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Full text of "Archivo nobiliarchico brasileiro"

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PURCHASED    FOR    THE 

UNIVERSITY  OF  TORONTO  LIBRARY 

FROM   THE 

HUMANITIES  RESEARCH  COUNCIL 
SPECIAL  GRANT 


FOR 

BRAZIL  COLLECTION 


:^Ji£o  i/fuUyf'pU4  Í'tí2u/'Â:7  (xíc  í^^^Sli^uí^ — 


ARCHIVO 

NOBILIARCHICO   BRASILEIRO 


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ARCHIVO 


Nobiliarchico   Brasileiro 


ORGANISADO    PELO 


barào    de  VASCONCELLOS 

hlDALGO    CAVALLF.IRO    DA    CASA    REAL 

COMMEKDAlJOR   DA    REAL   ORDEM    DE   ISABEL  Ã   CATHOLICA 

SÓCIO    DO   INSTITtJTO    DO    CEARÁ,    ETC. 

E    O 


Barào  Smith  de  Vasconcellos 

DOUTOR  EM    MEDICINA 

BACHAREL   EM    SCIENCIAS   E    LEI  IRAS 

MEMBRO   DE    VARIAS    ASSOCIAÇÕES   HISTÓRICAS,    ARTÍSTICAS    E    SCIENTIFICAS 


Desenhos,  de  Fernmui  Jãmes  Junod.  Lausamu. 


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LAUSANNE  (Suisse) 

IMPRIMERIE    LA    CONCORDE 

MLCCCCXVIII 


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DEDICADO 
A 

SUA   ALTEZA    IMPERIAL 

O    SENHOR 

DOM    LUIZ    DE    ORLÉANS    BRAGANÇA 


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SENHOR, 


|eimitta  Vossa  Alteza  Imperial  que,  ao  dedicar  este  modesto  trabalho 
—  ARCHIVO  NOBILIARCHICO  BRASILEIRO  —  sobre  os  titu- 
lares do  I."  e  2."  Reinados,  nos  sirvamos  dos  grandes  feitos  dos 
homens  do  passado,  de  um  passado  que  ainda  nãp  vae  longe,  em  que  o  nosso 
Paiz  foi  governado  pelos  gloriosos  antepassados  de  Vossa  Alteza  hnperial,  para 
com  elles  exemplificarmos  as  virtudes  dos  homens  que  fizeram  a  grandeza  de 
nossa  Pátria  querida,  servindo-a  com  essa  dedicação  tenaz  e  integra,  que, 
infelizmente,  tende  a  dissolver-se,  no  turbilhão  demolidor  dos  ideaes  modernos. 

O.xalá  possa  este  trabalho,  a  que  votamos  boa  dose  de  paciência  e  a 
mais  escrupulosa  imparcialidade  e  verdade,  servir  de  estimulo  áquetles  cuja 
fibra  ainda  é  robustecida  pela  virilidade  hereditária,  e  também  aos  que,  de 
ascendência  mais  modesta,  anceiam  galgar  a  culminância  dos  grandes. 

E  á  mocidade  de  nossa  Pátria,  exhortaremos  a  que  continue  a  ser  digna 
das  gerações  passadas,  cuja  grandeza  moral  rivalisou  com  as  mais  pujantes 
do  universo. 

O  Brasil  foi  grande  pelos:"  seus  homens  :  esforcemo-nos  para  que  o  seja 
sempre. 

Aos  moços  cumpre,  portanto,  continuar  com  o  ardor  de  seus  corações 
juvenis,  ainda  virgens  do  virus  da  épocha,  a  laboriosa  construcção  de  uma 


% 


Pátria  grande.  Que  não  vejam  elles,  nestes  titulares  do  Império,  —  os  previle- 
giados  do  sangue,  os  aristocratas  intransigentes,  —  elles  o  foram  pelo  valor, 
pela  bravura  indómita  nos  campos  de  batalha,  pelo  próprio  esforço  nas 
grandes  conquistas  do  Saber  e  da  Honra  ;  edificaram  com  a  espada,  com  a 
penna  e  com  a  enxada,  o  nosso  amado  Brasil.  São  os  mais  dignos  de  serem 
imitados. 

Não  foi  uma  casta  o  que  o  Império  creou,  mas  sim  a  verdadeira  Aristo- 
cracia do  Saber,  da  Virtude,  da  Bravura  e  da  Honra,  de  que  essa  mocidade 
herdou  o  exemplo,  e  que  a  ella  cumpre  não  deixar  extinguir. 

CoUocamos  este  modesto  trabalho  sob  a  égide  de  Vossa  Alteza  Imperial 
como  tributo  de  profunda  veneração  e  grande  admiração. 

Barão  de  Vasconcellos. 
^    Barão  Smith  de  Vascongellos. 


Lausanne,  2;  de  Maio  de  1917. 


PREFACIO 


|ste  trabalho  representa  a  primeira  tentativa  de  um  estudo  heraldico- 
genealogico  nacional.  Nada  se  havia  feito  até  o  presente,  não 
acceitando  o  nosso  meio,  como*não  acceita  ainda  hoje,  qualquer 
ensaio  n'esse  sentido. 

A  deficiência  dos  nossos  conhecimentos  históricos  eá  nossa  incompetência 
devem-se,  na  sua  maior  parte,  os  erros  e  omissões  que  n'elle  se  encontram. 
Além  do  pouco  interesse  que  em  geral  observamos  da  parte  dos  que,  mesmo 
ligados  ao  assumpto,  não  se  prestaram  a  nos  fornecer  os  dados  necessários  a 
um  maior  desenvolvimento,  verificamos  que  haviam  desapp>arecido  todos  os 
Registros  de  armas  e  brazões  concedidos  desde  1822  :  diante  de  tão  grandes 
difficuldades  fomos  forçados  a  um  paciente  e  minucioso  trabalho  de  recons- 
trucção,  recorrendo  ás  fontes  mais  diversas. 

O  nosso  intuito,  publicando  este  ARCHIVO,  é  o  de  fazer  reviver  uma 
epocha  mais  brilhante  do  que  aquella  que  ora  atravessamos,  sem  çommental-a 
e  apenas  descrevendo  com  a  maior  concisão  aquelles  que  a  produziram, 
provando  eloquentemente  que  a  grandeza  de  um  paiz  não  se  mede  nem  pela 
sua  extensão  nem  p^la  sua  fortuna,  mas  pela  virtude  dos  seus  homens. 

A  parte  heráldica,  com  um  formidável  esforço  e  absoluta  imparcialidade, 
foi  organisada  a  titulo  puramente  histórico  :  os  brazões  brasileiros  se  não  são 
primores  de  arte  heráldica,  são  comtudo  dignos  de  algum  estudo.  E  por  isso 


1 1 


mesmo  levamos  adiante  a  nossa  tentativa,  apezar  de  conhecermos  de  antemão 
o  insuccesso  que  talvez  lhe  esteja  reservado. 

Em  Appendice,  damos  algumas  Cartas  de  Brazões  de  Armas  concedybs 
a  não  titulares,  que  compulsamos  de  uma  relação  authenticada  e  fornecida 
pelo  fallecido  Luiz  Aleixo  Boulanger,  Escrivão  da  Nobreza  e  Fidalguia  do 
Império,  ao  Visconde  de  Sanches  de  Baêna,  que  ainda  a  poude  publicar,  em 
appendice,  no  seu  —  «  Archivo  Heraldico-Genealogico  ».  —  Lisboa,  1872 
—  ns.  CXClIla  fls.  ccxxx. 

E,  agradecendo  a  todos  aquelles  —  em  bem  pequeno  numero  — que  tão 
gentilmente  nos  auxiliaram,  fornecendo-nos  os  preciosos  dados  que  permittiram 
a  realisação  do  pouco  que  fizemos,  desejamos  que  outros  mais  felizes  e  com 
maior  successo  possam  desenvolver  esta  parte,  talvez  a  mais  interessante. 

Eis  em  poucas  palavras  a  origem  e  o  íím  d"este  modesto  trabalho,  que 
lançamos  em  um  meio^o  pouco  propicio... 

Que  importi  ?...  O  trabalho  Squi  está  :  o  tempo  fará  o  resto  !... 


12 


>3 


AUGUSTISSIMA   CASA   IMPERIAL. 


GENEALOGIA 


jlua  Magestade  o  Senhor  DOM  PEDRO  I,  de  Alcântara,  Francisco, 
António,  João,  Carlos,  Xavier  de  Paula,  Miguel,  Raphael,  Joaquim, 
José,  Gonzaga,  Paschoal,  Cypriano,  Seraphim,  de  Bragança  e 
Bourbon,  era  filho  do  Senhor  Dom  João  VI,  27.°  Rei  de  Portugal,  i.»  Rei  do 
Reino  Unido  de  Portugal,  Brasil  e  Algarves,  Imperador  titular  do  Brasil,  que 
nasceu  no  Paço  da  Real  Quinta  de  Queluz,  a  13  de  Maio  de  1767,  vindo  a 
fallecer,  no  Real  Paço  da  Bemposta,  pelas  4  horas  e  40  minutes  da  tarde,  de 
10  de  Março  de  1826,  e  da  Sereníssima  Senhora  Infanta  de  Hespanha  Dona 
Carlota  Joaquina  de  Bourbon  que  nasceu  no  Paço  de  Aranjuez,  a  25  de  Abril 
de  1775,  fallecendo  no  Real  Paço  de  Queluz,  pelas  três  horas  e  três  quartos 
da  tarde,  de  7  de  Janeiro  de  1830. 

Nasceu  o  Senhor  Dom  Pedro  I,  no  Real  Paço  de  Queluz,  a  12  de  Outubro 
de  1798,  pelas  seis  e  meia  horas  da  manhã,  vindo  a  fallecer  no  dito  Paço,  a 
24  de  Setembro  de  1834,  ás  duas  e  meia  da  tarde. 

Foi  Infante  de  Portugal  e  Príncipe  da  Beira,  em  1 1  de  Junho  de  180 1,  e 
do  Brasil  em  20  de  Março  de  18 16  ;  Grão-Prior  do  Crato,  e  depois  Príncipe 
do  Reino  Unido  de  Portugal,  Brasil  e  Algarves,  em  9  de  Janeiro  de  181 7  ; 
Regente  do  Reino  do  Brasil,  em  nome  de  seu  Augusto  Pae,  em  22  de  Abril 
de  1821  ;  Regente  Constitucional  e  Defensor  Perpetuo  do  Brasil,  em  1^  de 
Maio  de  1822. 


'5 


Acclamado  Imperador  do  Brasil,  a  12  de  Outubro  de  1822,  foi  coroado 
e  sagrado  a  1  de  Desembro  do  mesmo  anno. 

Succedeu  no  tlirono  de  Portugal,  em  lo  de  Março  de  1826  a  seu  Pae, 
El-Rei  Dom  João  VI,  como  Dom  Pedro  IV,  do  nome,  sendo  o  28."  Rei  de 
Portugal,  22."  Duque  de  Bragança  etc,  e  reconhecido  legitimo  herdeiro  da 
Coroa  pela  Regência  do  Reino,  em  26  de  Abril  de  1826,  e  pelas  Cortes 
Geraes  da  Nação.  Nessa  qualidade  outhorgou  a  Carta  Constitucional  de  29  de 
Abril  de  1826  e  abdicou  a  coroa  em  sua  filha  primogénita  a  Senhora  Dona 
Maria  II,  da  Gloria,  em  2  de  Maio  de  mesme  anno.  — 

Aos  7  de  Abril  de  1831  também  abdicou  a  Coroa  Imperial  em  seu  filho 
o  Senhor  Dom  Pedro  II,  partindo  do  Rio  de  Janeiro  para  a  Europa,  no  dia 
14  pela  manhan,  a  bordo  da  corveta  Inglesa  yolage,  commandada  por  Lord 
Colchester. 

Sob  o  titulo  de  Duque  de  Bragança,  como  pae,  tutor  e  natural  defensor 
dos  direitos  de  Dona  Maria  II  á  coroa  de  Portugal,  que  lhe  era  disputada  por 
seu  tio  o  Infante  Dom  Miguel,  a  3  de  Marçí»  de  1832  proclamou  e  assumiu  a 
Regência,  que  exerceu  até  o  dia  19  de  Setembro  de  1834,  em  que  foi  decla- 
rada pelas  Cortes  a  maioridade  da  Rainha  Dona  Maria  II  que  logo  no  dia 
seguinte  assumiu  a  direcção  do  governo  como  29.="  Reinante  de  Portugal. 

Possuia  o  Senhor  D.  Pedro  I,  as  seguintes  condecorações  :  Grão-Mestre 
das  Imperiaes  Ordens,  de  Pedro  I,  do  Cruzeiro  e  da  Rosa,  por  elle  instituídas  ; 
Grão-Mestre  das  Ordens  de  Nosso  Senhor  Jesus  Christo,  de  S.  Bento  de  Aviz; 
de  S.  Thiago  da  Espada  e  da  Antiga  Ordem  da  Torre  Espada  ;  Gran-Cruz  das 
Ordens  de  Nossa  Senhora  da  Conceição  de  Villa  Viçosa,  de  Carlos  III,  Isabel 
a  Catholica  ;  de  S.  Luiz,  de  França  ;  Santo  Estevão,  da  Hungria,  e  da  Antiga  e 
Muito  Nobre  Ordem  da  Torre  Espada  do  Valor.  Lealdade  e  Mérito ;  Cavalleiro 
da  Insigne  Ordem  do  Tosão  de  Ouro  ;  do  Santo  Espirito  e  São  Miguel,  da 
França. 

Casou  em  primeiras  núpcias,  a  13  de  Maio  de  1817,  com  a  Princesa  Dona 
Maria  Leopoldina,  Josefa,  Carolina,  Archiduquesa. d'Austria,  que  nasceu,  a 
22  de  Janeiro  de  1797,  e  falleceu  no  Rio  de  Janeiro,  a  11  de  Desembro  de 
1826,  segunda  filha  de  Francisco  I,  Imperador  d'Austria.  |i 

Passou  a  segundas  núpcias,  em  2  de  Agosto  de  1829,  com  a  Princesa 
Dona  Amélia,  Augusta,  Eugenia,  Napoleão  de  Beauharnais  que  nasceu  a 
31  de  Julho  de  1812,  Imperatriz  viuva  que  falleceu  em  Lisboa  a  26  de  Janeiro 
de  1873,  e  era  filha  do  Príncipe  Eugénio  de  Beauharnais,  Duque  de  Leuchten- 
berg  e  Príncipe  de  Eichstatt,  e  da  Princesa  Dona  Augusta  Amélia,  filha  de 
Maxkniliano  I,  Rei  da  Baviera,  e  da  Rainha  Dona  Maria,  Guilhermina, 
Augusta,  Princesa  de  Hessen-Darmstadt. 


16 


FILHOS    DOv"    MATRIMONIO    DO    SENHOR    D.    PEDRO    I 

I  .^  Dona  Maria  II.  da  Gloria,  Joanna,  Carlota,  Leopoldina,  Isidora  da  Cruz, 
Francisca,  Xavier  de  Paula.  Michaela,  Gabriela,  Raphaela,  Gonzaga, 
29."  Reinante  de  Portugal,  tendo  súccedido  ao  throna  por  abdicaçãQ  de 
seu  Augusto  Pae,  em  3  de  Maio  de  1826;  nasceu  no  Paço  daiBoa  Vista 
(S.  Chris^vam),  no  Rio  de  Janeiro,  a  4  de  Abril  de  18 19,  e  falleceu  em 
Lisboa,  a  1 1^  dç  Novembro  de  185^.  Casou,  em  primeiras  núpcias,  a 
26  de  Janeiro  de  iSis,  com  o  Príncipe  Dom  Augusto,  Carlos,  Eugénio, 
Napoleão,  Duque  de  Leuchtenberc  e  de  Santa  Cruz,  que  nasceu irg  de 
Desembro  de  18 10,  vindo  a  fallecer,  sem  descendencif,  a  28  de  Mar^o 
'■'de  i8?s;  e  em  segundas  núpcias,  a  9  de  Abril  de  1836,  com  Do.m 
Fernando  Augusto,  Francisco,  António,  J*rincipe  de  Saxe-Coburco- 
Gotha,  Duque  de  Saxe,  nascido  a  29  de  ^otubro  de  1816  e  fallecido,  a 
\}  de  Desembro  de  188^,  com  deUtendentes  —  Casa  Reinante  de  Portugal. 

2.  Dom  Miguel,  nasceu  a  26  de  Abril  de  1820,  fallecendo  ^Ico  depois. 

«  > 

3.  Dom  João,  Carlos,   Pedro,   Leopoldo,   Príncipe  da  Beira,  nasceu -a  6  de 
Março  de  1821,  e  falleceu  a  4  de  Fevereiro  de'1822. 

4.  Dona  Januaria,  Maria,  Joanna,  Carlota,  Leopoldina,  Cândida,  Francisca, 
^avier  de  PaulajifMichaelat  Gabriela,  Raphaela,  Gonzaga;  Princesa^ímpe- 
rial,  nasceu  no  Rio  de  Janeiro,  a  1 1  dd  Março  de  1822,  e  casou  a  28  de 
Abril  de  1844,  com  Luiz,  Carlos,  Maria,  José  de  Bourbon,  Príncipe  das^ 
Duas  Sicilias,  Conde  D'AQyii*A,  que  nasceu  a  19  de  JuHici  de  1824  e 
falleceu  a  =i  de  Março  de  1897  com  descendência.  • 

5.  DonX  Paula,  Marianna,  Joanna,  Carlota,   nasceu  a  17  de  Fevereiro  de 
1823,  rfD  Rio  de  Janeil^,  onde  falleceu'a,  i  s  de  Janeiro  de  1833. 

6.  4II0NA  Francisca,  Carolina,  Joanna,  Carlota,  Leopoldina,  Romana,  Xavier 

de  Paula ,*^ichaela,  Gabriela,  Raphaela,  Gonzaga,  nasceu  no  Rio  de 
Janeiro,  a  2  de  Agi&sto  de  1824,  e  falleceu  a  27  de  Março  de  iS(^,  tendo 
casado,  a  i  de  Maio  de  1843,  '^o^'"  Francisco,  Fernando,  Felipp^,  Luiz 
de  Orleans,  Príncipe  de  Joinville,  que  nasceu,  a  14  de  Agosto  de  1818, 
e  falleceu,  a  16  de  Junho  de  1900^ —  com  cjescendencia. 

í*,  #' 

7.  S.  M.  o  Senhor  Dom  Pedro  ti,  Imperador  do  Brasil,  que  segue. 


X. 


♦  • 


Archivo  Nobiliarchico  Brasllciío  3 


17 


FILHA    DO    2."  MATRIMONIO    DO    SENHOR    Q.    PEDRO    I 

8.  Dona  Maria  Amélia.  Augusta.  Eugenia,  josephina.  Luisa.  Theolinda. 
HeloTsa,  , Francisca.  Xavier  de  Paula.  Michaela.  Gabriela.  Raphaela. 
Gonzaga  ;  nasceu  em  Paris,  a  i  de  Desèmbro  de  i8?i  e  falleceu  a  4  de 
Fevereiro  de  J853,  pejais  quatro  horas  da  manhã,  na  cidade  de  Funchal. 
Ilha  da  Madeira.  ^ 


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iua  Magestade  o  Senhor  DOM  PEDRO  II,  de  Alcântara.  João.  Cactos, Éfc| 
Leopoldo,  Salvador,  Bibiano,  Francisco,  Xavier  de  Paula.  Leocadio. 
Miguel,  Gabriel.  *phael.  Gonzaga. 
Nasceu,  a  2  de  Desèmbro  de  i82s.jpelas  duas  horas  e  meia  da  madrugada 
no  palácio  da  Boa  Vista  (São  ChriStpvam),Sno  Rio  de  Janeiro,  e  falleceu  em 
Paris,  á  uma  hora  da  manhã,,  do  d^*  s  de  Desèmbro  de  1891. 

Imperador  Constitucio™!,  —  Defensor, Perpetuo  do  Brasil,  succedeu  no 
Throngtf  pon^abdi cação  de  seu  Augusto  Páfe,  o  Senhor  Dom  Pedro  1,  em  7  de 
Abril  de  1831.  Declarado  maior,  tomou  as  rédeas  do  governo  desde  23  de 
Julho  de  1840  até  is  de  Ndvçmbro  de  1889.  ' 

Possuía  Sua  Magestade  as  seguintes  condecorações  :  Grão-Mestre  de  todas 

as  Oriiens  Brasileirí^s,  do  Cruzeiro,  D.  Pedro  I,  Rosa,  c^Nosso  Senhor  Jesus 

Christo,  de  S.  Bento  de  'Aviz  e-de  S.  Thiago  da  Espada  ;  Gran-Cruz  da  Ordem 

de  Santo  Estevão,  'da  Hungria  ;  Gran-Cruz  da  Ordem  de  Leopoldo,  da  Bel- 

'gica  ;  Cavalleiro  da  Insigne  Ordem  do  Tbsão  de  Ouro,  da  Hespanha.  e  da^ 

Ordem  do  Elephante.  da  Dinamarca  ;  Gran-Cruz  das  Ordens  de  S.  Fernando 

e  S.  Januário,  das  Duas.Sicilias  ;  Gran-Cruz  da  Ordem  da  .Legião  de  Honra, 

da  França  ;  Gran-Cruz  da  Ordem  de  S.  Salvador  da  Grecrá  ;  Grand-Cruz  da 

Ordem  do  Leão  Neerlandez,  da  Hollanda  ;  CavafllSro  da  Jarreteira.  da  Ingla- 

•  terra  ;  Gran-Cruz  das  Ordens  de  S.  João  de  Jerusalém  e  do  Santo  Sepulchro. 

de  Roma  ;  Gran-Cruz  da  Ordem  Unperial  Angélica  Constantiniana  de  S.  I^fge, 

'  de  Parma ;  Grau-Cruz  das  Ordens,  de  Nossa  Senhora  da  Conceição  de  Villa 

Viçosa  ©  da  Muito  Nobre  e  Antiga  Ordem  da  Torre  E|pada  do  Valor.  Lealdade 

e^eritt),  de  Portugal ;  Gran-Cruz  de  todas  as  Ordens  da  Rússia;  Cavalleiro 

da  Ordem  d'Annunciada,  da  Itália  ;  Grand-Cruz  das  Ordens  da  Estrella  do  Norte 

e  dos  Seraphins,  da  Suécia  ;  eda  Ordem  de  Medjidié,  de  i  .■'  Classe,  da  Turquia. 

Casou,  por  procuração" em"*Napoles.  a  30 ide  Maio  de  1843,  recebendo  as 

benções  nupciaes  no  Rio  de  Janeiro,  a  4  deSetembro  do  mesmo  anuo  com  a 


18 


Éf^ 


^ 


Princesa  Dona  Theresa-.Christina,  Maria,  ide  Bourbon,  das  Duas  Sicilias; 
í.''  Imperatriz  do  Brasil  —  «A  Mãe  dos  Brasileiros  ^>.  — 

Nasceu,  a  14  de  Março  de  1822.  em  Nápoles,  e  falleceu  na  cidade  do 
Porto,  a  28  de  Desembro  de  1889.  Era  filha  de  Francisco  I,  Rei  das  Duas 
Sicilias.  que  nasceu  a  20  de  Agosto  de  1777,  fallecendo  a  8  de  Novembro  de 
1830.  e  de  Dona  Maria  Isabel  de  Bourbon.  Infanta,  de  Hespanha  que  nasceu  a 
6  de  Julho  dçgi^jSq  e  falleceu  a  1 3  de  Setembro  de  1848,  filha  de  Carlos  IV, 
Rei  de  Hespanha. 

Possuía  a  Banda  da  Ordem  Hespanhola  das  Damas  Nobres  de  Mari^uisa, 
a  de  Santa  Isabel,  de  Portugal ;  da  Ordem  da  Cruz  Estrellada,  d'Austrra ;  da 
Ordem  Bávara  de  Santa  Isabel;  Gran-Cruz  da  Ordem  do  Síito  Sepulchro,  e 
Grande  Dama  de  Devoção  da  Ordem  de  Malta. 

FILHOS  *• 

(i)  Dom  Affonso,  Pedro.  Christianç,  Leopoldo,  Felippe,  Miguel,  Gabriel, 
Raphael,  Gonzaga;  Príncipe  fertperiali» 

Nasceu,  no  Rio  de  Janeiro,  a  2.5. de  Fevereiro  de  iffií-S.  e  falleceu,  a 
1 1  de  junho  de  1847.  W 

(2)  Dona  Isabel,  Christina.  Leopoldina.  Augusta.  Michaela,  €ahrlela,  Ra- 
phaela,  Gonzaga.  Princesa  Imperial;  Herdeira  Presumptiya  da  Coroa; 
Ex-Regente  do  Ifnperio  —  «.A  Redemptora  <^.  — 

Nasceu,  a  29  de  Julho  de  184o.  no  Palácio  da  Boa  Vista  (S.Christóvam), 
no  Rio  de  Janeij^,  pelas  t  horas  e  2^  minutos  da  tarde,  e  foi  baptisada,  na 
Cathedral  e   Imperial  Capella,   aos  i^-de  Novembro  do  mesmo  anno. 

Foi  por  três  vezes  Regente  do  Império,  na  ausência  de  seu  Augusto 
Pae  :  de  2s  de  Maio  de  1871  a'  3 1  de  Março  de  1872,  de  26  de  Março  de 
1876  a  25  de  Setembro  de  1877  '^  finalmente  de  30  de  Junho  de  1887 
a  22  de  Agosto  de  1888. 

Possue  as  Bandas  :  da  Ordem  Hespanhola  das  Damas  Nobres  de 
Maria  Luisa  ;  de  Santa''ísabel,  de  PortLigal ;  a  Ordem  da  Cruz  Estrellada 
d  Áustria,  e  a  Rosa  dê  Ouro.  conferida  por  S.  S.  Leão  XIII. 
^  Casou,  no  Rio  de  Janeiro,  a  iv<le  Outubro  de  1864,  com  Sua 
Altesa  Real  o  Príncipe  Luiz,  Felippe,  Maria,  Fernantlo,  Gastão  de 
Orleans,  Conde  i^Ev.  que  nasceu  em  NeuilIy-sur-Seine,  a,  28^de  Abril  de 
1842.  E  filho  primogénito  do  Diique  de  Nemours,  Luiz,  Carlos,  Felippe, 
Raphael  de  Orleans  (2."  filho  de  Luiz  Felippe  1,  Rei  dos  Franceses),  e  da 
Princesa  Victoria.  Augusta.  Antonieta  de  Saxe-Coburgo-Gotha. 

O  Senhor  Conde  d'E«j.jConselheiro  de  Estado  do  Império.  Marechal 
do  Exercito  effectivo,  possue  a  Gran-Cruz  de  todas  as  Ordens  Brasileiras, 


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condecorado  com  as  medalt\3S  Brasileiras  de  Uruguayana.  Mérito  Militar, 
da  Campanha  Geral  do  Paraguay.  idem  da  Republica  Argentina ;  a 
medalha  Hespanhola  da  Campanha  d'Africa;  Gran-Cruz  da  Ordem  Ducal 
da  Casa  Ernestina  da  Saxonia;  Gran-Cruz  da  Muito  Nobre  e  Antiga 
Ordem  da  Torre  e  Espada  do  Valor,  Lealdade  e  Mérito,  de  Portugal ; 
Gran-Cruz  de  S.  Estevão,  da  Hungria;  Gran-Cruz  da  Ordem  de  N.  S. 
Jesus-Christo,  e  de  S.  Bento  de  Aviz,  de  Portugal ;  Gran-Cim  de  Carlos  111, 
de  Hespanha ;  Gran-Cruz  de  Leopoldo,  da  BelgicaátófanTíruz  da  Legião 
de  Honra,  da  França;  Gran-Cruz  da  Imperial  Ordeinda  Águia  Mexicana. 
edo  Sol  Nascente,  do  Japão,  e  Cavalleiro  de  i.'*  ciasse  da  Real  e  Militar 
Ordem  Hespanhola  de  S.  Fernando. 

FILHOS 

a.  Dom  Pedro  de  Afcantara,  Luiz,  Felippe,  Maria,  Gastão,  Miguel, 
Gabriel,  Raphael,  Gonzaga;  Principe  Imperial  do  Brasil.  Príncipe  do 
Grão  Pará. 

Nasceu  em  Petropolij,  Província  do  Rio  de  Janeiro,  a  is  de 
Outubro  de  1873.* 

Possue  a  Gran-Cruz  das  Ordens  do  Cruzeiro,  de  D.  Pedro  1,  da 
Rosa.  e  a  do  Sol  Nascente,  do  Japão. 

Casou  em  Versailles.  a  14  de  Novembro  de  1908,  com  Dona 
Maria,  Elisabeth,  Adelaide.  Condessa  Dobrzensky  de  Dobrzenicz, 
que  nasceu  em  Choteboí  (Bohemia),  a  7  de  Desembro  de  187S; 
filha  de  João,  Conde  Dobrzensky  de  Dobrzenicz,  membro  hereditário 
da  Camará  dos  Senhores  do  Império  d'Austria,  e  membro  da  Dieta 
do  Reino  da  Bohemia.  e  de  Elisabeth,  Condessa  Kottulinsky  von 
Kottulin  und  Krzischkowitz. 

FILHOS  > 

(a)  Dona  Isabel,  Maria,  Amélia,  Luisa,.Victoria,  Theresa,  Joanna, 
nasceu  no  Castellô  d"Eu,  a  13  de  Agosto  de  191 1. 

(b)  Dom  Pedro  de  Alcântara,  Gastão,  João,  Maria,  Felippe,  Lou- 
renço, Humberto,  nasceu  no  Castellô  d'Eu,  a  1*9  de  Fevereiro 
de  19 13.  , 

(c)  Dona  Maria  Francisca,  nasceu  no  Castellô  d'Eu,  a  8  de  Setem- 
bro de  1914. 

b.  Dom   Luiz,   Maria,  'Felippe,    Pedro  de  Alcântara,   Gastão,   Miguel, 
Gabriel,  Raphael,  Gonzaga.  Principe  Imperial  do  Brasil,  depois  da 


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20 


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renuncia  de  seu  Irmão  Dom  Pedro. aos  seus  direitos  á  Coroa,  datada 
de  Cannes  (França),  ^o  de  Outubro  de  1908. 

Nasceu,  em  Petrópolis,  Província  do  Rio  de  Janeiro,  a  26  de 
Janeiro  de  1878. 

Possue  a  Gran-Cruz  das  Ordens  de  Pedro  1.  e  Rosa  do  Brasil, 
e  de  Carlos  111,  de  Hespanha.  ^ 

Casou,  a  4  de  Novembro  de  1908,  com  Dona  Maria  Pia,  Clara, 
Anna.  de.JBourbon.  Princesa  das  Duas  Sicii.ias,  que  nasceu,  a  12  de 
Agosto  dei 878;  filha  de  AíTonso  de  Bourbon,  Conde  de  Caserta, 
Chefe  da  Casa  Real  das  Duas  Sicilias ;  e  de  Dona  Maria  Antonieta  de 
Bourbon,  Princesa  das  Duas  Sicilias.  "V 


FILHOS 

(a)  Dom  Pedro,  Henrique,  Affonso,  Felippe,  Maria,  Principe  do 
Grão-Pará,  nasceu  em  Boulogne-sur-Seine,  a  \^  de  Setembro  de 

(b)  Dom  Luiz.  Gastão.  António.  Maria,  Felippe,  nasceu  em  Cannes, 
a  19  de  Fevereiro  de  191 1 . 

(c)  Dona  Pia,  Maria.  Raniera,  Isabel,  Antónia,  Victoria,  Theresa, 
Amélia,  Geralda,  Raymunda,  Anna,  Michaela,  Raphaela,  Gabriela. 
Gonzaga,  nasceu  em  Boulogne-sur-Seine,  a  4  de  Março  de  1913, 

c.      Dom  António,  Gastão,  Felippe,  Francisco  de  Assis,  Maria,  Miguel, 
Gabriel,  Raphael,  Gonzaga. 

Nasceu,  em  Paris,  a  9  de  Agosto  de  1881. 
Possue  a  Gran-Cruz  de  Pedro  1,  et  da  Rosa,  do  Brasil ;  de  N.  S. 
Jesus  Christo,  de  Portugal,  de  Carlos  III,  de  Hespanha,  e  do  Mérito, 
da  Bulgária. 

(3)    Dona  Leopoldina,  Theresa,  Francisca,  Carolina. 

Nasceu,  a  1 3  de  Julho  de  1847,  no  Palácio  da  Boa  Vista  (S.  Chris- 
•tóvam)  e  falleceu.  em  Vienna,  d'Austria,  a  7  de  Fevereiro  de  187 1  e 
d'ahi  trasladada  para  a  Cidade  de  Coburgo,  nAllemanha. 

Possuia  as  Bandas  :  da  Ordem  Hespanhola  das  Damast  Nobres  de 
Maria  Luisa,  de  Santa  Isabel,  de  Portugal,  a  Ordem  Estrellada  d'Austria. 

Casou,  a  It  de  Desembro  de  1864,  na  cidade  do  Rio  de  Janeiro, 
com  Luiz,  Augusto,  Maria,  Eudes,  Príncipe  de  Saxe-Coburgo-Gotha, 
Duque  de  Saxe,  que  nasceu  no  Castello  d'Eu,  a  9  de  Agosto  de  184S,  e 
falleceu,  em  Carlsbad  (Bohemia),  a  14  de  Setembro  de  1907. 


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FILHOS 


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Dom  Pedro.  Augusto.  Luiz,  Maria,  Gabriel,  Raphael,  Gonzaga. 
V;,;       Nasceu,  no  Rio  de  Janeiro,  a  19  de  Março  de  1866.  Duque  de 
Saxe. 

Possue  a  Gran-Cruz  do  Cruzeiro  e  a  da  Antiga  Ordem  da  Torre 
Espada  do  Valor,  Lealdade  e  Mérito;  Gran-Cruz  da  Ordem  Ernestina 
da  Casa  Ducal  de  Saxe.  Gran-Cruz  de  Leopol^j^a  Bélgica. 

Dom  Augusto,  Leopoldo.  Felippe.  Maria.  MigireT  Gabriel.  Raphael. 
Gonzaga. 

N^ceu  a  6  de  Desembro  de  1867.  na  cidade  de  Petrópolis. 
Duque  de  Saxe. 

Possue  a  Gran-Cruz  da  Ordem  Ducal  da  Casa  Ernestina  de  Saxe. 

Casou,  a  30  de  Maio  de  1894.  com  Carolina.  Maria.  Immaculada, 
Archiduquesa  d'Austria.  Princesa  da  Toscana,  que  nasceu  em  Alt 
Múnster  (Áustria),  a  ^  de  Setembro  de  1869.  Com  geração. 


c.  Dom''K>sé,  Fernando.  Francisco,  Maria.  Miguel.  Gabriel.   Raphael. 
Gonzaga.  .i^- 

Nasceu,  no  Rio  de  Janeiro,  a  21  de  Maio  de  1869  e  falleceu.  na 
Escola  Militar  de  Wiener-Neustadt  (Áustria),  a  i  í  de  Agosto  de  1888. 

d.  Dom  Luiz.    Gastão.   Clemente.    Maria.    Miguel.   Gabriel,    Raphael, 
Gonzaga .  .^ 

Nasceu,  em  Ebenthal,  na  Áustria,  a  15  de  Setembro  de  1870. 
Duque  de  Saxe. 

Casou,  em  primeiras  núpcias,  em  Múnich,  a  i  de  Maio  de  1900, 
com  Mathilde,  Princesa  da  Baviera,  que  nasceu  em  Villa  Amsee 
(Áustria)  a  17  de  Agosto  de  1877,  e  falleceu  em  Davos  (Suissa)  a 
6  de  Agosto  de  1906;  e  em  segundas  núpcias,  a  30  de  Novembro  de 
1907,  com  Maria  Anna,  Condessa  de  Trauttmansdorff-Weinsberg, 
que  nasceu,  em  Ober-Waitersdorf  (Áustria),  a  27  de  Maio  de  187?. 
Com  geração  de  ambos  os  casamentos. 

(4)    Dom  Pedro.  Affonso,   Christino,   Leopoldo.    Miguel,   Gabriel,  Raphael, 
Gonzaga. 

Nasceu,  no  Rio  de  Janeiro,  a  19  de  Julho  de  1848.  e  falleceu,  na 
imperial  Fasenda  de  Santa  Cruz.  a  9  de  Janeiro  de  1850. 


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ARCHIVO 


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Nobiliarchico   Brasileiro 


^: 


ABBADIA.  (i."  Barão  de)  Gregório  Francisco  de  Miranda. 
Falleceu  na  cidade  de  Campos.    Província  do  Rio  de  Janeiro,   em 
26  de  Fevereiro  de  i8so. 
Casou  com  D.  Maria  Izabel  de  Gusmão  Miranda,  irmã  da  Baroneza  da  Lagoa 
Dourada. 
Era  Cavalleiro  da  Imperial  Ordem  de  Christo. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão  "por' decreto  de  ic  de  Abril  de  1847. 


A 


BBADIA.  (2."  Barão  de)  Francisco  Dyonisio  de  Faria. 
Era-Tenente  Coronel  da  Guarda  Nacional. 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão  por  decreto  de  10  de  Agosto  de  1889. 


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ABAETE.    (Visconde  com  grandeza   de)  António  Paulino  Limpo  de 
Abreu. 
Nasceu  em   Lisboa,   em    22    de   Setembro   de    1798  e   faileceu   em    14  de 

Setembro  de  1883  no  Rio  de  Janeiro. 
Filho  do  Tenente-Coronel  de  Engenheiros,  Manuel  do  Espirito  Santo  Limpo 

e  de  sua  mulher  D.  Maria  da  Maternidade  de  Abreu  e  Oliveira. 
Casou   com    D.    Anna    Luiza    Carneiro   de   Mendonça,    filha  de   João   José 
Carneiro  de  Mendonça,  Tenente-Coronel  de  Milicias  e  Fazendeiro,  falle- 
cido  no  Rio  de  Janeiro,  em  10  de  Desembro  de  1873. 

Formado  em  leis.  pela  Universidade  de  Coimbra,  em  1820  ;  era  brasileiro, 
px-vi  da  Constituição.  Exerceu  todos  os  cargos  da  magistratura  até  o  de 
Ministro  do  Supremo  Tribunal  de  Justiça  em  1846.  Foi  Presidente  da 
Província  de  Minas  Geraes.  em  1833;  Deputado  á  Assembléa  Geral  por  essa 
Provinda,  na  i.''  e  4.*  legislaturas,  de  1826  a  1841}  na  5.*  de  1842,  na  6.-'  de 
1845  3  1847  ;  presidindo  a  Camará  de  1830  a  1833  e  de  184S  a  1847. 

Senador  por  Minas  Geraes,  em  1847.  Fo'  ^^^^^  vezes  Ministro  de 
Estado,  sendo  três  vezes  nos  três  Gabinetes  da  Regência  de  Diogo  António 
Feijó. 

Era  Conselheiro  de  Estado  em  1848;  presidiu  o  Senado  de  1861  a  1873; 
do  Conselho  de  S.  M.  o  Imperador.  Como  Enviado  Extraordinário  em  missão 
especial  ao  Rio  da  Prata  celebrou  o  tratado  de  commercio  de  7  Março  de  i8s6 
com  a  Argentina.  Presidente  do  Conselho  varias  vezes;  era  Gentii-Homem  da 
Casa  imperial,  Grande  do  império.  Dignitário  ida  i.  Ordem  do  Cruzeiro,  Grã- 


24 


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Cruz  da  I.  Ordem  de  Christo.  e  de  N.  S.  da  Conceição  de  Viila  Viçosa,  de 
Portugal,    sócio  do  Instituto  Histórico  e  Geographico  Brasileiro,  etc,  etc. 

BRAZAO  DE  ARMAS  :  Em  camp  azul,  uma  asna  de  prata  acompanhada,  cm  ehefe,  de  duas  estrcllas  de 
oiro  e  em  ponta,  de  uma  palmeira  do  mesmo,  posta  em  um  monte  de  sinople.  Divisa  :  Coiisiliiini 
iii  providtndo.  celeritm' iri  coiificieiído.  (Brazão  passado  cm  22  de  Julho  de  1804.  Registrado  no 
Cartório  da  Nobreza  Liv.  VI,  fls.  03). 

COROA  :   A  de  Conde. 

GREAÇÃO  DO  TITULO  :   Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  2  de  Desemhro  de  i8s4. 


ABIAHY.    (Barão  de)  Silvino  Eividio  Carneiro  da  Cunha. 
Natural  da  Província  da  Parahyba,  onde  nasceu  em  ^i  de  Agosto 
de  1831,  e  falleceu  a  bordo  do  vapor  Olinda,  pouco  antes  de  chegar 
ao  Recife,  em  8  de  Abril  de  1892. 
Filho  de  Manuel  Florentino  Carneiro  da  Cunha. 

Bacharel  ein  direito  pela  Faculdade  de  Olinda  em  i8s3.  foi  Presidente 
das  Províncias  do  Maranhão,  do  Rio  Grande  do  Norte,  da  Parahyba  e  de 
Sergipe.  Inspector  da  Alfandega  da  Parahyba,  Deputado  Provincial  desde  185=; 
até  1870  na  Provinda  da  Parahyba  do  Norte,  Delegado  de  Policia,  Promotor 
Publico  e  Secretario  do  Governo,  foi  também  Director  da  Instrucção  Publica 
e  Procurador  Fiscal  da  Fazenda,  nessa  Província.  Foi  Inspector  das  Alfandegas 
da  Parahyba.  de  Manáos  e  do  Maranhão. 

Era  membro  do  Instituto  Histórico  e  Geographico  de  Pernambuco,  Offi- 
cial  do  Mérito  Agrícola  e  da  Legião  de  Honra  da  França  e  Commendador  da 
Imperial  Ordem  da  Rosa  e  da  de  Christo.  Era  Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa 
Imperial. 

BRAZÀO  DE  ARMAS  :   Escudo  esquartelado  :  no  primeiro,  as  armas  dos  Carneiros.  —  em  campo  de  goles 
uma  banda  azul  coticada  de  oiro  e  carregada  de  três  flores  de  li/  de  mesmo  metal,  entre  d»is  car- 


Archivo  Nobiliarchico  Brasileiro  4 


25 


neiros  de  prata  armados  de  oiro  ;  no  segundo,   as  armas  dos  Cimhas.   —  em  campo  de  oiro  nove 
cunhas  de  azul  em  três  palas ;  e  a»sim  os  alternos. 

CREAÇÃO  DO  TITUl.O  :  Barão  por  decreto  de  8  de  Agosto  de  1888. 


ABRANTES.   (Visconde  com  grandeza  e  Marquez  de)  Miguel  Calmon 
du  Pin  e  Almeida. 
Nasceu  em  Santo  Amaro  (Bahia),  em  2b  de  Outubro  de  1 796,  e  falleceu  no 

Rio  de  Janeiro,  em  13  de  Setembro  de  i86s. 
Filho  de  José  Gabriel  Calmon  de  Almeida,  e  de  sua  mulher  D.  Maria  Germana 

de  Souza  Magalhães. 
Casou  com  D.  Maria  Carolina  da  Piedade  Pereira  Bahia,  tilha  dos  Barões  de 
Merity,  a  qual  casou  em  segundas  núpcias  com  o  Barão  do  Cattete. 

Doutor  em  leis  pela  Universidade  de  Coimbra  em  1821,  voltou  ao 
Brasil  no  anno  seguinte. 

Foi  nomeado  membro  do  Governo  interino  da  Cachoeira,  proclamado 
em  nome  da  Pátria  é  da  Independência.  Deputado  pela  Bahia  na  Assembléa 
Constituinte  de  1825,  e  seu  primeiro  secretario.  Representou  ainda  sua 
Provinda  nas  i.-^,  2.',  4."  legislaturas  de  182o  a  1841.  Foi  Ministro  Plenipoten- 
ciário junto  á  Corte  de  Vienna,  em  1836,  e  em  Missão  especial,  á  de  Berlin,  em 
1844. 

Senador  pelo  Ceará,  em  1840,  Conselheiro  de  Estado,  em  1843,  e  do 
Conselho  de  S.  Magestade.  Fez  parte  dos  Conselhos  da  Coroa  :  no  7."  Gabinete 
de  1827,  na  Pasta  da  Fazenda;  no  8."  de  1829,  como  Ministro  dos  Negócios 
Estrangeiros;  no  1 .°  Gabinete  de  1837,  na  da  Fazenda,  e  também  no  2."  de 
1841,  e  por  ultimo  dos  Estrangeiros  no  18."  Gabinete  de  1862.  quando  com 
tanto  patriotismo  e  energia  defendeu  os  direitos  e  a  honra  do  Brasil,  na 
questão  Christie,  com  o  Ministro  da  Grã  Bretanha. 

Era  Grande  do  Império,  Veador  de  S.  M.  a  Imperatriz.  Dignitário  da 
I.  Ordem  da  Rosa,  Grã-Cruz  da  1.  Ordem  do  Cruzeiro,  da  de  Conceição  de 
Villa  Viçosa,  de  Portugal,  da  Real  Ordem  Constantina  das  Duas  Sicilias,  da 
de  S.  Maurício  e  S.  Lazaro,  e  da  de  Leopoldo,  da  Bélgica. 

Era  sócio  do  Instituto  Histórico  e  Geographico  Brasileiro,  commissario 
do  Governo  no  Instituto  dos  Surdos-Mudos,  Provedor  da  Santa  Casa  de 
Misericórdia,  Presidente  da  Imperial  Academia  de  Musica,  e  foi  o  organisador 
da  Caixa  de  Amortisação. 


a6 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :    Visconde   com   grandeza    por   decreto   de   tS   de   |uIho   de    1841.    Marquez  por 
decreto  de  2  de  Desenibro  de  1X^4.  ■>" 


A 


CHGUA.  (Barão  de)  Astrogildo  Pereira  da  Costa. 

Era  Brigadeiro  do  Hxercito  e  se  distinguio  na  Campanha  do  Paraguay. 


CREAÇÃO  IX)  TITULO  :   Barão  por  decreto  de  22  de  Desembro  de  1S88. 


AGUA   BRANCA,    (i."    Barão   de)    Joaquim   António   de   Siqueira 
Torres. 
Filho  do  Capitão  Theotonio  Victoriano  Torres  e  de  sua  mulher  D.  Gertrudes 
Maria  da  Trindade. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Em  campo  azuL  uma  banda  de  prata  carregada  de  trez  cruzes  da  ordem  de  Christo, 
de  goles,  vasia  do  campo,  entre  um  caduceu  de  oiro  á  sinistra,  e  uma  espada  de  prata  á  destra. 

COROA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão  por  decreto  de  is  de  Novembro  de  1879. 


A 


GUA   BRANCA.    (2."  Baião  de)  Joaquim  Ignacio  Ramalho. 


Creado  Barão  por  decreto  de  7  de  Maio  de  1 887 ,  decreto  este  que 
foi  annulado  e  substituído  pelo  de  28  de  Maio  do  mesmo  anno,  creando-o 
Barão  de  Ramalho,  çyide  noticia  nesse  titulo). 


27 


A 


GUAS   BELLAS.   (Barão  de)  João  da  Cunha  Magalhães. 

Era  Commendador  da  Real  Ordem  de  Christo  e  de  Villa  Viçosa,  de 


Portugal. 

^tRBAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  28  de  Agosto  de  1877. 


A 


GUAS  CLARAS.    (Barão  de)   D.'  Guilherme  Augusto  de   Souza 
Leite. 


Nasceu  a  lo  de  Novembro  de  i8so  e  ainda  vive. 

Formado  em  engenharia,  em  1872,  concluio  seus  estudos  em  Liège,  na 
Bélgica.  Fazendeiro  em  Aguas  Claras,  no  Estado  do  Rio  de  Janeiro. 

Foi  Inspector  da  Instrucção  e  Superintendente  do  Ensino,  em  seu  Municí- 
pio ;  Membro  e  Secretario  do  Conselho  Fiscal  da  Caixa  Económica  e  Monte  de 
Soccorro,  do  Rio  de  Janeiro.  Vice  Presidente  da  Junta  Administrativa  da 
Caixa  de  Amortisação  ;  Presidente  do  Conselho  Fiscal  do  Banco  do  Brasil ; 
Director  da  Caixa  de  Conversão,  etc.  Teve  a  honra  de  hospedar  em  1887 
S.  M.  o  Imperador,  durante  um  mez,  em  sua  fazenda. 

E  Official  da  Imperial  ordem  da  Rosa. 

CREAÇÀO  DO  TITULO  :  Barào  por  decreto  de  2  de  Maio  de  1887. 


A 


GUAPEHY.    (Barão  de)  João  Baptista  de  Oliveira. 
Falleceu  na  Província  de  Matto-Grosso,  em  1878. 


Era  Brigadeiro  do  Exercito. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barào  por  decreto  de  20  de  Maio  de  1863. 


28 


AGUIAR   DE  ANDRADA.    (Barão  de)  Francisco  Xavier  da  Costa 
Aguiar  de  Andrada. 

Nasceu  na  f^rovincia  de  S.  Paulo  e  falleceu  em  Washington,  em  28  de  Março 

de  1892. 
Filho  de  Francisco  Xavier  da  Costa  Aguiar  de  Andrada  e  de  sua  mulher 

D.  Maria  Zelinda  de  Andrada.  Era  irmão  da  Baroneza  de  Penedo. 
Casou  com  sua  prima  D.  Jesuina   da  Costa  Aguiar  de  Andrada,   filha  do 

D'.  José  Ricardo  da  Costa  Aguiar  de  Andrada. 

Magistrado  na  Província  de  S.  Paulo;  entrou  para  a  carreira  diplomática, 
como  addido  de  Legação,  passando  depois  a  Secretario  em  Londres  e  Ministro 
Plenipotenciário  em  diversas  Cortes.  Foi  colhido  pela  morte  no  momento  em 
que,  em  Washington,  tratava  da  Questão  das  Missões  como  Ministro 
Brasileiro. 

Era  do  Conselho  de  S.Magestade,  Grã-Cruz  da  Imperial  Ordem  da  Rosa, 
da  Real  Ordem  de  Christo  de  Portugal,  da  Coroa  de  Ferro,  da  Áustria,  e  da 
Ordem  de  Medjidié,  de  3.^  classe,  da  Turquia. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão  por  decreto  de  y  de  Maio  de  187Ó. 


AGUIAR  TOLHDO.  (2."  Barão  de  Beila  Vista  e  visconde  de)  José 
de  Aguiar  Toledo. 
Nasceu  em  Bananal,  Província  de  S.  Paulo,  em  i?  de  Junho  de  182?. 


29 


1- 


Falleceu  nessa  cidade,  em  14  de  Agosto  de  1898. 

Filho  do  Tenente-Coronel  Francisco  Aguiar  Vallim  ê  de  sua  mulher  D.  Maria 
Ribeiro  Barbosa. 

Casou  em  primeiras  núpcias  com  D.  Maria  Guiliíermina  Pacheco,  (ilha  do 
Desembargador  Joaquim  José  Pacheco  e  em  segundas  núpcias  com 
D.  Maria  Magdalena  Hús.  Era  sogro  do  Barão  de  Almeida  Vallim. 

Tenente-Coronel  Commandante  Superior  da  Guarda  Nacional  de  Bananal, 
jj^era    proprietário,    fazendeiro   em    Bananal,    chefe    do    partido  conservador, 
e  foi  deputado  geral  nas  legislaturas  de  1861  á  1864.   Era  Commendador  da 
Imperial  Ordem  da  Rosa  e  da  de  Christo. 

BRAZAO  DE  ARMAS  :  Escudo  csquartelado  ;  no  primeiro  iiuartel,  ;is  armas  dos  Pintos.  —  em  campo  de 
oiro  uma  águia  de  vermelho,  estendida,  armada  de  preto  —  ;  no  segundo,  enxetiuetado  de  oito  peças 
de  prata,  em  pala,  e  sete  de  azul  em  faxa.  e  assim  os  contrários  ;  e  sobreposto,  um  escudete  tendo, 
em  campo  de  oiro.  um  cafeeiro  ao  natural. 

COROA  :  A  de  Visconde 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  de  Bella  Vista  por  decreto  de  :3  de  Abril  de  iS;4.  Visconde  de  Aguiar 
Toledo  por  decreto  de  %\  de  Julho  de  1877. 


A 


GUIAR  VALLIM.  (Barão  de)  Manuel  de  Aguiar  Vallim. 
Filho  do  Commendador  Manuel  de  Aguiar  Vallim  e  de  sua  mulher 
D.  Domiciana  Maria  de  Almeida  Vallim.  Era  irmão  do  Barão  de  Almeida 
Vallim. 


CREAÇAO  DO  TITULO  :   Barào  por  decreto  de  10  de  Setembro  de  1884. 


ALAGOAS.  (Barão  com  grandeza  de)  Severiano  Martins  da  Fonseca. 
Nasceu  na  Província  de  Alagoas  a  8  de  Novembro  de  1825. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro  em  19  de  Março  de  1889,  dias  depois  de  ter  sido 

agraciado  com'^o  titulo  de  Barão. 
Filho  do  Tenente-Coronel  Manuel   Mendes  da   Fonseca  e  de   sua    mulher, 
D.   Rosa  Maria  Paulina  da  Fonseca.   Era  irmão  do  Marechal  Deodoro 
da  Fonseca. 


30 


Casou  com  D.  Maria  Amália  de  Carvalho,  filha  do  Coronel  Francisco  José 
de  Carvalho  e  irmã  do  Desembargador  António  Gonçalves  de  Carvalho, 
Ministro  do  Supremo  Tribunal  Federal  e  um  dos  mais  puros  e  austeros 
magistrados  brasileiros.  A  Baroneza  talleceu  no  Rio  de  Janeiro  em  2 ^  de 
Maio  de  191  ^. 

Marechal  de  Campo,  fez  a  campanha  do  Paraguay,  onde  se  distinguio. 
Publicou  vários  trabalhos  technicos  sobre  Artilharia.  Foi  Ajudante-General 
do  Exercito,  Conselheiro  e  Vogal  do  Conselho  Supremo  Militar,  do  Conselho 
de  S.  Magestade,  Veador  de  S.  Magestade  a  Imperatriz,  Commendador  da""- 
I.  Ordem  de  Christo,  de  S.  Bento  de  Aviz.  Official  da  I.  Ordem  da  Rosa  e  do 
Cruzeiro.  Condecorado  com  as  medalhas  militares  de  Paysandú,  da  campanha 
do  Paraguay.  com  passador  de  oiro  e  com  a  de  Mérito  e  Bravura  Militar. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   B:irão  com  graiulezu  por  decreto  de  2  de  Março  de  1889. 


A 


LAGOINHAS.  (Barão  de)  Francisco  Pereira  Sodré. 
Natural  da  Bahia. 
Coronel  da  Guarda  Nacional. 


CREAÇÃO  DO  TITUlO  :   Barão  por  decreto  de  30  de  Abril  de  187U. 


ALBUQUERQUE.  (Visconde  com  grandeza  de)  António  Francisco 
de  Paula  e  Hollanda  Cavalcanti  de  Albuquerque. 
Nasceu  em  Pernambuco  em  21  de  Agosto  de  1797. 


■;  I 


Falleccu  no  Rio  de  Janeiro  em  14  de  Abril  de  186?. 

Filbo  do  Capitão-Mór  Francisco  de  Paula  Cavalcanti  de  Albuquerque  e  de  sua 

mulher  D.  Maria  Rita  de  Albuquerque  Mello  ;  neto  paterno  do  Coronel 

Francisco  Xavier  Cavalcanti   de  Albuquerque  e    materno  do  Tenente- 

Coronel  António  de  Hollanda  Cavalcanti  de  Albuquerque  e  de  sua  mulher 

D.  Maria  Manuela  de  Mello. 
Casou  com    D.    Emilia  Cavalcanti   de    Albuquerque,    filha   do    Conselheiro 

Senador  Manuel  Caetano  de  Almeida  e  Albuquerque,  e  de  sua  mulher, 
'j$k       D.  Emilia  Amália  e  Albuquerque. 

Sentou  praça  aos  dez  annos,  como  cadete,  sendo  promovido  mais  tarde  a 
Tenente-Coronel,  posto  em  que  foi  reformado.  Foi  lente  da  Escola  Real  de 
Pelotas.  Deputado  por  sua  Provinda  na  i.-'  legislatura  de  1826  a  1829,  na  2.'" 
e  ?.",  de  1830  a  1837.  Senador  em  1838.  Ministro  da  Fazenda  do  8." 
Gabinete  de  1829,  da  mesma  pasta  no  9."  de  1831,  do  Império  e  da  Fazenda 
no  2."  de  1832,  da  Regência  Permanente;  da  Marinha  no  1."  Gabinete  de 
1840  e  no  4"  de  1844,  da  Fazenda  e  Marinha  no  6."  de  1846  e  finalmente  da 
Fazenda  no  18.°  Gabinete  de  1862. 

Era  Conselheiro  de  Estado  extraordinário  e  ordinário,  em  i8so;  do 
Conselho  de  S.  Magestade,  Gentil-Homem  da  Imperial  Camará,  Dignitário  da 
Ordem  do  Cruzeiro,  e  Cavalleiro  da  de  Christo. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  partido  em  pata  ;  na  primeira  pala  as  armas  dos  Albuquerques,  que  são  : 
esquarteladas  ;  no  primeiro  quartel,  as  armas  inteiras  de  Portugal ;  no  segundo  cinco  flores  de  liz  de 
oiro;  em  campo  vermelho,  e  assim  os  contrários  ;  na  segunda  pala,  as  armas  dos  Calvacantis  que 
são  :  de  vermelho  e  de  prata,  divididos  estes  esmaltes  por  unia  asna  de  azul  coticada  de  sable  ;  a 
parte  de  baixo  é  de  prata  e  a  de  cima  de  vermelho,  semeada  de  flores  de  prata,  de  quatro  folhas- 

CORÔA  :  A  de  Conde. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  2  de  Desembro  Je  18^4. 


A    LBUQUERQUE.  (Barão 

de)  Manuel  Arthur  de  Hollanda  Cavalcanti 

1    V     de  Albuquerque. 

Foi  Deputado  Geral  pela  Província  de 

Pernambuco, 

na  16.' 

legislatura 

de  1878. 

E'  Cavalleiro  da  Real  Ordem 

de  N.  S. 

da  Conceição 

de  Villa 

Viçosa,  de 

Portugal. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de 

28  de  Setem 

bro  de  1882. 

32 


ALCÂNTARA.  (Barão  e  Visconde  com  grandeza  de)  João  Ignacio 
da  Cunha. 
Nasceu  em  S.  Luiz  do  Maranhão,  em  23  de  Junho  de  1781. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro  em  14  de  Fevereiro  de  1834. 
Filbú  do  D' .  Bento  da  Cunha,  e  de  sua  mulher,  D.  Marianna  Mendes  da  Cunha. 
Casou  com  D.  Violante  Luiza  de  Vasconcellos,  que  nasceu  a  5  de  Outubro  de 
1780  e  falleceu  no  Rio  de  Janeiro,  em  9  de  Maio  de  1855  ;  era  filha  do 
Capitão  Felippe  Nery  de  Vasconcellos  e  de  sua  mulher  D.  Antónia  da 
Cunha  Vasconcellos. 

Bacharel  em  Direito  pela  Universidade  de  Coimbra  em  1806,  foi  Juiz 
de  Orphãos  em  Lisboa  em  1807.  Magistrado,  foi  Desembargador  dos  Aggravos 
e  do  Paço,  em  1822  ;  Chanceller  da  Casa  de  Supplicação,  Intendente  Geral  de 
Policia,  Conselheiro  de  Estado  em  1823,  Senador  pela  Provinda  do  Maranhão 
em  182Ò.  Ministro  do  Império  no  8."  Gabinete  de  1829  e  da  Justiça  no 
10."  Gabinete  de  1831.  Era  membro  do  Supremo  Tribunal  de  Justiça  e  do 
Conselho  de  S.  Magestade.  Cavalleiro  da  Real  Ordem  da  Torre  e  Espada  de 
Portugal,  da  1.  Ordem  do  Cruzeiro  e  da  de  Christo. 

CREAÇAO   dos  títulos  :    Barão  por  decreto  de  12  de  Outubro  de  1825.  Visconde  com  grandeza  por 
decreto  de  12  de  Outubro  de  182b. 


ALEGRETE,  (i."  Barão  de)  João  José  de  Araújo  Gomes. 
Casou  com  D.  Joaquina  de  Oliveira  Alvares,  nascida  em  30  de  Junho 


Archivo  Nobiliarchico  Brasileiro  5 


33 


« 


de  1805  e  fallecida  em  21  de  Maio  de  1853,  filha  do  Tenente-General 
Joaquim  de  Oliveira  Alvares. 
Fallecen  em  3  de  Março  de  1862. 

Foi  Moço  Fidalgo  com  exercício  na  Casa  Imperial,  Veador  da  mesma 
Casa  e  Commendador  da  Ordem  de  Christo. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro  e  quarto,  as  armas  dos  Araujos,  —  em  campo 
de  prata,  uma  aspa  de  azul  e  nella  cinco  besantes  de  oiro  ;  no  segundo,  as  armas  dos  Oliveiras,  — 
de  goles,  uma  oliveira  de  verde  com  perfis  e  azeitonas  de  oiro  e  firmada  em  campo  de  sinoplc  ;  no 
terceiro  quartel,  de  azul,  um  leão  de  oiro  rompente  e,  sobretudo,  uma  banda  de  goles,  carregada  de 
de  três  flores  de  liz  de  prata. 

COROA  :  A  de  Barào. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  15  de  Novembro  de  1846. 


ALEGRETE.  (2.»  Barão  com  grandeza  de)  José  Maria  de  Araújo  Gomes. 
Nasceu  no  Rio  de  Janeiro. 
Falleceu  em  29  de  Setembro  de  1 89 1 . 
Filbo  do  1 ."  Barão  de  Alegrete. 

Casou  com  D.  Rosa  Teixeira  Bernardes,  filha  do  Commendador  Pedro 
J.  Bernardes. 

Foi  Thesoureiro  da  Alfandega  da  Corte,  e  da  Santa  Casa  dos  Expostos, 
Commendador  da  Imperial  Ordem  da  Rosa  e  Moço  Fidalgo  com  exercício  na 
Casa  Imperial. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro  e  quarto,  as  armas  dos  Araujos,  —  em  campo 
de  prata,  uma  aspa  de  azul  e  nella  cinco  besantes  de  oiro  ;  no  segundo,  as  armas  dos  Oliveiras,  — 
de  goles,  uma  oliveira  de  verde  com  perfis  e  azeitonas  de  oiro  e  firmada  em  campo  de  sinople  ;  no 


34 


terceiro  quartel,  de  aíul.  um  leão  de  niro  rompente  e.  sobretudo,  uma  banda  de  goles,  carregada  de 
Ires  flores  de  liz  de  prata. 

COROA  :  A  de  Conde, 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  com  grandeza  por  decreto  de  i o  de  Fevereiro  de  1S67. 


A 


LEM  PARAHYBA.  (Barão  d')  Joaquim  Barbosa  de  Castro. 
Natural  de  Mar  de  Hespanha. 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão  por  decreto  de  8  de  Agosto  de  1888. 


ALEMQUER.  (Baroneza  de)  D,    Francisca   de    Assis  Vianna    Muniz 
Bandeira. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Uma  lisonja  esquartelada  ;  no  primeiro  quartel,  as  armas  dos  Bandeiras,  —  em 
campo  vermelho  uma  bandeira  de  oiro,  franjada  de  prata  com  um  leão  rompente  de  azul,  armado  de 
purpura  e  a  bandeira  enfiada  em  uma  haste  de  oiro  com  os  ferros  de  sua  côr ;  no  segundo  quartel 
as  armas  dos  Vicnnas,  —  em  campo  de  oiro  uma  águia  de  sable  estendida  ;  no  terceiro,  em  campo 
de  azul,  um  sói  com  seus  raios  de  oiro  ;  no  quarto,  em  campo  de  goles,  quatro  faxas  de  oiro  onduladas, 

COROA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Baroneza  por  decreto  de  19  de  Julho  de  1872, 


35 


ALENCAR.  (Barão  de)  Leonel  Martiniano  de  Alencar. 
Nasceu  na  cidade  do  Rio  de  Janeiro,  e  ainda  vive. 
Filbo  do  Senador  José  Martiniano  de  Alencar  e  de  D.  Anna  Josephina   de 
Alencar,  e  irmão  do  Conselheiro  José  Martiniano  de  Alencar,  romancista 
e  poeta. 

Bacharel  em  sciencias  jurídicas  e  sociaes  pela  Academia  de  S.  Paulo,  em 
1853;  entrou  logo  para  a  carreira  diplomática,  como  addido  á  Legação  em 
Montevideo,  donde  passou  a  outros  cargos,  até  o  de  Ministro  Plenipotenciário 
em  diversos  Paizes. 

Do  Conselho  de  S.  Magestade,  é  Cavalleiro  da  Imperial  O.  da  Rosa,  e  de 
Christo,  Commendador  de  Izabel  a  Catholica  e  de  Christo  de  Portugal,  sócio 
do  Instituto  Histórico  e  Geographico  Brasileiro  e  do  Instituto  do  Ceará.  etc. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  BarSo  por  decreto  de  7  de  Novembro  de  i88s. 


ALFENAS.  (i.o  Barão  de)  Gabriel  Francisco  Junqueira. 
Falleceu  na  Província  de  Minas-Geraes  em  1869. 

Deputado  pela  Província  de  Minas  Geraes  na  2."  legislatura  de  1830 
á  1833  e  na  3."  de  1834  ^  '837.  Era  Commendador  da  Imperial  Ordem  de 
Christo. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  ;  Barão  por  decreto  de  i  i  de  Outubro  de  1848. 


ALFENAS.  (2.»  Barão  de)  José  Dias  de  Gouveia. 
Era  Capitão  da  Guarda  Nacional. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  7  de  Novembro  de  1882. 


36 


ALFIÉ.  (Barão  de)  Joaquim  Carlos  da  Cunha  Andrade. 
Fallcceti  em  27  de  Julho  de  1 88 1 .  em  Itabira,  Província  de  Minas  Geraes. 

Era  Tenente-Coronel  da  Guarda  Nacional. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão  por  decreto  de  içi  de  Julho  de  1870. 


ALHANDRA.  (Barão  de  D'.)  José  Bernardo  de  Figueiredo. 
Nasceu  em  iSos  em  Pernambuco. 
Falleceu  a  i  de  Março  de  1885,  em  S.  Petersburgo. 
Filho  do  Brigadeiro  Joaquim  Bernardo  de  Figueiredo,  e  de  sua  mulher  D.  Izabel 

de  Souza  de  Figueiredo. 
Casou  com  D.  Amélia  Anna  de  Figueiredo,  filha  de  Ralph  Forster  e  de  sua 
mulher  D.  Amélia  Temple  Forster,  e  tallecida  em  s  de  Maio  de  1884, 
em  S.  Petersburgo. 

Fez  os  estudos  em  Paris,  onde  bacharelou-se  em  lettras  e  sciencas.  e 
cursando  a  Faculdade  de  Medicina  de  Paris,  recebeu  o  gráo  de  doutor. 

Em  183S,  entrou  para  a  carreira  diplomática,  na  qual  serviu  durante 
cincoenta  annos. 

Foi  nomeado  ministro  em  vários  paizes  da  Europa,  e  por  ultimo  na 
Rússia,  onde  viveu  os  últimos  annos  de  sua  vida,  ahi  fallecendo. 

Era  Grã-Cruz  honorário  da  Imperial  O.  da  Rosa,  Cavalleiro  da  Imperial 
O.  de  Christo.  Grã-Cruz  da  O.  Pontifícia  de  Christo,  da  de  S.  Gregório 
Magno,  de  Roma,  de  Francisco  I,  de  Nápoles,  de  SanfAnna,  da  Rússia, 
Commendador  da  Real  O.  de  Christo,  de  Portugal,  Moço  Fidalgo  da  Casa 
Imperial  e  sócio  do  Instituto  Histórico  e  Geographico  Brasileiro. 

CREAÇÃO  UO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  1 1  de  laneiro  de  1873. 


ALLIANÇA.  (Barão  de)  Manuel  Vieira  Machado  da  Cunha. 
Commissario  de  café  no  Rio  de  Janeiro. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão  por  decreto  de  2»  de  Março  de  1882. 


37 


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ALMEIDA.  (Visconde  e  Visconde  com   grandeza   de)  Paulo  Martins 
de  Almeida. 
Nasceu  no  Rio  de  Janeiro  em  i8  de  junho  de  1807  e  falleceu  em  Múnich 

em  7  de  Abril  de  1874. 
Filho  de  Carlos  Martins  de  Almeida  e  de  sua  mulher  D.  Matliilde  Ferreira. 

natural  do  Rio  de  Janeiro. 
Casou  em  Tegernsee,  em  7  de  Julho  de  1845.  com  a  Condessa  de  Bayerstorff, 

D.  Sophia  Francisca,  Dama  Honorária  de  S.  Magestade  a  Imperatriz  e 

filha  do  Príncipe  Carlos  Theodoro  de  Baviera,  casado  morganaticamente 

com  D.  Sophia,  Baroneza  de  Bayerstorff. 

Gentil-Homem  da  Casa  Imperial,  era  grande  do  Império,  Commendador 
da  Imperial  Ordem  da  Rosa,  Cavalleiro  da  Imperial  Ordem  de  Christo.  da  do 
Cruzeiro,  Commendador  da  R.  Ordem  de  Christo  de  Portugal,  da  de  Leopoldo 
de  Bélgica,  da  Coroa  de  Ferro  da  Áustria,  Official  da  Legião  de  Honra  da 
França  e  da  Torre  e  Espada  de  Portugal. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Um  escudo  partido  em  pala  ;  na  primeira  as  armas  dos  Almeidas,  —  em  campo 
vermelho,  seis  besantes  de  oiro  entre  uma  dobre  cruz  e  bordadura  do  mesmo  metal  —  ;  a  segunda 
partida  em  faxa  :  na  primeira  em  campo  negro,  uma  águia  de  oiro  estendida,  tendo  nas  garras  uma 
chave  de  oiro  e  bordadura  de  oiro  ;  na  segunda,  em  camp  azul,  uma  cruz  composta  de  onze  estreitas 
de  prata  e  bordadura  de  oiro. 

COROA  :  A  de  Conde. 

CREAÇÂO  DOS  TÍTULOS  :  Visconde  por  decreto  de  i^  de  Março  de  1840.  Visconde  com  grandeza  por 
decreto  de  24  de  Julho  de  1872. 


-,8 


A 


LMEIDA  GALEÀO.  (Barão  de)  Manuel  Caetano  de  Almeida  Galeão. 
Natural  da  Bahia. 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão  por  decreto  de  28  de  Setembro  de  1882. 


ALMEIDA  LIMA.  (Barão  de)  Manuel  Bernardino  de  Almeida  Lima. 
Filho  do  Alferes  Bernardino  José  de  Camargo,  fallecido  em  1822  em 
Porto  Feliz,  na  Província  de  S.  Paulo  e  de  sua  mulher  D.  Constantina 
Maria,  filha  do  Capitão  Lourenço  de  Almeida  Lima. 

Casou  com  sua  prima  D.  Anna  Jacintha  de  Arruda,  filha  de  António  Manuel 
de  Arruda  e  de  sua  mulher  D.  Maria  Baptista  Aranha.  A  Baroneza 
de  Almeida  Lima  era  irmã  do  Barão  de  Atibaia. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão  por  decreto  de  28  de  Feveirero  de  i88s. 


ALMEIDA   RAMOS.  (Barão  de)  D'.  Joaquim  de  Almeida   Ramos. 
Nasceu  em  4  de  Outubro  de  1834. 
Filho  do  Alferes  João  Luiz  de  Almeida  e  de  sua  mulher  D.  Maria  Bernarda 
de  Almeida. 


^9 


Casou  em  i86s  com  D.  Francisca  Peregrina  das  Chagas  Werneck  de  Almeida 
Ramos,  filha  do  Coronel  Peregrino  José  de  Almeida  Pinheiro  e  de 
sua  mulher  D.  Anna  Francisca  das  Chagas  Werneck,  i  .°*  Barões  de 
Ipiabas. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Em  campo  de  oiro.  uma  banda  de  azul.  carregada  de  três  besanies  de  prata, 
acompanhada  á  sinistra  de  um  caduceu  sanguinco  e  serpes  de  oiro  entre  dois  r.imos  de  cafeeiro  de 
sua  côr  e  á  destra  de  um  leão  de  goles,  rompente. 

CORÒA  :  A  de  Barào. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barào  por  decreto  de  18  de  Janeiro  de  1S82. 


ALMEIDA  VALLIM.  (Barão  de)  Luciano  José   Je  Almeida  Vallim. 
Nasceu  em  Bananal,  Província  de  S.  Paulo,  em  9  de  Maio  de  i8ss- 
Filbo  do  Commendador  Manuel  de  Aguiar  Vallim  e  de  sua  muhler  D.  Domi- 

ciana  Maria  de  Almeida  Vallim. 
Casou  em  24  de  Junho  de  1878  com  D.  America  Brazilia  de  Toledo,  filha  dos 
Viscondes  de  Aguiar  Toledo.  Era  sobrinho  do  Barão  de  Joatinga.  e  irmão 
do  Barão  de  Aguiar  Vallim. 

Fazendeiro  em  Bananal,  foi  Deputado  Provincial  varias  vezes  e  Senador 
Estadual  em  1892. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  3  de  Novembro  de  1888. 


ALTO  MEARIM.  (Barão  de)  José  João  Martins  de  Pinho. 
Nasceu  em  Portugal. 
Casou  com  D.  Isabel  de  Labourdonnay  Gonçalves  Roque  de  Pinho,  nascida 
no  Rio  de  Janeiro  e  fallecida  n'essa  cidade  em  i ."  de  Desembro  de  1888  ; 
filha  dos  Viscondes  de  Rio  Vez,  por  Portugal,   Boaventura  Gonçalves 
Roque  e  de  sua  mulher  D.  Maria  Luiza  de  Labourdonnay. 

Era  Dignitário  da  Imperial  Ordem  da  Rosa,  Conde  de  Alto  Mearim  por 
Portugal,  do  Conselho  de  S.  Magestade  Fidelíssima.  Fidalgo  Cavalleiro  da 
Casa  Real,  Commendador  da  Ordem  de  S.  Thiago  da  Espada  e  do  Mérito 


40 


% 


Litternrio  e  Scientitko  e  Commcndadoí"  da  Real  Ordem  de  Villa  Viçosa  de 
Portugal.  Laureado  com  a  medalha  de  oiro  do  Lyceu  Litterario  Portugue/,, 
com  a  medalha  humanitária,  etc.  Foi  Presidente  do  Lyceu  Litterario  e  de 
varias  outras  sociedades  portuguezas  no  Brasil. 

CREAÇÂO  DO  TITULO  :   Barão  por  decreto  de  20  de  Janeiro  de  1880. 


A 


LTO  MURIAHÉ.  (Barão  do)  António  Theodoro  da  Silva. 

CREAÇÀO  DO  TITULO  :   Barào  por  decreto  de  z'-,  de  Janeiro  de  1880. 


ALVARENGA.  (Visconde  de)  D'.   Albino  Rodigues   de  Alvarenga. 
Nasceu  na  cidade  de  Campos,  Província  do  Rio  de  Janeiro. 
Filho  deManuel  Rodrigues  de  Alvarenga. 

Doutor  em  Medecina  pela  Faculdade  do  Rio  de  Janeiro,  da  qual  foi  lente 
de  therapeutica  e  por  muitos  annos  Director.  Era  medico  da  Imperial  Gamara, 
do  Conselho  de  S.  Magestade.  Cavalleiro  da  Imperial  Ordem  da  Rosa  e  Grande 
do  Império. 

CREAÇÂO  DOS  títulos  ;   Barão  com  grandeza  de  S.  Salvador  de  Campos  por  decreto  de  20  de  Junho  de 
1887.  Visconde  de  Alvarenga,  com  grandeza,  por  decreto  de  2  de  Maio  de  1889. 


AMARAGY.  (Barão  de)  António  Alves  da  Silva. 
Falleceu  na  Província  de  Pernambuco  em  12  de  Julho  de  1873. 


Archivo  Nobiliarchico  Brasileiro  6 


4> 


«r 


Casou  em  Pernambuco  com  D.   Antónia   Alves  de   Araújo,   natural   dessa       •^ 
Província. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Em  campo  de  prata  um  leão  rompente,  de  purpura  ;  bordadura  de  goles  carregada 
de  três  gafanhotos  de  oiro  e  uma  cstrella  de  prata,  de  cinco  raios,  em  chefe. 

COROA  :  A  de  Bàrao. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão  por  decreto  de  20  de  Maio  de  1807. 


AMAZONAS.  (Barão  com   grandeza   de)  Francisco  Manuel   Barrozo 
da  Silva. 
Nasceu  em  Portugal,  em  29  de  Setembro  de  1804. 

Falleccu  a  8  de  Agosto  de  1882,  em  Montevideo.  Ahi  foi  sepultado  bem 
como  a  sua  esposa  também  fallecida  em  Montevideo  em  10  de  Fevereiro 
de  1875. 

Era  Commandante  em  chefe  da  Esquadra  Brasileira  na  memorável  batalha 
naval  do  Riachuelo,  tendo  uma  carreira  brilhante  como  official  de  Marinha. 
Suas  cinzas  foram  transportadas,  com  as  do  Contra  Almirante  Luiz  Fellipe 
de  Saldanha  da  Gama.  de  Montevideo  para  o  Rio  de  Janeiro,  a  bordo  do 
Cruzador  Barro:(0,  comboiado  por  uma  divisão  da  esquadra  e  acham-se  hoje 
depositadas  na  base  do  monumento  erguido  em  sua  memoria,  commemorando 
a  victoria  do  Riachuelo.  Este  monumento  acha-se  situado  á  Praia  do  Russell, 
dando  a  frente  para  o  mar. 

O  Almirante  Barrozo.  barão  de  Amazonas  —  nome  do  navio  em  que 
arvorava  a  sua  insígnia  durante  a  batalha.  —  era  Grã-Cruz  da  Imperial  Ordem 
de  S.  Bento  de  Aviz,  Grande  Dignitário  da  Imperial  Ordem  da  Rosa,  Digni- 
tário da  Imperial  Ordem  do  Cruzeiro,  Commendador  da  Imperial  Ordem  de 
Christo.  Grande  do  Império  e  sócio  do  Instituto  Histórico  e  Geographico 
Brasileiro. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Bário  com  grandeza  por  decreto  de  i  de  Janeiro  de  1800. 


,.  I. 


'« 


42 


-'è 


AMPARO,  (i.o  Barão  do)  Manuel  Gomes  de  Carvalho. 
Nasceu  na  quinta  de  seus  pães  em  S.  Thiago  de  Amorim,  em  Braga, 
Portugal,  em  21  de  Fevereiro  de  1788. 
Falleccíi  em  Barra  Mansa,  na  Província  do  Rio  de  Janeiro,  em  25  de  Maio  de 

i8:íS. 

Filho  de  Mathias  Gomes  de  Carvalho  e  de  sua  mulher  D.  josepha  Martins 

de  Carvalho. 
Casou  com  D.  Francisca  Bernardina  Leite  de  Carvalho,  que  íalleceu  em  ií  de 

Outubro  de  187S.  Eram  pães  do  Barão  do  Rio  Negro,  do  2."  Barão 

do  Amparo  e  do  Visconde  de  Barra  Mansa. 

Veio  para  o  Brasil,  com  treze  annos  de  idade,  para  a  companhia  de 
alguns  seus  parentes.  Era  fazendeiro  e  grande  capitalista  na  Província  do  Rio 
de  Janeiro.  Tenente-Coronel  do  Corpo  de  Cavallaria  das  Milícias  e  Commen- 
dador  da  imperial  Ordem  de  Christo. 

BRAZÃO  DK  ARMAS  :  Escudo  csquartelado ;  no  primeiro  e  quarto,  em  campo  de  oiro,  três  cabeças  de 
Índios  araris.  com  turbantes  de  pennas  de  cores,  postas  em  roquete,  duas  c  uma  ;  no  segundo  e 
terceiro,  em  campo  vermelho,  um  pelicano  de  oiro  em  um  ninho,  mordendo  as  entranhas,  p.ira  com 
seu  sangue  nutrir  os  filhos  ;  tendo  em  chefe  uma  banda  azul  com  três  besantes  de  prata. 

Timbre  :  Uma  das  cabeças  de  indio  do  escudo.  Divisa  :  Mmbitio  et  invidia  sit  prociil.  (Brazão  passado  em  2 1 
de  Agosto  de  1853.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza  Liv.  VI,  fls.  63). 

CORÒA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barào  por  decreto  de  17  de  Janeiro  d*  1853. 


43 


y 


'I 


AMPARO.  (2."  Barão  do)  Joaquim  Gomes  Leite  de  Carvalho. 
Nasceu  em  17  de  Abril  de  18^0,  no  Amparo  da  Barra  Mansa,  Pro- 
víncia do  Rio  de  janeiro  e  ainda  vive  em  Vassouras,  no  Estado  do  Rio 
de  Janeiro. 
Fílbfl  de  Manuel  Gomes  de  Carvalho.  1."  Barão  do  Amparo,  e  de  sua  mulher 

a  Baroneza  D.  Francisca  Bernardina  Leite  de  Carvalho. 
Casou  com  D.  Amélia  Teixeira  Leite  de  Carvalho,  que  ainda  vive. 

Era  irmão  do  Visconde  de  Barra  Mansa  e  do  Barão  do  Rio  Negro.  Pro- 
prietário e  capitalista,  residente  em  Vassouras. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  ;  no  primeiro  e  quarto,  em  campo  de  oiro  três  cabefas  de 
Índios  araris  com  turbante  de  pennas  de  cores,  postas  cm  roquete,  duas  c  uma  ;  no  segundo  c 
terceiro,  em  campo  vermelho,  um  pelicano  de  oiro,  em  seu  ninho,  mordendo  as  entranhas,  para  com 
seu  sangue  nutrir  os  filhos  ;  tendo  em  chefe  uma  banda  azul  com  três  besantes  de  prata. 

TiMBRH  ;  Uma  das  cabeças  de  indio  do  escudo.  Divisa  ;  Àmbitio  et  iiividia  sit  procul.  (Brazão  passado  em  :  i 
de  Agosto  de  1855.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  8-}). 

CORÔA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão  por  decreto  de  30  de  Janeiro  de  1807. 


A 


NADIA.  (Barão  de)  Manuel  Joaquim  de  Mendonça  Castello  Branco. 
Falleceu  em  5  de  Setembro  de  1886. 


44 


I 


*« 


1t 


Bacharel  em  Direito  e  Magistrado.  Foi  Deputado  Geral  pela  Província, 
de  Alagoas  nas  8."  a  1 1 ."  legislaturas  de  i8so  a  1864  e  nas  14.-',  16.",  i8.'', 
19."  legislaturas,  de  1869  até  188=;. 

Era  official  da  Imperial  Ordem  da  Rosa. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão  por  decreto  de  2-,  ác  Setembro  de  1870. 


ANAJATUBA.  (Barão  de)  D.'  José  Maria  Barreto. 
Nasceu  na  Província  do  Maranhão. 
Falleceu  em  2s  de  Agosto  de  1871. 
Casou  com  D.  Mónica  Theresa  Raposo  Barreto. 

Foi  Deputado  Geral  na  14.-'  legislatura  de  1869  a  1872,  por  sua  Província 
natal. 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão  por  dccrelo  de  14  de  Março  de  186 


ANAJAZ.  (Barão  de)  António  Emiliano  de  Souza  Castro. 
Natural  do  Pará. 

Bacharel  em  sciencias  jurídicas  e  sociaes. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  ;   Barão  por  decreto  de  20  de  Outubro  de  1888. 


AN DARAH Y.  ( i ."  Barão  e  Visconde  com  grandeza  de)  Militão  Máximo 
de  Souza. 
Falleceu  em  lo  de  Agosto  de  1888,  no  Rio  de  Janeiro. 

Negociante  e  Capitalista.  Membro  da  Junta  Administrativa  da  Caixa  da 
Amortisação,  Thesoureiro  da  Santa  Casa  de  Misericórdia.  Sua  mulher  morreu 
Condessa  do  mesmo  titulo.  O  Barão  era  Official  da  Imperial  Ordem  da  Rosa. 


I  CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  lo  de  Julho  de  1872  e  Visconde  com  grandeza  por  decreto 

de  30  de  Maio  de  1888. 


45 


ANDARAHY.  {2.°  Barão  de)  Militão  Máximo  de  Souza  Júnior. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro  em  12  de  Outubro  de  1904,  com  7^  annos 
de  idade. 
Casou  com  D.  Anna  Joaquina  Braga,  natural  do  Rio  Grande  do  Sul,  onde 
nasceu  em  14  de  Setembro  de  183S  e  falleceu  no  Rio  de  Janeiro  em  2  de 
Julho  de  19 14  ;  era  filha  de  António  Rodrigues  Fernandes  Braga,  que  foi 
Senador  em  1873,  e  Presidente  da  Província  do  Rio  Grande  do  Sul,  em 
1834. 

Capitalista,  foi  Director  do  Banco  do  Brasil,  Presidente  do  Conselho 
Administrativo  da  Caixa  Económica  e  Monte  de  Soccorro  e  Thesoureiro  da 
Santa  Casa  de  Misericórdia.  Era  Commendador  da  Imperial  Ordem  da  Rosa, 
Commendador  da  R.  Ordem  de  N.  S.  da  Conceição  de  Villa  Viçosa,  de  Por- 
tugal, Grã-Cruz  da  Ordem  de  S.  Gregório  o  Magno,  de  Roma. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   BarSo  por  decreto  de  2s  de  Setembro  de  1882. 


ANGRA.  (Barão  de)  Elysiario  António  dos  Santos. 
Falleceu  em  27  de  Setembro  de  1883. 

Era  Chefe  de  Esquadra,  tendo  sido  um  excellente  Offkial  de  Marinha. 
Entre  as  obras  que  escreveu  se  destaca  o  seu  Diccionario  de  termos  náuticos, 
que  ainda  hoje  constitue  um  auxilio  valioso  na  sua  classe. 

Conselheiro  de  Guerra,  era  Commendador  da  Imperial  Ordem  de  S.  Bento 
de  Aviz,  Dignitário  da   Imperial   Ordem   do  Cruzeiro  e   Commendador  da 


46 


% 


Imperial  Ordem  da  Rosa.  Tinha  as  medalhas  da  Independência  da  Bahia  e  a 
Geral  da  Campanha  do  Paraguay,  com  passador  de  oiro. 

BRAZAO  DE  ARMAS  :   Escudo  esquartelado  em  aspa  ;  no  primeiro,  de  goles,  uma  mão  empunhando  uma 

espada  levantada,  guarnecida  de  copos  de  oiro  ;  no  segundo,  em  campo  de  oiro,  duas  estrellas  de 

azul,  de  cinco  raios  e  um  facho  accêso,  posto  em  roquete  ;  no  terceiro,  de  goles,  a  esphera  armilar 

de  oiro,  entre  as  pontas  de  um  compasso  de  oiro  aberto,  tendo  á  sinistra  o  lemma  Ins  polií ;  no 

quarto,  em  campo  de  oiro,   uma   angra  ou   enseada  e  no  meio  d'esta,   em   ponta,   uma   ancora  de 

sua  còr. 

« 
COROA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão  por  decreto  de  17  de  Maio  de  1871. 


ANHAMBAHY.  (Barão  com  grandeza  de)  António   Maria   Coelho. 
Era  Brigadeiro  de  Exercito. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  com  grandeza  por  decreto  de  28  de  Agosto  de  1889. 


ANHUMAS.  (Barão  de)  Manuel  Carlos  de  Souza  Aranha. 
Falleceii  em  189?. 
Casou  em  primeiras  núpcias  com  sua  prima  D.  Anna  Theresa  de  Souza 
Aranha,  filha  do  Coronel  Francisco  Egydio  de  Souza  Aranha  e  de  sua 
mulher  e  prima  D.  Maria  de  Souza  Aranha.  Em  segundas  núpcias  casou 
com  D.  Bernardina  de  Queiroz  Aranha,  filha  do  Capitão  José  Pereira 
de  QLieiroz  e  de  sua  mulher  e  sobrinha  D.  Escholastica  Saturnina  de 
Moraes  Jordão. 

Era  Commendador  da  Imperial  Ordem  de  Christo. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão  por  decreto  de  25  de  Setembro  de  1889. 


47 


ANTONINA.  (Barão  com  grandeza  de)  João  da  Silva  Machado. 
Nascrii  na  villa  de  Taquary,  no  Rio  Grande  do  Sul.  em  17  de  Junho 
de  1782. 
Falleceii  em  S.  Paulo  em  19  de  Março  de  187S. 

Filbo  de  Manuel  da  Silva  Jorge  e  de  sua  mulher  D.  Antónia  Maria  de  Bittencourt. 
Casou  com  D.  Anna  Ubaldina  do  Paraíso  Guimarães,  deixando  grande  descen- 
dência. 

De  simples  tropeiro,  diz  um  seu  biographo,  tournou-se  um  elemento  de 
progresso  de  S.  Paulo,  por  seu  perseverante  trabalho  e  valor,  alcançando  uma 
brilhante  posição. 

Era  Tenente-Coronel  de  Milícias,  em  1829,  Coronel  Honorário  do  Exer- 
cito em  1842,  Chefe  de  Legião  e  Commandante  Superior  da  Guarda  Nacional. 
Foi  Deputado  provincial  em  S.  Paulo,  Senador  pela  Província  do  Paraná,  em 
1854  ;  Director  da  Fabrica  de  Ferro  de  Ipanema  e  Veador  Honorário  de 
S.  Magestade  a  Imperatriz. 

Era  Grande  do  império,  Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Imperial,  grande 
Dignitário  da  1.  Ordem  da  Rosa,  Official  da  1.  Ordem  do  Cruzeiro,  e  sócio 
do  Instituto  Histórico  e  Geographico  Brasileiro. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Em  campo  de  prata,  um  leào  de  purpura  armado  de  goles,  tendo  na  garra  destra 
um  catecismo  e  um  rosário  de  oiro  e  na  espadoa  um  machado  do  mesmo  metal  ;  acompanhado 
á  sinistra  de  um  Índio  ao  natural,  virado  para  a  esquerda,  depondo  as  armas,  que  sào  de  oiro. 
(Brazão  passado  em  17  de  Setembro  de  1859.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  40). 


COROA  : 

A  de 

Conde. 

'< 

CREAÇÃO 

DO 

TITULO  : 

Barão 

por 

decreto  de  1 

1  de 

Setembro 

de 

1ÍS43. 

Barão 

com 

grandeza 

por 

decreto 

de 

13  de 

Agosto  de 

i«6o. 

• 

48 


APPARECIDA.  (Barão  de)  José  de  Souza  Brandão. 
Falleceu  em  i6  de  Junho  de  1883. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão  por  decreto  de  27  de  Março  de  18Ó7. 


AQUINO.  (Barão  de)  José  de  Aquino  Pinheiro. 
Nasceu  a  7  de  Março  de  1837,  na  freguesia  da  Conceição  de  Duas 
Barras,  no  municipio  de  Cantagallo,  Província  do  Rio  de  Janeiro. 
Filbo  de  Joaquim  Luiz  Pinheiro.  Barão  de  Paquequer,  depois  Visconde  de 

Pinheiro,  com  grandeza. 
Casou  com  D.  Rita  Luisa  Ribeira,  que  nasceu  no  dita  freguesia  da  Conceição 
de  Duas  Barras,  em  16  de  Janeiro  de  1841,  e  era  filha  do  Commendador 
Francisco  Alves  Ribeiro. 

Fazendeiro  na  Província  de  Rio  de  Janeiro,  é  Coronel  da  Guarda  Nacio- 
nal. Commendador  da  Imperial  Ordem  da  Rosa  e  da  de  N.  S.  da  Conceição 
de  Villa  Viçosa  de  Portugal  e  Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Imperial. 

CREAÇÃO  tX)  TITULO  ;   Barào  por  decreto  de  i :;  de  Junho  de  1881. 


AQLJIRAZ.  (Barão  de)  Gonçalo  Baptista  Vieira. 
Nasceu  no  Arraial  de  S.  Matheus,  na  Província  do  Ceará,  em  17  de 
Maio  de  18 19. 

Falleceu  n'essa  Província,  em  Fortaleza,  em  10  de  Março  de  1896. 

Filbo  do  Capitão-Mór  de  S.  Matheus,  Gonçalo  Baptista  Vieira. 

Casou-  em  primeiras  núpcias  com  D.  Anna  Fernandes  Vieira  e  em  segundas 
com  D.  Senhorinha  Fernandes  Vieira,  ambas  filhas  dos  Viscondes  de  Icó 
e  em  terceiras  núpcias  com  D.  Anna  Angelina,  filha  do  Desembargador 
André  Bastos  de  Oliveira  e  viuva  do  Senador  Miguel  Fernandes  Vieira, 
que  era  primo  e  cunhado  do  Barão  de  Aquíraz. 

Formado  em   Direito  pela  Academia  de  Olinda,   em  1843,   foi   Depu- 
tado geral  por  sua  Província  na  16."   Legislatura  de  1878  e  Vice-Presidente 


Archivo  Nobiliarchico  Br«sil«iro  7  49 


da  Gamara  do  Ceará,  em  1877.  Era  chefe  politico  de  valor  em  sua  Província. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Bário  por  decreto  de  17  de  Maio  de  1871. 


ARAÇAGY.  (Barão  de)  D.'  Francisco  de  Caldas  Lins. 
(yide  noticia  no  titule  Visconde  do  Rio  Formoso). 
CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  Je  o  de  Novembro  de  1807. 


ARACAJU.  (Barão  de)  José  Ignacio  Accioli  do  Prado. 
Falleceu  na  Província  de  Sergipe,  em  28  de  Março  de  1904,  com 
80  annos  de  idade. 

Era  fazendeiro  e  criador  abastado,  na  Província  de  Sergipe. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão  por  decreto  de  38  de  Agosto  de  1872. 


■Il^ 


ARACATY.  (Visconde   com   grandeza   e   Marquez   de)  João  Carlos 
Augusto  de  Oyenhausen  Gravenburg. 
Nasceu  em  Lisboa. 

Falleceu  em  Moçambique  em  28  de  Maio  de  1838. 

Filbo  do  Conde  de  Oyenhausen  Gravenburg,  na  Áustria,  Ministro  de  Portugal 
na  Corte  de  Vienna  e  de  sua  mulher  D.  Leonor  de  Almeida  Portugal, 


50 


4."  Marqueza  d'Alorna.  6/  Condessa  d'Assumar e  Condessa  de  Oyenhausen 
Gravenburg. 

Sentou  praça  de  Aspirante  na  Marinha  Real  em  1793,  sendo  transferido 
no  posto  de  2.°  Tenente  para  o  Exercito  ;  fez  a  Campanlia  Peninsular  como 
Capitão.  Veio  ao  Brasil  como  Governador  do  Pará  e  Rio  Negro.  Sérvio  como 
Ajudante  de  Ordens  do  General  Gomes  Freire.  Brasileiro,  ex-vi  da  Constitui- 
ção, foi  o  segundo  Governador  do  Ceará  em  1802,  8.°  Governador  da  Capitania 
de  Matto-Grosso  de  1807  á  1818  e  Governador  e  Capitão  General  da  Capitania 
de  S.  Paulo,  de  1819a  1821 . 

Brigadeiro  do  Exercito  em  1820,  foi  Ministro  das  Relações  Exteriores  e  da 
Marinha  no  Gabinete  de  1827  e  novamento  no  Gabinete  de  183 1,  quando, 
renunciando  aos  direitos  de  brasileiro,  acceitou  o  logar  de  Governador  e 
Capitão  General  de  Moçambique,  em  1836  e  ahi  falleceu.  Era  Conselheiro 
da  Fazenda,  Senador  pela  Província  do  Ceará,  nomeado  em  1826  e  exonerado 
em  18?  I.  Era  do  Conselho  de  S.  Magestade. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :   Em  campo  vermelho  três  faxas  de  oiro.  Timbre  :  um  leão  vermelho  armado  de  oiro. 

CREAÇÃO  DOS  títulos  :  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  12  de  Outubro  de  1824  e  Marquez  po 
decreto  de  12  de  Outubro  de  1826. 


ARACATY.  (Barão  de)  José  Pereira  da  Graça. 
Nasceu  no  Aracaty,  na  Província  do  Ceará,  em  14  de  Março  de  1812. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro  em  29  de  Janeiro  de  1889. 
Filho  de  José  Pereira  da  Graça,  de  nacionalidade  portugueza  e  de  sua  mulher 

D.  Maria  Cândida  Carneiro'Monteiro. 
Casou  no   Recife,  em   Pernambuco,  em  1833,   com  D.  Maria   Adelaide  de 
Alencastro,  filha  de  José  Joaquim  de  Alencastro  e  de  sua  mulher  D.  Maria 
Eduarda  Carneiro  Leão. 

Fez  o  curso  de  Direito  na  Faculdade  de  Olinda,  formando-se  em  1834  ; 
foi  Juiz  de  Direito  em  Icó,  Deputado  provincial  em  diversas  legislaturas, 
Deputado  Geral  pela  Provinda  do  Ceará  de  1843  á  1844  e  de  1850  á  1852. 
Desembargador  da  Relação  no  Maranhão  em  1857.  Adjunto  e  Presidente  do 
Tribunal  do  Commercio  d'esta  Província  ;  foi  Presidente  da  Relação  em  1874, 
membro  do  Tribunal  Superior  de  Justiça  em  1876  e  Vice  Presidente  da  Pro- 
víncia do  Maranhão.  Era  do  Conselho  de  S.  Magestade. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão  por  decreto  de  i  o  de  Março  de  1887. 


5' 


A 


RAGUARY.  (i.»  Barão  de)  José  Maria  Wandenkolk. 
Nasceu  em  Portugal  em  30  de  Agosto  de  1806,  fallecendo  em  Nicthe- 
roy,  Província  do  Rio  de  Janeiro,  a  28  de  Fevereiro  de  1874.  A  Baroneza 
falleceu  em  S.  Domingos,  Nictheroy,  em  17  de  Agosto  de  1877. 


Entrou  para  a  Armada  como  Aspirante,  em  1822  e  reformou-se  como 
Almirante,  em  1874.  Serviu  como  Ajudante  de  Ordens^  do  Barão  do  Rio  da 
Prata  na  guerra  entre  o  Brasil  e  o  Rio  da  Prata  ;  commandou  diversas  divisões 
e  como  commandante  da  corveta  Euterpe,  fez  parte  da  comitiva  que^foi  buscar 
a  Imperatriz  D.  Theresa  Christina,  á  Nápoles,  em  1843. 

Foi  Chefe  do  Quartel  General,  Director  da  Escola  de  Marinha  e  Comman- 
dante Geral  dos  Guardas-Marinha.  Era  do  Conselho  Naval. 

Era  Commandador  da  Imperial  Ordem  de  S.  Bento  de  Aviz,  Dignitário 
da  Imperial  Ordem  do  Cruzeiro,  Commendador  da  Imperial  Ordem  de  Christo. 
e  tinha  as  medalhas  da  Divisão  Cooperadora  da  Bôa  Ordem,  etc. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  lo  de  Maio  de  1878. 


A  RAGUARY.  (2.°  Barão  de)  António  Dias  Maciel. 
CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão  por  decreto  de  10  de  Agosto  de  i88q. 


ARAGUAYA.  (i ."  Barão  e  Visconde  de)  D.'  Domingos  José  Gonçalves 
de  Magalhães 
Nasceu  no  Rio  de  Janeiro  em  13  de  Agosto  de  181 1. 
Falleceu  em  10  de  Julho  de  1882,  em  Roma. 
Filbo  de  Pedro  Gonçalves  de  Magalhães  Chaves. 

Formado  em  Medicina  pela  Faculdade  de  Medicina  do  Rio  de  Janeiro, 
cm  1832  ;  dois  annos  depois  foi  nomeado  Addido  de  Legação  em  Paris.  Em 


52 


1839.  na  qualidade  de  Secretario,  acompanhou  o  Duque  de  Caxias  na  missão 
de  pacificar  a  Província  do  Maranhão.  Em  1841  foi  nomeado  Professor  de 
Philosophia  do  Collegio  D.  Pedro  II. 

Representou  a  Província  do  Rio  Grande  do  Sul  na  6.'  legislatura  de  184S, 
na  Assembleia  Geral. 

Entrou  para  a  carreira  diplomática  em  1847,  sendo  encarregado  de  negó- 
cios em  Turim.  Nápoles  e  Vienna  ;  d'ahi  passou  a  servir  nas  Republicas 
Platinas  e  finalmente  voltou  como  Ministro  Junto  á  Santa  Fé,  fallecendo  n'esse 
cargo.  Foi  um  dos  mais  notáveis  poetas  brasileiros,  tendo  deixado  precioso 
archivo  de  geniaes  composições  poéticas,  sendo  considerado  o  chefe  da  nova 
escola  poética  do  Brasil. 

Era  Grande  do  Império,  do  Conselho  de  S.  Magestade.  Commendador 
da  1.  Ordem  de  Christo.  Dignitário  da  I.  Ordem  da  Rosa,  Official  da  I.  Ordem 
do  Cruzeiro,  Commendador  da  Ordem  de  Francisco  I  de  Nápoles  e  do  Mérito. 
Era  sócio  do  Instituto  Histórico  e  Geographico  Brasileiro  e  de  muitas  outras 
sociedades  scientificas  e  litterarias. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  ;  Barão  por  decreto  de  18  de  Julho  de  1872  ;  Visconde  com  grandexa  por  decreto 
d«  3;  de  Junho  de  1874. 


A  RAM  A  RÉ.  (Barão  e  Visconde  com  grandeza  de)  Manuel  Lopes  da 
Costa  Pinto. 

CREAÇÃO   DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  6  de  Setembro  de  1866.  Visconde  com  grandeía  por 
decreto  de  36  de  Abril  de  1870. 


ARANTES.  (Barão  e  Visconde  de)  António  Belfort  Ribeiro  de  Arantes. 
Negociante. 

Era  Official  da  Imperial  Ordem  da  Rosa. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :   Bário  por  decreto  de  ici  de  Julho  de  187Q.  Visconde  por  decreto  de  1 1  de  Julho 
de  1888. 


53 


ARARAQUÁRA.  (i.°  Barão  de)  José  Estanisláo  de  Oliveira. 
(yide  noticia  no  titulo  Visconde  do  Rio  Claro). 


CREAÇAO  DO  TITULO  :  Barào  por  decreto  de  30  de  Maio  de  1867. 


ARARAQUÁRA.  (2."  Barão  de)  Estanislaó  José  de  Oliveira. 
Filbo  dos  primeiros  Barões  de  Araraquára  e  Viscondes  do  Rio  Claro. 
Casou  com  sua  prima  D.  Amélia  de  Oliveira,  filha  do  Capitão  João  Baptista 
de  Oliveira  e  de  sua  mulher  D.  Anna  Maria  de  Oliveira. 

EraCoronel  da  Guarda  Nacional  e  importante  fazendeiro  em  Annapolis. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  38  de  Fevereiro  de  1885. 


ARARAS.  (Barão  de)  Bento  de  Lacerda  Guimarães. 
Natural  da  Província  de  S.  Paulo. 
Falleceu  em  S.  Paulo,  em  1898. 

Filbo  de  António  Corrêa  de  Lacerda  e  de  sua  mulher  D.  Maria  Franco. 
Casou  com  sua  prima  irmã  D.  Manuela  de  Cássia  Franco,  filha  do  Alferes 
Joaquim  Franco  de  Camargo,  e  de  sua  segunda  mulher  D.  Maria  Lourença 
de  Moraes. 

Era  irmão  do  Barão  de  Arary. 

Fazendeiro  no  Município  de  Araras,  na  Província  de  São  Paulo. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barào  por  decreto  de  7  de  Maio  de  r887. 


ARARIBÁ.  (Barão  de)  João  Luiz  Gonçalves  Ferreira. 
Era  Coronel  da  Guarda  Nacional. 

CREAÇÂO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  5  de  Maio  de  1883. 


ARARIPE.    (Barão  de)  António  Vieira  da  Cunha. 
Era  Tenente-Coronel  da  Guarda  Nacional. 

CREAÇÂO  DO  TITULO  :   Barão  por  decreto  de  10  de  Março  de  íS^.. 


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ARARUAMA.  (1."  Barão  e   i."  Visconde   com    grandeza    de)   José 
Carneiro  da  Silva. 
Nasceu  em  Quissamã,  na  Provinda  do  Rio  de  Janeiro,  em  21  de  Maio  de  1788 

e  ahi  falleceu  em  3  de  Maio  de  1864. 
Filho  do  Capitão  Manuel  Carneiro  da  Silva  e  de  sua  mulher  D.  Anna  Francisca 

Velasco. 
Casou  com  D.  Francisca  Antónia  de  Castro  Carneiro,  filha  do  Capitão-Mór 

Barão  de  Santa  Rita. 
Eram  pães  do  2."  Visconde  de  Araruama.  do  Visconde  de  Ururahy  e  dos 

Barões  de  Monte  Cedro  e  de  Quissamã. 


S5 


Negociante  e  agricultor  abastado  na  Provincia  do  Rio  de  Janeiro,  foi 
Deputado  Provincial  á  Assembléa]d'essa  Provincia  em  1884  e  nessa  occasião 
pugnou  [pela  construcção  do  grande  canal  que  hoje  liga  a  cidade  de  Campos 
á  Macahé. 

Membro  correspondente  do  Instituto  Histórico  de  Paris  e  fundador  do 
Instituto  Fluminense  de  Agricultura,  era  sócio  da  Sociedade  Auxiliadora  da 
Industria  Nacional,  Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Imperial,  Grande  do  Império 
e  Commendador  da  Imperial  Ordem  da  Rosa. 

Sem  ter  frequentado  Academias,  era  bom  litterato,  philosopho  e  cultiva- 
dor das  musas,  tendo  deixado  vários  trabalhos  publicados. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :   Escudo  esquartelado  ;  no  primeiro  quartel,  em  campo  de  goles,   um  castello  com 
sua  muralha  e  torre,  e  firmados  em  chefe,  quatro  cscudetes  :  ao  priíneiro,  em  campo  azul,  uma  flor 
*  de  liz  de  prata  e  bordadura  de  oiro  ;  ao  segundo  e  quarto,  de  azul.  cinco  besantes  de  prata  postos 

em  santor  e  ao  terceiro  em  campo  de  azul.  uma  aspa  de  goles  ;  no  segundo  quartel,  as  armas  dos 
Carneiros,  em  campo  vermelho  uma  banda  de  azul  coticada  de  oiro  e  carregada  de  três  flores  de  liz 
do  mesmo  metal,  entre  dous  carneiros  de  prata  passantes,  armados  de  oiro  ;  no  terceiro  quartel,  as 
armas  dos  Silvas,  —  em  campo  de  prata  um  leão  de  goles,  rompente,  armado  de  azul  —  ;  e  no 
quarto  as  armas  dos  Fonsecas,  —  em  campo  de  oiro  cinco  estrellas  de  vermelho,  com  cinco  raios, 
postas  em  aspa.  —  Timbbe  :   um  dos  carneiros  das  armas. 

COROA  :  A  de  Conde. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  ^  de  Maio  de  1844.  Visconde  com  grandeza  por  decreto 
de  I  5  de  Abril  de  1847. 


ARARUAMA.  (2."  Barão  e   2.°  Visconde  com   grandeza   de)  Bento 
Carneiro  da  Silva. 
Nasceu  em  19  de  Setembro  de  1826. 
Filho  dos  primeiros  Viscondes  de  Araruama. 


s6 


Casou  com  D.   Rachel   Francisc.i  de  Castro  Nctto.   Hra  irmão  do  Visconde 
de  Uruiahy  e  dos  Barões  de  Monte  Cedro  e  de  Quissamã. 

Era  Coronel  da  Guarda  Nacional.  Moço  Fidalgo  com  exercício  na  Casa 
imperial  e  Veador  de  S.  Magestade  a  imperatriz. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :   O  brazão  de  seu  I'ae.  o  i."  Barão  e  i  .*  Visconde  de  Araruiima.  Ver  a  descripfão  neste 

titulo. 
CORÒA  :  A  de  Conde. 

CREAÇÃO  DOS  títulos  :   Barão  por  decreto  de  ;  de  Novembro  de  1800.  Bar.io  com  grandeza  por  decreto 
do  28  de  Março  de  1877.  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  lo  de  Setejiibro  de  1877. 


ARARUNA.  (Barão  de)  Estevão  José  da  Rocha. 
Falleccu  na  Parahyba  do  Norte,  a  30  de  Março  de  1874,  donde  era 
natural. 

Coronel  da  Guarda  Nacional. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão  por  decreto  cie  17  de  Maio  de  1871. 


ARARY.  (i."  Barão  e  Visconde  com  grandeza  de)  António  Lacerda 
de  Chermont. 
Falleceii  na  Província  do  Pará.  em  s  de  Agosto  de  1879. 

Importante  fazendeiro  em  Marajó,  na  Província  do  Pará  ;  era  Coronel 
Commandante  Superior  da  Guarda  Nacional. 

Commendador  da  imperial  Ordem  de  Christo  e  da  Imperial  Ordem  da 
Rosa. 

CREAÇÃO   DOS   TÍTULOS  :   Barão  por  decreto  de  18  de  Outubro  de  1853.  Visconde  com  grandeza   por 
decreto  de  10  de  Julho  de  1867. 


A 


RARY.  (2."  Barão  de)  José  de  Lacerda  Guimarães. 
Natural  da  Província  de  S.  Paulo. 


Arctiivu  Nubiliarctltco  Brasileiro  S  ^7 


Filho  de  António  Corrêa  de  Lacerda  e  de  sua  mulher  D.  Maria  Franco,  casados 
cm  1813,  na  Provincia  de  São  Paulo. 

Casoíí^a  primeira  vez  com  sua  prima  irmã  D.  Clara  Franco  de  Camargo,  filha 
do  Alferes  Joaquim  Franco  de  Camargo  e  de  sua  segunda  mulher  D.  Maria 
Lourença  de  Moraes,  e  a  segunda  vez  com  sua  sobrinha,  a  Baroneza 
de  Arary,  D.  Maria  Dalmácia,  filha  dos  Barões  de  Araras. 

O  Barão  era  irmão  do  Barão  de  Araras. 

CREAÇÂO  DO  TITULO  :   BarSo  por  decreto  de  7  de  Maio  de  18S7. 


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ARASSUAHY.  (Barão  de)  Seraphim  José  de  Menezes. 
Falleceu  em  22  de  Fevereiro  de  1867. 

Cavalleiro  da  Imperial  Ordem  de  Christo  e  Ofticial  da  Imperial  Ordem 
da  Rosa. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barào  por  decreto  de  14  de  Março  de  iSçs. 


ARATANHA.  (Barão  de)  José  Francisco  da  Silva  Albano. 
Nasceu  em  Fortaleza,  na  Provincia  do  Ceará,  em  21  de  Maio  de  1830 
e  ahi  falleceu  em  13  de  Junho  de  1901. 
Filho  de  Manuel  Francisco  da  Silva  e  de  sua  mulher  D.  Maria  Angélica  da 

Costa  e  Silva. 
Casou  com  D.  Liberalina  Angélica  da  Silva  Albano,  que  falleceu  em  10  de 
Agosto  de  1900. 

Negociante  e  Coronel  da  Guarda  Nacional,  era  Cavalleiro  da  Ordem  de 
S.  Gregório  o  Magno,  de  Roma. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão  por  decreto  de  5  de  Desembro  át  i8»7. 


ARAÚJO   FERRAZ.  (Barão  de)  Francisco  Ignacio  de  Araújo  Ferraz. 
Filho  do  Sargento-Mór  Ignacio  de  Araújo  Ferraz  e  de  sua  mulher 


58 


D.  Marianna  Ferreira  do  Espirito  Santo. 
Casou  com  sua  sobrinha,  D.  Francisca  Belmira  de  França,  que  falieccu  no 
Rio  de  Janeiro  em  igos.  filha  de  José  Belmiro  de  França  c  de  sua  mulher 
D.  Maria  Josephina  Ferreira  França. 

Negociante,  foi  commissario  de  café  no  Rio  de  Janeiro  e  Director  do 
Banco  do  Brasil.  Era  Commendador  da  Imperial  Ordem  da  Rosa  e  da  de 
Christo  de  Portugal  e  Grande  Official  da  Ordem  de  Santo  Estanisláo.  da  Rússia 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barào  por  decreto  de  17  de  Junho  de  1882. 


ARAÚJO  GÓES.  (Barão  de)  Innocencio  Marques  de  Araújo  Góes. 
Bacharel  em  Direito.  Ministro  aposentado  do  Supremo  Tribunal  de 
Justiça.  Presidiu  a  Província  de  Pernambuco  em  1886  e  foi  Deputado  á 
Assembléa  Geral  na  10. ■'  legislatura  de  18^7  á  1860,  na  14.'  á  16.»  de  1869  á 
1878,  e  na  19.»  á  20.^'  de  i88s  á  1889. 

Era  do  Conselho  de  S.  Magestade,  Commendador  da  Imperial  Ordem  de 
Christo  e  da  Imperial  Ordem  da  Rosa  e  Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Imperial. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barào  por  decreto  de  i  i  de  Desembro  de  1886. 


ARAÚJO  GONDIM.  (Barão  de)  António  José  Duarte  de  Araújo 
Gondim. 
Casou  com  D.  Maria  Carolina  Cochrane  de  Araújo  Gondim. 

Era  do  Conselho  de  S.  Magestade,  Dignitário  da  Imperial  Ordem  da 
Rosa,  Commendador  da  Real  Ordem  de  Carlos  III  da  Hespanha  e  Official  da 
Águia  Vermelha,  da  Prússia. 

CREAÃÇO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  3  de^Maio  de  1876. 


A 


RAUJO  MAIA.  (Barão  de)  Honório  de  Araújo  Maia. 
Casceu  em  8  de  janeiro  de  i8?8,  na  Fazenda  de  Bom  Jardim,  na 


59 


Hstação  do  Commercio,  Município  de  Valença. 
Falleceultm  Petrópolis  a  8  de  Maio  de  1904. 
Filbo  do  Major  José  Joaquim  de  Araújo  Maia  e  de  sua  mulher  D.  Theodosia 

Vieira  da  Cunha  Maia. 
Casou  em  9  de  Novembro  de  1861  com  D.  Cândida  Rosalina  de  Souza  Maia, 

nascida  em  Diamantina,  na  í^rovincia  de  Minas  Geraes,  em  4  de  Setembro 

de  1843  e  ainda  vive.  Era  filha  de  José  Joaquim  de  Souza  Maia  e  de  sua 

mulher,  D.  Francisca  Theresa  de  Aguiar  Souza. 

Era  sobrinho  do  Barão  de  Magdalena,  por  Portugal,  já  fallecido. 

Era  fazendeiro  de  café  em  Petrópolis,  depois  dedicou-se  ao  commercio 
de  café  na  cidade  do  Rio  de  Janeiro.  Esteve  por  algum  tempo  no  estrangeiro 
fazendo  propaganda  d'este  producto  e  quando  na  Rússia,  foi  honrado  com  o 
titulo  de  cidadão  da  Municipalidade  de  Nidji-Novgorod.  Foi  um  dos  organisa- 
dores  da  Estrada  de  Ferro  Príncipe  do  Grão-Pará. 

Commendador  da  Imperial  Ordem  de  S.  Estanisláo  da  Rússia  e  Commen- 
dador  da  Imperial  Ordem  da  Rosa. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão  por  decreto  de  9  de  Agosto  de  1884. 


ARAXA.  (Visconde  com  grandeza  de)  Domiciano  Leite  Ribeiro. 
Nasceu  em  S.  João  del-Rey,  em  Minas  Geraes,  a  23  de  Abril  de  1812. 
Falleccu  em  12  de  Junho  de  1881,  em  Vassouras  (Rio  de  Janeiro). 
Casou  em  1843  com  sua  prima.  D.  Maria  Jacíntha  Leite  Ribeiro,  nascida  em 
182S  e  fallecida  em  1880. 

Bacharel  em  Díreíro  pela  Academia  de  S.  Paulo,  em  1833  ;  exerceu  o 
cargo  de  Juiz  de  Direito  da  Comarca  de  Rio  das  Mortes,  dedícando-se  mais 
tarde  á  advocacia.  Foi  Presidente  das  Províncias  do  Rio  de  Janeiro  e  S.  Paulo, 
respectivamente  em  i86s  e  1848  ;  Ministro  da  Agricultura  Commercio  e  Obras 
Publicas  no  19."  Gabinete  de  1864,  Deputado  por  Minas  Geraes  á  Assembléa 
Geral  de  1842  que  foi  dissolvida  pelo  decreto  de  i."  de  Maio  d"esse  anno. 

Era  Grande  do  Império,  do  Conselho  de  S.  Magestade  e  Conselheiro  de 
Estado  extraordinário  em  1866,  passando  á  ordinário  em  1878. 

CREAÇÃO  LX)  TITULO  :  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  15  de  Outubro  de  1872. 


60 


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AR  IN  os.  (Barão  e  Visconde  com   grandeza   de)  Thomaz  Fortunato 
de  Brito. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro  em  27  de  Fevereiro  de  1894. 

Começou  a  carreira  diplomática  como  addido  de  primeira  classe  em 
Roma,  em  1847.  Po'  Ministro  em  diversos  paizes  e  arbitro  do  Brasil  na 
questão  franco-americana,  em  1880,  em  Washington. 

Era  do  Conselho  de  S.  Magestade,  Grã-Cruz  da  Imperial  Ordem  da 
Rosa,  Commendador  da  Imperial  Ordem  de  Christo,  Grã-Cruz  de  2.''  Classe 
da  Ordem  de  S.  Gregório  o  Magno,  de  Roma;  da  Ordem  de  Leopoldo  da 
Bélgica,  Commendador  da  Real  Ordem  do  Danebrog  da  Dinamarca  e  da  de 
S.  Maurício  e  S.  Lazaro  de  Itália.  Era  Grande  do  Império. 

CREAÇÃO  DOS  títulos  :   Barão  por  decreto  de  14  de  Julho  de  1872.  Visconde  com  grandeza  por  decreto 
de  o  de  Janeiro  de  1880. 


A  RI  RO.  (Barão  e  Visconde  de)  Henrique  José  da  Silva. 
Nasceu  em  Laguna,  Província  de  Santa  Catharina,  em  1 1  de  Maio  de 
1811. 
Falleceu  em  Bananal,  na  Provinda  de  S.  Paulo,  em  4  de  Outubro  de  1880. 
Casou  com  D.  Amélia  Augusta  de  Camargo. 

Major  reformado  da  Guarda  Nacional,  foi  chefe  do  'partido  conservador 
de  Bananal,  onde  exerceu  vários  cargos  de  eleição  popular. 


61 


Era  Commendador  da  Imperial  Ordem  da  Rosa. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  ;  no  primeiro  e  quarto,  de  oiro,  um  leSo  de  purpura,  rompente, 
tendo  na  garra  destra  um  ramo  de  cafeeiro  ao  natural  ;  no  segundo  e  terceiro,  em  campo  de  sinople, 
um  rio  de  prata  ondeado  de  azul  entre  seis  besantes  de  oiro,  com  um  chefe  de  prata  carregado 
de  duas  cabeças  de  Índios  affrontadas.  Paqlife  :  das  cores  e  metaes  das  armas.  (Brazâo  passado 
em  17  de  Setembro  de  i86q.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  105). 


COROA  :  A  de  Visconde. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS 
de  1876. 


Barào  por  decreto  de  o  de  Julho  de  18Ó7.  Visconde  por  decreto  de  jo  dejunho 


DEOS  PÁTRIA  LIBERDADE 


ARROYO  GRANDE.  (Barão   de   Francisco)    António    Gomes   da 
Costa. 
Era  Tenente-Coronei  da  Guarda  Nacional,  na  Província  do  Rio  Grande 
do  Sul. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  ;  no  primeiro,  as  armas  dos  Gomes,  —  em  campo  azul  um 
pelicano  de  oiro,  ferindo  com  o  bico  o  peito  e  dando  a  seus  filhos  o  sangue  que  d'elle  corre  ;  no 
segundo  e  terceiro  as  armas  dos  Costas,  —  em  campo  de  goles  seis  costas  de  prata,  postas  em  três 
faxas —  ;  e  no  quarto  quartel,  em  campo  azul,  o  monogramma  das  iniciaes  A.  G.  de  oiro.  Divisa  : 
Dtos.  Pátria,  Liberdadt. 

COROA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  5  de  Julho  de  1884. 


63 


ASSIS  MARTINS.  (Visconde  de)  Ignacio  António  de  Assis  Martins. 
Nasceu  na  cidade  de  Sabará,  em  Minas  Geraes,  a  i6  de  Novembro  de 

1839. 
Falleceu  em  ^  de  Março  de  1903. 
Filho  de  Francisco  de  Assis  Martins  da  Costa. 
Casou  com  D.  Angelina  Sylvina  Moreira  Martins. 

Bacharel  em  sciencias  juridicas  e  sociaes,  pela  Faculdade  de  S.  Paulo  em 
1862.  Foi  Juiz  Municipal  e  de  Orphãos  em  Rio  das  Velhas  (Minas  Geraes) 
sendo  habilitado  ao  cargo  de  Juiz  de  Direito  em  1868.  Deputado  Provincial 
em  1867,  e  Geral  por  sua  Província  na  i^."  legislatura  de  1872  a  1875,  na  lò.*, 
17.",  i8.%  de  1878  a  1884.  Senador  pela  Província  de  Minas  Geraes  em  1884. 

Era  membro  do  Instituto  Histórico  e  Geographico  Brasileiro  e  de  diversas 
associações  philantropicas  e  scientificas. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Visconde  por  decreto  de  20  de  Julho  de  i88q. 


ASSLI.  (Barão  de)  Luiz  Gonzaga  de  Brito  Guerra. 
Era  membro  do  Supremo  Tribunal  de  Justiça  e  do  Conselho  de 
S.  Magestade.  Commendador  da  Imperial  Ordem  de  Christo. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barào  por  decreto  de  17  de  Novembro  de  1888. 


A 


SSU   DA  TORRE.  (Barão  de)  Luiz  António  Simões  de  Meirelles. 
Era  Coronel  da  Guarda  Nacional. 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barào  por  decreto  de  1 1  de  Agosto  de  1880. 


6? 


wm*éz 


ATALAYA.   (Barão  com  grandeza  de)  Lourenço  Cavalcanti  de  Albu- 
querque Maranhão. 
Falleceu  em  n  de  Fevereiro  de  1867. 

Casou  com  D.  Anna  Luiza  Vieira  de  Sinimbu,  que  falleceu  em  Maceió,  a  3  de 
Maio  de  1876. 

Era  Commendador  da  Imperial  Ordem  de  Christo  e  da  Imperial  Ordem 
da  Rosa. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :   Barão  por  decreto  de  iq  de  Fevereiro  de  i8í8.  Barào  com  grandeza  por  decreto 
de  14  de  Março  de  1860. 


ATALIBA  NOGUEIRA.  (Barão  de)  João  Ataliba  Nogueira. 
Nasceu  na  Província  de  S.  Paulo  em  1834. 
Filho  de  José  Teixeira  Nogueira,  natural  de  Campinas,  em  S.  Paulo,  onde 

falleceu  em  1844,  e  de  sua  mulher  D.  Anna  Eufrásia  de  Almeida. 
Casou  em  1864  com  D.  Luiza  Xavier  de  Andrade,  filha  do  Capitão  Camillo 
Xavier  Bueno  da  Silveira  e  de  sua  primeira  mulher  D.  Luiza  Ursulina 
Barbosa  de  Andrade. 

Era  Bacharel  em  direito  pela  Faculdade  de  Direito  de  S.  Paulo,  e  impor- 
tante fazendeiro  em  Jaguary,  nessa  Província. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barào  por  decreto  de  ao  de  Junho  de  1888. 


64 


A  TI  BAIA.  (Barão  de)  Joaquim  António  de  Arruda. 
Falleceu  em  20  de  Junho  de  1881 . 
Filho  de  António  Manuel  de  Arruda  e  de  sua  prima  e  mulher  D.  Maria  Baptista 

Aranha.  Era  irmão  da  Baroneza  de  Almeida  Lima. 
Casou  em  1841,  na  Villa  de  S.  Carlos,  na  Provinda  de  S.  Paulo,  com  D.  Ger- 
trudes Leopoldina   Soares,   filha  do  Capitão  Joaquim  José  Soares  de 
Carvalho,  e  de  sua  mulher  D.  Maria  Felicíssima  de  Abreu,  e  irmã  do 
Barão  de  Paranapanema. 

Era  Cavalleiro  da  Imperial  Ordem  de  Christo. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  As  dos  Botelhos,  que  são  :  em  campo  de  oiro  quatro  bandas  de  goles.  Timbbe  :  um 
leão  do  mesmo  metal,  nascente,  bandado  de  vermelho. 

CORÔA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão  por  decreto  de  15  de  Novembro  de  1862. 


A 


VANHANDAVA.  (Barão  de)  José   Emygdio  de  Almeida  Cárdia. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  25  de  Setembro  de  1889. 


Archivo  Nobiliarchico  Brasileiro  9 


65 


IVIRTUTE  ETHONORE 


AVELLAR    E    ALMEIDA.    (Barão    de)    Laurindo    de    Avellar    e 
Almeida. 
Filho  dos  Barões  de  Ribeirão. 

Era  Commendador  da  Real  Ordem  de  Christo  de  Portugal. 

BRAZAO  DE  ARMAS  :  Em  campo  de  oiro,  uma  banda  de  goles,  carregada  de  três  estrellas  de  prata  de 
cinco  raios,  entre  um  cafeeiro  de  sua  côr  e  fructos  de  goles,  á  sinistra,  e  uma  abelha  de  sua  côr  á 
destra.  Divisa  :  l^irtute  et  Honore. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  7  de  Janeiro  de  1881. 


AVELLAR   REZENDE.  (Barão  de)  Quirino   de   Avellar   Montei 
de  Rezende. 


ro 


Natural  de  Minas  Geraes. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  9  de  Setembro  de  1882. 


A    YMORÉ.  (Barão  de)  António  Rodrigues  da  Cunha. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  24  de  Agosto  de  1889. 


66 


AYURUOCA.  (i.°  Barão  de)  Custodio  Ferreira  Leite. 
Nasceu  na  fazenda  de  seus  pães,  no  Rio  das  Mortes,   Província  de 
Minas  Geraes,  em  3  de  Desembro  de  1782. 
Falleccu  na  Barra  do  Louriçal,  em  Mar  de  Hespanha  (Minas  Geraes),  em  17  de 

Novembro  de  1859. 
Filho  do  Sargento-Mór  José  Leite  Ribeiro  e  de  sua  mulher  D.  Escholastica 

Maria  de  Jesus. 
Casou  com  D.  Theresa  Maria  Rosa  de  Magalhães  Velloso,  fallecida  em  Minas- 
Geraes,  em  1868.  Era  tio  do  Barão  de  Vassouras. 

Tomou  assento  na  Assembléa  Provincial  de  Minas  Geraes,  foi  Coronel  de 
Milícias  e  Capitão-Mór. 

Era  importante  e  rico  fazendeiro,  muito  conceituado  e  emprehendedor, 
a  quem  muito  deveu  a  Província  de  Minas  Geraes. 

Era  Commendador  da  Imperial  Ordem  de  Christo. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão  por  decreto  de  14  de  Março  de  1855. 


AZEVEDO  COUTINHO.  (Barão  de)  Sebastião  da  Cunha  de  Aze- 
vedo Coutinho. 
Natural  de  S.  Fidelis,  Rio  de  Janeiro. 

Era  Official  da  Imperial  Ordem  da  Rosa. 

CREAÇ^O  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  17  de  Desembro  de  1881. 


AZEVEDO  MACHADO.  (Barão   de)   António    José   de   Azevedo 
Machado. 


Natural  da  Província  do  Rio  Grande  do  Sul. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  19  de  Desembro  de  1885. 


67 


BAEPENDY.  (i."  Visconde  com  grandeza,  i."  Conde  e  Marquez  de) 
Manuel  Jacintho  Nogueira  da  Gama. 

Nasceu  em  S.  João  d'El-Rei,  em  Minas  Geraes,  a  8  de  Setembro  de  1765. 

Fallcceu  no  Rio  de  Janeiro  em  15  de  Fevereiro  de  1847. 

Filho  de  Nicoláo  António  Nogueira  e  de  sua  mulher  D.  Anna  Joaquina 
de  Almeida  e  Gama. 

Casou  em  7  de  Agosto  de  1809  com  D.  Francisca  Mónica  Carneiro  da  Costa 
e  Gama,  Dama  Honorária  de  S.  Magestade  a  Imperatriz,  que  falleceu  em 
S.  Mónica  a  1 1  de  Maio  de  1869,  tendo  nascido  em  4  de  Maio  de  1795  ; 
filha  de  Braz  Carneiro  Leão  e  de  sua  mulher  D.  Anna  Francisca  Maciel 
da  Costa,  Baroneza  de  S.  Salvador  de  Campos  de  Goytacazes. 

Doutor  em  Mathematicas  e  Philosophia  pela  Universidade  de  Coimbra, 
lente  da  Real  Academia  de  Marinha  de  Lisboa  (1 791-1801).  Inspector  das 
nitreiras  e  fabricas  de  pólvora  em  Minas,  Marechal  de  Campo,  Conselheiro  de 
Estado  em  1823. 

Foi  Deputado  á  Constituinte,  pelo  Rio  de  Janeiro,  em  1823  e  um  dos 
signatários  da  Constituição  ;  Presidente  do  Senado  e  Senador  por  Minas 
Geraes,  em  1826  ;  Ministro  da  Fazenda  no  2."  Gabinete  de  1823,  no  5"  de 
1826  e  no  10."  de  1831,  que  foi  o  ultimo  do  primeiro  Reinado. 

Era  Grande  do  Império,  do  Conselho  de  S.  Magestade,  Fidalgo  Cavalleiro 
da  Casa  Imperial,  sócio  do  Instituto  Histórico  e  Geographico  Brasileiro,  Digni- 
tário da  I.  Ordem  de  Cruzeiro,  Grã-Cruz  da  I.  Ordem  da  Rosa,  em  1841, 
Commendador  da  I.  Ordem  de  S.  Bento  de  Aviz,  etc. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  partido  em  pala  ;  na  primeira,  as  armas  dos  Nogueiras,  —  em  campo  de 
oiro  uma  banda  xadresada  de  prata  e  sinople  de  cinco  peças  em  faxa,  com  a  ordem  do  meio  coberta 
toda  de  uma  cotica  de  goles  —  ;  na  segunda  as  armas  dos  Gamas,  dos  que  descendem  de  D.  Vasco  da 


68 


Gama,  que  sào  ;  o  escudo  xadresaJo  de  oiro  e  vermelho,  de  três  peças  em  faxa  e  cinco  em  pala,  oito 
de  oiro  e  sete  de  vermelho,  estas  carregadas  de  duas  faxas  de  prata  ;  e  no  meio  das  armas  um  escu- 
dete  com  as  quinas  de  Portugal.  Timbre  :  meio  nayre  vestido  ao  modo  da  índia  com  uma  trunfa  c 
um  bolante  que  le  cáe  pelas  costas  ;  braços  nús  e  na  mão  direita  um  escudo  das  armas  dos  Gamas, 
c  na  esquerda  um  ramo  de  canella  verde  com  rosas  de  oiro. 

COROA  :  A  de  Marquez. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :    i."  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  12  de  Outubro  de  1S24.   1."  Conde 
por  decreto  de  3  de  Desembro  de  1825.  Marquez  por  decreto  de  12  de  Outubro  de  1820. 


BAEPENDY.  (2."  Visconde  com  grandeza  e  2.°  Conde  de)  Braz  Carneiro 
Nogueira  da  Costa  e  Gama. 

Nasceu  no  Rio  de  Janeiro  em  22  de  Maio  de  1812. 

Falleceu  em  12  de  Maio  de  1887. 

Filho  dos  1.0"  Marquezes  de  Baependy,  Manuel  Jacintho  Nogueira  da  Gama  e 
de  sua  mulher,  D.  Francisca  Mónica  Carneiro  da  Costa  e  Gama. 

Casou  em  22  de  Outubro  de  1824  com  sua  prima  D.  Rosa  Mónica  Nogueira 
Valle  da  Gama,  Dama  honorária  de  S.  M.  a  Imperatriz,  que  nasceu  a  23 
de  Outubro  de  1820  em  Minas  Geraes  e  era  filha  do  Coronel  José  Ignacio 
Nogueira  da  Gama,  irmão  do  Marquez  de  Baependy,  e  de  sua  mulher 
D.  Francisca  Maria  Valle  de  Abreu  e  Mello,  Baroneza  de  S.  Matheus. 

Foi  Presidente  da  Província  de  Pernambuco  em  1868,  Deputado  á  Assem- 
bléa  Provincial  e  Geral,  pelo  Rio  de  Janeiro,  nas  8^  á  10. -"^  legislaturas,  de 
1850  a  1864  e  na  14.",  de  1869  a  1872.  Nomeado  Senador  pela  mesma  Província, 
em  1872,  presidiu  o  Senado  em  1885  e  a  Camará  dos  Deputados  varias  vezes. 

Era  Gentil-Homem  da  Gamara  Imperial,  Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Impe- 
rial, Grande  do  Império,  Commendador  da  I.  Ordem  de  Christo,  Grande 
Dignitário  da  I.  Ordem  da  Rosa. 


69 


I 


BRAZAO  DE  ARMAS  :   As  de  seu  Pae,  o  Marquez  de  Baependy.  (Vide  dcscripção  nesse  titulo). 
COROA  :  A  de  Conde. 

GREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :   2."  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  12  de  Outubro  de  1828.  2.°  Conde 
por  decreto  de  2  de  Desembro  de  1858. 


B 


AGE.  (i."  Barão  com  grandeza  de)  Paulo  José  da  Silva  Gama. 
Falleceu  em  Lisboa,  em  1869. 

Foi  o  48.»  Governador  da  Capitania  do  Maranhão. 


CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  12  de  laneiro  de  1821.  Barão  com  grandeza  por  decreto 
de  22  de  Janeiro  de  1823. 


BAGÉ.  (2."  Barão  com  grandeza  de)  Paulo  José  da  Silva  Gama  Filho. 
Falleceu  em  Lisboa  em  20  de  Agosto  de  1869,  e  a  Baroneza  na  mesma 
cidade  em  Novembro  de  1870. 
Filho  dos  1 ."'  Barões  com  grandeza  de  Bagé. 

Era  Marechal  do  Exercito. 

Dignitário  da  I.  Ordem  do  Cruzeiro  e  Commendador  da  1.  Ordem  de 
S.  Bento  de  Aviz. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  12  de  Outubro  de  1825.  Barão  com  grandeza  por  decreto 
de  12  de  Outubro  de  1826. 


BAMBUHY.  (Barão  de)  Francisco  das  Chagas  Andrade. 
Nasceu  em  Minas  Geraes. 
Falleceu  no  Rio  de  janeiro  em  25  de  Novembro  de  1877,  com  72  annos  de 

idade. 
Casou  com  D.  Maria  Constança  das  Chagas. 


70 


Era  Commendador  da  I.  Ordem  de  Christo  e  da  1.  Ordem  da  Rosa. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  26  de  Desembro  de  itióó. 


BANANAL.  (Barão  do)  Luiz  da  Rocha  Miranda  Sobrinho. 
Nasceu  em  Rezende  a  7  de  Agosto  de  1836. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro  em  28  de  Outubro  de  191  s- 
Filho  do  Commendador  António  da  Rocha  Miranda  e  de  sua  mulher  D.  Anna 

Silveira  Pompeu  de  Miranda. 
Casou  em  primeiras  núpcias  com  D.  Amélia  Nogueira  da  Rocha  Miranda, 
fallecida  em  1 1  de  Janeiro  de  1875  e  em  segundas  núpcias  com  D.  Adriana 
Nogueira  Torres  da  Rocha  Miranda. 

Era  Tenente-Coronel  da  Guarda  Nacional  e  militou  na  politica  do  Império. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   B.irão  por  decreto  de  20  de  Maio  de  i8õq. 


BARBACENA.  (i."  visconde  com  grandeza  e  Marquez  de)  Felisberto 
Caldeira  Brant  Pontes  Oliveira  e  Horta. 
Nasceu  no  arraial  de  S.  Sebastião,  em   Marianna,   na   Provincia  de  Minas 

Geraes,  em  19  de  Setembro  de  1772. 
Falleceu  em  i  3  de  Junho  de  1842,  no  Rio  de  Janeiro. 

Filho  do  Coronel  Gregório  Caldeira  Brant  e  de  sua  mulher  D.  Anna  Fran- 
cisca de  Oliveira  e  Horta  sua  prima,  ambos  naturaes  da  Provincia  de 


7' 


Minas  Geraes  ;  ella,  filha  do  Coronel  José  Caetano  Rodrigues  Horta  e  de 
sua  mulher,  D.  Ignacia  Maria  Pires  de  Arruda. 
Casou  em  1801,  na  Provinda  da  Bahia,  com  D.  Anna  Constança  Guilhermina 
de  Castro  Cardoso,  natural  d'essa  Província  e  filha  do  Coronel  António 
Cardoso  dos  Santos  e  de  sua  mulher  D.  Anna  Joaquina  de  S.  Miguel  e 
Castro. 

Sentou  praça  de  cadete  e,  seguindo  para  Lisboa,  frequentou  o  Collegio 
dos  Nobres  e  matriculou-se  na  Academia  de  Marinha,  d'onde  sahiu  após  ter 
concluído  o  curso.  Tendo  direito  ao  posto  de  Capitão  de  Mar  e  Guerra  aos 
19  annos  de  idade  e  não  lhe  tendo  sido  conferido  esse  posto,  devido  á  sua 
pouca  idade,  foi  transferido  para  o  Estado  Maior  do  Exercito  como  Major  e 
Ajudante  de  Ordens  do  Governador  de  Angola.  Veio  para  o  Brasil  em  1808 
com  D.  João  VI,  como  Tenente-Coronel,  e  foi  Inspector  Geral  das  tropas  da 
Bahia  e  Brigadeiro  em  181 1 . 

Foi  Commandante  em  chefe  das  operações  no  Sul,  em  1816,  e  Marecha' 
de  Campo. 

Deputado  á  Constituinte  em  1823,  pela  província  da  Bahia,  foi  Ministro 
do  Império  no  3."  Gabinete  de  1823,  da  Fazenda  no  4."  de  1825,  e  organi- 
sador  do  8."  Gabinete  de  1829,  occupando  a  pasta  da  Fazenda.  Senador  pela 
Província  de  Alagoas,  em  1826,  foi  o  emissário  que  tratou  o  reconhecimento 
da  independência  do  Brasil,  em  Londres,  e  n'essa  occasião  igualmente  da 
emissão  de  um  empréstimo.  Em  1828  voltou  á  Europa  levando  em  sua 
companhia  como  tutor  a  jovem  Rainha  D.  Maria  II  e  também  para  ajustar  o 
casamento  da  Princeza  D.  Amélia  de  Leuchtenberg  com  S.  M.  o  Imperador 
D.  Pedro  I,  com  a  qual  chegou  ao  Rio  de  Janeiro,  em  1829.  A  elle  se  deve  a 
introducção  da  vaccina  jenneriana  no  Brasil  em  1798. 

Era  Grande  do  Império,  Gentil-Homem  da  Imperial  Gamara,  Veador  de 
S.  M.  a  Imperatriz.  Alcaide-Mór  da  villa  de  Jaguaripe,  Cavalleiro  da  Rea' 
Ordem  da  Torre  e  Espada,  Grã-Cruz  da  Imperial  Ordem  da  Rosa  e  do 
Cruzeiro,  Commendador  da  I.  Ordem  de  Christo  e  Grã-Cruz  da  Coroa  de 
Ferro. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  :  no  i."  e  4.°  as  armas  dos  Caldeiras,  —  em  campo  azul  uma 
banda  de  prata,  entre  duas  flores  de  lii  de  oiro  —  ;  no  segundo,  as  dos  Oliveiras,  —  em  campo 
vermelho  uma  oliveira  verde  com  fructos  de  oiro  e  raizes  de  prata  —  ;  no  terceiro  as  dos  Hortas,  — 
em  campo  de  oiro,  um  braço  nú,  posto  fixo  em  faxa,  no  cabo  do  escudo  com  uma  chave  grande  na 
mão,  posta  em  pala,  de  sua  côr,  e  o  contra  chefe  ondeado  de  agua.  (Brazão  passado  em  12  de  Feve- 
reiro de  1801.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza^  Liv.  VI,  fls.  164"). 

COROA  :  A  de  Marquez. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Visconde  com  grandeia  por  decreto  de  12  de  Outubro  de  1824.  Marquez  por 
decreto  de  12  de  Outobro  de  1826. 


72 


BARBACENA.  (2.°  Visconde  com  grandeza  de)  Felisberto  Caldeira 
Brant  Pontes. 
Nasceu  na  Bahia  em  20  de  Julho  de  1802. 
Falleceii  no  Rio  de  Janeiro  em  28  de  Maio  de  1906. 
Filho  dos  Marquezes  de  Barbacena. 
Casou  com  D.  Augusta  Isabel  Kirckhoefer,  natural  de  Hamburgo. 

Abraçou  a  carreira  das  Armas  e  acompanhou  seu  Pae  em  diversas  missões 
(1818  a  1821).  Regressando  de  Londres,  a  primeira  vez,  occupou  uma  cadeira 
de  deputado  da  Assembléa  Bahiana. 

De  1825  a  1827  exerceu  cargos  diplomáticos  em  Paris,  Londres,  Vienna 
d' Áustria,  e  na  Hollanda  em  1846,  tendo  assistido  á  coroação  de  Jorge  IV  da 
Inglaterra  e  só  em  i8?o  de  novo  voltou  ao  Brasil.  Foi  Presidente  do  Rio  de 
Janeiro  em  1848  e,  ao  deixar  o  governo  da  Provincia,  voltou  suas  vistas  para 
o  progresso  industrial  e  agrícola  do  paiz,  o  que  foi  a  meta  principal  da  sua 
actividade  em  uma  longa  e  gloriosa  existência. 

