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INSTITUTO SOROTHERAPICO BUTANTAN
DO ESTADO DE SÃO PAULO
(NOÇÕES GERAES SOBRE COBRAS)
Prof. Dr. RODOLPHO KRAUS
Ex-Professor da Faculdade dê Medicina ent Vienna
Ex-Director do Instituto Bacteriologico do
Departamento Nacional de Hygiene em Buenos Aires
Director do Instituto de Butantan em S. Paulo
Instituto Butant
UT Ni IN |
0100000424
19283
EDITORA COMP. MELHORAMENTOS DE S. PAULO
(WEISZFLOG IRMÃOS INCORPORADO)
S. PAULO +» CAYEIRAS -: RIO
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5 SciELO! do Tio pia
INTRODUCÇÃO
Se me decidi a discorrer em estylo popular sobre o Instituto Sorotherapico de
Butantan foi somente para vir ao encontro de uma necessidade que se fazia sentir,
qual a de um guia para os visitantes do Instituto, seguindo assim o que se observa
nos institutos similares e museus.
O Instituto, pelos trabalhos importantes de Vital Brazil, pela sua natureza e
pelo seu famoso serpentario, tem uma fama mundial, o que explica ser elle um dos
pontos de attracção da capital de S. Paulo.
O que mais chama a attenção do publico, ao visitar o Instituto, são as co-
bras. Apesar das explicações verbaes que são dadas aos visitantes, estes pedem sem-
pre um guia ou folheto escripto para melhor se orientarem sobre assumpto tão at-
trahente como seja a Ophiologia.
«La Déiense contre "Ophidisme», a celebre obra de Vital Brazil, é mais de
caracter scientilico, e nella se nóta a falta de explicações populares.
Eis um dos motivos que me levaram a escrever este folheto ; além disso, quiz
tambem demonstrar que o Instituto de Butantan é uma instituição que serve não
só aos interesses da Sciencia como aos do Serviço Sanitario do Estado, produzindo
sóros anti-peçonhentos e todos os demais sôros e vaccinas para a cura e prevenção
das molestias infecto-contagiosas.
Á gentileza do Dr. Vital Brazil devemos a reproducção de alguns quadros que
illustram este folheto, e aqui deixamos consignados os nossos agradecimentos a tão
illustre scientista.
As photographias, em sua maioria tomadas dos originaes existentes no Insti-
tuto, foram feitas pelo photographo do estabelecimento, sr. Euclydes da Costa Soares.
Butantan, Junho de 1922.
R. KRAUS
14
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Historico
O Instituto Sorotherapico de Butantan foi fundado em 1899, por
oceasião do apparecimento da peste bubonica no porto de Santos.
O Governo do Estado, tendo encontrado difficuldades na cbtenção
do sóro e vaccina contra a peste, adquiriu, perto da cidade de 5, Paulo
(9 kilometros), à margem esquerda do rio Pinheiros, uma bella. pro-
priedade denominada «Butantan» (em tupy, lingua indigena, quer
dizer: «lugar de vento forte»), para nella installar um Instituto So-
rotherapico que tratasse desde logo do preparo daquelles productos.
A frente do Instituto o Governo collocou o Dr. Vital Brazil, que
4
se manteve como seu director até o anno de 1918, e a quem se
Dr. Vital Brazil
6 Instituto Sorotherapico de Butantan
deve o desenvolvimento do Instituto desde seu início até sua actual
evolução, bem como a fama e o progresso de que hoje goza.
Os primeiros trabalhos do estabelecimento tiveram início naquelle
anno, mas sua organização official só se realizou em 1901, em virtude
do dec. n.º 878-A, de 23 de fevereiro desse anno, e para seu funccio-
namento foram utilizadas antigas casas existentes na propriedade,
sendo apenas feitas as adaptações mais necessarias no momento,
Depois disso foram construidas diversas dependencias, taes como
cocheiras, enfermaria para os animaes pestosos, um alpendre para
sangria, etc,
Antiga installação para animaes
O facto de maior relevo na historia da evolução do Instituto
occorreu em 1914, com a inauguração do sumptuoso predio destinado
à Jocalisação dos diversos laboratorios para os estudos scientíficos.
Esta obra teve seu início em 1910 e sua conclusão se deu
em 1913, tendo sido inaugurada em data de 4 de abril de 1914,
quando foi lavrada a seguinte acta:
« Aos quatro dias do mez de abril de mil novecentos e quatorze,
nesta capital, no districto de Butantan, presentes os Exmos. Sts,
Drs. Carlos Augusto Pereira Guimarães, Vice-presidente do Tstado,
em exercicio, Altino Arantes, Eloy Chaves, Paulo de Moraes Barros,
Sampaio Vidal, respectivamente Secretarios de Estado dos Negocios
do Interior, da Justica e da Seguranca Publica, da Agricultura, Com
Instituto Sorotherapico de Butantan
Laboratorio primitivo
Serpentario antigo
10
Instituto Sorotherapico de Butantan
Entrada principal (Hall)
Instituto Sorotherapico de Butantan
Exposição dos productos
e RSS TR
Instituto Sorotherapico de Butantan
Sala de sangria, enfermaria
Bioterio para os animaes de experiencia
Instituto Sorotherapico de Butantan 1
mercio e Obras Publicas e da Fazenda, Guilherme Alvaro, director
geral do Serviço Sanitario do Estado, varios outros cavalheiros de
representação € muitas outras pessoas gradas, foi solemnemente inau-
surado o novo predio em que funeciona o Instituto Serumtherapico,
departamento da Directoria Geral do Serviço Sanitario do Estado.
A construeção do referido predio, feita sob planta e direcção technica
do engenheiro sanitario, Dr. Mauro Alvaro de Souza Camargo, foi
iniciada em novembro de 1910, sob a presidencia do Fxmo. Sr.
Dr. Manoel Joaquim de Albuquerque Lins, sendo então Secretario
de Estado dos Negocios do Interior o Exmo. Sr, Dr. Carlos Augusto
Pereira Guimarães e Director Geral do Servico Sanitario, o Exmo.
sr. Dr. Emilio Marcondes Ribas. As obras foram continuadas soh
à presidencia do Exmo, Sr. Conselheiro Francisco de Paula Rodrigues
Alves, sendo Secretario de Estado dos Negocios do Interior, o Exmo.
Sr. Dr. Altino Arantes, e nesta ultima administração coneluidas,
Pestemunham a construcção desse edifício, que obedeceu a todos
os reclamos da necessidade e mesmo convemencia, e a perfeita
dotação dos seus multiplos laboratorios, o patriotico esforço do Go-
vero do Estado em proporcionar todos os recursos para a custosa,
si bem que generosamente compensadora, installação dos institutos
seclentificos creados para servir ao inestimavel designio de convergir
as luzes da Seciencia para à resolução dos muitos e graves problemas
de que depende w saúde publica,
São, portanto, as installações deste Instituto um monumento
de hbenemerencia para as esclarecidas administrações que têm per
lustrado o Governo deste Estado progressista, que notavelmente se
salienta no seio da Federação Brasileira pela sua civilisação, elfeito
da mui nobre comprehensão dos deveres cívicos pelos seus homens
publicos, dignos a todos os respeitos das melhores homenagens,
como aqui se concretisa. ! À
Eu, EL. M. Homem de Mello, funcecionario da Directoria Geral
do Serviço Sanitario, substituindo o secretario da repartição, a es-
CTeVI,
(aa) Carlos Augusto Pereira Guimarães, Altino Arantes, Eloy de
Miranda Chaves, Paulo de Moraes Barros, Sampaio Vidal, Francisco
Ferreira Braga, Meirelles Reis Filho, T. Mondim Pestana, 'P. Mondim,
Odilon Damasceno Ribeiro de Moraes, br. Rubião Meira, Abilio €,
de Andrade, Ranulpho Pinheiro Lima, Mario Ayrosa, Theodureto
de Camargo, P. de Siqueira Campos, Geraldo de Paula Sov a, Dr.
Theodoro Bayma, Dr. Armaldo Vieira de Carvalho, Dr. E. cumpl,
Dr. Vital Brazil, Dr. Emilio Ribas, Dr. Ayres Netto, Dr. Alexandrino
Pedroso, Phillipe Aché, Jesuino Maciel, R. von Ihering, João Flo-
rencio Gomes, H, von lhering, Heitor Maurano, Dr. Dorival de Camargo
Penteado, B. Rangel Pestana, etc. ».
No anno de 1917 foram creadas as secções de Botanica e O
Instituto de Medicamentos Officiaes para utilização pratica das plan
12 Instituto Sorotherapico de Butantan
tas medicinaes brasileiras. Ao mesmo tempo tambem se instalou
uma nova secção a de opolherapia e soluções medicamentosas,
Para que a grande extensão de Lerrenos que possãe o Instituto
não ficasse sem utilidade, foi ereada tambem a secção agricola com
o fim de fornecer aos animaes do estabelecimento toda a forragem
de que necessitam.
ViraL Braziz dedicou toda sua actividade à producção dessóros,
vaccinas e fabricou desde o início do Instituto quasi todos os productos
reclamados pelo Serviço Sanitario para a sua lucta systematica contra
as enfermidades infecciosas. Mas não sómente como fabrica funecionou
o Instituto com Vital Brazil, pois elle soube rodear-se de um nucleo
de adeptos e assim poude formar, pouco à pouco, uma escola scientifica,
Desde o anno de 1901 até 1917 foram publicados 24 trabalhos,
que se encontram reunidos em uma publicação do Instituto denominada
« Collectanea de Trabalhos ».
Desses trabalhos os mais importantes são de Vital Brazil, sobre as-
sumplto que significa o orgulho e a gloria do Istituto estudo
das serpentes sul-americanas, sobre seus venenos e a preparação
dos sóros anti-peconhentos. Vital Brazil demonstrou que o sóro de
Calmette preparado com veneno das cobras das Indias não dew resultado
no Brasil porque os venenos das serpentes do Brasil e da America do
Sul são completamente differentes (Viperidae) dos das cobras dus
Pudias (Colubridae) e que o sóro contra a mordedura daquellas ser-
pentes deve ser preparado com o veneno delas.
Dahi surgiu a idéa de se construir um serpentario para alojamento
de cobras, afim de se obter o veneno com que se pudesse preparar
um sóro antispeçonhento para o paiz, e desde então esse serviço vem
sendo feito com toda a actividade.
Acompanhavam o Dr Vital Brazil nesses trabalhos os seus col
laboradores Bruno Rangel Pestana, Dorival de Camargo Penteado,
Naur Martins, e especialmente o mallogrado Dr. J. Florencio (iomes.
Além dos trabalhos sobre ophidios foram publicados estudos
sobre peste, dosagem do valor anti-foxico dos sóros, das globulinas
e serinas, etc.
