CONFEDERAÇÃO EVANGÉLICA DO BRASIL

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RELATÓRIOS

Biénio 1934- 1936

RIO DE JANEIRO 19 3 6

BV 2370 .C74 R4 1934-36 Conf edera c ao Evang elica

do Brasil. Relat orios

CONFEDERAÇÃO EVANGÉLICA DO BRASIL

RELATÓRIOS

Biénio 1934-1936

EIO DE JANEIRO 19 3 6

CONFEDERAÇÃO EVANGÉLICA DO BRASIL Av. Erasmo Braga, 12 -s. 3 Caixa 260 Tel. 22-7413 Rio de Janeiro

1934—1936

DIRETOEIA DA CONFEDERAÇÃO

Presidente: rev. Mattathias G. dos Santos. 1" Vice -Presidente: rev. Odilon Morais.

2" Vice-Presidente: sr, J. L. Fernandes Braga (depois substituido pelo

rev. dr. H. C. Tucker) . Secretário Geral: rev. Epaminondas M. do Amaral.

Secretário de Atas: sr. Evonio Marques (depois substituido pelo dr. Ee-

migio C. Fernandes Braga). Tesoureiro: rev. Franklin T. Osborn.

CONSELHO DE IGREJAS EVANGÉLICAS DO BRASIL

Presidente: rev. Jonathas T. de Aquino.

Secretário Executivo: rev. dr. Benjamin Morais Filho.

CONSELHO DE COOPERAÇÃO Presidente: rev. Guaracy Silveira.

Secretário Executivo: rev. Epaminondas M. do Amaral.

CONSELHO DE EDUCAÇÃO RELIGIOSA

Presidente: rev. Galdino Moreira. Secretário Executivo: rev. Rodolfo Anders.

1936—1938

DIRETORIA DA CONFEDERAÇÃO

Presidente: rev. Mattathias G. dos Santos,

Vice-Presiãente: rev. dr. W. H. Moore.

2" Vice-Presidente: rev. Jonathas T. de Aquino.

Secretário Geral: rev. Epaminondas M. do Amaral.

Secretário de Atas: rev. Silas Coutin.

Tesoureiro: rev. Franklin T. Osborn.

CONSELHO DE IGREJAS EVANGÉLICAS DO BRASIL Presidente: rev. Jonathas T. de Aquino. Secretário Executivo: rev. dr. Benjamin Morais Filho.

CONSELHO DE COOPERAÇÃO Presidente: rev. Odilon Morais.

Secretário Executivo: rev. Epaminondas M. do Amaral.

CONSELHO DE EDUCAÇÃO RELIGIOSA Presidente: rev. Galdino Moreira. Secretário Executivo: rev, Rodolfo Anders.

RELATÓRIO DO SECRETÁRIO GERAL

Rev. Presidente e dignos delegados. Saudações cristãs.

Chegados ao fim do 1.^ biénio de vida da Confederação Evan- gélica do Brasil, que nasceu da fusão de 3 entidades cooperativa» a Federação de Igrejas Evangélicas^ do Brasil, a Comissão Bra- nileira de Cooperação e o Conselho Evangélico de Educação Reli- giosa do Brasil cumpre agora examinar o caminho percorrido pela mais representativa organização do evangelismo pátrio, sur- gida para "expressar e estimular a unidade substancial do protes- tantismo, coordenar suas forças em aeão conjunta, e manter rela- ções com a Igreja de Cristo em todo o mundo".

UNHICAÇÃO E FUNCIONAMENTO

Nascida da união de 3 entidades cujas funções são exercidas, de alguma forma, pelos seus 3 novos Conselhos o de Igrejas, o de Cooperação e o de Educação Religiosa a nova entidade geral resultante reclamava e reclama cuidados especiais, no sentido da unificação, a qual se revelará no funcionamento do novo aparelho, em seu aspecto puramente administrativo, e, de maneira mais im- portante, na coordenação das funções diversas. Tanto no que diz respeito ao primeiro como ao segundo aspecto, naturalmente se exigiu, da secretaria geral e dos responsáveis pelos demais de- partamentos, especial interesse, para serem vencidas as naturais dificuldades. Temos a impressão de que a experiência do biénio afirma que muito se conseguiu no caminho da unificação. Vale dizer: os Conselhos da Confederação e o departamento espeeial que é o Centro Brasileiro de Publicidade funcionaram, dentro de dife- rentes modalidades de autonomia, como órgãos indepeadentes mae

harmónicas. E é oportuno registrar que para isso concorreu a feliz harmonia cristã que reina, intensa, entre secretários e os maiores responsáveis pela obra.

A experiência fala em favor da unificação oficialmente reali- zada, ou esta fez maior ainda a complexidade? Não seria justo um pronunciamento pessimista, que às vezes é provocado pela apa- rência superficial. Não temos mais 3 organizações gerais, com 3 administrações e 3 orçamentos, com finalidades em alguns pontos comuns, e nem a multiplicidade de representantes requerida de al- gumas Igrejas. O que ainda empresta aparência de complexidade é a necessária subdivisão em 3 Conselhos, que se explica de maneira fácil e natural: a atual situação do evangelismo brasileiro re- quer um lugar para as sociedades missionárias estrangeiras nos qua- dros de nossas organizações gerais, cujos largos objetivos não podem permitir que elas retirem o seu concurso; não temos ainda meios para manter sozinhos a Confederação; ha interesses públicos e in- teresses internos das Igrejas que não consentem a presença de ele- mentos que não sejam apenas representantes de Igrejas brasileiras: daí a necessidade de uma entidade que seja una, mas tenha o re- curso de Conselhos ou departamentos especiais, em que caibam todos 08 reclamos da causa evangélica. Alcancemos nós alguns degraus mais na escalada que fazemos, e não será objeto de dúvida que, proposta uma reforma que perfeita homogeneidade e simplici- dade à Confederação, as sociedades missionárias estrangeiras sau- darão, com alegria, o advento dessa promissora situação, dentro da qual elas, membros auxiliares, darão força moral e auxílio cristão ás Igrejas nacionais bem fortemente aproximadas dentro da Con- federação .

Basta comparar as despesas anteriores e o pessoal empregado, para notar que a unificação trouxe economia sensível de gastos, ao lado da economia de esforços. A unificação valeria por si mesma: reeomenda-se mais pela eliminação de despesas.

QUADRO SOCIAL

Na Assembleia organizadora da Confederação, resolveu-se que fossem considerados membros provisórios até dezembro de 1934, enquanto não se pronunciassem, 3 antigas organizações filiadas à

Comissão Brasileira de Cooperação: o Board of Foreign Missions of the Presbyterian Church U.S.A., o Board of Foreign Missions of the Methodist Church, South, e a Religious Tract Society. A Diretoria, em janeiro de 1935, prorrogou esse praso e o encerrou em 18 de julho, arrolando somente a primeira dessas organizações, que se havia pronunciado favoravelmente, não tendo havido até essa data nenhuma comunicação das outras, devendo assinalar-se, além disso, que a terceira entidade mencionada não estava em condições de filiar-se, por não ter trabalho efetivo no Brasil e ter-se fundido com outra organização.

Mais tarde, a organização resultante dessa fusão a United Society for Christian Literature fez pedido de filiação, que foi considerado pela Diretoria a 12 de novembro de 1935 e 27 de abril de 1936, decidindo-se, nesta última reunião, ''receber a referida so- ciedade como membro correspondente da Confederação, esperando que possa ainda a sociedade ficar em condições de ser membro efe- tivo ; e devendo a presente resolução ser relatada" a esta Assembléia.

Nos últimos dias do biénio, foi recebida carta do Board of Foreign Missions of the Methodist Church, South, manifestando o propósito de cooperar em nossa obra. Tratando-se de antigo mem- bro da Comissão Brasileira de Cooperação, e que fôra considerado filiado provisoriamente á C.E.B., a Diretoria resolveu arrolá-lo, ad-referendum da Assembléia, sem outras formalidades.

Para que se regularize e torne mais racional a relação da C.E.B. com diferentes entidades, especialmente do estrangeiro, e haja a devida discriminação, a secretaria geral lembra a conveniên- cia de ser modificado, ou antes ampliado, o Regulamento, de modo que as grandes organizações estrangeiras e internacionais com que temos estreitas relações ou a que devemos ser filiados não figurem, de maneira anómala, como membros correspondentes da Confede- ração, antes sejam arroladas em seu devido lugar, e com direito a representantes em nosso trabalho, nos mesmos termos em que os membros correspondentes os possuem.

DEPARTAMENTOS

Pelo mecanismo adotado em sua Constituição, as funções todas da C.E.B., norteadas de modo geral por sua Assembléia, são exe-

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catadas pelos 3 Conselhos peças da essência do sistema e por outras organizações autónomas com ela relacionadas.

O relatório do secretário geral é bem uma introdução aos rela- tórios que os secretários executivos dos Conselhos apresentam, e no« quais se conta do que este.s puderam fazer no biénio . Os informes do Conselho de Igrejas, os relatórios dos Conselhos de Cooperação e Educação Religiosa, e bem assim o do Centro Brasileiro de Pu- blicidade — departamento de divulgação de literatura relacionado com a C.E.B. apresentando serviços realizados, trazem ao nosso espírito, numa visão caleidoscópica, muito da momentosa, complexa e grandiosa obra que incumbe aos filhos de Deus realizar no Brasil. Esses relatórios falarão por si, e atestarão, em conjunto, e na har- monia da obra, que a Confederação Evangélica vai caminhando para sua consolidação.

