelo (luo venho solicitar a V, Ex. a tineza da remessa de tal nuracíro, s? fòr possível, pelo que mo confesso muitissimn grato a V. Kx., offerocendo o meu desvalidoso préstimo, em relação a quaesiucr serviços compatíveis com o meu cargo, que, tanto V. Et. como Qssa Sociedade a que V. Es. tão dignamente preside, possam carecer a respeito de coisas portiiguezas. Apreíentando a V. Ex. os protestos da rainha nuiita estima e consideração pela pessoa do V. Ex.. Deus guarde a V. Ex. lUm. Exra. Sr. Dr. Wencesláo Alyes Leite de Oliveira BcUo, digno presidente da Sociedade Nacional de Agricultura no Rio de Janeiro.— Visconde de Salgado. A-ssomlbléiv gei'íil — O Sr. presidente da Sociedade Nacional do Agri- cultura fez inerir nos joruaea desta capital o seguinte convite: « Convido 03 Srs. sócios a se reunirem em assomblóa geral ordinária na sede da Sociedade Nacional de Agricultura, á rua da Alfandega n. 103, no dia 27 do cor- rente, ás '-i hor.is «la tarde, para tomarem conhecimento do relatório e contas do ultimo exercício a eleição da directoria e conselho superior. Rio de Janeiro, 8 de dezembro de 1939.— Dr. ^Venceslau BcUo, presidente. Não havendo comparecido á sessão o numero necessário de sócios que o § 2" do art. 27 dos Estatutos da Sociedade determina, o Sr. presidente procedeu a novo convite para a reunião que deverá cllectuar-so a 17 de janei.'o próximo futuro. Uiii. teleft-i'íi;Uini£i. — O Sr. Dr. WencesLáo Bello, presidente desta socie- dade, havendo recebido do Dr. Álvaro Nunes Pereira, presidente do Centro Económico do Rio Grande do Sul, o telegramma abaixo transoripto, offlciou irame- dif.tamente ao nosso Chanceller, o Exui. Sr. Barão do Rio Branco, como o exigia a importância do assumpto. Eis o telegramma : < Convirá scientiflcar ao Exm. Sr. Barão do Rio Branco que o cjnsul brasileiro em Stockolmo aconsidha suecos antes atirarem-se ao mar do que emigrar para o Brasil confurme o Soiialdemohrat de Stoclvolmo, de 22 de outubro. í^oruecimeiítos a>os sócios — Tirando partido da .seu caracter de associação, ..á presÚLiiala com cerca de 3.000 .sócio;, a Sociedade, no intuito par- ticular de demonstrar a utilidade o o mecanismo do? syndicatos agrícolas, emprc- liendeu lavor-íccr os sons sócios com o supprimento do géneros estrangeiros e na- cionaos, a preços mais reduzidos do que os do comniercio a varejo. Com osso iroposito e valcndo-se dos favores aduaneiros (lue a lei confre ao Sjndicato Centra] do; Agricultores doBiazil, tem rornecíilo aramo farpado e os rcípcctivus grami^os. Além disso e mediante contractoj especiaes, tom fornecido, a preços redu- zidos, o formicida Paschoal, o álcool e niachinas agrícola-;. 440 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Rovcndo todo3 os seus contractos c fazendo outros quo comoça/n agora a vi- gorar, aSociodado está habilitada a fornecer arame farpado o o; r.jspectivos írram- pos, enxalaí, machinas agrícolas, álcool, formicida, colmeias nas condições quo passamos a indicar: . ARAME FARPADO Rolo de 26 kilos com 160 motros de fio a 0$880 Rolo de 40 kilos cora 4(j2 metros de fio a 10$680 Grampos para os mesmos, o kilo a $300 ENXADAS BEM CALÇADAS DE AÇO Mnrca Marca Radiante Kaio De 2 libras I$420 1$270 De 2 1/2 libras 1$520 1$370 De 3 libras l^eSO 1$530 Do 3 1/2 libras 1$780 1$630 Do 4 libras 1$930 1$730 FOICKS Ns. 1-2-3-4-5-6-7-8-9-1011-12, aos iiroços respectivamente de: $600— $670-$730-$810— $890-11000— 1$130-1$300-1$500-1$600-1$800. SALOXO Um preparado de sal o peróxido de ferro, próprio para alimentação do gado, 6 económico e asseiado por ser em tyolos de 5 a 10 kilos, não sujando as baias ou legares onde são collocados esem desperdício. Preço 200 réis o kilo, com 5 y. de abatimento. HACHINAS agrícolas Dos príncipaes fabricantes, com abatimento de 5 a 10 %, sobro os respectivos catálogos e transporte gratuito nas estradas do ferro, ÁLCOOL De força de 40», em latas de 18. litros, paio praça das vendas em pipa, o que corresponde a uma reducção de cerca de 10 % . SULFATO DE COBRE Para tratamento de plantas ao preço de— kilo .... $650 FORMICIDA Paschoal : Latas contendo 4 litros 4$100 Caixa com 4 latas I6$400 Schornaher : Botija contendo 1 1/2 litros 3$700 Caixa com 6 botijas 22$000 A LAVOURA íH COLMEIAS Com 03 mala moderaos aperfeiçoamentos pelo preço de 15$000 CREOLINA A mais reputada das creolinas de fabricação nacional denominada Cresolina Worneck, com uran economia de ííO % sobro o? preços do mercado, custando cada lata com 1 litro I$ã00 lacticínios Installações completas para industria de lacticínios pela casa Hopkins Caiiser & Hopkins, com abatimento médio do 5 %• Para gosar destas vantagens o interessado deverá, satisfazer as segtíintes condições : 1», ser Sjcio quite da Sociedade Nacionil de Agricultura ; 2», ser agricultor, apresentando disso provas bastantes a juizo da Directoria da Sociedade ; 3», formular o pjdido directamente á Sociedade e por escripto ; 4", pedir somente para o seu próprio consum ), iudicaado o nome e a situaçSo da propriedade a que destina o emprego do producto ; 5^, enviar á Sociedade, juntamente com o pedido, a sua importância, ou uma ordem para o sou paga nentj contra casa commercial ou bancaria com sôde na Capital Federal. Sócios euti>a.x'o Capitão Francisco da Silva Lcssa 32$000 Dr. Kr.incisco da Rocha Liitia .?0.'iOOtt Coronel Francisco Bueno da Costa Macedo a i$000 A I.AVOIRA José Gomes do Azevedo ;.'i)|Oiii Coronel Franciseo do Amorim Leão âOsOOi) Emygdio Westplialem SOsOOO Dr. Constâncio A. Krumraol 2 i.-ooi) Dr. Abri li no de Abrou IS.^tioi António Caetano de Andrade ir-sOU) Alfredo Coutino lOsOOO Major Victor Gai\Ma IisOnO Df. Alfredo Martins de Liraa Castollo Urauco iOsnOO D. AlexisDucrey lUsouO li:? si':cç)A.o Ti:ciiNio^v o Sr. Atlioá Albino de Souza pede indicação de tratados e appií^elho.s para avicultura. Passo a indical-os: 1/- Tratado de Avicultura por Alexandre Keiuhold-Calle Uelgrauo 451 — tí. Aires; ' 2.° líaçasdo Galliulias — Lcghorn c Plymoulli Rock ; 3." Os materlaes precisos encontramsi' na casa do Itopkins Canser aml Hofkins, 9)11. Tlieopliilo Ottoni, ou em qualquer outra casa importante desta praça. ^-^l•X x^:;,vo i>o .VLOOor^ APPL1C.\(,ÕES INDUSTRIAKS DO ÁLCOOL Serviço de propaganda nos mezes de novembro e dezembro de 1909 Mi;/.r;3 1.0 Lt VU NUMi-:rio ni-: siiRvigu NUMERO Dli 1'Oit N'ii n; Novembro . . Cai.ital (conlro) ■ . X 3 » • » (suburUio) :i li ;i Ijo-íoiiibro . . » (centro) 1 30 13 » » ( .irrabalile) . . . . s . . . :i 21 3 T> » Nubuibio) 3 1,1 10 V ■ • Esla.lo do Rio > . . - 8 ■i 15 'j7 31 O .■.inquino do iílcojl nos divorsoj 30CVÍ503 ilo illuminaçio u turuicliiienlos .1 ilivorsoa (oi de 09a litros do 10". ,s'jj " 3 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Distribuiç.io de plantas e sementes feita no mez de dezembro de 1909 ESPECIFICAÇÃO UNIDADES Algodão Anthoxanluiii odoratum Aveia Capiíii gordura ruxo. . . Capim Jaraguá Cebola Centeio Dacljlisglomeratd . . . Eucalyptus Ilolcus lunatus Mumona de Zanzibar . . Maniçoba do Jcíjuic . . . Melancia ........ Molão. Macunã forrageira Mudas do Abacax' Mudas de cactus Burbauk. . . . Phleum pratonse Pimenlâo doe; Raizes de Consolida do Cáucaso. Ryzhomas ilc ramie Scrradella Tomate KILOaRAMMAS Trigo. . . . Viscia saliva. i.300 111 130 800 •i3 3il l.OíT.õíiO 1.000 11.300 87.100 100 noo 2Õ.G00 250 ■53-) 3.700 500 DS.OOO 3i5 6J0 33.ÕO0 2.000 3.930 7.250 610 100 25 1.30i.«-. 166 1 U 12 1 í 9 1 19 3 1 12 19 29 12 i 1 34 3 7 30 1 1 A LAVOURA 445 BIMLIOXH BOA PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS Recebemos mais as seg-uintes, além daquellas cujo registro temos feito nos nú- meros anteriores d' .4 Lavoura: Revista Agrícola da Fronteira, órgão dos interesses do Syndicato Agricok, Rural e Industrial da Fronteira, que se publica em SanfAnna do Li\'ramento (Estado do Rio Grande do Sul).— Anno II, ns. 39 e 40. Revista Trimensal do Instituto do Ceará.— Tomo XXIII, anno XXIII, t", 2°, f e 4° trimestres . Tropical Life, de Londres.— Vol. V, n. 11 . Boletin dei Ministério da Agricultura, publicação ofScial do governo argentino. Tomo XI, ns. 4, 5, 6 g 7. Estes quatro números reunidos em um volume de 358 pa- ginas trazem o relatório apresentado pelo Engenheiro Carlos D. Girola ao Ministério da Agricultara úii Republica Argentina, sobre a Exposição Nacional de 1908, realizada no Rio de Janeiro. E' um trabalho que se caracteriza pela imparcialidade e elcA-ação de vistas reveladas pelo sen iUustre autor, a quem agradecemos a remessa do exemplar que orna a noss;i Bibliotheca . Crónica Agricola, publicação do Ministério da Agricultura dii Republici Argen- tina.— Ao Dr. Enrique Fynn, da División da Agricultura, agradecemos a remessa que nos fez dos seguintes ns.: 1905 — 2, 3, 4 e 6 a 13 ; 1906 — n. i; n/jfj— us. 2 a 9 ; 1909 — ns. 1 , 2 e 5 a 9. PUBLICAÇÕES DIVERSAS Agenda aidc-mémoire viticok cl vinicolc, por G. Wcry, Paris, 1910. No Hm da presente secção publiciímos o prospecto desta obra cuja remessa agradecemos aos edi- tores, Srs. J. B. BaiUière et Fils. Herd Douk Argentino para a raça bovina shorthorn aperfeiçoada. Volume duodé- cimo, segunda parte. Buenos-Aires, 1909. Pelo Departamento de Agricultura dos Estados-Unidos da America do Norte foram-nos remetlidas as seguintes publicações: Enological Sludies.— I. Experiments in Cider Making Applicable to Farm Condi- lions ; II. Notes on the Use of Purc Ycasts in Wine Making por William B. Alwood. Washington, n^jg. Notice of Judgmettl, Foods and drugs. Ns. 102 a iii. The occurrence ofpineme in leinon oil, por E. M. Chace, do Laboratório de Te- chnologia Alimentar. The hydrolysis of salicin by enzyní amulsin, 'poí C S. lludson c II. S. Paine, chimicos assistentes. Ao Sr. Dr. Lourenço Baeta Noves, delegado brasileiro em diversos congressos de irrigação realizados nos Estados Unidos da America do Norte, agradecemos a remessa que nos fez dos seguintes trabalhos de sua autoria: Prescrvation offorests as a measure of public safety. Memoria apresentada ao 17' Congresso Nacional de Irrigação realizado em Spokrane, Washington, em agosto de 1909. ■ Íí6 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA J^rcservation of forcsts, and irrigation in Brazil. Trabalho apresentado ao i6" Congresso Nacional de Irrigação realisado cm Albuquerque, Novo México, em i° de outubro de 1908. Prcscrvation of forests. Rcljliuii offorests to llie Storing of Walcr, Extracto do precedente e apresentado ao 17° Congresso de Iifig^ação. ThirJ Dry Fjrming Congrcss. Tiabalhos aprcscnl;idos pelo deletrado brasileiro. •' ■" Bi\i:il. Contestação de unia pi-oposição publicada no periódico da l"ni\ersidadc do Tcnnessee sobre o perigo allcmão no Brasil. Brazil-Argctitiiu'. Uiiitcd SLilcs aii.i lir.izil. t arta e Inter\ie\v publicado no «The Journal and Tribune», de Knoxville. Old Cirilizjtion Somelliiiig lo Lc.tni from Ur.izil. Publicação feita no «Southwest Contractor & .Manufacturer.i. Brazil bc/ore lhe World. Remarks of a student to sludefits on tlie rclatum bctwcen Medicai atid Plijisical Sciences. Conferencia feita na Escola Medica de I''ort Russcl . Las Leguminosas, por Mário Estrada. Também esta publicação nos foi enviada pelo Sr. Dr. Enrique Fynn a quem reiteramos nossos agradecimentos. Ensino Agrícola e Inslnicção no Brasil, pelo Dr. Dias .Mai-tins. S. Paulo, 1909. Modo de applicação dos adubos. Publicação do Centro das Experiências .Vgricolas do Kalisyndikat. Rio de Janeiro, 1909. O KalisyndiUat que tem o seu escriptorio nu Rio de Janeiro, á Avenida Central 117, lornecc este folheto, bem como os demais que tem publicado, a quem os desejar, independentemente de qualquer ónus. .Ylcmoria resumida da broca das laranjeiras, por .\. G. dWzevedo Samixiin. Ja- carehy, 1909. Do Mate. These de doutoramento apresentada á l'aculdade de .Medicina pelo Dr. Sebastiãn Lino de Christo. Rio de Janeiro, 1909. A7 Comercio E.xterior Argentino, publicação da Direcção Geral de Estatística da Republica .'Vi^gentina. Importação c exportação durante os primeiros nove niezes de 1908 e 1909. Boerenbond Belge ou Ligue des Pays.tns. Relatório do e.Kercicio de 1908 apresen- tado em assembléa pelo Secretario geral E. Luytgaerens. Louvain, 1909. Cooperativa pro-esposicione permanente di Prodoti Italiani. Estatutos. Rio de Janeiro, 1909. Estatutos do Batico de Custeio Rur.il de .Serra \egra. S. Paulo, 1908. Certamen Cientifico, organizado pelo Centro Nacional de Engenheiros Agrónomos de La Plata em commeraoração do 1° Centenário de .Maio. Regulamento. Concurso Industrial, Commerciai e Agrícola Açoreano em i<)io, a realizar-se em Angra do Ileroismo, Ilha do Heroísmo, Açores. Regulamento e programma. .Mensagem apresentada á Assembléa Legislativa em i de agosto de 1909 pelo Pre- sidente do Estado do Rio de Janeiro, Dr. Alfredo BacUer. Estatutos da Sociedade Agrícola e Pastoril Central do Paran.i, de Ponta Grossa. TATAI-OGOS Marlino Bianclii, Pistola, Piazza dei Carmine e Via Santa (Itália). Plantas fructi- feras, ornamenlacs, llorestaes, ctc. Catalogo geral n. 21, outomno de 1909 e primavera de 1910. A LAVOURA 447 Sliiis & Grool. Enkhuizen iHolIanda). Sementes. Catalog^o de dezembro de iQoq. \'ilmori/i-An.iriciix etComp. Plantes de serre et d'orang:erie, darbres, d'arbiistes et de plantes utiles des pays chaiids, degraines d'arbres etd'arbustes de pleine terre. CataIO£;-os para 1910. Rnust.iti. Scrv.ii! S: Conip. St Rémy de Provence íFrance). Catalogo de sementes para loio. Cainpoí; /-'liscos de LcriJ.i, de Francisco \'idal y Codina (HespanhaK Secção de videiras americanas. Preços correntes para 1009- 1910. E. Re.idcr S: Sons, Lt.1. Nottinyham, 5, New London Street, Londres (Ingla- terra). Catalog-Q de dynamos e outros macliinismos agrícolas. Jã?nes Melling & Comp., Dashwood House, Xew Rroad Street, London, (Ingla- terra). Motores agrícolas e carburetadores. F. Lptott & Comp. S. Paulo e Rio de Janeiro, Avenida Central n. 18. Machi- nismos agrícolas. Catalogo D. Dr. Gcispjrr á: Comp. Leipzig, Allemanha. Materiaes modernos de constnicção (artigos de areia e cimento), moldes, tintas para fabricação de objectos de cimento e pedras artificiaes, etc. Borlido Moniz & Comp, 65, Avenida Central, Rio de Janeiro. Catalogo geral, julho de 1909. Agenda ãide-mémoirc ritkolc et vinicole -^onv 1910, parG. \\'ÉRy, sous-dire- cteur derinstitutnational agronomique. i vol, in-i8de 468 pages. Broche, 2 fr. En porte-feuille, maroquim plein, avecpochetteet crayon, ,^ fr. 50. (LihrairieJ. B. Baillicre et flis, 19, rue Hautefeuille á Paris). Encouragé par le succés qui a accueilli son Agenda Agricole, M . Wéry, à la sollicitation des professeurs d'agriculture de régions viticoles, public sur le mème mo- dele un Agenda jide-memoire viticoíc et vinicole spécialement destine aux agriculteurs du Midi. Cest une icuvre de line précision scientitique et de solide pratique culturale qu'ap- précieront à la fois les culti\ateurs et les agronomes. Dans la p.\rtie spécialement viticole on trouvera tout d'abord des tableaux des principjux cép.iges. Vient ensuite Ia rcconstitution des vignobles avec des tableaux pour les principaux prodiicteurs directs, leur choix suivant les terrrains ; puis les principaux portegreffes, avec leurs caracteres, leur résistance au phylloxera, leur adaptation au sol, leuraffinitc pour Io grelTon, leur facilite de reprise au bouturage et augreffage.L'a/>/>/í- cation des engrais aux vignes et les travaux de culture sont exposés ensuite. Les ma- ladieii de la rigne les insectas niiisibles, lesfongicides et inseclicides, donnent lieu à de nombreux tableaux avec lindication pour chaque maladie de ses causes, de ses cara- cteres et de son traitement, tant prcventif que curatif. L'q3xologie est ensuite passée en revue. On y trouvera des tableaux de compo- sition des raisins des principaux cepages, la transfijrmation du moút sous Taction des le- vures, des tableaux de correction du mout suivant la température, de richesse saccha- rinedu mout, des procedes de travail et d'améIioratíon duraoút, pmslafabrication des vins rouges et Manes, 1'amélioration des vins, les .soins ;i donneraux \'ins, fanalrse des \ins et álcoois. Les maladies des vins sont passées en revue, avecleurs causes, leurs ca- racteres el leur traitement. Un exposé. três complet de la làgislation viticole et vinicole termine cette partie. Ul SOCIEDADE NACIONAL DE AORICULTUBA Une PARTiE AGRicoi.E GÉNÉRALE, faissaiit suitc à la partie viticolc et 'cnolofrique font decet agenda le seul véritablement complct. La forme de TaNeatix adoptOe permel, grUcc ;i une table alphabctique dctaillce, de troiiVLT instantanúment le rensciuncmcnt dcsirc. .M. \Ví;ry a lait rreuve de dcux qualitcs maitresses: une conception múthodique et une documenlation rig:oureusc. Cet apenda contient, sous une forme élcg-antc et tás pratique, les documents nccessaircs au cultivateur aiiiidu proprcs, en cvitaiit la banalitc des publications similaircs. Le formal est pratique, et les tablcau\ de comptabilitc sont une licureuse innova- tion qui n'existait pas jusqu'alors dansles aprendas depochc. Bref, c'est une ocuvre fort bien conçuc et les serviccs quV-lle rendra à ceux qui la consulteront lui assureront cer- tainement une place unique au-dessus de toutes les publications de ce genre. &»&»^Q^«€$« NOTICIÁRIO A. Mievolina —Introduzido pela importante firma, Borlido Muniz & C, que dello t' o único agente no paiz, a Microlina é um poderoso medicamento es- pecifico para a cura da febre aplitosa o 6 também um bom mierobicida. A sua effleacia está provada pelo seu já grande consumo e diversos attesla- dos do valor, dentre os quaes transcrevemos cinco: Eil-os: Pinheiro, 18 de outubro de 1909. Ulmos. Srs. — Deferindo o requerimento de VV. SS., de 13 do corrente, certi- fico que os resultados favoráveis obtidos neste pjsto na cura da febre aphtosa foram devidos a um tratamento cuja base essencial foi o emprego do fluido Mi- «Tolina que VV. SS. nos forneceram. O methodo curativo consta das seguintes operações: 1 .» Lavagem das aphtas da borca durante oito dias com uma solução de Mi- crolina. de 1 â 2 % e em seguida com uma solução do alúmen de 3 a 4 %• 2." Lavagem dos cascos com a m 'sma solução de Microlina sendo as fe- ridas vivas unctadas com ^licvolinu pura. 3." Dopoiá do tratamento á Microlina os cascos devem ser cobertos com alcatrão. Quanto ao segundo item do requerimento, cerlifico que, do 18 bovinos submot- tidos ao tratamento indica lo, a metade ficou curada em 10 dias e o restante em 14, achandose todos elles em estido dn executar o sou trabalho normal e não apre- sentando signal de dobilitação notável,— F, de Seguicr, director interino do Posto Zootechnico Central. Rio de Janeiro, 19 de outubro de 1909. Ulmos. .Srs.