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UBRARY OF PRINCETON

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JAN

91994

numa

Pai nosso que estás no Céu. Que seja Teu nome santificado

pelos teus filhos

em todos os lares em todas as mesas

fartas ou pobres sobeja ou carente

dos injustiçados.

ARVORA/

E seja Tua vontade que na Terra se faça como nos céus. Em todas as vidas que estão no Caminhio em todas as vidas perdidas de Ti.

Ao gosto do trigo

de Tuas mãos nos venhia o pão da comunhão. O pão do Amor. O pão da amargura afasta de nós. Que a esperança

se faça na no trabalho por ti.

Os nossos pecados perdoa, ó Pai como nós perdoamos

ao nosso irmão. E num beijo que santo num abraço sincero a Paz nos envolva.

Não nos deixes. Senhor tropeços, caídos

na tentação do poder de honras e glorias.

E do orgulho e soberba vaidade e perfídia o mal nos impeças.

Pai nosso, do Céu - que santificado seja Teu nome nas Tuas igrejas. E por todas as almas que alegres celebram o NATAL DEJESUS.

Therezo Andrade

Daniel

Natal é uma criança chegando, sorrindo, trazendo vida, iluminando. Natal e criança não pra separar, porque sem criança o Natal não existe.

Deixe a sua criança livre.

Com tinta e pincel nas mãos,

ela poderá fazer arte

no seu escritório,

mas com certeza

fará o Natal mais bonito,

mais criança,

mais Natal. a

Daniel

3 f f CA^^

0 S^Ucutdantc \

DEZEMBRO/1993

O ESTANDARTE

Publte«9êo Manul

órgAo oficul da igreja presbiteriana independente do brasil

Fundado em 7 de taneko de 1893. por Rev Eduardo Cartos Pereira, Rev Bento Ferraz e Prssb. Joaquim Ahiea CofTda.(Sucemorde'lrTpf»nsaEvan' géficaT, tund. em 7/9/18&4)

ASSESSORIA DE IMPRENSA E COMINICAÇAO

Rev João Correta Lima (relator)

Rev Tarais de Cairpoe

Rev Súaa de Olveira

Rev Vakíomiro Pires de Oliveira

Presb. Alcy Thomâ da Silva

Rev Jonas Qonçatvea

Rev. Lysias Oliveira dos Santos

Diretor

Rev Valdomiro Pire» de Oliveira

Adminlatndor

Rev Edson Zemuner de Paula

Editor

Rev. Lysias Oliveira doe Santo* Redetor

Rev Tarsis de Cairpos

Auxiliar de RedaçAo

Moonir Kamal Ghobriai

DlagramvçéoaArte:

Roberto Almenara de Freitas

Compoalcao.

Sheila de Amorim Souza

Aeelstente:

RoeeI Eug^to da SIva Viana

JomelMa Reaponaável:

Uassyr Ferrera Reg MT 6220/Went. SJPESP 65381 Matr. Sif>d. 1276

Redaçlo:

Rua Amaral Guroel. 4S2 S/L CEP 01221-000 São Pauk) - SP Fone (011)258 1422 Expediente: 2* a 6*. das 9 ás 17 hs.

Aietnatufi: CR$ 1 400,00 Exemplar Avuleo: CR$ 140,00 Tlreoem: 3 SOO exemplares

ArtiBoe aasinadoe não representam ne- cesaanamenie a opinião da IPI do Bra- sil nem da própria direção do )oma). Malèhas enviadas sem a aobcitação da Redação serão publicadas a cntèrio da mesma ormmaia não ewá9dey<^^.

EDITORIAL

Ainda não!

Gostaria que todas as pessoas fossem iguais I

Todos chegassem no final do mês no banco e recebessem o mesmo salário. Com ele, conse- guinam comprar a mesma quan- udade de airoz, feijão, a mesma dúzia de ovos, o mesmo de alface. Poderiam também morar em casas iguais, todas iguais e do mesmo tamanho, mudariam as cores. Uns pintariam de verme- lho, outros de azul. branco, ama- relo, sempre cores vivas e ale- gres.

O patrão freqilentaria a mes- ma piscina com o empregado porque o dinheiro deles teria o mesmo poder. Nadariam juntos, com os filhos sendo amigos e usando as mesmas marcas de rou- pa. Na hora do lanche estenderi- am uma toalha no chão e todos juntos participariam da refeição, mas antes, fariam juntos uma bela prece a Deus.

E por falar em Deus, Ele tam- bém seria um só. Um Deus para o patrão e para o empregado. Ambos adorariam o mesmo Deus,

que seria lembrado pelos atribu- tos que lhe são devidos; não por aqueles que dividem, por exem- plo, "Deus da prosperidade" e "Deus da pobreza" . Eu não gosto destes dois deuses que inventa- ram. Os dois causam divisões entre as pessoas colocando-as em constante conflito.

A propósito, é oportimo lem- brar que estamos vivendo o natal. Penso que o menino Jesus gosta- ria de nascer em um mundo bas- tante parecido com este pintado aqui: igualdade, solidariedade, fraternidade, comunhão, partilha, alegria, festa, amor, e outros tan- tos frutos da árvore da Vida que se transformaria na árvore de Natal .

Mas infelizmente, olho para o nosso contexto social: fome, corrupção, injustiça, capitalismo; olho para as igrejas: prosperida- de, pobreza; olho ainda para as pessoas: inveja, disputas, ódio, e diante desta olhadela penso den- tro de mim: "AINDA NÀO VI- VEREMOS O NATAL DE JE- SUS ESTE ANOIM"

Tarsis de Campos

PARTICIPAÇÃO

Matérias e Fotos

Da IPI do Brasil

Aguardamos a colabo- ração dos nossos leitores participandodoespaço "A Vez do Leitor' através de cortas; 'Nossas Igrejas', através de reportagens so- bre a sua Igreja.

Pedimos que as matéri-

as, antes de nos serem enviadas.sejam revisadas por alguém contiecedor de nossa Língua e que as fotos sejam em preto-e-b ranço.

Participe do seu jornal "O ESTANDARTE'.

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30/4 E 01/5 de 1994

ENCONTRO DE PROJETOS SOCIAIS

SECRETARIA DE DIACONIA

Nossa Agenda/94 estó mais connpleta, além de ser exclusiva da IPI do Brasil. Neta, 52 nomes de pessoas que fizeram a nossa história receberam uma homenagem especial. Procure em nosso

Escritório Central da IP(B " Fone (011) 2581422-^'--i

"Isto vos servirá de sinaL./'

Isaías 7.10-16; Lucas 2.912

"Tu vens, tu vens. .. eu escuto os teus sinais..."

Este refrão popular expressa muito bem o que foi a expectativa messiânica do povo de Deus antes do nascimento de Jesus Cristo. A ansiedade pela vinda do Messias os fazia ficar atentos a todos os sinais que pudessem indicar o seu nascimento. Sinais são símbolos (visuais ou au- ditivos) que indicam uma certa realidade ou reve- lam algo que não é per- cebido às claras. A épo- ca do natal é rica em símbolos e sinais: são vários os sinais litiirgicos (sinos, velas, guirlandas, anjos, enfeites etc). Po- rém, o sinal mais origi- nal é o que encontramos nas própria Escrituras: ''uma criança envolta em faixas e deitada numa manjedoiua" (isto vos servirá de sinal... cf Ic 2.10). Osdoistextosaci- ma falam de sinas e am- bos envolvem crianças. Vamos tentar compreender o contexto his- tórico dos mesmos;

Isaias 7.10-16 - Esse texto nos remete ao século antes de Cristo, durante a aliança entre a Síria e Israel (tribos do Norte) visando invadir e dominar Judá (as tribos do Sul). Vivia-se em Judá um clima de insegurança política e instabilidade devido à falta de autoridade do rei Acaz. Ele não tinha carisma político nem cora- gem para proporcionar segurança ao seu povo. O temor de uma invasão externa era enorme. Por isso Isaías diz que aquele povo "andava em tréguas". O medo era tanto que Isaias chega a afirmar que o coração de Acaz e de seu povo "agitavam-se como as árvores do bosque como o vento" (v.2).

Diante da ameaça da invasão, o profeta Isaias vislumbra uma esperança de dias melhores para seu povo: o nascimento de Ezequias, o herdeiro de Acaz. Quem sabe não seria ele o Emanuel, o Messias? A rainha, esposa de Acaz, estava grávida de Ezequias e naquela criança se deposita- vam as esperança do povo. Talvez o fílho do rei tivesse mais autoridade e devolvesse a estabilidade a Judá. Essa é a expectativa de Isaias: "o Senhor mesmo vos dará um sinal: ajovem (ALmah, em hebraico) con- cebeu, e dará à luz um fílbo" (v. H). A esperança de Isaias era de que o filho da

jovem rainha trouxesse paz e segurança ao povo. Ele receberia desde cedo a boa ali- mentação da corte (v. 1 5), além da promes- sa de que até que chegasse à idade do juízo, os reinos da Síria e de Israel (tribos do Norte) seriam destruídos, o que efetiva- mente aconteceu.

Ezequias, porém, não era o messias, o Emanuel; e logo isso ficou claro. Não havia chegado ainda o "Kairós", o tempo certo de Deus, a "plenimde dos tempos", quan- do nasceria o Cristo. Mais tarde, os tradu- tores gregos da Septuaginta (LXX) tradu- ziriam "almah" (jovem), por "párthenos"

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(virgem). Foi da Septuaginta que Mateus extraiu a citação do seu evangelho (Mt 1.23). O sinal, porém, permaneceu: um filho; uma criança; uma promessa: o Sal- vador!

Lucas 2.9-12: Na plenitude dos tem- pos, o povo de Deus continuava andando em trevas: dominado por gentios (romanos), os ju- deus estavam prontos a seguir qualquer um que se apresentasse como o Messias. De fato, muitos Messias apareceram, com as mais mirabolan- tes propostas. Porém, o messias anunciado pelos anjos era diferente: Seus sinais não eram os das armas e da violência, mas da fraqueza e simplici- dade: uma frágil criança como tantas outras, en- volvida em panos, desprotegida e necessi- tada como tantas outras. Nos lábios dos anjos, en- tretanto, seu nascimento foi anunciado como"no- tícia de grande alegria para todo o povo".