A  elle  cabe  a  iniciativa  da  construcção  da  Estrada  de  Ferro  D.  Pedro  II 
(hoje  Estrada  de  Ferro  Central  do  Brasil)  o  melhor  e  mais  rico  próprio  nacio- 
nal, em  i8,o,  a  da  Estrada  de  Ferro  de  Cantagallo  em  1856,  a  da  de  D.  Theresa 
Christina  em  1862.  Cabe-lhe  também  a  primazia  da  introducção  da  canna  de 
assucar.  Foi  sócio  honorário  do  Instituto  Histórico  e  Geographico  Brasileiro, 
admittido  em  12  de  Agosto  de  1841. 

Era  Grande  do  Império,  Grande  Dignitário  da  I.  Ordem  da  Rosa,  Commen- 
dador  da  I.  Ordem  de  Christo. 

BRAZAO  DE  ARMAS  :  As  de  seu  Pae,  o  Marquez  de  Barbacena.  (Vér  a  descripçâo  nesse  titulo). 

COROA  :  A  de  Conde. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  31  de  Julho  de  1830. 


Aichivo  Nobiliarchíco  Brasileiro. 


73 


BARCELLOS.  (Barão  de)  Domingos  Alves  Barcellos  Cordeiro. 
Nasceu  em  S.  João  da  Barra,  na  Província  do  Rio  de  Janeiro. 

Bacharel  em  direito  pela  Faculdade  de  S.  Paulo,  era  fazendeiro  na  Pro- 
víncia do  Rio  de  Janeiro,  tendo  inaugurado  em  1878  a  segunda  grande  usina 
de  assucar. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  19  de  Julho  de  1879. 


AMBITIO      ET     INVIDIA 
51T     PROCUL. 


BARRA  MANSA.  (Barão  e  Visconde  com  grandeza  de)  João  Gomes 
de  Carvalho. 
Nasceu  no  Amparo  da  Barra  Mansa,  na  Província  do  Rio  de  Janeiro  em  30 

de  Abril  de  1839. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro  em  26  de  Abril  de  1899,  solteiro. 
Filbo  de  Manuel  Gomes  de  Carvalho,  i ."  Barão  do  Amparo  e  de  sua  mulher, 
a  Baroneza,  D.  Francisca  Bernardina  Leite  de  Carvalho.  Era  irmão  do 
2."  Barão  do  Amparo  e  do  Barão  do  Rio  Negro. 

Proprietário  e  fazendeiro  no  Município  de  Barra  Mansa,  Província  do  Rio 
de  Janeiro. 

Era  Moço  Fidalgo  com  exercício  na  Casa  Imperial,  Dignitário  da  Imperial 
Ordem  da  Rosa,  Commendador  da  I.  Ordem  de  Christo  e  da  Conceição  de 
Villa  Viçosa,  de  Portugal. 


-  74 


BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartclaiio  ;  no  primeiro  c  quarto,  —  em  campo  de  oiro,  três  cabeças  de 
Índios  araris  com  um  turbante  de  pennas  de  cores  na  cabeça,  postas  em  roquete  — ;  no  segundo  e 
terceiro,  em  campo  vermelho  um  pelicano  de  oiro  em  seu  ninho,  mordendo  as  entranhas  para  com 
seu  sangue  nutrir  os  filhos  ;  chefe  de  azul,  com  três  besantes  de  prata.  Por  differença  uma  brica  de 
prata  com  um  ramo  de  cafeeiro  de  sinoplc  e  bordadura  de  azul.  Timbrh  :  uma  das  cabeças  de  Índio 
do  escudo.  Divisa  :  /Imbitio  et  iiividia  sit  procul.  (Brazão  passado  em  18  de  Julho  de  1867.  Reg.  no 
Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  8a). 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  com  grandeza  por  decreto  de  5  de  Maio  [de  1807.  Visconde  com  gran- 
deza por  decreto  de  15  de  Janeiro  de  18Ó8. 


BATO  V  Y.  (Barão  com  grandeza  de)  Manuel  de  Almeida  Gama  Lobo  d' Eça. 
Falleceii  no  Paraná,  durante  a  revolução  que  tentara  derrubar  o  Mare- 
chal Floriano  Peixoto. 

Casou  com  D.  Anna  L.  Pereira  da  Gama. 

Marechal   de  Campo,  prestou  relevantes  serviços  durante  a  guerra  do 

Paraguay.  Foi  Presidente  da  Provinda  de  Matto-Grosso,  em  1883. 

Era  Commendador  da  1.  Ordem  de  S.  Bento  de  Aviz,  Official  da  1.  Ordem 

do  Cruzeiro,  Commendador  da  1.  Ordem  da  Rosa. 

Tinha  as  medalhas  de  campanha  do  Estado  Oriental  do  Uruguay,  em 

1852,  a  Geral  de  Campanha  do  Paraguay  e  a  do  Mérito  e  Bravura  Militar. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  8  de  Abril  de  1879.  Barão  com  grandeza  por  decreto  de  28 
de  Agosto  de  1889. 


B 


HAUREPAIRE  ROHAN.  (Visconde  com  grandeza  de)  Henrique 
(Pedro  Carlos)  de  Beaurepaire  Rohan. 


75 


Nasceu  no  sitio  de  Sete  Pontes,  em  S.  Gonçalo,  Nictheroy,  em  12  de  Maio 
de  181 2. 

Fallcceu  no  Rio  de  Janeiro  em  19  de  Julho  de  1894. 

Filho  de  Jacques  António  Marcos  de  Beaurepaire,  Conde  de  Beaurepaire,  que 
acompanhou  D.  João  VI  ao  Brasil,  onde  prestou  importantíssimos 
serviços.  Nasceu  em  17  de  Novembro  de  1770  e  falleceu  no  Rio  de 
Janeiro  em  26  de  Julho  de  1838  no  elevado  posto  de  Marechal  de  Campo. 
A  28  de  Julho  de  181 1  casou  com  D.  Maria  Margarida  Skeys  de  Rohan 
descendente  da  nobra  casa  dos  Rohans,  nascida  em  Portugal  em  24  de 
Desembro  de  1783  e  fallecida  na  Bahia  em  30  de  Desenibro  de  1825. 

Casou  com  D.  Guilhermina  Múller  de  Campos,  em  S.  Paulo,  em  iode  Agosto 
de  1848,  viuva  do  Major  Francisco  Manuel  das  Chagas  e  filha  do  Mare- 
chal de  Campo  Daniel  Pedro  Múller  de  Campos  e  de  sua  primeira  mulher 
D.  Gertrudes  Maria  do  Carmo. 

Aos  9  de  Junho  de  1819,  por  graça  especial  do  Rei  D.  João  VI,  e  em 
homenagem  aos  serviços  prestados  por  seu  Pae,  teve  praça  de  cadete  e, 
sempre  por  merecimento,  galgou  todos  os  postos  até  o  de  Marechal  do 
Exercito,  em  30  de  Janeiro  de  1890. 

Matriculou-se  na  Academia  Militar,  em  1832,  e  concluio  o  curso  de 
Engenharia  em  1837.  Foi  Presidente  das  Províncias  do  Pará  em  1856  e  do 
Ceará  em  1857,  Ministro  da  Guerra  no  Gabinete  Furtado,  de  1864,  Conselheiro 
de  Guerra  em  1876  e  de  Estado  em  1887. 

Era  Ministro  do  Supremo  Tribunal  Militar,  Grande  do  Império.  Gentil- 
Homem  da  1.  Gamara,  Grã-Cruz,  da  1.  Ordem  de  S.  Bento  de  Aviz,  Digni- 
tário da  1.  Ordem  da  Rosa,  Commendador  da  I.  Ordem  de  Christo  e 
Condecorado  com  as  medalhas  de  campanha  da  Rendição  de  Uruguayana  e 
outras.  Era  Guarda-Roupa  do  Paço  e  Veador  de  S.  Magestade  a  Imperatriz 
e  afilhado  de  S.  Magestade  o  Imperador. 

Foi  Vice-Presidente  do  Instituto  Histórico  e  Geographico  Brasileiro  e 
sócio  de  muitas  outras  associações  scientificas  e  litterarias. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Em  campo  de  sable  três  feixes  de  aveia  de  prata. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  13  de  Junho  de  1888. 


76 


BEBERIBE.  (Barão  de)  Francisco  António  de  Oliveira. 
Nasceu  no  Recife,  Província  de  Pernambuco,  em  21  de  Setembro  de 
1788. 
Falleceu  nessa  cidade  em  24  de  Setembro  de  1855. 
Filho  de  Francisco  de  Oliveira  Guimarães  e  de  sua  mulher  D.  Maria  Joaquina 

da  Conceição  e  Oliveira. 
Casou  em  primeiras  núpcias  com  D.  Maria  Gertrudes  Carneiro  e  em  segundas 
núpcias  com  D.  Anna  Josephina   Pereira   Pinto,  filha  do  Conselheiro 
Chefe  de  Esquadra  José  Pereira  Pinto. 

Proprietário  e  capitalista  na  praça  de  Pernambuco,  foi  por  mais  de 
vinte  annos  membro  da  Municipalidade  da  sua  Província.  Fundador  da  Asso- 
ciação Commercíal  e  do  Banco  Commercial  de  Pernambuco. 

Era  Commendador  da  I.  Ordem  de  Chrísto. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  partido  em  pala  ;  na  primeira  as  armas  dos  Oliveiras,  —  em  campo  vermelho 
uma  oliveira  da  sua  côr  com  raízes  de  prata  — ;  na  segunda,  em  campo  azul,  uma  flor  de  liz  de 
oiro. 

CORÔA  •  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão  por  decreto  de  n  de  Desembro  de  1853. 


ELEM.  (i.°  Barão  com  grandezaTde)  José  Araújo  de  Aragão. 


'CREAÇAO  DOS  TÍTULOS  ;  Barão  por  decreto  de  18  de  Outubro  de  182U.  Barão  com  grandeza 
por  decreto  de  10  de  Julho  de  1830. 


77 


BELÉM.  (2.°  Barão  de)  Rodrigo  António  Falcão  Bulcão. 
Nasceu  na  cidade  de  Cachoeira,  na  Província  da  Bahia,  em  7  de  Abril 
de  1789. 
Falleceu  em  10  de  Setembro  de  i8ss,  na  Capital  da  Bahia. 

Sentou  praça  de  Capitão  de  Cavallaria  em  181 1  e  entrou  na  lucta  da 
Independência  em  25  de  Junho  de  1822,  na  Cachoeira.  Era  Brigadeiro  do 
Exercito. 

Commendador  da  I.  Ordem  de  Christo,  Officlal  da  I.  Ordem  do  Cruzeiro 
e  Commendador  da  I.  Ordem  de  S.  Bento  de  Aviz. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  4  de  Maio  de  1852. 


iJ  ELEM.  (3.°  Barão  de)  José  Maria  de  Almeida  Belém. 
-'— '         Era  Coronel  da  Guarda  Nacional. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  26  de  Março  de  1884. 


BELLA  VISTA.  (Barão  de)  José  de  Aguiar  Toledo. 
(Vide  noticia  no  titulo  Visconde  de  Aguiar  Toledo). 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  23  de  Abril  de  1854. 


BELMONTE.  (Condessa  de)  D.  Marianna  Carlota  Verna  de  Magalhães 
Coutinho. 
Nasceu  na  Freguesia  de  S.  Salvador,  em  Elvas,  Portugal. 


78 


Falleccu  no  Rio  de  Janeiro  em  17  de  Outubro  de  1855,  com  76  annos  de 
idade. 

Casou  com  Joaquim  José  de  Magalliães  Coutinho,  Guarda-Roupa  de  S.  Mages- 
tade,  natural  de  Portugal,  que  veio  para  o  Brasil  com  suafamilia,  fazendo 
parte  da  comitiva  de  S.  M.  a  Rainha  D.  Maria  I  e  de  seu  filho  o  Príncipe 
Regente,  follecendo  no  Rio  de  Janeiro  em  9  de  Agosto  de  1823. 

Foi  agraciada  com  o  titulo  de  Condessa  quando  já  era  viuva. 

Era  Camareira-Mór  por  alvará  de  3  de  Maio  de  1844,  sendo  a  ella  confiada 
S.  M.  o  Imperador  D.  Pedro  11,  desde  o  seu  nascimento^  gosando  por  isso 
grande  estima  e  prestigio  na  Corte. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Condessa  por  decreto  de  5  de  Maio  de  1844. 


BEM  FICA.  (Barão  de)  António  José  de  Castro. 
Falleceu  em  Lisboa  em  6  de  Agosto  de  1 88o. 
Casou  com  D.  Hermínia  de  Oliveira  Castro. 

Negociante,  proprietário  e  fazendeiro  na  Província  de  Pernambuco. 
Era  Official  da  I.  Ordem  da  Rosa,  Commendador  da  R.  Ordem  de  Christo 
de  Portugal. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  ;  no  primeiro,  em  campo  azul,  seis  besantes  de  oiro  postos  em 
duas  palas  ;  no  segundo,  em  campo  de  prata  cinco  quadrilongos  de  goles  postos  em  aspa ;  e  assim 
os  eontrarios.  (Brazão  passado  em  5  de  Junho  de  1867.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  78). 

COROA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  ;  Barão  por  decreto  de  27  de  Abril  de  1867. 


79 


B 


EM  POSTA.  (Barão  de)  Ignacio  Barboza  dos  Santos  Werneck. 
Falleceu  a  2  de  Maio  de  1889. 


Proprietário  e  fazendeiro  em  S.  José  do  Rio  Preto,  na  Parahyba  do  Sul, 
Provincia  do  Rio  de  Janeiro. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Em  campo  de  prata  um  cafeeiro  de  sinople  com  fructos  de  goles,  acompanhado  em 
chefe  de  duas  estrellas  do  rtiesmo  e  uma  bordadura  de  azul,  carregada  de  oito  bezantes  de  oiro. 
(Brazão  passado  em  i  de  Desembro  de  1868.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  103). 

COROA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  i  de  Maio  de  1867. 


BENEVENTE.  (Barão  e  Visconde  de)  José  Feliciano  de  Moraes  Costa. 
Nasceu  na  cidade  de  Pirahy,  na  Provincia  do  Rio  de  Janeiro. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro  em  14  de  Abril  de  1904,  com  71  annos  de  idade. 

Era  Bacharel  pelo  Collegio  D.  Pedro  II,  e  foi  Deputado  Provincial,  e  Geral 
pela  Provincia  do  Rio  de  Janeiro  na  12.='  legislatura  de  1864-1866.  Era  poeta  e 
orador  fluente. 

Commendador  da  R.  Ordem  de  Christo  de  Portugal. 

CREAÇAO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  |8  de  Outubro  de  1873.  Visconde  por  decreto  de  25  de 
Março  de  1 888. 


8u 


BERTIÓGA.  (Barão  da)  José  António  da  Silva  Pinto. 
Falleceu  em  Juiz  de  Fora,  na  Provincia  de  Minas  Geraes,  em  1870. 

Commendador  da  I.  Ordem  de  Cliristo. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  ;   Barão  por  decreto  de  1 6  de  Maio  de  i8ói. 


B 


O  A  ESPERANÇA.   (Barão  da)  António  Ferreira  de  Brito. 
Era  Coronel  da  Guarda  Nacional. 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  1 1  de  Julho  de  lí 


BOA  VIAGEM.  (Barão  de)  Francisco  José  de  Mattos  Pimenta. 
Falleceu  em  23  de  Desembro  de  1 883 . 

Era  Capitão-Tenente  da  Armada. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  7  de  Agosto  de  1867. 


B 


OA  VISTA.  (i.°   Barão   com   grandeza,   Visconde   com   grandeza  e 
Conde  de)  Francisco  do  Rego  Barros. 


Archivo  Nobiliarchico  Brasileiro  1 1 


Nasceu  no  Engenho  do  Trapiche,  no  cabo  de  S.  Agostinho  em  Pernambuco, 
em  4  de  Fevereiro  de  1802. 

Falleceu  em  Pernambuco  em  4  de  Outubro  de  1870. 

Filho  do  Coronel  Francisco  do  Rego  Barros,  Fidalgo  Cavalleiro,  Coronel  de 
Milicias,  e  de  sua  mulher  D.  Marianna  Francisca  de  Paula  Cavalcanti  de 
Albuquerque.  Neto  paterno  de  Sebastião  António  de  Barros  e  Mello, 
Fidalgo  Cavalleiro  e  Professo  na  Ordem  de  Christo,  e  de  sua  mulher 
D.  Maria  de  Albuquerque  e  Mello,  e  materno  do  Coronel  Francisco 
Xavier  Cavalcanti  e  de  sua  mulher  D.  Felippa  Cavalcanti  de  Albuquerque. 
Era  irmão  do  Barão  de  Ipojuca. 

Casou  com  D.  Maria  Anna  Calvacanti  do  Rego  Barros. 

Bacharel  em  Mathematicas  pela  Universidade  de  Paris,  foi  Brigadeiro  do 
Exercito,  Deputado  á  Assembléa  Geral  por  Pernambuco  na  2.=',  }.^,  4.^,  5.'', 
6.*,  %.^  legislaturas  de  1830  a  1852.  Senador  por  essa  Província  em  1850, 
Presidente  da  mesma  duas  vezes,  de  1837  a  1841  e  de  1841  a  1844,  foi  também 
Presidente  da  Província  do  Rio  Grande  do  Sul,  em  1865  e  seu  Commandante 
das  Armas. 

Grande  do  Império,  Veador  de  S.  M.  a  Imperatriz,  Fidalgo  Cavalleiro  da 
Casa  Imperial,  Dignitário  da  I.  Ordem  do  Cruzeiro,  Cavalleiro  da  I.  Ordem 
da  Rosa,  de  S.  Bento  de  Aviz,  Commendador  da  Real  Ordem  de  Christo  de 
Portugal,  membro  do  Instituto  Histórico  e  Geographico  Brasileiro,  etc. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  partido  de  sinople  e  de  goles  ;  no  primeiro  as  armas  dos  Regos,  que  são  : 
uma  banda  de  prata  ondeada  de  azul  e  sobre  ella  três  vieiras  de  oiro  ;  no  segundo,  as  armas  dos 
Barros,  —  de  vermelho  com  três  bandas  de  prata  e  no  campo  nove  estrellas  de  oiro,  i,  3,  3  e  2  —  ; 
campanha  de  oiro  com  uma  canna  de  assucar  e  um  ramo  de  cafeeiro  ao  natural,  postos  em  santor, 
este  em  barra  e  aquella  em  banda.  (Brazão  passado  em  30  de  Agosto  de  1870.  Reg.  no  Cartório  da 
Nobreza,  Liv.  VI,  fl.  110). 

CORÔA  :  A  de  Conde. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  18  de  Junho  de  1841.  Barão  com  grandeza  por  decreto 

de  2  de  Desembro  de  1854.  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  12  de  Desembro  de  1S58.  Conde 

por  decreto  de  29  de  Agosto  de  lÒbo. 


BOCAINA.  (Barão  da)  Francisco  de  Paula  Vicente  de  Azevedo. 
Nasceu  em  Lorena,  na  Província  de  S.  Paulo,  em  8  de  Outubro  de 
1856,  e  ainda  vive. 
Filho  do  Coronel  José  Vicente  de  Azevedo  e  de  sua   mulher  D.  Angélica 


82 


Moreira  de  Azevedo,  irmã  do  Conde  de  Moreira  Lima  e  do  Barão  de 
de  Castro  Lima. 
Casou  com  D.  Rosa  Bueno  Lopes  de  Oliveira,  filha  de  Manuel  Lopes  de 
Oliveira  e  de  sua  mulher  D.  Francisca  de  Assis  Vieira  Bueno. 

Foi  Director  da  Estrada  de  Ferro  S.  Paulo-Rio,  do  Banco  Commercial 
de  S.  Paulo.  Negociante  matriculado  na  Junta  Commercial  do  Rio  de  Janeiro, 
foi  Collector  das  Rendas  Federaes  em  Lorena. 

Commendador  da  1.  Ordem  da  Rosa. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão  por  decreto  de  7  de  Maio  de  1887. 


BOJURU.  (Barão  de)  Innocencio  Velloso  Pederneiras. 
Brigadeiro,  Director  da  Directoria  Geral  das  Obras  Militares  em 
1889.  Representou  a  Provinda  do  Rio  Grande  do  Sul  na  i4.-''  legislatura  de 
1869  a  1872. 

Commendador  de  S.  Bento  de  Aviz,  Dignitário  da  I.  Ordem  da  Rosa, 
Commendor  da  de  Christo,  e  condecorado  com  a  medalha  da  Campanha  do 
Paraguay  com  passador  de  oiro. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  13  de  Julho  de  1889. 


BOM  CONSELHO.  (Visconde  com  grandeza  de)  D.'  José  Bento  da 
Cunha  Figueiredo. 
Nasceu  na  villa  da  Barra  do  Rio  S.  Francisco,  em  Pernambuco,  em  22  de 

Abril  de  1808. 
Falirem  no  Rio  de  Janeiro  em  14  de  Julho  de  1891 . 

Filho  do  Capitão  Manuel  da  Cunha  Figueiredo  e  de  sua  mulher  D.  Joanna 
Alves  de  Figueiredo. 

Doutor  em  Direito  pela  Faculdade  de  Olinda,  em  1833  ;  foi  lente  jubilado 
da  mesma  Faculdade  em  1864.  Inspector  Geral  da  Instrucção  Publica  do  Rio 
de  Janeiro  ;  Deputado  Provincial  em  1844  ;  presidiu  as  Provincias  do  Pará  em 


83 


i868,  Pernambuco  em  1855,  Alagoas  em  1849  ^  Minas  Geraes  em  1861.  Foi 
Deputado  Geral  por  Pernambuco  nas  6.-\  8.-\  9.'',  10.»,  ii/\  14.'' legislaturas, 
de  1845  ^  1872.  Senador  pela  mesma  Província  em  1869;  foi  Ministro  de 
Estado  na  pasta  do  Império  no  26.°  Gabinete  de  187S. 

Era  do  Conselho  de  S.  Magestade,  Conselheiro  de   Estado  em  1882, 
Grande  do  Império  e  grande  Dignitário  da  I.  Ordem  da  Rosa. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  n  de  Junho  de  1888. 


.84 


BOM  FIM.  (Barão  e  Visconde  com  grandeza,  Conde  e  Marquez  de)  José 
Francisco  de  Mesquita. 
Nasceu  em  1 1  de  Janeiro  de  1790,  em  Minas  Geraes. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro  em  1 1  de  Desembro  de  1873. 
Filbo  de  Francisco  José  de  Mesquita  e  de  sua  mulher  D.  Joanna  Francisca 

de  Mesquita. 
Casou  com  D.  Francisca  Freire  de  Andrade,  filha  do  Coronel  Francisco  de 

Paula  Freire  de  Andrade  (da  Inconfidência  Mineira),  e  de  sua  mulher 

D.  Isabel  Alves  Maciel. 

Capitalista  abastado  e  banqueiro  cuja  bolsa  muitas  vezes  abriu-se  para 
acudir  ao  Estado. 

Era  Veador  da  Casa  Imperial,  Commendador  da  I.  Ordem  de  Christo, 
da  I.  Ordem  do  Cruzeiro,  Dignitário  da  I.  Ordem  da  Rosa,  Cavalleiro  da 
Legião  de  Honra  da  França,  Membro  da  Junta  da  Caixa  da  Amortisação, 
Bemfeitor  da  Santa  Casa  de  Misericórdia,  Vereador  da  Gamara  Municipal  da 
Corte,  etc. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  1 8  de  Julho  de  1841.  Barão  com  grandeza  por  decreto 
de  15  de  Novembro  de  1846.  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  2  de  Outubro  de  1854.  Conde 
por  decreto  de  12  de  Outubro  de  1860.  Marquez  por  decreto  de  17  de  Julho  de  1872. 


BOM  FIM.  (2.°  Barão  de)  José  Jeronymo  de  Mesquita. 
Nasceu  em  15  de  Novembro  de  1856. 
Falleceu  em  23  de  Setembro  de  1895. 


Filho  do  Conde  de  Mesquita  Jeronymo  José  de  Mesquita. 

Casou  em  29  de  Juliio  de  1879  com  D.  Maria  José  de  Siqueira,  filha  de 

António  Antunes  de  Siqueira  e  de  sua  mulher  D.  Josephina  Villas-Bôas 

de  Siqueira. 

Foi  abastado  Capitalista,  fazendeiro  e  proprietário. 
Era  Commendador  da  imperial  Ordem  da  Rosa. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão  por  decreto  de  iq  de  Agosto  de  i88Sr. 


BOM  JARDIM.  (Barão  de)  Luiz   Barbalho  Muniz  Fiusa  Barreto   de 
Menezes. 
Nasceu  em  S.  Amaro,  na  Província  da  Bahia,  em  25  de  Agosto  de  18 13. 
Falleceu  em  1 1  de  Setembro  de  1866. 
Filho  do  Commendador  João  Lopes  Fiúza  Barreto  de  Menezes  Barbalho  e  de 

sua  mulher  e  prima  irman  D.  Theresa  Eugenia  de  Menezes. 
Casou  com  sua  prima  D.  Francisca  de  Assis  Muniz  Barreto. 

Com  sete  annos  de  idade  começou  seus  estudos  na  Bahia,  tendo-se  formado 
em  Direito  em  1833,  na  Faculdade  de  Olinda.  Foi  Deputado  Provincial  pela 
Província  da  Bahia  de  1838  a  1842,  e  Geral  pela  mesma  Província  na  10. ''  legisla- 
tura de  1837  a  1860  e  Presidente  de  Pernambuco  por  Carta  Imperial  de  15  de 
Outubro  de  1859,  servindo  até  30  de  Abril  de  1860. 

Era  Official  da  I.  Ordem  da  Rosa. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão  por  decreto  de  14  de  Março  de  1860. 


m 


8s 


BOM   RETIRO.  (Barão  e  Visconde  com  grandeza  de)  D."  Luiz  Pedreira 
do  Couto  Ferraz. 
Nasceu  na  cidade  do  Rio  de  Janeiro  em  7  de  Maio  de  181 8. 
Falleceu  em  12  de  Agosto  de  1886. 

Filho  do  Desembargador  Luiz  Pedreira  do  Couto  Ferraz  e  de  sua  mulher 
D.  Guilhermina  Amália  Correia  Pedreira. 

Doutor  em  Direito  pela  Faculdade  de  S.  Paulo  em  1839,  n'ella  foi  pro- 
fessor em  seguida.  Presidiu  as  provindas  do  Espirito  Santo  em  1846,  do  Rio 
de  Janeiro  em  1848,  até  1853.  Foi  Deputado  Provincial  á  Assembléa  do  Rio 
de  Janeiro  em  1846  e  á  Assembléa  Geral  pelo  Espirito  Santo  na  7.=^,  8.»  legisla- 
turas, de  1848  a  1852  e  pelo  Rio  de  Janeiro  na  9.*,  10.»,  1 1.=^  legislaturas,  de 
1853  a  1864.  Era  Desembargador  aposentado  e  foi  Ministro  do  Império  no 
12."  Gabinete  de  1853.  Senador  pelo  Rio  de  Janeiro  em  1867,  Conselheiro  de 
Estado  Extraordinário  em  1867  e  Ordinário  em  1871. 

Era  do  Conselho  de  S.  Magestade,  Veador  de  S.  M.  a  Imperatriz,  Grande 
do  Império,  Gentil-Homem  da  Imperial  Gamara,  foi  Inspector  Geral  da  Caixa 
da  Amortisação,  Presidente  do  Imperial  Instituto  Fluminense  da  Agricultura, 
sócio  fundador  do  Instituto  Histórico  e  Geographico  Brasileiro,  Grã-Cruz  da 
Real  Ordem  de  Christo  e  de  Villa  Viçosa  de  Portugal,  Official  da  Imperial 
Ordem  do  Cruzeiro,  Grande  Official  da  Legião  de  Honra  da  França,  Grã-Cruz 
da  Ordem  de  Leopoldo  da  Bélgica,  de  S.  Maurício  e  S.  Lazaro  da  Itália,  do 
Danebrog  da  Dinamarca  e  da  I.  Ordem  de  Christo.  Era  amigo  particular 
de  S.  Magestade  o  Imperador,  a  quem  acompanhou  em  suas  viagens  dentro 
e  fora  do  paix. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquarlelado  ;  no  primeiro  quartel,  de  goles,   seis  besantes  de  oiro  (cada 
um  delles  cortado  por  três  fachas  de  negro),  postos  em  duas  palas  ;  no  segundo,  de  prata,  uma 


86 


banda  azul  carregada  de  três  crescentes  de  oiro,  entre  dois  leões  de  purpura,  rompentes,  que  se 
defrontam  ;  o  terceiro,  partido  em  pala,  tendo  na  primeira,  de  prata,  uma  águia  bifronte,  esten- 
dida, de  negro  ;  na  segunda  pala,  de  azul,  cinco  flores  de  liz  de  oiro,  postas  cm  santor ;  no 
quarto  quartel  um  enxequetado  de  prata  e  goles  ;  e  por  differença  uma  brica  azul  com  uma  cstrella 
de  prata. 

COROA  :  A  de  Conde. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :   Barão  por  decreto  de  19  de  Outubro  de  18Ó7.  Visconde  com  grandeza  por 
decreto  de  10  de  Julho  de  1872. 


BONITO.  (Barão  do)  Manuel  Gomes  da  Cunha  Pedrosa. 
Nasceu  na  Província  de  Pernambuco. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão  por  decreto  de  1 1  de  Julho  de  1888. 


BUIQIJE.  (Barão  de)  Francisco  Alves  Cavalcanti  Camboim. 
Nasceu  na  Provincia  de  Pernambuco. 
Falleceii  em  1895  ou  pouco  depois,  em  avançada  idade,  cerca  de  85  annos. 
Casou  com  D.  Anna  de  Siqueira  Cavalcanti  Camboim. 

Foi  Deputado  á  i  .^  legislatura  da  Assembléa  Provincial  de  Pernambuco, 
biennio  de  183 5- 1837.  Em  1893  foi  eleito  Prefeito  do  município  do  Brejo. 

Era  Commandante  Superior  da  Guarda  Nacional,  fazendeiro,  proprietário 
da  fazenda  do  Poço,  no  Brejo  de  Madre  Deus,  em  Pernambuco,  e  Official  da 
imperial  Ordem  da  Rosa. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão  por  decreto  de  17  de  Maio  de  1871. 


BUJARY.  (Barão  de)  António  Francisco  Pereira. 
Falleceu  em  8  de  Desembro  de  1868. 

Era  Coronel  da  Guarda  Nacional. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  23  de  Novembro  de  18Ó7. 


87 


BUTUHY.  (Barão  de)  José  António  Moreira. 
Era  Commendador  da  Imperial  Ordem  da  Rosa. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  lo  de  Junho  de  1873. 


CABO"FRIO.  (i ."  Visconde  com  grandeza  de)  Luiz  da  Cunha  Moreira. 
Nasceu  na  Bahia  em  i  de  Outubro  de  1777. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro  em  28  de  Agosto  de  1865. 

Almirante  reformado,  foi  Ajudante  de  Ordens  do  Major-General  que 
acompanhou  a  Familia  Real  para  o  Brasil.  Concluio  o  curso  no  Collegio  dos 
Nobres  de  Lisboa,  em  1799.  Commandou  um  navio  de  guerra  que  seguio  com 
a  expedição  do  Pará  para  a  conquista  da  Guayana  Franceza  e  a  força  que 
conquistou  Proaqui,  onde  foi  ferido  na  cabeça.  Assistiu  á  tomada  de  Cayenna, 
seguindo  depois  para  a  França  como  parlamentario  de  Maldonado,  em  1816; 
assistio  também  ao  bloqueio  de  Pernambuco  em  18 17.  Foi  Ministro  da 
Marinha  no  2°  Gabinete  de  1823,  retirando-se  do  Gabinete  por  negar-se  a 
subscrever  o  decreto  da  dissolução  da  Constituinte  ;  hispector  do  Arsenal  de 
Marinha,  por  duas  vezes  ;  Director  da  Academia  da  Marinha  ;  Presidente  da 
Província  do  Pará  em  1831,  cargo  que  não  acceitou. 

Era  do  Conselho  de  Guerra,  Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Imperial,  Grande 
do  Império,  Grã-Cruz  da  I.  Ordem  de  S.  Bento  de  Aviz,  Grande  Dignitário 
da  I.  Ordem  da  Rosa,  Cavalleiro  da  Ordem  da  Torre  e  Espada  ;  tinha  a 
medalha  de  oiro  da  guerra  Cisplatina  e  a  da  conquista  de  Cayenna. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  lo  de  Junho  de  1858. 


C 


ABO-FRIO.  (2."   Barão    e  Visconde   com    grandeza   de)   Joaquim 
Thomaz  do  Amaral. 


88 


Nasceu  no  Rio  de  Janeiro  em  i6  de  Agosto  de  1818. 
Falleceii  nessa  cidade  em  1907. 

Filho  de  António  José  do  Amaral  e  de  sua  mulher  D.  Maria  Benedicta  Carneiro 
da  Silva  Amaral. 

Entrando  para  a  carreira  diplomática,  foi  Secretario  de  Legação  e  Ministro 
Plenipotenciário  em  Londres,  Paris.  Bruxellas,  Argentina,  Uruguay  e  Para- 
guay.  Foi,  em  1840,  Commissario  Arbitro  da  Commissão  Mixta  Brasileira  e 
Ingleza  em  Serra  Leoa  ;  mais  do  que  benemérito  diplomata,  era  o  Archivo 
animado  da  Secretaria  das  Relações  Exteriores,  que  regeu  por  vários  lustros. 

Era  do  Conselho  de  S.  Magestade,  Commendador  da  1.  Ordem  da  Rosa, 
Cavalleiro  da  Legião  de  Honra,  Grã-Cruz  da  Ordem  de  Leopoldo  da  Bélgica, 
de  Isabel  a  Catholica,  da  Hespanha,  da  Coroa  de  Ferro,  da  Imperial  Ordem 
do  Duplo-Dragão  da  China,  da  Águia  Vermelha  da  Prússia  e  sócio  honorário 
do  Instituto  Histórico  e  Geographico  Brasileiro,  etc. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :   Barão  por  decreto  de  2  de  Maio  de  1874.  Visconde  com  grandeza  por  decreto 
de  2  de  iVlaio  de  1889. 


CABO-VERDE.  (i.°  Barão  de)  António  Belfort  de  Arantes. 
FaJleceu  em  19  de  Julho  de  1885. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão  por  decreto  de  15  de  Junho  de  18S1. 


CABO-VERDE.  (2.°  Barão  de)  Luiz  António  de  Moraes  Navarro. 
Era  Coronel  da  Guarda  Nacional. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  3  de  Agosto  de  1889. 


C 


AÇAPAVA.  (Barão  com  grandeza  de)  Francisco  José  deSouza  Soares 
de  Andréa. 


Archivo  Nobiliarchlco  Brasileiro  I3 


89 


Nasceu  em  Lisboa  em  29  de  Janeiro  de  1781. 

Falleceu  na  Província  do  Rio  Grande  do  Sul  em  2  de  Outubro  de  i8s8. 

Sentando  praça  como  voluntário,  em  1796,  foi  reconhecido  cadete  em 
1 797.  Fez  o  curso  de  Engenharia  e  Navegação  e  depois  de  ter  feito  a  campanha 
de  1801,  em  Portugal,  veio  ao  Brasil  com  D.  João  VI,  em  1808.  Declarando- 
se  a  Independência,  prestou  á  sua  pátria  adoptiva  os  mais  relevantes  serviços. 
Commandou  a  Brigada  de  Engenheiros  em  1817,  em  Pernambuco.  Acom- 
panhou em  1822  o  General  Joaquim  Xavier 'Curado  ao  Quartel  General  de 
S.  Gonçalo,  por  occasião  da  ravolta  do  General  portuguez  Jorge  Avilez. 
Tomou  parte  na  Campanha  do  Rio  Grande  do  Sul  e  na  campanha  Cisplatina, 
assistindo  á  batalha  de  Ituzaingó,  em  1827. 

Era  encarregado  do  destacamento  da  Quinta  da  Boa-Vista  e  fez  o 
levantamento  da  Cidade  e  de  Copacabana.  Presidiu  as  Províncias  do  Pará,  em 
1832  ;  de  Minas  Geraes,  por  occasião  da  revolução,  em  1843  ;  da  Bahia,  em 
1844  e  do  Rio  Grande  do  Sul  em  1848,  exercendo  em  todas  ellas  o  cargo  de 
Commandante  das  Armas. 

Commandou  o  Corpo  de  Engenheiros  em  1842  e  presidiu  a  commissão 
de  limites  entre  o  Brasil  e  o  Estado  Oriental  do  Uruguay,  em  i8s4.  Presidiu 
a  Província  do  Pará  em  1836  e  representou  a  dita  Província  na  4.''  legislatura 
de  1838  a  1841,  e  a  do  Rio  de  Janeiro,  na  s-"  legislatura,  de  1843  a  1844. 

Era  Grande  do  Império,  Conselheiro  de  Guerra  e  de  Estado  em  1856, 
Marechal  reformado  do  Exercito  e  Grã-Cruz  da  I.  Ordem  de  S.  Bento  de  Aviz, 
Commendador  da  I.  Ordem  da  Rosa  e  Official  da  I.  Ordem  do  Cruzeiro. 

CREAÇÂO  DO  TITULO  :  Barão  com  grandeza  por  decreto  de  14  de  Março  de  1858. 


C 


ACEQLJY.  (Barão  de)  Francisco  Antunes  Maciel. 

CREAÇÂO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  23  de  Maio  de  1883. 


C 


ACHOEIRA.  (1.°  Visconde  com  grandeza  da)  Luiz  José  de  Carvalho 
e  Mello. 


90 


Nasceu  na  Bahia  em  8  de  Maio  de  1764. 

Falleceu  em  6  de  Junho  de  1826. 

Filho  de  Eusébio  João  de  Carvalho  e  de  sua  mulher  D.  Antónia  Maria  de 
Mello. 

Casou  com  D.  Anna  Vidal  Carneiro  da  Costa,  3."  filha  de  Braz  Carneiro  Leão 
e  de  sua  mulher,  D.  Anna  Francisca  Maciel  da  Costa,  Baroneza  de 
S.  Salvador  de  Campos,  nascida  no  Rio  de  Janeiro  em  28  de  Abril  de 
1779  e  fallecida  em  3  de  Desembro  de  1851,  no  Rio  de  Janeiro,  Era 
dama  honorária  de  S.  Magestade  a  Imperatriz. 

Formado  em  Direito  pela  Universidade  de  Coimbra,  foi  Magistrado  no 
Rio  de  Janeiro,  Juiz  da  Alfandega,  Desembargador  da  Relação  do  Rio  de 
Janeiro,  Deputado  á  Assembléa  Constituinte  de  1823,  pela  Bahia,  e  nomeado 
Senador  por  essa  Província  em  1826. 

Ministro  dos  Estrangeiros  no  3.°  Gabinete  de  1823,  Conselheiro  de 
Estado  efifectivo,  foi  um  dos  signatários  da  Constituição  do  Império.  Era 
Grande  do  Império,  Dignitário  da  I.  Ordem  do  Cruzeiro,  Commendador 
da  I.  Ordem  de  Christo  e  de  N.  S.  da  Conceição  de  Villa  Viçosa  de  Portugal. 

CREAÇÂO  IDO  TITULO  :  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  12  de  Outubro  de  1824. 


CACHOEIRA.  (2."  Visconde  com  grandeza  da)  Luiz  José  Carneiro 
de  Carvalho  e  Mello. 
Nasceu  em  1808. 
Falleceu  em  1827,  solteiro. 

Filho  de  Luiz  José  de  Carvalho  e  Mello  e  de  sua  mulher  D.  Anna  Vidal  Car- 
neiro da  Costa,  I ."'' Viscondes  da  Cachoeira. 

CREAÇÂO  DO  TITULO  :  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  12  de  Outubro  de  1827. 


CACHOEIRA.  (3."  Visconde  com   grandeza   da)    Pedro   Justiniano 
Carneiro  de  Carvalho  e  Mello. 
Nasceu  no  Rio  de  Janeiro  em  25  de  Desembro  de  181 1. 


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Filho  de  Luiz  José  de  Carvalho  e  Mello  e  de  sua  mulher  D.  Anna  Vidal 
Carneiro  da  Costa,  i."^  Viscondes  da  Cachoeira,  e  irmão  do  2.°  Visconde. 

Casou  com  sua  prima.  D.  Maria  de  Loreto,  filha  dos  Condes  de  S.  Simão, 
nascida  em  9  de  Fevereiro  de  1832. 

Era  Official  do  Exercito,  Grande  do  Império  e  Moço  Fidalgo  com  exercício 
da  Casa  Imperial,  Official  da  Imperial  Ordem  de  Christo  e  Commendador  de 
Cihristo  de  Portugal. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  12  de  Outubro  de  1828. 


CAETHE.  (Visconde  de)  José  Teixera  da  Fonseca  e  Vasconcellos. 
Nasceu  na  Fazenda  de  seus  Paes,  em  Sabará,  em  i8  de  Outubro  de 

1767. 
Falleceu  em  lo  de  Fevereiro  de  1838. 
Casou  em  2?  de  Janeiro  de  1822,  com  D.  Theresa  Maria  de  Jesus,  fnllecida 

em  Minas  Geraes  em  1853,  de  quem  teve  oito  filhos. 

Formado  em  direito  pela  Universidade  de  Coimbra,  seguiu  a  carreira  da 
Magistratura,  nos  cargos  de  Intendente  do  Oiro,  Juiz  de  Fora  e  Ouvidor  de 
Sabará,  chegando  á  Desembargador.  Foi  o  i."  Presidente  da  Província  de 
Minas  Geraes,  de  1824  a  1826,  e  Senador  por  essa  Província  em  1826.  Foi 
Membro  e  Vice-Presidente  da  1 ."  Junta  do  Governo  Provisório  da  Província 
de  Minas  Geraes  e  Deputado  á  Assembléa  Constituinte  dissolvida  violenta- 
mente em  1823.  Compôz  um  díccionario  da  língua  Tupy,  que  infelizmente 
perdeu-se. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  12  de  Outubro  de  1825.  Visconde  por  decreto  de  12  de 
Outubro  de  1826. 


CAETITE.  (Barão  de)  José  António  Gomes  Netto. 
Nasceu  na  cidade  de  Caetíté,  Bahia. 

Era  Bacharel  em  Sciencias  Jurídicas  e  Socíaes.  Foi  Desembargador. 
Era  Official  da  I.  Ordem  da  Rosa. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  8  de  Março  de  18S0. 


93 


n 


CAHY.  (Barão  de)  Francisco  Ferreira  Porto. 
Nasceu  no  Rio  Grande  do  Sul. 
Falleceti  a  12  de  Fevereiro  de  1884. 
Casou  com  D.  Maria  L.  Meffredy  Porto. 

Commendador  da   Ordem  de  Nossa  Seniiora  da  Conceição  de   Villa 
Viçosa. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão  por  decreto  de  14  de  Setembro  de  1870. 


CAIARÁ.  (Barão  do)  Augusto  de  Souza  Leão. 
Nasceu  no  Engenlio  Caraúna,  municipio  de  Jaboatão,  na  Provincia  de 
Pernambuco,  em  13  de  Desembro  de  1830. 
Falleceu  ern  Olinda,  nessa  Provincia,  em  4  de  Setembro  de  1898. 
Filho  do  Tenente-Coronel  Domingos  de  Souza  Leão  e  de  sua  mulher  D.  The- 
resa  de  Jesus  Coelho  de  Souza  Leão.  Era  irmão  do  Barão  de  Villa  Bella. 
Casou  com  sua  sobrinha  D.  Idalina  Carlota  de  Souza  Leão,  filha  do  Commen- 
dador Luiz  Francisco  de   Barros    Rego  e  de  sua   mulher  D.   Carlota 
Guilhermina  de  Barros  Rego. 

Formado  em  direito  pela  faculdade  do  Recife,  dedicou-se  á  agricultura. 
Foi  deputado  provincial  em  successivas  legislaturas.  Presidente  da  Assembléa 
Provincial  ;  governou  a  Provincia  de  Pernambuco  na  qualidade  de  Vice- 
Presidente,  em  1885  e  1889.  Foi  Juiz  de  Paz  e  Senhor  do  Engenho  de  Capiba- 
ribe,  em  S.  Lourenço  da  Matta,  nessa  Provincia. 


93 


Era  Cavalleiro  da  I.  Ordem  da  Rosa. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro  e  quarto,  em  campo  de  prata,  as  quinas  de 
Portugal,  postas  em  aspa  ;  no  segundo  e  terceiro,  em  campo  de  oiro,  um  leão  de  goles,  rompente. 
Timbre  :  o  leão  das  armas.  (Brazão  passado  em  30  de  Agosto  de  1S67.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza, 
Liv.  VI,  fls.  08). 

COROA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão  por  decreto  de  25  de  Julho  de  1885. 


C 


AIRARY.  (Barão  de)  António  Manuel  Correia  de  Miranda. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  8  de  Agosto  de  1888. 


CAJAHYBA.  (Barão  com  grandeza  de)  Alexandre  Gomes  de  Argollo 
Ferrão. 
Falleceu  na  Província  da  Bahia,  em  i o  de  Maio  de  1870,  com  70  annos  de 
idade. 

Era  Marechal  de  Campo  e  uma  das  glorias  da  Independência.  Foi  Vice- 
Presidente  da  Província  da  Bahia  durante  vinte  annos. 

Era  Veador  de  S.  Magestade  a  Imperatriz,  Commendador  da  I.  Ordem  de 
S.  Bento  de  Aviz,  da  I.  Ordem  de  Christo  e  Official  da  I.  Ordem  da  Rosa. 
Tinha  a  medalha  da  Guerra  da  Independência  da  Bahia. 

CREAÇÃO  DOS  títulos  :  Barão  por  decreto  de  i8  de  Julho  de  1841.   Barão  com  grandeza  por  decreto 
de  25  de  Março  de  1849. 


CAJURÚ.  (1.°  Barão  de)  João  Gualberto  de  Carvalho. 
Falleceu  em  21  de  Fevereiro  de  1869. 
Era  Commendador  da  I.  Ordem  de  Christo  e  da  1.  Ordem  da  Rosa. 

CREAÇÃO  DO  titulo  ;  Barão  por  decreto  de  30  de  Junho  de  1860. 


94 


CAJU  RU.  (2."  Barão  de)  Militão  Honório  de  Carvalho. 
Commendador  da  I.  Ordem  da  Rosa. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão  por  decreto  de  20  de  Junho  de  1889. 


CALDAS.  (Barão  e  Visconde  de)  Luiz  António  de  Oliveira. 
Nasceu  em  Minas  Geraes. 

CREAÇÃO   DOS  títulos  :   Barão  por  decreto  de  19  de  Julho  de  187Q.  Visconde  por  decreto  de  10  de 
Agosto  de  1889. 


CALERA.  (Barão  de)  D.  Thomaz  Garcia  de  Zuniga. 
Nasceu  em  Montevideo,  em  1783. 

Serviu  no  Exercito  Brasileiro,  tendo  chegado  ao  posto  de  Coronel  de 
Milicias  em  18  de  Maio  de  1818  ;  Brigadeiro  Graduado  de  Commissão  e 
Commandante  de  todas  as  Milicias  da  Província  Cisplatina,  em  12  de  Janeiro 
de  1823,  confirmado  neste  posto  e  commando  por  decreto  de  1 1  de  Março 
de  182V  Era  Syndico  Geral  do  Estado  Cisplatino  em  1822.  Fez  as  campanhas 
da  Província  Cisplatina  desde  1819  até  1822,  de  1823  a  1824  e  de  1825 
a  1828.  Prestou  relevantes  serviços  durante  a  epocha  da  Independência  e  tendo 
sido  demittido  do  posto  de  Brigadeiro,  allegou  que  era  nascido  na  então 
Província  Cisplatina  e  ter  prestado  bons  serviços  á  causa  da  Independência  do 
Império,  tomando  parte  em  todas  as  campanhas  dessa  Província  e  não  ser 
estrangeiro  como  o  julgava  o  decreto  de  6  de  Maio  de  1831  que  o  demittira 
e,  como  natural  de  uma  Provinda  Brasileira,  embora  presentemente  separada 
do  Império,  pedia  a  conservação  do  seu  posto  e  revogação  do  decreto  de  6  de 
Maio,  o  que  conseguio,  sendo  reformado  nesse  posto. 

Era  Dignitário  da  I.  Ordem  do  Cruzeiro  e  tinha  a  medalha  de  oiro  de 
Distincção  por  serviços  prestados  á  Nação,  na  Provinda  de  Montevideo,  de 
1819  a  1822. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  ;   Barão  por  decreto  de  12  de  Outubro  de  1828. 


95 


c 


AMAÇARY.  (Barão  de)  António  Calmon  de  Araújo  Góes. 
Nasceu  na  Província  da  Bahia. 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  13  de  Setembro  de  1871. 


CAMAMU.  (i.o  Visconde  com  grandeza  de)  José  Egydio  Gordilho 
Velloso  de  Barbuda. 

Nasceu  na  villa  de  Cliamusca,  na  Provincia  do  Rio  Grande  do  Sul,  em  i  de 
Agosto  de  1787. 

Falleceu  na  Provincia  da  Bahia  em  28  de  Fevereiro  de  1830  quando  presidia 
essa  Provincia. 

Filbo  do  Desembargador  José  Júlio  Henrique  Gordilho  Cabral  e  de  sua  mulher 
D.  Maria  Barbosa  Cabral  Velloso  de  Barbuda. 

Casou  com  D.  Caetana  Augusta  de  Vasconcellos  Gordilho  de  Barbuda,  que 
falleceu  no  Rio  de  Janeiro  em  2  de  Agosto  de  1860.  Eram  Paes  do  2."  Vis- 
conde de  Camamú. 

Sentou  praça  de  cadete  no  Corpo  de  Artilharia,  com  12  annos  de  idade, 
sendo  promovido  á  2.»  Tenente  ;  embarcou  para  o  Brasil,  onde  foi  Tenente  da 
Legião  de  Caçadores  da  Bahia  e  Ajudante  de  Ordens  do  Governo  dessa 
Capitania.  Brigadeiro  em  1824,  foi  Commandante  das  Armas  e  Presidente  do 
Rio  Grande  do  Sul,  em  1824;  da  Provincia  da  Bahia  em  1827,  cargo  que 
exercia  quando  foi  assassinado  por  vários  tiros  de  bacamarte  disparados  por 
um  grupo  de  indivíduos. 

Era  Veador  de  S.  Magestade,  Guarda-Roupa  da  I.  Gamara,  Grande  do 
Império,  Grã-Cruz  da  I.  Ordem  do  Cruzeiro,  Commendador  da.l.  Ordem  de 
Christo,  e  tinha  a  medalha  da  Independência  da  Bahia. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  i  2  de  Outubro  de  1828. 


96 


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CAMAMÚ.  (2.0  Visconde  com  grandeza  de)  José  Egydio  Gordilho 
de  Barbuda. 
Nasceu  na  ilha  da  Madeira,  onde  seu  Pae  estava  de  guarnição,  em  25  de 

Fevereiro  de  1808. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro  em  1 1  de  Março  de  1867. 
Filho  dos  1.°^  Viscondes  (com  grandeza)  de  Camamú. 

Sentou  praça  em  2  de  Novembro  de  181 8,  chegando  ao  posto  de  Tenente- 
Genera!  do  Exercito,  em  1866.  Tomou  parte  na  revolução  do  Rio  Grande  do 
Sul,  em  1835,  ao  lado  da  legalidade.  Foi  Ministro  da  Guerra  em  1865,  Director 
da  Directoria  do  Material  do  Exercito  e  exerceu  varias  commissões  technicas. 

Era  Grande  do  Império,  do  Conselho  de  S.  Magestade,  Commendador 
da  I.  Ordem  de  Christo,  Official  da  1.  Ordem  da  Rosa  e  Grã-Cruz  da  I.  Ordem 
de  S.  Bento  de  Aviz. 

CREAÇÃO  DOS  títulos  :  Visconde  por  decreto  de  17  de  Outubro  de  1830.  Visconde  com  grandeza  por 
decreto  de  12  de  Fevereiro  de  1856. 


C 


AMANDUCÁIA.  (Barão  de)  Joaquim  da  Motta  Paes. 
Nasceu  na  Província  de  Minas  Geraes. 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  15  de  Junho  de  188 1. 


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CAMAC^AN.  (Barão  com  grandeza  de)  Salustiano  Jeronymo  dos 
Reis. 
Falleceu  na  cidade  de  Porto  Alegro,  Província  do  Rio  Grande  do  Sul,  em  4  de 
Julho  de  1893. 

Marechal  reformado  do  Exercito,  foi  Commandante  das  Armas  no  Rio 
Grande  do  Sul,  tez  as  campanhas  dos  Farrapos,  na  mesma  Província,  até  a  sua 


Archivo  Nobiliarchico  Brasileiro  13 


97 


pacificação,  em  1844,  e  a  do  Urugay,  contra  o  dictador  Rosas  e  parte  da  do 
Paraguay. 

Era  Commendador  da  I.  Ordem  de  S.  Bento  de  Aviz,  da  I.  Ordem  de 
Christo,  da  Imperial  Ordem  da  Rosa,  Official  da  do  Cruzeiro  ;  tinha  a  medalha 
da  1.^  Divisão  que  assistiu  a  batalha  do  dia  3  de  Fevereiro  de  1852,  em  Monte 
Caseros,  a  do  Paysandú,  a  de  Matto  Grosso  e  Corumbá  e  a  da  Campanha  do 
Paraguay  com  passador  de  oiro. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão  com  grandeza  por  decreto  de  2  de  Março  de  1889. 


CAMARAGIBE.  (Barão  e  Visconde  com  grandeza  de)  Pedro  Francisco 
de  Paula  Calvacanti  de  Albuquerque. 
Nasceu  no  Municipio  de  Jaboatão,  em  Pernambuco,  a  19  de  Abril  de  1806. 
Falleceu  em  Camaragibe,  Pernambuco,  a  2  de  Desembro  de  1875. 
Filbo  do  Capitão-Mór  Francisco  de  Paula  Cavalcanti  de  Albuquerque  e  de  sua 
mulher  D.  Maria  Rita  de  Albuquerque  Mello,  que  eram  também  pães 
dos  Viscondes  de  Suassuna,  do  Visconde  de  Albuquerque  e  do  Barão 
de  Muribeca. 

Fez  o  curso  de  humanidades  em  Pernambuco,  estudou  dois  annos  na 
Universidade  de  Coimbra  e  seguio  o  curso  da  Universidade  de  Gôttingen,  na 
Allemanha,  onde  doutorou-se  em  1827.  Voltando  ao  Brasil,  foi  nomeado  lente 
da  Academia  de  S.  Paulo  em  1829  e  depois  da  Academia  de  Olinda  em  1830, 
onde  regeu  a  cadeira  de  Direito  Civil.  Director  da  Faculdade  de  Direito  do 
Recife,  jubilou-se  em  1875,  resignando  a  percepção  dos  honorários  a  que 
tinha  direito.  Presidiu  a  Província  de  Pernambuco  em  1859,  tendo  sido  seu 
Vice-Presidente  em  1844.  Deputado  Provincial  diversas  vezes,  sempre  eleito 


98 


Presidente  da  Camará  ;  foi  Deputado  á  Assembléa  Geral  em  seis  legislaturas, 
tendo  presidido  a  Camará  diversas  vezes.  Senador  por  sua  Província,  nomeado 
em  1869,  era  do  Conselho  de  S.  Magestade,  Grande  do  Império,  Fidalgo 
Cavalleiro  da  Casa  Imperial,  Grã-Cruz  da  1.  Ordem  de  Christo,  Commendador 
da  Ordem  de  N.  S.  da  Conceição  de  Villa  Viçosa  de  Portugal. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  ;  Escudo  partida  em  pala  ;  na  primeira,  as  armas  dos  Albuquerque,  —  escudo 
esquartelado,  tendo  no  primeiro  quartel  as  armas  inteiras  de  Portugai  —  ;  no  segundo,  de  goles, 
cinco  flores  de  liz  de  oiro,  postas  em  santor,  e  assim  os  contrários  —  ;  na  segunda  pala,  as  armas 
dos  Cavalcantis,  —  de  vermelho  e  de  prata,  divididos  estes  esmaltes  por  uma  asna  de  azul,  coticada 
de  sable  ;  sendo  a  parte  de  baixo  de  prata  e  a  de  cima  de  goles  semeada  de  flores  de  prata  de  quatro 
folhas. 

COROA  :  A  de  Conde. 

CREAÇAO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  com  grandeza  por  decreto  de  2  de  Desembro  de  1854.  Visconde  com 
grandeza  por  decreto  de  14  de  Março  de  1860. 


C AMARGOS.  (i.°  Barão  de)  Manuel  Teixeira  de  Souza. 
Nasceu  na  cidade  de  Ouro  Preto,  capital  da  Província  de  Minas  Geraes, 
em  20  de  Outubro  de  1 8 1 1 . 
Falleceu  nessa  cidade  em  20  de  Agosto  de  1878. 

Filho  do  Sargento-Mór  Manuel  Teixeira  de  Souza  e  de  sua  mulher  D.  Ignacia 
Francellina  Cândida  da  Silva,  ambos  das  mais  respeitáveis  famílias  de 
Minas  Geraes. 
Casou  com   D.  Maria   Leonor  Teixeira  de  Magalhães,   que  mais  tarde  foi 
Viscondessa  de  Camargos. 

Inspector  da  Thesouraria  Geral  e  Secretario  da  Presidência  da  Província 
de  Minas  Geraes  em  1849.  Foi  Vice-Presidente  dessa  Provinda,  Deputado  á 
Assembléa  Provincial  na  3.*  legislatura,  de  1840  e  na  7.=*  de  1848  e  á  Assem- 
bléa Geral  na  8.*  e  ç)^  legislaturas,  de  1849  ^  1856.  Era  Senador  pela  Pro- 
víncia de  Minas  Geraes,  nomeado  em  1860  e  foi  Director  do  Banco  do  Brasil 
em  Ouro  Preto.  Dignitário  da  1.  Ordem  da  Rosa  e  Cavalleiro  da  1.  Ordem 
de  Christo. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão  por  decreto  de  17  de  Maio  de  1871. 


99 


C AMARGOS.  (Baroneza  e  Viscondessa  de)  D.  Maria  Leonor  Teixeira 
de  Magalhães. 
Casou  com  o  i .»  Barão  de  Camargos,  Manuel  Teixeira  de  Souza  e  depois  de 
viuva  foi  agraciada  com  o  titulo  de  Viscondessa  de  Camargos. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Viscondessa  por  decreto  de  i  5  de  'unho  de  1881. 


CAMARGOS.  (2.»  Barão  de)  D.''  António  Teixeira  de  Souza  Magalhães. 
Nasceu  em  Ouro  Preto,  Província  de  Minas  Geraes. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  20  de  Junho  de  1888. 


C 


AMBAHY.  (Barão  de)  António  Martins  da  Cruz  Jobim. 
Falleceu  no  Rio  Grande  do  Sul  em  17  de  Junho  de  1869. 

Proprietário  na  Província  do  Rio  Grande  do  Sul. 


BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Em  campo  azul,  um  cavallelro  armado  de  prata,  e  um  chefe  de  oiro  carregado  de 
uma  cruz  florida  de  goles,  vasia  do  campo.  (Brazão  passado  em  2  de  Abril  de  1862.  Reg.  no  Cartório 
da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  50). 

COROA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  1 1  de  Abril  de  1859. 


100 


c 


AMBUHY.  (Barão  de)  João  de  Mello  e  Souza. 
Era  Coronel  da  Guarda  Nacional. 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  19  de  Agosto  de  1888. 


C 


AMETÁ.  (!.■•'  Baroneza  de)  D.  Anna  Rufina  de  Souza  Franco  Correia. 
Falleceu  em  20  de  Junho  de  1864,  em  Cametá,  na  Província  do  Pará. 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Baroneza  por  decreto  de  2  de  Desembro  de  1858. 


C 


AMETÁ.  (2.°  Barão  de)  António  Bento  Dias  de  Mello. 
Nasceu  na  Província  do  Pará. 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão  por  decreto  de  2  de  Maio  de  iS 


CAMPINAS.  (i.«  Barão  de)  Bento  Manuel  de  Barros. 
Nasceu  em  S.  Paulo. 
Falleceu  em  Limeira  em  6  de  Desembro  de  1873. 
Filho  de  Francisco  Xavier  de  Barros  e  de  sua  mulher  D.  Anna  Joaquina 

de  Moraes. 
Casou  em  ItiJ,  S.  Paulo,  em  18 10,  com  D.  Escholastica  Francisca  Bueno,  filha 
do  Capitão  Bernardo  de  Quadros  Aranha  e  de  sua  mulher  D.  Agostinha 
Rodrigues  Bueno. 

Era  fazendeiro  na  Provinda  de  S.  Paulo. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  21  de  Setembro  de  1870. 


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CAMPINAS.  (2.*  Baroneza  de)  D.  Maria  Luiza  de  Souza  Aranha. 
Filha  do  Tenente  Joaquim  Aranlia  de  Camargo  e  de  sua  mulher 
D.  Euphrosina  Mathilde  da  Silva  Botelho,  casados  em  1796. 
Casou  em  181 7  com  o  Coronel  Francisco  Egydio  de  Souza  Aranha,  seu  primo 
irmão,  natural  de  Curytiba,  na  Província  do  Paraná.  Foi  o  Coronel 
Aranha,  com  seu  irmão  Pedro  Aranha,  o  iniciador  do  plantio  de  café  em 
S.  Paulo,  na  então  villa  de  S.  Carlos,  hoje  cidade  de  Campinas. 

Era  pães  do  Marquez  de  Três  Rios  e  da  Baroneza  de  Itapura,  D.  Libania 
de  Souza  Aranha. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Baroneza  por  decreto  de  9  de  Janeiro  de  1875.  (Pelo  decreto  de  19  de  Julho  de 
1879,  foi  agraciada  com  o  titulo  de  Viscondessa,  porem  este  decreto  ficou  archivado,  por  constar  ter 
a  Baroneza  fallecido. 


CAMPINAS.  (2.°  Barão  de)  Joaquim  Pinto  de  Araújo  Cintra. 
Nasceu  em  Atibaia,  na  Província  de  S.  Paulo,  em  5  de  Agosto  de 
1824. 
Falleceu  em  S.  Paulo  em  13  de  Janeiro  de  1894. 
Filho  de  Joaquim  Desiderio  Pinto  e  de  sua  mulher  D.  Antónia  Bernardina 

de  Araújo  Cintra. 
Casou  com  D.  Anna  Francisca  da  Silveira  Cintra,  filha  de  Joaquim  Cintra  da 
Silveira,  e  de  sua  mulher  D.  Helena  de  Moraes  Cintra,  deixando  grande 
descendência. 

Juiz  de  Paz,  Vereador  na  Província  de  Minas  Geraes,  era  Coronel  Com- 
mandante  da  Guarda  Nacional  do  Amparo  e  Bragança  em  1879  e  fundador  do 
Hospital  Anna  Cintra. 

Commendador  da  I.  Ordem  da  Rosa. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  13  de  Agosto  de  1889. 


102 


CAMPO  ALEGRE.  (Barão  e  Visconde  de)  Joaquim  de  Souza  Leão. 
Nasceu  na  Província  de  Pernambuco. 
Filho  do  Tenente-Coronel  Filippe  de  Souza  Leão  e  de  sua  mulher  D.  Rita 

de  Cássia  Pessoa  de  Mello.  Era  irmão  do  Barão  de  Morenos. 
Casou  com  sua  prima  D.  Francisca  de  Souza  Leão,  filha  do  Commendador 
António  de  Paula  de  Souza  Leão  e  de  sua  mulher  D.  Theresa  Victorina 
Bezerra  da  Silva  Cavalcanti.  Era  pae  da  Condessa  de  Ulysses  Vianna,  que 
falleceu  no  Rio  de  Janeiro. 

Era  Senhor  des  Engenhos  de  Bôa-Vista,  Ilha  das  Cobras,  Jurissaca,  Serra- 
ria, Algodoaes,  Tiriri  e  Santa  Fé,  na  Província  de  Pernambuco.  Major 
commandante  de  uma  secção  de  guerra  da  Guarda  Nacional. 

Era  Commendador  da  L  Ordem  da  Rosa  e  da  R.  Ordem  de  Christo  e  de 
N.  S.  da  Conceição  de  Villa  Viçosa,  de  Portugal. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  As  do  seu  irmão,  o  Barão  de  Morenos.  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro  quartel, 
em  campo  de  prata,  as  Quinas  de  Portugal,  postas  em  aspa  ;  no  segundo,  em  campo  de  oiro,  um 
leão  rompente,  de  goles  ;  e  assim  os  contrários.  (Brazão  passado  em  30  de  Agosto  de  1871.  Reg.  no 
Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  89). 

COROA  :  A  de  Visconde. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :   Barão  por  decreto  de  12  de  Abril  de  18Ó7.  Visconde  por  decreto  de  9  de  Agosto 
.     de  1884. 


c 


AM  PO  ALEGRE.  (Barão  de)  António  José  Correia. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão  por  decreto  de  26  de  Novembro  de  1887. 


103 


CAMPO  BELLO.  (Barão  de)  Lauriano  Correia  de  Castro. 
Falleceu  em  1 862 . 
Casou  com  D.  Anna  Josephina  Pereira  Pinto,  que  falleceu  na  Bahia  em  9  de 
Julho  de  1873. 

Era  Cavalleiro  da  I.  Ordem  de  Christo  e  Commendador  da  I.  Ordem 
da  Rosa. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  2  de  Desembro  de  1854. 


CAMPO   FORMOSO.  (Barão  de)  João   Evangelista  de  Carvalho. 
Nasceu  na  Província  de  Minas  Geraes. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  4  de  Julho  de  1858. 


CAMPO  GRANDE.  (Barão  com  grandeza  de)  Francisco  Gomes  de 
Campos. 
Nasceu  em  19  de  Fevereiro  de  1788. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro  em  17  de  Janeiro  de  1865. 

Bacharel  em  Direito,  Juiz  Procurador  da  Coroa,  do  Conselho  de  S.  Mages- 
tade  e  Deputado  Geral  na  4.=^  legislatura,  de  1838  a  1841. 
Era  Cavalleiro  da  I.  Ordem  de  Christo. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  com  grandeza  por  decreto  de  1 6  de  Janeiro  de  1861. 


C 


AM  PO   LARGO.  (Barão  de)  António  Mariani  Primo. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  19  de  Julho  de  1889. 


104 


CAMPO  MAIOR.  (Barão  de)  Augusto  da  Cunha  Castello  Branco. 
Nasceu  em  Theresina,  Província  do  Piauhy. 

Era  Tenente-Coronel  da  Guarda  Nacional. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  ;  Barão  por  decreto  de  i6  de  Janeiro  de  1875. 


C 


AMPO  MYSTICO.  (Barão  de)  António  Teixeira  Diniz. 
Nasceu  na  Província  de  Minas  Geraes. 


Era  Coronel  da  Guarda  Nacional. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão  por  decreto  de  24  de  Agosto  de  1889. 


CAMPO  GERAES.  (Barão  de)  David  dos  Santos  Pacheco. 
Falleceu  em  28  de  Desembro  de  1893,  na  Província  do  Paraná,  com 
84  annos  de  idade. 

Era  Coronel  Commandante  Superior  da  Guarda  Nacional  de  Curytiba, 
capital  da  Província  do  Paraná  e  prestou  relevantes  serviços  durante  a  guerra 
do  Paraguay,  apresentando  150  voluntários  fardados  e  equipados  á  sua  custa. 
Era  o  chefe  do  partido  liberal  da  Província  e  foi  delia  Vice-Presidente. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  31  de  Agosto  de  1880. 


Archivo  Nobiliarchico  Brasileiro  14 


CAMPO  VERDE.  (Barão  de)  Francisco  Xavier  de  Oliveira. 
Falleceu  em  Pernambuco,  em  12  de  Julho  de  1876. 
Casou  com  D.  Joaquina  Neves  de  Oliveira. 

Proprietário  e  negociante  na  cidade  do  Recife,  em  Pernambuco. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro  e  quarto,  em  campo  verde,  uma  oliveira  de  oiro 
com  fructos  de  sinople  e  raizes  de  prata  ;  no  segundo  e  terceiro,  em  campo  de  prata,  um  caduceu 
de  azul,  entre  duas  estrellas  de  goles,  de  cinco  raios.  (Brazão  passado  em  31  de  Julho  de  1867.  Reg. 
no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  84). 

CORÔA  :  A  de  Barão. 

CREAÃÇO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  6  de  Junho  de  1867. 


CANANÉA.  (Barão  e  Visconde  de)  Bernardino  Rodrigues  de  Avellar. 
Era  Tenente-Coronel  da  Guarda  Nacional  de  Vassouras,  Rio  de 
Janeiro.  Foi  negociante. 

Commendador  da  Imperial  Ordem  da  Rosa. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  15  de  Outubro  de  1868.  Visconde  por  decreto  de  18  de 
Setembro  de  1886. 


106 


c 


AN  D i  OTA.  (Barão  de)  Luiz  Gonçalves  das  Chagas. 
Nasceu  na  Província  do  Rio  Grande  do  Sul. 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  20  de  Março  de  1875. 


CANINDÉ.  (Barão  de)  D.'  Paulino  Franklin  do  Amaral. 
Nasceu  no  Ceará. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro,  em  25  de  Março  de  1892. 

Filho  de  Manuel  Franklin  do  Amaral,  empregado  publico,  em  Fortaleza,  ahi 
fallecido  em  24  de  Desembro  de  1870,  e  de  sua  mulher  D.  Paulina 
do  Amaral,  natural  de  Fortaleza. 

Doutor  formado  em  Medicina  pela  Academia  do  Rio  de  Janeiro.  Foi 
Deputado  Geral  por  sua  província  natal,  na  18.*  legislatura  de  188 1  a  1884  e 
na  20.''  de  1886  a  1889. 

Era  Cavalleiro  da  Imperial  Ordem  da  Rosa,  Commendador  da  Ordem 
de  N.  S.  da  Conceição  de  Villa  Viçosa,  e  tinha  a  Condecoração  do  Busto  do 
Libertador  Simão  Bolivar,  da  Venezuela. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  38  de  Março  de  1877. 


CANTAGALLO.  (Barão,  Visconde  e  Marquez  de)  João  Maria  da  Cama 
Freitas  Berquó. 
Falleceu  em  Lisboa  a  9  de  Março  de  1852. 

Filho  de  José  Maurício  da  Gama  e  Freitas,  Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Real  e 
Doutor  em  Leis,  e  de  sua  mulher  D.  Josepha  Joaquina  Maria  Anna 
Berquó,  Açafata  de  S.  M.  D.  Maria  I  e  Dona  da  Gamara  da  Princeza 
Viuva  D.  Maria  Benedicta.  Era  irmão  das  duas  esposas  do  i ."  Visconde 
de  Magé,  por  Portugal,  Mathias  António  de  Souza  Lobato. 


107 


Casou  com  D.  Maria  Theresa  Pinto  Guedes  Smissaert  Caldas,  filha  de  José 
Pereira  Caldas  e  de  sua  mulher  D.  Constança  Smissaert. 

Era  Ajudante  do  Quartel  General  da  Guarda  de  Honra  de  S.  M.  o  Impe- 
rador. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão   com  grandeza  por  decreto  de  12  de  Outubro   de  1825.  Visconde  com 
grandeza  por  decreto  de  22  de  Janeiro  de  1826.   Marquez  por  decreto  de  12  de  Outubro  de  1826 


c 


ANTAGALLO.  (Barão  de)  Augusto  de  Souza  Brandão. 
Nasceu  em  Cantagallo,  na  Província  do  Rio  de  Janeiro. 
Era  Coronel  da  Guarda  Nacional. 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  24  de  Fevereiro  de  1883. 


CAPANEMA.  (Barão  de)  Guilherme  Schuch  de  Capanema. 
Nasceu  na  Província  de  Minas  Geraes  em  27  de  Janeiro  de  1824. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro  em  26  de  Agosto  de  1908. 

Filho  de  Roque  Schuch  e  de  sua  mulher  D.  Cecilia  Bors,  ambos  naturaes  da 
Áustria. 

Doutor  em  mathematicas  e  sciencias  physicas  pela  Escola  Militar  do 
Rio  de  Janeiro,  era  Engenheiro  pela  Escola  Polythecnica  de  Vienna  d'Austria. 

Era  Major  Honorário  do  Exercito.  Foi  lente  jubilado  da  Escola  Poly- 
thecnica e  da  Escola  de  Bellas  Artes,  Director  e  fundador  da  Repartição  Gera' 
dos  Telegraphos  e  Chefe  da  Commissão  de  Limites  entre  a  Argentina  e  o 
Brasil,  etc. 

Era  do  Conselho  de  S.  Magestade,  membro  do  Instituto  Histórico  e 
Geographico  Brasileiro,  Commendador  da  I.  Ordem  da  Rosa  e  da  de  Christo. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  26  de  Fevereiro  de  1881. 


108 


CAPIBERIBE.  (Barão  de)  Manuel  de  Souza  Teixeira. 
Nasceu  no  Recife,  Capital  da  Província  de  Pernambuco. 
Falleceu  nessa  cidade  em  1 1  de  Agosto  de  1 86 1 . 

Alferes  reformado  do  Batalhão  de  Caçadores  do  Exercito,  em  i8o8  e, 
fazendo  parte  do  movimente  revolucionário  na  sua  Província  em  1817,  foi 
preso  e  condemnado  á  degredo  perpetuo  na  Costa  d'Africa  ;  amnistiado  em 
1821,  voltou  á  essa  Provinda,  sendo  Vereador  da  Camará  Municipal  do 
Recife,  a  qual  presidiu. 

Deputado  Provincial  em  varias  legislaturas  e  Presidente  da  Província  em 
1841,  1845  e  1848. 

Era  Tenente-Coronel  Commandante  da  Guarda  Nacional  de  Pernambuco, 
Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Imperial,  Commendador  da  I.  Ordem  de  Christo. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  25  de  Março  de  1849. 


CAPIVARY.  (Barão  com  grandeza  de)  Joaquim  Ribeiro  de  Avellar. 
Nasceu  em  1791. 
Falleceu  em  sua  Fazenda  no  Paty  do  Alferes,  Província  do  Rio  de  Janeiro, 

em  2  de  Julho  de  1863. 
Filbo  de  António  Ribeiro  de  Avellar  e  de  sua  mulher  D.  Antónia  da  Conceição, 

filha  de  Braz  Gonçalves  Portugal  e  de  sua  mulher  D.  Brigida  de  Macedo. 

Era  pae  do  Visconde  de  Ubá,  tio  dos  Barões  de  S.  Luiz,  de  Guaribú  e  do 

Visconde  da  Parahyba. 

Fazendeiro  abastado  em  Paty  do  Alferes.   Era  Grande  do  Império  e 
Commendador  da  I.  Ordem  da  Rosa. 

CREAÇÃO  DOS  títulos  :  Barão  por  decreto  de  15  de  Novembro  de  1846.  Barão  com  grandeza  por  decreto 
de  1 1  de  Outubro  de  1848. 


109 


c 


APIVARY.  (2.°  Barão  de)  Porphirio  Pereira  Fraga. 
Coronel  da  Guarda  Nacional. 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  12  de  Junho  de  1886. 


CARANDAHY.  (Barão  e  Visconde  de)  Belisario  Augusto  de  Oliveira 
Penna. 
Nasceu  em  Barbacena,  na  Província  de  Minas  Geraes. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  1 1  de  Desembro  de  1872.  Visconde  por  decreto  de  1 1  de 
Abril  de  1888. 


CARAPEBÚS.  (i.o  Barão  de)  Joaquim  Pinto  Netto  dos  Reis. 
Nasceu  na  Freguezia  de  S.  Salvador  de  Campos  dos  Goytacazes,  na 
Província  do  Rio  de  Janeiro. 

Falleceu  no  Rio  de  Janeiro  em  12  de  Março  de  1867. 

Filbo  do  Guarda-Mór  Bernardo  Pinto  Netto  da  Silva,  natural  de  Portugal  e 
irmão  germano  do  Capitão  Jeronymo  Pinto  Netto,  pae  de  Manuel  Pinto 
Netto  Cruz,  i .°  Barão  de  Muriahé,  Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Imperial 


1 10 


e  Commendador  da  I.  Ordem  de  Christo,  e  de  sua  mulher  D.  Maria 

Anna  Pereira,  natural  de  Campos  dos  Goytacazes. 
Casou  com  D.  Antónia  Joaquina  da  Cruz  Netto  dos  Reis,  filha  do  Capitão 

António  Dias  Coelho  Netto  Filho,  natural  do  Rio  de  Janeiro,  e  de  sua 

mulher  D.  Maria  Pinto  da  Cruz  Netto. 

Bacharel  em  direito  pela  Universidade  de  Coimbra,  era  Tenente-Coronel 
Commandante  do  13.°  Batalhão  da  Guarda  Nacional  da  Província  do  Rio  de 
Janeiro. 

Era  Commendador  da  I.  Ordem  da  Rosa  e  da  de  Christo,  Moço  Fidalgo 
da  Casa  Imperial  e  Guarda-Roupa  de  S.  Magestade  o  Imperador. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  ;  Escudo  equartelado  :  no  primeiro  quartel  as  armas  dos  Pintos,  —  em  campo  de 
prata,  cinco  crescentes  de  lua  vermelhos,  postos  em  aspa  — ;  no  segundo  as  dos  Nettos,  —  campo 
partido  em  pala,  vermelho  e  azul  e  sobretudo  um  leão  de  oiro  rompente,  armado  de  prata,  e  uma 
bordadura  de  oiro  com  quatro  flores  de  liz  de  azul  e  quatro  folhas  de  figueira  ao  natural  — ;  e  assim 
os  contrários.  Timbre  :  o  leão  das  armas  com  uma  folha  de  figueira  ao  natural,  na  testa.  (Brazão 
passado  em  lo  de  Maio  de  1855.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  20). 

CORÔA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  2  de  Desembro  de  1854. 


CARAPEBUS.  (2.°  Barão,  Visconde   com    grandeza   e   Conde   de) 
António  Dias  Coelho  Netto  dos  Reis. 
Nasceu  na  cidade  de  Campos  em  4  de  Setembro  de  1829. 
Falleceu  em  Paris  em  9  de  Fevereiro  de  1896. 
Filbo  dos  I .'"'  Barões  de  Carapebús. 

Casou  com  D.  Francisca  Jacintha  Nogueira  da  Gama  em  i  de  Agosto  de  1854, 
filha  dos  Condes  de  Baependy,  nascida  em  12  de  Setembro  de  1835  e 
fallecida  em  Paris  em  7  de  Fevereiro  de  1899.  Era  condecorada  com  a 


1 1 1 


Grã-Cruz  da  Ordem  de  Isabel  a  Catholica  e  com  a  da  Ordem  das  Damas 
Nobres  de  Maria  Luiza  e  de  Sant'Anna  da  Baviera. 

Formado  em  direito  pela  Universidade  de  Coimbra,  foi  membro  da 
Assembléa  Provincial  do  Rio  de  Janeiro,  Thesoureiro  Geral  do  Thesouro 
Nacional  e  Supplente  de  Deputado  á  Assembléa  Geral  pelo  Districto  de 
Campos. 

Era  Grande  do  Império,  Veador  de  S.  Magestade  a  Imperatriz,  Commen- 
dador  da  I.  Ordem  de  Christo,  Official  da  I.  Ordem  da  Rosa,  Commen- 
dador  da  Legião  de  Honra  da  França,  Cavalleiro  da  Ordem  de  S.  João  de 
Jerusalém  (Malta),  Grã-Cruz  da  Ordem  de  N.  S.  da  Conceição  de  Villa  Viçosa 
de  Portugal  e  da  de  Christo  de  Portugal,  de  Francisco  José  da  Áustria,  de 
Isabel  a  Catholica  da  Hespanha,  de  SanfAnna  da  Rússia,  de  S.  Miguel  da 
Baviera,  do  Leão  de  Zàhringen  de  Baden,  Grande  Official  da  de  Leopoldo  da 
Bélgica  e  Commendador  de  i ."  Classe  de  Ernestina  de  Saxe-Coburgo-Gotha. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  As  de  seu  pae,  o  i.°  Barão  ds  Carapebús. 
CORÔA  :  A  de  Conde. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  com  grandeza  por  decreto  de  6  de  Abri!  de  1867.  Visconde  com  grandeza 
por  decreto  de  9  de  IVlaio  de  1874.  Conde  por  decreto  de  8  de  Agosto  de  1888. 


CARAVELLAS.  (i."  visconde   com  grandeza  e  Marquez  de)  José 
Joaquim  Carneiro  de  Campos. 
Nasceu  na  cidade  da  Bahia  em  4  de  Março  de  1768. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro  em  8  de  Setembro  de  1836. 
Filho  de  José  Carneiro  de  Campos,  negociante  na  Bahia,  e  de  sua  mulher 
D.  Custodia  Maria  do  Sacramento. 

Formado  em  theologia  e  depois  em  direito  pela  Universidade  de  Coim- 
bra, foi  preceptor  dos  filhos  do  Conde  de  Linhares. 

Veio  para  o  Brasil  em  1807,  sendo  nomeado  Official  Maior  da  Secretar' ' 
os  Negócios  do  Reino.  Foi  Deputado  á  Assembléa  Constituinte,  em  18 
Ministro  de  Estado  do  Império  e  Negócios  Estrangeiros  no  2.°  Gabinete'^ de 
1823,  da  Justiça  no  5."  Gabinete  de  1826,  e  dos  Estrangeiros  no  8.°  Gabinete 
de  1829. 

Era  do  Conselho  de  S.  Magestade  em  1818,  Conselheiro  de  Estado  em 
823,  redactor  do  projecto  de  Constituição  do  Império,   Senador  pela  Pro 


1 12 


vincia  da  Bahia  em  1826,  Regente  do  Império  eleito  em  7  de  Abril  de  1831. 

Era  Commendador  da  R.  Ordem  de  Christo  de  Portugal  e  da  Coroa  de 
Ferro  da  Áustria,  Cavalleiro  da  Ordem  de  N.  S.  da  Conceição  de  Villa  Viçosa, 
Dignitário  da  1.  Ordem  do  Cruzeiro,  Conselheiro  honorário  de  Capa  e  Espada, 
Membro  do  Conselho  da  Fazenda  em  1820,  etc. 

Sócio  honorário  da  Sociedade  de  Medicina  e  da  Academia  de  industria 
Agrícola  Manufactureira  e  Commercial  de  Paris,  membro  do  Instituto  Histó- 
rico e  Geographico  Brasileiro  e  de  varias  outras  sociedades  scientificas. 

S.  Magestade  o  Imperador  D.  Pedro  I  lhe  fez  mercê  do  titulo  de  Visconde 
em  1824,  em  attencção  aos  «singulares  serviços  prestados  por  elle  e  ao 
patriótico  empenho  que  mostrou  de  querer  salvar  a  Nação  das  desgraças  da 
anarchia,  concorrendo  con  illuminado  zelo  para  a  segurança  do  Throno  e 
conservação  do  systhema  constitucional.  » 

Foi  o  Ministro  que  entregou  ao  Conde  do  Rio  Mayor  o  ultimatum  sobre 
a  scisão  entre  o  Brasil  e  Portugal  em  1823. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  12  de  Outubro  de  1824.   Marquez  por 
decreto  de  12  de  Outubro  de  1826. 


CARAVELLAS.  (2.°  Visconde  com  grandeza  de)  Manuel  Alves  Branco. 
Nasceu  na  Bahia  a  7  de  Junho  de  1797. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro  em  13  de  Julho  de  1855. 
Filho  do  negociante  na  Bahia,  João  Alves  Branco  e  de  sua  mulher  D.  Anna 

Joaquina  de  São  Silvestre  Branco. 
Casoíi  com  D.  Joanna  Carneiro  Alves  Branco. 

Formou-se  em  direito  pela  Universidade  de  Coimbra  em  1822.  Voltou 
ao  Brasil  em  1824,  sendo  despachado  Juiz  de  Fora  em  Santo  Amaro.  Foi 
Deputado  á  Assembléa  Geral  na  2."  legislatura,  de  1830  a  1833,  pela  Província 
da  Bahia.  Contador  Geral  e  Membro  do  Tribunal  do  Thesouro  em  1832, 
V;nador  pela  Bahia  em  1837;  foi  Ministro  de  Estado  dos  Negócios  Estran- 
f^astros  no  i ."  Gabinete  de  1835,  do  Império  e  da  Fazenda  no  4."  de  1837,  da 
Fazenda  no  3.°  de  1839,  da  Justiça  e  da  Fazenda  no  4.°  de  1844  e  no  5."  Gabi- 
nete de  1845.  Presidente  do  Conselho  com  a  pasta  da  Fazenda  no  7.°  Gabinete 
de  1847. 

Era  Conselheiro  de  Estado  em  1842,  Official  da  I.  Ordem  do  Cruzeiro,  etc. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  2  de  Desembro  de  1854. 


Archivo  Nobiliarchico  Brasileiro  15 


"3 


CARAVELLAS.  (3.°  visconde  com  grandeza  de)  Carlos  Carneiro 
de  Campos. 
Nasceu  na  Bahia  a  i  de  Novembro  de  1805. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro  em  28  de  Abril  de  1878. 

Filho  dos  1.°^  Viscondes  e  Marquezes  de  Caravellas,  José  Joaquim  Carneiro 
de  Campos  e  de  sua  mulher  D.  Custodia  Maria  do  Sacramento. 

Serviu  com  praça  de  cadete  no  Batalhão  de  D.  Pedro  1.  Formou-se  em 
sciencias  jurídicas  e  sociaes  pela  Universidade  de  Paris  em  1827.  Foi  nomeado 
lente  da  Academia  de  Direito  de  S.  Paulo  em  1828  e,  mais  tarde,  seu 
Director. 

Deputado  pela  Província  de  S.  Paulo  nas  4.*,  5.%  8.*  e  9.*  legislaturas, 
de  1838  a  1856.  Senador  por  essa  Província  em  1857.  Presidiu  duas  vezes  a 
Província  de  Minas  Geraes,  em  1842  e  1857.  Foi  Ministro  dos  Estrangeiros 
no  17.»  Gabinete  de  1862,  no  20.°  de  1864  e  no  25.°  de  187 1.  Conselheiro  de 
Estado  Ordinário  em  1870,  desempenhou  ainda  altas  commissões  administra- 
tivas, sendo  fiscal  do  Governo  junto  ao  Banco  Rural  e  Hypothecario,  Director 
do  Banco  do  Brasil,  Inspector  Geral  do  Thesouro  Nacional,  etc. 

Era  Grande  do  Império,  do  Conselho  de  S.  Magestade,  Veador  de 
S.  Magestade  a  Imperatriz,  Commendador  da  I.  Ordem  de  Christo,  Grã-Cruz 
'  da  Legião  de  Honra  da  França,  de  Leopoldo  da  Bélgica,  da  Coroa  da  Itália, 
da  Águia  Vermelha  da  Allemanha,  de  Ernestina  de  Saxe-Coburgo-Gotha  e  da 
Coroa  de  Ferro  da  Áustria.  Sócio  do  Instituto  Histórico  e  Geographico 
Brasileiro. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  15  de  Outubro  de  1871. 


CARMO,  (i.o  Barão  de)  Manuel  Ferreira  Pinto. 
Nasceu  na  cidade  de  Ouro  Preto,  na  Província  de  Minas  Geraes. 
Falleceu  em  Cantagallo,  na  Província  do  Rio  de  Janeiro,    em   1878,   com 
85  annos  de  idade. 
Era  Commendador  da  I.  Ordem  da  Rosa. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  ;  Barão  por  decreto  de  12  de  Julho  de  1876. 


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c 


ARMO.  (2.°  Barão  de)  José  da  Silva  Figueiredo. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  ;  Barão  por  decreto  de  7  de  Janeiro  de  1881. 


CARUARU.  (Barão  de)  D."'  Francisco  António  Raposo. 
Nasceu  na  Província  de  Pernambuco  em  24  de  Novembro  de  181 2. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro  em  23  de  Março  de  1880. 

Filho  de  Miguel  Francisco  Raposo  e  de  sua  mulher  D.  Joaquina  Maria  de  Lemos. 
Casou  com  D.  Maria  Augusta  de  Oliveira  Raposo. 

Sentou  praça  em  2  de  Desembro  de  1838,  e,  matriculando-se  na  Escola 
Militar,  tomou  o  gráo  de  Engenheiro  civil  e  militar  e  doutor  em  mathema- 
ticas.  Foi  lente  substituto  dessa  Escola  e  cathedratico  de  sciencias  physicas 
em  1849.  Foi  Director  da  Fabrica  de  Ferro  de  Ipanema  em  1848,  Comman- 
dante  das  Armas  da  Província  de  Matto-Grosso  em  1870,  Director  da  Escola 
Polythecnica  em  1879  e  Chefe  da  Commissão  de  Compras  de  Material  de 
Guerra  na  Europa  durante  a  Guerra  do  Paraguay.  Era  Conselheiro  de  Guerra 
e  Brigadeiro  do  Exercito. 

Era  Dignitário  da  I.  Ordem  da  Rosa,  Commendador  da  I.  Ordem  de 
S.  Bento  de  Aviz  e  da  de  Christo. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  29  de  Janeiro  de  1880. 


CARVALHO   BORGES.  (Barão  de)  António   Pedro  de  Carvalho 
Borges. 
Diplomata,  foi  Enviado  Extraordinário  e  Ministro  Plenipotenciário  em  Por- 
tugal, Vienna,  Hollanda,  e  membro  da  Commissão  da  Exposição  de  Philadelphia. 
Do  Conselho  de  S.   Magestade,  Cavalleiro  da  I.  Ordem  de  S.  Bento 
de  Aviz,  de  Christo,  Official  da  I.  Ordem  da  Rosa  e  Grã-Cruz  da  Ordem  da 
Coroa  de  Ferro  da  Áustria. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  31  de  Desembro  de  1881. 


"5 


CASA  BRANCA.  (i.°  Barão  da)  Vicente  Ferreira  de  Telles  Pereira. 
Pae  da  i  .^  Baroneza  de  Mogy-Guassú. 
Fra  Tenente-Coronel  da  Guarda  Nacional. 

CREAÇÃO  IX)  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  7  de  Maio  de  1887. 


CASA  FORTE.  (Barão  de)  António  João  do  Amorim. 
Foi  Vice-Consul  e  Encarregado  do  Consulado  da  Republica  do  Chile, 
no  Recife,  Pernambuco. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  ;  BarSo  por  decreto  de  25  de  Março  de  1888. 


CASALVASCO.  (Barão  de)  Firmo  José  de  Mattos. 
Foi  Desembargador  em  Corumbá,  Matto-Grosso. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  24  de  Agosto  de  1889. 


C 


ASCALHO.  (Barão  de)  José  Ferraz  de  Campos. 
Nasceu  na  cidade  de  Itú,  na  Província  de  S.  Paulo. 


116 


Falleceu  nessa  Província  em  24  de  Setembro  de  1869. 

Filbo  do  Sargento-Mór  António  Ferraz  de  Campos  e  de  sua  mulher  D.  Maria 

da  Cunha  de  Almeida,  casados  em  Itú  em  1772. 
Casou  com  D.  Umbellina  de  Camargo  na  villa  de  S.  Carlos,  nessa  Provinca 

em  1806  ;  era  filha  de  António  Pompeu  de  Camargo  Penteado  e  de  sua 

mulher  D.  Anna  de  Arruda  Campos. 

Eram  Paes  do  Barão  de  Porto  Feliz  e  de  Monte  Mór. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro  e  quarto,  de  prata,  quatro  palas  de  sinople  ;  no 
segunde  e  terceiro,  de  goles,  cinco  besantes  de  oiro  postos  em  aspa,  cada  um  com  três  faxas  de 
sable.  (Brazão  passado  em  5  de  Fevereiro  de  1868.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  96). 

CORÔA  ;  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  14  de  Agosto  de  1867. 


C 


ASTELLO.  (Barão  de)  Manuel  Luiz  Ribeiro. 


BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Em  campo  de  prata  um  castello  de  goles,  entre  dois  ramos,  um  de 
tabaco  á  destra  e  outro  de  cafeeiro  á  sinistra,  de  sua  côr. 

CORÔA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  i  7  de  Desembro  de  1881. 


C 


ASTELLO  BRANCO.  (Barão  de)  Marianno  Gil  Castello  Branco. 
Era  Capitão  da  Guarda  Nacional  do  Piauhy. 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  3  de  Outubro  de  1 889. 


117 


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CASTRO.  (i.°  Visconde  com  grandeza  de)  João  de  Castro  Canto  e 
Mello. 

Nasceu  na  Ilha  Terceira  em  1740. 

Falleceu  em  S.  Paulo  em  1826. 

Filho  de  João  Baptista  de  Canto  e  Mello,  natural  da  Ilha  Terceira,  Fidalgo 
Cavaleiro  da  Casa  Real,  e  de  sua  mulher  D.  Isabel  Ricketts,  natural  da  Ilha 
da  Jamaica,  filha  de  George  Ricketts  e  de  sua  mulher  D.  Sarah  White, 
naturaes  da  Inglaterra. 

Casou  com  D.  Escholastica  Bonifacia  de  Toledo  Ribas,  natural  de  S.  Paulo, 
filha  de  José  Bonifácio  Ribas,  natural  do  Rio  de  Janeiro  e  de  sua  mulher 
D.  Anna  Maria  de  Toledo  e  Oliveira.  Eram  pães  do  2.°  Visconde  de 
Castro,  da  Marqueza  de  Santos  e  da  Baroneza  de  Sorocaba. 

Veio  para  S.  Paulo  em  1772,  no  posto  de  Alferes  e  passou  a  Tenente  no 
Regimento  dos  Voluntários  Reas.  Militou  com  distincção  na  Campanha  do 
Rio  Grande,  onde  conquistou  o  posto  de  Brigadeiro. 

Era  Grande  do  Império,  Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  de  S.  M.  Fidelíssima, 
Gentil-Homem  da  Imperial  Camará,  Commendador  da  R.  Ordem  de  Christo, 
e  da  1.  Ordem  de  S.  Bento  de  Aviz,  era  Monteiro-Mór  do  Rei  e  Camarista  de 
S.  Magestade  D.  Pedro  I. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  ;  Escudo  partido  em  pala  ;  na  primeira  as  armas  dos  Cantos,  —  de  vermelho,  um 
baluarte  ou  canto  de  muralha  de  prata,  posto  de  quina,  —  e  no  segundo  as  armas  dos  Castros,  — 
de  prata,  seis  arruelas  de  azul,  postas  em  duas  palas.  Timbre  :  o  canto  do  escudo  de  prata  e  sobre 
elle,  na  ponta,  um  pombo  do  mesmo  metal. 

COROA  :  A  de  Conde. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Visconde  por  decreto  de  12  de  Outubro  de  1825.  Visconde  com  grandeia  por 
decreto  de  12  de  Outubro  de  1826. 


118 


CASTRO.  (2.°  Visconde  com  grandeza  de)  João  de  Castro  Canto  e 
Mello. 
Nasceu  na  Provinda  de  S.  Paulo  em  1778. 
Falleceu  na  cidade  de  Porto  Alegre  em  1 1  de  Setembro  de  18^3. 
Filbo  dos  1 .°'  Viscondes  de  Castro.  Era  irmão  da  Marqueza  de  Santos  e  da 

Baroneza  de  Sorocaba. 
Casou  com  D.  Innocencia  Laura  Vieira  de  Azambuja,  natural  do  Rio  Grande 
do  Sul  e  filha  de  Manuel  Vieira  Rodrigues  e  de  sua  mulher  D.  Patrícia 
Vieira  de  Azambuja. 

Sentou  praça  na  Legião  de  S.  Paulo  em  i  de  Setembro  de  179 1  e  foi 
reconhecido  cadete  em  1794. 

Fez  a  Campanha  de  181 1  na  Provinda  Cisplatina,  estando  presente  nos 
combates  de  Alcorta  e  Laureies.  Tenente-Coronel  em  1824,  jurou  a  Consti- 
tuição do  Império.  Foi  Brigadeiro  em  1838. 

Era  Gentil-Homem  da  Imperial  Casa,  Grande  do  Império,  Commendador 
da  I.  Ordem  de  S.  Bento  de  Aviz  e  da  de  Christo,  e  Official  da  I.  Ordem  de 
Cruzeiro  e  Dignitário  da  I.  Ordem  da  Rosa.  Tinha  as  medalhas  da  Campanha 
Cisplatina  de  1 8 1 1  - 1 8 1 2  e  de  1 8 1 5 . 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  As  de  seu  Pae,  o  i.°  Visconde  de  Castro.  (Ver  a  descripçâo  nesse  titulo). 

CORÔA  :  A  de  Conde. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  12  de  Outubro  de  1827. 


119 


CASTRO   LIMA.  (Barão  de)  António  Moreira  de  Castro  Lima. 
Nasceu  em  Lorena,  S.  Paulo,  em  5  de  Setembro  de  1828. 
Falleceu  nessa  cidade  em  16  de  Fevereiro  de  1900. 
Filho  de  Joaquim  José  Moreira  Lima  e  de  sua  mulher  D.  Carlota  Leopoldina 

de  Castro  Lima,  depois  Viscondessa  de  Castro  Lima. 
Casou  em  17  de  Maio  de  1859  com  D.  Leduina  Leitão  de  Castro  Lima,  filha 
do  Conselheiro  João  da  Costa  Gomes  Leitão,  e  de  sua  mulher  D.  Dina 
Maria  da  Conceição  Leitão. 

Era  Pae  da  Condessa  de  Moreira  Lima  e  irmão  da  Baroneza  de  Santa 
Eulália  e  do  Conde  de  Moreira  Lima. 

Coronel  Chefe  do  Estado  Maior  da  Guarda  Nacional  de  Guaratinguetá  e 
Lorena,  na  Província  de  S.  Paulo,  em  1866,  foi  negociante  matriculado  no 
Tribunal  de  Commercio  do  Rio  de  Janeiro  em  1861. 

Foi  Vereador  da  Camará  Municipal  de  Lorena  durante  12  annos,  tendo 
presidido  essa  Camará  diversas  vezes.  Chefe  do  partido  liberal,  foi  o  fundador 
do  Hospital  de  Caridade  de  Lorena  e  do  Collegio  Salesiano  de  S.  Joaquim, 
nessa  cidade.  Fez  durante  sua  vida  grandes  donativos  a  todas  a  instituições 
de  caridade  de  Lorena  e  Guaratinguetá,  onde  o  seu  nome  é  hoje  coberto  da 
benção  dos  pobres.  Foi  Vice-Presidente  da  Província  de  S.  Paulo,  em  1889, 
e  era  Commendador  da  I.  Ordem  da  Rosa. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  14  de  Outubro  de  1884. 


CASTRO  LIMA.  (Viscondessa  de)  D.  Carlota  Leopoldina  de  Castro 
Lima. 
Falleceu  em  Lorena,  na  Província  de  S.  Paulo,  em  8  de  Desembro  de  1882. 
Casou  com  Joaquim  José  Moreira  Lima.  Eram  Paes  do  Barão  de  Castro  Lima, 
do  Conde  de  Moreira  Lima  e  da  Baroneza  de  Santa  Eulália. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Viscondessa  por  decreto  de  16  de  Agosto  de  1879. 


120 


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c 


ATAGUAZES.  (Barão  dos)  Manuel  de  Castro  Guimarães. 
Nasceu  na  Província  de  Minas  Geraes. 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  ij  de  Desembro  de  1876. 


CATTAS  ALTAS,  (i.»  Barão  de)  João  Baptista  Ferreira  de  Souza 
Coutinho. 
Nasceu  na  Provincia  de  Minas  Geraes. 
Falleceu  nessa  Provincia  em  31  de  Maio  de  1839. 

Casou  successivamente  com  duas  filhas  de  seu  cunhado,  Guarda-Mór  José 
Alves  da  Cunha. 

Foi  Senhor  de  muitas  minas  de  oiro  riquíssimas  e  delias  extrahiu  fabu- 
losa quantidade  de  oiro.  Depois  de  faustosa  vida,  morreu  pobre,  tendo  vendido, 
por  julgal-a  esgotada,  a  Mina  de  Gongo  Secco,  á  Imperial  Brasilian  Mining 
Company,  em  1824,  da  qual  mina  os  inglezes  extrahiram  em  12  annos  mais 
de  30.000  libras  de  oiro  ou  mais  de  um  milhão  e  duzentas  mil  libras  ester- 
linas ! 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  BarSo  por  decreto  de  1 8  de  Outubro  de  1829. 


C 


ATTAS  ALTAS.  (2.°  Barão  de)  António  José  Gomes  Bastos. 
Nasceu  na  Provincia  de  Minas  Geraes. 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  23  de  Desembro  de  1887. 


Archivo  Noblliarchico  Brasileiro  i6 


121 


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^ 


CATTETE.  (Barão  com  grandeza  do)  D/  Joaquim  António  de  Araújo 
e  Silva. 
Nasceu  na  cidade  do  Rio  de  Janeiro  em  23  de  Desembro  de  1827,  tendo 

fallecido  na  mesma  cidade. 
Filbo  do  Capitão  João  da  Silva  e  de  sua  mulher  D.  Rosa  Maria  do  Sacramento 

Silva. 
Casou  com  D.  Maria  Carolina  da  Piedade  Pereira  Bahia,  viuva  do  Marquez 
de  Abrantes  e  filha  dos  Barões  de  Merity. 

Doutor  em  Medicina  pela  Faculdade  do  Rio  de  Janeiro  em  1849,  foi 
Medico  do  Hospício  de  D.  Pedro  II  e  Director  do  Instituto  Ophthalmologico 
do  Brasil.  Foi  Vereador  da  Camará  e  Delegado  da  Instrucção  Publica. 

Era  Commendador  da  R.  Ordem  de  Christo  de  Portugal  e  de  N.  S.  da 
Conceição  de  Villa  Viçosa  do  mesmo  paiz  e  Official  da  I.  Ordem  da  Rosa. 

Era  Visconde  de  Silva  por  Portugal  e  Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Real 
de  Portugal. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  partido  em  pala  :  na  primeira,  as  armas  dos  Silvas  :  —  em  campo  de  praia 
um  leão  rompente  de  purpura,  armado  de  azul  ;  na  segunda,  as  dos  Araujos,  —  em  campo  de 
prata  uma  aspa  de  azul,  carregado  de  cinco  besantes  de  oiro  ;  e  por  ditferença  uma  brica  de  azul 
com  un  farpão  de  prata. 

COROA  :  A  de  Conde. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  dercreto  de  28  de  Junho  de  1876.  Barão  com  grandeza  por  decreto 
de  13  de  Outubro  de  1887.  Visconde  de  Silva  por  Portugal,  por  decreto  de  25  de  Janeiro  de  1872. 


123 


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c 


ATU.  (Barão  do)  Fructuoso  Pinto  da  Costa. 
Nasceu  na  Província  da  Bahia. 


Commandante  Superior  da  Guarda  Nacional  da  Villa  de  Jaguaripe,  na 
Bahia. 

Era  Cavalleiro  da  I.  Ordem  de  Christo. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  partido  em  faxa  :  na  primeira,  de  azul,  dois  colheireiros  de  prata,  affronta- 
dos  ;  na  segunda,  de  verde,  uma  sussuarana  de  oiro,  deitada.  (Brazão  passado  em  31  de  Agosto  de 
1864.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  66). 

CORÔA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITUl.O  :  Barão  por  decreto  de  18  de  Agosto  de  1860. 


C  ATU  AMA.  (Barão  de)  João  José  Ferreira  de  Aguiar. 
Nasceu  na  cidade  de  Goyanna,  em  Pernambuco,  a  lo  de  Janeiro  de 
1810. 
Falleceu  no  Recife  em  15  de  Novembro  de  1888. 

Filho  de  António  Ferreira  de  Aguiar  e  de  sua  mulher  D.  Úrsula  das  Virgens 
Martins. 

Bacharel  em  direito  pela  Faculdade  do  Recife  em  1833,  Juiz  de  Direito 
em  1834,  foi  Presidente  do  Ceará  em  1877,  do  Rio  Grande  do  Norte  em  1836. 
Lente  da  Faculdade  de  Direito  do  Recife  em  1855,  jubilado  em  1884.  Foi 
deputado  á  Assembléa  Provincial  na  sua  Província  e  deputado  Geral  pela 
mesma  Província  nas  5.»,  8.»,  10.»  e  16.*  legislaturas. 


la^ 


Era  do  Conselho  de  S.  Magestade  em  1874,  Dignitário  da  I.  Ordem  da 
Rosa,  Cavalleiro  da  I.  Ordem  de  Christo,  sócio  do  Instituto  Histórico  e 
Geographico  Brasileiro  e  Membro  Titular  do  Instituto  d'Africa,  de  Paris. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  5  de  Julho  de  1888. 


CATUMBY.  (Barão  de)  Dj  Francisco  Lopes  da  Cunha. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro  em  26  de  Fevereiro  de  1874. 
Casou  com  D.  JuIia  Alves  Pereira  da  Cunha. 

BRAZAO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro,  de  sinople,  um  annel  de  oiro  perfilado,  com 
uma  esmeralda  ;  no  segundo,  de  prata,  uma  cruz  florida,  de  goles,  vasia  do  campo  ;  no  terceiro  as 
armas  dos  Cunhas,  —  de  oiro,  nove  cunhas  de  azul  em  três  palas  ;  no  quarto,  de  sínople,  o  emblema 
de  Esculápio,  de  oiro ;  bordadura  de  oiro. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  14  de  Agosto  de  187J. 


134 


CAVALCANTI.  (Visconde  com  grandeza  de)  Diogo  Velho  Cavalcanti 
de  Albuquerque. 
Nasceu  na  Parahyba  do  Norte  a  9  de  Novembro  de  1829. 
Falleceu  em  Juiz  de  Fora  (Minas  Geraes)  em  13  de  Junho  de  1899. 
Filbo  de  Diogo  Velho  Cavalcanti  de  Albuquerque  e  de  sua  mulher  D.  Angela 

Sophia  Cavalcanti  Pessoa. 
Casou  com  D.  Amélia  Machado  Coelho  de  Castro,  filha  do  D.""  Constantino 
Machado   Coelho  de   Castro  e  de  sua   mulher  D.   Marianna    Barboza 
de  Assis  Machado. 

Bacharel  em  direito  pela  Faculdade  de  Olinda,  foi  Deputado  Provincial  e 
Geral  por  sua  Província  nas  10.*,  11.",  14.*,  15.*.  16.*  legislaturas,  de  1857 
a  1878. 

Presidiu  as  Províncias  do  Piauhy,  em  1859,  do  Ceará,  em  1868  e  de 
Pernambuco,  em  1870.  Senador  pela  Provinda  do  Rio  Grande  do  Norte, 
nomeado  en  1877,  Ministro  da  Justiça  no  26.°  Gabinete  de  25  de  Junho  de 
1875,  e  dos  Estrangeiros  em  1877  ;  da  Agricultura,  Commercio  e  Obras  Publi- 
cas, no  23.»  Gabinete  de  16  de  Julho  de  1868.  Foi  Commissario  Geral  do 
Brasil  na  Exposição  Universal  de  Paris  de  1889  ;  Conselheiro  de  Estado 
Extraordinário  em  1889  ;  do  Conselho  de  S.  Magestade. 

Era  Grande  do  Império,  Veador  de  S.  Magestade  a  Imperatriz,  Commen- 
dador  da  1.  Ordem  de  Christo,  Grã-Cruz  da  de  Villa  Viçosa  de  Portugal,  da 
Coroa  Real  da  Prússia  e  Grande  Official  da  Legião  de  Honra  da  França. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  ;  Escudo  partido  em  pala  :  na  primeira  as  armas  dos  Albuquerques  ;  —  esquartela 
das  :  no  primeiro,  as  armas  inteiras  de  Portugal  ;  no  segundo,  de  vermelho,  cinco  flores  de  liz  de  oiro  ; 
e  assim  os  contrários  ;  na  segunda  pala  as  armas  dos  Cavalcantis,  —  de  vermelho  e  de  prata,  divi- 
didos estes  esmaltes  por  uma  asna  de  azul,  coticada  de  sable,  a  parte  de  baixa  de  prata  e  a  de  cima 


135 


de  vermelho,  semeada  de  flores  de  prata  de  quatre  folhas.  Timbre  :  o  dos  Cavalcantis,  —  um  hippo- 
grypho  de  castanho  com  azas  e  levantado  sobre  os  pés,  entre  chammas. 

COROA  :  A  de  Conde. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  30  de  Maio  de  1 888. 


C 


AXANGÁ.  (Barão  de)  Lourenço  Bezerra  Alves  da  Silva. 
'Nasceu  na  Província  de  Pernambuco. 


Era  Coronel  da  Guarda  Nacional. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  20  de  Julho  de  lí 


tS'  M^: 


CAXIAS.  (Barão,  Visconde,  Conde,  Marquez  e  Duque  de)  Luiz  Alves 
de  Lima  e  Silva. 

Nasceu  no  Rio  de  Janeiro,  no  Arraial  do  Porto  da  Estrella,  em  25  de  Agosto 
de  1803. 

Falleceu  em  sua  Fazenda  de  Santa  Mónica  em  7  de  Maio  de  1 880. 

Filbo  do  Marechal  Senador  Francisco  de  Lima  e  Silva,  que  foi  um  dos  três 
membros  da  regência,  nomeados  no  dia  da  abdicacação  de  D.  Pedro  1, 
em  7  de  Abril  de  1831,  e  que  falleceu  em  2  de  Desembro  de  1853,  e  de 
sua  mulher  D.  Marianna  Cândida  de  Oliveira  Bello,  que  falleceu  em  11  de 
Novembro  de  1841,  Dama  Honorária  de  S.  M.  a  Imperatriz.  Era  irmão 
do  Conde  de  Tocantins  e  da  Baroneza  de  Suruhy. 


126 


Casou  em  6  de  Janeiro  de  1833  com  D.  Anna  Luiza  Carneiro  Vianna,  nascida 
em  30  de  Desembro  de  1816  e  fallecida  no  Rio  de  Janeiro  em  23  de 
Março  de  1874.  Era  filha  do  Conselheiro  Paulo  Fernandes  Vianna  e  de 
sua  mulher  D.  Luiza  Rosa  Carneiro  da  Costa,  que  era  filha  de  Braz 
Carneiro  Leão  e  de  sua  mulher  D.  Anna  Francisca  Maciel  da  Costa, 
Baroneza  de  S.  Salvador  de  Campos. 

Eram  pães  da  Baroneza  de  Ururahy,  D.  Anna  Francisca  de  Loreto. 
Reconhecido  cadete  aos  5  annos  de  idade,  no  i ."  Regimento  de  Infantaria  da 
Corte,  cursou  com  brilhantismo  a  Real  Academia  Militar  em  1823. 

Ainda  Tenente,  foi  fazer  a  Campanha  da  Bahia  e,  desde  esta  data,  a  sua 
gloriosa  espada  esteve  sempre  em  defeza  da  Pátria.  Em  1835,  occorrendo  a 
revolução  do  Rio  Grande  do  Sul,  que  durou  10  annos,  foi  o  então  Barão  de 
Caxias  o  pacificador  desta  terrível  lucta.  Em  1840  pacifica  o  Maranhão  ;  em 
1842,  depois  de  alguns  combates,  suffocou  o  rebellião  nas  Províncias  de 
S.  Paulo  e  Minas  Geraes,  derrotando  os  rebeldes  em  Santa  Luzia  a  20  de 
Agosto  de  1842.  Em  1851,  declarada  a  guerra  entre  o  Brasil  e  o  dictador 
Rosas,  foi  ainda  o  Conde  de  Caxias  que,  á  frente  de  18.000  brasileiros,  em 
Setembro  desse  anno,  entrou  no  Território  Oriental  e,  a  18  de  Outubro, 
Oribe  rendia-se  com  todo  o  seu  Exercito.  Fez  toda  a  Campanha  do  Paraguay 
e,  como  Commandante  em  chefe  das  forças  brasileiras,  levou  de  vencida  os 
Paraguayos  successi vãmente  nas  Batalhas  de  Tuyuty,  Humaytá,  Uruguayana, 
etc,  até  a  entrada  triumphal  em  Assumpção,  em  5  de  Janeiro  de  1869. 

Foi  Marechal  do  Exercito  Brasileiro,  Senador  pela  Provinda  do  Rio 
Grande  do  Sul,  em  184^^,  Conselheiro  de  Estado  em  1870;  era  Grande  do 
Império,  Adjudante  de  Campo  de  S.  M.  o  Imperador.  Foi  Ministro  da  Guerra 
no  12."  Gabinete  de  1853,  Presidente  do  Conselho  em  1856,  1861  e  1875, 
gerindo  sempre  a  Pasta  da  Guerra. 

Era  Grã-Cruz  da  I.  Ordem  do  Cruzeiro,  da  I.  Ordem  de  D.  Pedro  I  (única 
pessoa  que  possuio  a  Grã-Cruz  desta  Ordem,  reservada  somente  aos  Príncipes 
de  sangue),  da  I.  Ordem  de  S.  Bento  de  Aviz,  Grã-Cruz  effectivo  da  I.  Ordem 
da  Rosa,  da  Ordem  de  N.  S.  da  Conceição  de  Villa  Viçosa  de  Portugal,  etc. 

Tinha  as  seguintes  medalhas  :  Medalha  Oval  da  Independência  da  Bahia 
com  passador  de  oiro,  a  Commemorativa  da  rendição  de  Uruguayana,  a  do 
Exercito  Oriental  do  Uruguay,  a  de  oiro  de  Mérito  e  Bravura  Militar  e  a  da 
Campanha  do  Paraguay,  com  passador  de  oiro. 

BRAZAO  DE  ARMAS  :  Escudo  partido  em  seis  quartéis  :  no  primeiro  as  armas  dos  Silvas,  —  de  prata,  um 
leão  de  purpura,  rompente,  armado  de  azul  ;  ne  segundo  de  oiro,  cinco  estreitas  de  goles,  com  cinco 
pontas,  postas  em  aspa  ;  no  terceiro  as  armas  dos  Limas,  —  de  oiro,  quatro  palas  de  goles  ;  no 
quarto,  de  azul,  cinco  flores  de  liz  de  oiro,  postas  em  aspa  ;  no  quinto,  de  prata,  uma  pereira  de 


137 


sinople,  entre  um  crescente  de  oiro  e  uma  flor  de  liz  de  mesmo  ;  no  sexto  as  armas  dos  Ferreiras, 
—  de  goles,  quatro  faxas  de  oiro  ;  e  por  differença  uma  brica  de  prata  com  um  farpão  de  sable. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  1 8  de  Julho  de  1841.  Visconde  por  decreto  de  15  de 
Agosto  de  1843.  Conde  por  decreto  de  25  de  Março  de  1845.  IVIarquez  por  decreto  de  20  de  Junho 
de  1852.  Duque  por  decreto  de  23  de  Março  de  18Ó9. 


CAYRU.  (1.°  Barão  e  Visconde  de)  José  da  Silva  Lisboa. 
Nasceu  na  cidade  da  Bahia  em  i6  de  Julho  de  1756. 
Falleceu  em  20  de  Agosto  de  1 83  5 . 
Filbo  de  Henrique  da  Silva  Lisboa,  natural  de  Lisboa,  architecto,  e  de  sua 

mulher  D.  Helena  Nunes  de  Jesus,  natural  da  Bahia. 
Casou  na  Bahia  com  D.  Anna  Benedicta  de  Figueiredo. 

Bacharel  em  direito  canónico  e  philosophico  em  1779,  pela  Universidade 
de  Coimbra,  onde  foi  professor  de  hebraico,  grego  e  latim,  jurisprudência, 
economia  politica  e  philosophia.  Voltou  ao  Brasil  com  D.  João  VI,  á  convite 
deste  soberano,  para  «  auxilial-o  d  levantar  o  Império  Brasílico  ». 

Foi  nomeado  Desembargador  do  Paço,  Deputado  á  Junta  do  Commercio, 
Agricultura,  Fabricas  e  Navegação,  foi  Desembargador  da  Relação,  Senador  pela 
Bahia  em  1826,  membro  da  Assembléa  Constituinte.  Aos  seus  esforços  deve-se 
a  carta  régia  de  2 1  de  Janeiro  de  1 808,  declarando  livres  os  portos  e  o  commercio 
do  Brasil  á  todos  os  povos. 

Foi  um  dos  maiores  jurisconsultos  e  políticos  brasileiros,  tendo  deixado 
27  volumes  de  grande  valor,  como  o  Direito  Mercantil  (1801),  Principios  de 
Economia  Politica  (1804),  etc. 

Era  do  Conselho  de  S.  M.  o  Imperador  D.  Pedro  1  e  de  S.  M.  Fidelíssima, 
Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Imperial,  Commendador  da  1.  Ordem  de  Christo, 
Official  da  1.  Ordem  do  Cruzeiro,  membro  da  Sociedade  Philosophica  de 
Philadelphia,  da  de  Múnich,  do  instituto  Histórico  de  França,  do  Instituto 
Histórico  e  Geographico  Brasileiro  e  de  muitas  outras  associações  scientificas. 

CREAÇÃO  DOS  títulos  :  Barão  por  decreto  de  12  de  Outubro  de  1825.  Visconde  por  decreto  de  12  de 
Outubro  de  1826. 


138 


CAYRÚ.  (2.°  Barão  de)  Bento  da  Silva  Lisboa. 
Nasceu  em  4  de  Fevereiro  de  1793,  na  Bahia. 
Fallcccu  no  Rio  de  Janeiro  em  26  de  Desembro  de  1864. 
Filho  dos  I ."' Viscondes  de  Cayrú,  José  da  Silva  Lisboa  e  de  sua  mulher 

D.  Anna  Benedicta  de  Figueiredo. 
Casou  com  D.  Anna  Rita  Lisboa. 

Official-Mór  da  Secretaria  de  Estado  dos  Negócios  Estrangeiros,  Ministro 
desta  Pasta  no  }.°  Gabinete  de  1846,  foi  em  1840,  em  missão  diplomática, 
contractar  o  casamento  de  S.  M.  D.  Pedro  II.  Soube  honrar  o  brilhante  nome 
que  o  berço  lhe  dera. 

Era  Commendador  da  I.  Ordem  de  Christò,  da  de  Leopoldo  da  Bélgica, 
da  Legião  de  Honra  da  França,  Grã-Cruz  da  Ordem  de  S.  Januário  de  Nápoles, 
da  de  N.  S.  da  Conceição  de  Villa  Viçosa,  etc. 

Foi  um  des  27  membros  fundadores  do  Instituto  Histórico  e  Geographico 
Brasileiro  e  membro  de  varias  associações  scientificas  e  litterarias. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão  por  decreto  de  14  de  Março  de  1844. 


CEARÁ.  (Duqueza  do)  D.  Maria  Isabel  de  Bragança. 
Nasceu,  no  Rio  de  Janeiro  em  13  de  Agosto  de  1827. 
Falleceu  em  25  de  Outobro  de  1828. 

Filha  da  Marqueza  de  Santos  D.  Dometilla  de  Castro  Canto  e  Mello  e  de 
S.  Magestade  D.  Pedro  1,  Imperador  do  Brasil. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Duqueza  ao  nascer. 


CEARÁ-MIRIM.  (Barão  de)  Manuel  Varella  do  Nascimento. 
Falleceu  na  Província  do  Rio  Grande  do  Norte  em  22  de  Março  de  1881 . 

Era  Coronel  da  Guarda  Nacional,  em  sua  Província. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  22  de  Junho  de  1874. 


Archivo  Nobiliarchlco  Brasileiro  17 

129 


* 


c 


HRISTINA.  (Barão  de)  Francisco  Ribeiro  Junqueira. 
Era  Coronel  da  Guarda  Nacional. 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão  por  decreto  de  25  de  Setembro  de  lí 


CIMBRES,  (i.o  Barão  com  grandeza  de)    Domingos   Malaquias   de 
Aguiar  Pires  Ferreira. 
Nasceu  no  Recife,  em  Pernambuco,  a  3  de  Novembro  de  1788. 
Fallcceu  nesta  Provincia  em  10  de  Desembro  de  1859. 
Filbo  de  José  Estevão  de  Aguiar,  natural  de  Lisboa  e  de  sua  mulher  D.  Maria 

do  Sacramento  Pires  Ferreira,  natural  de  Pernambuco. 
Casou  com  sua  prima,  D.  Joaquina  Angelina,  filha  do  D.''  João  de  Deus  Pires 
Ferreira. 

Estudou  Humanidades  no  Seminário  de  Olinda  e  depois  Mathematicas, 
em  Coimbra.  Foi  Deputado  ás  Cortes  de  Portugal  em  1821.  Presidente  da 
Provincia  de  Alagoas  nomeado  em  1823,  cargo  que  não  acceitou  ;  Deputado 
pela  Provincia  de  Pernambuco  na  \.^  legislatura  de  1826  a  1829  e  Vice- 
Presidente  dessa  Provincia  em  1848. 

Era  Commendador  da  I.  Ordem  de  Christo  e  Official  da  I.  Ordem  da 
Rosa  e  Grande  do  Império. 

CREAÇAO  DOS  TÍTULOS  :  Bar5o  por  decreto  de  21  de  Outubro  de  1853.  Barão  com  grandeza  por  decreto 
de  2  de  Desembro  de  1854. 


C 


IMBRES.  (2.°  Barão  de)  Cândido  Xavier  Pereira  de  Brito. 
Era  Coronel  da  Guarda  Nacional. 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  20  de  Julho  de  lí 


130 


CINTRA.  (Barão  de)  José  Joaquim  da  Silveira  Cintra. 
Nasceu  em  Mogymirim,  Provincia  de  S.  Paulo. 
Filho  de  Ignacio  de  Loyola  Cintra  e  de  sua  mullier  D.  Anna  Francisca  Cardoso. 
Casou  em  primeiras  núpcias  com  sua  prima,  D.  Maria  Francisca  Cardoso 
de  Araújo  Cintra,  filha  do  Commendador  João  Baptista  e  de  sua  mulher 
D.  Maria  Jacintha  de  Araújo,  sua  sobrinha  ;  em  segundas  núpcias  com 
D.  Carolina  Cândida  de  Araújo,  filha  do  Tenente-Coronel  Joaquim  Flo- 
riano  de  Araújo  e  de  sua  mulher  e  prima,  D.  Maria  Rosa  Leopoldina 
da  Cunha,  que  era  viuva  do  Tenente-Coronel  Joaquim  de  Paula  Ferreira. 

Era  chefe  do  partido  liberal  em  Mogymirim,  na  Provincia  de  S.  Paulo,  e 
opulento  fazendeiro. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão  por  decreto  de  26  de  Novembro  de  1887. 


COCAES.  (Barão  com  grandeza  de)  José  Feliciano  Pinto  Coelho  da 
Cunha. 
Nasceu  na  Provincia  de  Minas  Geraes. 
Falleceu  na  mesma  Provincia  em  9  de  Julho  de  1869. 
Filho  de  Brigadeiro  António  Caetano  Pinto  Coelho  da  Cunha  e  de  sua  mulher 

D.  Anna  Casemira  Furtado  de  Mendonça. 
Casou  com  D.  Antónia  Thomasia  de  Figueiredo  Neves,  natural  da  Provincia 
de  Minas  Geraes. 

Foi  Deputado  Geral  por  sua  Provincia  nas  4.^,  5.^,  6.*  67."  legislaturas, 
de  1838  a  1848. 

Era  Coronel  do  Exercito,  foi  Veador  Honorário  da  Casa  Imperial  e 
Commendador  da  Imperial  Ordem  de  Christo. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  coin  grandeza  por  decreto  de  14  de  Março  de  1855. 


C 


OMOROGY.  (Barão  de)  António  Félix  de  Carvalho. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  22  de  Abril  de  1871. 


•3' 


CONCEIÇÃO.  (Conde  da)  D.   António  Ferreira  Viçoso,  Bispo  de 
Marianna. 
Nasceu  em  Peniche  (Portugal)  em  13  de  Maio  de  1787. 
Falleceu  em  Marianna,  Provincia  de  Minas  Geraes,  em  7  de  Julho  de  1875. 
Filbo  de  Jacintho  Ferreira  Viçoso,  por  antonomásia,  o  Manso,  e  de  sua  mulher 
D.  Maria  Gertrudes  ;  neto  paterno  do  Francisco  Ferreira  Viçoso  e  de  sua 
mulher  D.  Joanna  Maria,  e  materno  de  Luiz  dos  Remédios  e  de  sua 
mulher  D.  Joanna  Francisca. 

Veio  de  Portugal  como  missionário  da  Congregação  de  S.  Vicente  de 
Paula,  á  instancias  de  D.  João  VI,  para  abrir  missões  em  Matto-Grosso,  porem, 
chegando  ao  Rio,  foi  tomar  a  direcção  do  Collegio  de  Caraças,  em  Minas 
Geraes  e  mais  tarde  a  do  de  Jacuecanga,  perto  de  Angra  dos  Reis,  até  ser 
nomeado  Visitador. 

1°  Bispo  de  Marianna,  confirmado  em  1844  por  Gregório  XVI  e  sagrado 
pelo  Conde  de  Irajá,  D.  Manuel  do  Monte  Rodrigues  de  Araújo,  Bispo  do  Rio 
de  Janeiro. 

Era  do  Conselho  de  S.  Magestade,  sócio  de  Instituto  Histórico  e  Geogra- 
phico  Brasileiro,  Commendador  da  1.  Ordem  de  Christo  e  official  da  I.  Ordem 
da  Rosa. 

Autor  de  muitas  obras  religiosas,  foi  redactor  do  O  Romano. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Conde  por  decreto  de  7  de  Março  de  1868. 


C 


ONCEIÇÃO,  (Barão  da)  José  Rodrigues  da  Costa. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  27  de  Fevereiro  de  1886. 


C 


ONCEIÇÃO   DA  BARRA.  (Barão  da)  José  Rezende  de  Carvalho. 
Nasceu  na  Provincia  de  Minas  Geraes. 


132 


/ 


\ 


Fallcceu  em  S.  João  d'El-Rey  em  i o  de  Outubro  de  1893,  com  70  annos  de 
idade. 
Era  chefe  politico  conservador  em  sua  Provincia. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  1 1  de  Julho  de  1888. 


CONGONHAS   DE  CAMPOS.  (Barão  e  visconde  com  grandeza 
de)  Lucas  António  Monteiro  de  Barros. 
Nasceu  em  Congonhas,  na  Provincia  de  S.  Paulo,  em  i8  de  Outubro  de  1765. 
Falleceu  no  Rio  do  Janeiro  em  10  de  Outubro  de  1851. 
Filho  de  Manuel  José  Monteiro  de  Barros,  natural  de  Barcellos,  em  Portugal, 

e  de  sua  mulher  D.  Maria  Euphrasia  da  Cunha  Mattos. 
Casou  com   sua    prima,   D.   Maria  Theresa   Joaquina  de  Sauvan,   filha  do 

D.f  Manuel  Monteiro  de  Barros  e  de  sua  mulher  D.  Maria  Joaquina 

de  Sauvan. 

Formado  em  direito  pela  Universidade  de  Coimbra,  exerceu  o  cargo  de 
Juiz  de  Fora  nas  Ilhas,  foi  Desembargador  da  Relação  na  Bahia,  Ouvidor  da 
Comarca  de  Ouro-Preto,  Intendente  do  Oiro  no  Rio  de  Janeiro,  em  181 2,  e 
Presidente  do  Supremo  Tribunal  da  Justiça. 

Foi  o  primeiro  Presidente  de  sua  Provincia  natal  em  1824,  e  Senador  em 
1826.  Foi  o  creador  da  Bibliotheca  Publica  de  S.  Paulo,  em  1825. 

Era  Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Imperial,  Grande  do  Império,  do  Conselho 
de  Sua  Magestade,  Commendador  da  Imperial  Ordem  de  Christo  e  Official  da 
do  Cruzeiro. 

CREAÇÃO  DOS  títulos  :   Barão  por  decreto  de  i  2  de  Outubro  de  1825.  Visconde  por  decreto  de  12  de 
Outubro  182Ó.  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  2  de  Junho  de  1841. 


CONGONHAS   DE  CAMPOS.    (2.»   Barão   de)   Lucas   António 
Monteiro  de  Castro. 
Falleceu  em  21  de  Agosto  de  1878. 

Era  Major  da  Guarda  Nacional   e  Fazendeiro   na   Provincia  de  Minas 
Geraes.  Official  da  I.  Ordem  da  Rosa. 

•CREAÇÃO  DO  TÍTULO  :  Barão  por  decreto  de  17  de  Maio  de  1871. 


n^ 


CONTENDAS.  (Barão  de)  António  Epaminondas  de  Barros  Correia. 
Nasceu  na  Povoação  de  Altinlio,  na  Província  de  Pernambuco,  em 
1839. 
Falleceu  em  seu  engenho  Contendas,  no  Municipio  de  Amaragy,  nessa  Pro- 
vinda, em  13  de  Abril  de  1901^. 

Era  formado  em  direito  pela  Faculdade  de  Recife,  foi   Promotor  de 
Caruaru  e  presidiu  a  Província  de  Pernambuco  em  1882- 1883. 
Era  agricultor  e  grande  influencia  politica. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  26  de  Julho  de  1889. 


CO  ROM  AN  DEL.  (Barão  de)  D.^  José  Francisco  Netto. 
Falleceu  em  sua  fazenda  em  Queluz,  na  Província  de  Minas  Geraes, 
em  3  de  Janeiro  de  1886,  com  58  annos  de  idade. 

Medico  e  grande  influencia  politica  em  Minas  Geraes,  foi  o  chefe  do 
partido  liberal,  membro  da  Assembléa  Provincial  de  Minas  Geraes  nas  legisla- 
turas de  1880,  1882  e  1886,  quando  serviu  na  presidência  dessa  Assembléa. 
Foi  I ."  Vice-Presidente  da  Província  de  Minas  Geraes  tomando  o  Governo  em 
I 880  a  I 88 I . 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  15  de  Junho  de  1881. 


CORRENTES.  (Barão  de)  Felisberto  Ignacío  da  Cunha. 
Nasceu  em  Pelotas  a  1 1  de  Novembro  de  1824. 
Filho  do  Commendador  José  Ignacío  da  Cunha  e  de  sua  mulher  D.  Zeferina 

Gonçalves  da  Cunha. 
Casou  em  primeiras  núpcias  com  D.  Maria  Antónia  Coelho  da  Cunha,  filha 
do  Coronel  Francisco  Jeronymo  Coelho,  e  de  sua  mulher  D.  Gertrudes 
Gonçalves  Coelho,  e  em  segundas  núpcias  com  D.  Silvana  Belchior  que 


»34 


era  filha  de  Custodio  Gonçalves  Belchior  e  de  sua  mulher  D.  Silvana 
Coelho  Belchior. 

Estancieiro  e  Industrial,  foi  Vereador  da  Camará  Municipal  de  Pelotas, 
Deputado  á  Assembléa  Provincial,  Commandante  Superior  da  Guarda  Nacional 
e  durante  a  guerra  do  Paraguay  Commandante  da  Guarnição  da  Cidade  de 
Pelotas.  Foi  Vice-Presidente  de  sua  Província  natal.  Deu  liberdade  incondi- 
cional a  dusentos  escravos  que  possuia  em  seus  estabelecimentos  fabris  pelo 
que  recebeu  o  titulo  nobiliarchico.  Era  Official  da  I.  Ordem  da  Rosa  e 
Cavalleiro  da  de  Christo. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  19  de  Julho  de  1884. 


CORUMBÁ.  (Barão  com  grandeza  de)  João  Mendes  Salgado. 
Nasceu  em  3  de  Março  de  1832. 
Falleccu  no  Rio  de  Janeiro  em  30  de  Julho  de  1894. 

Foi  Aspirante  de  Marinha  em  1847,  tendo  feito  a  Campanha  do  Para- 
guay, galgando  todos  os  postos  até  o  de  Vice-Almirante,  Ajudante-General  da 
Armada,  tendo  exercido  muitas  e  importantes  commissões,  já  ne  paiz,  já  no 
estrangeiro. 

Era  Veador  de  S.  M.  a  Imperatriz,  Grande  do  hnperio,  Cavalleiro  da 
I.  Ordem  de  S.  Bento  de  Aviz,  Commendador  da  I.  Ordem  de  Christo  e  da 
da  Rosa,  Official  da  I.  Ordem  do  Cruzeiro  ;  condecorado  com  as  medalhas 
das  Operações  da  Esquadra  no  Rio  da  Prata,  a  de  prata  por  Serviços  extra- 
ordinários prestados  á  Humanidade,  a  de  Mérito  e  Bravura  Militar,  a  geral  da 
Campanha  do  Paraguay.  Era  também  Grã-Cruz  da  Ordem  de  S.  Stanisláo  da 
Rússia,  Grande  Official  da  Coroa  de  Itália,  Commendador  de  Villa  Viçosa  de 
Portugal,  Official  da  Legião  de  Honra  da  França  e  Commendador  da  R.  Ordem 
de  S.  Bento  de  Aviz  de  Portugal. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão  com  grandeza  por  decreto  de  20  de  Junho  de  1888. 


C 


URURIPE.  (Barão  de)  Miguel  Soares  Palmeira. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  19  de  Julho  de  1889 


'35 


COTEGIPE.  (Barão  com  grandeza  de)  João  Maurício  Wanderley. 
Nasceu  na  villa  da  Barra  do  Rio  S.  Francisco,  na  Bahia,  em  23  de 
Outubro  de  181 5. 
Falleceu  na  cidade  do  Rio  de  Janeiro  em  13  de  Fevereiro  de  1889. 
Filbo  do  Capitão-Mór  João  Mauricio  Wanderley  e  de  sua  mulher  D.  Francisca 

Antónia  Wanderley. 
Casou  com  D.  Antónia  da  Rocha  Pitta  e  Argollo,  filha  dos  Condes  do  Passe. 

Bacharel  em  Direito  pela  Faculdade  de  Olinda  em  1837,  foi  Juiz  de 
Direito  de  Comarca  de  Santo  Amaro,  Chefe  de  Policia  e  depois  Presidente  da 
Bahia,  em  1852.  Deputado  Provincial,  representou  também  sua  Província 
natal  na  5.*,  6.*,  '].'■,  8.*,  9.*  legislaturas,  desde  1843  até  i8s6,  sendo  nomeado 
Senador  em  i8s6.  Presidiu  o  Senado  na  sessão  de  1882-1885. 

Foi  8  vezes  Ministro  de  Estado,  occupando  as  pastas  do  Império,  Estran- 
geiros, Marinha,  Fazenda,  nos  seguintes  Gabinetes:  12.°  de  1853,  23.°  de 
1868,  26."  de  1875  e  34."  de  20  de  Agosto  de  1885,  do  qual  foi  Presidente 
do  Conselho.  Como  Ministro  Plenipotenciário  e  Enviado  Extraordinário  esteve 
em  Missão  Especial  na  Republica  do  Prata  para  firmar  o  tratado  de  paz  nos 
termos  do  tratado  da  Tríplice  Alliança.  Foi  Provedor  da  Santa  Casa  de 
Misericórdia,  cargo  que  o  illustre  servidor  da  Pátria  desempenhou  desde  5  de 
Agosto  de  1883  até  seu  fallecimento,  e,  por  iniciativa  de  S.  Magestade  o 
Imperador,  deve-se  a  seus  esforços  a  fundação,  no  Rio  de  Janeiro,  do  Instituto 
Pasteur,  inaugurado  em  25  de  Fevereiro  de  1888,  destinado  ao  tratamento 
prophilatico  da  raiva. 

Foi  Presidente  eleito  pelos  accionistas  de  Banco  do  Brasil,  sócio  do 
Instituto  Histórico  e  Geographica  Brasileiro  desde  1845,  etc. 

Era  Grande  do  Império,  do  Conselho  de  S.  Magestade,  Dignitário 
da  1.  Ordem  de  Cruzeiro,  Commendador  da  1.  Ordem  da  Rosa,  Grã-Cruz  da 
de  Villa  Viçosa  de  Portugal,  da  R.  Ordem  de  Carlos  III  e  de  Isabel  a  Catholica 
da  Hespanha,  de  Leopoldo  da  Bélgica,  da  Coroa  da  Itália,  e  da  Águia  Vermelha 
da  Prússia. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  com  grandeza  por  decreto  de  14  de  Março  de  1860. 


136 


COTINGUIBA.   (Barão  de)  Bento  de  Mello  Pereira. 
Fallccm  na  Província  do  Ceará  em  1862. 

Era  Commendador  da  I.  Ordem  de  Christo  e  Official  da  I.  Ordem  da 
Rosa. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão  por  decreto  de  25  de  Março  de  1849. 


CRATO.  (Barão  do)  Bernardo  Duarte  Brandão. 
Nasceu  em  15  de  Julho  de  1832,  na  cidade  de  Icó,  no  Ceará. 
Fãlleceu  em  Paris  em  19  de  Junho  de  1880.  I 

Filho  de  Bernardo  Duarte  Brandão.  i 

Bacharel  em  Direito  em  18^4,  foi  duas  vezes  Deputado  Provincial  e  Vice- 
Presidente  da  Província  do  Ceará,  que  representou  na  Assembléa  Geral, 
na  12.*  legislatura  de  1864  a  1866  e  na  13.^  de  1867  a  1870.  i 

Era  Official  da  I.  Ordem  da  Rosa.  i 

! 
CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  14  de  Setembro  de  i86ó. 


CROATA.  (Barão  de)  Manuel  Gomes  da  Silva  Belfort. 
Fãlleceu  na  Província  do  Maranhão  em  20  de  Abril  de  1861. 

Era  Commendador  da  I.  Ordem  de  Christo. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão  por  decreto  de  2  de  Desembro  de  1854. 


Archivo  NobilUrchlco  Brasileiro  18 

'37 


CRUANGY.  (Barão  de)  Felisberto  Ignacio  de  Oliveira. 
Nasceu  na  Província  de  Pernambuco. 
Falleceu  na  Bahia  em  1870. 

Era  irmão  do  Barão  de  Ouricury. 

Commendador  da  Real  Ordem  de  Christo  de  Portugal. 

BRAZAO  DE  ARMAS  :  Escudo  de  prata  partido  :  ao  primeiro,  uma  oliveira  de  sinople  com  fructos  de  oiro  : 
ao  segundo,  três  faxas  de  azul  com  uma  abelha  em  cada  uma.  Timbre  :  uma  cruz  de  goles,  florida 
e  aberta.  (Brazão  passado  em  30  de  Agosto  de  1867.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  86). 

COROA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  22  de  Junho  de  1867. 


CRUZ  ALTA.  (1.°  Barão  da)  José  Gomes  Portinho. 
Nasceu  no  Rio  Grande  do  Sul. 

Casou  com  D.  Branca  Sertório  Portinho,  fallecida  com  cerca  de  8o  annos,  no 
Rio  Grande  do  Sul,  em  6  de  Abril  de  191 5. 

Era  Brigadeiro  honorário  do  Exercito.  Tinha  a  medalha  de  Paysandú. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  1 1  de  Março  de  1878. 


138 


CRUZ  ALTA.  (2.°  Barão  da)  Joaquim  de  Campos  Negreiros, 
Casou  com   D.   iVlaria   Luisa   Mendes   Ribeiro,   natural  do  Rio   de 
Janeiro,  filha  de  Luiz  Mendes  Ribeiro. 
Fazendeiro. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  [4  de  Junho  de  1887. 


CRUZEIRO.  (Visconde  com  grandeza  de)  Jeronymo  José  Teixeira 
Júnior. 
Nasceu  no  Rio  de  Janeiro  em  25  de  Novembro  de  1830. 
Fallcceu  em  Roma  em  26  de  Desembro  de  1892. 
Filho  de  Jeronymo  José   Teixeira   e  de  sua  mulher  D.  Anna  Maria  Netto 

Teixeira. 
Casou  com  uma  filha  dos  Marquezes  de  Paraná. 

Bacharel  pelo  Collegio  D.  Pedro  II  e  em  sciencias  jurídicas  e  sociaes  pela 
Academia  de  S.  Paulo  em  1853.  Foi  Deputado  Provincial  em  2  legislaturas  e 
representou  igualmente  sua  Província  natal  na  Assembléa  Geral,  nas  14.*  e 
15.»  legislaturas,  desde  1869  até  1875,  presidendo  a  Gamara  dos  Deputados 
em  1871-1872. 

Foi  nomeado  Senador  por  sua  Província  em  1873.  Ministro  da  Agricultura, 
Gommercio  e  Obras  Publicas  no  24.°  Gabinete  de  1870,  Director  do  Banco 
do  Brasil,  Provedor  da  Santa  Gasa  de  Misericórdia  e  Director  da  Estrada  de 
Ferro  D.  Pedro  II,  etc. 


'39 


Foi  Conselheiro  de  Estado  em  1874,  do  Conselho  de  S.  Magestade  e 
Grande  do  Império.  Era  Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Imperial,  Commendador  da 
I.  Ordem  de  Christo  e  Official  da  I.  Ordem  da  Rosa. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  De  azul,  cinco  estrellas  de  prata  de  cinco  raios,  representando  a  constellação  do 
Cruzeiro  do  Sul. 

CORÔA  :  A  de  Conde. 

CREAÇAO  DO  TITULO  :  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  13  de  Junho  de  1888. 


CUNHA.  (Visconde  com  grandeza  e  Marquez  da)  Dom  Francisco  da 
Costa  de  Souza  Macedo. 

Nasceu  em  Lisboa  em  9  de  Maio  de  1 788. 

Falleceu  nessa  cidade  em  16  de  Agosto  de  1852. 