— Em resposta á sua prezada carta de 13 do corrente, communico a V. Ex. que é o snguinte o methodo de tratamento que adoptei recentemente neste Posto para ciirativo da fetore aplitosa e a que devemos resultados tão satisfactorios. A LAVOURA 44Ç) Logo após o aiipnrecimento dos primoiros symptomas da epizootia, foi siraul- tanoamentc iniciado o tratamento da bocca c dos cascos. As aphtas da boeca foram lavadas durante oito dias com uma solução de >Iici-olinix do l a 3 % e em se- guida com uma solução de alúmen de 3 a 1 . . Os cascos fofam lavaduS durante todo o correr da moléstia com a mesma so- lução de Microliua e as feridas vivas unctadas com Mioi-oliiio. pura, por lira os cascos oram cobertos com alcati'ão. Quanto á eflicacia deste tratamento, comparado cora os methodos até hoje ge- ralmente empregados, posso acrescentar que, attendendo ao caracter agudo da epi- zootia, qup atai'Ou o nosso gado o ao numero elevado dos animaes damnirtcados, acho impossível com qualquer outro tratamento conseguir a cura completa em menos de três semanas. Confesso ter ficado eu mesmo surprehecdido era vendo a metade dos animaes curados no fira do 10 dias o o restante autos de passada a primeira quinzena. Resultados tão interessantes para a criação nacional, mostram aos fazendeiros o caminho a s 'guir na sua luta contra a epizootia de que tanto padece o nosso gado. Aproveito a opportunidade para subscrever-rae De V. Kx. V". Att°. e ohr. "—Dr. S. Tolhoirshe, veterinário do Ministério da Agricultura. Quartel do 20» grupo de artilharia de montanha. ThomazFortes Bustamante Sá, 2' tenente veterinário do Exercito Brasileiro com exercício no 20» grupo de artilharia de montanha.— Attesto à fó do meu gráo que tenho empregado sempre com o melhor resultado o preparado 3Iicroliiia , quer como medicamento para a cura de animaes, quer como um poderoso desin- fectante para destruição de focos infecciosos. Como desorisador é o mais agradá- vel possível. Quartel do 20" grupo de artilhaiia de montanha, 6 de fevereiro do 1009. — Tliomnz Fortes Bustamahte Sá, 2° tenente veterinário. 1" batalhão de engenharia. O Dr. Francisco Pereira da Silva Reis, medico o pharmaceutico pela Faculda- de do Medicina e Pharmacia do Estado da Bahia, capitão medico do Exercito Brasi- leiro. — Attoslo que o desinfectante Mieroliua, preencho maravilhosamente 0.5' fins a que 6 destinado. E por ser verdade passo o presanto sob a fé do meu gráo. Rio d(i Janeiro, 4 de fevereiro de 1909. — Francisco Pereira da Silva Reis, capitão-mcdico. Serviço sanitário da Villa Militar em Doodoro. O Dr. Maneei Pedro Vieira, medico do exercito, chefe do serviço sanitário da- Villa Militar em Deodoro. — .Yttesto que empreguei cora bom resultado o desin- fectante Mici-oliua;. Rio de Janeiro, 1.3 de fevi-reiro de 190.). — Dr, Manoel Pedro Vieira. Para o annuncio referente á .\Iicrolina chamamos a attonção dos nossos leito- res especialmente dos Srs. criadores. •sr.0 SOCIEDADE NACIONAL UE AGlUCOLTUttA Coopex-íttivívs s — Para esto iinporlante assumpto chamamos a attenção dos interessados para o tele^írarama abaixo, publicado no Jornal do Com- ■mercin do dia iO do corrente mez. I'i'aiiví» Pariz, 19. Ficou estabelecido na sessão de boje da secção de definições do Congresso para repressão das fraudes alimentícias, que será facultativa a mistura ila chicoroa ao cafi'' para beber, mas com a condição do que os estabelecimentos que o queiram fazer tonliara á vista do publico a respectiva declaração. Quantij ao café crií, somente ó considerado tal o grão do cafeeiro despolpado, lavado o brunido. Passou também a permissão de coloração com matérias iiiolTensivas, porque o representante da Camará do Coramcrcio do Havre assegurou ao Congresí?o que no Brasil mesmo se pratica a coloração dos cafós, citando, como exemplo, a cisa paulista Uoxo, que, em !90s, exportou :í9.000 saccas de café col irido. Accrescentuu o rí^presentante da Camira de Ciramercio do 1 lavre quo essa operação, longe de prejudicar o café, até o melhora ; tanto assim que essas remessas do anno passado obtiveram altos preços de venJa. A discussão sobre a enrobage dos cafés toiTados foi renhida entre os Srs. 11 uís Ileilljorn, representante da Missão Brasileira de Propaganda, o os torradores de cafó, ficando, afinal, acceita a porcentig^ira de dous por cento de enrohage. O Congresso resolveu ainda que fosse interdicto denominar café aos productos inJustriaos seus succedanoos. A-iixilios í'i míti-Umi 1 (ui-M — Desde o exercício de P.miT, In na lei de orçamento uma disposição, ainda mantida para o exercício de 1910, qne convém sor divulga la, pois a julirar da sua utilização por parte dos interessadas, ella é bem pouco conhecida. Referímo-nos ao auxílio aos Estados, municipalidades, syndieaV s c associações agrícolas que fundarem estações agrononiícis, postos zootcchnicos e campos de demonstração, não excedendo a quota destinada a cida municipalidade, syndicato ou associação de 20:000^000. Oado Caracú — O coronel Mauriclo Rodrigues de Limo. um dos ilhi-!- tres membros da coramissão quo veíu ao Rio tratar junto ao Governo da autono- mia do Acro, por informações desta sociedade, foi visitar a fazenda dos adiantados A. LAVOURA «1 criadores Irmãos Castro na estação de Santa Holona, Estrada do Ferro L^oiioldina (^tinas), ondii o mesrpo adquiriu tros novillios o uma novilha caracri para levar para o Alto Acro. Vimos a convite de um dos sócios da reforid;i, fazcnd i o.i bellos exemplares dessa magnifica raça, e ÍLdicitamos os illustres criadores o incitamol os a perseverarem no camiulio encetado, isto é, na selecção que 6 morosa mas certa c á qual so dedicara lia ua? seis annos. A correcção de formas so accentua e a cúr também, mostrando o grão do aperfeiçoamento que lograram conseguir com (s adeantados processos do criação que adoptaram. A. A.gTouoiiiia, e Zootecliiiia. no Estado tXth I"*a,i-a„ hj-ba, — O nosso prezado consócio Sr. Dr. Frederico Cavalcanti Carneiro Mon- teiro, prupoz ao Congresso Legislativo do Estado da Pn.raliylia uma lei autori- zando o Governo a crear o serviço agronómico e zootechnico do Sslado. Abaixo transcrevemos a importante o utilíssima lei; mas, antes do o fazer, fe- liciíamo-: o illustre deputado Dr. Carneiro Monteiro, o Presidente do Estado Dr. João Lopes Machado e o Conaresso pelos actos brilhantes e patriuticos que praticaram, em propor, votar o saiiccionar a bemaierita lei. Temos confiança que para a grandeza do paiz outros Estados imitarão o da Pa- rahyba, organizando o seu serviço agrícola, sem o qual 6 impossível o progresso do Brasil. LKI N. 315 — DE 18 DE OUTUBRO DE 1909 Aulorisa o Podor Executivo a oreai- o sei'viço aíii-únomico e zuotefihiiioo do Estado Dr. João Lopes Machado, Presidente do Estado da Parahyba : Faço saber a todos 0.3 seus habitantes que a Assembléa Legislativa do raosrao Estado decretou o eu sanccionei a lei seguinte : Art. 1.° Fica o Poder Executivo autorisado a crear o serviço agronómico o zootechnico do Estado, que coTaprehenderá : a) uma secção de agricultura annexa á Secretaria do Governo ; 6) uma estação agronómica com campos de demonstração o experiência, anne- xos, para ensinar a cultura racional das plantas cultivadas correntemente no Estado c introduzir as que lhe forem adaptáveis, especialmente ao sertão ; c) um posto zootechnico annexo á mesma estação, para introduzir auimacs de raças aperfeiçoadas, sobretudo da vaccuin e da caprina; (') pequenos campos de demonstração em stS.les de municípios, especialmente para o ensino do emprego das machinas agrícolas; e) estações iliermo pluvlumetricas nas lelcgraphicas e do entrada de ferro o escolas publicas ; /) uma exposição permanente de instruraentoi o machinas agricolas para serem veodiJos aos agricultores pelo preço de chegada ao Estado; ff) importação de animaes, instrumentos e machinas agricolas o plantas, soli- citadas por pirticulares, mediante o deposito, por estes, no Tliesouro, de metado do volor da encommendn; h) in lusío d 3 Estado na Sociedade Nacional de .VgriciiUur.i; i) assignatura de revistas agrícolas para distribuição gratuita aos agri- cultores. 832 4 452 SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Art. 2.° A secção do agricultura será coinposia do um chefe, ura ajudante o quatro auxiliares, todos tirados duntro os actuaes empregados extranumerurio-í do quaesquer repartições. Art. ri." A secção feri por fim : «) croaçÃo o manutenção dj uma bíbliothcca agrícola ; h) O serviço de estatística agro-pecuarin; c) orfranização do boletim tliprmo-pluvíomotrico, do accordo com os dados for- necidos pulas estações competoiíti!?; oiiez;íi — O Sr. Ministro do .lapão con- ferenciou com o secretario geral do Estado do liio de Janeiro, om Nictheroy, acerca da installação do uma colónia agrícola japoneza na fizenla Santo António, em Ma- cahé, no referido Estado. O respectivo contracto eslava para ser assignado. Iiupoi'fcaçã,o de >:Vuiniaes— O regulamento para importarão de animaes roproductorcs, com o auxilio lio Governo, fui recentemente modificado polo Dr. Rodulpho Miranda, illnstre Ministro da .Agricultura; por esse motivo transcra vemos na inte.^ra o referido regulamento, para elle peJinJo a atlenção dos Si's. criadores. Regulamento paraimpcrtsção de anin^aes reprcductor^scorr. auxilio do governo federal, a que ss refere o dtcreto n. 7537, de IS de dezembro de 1909. Art. 1.0 O governo federal auxiliará os agricultores e criadores na importação de animaes reproduc toros, de accordo com as prescripções do presente regulamento e mediante os recursos consignados para tal fim na loi orçamentaria. Art. 2.» .Aos agricultorjs o criadores qua importarem, com assentimento do ministério da .Vgricultura, InJustria e Commercio, animaes reproductores de boa compleição, em perfeito estado de saúda o pertencendo a raças capazes de melhorar o gado existente na respectiva zona, será concedido ura auxilio pecuniário, de accordo com a tabeliã annoxa, além do transporte no paiz. A LAVOURA A'T, Art. 3." Os favores deste regulamento applicam-se aos animaes das espécies cavallar, bovina, siiina, caprina, aos cães de pastor, aves domesticas, peixes e quaesquer aniraaes considerados ateis à lavoura e á industria pacnaria. Art. 4." Odispjsto nos arts. 2° e 3" se faz extensivo, a jiiizo do governo, aos postos zooteclainicos, escolas agrícolas, de veterinária, zootedinia e de lacticínios, campos de experiência e de demonstração e quaesquer institutos de ínstrucção prolissioiíal fundados por iniciativa dos Estados, municipalidades, ou por sociedades agrícolas G pastoris, syndícatos e cooperativas, ficando o ca-so sujeito ás formali- dade do art. 7° deste regulamento. Art. 5.' Os F.ítados, as intendências ou prefeituras municipaes, sociedades, syndícatos e cooperativas agrícolas c pastoris poderão enrarregar-se de adquirir anímaes para lavradores e criadores com auxílio do governo federal, enviando, dentro do prazo estabelecido pelo regulamento, os requorimentos dos interessados ao Ministério ila Agiícultura, Indusiría o Commercio, que resolverii de accordo com a alinca 1» do art. 7" deste regulamento. .Art. Cl." .Vs sociedades ou instituiçõQ3 agrícolas o pastoris que se constituírem no extrangeiro, dirigidas por naoionaes, com o íím de promover, por meio de propaganda, o desenvolvimento da iudustria pecuária no Brasil, terão direito, a juizo do governo, á restituição das importâncias das seguintes despezas devida- mcnta comprovadas : frete, seguro, despc-zas consulares e aduaneiras, além do transporte no paiz, quando remetteren; anímaes reproductores aos seus asso- ciados. Mt. 7 ." Para obtenção dos favores concodidoí neste regulamento, deve o in- teressado satisfizer as seguintes prescripções: 1 .'■' llequerer ao Ministério da Agricultura, Industria o Commercio, declarando que pretende importar anímaes reproductores, com auxilio do governo, men- cionando o numero e a raça dos animaes, condições climatéricas, recursos for- rageiros da propriedade a quo elles se destinam e pedindo permissão para fazer aenoommenda. Esta ficará dependendo do despacho do ministro, a quem cabe fixar o máximo do anímaes que poderão sor importados e opinar pela raça que lhe pareça mais adequada á região. 2." Declarar que se subordina a qualquer medida do policia sanitária estabe- lecida pelo governo em relação aos animaes que vao importar. 3.^ Corarau.iicar, com a possível antecipação, o nome do vapor em quo devora chegar os animaes ao porto a que se destinam, no paiz, c a data provável dessa chegada para qu ; o Ministério os faça examinar por veterinário ofTicial, sempre que for possível, do modo a verificar a raça e o estado de sauJe. Si, por qualquor motivo, o interessado não puder faz3r a indicação da cUegala dos animaes com a precisa antecipação, ser-llie-á facultado requerer ao Minis- tério o eximi veterinário, conservando os animiís em terra, no porto de desembarque. Sí os animaes não desembarcarem no Rio de Janeiro o houver no porto do desembarque veterinário ofHcial, o requerimento de exame poderá ser dirigido a esse funccionarío e, na falta deste, o interessado poderá pedir, por telegramraa, o exame respectivo ao ministro da Agricultura, Industria c Commercio. A falta de exame por veterinário oHicial é supprida polo attestado do saúde, firmado por profissional competente. 456 SOCIEDADB NACIONAL DE AGRICULTURA Art. 8." Feita a importação, devem os interessados declarar, no rcquerimonto em que solicitarora o auxilio concedido pelo Governo, que se obrigam a fornecer ao ministério todos os esclarecimentos que lhos furem pedidos, em relação aos resultados obtidos com os i'eprúductore3 importados o a communicar o nascimeuio de productos.signacs característicos, sua liliação e a transferencia que fizeram, sob qualquer titulo, dos animaos adquiridos e seus productos. Art. 'J.» O processo respectivo deve constar dos seguintes documentos, es- criptos ou traduzidos em português : a ) reiíuerimento na formai idicada ; b) certidão do pagamento do imposto estadoal ou municipal, como lavrador ou criador, ou attestado firmado por sociedade, syndicato, cooparativa agrícola, polo inspector agrícola do districto, ou por qualquer lavrador, criador ou industrial inscripto DO «Registro de Lavradores, Criadores e Profissionaes de Industrias Connexas» existente no ministério. A inscripcão no registro alludiJo substitue qualquer cortidão ou attestado; c ) factura consular e conhecimento do navio que transportou os animaes ; d ) cortidão da Alfandega, relativa á entrada dos animaes no paiz ; e) « pedigree » de cada animal, de raça bovina ou cavallar ; /) photographia de cada animal, em duplicata, exceptuando aves; g) attestado de saúde dos animaes, passado no paiz de origem ; h) cortidão de tubcrculinização, tratando-so de bovinos; i ) certificado das estradas de ferro e companhias de navegação por ondo tran- sitarem os animaes, no paiz. Art. 10. Os < pedigrees » dos animaes importados com o auxilio do Governo Federal, de ac^cordo com o presente regulamento, ficarão no Ministério da Agri- cultura, Industria e Commercio, até que, feita a respectiva transcripção nos < registros» para essj fim creados no ministério, seja restituído ao importador o documento original, devidamente carimbado. § 1.» Os ccrtiflcados de sociedade de corridas não substituem os certificados genealógicos para prova de pureza dos cavallos o como taos não podem ser ac- ceitos. § 2.» Das duas cópias photugraphicas, a que so refere a alínea f, do art. 9', uma ficará no Ministério da Agricultura, Industria c Commercio, sendo a outra, dopeis do authenticada, devolvida ao fazendeiro ou criador, proprietário do animal. Art. 11. Não poderão merecer auxilio do governo os animaes de corrida, quer sejam directamente importados, quer sejam adquiridos no paiz. Art. 12. As sociedades de que trata o art. (j' poderão ser dispensadas da observância da alinca 1* do art. 7°, ajuízo do ministro. Art. IJ. Os requerimentos de que trata a aííMSj 1" do art. í^ deverão ser reraettidos ao Ministério da Agricultura, Industria e Commercio, dentro dos mezes de janeiro a junho. Art. 14. Estabelecido o serviço de policia sanitária, serão indicados os portos do paiz por ondo devem ser importados aniraies reproductores, classificadas as molés- tias que so consideram contagiosas e prescriptas as medidas necessárias contra sua propagação, quer provenham do estrangeiro, quer appareçara no território nacional. Art. 15. O Ministério inlicirá opportuaamsnte as raças de animaes apro- priadas a cada zona do paiz, cabendo-lhe negar os favores da lei dquollos que lho A LAVOURA 457 pareçam prejiidiciaes e prohibir a importação de animaes atacados ou suspeitos de molostia contagiosa. Art. 16. O transporte de animaos reproduetores no iaterior do paiz, por conta da Uaião, só poderá ser concedido nos casos previstos no presente regula- mento, ou tratando-se de exposições agrícolas e pastoris auxiliadas pelos gover- nos federal , estadoal ou municipal, ou promovidas, por associações agrícolas, com auxilio offlcial. Art. 17. No caso de serem importados auiraaes reproductures, por iniciativa dos governos federal, estadoal ou municipal, para serem vendidos em leilão a la- vradores e criadores, o Ministério poderá facilitar o transporto dos mesmos ani- maes nas estradas de ferro da Lnião c eompaniiias de navegaçSo subvencionadas, mediante a fixação do numero de animaes e verificado o estado de saúde dos mesmos . Art. 18. O transporte de animaes reprodactores para o interior do paiz, cum auxilio do Governo Federal, será, sempre feito por meio de reijuisição do Ministo- rio da Agricultura, Industria e Commercio ás estradas de ferro e companhias de navegação. Art. 19. O interessado deverá reç[uerer nesse sentido ao Ministério da Agri- cultura, Industria o Commercio, indicando o ponto onde devem ser embarcados os animaes, a fazenda a que se destinam, suas coodiçjes clímateiicas, recursos for. rageiros, o numero e a raça dos animaes, que deverão ser examinados por veteri* nario ofâcíal, afira de verificar seu estado de saúde e si se trata de animaes repro- ductoros. Paragrapho único. Na falta de exame do veterinário offlcial, podei'á ser ae- coito o attestado de saúde passado por profissional competente, no qual devo constar que os animaes são destinados á reproducção. Art. 20. O Ooverno resolverá sobre o numero de animaes que se pretender transportar, do acoordo com os arts. 19 e 20. Art. 21. O transporte de animaes reproiuctores por conta da União, no inte* rlor do paiz, só será concedido quando os mesmos animaes procederem de regiõas onde não reinem raolestias contagiosas . Art. 22. Os fazendeiros e criadores que, adquirindo reproductores de raça bovina e cavallar, mediante o auxilio do governo, registrarem no Ministério da Agricultura, Industria e Commercio os productos obtidos dentro do prazo e nas condições fixadas pelo governo no Regulamento do flei-i-Sooft e Slud-Book, terão direito a receber certificados de authenticidade de raça e filiação. Art. 2o. O (ioverno promoverá egualmente a acquisição de reproductores de raça, já pela vcn la por preço medico dos productos obtidos no Posto Zootechnico Federal e outros que venha a estabelecer, já se incumbindo directamente da im- portação desses animaes, por conta dos Estados e municípios ou de agricultores e criadores. Art. 21. Para execução do disposto na ultima parte do artigo precedente, d^ivera os Estados, municipalidades, agricultores c criadores reiuerer ao Ministério da .