As pessoas do seu tempo, no entanto, não compreenderam a beleza e profundi- dade desses sinais, O evangelista João diz que "os seus não o receberam". Não acei- taram aquele sinal: duvidaram de sua efi-

cácia; nâo conseguiram vislumbrar para onde o sinal apontava.

Todo ano, a cada Natal, Deus contínua a nos enviar sinais: nós gostamos de mon- tar presépios com manjedouras e não problema algum nisso, desde que esteja- mos atentos para o que tais símbolos reve- lam: a criança pobre, carente, tal como foi o menino Jesus. É preciso compreender que em nosso tempo, tais sinais estão es- tampados diariamente nas ruas das nossas cidades, nas páginas dos jornais e telas de televisão. Deus insiste em nos dizer algo através deles: em cada criança que nasce. Deus revela que não desi stiu da humanida- de e ainda está disposto a derramar sua graça e seu amor sobre o mundo. A mani- festação nova e definitiva do reinado de Cristo (Parusia), esperada com ansiedade pelo seu povo, requer uma nova mediação histórica, tal como a primeira vinda de Jesus. Sua segunda vinda (manifestação nova e definitiva de sua Soberania e de seu reino de Justiça e Paz) será apressada, na medida em que cuidarmos e valorizarmos nossas crianças: são elas sinais do novo tempo, do fiituro messiânico.

" A voz do anjo sussurrou no meu ouvi- do... eu não duvido, escuto os teus sinais" diz a canção popular. (?ue sua igreja esteja aberta e sensível a esses sinais que Deus ainda nos dá.

Rev. Caries Eduardo B. Calvani

(mensagem pregada na IPI do Jabaquara 20/12/92)

Jesus: motivo de festa

o Natal é o dia cm que comemora- mos o nascimento de Jesus. É, portanto, um aniversário. Nas festas de aniversá- rio nós costumamos presentear o ani- versariante. N4as no Natal é diferente. Nós recebemos presentes.

Por que nesta festa de aniversário nós recebemos presentes ao invés de oferccê-losí Será que o aniversariante não os merecei Será que o aniversarian- te nâo querí Ou será que o nosso desejo é sempre receber mais c mais presentes.

csquccendo-nos do aniversariante!

Jesus, o motivo da festa, foi em ri mesmo o maior presente que a humani- dade poderia receber. Junto com Ele, recebemos muitos outros presentes de Deus. Presentes que se renovam dia após dia, momento após momento. Vida, paz, salvação, misericórdia, per- dão c tantos outros presentes ninguém mais os poderia dar, Deus,

Se Ele nos deu tantos presentes, que mais posso eu pedirl Nadal Ao

contrário, eu é que devo lhe daralguma coisa cm Seu aniversário. O presente que Etc quer de nós é um maior compro- misso com Ele c com Seu Reino, mani- festo numa oferenda de nossas vidas cm favor daqueles que por algum motivo estão privados de vivera vida em pleni- tude, presente de Deus aos homens.

Se cu ainda pedisse alguma coisa, não pediria a Jesus, mas aos homens que entendessem esta verdade.

Rev. Marcos Paulo Monteiro da Cruz Bailõo

LITURGIA DE NAX

DEZEMBRO/1993

Culto das Ivu^s

AGUARDAMOS ANSIOSAMENTE A VINDA DO MESSIAS - (Iluminação nonnal)

- Hino; "EM Sn-ÊNCIO TODA CARNE" (IV Céus Proclamam n"^ 163)

1. Em silêncio toda carne, com temor e devoção, Abandone reverente todo pensamento vão; Nosso Deus à terra desce: tributai-lhe áiíiáfaçâo.

2. Rei dos reis, da virgem filho, entre nós ele habitou. Deus em corpo e sangue humano, Deus-Senhor que

se humilhou.

Os seus filhos alimenta; cie disse: "O Pão eu sou".

3 . Hostes celestiais preparam o caminho do Senhor, Ao descer a luz das luzes do seu reino de esplendor, (^em tombou seu inimigo extinguiu a treva e a dor.

4. Vigilantes anjos voam ao redor do criador

E cobrindo as suas faces cantam o eternal louvor: "Aleluia! Aleluia! Ao supremo Deus-Senhor!"

- Oração de súplica e confiança

Todos: Deus, olha para nós do céu, do lugar santo e glorioso onde moras. Onde está o teu poder e o teu cuidado por nós? Náo retires de nós o teu «mor e a tua compatxSo. Procuramos a luz, mas encontramos a escuridão; buscamos lugares claros, mas continuamos nas trevas. Andamos apalpando as paredes como se fôssemos cegos, como se n2o tivésse- mos olhos; ao meio dia tropeçamos como se fosse de

noite, e em plena flor da idade parecemos mortos. Esperamos a salvação, porém ela demora. Mas tu, ó Deus Eterno, és o nosso Pai. Não te esqueças de que somos o teu povo." Amém. (Isaias 64 e 59)

- Responso Congregacional - "COMIGO HABITA" (Salmos e Hinos n*" 361)

1. Comigo habita, ó Deus! A noite vem, as trevas crescera e o temor também; Socorro espero, ó Deus, da tua mão. Oh! Vem fazer comigo habitação!

2. Vem rcvelar-te a mim, ó meu Senhor, Pai podero- so, pleno de amori Meu guia forte, amparo em tentação: vem, vem fazer comigo habitação!

ATRAVÉS DOS PROFETAS, DEUS PROMETE O SALVADOR - (Apagam se as luzes)

- Oficiante: "A terra está coberta de escuridão; os povos vivem nas trevas. Mas a luz do Senhor brilhará e a glória do Senhor aparecerá" (Isaías 60.2).

- Congregação (cantando): Ó vem, ó vem Emanuel! Liberta o povo de Israel

(^e geme em triste exílio e dor e aguarda o grande redentor.

Dai glória a Deus, Emanuel virá em breve, ó Israel

cm Céus Proclamam n" 93)

- Oficiante: "O Senhor mesmo lhes dará um sinal: a virgem que está grávida dará à luz um filho e porá nele o nome de Emanuel, (guando ele chegar á idade de saber escolher o bem e rejeitar o mal, o povo estará comendo

I

A igreja iluminada pelas velas, no Culto das Luzes da Pnmeira Igreja Presbiteriana Independente de Sáo PaulOu

coalhada e mel" (Isaías 7.14-15).

- Congregação (cantando) : Ó vem aqui nos animar e nossas almas despertar.

Dispersa as sombras do temor e as nuvens negras do terror.

- Oficiante: "Virá um descendente do rei Davi, filho de Jessé, que será como um ramo que brota de um toco, como um broto que surge das raízes. O Espírito do Deus Eterno estará sobre ele e lhe dará sabedoria e conhecimen- to, capacidade e poder. Ele temerá ao Deus Eterno, conhecerá a sua vontade e terá prazer em obedecer-lhe. Ele não julgará pela aparência, nem decidirá somente por ouvir dizer. Mas com justiça julgará os necessitados e defenderá os direitos dos pobres" (Isaias 11.1-4).

- Congregação (cantando): Ó vem rebento de Jessé, e aos filhos teus renova a fé;

(^e possam Hades dominar e sobre a morte tritmÊu !

- Oficiante: "Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. Para que se aumente o seu governo e venha paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para o estabelecer e o firmar mediante o juízo e a justiça, desde agora e para sempre. O zelo do Senhor dos Exércitos fará isso" (Isaías 9.5-6).

- Congregação (cantando): Vem, filho de Davi, ó vem! Descerra o céu de todo o bem.

Suprema glória nos dará por esta senda que abrirás!

DEUS CUMPRE A PROMESSA NO NASCI- MENTO DE JESUS (Acende-se uma vela na mesa)

- Oficiante; "O povo que andava em trevas viu uma grande luz, e sobre os que habitavam na região da sombra da morte resplandeceu a luz" Gsaias 9.2).

- Hino: "SENTINELA, VAI-SE A NOITE" (Hinos Contemporâneos n** 14 - durante este cântico

o pastor acende as velas e passa para os presbíteros que acendem as velas que estão nas mãos dos irmãos da congregação).

1 . Sentinela, vai-se a noite, que sinais me tens a dar? Que me dizes das promessas do divino amor sem par? Caminheiro! Não percebes sobre a noite a cintilar, Nova estrela portadora de mensagem singular?

2. Sentinela, tais fulgores podem bênçãos predizer? Sim, o brilho desta estrela novos tempos vem trazer, Novos dias, novas eras, tudo novo nos vai ser Para todos neste mundo quando o brilho seu vencer!

3. Sentinela, eis nasce o dia; foge a noite, tudo é luz; Vai-se treva, cesse o medo, nos falam de Jesus! Sentinela, vai-le embora, grande graça nos conduz. Pois na terra dominam doce amor e paz, a flux.

- Oficiante: "O anjo disse a Maria: Não temas; porque achaste graça diante de Deus. Eis que conceberá e darás à luz um filho a quem chamarás pelo nome de Jesus. Este será grande e será chamado filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi , seu pai ; ele reinará para sempre, e o seu reinado não lerá fim. Então Maria respondeu: O meu coração louva ao Senhor. A minha alma está alegre por causa de Deus, o meu salvador" (Lucas I ).

- Oficiante: "Naquela região havia pastores que estavam passando a noite nos campos, tomando oonta dos rebanhos. Enláo um anjo do Senhor apareceu, e a luz

LITURGIA DE NATAL

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gloriosa do Senhor brilhou sobre os pastores. Eles ficaram com muito medo, mas o anjo disse: Não tenham medo! Estou aqui para trazer uma boa notícia, e ela será motivo de grande alegria para lodo povo ! Hoje, na cidade de Davi, nasceu o Salvador, o Messias, o Senhor!" (Lucas 2.8-U ).

- Hino: "NASCE JESUS!" (Salmos e Hinos 75)

1. Nasce Jesus! Fonte de luz! Descem os anjos cantando.

Nasce Jesus! E nossa luz, que as trevas vai dissipando Nasce Jesus! Nasce Jesus! Eis a mensagem celeste: Raia enfim a salvação, triunfante vemi Cristo bendito! Firma teu justo império! Gratos louvores homens e anjos dêem!

Nasce Jesus! Nasce Jesus! Glória a Deus nas alturas! Paz na terra, graça e amor, que a todos Deus quer bem!