Florencio (Gomes descreveu especies novas de cobras e sobre
Triatoma chagasi; B. Rangel Pestana, sobre nambiuvit; Oclavio Veiga,
sobre estrongylose dos cavalos e prophylaxia das moscas; 17. Mauwrano,
sobre envenenamento eSCorpionico,
No anno de 1918 appareceram as «Memorias» do Instituto, em
que se encontram trabalhos de Vital Brazil, Dorival €. Penteado,
Florencio Gomes e Octavio Veiga. A secção de bDotanica tambem
apparece com os trabalhos de PF. €. Hoehne. Além destes, figuram
trabalhos de Afranio Amaral e Pirajá da Silva, no fasciculo Il,
Instituto Sorotherapico de Butantan 13
Não podemos, ao fazer o historico do Instituto, deixar de render
especial homenagem à memoria de João Florencio (Gomes. A elle
devemos a descripção de uma especie nova de serpente venenosa
(Lachesis cotiara), w classificação das cobras do nosso mostruario,
e innumeros trabalhos sobre ophídios do Brasil e da America do Sul,
Com a sua morte muito perdeu não
somente o Instituto, mas tambem a micro-
biologia e especialmente a ophiologia bra-
sileiras.
Em julho de 1919 terminou a gloriosa
direcção de Vital Brazil.
Depois da sahida de Vital Brazil houve
mm interregno, sendo a direcção do TInsti-
tuto confiada interinamente ao Dr. Ulhõa
Cintra que depois de varios mezes de di-
rectoria passou esta ao Dr. Afranio Amaral.
Por essa occasião foram nomeados assis-
tentes do Instituto os Drs. José Bernardino
Avantes, Joaquim Pires Fleury, Lemos Mon-
teiro, Lucas de Assumpção e José Maria
Gomes, para substituirem os que tinham
acompanhado Vital Brazil.
O Dr. Afranio Amaral dedicou-se de- João Florencio Gomes
pois especialmente ao estudo da ophio
logia e fez communicações diversas à Sociedade de Medicina e
Cirurgia de S, Paulo a respeito dos resultados que obteve em seus
estudos. Entre essas communicações salienta-se aquella em que
elle descreveu a nova especie de serpente venenosa, que denominou
Lachesis insularis, da qual fez o estudo completo, e que faz parte,
juntamente com as descripções de outras especies de serpentes não
venenosas, de um trabalho que sahiu publicado nos « Anexos das
Memórias do Instituto ».
Em setembro de 1921 fui contractado pelo Governo do Estado,
para dirigir o Instituto, depois de terminado meu contracto em Buenos
Aires, onde, por 8 annos, dirigi o Instituto Bacteriologico do Departa-
mento Nacional de lIygiene.
Tomando posse da directoria, procurei cumprir minha missão
seguindo os caminhos traçados por Vital Brazil e conservar ou ampliar
a organização do Instituto, segundo as exigencias do progresso da
Setencia e necessidades do Servico Sanitario do Estado.
A missão do Instituto, como bem fez vêr Vital Brazil em um
de seus relatorios, não deve ser sómente «a de funccionar como uma
fabrica para o preparo de todos os productos biologicos baseados nos
conhecimentos scientificos actuaes, mas deve tambem contribuir com
estudos scientificos, especialmente no vamo da microbiologia e da
sorologia, para o desenvolvimento da Seciencia, para que dahi possa
2
14 Instituto Sorotherapico de Butantan
formar-se um nucleo de Lechmicos competentes que virão constituir a
escola especial de Butantan.
Segundo as funeções do Instituto, quer as praticas, quer as
scientificas, procurei organizal-o de tal maneira, isto é, em secções,
à frente de cada uma das quaes se encontra um technico competente
com sub-assistentes, que actualmente preenche todos os seus fims.
Essas secções são as seguintes:
Secção de Ophiologia (Assistente: Dr. Afranio Amaral. Sub-assistente:
Dr. Rocha Botelho).
Secção de Toxinas e Dosagem dos sóros anti-toxicos (Assistente: Dr.
J. B. Arantes. Sub-assistente: Dr. Paulo Marrey).
Secção de Vaccinas e sóros anti-infecciosos (Assistente: Dr. J. Pires
Fleury).
Secção de Peste e tuberculose (Assistente: Dr. J. Lemos Monteiro).
Secção de Diagnostico biologico (Sub-assistente: Dr. Lucas de Assum-
pção).
Secção de Microbiologia (Sub-assistente: Dr, José M. Gomes).
Secção de Opotherapia (Assistente: Ph. Fernando Paes de Barros).
Secção de Ophiologia
Esta secção tem a seu cargo o preparo dos sôros anti-peçonhentos,
além do estudo systematico e biologico das serpentes brasileiras e de
seus venenos, bem como a conservação da colleeção de cobras do Museu.
Laboratorio da Secção de Ophiologia
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Instituto Sorotherapico de Butantan 21
ovoviviparas. Nos ovos das ultimas, as serpentes estão já completa-
mente evolucionadas e delles sahem immedialfamente (40).
Às venenosas geralmente não atacam o homem desde que não
sejam tocadas. Atacando, projectam a cabeça com extraordinaria ra-
pidez contra a presa, cravando os dentes na carne, injectando o veneno
como uma injecção hypodermica, mercê da contracção dos musculos
que comprimem as glandulas de veneno,
A maioria das mordeduras são nos membros inferiores (75 9%) €
menores no tronco (3 0), porque as cobras não podem saltar mais
do que com 2/3 de seu corpo, As cobras terrestres se movem fixando-se
em suas costellas e assim podem subir às arvores (e podem tambem
nadar).
Todas as serpentes venenosas e praticamente perigosas da America,
do Sul pertencem à familia das Viperidae, sub-família Crotalinue,
que são as que têm 2 dentes anteriores canaliculados (solenoglyphas)
e estão em communicação com a glandula do veneno.
Os dentes inoculadores do veneno caracterizam mais que tudo as
serpentes venenosas. Os dentes das Viperidae são moveis e são tro-
cados de tempos à tempos por outros novos.
Pelles de serpentes, depois da muda
Mém disso, existem outros característicos para diferenciação das
serpentes venenosas das não venenosas, taes como: cabeca chata e
imangular, cauda curta, fossa lacrimal, pupila vertical, escamas na
ubeça e no corpo, ete. Estes caracteres podem falhar e por isso não
se aconselha às pessoas sem conhecimentos especiaes fazerem a clas-
siicação, baseadas sómente naqueles caracteres. Brehm diz termi-
mantemente que não existe um meio para se differenciar as cobras pelo
eu exterior,
Instituto Sorotherapico de Butantan
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Instituto Sorotherapico de Butantan
Ovos de serpentes não venenosas (oviparas)
Cobra com seus filhotes (ovovivipara)
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Instituto Sorotherapico de Butantan
Bocca de um Crotalus territicus (cascavel), mostrando os dentes inoculadores de veneno a e lingua bifida
Cauda de Crotalus terrificus (cascavel, mostrando a disposição dos guisos
Instituto Sorotherapico de Butantan
Cabeça de uma cobra venenosa
Cabeça de uma cobra não venenosa
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Instituto Sorotherapico de Butantan
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(Colubridae) (Viperidae)
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Instituto Sorotherapico de Butantan
ESCHEMA DAS COBRAS VENENDSAS
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Instituto Sorotherapico de Butantan 29
Os característicos das serpentes venenosas e não venenosas mais
communs podem ser apreciados no quadro que reproduzimos (p. 22).
O seguinte quadro mostra a classificação das serpentes venenosas
que são encontradas no Brasil:
lanceolata (jararaca) |
atrox
neuwiedii
jararacussú
cotiara
alternata (urutú)
itapetiningae
muta (surucuci)
. bilineata
Crotalinae insularis
Viperidae castelnaudi
(Solenoglypha) | | lansbergi
mais frequentes
Lachesis
(12 especies)
|
)
|
Crotalus terrificus (cascavel) (10 especies de crotalus na
Viperinae (Europa, Asia e Africa) [America do Norte).
Além das serpentes venenosas da familia Viperidae, que são
praticamente as unicas perigosas no Brasil, existem as da familia
Colubridae :
| — Elapinae (Proteroglyphas) (*), que são serpentes (venenosas)
com 2? dentes anteriores sulcados (podem envenenar com a sua mor-
dedura, o que, porém, é raro):
frontalis
corallinus
marcgravii
lemniscatus
decoratus
Elaps
(cobras ESA
Além destas existem mais 10 especies, que são muito raras.
II — Opisthoglyphas, que têm tambem os 2 dentes sulcados
como os das Elapinae, mas collocados atrás do maxilar superior, por
detrás dos olhos. Praticamente tambem não têm importancia, porque
as mordeduras são raras e produzem sómente inflammações locaes.
As mais frequentes são:
(*) Não se deve contundir a coral verdadeira com as falsas; estas ultimas se differenciam
pela cauda longa e fina e pelos olhos, que são grandes. Erythlamprus aesculapii é uma opisthogly-
pha (venenosa, com 2 dentes posteriores); as outras, como Oxirhopus trigeminus, Simophis rhinos-
toma e Elapomorphus tricolor, são mais communs.
14
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Instituto Sorotherapico de Butantan
his («cipó»)
olfersi («cobra verde»)
serra
| aestivus («cobra verde»)
Erythrolamprus aesculapii (falsa coral)
Tamnodynastes nattereri
Pseudo boa cloelia (mussurana)
Philodryas
Inflammação do braço, produzida por mordedura de Philodryas olfersi (opisthoglypha)
UI — Aglyphas, as não venenosas pertencem, em sua maioria,
à familia das Colubridae e têm dentes lisos, 2 fileiras no maxillar supe-
rior, sem canal e sem estarem em communicação com a glandula de
veneno, A glandula supra-labial que possuem estas serpentes contêm
veneno, como-a das venenosas. À secreção dessa glandula sahe dire-
ctamente na bocca por um ducto secretor e ali se dilue, muito pouco
chegando a penetrar no organismo quando a serpente morde e O
envenenamento neste caso é muito benigno, sómente local, sem sym-
ptomas geraes,
As mais communs destas serpentes são:
Drymobius bifossatus (cobra nova)
Spilotes pulatus (caninana)
j sexcarinatus
Vearinatus («cipó»)
f merremii («d'agua»)
Yundulata
Herpetodrias
Rhadinoea
5 SCIELO 4 Pio Mig. «13
Instituto Sorotherapico de Butantan
j almadensis (jararaquinha do campo)
| poecilogyrus
Xenodon merremii (boipeva)
Ciclagras gigas (boipevaussú)
Helicops modestus, etc. («d'agua»)
Oxirhopus trigeminus («boi coral»)
Liophis
Das não venenosas, cobras maiores (de 6 a 12 metros), a sucury
(Bunectes murinus) e a giboia (Boa constrictor) pertencem à familia
das Boidae,
Serpentario
As serpentes ao chegarem ao Instituto são separadas segundo
especie, venenosas ou não, nos serpentarios respectivos.
US,
Carro para o transporte de caixas para serpentes
O serpenfario para as serpentes venenosas está collocado em
frente ao Instituto. Consta de uma área de cerca de 500 ms.2,
cercada por um canal de 1 metro de largura, tendo na parede externa
um muro de 1m50 de altura, de faces lisas na parte interna, e
na parede externa apenas a altura de 0m50, A parede externa do
canal, bem como o muro que o contorna são a prumo e de faces
lisas, de modo a impossibilitar a subida das serpentes. A parede
Instituto Sorotherapico de Butantan
Separação das cobras
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Instituto Sorotherapico de Butantan
Detalhe dos cupins para as serpentes venenosas
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Instituto Sorotherapico de Butantan
Serpentario de cobras não venenosas
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Instituto Sorotherapico de Butantan
interna tem uma inclinação para dentro de modo a facilitar a subida
das serpentes que venham banhar-se no canal, Na área interna
dividida em canteiros plantados com grama, encontram-se pequenos
abrigos em forma de cupins, onde as serpentes podem esconder-se
e proteger-se da acção do frio ou do calor.