\gricuUura, Industria o Commercio, declarando qual o numero de animaes que pretendem importar e especilicando as raças, procedência o a importação máxima das despczas a que se obrigam. Art. 25. Cumpridas as exigências estabelecidas polo Ministério da Agricultura, «S SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Industria e Commercio, e, reconhecida a utili lade de sua accliniacão na z.ona a quo se destiuarpin, será autoriza'Io o requerente a lazer n^j Tiie;ou'.'o Nacional o doiio- sitoem ouro da somma correspondenie á importância da enconimeiída e lia parte das despozas, conrjrnne loi' arbitrado. Art. 20. O deposito cm ouro de que trata o artigo anterior será restituído na mesma espécie ao requerente, no caso de so não realizar a importação dos animacs que houver encomraendado. Art. 87. Quand) a encoinmon la lur satisfeita em parte, rcstituir-se-ão as soramas correspondentes aos animacs que não houverem sido entregues. Art. 28. Nos casos em quo o (ioveruoFederal tenha de importar animaos repro- ductores para o Posto Zjotojhnico Central ou quaosquer estabelecimentos da União, avisará pela imprensa aos interessados, convidando-03, si assim o enteuderem, a encommenJar conjunctaniento os auimaes que quizerem adquirir, na fórmi dos arts. 21, &.5, 26 e 27 deste regulamento. Art. S'J. O governo não prestará auxilio algum a importação de animaes ro- productores procedentes de paizos onde reinem enfermidades contatriosas, assim como não auxiliirá o transporte de animaes no interior do p:\iz, quando reinem no Estado de que procedam qualquer epizootia. Art. 30. O lavrador ou criador que qiiizer contractar no paiz ou no cxtrangeiro um veterinário ou zooteohnico para sui propriedade, coramunicani ao Ministério da Agricultura, Industria e Commercio, que poderá conceder passagem ao mesmo profissional até a propriedade a que so destine. Ao requerer o pagamento das dospezas, deve o interessado apresentar o titulo ou attestado de capacidade do dito profissional. Art. 31. Organizado o s;rviço veterinário o de pjlicia sanitária dos animaes domésticos, o Governo Federal prestará auxilio aos lavradores o criadores que o solicitarem, quando os animaes roproductores, importados mediante os favores consignados no presente regulamento, ou por conta dos interessados, forem acommottidos de qualquer enfermidade, além das medidas prophylaticas que so obriga a tomar em caso de cpizcotias que aíTectem o gado de qualquer região do paiz. Art. 32. Nos favores conferidos pelo presente regulamento terão praferencia os lavradores inscriptosno Rgisl>-o de Lavraíores, Criadores e Profissionais de In- dii.slrias Conncxas, estabelecido neste ministério. Rio do Janeiro, 16 de dezembro de 1909.— Rodolpho Miranla. A LAVOURA. 4:50 Tivtoelltx a que se i^eTore o íii't. 2" í.-ov;itl«> pelo tlcex*eto u, T.èíST', tle IO tle i.'o cie 1000. ESPÉCIE DO ANIMAL Bovino Equino Asinino Suino Ovino Caprino Cão pastor . . . Aves di^nesticas 5 CS 13 O 5 (=- o a 500$000 coo$ooo 4or$ooo 150S0OO 1 ,'0$000 i20sono lOO.jOOO losooo PROCEDÊNCIA: POPvTO DOS KSTADOS UNIDOS DA AMERICA DO NORTE PROCEDÊNCIA : PORTOS DAS REPUBLICAS DO PRATA Destino — iPovtos Do Norte 30O$0OO 350$000 2Õ0$000 100$000 80$000 so$ooo 70|000 G$000 Do Sul 500.s;000 COO;i;000 400$ 00 ISOsOOO IãO$000 120.S000 I00$0C0 lOsOOO Do Norte 400$000 450$000 250S000 120S00U 90^000 9-:^|ooo 80$000 8Í00U Do Sul ã30$000 3 )0í;000 ã00$000 80§000 60$000 60$oro 4O.S0O0 5$000 a) dos aniniRos não compreliendidos nesta tabeliã ou provenientes de pontos não indicados serão pagas as seg-uintes despezas : Frete, seguro, dup^zas consulares e advaneiras, além do transporte no paiz. b ) as quotas desta tabeliã, referentes ás procedenciís das Rcputlicas do Prata, não JiG applicam aos animaes irapDrtados pela froateira. Neste caso serão pagas as segaintes despezas : Transporte, seguro, despezas consulares e aduaneiras . c) as quotas fixadas nesta tabeliã para um animal serão as mesmas até quatro auiraaes importados. Soffrerão, porém, reducção ; Do 20 "/o, quando a importação abranger de cinco a nove animaes. De 30 °/o, quando a importarão abranger de 10 a 14 animaes. Do 50"/,,, quando a importação abranger 15 animaes.— Rodulplw M.ranla. 832 ■iOO SOCIKDADE NACIONAL DK AGRICULTURA PARTE COMMERCIAL Mez de dezembro de 1203 Café Durante o mez entraram :í83.-119 saccos do caío, foram vondi^los para exporta- ção 109.000, c existiam no ultimo dia do mez 451.240. Naseirunda quinzuna do referido mez, as vendas para exportação foram mais elevadas que na primeira. Os extremos das nossas cotações durante o mo^rao poriodo foram : Por arroba Por ÍO hilos Typo n. 6 7$200 a 7|';00 4$902 a 5$17t » * 7 7$000 » 7,'5400 4^760 >. 5.Í0J8 )/ » 8 0$800 i' 7$200 4?63) «- 45'.»02 >• > y OjOOO !• 7.f000 4^493 > 4$70O A-g- iií i rclcii te No decurso da primeira quinzena o mercado desta proJucto raanteve-seom boa posição de estabilidade, não soffrendo os preços alteração alguma ; no di sOírunda, os preços so tornaram precários, tendo soffriílo baixa de 5> por pipa. Neste periodo entraram .014 piíias. Os preços por pipa, e baso de 20 gráos, regularam assim : Paraty 130.í;000 a 14i)$0OO — I?5$000 a ISOJOOO AUfrra 115$000 > 120$000 — I10.>jOOO » Ilõ^sOU) Campos li)O$O0O >- Mõ^OUJ — 95$00U » lOO.^jOOa Maceió 10o$000 » 105$000 — 95^000 » lOOsOOO lialua 1ijO$000 » 105$000 — 95$000 > 100$000 Pernambuco 100$000 » lOSJOOO — '.)5$000 » 100$000 Araoajií lOO.JOOO » 103$0i0 — 95,{;.i00 ;> lOOsOfiO Sul 100$000 » 105$000 — 95$0U0 » 100^000 A-lcool Na primeira quinzena as entradas diminuiram, mas o mercado estava sup- prido. Com a falta de maior procura o mercado tornou-se indeciso, mas som modifi- cação nos preços . Na segunla ijuinzen i, em virtude de entradas avultadas, o mercado aífroxou, e 03 preços tiveram baixa. A LAVOURA 411 Duianto O mez entraram 1.243 pipas, e OS preços por uniilndo, sem o casco, foram os segiiinies : 40 gráos ir)0$000 a lc,0.í;000 - 140<>000 a 150^000 35 > NO^OOO > 150$000 — 135$000 > 1401000 36 » 1255000 » 1 151000 — 1201000 » 125§000 ^Vlg-odfiO oin 1'aina, Segundo o esmo Jo Governo amorieauo, a quantidade de algodão descaroçado até o dia 13 do corrente niez, Ibi de 0. Si;?. 0i)3 fardos, contra Il..so2.000 em iiíual poriolo do anno passado, ou sej i uma dilTereuçii para menos do v!. 530. 000 fardos. O movimento foi o ciuo se segue : Fardos Existência no dia 15 5.513 Entradas : Fardo3 Mossoró 'J,I29 Assil 2.989 Ceará, 5.230 Natal 1.800 Parahyba 9G0 Sergipe SOO Piauliy 754 Penedo 698 Pernambuco 439 Maceió 350 Maranhão 183 20.332 25.845 Sabidas dos trapiches 7.725 Existência no dia :'.! 18.120 Preços Pernambuco 14$)0ii a 16$000 Rio C.rando do Norte 14,s000 » 15s800 Parahyba Mslod » 15^400 Penedo 13s7()0 » 15so0O Coará I5S200 » 16í;0(IO .Seriíipo 13$000 » 14$8()0 Fuiranto o niez o marcado esteve um tanto parjilysado; apenas no ultinio dia do mez, com os avisos de grandes embarques para o estrang(uro, lii)iiv(! alguma animação, fechando firme. Neste poriodo entraram 170.408 saccos, sendo do: Pernambuco 31.750 Sergipe 35.925 Campos 48. 153 *62 SOCIEDADE NACIONAL DE AORICUt-TURA Bahia 15.07fi Macoió 28.818 l'arahyba 7.590 OutiMS procedências Ill Os preços regularam ilo soguinto mol -: Perruimbuco : Kilogrs. Branco crystal *. . . . $280 a $310 Dito :;■' Surte s280 » s30o Crystal amarello $250 » $270 Mascaviíiho .s230 » ;i260 Somonos $240 » $250 Mascavo bom $205 » .$215 Dito regular $200 > $205 Dito baixo $185 » .$190 Sergipe : Branco crystal $270 a $310 Mascavinlio ."5220 » $270 Mascavo bom s205 > $215 Dito regular .-í'200 » .$205 Dito baixo ^185 > $190 Campos : Branco crystal $280 a $320 Dito 2" jacto $250 » .^280 Crystal amarello ;^-lO » s270 Mascavinlio $230 » $270 Bahia ; Branco crystal $320 a S330 Dito -2" jacto $300 » $310 I-^llJllO Olll i'ôlo DiM-anto o mcz o mercado manteve sft pouco movimentado, mas os preços conservarara-so bom sustentados. As cotações, por Icilograrama, fizoram-so da maneira que so vac ler: De Minas, especial í^OO Dito superior $800 Dito de 2' $600 Dito ordinário $500 Goyano especial 2$000 Baixo $800 Rio Novo 1$200 Dito do 2» 1$000 Dito baiso , , « , . . . . I . I . » < > A LAVOURA Pomba superior 1$100 Dito de 2* $900 Dito baixo $700 Carangola 1$0C0 ricúcspeoinl 2$00fl Dito de 1» 1$Ô00 Dito 000 » 30$000 Dito rajado 23S000 » 20,<000 Dito estrangeiro, agiiIJia, 1» qualidade. . . . 36$000 » 38.S000 Dito 2» qiialiJado 32-íOOO » 33S0(i0 Dito 3" » — — Feijão preto de Porto Alegre 1 ls500 » 1C|000 Dito iilem, mineiro 6^000 » 11§000 Dito Santa Catharina, superior 6s000 » 9$503 Dito Paraná Nominal Dito mulatinho Q-íGOO a 10'p500 Dito manteiga 13S000 » 24$000 Dito enxofre, nacional 13$000 » 21$000 Dito de cores, nacioml 8$000 » 20$000 Farinha de mandioca espacial 8$200 » 9$600 Idem fina ■7$400 » 8S400 Idem peneirada 7$200 » 7§600 Idem grossa 6$000 » 0$80i) Milho amarello d j Norte 5f000 » "i^iiOO Idem da torra 5$800 » 7$500 Idem idem misturado 5$400 » T^OOO Cangica 15$000 > 16§0jO Favas 5$000 » 7|500 Amendoim 6$500 » 7$300 Kilogp. Fubá de milho $100 a $200 Mato ora folha S<60 » $560 Tapioca $340 » $400 Polvilho $220 » $260 índice geral do ANNO de 1909 EDITORIAL: Pags. Cooperalismo Agrícola 1 Dr. Allbnso Peuna ■ 57 Cooparatismo Agrícola lil A Sericultura em Mnas 125 MiniitcriO (la Agricultura, Industria o Commcrcio 181 Exposição Agi'o-Pecuaria do Bello Horizonte 219 Luiz Bueno de Miranda 234 Sobre a Peste da Manqueira 29.'> Febre Aphlosa 3(i0 V sita honrosa 301 A Mandioca 35i Dr. Rodolpho Miranda 427 COLLABORAÇÃO: Colheita Mecânica 16 Considerações e reflexões acerca da criação do porco 21 O trigo em Minas Geraes • 29 Madeiras e vegotaes úteis do Brasil 67 Aluberc^ulina como meio de diagnostico da tuberculose na vacca leiteira. , 74 Moléstia das gallinlia- 8l Algumas madeiras e vegetaes uleis do Brasil 127 Anemia no carneiro 134 llex mate paraguayeasis , 137 Parceria Agrícola 14! Algumas madeiras e vegetai 8 úteis do Brasil 184 Patholo.;ia e Therapeutiea IS? Warrants lilii A cultu.a do arroz no Baixo Congo 192 Algumas madeiras e vegetais úteis do Brasil 23ii Diarrhéa epizootica do; bezerros a seu tralomento 239 Instituto Federal d; Agronomia o Veterinária 242 Cactui sem espinho . • > 245 Borracha demaniçob:\. . . . , 247 Emissão d^ p.ip 'l-moeda solire lastro Irrra 307 .'\picu'tuia no Rio Grande do Sul 310 Cnixas ruraes , 35ij A Exposição e a criação mineira 359 40r. SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA Pags. Scccas c mtra sêcca 373 Cálculos de safra 376 ManiUoca (loco 428 Propaganda o commprcio de cale 433 Expediente 32, 83, 151, l'.>6, 253, 311, 378 e i36 Secção teclmic.1 38, 89, HM, 19S. 260, 322, 386 o -5)3 NOTICIÁRIO: Paraná 4 2 Credito a^Ticola U Agricultura no Piauhy 44 Exportação de bananas 4f! Socieda !e de Agricultura do Paraná 40 Ensino agricola " i'> Projecto dos estatutos do Banco Central agrícola lio HraMl 105 Ministro da Agricultora 112 Credito agricola 1'2 Sociedade mineira de agricultura 113 Trigo lie ouro 113 Os gafanhotos 172 Ca'é de café 172 Cooperativas 173 Macliinas agrarias 173 OIco cáfro 174 Aprendizado agricola 174 Postos zootechnicos 176 Reducção de fretes 176 Expoitação de melancias 176 Exportação do arroz 1V6 Entreposto de café 17'i Exposição da hygieno 207 Laboratório militar de bacteriologia • 20!) A veterinária na Exposição 210 Tuberculoso bovina 210 Inspectoria da maltas e jardins 210 Manoel d'Iluicqu6 211 Dr. Eduardo Lopes , 211 Cultura de arroz em Moreira César 212 Cura da febre aphtosa. . • • 213 Tarifas de cnbagem das madeiras 213 Clirig sur face 213 Salôxo 213 Carrinho Menezes 213 Torrador Souza Mello '' ' Cooperativa Central das Agriculturas do Brasil 260 Sociedade agricola e pastoril do Paraná • "'' Estatutos da sociedade agrícola pastoril do Paraná 2/8 Congresso de Goographia 2°* Fazenda da Gamelleira " Instituto João Pinheiro *°' A criação do gado jio Brasil. . . • . i , , . . . i «'T A LAVOURA 4f'7 PAGS. Federação rural 287 Indicações utois 287 Transporte de arroz 288 ExposiçCes agrícolas 288 Receitados caminhos de Omto d'S. Paulo. 288 Manteiga de Itajahy 2-8 Exportação do Esta lo ila Bahia 289 Ministério da Agricultura 329 Exposição dl Bcllo Ilorisontc 334 Caixas do pensões vitalícias 336 O trigo no Rio Grande 3í3 O Brasil no estrangeiro 313 O Cacaueiro na Baliia 3^3 O café ... • 34Í Indicaçõ.^s úteis 3i6 Cooperativa Central dos Agricultores do Brasil 343 Industria pastoril . . , 3í6 Prémios aos soricicultores 347 Ramie . . . . ■ 347 Registro de criadores e industriaes 34S Decreto n. 7. 673 333 Decreto n. 7.673 318 Inspecção agrícola ncs Estados 401 Exposição Agro-pecuaria 403 Cooperativa C.ntral do^ Agricultores do Brasil 406 Industria pastoril 407 Animaes de raça 40'> lutroducção de animaes reproductores 408 Wagons para fruclas 403 Prémios por exportação de Iractas 410 A criação no Paraná 411 CongríSiO internacional de agricultura 411 Lage Irmãos 412 Gado allemão 41"! A questão do trigo • 416 Banco de custeio rural 420 O ensino agrico'3 no Districto Federal 420 Uma nova libra 421 Café para o exercito italiano 421 Indicações úteis 421 Cabos 421 Os gafanhoíos 421 Gafanhotos 422 A applicação da nitrogiria 422 A mlcrolina ■ • 4iS Cooperativas de credito rural "^^O Cafés pintados '*50 Auxilies á agricultura ''SO Gado carú . . . . '^•'0 Agronimia o Zootecbnia no Estado da Parahjba '451 Cooperativas, . , , . > 4')2 m ■o- 4tíS 30C11SDADE NACIONAL DE AOHICULTUHA r.vns. Hxposição pecuária cm S. Paulo i").' Congresso das vias ilf transporte no Ura^il . ■:'i:\ Pecuária mineira , -ri.'! Preparo do fumo ir^l Criação paulista 4dí Proposta útil i"»* Colónia agrícola japoneza -iji Importação do animaes -4")^ BIBUOGRAPHIA . . 52 e m BIlSLIOTllliCA iG9, 204, 263, 32G, 390 e 445 PARTE C0MMI:RCI Al 49, 115, 177, 214, 281, 34S, 422 o 4-0 Collaboradores d'A LAVOURA no anno de 1909 Dr. Wcncesláo Bello — Dr. Fernando Paranhos da Rocha Passos ■ — Dr. Achilles Rigodanzo — Dr. Henrique Vaz — M. Pio Corrêa — M. J. Schumann — Dário I.eite de Barros —A. Gomes Carmo — Dr. A. Godoy — Olympio Corrêa Netto — Emilio Schenck — Urbino de Souza Manna — P^ehppe Guerra — A. Ferreira Paula. .S32 — Rio da Janeiro — Imprensa Nacional — 1910 EST ATXJTOS CAPITULO H DOS SÓCIOS Art. 8.° A sociedade admitte as seg-uintes categorias de sócios : Sócios elTectivos, correspondentes, lionorarios, beneméritos e associados. ^ 1.° Serão sócios elTectivos todas as pessoas residentes no paiz que forem devidamente propostas e contribuírem com a jóia de i5$e a annuidade de 2o$ooo. § 3.° Serão sócios correspondentes as pessoas ou associações, com residência ou sede no extrangeiro, que forem escolhidas pela Directoria, em reconhecimento dos seus méritos e dos serviços que possam ou queiram prestar á sociedade. § 3.° Serão sócios honorários e beneméritos as pessoas que, por sua dedicação e relevantes serviços, se tenham tornado beneméritos á lavoura. § 4.° Serão associadas as corporações de caracter official e as associações agrícolas, filiadas ou confederadas, que contribuírem com a jóia de 30$ e a annuidade de 5o$ooo. § 5.° Os sócios elTectivos e os associados poderão se remir nas condições que forem preceituadas no regulamento, não devendo, porém, a contribuição fixada para esse fim ser inferior a dez (10) annuidades. Art. 9.° »^So- I^EC3-XJ3L.A.]VEEnsrTO CAPITULO VI DOS SÓCIOS Art. 18. A sociedade prestará seus serviços de preferencia aos sócios e associados quando estiverem quites com ella. Art. iq. A jóia deverá ser paga dentro dos primeiros três mezas após a sua accei tacão. .Art. 20. .\s annuidades poderão ser pagas por prestações semestraes. Art. 2í. Os sócios e os associados se poderão remir mediante o pagamento das quantias de 200$ e 51x3$, respectivamente, feito de uma só vez e independente da jóia, que deverão pagar em qualquer caso. ,\rt. 22. Os sócios e associados não poderão votar, nem receber o diploma, sem terem pago a respectiva jóia. § i.° O sócio que tiver pago a jóia e uma annuidade, poderá rerair-se mediante a apresentação de 20 sócios, desde que estes tenham igualmente satisfeito aquellas contribuições. § 2." Para esse effeito o sócio deverá requerer á Directoria, provando seus direitos nos termos do paragrapho anterior. § 3.° Serão considerados beneméritos os sócios que fizerem donativos á sociedade, a partir da quantia de um conto de réis. .Art. 23. Para que os sócios atrazados de duas annuidades possam ser considerados resignatarios, nos termos dos Estatutos, é preciso que suas contribuições lhes tenham sido solicitadas por escripto, até três mezes antes, cabendo-lhes ainda assim o recurso para o cf)nselho superior e para a assembléa geral. Arados OLIVER Prémios obtidos: 32 medalhas de ouro ":i;ii':;iii!iiiiiiiiÍKÍ!|ÍiJÍii'"''''^ilÍl!Í!