2. Deus nos amou! Deus nos mandou Cristo Jesus, filho amado.

Deus nos amou! Deus encarnou!

Vede o menino deitado!

Deus nos amou! Deus nos amoul

Digam-no todos os povos.

Gozam paz e salvado todos os que crêem.

Reino bendito! Reino de amor divino!

Gratos louvores homens e anjos dêem!

TRAZEMOS OFERENDAS AO MENINO JE- SUS (Apagam-se as velas e são acendidas luzes normais do teo^lo)

- Oficiante: "Tendo Jesus nascido em Belém da Judéia, em dias do rei Herodes, eis que vieram uns magos do oriente a Jerusalém. No caminho viram uma estreia. Ela foi adiante deles eparou acima do lugar onde o menino estava. Eles ficaram muito felizes e contentes, quando viram a estrela. Entraram na casa e encontraram o menino com Maria, a sua mãe. Então se ajoelharam diante dele e o adoraram. Depois abriram as suas caixas e lhe oferece- ram presentes: ouro, incenso e mirra" (Mateus 2. 1, 9-12).

- Hino: LINDA ESTKELA" (Novo Cântico n''237A)

1. ó lirKia estrela! FulgOT cintilante! Rumo nas trevas teu brilho nos Vem oonduzir-nos, ó hmie divino! Para <xide o inânie nascido está.

2. golas de orvalho no berço rd)rilham; na manjedoura, sozinho, ele jaz. Anjos o adoram, real maravilha! Deus sempiterno do reino de paz.

3. Que lhe traremos, que pias ofertas? Raros odores? Presentes de luz? Pérolas puras de mares longínquos? Mirra na Arábia? Tesouros de Ormuz?

4. Vãs as ofertas de preços mundanos Ouro não pode comprar teu &vor! Cristo, porém, de nós todos aceita

as oferendas sinceras de amor!

- Oração de consagração das oferendas

LOUVAMOS E ADORAMOS O MENINO DI- VINO

- Oração: "PRECE DE NATAL" (G. Shimizu) Todos - **Senhor Jesus, neste natal, revive em nós

o espírito da cniz! que possamos, em te louvando, sentir o amor tão diviniU que te moveu aos céus deixar para conosco vires morar. Jesus Menino, tu que nascestes como um de nós e te fizeste tão pequenino, que sintamos, no coração, que o teu natal, que se transformou numa cruz, também, um dia, se transfigu- ra em ressurreição! E dá. Senhor, que em nós sintamos, enquanto te adoramos, o verdadeiro espírito do teu natal!** Amém.

- Hino - Coro ou Congregação

- Oficiante: "Então Maria deu à luz o seu primeiro filho. Enrolou o menino em panos e o deitou numa manjedoura, pois não havia lugar para eles na hospeda- ria" (Lucas 2.7).

- Hino - Coro ou Ongregação

- Saudação de Natal - Pastor

- Hino - "UM ANJO FORMOSO" (SH 91)

1 . Um anjo formoso desceu das alturas Na doce frescura da noite em Belém, E a luz fulgurante brilhou nas colinas Encheu as campinas e vales também.

2. A doce mensagem que o anjo trazia. De grande alegria e amor divinal, Encheu de esperanças a vida do crente. Fez bem toda a gente naquele Natal.

3. Se sombras de medo e o mundo se empenha Em luta ferrenha e ao bem quer se opor,

Mal surge dezembro supera outro clima Pois vem de cima bafejos de amor.

4. É o anjo formoso que vem novamente, Lançar a semente do amor divinal. Enchendo este mundo de doce alegria

E santa magia feliz do Natal!

VIMOS A SALVAÇÃO - SAÍMOS A PROCLAMÁ-LA

- Leitura Bíblica em uníssono

"Agora, Senhor, despede em paz os teus servos, segundo a tua Palavra, porque os nossos olhos viram a tua salvação, a qual preparaste diante de todos os povos: luz para revelação aos gentios e para glória do teu povo em todo a terra** (Lucas 2.29-32).

- Hino: "NOITE DE PAZ" (Sahnos e Hinos n" 74)

1. Noite de paz! Noite de arrwr! Tudo dorme em derredor.

Entre os astros que espargem a luz,

proclamando o menino Jesus,

Brilha a estrela da paz! Brilha a estrela da paz!

2. Noite de paz! Noite de amor! Nas campinas ao pastor Lindos anjos mandados por Deus anunciam a nova dos céus,

Nasce o bom salvador, nasce o bom salvador.

3. Noite de paz! Noite de amor!

Oh! Que belo esplendor!

Dumina o menino Jesus!

No presépio do mundo eis a luz,

Sol de eterno fulgor! Sol de eterno fulgon

Bênção Apostólica - Rcccssional:

"CRISTO NASCEU! NAÇÕES OUVI!" (Salmos e Hinos n" 80)

1. Cristo nasceu! Nações ouvi, O vosso rei saudai; Os corações a ele abri. Oh! Terra e céus, cantai! Oh! Terra e céus cantai! Oh! Terra, e céus cantai!

2. Ao mundo veio o salvador! Vós, todos, celebrail Florestas, rios e prado em fior, contentes exaltai, Contentes exaltai, contentes, todos exaltai!

3. Fujam pecado, escuridão, espinhos e temor. Pois ele traz a redenção e é nosso benfeitor,

É nosso benfeitor, é nosso, é nosso benfeitor!

4. Ele as nações governará, com graça divinal; Glorioso dom concederá de glória perenal. De glória perenal, de glória, glória perenal.

Um Natal na roça

o que você acha do Natal?

Paulo: Eu acho que o Natal é uma festa espiritual, quando se comemora o nascimento do me- nino Jesus.

O que represenU o natal para nós crístios?

Paulo: Significa paz, ^egría, amor e principalmente a união entre a igreja; todos podem ter essa representação, mas para a igreja o natal é uma festa maior, . .

Como vai sero Natal aqui na roça em S&o Pedro?

Se vocês fossem man dar uma mensagem de natal para a IPI do Brasil, qual sería?

Paulo: Que a IPl do Brasil pudesse pregar a Palavra para as pessoas que ainda não conhecem Jesus Cristo pessoalmente.

Jaci: Que as igrejas comemo- rassem o natal, como Jesus esti- vesse nascendo em cada coração.

Oraci: Para que todas as igre- jas preguem o amor de Deus.

Ana: Que Jesus nascesse em muitos corações; para que estes o aceitassem como Salvador.

Esta entrevista sobre o Natal foi realizada na IPI de São Lourenço. O irmão Paulo é diácono na congregação, a irmã Jaci é diaconisa e os demais são membros residentes na roça e comun- gantes da Congregação.

A Congregação de São Pedro fica no município de Baependi - Minas Gerais, dista cerca de 50 quilómetros de São Lourenço, em estrada de chão 1 6 quilómetros. As visitas pastorais à congregação são feitas bimestralmente.

Noemia: Na roça o natal é ^ comemorado nas igrejas, com festas, com cultos, e geralmente quando nós (IPI) fazemos festas outras igrejas também fazem (ca- tólicos e pentecostais).

Jaci: na casa dos crentes é tudo igual aos demais dias do ano, muda se houver visitante, ai a gente come um leitãozinho, ou uma carne diferente!

Se Jesus viesse anascer hoje, como seria o seu nascimento? Quem sería a ma mSe, e em que lugar nasce ría?

Jaci: Nasceria da forma hu- milde, igual a que ele nasceu 2.000 anos atrás, numa manje- doura. Maria, sua mãe seria uma mulher humilde, simples, moça nova, trabalharia possivelmente numa oficina, fazendo quem sabe balaio de bambu que nem nós.

Oraci: Eu acho que ele nasce no coração de todas as pessoas, em todo mundolll

Se Jesus fosse brasileiro, como sería ele?

Paulo: Eu não sei não, você me apertou. .! Não consigo ter uma imagem de Jesus na minha cabeça, muito menos brasileiro.

Jaci: Se Ele estivesse traba- lhando estaria com roupa de tra- balho, mas se tivesse na igreja estaria cora rou[)a bonita.

Oraci ; Eu acho que Ele seria loiro, não sei se teria baiba..

Olha o anjo Gabriel conversando com Maria anunciando a gravidez e o seu novo papel:

"Alegra-te Maria favorecida do Senhor pra ser sinal de alegria, ser mãe do salvador".

Essa saudação em tom maior

pequenou seu coração...

Maria muito nervosa

quase contestou,

mas nada respondeu.

- Então Gabriel continuou:

"A graça de Dçus

como uma enchente

se derramou sobre você,

inundando todo o seu ser

e você Maria

dará a luz um filho

que se chamará Jesus."

Valdomiro Pires de Oli

Uma visão feminina do Natal

o Natal é uma data significa- tiva para o Cristão. A cada final de ano as atenções estão voltadas para o evento que marca o início de um novo momento na história da humanidade.

Quando pensamos no natal não podemos deixar passar des- percebido o aspecto feminino que compõem esta história.

Para se entenda o que é Na- tal, é preciso saber e vivenciar o que é doação - Não vida sem doação!

Não encontramos ninguém que possa exemplificar melhor o sentido desta data do que Maria, a qual se doou para que através dela se efetivasse o projeto de Deus.

A doação de Maria pressupõe o reconhecimento e o assumir-se mulher. Ela pode exercer o dom da continuidade da vida e não se escondeu das pessoas nem do seu noivo, pois estava certa ter sido escolhida para gerar o Filho de Deus. Não se impoitou com os possíveis rótulos que lhe deram: mulher, solteira, dizendo-se grá- vida pela açâo do Divino!

Maria é lembrada por sua maternidade e não por ser mu- lher.

Enquanto mulher ela se tor- na, sem constrangimento, serva do Senhor da vida. Reconhece que somente através do corpo da mulher Deus poderia encamar- se. Não tenta persuadir o noivo para aceitá-la. Maria havia se aceitado enquanto mulher e futu- ra mãe do Salvador.

Até do doar-se a si mesmo, o Natal sugere a igualdade.

Maria trazia em seu ventre aquele que iria colocar um fim às inimizades, preconceitos, luta pelo poder, hipocrisia, pois o Seu Reino seria de justiça, compre- ensão e amor. O filho de Deus e da mulher Maria ensinaria que

para pertencer ao Seu Reino seria precisoque seus discípulos doas- sem suas vidas em favor dos mar- ginalizados, dos esquecidos, dos abandonados, dos que não t^ seus direitos respeitados.