A outra installação para as não venenosas é cercada por um
muro alto, sem o canal circumdante, e na área inferna se encontram
gramados e arvores diversas,
Veneno e sua extracção
O veneno das serpentes é o producto da secreção das glandulas
venenosas e é summamente toxico para animaes sensíveis como o
são os pombos, coelhos, cobayas, cavallos e o homem. O veneno é
para as serpentes um fermento util e que por sua acção proteolytica
tem importancia na digestão dos animaes comidos por ellas.
Glandula do veneno
Quando a serpente morde, o veneno mortifero sahe pelos seus
dentes venenosos,
“ara conseguir-se extrahir o veneno para a immunização de
cavallos, um ajudante fixa bem a serpente, segurando-a logo abaixo
da cabeca de modo a não poder ella mover-se e collocando uma placa.
de vidro por sob os dentes venenosos, comprime com os dedos as
glandulas secretoras e o veneno cahe na placa, sahindo pelos dentes.
Em 15 dias pode-se recolher a mesma quantidade de veneno. Apesar
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Instituto Sorotherapico de Butantan 41
da extracção do veneno, a mordedura, depois disso, pode ter conse
quencias graves, pois sempre fica veneno sufficiente para produzir
aceidentes.
O veneno é um liquido claro, amarello nas Lachesis e incolor nos
Crotalus, (*) que depois de seccado em estufa a 37º pode ser guardado
por muito tempo sem modificar-se. À quantidade de veneno que sahe
de cada vez é differente, segundo o tamanho, alimentação e estação.
O calculo que nos dá Vital Brazil é — para Crotalus, 0,1 ce.
de veneno liquido, correspondente a 33 mgrs. de veneno secco; para
PRODUCÇÃO MEDIA DE
VENENO POR ESPECIES
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Seudess trmerelalis [CASCAVEL]
[JARARACA]
APATIA
jararaca, 0,2 c. c. de veneno liquido, que correspondem a 66 mges. de
veneno secco; para urutá, 0,5 e. c. de veneno liquido, que correspondem
a 165 mges. de veneno secco.
1 Para ser ensaiado o veneno, deve elle ser pesado, dissolvido
em sôro physiologico e depois titulada sua toxidez em pombos,
coelhos ou cobayas.
A dose minima mortal do veneno secco de Crotalus terrificus
() O veneno das cascaveis do norte do Brasil é amarelio.
2 É, 4 5 SciELO, Mor Ss ts
14
Instituto Sorotherapico de Butantan
| Cetividade do differente, venenos para 05
umano de laboratorio. Colculada pola minima
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(cascavel) por via intramuscular para o pombo é de 0,001 mgr., de
1 mgr. por kilo de coelho e de 0,015 mgrs. para cobaya de 250 grs.;
o de Lachesis jararaca é de 0,5 mgr. para o pombo, de 1 mgr. por kilo
de coelho e de 1,5 mgr. para cobaya de 250 grs.; o de Lachesis
ulternata (urutú) é de 1 mgr. para o pombo, de 8 mgrs. por kilo
de coelho e de 2 mgrs. para cobaya de 250 grs.
Immunidade natural
Nem todos os animaes são sensiveis ao veneno das serpentes.
Entre os mammiferos existem alguns que resistem, como o porco (?)
as mangustas, o ichineumon (Herpestes ichneumon), o ouriço caixeiro
(Erinaceus europeus).
No Brasil, descobriu o Dr. F. A. Iglesias, um mammifero do
Piauhy, denominado Conepatus chilensis (cangambá), que tem uma
immunidade natural contra as cobras venenosas (Lachesis) e se ali-
menta desses repteis.
Tambem existem aves, como a seriema (Dicholofus crystatus),
o jaburú (Micteria americana) e o acauã (Herpetoteres cachinans ) que
em 2 3
5 Si BO 10 11
12. elid» LÁ
Instituto Sorotheraipco de Butantan
Cangambá (Conepatus chilensis) mammifero ophiophago
entre os indios gozam de uma grande reputação como destruidoras de
cobras,
Para ter-se uma idéa da diflerença que pode existir entre a
sensibilidade e a resistencia natural, citaremos um exemplo do in-
teressante livro de Vital Brazil sobre as serpentes.
Com a quantidade de veneno de cascavel sufficiente para matar
10. serpentes de outra especie, pode-se matar:
24 cães
25 bovinos
60 cavallos
600 coelhos
800 ratos
2000 cobayas
- 300000 pombos
]
As serpentes venenosas em geral são immunes para o veneno da
sua especie e mesma para o das outras, mas tambem as não venenosas
têm uma resistencia contra os venenos. Existem certas cobras ophio-
phagas, geralmente não venenosas, que comem as outras. A mais
celebre ophiophaga é a Mussurana, que é immune contra o veneno
da jararaca e cascavel e se alimenta com as serpentes venenosas.
Instituto Sorotherapico de Butantan -
Lachesis alternata (Urutú) comendo Lachesis cotiara
Roosevelt, em sua visita ao Instituto, aprecia a lucta entre a mussurana e a jararaca
5 SciELOS Jr al. Fiz SEA
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Instituto Sorotherapico de Butantan
Envenenamento
A gravidade dos accidentes depende da especie de serpente e da
quantidade de veneno e do lugar por onde elle penetrou. O veneno
o2/
é inocuo na pelle ou nas mucosas intactas (estomago). As 3/4 partes
das mordeduras no homem são nos membros inferiores, principalmente
FREQUENCIA vos ACCIDENTES
POR ESPECIES MORDEDORAS
PDA E
(MU)
(JARARACA]
/2 4
9 II; Lurediosts in Means
ICASCAVEL | [URUTU)
nos pés (75 9%). Muitos accidentes serium evitados se os trabalhadores
ruracs usassem bolinas ow botas e us creancas andassem calçadas.
Os symptomas do envenenamento são locues € geraes € variam
segundo a especie de serpente que mordeu, uma cascavel ou uma
Lachesis. A mordedura das cobras venenosas se caracteriza por 2
pontos hemorrhagicos na pelle, que correspondem aos 2 dentes do
5 SciELOS Jitpag led FZ rei SA
Instituto Sorotherapico de Butantan
Mordedura por uma jararaca
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Instituto Sorotherapico de Butantan
Pé mumificado, devido a um accidente ophídico
Victimas de accidentes ophidicos
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cm
Instituto Sorotherapico de Butantan
Sôros anti-peçenhentos
O grande progresso no tratamento das mordeduras de serpentes
se deve ao descobrimento da immunização com veneno de cobra
por Sewal (1887), Kaufmann (1889), Fraser, Phisalix e Bertrand, e so-
bretudo por Calmette. Para a America do Sul têm os estudos de Vital
Brazil importancia muito grande, pois verificou elle que os venenos das
cobras sulamericanas (solenoglyphas) não são neutralizados pelo sôro
anti-peçonhento de Calmette, preparado com o veneno das cobras da
India (proteroglyphas). Por esta razão Vital Brazil começon a preparar
sôros especiaes para as mordeduras das serpentes do Brasil e da
America do Sul, com os venenos dessas mesmas serpentes.
14
4 5 1 Pilioo, MO is 2 AS
Instituto Sorotherapico de Butantan
Preparação dos sôros anti-peçonhentos
Para obter-se o sôro anti-peçonhento, é necessario injectar-se
cavallos, sub-cutaneamente, com o veneno, começando com diluições
de milligrammos e augmentando cada 5 ou 6 dias a dose, até chegar
a 900 ou 600 mgrs, por vez. Depois de soffrerem este processo durante
algum tempo, (6 mezes e mais) processo que chamamos imunização,
os cavalos fornecem o sóro (anti-toxina) que se encontra no sangue
circulante,
Desde que os cavallos, depois de um certo tempo, supportam in
jJecções de quantidades grandes destes venenos, podem então ser
sangrados, porque em seu sangue já se encontram as substancias
maravilhosas chamadas antitoxinas, que são capazes de destruir
Os venenos (loxinas),
A sangria dos cavallos se faz na veia jugular e se liram de
cada vez 4a 6 litros de sangue. O liquido claro que se consegue do
sangue é o que chamamos sóro, é que contem os remedios espe-
cificos as anti-foxinas,
Como com, o veneno, que é uma substancia chimicamente não de-
finida e portanto, não pode ser titulado por methodos chimicos, mas só
mente por experiencias em animaães, O mesmo succede com Os soros,
Às antifoximas que se encontram no sangue podem ser sómente
tituladas com seus respectivos venenos e em animaes de laboratorio.
Dosagem do sôro
Para conhecer-se a elficacia do sôro, seu valor antfi-foxico, é
necessario medilo, A dosagem se faz em pombos (ow coelhos), nos
quaes se injecta por via endovenosa certa quantidade de mistura do
Soro e veneno,
Se o pombo sobrevive à injecção, o soro contêm substancias
antitoxicas e segundo sua quantidade já pode ser dado a consumo,
Se o sôro não contem a quantidade sufficiente antitoxica, pod
então ser concentrado,
O tratamento das mordeduras exige sempre um sóro especilici
preparado para o veneno da especie que morder. O veneno de um:
especie de cobra venenosa não se neutraliza com o sóro preparado
com o veneno de outra especie, Assim, por exemplo: o sóro anti
crotalico, que neutraliza 1,200 doses mortaes de veneno de cascavel,
não neutraliza nem poucas doses Jethaes de veneno de Lachesis, e.
vice-versa.
5 SciELO 9 AQ iris «1,8
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Instituto Sorotherapico de Butantan
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Instituto Sorotherapico de Butantan
SEPARAÇÃO do SORO pe”
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Sangue de aimnal e Cosgulo ' fibrins
MIUMEZIdO) —»
SANGRIA
Sangue recolhido em oxalato de sodio,
vendo-se a maneira como se separa o sôro (plasma) dos globulos vermelhos
Instituto Sorotherapico de Butantan
Injecção endo-venosa em um pombo (sôro veneno)
Por esta razão, o Instituto prepara os seguintes sôros anti-pe
conhentos:
anti-bothropico (polyvalente) — contra todas as especies de Lachesis
anti-bothropico (monovalente) — contra a jararaca sómente
anti-crotalico — contra a cascavel
anti-ophidico — contra todas as especies venenosas em geral (menos as co
Taes venenosas). (*)
O sôro anti-bothropico polyvalente deve dosar — 1 e e neu
tralizando 1,5 mgrs. de veneno de jararaca; o sôro anti-crotalico
lc. c. neutralizando 0,8-1,0 mgrs. de veneno de cascavel; e o sór
anti-ophidico, 1 ce. e neutralizando 0,4 mers. de veneno erotalic
e 1,5 mgrs. de veneno de jararaca.
O sôro é distribuido em ampolas de 10 c. c., trazendo no votul
a dosagem de seu valor. Cada tubo de sôro é acompanhado “+ con
selhos para a sua applicação e de um questionario para o vesultad
da applicação do sõro (5),
(*) A mordedura pelas coraes venenosas (Elaps) é muito rara e a preparação do sõro, pel
escassez de veneno, traz grandes dificuldades.