DIRETORIA

E,euniu-se 19 vezes, no biénio, a Diretoria, sendo 6 no ano de 1934; 10, no de 1935; e mais 3 vezes, no 1.^ semestre de 1936. Ocupou-se, nessas reuniões, de multiplicados assuntos aspectos diversos da administração, especialmente o financeiro; pro\âsão de vagas na própria Diretoria e nos Conselhos de Cooperação e Edu- cação Religiosa; e assuntos concernentes a grandes interesses geraÍB. Tendo-se verificado as vagas do 2.^ vice-presidente, secretário de atas, cargos respectivamente ocupados pelo sr. José Luiz Fernandes Braga Júnior, que deixou de ser delegado em virtude de não ser mais arrolada na C.E.B. a sociedade que ele representava, e pelo sr. Evônio Marques, que se mudara do Rio de Janeiro, a Diretoria escolheu para o primeiro cargo o dr. H . C . Tucker, e para o último, o dr. Remigio Fernandes Braga, em 18 de julho de 1935. Conforme se no decorrer do relatório, 3 assuntos de importância a Dire- toria resolveu ad-referendum da x\ssembléia: a aceitação de um membro efetivo, a criação de delegações regionais, e a filiação Conselho Missionário Internacional.

SECEETARÍA GERAL

Encarregada do expediente e dos interesses gerais da Confe- deração, a secretaria geral, para atender a serviços específicos e a

assuntos internos que a reclamam, bem como a assuntos externos que se relacionam com os elevados propósitos da instituição, tem sobre si largas responsabilidades, que, por serem amplas e impreci- sas, tomam boa parte das atividades de seu oficial. O vulto de responsabilidades entregues á mesma pessoa que acumula funções «xecutivas num dos Conselhos não permite que haja todas as rea- lizações desejáveis.

No que concerne á organização interna, especialmente a arqui- Tos e estatística, existem, ainda, obstáculos na falta de recursos fi- nanceiros, e, em parte, na falta de um maior concurso dos que po- dem fornecer informações. O novo orçamento provavelmente vai tornar possiveis alguns dos melhoramentos que se impõem em nos- sas instalações, bem como remodelação de arquivos e novas fontes de necessárias informações. É urgente que, recebendo o concursa de todo o ministério evangélico, possuamos dados estatísticos e in- formações que nos libertem do constrangimento em que frequente- in«nte nos põem muitos que solicitam nossos serviços, principal- mente do estrangeiro ou de fora das Igrejas.

Do estrangeiro, com muita frequência traz o correio pedidos de dados sobre diversos assuntos religiosos ou sociais, e, uma e outra vez, o secretário geral deve preparar informes ou artigos sobre a situação geral da obra cristã no Brasil sejam para o serviço da Comissão de Cooperação na América Latina, ou para revistas misr- sionárias, como o "World Dominion" e "The Missionary Review of the World".

A secretaria tem dado atenção ao boletim "Unum Corpus", o qual, se houvesse recursos, publicaríamos mais ampliado, com no- tícias mais interessantes e discussões relativas ao trabalho no Brasil. Todos os ministros e todas as E. Dominicais das Igrejas filiadas á C.E.B., cujos endreços conseguimos; grande número de outras pessoas que têm permanente contacto com o Centro Brasileiro de Publicidade; escolas e instituições evangélicas; leigos que se inte- ressam de modo particular na obra cristã mais de 2.000 pessoas recebem nosso periódico, que leva informações frequentes sobre aa várias obras da C.B.B. e algum estímulo à confraternização.

Durante o biénio, o secretário visitou os concílios supremos das Igrejas Presbiteriana Independente, Presbiteriana do Brasil, e Cristã

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Evangélica do Braisii (em 936), falando sobre os ideais e empreen- dimentos da C.E.B.

Durante o biénio, a correspondência recebida pela secretaria geral (fora a dos Conselhos) foi de 962 cartas; a expedida elevou-se a 1.109, incluindo algumas circulares.

ASSUNTOS ESPECIAIS

1. Delegações Regionais

A Diretoria julgou de alta conveniência estabelecer, em deter- minadas zonas do país, Delegações Regionais, com tríplice finali- dade: a) representar a C.E.B. e propagar os seu>s interesses; b) representar junto á C.E.B. a região nos assuntos necessários; c) dirigir-se ao público ou aos poderes públicos da região, em casos especiais. A extensão geográfica do país aconselha tal medida, afim de que todo o campo evangélico compreenda melhor a obra da C. E. B. e ela possa exercer mais convenientemente as suas funções. A 15 de janeiro de 1935, o plano foi aprovado, ad-referendum da Assembleia, e após a consulta aos delegados. foram designados os membros das Delegações de S . Paulo, Minas, Paraná, Rio Grande do Sul e Pernambuco, embora ainda não estejam todas devidamente organizadas. A de S. Paulo está prestando serviços com respeito ao futuro Congresso. B de esperar que todas sejam úteis e concor- ram para que a Confederação não seja mero aparelho burocrático da Capital da República.

2. Congresso Evangélico

Outra medida especial que a Diretoria tomou foi a que provi- dencia a realização de um Congresso Evangélico. Para que não seja ele uma simples reunião para cultivo de fraternidade e discussões académicas, sem projecto e sem frutos, obedece a algumas linhas diretrizes especiais : plano antecipadam-ente aprovado pelos mem- bros da Confederação, de maneira que haja delegações oficiais das Igrejas e demais organizações; representantes de classes especiais de instituições (como colégios, seminários, imprensa) ; temas escolhi- dos no menor número possível e relativos a matérias de real urgên- cia ou magna importância; inquérito antecipadamente distribuído a líderes evangélicos, e suas conclusões, bem como as das teses..

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distribuídas aos congressistas para base de discussão; encaminha- mento imediato das resoluções do Congresso à C.E.B. ou às cor- porações interessadas, para fins de realização prática.

Depois de um preâmbulo sobre a situação geral do protesían- íásmo, o Congresso terá 6 secções diante de si: "Evangelização", ""Educação" (incluindo a ministerial), ''Mocidade", "Publicidade" (incluindo a imprensa periódica e a Bíblia), "Questões Sociais" e "Relações Intereclesiásticas" ; havendo sobre esses assuntos 9 teses e 3 relatórios de inquérito.

Não foi pos-sivel a reunião do Congresso em junho, no Rio de Janeiro, e está agora marcado para S. Paulo, de 3 a 8 de dezembro futuro .

A discussão franca de assuntos vitais ha de ser altamente valiesa.

3. RelarÇÕes Internacionais

A Comissão de Cooperação na América Latina e a Associação Mundial de Escolas Dominicais os grandes sustentáculos da.s an- tigas entidades Comissão Brasileira de Cooperação e Conselho Evan- gélico de Educação Religiosa do Brasil continuam a ter estrei- tas relações com a obra da Confederação e a auxiliá-la, de maneira muito generosa e desinteressada, digna de nossa maior gratidão. Em março último, a Comissão de Cooperação na América Latina celebrou o seu 20.'' aniversário, e nessa ocasião enviámos saudações, e informes. A Associação Mundial de Escolas Dominicais acaba de realizar em Oslo a Convenção Mundial e reuniões complementares, « o rev. Rodolfo Anders, secretário executivo de nosso Conselho de Educação Religiosa, enviado pelos fundos especiais deste, retoma de sua viagem.

Conforme a referência feita neste relatório, convém regu- larizar a nossa situação social, de forma que a C.E.B. figure como filiada a essas duas instituições internacionais e tenham elas repre- sentantes junto à Assembléia e os Conselhos interessados.

Estreitaram-se nossas relações com o Conselho Missionário In- temacional, a organização ecuménica que concretiza os ideais do ConcOio de Jerusalém, e que confedera muitas entidades coopera- tivas missionárias de algumas dezenas de países. Até 1935, o Brasil figurava nesse Conselho mediatamente, através da Comissão de Coo-

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peração na América Latina; mas, após devido entendimento, a Di- retoria da C.E.B., ad-referendum desta Assembléia, resolveu pedir (a 19 de setembro de 1935) sua filiação direta, a qual foi muito honr- arofiamente concedida (na reunião de Northfield, set. out. de 935).

Assim, a Confederação, sem prejuizo de suas antigas relações com a Comissão de Cooperação na América Latina, passa a figurar diretamente no rol dos membros do Conselho Missionário Interna- cional, tendo-lhe sido designados 7 lugares no próximo Congressa que, 10 anos depois do de Jerusalém, e para a consideração dos mais elevados assuntos espirituais, vai reunir-se no Oriente em 1938. Mesmo quando nossas relações, mencionadas, se faziam indireta- mente, o Brasil teve sempre direito a 1 representante nas reuniõe» do Conselho. Por esse motivo, tratou-se da ida do secretário geral à reunião de Northfield, não tendo sido possivel realizar-se a viagem, principalmente por falta de recursos económicos: mas a Confedera- ção foi representada naquela reunião, convenientemente, peio prof . J. E. Moreland, do Colégio Porto Alegre, e que se encontrava de férias nos Estados Unidos.