Quem não compreoide que Jesus nasceu, se doou para que todos fossemos iguais, imo en- tende o que é o natal.

Natal é a expressão máxima do anúncio da Boa Nova que nos toma solidários ao sofrimento causado pelo abandono, incompreensão, discriminação, enfim, por todo e qualquer tipo de violência que cada um de nós pratica.

Sendo assim. Natal acontece todo dia, sempre que nasce em nosso coraç ão a e sperança de uma igreja continuadora dos ensinamentos de Jesus; e^ran- Ça de não haver mais discrimina- ção de raça, de classe ou de sexo; esperança de nos assentarmos todos na mesma mesa e partilhar- mos uns com os outros a alegria do Pão da Vida que nasceu de Maria para alimentar a todos que querem ter a vida em sua plenitu- de.

Na cidade de Belém não ha- via lugar para uma mulher grávi- da, um carpinteiro pobre e uma criança que eslava para nascer.

No Natal cristão que deveria acontecer todos os dias, também não lugar para a mulher, o homem e a criança exercerem plenamente os seus direitos com dignidade e respeito.

O natal é a própria manifesta- ção da vida expressa no doar-se a si mesmo, na solidariedade, e na humildade diante do Senhor da Vida. Quando isso acontece também espaço para um visão feminina do Natal.

Grupo de Reflexão do Ministério Feminino

o Natal nos Meios de Comunicação

de Massa e na Vida

Os meios de comunicação de massa Fec^)eram em nossa sociedade o dom de criar uma outra realidade. Eles se com- portam como se fossem donos de uma verdade acima da própria vida cotidiana, exigindo que a nossa realidade se adapte a essa realidade artificial, criada para defender este ou aquele interesse. É com essa força que a propaganda age ao apresentar uma calça nova dizendo que 'Você foi feita para ela". Mas, e se você não couber dentro dela? A propaganda então diz: "faça um regime...". Esse é o mundo artificial da mercadoria. Elas não foram criadas para servir o ser humano. £ ele que deve a ela se adaptar!

O MARAVILHOSO MUNDO DAS COMPRAS

É justamente nesta parte do ano que o "maravilhoso mundo das compras" se faz presente em nossa casa. O natal dos meios de comunicação se resume numa palavra - COMPRAR Você é gente se comprar, comprar e comprar. Não é o Filho de Deus, cujo nascimento por falta de outra data é comemorado em 25 de dezembro, é que sentido a vida das pessoas, o sentido está, nâo numa manjedoura, nimia cerimónia litúrgica ou numa oração familiar. Tudo isso será vão se nâo receber o toque da sociedade do consumo dirigido. A bênção se recebe num moderno centro de compras, se possível num iluminado shopping center das grandes cidades. Neste final de 1993, um dos mais tradicionais centros de compras de S. Paulo,

o Shopping Ibirapuera, colocou no meio de suas colunas centrais (que imitam uma catedral) um presépio totalmen- te automatizado. Todos os participantes se movimentam, desde os anjos até os pastores. Ao fimdo músicas natalinas dão a sensação aos ávidos compra- dores que eles estão recebendo as bênçãos do próprio menino Jesus.

É curioso como essa socie- dade, fundamentada no dinhei- ro, que deixa de lado uma grande parcela da população (os que nâo possuem acesso ao consumo), se apossa de ima- gens religiosas para legitimar os seus negócios. Vivemos uma sociedade "sem coração", insensível ao clamor dos que nada tem, mas é exatamente essa economia impiedosa que proclama o tempo todo, através do rádio e da televisão: "Natal, paz na terra entre os homens abençoados por Deus". Que "Deus" é esse? Podemos identificar o "Jesus" do natal comercial com o JESUS do primeiro Natal, acontecido numa estrebaria porque não havia um lugar melhor para ele nas pensões e hotéis? Fica aqui bem claro o caráter ídolátrico do natal comercial.

VAMOS DESMASCARAR O NATAL?

Estou cada vez mais desconfiado que o Natal de Jesus, com todas as suas histórias piedosas e suas músicas sensibilizantes, foi inventado apenas para ser uma oportunidade de festas. O ser humano precisa das festas para seu lazer. A festividade não é má, por si mesma. Afinal de contas ninguém é de ferro! O lúdico, o festivo, a ale^a, fazem parte da vida. E preciso ter um dia para reunir a família, comer bem, trocar presentes, até para se fazer uma caridade. Os americanos fazem isso no "dia nacional de ação de graças", a maior data do calendário deles. Nós temos o carnaval, quando se festeja o "deus momo" e o natal do "menino Jesus". Entre uma

data e outra o dia dos pais, das mães, da criança etc. O brasilei- ro que também gosta muito de festas, por via das dúvidas comemora a todas essas datas. Para recebê-las os shoppings centers se preparam. Não se pode comemorar nenhumas dessas datas sem roupas apropriadas e ao som de uma música qualquer. Dançamos conforme a música e quem é o regente dessa orquestra que nos empolga inconscientemente? Está na hora de desmascarar- mos o Natal. De redescobrirmos que estamos comemorando a

pessoa errada* numa data errada e de uma forma inadequada e totalmente contraditória. O Natal dos meios de comunicação de massa nâo é o natal de lesus e o "Jesus" cultuado não tem nada a ver com o Jesus pobre, de uma família humilde, que trouxe boas novas inversas as "boas novas" do culto do mercado. Chega de se fazer média com os donos do merca- do. É preciso redescobrirmos que Natal é "Deus conosco" e o culto ao Jesus do verdadeiro natal "não consiste em comida

ou b^ida, mas justiça e paz, e gozo no Espírito Santo" (Rm 14.17).

O QUE FAZER ENTÃO?

Não estamos sugerindo a adoção de uma vida triste, escura e sem festas Essas coisas boas da vida não devem ser extirpadas da vida do cristão. Podemos nos alegrai e até é bíblico fazê-lo, mas não vamos confundir as cosias. Natal de Jesus é NATAL, o outro, o que está ai é o antigo culto ao "Sol Invictus", comemorado pelo Império Romano exatamente no dia 25 de dezembro. Que taJ, para evitar confusão sc mudássemos o natal para uma outra data? Ou então, se fizéssemos como a Igreja Primitiva, comemorar apenas a morte e a ressurreição de Jesus? Afinal não é a sua morte que nos deu vida e nos garantiu a salvação? Por que não substituirmos a comemora- ção piedosa do nalal por uma reflexão crítica que desmascare os fimdamentos idolátrioos do Natal da sociedade de consu- mo? Até quando iremos comemorar um ídolo que nos foi imposto, massacrando os pobres, excluídos e marginali- zados por um sistema económi- co que nos roubou nossos conceitos teológicos e ainda os usa impunemente para destruir o próprio centro da mensagem cristã que fala de um Deus que ama os pobres, os perdidos e pecadores, gratuitamente? O Messias, neste nalal, mais uma vez irá chegar na figura de necessitados e excluídos de uma economia sem coração Nova- mente ele irá para as manjedou- ras, isto é, será expulso para a periferia da vida. Continua inexistindo lugar para ele. Até em nossas casas! No fundo até suspiramos: "Tomara que ele não venha como antes. Irá, certamente, quebrar o brilho de nossa ceia de natal" Poucos cristãos podem dizer hoje, com uma consciência clara: "Maranatha, ora vem Senhor Jesus!".

Rev. Leonikk) SiKcin Campos Pastor r IPI de SSo André

Acalanto de Natal

Durmam Maria e José recostem nesse curral a agonia maior passou o menino chegou

Saibam Maria e José os magos estào a caminho trazendo beios presentes num gesto de carinho

Acordem Maria e José Herodes faz a matança covarde fez do seu medo ódio e vingança

Fujam Maria e José estamos todos aflitos rejeitados foram em Belém estrangeiros serào no Egito

Corram Maria e José nâo existe outra saído pro salvar a salvação e a esperanço de vida

Paciência Maria e José O menino haverá de crescer e um dia hòo de chomá-Lo de Jesus de Nazaré.

Valdomiro Pires de Oliveira

0 Sàt^^^^ \

DEZEMBRO/1993

Revelações de um massacre de crianças

"Herodes ficou com muita raiva e mandou malar todos os meninos com menos de dois anos, em Belém e vizinhanças. Assim aconteceu o que o profeta Jeremias havia dito:

"Ouviu-se um som em Rama, o som de um choro amargo. Era Raquel chorando pelos seus fi- lhos, Ela não quer ser consolada porque eles não existem" (Mateus 2.16-18).

algum tempo, o Fundo das Nações Unidas para a Infância publicou um relatório a respeito da situação das crianças em nosso inundo. Os dados eram estar- rècedores. Diariameme, morrem, no mundo todo. cerca de 40 mil crianças. As que sobrevivem nâo têm sorte melhor. Cem milhões de crianças, entre 6 e 1 1 anos de idade, nâo fireqiientam a escola. Oitenta milhões de crianças sào exploradas como mâo-de-obra mal remimerada.

Trinta milhões de crianças estão perambulando pelas ruas, principalmente nas grandes ci- dades.

Esses números rcferem-se ao mundo lodo. Quanto ao nosso país. asituaçàoéparticularmente terrível. No Brasil, morrem diari- amente cerca de mil crianças com menos de quatro anos, De cada mil chanças que nascem em nos- sa terra, oitenta e cinco vivem em condições precárias, têm um cres- cimento deficiente e morrem an- tes de completar cinco anos de vida.

Tudo isso indica que está em andamento um verdadeiro mas- sacre de crianças em nosso mun- do, E é muito significativo lem- brarmos isso exatamenle na épo- ca do Natal. Afinal, no primeiro natal nâo houve somente festas e alegria, como muita gente pensa. No primeiro natal, nâo houve somente anjos a cantar e regozijo nos campos e nas cidades. No primeiro natal, também houve um massacre de crianças, muito semelhante ao massacre denun- ciado pelo relalóno da Organiza- ção das Nações Unidas.

O texto bíblico que transcre- vemos acima trata desse assunto. E ele merece a nossa reflexão neste tempo de Natal.

1. Uma breve apresentação de Herodes

Antes de mais nada, é preciso que esclareçamos bem quem era Herodes. A própria Bíblia fala a respeito de vários Herodes. Foi um o Herodes que mandou matar as crianças em Belém Outro o que providenciou a morte de João Batista. E ainda outro o que a|>a- rece perseguindo os cristãos no

livro de Atos dos Apóstolos.