(**) Segundo investigações de Vita! Brazil, os sõôros anti-peçonhentos conservam sua activa
dade durante muitos annos.
5 SciELO 9 TO Cn. TZ ais
Instituto Sorotherapico de Butantan
Applicação do sôro
O tratamento do envenenamento ophidico realmente elficaz e que
pode salvar a vida é sómente o sóro anti-peçonhento. Todos os outros
remedios usados pelo povo, como o alcool, pluntas e remedios de curan-
leiros, são de pouca ou nene efficacia. Tão pouco a sueção da fe
ida, sangria, cauterização a fogo, são meios seguros, Para evitar a aabsor-
vção do veneno, é muito empregada a ligadura. Mas não se deve altar o
membro por mais de !/, hora, pois pode haver o perigo de gangrenar
parte ligada. Às injecções locaes de solução de hypoc hlorito de cal
29, chlorureto de ouro a 1/100, permanganato de potassio tão
pouco podem neutralizar o veneno,
Immediatamente depois da mordedura deve-se injeclar o soro, O
quanto muis depressa possivel, por ser isso mis efficaz.
A parte da pelle que foi mordida deve ser lavada com alcool, ou
desinfectante, como o bi-chloruro de mercurio a 1/5.000. Esta limpesa
deve aconselhar-se sempre para evitar a infecção da mordedura, pro-
duzida pelos microbios que se encontram na hocca das serpentes.
Aconselha-se usar o sôro immediatamente após a mordedura
serpente e injectal-o por via endovenosa si possivel ou então intra-
muscular em qualquer parte do corpo, de preferencia nas regiões onde
1 pelle é lacilmente distensivel, como as costas, entre as espaduas,
va quantidade de 10-15 e. c. em casos benignos e de 30 c. c. nos
CASOS graves, ISto para OS sÕros anti-crotalico e anti-bolhropico, e dose
dupla a essas, sempre que se empregue o sôro anti-ophidico (60 e. c.).
Para se injectar o sôóro, escolhe-se primeiramente o logar, o qual
deve ser lavado e desinfectado, depois do que se toma com a mão
p querda uma dobra da pelle, formando um cône, em cuja base se
introduz a agulha que previamente deve ter sido desinfectada em
mua fervente, bem como a seringa. Qualquer seringa esterilizavel,
de 10 ou 20 centimetros cubicos, poderá servir. Para preparar-se a
seringa para injecção, colloca-se juntamente com as agulhas o respe
elivo intermediario, em uma pequena vasilha, com a quantidade d' agua
sulficiente para cobril-a completamente, Leva-se tudo ao fogo e 'deixa-se
ferver por cinco ou dez minutos. Vasa-se depois cuidadosamente, a
suua, deixa-se arrefecer um pouco. Não se deve deitar a seringa
RR na agua a ferver, porque haveria perigo de partila,
em se deve enchela quando ainda estiver muito quente, porque além
de poder quebral-a, provocaria a coagulação do sÔro. Depois de
vecupada a seringa deve ser cuidadosamente lavada na propria usua
que serviu para esterilisala. Evilar-seá com ISSO, QUe O SÓrO sec
cando colle o embolo às respectivas paredes, inutilizando o instru-
mento.
Instituto Sorotherapico de Butantan
Sala de accondicionamento dos sôros
cm 1 2 5 4 5 ICLELÇ. Jia Hi e 2 te A
Instituto Sorotherapico de Butantan
Maneira de encher-se a seringa com o sôro
Maneira de injectar-se o sôro
em 2 É 4 S Lo RiIE Om os Piel MZ Msg dA,
Instituto Sorotherapico de Butantan
Para encher a seringa basta quebrar-se a extremidade afilada
da ampola e aspirar-se o conteúdo por meio da seringa,
Escolhido e lavado o ponto onde se deve lazer a injecção, toma-se
com a mão esquerda uma dobra da pelle, formando-se um cône, em
cuja base implanta-se uma das agulhas, depois de haver retirado desta
o pequeno fio metallico que garante a sua permeabilidade. A agulha
deve transfixar completamente a pelle, verificando-se achar-se no tecido
cellular sub-culaneo por um movimento de bascula. Adapta-se, então, 4
peça metallica collocada no pavilhão da agulha e por um movimento
de propulsão lento, injecta-se o conteúdo da seringa. (Querendo-se
infectar na mesma occasião dóse superior ao conteúdo da seringa,
encher-se-á esta novamente com auxiho da outra agulha, devendo-se
deixar a primeira agulha implantada para fazer-se a segunda injecção,
evitando-se com esse processo, uma nova picada completamente des
necessaria,
Feita a primeira injecção, o doente deverá ser deixado no mais
completo repouso, procurando-se evitar tudo quanto possa exeitalo
ou perturbar-lhe a calma necessaria á restauração das forças. Si a
dóse injectada foi sufficiente e feita em tempo opportuno, as melhoras
se apresentarão dentro de algumas horas, sendo já bem accentuadas
seis horas após a sua applicação e completas depois de 12 horas,
Si ao contrario, a dóse foi insuficiente, as melhoras não serão sen
siveis, tornando-se necessaria uma nova injecção.
Nos aecidentes determinados por cascavel, acontece não raro que
os phenomenos toxicos cedam completamente sob a influencia do
tratamento especifico, considerando-se 0 doente curado ou pelo menos
livre de perigo, e que, depois de alguns dias de bem estar, sobrevenham
novamente phenomenos graves, que podem terminar pela morte do
doente caso não seja tratado immediatamente por uma nova dóse de
soro. /E, pois, preciso estar-se prevenido para no caso de laes ac
cidentes prolongar a observação do doente pelo menos por vinte dias;
sendo mesmo de bom conselho, fazer-se nos casos graves, uma injer
ção no segundo e terceiro dia após à primeira applicação, no intuito
de prevenir uma possivel recahida.
Nos casos de mordedura de jararaca, de urutú, de jararacussh
ou outras especies de «Lachesis », jámais observamos esses pheno
menos tardios, constatados no envenenamento pela cascavel.
Quanto ao regimen alimentar, o mais conveniente será manter à
doente, durante os primeiros dias, em dieta líquida, constituida prin-
cipalmente por leite, caldos, chá, calé, etc. No segundo ou terceiro
dia, conforme o estado do doente, será conveniente administrar]he
um purgativo brando, podendo preferir-se um sadino, o sulphato de
sodio, por exemplo,
Instituto Sorotherapico de Butantan
Estatistica
Pela estatistica que Dorival de C. Penteado apresenta em seu
trabalho publicado na «Collectanea», verifica-se que a maior mor-
talidade observada entre as pessoas mordidas e tratadas pelo sóro
oi a de 5,9%, contra 30 a 35% das mordidas e não tratadas.
Uma estatistica feita pelo Instituto desde 1902 a 1921, mostra
que houve, entre as pessoas mordidas (14:5% homens e 111 mulheres)
» tratadas com o sôro, uma mortalidade de 270%.
QUADRO DEMONSTRATIVO DA SAHIDA DE SÓROS PEÇONHENTOS
DURANTE O PERIODO DE 1902 A 1922.
DATA CROTALICO OPHIDICO BOTHROPICO
1902 15 | 67 | 475
1903 294 | 253 951
1904 320 | 544 | 1384
1905 319 293 | 1308
1906 900 | 614 2004
1907 446 | 530 1455
1908 194 | 667 3026
1909 | 788 456 3325
1910 958 761 3002
1911 1237 1190 4518
1912 1306 1526 5156
1913 914 810 3758
1914 1307 1170 5061
1915 1659 1357 3594
1916 1147 1539 6794
1917 | 1968 1523 5474
1918 1261 1927 7314
1919 524 1555 3051
1920 500 | 21172 2599
1921 1224 | 2439 2415
Concentração de sôros
Para ter valor maximo de substancias curativas que se podem
onseguir com os nossos methodos, os sôros do Instituto são em
ral concentrados com o sulfato de ammonea (methodo Annie Homer-
anzhaf) e assim se obtem em um volume menor a mesma quantidade
» anti-toxinas que no sóro bruto. Esta concentração tem sua im-
rtancia, porque o sôro refinado (pseudo-globulinas) produz menos
msequencias — que chamamos enfermidade serica — que o sôro
em 1 2 3 4 5 SCcIELOS DO» dio quis Bm AA
Instituto Sorotherapico de Butantan
Sala de concentração de sôros
bruto, e as experiencias feitas em todo o mundo são muito favo-
raveis à applicação dos sôros concentrados. No Hospital de Iso-
lamento de S. Paulo tambem elles têm sido applicados com os me:
lhores resultados,
em Il 2 3
5 SCLELO io ÍA
3» TA
O Instituto não prepara sómente os sóros anti-peçonhentos, mas
fabrica todos os sóros e vaccinas curativas e preventivas contra as
enfermidades infecciosas dos homens e dos animaes para as curar e
prevenir.
Secção de Toxina
e Dosagem de sôros anti-toxicos
Esta secção se occupa com o preparo dos venenos das bacterias
(toxinas) necessarios à fabricação dos sóros anti-diphterico, anti-tetanico
e anti-dysenterico.
Os venenos bacterianos são productos dos respectivos microbios,
do bacillo diphterico, tetanica ou dysenterico. Para preparar os venenos
cultivam-se os microbios em meios liquidos, deixando-se por algum
tempo em estufa a 37, depois do que se filtra o liquido em fil-
tros especiaes e o liquido que passa contêm o veneno dos micro-
—
= NS EE sao
Laboratorio da Secção de Toxinas e Dosagem de sôros
ei. Ml Es 3 4 o SCIELOS dica Cl 2a 43
cm
Instituto Sorotherapico de Butantan
ud
Estufa para cultura de microbios
bios, Estes venenos são provados em animaes para depois serem
usados em injecções nos cavallos que irão produzir o sôro especifico
contra o veneno do microbio com que foi feita a immunização do
cavallo, da mesma maneira como dissemos para com o veneno das
serpentes,
Os sôros são usados hoje como meio preventivo e curativo na
diphteria, no tetano do homem e dos animaes, e na dysenteria, com
excellentes resultados.
Antes de ser envasado O SÓrO, prova-se o seu valor; em cobayas
os sóros anti-diphterico e anti-tetanico, e em coelhos e passaros O
sóro anti-dysenterico. A dosagem do sôro anti-diphterico se faz
com o sôro padrão do Instituto de Francfort (methodo de Ehrlich)
e do sôro anti-tetanico com 0 methodo de Anderson e Rosenau, de
Washington, e o anti-dysenterico pelo methodo de Kraus e Doerr.
Além disso se verifica a esterilidade do sôro (secção de verificação);
e depois de todas essas provas é elle então envasado e depois entregue
5 SCIELOS ipi sig. «18
14
Instituto Sorotherapico de Butantan 67
a consumo. Para se ter um juizo sobre a efficacia dos sôros no
homem, são elles applicados no Hospital de Isolamento. Cada empola
contêm uma bulla com a indicação para o uso do sôro.