Filho  de  D.  Maria  José  de  Souza  Macedo,  2.^  Viscondessa  de  Mesquitella 
e  4."  Baroneza  de  Mullingar,  no  Pareato  da  Inglaterra  e  de  seu  marido, 
D.  José  Francisco  da  Costa  de  Souza  e  Albuquerque,  Armador-Mór,  e 
do  Conselho  de  S.  Magestade  a  Rainha  D.  Maria  I.  Era  irmão  do  Conde 
de  Mesquitella,  em  Portugal. 

Casou  com  D.  Maria  Leonor  Carneiro  Vianna,  filha  de  Paulo  Fernandes  Vianna 
e  de  sua  mulher  D.  Luiza  Rosa  Carneiro  da  Costa  e  irmã  do  Conde 
de  S.  Simão  ;  era  Dama  Honorária  de  S.  Magestade  a  Imperatriz  D.  Maria 
Leopoldina  e  nasceu  em  26  de  Junho  de  1808,  fallecendo  no  Rio  de 
Janeiro  em  30  de  Maio  de  1826,  sendo  entrão  Viscondessa  da  Cunha. 

Foi  Official  General  do  Exercito  Brasileiro,  Veador,  Gentil-Homem  da  Impe- 
rial Gamara,  Mordomo-Mór  de  S.  Magestade  a  Imperatriz  D.  Maria  Leopoldina. 

Era  condecorado  com  diversas  medalhas  militares,  Commendador  das 
I.  I.  Ordens  do  Cruzeiro  e  de  Christo.  Falleceu  em  Lisboa,  completamente 
retirado  da  sociedade  e  entregue  á  vida  religiosa. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  12  de  Outubro  de  1824.  Marquez  por 
decreto  de  12  de  Outubro  de  1826. 


C 


UNHA  BUENO.    (Barão  de   Itaquary,   da  Cunha    Bueno  e 
conde  da)  Francisco  da  Cunha  Bueno. 


Vis- 


140 


Nasceu  na  Província  de  S.  Paulo. 

Falleceu  na  mesma  Província  em  1903,  aos  73  annos  de  idade. 

Filho  do  Sargento-Mór  Francisco  Marianno  da  Cunha  e  de  sua  segunda  mullier 
D.  Joaquina  Angélica  de  Barros. 

Casou  em  primeiras  núpcias  com  D.  Eudoxia  Henriqueta  de  Oliveira,  filha 
do  Coronel  João  Baptista  de  Oliveira  e  de  sua  mulher  D.  Anna  Rufina 
Teixeira  do  Prado  e  em  segundas  núpcias  com  D.  Theresa  de  Aguirre, 
filha  de  João  Baptista  de  Campos  Pinto  e  de  sua  mulher  D.  Rosa  Amélia 
de  Aguirre. 

Era  chefe  politico  na  Provinda  de  S.  Paulo  e  fazendeiro.  Foi  agraciado, 
primeiro  com  o  titulo  de  Barão  de  Itaquary,  titulo  este  que  foi  substituído 
pelo  de  Barão  da  Cunha  Bueno. 

CREAÇÃO  DOS  títulos  :  Barão  de  Itaquary  por  decreto  de  7  de  Maio  de  1887.  Barão  da  Cunha  Bueno 
por  decreto  de  6  de  Junho  de  1887.  Visconde  da  Cunha  Bueno  por  decreto  de  2  de  Janeiro  de  1889. 


CURVELLO.  (Barão  com  grandeza  do)  Joaquim  José  Meirelles  Freire. 
Falleceu  em  Portugal  em  n  de  Julho  de  1877,  com  85  annos  de 
idade. 
Casou  com  D.  António  Flora  de  Almeida  Barradas,  que  falleceu  em  23  de 
Agosto  de  1 86 1 . 

Era  Commendador  da  1.  Ordem  de  Christo  e  Official  da  I.  Ordem  da 
Rosa. 

CREAÇÃO  DOS  títulos  :  Barão  por  decreto  de  17  de  Novembro  de  1851.  Barão  com  grandeza  por  decreto 
de  21  de  Desembro  de  1871. 


D  ESCALVADO.  (Barão  de)  José  Elias  de  Toledo  Lima. 
Nasceu  na  cidade  de  Mogymirim,  na  Província  de  S.  Paulo,  em  7  de 
novembro  de  1816. 
Filho  de  Elias  António  Aranha  de  Camargo,  e  de  sua  primeira  mulher  D.  Maria 
Gertrudes  de  Toledo,  com  quem  casou  em  1801. 


141 


Casou  com  D.  Anna  Leduina  da  Cunha,  filha  de  João  Gonçalves  Teixeira  e 
de  sua  mulher  D.  Anna  Leduina  da  Cunha. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  23  de  Desembro  de  1887. 


DESTERRO.  (Barão  do)  João  José  de  Almeida  Couto. 
Nasceu  na  cidade  de  Maragogipe,  na  Bahia,  a  24  de  Desembro  de 
1812. 
Casou  em  primeiras  núpcias  com  D.  Lina  da  Costa  Lima  e  em  segundas 
núpcias  com  D.  Anna  Bernardina  de  Almeida  Torres. 

Bacharel  em  Direito,  em  1835,  pela  Faculdade  de  S.  Paulo,  foi  logo 
nomeado  Secretario  do  Governo  da  Bahia.  Eleito  Deputado  pela  Bahia  na 
6.='  legislatura  de  1845  a  1847,  e  na  8.'''  de  1850  a  1852.  Foi  Juiz  de  Direito 
em  Sorocaba  (S.  Paulo),  em  Cabo  Frio  e  Macahé. 

Foi  Auditor  da  Marinha  na  Corte,  Desembargador  da  Relação  da  Bahia, 
e  ahi  exerceu  também  o  cargo  de  Vice-Presidente  de  1870  a  1878. 

Foi  nomeado  Ministro  do  Supremo  Tribunal  em  1881,  aposentando-se 
em  1886.  Era  do  Conselho  de  Sua  Magestade,  Sócio  do  Instituto  Histórico 
e  Geographico  Brasileiro,  Cavalleiro  da  I.  Ordem  de  Christo  e  Official 
da  1.  Ordem  da  Rosa. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  29  de  Novembro  de  1886. 


DIAMANTINA.  (Barão  de)   Francisco  José  de  Vasconcellos  Lessa. 
Falleceu  em  2  de  Abril  de  1862,  na  Província  de  Minas  Geraes. 

Era  Commendador  da  Imperial  Ordem  de  Christo. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  2  de  Desembro  de  1854. 


142 


DIAMANTINA.    (Barão  de)  António  de  Cerqueira  Caldas. 
Natural  da  Província  de  Cuyabá,  Matto-Grosso. 

Era  Coronel  Commandante  Superior  da  Guarda  Nacional  de  Cuyabá,  na 
Província  de  Matto-Grosso.  Foi  Vice-Presidente  dessa  Provinda  e  Deputado 
Geral  na  2o.'''  legislatura  de  1866  a  1889.  Era  Proprietário  e  negociante  e 
Commendador  da  Imparial  Ordem  da  Rosa. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Em  campo  de  oiro,  um  leão  de  goles  rompente,  tendo  na  garra  esquerda  um  cadu- 
ceu de  oiro  ;  bordadura  de  sinople  carregada  de  quatro  abelhas  de  oiro  acantonadas,  e  de  quatro 
besantes  de  prata  em  cruz.  (Brazão  passado  em  29  de  Junho  de  1871.  Reg.  no  Cartório  da  Nobraza, 
Liv.  VI,  fls.  115). 

CORÔA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão  por  decreto  de  i  7  de  Maio  de  1871. 


DORES   DE  GUAXIPE.  (Barão  das)  Manuel  Joaquim  Ribeiro  do 
Valle. 
Tenente-Coronel  du  Guarda  Nacional. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  3  de  Agosto  de  1889. 


D 


OURADO.  (1.°  Barão  do)  José  António  da  Silva  Freire. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  21  de  Abril  de  1883. 


'43 


D 


OURADO.  (2.°  Barão  do)  José  Luiz  Borges. 
Casou  com  D.  Amália  Carolina  de  Oliveira,  filha  dos  Viscondes  do 
Rio  Claro,  José  Estanisláo  de  Oliveira  e  sua  mulher  D.  Eliza  de  Mello 
Franco.  Era  portanto  irmã  do  2.°  Barão  de  Araraquára,  Barão  de  Mello 
e  Oliveira  e  da  2."  Baroneza  de  Piracicaba. 

Tenente-Coronel  da  Guarda  Nacional. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  ;   Barão  por  decreto  de  13  de  Agosto  de  1889. 


DRUMMOND.  (Barão  de)  João  Baptista  Vianna  Drummond. 
Foi  Director  da  Companhia  Ferro-Carril  de  Villa-Isabel,  no  Rio  de 
Janeiro,  e  o  Creador  do  Jardim  Zoológico  na  encosta  da  Serra  do  Engenho 
Novo,  no  Rio  de  Janeiro. 

Era  Official  da  Imperial  Ordem  da  Rosa. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  19  de  Agosto  de  1888. 


DUAS  BARRAS.  (i.°  Barão  das)  João  António  de  Moraes. 
Falleceu  a  9  de  Outubro  de  1883. 

Era  Official  da  Imperial  Ordem  da  Rosa. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  ;  Barão  por  decreto  de  8  de  Julho  de  1867. 


D 


UAS  BARRAS.  (2.»  Barão  das)  Elias  António  de  Moraes. 
Bacharel  em  Direito. 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  24  de  Agosto  de  1889. 


'44 


EM  BA  RE.  (Barão  e  Visconde  com  grandeza  de)  António  Ferreira  da 
Silva. 
Nasceu  na  cidade  de  Santos,  Provincia  de  S.  Paulo,  em  21  de  Desembro  de 

1826. 
FaUeceu  em  2 1  de  Desembro  de  1 887 . 
Filho  do  Commendador  António  Ferreira  da  Silva,  de  nacionalidade  portu- 

gueza,  e  de  sua  mulher  D.  Maria  Luiza  Ferreira,  natural  de  S  Paulo. 
Casou  em  primeiras  núpcias  com  D.  Gabriella  Anna  de  Carvalhaes  Ferreira, 

e  em  segundas  com  sua  cunhada  D.  Josephina  de  Carvalhaes  Ferreira, 

filhas  do  Commendador  Barnabé  Vaz  de  Carvalhaes. 

Commandante  Superior  da  Guarda  Nacional  de  Santos,  foi  Delegado  de 
Policia,  Vereador  da  Camará  Municipal  diversas  vezes,  Deputado  Provincial 
em  1854  e  Provedor  da  Santa  Casa  de  Misericórdia,  em  1880. 

Era  Commendador  da  Imperial  Ordem  da  Rosa  e  Grande  do  Império. 

CREAÇÃO  DOS  títulos  :    Barão  por  decreto  de   2   de   Maio  de  1874.  Visconde  por  decreto  de   3 1    de 
Desembro  de  1880.  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  7  de  Maio  de  1887. 


ENGENHO  NOVO.   (Barão  do)  António  Pereira  de  Souza  Barros. 
Natural  da  cidade  de  Valença,  no  Estado  do  Rio  de  Janeiro,  onde 
nasceu  em  30  de  Maio  de  181 5. 

Fallcceu  no  Rio  de  Janeiro,  em  12  de  Outubro  de  1884. 
Filho  de  Manuel  Pereira  Terra,  de  nacionalidade  portugueza,  e  de  sua  mulher 


Archivo  Nobiliarchico  Brasileiro  19 


'45 


D.  Carlota  Maria  de  Souza  Barros,  que  era  filha  do  Tenente  António  de 
Souza  Barros. 
Casou  com  D.  Rita  Nunes,  nascida  em  1 1  de  Abril  de  1 82 1  e  fallecida  em  6  de 
Novembro  de  1885,  e  era  filha  de  Matheus  José  Nunes  e  de  sua  mulher 
D.  Rita  Victorina  de  Cássia  Nunes,  ambos  naturaes  de  Portugal. 

Era  fazendeiro  em  Valença  e  proprietário  no  Rio  de  Janeiro,  possuindo 
avultado  numero  de  prédios  no  Engenho  Novo. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  partido  em  pala  :  na  primeira  as  armas  dos  Souzas  do  Prado,  —  escudo  esquar- 
telado  ;  no  primeiro  quartel,  as  quinas  do  Reino,  sem  a  orla  dos  castellos ;  no  segundo,  em  campo 
de  prata,  um  leão  rompente,  de  goles  ;  e  assim  os  contrários  ;  na  segunda  pala,  as  armas  dos  Barros, 
—  de  vermelho,  três  bandas  de  prata,  e  sobro  o  campo,  nove  estrellas  de  oiro,  i,  3,  3  e  2.  Timbre  : 
uma  aspa  vermelha  e  azul,  uma  perna  de  cada  côr,  e  carregadas  de  cinco  estrellas  das  armas. 
(Brazão  passado  em  10  de  Agosto  de  1881.) 

COROA  ;  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  4  de  Outubro  de  1876). 


-^ 


ENTE  RIOS.  (1.°  Barão  de)  António  Barroso  Pereira. 
Natural  da  Parahyba  do  Sul. 
Falleceu  em  Petrópolis,  na  Província  do  Rio  de  Janeiro,  em  12  de  Desembro 
de  1862,  e  a  Baroneza,  a  20  de  Junho  de  1876,  em  Parahyba  do  Sul, 
Rio  de  Janeiro. 

Commendador  da  Imperial  Ordem  de  Christo  e  Official   da  Imperial 
Ordem  da  Rosa. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  ;  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro,  as  armas  dos  Barrosos,  —  de  vermelho,  com 
cinco  leões  de  prata,  cada  um  com  duas  faxas  xadresadas  de  oiro  e  vermelho,  postos  em  santor ;  no 


146 


segundo,  as  dos  Pereiras,  —  de  goles,  com  uma  cruz  de  prata,  florida,  vasia  do  campo  ;  e  assim  os 
alternos. 

COROA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  15  de  Desembro  de  1852. 


E 


NTRE  RIOS.  (2.°  Barão  e  Visconde  de)  António  Barroso   Pereira. 
Filho  dos  I ."'  Barões  de  Entre  Rios. 


BRAZÃO  DE  ARIVIAS  :  As  de  seu  pae  o  i."  Barão  de  Entre  Rios.  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro,  as 
armas  dos  Barrosos,  —  de  vermelho,  em  cinco  leões  de  prata,  cada  um  com  duas  faxas  xadresadas 
de  oiro  e  vermelho,  postas  em  santor  ;  no  segundo,  as  dos  Pereiras,  —  de  goles,  com  uma  cruz  de 
prata,  florida,  vasia  do  campo  ;  e  assim  os  alternos. 

COROA  :  A  de  Visconde. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  28  de  Agosto  de  1877.  Visconde  por  decreto  de  17  de 
Fevereiro  de  1883. 


ESCADA.  (Barão  da)  Belmiro  da  Silveira  Lins. 
Falleceu  assassinado  por  occasião  de  uma  eleição  senatorial  na  cidade 
da  Victoria. 
Filho  do  Visconde  de  Utinga,  e  i  .<•  Barão  do  mesmo  titulo,  Henrique  Marques 

Lins  e  de  sua  mulher  a  Viscondessa  D.  Carolina  de  Caldas  Lins. 
Casou  com  D.  Maria  de  Souza  Lins. 

Era  Tenente-Coronel  da  Guarda  Nacional. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão  por  decreto  de  9  de  Setembro  de  1874. 


«47 


ESCRAGNOLLE.  (Barão  de)  Gastão  (Luiz,  Henrique  de  Robert) 
de  Escragnoile. 

Nasceu  no  Rio  de  Janeiro  em  i6  de  Abril  de  1821. 

Falleceu  nessa  cidade  em  1888. 

Filho  de  Alexandre  Luiz  Maria  de  Robert  de  Escragnoile,  conde  de  Escra- 
gnoile, nascido  no  castello  d'Escragnolle,  no  Departamento  dos  Alpes 
Marítimos,  em  França,  em  1785,  e  falleceu  a  16  de  Junho  de  1828,  quando 
exercia  a  Commissão  de  Coronel  Commandante  e  Governador  das  Armas 
no  Maranhão.  Veio  n'armada  que  accompanhou  D.  João  VI  e,  devotado 
a  causa  brasileira  em  1822,  prestou  relevantes  serviços  ao  paiz.  Era 
condecorado  com  a  Ordem  de  S.  Bento  de  Aviz,  do  Cruzeiro,  de  S.  Luiz 
da  França,  e  com  a  Medalha  do  Exercito.  Foi  o  fundador  da  nobre 
familia  brasileira  do  seu  appellido.  Casou  em  18 10  com  D.  Adelaide 
Francisca  Magdalena  de  Beaurepaire,  nascida  em  1785  e  fallecida  no  Rio 
de  Janeiro  em  22  de  Setembro  de  1840;  filha  do  Conde  Amadeo  de 
Beaurepaire,  e  de  sua  mulher  D.  Clara  Fery. 

Casou  em  1845  <^orn  D.  Anna  Leopoldina  da  Silva  Porto,  descendente  de 
velha  familia  da  Província  de  Minas  Geraes. 

O  Barão  de  Escragnoile,  titular  Brasileiro,  Conde  e  mais  tarde  Marquez 
do  mesmo  titulo  em  França,  serviu  com  a  Barão  de-  Caxias  nas  campanhas 
de  pacificação  do  Maranhão  em  1840,  de  Minas  Geraes  em  1842  e  do  Rio 
Grande  do  Sul  em  1844. 

Completa  e  irremediável  surdez  obrigou-o  á  cortar  a  brilhante  carreira 
das  armas  aos  quarenta  annos  de  idade,  quando  já  Tenente-Coronel.  Nomeado 


■  48 


por  D.  Pedro  II  Administrador  da  Floresta  Nacional  da  Tijuca,  foi  o  creador 
do  admirável  Parque  Nacional  que  se  extende  pelos  valles  e  quebradas  da 
Serra  do  Andarahy. 

Era  Cavalleiro  da  Imperial  Ordem  de  S.  Bento  de  Aviz. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Em  campo  de  oiro  uma  aspa  de  sinople  acompanhada  em  chefe  de  um  roque  de 
xadrez  do  mesmo,  supportes,  duas  águias  de  sua  côr.  Divisa  :  Longe  fert  levis  aura. 

CORÔA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  i  de  Setembro  de  1880. 


ESTANCIA.  (Barão  da)  António  Dias  Coelho  de  Mello. 
Natural  da  Província  de  Sergipe. 
Foi  fazendeiro;  Deputado  Geral  na  13.*  legislatura  de  1867  a  1870,  na 
17.'*  e  18.*  de  1878  a  1884  e  Senador  em  1885,  tudo  por  sua  Província  natal. 
Possuio  as  Imperiaes  Ordens  de  Christo  e  da  Rosa. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  1 8  de  Setembro  de  1867. 


ESTRELLA.  (Barão  da)  José  Joaquim  de  Maia  Monteiro. 
Nasceu  no  Rio  de  Janeiro. 
Falleceu  nessa  cidade. 

Filho  de  Joaquim  Manuel  Monteiro,  Visconde  e  i."  Conde  da  Estrella,  por 
Portugal,  capitalista  e  abastado  proprietário  no  Rio  de  Janeiro,  nasceu 
na  freguesia  de  Santa  Maria  de  Carvoeiros,  Conselho  e  districto  de  Vianna 


'49 


do  Castello,  em  Portugal,  a  13  de  Fevereiro  de  1800,  fallecido  no  Rio 
de  Janeiro,  a  31  de  Maio  de  1875,  ^  ^^  sua  segunda  mulher  D.  Luisa 
Amália  da  Silva  Maia,  que  nasceu  em  31  de  Outubro  de  1823  e  era  filha 
do  Conselheiro  de  Estado  e  Senador  por  Goyaz,  nomeado  em  1843  ^ 
fallecido  em  1853,  Desembargador  José  António  da  Silva  Maia  e  de  sua 
mulher  D.  Maria  Luisa  Innocencia  Gomes. 

Era  irmão  do  Barão  de  Maia  Monteiro,  e  por  parte  do  pae  do  2.°  Conde 
da  Estrella,  por  Portugal,  Joaquim  Manuel  Monteiro. 

Casoit  com  D.  Theresa  de  Vasconcellos  Drummond,  filha  do  antigo  diplomata 
Conselheiro  António  de  Menezes  Vasconcellos  de  Drummond  (N.  em  21 
de  Maio  de  1794,  f  em  15  de  Janeiro  de  1874). 

Era  Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Imperial  e  da  Real  Casa  de  Portugal  e 
Commendador  da  Ordem  de  N.  S.  da  Conceição  de  Villa  Viçosa. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  As  de  seu  Pae,  o  i.°  Conde  da  Estrella.  Escudo  partido  em  pala  ;  na  primera,  as 
armas  dos  Monteiros,  —  em  campo  de  prata  três  buzinas  de  preto,  com  hocacs  de  oiro  e  cordões 
vermelhos,  postas  em  roquetc  ;  na  segunda,  as  dos  Rodrigues,  —  de  oiro  com  cinco  flores  de  liz  de 
vermelho  em  santor ;  chefe  de  vermelho  com  uma  cruz  de  oiro  florida  aberta  do  campo.  (Brazão 
passado  em  19  de  Fevereiro  de  1855.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  Vlll,  fls.  397). 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  13  de  Outubro  de  1876. 


E 


XU.  (Barão  de)  Gualter  Martiniano  de  Alencar  Araripe. 
Natural  da  Ceará. 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  3  de  Novembro  de  lí 


F 


ANADO.    (Visconde   com    grandeza   do)   João    Gomes    da   Silveira 
Mendonça. 

yide  noticia  no  titulo  Marqiie:(  de  Sabard. 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  12  de  Outubro  de  1824. 


150 


F 


ERREIRA  BANDEIRA.  (2.°  Barão  de  Fiaes,  de  Ferreira  Bandeira 

e  Visconde  de)  Pedro  Ferreira  de  Vianna  Bandeira. 
Natural  de  Bahia. 

Era  Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Imperial. 

CREAÇÃO  DOS  títulos  :  Barão  de  Fiáes,  por  decreto  de  i  i  de  Desembro  de  1875,  que  foi  annulado. 
Barão  de  Ferreira  Bandeira,  por  decreto  de  28  de  Março  de  1877.  Visconde  de  Ferreira  Bandeira  por 
decreto  de  28  de  Outubro  de  1882. 


FIAES.  (i ."  Barão  com  grandeza  e  Visconde  com  grandeza  de)  Luiz  Paulo 
de  Araújo  Bastos. 
Nasceu  no  Rio  de  Janeiro  em  3  de  Janeiro  de  1797,  e  falleceu  na  Bahia  em  27 
de  Julho  de  1863. 

Doutor  em  direito  canónico,  foi  Desembargador  da  Casa  da  Supplicação, 
com  29  annos  apenas.  Intendente  Geral  de  Policia  em  1824- 1830,  sustentou  a 
sua  custa  50  soldados  de  caçadores  nas  guerras  do  Maranhão  e  Rio  Grande 
do  Sul.  Era  do  Conselho  de  S.  Magestade  e  Deputado  Geral  na  1.*  legislatura 
de  1826  a  1829  e  na  3.*  de  1834  a  1837  pela  Província  da  Bahia. 

Era  Official  da  Imperial  Ordem  do  Cruzeiro,  em  1823,  Commendador  da 
imperial  Ordem  da  Rosa,  em  1860,  tinha  o  Habito  de  Christo,  e  era  Fidalgo 
Cavalleiro  da  Casa  Imperial,  em  1829. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  7  de  Julho  de  1841.  Barão  com  grandeza  por  decreto 
de  2  de  Desembro  de  1849.  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  2  de  Desembro  de  1854. 


F 


lAES.  (2.»  Barão  de)  Pedro  Ferreira  de  Vianna  Bandeira. 

Vide  noticia  no  titulo  Visconde  de  Ferreira  Bandeira  acima. 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  1 1  de  Desembro  de  1875. 


>5« 


FIGUEIREDO.  (Visconde  e  Conde  de)  Francisco  de  Figueiredo. 
Nasceu  no  Rio  de  Janeiro  a  13  de  Novembro  de  1843  e  ainda  vive. 
Filbo  de  José  António  de  Figueiredo  Júnior,  e  de  sua  mulher  D.  Joaquina 
Carlota  Penna  de  Figueiredo. 

Notável  banqueiro,  economista  e  financeiro,  foi  Director  do  Banco  do 
Brasil,  e  fundador  de  diversos  estabelecimentos  bancários.  Sócio  bemfeitor  do 
Instituto  Histórico  e  Geographico  Brasileiro,  era  grande  do  Império,  Official 
da  I.  Ordem  da  Rosa  e  Commendador  da  N.  S.  da  Conceição  de  Villa  Viçosa. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Em  campo  azul  uma  banda  de  oiro  carregada  de  Ires  estrellas  de  goles  entro  uma 
flor  de  liz  de  prata  e  uma  cruz  florida  do  mesmo.  Divisa  :  /Igere  non  loqiii. 

COROA  :  A  de  Conde. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Visconde  por  decreto  de  19  de  Julho  de  1879.  Conde  por  decreto  de  31  de 
Outubro  de  itSp. 


FLAMENGO.  (Barão  do)  Luiz  de  Mattos  Ferreira  de  Castro. 
Casou  com  D.   Luiza  Amália  Pereira  de  Castro,  nascida  em  1833  e 
fallecida  no  Rio  de  Janeiro  em  27  de  Junho  de  181 5. 

Capitalista  e  proprietário  foi  Director  do  Banco  Commercial  do  Rio  de 
Janeiro. 

Era  Official  da  Ordem  da  Rosa,  Commendador  da  Conceição  de  Villa  Viçosa. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  17  de  Desembro  de  1881. 


152 


FONSECA.  (Barão  do)  João  de  Figueiredo  Pereira  de  Barros. 
Proprietário  na  cidade  e  Provincia  do  Rio  de  Janeiro,  Official  da  impe- 
rial Ordem  da  Rosa. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  partido  de  azul  e  prata,  no  primeiro  um  castello  de  oiro  acompanhado  em 
chefe  de  uma  águia  de  prata  estendida,  no  segundo  um  leão  de  goles  rompente  armado  de  sable, 
tendo  na  bocca  uma  espada  de  azul  com  punhos  de  oiro.  Divisa  :  Libenter.  (Brazão  passado  em  1 1  de 
Desembro  de  18Ó7.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  95). 

COROA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  3  de  Abril  de  1867. 


Archivo  Nobíliarchico  Brasileiro  20 


'53 


FONSECA    COSTA.    (Baroneza   e  Viscondessa   com    grandeza   da) 
D.  Joaquina  da  Fonseca  Costa. 
Nasceu,  no  Rio  de  Janeiro  a  i8  de  Novembro  de  1808  e  falleceu  em  4  de 

Junho  de  1896  na  mesma  cidade. 
Filha  de  José  Maria  da  Fonseca  Costa,  irmão  do  Marquez  da  Gávea  e  de  sua 
mulher  D.  Libania  Carneiro  da  Silva. 

Foi  Aia  da  Imperatriz  e  Dama  da  Ordem  Pontifícia  do  Santo  Sepulchro,  e 
Dama  ao  serviço  de  S.  M.  a  Imperatriz,  nomeada  em  1846. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Uma  lisonja  partida  em  pala  :  na  primeira,  as  armas  dos  Fonsccas,  — de  oiro,  com 
cinco  estrellas  de  goles  de  cinco  raios,  postas  em  santor,  et  na  segunda,  as  dos  Costas,  —  de 
vermelho,  com  seis  costas  de  prata  firmadas  e  postas  em  duas  palas. 

COROA  :  A  de  Conde. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Baroneza  por  decreto  de  14  de  Março  de  1877.  Viscondessa  com  grandeza  por 
decreto  de  8  de  Agosto  de  1888. 


FORTE  DE  COIMBRA.   (Barão  do)  Hermenegildo  de  Albuquerque 
Porto  Carrero. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro  em  12  de  Setembro  de  1893. 

Depois  de  ter  occupado  todos  os  postos  do  exercito,  chegou  á  Tenente- 
General.  Prestou  relevantes  serviços  aTatria,  tanto  em  paz  como  en  guerra, 
onde  sobresahiu  pela  heróica  e  épica  defesa  do  forte  de  Coimbra,  em  Matto- 


«54 


Grosso,  contra  os  ataques  dos  Paraguayos,  em  1864,  quando  ainda  Tenente- 
Coronel  Commandante  do  3  Batalhão  de  Artilharia. 

Tinha  a  medalha  Geral  da  Campanha  do  Paraguay,   com  passador  de 
oiro. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  ;  Barão  por  decreto  de  13  de  Julho  de  1889. 


F 


RANÇA.  (Barão  de)  José  Garcia  Duarte. 
Coronel  da  Guarda  Nacional. 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  19  de  Novembro  de 


FRECHEIRAS.   (Barão  de)  António  dos  Santos  Pontual. 
Nasceu  na  Província  de  Pernambuco. 
Fallecen  na  dita  Província  em  1895. 

Filho  de  João  Manuel  Pontual  e  de  sua  mulher  D.  Theresa  dos  Santos  Pon- 
tual. Era  irmão  do  Barão  de  Petrolina. 
Casou  com  sua  prima  D.  Francisca  Dias  dos  Santos  Pontual,   natural  de 
Pernambuco,  filha  de  André  Dias,  e  irmã  do  Barão  de  Jundiá. 

Era  Agricultor  e  proprietário  de  usinas  na  Província  de  Pernambuco. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  8  de  Março  de  1880. 


155 


GAMBOA,  (i.o  Barão  e  Visconde  da)  José  Manuel  Fernandes  Pereira 
de  Barros. 
Casou  com  D.  Delfina  Margarida  de  Barros. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  De  goles,  com  uma  cruz  de  prata  florida  e  vasia  do  campo  ;  e  por  differença  uma 
brica  de  azul  carregada  de  uma  estrella  de  prata  de  cinco  raios.  Timbre  :  uma  cruz  vermelha,  florida 
e  vasia,  entre  dois  cotos  de  azas  de  anjos. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  12  de  Outubro  de  1825.  Visconde  por  decreto  de  12  de 
Outubro  de  1826. 


GAMBOA.  (2.°  Barão  da)  José  Manuel  Fernandes  Pereira. 
Filho  do  i."  Barão  e  Visconde  da  Gamboa. 
Casou  com  D.  Delfina  Rosa  dos  Santos  Pereira. 


156 


BRAZÃO  DE  ARMAS  :  As  de  seu  pae.  De  goles,  com  uma  cruz  de  prata  florida  e  aberta  do  campo  ;  e  por 
differença  uma  brica  de  azul  carregada  de  uma  estrella  de  prata  de  cinco  postas.  Timbre  :  uma  cruz 
vermelha,  florida  e  vasia,  entre  dois  cotos  de  azas  de  anjos. 

CREAÇÃO  DO  TÍTULO  :  Barão  por  decreto  de  27  de  Abril  de  1849. 


GÁVEA.  (Barão,  Visconde  com  grandeza  e  Marquez  da)  Manuel  António 
da  Fonseca  Costa. 
Nasceu  no  Rio  de  Janeiro  a  24  de  Abril  de  1803. 
Falleceu  nessa  cidade  em  13  de  Junho  de  1890. 
Filho  do  Tenente-Coronel  Manuel  António  da  Fonseca  Costa  e  de  sua  mulher 

D.  Maria  Balbina  da  Costa  Barros. 
Casou  com  Maria  Amália  de  Mendonça  Corte  Real.  Eram  Paes  do  Visconde 
da  Penha. 

Sentou  praça  em  17  de  Março  de  1808.  Em  1824  foi  sob  as  ordens  do 
Coronel  Lima  e  Silva  na  Expedição  de  Pernambuco,  como  Ajudante  de  Esqua- 
drão. Foi  Ajudante  de  Ordens  do  Governador  das  Armas  da  Província  de 
São  Paulo,  e  da  Corte,  em  1829. 

Commandante  das  armas  da  Bahia  em  1855,  e  Brigadeiro  nesse  anno. 
Foi  Commandante  Superior  da  Guardiã  Nacional  da  Corte  e  Vogal  do  Conselho 
Supremo  Militar.  Marechal  de  Campo,  em  1866,  Tenente-General  em  187 1  e 
Marechal  do  Exercito  em  1880.  Offereceu  durante  um  anno  em  1863,  10  "/o 
de  seu  soldo,  em  beneficio  da  defesa  da  Pátria.  Foi  Ajudante  General  do 
Exercito. 

Era  Grando  do  Império,  Conselheiro  de  Guerra,  Gentil-Homem  da  Impe- 
rial Gamara,  Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Imperial,  Grã-Cruz  da  Imperial  Ordem 
de  São   Bento  de  Aviz,  e  da  Imperial  Ordem  da  Rosa,  Commendador  da 


"57 


Imperial  Ordem  de  Christo,  e  da  de  N.  S.  da  Conceição  de  Villa  Viçosa, 
de  Portugal.  Tinha  a  medalha  da  Divisão  Cooperadora  da  Boa  Ordem. 

BRAZAO  DE  ARMAS  :  Escudo  partido  em  pala,  na  primeira  as  armas  dos  Fonsecas,  —  de  oiro  com  cinco 
estrellas  sanguinhas  de  cinco  raios,  postas  em  santor,  na  segunda,  as  armas  dos  Costas,  —  de 
vermelho,  seis  costas  de  prata  firmadas  nos  flancos  e  postas  em  duas  palas.  Timbre  :  duas  costas  em 
aspa  atadas  com  um  torçal  vermelho.  Paquife  das  cores  e  metaes  do  escudo. 

COROA  :  A  de  Marquez. 

CREAÇAO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  17  de  Maio  de  1871.  Visconde  com  grandeza  por  decreto 
de  19  de  Julho  de  1879.  Marquez  por  decreto  de  16  de  Maio  de  1888. 


GERALDO  DE  REZENDE.  (Barão  de)  Geraldo  Ribeiro  de  Souza 
Rezende. 
Nasceu  em  Campinas,  S.  Paulo. 
Falleceu  em  i  de  Outubro  de  1907. 
Filbo  do  Marquez  de  Valença,  Senador  Estevão  Ribeiro  de  Rezende,  e  da 

Marqueza  sua  mulher  D.  Ilidia  Mafalda  de  Souza  Rezende, 
irmão  do  Barão  de  Rezende. 
Casou  com  sua  prima  D.  Maria  Amélia  Barbosa  de  Oliveira,  filha  do  Conselheiro 

Albino  José  Barbosa  de  Oliveira  e  de  sua  mulher  D.  Izabel  Augusta 

de  Souza  Queiroz. 

Foi  Deputado  Geral  pela  Província  de  S.  Paulo.  Era  um  dos  Maiores 
fazendeiros  de  Campinas,  no  Estado  de  S.  Paulo,  sendo  sua  Fazenda  citada 
como  modelo  de  cultura  adiantada. 

Era  commendador  da  I.  Ordem  de  Christo,  e  Moço  Fidalgo  com  exercício 
na  Casa  Imperial. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Esíudo  esquartelado,  no  primeiro  e  quarto,  as  armas  de  Damião  Dias  Ribeiro,  — 
em  campo  azul,  um  leopardo  de  prata,  passante,  e  um  chefe  de  oiro,  carregado  de  três  estrellas  de 


158 


goles  ;  no  segundo,  as  armos  dos  Souzas,  que  s5o  esquarteladas  com  as  quinas  de  Portugal  ( i"  e  4")  ; 
e  as  de  leão  (2°  e  3°)  ;  no  terceiro,  as  armas  dos  Rezendes,  —  em  campo  de  oiro,  duas  cabras  de 
preto  gotadas  de  oiro;  e  por  differença  uma  brica  de  azul  com  uma  flor  de  oiro.  Timbre  :  o  dos 
Ribeiros,  —  o  leopardo  das  armas,  com  uma  estrella  de  goles  na  espadoa.  (Brazão  passado  em  27  de 
Junho  de  1870.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  l.iv.  VI,  fls.  108). 

COROA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  19  de  Junho  de  1889. 


GEREMOABO.  (Barão  de)  Cicero  Dantas  Martins. 
Natural  de  Alagoinhas,  Bahia. 
Era  Bacharel  em  sciencias  jurídicas  e  sociaes,  e  Deputado  pela  Provinda 
da  Bahia  na  14."  e  15.»  legislaturas  de  1869  a  1875,  na  16. '^  de  1878  e  na  20.» 
de  1886  a  1889. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  8  de  IMarço  de  1880. 


GERICINO.    (Visconde   com    grandeza   de)    Ildefonso   de   Oliveira 
Caldeira  Brant. 
Nasceu  na  Província  de  Minas  Geraes. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro,  em  24  de  Abril  de  1829,  solteiro,  com  55  annos 

de  idade. 
Filho  do  Coronel  Gregório  Caldeira  Brant,  e  de  sua  prima  e  mulher  D.  Anna 
Francisca  Joaquina  de  Oliveira  e  Horta,  ambos  naturaes  da  Província  de 
Minas  Geraes. 


'59 


Era  irmão  do  Marquez  de  Barbacena,  Felisberto  Caldeira  Brant  Pontes, 
Oliveira  e  Horta. 

Gentil-Homem  da  Imperial  Gamara,  Grande  do  Império  e  Commen- 
dador  da  Imperial  Ordem  de  Christo. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  As  de  suo  irmão  o  Marquez  de  Barbacena.  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro  e 
quarto  quartéis,  as  armas  dos  Caldeiras,  —  em  campo  azul,  uma  banda  de  prata  carregada  de  três 
caldeiras  de  preto  com  os  bocaes  de  oiro,  entre  duas  flores  de  liz  também  de  oiro  ;  no  segundo,  as 
dos  Oliveiras,  —  em  campo  vermelho,  uma  oliveira  verde  com  fructos  de  oiro  e  raizes  de  prata  ;  no 
terceiro,  as  dos  Hortas,  —  em  campo  de  oiro,  um  braço  nú,  posto  fixo  em  faxa  no  cabo  do  escudo 
com  uma  chave  grande  na  mão,  posta  em  pala,  de  sua  côr ;  e  o  contrachefe  ondeada  de  agua.  (Brazão 
passado  em  12  de  Fevereiro  de  1801.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  i64v). 

COROA  :  A  de  Conde. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  12  de  Outubro  de  1826. 


G 


INDAHY.  (Barão  de)  António  da  Rocha  de  Holanda  Gavalcante. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  19  de  Novembro  de  1888. 


G 


ORUTUBA.  (Barão  de)  Angelo  de  Quadros  Bittencourt. 
Coronel  da  Guarda  Nacional. 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  20  de  Junho  de  lí 


GOYANNA.  (1.°  Barão  com  grandeza  de)  D.'  José  Correia  Picanço. 
Nasceu  na  cidade  de  Goyanna,  na  Província  de  Pernambuco,  a  lo  de 
Novembro  de  1745. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro  a  20  de  Outubro  de  1823. 

Filho  de  Francisco  Correia  Picanço,  doutor  pela  Guria  Romano,  Proto- 
notario  Apostólico  ,e  Commissario  do  Santo  Officio,  e  de  D.  Joanna 
do  Rosário. 


160 


Casou  com  D.  Catharina  Brochot,  em  França,  e  eram  pães  do  Marechal  José 
Correia  Picanço  e  do  Desembargador  António  Correia  Picanço. 

Doutor  em  medicina  pela  Faculdade  de  Montpellier,  foi  lente  da  Universi- 
dade de  Coimbra,  em  1789.  Vindo  com  D.  João  VI  para  o  Brasil,  obteve  deste 
soberano  a  creação  do  primeiro  curso  de  cirurgia  na  Bahia,  em  18  de  Fevereiro 
de  1808,  do  qual  foi  lente  cathedratico  e  jubilado. 

Era  Cirurgião-Mór  da  Real  Casa,  e  foi  o  primeiro  medico  a  praticar  em 
Pernambuco  a  operação  cesariana,  em  uma  preta,  que  sobreviveu. 

Acompanhou  o  parto  da  Imperatriz  D.  Maria  Leopoldina,  do  qual  nasceu 
D.  Maria  da  Gloria,  Rainha  de  Portugal,  com  o  titulo  de  D.  Maria  II. 

Era  do  Conselho  de  S.  M.  Fidelíssima,  Sócio  da  Academia  Real  de 
Sciencias  de  Lisboa,  Grande  do  Império,  Cavalleiro  professo  na  Ordem  de 
Christo  e  Barão  em  Portugal. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  26  de  Março  de  1821.  Barão  com  grandeza  por  decreto 
de  22  de  Janeiro  de  1823.  Barão  em  Portugal  por  decreto  de  20  de  Março  de  1820. 


GOYANNA.    (2.°  Barão,  Visconde   e  Visconde  com   grandeza  de) 
Bernardo  José  da  Gama. 
Nasceu  no  Recife,  em  Pernambuco,  em  20  de  Agosto  de  1782. 
Falleceu  em  Pernambuco  em  3  de  Agosto  de  1854. 
Filho  do  Coronel  Amaro  Bernardo  da  Gama,  e  de  sua  mulher  D.  Francisca 

Maria  da  Conceição. 
Casou  com  D.  Izabel  Ursulina  de  Albuquerque  Gama,  que  falleceu  em  Pernam- 
buco em  1877. 

Formado  na  Universidade  de  Coimbra,  em  1805,  veio  com  a  Familia 
Real  para  o  Brasil,  em  1807.  Fo'  Ouvidor  em  Sabará,  em  181 5,  Juiz  de  Fora 
no  Maranhão,  e  Desembargador  da  Relação  em  Pernambuco,  em  1821,  e  na 
Bahia. 

Ministro  doimperio  no  9."  Gabinete  do  Primeiro  Império,  em  19  de  Março 
de  1831,  foi  Presidente  da  Província  do  Pará,  em  1830,  neste  mesmo  anno 
foi  preso  e  deposto  por  uma  sedição  militar  (Confederação  do  Equador).  Foi 
Chanceller  e  Regedor  da  Justiça,  Inspector  da  Caixa  da  Amortisação,  e 
Director  da  Faculdade  de  Direito  de  Olinda,  em  1849. 


Archivo  Nobiliarchico  Brasileiro  ai 


161 


Tomou  parte  na  Constituinte,  sendo  Deputado  pela  Provincia  do  Pará 
na  }^  legislatura  de  1834  a  1837.  Era  Grande  do  Império. 

CREAÇÃO  DOS  títulos  :  Barão  com  grandeza  por  decreto  de  24  de  Desembro  de  1829.  Visconde  por 
decreto  de  24  de  Outubro  de  1830.  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  25  de  IVtarço  de  1845. 


GOYANNA.  (3.»  Barão  de)  João  Joaquim  da  Cunha  Rego  Barros. 
Nasceu  em  Pernambuco  em  1796. 
Falleceu  nessa  Provincia  em  28  de  Novembro  de  1874. 
Filho  de  Joaquim  José  da  Cunha  Rego  Barros. 
Casou  com  D.  Manuela  de  Castro  Caldas  do  Rego  Barros. 

Era  Coronel  da  Guarda  Nacional  em  Pernambuco,  Vereador  da  Camará 
Municipal.  Official  de  Milícias  e  Commandante  Superior  da  Guarda  Nacional. 

Dignitário  da  Imperial  Ordem  da  Rosa,  em  1859,  e  Commendador  da 
Imperial  Ordem  de  Chrlsto. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  partido  de  sinople  e  de  goles,  no  primeiro  as  armas  dos  Regos,  que  são  : 
uma  banda  de  prata,  ondeada  de  azul,  e  sobre  ella  três  vieiras  de  oiro;  no  segundo  as  armas  dos  Barros, 
—  de  vermelho,  com  três  bandas  de  prata  e  no  campo  nove  estrellas  de  oiro,  i,  3,  362.  Campanha 
de  oiro  com  uma  canna  de  assucar  e  um  ramo  de  cafeeiro  ao  natural,  postos  em  santor ;  este  em 
barra  e  aquella  em  banda.  (Brazão  passado  em  30  de  Agosto  de  1870.  Reg.  no  Cart.  da  Nobreza, 
Liv.  VI,  fls.  1 10). 

COROA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Bar5o  por  decreto  de  6  de  Julho  de  1870. 


162 


G 


OYANNA.  (4.»  Barão  de)  D.'  Sebastião  António  Accioli  Lins. 
Natural  da  Província  de  Pernambuco. 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  18  de  Janeiro  de  1882. 


GOYAZ.    (Duqueza  de)  Sua  Alteza  a  Senhora  D.   Izabel  Maria  de 
Alcântara  Brasileira. 
Nasceu  no  Rio  de  Janeiro,  em  23  de  Maio  de  1824. 
Falleceu  em  1 4  de  Maio  de  1 867 . 

Filba  legitimada  em  4  de  Julho  de  1826,  de  S.  M.  o  Imperador  D.  Pedro  I,  e 

de  D.  Dometila  de  Castro  Canto  e  Mello,  Viscondessa  e  Marqueza  de 

Santos,  filha  dos  i  .«"^  Viscondes  de  Castro. 

Casou  com  o  Conde  Ernesto  Fischer  de  Treuberg,  que  nasceu  em  i  de  Junho 

de  1810  e  falleceu  em  14  de  Maio  de  1867,  perdendo  o  titulo  de  Duqueza. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Duqueza  por  decreto  de  4  de  Julho  de  1826. 


G 


OYTACAZES.  (Barão  de)  António  José  de  Magalhães. 
Natural  de  Campos,  Rio  de  Janeiro. 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  17  de  Desembro  de  1881. 


G 


RAÇA.  (Barão  e  Visconde  da)  João  Simões  Lopes. 
Falleceu  em  Pelotas  em  24  de  Outubro  de  1893. 


163 


Casou  com  D.  Zeferina  da  Luz  Simões  Lopes,  residente  na  Provincia  do  Rio 
Grande  do  SuL 

Foi  Vice-Presidente  da  Provincia  do  Rio  Grande  do  Sul. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  o  de  Novembro  de  1872.  Visconde  por  decreto  de  9  de 
Fevereiro  de  1876. 


G 


RAJAHU.  (Barão  de)  D/  Carlos  Fernandes  Ribeiro. 
Natural  do  Maranhão. 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  19  de  Março  de  1884. 


GRANITO.  (Barão  do)  José  Manuel  de  Barros  Wanderley. 
Natural  de  Granito,  Pernambuco. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  25  de  Março  de  1888. 


"a ; 


GRÃO  MOGOL.  (Barão  do)  Gualter  Martins. 
Natural  de  Minas  Geraes. 

Coronel  da  Guarda  Nacional. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  17  de  Setembro  de  1873. 


G 


RAVATA.  (Barão  de)  Pedro  Emiliano  da  Silveira  Lessa. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  8  de  Agosto  de  1888. 


164 


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GRAVATAHY.  (Barão  de)  João  Baptista  da  Silva  Pereira. 
Nasceu  em  15  de  Janeiro  de  1797. 
Falleceu  em  9  de  Agosto  de  1853  na  Provincia  do  Rio  Grande  do  Sul.    - 
Casou  com  D.  Maria  Emilia  da  Silva  Pereira. 

Era  Commendador  da  Imperial  Ordem  de  Christo. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Concedido  a  Viuva  do  Barão  de  Gravatahy.  Uma  lisonja  esquartelada,  no  primeiro 
quartel,  em  campo  de  prata  um  gravata  de  verde  sahindo  de  uma  campina  do  mesmo,  tendo  ao  pé  do 
tronco  uma  cadella  ao  natural,  deitada,  olhando  para  o  lado  esquerdo  ;  no  segundo  quartel,  em 
campo  vermelho  uma  banda  de  oiro  orlada  de  azul  ;  no  terceiro,  em  campo  azul  uma  balança  de 
oiro,  e  no  quarto  em  campo  de  oiro,  uma  torre  vermelha.  Timbre  :  o  gravata  das  armas.  (Brazão 
passada  em  3  de  Outubro  de  1854.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI). 

COROA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  29  de  Julho  de  1852. 


165 


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GUAHY.  (Barão  com  grandeza  e  Visconde  de)  Joaquim  Elysio  Pereira 
Marinho. 
Nasceu  na  Bahia  em  21  de  Janeiro  de  184 1. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro,  em  13  de  Agosto  de  1914. 
Filbo  do  Conde  de  Pereira  Marinho,  por  Portugal,  Joaquim  Pereira  Marinho 

que  nasceu  em  18 16  e  falleceu  na  Bahia  em  26  de  Abril  de  1887  e  da 

Condessa,  sua  mulher,  D.  Francisca  da  Piedade  Oliveira  que  nasceu  em 

19  de  Outubro  de  1824. 
Era  irmão  do  Visconde  de  Marinho,  por  Portugal,  António  Pereira  Marinho, 

casado  com  D.  Maria  Luiza  de  Saldanha  da  Gama. 
Casou  em  1865  com  D.  Helena  Leal,  nascida  no  Rio  de  Janeiro,  a  18  de  Julho 

de  1849. 

Foi  Deputado  Geral  pela  Bahia  nas  legislaturas  de  1881  a  1889,  ministro 
da  Marinha  no  34.°  Gabinete,  do  Conselho  de  S.  Magestade  o  Imperator.  Foi 
Director  do  Banco  do  Brasil  e  do  Banco  Nacional  e  Presidente  de  varias 
emprezas  industriaes. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  De  sinople  com  cinco  flores  de  liz  de  prata,  postas  em  santor,  e  por  differença  uma 
brica  de  oiro,  com  uma  estrella  de  goles  de  cinco  pontas.  Timbre  :  uma  sereia  com  cabellos  de  oiro. 
Divisa  :  Honor  virtutis  prcemium. 

COROA  :  A  de  Conde. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  26  de  Abril  de  1879.  Barão  com  grandeza  por  decreto  de 
13  de  Outubro  de  1887.  Visconde  por  decreto  de  31  de  Outubro  de  1889. 


166 


GUAHYBA.  (i.°  Barão  de)  Manuel  Alves  dos  Reis  Louzada. 
Falleceu  em  Porto  Alegre,  Província  do  Rio  Grande  do  Sul,  em  1 6  de 
Julho  de  1862,  com  78  annos  de  idade. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  ;  Barão  por  decreto  de  20  de  Desembro  de  1855. 


G 


UAHYBA.  (2.°  Barão  de)  D/  Manuel  José  de  Campos. 
Natural  do  Rio  Grande  do  Sul. 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  14  de  Junho  de  1887. 


GUAJARÁ.  (Barão  de)  Dominhos  António  Raiol. 
Nasceu  na  Província  do  Pará  em  30  de  Março  de  1830. 
Falleceu  em  27  de  Outubro  de  1912. 
Filho  de  Pedro  António  Raiol  e  de  sua  mulher  D.  Archangela  Maria  da  Costa 

Raiol. 

Era  Bacharel  em  Sciencas  jurídicas  e  sociaes,  pela  Faculdade  do  Recife, 
em  1854;  foi  Procurador  dos  Feitos  da  Fazenda  Nacional  no  Pará,  Deputado 
Provincial  varias  vezes  e  Geral  na  12.*  legislatura  de  1864,  por  sua  Província, 
foi  Presidente  da  Província  de  Alagoas  em  23  Junho  de  1882,  e  da  Província 
do  Ceará  em  29  de  Outubro  de  1882. 

Sócio  correspondente  do  Instituto  Histórico  e  Geographico  Brasileiro,  e 
honorário  do  Instituto  do  Ceará,  etc. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  3  de  Março  de  1883. 


GUAMÁ.  (Barão  de)  Francisco  Accacio  Correia. 
Natural  de  Belém,  Pará. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  3  de  Março  de  1883. 


167 


GUANABARA.  (Barão  de)  José  Gonçalves  de  Oliveira  Roxo. 
Falleceu  a  1 1  de  Junho  de  1875  com  38  annos. 
Casou  com  D.  Emiliana  de  Moraes  Roxo. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  17  de  Abril  de  1875. 


GUANDU,  (i.o  Barão  do)  Ignacio  António  de  Souza  Amaral. 
Falleceu  em  Iguassú,  em  21  de  Abril  de  1878. 

Era  dignitário  da  Imperial  Ordem  da  Rosa  e  Cavalleiro  da  Imperial  Ordem 
de  Christo. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  3  de  Março  de  1856. 


GUANDU.  {2."  Barão  de)  João  Bernardes  de  Souza. 
Tenente-Coronel  da  Guarda  Nacional,  em  Santa  Helena,  estação  do 
Castello,  Espirito  Santo. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão  por  decreto  de  25  de  Setembro  de  1889. 


GUAPY.  (Barão  de)  Joaquim  José  Ferraz  de  Oliveira. 
Falleceu  em  Barra  Mansa,  na  Província  do  Rio  de  Janeiro,  em  21  de 
Novembro  de  1893,  com  81  annos  de  Idade. 

Coronel  Commandante  Superior  da  Guarda  Nacional,  prestou  relevantes 
serviços  durante  a  guerra  do  Paraguay.  Exerceu  vários  cargos  electivos  e  foi 
Presidente  da  Gamara  Municipal  do  Estado  do  Rio  de  Janeiro. 

Fra  Commendador  da  Imperial  Ordem  de  Christo  e  da  Imperial  Ordem 
da  Rosa. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  16  de  Janeiro  de  1861. 


GUAPYMIRIM.  (Barão  de)  Thomé  Ribeiro  de  Faria. 
Nasceu  em  Portugal  em  22  de  Janeiro  de  1770. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro,  em  16  de  Novembro  de  1850. 

Abastado  capitalista,  era  Grande  do  Império  e  Commendador  da  Imperial, 
Ordem  da  Rosa. 

CREAÇÃO  DOS  títulos  :  Barão  por  decreto  de  25  de  Agosto  de  1846.  Barão  com  grandeza  por  decreto 
de  20  de  Maio  de  1848. 


GUARACIABA.  (Barão  de)  Francisco  Paulo  de  Almeida. 
Natural  de  Santa  Fé,  Minas  Geraes. 

Negociante. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão  por  decreto  de  16  de  Setembro  de  1887. 


GUARAPUAVA.  (Barão  e  Visconde  de)  António  de  Sá  Camargo. 
Natural  da  Província  do  Paraná. 
Filho  de  António  Joaquim  de  Camargo,  casado  em  1807  com  D.  Mathilde 

Umbelina. 
Casou  na  Villa  da  Palmeira,  na  Província  de  Paraná,  com  D.  Zeferina  Marcondes 
de  Sá,  filha  dos  Barões  de  Tibagy. 

Era  Coronel  Chefe  Superior  da  Guarda  Nacional  da  Província  do  Paraná, 
e  fazendeiro  nessa  Provinda. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  14  de  Julho  de  1870.  Visconde  por  decreto  de  3 1  de 
Agosto  de  1880. 


Archivo  Nobiliarchico  Brasileiro  23 


169 


G 


UARARAPES.  (Barão  e  Visconde  de)  Lourenço  de  Sá   e  Albu- 
querque. 
Natural  de  Pernambuco. 

Commendador  da  Imperial  Ordem  da  Rosa. 

CREAÇÃO  DOS  títulos  ;  Barão  por  decreto  de  14  de  Março  de  1860.  Visconde  por  decreto  de  8  de  Março 
de  1880. 


G 


UARAREMA.  (Luiz  José  de  Souza  Breves). 
Commissario  de  Café  no  Rio  de  Janeiro. 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  15  de  Junho  de  1881. 


GUARATIBA.    (i.o   Barão,   Barão   com  grandeza  e  Visconde   com 
grandeza  de)  Joaquim  António  Ferreira. 
Nasceu  a  4  de  Fevereiro  de  1777,  em  Valença  do  Minho,  Portugal. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro  em  n  de  Março  de  1859,  solteiro. 
Filho  de  Manuel   Gonçalves  Ferreira,  natural  de  Braga,  e  de  sua   mulher 
D.  Joanna  Francisca  Ferreira,  natural  de  Valença. 


170 


Portuguez  de  nascimento,  muito  amou  o  Brasil,  onde  chegou  em  1796, 
e  viveu  toda  a  sua  vida  praticando  actos  de  benemerência  que  fizeram  seu 
nome  querido  dos  pobres. 

Foi  Capitão  de  Ordenanças  do  Regimento  de  Minas  Novas  e  depois 
Tenente-Quartel-Mestre  graduado  em  Capitão  do  2  regimento  de  Milicias 
da  Corte. 

Negociante  matriculado  na  Real  Junta  do  Commercio,  era  senhor  de  avulta- 
díssima fortuna.  Foi  pela  Regência  nomeado  membro  da  Commissão  liquidante 
das  presas  brasileiras  pelo  cruzeiro  inglez,  na  Costa  d'Africa,  e  membro  da 
Commissão  de  Superintendência  das  subscripções  para  o  novo  Banco  da 
Corte. 

Era  membro  da  Junta  Administrativa  da  Caixa  da  Amortisação,  onde 
serviu  desde  a  sua  installação,  em  27  de  Fevereiro  de  W828,  até  28  de  Junho  de 
1848  ;  Provedor  da  Santa  Casa  da  Misericórdia,  no  biennio  de  1828- 1829  e 
Irmão  (em  1813)  Grande  Benemérito,  tendo  exercido  os  cargos  de  Thesou- 
reiro,  durante  6  annos,  e  de  Definidor  desde  1823  até  a  sua  morte,  etc. 

Grande  do  Império,  Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Imperial,  por  alvará  de 
20  de  Julho  de  1841  ;  Commendador  da  Imperial  Ordem  da  Rosa,  em  1858, 
e  da  de  Christo,  em  1829  ;  Cavalleiro  da  Imperial  Ordem  do  Cruzeiro,  em 
1826  ;  Cavalleiro  da  Real  Ordem  de  Christo,  em  1821  ;  Cavalleiro  Professo 
na  Imperial  Ordem  de  Christo,  em  1826,  e  Commendador  de  N.  S.  da  Conceição 
de  Villa  Viçosa,  de  Portugal. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  De  prata  e  azul  cortado  por  uma  faxa  arqueada  de  oiro,  carregada  em  chefe  de  uma 
águia  estendida,  de  sable  ;  c  em  ponta,  sobre  um  monte,  uma  peça  de  artilharia  de  prata  e  sobre 
ella  uma  pomba  com  um  ramo  de  oliveira  no  bico. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  5  de  IVlaio  de  1844.  Barão  com  grandeza  por  decreto  de 
15  de  Novembro  de  1846.  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  2  de  Desembro  de  1854. 


171 


GUARATIBA.  (2.°  Barão  de)  Joaquim  José  Ferreira. 
Nasceu  em  Valença  do  Minho,  em  Portugal. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro,  em  21  de  Abril  de  1871. 

Filbo  de  Francisco  Coelho  de  Figueiredo,  e  de  sua  mulher  D.  Anna  Maria 
Ferreira,  irmã  do  Visconde  de  Guaratiba,  e  tia  do  i .°  (Zonde  de  São 
Mamede,  por  Portugal,  Rodrigo  Pereira  Felicio,  e  também  tia  da  i  .*  Con- 
dessa de  São  Mamede,  D.  Joanna  Maria  Ferreira,  natural  do  Rio  Grande 
do  Sul. 

Foi  o  herdeiro,  bem  como  o  Conde  de  S.  Mamede,  da  fortuna  de  seu 
tio  o  Visconde  de  Guaratiba. 

Negociante  abastado  e  proprietário  no  Rio  de  Janeiro,  era  Commendador 
da  Imperial  Ordem  da  Rosa,  em  1868,  e  da  Real  Ordem  de  Christo  de  Portu- 
gal. Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Imperial. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  As  de  Visconde  de  Guaratiba.  (Vêr  a  descripção  nesse  titulo). 
CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  30  de  Novembro  de  1870. 


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GUARATINGUETA.  (Barão  e  Visconde  com  grandeza  de)  Francisco 
de  Assis  e  Oliveira  Borges. 
Nasceu  na  freguezia  de  Guaratinguetá,  Província  de  S.  Paulo,  em  25  de  Março 
de  1808. 

» 

Falleceu  na  capital  de  S.  Paulo,  em  19  de  Abril  de  1879. 


172 


Filho  do  Alferes  Ignacio  Joaquim  Monteiro  de  Oliveira  e  de  sua  mulher  D.  Anna 

Joaquina  de  Oliveira. 
Casou  em  primeiras  núpcias  em  1828,  com  D.  Anna  Silveira  do  Espirito  Santo, 

fallecida  em  31  de  Janeiro  de  1854,  e  em  segundas  com  D.  Amélia  Casal 

de  Oliveira. 

Commandante  Superior  da  Guarda  Nacional,  foi  prestigioso  chefe  politico 
conservador  em  Guaratinguetá,  e  um  dos  fundadores  da  Santa  Casa  da  Miseri- 
córdia dessa  cidade. 

Era  Grande  do  Império,  Grande  Dignitário  da  Imperial  Ordem  da  Rosa, 
em  1877. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  2  de  Desembro  de  1854.  Visconde  por  decreto  de  10  de 
Abril  de  i867.  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  17  de  Maio  de  1871. 


GUARAÚNA.  (Barão  de)  Domingos  Ferreira  Pinto. 
Natural  do  Paraná. 

Major  da  Guarda  Nacional  no  Paraná. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  ji  de  Agosto  de  1880. 


GUARIBu.  (Barão  de)  Cláudio  Gomes  Ribeiro  de  Avellar. 
Falleceu  na  freguezia  do  Paty  do  Alferes,  Província  do  Rio  de  Janeiro, 
em  2  de  Agosto  de  1863. 

Filho  de  Luiz  Gomes  Ribeiro  de  Avellar  e  de  sua  mulher  D.  Joaquina  Mathilde 
de  Assumpção. 


«73 


Era  irmão  do  i ."  Barão  de  S.  Luiz  e  do  Visconde  da  Parahyba,  e  sobrinho 
do  1 .0  Barão  de  Capivary. 

Era  importante  fazendeiro  na  Província  do  Rio  de  Janeiro. 
Guarda  Roupa  de  S.  Magestade  e  Cavalleiro  da  Imperial  Ordem  de  Christo 
e  Official  da  Imperial  Ordem  da  Rosa. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  As  de  seu  irmão  o  Visconde  de  Parahyba.  Escudo  esquartelado,  no  primeiro  e 
quarto,  de  verde,  um  leopardo  de  oiro  passante  e  um  chefe  de  oiro  com  três  estrellas  de  góles;  no 
segundo  e  terceiro,  de  oiro,  três  faxas  de  azul,  carregadas  de  três  besantes  de  prata  cada  uma,  e  no 
centro  um  escudete  tendo  em  campo  de  prata  um  ramo  de  cafeeiro  e  uma  canna  de  assucar  ao  natu- 
ral, postos  em  aspa.  (Brazão  passado  em  30  de  Desembro  de  1858.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza, 
Liv.  VI,  fls.  39). 

i 

COROA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  31  de  Agosto  de  1860. 


G 


UARULHOS.      (Barão  de)  José  Joaquim  de  Moraes. 
Natural  de  Campos,  Rio  de  Janeiro. 

Tenente-Coronel  da  Guarda  Nacional. 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  17  de  Maio  de  1884. 


GUAYCUHY.   (Barão  de)  Josephino  Vieira  Machado. 
Nasceu  em  Minas  Geraes. 
Falleceu  na  cidade  de  Diamantina,  na  Província  de  Minas  Geraes,  em  22  de 
Novembro  de  1879,  com  65  annos  de  idade. 

Capitalista  e  proprietário,  foi  o  emprehendedor  de  varias  emprezas  impor- 
tantes e  entre  ellas  a  da  Navegação  do  Rio  das  Velhas.  Era  Coronel  da  Guarda 
Nacional. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  19  de  Julho  de  1879. 


174 


GUIMARÃES.  (Barão  de)  José  Agostino  Moreira  Guimarães. 
Foi  Director  apozentado  da  Directoria  do  Commercio  no  Ministério 
dos  Negócios  da  Agricultura,  Commercio  e  Obras  Publicas. 

Era  do  Conselho  de  S.  Magestade,  Commendador  da  Imperial  Ordem 
de  Christo,  e  da  Imperial  Ordem  da  Rosa,  e  da  Legião  de  Honra,  da  França. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  26  de  Julho  de  1881. 


GURGUEIA.  (Barão  de)  João  do  Rego  Monteiro. 
Natural  de  Piauhy. 
Era  Commendador  da  1.  Ordem  da  Rosa,  Coronel  da  Guarda  Nacional. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  1 6  de  Setembro  de  1874. 


GURJABÁ.  (Barão  de)  José  de  Souza  Leão. 
Natural  de  Pernambuco. 
Filbo  do  Commendador  Major  Manuel  de  Souza  Leão  e  de  sua  mulher  e 

prima  D.  Francisca  Severina  Cavalcanti  de  Souza  Leão. 
Casou  com  sua  prima  Lilia  Ermelinda  de  Souza  Leão,  filha  de  António  Fran- 
cisco dos  Santos  Braga  e  de  sua  mulher  Anna  Isabel  de  Souza  Leão. 

Era  Coronel  Commandante  Superior  da  Guarda  Nacional  do  Município 
de  Jaboatão,  em  Pernambuco,  foi  eleitor  e  Juiz  de  Paz  e  senhor  do  Engenho 
Novo  da  Conceição. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  5  de  Maio  de  1883. 


GURU  PA.  (Barão  de)  Zeferino  Urbano  da  Fonseca. 
Natural  do  Pará. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  Desembro  de  1885. 


'75 


GURUPY.  (Barão  de)  António  Raymundo  Teixeira  Vieira   Belfort. 
Nasceu  no  Maranhão,  em  17  de  Junho  de  1818. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro. 
Filho  de  José  Joaquim  Vieira  Belfort,  Coronel  de  Milicias  no  Maranhão,  e  de 

sua  mulher  D.  Maria  Theresa  Teixeira  Belfort,  sua  prima. 
Casou  com  D.  Augusta  Carlota  Bandeira  Duarte,  filha  de  Francisco  de  Paula 
Pereira  Duarte,  Veador  de  S.  Magestade  a  Imperatriz,  e  Desembargador 
da  Relação,  e  de  sua  mulher  D.  Carlota  Joaquina  Bandeira  Duarte. 

Bacharel  em  Direito,  seguio  a  magistratura,  sendo  Chanceller  e  Desembar- 
gador da  Relação  no  Maranhão.  Foi  Presidente  do  Supremo  Tribunal  de 
Justiça.  Representou  sua  Província  natal  na  9.*  legislatura  de  1853  a  1856. 

Era  Guarda  Roupa  de  S.  Magestade,  Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Imperial, 
Commendador  da  I.  Ordem  da  Rosa,  e  da  I.  Ordem  de  N.  S.  de  Villa  Viçosa, 
de  Portugal,  Cavalleiro  da  I.  Ordem  de  Christo.  Era  Visconde  de  Belfort  em 
Portugal. 

BRAZAO  DE  ARMAS  :  Escudo  partido  em  pala  :  na  primeira,  as  armas  dos  Souzas,  dos  que  descendem  de 
Martim  Affonso  Chichorro,  e  de  Affonso  Diniz,  filhos  de  D.  Affonso  III,  que  casaram  com  duas  netas 
de  Mem  Garcia  de  Souza,  neto  do  Conde  D.  IVlendo  o  Souzão,  —  escudo  esquartelado  :  no  primeiro 
quartel  as  quinas  de  Portugal,  sem  a  orla  dos  castellos  ;  no  segundo  quartel,  em  campo  de  prata, 
um  leão  de  goles ;  e  assim  os  alternos  ;  na  segunda  pala,  as  armas  dos  Gomes,  —  em  campo  azul, 
um  pelicano  ferindo  o  peito  e  dando  aos  filhos  o  sangue  que  delle  corre.  (Brazão  passado  em  6  de 
Abril  de  1894.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  Vil;  fls.  5). 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  de  Gurupy  por  decreto  de  11  de  Desembro  de  1855.  Visconde  de  Belfort, 
em  Portugal,  por  decreto  de  12  de  Setembro  de  1872. 


176 


HERVAL.  (Barão,  Visconde  com  grandeza  e  Marquez  do)  Manuel  Luiz 
Osório. 
Nasceu  em  Conceição  do  Arroyo,  no  Rio  Grande  do  Sul,  em  lo  de  Maio  de 

1808. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro,  em  4  de  Outubro  de  1879. 
Filho  de  Manuel  Luiz  da  Silva  Borges  e  de  sua  mulher  Anna  Joaquina  Luiza 

Osório,  neto  paterno  de  Pedro  Luiz  e  de  sua  mulher  D.  Maria  Rosa,  e 

materno  do  Tenente  Thomaz  José  Luiz  Osório  e  de  sua  mulher  D.  Rosa 

Joaquina  de  Souza. 
Casou  com  D.  Francisca  Fagundes  Osório,  que  falleceu  Viscondessa. 

Entrou  para  o  exercito  como  praça,  e  por  seu  valor,  merecimento  e 
heroísmo  galgou  todos  os  postos  até  o  de  Marechal  de  Exercito. 

Foi  o  heróe  de  Monte  Caseros  na  guerra  contra  o  dictador  de  Buenos 
Aires.  Nomeado  General  em  Chefe  para  commandar  o  exercito  na  guerra  do 
Paraguay,  toma  parte  no  cerco  que  obrigou  a  rendição  de  Uruguayana,  estando 
presente  S.  M.  o  Imperador,  atravessa  Corrientes,  transpõe  o  Passo  da  Pátria, 
e  é  elle.  General  imprudente,  que  por  assanhos  de  bravura,  antes  de  todos, 
salta  e  crava  sua  lança  em  território  Paraguayo. 

Na  batalha  de  2  de  Maio,  salva  o  exercito  da  Republica  Oriental,  levando 
de  rojo  as  hostes  inimigas.  Em  24  de  Maio,  na  maior  batalha  da  America  do 
Sul,  derrota  por  completo  o  exercito  paraguayo.  Ferido  gravemente  na  face,  na 
segunda  batalha  de  Desembro  de  1869,  volta  ao  Rio  Grande  do  Sul,  e  ahi 
recebe  communicação  do  Marechal  de  Exercito  S.  Alteza  o  Senhor  Conde  d'Eu, 
avisando-o  da  sua  nomeação  de  General  em  Chefe  de  todas  as  forças  brasileiras 
no  Paraguay  e  lastimando  que  a  enfermidade  o  privasse  da  cooperação  de  tão 


Archivo  Nobiliarchtco  Bractleiro  25 


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bravo  General.  O  legendário,  electrisado,  ergueu-se  do  leito,  e  ainda  de  appa- 
relho  no  rosto,  tomou  a  lança  e  marchou  ao  lado  do  Príncipe  para  a  campanha 
chamada  das  Cordilheiras.  Foi  o  seu  ultimo  feito  de  armas  o  de  Perebebuy, 
nos  cincoenta  annos  de  gloriosa  vida  militar. 

Foi  Senador  por  sua  Província  em  1877,  Ministro  da  Guerra  no  27.°  Gabi- 
nete de  1878,  do  Conselho  de  S.  Magestade,  Grande  do  Império,  Grã-Cruz  de 
todas  as  Ordens  Brasileiras,  e  tinha  grande  numero  medalhas  militares. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Em  campo  de  goles,  um  leopardo  de  prata  batalhante,  tendo  na  garra  destra  uma 
espada  de  oiro  ;  chefe  de  azul  com  três  estrellas  de  prata. 

COROA  :  A  de  Marquez. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :   Barão  com  grandeza  por  decreto  de  i  de  Maio  de  i8ó6.  Visconde  com  grandeza 
por  decreto  de  3  de  Março  de  1868.  Marquez  por  decreto  de  29  de  Desembro  de  1869. 


HOMEM  DE  MELLO.  (Barão  de)  Francisco  Ignacio  Marcondes 
Homem  de  Mello. 

Nasceu  em  Pindamonhangaba,  S.  Paulo,  em  i  de  Maio  de  1837.  Reside  no 
Rio  de  Janeiro. 

Filho  dos  2.°^  Barões  de  Pindamonhangaba,  Francisco  Marcondes  Homem 
de  Mello  e  de  sua  i .»  mulher  e  prima  D.  Anna  Francisca  de  Mello,  que 
era  filha  do  Capitão-Mór  Francisco  Homem  de  Mello  e  de  sua  mulher 
D.  Maria  Francisca  Guimarães  ;  e  neto  paterno  do  Capitão-Mór  José 
Homem  de  Mello  e  de  sua  mulher  D.  Maria  Marcondes  de  Andrade. 

Casou  em  1857,  em  primeiras  com  D.  Maria  Joaquina  Marcondes  Ribas, 
fallecida  no  Rio  de  Janeiro,  em  1904,  filha  do  Capitão  da  Guarda  de 
Honra  do  D.  Pedro  I,  Cândido  Marcondes  Ribas  e  de  sua  mulher  D.  Anna 
Rosa  Marcondes  Ribas  ;  e  em  segundas  núpcias  com  D....  2.^  Baroneza 
Homem  de  Mello. 


178 


Fez  o  curso  de  humanidades  no  Seminário  Episcopal  de  Marianna  e 
formou-se  em  direito  na  Academia  de  S.  Paulo  em  1858.  Foi  Presidente  da 
Gamara  Municipal  de  Pindamonhangaba  em  1860;  Professor  do  Collegio 
D.  Pedro  II  em  1861,  do  Collegio  Militar  desde  a  sua  fundação  e  da  Escola 
Nacional  de  Bellas  Artes. 

Foi  Presidente  das  Províncias,  de  S.  Paulo  em  1861,  do  Ceará  em  1865, 
do  Rio  Grande  do  Sul  em  1867  e  da  Bahia  em  1874  ;  Inspector  da  Instrucção 
Publica  do  Município  da  Corte  de  1873  a  1878  ;  Director  do  Banco  do  Brasil ; 
e  Presidente  da  Directoria  que  levou  a  effeito  a  construcção  da  Estrada  de 
Ferro  de  S.  Paulo  e  Rio  de  Janeiro. 

Foi  Ministro  do  Império  no  28.°  Gabinete  de  28  de  Março  de  1880,  e 
representou  sua  Província  natal  na  17.='  legislatura  de  1878  a  1881. 

Do  Conselho  de  S.  M.  o  Imperador,  Veador  da  Casa  Imperial,  Dignitário 
da  I.  Ordem  da  Rosa,  é  sócio  Benemérito  do  Instituto  Histórico  e  Geogra- 
phico  Brasileiro,  admittido  em  1859,  e  pertence  a  grande  numero  de  Associações 
scientificas  e  litterarias. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Em  campo  azul,  seis  crescentes  de  lua  de  oiro,  em  duas  palas.  Timbrb  :   um  leão 
azul  armado  de  oiro  com  uma  alabarda  nas  garras,  cabo  de  oiro  e  o  ferro  de  sua  côr. 

CORÔA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão  por  decreto  de  4  de  Julho  de  [877. 


1BIAPABA.  (Barão  de)  Joaquim  da  Cunha  Freire. 
Nasceu  no  Ceará  em  i8  de  Outubro  de  1827. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro  em  1 3  de  Outubro  de  1907. 


i7y 


Filho  de  Felisberto  Correia  da  Cunha,  que  falleceu  em  Piauhy,  em  1832,  e  de 
sua  mulher  D.  Custodia  Ribeiro  da  Cunha,  natural  de  Portugal. 

Era  irmão  do  Visconde  de  Cauhipe,  Severiano  Ribeiro  da  Cunha,  titular 
portuguez,  por  decreto  de  i  de  Março  de  1873,  que  nasceu  em  Cauhipe, 
junto  á  Soure,  na  Proviucia  do  Ceará,  a  6  de  Novembro  de  1831,  e 
falleceu  em  Fortaleza,  a  4  de  Setembro  de  1876  ;  casado  com  D.  Euphrasia 
Gouvêa,  que  era  filha  de  Manuel  Caetano  de  Gouvêa  e  de  sua  mulher 
D.  Francisca  Agrella  de  Gouvêa. 

Casou  com  D.  Maria  Eugenia  dos  Santos,  que  ainda  vive. 

Dedicando-se  á  carreira  commercial,  soube  accumular  avultada  fortuna, 
tendo  collaborado  para  melhoramentos  materiaes  de  Fortaleza.  Governou  a 
Província  varias  vezes  como  Vice-Presidente.  Chefe  politico  de  grande  influencia, 
foi  Coronel  da  Guarda  Nacional ;  Presidente  da  Gamara  Municipal  de  Fortaleza, 
da  Junta  Commercial,  da  Caixa  Económica  e  Monte  de  Soccorro  da  Província. 

Era  Commendador  da  I.  Ordem  da  Rosa. 

BRAZAO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado,  tendo  o  superior  da  direita  e  o  seu  alterno  interceptados  cada 
um  por  três  faxas  de  prata,  carregadas  cada  uma  com  uma  flor  de  liz  purpurina,  e  dispostas  em  banda, 
e  aquellas  sobre  o  campo  verde  ;  o  superior  da  esquerda  e  o  seu  alterno,  carregadas  cada  uma  por 
nove  cunhas  azues  collocadas  em  três  palas,  de  três  cada  uma,  sobre  campo  de  oiro,  e  com  orla 
carmezim,  carregada  por  sete  castellos  de  ouro,  sendo  três  em  chefe  e  os  restantes  igualmente  repar- 
tidos pelos  lateraes.  (Brazão  concedido  á  seu  irmão  o  Visconde  de  Cauhipe  por  alvará  de  1 6  de  Março 
de  1874.  Reg.  no  Arch.  da  Torre  do  Tombo-Mercês  de  D.  Luiz  I,  Liv.  XXIV,  fls.  243'). 

A'.  B.  —  Esta  descripção  aparta-se  da  terminologia  heráldica  ;  copiamol-a  como  a  fez  o  Escrivão  da 
Nobreza  dessa  época,  em  Portugal. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  17  de  Janeiro  de  1868. 


IBICUHY.  (Barão  de)  Francisco  de  Paula  e  Silva. 
Natural  do  Rio  Grande  do  Sul. 

Tinha  a  medalha  da  Passagem  do  Humaytá. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  2  de  Novembro  de  i8ói. 


1 


BIRÁMIRIM.  (Barão  de)  José  Luiz  Cardoso  de  Salles  Filho. 
Casou  com  D.  Maria  Carolina  de  Souza,  filha  do  Visconde  de  Mauá, 


180 


Irinêo   Evangelista  de  Souza  e  da  Viscondessa  D.  Maria  Joaquina  de 
Souza. 

Foi  Cônsul  Geral  honorário  e  Secretario  do  Consulado  do  Império  em 
Londres. 

Tinha  a  Commenda  da  Imperial  Ordem  da  Rosa. 

CREAÇÀO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  5  de  Janeiro  de  1883. 


1B1R0CAHY.  (Barão  de)  Luiz  de  Freitas  Valle. 
Nasceu  na  cidade  de  Alegrete,  no  Rio  Grande  do  Sul,  em  i8  de  Agosto 
de  1853,  e  ainda  vive  no  Rio  de  Janeiro. 
Filho  de  Manuel  de  Freitas  Valle,  natural  de  S.  Paulo,   e  de  sua  mulher 

D.  Luiza  Jacques  de  Freitas,  natural  do  Rio  Grande  do  Sul. 
Casou  a  1 6  de  Agosto  de  1 879  com  D.  Noemy  de  Sá  que  nasceu  na  cidade  do  Rio 
Grande  do  Sul  a  13  de  Maio  de  1860,  e  falleceu  no  Rio  de  Janeiro  a  18  de 
Julho  de  1916,  filha  do  Com.  Miguel  Tito  de  Sá,  natural  do  Rio  de  Janeiro, 
e  de  sua  mulher  D.  Maria  de  Miranda  de  Sá,  natural  do  Rio  Grande  do  Sul. 

Presidente  da  Associação  Commercial  do  Rio  de  Janeiro,  Corretor  de 
Fundos,  foi  Commendador  da  I.  Ordem  da  Rosa. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  i  i  de  Julho  de  1888. 


IBITINGA.  (Barão  de)  Joaquim  Ferreira  de  Camargo  Andrade. 
Falleceu  em  Campinas,  em  21  de  Agosto  de  1915,  com  85  annos  de 
idade. 

Filho  de  Joaquim  Ferreira  Penteado,  Barão  de  Itatiba,  e  de  sua  mulher 
D.  Francisca  de  Paula  Camargo,  filha  do  Capitão-Mór  Floriano  de  Camargo 
Penteado,  e  de  sua  mulher  D.  Paula  Joaquina  de  Andrade. 

Casou  a  primeira  vez  com  D.  Cândida  Franco,  e  em  segunda  núpcias  com 
D.  Maria  Hygina  Alves  de  Lima,  viuva  do  D.''  João  Carlos  Leite  Penteado, 
e  filha  de  António  Alvares  de  Almeida  Lima  e  de  sua  mulher  D.  Maria 
Emilia  de  Toledo. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão  por  decreto  de  7  de  Maio  de  1887. 


181 


IBITURUNA.  (Barão  e  Visconde  com  grandeza  de)  Dj  João  Baptista 
dos  Santos. 
Nasceu  em  S.  João  d'El-Rey,  Provincia  de  Minas  Geraes,  a  14  de  Junho  de 

1828. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro,  a  10  de  Janeiro  de  1911. 
Filbo  de  João  dos  Santos  Pinho,  natural  de  S.  João  d'El-Rey. 

Doutor  em  medicina  pela  Faculdade  do  Rio  de  Janeiro,  foi  medico 
notável,  Capitão  cirurgião  de  cavallaria  da  Guarda  Nacional,  medico  da 
Imperial  Gamara  e  foi  o  primeiro  Inspector  da  Inspectoria  Geral  de  Hygiene 
Publica.  Presidiu  a  Provincia  de  Minas  Geraes  em  1889. 

Era  do  Conselho  de  S.  Magestado,  Official  da  Imperial  Ordem  da  Rosa, 
Commendador  da  Real  Ordem  de  Christo  de  Portugal  e  Grando  do  Império. 

Era  sócio  do  Instituto  Histórico  e  Geographico  Brasileiro,  em  1888,  e  da 
Imperial  Academia  de  Medicina  do  Rio  de  Janeiro.  Deixou  vários  trabalhos 
médicos  importantes. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  18  de  Junho  de  1882.  Barão  com  grandeza  por  decreto 
de  19  de  Maio  de  1887.  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  3  de  Agosto  de  1889. 


1BYRAPUITAN.  (Barão  de)  António  Caetano  Pereira. 
Natural  do  Rio  Grande  do  Sul. 

Coronel  da  Guarda  Nacional. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  8  de  Abril  de  1 879. 


ICO.  (Barão  e  Visconde  de)  Francisco  Fernandes  Vieira. 
Nasceu  em  Saboeiro,  Ceará,  a  20  de  Maio  de  1784. 
Falleceu  nessa  mesma  villa,  em  9  de  Julho  de  1862. 


182 


Casou  com  D.  Anna  Ajigelica  Fernandes  Viera,  e  era  sogro  do  Barão  de  Aquiraz. 

Grande  creador  e  fazendeiro  no  Ceará,  era  influente  politico,  tendo  feito 
parte  do  Governo  Provisório  empossado  em  23  de  Janeiro  de  1823. 

Era  Official  da  Imperial  Ordem  do  Cruzeiro. 

CREAÇÃO  DOS  títulos  :  Barão  c  depois  Visconde  por  decreto  de  14  de  Março  de  1855. 


1GARAPÉMIR1M.  (Barão  de)  António  Gonçalves  Nunes. 
Natural  da  Província  do  Pará. 
Filho  de  D.  Gertrudes  Rosa  da  Cunha  Ledo. 

Casou  com  D.  Rita  Gonçalves  Acatanassú,  filha  do  Commendador  Domingos 
Borges  Machado  Acatanassú  e  de  sua  mulher  D.  Anna  Thereza  Gonçalves 
Acatanassú. 

Era  Bacharel  em  direito  pela  Faculdade  de  Olinda  em  1844,  e  Director 
da  Instrucção  Publica  do  Pará. 

Foi  Promotor  dos  Resíduos  e  Procurador  Fiscal.  Foi  Deputado  Provincial. 
Era  Cavalleiro  da  Imperial  Ordem  da  Rosa. 

CREAÇÃO  IX)  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  3  de  Março  de  1883. 


1GUAPE.  (Barão  com  grandeza  de)  António  da  Silva  Prado. 
Nasceu  na  Provinda  de  S.  Paulo,  em  13  de  Junho  de  1778. 
Fallrceu  em  S.  Paulo  a  17  de  Abril  de  1875. 
Filho  do  Capitão  António  da  Silva  Prado  e  de  sua  mulher  D.  Anna  Vicencia 

Rodrigues  Jordão. 
Casou  com  D.  Maria  Cândida  de  Moura  Vaz,  fallecida  em  6  de  Março  de  1868. 

Capitão  de  Ordenanças,  em  1819,  Capitão-Mór,  em  1826,  foi  Provedor 
da  Santa  Casa  da  Misericórdia,  durante  29  annos. 

Foi  Vice-Presidente  da  Província  de  S.  Paulo,  em  1841,  Eleitor  da  Paro- 
chia  da  Sé,  e  Director  do  Banco  do  Brasil,  em  S.  Paulo. 

Era  Commendador  da  Imperial  Ordem  de  Christo,  em  1845,  e  Official  da 
Imperial  Ordem  da  Rosa. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  12  de  Outubro  de  1848.  Barão  com  grandeza  por  decreto 
de  2  de  Desembro  de  1854. 


.83 


1GUAPE.  (2.0  Barão  de)  Ignacio  Rodrigues  Pereira  Dutra. 
Coronel  da  Guarda  Nacional,  na  Província  da  Bahia. 

BRAZAO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartclado  :  no  primeiro  quartel,  as  armas  dos  Rodrigues,  —  de  oiro,  com 
cinco  flores  de  liz  de  goles  em  aspa,  e  chefe  de  vermelho  carregado  de  uma  cruz  de  oiro  florida  e 
vasia  do  campo  ;  no  segundo,  as  dos  Pereiras,  —  de  vermelho,  com  uma  cruz  de  prata  florida  e 
vasia  do  campo  ;  no  terceiro,  as  dos  Dutras,  —  de  azul,  com  três  besantes  de  oiro  em  roquete,  carre- 
gado cada  um  de  três  gotas  negras  em  contra  roquete,  e  no  quarto,  de  oiro,  duas  cannas  de  assucar 
com  suas  folhas  de  sinople,  postas  em  aspa. 

CORÔA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  26  de  Abril  de  1879. 


I 


GUARASSU.  (Barão  de)  D. ■'Domingos  Ribeiros  dos  Guimarães  Peixoto. 
Nasceu  na  Província  de  Pernambuco  em  14  de  Agosto  de  1790. 


184 


Falleccu  no  Rio  de  Janeiro,  em  29  de  Abril  de  1846. 

Filbo  de  Luiz  Ribeiro  Peixoto  dos  Guimarães,  e  de  sua  muilier  D.  Josepiía 

Maria  da  Conceição  Peixoto. 
Casou  com  D.  Francisca  Cândida  da  Nóbrega  Peixoto,  que  falleceu  em  5  de 

Março  de  1854. 

Era  doutor  em  medicina  pela  Universidade  de  Paris,  em  1 83 1 ,  e  foi  Director 
da  Escola  de  Medicina  do  Rio  de  Janeiro  em  1 833  e  seu  professor  de  Cirurgia. 

Era  medico  da  Imperial  Camará,  lente  jubilado,  membro  correspondente  da 
Academia  de  Paris  e  de  outras  Associações  scientificas  nacionaes  eextrangeiras. 

Em  1824  foi-lhe  conferido  o  foro  de  Fidalgo  Cavalleiro,  o  titulo  de 
Conselho,  em  1825.  Assistiu  ao  nascimento  de  S.  M.  o  Imperador  D.  Pedro  II, 
e  de  suas  Augustas  Irmãs,  como  parteiro. 

Era  Official-Mór  da  Casa  Imperial  e  Commendador  da  Imperial  Ordem 
de  Christo  e  Official  da  Imperial  Ordem  da  Rosa. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  ;  no  primeiro,  enxequetado  de  oiro  c  azul.  de  cinco  peças  em 
faxa  ;  no  segundo  e  terceiro,  de  goles,  um  leão  de  oiro  rompente,  e  no  quarto,  de  prata,  fretado  de 
negro,  com  uma  pala  de  goles,  carregada  de  um  leão  de  prata  com  uma  espada  ensanguentada  na 
mão  (armas  dos  Guimarães).  Timbre  :  o  mesmo  leão  com  uma  maça  de  oiro  em  ambas  as  mãos. 
Divisa  :  Quascunque  findit.  (Brazão  passado  em  14  de  Agosto  de  1845.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza, 
Liv.  VI.  fls.  53). 

CORÔA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  25  de  iVlarço  de  1845. 


IGUASSÚ.  (Conde  de)  Pedro  Caldeira  Brant. 
Nasceu  em  20  de  Junho  de  18 14. 
Falleceu  em  18  de  Fevereiro  de  1881. 
Filbo  dos  Marquezes  de  Barbacena. 


Archivo  Nobiliarchíco  Brasileiro  34 


185 


Casou  em  primeiras  núpcias  com  D.  Cecília  Rosa  de  Araújo  Vahia,  Dama  do 
Paço,  natural  do  Rio  de  Janeiro,  e  filha  dos  Condes  de  Sarapuhy,  e  em 
segundas  núpcias  em  2  de  Setembro  de  1848  com  D.  Maria  Izabel  de  Bra- 
gança, filha  legitimada  da  Marqueza  de  Santos  e  de  S.  M.  D.  Pedro  I,  nascida 
em  S.  Paulo  em  28  de  Fevereiro  de  1830  e  fallecida  no  Rio  de  Janeiro. 

Era  Gentil-Homem  da  Imperial  Camera  e  Grande  do  Império.  Commen- 
dador  da  Imperial  Ordem  de  Christo,  Grã-Cruz  da  Imperial  Ordem  de 
S.  Stanislão,  da  Rússia. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  As  de  seu  Pae  o  Marquez  de  Barbacena.  Escudo  esquirtelado  ;  no  primeiro  e  quarto 
quartéis,  as  armas  dos  Caldeiras,  —  em  campo  azul,  uma  banda  de  prata  carregada  de'tres  caldeiras 
de  preto  com  os  bocaes  de  oiro,  entro  duas  flores  de  liz  também  de  oiro  ;  no  segundo,  as  dos  Olivei- 
ras, —  em  campo  vermelho,  uma  oliveira  verde  com  fructos  de  oiro  e  raizes  de  prata  ;  no  terceiro, 
as  dos  Hortas,  —  em  campo  de  oiro,  um  braço  nu,  posto  fixo  em  f;ixa  no  cabo  do  escudo  com  uma 
chave  grande  na  mão,  posta  em  pala,  de  sua  côr,  e  o  contrachefe  ondeado  de  agua.  (Brazão  passado 
em  12  de  Fevereiro  de  1801.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  164V). 

CORÔA  :  A  de  Conde. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Conde  por  decreto  de  2  de  Desembro  de  1840. 


1GUATEMY.  (Barão  de)  Francisco  Cordeiro  Torres  Alvim. 
Nasceu  na  cidade  do  Desterro,  Província  de  Santa  Catharina,  em  4  de 
Agosto  de  1822. 
Falleceu  em  10  de  Fevereiro  de  1883. 

Filbo  do  Chefe  de  Esquadra  Miguel  de  Souza  Mello  e  Alvim  e  de  sua  mulher 
D.  Mauricia  Elysa  Alvim. 

Sentou  praça  de  aspirante  em  4  de  Março  de  1839,  sendo  promovido  a 
Guarda  Marinha  em  1841.  Fez  parte  da  frota  que  foi  á  Nápoles  buscar  a 
Imperatriz  D.  Thereza  Christina,  em  1843.  Tomou  parte  como  Commandante 
de  navio,  nos  combates  no  Rio  da  Prata,  em  185 1,  e  substituio  o  Barão  da 
Laguna,  em  1860,  no  Commando  da  Divisão  naval  do  Rio  da  Prata.  Tomou 
parte  na  guerra  do  Paraguay  onde  portou-se  com  grande  bravura,  nas  batalhas 
de  Curupaity  e  Humayta.  Promovido  á  Chefe  de  Divisão  em  1867,  e  Chefe 
de  Esquadra  em  1869.  Foi  Ajudante  General  da  armada  em  1873,  Director  da 
Escola  da  Marinha  e  Vice-Almirante  em  1874. 

Membro  efifectivo  do  Conselho  Naval. 

Era  Moço  Fidalgo  da  Casa  Imperial,  Dignitário  da  Imperial  Ordem  do 
Cruzeiro,  Grã-Cruz  da  Imperial  Ordem  de  S.   Bento  de  Aviz,  Official  da 


186 


Imperial  Ordem  da  Rosa,  e  da  Torre  e  Espada,  de  Portugal,  Grã-Cruz  da 
Imperial  Ordem  de  S.  Stanislão,  da  Rússia. 

Tinha  as  medalhas  de  oiro  de  Toneleros,  e  a  Geral  da  Campanha  do 
Paraguay. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  lo  de  Julho  de  1872. 


IJUHY.  (Barão  de)  Bento  Martins  de  Menezes. 
Nasceu  na  Freguezia  do  Triumpho,  na  Provincia  do  Rio  Grande  do  Sul, 
em  7  de  Setembro  de  1818. 
Falleceu  na  cidade  de  Uruguayana,  nessa  Provincia,  a  27  de  Março  de  1881. 

Era  Brigadeiro  do  Exercito  e  prestou  relevantes  serviços  á  legalidade,  nas 
rebelliões  do  Rio  Grande  do  Sul  e  na  Campanha  do  Paraguay. 
Tinha  a  medalha  Geral  da  Campanha  do  Paraguay. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  ;  Barão  por  decreto  de  22  de  Junho  de  1870. 


1 


MBE.  (Barão  e  Visconde  de)  José  António  de  Moraes. 
Natural  de  Santa  Maria  Magdalena. 
Tenente-Coronel  da  Guarda  Nacional. 


CREAÇÃO  DOS  títulos  :   Barão  por  decreto  de  13  de  Setembro  de  1882.  Visconde  por  decreto  de  1 1  de 
Julho  de  1888. 


I 


MBURY.  (Barão  de)  Manuel  da  Cunha  Lima  Ribeiro. 
Natural  de  Alagoas. 


CREAÇÃO  DO  titulo  :  Barão  por  decreto  de  17  de  Maio  de  1871. 


187 


INDAIÁ.  (Barão  de)  António  Zacharias  Alvares  da  Silva. 
Natural  de  Minas  Geraes. 
Coronel  da  Guarda  Nacional  em  Minas  Geraes. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  19  de  Julho  de  1879. 


1NDAIATUBA.  (Barão  e  Visconde  de)  Joaquim   Bonifácio  do  Amaral. 
Nasceu  em  S.  Carlos,  na  Provincia  de  S.  Paulo,  em  3  de  Setembro  de  181 5. 
Falleceu  em  Campinas,  nessa  Provincia,  em  6  de  Novembro  de  1884. 
Filho  do  Tenente  José  Rodrigues  Ferraz  do  Amaral  e  de  sua  mulher  D.  Anna 

Mathilde  de  Almeida  Pacheco. 
Casou  com  sua  sobrinha  D.  Anna  Guilhermina  Pompeu  do  Amaral,  em  1839, 
em  S.  Carlos,  filha  de  António  Pompeu  de  Camargo  e  de  sua  mulher 
D.  Theresa  Miquelina. 

Era  Agricultor  em  S.  Paulo,  e  Official  da  Imperial  Ordem  da  Rosa. 

CREAÇÃO  DOS  títulos  :  Barão  por  decreto  de  1 6  de  Fevereiro  de  1876.  Visconde  por  decreto  de  19  de 
lulho  de  1879. 


1 


NGAHY.  (Barão  de)  Custodio  de  Souza  Pinto. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  25  de  Setembro  de  1889. 


INHAMBUPE.  (Visconde  com  grandeza  e  Marquez  de)  António  Luiz 
Pereira  da  Cunha. 
Nasceu  na  Bahia  em  6  de  Abril  de  1760. 


188 


FMeceu  no  Rio  de  Janeiro  em  ,9  de  Setembro  de  ,8,7 
J  2  ae  Março  de  i86i ,  com  76  annos  de  idade. 

Torre?Celrrí°'T''"'  '  "'"f™  "  magistratura,  sendo  Juiz  de  F6ra  em 
e  J  d!  C  sa  °":;  °V""-'"r™'""-  °-™^-«'dor  da  Relação  na  Ba  " 
PorPeÍnamTuct  "TS^ ^  Mtait  "TTa""  \  "^T"^'  '-'"" 
no  4-:  Gabinete  de  ,8.,;  dos  ^^JlJTt^JrJ^::^'^ 
Império  no  io.<-  Gabinete  rle  i8,,     .k       ^     ,,•       ^''"'"^^^  '^^  '«26,  e  do 

■""i°.r."::si-r,r  ———-■.■•—-......._„ 


I 


ima. 


NHANDUBY.  (Barão  de)  Joaquim  Luiz  deu,,,. 
Era  Coronel  da  Guarda  Nacional  e  Fazendeiro  importante 
Fo,  agraciado  com  o  titulo  de  Barão  por  ter  dado  a  liberdade 


escravos.  ^  ""^  ''  "oeraade  a  23 

CREAÇÃO  DO  T.TULO  :  B.r.o  por  decreto  de  9  de  Agosto  de  .884. 


'rp:agt.-vr::;.:re„re "-°  ^-«^^^  ™--  - — 

"■""aÍblr^onugtr^  '^"°^'  ^  "''  ^"^  ™"^"  •'•  «-'^  '-""  ^e  Barros 
'Td^ria^sr  ^;r  ^  ^^™^'  "'""  -  -^^-  -  --- 


189 


Veio  com  seus  Paes  para  o  Brasil,  com  dois  annos  de  idade.  Cursou  a 
Escola  de  Marinha,  e  de  Guarda-Marinha,  em  1832,  subiu  successivamente  até 
o  posto  de  Almirante  effectivo,  em  1869. 

Distingiu-se  nas  rebelliões  de  1824,  em  Pernambuco,  no  Maranhão  e  no 
Ceará,  na  expedição  da  Patagonia,  de  1827,  na  revolução  do  Maranhão,  em 
1831,  e  na  subsequente  do  Rio  Grande  do  Sul,  na  da  Bahia,  de  1837,  na  de 
Pernambuco  de  1849,  e  finalmente  cobriu-se  de  louros  na  Campanha  do 
Paraguay,  onde  serviu  como  Chefe  de  Esquadra. 

Foi  uma  das  maiores  glorias  da  Marinha  Brasileira.  Occupou  a  pasta  da 
Marinha  no  Gabinete  Caxias,  de  1861,  sendo  o  primeiro  Ministro  da  Agri- 
cultura, Commercio  e  Obras  Publicas,  cuja  secretaria  elle  organisou. 

Era  Grande  do  Império,  do  Conselho  de  S.  M.  o  Imperador,  Conselheiro 
de  Guerra,  Grã-Cruz  da  I.  Ordem  de  S.  Bento  de  Aviz  e  da  Rosa,  Commen- 
dador  da  I.  Ordem  de  Christo,  Grande  Official  da  Legião  de  Honra  e  Cavalleiro 
da  Ordem  de  N.  S.  da  Conceição  de  Villa  Viçosa,  de  Portugal,  e  era  conde- 
corado com  diversas  medalhas  de  campanha. 

Recebeu  o  titulo  de  Barão  «  pelos  relevantes  serviços  que  tem  prestado 
na  presente  guerra  e  especialmente  pela  Passagem  de  Curupaity »,  e  era 
chamado  o  heróe  de  Curupaity. 

CREAÇÃO  DOS  títulos  :  Barão  por  decreto  de  27  de  Setembro  de  18Ó7.  Visconde  com  grandeza  por 
decreto  de  5  de  Março  de  1868. 


IN  OH  AN.  (Barão  de)  José  António  Soares  Ribeiro. 
Nasceu  a  21  de  Maio  de  1794. 
Falleceu  em  15  de  Janeiro  de  1874. 

Casou  em  primeiras  núpcias  com  D.  Maria  Carolina  Torres,  filha  dos  Barões 
de  Itamby,  e  em  segundas  núpcias  com  D.  Amélia  Vasconcellos  Drummond, 
filha  de  antigo  diplomata  conselheiro  António  de  Meneses  Vasconcellos 
de  Drummond. 

Fazendeiro  em  Maricá,  Rio  de  Janeiro. 
Cavalleiro  da  Ordem  da  Rosa. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão    por  decreto  de  23  de  Janeiro  de  1886. 


190 


/   Nasceu  na  V,íf,  rSrier/jT'"  '*"""'  "'  '^^''"^^■ 

Campos  Pereira  e  de  sua  mulher  D  Lu^Jp      ""'  '"  "'"^  "^^  J^^"  "e 
.  de  Sande.  em  Portug,,,  j^g^",'  ^^^"'^  P"e,ra,  Era  irmão  do  , ..  BarSo 

HT"  "'"^  "»  Condessa  de  La^  '^T'  "'  ■'"'''''*•  '='^^''° 

■doutor  emt;  r::  u:""^^ "  ^°^°  ^----^  ^--^■ 

Armada.  ^"^  ^^n-ers.dade  de  Coimbra,  era  Physico-M6r  da 

Me£;rrde^-r"t\::-:-"r  ^^  --  --  - 

S-  M^D^Pedro  1.  e  seu  medico.        *      "'™°  '  Conselheiro  privado  de 

^a  Rosl  oSit  I'  Sr::-  au™:?:'^™"^'™'  °'«"''-">''^  ■■  «^^em 
Chnao.  Cruze.ro  e  Commendador  da  I.  Ordem  d^ 

CREAÇAO  DO  TITULO  ■  r,  , 


j^rH?m'e!:<----e-e,o.-Pra„..odeSa,,es 

^irs^etHeTun^fo:^:^--- 

Casou  com  D   ízphpi  ai       -,^  ^^6. 

mu.  izabel  AJves  Torres  Homem 

- -"t;rdet'p:-s  ^^t^'°  ^^  -- = ^^^  ^.-o, 

de  Negocos  em  Paris.  ''''''^'°  ^^  ^^g^fão  e  depois  Encarregado 

f^O'  Deputado  á   Assembl^.    r      , 

"«6..  legislatura  de  .845    pelo  Rio  d?     ''''   '"^'"^'"^  '^   ^'-s   Geraes 
ainda  na  /o  »  de  ,8cn  ?/•  ''^  Janeiro,  na  7  «  lem^uu,      a    ^^^^^' 

"■  '""'^•'°  *  ^-™da  no  .4."  GaSe  dT,8,V.T„: 


191 


24."  Gabinete  de  1870.  Foi  Director  das  Rendas  Publicas  e  Presidente  do  Banco 
do  Brasil,  do  Conselho  de  S.  M.  o  Imperador,  Senador  pelo  Rio  Grande  do 
Norte  em  1870,  Conselheiro  de  Estado  em  1866.  Era  Grande  do  Império, 
Commendador  da  I.  Ordem  de  Christo,  membro  do  Instituto  Histórico  e 
Geographico  Brasileiro,  do  Instituto  Histórico  da  França,  etc. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  15  de  Outubro  de  1872. 


IP  ACARAM  Y.  (Barão  de)  Demétrio  José  Xavier. 
Casou  com  D.  Zeferina  Correia  Xavier. 

Coronel  da  Guarda  Nacional. 

CREAÇÃO  IX)  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  8  de  Abril  de  1879. 


IPANEMA,  (i.o  Barão,  Visconde  e  Conde  de)  José  António  Moreira. 
Nasceu  na  Província  de  S.  Paulo,  em  23  de  Outubro  de  1797. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro,  em  28  de  Junho  de  1879. 

Era  Commendador  da  Imperial  Ordem  de  Christo  e  Dignitário  da  Imperial 
Ordem  da  Rosa. 

BRAZAO  DE  ARMAS  :  Em  campo  de  prata,  uma  banda  de  azul  carregada  de  cinco  estrellas  de  oiro  de 
cinco  raios,  entro  um  caduceu  de  goles  á  destra,  e  de  uma  cruz  florida,  de  goles,  á  sinistra. 
Divisa  :  Deus  et  cbaritas. 

COROA  :  A  de  Conde. 


192 


CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :   Barão  por  decreto  de  .4  de  Março  de  ,847    Bar.n 

de  .,  de  Ma,o  de  ,84.  Vi.onde  co.  ,.ndU  por  d^re:  d      "  de  oLIroT Í"  7  Í"" 
decreto  de  20  de  Fevereiro  de  1868.  '-'esertiDro  de  1854,  Conde  por 


I 


_DEUS  ET  CHARITA-y 

CREAÇAO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  ,3  de  Março  de  ,88.     R    - 

de  5  de  -ulho  de  1888.  ^  5-  Barão  com  grandeza  por  decreto 


I  ™o  pL'h"ei™''°  '  '■'  ''"""'=  '"-^  '""''^  ^'>  "-8-0  J°-  "e 


Archivo  Nobllí»rchko  Bresileiro  a; 


'93 


Nasceu  no  Paty  do  Alferes,  na  Província  do  Rio  de  Janeiro,  em  26  de  Julho 

de  1 8 1 1 . 
Falleceu  em  8  de  Junho  de  1883. 

Filho  de  João  Pinheiro  de  Souza  e  de  sua  mulher  D.  Izabel  Maria  da  Visitação. 
Casou  com  D.  Anna  Joaquina  de  S.  José  Werneck,  filha  do  Sargento-Mór 

Francisco  das  Chagas  Werneck. 

Coronel  reformado  da  Guarda  Nacional  de  Valença  e  fazendeiro  nesse 
Municipio, 

Era  Moço  Fidalgo  com  Exercicio  na  Casa  Imperial,  Commendador  da 
Imperial  Ordem  da  Rosa  e  da  de  Christo. 

BRAZAO  DE  ARMAS  :  Em  campo  azul  um  pinheiro  de  oiro,  com  raizes  de  prata  entre  dez  besantes  de 
oiro  em  duas  palas,  e  uma  orla  de  prata.  (Brazão  passado  em  14  de  Setembro  de  1867.  Reg.  no 
Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  91). 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  30  de  Novembro  de  1866.  Barão  com  grandeza  por  decreto 
de  27  de  Março  de  1867.  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  17  de  Junho  de  1882. 


1  PIABAS.  (2.°  Barão  de)  Francisco  Pinheiro  de  Souza  Werneck. 
Nasceu  na  Província  do  Rio  de  Janeiro,  em  26  de  Outubro  de  1837. 
Filho  dos  I .™  Barões  e  Viscondes  com  grandeza  de  Ipiabas. 

Negociante. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  As  de  seu  Pae  o  i.°  Barão  de  Ipiabas,  tendo  por  differença  uma  brica  de  oiro  com 
um  F  azul. 

COROA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  22  de  Julho  de  1882. 


194 


Ji    Natural  da  Provinca  de  Pernambuco 

Era  irmão  do  Conde  da  Boa  Vi   a    F  '"''  ^'''"^^"^'"  ^^  Albuquerque. 

Casou  com  D.  Ignacia  MHitana  r      .''"'"'^  '°  '''^°  ^^^^°^- 
gnacia  Mil.tana  Cavalcanti  Rego  de  Lacerda. 

Tomou  parte  na  Revolução  Praiera  em  Pernambuco 

B>^AZAO  DE  ARMAS  :  Escudo  partido  de  sinop.e  e  de  g6les  •  no  nr'      ■ 

de  prata  ondeada  de  azul  e  sobre  ella  Ues  viefra    de  "'  "  """  ""^  '"'«'''  ~  "'-  "-^^ 

sao,  em  campo  vermelho,  trez  bandas  de  pra,      c  „„      "  '  ""  "^""''''  ''  """  ''"^  '^^^^  "- 
campanha  de  oiro  com  uma  canna  de  assuca  ""'''°  "°'"  "*^^"*^  ''=  °'™.  '.  3,   3  eV 

este  em  ba.a  e  a.ueUa  em  banda     Lar:  ^  sa^d^  ""^  'l  ''''"'"  '"  "^'-^''  ^'^^  -  "to;' 
Nobreza,  Uv.  VI,  fls.  ,  ,o).  ^  ^"""^  ^^  ^°  ''«^  ^g-'"  de  ..70.  Reg.  no  Cartório  da 

COROA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  •   R,rõ„ 

•   ^'^'°''°^'^^"''°de,4deMarçode,849. 


'95 


k/^à/  ^^''^>r-*. 


1RAJÁ.  (Conde  de)  D.  Manuel  do  Monte  Rodrigues  de  Araújo. 
Nasceu  no  Recife,  em  Pernambuco,  a  17  de  Março  de  1798. 
Falleceu  em  1 1  de  Junho  de  1863,  no  Paço  da  Conceição,  no  Rio  de  Janeiro. 
Filho  de  João  Rodrigues  de  Araújo  e  de  sua  mulher  D.  Catharina  Ferreira 
de  Araújo. 

Sábio  prelado  e  politico.  Professor  de  Theologia,  durante  17  annos,  no 
Seminário  de  Olinda,  deputado  á  Assembléa  Geral  duas  vezes,  pela  Província 
de  Pernambuco,  nas  3.*  e  4.»  legislaturas,  de  1834  a  1841,  e  pelo  Rio  de 
Janeiro  na  6.*  legislatura  de  1845  a  1847. 

Capellão-Mór  de  S.  M.  o  Imperador,  sagrou  e  deu  a  benção  nupcial  a 
SS.  MM.  Imperiaes  e  as  Princezas  D.  Januaria  e  D.  Francisca  e  baptisou  os 
Príncipes  Imperiaes,  Era  prelado  domestico  e  assistente  ao  Sólio  Pontifício, 
9.°  Bispo  do  Rio  de  Janeiro,  confirmado  por  Bulia  do  Papa  Gregório  XVI, 
tomando  posse  em  1840,  membro  do  Instituto  Histórico  e  Geographico  Brasi- 
leiro, da  Academia  de  Sciencias  e  Artes  de  Roma,  etc. 


196 


Gran-Cruz  da  Ordem  H*.  ç    i 
Digni,,no  da  ,.  Ordem  da  tt   2^!;  ''  °"'""  ''  ''™'«°  '■  G""^e 
entre  e„as  do  C.„,.„.,,  ,,  rt^;!'^  ™- *-  f  "-ologia  e  „„ra,, 

stasííco.  "^''^  ^oral  e  Elementos  de  Direito  Eccle- 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Um  escHn  r 

COROA  ■  A  de  r.nH        u  ''*  °''°  fl°"da. 

Conde  sobre  a  Chapéu  se.i-pont.fica,  de  Bispo 
CREAÇAO  DO  TITULO  ■  r     a 

T'TULO.   Conde  por  decreto  de  .5  de  Março  de  ,845. 


í  ^;^/^^'  ^^'''°  ^'^  J°^^  ^"'^  Cardoso  de  Salles 
Era  estancieiro  no  Rio  Grande  dn  ^m1   ^  ^     / ' 


'97 


1TABAP0ANA.  (Barão  e  Visconde  com    grandeza  de)  Luiz  António 
de  Siqueira. 
Falleceu  em  Campos,  na  Provincia  do  Rio  de  Janeiro,  em  4  de  Desembro  de 
1879,  com  83  annos  de  idade. 

Coronel  Commandante  Superior  da  Guarda  Nacional,  era  proprietário  e 
fazendeiro  de  assucar  em  Campos. 

Commendador  da  Imperial  Ordem  da  Rosa,  e  da  de  Christo,  e  Fidalgo 
Cavalleiro  da  Casa  Imperial. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro,  de  azul,  cinco  vieiras  de  oiro  estendidas,  de 
preto,  postas  em  aspa  ;  no  segundo,  de  prata,  um  leão  de  purpura  armado  de  azul  ;  e  assim  os 
contrários.  (Brazão  passado  em  4  de  Junho  de  1855.  Reg.  na  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  21). 

COROA  :  A  de  Conde. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  2  de  Desembro  de  1854.  Barão  com  grandeza  por  decreto 
de  26  de  Janeiro  de  1867.  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  24  de  Março  de  1876. 


1TABAYANA.  (Barão,  Visconde  e  Visconde  com  grandeza  de)  Manuel 
Rodrigues  Gameiro  Pessoa. 
Nasceu  em  Portugal. 
Falleceu  em  Nápoles,  em  22  de  Janeiro  de  1846. 

Sua  única  filha  e  herdeira,  D.  Camilla  Leonor  Júlia  Gameiro,  foi  a 
I ."  Viscondessa  de  Gameiro,  em  Portugal,  por  decreto  de  20  de  Agosto  de 
1851  ;  nasceu  a  22  de  Fevereiro  de  181 7,  e  casou  a  4  de  Abril  de  1830  com 


198 


José  Ricardo  da  Silva  e  Horto  Visconde  He  r.      ■ 

auctorisado  á  usar  do  titulo  '  Moco  t  r  ?'"'  '''°  '""  "^^"^^"^o,  e 

da  I.  Ordem  de  Christo  '        '  ^"'P'""'  ^^"^^''^  '  Commendador 

Minir l^^pS-  :^:rtí:'  l  tr--rndo  o  car,o  de 
junto  ao  Rei  das  Duas  Sicilias  e  em  Vien"a         '  "  ^^"^^^^^"'^^'  -  '8^5, 

Ordem  Imperial  do  Cruseiro   eÍ  Toct  I'    '  ^"'"''"''  "  ^^''"^''"^  ^^ 

Brasileiro,  desde  .8,9  °"°  '°  '"'^''"^°  "'^^orico  e  Geographico 

CREAÇÃO  DOS  títulos  •  Rors 

o..».,..-rr::;::::;:;:::t:.r:-;n:ri-"-=-. 


JTABERAVA    (Barão  de)  Alexandre  José  da  Silveira 
1    f.U.ceu  em  S.  Jo.,o  del-Rey  em  ,4  de  Junho  de  ,TÍ 

Era  Commendador  da  Imperial  Ordem  de  Christo 

CREAÇÃO  00  TITULO  :Ba.o  PO.  dectoae.aeoese...  de  ,S,,       ^ 


*  /^aturai  da  Província  de  Minas  Geraes 
Palleceu  nessa  Província  em  ,3  de  Desembro  de  .855. 


'99 


Filho  do  Coronel  Francisco  de  Paula  Freire  de  Andrade  e  de  sua  mulher 

D.  Izabel  Alves  Maciel. 
Era  irmão  da  IVlarqueza  de  Bomfim,  D.  Francisca  Freire  de  Andrade. 
Casou  com  D.  Francisca  Baroneza  de  Itabira. 

Era  Commendador  da  Imperial  Ordem  de  Christo  e  Cavalleiro  da  Imperial 
Ordem  do  Cruzeiro. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  15  de  Novembro  de  1846. 


ITABORAHY.  (Visconde  com  grandeza  de)  Joaquim  José  Rodrigues 
Torres. 
Nasceu  a  13  de  Desembro  de  1802,  na  Cidade  de  Porto  das  Caixas,  Município 

de  Itaborahy,  na  Província  de  Rio  de  Janeiro. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro,  em  8  de  Janeiro  de  1872. 

Filho  de  Manuel  José  Rodrigues  Torres  e  de  sua  mulher  D.   Emerenciana 
Mathilde  Torres. 
Casou  com  D.  Maria  Alvares  de  Azevedo  Macedo,  que  falleceu  em  Saqua- 

rema,  a  13  de  Maio  de  1877,  filha  do  Major  João  Alvares  de  Azevedo, 

e  de  sua  mulher  e  prima   D.    Maria  de   Macedo    Freire  de  Azevedo 

Coutinho. 

Estudou  em  Coimbra  até  1822  e  formou-se  em  Mathematicas  em  Paris. 
De  volta  ao  Rio  de  Janeiro,  foi  nomeado  lente  dessas  matérias  na  Escola 
de  Marinha. 

Foi  Ministro  de  Estado  dez  vezes;  pela  primeira  vez  com  29  annos  incom- 
pletos no  i."  Gabinete  da  Regência  Permanente  de  16  de  Julho  de  1831, 
Ministro  da  Marinha  nessa  data,  substituindo  Bernardo  Pereira  de  Vasconcellos 
na  pasta  da  Fazenda  em  1832  ;  Ministro  da  Marinha  no  3.°  Gabinete  de 
13  de  Setembro  de  1832,  desde  7  de  Novembro  desse  anno  até  30  de  Junho 
de  1834;  Ministro  da  Marinha  e  interino  da  pasta  da  Guerra,  no  i."  Gabinete 
de  19  de  Setembro  de  1837,  da  Regência  do  Senador  Marquez  de  Olinda; 
Ministro  da  Marinha  no  4.°  Gabinete  de  18  de  Maio  de  1840. 


200 


Durante  o  2  °  Reinaria  ,^.. 

'm  organisou  o  .,..  Gabinete  ts  de  Io"  ""™"'°  ^^'^  ''""^  =- 
amos  e  alguns  mezes  (26  de  Setembrod.,»  vi  ''"'  P''''"'"  """""í  dous 
ainda  outra  vez  da  pasta  da  Fazenda"  uVsJ^i'  '"'  "'"'^'"'-ncarregou-se 
a  felicidade  de  vêr  concluida  a  guerra  do  Pa  'r"'"  '""  '^^^'=''^''''"1=,  e  teve 

O  Acto  addíciona,  de  ,.  TÀ^Z  ZfZ  "°  7  '''"'''"'''■ 

Mun.cp.o  Neutro  separa„do-a  da  Província  dó  P      ™"f' '"'"*  a  Corte,  en, 

Torres  o  seu  ,.  Presidente,  de  ,  ,de  Oorbro  de   8  !  ""'T  '°'  ''°*«"« 

Fo,  Deputado  por  sua  Província  nat^Tnl.  ^^  '  ^°  "'  '^'""  *  '«^é- 

'8^4  até  ,844,  anno  e™  que  foi  es  olh  do  "/      ''  '  '■'  '^»*'-as  desde 

Era  Grande  do  Império   do  r„     1  "^      i-epresental-a  no  Senado 
Estado  em    ,85,,   Ofra'!    mper  "ord     'd"*"^'^'  <^''"-'"*°  "= 
Carlos  III,  de  Hespanha,  Sócio  do"    .utoHis,-  ^™"'™'  °'^"-C™^  "^ 
--de  ,a,,  e  numerosas  ^ciedar^rr o\^-rr::: 

CREAÇÃO  DO  TITULO  •  v;.       ^ 

TULO.V,scon.eco.,.„de.po..e.e,ode.,eOese...o.e.S,, 


JTACURLJSSÁ    m  - 
Grande  Proprietarire  a^r"'"  ''^  '^^""^'  ^'■^"^'  ^^t-- 


CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  ;  Barão 


'le  3.  de  Ou.ubro  de  ,889"  '"  '""'"  "'  '^  '"  '^"^°  "«=  '«««•  «-- 


com  grandeza  por  decreto 


Archivo  Nobiliarchico  Br«ile 


201 


1TAGUAHY.  (Barão  e  Visconde  com  grandeza  e  Conde  de)  António 
Dias  Pavão. 
Nasceu  em  S.  Paulo  em  i  ?  de  Março  de  1790. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro  em  14  de  Junho  de  1875. 

Sentou  praça  aos  17  annos  de  idade,  sendo  promovido  á  Major  com 
honras  de  Tenente-Coronel  do  Exercito.  Dedicando-se  ao  commercio  e  á 
lavoura,  conquistou  avultada  fortuna,  que  sempre  dispoz  em  beneficio  de 
muitas  associações  de  caridade,  e  do  próprio  Governo  durante  a  guerra  do 
Paraguay. 

Era  Grande  do  Império,  Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Imperial,  Commen- 
dador  da  Imperial  Ordem  de  Christo  e  da  Rosa. 


BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Em  campo  de  sinople  um  pavão  de  suas  cores,  com  a  cauda  aberta,  agarrando  com 
os  pés  duas  espadas  postas  em  aspa.  Divisa  :  Ecce  Gloria  Mea. 

COROA  :  A  de  Conde. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS:  Barão  por  decreto  de  17  de  Novembro  de  1851.  Barão  com  grandeza  por  decreto 
de  10  de  Fevereiro  de  1854.  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  30  de  Novembro  de  1866.  Conde 
por  decreto  de  22  de  Abril  de  1868. 


202 


I  TAHIM.  (Barão  de)  Bento  Dias  de  Almeida  Prado 

T^J""  n-^'"'n  ^''""'''^  '^^  ^'"^^'''^^  P^^^°  ^  de  sua  primeira  mulher 
D.  Mana  Dias  Pacheco  de  Almeida 

C..o«  em  Itú   em  ,843,  com  sua  prima  D.  Anna  de  Almeida  Prado    filha  do 
A^a  [X."  ""^^"^   '^"°  ^  ^^  -^   "^"'^^  -•  ^--"  d: 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão  por  decreto  de  ,3  de  Março  de  ,885. 


I  TAHYPE.  (Barão  de)  Carlos  Baptista  de  Castro 

^^TLT'''"  '"  ^"  '•'  ^'"""'  '  ''  ''  ^^'^  ^^-9.6,  na  avançada 
relf  fJVT"'  "'  •"''"'"''■'  ^°  ^^"  g^"'°  °  Conde  de  Affonso 
de  Ldo"  '°  "^'"^"'^  ''  ^"^°  '^^^°'  ^-^^  ^°  '-P-0.  e  Conselho 
CaíOíí  com  D.  Maria  José  Baptista  de  Castro 

Era  tio  do  Visconde  de  Lima  Duarte,  D.  José  Rodrigues  de  Lima  Duarte 
Era  Bacharel  em  Sciencias  jurídicas  e  sociaes,  e  na  sua  lon^a  carreir. 
pubhca  exerceu,  por  muitos  annos,  a  magistratura  na  P  o  i  c^de  Z 
Geraes,  e  de.xou  traços  bem  nitidos  de  sua  individuadidade,  de    ua  ene  I 
e  de  seu   caracter  integro   na  campanha  abolicionista  e  em  va  i^.  Z 
periodos  difficeis  da  vida  nacional.  ''""^  °"^''°' 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  3  de  Agosto  de  ,889. 


j  TAIPÚ.  (Barão  de)  Francisco  Manuel  das  Chagas 

A     Era  Bacharel  em  direito,  e  foi  Director  da   Secretaria  de  Estado  dos 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  6  de  Maio  de  .889. 


203 


ITAJUBA.  (i.o  Barão  e  Visconde  de)  Marcos  António  de  Araújo. 
Nasceu  na  Provincia  de  Minas  Geraes. 
Falleceu  em  Paris,  em  7  de  Fevereiro  de  1884. 
Era  pae  do  2°  Barão  de  Itajubá. 

Bacharel  em  direito  pela  Academia  de  Olinda,  era  lente  dessa  Academia 
quando  foi  nomeado  encarregado  de  Negócios  interino  e  Cônsul  Geral  do 
Brasil  nas  cidades  Hanseaticas. 

De  1834  3  1867,  occupou  successivamente  todos  os  postos  da  carreira 
diplomática  em  quasi  todas  as  Cortes  Europeas.  Foi  o  Arbitro  Brasileiro  na 
questão  do  Alabama,  entre  os  Estados  Unidos  e  a  Grã-Bretanha,  servindo 
com  igual  brilho  ao  dos  outros  dois  árbitros  nomeados  pelo  Rei  da  Itália  e  o 
Presidente  da  Suissa,  no  Tribunal  de  Arbitramento  de  Genebra,  em  1871. 

Era  Grande  do  Império,  Grã-Cruz  da  Imperial  Ordem  de  Christo,  Grande 
Official  da  Legião  de  Honra  da  França,  Cavalleiro  da  Real  Ordem  da  Conceição 
de  Villa  Viçosa,  de  Portugal,  Grã-Cruz  da  Águia  Vermelha,  da  Prússia,  da 
Ordem  dos  Guelphos,  do  Hannover,  da  de  Pedro  de  Oldenburgo,  da 
Ernestina  da  Saxonia,  da  Dinamarquesa  de  Danebrogue,  e  sócio  do  Instituto 
Histórico  e  Geographico  Brasileiro. 

CREAÇÃO  DOS  títulos  :  Barão  por  decreto  de  6  de  Junho  de  1867.  Visconde  por  decreto  de  17  de  Julho 
de  1871.  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  18  de  Julho  de  1872. 


ITAJUBA.  (2.°  Barão  de)  Marcos  António  de  Araújo  e  Abreu. 
Nasceu  na  cidade  de  Hamburgo,  na  Alemanha, 
Falleceu  em  Berlim,  a  3  de  Novembro  de  1897. 
Filho  do  I ."  Visconde  de  Itajubá. 
Casou  com  D.  Maria  Elisa,  filha  do  Conselheiro  João  Manuel  Pereira  da  Silva, 

e  de  sua  mulher  D.  Maria  Elisa  de  Sauvan  Monteiro  de  Barros. 

Exerceu  diversos  cargos  diplomáticos,  como  Ministro  nos  Estados  Unidos, 
na  Hespanha,  em  França,  e  finalmente  como  Enviado  Extraordinário  e  Ministro 
Plenipotenciário  junto  á  corte  de  Guilherme  II  da  Alemanha,  quando  falleceu, 
em  1897. 


204 


Era  Moço  fidalgo  com   exerciVin  no   r 
S.  Magestade,  Offlc,-,,  da  ,„pe  ■:  o     ,:  /r^::;^"-^''  ^°  Conselho  de 
de  Honra,  da  França,  Official  da  Ord^r^  '  ^ommendador  da  Legião 

Pedro  de  Oldenbnrgo.  C^ZZTZl^^'":  ''  ?"  "=  ^^«'  ^  *  ^^ 
da  de  Danebrogue,  da  Dinamarca.  *^""  ^'^™'""'  *  P™«ia,  e 


CREAÇÃO  DO  TITULO  ■  Rar5^ 

uLu  .  Barão  por  decreto  d 


le  10  de  Novembro  de  1883. 


ÍTAMARACÁ.  (.  o  Barão  ITT"™"* 

de  Christo.  '•  ^^^"^'-"^^  ^  Cornmendador  da  Imperial  Ordem 

C-Ç.O  00  T,TU.O:3.r.o  por  de.e.de,.de  setembro  ae.8.3. 


j     Nasceu  no  Rlifi^em^pllltlío  ^"'°"'°  ^""'^^'"^  ^^^'^'  Monteiro 
^«//^..«  em  Lisboa   em  s  de  F^n        .  '  ''^  ^°  '^^  ^^'■'■'  ^e  .804. 

dos  Extrangeiros  no  Gabinete  de  ,8„    n'e  /  'Z  '"  ''«'^""""^'  Ministro 
'8«^e  Ministro  Plenipotenciário  ^'^ormga?:       '""'"^'^  "^  ^-'^  =- 
Era  autor  de  varias  obras  poetiL        *^  '"'°  '"8°  '■="«™- 


205 


Membro  do  Conselho  de  S.  Magestade,  era  Grã-Cruz  da  Ordem  de 
S.  Gregório  Magno,  da  Ordem  Constantiniana  das  Duas  Sicilias,  da  1.  Ordem 
de  Christo,  e  da  R.  Ordem  de  Villa  Viçosa  de  Portugal,  Grande  Dignitário 
da  I.  Ordem  da  Rosa  e  Official  da  I.  Ordem  de  Cruzeiro. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  14  de  Abril  de  18Ó0. 


ITAMARANDIBA.  (Barão  de)  Joaquim  Vidal  Leite  Ribeiro. 
Nasceu  em  S.  João  D'el-Rei,  na  Província  de  Minas  Geraes,  em  31  de 
Outubro  de  1818. 
Falleceu  em  7  de  Janeiro  de  1883  no  Rio  de  Janeiro. 
Filho  do  Capitão  de  Ordenanças  Francisco  Leite  Ribeiro. 
Casou  em  1853  com  D.  Alexina  Fontoura  de  Andrada,  nascida  em  1839. 
Era  pae  do  Barão  de  Santa  Margarida. 

Foi  opulento  lavrador  e  influencia  politica  em  Mar  de  Hespanha,  e  ban- 
queiro, em  Juiz  de  Fora,  na  Província  de  Minas  Geraes. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  15  de  Junho  de  1881. 


ITAMARATY.  (i."  Barão  com  grandeza  de)  Francisco  José  da  Rocha 
Leão. 
Nasceu  na  cidade  do  Porto  em  Portugal. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro  em  6  de  Julho  de  1853. 
Filho  de  Francisco  da  Rocha  Leão  e  de  sua  mulher  D.  Anna  Maria  Rita  Leão. 


206 


Casou  com  D.  Margarida  Cândida  Bernardes  fi]h,  H    ,    .  „ 

e  de        n,  ,^,.,^„^^  Ma™  t  3"^ Jef  ^  '™*"  «"™^''- 

seu  tempo  na  praça  do  Rto  dl^eiro  '°  '°'<'°  *  ^ommercio  do 

■'3."™rct',,erd:  Ss?Ci:;rre'rrd^'  ^-  - 

CREAÇÃO  DOS  títulos  ■  R,rõ 


PSa'^^^-   '-    -.   Vi.onde   e   Conde    de,    .ane.o  .. 

^asou  com  D.  Mana  Romana  Bernades  da  Rn.h 

com  o  titulo  de  Marqueza  de  Itamaraty   que  :e/ur'°^"^"^^  ^^-^"^^^ 
Negociante  matriculado  em  ,8„  . 

Coronel  Commandante  da  Guarda  N.J'"?' .''P'"'''''''  '  Proprietário,  foi 
Administrativa  da  Caixa  da  Amor  isS^°"  V  ■  '''f'  ^^"^^°  '^  J-^a 
Socorro,    Sócio   Fundador   do    CeS    '    -       '  ""''  '  '^^"^^  '^^ 

tura,  etc.  ''^P^-^'^'    Instituto  Fluminense   de   Agricul- 


207 


Era  Commendador  da  I.  Ordem  de  Christo,  em  1841,  Dignitário 
da  I.  Ordem  da  Rosa  em  1868,  Moço  da  1.  Camará,  Fidalgo  Cavalleiro  da 
Casa  Imperial,  Moço  honorário  da  1.  Camará  da  Guarda-Roupa,  Veador 
honorário  da  I.  Casa  e  Grande  do  Império. 

BRAZÃO  Dg  ARMAS  :  As  de  seu  Pae.  Em  campo  azul,  uma  asna  de  oiro  entre  três  trifolios  do  mesmo 
metal. 

COROA  :  A  de  Conde. 

CREAÇÃO  DOS  títulos  :  Bãrao  por  decreto  de  25  de  Março  de  1854.  Visconde  com  grandeza  por  decreto 
de  17  de  Julho  de  1872.  Conde  por  decreto  de  17  de  Outubro  de  1882. 


ITAMARATY.    (Baroneza,    Viscondessa,    Condessa    e    Marqueza    de) 
D.  Maria  Romana  Bernardes  da  Rocha. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro,  a  17  de  Outubro  de  1896. 

Casou  com  o  Conde  de  Itamaraty,  Francisco  José  da  Rocha  e  quando  viuva 
foi  agraciada  com  o  titulo  de  Marqueza  de  Itamaraty. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Uma  lisonja  com  as  armas  do  seu  marido.  Em  campo  azul,  uma  asna  de  oiro  entre 
três  trifolios  do  mesmo  metal. 

CORÔA  :  A  de  Marquez. 

CREAÇÃO  DOS  títulos  :  Baroneza  por  decreto  de  25  de  Março  de  1854.  Viscondessa  com  grandeza  po 
decreto  de  17  de  Julho  de  1872.  Condessa  por  decreto  de  17  de  Outubro  de  1882.  Marqueza  por  decreto 
de  29  de  Junho  de  1887. 


208 


í  TAMBÉ.  (,.0  Barão  de)  Francisco  José  Teixeira 
wtTo  TJ-  'l"'""  ''  ""  "'  "''^'  de  Vassouras. 

de  ,864,  filha  do  Sargento-M6r  José  Lei  fp.h  '      ""^  ^"™''™ 

Era  prestigioso  chefe  politico  liberal,  lavrador  e  banqueiro 
Commendador  da  Imperial  Ordem  da  Rosa 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Bar.o  po.  dec.o  de  ,5  de  Nove.bro  de  .846. 


^M^f:.  ^"^  ^""'^  ^')  ^"""^^to  Justiniano  da  Silva  Freire 
1     Natural  de  Pernambuco. 

Era  Coronel  da  Guarda  Nacional. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Bar3o  po.  decreto  de  8  de  Março  de  ,88o. 


Archivo  Nobiliarchico  Bruileiro  3-j  — — 

309 


ITAMBY.  (Barão  de)  Cândido  José  Rodrigues  Torres. 
Falleceu  em  Botafogo,  no  Rio  de  Janeiro,  em  1 8  de  Março  de  1877. 
Filho  de  Manuel  José  Rodrigues  Torres  e  de  sua  mulher  D.  Emerenciana 

Mathilde  Torres. 
Era  irmão  do  Visconde  de  Itaborahy. 

Casou  com  D.  Restituta  Soares  Torres,  que  falleceu  em  3  de  Março  de  1881, 
no  Rio  de  Janeiro. 

Negociante  e  capitalista,  era  membro  da  Junta  da  Caixa  da  Amortisação 
e  Commendador  da  Imperial  Ordem  de  Christo  e  da  Rosa. 

BRAZAO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro  e  quarto,  as  armas  dos  Rodrigues,  —  em  campo 
de  oiro  cinco  flores  de  lys  vermelhas  em  aspa,  e  um  chefe  de  vermelho,  com  uma  cruz  de  oiro 
floreleada,  e  vazia  do  campo,  e  no  segundo  e  terceiro,  as  dos  Torres,  —  cinco  torres  de  oiro  postas 
em  aspa  em  campo  vermelho. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  17  de  Julho  de  1872. 


ITANHAEM.  (Barão  com  grandeza  e  Marquez  de)  Manuel  Ignacio  de 
Andrade  Souto  Maior. 
Nasceu  em  5  de  Maio  de  1782,  em  Marapicú,  Rio  de  Janeiro. 
Falleceu  em  17  de  Agosto  de  1867. 

Filho  do  Brigadeiro  Ignacio  de  Andrade  Souto  Maior  Rondon,  Fidalgo 
Cavalleiro,  e  Mestre  de  Campo  no  Rio  de  Janeiro,  e  de  sua  mulher 
D.  Maria  de  Athayde  Portugal,  filha  de  José  Pinto  Coelho,  Moço  Fidalgo, 


210 


de  Azevedo  Coutinho.  Fid  go  d.  Cafa  Re"    D      ^h'"  '"""  ^™- 
e  de  sua  mulher   D    Maria    dn  r7^  ,   o      °"'="'''»'-«='dor  do  Paço. 

do  Rivo,  faliecida  em  ,878    a  secunda  "^  "'  ^°"^'^^  '^™" 

Pinto  Ribeiro  ;  a  terce  rací.,^  a  r-  w  '  """  ^'  '''''"''^"  ««hilde 
Pinto  Ribeiro  Afaf  a  Rala  D T  ,  T"''"'''  °-  """"^  ^everina 
D.  Maria  A„ge,i„'a  Beltío  D  m.de  C;  "  f""^  ^^""^  ''^^»- 
1  ■?  de  Fevereiro  de  ,8o     e  hLZ  /.  ^peratriz,  que  nasceu 

segunda  e  terceira  mulher  d„  M  '*  "'  ^''=""'™  "'  '«í?-  A 

José  Pinto  Ribei  o  de  VasconcetT'.''  """  ""'''  '""^  '^  "'"Í- 
-a.  e  de  sua  muibe^r^^—  fUT  P^^^^irr  ''  ^'' 

de  Ma:;;^:::!  t:d~pr„':;:':rarr  • = •  ^™^"  ^^  -^- 

Serviu  de  Alferes-Mór   na  Cora"  c^o  e  s  T'  ™  "^^• 

juramento  da  Constituição  Pol  ticaT  Z         *"*"'  "'  °-  ''=<'™  '■  <=  "» 
D.  Fernando  de  Portugal  n^CLoSp '' "'"""'°"  ""^ '"''' '^«^í 
■846.  Em  ,83,  foi  nom«do  tuto     e  s   M    JT'  'T^"'''  °   '^'^^'-  ^"' 
suas  Augustas  Irmans,  em  subst,°úii,  á  tfjT""'°'  "^^  '''^'°  "■  <=  de 
Era  Grande  do  Império    Gt^H-enr''^''"  ""=  ■^"""da  e  Silva. 
Mór,  Estribeiro-Mór.  Grã-Cruz  da    ^nr!^  ^  '"""""  ^'"^"-  ««■domo- 
Duas  Siciiias,  de  S.  Ma^rS    e  S  Ta  a'r    "da  ?  ""'"''"^  '^^-  J-"-o  das 
da  O.  de  Villa  Viçosa  de  Portugal,'  *"'°  "'  "°""'  Cavalleiro 

CREAÇÃO  DOS  TITt  li  nç  .  d    - 


I 


'NaÍfde^orpo?'''^*^»^^---- Júnior. 
Cavalleiro  da  I.  Ordem  da  Rosa. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Ba.o  po.  .e.e.o  de  .8  ,e  Dese...  ac  ,8,, 


21  I 


ITAPACORÁ.  (Barão  de)  Manuel  António  Alvares  de  Azevedo. 
Nasceu  em  Itaborahy,  na  Província  do  Rio  de  Janeiro,  em  lo  de  Julho  de 

'773- 
Falleceu  nessa  cidade  em  2}  de  Agosto  de  1865,  solteiro. 

Filbo  do  Mestre  de  Campo  Alexandre  Alvares  de  Azevedo  e  de  sua  mulher 

D.  Anna  Maria  Joaquina  Duque  Estrada. 

Prestou  relevantes  serviços  á  sua  pátria  durante  a  guerra  da  Independência. 

Era  Cavalleiro  da  Imperial  Ordem   do  Cruzeiro  e  Commendador  da 
Imperial  Ordem  de  Christo. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  25  de  Março  de  1849. 


1TAPAGIPE.  (i.»  Baroneza  e  Condessa  de)  Anna  Romana  de  Aragão 
Calmon. 
Nasceu  na  Província  da  Bahia  em  9  de  Agosto  de  1784. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro,  em  10  de  Novembro  de  1862. 
Casou  com  o  Desembargador  Conselheiro  Francisco  Xavier  Cabral  da  Silva, 
nascido  em  i  de  Novembro  de  1786  e  fallecido  em  Nictheroy,  em  12  de 
Outubro  de 

Eram  pães  do  2.»  Barão  de  Itapagipe,  e  da  Baroneza  de  Sande,  em  Portu- 
gal, D.  Maria  Leonor  Cabral  de  Aragão  Calmon. 

Era  Dama  do  Paço  e  acompanhou  a  Rainha  D.  Maria  II,  á  Europa,  em 
1828. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Baroneza  por  decreto  de  13  de  Outubro  de  1825.  Condessa  por  decreto  de  12  de 
Outubro  de  1826. 


ITAPAGIPE.  (1.°  Barão   com   grandeza   de)   Francisco   Xavier   Cabral 
da  Silva. 


212 


Nasceu  em  Lisboa,  em  25  de  Janeiro  de  ,806 

/^-//Ão  do  Desembargador  Francisco  Xavier  Cabral  da  Silv.       a 

Tenenrrc;:sr;jro^:r,;Lr^rc"'"^^^^ 

Fez  a  campanha  Cisniatina   ,„„,„/  i:"-  ■ « r  8,  com  o  posto  de  Tenente, 

de  campo  e  AjudantÍde  Co í  c^^^a ^  t'^'^  "'  ""^^'■"«*-  "--'^^' 
d.s  Atmas  da' Corte  em  Teje  84,  S  Lrdl^^r''  '°'  ^°™"^^°^ 
acompanhou  S.  Magestade  ao  Sul   tendo  ass^sMo  .       T"'  ™    '*^°' 

era  Commandante  Geral  da  Arma  de  Ar^h       ^  "^^^  "'  ^™8"^ya™- 

asa  Imperial.  Artilharia,  Gentil-Homera  e  Veador  da 

Aviz'comrn;d:r'r;mpe2ro?d?^r^;f'  °'''-  "=  ^- ''-°  «= 

ordem  de  Cruzeiro  e  CaVlZ dl  ,*':;:,  Orde^TR^ Í'  h'^  '"'^"'^' 
da  Campanha  do  Paraguay,  com  passador  de  cl^^o  "'"  '  '^'='''"'''' 

CKH.ÇXO  00  r,TU.O  .  B„.,  „™  „.„.„.  ,,  ,„.„  ,  .,  ^/^^^^^^  ^^  ^^^^ 


^^.«t^JIluei*:."  '"'°  "^^  '™"'^'°  '<-'-  C^'™"  Cabral  da  Silva. 
Filho  dos  primeiros  Barões  de  Itapagipe 

.mpef:;^^  ""'^'^^  ""^  ^^^^^--^  -  ^-^  '-Perial  e  Veador  de  S.  M.  a 

CRBAÇÃO  DO  TITULO  ..Ba.o  PO.  .e.eto.e.ae  Agosto  ae.S., 


1     FeSo."  ^""""'^  ""  ^""'^^^  ^^)  ^'--^-  Gomes  de  Argollo 


A^^5í^«em8deAgostodei82i 

F.//....  na  Bahia  em  2,  de  Junho  de  ,87o 
Ftlbo  dos  Barões  de  Cajahyba. 


213 


Sentou  praça  em  2  de  Desembro  de  1837,  e  por  33  annos,  com  grande 
bravura  e  patriotismo,  serviu  seu  paiz.  Pelejou  na  Bahia,  Maranhão,  Pará,  e 
na  Campanha  do  Paraguay,  tendo  sido  ferido  na  batalha  de  Itororó.  Era 
Marechal  do  Exercito. 

Era  Grande  do  Império,  Grande  Dignitário  da  Imperial  Ordem  da  Rosa, 
Dignitário  da  imperial  Ordem  do  Cruzeiro,  Commendador  da  Imperial  Ordem 
de  S.  Bento  de  Aviz,  e  Cavalleiro  da  Imperial  Ordem  de  Christo.  Tinha  as 
medalhas  de  Mérito  e  Bravura  Militar,  e  a  Geral  da  Campanha  do  Paraguay. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  26  de  Desembro  de  1868. 


ITAPARICA.  (Barão  de)  António  Teixeira  de  Freitas  Barbosa. 
Era  Pae  do  notável  Jurisconsulto  Augusto  Teixeira  de  Freitas. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  5  de  Abril  de  1826. 


I  TAPARY.  (Barão  de)  José  Joaquim  Seguins  de  Oliveira. 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  ia  de  Maio  de  1888. 