Cumpre dizer, ainda, que a secretaria tem relações com os 3 grandes movimentos ecuménicos largamente conhecidos : o ConseUio Universal de Cristianismo Prático (mais conhecido como '^movi- mento de Estocolmo", ou de "Life and Work"), Conferência Mun^ dial de e Ordem (ou movimento de Lausanne) e a Aliança Mundial pela Amizade Internacional por meio das Igrejas. O nosso Conselho de Igrejas, através de sua Comissão de Ecumenismo e Pa- cifismo, tem tratado de interesses dessas grandes instituições, com as quais a secretaria geral mantém correspondência. Esses movi- mentos têm, por sua natureza, relação imediata com as Igrejas, po- rém, como é conveniente, organizações como a C.E.B. são os ele- mentos de ligação de que necessitam. No próximo ano, na Grã-Bre- tanha, vão realizar-se grandes congressos ecuménicos promovidos por essas instituições ; 3 Igrejas brasileiras nomearam representantes para a Conferência de e Ordem a Congregacional, a Metodista e a Presbiteriana .

4. HomeDagem

A Diretoria, em agosto de 1934, quando partia de férias para o estrangeiro o dr. H. C. Tucker, rendeu-lhe especial homenagem^

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que foi extensiva á sua exma. esposa, sendo ofertada uma lembrança em nome do evangelismo brasileiro, a quem havia ele prestado gran- des serviços, durante quase meio século.

CONSOLIDAÇÃO E PROGRESSO

Finalizamos nosso relatório, com algumas ligeiras observações que julgamos oportunas :

1. Quanto à consolidação financeira da C.E.B., cumpre lem- brar que temos recebido, já, durante um período que diríamos quase excessivo, um grande e generoso auxílio económico da World Sunday School Association e Committee on Cooperation in Latin America, o qual é necessário irmos, não muito vagarosamente, substituindo pelo nosso próprio esforço financeiro.

2. A contribuição do Brasil para as instituições cooperativas tem crescido por parte das Igrejas e por parte de indivíduos, porém está longe, muito longe, de alcançar o ponto em que teremos completa independência, e urge atingirmos logo esse ideal, se real- mente a Confederação Evangélica para nós encarna interesses reais do evangelismo.

3. Ê preciso que todos nós cooperemos largamente na intensifica- ção do espírito cooperativo, afim de que haja uma real cooperação prá- tica de indivíduos e corporações. É com muito pesar nosso que os trabalhos dos vários departamentos da C.E.B. não raro encontram obstáculos na falta de resposta á correspondência e falta de compa- recimento a reuniões.

4. Cumpre que as corporações evangélicas não empreendam suas obras, sem ter o espírito voltado para as corporações irmãs, cultivando o senso coletivo da atividade cristã, enxergando todos apenas uma grande Causa comum, que a todos inspire, para a glória do Senhor.

a) Epaminondas M. do Amaral Secretário Geral.

INFORMES DO CONSELHO DE IGREJAS EVANGÉLICAS DO BRASIL

Na forma do art. 31 do Re^lamento da Confederação Evangé- lica do Brasil, vimos apresentar-vos os dados principais referentes à ati^ddade do Conselho de Igrejas Evangélicas do Brasil no pri- meiro biénio de sua formal organização.

INSTALAÇÃO

Instalou-se o Conselho de Igrejas aos dias 19 do mês de junho de 1934, elegendo a sua Mesa, que funcionou integral quase até o fim do mandato, substituindo recentemente o rev. dr. Júlio C. Nogueira pelo rev. Matatias Gomes dos Santos, nos termos do Re- gulamento em vigor.

BEUNIÕES

A Mesa reuniu-se quatro vezes formalmente e uma informal- mente, tratando dos assuntos atinentes às suas atribuições.

ATOS DA MESA

1. Nomeou o rev. Odilon Morais para diretor do Centro Bra- sileiro de Publicidade, por parte deste Conselho.

2. Determinou que o Secretário Executivo acompanhasse os estudos sobre Problemas Sociais em uma comissão nomeada pelo Conselho de Cooperação o que foi efetivamente realizado.

3. Constituiu uma Comissão de Ecumenismo e Pacifismo, para atender não ao movimento denominado de "Fé e Ordem", como aos interesses da Aliança Mundial pela Paz através das Igrejas. Esta Comissão fez um trabalho prático, rogando a todas as igrejaa

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da C.E.B. orações pela Paz, no último dia comemorativo do Natal de Cristo.

4. Promoveu a celebração, por duas vezes (em 1935 e 1936), da Santa Ceia Interdenominacional, com êxito notável para o mo- vimento de aproximação espiritual dos crentes do Rio e Niterói.

5. Concedeu ao sr. Virgílio Brito, evangelista leigo, uma re- comendação para as Igrejas do norte do país, em viagem de evan- gelização que o mesmo cavalheiro fez a expensas próprias.

6. Pediu e obteve dos jornais evangélicos a redução de 50% nos preços das assinaturas respectivas para os ministros das Igrejas filiadas à Confederação.

7. Organizou, pelo Secretário Executivo, uma série de ins- truções ao ministério evangélico nacional sobre a lei do casamento religioso. Essas instruções, todavia, não chegaram a ser enviadas, por ter o projeto do Poder Legislativo sido vetado por S. Ex. o Sr. Presidente da República.

8. Apresentou a S. Ex. o Ministro das Relações Exteriores da República, as congratulações do Conselho i^lo término da guerra na região do Chaco Boreal.

9. Obteve do Diretor do Departamento de Educação da Pre- feitura do Distrito Federal a declaração de que os professores e alunos das Escolas Municipais poderiam ser dispensados de ponto e frequência às reuniões e trabalhos marcados para os domingos .

10. Apresentou a S. Ex. o Sr. Presidente da República con- gratulações com a Nação pelo restabelecimento da ordem pública no país, após o movimento revolucionário de novembro de 1935.

11. Sobre o ensino religioso nas Escolas Oficiais, e na parte atinente a este Conselho, como órgão de representação pública da C . E . B . , pediu-se às autoridades eclesiásticas representadas no Con- geUio, autorização formal para ser o órgão coordenador no tocante à nomeação dos professores de religião. Obtivemos a resposta favo- rável da Igreja Metodista, da Igreja Independente e, virtualmente, da Igreja Presbiteriana do Brasil.

12. Autorizou as delegações da C.E.B. nos Estados em que forem constituídas e que aceitamos como delegações do C . I . E . B . a tratar do caso da nomeação de professores de religião, de acordo com as leis estaduais que forem sendo promulgadas e logo

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que obtenhamos as últimas autorizações das Igrejas filiadas ao Conselho .

EXPEDIENTE

Além dos ofícios e telegramas referidos no parágrafo anterior, a Secretaria Executiva expediu outros de interesse específico das suas funções, inclusive 160 circulares aos pastores do Rio e Niterói. Receberam-se ofícios das autoridades públicas, em resposta ou em agradecimento às representações anteriormente referidas.

a) Benjamin Morais Filho. Secretário Executivo.

RELATÓRIO DO CONSELHO DE COOPERAÇÃO

Rev. Presidente e mais dignos delegados à Confederação Evan- gélica do Brasil.

Saudações cristão.

Formado para o fim de "aproximar Igrejas e outras organiza- ções cristãs, e coordenar, sempre que possivel, os seus empreendi- mentos", o Conselho de Cooperação procurou continuar, no biénio julho 935-junho 936, a obra que antes era atribuida à Comissão Brasileira de Cooperação, que desapareceu como elemento integrante da Confederação Evangélica do Brasil.

ORGANIZAÇÃO E REUNIÕES

Logo após a Assembléia fundadora da C.E.B., o Conselho, que é constituído de 7 membros, reuniu-se, escolheu seu presidente o rev. Guaracy Silveira e organizou 3 comissões de estudos: de Evangelização, Publicações e Prohlemas Sociais. Para simpli- ficar, e tratando-se de assuntos congéneres, foram aproveitados: para a primeira comissão, os representantes especiais de Igrejas e Missões (adiante mencionados) incumbidos da Campanha de Espi- ritualidade, e para a segunda, os diretores do Centro Brasileiro de Publicidade revs. Odilon Morais, Rodolfo Anders, e E. M. do Amaral sendo escolhidos 3 membros consultivos: a snra. Otilia Chaves e os revs. dr. Livio Teixeira e Egmont M. Krischke. Para a Comissão de Problemas Sociais , foram indicados a snra. Eunice Weaver e revs. Carlos Godinho e dr. Benjamn Morais Filho, sendo consultivos os revs. Natanel Cortez, Otoniel Mota e J. Severo da Silva. O secretário executivo, ex-officio, faz parte de todas as Co- missões. Além dessas comissões, o Conselho tem mais uma especial, a de Hinário e outra em formação, de Relações Eclesiásticas, de que nos ocuparemos adiante.

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Foram ainda realizadas, em ocasião oportuna, as 4 reuniões se- mestrais ordinárias, para ouvir relatório do secretário e tratar de interesses gerais (dezembro de 934, junho e dezembro de 935 e de- zembro de 1936).

Os tópicos seguintes de nosso relatório abrangem os diferentes assuntos de que se ocuparam o Conselho, as suas comissões e a se- cretaria executiva.

CAMPANHA DE ESPIRITUALIDADE

Antes de fundar-se a Confederação, havia a Comissão Brasi- leira de Cooperação dado passos no sentido de promover um movi- mento nos moldes do que foi depois levado a efeito pelo nosso Con- selho, sob a denominação de Campamha de Espiritualidade. Com elementos especialmente escolhidos pelas Igrejas e por uma das Missões (Missão Pró Evangelização Mundial) filiadas à C.E.B., ficou organizada uma Comissão Executiva de que fazem parte os revs. : Galdino Moreira (presidente), Nemésio de Almeida (vice- presidente), Pedro Campelo, Eliel Martins, Carlos Godinho, Odilon Morais, H. S. Harris, e, ex-officio, E. M. do Amaral (secretário). Reuniu-se ela 2 vezes ainda em 1934, e mais 4 vezes em 1935, para dar início e andamento à Campanha e, especialmente, aprovar o seu I^ograma .