ÍUÍitii'>"^ Únicos Depositários para o Erasil Hasenclever &l C. S. PAULO, Caixa 79 '' mo E JANEIRO, Caixa 745 Formicida SCHOMAKEH END. TELEGR. (tciTestre) iMATASU'VA Privilegiado pelo Governo l"cJeral E' de thooria diamctralmcuto opposta ás velhas formu- las anachronicas para a extiiicção dos íbrmiguoiroá. O Forni icida SdHOMAhER ó o único que sem provo- cação artilicial desenvolve ga^es mais pezados que o ar, em contacto com o hjdro e oxj-genio. O Formicida SCHOMAliEH realiza o útil ao agradável, conservando-se em actividade pele espaço de GO dias, levan- do uma morte certa ao terrivel inimigo da lavoura. O Formicida SCHOMAIíEíi não illude ; restituo a iiii- portaiicia em dobro a quem provar a sua lalta de ellicacia. U Formicida S3IÍ0MAKER foi subníettido victoriosa- mente a varias experiências perante as autoridades seguintes: Directoria de Agricultura do Est. de Minas, Secretaria de Agricultura do Fstado de S. Paulo, Comarcas de Juiz de Fora, Ubá, Cataguazos, Leopoldina, Campinas, Limeira, Rio Claro, Bucaina, liica de Pedra, Bariry o muitas outras, U Formicida S3H0MAKEE. é o único que voluntariamente so subinettc ao tribunal da opinião publica. Rua Josá Bj.mkacio N. 17 — Age.ntes paiu o Estado de S. Paulo Caixa 61S. As'©*icia. For^nececlora. 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Paulo, onde supplantou todas as marcas que concorreram a essa experiência e demonstrou praticamente ser o formicida „ PASCIIOAL " o mais enérgico destruidor das formi^-^as e mais económico 100*/, conformo o re- latório publicado por ordem do governo do mesmo Estado. OBTEVE PRIMEIRO LOGAR NAS EXPERIÊNCIAS EFPECTUADAS EH 8. PAULO Paschoal Va3 Otero communica aos Srs. Laoradores que, de regresso da Europa, acaba de montar nooos apparelhos e que melhorou ainda mais o seu formicida, que tão bons seroiços tem prestado á Lavoura. A Sociedade Nacional de Agricultura poderá bem attestar a boa qualidade do formicida pelo grande numero de latas que tem comprado para os seus associados; assim como communica aos Srs. consumidores que tem todo o escrúpulo no enlatamento e que assume também inteira responsabilidade na medida das laias (quatro litros). Paschoal Vaz Otero ESCRIPTORIO 75, RUA DO HOSPÍCIO, 75 mo ss 7^£r:ixsio Henry Rogers, Sons ^ C, Limited EMiEMltllM E COMEACIADOKES DE MACfllMSaOS PARA qCAiaCER IJiDlSTRlA dU AfiElCULTlR» Cas» especial de instrumentos e machinas para a lavoura A.I«v%.DOS e CTJLTIVA.r>ORES dos melhores fabricantes inglezes e americanos ..BSTRBLLA" „BALTIO" • IBAÍ8 machinas de fazer manteiga e pastenrlsai o leite ESFECIALISTâS ZU FIAÇàO Z TSCEIÂQEliI Únicos vendedores das cordas e fiação de HOWARD & BULLOUGH Teares e tecelagem de Henry Livescy Teares e tecelagem automáticos de Northrop ORÇAMENTOS, PLANTAS E TODAS AS INFORMAÇÕES 85, RDA VISCONDE DE INBAUMA, 85 17 A, RUA DA QUITANDA, 17 A RIO DE JANEIRO 8. PAULO GeAi[ [STAB[L[ClfflTO HORTICOLQ ^ ^ Á Á Á Á ^ Á Á Á ^ ^ Hè ^ ^ ^ PREMIADO COM MEDALHA NA EXPOSIÇÃO DE FLORES DE IQ03 ESPSaiALICADB SM E03EIEAS, :AMBUAS^ STC. Grande sortimento de plantas nacionaes e extrangeiras, arvores fructiferas e de ornamento. 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Quem usar uma vez é freguez para sempre 12 CASA ESPECIAL DE HORTICULTORA RIO DE JANEIRO 4 I ^s 5 ^1 S. e o í ^ Z 5 ® H 5 O 2 grande sortimento de sementes novas de hortaliças, de flores, de plantas para agricultura, etc. GRANDE SORTIMENTO DE FERRAGENS, UTENSÍLIOS E OBJECTOS PARA TODOS- OS MISTERES DE JARDINAGEM Saldas, alimaiito para pássaros, pó da F&rsla e cliá la Indls (Ban le\'i) GRANDE OFFICINA DE TRABALHOS EM FLORES NATURAES Cestas, ramos « grinaldas feitas com apurado gosto, para casamentos, liallas, festas, enterros, finados, etc, encarregam-se de ornamentações para mesas de Jantar, festas, salões, hanqsetes, nas, etc. CHÁCARAS DE CULTURA DE PLANTAS Rua Haddock Lobo, 122 Rua Barào de Petrópolis, 3 (Orohideas e plantas finas) CULTURA DE FLORES RETIRO — PETRÓPOLIS DEPÓSITOS OESAES DE FLANTA.S Eickhoff, Carnsiro L2I0 & C, 13 j m /mi>^fm Cas& especial em trabalhos de flores naturaes artisticamente executados -«:<«»- Coroas para enterros, de lodos os preços e feitios v Omanentações de salões, mesas, etc, para casamentos, bailes, etc., ele. Sementes afiançadas de hortaliças e flores CULTURA DE FLORES Rua Senador Nabuco n. 21, Villa Izabel (Orchideas) Fonseca — Nictheroy (Flores diversas) CHÁCARA FLORA Alto da Serra — Petrópolis (Flores e Plantas) Schlick k Comp, i Rua do Ouvidor n. 61 E^IO JDJS J".A.IsrEIII?.0 14 Estabelecimentos de Horticultura DOMINGO BASSO FUNDADOS EM 1863 Escriptorio Central: SARANDI, 319 — Montevideo. Endereço telsgraphico : BASSORUM — Montevideo. Estateteimente \ «''Colo" eSajago(Rep. 0. do Uruguay) ( em Haed, F. G. 0. (Republica Argentina) Temos para venda durante este inverno mais do um millião de arvores fructiferas. Como exportamos grande quantidade de arvores para o Brasil, temo-nos dedicado á cultura das variedades que melhor se desenvolvem no dito paiz. Enviamos gratuitamente catálogos explicativos a toda pessoa que o solicitar. Nota. — Rogamos ás pessoas que a Casa não conhece ainda, queiram enviar com o pedido a importância do mesmo ou então reoommendação para alguma casa de commercio desta praça. 15 SAL NORTE MECA TODEO S A L N O R T E MAECA TOnEO O único sal que se emprega com grandes resultados 'anlO na ssilg-:i de <;ariios, COUIO na cng^orda satUa, «iettído victoriosa- mente a varias experiências perante as autoridades seguintes: Directoria de Agricultura do Est. de I\íinas, Secretaria de Agricultura do Estado de S. Paulo, Comarcas de Juiz de Fora, Ubá, Cataguazes, Leopoldina, Campinas, Limeira, Rio Claro, Bocaina, Bica de Pedra, Bariry o muitas outras. O Formicida SCHOMAKER 6 o único que voluntariamente se submette ao tribunal da opinião publica. Ri;a José Bonifácio N. 17 — Agentes paba o Estado de S. P\l'i.o Calx:a 6»»». Ag^encia, Fornecedora. Formicida. Scli.onia,lter Rua da Alfandega n. 68 mod. -- Rio de Janeiro A SOCIEDADE BACICHAL DE AGRICULTURA fornece esse formicida aos seus sócios nas condições as mais vanta- josas. X The Blymyer Iron Works Co. Cincinnati, Ohio, Estados Unidos da America SNaSlTHEI&OS, F71TBID0EES E MECHÀNICOS JOGOS COMPLETOS DE MACHINAS DE QDALQDER CAPACIDADE Fabricantes de machinas modernas para Fazendas de Cannarde Assucar, Café e Arroz o EMPREGO DE NOSSAS MACHINAS CONSTITDE, SÓ POR SI, UMA GARANTU DE ÊXITO jjHiXJZON'" celel>re maoliina, de descascar, polir e separar A.I££&OZ MACHINAS A VAPOR, CALDEIRAS PORTÁTEIS, F0LR.4.S E ACCESSORIOS ; MOTORES ANIMADOS, RODAS HYDR-SlUUCAS. TURBINAS, FTC. Enviamos grátis catálogos a quem os pedir. 3 Importante p?ra os criadorgs ds gado PRESERVATIVO CONTRA A FEBRE APHTOSA SALOXO « NADXII « AL ESPECIAL PARA GADO Preparado com o sal gemma húngaro, puro, cora addicionamento de Oxydo de ferro vermelho e pós de losna era pequenas porcentagens, torna-se o SALOXO um artigo do alto interesse para os criadores do gado hovino, lanígero ou cavallar, devido ás suas valiosas qualidades dietéticas, digestivas e purgativas. Adoptado em muitos Postos Zootechnicos Europêos T7"end-e-se Ccmrrimido em blocos de 5 kilos ALGUNS PARECERES DE IMPORTANTES CRIADORES Fazenda do Lobo, Ponta Negra. 8 de Maio de 1909. Cumpreme dizer-lhes que o SALOXO de V. S. é poderoso nutridor do g-ado que o prefere ao sal commum ; augmenta o leite, além de ser preservativo da febre APHTOSA, conforme experiência feita por mim na epidemia actual. As rezes que delie fizeram uso, antes e durante a epidemia, sofreram-na bcnig-namente, sem cessar o leite das vaccas pandas. Estou certo que o gado sempre salitrado com o SALOXO de V. S. será preser- vado da FEBRE APHTOSA que, de tia annos a esta parte, tem dado consideráveis prejuí- zos á industria pastoril. Alfredo Ferreira de Mello (Fazendeiro e criador) Fig-ueira 10 de Maio de 1909. Tenho o prazer de communicar-vos que o SALOXO aplicado ao gado vaccum, em minha fazenda, tem produzido excellejile resultado. Observo que devido a esse exccllente tónico o meu gado está se nutrindo melhor e aparenta melhor aspecto. Accresce que se pode collocar os blocos de sal em qualquer lugar, nos campos mesmo desabrigados das chuvas que se conservam sem se disol- verem. Francisco Soares Gouvea Para encommendas e mais informações com: Rombauer & Comp. Rua Visconde de Inhaúma n. 84 ItlO IDE JTuí^lSrEII^O •f l> í> §> §)• Arados de todos os systemas Cultivadores e Instrumentos ■(§ -^ -^ -^ -íS DOS FABRICANTES DEERE a G.>^ MOLINE,-LL. Desnatadeiras ''Mundus n o.„^ SL. f)e^Hàtà 40 litfo^ áe leite s^-^ .^S.c e-^^n^ Pôde ser movida por uma creança. O "MUNDUS" é ura separador perfeito em todas as suas minudencias, seu manejo é simples e a duração é igual á das melhores desnatadeiras até hoje conhecidas. Devido á sua construcção especial, o seu peso importa apenas em 5 kilos. Herm. Stoltz & C.'^ Rio de Janeiro íssíio Paulo 66/74 Avenida Central 66/74 12 Rua Alvares Penteado 12 Tlie Gouíoclí Ropewo[l( [xport Companf Limited ESTABELECIDA EM 1736 Únicos febricantes da lona impermeável marca „BIRKMYSS'S*S asada pelos Srs^ fazendeiros em encerados para lavoura, com os mais valiosos attsstados Caixa do Correio, 1081 CÓDIGOS: ..SEBEIBO" Sth. Kdition 4. R. C. A [. TELEPHONE N. 3O4I Bnrrtiva typo — ^^"erro (*arri' Fornecedores de EXGRRADOS par-a wasons e BA RH AÇAS para todas as estradas de ferro Confecfionamos encerados e barracas de qualquer tamanho CABOS E CORDAS DE PRIMEIRA QUALIDADE Cairo, alcatroado, linho, msrlim. corda de Nova Zelândia para carne secca Loaa de linho de diversas qualidades para velas Lona de algodão de qualquer largura Fio de vela de varias qualidades para coser saccos, velas e lonas T&tncm em deposito EIVCER A.r>OS e BA.RI*^OA.S de va.x*ios 'ta.m.a.nlxos 119, Rua Primeiro de IVlarço, 119 RIO DE JANEIRO b HOPKIKS, CAUSER &> HOPKfflS IMPORTADORES D CELEBRE RãÇã DE 6AD0 INSLEZ para k Queijo, P-elo e Latas DESNATADEIRAS „ALFA-LAVAL" MODRLO 1908 CAPACIDADE 700 UTROe POR HORA Aradcs e Hscbmas para a Lavoura 95, Rna Theophilo Ottoni, 95 20, Rna Moreira César, 20 RIO DK JANEIRO 8. JOKO P EL-RET Formicida Paschoal Fornecedor da Sociedade NadoaaJ de Agricultura à 'J>G^^J^ È O maior amigo da lavoura e único que tem prestado importantes serviços na extin- ír n3iC/dlDasc)iOAl I ''*^^'' ^""^ formigueiros e o único que apresynr.on roaus resultados nas experiências eífoctuadas por ordem do governo do Estado de S. Paulo, onde supplantou todas as marcas que concorreram a essa experiência e demonstrou praticamente se^ o formicida „ 1'ASl)H' íAL " o maÍ!> cncrííicd destruidor das formi^-as e mais económico iOO '/, conformf o re- latório publicado por ordem .lo governo do mesmo Estado. OBTEVE PRIMEIRO LOGAR NAS EXPERffiNCUS EPFECTnADAS EH 8. PACLO Paschoal Vas Otero communica aos Srs. Laorodores que, de regresso da Europa, acaba de montar nooos apparelhoa e que melhorou ainda mais o seu formicida, que tão bons serviços tem prestado d Lavoura. A Sociedade Nacional de Agricultura poderá bem attestar a boa qualidade do formicida pelo grande numero de latas que tem comprado para os seus associados ; assim coma communica aos Srs. consumidores que tem todo o escrúpulo no enlatamento e que assume tam,bem, inteira responsabilidade na medida das latas (quatro litros). Paschoal Vaz Otero ESCRIPTORIO 75, RUA DO hospício, 75 RIO DB XAK'1SXmO Henry Rogers, Sons & Q, Limited EMiE.VHEIRflS E COXTEAfTADOKES HE MACHISISMOS FACA qiALqCEE UDUSIEIA 01' AGRICILIIE» Casa especial de instrumentos e machinas para a lavoura A.RA.DOS e CXJLTIVAr>OItES dos melhores fabricantes inglezes e americanos „ESTEELLA" „BÀ1TI0" e Biais machinas de fazer mantslga e paatenrlsar o lolte ESPECIALISTAS EM FIâÇàO E TECELâOEU Únicos vendedores das cordas e fiação de HOWARD & BULLOUGH Teares e tecelagem de Henry Livesey Teares e tecelagem automáticos de Northrop ORÇAMENTOS, PLANTAS E TODAS AS INFORMAÇÕES 85, RCA VISCONDE DE INHAÚMA, 85 17 A, RUA DA QUITANDA, 17 A RIO DE JANEIRO S. PAULO PREMIADO COM MEDALHA NA EXPOSIÇÃO DE FLORES DE 1903 ESPECIALIDADE EM ROSEIRAS, CAMÉLIAS, ETC. Grande sortimento de plantas nacionaes e extrangeiras, arvores fructiferas e de ornamento. Encaixotam-se e embarcam por expor- tação para todos os Estados, interior e exterior. Confeccionam ramos, corbeilles, palmas, coroas e bouquets para noivas, etc. POR PREÇOS RAZOÁVEIS VIUVA SILVA & FILHOS FoneMiorat da Sodedada Naoiooal de ágrionltiLra "^..fl \r^.jL^ RiiitC* ^..B ^ M Cofláe ie Bomfiiii, 123 x^f^fi Rna Coiiâe ôe Boinfiii], 123 PORTXO vermelho ^BUicrfhlJ ^flr portío verjíelho &"'"'£, y^"à 10 41, Rua General Camará, 43 Importadores em grande escala de Louças de ferro, Ferragens, Tintas, Óleos, Cimento, Canos de ferro e de chumbo para agua e gaz, Telhas zincadas, Arame farpado e liso, Drogas para industria. Material para estradas de ferro, Artigos para lavoura, etc. DEPOSITO Rua do CotoYello n, IS — Travessa do Paço n, 2S Travessa da Fidalga n. 3 — Largo de Santa Rita n« 24 ESPECIALISTAS EM MATERIAL PARA CANALISAÇÃO DE AGUA DS?OSITA&IOS SOS SEain^TES FBOCirCTOS COlTHliaiBOS Formicida Pestana (purificado) ? Dynamite "Estygia" Dito Capanema ) Bniadas "Radiante especial' Dito Paschoal ; Cimento "Pedreiro" Creolina Freire de Agniar ) Dito "S. Jorge" Coalho marca < Estrella » OommUsarlos ie Café 9 mais géneros do palz, gaTantsm as melhores contas de venda, cujos líquidos são pagos imnediatamente . A nossa firma foi premiada com medalha de ouro na Exposição de S. Luiz (E. U. da America) pelas excellentes qualidades de Café recebidas de seus committentes que expuzeram cio jÊtnoiro m&mm Com sortimento completo de ferragem e armarinho 67, RUA GENERAL CAMARÁ, 67^^.. RIO DE JANEIRO •^>^''5>' Arame farpado „Kleetrica" 'V Sc-; â^«ãt..- Sem rival Peso liquiiJo 38 kilos Comprimento iOZ metros Garantidos Preço sem competência Enxada "Sol" Fabricada do melhor aço inglez. Superior a qualquer outra marca pela ezcellente qualidade. Quem usar uma vez 6 freguez para sempre CASA ESPECIAL DE IRTICOLTIIRA RIO DE JANEIRO Ml (B O Grande sortimento de sementes novais de hortaliças, de flores, de plantas para agricultura, etc. GRANDE SORTIMENTO DE FERRAGENS, UTENSÍLIOS E OBJECTOS PARA TODOS OS ISTERES DE JARDINAGEM Saloias, aUmeoto para pássaros, pó ia Fsrsla e chá la índia (Sam laUs^ GRANDE OFFICINA DE TRABALHOS EM FLORES NATURAES Cestas, ramos d grinaldas feitas com apnrado gosto, para casamentos, bailes, festas, enterros, finados, eto., encarregam-se de ornamentações para mesas da Jantar, festas, salões, banqnetes, rnai, eto. CHÁCARAS DE CULTURA DE PLANTAS Rna Haddock Lobo, 122 Rua Barão de Petrópolis, 3 (Orchidoas e plantas fiaas) CULTURA DE FLORES RETIRO — PETRÓPOLIS DEPÓSITOS SSBAES DE PLANTAS Eickhoff, Carneiro Lsão & C. 13 7 \i/ t>G^ o t/Gdk» Jl JL> \J JtVj í>G^ J Casa especial em trabalhos de flores natnraes artisticamente executados -^Èl^^«- Corôas para enterros, de todos os preços e feitios Ornamentações de salões, mesas, etc, para casamentos, bailes, ete., etc. -»^ía^»^ Sementes afiançadas de hortaliças e flores CULTUM DE FLORES Rua Senador Nabuco n. 21, Villa Izabel (Orchideas) Fonseca — Nictheroy (Flores diversas) CHAGARA FLORA Alto da Serra —Petrópolis (Flores e Plantas) Schlick k Comp. T Rua do Ouvidor n. 61 TÒXO XDE Cr.A.2SrDE]IK.O 14 Estabelecimentos de Horticultara DOMINGO BASSO " y>''"'à FUNDADOS EM 1863 Escriptorio Central: SÂRANDI,319 — Montevideo. Endereço telegraphico : BASSORUM — Montevideo. EsteWtómente { »' ™on e Sayago (Re„. 0. do Uruguay) ( em Haed, F. G. 0. (Republica Argentina) Temos para venda durante este inverno mais de um miliião de arvores fructiferas. Como exportamos grande quantidade de arvores para o Brasil, temo-nos dedicado á cultura das variedades que melhor se desenvolvem no dito paiz. Enviamos gratuitamente catálogos explicativos a toda pessoa que os solicitar. Nota. — Rogamos ás pessoas que a Casa não conhece ainda, queiram enviar com o pedido a importância do mesmo ou entào recommendação para alguma casa de commercio desta praça. &^\ SAL NORTE MÂECA TODEO ^K£ !!