Sóro anti-diphterico Behring
A diphteria é uma doença causada pelo bacillo diphterico (Loefl-
ler). A forma mais perigosa é o crupe. O melhor tratamento é em-
pregar-se, o muis cedo possivel o sóro diphterico, o qual reduz a
mortalidade de 35 para menos de 10 9.
O sôro anti-diphterico não é somente curativo, mas tambem deve
ser applicado como meio preventivo onde haja possibilidade de con-
taminação.
O sôro anti-diphterico do Instituto, preparado com toxinas
dos bacillos de Loeffler, tem um numero elevado de unidades anti-
toxicas, graças ao methodo de refinação e concentração, pelo qual
sao subtrahidos os proteidos inuteis e responsaveis pelos phenomenos
locaes e accidentes sericos que se observam ordinariamente com o
uso do sôro integral,
Cultura em caldo para a preparação da toxina
Ha differentes typos deste sôro, de actividade e preço variaveis.
O seu emprego deve ser por numero de unidades antitoxicas. À
seguinte tabella, devida aos Drs. Park e Bigs, constitue um precioso
5
Instituto Sorotherapico de Butantan
Bacillo diphterico
indicador para a applicação do sóro anti-diphterico, sendo por isso
insistentemente recommendada pelo Instituto.
eee
Applicação do sôro anti- diphterico segundo a tabella de Park e Bigs
Numero de “unidades a empregar. nos casos
Be nignos | Medios | Graves | Muito graves
Creanças de menos de 1 anno . . .| 2. 000 I 3.000 E 10. 000 | 10.000
E E a 5 annos Ra ES 000 | 5.000 | 10.000 | 10 000
|
|
|
|
e E
> 39409 + «| 4.000 5.000 | 10.000 | 15.000
Pessoas de mais de 10 annos RR ESTUDO 10.000 | 10.000 | 20 000
injecções intra-musculares | injecções na
| veia
e
O instituto fabrica os seguintes sóros anti-diphtericos :
N.º 15 empolas de 10 cc. contendo 3.000 unidades
>» 16 » cc. >» 2.000
17 cc. 2.500 »
18 cc. » 3.000
20 , Ce » 4.000
SCLELM SS
dão digo A
Instituto Sorotherapico de Butantan
empolas de 2 !', cc. contendo 2.500 unidades
» 2 f.cc. 3.000 »
vo Doce.
2 1), ce.
2 cc. » (uso prophylactico)
MORTALIDADE POR BIPHTERIA
QUANDO EMPREGADA A SORDTHERAPIA
DISTRIBUIÇÃO DOS OBITOS PELOS DIAS DE EN-
FERMIDADE, NOS QUAES FOI INICIADO O
TRATAMENTO
QUANTO MAIS CEDO MAIS CERTA É
SE EMPREGAR TOS A CURA E MENOS
pi
A SOROTHERAPIA MURTES SE OBSERVA
Instituto Sorotherapico de Butantan
Sôro anti-tetanico
O tetano é uma doença microbiana causada pelo bacilo tetanico.
O bacillo tetanico existe de preferencia na terra, e com especialidade
quando misturada com estrume de animaes. Todas as vezes que
houver ferimento em contacto com a terra, deve-se infectar o soro
unti-tetanico. São principalmente perigosos os ferimentos produzidos
por prego ou outro estrepe sujo de terra. (Estes ferimentos devem
Bacillo tetanico
ser limpos e desinfectados immediatamente). O tetano é uma enfermi-
dade evitavel e coravel, desde que se empregue no inicio da infecção
o sóro anti-tetanico.
Sôro anti-tetanico, é fornecido por animaes immunizados com
a toxina tetanica. O seu poder curativo € preventivo é expresso por
unidades anti-toxicas segundo o methodo de dosagem americano de
Rosenau e Anderson. Emprega-se preventiva e curativamente, Deve
ser empregado preventivamente em todos os traumatismos, ferimentos
5 SciELO S Ta Cl. TZ. «LIA
Instituto Sorotherapico de Butantan ra!
profundos, contaminados por terra, esmagamentos, fracturas expos-
tas, ete. É preventivamente que elle dá os melhores resultados, pro-
tegendo efficazmente por 15 dias. Nos ferimentos que reclamam
tratamento de longa duração é aconselhavel repetir-se a mjecção cada
15 dias. Dose preventiva para adulto 1.500 unidades em injecção
sub-cutanea ou intramuscular; dose curativa: 10.000 unidades, repe-
tidas dentro de 24 horas, por via endovenosa, intramuscular ou
mtra-racheana.
O valor mais importante e bem demonstravel do sôro anti-te-
tanico está baseado na sua acção prophylactica.
Uma estatistica interessante se encontra na publicação do Sir.
D. Bruce, em «The Lancet» de 1917.
Os graphicos que apresentamos são feitos segundo os dados deste
autor e são a melhor illustração para a acção preventiva do isôro
anti-tetanico,
Tetano no homem
Como resultado da injecção preventiva de sôro anfi-telanico e
como as injecções preventivas nos annos posteriores (1916-1918) da
guerra se fizeram em todos os casos de feridas, diminuiu a quantidade
de tetano com o estado de curta incubação e [órmas agudas, e au-
gmentaram os casos de tetano com estado de larga incubação que são
benignos.
Assim se explica tambem que ao principio da guerra houvesse
% de mortalidade, que diminuiu de 19 até 16,40%.
»
DOd
Pelas injecções preventivas se evitou tetano ou foi transformado
em tetano com o estado de incubação larga, com a prognose muito
favoravel
Instituto Sorotherapico de Butantan
Mortalidade por tetano em casos
tratados preventivamente com
sôro e não tratados.
05 f 64
62 5
Mortalidade por tetano no d0
exercito inglez
(BRUCE) 54,5
|
4
191415 1516
5 ea Rs Dia MI a Z siSD TA
Instituto Sorotherapico de Butantan
Tetano apparecido antes de 10 dias (preto) e
depois de 10 dias (branco).
Como consequencia das injecções preventivas de Termo medio de dias
sôro anti-tetanico o tetano apparece mais tarde e se de estado de incubação
apresenta em uma forma tão benigna como nos casos do tetano
de tetano com o estado de incubação larga,
cor mp fe
O Instituto prepara, para os differentes usos, os seguintes sôros
inti-tetanicos:
N.º 41 — empolas de 10 cc. contendo 10.000 unidades
43 10 cc. 5.000
45 10 cc. 10.000
52 5 ce. 1.500 » (uso prophylactico)
Instituto Sorotherapico de Butantan
Sôro contra a dysenteria bacillar
O sôro anti-dysenterico só é elficaz no tratamento da dysen-
teria bacillar (Shiga-Kruse). Elle é antitoxico e antimicrobiano poly-
valente. Varias estirpes dos typos Shiga-Kruse e Flexner são em-
pregados na immunização dos cavallos que fornecem o sôro.
A acção do sôro é preventiva e curativa.
Com o fim prophylactico podem- se infectar as doses de 5 a 10c.
À immunidade assim obtida é immediata porém transitória, não Fe
rando mais de 10 a 15 dias approximadamente.
Bacillo dysenterico
No tratamento da dysenteria bacillar o sóro deve ser injectado tão
cedo quanto possivel, As doses à empregar dependem da gravidade
da molestia, do numero de dias decorridos desde o seu início, e
da edade do doente.
São geralmente aconselhadas as seguintes doses para os adultos,
e metade dellas para as creanças de menos de 10 annos:
Nos casos brandos de dysenteria 10 c. c.
Nos casos de media, gr widade 20 CG. É.
Nos casos graves 40 à 60 c.
5 SciELO S OD Fiz. eis
14
Instituto Sorotherapico de Butantan 15
E indicada a repetição destas doses no dia seguinte se as me-
lhoras não são muito accentuadas,
O Instituto prepara este sóro sob o n.º 55, em empolas de 10c.«
Secção de vaccinas e sôros anti-infecciosos
Esta secção é encarregada do preparo das vaccinas preventivas
e curativas e dos sôros antiiinfecciosos. Assim, preparamos, entre
outras, as vaccinas typhica, meningococeica, gonococcica, estreptococ-
cica, pneumococeica, como o indicam as bullas.
Bacillo typhico
As nossas vaccinas são preparadas com ether, segundo o methodo
de Vincent, ou por aquecimento a menos de 56º, e assim conseguimos
vaccinas muito suaves que não produzem reacções locaes ou veraes.
As experiencias pessoaes que temos, nos levam a aconselhar O
uso da vaccina typhica a todas as pessoas, mesmo às creanças das
escolas. Esta vaccina tem uma importancia especial para o lstado
de 5. Paulo, pela frequenc ta da-febre typhoide, e o Instituto vem
fazendo propaganda especii , em suas conferencias populi Wes, para
a divulgação das vantagens da applicação dessa vaceina.
Es S 4 5 SCTEDO, ug Ai Za LS
14
Instituto Sorotherapico de Butantan
Ulceras produzidas no intestino pela febre typhoide
5 SCI La Pd Tião grana
Instituto Sorotherapico de Butantan m
4 febre typhoide é uma enfermidade infecciosa grave, produzida
pelo bacilo typhico (Eberth). Transmitte-se pelo consumo da agua,
do gelo e da manteiga infectados; das verduras crúas recolhidas em,
terrenos adubados com materias fecaes typhicas e em muitissimos
casos tambem pelo contacto com os enfermos de lebre typhoide ou
com os portadores sãos,
Quando as condições de hygiene são más e as probabilidades de
contagio são muitas, a melhor medida é vaccinar-se conira a [febre
typhoide, sem esquecer, entretanto, as desinfecções e as medidas
de hygiene conhecidas (esterilização das aguas, desinfecção das ma-
terias fecues e das excreções dos enfermos, assim como de todas as suas
roupas e utensílios, limpeza cuidadosa das mãos, desinfecção das
habitações, ete.).
Vaccina anti-typhica
A vaceina anti-typhica é constituida pelos microbios dessa en-
fermidade, destruídos pela acção do ether. Esta vaccina applica-se
em tres mjecções sub-cutaneas,
O poder preventivo da vaccina é realmente efficaz sómente quando
se fazem as tres injecções indicadas,
A applicação da vaccina em França, Allemanha, Inglaterra e
Estados Unidos deu sempre resultados eflicazes contra a lebre ty-
phoide (veja-se o quadro).
A vaceina typhica como meio prophylactico, tem seu emprego
justificado por multiplas estatisticas, Nossa vaccina é preparada com
grande numero de raças de bacillos typhicos mui variados, accrescidas
de uma terça parte de diversas raças de bacillos pratyphicos A e B,
Aconselha-se a vaccinação, com insistencia, às pessoas que vivem
em collectividade, consumindo aguas suspeitas, ou às que se acham
em um fóco epidemico, ou mesmo em contacto com os doentes.
Devem ser praticadas tres injecções de 1 ec. e. cada uma, de
oito em oito dias.
Vaccina n. 1 com 1 ce. contem 500 milhões de bacillos
> + 2 1 cc. 1.000 » » »
3 1 cc. 2.000 ;
Technica para a applicação das injecções — Observadas as
precauções correntes de asepsia, taes como: seringa fervida, pelle
esterilizada com alcool, ether ou tintura de iodo, etc., aspira-se o
conteúdo da ampola após ser bem agitada e injecta-se por via cutanea
nos flancos ou entre as espaduas,
Não devem ser vaccinadas as pessoas que soflrem dos rins, dos
pulmões ou coração, nem as mulheres gravidas,
cm 1 2 õ 4 5 SciELO, LO 1d 12 13. TA
cm
78 Instituto Sorotherapico de Butantan
Não devem ser vaccinados os menores de 2 annos e, entre essa
idade e a de 14 annos, usa-se a metade da dose.