O programa geral, divulgado nas começos de 1934, anunciava a Campanha de Espiritualidade sob 3 aspectos gerais: "desperta- mento" interno nas Igrejas, como base de ação; "evangelização"; e "renovação social". Todo o 1.^ semestre desse ano foi dedicado à propaganda, sendo feita não somente pelo boletim da C.E.B. e im- prensa evangélica, mas ainda por intermédio de concílios e autori- dades eclesiásticas, associações de pastores, etc.

O programa geral destinou o 2.^ semestre de 1935 exclusiva- mente ao 1.^ aspecto da Campanha, isto é, ao despertamento espi- ritual. Preparou-se um formulário especial, com amplas sugestões, para servir de guia a pastores e diretores do trabalho evangélico, formulário que teve larga divulgação pela imprensa, e foi distri- buído, através de mais de 6.000 avulsos, às diferentes igrejas locais. Assuntos particulares foram indicados para cada quinzena, nesse semestre .

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Em fins de 1935, foi distribuido, de maneira semelhante, um formulário, com o fim de orientar o trabalho para b ano presente, sendo, então, apresentados às Igrejas os 3 aspectos da Campanha, me- todicamente combinados, de modo a haver objetivos especiais para cada mês. Por meio dos jornais evangélicos, esses tópicos são relem- brados, todos os meses.

Embora a Campanha esteja sendo feita com o apoio prévio, em tese, das várias Igrejas, e com a responsabilidade de represen- tantes nomeados particularmente para esse fim, os programas têm sido remetidos a autoridades eclesiásticas e a concílios regionais, afim de que sejam mais conhecidas a natureza e as finalidades do movimento. B para registrar-se a boa vontade que tem res- pondido a esses apelos. Muito infelizmente, porém, não é possivel a secretaria ter conhecimento aproximado da extensão que a Cam- panha tenha alcançado. Referências de jornais e cartas, ou mesmo pessoais, e a ação de concílios mostram que as sugestões dos pro- gramas estão valendo. Não houve porém a notificação pedida, afim de avaliarmos a amplitude que tenha o movimento merecido.

A secretaria pediu a alguns estabelecimentos que os estudantes, aspirantes ao ministério, fizessem nas férias propaganda da Cam- panha; e, em ocasião oportuna, sugeriu a líderes de várias cidades que procurassem fazer um movimento especial de evangelização em conjunto, da natureza do que fora promo^âdo na capital de São Paulo, em dezembro de 1935, pela juventude evangélica. Foram dados diferentes passos, também, no sentido de conseguir-se o ser- viço particular de obreiros para a obra de evangelização, dentro da Campanha, porém nada foi possivel conseguir.

As despesas de expediente da Campanha têm sido feitas com fundos especiais: parte, cedida pela União de Obreiros Evangéli- cos do Rio de Janeiro, de um saldo deixado pelo Congresso de 1931, e parte, provinda de coletas, feitas no Rio e S. Paulo, em reuniões de confraternização.

Em dezembro, estará finda a Campanha. É evidente que ela não terá tido a amplitude e a intensidade almejadas. conseguiu, porém, interessar, simultaneamente, grande parte do evangelismo brasileiro num grande objetivo espiritual, e nisso haverá um grande bem, ao lado das bênçãos particulares que a obra terá de deixar em muitos lugares; e é de esperar que ainda haja notícia»

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que dêem melhor ideia da obra realizada. Não convém, todavia, que o movimento fique encerrado. Seria decerto vantajoso trans- formar em sugestões permanentes, adaptadas como é de mister, as que inspiraram o movimento, e, mesmo, focalizar, para determina- das épocas futuras, alguns pontos da Campanha, especialmente os que demandam esforço cooperativo.

LITERATURA

No campo da literatura, cumpre notar o plano de comentários, expositivos e práticos, apresentado à Comissão de Publicações, e, depois de aprovado por ela, submetido ao Conselho, e por este ado- tado, em dezembro de 1934. Os revs. Odilon Morais, R. Anders e E. M. do Amaral foram comissionados para cuidar dessa obra. Inicialmente, será empreendida a elaboração de certo número de livros, os mais urgentes, por diversos colaboradores, e para esse fim foram tomadas várias providências. Importante e difícil, esse trabalho não poderá ser feito com precipitação.

Outra obra que ocupou a atenção do Conselho foi a da Con- cordância da Bíblia, cujos originais ha muito vinham sendo pre- parados, e que se vai chamar agora "Chave Bíblica". Os ori- ginais, embora com as citações prontas, ainda reclamavam grande soma de trabalho, tanto para redução do número de citações como para coordenação definitiva da matéria. Na reunião de junho de 935, o Conselho resolveu mandar fazer a impressão do trabalho, que foi entregue, por intermédio do Centro Brasileiro de Publicidade, à Imprensa Metodista. O volumoso livro requer bastante trabalho dos gráficos, na composição, mas também, para correção de falhas e para economia de espado exige grandes cuidados de revisão, a qual está entregue à competência do dr. Livio Teixeira, e de- manda tempo. A obra vai ser vendida pelo menor preço possível e em condições especiais que facilitem a aquisição da obra.

Nas linhas da recomendação da Assembleia inaugural da C. B. B., lembrando "aos Conselhos de Cooperação e de Educação Religiosa o maior interesse na produção de literatura que atenda às nossas necessidades", e pedindo que "os tres Conselhos dêem o melhor amparo à obra do Centro Brasileiro de Publicidade", o se- cretário deu grande parte de seu tempo aos interesses gerais do

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Centro, em cuja Diretoria representou o Conselho de Cooperação, e, muito em particular, à formação e execução de um plano geral de livros que venham ao encontro d^ reais necessidades nossas, tendo sido iniciadas algumas coleeões e publicados livros avulsos, de que tratará o relatório do Centro.

Além das publicações mencionadas, outros trabalhos, na es- fera da publicidade, reclamaram atenção da secretaria.

HINÁRIO

Antes de ser inaugurada a C.E.B., a Comissão Brasileira de Cooperação havia adotado a idéia, que foi apresentada a todas as Igrejas depois filiadas à Confederação, no sentido de cada uma nomear um representante especial para estudar o problema da uni- ficação do hinário evangélico, então grandemente ameaçada. A idéia foi aceita pela unanimidade das Igrejas, e a Comissão de Hi- nário foi constituída em fins de 1934, quando havia sido enta- bolada correspondência com os irmãos de Portugal sobre o assunto, e quando a C.E.B., ao inaugurar seus trabalhos, fizera pronun- ciamento definido sobre a necessidade da unificação, e esta, na base de entendimento com os irmãos de além-mar, e ouvida a voz do Brasil. Constituíram a Comissão os revs. Matatias G. dos San- tos, presidente, Otoniel Mota, Antonio de Campos Gonçalves, Frank- lin T. Osbom, Jayme Cook (depois substituido pelo rev. Guilherme Sunderland Cook), o dr. Henrique Jardim (agora substituido pelo sr. Manoel Porto Filho), e rev. Epaminondas M. do Amaral (ex- officio) .

Bom acolhimento recebeu a matéria por parte de Portugal e da Reiigious Tract Society de Londres, proprietária dos "Sabnos e Hinos". Nossa Comissão deteve-se à espera de originais dactilogra- fados de uma revisão que se processara em Portugal, e ainda em correspondência com Londres, de onde recebeu exemplares de uma edição-prova da mencionada revisão.

Após exame da matéria em seus vários aspectos, em dezembro de 1935, a Comissão, que também recebera como subsídio à sua obra a revisão da Igreja Presbiteriana do Brasil denominada "Novo Hinário", julgou que deveria "promover a elaboração de um novo hinário para a Confederação Evangélica do Brasil, aproveitando

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para esse fim a contribuição literária portuguesa, na esperança de que venha ele a servir ao Brasil e a Portugal".

Foram, então, adotadas estas linhas gerais no plano do novo hinário: "a) a escolha dos melhores hinos das coleções em uso e de antigas coleções; b) a inclusão de hinos tradicionais da Cristan- dade; b) a inclusão de novas composições, originais e traduzidas; d) nova versão de hinos bons, atualmente mal traduzidos; e) um apêndice, que comporte hinos pouco recomendáveis quando à forma, porém indispensáveis à Igreja".

Em junho passado, a Comissão realizou, do dia 16 a 27, 10 longas reuniões, em que trabalhou ativamente, conseguindo bons resultados. Está sendo feito um estudo do 1í\to "Salmos e Hinos" cujas composições foram postas à nossa disposição pela socie- dade proprietária. Esse estudo é feito comparativamente com ou- tras coleções, que, a seguir, vão merecer cuidadoso exame. Provi- dências já foram tomadas no sentido de ir-se coligindo também material novo, e dentro em breve vão ser abertos concursos.

A Comissão tem diante de si longa obra, de alta importância e delicadeza, e que reclama tempo e merece as simpatias e as ora- ções das Igrejas.

QUESTÕES SOCIAIS. CULTURA

Não foi dado à Comissão de Problemas Sociais realizar os tra- balhos projetados, embora tivesse tido uma reunião e dado alguns passos. Seu propósito é fazer estudo de certas situações muito relacionadas com a moralidade social como a venda de bebidafi alcoólicas e outras e transmitir os resultados ao Conselho de Igrejas, afim de que ele possa fazer representação junto aos pode- res oficiais, no interesse do bem público. Desta forma, a Comissão, pelo entendimento havido, fará estudos para o Conselho, com eco- nomia de serviço.