■ MARCA TOURO s A L N O R T E O único sal que se emprega com grandes resultados tanto na sulg^a, tle carnes, COmO na engoi-Ua sartia tio s-5ij *' O sal muito linipn, claro c secco, Norte le- gitimo, de indiscutível superioridade. A certeza absoluta da nossa aíTirmação está attestada peia incondicional preferencia de consumo ijnc IIks dão os maiores criadoies de todos os Estados do Brazil, principal- mente os do Sul, São Paulo, Rio e Minas Geraes. A ex- periência de longos annos do tirocinio (juo temos deste j commcrcio, dá-nos a convicção plena de que é este o melhoi' sal que vem ao mercado. i Para garantir a sua autlienticidade, evitando contra- facções prejutiiciaes dc sal inferior, prevenimos os 1 Srs. Consumidores de (lue os acondicionamentos, quer sejam de algodão ou aniagem, deverão ler a marca xoxjrto, não nos responsaltilizaiido pela qualidade do sal em saccos , ou bruacas que não tenham estampado o desenho de um I Touro. Ciiaiuamos a attenção dos Srs. Negociantes, Fazendeiros e Criadores, para que sempre que tenham de fazer sorti- I mento do artigo, procurem assegurar-se da legitimidade do I sal suporioi', exigindo que toda a saccaria lenha a marca xouito. A" VEIA MS nmmu casas comiieiiciaes DE TODOS OS ESTADOS DO líKAZIL 16 Cura da Febre Aphtosa o Bálsamo anti-aphtoso Kóh cura em 4 dias, evitando a perda do leite, a queda dos cascos e a perda no peso nos animaes. PISCAM PROSPECTOS A. FREDERICO KUNZLER & C, 58 R,ua da Assembléa 58 RIO DE JANEIRO Estabelecimento de Plantas Grande variedade de arvores fructi- feras nacionaes e extrangeiras, arvo- res de sombra e ornamentação, por preços baratíssi- mos. CASCADURA Rua Nova de D. Mro, 37 Especialidade em enxertos de laran- jeiras, tem sem- pre de 10 a 12 mi! pés, e acondicio- namento, despa- cho e plantações para todos os Es- tados do Brazil. CASCADURA Eiia (lo Caiiipinlio, 101 da Slha Elb@ii@ AS CAIXAS ECONÓMICAS 0_ Credito Ag^^^ PELO DR. ALFREDO ROCHA ^ PREÇO lOSOOO A' venda em todas as livrarias do RIO DE JANEIRO e S. PAULO GRANDE DEPOSITO DE PLANTAS -7^ " " -^ Varlid^ sortimento de plantas de todas as qualidades, para POMARES E JARDINS ^* * Luiz António Gomes Apromptam-se bouquets para baptisados e casamentos, com a máxima brevidade e por preços baratíssimos ^=^ 41 - ROA DR. BULHÕES - 41 ^^^ ENGENHO DE DENTRO |8 JOURNAL DAGRICULTURE TROPICALE publié par J. VILBOUCIIEVITCH lO-^, ESixe Jeanne um rôlo de 40 kilos de arame com- mnm mede só 297 me- tros. A diflerença ex- plica-se porque as larpas de WAUKEAN são feitas de arame áe aço meia-canna. A farpa de meia cauua, além de ficar mais firme no seu logar, pesa so metade das. (arpas redondas e a dif- ferença no poso resolta em bfneficio da metragem. Ouldado oom as Itxaunaox-as falslfloações quo ox:istem neate artigo oom arranjo Identloo ao de OaboQa de índio Depositários :-HÃSEHCLEYER & C, Avenida Central — Rio de Janeiro Arados OLIVER Prémios obtidos: 32 medalhas de ouro Únicos Depositários para o Brasil Hasenclever & C. S. PAULO, Caixa 79 RIO DE JANEIRO, caixa 745 Formicida SCHOMAKER Privilegiado pelu Ciuverno Federal Vimos hoje, por estas eolumnas, offereicr-vos o foruiiciíi.i de mi.ssa fabricação, garantindo-vos, confornin contracto que firmamos com a Socicdido Nacional de Agricultura, que vestitiii i-em<»i «iii ♦i<»l>i-o ix siisi iiiij><>i-ta,uc!ia. a quem dolle (izer uso o provar a sua ineficácia. Desfio o inicio ilo nossa fabri- cação temos gravado essa garantia em nossas botijas e iití lioji; não appareceu uraa única re<'lamação! E" este o raolhor attesiado que podemos offerecer-vos ; pois sq de facto elle não fosse irifalli-vel não haveria melhor neg^ocio do que com- pral-o para depois provar a sua inefflcacia ! ! ! . . . >; Nosso formicida vae concentrado em b itijas do litro e mído ; dissolvendo-o em agua obtemse a,ulo ilí l 66/74 Avenida Central 66/74 12 Rua Alvares Penteado 12 Tlie Gouíock Ropework Export Compan^ Limited ESTABBLLCfDÁ EM 2736 Únicos hbrlcmtes da lana Impirir.eaYel marca «BIRKMYRB'S», useda psloa Srs« fazendeiros sm enceradcs para l£v:uraj coctt 03 mais valiosos attsstados Caixa do Corndo, 1081 CÓDIGOS : « 3ISEI20 o Sth. Edition A. B.C. A. I. EnilEreço TelPirapliico: „SASSOLINO" B^L^ TELEPHONE N. 3041 Barraca lypo — •< ferro Carril . Fornecotlores de ENCERADOS para wagons e BARRACAS para todas as estradas de ferro Confeccionamos encerados e barracas de qualquer lamauiio CABOS E CORDAS DE PRIMEIRA QUALIDADE Cairo, alcatroado, linho, merlim, corda de Nova Zelândia para carne secca Lona de linho de diversas qualidades para velas Lona de algodão de qualquer largura Fio do vela de varias qualidalos para coser sacco?, velas o lonas Xemos om aepoalto li;r<íClí:ilAI>OS e BA.RR^%.OAS de vax*io8 tnmanlios llii, Rua Primeiro de IVlarço, lU) RIO DE JANEIRO HOPKmS, CAUSER & HOPKINS IMPORTADORES DA CELEBRE RAÇA DE BADO INSLEZ ,,T11I!E> SHOItTHORIV** MacMnlsios para o falirico ie MaDteiga, Oieljo, GÉ e Latas DESNATADEIRAS „ALFA-LAVAL" MODELO 1908 CAPACIDADE 7OO LITROS POR HORA Arados e Machinas para a Lavoura 95, Rua Theophilo Ottoni, 95 20, Rua Moreira César, 20 RIO DE 'ANEIRO «• J->XO D'eL-RiT Formicida Pasdioif'^ ^rórneCoddr da Sodedãde Natíoiial dè Agricultara t3-"ÍL. ">G^^^x>C -^ É o maior amigo da lavoura o único quo tom prestado importantes serviços na extin- cção dos formigueiros o o único que apresentou roacs resultados nas experiências effectuadas por ordem do governo do Estado de S. Paulo, onde supplantou todas as marcas que concorreram a essa experiência o demonstrou praticamente ser o formicida „ PASCIIOAL " o mais enérgico destruidor das formiiras e mais económico 100*/, conforme o re- latório publicado por ordem do ' ; obteve primeiro logar Nas experiências effectuadas EM 8. PADLO governo do mesmo Estado. 0; Paschoal Va: Olero communica aos Srs. Lavradores que, de Tegrcsso da Europa, acaba de montar nocos apparelhos e que melhorou ainda mais o seu, formicida, que tão bons serviços tem prestado d Lavoura. A Sociedade Nacional de Agricultura poderá bem aitestar a boa qualidade do formicida pelo grande numero de latas que tem comprado para os seus associados ; assim como communica aos Srs. consumidores que tem todo o escrúpulo no enlatomento e que assume também inteira responsabilidade na medida das latas (quatro litros). Paschoal Vaz Otero ... ESCRIPTORIO Yõ^RÚÁ DÒ hospício, 75 0£ ,ifiHu3 a-iitiiol HXO £>S JÀS7SZXIO ''qu-jiiT fiuH ^àQ ti«-a»'u ijA< I 30 OIH Henry Rogers, Sons &• C, Limited Ei\liE\Uiím0S E COMSACTADOEES DE MACUIMSMOS PAEA fttAWEB I\DIISTEU 011 AUKICOLTUKâ Casa especml de insirumenios e m»ohÍMas para 8 lavoura ArsA-OOw e otJL'riVA.i>o]RJEí5s dos melhores íabncanles inglezes e americanos „ZSTEELLA" ..EALTi:" e maU maehloas de íazsr xaatelga • pssteiriíar o leite ESPECIALISTAS EK FIAÇÃO E TECELAQEM Únicos vendedores das cordas e fiação de HOWAKD & BULLUUGH Tetins e tecelagem de Henry Livesey Teares e tecelagem automáticos de Northrop ORÇAMENTOS. 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RIO I>E JA>«EIRO Rua do Ouvidor, 6i ALTO DA SERRA PETRÓPOLIS QUARTEIRÃO NÍNEIRO Estabelecimento de Floricultura e Horticultura Especialistas cm trabalhos artísticos e flores naturaes Sementes novas de Hortaliças e ^Flores Grandes culturas de Roseiras, Craveiros e outras plantas para jardins ^^i^^^í^^jfXXifú^jráf^ Pó da. Fersia Legitimo (Destraidor de insectos nocíToii) Embira, Etiquetas, Mel de abelha, Ovos de galllnha de raça, etc , ■ =í-^-o<-:-- ■ Telephone n. 1281 Endereço telegraphico Flora, Rio i< Estabelecimentos de Horticultara DOMINGO BASSO FUNDADOS EM 1863 Escriptorlo Central: SARANDI,319 — Montevideo. Endereço telegraphico : BASSORUM — Moatevidéo. E=tafehcim«te i «" *S* t» «s» «s» São indubitavelmente as MELHORES Arame farpado WAUKEGAN MARCA SE 11 nxais barato o nxals forte o rolo de 40 kilos mede 402 metros, ao pa8B0 qa(* am rolo de 40 kilos de arame com- mum mede aó 297 me- troB. A differeuca ex-a plica-se porque as farpas de WAUKEAN são feitas de arame da aço MEiA-cANNA. A farpa de meia cauua, além de ficar mais tirme no seu lo£;ar, pesa so metade das farpas redondas e a dif- ferença no peso resoita em beneficio da metragem. Ouldado oono. «s tuniiiixex-as falsiaoaQões que extatnm neste artigo oozu. £trz*a.njo Idezxtloo ao de Oat>eQ£L de índio Depositários :- HÃSSKCLEYER k C. Avenida Central — Rio de Janeiro FORMICIDA SULFURETO DE CARBOHO PURO O mais enérgi- co e poderoso des- truidor das for- migas. Fabricação es- merada e por pro- cessos modernos em apparelhos in- teiramente no- vos. Encontrasse nas principaes casas desta cidads FORMICIM GRAÇAS A ESTE ESPLENDIDO PREPA- RADO AS MINHAS COLHEITAS AUGMEN- TANl COMO POR <> ENCANTO O- MERINO & Fabrica Praia do Porto de luhauma. 42 e 4Jd Escpt R Ouvl.lnr l-il *i>t r-'n O annunclante offerece aos Srj. agricultores, ex- pontaneamente, o seu artigo pelos preços dos forne- cedores da Socie- dade de Agricul- tura. Fabrica: Praia do Porto de luhaúma ns. 42 e M 165, RUA DO OIJVIDOH Enxadas Marca OSIRIS xK ^N 'K ^t^ ^i^ >>■ *j^ «S» «k *s* ^ hruio n.i seu logar, pesa so metade das rari>a8 redondas e a dif-? \ f \' ' /'" fcreuça no poso rosolta em bme.iciu da metragem, Ouldadr» or»na as innumoras falslíloaçõos qiio e^clatnm nesttí artti$(> o >ixi urrutijo Idontio > a-> do OabeQix do Índio Depositários :- HASENDLEVER & C, Avenida Central — Rio de Janeiro Arados OLIVER Prémios obtidos: 32 medalhas de ouro le <» 'iiii -loeurn .' xiio:i -Íl}(/. (»1, 1 .KI-IoljiUIlMl - IIIJlii'; ./. j,J)ii;isi;'l 'A .........Jk Únicos Depositários para o Brasil Hasenclever & C. S. PAULO, Caixa 79 ' ii^ M .a..;i..:.-i ...... u, u,„u;í,..,jo ^,á „;j:Í^ÍO CE JAHEIEO, caixa ^míi Formicida SCHOMAKER Privilegiado pelo Governo Federal SFCS. F.VZENDEIROS: Vimos hoje, por csks coluiunas, olToreMir-vcs o formicida do nossa fabricação, garantindo-vos, ocnfornie contracto que firmamos com a Socicdido Nacional de Agricultura, que x-estitiiii-eiMO« em tlolbro a, sua, importância. a quem delle fizer uso e provar a sua ineficácia. Desde o inicio iio nossa fabri- cação temos fírav ido essa frarantia em nossas botija; s e :>té hojn não apparoceu uma única rei-laraação! li' este o molhur attcstado quo podemos olfert cer-vos ; pois so de facto olle não fosso iulYillivel não h.ivuria nii;lhor negocio do que com- prai o para depois provar a sua inofBcacia !!!... Nosso formicida vae concentrado em botijas d i litro o mdo ; di^solvcndo-o cm agua obtenise tlezeseis litros de formicida applicavol. Alóm disto não necessita de macliinismo alt'um para ser applicaio: é, poi-tanto, o iua.is l>arato. Nenhum perigo La em manojal-o : não 6 explosivo, não necessita de fogo, e não falha. Uma vez no formigueiro, começa elle iraraediataraente a gazeiticar-se. Seus gazes são venenosissimos e coriosivos, e como são mais pesados que o ar descera ás mais fundas panollas o enchem compbtaraento o formigueiro, conser- vando-se alli por mais do 60 dias, e o exting^iiciii i>ui'a sienii>i.-e. Nosso foruii 'ida tem sido experimentado publicamente o oflicialinentc, cora succe^sos inegnahiveis, per.inte muitas autoridades do paiz : Director. a de Agri- cultura do Kstado de Minas, Secretaria da Agrii:ultura do Estado de S. Paulo, Fazenda Modelo do Estado do Paraná, Syndicato Agrícola do Estado de Alagoas o numerosas camarás municipaes nesses o noutros Estuios da Federação. Não ha, portanto, género quo melhoi'es garantias offereça aos consumidores, SCIIOMAKEU & C. Agencia Fornecedora, Formicida Scliomalter RUA DA ALFANDEGA N. 08 — RIO Rua Josó Bonifácio n . 17 — S . Paulo HflttHád Ue(Í*í ftrSS The Bljmyer Iron Works Co. Cincinnati, Ohio, Estados Unidos da America ENaENHEIEOS, FUNDIDORES E MECHANIC03 JOGOS COMPLETOS DE MACHINAS DE QUALQUER CAPACIDADE Fabricantes de machinas modernas para Fazendas de Canna de Assucar, Café e Arroz O EMPREGO DE NOSSAS MACHINAS CONSTITUE, SÓ POR SI, UMA GARANTIA DE ÊXITO „IL.UZOIV« celebz-e niuoUiuii, tle desoasou,r, polir e separar A.RItOZ MACHINAS A VAPOR. CALDEIRAS PORTÁTEIS, FOLHAS E ACCESSORIOS!; MOTORES ANIMADOS, RODAS HYDRAULICAS, TURBINAS, ETC. Bnviamos gratia catálogos a quem os pedir. 3 Importante para os criadores de gado PRESERVATIVO CONTRA A FEBRE APHTOSA SALOXO « NA .11X11 » SAL ESPECIAL PARA GADO Preparado com o sal gomma húngaro, puro, com addicionamento de Oxydo de ferro vermelho e pós de losna ein pequenas porcentagens, torna-se o SALOXO um artigo de alto interesse para os criadores do gado bovino, lanígero ou cavallar, devido ás suas valiosas qualidades diettcticas, digestivas e purgativas. Adoptado cm muitos Postos Zootochnir^os Europêos Comprimido em blocos de 5 kilos ALGUNS PARECERES DE IMPORTANTES CRIADORES Fazenda do Lobo, Ponta Negra, 8 de Maio de 1909. Cumpre-me dizer-Ihes que o SALOXO de V. S. é poderoso nutridor do g-ado que o prefere ao sal communi ; auj^menta o leite, além de ser preservativo da febre APHTOSA, conforme experiência feita por mim na epidemia actual. As rezes que delle fizeram uso, antes e durante a epidemia, sofreram-na benignamente, sem cessar o leite das vaccas paridas. Estou certo que o t;ado sempre salitrado com o SALOXO de V. S. será preser vado da fkhrk aphtosa que, de ha annos a esta parte, tem dado consideráveis prejui zos á industria pastoril. Alfredo Ferreira de Mello, (Fazendeiro e criador). F-Mffueira 10 de Maio de 1909. Tenho o prazer de communicar-vos que o S.ALí^XO aplicado ao gado vaccura, em minha fazenda, tem produzido excelleiítc resultado. Observo que devido a esse e.xccllente tónico o meu frado está se nutrindo melhor e aparenta melhor aspecto. Accresce que se pode collocar os blocos de sal em qualquer lugar, nos campos mesmo desabrigados das chu\as que se conservam sém se disol- verem. Francisco Soares Gouvea. Para encommendas e mais informações com: Rombauer & Comp. Rua Visconde de Inhaúma n. 84 CAIXA 36ÍÍ •)■ 1^ •)■ li- •)■ Arados de todos os systemas Cultivadores e Instrumentos i% i% i% i% ^ DOS FABRICANTES DEERE «i G. "" MOLINE,— LL. Desnatadeiras ''Mundus j> CS» i)e^i\àtà, 40 litfo^ tie leite foi' l\oi'k ff-^j-sra ^^ Custei kj)ei)à^ t>'"^ ^"tí Pôde ser movida por uma creança. O "MUNDUS" é um separador perfeito era todas as suas minudencias, seu manejo é simples e a duração é igual á das melhores desnatadeiras até hoje conhecidas. Devido á sua construcção especial, o seu peso importa apenas em 5 kilos. Herm. 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U. da America) pelas excellenles qualidades de Café recebido d<'. seus committentes que e\puzei'am T^XO IDE T-^:>TEXI^O Il«IT»OB.TA.IDOTí.ES Com sortimento completo de ferragem e aimarinho ..,gj_^ Eléctrica 67, RUA GENERAL CAMARÁ. 67 RIO DE JANEIRO Arame farpado „ Eléctrica " ^^/i^?^^3àv de qualidade iosuperavel Sem rival Peso liquido 38 Y\k Comprimento 40? metros Garantidos Preço sem competência Enxada "Sol" Fabricada do melhor ^1 ^ aÇ(. 'Dg-lez. '_^tf jU > Superior a qualquer /^ Wk P^ outra marca / ^«fe' r '^ \ pela excellente qualidade. [ • --,. i Quem usar uma vez Y \ é freguez para sempre | È^^.^ lttÀ:ÍJÍ'fc-i_ ^^^rti.jjtfc 12 CASA ESPECIAL EE HORraULTlIRA RIO DE JANEIRO fi O Grande sortimento de sementes novas de hortaliças, de flores, de plantas para agricultura, etc. GRANDE SORTIMENTO DE FERRAGENS, UTENSÍLIOS E OBJECTOS PARA TODOS OS MISTERES DE JARDINAGEM fialolas, aUmento para passares, pó áa Fersla e ehá ia Iniia (Bam LaVsj GRAM OFFICINA DE TRABALHOS EM FLORES NATURAES Cestas, ramos a grinaldas feitas cem aparado gosto, para casamentos, ^lalles, fastas, enterros, finados, etc, enearregam-se de crnamentações para mesas de Jantar, festas, salões, banqnetes, rnas, eto. CHÁCARAS DE CULTORA DE PLANTAS Rua Haddock Lobo, 122 Rua Barão de Petrópolis, 3 (Orchideas e plantas finas) CULTORA DE FLORES RETIRO— PETRÓPOLIS DEPÓSITOS aE&ÂES D& FLáKTâS Eickhoff, Carnsiro Lsão & C, ^^Sl^ FLOMA ©clilick & Cornp. RIO 1>E ,lA.TVKIFe<> Rua (lo Ouvidor, 6i ALTO DA SERRA PETRÓPOLIS QOARTEieÀO Nl^ElRO Estabelecimento de Floricultura e Horticultura Especialistas em trabalhos artisticos e flores naturaes Weinentes novas d© ílortalicas e Flores Grandes culturas de Roseiras, Craveiros e outras plantas para jardins mf.A^,'^l^^Jt-Jim'^^^líf,íf^á''-mr Pó da Pérsia. Legitimo (Destruidiir ItOSI»ECTOS A. FREDERICO KUNZLER & C, GJ^S^A. STJISS.A. 58 Rua da Assembléa 58 RIO DE JANEIRO Estabelecimento de Plantas Grande variedade de arvores fructi- feras nacionaes e extrangeiras, arvo- res de sombra e ornamentação, por preços baratíssi- mos. CASCADURA Rna Nova de D. Feèo, 31 Especialidade em enxertos de laran- jeiras, tem sem- pre de 10 a 12 mil pés, e acondicio- namento, despa- cho e plantações para toaos os Es- tados do Brazil. CASCADURA Rua do CaiDpinbo, ' Alfrido da Silva MlmQ AS CAIXAS ECONÓMICAS B 9L j^re dito Agrícola PKLO DR. 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VIALA 4 te Inspecteur General de la Viticulture, i/^ te Professeur de Viticulture á Tlnstitut National Agronomique j/t l SERYIGES (;RATÚITS SPEGIAUX § ^ POUR LES ABOiNNÉS J 2 -^«€— j " La REVUE parait tons les JEUDIS et publie de nombrenses figures et planches en conleur 'J te v^^^ j* «í UN AN:l>. líi-RErOUVHK ADOMICILE:I:í :r.S{O-i;M0Nr0STAI,E;IW fr. ^J li ■ A 2 DN "NUMERO SPECIMEN" EST ENVOIE GRATUITEMENT SUR DEMANDE ij« te BUREAUX. 35 Boulevard Saint-Micliel — PARIS (V« arr*) Jj Fondé en 1901 râgrlciltire pratipe de§ Pâp chauds publiée SOUS la Dircction de rinspecteur Géni'ral de rAgriciilluie des Colonics françaiscs Ètudcs et mémoires sur les Cultures et TÉlevage des pays tropicaux, Arlicles et notes inédits.— Documents ofiRciels.— Rapports de missions, etc. av€c figures et photograpliies. Um numero de 88 pages patait tons íes móis CHAQUE ANNÉE DEUX VOLUMES OE 500 PAGES ABONNEMENT ANNUEL ( Union postalc ) 20 FRANCS AuGUSTiN CHALLAMEL, Editeur, 17, ruc Jacob, PARIS 20 ^(^ g^ ^7=i. ^^ ^t^ ^■'.■'^ ^■S' 4^ m^ SS> i^ i^ £Sd ÍS^ São indiibitavelmente ^LHORBS ,/>^/'v/x/'x/x/s.rxr Arame farpado WAUKEGAN MARCA w%m ^ 11 plica-se porque as aa aço ueia-canna tirme no sea legar ferouçi no poso res O mata barato e o rauiiK Torto pa>'i* ooroa o rôIo de 40 kilos mede 408 metros, ao passo qui^ n;n rolo de 40 kilos de arame cora- mum m^ide só 297 me- tros. A difleronça ex- farpas de WAUKEGAN são feitas de arame .. A farpa de meia canna, além d« ficar mais , pesa sõ melade das larpas redondas e a dif- ;iuta «m b;aeiicio da metragem. WAUKEGAN CHIEF. Ouldad.o oom. a« Innumeras fal*9tnoctQ5efl que exilstem. neste ttrttgo o^nx arranjo Identloo a 3 de Oabega de índio Dgpositariojs : - HÃSENCLSY2R k D. Avenida Central — Rio de Janeiro 81 Arados OLIVER Prémios obtidos: 32 medalhas de ouro Únicos Depositários para o Brasil Hasenclever & C. S. PAULO, Caixa 79 RIO DB JAHHIRO, caixa 745 Formicida SCHOMAKEE Privilegiado pelo Governo Federal Vimos hoje, por estas columnas, offerecer-vos o formicida do nossa fabricação, garantindo-vos, conformn conti-aclo que firmamos com a Sociod ido Nacional de Agricultura, que i-estitiiii-enios em cIol>i'o a, sua- importanoia, a quem delle flzei" uso o provar a sua ineílicacia. Dnsdo o inicio >lo nossa fabri- cação temos gravado essa garantia em nossas botijus e até hojo não apparoceu uma n nica reclamação ! K' este o molliorattostaio quo podemos offerecer-vos; pois so de facto elle não fosse in.í'a,Hi-vel não haveria melhor negocio do que com- pralo para depois provar a bua inufflcacia ! ! I . . . Nosso formicida vae concentrado em botijas d i litro e m io ; iii, asala pelos Srs» I^endelros cm encerados para lavoura, com os mais valiosos attestados Caixa do Correio, 1081 CÓDIGOS : o SIBESOb Sth. Edition A. B. C. A. I. 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"v^ mictherot Afn'IG0,63 ^ iJtíriíU£DpniMEí!^n LUGARtiAS LXPlrjLnaAT^ CFFfC-njALV.:> °Ofí DRD£M DO GCVEntlO D£ ^^ MUtO o UHICO OUt o JURY CONCCOCU MIDALHH D£ OURO NA CXPOSICÁO fUCWflAL Oí OOS COMO CONSTA NO «IjIARIO OrKICIAL» Dl! II HE 1>E2E.\U1R0 DE 1(^)8 O maior amigo da lavoura e único quo tem prestado importantes serviços na extincção dos formigueiros e o único que apresentou reaes resultados nas expo- riencia'* eíTectuadas por oxvlera do governo do Estado de S. Paul", onde snppl mtou todas as marcas que concorreram a essa experiência, e .lemoiistrou praticamente 8cr o Formicida, l?a,schoa,l o mais enérgico destruidor das formigas o mais económico 100 % conforme o roliitorio publicado por ord^ni do governo do do mesmo Kst idj. Contra factos não ha argumentos o Foi-Miicifla, Pasclioal foi o único premiado com a IHE- OA-IjHA. 1>E OXJR.O na Exposição Nacional de ]9i)8; foi o pn^ferido pela Sociedade Nacional de Agricaltura desde 1905 para fornecer aos seus sócios, conseguindo a SoíieJade, do Sr. Paschoal Vaz Otero, vantagens ospeciaes do qne gozam os seus sócios. A Sociedade não tem tido reclamações contra o Fonuicida, r*as- clioal, que 6 um producto do primoií-a ordem e a prova está no grande numero do latas que temos foruecido e que nos autoriza a alHrmar o quo acima expomos. A Sociedade forneie o Formicida Paeclioal pelo preço da fabrica. Além de ser já muito conhecida esta marca do Formicida, o Fabricante e Pro- prietário previno aos Srs. consumidores quo tem todo o escrúpulo no acondiciona- mento, o qual 6 feito era latas de quatro litros, o que não acontece com outras marcas em que a medida não é exacta. Os Srs. Lavradores podem fazer os pedid s á Sociedade Nacional de Agricultura 108, Rua da Airand'?ga, 108 Paschoal Vaz Otero ESCRIPTORIO 15, BUA DO hospício, 76 Henry Rogers, Sons &* C, Limited EKUE.