O Herodes que nos interessa é que foi nomeado rei dos judeus pelo Senado Romano. Essa era uma prática política dos roma- nos. Elespreferiam controlar cer- tos territórios de seu vasto impé- rio através de reis locais que obe- decessem às suas ordens.

Aliás, foi essa a característica principal do governo de Herodes. Para permanecer no poder, ele foi sempre completamente fiel a Roma.

Herodes assumiu o reinado em Jerusalém no ano trinta e sete antes de Cristo. Governou duran- te trinta e quatro anos. E conse- guiu permanecer no poder até o final de sua vida, quando morreu de grave enfer midade.

O que mais ca- y racterizou He- rodes foi a sua grande habi- k lidade poli- ' tica. Para preservar seu podert ele procu- rava, ao mesmo tempo, agradar aos domi- nadores ro- manos e aos d(Hninados ju- deus.

Assim é que, para agradai os ju- deus, ele começou a reconstrução do templo de Jerusalém, a fim de fazer dele uma suntuosa obra de arquitetu- ra. E, Para agradar os romanos, mandou edificar, na mesma cida- de de Jerusalém, um teatro e um anfiteatro. Os judeus abomina- vam os teatros romanos, mas fi- caram satisfeitos com as obras no templo. Os romanos despreza- vam a religião dos judeus, mas apreciaram a edificação do teatro e do anfiteatro.

Para Herodes, pouco impor- tava o templo dos judeus e o Deus que eles adoravam. Para Herodes, pouco importava o te- atro e o anfiteatro dos romanos e os espetáculos que ali aconte- ciam. Herodes tinba outro inte- resse! Sua paixfto era o poder! Seu desejo maior era o de man- ter o poder! Seu interesse único era o de permanecer no poder!

2. A morte das crianças re- velou quem era Herodes

Ora, foi exatamenle isso o que Herodes revelou nos episódios que ççrcaram o nascimento de Jesus.

Tildo começou quarnlo alguns

magos apareceram na cidade de Jerusalém, perguntando onde es- tava o menino nascido para ser rei dos judeus.

Não temos muitos detalhes a respeito de tais magos Não sabe- mos se vinham da Pérsia ou da Babilónia. ABíblia diz vagamente que eram do Oriente. E certo que se dõlicavam ao estudo dos as- tros. Em todo caso, lemos a infor- mação a respeito do seu interesse maior: queriam adorar a criança que tinlà nascido.

Herodes soube do caso. Ime- diatamente, ficou em estado de

alerta. O nascimento de um novo rei representava uma ameaça ao seu poder. Era preciso eliminar o perigo.

todavia, Herodes nâo queria se expor. Ele sabia que os judeu tinham textos proféticos que anunciavam a vinda de um Mes- sias. Ele sabia que muitos judeus estavam a aguardar ansiosamen- te a chegada de um libertador mandado por Deus. Ele sabia que seria arriscado manífestar-se abertamente contra o rei que to- dos estavam a esperar.

Foi por isso que Herodes agiu com extrema habilidade. Cha- mou os magos para uma reunião secreta e procurou obter mais in- formações. Era necessário desco- brir onde estava o novo rei e quem era novo rei.

Para disfarçar suas inten- ções, Herodes vestiu sua fuita- sia de religioso. Afirmou que também queria ir adorar o Messias. Para todos os efeitos.

Herodes era um piedoso servi- dor do Deus Altíssimo. Para todos os efeitos, Herodes se ma- nifestava profundamente inte- ressado na chegada do novo rei.

Ninguém desconfiou das boas intenções de Herodes. Na arte do disfarce, cie era um génio. Foi somente o massacre das crianças de Belém que ras- gou sua fantasia e fez cair sua máscara. Foi somente o massa- cre das crianças de Belém que revelou suas reais intenções.

O preço foi alto. Muitas cri- anças morreram. Mas a morte daquelas crianças serviu para revelar quem era Herodes.

3. A morte das crianças revelou o que fariam a Jesus ,

E interessante ob- servar como o evan- gelho de Mateus apresenta sua nar- rativa a respeito dos fatos. Os magos cairam na conversa de Herodes. Fo- ram até Belém, encontraram o menino Jesus e tiveram a inten- ção de voltar a Jerusalém. Foi a intervenção de Deus, através de um sonho, que mu- dou o comportamen- to dos magos. Eles aca- baram voltando para sua terra por um outro caminho. Não demorou muito para Herodes perceber que tinha sido enganado. Sem saber onde estava o menino Jesus, ele teve uma alternativa: mandou matar todos os meninos de Belém e arredores, com menos de dois anos de idade.

O evangelho de Mateus lem- bra, então, o texto do profeta Jeremias F>ara descrever a situa- ção: Ouviu-se um som em Ramá, o som de um choro amargo. Era Raquel chorando pelos seus fi- lhos. Ela não quer ser consola- da porque eles não existem**.

Esse texto do profeta Jeremias era uma descrição das mulheres de Jerusalém, no tempo em que os Babilónios conquistaram a cida- de. Muitos foram mortos. Muitos foram levados para o cativeiro. E as mulheres de Jerusalém chora- ram amargamente porque seus filhos nâo mais existiam.

De acordo com Mateus, a his- tória tomava a ser repetir. Raquel era o símbolo de todas as mães em Israel. Por causa da matança or- denada por Heip(le&, el^ chora- vam amargamente, sem adimtir

qualquer consolo.

Jesus escapou desse massa- cre. Orientado por Deus, José le- vou seu filho ao Egito, para ga- rantir-lhe a segurança. Mesmo assim, a matança de inocentes em Belém serviu para mostrar o que haveriam de fezer com Jesus mais tarde.

Em outras palavras, no nas- cimento de Jesus ji se vislum- brava a sua paixfto. No natal se manifestava a cruz.

O preço foi alto! Muitas cri- anças morreram! Mas a morte daquelas crianças serviu pani r«velar como Jesus era acolhi- do neste mundo!

Condusfto

Vinte séculos se passaram. Muitas mudanças ocorreram na história. Mas o relatório da Orga- nização das Nações Unidas sobre a infância nos diz que muita coisa continua da mesma maneira.

Como no tempo do nascimen- to de Jesus, um massacre de cri- anças está em andamento. Não em Belém e arredores, mas em toda extensão do vasto mundo. Não somente de crianças do sexo masculino, mas de meninos e de meninas. Não somente de bêbes com menos de dois anos de idade, mas de crianças de todas as ida- des.

Como no tempo do nascimen- to de Jesus, "ouve-se um som no mundo todç, o som de um choro amargo". E Raquel! É Raquel

aue chorando pelos seus fi- 10$ I È Raquel que chora sem consolo porque seus filhos nâo existem!

Como no tempo do nascimen- to de Jesus, o choro de Raquel é revelador. Seu choro é uma de- núncia! Mostra que as autorida- des políticas de todos os cantos estão mais interessadas na pre- servação de seus poderes, do que no bem-estar e na melhoria da vida do seu próprio povo.

Como no tempo do nascimen- to de Jesus, o choro de Raquel é esclarecedor. Seu choro é uma proclamação. Anuncia que Jesus continua a ser rejeitado em nosso mundo, apesar de todas as come- morações do seu Natal.

No primeiro Natal, houve tmi som em Ramá, som de choro amargo. Era Raquel chorando pelos seus filhos.

Natal também é issol Natal também é ouvir o choro de Ra- quel! Deus nos ajude a ouvi-lo e a entender as revelações que esse choro nos traz!

Rev. Gerson Correia de Lacerda

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Violência, violência! Até quando?

Hoje. as palavras do profeta Habacuque ainda buscam respostas dentro da nossa realidade de século XX: "Até quando, Senhor, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritar-te- ei: Violência! E não salvarás? Por que me mostras a iniqOida- de, e me fazer ver a opressão? Pois a destruição e a violência estão diante de mim, contendas e o litígio se susci- ta". (Hc 1, 2-3).

Tais palavras ecoaram no século Vn a.C., num momento em que o Reino de Judá sofria o medo da parte dos Assírios, que tinham invadido e extOTninado barbaramente o Reino de Israel (norte). Esta síndrome do medo de ser invadido e chacinado pelo outro, quer aação ou indivíduo, leva-nos a viver inseguros e atemorizados, pois parece-nos que não temos a quem recorrer.

Quando um povo sente na pele. e no estômago, a falta de perspectivas para um futuro melhor para seus filhos - onde via de regra vivem a desa- gregação familiar de suas tradições, quer culturais, quer religiosas - o morrer e viver tanto faz. pois. estão exclusos do sistema hegemónico que privilegia os alfabetizados, os que possuem raão-de-obra especializada, e que não são mui tilados e idosos; para tanto, o raminho sinalizado e imposto é o da prostituição infantil, da exploração barata e sem previdência de adolescentes, dos milhares de menores de rua e infiratores, do crescimento generalizado do narcotráfico e da violência quer urbana, quer no campo.

Vivemos hoje um momento mundial onde se clama por justiça, por reformas profundas no que tange aos Sistemas Tributários e de Distribuição de Renda, onde era países como o Brasil, urge ser realizado a Reforma Agrária para conter as conentes migratórias e gerar , mecanismo de superação da

dívida extema. Cabe ao Estado, através dos Ministérios e Secretarias da Fazenda, Educa- ção, Saúde, Planejamento prover condições para a efetivação de tais reformas; da abertura de frentes de trabalho a orientação do planejamento familiar, cabe a educação preventiva exercer com eficiên-

cia seu papel; e ainda, se as ONGs (organizações não governamentais) e todos os segmentos da sociedade não se mobilizarera, pagaremos com certeza o preço de nossa omissão e inércia, pois a violência continuará sua trajetória através dos meios de comunicação (como bem temos assistido e lido nos vídeos, novelas e jornais...), e nas relá^s'«ntre pah e filhos.

patrões e empregados, profes- sores e alunos, sacerdotes e fiéis, dos que têm dinheiro e dos que não têm dinheiro... pois, o poder e a sedução da capital permeiam todas as estratificações sociais e étnicas, onde existir o ser humano, existirá a competição e explo- ração do homem pelo próprio homem.