Na esfera geral da cultura religiosa, cumpre lembrar que os esforços da antiga Comissão Brasileira de Cooperação em favor da existência de Centros de Cultura Espiritual foram continuados, em parte, pela secretaria executiva, e que ainda se mantém uma dessas organizações a de Florianópolis. Importa reavivar essa obra, para fins gerais de educação espiritual e es^tudo de nossa história religiosa.

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JUVENTUDE CRISTÃ

Apraz registrar que é muito animador o movimento espiritual da mocidade evangélica de nossos dias. No seio de várias Igrejas tem-se estimulado a criação de sociedades de jovens e mesmo a sua confederação .

O secretário executivo teve algumas oportunidades de coope- rar com esse movimento. Nas relações com o Comité da Juventude do Rio de Janeiro, e especialmente em sua festa de aniversário (agosto de 934), e também no Congresso da Mocidade, em^S. Paulo (outubro de 934), tratou do assunto palpitante da coordenação geral, intereclesiástica, das sociedades de jovens, ideia generosa que merece ser tratada com muita ponderação; e fez ainda o secretário uma série de preleçÕes no Retiro da Mocidade, em Umuarama (de- zembro de 934). Além de tomar parte nesses trabalhos de caráter geral, tomou a si uma pequena série de palestras no Colégio Bennett, do Rio de Janeiro (novembro, 934). Importa acrescentar que os in- teressas da mocidade têm sido objeto de correspondência especial, em diferentes ocasiões, e vão ser convenientemente estudados no próximo Congresso Evangélico.

MODUS VIVENDI

Dando apoio a trabalhos anteriores da extinta Comissão Bra- sileira de Cooperação, a Assembléia fundadora da C.E.B. reco- mendou que o nosso Conselho continuasse a empregar esforços em favor do "entendimento mútuo entre Igrejas e Missões, na ocupa- ção dos campos de trabalho".

Na realidade, não é possivel que continue a obra evangélica sofrendo as graves inconveniências que resultam dos não poucos e nem sempre leves atritos verificados na expansão natural das dife- rentes Igrejas e Missões, e, muito em particular, na ocupação de novas zonas de evangelização.

O primeiro impulso no sentido de estudar mais de perto a ma- téria não deu resultados satisfatórios. Agora, porém, cumpre-me, com prazer, relatar que está muito bem encaminhado o propósito de formar-se uma comissão, em que figure um representante espe- cial de cada Igreja ou Missão interessada, para elaborar um plano, a ser submetido ao estudo dessas entidades, e pelo qual se estabe-

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leça, de maneira satisfatória, um "modus-vi vendi" que traga paz, real cooperação, e beneficie a geral ocupação do campo evangélico. É muito provável que ainda sejam em 1936 iniciados os trabalhos da Comissão.

TRABALHOS DA SECRETARIA

Diferentes pequenos serviços frequentemente são solicitados da secretaria: como a distribuição metódica de Novos Testamentos a intelectuais, que estamos fazendo, por conta de irmãos do estran- geiro; a publicação, na imprensa evangélica, dos tópicos da Semana de Oração (gentilmente traduzidos por uma irmã) ; a cooperação no programa de estudos bíblicos de Umuarama.

A correspondência entrada durante o biénio foi de 363 cartas; e a expedida, 827 (cartas e algumas circulares).

A serviço especial de atividades do Conselho, o secretário exe- cutivo viajou 4 vezes, indo a S. Paulo (outubro de 934 e julho de 935) e Umuarama (dezembro de 1934 e janeiro de 935) ; além de ter aproveitado outras viagens, no caráter de secretário da C.E.B., para serviços do Conselho.

O FUTURO

A despeito de deficiências da secretaria e limitação das possibi- lidades, ha obras realizadas, que não podem ficar apenas onde estão.

Os interesses relativos à unificação do hinário e à obra geral da literatura religiosa; o '^modus vivendi'' entre Igrejas e Missões; o movimento de renovação espiritual são grandes responsabili- dades que exigem da parte do Conselho esforços continuados no novo biénio, e pedem aos delegados o esforço especial que desperte maior compreensão e simpatia no grande público das Igrejas.

Rio de Janeiro, 22 de julho de 1936.

a) Epaminondas M. DO Amaeal Secretário Executivo.

RELATÓRIO DO CONSELHO DE EDUCAÇÃO

RELIGIOSA

Exmo. Sr. Presidente da C.E.B.

e Exmos. Srs. Delegados de Igrejas, Missões e Sociedades.

Cumpre-me, em obediência ao artigo XIX do Regulamento da C.E.B., apresentar-vos relatório dos trabalhos da Secretaria do Conselho de Educação Religiosa, no biénio 1934-1936.

Obrigado a ausentar-me do país, por determinação do Conselho de Educação Religiosa, para representá-lo no Conselho Mundial de Educação Religiosa, a reunir-se em Oslo, e participar dos trabalhos da 12.* Convenção Mundial de Escolas Dominicais, deixo o presente relatório em mãos do sr. Secretário Geral da C.E.B.

I EXPEDIENTE

O expediente em geral foi, durante o biénio, atendido normal- mente, tanto no que diz respeito à correspondência, como no que se refere às conferências, visitas às Escolas, publicidade, etc. Dese- jamos destacar os seguintes tópicos :

1. Correspondência Recebemos durante o biénio 1.081 cartas e expedimos 1.167 cartas e 4.974 circulares. Métodos e problemas de educação religiosa, literatura, folhetos, estatística, con- venções regionais e preparação de obreiros são alguns dos assuntos que foram ventilados.

2. Publicidade Durante o biénio foram publicados oito números do Unum Corpus, todos com uma secção sobre a obra de Educação Religiosa. Remetemos também diversos artigos aos jor- nais evangélicos sôbre o assunto que nos é afeto e fizemos alguns

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estudos sobre a obra de Educação Religiosa, a pedido, para Revistas nacionais e estrangeiras.

3. Conferências e visitas Aproxima-se da casa dos 50 o número de conferências que o Secretário teve durante o biénio com líderes da obra evangélica e obreiros da Escola Dominical, no E&- critório e fora dele. Foram também visitadas diversas Escolas Do- minicais, para fins de estudo, no Distrito Federal e nos Estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, S. Paulo e Paraná. O Secretário teve, durante o biénio, ocasião de representar o C.E.R. 28 vezes, em reuniões diversas.

Compareceu, também, a diversas das reuniões da Diretoria da C.E.B., a algumas reuniões do C. C. e, na qualidade de um dos Diretores do Centro Brasileiro de Publicidade, nomeado pelo C.E.R., tomou parte em todas as reuniÕas desta organização. Por determinação da Diretoria da C.E.B., como um dos membros da Comissão Organizadora do Congresso Evangélico, participou de todos os trabalhos preliminares realizados.

4. Convenções Realizaram-se, durante o biénio, duas Con- venções Regionais da Escola Dominical, em Assis, Est. de S. Paulo, e em Curitiba, Paraná, com a presença do Secretário do C.E.R., ambas bastante concorridas e de resultados práticos apreciáveis.

A Secretaria fez também a propaganda da 12.^ Convenção Mundial de Escolas Dominicais, tendo-se inscrito, a-pesar-da situa- ção um tanto anormal no Velho Mundo, sete delegados do Brasil, com a probabilidade de se inscreverem mais dois ou três, que se encontram na Europa.

5. Preparação de obreiros A Secretaria manteve-se em correspondência com os líderes dos diferentes Campos, estimulando a obra de preparação de obreiros. Expedimos 174 certificados e um diploma do Curso Normal Modelo e 97 Diplomas do Curso Breve.

O Secretário organizou classes do Curso Breve em alguns dos subúrbios da Capital, nas quais 42 alunos foram diplomados, e ini- ciou um trabalho do Curso Normal Modêlo, no centro da cidade, que sofreu, por motivos alheios à nossa vontade, uma pequena inter- rupção, depoL3 de a classe haver cursado a primeira unidade.

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6. Finanças Os fundos especiais de Educação Religiosa foram aplicados segundo os orçamentos aprovados pelo C.E.R. e conforme documentação em mãos do sr. Tesoureiro da C.E.B. A Associação Mundial de Escolas Dominicais contribuiu com $900.00 por ano, a Junta de Educação Cristã da Igreja Metodista do Brasil, com 6:000$000 por ano, e a Igreja Presbiteriana do Brasil consa- grou as ofertas de suas Escolas, levantadas no Dia Escola Domi- nical, ao Conselho de Educação Religiosa . As Escolas Dominicais das demais Igrejas cooperantes também consagraram, em geral, a êste fim as ofertas do Dia referido.

A contribuição dos senhores Mantenedores do C.E.R. embora tenha sofrido algum decréscimo, continua a constituir fator ponde- rável das finanças deste Conselho.