ITAPEBA.  (Barão  de)  Ignacio  Bicudo  de  Siqueira  Salgado. 
Era  natural  de  S.  Paulo. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  19  de  Julho  de  1879. 


1TAPECIRICA.  (Barão  de)  Francisco  das  Chagas  Campos. 
Tenente-Coronel  da  Guarda  Nacional,  Minas  Geraes. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  10  de  Agosto  de  1889. 


214 


PS^-  ""'""^^ ''™*^°  ^'-^  Cardoso. 

de  Moraes,  filha  do  Tenente-rnmn.i  r    •  1    À  Cândida  Emilia 

^e  sua  se,.„,,  ™„e.  H^CSr :  S^ "°  ^  ^"™  ^ 

Partilrcot™!"'*  ""  """'■'^•"■"^  ^=  '«'^^-.'^  Bragança,  foi  chefe  do 

CREAÇÃO  DO  TITIJI  n  •   h,,- 

ITULO  .  Barão  por  decreto  de  .4  de  Novembro  de  ,  888. 


1  '^Um^^''^'^"  ^'-^  ^""'^  ^^"^  ^^^"deza  de)  Joaquim  Marcellino  da  Silva 
Nasceu  na  Província  do  Espirito  Santo. 

C..»«  com  D.  Leocadú  Tavares  da  Silva  Lir^a 

^a  lm;:rS"otem  daToÍ:  '""^"'''"^  '"  '"">"'■='  O'"-  ^^  Chris.o  e 

CREAÇÃO  DOS  títulos  -Ba- 
le 3.  de  Desembro  de  .sj  '"    '''''°  "'  "'  ''  ''°^^'"''™  "^  '84.-  Barão  com  grandeza  por  decreto 


Bacharel  em  Sciencias  jurídicas  e  sociaes 

CREAÇÃO  DO  TITULO  ..Bar.o  por  decreto  de, 6  de  Maio  de  .888. 


2IS 


I  TAPEM I RIM.  (3.»  Barão  de)  D/  Luiz  Siqueira  da  Silva  Lima. 
Natural  da  Victoria,  Espirito  Santo. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  25  de  Setembro  de  1889. 


ITAPETININGA.  (Barão  de)  Joaquim  José  dos  Santos  Silva. 
Natural  da  Província  de  S.  Paulo. 

Falleceu  nessa  Provinda  em  1 1  de  Julho  de  1876. 

Filbo  do  Coronel  Joaquim  José  dos  Santos  e  de  sua  mulher  D.  Antónia  Josepha 
Mendes  da  Silva,  casados  em  S.  Paulo,  em  1789. 

Casou  em  primeiras  núpcias  com  D.  Anna  Eufrosina  Mendes,  de  cujo  casa- 
mento tiveram  uma  filha  D.  Maria  Hypolita,  que  foi  a  primeira  Baroneza 
de  Rio  Claro,  e  mais  tarde  Marqueza  de  Três  Rios,  por  seu  segundo 
casamento  com  o  Marquez  de  Três  Rios.  Casou  em  segundas  núpcias 
com  D.  Cerina  de  Souza  Castro,  que  enviuvando  casou  novamente  com 
o  Barão  de  Tatuhy. 

Proprietário  e  grande  capitalista  na  Capital  da  Província  de  S.  Paulo. 

CREAÇÀO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  7  de  Junho  de  1864. 


I 


TAPEVY.  (Barão  de)  Emilio  Luiz  Mallet. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro  em  2  de  Janeiro  de  1885. 


Foi  Tenente-General  do  Exercito,  Brigadeiro  em  4  de  Julho  de  1869, 
intrépido  soldado  disciplinador.  Viveu  commandando  corpos  no  Rio  Grande 
do  Sul,  e  um  dos  mais  salientes  vultos  da  grande  batalha  de  24  de  Maio,  em 
que  commandava  a  Artilharia-revolver. 

Era  Dignitário  da  Ordem  Imperial  do  Cruzeiro,  Commendador  de  S.  Bento 
de  Aviz,  e  tinha  a  medalhas  da  Campanha  do  Uruguay,  a  de  Paysandú  de 


2 16 


oiro,  a  do  Mérito  e  Bravura  Militar   e  ;,  r«    i  ^    ^ 

passador  de  oiro.  '  '  '  ^''''  ^^  Campanha  do  Paraguay, 

CREAÇÃO  DO  TITULO  •  R,,»^ 

•  Barão  por  decreto  de  a8  de  De,embro  de  ,878. 


com 


I 


TAPICURU  DE  CIMA 


Outubro  de  1825. 


í TAPICURU  DE  CIMA    ^     d 

1     Mendes.  ^^^  ^'^  ^^''^^  ^  Visconde  de)  Manuel  de  Oliveira 

/=•«//...«  em  30  de  Desembro  de  ,867. 

Era  Commendador  da  Imoerial  OrH»^  ^    ^. 

:REAÇÃ0  dos  títulos  ■  Bar.  T  ''^  ^^''''^''■ 


ÍTAPICURÚ  MÍRIM    m  - 

í     de  Burgos.  ^^  ^^'''°  ^^"^  ^•■«"deza  de)  José   Félix  Pereira 

^^//....  no  Rio  de  Janeiro  em  9  de  Abril  de  ,854 

ordem  dXi  ^  ;;:r  ""-^  ^°  ---  ^  Cavaneiro  da  Imperial 

CREAÇÃO  DOS  títulos  •  R,r5 


I 


Archivo  Nobili.rchico  Brasileiro  ,8 


217 


a 


1TAPISSUNA.  (Barão  de)  Epaminondas  Vieira  da  Cunha. 
Natural  de  Pernambuco. 

Era  Coronel  da  Guarda  Nacional. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  8  de  Março  de  1880. 


1TAPIT0CAY.  (Barão  de)  D.'  Miguel  Rodrigues  Barcellos. 
Nasceu  em  Pelotas,  Província  do  Rio  Grande  do  Sul,  em  22  de  Junho 

de  1824. 
Falleceu  na  mesma  cidade,  em  i  de  Desembro  de  1896. 
Filho  do  Commendador  Boaventura  Rodrigues  Barcellos  e  de  sua  mulher 

D.  Silvana  de  Azevedo  Barcellos. 
Casou  em  primeiras  núpcias  com  D.  Eulália  de  Azevedo  e  Souza,  filha  do 

Commendador  Heliodoro  de  Azevedo  e  Souza  e  de  sua  mulher  D.  Eulália 

de  Azevedo  e  Souza,  e  em  segundas  núpcias  com  D.  Joanna  de  Mendonça 

Cunha,  que  era  filha  de  João  Jacintho  de  Mendonça. 

Doutor  em  medicina  pela  Faculdade  do  Rio  de  Janeiro  em  1846,  foi 
durante  mais  de  40  annos  medico  da  Santa  Casa  da  Misericórdia  de  Pelotas  e 
do  Hospital  de  Beneficência  Portuguesa. 

Foi  Deputado  Provincial,  Vereador  da  Camará  Municipal  de  Pelotas  ; 
I .» Vice-Presidente  do  Rio  Grande  do  Sul  em  1885,  tendo  exercido  a  Presi- 
dência da  dita  Província. 

Era  Cavalleiro  da  Águia  Vermelha,  da  Allemanha,  da  Coroa,  da  Itália, 
Commendador  da  Ordem  de  Christo  e  da  de  Nossa  Senhora  da  Conceição  de 
Villa  Viçosa,  de  Portugal. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  BarSo  por  decreto  de  17  de  Setembro  de  1888. 


I 


TAPOAN.  (i.°  Barão  de)  José  Joaquim  NabucoMe  Araújo. 
Falleceu  em  20  de  Abril  de  1 840. 


218 


Casou  com  D.  Marta  Esmeria  de  Barbuda  e  Figueirôa 
ncm",;:^""""  '°'  "'''''"'"  '  ^'-<""  '^''  ^'ovincia  do  Pará, 

CRBAÇÃO  DO  TITULO  :  B,„.  p.,  ,„„„  ,.,,,,  „„,„^^„  _^  ,,^^ 


fl»»  do  Tenente-Coronel  Joao  Pedro  Alves  de  l  im,  r    h-,u      . 

D.  Adriana  Sophia  Alves  de  Lima  Gordilho  ""  '  "'  "^  ""'''' 

S.  Magestade.  ^  ''^  Faculdade.  Era  do  Conselho  de 

Escreveu  varias  obras  sobre  assumptos  médicos 
Commendador  da  Imperial  Ordem  da  Rosa 

CREAÇÃO  DO  T,TULO  :  Bar.o  por  decre.o  de  .;  de  Março  de  ,8,. 


\    Z2  .    ■  ^'"'°  '^^  ^°"^'"g°^  Dias  Coelho  e  Mello 

1     Falleceu  no  Sergipe,  em  n  de  Abril  de  ,87.    mm  «  . 

CREAÇÃO  DO  TITULO  ■  Bar.o         H  ^   '""°'   '^^   '^'^^• 

niULO  .   Barão  por  decreto  de  ,4  de  Março  de  .860. 


I^rd^sfr^Ío^MÍ tr^t^^t^^rret  '""'\t^  ^-- 
Mestre  de  Campo  Lui.  Coelho  Ferre;::,  tC  ^el^:  """''  ™'  "" 

R.tto':;r:'  ':  Z^  ''  "^'°™  =  "»  '"  ^^°  "^  tontas,  d,  Canota 

CREAÇÃO  00  TITULO  :  B.,..  p„,  „„„.  ,,  „  ,,  „„,„^,^  ^  ^^^^ 


219 


ITAPURA.  (Barão  de)  Joaquim  Polycarpo  de  Souza  Aranha. 
Natural  de  S.  Paulo. 
Falleceu  em  Janeiro  de  1902  em  Campinas,  em  avançada  idade. 
Casou  com  sua  prima  D.  Libania  de  Souza  Aranha  que  era  filha  do  Coronel 
Francisco  Egydio  de  Souza  Aranha,  natural  de  Curitiba,  que  casou  em 
1817  na  villa  de  S.  Carlos,  hoje  cidade  de  Campinas,  com  sua  prima 
irmã  D.  Maria  Luisa  Aranha,  a  qual  depois  de  viuva  teve  o  titulo  de 
Baroneza  e  de  Viscondessa  de  Campinas. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  19  de  Janeiro  de  1883. 


I 


TAQIJATIÁ.  (Barão  de)  Boaventura  José  Gomes. 
Agricultor. 


BRAZÃO  DES  ARMAS  :  Escudo  partido  em  contrabanda  :  na  primeira,  de  goles,  ume  colmeia  com  abelhas, 
entre  um  arado,  um  machado,  uma  enxada,  uma  pá,  de  oiro,  e  outros  utensílios  agrários  ;  na 
segunda,  de  azul,  uma  paizagem  com  montanhas,  de  sua  côr,  onde  pasta  gado  vaccum.  Divisa  : 
Patriotismo . 

COROA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  ií  de  Maio  de  1888. 


220 


JTAQUARY.  (Bar.o  de)  F™c,co"da  Cunha  Bueno. 

CRBAÇÀO  DO  TITULO  :  B.„.  p„  ,.„.,.  ,.  ,  ,.  „,^^  ^^  _^^^ 


í  ^M?^l'.*^„"'°  "'^  "'^°  "^""^  "1  Silva  Tavares 
1     Natural  da  Província  do  Rio  Grande  do  Sul 

Mo  dos  V,scondes  de  Serro  Alegre  e  irnr.o  do  Bar.o  de  Santa  Tecla 

durantVZÍ™  p:~  "<>  ^"-"o-  =  P-ou  relevantes  servidos 
Cavalleiro  da  Imperial  Ordem  do  Cruzeiro 
T,nha  a  nredalha  da  Campanha  do  Paraguay,  com  passador  de  oiro 

CaEACO  DO  TITULO,  Ba,.o  ,«,<,„„,„,,  „,.„.,,,., 


l^^^M^Bara-tln^Site?"'-  ""'-"^  "-' 
Coronel  da  Guarda  Nacional. 
Era  Official  da  Imperial  Ordem  da  Rosa 


l^^fll^^n  r''°  '"^  ■'°'^"''^  ""'"'^^^  Penteado. 
*     ^"*o  do  Capitão  Ignacio  Ferreira  Hp  <:4       *      .  . 

g    CIO  ferreira  de  Sá,  natural  da  Província  de  Minas 


221 


Geraes,  e  de  sua  mulher  D.  Delphina  de  Camargo  Penteado,  filha  do 
Capitão  Joaquim  de  Camargo  Penteado  e  de  sua  mulher  D.  Maria  Luzia 
de  Almeida  Pinto. 
Casou  com  sua  parente  D.  Anna  Francisca  de  Paula  Camargo,  filha  do  Capitão- 
Mór  Floriano  de  Camargo  e  de  sua  mulher  D.  Paula  Joaquina  de  Andrade. 
Eram  pães  do  Barão  de  Ibitinga. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  1 8  de  Março  de  i88i. 


1TAÚNA.  (Barão  e  Visconde  com   grandeza  de)   D.''  Cândido  Borges 
Monteiro. 
Nasceu  na  cidade  do  Rio  de  Janeiro,  em  12  de  Outubro  de  181 2. 
Falleceu  na  mesma  cidade,  em  25  de  Agosto  de  1872. 
Filho  do  Capitão  de  Milícias  José  Borges  Monteiro,  e  de  sua  mulher  D.  Ger- 
trudes Maria  da  Conceição. 

Illustre  cirurgião  e  homem  politico. 

Doutor  em  medicina  pela  antiga  Escola  Medico-Cirurgica,  em  1832. 
Professor  da  Faculdade  do  Rio  de  Janeiro  em  1 86 1 .  Em  1 848  foi  Vereador  da 
Camará  Municipal  da  Corte  e  depois  seu  Presidente.  Foi  Deputado  Provincial 
pelo  Rio  de  Janeiro  e  Geral  pela  mesma  Província  na  9.»  legislatura  de  1853 
a  1856.  Senador  pela  mesma  Provinda  em  1857. 

Foi  Ministro  da  pasta  da  Agricultura,  Commercio  e  Obras  Publicas 
no  25."  Gabinete  de  187 1,  cargo  em  que  falleceu. 

Era  medico  da  Imperial  Gamara,  Official-Mór  da  Casa  Imperial,  do  Conselho 
de  S.  Magestade,  Grande  do  Império,  Sócio  do  Instituto  Histórico  e  Geogra- 
phico  Brasileiro. 


222 


Era  dignitário  da  I.  Ordem  da  R^co    n 
Chrísto  e  da  de  Vilia  Víçosade  Portu  I ,'  ÍT!"*""  "^  ''  ««'="'  "« 
Saxonia,  da  Coroa  de  Ferro,  da  AusWa  "^  °''"'  '=™'^«"''  «•» 

BRAZAO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquarteladn  • 

segundo,  as  armas  dos  Monteiros,  de  prata  cor.  7      í  "^'  "'  ''^  "«'^  "«=  "^  de  oiro  •  no 

0.0  e  cordaes  ver.e.hos  ;  e  assi.  ol  CrZ  '"""''  ''  '''''  ^^  -"-'^^  -.  bocaes'  2 

COROA  :  A  de  Conde. 

CREAÇÃO  DOS  TITULO";  •  r,,- 


I 


TIÚBA.  (Barão  de)  D..  César  Persiani 


I  TU    (...Barão  de)  Bento  Paes  de  Barros. 

mulher  D.  Maria  de  Paula  MchadoH  "'  '''""''"'''■  ^"""^ 

Casou  com  D.  Leonarda  de  Aguiar   em  si  '.'  ""  '"'■ 

-  .8.9,  e  era  niha  do  Coro  el  1.01%  '  "'  ""''""'  "'  '■  ''^"">' 
mulher  D.  Gertrudes  Euphrosinl  Av7e  '  '"  "'  ^«"'"  =  "=  -' 

Eram  pães  do  Marquez  de  Itú 

do  ~'^^7p^Z""  '''""'"""  "»  --  P-"-.  era  ir^ão 


223 


BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Em  campo  vermelho  três  bandas  de  prata  e  sobre  o  campo  nove  estrellas  de  oiro, 
uma  no  primeiro  alto,  três  em  cada  um  dos  do  meio  e  duas  no  fundo  do  escudo.  Timbre  :  uma  aspa 
vermelha  e  azul,  uma  perna  de  cada  côr,  e  carregadas  nella  cinco  estrellas  das  armas.  (Brazão  passado 
em  i6  de  Fevereiro  de  1795.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  em  Portugal,  Liv.  5,  fls.  36). 

COROA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  12  de  Outubro  de  1848. 


ITu.  (Visconde,  Conde  e  Marquez  de)  António  de  Aguiar  Barros. 
Nasceu  na  cidade  de  Itú,  em  S.  Paulo,  em  25  de  Desembro  de  1823. 
Falleceu  em  S.  Paulo  em  30  de  Janeiro  de  1889. 

Filbo  do  Barão  de  Itú,  Capitão-Mór  Bento  Paes  de  Barros,  e  de  sua  mulher 
D.  Leonarda  de  Aguiar,  que  era  filha  do  Coronel  António  Francisco 
de  Aguiar  e  de  sua  mulher  D.  Gertrudes  Euphrosina  Ayres. 
Casou  com  sua  prima  D.  Antónia  de  Aguiar  Barros,  filha  de  António  Paes 
de  Barros,  1 .°  Barão  de  Piracicaba,  e  de  sua  mulher  D.  Gertrudes  Euphro- 
sina de  Aguiar, 

Fazendeiro  e  capitalista  importante  na  Província  de  S.  Paulo. 
Era  Commendador  da  Imperial  Ordem  da  Rosa. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Em  campo  vermelho  três  bandas  de  prata  e  sobre  o  campo  nove  estrellas  de  oiro, 
uma  no  primeiro  alto,  três  em  cada  um  dos  do  meio  e  duas  no  fundo  do  escudo.  Timbre  :  uma  aspa 
vermelha  e  azul,  uma  perna  de  cada  côr,  e  carregadas  nella  cinco  estrellas  das  armas.  (Brazão  passado 
em  16  de  Fevereiro  de  1795.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  em  Portugal,  Liv.  V,  fls.  36). 

COROA  :  A  de  Marquez. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Visconde  por  decreto  de  31  de  Agosto  de  1880.  Conde  por  decreto  de  7  de 
Março  de  1885.  Marquez  por  decreto  de  7  de  Maio  de  1887. 


234 


í  ^V,       ^  '''^  ^"^°"*°  Rodrigues  de  Azevedo 

1     /^«//...«  no  Rio  de  Janeiro,  em  .9  de  Novembro  de  ,876 
Casou  com  D.  Maria  Amélia  Barceilos  de  Azevedo  ^ 

Era  importante  fazendeiro  em  Itaguahy 

da  Ros?"'"  '^  '""'''''  ""'''-  '^  ^'^^^^o  e  Official  da  Imperial  Ordem 

CREAÇÃO  DO  T.TULO  :  BarSo  por  decreto  de  ,8  de  Abri.  de  .8„. 


í  VINHEMA.  (Barão  de)  Francisco  Pereira  Pinto 
l     Nasceu  no  Rio  de  Janeiro,  em  23  de  Maio  de  ,8.7 
Faleceu  nessa  cidade  em  7  de  Maio  de  ,9, ,  ^' 

tJ:^;:::''  ""^  -  '-  ^-^  --^^^^  ^  ^--^  ^-«veva  So^o  M^or 

^Trrdo^Jos'éTnt"r'"'''p^^^''°  ''''''  ^'"^°'  «'^^  ^o  Brigadeiro 
de  CnSlos     '  "  '^"°^°'  '  '^  ^"^  -"'^-  D-  Anna  Policena 

Sentou  praça  de  Guarda  Marinha  em  26  de  Abril  de  ,s,^    n    .•  ^ 
a  Inglaterra  onde  aperfeiçoou  seus  estudo.  r1  .  '  P^'^'""^"  P^""" 

na  Academia  de  Marinha  econchln  '^eg'-essando em  , 83 . ,  matriculou-se 

Tenente  fez  a  c^Cll       t^^  ^^^^^^ 

Dois  Irmãos,  em  ,839  foi  a  S   r^th  commandando  o  Patacho 

os  rebeldes  que  invadfrL^  a  Vn     h",  '°^"^"^-'^°  ^  ^-^^  "aval  contra 
q       invadiram  a  V.lla  de  Laguna.  Em  ,842  foi  a  Nápoles  na 


Archivo  Noblli.rchiío  Br.,neiro  i. 


22--, 


Embaixada  que  transportou  ao  Brasil  S.  M.  a  Imperatriz.  Commandante  do 
Corpo  de  Imperias  Marinheiros  em  1856  e  da  Estação  Naval  do  Rio  de  Janeiro 
em  1859. 

Chefe  do  Estade  Maior  General  da  Esquadra  que  acompanhou  S.  Magestade 
ás  Províncias  do  Norte.  Fez  a  campanha  do  Paraguay  tomando  parte  no  assedio 
de  Paysandú.  Foi  Director  da  Escola  de  Marinha  em  i86s,  Commandante  em 
Chefe  das  Forças  Navaes  no  Paraguay,  em  1870,  Director  do  Arsenal  de  Marinha 
da  Corte,  Ministro  Eflfectivo  do  Conselho  Naval,  Chefe  de  Esquadra  em  1876, 
Vice-Almirante  em  1883,  Inspector  do  Arsenal  de  Marinha  e  Ministro  do 
Supremo  Tribunal  Militar. 

Era  do  Conselho  de  S.  Magestade,  Conselheiro  de  Guerra,  Moço  Fidalgo 
com  exercício  na  Casa  Imperial,  Grã-Cruz  da  Imperial  Ordem  de  S.  Bento 
de  Aviz,  Commendador  da  Imperial  Ordem  de  Christo,  Grã-Cruz  da  Real  e 
Militar  Ordem  de  S.  Bento  de  Aviz,  de  Portugal,  da  Coroa  de  Itália  e  Commen- 
dador da  Imperial  Ordem  de  Francisco  José  de  Áustria,  etc. 

Tinha  a  medalha  Geral  da  Campanha  do  Paraguay,  com  passador  de  oiro 
e  a  do  Estado  Oriental. 

BRAZAO  DE  ARMAS  :  Escudo  partido  em  pala  :  na  primeira  as  armas  dos  Pereiras,  —  em  campo  vermelho 
uma  cruz  florida  de  prata  e  aberta  do  campo  ;  na  segunda,  as  armas  dos  Pintos,  —  em  campo  de 
prata  cinco  crescentes  de  lua  vermelhos  em  santor ;  e  por  differença  uma  brica  de  oiro  com  uma 
contrabanda  azul.  Timbre  :  o  dos  Pereiras,  uma  cruz  vermelha  florida,  entre  duas  azas  de  oiro 
abertas. 

COROA  :  A  de  Barío. 

CREAÇÃO  DU  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  2^  de  Agosto  de  1873. 


JABOATÀO.  (Barão  de)  Umbellino  de  Paula  de  Souza  Leão. 
Natural  da  Província  de  Pernambuco. 


326 


Filho  ào  Commendador  António  de  Paula  de  <í.        , 

Pereira  da  S,,va,  p.es  da  pri.    ^  elon  ^^2"  ^^  ""'^  "^  -"-^^ 

Era  ,rn,.o  do  Bar.o  d.  Sou.  Lao  e  da"  scondr  1  c 

Foi  Juiz  de  Pa7  ,  P,    .,  ^condessa  de  Campo  Alegre. 

Era  Senhor  dos  Engenhos  de  Mt^TeBl!  ?"  "'  ^"^^"^  N-'™^'- 
de  Pernambuco.  "'^  '  ^^  Jardim,  no  Cabo,  na  Provinda 

BRAZÃO  de  armas  ■  Esc  d 

COROA  :  A  de  Barão.  ^'        ^''*°"°  '^^  Nobreza,  Liv.  VI.  fls.  68), 

CREAÇÃO  DO  TITULO  •  R»rí^ 

ULO.  Barão  por  decreto  de  .9  de  Março  de  ,87,. 


J  ^^^re^^,9^::"  '"'°  ^  ^^^-  --  g-ndeza  de)  Bento  Lúcio  Machado 
^     cia  Conceição  Nogueira.  "^'  '  ^^  ^"^  "^"'her  D.  Anna  Maria 


Era  senhor  de  avultada  fortuna  e  avultado  foi  o  numero  de  suas  obras  de 
caridade. 

Era  Grande  do  Império,  Official  da  Imperial  Guarda  de  Honra,  Commen- 
dador  da  Imperial  Ordem  de  Christo  e  Official  da  Imperial  Ordem  da  Rosa. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  partido  em  pala  :  na  primeira,  em  campo  de  prata,  uma  mangueira  de 
sinople,  e  nella  sabiás  de  preto  ;  no  segunda  em  campo  vermelho  um  machado  de  prata  com  o  cabo 
de  oiro  posto  em  pala. 

CREAÇÃO  DOS  títulos  :  Barão  por  decreto  de  6  de  Desembro  de  1849.  Barão  com  grandeza  por  decreto 
de  2  de  Desembro  de  1853. 


JACAREHY.  (2.»  Barão  de)  Licinio  Lopes  Chaves. 
Filbo  dos  primeiros  Barões  de  Santa  Branca. 
Era  irmão  do  2.»  Barão  de  Santa  Branca. 
Coronel  da  Guarda  Nacional. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  BarSo  por  decreto  de  ao  de  Agosto  de  1889. 


JACAREPAGUÁ.  (i  .•  Barão  do  Paty  do  Alferes  com  grandeza,  Visconde 
de  Lorena  e  marquez  de)  Francisco  Maria  Cordilho  Velloso  de  Barbuda. 
Nasceu  em  Portugal. 
Falleceu  em  2  de  Maio  de  18^6. 

Filbo  do  Doutor  José  Júlio  Henriques  Gordilho  Cabral,  Desembargador  da 
Relação  da  Bahia,  e  Ouvidor  Geral  do  Serro  do  Trio,  e  de  sua  mulher 
D.  Maria  Barbara  Benedicta  Cabral  de  Barbuda. 


328 


"^"^  r.?n, "'?"""  ''"''""™  "'  '''™  '  ^"^'  °^">'  honorária  de 
e  lalleceu  no  R,o  de  Janeiro,  e  era  f,lha  de  João  Francisco  da  Silva  e 
Souza.  Senhor  da  auinta  da  Matta  da  Paciência,  no  Rto  de  lanei  o  e 
de  sua  mulher  D.  Marianna  Eugenia  Carneiro  da  Costa,  que  e"  filha 
de  Braz  Carneiro  Leão  e  de  sua  mulher  a  Baroneza  de  Sâo  S  vado 
de  Campos  de  Goytacazes,  ^ajvaaor 

Foi  nomeado  Senador  pela  Provinda  de  Goyaz  em  ,826   era  Official 
General  do  Exercito,  Reposteiro-Mór,  Gen.il-Home,;  da  Camará  do  "  Impe  a 
holr^ca?  '^™""™  "'  ^'-  '^-'  ^  -«--''O  com  diversls  orZ 

~.. ..»)..  „„.... .  j„::,  ;;• ;  ;;•:: ii^iãrr''-  -r  ""•'" "  "•'■ 

Vellosos.  -  o  açor  das  armas    ,rn,,H     ^  vermelho,  cada  três  em   faxa.   Timbre  :  o  dos 

passadoaiodeC  e T: %r  :c;t"°'rM  :  '""'''  "'  """^^  ''  ''  '^-'°-  (B-^° 

COROA  :  A  de  Mar.ue.  ''  ^'^  '^  '°'''"^'  ^'^^  ^"''  "^^  ^=>- 

CREAÇÃO  DOS  títulos  :  Barão  com  grandeza  do  Patv  do  AU 

.8.5.  Viscor,de  com  grandeza  de  Lorena  p  r  dec^tl^de  »  de  L'"'     /''l  f  '^  ''  °"'"'^°  ^' 
paguá  por  decreto  de  ,7  de  Outubro  de  ,U  ^"""'°  "'  "'^-  ''"'^""  ^^  ^"re- 


[  ACEGUAY.  (Barão  de)  Arthur  Silveira  da  Motta 
J     Nasceu  na  Provincia  de  S.  Paulo,  em  22  de  Agosto  de  .844 

Matriculou-se  na  Academia  de  Marinha    em  18.8    Cnn^r.  r 

rr:ct:~»  -=  - — -  s^Ter^^rt 

re.o;;Vtlr::  j^r^^^^^^^^^  e  Guerra,  pelos  hrilhantes 

Cens  mittri„?pSrdo  A  °  ^";  tt  '""'''' "-  "'^^-^  -™^™  "o 

e  exerceu  .numelrrast: mSe^m^t '  "''^'°^  "  ^^'*  ''-^'' 


329 


Era  Membro  da  Academia  Nacional  de  Lettras  e  do  Conselho  de  S.  Mages- 
tade.  Reformou-se  no  posto  de  Almirante. 

Era  Dignitário  da  Imperial  Ordem  do  Cruzeiro,  e  da  Rosa,  Commendador 
da  Imperial  Ordem  de  São  Bento  de  Aviz,  e  da  de  Christo,  Grã-Cruz  da  Rea' 
Ordem  de  S.  Bento  de  Aviz,  de  Portugal,  e  tinha  as  medalhas  de  campanha  de 
Uruguyana,  Paysandú,  Passagem  do  Humaytá,  e  a  Geral  da  Campanha  do  Para- 
guay,  a  de  oiro  do  Mérito,  Philantropia  e  Generosidade,  de  Portugal,  etc. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  19  de  Agosto  de  1884. 


JACOTINGA.  (Barão  de)  D."  Manuel  Bernardes  Pereira  da  Veiga. 
Nasceu  no  Rio  de  Janeiro,  em  25  de  Novembro  de  1766. 
Falleceu  em  13  de  Desembro  de  1837. 
Filho  do  I ."  Chirurgião  da  Armada  Félix  Bernardes  Pereira  da  Veiga,  e  de  sua 

mulher  D.  Izabel  Joaquina  Rosa. 
Casou  com  D.  Mathilde  Carolina  Velho  da  Veiga. 

Bacharel  em  philosophia  e  doutor  em  Medicina  pela  Universidade  de 
Coimbra. 

Foi  medico  da  Real  Camará  e  Physico  Mór  da  Casa  da  Rainha  D.  Maria  1, 
do  Conselho  d'El-Rei  D.  João  VI,  Commendador  da  R.  Ordem  de  Christo 
de  Portugal. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  19  de  Agosto  de  1830. 


JACUHY.  (Barão  de)  Francisco  Pedro  de  Abreu. 
Natural  do  Rio  Grande  do  Sul. 

Tenente-Coronel  honorário  do  Exercito,  prestou  relevantes  serviços  ao 
Estado. 

Era  Dignitário  da  Imperial  Ordem  do  Cruzeiro,  Commandador  da  Imperial 
Ordem  da  Rosa,  e  tinha  a  medalha  da  Campanha  do  Uruguay,  de  oiro. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  25  de  Março  de  1845. 


230 


FhXPERTQ.CREnÍTF 


I  ^£^'^^'  ^^'''°  '''^  ^"*'  ^''"'^'^'^^  ^^°"f^'ves  Junqueira 
J     ^'^^^^^^^  em  2  de  Setembro  de  1860 
C...«  com  D.  Mari.  do  Patrocínio  de  Almeida  Junqueira 

Era  proprietário  e  fazendeiro  na  Provincia  da  Bahia    ' 

Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Imperial. 

Liv,  VI,  fls.  4,).  ■"  ^^°  '^^  '*^°-  '^'«-  "°  Cartório  da  Nobreza, 

CORÔA  :  A  de  Barão. 
CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barlo  por  decreto  de  ,4  de  Março  de  ,86o. 


I  ^^}!;^^^'  ^^'''°  '^'^  ^^  ^"'°"'°  ^'"'^«''•o  Ulhôa  Cintra 
J     Falleceu  em  14  de  Agosto  de  1895. 

Doutor  en  medicina 
bléa  Gera'"''"^^  ''  '"^'"^'^  ''  '   ^-'°  -  '««9  e  Deputado  .  Assem- 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barío  por  decreto  de  .o  de  Jonho  de  .888. 


211 


J  AGUARÃO.  (Barão  de)  José  António  da  Silva  Guimarães. 
Nasceu  na  Chácara  do  Christal,  cidade  de  Porto-Allegre  em  1817. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro  a  28  de  Julho  de  1880. 

Filho  de  António  José  da  Silva  Guimarães,  Cavalleiro  da  Ordem  de  Christo, 
Coronel  de  Milicias,  e  de  sua  mulher  D.  Rafaela  de  Oliveira  Pinto  Ban- 
deira, descendente  do  celebre  Brigadeiro  Rafael  Pinto  Bandeira. 
Casou  com  D.  Josephina  Angélica  de  Ourique  Jacques,  filha  de  António 
Cândido  Jacques,  estancieiro  em  Rio-Pardo,  e  de  sua  mulher  D.  Maria 
Josephina  Mendes  Ourique. 

Sentou  praça  como  i.°  Cadete  em  1836,  sob  as  ordens  de  seu  tio  o 
Marechal  Sebastião  Barreto  Pereira  Pinto,  chegando  ao  posto  de  Tenente- 
General  em  1878.  Foi  Commandante  da  Divisão  de  occupação  do  Paraguay 
de  1871  a  1875,  assumindo  depois  o  commando  das  armas  da  província  do 
Rio  Grande  do  Sul. 

Sua  carreira  foi  quasi  toda  feita  no  campo  de  batalha  durante  as  campanas 
da  Argentina,  Uruguay  e  Paraguay. 

Era  Conselheiro  de  Guerra,  Grã  Cruz  da  Ordem  de  Aviz,  Dignitário  da 
Imperial  Ordem  do  Cruzeito,  Grande  Dignitário  da  Rosa,  e  Commendador  da 
de  Christo. 

Recebeu  a  medalha  do  Mérito  e  Bravura  Militar,  assim  como  as  medalhas 
commemorativas  da  batalha  de  Monte-Caseros,  e  das  campanhas  do  Uruguay 
e  Paraguay. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  partido  em  pala  ;  na  primeira,  as  armas  dos  Silvas,  —  leio  rompente  de 
purpura,  armado  de  azut  em  campo  de  prata  ;  na  segunda,  as  dos  Guimarães,  —  escudo  partido  em 
três  palas  ;  a  primeira  e  terceira  fretadas  de  coticas  pretas  em  campo  de  prata,  e  na  segunda  de 


232 


-rt' 


vermelho  um  leão  de  prata  armade  de  preto- 

d«  OTO  e  a  folha  de  prata,  a  qual  cT  "'""  "P^''='  "=>  «arr.  direi.. 

"  "*  julho  de  187a. 


^AGUARARY  f,  o  o  -    "^"^^ 


'"ipenal  Ordem  do  Cruzeiro  orr     ,  .     ""  ''^  ^-  ^^ntode  Aviz  cZn      ^l 
dador  da  Real  Ordene  s  '^''''^' ^^^^-^  da  R^^^^^^^^ 

::^;;-Ceo,rapH:t L^e  de  .,.,.  Hra  .em^^t;^ 

CREAÇAO  DO  TITULO      b    - 

"  ULO  .   Barão  por  decreto  de  2  de  D«.    u 

ae  Desembro  de  1854 


A^^íí^w  na  cidade  de  A  Nogueira 

--  no  .0  ,  .n:rj;-tr;\?^--°  -  -o. 


>*«hlv,  NobillTchic»  Br..i,„„ 


»3} 


Filho  do  Capitão  João  Nogueira  dos  Santos  e  de  sua  mulher  D.  Joanna  Maria 

da  Conceição. 
Casou  com  D.  Clodes  Santiago  de  Alencar  Jaguaribe,  que  falleceu  em  6  de 

Janeiro  de  i8^i,  e  era  filha  de  Leonel  Pereira  de  Alencar  e  de  sua  mulher 

D.  Maria  Xavier  de  Carvalho  de  Alencar. 

Bacharel  formado  em  direito  pela  Academia  de  Olinda,  em  184c,.  Ainda 
como  estudante  do  2."  anno  de  direito,  tomou  assento  como  Deputado  á 
Assembléa  Provincial  do  Ceará.  Na  magistratura,  foi  Juiz  de  direito  em  varias 
Comarcas  do  Ceará,  Juiz  dos  Feitos  da  Corte,  Desembargador  da  Relação  do 
Recife,  e  do  Rio  de  Janeiro. 

Representou  sua  Provincia  na  9."  legislatura  de  i8s3  a  1856,  na  10.»  de 
1857  a  1860,  na  1 1  .^^  de  1861  a  1864,  na  12.*  de  1864  a  1866,  e  na  14.»  de  1869 
a  1872. 

Em  1870  foi  nomeado  Senador  pelo  Ceará.  Foi  Ministro  da  Guerra 
no  2^."  Gabinete,  de  1871.  Era  Grande  do  Império,  do  Conselho  de  S.  Mages- 
tade  o  Imperador,  condecorado  com  a  medalha  da  Campanha  do  Paraguay, 
onde  estivera  em  Missão  Diplomática. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  i  i  de  Julho  de  1888. 


JAGUARIPE.    (1."    Barão   de)   Francisco    Elesbão    Pires   de    Carvalho 
Albuquerque. 
Fallecfu  na  Bahia  em  4  de  Agosto  de  1856. 

Fez  parte  da  Junta  Provisória  Governativa  da  Provincia  da  Bahia  em  1822 
e  1823  como  Presidente  da  mesma. 

Era  Commendador  da  Imperial  Ordem  do  Cruzeiro  e  da  Imperial  Ordem 
de  Christo. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  i  de  Desembro  de  1824. 


JAGUARIPE.  (2.»  Barão  de)  Francisco  Elesbão   Pires  de  Carvalho  e 
Albuquerque. 
Falleceu  em  i6  de  Agosto  de  1884. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  BarSo  por  decreto  de  i  de  Decembro  de  1854. 


234 


*.  jfi^j^i/^^át^ 


^M^ 


j  Tut"".!:  "'  '"'°  '  '''"-"'  "^  «™^-  ^e)  Dclngos  de  Castro 

CREAçÃo  DOS  títulos  •  r  -  "-'Wuera. 


j'Sl'erI„.l':rs„í,:  ,\- f '-  ^  -  Visconde  co.  g™de.  de) 

-pSs?oS:re:,:rd:;::Lr'-  ™--.  -  "-=„. 

em  1848.  ^^'  '^^  'Pernambuco  em  .850  e  de  Minas  Geraes 

Província  do  Piauhy  na  6  ■  le  js,a  !?,  h     t      '  "'"    °'P"'"'°  ^eral  pela 

nomeado  em  ,853,  e  Presidente  do  Senado  !'\^'""'°'  P^^  «i"»^  Geraes, 
Santa  Qsa  da  Misericórdia,  sócio  do^n",utoH7,o  '  "".  ""  '''°'''°'  "' 
)e.ro,  do  Conseliio  de  S.  IVIagestade  Von  T  ,,  '°  '  Geographico  Brasi- 
do Império,  Grâ-Cruz  das  1  f  Orden^d  c  "T  f '^*  '"  '«">■  «-"«' 
CREAÇÃO  DOS  TiTUí  o.    .  "'""ns  de  Christo  e  da  Rosa. 


j 


'"~°^Z2tí-Z^-"--- 


3JJ 


EraCommendador  da  Imperial  Ordem  da  Rosa. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   BarSo  por  decreto  de  ao  de  Agosto  de  1 889. 


JAPARATUBA.    (Barão  de)  Gonçalo  Faro  de  Rolemberg. 
Falleceu  na  Provinda  do  Sergipe,  em  6  de  Outubro  de  1879,  com  66  annos 
de  idade. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro  quartel  em  campo  de  oiro,  um  cannavial  ;  no 
segundo  de  azul,  um  castello  de  prata  ;  no  terceiro  de  goles,  um  leão  de  oiro,  rompente;  no  quarto 
em  campo  de  prata,  um  indio  ao  natural,  tendo  na  mão  direita  um  ramo  de  cafeeiro  e  na  esquerda 
seu  arco  e  flechas. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  14  de  Março  de  1860. 


JAPURÁ.  (Barão  de)  Miguei  Maria  Lisboa. 
Nasceu  no  Rio  de  Janeiro,  em  22  de  Maio  de  1809. 


1 


ajó 


*  - 


f  • 


^.//....  em  Lisboa,  em  .8  de  Abril  de  ,88, 

era  irmao  do  Marquez  de  Tamandart 

Cmou  com  D.  Maria  tabei  de  Andrade  I  í<hí 

momentosdeS.M.almperaWz  nfLn  r.'""  "'''^'i"  ''"^  ""taos 
Joao  de  Andrade  Pinto  e  d  '  I  h  n  m  ""^ '  """"  ""  ^on^lheiro 
que  eram  Paes  da  Marq^l  ^ArX         ™  ^"'  '^  ^''"^'^  P-™' 

u.?r:n,ior:\rarr;errd:~ "  '^^^^  -  --  - 

diversas  e  longínquas  terras  '°  '"""^  '°  ^""f°  da  pátria  em 

enn  ^Z^t^^^^"  ^«""'""-■''  '  Ministro  Plenipotenciário  em  Lisboa 

Edimt::re:asrd:t'ras;oc;:r'"  ^r-  "^'^  ^"'-«e  «e 

Do  Conselho  de  S.  Mag^  ade  ; X  d^TM "  t  ''""""^■ 
Dignitário  da  1.  Ordem  d?  Ro«,    cT       !  "  '""Pe^Wz.  era  Grande 

Gra-Cruz  das  Ordens  de  vL  Viçosa  de  Porfr  '^  ''  "^^^  "'  ^bristo 
da  Casa  Ducal  de  Saxe.  etc.  "'"«"'  '  "'  ^bristo,  da  Ernestina 

BRAZÃO  DE  AR  MAC     c      j 

entre  quatro  flores  de  li.  de  oiro  ;  no  terceiro  as  a  '.  ."'  ~  "'  '"'  "•"  "^^  «P^  ««  prat" 

palas,  na  pri.eira  as  ar.as  dos  dragão,  -  de    ,7"    "k      "'  "  ""^  ''^"''<'  "-'■^■^0  en. 
o  escudo  esquartelado  dos  Silvas;  em  c.po  de  n^  '""'""''"'«'  —1"- outrasl 

:  ^°"r^"°^'  '-'  '•  '-  "'""^  '^«  P"ren  eZetdoT  '''"  ''  ""'"""  "-''°  '^  -"'.  -  ó 
no  quarto  quartel,  as  armas  dos  Paes  -  em  camooT  ^  °"°  '  ""^"''°'  "'  '^^^^  P=í^'  «">  P»!»  ' 
^e  azul  e  verme.ho.  T,m..  :  ,„,  Oliveiras  a  asp  de'  1'  "7  """^^^  '"^  ''"  P^'«  --<í"eLt; 
d.fferença  um  castello  de  prata  em  campo  azuTfir  '       '  '*  "'^  "'  °''°  "as  armas    e  por 

Cartório  da  Nobreza,  Liv.  V,.  fls.  ,).     '       "'^  ^'""°  P^"^''»  -  -  <^'  Agosto  do  ,848.  Re^  Z 


COROA      A  de  Barão. 
CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Bário 


pordecretode.7dejulhodei87,. 


j  ^Z;j'e;'Cf;''7"™  ''"''"°  ^=  Q"--  Telles. 

-««<  na  cldadfdTs^^.r::;-/-"'^  ^^^  .o  de  ,„„.  de  ,S„. 


»}7 


Filho  do  Sargento-Mór  António  de  Queiroz  Telles,  Barão  de  Jundiahy,  e  de 
sua  mulher  a  Baroneza  D.  Anna  Leduina  de  Moraes  Jordão. 

Era  irmão  do  Conde  da  Parahyba,  e  da  2.*  Baroneza  de  Jundiahy. 

Casou  com  D.  Maria  Januaria  de  Moraes  Queiroz,  em  1839,  que  era  sua  tia 
materna,  filha  do  Sargento-Mór  Joaquim  José  de  Moraes  e  de  sua  mulher 
D.  Escholastica  Jacintha  Rodrigues  Jordão. 

Agricultor  em  S.  Paulo,,  presidiu  a  Gamara  Municipal,  varias  vezes,  foi 
Juiz  de  Paz  e  Deputado  Provincial  em  duas  legislaturas.  Era  Tenente-Coronel 
Commandante  Superior  da  Guarda  Nacional,  e  Gavalleiro  da  Imperial  Ordem 
de  Ghristo. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  7  de  Maio  de  1887. 


J 


APY.  (2."  Barão  de)  José  de  Lacerda  Guimarães. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  7  de  Maio  de  1887. 


,l>«,    |>lt;  MX' 


íx,  ?'/ lí.r, 


JARAGUA.  (Barão  de)  José  António  de  Mendonça. 
Nasceu  no  Algarve,  Portugal,  em  21  de  Julho  de  1800. 
Falleceu  em  Portugal,  a  17  de  Fevereiro  de  1870. 

Filho  de  José  António  de  Mendonça  e  de  sua  mulher  D.  Barbara  Francisca 
Xavier  de  Mattos  Moreira,  que  era  filha  do  Major  Jacintho  Paes  de  Mattos 
Moreira. 


238 


Era  Commendador  da  I.  Ordem  da  R.c        . 
B^AZAo  OH  ARMAS :  Escu.o  ...a....,,  „  '  '  ''  ^^  ^'^'•'^t^'  ^c  Portugal 

campo  de  oim     ,.  ,.  ■  "^  verme  ha  cotícaHa  H.  ""nças,  —  o  escudo 

>    ••  do.  M„„  „,         /•'"'  "'  °"°  ""•  lo»  I.Õ.,  a.  „;,„„  1  7'"»  "'"  ""'  l~to-..  v„d,. 


J 


'  ULU  .   Barão  por  derr^fn  ^  ^ 

Pf  decreto  de  ,5  de  Outubro  de  ,888. 


Ives 


«*  do  Capino  Faus,;  o'Go7çat?c  "  "'^ 

Joaquina  Gonçalves  Cam^^s     "  ^'""°'  '  "'  ^^  -"'"a  D.  fosepha 


239 


J 


AURU.  (Barão  de)  César  Sauvan  Vianna  de  Lima 
msceu  em  1824  na  cidade  de  São  Paulo. 

dente    em  iS^,.  »  v        -?"  ^-"^'ai  cm  duas  lefifislátiir-^,       .     ,  X4-  •  *      d     • 
"tiiic,  cm  i8b4  e  i .      ,    ^  ,os  Ayres,loi  elevado  a  Ministro  Resi- 

Berlim  í.rn    o<c        T'^*^        uuarda  N"  -^ 

"""  em  laby.     4  Enviado  extraordinário  e  Ministro  Plenipotenciário  para 

Era  Grande  D. 
Ordem  de  Christo  cgnitario  da  imperial  Ordem  da  Rosa,  Grã-Cruz  da  Real 
da  Saxonia,  do  Leãde  Portugal,  de  Alberto  o  Valoroso,  da  Ordem  Ernestina 
Official  da  Ordem  è)  de  Baden,  do  Falcão  Branco  de  Saxe  Weimar,  Grande 
Ordem  de  Wurtembeie  S.  Maurício  e  S.  Lazaro,  da  Itália,  Commendador  da 
cREAÇÃo  DO  TITULO  :  Baf  g'  ^  ^^  Imperial  Ordem  de  Medjidié,  da  Turquia. 

[rão  por  decreto  de  1 1  de  janeiro  de  1873. 


JaVARY.  (,.oe; 

J     Nasceu  no  Rio  cíiiarão  de)  João  Alves  Loureiro. 
Falleceu  em  28  de  FeVe  Janeiro  em  1812. 

Era  Bacharel  em  d  '^''^'''^  '^^  '^^^'  ^^  '^°'^^' 
rador  Fiscal  da  Thesou.  ireito  pela  Faculdade  de  S.  Paulo,  em  1834,  foi  Procu- 
diplomatica,  chegando  raria  do  Rio  de  Janeiro  e  depois  entrou  para  a  carreira 
DoConselhodeS.  ]  á  Ministro  Plenipotenciário,  posto  em  que  falleceu. 
Ofificial  da  Imperial  Orde  Magestade,  era  Cavalleiroda  Imperial  Ordem  de  Christo, 
da  Baviera,  e  da  do  Leão  m  da  Rosa,  Commendador  da  Ordem  de  S.  Miguel, 
da  Coroa  da  Itália.  Era  de  Zaehringen,  de  i.»  classa,  de  Baden,  e  Grã-Cruz 
Brasileiro  e  distincto  music       membro   do   Instituto    Histórico   e   Geographico 

'•HS^iQ^DO  TITULO  :  Barão  por    >.  '^  ^  COmpOSitOr. 

p__^decreto  de  14  de  Julho  de  1871. 

*ugal,  a  •• 


340 


*--, 


Í  ^Inr^'  t\^"'''  ''^  J°^^^  J^^^  Dodsworth 
J     Do  Conselho  de  S.  Magestade. 

CREAÇÃOOOT,TULO:B,.opo.aec..ode3deAgos.o.e 


Ca»„  CO.  D.  Mar,a  Caro,™  Duane  Ferreira  Ferro,  Lura,  da  Província  de 

LKhAÇAO  DOS  TÍTULOS  •    Rors  j 

"e  .4  de  Março  de  ,86o  '"  '""*°  ""^  "  '^'^  ''''  '^  '«59-  Ba:.o  co.  g.ndeza  por  decreto 


J 


^S^aVh'"'°  ''^  '^''^  '^  ^^"-  ^^'^"-•- 
^alleceu  na  Bahia  em  22  de  Novembro  de  .860 

Commendador  da  Imperial  Ordem  de  Christo.   ' 


CREAÇÃO  DO  TITULO  •  r,,- 

'ITULO  .   Barão  por  decreto  de  ,4  de  Março  de  ,86o. 


I  ^^'h^^;  ^^""'^  ^'^  ^''"'^''^  de  Assis  Valle 

J     Ftlbo  do  Capitão  Francisco  de  Assi.  v.i.       ^ 

de  Assis  Valle.  '"  ^""  '  ^"  ^"^  ^^^  mulher  D.  Libania 

Casou  com  sua  prima  D.  Gertrudes  Tniih.     •      r^ 

de  Ignacio  Nogueira  ef,ha  1  Á"T  f^"'"  ''  ^^"^^^g°-  --^ 
D.  Gertrudes  Mearia  de  Camargo  "  ''°'''  '  ''  "^   ""''" 


Archivo  Nobili.rchico  Bia.il, 


iro  31 


241 


Proprietário  e  capitalista,  era  Coronel  Commandante  Superior  da  Guarda 
Nacional  da  Comarca  de  Bragança,  na  Província  de  S.  Paulo. 

CREAÇÃO  E)0  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  3  de  Novembro  de  1888. 


J 


EQLJITAHY.  (Barão  de)  Cypriano  de  Medeiros  Lima. 
Tenente-Coronel  du  Guarda  Nacional. 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão  por  decreto  de  25  de  Setembro  de  1889. 


JEQUITINHONA.  (Visconde  com  grandeza  de)  Francisco  Gé  Acabaya 
de  Montezuma. 
Chamou-se,    até   a   epocha    da   Independência,    Francisco    Gomes   Brandão 

Montezuma. 
Nasceu  na  Bahia  em  23  de  Março  de  1794. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro,  em  15  de  Fevereiro  de  1870. 
Filho  de  Manuel  Gomes  Brandão  Montezuma  e  de  sua  mulher  D.  Narcisa 

Theresa  de  Jesus  Barreto. 
Casou  com  D.  Marianna  Angélica  de  Toledo  Marcondes  de  Montezuma,  filha 

de  António  Marcondes  de  Oliveira  e  de  sua  mulher  D.  Maria  Francisca 

Teixeira  Casado. 

Bacharel  formado  pela  Universidade  de  Coimbra,  em  1822  ;  foi  membro 
do  Governo  provisório  da  Bahia,  na  revolução.  Tomou  assento  na  Assembléa 


242 


Constituinte  de  ,8.,,  pela  Bahia  ;  e  representou  esta  Provincia  na  4.-  legislatura 
de  iSjS  a  1841,  ,i  a  tendo  representado  na  2  •  de  ,s,„    c„'  m-     . 

em  .issão  na  Inglaterra  ;  dedicando-se  depois  â  iT.T  ''^"'P°^^"^--' 

Era  Senador  pela  Bahia  em  185 .,  Consellieiro  de  Estado  em  ,8.n  fnnH.H 
e  Presidente  Honorário  do  Instituto  da  Ordem  dos  aZIÍZ  l^  l 
dos  27  sócios  fundadores  do  Instituto  Historko  e  r.      ^  u      ^r^súenos,  um 

da  Cachoeira,  o  que  recusou.  f  <"''  '^-  P<^'iro  I,  o  t.tulo  de  Barão 


j'To'í!'e'il<^'^-"^=  ""  -"^-^  ^^>  ^™--  cordeiro  da  Silva 

'T.rrprrde:;r"''  ^"""  "^' " '- "'--  -"'■^' 

F^/te.«  no  Rio  de  Janeiro,  em  8  de  Maio  de  ,8.6 

tilbo  de  António  de  Souza  Mello  e  a  !„;,>.    .     l'    ^ 

cadaval  e  Painho,  e  de  st l^^ 'Crt^ralI^Vr;^-, 
nobre  familia  dos  morgados  de  Sanguinhal  '  ''" 

C«o«  em  ,806  com  D.  Sophia  Albertina,  em  ,  «núpcias  ■  filha  do  n  r  r„      ,■ 
aueen^e  em  segundas  núpcias  com  D.  Maria  C^did!  Barreto       °""° 

para  'rZlT^Z^l  Z^^T T'  """''^  "  "'''"■  -'- 

engenheiros,  e  em  .  809  ch«ou  aó  R  ó  h'   ,  ™  "°''  ^'"  "  ™'"P°  ''' 

PrornoJido  a   Capitão    em  ,8m     T  """"':  '  """"  *  «^'^"  -^'"í™' 

Marechal  de  Campo     lec^orrH  t""'°   ""''  "'    escola  Militar, 

.ue  toi  o  rundaTr;  P^r^ad"  of  .t^lhts  ^  Corr'''j"'' " 

dt!;o?:rdi2  :i:'.:r;.  -  --•  -oí-z  air  ^ot 

Eradorn^iK   ^     /        ™"^'"'™''í''""'í»'-™- 

-4,'Gra:de'rr;er :     ea!,r°de'Tr°';  '°'"''""'  ''  ^^^^  ^ 
P     O,  veaclor  de  S.  M.  a  Imperatriz,  Grande  Dignitário 


243 


da  I.  Ordem  da  Rosa  (1841),  Official  da  1.  Ordem  do  Cruzeiro,  Cavalleiro  da 
1.  Ordem  de  S.  Bento  de  Aviz.  Foi  presidente  perpetuo  da  Sociedade  Auxilia- 
dora da  Industria,  primeiro  Presidente,  e  um  dos  fundadores  do  Instituto 
Histórico  e  Geographico  Brasileiro. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  2  de  Desembro  de  1854. 


JOATINGA.  (Barão  de)  Pedro  Ramos  Nogueira. 
Nasceu  a  23  de  Novembro  de  1823,  na  fazenda  Loanda,  em  Bananal,  Pro- 
víncia de  S.  Paulo. 

Falleceu  em  7  de  Janeiro  de  1885,  nessa  Província. 

Filho  do  Major  José  Ramos  Nogueira,  Sargento-Mór  da  Guarda  de  Honra 
de  D.  Pedro  I  e  de  sua  mulher  D.  Domiciana  de  Almeida  Nogueira,  neto 
paterno  de  Roque  Bicudo  Leme  e  de  sua  mulher  D.  Florencia  Maria 
Nogueira,  e  materno  de  Luiz  José  de  Almeida  e  de  sua  mulher  D.  Anna 
Joaquina  Nogueira. 

Casou  com  sua  prima  D.  Plácida  Maria  Nogueira  de  Almeida,  em  23  de  Junho 
de  1844,  filha  do  Commendador  Luciano  José  de  Almeida  e  de  sua 
mulher  D.  Maria  Joaquina  de  Almeida. 

Cursou  o  CoUegio  D.  Pedro  II,  e  a  Faculdade  de  Medicina  do  Rio  de 
Janeiro,  sem  comtudo  concluir  estes  cursos.  Era  agricultor  e  influente  politico 
em  Bananal. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  28  de  Março  de  1877. 


JUIZ  DE  FORA.  (Barão  de)  José  Ribeiro  de  Rezende. 
Falleceu  em  28  de  Janeiro  de  1888. 

Era  natural  da  Província  de  Minas  Geraes. 
Coronel  da  Guarda  Nacional. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Bário  por  decreto  de  15  de  Junho  de  1S81. 


344 


I    M  P  t.  ^^"'°  "■=>  ^""'^  °'^^  'í=  Araújo. 
J     Natural  da  Provincia  de  Pernambuco 

fModt  André  Dias  e  ™ao  da  Baroneza  de  Frecheiras    D    P        ■ 

dos  Santos  Pontual.  rrecneiras,  D.  Prancisca  Dias 

CRSAÇÃO  no  T,TULO  ,  B.«,  p.,  „„.,„  ,.  ,  ,.  „„^„  ^_  ^^^ 


[UNDIAHY.  (,..  Barão  e  Visconde   do  Rio  .e 

J     Marquez  de)  Joaquim  José  de  Azevedo  '   """  «"""''^   ' 

Nasceu  em  Portugal  em  ,.  de  Setembro  de '.,6, 

de^ai^^^   '""'"'•°  ''  ^--°  ^  ^^  -  ™lher  D.  Maria  Josefa 

nteT:e;rr:;°n-;i--  -Hard,  em  Usb..  em 
Pereira,  filha  dos  Marquezes  de  Inbambúpe.  '"'"""'  ''   ^"""^ 

e..  .8:tt:i:::'drn,c:r  'i:  '^  '"t°  '- "°'-  "^  <^°-"'° 

de  S.  M.  D.  Joao  VI.  o  d  tev To  senbo  h°  t ''"'  ^"''  *"*  "°  -'-* 
Santos,  a  commenda  de  Chr  sto  e  a  da  T '"  ?""'  =■  -^'"'^--Mór  de 
(r8..)  e  Visconde  (.8,8)  po  Po  ttt,  T  '  """■  "  '""'"^  "'  «arão 
D.  João  VI  á  Portugal  passou  ™f  .°  ''"'''"''°  ""-"Panhar  El-Rei 
g  I.   passou  ao  serviço   de  D.   Pedro  I,  que   lhe  deu  a 


245 


Grandeza  do  Império,  o  Officio  de  Porteiro-Mór,  e  as  commendas  das  Imperiaes 
ordens  do  Cruzeiro  e  da  Rosa. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro  quartel,  em  campo  de  oiro,  uma  águia  de  preto 
estendida  ;  no  segundo,  em  campo  azul,  cinco  estrellas  de  prata  em  aspa  com  uma  bordadura  de 
vermelho  cheia  de  aspas  de  oiro,  e  assim  os  contrários.  Timbre  :  a  águia  do  escudo  com  uma  estrella 
das  armas  no  peito,  e  por  differença  uma  brica  vermelha,  com  uma  flor  de  liz. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  com  grandeza  do  Rio  Secco  por  decreto  de  i  de  Desembro  de  1822. 
Visconde  com  grandeza  do  mesmo  titulo  por  decreto  de  1  de  Desembro  de  1822.  Marquez  de 
Jundiahy  por  decreto  de  12  de  Outubro  de  1826. 


JUNDIAHY.  (Barão  de)  António  de  Queiroz  Telles. 
Nasceu  em  Jundiahy,  em  i  de  Fevereiro  de  1787. 
Falleceu  em  Campinas,  na  Provincia  de  S.  Paulo,  em  1 1  de  Outubro  de  1870. 
Filbo  do  Guarda- Mór  António  de  Queiroz  Telles  e  de  sua  mulher  D.  Anna 

Joaquina  da  Silva  Prado,  filha  de  Martinho  da  Silva  Prado,  Capitão-Mór, 

e  de  sua  mulher  D.  Maria  Leme  Ferreira. 
Casou  com  D.  Anna  Leduina  de  Moraes  Jordão,  filha  do  Sargento-Mór  Joaquim 

José  de  Moraes  e  de  sua  mulher  D.  Escholastica  Jacintha  Rodrigues 

Jordão,  sua  sobrinha. 

Eram  pães  da  2.°  Baroneza  de  Jundiahy,  do  Conde  da  Parnahyba  e 
do  \.°  Barão  de  Japy. 

Lavrador  importante,  foi  Vereador  e  membro  da  Assembléa  Provincial 
de  S.  Paulo,  e  seu  Presidente.  Juiz  Municipal  e  de  Orphãos,  Delegado  de 
Policia.  Teve  a  honra  de  hospedar  S.  M.  o  Imperador,  em  1846,  em  sua  casa 
em  Jundiahy. 

Era  Commendador  da  Imperial  Ordem  da  Rosa. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  24  de  Agosto  de  1870. 


JUNDIAHY.  (2.»  Baroneza  de)  Anna  Joaquina  do  Prado  Fonseca. 
Filha  do  Sargento-Mór  António  de  Queiroz  Telles,  Barão  de  Jundiahy,  e 
da  I.*  Baroneza  D.  Anna  Leduina  de  Moraes  Jordão,  sua  sobrinha. 


246 


Brandina  dá  Silva  Prado.  "'"■^°'  ^^  ^'"^°  ^^  ^""^ 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Baroneza  por  decreto  de  ;  de  Maio  de  .887. 


««.  dos  M^cuezes  de  Baependy,  e  l™.o  do  ..  Conde  de  Baependy 
Valença.      ™""  '=°™-''-«^  Superior  da  Guarda  Nacional,  e  fazendeiro  e. 

Teve  assento  na  Assembléa  Provincial  do  Rin  H,  i      ■ 
Presidente  da  Q.ata  Municipal  de  Vaien    ,  ™    ^^e  r™  '"  "''  '  '°' 

Bra  veado,  de  S.  M,  a  l.peratHz  e  Offlcial  da 'l^pelS^Orden,  da  Rosa 

CKEAÇio  M,  T,TULO  ,  B.«.  p,,  d„„,.  d„,  de  M.i,  d.  .,». 


347 


J 


URUA.  (Barão  de)  Guilherme  José  Moreira. 
Coronel  da  Guarda  Nacional. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  5  de  Julho  de  1889. 


L 


ACERDA  PAIM.  (Barão  de)  Honorato  António  de  Lacerda  Paim. 

CREAÇAO  DO  TiTULO  :  Barão  por  decreto  de  8  de  Agosto  de  1888. 


LADARIO.  (Barão  do)  José  da  Costa  Azevedo. 
Nasceu  no  Rio  de  Janeiro,  em  20  de  Janeiro  de  1825. 
Falleceti,  nessa  cidade,  em  24  de  Setembro  de  1904. 

Filho  do  Coronel  de  Engenheiros  em  Mathematicas,  José  da  Costa  Azevedo, 
irmão  do  Religioso  Franciscano,  Frei  José  da  Costa  Azevedo  e  de  sua 
mulher  D.  Maria  Amália  de  Azevedo. 
Casou  com  D.  Balbina  Pinto,  natural  do  Rio  Grande  do  Sul.  filha  de  Francisco 
da  Costa  Pinto,  e  de  sua  mulher  D.  Anna  de  Mello,  natural  do  Rio  Grande 
do  Sul. 

Foi  Nomeado  Guarda  marinha,  em  1839,  aos  14  annos  de  idade,  indo 
servir  na  Marinha  Norte  Americana,  onde  aperfeiçoou  seus  conhecimentos. 
Galgou  todos  os  postos  até  o  de  Chefe  de  Esquadra  em  1882,  e  reformou-se 
no  de  Almirante  graduado. 

Exerceu  varias  commissões  importantes,  como  a  de  limites  com  o  Peru, 
a  de  estudos  e  observações  astronómicas  para  a  determinação  de  limites  com 
a  Guyanna  Francesa,  a  do  Japão  e  China  para  desenvolver  as  relações  Commer- 
ciaes  entre  estes  paizes  e  o  Brazil,  etc. 

Serviu  na  Esquadra  em  operações  no  Paraguay,  sendo  promovido  por 
distinção  e  bravura  ao  posto  de  Capitão  de  Mãr  e  Guerra,  em  1869,  Senador 
pelo  Amazonas,  na  Republica. 


048 


Poi  Ministro  da  Marinha 

SnriV,  ^     ,      .  ""Suay,   com   passador 

iocio  do  Instituto  Histórico  ,  r- 
'-"alhos  importantes  sobre  hyXog  aph?::"'"  ''"""■™'  '""^^  =te"ns 

creto  de  ,2  de  Agosto  de  1885. 


de,a,,'^-="^— Mot.aUi.e.ra,o..,ecidaa.deKovem.o 
-  «;f  ^nto  de  Civen:::*:':  X;"^'  f°'  »'^"es  em  .s^,^  at^t 

er  otr B' ""-^^^^^^^^^^  nr"^°  --  - 

neste  anno  promovido  a  Tenente  r^  '^"  ^  '^e  '«'6  a  18/7  •  .enHn 

--.ras  Parst:::^'^-^-'  '^f .  e  roi  Ministro  da  Guerra 
Ceari.  em  ,8.,,  e  presidiu  o  Senad"  de   «7     «  ""'""'  ^"  P™vind      „ 
de  Aiff  ■  r.  "'""«o  Cavalieiro  da  Casf,r  T  '"'"''''"'°  "^  Estado 
,    ^       Gra-Cruz  da  I.  Ordem  de  S    R^.    ,,  "^°'  ^-  P«dro  11 


Archivo  NobniTchico  Br.., 


ileiro 


349 


LAGES.  (2.»  Barão  com  grandeza,  Visconde  e  Conde  de)  Alexandre 
Vieira  de  Carvalho. 
Falleceu  em  1 1  de  Desembro  de  1876. 
Filho  dos  I  .<"  Marquezes  de  Lages. 
Casou  com  D.  Maria  Eudoxia  de  Almeida  Torres. 

Era  Official  da  Imperial  Ordem  da  Rosa,  Grã-Cruz  da  Real  Ordem  da 
Conceição  de  Villa  Viçosa,  de  Portugal,  de  Izabel  a  Catholica,  de  Hespanha, 
de  Francisco  José,  da  Áustria,  da  Imperial  e  Real  Ordem  de  S.  Stanislão,  da 
Rússia,  e  da  Coroa  de  Ferro  da  Áustria. 

CREAÇÃO  DOS  títulos  :  Barão  por  decreto  de  1 8  de  Outobro  de  1829.  Visconde  com    grandeza   po 
decreto  de  3  de  Fevereiro  de  1866.  Conde  por  decreto  de  23  de  Setembro  de  1874. 


tE* 


LAGOA  DOURADA.  (Barão  da)  José  Martins  Pinheiro. 
Nasceu  no  Rio  de  Janeiro,  em  12  de  Novembro  de  1801. 
Falleceu  suicidando-se,  em  24  de  Junho  de  1876,  atirando-se  de  uma  ponte 

sobre  o  Rio  Parahyba. 
Casou  em  Campos,  Província  do  Rio  de  Janeiro,  em  1823,  com  D.  Maria 
Gregoria  de  Miranda,  irmã,  do  Barão  de  Abbadia. 

Estabeleceu-se  em  Campos  de  Goytacazes,  onde  exerceu  diversos  cargos 
de  eleição  popular,  e  onde  era  fazendeiro  e  proprietário. 

Pertencia  á  Imperial  Guarda  de  Honra  de  D.  Pedro  I,  e  foi  Presidente  da 
Camará  Municipal  de  Campos. 

Era  Commendador  da  Imperial  Ordem  de  Christo. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  9  de  Janeiro  de  1867. 


L 


AGUNA.  (i.o  Barão  e  Visconde  com  grandeza  de)  Carlos  Frederico 
Lecor. 


350 


fílbo  de  Lui^  Pedro  LecT;?  "«"'"^  "=  '«í«- 

C-»  e.  Mo„,evldéo,  co.  D  To^Z:^^,  '^"i'"''^  ^"'^  '<™-- 

Sentou  praça  de  cadete  n    T  '      ""'"'  ''  «^--'^«o- 

-^e.e  „„  .„a,ve.  e„  Po^u^a,,  e  foi  Governado,  de 

para  a  Inglaterra,  após  a  occupacão  Zp  "'""'  *  ^'"ma,  emigrou 

^h.,  para,  comandando  a  6.X1  .om  ""'''  ™  ''°^'"«»'.  ^  ^ó  Z2 
*s  Pyreneus  e  Zugaramundi.       *       '""''''  ^"'^  "«  "atalhas  da  Victoría 
^ommandou  a  i  »  n'  •  ~  ' 

Sendo  Marecha,  de  ca:pTco°mnfa"do:"  "  "^""■^  "'  -^".lle  e  Nive 

to!7Xr  '""'«^'   Con-lu^ra:;:  ™:S'''°''°«"8-  -  -«.rada 

cdade^    :,''  """  '  <<""  P^^ou  ao  Rio  d    Pr   !    "     f  ""'^  ""'  ^"'""'a- 

Marectr  C^rrXr  'r  ^-°  *-°  ^o  posto  de 
General  de  Montevideo.  ^"P™'""  ^"'""^'O  Militar  e  Go^mador 

Era  do  Conselho  d'EI-Rei  n    i„-    ,„  , 
de  Sâo  Thiago  da  Torre  e  Eslda    c°      ^T  "  ''">'  G^a-Cruz  da  Ordem 

CREAÇÃO  DOS  títulos  •  R,  - 

P-  <^ecre.o  de  ,  de  Abn, Te^r/IT^  '°;'"^"°  ^^  '  "^J"^'-  ^e  ,8.3   Visconde 

'•  '""  ^"^  ''°^'"«^''  P-  "r.a  de  6  de  Outublde  .Vl  '''"'"' 


251 


.4 


LAGUNA.  (2.°  Barão  da)  Jesuino  Lamego  da  Costa. 
Nasceu  na  Provincia  de  Santa  Catharina,  em  13  de  Setembro  de  181 1. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro  em  i6  de  Fevereiro  de  1886. 

Almirante  Reformado  da  Armada. 

Deputado  Geral  na  14.*  legislatura  de  1869  a  1872  e  outras,  e  Senador 
por  sua  Provincia,  nomeado  em  1872. 

Era  Conselheiro  de  Guerra,  Veador  de  S.  Magestade  a  Imperatriz, 
Commendador  da  Imperial  Ordem  de  S.  Bento  de  Aviz,  Dignitário  da  Imperial 
Ordem  de  Rosa,  Official  da  1.  Ordem  de  Cruzeiro,  e  da  Legião  de  Honra,  da 
França,  Commendador  da  Real  Ordem  da  Conceição  de  Villa  Viçosa,  de  Portu- 
gal, Grã-Cruz  da  Imperial  e  Real  Ordem  de  S.  Stanislão,  da  Rússia,  de  Carlos  III, 
de  Hespanha,  e  do  Leão  Neerlandez.  Tinha  as  medalhas  do  combate  de  Tonelero, 
com  passador  de  oiro,  e  a  Geral  da  Campanha  do  Paraguay. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Em  campo  de  oiro,  um  chaveirão  de  goles,  acampanhado  á  dextra  de  um  esquadro 
de  azul,  movente  de  norte  de  uma  bússola  do  mesmo,  á  sinistra  de  um  gallo  de  azul  cantante 
cristado  e  barbado  de  goles,  e  na  ponta,  de  uma  ancora  de  sable.  Chefe  de  azul  com  quatro  estrellas 
de  prata.  Paqjjife  :  das  cores  e  metaes  das  armas.  (Brazão  passado  em  25  de  Julho  de  1871.  Reg.  no 
Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  1 16). 

COROA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  1 7  de  Maio  de  1 87 1 . 


L 


AMARE.  (Visconde  com  grandeza  de)  Joaquim  Reymundo  de  Lamare. 
Nasceu  na  cidade  do  Rio  de  Janeiro,  em  15  de  Outubro  de  181 1. 


a^a 


t^^lbo  de  Joaqu.m   Raymundo  de  Lamare  Ia. 

rfe  Senna  de  Lamare.  '  '  '^^  '"^  "^"'her  D.  Bernardina 

S.rviu  em  ,84o  na  Divisão  Nava    e™  ó  °  °  ™''°  =">  '«^9- 

Grande  do  Sul.  Foi  encarregado  de  ledn  ""'?  ""  ''"^'""^  "«  «'o 
alguns  vapores  de  guerra,  em  ,8,7  CoL  h  "'  '^"°P'  "  '°"^'™cçao  de 
nada  no  Rio  da  Prata,  em  ,8„,    do  Cor"  de^  "'  """^^  '^^"'  ««accio- 

da  Provincia  de  Matto-Gros;  em  ,Z    Me  T'?  ""'"''^'''°^- ^'«W™'^ 
™sma  Provincia  na  ,,..  legislatura  1,8?^'°  ''='^™'"^»  ^«1  pela 
Mannha  em  ,86.  Chefe  de  Is  „a    a  e,  fsL'        ''  "'""'^  "=  ^stado^da 
867  nomeado  Official  General  clT  h  *  ™"'°  V'«-Aln>irante  foi  em 
A-azonas.  Fe.  a  campanhado  píaZ;  f""  T- '^^^^^  "-  ''-f»^  "o 
Pará,  em  ,867,  e  Commandante  das  Arma<  h         '"*"''  "»  P™""Cia  do 

í^~urr; ::~  ™:  p:orcrdS!Grr  t 
-s.Ma,estad:rco^,r::'crrí'í^^'"^--''^--oupa 

Membro  effecivo  do  Conselho  Naval  e  Con  elh       T'""  ''  '■  «**"', 

Grã-Cruz  da  Imperial  Ordem  de  s    R    ,   '?  "'  ^''^^  "f«"™- 
'mpenal  Ordem  de  Christo,  dZIIJ,  .  '""'''  «^""""'""ador  da 

da  taperia,  Ordem  do  Cruzeiro"  r  "tambor  r^'™  "'  ^°«'  «"''ial 
Chr,sto,  de  Portugal,  da  Ordem  de  s  clÍT  u'^'"'  "'  '*='"  ^rdem  de 
Efnest,na  da  Casa  Ducal  da  SaL7a  „  ,  *^  "''«™'  ""^  R°™,  da  Ordem 
Rússia,  Grande  Officia,  da  Le^^  e  Ho  rd^"^"^"  "^  ^-  ^stanislâo  d^ 
'"penal  e  Real  Ordem  da  Coroa  de  Fero  í  Z'"'"'  '  ^ommendado  da 
"e  oiro  da  passagem  de  Tonele  m  /  '    "  '^"''"''-  Tinha  as  medalhas 

Ge^  do  Paragufy,  com  Z^:'^'^^^^'^  «^  H™ayt,  e  da  Cam  It 


t-REAÇAO  DO  TITULO  •«,-:= 

TULO.Bar.o  por  decreto  de  8  de  Agosto  de  .88,. 


^5^ 


L 


ARANGEIRAS.  (Barão  de)  Felisberto  de  Oliveira  Freire. 
Natural  da  Província  de  Sergipe. 

Tenente-Coronel. 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão  por  decreto  de  29  de  Fevereiro  de  1872. 


LAVRADIO.  (Barão  com  grandeza  do)  D.'  José  Pereira  Rego. 
Nasceu  na  cidade  do  Rio  de  Janeiro,  em  24  de  Agosto  de  18 16. 
Falleceu  na  mesma  cidade  em  22  de  Novembro  de  1892. 
Filbo  do  Capitão  Manuel  José  Pereira  Rego  e  de  sua  mulher  D.  Anna  Fausta 

de  Almeida  Rego. 
Casou  com  D.  Maria  Rosa  Pinheiro  Pereira  Rego. 

Doutor  em  medicina  pela  Academia  Medico-Cirurgica  do  Rio  de  Janeiro, 
em  1837.  Foi  o  creador  da  cadeira  de  Pathologia  Geral,  nessa  Academia.  Foi 
membro  proeminente  da  Academia  Imperial  de  Medicina,  da  qual  foi  Presidente 
perpetuo.  Presidente  da  Junta  Central  de  Hygiene  Publica,  em  1864,  Inspector 
da  Saúde  dos  Portos,  e  do  Instituto  Vaccinico,  foi  três  vezes  Vereador  da 
Camará  Municipal. 

Do  Conselho  de  S.  Magestade,  era  Grande  do  Império,  medico  efifectivo 
da  Imperial  Camará,  Commendador  da  I.  Ordem  da  Rosa,  e  de  Christo,  da 
Real  Ordem  de  Villa  Viçosa,  de  Portugal,  da  Ordem  de  Francisco  José,  da 
Áustria,  etc. 


254 


Medicas  de  Usbõa,  da  Real  A  I"ad  ti      '"''í '"**'' *''""* 
Franceza  de  Hygiene,  etc.  '"""»'  "=  ""isbôa,  da  Sociedade 

BRAZÃO  DE  ARMAS  •   Cc     j 

rti^mAS  .    Escudo  esquartelaHn  •  „„ 

ZrT''''''''''^-^^-^"^^:^''  aos  Pe.>as,  o.  „.p.  .,.,,,„, 
uma  banda  de  prata  ondada  d'azul  e  carregada  de  J'  """  '"  '''«°^'  ""  "-P"  verde 
uma  serpente  de  oiro  enrolada  e.  u.  calif  e  o  a  Td'"  °"°  '  "°  "=^"'^°'  ^  "-P"  -u  ' 
e^  ca.po  ve^elho,  u.  g.obo  terrestre  c^  p^st  ^  ""'  "^^°  ''^  "^^  ^  ""  '.-rto  ^uarte,,' 
d  escrever  e  em  baixo  um  livro  aberto.  '   ""^  "'"P^'^"  '""^  ^o  centro  uma  penna 

COROA  :  A  de  Conde. 

CREAÇÃO  DOS  títulos  •  r,,:! 


L^cltlo  J'"'°  ''')  J°^°  ^'-  "e  Gouveia. 

■^^     LKEAÇAO  DO  TITULO  •  r,  - 

"  '  '-''-<-'  •  Barão  por  decreto  H.  ■  ,  j    i 

F     uecreto  de  12  de  Janeiro  de  1889. 


L '-'.?.?J  C^^^^^^^^^^  Jos.  Montei.  .  Cas.o. 

vincia  de  Minas  GeLs  em  3  de  a1,  ""' «'"  ''  """^  '"^°'  "^  ^- 
/^^//^í^«  na  sua  fazenda  d.    in.-  ,  '^''5- 

Fevereiro  de "sôS    ^  ^"*^°'  ^"^  ^^°P«'^--  "^  ^ita  Província,  em  .7  de 
/^í/Ão  do  Capitão  Domiciano  Ferreira  de  Sá  .  r    . 

do  Carmo  Monteiro  de  Barros  •  neto  n!t         ? ''^ '''"^"'^^'' D-  Maria 

^      dos  Santos,  e  bisneto  do  M  rechalTe  ^  '°  ^'  ^''""'^''^  Ferreira 

Casou  com  D.  Ciara  de  Sá  e  O  tro    fat;?''°  ^^°^^'"^°  D'-  ^-^  Santos. 

Desembro  de  187..  fiiha  de  seu  iio  r  "^  "^'"'^  ^^^^^^'  ^"^  ^4  de 

de  Barros,  e  de  su^  ^.u^     D   Ig^f ^^^^^^^^^^  José  Monteiro 

Como  Officia,  de  Mi.icias    em  '^  ''  ''''''''''^■ 

Guardas  Nacionaes  no  combate  de^osé  ró  '°"^"^'"'^°"  ""^^  companhia  de 
de  Ouro  Preto.  J°^^  torreia,  em  ,833,  na  sedição  militar 


255 


^^ 


Exerceu  vários  cargos  de  eleição  popular  e  foi  Presidente  da  Camará 
Municipal  em  1860. 

Era  Commendador  da  I.  Ordem  da  Rosa. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  6  de  Setembro  de  1862. 


LEOPOLDINA.  (2.°  Barão  da)  José  de  Rezende  Monteiro. 
Nasceu  na  Província  de  Minas  Geraes. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro,  em  lo  de  Maio  de  1888. 

Bacharel  em  direito  pela  Faculdade  do  Recife,  em  Pernambuco,  foi  eleito 
Deputado  Geral  em  1881,  pela  Província  de  Minas  Geraes,  cargo  este  que 
exerceu  até  1887. 

Senador  pela  Província  de  Minas  Geraes,  nomeado  em  1887. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  19  de  Julho  de  1879. 


LESSA.  (Barão  de)  Eloy  Bicudo  Varella  Lessa. 
Natural  de  S.  Paulo. 
Filho  dos  Barões  de  Parahybuna,  Custodio  Gomes  Varella  Lessa  e  de  sua 
mulher  D.  Benedicta  Bicudo  Salgado,  filha  de  Ignacio  Bicudo  de  Siqueira 
e  de  sua  mulher  D.  Francisco  Salgado. 
Casou  com  D.  Antónia  Salgado  da  Silva,  sua  prima,  filha  dos  Viscondes  de 
Palmeira,  António  Salgado  da  Silva  e  da  Viscondessa  Francisca  Salgado 
da  Silva. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  jo  de  Junho  de  1887. 


LIMA  DUARTE.  (Visconde  com  grandeza  de)  D."^  José  Rodrigues 
de  Lima  Duarte. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro,  em  }  de  Desembro  de  1896,  com  70  annos 
de  idade. 


256 


'^■-  legislaturas,  e  de  ,  ,  à  1,  /•  '  '  '^'"'  "'  '""  "  "'"'  "'^ 
pela  Província  de  Minas  Geraes  em  ,88.  'f„'i  m  f '?"''  '*"""''°  Senador 
nete  Saraiva,  de  .8  de  iviarço  deT88o    /  "  ""'""^  "°  ''■'  ^^W- 

na  Provincia  de  Minas  Geraes,  emTso^  Super.ntenden.e  Geral  da  Imigração, 
Era  do  Conselho  de  S.  Magestade  ' 


--em  Baepend.  .  ProvinclaTe  It  re^e^;  d^Sel': - 

Senador  Franci  To        Pa    a  SouL^rrí;  "^  T'-  ""'  ">  ^""-'^-0 

"a  iX;"L-  "'"    "•--    ^^^^^^^^^^^^  """  °-  ^-'^ 

Era  ,rmao  da  Marqueza  de  Valença,  e  do  Barão  de  Souza  aueiroz 

.anres  m:t;i';:r;e t:rc'o„r?.^''^'  "^  '■  "^"'"^  -"»"  '-po^- 

Capital.  Foi  nomeado  em,  850   Pe°l,"'T  p'"'  °  "--volvimen.o  des,a 

'»50,  Pres,de„te  da  Provincia  de  S.  Paulo,  cargo 


^rchivo  Nobiliârchico  Braiil 


Ciro  3j 


^57 


este  que  recusou.   Durante  a  guerra  do  Paraguay,  equipou  e  armou  seis 
soldados,  que  ofifereceu  ao  Governo. 

BRAZAO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro  as  armas  dos  Souzas  do  Prado,  que  são 
esquarteladas,  tendo  no  primeiro  e  quarto  as  Quinas  de  Portugal  sem  a  orla  dos  castellos,  e  no 
segundo  e  terceiro,  as  armas  de  Leão :  em  campo  de  prata  um  leão  rompente  de  vermelho ;  no 
segundo  quartel  as  armas  dos  Macedos,  que  são  :  em  campo  azul  cinco  estrellas  de  oiro  de  cinco 
pontas,  em  santor;  no  terceiro  as  armas  dos  Teixeiras,  que  são  :  em  campo  azul  uma  cruz  de  oiro 
potentea  e  vasia  do  campo  ;  no  quarto  quartel  as  armas  dos  Queirozes,  que  são  esquarteladas, 
o  primeiro  de  oiro  com  seis  crescentes  de  lua  de  vermelho,  em  duas  palas,  o  segundo  de  prata  com 
um  leão  de  purupura,  e  assim  os  contraries.  Timbre  :  o  dos  Souzas  do  Prado,  um  leão  rompente  de 
oiro  e  vermelho  com  uma  grinalda  florida  de  verde,  e  por  diffcrença  uma  brica  encarnada  com  um 
farpão  de  oiro.  (Brazâo  passado  em  5  de  Fevereiro  de  1818.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  1, 
fls.  80). 

CORÔA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  1  de  Fevereiro  de  1867. 


L 


IMOEIRO.  (Barão  do)  Manuel  Barbosa  da  Silva. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  16  de  Desembro  de  1882. 


LIVRAMENTO.  (Barão  e  Visconde  do)  José  António  de  Araújo. 
Falleceu  em  6  de  Agosto  de  1884. 

Era  Commendador  da  Imperial  Ordem  de  Christo,  Dignitário  da  Imperial 
Ordem  da  Rosa,  Cavalleiro  da  Legião  de  Honra,  da  França,  e  Commendador 
da  Imperial  Ordem  de  Francisco  José,  da  Áustria. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  14  de  Março  de  1867.  Visconde  por  decreto  de  27  de 
Setembro  de  1876. 


L 


m  y: 


OPES  NETTO.  (Barão  de)  Felippe  Lopes  Netto. 

Nasceu  em  Recife,  na  Província  de  Pernambuco,  em  6  de 
de  1814. 


Junho 


258 


Falleceu  em  Florença,  em  8  de  Novembro  de  ,895 

B  L    J"  ""'^'  '*°  '  ''  '-  ■"""■-  ^-  VeHdiana  de  Mendon, 

u.f dr:;-/;:-,:irr:e°:t  -  — -^ 

Tomou  parte  saliente    em  rS^s    n.  , 

Suffocada  a  r  volta,  foi  LoperNttn  e      7^^°  ''"''"■  ""  P^™™buco. 

Noronha,  onde  comorto  de  ,  akoln  ''"'°  "'"  "  '"^^  "'  ''""'"''^ 

para  o  Recife    sendo  éle,,Õnl°HT' "i""™ ''""°^^'"™^«iado  voltou 

-••  legislatura  de"86/  '       "  """"  "'"   "°'''"'''  ^^  Sergipe  na 

Enviado  em  missão  especial  em  1866    á  r^i-  • 
vantagens  para  o  Brasil  o  tragado  de.    de  Março    r,8?8"f'°  "™"  """ 
■876  Presidente  da  Exposição  de  pi„i,h  ,  ,""f°  "=  '868.  Fo]  nomeado  em 
no  Uruguay.  e  Ameríado  Norte  '"'  '  ''""'  '°''  "'"'*<•  -'*"'^ 

Chilet™;:,^  ■*rangeir:s'"^T''T'  '"""^  '"'"'  "^  ""-»-  ^^ 
Foi  Ministro  res  dente  n!'' ,f''f  "'="'  «"""  ""^  °  P-- 

Era  do  Conselho  dTsC.rDLnr°"T'r"  ■*^'- 
Cruzeiro.  Commendador  da  ImpefS  Ordem  d    p         ^  '""'"""  """^   "" 
a  Catholica.  de  Hespanha    cZTr^e^.       °'''  ^'■^"'^™^  ""  "=  Isabel 
Suécia,  da  Coroa  de  ta  ide  Sm  d^V'  *''"  ''  '"""»  ^°'-'  ^^ 
CREAÇÃO  DO  TiruLo  •  B.„.      7  '""■  "'  '-"°P°"'°'  ^a  Bélgica. 


«ío  do  Marquez  de  VaTença  '°  "'  '*'''  ""^  '"  =>""«  "e  idade. 

C-  com  D.  aicardina  Correia.  „,Ha  do  Major  Claudino  Manuel  Correia. 


m 


Bacharel  em  direito,  foi  Juiz  e  Desembargador  honorário.  Exerceu  os  cargos 
de  Chefe  de  Policia  em  Minas  Geraes  e  S.  Paulo,  foi  Presidente  de  Matto- 
Grosso,  em  1838,  e  Deputado  pela  Província  de  Goyaz,  na  7.^  legislatura  de 
1848. 

Era  Grande  do  Império,  Cavalleiro  da  1.  Ordem  de  Christo,  Commen- 
dador  da  1.  Ordem  da  Rosa,  e  da  Conceição  de  Villa  Viçosa,  sócio  correspon- 
dente do  Instituto  Histórico  e  Geographico  Brasileiro. 

BRAZAO  DE  ARMAS  :  Em  campo  azul,  um  leão  de  oiro  rompente,  tendo  na  garra  sestra  uma  balança  de 
prata;  e  na  destra  uma  espada  do  mesmo,  acompanhado  á  direita  de  um  ramo  de  cafeeiro  de  oiro 
com  fructos  de  goles,  e  a  esquerda  de  três  besantes  de  prata  em  roquete,  entre  cinco  estrellas  do 
mesmo  postas  em  aspa.  (Brazão  passado  em  22  de  Maio  de  1867.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza, 
Liv.  VI,  fls.  76). 

COROA  :  A  de  Conde. 

CREAÇÃO  DOS  TITUI-OS  :  Barão  por  decreto  de  7  de  Outubro  de  1853.  Barão  com  grandeza  por  decreto 
de  16  de  Janeiro  de  1867. 


L 


O  RENA.  (Visconde  com  grandeza  de)  Francisco  Maria  Gordilho  Velloso 
de  Barbuda. 

(Vide  noticia  no  titulo  Marque^  de  Jacarépaguá). 


.A- 


M^ 


LORETO.  (Barão  com  grandeza  do)  Franklin  Américo  de  Menezes 
Dória. 

Nasceu  na  Fazenda  do  Loreto  na  Ilha  dos  Frades,  na  Bahia,  em  12  de  Julho 
de  1836. 

Falleceu  no  Rio  de  Janeiro,  em  28  de  Outubro  de  1906. 

Filho  de  José  Ignacio  de  Menezes  Dória,  e  de  sua  mulher  D.  Águeda  Clemen- 
tina de  Menezes  Dória. 

Casou  com  D.  Amanda  Paranaguá  Dória,  Dama  ao  Serviço  Effectivo  de 
S.  M.  a  Imperatriz,  filha  do  Conselheiro  de  Estado  João  Lustosa  da  Cunha 
Paranaguá,  2.°  Marquez  de  Paranaguá. 

Era  Bacharel  em  direito  pela  Faculdade  do  Recife,  em  1856,  e  foi  Juiz  de 
Direito  e  Chefe  de  Policia  na  Bahia.  Presidiu  as  Províncias  do  Maranhão,  em 


260 


St- 


Foi  cha^do  ,res  veie^  ao    Co  s'e  hlTd     r"-"'  "''  '  "''■ 
Guerra  e  dos  Extrangeiros  no  .S^Ga    „  ,e  ,e  T/o  TZ  T""""  '' 
}6.-  Gabinete  (Ouro  Preto),  de  ,889  '        "  '"''^"°  "° 

poJ^Trc::r!L  v  ts:r  rr  t '  v-  -'-  °^- 

professor  do  Collegio  D  Pedro  uTu  .  ?'  "  ^''^  ^"^P^^'^''  f°' 
Brasileiros,  da  Associado  Proll  itranda  n '"'°  '"  ^'^°^^'°^ 
Com^endador  da  I.peria,  Ordem  da  Rosa  G  CruzTo  h'^'  /"  '" 
Vermelha  da  Prússia.  <^ra-Cruz  da  Ordem  da  Águia 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  ,5  de  ,unho  de  ,888. 


J^OURIÇAL    (Barão  de)  Francisco  de  Assis  Monteiro  Breves 
A^    Commissano  de  café  no  Rio  de  Janeiro 

CREAÇAO  DO  TITULO  .-  Barão  por  ,7  de  Desembro  de  ,88. 


L  ^^Í^.f  e^Limo^  ZT''^-  ";"''^"^  '-''''  '^  ^--• 

de  ,835.  °'  "'  ^""^^'"^'^  ^'  Pernambuco,  em  .7  de  IVlaio 

Falleceu  no  Rio  de  Janeiro,  em  ,0  de  Desembro  de  ,9,3 

Fnbo  do  Corone    Henrique  Perpfrt,  h«  i  .    ^^' 

Barbosa  da  Silva.  '  '"""'  '  '^  ^"^  '^"'her  D.  Antónia 

Casou  em  Pernambuco  em  2 ç  He  Ahr.i  ^     o^ 

Campello,  Hiha  de  JoTé  a rnefro  r        ?'  ""  °-  ^'"  '"P"''  '^»™''™ 
Xavier  Campello  ^™'""°  '  "'  ^"^  "'""•"  D.  Arcelina 

cCrpirrr;  c::  jt  --- -  =- ^ 

Tribunal  Federal,  aposemada  *  °"""'°  =  '''™^'™  "»  S"Premo 


261 


Foi  Deputado  Provincial  e  Presidente  das  Provincias  do  Rio  Grande  do 
Norte,  de  Pernambuco,  em  1872  e  em  1890,  da  Bahia  e  do  Rio  Grande 
do  Sul.  Deputado  Geral  pela  Província  de  Pernambuco  na  20.='  legislatura  de 
1886  a  1889,  foi  Ministro  da  pasta  da  Agricultura  e  da  Fazenda,  na  Republica. 
Foi  o  fundador  do  Hospital  D.  Pedro  II,  da  Colónia  Izabel  e  do  Hospício  da 
Tamarineira,  durante  o  seu  Governo  em  Pernambuco. 

Era  Grande  do  Império,  Official  da  Imperial  Ordem  da  Rosa  e  da  de 
Christo,  e  da  Legião  de  Honra,  da  França. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  1 6  de  Maio  de  1888. 


MACABUS.  (Barão  de)  António  Machado  Botelho  Sobrinho. 
Natural  de  S.  Maria  Magdalena. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Em  campo  de  oiro,  uma  banda  de  azul  carregada  de  três  besantes  de  prata,  entre 
um  castello  de  goles  á  destra  e  uma  cruz  de  goles,  chã  e  vasia  do  campo  á  sinistra. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  7  de  Desembro  de  1 88 1 . 


262 


/='^//í'ímem25deAbrildei85o 

:;:;;;;  r^^^^"^^  "^  "■•^°  - "--  p^--  è:  sr^::;:;^''^--  -^-e..e,ho,  ..cinco 

estrella  de  prata.  (Brazào  passado  e.  8  de  Janeiro  delsní  ''  ""  "'"  ^^"'  "^  "- 

COROA  :  A  de  Conde. 

CREAÇÃO  DOS  TlTI/inç  •  d    - 


MV.,lt;::''°"'''  "^  «™<'-  ^=)  >o^^  canos  Pereira  de 
A^asíTí-w  na  Bahia  em  .799 

Falleceu  no  Rio  de  Janeiro,  em  .5  de  Abril  de  ,8.r 
C-.«  com  D.  Maria  Eudoxia  de  Almeida  Torre^^ 

y^^'^^^^!:;.^:^:^  ^^^^^"^°  ^  Desembargador, 

de  S.  Paulo  duas  vezes,  em    stZ^T"'  ^^^^'^^"t^  da  Provinda 

'8^7  e  ,842.  e  a  do  Rio  Grande  do  Sul,  em 


26^ 


1831  ;  foi  Senador  pela  Bahia,  em  1843,  Ministro  do  Império  no  4.°  Gabinete 
de  1844,  do  Império  e  da  Justiça  interinamente  no  5.°  Gabinete  de  1845,  ^ 
no  8."  de  1848,  por  elle  organisado. 

Era  Grande  do  Império,  Gentil-Homem  da  Imperial  Camera,  do  Conselho 
de  S.  Magestade,  Conselheiro  de  Estado,  em  1842,  membro  do  Instituto 
Histórico  e  Geographico  Brasileiro,  Commendador  da  Imperial  Ordem  de 
Christo,  etc. 

CREAÇÃO  DOS  títulos  :  Visconde  por  decreto  de  1 8  de  Desembro  de  1829.  Visconde  com  grandeza  por 
decreto  de  7  de  Setembro  de  1847. 


MACAHUBAS.  (Barão  com  grandeza  de)  Dj  Abilio  César  Borges. 
Nasceu  no  Rio  das  Contas,  Provinda  da  Bahia,  em  9  de  Setembro 
de  1824. 
Falleceu  em  16  de  Fevereiro  de  1891,  no  Rio  de  Janeiro. 
Filho  de  Miguel  Borges  de  Carvalho,  e  de  sua  mulher  D.  Mafalda  Maria 
da  Paixão. 

Doutor  em  medicina,  pela  Faculdade  do  Rio  de  Janeiro,  em  1847,  foi 
Director  Geral  da  Instrucção  Publica,  fundador  do  Gymnasio  Bahiano,  em 
1858,  e  do  Collegio  Abilio,  no  Rio  de  Janeiro,  era  um  notável  educador. 
Foi  i.°  Secretario  da  Academia  Philomatica,  Director  Geral  dos  Estudos  na 
Bahia,  em  1856,  sócio  do  Instituto  Histórico  e  Geographico  Brasileiro,  e  de 
muitas  associações  scientificas  e  litterarias  da  Europa  ;  Commendador  da 
Imperial  Ordem  da  Rosa,  da  de  Christo,  e  da  de  S.  Gregório  o  Magno.  Era 
Grande  do  Império. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  30  de  Julho  de  1881.  Barão  com  grandeza  por  decreto 
de  3  de  Junho  de  1882. 


264 


MACEIÓ,  (i."  Visconde  com  grandeza  e  Marquez  de)  D.  Francisco 
AfiFonso  Maurício  de  Souza  Coutinho. 

Nasceu  em  Turim,  em  2  de  Fevereiro  de  1796. 

Falleceu  em  Paris,  em  14  de  Agosto  de  1834. 

Filho  de  D.  Rodrigo  Domingos  de  Souza  Coutinho  Teixeira  de  Andrada 
Barbosa,  i ."  Conde  de  Linhares,  e  Senhor  de  Payalvo,  que  nasceu  em 
Chaves,  em  Portugal  em  4  de  Agosto  de  1755,  e  falleceu  no  Rio  de 
Janeiro,  em  26  de  Janeiro  de  1812,  e  de  sua  mulher  D.  Gabriela  Maria 
Ignacia  Azinari  de  S.  Marsan,  Dama  de  Varias  Ordens,  que  falleceu  no 
Rio  ne  Janeiro  a  24  de  Janeiro  de  1821,  tendo  nascido  em  Turim, 
a  31  de  Julho  de  1770,  e  era  filha  dos  Marquezes  de  Caraglio  e  de 
S.  Marsan. 

Casou  com  D.  Guilhermina  Adelaide  Carneiro  Leão,  no  Rio  de  Janeiro,  em 
1824,  que  nascera  em  Lisboa  a  2  de  Janeiro  de  1803  e  falleceu  nessa 
cidade  em  18  de  Agosto  de  1856,  era  Dama  de  S.  M.  a  i."  Imperatriz  e 
filha  dos  Condes  de  Villa  Nova  S.  José. 

Foi  Official  da  marinha  Portugueza,  e  adherindo  á  Independência,  foi 
promovido  á  Capitão  de  Fragata,  em  1824,  passando  para  o  Estado  Maior  do 
Exercito  com  o  posto  de  Tenente-Coronel. 

Ministro  da  pasta  da  Marinha,  no  6."  Gabinete  de  1827,  e  Ministro 
plenipotenciário  e  Enviado  Extraordinário  á  Corte  de  Vienna,  em  1828,  tendo 
acompanhado  a  i.*  Imperatriz  ao  Rio  de  Janeiro.  Era  Veador  de  S.  Magestade 
em  1818,  Grande  do  Império,  Gentil-Homem  da  Imperial  Camará,  Cavalleiro 
da  L  Ordem  de  Malta,  Cavalleiro  da  1.  Ordem  do  Cruzeiro,  Commendador 


Archtvo  Nobjliarchieo  Bratiltíro  34 


a65 


da  I.  Ordem  de  Christo,  de  Izabel  a  Catholica  de  Hespanha,  e  Cavalleiro 
da  Ordem  da  Torre  e  Espada  de  Portugal. 

BRAZAO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro  as  armas  dos  Souza  Chichorro  que  são,  as  do 
Reino,  com  un  filete  preto  em  contrabanda  que  não  chegue  á  orla  e  passe  por  baixo  do  escudinho 
do  meio  ;  no  segundo  as  armas  dos  Coutinho,  em  campo  de  oiro,  cinco  estrellas  de  vermelho  com 
cinco  pontas  ;  e  assim  os  alternos. 

COROA  :  A  de  Marquez. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  i."  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  12  de  Outubro  de  1824.  Marquez 
por  decreto  de  12  de  Outubro  de  1836. 


MACEIÓ.  (Barão  de)  D.""  António  Teixeira  da  Rocha. 
Nasceu  em  Alagoas,  antiga  capital  dessa  Província. 
Falleceu  no  Paço  Imperial  de  S.  Christovam,  quando  em  serviço,  em  29  de 

Julho  de  1886. 
Filbo  de  Manuel  Casemiro  da  Rocha,  e  de  sua  mulher  D.   Joanna  Maria 
Conceição  Rocha. 

Formou-se  em  medicina,  pela  Faculdade  de  medicina  da  Bahia,  em  1846, 
sendo  lente  cathedratico  de  histologia,  na  Faculdade  do  Rio  de  Janeiro.  Era 
medico  da  Santa  Casa  de  Misericórdia,  e  da  Imperial  Camará.  Deputado  por 
Alagoas  na  15.*  legislatura  de  1872-1875,  do  Conselho  de  S.  Magestade, 
Commendador  da  R.  Ordem  de  Christo  de  Portugal,  e  Cavalleiro  da  I.  Ordem 
da  Rosa. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  29  de  Julho  de  1877. 


MACIEL.  (Barão  de)  Justo  Domingues  Maciel. 
Nasceu  na  cidade  de  Baependy,  na  Província  de  Minas  Geraes,  em 
1837. 
Falleceu  em  1900,  na  Província  de  S.  Paulo. 
Filho  de  Manuel  Domingues  Maciel. 
Casou  com  D.  Luiza  Ribeiro,  em  Baependy. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  i  o  de  Agosto  de  1889. 


266 


MAGÉ.  (Visconde  com  grandeza  de)  José  Joaquim  de  Lima  e  Silva 
Nasceu  em  26  de  Julho  de  1788. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro  em  24  de  Agosto  de  1855 

F./^o  do  Marechal  de  Campo  José  Joaquim  de  Lima  e  Silva,  e  de  sua  mulher 
D.  Joanna  Mana  da  Fonseca  Costa. 

de  Su'ruhr  '°  """'"'  ''  ""'"''  '  '°  '^°"''  ''  ''°""''"''  '  '^"^''°  '°  ^^^^° 
Sentou  praça  de  cadete,  com  três  annos  de  idade,  no  i.»  regimento  de 
infantena  do  R,o  de  Janeiro,  em  6  de  Outubro  de  .790 

Honra"emTJ'?"'''J  '"  '""'°"'  ^°""^"'°"  '  '"^P^'^'  Guarda  de 
dasTrmaTda  Cô^"^^      ^^"^  "'  ^^^^  ^  '^^'^'  ^"^  '^-'  ^^ '^-^^ 

Foi  Deputado  á  Assembléa  Geral,  pela  Província  do  Piauhy    em  varias 
legislaturas,  e  Presidente  do  Supremo  Tribunal  Militar 

Era  Ajudante  de  Campo   de  S.   M.   o  Imperador  D.   Pedro  I     ,824 
Conselheiro  de  Estado,  em  ,842,  Veador  de  S.  M.  a  Imperatriz    Vog     do 
Conselho  Supremo  Militar,  em  ,832,  e  Secretario  de  Guerra  ^ 

ri.l  o'h  ^'^fi""^'  '"^P^"-'"^'  O-^dem  do  Cruzeiro,  Commendador  da  Impe- 
rial O  dem  de  S.  Bento -de  Aviz,  e  da  Imperial  Ordem  da  Rosa  e  tinha  a 
medalha  da  Independência  da  Bahia. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  (Vide  a  descripção  no  titulo  Duque  de  Caxias). 
COROA  :  A  de  Conde. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Visconde  por  decreto  de  .  de  Desembro  de  .854. 


367 


MAIA  MONTEIRO.  (Barão  de)  António  de  Maia  Monteiro. 
Nasceu  no  Rio  de  Janeiro,  em  19  de  Junho  de  1860,  e  reside  em 
Petrópolis. 
Filho  do  i."  Conde  de  Estrella,  por  Portugal,  Joaquim  Manuel  Monteiro  e  de 
sua  2."  mulher  D.  Luisa  Amália  da  Silva  Maia,  filha  do  Conselheiro  José 
António  da  Silva  Maia  e  de  sua  mulher  D.  Maria  Lúcia  Innocencia  Gomes. 
Era  irmão  do  Barão  da  Estrella,  José  Joaquim  de  Maia  Monteiro,  e  por 
parte  do  pae,  do  2°  Conde  de  Estrella,  por  Portugal,  Joaquim  Manuel 
Monteiro. 

Capitalista  e  proprietário. 

É  Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  imperial,  e  Cavalleiro  da  Ordem  de  N.  S.  da 
Conceição  de  Villa  Viçosa,  de  Portugal. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  As  de  seu  pae  ;  escudo  partido  em  pala  :  na  primeira,  as  armas  dos  Monteiros,  — 
de  prata,  com  três  buzinas  de  preto,  com  boccaes  de  oiro  e  cordões  vermelhos,  postas  em  roquete, 
na  segunda,  as  dos  Rodrigues,  —  de  oiro,  com  cinco  flores  de  liz  de  vermelho,  em  santor ;  chefe 
de  vermelho  com  uma  cruz  de  oiro  florida,  vasia  do  campo.  (Brazão  passado  em  19  de  Fevereiro  de 
1855.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VIII,  fls.  397). 

COROA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  ia  de  Junho  d«  i88j. 


268 


C.5„«  com  D^  Cármen  Freire,  nascida  no  Rio  de  Janeiro,  a  .  de  Março  de 
85,,  e  fallecda  a  „  de  Setembro  de  ,89,  nessa  cidade.  A  Baroneza 
teve  uma  vasta  educação  litteraria  e  escreveu  varias  poesias  de  valor' 

.864,  pela  Provmca  da  Parahyba  do  Norte,  que  representou  no  Senado  como 
Senador  nomeado  em  ,869.  Presidiu  a  Provinda  da  Parahyba  do  None  em 
ófí  ia,  d'  ,™P°"^"'\f^^»delro  nesta  Provinda.  Era  Grande  do  Imp  rio" 
Official  da  Imperial  Ordem  da  Rosa. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :   Em  campo  de  oiro  uma   banda  de  azul    carregada  de  tre.  fl-        h 

J..ca.  de  0.0.  (B..0  pa.ade  em  .3  ae  Jun.o  de  ■  .0.' ^^ C^^r  df  Z^ ^  Cl! 

COROA  :  A  de  Conde. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  ,4  de  Março  de  ,8óo    Bar. 

de  > 6  de  Maio  de  .888.  ^  ^"^°  ""^  «^^n^eza  por  decreto 


^/[AMBUCABA.  (Barão  de)  José  Luiz  Gomes 

1    Fa„ec.u  em  Plrat,y  em  ,o  de  Janeiro  de  ,  8„  com  74  annos  de  idade 

eToZ  ,T  f"""'"'  '"  '^"""^  ''"''°""-  '°'  Ch-fe  de  Policia. 
Era  Official  da  Imperial  Ordem  da  Rosa. 

«MAÇÃO  DO  T,TUI^  :  B.„.  p.,  j.„„.  ,,  ,  ,,  ^„^^,^  ^  ,^^^ 


269 


, /^/*í»/-^^ 


M 


AMORE.  (Barão  com  grandeza  de)  Ambrósio  Leitão  da  Cunha. 
Nasceu  aos  21  de  Agosto  de  1821,  na  cidade  de  S.  Maria  de  Belém, 
no  Pará. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro,  em  5  de  Desembro  de  1898. 
Filho  do  Major  do  Exercito  Gaspar  Leitão  da  Cunha,  descendente  da  antiga 

Casa  de  Mazagão. 
Casou  com  D.  Maria  José  da  Gama  e  Silva,  filha  do  Capitão  de  Mar  e  Guerra 
José  Joaquim  da  Silva,  da  lingahem  dos  Tavoras ;  era  irman  da  Baroneza 
de  Souza  Franco. 

Aos  9  annos  de  idade,  seguiu  para  Lisboa,  onde  estudou  humanidades, 
até  1838,  data  em  que  regressou  ao  Brasil,  sendo  nomeado  escripturario  do 
Thesouro  Provincial. 

Estudou  direito  na  Faculdade  de  Direito  de  Olinda,  vindo  a  forma-se  na 
Academia  de  S.  Paulo.  Nomeado  Juiz  Municipal  da  capital  do  Pará,  foi 
condecorado  pela  independência  e  energia  com  que  se  houve  no  celebre 
processo  de  moeda  falsa,  havido. 

Foi  Juiz  de  Direito  em  varias  Comarcas,  seguindo  a  carreira  da  magis- 
tratura até  ser  Desembargador,  quando  aposentou-se,  sem  vencimento  algum. 

Administrou  a  Província  do  Pará,  como  Vice-Presidente,  e  como  Presi- 
dente as  Provincias  de  Parahyba,  em  1859,  de  Pernambuco,  em  1860,  do 
Maranhão,  em  1863  e  1868,  e  da  Bahia,  em  1866,  tendo  recusado  a  Presi- 
dência do  Rio  Grande  do  Sul. 

Representou  na  Camará  sua  Provinda  natal  nas  1 1.*  legislatura  de  1861, 
na  12.*  de  1864,  na  13.*  de  1867,  e  foi  nomeado  Senador  pelo  Amazonas,  em 
1870. 


370 


r.J''  T'  ""  ^'^■'  °*''""'  "'  '8^5'   '°"°  Mi"i«ro  do  Império    Era 
condecorado  com  as  commendas  da  1.  Ordem  de  Christo  e  da  Rosa    Gen« 

sT^CaTor'"^""'^''  '-'°'  ''  '    "•  ^  — -  =  Cam^ri- 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  por  uma  cruz  de  «óles   orlad.  H.     ■ 

quartéis,  de  azul,  cinco  palma  de  prata  oóstas  em  °"°  '  "°  P'"""'°  '  ''"^^'° 

"^ourisca  de  g6.es  com  uma  escada  a     ia'd„a   orr    1'  t"  '''T'  ''  °'°'  ""^  "^^"'°  ^  ''"^' 
postas  em  pala.  P.,..  :  aas  cores  T  mTtls  do  Bral  "'^°'  "^  °'^'''  ^"^^  ^^"'^^'"^  "^  «^''^' 

COROA  :  A  de  Conde. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Bar^o  com  grandeza  por  decreto  de  3  de  Março  de  .883. 


M^N  f  ^h  ^T"  '"^  "^''"'"^'"^  J^^^  P^--^'^^  Guimarães. 
Natural  da  Província  do  Pará. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  ,  &,,.„  p„  d.clo  d,  „  d.  Junho  d,  ,888. 


lyi  ANGARATIBA.  (Barão  de)  António  Pereira  Passos 
A  ▼  A     Falleceu  em  14  de  Setembro  de  1866. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Bário  por  decreto  de  .8  de  Desembro  de  .860. 


aji 


M  ARACAJU.  (Barão  e  Visconde  de)  Rufino  Enéas  Gustavo  Galvão. 
Nasceu  em  Larangeiras,  Provinda  de  Sergipe,  a  2  de  Julho  de  1831. 
Filho  do  Brigadeiro  José  António  da  Fonseca  Galvão,   e  de  sua  mulher 
D.  Marianna  Clementina  de  Vasconcellos  Galvão. 

Era  irmão  do  Barão  do  Rio  Apa,  e  do  Desembargador  Manoel  do  Nasci- 
menta  da  Fonseca  Galvão,  e  do  Ministro  do  Supremo  Tribunal,  D.''  Enéas 
Galvão,  fallecido  no  Rio  de  Janeiro,  a  23  de  Novembro  de  1916. 

Bacharel  em  mathematicas  pela  Escola  Militar,  em  1851,  chegou  á  Mare- 
chal de  Campo  e  membro  do  Supremo  Tribunal  Militar.  Presidiu  as  Províncias 
do  Amazonas,  em  1878,  Pará,  em  1888,  e  Matto-Grosso,  em  1879.  Foi  o 
ultimo  Ministro  da  Guerra,  no  Governo  Monarchico,  do  36.»  Gabinete  de  7  de 
Junho  de  1889,  organisado  pelo  Visconde  de  Ouro  Preto. 

Foi  membro  de  diversas  commissões  militares  e  scientificas,  e  fez  todas 
as  Campanhas.  Teve  as  medalhas  da  Campanha  do  Uruguay,  de  Buenos-Aires, 
a  da  Rendição  de  Uruguyana,  a  de  Paysandú,  a  do  Mérito  e  Bravura  Militar, 
a  Geral  da  Campanha  do  Paraguay.  Era  Commendador  da  I.  Ordem  da  Rosa, 
Dignitário  da  I.  Ordem  do  Cruzeiro,  1870,  e  Commendador  da  de  S.  Bento 
de  Aviz,  1881,  e  Veador  de  S.  M.  a  Imperatriz. 

BRAZAO  DE  ARMAS  :  Escudo  cortado  em  faxa  e  esta  partida  em  três  palas  ;  na  primeira,  de  prata,  uma 
águia  estendida,  carregada  de  um  crescente  de  oiro  no  peito  ;  na  segunda,  de  vermelho,  seis  costas 
de  prata,  firmadas  e  postas  em  duas  palas  ;  na  terceira,  de  oiro,  cinco  estrellas  de  goles  em  santor ; 
a  segunda  Taxa  —  em  campo  azul,  um  castello  de  oiro  sobre  um  monte  de  sinople,  entre  uma 
bússola,  á  sinistra,  e  uma  espada  com  folha  e  punho  de  oiro,  á  destra. 


CREAÇAO  DOS  TÍTULOS 
Maio  de  1883. 


Barão  por  decreto  de  23  de  Desembro  de  1874.  Visconde  por  decreto  de  23  de 


372 


M 


ULUb  .  Barão  por  decreto  de  19  de  lunho  de  iS-,,    o    - 
de  '7  de  Abril  de  ,874.  ^  '  '^7^.  Barão  com  grandeza  por  decreto 


M 


^It^^^^l^-  ^^''''  ''^  ^^"t°  ^'^--^"io  Lopes  Villas  Boas 
Falleceu  na  Bahia  em  28  de  Junho  de  ,85o. 


Cavalleiro  da  Imperial  Ordem  de  Christo 

CREAÇÃO  DO  T,TULO  :  Bar.o  por  decreto  de  .  de  Outubro  de  .8.3. 


jy[  ARAJÓ.  (Barão  de)  José  Coelho  da  Gama  e  Abreu 
ir  1     ^fasceu  no  Pará,  em  .2  de  Abril  de  ,83. 
F^lbo  de  um  Official  de  marinha  portugueza. 

Bacharel  em  philosophia  pela  Universidade  H.  r  •    u 
mathematicas.  universidade  de  Comíbra,  e  também  em 

Foi  Presidente  da  Província  do  Pará   em  .8-70   .  ^     a 
Director  Geral  das  Obra.  P„h.i  ^^'  ^  ''°  amazonas  em  1867. 

de  Lisboa,  Commendador    a  1   o^  1%"^^''°  '^  ^"'^--^  ^e  Sciencils 
de  Villa  Viçosa,  de  Portugal  ^"""'^  '  ''  ''  ^-  ^^  ^^  Conceição 

CREAÇÃO  DO  T.TULO..Bar.o  por  decreto  de,  de  Maio  de  .88,. 


Archivo  Nobili.rchico  Br.jil.iro 


^7^ 


M 


(Visconde  com  grandeza  de)  Caetano  Mário  Lopes 


ARANGUAPE. 

Gama. 

Nasceu  no  Recife,  em  Pernambuco,  em  5  de  Agosto  de  1795. 

Falleceu  no  Rio  de  Janeiro,  em  21  de  Junho  de  1864. 

Filho  do  D/  João  Lopes  Cardoso  Machado,  natural  de  Lisboa,  e  de  sua 
mulher  D.  Anna  Bernarda  do  Nascimento  Lopes  Gama,  natural  de 
Pernambuco,  e  irmão  do  celebre  rethorico  Padre  Miguel  do  Sacramento 
Lopes  Gama,  chamado  o  «  Carapuçeiro  ». 

Doutor  em  direito  pela  Universidade  de  Coimbra,  em  1819,  iniciou  sua 
carreira  como  Juiz  de  Fora  em  Penedo  e  chegou  a  Ministro  aposentado  do 
Supremo  Tribunal  de  Justiça.  Presidiu  as  Provindas  de  Alagoas,  em  1830,  de 
Goyaz,  em  1824,  e  Rio  Grande  do  Sul,  em  1829.  Deputado  á  Assembléa 
Constituinte,  pela  Província  de  Alagoas,  em  1823,  Deputado  á  Assembléa  Geral 
por  Pernambuco,  na  legislatura  de  1826,  e  por  Goyaz  na  2.*  legislatura  de  1830. 
Senador  pelo  Rio  de  Janeiro,  em  1839. 

Ministro  de  Estado  por  cinco  vezes,  em  differentes  pastas.  Era  Conselheiro 
de  Estado,  em  1842. 

Grande  do  Império,  era  Official  da  Imperial  Ordem  do  Cruzeiro,  e  Grande 
Dignitário  da  Imperial  Ordem  da  Rosa.  Membro  fundador  do  Instituto  Histó- 
rico e  Geographico  Brasileiro,  Commendador  da  Imperial  Ordem  de  Christo. 
Grã-Cruz  da  Ordem  de  S.  Januário,  de  Nápoles,  e  de  Medjidié,  da  Turquia, 
Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Imperial. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro,  as  armas  dos  Gamas,  que  são  :  quinze  enxaques 
de  oiro  e  vermelho,  de  três  peças  em  faxa  e  cinco  em  pala,  sendo  as  vermelhas  acoticadas  com  as  suas 
faxas  de  prata,  e  no  meio  um  escudo  com  as  armas  de  Portugal  ;  no  segundo,  as  armas  dos  Lopes, 
—  de  azul,  uma  palmeira  de  oiro  e  um  corvo  pousante  nella,  com  as  azas  estendidas  ;  no  terceiro. 


274 


COROA  :  A  de  Conde. 

CREAÇAO  OO  T,TULO  :  V.conde  co.  ,.nde.  po.  decreto  de  .  de  Dese...  de  .8,4. 


jyr  ARANHAO.  (Marquez  do)  Lord  Thomas  John  Cochrane 
iy  1     Nasceu  na  Inglaterra,  em  ,4  de  Desembro  de  ,775 
Faleceu  em  Londres  em  3 ,  de  Outubro  de  ,  860 

;n:irTd?:L':tr"  '■"  '°"'^  '^  """^°"^"^-  ^- — ^  ■  ^e 

jdiiciru  ae  1748  e  falleceu  em  1  de  lulhn  Hí-  ■«,,    ^  ^ 

mulher  n    Anno    nu     j     ,  "^  ^^''  ^  ^^  ^ua  prime  ra 

'''"Zr,!'f\''^°'V'  ""  """  °-  '^""^-'"^  ''""'"^^  Corbetts  ftllecida 
^m  25  de  Janeiro  de  ,865,  e  filha  de  Thomas  Barnes 

Era  o  ,0..  Conde  de  Dundonald,  na  Inglaterra,  e  Barão  de  Cochrane 

na  Ard"at;retastet'dfr:'  '"d"*"'-"  <"'  ™'°"-  '^^"^« 
CrecX  -oL..a:L"erch^;rsrrsdttT:.e?"'  ""'  ' 

ae„c,:rrdr?rrd:°re"'  7't '  -^^-^  '-- 

.ropaspor.ug.ezasdaBl:r/deJ^r;:,at'''"   "'   '^^"'"°   "^^ 


275 


Partindo  para  a  Inglaterra  em  1825,  não  voltou  mais  ao  Brasil,  que 
apesar  de  pagar  seus  serviços  generosamente,  soffreu  d'elle  exigências 
descabidas. 

Era  Grã-Cruz  da  Imperial  Ordem  do  Cruzeiro,  e  da  Real  Ordem  do 
Banho,  de  Inglaterra,  Cavalleiro  da  Real  Ordem  de  S.  Salvador,  da  Grécia,  e 
do  Mérito,  do  Chile. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Em  campo  de  prata,  uma  asna  de  goles  entre  três  cabeças  de  javardos  de  sable. 
Timbre  :  um  cavallo  de  prata  andante ;  supportes  dous  galgos.  Divisa  :  yirtute  et  Labore. 

CREAÇAO  DOS  TÍTULOS  :    Marquez  por  decreto  de  12   de  Outubro  de  1823.   Barão   de  Cochrane,   na 
Inglaterra  em  27  de  Desembro  de  1Ó47.  Duque  de  Dundonaid,  e  Lord  em  12  de  Maio  de  1869. 


M 


ARAÚ.  (Barão  de)  José  Teixeira  de  Vasconcellos. 
Nasceu  na  Província  da  Parahyba  do  Norte  em  1798. 
Falleceu  na  mesma  Provinca  em  29  de  Abril  de  1873,  e  jaz  sepultado  na 
capella  de  S.  João  Baptista,  termo  de  Santa  Rita,  Comarca  de  Maman- 
guape. 
Filho  de  Joaquim  Teixeira  de  Vasconcellos  e  de  sua  mulher  D.  Adriana  Teixeira 

de  Vasconcellos. 
Casou  com  D.  Francisca  Monteiro  da  Franca,  filha  de  Francisco  Xaxier  Monteiro 
da  Franca. 

Era  Commandante  Superior  da  Guarda  Nacional  d'aquella  Província, 
proprietário  e  abastado  agricultor,  muito  conceituado. 

Administrou  sua  Provinda  natal  na  qualidade  de  Vice-Presidente  em  1867, 
prestando  reaes  serviços. 

Em  1859  teve  a  honra  de  hospedar  S.  M.  Imperial  o  Senhor  D.  Pedro  II, 
em  seu  engenho  S.  João,  na  Freguesia  de  S.  Rita. 


3j6 


Era  Official  da  I.  Ordem  da  Rosa. 


BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Em  campo  de  goles  três  faxas  veiradas  de  azul  et  sinople,  e  no  meio  um  escudete 
de  smople  com  uma  cruz  de  oiro,  potentea,  vasia  de  campo.  (Brazão  passado  em  28  de  Junho  de 
r86o.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  Hs.  43). 

COROA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  ,4  de  Março  de  1860. 


M 


AREPY.  (Barão  de)  Estevão  Cavalcante  de  Albuquerque. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  2  de  Desembro  do  ,858. 


M 


ÁRIA   ROSA.  (Baroneza  de)  D.  Maria  Rosa  Alexandrina  de  Macedo. 

CREAÇÃO  DO  TrrULO  :  Baroneza  por  decreto  de  4  de  Abril  de  1885. 


MARICÁ.  (Visconde  com  grandeza  e  Marquez  de)  Mariano  José  Pereira 
da  Fonseca. 


Nasceu  em  1 8  de  Maio  de  1773,  no  Rio  de  Janeiro. 

Falleceu  nessa  cidade  em  16  de  Setembro  de  1848. 

Filho  do  negociante  Domingos  Pereira  da  Fonseca,  natural  de  Portugal    e  de 

sua  mulher  D.  Theresa  Maria  de  Jesus,  natural  do  Rio  de  Janeiro   ' 
Casou  com  D.  Maria  Barbosa  Rosa  do  Sacramento,  em  30  de  Junho  de  1800 

fallecida  em  23  de  Abril  de  1840,  e  era  Dama  de  S.  M.  a  Imperatriz,  filha 

do  Capitão  Julião  Martins  da  Costa,  e  de  sua  mulher  D.  Maria  Rita 

Quitéria,  natural  de  Minas  Geraes. 

Philosopho  profundo,  moralista  e  poeta. 

Doutor  em  philosophia  e  mathematicas,  pela  Universidade  de  Coimbra 
em   1793,   chegou  ao  Rio  de  Janeiro  em  ,794.    Foi  Ministro  da  Fazenda 
no  3."  Gabinete  de  ,823,  Senador  pela  Província  do  Rio  de  Janeiro,  nomeado 


377 


em  1826.  Era  Conselheiro  de  Estado  efTectivo  em  1823,  e  Grande  do  Império, 
tendo  sido  um  dos  signatários  da  Constituição  do  Império. 

Era  Grã-Cruz  da  Imperial  Ordem  de  Cruzeiro. 

Deixou  obras  de  grande  valor,  que  perpetuaram  seu  iilustre  nome,  e 
entre  ellas,  as  Maxmas'e  Pensamentos,  que  começou  a  escrever  aos  60  annos 
de  idade,  tendo-as  concluido  aos  70  annos,  deixando  quatro  preciosos  volu- 
mes, com  3 169  artigos.  Foi  um  dos  mais  illustres  homens  de  seu  tempo,  quer 
na  Politica,  quer  nas  Bellas  Lettras. 

CREAÇAO  DOS  TÍTULOS  :  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  12  de  Outubro  de  1824.  Marquez  por 
decreto  de  12  de  Outubro  de  1826. 


M 


AROIM.  (Barão  com  grandeza  de)  João  Gomes  de  Mello. 
Natural  da  Província  do  Sergipe. 
Falleceu  em  23  de  Abril  de  1890. 

Commandante  superior  da  Guarda  Nacional,  da  cidade  de  Maroim,  no 
Sergipe,  foi  Deputado  Geral  por  sua  Província  nas  9.",  10.»  e  1 1.*  legislaturas 
de  1855  a  1864.  Senador  do  Império  nomeado  em  1861,  pelo  Sergipe. 

Era  Grande  do  Império,  Commendador  da  Imperial  Ordem  de  Christo, 
Official  da  Imperial  Ordem  do  Cruzeiro,  Cavalleiro  da  Imperial  Ordem  da 
Rosa,  e  Commendador  da  Ordem  de  S.  Gregório  o  Magno,  de  Roma. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  partido  em  pala,  na  primeira,  de  prata,  um  leão  de  sable  rompente,  e  na 
segunda,  de  goles,  seis  besantes  de  prata  entre  um  dobre  cruz  de  oiro.  Timbre  :  uma  águia  de  sable 
abesantada  de  prata.  (Brazão  passado  em  i  i  de  Julho  de  1867.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza, 
Liv.  VI,  fls.  81). 

CORÔA  :  A  de  Conde. 

CREAÇÃO  DOS  TITULOS  :  Barão  por  decreto  de  12  de  Outubro  de  1848.  Barão  com  grandeza  por  decreto 
de  2  de  Desembro  de  1854. 


278 


\/\  A  ruía.  (Barão  de)  João  Wilkins  de  Mattos. 

1  V  1     Nasceu  a  8  de  Março  de  1822,  na  cidade  de  Belém,  Província  do  Pará. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro,  a  3  de  Maio  de  1889. 

Filho  do  Coronel  Manuel  Lourenço  de  Mattos  e  de  sua  mulher  D.  Theresa 
Romana  das  Chagas  Mattos. 

Tendo  feito  o  curso  de  mathematicas  e  de  engenharia  civil,  nos  Estados 
Unidos,  depois  de  concurso,  foi  nomeado  lente  de  inglez  no  Lyceu  Paraense 
onde  serviu  também  como  Secretario. 

Foi  Coronel  reformado  da  Guarda  Nacional,  Director  da  Instrucção 
Publica  em  Belém,  Cônsul  do  Brasil  na  cidade  do  Loreto,  na  Republica  do 
Peru,  e  Secretario  da  Província  do  Amazonas  na  installação  da  mesma  Provín- 
cia, e  também  Director  Geral  das  Obras  Publicas  e  dos  índios.  Presidiu  as 
Províncias  do  Amazonas  em  1868,  do  Ceará  em  1872.  Foi  Deputado  Provincial 
varias  vezes,  na  Assembléa  Paraense,  Deputado  pelo  Pará  na  Assembléa  Geral 
de  1872  a  1875.  Era  Director  Geral  dos  Correios  na  Corte,  quando  foi 
aposentado. 

Era  Veador  de  S.  M.  a  Imperatriz,  do  Conselho  de  S.  Magestade,  tinha  o 
Habito  de  Christo,  Commendador  da  Imperial  Ordem  da  Rosa,  e  de  Christo 
de  Portugal. 

Era  sócio  correspondente  do  Instituto  Histórico  e  Geographico  Brasileiro 
Presidente  da  Imperial  Sociedade  Amante  da  Instrucção,  da  Sociedade  Auxilia- 
dora da  Industria  Nacional,  etc. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  30  de  Maio  de  1888. 


MASSAMBARÁ.  (Barão  de)  Marcellino  de  Avellar  e  Almeida. 
Natural  de  Vassouras. 

Commissario  de  Gafe  no  Rio  de  Janeiro. 

Era  Commendador  da  Imperial  Ordem  da  Rosa  e  Cavallleiro  da  Imperis 
Ordem  de  Christo. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  4  de  Setembro  de  .867. 


279 


MATAR! PE.  (Barão  de)  António  Muniz  Barreto  de  Aragão. 
Natural  de  Bahia. 

Moço  Fidalgo  com  exercicio  na  Casa  Imperial  e  Fidalgo  Cavalleiro,  era 
Cavalleiro  da  Real  Ordem  de  Christo  de  Portugal,  Commendador  da  Ordem 
de  Santo  Sepulchro  de  Jerusalém. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  12  de  Janeiro  de  1884. 


MATTOS  VIEIRA.  (Barão  de)  Joaquim  de  Mattos  Vieira. 
Falleceu  em  Paris. 

Commissario  de  Café  no  Rio  de  Janeiro. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  6  de  Abril  de  1889. 


MATUIM.  (Barão  de)  Joaquim  Ignacio  de  Aragão  Bulcão. 
Natural  da  Bahia. 
Falleceu  em  13  de  Janeiro  de  1886. 

A  Baroneza  era  filha  do  Barão  de  Itapororóca,  José  Joaquim  Muniz 
Barreto  de  Aragão,  filho  do  Sargento-Mór  António  Muniz  Barreto  casado  com 
uma  filha  do  Mestre  de  Campo  Luiz  Coelho  Ferreira,  natural  da  Bahia. 

Commendador  da  Imperial  Ordem  de  Christo. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  14  de  Março  de  1860. 


280 


[LABOR  IMPROBUS   OMNM  VINCIT 


iVI^^Ía^^'''°  '  ^"'°"'^'  '""^  ^■''"''"'^  "^'^  '''"'"   Evangelista  de 

Masceujrn  Arroyo  Grande,  município  de  Jaguarão.  no  Rio  Grande  do  Sul 

em  28  de  Desembro  de  1813. 
Falleceu  em  Petrópolis,  em  21  de  Outubro  de  1889 

^''VsiliT  '''"^"''''  ""^  ^°"'''  "  ''  '"'  """^"  ""■  '^^^'^""^  ^^  J^^"^ 
C..o«  em  u  de  Abril  de  ,84. ,  com  D.  Maria  Joaquina  de  Souza,  sua  sobrinha 

D^C^^iZ  "  TT''^  ^"  '^  '^  ^^^^°  ^^  '9^4,  niha  de  sua  irm. 
D.  Guilhermma  de  Souza  e  Lima,  casada  com  José  Machado  de  Lima 

em  ,8.?t  '  ''•'"'"''?'  ''"'^"''''''"  '  ''"^"'*''°'  '  ^"^"^  ''  ^^^^  ^  construcção 
cTblsth     '""^"''  '''"''  ''  ''^'■°  "^  ^"^^'"  d°  Sul ;  o  assentamento  do 
Cabo  Submarino  transatlântico,  inaugurado  em   22  de  Junho  de  ,874-   a 
navegação  do  Rio  Amazonas,  em  .832,  e  a  illuminaçâo  do  cidade  do  R'o'd 
Janeiro  por  gaz,  em  1851. 

Representou  sua  Província  natal  na  Assembléa  Geral  nas  9  ^^   ,0  ^   ,,  a 

i2.»e  i^.Megislaturasde  1853  a  1875.  •  -  "•  . 

Era  sócio  do  Instituto  Histórico  e  Geographico  Brasileiro  e  pertencia 

numerosas  sociedades  humanitárias,   litterarias  e  scientificas,  Grande  do 

Imper.,  Commendador  da  L  Ordem  de  Christo,  Dignitário  da  L   Ordem 

«ada  d"  au:tl  .r  H  '  """'  '*  '^"*''  ="  ""  "^'  ""  '""'"°  :  ^-"^dura  de  góles  carr.: 

S    «     do  .       '"'  ''  °'°'  ""  ^'^""^  ''^  ^"'"'"^°'  '^'"•^  ^-  ^hefe  e  dois  crn  pon.a 

TE...S  .  do,s  .ercur,os  de  carnaç.o  co.  .anto  azul,  a.as,  caducéo  e  bolsa  de  oira.  D,v,s.  :  Laor 


Archivo  Nobilitrchico  Braiileiro  j6 


381 


improbus  omitia  vincit.  (Brazão  passado  em  28  de  Desembro  de  1855.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza, 
Liv.  VI,  fls.  27). 

COROA  :  A  de  Conde. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  30  de  Abril  de  1854.  Visconde  com  grandeza  por  decreto 
de  26  de  Junho  de  1874. 


J\ /I  EARIM.  (Barão  de)  José  Theodoro  Correia  de  Azevedo  Coutinho. 


Falleceu  no  Maranhão  em  lo  de  Março  de  1855. 
Commendador  da  Imperial  Ordem  de  Christo. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão  por  decreto  de  25  de  Março  de  1849. 


MECEJANA.  (Barão  e  Visconde  de)  António  Cândido  Antunes  de 
Oliveira. 
Nasceu  no  Aracaty  na  Província  de  Ceará. 
Falleceu  no  Recife,  em  Pernambuco. 

Casou  com  D.  Colomba  Antunes  de  Oliveira,  nascida  em  Portugal,  mas  da 
familia  Ponce  de  Leão  da  Bahia. 
Negociante  e  proprietário  abastado.  Era  Dignitário  da  I.  Ordem  da  Rosa. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Em  campo  azul,  uma  banda  de  prata  com  três  arruelas  de  goles,  acompanhada 
á  sinistra  de  um  caduceu  de  oiro,  e  á  destra  de  um  encontro  de  boi,  do  mesmo.  (Brazão  passado  em 
28  de  Novembro  de  1867.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  94). 

CORÔA  :  A  de  Visconde. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  18  de  Maio  de  1867.  Visconde  por  decreto  de  25  de  Julho 
de  188$. 


383 


\/\  ELGAÇO.  (Barão  com  grandeza  de)  Augusto  Leverger 
1  J  1     Nasceu  em  S.  Maio,  na  Bretanha,  a  30  de  Janeiro  de  ,8o. 
Faeceucm  Cuyabá,  Matto  Grosso,  em  .4  de  Janeiro  de  ,88o 
Ftlho  pr,mogenito  de  Mathurin  Leverger,  que  falleceu  em  Buenos  Aires    em 
.8..,  ede  sua  mulher  Regina  Combes,  que  falieceu  a  30  de  Abri,  d^ 

C..o«  em  ,843    na  cidade  de  Cuyabá,  com  D.  Ignez  de  Almeida  Leite    viuva 
de  Benedicto  Leite,  e  failecida  em  30  de  Maio  de  ,866. 
Notável  explorador. 
Naturalisou-se  brasileiro  em  ,844,  e  entrou  pa,-a  o  serviço  da  Armada 

:rru,~  -- ''-'' "  ^^^^^  ^^  ^^--^  .-uad^tar:: 

iS.^^^^eTeTo   f  ^""  '  '""'"'^  ''  P-vinciadeMatto-Grosso,-em 
185',  '866  e  ,869.  Fez  a  campanha  do  Rio  da  Prata  de  ,826  a  ,828  Explorou 

l.,Vn       ú  ^  '         '       P'''"'"'  ^°''^'  ''^P^'^'"  ^  ^'«'^Ç-^o  do  território  brasi- 
e.  o  no  Melgaço,  a  beira  do  Rio  Cuyabá,  por  numerosas  forças  inimiga  Ta 
sub,da  dos  vapores  paraguayos  pelo  Rio  Paraguay  ameaçando  Cuyabá 

Nego?;'::!  ^^"  '°  '''-'  "°  '''-''''''  '-  •«^'-  ^  ^"--^^^o  de 

Era  Grande  do  Império,  Cavalleiro  da  Imperial  Ordem  de  Cruzeiro  Offiri.i 

da  Imper-al  Ordem  da  Rosa.  Commendador  da  Imperial  O  dem    e  S   B     o 

de  Av,z.  condecorado  com  a  medalha  geral  da  campanha  do  Paraguay.  SocL 


383 


do  Instituto  Histórico  e  Geographico  Brasileiro.   Deixou  grande  copia  de 
traballios  sobre  hydrographia  de  grande  valor. 

BRAZAO  DE  ARMAS  :  Em  campo  de  góles  um  castello  de  oiro,  sahindo  pela  porta  uma  destra  ao  natural 
armada  de  uma  espada  de  azul,  posta  em  banda,  acompanhado  em  chefe  ;  de  uma  estrella  de  prata 
entre  as  lettras  iniciaes  M  e  G  de  oiro,  e  em  ponta  :  de  um  rio  de  prata  carregado  de  uma  ancora 
de  sable.  Divisa:  Sempre  prompto.  (Brazão  passado  em  4  de  Desembro  de  1865.  Reg.  no  Cartório 
da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  69). 

CORÔA  ;  A  de  Conde. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  com  grandeza  por  decreto  de  10  de  Novembro  de  1865. 


M 


ELLO  E  OLIVEIRA.  (Barão  de)  Luiz  José  de  Mello  e  Oliveira. 
Nasceu  na  Província  de  S.  Paulo. 
Filho  do  Barão  de  Araraquára  e  Visconde  do  Rio  Claro,  José  Estanisláo  de 

Oliveira,  e  de  sua  mulher  a  Viscondessa,  Elisa  de  Mello  Franco. 
Era  irmão  do  2."  Barão  de  Araraquára,  da  Baroneza  de  Dourados  e  da  2.*  Baro- 

neza  de  Piracicaba. 
Casou  com  D.  Anna  Flora  Vieira  Barbosa,  filha  de  António  José  Vieira  Barbosa 
e  de  sua  mulher  e  prima  D.  Constança  Adelina  Vieira  Barbosa. 

Bacharel  em  direito  pela  Faculdade  de  S.  Paulo. 

Agraciado  com  o  titulo  de  Barão  de  S.  João  do  Rio  Claro,  pediu  substi- 
tuição do  titulo  pelo  de  Barão  de  Mello  e  Oliveira. 

CREAÇÃO  DOS  títulos  :  Barão  de  S.  loão  do  Rio  Claro  por  decreto  de  28  de  Fevereiro  de  1885.  Barão 
de  Mello  e  Oliveira  por  decreto  de  28  de  Março  de  1885. 


MENDES  TOTTA.  (Barão  de)  João  António  Mendes  Totta. 
CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  3  de  Agosto  de  1889. 


MENEZES.  (Barão  de)  D."^  Balduíno  Joaquim  de  Menezes. 
Natural  do  Rio  de  Janeiro,  onde  nasceu  em  17  de  Junho  de  1830. 


284 


Falleceu  em  26  de  Junho  de  1908. 

Doutor  em  medicina  pela  Faculdade  do  Rio  de  Janeiro. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  ,9  de  Março  de  ,887. 


l\/j  ERCÊS.  (Barão  das)  Manuel  José  da  Costa. 

ir  1     Nasceu  na  Provincia  de  Pernambuco,  onde  falleceu  em  i88; 

Fílbo  de  Bento  José  da  Costa.  ^' 

Chefe  politico,  e  agricultor  adiantado  em  sua  Provincia,  foi  Coronel  da 
Guarda  Nac.onal.  Commendador  da  Imperial  Ordem  de  Christo  e  Dignitário 
da  Imperial  Ordem  da  Rosa.  '8"Hario 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  ^4  de  Agosto  de  ,870. 


M  ^BahTa"^"  ^^'''°  '  ^"'°"'^'  '^'^  ^'''"'^'''  "^^^  '^'"""  ^°P^^  P^"-^"-^ 

Nasceu  em  1787. 

Falleceu  no  Rio  de  Janeiro,  em  26  de  Fevereiro  de  1860 

COROA  :  A  de  Conde. 


285 


CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :   Barão  por  decreto  de  23  de  Outubro  de  1853.  Barão  com  grandeza  por  decreto 
de  2  de  Desembro  de  18^4.  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  2  de  Desembro  de  1858. 


MESQUITA,  (i."  Barão,  Visconde  com  grandeza  e  Conde  de)  Jeronymo 
José  de  Mesquita. 
Nasceu  no  Rio  de  Janeiro  a  25  de  Junho  de  1826. 
Falleceu  nessa  cidade  a  1  de  Setembro  de  1886. 

Filho  do  Marquez  de  Bomfim,  e  pae  do  2°  Barão  de  Bomfim,  José  Jeronymo 
de  Mesquita  e  do  2.°  Barão  de  Mesquita  Jeronymo  Roberto  de  Mesquita. 

Dedicou-se  á  carreira  commercial  ;  grande  capitalista,  proprietário  e 
fazendeiro.  Foi  Vereador  da  Gamara  Municipal  da  Corte,  em  1853  ;  membro 
da  Caixa  Amortisação,  Director  do  Banco  do  Brasil,  Presidente  da  Associação 
Commercial.  Fez  valiosas  donativos,  não  só  ao  Estado,  como  também  para  a 
creação  do  monumento  do  Ipyranga  e  estatua  de  D.  Pedro  I. 

Era  Commendador  da  I.  Ordem  da  Rosa  e  da  de  Christo,  e  da  Real 
Ordem  de  N.  S.  da  Conceição  de  Villa  Viçosa. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  13  de  Agosto  de  1873.  Visconde  com  grandeza  por  decreto 
de  19  de  Março  de  1883.  Conde  por  decreto  de  12  de  Agosto  de  1885. 


MESQUITA.  (2."  Barão  de)  Jeronymo  Roberto  de  Mesquita. 
Filho  do  I .»  Barão,  Visconde  e  Conde  de  Mesquita,  Jeronymo  José 
de  Mesquita. 

Foi  abastado  proprietário  e  negociante  no  Rio  de  Janeiro. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  1 1  de  Abril  de  1888. 


MINAS  NOVAS.  (Barão  das)  António  dos  Santos  Neiva. 
Natural  de  Minas  Geraes. 
Falleceu  em  26  de  Desembro  de  1888. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  19  de  Julho  de  1879. 