De maneira mais localizada, no eixo Rio-São Paulo, a cidade de São José dos Campos se ressente da recessão econó- mica que vive o país, bem como, da crescente violência instaurada; o índice de homicí- dios no período de Abril a Setembro de 1992 chegou a 62 pessoas, cerca de 38,9% do total de causa mortis, sendo que de janeiro a Novembro de 1993 o número chega a 138; o número de desempregados no mesmo ano foi de 31.570 trabalhadores, e os dados concernentes aos Soro-Positi- vos em HTV e doentes de AIDS entre 1984 e 1993 é de 877 casos, ironicamente diríamos que não precisamos aprovar a pena de Morte, e nem necessá- rio será, legalizar o Aborto, pois o caos está instalado* ! ! Apesar destes dados, c&fteiàmamos àsj^ejas cristãs ' e entidades religiosas a tudo ^ ^ fazer para que este quadro se reverta, diante dos fatos, cabe- nos somar forças e envidar uma ação conjunta frente a pauperização e violência que vive os municípios joseenses.

Que possamos refletir sobre nossa prática à luz das palavras do apóstolo João: "Se não amamos ao nosso próximo a . quem vemos, como haveremos de amar a Deus a quem não vemos?" (1 Jo 4.20); que a nossa e a nossa solidariedade se expressem em atos concre- tos, pois a não subsiste sem as obras o amor.

Rev, Tércio Paulo de Almeida

um século^ no Estandarte

ANNOÍ - N^52 SÃO PAULO, 30 DE DEZEMBRO DE 1 893

Finda-sc com o presente nu- mero o primeiro anno de nossa campanna.

Quando á frente de uma pro- pãganda generosa desdobramos nosso pavilhão, não nos demorá- mos em medir a temeridade de nosso passo ou em considerar a exiguidade de nossos recursos. Pareceu-nos que nas guerras de Emmanuel largo espaço deve ser, por certo, deixado ao exercido da fé. Nem sempre nessas luctas seculares coube a vidoria aos cam- peões de acalada couraça e pesa- dos montantes. O philistêu agigantado e possante abro- qucTado em férrea armadura c so pesando adextrada lança suc- cumbe á pedra (xrteira ímpellida pela funaa de um joven pastor de Israel. No desenvolvimento historio) de seu Reino se compraz o Senhor em repetir esta licção fecunda de sua providcnda.

Era este o pensamento que então externámos

Que nos importava, pois, nos- sa pcquenczante a magnitude do commettimentoí a difficuldade séria de orientação ante a anarchia moral, religiosa c politica dps tempos» o exemplo uniforme jâjo jo^alismo religioso, cujas í ariííás de extstenda houvera até então no copioso auxilio das missões extrangciras! Que im- portava tudo isso, si era cm nome do Senhor que arvorávamos a bandeira, si era em nome de um dever sagrado que occupavamos o posto do sacrifido, si era cm nome da verdade e do bem que íamos enfrentar os inimigos da seriedade e da religião, com as pedras lisas colhidas nas límpidas consentes de nossas intenções! De Deus nos viria o socon^o: nós criamos, porisso é que falávamos.

E não foram frustadas as an- tedpaçõcs de nossa fé: o braço invisível do Deus a quem servi- mos apoiou nossa fraqueza.

Si, pois, nestas primeiras ar- masalgum lourelveiu coroar nos- sos esforço, atiramol-o aos pés

d'AqueUe que escolhe as Cousas fracas pra confundir as fortes, as que não são para destruir as que são.

Si bem interpretámos cm nos- sa orientação jomalistica o mo- mento histórico, si bem compre- hendemos a f ndole de nosso povo, e as necessidades aduacs da pro- paganda nomeio em que agimos/ si através do tumultuar das pai* xões do desnortear dos tempos, pudemos manter passo firme da trilha estreita de nossa missão, não nos compete dizcl-o.

Certo, não nos devanecemos em possuir critério infallivcl e nem é justo exigir daquelles que são forçados a ter cm uma nas mãos a trolhas do pedreiro e na outra a espada do combatente, não é justo exigir mais do que esforço diligente no cumpirmento dc seus deveres.

Alémdisso,édaoontingenda humana que os ideacs mais puros rocem suas brancas azas no pó, aqui c alli, quando das cerúleas regiões do espirito descem sobre o campo acddentado da vida pra dica.

Entretanto, conforta-noshoje, ao enxugar da fronte o suor do afanoso hdardc 1 893, o testemu- nho intimo e as provas incquívocasdc sympathiacapoio cffedivo, dcnho c dora da Egrcja Evangélica,

Aquideixámos, pois, um voto dc sincera gratidão a todos os nossos amigos que, com suas asrig-naturas, palavras, offertase collaboração, efficazmcntc con- correram para que tremulasse o nosso Estàndarte ao vento das idéas na propaganda dos bons prindpios. E, agora, sob o lábaro soaosando dos prindpios sodaes de um diristianísmo extcmc, en- carando, serenos, o futuro, tendo a por talabarte de nossos rins, na cfextra a espada do Espirito, seja-nos lidto, em nome dc Deus e da humanidade, bradar a nos- sos leaes amigos:

Camaradas, ao novo rumo!

o que a nossa Menino Jesus

Primeiro amor

Precisamos voltar ao primeiro amor. Que os nossos gestos se tomem claros, simples e objetivos como um gesto de criança; e ainda, que possamos crescer no conhecimento e na ^ça, seguindo os passos dos nossos heróis da fé. Que Cristo seja sempre acolhido em nosso meio. As- sim o nosso natal será sempre constante. ...

José Xavier de Freitas

2* IPI de S&o José dos Campos

Firmeza na

- Que Ele nos sabedoria e firmeza na fé, nestes dias de tanto descompromisso com a Palavra.

- Que Ele nos os Seus olhos, para vermos a miséria, afim de combatê-la.

- Que Ele conceda-nos a Sua paz, para podermos reparti-la com os desesperados e os doentes que vivem ao nosso redor.

Nâo somente no dia de Natal, mas em todos os novos dias de 94. É a nossa oração.

Rev. Almir Pezzolo

Perfil próprio

Que haja sempre entendimento na Igre- ja, discernimento na realização da obra e boa vontade no trabalho missionário. A nossa Igreja precisa criar um perfil pró- prio, sem se espelhar em outras institui- ções. Não digo que ela seja fechada, con- servadora, rançosa mas que sej a pura man- tendo a verdade do evangelho de forma atual. Que leve "As Boas Novas" para toda criatura.

Presb. José Aotonio Souza

2' IPI de Carapicuíba

Uma Igreja graciosa

A Igreja está precisando ser compro- metida com o Reino de Deus, que seja uma Igreja Fiel, que tenha mensagens que al- cancem as pessoas em suas necessidades; que expresse através de suas atitudes, o amor de Deus, de forma restauradora à vida humana.

Enfim, que seja uma Igreja graciosa, cheia do amor de Cristo, tendo a ação de DEUS de forma concreta.

Rev. Luiz Henrique S. Rossi IPI Cornélio Proc6pio-PR

Redobre sua ajuda

Que as palavras bonitas e desgastadas se revitalizem e saiam da nossa mera lite- ratura. Quando isto acontecer, o Menino Jesus irá ouvir nossas preces, e a felicidade será um fato. Dai se conclui num misto de pessimismo com realismo a grande difi- culdade que temos pela fi'ente.

Menino Jesus, redobre sua ajuda para a nossa amada IPIB.

AnÔDÍmo - «*t*

Igreja está precisando ped

Estes pedidos ao meni-

neste Natal? ztnt/Zl^^^lTe

presbíteros presentes na reunião do Supremo Con- cílio, que ocorreu no dia 27 de novembro de 1993 na 1- IPI de São Paulo, Alguns assinaram, outros assinaram de maneira ilegível e outros deixaram de colocar seus nomes, mas o que importa são os pedidos feitos ao menino Jesus em resposta à nos- sa pergunta acima.

Direito à vida

Fecho os olhos e penso: Senhor, tantas crianças perambulando sujas e fa- mintas pelas ruas. ao desprezo de todos. Porque não lhes djar o direito a uma vida nobre e um fiituro feliz? A indignidade humana corrompeu o homem, mesmo os considerados justos e correios, de forma que a desilusão tomou conta dos corações. Porque não restaiuar a crença, a fé, a força que alimenta a vida, tendo o Senhor como fimdamento dessas virtudes? tanta fome. rostos famintos, mâo estendidas, irmãos vivendo em condições sub-humanas, ver- dadeiros miseráveis, todos em cima de uma terra rica, boa, produtiva na qual em se lançando a semente, que nem precisa ser bem cuidada, produz e produz e mata a fome. Porque não abrir os olhos dos ho- mens para esse tesouro pois o trabalho honesto engrandece e soluciona as maze- las da vida? Senhor, vejo os homens olhan- do para o alto, olhos estatelados, mãos estendidas, faces enrugadas, marcas su- premas do sofrimento. Esperam o que não sabem possível, sem saber do que se trata. Esperam, Senhor! A resposta está em nós, em tua noiva, em tua Igreja, Senhor. En- tão. Senhor, entre tantos pedidos, se eu tivesse que pedir ao Menino Jesus neste Natal, pediria; Una, sar.tifique. desperte a tua noiva e faça dela a soluto dos proble- mas que angustiam os homens, levando-os à felicidade. Dé-lhes Senhor um pastor, nesta hora difícil, e não os deixem viver como o Menino Jesus os viu no passado sem pastor, sem esperança, sem futuro!

■• .Rfv. Ezequias dos Santos 1* IPI do Tatuapé

Venha o teu Reino

Neste momento em que o país está estarrecido diante das revelações da CPI do Orçamento, em que a nossa democracia corre sérios riscos de retrocesso, em que a fome e a miséria alcançam níveis jamais visto, justamente naquele que poderia ser o maior celeiro do mundo, nâo poderia ser outra a nossa súplica: "Venha o teu Reino Senhor , resgate a dignidade do nosso povo ó DEUS. Faça renascer a esperança restau- rando em nós o genuíno espírito protestan- te; e que a ttia Igreja volte a ser IGREJA à imagem do seu Filho Jesus.

Rev. Assir Pereira IPI de Pinheiros

Sabedoria

Eu peço sabedoria para que os irmãos tenham o conhecimento vindo de DEUS.