7. Relatórios anuais e estatística A Secretaria recolheu os relatórios dos trabalhos das Escolas Dominicais do país, corres- pondentes aos anos de 1934 e 1935, classificando cerca de 400 Es- colas segundo um dos Padrões elaborados peio C.E.R. e conferin- do-lhes Diplomas e Selos de Ouro. Acaba também de levantar a estatística da Escola Dominical que, embora inclua alguns dados que não estão perfeitamente em dia, atingiu a 3.412 Escolas Do- minicais, 14.832 oficiais e professores e 166.164 alunos, com uma matrícula total de 180.996, registrando, assim, um aumento de cerca de 40% sobre a estatística levantada em 1932, por ocasião da 11.* Convenção Mundial de Escolas Dominicais. Nesta Estatís- tica estão entretanto incluídas as Escolas Dominicais Alemãs, em franco desenvolvimento, que anteriormente não haviam sido com- putadas .

8. Escola Bíblica de Férias A Secretaria fez alguma pro- paganda deste departamento e levantou a estatística de 1933-1934 e 1934-1935. Está agora pedindo aos obreiros que lhe enviem a es- tatística de 1935-1936.

Neste trabalho, como em outros, a Secretaria não logrou levan- tar todas as infoiraações que interessam, em vista da grande difi- culdade em obter resposta às cartas e circulares que se enviam .

9. Biblioteca Circulante A Associação Mundial de Escolas Dominicais doou ao C.E.R. uma Biblioteca Circulante de 100 obras sobre os diferentes aspectos da educação religiosa, das quais

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recebemos 76 exemplares. Organizámos um pequeno Regulamento, que foi publicado no Unum Corpus, facultando a leitura desses li- vros a todos os interessados.

10. Dia da Escola Dominical Em vista de obj ecoes levan- tadas quanto à comemoração do Dia da Escola Dominical (antigo Dia de Rumo à E . D . ) , em Abril, submeteu-se o assunto à apre- ciação das Escolas, opinando a maioria pelo mês de Setembro, em vista do que o C.E.R. escolheu o quarto domingo dêsse mês para a sua comemoração. A mudança havida concorreu para que se ob- servasse esse Dia uma única vez durante o biénio, em Abril de 1935, com resultados apreciáveis, distribuindo-se 55.400 exemplares do folheto publicado pelo C.E.R.

estamos fazendo a propaganda e imprimindo os materiais para o 4.** domingo de Setembro.

II TRABALHOS DA SECRETARÍA

Não é fácil de fazer uma distinção entre trabalho da secretaria e expediente, mas desejamos sob este tópico analisar alguns dos em- preendimentos da Secretaria do Conselho de Educação Religiosa durante o biénio.

1. Lições Dominicais Publicamos os seguintes Cursos:

a) Jardim da Infância A secretaria esforçou-se por pu- blicar com a urgência que as Igrejas e Escolas Dominicais recla- mam, literatura para os principiantes da Escola Dominical. Não quisemos, entretanto, que a pressa viesse a prejudicar a matéria. A comissão convidada, constituída de d. Aurora de Campos Kerr, de d. Amélia Kerr Nogueira e do Rev. Yv^illiam Kerr, tem o seu traba- lho bem adiantado. Entregámos em Maio p. p. os originais das primei- ras 13 lições à Imprensa, para uma edição parcial, a título de expe- riência e para receber sugestões. Visto que as histórias podem ser contadas mais de uma vez às classes de principiantes, aguardare- mos as sugestões dos obreiros de diferentes setores para depois pu- blicar o Manual para um ano todo. Essas lições destinam-se ao uso dos obreiros, no trabalho das classes e do Departamento. O ciclo completo será de dois anas. Estamos estudando a possibilidade de

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publicar cartões em cores, com versículos bíblicos, para distribuir entre as crianças, como lembrança da lição estudada.

b) Curso Primário Desde o 2.° trimestre do corrente ano as lições do Curso Primário obedecem a um ciclo de três anos. Esta- mos também publicando um Manual do Professor do Departamento Primário, elaborado sob a proficiente direção de d. Neil P. Moore, com a colaboração de d. Marta Waltenburg, d. Juanita Campos e de outras professoras de Juiz de Fora.

Iniciámos o trabalho baseado no programa para o Primário, elaborado pelo Comité Central de Educación Religiosa en la Amé- rica Latina, em vista das primeiras lições publicadas em castelhano e com o conhecimento do programa todo, para três anos.

A publicação em espanhol, entretanto, não está saindo com certa regularidade, pelo que as autoras estão suprindo o material, aqui, dentro das linhas gerais do programa adotado. Êste Curso destina-se a segunda meninice, ou seja à idade de 6 a 8 anos com- pletos ,

c) Curso Intermediário O Curso Intermediário publicado para a última fase da meninice em um ciclo de três anos, de 1932 a 1934, está, em sua segunda edição, sofrendo a readaptação que a primeira experiência sugeriu.

Um inquérito feito recentemente entre os seus assinantes, de par com a demonstração da importância desta Revista e seu res- pectivo Manual, demonstrou que a maioria, embora aprecie as situa- ções da vida e as ilustrações que publicamos na Revista para o aluno, deseja mais material bíblico, sugerindo alguns que se tenha apenas uma história bíblica nesta Revista e se publique a historieta ilustrativa no Manual do Professor. Para o corrente ano estamos seguindo o método de publicar, para todos os domingos, uma história bíblica, precedendo à "Situação da Vida", figurando esta como elemento de ilustração. Qualquer mudança posterior deverá ser precedida de um estudo mais demorado do assunto.

A partir do 4.^ trimestre dêste ano, publicaremos histórias para o Culto do Departamento Intermediário, no respectivo Manual.

A readaptação das lições do Curso Intermediário e a organi- zação dos programas para o culto dêste Departamento estão sendo feitas pela Secretaria, com a colaboração de d. Elvira Bastos Anders.

Esperamos que, com o aumento da tiragem e formação de am-

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biente, seja possível, de futuro, publicar as sugestões pedagó^cas para diversos departamentos em um volume, reduzindo, assim, os manuais dos professores. Contudo, teremos que publicar, ainda por bastante tempo, as sugestões pedagógicas e os programas departa- mentais separadamente para cada Departamento.

Estamos assim nos aproximando do ideal de ver suprida a in- fância, desde a idade pre-escolar até a última meninice, de litera- tura apropriada e de programas para o trabalho departamental.

Êsses programas para a infância e a meninice têm absorvido grande parte do tempo do "Secretário Executivo e dos seus auxi- liares, mas julgamo-la bem empregada.

Tivemos recentemente notícia de que professores normalistas de um dos Estados sulinos, por iniciativa de professoras crentes, estão executando nas Escolas Públicas trabalhos inspirados nos "Trabalhos a Executar" que estamos, algum tempo, publi- cando no Curso Primário.

d) Literatura para Moços e Adultos. A Secretaria do C. E. E/. -xdnha verificando em seus estudos que o antigo programa internacional para as Escolas Dominicais não estava satisfazendo plenamente. Aprovado o Programa Brasileiro para a Escola Do- minical pelos Membros da C.E.B. a Secretaria do C.E.R. organi- zou um plano de lições para moços e adultos ciclo de sete anos, e no fim do ano de 1934 e no decorrer de 1935 escolheram-se os textos bíblicos, os textos áureos e as leituras diárias para os primeiros dois anos do ciclo e se está preparando o programa para 1937. Este plano, que está em vigor desde Janeiro de 1935, foi muito bem aceito e tem contribuído para o aumento da tiragem das Revistas.

Diversos dos grupos independentes que recebiam os tópicos internacionais por intermédio da Secretaria do C.E.R. resolve- ram adotar o Programa Brasileiro.

Por iniciativa do sr. J. P. da Conceição, travámos relações com a Federação de Escolas Dominicais de Portugal, com muita probabilidade de ser o Programa Brasileiro adotado na Pátria- Mãe, e, quiçá, até a nossa literatura, em maior grau do que até o presente. O Amigo da Infância está algum tempo publi- cando o Programa Brasileiro ao lado do Internacional.

O dr. Robert M. Hopkins, ilustre Secretário Geral da Secção

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Americana da Associação Mundial de Escolas Dominicais, depois de visitar as colónias portuguesas na África, escreveu-nos expres- sando o seu desejo e o ideal de que o Brasil, em futuro não muito remoto, se tome o centro de irradiação de programas,, métodos e literatura para todo o mundo que fala o idioma do grande épico português .

Uma das necessidades prementes das Escolas Dominicais, qual a de se publicarem dois cursos para os adultos : um Popular e outro Superior, foi atendida durante o biénio.

Os Cursos Secundário, Popular e Superior estão saindo nor- malmente, processando-se continuamente a melhor adaptação ao fim e ao meio a que cada um se destina, segundo as nossas obser- vações e sugestões que colhemos. Êsses Cursos estão atualmente aos cuidados dos seguintes colaboradores Secundário Rev. Ben- jamin Morais Filho, Popular Prof. Evônio Marques, e Superior

Rev. Galdino Moreira.

A Revista do Professor, que agora estuda apenas a lição para 06 moços e os adultos, com sugestões pedagógicas para cada um desses grupos, está sendo continuamente ampliada, dentro das ne- cessidades do meio, sob a direção do Secretário Executivo do C.E.R.

A orientação seguida com os Cursos do Programa Brasileiro é a de que as Revistas para os alunos tragam estudos das lições e a Revista do Professor, além das sugestões pedagógicas, faça estu- dos gerais de introdução ou coordenação da matéria, um comentário do texto e sugira ilustrações. Estamos tanto quanto possível evi- tando a repetição da matéria de uma em outra Revista .

Publicamos assim, nove Revistas para a Escola Dominical, a saber Jardim da Infância, Curso Primário, Manual do Professor do Primário, Curso Intermediário, Manual do Professor do Interme- diário, Curso Secundário (Adolescência), Curso Popular (Adultos), Curso Superior (Adultos), e Revista do Professor (para os profes- sores das Classes de moços e adultos), três das quais foram criadas durante o biénio.