286 


MIPIBU.  (Barão  de)  Miguel  Ribeiro  Dantas. 
Natural  do  Rio  Grande  do  Norte. 
Falleceu  em  18  de  Junho  de  1881 . 
Coronel  da  Guarda  Nacional. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  .8  de  Março  de  ,877. 


M  IRACEMA.  (Barão  de)  D..  Lourenço  Maria  de 
Ainda  vive. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  ,9  de  Agosto  de  .888. 


Almeida  Baptista. 


M 


IR  AN  DA.  (Barão  de)  Júlio  de  Miranda  e  Silva. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  7  de  Outubro  de  ,883. 


jyj  IRLANDA  REIS.  (Barão  com  grandeza  de)  José  Miranda  da  Silva 

msceu  no  Rio  de  Janeiro  em  28  de  Novembro  de  1824 

Falleceu.  em  1903. 

Filho  de  Domingos  da  Silva  Reis. 

Minir,™  ZT"""""'^"  """  '="""'  "'•''"•"■  "'  *"=*al  do  Exercito, 
armas  de  Matto-Grosso,  em  ,87=,  e  Presidente  do  Amazonas  em  ,87o. 

hra  Grande  do  Império,  Conselheiro  de  Guerra,  Gentil-Homen  da  Imoerial 
Camará,  do  Conselho  de  S.  Magestade.  Commendador  da  1.  o"dem  da  r™, 


287 


Official  da  I.  Ordem  do  Cruzeiro,  e  Commendador  da  I.  Ordem  de  S.  Bento 
de  Aviz.  Tinha  as  medalhas  do  Mérito  e  Bravura  Militar,  da  Campanha  Geral 
do  Paraguay,  com  passador  de  oiro  ;  e  a  Grã-Cruz  da  Ordem  de  S.  Gregório 
o  Magno  de  Roma. 

CREAÇAO  IX)  TITULO  :  Barão  com  grandeza  por  decreto  de  20  de  Junho  de  1881. 


MIRANDELLA.  (Visconde  com  grandeza  de)  António  Doutel  de 
Almeida  Machado  Vasconcellos  Madureira  Feijó. 

Nasceu  em  Portugal  em  25  de  Abril  de  1775. 

Filho  de  António  Wenceslau  Doutel  de  Almeida  e  Vasconcellos,  Senhor  de 
vários  morgados  em  Bragança  e  Eixes,  Fidalgo  da  Casa  Real,  Cavaleiro 
da  Real  Ordem  de  Aviz,  Coronel  de  Cavallaria  ;  nascido  a  20  de  Setembro 
de  1745  e  fallecido  em  19  de  Outubro  de  1816,  e  de  sua  mulher  D.  Maria 
Joaquina  Madureira  de  Moraes  Sarmento,  sua  prima,  filha  de  Francisco  de 
Moraes  Madureira  Feijó,  e  de  sua  mulher  D.  Maria  Caetana  Joaquina  de 
Carvalho. 

Casou  em  1804  com  D.  Joanna  Francisca  Maria  Josepha  da  Veiga  Cabral  da 
Camará,  herdeira  de  sue  irmão  Francisco  António  da  Veiga  Cabral  da 
Gamara  (nasc.  em  1734,  morto  a  31  de  Maio  de  18 10),  no  titulo  de 
Visconde  de  Mirandella  ;  filha  de  Francisco  Xavier  da  Veiga  Cabral  da 
Gamara  e  de  sua  mulher  D.  Luisa  Caetana  de  Mesquita.  Casou  em 
segundas  núpcias  com  D.  Anna  Carneiro  da  Costa  da  Silva  e  Souza, 
nascida  em  1794  e  fallecida  em  5  de  Setembro  de  1846,  filha  de  João 
Francisco  da  Silva  e  Souza  e  de  sua  mulher  D.  Marianna  Eugenia  Carneiro 
da  Costa,  irman  da  Marqueza  de  Jacarépaguá. 

Foi  2."  Visconde  de  Mirandella,  em  Portugal,  por  seu  primeiro  casamento, 
e  era  irmão  do  Barão  de  Portella,  em  Portugal,  Bernardo  Doutel  de  Almeida. 

Grande  do  Império,  foi  Brigadeiro  do  Exercito,  do  Conselho  de  S.  Mages- 
tade,  e  Commendador  da  imperial  Ordem  de  Christo. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Visconde,  em  Portugal,  por  decreto  de  13  de  Maio  de  1810.  Visconde  com 
grandeza,  no  Brasil,  por  decreto  de  19  de  Desembro  de  1822. 


288 


jy[OGY-GUASSÚ.  (Bar.o  de)  José  Caetano  de  Li,™, 
-^o/te™  em  S.  Paulo  em  24  de  Março  de  ,90, 

por  l7nt"  °  ""'"'™'*"  "^  '«-i^  "''-  ^^  Casa  Branca,  devorada 
Era  influente  chefe  politico  conservador  na  Província  de  S  Paulo 

CRBAÇAO  00  TITULO  ,  B„io  ,„,  ,„„,„  „  „  ,,  ,,„^,,__  _^  ,^^^ 


jy[OGY  MIRIM.  (Barão  de)  Manuel  Claudiano  de  Oliveira 
ÍJX    ''"'fe™  em  jo  de  Janeiro  de  1887  =  ""ve.ra. 

Eslíf  Madtr.  '°^"'  "  °"™"  ^  -  -  ™-  a  Anna 
CaíOM  com  D.  Balbina  de  Toledo. 

de  ChSa '"  ^  ""^^^  '^  ^"^'^  "^^'°-^-  Commendador  da  Imperial  Ordem 

CREAÇÃO  DO  T.TULO  :  Barão  por  decreto  de  n  de  Outubro  de  .848. 


M  ^W  ?^P;  ^'"'°  '^^^  J^^'"^'^^  J°^^  Gomes. 
A  ▼  1     Natural  da  Província  de  Maranhão. 

Tenente-Coronel  da  Guarda  Nacional. 

CREAÇÃO  DO  T,TULO:Ba.o  PO.  decreto  de  ,0  de  Ju,ho  de  .8„ 


Archivo  Nobili.rchico  BruiUiro  j, 

289 


MONJARDIM.  (Barão  de)  Alpheu  Adolpho  Monjardim  de  Andrade 
e  Almeida. 


Natural  da  Província  do  Espirito  Santo. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  24  de  Agosto  de  lí 


MONIZ  DE  ARAGÃO.  (Barão  de)  Egas  Moniz  Barreto  de  Aragão 
e  Menezes. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro  em  8  de  Outubro  de  1898. 

Bacharel  em  direito,  dedicou-se  a  carreira  diplomática,  servindo  em 
diversas  Legações. 

Era  Moço  Fidalgo  com  exercício  e  Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Imperial. 

Commendador  da  Imperial  Ordem  da  Rosa  e  Cavalleiro  da  Real  Ordem 
de  N.  S.  da  Conceição  de  Villa  Viçosa,  de  Portugal. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  14  de  Agosto  de  1877. 


MONTSERRATE.  (Barão  e  Visconde  com  grandeza  de)  Joaquim 
José  Pinheiro  de  Vasconcellos. 
Nasceu  na  Ilha  de  Santo  António,  na  Provinda  da  Bahia,  em  4  de  Setembro 

de  1788. 
Filbo  de  José  Pinheiro  dos  Santos  e  de  sua  mulher  D.  Maria  Joaquina  do 

Amor  Divino  e  Vasconcellos. 
Casou  com  D.  Maria  Francisca  de  Campos  Pinheiro. 

Bacharel  em  direito,  foi  Juiz  de  Fora  em  Santo  Amaro,  na  Bahia,  em 
1818,  sendo  admittido  em  1827  á  Corte  de  Appelação  dessa  Província  em 
1849.  Foi  membro  do  Tribunal  Superior  de  Justiça,  e  seu  Presidente  em  1857. 
Presidente  da  Província  de  Pernambuco  em  1829  e  da  Bahia  em  1832,  1841 
e  1848,  foi  Senador  pela  Provinda  da  Bahia  e  do  Conselho  de  sua  Magestade. 


390 


Impe'::  Sm  t  Sns  torc"  7  n''"'-  ^"""^  *  '"'''"°'  °^^  ^ruz  da 


Nasceu  na  Bahia,  em  7  de  Fevereiro  de  ,796 
Faneceu  em  S.  Paulo  em  ,8  de  Setembro  de', 860 

°^5  uirector  da  Academ  a  de  Direito  Hp  «s   Po,,i^    r    a 
primeiro  periódico  em  S   Paulo  ^.m  ,«..    a  ^"'°'  ^""^°"  « 

m  b.  Paulo,  em  .827,  denommado  o  Pharol  Paulistano. 


291 


Ministro  do  Império  no  io.°  Gabinete  de  1848,  assumiu  a  Presidência  do 
Conselho  nesse  anno.  Tomou  assento  na  Assembléa  Constituinte  de  1823, 
pela  Provincia  da  Bahia.  Foi  Deputado  por  essa  Província  na  i.",  2."  legisla- 
turas de  1826  a  1833,  tendo  presidido  a  Camará  em  ambas  as  legislaturas  e 
Deputado  por  S.  Paulo  na  4.*  legislatura  de  1839,  sendo  neste  anno  nomeado 
Senador  por  essa  Provincia. 

Fez  parte  da  Regência  permanente  eleita  em  1 83 1 ,  e  era  Conselheiro  de 
Estado  extraordinário  em  1842  e  ordinário  em  1853.  Grã-Cruz  da  Imperial 
Ordem  do  Cruzeiro,  da  Legião  de  Honra,  da  França,  por  ter  servido  de  teste- 
munha no  casamento  do  Príncipe  de  Joinville  com  a  Princeza  D.  Francisca, 
irmã  de  S.  Magestade  D.  Pedro  II.  Era  Grande  do  Império. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  partido  em  pala,  na  primeira,  de  azul,  seis  costas  de  prata  em  três  faxas, 
no  segundo,  de  oiro  três  bolotas  de  verde  postas  em  roquette.  (Brazão  passado  em  31  de  Desembro 
de  1855.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  29). 

CORÔA  :  A  de  Marquez. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  23  de  Agosto  de  1841.  Visconde  com  grandeza  por  decreto 
de  16  de  Desembro  de  1843.  Mirquez  por  decreto  de  2  de  Desembro  de  1854. 


M 


ONTE  ALEGRE.  (2.°  Barão  de)  Joaquim  Pereira  da  Silva. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  23  de  Outubro  de  1872. 


MONTE  ALTO.  (Barão  do)  Francisco  Alves  da  Silva  Pereira. 
Commíssario  de  café  no  Rio  de  Janeiro. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  25  de  Setembro  de  1889. 


MONTE  BELLO.  (Barão  com   grandeza  de)  Joaquim  Marinho  de 
Queiroz. 


293 


^^^^Natural  de  Araruama,  na  Província  do  Rio  de  Janeiro,  onde  falleceu  em 

Importante  fazendeiro  no  Municipio  de  Araruama 
Ordeml^Z"'^'"  ''  '"""'"'  """^  ''  ^''^^  '  ^m^  da  imperia, 


jyrONTE  CARMELLO.  (Barão  de)  Boniracio  José  Baptista 
•l  '  1    Coronel  da  Guarda  Nacional  oapt.sta. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  B.«.  p„  ,.„„„  ,,  „  ,.  „„,„^,^  _,_  _,^^ 


M  °vj^  ^^M '^°-  <'''^''  ^^'  J"'"  J-^  Carneiro  da  Silva 

de  Z'"  ™      "''■  ™  '™™^''^  ""  ^'°  "^  J-''™'  -  ■  ™^e  Outubro 
«j/fewa  em  i  de  Outubro  de  Í882 
Filho  dos  ,,.  Viscondes  com  grandeza  de  Araruama 

z-odt^iisrrar " "™™' '  - — -  -"-y.  - 

C«»»  com  D.  Francisca  Antónia  de  Castro  Carneiro  da  Silva 

Cama'"  M^i^^Lletcrbe'*  1" 'dÍ  "^  ''  ""'"^  '  '°'  ^-^"--^  «^ 
fundador  do  Engenho  Cen^ardeSssamaV"  "'"^^  ^«'°"™'^''^'  ^°'  ° 


293 


BRAZAO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro  quartel,  em  campo  de  goles,  um  castello  com 
sua  muralha  e  torre  ;  e  firmados  em  chefe,  quatro  escudetes  :  ao  primeiro,  em  campo  azul,  uma  flor 
de  liz  de  prata  e  bordadura  de  oiro ;  ao  segundo  e  quarto  escudetes,  de  azul,  cinco  besantes  de  prata, 
postos  em  santor,  e  ao  terceiro,  em  campo  de  azul,  uma  aspa  de  goles  ;  no  segundo  quartel,  as 
armas  dos  Carneiros,  —  de  vermelho,  com  uma  banda  de  azul,  coticada  de  oiro  e  carregada  de  três 
flores  de  liz,  do  mesmo  metal,  entre  dois  carneiros  de  prata,  passantes,  armados  de  oiro  ;  no  terceiro 
quartel,  as  armas  dos  Silvas,  —  de  prata,  um  leão  de  goles  rompente,  armado  de  azul ;  e  no  quarto, 
as  armas  dos  Fonsecas,  —  de  oiro  com  cinco  estrellas  do  vermelho,  de  cinco  pontas,  postas  em 
aspa.  Timbre  :  um  dos  carneiros  das  armas. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  17  de  Desembro  de  1881. 


MONTEIRO   DE  BARROS.  (Barão  de)  Luiz  de  Souza  Monteiro 
de  Barros. 
Bacharel  em  sciencas  juridicas  e  sociaes.  Agricultor  importante  em  Minas 
Geraes. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  5  de  Maio  de  1883. 


MONTE  MOR.  (Barão  de)  José  Bonifácio  de  Campos  Ferraz. 
Falleceu  em  Campinas,  Província  de  S.  Paulo,  em  8  de  Novembro 
de  1884,  com  70  annos  de  idade. 
Filho  dos  Barões  de  Cascalho  José  Ferraz  de  Campos  e  de  sua  mulher  D.  Umbe- 

lina  de  Camargo. 
Casou  com  D.  Francisca  de  Paula  Andrade,  em  1839,  na  villa  de  S.  Carlos,  na 
Província  de  S.  Paulo,  que  era  filha  do  Sargento-Mór  Elysiario  de  Camargo 
Andrade  e  de  sua  mulher  D.  Joaquina  de  Camargo  Campos,  sem  geração. 


294 


BRAZAO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquarte.ado  :  no  pn.eiro  e  quarto,  de  prata,  quatro  palas  de  sinop.e  ■  no 
segundo  e  terce,ro,  degoles,  cinco  besantes  de  o.To  postos  en,  aspa,   cada  u^  co.  três  ti: 
sable.  (Brazao  passado  e.  5  de  Fevereiro  de  ,868.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  n  is    96) 

COROA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  .2  de  Julho  de  ,874. 


jyrONTE-PASCHOAL.  (Marquez  de)  D.  Luiz,  António  dos  Santos 
Falleceu  na  Bahia  em  1 1  de  Março  de  189 1 

en,  ,85'.°  '"""  '"  "''"•"  ''"°™"  ""  "<"""  '  *"«  °  8^™  de  doutor 

L.0  conselho  de  S.  M.  o  Imperador,  prelado  assistente  ao  Sólio  Pontifício 
Fo,  ele,  o  Arcebrspo  da  Bahia  e  Primaz  do  Brasil,  em  „  de  Novemb  Ô  de 
mid!de         "  '"*"  ""  ™""*"  '"'  •''"  "'"  ™«™  ^e  Z^nfer! 

CREAÇÃO  [»  TITULO  :  M.„.„  ,,0,  d,c,«o  d=  ,6  de  M.l„  d.  ,8,8. 


M  °MeIdl^^^^°-  ''  ■"  '"'°  ""  «™^^^^  "')  L"'^  J"^^  «^  0"veira 
Nasceu  na  Província  da  Bahia,  em  2,  de  Junho  de  ,779 
FMsceu  no  Rio  de  Janeiro,  em  2 1  de  Março  de  1 85 ,  ' 
Filbo  de  Luiz  António  de  Oliveira  Mendes 

.S.oT/hI  r''  T'";''  '°  '''"'^>'  ^"^  '«^^'  P^^^'d'"  o  Senado  de  ,847  a 
1850.  Era  do  Conselho  de  S.  Magestade.  ^  '«47  a 


395 


Era  Grande  do  Império,  Dignitário  da  Imperial  Ordem  do  Cruzeiro,  e 
Commendador  da  de  Christo. 

CREAÇÃO  DOS  títulos  :  Barão  por  decreto  de  1 5  de  Novembro  de  1  846.  Barão  com  grandeza  por  decreto 
de  I  I  de  Outubro  de  1848. 


MONTE  SANTO.  (2.°  Barão  com  grandeza  de)   Joaquim    Simões 
de  Paiva. 
Casou  com  D.  Jeronyma  Meirelles  de  Paiva,  natural  da  Província  da  Bahia. 
Era  Coronel  da  Guarda  Nacional. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  com  grandeza  por  decreto  de  3  de  Janeiro  de  1872. 


MONTE  SANTO.  (3.°  Barão  de)  Gabriel  Garcia  de  Figueiredo. 
Nasceu  em  S.  João  Nepomuceno,  na  Província  de  Minas  Geraes,  em 
14  de  Janeiro  de  18 16. 
Falleceu  em  Mocóca,  na  Província  de  S.  Paulo,  em  18  de  Novembro  de  1895. 
Filho  de  Diogo  da  Cruz  e  de  sua  mulher  Innocencia  Constança  de  Figueiredo, 

naturaes  de  Minas  Geraes. 
Casou  em  30  de  Novembro  de  1839,  com  D.  Maria  Carolina  de  Figueiredo, 
fallecida  em  18  de  Outubro  de  1891. 

Chefe  do  partido  conservador,  foi  Presidente  da  Gamara  Municipal, 
installada  em  1873,  em  Mocóca.  Era  Tenente-Coronel  reformado  da  Guarda 
Nacional  e  um  dos  fundadores  do  Banco  Regional  de  Mocóca. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  19  de  Desembro  de  1885. 


MONTES-CLAROS.  (Barão  de)  José  Luiz  de  Campos. 
Natural  de  Minas  Geraes. 
Falleceu  em  24  de  Desembro  de  1888. 
Coronel  da  Guarda  Nacional. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  BarSo  por  decreto  de  19  de  Julho  de  1879. 


296 


M 


Natural  da  Província  de  Minas  Geraes. 


Brito  Ferreira 


Era  Fazendeiro  de  café  em  Juiz  de  Fora,  e  Coronel 


CREAÇAO  DOS  TÍTULOS  :  Bari 


da  Guarda  Nacional. 


-  por  decreto  de  .5  de  Outubro  de  ,886.  Visconde  por  decreto  de  3  de 


de)  D.  Maria  Theresa 


JUONTE  VERDE.  (...Baronezae  Viscondessa 
-«■  »  A     de  Souza  Fortes. 

Falleceu  em  Minas  em  1869. 


ATI     Natural  de  Minas  Geraes. 

/="í7Ao  de  José  Pereira  da  Silva,  natural  de  Vilb  Mnv.  ^«  r- 

D.  Maria  Pereira  da  Silva  '  ^'^''  '  ^'  ^"^  "^"'^er 

Commendador  da  I.  Ordem  da  Rosa 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Bar.o  por  decreto  de  .5  de  Outubro  de  ,87. 


M 


"«.'ur  *  '-■"■ "~  •  =- « >•*'-. « 


Arehlvo  NoblIUrchico  Bruileiro  }S 


397 


Nasceu  na  cidade  de  Lorena,  Provincia  de  S.  Paulo,  em  1 1  de  Junho  de  1842. 
Filho  de  Joaquim  José  Moreira  Lima  e  de  sua  mulher  D.  Carlota  Moreira  de 

Castro  Lima,  depois  Viscondessa  de  Castro  Lima. 
Era  irmão  do  Barão  de  Castro  Lima,  e  da  Baroneza  de  Santa  Eulália. 
Casou  com  D.  Risoleta  de  Castro  Lima,  filha  dos  Barões  de  Castro  Lima,  sua 

sobrinha. 

Homem  de  grande  fortuna  e  coração,  a  elle  e  sua  generosa  familia  tudo 
deve  o  Município  de  Lorena.  Foi  um  dos  fundadores  do  Collegio  de  S.  Joa- 
quim, em  Lorena,  dirigido  pelos  Padres  Salesianos,  em  1891. 

Era  Commendador  da  Imperial  Ordem  de  Christo  e  de  S.  Gregório  o 
Magno,  de  Roma. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  14  de  Abril  de  1883.  Visconde  por  decreto  de  i  de  Março 
de  1883.  Conde  por  decreto  de  7  de  Maio  de  1887. 


<K- 


MORENOS.  (Barão  de)  António  de  Souza  Leão. 
Nasceu  em  Pernambuco  e  nessa  Provincia  falleceu  em  1882. 

Filbo  do  Tenente-Coronel  Filippe  de  Souza  Leão,  e  de  sua  mulher  D.  Rita  de 
Cássia  Pessoa  de  Mello. 

Era  irmão  do  Barão  de  Campo  Alegre. 

Casou  em  primeiras  núpcias  com  sua  prima  D.  Maria  Leopoldina  de  Souza 
Leão,  filha  do  Coronel  Francisco  António  de  Souza  Leão,  e  de  sua  mulher 
D.  Maria  da  Penha  Pereira  da  Silva,  e  em  segundas  núpcias  com  D.  Maria 
Amélia  de  Souza  Leão,  Baroneza  de  Morenos,  filha  do  Capitão  Francisco 
de  Pinho  Borges  e  de  sua  mulher  D.  Thomazia  Firmino  de  Pinho  Borges. 


298 


Era  Fazendeiro  na  Província  de  Pernambuco  e  senhor  dos  engenhos  de 
Morenos,  Catende,  Chichaim,  Viagens,  Petimbú,  Carnijó,  Bom  Dia  e  Brejo, 
em  Jaboatão. 

Dignitário  da  Imperial  Ordem  da  Rosa  e  Commendador  da  Imperial 
Ordem  de  Christo. 

Foi  Juiz  de  Paz  e  Presidente  da  Camará  Municipal  de  Jaboatão,  naquella 
Província. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro  de  prata  as  quinas  de  Portugal  postas  em  aspa; 
no  segundo,  de  oiro,  um  leão  de  goles  rompente,  e  assim  os  contrários.  Timbre  :  o  leão  das  armas 
com  uma  grinalda  de  prata  florida  sobre  a  cabeça,  e  por  differença  uma  brica  de  sinople  com  a 
inicial  A,  de  oiro.  (Brazão  passado  em  18  de  IMarço  de  1871.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI, 

flS.   III). 

CORÔA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  24  de  Agosto  de  1870. 


MOS  SORO.  (Barão  e  Visconde  de)  José  Félix  Monteiro. 
Nasceu  na  Provinda  de  S.  Paulo,  em  14  de  Janeiro  de  1838. 
Falleceu  na  capital  dessa  Provinda,  em  15  de  Julho  de  1892. 
Filbo  do  Commendador  Francisco  Alves  Monteiro,  natural  de  Taubaté,  e  de 

sua  mulher  D.  Theodora  Joaquina  de  Moura. 
Casou  com  D.  Marianna  Augusta  Varella  Monteiro,  filha  do  Commendador 

António  Joaquim  Gomes  Varella,  e  de  sua  mulher  D.  Maria  Leopoldina 

Marcondes  Varella  e  por  esta,  neto  do  Sargento-Mór  José  Lobato  de  Moura 

e  Silva. 

Era  irmão  do  Visconde  de  Tremembé. 

Negociante  em  S.  Paulo,  foi  Vereador  da  Gamara  Municipal  de  S.  Paulo, 
e  um  dos  fundadores  do  Lyceo  de  Artes  e  Officios.  Era  Tenente-Coronel  da 
Guarda  Nacional. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  25  de  Julho  de  1877.  Visconde  por  decreto  de  16  de 
Outubro  de  1888. 


399 


MOTTA  MAIA.    (Barão,   Visconde    com    grandeza    e    Conde    de) 
D/  Cláudio  Velho  da  Motta  Maia. 
Nasceu  no  Rio  de  Janeiro,  a  14  de  Abril  de  1845. 
Falleceu  em  Juiz  de  Fora,  Minas  Geraes  em  7  de  Novembro  de  1897. 
Filbo  de  Manuel  Domingos  Maia  e  de  sua  mulher  D.  Maria  Isabel  Velho 

da  Motta. 
Casou  com  D.  Maria  Amália  Teixeira. 

Doutor  em  Medicina  e  Cirurgia  e  lente  de  Anatomia  topographica  e 
operações,  da  Faculdade  de  Medicina  do  Rio  de  Janeiro.  Medico  da  Santa 
Casa  de  Misericórdia,  e  medico  particular  de  S.  M.  o  Imperador,  a  quem 
acompanhou  em  seu  exilio  e  banimento. 

Querendo  patentear  neste  « Archivo »  a  nossa  admiração  e  profundo 
respeito  a  um  caracter  tão  nobre,  transcrevemos  aqui  as  ultimas  palavras  do 
seu  elogio  histórico,  publicado  no  Tomo  IX,  pag.  475,  da  Revista  do  Instituto 
Histórico  e  Geograpbico  Brasileiro  : 

«  Na  hora  suprema  da  desventura  do  ancião  que  por  meio  século  gerira 
estas  vastas  regiões  da  America,  não  faltou  certamente  quem  desertasse  do 
seu  lado,  quem  esquecesse  o  homem,  quando  acabava  o  monarcha,  quem  se 
appressasse  em  voltar  costas  ao  throno  que  desabava,  para  contemplar  o  astro 
novo,  que  surgia  no  horizonte  da  Historia,  esquecendo  quanto  devia  ao 
cidadão  que  nelle  se  assentara,  mas  entre  os  poucos  amigos  que  o  ampararam 
nessa  queda,  la  estava  em  primeiro  plano  o  Conde  da  Motta  Maia,  que  tudo 
deixando,  tudo  sacrificando,  inclusive  a  clinica  que  abandonava,  e  o  lugar  da 
Faculdade  que  perdia,  tudo  esquecendo,  la  seguia  o  velho  amigo  ao  desterro, 
banindo-se  com  elle  as  aventuras  do  mundo.  Firme  sempre  ao  seu  lado, 
acompanhou-o  até  o  ultimo  momento,  e  só  depois  de  deixar  o  seu  cadáver  no 
tumulo  de  seus  avós,  foi  que  voltou  o  D.'  Motta  Maia  ao  Brasil,  a  recomeçar 
como  medico  o  exercicio  de  sua  profissão.  » 

Pertinaz  enfermidade  minava-lhe  então  por  sua  vez  a  existência,  debalde 
buscou  alivio  indo  residir  em  Petrópolis,  seguindo  depois  para  Minas,  e  por 
fim  em  Juiz  de  Fora,  findou  seus  dias.  Em  reconhecimento  a  esta  dedicação 
desinteressada  e  nobre,  o  Instituto  Histórico  acclamou  o  Conde  de  Motta  Maia 
seu  sócio  honorário,  em  1889. 


300 


Era  Grande  do  Império,  medico  da  Imperial  Gamara,  Moço  Fidalgo  com 
exercco  da  Casa  Imperial,  Gommendador  da  I.  Ordem  de  Ghristo  do  B  as" 

leZlX        r    ?  ''°P°"°'  ''  ^''^'''''  '^  ^--^■■-  da  Gasa  Ducal 
Len  '°  '  ''  '°  '''°  ''  '''"■"^^"  ''  G^^°  Ducado  de 

CREAÇÃO  DOS  títulos  :    Barão  por  decreto  de  6  de  Fevereiro  de  ,88rt    V.       a 

decreto  de  .o  de  Junho  de  ,S8,.  Cor,de  por  decreto  draTCt!!  ':,T'  ""^  ''-'"'  ^- 


MOTTA  PAES.  (Barão  de)  José  Ribeiro  da  Motta  Paes 
Nasceu  em  2  de  Janeiro  de  1828 
Falleceu  a  .9  de  Desembro  de  ,9.5  em  Espirito  Santo  do  Pinhal  (São  Paulo) 
Era  irmao  do  Barão  de  Gamanducaia,  Joaquim  de  Motta  Paes. 
Agricultor  e  Tenente-Goronel  da  Guarda  Nacional. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por.decreto  d.  .3  de  Deserr^bro  d.  ,887. 


MUANÁ.  (Barão  de)  António  Pereira  da  Silva  Frade 
Natural  do  Pará. 

Tenente-Goronel  da  Guarda  Nacional. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  3  de  Março  de  .88,. 


I\/|  UCURY.  (Barão  de)  Gaetano  Vicente  de  Almeida 
de  Justiça^"'"''  """  ''"""  '"■  "^'"'^^^^  ^P°^^"^^d°  d°  Supremo  Tribunal 

Gaval^eiroTr  °  '!  ''  ""T'^'"'  '"  "^^^^  '''^'^°  ^^"^  ^^-^'"-^  ^  fidalgo 
daro:"er^^daR:sl"'"''^  '^""'"  ''  '  ""'"'^  ''  ^^^'^^^  ^  0^«^^' 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  d.  »  de  Janeiro  de  ,887. 


^01 


MUNDAHÚ.  (Barão  de)  José  António  de  Mendonça. 
Major  da  Guarda  Nacional. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  1 1  de  Julho  de  1888. 


MU  RI  A  HE.  (Barão  com  grandeza  de)  Manuel  Pinto  Netto  Cruz. 
Falleceu  em  Campos,  Província  do  Rio  de  Janeiro,  em  12  Junho  de 
1855,  com  64  annos  de  idade. 

Filho  do  Capitão  Jeronymo  Pinto  Netto,  que  era  irmão  germano  do  Guarda- 

Mór  Bernardo  Pinto  Netto  da  Silva,  pae  de  Joaquim  Pinto  Netto  dos 

Reis,  primeiro  Barão  de  Carapebús,  e  de  sua  mulher  D.  Anna  Maria  Pereira. 

Casou  com  D.  Rachel  Francisca  de  Castro  Netto  Cruz,  que  em  1880  foi  elevada 

a  Viscondessa  de  Muriahé,  já  viuva  do  Barão. 

Fazendeiro  abastado  da  freguesia  de  S.  António  de  Guarulhos,  era 
Cavalleiro  Professo  na  Ordem  de  Christo  de  Portugal,  Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa 
Imperial,  Grande  do  Império  e  Commendador  da  Imperial  Ordem  de  Christo. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  ;  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro  e  quarto,  de  prata,  uma  cruz  de  azul,  com  uma 
cruzeta  de  prata  collocada  no  centro  ;  no  segundo  e  terceiro,  de  azul,  cinco  meias  luas  de  prata,  em 
aspa.  Tenans  :  dois  Índios  ornados  de  pennas  coloridas,  tendo  na  mão  um  ramo  de  canna  e  caft, 
apoiados  sobre  uma  legenda  vermelha  com  lettras  de  prata  Spís  crux  mea  est.  Timbrb  :  a  cruz  das 
armas.  (Brazão  passado  em  17  de  Maio  de  1852.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  11). 

CORÔA  :  A  de  Conde. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Bar5o  com  grandeza  por  decreto  de  15  de  Abril  de  1846. 


30a 


SPESCRUX  MEA  EST 


MURIAHÉ.  (Baroneza  com  grandeza  e  Viscondessa  de)  D.    Rachel 
Francisca  de  Castro  Netto  Cruz 

'"'"ZZittt'  "'"'"''■  ™  P™™-»  '°  R»  de  Janeiro,  en,  .8  de 


Outubro  de  i88i. 

Viuva  do  Barão  com  grandeza  de  Muriahé,  Manuel  Pinto 

BRAZAO  DE  ARMAS  :  Uma  lisonja  com  as  armas  de  seu  marido.  Barão 
este  titulo). 

COROA  :  A  de  Conde. 


Netto  Cruz. 


com  grandeza  de  Muriahé.  (Vide 


M 


Tl^^i^.^o^^"''"  "^'^  ^'""''  ^'■^"'^'^'^^  d^  P^"'^  Cavalcante 
Natural  da  Província  de  Pernambuco. 


303 


Filho  do  Capitão-Mór  Francisco  de  Paula  Cavalcanti  de  Albuquerque,  e  de  sua 
mulher  D.  Maria  Rita  de  Albuquerque  Mello,  que  eram  também  pães  dos 
Viscondes  de  Suassuna,  Camaragibe  e  Albuquerque. 

Formado  em  direito  pela  Universidade  de  Gõettingen,  na  Allemanha,  foi 
Deputado  á  Assembléa  Provincial  de  Pernambuco  na  legislatura  de  1835  a 

1837. 

Era  Commendador  da  Real  Ordem  de  Christo  de  Portugal. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  partido  em  pala  :  na  primeira  as  armas  dos  Albuquerques,  que  são  : 
esquarteladas,  no  primeiro  quartel,  as  armas  de  Portugal,  no  segundo  cinco  flores  de  liz  de  oiro,  em 
campo  vermelho,  e  assim  os  contrários  ;  na  segunda  pala  as  armas  dos  Calvacantis,  que  são  :  de 
vermelho  e  de  prata,  divididos  estes  esmaltes  por  uma  asna  de  azul  coticada  de  sable  ;  a  parte  de 
baixo  é  de  prata  e  a  de  cima  de  vermelho  semeada  de  flores  de  prata  de  quatro  folhas.  Timbre  :  um 
hypogripho  de  castanho  com  azas  e  lavantado  sobre  os  pés  entre  chammas  de  fogo. 

COROA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  ;  Barão  por  decreto  de  1 4  de  Março  de  1 860. 


MURICY.  (Barão  de)  Jacintho  Paes  Moreira  de  Mendonça. 
Bacharel  em  sciencias  jurídicas  e  sociaes. 

Era  Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Imperial  e  Cavalleiro  da  Imperial  Ordem 
de  Christo  e  Official  da  Imperial  Ordem  da  Rosa. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  18  de  Setembro  de  1886. 


304 


M  ^v!™tt!^'"°  '  ^'■"°"^'  '^  8™^-  '  M"q"-  de)  Manoel 
tó..„  ™  Cidade  da  Cacheira,  na  Província  da  Bahia,  e™  ,.  de  Julho  de 

Falleceu  na  cidade  do  Rio  de  Janeiro,  em  .,  de  Fevereiro  de  ,8,6 

«*  de  Manoel  Vieira  Tosta  e  de  sua  mulher  D.  JoannaVatlf  dl  Natividade 

C..»„  com  D.  Isabel  Pereira  de  Oliveira  fallecida  Viscondessa  de  Muri.iba  em 
Era  Pae  do  ...  Barno  com  grandeza  de  Muri.iba,  e  irmão  do  Barão  de  Nagé 

Rio  GrTnd?drSuut',tr  '"'"^  ""  "'''  "  '""""'""'  "^  •'''^"' 
.848 -i^ju;::::  Z  TgTTT  """'■'  ^^"'-''^  ^^  ^^  ^^  setembro  de 

Ude  .'Gra^nd?;:  Crta  "  c"  ''°"?h°  ''  '^'"'° '  ""  <^--"'°  '^  S.  Mages- 
Impeno  ,  Commendador  da  Imperial  Ordem  de  Christo,  em 


Archivo  Nobllitrchko  Brisil< 


ctro  39 


^oj 


1841  ;  Dignitário  da  Ordem  Imperial  do  Cruzeiro,  em  1849,  e  Commendador 
da  I.  Ordem  da  Rosa,  em  1858. 

BRAZAO  DE  ARMAS  :  Em  campo  azul,  uma  asna  de  oiro  entre  três  estreitas  de  prata,  de  cinco  pontas. 
Chefe  de  oiro  carregado  de  três  vieiras  de  goles. 

COROA  :  A  de  Marquez. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :   Barão  com   grandeza   por  decreto   de  14  de   Março  de  1855,  Visconde  com 
grandeza  por  decreto  de  15  de  Outubro  de  1872  ;  Marquez  por  decreto  de  16  de  Maio  de  1888. 


^/^Ai/-^^ 


MURITIBA.  (2.°  Barão  com  grandeza  de)  Manoel  Vieira  Tosta  Filho, 
Nasceu  na  Capital  da  Província  da  Bahia,  em  14  de  Outubro  de  1839 
e  ainda  vive  em  Boulogne  sur  Seine,  França. 
Filho  do  Marquez  de  Muritiba  e  de  sua  mulher,  fallecida  Viscondessa  desse 

titulo. 
Casou  a  17  de  Novembro  de  1869  com  D.  Maria  José  Velho  de  Avellar, 
filha  dos  Viscondes  de  Ubá  ;  Dama  EfFectiva  de  S.  Magestade  a  Impera- 
triz e  de  S.  A.  Imperial  a  Senhora  Condessa  d'Eu. 

Bacharel  formado  em  sciencias  jurídicas  e  sociaes  pela  Faculdade  de 
S.  Paulo  em  1860,  Desembargador  aposentado  da  Relação  da  Corte,  tendo 
sido  o  ultimo  Procurador  da  Coroa,  Soberania  e  Fazenda  Nacional.  Do  Conselho 
de  S.  M.  o  Imperador. 


306 


Veador  de  S.  M.  a  Imperatriz  ;  Grande  do  Império  ;  Gran  Cruz  da  Ordem 

sLio  h"'""  ""r  °'  ''  ^°"^  '  ^'"^"'^-'^  d^  o' d-  Romana  de  P°íx 
Soco  Honorar.0  do  Instituto  Histórico  e  Geographico  Brasileiro   Tm    n        ' 
Sócio  do  Instituto  Histórico  de  S.  Paulo,  etc.  '         ^°^'  ' 

de  Manoel  Vieira  Tosta).  "  '"""  ^'"'"'  "  '^"-  í^'  °  «nagramma 

COROA  :  A  de  Conde. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  co.  grandeza  por  decreto  de  ,3  de  Julho  de  .888. 


\T  ACAR.  (Barão  e  Visconde  de)  Manuel  António  Guimarães, 
ijl     Nasceu  em  Paranaguá,  Provincia  de  Paraná,  a  .  5  de  Fevereiro  de  ,8n 
F^//...^  nessa  cidade  em  ,6  de  Agosto  de  .893  fevereiro  de  .813. 

'Ma:;a  dl  U^.  '"'""  ^"^°"'°  ^"'"^^^^^^  ^  ^^  -  -'h-  D.  Anna 

^""eir^f^le^H   "''■■"/  ^  '^  ^""'^^  '^  '«^^'  --  D-  M--  Clara 

de  Fe  e;^^^^^^^  "  '^  ^""'°  ''  '''''  '  '^  -^-^^  -P--  ^  .3 

fa  leceu  em°     H    m'-T  '"'  '^""'''^  ^^  '^^^^  ^^'"'^'^^  torreira,  a  qual 

Fr  nc  sc^^^^^^^^^^    ""^    '  "'' '  '"'"  '''^^  '^^  Tenente-Coronel  Manuel 
Francisco  Correia  e  de  sua  mulher  D.  Joaquina  Maria  da  Ascenção 


307 


NAGÉ.  (Barão  de)  Francisco  Vieira  Tosta. 
Nasceu  na  Cachoeira,  Provincia  da  Bahia,  em  1804. 
Falleceu  em  seu  Engenho,  na  Bahia,  em  17  de  Junho  de  1872. 
Filho  de  Manoel  Vieira  Tosta  e  de  sua  mulher  D.  Joanna  Maria  da  Natividade 

Tosta. 
Era  irmão  do  Marquez  de  Muritiba,  e  tio  do  2°  Barão  do  mesmo  titulo  com 

grandeza. 

Proprietário  de  vários  engenhos  de  assucar.  Foi  Juiz  de  Paz  e  Presidente 
da  Camará  Municipal  de  Cachoeira  por  varias  vezes,  e  Coronel  Commandante 
Superior  da  Guarda  Nacional,  em  1852. 

Era  Commendador  da  Imperial  Ordem  da  Rosa  e  da  de  Christo. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  O  de  seu  irmão  o  Marquez  de  Muritiba.  (Ver  a  descripfio  nesse  titulo). 

COROA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  28  de  Março  de  1860. 


NAZARETH.  (Visconde  com  grandeza  e  Marquez  de)  D.'  Clemente 
Ferreira  França. 
Nasceu  na  Provincia  da  Bahia  em  1774. 
Falleceu  em  1 1  de  Março  de  1827,  no  Rio  de  Janeiro. 

Filho  de  Joaquim  Ferreira  França,   natural  de  Portugal,  e  de  sua  mulher 
D.  Anna  Ignacia  de  Jesus  França,  natural  da  Provincia  de  Minas  Geraes. 


308 


Era  irmão  do  medico  do  Paço,  D/  António  Ferreira  França,  por  antonomásia, 

o  Francinha.  ^    .  r-      ♦• 

Doutor  em  direito  pela  Universidade  de  Coimbra,  foi  Deputado  a  Consti- 
tuinte BrLileira,  Ministro  da  Justiça  no  3.»  Gabinete  de  .8.3  e  no  6.  de  .8.7. 

'"^Fd^sfnaTor  pela  Provinda  da  Bahia,  em  .8.6,  Conselheiro  de  Estado 
effectivo,  em  .823,  um  dos  redactores  da  Constituição  do  Impeno. 
Era  Dignitário  da  Ordem  Imperial  do  Cruzeiro. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  ..  de  Outubro  de  .8.4.  Marquez  por 
decreto  de  ia  de  Outubro  de  i8j6. 


NAZARETH.  (Barão  de)  Silvino  Guilherme  de  Barros. 
msceu  na  Comarca  do  Cabo,  em  Pernambuco,  a  .o  de  Fevereiro  de 

R- Jdo'advogado  João  Baptista  de  Araújo  e  de  sua  mulher  D.  Marianna 
Theresa  de  Barros. 
Negociante  e  Coronel  reformado  da  Guarda  Nacional  do  Município  do 

'^''' Foi  varias  vezes  Deputado  Provincial,  em  sua  Provinda,  e  era  Commen- 
dador  da  1.  Ordem  de  Rosa. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  •  Escudo  partido  em  pala,  na  primeira  de  goles  uma  torre  de  oiro,  e  na  segunda  de 
pra?a  um  caduco  de  azul,  entre  seis  besantes  de  g61es  p6stos  em  duas  palas.  P.^u.pb  :  das  cores 
rmaaLdo  escudo.  (Braz.o  passado  em  .5  de  lulho  de  .8,0.  Reg.  no  Cartor.o  da  Nobreza,  L.v.  V., 
fls.  109). 

COROA  :  A  de  Bário. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  ;  Btrio  por  decr«to  de  1 1  de  Mirço  de  1868. 


309 


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NICTHEROY.  (Visconde  com  grandeza  de)  Francisco  de  Paula  de 
Negreiros  Sayão  Lobato. 
Nasceu  no  Rio  de  Janeiro,  em  25  de  Maio  de  181 5. 
Falleceu  em  14  de  Julho  de  1884. 

Filho  do  Senador  Conselheiro  João  Evangelista  de  Faria  Lobato  e  de  sua 
mulher  D.  Maria  Izabel  Manso  Sayão. 

Bacharel  em  direito  pela  Academia  de  S.  Paulo  em  1834,  foi  Desembar- 
gador aposentado  em  1856. 

Deputado  pela  Província  de  Pernambuco  e  Minas  Geraes  varias  vezes,  foi 
Senador  pela  Província  do  Rio  de  Janeiro,  nomeado  em  1869. 

Chamado  aos  Conselhos  da  Coroa,  foi  Ministro  da  Justiça  e  interino  do 
Império  no  16.»  Gabinete  de  3  de  Março  de  1861,  e  da  Justiça  no  25.°  de  i  de 
Março  de  187 1  ;  Conselheiro  de  Estado  nomeado  em  1870. 

Era  Commendador  da  Imperial  Ordem  de  Christo. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  ;  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  15  de  Outubro  de  1872. 


NIOAC.  (i .» Barão,  Visconde  com  grandeza  e  Conde  de)  Manuel  António 
da  Rocha  Faria. 
Nasceu  na  cidade  de  Porto  Alegre,  Província  do  Rio  Grande  do  Sul,  em  7  de 
Março  de  1830. 


310 


Falleceu  em  Cannes  (Alpes  Marítimos,  França)  a  20  de  Desembro  de  1894 
Casou  com  D.  Cecília  Braga,  filha  de  António  Rodrigues  Fernandes  Braga 

Magistrado  e  Senador  pela  Província  do  Rio  Grande  do  Sul,  nomeado  em 

1870  e  fallecido  em  1875. 

Filho  do  D."  Manuel  António  da  Rocha  Faria  e  de  sua  mulher  D.  Luísa 

Justiniana  de  Freitas. 
Era  Pae  do  2.»  Barão  de  Nioac,  Alfredo  da  Rocha  Faria  de  Nioac. 

Depois  de  completar  o  curso  da  Escola  da  Marinha,  foi  praticar  na  Marinha 
de  Guerra  Francesa  durante  5  annos.  Tomou  parte  nos  combates  da  Criméa 
no  vapor  de  guerra  Napoléon,  e  foi  ferido  em  Marrocos,  onde  recebeu  por  seus 
serviços  o  officialato  da  Legião  de  Honra,  com  21  annos  de  idade. 

Reformando-se  no  posto  de  i .»  Tenente,  dedicou-se  á  carreira  commercial. 

Foi  Deputado  Geral  pela  Província  do  Rio  Grande  do  Sul  na  10  »  legis- 
latura de  1851  a  1860. 

Era  Grande  do  Império,  Gentil-Homem  da  Imperial  Gamara  ;  Cavalleiro 
da  Imperial  Ordem  da  Rosa,  Commendador  da  Legião  de  Honra,  da  França  • 
Grã-Cruz  da  Real  Ordem  de  Villa  Viçosa,  de  Portugal  ;  da  de  Francisco  José' 
da  Áustria  ;  da  Coroa  da  Itália,  e  Grande  Official  da  Ordem  de  Leopoldo' 
da  Bélgica. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Em  campo  de  góles  uma  torre  de  prata,  com  portas  e  frestas  de  preto,  entre  cinco 
flores  de  l,z  de  prata,  três  em  chefe  e  duas  em  faxa.  T.mbre  :  a  mesma  torre.  D.vsa  :  Polius  mori 
quam  ftdem  fallert . 

CORÔA  :  A  de  Conde. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  .  de  Setembro  de  ,87o.  Visconde  com  grandes  por 
decreto  de  9  de  iVlaio  de  .874.  Conde  por  decreto  de  8  de  Agosto  de  1888. 


3'i 


PPTIUS  tIORI  CjUflM  FIDLM  f AlLEMi. 


NIOAC.  (2.°  Barão  de)  Alfredo  da  Rocha  Faria  de  Nioac. 
Nasceu  em  Montevideo,  Republico  do  Uruguay. 
Filbo  dos  Condes  de  Nioac. 

Casou  com  D.  Cecilia  Helena  Monteiro  de  Barros,  filha  de  Carlos  Monteiro 
de  Barros  e  de  sua  mulher  e  prima  D.  Maria  Eugenia  Monteiro  de  Barros, 
Condessa  de  Monteiro  de  Barros,  pela  Santa  Sé,  filha  de  Lucas  António 
Monteiro  de  Barros,  Moço  Fidalgo  com  exercício  na  Casa  Imperial, 
Commendador  da  Ordem  de  Christo,  casado  com  D.  Cecilia  de  Moraes, 
filha  dos  Barões  do  Pirahy. 

Moço  Fidalgo  com  exercício  na  Casa  Imperial,  Commendador  da  Real 
Ordem  de  N.  S.  de  Conceição  de  Villa  Viçosa  de  Portugal. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  As  de  seu  pae  o  Conde  de  Nioac. 

COROA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  1  de  Maio  de  1 889. 


312 


N^N^^^f  ^^  DA  GAMA.    (Barâo  e  Visconde  com  grandeza  de) 
1  ^     Nicoláo  António  Nogueira  Valle  da  Gama  ' 

Nasceu  em  Minas  Geraes,  em  ,,  de  Setembro  de  ,802 

FmlTI^^u-  "'"'"''•  "'  ^^•""^  ™  "  "'  Outubro  de  ,8o, 

muL?D  P  'T"'  "^'  '«"^™  ^°8"-=  ^»  Gama, 'e  de  sua 

de  Baependy   "'^"  """  """  *  '"'"  '  ^'"°'  '  »''""-°  ^o  Mar^e: 

^"IrM^a  ,""'%'""""  '=^'™™  ■'^  S"™  Cabral.   Dama  honorária 
Rea,,"oT:res7a  G^trdVr  Ho'::"r°'  "^   '"'°  ''  "''°  "'-'^' 

posto°drc:r:„rre':;:a„f  ■  rr'"'°" "  °""*  '^-'°-'' »-  ° 

postaaprXl;:o'"r.r"^  '""^  '<""  -  ■— ,os,  foi  sua  cabeça 
ciai  de' On^f?  "T  P"""'"''  ''"<'°  ^''"'  P'^'''^""  da  Gamara  Provin- 

:'i4is,radr,;a';r''° '"'  ^'^ '""""" '- "'--  °="-  - 

Cuarda  .oupa  e  Porteiro  da  ,!StmrarTdTCrrm' 


livo  Nobili.rchico  Bruileiro  . 


^1} 


de  Christo,  Official  da  Imperial  Ordem  da  Rosa,  Grã-Cruz  das  Ordem  de  Villa 
Viçosa,  de  Portugal ;  de  Santa  Anna,  da  Rússia  ;  de  Francisco  José,  da  Áustria  ; 
membro  do  Instituto  Histórico  e  Geographico  Brasileiro,  do  Imperial  Instituto 
de  Agricultura,  etc. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  partido  em  pala  :  na  primeira,  as  armas  dos  Nogueiras,  que  são  :  em  campo 
de  oiro,  uma  banda  xadrezada  de  prata  e  verde  de  cinco  peças  em  cada  faxa,  com  a  ordem  do  meio 
coberta  toda  de  uma  cotica  vermelha  ;  na  segunda  pala,  as  armas  dos  Gamas,  que  são  ;  o  escudo 
xadrezado  de  oiro  e  vermelho  de  três  peças  em  faxa  e  cinco  em  pala,  oito  de  oiro  e  sete  de  vermelho, 
estas  carregadas  de  duas  faxas  de  prata,  e  no  meio  das  armas  um  escudete  com  a  quinas  de 
Portugal. 

COROA  :  A  de  Conde. 

CREAÇAO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  17  de  Julho  de  1872.  Visconde  com  grandeza  por  decreto 
de  8  de  Agosto  de  1888. 


N 


ONOHAY.  (Barão  de)  João  Pereira  de  Almeida. 
Coronel  da  Guarda  Nacional. 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  14  de  Agosto  de  1886. 


NOVAES.  (Barão  de)  Elias  Dias  Novaes. 
Nasceu  na  Provinda  de  S.  Paulo  em  20  de  Julho  de  1838. 

Falleceu  no  Rio  de  Janeiro  em  20  de  Julho  de  1815. 

Filho  de  José  António  Dias  de  Novaes  e  de  sua  mulher  D.  Maria  de  Freitas 
Silva,  natural  do  Rio  de  Janeiro.  Neto  do  Sargento-Mór  José  Novaes 
Dias,  natural  de  S.  Martinho  de  Moreira,  Braga,  e  de  sua  mulher  D.  Anna 
Theresa  de  Camargo,  natural  de  S.  Paulo,  filha  de  José  Ortiz  de  Camargo 
e  de  sua  mulher  D.  Theresa  de  Jesus  Cardoso.  Bisneto  paterno  de 
Domingos  Dias  e  de  sua  mulher  D.  Maria  Novaes. 

Casou  com  D.  Alexandrina  Ferreira,  filha  de  Joaquim  Ferreira,  de  S.  José 
dos  Barros. 

Exerceu  em  sua  Província  durante  a  monarchia  vários  cargos  electivos, 
dedicando-se  posteriormente  ao  commercio,  dirigindo  varias  Emprezas  indus- 
triaes. 


3'4 


V 


É  curioso  notar  que  o  decreto  da  creaçào  deste  titulo,  foi  assignado  no 
próprio  dia  em  que  se  proclamou  a  Republica,  sendo  o  ultimo  decreto  de 
creaçao  de  titulares,  no  Brasil. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  B.rJo  po,  d.„cto  d.  ,5  d.  N...mb„  d.  ,88», 


]VJOVA  FRIBURGO.  (,..  Bar™  com  grande.de)  António  Clemente 

Nasceu  em  Ovelha  de  Matâo,  em  Portugal,  em  6  de  Janeiro  de  ,79, 

Zi^  4  de  Outubro  de  ,86,,  no  Rio  de  Janeiro,  com  7,  annos  de 

m.  de  Manuel  José  Clemente  Pinto,  e  de  sua  mulher  D.  Luiza  de  Miranda 
GonJveT™         ^°'°  '"™'""   ""'°  '  '=  ^"^   '"""^-  D'  "-'= 

"":  'z  janet:":  fa^r"""^  "^  '""■  "-^  ^'"'''"  -"> '"'™  ^*-«°. 

rhr,«""''t.^'í  'T"°'  '"  °«"'"'"''  '^''  '"P^™!  0«i«m  da  Rosa  e  de 
Christo,  e  Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Imperial. 

p.».d.  .„ .  d,  o.».„  d.  ,8^.  R.,  L  í:;::!  z„Zu.t:\T'''^  '"-" 

COROA  :  A  de  Conde. 


3'5 


NOVA  FRIBURGO.  (2.»  Barão,  Visconde  e  Conde  de)  Bernardo 
Clemente  Pinto  Sobrinho. 
Nasceu  em  Cantagallo,  em  1 1  de  Novembro  de  1835. 
Falleceu  em  sua  fazenda  do  Gavião,  em  Cantagallo,  no  Estado  do  Rio  de 

Janeiro  em  6  de  Agosto  de  19 14. 
Filho  do  I ."  Barão  com  grandeza  de  Nova  Friburgo,  António  Clemente  Pinto, 

e  de  sua  mulher  a  Baroneza  D.  Laura  Clementina  da  Silva  Pinto. 
Casou  em  i  de  Setembro  de  1880  com   D.   Ambroziria  Leitão  da  Cunha 

Campbell,  viuva  de  Diogo  Archibald  Campbell,  e  filha  dos  Barões  de 

Mamoré. 

Bacharel  em  direito,  era  Grande  do  Império,  Official  da  Imperial  Ordem 
da  Rosa  e  Commendador  da  Ordem  de  N.  S.  da  Conceição  de  Villa  Viçosa  de 
Portugal.  Era  Veador  de  S.  M.  a  Imperatriz. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro  e  quarto  quartéis,  em  campo  de  oiro,  cinco 
crescentes  de  lua  de  azul,  postas  em  aspa  ;  no  segundo  e  terceiro  quartéis,  em  campo  preto,  três  faxas 
veiradas  e  contraveiradas  de  prata  e  goles.  Timbre  :  uma  águia  presta  estendida.  Paquifi  :  das  cores 
e  metaes  do  escudo.  (BrazSo  passado  em  ao  de  Julho  de  1863.  Reg.  no  Cartório  da  Nobrera, 
Liv.  VI,  fls.  58). 

COROA  :  A  de  Conde. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Bário  por  decrtto  de  18  de  Desembro  de  1873.  Visconde  por  decreto  de  1 1  de 
Abril  de  1888.  Conde  por  decreto  de...  1889. 


316 


OLINDA.  (Visconde  com  grandeza  e  Marquez  de)  Pedro  de  Araújo 
Lima. 

Nasceu  em  22  de  Desembro  de  1793,  no  lugar  denominado  Antas,  em  Pernam- 
buco. 

Falleceu  no  Rio  de  Janeiro  em  7  de  Junho  de  1870. 

Filho  do  Capitão  Commandante  de  Districto,  Manuel  de  Araújo  Lima,  e  de 
sua  mulher  D.  Anna  Teixeira  Cavalcante,  naturaes  de  Pernambuco  ;  neto 
paterno  do  Sargento-Mór  António  Casado  Lima,  e  materno  de  Pedro 
Teixeira  Lima  Cavalcante,  ambos  naturaes  da  mesma  Província. 

Casou  com  D.  Luiza  de  Figueiredo  de  Araújo  Lima,  que  falleceu  no  Rio  de 
Janeiro,  em  13  de  Novembro  de  1873,  com  geração. 

Grande  vulto  politico  do  1.»  e  2.°  Império. 

Doutor  em  Cânones  em  18 19,  formado  pela  Universidade  de  Coimbra. 
Foi  Regente  do  Império  desde  18  de  Setembro  de  1837  até  22  de  Julho  de 
1840.  Deputado  por  Pernambuco  ás  Cortes  Portuguezas  (i 821 -1822),  e  na 
Assembléa  Constituinte  de  1823,  representou  a  sua  Província  nas  \.\  2.», 
3.»  legislaturas  da  Assembléa  Geral,  de  1826  a  1837. 

Em  1837  foi  nomeado  Senador  pela  Provinda  de  Pernambuco.  Ministro 
de  Estado  na  pasta  do  Império  de  3.»  Gabinete  de  1823,  no  7.°  de  1827,  da 
Justiça  e  interinamente  dos  Extrangeiros  no  2.°  Gabinete  de  1832,  do  Império, 
substituindo  o  2.°  Visconde  de  Caravellas,  no  4.»  Gabinete  de  1837,  Presidente 
do  Conselho  de  Ministros  varias  vezes,  exerceu  ainda  muitas  vezes  o  cargo  de 
Ministros  em  quasi  todas  as  pastas  até  1865. 

Conselheiro  de  Estado  em  1842,  Director  da  Academia  de  Direito  de 
Olinda  ;  era  sócio  fundador  do  Instituto  Histórico  e  Geographico  Brasileiro, 


317 


desde  1838.  Grande  do  Império,  Official  da  Imperial  Ordem  da  Rosa,  da 
Imperial  Ordem  do  Cruzeiro,  Grã-Cruz  da  Imperial  Ordem  de  Christo, 
da  de  Santo  Estevão,  da  Hungria  ;  da  Legião  de  Honra,  da  França  ;  da  de 
N.  Senhora  de  Guadelupe,  do  México  ;  da  de  S.  Maurício  e  S.  Lazaro, 
de  Sardenha,  e  da  de  Medjidié,  da  Turquia.  Era  Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa 
Imperial. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro  quartel  as  armas  dos  Casados,  que  são  :  em 
campo  vermelho,  três  bandas  de  prata,  e  sobre  cada  uma,  três  molhos  de  trigo  de  sua  côr,  com 
espigas  ;  no  segundo,  as  armas  dos  Limas,  que  são  :  escudo  partido  em  pala,  a  i .'  de  Aragão,  em 
campo  de  oiro  quatro  barras  vermelhas  ;  e  a  segunda  pala  esquartelada  de  Silva  e  Souto-Maior,  que 
são  :  Silva,  em  campo  de  prata  um  leão  de  purpura  armado  de  azul,  e  Souto-Maior,  em  campo  de 
prata  três  faxas  enxaquetadas  de  oiro  e  vermelho,  de  três  peças  em  pala  ;  no  terceiro  quartel  as  armas 
dos  Cavalcantis,  que  são  :  em  campo  de  prata  com  uma  asna  azul  coticada  de  negro  e  o  campo  de 
cima  vermelho  semeado  de  flores  de  prata  de  quatro  folhas  ;  no  quarto  quartel  as  armas  dos  Araujos, 
que  são  :  em  campo  de  prata,  uma  aspa  azul  com  cinco  besantes  de  oiro.  Timbre  ;  dos  Casados 
que  é,  três  molhos  de  trigo  de  sua  côr  com  espigas.  Paquife  :  dos  metaes  e  cores  das  armas  ;  e  por 
difTerença  uma  brica  azul  com  uma  estrella  de  oiro.  (Brazão  passado  em  30  de  Outubro  de  1828. 
Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  2). 

COROA  :  A  de  Marquez. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  18  de  Julho  de  1841.  Marquez  por 
decreto  de  3  de  Desembro  de  1854. 


O 


LIVEIRA.  (Barão  e  Visconde  de)  António  da  Costa  Pinto. 
A  Baroneza  falleceu  na  Bahia,  em  9  de  Julho  de  1873. 


Bacharel  em  direito,  chegou  á  Desembargador. 
Foi  Presidente  da  Província  da  Bahia  em  1860. 

Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Imperial,  era  Commendador  da  Imperial  Ordem 
da  Rosa. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  6  de  Setembro  de  1866.  Visconde  por  decreto  de  16  de 
Fevereiro  de  1880. 


318 


OLIVEIRA  CASTRO,  (Barão  de)  José  Mendes  de  Oliveira  Castro. 
Nasceu  no  Rio  de  Janeiro,  a  4  de  Outubro  de  1842. 

Falleceu  em  Paris,  em  10  de  Janeiro  de  1896. 

Filho  de  António  Mendes  de  Oliveira  Castro  e  de  sua  mulher  D.  Castorina 
de  Oliveira  Castro. 

Casou  em  primeiras  núpcias  com  D.  Carlota  Ribeiro  de  Oliveira  Castro,  e 
em  segundas  núpcias,  em  Outubro  de  1888,  com  D.  Constança  Torres  e 
Alvim,  viuva  do  D.^  Henrique  Corrêa  Moreira.  A  Baroneza  nasceu  na 
Província  do  Rio  de  Janeiro,  em  25  de  Março  de  185^,  e  é  filha  do 
Commendador  Miguel  Cordeiro  da  Silva  Torres  e  Alvim  e  de  sua  mulher 
D.  Josepha  Rodrigues  Torres  e  Alvim  ;  reside  em  Lausanne. 
Abastado  negociante,  e  capitalista,  foi  um  dos  fundadores  do  Asylo  de 

Mendicidade,  Presidente  da  Associação  Commercial  e  Director  do  Banco  do 

Commercio,  no  Rio  de  Janeiro. 

Era  sócio  benemérito  do  Instituto  Histórico  e  Geographico  Brasileiro 

desde  1890,  Commendador  da  Imperial  Ordem  da  Rosa  e  da  de  N.  S.  da 

Conceição  da  Villa  Viçosa. 

BRAZAO  DE  ARMAS  :  Da  Baroneza  de  Oliveira  de  Castro,  filha  do  Commendador  Miguel  Cordeiro  da 
Silva  Torres  e  Alvim.  Uma  lisonja  esquartelada  :  no  primeiro  quartel,  as  armas  dos  Souzas  do  Prado, 
que  são  esquarteladas  :  no  primeiro  e  quarto  as  quinas  de  Portugal,  sem  a  orla  dos  Castellos,  e  no 
segundo  e  terceiro,  em  campo  de  prata,  um  leão  sanguinho  ;  no  segundo  quartel,  as  armas  dos 
Alvim,  que  são  esquarteladas:  o  primeiro  xadresado  de  oiro  e  vermelho  de  quatro  peças  em  faxa  e 
outras  tantas  em  pala  ;  no  segundo  em  azul,  cinco  flores  de  liz  de  oiro,  em  santor,  e  assim  os  contrá- 
rios ;  no  terceiro  quartel,  as  armas  dos  Silvas,  -  de  prata  com  um  leão  de  purpura  armado  de  azul ; 
no  quarto,  as  armas  dos  Torres,  —  em  campo  vermelho,  cinco  castellos  de  oiro,  postas  em  santor.' 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  9  de  Novembro  de  1889. 


3'9 


o 


LIVEIRA  ROXO. 
Roxo. 


(Barão   de)    Mathias   Gonçalves   de   Oliveira 


BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Em  campo  de  purpura,  uma  contrabanda  de  prata,  carregada  de  três  arruelas  de 
goles,  acompanhado  em  chefe  de  uma  oliveira  de  oiro  com  fructos  de  sinople,  e  em  ponta,  de  uma 
abelha  de  oiro.  Divisa  :  l^irtute  tt  Labore.  (Brazão  passado  em  4  de  Março  de  1867.  Reg.  no  Cartório 
da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  74). 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  BarSo  por  decreto  de  13  de  Setembro  de  1882. 


OUREM.  (Barão  e  Visconde  de)  José  Carlos  de  Almeida  Arêas. 
Nasceu  no  Rio  de  Janeiro  em  6  de  Setembro  de  1825. 
Falleceu  em  Bagnères  de  Bigore  (Altos  Pyreneus,  em  França),  em  29  de  Julho 

de  1892,  achando-se  sepultado  em  Pau. 
Filho  de  José  da  Silva  Arêas  e  de  sua  mulher  D.  Antónia  de  Almeida  Arêas. 

Bacharel  em  Sciencas  e  Lettras  pelo  Collegio  D.  Pedro  11,  e  em  Sciencias 
jurídicas  e  sociaes,  pela  Academia  de  S.  Paulo. 

Ministro  Plenipotenciário  em  Londres,  de  1868  a  1872,  foi  Superintendente 
da  Immigração,  na  Europa,  Director  da  Contencioso  do  Thesouro  Nacional, 
membro  da  Sociedade  de  Legislação  Comparada,  do  Instituto  dos  Advogados, 
do  Instituto  Histórico  e  Geographico  Brasileiro  em  1886,  Official  da  Instrucção 


^ao 


20  de 


O  ^,^'^^^^-  (^^'•'^o  de)  Manuel  Ignacio  de  Oliveira 
^^     Natural  da  Província  de  Pernambuco 
Falleceu  em  Lisboa,  em  25  de  Junho  de  .875. 

Era  irmão  do  Barão  de  Cruangy. 

Commendador  da  Imperial  Ordem  da  Rosa. 

uma  cruz  de  g  ,es  flor    a       a    rel^  h""  ""'  ''"'^  '"  °'"  '"^  ""^  "^^  ■^--  = 

Nobreza,  LivVl.  fls    ^6).  '""      '^"'  '°  "^  ^'^"'°  ''  ■''7-  '^*«-  "°  Cartório  da 

CORÔA  :  A  de  Barão. 

oiBAÇÃo  DO  Título  -.  b.„o  p„  d,„.,<,  a,  „  ,,  ,„„,„  ,,  „^^ 


^^^     Natural  de  Mmas  Geraes. 
/^a/Z^íT^M  em  2  de  Junho  de  1888. 
Coronel  da  Guarda  Nacional. 

CREAÇÃO  DO  T.TULO  :  Bar.o  por  decreto  de  ,5  de  Junho  de  ,88. 


aes. 


Archlvo  Mobili«rchlco  BnsiUIro  41 


331 


OURO  PRETO.  (Visconde  com  grandeza  de)  AfTonso  Celso  de  Assis 
Figueiredo. 

Nasceu  na  cidade  de  Ouro  Preto,  em  Minas  Geraes,  em  21  de  Fevereiro  de 
1837. 

Falleceu  em  Petrópolis,  em  21  de  Fevereiro  de  191 2, 

Filho  de  João  António  Afitonso  e  de  sua  mulher  D.  Maria  Magdalena  de 
Figueiredo  Affonso. 

Casou,  a  6  de  Janeiro  de  1859,  com  D.  Francisca  de  Paula  de  Martins  de 
Toledo,  nascida  em  S.  Paulo  a  1 1  de  Fevereiro  de  1839  e  fallecida  no 
Rio  de  Janeiro  a  22  de  Abril  de  1 9 1 6 ;  filha  do  Tenente-Coronel,  Conselheiro 
Joaquim  Floriano  de  Toledo,  e  de  sua  segunda  mulher  D.  Anna  Mar- 
garida da  Graça  Martins. 

Bacharel  em  direito  pela  Academia  de  S.  Paulo  em  1858,  foi  Secretario 
de  Policia  ;  Deputado  Provincial  varias  vezes  ;  Deputado  Geral  pela  Província 
de  Minas  Geraes,  nas  12.»,  13.»  e  17.»  legislaturas,  e  Senador  por  sua  Província 
natal,  nomeado  em  1879. 

Chamado  aos  Conselhos  da  Coroa,  foi  Ministro  da  Marinha  no  22.°  Gabi- 
nete de  3  de  Agosto  de  1866,  da  Fazenda  no  27.°  Gabinete  de  5  de  Janeiro 
de  1878,  nomeado  em  8  de  Fevereiro  de  1879  e  da  Fazenda  no  }6.o  Gabinete, 
ultimo  do  Império,  de  7  de  Junho  de  1889,  do  qual  foi  o  Presidente  do 
Conselho. 

Era  Conselheiro  de  Estado  Ordinário  nomeado  em  1882,  do  Conselho 
de  S.  M.  o  Imperador. 

Grande  do  Império,  Veador  de  S.  M.  a  Imperatriz,  Grã-Cruz  da  Ordem 
de  Isabel  a  catholica  de  Hespanha,  do  Leão  Neerlandez,  Sócio  Honorário  e 


332 


Vice  Presidente  do  Instituto  Histórico  e  Geographico  Brasileiro,  Sócio  do 
Instituto  do  Ceará  e  de  muitas  outras  Sociedades  scientificas  e  litterarias 
nacionaes  e  estrangeiras. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Em  c»mpo  de  oiro,  três  triângulos  equiláteros  de  sable,  formando  pela  direcção  de 
seues  lados  um  novo  triangulo  de  mesma  naturesa. 

COROA  :  A  de  Conde. 

CREAÇAO  DO  TITULO  :  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  13  de  Junho  de  1888. 


PACHECO.  (Barão  com  grandeza  de)  D.--  Manuel  Pacheco  da  Silva. 
Nasceu  na  cidade  no  Rio  de  Janeiro,  a  6  de  Agosto  de  1812. 
Falleceu  nessa  cidade  a  8  de  Abril  de  1889. 

Filho  de  Manuel  Pacheco  da  Silva,  natural  da  Bahia,  e  de  sua  mulher  D.  Fran- 
cisca de  Ponce  Pacheco  da  Silva,  natural  da  Andaluzia. 
Casou  com  D.  Rosalina  Dionisia  Pacheco  da  Silva,  nascida  no  Rio  de  Janeiro 
em  24  de  Fevereiro  de  19 16,  filha  do  Cirurgião-Mór  João  Carvalho  de 
Vasconcellos  e  de  sua  mulher  D.  Theresa  Leonissa  Carvalho  de  Vascon- 
cellos. 

Doutor  em  Medicina  pela  Faculdade  do  Rio  de  Janeiro  em  1839.  Em  1835 
foi  nomeado  Membro  do  Conselho  Director  da  Instrucção  primaria  e  secun- 
daria do  Município  da  Corte  e  Inspector  Geral  interino  ;  Membro  da  Junta 
Central  de  Hygiene  Publica  e  Reitor  do  Collegio  D.  Pedro  II.  Por  decreto  de 
1857  foi  nomeado  Director  do  Instituto  Commercial  do  Rio  de  Janeiro,  e  em 
1872  Preceptor  dos  Príncipes  D.  Pedro  e  D.  Augusto,  filhos  do  Duque  de 
Saxe  e  de  sua  Alteza  Imperial  a  senhora  D.  Leopoldina. 

Era  Grande  do  Império,  do  Conselho  de  S.  Magestade,  nomeado  em 
1860;  Official  da  I.  Ordem  da  Rosa,  por  serviços  prestados  a  Instrucção 
Publica,  em  1854,  e  em  1876  foi  distinguido  com  a  Cruz  de  2.»  Classe  da 
Ordem  Ducal  Ernestina  de  Saxe-Coburgo  Gotha. 

CREAÇAO  DO  TITULO  :  Barão  com  grandeza  por  decreto  de  a  de  Abril  de  1887. 


333 


p 


AJEHU.  (Barão  de)  Andrelino  Pereira  da  Silva. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  i  o  de  Desembro  de  1 888. 


P 


ALMA.  (Barão  de)  António  de  Freitas  Paranhos. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  27  de  Março  de  187J. 


PALMARES.  (Barão  dos)  Bernardo  José  da  Gamara. 
Nasceu  em  Pernambuco. 
Falleceu  nessa  Província  em  29  de  Setembro  de  1878,  com  71  annos  de  idade. 
Casou  com  D.  Maria  E.  da  Gamara  Nobre. 

Agricultor,  em  sua  Provincia,  prestou  grandes  serviços  na  Guerra  do 
Paraguay,  organisando  corpos  de  Voluntários,  nos  quaes  todos  os  seus  filhos 
sentaram  praça. 

Envolvido  na  rebellião  de  1848  de  Pernambuco,  cumpriu  pena  até  sobrevir 
a  amnistia. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  14  de  Setembro  de  1866. 


PALMEIRA.  (Barão  e  Visconde  da)  António  Salgado  da  Silva. 
Falleceu  em  26  de  Fevereiro  de  1888. 
Filho  de  António  da  Silva  Salgado,  e  da  sua  segunda  mulher  D.  Maria  Correia, 

com  quem  casou  em  1787,  filha  do  Alferes  Ignacio  Gorreia  da  Silva. 
Casou  txn  Pindamonhangaba,  em  1835,  com  sua  sobrinha,  D.  Maria  Bicudo 


324 


Salgado,  filha  de  Ignacio  Bicudo  de  Siqueira  Marcondes,  e  de  sua  mulher 
D.  Francisca  Salgado  da  Silva. 
Era  pae  da  Baroneza  de  Lessa. 

CREAÇAO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  1 6  de  Fevereiro  de  1867.  Visconde  por  decreto  de  18  de 
Agosto  de  1887. 


P 


ALMEIRA  DOS   ÍNDIOS.  (Barão  de)   Paulo   Jacintho   Tenório. 
Coronel  da  Guarda  Nacional. 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  28  de  Agosto  de 


PALMEIRAS,  (i.o  Barão  com   grandeza    de)   Francisco   Quirino  da 
Rocha. 

Casou  com  D.  Luiza  Maria  de  Jesus  de  Souza,  filha  de  Manuel  Pinheiro  de 
Souza  e  de  sua  mulher  Thereza  Maria  de  Jesus. 
Era  avô  do  2.»  Barão  de  Palmeiras  e  do  Barão  de  Werneck. 

Era  Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Imperial  e  Commendador  da  Imperial 
Ordem  de  Christo. 

BRAZAO  DE  ARMAS  :  Um  escudo  com  as  armas  dos  Rochas,  de  prata  com  uma  aspa  de  vermelho,  carregada 
de  cinco  vieiras  de  oiro  bordadas  de  azul.  Timbre  :  a  aspa  das  armas,  com  uma  vieira  por  cima- 
CORÔA  :  A  de  Conde. 

CREAÇÃO  DOS  títulos  :  Barão  por  decreto  de  26  de  Julho  de  1849.  Barão  com  grandeza  por  decreto 
de  6  de  Novembro  de  1850. 


335 


PALMEIRAS.  (Barão  de)  João  Quirino  da  Rocha  Werneck. 
Nasceu  na  Província  do  Rio  de  Janeiro  em  1846  e  ainda  vive. 

Filbo  do  Coronel  Luiz  Quirino  da  Rocha  Werneck,  Fidalgo  Cavalleiro  da 
Casa  Imperial,  Cavalleiro  da  Ordem  de  Christo,  Tenente-Coronel  de 
Milícias,  e  de  sua  mulher  D.  Francisca  das  Chagas  Werneck  ;  neto 
paterno  de  Francisco  Quirino  da  Rocha,  Barão  de  Palmeiras,  com 
grandeza,  e  de  sua  mulher  D.  Luíza  Maria  de  Jesus  de  Souza,  e  por 
parte  materna  do  Sargento-Mór  Francisco  das  Chagas  Werneck,  Commen- 
dador  da  Ordem  de  Christo. 
E'  irmão  do  Barão  de  Werneck. 

Casou  com  D.  Carolina  Pinheiro  de  Souza  Werneck,  filha  dos  2.°'  Barões 
de  Ipiabas. 
Agricultor  na  Província  do  Rio  de  Janeiro  e  capitalista. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :   Em  campo  de  prata,  uma  aspa  de  vermelho  carregada  de  cinco  vieiras  de  oiro 
bordadas  de  azul.  Timbre  :  a  aspa  das  armas  com  uma  vieira  por  cima. 

COROA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  13  de  Setembro  de  1882. 


P 


AQUEQUER.  (Barão  de)  Joaquim  Luiz  Pinheiro. 

(Vide  noticia  no  titulo  Visconde  de  Pinheiro). 


CREAÇAO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  1 1  de  Desembro  de  1875. 


326 


PAQUETA.  (Barão  com  grandeza  de)  José  Thomaz  da  Silva  Quinta- 
nilha. 
FaUeceu  em  1878,  no  Rio  de  Janeiro. 
Casou  com  D.  Joaquina  Soeiro  Quintanilha. 

Bacharel  em  mathematicas  pela  Universidade  de  Coimbra,  prestou  rele- 
vantes serviços  á  Independência,  no  Maranhão. 

Foi  Deputado  Provincial  e  Presidente  da  Companhia  Brasileira  de  Paquetes 
á  vapor. 

Era  Grande  do  Império,   Official   da  Ordem   Imperial   do  Cruzeiro,  e 
Cavalleiro  da  Imperial  Ordem  de  Christo. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado,  no  primeiro  e  quarto,  em  campo  de  oiro,  um  leão  de  purpura 
rompente  armado  de  azul,  tendo  na  garra  destra  um  compasso  de  goles,  e  na  espádua  uma  folha  de 
independência  de  sinople,  nervada  e  orlada  de  oiro,  e  por  cima  da  cabeça,  uma  estrella  de  goles  ;  no 
segundo  e  terceiro,  em  campo  de  sinople,  cinco  seixas  de  prata  voando  e  postas  em  aspa.  (Brazão 
passado  em  29  de  Janeiro  de  1872.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  tts.  12^). 

CORÔA  :  A  de  Conde. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  com  grandeza  por  decreto  de  22  de  Novembro  de  1871. 


PARAGUASSÚ.  (i.o  Barão  de)  Salvador  Muniz  Barreto  de  Aragão. 
FaUeceu  na  Bahia  em  15  de  Julho  de  1865. 

Era  pae  do  2.»  Barão  e  Visconde  de  Paraguassú,  Francisco  Muniz  Barreto 
de  Aragão. 

Era  Commendador  da  Imperial  Ordem  de  Christo. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  1 1  de  Outubro  de  1848. 


327 


PARAGUASSÚ.  (2.°  Barão  e  Visconde  de)  Francisco  Muniz  Barreto 
de  Aragão. 
Natural  da  Bahia. 
Filho  de  Salvador  Muniz  Barreto  de  Aragão,  i ."  Barão  de  Paraguassú. 

Foi  Cônsul  Geral  do  Brasil  em  Hamburgo. 

Era  Moço  Fidalgo  com  exercício  na  Casa  Imperial,  Cavalleiro  da  Imperial 
Ordem  de  Christo,  Grande  Dignitário  da  Imperial  Ordem  da  Rosa,  Commen- 
dador  da  Ordem  do  Libertador  Bolivar,  de  Venezuela  de  i.*  classa,  Cavalleiro 
da  Ordem  Grã-Ducal  de  Baden  e  do  Leão  de  Zshringen. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  17  de  Julho  de  1872.  Visconde  por  decreto  de  10  de 
Novembro  de  1883. 


PARAHIM.  (Barão  de)  José  da  Cunha  Lustosa  Paranaguá. 
Filho  do  Coronel  José  da  Cunha  Lustosa,  natural  da  freguesia  de 
N.  S.  do  Livramento,  depois  villa  e  comarca  de  Paranaguá,  na  Província  do 
Piauhy,  onde  falleceu  a  2  de  Março  de  1827,  e  de  sua  mulher  D.  Ignacia 
Antónia  dos  Reis  Lustosa,  que  falleceu  em  10  de  Julho  de  1860. 
O  Barão  de  Parahim  era  irmão  do  Marquez  de  Paranaguá  e  do  Barão  de 
Santa  Philomena. 

Era  Commendador  da  Imperial  Ordem  de  Christo  e  Official  da  Imperial 
Ordem  da  Rosa. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  BarSo  por  decreto  de  6  de  Novembro  de  1866. 


328 


PARAH YBA.  (Barão  e  Visconde  com  grandeza  de)  João  Gomes  Ribeiro 
de  Avellar. 

Falleceu  na  Paraliyba  do  Sul,  Província  do  Rio  de  Janeiro,  em  12  de  Janeiro 
de  1879. 

Filho  de  Luiz  Gomes  Ribeiro  de  Avellar  e  de  sua  mulher  D.  Joaquina  Mathilde 
de  Assumpção. 

Casou  com  D.  Carolina  de  Azevedo,  filha  do  Commendador  Manuel  Joaquim 
de  Azevedo. 

Era  irmão  da  2.»  Baroneza  do  Paty  do  Alferes,  D.  Maria  Isabel  Assumpção 
de  Avellar,  do  Barão  de  S.  Luiz,  do  Barão  de  Guaribú,  e  sobrinho  do  i.»  Barão 
de  Capivary. 

Era  Coronel  da  Guarda  Nacional  da  Parahyba  do  Sul  e  Petrópolis  e 
importante  fazendeiro  nesses  Municípios. 

Era  Grande  do  Império,  Dignitário  da  Imperial  Ordem  da  Rosa  e 
Commendador  da  de  Christo. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado,  no  primcTo  e  quarto,  de  verde,  um  leopardo  de  oiro  passante 
e  um  chefe  de  o,ro  com  três  estrellas  de  góles ;  no  segundo  e  terceiro,  de  oiro,  três  faxas  de  azul' 
carregadas  de  três  besantes  de  prata  cada  uma  ;  e  no  centro  um  escudete  tendo  em  campo  de  prata 
um  ramo  de  cafeeiro  e  uma  canna  de  assucar  ao  natural,  postos  em  aspa.  (Brazào  passado  em  30  de 
Desembro  de  1858.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  39). 

COROA  :  A  de  Conde. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  com  grandeza  por  decreto  de  ,,  de  Outubro  de  ,848.  Visconde  com 
grandeza  por  decreto  de  4  de  IVlarço  de  1876. 


Archivo  Nobiliarehico  Braailciro  41 


329 


PARAHYBUNA.  (Barão  com  grandeza  de)  Custodio  Gomes  Varella 
Lessa. 
Natural  de  Lessa,  arcebispado  de  Braga,  em  Portugal. 

Falleceu  na  cidade  de  Pindamonhangaba,  na  Província  de  S.  Paulo,  em  3 1  de 
Agosto  de  1855. 

Filho  de  André  Gomes  Varella  e  de  sua  mulher  D.  Maria  Theresa  de  Jesus. 

Casou  em  primeiras  núpcias,  em  1790,  com  D.  Florinda  Maria  Salgado, 
natural  de  Lessa,  filha  de  António  da  Silva  Salgado  e  de  sua  mulher 
D.  Maria  Ferraz  de  Araújo,  e  em  segundas  núpcias  com  D.  Benedicta 
Bicudo  Salgado,  que  foi  mais  tarde  agraciada  com  o  titulo  de  Viscondessa 
de  Parahybuna,  filha  de  Ignacio  Bicudo  de  Siqueira  Morcondes  e  de  sua 
mulher  D.  Francisca  Salgado. 
Eram  pães  do  Barão  de  Lessa.  Por  seu  primeiro  matrimonio  o  Barão 

de  Parahybuna,  era  pae  da  i .»  Baroneza  de  Pindamonhangaba. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  ;  Barão  por  decreto  de  6  de  Novembro  de  1850.  Barão  com  grandeza  por  decreto 
de  16  de  Maio  de  1851. 


PARAHYBUNA.  (Baroneza  e  Viscondessa  de)  D.  Benedicta  Bicudo 
Salgado  Lessa. 

Filha  de  Ignacio  Bicudo  de  Siqueira  Marcondes  e  de  sua  mulher  D.  Francisca 
Salgado,  filha  de  António  da  Silva  Salgado  e  de  sua  i.*  mulher  D.  Maria 
Ferraz  de  Araújo  ;  neta  paterna  do  Capitão-Mór  Ignacio  Bicudo  de  Siqueira 
casado  em  1769  em  Pindamonhangaba  com  D.  Maria  Vieira  Marcondes 
que  era  filha  do  Capitão  António  Marcondes  do  Amaral,  natural  da  Ilha 
de  S.  Miguel,  e  de  sua  1.*  mulher  D.  Maria  Magdalena  Cabral. 
Viuva  do  Barão  com  grandeza  de  Parahybuna,  Custodio  Gomes  Varella 

Lessa. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Viscondessa  com  grandeza  por  decreto  de  1 8  de  Agosto  d»  1887. 


330 


P  ARAHYTINGA.  (Barão  de)  Manuel  Jacintho  Domingues  de  Castro 
X         Nasceu  em  S.  Luiz  do  Parahytinga,  na  Provincia  de  S.  Paulo   em  ?  de 
1810.  '         -^ 

Falleceu  nessa  Provincia  em  27  de  Setembro  de  1887 

F/tóo  do  Capitão  Manuel  Domingues  de  Castro  e  de 'sua  mulher  D.  Eufrásia 
Mana  de  Campos. 

Casou  com  D.  Maria  Justina  de  Gouvea  Castro,  filha  do  Capitão  Jeronymo 
Pereira  de  Campos. 

Era  grande  influencia  politica  em  seu  districto,  e  foi  Deputado  Provincial 
a  Assemblea  da  Provincia  de  S.  Paulo. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  17  de  Maio  de  1872. 


PARANÁ.  (Visconde  com  grandeza,   Conde  e  Marquez  de)  Honório 
Hermeto  Carneiro  Leão. 
Nasceu  em  Jacuhy,  Provincia  de  Minas  Geraes,  em  1 1  de  Janeiro  de  1801 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro,  em  4  de  Setembro  de  1857 
Filho  do  Coronel  Nicoláo  Netto  Carneiro  Leão  e  de  sua  primeira   mulher 

D.  Joanna  Severina  Augusta  de  Lemos. 
Casou  com  D.  Maria  Henriqueta  Carneiro  Leão,  Dama  honorária  de  S    M    a 
Imperatriz. 


331 


Estudou  humanidades  em  Minas,  partiu  para  Portugal  em  1820  e  tomou  o 
gráo  de  Bacharel  em  direito  pela  Universidade  de  Coimbra,  em  1825.  Começou  a 
carreira  da  magistratura  como  Juiz  de  Fora  em  S.  Sebastião  em  1826,  chegando 
á  Desembargador  da  Relação  de  Pernambuco  e  Conselheiro  aposentado  do 
Supremo  Tribunal  de  Justiça. 

Foi  Deputado  á  Assembléa  Geral  na  2.*,  3.»  e  4."  legislaturas  de  1830  a 
1841.  Senador  pela  Província  de  Minas  Geraes  em  1842.  Ministro  Plenipoten- 
ciário em  missão  especial  no  Rio  da  Prata  em  185 1 .  Foi  Presidente  das  Provín- 
cias de  Pernambuco  em  1848,  do  Rio  de  Janeiro  em  1841.  Chamado  aos 
Conselhos  da  Coroa,  foi  Ministro  da  pasta  da  Justiça  no  }."  Gabinete  de  1832, 
da  Fazenda  e  Presidente  do  Conselho  no  12.»  Gabinete  de  1853. 

Politico  e  magistrado  de  grande  valor,  foi  do  Conselho  de  S.  Magestade, 
Conselheiro  de  Estado,  em  1842,  membro  do  Instituto  Histórico  e  Geogra- 
phico  Brasileiro  desde  1839,  Grã-Cruz  das  Imperiaes  Ordens  de  N.  S.  de  Villa 
Viçosa  de  Portugal,  de  Christo  do  Brasil,  da  Águia  Branca  da  Rússia,  e  da 
Imperial  Ordem  do  Cruzeiro.  Era  Grande  do  Império  e  Provedor  da  Santa 
Casa  de  Misericórdia. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquirtelado  :  no  primeiro,  partido  de  vermelho  e  azul  e  sobre  elle  um  leão 
de  oiro  rompente  de  prata  ;  bordadura  de  oiro  carregada  de  quatro  folhas  de  figueira  ao  natural 
acontonadas,  e  de  quatro  flores  de  liz  de  azul,  em  cruz  ;  no  segundo,  de  goles,  com  uma  banda  de 
azul,  acoticada  de  oiro,  carregada  de  três  flores  de  mesmo,  entre  dois  carneiros  de  prata,  passantes, 
armados  de  oiro  ;  e  assim  os  contrários.  Timbre  :  o  leão  do  escudo,  com  uma  folha  de  figueira  na 
testa.  Divisa  :  Cor  unum  via  una.  (Brazão  passado  «m  28  de  Novembro  de  1855.  Reg.  no  Cartório 
da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  26). 

COROA  :  A  de  Marquez. 

CREAÇÃO  DOS  títulos  :  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  26  de  Junho  de  1852.  Conde  por  decreto 
de  12  de  Outubro  de  185}.  Marquez  por  decreto  de  2  de  Desembro  de  1854. 


332 


r.nRUNUMVIAUNA- 


PARANÁ.  (Barão  de)  D-  Henrique  Hermeto  Carneiro  Leão. 
Nasceu  naVrovincia  do  Rio  de  Janeiro  em  ..  de  Novembro  de  .847. 
Falleceu  na  cidade  do  Rio  de  Janeiro  a  >^/^  ^-j;^^; '^-ó. 
Fi/^o  dos  Marquezes  de  Paraná,  e  irmão  do  Barão  de  Santa  Mana 

Machado. 

Fez  o  seu  curso  de  humanidades  no  collegio  Pedro  II,  e  em  .870  formou- 

Janeiro. 

vermelho  e  azul  e  sobre  elU  um  leão  de  cro  rompente  d«  P;;'J  ■  J^;'*^  ^^^     ^^  „,,  .  „„ 

quatro  folhas  de  figueira  ao  natural  acontonadas    e  de  quaUo     °-  ^J  '  ^/^^^^  ^/^^^  ,,  „,,^„, 
segundo,  de  gôles,  com  uma  banda  de  azul,  acot.c  d      e  -^  -'J»  ^^^^^^^^,  ^.^^^^  ..  „  ,^.0  do 

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Novembro  dç  ,855.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  .6). 
CREAÇÃO  DO  TITULO  •.  Bário  por  decreto  de  .6  de  Maio  de  .888. 


333 


PARANAGUÁ,  (i.o  Visconde  com  grandeza  e  i.°  Marquez  de)  Fran- 
cisco Villela  Barbosa. 
Nasceu  no  Rio  de  Janeiro  em  20  de  Novembro  de  1769. 
Falleceu  nessa  cidade  em  1 1  de  Setembro  de  1846. 
Filho  do  negociante  Francisco  Villela  Barbosa,  natural  da  cidade  de  Braga 

(Portugal),  e  de  sua  mulher  D.  Anna  Maria  da  Conceição,  nascida  no 

Rio  de  Janeiro. 
Casou  com  D...,  e  em  segundas  núpcias  com  D.  Maria  Nazareth  de  Carvalho 

Villela,  Dama  honorária  de  S.  M.  a  Imperatriz,  fallecida  no  Rio  de  Janeiro 

em  2}  de  Abril  de  1877,  com  85  annos  de  idade. 

Bacharel  em  mathematicas  pela  Universidade  de  Coimbra  em  1 1  de  Junho 
de  1796,  foi  lente  da  Academia  Real  de  Marinha  em  1801.  Foi  Deputado  pela 
Província  do  Rio  de  Janeiro  ás  Cortes  Portuguezas  de  1821  a  1822.  Em  1823 
pediu  demissão  do  posto  de  Major  de  Engenheiros  no  Exercito  Portuguez,  e 
veio  para  o  Brasil,  onde  foi  nomeado  Coronel  de  Engenheiros.  Chamado  1 1  vezes 
aos  Conselhos  da  Coroa,  foi  Ministro  7  vezes  na  pasta  da  Guerra,  3  vezes  na 
dos  Estrangeiros,  e  uma  na  do  Império. 

Senador  e  Conselheiro  de  Estado  em  1836.  Foi  um  dos  encarregados  de 
tratar  em  Portugal,  o  reconhecimento  da  Independência  do  Brasil  em  1825. 
Era  membro  e  Vice  Presidente  da  Academia  de  Sciencas  de  Lisboa,  da  Sociedade 
Marítima,  Militar  e  Geographica  da  mesma  cidade,  do  Instituto  Histórico  e 
Geographico  Brasileiro,  desde  1838,  etc. 

Grande  do  Império,  Conselheiro  de  Estado  efifectivo  em  1823,  foi  um  dos 
redactores  da  Constituição  do  Império.  Era  Grã-Cruz  da  1.  Ordem  de  Cruzeiro. 


334 


#> 


BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Um  escudo  con,  as  armas  dos  Barbosas,  que  são  :  de  prata    com  uma  banda  de 
1°  carregada  de  três  crescentes   de  oiro,    entre  dois  leões    bata.hantes,   de    purpura,   armado 
deprat   T.mb.  :  um  .e.o  sainte  de  purpura,  com  um  crescente  das  armas  na  espadoa,  armado 
de  prata. 

COROA  :  A  de  Marquez. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  .,  de  Outubro  de  .8,4.  Marquez  por 
decreto  de  1  a  de  Outubro  de  1 8a6. 


PARANAGUÁ.  (2.0  Visconde  com  grandeza  e  2."  Marquez  de)  João 
Lustosa  da  Cunha  Paranaguá. 
Nasceu  na  fazenda  do  Brejo  do  Mocambo,  freguesia  de  N.  S.  do  Livramento, 
depois  villa  e  comarca  de  Paranaguá,  no  Piauhy,  em  21  de  Agosto  de 

1821. 
Fa//^í:í«noR.iode  Janeiro,  em  9  de  Fevereiro  de  1912.    •  .    ,,     . 

Filho  do  Coronel  José  da  Cunha  Lustosa  e  de  sua  mulher  D.  Ignacia  Antónia 
dos  Reis  Lustosa. 

Casou  em  1847  com  D.  Amanda  Pinheiro  Paranaguá  que  falleceu  em  1874  ; 
filha  do  Visconde  de  Montserrate,  Joaquim  José  Pinheiro  de  Vasconcellos 
e  de  sua  mulher  D.  Maria  Francisca  de  Campos  Pinheiro. 

Bacharel  em  direito,  pela  Faculdade  de  Olinda,  em  .846.  Exerceu  vários 
cargos  na  magistratura,  aposentando-se  com  as  honras  de  Desembargador 

^"^  'foí  Deputado  Provincial  em  1840,  e  Geral,  por  sua  Provinda,  nas  8.^  e 

,3  a  legislaturas,  de  1850  a  1865,  quando  foi  nomeado  Senador  pelo  Piauhy. 

Presidiu  as  Províncias  do  Maranhão  em  1858,  Pernambuco  em  1865,  e 

Bahia  em  1881.  .  .     i         • 

Chamado  varias  vezes  ao  Conselho  da  Coroa,  foi  Ministro  do  Império 
no  15.»  Gabinete  de  1859,  da  Justiça,  da  Guerra  e  dos  Estrangeiros  no  22.0 
Gabinete  de  1866;  da  Guerra  no  27."  Gabinete  de  1878;  da  Fazenda  e 
Presidente  do  Conselho  no  yo."  Gabinete  de  .882,  e  finalmente  Ministro 
dos  Estrangeiros  no  33°  Gabinete  de  .885.  Durante  sua  longa  e  honrosa 
existência  prestou  mais  de  sessenta  annos  de  relevantes  serviços  ao  seu 
paiz. 


335 


Foi  Presidente  da  Sociedade  de  Geographia  do  Rio  de  Janeiro,  durante 
29  annos  ;  e  do  Instituto  Histórico  e  Geographico  Brasileiro  ;  Sócio  honorário 
do  Instituto  do  Ceará,  etc. 

Era  Grande  do  Império,  Veador  de  S.  Magestade  a  Imperatriz,  Conselheiro 
de  Estado  em  1879,  Commendador  da  Ordem  de  S.  Gregório  Magno,  Digni- 
tário da  I.  Ordem  da  Rosa  e  Gentil-Homem  da  Imperial  Camará. 

CREAÇAO  DOS  TÍTULOS  :  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  18  de  Janeiro  de  1882.  Marquez  por 
decreto  de  13  de  junho  de  1888. 


PARANAPANEMA.  (Barão  de)  Joaquim  Celestino  de  Abreu  Soares. 
Filbo  do  Capitão,  Commendador  Joaquim  José  Soares  de  Carvalho,  e 
de  sua  mulher  D.  Maria  Feliciana  de  Abreu. 
Era  irmão  da  Baroneza  de  Atibaia. 
Cusou  três  vezes,  a  primeira  com  D.  Joaquina  Angélica  de  Oliveira,  em  1841, 
em  S.  Carlos,  na  Província  de  S.  Paulo  ;  a  segunda  vez  casou  e  não 
deixou  geração,  e  a  terceira  com  D.  Maria  Carolina  de  Toledo  Soares, 
em  186!,  filha  do  Major  António  Elias  de  Toledo  Lima,  e  de  sua  mulher 
D.  Carolina  Maria  de  Arruda. 

Era  Capitão  da  Guarda  Nacional. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  15  de  Setembro  de  1887. 


PARANAPIACABA.  (Barão  de)  João  Cardoso  de  Menezes  e  Souza. 
Nasceu  em  Santos  (S.  Paulo)  a  25  de  Abril  de  1827. 
Falleceu  em  3  de  Fevereiro  de  191 5,  no  Rio  de  Janeiro. 
Filbo  de  João  Cardoso  de  Menezes  e  Souza. 

Bacharel  em  Sciencias  jurídicas  e  sociaes,  em  1848,  pela  Academia  de 
S.  Paulo,  foi  professor  em  Taubaté  e  advogado  na  Corte  até  1857.  Serviu 
longos  annos  no  Thesouro  Federal,  onde  aposentou-se  no  lugar  de  Director 
do  Contencioso  em  1890. 


336 


Foi  Deputado  á  Assembléa  Geral  pela  Província  de  Goyaz  nas  14-%  15' 
e  16  ^  legislaturas,  desde  1869  até  1878.  Do  Conselho  de  S.  Magestade,  era 
Sócio  e  Presidente  do  Conservatório  Dramático  do  Rio  de  Janeiro,  do  Instituto 
Histórico  e  Geographico  Brasileiro,  do  Instituto  do  Ceará,  etc. 

Era  dignitário  da  1.  Ordem  da  Rosa.  Desde  os  bancos  académicos  distm- 
guio-se  como  litterato  e  grande  poeta,  tendo  escripto  grande  numero  de  obras 
litterarias  de  grande  valor. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  8  de  Maio  de  i88j. 


íí«ai' 


p 


ARANGABA.  (Barão  de)  José  Miguel  de  Vasconcellos. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  25  de  Setembro  de  1889. 


PARAOPEBA.  (Barão  de)  Romualdo  José  Monteiro  de  Barros. 
Falleceu  em  Minas  em  1 6  de  Desembro  de  1855. 
Filho  de  Manuel  José  Monteiro  de  Barros  e  de  sua  mulher  D.  Maria  Euphrasia 
da  Cunha  Mattos. 

Era  irmão  do  Visconde  de  Congonhas  do  Campo. 
Casou  com  D.  Francisca  Constança  Leocadia  da  Fonseca. 

Membro  do  2.»  Governo  Provisório  da  Provinda  de  Minas  Geraes  e  do 
Governo  de  1825  a  1833,  foi  Presidente  da  Provinda  de  Minas  Geraes  em 

1850. 

Era   senhor   de   rica   lavra  mineral  em  Congonhas  do  Campo,   nessa 

Provinda. 

Era  Cavalleiro  Professo  na  Ordem  de  Christo. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  i  de  Desembro  de  1854. 


Archlvo  NoblIUrchlco  Bruilelro  43 


337 


PARAÚNA.  (Barão  de)  António  Moreira  da  Costa. 
Capitão  da  Guarda  Nacional. 

CREAÇÂO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  6  de  Julho  de  1889. 


tt. 


PARIMA.  (Barão  de)  Francisco  Xavier  Lopes  de  Araújo. 
Nasceu  na  cidade  de  Campanha,  Provincia  de  Minas  Geraes,  em  lo  de 
Fevereiro  de  1828. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro,  em  9  de  Março  de  1886. 
Filho  do  Commendador  Francisco  Xavier  Lopes  de  Araújo,  e  de  sua  mulher 

D.  Anna  Luiza  Xavier  de  Araújo. 
Casou  com  D.   Rita  Emilia  Alcântara  de  Araújo,   natural  do   Rio  Grande 
do  Sul. 

Sentando  praça  no  Exercito,  matriculou-se  na  Escola  Militar  do  Rio  de 
Janeiro,  fazendo  o  respectivo  curso  de  Engenharia,  que  terminou  em  1855, 
quando  lhe  foi  conferido  o  gráo  de  bacharel  em  mathematicas. 

Já  era  i .» Tenente  quando  seguio  como  Membro  da  Commissão  Brasileira 
de  demarcação  de  limites  com  a  Estado  Oriental,  servindo  sob  as  ordens  do 
Barão  de  Caçapava. 

Promovido  a  Capitão,  fez  o  levantamento  da  Carta  Geographica  do  Rio 
de  Janeiro.  Em  1865  seguio  para  a  Guerra  do  Paraguay  e  distinguio-se  nos 
combates  de  24  de  Maio,  3  e  22  de  Setembro  de  1866.  Como  Major  do  Corpo 
de  Engenheiros,  em  1872,  foi  nomeado  Chefe  da  Commissão  Mixta  de  demar- 
cação de  limites  com  o  Paraguay,  em  1875,  da  Commissão  de  limites  da 
Bolívia,  e  em  1884,  na  de  Venezuela. 

Foi  Coronel  de  Corpo  de  Engenheiros,  em  1878.  Ajudante  e  em  1884 
Director  do  Imperial  Observatório  Astronómico  do  Rio  de  Janeiro,  e  lente  de 
Astronomia  da  Escola  Central. 

Era  Sócio  do  Instituto  Polytechnico  Brasileiro  e  da  Sociedade  de  Geogra- 
phia  de  Lisboa.  • 

Tinha  o  Habito  da  Ordem  de  Christo,  Commendador  da  Imperial  Ordem 
da  Rosa,   Cavalleiro  da  Imperial  Ordem  de  S.  Bento  de  Aviz,  e  tinha  a 


338 


medalha  Geral   da  Campanha   do    Paraguay,   com    passador  de  oiro,   e   a 
condecoração  de  2.*  classe  do  Busto  de  Bolívar,  de  Venezuela. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  5  de  Abril  de  1884. 


PARNAHYBA.  (Barão  e  Visconde  com  grandeza  da)  Manuel  de  Souza 
Martins. 
Falleceu  na  Provinda  do  Piauhy,  em  20  de  Fevereiro  de  1856,  com  93  annos 

de  idade. 

Agricultor. 

Sócio  do  Instituto  Histórico  e  Geographico  Brasileiro  desde  1839. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :    Barão  por  decreto  de  .2  de  Outubro  de  .825.  Visconde  com  grandeza  por 
decreto  de  18  de  Julho  de  1841. 


PARNAHYBA.  (Barão,  Visconde  com  grandeza  e  Conde  da)  António 
de  Queiroz  Telles. 
Nasceu  em  Jundiahy,  Província  de  S.  Paulo,  em  i6  de  Agosto  de  1831. 
Falleceu  em  Campinas,  nessa  Província,  em  5  de  Maio  de  1888. 
Filho  do  Sargento-Mór  António  de  aueiroz  Telles,  Barão  de  Jundiahy,  e  de 

sua  mulher  D.  Anna  Leduina  de  Moraes  Jordão. 

Era  irmão  do  Barão  de  Japy. 
Casou  txn  S.  Paulo,  em  13  de  Junho  de  1854.  com  D.  Rita  Mboy  Tibiriçá 

Piratininga,  fallecida  em  1901,  e  filha  de  João  Tibiriçá  Piratininga,  e  de 

sua  mulher  D.  Maria  Antónia  de  Camargo. 

Bacharel  em  direito  pela  Academia  de  S.  Paulo,  em  1854,  dedicou-se  á 

advocacia  em  Itú. 

Foi  Deputado  Provincial,  de  1856  a  1860,  tendo  presidido  a  Assembléa, 

diversas  vezes. 

Vereador  da  Camará  Municipal  de  Itú  e  seU"  Presidente,  organisou  e 
presidiu  a  Estrada  de  Ferro  Mogyana.  Era  grande  influencia  politica  nessa 
Província,  e  presidiu-a  durante  20  mezes,  tendo  tido  occasião  de  hospedar 


339 


SS.  MM.  Imperiaes,  em  sua  visita  á  S.  Paulo.  Era  Commendador  da  Imperial 
Ordem  da  Rosa. 

CREAÇÃO  IX)S  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  31  de  Desembro  de  1880.  Visconde  com  grandeza  por 
decreto  de  7  de  Maio  de  1887.  Conde  por  decreto  de  3  de  Desembro  de  1887. 


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PARÁ-MIRIM.  (Barão  de)  Miguel  José  Maria  de  Teive  e  ArgoUo. 
Nasceu  na  Província  da  Bahia,  em  1802. 
Filbo  de  José  Joaquim  de  Teive  e  Argollo,  Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Impe- 
rial, e  de  sua  mulher  D.  Maria  Luiza  de  Argollo  Queiroz,  filha  de  Paulo 
de  Argollo  Queiroz  e  de  sua  mulher  D.  Leonor  Antónia  de  Queiroz. 
Era  neto  paterno  de  João  Teive  e  Argollo  e  de  sua  mulher  D.  Anna 
de  Marques  de  Almeida. 
Casou  com  D.  Bernarda  Maria  de  Teive  e  Argollo,  sua  prima. 

Fez  aos  20  annos  de  idade  a  campanha  da  Independência,  como  Capitão 
de  infanteria  de  milicias. 

Era  Tenente  Coronel  da  Guarda  Nacional,  Commandante  Superior  da 
mesma,  no  Município  da  Villa  de  S.  Francisco  em  1839,  e  teve  as  honras  de 
Coronel  Honorário  do  Exercito  em  1864. 

Era  Commendador  da  Imperial  Ordem  de  Christo,  Cavalleiro  da  Imperial 
Ordem  do  Cruzeiro,  e  Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  imperial.  Tinha  a  medalha 
da  Independência  da  Bahia. 

CREAÇÃO  DO  TITUI.O  :  Barão  por  decreto  de  14  de  IVlarço  de  1860. 


340 


•  % 


PASSAGEM.  (Barão  com  grandeza  da)  Delfim  Carlos  de  Carvalho. 
Nasceu  no  Rio  de  Janeiro  em  13  de  Abril  de  1825. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro,  em  19  de  Maio  de  1896.  .     ,    ,  ^ 

Filbo  de  António  Carlos  de  Carvalho  e  de  sua  mulher  D.  Mana  José  dos 

Prazeres. 

Desde  moço  dedicou-se  á  carreira  das  armas,  sentando  praça  de  aspirante 
em  25  de  Fevereiro  de  .859,  chegando  ao  posto  de  Chefe  de  Divisão  de 
Esquadra  em  1869.  Fez  a  campanha  do  Paraguay.  onde  muito  se  distinguio 
por  sua  rara  bravura.  Como  immediato  da  Corveta  ^ma^onas,  tomou  parte 
no  glorioso  combate  do  Riachuelo,  e  como  Commandante  da  Esquadra, 
forçou  a  passagem  do  Humaytá,  fazendo  jús  ao  titulo  que  lembra  esse  feito. 

Era  Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Imperial. 

Era  do  Conselho  de  S.  Magestade,  Dignitário  da  Imperial  Ordem  da  Rosa, 
Commendador  da  Imperial  Ordem  de  Christo,  Cavalleiro  da  Imperial  Ordem 
de  S  Bento  de  Aviz,  e  tinha  as  medalhas  de  campanha  de  Paysandu,  de  oiro 
de  Riachuelo,  de  Mérito  e  Bravura  Militar  e  Geral  da  Campanha  do  Paraguay, 
também  de  oiro,  e  a  de  prata  de  Toneleros. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Em  campo  de  oiro  um  vapor  encouraçado  de  sable,  andando  em  um  rio  de  azul 
ondeado  de  prata,  carregado  â  destra  de  uma  corrente  posta  em  barra  e  á  sin.stra  de  um  torpedo  do 
mesmo;  chefe  de  azul  com  um  delphim,  um  carolus  e  uma  bolota  de  carvalho  de  o-'»-  D.v.sa  : 
^ranU!  (BrazSo  passado  em  9  de  Abril  de  .869.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  L,v.  VI,  fls.  -04). 

COROA  :  A  de  Conde. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  com  grandeza  por  decreto  de  >  de  Março  de  .868,  pelos  «  mui  relevantes 

e  extraordinários  serviços  que  prestou  no  Commando  da  Divisão  da  Esquadra  Brasileira,  que  forçou 

a  passagem  do  Humaytá». 


M' 


PASSE.  (Barão,  Visconde  com  grandeza  e  Conde  do)  António  da  Rocha 
Pitta  Argolio. 
Falleceu  na  Província  da  Bahia  em  8  de  Fevereiro  de  1877. 
Casou  com  D.  Maria  da  Conceição  Martins  Argolio,  e  tiveram  uma  filha, 
D.  Antónia  da  Rocha  Pitta  e  Argolio  que  casou  com  o  Barão  de  Cote- 
gipe.  Senador  e  Grande  do  Império. 

Era  Grande  do  Império,  Veador  de  S.  M.  a  Imperatriz,  Commendador  da 
Imperial  Ordem  de  Christo,  Dignitário  da  Imperial  Ordem  da  Rosa  e  tinha  a 
medalha  da  Independência,  na  Bahia. 

CREAÇÃO  DOS  títulos  :  Barão  por  decreto  de  1 1  de  Setembro  de  1843.  Visconde  com  grandeza  por 
decreto  de  2  de  Desembro  de  1854.  Conde  por  decreto  de  14  de  Março  de  1860. 


PASSE.  (2.°  Barão  do)  Francisco  António  Rocha  Pitta  ArgoUo. 
CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  2  de  Junho  de  1862. 


PASSEIO  PUBLICO.  (Barão  do)  José  de  Oliveira  Barbosa. 
(l^ide  noticia  no  titulo  Visconde  do  Rio  Comprido). 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  18  de  Outubro  de  1829. 


P 


ASSOS.  (Barão  de)  Jeronymo  de  Mello  Pereira  e  Souza. 
Fazendeiro  na  Província  de  Minas  Geraes. 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  17  de  Maio  de  1871. 


343 


p 


ATR0C1>Í10.  (Barão  de)  Joaquim  António  de  Souza  Rabello. 
Era  Tenente-Coronel  da  Guarda  Nacional. 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por 


decreto  de  i  o  de  Agosto  de  1889. 


P 


ATY  DO  ALFERES.  (,.»  Barão  com  grandeza  do)  Francisco  Maria 
Gordilho  Velloso  de  Barbuda. 

(Fide  noticia  no  titule  Marque:^  de  facaripaguá). 


PATY  DOS  ALFERES.  (2.»  Barão   com   grandeza   do)   Francisco 
Peixoto  de  Lacerda  Wernek. 
msceu  na  fazenda  da  Piedade,  em  6  de  Fevereiro  de  .793-^ 
Falleceu  na  freguezia  do  Paty  do  Alferes,  na  Provmaa  do  Rio  de  Jane.ro, 

erVniha  do  Sa,gen,o-M6r  Ignacio  de  Souza  WernecU,  e  de  sua  mulher 
D.  Francisca  das  Chagas. 


343 


Casou  com  D.  Maria  Izabel  Assumpção  de  Avellar,  filha  de  Luiz  Gomes 
Ribeiro  de  Avellar  e  de  sua  mulher  D.  Joaquina  Mathilde  de  Assumpção 
que  nasceu  em  8  de  Março  de  1808  e  falleceu  em  7  de  Maio  de  1866,  em 
sua  fazenda  de  Monte  Alegre. 

Membro  da  Assembléa  Provincial,  em  varias  legislaturas,  era  Comman- 
dante  Superior  da  Guarda  Nacional,  em  Vassouras,  Cavalleiro  da  Imperial 
Ordem  de  Christo,  Commendador  da  Imperial  Ordem  da  Rosa,  e  Fidalgo 
Cavalleiro  da  Casa  Imperial. 

Possuia  8  grandes  fazendas. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro,  as  armas  dos  Peixotos,  que  são  :  enxaquefado 
de  oiro  e  azul,  de  seis  peças  em  faxa  ;  e  no  segundo,  as  armas  dos  Lacerdas,  que  são  ;  de  castella 
e  leão,  em  campo  partido  com  as  armas  antigas  de  França  ;  e  assim  aos  contrários.  (Brazão  passado 
em  a6  de  Fevereiro  de  1855.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  18). 

CORÔA  :  A  de  Conde. 

CREAÇAO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  15  de  Desembro  de  1832.  Barão  com  grandeza  por  decreto 
de  2  de  Julho  de  1853. 


PEDRA  BRANCA.  (Barão  eViscondecomgrandeza  de)  D. ■■Domingos 
Borges  de  Barros. 
Nasceu  na  Província  da  Bahia,  em  lo  de  Outubro  de  1780. 
Falleceu  em  20  de  Março  de  1855. 
Filho  do  Capitão- Mór  Francisco  Borges  de  Barros  e  de  D.  Luiza  Borges. 

Doutor  em  philosophia  pela  Universidade  de  Coimbra,  foi  Deputado  ás 
Cortes  Portuguezas,  em  1821,  pela  Província  da  Bahia,  e  ahi  advogou  pela 
primeira  vez  a  emancipação  politica  da  mulher.  Não  querendo  jurar  a  Consti- 
tuição votada,  retirou-se  para  o  Brasil. 

Foi  nomeado  Senador  pela  Província  da  Bahia,  em  1826. 

Foi  o  embaixador  que  tratou  com  Carlos  X,  de  França,  e  com  o  seu 
Ministro  Chateaubriand,  o  reconhecimento  da  Independência  do  Brazil,  por 
esse  paiz.  Foi  também  o  embaixador  encarregado  de  ajustar  o  casamento 
de  S.  M.  o  Imperador  D.  Pedro  I  com  a  Princeza  D.  Amélia  de  Leuchtenberg. 

Era  Grande  do  Império,  Grã-Cruz  da  Imperial  Ordem  de  Christo,  Digni- 
tário da  Imperial  Ordem  da  Rosa,  Veador  de  S.  M.  a  Imperatriz  e  Sócio  do 
Instituto  Histórico  e  Geographico  Brasileiro,  desde  1838. 


344 


Poeta   lyrico,    diplomata   e   philosopho,    deixou    alguns    trabalhos  de 


valor. 


CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  .2  de  Outubro  de  .825.  Visconde  por  decreto  de  12  de 
Outubro  de  1826.  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  18  de  Outubro  de  1829. 


/^/^/*y^^.  -V. 


PEDRA  BRANCA.  (Condessade)D.Luiza  Margarida  Portugal  de  Bar- 
ros. Condessa  de  Barrai  e  Marqueza  de  Monferrat,  por  seu  casamento. 
Nasceu  em  13  de  Abril  de  1816,  na  Provinda  da  Bahia.  • 
Filha  do  Visconde  de  Pedra  Branca,  Domingos  Borges  de  Barros. 
Casou  com  o  Chevalier  de  Barrai,  Conde  de  Barrai  e  Marquez  de  Monferrat. 
Era  Dama  effectiva  do  serviço  de  S.  Magestade  a  imperatriz  e  foi  Aia  das 
Princezas  Imperiaes. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Condessa  por  decreto  de  1 6  de  Desembro  de  1864. 


PEDRA  NEGRA.  (Barão  da)  Manuel  Gomes  Vieira. 
Casou  com  D.  Marianna  de  Camargo,  filha  do  Capitão  Francisco  Gomes 
de  Araújo  e  de  sua  mulher  D.  Clara  Delphina  de  Camargo. 
Tenente-Coronel   da  Guarda   Nacional,   e   fazendeiro  na   Província   de 
S.  Paulo. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  20  de  Agosto  de  1889. 


PEDRO  AFFONSO.  (Barão  de)  D. ^  Pedro  Aftonso  Franco. 
Nasceu  no  Rio  de  Janeiro,  em  21  de  Fevereiro  de  1845.  e  ainda  vive. 
Filho  de  Pedro   Affonso  de  Carvalho  e  de  sua  mulher  D.   Luiza  Helena 

de  Carvalho. 
Casou  duas  vezes,  a  segunda  vez  com  D.  Margarida  de  Mattos  Franco,  Baroneza 

de  Pedro  Affonso. 


Archivo  NobllUrchlco  BrMiUiro  44 


545 


Doutor  em  Medicina  pela  Faculdade  do  Rio  de  Janeiro,  e  pela  de  Paris, 
é  lente  cathedratico  jubilado  e  Director  do  Instituto  Vaccinico  Municipal.  Foi 
Director  Geral  de  Saúde  Publica. 

Official  da  Imperial  Ordem  da  Rosa. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  3 1  de  Agosto  de  1 889. 


mm*4 


PELOTAS,  (j.o  Barão  e  Visconde  de)  Patrício  José  Correia  da  Gamara. 
Nasceu  em  princípios  do  Século  XVIII,  na  viagem  que  fizeram  seus  pães 
para  Lisboa,  onde  foi  baptisado. 
Falleceu  na  Província  do  Rio  Grande  do  Sul,  na  Villa  do  Rio  Pardo,  em  28  de 
Maio  de  1827,  com  90  annos  de  idade. 
Era  avô  do  2.»  Barão  de  Pelotas,  José  António  Correia  da  Camará. 

Sentou  praça  em  Portugal,  passando  depois  aos  Estados  da  índia.  Veio 
ao  Brasil  no  posto  de  Capitão,  optando  pela  nacionalidade  Brasileira. 

Foi  promovido  á  Tenente-Coronel  Commandante  da  fronteira,  em  Rio 
Pardo,  cargo  que  exerceu  por  mais  de  meio  século.  Fez  a  campanha  do  Rio 
Grande  do  Sul,  em  1801  e  as  de  i8ii  e  1816,  chegando  ao  posto  de 
Tenente-General. 

Era  Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Imperial,  e  da  Casa  Real  por  alvará  de  i6 
de  Novembro  de  1808  ;  Commendador  da  Imperial  Ordem  de  S.  Bento  de 
Aviz,  e  tinha  a  medalha  das  campanhas  do  Sul. 

CREAÇÃO  DOS  títulos  :    Barão  por  decreto  de  12  de  Outubro  de  1825.  Visconde  com  grandeza  por 
decreto  de  12  de  Outubro  de  1826. 


346 


PELOTAS.  (2.0  Barão  e  Visconde  com  grandeza  de)  José  António 
Correia  da  Camará. 
Nasceu  em  Porto  Alegre,  no  Rio  Grande  do  Sul,  em  .7  de  Fevereiro  de  .824 
talleceu  no  Rio  de  Janeiro  em  18  de  Agosto  de  1893 

Filho  áo  Commendador  José  António  Fernandes  de  Lima,  e  de  sua  mulher 
D.  Flora  Correia  da  Camará,  filha  do  i.»  Barão  e  ..o  Visconde  de  Pelotas 
Tenente-General  Patricio  José  Correia  da  Camará. 
Casou  com  uma  das  filhas  dos  Viscondes  de  S.  Leopoldo. 

O  heróe  de  Serro  Corá,  e  uma  das  maiores  glorias  militares  brasileiras 

Vencedor  do  tyranno  Lopez,  desfechando  em  Serro  Corá,  as  margens  do 
Aquidaban,  em  1  de  Março  de  .870,  o  ultimo  golpe  no  inimigo  que  tantos 
thesouros  e  sangue  nos  custara. 

Sentou  praça  de  cadete  em  ,839,  alcançando  o  posto  de  Marechal  do 
exercito.  Senador  pela  Provinda  do  Rio  Grande  do  Sul,  em  ,88o,  Ministro  da 
Guerra  no  28.»  Gabinete  de  1880.  Proclamada  a  Republica,  foi  encarregado 
de  organisar  o  primeiro  Governo  no  Rio  Grande  do  Sul 

Era  do  Conselho  de  S.  Magestade,  Grande  do  Império,  Dignitário  da 
Imperial  Ordem  do  Cruzeiro,  Grã-Cruz  da  I.  Ordem  de  S.  Bento  de  Aviz 
Offical  da  I.  Ordem  da  Rosa,  e  condecorado  com  a  medalhas  militares  de 
prata  do  Exercito  Oriental,  do  Mérito  e  Bravura  Militar,  de  ouro  da  Campanha 
do  Paraguay.  Era  Sócio  do  Instituto  Histórico  e  Geographico  Brasileiro. 

"^''^61«   T2Í  '  '""'"  "''""*''''°  '■  "°  '"■'"^'■"  ''"^'""  '""  ""^P"  '^  °'-'  ^-'^''°  de  correias  de 
goles,  repassadas  umas  por  outras;  no  segundo  quartel  esquartelado  em  aspa,  sendo  o  chefe  e  a 

ponta  enxequetados  de  ouro  e  a.u,,  a  destra  e  a  sestra  de  a.ul  com  dois  cr.sc  n  es  de  prt    aponta 


347 


dos;  no  terceiro  quartel,  em  campo  de  azul,  uma  faxa  de  oiro  com  três  vieiras  de  goles  e  em  chefe 
três  merletas  de  prata;  no  quarto  quartel,  em  campo  de  oiro,  um  leão  de  goles  rompente  et  por 
DrviSA  :  Mquidaban.  (Brazão  passado  em  i8  de  Maio  de  1871.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI, 
fls.  113). 

COROA  :  A  de  Conde. 

CREAÇÃO  IX)S  TÍTULOS  :  BarJo  por  decreto  de...  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  17  de  Março 
de  1870. 


PENALVA.  (Barão  de)  António  Augusto  de  Barros  e  Vasconcellos. 
Nasceu  na  Provinda  do  Pará,  em  13  de  Desembro  de  1831. 
Falleceu  em  Paris,  em  13  de  Junho  de  19 10. 
Filho  do  Conselheiro  Desembargador  António  de  Barros  e  Vasconcellos  e  de 

sua  mulher  D.  Izabel  Múller  de  Barros  e  Vasconcellos. 
Casou  em  24  de  Novembro  de  1855,  "^  Província  de  Maranhão,  com  D.  Rosa 
Maria  Pinto  de  Magalhães,  filha  dos  Barões  de  Pury  Assú. 

Exerceu  vários  cargos  administrativos,  tendo  sido  Director  dos  Correios 
no  Maranhão  e  Inspector  da  thesouraria  no  Amazonas. 

Alistando-se  como  voluntário,  fez  a  campanha  do  Paraguay,  onde  foi  por 
duas  vezes  ferido. 

Promovido  á  Coronel  por  acto  de  bravura,  foi  Brigadeiro  honorário 
e  General  do  Exercito. 

Representou  a  Província  de  Maranhão  varias  vezes  na  Assembléa  Provin- 
cial e  Assembléa  Geral  nas  15.*  e  16.*  legislaturas  de  1872  a  1878. 

Pestenceu  a  varias  associações  scientificas  e  foi  Presidente  da  Société 
Universelle  des  Sauveteurs  de  Rome. 

Era  Dignitário  da  Imperial  Ordem  da  Rosa  e  tinha  as  medalhas  de  prata 
de  Monte-Caseros,  a  do  Mérito  e  Bravura  Militar  e  a  de  oiro  da  Campanha 
do  Paraguay. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  BarSo  por  decreto  de  8  de  Junho  de  1870. 


P 


ENEDO.  (Barão  do)  D.''  Francisco  Ignacio  Carvalho  Moreira. 
Nasceu  a  25  de  Desembro  de  181 5,  na  Villa  de  Penedo,  em  Alagoas. 


348 


Falleceu  em  Paris  a  9  de  Janeiro  de  1902. 

Filho  do  Marquez  da  Gávea,  Marechal  Manuel  António  da  Fonseca  Costa,  e 

de  sua  mulher  D.  Maria  Amália  de  Mendonça  Corte  Real. 
Casou  com  D.  Maria  da  Penha  de  Miranda  Montenegro,  sua  prima,  filha  dos 

Viscondes  de  Villa  Real  da  Praia  Grande. 

Bacharel  em  sciencias  physicas  e  mathematicas  pela  Escola  Militar. 
Marechal  do  Exercito,  Conselheiro  de  Guerra,  Commandante  do  Corpo  do 
Estado  Maior  de  i ."  classe.  Ajudante  de  campo  de  S.  M.  o  Imperador. 

Grande  do  Império,  Veador  de  S.  M.  a  Imperatriz,  Moço  Fidalgo  com 
exercício  na  Casa  Imperial,  Dignitário  da  Ordem  Imperial  do  Cruzeiro,  Grã- 
Cruz  da  I.  Ordem  de  S.  Bento  de  Aviz,  Official  da  1.  Ordem  da  Rosa  e 
Commendador  da  de  Christo. 

Era  condecorado  com  as  medalhas  do  Uruguay,  de  1852,  da  Campanha 
do  Paraguay,  e  do  Mérito  e  Bravura  Militar. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  O  de  seu  pae,  o  Marquez  da  Gávea,  que  é  :  um  escudo  partido  em  pala,  na  primeira 
as  armas  dos  Fonsecas,  que  são  :  em  campo  de  oiro,  cinco  estrellas  sanguinhas  de  cinco  ra>os,  postas 
em  santor ;  na  segunda,  as  armas  dos  Costas,  que  são  :  em  campo  vermelho,  seis  costas  de  prata 
firmadas  e  postas  em  duas  palas.  Timbre  :  duas  costas  em  aspa  atadas  com  um  torçal  vermelho. 
PAauiFE  :  das  cores  e  metaes  do  escudo. 

COROA  :  A  de  Conde. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  lo  de  Junho  de  1874.  Visconde  com  grandeza  por  decreto 
de  20  de  Junho  de  1888. 


PEREIRA  DE  BARROS.  (Barão  de)  Jordão  Pereira  de  Barros. 
Era  Coronel  da  Guarda  Nacional. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  20  de  Agosto  de  1889. 


PEREIRA  FRANCO.  (Barão  com  grandeza  de)  Luiz  António  Pereira 
Franco. 
Bacharel  em  direito,  foi  Desembargador  da  Relação  da  Corte  aposentado, 
e  Deputado  Geral  pela  Provinda  da  Bahia  na  1 1.%  14 •^  i^.^e  ló.Megislaturas 


350 


Falleceu  em  i  de  Abril  de  1906,  no  Rio  de  Janeiro. 

Filbo  do  Capitão  João  Moreira  de  Carvalho,  e  de  sua  mulher  D.  Maria  Joaquina 

de  Almeida  e  Silva. 
Casou  em  S.  Paulo  com  D.  Carlota  Emilia  da  Costa  Aguiar  de  Andrada, 

filha  de  Francisco  Xavier  da  Costa  Aguiar  de  Andrada  e  D.  Maria  Zelinda 

de  Andrada. 

Bacharel  em  sciencas  jurídicas  e  sociaes  pela  Academia  de  S.  Paulo  em 
1839,  e  doutor  pela  Universidade  de  Oxford. 

Exerceu  a  advocacia  no  Rio  de  Janeiro,  e  entrando  para  a  carreira  diplo- 
mática, exerceu  o  cargo  de  Ministro  e  Enviado  Extraordinário,  em  differentes 
paizes,  até  1889. 

Representou  sua  Província  natal  na  8.*  legislatura  de  1850. 

Era  Sócio  do  Instituto  Histórico  e  Geographico  Brasileiro,  e  um  dos 
fundadores  do  Instituto  dos  Advogados,  de  que  foi  Presidente. 

Veador  de  S.  M.  a  Imperatriz,  era  do  Conselho  de  S.  Magestade,  Grã- 
Cruz  da  Imperial  Ordem  da  Rosa,  Cavalleiro  da  Imperial  Ordem  de  Christo, 
Grã-Cruz  da  Real  Ordem  de  Christo,  de  Portugal,  e  da  de  N.  S.  de  Villa  Viçosa, 
Grã-Cruz  da  Ordem  de  S.  Gregório  o  Magno,  de  Roma,  da  de  Francisco  I  de 
Nápoles,  da  de  Medjidié,  da  Turquia,  do  Duplo  Dragão  da  China,  da  Ernestina 
de  Saxe  Coburgo  Gotha,  e  Grande  Official  da  Legião  de  Honra,  da  França. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  29  de  Julho  de  1864. 


PENHA.  (Barão  e  Visconde  com  grandeza  da)  João  de  Souza  da  Fonseca 
Costa. 
Nasceu  no  Rio  de  Janeiro  a  30  de  Abril  de  1823. 


349 


-^ 


PIABANHA.  (Barão  do)  Hilário  Joaquim  de  Andrade. 
l^asceu  na  Parahyba  do  Sul,  Provincio  do  Rio  de  Janeiro,  em  13  de 
Janeiro  de  1796. 
Falleceu  em  17  de  Abril  de  1865  na  Parahyba  do  Sul,  em  sua  fazenda  da 

Serraria. 

Presidente  da  Camará  Municipal  de  Parahyba  do  Sul  em  1824,  foi  Coronel 
da  Guarda  de  Honra  de  S.  M.  D.  Pedro  I. 

Deputado  á  Assembléa  Provincial  do  Rio  de  Janeiro,  varias  vezes,  foi 
Presidente  da  Commissão  Sanitária  de  1855,  onde  prestou  relevantes  serviços 
durante  a  invasão  du  cholera,  montando  á  sua  custa  um  hospital  para  os 

cholericos. 

Era  Dignitário  da  Imperial  Ordem  da  Rosa  e  Commendador  da  Imperial 

Ordem  de  Christo. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Bar5o  por  decreto  de  a  de  Desembro  de  1854. 


PIASSUBUSSÚ.  (Barão  de)  João  Machado  de  Novaes  Mello. 
Era  Tenente-Coronel  da  Guarda  Nacional. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  BarSo  por  decreto  de  5  de  Outubro  de  1889. 


PIEDADE.  (Condessa  da)  D.  Engracia  Maria  da  Costa  Ribeiro  Pereira. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro,  em  15  de  Fevereiro  de  1863. 
Casou  com  o  Conselheiro  Senador  José  Clemente  Pereira,  natural  da  Villa  do 
Castello  Mendo,  em  Portugal,  onde  nasceu  em  17  de  Fevereiro  de  1787, 
e  fallecido  no  Rio  de  Janeiro  em  10  de  Março  de  1854,  filho  de  José 
Gonçalves  e  de  sua  mulher  D.  Maria  Pereira. 

Foi  José  Clemente  Pereira,  que  em  9  de  Janeiro  de  1822,  de  uma  das 
janellas  do  Paço,  repetiu  ao  Povo  as  palavras  do  Imperador  D.  Pedro  1, 
conhecidas  pelo  Fico. 


^53 


de  1861  a  1878.  Senador  por  essa  Província  em  1888,  foi  Ministro  da  pasta  da 
Marinha  no  24.°  Gabinete  de  1870  e  no  26.°  de  1875. 

Presidiu  a  Provinda  do  Sergipe  em  1853. 

Era  do  Conselho  de  S.  Magestade,  Grande  do  Império  ;  Commendador 
da  Imperial  Ordem  da  Rosa  e  Cavalleiro  da  Real  Ordem  de  N.  S.  da  Conceição 
de  Villa  Viçosa  de  Portugal. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  com  grandeza  por  decreto  de  20  de  Junho  de  1888. 


PETROLINA.  (Barão  de)  Bernardino  de  Senna  Pontual. 
Natural  da  Província  de  Pernambuco,  onde  nasceu  em  1841  e  ahi 
falleceu  em  1896.  ♦ 

Filho  de  João  Manuel  Pontual  e  de  sua  mulher  D.  Theresa  dos  Santos  Pontual. 

Era  irmão  do  Barão  de  Frecheiras. 
Casou  com  D.  Sophia  da  Costa  Pontual,  filha  de  Bento  José  da  Costa  e  de 
sua  mulher  D.  Emilia  Pires  Ferreira  da  Costa. 

Era  negociante  na  cidade  do  Recife,  em  Pernambuco,  e  Commendador 
da  Imperial  Ordem  da  Rosa. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  21  de  Outubro  de  1882. 


PETRÓPOLIS.  (Barão  com  grandeza  de)  D.-^  Manuel  de  Valladão 
Pimentel. 
Nasceu  em  Macacú,  Rio  de  Janeiro,  cm  4  de  Março  de  181 2. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro,  em  }o  de  Novembro  de  1882. 
Casou  com  D.  Ignez  de  Valladão  Pimentel. 

Formado  em  Medicina,  pela  antiga  Ecola  Medico  Cirúrgica  do  Rio  de 
Janeiro,  foi  lente  dessa  Escola  e  seu  Director.  Medico  honorário  da  Imperial 
Camará,  e  especial,  de  S.  A.  Imperial  a  Princeza  D.  Izabel,  Condessa  d'Eu. 
Era  Grande  do  Império,  membro  do  Instituto  Histórico  e  Geographico  Brasileiro 
desde  1840  e  de  outras  Associações  scientificas,  Commendador  da  Imperial 
Ordem  de  Christo  e  Official  da  1.  Ordem  da  Rosa. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  7  de  Março  de  1866.  Barão  com  grandeza  por  decreto 
de  39  de  Julho  de  1877. 


35» 


Foi  agraciada  com  o  titulo  de  Condessa  da  Piedade  em  lembrança  e 
remuneração  dos  relevantes  serviços  prestados  ao  Estado  e  á  Humanidade  por 
seu  fallecido  marido. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Condessa  por  decreto  de  ;  3  de  Março  de  1854- 


PILAR.  (Barão  com  grandeza  do)  José  Pedro  da  Motta  Sayão. 
Era  Official  da  Imperial  Ordem  do  Cruzeiro,  Commendador  da  Impe- 
rial Ordem  de  Christo,  Grande  Dignitário  da  Imperial  Ordem  da  Rosa  e 
Commendador  da  Real  Ordem  de  Christo  de  Portugal.  Grande  do  Impeno. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  ,6  de  Maio  de  ,85..  Barào  com  grandeza  por  decreto 
de  2  de  Desembro  de  1852. 


PIMDAMONHANGABA.  (i.°   Barão   e    Barão   com   grandeza   de) 
Manuel  Marcondes  de  Oliveira  e  Mello. 

Nasceu  em  S.  Paulo. 

Falleceu  em  Pindamonhangaba,  nessa  Província,  em  6  de  Agosto  de  1S63, 

com  87  annos  de  idade. 

Filbo  do  Capitão-Mór  ignacio  Marcondes  do  Amaral  e  de  sua  mulher  D.  Anna 
Joaquina  de  Oliveira.  . 

Casou  em  í 8 17  com  D.  Maria  Justina  de  Bom  Successo,  filha  do  Capitão 
Barão  de  Parahybuna,  e  de  sua  primeira  mulher  D.  Florinda  Mana  Sal- 
gado Em  segundas  núpcias  casou,  em  1827,  com  D.  Mana  Angélica, 
viuva  do  Capitão  Rafael  José  Machado  e  filha  do  Capitão-Mór  Miguel 
Martins  de  Siqueira  e  de  sua  mulher  D.  Francisca  Leme  de  Siqueira.  Nao 
deixou  geração  destes  dois  matrimónios. 
Era  Veador  de  S.  Magestade  a  Imperatriz,  Coronel  do  i.»  esquadrão  da 

Guarda  de  Honra,  e  accompanhou  neste  posto  S.  M.  D.  Pedro  I,  na  occas.ao 

do  grito  do  Ypiranga.  .  .  ^  j 

Era  Commendador  da  Imperial  Ordem  de  Christo  e  da  Imperial  Ordem 
da  Rosa,  e  Official  da  Ordem  Imperial  do  Cruzeiro. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barào  por  decreto  de  .5  de  Novembro  de  .846.  Barão  com  grandeza  por  decreto 
de  1 1  de  Outubro  de  1848. 


Archivo  NobíUurchico  Br«»il«lro  45 


}5) 


PINDAMONHANGABA.  (2.»  Barão  e  Visconde  de)  Francisco  Homem 
de  Mello. 

Nasceu  em  Pindamonhangaba  em  1 805 . 

Falleceu  nessa  cidade  da  Província  de  S.  Paulo,  em  8  de  Janeiro  de  1881. 

Filho  do  Capitão-Mór  José  Homem  de  Mello  e  de  sua  mulher  D.  Maria  Mar- 
condes de  Andrade. 

Casou  com  sua  prima  D.  Anna  Francisca  de  Mello,  em  1830,  e  eram  pães  do 
Barão  Homem  de  Mello.  D.  Anna  Francisca  era  filha  do  Capitão-Mór 
Francisco  Homem  de  Mello  e  de  sua  mulher  D.  Maria  Francisca  Guima- 
rães. En  segundas  núpcias  casou  com  D.  Antónia  Monteiro  de  Godoy, 
filha  de  Clara  Monteiro  do  Amaral  e  de  sua  mulher  D.  Francisca  de  Paula 
Oliveira  Godoy. 

Era  Coronel  Commandante  Superior  da  Guarda  Nacional,  e  fez  parte  das 
antigas  milícias,  como  Major. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Em  campo  azul  seis  crescentes  de  lua  de  oiro,  em  duas  palas.  Timbre  :  um  leio 
azul  armado  de  oiro  com  uma  alabarda  nas  garras,  cabo  de  oiro  e  o  fero  de  sua  côr. 

COROA  :  A  de  Visconde. 

CREAÇÃO  [K»S  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  6  de  Julho  de  1867.  Visconde  com  grandeza  por  decreto 
de  32  de  Janeiro  de  1877. 


354 


PINDARÉ.  (Barão  com  grandeza  de)  António  Pedro  da  Costa  Ferreira. 
Nasceu  na  cidade  de  Alcântara,  na  Província  do  Maranhão,  em  26  de 
Desembro  de  1778. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro,  em  18  de  Julho  de  1860. 
Filbo  do  Tenente-Coronel  Ascenso  José  da  Costa  Ferreira  e  de  sua  mulher 

D  Maria  Theresa  Ribeiro  da  Costa  Ferreira. 
Casou  em  29  de  Julho  de  18 10  com  sua  prima  D.  Francisca  da  Costa  Ferreira. 

Graduado  em  cânones  pela  Universidade  de  Coimbra  em  2  de  Junho  de 
,803  foi  em  1805  nomeado  Fiscal  da  Junta  da  ViUa  de  Alcântara,  e  depois 
Superintendente  da  mesma.  Secretario  do  Governo  da  Província  do  Maranhão, 
em  1825,  foi  eleito  Membro  do  Conselho  Geral,  em  1826,  e  Deputado  por 
essa  Provinda  na  2.»  e  }.^  legislaturas  de  1833  a  1837. 

Presidente  da  Província  do  Maranhão,  nomeado  pela  Regência,  em  1831, 
foi  Senador  pela  mesma  Província  em  1834. 

Era  Grande  do  Império,  Dignitário  da  Imperial  Ordem  do  Cruzeiro, 
Cavalleiro  da  Imperial  Ordem  da  Rosa  e  Commendador  da  de  Christo. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  com  grandeza  por  decreto  de  2  de  Desembro  de  1854- 


P 


IMHAL.  (Barão,  Visconde  com  grandeza  e  Conde  do)  António  Carlos 
de  Arruda  Botelho. 


355 


m 


Nasceu  em  Piracicaba,  na  Provincia  de  S.  Paulo,  em  2}  de  Agosto  de  1827. 

Falleceu  na  sua  fazenda  do  Pinhal,  a  1 1  de  Março  de  1901 . 

Filho  do  Tenente-Coronel  Carlos  José  Botelho  e  de  sua  mulher  D.  Cândida 

Maria  do  Rosário,  filha  do  Tenente  José  Joaquim  de  Sampaio  e  de  sua 

mulher  D.  Maria  Jacintha  da  Natividade. 
Casou  em  1853  em  primeiras  núpcias  com  D.  Francisca  Theodora  Coelho, 

filha  de  Fructuoso  José  Coelho  e  de  sua  mulher  D.  Antónia  Ferraz  da 

Silva,  e  em  segundas  núpcias  com  D.  Anna  Carolina  de  Oliveira,  filha 

dos  Viscondes  do  Rio  Claro. 

Dotado  de  grande  capacidade  de  trabalho,  foi  o  fundador  de  diversas 
emprezas  de  Estradas  de  Ferro,  e  com  o  Barão  de  Tatuhy,  fundou  o  Banco 
de  S.  Paulo.  Era  importante  fazendeiro,  e  foi  um  des  primeiros  a  introduzir 
o  trabalho  livre  em  suas  fazendas,  com  a  organisação  de  colónias  allemães. 

Era  Coronel  da  Guarda  Nacional  e  foi  o  chefe  politico  mais  importante 
em  seu  districto,  tendo  sido  durante  10  annos  Deputado  e  Presidente  da 
Assembléa  Provincial.  Foi  Deputado  Geral  por  sua  Provincia,  em  1889,  e  com 
o  advento  da  Republica,  recolheu-se  á  vida  privada,  conservando  as  suas  ideias 
monarchicas. 

Era  Grande  do  Império,  Commendador  da  Imperial  Ordem  da  Rosa. 

BRAZAO  DE  ARMAS  :  As  dos  Botelhos,  que  são  :  em  campo  de  oiro  quatro  bandas  de  goles.  Timbre  :  um 
leão  do  mesmo  metal,  nascente,  bandado  de  vermelho. 

COROA  :  A  de  Conde. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :    Barão   por  decreto  de  19  de   Julho  de  1879.  Visconde   com   grandeza   por 
decreto  de  28  de  Fevereiro  de  1885.  Conde  por  decreto  de  7  de  Maio  de  1887. 


PINHEIRO.      (Barão   de   Paquequer   e  Visconde   com  grandeza  de) 
Joaquim  Luiz  Pinheiro. 
Pae  do  Barão  de  Aquino,  José  de  Aquino  Pinheiro. 
Tenente-Coronel  da  Guarda  Nacional  no  Município  de  Cantagallo,  Pro- 
vincia do  Rio  de  Janeiro. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  de  Paquequer  por  decreto  de  1 1  de  Desembro  de  1875.  Visconde  com 
grandeza  de  Pinheiro  por  decreto  de  15  de  Abril  de  1882. 


356 


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p 


INHO  BORGES.  (Barão  de)  Francisco  de  Pinho  Borges. 
Casou  com  D.  Thomasia  Firmina  de  Pinho  Borges. 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  20  de  Julho  de  lí 


P 


INTO  LIMA.  (Barão  com  grandeza  de)  Francisco  Xavier  Pinto  Lima. 
jn         A^así^íí  na  Bahia  a  20  de  Fevereiro  de  1832. 
Filho  do  Commendador  Francisco  de  Pinto  Lima,  negociante  na  cidade  da 

Bahia,  e  de  sua  mulher  D.  Ignacia  Maria  de  Carvalho  Lima. 