\HlílKU8 E CUNTEACTADuIíES DE Ilil'HIMis)l08 PAEA (tlALaiEB iAUUSTElA UC AtíBJCULTCSA Casa especia' de instrumentos e machinas para a lavoura A.toi*ií:f^ dos melhores fabricantes inglezes e amemcanos ..ESTESLLA" „BaLTI3" • maU maehlnaa le tazer maatslga t pasteulMr o Ult* S3FSCIALISTAS Eli riAÇAO E TECELÂSEM Únicos vendedores das cordas e fiação de HOW AHD & BULLOUGH Teares e tecelbgein de Henry Liveaey Teares e tecelagem automáticos de Northrop ORÇAMENTOS, PUNTAS E TODAS AS INFORMAÇÕES 85, RUA VISCONDE DE INHAÚMA, 85 17 A, RUA DA QUITANDA, 17 A RIO 08 JANEIRO S. PAULO E PREMIADO COM MEDALHA NA EXPOSIÇÃO DE FLORES DE 1903 BSPECIAUDADB SM BOSBIMS, CAMBUAS, BTC» Grande sortimento de planteis nacionaes e extrangeiras, arvores fructiferas e de ornamento. 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U. da America) pelas excellentes qualidades de Café recebido de seus committenles, que expuzeram I^IO IDE T-^3^EII^O 1.1 LS) lyi m^^ Il«.CE»OItTAJDOT*.ESS Oom soirtimento completo de ferragem e ai-rUíirinlio Eléctrica 67, RUA GENERAL CAMARÁ, 67 '^mm RIO DE JANEIRO ^^^|^>^ Arame farpado „ Eléctrica" ^j de qualidade Insuperável Sem rha! Peso liquido 38 Idios Comprimento \U mim Garantidos Preçfi seiD competência Enxada "Soi" Fabricada do melhor aço inglez. Superior a qualquer outra marca pela exoellente qualidade. Quem usar uma vez é freguez para sempre ^ CASái FLOHá , -.«j^-^ -^-B"^ -^"B^ Sclilick & Cortip. RIO r>E JANEIRO Rua do Ouvidor, 6i ALTO DA SERRA PETRÓPOLIS QnARTEIRÃO MINEIRO Estabelecimento de Floricultura e Horticultura Especialistas em trabalhos artísticos e flores naturaes Sementes iio'vas de Hortaliça.^ e Palores Grandes culturas de Roseiras, Craveiros e outras plantas para jardins Pó da Pérsia Legitimo Fa.ra,sitol (Destruidor de insectos nocvos) Embira, Etiquetas, Mel de abelha. Ovos de gallinha de raça, etc . ^^-Ofrs* Telephone n. 1281 Endereço telegraphico Flora, Rio 14 CASA ESPECIAL DE HORTICOLTI RIO DE JANEIRO 1 fel 9 6 O S o u Grande sortimento de sementes novas de hortaliças, de flores, de plantas para agricultura, eto. GRANDE SORTIIÍENTO DE FERRAPrENS, UTENSÍLIOS E OBJECTOS PARA TODOS OS MISTERES DE JARDINAGEM aalelas, sllmsnto vtrt easssroB, pá d* Terile e eh» da Iná]a (Sa» ttVs) GRAPE OFFICINA DE TRABALHOS EM FLORES NATIIRAES Castas, ramns a grinaldas faltai oon aprirade steito, para oasamsntos, Viallas. fsstai, enterrai, flnaiei, atOi, anoarregam-sa d» ornamectaçõsi para maias da Jantar, fastas, salõas, Ijanqnotai, raai, eto. CHÁCARAS DE CULTURA DE PLANTAS Rua Haddock Lobo, 122 Rua Barão de Petrópolis, 3 (Orchideas e plantas finas) CULTURA DE FLORES •RETIRO PETRÓPOLIS SBFOsrroa oesaes de plâittas ÍITTA. ST3TST A.I30K. JDJ^lOS A : — Em todas as experiências a que a « TUBULAR » (em sido submettida em confronto com outras machinas o resultado de rendimento tem sido SEMPRE muito maior que as suas compe- tidoras . O fazendeiro ou industrial deve ter sempre em mente que uma pequena partícula de manteiga perdida diariamente representa ao fim do anno bastante dinheiro ! . . . ECOTVOMilCA E DURA-VEiL., porque não tendo peças interiores em sua peça giratória e por não girar sobre um eixo excên- trico em um centro de gravidade as suas engrenagens não estão sujeitas a gastar-se. A cTubular» é garantida em todos os seus detalhes. 15 a 16.000 rotações por minuto ! Tem sempre em stock tudo que se destina á Industria de lacticínios, Caitalog-oe, orçamentos, etc. — g-ratie H. BLUNT & C- ^^^ THEOPHILO OTTONI N. 85. Oaixa do Correio, 099 ^^^^^^^^^^ Rio de Janeiro ARADO "WIARD REVERSÍVEL" '^'^&^ ^^' '.a»^ f^ouéo mài^ éu^tà que o ktado (íoii)rL\uiii e ^^ çoiità^ são de íefro e^fi^iàdo polido- Virà-^e à i^oiità éoir| o |"»é. S<^te kt^àdo iàuí^ou vei^dàdeiro er\tl\iisià^ii)o er\ti'e o^ ^i% S^i'icultoi'e^ quQ vi^ilài'àin à í{xpo- ^i^ão eii] Sello âoi'i^oT\te e ten|o^ àtte^tàdo^ de tiÍYeií^o^ i\e^te ^ei\tido. Únicos agentes e depositários Dixon á cr 63, Avenida Central, 63 RIO DE JANEIRO 18 o Pi o -< PI m CD O CD O O ta Cd o» •S ta A' LAVOURA FORiVIlClOA BBAZILEIRO Analysado no Instituto Agronómico do Estado de S. Paulo e reconhecido um dos melhores Formicidas. Pedidos aos Fabricantes MARCA RFRISTRADA Prsmiaío ia Eiposícão Nacional ie 1908 ALVES MiGMlES & G' RUA DE S. PEDRO 91. SOBRADO RIO DE JANEIRO - BRAZIL Como se lê acima, o nosso Formicida foi sabmettidj á única prova possivel para jul^jar da sua suparioridale, analyse chimica que transcrevemos abaixo. Não ae i Iludam os Srs. Consumidores, pois além da aaalyse que attesta a superioridade do Formicida Brazilerro a sua antiguidade é um attestado bem eloquente. As nossas latas são de 4 litros ou 5 kilos. Quer em preços, quer em qualidade não tememos a coacurrenoia. Queira pois dar-nos suas ordens ou procurar o nosso Formicida, nas principaes casai. ATsTALYSE Instituto Agronómico do Estado de S. Paulo -"i^ N. 835 ►^5*- OBJECTO — FOHMICIDA -rtj^DEgSí- f Alves Magalhães & Comp. 100 de Formicida contém em dissolução 2,505 g. de enxoflre, O resto é sulphureto de carbono quasi puro. É um dos melhores Formicidas existentes no mercado. # miecio^, ^i. J. y. f)àfei't a CO CO >— < ^X o •-< o- vx CD CL, <» ta Dl "Tá CD N. B. — A 30 dias fazem os preç(^ da Sociedade Nacional de Agricultura 1» -iUlili IíLMjLLvui] uo '€. €ie. 'eum CO w >^ CO c C/5 £ z S :z o << N o >-» cu o O s: Um o Q Esta vacfina applicada contra a Peste da Manqueira (carbúnculo symptomalico) durante o longo espaço de 18 annos, nos Estados de Minas, Bahia, Maranhão e Rio de Janeiro, produziu sempre os melhores resultados, fazendo baixar o numero dos animaes atacados de 35 */• a l°/o- Estes re!=uUados teem siJo attestados por numerosos criadores das zonas atacadas pela Peste, podendo-se calcular o beneficio auferido, no espaço de 18 annos, pela industria pecuária do Brazil com o emprego dessa vaccina, em cerra de 16 mil conto de réis. Ella tem sobre todas as vaccinas fluidas, empregadas para o mesmo fim, a vantagem de não se alterar e conservar-se por longo temp3 sagaro e indispensável para a S yÍia&a?aS e Mm laV^d^rp^rreTr/enoT""^'"""- ^ S = 5 ^ yiíll, ' I " ''^^''á redigi lo por um escolhido corpo de iA 5 LnlClfâiS S DllWllIS " '*"=^° '-sP^cjaUsta da matéria e t^rão, ^ •tt VilMlHIMIl • MKIlllWSla po.s. grande valor os artigoí e ron^ielbos M J^ . de cBoriptores brasileiros de reconhecida i^ ^ competência. ^Ç 1^ jpfii I I PI acceita a collahoração de lodos, nem ^ kí uilSiC9ifSi& S GliiãtSíSS Preiíisa r -com mendação especial para ser jA •S VUHIWslWlt • «jlllnlHB» colliibjrador literário ou photographico, ^ 9Sf quereulo esta nova e brilliante revista jS 2^ aproveitar da expeueucia di cada UJU, para qie seja ut:l a todos. ^ ? Chã,[lirâ.2 t DUiUllSS solicita alé artigos, photographiase toda «J ^ «lIffSRlI UJII • WHIIIIWB» collaboraçao dos seus leitores. » " ppn I I IP será sem duvida a mais pratica, a mais ^ r^ ffin ■ l " * auviaa a mais praica, a mais r^ •f LmS/flS E Gul^llÊS completa e a mais barati de todas as pu- «| ^ VilWsHlNM • WWIJieBia blicaçjes populares agrícolas brasileiras. S» ^ — — J íí? O priin2Í:o vcluTne sahirá no dia 15 de Oatubro p. y. A ^ A assignatura para o anno de lOlo é de dez mil réis, ^ 2 pagamento adeantado. i» 2 Enxiar hoje um vale de dez mil réis para a assignatura do J «í anno de iq IO e para receber de graça o volume que será publicado A \í( em outubro. «^ I» Toda a correspondência deverá ser enviada ao editor de j/^ isí «Chácaras e Quintaes» A Ç Conde Amadeu A Barbiellini § ^ Rua José Bonifácio, 17 — S. Paulo j|| ^ A tiragem do primeiro num^ero será de 20.030 exemplares A Lri&. XXi^^\ZSSaw ^gX-Q, ^zy.-rfranftff "^auX ^ ^^m^P'^ >«t.'^^'s>x^ X^.-jty "W Rio de Janeiro — Avenida Central n. 20 CASA. FILIA.il, em S. I» ATILO Oflicinas em. Jundialiy A-gencias enx S. Joíio cl'Ji;i-3^ey e Campos Tem sempre em deposito motores de todos os systemas para a Lavoura e a Industria, a saber ; Machinas a vapor fixas, semi-fixas ou locomoveis, dos afamados fabricantes Marshall Sons & C°.; da Inglaterra. Motores a gaz pobre, gaz commum, kerozene, gazolina, etc, da acreditada fabrici iugleza The National Ga.: Engine C. Rodas de agua, inteiramente de ferro galvanisado ou ferragens para construcção de rodas de madeira. Turbinas hydraulicas, horizontaes e verticaes, dos mais reputados fabricantes. Manejos para animaes, dns t5'pos mais moderno^i. Moinhos de vento aperfeiçoados, para movimento de bombas e pequenas machinas ogricolas. Motores eléctricos e dynemos da conceituada fabrica «Conz» bem como todo o material para inslallações eléctricas de força e luz. Catálogos, informações, eLc, a quem consultar, citando esta REVISTA Cura da Febre Aphíosa -- »'€S;^f^ O Bálsamo anti-aphtoso Kób cura em 4 dias, evitando a perda do leite, a queda dos cascos e a perda no peso dos animaes. FREOERiCO KONZLER & C. CJ^SJ^ SXJISS.A. 58, !Rua da Assembléa, 58 RIO DS JANEIRO 23 JOURNAL DAGRICULTURE TROPICALE fondé par J. VILBOUCHEVITCH 164, ESue Jeanne cl'-A.rc prolongée, I*a,ris (3CII1®> Aboiínements partant du i" janvier : Un a:t, 20 francs A Rio de Janeiro : Librairie Alves & Comp, Le JOURNAL D'AGRICULTURE TROPICALE, mensuel, illustré, s'occupe de toutes les questioas d'actualité qui peuvent intéresser les agriculteurs des pays chauds. II donne tous les móis une quinzaine d'articles inédits et une revue complete des publications nouvelles (quatre pages de petit-texta). La partie commerciale, tròs déve- lopée, est intelligible pour tout le monde et toujours interessante. Nombreux coliabora- teurs dans les colonies françaises, anglaises et hollandaiscs, ainsi qu'en Australie et dans les deux Amériques. — Articles in6Jits sur Ies'cultures potagères et les fruits, dans chaque numero. Collaboration spéciale sur les insectes nuisibles. rVuméi*o specimen. gr-atis sur demande aríete hidráulico "S3z:f':e" TIRA AGUA USANDO DE FORÇA FORNECIDA POR AGUA Tira agua continuamente e automa- !1 ^S NOSSAS ESPECIALIDADES ticamente. :i „ . T" , . . ! Ekjuipagrem e montagem completa de Tem uma capacidade de 4.000.000 de i systemas para tirar agTia em casas de campo, litros por dia. !| Não tem partes que se gastem, exce- '' Aqueductos para cidades, instituições ptuando as válvulas. e tanques para es- , ; tradas de ferro. A efiSciencia d'este aríete é mais ele- j, Yada que a de qualquer outra machina . Tem sempre dado 60 a 90 % em provas 'f Machinas grandes para irrigação. repetidas Opera debaixo de 18 a 50 pés de queda. | Catálogos e esti- Eleva a agua á altura de 30 pés ji "^^^^^ f!! n^^m ^ , , , .,. . !; respondencia em por cada pé de queda uUlizado, !: pQj.[uguez. até uma elevação máxima de 500 ;; pés. S Catálogos e es- i timativas fornecidos ;< p-atuitamente. -►«gSSi*- RIFE IIYDRAULIG ENGINE CO., 2710 Trinity Building, New York Citt Agtntts: Rio d. Jandro - Hampshlre & Co., r. dl Candelarl», 17 - S. Paulo, r. d» Qoltand», 6 S4 Estabelecimento de Plantas Grande variedade de arvores fructi- feras nacionacs e extrangeiras, arvo- res de sombra e omamentação, por preços baratissi- mos. CASCADURá M de D. Pedro, 37 IIIrtdQ ia ei Especialidade em enxertos de laran- jeiras, tem sem- pre de IO a 12 mil pés, e acondicio- namento, despa- cho e plantações para todos os Es- tados do Brazil. CASCADURÁ ^^ Rua do Campinlio, 101 ARENS & C. Rio de Janeiro — Avenida Central n. 20 C-é.SA FILIAL EIMC S. I>AXJLO OíIiciiia,s eiu. Jundialiy Agencias em S. João cl'El-Iíey e Campos Tem sempre em deposito grande variedade de instrumentos agrários como sejam : Arados de um ou mais discos, reversíveis e fixos, arados de uma ou mais aivecas, reversíveis e fixos, arados sulcadores, bico de pato e outros typos para canna, milho, etc; cultivadores de discos e de dentes ; cepinadores de discos e de dentes ; grades de discos e de dentes tixos ou moveis ; qt^ebradores de torrões, de anneis lisos e dentados; semeadores para algodSo, milho, feijão, etc; arrancadores de batatas, automóveis agrícolas, etc. Catálogos e inforirações a quem consultar, citanao esta REVISTA 25 AS CAIXAS ECONÓMICAS R 0_ Cr e dito A grí c ola PELO DR. ALFREDO ROCHA -«€Í PREÇO lOSOOO 1^- A' venda em todas as livrarias do RIO OE JANEIRO e S. PAULO GBÂNDE DEPOSITO DE PLANTAS -^ ' " "^ Variado sortimento de plantas de todas as qualidades, para POMARES E JARDINS ^ Luiz António Gomes Apromptam-se bouquets para baptisados e casamentos^ com a máxima brevidade e por preços baratíssimos 41- RUA DR. BULHÕES - 41 = ENGENHO DE DENTRO 2S JLK,EIsrS Grades de discos de ponls, Ancinhos uo rodas e Cortadores mecânicos especiacs para alfafa OSCAR TAVES & C RIO DE JANEIRO :3C3oeí^xs:. Rio de Janeiro — Avenida Central n. 20 Oflicinas em Jiincllaliy i^genclan em (^> Jotia d'KI-Rey e Campos Tem, sompro em deposito grande variedade de machinas e artigos para a Lavoura c a Industria como sejam : Mochinismos completos para beneficiomento, torrefacção e moa- gem do café ; mechinismos completos para a cultura e beneficiamento do arroz ; machmismos completos para a cultura e beneficiamento do milho ; moendas para canna, movidas a motor, animal ou á mão ; turbinas para assucar, taclias, alambiques, etc. ; machinismos com- pletos para fabricação de farinha ; mochinas para picar fumo, ferra- dores para fumo, etc, machinismos completos para serrarias, carpin- tarias, marcenarias, etc; machinismos completos para ferrarias e officinas mecânicas, funilarias, etc; trilhos, vagonetes, gyradores e todo o material para vias férreos ; cimento marca «Águia Universal», metal deployé e todo o material para construcção de cimento ar- mado ; bombas, burrinhas, belieiros, pulsometros, canos de ferro gal- vaiiisado, connexões e todo o material necessário ao abastecimento de agua ; guinchos, talhas patente, guindastes, etc; óleos, graxas, estopas, etc. Catálogos c informações^ a quem consultar, citando esta HEVISTA FOnMíCíDA «MERIXO- SULFURETO ES CARBOIÍQ PURO O mais enérgi- co e poderoso des- truidor d IS for- migas. Fabricação es- m.erada 3 por pro- cessos modernos em apparalhos in- teiramente no- vos. nas prínoipaas casas d2sta ciáaã3 FQR,¥.IC!Q GRAÇAS A ESTE ESPLEHOIDO PREPA- RADO AS MINHAS COLHEITAS AUQKEH- TAM COÍilO POU i"o í* sua. imp!>rta,noia. a quem delle fizer uso e provar a sua inellicacia. Dosdo o inicio ilo nossa fabi-i- cação tomos f;rav ido essa ícarantia em nossas botijas e nté hojo não apparoceu uma única reclamação! E' esto o raollur attnstalo quo podemos olTtírecer-vos ; pois so do facto ellc não fosso inOaUivel não haveria melhor negocio do q>i3 cora- pral-o para depois provar a sua inefflcacia ! ! !. . . Nosso formicida vao concentrado era b itijas d ! litro e m io ; dissolvomlo-o em agua obtomse tlezeseis litros do formicida appl:cavel. Alírn disto não necessita do machinismo algum para ser applicado: é, portanto, o ina,i!3 toa. rato. Nenhum perigo ha em manejal-o : não é explosivo, não nuccísita de fogo e não falha. Uma vez no formigueiro, começa olle immediatameute a gazei ficar- se. Seus gazes são veueuosissinios e corrosivos, e como são mais pesados quo o ar descem ás mais fundas panellas o eDcliem compl 'tameuto o foimigueiro, conser- vaudose alli por mais de 6) dias, e o extinsiiein i>;ira soinpre. Nosso foriui ;ida tem sido experimentado publu-ara.mto o ofiieialmente, com successos inegualaveis, perante muitas autoridades do paiz : Directoria de Agri- cultura do listado de Minas, Secretaria da Agricultura do Estado de S. Paulo, Fazenda Modelo do Estado do Paraná, Syndicato Agrícola do Estado de Alagoas e numerosas camarás mueicipaes nesses e noutros lisfcidos da Federação. Não ha, portanto, género quo melhores garantias oflforoça aos consumidores. SCHOMAKER & C. A.g'enoia Fornecedora Formicida Soliomalcer RUA DA ALFANDEGA N. 08 — RIO Rua José Bonifácio n. 17 — S, Paulo i Uiii iitu ií Apito Rrasfssfsis: The Blymyer Iron Works Co. Cincinnati, Ohio, Estados Unidos da America EíiaENESIEOS, FUNDIDOSES E MEOEANICOS JOGOS COMPLETOS DE MACHINAS DE QUALQUER CAPACIDADE Fabricantes de machinas modernas para Fazendas de Canna de Assucar, Café e Arroz O EMPREGO DE NOSSAS MACHINAS CONSTITUE, SÓ POR SI, UMA GARANTIA DE ÊXITO jjHJZOlV** celel>re maolxina. tle desoasoar, polir- e sepaz-ax* A.IfROZ MACHINAS A VAPOR, CALDEIRAS PORTÁTEIS, FOLHAS E ACCESSORIOS ; MOTORES ANIMADOS. RODAS HYDRAULICAS, TURBINAS, ETC. Enviamos grátis catálogos a quem os pedir. 8 Importante para os criadores ds gado PRESERVATIVO CONTRA A FEBRE APHTOSA » SALOXO * SAL ESPECIAL PARA GADO preparado com o sal gcmraa húngaro, puro, com addicionamonto do oxydo do ferro vorm.olho o pós do losna em pequenas porcentagens, torna-se o SALOXO um artigo de alto interesse para os criadores do gado hovino, lanigero ou cavallar, devido ás suas valiosas qualidades dietéticas, digestivas e purgativas. Adoptado em muitos Postos Zootechnicos Europcos T7"ei:id.e-se Comorimido em blocos de 5 kilos ALGUNS PARECERES DE IMPORTANTES CRIADORES Fazenda do Lobo, Ponta Negra, 8 de Maio de 1909. Cumpre-me dizer-lhes que o SALOXO de V. S. é poderoso nutridor do gado que A prefere ao xil comraum ; au^menta o leite, além ae ser preservativo da febre OPHTOSA, conforme experiência feita por mim na epidemia actual. As rezes que delie fizeram uso, antes e durante a epidemia, sofTreram-na benignamente, sem cessar 0 leite das vaccas paridas. Estou certo que o gado sempre salitrado cora o SALOXO de V. S. será preser- vado da FEBRE APHTOSA que, de ha annos a esta parte, tem dado consideráveis prejuí- zos á industria pastoril. Alfredo Ferreira de Mello, (Fazendeiro e criador). Figueira, 10 de Maio de iqog. Tenho o prazer de communicar-vos que o SALOXO applicado ao gado vaccum, em minha fazenda, tem produzido excellente resultado. Obseno que devido a esse excellente tónico o meu gado está se nutrindo melhor e apparenta mellior aspecto. Accresce que se pode collocar os blocos de sal em qualquer lugar, nos campos mesmo desabrigados das chuvas que se conservam sem se dissol- verem. Francisco Soares Gouvea. Para encommendas e mais informações com: Rombauer & Comp. Rua Visconde de Inhaúma n. 84 liio id:eí j"uAL.isrEii?,o f)^ •> t^ 1^ f)^ Arados de todos os systemas Cultivadores e Instrumentos -(1 -(f -C® ■(§ ■(• DOS FABRICANTES DEERE li: C" MOLINE," LL: Desnatadeiras "Mundus" jíiíCL_2ííílS f)e,^i|àtà 40 litío^ de leite ^^^ Cii^tà àfei^à^ f{^. 