A immunidade por esse processo dura um anno e deve repetir-se
a vaccinação annualmente.
A injecção pode causar uma ligeira reacção local, um pouco de
mau estar geral, cansaço e pequena elevação de temperatura, phe-
nomenos esses passageiros. Podem ser evitados uma vez que se
façam as injecções à tarde e que se observe dieta liquida durante
a noite,
Às vaccinas de mais de 6 meses não devem ser ulilisadas.
MORTALIDADE (FEBRE TYPHOIDE) POR MIL NO EXERCITO AMERICANO
0,56 1900 1,67
0,72 1901 0,84
0,72 1902 0,95
1,66 1903 0,47
1,43 1904 0,36
1885 1,41 1905 0,33
1886 0,098 1906 0,28
1889 0,69 1907 0,32
1890 0,54 1908 0,34
1891 0,62 1909 vaccinação tacult. 0,25
1892 0,55 1910 0,18
1893 0,48 1911 0,09
1894 0,56 1912 vaccinação obrig. 0,03
1895 0,67 1913 0,03
1896 0,87 1914 0,04
1897 0,56 1915 0,02
1898 0,74 1916 0,04
guerra 1917 0,04
hispano-americana 1918 0,05
1899 2,52 guerra européa 0,06
Vaccinas: gonococcica, estreptococeica, estaphylococcica,
pnreumococeica e meningococcica (preventivas e curativas). — O em-
prego das vaccinas, segundoro methodo de Wright, no decurso de varias
doenças infecfuosas geraes ou locaes, tem dado resultados.
Às injecções devem ser feitas por via sub-cutanea, com intervalos
de 3 a 4 dias de uma para outra e em doses progressivamente cres-
centes,
Preparo e indicações — As stock-vaccinas gonococeica, estrepto-
coccica, estaphylococeica, pneumococcica e meningococeica, do Ins-
titulo são preparadas com culturas de diversas raças oriundas
de material colhido em differentes casos de furunculo, abcesso,
anthraz, osteo-myelite, erysipela, fleimão, pyo-dermite, Iymphangite,
mortas previamente pelo aquecimento e emulsionadas em agua phy-
siologica phenolada a 0,40%. E distribuida em ampolas de 1 cc,
e em 6 doses de 10 a 100 milhões de germens.
8 SciELO S degelo Zi «ds
14
Instituto Sorotherapico de Butantan
Sôro contra a Meningite cerebro-espinhal
É uma enfermidade produzida pelo meningococeo intracelular
(Weichselbaum) que se localiza nas meninges, produzindo uma enfermi-
dade grave, com mortalidade muito alta — 70 9%. O remedio melhor que
temos. é o sóro nti-meningococcico. Este sôro provém de cavallos immu-
nizados por injecções intra-venosas de differentes raças de meningo-
coccos segundo o processo de Harold Amoss e Martha Wollstein,
Meningococcus intracellularis (Weichselbaum) Pus
do Instituto Rockefeller. E applicado nos casos de meningite cerebro-
espinhal epidemica, em cujo tratamento sua efficacia tem sido am-
plamente demonstrada.
Modo de applicação e doses: As doses devem ser de 80 à 50€.€.
applicadas o mais precocemente possivel, para se obter melhor re-
sultado. O sôro é imoffensivo mesmo em altas doses e deve ser
sempre injectado pela via racheana, podendo-se no entretanto admi-
nistrar pela — intramuscular ou intra-venosa. (Deve-se retirar volume
de liquido cephalo-racheano igual à quantidade de sôro que-se pretende
injectar). Não havendo melhora do doente nas 24 horas após a primeira
injecção, a segunda e terceira injecções do sôro deverão ser feitas.
80 Instituto Sorotherapico de Butantan
Segundo as estatisticas, o sóro applicado na devida jorma e o
muis depressa possivel, pode diminuir a mortalidade de 50 e 70 9% para
20, 1009 e menos.
Às injecções de sôro devem ser feitas o mais depressa possivel,
porque a mortalidade augmenta se o tratamento se faz esperar.
Flexner Netter Dopter
Injecções antes do 3.º dia da infecção 14,90/, 714º 8,290
z depois de 4-7 dias da infecção 22 9/9 11,19% 14,494
3 » 7 dias da infecção 36,4 0/0 235º 2419/45
Sôro anti-estreptococcico (applicavel em caso de erysipela, Te-
bre puerperal, septicemias, abcessos e outros estados morbidos de
origem estreptococeica). Este sôro é fornecido por animaes im-
munizados contra um grande numero de raças de estreptococcos,
entre as quaes figuram culturas isoladas de varios [leimões, anginas,
infecções do puerperio, etc, É, pois, um sôro polyvalente.
Deve ser applicado em todos os casos de estreptococeia, [nes
como tleimões, lIymphangites, infecção puerperal, rheumatismo ar-
treular agudo, etc. Os resultados do tratamento por este sóro, de-
pendem muito da rapidez e da energia com que é empregado,
As doses macissas são aconselhaveis, podendo começar-se por
injectar por via sub-cutanea ou intramuscular até 100 e. c. e repetir
a injecção conforme a edade e a gravidade do caso,
O Instituto prepara este sôro sob n.º 60 e em empolas de 10c.c.
Sôóro normal de cavallo e de bovino — O sóro normal goza da
propriedade benefica de excitar os diversos elementos cellulares (Pro-
teinotherapia). Além disso, o sôro normal é dotado de notavel poder
hemostatico e goza de propriedades cicalrizantes fão mamifestas, que
pode ser considerado um dos melhores agentes therapeuticos (de
certo o mais racional) para os casos de feridas, ulceras atonicas,
phagedenicas, efe,
O Instituto prepara: a) sóro injectavel, em empolas de LO c. €.;
b) soro secco, em caixas de 6 tubos de 1 cc.
MoDosS DE ADMINISTRAÇÃO E DOSES: O sóro normal injectavel
q e ser administrado de accordo com as regras de sorotherapia e
segundo a gravidade de cada caso, em injecções sub-cutaneas, intra-
musculares ou intra-venosas, em doses diarias de 10 a 100 e. c.
O sóro secco deve ser empregado de accordo com a seguinte technica
que o Instituto aconselha: lavagem da ulcera (ou outra alfecção)
com agua physiologica esterilizada, ou com agua simplesmente fer-
vida; pulverização do sóro em camada regular sobre toda a superficie
da ulcera,- previamente enxuta; applicação de um penso aseptico,
com gaze esterilizada, ou de faixas embricadas de esparadrapo nos
primeiros dias do tratamento,
tê oCIELOS Lo Ti 12 13 “JA
Instituto Sorotherapico de Butantan
Sôro hemostatico — O sóro hemostatico é constituido por so-
lução de euglobulina extrahida por sulfato de ammonea do sôro
normal. Esta substancia, segundo modernas investigações sôrologicas,
é a parte activa da sóro total, na sua acção hemostatica. À sua
propriedade coagulante sobre o plasma sanguineco é constantemente
mais energica do que a do sôro original.
Deve ser empregado de preferencia ao sgôro normal em todos os
causos em que este é indicado como hemostatico: na hemophilia,
na purpura e nas hemorrhagias internas.
Apresenta sobre o sôro normal as seguintes vantagens: 1.º,
é mais coagulante; 2.º: é menos toxico; 3.º é mais facilmente absor-
vido.
Pode ser applicado por injecções sub-cutaneas, intra-musculares
ou endo-venosas em doses de 10 a 20 c. c.
Sôro renal caprino — Desde 1898 o sôro do sangue da veia
renal tem sido utilizado no tratamento das nephrites agudas e chro-
nicas, e nos ultimos tempos esta nova forma de opotherapia entrou
na pratica da clinica das molestias renaes,
Esta medicação é obtida de cabras sãs, ligando-se a vela renal
o recolhendo-se asepticamente o sangue que corre após a phlebotomia.
Depois da coagulação o sóro é distribuido sem addição de anfisepticos
em empolas de 10 cc.
As indicações do sôro renal se referem principalmente à uremia
e aos accidentes uremicos consequentes a nephrites agudas e chronicas
e a outros phenomenos devidos a disturbios das funcções renaes
como cephaléas, insomnia, dispnéa, edemas, albuminurias da gra
videz, etc.
Os elfeitos do sôro renal consistem na attenuação ou no desap-
parecimento desses disturbios, com o augmento da secreção urinaria
e diminuição da albumina e da sua toxicidade, e concomitantemente
dos symptomas respiratorios, circulatorios, e subjectivos subordinados
à auto-Imnloxicação urinaria.
Dose: começar com as doses de 10-20 e. c. em injecção lypo-
dermica. Estas doses podem ser repetidas nos dias seguintes.
Secção de peste
Esta secção tem por funeção o preparo do sôro e da vacceina
contra a peste humana, tuberculinas e malleina,
Sôro contra a peste bubonica
A peste é uma doença infecto-contagiosa, occasionada pelo «ba-
cillus pestis» (Yersin-Kitasato). O microbio da peste tem especial
predileeção para os ratos, aos quaes causa epizootias; estas precedem,
Instituto Sorotherapico de Butantan
Bacillus pestis (Yersin) de uma puncção ganglionar
quasi sempre, ás epidemias. Disto se deduz a importancia dos ratos
na propagação do germen da peste. São as pulgas os principaes
transmissores da peste de rato a rato e do rato ao homem. Uma
Lorma de peste extremamente contagiosa, e que se transmitte por
contacto directo, é a pneumonite pestosa.
Sôro anti-pestoso (para o tratamento da peste bubonica) — é
fornecido por animaes immunizados contra o Bacillus pestis. É im-
dispensavel que o tratamento seja instituído logo nos primeiros dias
da molestia, por doses bastante elevadas, até 100 e mais c. €. Não
se deve começar por dose inferior a 40 c. c. para o adulto e 20 €. e.
para os individuos de menor edade.
Este sôro deve ser administrado sempre que possivel, por in-
Jecções intra-musculares ou endo-venosas. Estas devem ser feitas
com a maxima lentidão afim de evitar-se as perturbações circulatorias
observadas logo após as infecções endo-venosas de sôro. As admi-
nistrações do tratamento especifico deverão ser repetidas de 24 em
24 horas, até que o doente entre em franca via de cura.
O sôro anti-pestoso é tambem usado preventivamente em combina-
ção com a vaccina, para protecção dos individuos que tenham estado
E SCAELO
TODA FZ. «AB ETA
Instituto Sorotherapico de Butantan 83
ou pretendam estar em contacto com doentes atacados de peste, A
dose preventiva deve variar entre 10 e 20 e. c. À immunidade conferida
neste caso é de 10 a 15 dias.