Presb. Sebastião Sabino de Uma IPI Jardim Califórnia

Abençoado por Deus

Que ele ajude o nosso paisa sair da crise em que se encontra. Que tire a tristeza e a vergonha dos nossos corações por causa da corrupção do nosso Brasil. Que Jesus ajude aos pobres dando o conforto material e espiritual para viverem; e aos ricos, que o menino Jesus possa tocar em seus corações no aspecto da generosidade. Que o Brasil possa ser um pais abençoado por Deus na parte de honestidade.

Presb. Paulo Alves Domingos 1* IPI de Dourados-MS

Minimizar a pobreza

Que os nossos representantes políticos possam ser tocados pelo Espírito do Se- nhor, para que olhem com mais carinho para a população Brasileira, e estudem como minimizar a situação da pobreza do país.

Nilton Alves de Souza IPI de ScrtanópoUs

É de você!

Quero trazer uma mensagem aos can- didatos a cargos Piiblicos que são leitores do Jornal "O Estandarte".

imi ditado que como Pastor nâo aprovo:

"O Homem que o Brasil precisa: JE- SUS". Creio que não é verdade. O homem que o Brasil precisa é você Pastor, Presbítero, irmão. Que o Menino Jesus do Natal, tenha como prioridade o seu cora- ção e nele faça morada. E que o Senhor do nosso natal venha fortalecer a sua vida grandemente. Que Deus olhe para o povo do nosso país. Amém.

Weber Orlando Braidotti IPI de PonU Pora-MS

O centro de tudo

- Que a Igreja seja inundada pelo Amor de Cristo.

- Que nós possamos encontrar o cami- nho para ser na verdade tmia IGREJA em missão.

- Que o entendimento possa surgir, trazendo benefícios à vida da Igreja.

- Que Jesus possa ser o centro de tudo na vida da igreja.

- Que a obra missionária seja tuna meta importante.

Oswaldo B. Moraes IPI de Vila São José-Osasco

Que a estrela nos guie

Eu espero que, ao lado da sua Glória e Majestade, ele continue sendo o Menino Jesus, para que possamos pereira beleza que se manifesta na humildade do Deus Onipotente que se acomoda no colo de sua mãe e que se nutre do leito materno.

Eu espero que o Espírito Santo traga à nossa mente, o lindo qiudro do Rei dos reis e Senhor dos senhores deitado numa man> jedoura, sob os cuidados paternos de um carpinteiro e matemos de uma camponesa, adorado por pastores, sábios e anjos, para que sejamos levados a chorar amargamen- te por causa da nossa pretensão de glória e poder.

Eu espero que a estrela nos guie à presença do Senhor que se fez gente para que nós pudéssemos ser eleitos à condição de dignidade de filhos de Deus (João 1.12- 14).

Espero que a mensagem de renovação nos inspire para que nos identifiquemos com os famintos, os sedentos, os enfermos, os presos e com todos aqueles com quem Jesus se identificou para levar a mensagem de Salvação. (Mateus 25.34-40).

Espero que neste Natal o Menino Jesus derrube do Trono os poderosos e eleve os humildes.

Rev. Mathias Quintela de Souza

DEZEMBRO/1993

lACONIA

UMPISMO

Uma palavra diaconal

Amado irmão Diácono

Saudação Cristã

Estamos no apagar das liizes do anode 1 993 e não podia deixar p^sar sem que você soubesse de minha gratidão, alegria e empe* nho em poder contar com seu trabalho nas bases da nossa ama- da EPIB, sem o qual de nada vale- ria meu esforço e sem sentido nosso objetivo.

A você nossa palavra de estí- mulo impacto. Nessa função Diaconal é de vital importância na sociedade e na Igreja. Somos agentes transformadores nas duas realidades e além disto discípulos de Cristo para a edificação dos Santos. Meu desejo é que o Espí- rito Santo seja pleno em sua vida, desepertando-lhe o desejo de ser mais útil e profundamente sério neste ministério que Deus tem colocado em tuas mãos. É preciso que nossas vidas façam "diferen- ça" na igreja e na sociedade no próximo ano.

Tenha sempre em mente "em meus passos que faria Jesus" e

"filhinhos, não amemos de palavra, nem de boca;

mas de fato e de verdade" (/ João 3:18}

você contemplará as mudanças reais em sua vida e ao seu redor.

Não abra mão do seu sacerdó- cio (servir aos demais), ser ínti- mo de Deus. Nosso lugar é o lugar do serviço, sem esperar o reco- nhecimento. Fazemos porque so- mos de Deus, pertencemos a uma Igreja que é submissa ao Deus "Eu Sou o que Sou" e nós seus filhos que devemos ser o que so- mos (servos) diáconos.

No amor de Cristo;

FELIZ NATAL E PRÓSPE- RO ANO DIACONAL COM MUITO SERVIÇO.

Pastor Bereta

MISSÕES

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Fórum da Juventude - um recomeço

Realizou-se no dia 27/1 1 na ci- dade de São Paulo o Fórum da Juven- tude da IPI do Brasil para reestniturar os trabalhos e organizar a agenda 1994. A reunião teve início as 9:00h com uma devocíonal feita pelo Presbítero Adair Sérgio Camargo da 2' m de São José do Rio Preto, em seguida tivemos o Pastor Cláudio abordando o tema: "A Atuação da Juventude no Velho Testamento", antes do almoço ainda tivemos al- guns testemunhos de irmãos e irmãs que têm realizado trabalhos maravi- lhosos de compromisso com o Reino de Deus na área da evangelização e na área social. Pessoas que tem dedi- cado suas vidas no trabalho de res- tauração de "Homens de Rua" (Igre- ja Ipiranga-IPI SP), como também irmãos que trabalham junto aos pre- sos nas cadeias e penitenciárias. Es- ses testemunhos foram importantes, porque sonhamos com uma juventu- de atuante na nossa igreja, uma ju- ventude engajada, que realize o tra- balho do Senhor com zelo e dedica- ção, e que descubra outros ministéri- os de atuação dentro e fora da igreja que não seja apenas o louvor, mas que abracem a oração e a Ação, que vivam um evangelho hollstico. Após o almoço fomos agraciados também, com a fala do presbítero Paulo No- gueira, secretário de Forças Leigas, que enfatizou a importância do tra- balho leigo rui igreja, e de uma parti- cipação ativa da juventude. Em se- guida, o Pastor Calvani trouxe-nos uma mensagem que falou profunda-

mente em nossos corações sobre o tema: "A Atuação da Juventude no Novo Testamento" , É assim que pre- tendemos caminhar como juventude, em nossos encontros, buscarmos á base do ensiruunento na Palavra de Deus. Posteriormente, abrimos a dis- cussão em grupo com os aproxima- damente 80 jovens que estiveram representando várias regiões da nos- sa igreja como: Presbitério Araraquarense, Botucatu, Leste Paulistano, Sul do Paraná, Sul de São Paulo, NovoOsasco, Brasil Cen- tral, Caminho do mar, Carapicuiba, Bauru, Sorocaba, Rio de Janeiro e inúmeras cidades para ouvir os ir- mãos falarem sobre suas idéias, so- nhos, desejos, perspectivas como jo- vens da IPI do Brasil, o que têm acontecido em suas igrejas, regiões, etc. Essa troca de experiências atra- vés dos pronunciamentos dos irmãos foi relevante para darmos continui- dade aos trabalhos e para tomada de algumas decisões. Primeiramente formamos uma Comissão de Jovens para serem os representantes e os responsáveis pela Coordenadoria Nacional da Juventude para ajudar realizar eventos qessc período de transição de 1 994 para 1 995 quando deveremos ter eleições nacionais para elegermos uma nova direloria para o quadriêmode 1995 a 1998. Compõe esse grupo os seguinlesjoveos: Aldina (IPI Lençóis Pta), Edilson (IPI Sorocaba), Najan(IPlPonta Grossa), ValdeilsoD (IPI Central de Brasília). Ronaldo (IPI Carapicuiba), Darli (IPI

Vila Aparecida-SP), Air (IPI Len- çóis Pta), Márcia (IPI São Mateus- SP), Vera (IPI São Caetano); Karyba (IPI Bauru). Raquel (IPI Itaim Paulista-SP). Paulo Bana (2' EPI S. J. Rio Preto). Sérgio Camargo (2' IPI S. J. Rio Preto), Marco Pedroso (IPI Vila Talarico-SP), Gláuber (IPI Votorantim).

Ficou decidido que esse grupo estará se encontrando dia 19/12 no Escritório da Igreja Nacional on S Paulo para trabaÚiar a agenda que ficou assim estabelecida: a) Reunião com todos os representantes do6 pres- bitérios no último sábado de fevcrei- ro/94; b) Encontro Nacional da Ju- ventude na Páscoa de 94; c) Encon- tros Sinodais no 2" semestre de 94, d) Congresso Nacional em fevereir(V95 para eleições.

Outra conquista da juventude junto ao Supremo Concílio da nossa igreja, foi a disponibilidade de verba para "Pastora] da Juventude" - em breve teremos o pastor escolhido, e então, estaremos divulgando com mais detalhes aos irmãos. Para en- cenar, gostaria de pedir as orações dos irmãos e a colaboração princi- palmente dos pastores e da liderança das igrejas para com o trabalho da juventude. Visite o jovem, couvotc com ele. estimule-o a participar dos trabalhos locais, regionais e lucia- nais. Prepare-o. assim seremos uma igreja forte em Cristo.

Aldina Claréte Damico Coordénadoria Nacional da Juventude

Rev, Valdir é o novo Secretário da SMI

A partir de janeiro/1994 estará assumindo a jimção de Secretário Executivo da Secretaria de Missões da IPI do Brasil: o Rev. Valdir Alves dos Reis. Ele ocupará o cargo que. nos últimos dois anos, está sendo ocupado pelo Presb. Honesíálio de Casti-o. o qual vinha acumulando também a /unção de Supervisor dos Campos Missionários. OPresbitero Castro continuará nesta última/un- ção que. aliás, exerce com muita dedicação a mais de 5 anos.