O programa geral resente-se, entretanto, ainda, de uma lacuna

um Curso para a primeira adolescência. Criado este Curso, poder-se-á transformar o Curso Secundário em Revista da Moci- dade, que obedecerá ao ciclo de sete anos do Programa Brasileiro.

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Para esta iniciativa, entretanto, ainda não mercado nem recursos financeiros.

A Secretaria estuda cuidadosamente todos o.s originais antee de remetê-los à Casa Impressora, com o fim de alcançar a coorde- nação dos Cursos entre si e a adaptação de cada Revista ao meio e ao grupo de alunos a que se destina.

A tiragem total das Revistas, no último trimestre, foi acima de 60.000 exemplares, com um aumento de 25% durante o biénio.

A Secretaria tem tomado todas as medidas possíveis para que a literatura para a Escola Dominical chegue às mãos dos assinan- tes, mesmo nos mais longínquos rincões da Pátria e em Portugal, com a necessária antecedência.

Outrossim, temos estimulado a iniciativa dos obreiros pas- tores e leigos de se externarem sobre o trabalho e nos enviarem as suas sugestões, que têm sido atendidas dentro do possível.

2. Compêndios para os Cursos Normais. Estão esboçadas as seguintes obras: 1. ''O Estudo do aluno" 2. "O duplo programa da Igreja - Evangelização e educação'' 3. "O Velho Testamento" 4. "O Novo Testamento" 5. ''Princípios de Pe- dagogia Religiosa" 6. "Os ensinos dos Profetas" 7. "A ado- ração na Escola Dominical" 8. "A arte de contar histórias" 9. "A História da Igreja Cristã" e 10. ''Manual do Obreiro da Es- cola Dominical". A maioria dos autores trabalhou ativaraente du- rante o biénio. Todos êles têm muitos afazeres e responsabilidades outras, motivo por que não nos é possível concluir esta série com a presteza que seria de desejar.

recebemos os originais de Os Ensinos de Jpsús, da autoria do Prof. S. TJ. Barbieri, que foram estudados pela Secretaria e estão em vias de ir para o prelo.

O Secretário do C.E.R., vaiendo-se das últimas férias anuais, escreveu o seu trabalho sobre a Escola Dominical (organização e administração) e .espera, durante a viagem de ida e volta à Europa, revê-lo, para que seja publicado ainda este ano.

Esperamos também ver concluídas algumas das obras acima referidas, ainda este ano.

3. Ensino Religioso nas Escolas Públicas. Em face da nova legislação no Brasil, que instituiu o ensino religioso nas Escola»

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Públicas Primárias, Secundárias e Profissionais, e em vista da falta de regulamentação da lei por parte de muitos dos Estados da Fe- deração, a Secretaria org:anizon um projyrama provisório, indicando compêndios existentes, prog-rama esse que ficará em vigor até que as condições autorizem a inversão de capitais, para a produção de literatura mais apropriada.

4. Outras publicações. Dentro das possibilidades e aten- dendo às necessidades mais prementes, publicámos durante o biénio os seguintes folhetos e impressos :

Fichas de Registro do Curso Normal , 2 . 000

Certificados do Curso Normal 2.500

Diplomas do Curso Breve 300

Diplomas do Curso Normal Modelo 300

Minutas para o relatório anual 2.000

Minutas para pedidos de material para o Dia da E.

Dominica,! 2.000

Envelopes para as ofertas individuais (Dia da E. D.) . 42.500

Folheto "A Escola Dominical" (Dia da E. D.) 55.400

Folheto descrição dos padrões (4) para a E. Dominical 4.000

Folheto "O Curso Normal Modelo" 4.000

Folheto ''O Departamento do Lar" 1.000

Diploma da Escola "Pioneira" 600

"Esperança" 450

"Progresso" 150

Estão no prelo dois folhetos e outros materiais que poderão ser relatados mais tarde.

Outros trabalhos que deveriam ter sido feitos. A Secre- taria, entretanto, teve todo o seu tempo tomado, trabalhando com afinco durante o biénio. A obra do C.E.R. cresce todos os meses, o que torna difícil atender a todos os seus aspectos, com a presteza que seria de desejar. Contudo, louvamos a Deus pelo que ele con- cedeu fizéssemos, pela sua bondade infinita, nestes últimos dois anos. Pedindo ao Altíssimo que supra a nossa deficiência com a sua graça, expressamos o nosso agradecimento à Confederação Evan- gélica do Brasil pela confiança em nós depositada e às Igrejas, Misr sões e Sociedades, bem como aos obreiros do Mestre, que conosco cooperaram, registramos aqui o nosso sincero reconhecimento.

Humildemente, vosso em Cristo.

a) R. Anders Secretário Executivo

RELATÓRIO DO CENTRO BRASILEIRO DE PUBLICIDADE

Quando se instalou a Confederação Evangélica do Brasil, em junho de 1934, o Centro Brasileiro de Publicidade, que durante muitos anos funcionara como mero departamento da Comissão Bra- sileira de Cooperação, estava sendo administrado, desde dezembro de 1933, por uma diretoria em que entravam representantes dessa entidade e das outras duas que com ela se fundiram a Federa- ção de Igrejas e o Conselho de Educação Religiosa de acordo com novo plano então adotado, o qual, em substância, é o que tomou a forma do Regulamento que agora rege o Centro, e que lhe dá, como aparelho central e intereclesiástico de distribuição de litera- tura e edição, uma relativa autonomia, s^ndo seus diretores esco- lhidos pelos Conselhos da Confederação, ficando a ela sujeitas suas contas, e sendo o Centro o seu órgão editor.

Sob forma nova, e tendo passado por algumas transformações que vamos expor, o Centro Brasileiro de Publicidade, gozando hoje de um pouco mais de recursos e maior capacidade, é, na essência e no espírito, a mesma obra que surgiu, lustros passados, sob a ins- piração e cuidados do saudoso prof . Erasmo Braga, auxiliado pela boa vontade de alguns amigos, e especialmente da Sociedade Bí- blica Americana, que, longos anos, amparou sua existência, ane- xando-o à sua loja.

FINALIDADES

O Centro vai cumprindo a quádrupla finalidade que lhe pres- creve o seu Regulamento: a) distribue, e de maneira crescente, a literatura religiosa e boa literatura geral que se publica em nossa língua, tendo organizado um catálc^o em que. sob numerosos títu-

los, distribue, por assuntos, a literatura maii> conveniente ao nosso povo, editada por diferentes casas no Brasil e Portugal; h) conti- nua sendo intermediária de encomendas de livros e periódicos, num trabalho em que procura ser útil ao público evangélico para in- crementar o conhecimento de literatura estrangeira, e no qual, em determinados casos, alcança recompensas que auxiliam finan- ceiramente a sua obra geral; c) como editor da C.B.B., está en- carregado, presentemente, de publicar um livro importantíssimo, pertencente ao Conselho de Cooperação a "Chave Bíblica", ora em composição na Imprensa Metodista, em S. Paulo; d) está em- preendendo edições próprias, conforme será mais largamente ex- posto, a seguir.

EDIÇÕES

A Diretoria tem o intuito de organizar com as publicações do Centro as que êle edita em nome dos Conselhos da C.E.B. e as que edita com os seus próprios recursos um piano geral, amplo, que, na medida dos poucos recursos dessas entidades, possa, da melhor maneira, ir ao encontro das necessidades de nosso meio. Deve no- tar-se, é claro, que Cvsse plano, por força das circunstâncias, é mo- desto, e também que êle não importa em tirar a liberdade das casas editoras.

O Centro iniciou dentro desse plano geral, algumas séries :

a) "Coleção Erasmo Braga'', dedicada a estudos relativos à Igreja e ao Cristianismo, de autores nacionais, e da qual foi pu- blicado o vol. I, em setembro de 1934 "Magno Problema", de E. M. do Amaral, sobre união eclesiástica; e em breve será publicado o vol. II, do prof. Otoniel Mota, sobre "O Cristianismo e a Atua- lidade" ;

b) "Horas de Recolhimento", coleção de leituras devocio- nais, tendo sido publicados 2 vols. : " Silêncio e Oração", de Wil- fred Monod, traduzido (em junho de 1935, e exgotado), e "Rea- lidade e Religião", do Sadú Sundar Singh, traduzido (em outubro de 1935), devendo publicar -se, em breve, um volume com orações de Rauschenbusch ;

c) "Pioneiros do Ideal", coleção de biografias, publica- das 2, originais: "Florence Nightingale", por Eunice Weaver (em

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dezembro de 1934), e "Alberto Schweitzer", de Carlos Godinho (em dezembro de 1935), estando em preparo a biografia de "Ober- lin", por Odilon Morais;

d) ^'Aventura e Heroismo", série de livrinhos, em especial para adolescentes, com narrativas de aventuras ou epiíiódios histó- ricos, de fundo religioso, tendo sido publicados 2 voLs. : "Wong Dan, o Valoroso" (dezembro de 1935) e "Flechas Envenenadas" (junho de 1936).

Mais 2 coleções devem ser logo iniciadas a "Série Educação Religiosa", de livros especiais do Conselho de Educação Religiosa, e uma série de livros, originais e traduzidos, sôbre assuntos gerais de religião. Mais para o futuro, virá a coleção de comentários bí- blicos, que o Conselho de Cooperação vai preparar ; e, possivelmente, li^Tas de ficção.