Vaccina contra peste bubonica — A vaccina contra peste, pre-
parada por esta secção do Instituto é constituida por bacillos pestis
provenientes de cultura em gelose e mortos pelo aquecimento a 65º,
durante uma hora e suspensos em agua physiologica phenicada a
1/49. Cada dose está calculada pela quantidade media de bacillos
que se pode obter em 48 horas em um tubo ordinario de agar
inclinado. O vehiculo para cada dose é de 2 1/2 cc.
A applicação da vaccina se faz por injecção hypodermica, no
braço ou em outra qualquer parte do corpo, tendo-se o cuidado de
asitar-se a ampola antes de encher-se a seringa, afim de obter-se a
suspensão homogenea dos corpos bacillares,
Para um homem robusto deve-se empregar todo o conteúdo da
ampola; para as mulheres e individuos fracos ou pouco desenvolvidos
a metade da dose é sufficiente; para as creanças, de 1/5 a 1/3
da dose, conforme a idade.
A vaccina confere immunidade sete dias depois da sua appli-
cação, immunidade que subsiste por muitos meses.
E prudente vaccinar-se contra a peste sempre que se tenha de
visitar focos da molesfia.
Além do preparo
do sóro e da vaccina
contra a peste, esta
secção tem a seu car-
so à preparação da
cubereulina para o
diagnostico das tuber
culoses humanas e
bovinas, e prepara
tambem a malleina
para o diagnostico de
mormo nos equineos.
Tuberculi-
na (Para o diagnos-
tico e tratamento da
tuberculose) O In-
stituto prepara, para
usos elinicos, dilui
cões de tuberculina
7. O. A, (Denys) e da
tuberculina de Koch
e Denys. A primei
ra é constituida pelo Bacillo da tuberculose no escarro
Instituto Sorotherapico de Butantan
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Instituto Sorotherapico de Butantan
culdo de cultura de bacilo Koch de 30 a 40 dias, filtrado a
vela; a segunda é preparada com a cultura de 30 a 40 dias, a
qual é morta pelo aquecimento a 100º, filirada e evaporada ao
lecimo.
rara o emprego da T.O.A. offerece o Instituto 4 diluições: a
1 por 10.000; a 2: a 1 por 1.000; a 3: a 1 por 100 e a
por 10.
Da tuberculina de Koch tem o Instituto cinco diluições: a la
nor 100.000; a 2.º a 1 por 10,000; a 32 a 1 por 1.000; a
por 100 e a 5º a 1 por 10.
Halleima (para diagnostico do mormo em cavallos). — O Insti-
prepara duas sortes de malleina: a malleina «in natura» e a
bruta ou concentrada. A primeira é a cultura do bacilo
morta pelo aquecimento a 100º durante 30 minutos e
vela. O seu emprego não exige diluição alguma. É entregue
+ consumo em ampolas de 2 1/2 e 5 e. e, contendo as primeiras
dose para um animal e as segundas duas doses,
NS malleima bruta é constituida pela malleina «in natura» con-
prada vo decimo por evaporação a banho-maria. O seu emprego
uma diluição feita da seguinte maneira;
Água phenicada 9 partes
Malleina bruta 1 parte
A dose desta diluição a injectar no animal suspeito é de 2 1/2 c.€.
Mobo DE USAR: Começa-se por tomar a temperatura, de manhã
“ à tarde, dos animaes suspeitos, 48 horas antes do emprego da
malleina, devendo-se eliminar os animaes febricitantes. No terceiro
ta ia em cada animal (cavallo ou burro), sub-cutaneamente,
2 1/2 e. e. «in natura» ou a mesma dose da malleina bruta diluida,
Bt animaes sãos não apresentam, em via de regra, reacção notavel
com esta dose de malleina. Ao contrario, os animaes atacados do
mormo, mesmo quando não apresentam symptomas clínicos da mo-
lestia, reagem fortemente à malleina, apresentando forte reacção local
ponto da injecção, caracterisada por edema doloroso e persistente
or alguns dias; abatimento, tremor de frio, elevação thermica de
“1/2 a 4º acima da normal. Os animaes que apresentam lesões
diantadas de mormo não reagem à malleina,
Este methodo é precioso principalmente para o diagnostico do
“ormo latente, )
1 2 3 4 5 oCcI1ELO, OR A LD
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Instituto Sorotherapico de Butantan
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Instituto Sorotherapico de Butantan
| INSTITUTO SOROTHERAPICO BUTANTAN
SAHIDA DE SÕROS, VACCINAS E TUBERCULINA
DURANTE DS ANNOS DE 19/12 A 192]
PRODUCTOS | 1912 193 I9l4 1915 I9I6 IST igiB I919 1920
ANTIE-CROTALICO
SORO
ANTI-BOTHROPICO
SORO
ANTI-OPHIDICO
SÕRO
ANTI-PESTOSO
sro
ANTI-DIPHTERICO
S0RO
ANTI-TETANICO
SORO
ANTI-DYSENTERICO
SORO
NORMAL DE CAVALLO
SORO
| ANTI-ESTREPTOCOUCICO
SÕRO
ANTI-ESCORPIONICO
SORO
RENAL CAPRINO
SORO
HEMOSTATICO |
SÕRO 1
]
|
|
ANTI-PNEUMOCOCCIÇO
SORO |
TUBERCULINA
VACCINA
ANTI-PESTOSA
VACCINA
| ANTI-GONOCOCCICA
|
vACCINA
ANTI- ESTREPTOCOCCICA
VACCINA
ANTI-ESTAPHILOCOCCICA
VALCINA
ANTI-TYPHICA
Mad O
|
|
|
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12
1-3)
14
Instituto Sorotherapico de Butantan
Secção de Diagnostico biologico
Occupa-se especialmente com o preparo de reactivos biológicos
para o diagnostico biologico das bacterias e enfermidades, especial-
mente a syphilis, como a reacção de Wassermann, Sachs-Georgi e
Meinicke, hemolysinas, etc. Prepara tambem os reactivos para dia-
gnostico da febre typhoide (diagnostico Ficker) e precipitinas que
facilitam o reconhecimento das manchas de sangue em casos criminaes
para a Medicina Legal, ou verificação da falsificação de carnes, etc.
Laboratorio da Secção Biologica
Secção de Microbiologia
Esta secção está encarregada especialmente de cultivar e conservar
vivos os mierobios (museu). Além disso, occupa-se com a verificação
da esterilidade dos productos, antes destes serem dados a consumo.
Instituto Sorotherapico de Butantan
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eso oemalii o).
Pimimay e. co 1 2 voy
: cal 1
Museu de culturas
Instituto Sorotherapico de Butantan
Secção de Opotherapia
Prepara os remedios para as diversas deficiencias das glandulas
internas, feitos com os orgãos de animaes sãos.
Extracto suprarenal (qusta-renina), As supra-renaes são glapdulas ne-
cessarias, não sómente porque bixam, translormam, ou destroem pigmentos, venenos
exogenos e sobretudo endogenos, mas fambem porque sua secreção, constituindo o
estimulante util dos elementos neuro-musculares, contribue particularmente para man-
ter a tonicidade dos musculos da vida vegetativa e, agindo emfim sobre as [uncções
e as secreções principaes da economia, exerce, egualmente, influencia sobre o me-
tabolismo e regulariza a mulrição geral.
E
INDICAÇÕES YHERAPEUTICAS: O extracto suprarenal que é preparado com glan-
dulas sãs e frescas, de boi, deve ser administrado em todos os casos de: aceidentes
cardiacos, collapso e syncope, choque e adynamias post-operalorias, e, como pre-
ventivo, contra as complicações da anesthesia geral e da anesthesia racheana, Lendo
ainda as seguintes indicações especines:
Insufliciencia suprarenal chronica: addisonismo ou syndrome hypo-epinephria
elironica. Moleslia de Addison. Insulficiencia suprarenal aguda, no decurso de doen-
Gas toxi-infectuosas, ou parasifarias: diphteria; febres eruplivas, typho e pneumo-
mia; paludismo; ysenferia amebica; ancylostomose e outras verminoses, ele,
Myaslhenias e neurasthenia associando-se, de preferencia, ao «extracto cerebral»
Molestia de Recklinchausen, Vomitos incoerelveis aa gravidez. Hemorrhagias di-
vestivas, nasaes, uterinas; purpura, variola hemorrhagica: leucemia e hemophilia.
Mopnos DE ADMINISTRAÇÃO E Doses: O Inslilulo prepara o extracto suprarenal
(uxfa-renina) sob tres formas:
av extracto total, dessecado, em comprimidos de Ogr. 10, correspondentes a
Ger. 50 do orgão lresco. Doses diarias: adultos, 2 a 5; creanças, La 3 com-
primidos. a
b) extracto Lotal glycerinado (para uso por via gastrica) em frascos de 50 ges.,
correspondentes a 2gr. 50 do orgão fresco, Doses diarias: adultos, 20 a 60 voltas;
creanças, 10 a 20 voltas,
e) extracto liquido, em empolas de Le. e. correspondente a O gr, 25 do orgão
lresco — para injecções por via sub-eutanea, ou intra-muscular, podendo tambem
ser administrado por via intra-venosa. Dosagem: cada fee deste extracto contêm
cerca de O gr. 00025 de adrenalina (verificação segundo o melhodo de pesquisa da
loxicidez — de Batelli e Taramasio), de sorte que pode ser usado nas seguintes
doses diarias: adultos, 1 a dec; creanças, 1/2 à 2c.e.
Extracto 'Thyreoideo (lhyreoidina). hyreoides são glandulas de secr
interna e elaboram substancias dotadas de acção lrophica, de crescimento, neces
uo desenvolvimento do organismo e à nutrição do stema nervoso. Desde que sua
secreção diminue, manifestam-se os accidentes caracteristicos da insufliciencia Uiy-
revidea,
O extracto Lhyreoideo é indicado nos casos de: insulliciencia Lhyreoidea : mIy-
xedema, infantilismo e nanismo thyreoideos; asthma; enxaquecas; dermaltoses. Nos
casos de syndrome de Basedow., pode tambem ser administrado, mas cautelosamente
e nos periodos de hypothyreoidia, associando-se, de preferencia, ao extracto para-
tiyreoideo puro,
MODOS DE ADMINISTRAÇÃO E poses: O Instituto prepara o extracto Ihyreoileo
(ivrecidina) sob duas formas :
q) extracto dessecado, em comprimidos de O gr, 10
correspondentes a O gr. 40
de orgão [resco, Doses diarias:
adultos, 1 a 4; creanças, La 2 comprimidos,
,
Instituto Sorotherapico de Butantan
E TRA
Secção de opotherapia
ES |
Pavilhão de opotherapia, concentração, distribuição e acondicionamento de sôros,
bioterio e enfermaria para animaes
94 Instituto Sorotherapico de Butantan
) extracto liquido (injectavel por via sub-cutanea ou intramuscular
ampolas de Tec. Doses diarias: adullos, La? creanças, 1/2 a lc.