45$ooo! ^"^—55^ ^^ Pôde ser movida por uma creança. O "MUNDUS" é um separador perfeito era todas as suas minudencias, seu manejo é simples e a duração é igual á das melhores desnatadeiras até hoje conhecidas. Devido á sua construcção especial, o seu peso importa apenas em 5 kilos. XTxxloos XTex>i^e, usada pelos Srs» fazendeiros em encerados para lavoura, com 03 mais valiosos attestados Caixa do Correio, 1081 CÓDIGOS : aSIBi;i50i> 5th. Edition A. B.C. A. I. Eííereço TelesrapMco: „SASS0L1N0" ''- TELEPHONE N. 3O4I Barraca typo — .. Ferro Carril » Fornecedores de ENCERADOS para wagons e BARRACAS para todas as estradas de ferro (infeccionamos encerados e barracas de qualquer tamanlio CABOS E CORDAS DE PRIMEIRA QUALIDADE Cairo, alcatroado, liabo, merlim, corda de Nova Zelândia para carne secca Lona de linho de diversas qualidades para valas Lona de algodão de qualquer largura Fio de vela de varias qualidades para coser saccos, velas e lonas Temos em deposito EIVO teu A.r>OS e BA.JRR^^O^S j..P'. Ena CoEíe de lm\\ 415 portSo vermelho &J3 BIO X>ir jrj^ss-i^rmo DIAS GARCIA & C. 41, Rua General Camará, 43 Importadores em grande escala de Louças de ferro, Ferragens, Tintas, Óleos, Cimento, Canas de ferro c de dmmbo para agua e gaz. Telhas zincadas. 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U. da America) pelas excellenlos qualidades de Café recebido de seus committenles, que expuzeram T^XO IDE T-^InTEXISO 11 Com sortimento completo de ferragem e armarinho ,,_ Eléctrica 67, RUA GENERAL CAMARÁ, 67 RIO DE JANEIRO Arame farpado „ Eléctrica" de qualidade' Insuperável Sem ílval Peso liquido 38 lillot Comprimento 40? metros Garantidos Preço sem competência Enxada "Sol" Fabricada do melhor aço inglez. Superior a qualquer outra marca pela excellente qualidade. 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KIO OE JA-IVEIItO Rua do Ouvidor, 6i ALTO DA SERRA PETRÓPOLIS PRTEIEÃO MINEIRO Estabelecimento de Floricultura e Horticultura Especialistas cia traltalhos artisticos o flores naturaes Sseiuenteis no^as de liorta^licas e Palores * Grandes culturas de Roseiras, Craveiros e outras plantass para jardins *^í^í^í/^^jf!^^úf^j^yú>i Pó da Fersia Legitimo {Destruidor de insectos nocvos) Embira, Etiquetas, Mel de abelha, Ovos de gallinha de raça, etc , -;;<-o^j= Telephone n. 1281 Endereço telegraphico Flora, Rio Estabelecimentos de Horticultura DOMINGO BÂSSO FUNDADOS EM 1868 Escriptorio Central: SARANDI,319 — Montevideo. Endereço telegraphico : BASSORUiM — Montevideo. Estabelecimentos í ^^ ^olon e Sayago (Uep. 0. do Uruguay) ( em Haed, F. C 0. (Republica Argentina) Temos para venda durante este inverno mais de um milhão de arvores fructiferas. Como exportamos grande quantidade de arvores para o Brasil, temo-nos dedicado á cultura das variedades que melhor se desenvolvem no dito paiz. Enviamos gratuitamente catálogos explicativos a toda pessoa que os solicitar. Nota. — Rogamos ás pessoas que a Casa não conhece ainda, queiram enviar com o pedido a importância do mesmo ou então recommendação para alguma casa de commercio desta praça. SAL MAUCA TOURO MAPa TOUEO MAECA TOUEO 3V^ o udíco sal que se emprega com grandes resultados tanto na sa,Ig'a, uro, não nos responsabilizando pela qualidade do sal em saccos ou bruacas que não tenham estampado o desenho de um Touro. Chamamos a attenção dos Srs. Negociantes, Fazendeiros e Criadores, para que sempre que tenham de fazer sorti- mento do artigo, procurem assegurar-si; da legitimidade do sal superior, exigindo que toda a saccaria tenha a marca TOURO. A' VE.\DA m nmnu ímvmmmm DE TODOS os ESIADOS DU BKAZIL II, mm k í IMPORTADORES DE MANUFACTURAS ESTRANGEIRAS RUA THEOPHILO OTTONI N. 85 (Sobrado) Caixa, tio Oorireio N. OO' RIO DE JANEIRO I_i.A.OTIOI]SriOS DESNATADEIRA TTinBTU"!!^^^!^ A única que desassombradamente offerece a plena garantia de ser a mais simples, rendosa, económica e durável SIMPX^ES, porque só tem UMA UNIGA. PEÇA «TUBULAR». Não tem os numerosos polarisadores (pratos), cujo systema é antiquado. A esta simplicidade deve-se a vantagem de poder armal-a em menos de três minutos. HEIVDOSA. : — Em todas as experiências a que a « TUBULAR » tem sido submettida em confronto com outras machinas o resultado de rendimento tem sido SEMPRE muito maior que as suas compe- tidoras. O fazendeiro ou industrial deve ter sempre em mente que uma pequena partícula de manteiga perdida diariamente representa ao fim do anno bastante dinheiro ! . . . ECOiVO>llOA E 13XJR.AVE1L., porque não tendo peças interiores em sua peça giratória e por não girar sobre um eixo excên- trico em um centro de gravidade as suas engrenagens não estão sujeitas a gastar-se. A «Tubular» é garantida em todos os seus detalhes. 15 a 16.000 rotações por minuto I Tem sempre em stock tudo que se destina á Industria de lacticínios, Oa.ta,lo^os, orçamentos, etc. — ^x-a>t>is H. BLUNT & C- ^^^ THEOPHILO OTTONI N. 85. Oaixo. do Coi*i*eio, 009 Rio de «Ta,ueii*o 17 ARADO "WIARD REVERSÍVEL" -*mi^"^ -g^sãfr- rouóo iT]ài^ dii^tà que o ài^ado donmtiiii e dui'ÍL ti'é^ ve^^e^' rqài^^- ^V I)Oi"ità^ ^ão de íei'1'0 e^fíiàdo colido- Yiíà-^e à j)Oi\tà òoii) o f)é. 5^^te àfàdo (íàujs^ou veí^dàdeií^o ei\tl:\ii^ià^ii\o c[\ttQ 0^ ^r^. Sgi'ióultoi'e^ que YÍ;íítài'kni à Sjxço- ^it^ão em Í]ello ftoi^i^OTite e ten^o^^ àtte^^tàdofí de divci^^io^ i\c>^te ^er\tido. Únicos agentes e depositários Dixon á C/^ 63, Avenida Central, 63 RIO DE JANEIRO o ti Efl td -aí CO n m is; o o o PU ca c» pi. cl •t — « l/í A' LAVOURA FOBWIICIOA BRAZILEIRO ^«a/ymio no hisHtuto Agronómico do Estado de S. Paulo e reconhecido um dos melhores Formicidas. Pedidos aos Fabricantes MARCA REGISTRADA Preinisdo na Exposição Nacional de 1908: mi lAGALIlES k C« RUA DE S. PEDRO 91, SOBRADO RIO DE JANEIRO - BRAZIL Como se lê acima, o nosso Foi-micida foi submettido <á unica prova possível para iulgar de sua superiorMale, Rualyse chimica quetr.>nscrevemos abaixo. Não SC Jlludam os Srs. Consumidores, pois al<^m da analyse que íittosta a superioridade do Formicida, Bi-asíileiro a sua aotiguidade ô nm attestado bera eloquente. As nossas latas são de 4 litros ou 5 kilos. Quer em preço^, qiinr em qualidade não tememos a concurrencia. Queira pois dar-nos suas ordens ou procurar o nosso For-iiiicicla, nasíprincipaes casas. ATsTALiYSE Instituto " Agronómico do Estado de S. Paulo -"^ N. 835 i^'- OBJECTO — FORMICIDA Alves Magalhães & Comp. 100 de Formicida contém em dissolução 2,505 g. de enxofre. 0 resto é sulpliureto de carbono quasi puro. É um dos melhores Formicidas existentes no mercado. cr» CO to r"» CD O o cri o pa B f- CJ N. B. — A 30 dias fazem os preços da Sociedade Nacional de Agricultura 19 (Idlii r DO '^. aee^&aa CQ o r:; < a < c 'rt c S Q li R«n collaborador literário ou photograpliico, T^ jj^ ^^1=^^=^=^=:^=;^^^=^^= tiuereudo esta nova e brilhante revista •& A- aproveitar da experiência de cada uiu, para que seja util a todos. (<^ 7^ ullSiCSifâjS S fiUlfllliS solicita até arti-os, photographias e toda *? |A «UNHWiMIlt V ^MiMlflHMIl coUaboração dos seus leitores. ^ te ===== ^ 4a "fllaaaya. a iíiiLUm" '^'^''^ ^"'^ '^""'la a mais pratica, a mais Tj •> UilâiCaiFaS B QUiniacS completa e a mais baratu de todas as pii- ^ ^ •iiNlNiU* ■ i|RilllNeit blicações populares agrícolas brasileiras. ^ O primeiro volume sahirá no dia 15 de Outubro p, v. í^ A assignatura para o anno de lOlO é de flloina Campos Tem sempre cm deposito grande variedade de machinas o artigos para a Lavoura e a Industria como sejam : Machinlsmos complefos paro beneficiamento, torrefacção e moa- gem do café ; machinismos comi)k'tns yiara a cultura e ben^ficiamento do arroz; machinismos completos para a cultura e hencficiamento do milho ; moendas para canna, movidas a motor, animal ou á miío ; turbinas para assucar, tachas, alambiques, etc. ; macliinismos com- pletos para rai)ricação de farinha; machinas para picar fumo, torra- dores para fumo, etc, machinismos completos para serrarias, carpin- tarias, marcenarias, etc; machinismos completos para ferrarias e offichias mecânicas, funilarias, ele; trilhos, vagonetes, gyradores e todo o material para vias férreas ; cimento marca «Águia Universal», metal deployé e todo o material para construcção de cimento ar- mado ; bombas, burrinhas, belieiros, pulsometros, canos de ferro gal- vanisado, connexões e todo o material necessário ao abastecimento de agua ; guinchos, talhas patente, guindastes, etc; óleos, graxas, estopas, etc. Catálogos e informações^ a quem consultar, citando esta IIEYISTA LISTA DAS RAÇAS DE GALLINHAS DA "ASCURRA BASSECOUR" RIO DE JANEIRO RAÇAS GRANDES Conchinchinas Branca » Preta • Amarella • Perdiz Brahamas Clara » Escura Plymouth Rock.... Branca » Amarella » » .... Pedrez Dorkings Branca » Prateada » Escura Orpingtons Branca • Preta » Amarella • Jubileu Wyandotles Branca » Preta » Amarella Wyandotles Prateada » Perdiz » Cohimbian GALLINHAS DE BRIGA Indiana. Malaya. Old England Game. Japoneza de combate (anão). RAÇAS POEDEIRAS Legornes Branca » Dourada » Amarella Hamburgos Dourada » Prateada Minorcas Preta » Branca Ilespanholas.. Preta cara » ..Bran. branca Andaluza. Red. Cap. Bresse Preta GALLINHAS BONITAS PARA PARQUE Podoues (de topete).. Branca » » .. Amarella • » .. Prateada » » .. Dourada » (topete branco) Preta Houdan. Crevecoeur. . La Fleche. Phenix. Faverolle. Langshans. Coucou de Maline. PREÇO DOS OVOS : 15$ A DÚZIA Temos em s\o:k rasa es c te:"nos áe pallinlias de muitas das raças acima (lue vendemos : 50S000 A 100 000 70$000 A 120*000 = Para melhores informações com o gerente Leon Andrey. CASAES DE TERNOS DE Julho de 1909 = FORMICIDA MERINO» SULFURETO DE CARBOKO FURO O mais enérgi- co e poderoso des- truidor das for- migas. Fabricação es- merada e por pro- cessos modernos em apparelhos in- teiramente no- vos. Encontra-ss nas principass casas dssta cilads FQRMICIBA GRAÇAS A ESTE ESPLENDIDO PREPA- RADO AS «INH AS COLHEITAS AUGMEN- TAM coimo POR O ENCANTO -> MERINO & MERIKO O annunciante offerece aos Srs. agricultores, ex- pontaneamente, o seu artigo pelos preços dos forne- cedores da Socie- dade de Agricul- tura. Fabrica: Praia do Por. o de Inhaúma ns. 42 e 44 105, ULiA DO OUVIDOR 31 s o gg .« : í- - S Si i« Ss a O e a" '! o Enxadas Marca OSÍRIS xW ^t^ ^t^ ^t^ ^í^ ^r^ ^t^ ouixi urruiijo Idontloo a» de Oabeqa de índio Depositários :- HASEHCLEYER í& D. Avenida Central -Rio de Janeiro jí Arados OLIVER Prémios obtidos: 32 medalhas de ouro Únicos Depositários para o Brasil Hasenelever i-o a, sua impoi-ta/iioia. a quem delle tlzer uso e provar a sua inefflcacia. Des D^ If Arados de todos os systemas Cultivadores e Instrumentos -Cf -^ -Cf -^ -^ DOS FABRICANTES DEERE «& C" MOLINE,--LL; Desnatadeiras '*Mundus" f)e^i\àtà 40 litfo^ de leite tí""c ;)V"tí ^^ \3L& Cii^tà àpei^à^ f^^. 45^000! ^^ Pôde ser movida por uma creança. O "MUNDUS" é um separador perfeito era todas as suas minudencias, seu manejo é simples e a duração é igual á das melhores desnatadeiras até hoje conhecidas. Devido á sua construcção especial, o seu peso importa apenas em 5 kilos. Herm. Stoltz & C.'^ Rio de Janeiro São Paulo 86/74 Avenida Central 66/74 12 Rua Alvares Penteado 12 The Gourocli Bopewoík Export Companf Limited ESTABELECIDA EM 1736 tJnfcos rabricantes da lona ín^psrmeavel marca ..J^ Jjj..^. Ria CoMe de Boiíifiiii, 415 PORTÃO VERMELHO (Át> RXO DE JANEimO iO DIAS GARCIA & C. 41, Rua General Camará, 43 Importadores em grande escala de Louças de ferro, Ferragens, Tintas, Óleos, Cimento, Canos de ferro e de chumbo para agua e gaz, Tellias zincadas, Arame farpado e liso, Drogas para industria, Material para estradas de ferro, Arados e mais artigos para lavoura e carbureto para gaz acetyieno DEPÓSITOS Eua Clapp n. S— Cães Fharoux n, 9— Travessa do Paço n, 28 Travessa da Fidalga n» 3 — Largo dos Benedictinos n» 19 ESPECIALISTAS EM MATERIAL PARA CANALISAÇÍO DE ASUA DEPOSITÁRIOS DOS SEGUINTES PKODUCTOS CONHECIDOS Ferros de engommar ) Dynamite "Estygia" Formicida Pestana (purificado) \ Enxadas "Radiante" Dito Capanema ( „. , „, .. „ Dito Paschoal ^""«'^);'^ ^"P^^^^ Creolina Freire de Aguiar ) D^to "Águias" Coalho marca "Estrella" ( Pontas de Paris CommissaTlos de Oafé e maU géneros do palz, garantem as melhores cantas de 7enda, cujos llqnldos são pagos immedlatamente . Depositários da APHTALINA, de Luis Nóbrega, especifico poderoso contra a febre aphtosa A nossa firma foi premiada com medalha de ouro na Exposição de S. Luiz (E. U. da America) pelas excellenles qualidades de Café recebido de seus committentes, que expuzeram Z^IO HDE T-^I^sTEXS^O 11 Br®S ¥^^ ia Ilva:i>OIí.T.AJDOIÍ.ES Oom sortimento completo de ferragem e armarintio Eléctrica 67, RUA GENERAL GAMARA, 67 "%^ RIO DE JANEIRO Arame farpado „Kleetrica" ^/^ "^^sv^, 'IN ^ Insup Sem rival Peso llijuldo 38 l[llot Compíiinento 402 metroi Garantidos Preço sem compelencia Enxada "Sol" Fabricada do melhor aço inglez Superior a qualquer outra marca pela excellente qualidade. Quem usar uma vez é freguez para sempre 13 CASA ESPECIAL DE HORTPLTIA RIO DE JANEIRO o W í ^ i 5 í3i o H B O Grande sortimento de sementes no^ras de hortaliças, de flores, de plantas para agricultura, etc. GRAPE SORTIMENTO DE FERRAOENS, UTENSÍLIOS E OBJECTOS PARA TODOS OS MISTERES DE JARDINAGEM Qaiolas, alimento para pássaros, pó da Fersla e eha da índia (Saa lars) GRANDE OFFICIÍIA DE TRABALHOS EM FLORES NATURAES Costas, ramos a grinaldas folias com apnrado gosto, para casamentos, bailes, festas, enterros, finados, eto., enearregam-se de ornamentações para mesas de Jantar, festas, lalõea, banquetes, raak, eto. CHÁCARAS DE CULTURA DE PLANTAS Rua Haddock Lobo, 122 Rua Barão de Petrópolis, 3 (Orchideas e plantas ânas) CULTURA DE FLORES RETIRO— PETRÓPOLIS DEF03IT0S 9ESÀES DD ?LAKTÂS Eickhoíf, Carneiro Lsão k C. 13 -^SlS^mmÂSlS^ wu^-4í^ -^SlS^^^í^lS^ , ©clilick &: Comp. RIO r>E JANEIRO Rua do Ouvidor, 6i ALTO DA SERRA PETRÓPOLIS QUARTEIRÃO MINEIRO Estabelecimento de Floricultura e Horticultura Especialistas em trabalhos artísticos o flores naturaes «ementes novas de flortalicas e I^lores (5 randes culturas de Roseiras, Craveiros e outras plantas para jardins ^^^^^íyjfj^y^^^jíí^a Pó cia JPersia Legitinio (Destruidor de insectos nocivos) Embira, Etiquetas, Mel de abelha, Ovos de gallinha de raça, etc . 4<>-0->j=^ Telephone n. 1281 endereço telegraphico Flora, Rio 14 Estabelecimentos de Horticultura DOMlNr.O BASSO _,!■ a FUNDADOS EM 1863 EscriptoTio Central: SARANDI,3i9 — Montevideo. Sndsrsço telsgraphioo : BASSORUM — Montevideo. EsMsteimsnfcs ' ™ Cólon e Sajago (liep, 0. ,1o Uruguaj) ( em Haed, F. G. 0. (Republica Argentina) Temos para venda durante oste inverno mais de um milhão de arvores fructiferas. Como exportamos grande quantidade de arvores para o Brasil, temo-nos dedicado á cultura das variedades que melhor se desenvolvem no dito paiz. Enviamos gratuitamente catálogos explicativos a toda pessoa que os solicitar. Nota. — Rogamos ás pessoas que a Casa não conhece ainda, queiram enviar com o pedido a importância do mesmo ou então recommendaçào para alguma casa de commercio desta praça. 13 SAL MARCA TOURO MAECA TOUEO ■Di/L XJ O único sal que se emprega com grandes resultados tanto na salg-a, cie eaiTics, COmO na eng^ortla sa.ta.log'08, orçameutos, etc. — g'r>a>tis H. BLUNT & C- ^^^ THEOPHILO OTTONI N. 85. Oaixa, do Coryeio, &&& j Rio de Janeiro 17 ARADO "WIARD REVERSÍVEL" ^^rs^ssfi— f^oiiòo niài^ (iu^tà que o hi^ado éoiT|niiirri e S^ poi^tà^ ^ão áe íei'1'0 e^ffià-do polido. Vii'à-^e à çor^tà òorq o f>é. í5^te ài'àdo éàii^^ou vet'clàdeii'o ei\tlin^ià^n]o ei\tíe 0^ ^t^. S^riòultoi^e^ que vi^itàfàii] à í^ «aí •«í Vi CD PU (d Ti F^ O C-i m ti c» p>4 *3 d A' LAVOURA FORMICIDA BRAZILEIRO Analysado no Instituto Agronómico do Estado de S. Paulo e reconhecido um dos meUiores Formicidas. v^-m Pedidos aos Fabricantes -14D1 r Aro MÂGALHiES & C Preniiado u Eijosiçãfl Nacional de 1908 RUA DE S. PEDRO 91. SOBRADO RIO DE JANEIRO - BRAZIL Como se lê acima, o nosso Forniicitla foi submettido á, única prova possível para julgar de sua superioridade, aualyse chimica que transcrevemos abaixo. Nãi) 80 iliudam os Srs. Consumidores, pois além da analyse que attesta a superioridade do Formicid.a, Bra.zileir-o a sua antiguidade é um attestaJo bera eloquente. As nossas latas são de 4 litros ou 5 kílos. Quer em preço-, quer em qualidade não tememos a concurrencia. Queira poisdar-nos suas ordens ou procurar o nosso Foi^micida nas principaes casis. ANALirSE Instituto Agronómico do Estado de S. Paulo -»í^ N. 835 (^ OBJECTO — FORMICIDA -.^^DE^í- Alves Magalhães & Comp. 100 do Formicida contém cm dissolução 3,505 g. de enxofre. O resto é sulpliureto de carbono quasi puro. É um dos melhores Formicidas existentes no mercado. ^ mieoiai, f)f. J. V. ©àifei^t GO CO PI .-a «í ea C3 •— « n Wj t3- ►— « CU cu M r4 n> PI e t-< r- ta 0 ra tu C3 N. B. — A 30 dias fazem os preços da Sociedade Nacional de Agricultura 1» w DO o '^. aem t/a CO CQ O c m S c de <: Esta vaccina applicada contra a Peste da Manqueira (carbúnculo symptomalico) durante o longo espaço de 18 aiinos, nos Estados de Minas, Bahia, Maranhão e Rio de Janeiro, produziu sempre os melhore resultados, fazendo baixar o numero dos animaes atacados de 35 o/o a iVo- Esies resultados teem sido at testados por numerosos criadores das zonas atacadas peiti Peste, podendo-se calcular o beneficio auferido no espaço de 18 ânuos, pela industria pecuária do Bra/il com o emprego dessa vaccina, em cerca de 16 mil conto de réis. Ella tem sobre todas as vaccinas fluidas, empregadas para o mesmo flm, a'vantagem de não se alterar e conservar-se por longo temi». As vaccinas fluidas, guardadas sob a influeni ia do nosso clima, alteram-se e perdem a eflicacia. Convidamos, pois, todos os criadores que queiram jiremunir as seus rel3anhos contra as devastações da Peste da Manqueira, a usarem da Vaooina. A-iiticartounculosa, doDr. Lacerda. to t «Chácaras e Quintaes» t te REYISTA MENSAL A te Cada numero tem iOO paginas e 50 gravuras te ^ Assignatura para lo MIL RÉIS S j? o anno de loio ^^^^^^^^ «^ te ^ "Chácaras 6 ^M \ tudas as pessoas que possuem chácaras, ardins, pomares e terrenos. \ W "CllÉÉMB ■ miíiilaiti" -^''^ ■'«'1'g' 'o PO'' <"" escolhido corpo d., i» Tl uHaiCBirflll O DuinioiES ™''a'-çao especialista da matéria e terão, J^ IP^ •■■«(■■N» • t^nilllN*» ^o\s. prande vahir os artigos e cuQsellios (R 4^ - — lie escriptores brasileiros ile n^i^onliociíla u» ^ competência. <^ ? "f^ltataMBi t «iiLiaia" acceita a collaboração de todos, nem «^ SÍ UnãlCirúlS B QulIlLãicS precisa rocommemlação especial para ser ift ■^\ WUWVMIN* ■ t|IIIIIINIII coUaborador literário ou photograpliiro, T^ líf — i|uereu(io esta nova e briUiante ^evi^la A i^ aproveitar da experiência de cada uiii, para que seja util a todos. 