Obras avulsas também são editadas, como o "Comentário a S. João", de Ryle, estranho à série projetada (saindo em novem- bro de 1934) e a "Chave Bíblica", pertencente ao Conselho de Cooperação, e que está sendo composta.

Essas edições mencionadas alcançaram o total de 11.200 exem- plares.

Além desses livros, pertencem ao Centro 2 outros que não foram por ele editados, e que ha anos estão no mercado "O Comentário a S. Lucas", de Ryle, e a "Tragédia de Guanabara". (*)

ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS

1. Diretoria. Durante o biénio, a Diretoria reuniu-se 11 vezes (õ, no ano de 1934; 5, no 1935, e 1 no ano corrente), para tratar de vários assuntos: questões gerais de administração e ge- rência, elaboração de orçamento, particularidades relativas a edições, etc.

2. Melhoramento administrativo. A partir de maio de 1935, não tendo sido possível o Centro continuar anexado à loja da So- ciedade Bíblica Americana, por necessidade desta, passou ele a ocupar sala separada, na sobreloja do mesmo edifício, e a ter ge-

(*) Xa data deste relatório, fora do período que êle abrange, ha mais um livro avulso, publicado "A Verdade e os Erros do Marxismo", tradu- zido, do escritor mexicano Pedro Gringoire (pseudónimo).

rente próprio, o sr. E. M. do Vaie. Por longos anos, consagrados serviços de gerência prestara o sr. Júlio Dantas, funcionário da Sociedade Bíblica Americana. Cessou também o serviço regular de expediente por parte do escritório da Comissão Brasileira de Coo- peração e da Confederação Evangélica do Brasil (algum tempo me- diante remuneração). Por esse mesmo tempo, foram dadas ao Cen- tro modestas mas adequadas instalações (loja, depósito e escritó- rio), em sua pequena sala. Depois de alguns meses, insuficiente o auxílio parcial prestado por funcionários da C.E.B., exigiu o crescente serviço da instituição o tempo integral de um auxiliar (dezembro de 1935).

3. Progresso financeiro. Não é possível fazer-se uma com- paração rigorosa com o passado, mas é seguro afirmar: que a vida do Centro em separado, as suas novas edições e algumas providên- cias tomadas, determinaram grande aumento de receita. O Centro, a partir de 1933, começou a dar mais cuidado à organização de pequenas agências, e incrementou esse trabalho desde 1935: quase todas são modestos mas operosos núcleos de disseminação de lite- ratura. Simultaneamente, foi tentada, com êxito, a instituição de ''cooperadores do 1í\t:o", um corpo de pessoas de boa vontade que adquirem todas as novas edições do Centro. Cresceu, assim, gran- demente, na sua pequenez, a receita, de maneira que podemos hoje anunciar que alcançámos esta dupla situação favorável, que ainda pode ser bastante melhorada: os lucros mensais cobrem todas as despesas (aluguel, ordenados, impostos, expediente), e as edições novas saem com sérias garantias.

Nesta conexão, importa igualmente infoi-mar que o Centro, embora procure vender, pelo menor preço possível, bons livros a que se esforça para dar a melhor aparência, faz sempre despesas regulares com originais que edita. porcentagens a autores; tem pago direitos autorais, embora despretenciosos, no caso de todos os livros editados até junho; tem remunerado os tradutores, e os autores de livros que ficam pertencendo ao Centro. Na humildade de todas essas transações, estamos criando em nosso meio o regime normal da recompensa do trabalho, em vez do prejuízo pecuniário de quem gastou energias intelectuais nos 1í\tos que deseja lan- çar à publicidade.

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Nas contafi anexas apresentadas pelo gerente, vê-se que o Cen- tro possue Tim ativo animador.

O FUTURO

Será de conveniência que o Centro, no futuro: amplie sua obra de distribuição e edição, nos moldes presentes, de crescimento moderado e seguro; coordene, de acordo com o trabalho do Conselho de Cooperação, a sua obra editora com a das diferentes casas evan- gélicas; tenha uma organização que lhe autonomia completa, &ea perda, em absoluto, de suas relações estreitas com a Confederação Evangélica do Brasil, para serviço da causa geral.

a) Epaminondas M. do Amaral Secretário Geral dd C. E. B.

CONSTITUIÇÃO da

CONFEDERAÇÃO EVANGÉLICA DO BRASIL

A associação, fins e sede

Art. 1.^ A Confederação Evangélica do Brasil, representa- tiva de Igrejas (confissões religiosas), de Missões e de associações evangélicas de carater geral, e agindo somente em nome delas, que conservam sua plena autonomia, tem como finalidade expressar e estimular a unidade substancial do protestantismo, coordenar suas forças em ação conjunta, e manter relações com a Igreja de Cristo em todo o mundo.

Art. 2.^ A Confederação tem sua sede e fôro na cidade do Rio de Janeiro.

Membros

Art. 3.^ Podem ser membros da Confederação: Igrejas (con- fissões religiosas), organizações missionárias estrangeiras com tra- balho no Brasil, e sociedades que façam, no país, obra de carater geral sob orientação evangélica.

Art. 4.** Os diversos membros da Confederação nela se fazem representar: as Igrejas, nomeando cada uma três delegados, e as demais organizações, um delegado cada uma.

Art. 5.^ A Confederação permitirá a cooperação de Igrejas (confissões religiosas ou igrejas locais), associações ou indivíduos que, embora não possam filiar-se como membros, queiram participar de suas atividades.

Órgãos e funções

Art. 6.^ A Confederação executa seus fins: a) por inter- médio de três departamentos, ou Conselhos, seus órgãos normais de trabalho; h) de organizações autónomas, ligadas a ela através dos Conselhos .

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Art. 7.^ Os três departamentos da Confederação denominam-se : a) Conselho de I^ejas Evangélicas do Brasil, para os fin.s de re- presentação pública do protestantismo e relações eclesiásticas; h) Conselho de Cooperação, cujo fim é atender aos interesses gerais da cooperação no terreno religioso e social; c) Conselho de Educação Religiosa, que promove a cooperação específica na esfera da edu- cação religiosa.

Art. 8.^ - O Conselho de Igrejas Evangélicas do Brasil é for- mado, automaticamente, dos delegados das Igrejas junto á Confe- deração e somente deles; o Conselho de Cooperação e o Conselho de Educação Religiosa são constituídos de acordo com o que o Re- gulamento Geral determinar.

Art. 9.** Os Conselhos são autónomos, nos seguintes termos:

I. A Confederação, em Assembleia, dará orientação geral ao trabalho do Conselho de Cooperação e do Conselho de Educação Religiosa, e sugerirá medidas que julgar oportunas ao Conselho de Igrejas Evangélicas do Brasil.

II. O Conselho de Cooperação e o Conselho de Educação Reli- giosa, de acordo com o Regulamento Geral e as determinações da Assembleia da Confederação, têm liberdade de iniciativas, subme- tendo a esta, periodicamente, relatório de seus atos; o Conselho de Igrejas Evangélicas do Brasil, autónomo em suas deliberações, dará â Assembléia informações, que serão incluídas no relatório geral desta.

Art. 10.^ Por intermédio de órgãas competentes, a Confede- ração manterá a devida relação com organizações cooperativas de earater internacional.

Art. 11.^ A Confederação é administrada por uma Diretoria, composta de presidente, representante legal da Confederação, ativa, passiva, judicial e extra-judicialmente, secretário geral, tesoureiro e outros membros que o Regulamento Geral determinar; e reune-se periodicamente em Assembléia, para orientação geral do trabalho, para ciência ou aprovação dos atos dos Conselhos.

Disposições Gerais

Art. 12.** A Confederação terá um Regulamento Geral, apro- vado pela Assembléia e por esta reformavel em qualquer tempo.

Art. 13.** Os bens da Confederação constarão : dos bens e fundos existentes nas três organizações unificadas; de verbas que lhe forem votadas por seus membros e outras organizações; de ofer- tas de indivíduos e coletividades ; de legados e doações que lhe forem feitas, respeitada a intenção dos contribuintes e doadores, ou de bens que venha a adquirir.

Art. 14.<* A Confederação constitue-se em personalidade ju-

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rídica, segundo as leis do país, para administrar os seus negócios, 06 dos seus Consellios e de comissões destes.

Art. lõ."* Os membros filiados não respondem subsidiaria- mente pelas obrigações da Confederação.

Art. 16.^ A presente Constituição pode ser reformada mediante proposta da Assembleia, submetida aos membros da Con- federação, e quando homologada por dois terços das Igrejas e um terço das demais organizações.

Art. 17.** A Confederação será considerada dissolvida: a) automaticamente, quando o número de seus membros ficar redu- zido a um somente; h) mediante resolução de três quartos dos de- legados presentes a uma Assembléia especialmente convocada para tratar da dissolução.

§ único. Ao membro restante da Confederação, no primeiro caso, ou á Assembléia que deliberar a dissolução, no segundo, com- pete, liquidado o passivo que houver, resolver sobre o destino dos bens que existirem, de acordo com a intenção dos doadores, e atri- buindo os bens a^ instituições que tenham a maior afinidade possí- vel com a Confederação.

Obs. As organizações unificadas" a que se refere o art. 13.", são a Federação de Igrejas Evangélicas do Brasil, a Comissão Brasileira de Coope- ração e o Conselho Evangélico de Educação Eeligiosa do Brasil, que, a 19-'^T[-934, se fundiram, formando a Confederação Evangélica do Brasil.

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