Bacharel  em  direito,  foi  magistrado. 

Presidente  da  Província  do  Rio  de  Janeiro  em  1874  e  de  S.  Paulo  em 

1 872 

Foi  Ministro  da  Marinha  no  2.»  Gabinete  de  1864,  Deputado  Geral  pela 
Provinda  da  Bahia  na  10.*  legislatura  de  1857  a  1860,  na  \i.\  12.»,  14% 

15.»,  de  1860  a  1875.  .  ,  ^  j 

Era  do  Conselho  de  sua  Magestade,  Commendador  da  Imperial  Ordem 
da  Rosa,  da  Real  Ordem  de  Villa  Viçosa  de  Portugal  e  do  Leão  Neerlandez, 
dos  Paizes  Baixos. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Bário  com  grandeza  por  decreto  de  8  de  Agosto  de  1888. 


357 


PIRACICABA,  (i.o  Barão  de)  António  Paes  de  Barros. 
Nasceu  na  cidade  de  Itú  em  S.  Paulo,  a  4  de  Março  de  1791. 
Falleceu  em  1 1  de  Outubro  de  1876,  em  S.  Paulo. 
Filho  de  António  de  Barros  Penteado,  natural  da  Parahyba,  e  de  sua  mulher 

D.  Maria  de  Paula  Machado,  e  irmão  do  Barão  de  Itú. 
Casou  com  D.  Gertrudes  Euphrosina  de  Aguiar,  em  18 19,  filha  do  Coronel 
António  Francisco  de  Aguiar  e  de  sua  mulher  D.  Gertrudes  Euphrosina 
Ayres. 

Foi  o  primeiro  iniciador  da  cultura  de  café  no  Estado  de  S.  Paulo,  em 
sua  Fazenda  de  S.  João  do  Rio  Claro. 

Deputado  as  Cortes  Constituintes  Portuguezas,  em  1 821-1822,  por  sua 
Província,  tomou  assento  na  Assembléa  Geral  na  2.=^  legislatura  de  1830- 1833. 

Foi  Deputado  á  Assembléa  Provincial  na  i.*,  4.*  e  6.*  legislaturas.  Era 
Official  da  Imperial  Ordem  da  Rosa.  Foi  o  i."  á  apresentar  ao  Governo  o 
projecto  para  uma  Estrada  de  Ferro  de  Santos  á  Rio  Claro.  Era  pae  da 
Marqueza  de  Itú  e  do  2.»  Barão  de  Piracicaba. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Em  campo  vermelho  três  bandas  de  prata  e  sobre  o  campo  nove  estretlas  de  oiro, 
uma  no  primeiro,  três  em  cada  um  dos  do  meio  e  duas  no  fundo  do  escudo.  Timbre  :  uma  aspa 
vermelha  e  azul,  uma  perna  de  cada  côr  e  carreaadas  nella  cinco  estrellas  das  armas.  (Brazão  passado 
em  16  de  Fevereiro  de  1795.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  em  Portugal,  Liv.  V,  fls.  36). 

COROA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  j  de  Desembro  de  1854. 


358 


L/IRACICABA.  (2.»  Barão  de)  Rafael  Tobias  de  Aguiar  Paes  de  Barros. 
1         Nasceu  em  Itú  e  ahí  falleceu  em  19  de  Março  de  1898. 
Filho  do  i.o  Barão  de  Piracicaba,  António  Paes  de  Barros  e  da  Baroneza,  sua 

mulher,  D.  Gertrudes  Euphrosina  de  Aguiar. 
Casou  duas  vezes,  a  primeira  com  sua  prima  D.  Leonarda  de  Aguiar  Barros, 

filha  do  Barão  de  Itú,  e  a  segunda  vez  com  D.  Maria  Joaquina  de  Mello 

Oliveira,  filha  de  José  Estanisláo  de  Oliveira,  e  de  sua  mulher  D.  Elisa 

de  Mello  Franco,  Viscondes  de  Rio  Claro. 

Lavrador  importante  em  seu  município,  foi  Provedor  da  Santa  Casa  e 
Director  do  Banco  Commercio  e  Industria  de  S.  Paulo. 

BRAZAO  DE  ARMAS  :  Em  campo  vermelho  três  bandas  de  prata  e  sobre  o  campo  nove  estrellas  de  oiro 
uma  no  pnmeiro,  três  em  cada  um  dos  do  meio  e  duas  no  fundo  do  escudo.  T.mbre  :  uma  aspa 
vermelho  e  azul.  uma  perna  de  cada  côr  e  carregadas  nella  cinco  estrellas  das  armas.  (Brazão  passado 
em  16  de  Fevereiro  de  1795.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  em  Portugal,  Liv.  V,  fls.  36). 

COROA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  31  de  Desembro  de  1880. 


piRACICAMlRIM.  (Barão  de)  António  de  Barros  Ferraz. 

1         Casou  com  D.  Rita  Ferraz,  filha  de  José  Ferraz  de  Campos  e  de  sua 

mulher  D.  Maria  da  Annunciação  Camargo. 

Era  Coronel  da  Guarda  Nacional. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  25  de  Setembro  de  ,889. 


359 


PIRAHY.  (Barão  com  grandeza  de)  José  Gonçalves  de  Moraes. 
Falleceu  em  Pirahy,  em  1859. 
Casou  com  D.  Cecília  Pimenta  de  Almeida  Moraes. 

CREAÇÃO  DOS  títulos  :  Barão  por  decreto  de  18  de  Julho  de  1841.  Barão  com  grandeza  por  decreto 
de  15  de  Novembro  de  184Ó. 


PIRAJÁ.  (i.°  Barão  e  Visconde  com  grandeza  de)  Joaquim  Pires  de 
Carvalho  e  Albuquerque. 
Falleceu  na  Província  da  Bahia,  em  29  de  Julho  de  1848. 

Era  descendente  da  celebre  Catharina  Paraguassú,  e  de  Diogo  Alvares 
Cabral. 
Casou  com  D.  Maria  Luiza  de  Argollo  Pires. 

Era  Coronel  do  Estado  Maior  do  Exercito  e  um  dos  beneméritos  da 
Independência. 

Era  Grande  do  Império,  Gentil-Homem  da  Imperial  Gamara,  Dignitário 
da  Imperial  Ordem  da  Rosa  e  Commendador  da  Imperial  Ordem  de  S.  Bento 
e  da  Imperial  Ordem  de  Christo. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  5  de  Abril  de  1826.  Visconde  com  grandeza  por  decreto 
de  12  de  Outubro  de  1826. 


P 


IRAJA.  (2.°  Barão  com  grandeza  de)  José  Joaquim  Pires  de  Carvalho 
e  Albuquerque. 


CREAÇÃO  DOS  títulos  :  Barão  por  decreto  de  25  de  Março  de  1849.  Barão  com  grandeza  por  decreto 
de  14  de  Março  de  1860. 


360 


PIRANGY,  (Barão  de)  Francisco  António  de  Barros  e  Silva. 
Natural  de  Pernambuco. 
Era  Coronel  da  Guarda  Nacional  e  Cavalleiro  da  Imperial  Ordem  da  Rosa. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  ;  Barão  por  decreto  de  18  de  Outubro  de  .873. 


PIRAPAMA.   (Barão   com   grandeza   de)   Manuel   Ignacio   Cavalcanti 
de  Lacerda  Albuquerque. 
Falleceu  em  1 1  de  Março  de  1882. 
Casou  com  D.  Marianna  Victoria  Cavalcanti. 

Bacharel  em  direito,  era  magistrado  aposentado,  e  foi  Deputado  pela 
Provinda  de  Pernambuco  na  Assembléa  Constituinte  de  182?  e  na  4.*  e  5-* 
legislaturas  de  1838  a  .844-  Senador  nomeado  pela  mesma  Província,  em 
iSso  e  Presidente  do  Senado  nas  Sessões  de  1854  a  1860. 

Era  Official  da  Imperial  Ordem  do  Cruzeiro  e  da  Imperial  Ordem  da 

Rosa.  _,         „ 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  :  r,o  primeiro  e  quarto,  as  armas  dos  Cavalcant.s,  de  vermelho 
^d^prttaíivididos  esteslsmaltes  por  uma  asna  de  azul  coticada  de  sable,  tendo  a  parte  de  ba,xo 
de  prata  ;  a  de  cima  de  vermelho  semeada  de  flores  de  prata  de  quatro  folhas;  no  segundo  e 
terceiro,  as  armas  dos  Albuquerque,  que  são  esquarteladas  :  no  primeiro  e  ^--'^^'J^ZtZ 
Portugal,  com  seu  filete,  em  contrabanda  costumada,  e  ao  segundo  e  terce.ro.  de  goles,  cmco  flores 
de  liz  de  oiro,  postas  em  santor. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Bário  com  grandeza  por  decreto  de...  de  Janeiro  de  i86i. 


Archlvo  NoWIUrchico  BfMlleiro  46 


36. 


PIRAPETINGA.  (Barão  e  Visconde  de)  João  Caldas  Vianna  Filho. 
Nasceu  na  cidade  de  Campos,  na  Província  do  Rio  de  Janeiro,  em  12  de 
Maio  de  1837. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro,  em  14  de  Junho  de  1893. 
Filho  do  Advogado  João  Caldas  Vianna  e  de  sua  mulher  D.  Margarida  Perpetua 

Pessanha  Vianna. 
Casou  em  14  de  Novembro  de  1859  com  D.  Joanna  Cândida  de  Oliveira  Vianna, 
filha  de  João  Machado  de  Oliveira  e  Silva  e  de  sua  mulher  D.  Maria 
Theresa  de  Oliveira. 

Proprietário  e  fazendeiro  na  Província  do  Rio  de  Janeiro,  Commandante 
Superior  da  Guarda  Nacional,  na  cidade  de  Campos,  era  Commendador  da 
Imperial  Ordem  de  Christo  e  da  Imperial  Ordem  da  Rosa,  Commendador 
da  Ordem  de  N.  S.  da  Conceição  de  Villa  Viçosa,  de  Portugal,  Cavalleiro  da 
Real  Ordem  de  Santo  Olavo,  da  Norvega,  Fidalgo  Cavalleiro  e  Moço  Fidalgo 
com  exercício  na  Casa  Imperial. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro,  as  armas  dos  Vilhegas,  em  campo  de  prata  uma 
cruz  de  negro  florida  e  aberta,  entre  oito  caldeiras  da  mesma  cór,  com  azas  formadas  de  serpes, 
também  negras  ;  no  segundo,  as  armas  dos  Castello  Brancos,  de  azul,  um  leão  de  oiro  armado  de 
sanguinho  ;  no  terceiro,  as  armas  dos  Azevedos,  que  são  esquarteladas  :  o  primeiro,  de  oiro  com  uma 
águia  preta  estendida  ;  o  segundo,  de  azul  com  cinco  estrellas  de  prata  em  aspa,  e  uma  bordadura 
vermelha,  cheia  de  aspas  de  oiro,  e  assim  os  contrários  ;  no  quarto  quartel,  as  armas  dos  Pessanhas, 
de  prata  com  uma  banda  de  vermelho  dentada,  carregada  de  três  flores  de  liz  de  prata  :  Timbre  :  o 
dos  Vilhegas,  dois  braços  armados  de  prata  com  uma  caldeira  das  armas  nas  mãos,  e  por  differença 
uma  brica  vermelha  com  uma  estrella  de  oiro.  (Brazão  passado  em  i8  de  junho  de  1863.  Reg.  no 
Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  56). 

COROA  :  A  de  Visconde. 


5^a 


CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Bário  por  decreto  de  30  de  Agosto  de  .87a.  Visconde  por  decreto  de  ,9  de 
Julho  de  1877. 


PIRAPITINGUY.  (Barão  de)  José  Guedes  de  Souza. 
Falleceu  em  1897.  ... 

Filho  de  Vicente  Guedes  Barreto,  e  de  sua  mulher  D.  Mathilde  Mana  de  Jesus, 
filha  do  Capitão  Roque  de  Souza  Freire  e  de  sua  mulher  D.  Mana  Cardoso 

Camargo.  ..         .,, 

Casou  com  D.  Carolina  Alves  Guedes,  fallecida  antes  de  seu  mando,  e  filha 
de  António  Alves  de  Almeida  Lima,  e  de  sua  primeira  mulher  D.  Mana 
Emilia  de  Toledo,  irmã  da  Baroneza  de  Ibitinga. 
Importante  fazendeiro  em  Mogy  Mirim. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  7  de  Maio  de  1887. 


PIRAQUÁRA.  (1 .»  Barão  com  grandeza  de)  Gregório  de  Castro  Moraes 
e  Souza. 
Falleceu  em  4  de  Julho  de  1864,  no  Rio  de  Janeiro. 

Tenente-Coronel  de  Cavallaria  do  Exercito,  e  Commandante  Superior  da 

Guarda  Nacional.  j    .     j 

Era  Grande  do  Império,  Veador  de  S.  M.  a  Imperatriz,  Commendador  da 
Imperial  Ordem  da  Rosa  e  de  Christo  e  Cavalleiro  da  Ordem  Imperial  do 
Cruzeiro. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  com  grandeza  por  decreto  de  14  de  Março  de  1855. 


PIRAQIJÁRA.  (2.»  Barão  com  grandeza  de)  D.'  José  Maria  Lopes 
da  Costa. 
Nasceu  na  Província  do  Rio  de  Joneiro,  a  20  de  Novembro  de  1820. 


363 


Falleceu  na  cidade  do  Rio  de  Janeiro  a  25  de  Abril  de  1889. 
Filho  do  Commendador  José  Maria  Lopes  da  Costa. 
Casou  com  D.  Emilia  Leopoldina  Lopes  da  Costa. 

Doutor  em  medicina  pela  Faculdade  de  Medicina  e  Cirurgia  do  Rio  de 
Janeiro,  foi  Secretario  dessa  Faculdade  e  Director  da  Secretaria  dos  Negócios 
da  Guerra. 

Era  Grande  do  Império,  do  Conselho  de  S.  Magestade,  Commendador 
da  Imperial  Ordem  da  Rosa. 

CREAÇÃO  DOS  títulos  :  Barão  por  decreto  de  8  de  Março  de  1880.  Barão  com  grandeza  por  decreto 
de  18  de  Janeiro  de  1883. 


P 


IRASSINUNGA.  (i.»  Barão  de)  Joaquim  Henrique  de  Araújo. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  6  de  Desembro  de  1850. 


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P IRASSINUNGA.  (2.»  Barão  e  Visconde  de)  Joaquim  Henrique  de 
Araújo  Filho. 
Falleceu  em  14  de  Outubro  de  1883,  no  Rio  de  Janeiro. 

Era  Official  da  Imperial  Ordem  da  Rosa,  Commendador  da  Imperial 
Ordem  de  Christo,  e  da  Ordem  de  S.  Silvestre. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro,  em  campo  de  goles,  uma  oliveira  verde  com 
raizes,  perfis  e  fructos  de  oiro  com  um  galgo  passante  de  sua  côr ;  no  segundo,  de  azul,  cinco 


364 


vieiras  de  prata,  em  santor ;  no  terceiro,  de  vermelho,  seis  besantes  de  oiro  entre  uma  dobre  cruz  e 

bordadura  do  mesmo  metal  ;  no  quarto,  de  prata,  uma  aspa  de  azul  carregada  de  cinco  besantes  de 

oiro. 
COROA  :  A  de  Visconde. 
CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  ó  de  Desembro  de  1858.  Visconde  por  decreto  de  1 1  de 

Outubro  de  187o. 


PIRATINIM.  (Barão,  Visconde  e  Conde   de)   João   Francisco  Vieira 
Braga. 
Era  Official  da  Imperial  Ordem  do  Cruzeiro  e  Cavalleiro  da  Imperial 
Ordem  de  Christo. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  2  de  Desembro  de  1854.  Visconde  por  decreto  de  29  de 
Desembro  de  18Ó6.  Conde  por  decreto  de  20  de  Junho  de  1885. 


PIRATININGA.  (Barão  de)  António  Joaquim  da  Rosa. 
Falleceu  em  27  de  Desembro  de  1886,  solteiro. 
Filho  do  Tenente-Coronel  Manuel  Francisco  da  Rosa  Passos  e  de  sua  mulher 
D.  Maria  Custodia  de  Moraes. 

Chefe  politico  em  S.  Roque,  Província  de  S.  Paulo,  e  distincto  litterato. 
Era  Commendador  da  Imperial  Ordem  da  Rosa. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  13  de  Novembro  de  1872. 


PITANGUY.  (i.o  Barão  de)  Marcellino  José  Ferreira  Armond. 
Nasceu  em  Barbacena,  na  Província  de  Minas  Geraes,  em  1786. 
Falleceu  nessa  cidade,  em  17  de  Janeiro  de  1850. 

Era  pae  do  Conde  de  Prados,  D.'  Camillo  Maria  Ferreira  Armond. 
Era  Coronel  da  Guarda  Nacional. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  1 1  de  Outubro  de  1848. 


365 


PITANGUY,  (2.°  Barão  de)  Honório  Augusto  José  Ferreira  Armond. 
Nasceu  em  Barbacena,  na  Provincia  de  Minas  Geraes,  em  18 19. 
Falleceu  em  Juiz  de  Fora,  nesta  Provincia,  em  1 1  de  Abril  de  1874. 
Casou  com  D.  Maria  José  Ferreira  Armond. 

Era  Oíficial  da  Imperial  Ordem  da  Rosa  e  Commandador  da  Ordem 
de  S.  Gregório  o  Magno,  de  Roma. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  i6  de  Janeiro  de  1861. 


P 


lUMHY.  (Barão  de)  João  Marciano  de  Faria  Pereira. 
Nasceu  na  Provincia  de  Minas  Geraes. 

Era  Coronel  da  Guarda  Nacional. 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  27  de  Junho  de  1888. 


P 


O  CONE.  (Barão  de)  Manuel  Nunes  da  Cunha. 
Falleceu  em  Matto-Grosso,  a  6  de  Janeiro  de  1871. 

Proprietário  e  fazendeiro  na  Provincia  de  Matto-Grosso. 


366 


BRAZAO  DE  ARMAS  :  Em  campo  a.ul  uma  asna  d.  oiro  acompanhada  de  três  estrellas  d 

um  chefe  de  prata  carregado  de  três  cunhas  de  gdles    (Brazão  o  ss  d     '''""V°  "'''"'°'  ">" 
Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  5,).  "^  "  '^'  '^''"'  '^'  '^^'■ 

COROA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  „  de  Desembro  de  ,86.. 


UOJUCA.  (Barão  de)  José  Freire  de  Carvalho 

■■■         Natural  da  Provinda  da  Bahia. 

Era  Coronel  da  Guarda  Nacional. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  ,7  de  Março  de  .88,. 


em  ,82^  •  ^°'  '^""''™  ''°  Conselho  do  Governo  Provincial 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  .8  de  Julho  de  .8..     Ba  . 

de  27  d.  Março  de  .854.  '  '^^'-  ^"^°  '""^  grandeza  por  decreto 


367 


PONTAL.  (2.»  Barão  do)  António  Luiz  de  Azevedo. 
Falleceu  em  22  de  Maio  de  1875  ^^  Minas  Geraes. 
Era  Major  du  Guarda  Nacional. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  1 1  de  Janeiro  de  1873. 


P 


ONTE  ALTA.  (Barão  de)  António  Eloy  Casemiro  de  Araújo. 
Natural  de  Minas  Geraes. 


Era  Cavalleiro  da  Imperial  Ordem  da  Rosa  e  Commendador  da  imperial 
Ordem  de  Christo. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  19  de  Julho  de  1879. 


P 


ONTE  NOVA.  (Barão  de)  José  Joaquim  de  Andrade  Reis. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  15  de  Setembro  de  1889. 


PONTE  RIBEIRO.  (Barão  de)  D.^  Duarte  da  Ponte  Ribeiro. 
Nasceu  a  2  de  Março  de  1795,  na  freguezia  de  S.  Pedro  de  Pavolide, 
em  Portugal. 
Falleceu  em  i  de  Setembro  de  1878,  no  Rio  de  Janeiro. 
Filho  do  Cirurgião  José  da  Costa  Qyeiroga  da  Ponte  Ribeiro,  e  de  sua 
mulher  D.  Anna  Ribeiro. 

Transportou-se  para  o  Brasil  em  1807  acompanhando  o  illustre  Cirurgão, 
lente  da  Escola  de  Cirurgia,  Joaquim  da  Rocha  Mazarom,  que  veio  como 


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,  .  Cirurgião  da  náo  PrMpe  Real.  Em  ,  8 , , ,  contando  apenas  dezeseis  annos 
ie  idlde  foi-lhe  conferida  a  carta  de  Cirurgião  pela  Escola  Med,co-C,rurg,ca, 

""  tTs^alp^a  causa  da  Independência  do  Brasi,,  sua  pátria  adop- 
tiva. Foi  em  ,8.6  nomeado  Cônsul  Geral  na  Hespanha,  levando  a  m.ssao  do 
reconhecimento  da  Independência  do  Brasil. 

Serviu  depois  nas  diversas  legações  em  Usboa,  Mex.co  Peru,  Bolma. 
Em  ,84,  foi  nomeado  Clrefe  da  ,.■  Secção  da  Secretaria  de  Es^do  dos  Negó- 
cios Extrangeiros  Foi  Ministro  residente  em  Buenos  Aires,  até  a  Guerra  do 
Rosas   em f8;..  seguindo  depois  para  as  republicas  do  Pacifico,  onde  firmou 

'°™  Cel  m::"':  Ca:!ne'iro  professo  da  Ordem  de  Christo,  em  ,8.,,  e  a 
Commenda  da  mesma  Ordem  em  1841. 

Era  do  Conselho  de  S.  Magestade,  Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  taper.al 
Grand   Dignitário  da  Imperial  Ordem  da  Rosa.  Sócio  do  Inst,tuto  H.stor.co  e 
G  ographto  Brasileiro  desde  ,8,8,  Membro  titular  do  Instituto  d' Africa,  em 
Paris    da  Academia  Real  de  Sciencias  de  Lisboa,  e  de  outras  associações 
scientificas. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  ;  Barão  por  decreto  de  .  1  de  Abril  de  1873. 


PORTO  ALEGRE.  (Barão  e  Visconde  com  grandeza  e  Conde  de) 
Manuel  Marques  de  Souza. 
hlasceu  no  Rio  Grande  do  Sul,  em  x}  de  Junho  de  1804. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro  em  .8  de  Julho  de  .875,  sendo  seu  cojPO  trans- 
ladado para  a  cidade  de  Porto-Alegre,  onde  erigiram  em  sua  honra  uma 
estatua. 


Archivo  Nobiliarchico  Brisileiro  43 


369 


Filho  do  Brigadeiro  Manuel  Marques  de  Souza,  e  neto  do  Tenente-General 

Manuel  Marques  de  Souza. 
Casou  com  D.  Bernardina  Soares  de  Paiva. 

Fez  brilhantíssima  carreira  militar,  combatendo  ao  lado  de  seu  pae,  na 
Guerra  Cisplatina. 

Fez  a  Campanha  contra  Rosas,  commandou  o  Exercito  Brasileiro  na 
famosa  batalha  de  Monte-Caseros,  em  1852,  e  na  guerra  do  Paraguay  foi  o 
vencedor  de  Curuzú,  Tuyuty  (1867),  e  Uruguyana,  onde  também  comman- 
dava  o  Exercito  que  obrigou  as  forças  paraguayas  a  renderem-se.  Foi  um 
valente  e  uma  das  glorias  do  nosso  Exercito. 

Foi  Ministro  da  Guerra  no  17.°  Gabinete  de  24  de  Maio  de  1862,  e 
Deputado  pela  Província  do  Rio  Grande  do  Sul,  nas  10.»,  11.»  e  15.*  legisla- 
turas. 

Era  Grã-Cruz  da  Imperial  Ordem  de  Christo,  Dignitário  da  Imperial 
Ordem  do  Cruzeiro,  Cavalleiro  da  Imperial  Ordem  de  S.  Bento  de  Aviz,  e 
tinha  as  medalhas  da  Campanha  Cisplatina  de  181 1  e  a  de  181 5,  a  de  Monte 
Caseros,  a  de  Uruguayana,  a  de  Mérito  e  Bravura  Militar  e  a  Geral  da  Campanha 
do  Paraguay. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro,  as  armas  dos  Souzas  do  Prado  e  Souzas  Chi- 
chorros,  que  são  esquarteladas  :  no  primeiro  as  quinas  de  Portugal  sem  a  orla  dos  castellos,  no 
segundo,  de  prata,  um  leão  de  goles  rompente,  e  assim  os  seus  alternos  ;  no  segundo  quartel,  as 
armas  dos  Leitões  :  de  prata,  três  faxas  de  goles  ;  no  terceiro  quartel,  as  armas  dos  Azevedos,  que 
são  esquarteladas  :  no  primeiro,  de  oiro,  uma  águia  negra  estendida  ;  no  segundo,  do  azul,  cinco 
estrellas  de  prata  em  santor  e  bordadura  vermelha  carregada  com  oito  aspas  de  oiro,  e  assim  os  alternos  ; 
no  quarto  quartel,  partido  em  pala  :  na  primeira,  em  campo  de  oiro,  quatro  palas  de  goles  ;  na 
segunda  que  é  esquartelada,  de  prata  :  no  primeiro  e  quarto  um  leão  de  purpura  rompente,  no 
segundo  e  terceiro,  três  faxas  de  goles  ;  sobre  tudo,  um  escudo  de  azul  com  um  castello  de  prata 
entre  duas  chaves  do  mesmo. 

CREAÇAO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  com  grandeza  por  decreto  de  3  de  Março  de  1 852.  Visconde  com  grandeza 
por  decreto  de  J  de  Desembro  de  1858.  Conde  por  decreto  de  1 1  de  Abril  de  1868. 


370 


PORTO  FELIZ.   (Barão  de)  Cândido  José  de  Campos  Ferraz. 
Falleceu  em  Rio  Claro,  Província  de  S.  Paulo,  em  12  de  Desembro 
de  1880. 
Filbo  dos  Barões  de  Cascalho  José  Ferraz  de  Campos  e  D.  Umbelina  de 

Camargo. 
Casou  com  D.  Francisca  Dias  de  Toledo,  filha  do  Capitão  António  Dias  de 
Toledo  e  de  sua  mulher  D.  Maria  Miquelina  de  Assumpção. 

Opulente  fazendeiro  e  proprietário  no  Municipio  do  Rio  Claro  e  da  Limeira, 
em  S.  Paulo,  era  o  Chefe  do  Partido  Conservador.  Foi  um  dos  primeiros 
a  iniciar  a  creação  de  colónias  agrícolas,  fundando  a  Colónia  de  Boa  Vista. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro  e  quarto,  de  prata,  quatro  palas  de  sinople  ;  no 
segundo  e  terceiro,  de  goles,  cinco  besantes  de  oiro  postos  em  aspa,  cada  um  com  três  faxas  de 
sable.  (Brazão  passado  em  5  de  Fevereiro  de  1868.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  96). 

COROA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  6  de  Novembro  de  1867. 


P 


ORTO  NOVO.  (Barão  do)  Luiz  de  Souza  Brandão. 
Era  natural  de  Cantagallo,  Província  de  Rio  de  Janeiro. 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :  BarSo  por  decreto  de  14  de  Abril  de  i88j. 


37» 


PORTO  SEGURO.    (i.°  Barão  e  i.»  Visconde  com  grandeza  de) 
Francisco  Adolpho  de  Varnhagen. 
Nasceu  em  S.  João  de  Ipanema,  em  S.  Paulo,  em  17  de  Fevereiro  de  18 16. 
Falleceu  em  Vienna  d'Austria  em  29  de  Junho  de  1878,  quando  exercia  o 

cargo  de  Ministro  Plenipotenciário. 
Filbo  do  Sargento-Mór  do  Real  Corpo  de  Engenheiros  Frederico  Luiz  Guilherme 
de  Varnhagen,  administrador  da  Fabrica  de  Ferro  de  Ipanema,  e  de  sua 
mulher  D.  Maria  Flavia  de  Sá  Magalhães. 

Estudou  em  Portugal  o  curso  de  mathematicas,  vindo  concluil-o  no 
Brasil.  Foi  em  1842  nomeado  Official  do  Imperial  Corpo  de  Engenheiros,  do 
que  mais  tarde  pediu  demissão  para  seguir  a  carreira  diplomática.  Em  1851 
já  era  Encarregado  de  Negócios  em  Madrid,  e  serviu  junto  ás  Republicas  do 
Pacifico,  e  á  Corte  de  Vienna. 

Historiador  emérito,  chorographo,  geographo,  poeta,  dramaturgo,  bio- 
grapho,  foi  homem  monumento  por  seus  trabalhos  históricos,  e  era  tido  como 
o  primeiro  historiador  da  Brasil. 

Era  Grande  do  Império,  Commendador  da  Ordem  Imperial  da  Rosa, 
Cavalleiro  da  Imperial  Ordem  de  Christo,  Grã-Cruz  da  Ordem  de  Santo 
Estanisláo,  da  Rússia,  da  Coroa  de  Ferro  da  Áustria,  da  de  Izabel  a  Catholica, 
de  Hespanha,  e  de  Carlos  III,  também  da  Hespanha. 

Membro  honorário  do  Instituto  Histórico  e  Geographico  Brasileiro,  da 
Academia  das  Sciencas  de  Lisboa,  e  de  muitas  Sociedades  litterarias  e 
históricas. 

CREAÇÃO  DOS  títulos  :  Bar5o  por  decreto  de  24  de  Julho  de  187J.  Visconde  com  grandeza  por  decreto 
de  18  de  Maio  de  1874. 


P 


OTENGY.  (Barão  de)  Ignacio  da  America  Pinheiro. 
Natural  de  Valença. 


CREAÇAO  DO  TITULO  :  BarSo  por  decreto  de  17  de  Junho  de  1883. 


372 


Pouso  ALEGRE.  (Barão  de)  António  Rodrigues  Pereira. 
Falleceu  em  22  de  Desembro  de  1883. 
Era  Coronel  da  Guarda  Nacional. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  . 5  de  Junho  de  188. . 


POUSO  ALTO.  (Barão  do)  Francisco  Theodoro  da  Silva. 
Falleceu  em  7  de  Junho  de  1868. 
Casou  com  D.  Rita  Pereira  da  Silva  que  em  segundas  nupcas  casou  com  o 
Barã^de  Monte  Verde,  seu  primo,  e  era  filha  de  Miguel  Pere.ra  da  S.Iva 
e  de  sua  mulher  D.  Izabel  Pereira  da  Silva. 
Era  Commendador  da  Ordem  de  Christo. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  . .  de  Outubro  de  .848. 


k^^Nrzs^ÍM    "■ 


P 


OUSO  FRIO.  (Barão  de)  Marianno  José  de  Oliveira  e  Costa. 
Foi  Coronel  da  Guarda  Nacional. 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  20  de  Agosto  de  .í 


P 


RADOS.  (Barão,  Visconde  e  Conde  de)  D.^  Camillo  Maria  Ferreira 


Armond. 


msceu  na  cidade  de  Barbacena,  na  Província  de  Minas  Geraes,  a  7  de  Agosto 
de  1815. 


373 


Falleceu  no  Rio  de  Janeiro,  em  14  de  Agosto  de  1882. 

Filho  dos  I .»'  Barões  de  Pitanguy. 

Casou  com  D.  Josephina  Camilla  Gomes  de  Souza. 

Educado  no  Collegio  da  Serra  do  Caraça,  partiu  em  1832  para  a  França, 
onde  matriculou-se  na  Academia  de  Medicina  de  Paris,  tendo  concluido  o 
curso  em  1837. 

Regressando  ao  Brasil  em  1838,  dedicou-se  á  clinica  até  185 1. 

Foi  um  dos  chefes  do  movimento  revolucionário  de  1842,  na  Província 
de  Minas  Geraes,  sendo  preso  e  mais  tarde  amnistiado. 

Deputado  á  Assembléa  Geral  em  seis  legislaturas,  e  Presidente  da  Pro- 
víncia do  Rio  de  Janeiro  em  1878. 

Foi  Director  do  Observatório  Astronómico  do  Rio  de  Janeiro,  nunca 
tendo  recebido  seus  vencimentos,  e  o  fundador  e  bemfeitor  do  Hospital  da 
Misericórdia  de  Barbacena. 

Era  do  Conselho  de  S.  Magestade  em  1879,  Dignitário  da  Imperial  Ordem 
da  Rosa  e  Commendador  da  de  Christo. 

CREAÇÃO  DOS  títulos  :  Barão  por  decreto  de  30  de  Março  de  1865.  Visconde  por  decreto  de  18  de  Maio 
de  1 87 1 .  Conde  por  decreto  de  1 5  de  Junho  de  1881. 


PRÓPRIA.  (Barão  de)  José  da  Trindade  Prado. 
Falleceu  na  Província  do  Sergipe,  em  5  de  Julho  de  1875. 

Era  Coronel  e  Commendador  da  Imperial  Ordem  de  Christo. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  BarJo  por  decreto  de  14  de  Março  de  1860. 


QUARAHIM.   (Barão  com  grandeza  de)  Pedro  Rodrigues  Fernandes 
—  Chaves. 
Nasceu  na  Província  do  Rio  Grande  do  Sul,  em  1807. 
Falleceu  na  Itália,  a  23  de  Janeiro  de  1866. 

Casou  com  D.  Maria  José  Machado  Chaves,  nascida  no  Rio  Grande  do  Sul, 
em  1 1  de  Desembro  de  1891,  e  fallecida  em  Friburgo,  a  1 1  de  Fevereiro 


374 


de  .878,  em  casa  de  seu  genro  o  i.»  Barão,  Visconde  e  Conde  de 
S.  Clemente. 

r.™,.™,  seus  estudos  em  Coimbra,  formando-se  em  direito  na  Faculdade 
de  S "e.^  "s,:  ;t  juiz  de  F6ra  no  Rio  Grande  do  Su,,  Juiz  de  D.re.to 

em  Porto  Alegre  e  D^^-l-J^"  ^  ^^'f J .   ,  .  ^  9.-  legislaturas,  de  ,848 

Foi  Deputado  Provmcial,  e  Geral  nas  7.  ,  o.    e  ^       s 
a  ,8^7  Dela  Província  do  Rio  Grande  do  Sul,  e  Senador,  nomeado  em  ,853  , 
P  esMente  da  Provincia  da  Parahyba  em  ,84.,  que  também  representou 
™  Assembléa  Geral,  na  y  legislatura  de  ,843  a  ,844 ;  serv.u  como  Encarre- 
aac]n  de  Nesocios  no  Uruguay  e  Estados  Unidos. 

'era  Grande  do  Impedo.  Commendador  da  Imperial  Ordem  da  Rosa  ed 
de  Christo    e  Sócio  do  Instituto  Histórico  e  Geographico  Bras.le.ro,  desde 

1839. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  BarSo  com  grandeza  por  decreto  de  M  de  Março  de  ,855. 


QUARTIM.  (Barão  de)  António  Thomaz  Quartim. 
^  Nasceu  em  2  de  Novembro  de  1854  e  ainda  vive. 
Filho  de  António  Thomaz  auartim  e  de  sua  mulher  D.  ^^f •■'^/'^' Q-"^;^7; 
cisou  com  D.  Maria  Antónia  Soares,  nascida  em  20  de  Julho  de  .862  e  falle- 
cida  ern  6  de  Desembro  de  .90..  filha  do  Commendador  José  Pereira 
Soares  e  de  sua  mulher  D.  Antónia  Amélia  Soares, 
capitalista,  foi  Vereador  da  Camará  Municipal  do  Rio  de  Janeiro^  ern 
,881.  Director  da  Caixa  Económica  e  Monte  Soccorro,  em  .888,  e  seu  Prés. 
dente,  em  .898. 


375 


Foi  Membro  da  Junta  da  Caixa  de  Amortisação,  Director  e  um  dos 
fundadores  do  Centro  de  Lavoura  e  Commercio,  Director  do  Banco  do  Brasil, 
em  1888. 

Official  da  Imperial  Ordem  da  Rosa,  Commendador  da  Real  Ordem  de 
Christo,  Grã-Cruz  da  Ordem  de  S.  Gregório  o  Magno,  de  Roma,  Official  da 
Imperial  e  Real  Ordem  de  S.  Stanisláo,  da  Rússia,  Commendador  da  Ordem 
de  Santo  Sepulchro  de  Jerusalém. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :   Escudo  esquartelado  :  no  primeiro,  de  prata,  cinco  cruzes  de  vermelho  floridas 
postas  em  cruz  ;  no  segundo,  de  azul,  um  leão  de  oiro  rompente  ;  e  assim  os  contrários. 

COROA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  16  de  Fevereiro  de  1884. 


QUELUZ.  (i.°  Visconde  com  grandeza  e  Marquez  de)  D.""  João  Severiano 
— '  Maciel  da  Costa. 
Nasceu  em  Marianna,  Minas  Geraes,  em  1769. 
Falleceu  em  19  de  Novembro  de  1833. 
Filbo  do  Coronel  Domingos  Alves  de  Oliveira  Maciel. 

Formado  em  direito  pela  Universidade  de  Coimbra,  onde  obteve  o  gráo 
de  doutor,  foi  Desembargador  do  Paço  do  Rio  de  Janeiro  e  Governador  da 
Guyanna  Francesa,  de  1809  a  18 19.  Acompanhou  D.  João  VI  a  Portugal, 
em  1821. 

Foi  Deputado  á  Assembléa  Constituinte,  por  Minas  Geraes,  em  1823, 
Ministro  do  Império  no  3.»  Gabinete  de  1823,  da  pasta  dos  Extrangeiros  e  da 
Fazenda  no  6."  Gabinete  de  1827,  Senador  pela  Província  de  Parahyba,  em 
1826  ;  era  Conselheiro  de  Estado  effectivo  em  1824,  e  foi  um  dos  redactores 
da  Constituição  do  Império.  Presidente  da  Província  da  Bahia  em  1825. 

Dignitário  da  Imperial  Ordem  do  Cruzeiro  em  1824. 

CREAÇÃO  DOS  títulos  ;   i.» Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  12  de  Outubro  de  1834.  Marquez 
por  decreto  de  12  de  Outubro  de  1826. 


376 


'To  r  ttir  ""^  "'  '«'°'  -  ''"-''^  ^'  Vassoo.s,  na  P.ovinc,  Co 

Filbo  dos  , .".  Viscondes  e  Marquezes  de  aueluz 

&J»»  com  D.  Cândida  Augusta  de  Sâo  José  Werneck    „„  -a 

Janeiro  de  ,8=6  e  ftlledda  em  , o  de  Março  d^^s"'  ™  ' 

""'rz;:™,";  ,r "' """°  "■'"  °"-'« -  ■«-  v--.  <o„  „„.„  ,„,„„. 


^^^E';a"TeneMl  r''°  't""""""  '-°'"'"'°  ^aeta  Neves, 
tra  Tenente-Coronel  da  Guarda  Nacional 

CREAÇAO  DO  T,TULO  :  B.«„  p.,  ,.„„„  ,.  ,^  ,.  „„„  _^  , 


Qi 


'''l'^«rQÍ£r/::r  .'"'>  Jf  <^-"0  Carneiro  da  Siiva. 
m  uu.ssaman,  na  Provmcia  do  Rio  de  Janeiro,  em  ,7  de 


Archivo  NobiIi,rchico  Br.iil«íro  4! 


37: 


Agosto  de  1836  e  ainda  vive  em  sua  fazenda  de  Quissaman,  no  Município 
de  Macahé. 

E'  irmão  do  Barão  de  Monte  Cedro,  do  2.°  Visconde  de  Araruama,  do  Vis- 
conde de  Ururahy  e  sobrinho  do  i ."  Barão  de  Ururahy,  João  Carneiro 
da  Silva. 

Filho  dos  I .«"  Viscondes  com  grandeza  de  Araruama,  José  Carneiro  da  Silva 
e  sua  mulher  D.  Francisca  Antónia  Ribeiro  de  Castro. 

Casou  com  D.  Anna  Francisca  de  Castro. 

Tenente -Coronel  da  Guarda  Nacional,  negociante  e  fazendeiro  em 
Quissaman. 

Cavalleiro  da  Imperial  Ordem  de  Christo  e  Commendador  da  Imperial 
Ordem  da  Rosa. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  As  armas  do  i."  Visconde  de  Araruama,  seu  pae,  com  a  coroa  de  Visconde. 

CREAÇÃO  DOS  títulos  :  Barão  por  decreto  de  18  de  Março  de  1883.  Visconde  por  decreto  de  25  de 
Março  de  1888. 


W: 


QUIXERAMOBIM.  (Barão  e  Visconde  com  grandeza  e  Marquez  de) 
— '  Pedro  Dias  Paes  Leme. 
Nasceu  na  cidade  de  Ouro  Preto,  Província  de  Minas  Geraes,  em  Fevereiro 

de  1786. 
Falleceu  em  sua  fazenda  do  Bom  Jardim,  na  Província  do  Rio  de  Janeiro,  em 

14  de  Novembro  de  1849. 
Filho  de  Garcia  Rodrigues  Paes  Leme,  fidalgo  da  Casa  Real,  e  de  sua  mulher 


378 


e  prima  D.  Anna  Francisca  Joaquina  de  Oliveira  Horta,  viuva  de  Gregório 

Caldeira  Brant. 
Casou  com  D.  Francisca  de  Paula  de  Mendonça  Paes  Leme,  Dama  Honorária 

de  S.  M.  a  Imperatriz,  filha  do  Senador  Jacintho  Furtado  de  Mendonça. 

Doutor  em  mathematicas,  era  Coronel  de  Corpo  de  Engenheiros,  Gentil 
Homem  da  Imperial  Camará. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Em  campo  de  oiro  cinco  melros,  ,em  pés  nem  bicos,  postos  em  santor.  Timbre  : 
uma  aspa  de  oiro  e  no  meio  um  melro  do  escudo. 

COROA  :  A  de  Marquez. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  com  grandeza  por  decreto  de  ,.  de  Outobro  de  ■  8/5-  Visconde  com 
grandeza  por  decreto  de  4  de  Abril  de  ,8,6.  Marquez  por  decreto  de  ,.  de  Outubro  de  .8.6. 


RAMALHO.  (Barão  de)  D.^  Joaquim  Ignacio  Ramalho. 
Nasceu  em  S.  Paulo,  em  6  de  Janeiro  de  1809. 
Filho  de  José  Joaquim  de  Souza  Saquette,  de  nacionalidade  hespanhola^ 
Casou  com  D.  Paula  da  Costa  Ramalho,  que  era  viuva  do  Tenente  Manuel 

José  de  Brito. 

Doutor  em  sciencias  jurídicas  e  sociaes  pela  Academia  de  S.  Paulo,  em 
,835,  foi  lente  dessa  Academia,  Presidente  do  Instituto  dos  Advogados,  em 
i87S,  quando  foi  installado  em  S.  Paulo. 

Foi  Presidente  da  Provinda  de  Goyaz  em  .84^  era  do  Conselho  de 
S.  Magestade,  Commendador  da  Imperial  Ordem  de  Christo,  Official  da 
Imperial  Ordem  da  Rosa. 

CREACÃO  DO  TITULO  :  Barão  de  Agua  Branca  por  decreto  de  7  de  Maio  de  .887,  decreto  este  que  foi 
^subsUtuido  pelo  de  ,8  de  Maio  do  mesmo  anno,  creando-o  Barão  de  Ramalho   por  ter  declarado  que 
s6  acceitaria  o  titulo  se  fosse  mudado  para  o  de  Ramalho,  em  attenção  ao  apehdo  da  fam.l.a  que  o 
creâra  e  educara. 


379 


LABOR  ET  FIDE3 


RAMIZ.  (Barão  com  grandeza  de)  D/  Benjamin  Franklin  Ramiz  Galvão. 
Nasceu  no  Rio  Grande  do  Sul,  em  i6  de  Junho  de  1846,  e  ainda  vive 
no  Rio  de  Janeiro. 

Filbo  de  João  Galvão  e  de  sua  mulher  D.  Maria  Joanna  Ramiz  Galvão. 

Casou  em  1871  com  D.  Leonor  Maria  de  Saldanha  da  Gama,  filha  de  Dom 
José  de  Saldanha  da  Gama  e  de  sua  mulher  D.  Maria  Carolina  Barroso 
de  Saldanha  da  Gama  ;  neta  paterna  de  Dom  João  de  Saldanha  da  Gama 
de  Mello  Torres  Guedes  de  Britto,  6.»  Conde  da  Ponte  e  de  sua  mulher 
a  Condessa,  D.  Maria  Constança  de  Saldanha  de  Oliveira  e  Daun,  que 
era  filha  de  D.  João  Vicente  de  Saldanha  Oliveira  e  Souza  Juzarte  Figueira, 
i.°  Conde  do  Rio  Mayor,  casado  com  D.  Maria  Amália.  A  Baroneza 
de  Ramiz  é  irmã  do  Almirante  Luiz  Philipe  de  Saldanha  da  Gama,  morto 
em  1895  no  combate  do  Campo  Ozorio,  e  da  2.*  Condessa  de  Aljezur, 
D.  Anna  de  Saldanha  da  Gama. 

Bacharel  em  sciencias  e  lettras  pelo  Collegio  D.  Pedro  11,  em  1861  ; 
Doutor  em  Medicina  em  1868,  pela  Faculdade  de  Medicina  do  Rio  de  Janeiro, 
onde  foi  lente  cathedratico  em  187 1 .  Foi  bibliothecario  da  Bibliotheca  Nacional, 
e  aio  dos  Príncipes,  filhos  de  SS.  AA.  Imperias  os  Senhores  Condes  d'Eu, 
até  15  de  Novembro  de  1889  ;  Director  Geral  da  Instrucção  Publica,  exerceu 
vários  cargos  administrativos,  sobretudo  relativos  á  educação,  em  que  se 
tornou  notável. 


380 


-rM,.f 


E.  Dignitário  é.  i.peri.  Orden,  «^ --^^-rH^'  T^Z^^l 
ae  Christl  de  Portuga,;  ^^^^^ LT:ot^ZlsUucç.o9mc. 
Imperial  Ordem  de  Franc«o  J°^*.  j^^^f  ^J^  gacHareis  em  Lettras,  Sócio 
L'rtdr:stirHLl'rr.p.co  Brasileiro,  S«io  correspon- 

dente  do  Instituto  do  Ceara,  etc. 

chefe  de  azuí  carregado  de  três  esueiub  u     ^ 
et  Fides. 

BRAZÃO  DA  BARONEZA  :  Lisonja  P^-f  ;;':.P;;,^  •;:;  j;I:;e;^':^l?d^s^d?nLs!  -emTamp: 
as  de  sua  família  que  são  esquarteladas  .  -o  ^-^^^Z  cruz  de  oiro  no  remate  ;  no  segundo,  as  dos 
vermelho  uma  torre  de  prata  coberta  --■"::,,,,  ^  cinco  em  pala.  oito  de  oiro  e  sete 
G,,.s,  -  xadresado  de  oiro  e  ve-elho,  de    res  peças  ^^^^^^  ^^^  ^^  ^^^.^^^  ^^  ^^.^^  „„ 

escudo. 


COROA  :  A  de  Conde. 

CREAÇÃO  DO  TITUUO  :  Barão  com 


grandeza  por  decreto  de  .8  de  Junho  de  .888. 


Fim  do  Mestre  de  Campo  Estevão  J°-  P^g^^^^^°,=  %^  p,es  Barreto  e  de 
r:r  r^lia^rri:  et-o  d^  Peuppe  pães  Barreto 
c  de  sua  mulher  D.  Maria  Izabel  Barreto. 

Ca^ou  com  D.  Theresa  Uiza  Caldas  Barreto. 

sendo  preso  durante  dois  annos. 


38. 


Era  Ameiro-Mór,  Grande  do  Império.  Grã-Cruz  da  Imperial  Ordem  do 
Cruzeiro,  e  do  Conselho  de  S.  Magestade. 

CREAÇÃO  DOS  títulos  :  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  12  de  Outubro  de  1824.  Marquez  por 
decreto  de  12  de  Outubro  de  1826. 


R 


ETIRO.  (Barão  do)  Geraldo  Augusto  de  Rezende. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro  em  31  de  Julho  de  1914. 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  1 1  de  Agosto  de  1887. 


^ 

p 

pi 

REZENDE.  (1.°  Visconde  com  grandeza  de)  António  Telles  da  Silva 
Caminha  e  Menezes. 
Nasceu  em  Torres  Vedras,  em  Portugal,  a  22  de  Setembro  de  1790. 
Falleceu  em  Lisboa  em  8  de  Abril  de  1875. 

Filho  de  Fernando  Telles  da  Silva  Caminha  e  Menezes,  3.»  Marquez  de  Alegrete, 
1  i.o  de  Penalva  e  7.»  Conde  de  Tarouca,  e  de  sua  2.»  mulher  D.  Joanna 
de  Almeida,  filha  dos  2.""  Marquezes  de  Lavradio  e  5.'"  Condes  de  Avintes, 
em  Portugal. 

Adheriu  á  Independência  do  Brasil,  e  serviu  como  Ministro  em  Vienna, 
em  Missão  Especial  em  1824,  em  Paris  em  1828  e  na  Rússia  em  1830. 


383 


Era  Grande  do  Império,  Gentil-Homem  da  Gamara  d'El-Rei  D.  João  VI, 
e  do  Snr  D  Pedro  1,  Mordomo-Mór  e  Veador  de  S.  M.  a  Imperatriz  viuva, 
Duqueza  da  Bragança,  Sócio  da  Academia  de  Sciencias  de  Lisboa  Gra-Cruz 
da  I.  Ordem  da  Rosa,  da  R.  Ordem  de  Christo  de  Portugal,  da  Ordem  MU.tar 
da  Torre  e  Espada,  da  Coroa  de  Ferro  da  Áustria,  da  Ordem  N.  S.  de  VUIa 
Viçosa.  Era  Cavalleiro  da  Ordem  de  Malta. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  As  armas  da  antiga  Casa  de  Alegrete,  que  são  esquarteladas  :  no  primeiro  quartel, 
í  las  dos  Silveiras,  de  prata,  um  le.o  de  purpura  ;  no  segundo  quartel,  as  dos  Telles,  de  o.ro, 
liso  ;  e  assim  seus  alternos. 

COROA  :  A  de  Marquez. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  .,  de  Outubro  de  .824.  Marquez  por 
decreto  de  12  de  Outubro  de  1826. 


REZENDE.  (Barão  de)  Estevão  Ribeiro  de  Souza  Rezende. 
Nasceu  em  19  de  Agosto  de  1840  no  Rio  de  Janeiro. 
Falleceu  em  11  de  Agosto  de  1909,  em  Piracicaba. 
y  o  filho  do  Marquez  de  Valença,  Senador  Estevão  Ribeiro  de  Rezende,  e  de 

sua  mulher  D.  Ilidia  Mafalda.  Irmão  do  Barão  Geraldo  de  Rezende. 
Casou  com  D.  Anna  Gandida  de  Conceição,  filha  do  Barão  de  Serra  Negra 

Francisco  José  da  Conceição,  e  de  sua  mulher  Gertrudes  Rocha. 

Era  Bacharel  em  direito  pela  Academia  de  S.  Paulo,  em  1863,  foi  Depu- 
tado Provincial  e  Geral  na  16.^  legislatura  de  1878,  e  Senador  pelo  Estado 
de  S  Paulo.  Abandonando  a  politica,  dedicou-se  a  lavoura,  sendo  fazendeiro 
em  Piracicaba.  Homem  de  espirito  culto  e  muito  caridoso.  Teve  occasião  de 


383 


hospedar  S.  Magestade  o  Imperador  e  SS.  AA.  I.  1.  os  Senhores  Conde  e 
Condessa  d'Eu,  em  sua  residência,  em  1886. 

Era  Cavalleiro  da  Imperial  Ordem  de  Christo  e  Moço  Fidalgo  com  Exer- 
cido na  Casa  Imperial. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  As  de  seu  irmão  o  Barão  Geraldo  de  Rezende.  (Vide  descripção  neste  titulo). 
CREAÇÃO  DO  TrrULO  :  Baroneza  por  decreto  de  7  de  Maio  de  1887. 


RIBEIRÃO.  (Barão  do)  José  de  Avellar  e  Almeida. 
Falleceu  em  Vassouras,  na  Província  do  Rio  de  Janeiro,  em  26  de 
Março  de  1874. 

Era  Tenente-Coronel  da  Guarda  Nacional,  e  Cavalleiro  da  Imperial  Ordem 
da  Rosa. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  partido  em  pala  :  na  primeira  de  prata,  três  faxas  de  vermelho,  carregada 
cada  uma  de  três  besantes  de  oiro,  e  na  segunda  de  oiro,  uma  cruz  de  goles,  florida. 

COROA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  2j  de  Junho  de  1867. 


R 


1  BEIRÃO  FUNDO.  (Barão  de)  Francisco  Libanio  de  Sá  Fortes. 
Tenente-Coronel  da  Guarda  Nacional. 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  j  de  Agosto  de  1889. 


384 


R 


I BEIRÃO  VERMELHO.  (Barão  de)  António  Torquato"  Teixeira. 
Major  da  Guarda  Nacional. 


CRE.^Ç.^iO  DO  TITULO  :  Bário  por  decreto  de  2í  Je  Setembro  de  i88q. 


R 


IBEIRO  DE  ALMEIDA,    (i.-  Barão  de)  Joaquim  Leite  Ribeiro 

de  Almeida. 
Era  Commendador. 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  23  de  Desembro  de  1887. 


RIBEIRO  DE  ALMEIDA.    (2."   Barão   de)    D.'    João   Ribeiro   de 
Almeida. 
Nasceu  no  Rio  de  Janeiro,  em  16  de  Maio  de  1829. 
Falleceu  na  mesma  cidade  a  17  de  Março  de  1908. 
Filho  de  Bernardino  de  Souza  Reis  de  Almeida  e  de  sua  mulher  D.  Anna 

Maria  de  Freitas  e  Almeida. 

Bacharel  em  sciencias  e  lettras  pelo  Collegio  D.  Pedro  11.  doutor  em 
Medicina  pela  Faculdade  do  Rio  de  Janeiro,  em  1851. 

Entrou  para  o  Corpo  de  Saúde  da  Armada  em  1852,  e  exerceu  varias 
commissões  no  Uruguay,  Paraguay  e  Europa.  Era  do  Conselho  de  S.  Mages- 
tade,  medico  da  Imperial  Camará,  Cirurgião-Mór  reformado  da  Armada, 
membro  da  Academia  de  Medicina,  sócio  do  Instituto  Histórico  e  Geographico 
Brasileiro,  Dignitário  da  1.  Ordem  da  Rosa,  Cavalleiro  da  1.  Ordem  de  S.  Bento 
de  Aviz,  e  condecorado  com  a  medalha  da  Campanha  do  Paraguay. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  i  de  Fevereiro  de  1889. 


Archivo  ?<obilíarchico  Bra»iUiro  49 


38? 


RIBEIRO  BARBOSA.  (Barão  de)  Cândido  Ribeiro  Barbosa. 
Filbo  do  Major  Cândido  Ribeiro  Barbosa  e  de  sua  mulher  D.  Joaquina 
Ribeiro  Barbosa. 
Casou  com  D.  Etelvina  Laura  de  Almeida,  filha  dos  Viscondes  de  S.  Laurindo, 
por  Portugal,  D.''  Laurindo  José  de  Almeida,  e  de  sua  mulher  D.  Maria 
Gertrudes  de  Araújo  e  Almeida. 

Vereador  da  Camará  Municipal  de  S.  Paulo  em  187Ò,  foi  Juiz  de  Paz, 
Presidente  do  Directório  Conservador  e  da  Companhia  de  Estrada  de  Ferro 
Bananalense. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  5  de  Maio  de  1885. 


R 


I  BEI  RO  DE  SÁ.  (Barão  de)  Miguel  Ribeiro  de  Sá. 
Natural  do  Rio  Grande  do  Sul. 


Coronel  da  Guarda  Nacional, 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  15  de  Abril  de  188a. 


R 


IFAINA.  (Barão  da)  Vicente  de  Paula  Vieira. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  BarSo  por  decreto  de  17  de  Setembro  de  1888. 


RIMES.  (Barão  de)  Manuel  António  Cláudio  Rimes. 
Natural  de  Cantagallo,  Província  do  Rio  de  Janeiro. 
Falleceu  em  23  de  Março  de  1904,  no  Rio  de  Janeiro. 
Fazendeiro  e  capitalista  em  S.  Maria  Magdalena. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barío  por  decreto  de  30  de  Janeiro  de  1886. 


í86 


RIO  APA.  (Barão  do)  António  Enéas  Gustavo  Galvão. 
Falleccu  no  Rio  de  Janeiro  em  2s  de  Março  de  1895. 
Filbo  do  Brigadeiro  José  António  da  Fonseca  Galvão  e   de   sua   mulher 

D.  Marianna  Clementina  de  Vasconcellos  Galvão. 

Era  irmão  do  Barão  de  Maracajú,  do  Desembargador  Manoel  do  Nasci- 
mento da  Fonseca  Galvão  e  do  Ministro  do  Supremo  Tribunal  D.'  Enéas 
Galvão,  fallecido. 

A  sua  longa  e  gloriosa  carreira  militar  foi  fecunda  em  bons  serviços  á 
pátria  na  guerra  e  na  paz.  Foi  Ministro  do  Supremo  Tribunal  Militar,  5  de 
Setembro  de  1893,  e  Marechal  Eflfectivo  do  Exercito. 

Era  Cavaileiro  da  Ordem  de  S.  Bento  de  Aviz,  Official  da  hnperial  Ordem 
da  Rosa,  Cavaileiro  da  do  Cruzeiro,  e  teve  a  Medalha  do  Mérito  <v  á  bravura 
militar  >v  e  a  da  Campanha  do  Paraguay. 

<:rRAÇÃ<^  do  titulo  :  Barão  por  decreto  de  30  de  Março  de  1889. 


■  « 


RIO  BONITO,  (i.»  Barão  do)  Joaquim  José  Pereira  de  Faro. 
Natural  da  cidade  de  Braga,  em  Portugal. 
Filbo  de  José  Pereira  de  Faro.  natural  da  Galliza,  e  de  sua  mulher  D.  Fran- 
cisca Theresa  Pereira  Fernandes  de  Sá,  natural  da  cidade  de  Braga,  em 
Portugal. 
Casou  com  D.  Anna  Rita  de  Faro,  que  falleceu  no  Rio  de  Janeiro  em  1 8  de 
Outubro  de  1854. 


,387 


Pae  do  2."  Barão  e  Visconde  do  Rio  Bonito,  e  avó  do  5."  Barão  do  Rio 
Bonito. 

Negociante,  foi  membro  da  Junta  Administrativa  da  Caixa  de  Amortisa- 
ção,  era  Coronel  reformado  do  extincto  i ."  Regimento  de  Infanteria  de  2.»  linha 
do  Exercito. 

Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Imperial,  Cavalleiro  Professo  na  Ordem  de 
Christo,  Commendador  da  Imperial  Ordem  de  Christo.  e  Cavalleiro  da  Impe- 
rial Ordem  do  Cruzeiro. 

BRAZAO  DE  ARMAS  :  Escudo  partido  em  pala,  na  primeira  as  armas  dos  Pereiras.  —  de  vermelho,  uma 
cruz  de  prata,  florida,  vasia  do  campo  ;  no  segunda,  as  armas  dos  Faros,  —  de  prata,  com  uma 
aspa  vermelha  carregada  de  cinco  escudos  das  quinas  do  Reino,  sem  a  orladura  dos  castellos. 
Timbre  :  o  dos  Faros,  —  meio  cavallo  branco  com  três  lançadas  no  pescoço  em  sangue,  bridado  de 
oiro,  com  cabeçalho  e  rédeas  de  vermelho  ;  e  por  differença  uma  brica  azul  com  uma  estrella  de 
oiro.  (BrazSo  passado  em  24  de  Março  de  1841.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  í). 

COROA  :  A  de  Barão.. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Bário  por  decreto  de  ó  de  Outubro  de  1841. 


/>v/^V-V*iv,->. 


RIO  BONITO.   {2.°  Barão  e  Visconde  com  grandeza  do)  João  Pereira 
Larrigue  de  Faro. 
Nasceu  no  Rio  de  Janeiro  em  9  de  Julho  de  1803. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro  em  1 1  de  Novembro  de  1856. 
Filbo  de  Joaquim  José  Pereira  de  Faro,  i."  Barão  do  Rio  Bonito,  e  de  sua 

mulher  a  Baroneza  D.  Anna  Rita  de  Faro. 
Casou  com  D.  Marianna  Joaquina  da  Fonseca,  neta  paterna  do  i ."  Barão  do 
Rio  Bonito. 

Negociante,  fazendeiro  e  proprietário. 


í88 


■v- 


'Jm 


Foi  da  Guarda  de  Honra  Imperial,  onde  teve  o  posto  de  Major,  c  acompa- 
nhou SS.  MM.  Imperiaes  á  Bahia,  em  1826,  como  Commandante  do  piquete 

da  Guarda  de  Honra. 

Foi  Vereador  da  Gamara  Municipal,  Deputado  á  Assembléa  Provincial  do 
Rio  de  Janeiro,  e  Vice-Presidente  desta  Provincia,  quatro  vezes. 

Era  Coronel  da  =,.'  Legião  da  Guarda  Nacional,  Vice-Presidente  do  Banco 

do  Brasil. 

Moço  Fidalgo  da  Imperial  Gamara,  era  Veador  de  S.  M.  a  Imperatriz,  e 
Guarda  Roupa  de  S.  M.  o  Imperador,  Cavalleiro  da  Imperial  Ordem  do 
Cruzeiro,  Official  da  Imperial  Ordem  da  Rosa,  e  Commendador  da  de  Christo. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro  as  armas  dos  Faros,  -  de  prata,  com  uma  aspa 
de  vermelho  carregada  de  cinco  escudos  das  quinas  do  Reino,  sem  a  orladura  dos  castellos  ;  no 
segundo,  de  vermelho,  quatro  faxas  de  oiro  ,  no  terceiro,  de  vermelho,  uma  cruz  de  prata  florida, 
vasia  do  campo  ;  e  no  quarto,  burilado  de  prata  e  azul  com  três  asnas  de  vermelho  por  cima. 
Timbre  :  o  dos  Faros,  —  um  meio  cavallo  branco  com  três  lançadas  no  pescoço  em  sangue,  bridado 
de  oiro.  com  cabeçada  e  rédeas  de  vermelho ;  e  por  differença  uma  brica  azul,  com  uma  estrella  de 
oiro.  (Brazâo  passado  em  20  de  Maio  de  1857.  Reg.  no  artorio  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  34). 

COROA  :  A  de  Conde. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Bário  por  decreto  de  35  de  Março  de  1854-  Visconde  com  grandeza  por  decreto 
de  3  de  Desembro  de  1854. 


RIO  BONITO.  (3."  Barão  do)  José  Pereira  de  Faro. 
hiasceu  na  Provincia  do  Rio  de  Janeiro  em  7  de  Março  de  1832. 
Falleceti  em  Nova  Friburgo  em  2  de  Fevereiro  de  1899. 
Filbo  de  Joaquim  José  Pereira  de  Faro,  Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Imperial, 
Moço  da  Imperial  Gamara  e  Guarda  Roupa  de  S.  Magestade,  e  de  sua 


189 


mulher  D.  Angélica  Joaquina  Vergueiro,  filha  do  Senador  Nicoláo  Pereira 
de  Campos  Vergueiro,  membro  da  Regência  Provisória  de  i8?i  a  1835, 
e  de  sua  mulher  D.  Maria  Angélica  de  Vasconcellos.  Neto  paterno  de 
Joaquim  José  Pereira  de  Faro,  i ."  Barão  do  Rio  Bonito  e  de  sua  mulher 
a  Baroneza  D.  Anna  Rita  de  Faro. 
Casou  com  D.  Francisca  Romana  Larrigue  de  Faro.  filha  dos  Viscondes  de 
Rio  Bonito,  sua  prima. 
Eram  pães  da  Baroneza  de  S.  Clemente. 

Fazendeiro  importante,  occupou  o  cargo  de  Juiz  de  paz. 

Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Imperial,  era  Veador  de  S.  M.  a  Imperatriz, 
Official  da  Imperial  Ordem  da  Rosa,  Commendador  da  Imperial  Ordem  de 
Christo,  e  da  de  N.  S.  da  Conceição  de  Villa  Viçosa,  de  Portugal. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro  as  armas  dos  Faros,  —  de  prata,  uma  aspa  de 
vermelho  carregada  de  cinco  escudos  das  quinas  do  Reino,  sem  a  orladuro  dos  castellos  ;  no 
segundo,  de  vermelho,  quatro  faxas  de  oiro  ;  no  terceiro,  as  armas  dos  Pereiras.  —  de  vermelho,  uma 
cruz  florida,  vasia  do  campo  ;  e  no  quarto,  burilado  de  prata  e  azul  com  três  asnas  de  vermelho  por 
cima.  Timbre  :  o  dos  Faros,  —  um  meio  cavallo  branco  com  três  lançadas  no  pescoço  em  sangue, 
bridado  de  oiro  com  cabeçada  e  rédeas  de  vermelho  ;  e  por  differença  uma  brica  azul  com  uma  estrella 
de  oiro.  (Brazão  passado  em  ao  de  Maio  de  1857.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fís.  ?^). 

CORÓA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Bar5o  por  decreto  de  13  de  Agosto  de  1873. 


R 


IO   BRANCO.  (Visconde  com  grandeza  do)  José  Maria  da  Silva 
Paranhos. 


390 


Nasceu  na  Bahia  em  1 6  de  Março  de  1819. 

Falleceu  no  Rio  de  Janeiro  em  i  de  Novembro  de  1880. 

Filho  de  Agostinho  da  Silva  Paranhos  e  de  sua  mulher  D.  Josepha  Emeren- 

ciana  Barreiro. 
Casou  com  D.  Thereza  Figueiredo  Rodrigues  de  Faria,  filha  de  Bernardo 

Rodrigues  de  Faria,  e  de  sua  mulher  D.  Luisa  de  Figueiredo  Fana. 

Matriculado  na  Escola  de  Marinha,  passou  logo  depois  á  Escola  Militar, 
para  onde  o  chamava  a  pronunciada  vocação  que  tinha  para  as  sciencias 
mathematicas,  em  que  se  graduou.  Foi  Director  da  Escola  Militar,  depois 
Escola  Central,  e  hoje  Polytechnica,  e  lente  de  1844  a  1876. 

Foi  Deputado  Provincial  do  Rio  de  Janeiro,  e  Geral  nas  7.»,  9-*  e  'o' 
legislaturas.  Foi  Presidente  dessa  Província  em  1858  e  Senador  por  Matto- 

Grosso  em  1 862 .  .      n  * 

Chamado  aos  Conselhos  da  Coroa,  foi  Ministro  dos  Negócios  Estran- 
geiros, e  da  Marinha  no  12."  Gabinete  de  6  de  Setembro  de  1853  ;  dos 
Estrangeiros  e  interino  da  Guerra  no  14»  Gabinete  de  12  de  Desembro  de 
,858  ;  da  Fazenda  e  interino  dos  Estrangeiros  no  16.»  Gabinete  de  2  de  Março 
de  1861  ;  dos  Estrangeiros  no  2?.°  Gabinete  de  16  de  Julho  de  1868  ;  Presi- 
dente do  Conselho  no  2-..°  Gabinete  de  7  de  Março  de  1871,  gerindo  a  pasta 
da  Fazenda  e  interinamente  a  da  Guerra.  A  este  benemérito  se  deve  a  Áurea 
Lei  de  28  de  Setembro  de  187 1  —  libertação  do  ventre  da  mulher  escrava. 

Foi  Secretario  da  Missão  Especial  no  Rio  da  Prata  em  1851  ;  Ministro 
Residente,  e  varias  vezes  Ministro  Plenipotenciário  e  Enviado  Extraordinário 
nas  Republicas  Argentina,  do  Uruguay  e  Paraguay. 

Era  Professor  jubilado  da  Escola  Polytechnica,  honorário  da  Escola  de 
Bellas  Artes  ;  Major  honorário  do  Exercito  ;  Grâo-Mestre  do  Oriente  do 
Brasil ;  Presidente  do  Montepio  da  Economia  dos  Servidores  do  Estado  ; 
Sócio  correspondente  do  Instituto  Histórico  e  Geographico  Brasileiro,  desde 
,846  ;  da  Academia  Real  de  Sciencias  de  Lisboa  ;  Vice-Presidente  do  Instituto 
Polytechnico  ;  membro  da  British  and  Foreign  Anti-Slavery  Society,  etc. 

Grande  do  Império  ;  do  Conselho  de  Sua  Magestade  ;  Conselheiro  de 
Estado  Ordinário  nomeado  em  .866  ;  Veador  da  Casa  Imperial ;  Dignitário 
da  I.  Ordem  do  Cruzeiro,  Commendador  da  1.  Ordem  da  Rosa,  e  Grã-Cruz 
das  seguintes  Ordens  estrangeiras  :  de  Christo  e  Villa  Viçosa,  de  Portugal  ; 
da  Legião  de  Honra,  da  França  ;  da  Águia  Branca  e  de  SanfAnna,  de  1  .*  classe, 
da  Rússia  ;  de  Leopoldo,  da  Áustria  ;  de  S.  Maurício  e  S.  Lazaro,  da  Itália, 
e  da  distincta  Ordem  hespanhola  de  Carlos  Hl. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :   Em  campo  azul,   uma  esphera  armilar  de  oiro,   acompanhada  á  destra  de  uma 
penna  de  prata,  á  sestra  de  um  compasso  aberto,  de  oiro,  e  na  ponta,  de  um  rio  de  prata.  PAQyirE  : 


39' 


.-*♦ 


das  cores  e  metaes  do  escudo.  Divisa  ;  Deus  et  Labor.  (Brazão  passado  em  28  de  Junho  de  1S71. 
Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  1 14). 

COROA  :  A  de  Conde. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  20  de  Junho  de  1870. 


RIO  BRANCO.  (Barão  do)  José  Maria  da  Silva  Paranhos. 
Nasceu  no  Rio  de  Janeiro  em  20  de  Abril  de  184S. 
Falleceu  nessa  cidade  a  10  de  Fevereiro  de  191 2. 
Filho  dos  Viscondes  do  Rio  Branco. 
Casou  com  D.  Maria  Stevens,  de  nacionalidade  belga. 

Bacharel  em  sciencias  jurídicas  e  sociaes  pela  Faculdade  do  Recife,  tendo 
cursado  os  primeiros  quatro  annos  na  de  S.  Paulo,  foi  Lente  de  Francez  do 
CoUegio  Pedro  II  e  redactor  chefe  do  jornal  fluminense  /1  Nação  durante  a 
campanha  abolicionista  de  1870  a  1871. 

Foi  Deputado  á  Assembléa  Geral  pela  Província  do  Matto-Grosso,  nas 
14."  e  15.»  legislaturas  de  1869  a  1875.  Cônsul  Geral  em  Liverpool,  de  1876  a 
1893,  e  superintendente  do  serviço  brasileiro  de  immigração  na  Europa  ; 
Ministro  Plenipotenciário  em  Washington  de  1893  a  1895  no  processo  de 
arbitragem  da  questão  das  Missões,  e  depois  na  questão  do  território  contes- 
tado do  Amapá,  em  Paris  de  1896  a  1899  e  em  Berna  de  1899  a  1901,  e  em 
Berlin  de  1901  a  1902. 

O  Barão  de  Rio  Branco,  com  o  seu  raro  tino  diplomático  e  patriotismo, 
confirmou  ao  Brasil,  com  o  laudo  de  Washington,  a  posse  de  30622  kilo- 
metros  quadrados,  com  o  de  Berna  260000  kilometros  quadrados,  e  ainda 


392 


pelo  tratado  de  Petrópolis  mais  de  aoooo  kilometros  quadrados,  no  todo 
490622  kilometros  quadrados,  tudo  sem  guerras,  deixando  os  seus  conten- 
dores ainda  mais  amigos  do  Brasil . 

Foi  o  Ministro  da  pasta  dos  Negócios  Estrangeiros  durante  os  successivos 
governos  dos  Presidentes,  Conselheiro  Rodrigues  Alves,  Conselheiro  Aflfonso 
Pena    Nilo  Peçanha  e  Marechal  Hermes  da  Fonseca,  desde  1902  até  19 12. 

Era  Presidente  do  Instituto  Histórico  e  Geographico  Brasileiro  :  membro 
da  Academia  de  Lettras  ;  Sócio  Honorário  do  Instituto  do  Ceará  ;  membro  da 
British  Royal  Geographical  Society,  de  Londres,  etc. 

Do  Conselho  de  S.  M.  o  Imperador,  era  Moço  Fidalgo  da  Casa  Imperial ; 
Dignitário  da  1.  Ordem  da  Rosa  ;  Gran-Cruz  da  Águia  Branca,  da  Rússia; 
Gran-Cruz  do  Dragão  da  China  ;  Official  da  Legião  de  Honra,  da  França  ;  de 
Leopoldo,  da  Bélgica  ;  de  Christo,  de  Portugal ;  de  S.  Estanislau,  de  2.''  classe, 
da  Rússia  ;  da  Coroa,  da  Itália  ;  da  Ordem  da  Instrucção  Publica,  da  França, 
e  Commendador  da  Ordem  do  Busto  do  Libertador  de  Venezuela. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Em  campo  azul  uma  esphera  armilar  de  oiro,  acompanhada,  em  ponta,  de  um  rio 
de  praia.  Paquipe  :  das  côres  c  nictaes  do  escudo.  Divisa  :  Ubique  patna  Mtmor. 

CORÔA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  30  de  Maio  de  1888. 


R 


10  CLARO.  (Barão  de)  António  Manuel  de  Freitas. 
Fcillecen  no  Rio  de  Janeiro  em  5  de  Agosto  de  1869. 
Era  Commendador  da  Imperial  Ordem  de  Christo. 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  25  de  Março  de  1849. 


RIO  CLARO,  (i."  Barão  de  Araraquára  e  Visconde  de)  José  Estanisláo 
de  Oliveira. 
Nasceu  na  cidade  de  S.  Paulo,  capital  da  Provincia  do  mesmo  nome,  cm  s  de 

Janeiro  1803. 


Archlvo  Nobllitrchico  Bríêlleiro  ç» 


393 


'*> 


Falleceu  nessa  cidade  em  4  de  Setembro  de  1884. 

Filbo  de  Estanisláo  José  de  Oliveira,  natural  de  Portugal,  e  Professor  de 
rethorica  em  S.  Paulo,  e  de  sua  mulher  D.  Maria  Joaquina  de  Araújo. 

Casou  com  D.  Elisa  de  Mello  Franco,  natural  de  Goettingen  na  Alemanha,  e 
fallecida  em  Rio  Claro  em  19  de  Abril  de  1891,  filha  do  D."^  Justiniano 
de  Mello  Franco  e  de  sua  mulher  D.  Anna  Carolina  de  Mello  Franco.  Eram 
pães  do  2."  Barão  de  Araraquára,  e  de  Mello  e  Oliveira. 

Em  1818  sentou  praça  no  Batalhão  n."  ^  de  Caçadores,  e  nelle  militou  até 
1828,  reformando-se  no  posto  de  Alferes. 

Dedicando-se  em  1836  á  lavoura,  organisou  diversas  fazendas  em  Cam- 
pinas e  Rio  Claro,  modelos  de  cultura  adiantada. 

Era  Coronel  Commandante  da  Guarda  Nacional. 

CREAÇÃO  DOS  títulos  :  Barão  de  Arar.ii|uára  por  decreto  de  30  de  Maio  de  1867.  Visconde  do  Rio 
Claro  por  decreto  de  19  de  Julho  de  1870. 


RIO  COMPRIDO.  (Barão  de  Passeio  Publico  e  Visconde  com  gran- 
deza de)  José  de  Oliveira  Barbosa. 
Nasceu  na  fortaleza  de  São  João  da  Barra,  na  Frovincia  do  Rio  de  Janeiro, 
em  22  de  Agosto  de  1753,  da  qual  era  Governador  seu  avô  materno, 
Sargento-Mór  Francisco  Pereira  Leal. 
Falleceu  em  2  de  Maio  de  1844. 
Filbo  de  João  de  Oliveira  Barbosa. 

Sentou  praça  de  cadete,  em  177S,  tendo  servido  em  1784,  no  destaca- 
mento da  guarnição  da  Ilha  da  Trinidade.  Secretario  de  Estado  em  1796,  era 
Brigadeiro  em  1808  e  no  anno  seguinte  Governador  e  Capitão  General  do 
Reino  da  Angola. 

Era  Vogal  do  Conselho  Supremo  Militar  em  18 18,  Tenente  General  em 
1821,  foi  Conselheiro  de  Guerra  e  Chefe  da  Divisão  da  Guarda  Real  de 
Policia,  em  181 8. 

Ministro  da  Guerra  no  3."  Gabinete  de  1823,  referendou  o  decreto  que 
dissolveu  a  Assembléa  Constituinte  de  1823. 

Era  Commendador  da  Imperial  Ordem  de  S.  Bento  de  Aviz. 

CREAÇÃO  DOS  Títulos  :  BarSo  do  Passeio  Publico  por  decreto  de  1 8  de  Outubro  de  1 819.  Visconde  com 
grandeza  do  Rio  Comprido  por  decreto  de  18  de  Julho  de  1841. 


394 


/ 


RIO  DAS  CONTAS.  (Barão  com  grandeza  do)  Francisco  Vicente 
Vianna. 
Casou  com  D.  Maria  Amália  Muniz  Vianna. 

Era  bis-avô  do  Visconde  de  Ferreira  Bandeira,  Pedro  Ferreira  de  Vianna 
Bandeira,  fallecido  na  Bahia  a  26  de  Setembro  de  1916. 

Foi  o  primeiro  Presidente  da  Provincia  da  Bahia,  em  1824. 
Era  Commendador  da  Imperial  Ordem  de  Christo  e  Official  da  Imperial 
Ordem  da  Rosa. 

CREAÇÃO  DOS  títulos  :  Barão  por  decreto  de  12  de  Outubro  de  i83S.  Barão  côm  grandeza  por  decreto 
de  14  de  Março  de  1800. 


RIO  DE  CONTAS.  (2."  Barão  do)  Pedro  Muniz  Barreto  de  Aragão. 
Nasceu  na  Bahia  em  17  de  Agosto  de  1827. 
Falleceu  nessa  Provincia,  na  cidade  de  S.  Amaro,  em  20  de  Abril  de  1894. 
Filho  do  Commendador  Egaz  Muniz  Barreto  de  Aragão. 
Casou  com  D.  Carlota  Ratton  Muniz  Barreto  de  Aragão,  que  era  filha  do 
Barão  de  Itapororóca  José  Joaquim  Muniz  Barreto  de  Aragão. 

Bacharel  em  direito  pela  Faculdade  do  Recife,  foi  muitas  vezes  deputado 
Provincial,  e  Geral  nas  10.»,  i  \.\  12.*  legislaturas,  desde  1857,  até  1866. 

Era  Moço  Fidalgo  com  exercido  na  Casa  Imperial,  Official  da  I.  Ordem 
da  Rosa. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  30  de  Maio  de  1888. 


R 


10  DOCE.  (Barão  do)  D.'  António  José  Gonçalves  Fontes. 
Fallecido  em  25  de  Setembro  de  191 3. 


39=* 


Era  Commendador  da  Imperial  Ordem  de  Christo,  da  Imperial  Ordem 
da  Rosa  e  da  Real  Ordem  de  N.  S.  da  Conceição  de  Villa  Viçosa,  de  Portugal. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  39  de  Fevereiro  de  187». 


RIO   DAS  FLORES,  (i."  Barão  do)  José  Vieira  Machado  da  Cunha. 
Falleceti  em  Valença  em  i  de  Novembro  de  1879. 
Natural  de  Porto  das  Flores,  Minas  Geraes. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  3  de  Abril  de  1867. 


RIO  DAS  FLORES.  (2."  Barão  do)  Misael  Vieira  Machado  da  Cunha. 
Era  Official  da  Imperial  Ordem  da  Rosa. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão  por  decreto  de  14  de  Agosto  de  1886. 


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RIO  FORMOSO.  ( i.°  Barão  do)  Manuel  Thomaz  Rodrigues  Campello. 
Falleceu  em  Pernambuco  com  70  annos  de  idade. 

Foi  Vice-Presidente  da  Província  de  Pernambuco,  desde  23  de  Junho  de 
1865  até  12  de  Agosto  de  mesmo  anno. 

Era  Commendador  da  Imperial  Ordem  de  Christo  e  Official  da  Imperial 
Ordem  da  Rosa. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Bário  por  decreto  de  j  de  Desembro  de  1854. 


RIO  FORMOSO.  (2.0  Barão  do)  Presciliano  de  Barros  Accioli  Lins. 
Era  Tenente-Coronel  da  Guarda  Nacional. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  d»  18  de  janeiro  de  i88j. 


396 


RIO  FORMOSO.  (3.«  Barão  de  Araçagye  Visconde  do)  D.' Francisco 
de  Caldas  Lins. 
Natural  de  Pernambuco. 

Foi  Deputado  Geral  pela  Província  de  Pernambuco  nas  15.^  e  16.''  legisla- 
turas de  1872  a  1878  e  na  20.^'  de  1886  a  1889. 

CREAÇÀO  DOS  títulos  :  B»rão  de  Araçagy  por  decreto  de  .  de  Novembro  de  .867.  Visconde  do  Rio 
Formoso  por  decreto  de  23  de  Fevereiro  de  1889. 


R 


10  FUNDO.  (Barão  de)  Ignacio  Borges  de  Barros. 
Falleceu  na  Bahia  em  lo  de  Maio  de  1870. 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :  BarSo  com  grandeza  por  decreto  de  2  de  Setembro  de  .85^ 


^>/^    ^  "x-ai. 


^m*í 


RIO  GRANDE.  (Barão  e  Visconde  com  grandeza  de)  José  de  Araújo 

Nasceu  em  Porto-Alegre,  Rio  Grande  do  Sul.  em  20  de  Julho  de  1800. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro  em  26  de  Julho  de  1879. 

Bacharel  em  direito  pela  Universidade  de  Coimbra,  em  .823,  seguio  a 
Carreira  diplomática  sendo  nomeado  Secretario  da  Legação  Brasileira  em 
Nápoles,  em  .826,  dois  annos  depois  era  Encarregado  de  Negócios  nos 
Estados  Unidos;  em  .83.  serviu  como  Enviado  Extraordinário  na  Grã- 
Bretanha.  em  .835  em  Portugal,  em  .837  em  França,  em  .843  desempenhou 
uma  missão  especial  na  Inglaterra,  aposentando-se  em  1854- 

Foi  Presidente  da  Provinda  de  Minas  Geraes  em  1833,  e  duas  vezes  do 
Rio  Grande  do  Sul.  que  representou  também  na  3."  legislatura  de  i834->837- 
Em  1848  foi  nomeado  Senador  pelo  Rio  Grande  do  Sul. 


397 


Era  Grande  do  Império,  do  Conselho  de  S.  Magestade,  Commendador 
da  Imperial  Ordem  de  Christo,  Official  da  Legião  de  Honra,  da  França,  membro 
do  Instituto  Histórico  e  Geographico  Brasileiro,  desde  1838,  etc. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  com  grandeza  por  decreto  de  30  de  Novembro  de  1866.  Visconde  com 
grandeza  por  decreto  de  14  de  Outubro  de  1874. 


RIO  NEGRO.  (Barão  do)  Manuel  Gomes  de  Carvalho. 
Nasceu  em  27  de  Abril  de  i8?6,  no  Amparo  da  Barra  Mansa,  na  Pro- 
víncia do  Rio  de  Janeiro. 

Falleceu  em  Paris  em  27  de  Desembro  de  1898. 

Filho  de  Manuel  Gomes  de  Carvalho,  1."  Barão  do  Amparo,  e  de  sua  mulher 
D.  Francisca  Bernardina  Leite  de  Carvalho. 

Casou  em  7  de  Janeiro  de  i8s7  com  D.  Emilia  Gabriella  Teixeira  Leite  de 
Carvalho,  sua  sobrinha. 

Era  irmão  do  2.»  Barão  do  Amparo  e  Visconde  da  Barra  Mansa. 
Proprietário  e  capitalista. 

BRAZAO  DE  ARMAS  :  As  de  seu  Pae  o  j."  Barão  de  Amparo.  Escudo  esquarlelado  :  no  primeiro  quartel, 
em  campo  de  oiro,  três  cabeças  de  Índios  Araris,  tendo  na  cabeça  um  turbante  de  pennas  de  cores, 
postas  em  roquette,  duas  e  uma  ;  no  segundo,  em  campo  vermelho,  um  pelicano  de  oiro  em  um 
ninho  mordendo  as  entranhas  para  com  seu  sangue  nutrir  os  filhos,  tendo  cm  chefe  uma  banda  de 
azul  com  três  bolotas  de  prata  ;  e  assim  os  contrários.  Timbre  :  uma  das  cabeças  de  Índio  das  armas. 
Divisa  ;  /Imbitio  et  invidia  sit  procul.  (Brazão  passado  em  i8  de  Julho  de  1867.  Reg.  no  Cartório  da 
Nobreza,  l.iv.  VI,  fls.  ój). 

COROA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  BarSo  por  decreto  de  15  de  Maio  de  1867. 


398 


RIO  N  OVO .  (Barão  e  Visconde  com  grandeza  do)  José  António  Barroso 
de  Carvalho. 
Nasceu  em  14  de  Fevereiro  de  1816. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro  em  1 7  de  Outubro  de  1869. 

A  Viscondessa  depois  de  viuva  foi  elevada  a  Condessa  do  mesmo  titulo 
por  decreto  de  16  de  Outubro  de  1880. 

Era  Dignitário  da  Imperial  Ordem  da  Rosa  e  Commendador  da  Imperial 
Ordem  de  Christo. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  9  de  Junho  de  1856.  Visconde  com  grandeza  por  decreto 
de  27  de  Março  de  1867. 


RIO  NOVO.  (Barão  do)  José  Augusto  de  Rezende. 
Falleceu  no  Rio  Novo,  Província  de  Minas  Geraes,  em  3  de  Desembro 
de  1904. 
Major  da  Guarda  Nacional  e  fazendeiro  importante  em  Minas  Geraes. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Bário  por  decreto  de  20  de  Agosto  de  1889. 


RIO  DO  OURO.  (Barão  do)  D.'  Braz  Pereira  Nunes. 
Doutor  em  medicina. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  24  de  Março  de  1881. 


R 


10  PARDO.  (Barão  com  grandeza  e  Conde  de)  Thomaz  Joaquim 
Pereira  Valente. 


399 


Nasceu  na  cidade  do  f^orto  em  1 790. 

Falleceu  no  Rio  de  Janeiro  em  }o  de  Agosto  de  1849. 

Filbo  do  D.'  Domingos  Joaquim  Pereira  Valente,  e  de  sua  mulher  D.  Antónia 
Pereira  Valente. 

Casou  com  D.  Maria  Joanna  Benedicta  de  Almeida  Valente.  Dama  honorária 
de  S.  M.  a  Imperatriz,  tendo  fallecido  no  Rio  de  Janeiro,  em  22  de  Julho  de 
1879,  com  76  annos  de  idade,  filha  do  Marquez  de  Santo  Amaro,  e  de 
sua  2.»  mulher  D.  Maria  Benedicta  Papança  de  Almeida. 

Destinara-se  á  mesma  carreira  de  seu  illustre  Pae,  porem  vendo  a  Pátria 
invadida  pelos  francezes,  vestiu  a  farda  de  soldado,  e  como  cadete  da  divisão 
lusitana  em  1807,  fez  toda  a  Guerra  Peninsular.  Esteve  em  Albuera,  Sala- 
manca e  Victoria,  onde  gravemente  ferido,  foi  feito  prisoneiro  e  conduzido  á 
Marselha.  Promovido  a  Major,  tinha  em  sua  honrada  farda  a  medalha  de  oiro 
das  seis  campanhas. 

Esteve  em  Pernambuco  em  1817,  e  pacificada  esta  Província,  veiu  à 
Corte,  onde  teve  o  posto  de  Tenente-Coronel,  o  Habito  da  Torre  e  Espada, 
e  o  commando  eflfectivo  do  Batalhão  de  Caçadores.  Foi  021."  Governador  da 
Província  de  S.  Catharina,  em  1821. 

Foi  na  epocha  da  Independência  um  dos  soldados  da  Liberdade,  mere- 
cendo do  Imperador,  por  seus  serviços,  o  cargo  de  seu  Ajudante  de  Campo. 
Occupou  o  posto  de  Commandante  das  Armas  da  Corte  em  1829,  e  da 
Província  do  Rio  Grande  do  Sul,  em  1841.  Presidiu  a  Provinda  do  Piauhy, 
em  1844,  fo'  Ministro  da  Guerra  no  8."  Gabinete  de  1829.  Era  Marechal  de 
Campo  do  Exercito  Brasileiro,  Vogal  do  Conselho  Supremo  militar,  do 
Conselho  de  S.  M.  o  Imperador,  Gentil-Homem  da  Imperial  Camará,  Grã- 
Cruz  das  Ordens  de  Christo,  de  S.  Bento  de  Aviz,  da  Torre  e  Espada,  de 
Portugal,  e  condecorado  com  diversas  medalhas  de  campanha.  Era  o  primeiro 
mestre  de  manobras  militares  do  Augusto  Fundador  do  Império,  D.  Pedro  I. 

CREAÇÃO  DOS  títulos  :  BarSo  com  grandeza  por  decreto  de  i  J  de  Outubro  de  182-;.  Conde  por  decreto 
de  12  de  Outubro  de  1827. 


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R 


10  PARDO.  (2.0  Barão  do)  Joaquim  Honório  de  Campos. 
Falleceu  em  ?  de  Desembro  de  1 88 1 . 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :  BarSo  por  decreto  de  28  de  Desembro  de  1872. 


400 


R 


10  PARDO.  (3.°  Barão  do)  António  José  Correia. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  23  de  Desembro  de  1887. 


R 


10  POMBA.  (Barão  do)  António  Teixeira  de  Carvalho. 
Natural  de  Barbacena,  Minas  Geraes. 


Coronel  da  Guarda  Nacional. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  3  de  Agosto  de  1889. 


RIO  DA  PRATA.  (Barão  com  grandeza  do)  Rodrigo  Pinto  Guedes. 
Nasceu  em  Gradiz,  Portugal,  em  17  de  Julho  de  1762. 

Falleceu  em  Paris,  em  i?  de  Junho  de  1845. 

Filho  de  Rodrigo  Pinto  Guedes  e  de  sua  mulher  D.  Anna  Maria  da  Silveira 
Pereira. 

Casoii  com  D.  Constança  Smissaert  Pinto  Caldas  (irman  da  Marqueza  de 
Cantagallo)  que  nasceu  a  26  de  Junho  de  1 807  e  falleceu  a  1 7  de  Desembro 
de  1831  ;  primeira  filha  de  José  Pereira  Caldas  e  de  sua  mulher  D.  Cons- 
tança Smissaert.  A  Baroneza  do  Rio  da  Prata  era  viuva  de  António  de 
Saldanha  da  Gama,  Gentil-Homem  da  Imperial  Camará,  Ajudante  de 
Ordem  de  D.  Pedro  1,  8.°  filho  de  João  de  Saldanha  da  Gama  Mello 
Torres  Guedes  de  Brito,  6."  Conde  da  Ponte,  que  nasceu  a  4  de  Desembro 
de  1773  e  falleceu  na  Bahia  quando  era  Governador  e  Capitão-General, 
em  24  de  Maio  de  1809. 

Brasileiro  ex-vi  da  Constituição,  foi  Almirante  reformado  da  Armada, 
commandando  a  Esquadra  na  Campanha  do  Rio  da  Prata,  de  Março  de  1826 
a  Desembro  de  1828. 


Archivo  Nobilitrchko  Bruii«ii'0  51 


401 


Era  Grande  Dignitário  da  Imperial  Ordem  da  Rosa  e  Grã-Cruz  da  Impe- 
rial Ordem  de  S.  Bento  de  Aviz,  e  da  Torre  e  Espada. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  BarSo  com  grandeza  por  decreto  de  12  de  Outubro  de  i8a6. 


RIO  PRETO.  (Barão  e  Visconde  com  grandeza  de)  Domingos  Custodio 
Guimarães. 
Falleceu  em  7  de  Setembro  de  1868. 

Casou  com  D.  Maria  das  Dores  de  Carvalho  Guimarães,  que  falleceu  em 
Valença  em  12  de  Janeiro  de  1873. 

Foi  provedor  da  Santa  Casa  de  Misericórdia  da  cidade  de  Valença,  Commen- 
dador  da  I.  Ordem  da  Rosa  e  da  de  Christo. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Lisonja  partida  em  três  palas  :  na  primeira  e  terceira,  de  prata  cobertas  com  uma 
rede  de  sable,  a  segunda  de  goles  com  um  leão  de  prata  rompente  armado  de  prata,  com  uma 
espada  na  garra  direita,  ensanguentada,  copos  de  oiro  e  folha  de  prata,  a  qual  cae  na  primeira  pala 
e  a  cauda  do  leão  na  ultima.  Um  chefe  de  azul,  carregado  com  um  coração  inflammado  de  oiro, 
entre  duas  estrellas  de  prata.  (Brazão  concedido  á  Viscondessa  viuva,  em  38  de  Outubro  de  1869. 
Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  106). 

COROA  :  A  de  Conde. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  1  de  Desembro  de  1854.  Visconde  com  grandeza  por 
decreto  de  14  de  Março  de  1867. 


402 


RIO  PRETO.  (Barão  de)  Domingos  Custodio  Guimarães  niho. 
Falleceu  em  12  de  Fevereiro  de  1876  em  Valença. 
Filbo  dos  Viscondes  de  Rio  Preto. 
Casou  com  D.  Maria  Bebiana  de  Araújo  Guimarães. 

Era  Tenente-Coronel  da  Guarda  Nacional  de  Valença. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Um  escudo  com  .«  de  seu  mãe  a  Viscondessa  do  Rio  Preto.   (Ver  a  descripçSo 

nesse  titulo). 
COROA  :  A  de  Bar5o. 
CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  23  de  Setembro  de  1874. 


R 


10  REAL.  (i.o  Barão  do)  José  Dantas  de  itapicurú. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  14  de  Setembro  de  1859. 


RIO  REAL.  (2.°  Barão  do)  João  Gualberto  Dantas. 
Natural  da  Bahia. 
Falleceu  em  i8  de  Fevereiro  de  1888. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  ;  Barão  por  decreto  de  ó  de  Setembro  de  i8óó. 


403 


.^ 


R 


10  DAS  VELHAS.  (Barão    e  Visconde  do)    Francisco   de   Paula 
Fonseca  Vianna. 


CREAÇAO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  35  de  Abril  de  1867.  Visconde  por  decreto  de  7   de 
Março  de  188^ 


RIO  VERDE.  (Barão  do)  João  António  de  Lemos. 
Nasceu  na  Provincia  de  Minas  Geraes. 
Falleceu  em  S.   Gonçalo  do  Sapucahy,   nessa  Provincia,   assassinado  pelo 
D.''  Joaquim  Gomes  de  Souza,  casado  com  uma  sua  neta,  e  que  condem- 
nado  successivamente  três  vezes,  pelo  Jury,  foi  entretanto  absolvido,  por 
irresponsável,  como  alienado,  e  internado  no  Hospicio  D.  Pedro  li,  onde 
falleceu. 
Casou  com  D.  Olympia  Carolina  Villela  de  Lemos,  natural  de  S.  Gonçalo  do 
Sapucahy,  em  Minas  Geraes. 

Politico  influente  no  Sul  de  Minas,  foi  Deputado  Provincial  em  cinco 
legislaturas  e  Geral  por  sua  Provincia  nas  3.*,  4.»  e  5.»  legislaturas  de  1830 
até  1841. 

Era  membro  do  Conselho  Geral  da  Provincia  de  Minas.  Foi  o  fundador, 
em  S.  Gonçalo,  da  primeira  Fabrica  de  Chapéos  no  Brasil. 

Commendador  da  Imperial  Ordem  de  Christo. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  1 1  de  Outubro  de  1848. 


RIO  VERMELHO.  (Visconde  de)  Manuel  Ignacio  da  Cunha  Menezes. 
Natural  da  Provincia  da  Bahia. 
Falleceu  nessa  Provincia  em  15  de  Janeiro  de  1850. 
Casou  com  D.  Maria  Joanna  da  Cunha  Menezes. 


404 


Commandante^Superior  da  Guarda  Nacional,  foi  Vice-Presidcnte  da  Pro- 
vinda da  Bahia  em  1835  e  Senador  por  essa  Provincia,  nomeado  en  1827. 

Era  Commendador  da  Imperial  Ordem  da  Rosa  e  de  Christo,  e  sócio  do 
Instituto  Histórico  e  Geographico  Brasileiro  desde  1839. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Visconde  por  decreto  de  17  de  Desembro  de  1830. 


RIO  VERMELHO.  (Barão  do)  José  Félix  da  Cunha  Menezes. 
Falleceu  na  Provincia  da  Bahia  em  23  de  Julho  de  1870. 
Casou  com  D.  Joaquina  Júlia  Navarro  da  Cunha  Menezes,  natural  da  Provincia 
da  Bahia. 

Era  Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Imperial,  Dignitário  da  Imperial  Ordem 
da  Rosa,  e  Commendador  da  de  Christo. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  2  de  Desembro  de  1854. 


ROMEIRO.  (Barão  de)  Manuel  Ignacio  Marcondes  Romeiro. 
Nasceu  na  Provincia  de  S.  Paulo. 
Falleceu  em  Pindamonhangaba,  nessa  Provincia,  a  30  de  Janeiro  de  1890. 
Filbo  do  Sargento-Mór  de  Pindamonhangaba   José   Romeiro   de   Oliveira, 

Cavalleiro  da  Ordem  de  Christo,  e  de  sua  mulher  D.  Anna  Marcondes 

de  Moura  Romeiro. 
Casou  em  primeiras  núpcias  com  D.  Marianna  Marcondes  Cabral  e  em  segundas 

núpcias  com  D.  Marianna  Marcondes  de  Oliveira  César,  Baroneza  de 

Romeiro,  filha  de  António  de  Oliveira  César  e  de  sua  mulher  D.  Maria 

Angélica  de  Oliveira  César. 

Importante  lavrador  e  capitalista. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  ;  Barão  por  decreto  de  31  de  Janeiro  de  1877. 


405 


n' 


ROSÁRIO.  (Barão  do)  João  José  do  Rosário. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro. 

Foi  Director  de  Contabilidade  do  Thesouro  Nacional  e  era  do  Conselho 
de  S.  Magestade. 

Cavalleiro  da  Imperial  Ordem  da  Rosa  e  da  Real  Ordem  de  Christo  de 
Portugal. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  5  de  Maio  de  1889. 


S ABARA.  (Visconde  do  Fanado,  e  Marquez  de)  João  Gomes  da  Silveira 
Mendonça. 
Nasceu  na  cidade  de  S.  Miguel,  na  Província  de  Minas  Geraes,  em  1781. 
Falleceu  em  2  de  Julho  de  1827. 
Filho  de  João  Gomes  Pereira. 

Sentou  praça  em  28  de  Março  de  1801.  no  regimento  de  Cavallaria,  de 
Minas  Geraes,  e  foi  reconhecido  cadete  nesse  mesmo  anno.  Seguindo  para  a 
Europa,  fez  em  Lisboa  os  cursos  de  sciencias  physicas  e  naturaes,  e  regressando 
ao  Brasil,  foi  promovido  a  Capitão  e  Ajudante  de  Ordens  do  General  Inspector 
Geral  de  Artilharia  e  Fundições. 

Coronel  em  1816,  serviu  de  Addido  ao  Estado  Maior. 

Foi  Deputado  ás  Cortes  Constituintes  Portuguezas,  em  1821,  pela  Pro- 
víncia de  Minas  Geraes,  e  um  dos  signatários  da  Constituição  brasileira,  tendo 
sido  membro  da  Constituinte  brasileira,  em  1823. 

Inspector  da  Fabrica  de  Pólvora,  foi  Brigadeiro,  em  1822  ;  Ministro  da 
Guerra  no  3.°  Gabinete  de  1823  ;  Senador  pela  Província  de  Minas  Geraes  em 
1826,  e  Conselheiro  de  Estado,  em  1824.  Grande  do  Império  e  Dignitário  da 
Imperial  Ordem  do  Cruzeiro. 

CREAÇÃO  DOS  títulos  :  Visconde  com  grandeza  do  Fanado,   por  decreto  de  12  de  Outubro  de  1824. 
Marquez  de  Sabará  por  decreto  de  13  de  Outubro  de  1836. 


406 


•« 


S ABARÁ.  (Barão  com  grandeza  de)  Manuel  António  Pacheco. 
Falleceu  na  Provinda  de  Minas  Geraes  em  14  de  Fevereiro  de  1862. 
Era  Commendador  da  Imperial  Ordem  da  Rosa,  da  de  Christo,  eCavalleiro 
da  Imperial  Ordem  do  Cruzeiro. 

CREAÇÃO  DOS  títulos  :  Barào  por  decreto  de  n  de  M.rço  de  1843.  BarSo  com  grandeza  por  decreto  de 
1 1  de  Outubro  de  1848. 


S ABARÁ.  (Visconde  com  grandeza  de)  João  Evangelista  Negreiros  de 
Sayão  Lobato. 
msceu  na  cidade  do  Serro,  então  villa  do  Príncipe,  na  Província  de  Minas 

Geraes,  em  i6  de  Agosto  de  1817. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro  em  20  de  Abril  de  1894. 
Filbo  do  Senador  João  Evangelista  de  Faria  Lobato,  e  de  sua  mulher  D.  Mana 

Isabel  Manso  Sayão. 
Casou  com  D.  Maria  José  de  Macedo  Couto,  que  falleceu  em  8  de  Desembro 

de  1889. 

Formado  em  direito  pela  Faculdade  de  S.  Paulo,  foi  Promotor  Publico 
na  Provinda  de  Minas  Geraes.  Eleito  Deputado  pela  Provinda  de  S.  Paulo, 
foi  mais  tarde  Juiz  Municipal  nessa  Provinda,  Juiz  de  Direito  na  do  Rio 
Grande  do  Sul,  e  Deputado  á  Assembléa  Geral  por  essa  Provinda,  em  varias 

legislaturas.  .    n  >    a 

Foi  Juiz  do  Commerdo  no  Rio  de  Janeiro,  Desembargador  da  Relação, 

em  1864,  Procurador  da  Coroa  e  Soberania  Nadonal,  e  Ministro  e  Presidente 

do  Supremo  Tribunal  de  Justiça,  aposentando-se  em  1892. 

Do  Conselho  de  S.  Magestade,  era  Commendador  da  Imperial  Ordem  de 

Christo,  Cavalleiro  da  Imperial  Ordem  da  Rosa  e  Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa 

Imperial. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  4  d*  Abril  de  18S8. 


407 


SABÓIA.  (Barão  com  grandeza  e  Visconde  de)  Dj  Vicente  Cândido 
Figueira  de  Sabóia. 

Nasceu  em  Sobral,  na  Provincia  do  Ceará,  em  13  de  Abril  de  1836. 

Falleceu  no  Rio  de  Janeiro  em  18  de  Março  de  1909. 

Filho  do  Coronel  José  Sabóia,  nascido  em  Aracaty,  a  12  de  Julho  de  1800,  c 
de  sua  mulher  D.  Joaquina  Figueira  de  Mello  Sabóia,  nascida  em  Sobral, 
a  15  de  Março  de  1803.  Neto  do  Pharmaceutico  Vicente  Maria  Carlos 
de  Sabóia  e  de  D.  Maria  Clara  da  Conceição  Sabóia,  casados  a  i  de  Junho 
de  1796  em  Aracaty. 

Casou  com  D.  Luisa  Marcondes  Jobim,  filha  do  Senador  pela  Provincia  do 
Espirito  Santo,  José  Martins  da  Cruz  Jobim,  fallecido  em  1878. 

Doutor  em  Medicina  pela  Faculdade  do  Rio  de  Janeiro  em  1858,  foi  lente 
cathedratico  em  1871,  e  Director  dessa  Faculdade  em  1881,  onde  deixou 
brilhante  tradicção. 

Era  Grande  do  Império,  do  Conselho  de  S.  Magestade,  Medico  da  Impe- 
rial Camará  e  Commendador  da  Imperial  Ordem  de  Christo,  membro  da 
Academia  Nacional  de  Medicina,  do  Instituto  de  Ceará,  da  Academia  Cearense, 
da  Real  Academia  de  Medicina  de  Roma,  e  da  Sociedade  de  Cirurgia  de  Paris. 

CREAÇÃO  DOS  títulos  :  Barão  com  grandeza  por  decreto  de  6  de  Fevereiro  de  1886.  Visconde  com 
grandeza  por  decreto  de  1 1  de  Abril  de  1888. 


SAHY.  (Barão  e  Barão  com  grandeza  de)  Luiz  Fernandes  Monteiro. 
Era  Cavalleiro  da  Imperial  Ordem  de  Christo  e  Official  da  Imperial 
Ordem  da  Rosa,  e  Grande  do  Império. 

CREAÇAÓ  DOS  TÍTULOS  ;  Barão  por  decreto  de  1  de  Julho  de  1861.  Barão  com  grandeza  por  decreto  de 
30  de  Novembro  de  1866. 


408 


_áL. 


SAICAN.  (Barão  com  grandeza  de)  João  Maria  da  Gama  Lobo  d' Eça. 
Nasceu  em  20  de  Julho  de  1800. 
Falleceu  na  Província  do  Rio  Grande  do  Sul,  em  28  de  Desembro  de  1872. 

Era  Grande  do  Império. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  com  grandeza  por  decreto  de  j8  de  Agosto  de  1866. 


SALGADO  ZENHA.  (Barão  de)  Manuel  de  Salgado  Zenha. 
Negociante  no  Rio  de  Janeiro,  de  nacionalidade  Portugueza. 
Era  do  Conselho  de  S.  M.  Fidelíssima,  Official  da  1    Ordem  da  Rosa  e 
Commendador  da  Ordem  de  N.  S.  da  Conceição  de  Villa  Viçosa. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  20  de  Julho  de  i88q. 


SALTO.  (Barão  e  Visconde  do)  António  José  Dias  Carneiro. 
CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  ;  Barào  por  decreto  de  5  de  Maio  de  1883.  Visconde  por  decreto  de  24 
de  Abril  de  1886. 


SAMPAIO  ViANNA.  (Barão  de)  Carlos  Américo  de  Sampaio  Vianna. 
Nasceu  na  Província  da  Bahia,  a  24  de  Junho  de  1835. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro. 

Exerceu  diversos  cargos  públicos,  foi  Inspector  da  Alfandega  do  Rio 
de  Janeiro  e  era  do  Conselho  de  S.  Magestade. 


Archivo  Nobiliarchico  Br«»ileiro  52 


409 


Official  da  Imperial  Ordem  da  Rosa  e  Commendador  da  Real  Ordem  de 
Christo  de  Portugal. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão  por  decreto  de  5  de  Maio  de  1889. 


s 


ANIPE.  (Barão  de)  João  José  Leite. 
Natural  da  Bahia. 


CREAÇAO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  6  de  Setembro  de  1 866. 


SANTA  ALDA.  (Barão  de)  Lucas  António  Monteiro  de  Barros. 
Fazendeiro  em  Barra  Mansa,  na  Província  do  Rio  de  Janeiro. 
Era  Moço  Fidalgo  da  Casa  Imperial,  Commendador  da  Imperial  Ordem 
da  Rosa  e  da  de  Christo  de  Portugal. 

CREAÇÀO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  29  de  Novembro  de  1886. 


SANT'ANNA.  (i.»  Baroneza  de)  D.  Maria  José  de  SanfAnna. 
Falleceu  em  Juiz  de  Fora,  na  Província  de  Minas  Geraes,  em  5  de 
Junho  de  1870. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  ;  Baroneza  por  decreto  de  20  de  Junho  de  1861. 


S 


ANTANNA.  (2.»  Baroneza  de)  D.  Rosa  de  SanfAnna  Lopes. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Baroneza  por  decreto  de  1}  de  Setembro  de  1874. 


410 


SANTANNA  DO  LIVRAMENTO.  (Barão  de)  Vasco  Alves  Pereira. 
Natural  da  Província  do  Rio  Grande  do  Sul. 
Falleceu  em  lo  de  Maio  de  1883. 
Casou  com  D.  Rosa  Nunes  Pereira. 

Era  Brigadeiro  honorário  do  exercito,  e  fez  a  campanha  do  Paraguay. 
Era  Dignitário  da  Imperial  Ordem  da  Rosa  e  da  Imperial  Ordem  do 

Cruzeiro. 

Tinha  as  medalhas  do  Mérito  e  Bravura  Militar  a  Geral  da  Campanha  do 

Paraguay. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  ror  decreto  de  18  de  Maio  de  1870. 


s 


ANTA  BARBARA.  (Barão  de)  João  Evangelista  de  Almeida  Ramos. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  3  de  Agosto  de  1889. 


SANTA  BRANCA.  (1.°  Barão  de)  Francisco  Lopes  Chaves. 
Natural  da  Província  de  S.  Paulo. 
Falleceu  em  18  de  Outubro  de  1884. 

Era  pae  do  2.°  Barão  de  Santa  Branca  e  do  Barão  de  Jacarehy. 
Commendador  da   Imperial  Ordem   de  Christo  e  Official  da  Imperial 
Ordem  da  Rosa. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barào  por  decreto  de  i  i  de  Setembro  de  1854. 


S 


ANTA  BRANCA.  (2.»  Barão  de)  Francisco  Lopes  Chaves. 
Natural  de  Jacahery,  S.  Paulo. 


411 


Filho  dos  primeiros  Barões  de  Santa  Branca. 
Era  irmão  do  Barão  de  Jacarehy. 

CREAÇÂO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  23  de  Desembro  de  1887. 


SANTA  CECi  LI  A.  (Barão  de)  Francisco  Rodrigues  Pereira  de  dueiroz. 
Natural  de  Minas  Geraes. 

Major  da  Guarda  Nacional. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  17  de  Julho  de  1874. 


SANTA  CLARA.  (Barão  de)  Manuel  Francisco  Albernaz. 
Falleceu  em  13  de  Maio  de  1873- 
A  Baroneza  de  Santa  Clara  falleceu  no  Rio  de  Janeiro  a  30  de  Maio 
de  1876. 

Era  fazendeiro  em  Guaratiba. 

Cavalleiro  da  Imperial  Ordem  de  Christo  e  Official  da  Imperial  Ordem 
da  Rosa. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro,  de  oiro,  uma  banda^de  azul  carregada  de  três 
estrellas  de  prata  de  cinco  pontas  ;  no  segundo,  de  prata  (e  não  oiro),  três  cannas  de  assucar  de  sua 
côr,  duas  postas  em  aspa  e  uma  no  meio  em  pala  ;  no  terceiro,  de  prata,  três  besantes  de  purpura 
em  roquete  ;  no  quarto,  em  campo  de  oiro,  quinze  flores  de  liz  de  azul  postas  em  faxa. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  38  de  Desembro  de  1872. 


412 


s 


ANTA  CLARA.  (Barão  de)  Carlos  Theodoro  de  Souza  Fortes. 
Natural  da  Província  de  Minas  Geraes. 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  i o  de  Junho  de  1882. 


SANTA  CRUZ.      (Duque   de)   Sua   Alteza   o  Príncipe  D.   Augusto 
Carlos  Eugénio  Napoleão.  Duque  de  Leuchtenberg,  Príncipe  d'E.chstadt. 
AfasííM  a  9  de  Desembro  de  1810. 
Fallecer^  em  Lisboa,  no  Paço  das  Necessidades,  em  28  de  Março  de  .835,  sem 

Filho  e  herdeiro  de  S.  A.  o  Príncipe  Eugénio  de  Beauharnais,  Duque  de 
Leuchtenberg  e  Príncipe  d'Eichstadt,  e  da  Princeza  D.  Augusta  Mana 
Amália,  filha  de  Maximiliano  José  1,  Rei  da  Baviera. 

Casou  por  procuração,  em  Munich,  a  ^  de  Novembro  de  1834  e  ^m  pessoa, 
em  Lisboa,  a  26  de  Janeiro  de  .835,  com  S.  M.  a  Rainha  D.  Mana  U,  «a 
virtuosa».  D.  Maria  da  Gloria  Joanna  Carlota  Leopoldina  da  Cruz  Francisca 
Xavier  de  Paula  Izidora  Michaela  Gabriela  Rafaela  Gonzaga,  29.''  Reinante 
de  Portugal  e  25."  dos  Algarves,  Princeza  da  Beira  e  do  Grão  Pará,  Grã- 
Mestra  das  Ordens  de  N.  S.  da  Conceição  de  Villa  Viçosa,  da  Ordem  de 
S   Izabel,  Rainha  de  Portugal,  e  das  Ordens  militares  de  Christo,  S,  Bento 


413 


de  Aviz  e  S.  Thiago  da  Espada.  A  Rainha  D.  Maria  II,  era  filha  de 
S.  M.  D.  Pedro  I,  Imperador  do  Brasil,  e  Rei  de  Portugal  sob  o  nome 
de  D.  Pedro  IV,  e  nasceu  no  Rio  de  Janeiro,  no  Real  Paço  da  Quinta  da 
Boa  Vista,  em  4  de  Abril  de  1819,  fallecendo  em  15  de  Novembro  de 
1853,  em  Lisboa. 

O  Duque  de  Santa  Cruz  foi  o  único  Príncipe  extrangeiro  que  recebeu  um 
titulo  brasileiro,  conferido  por  seu  sogro  e  cunhado  D.  Pedro  1. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Reprodusimos  o  que  encontramos  em  J.  B.  Rieststap,  i°  vol.  (CL  i  i  B)  1903. 

CORÔA  :  A  de  Duque. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Duque  por  decreto  de  5  de  Novembro  de  1839. 


SANTA  CRUZ.  (Conde   e   Marquez   de)   D.   Romualdo  António  de 
Seixas. 
Nasceu  em  Cametá,  no  Pará,  em  7  de  Fevereiro  de  1787. 
Falleceu  na  cidade  de  S.  Salvador,  na  Bahia,  em  29  de  Desembro  de  1860. 
Filho  de  Francisco  Justiniano  de  Seixas  e  de  sua  mulher  D.  Angela  de  Souza 
Bittencourt,   e  sobrinho  de  D.   Romualdo  de  Souza  Coelho,  que  foi 
o  8."  Bispo  do  Pará. 

Uma  das  maiores  glorias  da  Igreja  nacional.  «Gigante  pela  illustração,  como 
o  chamou  o  D."^  J.  Manuel  de  Macedo,  era  dotado  de  excessiva  modéstia,  de 
trato  ameníssimo,  de  bondade  evangélica,  de  todas  as  qualidades  emfim,  que 
exaltam  e  fazem  veneranda  e  amável  a  creatura  humana  ». 

Concluio  os  seus  estudos  em  Lisboa,  na  congregação  do  Oratório,  e 
voltando  ao  Pará  com  18  annos  de  idade,  fez  um  sermão  que  enlevou  o  audi- 
tório ;  aos  19  annos,  com  a  primeira  tonsura,  foi  nomeado  mestre  de  cerimonias 
do  Sólio,  e  começou  a  leccionar  no  Seminário  episcopal,  latim,  rhetorica  e 
philosophia  ;  aos  2 1  annos  tomou  ordens  de  sub-diacono  e  estreou  no  púlpito 
sagrado,  improvisando  o  panegyrico  de  S.  Thomaz  de  Aquino.  Aos  22  annos, 
já  diácono,  veio  á  Corte  em  companhia  de  outro  prelado,  em  commissão  do 
Bispo  do  Pará,  para  em  seu  nome,  cumprimentar  a  Família  Real  e  tratar  de 
importantes  assumptos  da  Diocesç,  regressando  com  a  nomeação  de  Cónego 
da  Sé  Paraense,  e  a  de  Cavalleiro  da  R.  Ordem  de  Christo.  Aos  23  annos 


414 


recebeu  ordens  de  presbytero,  foi  nomeado  parocho  de  Cametá  e  logo  Vigário 
Capitular.  Por  decreto  de  12  de  Outubro  de  1826  foi  nomeado  17."  Arcebispo 
da  Bahia  ;  como  Metropolita  e  Primaz  do  Brasil,  presidiu  em  1841  a  solemni- 
dade  da  sagração  de  S.  M.  D.  Pedro  11. 

Foi  eleito  presidente  da  Junta  Governativa  do  Pará  duas  vezes,  em  182 1 
e  1823  ;  representou  a  Província  do  Pará  na  i.*  legislatura  de  1826,  e  na  4.^ 
de  18^8  a  184 1,  e  a  Provinda  da  Bahia  na  3.*  de  1834  a  1837,  occupando  por 
duas  vezes  na  Gamara  Temporária  a  cadeira  da  Presidência. 

Foi  agraciado  por  S.  M.  D.  Pedro  1 ."  com  o  titulo  de  pregador  da  Gapella 
Imperial  e  com  a  Grande  Dignitaria  da  1.  Ordem  da  Rosa,  e  por  S.  M.  D.  Pedro  11 
com  a  Grã-Cruz  da  1.  Ordem  de  Christo.  Do  Conselho  de  S.  M.  Imperial,  era 
sócio  da  Academia  de  Munich,  do  Instituto  da  Africa,  em  Paris  ;  do  Instituto 
Histórico  e  Geographico  Brasileiro,  e  de  muitas  outras  Sociedades  de  sciencias 
e  lettras. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Conde  por  decreto  de  2  de  Desembro  de  1858.  Marquez  por  decreto  de  14  de 
Março  de  1860. 


S 


ANTA  EUGENIA.  (Barão  de)  Luiz  Manuel  Monteiro. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  ;  Borão  por  decreto  de  3  de  Outubro  de  1889. 


SANTA  EULÁLIA.  (Barão  de)  António  Rodrigues  de  Azevedo  Ferreira. 
Nasceu  na  cidade  de  Lorena,  Província  de  S.  Paulo,  a  1,3  de  Junho  de 

1838. 

Falleceu  nessa  cidade  em  15  de  Janeiro  de  1889. 

Filbo  do  Coronel  João  José  Rodrigues  Ferreira,  e  de  sua  mulher  D.  Mana 
Leopoldina  Azevedo  Ferreira. 

Casou  a  2  de  Março  de  1867,  na  cidade  de  Lorena,  com  sua  prima  D.  Eulália 
Moreira  Rodrigues  de  Azevedo,  filha  de  Joaquim  José  Moreira  Lima,  e 
de  sua  mulher  D.  Carlota  Leopoldina  de  Castro  Lima,  depois  Viscondessa 
de  Castro  Lima.  A  Baroneza  era  irmã  do  Barão  de  Castro  Lima  e  do 
Conde  de  Moreira  Lima. 


415 


Estudou  humanidades  no  CoUegio  Mamede,  em  S.  Paulo,  formando-se 
em  sciencias  jurídicas  e  sociaes,  pela  Faculdade  de  Direito  de  S.  Paulo,  em  1 86  í  . 

Exerceu  por  alguns  annos  a  advocacia,  sendo  depois  nomeado  Promotor 
Publico  da  Comarca  de  Lorena.  Foi  Presidente  da  Gamara  Municipal  de 
Lorena,  Deputado  Provincial  em  diversas  legislaturas,  Vice-Presidente  da  Pro- 
víncia de  S.  Paulo,  em  1888. 

Era  Official  da  Imperial  Ordem  da  Rosa. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  BarSo  por  decreto  de  22  de  Fevereiro  de  1888. 


SANTA  FÉ.  (Conde  de)  D.  Pedro  Maria  de  Lacerda. 
Nasceu  no  Rio  de  Janeiro  em  31  de  Janeiro  de  1830. 
Falleceu  nessa  cidade  em  12  de  Novembro  de  1890. 

Filho  do  Capitão  de  Mar  e  Guerra  João  Pereira  de  Lacerda  e  de  sua  mulher 
D.  Gamílla  Leonor  Pontes  de  Lacerda. 

Doutor  em  theologia,  graduado  em  Roma,  ordenou-se  presbytero  secular 
em  Maríanna  em  1852.  Foi  logo  após  nomeado  Cónego  da  Cathedral,  cargo 


416 


\ 


que  renunciou  em  1860.  Foi  professor  no  Seminário  episcopal,  até  ser  nomeado 
Bispo  do  Rio  de  Janeiro  em  1868. 

Era  do  Conselho  de  S.  M.  o  Imperador,  seu  Capellão-Mór,  assistente  ao 
Sólio  Pontifício,  prelado  domestico  de  Sua  Santidade,  Commendador  das 
Imperiaes  Ordens  de  Christo  e  da  Rosa  e  Grande  do  Império. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Conde  por  decreto  de  1 6  de  Maio  de  1888. 


S 


ANTA  FÉ.  (Barão  de)  José  Rodrigues  Alves  Barbosa. 

Natural  de  Valença. 
Era  Commendador  da  Imperial  Ordem  da  Rosa. 


BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro  e  quarto,  de  oiro,  cinco  estrellas  de  goles  de 
cinco  pontas,  em  santor ;  no  segundo  e  terceiro,  de  purpura,  três  barras  de  oiro  coticadas  de  goles. 

COROA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  16  de  Janeiro  de  1875. 


SANTA  HELENA.  (Barão  de)  José  Joaquim  Monteiro  da  Silva. 
Nasceu  em  Entre  Rios,  na  Província  de  Minas  Geraes,  em  20  de  Agosto 
de  1827. 
Falleceu  na  cidade  de  Juiz  de  Fora,  nessa  Província,  em  30  de  Outubro  de  1897. 

Foi  Vice-Presidente  da  Provinda  de  Minas  Geraes,  Senador  por  essa 
Província  nomeado  em  1888,  e  era  Coronel  reformado  da  Guarda  Nacional  e 
fazendeiro  abastado. 


Archivo  Sobitiarchico  Brasileiro  ^} 


4'7 


Foi  o  fundador  do  Banco  de  Credito  Real  de  Juiz  de  Fora  e  da  Estrada 
de  Ferro  União  Mineira. 

Era  Commendador  da  Imperial  Ordem  de  Christo. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  13  de  Desembro  de  1876. 


S 


ANTA  IZABEL.  (i.»  Barão  de)  António  Diniz  da  Costa  Guimarães. 
Falleceu  em  1858. 


CREAÇAO  DO  TITULO  :  BarSo  por  decreto  de  17  do  Novembro  de  1851. 


>./^f'':\r^^^, 


i^m^m 


SANTA  IZABEL.  (2.°  Barão  e  i."  Visconde  com  grandeza  de)  D/  Luiz 
da  Cunha  Feijó. 
Nasceu  no  Rio  de  Janeiro  a  1  de  Junho  de  1817. 
Falleceu  em  Petrópolis  a  6  de  Março  de  1 88 1 . 

Filho  do  pharmaceutico  Tristão  da  Cunha  Feijó,  e  de  sua  mulher  D.  Anna 
Joaquina  da  Natividade. 

Doutor  em  medicina  pela  Faculdade  do  Rio  de  Janeiro,  lente  desta 
Faculdade  desde  1840  até  1861,  foi  seu  Director. 

Acompanhou  a  Sereníssima  Princeza  Imperial  a  Senhora  Condessa  d'Eu, 
em  três  viagens  á  Europa,  em  1865,  1870,  1878. 

Era  do  Conselho  de  S.  Magestade,  Medico  da  Imperial  Camará,  Cirurgião- 
Mór  da  Guarda  Nacional,  membro  da  Academia  Imperial  de  Medicina,  e  do 
Instituto  Histórico  e  Geographico  Brasileiro  desde  1840,  Grande  do  Império, 
Grande  Dignitário  da  I.  Ordem  da  Rosa,  Commendador  da  Imperial  Ordem 
de  Christo,  da  Ordem  Austríaca  da  Coroa  de  Ferro,  da  Ordem  de  Izabel  a 
Catholica  de  Hespanha  e  da  Real  Ordem  de  Christo  de  Portugal. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Bário  por  decreto  de  14  de  Março  de  1872.  Visconde  com  grandeza  por  decreto 
de  33  de  Setembro  de  1874. 


418 


SAMTA  JUSTA.  (,.o  Barão  com  grandeza  de)  Jacintho  Alves  Barbosa. 
Falleceu  no  Município  de  Valença  em  20  de  Desembro  de  1872. 
Proprietário  e  fazendeiro  no  Município  de  Parahyba  do  Sul,  e  na  Provmc.a 
de  Minas  Geraes.  Era  Grande  do  Império. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  E.  can,po  de  oiro,  u.  leio  de  sinop.e  rompente  arcado  de  f^^T^Z^^-Z 
destra  um  ramo  de  cafeeiro  ao  natural,  bordadura  de  goles  com  oUo  besantes  de  p  ata.  ^^^^^^^^ 
cores  e  metaes  das  armas.  (Braz^o  passado  em  .5  de  Maio  de  ,867.  Reg.  no  Cartor>o  da  Nobreza, 
Liv.  VI,  fls.  77). 

COROA  :  A  de  Conde.  j.^.t» 

CREAÇÂO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  30  de  Novembro  de  .866.  Barão  com  grandeza  por  decreto 

de  30  de  Janeiro  de  1867. 


S 


ANTA  JUSTA.  (2.°  Barão  de)  Francisco  Alves  Barbosa. 

Casou  com  D.  Bernardina  Alves  Barbosa. 
Fazendeiro. 


419 


BRAZÃO  DE  ARMAS  :  As  de  seu  pae  o  i.»  Bário  de  Santa  Justa.  (Vêr  a  dejcripçio  nesse  titulo). 
CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  j8  de  Junho  de  1876. 


S 


ANTA  JUSTA.  (Baroneza  e  Viscondessa  de)  D.  Bemardina  Alves 
Barbosa. 


Foi  casada  com  o  2."  Barão  de  Santa  Justa  Francisco  Alves  Barbosa, 
sendo  agraciada  com  o  titulo  de  Viscondessa,  depois  de  viuva. 

BRAZAO  DE  ARMAS  :  Uma  lisonja  com  as  armas  de  seu  marido  o  J."  Barão  de  Santa  Justa.  De  oiro,  com 
um  le3o  de  sinople  rompente  armado  de  goles,  tendo  na  garra  destra  um  ramo  de  cafeeiro  ao  natu- 
ral ;  bordadura  de  goles,  com  oito  besantes  de  prata.  Paquife  :  das  cores  e  metaes  das  armas.  (BrazSo 
passado  em  jj  de  Maio  de  1867.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  77). 

CORÔA  :  A  de  Visconde. 

CREAÇAO  DOS  TÍTULOS  :  Baroneza  por  decreto  d«  28  de  Junho  de  1876.  Viscondessa  por  decreto  de  9  de 
Fevereiro  de  1889. 


420 


SANTA  JUSTA.  (3.°  Barão  de)  José  Alves  da  Silveira  Barbosa. 
Natural  de  Três  Ilhas,  Minas  Geraes. 
Coronel  da  Guarda  Nacional. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  As  do  2."  Barão  de  SanU  Justa,  Francisco  Alves  Barbosa.  (Vèr  a  descripçSo  nesse 

titulo). 
CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  10  de  Abril  de  1886. 


SANTA  LUZIA,  (i.»  Barão  de)  Manuel  Ribeiro  Vianna. 
Falleceu  em  27  de  Janeiro  de  1844. 
Casou  com  D.  Maria  Alexandrina  de  Almeida  Franco,  que  casou  também 
em  2.»  núpcias  com  o  2.»  Barão  de  Santa  Luzia,  auintiliano  Rodrigues 
da  Rocha  Franco. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  BarJo  por  decreto  de  18  de  Julho  de  1841. 


SANTA  LUZIA.  (2.»    Barão   de)  Quintiliano   Rodrigues    da    Rocha 
Franco. 
Nasceu  em  5  de  Março  de  1778,  na  Provinda  de  S.  Paulo. 


431 


Falleceu  em  26  de  Junho  de  1854,  em  S.  Luzia  de  Sabará,  na  Província  de 

Minas  Geraes. 
Casou  com  D.  Maria  Alexandrina  de  Almeida  Franco,  viuva  do  i ."  Barão 

de  S.  Luzia,  Manuel  Ribeiro  Vianna. 

Eleito  membro  da  Assembléa  Provincial,   na  i.*  legislatura  de  1838, 
recusou-se  a  tomar  assento. 

Era  Capitão-Mór  de  Milícias. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  15  de  Novembro  de  1846. 


s 


ANTA  MAFALDA.  (Barão  de)  José  Maria  de  Cerqueira  Valle. 

Falleceu  em  4  de  Janeiro  de  1904,  em  Juiz  de  Fora,  com  85  annos 
de  idade. 


Fazendeiro  na  Província  de  Minas  Geraes,  era  chefe  do  partido  liberal. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  BarSo  por  decreto  de  13  de  Setembro  de  1876. 


s 


ANTA  MARGARIDA.  (Barão  de)  Fernando  Vidal   Leite  Ribeiro. 
Filho  dos  Barões  de  Itamarandiba,  Joaquim  Vidal  Leite  Ribeiro,  e  de 
sua  mulher  D.  Alexina  Fontoura  de  Andrada,  fallecída  no  Rio  de  Janeiro 
a  19  de  Setembro  de  1 916. 


Capitalista  residente  actualmente  no  Rio  de  Janeiro,  Secretario  da  Junta 
Administrativa  da  Caixa  Económica  e  Monte  de  Soccorro  nessa  cidade. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  BarSo  por  decreto  de  ji  de  Julho  de  1887. 


422 


'CORUNUMVIAUNA 


SANTA    MARIA.    (Barão  de)  Nicoláo  Netto  Carneiro  Leão. 
Nasceu  na  cidade  de  Tiradentes,  Província  de  Minas  Geraes. 
Falleceu  nessa  Provincia  em  16  de  Desembro  de  1894. 
Filbo  dos  Marquezes  de  Paraná,  e  irmão  do  Barão  de  Paraná. 

Matriculou-se  na  Escola  da  Marinha,  do  Rio  de  Janeiro,  e  como  Guarda 
Marinha  foi  mandado  praticar  na  Marinha  da  Guerra  Ingleza,  onde  perma- 
neceu 10  annos.  Abandonando  a  carreira  no  posto  de  2."  Tenente,  fez-se 
fazendeiro  no  Municipio  de  Pirahy,  e  mais  tarde  em  sua  Provincia. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  As  de  seu  pae  o  Marquez  de  Paraná.  Escudo  esquartelado  :  o  primeiro,  partido  de 
vermelho  e  azul,  e  sobre  elle  um  leSo  de  oiro,  rompente,  armado  de  prata  ;  bordadura  de  o.ro 
carregada  de  quatro  folhas  de  figueira  ao  natural  acontonadas,  e  de  quatro  flores  de  azul  em  cruz  ;  o 
segundo,  de  goles,  com  uma  banda  de  azul,  acoticado  de  oiro,  carregada  de  três  flores  de  liz  do  mesmo, 
entre  dois  carneiros  de  prata,  passantes,  armados  de  oiro  ;  e  assim  os  contrario.  Timbre  :  o  leSo  do 
escudo,  com  uma  folha  de  figueira  na  testa.  Divisa  :  Cor  unum  via  um.  (Brazâo  passado  em  i8  de 
Novembro  de  1855.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  26). 

COROA  :  A  de  Bário. 

CREAÇÃO  IX)  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  17  de  Maio  de  1871. 


SANTA  MARIA  MAGDALENA.  (Barão  de)  José  Joaquim  da  Silva 
Freire. 
Natural  de  Santa  Maria  Magdalena,  Rio  de  Janeiro. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Bário  por  decreto  de  19  de  Setembro  de  i88j. 


4^3 


SANTA  MARTHA.  (Barão  de)  Luiz  Maria  Piquet. 
Nasceu  na  cidade  do  Rio  de  Janeiro. 
Falleceu  em  Pelotas,  Rio  Grande  do  Sul,  em  }  de  Outubro  de  1904,  com 
80  annos  de  idade. 

Era  um  bravo  e  activo  marinheiro,  chegando  ao  posto  de  Vice-Almirante, 
pelos  relevantes  serviços  que  prestou  ao  paiz.  Foi  Ajudante-General  da  Armada, 
tendo  exercido  importantes  commissões  até  1890. 

Era  Cavalleiro  da  I.  Ordem  de  S.  Bento  de  Aviz,  Commendador  da 
Imperial  Ordem  da  Rosa  e  Cavalleiro  da  Ordem  1.  do  Cruzeiro.  Tinha  as 
medalhas,  com  passadores  de  oiro,  da  Campanha  Geral  do  Paraguay,  dos 
combates  de  Toneleros,  e  Paysandú,  e  a  do  busto  de  Simão  Bolivar. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  20  de  Agosto  de  1889. 


SANTA  MÓNICA.      (Barão   com   grandeza   de)    Francisco    Nicoláo 
Carneiro  Nogueira  da  Gama. 
Filho  dos  Marquezes  de  Baependy,  Manuel  Jacintho  Nogueira  da  Gama  e  da 

Marqueza  D.  Francisca  Mónica  Carneiro  da  Costa. 
Casou  com  sua  prima  D.  Luiza  do  Loreto  Vianna  de  Lima  e  Silva,  filha  dos 
Duques  de  Caxias. 
Era  irmão  do  Barão  de  Juparanã  e  do  Conde  de  Baependy. 


424 


BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  partido  em  pala,  na  primeira  as  armas  dos  Nogueiras,  que  são  :  em  campo 
de  oiro,  uma  banda  xadrezada  de  prata  e  sinople  de  cinco  peças  em  faxa,  com  a  ordem  do  meio 
coberta  toda  de  uma  cotica  vermelha  ;  na  segunda,  as  armas  dos  Gamas,  dos  que  descendem  de 
D.  Vasco  da  Gama,  que  são  :  o  escudo  xadresado  de  oiro  e  vermelho  de  três  peças  em  faxa  e  cinco 
em  pala,  oito  de  oiro  e  sete  de  vermelho,  estas  carregadas  de  duas  faxas  de  prata,  e  no  meio  das 
armas  um  escudo  com  as  quinas  de  Portugal.  Timbre  :  meio  nayre  vestido  ao  modo  da  Índia  com 
uma  trunfa  e  um  bolante  que  lhe  cae  pelas  costas  ;  braços  nús  e  na  mão  direita  um  escudo  das 
armas  dos  Gamas,  e  na  esquerda  um  ramo  de  canella  verde  com  rosas  de  oiro. 

COROA  :  A  de  Conde. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  com  grandeza  por  decreto  de  i  de  Abril  de  1882. 


SANTA  PHILOMENA.  (Barão  de)  José  Lustosa  da  Cunha. 
Filbo  do  Coronel  José  da  Cunha  Lustosa,  e  de  sua  mulher  D.  Ignacia 
Antónia  dos  Reis  Lustosa,  e  irmão  do  Marquez  de  Paranaguá,  e  do 
Barão  de  Parahim. 
Coronel  da  Guarda  Nacional,  Piauhy. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  2  de  Outubro  de  1889. 


SANTARÉM.  (Barão  de)  Miguel  António  Pinto  Guimarães. 
Falleceu  na  Província  do  Pará  em  24  de  Agosto  de  1882. 

Fazendeiro  na  Província  do  Pará. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  17  de  l^laio  de  1871. 


SANTA  RITA.  (Barão  com  grandeza  de)  Manuel  António  Ribeiro  de 
Castro. 
Nasceu  em  Aldros,  em  Portugal,  em  8  de  Novembro  de  1767. 


Archivo  !*obilÍJrchico  Br«Mlíiro  54 


435 


Falleceu  em  Queimados,  na  Província  de  Minas  Geraes,  em  26  de  Maio  de 
1854. 

Negociante  matriculado  na  Real  Junta  de  Lisboa,  em  1789,  estabeleceu-se 
em  Campos  de  Goytacazes,  onde  viveu  e  tornou-se  fazendeiro. 

Era  Cavalleiro  da  Imperial  Ordem  de  Christo  e  Official  da  Imperial  Ordem 
da  Rosa. 

CREAÇÃO  DOS  títulos  :  Barão  por  decreto  de  15  de  Abril  de  1847.  Barão  com  grandeza  por  decreto  de 
1 1  d«  Outubro  de  184S. 


S 


ANTA  RITA.  (2.»  Barão  e  Visconde  de)  José  Ribeiro  de  Castro. 
Era  Commendador  da  Imperial  Ordem  da  Rosa. 


CREAÇÃO  DOS  títulos  :  Barào  por  decreto  de  19  de  Julho  de  1879.   Visconde  por  decreto  de  13  de 
Outubro  de  188}. 


[bónus  momo  OE  iONO  THISAUFÍÒ 

I      CorÍDIS  SUI  !>BOf£itT  WH^ 


SANTA  ROSA.  (Barão  de)  Joaquim  Raymundo  Nunes  Belfort. 
Nasceu  em  S.  Luiz,  Província  de  Maranhão. 
Filho  do  Capitão  Joaquim  Raymundo  Nunes  Belfort  e  de  sua  mulher  D.  Cân- 
dida Rosa  Ribeiro. 


436 


Casou  com  D.  Maria  Magdalena  Vianna  Henriques  Belfort,  filha  do  Commen- 
dador  Luiz  José  Henriques,  e  de  sua  mulher  D.  Maria  Appolonia  Vianna 

Henriques. 

Tenente-Coronel  da  Guarda  Nacional. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  En,  campo  azul,  um  Icào  de  oiro  rompente;   chefe  de  prata  carregado  de  uma 

rosa  de  vermelho  entre  duas  estrellas  de  cinco  pontas,  do  mesmo. 
CORÔA  ;  A  de  Barão. 
CREAÇÃO  DO  TITULO  ;  Barão  por  decreto  de  24  de  Março  de  1883. 


S 


AMTA  TECLA.  (Barão  de)  Joaquim  da  Silva  Tavares. 

Filho  dos  Viscondes  de  Serro  Alegre,  e  irmão  do  Barão  de  Itaqui. 
Era  Tenente  da  Guarda  Nacional. 


CREAÇÃO  DO  TITULO  ;  Barão  por  decreto  de  50  de  Janeiro  de  1886. 


SANTA  THERESA.  (Visconde  e  Visconde  com  grandeza  de)  Polydoro 
da  Fonseca  Quintanilha  Jordão. 
Nasceu  em  2  de  Novembro  de  1802. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro,  em  13  de  Janeiro  de  1879. 
Filho  do  Coronel  João  Florêncio  Jordão. 

Concluindo  o  curso  de  humanidades,  entrou  para  a  Academia  Militar, 
onde  fez  o  curso,  e  sentou  praça  de  cadete,  em  7  de  Fevereiro  de  1824. 

Após  longa  e  gloriosa  carreira,  chegou  ao  posto  de  Tenente-General. 

Fez  toda  a  campanha  do  Paraguay  e  Commandou  por  muitos  annos  a 
Escola  Militar  do  Rio  de  Janeiro.  Era  Conselheiro  de  Guerra,  e  foi  Ministro 
da  Pasta  da  Guerra  no  i8.°  Gabinete  de  30  de  Maio  de  1862. 

Era  Grande  do  Império,  Grã-Cruz  da  Imperial  Ordem  de  S.  Bento  de 
Aviz,  Dignitário  da  Imperial  Ordem  do  Cruzeiro  e  Commendador  da  Imperial 

Ordem  da  Rosa.  ^      ,  ^    r-  u 

Tinha  as  medalhas  do  Mérito  e  Bravura  Militar,  a  Geral  da  Campanha 

do  Paraguay. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  ViKonde  por  decreto  de  .7  de  Abril  de  .870.  Visconde  com  grandeza  por  decreto 
de  24  de  Março  de  1871 . 


427 


SANTA  VICTORIA.  (Barão  e  Visconde  de)  Manuel  Affonso  de  Freitas 
Amorim. 

Era  Official  da  Imperial  Ordem  da  Rosa,  Commendador  da  Ordem  de 
N.  S.  da  Conceição  de  Villa  Viçosa,  de  Portugal,  e  da  Coroa  de  Itália. 

CREAÇAO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  2  de  Setembro  de  1874.  Visconde  por  decreto  de  20  de 
Julho  de  1889. 


S 


ANTO  AGOSTINHO.  (Conde  de)  D.  José  Pereira  da  Silva  Barros. 
Nasceu  em  Taubaté,  Província  de  S.  Paulo,  em  24  de  Novembro  de  1835. 


438 


Falleceu  na  mesma  cidade,  em  i6  de  Abril  de  1898. 

Filbo  do  Capitão  Jacintho  Pereira  da  Silva  e  de  sua  mulher  D.  Anna  Joaquina 
de  Alvarenga. 

Iniciou  seus  estudos  no  Convento  de  Santa  Clara,  e  concluio-os  no  Semi- 
nário Episcopal  de  S.  Paulo,  em  1858,  recebendo  ordens  de  Presbytero. 

Foi  4  annos  professor  no  Seminário,  Vigário  de  Taubaté,  em  1864, 
permanecendo  nesta  Parochia  19  annos.  Eleito  Bispo  de  Olinda  em  1881,  foi 
o  primeiro  Bispo  á  pregar  por  sua  eloquente  palavra,  a  liberdade  do  escravo. 
Removido  em  1891  para  a  Diocese  do  Rio  de  Janeiro,  ahi  permaneceu  até 
esta  Diocese  ser  elevada  á  Archi-Diocese,  e  ser  elle  então  substituído  por 
Monsenhor  Esberard,  o  que  causou  enorme  pesar  a  todos,  e  provocou  viva 
polemica  no  Congresso  e  nos  jornaes.  Nomeado  então  Arcebispo  de  Darnis, 
retirou-se  desgostoso  para  sua  cidade  natal,  onde  viveu  o  resto  de  vida  na 
pratica  do  bem  e  da  caridade. 

Era  Camarista  Secreto  de  S.  S.  o  Papa  Pio  IX,  membro  do  Conselho 
de  S.  M.  o  Imperador,  Capellão-Mór  da  Casa  Imperial,  Assistente  ao  Sólio 
Pontifício  e  Prelado  Domestico  de  S.  Santidade. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Conde  por  decreto  de  1 6  de  Maio  de  1888. 