7J te te "Chácaras \ ptacs" ^ icita até artigos, photographias e toda .laboração dus seus leitores. ^ (jl "l^liaiaHaa a aiiliiiaaa" '*''''"' ^'"" '^"vida a mais pratica, a m.iis T? UllaiCairaS O DuiniâlOS ■'ompleU e a n ais barata de todas as pu- «^ •UNlNiait I t^nilliiKlt blicaçêes populares agrícolas brasileiras. ía «« s? o primeiro volume sahirá no dia 15 de Outubro p, v. A 8^ A assignatura para o anno de lOJO é de CIMENTO < PALÁCIO MONROE > Arame farpado, em rolos de 26 e 40 kilos, e das marcas MINEIRA com 403 metros e ESTRELLA, com 500 metros. Arados, Debulha- dores, Formicida CAPANEMA, Moendas para canna, Trilhos Decau- ville, Wagonetes, Arame liso para rerca e muitos outros artigos desti- nados á lavoura . Rua TkopMlo Ottoni, n. 5E-Rio de Janeiro ENSTEIN & C. ^°<=>^-í#'JI3IJJ.A.'\n.A. Especial para fabricas de tecidoj, olflciuas de electricidade e mecânicas, serrarias, etc. ^Sexsosito xxEt, oei/S£t XXEt.xia.x3âlx±xre cfc O. ciT' — Rua. da. Caudelaria, — ST — e<íâ — Cek.lx.si. do Ooirx-elo xx. 265 RIO DE JANEIRO «9 Rio de Janeiro — Avenida Central n. 20 OAS.-V FILI^VL EM S. F»A.XJLO Oaieina,s em Juntliahy A.g:encia,-« em S. João - A' venda m todas as livrarias do RIO OE JANEIRO e S. PAULO GRANDE DEPOSITO DE PLANTAS -Tf — " " — "^ Variado sortimento de plantas de todas as qualidades, para POMARES E JARDINS »* * Luiz António Gomes Apromptam-se bouquets para baptlsados e casamentos, com a máxima brevidade e por preços baratíssimos — 41 - RUA DR. BULHÕES - 41 ^ ENGENHO DE DENTRO 27 ]nsrs «loão d'li:i-Itcy o (^»iii|>08 Tem sempre cm deposito todo o material concernente á In- dustria de Lacticínios, como sejam : A afamada riesnalafieiía oPaleute Knudsen», modelo de 19)8, a única que se equilibra aiUoinalicíimeute e que pela sua simplicidade, robustez, rendimento e efticieiícia obteve o Grande Piiewio, na Expo- ção Francu-Brilanica de Londres, em 1908. Batedeiras de todos os systemas. Salgadeiras dos mais modernos modelos. Pastenrisadores para leite e creme. Resfriadores para leite e creme. Apparelhos de prova como thermometros, laclometros, acidime- tros, etc. Vasilhame de aço estanhado para deposito, medição e transporte do leite ou do creme. Lalas de aço estanhado em uma. só peça, sem costuras, as mais hygienicas, os mais solidas e as mais duráveis. Color.iiites para manteiga e queijo, feitos de substancias exclusi- vamente vEGETAEs, iião cjulcudo còres de anilina tão prejudiciaes á saúde. 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IS-RECOUVRK A DOMICILE: IK ir.aO-UNlON POSTALE: IH fr * itt A 7l UN "NUMERO SPECIMEN" EST KNVOTE 6RATUITEMENT SUR DEMANDE ^ te BUREAUX: 35 Boulevard Saint-Michel — PARIS (Ve arr») mg Fondé en 1901 publiée SOUS la Direction de rinspecteur Génóral de l'AgiicuUiire des Colonies françaises Études et mémoires sur les Cultures et TÉlevage des pays tropicaux, Articles et notes inédits.— Docuraents officiels.— Rapports de missions, etc. avec figures et photograpMes. Um mtma-o de 88 pages parait tons les móis CHAQUE ANNÉE DEUX VOLUMES DE 500 PAGES ABONNEMENT ANNUEL ( Ullioil postale) 20 FRANCS AuGUSTiN CHALLA.MEL, Editeur, 17, rue Jacob, PARIS 29 ^ MACHIMS PARA A LAVOURA p OSCAR TAVES & C RIO DE JANEIRO Aradcs simples e de discos lixos e reversiveis Cultivadores Grades y ^^^^ de discos e de y k^ pontas Cestocadores e Plantadores , Grades de discos de ponta, Ancinlias de rodas c Cortadores o mecânicos cspociaes para alfafa OSCAR TAVES & C RIO DE JANEIRO 8 -A-I?,E]3SrS eza,s que oneram inutilmente o cjafé no mercado do Rio de Janeiro, se propõe centralizar todo o traba- lho de transporte, armazenagem o ensaque de cite procedente das estra- das de Ferro Central e Leopoldina. Pela execução destes serviços o En- treposto cobrará unicamente: Poi" sacca Frote lia Estação ao Kntreposf.o $200 Armazenagem por um mez $100 Knsaque e pesagem $200 Commissão polo adeantamento do frete e imposto a pagar , . . . $100 Seguro marítimo e terrestre $100 Somnia $700 Recebendo os Srs. lavradores as suas consignações, o Entreposto as fará vender por pessoal habilitado de que dispõe, prestando a respectiva nota de venda — por lo itilos — classific'indo o género em seu ver- dadeiro typo, dando a esta classificação o seu exacto valor e pondo im- mediatamente á disposição dos mesmos o saldo liquido apurado, inde- pendente de commissão ou outras quaesquer despezas que não aquellas já aqui especificadas. O Entreposto proporciona ainda aos Srs. lavrado- res que não disponham de boas machinas, a vantagem do rebeneficio do café em aperfeiçoados catadores — classificadores mecânicos ao módico preço de 60U léis por sacca. O remettente que preferir fazer vender o seu café por commissarlo, o indicará quando enviar o conhecimento ao En- treposto, que fornecerá àquelle as competentes amostras e entregará o café ao comprador pelo mesmo indicado. O café procedente da Leopol- dina Railway deve ser despachado para a estação de Nictlieroy e o co- nhecimento endereçado a Lítgre Ii-mílo.^ — Entreposto «le oafé clit, illitt cio Via,una>. Companliia Nacional de Navegação Costeira Serviço semanal de passageiros entre Rio de Janeiro e Porto Ai.egrè com escalas por PARANAGUÁ FLORIANÓPOLIS RIO GRANDE E PELOTAS Serviço regular de transporte de cargas entre os portos do Norte e do Sul Serviço regular de transporte de mercadorias em transito dos portos do Norte e do Sul 35 LACE IRMÃOS Estaleiro de constriiccão naval Na ilha do Viaiina, que fica no p )rto do Rio de Janeiro, lado de Ni- ctheroy. Ao redur da illia lia agua siifficienle para airacarom navios de qualquer calad'). O estabelei-imenlu é dividido em 10 secções e acha-se preparado para realizar tod» e (|ualqiior trabalho, reparos e concertos radicaes ou obras novas do illiinilado fôlego. Tem capacidade para levar a effeilo a construcção de qualquer navio. Sao movidos por electricidade lodos os machinismos. Dique Possuem um espaçoso dique, que pôde rorcber grandes navios e cujos preços variam conforme a demora e o serviço a fazer. Car\'ão Importadores de carvão Cai'dirr, das melhores minas. Unicus recebedores, no Rio de Janeiro, do carvão l*i«tent Fuel, marcíi Corôsi e do carvão americano das minas de l*«>«':ili<»iitux. A descarga e cEsiiVFEOXAiNTES e para lavar, curar, caiar astabulos, ele. bem como os ou- tros elementos de defesa dos seus interesses que se lhe offerece . Chama-sc a attenção sobre o que aqui se diz, referente ao Enriquecimento das TERRAS poiíREus pcfa Innoculação das l>actcrias do nitroi^eno, bem como sobre a des- truição do cirrapato, berne, fíafanhoto e formitra. Eickhoff, Carneiro Leão L C. // Rua (lo Ouvidor ii. 11 (autigo ^ LISTA DAS RAÇAS DE GALLINHAS DA "ASGURRA BASSE-COUR" RIO DE JANEIRO RAÇAS GRANDES Conchinchinas Branca » Preta ■ Amarella • Perdiz Brahamas Clara » Escura Plymouth Rock Branca » » . . . . Amareila » • Pedrez Dorkings Branca » Prateada » Escura Orpingtons Branca Preta » Amarella » Jubileu Wyandottcs Branca Preta » Amarella Wyandottes Prateada • Perdiz » Columbian GALLINHAS DE BRIGA Indiana. Malaya. Old England Game. Japoneza de combate (anão). RAÇAS POEDEIR.-VS Legornes Branca » Dourada » Amarella Hamburgos Dourada » Prateada Minorcas Preta » Branca IIe.spanhoIas. .Preta cara " ..Bran. branca Andaluza. Red. Cap. Bresse Preta GALLINHAS BONITAS PARA PARQUE Podoues (de topete). . Branca » » . . Amarella » » . . Prateada » » . . Dourada » (topete branco) Preta Houdan. Crevecoeur. La Fleche. Phenix. Faverolle. Langshans. Coucou de .Maline. PREÇO DOS OVOS: 15$ A DUZLA Temos cia .>!ock casa(3S e temos do gallmlias de miiilas das raras acima ijiic vendemos : CASAES DE'. TERNOS DE. Julho de 1909 ^= 5OSO0O A lOQsOOO 70?000 A 120.S000 Para melhores informações com o gerente Leon Andrey. FORMICIDA «MERINO» SULFURETO DE CARBONO PURO O mais enérgi- co e poderoso des- truidor das for- migas. Fabricação es- merada e por pro- cessos modernas em apparelhos in- teiramente no- vos. Encontra-se nas principaes casas dssta cidade FORMICIO GRAÇAS A ESTE ESPLENDIDO PREPA- RADO AS MINHAS COLHEITAS AUGMEN. IAM COMO POR O ENCANTO <> MERINO & C. MERINO Fabrica: Praia do Porto de luhaúnia. 4*2 e íié Elcpl R. 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A dilefi nça . .» de WAUKEGAN sào fo.tas de araii í^ím^n*";'*"^*'"**- * """P^ **« '"«'■ caÔna, além do ficar mai> f renr»"„n n '"«'"'•Pff» «"^ '['*'*''« ''*^ f^-Pa» redonda'^ c a dil- x-rença no peso resulta em b-nelicio da metragem. • o.,« artlg,> o.m arranjo Idontlo» a<. do Oaboqa dei em ndlo Depositários : M HÃSEKDLEYER íç, C Avenida Central- Rio de Janeiro j* Arados OLIVER Prémios obtidos: 32 medalhas de ouro Únicos Depositários para o Brasil Hasenclever & C. S. PAULO, Caixa 79 RIO DB JAHaiEO, caixa 745 Formicida SCHOMAKER Privilegiado pelo Governo Federal Vira )d hojí, por estas coluranas, offere^cr-vos o formicida de nossa fabricação garantindo-vos, conforme contracto que firmamos com a Sociedido Nacional de Agricultura, que restituiremos em dobro íi sua importância, a quem dclle fizer uso e provar a sua inefflcacia. Desde o inicio de nossa fabri- cação tomos gravado essa garantia era nossas botijas e :\ló hojtí não appareceu uma unioa reclamação I E' este o melhor attostado que podemos oITerecer-vos ; pois se de facto elle não fosse InTallivel não haveria melhor negocio do que com- pralo pari depois provara sua inefflcacia! 1 !.,. Nosso formicida vae concentrado em b.)tija8 do litro e mno ; dissolvenrio-o em agua obtern se (lezeí^cis litros de formicida applicavel. Além disto iiao necessita ae machinismo algum para ser applicado: é, portanto, o mais baruto. Nenhum perigo ha em manejal-o : não é explosivo, não necessita de fogo e não falha. Uma vez no formigueiro, começa elle immediataraente a gazeiticar se. Seus gazas são venenosíssimos e corrosivos, e como são mais pesados que o ar descem ás mai.i fundas panellas e enchem compli'tamento o formigueiro, conser- vando se alli por mais de 60 dias, e o extinguem p ti-a semijre. Nosso formicida tera sido experimentado publicamente e offlcialmento, com succersos inogualaveis, perante muitas autoridades do paiz : Directoria de Agri- cultura do Ivstado do Minas, Secretaria da Agricultura do Estado de S. Paulo, Fazenda Modelo do Estado do Paraná, Syndicato Agrícola do Estado de Alagoas e numerosas camarás municipaes nesses e noutros Kstados da Federação. Nán ha, portanto, género que melhores garantias offereça aos consumidores. SCHOMAKER & C V^enoia Fornecedora Formicida Soliomaker RUA DA ALFANDEGA N. 68 — RIO Rua Joeé Booifacio n. 17 — S. Paulo i SoWe hmÚ Í\ AjriCUta ^or^ecs este formicida aos ssns associa- dos aas coiidicõos as mais raatíijBsas. The Blymyer Iron Works Co. 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Adoptado em muitos Postos Zootechnicos Europêos Comrrimido em blocos de 5 Mios ALGUNS PARECERES DE IMPORTANTES CRIADORES Fazenda do Lobo, Ponta Negra, 8 de Maio de 1909. Cumpre-me dizer-lhes que o SALOXO de V. S. é poderoso nutridor do gado que A prefere ao sal comraum ; augmenta o leite, além de ser preservativo da febre APHTOSA, conforme experiência feita por mim na epidemia actual. As rezes que delle fizeram uso, antes e durante a epidemia, soffreram-na benignamente, sem cessar o leite das vaccas paridas. Estou certo que o. gado sempre salitrado com o SALOXO de V. S. será preser- vado da FEBRE APHTOSA que, de ha annos a esta parte, tem dado consideráveis prejuí- zos á industria pastoril. Alfredo Ferreira de Mello, (Fazendeiro e criador). Figueira, 10 de Maio de 1909. Tenho o prazer de communicar-vos que o SALOXO applicado ao gado vaccum, em minha fazenda, tem produzido excellente resultado. Observo que devido a esse excellente tónico o meu gado está se nutrindo melhor e apparenta melhor aspecto. Accrescc que se pode collocar os blocos de sal em qualquer lugar, nos campos mesmo desabrigados das chuvas que .'« conservam sem se dm)I- verem. Francisco Soares Gouvea. Para encommendas e mais informações com: Rombauer & Comp. Rua Visconde de Inhaúma n. 84 :e^to ide j".A.3srEii^o •)■ t)^ fí^ t^ f^ Arados de todos os systemas Cultivadores e Instrumentos ■(• ^ ^ -^ ^ DOS FABRICANTES DEERE « C* MOLINE»— LL; Desnatadeiras *'Mundus yy QmíS~3iuS 40 liti'o^ de leite çot 1^01'à ©w; jT.-d SujÃ? MijP) du^tà àf)ei\à^ S"^ a &£ Pôde ser movida por ama creança. O "MUNDUa" é um separador perteito em todas as suas minudencias, seu manejo é simples e a duração é igual á das melhores desnatadeiras até boje conhecidas. Devido á sua construcçáo especial, o seu peso importa apenas em 5 kilos. Herm. Stoltz & O Rio de Janeix-o São Paulo 66/74 Avenida Central 66/74 12 Rua Alvares Penteado 12 Tlie Gooíock Ropewoílí Export Compaof Limited BSTABBLBCIDA BM 1736 (Jnfcos !hbr!cante3 da lona Impermeável marca « BmKMYRE'S », asada pelos Srs* fazendeiros em encerados para lavoura^ com 03 mais valiosos attestados Caiia do Correio, 1081 CÓDIGOS: a BlSnSO» Sth. Bdition A. B. C. A. I. Eidereço TeleirauMco: ..SASSOLINO'' TBLEPHONE N. 004! BarrMu, lypo — « Ferro Carril » Fopuecedores de ENCERADOS para wagons e BARRACAS para todas as estradas de ferro Ck)nfe(xioiiamos encerados e barracas de qualquer tamanho CABOS E CORDAS DE PRIMEIRA QUALIDADE Cairo, alcatroado, linho, merlim, corda de Nova Zelândia para carne secca Lona da linho da diversas qualidades para valais Lona de algodão da qualquer largiira Fio de vela de varias qualidades para cosor saccos, velas e lonas OCemos em deposito ET^OLfCA^rtOtsi e BA.rtI<,A.C) AJS de VArloei ta.manLlko8 119, Rua Primeiro de Março, 119 RIO DE JANEIRO 6 UAD 'í m D Jl( I 1MI'0RTAD0RKS m GADO DE RAÇA. ESPECIALISTAS E^ MACflINISMOS PARA LACTICÍNIOS, FABRICAS DE GELO, ETC TODOS OS APPARELHOS E ACCESSORIOS EM DEPOSITO ALFA YasilliaDie.deíiosiios, lata?, flesDaiato- ras, liateíeubg, saliadeiras, pas- teBiisaíores, res- Iriailores, ele. eic. 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Al<''m de sor já muito coiihecula esta marca de Formicida, o Fabricante e Pro- prietário previne ;m)S Srs. consumidores quo tem todo o escrúpulo no acondiciona- mento, u ijual <^ feito <'m latas de quatro litros, o que nSo acontec» com outras mnrcas em que a medida não é exacta. Os Srs. Lavradores podem fazer os pedidos á Sociedade Nacional de agricultura 108, Rua da Alfandsga, 108 Paschoal Vaz Otero ESCRIPTORIO 75, BUA DO hospício, 75 •^ l)^ f> t^ f)^ Arados de todos os systemas Cultivadores e Instrumentos -fl ^ ■(• -Cf <• DOS FABRICANTES DÊERE «t G.<* MOLINE,— LL: Desnatadeiras ''Mundus" ^^ f)e^T|àtà 40 litfo^ de leite çoí l:\0T'à nt. 3f„..Q aiusk. f}^. 45$ooo! ^ 6^-^ Pôde ser movida por nina creança. O "MUNDU8" é um separador perleito em todas as suas minudencias, seu manejo é simples e a duração é igual á das meltiores desnatadeiras até lioje conhecidas. Devido á sua construcção especial, o seu peso importa apenas em 5 kilos. Herm. Stoltz & C> Rio de Janeiro São Paulo 66/74 Avenida Ceotral 66/74 12 Rua Alvares Pentezido 12 The kmá hpú txport Company Limited ESTABELECIDA BM 1736 (Jnlcos fabricantes da lona Impermeável marca o — « Ferro Carril » FopQecedores de ENCERADOS para wagons e BARRACAS para todas as estradas de ferro Confec^.ionamos encerados e barracas de qualquer tamanho CABOS E CORDAS DE PRIMEIRA QUALIDADE Cairo, alcatroado, liaho, merlim, corda de Nova Zelândia para carne secca Lona de linho de diversas qualidades para velas Lona de algodão de qualquer largura Fio de vela de varias qualidades para coser saccos, velas e lonas 'X'«mo« em deposito E:?Í0ER.^I>0!-» e BA.R»iA.OAJS oLe •vsLrX.oH ttt.nia,iil&o8 119, Rua Primeiro de Março, 119 RIO DE JANEIRO D ') liiSI! ílí »lli IMPORTADORES DK GADO DE RAÇA ESPECIALISTAS n MACHÍNISMOS PARA LACTICÍNIOS, FABRICAS DE GELO. 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A Sociedade não tem tido reclamações contra o Formii-ida, I*a,ei- olioal, que é um produeto do primeira ordem e a prova está no grande numero de latas que temos fornecido u que nos autoriza a afflrmar o que acima expomos. A Sociedade forne-e o Formicida. F*a8elxoa.l pelo preço da fabrica. Al(''m de ser já muito conhei:i'ta esta marca de Formicida, o Fabricante e Pro- prietário previne aos Srs. contiumidores que tem todo o escrúpulo nu acondiciona- mento, o qaal é feito em latas de quatro litros, o qne não acontece com outras marcas em que a m(.-did^i não é exacta. Os Srs. Lavradores podem fazer os pedidos á Sociedade Nacional de Agricultura ■ 103, Rua da Alfandega, 108 Paschoal Vaz Otero ESCRIPTORIO 75, RUA DO hospício, 75 immkí IMPORTADORES DE MANUFACTURAS ESTRANGEIRAS RUA THEOPHILO OTTONI N. 85 (Sobrado) Caixa do Ooi-i'eio N. 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(a í ^"" i5 te o primeiro volume sahirá no dia 15 de Outubro p. v. «I te ^ }/( A assignatura para o anno de lOio é de rteai mil i-éis, Ig^ ^ pagamento adcantado. ^ |j Enviar hoje um vale de dez mil réis para a assignatura do 2 2 anno de i ij i o e para receber de graça o volume |ue ^erá publicado 2 te em outubro. '^ te Toda a correspondência deverá ser enviadi ao editor de Íl te 4 te «Chácaras e Quintaes» jft s *^ Ç Conde Amadeu A. Barbieilini J ^ Rua José Bonifácio, 17 — S. Paulo ^ te A tiraaem do primeiro numero será ds 2D,0'0 exemplares á te ^ Hl ME & C. IMPORTADORES i:nxai)A «CRUZ VERMELHA» CIMKNTO « uHUZ YEEEELHA " CIMENTO « PALÁCIO MONnOE > Arame farpado, em rolos de 2tJ e 40 kilos, e das maicas MINEIRA com 403 m(ilri)S e ESTHELLA, com 500 melros. Arados, Debulha- dores Formicida CAPANEMA, Moendas para canna, Trilhos Decau- ville, V\ iigoiieles, Arame liso para cerca e muitos oiilros artigos desti- n.'. ios ó lavoura. 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