O Rev. Valdir Alves dos Reis é um jovem pastor. Nasceu na cidade de Guaraci-PR. no dia 24.06.1966. É filho de pais evangélicos, tendo sido batizado na infância na IPI de Indianópolis-PR Converieu-se ao Evangelho de Jesus Cristo em abril de 1 985. Professou a sua em julho do mesmo ano de sua conversão, rui 3" IPI de Londrina. Estudou no Se- minário Teológico de Londrina em 1 989. sendo designado pelo Pre^bh , t^rio de Maringá para o pastorado IPI de Jandaia do Sul-PR no ano

seguinte, onde ainda exerce o seu pastorado. O seu ministério é mar- cado por uma visão bem abrangente da Missão da Igreja. Desde que as- sumiu o pastorado da IPI de Jandaia doSul. tem procurado estender o sêu ministério à sociedade como um todo, agindo principalmente a serviçodas populações mais carentes. Lidera um trabalho com favelados denomi- n^ôs "Missão Ide Entre os Pth^-y.;, bres" no <^l procurou envolver

profissionais cristãos das áreas da saúde e assistência social. Em sua luta em favor dos favelados tem pro- curado ser-lhes a voz em busca de melhorias nas condições de vida di- ante das autoridades municipais. Tal trabalho missionário foi alvo das atenções de igrejas evangélicas es- trangeiras que se interessaram pelo projeto.

Como Secretaria de Missões damos graças ao bom Deus pelos servos que Ele tem enviado para contribuir com o nosso trabalho. Agradecemos a Deus pelo esforço do Presbítero Castro pela dedicação que sempre demonstrou na execução das tarefas a ele designadas. Agra- decemos a Deus pela vida no novo Secretário Executivo, pois sabemos que com denodo realizará o seu tra- balho.

Rev. Gerson Mendonça de Annunciação ,]'.* Iktplo. de Comunicação e Promoção da SMI

Mensagens da Catedral

Não perca esta preciosa série de mensagens sobre o Espirito Santo, proferidas pelo Rev. Abival Pires da Silveira.

Faça seu pedido pelo telefone (011) 255.6111 ramal 324 com Ely ou Júnia.

1: Discernindo os Espíritos 2; O Espírito de Pentecostes 3 : O Batismo do Espirito Santo 4: APIenitudedoEspírito Santo 5; O Fruto do Espinto Santo 6: Os dons do Espinto Santo 7: O Super-Crentç

Com esta série você ganha mais sete mensagens do culto da noite. Não perca esta oportunidade!

As mensagens pregadas do púlpito da Primeira Igreja estão também à disposição dos interes- sados. Aqui alguns litulos da úl- timas mensagens pregadas pelo Rev. Abival:

1 - O Significado da Vida

2 - A Revolução da Esperança

3 - A Oração do Perdão

4 - Da Sala do Trono

5 - A Bomba O

6 - Em Tempos de Calamidade

7 - Adversativa da Graça (Cul- to das Pnmícias)

8 - O Pão c o Vinho Falam

9 - O Pão Nosso

I Preço de referencia de cada fita para dezembro CR$ I 200,00 Para você presentear neste Natali

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DEZEMBRO/1993

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PALAVRA DA PRESlDENCIA|p

Dizer que vivemos tempos difí- ceis é redundância- muito tempo estamos vivendo tempos difíceis. De modo que nosso problema hoje não é mais o grau de dificuldade dos tem- pos que vivemos - e que parece tende a se agravar ainda mais - mas sim o nosso grau de resistência em tempos de dificuldade.

Nós os brasileiros vimos resis- tindo bravamente aos desmandos históricos a que vivemos sendo sub- metidos nos últimos anos.

Não temos caminhado de em fé. Nem de esperança em esperança. Temos cammhado de fiacasso em fracasso. Os fracassos da história económica recente sâo apenas um simbolo do que estamos dizendo; fracasso do plano Samey. fracasso do plano Color I. fracasso do plano Color n. É natural que tanto fracasso gerando nas mentes e nos cora- ções das pessoas um sentimento de desesperança para não dizer ansie- dade e desespero Dai à total des- crença é apenas um passo. Se fizer- mos uma consulta vamos verificar com facilidade que as pessoas não crêem em mais nada e era mais nin- guém, Tomaram-secéticas. Até mes- mo cínicas. O cmismo é a expressão mais grave e triste do ceticismo. As pessoas se tomara imunes a tudo. Nada mais as toca ou sensibiliza. São descrentes. E neste contexto que va- mos celebrar mais um natal. Será ele apenas mais uma festa de fim de ano? Mais uma data especial no nosso calendário?

Em tempo de tanta descrença e desesperança o Natal é um chama- mento á crença e à esperança, Daí por que neste natal, neste fina) de ano que está sendo particularmente difi- cil para nós brasileiros, somos desa- fiados a uma reaTirmação de nosso convicção de fé. O Natal é um convi-

Credo de Natal

te a que renovemos nosso credo não como uma verda^ intelectual, mas como um princípio de vida. Daí o nosso CREEX) DE NATAL.

CREMOS NA VTDA - A vida é o dom maior de Deus. Nenhum dom é maior que a vida mesma. Daí seu valor único e inestimável. Não troca- mos a vida por nada. Mas a nossa vida está cercada e ameaçada de morte por todos os lados. O mundo está tomado pelo cheiro da morte. Os quatro cavaleiros do Apocalipse ca- valgam de rédeas soltas espalhando a morte por todos os quadrantes da terra. sinais de morte nos céus e sinais de morte na terra. sinais de morte na natureza e sinais de morte no homem. As pessoas trazem estampados em seus rostos os terrí- veis sinais da morte. Morte física. Morte psicológica. Morte moral. Morte espuitual. Vazio, solidão, de- sânimo, frustração são alguns frutos colhidos na árvore da morte.

Mas em meio a estes sentimen- tos de morte, sinais de vida. Dese- jos de viver. Desejos de vencer De- sejos de ser feliz, A árvore da vida continua plantada no centro do Jar- dim de Deus e é para o nosso bem. Ela é afirmação de que a vida é mais forte do que a morte. Por isso. a na vida é a única força para a nossa caminhada. Proclamemos neste na- tal, cheios de e esperança: CRE^ MOS NA VIDA!

CREMOS NAS PESSOAS - Vivemos num mundo deyi^- , sonaUzado e anónimo. Nele as pes- soas desaparecem. As pessoas são utilizadas e instrumentalizadas. São

um meio para algo mais. Para a pro- dução. Para o lucro. Mas isso é uma deturpação. Uma aberração. As coi- sas existem em função das pessoas e não as pessoas em fímção das coisas. Não foi isso que Cristo ensinou? Que o homem não foi leito para o sábado e sim o sábado para o homem?

E não apenas isso. As próprias pessoas parecem ter se tomado mais feias. Parecem trazer uma carga anti- humana. Estão sempre armadas, des- confiadas, pessimistas, iradas, re- voltadas. Sempre em guarda, des- confiando dos outros. Precisamos inverter o credo do mundo. Para nós são as pessoas que importam. Elas é que são importantes. Elas é que pre- cisam ser resgatadas. Elas são a ma- téria prima por excelência de huma- nidaí^. Por isso, neste Natal, cheios de e de esperança, tenhamos a coragem de proclamar; CREMOS NAS PESSOAS!

CREMOS NO AMOR - Parece inócuo e vão fazer esta declaração de no amor. Afinal o ódio parece triunfar de ponta a ponta. O amor parece ser a força dos fracos e o refúgio dos românticos. No nosso mundo feio e calculista parece não ter lugar para o amor. As pessoas respiram ódio e egoísmo. Por isso são cada vez mais solitárias e cada vez menos solidárias, A crença do mundo está na força, no lucro, no dinheiro, na fama, no sucesso, no "status". E nele não lugar para o amor.

-j. Mas a vida não reconhece outra força a não ser a força do ara«r. O mundo tem amor á força mas a vida

vive da força do amor. É por isso que tudo que não é enraizado no amor não subsiste . Não futuro fora do amor. Na verdade, so o amor permanece. Tudo passa. Até mesmo a e a esperança. Mas o amor não. O amor fica para sempre. É eterno como Deus. Daí porque neste natal procla- mamos com alegria: CREMOS NO AMOR.

CREMOS NA JUSTIÇA - No

mundo lodo um clamor por justi- ça. A injustiça parece triunfar em todas as fronteiras. Como o salmista chegamos a "invejar os arrogantes ao ver a prosperidaide dos perversos' ' (SI 73.3) uma prosperidade dos maus e uma maldade dos próspe- ros. Há momentos em que eles pare- cem estar com tudo. Parece que não sentido em ser bora^ honesto c justo. Está a CPI do Orçamento e os PCs devida que parecem confir-

mar a queixa do salmista. Mas tudo isso é uma grande ilusão. Todos que assim pensam e agem serão sepulta- dos na vala comum do esquecimento. Não serão abençoados e nem o será a sua descendência enquanto se ali- mentarem do fruto poder de injusti- ça.

onde amor é que acontece a justiça. E quando a justiça acon- tece é que paz. E fomos feitos para isso. O nosso sangue e a nossa came clamam por liberdade, igualdade e fraternidade. Por isso lutamos por uma humanidade livre, fraterna e justa. As bombas, um dia cessarão. As guerras serão ridicularizadas. E serão tidos por louvar aqueles que fazem do acúmulo de riqueza o fim último da própria vida. Porissoneste natal, em meio a um mundo de tanta injustiça, continuamos a afirmar. CREMOS NA JUSTIÇA.

CREMOS EM DEUS - Esse é o nosso segredo derradeiro e final. Cremos em Deus. Ura Deus que é a força da vida. Um Deus que criou as pessoas á sua imagem e semelhança. Um Deus que é a fonte do amor. Um Deus que se regozija com a justiça. E para transformar todas as nossas as- pirações era vida eterna deu-nos a míiis preciosa de todas as dádivas: Jesus Cristo.

É por isso que fazemos deste Natal tempo de reafirmação de nossa fé.

A toda a Igreja Presbiteriana In- dependente do Brasil e a cada um de seus membros os nossos votos de um Feliz Natal e abençoadíssimo Ano Novo.

Nalalde 1993

Rev. Ablval Pire« da SUvelra " -- Presidente

'BRASÍLcopoeÍoS^ ^

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^SEêfTeS

IGREJA PRESBITERIANA INDEPENDENTE DO BRASIL

Rua Amaral Gurgel. 452 - S/loja CEP 01221 - Cx. Postal 300 Fones: 258-1422 258-1809 - 258-1635 - SÃO PAULO - SP FAX (011) 259-0009 ^

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