Extracto de hypophyse (total), A medicação pelo extracto hypophysario
total Lem suas indicações nos seguintes casos: allecções do myocardios hypo
tensão arterial, vo decurso de molestias toxi-infecluosas (exlracto hypopliysario, sú,
: neurasthenia e insoninia; acrone-
galia (no periodo de hypo-pituilrimos); syndrome de Basedow (associando-se, de
PR ratarentis uo extracto thyreo-paralhyreoideo); alopecia, de origem hypophysaria :
myasthenia (extracto hypophysario só, ou associado ao extracto lesticular, ou ova-
rico). Em casos de molestia de Pakinson produz melhoras. Deve, finalmente, «
extracto hypophysario ser administrado nas manifestações todas de insufficiencia
pituitaria, completa ou não (syndrome hypo-physia): lethargo pathologico ; obesidade
e dystrophia adiposo-genital, typo Froelich; nanismo, infantilismo e feminilismo
de origem hypophysaria.
ou associado ao das elandulas suprarenaes);
MoDoS DE ADMINISTRAÇÃO E DOSES: O Juslituto prepara a medicação hyv
physaria total sob duas formas:
lua comprimidos de hypophyse (exlracto dessecado), a Ogrs. 10, corres-
pondentes a Ogrs, 45 de orgão fresco, para administração por via gastrica. Doses
diarias; adultos, 2 a 6: creanças, LagzB comprimidos,
PR: extracto liquido, injeclavel por via sub-culanea, ou intra-muscular, em
empolas de le. c. Doses diarias: adultos, 2 a fe c; creanças, 1 a Zee.
Pituitrina ou extracto da hypophyse posterior — A pituiltrina ou exiracto
da hypoplyse posterior & indicada, segundo seus effeitos physiologicos, nos seguintes
casos: imercia uterina, quando o utero não se contrahe efficazmente e de modo
espontaneo, tornando o parto demorado. Atonia intestinal, Alonia vesical; oliguria.
Affceções do myocardio. Hypotensão arterial,
Movos DE ADMINISTRAÇÃO E DOSES: O Instituto prepara o extracto do lobo
posterior da hypophyse sob duas formas:
La extracto liquido ( pituitrina), injectavel por via hypodermica, ou in!
muscular, em ampolas de Tec. igual a Ogr, 25 do orgão fresco. Doses dial
adullos, 1 a 2c.c; creanças, 1/2 u Ie c Nora: Deve-se proceder criterios v e
coutelosumente, quando se administra a pituitrina contra a inercia uterina; assim,
não se deve injectar de vez uma dose grande, pois que nessas condições, em
alguns casos, se fem verificado a ruptura do utero; 1/2 a Lec pro dose basta
geralmente para produzir o bom efleito esperado,
Extracto dessecado em comprimidos (para uso por via gastiea) a
O gr. 05, correspondentes a O gr. 22 do orgão [resco. Doses diarias: adultos, La 6:
creancas, 1 a2ovugB CORRA De!
Extracto ovarico (luteo-ovarina), O Instituto prepara o extracto ovarico
(uteo-ovarina), sob duas formas:
aj extracto total, dessecado, em comprimidos de O gr, 10, correspondentes a
Ogr.50 de orgão fresco. Doses diarias: 2 a 4 comprimidos.
b) extracto total, liquido (injectavel por via sub-culanea ou intramuscular
em ampolas de Teco ieual a Ogr. 25 do orgão fresco. Doses diarias: [a 2c.€.
Extracto testicular (orchejna). O Instituto prepara o extracto Lesticular
torcheina) sob duas formas:
a) extracto liquido, injectavel por via sub-cutanea om intra-muscular, em am-
polas de 1c.c. Doses diarias: La Ze.
b) extracto total, dessecado, em comprimidos de O gr. 10, correspondentes a
O gr. 55 do orgão fresco. Doses diarias: 2 a 5 comprimidos.
Além disso, a secção de Opotherapia se oceupa com a preparação dos di-
versos medicamentos injectaveis, para injecções hypodermicas, intra-musculares e
endo-venosas, e são feilos, na maior parte, em agua distillada canforada, esteri-
lizados a frio e filtrados a vela.
nstituto Sorotherapico de Butante
Instituto Sorotherapi le Butantan
Soluções injectaveis
solução de tartaro emetico a [0 Esta solução é empregada por injec-
ção endo-venosa nos casos de Leishmaniose tegumentar (ulcera de Baurú, ferida
brava) e no granuloma venereo. A injecção na veia deve ser feita Jentamente,
procurando-se evitar que a solução transvase nos tecidos circumvisinhos. A in-
jecção na vela pode ser feita segundo a seguinte technica: applica-se no braço
um laço constrictor; lava-se com alcool e com uma solução anfiseptica a parte
anterior do ante-braço; com a seringa esterilizada carregada com a dose a in-
jectar procura-se penetrar em uma das velas mais turgidas do ante-braço, pro-
ximas da dobra do cofovello, Para adquirir-se a certeza de haver-se penetrado no
interior da veia deve-se puchar ligeiramente o embolo da seringa: si a agulha
estiver no inferior do vaso, algumas goltas de sangue apparecerão no interior da
seringa: no caso contrario, O sangue não apparecerã e será necessario recomeçar
a operação alé penetrar com a agulha no interior da vela.
Doses: Nos adultos deve-se começar pela dose de Dec. c. dose esta que de-
verá ser elevada a 10c.c. caso não hajam phenomenos de intolerancia, Nas crean-
ças de 6 a 12 annos deve-se iniciar o tralamento com a dose de 2e.c., que poderá
ser elevada a Sec. Às injecções podem ser feitas diariamente ou de 2 em
2 dias.
vo cabo de algumas injecções apparecem geralmente dores articulares, prin-
cipalmente localisadas na região deldoidiana; alguns doentes tanhem apresentan
tosse, vomitos, febre e diarrhéa às primeiras injecções. Mas esses phenomenos não
impedirão o uso do medicamento a não ser que se lornem muito accentuados,
Sóro artificial (solução de chloruveto de sodio chimicamente puro a S poi
mil). O Instituto prepara este soro em empolas de 50, 100 e 250€c. e,
Solução de bi-chlorhydrato de quinina — E preparada em empolas de 2€. e.
com Ogr. 50 de sal de quinina e accondicionada em caixas de 6 e 12 empolas.
Solução de chlorhydrato de emetina Em empolas de Le.c. com Oger. 04
6 vdrato de mpol; ) y
do sal, e accondicionada em caixas com 6 empolas.
Solução de chlorhydrato de morphina Em empolas de Te.c.
do sal, e accondicionada em caixas com 6 empolas.
Solução de sulfato de esparteina Em empolas de Le.c. com Ogre, 05 de
sal, e accondicionada em caixas de 6 empolas.
Solução de cantora Preparada a 25 0% em oleo de oliva cuidadosamente
purificado, e accondicionada em caixas de 6 empolas com 10, 95,
Solução de cafeina Em empolas de Tec com Ogre. 25 de cafeina, e
accondicionada em caixas de 6
empolas.
Calomelanos (em suspensão em oleo de oliva, para injecção inlra-muscular
Empolas de 2 1/2c.€. dosando O gr. 02 por cc, e accondicionados em caixas
de 6 empolas
Solução Gaucher (Denzoato de mercurio). Em empolas de 2
tendo cada uma Ogr. 02 do sal de mercurio, e accondicionada em caixas
e 12 empolas
Solução de Souligoux (eyanureto de mercurio). Em empolas de Le.
contendo cada uma Ogre. OT do sal de mercurio, e aceondicionada em caixas
6 e 12 empolas,
Solução de Hirsch Coxv-cvanureto de mercurio). Em empolas de Le
contendo cada uma Ger, 02 do sal de mercurio, e accondicionada em caixas
6 e 12 empolas,
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Solução Ettinger (bijodureto de mercurio).
tendo cada uma Ogr. 01 do sal de mercurio, e
e 12 empolas.
Em empolas de 1c.c. con-
accondicionada em caixas de 6
Solução neuro-tonic: (elycero-phosphato de sodio com cacodylato de estrych-
nina). Em empolas de 2c.c. contendo cada uma O gr.20 de glycero-phosphato
de sodio e Ogr. 01 de cacodylato de estrychnina, e accondicionada: em caixas de
6 e 12 empolas.
contendo
em caixas de 6 e 12 empolas.
Solução de cacodylato de sodio Em empolas de
cada uma Ogr. 05 do sal, e accondicionada
Solução de gayacol em oleo canforado Em empolas de lc. ce. contendo
uma Ogr. 05 de gayacol, e accondicionada em caixas de 6 e 12 empolas.
solução de iodureto de sodio a 10%
cada
(empregada com exito no tratamento
do rheumatismo chronico, da syphilis, da arterio-esclerose e da asthma). Em
empolas de 10c.c., accondicionada em caixas de 6 empolas e em tubos com
uma empola de 50c.c.
Se TE
Ata id as ÇÃO
14
SERVIÇO DE IMMUNIZAÇÃO
Sangria e concentração
O serviço de immunização estã a cargo do sr. Theophilo Mar-
tins. Para ter os animaes em estado de bôa saúde, ha na secção de
immunização um veterinario, sob cuja direcção são feitas as mal-
lemizações de todos os cavallos e burros que entram de fóra para
o Instituto, estando tambem incumbido de proceder diariamente à
visitas sanitarias aos animaes enfermos.
O serviço de concentração e sangria está a cargo dos srs. Victor
Salcedo e José Salcedo.
Instituto Sorotherapico de Butantan
Cocheira para cavallos em immunização
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Instituto Sorotherapico de Butantan
Instituto Sorotherapico de Butantan
Mangueira para os cavallos em immunização
Cavallos de immunização em descanço
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ADMINISTRAÇÃO
A cargo da administração (administrador: sr. Julião Joaquim de
Freitas) ficaram todos os outros serviços internos e externos do
Instituto.
O Instituto possue uma Bibliotheca (Bibliolhecario: sr. A, Reis)
que já conta com 2.757 volumes e 442 revistas, e para os trabalhos
scientificos tem tambem as secções de desenho (desenhista: sr. Carlos
Rodolpho Fischer) e de photographia (photographo: sr. Euclvdes da
Costa Soares), perfeitamente instaladas.
A secção agricola (chefe: sr. Serafim Fontes), como annexo do
Instituto, foi fundada para fornecer-lhe a maioria das forragens que
necessita para os cavallos e animaes de experiencias. Segundo O
caleulo feito, esta secção começará a produzir dentro em pouco, graças
à verba que este anno lhe foi concedida e que continuará nos annos
subsequentes,
Instituto Sorotherapico de Butantan
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Bibliotheca
Sala de desenho
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Instituto Sorotherapico de Butantan
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Sala de photographia
Secção Agricola
Instituto Sorotherapico de Butantan
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Carro da Secção Agricola
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Instituto Sorotherapico de Butantan
Criação de cobayas
5 Stet NE 6! LO is BZ AS dA
INSTITUTO DE MEDICAMENTOS
OFFICIAES
Ão lado do Instituto se encontra uma repartição fundada sob o
nome de Instituto de Medicamentos Officiaes, que deve incumbir-se
do preparo dos remedios de plantas medicinaes do Brasil, Até agora
funcciona sómente uma parte, — a seeção de Botanica, a cargo do
sr. &. O Hoechne, que se occupa com o preparo da materia prima
para o laboratorio chimico-biologico, cultivando as plantas medicinaes
no Horto « Oswaldo Cruz», annexo ao Instituto.
Instituto Sorotherapico de Butantan
Instituto de Medicamentos Officiaes
Instituto de Medicamentos Officiaes
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ELAPS CORALLINUS
ELAPS FRONTALIS (Coral)
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