SANTO  AMARO.  (Barão,  i."  Visconde  com  grandeza  e  Marquez  de) 
José  Egydio  Alvares  de  Almeida. 
Nasceu  na  cidade  de  S.  Amaro,  na  Bahia,  em  i  de  Setembro  de  1767. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro,  em  12  de  Agosto  de  1832. 
Filbo  de  José  Alvares  Pinto  de  Almeida,  Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Real  e 
Capitão-Mór   das  Ordenanças  da  Bahia,  e  de  sua   mulher  D.  Antónia 
de  Freitas. 
Casou  a  primeira  vez  com  D.  Maria  do  Carmo  de  Passos  e  Almeida,  e  a 
segunda  vez  com  D.  Maria  Benedicta  Papança  de  Almeida. 

Foi  Secretario  do  Gabinete  do  Príncipe  Regente  D.  João,  que  quando 
acclamado,  nomeou-o  em  18 18,  Conselheiro  do  Erário  Régio  e  do  Conselho 
da  Fazenda.  Em  1823  sentou-se  entre  os  Deputados  da  Assembléa  Consti- 
tuinte, representando  a  Província  do  Rio  de  Janeiro. 


429 


m. 


Foi  Embaixador  em  Missão  Extraordinária  em  Londres  e  Paris  em  i8^i,  e 
o  I.*  Presidente  do  Senado  na  Sessão  de  1826.  Foi  um  dos  dez  Conselheiros 
que  formularam  e  assignaram  a  Constituição  do  Império.  Era  Senador  pelo  Rio 
de  Janeiro,  nomeado  em  1826,  Conselheiro  de  Estado  effectivo,  em  1823, 
Grande  do  Império,  Gentil-Homem  da  Camará  do  1.°  Imperador,  Grã-Cruz 
da  I.  Ordem  da  Cruzeiro,  etc.  Era  Barão  por  Portugal,  e  Cavalleiro  da  Ordem 
de  Malta. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  12  de  Outubro  de  1824.  Marquez  por 
decreto  de  12  de  Outubro  de  1826.  Barão  em  Portugal  por  decreto  de  6  de  Fevereiro  de  i8i8. 


SANTO  AMARO.  (2.°  visconde  com  grandeza  de)  João  Carlos  Pereira 
de  Almeida. 
Nasceu  no  Palácio  de  Mafra,  em  Portugal,  em  i  de  Outubro  de  1806. 
Falleceu  em  Stuttgart,  na  Allemanha,  em  19  de  Maio  de  1866. 
Filho  do  Marquez  de   Santo  Amaro,   e  de  sua  segunda  mulher   D.  Maria 

Benedicta  Papança  de  Almeida. 
Casou  com  D.  Anna  Constança  Caldeira  Brant,  filha  dos  Marquezes  de  Barba- 
cena  e  irmã  do  Conde  de  Iguassú  e  do  Visconde  de  Barbacena,  e  era 
Dama  Honorária  de  S.  M.  a  Imperatriz. 

Seguio  a  carreira  diplomática  e  serviu  como  chefe  de  legação  em  Paris, 
Bruxellas,  Nápoles,  etc,  e  como  Ministro  Residente  em  S.  Petersburgo. 

Era  Grande  do  Império,  Commendador  da  Imperial  Ordem  de  Christo, 
da  Real  Ordem  de  N.  S.  Villa  Viçosa,  de  Portugal,  da  Ordem  de  Leopoldo,  da 
Bélgica  ;  Cavalleiro  da  Ordem  Soberana  e  Militar  de  S.  João  de  Jerusalém 
(Ordem  de  Malta)  e  sócio  do  Instituto  Histórico  e  Geographico  Brasileiro, 
desde  1839. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  i8  de  Outubro  de  1829, 


43» 


SANTO  ANDRÉ.  (Barão  de)  D.'  José  de  Amorim  Salgado. 
Nasceu  na  Província  de  Pernambuco  a  30  de  Março  de  1853. 
Filho  de  Paulo  de  Amorim  Salgado,  natural  e  baptisado  na  freguezia  de  Una, 
Província  de  Pernambuco,  Fidalgo  Cavalleíro  da  Casa  Imperial ;  neto  de 
outro  Paulo  de  Amorim  Salgado,  Commendador  da  I.  Ordem  da  Rosa, 
Oíficial  da  1.  Ordem  da  Rosa,  proprietário  abastado  na  Comarca  do  Rio 
Formoso,  em  Pernambuco,  e  de  sua  mulher  D.  Francisca  de  Paula 
Wanderley. 

Era  Bacharel  em  sciencias  jurídicas  e  socíaes,  pela  Faculdade  do  Recife, 
e  seguindo  a  carreira  da  magistratura,  exerceu  o  cargo  de  Juiz  de  Direito  em 
Goyaz. 

Fidalgo  Cavalleíro  da  Casa  Imperial. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  As  de  seu  pae.  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro  quartel,  as  armas  dos  Amorim, 
—  em  campo  vermelho  cinco  cabeças  de  mouros  em  aspa  ;  com  toucas  de  prata,  barbas  de  oiro 
rostos  encarnados  ;  no  segundo,  as  armas  dos  Salgados,  —  em  campo  verde,  duas  torres  de  prata 
com  janellas  pretas  e  uma  cadêa,  tendo  no  meio  uno  saleiro  de  oiro  e  sobre  elle  uma  águia  de  sua 
còr  com  os  pés  nas  torres  ;  no  terceiro,  as  armas  dos  Mellos,  —  em  campo  de  goles  seis  besantes  de 
prata  em  uma  dobre  cruz  e  uma  bordadura  de  oiro  ;  no  quarto,  as  armas  dos  Barretes,  —  o  campo 
de  arminhos.  Timbeie  :  a  águia  com  o  saleiro  no  bico.  Paquife  :  das  cores  e  metaes  das  armas. 
(BrazSo  passado  em  28  de  Janeiro  de  1867.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  7j). 

COROA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  14  de  Abril  de  1883. 


431 


SANTO  ANGELO.  (Barão  de)  Manuel  de  Araújo  Porto  Alegre. 
Nasceu  na  cidade  de  Rio  Pardo,  no  Rio  Grande  do  Sul,  em  29  de 
Novembro  de  1806. 
Falleceu  em  Lisboa  em  29  de  Desembro  de  1879. 
Filho  de  Francisco  José  de  Araújo,  e  de  sua  mulher  D.  Francisca  Antónia 

Vianna. 
Casou  com  D.  Anna  Paulina  de  Lamare. 

Foi  professor  de  pintura  histórica  da  Casa  Imperial,  e  da  Imperial  Aca- 
demia de  Bellas  Artes  do  Rio  de  Janeiro.  Era  professor  de  desenho  da  Escola 
Militar,  Director  da  Imperial  Academia  de  Bellas  Artes,  Cônsul  na  Saxonia  e 
Prússia  (1859),  e  Cônsul  Geral  em  Lisboa,  quando  falleceu. 

Poeta  e  artista,  soube  manejar  com  igual  maestria  o  pincel  e  a  penna 
elegante,  legando  ao  paiz  copiosa  obra  litteraria  e  artística. 

Era  Grande  Dignitário  da  I.  Ordem  da  Rosa,  Commendador  da  I.  Ordem 
de  Christo,  da  Ordem  de  Izabel  a  Catholica,  de  Hespanha,  da  Coroa  de  Ferro 
de  2.^  classe  da  Áustria,  e  da  Ordem  de  Carlos  111,  de  Hespanha  ;  sócio 
honorário  do  Instituto  Histórico  e  Geographico  Brasileiro,  desde  1838,  membro 
do  Instituto  Histórico  de  França,  da  Sociedade  de  Bellas  Artes  e  de  Bellas 
Lettras  da  Polytechnica  de  Paris,  da  Academia  Real  de  Sciencias  de  Lisboa, 
da  Arcádia  de  Roma,  do  Instituto  Nacional  de  Washington,  e  de  muitas 
outras  sociedades  artísticas,  scientificas  e  litterarias. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Em  campo  de  prata  uma  aspa  azul  carregada  de  cinco  besantes  de  oiro,  que  sio  as 
armas  dos  Araujos. 

CORÔA  :  A  de  BarSo. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Bário  por  decreto  de  ai  de  Maio  de  1874. 


432 


s 


AN  TO  ANTÓNIO.  (Barão  de)  António  Pinto  de  Oliveira. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  15  de  Abril  de  1882. 


S 


ANTO  ANTÓNIO  DA  BARRA.    (Barão   de)  José    Egydio   de 
Moura  Albuquerque. 

Coronel  da  Guarda  Nacional. 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  10  de  Agosto  de  1889. 


SANTOS.  (Viscondessa  e  Marqueza  de)  D.  Dometilla  de  Castro  Canto  e 
Mello. 
Nasceu  na  Província  de  S.  Paulo,  em  27  de  Desembro  de  1797. 
Falleceu  em  S.  Paulo  a  3  de  Novembro  de  1867. 

Filba  dos  Viscondes  de  Castro,  e  irmã  do  2.°  Visconde  de  Castro  e  da  Baroneza 
de  Sorocaba. 


Archivo  Nobiliar«:hit:o  Bmsileito  ^5 


433 


Casou  em  primeiras  núpcias  com  Felício  Muniz  Pinto  Coelho  de  Mendonça, 
natural  da  Provincia  de  Minas  Geraes,  fillio  do  Coronel  e  Capitão-Mór 
Felicio  Muniz  Pinto  Coelho  da  Cunha,  e  de  sua  primeira  mulher 
D.  Marianna  Manuella  Furtado  de  Mendonça.  Em  segundas  núpcias 
casou  com  o  Brigadeiro  Rafael  Tobias  de  Aguiar,  nascido  em  Sorocaba, 
na  Provincia  de  S.  Paulo,  em  4  de  Outubro  de  1793,  filho  do  Coronel 
António  Francisco  de  Aguiar  e  de  sua  mulher  D.  Gertrudes  Eufrosina 
Ayres  de  Aguiar. 

De  ambos  esses  casamentos  deixou  geração,  alem  da  que  teve  de  S.  M.  o 
Imperador  D.  Pedro  1 :  a  Duqueza  de  Goyaz,  a  Duqueza  de  Ceará  e  a  Condessa 
de  Iguassú  e  mais  um  filho  fallecido  em  tenra  idade. 

Era  Dama  do  Paço,  e  condecorada  com  a  Banda  da  Real  Ordem  de 
Santa  Izabel,  de  Portugal,  por  decreto  de  4  de  Abril  de  1827. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  As  de  seu  pae  o  i.°  Visconde  de  Castro.  Lisonja  partida  em  pala  :  na  primeira,  as 
armas  dos  Canto,  que  são  ;  de  vermelho  com  um  baluarte  de  prata  posto  de  quina  ;  a  na  segunda, 
as  armas  dos  Castro,  que  são  :  de  prata  com  seis  arruelas  de  azul,  postas  duas  a  duas.  Timbre  :  o 
baluarte  emcimado  por  um  pombo. 

COROA  :  A  de  Marquez. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Viscondessa  com  grandeza  por  decreto  de  15  de  Outubro  de  1825.  Marqueza 
por  decreto  de  16  de  Outubro  de  1836. 


SARAPUHY.  (Conde  de)  Bento  António  Vahia. 
Falleceu  em  i  de  Desembro  de  1843. 
Casou  com  D.  Rita  Clara  de  Araújo  Vahia. 

Era  Moço  Fidalgo  da  Casa  Imperial,  Guarda  Roupa  de  Sua  Magestade  o 
Imperador  e  Grande  do  Império. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Conde  por  decreto  de  a  de  Desembro  de  1840. 


434 


SAO  BENTO.  (Barão  de)  Francisco  Mariano  de  Viveiros  Sobrinho. 
Nasceu  no  Maranhão  em  1819. 
Falleceu  na  cidade  de  Alcântara,  nessa  Província,  em  10  de  Janeiro  de  1860. 

Foi  Deputado  á  Assembléa  Geral  na  10.*  legislatura  de  1857  a  1860,  pela 
Província  do  Maranhão  e  chefe  do  partido  conservador,  em  sua  Provinda. 
Era  Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Imperial. 

BRAZAO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro  quartel,  em  campo  de  oiro  três  viveiros  cheios 
de  agua  azulada,  com  orla  verde  ;  no  segundo,  em  campo  azul,  um  muro  com  porta  entre  duas 
torres,  tudo  de  prata  e  lavrado  de  preto  ;  no  terceiro,  em  campo  de  prata,  duas  cervas  passantes,  de 
purpura,  e  uma  bordadura  vermelha  com  os  escudinhos  das  armas  de  Portugal,  e  no  quarto,  também 
em  campo  de  prata  uma  aspa  azul  com  cinco  besantes  de  oiro  nella.  Paquife  :  dos  metaes  e  cores 
do  brazão.  (Brazio  passado  em  6  de  Junho  de  1857.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  35). 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  2  de  Julho  de  1853. 


SAO  BORJA.  (Barão  de)  Victorino  José  Carneiro  Monteiro. 
Nasceu  no  Recife,  na  Província  de  Pernambuco,  em  1816. 
Falleceu  em  Porto  Alegre,  na  Província  do  Rio  Grande  do  Sul,  em  24  de 

Outubro  de  1877. 
Filho  do  Major  João  Francisco  Carneiro  Monteiro,  e  de  sua  mulher  D.  Izabel 

Rosa  Carneiro  Monteiro. 
Casou  em  2  de  Fevereiro  de  1842  com  D.  Benevenuta  Amália  Ribeiro,  filhado 
Marechal  Bento  Manuel  Ribeiro  e  de  sua  mulher  D.  Maria  Amancia  Ribeiro. 


435 


Ainda  estudante,  marchou  para  a  guerra  de  Panellas,  de  Miranda  e  Jacuipe, 
na  Provincia  de  Pernambuco,  e  ferido  gravemente,  foi  dispensado,  em  1833. 

Amanuense  da  Prefeitura  da  Policia  do  Recife,  em  1836,  fez  a  campanha 
do  Rio  Grande  do  Sul  em  1837,  chegando  ao  posto  de  Major. 

Fez  também  a  campanha  do  Estado  Oriental  do  Uruguay,  em  1854,  sendo 
promovido  a  Commandante  da  r."  Brigada,  com  o  posto  de  Tenente-Coronel. 
Na  campanha  do  Paraguay,  como  Brigadeiro,  assistiu  a  muitos  combates, 
entre  elles  o  de  24  de  Maio,  onde  foi  ferido,  alcançando  o  posto  de  Marechal 
de  campo,  por  actos  de  bravura  ;  Commandante  das  Armas  de  Pernambuco, 
em  1870,  e  do  Rio  Grande  do  Sul,  em  1871. 

Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Imperial,  era  Dignitário  da  Imperial  Ordem 
do  Cruzeiro  e  da  Rosa,  Commendador  da  Imperial  Ordem  de  S.  Bento  de 
Aviz,  em  1869  tinha  as  medalhas  do  Mérito  e  Bravura  Militar,  do  Uruguay  e  a 
Geral  da  Campanha  do  Paraguay,  com  passador  de  oiro. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  18  de  Maio  de  1870. 


SAO  BRAZ.  (Barão  de)  Braz  Carneiro  Leão. 
Falleceu  na  Provincia  de  Pernambuco,  em  3  de  Fevereiro  de  1876. 
Casou  com  D.  Henriqueta  Archangela  Carneiro  Leão. 
Era  Commendador  da  Imperial  Ordem  de  Christo. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Em  campo  vermelho,  uma  banda  de  azul,  coticada  de  oiro,  carregada  de  três  flores 
de  liz  do  mesmo,  entre  dois  carneiros  de  prata,  armados  de  oiro.  Timbre  :  un  carneiro  do  escudo. 

COROA  :  A  de  BarSo. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  17  de  Maio  de  1871. 


436 


SÀO  CARLOS.  (Barão  de)  Carlos  Pereira  Nunes. 
Fazendeiro  na  Província  de  Rio  de  Janeiro. 

Era  Cavalleiro  da  Imperial  Ordem  da  Rosa. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  28  de  Agosto  de  1877. 


SÃO  CLEMENTE.  ( i.»  Barão,  visconde  e  Conde  de)  António  Clemente 
Pinto. 
Nasceu  no  Rio  de  Janeiro  em  15  de  Setembro  de  1830. 
Falleceu  em  Nova-Friburgo  em  21  de  Janeiro  de  1898. 
Filho  de  António  Clemente  Pinto  e  de  sua  mulher  D.  Laura  Clementina  da 

Silva  Pinto,  i ."'  Barões  com  grandeza  de  Nova-Friburgo. 
Casou  em  27  de  Abril  de  1859  com  D.  Maria  Fernandes  Chaves,  filha  dos 

Barões  de  Quarahim,  fallecida  a  18  de  Agosto  de  1876,  com  31  annos 

de  idade. 

O  Conde  de  S.  Clemente  era  irmão  do  2°  Barão  e  Conde  de  Nova- 
Friburgo,  Bernardo  Clemente  Pinto. 

Negociante  e  proprietário  abastado,  foi  Director  da  Caixa  Económica  e 
Monte  de  Soccorro  do  Rio  de  Janeiro. 

Era  Moço  Fidalgo  com  exercício  na  Casa  Imperial,  Grande  do  Império, 
Veador  de  S.  M.  a  Imperatriz,  Grande  Dignitário  da  Imperial  Ordem  da  Rosa, 
Commendador  da  Imperial  Ordem  de  Christo  e  da  Real  Ordem  de  Christo, 


437 


de  Portugal,  da  de  N.  S.  de  Villa  Viçosa,  de  Portugal,  Grande  Officia!  da 
Ordem  de  Santo  Estanisláo,  da  Rússia,  Commendador  da  Ordem  de  Francisco 
José,  da  Áustria,  de  Leopoldo,  da  Bélgica,  e  do  Leão  Neerlandez. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro  c  quarto  quartéis,  em  campo  de  oiro,  cinco 
crescentes  de  lua  de  azul,  postos  em  aspa  ;  no  segundo  e  terceiro,  em  campo  preto,  três  faxas 
veiradas  e  contraveiradas  de  prata  e  goles,  que  sào  as  armas  dos  Vasconcellos.  Pacujife  :  das  cores  e 
metaes  das  armas.  Timbre  :  uma  águia  presta  estendida.  (Brazão  passado  em  20  de  lulho  de  1863. 
Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  58). 

COROA  :  A  de  Conde. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  3  de  Junho  de  1863.  Visconde  por  decreto  de  1 1  de  Abril 
de  1888.  Conde  por  decreto  de...  1888. 


SÃO  CLEMENTE.  (2.°  Barão  de)  António  Clemente  Pinto. 
Nasceu  em  Nova-Friburgo,  na  Província  do  Rio  de  Janeiro,  em  19  de 
Março  de  1860. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro,  em  13  de  Outubro  de  1912. 
Filho  dos  1.°'  Barões  e  Condes  de  São  Clemente. 
Casou  com  D.  Georgina  Pereira  de  Faro,  filha  dos  3.°'  Barões  de  Rio  Bonito. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  As  de  seu  pae.  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro  e  quarto  quartéis,  em  campo  de 
oiro,  cinco  crescentes  de  lua  de  azul,  postos  em  aspa  ;  no  segundo  e  terceiro  quartéis,  as  armas  dos 
Vasconcellos,  que  são  :  em  campo  preto  três  faxas  veiradas  e  contraveiradas  de  prata  e  goles. 
Timbre  :  uma  águia  preta  estendida.  P-aquife  :  das  cores  e  metaes  do  brazão.  (Brazão  passado  em  20 
de  Julho  de  1863.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI.  fls.  58). 

COROA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  IX»  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  10  de  Agosto  de  1889. 


438 


SÃO  DIOGO.  (Barão  de)  Diogo  Teixeira  de  Macedo. 
Falleceu  em  19  de  Novembro  de  1882. 
Filbo  do  Major  reformado  Diogo  Teixeira  de  Macedo,  e  de  sua  mulher  D.  Anna 
Mattoso  da  Camará  de  Macedo. 

Era  irmão  do  Conselheiro  Sérgio  Teixeira  de  Macedo,  diplomata,  e  do 
poeta  Álvaro  Teixeira  de  Macedo. 

Era  Bacharel  em  direito  pela  Academia  de  S.  Paulo,  foi  Official  da 
Secretaria  do  Governo  do  Rio  de  Janeiro  em  1836  e  seguio  a  carreira  da 
magistratura,  chegando  a  Desembargador,  cargo  em  que  se  aposentou.  Era 
Cavalleiro  da  I.  Ordem  de  Christo  e  Official  da  I.  Ordem  da  Rosa,  sócio  do 
Instituto  Histórico  e  Geographico  Brasileiro,  desde  1839. 

Foi  Presidente  da  Província  do  Rio  de  Janeiro  em  1869  e  Deputado  á 
Assembléa  Geral. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão  por  decreto  de  1 8  de  Desembro  de  1873. 


SÃO  FELlX.  (Barão  de)  D.^  António  Félix  Martins. 
Nasceu  no  Rio  de  Janeiro  em  30  de  Novembro  de  1812. 
Falleceu  a  18  de  Fevereiro  de  1892  nessa  cidade. 

Filho  do  Cirurgião-Mór  D.''  José  Martins,  natural  de  Portugal,  e  que  veio  com 
o  Regimento  de  Bragança  para  o  Brazil,  e  de  sua  mulher  D.  Rita  Angélica 
de  Jesus,  natural  do  Rio  de  Janeiro. 


4?9 


Casou  em  1834  com  D.  Anna  Carolina  Pinto,  fallecida  em  27  de  Novembro 
de  1870. 

Doutor  em  medicina  pela  Faculdade  do  Rio  de  Janeiro,  lente  de  patho- 
logia  dessa  Faculdade  ;  Vereador  e  Presidente  da  Gamara  Municipal  do  Rio 
de  Janeiro  ;  Cirurgião  da  Guarda  Nacional  ;  Inspector  do  Hospital  Marítimo 
de  Santa-Izabel,  em  Jurujuba  ;  Provedor  da  Saúde  dos  Portos  ;  Presidente  da 
Junta  Central  de  Hygiene  Publica,  da  Caixa  Municipal  de  Soccorros  Públicos 
e  do  Montepio  Geral  dos  Servidores  do  Estado. 

Era  do  Conselho  de  S.  Magestade,  medico  da  Imperial  Gamara,  membro 
e  Presidente  da  Academia  Imperial  de  Medicina,  e  do  Conselho  de  Instrucção 
Publica,  Grão-Mestre  do  Grande  Oriente  Unido  do  Brazil,  e  sócio  do  Instituto 
Histórico  e  Geographico  Brazileiro,  etc. 

Era  Commendador  da  Imperial  Ordem  da  Rosa  e  Cavalleiro  da  Imperial 
Ordem  de  Christo. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro  e  quarto  quartéis,  cortada  em  faxa  ;  na  primeira, 
em  campo  negro,  duas  palas  de  oiro  ;  na  segunda,  em  campo  de  oiro,  três  flores  de  liz  de  vermelho, 
postas  em  roquette  ;  no  segundo  e  terceiro  quartéis,  em  campo  vermelho,  um  cálice  com  unia  serpo 
enroscada,  emblema  de  medicina,  e  um  livro. 

COROA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  i  i  de  Desembro  de  1875. 


s 


ÀO  Fl DELIS.  (Barão  de)  António  Joaquim  da  Silva  Pinto. 

Capitão  du  Guarda  Nacional,  era  fazendeiro  no  Município  de  Campos, 
na  Província  de  Janeiro. 


440 


BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  ;  no  primeiro  quartel,  em  campo  de  goles,  cinco  crescentes  de 
lua  de  oiro  postos  em  aspa  ;  no  segundo,  de  goles,  duas  cannas  de  assucar  de  oiro  postas  em  santor ; 
no  terceiro,  de  prata,  um  leão  rompente  de  góles  armado  de  azul ;  no  quarto,  faxado  de  seis  peças 
de  oiro  e  azul.  Timbre  :  um  leão  de  prata  com  um  crescente  de  lua  na  espádua  esquerda.  (Brazão 
passado  em  25  de  Maio  de  1868.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  99). 

COROA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  10  de  Julho  de  1867. 


SÁO  FRANCISCO.  (1.°  Barão  com  grandeza  de)  Joaquim  Ignacio 
de  Siqueira  Bulcão. 
Casou  com  D.  Joaquina  Pires  de  Siqueira  Bulcão. 

CREAÇÃO  DOS  títulos  :  Barão  por  decreto  de  1  de  Desembro  de  1824.  Barão  com  grandeza  por  decreto 
de  10  de  Julho  de  1826. 


SAO  FRANCISCO.  (2.°  Barão  com  grandeza  de)  José  de  Araújo 
Aragão  Bulcão. 
Nasceu  na  Província  da  Bailia,  em  1795. 
Falleceu  nessa  Provincia  em  17  de  Maio  de  1865. 

Filho  do  1."  Barão  de  São  Francisco,  Joaquim  Ignacio  de  Siqueira  Bulcão. 
Casou  com  D.  Anna  Rita  Cavalcanti  de  Aragão  Bulcão,  fallecida  em  29  de 
Maio  de  1869,  na  Provincia  da  Bahia. 

Era  Capitão-Mór  das  Ordenanças  da  Villa  de  S.  Francisco,  e  prestou  rele- 
vantes serviços  na  epocha  da  Independência.  Foi  Deputado  Provincial  na 
Bahia,  em  varias  legislaturas. 

Era  Grande  do  Império,  Veador  de  S.  M.  a  Imperatriz,  Commendador  da 
Imperial  Ordem  de  Christo  e  da  Imperial  Ordem  da  Rosa. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  1 8  de  Outubro  de  1829.  Barão  com  grandeza  por  decreto 
de  s  de  Abril  de  1830. 


Archivo  Nobiliarchico  Brasileiro  ç6 

441 


SÃO  FRANCISCO.  (Visconde  de)  Francisco  José  Pacheco. 
Nasceu  no  Rio  de  Janeiro  em  31  de  Julho  de  1831 . 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro  em  10  de  Outubro  de  1880. 
Filho  áo  I.»  Barão  de  São  Francisco,  por  Portugal,  Francisco  José  Pacheco. 
Casou  com  D.  Anna  da  Rocha  Miranda,  irmã  do  Barão  do  Bananal. 

Dedicou-se á  carreira  commercial,  foi  Director  doBancodoBrazil,  Provedor 
de  diversas  Ordens  e  Irmandades,  e  sócio  de  varias  associações  de  Beneficência. 

Era  Commendador  da  Real  Ordem  de  Christo  de  Portugal  e  da  Imperial 
Ordem  da  Rosa. 

Era  2.0  Barão  de  São  Francisco,  por  Portugal. 

CREAÇÃO  DOS  títulos  :  Visconde  por  decreto  de  17  de  Setembro  de  1888.  2."  Barão  por  carta  de  3  de 
Julho  de  1869,  em  Portugal. 


SÀO   FRANCISCO.  (3.0  Barão  de)  António  Araújo  de  Aragão  Bulcão. 
Natural  da  Bahia. 
Filho  do  2."  Barão  de  São  Francisco,  com  grandeza  José  de  Araújo  Aragão 
Bulcão,  e  de  sua  mulher  a  Baroneza  D.  Anna  Rita  Cavalcanti  de  Aragão 
Bulcão. 

Bacharel  em  direito. 

Foi  Presidente  da  Província  da  Bahia  em  1879  e  seu  Vice-Presidente. 
Cavalleiro  da  Imperial  Ordem  de  Christo  e  Commendador  da  Imperial 
Ordem  de  Christo  de  Portugal. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  24  de  Março  de  1881. 


SÀO  FRANCISCO   DA  GLORIA.  (Barão  de)  José    Luciano   de 
Souza  Guimarães. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  25  de  Setembro  de  1889. 


442 


s 


ÀO   FRANCISCO   DAS  CHAGAS.  (Barão  de)  Manuel  Joaquim 
Cabral  de  Mello. 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão  por  decreto  de  i  o  de  Agosto  de  lí 


SÃO  FRANCISCO   DE  PAULA.  (Barão   de)   Joaquim    José    do 
Rosário. 

Negociante  no  Rio  de  Janeiro. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  31  de  Outubro  de  1889. 


SÃO  GABRIEL.  (1.°  Barão  e  Visconde  com  grandeza  de)  João  de  Deus 
Menna  Barreto. 
Nasceu  em  S.  Gabriel,  na  Provinda  do  Rio  Grande  do  Sul,  em  1769. 
Falleceu  nessa  cidade,  em  27  de  Agosto  de  1849. 
Filho  do  Coronel  João  de  Deus  Barreto  Pereira  Pinto. 
Era  pae  do  2°  Barão  com  grandeza  de  S.  Gabriel. 

Desde  a  mocidade  abraçou  a  carreira  militar,  tomando  parte  na  campanha 
de  1801,  onde  foi  elevado  ao  posto  de  Sargento-Mór,  e  em  1808  a  Tenente- 
Coronel.  Invadindo  a  Província  de  Montevideo  a  frente  do  Exercito  pacificador 
da  Banda  Oriental,  em  181 1,  foi  ferido  na  celebre  batalha  de  Ibirocahy,  em 
18 16.  Commandou  na  batalha  de  Catalão,  em  181 7  a  ala  esquerda  do  Exer- 
cito. Marechal  de  Campo  em  181 8,  permaneceu  na  Província  do  Rio  Grande 
do  Sul,  até  a  final  derrota  de  José  Artigas,  em  Taquarembó,  em  22  de  Janeiro 
de  1820. 

Promovido  a  Tenente-General  em  1824,  fez  a  campanha  de  1828  a  1836 
no  Rio  Grande  do  Sul. 


443 


Era  do  Conselho  de  S.  Magestade,  Grã-Cruz  da  Imperial  Ordem  do 
Cruzeiro,  (^ommendador  da  Imperial  Ordem  de  S.  Bento  de  Aviz,  Fidalgo 
Cavalleiro  da  Casa  Real,  por  alvará  de  9  de  Julho  de  18 13.  Tinha  as  medalhas 
das  campanhas  Cisplatina  dei8iiai8i2edei8i5a  1820. 

CREAÇAO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  i8  de  Julho  de  1841.  Visconde  com  grandeza  por  decreto 
de  2  de  Desembro  de  1845. 


OGU^. 


SAO  GABRIEL.  (2.°  Barão  com  grandeza  de)  João  Propicio  Menna 
Barreto. 
Nasceu  em  Rio  Pardo,  Provinda  do  Rio  Grande  do  Sul,  em  5  de  Agosto  de 

1808. 
Falleceu  na  cidade  de  S.  Gabriel,  na  dita  Província,  em  9  de  Fevereiro  de 

1867. 
Filho  dos  Barões  e  Viscondes  com  grandeza  de  S.  Gabriel. 
Casou  com  D.  Francisca  Palmeira  Menna  Barreto,  filha  de  Sebastião  Pinto 

da  Fontoura  e  neta  paterna  do  Brigadeiro  António  Pinto  Fontoura  e 

materna  do  Coronel  João  José  Palmeira. 

Sentou  praça  de  i .»  Cadete  no  Regimento  de  Dragões  do  Rio  Pardo,  em 
1820.  Foi  Commandante  das  Armas  da  Província  do  Rio  Grande  do  Sul,  em 
1846  e  Marechal  de  Campo  do  Exercito  em  1864.  Fez  com  grande  brilho 
toda  a  campanha  do  Paraguay,  conquistando  grandes  louros  em  Paysandú  e 
em  Fray  Bento. 

Era  Grande  do  Império,  Commendador  da  Imperial  Ordem  de  S.  Bento 
de  Aviz,  Dignitário  da  Imperial  Ordem  do  Cruzeiro,  Commendador  da  Impe- 
rial Ordem  da  Rosa,  Cavalleiro  da  Imperial  Ordem  de  Christo.  Fidalgo  da 
Casa  Real,  por  alvará  de  10  de  Setembro  de  1822.  Tinha  a  medalha  do  Exercito 
no  Estado  Oriental  de  Uruguay,  de  oiro,  e  a  de  Paysandú. 

CR.EAÇAO  DO  TITULO  :  Bário  com  grandeza  por  decreto  de  1 8  de  Fevereiro  de  1865. 


444 


SÃO  GONÇALO.    (Barão   e    Barão   com    grandeza    de)   Belarmino 
Ricardo  de  Siqueira. 
Nasceu  em  Saquarema.  Provincia  do  Rio  de  Janeiro,  em  1791. 
Falleceu  em  11  de  Setembro  de  1873,  em  Nictheroy,  Provincia  do  Rio  de 
Janeiro. 

Fazendeiro  abastado  e  capitalista.  Era  Commandante  Superior  da  Guarda 
Nacional  de  Nictheroy,  e  foi  Deputado  Provincial  da  Provincia  do  Rio  de 
Janeiro,  e  Presidente  do  Banco  Rural  e  Hypothecario. 

Era  Commendador  da  Imperial  Ordem  da  Rosa  e  Grande  do  Império. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro,  em  campo  de  oiro,  sete  barras  de  azul,  lançadas 
em  viez  ;  no  segundo,  também  em  campo  de  oiro,  cinco  estreitas  de  goles,  em  aspa,  e  assim  os 
contrários;  bordadura  de  goles,  e  no  centro,  um  escudete  azul  com  uma  colmeia  e  seis  abelhas  de 
prata.  (Brazão  passado  em  31  de  Desembro  de  1855.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  28). 

CORÔA  :  A  de  Conde. 

CREAÇÃO  DOS  títulos  :  Barão  por  decreto  de  19  de  Março  de  1849.  Barão  com  grandeza  por  decreto 
de  2  de  Desembro  de  18^4. 


S 


ÀO  JACOB.  (Barão  de)  Diniz  Dias. 
Era  Coronel  da  Guarda  Nacional. 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barào  por  decreto  de  14  de  Abril  de  1883. 


44"; 


\^* 


SÃO  GERALDO.  (Barão  de)  Dr.  Joaquim  José  Alvares  dos  Santos 
Silva. 

Era  medico  formado  pela  Academia  do  Rio  de  Janeiro.  Agricultor  pro- 
gressista, foi  Director  da  primitiva  companhia  Estrada  de  Ferro  Leopoldina. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barâo  por  decreto  de  15  de  Junho  de  1881. 


SÀO  JOÀO   DA  BARRA.  (i.«  Barão  com  grandeza  de)  José  Alves 
Rangel. 
Nasceu  em  S.  João  da  Barra,  Provinda  do  Rio  de  Janeiro,  em  24  de  Abril 

de  1779. 
Falleceu  em  sua  Fazenda  do  Caethé,  nessa  Província,  em  i  de  Novembro  de 

1855. 
Filho  do  Alferes  Domingos  Alves  de  Barcellos  e  de  sua  mulher  D.  Izabel  da 

Silva  Rangel. 
Casou  com  D.  Maria  Francisca  Alves  Rangel,  fallecida  em  S.  João  da  Barra. 

Em  1807  era  já  Alferes  do  Regimento  n."  12,  em  1823  sentou  praça  na 
Guarda  de  Honra  Imperial,  e  foi  reformado  no  posto  de  Major  em  1828.  Foi 
mais  tarde  Juiz  de  Paz  e  Vereador  da  Gamara  Municipal,  varias  vezes,  Presi- 
dente da  Gamara  em  1847  e  Juiz  Municipal. 


446 


Era  Cavalleiro  da  Imperial  Ordem  de  Christo  e  Official  da  Imperial  Ordem 
da  Rosa,  e  Grande  do  Império. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  partido  em  pala  :  na  primeira,  de  vermelho,  um  gallo  de  prata  andante, 
cristado  e  armado  de  oiro  ;  na  segunda,  de  oiro,  uma  destra  ao  natural  tendo  uma  canna  de  assucar 
de  sinople,  posta  em  pala.  Uma  bordadura  de  azul,  carregada,  em  chefe,  da  insignia  da  Ordem  de 
Christo,  e  em  ponta,  da  medalha  de  Official  da  Imperial  Ordem  da  Rosa.  Divisa  :  KWí  nessa  gloria, 
que  é  o  anagramma  do  apellido  José  Alves  Rangel.  (Brazâo  passado  em  24  de  Março  de  1855.  Reg.  no 
Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  19). 

COROA  :  A  de  Conde. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  25  de  Março  de  1849.  Barão  com  grandeza  por  decreto 
de  2  de  Desembro  de  1854. 


SÀO  JOÀO  DA  BARRA.  (2.°  Barão  e  Visconde  de)  Francisco  José 
Alves  Rangel. 
Fallecen  em  6  de  Outubro  de  1883. 

Filho  do  1 ."  Barão  com  grandeza  José  Alves  Rangel  e  de  sua  mulher  D.  Maria 
Francisca  Alves  Rangel. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  As  do  i.°  Barão  com  grandeza  de  São  João  da  Barra,  José  Alves  Rangel.  (Vêr  a 
descripção  nesse  titulo). 

COROA  :  A  de  Visconde. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  24  de  Março  de  1881.  Visconde  por  decreto  de  18  de 
Janeiro  de  1882. 


447 


SÀO   JOÃO    DAS    DUAS    BARRAS.     (Barão   com   grandeza   e 
Conde  das)  Joaquim  Xavier  Curado. 
Nasceu  em  Meia  Ponte,  na  Província  de  Goyaz,  em  i  de  Março  de  1743. 
Falleceu  em  1 5  de  Setembro  de  1 830. 
Filho  de  João  Gomes  Curado  e  de  sua  mulher  D.  Maria  Josepha  Pinheiro. 

Alistou-se  no  Exercito  come  soldado  nobre,  com  20  annos  de  idade,  e 
seguio  em  1774  para  o  Sul  na  invasão  hespanhola  das  Provindas  Cisplatinas, 
como  Alferes. 

Em  1800  foi  elevado  á  Coronel  e  Governador  de  Santa  Catharina.  Como 
Marechal  de  Campo  seguio  para  Buenos  Ayres  e  em  181 1  invadiu  a  Banda 
Oriental  com  duas  columnas  do  Exercito.  Promovido  á  Tenente-General  em 
1813,  fez  a  campanha  contra  Artigas. 

Foi  Governador  das  Armas  da  Corte,  Deputado  á  Assembléa  legislativa, 
pela  Provinda  de  Santa  Catharina,  era  Conselheiro  de  Guerra,  do  Conselho 
de  S.  Magestade,  membro  do  Conselho  Supremo  Militar  e  Fidalgo  Cavalleiro 
da  Casa  Imperial. 

Era  Grã-Cruz  da  Imperial  Ordem  do  Cruzeiro,  Commendador  da  Imperial 
Ordem  de  S.  Bento  de  Aviz,  e  da  Torre  e  Espada,  de  Portugal,  e  tinha  as 
medalhas  das  campanhas  de  181 1  e  181 5. 

CREAÇÃO  dos  títulos  :  BarSo  com  grandeza  por  decreto  de  12  de  Outubro  de  1825.  Conde  por  decreto 
de  12  de  Outubro  de  i8a6. 


448 


s 


ÀO   JOÀO    DE    ICARAHY.   (Barão  de)  Constantino  Pereira  de 
Barros. 

Era  Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Imperial  e  Official  da  1.  Ordem  da  Rosa. 

BRAZAO  DE  ARMAS  :  Em  campo  azul,  uma  banda  de  oiro  carregada  de  três  flores  de  liz  de  azul,  entre  um 
carneiro  de  prata  á  sinistra  e  um  leão  rompente  do  mesmo  metal,  á  destra.  Divisa  :  Parcitas  et  Labor. 

COROA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  14  de  Março  de  1867. 


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S 


ÃO  JOÃO  MARCOS.  (Barão  com  grandeza  e  Marquez  de)  Pedro 
Dias  Paes  Leme. 


Archivo  Nobiliarchico  Brasileiro  57 


449 


Nasceu  em  Portugal  em  1772. 

Falleceu  em  Vassouras,  na  Província  do  Rio  de  Janeiro,  em  15  de  Desembro 
de  1868. 

Filho  de  Fernando  Dias  Paes  Leme,  e  de  sua  mulher  D.  Francisca  Peregrina 
de  Souza  e  Mello  Cerqueira  Corrêa. 

Casou  em  premeiras  núpcias  com  D.  Rita  Ricardina  de  Souza  Coutinho  da 
Cunha  Porto,  e  em  segundas  núpcias  com  D.  Marianna  Carolina  de  Souza 
Coutinho  da  Cunha  Porto  ;  Dama  honorária  de  S.  M.  a  Imperatriz,  e 
ambas  filhas  de  José  Alves  da  Cunha  Porto  e  de  sua  mulher  D.  Marianna 
Perpetua  de  Souza  Coutinho. 

Era  o  }.°  Senhor  de  São  João  Marcos,  ).°  Alcaide-Mór  da  Bahia,  e  Guarda- 
Mór  de  todas  as  Minas. 

Era  Grande  do  Império,  Barão  de  S.  João  Marcos  por  Portugal,  Repostei ro- 
Mór  de  S.  Magestade,  e  Gentil-Homem  da  Imperial  Camará. 

Era  Grã-Cruz  da  Imperial  Ordem  de  Christo,  e  Cavalleiro  da  R.  Ordem 
de  N.  S.  da  Conceição  de  Villa  Viçosa,  de  Portugal. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  ;  Em  campo  de  oiro  cinco  melros  negros,  sem  pés  nem  bicos,  postos  em  santor. 
Timbre  :  uma  aspa  de  oiro  e  no  meio  um  melro  do  escudo.  (Carta  de  Braz3o  por  alvará  de  1471, 
confirmado  em  30  de  Desembro  de  1750). 

COROA  :  A  de  JVlarquez. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  com  grandeza  por  decreto  de  1  de  Desembro  de  1822.  Marquez  por 
decreto  de  13  de  Outubro  de  1826.  Barão  por  Portugal  por  decreto  de  5  de  Fevereiro  de  1818. 


SÀO  JOÃO  NEPOMUCENO.     (Barão   de)   Pedro    de    Alcântara 
Cerqueira  Leite. 
Nasceu  em  Barbacena,  Minas  Geraes,  em  28  de  Junho  de  1807. 
Falleceu  em  24  de  Abril  de  1883. 
Filho  do  Capitão  José  de  Cerqueira  Leite,  e  de  sua  mulher  D.  Anna  Maria 

da  Fonseca. 
Casou  em  1844  com  D.  Anna  de  Cerqueira  do  Valle  Amado,  sua  sobrinha. 

Formado  em  direito,  em  1833,  foi  Juiz  municipal  de  Barbacena,  Juiz  de 
Direito  em  Sabará.  Desembargador  da  Relação  em  Pernambuco,  e  em  1854 
aposentou-se.  Membro  de  muitas  legislaturas  provinciaes  em  Minas  Geraes,  e 


4S0 


na  Assembléa  Geral  nas  legislaturas  de  1838  a  1841  e  de  1844  a  1848.  Foi 
Presidente  dessa  Província  em  1864,  e  sócio  do  Instituto  Histórico  e  Geogra- 
phico  Brasileiro  desde  1845. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão  por  decreto  de  15  de  Julho  de  18S1. 


SÃO  JOÃO  DA  PALMA.  (Conde  e  Marquez  de)  D.  Francisco  de 
Assis  Mascarenhas. 
Nasceu  em  Lisboa  em  30  de  Setembro  de  1779. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro  em  6  de  Março  de  1843. 
Filbo  de  D.  José  de  Assis  Mascarenhas  Castello  Branco  da  Costa  Lencastre, 

4.»  Conde  de  Sabugal,  Senhor  das  Casa  de  Sabugal  e  de  Palma,  9.°  Alcaide- 

Mór  de  Óbidos  e  Selir,  e  de  sua  mulher  D.  Helena  Maria  Josepha  Xavier 

de  Lima,  filha  dos  1.°»  Marquezes  de  Ponta  de  Lima. 
Casou  com  D.  Joanna  Bernardina  dos  Reis,  em  1822,  e  não  deixou  successão 

legitima. 

Adoptou  a  causa  da  Independência  do  Brasil  e  foi  aos  25  annos  de  idade, 
em  1804,  Governador  da  Capitania  de  Goyaz  ;  de  1808  a  1814  foi  Governador 
de  Minas  Geraes,  e  o  17."  Governador  de  S.  Paulo,  de  1814  a  1819,  sendo 
neste  anno  removido  para  a  Capitania  da  Bahia. 

Assistiu  como  Condestavel  á  coroação  e  sagração  de  D.  Pedro  I.  Era 
Conselheiro  de  Estado  effectivo,  substituindo  o  Marquez  de  Sabará,  que 
falleceu  em  1827  ;  Senador  pela  Província  de  S.  Paulo,  em  1826,  Presidente 


43" 


do  Desembargo  do  Paço,  Regedor  das  Justiças  e  Mordomo-Mór  de  S.  M.  o 
Imperador. 

Era  Grande  do  Império,  Grã-Cruz  da  Imperial  Ordem  de  Christo  e  da 
Imperial  Ordem  da  Rosa,  e  membro  do  Instituto  Histórico  e  Geographico 
Brasileiro  desde  1838. 

Era  de  direito  o  6."  Conde  da  Palma,  em  Portugal,  titulo  este  incorporado 
á  casa  dos  Condes  de  Sabugal. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro  quartel,  as  armas  Reaes  de  Portugal  ;  no 
segundo,  as  armas  dos  Mascarenhas,  que  são  :  em  campo  vermelho,  três  faxas  de  oiro ;  e  assim  os 
contrários. 

COROA  :  A  de  Marquez. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Conde  da  Palma  por  carta  de  j6  de  Outubro  de  1810.  Marquez  por  decreto  de 
12  de  Outubro  de  1835. 


SÀO  JOÃO  DO  PRÍNCIPE.  (Barão  com  grandeza  de)  Ananias  de 
Oliveira  e  Souza. 
Falleceu  em  i6  de  Outubro  de  1871. 

Era  Dignitário  da  Imperial  Ordem  da  Rosa  e  Commendador  da  Imperial 
Ordem  de  Christo. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro  e  quarto  quartéis,  em  campo  vermelho,  uma 
oliveira  verde  com  fructos  de  oiro,  e  raizes  de  prata  ;  no  segundo  e  terceiro,  as  Quinas  de  Portugal, 
esquarteladas  com  as  armas  de  Leão.  Timbre:  a  oliveira  das  armas.  (Brazão  passado  em...  de  Agosto 
de  1854.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  43). 

COROA  :  A  de  Conde. 


452 


CREAÇÂO  DOS  títulos  ;  Barão  por  decreto  de  25  de  Março  de  1854.  Barão  com  grandeza  por  decreto  de 
"°^"'      14  de  Julho  de  1854. 


SÃO  JOÃO   DEL  REY.    (Barão  de)   D/   Eduardo  Ernesto  Pereira 
da  Silva. 
Falleceu  em  29  de  Julho  de  1 88 1 . 

Era  Cavalleiro  da  Imperial  Ordem  de  Christo  e  Official  da  Imperial  Ordem 
da  Rosa. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão  por  decreto  de  15  de  Setembro  de  1871. 


SÃO  JOÃO   DO   RIO  CLARO.  (Barão  de)  Amador  Rodrigues  de 
Lacerda  Jordão. 
Natural  da  Provincia  de  S.  Paulo. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro  em  31  de  Agosto  de  1873. 

Filbo  do  Brigadeiro  Manuel  Rodrigues  Jordão,  fallecido  em  1827,  e  de  sua 
mulher  D.  Gertrudes  Galvão  de  Moura  Lacerda,  filha  do  Brigadeiro  José 
Pedro  de  Moura  Lacerda,  e  de  sua  mulher  D.  Gertrudes  Theresa  de 
Oliveira  Montes  ;  neta  do  Alferes  Manuel  Rodrigues  Jordão  e  de  sua. 
mulher  D.  Anna  Euphrasia  da  Cunha. 


453 


Casou  com  D.  Maria  Hyppolita  dos  Santos,  filha  do  Barão  de  Itapetininga, 
Joaquim  José  dos  Santos  Silva  e  de  sua  primeira  mulher  D.  Anna 
Euphrosina  Mendes.  A  Baroneza  de  S.  João  do  Rio  Claro  enviuvando 
foi  a  segunda  mulher  do  Marquez  de  Três  Rios. 

Deputado  Provincial  em  varias  legislaturas,  foi  também  Deputado  Geral 
pela  Província  de  S.  Paulo,  na  12.»  legislatura  de  1864  a  1866  e  na  15.*  de 
1872  a  1875. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro  quartel,  as  armas  dos  Rodrigues,  —  cm  campo 
de  oiro,  cinco  flores  de  liz  de  vermelho,  chefe  vermelho  com  uma  cruz  de  oiro  florida  e  vasia  de 
campo  ;  no  segundo,  as  d3s  Mendonças,  —  um  escudo  franxado,  nos  campos  alto  e  baixo,  em  verde 
uma  banda  de  vermelho  coticada  de  ouro,  nas  ilhargas  em  campo  de  oiro,  um  S  de  negro  ;  no 
terceiro,  as  dos  Cunhas,  em  campo  de  oiro,  nove  cunhas  de  azul  em  três  palas  ;  no  quarto  quartel, 
as  dos  Limas,  em  campo  de  oiro,  quatro  palas  de  vermelho.  Paquife  :  dos  metaes  e  cores  das  armas. 
Timbre  :  o  dos  Rodrigues,  um  leào  de  oiro  nascente  com  uma  das  lizes  na  espádua.  (Brazão  passado 
ao  Brigadeiro  Manuel  Rodrigues  Jordão,  em  14  de  Maio  de  1807.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza, 
Liv.  VII,  fls.  173). 

COROA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  26  de  Novembro  de  1858. 


SÃO  JOAQUIM.  (Barão  de)  José  Francisco  Bernardes. 
Nasceu  em  S.  João  Baptista  do  Arrozal,  Província  do  Rio  de  Janeiro, 
a  26  de  Novembro  de  1836. 
Falleceu  em  Petrópolis  a  27  de  Novembro  de  191 6. 

Filbo  do  Commendador  António  José  Bernardes,  e  de  sua  mulher  D.  Augusta 
Maria  da  Silva  Bernardes,  filha  do  Commendador  José  Justiniano  da  Silva. 


454 


Casou  com  D.  Clara  Guilhermina  da  Rocha,  filha  do  Conde  de  Itamaraty, 
Francisco  José  da  Rocha,  e  de  sua  mulher  D.  Maria  Romana  Bernardes 
da  Rocha,  depois  Marqueza  do  mesmo  titulo  ;  e  em  segundas  núpcias, 
a  20  de  Maio  de  1869,  com  D.  Joaquina  de  Oliveira  de  Araújo  Gomes, 
que  nasceu  a  28  de  Desembro  de  1849,  e  ainda  vive,  filha  do  2.»  Barão 
de  Alegrete  José  Maria  de  Araújo  Gomes  e  de  sua  mulher  D.  Rosa 
Teixeira  Bernardes. 

Capitalista  e  proprietário,  Moço  Fidalgo  com  exercicio  da  Casa  Imperial, 
e  da  Casa  Real  de  Portugal,  Commendador  da  Imperial  Ordem  da  Rosa  e  da 
de  N.  S.  da  Conceição  de  Villa  Viçosa,  de  Portugal. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  partido  em  pala  :  na  primeira,  em  campo  de  prata,  uma  aspa  azul  carregada 
de  cinco  besantes  de  oiro  ;  na  segunda,  em  campo  vermelho,  um  pelicano  de  oiro  ferindo  o  peito, 
e  dando  aos  filhos  o  sangue  que  delle  corre. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  5  de  Julho  de  1888. 


SÃO  JOSÉ.  (i.o  Barão  de)  José  Gomes  de  Oliveira  Lima. 
Natural  da  Província  de  Minas  Geraes. 
Falleceu  em  Rio  Preto,  nessa  Província,  em  1872. 

Casou  com  D.  Maria  Rosa  de  Oliveira  Lima,  que  falleceu  no  Rio  Preto,  Pro- 
víncia de  Minas  Geraes,  em  10  de  Novembro  de  1875. 

Tenente-Coronel  da  Guarda  Nacional,  era  fazendeiro  e  proprietário  na 
referida  Província. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro,  em  campo  de  prata,  três  faxas  enxequetadas  de 
oiro  e  goles  ;  no  segundo,  quatro  barras  de  góles,  em  campo  de  oiro;  no  terceiro,  de  prata,  um  leão 


455 


de  purpura  rompente,  armado  de  azul,  e  no  quarto  quartel,  de  prata,  uma  oliveira  verde  com  fructos 
de  oiro.  (Brazão  passado  em  27  de  Outubro  de  1867.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  93). 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  21  de  Agosto  de  1867. 


a, r3^ 


SÃO  JOSÉ.      (2.°  Barão  de)  José  Ignacio  da  Silva  Pinto. 
Falleceu  em  27  de  Agosto  de  1886  em  Campos,  Província  do  Rio  de 
Janeiro. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barào  por  decreto  de  ii  de  Outubro  de  1876. 


SÃO  JOSÉíDA   LAGOA.    (Barão  de)   João  Gualberto  Martins  da 
Costa. 

Coronel  da  Guarda  Nacional. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barào  por  decreto  de  10  de  Agosto  de  1889. 


s 


ÃO  JOSÉ  DO  NORTE.  (Barão  de)  Euphrasio  Lopes  de  Araújo. 
Natural  da  Provincia  do  Rio  Grande  do  Sul. 


CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  9  de  Maio  de  1877.  Visconde  por  decreto  de  2j  de 
Desembro  de  1888. 


SÀO  JOSÉ  DEL  REY.  (Barão  de)  Gabriel  António  de  Barros. 
Natural  da  Provincia  de  Minas  Geraes. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  7  de  Fevereiro  de  1885. 


456 


SÀO  JOSÉ  DO  RiO  PRETO.  (Baroneza  de)  D.  Ignez  de  Castro 
Monteiro  da  Silva. 

Era  fazendeira  na  Província  de  Minas  Geraes. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Baroneza  por  decreto  de  i  de  Abril  de  1882. 


SAO    LEOPOLDO.     (Visconde   com   grandeza   de)    José    Feliciano 
Fernandes  Pinheiro. 
Nasceu  em  Santos  (S.  Paulo)  em  9  de  Maio  de  1774. 
Falkceu  em  6  de  Julho  de  1847,  na  cidade  de  Porto-Alegre,  no  Rio  Grande 

do  Sul. 
Filho  do  Coronel  de  Milícias  José  Fernandes  Martins  e  de  sua  mulher  D.  Theresa 

de  Jesus  Pinheiro,  naturaes  de  Portugal. 
Casou  com  D.  Maria  Elisa  Júlia  de  Lima,  que  falleceu  no  Rio  Grande  do  Sul, 
em  4  de  Maio  de  1877. 

Formado  em  leis  e  em  Cânones,  pela  Universidade  de  Coimbra,  em  1798  ; 
em  1801  foi  nomeado  Juiz  das  Alfendegas  do  Rio  Grande  do  Sul.  Como 
auditor  Geral  das  tropas,  acompanhou  o  exercito  pacificador  e  assistiu  a 
Campanha  de  1811  e  1812.  Foi  Deputado  as  Cortes  Constituintes  de  Lisboa, 
em  1821-1822,  e  á  Assembléa  Constituinte  em  1823.  Foi  o  i."  Presidente  do 
Rio  Grande  do  Sul,  ahi  fundando  a  Colónia  de  S.  Leopoldo  e  também 
a  I.*  typographia  da  Provincia,  em  1824. 

Desembargador  honorário  desde  181 1,  era  do  Conselho  de  S.  Magestade 
em  1825  ;  Conselheiro  de  Estado  em  1827;  Senador  por  S.  Paulo  em  1826, 
servindo  21  annos;  Ministro  do  Império  no  4."  Gabinete  de  1825,  no  5.»  de 
1826,  e  no  6.°,  e  também  interinamente  da  pasta  da  Justiça,  em  1827.  Foi 
um  dos  sócios  fundadores  do  Instituto  Histórico  e  Geographico  Brasileiro, 
em  1838,  e  de  muitas  outras  Sociedades  Scientificas. 

Deixou  os  Ânnaes  do  Rio  Grande  do  Sul,  etc. 

Era  Dignitário  da  Ordem  do  Cruzeiro. 

CREAÇÃO  no  TITULO  :  Visconde  por  decreto  de  12  de  Outubro  de  1826. 


ArchWo  Nobiliarchico  Br»síleifo  58  Anm 

457 


SÃO  LOURENÇO.    (Barão  e  Visconde  com  grandeza  de)  Francisco 
Gonçalves  Martins. 
Nasceu  na  Villa  de  Santo  Amaro,  na  Bahia,  em  12  de  Março  de  1807. 
Falleceu  na  Bahia  em  10  de  Setembro  de  1872. 
Filho  do  abastado  fazendeiro,  Coronel  Raymundo  Gonçalves  Martins. 
Casou  com  D.  Maria  da  Conceição  Peçanha  Martins. 

Estudou  em  Coimbra  em  1827,  e  tomando  parte  nos  movimentos 
politicos  em  favor  de  D.  Maria,  teve  de  emigrar,  e  voltando  ao  Brasil,  em 
1830,  foi-lhe  conferido  o  gráo  de  bacharel  em  direito,  com  dispensa  do  ultimo 
acto  académico. 

Seguio  a  magistratura,  aposentando-se  com  as  honras  de  Ministro  do 
Supremo  Tribunal  de  Justiça.  Foi  chefe  de  Policia  na  Bahia,  quando  rebentou 
a  revolução  do  Sabino,  em  1837.  Presidiu  a  sua  Província  duas  vezes,  de  1848 
a  1852  e  de  1868  a  1871,  e  representou-a  na  Assembléa  Geral  nas  3."  e  8.» 
legislaturas  desde  1834  a  1851,  quando  foi  nomeado  Senador  pela  mesma 
Província. 

Foi  Ministro  do  Império  no  n.»  Gabinete  Itaborahy,  de  1852,  era  do 
Conselho  de  S.  Magestade,  Grande  do  Império,  Commendador  da  I.  Ordem 
de  Christo  e  sócio  do  Instituto  Histórico  e  Geographico  Brasileiro  desde  1845. 

CREAÇÃO  DOS  títulos  :  Barão  com  grandeza  por  decreto  de  14  de  Março  de  1860.  Visconde  com  grandeza 
por  decreto  de  1 5  de  Novembro  de  187 1 . 


SAO   LUCAS.   (Barão  de)  Pedro  Pereira  de  Escobar. 
Nasceu  em  S.  Borja,  Província  do  Rio  Grande  do  Sul. 
Casou  com  D.  Felícia  Pereira  Escobar. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  24  de  Agosto  de  1889. 


458 


SÁO   LUIZ.  (i.»  Barão  de)  Paulo  Gomes  Ribeiro  de  Avellar. 
Filho  de  Luiz  Gomes  Ribeiro  de  Avellar  e  de  sua  mulher  D.  Joaquina 
Mathilde  de  Assumpção. 

Era  irmão  do  Barão  de  Guaribú,  do  Visconde  da  Parahyba  e  sobrinho 
do  I ."  Barão  de  Capivary. 

Casou  com  D.  Feliciana  José  de  Carvalho  Avellar,  que  falleceu  em  Paty  do 
Alferes  em  17  de  Desembro  de  1880. 

Fidalgo  Cavalleiro da  Real  Casa  de  S.  Magestade  Fidelíssima,  era  Commen- 
dador  da  Imperial  Ordem  da  Rosa,  e  da  imperial  Ordem  de  Christo,  e  da 
Ordem  de  N.  S.  da  Conceição  de  Villa  Viçosa,  de  Portugal. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  As  de  seu  irmão  o  Visconde  de  Parahyba.  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro  e 
quarto,  de  verde,  um  leopardo  de  oiro  passante,  e  um  chefe  de  oiro  com  três  estrellas  de  goles  ;  no 
segundo  e  terceiro,  de  oiro,  três  faxas  de  azul,  carregadas  de  três  besantes  de  prata  cada  uma  ;  e  no 
centro  um  escudete  fendo  em  campo  de  prata  um  ramo  de  cafeeiro  e  uma  canna  de  assucar  ao 
natural,  postos  em  aspa.  (Brazão  passado  em  30  de  Desembro  de  1858.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza, 
Liv.  VI,  fls.  39). 

CORÔA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  26  de  Outubro  de  1861. 


459 


I 


HONOR  VIRTUT15  PREMIUM 


S 


ÁO  LUIZ.  (2.°  Barão  de)  D/  Leopoldo  Antunes  Maciel. 

Casou  com  D.  Cândida  Moreira  Maciel,  residente  na  Província  do  Rio 
Grande  do  Sul. 


BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  de  prata  partido  em  pala  :  na  primeira,  duas  flores  de  liz  de  azul  em  pala  ; 
na  segunda,  meia  águia  de  vermelho  estendida,  armada  de  negro,  e  por  differença  uma  brica  de 
goles  com  um  trifolio,  de  sua  côr ;  campanha  partida  em  pala  ;  na  primeira,  de  goles,  uma  penna 
sobre  um  livro  de  prata,  aberto,  com  um  mocho,  de  sua  côr,  á  sinistra  ;  na  segunda,  de  oiro,  com 
uma  serpe,  de  sua  côr.  Divisa  :  Honor  l^irtutis  Premium. 

CORÔA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  5  de  Julho  de  1884. 


SÃO    LUIZ    DO    MARANHÃO.     (Visconde    com    grandeza    de) 
António  Marcellino  Nunes  Gonçalves. 
Natural  da  Província  de  Maranhão. 
Casou  com   D.  Evarísta   Serra  Nunes  Gonçalves,  fallecida  em  25  de  Abril 
de  1916  no  Rio  de  Janeiro. 

Bacharel  em  direito,  foi  Senador  pela  Província  do  Maranhão,  em  1865  ; 
Conselheiro  de  Estado  em  1889,  e  Desembargador  aposentado. 


460 


Foi  Presidente  das  Provincias  :  do  Rio  Grande  do  Norte,  em  1858;  do 
Ceará,  em  1859,  e  de  Pernambuco,  em  1861  ;  e  Deputado  á  Assembléa  Geral 
pelo  Maranhão  na  12.*  legislatura  de  1864  a  1866. 

Era  Commendador  da  Imperial  Ordem  de  Christo  e  da  Imperial  Ordem 
da  Rosa. 

CREAÇAO  do  titulo  :  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  13  de  Junho  de  1888. 


SÀO  MARCELLINO.  (Barão  de)  Marcellino  de  Assis  Tostes. 
Natural  da  Província  da  Bahia. 

Bacharel  em  direito,  Magistrado. 

Foi  Presidente  da  Provinda  do  Espirito  Santo,  em  1880. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  3  de  Agosto  de  1889. 


SÃO  MATHEUS.  (Baroneza  de)  D.  Francisca  Maria  do  Valle  Nogueira 
da  Gama. 
Natural  da  Província  de  Minas  Geraes. 
Fílba  do  Coronel  Manuel  do  Valle  Amado,  e  de  sua  mulher  D.  Maria  Cordelia 
de  Abreu  Mello. 


461 


Casou  com  o  Coronel  de  Milícias  e  Fidalgo  Cavalleiro  José  Ignacio  Nogueira 
da  Gama,  que  falleceu  em  Minas  Geraes,  a  lo  de  Janeiro  de  1839.  '^om 
60  annos  de  idade,  e  era   irmão  do  Marquez  de  Baependy  e  pae  da 
Condessa  de  Baependy. 
Foi  agraciada  com  o  titulo  de  Baroneza  de  S.  Matheus,  depois  de  viuva. 

BRAZAO  de  armas  :  As  do  Marquez  de  Baependy,  irmão  de  seu  marido.  Lisonja  partida  em  pala  ;  na 
primeira,  as  armas  dos  Nogueiras,  —  em  campo  de  oiro  uma  banda  xadresada  de  prata  e  sinople  de 
cinco  peças  em  faxa,  com  a  ordem  do  meio  coberta  toda  de  uma  cotica  de  goles  ;  na  segunda,  as 
armas  dos  Gamas,  dos  que  descendem  de  D.  Vasco  de  Gama,  que  são :  xadresado  de  oiro  e  vermelho 
de  três  peças  em  faxa  e  cinco  em  pala,  oito  de  oiro  e  sete  de  vermelho,  estas  carregadas  de  duas 
faxas  de  prata  ;  e  no  meio  das  armas-um  escudete  com  as  quinas  de  Portugal.  Timbre  :  meio  nayre 
vestido  ao  modo  da  Índia  com  uma  trunfa  e  um  bolante  que  lhe  cáe  pelas  costas  ;  braços  nus  e  na 
mSo  direita  um  escudo  das  armas  dos  Gamas,  e  na  esquerda  um  ramo  de  canella  verde  com  rosas 
de  oiro. 

COROA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Baroneza  por  decreto  de  17  de  Julho  de  1871. 


S 


ÃO  MIGUEL.  (Barão  de)  Paulino  de  Araújo  Góes. 
Major  da  Guarda  Nacional. 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  19  de  Agosto  de  1888. 


SÃO  NI  CO  LAO.    (Barão  de)  Leopoldo  Augusto  da  Gamara  Lima. 
Natural  da  Província  do  Rio  Grande  do  Sul. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro,  em  25  de  Fevereiro  de  1881,  com  76  annos  de 

idade. 
Filho  do  Escrivão  João  Hippolito  de  Lima. 

Casou  com   D.   Margarida  de  Castro  Delfim   Pereira,   filha  dos  Barões  de 
Sorocaba,  e  viuva  de  Alexandre  Gomes  Barroso. 

Era   Veador  de  S.   M.   a   Imperatriz,   e  Guarda-Mór  da  Alfandega  da 
Corte. 


462 


Cavalleiro  da  Imperial  Ordem  de  Christo  e  Commendador  da  Imperial 
Ordem  da  Rosa,  da  Real  Ordem  de  Christo,  de  Portugal,  e  da  Legião  de 
Honra,  da  França. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  8  de  Abril  de  1879. 


S 


ÁO   ROBERTO.  (Barão  de)  Quintiliano  Alves  Ferreira. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  ;   Barão  por  decreto  de  3  de  Agosto  de  1889. 


S 


ÃO  ROMÃO.   (Barão  de)  José  Eleuterio  de  Souza. 
Coronel  da  Guarda  Nacional. 


CREAÇÃO  DO  TITULO  ;  Barão  por  decreto  de  19  de  julho  de  1889. 


SÀO   ROC^E.  (Barão  de)  D.' António  Moreira  de  Castilho. 
Falleceu  em  Parahyba  do  Sul  em  13  de  Maio  de  1873. 
Casou  com  D.  Cleta  Moreira  de  Castilho. 

Era  Official  da  Imperial  Ordem  da  Rosa. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  ;  Barão  por  decreto  de  21  de  Desembro  de  1871. 


SÀO  SALVADOR.  (Conde  de)  D.  Manuel  Joaquim  da  Silveira. 
Nasceu  no  Rio  de  Janeiro  em  14  de  Abril  de  1807. 
Falleceu  na  Bahia  em  23  de  Junho  de  1875. 


463 


Filho  de  António  Joaquim  da  Silveira  e  de  sua  mulher  D.  Maria  Rosa  da 
Conceição. 

Lente  e  Reitor  do  Seminário  de  S.  José  da  Bailia  em  1837;  15.°  bispo 
do  Maranhão  em  1851  ;  Cónego  da  Capella  Imperial;  Capellão  da  Esquadra 
que  foi  á  Nápoles  receber  S.  M.  a  Imperatriz,  e  Ministro  celebrantre  no 
consorcio  das  Princezas  Imperiaes  D.  Izabel  e  D.  Leopoldina. 

Foi  o  i8.°  arcebispo  da  Bahia  em  1861.  Escreveu  varias  cartas  pastoraes 
reveladoras  de  uma  grande  illustração.  Era  do  Conselho  de  S.  M.  o  Imperador. 
Grande  do  Império,  Commendador  da  I.  Ordem  de  Christo,  Oíficial  da 
Imperial  Ordem  do  Cruzeiro  e  da  Ordem  de  Francisco  1 .°  das  Duas  Sicilias, 
Sócio  do  Instituto  Histórico  e  Geographico  Brasileiro. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Conde  por  decreto  de  7  de  Março  de  1868. 


SÀO  SALVADOR  DE  CAMPOS.  (Visconde  com  grandeza  de) 
José  Alexandre  Carneiro  Leão. 

Nasceu  no  Rio  de  Janeiro,  em  28  de  Março  de  1793. 

Falleceu  nessa  cidade  em  2  de  Setembro  de  1863. 

Filho  do  Coronel  Braz  Carneiro  Leão,  Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Real,  e  de 
sua  mulher  D.  Anna  Francisca  Rosa  Maciel  da  Costa,  Baroneza  de 
S.  Salvador  de  Campos  de  Goytâcazes,  titulo  portuguez. 

Casou  em  2  de  Julho  de  1829  com  sua  sobrinha  D.  Elisa  Leopoldina  Carneiro 
Leão,  segunda  filha  dos  Condes  de  Villa  Nova  de  São  José,  José  Fernando 
Carneiro  Leão,  que  era  também  pae  da  Marqueza  de  Maceió.  A  Viscon- 


464 


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dessa  nasceu  no  Rio  de  Janeiro  a  lo  de  Agosto  de  1808,  e  acompanhou 
na  qualidade  de  Dama,  33.*  Imperatriz,  D.  Thereza  Christina,  de 
Nápoles,  para  o  Brasil. 

Em  1843  foi  como  Embaixador  Extraordinário  de  S.  M.  o  Imperador,  pedir 
em  nome  daquelle  Soberano  a  mão  de  S.  M.  a  Imperatriz  D.  Thereza  Chris- 
tina, a  quem  acompanhou  ao  Rio. 

Era  Grande  do  Império,  Gentil-Homem  da  Imperial  Gamara  em  1823, 
Fidalgo  Cavalleiro  da  Gasa  Imperial,  do  Gonselho  de  S.  Magestade  em  1843, 
Gavalleiro  da  Imperial  Ordem  de  Ghristo,  e  tinha  a  Grã-Gruz  da  Ordem 
de  S.  Fernando  de  Nápoles. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Em  campo  vermelho,  uma  banda  de  azul  coticado  de  oiro,  carregada  de  três  flores 
de  liz  do  mesmo,  entre  dois  carneiros  de  prata,  armados  de  oiro.  Timbre  :  um  carneiro  do  escudo. 

CORÔA  :  A  de  Conde. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  1 1  de  Setembro  de  1843. 


(Barão    com    grandeza    de) 


SÃO  SALVADOR  DE  CAMPOS. 
D."^  Albino  Rodrigues  de  Alvarenga. 

Foi  elevado  a  Visconde  por  decreto  de  2  de  Maio  de  1889,  e  alterado  o 
titulo  para  o  de  Visconde  de  Alvarenga. 

(yide  noticia  neste  titulo). 
CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  com  grandeza  por  decreto  de  ao  de  Junho  de  1887. 


s 


ÀO  SEBASTIÃO.  (Visconde  de)  Manuel  Ribeiro  da  Motta. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  24  de  Março  de  1881.  Visconde  por  decreto  de 
14  de  Abril  de  1883. 


Archivo  NobilUrchlco  Bntileiro  ;9 


465 


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SÃO  SIMÃO.  (Barão  e  Conde  de)  Paulo  Fernandes  Carneiro  Vianna. 
Nasceu  em  lo  de  Março  de  1804. 

Falleceu  em  14  de  Fevereiro  de  1865. 

Filho  de  Paulo  Fernandes  Vianna,  Desembargador  do  Paço  e  do  Conselho 
de  S.  M.,  Cavalleiro  Professo  da  Real  Ordem  de  Christo;  e  de  sua  mulher 
D.  Luiza  Rosa  Carneiro  da  Costa,  4.»  filha  de  Braz  Carneiro  Leão  e  de 
sua  mulher  D.  Anna  Francisca  Maciel  da  Costa,  Baroneza  de  S.  Salvador 
de  Campos,  titulo  Portuguez. 

Casou  a  1 1  de  Abril  de  1830,  com  D.  Honorata  Carolina  Benigna  da  Penha 
de  Azevedo  Barroso,  que  nasceu  a  22  de  Desembro  de  1816,  filha  de  João 
Gomes  Barroso,  Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Real,  Coronel  de  Milícias  e 
Commendador  da  Real  Ordem  de  Christo;  e  de  sua  mulher  D.  Maria 
Joaquina  de  Azevedo. 

O  Conde  de  São  Simão  era  irmão  da  Marqueza  da  Cunha  e  pae  da 
3.»  Viscondessa  da  Cachoeira.  Foi  Barão  de  São  Simão  por  Portugal,  Senhor 
da  Estancia  de  São  Simão,  no  Rio  Grande  do  Sul.  Era  Grande  do  Império, 
Gentil-Homen  da  Imperial  Camará,  Cavalleiro  da  Imperial  Ordem  do  Cruzeiro, 
Commendador  da  Imperial  Ordem  de  Christo  e  da  Imperial  Ordem  da  Rosa, 
e  Cavalleiro  da  Ordem  de  N.  S.  da  Conceição  de  Villa  Viçosa  de  Portugal. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :    Em   campo  vermelho,    uma   banda  de  azul  coticada  'de  oiro,  carregada  de  três 

flores  de  liz  do  mesmo,  entre  dois  carneiros  de  prata,  armados  de  oiro.  Timbre  :  um  dos  carneiros 

do  escudo. 
COROA  :  A  de  Conde. 
CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  Portugal  por  Alvará  de  6  de  Fevereiro  de  1818.  Bário  por  decreto 

de  12  de  Janeiro  de  1823.  Conde  por  decreto  de  13  de  Outubro  de  1826.  Senhorio  de  S3o  Simão 

por  carta  de  12  de  Outubro  de  1810. 


466 


s 


ÁO  THIAGO.  (Barão  de)  Domingos  Américo  da  Silva. 
Fazendeiro  na  Província  da  Bahia. 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barío  por  decreto  de  17  de  Maio  de  1871. 


SÃO  THOME.  (Barão  de)  Francisco  Gonçalves  Penha. 
Natural  da  Província  de  Minas  Geraes. 
Falleceu  em  1888. 

BRAZAO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro,  em  campo  de  oiro,  uma  igreja  com  duas  torres 
no  cimo  de  um  monte  de  sinople  ;  no  segundo,  em  campo  de  sinople,  um  boi  passante  de  oiro  com 
cornos  e  unhas  vermelhas  ;  no  terceiro,  em  campo  de  purpura,  duas  espadas  de  prata  com  punhos 
de  ouro,  postas  em  aspa,  e  no  quarto,  em  campo  de  sinople,  três  cannas  de  assucar,  de  sinople, 
em  pala. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  BarSo  por  decreto  de  25  de  Setembro  de  187». 


467 


\ 


SÃO  VICTOR.  (Barão  de)  Victor  Resse. 
Natural  de  Portugal. 
Filbo  do  Coronel  de  Engenheinos  João  Guilherme  Resse  e  de  sua  mulher 

D.  Anna  Carneiro. 
Casou  com  D.  Henriqueta  Maria  Brest,  natural  do  Rio  de  Janeiro. 

Negociante  no  Rio  de  Janeiro. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Em  campo  de  azul  uma  colmêa  e  seis  abelhas  ;  bordadura  de  ouro  carregada  de 
quatro  cruzes  floridas  de  goles  acantonadas,  entre  um  coraçio  inflammado  de  goles  em  chefe,  e  uma 
ancora  de  sable  em  ponta. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  31  de  Julho  de  188a. 


SÃO  VICENTE.  (Visconde  com  grandeza  e  Marquez  de)  D."^  José 
António  Pimenta  Bueno.     . 
Nasceu  em  4  de  Desembro  de  1803,  na  cidade  de  Santos,  S.  Paulo. 
Falleceu  em  20  de  Fevereiro  de  1878. 

Filbo  de  António  Pimenta  de  Campos  e  de  sua  mulher  D.  Balbina  Henriqueta 
de  Faria  e  Albuquerque. 


468 


Casou  em  1834,  em  Santos,  com  D.  Balbina  Henriqueta,  natural  de  Pernam- 
buco, filha  de  Manuel  José  de  Faria  e  de  sua  mulher  D.  Marianna  de 
Faria  Albuquerque. 

Bacharel  em  sciencias  jurídicas  e  sociaes,  pela  Academia  de  S.  Paulo,  em 
1842,  foi  logo  nomeado  Juiz  de  Fora  em  Santos  e  Juiz  da  Alfandega.  Em 
1843  passou  á  Juiz  de  Direito  e  chefe  politico  da  Comarca  de  S.  Paulo, 
removido  depois  como  Juiz  de  Direito  para  o  Paraná.  Foi  Desembargador  da 
Relação  no  Maranhão,  em  1844,  e  da  Corte  em  1847,  aposentando-se  com 
honras  de  Ministro  de  Supremo  Tribunal  de  Justiça. 

Voltando  á  S.  Paulo,  em  1843,  tomou  o  gráo  de  Doutor  em  Leis.  Foi 
Presidente  das  Províncias  de  Matto-Grosso,  em  1836,  do  Rio  Grande  do  Sul, 
em  1850.  Foi  Deputado  Geral  por  sua  Província  na  6.»  legislatura  de  1845,  e 
Senador  nomeado  em  1853.  Ministro  dos  Estrangeiros  e  interino  da  Justiça 
no  7.°  Gabinete  de  1847,  no  8."  de  1848,  Presidente  do  Conselho  no  24. • 
Gabinete  de  1870.  Conselheiro  de  Estado  em  1859,  e  Consultor  Jurídico  da 
Secretaria  de  Estado  dos  Negócios  Estrangeiros,  membro  da  Commissão  de 
estudos  administrativos  e  económicos  ;  foi  varias  vezes  nomeado  ministro 
plenipotenciário  e  encarregado  de  negócios  e  Cônsul  Geral  no  Paraguay  em 
1846.  Era  Dignitário  da  1.  Ordem  da  Rosa  e  Sócio  do  Instituto  Histórico  e 
Geographico  Brasileiro  desde  1838. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Visconde  com  grandeza  por  decreto  |de  14  de  Março  de  1867.  Marquez  por 
decreto  de  15  de  Outubro  de  1872. 


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ÀO  VICENTE  DE  PAULA.  (Baroneza  de)  D.  Anna  Gregoria  de 
Miranda  Pinto. 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Baroneza  por  decreto  de  1 1  de  Abril  de  1888. 


SAPUCAHY.  (Visconde  com  grandeza  e  Marquez  de)  Cândido  José  de 
Araújo  Vianna. 
Nasceu  em  Congonhas  de  Sabará,  em  Minas  Geraes,  a  1 5  de  Setembro  de  1793. 


469 


Falleceu  no  Rio  de  Janeiro  em  23  de  Janeiro  de  1875. 

Filho  do  Capitão-Mór  Manuel  de  Araújo  da  Cunha  e  de  sua  mulher  D.  Marianna 

Clara  Vianna  da  Cunha,  naturaes  de  Minas  Geraes. 
Casou  com  D.  Anna  Vieira  de  Castro  Araújo  Vianna,  que  falleceu,  no  Rio  de 

Janeiro,  em  8  de  Setembro  de  1876. 

Bacharel  em  direito  pela  Universidade  de  Coimbra,  em  1821,  occupou 
todos  os  cargos  da  magistratura,  até  o  de  Ministro  do  Supremo  Tribunal  de 
Justiça,  em  que  se  aposentou  em  1860.  Como  Deputado  por  Minas  Geraes, 
tomou  assento  na  Assembléa  Constituinte  de  1823,  e  igualmente  nas  Camarás 
temporias,  nas  quatro  legislaturas  desde  1826  até  entrar  para  o  Senado,  por 
escolha  da  Regência,  em  1839.  Presidiu  a  Província  de  Alagoas  em  1828  e  a 
do  Maranhão  de  1829  a  1831.  Foi  Ministro  da  Fazenda  no  3.°  Gabinete  de 
1832,  da  Regência  Permanente,  e  do  Império  no  2°  Gabinete  de  1841. 

Foi  mestre  de  Litteratura  e  Sciencias  positivas  de  S.  M.  o  Imperador 
D.  Pedro  II,  e  de  suas  Augustas  Irmãs,  nomeado  em  11  de  Janeiro  de 
1839.  Em  1864  S.  M.  o  Imperador  distinguio  mandando-o  servir  como  teste- 
munha por  parte  de  sua  Augusta  Pessoa,  no  casamento  da  Sereníssima 
Princeza  D.  Leopoldina  com  S.  A.  Real  o  Snr.  Duque  de  Saxe. 

Foi  procurador  fiscal  do  Tribunal  do  Thesouro  Publico  Nacional.  Em 
1850  foi  nomeado  Conselheiro  de  Estado  extraordinário,  passando  a  ordinário 
em  1859,  e  era  do  Conselho  de  S.  Magestade,  Grande  do  Império,  Gentil- 
Homem  da  Imperial  Gamara,  Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Imperial,  Dignitário 
das  II.  Ordens  da  Rosa  e  de  Christo,  Grã-Cruz  da  Ordem  da  Torre  e  Espada, 
de  Portugal,  das  Ordens  de  S.  Januário  de  Nápoles,  e  da  Ordem  Ernestina  da 
Casa  Ducal  de  Saxonia.  Era  também  Grão-Mestre  honorário  do  Grande  Oriente 
do  Valle  do  Lavradio,  e  Sócio  fundador  do  Instituto  Histórico  e  Geographico 
Brasileiro  desde  i  de  Desembro  de  1838,  tendo  sido  seu  Presidente  durante 
mais  de  30  annos. 

CREAÇÃO  DOS  títulos  :  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  2  de  Desembro  de  1854.  Marqutz  por 
decreto  de  15  de  Outubro  de  1872. 


S 


APUCAIA.  (Barão  de)  Manuel  António  Ayrosa. 
Falleceu  em  23  de  Maio  de  1883. 


470 


Era  Commendador  da  Imperial  Ordem  de  Christo  e  Official  'da  Imperial 
Ordem  da  Rosa. 

CREAÇÃO  DO^TITULO  :  Barão  por  decreto  de  24  de  Março  de  1876. 


SAQIJAREMA.  (Barão  com  grandeza  de)  José  Pereira  dos  Santos. 
Natural  da  Província  do  Rio  de  Janeiro. 
Falleceu  em  Nictheroy,  Provincia  do  Rio  de  Janeiro,  em  3  de  Agosto  de 
1874. 

Fazendeiro  abastado  do  Municipio  de  Saquarema,  era  Tenente  Coronel 
da  Guarda  Nacional  e  Commendador  da  Imperial  Ordem  da  Rosa. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  partido  de  prata  e  góles  :  no  primeiro,  uma  faxa  de  sinople  e  um  chefe  de 
azul  carregado  de  uma  estrella  de  oiro  :  no  segundo,  uma  cruz  de  prata  florida  e  vasia  de  campo. 
Timbre  :  uma  cruz  vermelha  guarnecida  e  florida  de  prata  entre  duas  azas  de  anjo.  (Brazão  passado 
em  34  de  Agosto  de  1867.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  85). 

COROA  :  A  de  Conde. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Bar3o  com  grandeza  por  decreto  de  21  de  Junho  de  1867. 


SARAMENHA.  (Barão  de)  Carlos  Gabriel  de  Andrade. 
Nasceu  em  Ouro  Preto,  Provincia  de  Minas  Geraes,  em  6  de  Julho  de 
1846  e  ainda  vive. 
Filho  de  Tristão  Francisco  Pereira  de  Andrade. 


47' 


Casou  com*D.  Francisca  Lydia  de  Queiroga  Andrade,  filha  do  D/  Anacleto 
Teixeira  de  Queiroga  e  de  sua  mulher  D.  Jeronyma  Maria  de  Menezes 
Queiroga. 

Negociante  e  industrial  em  Ouro  Preto.  Foi  Vereador  e  Presidente  da 
Gamara  Municipal  e  Director  da  Caixa  Económica  e  de  Monte  Soccorro  dessa 
cidade. 

E'  Coronel  du  Guarda  Nacional  e  Official  da  Imperial  Ordem  da  Rosa. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  8  de  Agosto  de  1 889. 


S 


AU  DE.  (i.o  Barão  da)  Francisco  Manuel  de  Paula. 

Era  Gommendador  da  Imperial  Ordem  de  Christo  e  Official  da  Imperial 
Ordem  da  Rosa. 


CREAÇAO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  12  de  Outubro  de  i8a6. 


S 


AUDE.  (2.°  Barão  da)  Manuel  Dias  da  Cruz. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  1 5  de  Desetnbro  de  1 888. 


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SEPE.  (Barão  com  grandeza  de)  Luiz  José  Pereira  de  Carvalho. 
Casou  com  D.  Theresa  Gamilla  de  Lima  e  Silva  Carvalho. 

Era  Tenente-General  reformado  do  Exercito. 

CREAÇÃO  IX)  TITULO  :  Barão  com  grandeza  por  decreto  de  lo  de  Agosto  de  1889. 


472 


SEPETIBA.  (Visconde  com  grandeza  de)  Aureliano  de  Souza  e  Oliveira 
Coutinho. 
Nasceu  no  Rio  de  Janeiro,  na  Praia  Grande,  em  21  de  Julho  de  1800. 
Falleceu  em  Nictheroy,  a  25  de  Setembro  de  1855. 

Filbo  do  Coronel  de  Engenheiros  Aureliano  de  Souza  e  Oliveira  Coutinho. 
Casou  com   D.   Narcisa   Emilia  de   Andrada  Vandelli,   Dama-Honoraria  de 
S.  M.  a  imperatriz,  filha  de  Alexandre  António  Vandelli  e  de  sua  mulher 
D.  Carlota  de  Andrada,  filha  de  José  Bonifácio  de  Andrada  e  Silva. 

Fez  os  seus  primeiros  estudos  no  Seminário  de  S.  José,  no  Rio  de  Janeiro, 
e  em  1820,  querendo  D.  João  VI  mais  positivamente  premiar  os  serviços  de 
seu  pae,  mandou-o  para  Coimbra,  onde  formou-se  em  Sciencias  jurídicas  e 
sociaes,  cinco  annos  depois.  Foi  Juiz  de  Fora  e  Ouvidor  de  Ouro  Preto, 
Intendente  Geral  da  Policia  e  Desembargador  da  Relação  da  Corte. 

Presidente  das  Províncias  :  de  S.  Paulo,  em  1831,  e  do  Rio  de  Janeiro,  em 
1844.  Senador  por  Alagoas,  em  1842.  Deputado  na  2.*  legislatura  de  1830, 
por  Minas  Geraes,  na  4.=^  de  1838  e  na  de  1842  pela  Provinda  do  Rio  de 
Janeiro.  Foi  o  fundador  da  colónia  allemã  da  Serra  da  Estrella,  hoje  cidade 
de  Petrópolis. 

Foi  Ministro  do  Império,  da  Justiça  e  dos  Estrangeiros,  no  3.°  Gabinete 
de  1832,  dos  Estrangeiros  no  i.»  Gabinete  de  24  de  Julho  de  1840  e  no  2.» de 
23  de  Março  de  1841,  dirigindo  os  actos  diplomáticos  relativos  ao  casamento 
de  S.  M.  o  Imperador  D.  Pedro  II. 

Do  Conselho  de  S.  Magestade  ;  Fidalgo  Cavalleiro  da  Gaza  Imperial  ; 
Gentil-Homem  da  Imperial  Gamara  ;  Grande  do  Império  ;  Cavalleiro  das 
Imperiaes  ordens  de  Christo  e  da  Rosa  ;  Dignitário  do  Cruzeiro  ;  Grã- 
Cruz  de  Leopoldo  da  Bélgica  ;  de  N.  S.  da  Conceição  da  Villa  Viçosa,  de 
Portugal  ;  de  S.  Fernando,  das  Duas  Sicilias  ,  de  Carlos  III,  da  Hespanha,  e 
Cavalleiro  de  S.  João  de  Jerusalém,  Ordem  de  Malta. 

Vice-Presidente  e  um  dos  sócios  fundadores  do  Instituto  Histórico  e 
Geographico  Brasileiro,  era  Presidente  dos  Cavalleiros  do  Ipyranga,  e  membro 
de  muitas  sociedades  litterarias  nacionaes  e  estrangeiras. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Visconde  com  grandeia  por  decreto  de  14  de  Março  de  1855. 


Archivo  Nobiltarchico  Brasileiro  £o 


473 


s 


ERGY.  (Barão  de)  Francisco  Lourenço  de  Araújo. 
Brigadeiro  honorário  do  Exercito. 


Era  Dignitário  da  Imperial  Ordem  da  Rosa,  Cavalleiro  da  Imperial  Ordem 
do  Cruzeiro  e  tinha  a  medalha  do  Mérito  e  Bravura  Militar  e  a  Geral  da 
Campanha  do  Paraguay. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Bário  por  decreto  de  Ji  de  Abril  de  1870. 


(Barão,  Visconde  com  grandeza  e  Conde  de)  António 


SERGY-MIRIM. 
da  Costa  Pinto. 
Nasceu  na  Província  da  Bahia,  1807. 
Falleceu  nessa  Província  em  13  de  Setembro  de  1880. 
Filbo  de  António  Costa  Pinto,   Portuguez,  e  de  sua  mulher  D.  Marianna 

Joaquina  da  Costa  Pinto. 
Casou  com  D.  Maria  Delfina  Lopes  da  Costa  Pinto. 

Era  Coronel  da  Guarda  Nacional  commandante  do  Batalhão  do  Rio 
Fundo,  na  cidade  de  Santo  Amaro  em  1831,  e  em  1837  teve  as  honras  de 
Tenente-Coronel  do  Exercito  por  relevantes  serviços  que  prestou. 

Grande  do  Império  e  Official  da  I.  Ordem  da  Rosa. 


CREAÇÃO  DOS  títulos  :  BarSo  por  decreto  de  1 4  de  Março  de  1 860.  Visconde  por  decreto  de  1 7  de  Maio 
de  1871.  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  30  de  Desembrode  1875.  Conde  por  decreto  de  i6de 
Fevereiro  de  1880. 


474 


1 

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III 

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111! 

1 

SERINHAEM.  (Barão  de)  Coriolano  Velloso  da  Silveira. 
Natural  de  Pernambuco. 

Coronel  da  Guarda  Nacional  e  Commendador  da  R.  Ordem  de  N.  S.  da 
Conceição  de  Villa  Viçosa,  de  Portugal. 

BRAZAO  DE  ARMAS  ;  Em  campo  de  prata,  três  faxas  de  góles,  sendo  a  segunda  carregada  de  um  castcllo 
de  duas  torres. 

CORÔA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  1 1  de  Desembro  de  1875. 


s 


ERRA  BRANCA.  (Barão  de)  Felippe  Nery  de  Carvalho  e  Silva. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  19  de  Agosto  de  1888. 


SERRA  NEGRA.  (Barão  de)  Francisco  José  da  Conceição. 
Nasceu  no  principio  do  século  XIX,  na  Villa  da  Constituição,  hoje 
cidade  de  Piracicaba,  na  Província  de  S.  Paulo. 
Falleceu  em  sua  fazenda  no  Rio  das  Pedras,  em  Piracicaba,  em  2  de  Outubro 
de  1900. 


475 


Filho  de  António  José  da  Conceição,  natural  de  Lisboa,  e  de  sua  mulher 
D.  Rita  Morato  de  Carvalho,  de  nobre  família  portugueza. 

Casou  com  D.  Gertrudes  Euphrosina  da  Rocha,  filha  do  Capitão  Manuel 
da  Rocha  Garcia,  e  de  sua  mulher  D.  Anna  Jacintha  do  Amaral  Rocha. 
Era  pae  da  Baroneza  de  Rezende,  D.  Anna  Cândida  Rezende. 

Dedicou-se  á  carreira  commercial,  e  era  fazendeiro,  tendo  sido  o  primeiro 
a  introduzir  apparelhos  aperfeiçoados  para  beneficiar  o  café,  e  instrumentos 
aratorios,  em  Piracicaba.  Foi  também  o  iniciador  do  plantio  do  algodão, 
nesse  Município. 

Chefe  do  partido  liberal,  era  muito  esmoler,  tendo  construído  á  sua  custa 
o  Hospícios  de  Alienados  de  Piracicaba.  Teve  a  honra  de  hospedar  duas  vezes 
SS.  AA.  Imperiaes  os  Snrs.  Condes  d'Eu,  quando  visitaram  S.  Paulo. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  1 7  de  Maio  de  1 87 1 . 


SERRO.  (Barão  do)  José  Joaquim  Ferreira  Rabello. 
Natural  da  Província  de  Minas  Geraes. 

Bacharel  em  sciencias  jurídicas  e  sociaes. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  19  de  Julho  de  1879. 


SERRO  ALEGRE.  (Barão  e  visconde  com  grandeza  de)  João  da  silva 
Tavares. 
Nasceu  no  Herval,  na  Província  do  Rio  Grande  do  Sul,  em  1 6  de  Março  de  1 792. 
Falleceu  nessa  Província  em  28  de  Março  de  1872. 

Filbo  de  José  da  Silva  Tavares  e  de  sua  mulher  D.  Joanna  Facundo  Tavares. 
Era  pae  do  Barão  de  Santa  Tecla  e  do  Barão  de  Itaqui. 

Era  Coronel  do  Exercito  e  fez  a  campanha  de  1835,  ^^  '^'o  Grande  do 
Sul,  ao  lado  da  legalidade. 
Era  Grande  do  Império. 

CREAÇÃO  DOS  títulos  :  Barão  por  decreto  de  6  de  Setembro  de  1859.  Barão  com  grandeza  por  decreto 
de  29  de  Agosto  de  1866.  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  22  de  Abril  de  1871. 


476 


SERRO  AZUL.  (Barão  do)  Ildefonso  Pereira  Correia. 
Natural  de  Antonina,  Província  de  Paraná. 
Filbo  do  Commendador  Manuel  Francisco  Correia  Júnior  e  de  sua  mulher 
D.  Francisca  Pereira  Correia.  Era  irmão  do  Conselheiro  Senador  Manuel 
Francisco  Correia. 

Importante  e  conceituado  negociante  em  Curitiba. 

Foi  trucidado  no  histórico  kilometro  65  da  Estrada  de  Ferro  de  Paranaguá 
a  Curitiba,  a  20  de  Maio  de  1894,  na  vigência  do  governo  dictatorial  do 
Presidente  da  Republica  Marechal  Floriano  Peixoto. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Bário  por  dtcreto  de  8  de  Agosto  de  1888. 


s 


ERRO  FORMOSO.  (Barão  e  Visconde  do)  Francisco  Pereira  de 
Macedo. 


BRAZAO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro  quartel,  em  campo  de  oiro,  um  serro  alto,  de 
sinople  ;  no  segundo,  de  azul,  seis  estreitas  de  oiro  de  cinco  pontas,  postas  em  pala  ;  no  terceiro, 
de  prata,  três  faxas  de  goles  e  uma  cercadura  de  folhas  de  cafeeiro,  e  no  quarto,  em  campo  de 
sinople,  uma  colmêa  de  oiro,  com  seis  abelhas  de  sua  côr. 

CREAÇAO  DOS  títulos  :  Bário  por  decreto  de  6  de  Novembro  de  1872.  Visconde  por  decreto  de  19  de 
Desembro  de  1885. 


477 


SERRO  FRIO.  (Visconde  com  grandeza  de)  António  Cândido  da  Cruz 
Machado. 
Nasceu  na  cidade  de  Serro,  em  Minas  Geraes,  a  1 1  de  Março  de  1820. 

Deputado  pela  Provincia  de  Minas  Geraes,  nas  8.*,  9.*,  10.",  11.»,  14.* 
e  15.*  legislaturas,  presidiu  as  Províncias  de  Goyaz  em  1854,  Maranhão,  em 
1855,  e  Bahia  em  1873. 

Foi  Senador  por  Minas  Geraes,  nomeado  em  1874. 

Era  Commendador  da  I.  Ordem  da  Rosa. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  1 6  de  Maio  de  1888. 


SERRO  LARGO.  (Barão  do)  José  de  Abreu. 
Nasceu  em  Porto  Novo,  lugarejo  perto  de  Pelotas,  na  Provincia  do 
Rio  Grande  do  Sul,  no  ultimo  trintenio  do  século  dezoito. 
Falleceu  em  20  de  Fevereiro  de  1827,  mortalmente  ferido  na  batalha  de 
Ituzaingó. 
Descendia  de  uma  familia  açoriana  que  se  estabeleceu  em  Porto  Novo. 

Sentou  praça  no  regimento  de  Dragões,  e  tomou  parte  nas  campanhas 
de  1801  a  1812,  onde  conquistou  os  galões  de  Capitão. 

Foi  Commandante  de  Milícias  de  Entre  Rios  em  18 14. 

Em  1816  fez  a  campanha  contra  Artigas,  sendo  promovido  á  Brigadeiro, 
em  1819,  e  Marechal  de  campo  en  1820  pela  bravura  e  entrepidez  na  batalha 
de  Taquarembó. 

Foi  Governador  das  armas  da  Provincia  do  Rio  Grande  do  Sul,  de  1821 
a  1826.  Em  1825  fez  a  campanha  Cisplatina,  sendo  ferido  no  Passo  do  Rosário, 
mais  conhecido  pela  batalha  de  Ituzaingó,  em  1827. 

Tinha  a  insígnia  da  Imperial  Ordem  de  Cruzeiro. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Bário  por  decreto  de  ia  de  Outubro  de  1825. 


478 


s 


ERTORIO.  (Barão  com  grandeza  de)  João  Sertório. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Em  campo  de  oiro,  uma  barra  azul,  carregada  de  sete  estrellas  de  prata 
de  cinco  pontas,  em  contrabanda,  entre  a  figura  da  Justiça  com  sua  espada  e  balança,  e  de  dou» 
livros  fechados,  de  purpura,  sobre  os  quaes  pousam  um  tinteiro  e  pennas. 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :  BarSo  com  grandeza  por  decreto  de  1 1  de  Julho  de  1888. 


s 


ETE  LAGOAS.  (Barão  de)  António  Cândido  da  Silva  Mascarenhas. 
Falleceu  em  15  de  Outubro  de  1907,  em  sua  fazenda  do  Rasgão,  em 
Sete  Lagoas,  Provincia  de  Minas  Geraes,  com  77  annos  de  idade. 

Era  Grande  capitalista  e  fazendeiro  na  Provincia  de  Minas  Geraes. 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :  BarSo  por  decreto  de  19  de  Setembro  de  1879. 


479 


SILVEIRAS.  (Barão  de)  António  Tertuliano  dos  Santos. 
Falleceu  em  19  de  Abril  de  1890. 

Fazendeiro  no  Municipio  de  Rio  Claro,  na  Província  de  S.  Paulo.  Era 
Proprietário  e  negociante. 

BRAZAO  DE  ARMAS  :  Em  campo  de  prata,  uma  banda  azul  carregada  de  cinco  besantes  de  oiro,  entre 
um  caduceu  de  goles,  á  sinistra,  e  de  um  ramo  de  cafeeiro  de  sinople  com  fructos  de  goles,  á  destra. 
(Brazão  passado  em  22  de  Maio  de  1868.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  98). 

COROA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  13  de  Fevereiro  de  1867. 


S 


IMÃO  DIAS.  (Barão  de)  Simão  Dias  dos  Reis. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barío  por  decreto  de  10  de  Novembro  de  1883. 


S 


INCORA.  (Barão  de)  Francisco  Gomes  de  Oliveira. 
Coronel  da  Guarda  Nacional. 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :  BarSo  por  decreto  de  20  de  Julho  de  1889. 


480 


SINIMBU.  (Visconde  com  grandeza  de) D/  João  Lins  Vieira  Cansanção 
de  Sinimbu. 
Nasceu  em  Alagoas,  no  Engenho  de  Sinimbu,  em  20  de  Novembro  de  1810. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro  em  27  de  Desembro  de  1908. 
Filbo  do  Capitão  de  Ordenanças  Manuel  Vieira  Dantas  e  sua  mulher  D.  Maria 

José  Lins,  que  tomaram  grande  parte  nas  revoluções  democráticas  de 

1817   e  1875,  sendo  ambos  presos  e  condemnados  á  morte,  obtendo 

entretanto  a  amnistia. 
Casou  em  Maceió  em  1846  com  D.  Valeria  Tourner,  de  origem  anglo-germa- 

nica,  fallecida  em  1889. 

Bacharel  em  sciencias  jurídicas  e  sociaes  pela  Faculdade  de  Olinda,  em 
1835,  e  doutor  pela  Universidade  de  lena. 

Presidiu  as  Províncias  de  Alagoas  em  1840,  Sergipe  em  1841,  Bahia  em 
1856  e  Rio  Grande  do  Sul  em  1855.  Foi  Ministro  Residente  no  Uruguay  em 
1843,  Deputado  á  Assembléa  Geral  por  Alagoas  na  ^.*  legislatura  de  1843, 
e  9.*  de  1853. 

Senador  por  essa  Provinda  em  1857,  foi  Ministro  dos  Negócios  Estran- 
geiros no  15.»  Gabinete  de  1859,  da  Agricultura,  e  interino  da  Justiça  no  i8.° 
Gabinete  de  1862,  e  organisou  o  27.°  Gabinete  de  1878,  ficando  com  a  pasta 
da  Agricultura,  e  interinamente  na  da  Guerra,  Fazenda  e  Estrangeiros. 

Conselheiro  de  Estado  nomeado  em  1882,  do  Conselho  de  S.  Magestade, 
era  Grande  do  Império,  Commendador  da  Imperial  Ordem  de  Christo,  e  da 
Rosa.  Grã-Cruz  da  Legião  de  Honra,  da  França,  da  Coroa  de  Ferro,  d' Áustria, 
e  dos  Guelphos,  de  Hannover.  Sócio  do  Instituto  Histórico  e  Geographico 
Brasileiro  desde  1840. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Visconde  com  grandeia  por  decreto  de  16  de  Maio  de  1888. 


SOBRAL.  (Barão  do)  D."^  José  Julio  de  Albuquerque  Barros. 
Nasceu  em  Sobral,  no  Ceará,  em  1 1  de  Maio  de  1841. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro,  em  31  de  Agosto  de  1893. 


Archfvo  NúbilUrchlco  Br«sÍl«tro  61 


481 


Filho  do  D/  João  Fernandes  de  Barros  e  de  sua  mulher  D.  Luiza  Amélia 

de  Albuquerque  Barros. 
Casou  com  D,  Maria  Francisca  Gomes  da  Costa,  filha  dos  Barões  de  Arroyo 

Grande. 

Bacharel  em  direito  pela  Faculdade  do  Recife,  em  1861,  doutorou-se  em 
S.  Paulo,  em  1870.  Director  da  Instrucção  Publica  em  Fortaleza,  foi  Deputado 
Geral  na  13.»  legislatura  de  1867.  Presidente  da  Província  do  Ceará  em  1878- 
1880,  do  Rio  Grande  do  Sul,  em  1883  ;  Director  Geral  da  Secretaria  da 
Justiça  e  Procurador  Geral  da  Republica.  Era  do  Conselho  de  S.  Magestade, 
e  Commendador  da  1.  Ordem  da  Rosa. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  19  de  Janeiro  de  1889. 


SOCCORRO.  (Barão  de)  Luiz  de  Souza  Leite. 
Nasceu  na  cidade  de  Mogy-Mirim,  na  Província  de  S.  Paulo,  em  17  de 
Desembro  de  1848. 
Filho  de  José  Leite  de  Souza  e  de  sua  mulher  D.  Jesuina  Maria  de  Souza. 
Casou  com  D.  Deolinda  de  Souza  Arantes,  filha  de  Francisco  Baptista  de 
Assis  Arantes  e  de  sua  mulher  D.  Maria  Rosa  de  Souza. 

Abastado  lavrador  no  Município  do  Amparo.  Vereador  Municipal,  deu 
liberdade  a  todos  os  seus  escravos,  em  numero  de  56.  Declarada  a  Republica, 
acceitou  o  Governo  Provisório  de  sua  Comarca,  resignando  o  titulo  de  Barão. 

Foi  Senador  Estadual  em  S.  Paulo,  e  Commandante  Superior  da  Guarda 
Nacional. 

Era  Commendador  da  Imperial  Ordem  da  Rosa. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  BarSo  por  decreto  de  i  o  de  Agosto  de  1888. 


a -^f:x- 


SOLEDADE,  (i.»  Baroneza  da)  D.  Francisca  Elisa  Xavier. 
Nasceu  em  i  de  Novembro  de  1786. 
Falleceu  na  cidade  de  Nictheroy,  na  Província  do  Rio  de  Janeiro,  em  12  de 
Outubro  de  1855. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Baroneza  por  decreto  de  2  de  Desembro  de  1854. 


482 


SOLEDADE.  (2.0  Barão  da)  José  Pereira  Vianna. 
Natural  da  Província  de  Pernambuco. 
Filho  do  Commendador  José  Pereira  Vianna  e  de  sua  mulher  D.  Rita  de 

Cássia  Pereira  Vianna. 
Casou  com  D.  Theresa  Portella  de  Souza  Leão,  filha  dos  Barões  de  Souza 
Leão,  e  fallecida  em  26  de  Junho  de  1914. 

Negociante. 

Era  Official  da  Imperial  Ordem  da  Rosa,  Commendador  da  Real  Ordem 
de  Christo  de  Portugal,  e  Cavalleiro  da  Real  Ordem  da  Coroa  de  Itália. 

BRAZAO  DE  ARMAS  :  Escudo  partido  em  pala,  de  goles  e  de  oiro,  na  primeira  uma  cruz  de  prata  florida 
e  vasia  do  campo  ;  no  segundo,  de  oiro  com  uma  águia  de  sable.  Timbre  :  uma  cruz  vermelha, 
florida  e  vasia,  entre  dois  cotos  de  azas  de  anjo.  (Brazão  passado  em  i8  de  Junho  de  1867.  Reg.  no 
Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  79). 

COROA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão  por  decreto  de  10  de  Abril  de  1867. 


s 


OLIMOES.  (Barão  de)  Manuel  Francisco  Machado. 
Bacharel  em  Sciencias  juridicas  e  sociaes. 


CREAÇAO  DO  TITULO  :  BarSo  por  decreto  de  s  5  de  Setembro  de  lí 


483 


SOROCABA.  (Barão  de)  Boaventura  Delfim  Pereira. 
Natural  de  Portugal. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro. 

Casou  com  D.  Maria  Benedicta  de  Castro  Canto  e  Mello,  filha  dos  i ."'  Vis- 
condes de  Castro  e  irmã  da  Marqueza  de  Santos  e  do  2.»  Visconde 
de  Castro. 
Eram  pães  da  Baroneza  de  S.  Nicolão. 

Foi  Superindente  Geral  das  Quintas  e  Fazendas  Imperiaes. 
Era  Vereador  de  S.  Magestade  a  Imperatriz. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  da  Baroneza  de  Sorocaba  :  uma  lisonja  com  as  armas  de  seu  Pae  o  i.*  Visconde 
com  grandeza  de  Castro.  (Vêr  a  descripção  neste  titulo). 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barío  por  decreto  de  n  de  Outubro  de  i8j6. 


s 


OUBARÁ.  (Barão  de)  José  Joaquim  Barreto. 
Falleceu  em  13  de  Junho  de  1867. 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  6  de  Setembro  de  1866. 


484 


SOUZA.  (Barão  de)  Francisco  José  Brandão  de  Souza. 
Falleceu  na  Província  do  Maranhão  em  1870. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  31  de  Julho  de  1867. 


SOUZA  FONTES.  (Barão  e  visconde  de)  D.-"  José  Ribeiro  de  Souza 
Fontes. 

Nasceu  no  Rio  de  Janeiro  em  9  de  Agosto  de  1 82 1 . 

Falleceu  nessa  cidade  em  14  de  Março  de  1893. 

Filho  de  Joaquim  de  Souza  Fontes,  natural  de  Portugal,  onde  nasceu  em  25 
de  Maio  de  1796,  e  de  sua  mulher  D.  Anna  Izabel  de  Souza  Fontes, 
natural  do  Rio  de  Janeiro,  onde  falleceu  em  8  de  Novembro  de  1821. 
Neto  paterno  de  Manuel  de  Souza  Fontes  e  de  sua  mulher  D.  Custodia 
Alves  de  Macedo,  e  materno  do  Alferes  José  Ribeiro  da  Silva  Guimarães 
e  de  sua  mulher  D.  Isabel  Maria  da  Vizitação. 

Casou  em  i.»  de  Maio  de  1847  com  sua  prima  D.  Manuela  Rondon  de  Souza 
Frazão,  natural  do  Rio  de  Janeiro,  onde  nasceu  em  25  de  Desembro  de 
1831,  e  ahi  falleceu,  filha  de  Manuel  Rondon  de  Souza  Frazão  e  de  sua 
mulher  D.  Francisca  da  Gamara  Gago  Frazão. 

Doutor  em  medicina  pela  Faculdade  do  Rio  de  Janeiro,  em  1844,  foi 
lente  cathedratico  de  anatomia  descriptiva,  nessa  Faculdade.  Girurgião-Mór  de 
Divisão  ;  em  1865  partiu  para  os  campos  do  Paraguay,  como  Ghefe  do  Gorpo 
de  Saúde  do  Exercito,  chegando  ao  posto  de  Marechal  de  Gampo,  em  que  foi 
reformado  em  1890. 

Foi  cirurgião  effectivo  da  Santa  Gasa  de  Misericórdia,  e  de  varias  Ordens 
Terceiras.  Medico  effectivo  da  Imperial  Gamara,  acompanhou  S.  M.  o  Impe- 
rador em  sua  viagem  aos  Estados  Unidas  e  a  Europa.  Era  do  Gonselho  de 
S.  Magestade,  membro  honorário  da  Academia  Imperial  de  Medicina,  sócio 
honorário  e  i ."  secretario  do  Instituto  Histórico  e  Geographico  Brasileiro, 
sócio  correspondente  da  Sociedade  de  Gcographia  de  Lisboa,  etc. 


485 


Dignitário  da  Imperial  Ordem  da  Rosa,  Commendador  da  Real  Ordem 
de  Christo  e  de  Villa  Viçosa,  de  Portugal,  Commendador  da  Imperial  Ordem 
de  S.  Bento  de  Aviz,  tinha  as  medalhas  n.  9  com  passador  de  oiro  da 
campanha  do  Paraguay,  Commendador  da  Ordem  de  Santo  Sepulchro  de 
Jerusalém,  Grande  Official  da  Coroa  de  Itália,  e  Official  da  Legião  de  Honra, 
da  França. 

CREAÇÃO  DOS  títulos  :  Bário  por  decreto  de  38  de  Setembro  d«  1883.  Visconde  por  decreto  de  6  de 
Fevereiro  de  1886. 


SOUZA  FRANCO.  (Visconde  com  grandeza  de)  Bernardo  de  Souza 
Franco. 
Nasceu  na  cidade  de  Belém  do  Pará  em  28  de  Junho  de  1805. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro  em  8  de  Maio  de  1875. 

Filbo  de  Manuel  João  Franco  e  de  sua  mulher  D.  Catharina  de  Souza  Franco. 
Casou  com  D.  Thereza  de  Jesus  da  Gama  e  Silva,  irman  da  Baroneza  de 
Mamoré. 

Aos  18  annos  conspirou  contra  o  dominio  portuguez,  sendo  preso  e 
deportado  para  Lisboa,  com  duzentos  e  cincoenta  companheiros  de  infortúnio, 
muitos  dos  quaes  morreram  em  viagem.  Voltou  em  1831  para  Olinda  e  em 
1835  tomou  o  gráo  de  Bacharel  em  Sciencias  jurídicas  e  sociaes,  na  Academia 
dessa  cidade.  Foi  Juiz  de  Direito  em  1854,  e  aposentou-se  no  cargo  de 
Desembargador.  Presidente  da  Província  do  Pará  em  1839,  de  Alagoas  em 
1844  e  do  Rio  de  Janeiro  em  1864.  Deputado  á  Assembléa  Geral  pelo  Pará 
nas  4.*,  5.*,  6.*,  7.*  e  8.*  legislaturas  desde  1838  até  1852.  Senador  por  essa 
Província  nomeado  em  1855. 

Foi  Ministro  de  Estado  na  pasta  dos  Negócios  Estrangeiros  no  9.»  Gabi- 
nete de  1848,  e  da  Fazenda  no  13.°  de  1857. 

Era  Grande  do  Império,  Conselheiro  de  Estado  em  18S9,  do  Conselho 
de  S.  Magestade,  Grã-Cruz  da  I.  Ordem  de  Christo  e  Dignitário  da  I.  Ordem 
da  Rosa,  sócio  do  Instituto  Histórico  e  Geographico  Brasileiro  desde  1839  e 
membro  de  outras  sociedades  scientificas. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  15  de  Outubro  de  1873. 


486 


SOUZA  LEÃO.  (Barão  de)  Ignacio  Joaquim  de  Souza  Leão. 
Nasceu  na  Província  de  Pernambuco. 
Falleceu  no  Recife,  nessa  Província,  em  1904. 
Filbo  de  António  de  Paula  de  Souza  Leão,   Fidalgo  Cavalleiro,  e  de  sua 

mulher  D.  Theresa  Victorína  Bezerra  da  Silva  Cavalcanti. 
Casou  com  D.  Joaquina  Pires  Portella  de  Souza  Leão,  filha  de  Joaquim 
Machado  Portella  e  de  sua  mulher  D.  Joanna  Joaquina  Pires  Ferreira. 
Era  irmão  do  Barão  de  Jabotão  e  da  Viscondessa  de  Campo  Alegre,  e  pae 
da  Baroneza  da  Soledade. 

Formado  em  direito  pela  Faculdade  do  Recife,  exerceu  o  lugar  de  Inspector 
da  Alfandega,  e  foi  três  vezes  Vice-Presidente  da  Província  de  Pernambuco, 
tendo  assumido  a  Presidência,  em  1866,  1888  e  1889.  Foi  Deputado  Pro- 
vincial e  Geral  em  varias  legislaturas  pela  dita  Província,  senhor  do  Engenho 
Pimentel  e  Více-Presídente  da  Camará  Municipal  do  Recife,  na  mesma 
Província. 

Era  Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Imperial,  Cavalleiro  da  Imperial  Ordem 
da  Rosa. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  ;  no  primeiro  e  quarto  quartéis,  em  campo  de  prata  as  Quinas 
de  Portugal  postas  em  aspa  ;  no  segundo  e  terceiro  quartéis,  em  campo  de  oiro,  um  leão  de  goles 
rompante.  Timbre:  o  leão  das  armas.  (Brazão  passado  em  30  de  Agosto  de  1867.  Reg.  no  Cartório 
da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  68). 

CORÔA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  18  de  Maio  de  1889. 


487 


SOUZA  LIMA.  (Barão  de)  José  António  de  Souza  Lima. 
Natural  do  Rio  de  Janeiro. 
Falleceu  nessa  cidade  em  1900. 

Bacharel  em  direito,  foi  Deputado  Geral  pela  Província  de  Pernambuco 
e  Presidente  dessa  Provincia  em  1881  e  da  do  Rio  Grande  do  Sul,  em  1882. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  13  de  Maio  de  1883. 


SOUZA  QUEIROZ.    (Barão  com  grandeza  de)  Francisco  António 
de  Souza  Queiroz. 
Nasceu  a  8  de  Desembro  de  1806,  na  cidade  de  S.  Paulo. 
Falleceu  em  4  de  Julho  de  1891 . 
Filho  do  Brigadeiro  Luiz  António  de  Souza,  fidalgo  portuguez,  e  de  sua 

mulher  D.  Genebra  de  Barros  Leite.  Era  irmão  da  Marqueza  de  Valença, 

e  do  Barão  da  Limeira. 
Casou  com  D.  Antónia  Euphrosina  Vergueiro,  em  1833,  filha  do  Conselheiro 

Senador  Nicoláo  Pereira  de  Campos  Vergueiro,  e  de  sua  mulher  D.  Maria 

Angélica  de  Vasconcellos. 

Aos  13  annos  partiu  para  Portugal  á  estudar  em  Coimbra  ;  pouco  depois 
de  ter  iniciado  os  cursos,  recebeu  a  noticia  do  fallecimento  de  seu  Pae,  e 
regressou  ao  Brasil,  afim  de  tomar  a  direcção  das  importantes  prooriedades 
agrícolas  fundadas  por  seu  Pae.  Muito  contribuíram  estes  estabelecimentos 


488 


ruraes,  sob  a  intelligente  administração  do  Barão,  para  o  progresso  agrícola 
de  S.  Paulo. 

Foi  eleito  Vereador  da  Camará  Municipal  da  Capital  da  Província,  Depu- 
tado Provincial,  e  Geral  na  6.»  legislatura  de  1845  a  1847,  Senador  por  sua 
Província,  nomeado  em  1848.  Era  Tenente-Coronel  da  Guarda  Nacional, 
Grande  do  Império,  membro  do  Instituto  Histórico  e  Geographico  Brasileiro, 
em  1845,  e  do  de  S.  Paulo ;  Commendador  da  1.  Ordem  do  Christo,  Dignitário 
da  Imperial  Ordem  da  Rosa. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro,  as  armas  dos  Souzasde  Prado,  que  s2o  esquarte- 
ladas,  tendo  no  primeiro  e  quarto  quartéis  as  Quinas  de  Portugal,  sem  a  orladura  dos  castellos  e  no 
segundo  e  terceiro  as  armas  do  Leão,  em  campo  de  prata  um  leão  rompente  de  vermelho  ;  no  segundo 
quartel  as  armas  dos  Macedos  que  são:  em  campo  azul,  cinco  estreitas  de  oiro  de  cinco  pontas,  cm 
santor ;  no  terceiro  as  armas  dos  Teixeiras,  que  são  :  em  campo  azul,  uma  cruz  de  oiro  potentes 
e  vasia  do  campo  ;  no  quarto  quartel  as  armas  dos  Queirozes,  que  são  esquarteladas,  o  primeiro 
de  oiro  com  seis  crescentes  de  lua  de  vermelho,  em  duas  palas  ;  o  segundo  de  prata  com  um  leão  de 
purpura,  e  assim  os  contrários.  Timbre  :  o  dos  Souzas  do  Prado,  que  é  um  leão  rompente  de  oiro  e 
vermelho  com  uma  grinalda  florida  de  verde  ;  e  por  differença  uma  brica  encarnada  com  farpão  de 
oiro.  (Brazão  passado  em  5  de  Fevereiro  de  1818.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  I,  fls.  80). 

COROA  :  A  de  Conde. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  com  grandeza  por  decreto  de  14  de  Outubro  de  1874. 


SOUZEL.  (Barão  e  Conde  de)  Manuel  António  Farinha. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro  em  27  de  Maio  de  1842. 

Era  Official  General  da  Armada. 

Foi  Ministro  da  Marinha  do  i.°  Gabinete  de  16  de  Janeiro  de  1822, 
formado  pelo  Conselheiro  José  Bonifácio  de  Andrada  e  Silva. 
Era  Grande  do  Império. 

CREAÇÃO  DOS  títulos  :    Barão  por  decreto  de  u  de  Outubro  de  iSjj.  Conde  por  decreto  de  u  de 
Outubro  de  1826. 


s 


UASSUHY.  (Barão  de)  José  Ignacio  Gomes  Barbosa. 
Falleceu  em  Queluz  em  13  de  Novembro  de  1869. 


Archlvo  Nobilitrchico  Brwileiro  6a  a 


Era  Commendador  da  Imperial  Ordem  de  Christo,  Cavalleiro  da  Imperial 
Ordem  de  Cruzeiro,  e  da  Imperial  Ordem  da  Rosa. 

CREAÇÂO  DO  TITULO  :  Bário  por  decreto  de  i  de  Desembro  de  1854. 


SUASSUNA.  (Barão  e  Visconde  com  grandeza  de)  Francisco  de  Paula 
Cavalcanti  de  Albuquerque. 

Nasceu  no  Município  de  Jaboatão,  em  Pernambuco,  aos  lo  de  Junho  de  1793. 

Falleceu  no  Recife,  em  Pernambuco,  em  20  de  Janeiro  de  1880,  no  seu 
Palacete  do  Pombal. 

Filho  primogénito  do  Capitão-Mór  Francisco  de  Paula  Cavalcanti  de  Albu- 
querque, mais  conhecido  pelo  nome  de  Coronel  Suassuna  e  de  sua 
mulher  D.  Maria  Rita  de  Albuquerque  Mello,  ambos  das  mais  nobres  e 
illustres  famílias  dessa  Província,  e  pães  dos  Viscondes  de  Camaragibe, 
Albuquerque  e  Barão  de  Muribeca. 

Sentou  praça  no  exercito  em  1807,  galgando  todos  os  postos  até  o  de 
Brigadeiro,  em  que  se  reformou,  em  1829.  Presidiu  a  Província  de  Pernam- 
buco em  1826,  em  1835  ^  '838.  Foi  Deputado  á  Assembléa  Provincial  em 
varias  legislaturas,  assim  como  á  Geral  na  i."  legislatura  de  1826  a  1829. 

Senador  por  Pernambuco,  nomeado  em  1839,  foi  Ministro  na  pasta  da 
Guerra,  no  i."  Gabinete  de  1840.  Era  do  Conselho  de  S.  Magestade,  Grande 
do  Império,  Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Imperial,  Dignitário  da  Imperial  Ordem 
do  Cruzeiro,  e  Gentil-Homem  da  Imperial  Camará. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  partido  em  pala  :  na  primeira  as  armas  dos  Albuquerques,  que  sio 
esquarteladas  ;  no  primeiro  quartel,  as  armas  de  Portugal,  no  segundo  cinco  flores  de  lir  de  oiro, 


490 


em  campo  vermelho,  e  assim  os  contrários  ;  na  segunda  pala,  as  armas  dos  Olvacantis  que  sSo  : 
de  vermelho  e  de  prata,  divididos  estes  esmaltes  por  uma  asna  de  azul,  a  parte  de  baixo  de  prata  t 
a  de  cima  de  vermelho  semeada  de  flores  de  prata,  de  quatro  folhas.  Timbre  :  um  hipogrypho  de 
castanho  com  azas,  e  levantado  sobre  os  pés,  entre  chammas  de  oiro. 

COROA  ;  A  de  Conde. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  18  de  Julho  de  1841.  Visconde  com  grandeza  por  decreto 
de  1 4  de  Março  de  1 860. 


SUASSUNA.  (2.°  Barão  de)  Henrique  Marques  de  Hollanda  Cavalcanti . 
Natural  de  Pernambuco. 

Bacharel  em  Sciencias  jurídicas  e  sociaes. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Bário  por  decreto  de  16  de  Fevereiro  de  1889. 


SUBAHÉ.    (Barão,  Visconde  com  grandeza   e   Conde   de)   Francisco 
Moreira  de  Carvalho. 
Era  Commendador  da  Imperial  Ordem  de  Christo  e  da  Imperial  Ordem 
da  Rosa,  e  da  Real  Ordem  de  Villa  Viçosa,  de  Portugal. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  6  de  Setembro  de  1866.  Barão  com  grandeza  por  decreto 
de  j  de  Abril  de  1867.  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  25  de  Fevereiro  de  1871.  Conde  por 
decreto  de  16  de  Agosto  de  i88j. 


49' 


SURUHY.  (Barão  com  grandeza  de)  Manuel  da  Fonseca  e  Silva. 
Nasceu  no  Rio  de  Janeiro  em  lo  de  Junho  de  1793. 
Falleceu  nessa  cidade  em  i  de  Abril  de  1869. 
Filbo  do  Marechal  de  Campo  José  Joaquim  de  Lima  e  Silva  e  de  sua  mulher 

D.  Joanna  Maria  da  Fonseca  Costa.  Era  irmão  do  Visconde  de  Magé  e  tio 

do  Duque  de  Caxias  e  Conde  de  Tocantins. 
Casou  com  D.  Carlota  Guilhermina  de  Lima  e  Silva,  Dama  honorária  de 

S.  Magestade  a  Imperatriz,  e  irmã  do  Duque  de  Caxias  e  do  Conde 

de  Tocantins. 

Sentou  praça  como  i."  cadete  em  2S  de  Novembro  de  1806,  matriculou-se 
na  Academia  Militar,  em  181 1,  completando  o  curso  em  1816. 

Capitão  de  Caçadores,  seguio  contra  a  Revolução  Pernambucana  de  18 17 
e  a  da  Bahia,  em  1822.  Fez  a  campanha  Cisplatina  de  1825.  Ministro  da 
Guerra  no  Gabinete  de  16  de  Julho  de  1831,  occupou  novamente  esta  pasta 
e  interinamente  a  da  Marinha  no  Gabinete  de  16  de  Janeiro  de  1836,  e  foi 
Ministro  do  Império  em  1837,  Gabinete  de  19  de  Setembro.  Deputado  á 
Assembléa  Provincial  do  Rio  de  Janeiro,  foi  Presidente  da  Província  de 
S.  Paulo  em  1844  e  Governador  das  Armas  da  Província  de  1844  a  1847. 
Tenente-General  em  1852,  Ajudante-General  do  Exercito  em  1860. 

Era  Grande  do  Império,  Conselheiro  de  Guerra,  em  1852.  Fidalgo 
Cavalleiro  da  Casa  Imperial,  Grã-Cruz  da  Imperial  Ordem  de  S.  Bento  de 
Aviz,  Official  da  Imperial  Ordem  do  Cruzeiro  e  Cavalleiro  da  Imperial  Ordem 
da  Rosa.  Tinha  as  medalhas  da  Guerra  da  Independência  na  Bahia. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  (Vide  descripçío  no  titulo  Duque  de  Caxias). 

CORÔA  :  A  de  Conde. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  com  grandeza  por  decreto  de  í  de  Desembro  de  1854. 


493 


TABATINGA.  (Barão  e  Visconde  de)  Domingos  Francisco  de  Souza 
Leão. 
Natural  de  Pernambuco. 

Filbo  do  Coronel  Francisco  António  de  Souza  Leão  e  de  sua  mulher  D.  Maria 
da  Penha  Pereira  da  Silva,  pães  também  da  i.»  mulher  do  Barão  de 
Morenos. 

Casou  em  primeiras  núpcias  com  sua  prima  D.  Ignez  Escolástica  Pessoa  de 
Mello,  filha  do  Tenente-Coronel  Felippe  de  Souza  Leão  e  de  sua  mulher 
D.  Rita  de  Cássia  Pessoa  de  Mello,  que  era  irmã  do  Bário  de  Morenos  e 
do  Visconde  de  Campo  Alegre.  Em  segundas  núpcias  casou  com  D.  Fran- 
cisca de  Albuquerque  de  Souza  Leão,  filha  do  Capitão  Miguel  Lúcio  de 
Albuquerque  Mello. 

Senhor  dos  Engenhos  de  Tabatinga,  no  Cabo  ;  Deputado  á  Assembléa 
Provincial  em  varias  legislaturas,  era  Commendador  da  Imperial  Ordem 
da  Rosa. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro  e  quarto  quartéis,  em  campo  de  prata  as  quinas 
de  Portugal  postas  em  aspa  ;  no  segundo  e  terceiro,  em  campo  de  oiro,  um  leio  de  goles  rompante. 
Timbre  :  o  leSo  das  armas.  (Brazão  passado  em  30  de  Agosto  de  1867.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreia, 
Liv.  VI,  ns.  68). 

COROA  :  A  de  Visconde. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  y  de  Abril  de  1867.  Visconde  por  decreto  de  $  de  Maio 
de  188^. 


49J 


T 


ACARUNA.  (Barão  de)  Manuel  António  dos  Passos  e  Silva. 
Natural  de  Pernambuco. 


Tenente-Coronel  da  Guarda  Nacional. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Bário  por  decreto  de  2j  de  Fevereiro  de  1873. 


T 


AITINGA.  (Barão  de)  António  Francisco  Tinta. 

Coronel  Commandante  Superior  da  Guarda  Nacional  na  Província 
da  Bahia. 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Bário  por  decreto  de  17  de  Maio  de  187a. 


TAMANDARÉ.  (Barão  e  Visconde  com  grandeza,  Conde  e  Marquez 
de)  Joaquim  Marques  Lisboa. 
Nasceu  na  Província  do  Rio  Grande  do  Sul,  em  13  de  Desembro  de  1807. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro  em  29  de  Março  de  1897. 


494 


Filho  de  José  António  Lisboa,  Commendador  da  I.  Ordem  de  Christo  e  do 
Conselho  de  S.  M.,  fallecido  em  29  de  Julho  de  1850,  e  de  sua  mulher 
D.  Maria  Euphrasia  de  Lima.  Irmão  do  Barão  de  Japurá,  Miguel  Maria 
Lisboa. 

Sentou  praça  como  voluntário  em  1823,  chegando  ao  posto  de  Almirante 
depois  de  um  brilhantissimo  passado  que  o  tornou  uma  das  mais  legitimas 
glorias  de  Marinha  brasileira. 

Referindo-se  as  provas  de  estima  dadas  á  este  Benemérito  por  S.  Mages- 
tade  o  Senhor  D.  Pedro  II,  o  Instituto  Histórico  e  Geographico  Brasileiro,  em 
sua  Revista,  LX.  a  fl.  447,  que  contem  o  seu  elogio  histórico,  narra  o  seguinte 
caso  que  temos  o  praser  de  transcrever : 

Quando  o  Imperador  foi  em  1859  visitar  as  províncias  do  Norte,  a  divisão 
naval  que  o  transportava  era  commandada  pelo  chefe  de  esquadra  Joaquim 
Marques  Lisboa. 

No  regresso  ao  Rio  de  Janeiro  fundeou  a  divisão  no  porto  de  Tamandaré, 
em  Pernambuco.  Ahi  pediu  licença  Marques  Lisboa  ao  Imperador  para  trazer 
em  um  dos  navios  os  restos  mortaes  de  seu  irmão  Manoel  Marques  Lisboa 
Pitanga,  que  se  achavam  enterrados  no  cemitério  de  Tamandaré,  afim  de 
deposital-os  no  tumulo  da  familia  no  Caju  (Rio  de  Janeiro).  Quiz  o  Imperador 
saber  como  tinha  fallecido  n'aquella  pequena  villa,  um  irmão  do  chefe  de  esquadra 
Lisboa,  e  referio-the  este  que  Manoel  Marques  Lisboa  Pitanga,  depois  de 
combater  como  voluntário  na  guerra  da  Independência,  adhetira  á  revolução 
de  1824,  que  pretendia  fundar  a  Confederação  do  Equador.  Ahi,  em  Taman- 
daré, commandava  elle  uma  força  revolucionaria  que  foi  atacada  e  vencida 
por  outra  do  Governo,  depois  de  renhido  combate  em  que  Pitanga  praticara 
actos  de  heroísmo,  preferindo  deixar-se  matar  á  entregar-se. 

Ouvida  esta  revelação,  ordenou  o  Imperador  que  a  transladação  dos 
restos  de  Pitanga  a  bordo  do  navio  que  os  devia  levar  fosse  feita  com  todas 
as  honras  devidas  á  um  militar  valente  e  pundonoroso,  por  illegitima  que 
fosse  a  causa  que  defendia. 

Mais  tarde  quando  o  Imperador  quiz  distinguir  o  chefe  de  esquadra 
Marques  Lisboa  com  um  titulo,  o  Ministro  Paes  Barrets  propoz  um  titulo  do 
Rio  Grande  do  Sul,  província  da  qual  era  oriundo  aquelle  militar,  mas  o 
Imperador  atalhou-o  dizendo  que  queria  que  elle  fosse  Barão  de  Tamandaré, 
em  recordação  da  gloriosa  morte  daquelle  irmão. 

E  assim  succedeu  que  o  titulo  de  Barão,  depois  Visconde  e  Marquez 
de  Tamandaré  teve  uma  origem  republicana. 


495 


Ajudante  de  Campo  de  S.  M.  o  Imperador,  era  Almirante,  Conselheiro 
de  Guerra,  Gentil-Homem  da  Imperial  Camará,  Grã-Cruz  effectiva  da  Imperial 
Ordem  da  Rosa,  da  de  S.  Bento  de  Aviz,  Dignitário  da  Imperial  Ordem  do 
Cruzeiro,  Grã-Cruz  de  S.  Januário  de  Nápoles,  da  Coroa  de  Ferro  e  da  de 
Francisco  José,  da  Áustria.  Tinha  as  medalhas  da  Independência  da  Bahia,  da 
Boa  Ordem,  de  oiro  de  Paysandú  e  Uruguayana,  e  a  Geral  da  Campanha  do 
Paraguay  com  passador  de  oiro. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  O  de  seu  irmão,  o  Barão  de  Japurá.  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro  quartel,  as 
armas  dos  Ribeiros,  em  campo  de  oiro,  três  faxas  verdes  ;  no  segundo  quartel,  as  armas  dos  Soares 
de  Oliveira,  em  campo  azul,  uma  aspa  de  prata  entre  quatro  flores  de  liz  de  ouro  ;  no  terceiro 
quartel,  as  armas  dos  Limas,  que  são  um  escudo  dividido  em  três  palas  :  na  primeira  pala,  as  armas 
do  Aragão,  isto  é,  em  campo  de  ouro  quatro  barras  vermelhas,  e  nas  duas  outras  palas,  o  escudo  esquar- 
telado dos  Silvas,  em  campo  de  prata  um  leão  de  purpura  armiado  de  azul,  com  o  de  Souto-Maior, 
que  são  em  campo  de  prata  enxequetado  de  ouro  e  vermelho,  de  três  peças  em  pala  ;  no  quarto 
quartel,  as  armas  dos  Paes,  em  campo  de  prata,  nove  lisonjas  em  três  palas  enxequetadas  de  azul  e 
vermelho.  Timbre  dos  Oliveiras,  que  é  a  aspa  de  prata  e  flor  de  liz  de  ouro  das  armas  ;  e  por 
difTerença  um  castello  de  prata  em  campo  azul.  (Brazão  passado  em  20  de  Agosto  de  184S.  Reg.  no 
Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  7). 

COROA  :  A  de  Marquez. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  com  grandeza  por  decreto  de  14  de  Março  de  1860.  Visconde  com 
grandeza  por  decreto  de  18  de  Fevereiro  de  1865.  Conde  por  decreto  de  13  de  Desembro  de  1887. 
Marquez  por  decreto  de  16  de  Maio  de  1888. 


T 


APAJÔZ.  (Barão  de)  José  Caetano  Correia. 
Coronel  da  Guarda  Nacional. 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  19  de  Agosto  de  1888. 


T 


AQLJAHY.  (Viscondessa  com  grandeza  e  Marqueza  de)  D.  Francisca 
Joanna  de  Lacerda  Castello. 


CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Viscondessa  com  grandeza  por  decreto  de  u  de  Outubro  de  18...  M»rqu*za 
por  decreto  de  ia  de  Outubro  de  i8a6. 


496 


TAQUARA.  (Barão  da)  Francisco  Pinto  da  Fonseca  Telles. 
Nasceu  a  25  de  Outubro  de  18...  e  ainda  vive. 

Fazendeiro  em  Jacarepaguá,  Provinda  de  Rio  de  Janeiro. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  21  de  Outubro  de  1883. 


TAQUARETINGA.  (Barão  de)  Manuel  Freire  Barbosa  da  Silva. 
Natural  do  Recife,  Pernambuco. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  16  de  Desembro  de  1882. 


TAQUARY.  (i.»  Barão  com  grandeza  de)  Manuel  Jorge  Rodrigues. 
Nasceu  em  Lisboa  a  23  de  Abril  de  1777. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro  a  14  de  Maio  de  1845. 
Filbo   de  Jeronymo  Rodrigues,   negociante  em    Lisboa,   e  de  sua  mulher 

D.  Joanna  Maria  da  Conceição  Rodrigues. 
Casou  com  D.  Maria  da  Conceição  Rodrigues.   Era  pae  do  2.»  Barão  de 
Taquary. 

Destinado  por  seus  pães  á  carreira  commercial,  a  tempera  de  seu  caracter 
não  permitiu,  amoldar-se  as  exigências  das  lidas  commercias  e  assim  sentou 
praça  no  exercito  portuguez  em  18  de  Setembro  de  1794;  promovido  á 
Alferes  em  24  de  Julho  de  1807,  fez  toda  a  campanha  Peninsular  com  distincção 
sob  as  ordens  do  Marechal  Beresford. 

Veio  para  o  Brasil  commandando,  no  posto  de  Tenente-Coronel  a  divisão 
da  4800  homens  mandados  vir  de  Portugal,  que  chegou  no  Rio  de  Janeiro  a 
30  de  Março  de  18 16.  Fez  a  campanha  Cisplatina  e,  a  4  de  Abril  de  1826,  foi 
nomeado  Marechal  por  relevantes  serviços  prestados  em  guerra.  Foi  Presi- 
dente e  Commandante  das  Armas  da  Província  do  Pará  em  1836  e  em  1840 
foi  nomeado  Governador  das  Armas  da  Corte  onde  permanceu  quatro  annos. 


Archivo  Nobilfarchlco  Brasileiro  €j  Ar\n 


Era  Grande  do  Império,  Gentil-Homem  da  Imperial  Gamara,  do  Conselho 
de  S.  Magestade,  (Conselheiro  da  Guerra,  Commendador  da  Imperial  Ordem 
da  Rosa  e  da  de  S.  Bento  de  Aviz,  Official  da  I.  Ordem  do  Cruzeiro,  Cavalleiro 
da  Real  Ordem  da  Torre  e  Espada,  de  Portugal,  e  condecorado  com  as 
medalhas  das  campanhas  Peninsular,  da  Cisplatina,  as  de  Distincção  de  Portugal 
e  Inglaterra  por  commando  de  corpos  em  batalhas  campaes. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  com  grandeza  por  decreto  de  25  de  Março  de  184c. 


TAQUARY.  (2.°  Barão  de)  José  António  de  Calasans  Rodrigues. 
Nasceu  a  27  de  Agosto  de  1805. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro  em  27  de  Maio  de  1876. 
Filho  dos  I  .<"  Barões  de  Taquary,  Manuel  Jorge  Rodrigues  e  de  sua  mulher 

D.  Maria  da  Conceição  Rodrigues. 
Casou  em  28  de  Maio  de  1836  com  D.  Clara  Francisca  de  Calasans  Rodri- 
gues, natural  de  Ouro  Preto,  Minas  Geraes,  nascida  a  4  de  Outubro  de 
1816  e  fallecida  a  13  de  Junho  de  1895. 

Era  Capitão  reformado  do  Exercito  e  foi  Director  Geral  da  Repartição 
Fiscal  da  Guerra,  Presidente  da  Província  da  Ceará  em  1871.  Do  Conselho 
de  S.  Magestade,  Commendador  da  I.  Ordem  da  Rosa,  Cavalleiro  da  I.  Ordem 
de  S.  Bento  de  Aviz,  e  condecorado  com  as  medalhas  da  campanha  Cisplatina. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  24  de  Março  de  1871. 


498 


TATUHY.  (Barão  de)  Francisco  Xavier  Paes  de  Barros. 
Nasceu  em  Sorocaba  (S.  Paulo)  a  26  de  Maio  de  1831. 
Falleceu  nessa  cidade  em  8  de  Desembro  de  19 14. 
Filho  do  Capitão  Francisco  Xavier  Paes  de  Barros  e  de  sua  primeira  mulher 

D.  Rosa  Cândida  At  Aguiar. 
Casou  com  sua  prima  D.  Gertrudes  de  Aguiar  Paes  de  Barros,  filha  do  Capitão- 
Mór  Bento  Paes  de  Barros,  Barão  de  Itú,  e  de  sua  mulher  D.  Leonarda 
de  Aguiar,  em  primeiras  núpcias;  e  em  segundas,  com  D.  Cerina  de  Souza 
Castro,  Baroneza  de  Itapetininga. 

Era  bacharel  em  direito,  formado  pela  Academia  de  S.  Paulo,  em  1853. 
Dedicou-se  desde  logo  á  politica,  sendo  chefe  politico  importante,  em 
seu  districto,  foi  eleito  deputado  em  varias  legislaturas,   pelo  4.»  Districto. 
Foi  um  dos  fundadores  do  Banco  de  S.  Paulo  em  1889. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Em  campo  vermelho  três  bandas  de  prata  e  sobre  o  campo  nove  estrellas  de  oiro, 
uma  no  primeiro,  três  em  cada  uma  dos  do  meio  e  duas  no  fundo  do  escudo.  Timbre  :  uma  aspa 
vermelha  e  azul,  uma  perna  de  cada  côr  e  carregadas  nella  cinco  estrellas  das  armas.  (BrazSo  passado 
em  16  de  Fevereiro  de  1795.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  em  Portugal,  Liv.  V,  fls.  j6). 

COROA  :  A  de  BarSo. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  BarSo  por  decreto  de  19  de  Agosto  de  1879. 


499 


TAU  BATE.  (Visconde  com  grandeza  e  Marquez  de)  Luiz  Saldantia  da 
Gama  Mello  e  Torres  Guedes  de  Brito. 
Nasceu  em  6  de  Janeiro  de  1801 . 
Falleceu  em  Paris  em  12  de  Desembro  de  1837. 

Filho  de  D.  João  de  Saldanha  da  Gama  Mello  e  Torres  Guedes  de  Brito, 
6.»  Conde  da  Ponte,  e  Senhor  de  Assequins,  que  falleceu  quando  Gover- 
nador da  Bahia,  e  de  sua  Mulher  a  Condessa  D.  Maria  Constança  de 
Saldanha  Oliveira  e  Daun,  filha  dos  i  .^  Condes  de  Rio  Mayor. 
Casou  com  D.  Sophia  Burn,  que  nasceu  em  19  de  Novembro  de  181 1. 

Era  Grande  do  Império,  Ministro  Plenipotenciário  e  Enviado  Extraordi- 
nário em  S.  Petersburgo,  Veador  de  S.  M.  a  Imperatriz  e  Commendador  da 
Imperial  Ordem  de  Christo. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  ;  no  primeiro  quartel,  as  armas  dos  Saldanhas,  —  em  campo 
vermelho,  uma  torre  de  prata,  com  portas  e  frestas  de  azul,  lavrada  de  preto  ;  cuberta  de  azul,  e 
uma  cruz  de  oiro  chan  em  cima  ;  no  segundo,  as  armas  dos  Gamas,  —  dez  escaques  de  oiro,  e 
vermelho,  três  peças  em  faxa,  e  cinco  em  palia,  e  as  peças  vermelhas  acoticadas  com  duas  faxas  de 
prata,  e  sobre  posto  um  escudete  das  armas  Reaes  ;  no  terceiro,  as  armas  dos  Mellos,  —  em  campo 
vermelho,  seis  besantes  de  prata,  entre  uma  doble  cruz,  e  uma  bordadura  de  oiro  ;  e  no  quarto 
quartel,  as  armas  dos  Torres,  —  em  campo  vermelho,  cinco  torres  de  oiro  em  aspa.  Timbrb  :  o  dos 
Saldanhas,  a  mesma  torre  das  armas. 

CORÔA  :  A  de  Marquez. 

CREAÇAO  DOS  TÍTULOS  :  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  12  de  Outubro  de  iSaj.  Marquez  por 
decreto  de  13  de  Outubro  de  i8a6. 


500 


TAUBATc.  (Barão  de)  António  Vieira  de  Oliveira  Neves. 
Nasceu  na  cidade  de  Taubaté,  na  Província  de  S.  Paulo,  em  15  de 
Agosto  de  1 8 1 5 . 
Filho  de  António  Vieira  da  Silva  e  de  sua  mulher  D.  Gertrudes  Maria  de 

Oliveira,  naturaes  de  Tauba^g^  , 
Casou  em  20  de  Fevereiro  de  184-^^m  D.  Francisca  Marcondes  de  Oliveira 
Cabral.  ^ 

Lavrador  de  caf*  em   Pindamonhángaba.   Provedor  da  Santa  Casa  da 
Misericórdia  e  Vereador  da  Camará  Municipal. 

Era  Commendador  (la  Imperial  Ordem  da  Rosa. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  ;  Barão  por  decreto  de  |8  de  Julho  de  1877. 


TAUN  AY.  (Visconde  com  grandeza  de)  Alfredo  Maria  Adriano  d'Escra_ 
gnolle  Taunay. 
Nasceu  no  Rio  de  Janeiro  em  22  de  Fevereiro  de  1843,  e  ahi  falleceu  em  25 

de  Janeiro  de  1899. 
Filho  do  Commendador  Félix  Emilio  Taunay,  Barão  de  Taunay,  nascido  em 
Montmorency  (França)  a  1  de  Março  de  1795,  fallecido  no  Rio  de  Janeiro 


501 


a  IO  de  Abril  de  1881 ,  e  de  sua  mulher  D.  Gabriela  Hermínia  d'Escragnolle 
Taunay. 
Casou  a  8  de  Janeiro  de  1874  com  D.  Christina  Teixeira  Leite,  filha  do  Barão 
de  Vassouras. 

Sentou  praça  em  1861,  na  arma  de  artilharia,  e  passou  depois  para  o 
Corpo  do  Estado  Maior  de  i.*  classe,  onde  teve  o  posto  de  Major,  servindo 
na  expedição  do  Matto-Grosso,  na  campanha  do  Paraguay. 

Bacharel  em  sciencias  e  lettras,  peJâiimi-Megio  D.  Pedro  11,  em  1838,  em 

ligraphò  em  1 863 .  foi  professor  de 


Sciencias  mathematicas  e  Engenheiro] 
historia  e  linguas  na  Escola  Militar. 

Era  Senador  pela  Província  de  Santa  Catharina,  etn  1866.  Deputado  por 
essa  Província  na  18.»  legislatura  de  1881  a  1883,  e  po'  Goyaz  na  15.*  legisla- 
tura de  1872  a  1875,  foi  Presidente  das  Províncias  «io  Paraná  em  1885  e  de 
Santa  Catharina  em  1876. 

Era  sócio  do  Instituto  Histórico  e  Geographico  Brasileiro  desde  1869,  do 
Conservatório  Dramático,  etc.  Escreveo  muitas  obras  de  grande  valor  histórico 
e  litterario,  entre  ellas,  a  Innocencia,  No  declino,  Retirada  da  Laguna,  Céus  e 
Terras  do  Brasil,  etc.  que  lhe  valeram  o  cognome  de  Xenophonte  Brasileiro. 

Grande  do  Império,  Official  da  Imperial  Ordem  da  Rosa,  Cavalleiro  do 
Cruzeiro,  de  Christo  e  da  de  S.  Bento  de  Aviz  e  tinha  a  medalhas  de  Mérito 
Militar,  da  Campanha  do  Paraguay,  da  Expedição  de  Matto-Grosso,  e  as  das 
Republicas  Argentina  e  do  Uruguay. 


BRAZÃO  DE  ARMAS  ;  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro  e  quarto,  as  armas  dos  Taunays,  —  de  goles,  três 
marteis  de  oiro  em  roquete  ;  no  segundo  e  terceiro,  as  dos  Escragnolles,  —  de  oiro  uma  aspa  de 
sinople  accompanhada  em  chefe  de  um  roque  de  xadrez  do  mesmo.  Supportesj  um  leão  á  destra  e 
uma  águia  á  sinistra.  Divisa  :  Devoir  fait  droit. 

COROA  :  A  de  Conde. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Visconde  com  grandera  por  decreto  de  6  de  Setembro  de  1 889. 


503 


TEFFÉ.  (Barão  e  Barão  com  grandeza  de)  António  Luiz  von  Hoonholtz. 
Nasceu  na  cidade  do  Rio  de  Janeiro  a  9  de  Maio  de  1837  e  ainda  vive. 
Filho  de  Frederico  Guilherme  von  Hoonlioltz  e  de  sua  mulher  D.  Joanna 

Christina  von  Hoonholtz  (van  Engel). 
Casou  a  28  de  Março  de  1868  com  D.  Maria  Luiza  Dodsworth,  que  ainda 
vive,  filha  de  Georges  John   Dodsworth  e  de  sua  mulher  D.   Maria 
Leocadia  Dodsworth  (Nascimento  Lobo). 

Cursou  a  Escola  de  Marinha,  promovido  á  Guarda  Marinha  em  1854  e 
successivamente  até  o  posto  de  Almirante  em  que  se  reformou  em  1892. 
Exerceu  importantes  commissões  scientificas  entre  as  quaes  a  de  limitação  de 
fronteiras  com  o  Peru  e  a  da  observação  da  passagem  de  Vénus  nas  Antilhas. 
Foi  Ministro  Plenipotenciário  em  Bruxellas,  Roma  e  Vienna.  Senador  pelo 
Amazonas  em  19 12. 

Era  Veador  de  S.  M.  a  Imperatriz,  Membro  da  Academia  de  Sciencias  de 
Pariz  e  da  Academia  de  Sciencias  de  Madrid.  Membro  honorário  do  Instituto 
Histórico  e  Geographico  Brasileiro  e  da  Sociedade  de  Geographia  do  Rio  de 
Janeiro.  Presidente  da  Sociedade  de  Geographia  de  Lisboa,  no  Rio  de  Janeiro 
e  Presidente  da  Liga  Marítima. 

Official  da  L  Ordem  do  Cruzeiro  e  da  Rosa,  Grã-Cruz  da  1.  Ordem 
de  S.  Bento  de  Aviz,  Official  da  Ordem  de  Isabel  a  Catholica  de  Hespanha, 
condecorado  com  as  Medalhas  da  Campanha  Geral  do  Paraguay,  da  Batalha 
de  Riachuelo,  da  tomada  de  Corrientes,  das  conferidas  pelas  Republicas 
Argentina  e  Uruguay  e  a  de  Bravura  n."  3.  Medalhas  de  Ouro  da  Sociedade 
de  Geographia  do  Rio  de  Janeiro  e  da  Exposição  Universel  de  Pariz. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  D«  sable  com  uma  cabeça  de  leio  de  oiro. 


503 


CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  BarSo  por  decreto  de  1 1  de  Junho  de  1873.   Barão  com  grandeza  por  decreto 
de  10  de  Março  de  1883. 


NUNQ.UAM    DEFLECTO 


THERESOPOLIS.  (Barão  de)  D/  Francisco  Ferreira  de  Abreu. 
Nasceu  na  cidade  do  Rio  Pardo,  no  Rio  Grande  do  Sul,  em  18  de 
Novembro  de  1823. 
Falleceu  em  Paris  em  14  de  Julho  de  1885. 
Filho  de  Guilherme  Ferreira  de  Abreu  e  de  sua  mulher  D.  Felisberta  Luiza 

de  Abreu. 
Casou  com  D.  Anna  Marques  de  Sá,  filha  do  Coronel  Manuel  Marques  de  Sá. 

Doutor  em  medicina  pela  Faculdade  de  Medicina  do  Rio  de  Janeiro, 
obteve  mais  tarde,  da  Faculdade  de  Paris,  os  gráos  de  bacharel  em  Sciencias 
physicas  e  o  de  doutor  em  medicina.  Foi  lente  cathedratico  de  medicina  legal 
da  Faculdade  do  Rio  de  Janeiro,  e  seu  Vice-Director.  Foi  também  professor 
de  physica  e  chimica  de  SS.  AA.  Imperiaes,  e  medico  da  Imperial  Gamara. 

Representou  o  Brasil,  em  vários  Congressos  Scientificos  na  Europa,  como 
o  Congresso  de  Hygiene  e  Demographia  de  Haya,  e  o  Congresso  Interna- 
cional de  Londres,  em  1881. 

Era  do  Conselho  de  Sua  Magestade,  Commendador  da  1.  Ordem  da 
Rosa,  Cavalleiro  da  R.  Ordem  de  Christo  de  Portugal,  membro  titular  da 
Academia  Imperial  de  Medicina,  sócio  do  Instituto  Histórico  e  Geographico 
Brasileiro,  etc. 


504 


BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Em  campo  vermelho,  cinco  cotos  de  águia  de  oiro,   postos  em  aspa.  Timbre  :  um 
dos  cotos  das  armas.  Divisa  :  Nunquam  defltcio. 

COROA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Bário  por  decreto  de  23  de  Setembro  de  1874. 


THOMSEN.  (Barão  de)  Christiano  Thomsen. 
Negociante  no  Rio  Grande  do  Sul  e  New  York. 

Era  Commendador  da  Imperial  Ordem  da  Rosa. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  28  de  Junho  de  1876. 


TIBAGY.  (Barão  de)  José  Caetano  de  Oliveira. 
Nasceu  em  Sorocaba  (S.  Paulo). 

Falleceu  na  cidade  de  Palmeira,  Provincia  de  Paraná,  a  17  de  Novembro  de 
1863,  com  68  annor  de  idade. 

Filho  de  Manuel  Gonçalves  de  Oliveira. 

Casou  na  capella  do  Tamanduá,  nos  Campos  Geraes  de  Curityba,  com 
D.  Cherubina  Rosa  Marcondes  de  Sá,  filha  do  Tenente  Manuel  José 
de  Araújo,  e  de  sua  mulher  D.  Anna  da  Conceição  de  Sá.  Eram  pães 
da  Viscondessa  de  Guarapuava,  D.  Zeferina  Marcondes  de  Sá,  e  do 
Conselheiro  Jesuino  Marcondes  de  Oliveira  e  Sá,  que  foi  Ministro  de 
de  Estado  dos  Negócios  da  Agricultura,  Commercio  e  Obras  Publicas- 


Archivo  NetHliirchlco  Brtiileiro  64 


SO^ 


no  20.»  Gabinete  (Furtado)  de  31  de  Agosto  de  1864,  Deputado  Provin- 
cial e  Geral  nas  12.»  e  13.*  legislaturas  de  1864  a  1870  pelo  Paraná  e 
Presidente  dessa  Província  em  1889.  A  esta  família  pertenceram  muitos 
dos  primeiros  povoadores  de  Guarapuava,  Palmas  e  Castro. 

Importante  e  conceituado  fazendeiro  no  Paraná.  Com  seu  sogro,  o 
Tenente  Manuel  José  de  Araújo,  acima,  e  vários  de  seus  cunhados,  entre  os 
quaes  o  Capitão  Domingos  Ignacio  de  Araújo,  e  António  Joaquim  de  Camargo, 
foi  um  dos  fundadores  da  actual  cidade  da  Palmeira,  onde  viveu  e  falleceu,  e 
presidiu  á  abertura  das  primeiras  estradas  para  o  Rio  Iguassú  e  Campos  de 
Palmas. 

Foi  Alferes  de  Milícias  nos  tempos  do  domínio  portuguez,  e  Cavalleiro 
da  imperial  Ordem  da  Rosa  e  da  de  Christo. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  partido  em  pala  :  na  primeira,  de  azul,  três  faxas  de  oiro  e  chefe  desinople 
carregado  de  três  besantes  de  prata  em  faxa  ;  na  segunda,  as  armas  dos  Oliveiras,  —  de  goles  uma 
oliveira  verde  com  raizes,  perfis  e  fructos  de  oiro  ;  e  sobre  tudo,  um  escudete  de  sable  com  um  cavallo 
de  prata  rompante.  Timbre  :  a  oliveira  das  armas. 

COROA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  BarSo  por  decreto  de  4  de  Agosto  de  1858. 


TIBAGY.  (Baroneza  e  Viscondessa  de)  D.  Cherubina  Rosa  Marcondes 
de  Sá. 
Nasceu  em  Campos  Geraes  de  Curityba  (Capella  de  Tamanduá). 
Falleceu  na  cidade  da  Palmeira  (Paraná)  a  6  de  Outubro  de  1889. 
Filha  do  Tenente  Manuel  José  de  Araújo  e  de  sua  mulher  D.  Anna  Maria  da 
Conceição  de  Sá. 


506 


Casou  na  capella  do  Tamanduá  com  José  Caetano  de  Oliveira,  Barão  de  Tibagy 
que  falleceu  em  17  do  Novembro  de  1863,  e  foi  elevada  á  Viscondessa 
do  mesmo  titulo,  por  decreto  de  31  de  Agosto  de  1880. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Uma  lisonja  com  as  armas  de  seu  marido  o  Barão  de  Tibagy.  (Vér  a  descripçio 
neste  titulo). 

COROA  :  A  de  Viscondessa. 

CREAÇÃO  DOS  TITUI.OS  :  Baroneza  por  decreto  de  4  de  Agosto  de  1858.  Viscondessa  por  decreto  de  31  de 
Agosto  de  1880. 


TIETÊ.  (Barão  de)  José  Manuel  da  Silva. 
Nasceu  em  Santo  Amaro,  Província  de  S.  Paulo,  em  1793. 
Falleceu  em  S.  Paulo  em  27  de  Março  de  1877. 
Filbo  do  Sargento-Mór  José  da  Silva  Carvalho  e  de  sua  mulher  D.  Anna 

Joaquina  de  Oliveira. 
Casou  com  D.  Maria  Roduzinda  da  Cunha  e  Silva,  filha  do  Sargente-Mór 
Francisco   Mariano  da  Cunha  e  de  sua  mulher  D.  Anna  Joaquina  de 
Barros. 

Começou  dedicando-se  á  carreira  commercial,  onde  conquistou  grandes 
haveres.  Foi  mais  tarde  Major  das  Ordenanças,  em  1825,  e  Coronel  de  Legião. 
Vice-Presidente  da  Província  de  S.  Paulo,  desde  1839  \  fo'  Deputado  Provin- 
cial por  esta  Província  varias  vezes,  e  Geral  na  8.»  legislatura  de  1850-52.  Era 
Conselheiro  de  Estado  effectivo  em  1834,  Presidente  da  Filial  do  Banco  do 
Brasil,  em  S.  Paulo,  e  da  Caixa  Económica,  e  Commendador  da  I.  Ordem 
de  Christo. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  BarSo  por  decreto  de  J  de  Desembro  de  1854. 


TIMBAHUBA.  (Barão  de)  Feliciano  Cavalcanti  da  Cunha  Rego. 
Natural  de  Pernambuco. 

Coronel  da  Guarda  Nacional. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  30  de  Julho  de  1889. 


507 


TIMBAHY.  (Barão  de)  Olindo  Gomes  dos  Santos  Paiva. 
Falleceu  em  19  de  Agosto  de  1883. 

Coronel  da  Guarda  Nacional. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Bário  por  decreto  de  1 6  de  Setembro  de  1874. 


TIMBÓ.  (Barão  do)  João  José  de  Oliveira  Leite. 
Natural  de  Pernambuco. 

Coronel  da  Guarda  Nacional. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  ;  Bário  por  decreto  de  1 1  de  Julho  de  1888. 


TINGUA.  (1.°  Barão  com  grandeza  do)  Pedro  Correia  de  Castro. 
Falleceu  na  cidade  de  Vassouras,  na  Província  do  Rio  de  Janeiro, 
em  2  de  Abri!  de  1869. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado :  no  primeiro  e  quarto  quartéis,  as  armas  dos  Corrêas,  —  o  campo 
de  oiro  fretado  de  corrêas  de  vermelho  repassadas  umas  por  outras  ;  no  segundo  e  terceiro,  ao  dos 
Castros  de  Monsanto,  —  em  campo  de  prata,  seis  arruelas  de  azul,  em  duas  palas. 

COROA  :  A  de  Conde. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  com  grandeza  por  decreto  de  i  i  de  Outubro  de  1848. 


^08 


T 


INGUA.  (2."  Barão  do)  Francisco  Pinto  Duarte. 

Fazendeiro  em  Tinguá,  Iguassú,  na  Provincia  do  Rio  de  Janeiro.  Foi 
agente  Consular  de  Portugal. 
Cavalleiro  da  Imperial  Ordem  de  Christo. 

BRAZAO  DE  ARMAS  :  Escudo  partido  em  contrabanda  :  na  primeira,  em  campo  vermelho,  um  arado,  uma 
foice,  uma  enxada,  um  ancinho,  uma  pá  e  uma  espiga  de  trigo ;  na  segunda,  um  paisagem,  vendo- 
se  no  primeiro  plano,  um  campo  de  sua  c6r,  e  ao  fundo  sob  un  ceu  azul,  un  grupo  de  montanhas. 

COROA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  BarSo  por  decreto  de  27  de  Janeiro  de  1883. 


TOCANTINS.  (Visconde  com  grandeza  e  Conde  de)  José  Joaquim  de 
Lima  e  Silva  Sobrinho. 
Nasceu  em  7  de  Outubro  de  1809,  no  Rio  de  Janeiro. 


509 


Falleceu  no  Rio  de  Janeiro  em  21  de  Agosto  de  1894. 

Filho  do  Marechal  de  Campo  Francisco  de  Lima  e  Silva,  e  de  sua  mulher 

D.  Marianna  Cândida  de  Oliveira  Bello.  Era  irmão  do  Duque  de  Caxias 

e  da  Baroneza  de  Suruhy. 
Casou  com  D.  Maria  Balbina  da  Fonseca  Costa,  filha  do  Marquez  da  Gávea. 

Abraçou  desde  jovem  a  carreira  de  seus  antepassados,  continuando 
brilhantemente  as  gloriosas  tradicções  herdadas.  Como  Coronel  tomou  parte 
activa  contra  a  rebellião  mineira  de  1842,  servindo  nas  forças  commandas  por 
seu  illustre  irmão,  o  Duque  de  Caxias. 

Foi  Deputado  pela  Província  de  Minas  Geraes  na  8."  legislatura  e  pelo 
Rio  de  Janeiro  nas  10.»  e  1 1.»  legislaturas,  de  1857  a  1864,  e  nas  13."  e  14.», 
de  1867  a  1872. 

Era  Grande  do  Império,  Veador  de  S.  M.  a  Imperatriz.  Retirou-se  cedo 
da  vida  militar,  sendo  mais  tarde  Presidente  do  Banco  do  Brasil,  da  Associação 
Commercial  do  Rio  de  Janeiro,  membro  da  Junta  Administrativa  da  Caixa  de 
Amortisação,  e  Director  da  Caixa  Económica  e  de  Monte  de  Socorro. 

Era  Dignitário  da  1.  Ordem  da  Rosa,  Commendador  da  I.  Ordem  de 
Christo,  da  de  Villa  Viçosa  de  Portugal,  da  de  S.  Bento  de  Aviz,  e  da  Ordem 
Ernestina  de  2."  classe,  da  Casa  Ducal  da  Saxonia. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  O  de  seu  irmão  o  Duque  de  Caxias.  (Vêr  a  descripção  neste  titulo). 
COROA  :  A  de  Conde. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  17  de  Julho  de  1872.  Conde  por  decreto 
de  30  de  Março  de  1889. 


T 


OROPY.  (Barão  de)  António  Cândido  de  Mello. 
Tenente-Coronel  da  Guarda  Nacional. 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  16  de  Maio  de  1888. 


T 


ORRE  DE  GARCIA  D'AVILA.  (Barão,  Visconde  com  grandeza 
de)  António  Joaquim  Pires  de  Carvalho  e  Albuquerque. 


510 


Falleceu  na  Província  da  Bahia  em  5  de  Desembro  de  1852. 

Era  Coronel  e  um  dos  mais  notáveis  patriotas  da  Independência. 

Era  Grande  do  Império,  Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Imperial,  Gentil- 
Homem  da  Imperial  Camará,  e  Commendador  da  Imperial  Ordem  de  Christo 
e  Official  da  do  Cruzeiro. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  i  de  Desembro  de  1822.  Visconde  por  decreto  de  ia  de 
Outubro  de  1826.  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  18  de  Julho  de  1841. 


TORRES  HOMEM.    (Barão  com  grandeza  de)   D.^   João  Vicente 
Torres  Homem. 
Nasceu  no  Rio  de  Janeiro  em  23  de  A^ovembro  de  1837. 
Falleceu  nessa  cidade  a  4  de  Novembro  de  1 887 . 

Filho  do  professor  da  Faculdade  de  Medicina  do  Rio  de  Janeiro,  D.''  Joaquim 
Vicente  Torres  Homem,  natural  de  Campos,  e  fallecido  em  9  de  Desembro 
de  1858. 

Doutor  em  Medicina  pela  Faculdade  do  Rio  de  Janeiro,  em  1858,  foi  um 
de  seus  mais  illustres  professores.  Era  medico  da  Santa  Casa  de  Misericórdia, 
e  exerceu  a  clinica  com  grande  renome. 

Era  do  Conselho  de  S.  M.  o  Imperador,  medico  da  Imperial  Camará, 
membro  titular  da  Academia  Imperial  de  Medicina  do  Rio  de  Janeiro,  da  Real 
Academia  das  sciencias  de  Lisboa,  da  Sociedade  de  Hygiene  de  Paris,  e  de 
muitas  outras  Sociedades  scientificas.  Era  Commendador  da  I.  Ordem  da  Rosa. 

Deixou  grande  numero  de  obras  sobre  sciencias  medicas,  de  grande 
erudição. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  com  grandeza  por  decreto  de  14  de  Julho  de  1887. 


TRACUNHAEM.  (Barão  de)  João  Cavalcanti  Maurício  Wanderley. 
Filho  do  Capitão  Manuel  Cavalcanti  de  Albuquerque  Wanderley  e  de 
sua  mulher  D.  Rita  de  Cássia  Marinho  Falcão. 

Cavalleiro  da  Imperial  Ordem  da  Rosa. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  22  de  Fevereiro  de  1873. 


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RAIPU.  (Barão  de)  Manuel  Gomes  Ribeiro. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  24  de  Novembro  de  1888. 


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TRAMANDAHY.  (Barão  com  grandeza  de)  Anthero  José  Ferreira 
de  Brito. 
Nasceu  na  Provincia  do  Rio  Grande  do  Sul  em  1 1  de  Janeiro  de  1787. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro  em  5  de  Fevereiro  de  1856. 
Filbo  do  D.''  Anthero  de  Brito,  secretario  particular  do  Marquez  de  Pombal  e 

de  sua  mulher  D.  Bernardina  de  Azevedo  Lima. 
Casou  com  D.  Cândida  Ferreira  de  Brito,  fallecida  em  Buenos  Ayres  em  2^  de 
Setembro  de  1878. 

Alistou-se  nas  antigas  milidas  da  Capitania  de  São  Pedro  do  Rio  Grande 
do  Sul,  em  1808.  Tomou  parte  na  campanha  Cisplatina  de  181 1,  comman- 
dando  uma  bateria,  elevado  a  Coronel,  em  1820,  serviu  no  Exercito  Pacificador 
da  Bahia  em  1823,  e  em  Pernambuco  em  1823. 

Foi  Commandante  das  Armas  de  Pernambuco  e  da  Bahia,  em  183 1. 
Promovido  a  Brigadeiro  em  1828,  foi  Ministro  da  Guerra  e  interino  na  pasta 
da  Marinha  no  Gabinete  de  1832,  Commandante  das  Armas  do  Corte  em 
1835,  Presidente  da  Provincia  do  Rio  Grande  do  Sul,  em  1836,  e  da  Provincia 
de  Santa  Catharina,  em  1840  a  1849. 

Era  Vogal  do  Conselho  Supremo  de  Justiça,  em  1839,  Marechal  de  Campo 
e  Commandante  das  Armas  de  Santa  Catharina,  em  1842. 

Foi  Veador  de  SS.  Magestades,  Guarda  Roupa  da  Casa  Imperial,  Conselheiro 
de  Guerra  e  do  Conselho  de  S.  Magestade,  Grã-Cruz  da  Imperial  Ordem 
de  S.  Bento  de  Aviz,  Dignitário  da  Imperial  Ordem  do  Cruzeiro  e  da  Imperial 
Ordem  da  Rosa,  e  tinha  as  medalhas  das  campanhas  Cisplatinas  de  181 1  e 
1820,  da  Independência  na  Bahia,  da  Divisão  Cooperadora  da  Boa  Ordem  ea 
Insígnia  de  oiro  de  distincção  em  combate. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  com  grandeza  por  decreto  de  14  de  Março  de  1855. 


513 


TRARIPE.  (Barão  de)  Luiz  Manuel  de  Oliveira  Mendes. 
Falleceu  em  i8  de  Novembro  de  1876,  na  Provincia  da  Bahia. 
Casou  com  D.  Anna  Constança  Pinto  de  Almeida  e  Mendes. 

Foi  Thesoureiro  da  Alfandega  da  Bahia. 

Dignitário  da  imperial  Ordem  do  Cruzeiro,  Commendador  da  Imperial 
Ordem  de  Christo  e  Cavalleiro  da  Imperial  Ordem  da  Rosa. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão  por  decreto  de  14  de  Março  de  1860. 


TREMEMBH.  (Barão  e  Visconde  de)  José  Francisco  Monteiro. 
Filho  do  Commendador  Francisco  Alves  Monteiro,  natural  de  Taubaté, 
na  Provincia  de  S.  Paulo,  e  de  sua  mulher  D.  Theodora  Joaquina  de  Moura. 
Casou  com  D.  Maria  Belmira  de  França  Monteiro,  filha  de  José  Belmiro  de 
França,  e  de  sua  mulher  D.  Maria  Joaquina  Ferreira  França,  e  irmã  do 
Barão  de  Araújo  Ferraz. 
Era  irmão  do  Visconde  de  Mossoró. 

Negociante  em  S.  Paulo. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :    Barão  por  decreto  de  30  de  Maio  de  1867.  Visconde  por  decreto  de  7   de 
Maio  de  1887. 


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RES  ILHAS.  (Barão  das)  José  Bernardino  de  Barros. 
Natural  de  S.  José  do  Rio  Preto,  Minas  Geraes. 

Official  da  Imperial  Ordem  da  Rosa. 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Bário  por  decreto  de  7  de  Outubro  de  1874. 


Archivo  Nobiliarchtco  Brasileiro  6$ 


5'3 


TRÊS   RIOS.  (Barão,  Visconde,  Conde  e  Marquez  de)  Joaquim  Egydio 
de  Souza  Aranha. 
Nasceu  em  Campinas,  Provincia  de  S.  Paulo. 

Falleceu  em  S.  Paulo  em  19  de  Maio  de  1893,  com  72  annos  de  idade. 
Filho  do  Coronel  Francisco  Egydio  de  Souza  Aranha  e  de  sua  mulher  e  prima 

D.  Maria  Luiza  Aranha. 
Casou  em  primeiras  núpcias  com  D.  Anna  Cecilia  da  Silva,  e  em  segundas 

núpcias  com  D.  Maria  Hypolita,  Baroneza  viuva,  de  S.  João  do  Rio  Claro, 

e  filha  do  Barão  de  Itapetininga  e  de  sua  primeira   mulher  D.   Anna 

Eufrosina  Mendes. 

Abastado  fazendeiro  e  capitalista  em  S.  Paulo,  foi  Deputado  Provincial 
em  muitas  legislaturas,  em  sua  Provincia. 

CREAÇAO  DOS  TÍTULOS  ;  Barão  por  decreto  de  14  de  Julho  de  1872.  Visconde  por  decreto  de  19  dejulho 
de  1879.  Conde  por  decreto  de  16  de  Fevereiro  de  1880.  Marquez  por  decreto  de  7  de  Maio  de  1887. 


TRÊS  SERROS.  (Barão  dos)  Annibal  Antunes  Maciel. 
Natural  de  Pelotas,  Rio  Grande  do  Sul. 
Casou  com  D.  Amélia  Hartley  Maciel. 


514 


Era  bacharel  em  sciencias  jurídicas  e  sociaes. 
Commendador  da  Imperial  Ordem  de  Christo. 

BRAZAO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  :  o  primeiro  quartel,  partido  em  pala  :  na  primeira,  em  campo 
de  prata  duas  flores  de  liz  de  azul,  postas  em  pala,  na  segunda  de  prata,  uma  meia  águia  de 
vermelho  ;  no  segundo  quartel,  em  campo  de  oiro,  três  serros  de  verde  ;  no  terceiro,  em  campo 
vermelho  uma  esphera  armillar  de  oiro,  partida  ao  meio  ;  no  quarto,  em  campo  azul  as  inicíaes  T.  S. 
entrelaçados,  de  prata;  ao  centro,  um  escudete  de  oiro,  com  um  ramo  de  macieira  e  fructos,  de 
sua  côr.  Divisa  :  Bíneficentice-Premium . 

COROA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão  por  decreto  de  aó  de  Julho  de  1884. 


TRIUMPHO.  (Barão  com  grandeza  do)  José  Joaquim  de  Andrade 
Neves. 
Nasceu  na  cidade  do  Rio  Pardo,  Província  do  Rio  Grande  do  Sul,  em  22  de 

Janeiro  de  1807. 
Falleceu  em  Assumpção,  no  Paraguay,  em  6  de  Janeiro  de  1869,  em  conse- 
quência do  ferimentos  recebidos  em  combate. 
Filho  do  Major  José  Joaquim  de  Figueiredo  Neves. 
Casou  com  D.  Anna  Carolina  de  Andrade  Neves. 

Sentou  praça  de  1."  Cadete,  no  5."  regimento  de  Cavallería  de  linha, 
em  22  de  Novembro  de  1826.  Serviu  na  revolução  da  Província  do  Rio 
Grande  do  Sul,  chefiada  pelo  Coronel  Bento  Gonçalves,  em  20  de  Setembro 
de  1835,  tomando  parte  nos  combates  de  Canapé,  Passo  do  Rosário, 
Arroyo  dos  Cachorros,  em  1836.  No  combate  da  Ilha  Fanfa  recebe  o  posto  de 
Major  da  Guarda  Nacional  ;   em  1837   dístínguiu-se  no  combates  do  Rio 


515 


Pardo,  Aldeia  dos  Anjos,  Fortaleza,  etc,  e  em  1838  nos  de  Passo  do  Barnabé 
e  Passo  da  Área. 

Em  1840  foi-lhe  conferido  o  posto  de  Major  honorário  do  Exercito,  e 
nesse  anno  foi  ferido  no  combate  de  Taquary,  em  29  de  Janeiro.  Em  1841  foi 
elevado  a  Tenente-Coronel  honorário  do  Exercito,  e  em  1847  a  Coronel  da 
Guarda  Nacional  e  Commandante  Superior,  em  1850. 

Na  campanha  contra  Rosas  organisa  um  corpo  de  voluntários  e  á  sua 
frente  marcha,  tomando  parte  no  cerco  de  Montevideo.  Elevado  á  Brigadeiro 
honorário  do  Exercito,  fez  toda  a  campanha  do  Paraguay,  na  qual  brilhante- 
mente distinguiu-se  nos  combates  de  Humaytá,  Potrero  Ovelha,  Pilar,  Tuyuty 
e  Itororó,  sendo  três  vezes  ferido,  sem  nunca  ter  abandonado  a  lucta.  Por  fim 
ferido  por  um  estilhaço  de  granada,  que  lhe  esphacelou  o  pé,  no  combate  de 
Mármore,  falleceu  em  Assumpção,  capital  do  Paraguay,  em  consequência  das 
complicações  desse  grave  ferimento. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro  quartel,  em  campo  azul,  um  castello  de  oiro 
derrubado  ;  no  segundo  em  campo  de  goles,  um  monte  de  sinople  armado  de  prata ;  no  terceiro, 
em  campo  de  goles,  um  pilar  de  prata,  tendo  em  chefe  doze  estrellas  do  mesmo  ;  no  quarto  quartel, 
em  campo  azul,  duas  espadas  de  oiro  postas  em  aspa.  (Brazão  passado  em  24  de  Outubro  de  1868. 
Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  103. 

CORÔA  :  A  de  Conde. 

CREAÇÃO  DOS  títulos  :  Barão  por  decreto  de  19  de  Outubro  de  1867.  Barão  com  grandeza  por  decreto 
de  11  de  Abril  de  1868. 


TRONTAHY.  (Barão  de)  Luiz  António  de  Oliveira. 
Coronel  da  Guarda  Nacional  em  Minas  Geraes. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  29  de  Setembro  de  1883. 


TURVO.  (Barão  do)  José  Gomes  de  Souza  Portugal. 
Falleceu  em  Pirahy,  na  Província  do  Rio  de  Janeiro,  em  4  de  Setembro 
de  1878,  com  69  annos  de  idade. 

Era  Coronel  Commandante  Superior  da  Guarda  Nacional,  do  Município 
de  Pirahy. 


516 


Dignitário  da  Imperial  Ordem  da  Rosa,  e  Cavalleiro  da  Imperial  Ordem 
de  Christo. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  i  de  Agosto  de  1 86o. 


TURY~ASSU.  (Barão  de)  Manuel  de  Souza  Pinto  de  Magalhães. 
Nasceu  na  cidade  do  Porto,  Portugal,  em  1796. 
Falleccu  na  Província  do  Maranhão  em  12  de  Novembro  de  1862. 
Filho  do  D/  João  Santa  Anna  Neves  de  Souza. 

Casou  com  D.  Maria  Alexandrina  Teixeira  de  Magalhães,  nascida  em  1801  e 
fallecida  no  Maranhão  em  14  de  Novembro  de  1855.  Eram  pães  da  Baroneza 
de  Penalva. 

Sentou  praça  no  batalhão  de  Caçadores  de  Portugal,  em  10  de  Junho  de 
181 1,  e  fez  em  18 13  a  campanha  en  Portugal.  Veiu  para  o  Brasil  na  Divisão 
dos  Voluntários  Reaes  derRey,  como  Tenente.  Ahi  fez  as  campanhas 
contra  Artigas.  Era  brasileiro  ex-vi  da  Constituição.  Commandante  das  Armas 
do  Maranhão,  em  1829,  foi  Inspector  dos  Corpos  de  Exercite  no  Ceará, 
Maranhão  e  Pará,  em  1849.  Promovido  á  Brigadeiro,  foi  Presidente  do 
Conselho  Administrativo  da  Província  do  Maranhão,  em  1853,  e  Comman- 
dante Superior  da  Guarda  Nacional  da  Corte,  em  1853.  Marechal  de  Campo 
em  1855,  reformou-se  no  posto  de  Tenente-General. 

Era  Cavalleiro  da  Real  Ordem  da  Torre  e  Espada,  de  Portugal,  Commen- 
dador  da  Imperial  Ordem  de  S.  Bento  de  Aviz,  e  Cavalleiro  da  Imperial  Ordem 
de  Christo,  e  Official  da  do  Cruzeiro.  Tinha  as  medalhas  do  Valor,  Lealdade 
e  Mérito,  a  da  Península  e  de  Montevideo. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão  por  decreto  de  2  de  Desembro  de  1854. 


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BA.  (Barão  de)  João  Rodrigues  Pereira  de  Almeida. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  1  j  de  Outubro  de  t8j8 


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UBA.  (Visconde  com  grandeza  de)  Joaquim  Ribeiro  de  Avellar. 
Nasceu  em  12  de  Maio  de  182 1. 

Falleceu  em  i  de  Outubro  de  1888. 

Filho  dos  1 .0^  Barões  de  Capivary. 

Casou  a  17  de  Novembro  de  1849  com  D.  Marianna  Velho  da  Silva,  filha  de 
Conselheiro  José  Maria  Velho  da  Silva,  Veador,  e  de  sua  mulher  D.  Leo- 
narda  Maria  Velho  da  Silva,  Dama  de  Sua  Magestade  a  Imperatriz.  Eram 
Paes  da  2.»  Baroneza  de  Muritiba  D.  Maria  José  Velho  de  Avellar,  Dama 
Effectiva  de  S.  M.  a  Imperatriz  e  de  S.  A.  Imperial  a  Senhora  Condessa 
d'Eu.  Reside  em  Boulogne  ^/Seine. 

Importante  agricultor  na  Província  do  Rio  de  Janeiro  e  Tenente-Coronel 
da  Guarda  Nacional. 

Era  Official  da  Imperial  Ordem  da  Rosa,  Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa 
Imperial  e  sócio  correspondente  do  Instituto  Histórico  e  Geographico  Brasileiro 
desde  184S. 

CREAÇAO  DO  TITULO  :  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  14  de  Março  de  1887. 


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UBERABA.  (Visconde  com  grandeza  de)  José  Cesário  de  Miranda 
Ribeiro. 
Nasceu  na  cidade  de  Ouro  Preto,  em  Minas  Geraes,  em  1792. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro,  em  7  de  Maio  de  1856. 
Filho  de  Theotonio  Maurício  de  Miranda  Ribeiro  e  de  sua  mulher  D.  Antónia 

Luiza  de  Faria   Lobato,    irmã  do  Senador  João   Evangelista  de   Faria 

Lobato. 
Casou  em  primeiras  núpcias  com  D.  Maria  José  Monteiro  de  Miranda  Ribeiro 

e  em  segundas  núpcias  com  D.  Anna  Cândida  de  Miranda  e  Lima,  que 

falleceu  no  Rio  de  Janeiro  em  2  de  Desembro  de  1880,  com  80  annos 

de  idade. 

Bacharel  em   leis  pela   Universidade  de  Coimbra,  em  1821,  chegou  á 
Ministro  do  Supremo  Tribunal  de  Justiça.   Foi  Presidente  da  Província  de 


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Minas  Geraes,  em  1837,  e  de  S.  Paulo  em  1836.  Representou  sua  Provinda 
natal  nas  Cortes  Portuguezas,  em  1 821-1822,  e  na  Assemhléa  Geral  nas  legis- 
laturas de  1826  a  1844,  quando  foi  nomeado  Senador  pela  Provinda  de  S.  Paulo. 
Conselheiro  de  Estado  em  1842,  era  Grande  do  Império,  Commendador 
da  Imperial  Ordem  da  Rosa,  e  da  de  Christo,  membro  do  Instituto  Histórico 
e  Geographico  Brasileiro,  desde  1839. 

CREAÇAO  DO  TITULO  :  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  2  de  Desembro  de  1854. 


UNA.  (Barão  de)  José  António  Lopes. 
Natural  da  Provinda  de  Pernambuco. 

Era  Dignitário  da  Imperial  Ordem  da  Rosa. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão  por  decreto  de  14  de  Agosto  de  1867. 


URUGUAY.  (Visconde  com  grandeza  de)  Paulino  José  Soares  de 
Souza. 
Nasceu  em  Paris,  a  4  de  Outubro  de  1807. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro  em  15  de  Julho  de  1866. 
Filbo  do  Physico-Mór  D.'  José  António  Soares  de  Souza  e  de  sua  mulher 

D.  Antónia  Magdalena  Soares  de  Souza. 
Casou  com  D.  Anna  Alvares  de  Macedo  Soares  de  Souza,  filha  de  João  Alvares 
de  Azevedo  e  de  sua  mulher  D.  Maria  de  Macedo  Freire. 

Depois  de  cursar  a  Universidade  de  Coimbra,  veiu  formar-se  na  Academia 
de  S.  Paulo,  onde,  em  1831,  tomou  o  gráo  de  bacharel  em  sciencias  jurídicas 
e  sociaes. 

Abraçou  a  magistratura,  que  abandonou  quando  já  era  Desembargador 
da  Relação  do  Rio  de  Janeiro.  Foi  eleito  Deputado  á  1  .*  Assembléa  provincial 
do  Rio  de  Janeiro,  e  representou  esta  Provinda  na  Camará,  nas  3.*  a  7.*  legisla- 
turas de  1834  a  1848.  Presidiu  a  Provinda  do  Rio  de  Janeiro  por  duas  vezes, 
em  1836  e  em  1840.  Em  1849  ^O'  eleito  Senador  por  essa  Provinda,  foi  cinco 
vezes  Ministro  de  Estado,  occupando  a  pasta  da  Justiça,  no  4."  Gabinete  de 


5'9 


1840,  da  Regência  do  Marquez  de  Olinda,  e  no  2.°  Gabinete  de  1841  ;  a  dos 
Estrangeiros,  no  3.°  Gabinete  de  1843,  no  10."  de  1848,  e  no  11. "  de  1832. 
Em  1855  fo'  encarregado  de  uma  Missão  em  Paris,  para  tratar  da  questão  de 
limites  com  a  Guyanna.  O  Visconde  de  Uruguay  offereceu  então,  para 
chegar-se  a  uma  solução,  a  linha  intermediaria  do  Calçoene.  O  Governo  de 
Napoleão  III,  por  seu  Ministro  Drouyn  de  Lhuys,  recusou-se  a  este  accordo. 
Mais  tarde  o  Governo  Helvético  satisfez  inteiramente  as  reclamações  do  Brasil, 
fixando  definitivamente  a  linha  do  Oyapock,  como  limite  com  a  Guyanna 
Franceza. 

Foi  nomeado  Conselheiro  de  Estado  em  1853,  era  do  Conselho  de  S.  M.  o 
Imperador,  Grande  do  Império,  Official  da  1.  Ordem  do  Cruzeiro,  Grã-Cruz 
da  I.  Ordem  da  Rosa,  de  S.  Januário  de  Nápoles,  da  R.  Ordem  de  Christo 
de  Portugal,  da  Coroa  de  Ferro,  da  Áustria,  e  do  Danebrog  da  Dinamarca. 

Na  republica  das  lettras  era  membro  honorário  da  Academia  Tiberiana 
de  Roma,  da  Academia  Archeologica  da  Bélgica,  da  Academia  Britannica  de 
Sciencias,  Artes  e  Industrias,  da  Sociedade  Zoológica  de  Acclimação  de  Paris, 
do  Instituto  Histórico  e  Geographico  Brasileiro  desde  1839,  etc. 

CREAÇAO  DO  TITULO  :  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  2  de  Desembro  de  1854. 


URUGUAYANA.  (Barão  com  grandeza  de)  Angelo  Muniz  da  Silva 
Ferraz. 
Nasceu  em  Valença,  na  Bahia,  em  1812. 
Falleceu  em  Petrópolis  em  18  de  Janeiro  de  1867. 
Casou  com  D.  Francisca  Eulália  de  Lima  Ferraz. 

Formado  em  direito  pela  Faculdade  de  Olinda,  em  1834,  foi  Promotor 
Publico,  Juiz  de  Direito,  Deputado  Provincial  e  Geral  nas  5.°,  6.»,  7."  e  9." 
legislaturas  de  1843  ^  1856,  Senador  pela  Provinda  da  Bahia.  Em  1856  nomeado 
inspector  da  Alfandega  da  Corte  em  1848 ;  presidiu  a  Provinda  do  Rio  Grande 
do  Sul  em  1857. 

Ministro  da  Fazenda  e  Presidente  do  Conselho  no  15."  Gabinete  de  1859, 
da  Guerra  no  21.°  Gabinete  de  1865,  acompanhou  sua  Magestade  o  Imperador 
á  Uruguayana  assistindo  á  sua  rendição,  e  da  Marinha  na  22.°  Gabinete  de  1866. 
Grande  do  Império,  Conselheiro  de  Estado  em  1866.  Era  sócio  do  Instituto 


5  ao 


Histórico  e  Geographico  Brasileiro  desde  1843,  Grã-Gruz  da  Real  Ordem  de 
Christo  de  Portugal,  e  Commendador  da  Imperial  Ordem  de  Christo,  Digni- 
tário da  I.  Ordem  da  Rosa  e  Vereador  de  S.  Magestade  a  Imperatriz. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  com  grandeza  por  decreto  de  9  de  Outubro  de  1866. 


URURAHY.  (i.o  Barão  de)  João  Carneiro  da  Silva. 
Nasceu  na  cidade  de  Campos,  na  Província  do  Rio  de  Janeiro. 
Falleceu  em  IVlacahé,  nessa  Província,  em  i  de  Outubro  de  185 1 ,  com  70  annos 

de  idade. 
Filho  do  Capitão  Manuel  Carneiro  da  Silva  e  de  sua  mulher  D.  Anna  Francisca 
Velasco.  Era  irmão  do  i.°  Visconde  com  grandeza  de  Araruama. 

Agricultor  na  Província  do  Rio  de  Janeiro,  prestou  serviços  á  causa  da 
Independência. 

Era  Commendador  da  Imperial  Ordem  de  Christo  e  da  Imperial  Ordem 
da  Rosa. 

BRAZÃO  DE  ARMAS.:  O  de  seu  irmão  o  Visconde  com  grandeza  de  Araruama.  Escudo  esquartelado  :  no 
primeiro  quartel,  em  campo  de  goles,  um  castello  com  sua  muralha  e  torre  ;  e  firmados  em  chefe, 
quatro  escudetes :  ao  primeiro,  em  campo  azul,  uma  flor  de  liz  de  prata  e  bordadura  de  oiro  ;  ao 
segundo  e  quarto  escudetes,  de  azul,  com  cinco  besantes  de  prata,  postos  em  santor,  e  ao  terceiro, 
em  campo  de  azul,  uma  aspa  de  goles  ;  no  segundo  quartel,  as  armas  dos  Carneiros,  —  de  vermelho, 
com  uma  banda  de  azul,  coticada  de  oiro  e  carregada  de  três  flores  de  liz,  do  mesmo  metal,  entre 
dois  carneiros  de  prata,  passantes,  armados  de  oiro  ;  no  terceiro  quartel,  as  armas  dos  Silvas,  —  de 
prata,  um  leão  de  goles  rompente,  armado  de  azul  ;  e  no  quarto,  as  armas  dos  Fonsecas,  —  de 
oiro,  com  cinco  estrellas  de  vermelho,  de  cinco  pontas,  postas  em  aspa.  Timbre  :  um  dos  carneiros 
das  armas. 

COROA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  15  de  Abril  de  1847. 


Arahivo  Nobiliirchico  Brasileiro  66 


521 


URURAHY.  (2.°  Barão  e  Visconde  de)  Manuel  Carneiro  da   Silva. 
Nasceu  em  19  de  Abril  de  1833  na  Província  do  Rio  de  Janeiro. 
Falleceu  em  Quissaman,  Rio  de  Janeiro,  a  18  de  Setembro  de  191 7. 
Filho  dos  I  ."^  Viscondes  com  grandeza  de  Araruama,  José  Carneiro  da  Silva, 
e  de  sua  mulher  D.  Francisca  Antónia  de  Castro  Carneiro,  filha  do  Barão 
de  Santa  Rita.  Era  irmão  dos  Barões  de  Monte  Cedro  e  de  Quissamã  e 
.  do  2."  Visconde  com  grandeza  de  Araruama. 
Casou  com  D.  Anna  do  Loreto  Vianna  de  Lima,  filha  dos  Duques  de  Caxias. 

Era  Tenente-Coronel  da  Guarda  Nacional,  Moço  Fidalgo  da  Casa  Impe- 
rial, Fidalgo  Cavalleiro  e  Cavalleiro  da  Imperial  Ordem  de  Christo. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  O  de  seu  pae  o  i.°  Visconde  com  grandeza  de  Araruama. 

CORÔA  :  A  de  Visconde. 

CREAÇÃO  DOS  títulos  :  Barão  por  decreto  de  19  de  Setembro  de  t87Q.  Visconde  por  decreto  de  ji  de 
Março  de  1888. 


U 


RUSSUHY.  (Barão  de)  João  da  Cruz  e  Santos. 
Coronel  da  Guarda  Nacional. 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barào  por  decreto  de  2  de  Outubro  de  1889. 


<yi2 


UTINGA.  (i.o  Barão  e  Visconde  de)  Henrique  Marques  Lins. 
Falleceti  em  lo  de  Novembro  de  1877  em  Pernambuco. 
Casou  com  Carolina  de  Caldas  Lins,  e  eram  pães  do  Barão  da  Escada. 

Era  Commendador  da  Imperial  Ordem  de  Christo  e  Official  da  Imperial 
Ordem  da  Rosa. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  14  de  Março  de  1860.  Visconde  por  decreto  de  17  de 
Novembro  de  1876. 


UTINGA.  (2."  Barão  de)  Florismundo  Marques  Lins. 
Natural  de  Pernambuco. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  30  de  Maio  de  1888. 


VAL  FORMOSO.  (Barão  do)  Leocadio  Gomes  Franklin. 
Commissario  do  Café  no  Rio  de  Janeiro. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão  por  decreto  de  25  de  Março  de  1888. 


VALDETARO.  (Visconde  com  grandeza  de)  Manuel  de  Jesus  Valdetaro. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro  em  i6  de  Agosto  de  1897,  '^orn  cerca 
de  90  annos  de  idade. 

Bacharel  em  direito,  seguio  a  carreira  da  magistratura,  sendo  nomeado 
em  1832  Auditor  das  Tropas  da  Corte,  Juiz  de  Direito  em  1840,  Juiz  dos 
Feitos  da  Fazenda  em  1844,  Desembargador  da  Relação  da  Corte  em  1847, 


533 


Chefe  de  Policia  nessa  cidade  em  1861,  Presidente  do  Tribunal  do  Commercio 
em  1864,  e  do  Tribunal  da  Relação,  Ministro  do  Supremo  Tribunal  de  Justiça 
em  1867,  cargo  que  occupou  19  annos,  aposentando-se  em  1886,  depois  de 
mais  de  meio  século  de  relevantes  serviços  á  magistratura,  nos  seus  mais 
elevados  cargos. 

Era  do  Conselho  de  S.  Magestade,  Grande  do  Império,  Commendador 
da  Imperial  Ordem  de  Christo  e  sócio  do  Instituto  Histórico  e  Geographico 
Brasileiro. 

CREAÇÃO  DOS  títulos  :  Visconde  por  decreto  de  20  de  Novembro  de  i88ó.  Visconde  com  grandeza 
por  decreto  de  25  de  Setembro  de  1889. 


VALENÇA.  (Barão  com  grandeza,  Conde  e  Marquez  de)  Estevão 
Ribeiro  de  Rezende. 

Nasceu  em  20  de  Julho  de  1777,  no  arraial  dos  Prados,  Comarca  do  Rio  das 

Mortes  (Minas  Geraes). 

Falleceu  a  8  de  Setembro  de  1856,  deixando  numerosa  e  illustre  prole. 

Filho  do  Coronel  Severino  Ribeiro,  natural  de  Lisboa,  de  nobre  familia,  e  de 
sua  mulher  D.  Josepha  Maria  de  Rezende,  de  abastada  familia  de  Prados, 
em  Minas  Geraes. 

Casou  com  D.  Ildia  Mafalda  de  Souza  que  Nasceu  em  S.  Paulo  a  14  de  Maio 
de  1805  e  falleceu  no  Rio  de  Janeiro,  a  24  de  Julho  de  1877.  A  Marqueza 
de  Valença  era  Dama  de  Honra  de  S.  M.  a  Imperatriz,  e  filha  do  Briga- 
deiro Luiz  António  de  Souza,  fidalgo  portuguez,  residente  em  S.  Paulo, 
e  de  sua  mulher  D.  Genebra  de  Barros  Leite,  fallecida  em  Lisboa,  em 


534 


1836,  filha  do  Capitão  António  de  Barros  Penteado  e  de  sua  mulher 
D.  Maria  Paula  Machado.  O  Brigadeiro  Luiz  António  de  Souza  era  filho 
de  José  Luiz  de  Souza  e  de  sua  mulher  D.  Anna  Maria  de  Macedo. 

Éacharel  em  direito  pela  Universidade  de  Coimbra,  seguiu  a  magistratura 
e  foi  Juiz  de  Fora  em  Palmella,  Portugal.  Com  a  retirada  da  familia  Real 
portugueza  e  o  governo  do  reino  para  o  Rio  de  Janeiro,  regressou  Estevão 
Ribeiro  de  Rezende  á  sua  pátria,  onde  exerceu  em  18 10  o  cargo  de  Juiz  de 
Fora,  de  S.  Paulo,  e  de  procurador  de  defuntos  e  auzentes  ;  em  Fevereiro  de 
1816  foi  escolhido  para  o  cargo  de  Fiscal  dos  Diamantes,  no  Serro  Frio, 
Minas  Geraes. 

Em  18 16  foi  nomeado  Desembargador  da  Relação,  na  Bahia  ;  Desembar- 
gador da  Casa  da  Supplicação  em  1818  ;  do  Desembargo  do  Paço  em 
1824,  aposentado  em  1826,  sendo  o  seu  ultimo  membro.  Accompanhou  em 
Maio  de  1822  o  Príncipe  Regente  D.  Pedro  á  Província  de  Minas  Geraes, 
exercendo  por  Decreto  escripto  pela  mão  do  fundador  do  Império,  ao  funcções 
de  ministro  de  todas  ao  repartições  do  publico  serviço. 

Foi  Deputado  á  Assembléa  Constituinte  de  1823,  por  Minas  Geraes, 
e  também  na  Geral  de  1826  ;  Ministro  do  Império  no  }.°  Gabinete  de  10  de 
Novembro  de  1823  ;  Ministro  da  Justiça  no  6.»  Gabinete  de  15  de  Janeiro  de 
1827  ;  Senador  por  sua  Província  em  1826  ;  Presidente  do  Senado  em  1841  ; 
Conselheiro  de  Estado  Honorário  em  1827. 

Grande  do  Império,  era  Fidalgo  Cavalleiro  ;  Grã-Cruz  da  I.  Ordem  de 
Christo ;  Dignitário  do  I.  Ordem  do  Cruzeiro ;  Cavalleiro  Professo  da  R.  Ordem 
de  Christo  de  Portugal  ;  sócio  do  Instituto  Histórico  e  Geographico  Brasileiro 
em  1840,  etc. 

BRAZAO  de  armas  :  Escudo  partido,  de  azul  e  oiro  ;  no  primeiro  as  armas  de  Damião  Dias  Ribeiro,  que 
são:  um  leopardo  de  prata,  passante,  e  um  chefe  de  oiro  com  três  estrellas  de  vermelho;  no 
segundo  as  armas  dos  Rezendes,  que  são  :  duas  cabras,  de  preto,  gotadas  de  oiro.  Timbrí  :  o  leopardo 
das  armas,  com  uma  estrella  de  goles  na  espádua  ;  e  por  differença,  uma  brica  com  uma  flor. 
(Brazão  passado  em  29  de  Novembro  de  1829.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  tis.  1). 

COROA  :  A  de  Marquez. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  com  grandeza  por  decreto  de  12  de  Outubro  de  1825.  Conde  por  decreto 
de  12  de  Outubro  de  1826.  Marquez  por  decreto  de  1  1  de  Outubro  de  1848. 


525 


VALENÇA.  (2.°  Barão  de)  Pedro  Ribeiro  de  Souza  Rezende. 
Nasceu  em  4  de  Janeiro  de  1839. 
Falleceu  em  1894. 
6.»  Filho  do  Marquez  de  Valença,  Senador  Estevão  Ribeiro  de  Rezende,  e  de 

sua  mulher  D.  Ilidia  Mafalda  de  Souza,  Marqueza  do  mesmo  titulo. 
Casou  com  D.  Justina  Emmerich,  filha  do  Major  Maximiliano   Emmerich, 
Oíficial  do  Exercito  Allemão  ao  serviço  do  Brasil,  lente  da  Escola  Militar 
do  Rio  de  Janeiro. 

Formado  em  Mathematicas  e  Sciencias  Physicas,  pela  Escola  Central  do 
Rio  de  Janeiro,  era  Official  de  Artilharia,  e  serviu  como  voluntário  na  Guerra 
do  Paraguay.  Affastando-se  da  vida  militar,  dedicou-se  á  lavoura,  no  Município 
de  Valença,  aonde  foi  importante  fazendeiro. 

Era  Moço  Fidalgo  com  exercício  da  Casa  Imperial  e  Cavalleiro  da  impe- 
rial Ordem  de  Christo. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  As  de  seu  irmão  o  Barão  Geraldo  de  Rezende.  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro  e 
quarto  quartéis,  as  armas  de  Damião  Dias  Ribeiro,  —  em  campo  azul,  um  leopardo  de  prata, 
passante,  e  um  chefe  de  oiro,  carregado  de  três  estrellas  de  goles  ;  no  segundo,  as  armas  dos  Souzas, 
que  são  esquarteladas  com  as  quinas  de  Portugal  (i."  e  4.°),  e  as  de  Leão  (2.°  e  3.°)  ;  no  terceiro, 
as  armas  dos  Rezende,  —  em  campo  de  oiro,  duas  cabras  de  preto  goladas  de  oiro  ;  e  por  differença 
uma  brica  de  azul  com  uma  flor  de  oiro.  Timbre  :  o  dos  Ribeiros;  —  o  leopardo  das  armas,  com 
uma  estrella  de  goles  na  espadoa.  (Brazão  passado  em  27  de  Junho  de  1870.  Reg.  no  Cartório  da 
Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  108). 

CORÔA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  2.°  Barão  de  Valença  por  decreto  de  17  de  Junho  de  1883. 


$26 


VARGEM  ALEGRE,  (i."  Barão  com  grandeza  da)  Mathias  Gonçalves 
de  Oliveira  Roxo. 
Nasceu  em  Trás  os  Montes,  em  Portugal,  a  22  de  Setembro  de  1804. 
Falleceu  em  Vargem  Alegre,  em  16  de  Setembro  de  1879,  na  Província  do 

Rio  de  Janeiro. 
Casou  com  uma  filha  dos  Barões  de  Pirahy  fallecida  em  1865. 

Veio  ao  Brasil  em  1816  onde  abraçou  a  carreira  commercial  que  aban- 
donou em  1831.  Brasileiro  ex-vi  da  Constituição,  foi  proprietário  e  fazendeiro 
importante  no  Município  de  Pirahy,  na  Província  do  Rio  de  Janeiro. 

Era  Commendador  da  Imperial  Ordem  de  Christo  e  Official  da  -Imperial 
Ordem  da  Rosa,  e  Grande  do  Império. 

BRAZAO  DE  ARMAS  :  Em  campo  de  purpura  uma  contra  banda  de  prata  carregada  de  três  arruelas  de 
goles,  entre  uma  oliveira  de  oiro  com  fructos  de  sinople  á  destra,  e  uma  abelha  de  oiro  á  sestra. 
Divisa  :  yirtule  et  Labore.  (Brazão  passado  em  4  de  Março  de  1867.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza^ 
Liv.  VI,  ns.  74). 

CORÔA  :  A  de  Conde. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  tom  grandeza  por  decreto  de  19  de  Desembro  de  1866. 


5*7 


VARGEM  ALEGRE.  (2.»  Barão  e  Visconde  de)  Luiz  Octávio  de 
Oliveira  Roxo. 
Casou  com  D.  Maria  Amália  de  Lima  e  Silva,  filha  dos  Condes  de  Tocantins. 

OfTicial  da  Imperial  Ordem  da  Rosa,  Cavalleiro  da  Real  Ordem  de  Christo 
de  Portugal,  e  Cavalleiro  da  Ordem  de  São  João  de  Jerusalém  (Malta).  Era 
Moço  Fidalgo  da  Casa  Imperial. 

BRAZAO  DE  ARMAS  :  Em  campo  de  purpura,  uma  contra  banda  de  prata,  carregada  de  três  arruelas  de 
goles,  entre  uma  oliveira  de  oiro  com  fructos  de  sinople  á  destra,  e  uma  abelha  de  oiro  á  sestra. 
Divisa  :  Wirtutt  et  Labore.  (Brazão  passado  em  4  de  Março  de  1867.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreia 
Liv.  VI,  fls.  74). 

CORÔA  :  A  de  Visconde. 

CREAÇÃO  POS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  16  de  Agosto  de  1882.  Visconde  por  decreto  de  1 1  de 
Abril  de  1888. 


V 


ARGINHA.  (Barão  da)  Joaquim  Eloy  Mendes. 
Major  da  Guarda  Nacional. 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  27  de  Junho  de  1888. 


538 


VASCONCELLOS.  (2.°  Barão  de)  Rodolpho  Smith  de  Vasconcellos. 
Nasceu  na  cidade  de  Fortaleza,  Capital  da  Província  do  Ceará,  a  23  de 
Maio  de  1846. 
Filbo  do  1 .0  Barão  de  Vasconcellos,  José  Smith  de  Vasconcellos  (N.  em  Lisboa, 
a  10  de  Desembro  de  1817,  F.  no  Rio  de  Janeiro,  a  8  de  Outubro  de 
1903),  Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Real,  Commendador  da  Imperial  Ordem 
da  Rosa,  e  da  de  Christo,  de  Portugal ;  e  de  sua  mulher  D.  Francisca 
Carolina  Mendes  da  Cruz  Guimarães  (N.  na  cidade  de  Canindé,  Ceará, 
a  21  de  Desembro  de  1814,  F.  em  Liverpool,  Inglaterra,  a  4  de  Agosto 
de  1873).  Neto  por  parte  paterna  do  Conselheiro,  Desembargador  José 
Ignacio  Paes  Pinto  de  Souza  e  Vasconcellos,  Cavalleiro  Professo  na  Ordem 
de  Christo,  Escudeiro  Fidalgo,  accrescentado  á  Fidalgo  Cavalleiro  por 
successão  á  seus  maiores  (Alvará  de  14  de  Março  de  1795);  e  de  D.  Maria 
Martha  Tusten  Smith.  Neto  por  parte  materna  do  Capitão-Mór  José 
Mendes  da  Cruz  Guimarães,  e  de  D.  Angélica  Rosa  do  Nascimento 
Moreira.  Quanto  á  sua  ascendência,  vide  «  Resenha  das  Famílias  Titulares 
e  Grandes  de  Portugal»,  por  Adriano  da  Silveira  Pinto,  continuada  pelo 
Visconde  de  Sanches  de  Baêna,  Tomo  II,  fls.  723  ;  «  Diagramma  Genea- 
lógico do  D."'  José  Ignacio  Paes  Pinto  de  Souza  e  Vasconcellos  »,  pelo 
Barão  de  Vasconcellos,  Rio  de  Janeiro,  1907  ;  «Traços  Biographicos  do 
Visconde  de  Guaratiba»,  também  pelo  mesmo,  Nova  Friburgo,  1905; 
«  Memorias  Historico-Genealogicas  »,  por  João  Carlos  Feo  de  Cardoso 
Castello  Branco  e  Tavares,  fls.  642,  Lisboa  1883  ;  «Subsídios  Historico- 


Archivo  NobilÍArchlco  BratJl<lro  67 


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Genealógicos  da  Família  Vasconcellos  »,  pelo  Visconde  de  Faria,  Lisboa 
191 2;  e  o  s<  Diccionario  Bio-Bibliographico  Cearense»,  pelo  Barão  de 
Studart,  vol.  111,  íls.  95,  Fortaleza  1915. 
Casou  na  cidade  de  Bonn,  Allemanha,  a  20  de  Abril  de  1874,  com  D.  Eugenia 
Virgínia  Ferreira  Felicio  (N.  no  Rio  de  Janeiro  a  13  de  Novembro  de 
1854,  e  ainda  viva);  filha  dos  i.°*  Condes  de  São  Mamede,  Rodrigo 
Pereira  Felicio  (N.  em  S.  Mamede  de  Infesta,  Portugal,  a  22  de  Janeiro 
de  1821,  F.  no  Rio  de  Janeiro,  a  27  de  Julho  de  1872),  Fidalgo  Cavalleiro 
da  Casa  Real  ;  Dignitário  da  Imperial  Ordem  da  Rosa  ;  Commendador 
da  Ordem  de  Christo,  de  Portugal,  e  da  do  Santo  Sepulchro  de  Jerusalém ; 
e  de  sua  mulher  e  prima  D.  Joanna  Maria  Ferreira  (N.  na  cidade  do  Rio 
Grande  do  Sul,  a  20  de  Abril  de  1834,  F.  em  Lisboa,  a  18  de  Março  de 
1897).  A  2.»  Baroneza  de  Vasconcellos,  é  irman  de  José  Pereira  Ferreira 
Felicio,  2.0  Conde  de  S.  Mamede,  (N.  na  cidade  do  Rio  de  Janeiro,  a  4  de 
Outubro  de  1853,  F.  em  Lisboa,  a  14  de  Junho  de  1905),  casado  com 
D.  Lydia  Smith  de  Vasconcellos  (N.  em  Fortaleza,  a  16  de  Julho  de  1853, 
e  ainda  viva),  filha  dos  1 ."'  Barões  de  Vasconcellos ;  é  também  irman  de 
D.  Maria  Julieta  Ferreira  Felicio  (N.  no  Rio  de  Janeiro,  a  20  de  Novembro 
de  1865,  e  ainda  viva)  casada  com  Francisco  de  Azevedo  Soares  de 
Campos  e  Castro,  2."  Conde  de  Carcavellos,  residentes  em  Braga. 
E'igualmente  sobrinha  neta  de  Joaquim  António  Ferreira,  Visconde 
de  Guaratiba,  (N.  em  Valença  do  Minho,  a  4  de  Fevereiro  de  1777, 
F.  no  Rio  de  Janeiro,  a  1  de  Março  1859).  Os  2.°^  Barões  de  Vas- 
concellos, são  pães  do  3.»  Barão,  por  Breve  Apostólico  de  S.  S.  Bene- 
dicto  XV,  de  13  de  Fevereiro  de  1917,  o  D/  Jayme  Luiz  Smith 
de  Vasconcellos,  que  nasceu,  no  Rio  de  Janeiro,  a  1 1  de  Junho  de 
1884. 

O  Barão  Smith  de  Vasconcellos,  acima,  é  Bacharel  em  Sciencias  e  Lettras 
pelo  antigo  Collegio  D.  Pedro  11,  em  1901,  Doutor  em  Sciencias  Medicas  e 
Cirúrgicas  pela  Faculdade  do  Rio  de  Janeiro,  em  1906;  exerceu  quando 
estudante  o  cargo  de  auxiliar  da  Commissão  de  prophillaxia  da  febre  amarella 
(em  1904),  sobre  a  direcção  do  D.'  Oswaldo  Cruz,  foi  mais  tarde  medico  da 
Directoria  Geral  de  Saúde  Publica,  medico  do  Instituto  Nacional  dos  Surdos 
Mudos,  chefe  de  Clinica  de  Moléstias  Tropicaes  da  Policlínica  Geral  do  Rio 
de  Janeiro,  etc. 

Abandonando  a  carreira  medica  depois  de  exercel-a  durante  seis  annos, 
dedicou-se  as  industrias,  sendo  hoje  um  dos  Directores  da  C.»  Mechaníca  e 
Importadora  de  S.  Paulo. 


530 


E'  sócio  da  Sociedade  de  Medicina  e  Cirurgia  do  Rio  de  Janeiro ;  do 
Club  de  Engenharia  ;  da  Sociedade  de  Heráldica  da  Suissa  ;  do  Tombo 
Historico-Genealogico  de  Portugal^  da  Sociedade  Arcádia  Romana,  do  Collegio 
Araldico  de  Roma,  etc. 

Casou,  em  S.  Paulo,  a  21  de  Junho  de  191 1  com  D.  Anna  Theresa 
Siciliano,  natural  da  cidade  de  Piracicaba,  onde  nasceu  a  27  de  Março  de  1887  ; 
filha  primogénita  do  Conde  Alexandre  Siciliano,  Commendador  da  Coroa  de 
Itália,  natural  da  cidade  de  S.  Nicolla  Arcella,  província  de  Cosenza,  Itália, 
onde  nasceu  a  17  de  Maio  de  1860;  e  de  sua  mulher  D.  Laura  de  Mello 
Coelho,  que  nasceu  na  cidade  de  Campinas  a  18  de  Maio  de  1860  e  falleceu, 
em  S.  Paulo,  em  28  de  Maio  de  19 18,  filha  do  Coronel  João  Fructuoso  Coelho 
e  de  D.  Anna  Maria  Ferraz. 

0  2."  Barão  de  Vasconcellos  cursou  humanidades  em  Francfort  s/Meno, 
n'Allemanha.  Fez  parte  das  casas  commerciaes  de  seu  pae  no  Ceará,  em 
Liverpool  e  Londres.  Dedicou-se  depois  á  carreira  diplomática  e  prestou  exame 
de  sufficiencia  a  18  de  Maio  de  1877.  Abandonnando  essa  carreira  foi  Director 
de  varias  empresas  industriaes.  E'  Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Real  por  successão 
aos  seus  maiores,  Commendador  da  Ordem  de  Isabel  a  Catholica,  de  Hespanha, 
Sócio  do  Instituto  do  Ceará  e  de  outras  associacções  históricas  e  scientificas. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  partido  em  pala  :  na  primeira,  as  armas  dos  Vasconcellos,  —  em  campo 
negro,  três  faxas  veiradas  e  contraveiradas  de  prata  e  goles  ;  na  segunda,  as  dos  Guimarães,  —  que 
s3o  partidas  em  três  palas  :  a  primeira  e  terceira,  de  prata  fretadas  de  negro,  a  segunda  de  goles, 
carregada  de  um  leão  de  prata,  batalhante  armado  de  preto,  tendo  na  mão  uma  espada  ensanguen- 
tada, com  os  copos  de  oiro,  a  qual  ha  de  cahir  na  primeira  pala,  e  a  cauda  do  leão  na  terceira. 
E  por  dilTerença  uma  brica  de  oiro  com  uma  arruela  azul.  Tmbre  :  dos  Vasconcellos,  um  leão  preto, 
andante  com  as  três  faxas  do  escudo.  (Brazão  passado  em  24  de  Desembro  de  1874.  Reg.  no  Registro 
Geral  dos  Brazões  de  Armas  de  Nobreza  e  Fidalguia  de  Portugal,  Liv.  IX,  fls.  165". 

BRAZÃO  DE  ARMAS  DA  BARONEZA  :  Uma  lisonja  esquartelada  com  as  armas  de  seu  marido,  c  as  de  seu 
pae,  que  são  :  Escudo  partido  em  pala  ;  na  primeira  as  armas  dos  Pereiras,  —  em  campo  vermelho, 
uma  cruz  de  prata  florida  e  vazia  do  campo  ;  na  segunda  as  dos  Ferreiras,  —  em  campo  vermelho, 
quatro  faxas  de  oiro.  E  por  differença  uma  brica  de  prata  com  uma  arruela  azul.  Timbre  :  dos 
Pereiras,  uma  cruz  vermelha  florida,  entre  duas  azas  de  oiro  abertas.  (Brazão  passado  em  7  de 
Janeiro  de  1862.  Reg.  no  Registro  Geral  dos  Brazões  de  Armas  de  Nobreza  e  Fidalguia  de  Portugal, 
Liv.  IX,  Os.  45). 

COROA  ;  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  8  de  Abril  e  Carta  de  13  de  Abril  de  1869.  Reg.  no 
Archivo  da  Torre  do  Tombo  Mercês  de  D.  Luiz  1,  Liv.  19,  fls.  258.  Concessão  da  2'.  vida  no  mesmo 
titulo.  Decreto  de  9  de  Abril  e  Carta  Regia  de  7  de  Maio  de  1874.  Reg.  no  Archivo  da  Torre  do 
Tombo  Mercês  do  D.  Luiz  1,  Liv.  25,  fls.  225.  Confirmação  da  2."  vida  no  mesmo  titulo,  Carto 
Imperial  de  3  de  Setembro  de  1874.  Reg.  no  Livro  de  Mercês  da  2,"  Secção  da  Secretaria  de  Estad, 
dos  Negócios  do  Império,  em  15  de  Setembro  de  1874.  Concessão  da  3.'  vida  no  mesmo  tituloa 
Mercê  de  S.  S.  Benedicto  XV,  Breve  Apostólico  de  13  de  Fevereiro  de  1917. 


53' 


VASSOURAS.  (Barão  com  grandeza  de)  Francisco  José  Texeira 
Leite. 

Nasceu  em  S.  João  dei  Rey,  Provincia  de  Minas  Geraes,  em  13  de  Novembro 
de  1804. 

Falleceu  em  2  de  Maio  de  1884. 

Filbo  do  I .°  Barão  de  Itambé,  Francisco  José  Teixeira  e  de  sua  mullier  D.  Fran- 
cisca Bernardina  do  Sacramento  Leite  Ribeiro. 

Casou  em  1830,  em  primeiras  núpcias  com  sua  prima  D.  Maria  Ismenia  Leite 
Ribeiro,  e  em  segundas  núpcias,  em  1851,  com  outra  prima  D.  Anna 
Alexandrina  Teixeira  Leite.  Era  sobrinho  do  Barão  de  Ayuruóca  e  sogro 
do  Visconde  de  Taunay. 

Lavrador  opulento,  gosava  de  grande  prestigio  politico  em  sua  comarca, 
e  foi  o  promotor  de  importantes  obras  philantropicas  na  cidade  de  Vassouras. 

Era  Dignitário  da  Imperial  Ordem  da  Rosa  e  Cavalleiro  da  Imperial  Ordem 
de  Christo  e  Grande  do  Império. 

CREAÇAO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  17  de  Maio  de  1871.  Barão  com  grandeza  por  decreto  de 
18  de  Novembro  de  1874. 


VERA  CRUZ.  (Barão  de)  D."-  Manuel  Joaquim  Carneiro  da  Cunha. 
Nasceu  na  Provincia  de  Pernambuco  em  1 1  de  Janeiro  de  i8i  i. 
Falleceu  nessa  Provincia  em  2  de  Agosto  de  1869. 
Filbo  de  Joaquim  Manuel  Carneiro  da  Cunha,  Capitão-Mór,  e  de  sua  mulher 

D.  Antónia  Maria  de  Albuquerque  Lins. 
Casou  com  D.  Antónia  Cavalcanti  Carneiro  da  Cunha. 

Bacharel  em  direito  pela  Faculdade  de  Olinda,  em  1835,  doutorou-se  em 
1836. 

Foi  Deputado  Provincial  nas  legislaturas  de  1842  e  1850  a  1855,  e  Geral 
por  sua  Provincia  na  5.»  legislatura  de  1843  a  1844.  Vice-Presidente  da  Pro- 


íba 


vincia  de  Pernambuco  por  duas  vezes,   pertencia  ao  partido  conservador. 
Era  Cavalleiro  da  Imperial  Ordem  de  Christo  (1858). 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  14  de  Março  de  1860. 


VERGUEIRO.  (Visconde  de)  Nicoláo  de  Campos  Vergueiro. 
Nasceu  em  Piracicaba,  em  S.  Paulo,  a  19  de  Novembro  de  1824. 
Filho  do  Senador  Nicoláo   Pereira  de  Campos  Vergueiro  e  de  sua  mulher 

D.  Maria  Angélica  de  Vasconcellos. 
Casou  com  sua  sobrinha  D.  Águeda  Faro  Vergueiro,  neta  do  i ."  Barão  de 
Rio  Bonito,  e  irmã  do  }.°  Barão  do  mesmo  titulo. 
Era  irmão  da  Baroneza  de  Souza  Queiroz,  D.  Antónia  Euphrosina  Vergueiro. 

Dedicou-se  á  carreira  commercial,  e  residindo  em  Santos,  foi  o  iniciador 
de  muitos  melhoramentos,  nessa  cidade. 

Era  Commendador  da  Imperial  Ordem  da  Rosa. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Visconde  por  decreto  de  31  de  Desembro  de  1880. 


v 


lAMÀO.  (Barão  de)  Hilário  Pereira  Fortes. 
Natural  do  Rio  Grande  do  Sul. 

Coronel  da  Guarda  Nacional. 

j 

i  CREAÇÃO  DO  TITULO  :   Barão  por  decreto  de  17  de  Maio  de  1871. 


V 


lANNA.  (Baráo  de)  Francisco  Vicente  Vianna. 
Falleceu  em  22  de  Agosto  de  1873,  na  Bahia,  com  66  annos  de  idade. 


533 


Filho  do  I ."  Barão  de  Rio  de  Contas,  e  da  Baroneza  do  mesmo  titulo. 
Casou  com  D.  Rita  Pinto  de  Almeida  Vianna. 

Foi  secretario  de  seu  pae  na  Presidência  da  Província  da  Bahia,  em  1824. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  8  de  Outubro  de  1864. 


VI  CTO  RI  A.  (Barão  com  grandeza  da)  José  Joaquim  Coelho. 
Nasceu  em  Lisboa  em  25  de  Setembro  de  1797. 
Falleceu  no  Recife,  em  Pernambuco,  em  19  de  Junho  de  1860. 
Filho  de  Joaquim  José  Coelho  e  de  sua  mulher  D.  Theresa  Maria  de  Jesus. 
Casou  em  3  de  Novembro  de  1822  com  D.  Maria  Bernardina  de  Gusmão, 
filha  de  Joaquim  Estanisláo  da  Silva  Gusmão. 

Sentou  praça  nos  Voluntários  de  18 14,  fazendo  parte  da  Expedição  de 
Pernambuco,  em  18 17.  Galgou  todos  os  postos  até  o  de  Tenente-General 
effectivo,  em  2  de  Desembro  de  1858,  posto  este  em  que  falleceu. 

Foi  Conselheiro  de  Guerra  em  1858,  Commandante  das  Armas  de 
Pernambuco,  em  1855  ;  Presidente  da  Província  do  Ceará,  nomeado  em  9  de 
Maio  de  1841  ;  Deputado  Geral  pos  essa  Província  na  5.»  legislatura  de  1843- 
1844,  e  por  Pernambuco,  na  8.*,  de  1850-1852,  substituindo  na  sessão  de 
1851  Sebastião  do  Rego  Barros,  militar. 

Era  Grande  do  Império,  Grã-Cruz  da  Imperial  Ordem  de  São  Bento  de 
Aviz,  Dignitário  da  Imperial  Ordem  do  Cruzeiro,  e  tinha  a  medalha  da  Boa 
Ordem. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  com  grandeza  por  decreto  de  14  de  Março  de  1860. 


VIDAL.  (Barão  de)  Luiz  Vidal  Leite  Ribeiro. 
A  Baroneza  falleceu  em  Paris  em  1916. 

Capitalista  e  proprietário  no  Rio  de  Janeiro. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  1 6  de  Fevereiro  de  i8í 


534 


VIEIRA  DA  SILVA.  (Visconde  com  grandeza  de)  Luiz  António  vieira 
da  Silva. 

Nasceu  na  cidade  de  Fortaleza,  no  Ceará,  em  2  de  Outubro  de  1828. 

Falleceu  no  Rio  de  Janeiro  em  3  de  Novembro  de  1889. 

Filho  do  Ouvidor  Geral  do  Ceará  e  Senador  pelo  Maranhão,  nomeado  em 
1850,  e  fallecido  em  1864,  Joaquim  Vieira  da  Silva  e  Souza,  e  de  sua 
mulher  D.  Columba  de  Santo  António  de  Souza  Gayoso;  neto  paterno 
do  Coronel  Luiz  António  Vieira  da  Silva  e  de  sua  mulher  D.  Maria  Clara 
de  Souza  Vieira,  e  materno  do  Tenente-Coronel  Raymundo  José  de  Souza 
Gayoso  e  de  sua  mulher  D.  Anna  de  Souza  Gayoso. 

Fez  no  Rio  de  Janeiro  os  primeiros  estudos  e  formou-se  em  direito  pela 
Universidade  de  Heidelberg,  em  1849.  Foi  Deputado  e  Presidente  da  Assem- 
bléa  Provincial,  e  Deputado  á  Assembléa  Geral  na  1 1.*  e  14.»  legislaturas,  de 
1861  e  1869  ;  presidiu  a  Provincia  do  Piauhy  em  1869  ;  Senador  pela  Província 
do  Maranhão,  nomeado  em  1871,  e  Ministro  da  Marinha  no  35.»  Gabinete  de 
10  de  Março  de  1888. 

Era  do  Conselho  de  S.  Magestade,  Conselheiro  de  Estado  ordinário,  em 
1882,  Grande  do  Império,  Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Imperial,  Grão-Mestre 
da  Maçonaria  Brasileira,  Cavalleiro  da  Imperial  Ordem  da  Rosa,  membro  do 
Instituto  Histórico  e  Geographico  Brasileiro,  da  Academia  Real  de  Sciencias 
de  Lisboa,  da  Sociedade  de  Geographia  do  Rio  de  Janeiro,  etc. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  5  de  Janeiro  de  1889. 


VILLA  DA  BARRA.  (Barãocomgrandezada)D.' Francisco  Bonifácio 
de  Abreu. 
Nasceu  na  Villa  da  Barra,  na  Bahia,  em  29  de  Novembro  de  18 19. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro  em  30  de  Julho  de  1887. 

Filho  de  Francisco  Bonifácio  de  Abreu  e  de  sua  mulher  D.  Joanna  Francisca 
da  Motta. 


535 


Doutor  em  Medicina  e  lente  da  Faculdade  de  Medicina  do  Rio  de  Janeiro, 
Cirurgião  Coronel  honorário  do  Exercito,  por  serviços  prestados  na  Campanha 
do  Paraguay,  Deputado  á  Assembléa  Geral  pela  Província  da  Bahia,  nas  14  », 
15.»,  16.*,  17.*,  18.»,  19.^,  20.»  legislaturas. 

Presidiu  as  Províncias  do  Para  em  1872,  e  de  Minas  Geraes  em  1876. 

Era  Grande  do  Império,  do  Conselho  de  S.  Magestade,  medico  da  Impe- 
rial Gamara,  Grande  Dignitário  da  Imperial  Ordem  da  Rosa,  Commendador 
da  Imperial  Ordem  de  Christo,  e  condecorado  com  a  medalha  da  Campanha 
do  Paraguay. 

Foi  autor  de  varias  obras  litterarias  e  scientificas  e  distincto  poeta.  Sócio 
do  Instituto  Histórico  e  Geographico  Brasileiro,  e  membro  de  varias  sociedades 
scientificas  e  litterarias. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  6  de  Setembro  de  1870.  Barão  com  grandeza  por  decreto 
de  15  de  Novembro  de  1876. 


VILLA  BELLA.    (i.»  Barão  com  grandeza  de)  Francisco  de  Paula 
Magessi  Tavares  de  Carvalho. 
Nasceu  no  Castello  de  Vide,  em  Portugal,  em  1 1  de  Desembro  de  1769. 
Falleceu  em  26  de  Junho  de  1847. 
Casou  com  D.  Francisca  de  Paula  Oliveira  Coutinho  Magessi. 

Sentou  praça  de  primeiro  cadete,  em  30  de  Novembro  de  1778,  em 
Portugal.  Promovido  a  Marechal  de  Campo  em  1 8 1 5 ,  foi  Governador  da  Província 
de  Matto-Grosso  em  1817  e  Tenente-General  em  181 8.  Foi  Governador  da  Pro- 
vinda Cisplatina,  e  em  1825  foi  nomeado  Commandante  do  Exercito  do  Sul, 
e  da  praça  de  Montevideo. 

Foi  Deputado  Geral,  do  Conselho  de  S.  Magestade,  Grã-Cruzda  Imperial 
Ordem  de  Christo  e  da  Real  Ordem  de  Villa  Viçosa,  de  Portugal. 

CREAÇAO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  12  de  Outubro  de  1826.  Barão  com  grandeza  por  decreto 
de  35  de  Março  de  1845. 


536 


VILLA  BELL  A.  (2.°  Barão  de)  Domingos  de  Souza  Leão. 
Nasceu  na  Fazenda  do  Genipapo,  antiga  Comarca  de  Cimbres,  em 
Pernambuco,  em  16  de  Desembro  de  18 19. 

Falleceu  no  Rio  de  Janeiro  em  18  de  Outubro  de  1879. 

Filho  do  Tenente-Coronei  Domingos  de  Souza  Leão  e  de  sua  mulher  D.  Theresa 
de  Jesus  Coelho  de  Souza  Leão. 

Casou  em  primeiras  núpcias  com  sua  prima  co-irmã  D.  Francisca  Guilhermina 
de  Souza  Leão,  filha  do  Capitão-Mór  Francisco  Xavier  Paes  de  Mello 
Barreto,  e  de  sua  mulher  D.  Anna  Victoria  Coelho  dos  Santos ;  e  em 
segundas  núpcias  com  D.  Maria  dos  Anjos  Magarinos  de  Souza  Leão, 
Grã-Cruz  da  Ordem  de  Santo  Sepulchro  e  Grande  Dama  da  Ordem  de 
Malta,  filha  de  D.  Francisco  de  Borja  Magarinos,  Ministro  plenipoten- 
ciário do  Uruguay  no  Brasil,  e  de  sua  mulher  D.  Maria  de  Los  Angelos 
Cervantes  Magarinos. 

Era  Senhor  dos  Engenhos  do  Caraúna,  em  Jaboatão  ;  Bacharel  em  direito 
pela  Faculdade  de  Olinda,  em  1839  ;  foi  Deputado  Provincial  em  1842,  e 
Geral  pela  Província  de  Pernambuco  na  7.*  legislatura  de  1848,  na  9.*  de  1853 
e  10."  de  1857. 

Presidiu  a  Província  de  Pernambuco  em  1864,  e  de  1867  a  1868.  Foi 
Ministro  dos  Negócios  Estrangeiros  no  27.°  Gabinete  de  1878. 

Era  do  Conselho  de  S.  Magestade,  Presidente  do  Instituto  Archeologico 
e  Geographico  de  Pernambuco  (1867),  Commendador  da  Imperial  Ordem  da 
Rosa,  e  da  Real  Ordem  de  Villa  Viçosa,  de  Portugal. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado :  no  primeiro  e  quarto  quartéis,  em  campo  de  prata  as  Quinas 
de  Portugal,  postas  em  aspa  ;  no  segundo  o  terceiro  quartéis,  em  campo  de  oiro,  um  leão  de  goles 


Arthivo  Nebilitrchico  Brasileiro  68 


■^37 


rompante.  Timbre:  o  leão  das  armas.  (Brazâo  passado  em  30  de  Agoslo  de  1867.  Reg.  no  Cartório 
da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  68). 

COROA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  6  de  Setembro  de  1866. 


VILLA  DO  CONDE.  (Barão  de)  D.'  João  Gomes  Ferreira  Velloso. 
Natural  da  Bahia. 

Doutor  em  Direito  pela  Faculdade  do  Recife,  proprietário  e  fazendeiro 
na  Província  da  Bahia. 

Cavalleiro  da  Imperial  Ordem  da  Rosa. 

BRAZAO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  de  sinople  e  oiro  :  no  primeiro,  duas  pennas  de  oiro,  postas 
em  aspa  ;  no  segundo,  um  barrete  de  magistrado  de  sable  com  arminho  ;  no  terceiro,  duas  cannas 
de  assucar  ao  natural,  em  aspa  ;  no  quarto,  um  annel  de  oiro  coberto  de  um  rubi.  (Brazâo  passado 
em  14  de  Janeiro  de  1872.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  1 19). 

CORÔA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  18  de  Outubro  áe  1871. 


538 


V 


ILLA  FLOR.  (Barão  de)  João  Manuel  de  Souza. 
Fazendeiro  em  São  Fidelis,  na  Provinda  do  Rio  de  Janeiro. 
Era  Cavalleiro  da  Imperial  Ordem  da  Rosa. 


BRAZAO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartejado  :  no  primeiro  e  quarto,  em  campo  de  prata,  duas  cannas  de 
assucar,  postas  em  aspa,  tendo  em  chefe  :  uma  flor  de  canna  de  assucar  e  em  ponta,  uma  abelha 
de  sua  côr ;  no  segundo  e  terceiro,  em  campo  de  azul,  uma  asna  de  oiro  carregada  de  três  estreitas 
de  goles,  entre  três  besanfes  de  prata. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  28  de  Janeiro  de  1871. 


VILLA  FRANCA.  (Barão  com  grandeza  de)  Ignacio  Francisco  Silveira 
da  Motta. 

Nasceu  em  26  de  Julho  de  181 5  na  cidade  de  Goyaz. 

Falleceu  em  Quissamãn  em  18  de  Abril  de  1885. 

Filbo  do  Conselheiro  Joaquim  Ignacio  Silveira  da  Motta  e  de  sua  mulher 

D.  Anna  Luiza  da  Gama. 
Casou  com  D.  Francisca  de  Velasco  Castro  Carneiro,  irmã  do  Visconde  de 

Araruama,  que  falleceu  em  14  de  Junho  de  1885. 

Bacharel  em  sciencias  juridicas  e  sociaes  pela  Academia  de  S.  Paulo,  em 
1838,  serviu  na  magistratura,  desde  1841  até  1852.  Presidiu  as  Províncias  de 
Piauhy  em  1849,  do  Ceará  em  1850,  e  do  Rio  de  Janeiro  em  1859. 

Era  Grande  do  Império,  e  Commendador  da  I.  Ordem  de  Christo. 

CREAÇÃO  DOS  títulos  :    Barão  por  decreto  de  ,6  de  Janeiro  de  ,875.  Barão  com  grandeza  por  decreto 
de  22  de  Setembro  de  1877. 


5J9 


VILLA  IZABEL.  (Barão  de)  Francisco  António  Affonso. 
Natural  do  Rio  Grande  do  Sul. 
Falleceu  em  25  de  Outubro  de  1889. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  28  de  Agosto  de  1877. 


FAMAM    tXTCNOERE     PAOTIS 
HOC      VIRTUTia         OPUS 


VILLA  MARIA.  (Barão  de)  Joaquim  José  Gomes  da  Silva. 
Falleceu  em  Montevideo,  a  bordo  do  transporte  Madeira,  em  viagem 
para  Matto-Grosso  em  4  de  Abril  de  1876. 
Casou  com  D.  Maria  da  Gloria  Gomes  da  Silva,  natural  de  Matto-Grosso. 

Fazendeiro  e  Lavrador  em  Albuquerque,  na  Província  de  Matto-Grosso. 

BRAZÃO   DE   ARMAS  :  Em  campo  de  oiro,  um  Índio  ao  natural  cortando  a  canna  de  assucar  com  um 
podão  de  azul,  em  um  cannavial  de  verde.  Campanha  azul  carregada  de  um  pirapitanga  (peixe)  de 
t  prata,  com  barbatanas  e  cauda  de  goles.  Divisa  :  Famam  extendere  /adis  boc  virtutis  opus.  (Brazão 
passado  em  í8  de  Fevereiro  de  1863.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  55). 

CORÔA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  21  de  Junho  de  i86í. 


540 


VILLA  NOVA  SÀO  JOSÉ.  (Barão  e  Conde  de)  José  Fernando 
Carneiro  Leão. 

Nasceu  no  Rio  de  Janeiro  em  30  de  Maio  de  1782. 

Falleceu  nessa  cidade  em  4  de  Setembro  de  1832. 

Filho  de  Braz  Carneiro  Leão,  natural  do  Porto,  nascido  em  3  de  Setembro  de 
1732  e  fallecido  a  3  de  Junho  de  1808,  e  de  sua  mulher  D.  Anna  Fran- 
cisca Rosa  Maciel  da  Costa,  que  nasceu  no  Rio  de  Janeiro  a  26  de 
Fevereiro  de  1757  e  falleceu  a  12  de  Junho  de  1832,  sendo  agraciada  com 
o  titulo  de  Baroneza  de  São  Salvador  de  Campos  dos  Goytacazes ;  eram 
pães  do  Visconde  de  São  Salvador  de  Campos,  José  Alexandre  Carneiro 
Leão. 

Casou  em  Lisboa  em  1802,  com  D.  Gertrudes  Angélica  Pedra,  filha  de  António 
Martins  Pedra,  e  de  sua  mulher  D.  Clara  Maria  Barbosa  Carneiro  Leão, 
que  falleceu  em  8  de  Outubro  de  1820,  assassinada  por  um  tiro,  ao 
apear-se  de  uma  carruagem,  á  porta  de  sua  casa,  á  Ponte  do  Cattete,  no 
Rio  de  Janeiro. 

Coronel  do  Regimento  de  Milícias,  em  1816,  foi  Moedeiro  da  Casa  da 
Moeda,  do  Rio  de  Janeiro,  Brigadeiro  e  Commandante  da  Imperial  Guarda  de 
Honra,  em  1830. 

Era  Guarda  Roupa  de  S.  Magestade,  Gentii-Homem  da  Imperial  Camará, 
em  1823,  teve  a  carta  de  Conselho.  Era  Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Imperial, 
Dignitário  da  Imperial  Ordem  do  Cruzeiro,  Commendador  da  Ordem  de 
N.  S.  da  Conceição  de  Villa  Viçosa,  e  da  Imperial  Ordem  de  Christo. 


S4i 


BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Em  campo  vermelho,  uma  banda  de  azul  coticada  de  oiro,  carregada  de  treis  flores 
de  liz  do  mesmo,  entre  dois  carneiros  de  prata,  armados  de  oiro.  Timbre  :  um  carneiro  do  escudo. 
COROA  :  A  de  Conde. 

CREAÇÃO  DOS  TlULOS  :  Barão  com  grandeza  por  decreto  de  14  de  Outubro  de  1825.  Conde  por  decreto 
de  12  de  Outubro  de  182o. 


VILLA  REAL    DA    PRAIA    GRANDE,     (i.°    Barão,    visconde 
com  grandeza  e  Marquez  de)  D/ Caetano  Pinto  de  Miranda  Montenegro. 
Nasceu  na  Quinta  da  Boa  Vista,  em  Lamego,  Portugal,  aos  16  de  Setembro 

de  1748. 
Falleceu  no  Rio  de  Janeiro  em  1 1  de  Janeiro  de  1827. 

Filho  de  Bernardo  José  Pinto  de  Miranda  Montenegro,  Fidalgo  Escudeiro  da 
Casa  Real,  e  de  sua  mulher  D.  Antónia  Mathilde  Leite  Pereira  de  Bulhões. 
Casou  com  D.  Maria  da  Incarnação  Carneiro  de  Figueiredo  Sarmento,  que 
falleceu  no  Rio  de  Janeiro  em  23  de  Março  de  1860. 

Doutor  em  Direito  pela  Universidade  de  Coimbra,  foi  Governador  e 
Capitão  General  da  Capitania  de  Matto-Grosso  de  1796  a  1803,  e  da  de 
Pernambuco  de  1804  a  18 17,  quando  se  deu  a  revolução,  sendo  elle  preso. 
Em  1791  obteve  a  nomeação  de  intendente  do  Ouro,  no  Rio  de  Janeiro,  e  de 
Governador  Capitão  General  de  Matto-Grosso.  Juiz  da  Alfandega  da  Corte  em 
1822,  foi  Presidente  da  Casa  do  Desembargo  do  Paço  em  1823.  Chamado  aos 
Conselhos  da  Coroa,  foi  Ministro  da  Justiça  e  da  Fazenda,  no  i .°  Gabinete  de 
1822,  e  da  Justiça  no  2.°  Gabinete  de  1823.  Foi  Senador  pela  Província  de 
Matto-Grosso,  em  1826.  Fidalgo  Escudeiro  da  Casa  Real  e  Commendador 


542 


da  R.  Ordem  de  Christo.  Do  Conselho  de  S.  Magestade  ;  era  Grande  do 
Império. 

O  valor  deste  preclaro  varão,  mede-se  pelas  palavras  do  decreto  que  o 
aposentou  da  Presidência  da  Casa  do  Desembargo,  e  que  nos  honramos  de 
transcrever  :  «  ...e  por  não  sêr  justo  que  depois  de  tão  longos,  penosos  e 
distintos  serviços  feitos  ao  Brasil  com  o  mais  exemplar  desinteresse  desde 
1794,  quando  se  acha  doente,  pobre  e  empenhado,  como  é  publico  e  notório, 
o  Snr.  D.  Pedro  I,  mandou  pagar  pelo  seu  bolsinho  todas  as  suas  dividas...» 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  de  campo,  esquartelado  :  no  primeiro,  as  armas  dos  Pintos,  —  de  prata,  com 
cinco  crescentes  de  lua  vermelhos,  em  santor ;  no  segundo,  as  armas  dos  Mirandas,  —  de  oiro,  com 
uma  aspa  vermelha  entre  quatro  flores  de  liz  verdes  ;  no  terceiro,  as  armas  dos  Silveiras,  —  de  prata, 
três  faxas  vermelhas  ;  e  no  quarto,  as  armas  dos  Montenegros,  —  de  prata,  três  montes  de  negro, 
juntos,  sendo  o  do  meio  o  mais  alto. 

CORÔA  :  A  de  Marquez. 

CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  com  grandeza  por  decreto  de  12  de  Outubro  de  1824.  Visconde  com 
grandeza  por  decreto  de  12  de  Outubro  de  1825.  Marquez  por  decreto  de  12  de  Outubro  de  1826. 


VILLA  REAL  DA  PRAIA   GRANDE.     (2.0  visconde   com 
grandeza  de)  Caetano  Pinto  de  Miranda  Montenegro,  filho. 
Falleceu  em  1 1  de  Fevereiro  de  185  i,  no  Rio  de  Janeiro. 
Filho  dos  Marquezes  de  Villa  Real  da  Praia  Grande. 

Casou  com  D.  Maria  Elisa  Gurgel  do  Amaral,  que  falleceu  em  30  de  Novembro 
de  1869,  no  Rio  de  Janeiro. 

Era  Coronel  do  Exercito. 


54> 


Grande  do  Império,  Gentil-Homem  da  Imperial  Gamara,  do  Gonselho 
de  S.  Magestade  e  Commendador  da  Imperial  Ordem  de  Ghristo,  Cavalleiro 
da  Imperial  Ordem  da  Rosa,  da  Imperial  Ordem  do  Gruzeiro.  Tinha  a  medalha 
da  Divisão  Gooperadora  da  Boa  Ordem  e  a  Insígnia  de  oiro  de  Distincção  em 
Gombate. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  O  de  seu  pae,  o  Marquez  de  Villa  Real  da  Praia  Grande.  (Vide  descripçâo  nesse 
titulo). 

COROA  :  A  de  Conde. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  12  de  Outubro  de  1828. 


V 


ILLA  VELHA.  (Barão  de)  Joaquim  Augusto  de  Moura. 
Gommendador  da  Imperial  Ordem  de  Ghristo. 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  17  de  Maio  de  1873. 


V 


ILLA  VIÇOSA.  (Barão  da)  António  Joaquim  Pires  de  Carvalho  e 
Albuquerque.  ^ 

Natural  da  Bahia.  "'  ^ 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  26  de  Abril  de  1879. 


V 


ISTA  ALEGRE.  (Barão  da)  Manuel  Pereira  de  Souza  Barros. 
Natural  de  Valença. 


CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Barão  por  decreto  de  17  de  Desembro  de  1881. 


544 


WERNECK.  (Barão  de)  José  Quirino  da  Rocha  Werneck. 
Nasceu  no  Município  de  Vassouras,  Provincia  do  Rio  de  Janeiro, 
a  5  de  Fevereiro  de  1842,  e  ainda  vive. 

Filho  de  Luiz  Quirino  da  Rocha,  Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Imperial, 
Cavalleiro  da  Ordem  de  Christo,  Tenente-Coronel  de  Milícias  ;  e  de  sua 
mulher  D.  Francisca  das  Chagas  Werneck,  neto  paterno  de  Francisco 
Quirino  da  Rocha,  i."  Barão  de  Palmeiras  (com  grandeza),  e  materno 
do  Sargento-Mór  Francisco  das  Chagas  Werneck,  Commendador  da  Impe- 
rial Ordem  de  Christo. 

Casou  em  primeiras  núpcias  com  D.  Maria  do  Nascimento  de  Avellar  Werneck, 
filha  dos  Barões  de  Ribeirão,  e  em  segundas  núpcias  com  D.  Maria  Diniz 
Cordeiro,  em  19  de  Janeiro  de  1882,  natural  de  Angra  dos  Reis,  e  filha 
do  Capitão  António  Cordeiro  da  Silva  Guerra,  natural  de  Guaratinguetá 
(S.  Paulíf),  fallecido  em  10  de  Agosto  de  1866 ;  e  de  sua  mulher  D.  Henri- 
queta de  Albuquerque  Diniz,  nascida  em  30  de  Desembro  de  1814  e 
fallecida  em  16  de  Novembro  de  1866.  A  Baroneza  de  Werneck,  falleceu 
no  Rio  de  Janeiro  a  19  de  Junho  de  191 7,  era  irmã  do  D.""  Lopo  Diniz 
Cordeiro,  Conde  de  Diniz  Cordeiro,  pela  Santa  Sé. 

Bacharel  em  direito  pela  Faculdade  de  S.  Paulo,  em  1 863 ,  capitalista  e  fazen- 
deiro no  Município  de  Parahyba  do  Sul.  E'  Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Imperial. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  De  prata,  com  uma  aspa  de  vermelha  carregada  de  cinco  vieiras  de  oiro,  bordadas 
de  azul.  Timbre  :  a  aspa  das  armas  com  uma  vieira  por  cima.  (Brazao  passado  a  l.uiz  Quirino  da 
Rocha  Werneck,  Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Imperial,  irmão  do  2."  Barão  de  Palmeiras  e  do  Barão 
de  Werneck,  a  cima,  em  27  de  Fevereiro  de  1866.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.   71). 

COROA  :  A  de  Barão. 

CREAÇÃO  DO  TlTUi-O  :  Barão  por  decreto  de  24  de  Agosto  de  1882. 


Archivo  Nobilitrchico  Brasil  eiró  «9 


543 


»* 


^ 


ADDITAMENTOS   E   RETIFICAÇÕES 


AFFIE.  (Barão  de)  Joaquim  Carlos  da  Cunha  Andrade. 
O  titulo  é  Barão  de  Affié  e  não  Alfié  como  se  acha  impresso  a  fls.  37. 


ALBUQLJ ERQLJE.  (Barão  de)  Manuel  Arthur  de  Hollanda  Cavalcanti 
de  Albuquerque. 
Filho  de  António  Francisco  de  Paula  e  Hollanda  Cavalcanti  àé  Albuquerque, 
Visconde  com  grandeza  de  Albuquerque  (V.  pg.  31),  e  de  D.  Emilia 
Calvacanti  de  Albuquerque.  Neto  paterno  do  Capitão-Mor  Francisco  de 
Paula  Cavalcanti  de  Albuquerque,  e  de  D.  Maria  Rita  de  Albuquerque 
Mello  ;  Neto  pelo  lado  materno  do  Conselheiro,  Senador  Manuel  Caetano 
de  Almeida  e  Albuquerque  (Magistrado,  Senador  por  Pernambuco, 
nomeado  em*i828  e  fallecido  em  1844);  e  de  sua  mulher  D.  Emilia 
Amália  de  Albuquerque. 


549 


Bacharel  em  direito,  foi  Deputado  Geral  por  Pernambuco  na  15.*  legisla- 
tura de  1872- 1875,  e  na  16.*  de  1878. 

Moço  Fidalgo  com  exercício  na  Casa  Imperial  e  Cavalleiro  da  Legião 
de  Honra. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  O  de  seu  pae  o  Visconde  de  Albuquerque.  (Vêr  a  descripçSo  nesse  titulo,,  fls.  32). 


■■^^ 


ANADIA.  (Barão  de)  Manuel  Joaquim  de  Mendonça  Castello  Branco. 
Natural  e  baptisado  na  freguezia  de  Nossa  Senhora  da  Apresentação, 
da  villa  de  Porto  Calvo,  província  das  Alagoas. 
Filho  do  Tenente-Coronel  Bernardo  António  de  Mendonça,  e  de  sua  mulher 
D.  Anna  Barbara  de  Mattos  Castello  Branco.  Neto  paterno  do  Desem- 
bargador José  de  Mendonça  de  Mattos  Moreira,  que  foi  Juiz  de  Fora-  da 
Villa  de  Odemira,  natural  de  Albufeira,  em  Portugal ;  e  por  parte  materna 
do  Desembargador  Manuel  Joaquim  Pereira  de  Mattos  Castello  Branco. 
Bisneto  do  Sargento-Mór  José  de  Mendonça  Vieira,  e  de  D.  Barbara 
Francisca  Xavier  de  Mattos  Moreira.  Terceiro  neto  de  Francisco  Dias 
Vieira  e  Souza. 

BRAZAO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro  quartel  as  armas  dos  Mendonças,  que  são  o 
escudo  franxado,  ao  primeiro  de  verde,  uma  banda  vermelha  coticada  de  oiro ;  no  segundo 
um  S  preto,  em  campo  de  oiro,  e  assim  os  contrários ;  no  segundo  quartel,  as  armas  dos  Vieiras.  — 
em  campo  vermelho  seis  vieiras  de  oiro  em  duas  palas  ;  no  terceiro  as  dos  Mattos,  —  em  campo 
vermelho  um  pinheiro  do  iMtde,  com  fructos,  perfis  e  raizes  de  oiro,  entre  dous  leões  do  mesmo, 
armados  de  azul  ;  no  quarto  as  dos  Moreiras,  —  em  campo  vermelho  nove  escudetes  de  prata,  e 
sobre  cada  um,  uma  cruz  florida  verde,  como  as  de  Aviz,  cm  trcs  palas  ;  e  no  meio  um  escudete 
com  as  armas  dos  Castello  Branco  que  são,  em  campo  azul  um  leão  de  oOro  rompante,  armado  de 
goles.  Timbre  :  o  leão  dos  Castello  Branco.  (Brazão  passado  em  12  de  Setembro  de  1856.  Reg.  no 
Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  30). 


550 


A 


LENCAR.  (Barão  de)  Leonel  Martiniano  de  Alencar. 
Nasceu  na  cidade  do  Rio  de  Janeiro,  a  5  de  Desembro  de  1832,  onde 
reside.  * 


Nomeado  Addido  de  i."  classe  em  1854,  percorreu  toda  a  carreira  diplo- 
mática, sendo  em  1881  elevado  a  Enviado  Extraordinário  e  Ministro  Plenipo- 
tenciário, tendo  servido  nas  Legações  do  Brasil  nft  Estado  Oriental,  Áustria, 
Estados  Unidos,  Republica  Argentina  (duas  veses),  Allemanha,  Venezuela, 
Bolivia  e  Hespanha.  Exerceu  o  cargo  de  Auditor  de  Guerra  da  Divisão 
Auxiliadora  do  Brasil,  em  Montevideo,  durante  o  anno  de  1854,  e  era  então 
addido  de  1.'  classe  junto  á  Legação  no  Estado  Oriental.  Desempenhou 
duranto  o  anno  de  1884,  cumulativamente  as  duas  Legações  no  Estado 
Oriental  e  Republica  Argentina.  Em  1888  representou  o  Império  como  Pleni- 
potenciário na  abertura  do  Congresso  de  Direito  Internacional  Privado,  que 
se  reuniu  em  MonteviBeo. 

Foi  Deputado  á  Assembléa  Geral  pelo  Alto  Amazonas,  na  14.*  legislatura 
de  1869- 1872. 

Militou  desde  estudante  na  imprensa,  e  publicou  grande  numero  de 
trabalhos  litterarios,  scientificos  e  diplomáticos. 

Membro  do  Circulo  Litterario  da  Paz  (Bolivia)  desde  1878;  Sócio 
correspondente  da  Sociedade  de  Geographia  de  Lisboa  (1884);  Sócio  Bene- 
mérito do  Instituto  Histórico  e  Geographico  Brasileiro  (1889) ;  Sócio  remido 
e  Benemérito  da  Sociedade  de  Geographia  do  Rio  de  Janeiro  (1890) ;  Membro 
Honorário  do  Instituto  Geographico  Argentino  (1889),  Sócio  correspondente 
do  Instituto  Histórico  do  Ceará  e  do  de  S.  Paulo. 


ANAJAZ.  (Barão  de).  D."^  António  Emiliano  de  Souza  Castro. 
E'  medico  formado  pela  Faculdade  do  Kv^  de  Janeiro,  e  clinica  na 
cidade  de  Belém,  Pará.  Não  é  bacharel  em  direito. 


551 


AMAZONAS.  (Barão  com  grandeza  de)  Francisco  Manuel   Barroso 
da  Silva. 
Nasceu  em  Lisboa  em  29  de  Setembro  de  1804. 

Filbo  de  Theodoro  Manuel  Barroso  e  de  D.  Antónia  Joaquina  Barroso  da 
Silva,  ambos  naturaes  de  Portugal. 

Assentou  praça  a  18  âe  Outubro  de  1821  ;  foi  nomeado  Guarda  Marinha, 
em  27  de  Novembro  de  1822 ;  2.»  Tenente,  em  10  de  Fevereiro  de  1827,  e  a 
16  de  Junho  do  anno  seguinte  assistiu  ao  violento  combate  travado  entre  a 
esquadra  brasileira  de  Norton  e  o  corsário  argentino  General  Brand^er.  Em 
1829,  teve  as  divisas  de  i."  Tenente,  em  1836  as  de  Capitão-Tenente,  e  em 
1875  era  Official  General  na  armada  da  pátria  adoptiva.  Em  1 1  de  Junho  de 
1865  immortalisou  o  seu  nome  na  grande  batalha  naval  de  Riachuelo. 


ARARUAMA.    (2.°   Barão,    2."  Visconde   e   i."   Conde   de)    Bento 
Carneiro  da  Silva. 
Filbo  do  i."  Barão  e  Visconde  de  Araruama,  José  Carneiro  da  Silva,  e  de 
D.  Francisca  Antónia  de  Castro  Carneiro,  filha  do  Capitão-Mór,  Barão 
de  Santa  Rita. 

Grande  do  Império. 


553 


CREAÇÃO  DOS  títulos  :  Barão  por  decreto  de  3  de  Novembro  de  1866.  Barão  com  grandeza  por  decreto 
de  28  de  Março  de  1877.  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  19  de  Setembro  de  1877.  Conde 
por  decreto  de  24  de  Março  de  1888. 


ARAÚJO  GÓES.  (Barão  de)  Innocencio  Marques  de  Araújo  Goés. 
Magistrado.  Foi  Deputado  á  Assembléa  Geral  na  lo.»  legislatura  de 
1857-1860  e  na  14/  de  1 869-1 872,  pela  Província  da  Bahia. 

O  filho,  Bacharel  Innocencio  Marques  de  Araújo  Goés  Júnior  é  que 
representou  essa  Província  nas  15.'',  16.»,  19.*  e  20.-^  legislaturas,  e  foi  Presi- 
dente de  Pernambuco  em  1889. 


A 


ss  • 


SSIS  MARTINS.  (Visconde  com  grandeza  de)  Ignacio  António 
de  Assis  Martins. 


Era  Grande  do  Império. 

CREAÇÃO  DO  TITULO  :  Visconde  com  grandeza  por  decreto  de  20  de  Julho  de  lí 


B 


ARBACENA.  (i.»  visconde  com  grandeza  e  Marquez  de)  Felisberto 
Caldeira  Brant  Oliveira  e  Horta. 


Archivo  Nobiliarchico  Brasileiro  70 


55? 


Damos  novamente  a  descripção  de  seu  brazão  por  ter  havido  uma  omissão 
no  primeiro  e  quarto  quartéis.  Vêr  fls.  71. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro  ew^uarto,  as  armas  dos  Caldeiras,  —  em  campo 
azul,  uma  banda  de  prata,  carregada  de  três  caldeiras  de  preto  com  bocaes  de  oiro,  entre  duas 
flores  de  liz,  também  de  oiro  ;  no  segundo,  as  dos  Oliveiras,  —  em  campo  vermelho,  uma  oliveira 
verde  com  fructos  de  oiro  e  raizes  de  prata  ;  no  terceiro,  as  dos  Hortas,  —  em  campo  de  oiro,  um 
braço  nú,  posto  fixo  em  faxa  no  cabo  do  escudo,  com  uma  chave  grande  na  mão,  posta  cm  pala, 
de  sua  côr ;  e  o  contra  chefe  ondeado  de  agua.  (Brazão  passado  em  12  de  Fevereiro  de  1801. 
Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  164'). 


c 


AMANDUCAIA.  (Barão  de)  Joaquim  da  Motta  Paes. 
E'  irmão  do  Barão  de  Motta  Paes,  José  Ribeiro  da  Motta  Paes. 


C 


AMBUHY.  (Barão  de)  João  Cândido  de  Mello  e  Souza,  e  não  João 
de  Mello  e  Souza. 


CAMPOS  GERAES.  (Barão   de)   Campos   Geraes   e   não   Campo 
Geraes,  David  dos  Santos  Pacheco. 
Nasceu  a  21  de  Julho  de  1809,  no  Município  da  Lapa,  Província  do  Paraná. 
Falleceu  a  i  de  Novembro  de  1 893 . 

Filbo  de  Manuel  dos  Santos  Pacheco,  c  de  D.  Maria  Colleta  da  Silva. 
Casou  com  D.  Anna  Pacheco  de  Carvalho,  filha  de  Sebastião  José  Vaz  de 
Carvalho,  e  de  D.  Ignacia  Maria  dos  Santos. 

Era  Official  da  Imperial  Ordem  da  Rosa. 

Era  um  dos  mais  prestigiosos  chefes  locaes  do  velho  partido  liberal  da 
Provinda,  da  qual  foi  muitas  veses  um  dos  Vice-Presidentes.  Exerceu  vários 


554 


cargos  de  nomeação  e  electiva,  entre  os  quaes  o  de  Presidente  da  Gamara 
Municipal  da  Lapa,  e  Deputado  Provincial. 

Era  o  chefe  respeitado  da  familia  Pacheco,  uma  das  mais  antigas  e 
illustres  do  Paraná. 


CARAPEBUS,  (2.°  Barão,   Visconde  com    grandeza   e   Conde   de) 
António  Dias  Coelho  Netto  dos  Reis. 
A   Condessa    D.   Jacintha   Nogueira  da  Gama,  era   Dama  Effectiva  ao 
serviço  de  S.  M.  a  Imperatriz,  e  era  condecorada  com  a  Banda  de  Santa  Isabel, 
de  Portugal,  com  a  de  Maria  Luisa,  de  Hespanha,  e  a  das  Damas  Nobres  de 
Sant'Anna,  de  Baviera. 

O  Conde,  era  Gentil-Homem  da  Imperial  Camará,  e  Grande  do  Império. 


CARVALHO   BORGES.  (Barão  de)  António   Pedro  de  Carvalho 
Borges. 
Casou  com  D.  Emilia  de  Barros  Torreão,  fallecida  em  Paris. 


555 


CASA  BRANCA.  (Barão  de)  Vicente  Ferreira  de  Sillos  Pereira, 
não  Telles  Pereira. 
Casou  com  D.  Antónia  Maria  de  Oliveira. 


CATUAMA.  (Barão  de)  João  José  Ferreira  de  Aguiar.  * 

Falleceu  a  i8  de  Novembro  de  1888. 
Casou  em  1833,  com  D.  Josephina  Carolina  da  Silva  Guimarães,  filha  do 
antigo  advogado  no  fôro  do  Recife,  José  da  Silva  Guimarães. 

Recebeu  o  gráo  de  Bacharel  em  sciencias  jurídicas  e  sociaes  na  Faculdade 
do  Recife  em  5  de  Outubro  de  1832,  com  22  annos  de  idade. 

Foi  condecorado  com  o  habito  da  Imperial  Ordem  de  Christo  em  1849, 
com  o  officialato  da  Rosa  em  1854,  e  com  a  commenda  da  mesma  ordem  em 
1860. 


C 


RUZEIRO.  (Visconde  com  grandeza  do)  Jeronymo  José  Teixeira 
A  Viscondessa  falleceu  a  23  de  Agosto  de  19 13. 


556 


ESCRAGNOLLE.  (Barão   de)  Gastão   (Luiz   Henrique    de    Robcrt) 
de  Escragnolle. 
A  Baroneza,  D.  Anna  Leopoldina  da  Silva  Porto,  falleceu  no  Rio  de 
Janeiro,  em...  Abril  de  1917. 


F 


ONSECA  COSTA.    (Baroneza   e  Viscondessa   com   grandeza   de) 
D.  Josephina  da  Fonseca  Costa  e  não  D.  Joaquina  da  Fonseca  Costa. 


557 


GERALDO  DE  REZENDE 
Rezende. 
Nasceu  no  Rio  de  Janeiro,  em  19  de  Abril  de  1846 
Falleceu  em  Campinas,  em  i  de  Outubro  de  1907. 


(Barão  de)  Geraldo  Ribeiro  de  Souza 


GOYAZ.  (Duqueza  de)  S.  A.  a  Senhora  Isabel  Maria  de  Alcântara 
Brasileira. 

Falleceu  em  Murnau  (Baviera)  a  13  de  Novembro  de  1898. 

Filha  de  S.  M.  o  Senhor  D.  Pedro  I,  reconhecida  por  acto  de  24  de  Maio  de 
1826. 

Casou  tm  Múnich  (Baviera),  a  17  de  Abril  de  1843,  com  Ernesto  Fischler, 
2.°  Barão  de  Holzen  e  2.°  Conde  de  Treuberg,  nascido  a  i  de  Junho  de 
18 10  em  Holzen  e  ahi  fallecido  a  14  de  Maio  de  1867  ;  filho  de  Francisco 
Xavier  Fischler,  i.°  Barão  de  Holzen  e  i."  Conde  de  Treuberg,  fallecido 
a  4  de  Outubro  de  1835,  e  de  sua  mulher  a  Princeza  Crescenta  de 
Hohenzollern-Sigmarigen,  fallecida  em  1844. 

Deste  casamento  existe  grande  descendência. 


G 


UAMA.  (Barão  de)  Francisco  Accacio  Correia. 
Era  Bacharel  em  sciencas  jurídicas  e  sociaes. 


558 


G 


UARULHOS.  (Barão  de)  José  Joaquim  de  Moraes. 


BRAZAO  DE  ARMAS  ;  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro  quartel,  as  armas  dos  Moraes,  que 
são  o  escudo  partido  em  pala  ;  na  primeira,  em  campo  vermelho,  uma  torre  de  prata  lavrada  de 
preto,  coberta  de  ouro,  sahindo  de  um  rio  de  agua,  e  uma  bandeira  de  prata  no  remate ;  na  segunda, 
em  campo  de  prata,  uma  moreira  verde  :  no  segundo  quartel,  em  campo  azul  uma  espada  de  prata 
com  punho  de  ouro,  posta  em  pala  ;  no  terceiro,  de  azul,  três  besantes  de  ouro,  postos  em  contra- 
banda  ;  e  no  quarto,  de  prata,  uma  cruz  potentea  de  goles.  Tímbke  :  a  torre  de  escudo. 


m 


GURUPY.  (Barão  de  Gurupy  e  Visconde  de  Belfort  por  Portugal) 
António  Raymundo  Teixeira  Vieira  Belfort. 

Era  Bacharel  em  direito,  e  representou  sua  Província  natal,  Maranhão, 
na  9."  legislatura  da  Assembléa  Geral  de  1853-1856. 


559 


HOMEM   DE  MELLO.    (Barão   de)   Francisco   Ignacio   Marcondes 
Homem  de  Mello. 
Falleceu  a  4  de  Janeiro  de  19 18,  na  sua  propriedade  de  Itatiaya,  em  Monte 
Bello,  Estado  do  Rio  de  Janeiro. 

Foi  casado,  em  segundas  núpcias  com  D.  Julieta  Unzer,  residente  no 
Rio  de  Janeiro. 


1 


BIRÁMIRIM.  (Barão  de)  José  Luiz  Ca^so  de  Salles  Filho. 
Filho  do  Barão  de  Irapuá,  José  Luiz  Cardoso  de  Salles. 


BRAZÃO  DE  ARMAS  :  O  de  seu  pae.  Vêr  a  descripsâo  a  ns.  197. 


560 


IPOJUCA.  (Barão  de)  João  do  Rego  Barros. 
Tomou  parte  na  Revolução  Praiera,  em  Pernambuco,  do  lado  da  legali- 
tade. 


1TACURUSSÁ.  (Barão  de)  Manuel  Miguel  Martins. 
A  Baroneza,  D.  Jeronyma  Elisa  de  Mesquita  Martins,  falleceu  no  Rio  de 
Janeiro  a  24  de  Setembro  de  19 17,  com  66  annos  de  idade. 


ITAMARANDIBA.  (Barão  de)  Joaquim  Vidal  Leite  Ribeiro. 
Casou  em  1853  com  D.  Alexina  Fontoura  de  Andrada,  que  nasceu  em 
Santa  Catharina  em  1839  e  falleceu  no  Rio  de  Janeiro  em  19  de  Setembro 
de  1916. 


% 


.#?,-. 


Archtvo  NoMIUrehico  Bmiltiro  71 


561 


1 


TÚ.  (Visconde,  Conde  e  Marquez  de)  António  de  Aguiar  Barros. 
A  Marqueza  viuva,  falleceu  em  S.  Paulo  a  i8  de  Julho  de  1917. 


# 


1 


VAHY.  (Barão  de)  Anlonio  Rodrigues  de  Azevedo. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  Esquartelado  ;  no  primeiro  quartel  em  campo  de  purpura,  uma  torre 
de  prata,  lavrada  de  preto  ;  no  segundo  de  azul,  uma  estrella  de  prata  de  cinco  pontas ;  no  terceiro 
de  vermelho,  um  leão  de  oiro,  rompente  ;  e  no  quarto,  em  campo  de  prata,  duas  rnSos,  de  sua  côr, 
enlaçadas  e  postas  em  faxa. 


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S62 


*•*. 


1 


VINHEIMA.  (Barão  de  Ivinheima  e  não  Ivinhema  como  está  a  fls.  225) 
Francisco  Pereira  Pinto. 

Foi  também  Veador  de  S.  M.  o  Imperador  D,  Pedro  II. 


I  AGUARÃO,  (Barão  de)  José  Auto  da  Silva  Guimarães,  e  não  José 
I     António  da  Silva  Guimarães,  como  está  erradamente,  a  fls.  232. 


563 


JAPURÁ.  (Barão  de)  Miguel  Maria  Lisboa. 
Damos,  em  seguida,  sua  ascendência  que  transcrevemos  do  «  Archivo 
Héraldico-Genealogico  »  pelo  Visconde  de  Sanches  de  Baena,  fls.  C.  C. 
XXV.  Era  irmão  do  Marquez  de  Tamandaré.  Filho  de  José  António  Lisboa, 
do  Conselho  de  S.  M. ;  Commendador  da  Ordem  de  Christo ;  Deputado, 
Presidente  da  Junta  do  commercio,  agricultura,  fabricas  e  navegação,  que  foi 
no  reinado  do  Senhor  D.  João  VL  Chamado  a  dar  conselho  no  Conselho  do 
Estado  daquelle  Augusto  Senhor,  e  no  reinado  do  Senhor  D.  Pedro  I, 
ministro  e  secretario  de  Estado  dos  Negócios  da  Fazenda  ;  e  de  D.  Maria 
Euphrasia  de  Lima  ;  elle  desta  corte  e  cidade  do  Rio  de  Janeiro,  ella  da  cidade 
de  Porto  Alegre,  da  Província  do  Rio  Grande  do  Sul.  Neto,  por. parte  paterna, 
do  Capitão  José  António  Lisboa,  Cavalleiro  da  Ordem  de  Christo,  Rico- 
Homem,  natural  da  freguesia  de  N.  S.  da  Victoria  de  Famalicão,  patriarchado 
de  Lisboa  ;  e  de  D.  Barbara  da  Conceição  de  Jesus.  Neto,  pela  parte  materna, 
do  Capitão  Francisco  Marques  Lisboa,  Cav.  da  Ordem  de  Christo,  e  de 
D.  Euphrasia  de  Azevedo  Lima.  Bisneto,  pela  parte  paterna,  de  Manuel  Luiz 
Seraphim  Ribeiro,  e  de  D.  Maria  Ribeiro  Fidalgo,  ambos  da  Província  da 
Extremadura,  em  Portugal.  Bisneto,  por  parte  materna,  de  Luiz  Marques  de 
Oliveira,  varão  illustre  da  dita  província,  descendente  de  uma  família  nobre 
do  appellido  de  Oliveira  ;  e  de  D.  Theresa  Ribeiro  Fidalgo  ;  e  também 
bisneto,  pela  parte  materna,  de  Domingos  de  Lima  e  Veiga,  e  de  D.  Gertrudes 
de  Araújo  Paes  Leme.  Terceiro  neto,  pela  parte  paterna,  de  Manuel  Luiz 
Serrador,  e  de  D.  Seraphina  da  Conceição,"  e  também  terceiro  neto,  pela 
parte  paterna,  de  Manuel  Francisco  Arrojado,  e  de  D.  Isabel  Ribeiro  Fidalgo, 
da  Província  de  Extremadura,  sendo  todos  estes  Ribeiros  de  estirpe  illustre, 


564 


no  dito  reino  de  Portugal,  pertencentes  á  casa  dos  Morgados  da  quinta  dos 
Arrojados.  Terceiro  neto,  pela  parte  materna,  de  Marçal  de  Lima  e  Abreu, 
Rico-Homem  e  Senhor  na  provincia  do  Rio  Grande  do  Sul,  da  ilha  de  Marçal 
de  Lima,  de  estirpe  dos  senhores  de  Ponte  de  Lima,  em  Portugal;  e  também 
terceiro  neto,  por  parte  materna,  de  Pedro  Dias  e  de  D.  Marianna  Leme 
Garcia,  ambos  oriundos  da  provincia  de  S.  Paulo. 

c 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Sâo  suas  armas  as  que  acima  se  acham,  que  estão  de  accordo  com  a  descripção, 
e  não  o  escudo  a  fls.  236,  que  traz  as  armas  dos  Paes,  no  quarto  quartel,  em  campo  de  prata,  nove 
lisonjas  em  três  palas  enxequetadas  de  azul  et  vermelho,  erradamente  desenhadas. 


J 


UNDIAHY.  (Barão,  Visconde  e  Visconde  com  grandeza  do  Rio  Secco, 
e  Marquez  de  Jundiahy)  Joaquim  José  de  Azevedo.  (Vêr  fls.  245). 


CREAÇÃO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  13  de  Agosto  de  1812,  e  Visconde  de  Rio  Secco  por 
decreto  de  1 1  de  Fevereiro  de  1818,  por  Portugal,  Visconde  do  mesmo  titulo,  com  honras  de 
grandeza,  por  decreto  de  1  de  Desembro  de  1822  ;  Marquez  de  Jundiahy  por  decreto  de  ia  de  Outubro 
de  1836.    '\. 


A» /'*!i/"*V^  — . 


r^mm 


LAGES.  (2.°  Barão  com  .grandeza,  Visconde  e  Conde  de)  Alexandre 
Vieira  de  Carvalho. 
A  Condessa,  D.  Maria  Eudoxia  de  Almeida  Torres,  era  filha  do  2.°  Vis- 
conde com  grandeza  de  Macahé,  José  Carlos  Pereira  de  Almeida  Torres. 


sôs 


PASSE.  (i.«  Barão,  i.»  Visconde  com  grandeza  e  Conde  de)  António 
da  Rocha  Pitta  ArgoUo.  ^ 

Casou  com  D.  Maria  da  Conceição  Martins,  filha  do  Visconde  com  grandeza 
de  S.  Lourenço,  Francisco  Gonçalves  Martins. 


PASSE.  (2."  Barão  e  2.°  Visconde  de)  Francisco  António  da  Rocha 
Pitta. 
Filho  dos  I  ."•  Barões,  Visconde  com  grandeza  e  Conde  de  Passe. 

CREAÇÃO  DOS  títulos  :  Barão  por  decreto  de  i  de  Junho  de  1863.  Visconde  por  decreto  de  17  de  Maio 
de  1871. 


PILLAR.  (Barão  com  grandeza  do)  José  Pedro  da  Motta  Sayão. 
Casou  com  D.  Maria  José  de  Araújo,  fallecida  no  Rio  de  Janeiro,  a 
17  de  Junho  de  19 17,  na  avançade  idade  de  91  annos,  e  foi  sepultada  no 
cemitério  da  Ordem  3.*  de  S.  Francisco  de  Paula  no  carneiro  onde  jazem 
os  restos  de  seu  marido,  o  Barão  do  Pillar. 


Qu, 


UELUZ.  (1.°  Visconde   com   grandeza   e   Marquez   de)   D.'  João 
Severiano  Maciel  da  Costa.  «» 


566 


Filho  do  Coronel   Domingos  Alves  de   Oliviera  Maciel  e  de  sua  mulher 

D.  Juliana  de  Oliveira,  que  era  filha  do  Coronel  Mariano  Maximiliano 

de  Oliveira  Leite,   Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Real,  Guarda-Mór  das 

Minas  do  Ribeirão  do  Carmo  (Marianna)  e  de  sua  mulher  D.  Ignacia 

J*ires  de  Almeida. 


R 


IO  SECCO.  (Visconde  com  grandeza  do)  Joaquim  José  de  Azevedo. 
(Vêr  Marquez  de  Jundiahy,  fls.  245,  565). 


BRAZAO  DE  ARMAS  :  Vide  descripçào  a  fls.  245. 

CREAÇAO  DOS  TÍTULOS  :  Barão  por  decreto  de  1 )  de  Agosto  de  1813,  Visconde  por  decreto  de  1 1  de 
Fevereiro  de  1818,  por  Portugal,  Visconde  do  mesmo  titulo,  com  grandeza,  por  decreto  de  i  de 
Desembro  de  1822  ;  Marquez  de  Jundiahy  por  decreto  de  12  de  Outubro  de  1826. 


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SÃO  JOAQUIM.  (Barão  de)  José  Francisco  Bernardes. 
E'  este  o  seu  Brazão  e  não  o  que  está  estampado  a  fis.  454  que  pertence 
ao  Barão  da  Soledade,  José  Pereira  Vianna. 


567 


SANTA-MARGARIDA.  (Barão  de)  Fernando  Vidal  Leite  Ribeiro. 
Casou  com  19  annos  de  idade,  em  24  de  Junho  de  1884,  com  D.  Mar- 
garida de  Castro,  filha  de  Guilherme  de  Castro  e  de  soa  mulher  D.  Margarida 
Pinheiro. 


SAPUCAHY.  (Marquez  de)  Cândido  José  de  Araújo  Vianna. 
Nasceu  no  então  Arraial  de  Congonhas  de  Sabará,  província  de  Minas 
Geraes,  a  15  de  Setembro  de  1793. 
Falleceu  a  23  de  Janeiro  de  1875,  no  Rio  de  Janeiro,  e  está  sepultado  no 
cemitério  de  Catumby. 


# 


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TAMANDARÉ.  (Marquez  de)  José  Marques  Lisboa. 
Nasceu  a  13  de  Desembro  de  1807,  na  Villa  de  São  José  do  Norte,  em 
frente  da  cidade  do  Rio  Grande  do  Sul,  d'onde  era  oriundo  igualmente  o 
celebre  marinheiro  Marcilio  Dias. 


568 


569 


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APPENDICE 


ALBUQlJERQljE.  (J.-  António  Pedrozo  de). 
Natural  da  Provinda  da  Bahia. 

Filho  de  António  Pedrozo  de  Albuquerque,  Fidalgo 
Cavalleiro  da  Casa  Imperial ;  Coronel  da  Guarda 
Nacional  da  Provinda  da  Bahia ;  Commendador  da 
Ordem  de  Christo. 


Bacharel  em  sciencias  juridicas  e  sociaes  ;  Fidalgo 
Cavalleiro  da  Casa  Imperial. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro  quartel,  envcampo 
de  ouro  um  leão  sanguinho  rompante  ;  no  segundo  de  azul,  cinco 
pérolas  em  aspa  ;  no  terceiro  de  prata  cinco  chagas  de  goles,  j,  i  e  2  ; 

no  quarto,  de  vermelho,  uma  cruz  de  ouro  posta  em  banda.  (Brazio  passado  em   9  de  Julhff  de  1864. 

Reg.   no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  (Is.  62). 


ALBUQUERQUE.  (Francisco  de  Barros  Falcão  Cavalcanti). 
Natural  da  cidade  de  Santo  António  do  Recife,  Provinda  de  Per- 
nambuco. 

Ex-primeiro  Tenente  de  artilheria,  Cavalleiro  da 
Ordem  de  Christo  ;  condecorado  com  a  medalha  de 
distinção  pela  Campanha  da  independência  na  Bahia  ; 
Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Imperial. 


BRAZÃO  DE  ARiVlAS  :  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro  as  armas  dos 
Albuquerques,  que  s3o  também  esquarteladas  ;  no  primeiro  as  quinas 
de  Portugal  com  seu  filete  em  contrabanda  ;  o  segundo  de  vermelho 
com  ginco  flores  de  liz  de  ouro  em  aspa,  e  assim  dos  contrários  ;  no 
segundo  quartel  as  armas  dos  Camellos,  —  em  campo  de  prata  três 
vieiras  de  azul  em  roquete  ;  no  terceiro  as  dos  Cavalcantis,  —  uma  asna  azul  coticado  de  negro,  sendo  o 
campo  do  fundo  de  prata,  e  o  de  cima  de  vermelho  semeado  de  flores  de  prata  de  quatro  folhas  ;  e  no 


571 


quarto  as  dos  Pereiras,  —  em  campo  vermelho  uma  cruz  de  prata  florida  e  vazia  do  campo.  Elmo  de  prata 
aberto,  guarnecido  de  curo.  Paquife  :  dos  metaes  e  cores  das  armas.  Timbre  :  um  castello  de  ouro.  Brica 
de  prata,  trifolio  verde.  (Brazâo  passado  em  20  de  Agosto  de  1865.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI, 
fls.  68). 


ALBUQLJERQIJE.  (Pedro  Alexandrino  de  Barros  Cavalcanti  de 
Lacerda). 
Natural  da  Provincia  de  Pernambuco. 
Filho  do  Coronel  do  exercito  José  de  Barros  Falcão  de  Lacerda  Cavalcanti  ; 
Official  da  Ordem  Imperial  do  Cruzeiro  ;  Governador  das  Armas  da 
mesma  provincia,  também  condecorado  com  a  medalha  da  Campanha  da 
Independência  na  Bahia  ;  e  de  D.  Bernarda  Francisca  da  Conceição  Vieira 
Cavalcanti  de  Lacerda  ;  neto  por  parte  paterna  do  Tenente  José  de  Barros 
Falcão  de  Lacerda  Cavalcanti  de  Albuquerque,  natural  de  Goyanna, 
proprietário  e  juiz  almotacel  nesta  cidade,  e  de  D.  Úrsula  Maria  de  Abreu 
e  Lima  ;  e  por  parte  materna  do  Capitão-Commandante  Jabesatão  Nicolau 
Coelho  de  Lacerda,  e  de  D.  Maria  Francisca  Marianna  Vieira  Cavalcanti 
de  Lacerda,  Tenente  reformado  do  exercito,  Official  da  Ordem  da  Rosa  ; 
^  Cavalleiro  da  de  Christo  ;  condecorado  com  a  medalha  de  distincção  pela 
Campanhia  da  Bahia  ;  Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Imperial. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Vêr  a  carta  passada  a  Francisco  de  Barros  Falcão  Cavalcanti  Albuquerque.  (Brazão 
passado  èm  20  de  Abril  de  1865.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  l.iv.  VI,  fls.  67). 


ALMEIDA.  (Francisco  Martins  de). 
Sargento-Mór  de  Guardas  Nacionaes,  na  Provincia  de  S.  Paulo. 

Filho  do  Arcediaco  José  Gomes  de  Almeida,  que  o 

legitimou  ;  neto  do  Coronel  Jeronymo  Martins  Fer- 

.  ,       .  nandes,  Cavalleiro  Professo  na  Ordem  de  Christo, 

•P       iiÁ»:;:^  ^  e  de  D.  Josepha  Caetana  Leonor  Mendes  de  Almeida; 

bisneto  de  João  Gomes,  e  de  D.  Maria  Fernandes  ; 
terceiro  neto  de  Francisco  Gomes,  e  de  D.  Maria 
Martins  de  Macedo. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro  quartel  as  armas 
dos  Gomes,  —  em  campo  de  prata  três  cabeças  de  negro,  com  pendentes 
nas  orelhas  e  narizes  e  colares,  tudo  de  ouro,  postas  em  roquete  ;  no 
Segundo  as  dos  Martins,  que  sio  cortadas  em  faxa,  na  de  cima  d«  negro  com  duas  palas  de  ouro,  na  de 
baixo,  em  campo  de  ouro  três  flores  de  liz  de  vermelho  postas  em  contraroquete  ;  no  terceiro  as  dos 
Micedos,  —  de  azul  com  cinco  estrellas  de  ouro  de  seis  raios  em  santor ;  no  quarto  as  dos  Fernandes,  — 
dl  azul,  uma  torre  de  ouro,  com  stis  bombardas  de  sua  cõr,  quatro  em  cima  e  duas  em  baixo.  Timbm  : 


572 


o  dos  Gomes,  que  é  uma  das  cabeças  do  escudo  ;  e  por  difTerença,  uma  brica  v^krmelha  com  um  F  de 
prata.  (Brazão  passado  em  3;  de  Outubro  de  1855.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  35). 


AMARAL.  (José  Luiz  Campos  do). 
Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  imperial ;  Coronel-Commandante  Superior 
da  Guarda  Nacional  do  Município  de  Paraty  e  Angra 
dos  Reis ;  Commendador  da  Ordem  de  Christo  ;  Offi- 
cial  da  Ordem  da  Rosa. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Em  campo  azul  um  le3o  de  ouro  rompante,  armado 
de  goles  e  tendo  nas  mãos  um  caducêo  de  prata.  Elmo  de  prata  aberto, 
e  guarnecido  de  ouro.  Paquife  :  dos  metaes  e  cores  das  armas.  (BrazSo 
passado  em  27  de  Setembro  de  1856.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza, 
Liv.  Vl,ns.  31)- 


A 


RAUJO.  (João  Rodrigues  de). 
Nasceu  em  Pernambuco  no  anno  de  1795. 

Falleceu  no  Rio  de  Janeiro  a  19  de  Maio  de  1857. 
Filho  de  João  Rodrigues  de  Araújo,  e  de  D.  Catharina 
do  Nascimento  ;  e  irmão  de  D.  Manuel  do  Monte 
Rodrigues  de  Araújo,  Bispo  Conde  de  Irajá. 

Foi  Cónego  da  Capella  Imperial ;  Juiz  dos  Casa- 
mentos e  dispensas  matrimoneaes;  Lente  do  Seminiario 
de  Olinda  e  no  de  São  José  ;  Fidalgo  Cavalleiro  da 
Casa  Imperial ;  Commendador  da  Ordem  de  Christo. 
Sacerdote  de  raras  virtudes. 


BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  ovado  de  prata  com  uma  aspa  azul  carregada  de  cinco  besantes  de  ouro. 
Chapéo  preto,  com  cordões  da  mesma  côr.  (Brazão  passado  em  12  de  Novembro  de  1856.  Reg.  no 
Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  J2). 


573 


B 


AH  IA.  (José  Lopes  Pereira). 
Filho  do  Visconde  (com  grandeza)  de  Merity,  Manuel  Lopes  Pereira 
Bahia. 

Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Imperial ;  Commendador 
da  Ordem  de  Christo,  Official  da  da  Rosa  ;  Vereador 
da  lllustrissima  Gamara  Municipal  da  Corte  e  Cidade 
do  Rio  de  Janeiro. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Em  campo  de  prata,  um  escudete  de  azul,  carregado 
de  uma  abelha  de  ouro.  (Brazão  passado  em  31  de  Desembro  de  1863. 
Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  61). 


BARROS.  (Benjamin  Franklin  Torreão  de). 
Bacharel  em  sciencias  jurídicas  e  sociaes  pela  Faculdade  do  Recife, 
addido  de  primeira  classe  á  legação  Brasileira  na  Repu- 
blica Oriental  do  Uruguay. 

Filho  de  Bento  José  Fernandes  de  Barros,  Commen- 
dador da  Ordem  de  Christo  e  da  Ordem  da  Rosa, 
e  de  D.  Joaquina  Brasileira  Torreão  de  Barros.  Neto 
paterno  do  Capitão  Bento  José  Fernandes  de  Barros, 
e  de  D.  Anna  Rita  Freire  de  Azevedo,  e  pela  parte 
materna  de  Bazilio  Quaresma,  ex-Presidente  da  Pro- 
víncia do  Rio  Grande  do  Norte  e  da  Parahyba, 
ex-Deputado  á  Assembléa  Geral  Legislativa  pela 
dita  província* do  Rio  Grande  do  Norte,  e  de  D.  Anna  Catharina  de  Barros 
Torreão.  Bisneto  paterno  de  Manuel  José  Fernandes,  e  de  D.  Maria  Josepha 
de  Barros,  da  cidade  de  Lisboa  ;  também  bisneto  do  Capitão-Mór  Bento 
Freire  de  Revoredo,  e  de  D.  Mónica  da  Rocha  Bezerra,  ambos  naturaes  da 
Província  de  Rio  Grande  do  Norte.  Terceiro  neto  do  Capitão  Leonardo 
Pinheiro  Teixeira,  e  de  D.  Maria  Borges  da  Rocha  Bezerra,  naturaes  do  Rio 
Grande  do  Norte. 


BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro  e  quarto  quartéis,  as  armas  dos  Bezerras,  —  em 
campo  verde  dois  bezerros  de  oiro  andantes  com  os  rabos  sobre  a  anca  ;  no  segundo  e  terceiro,  as 
armas  dos  Revoredos,  que  são  partidas  em  pala  :  na  primeira  em  campo  de  oiro,  fretado  de  vermelho  ; 
na  segunda  em  campo  verde,  um  castello  de  oiro  coberto  e  lavrado,  com  bordadura  azul,  carregada 
de  sete  peixes  salemas  de  prata.  Timbre  :  um  bezerro  sem  chifres.  (Braz3o  passado  em  30  de  Agosto 
de  1864.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  65).  i< 


574 


BARROSO.  (Zozimo  Braulio). 
Nasceu  na  cidade  do  Aracaty,  Ceará,  a  4  de  Abril  de  1839.  Reside  em 
Lausanne,  na  Suissa. 

Casou  no  Rio  de  Janeiro  a  26  de  Agosto  de  187 1 ,  com 
D.  Francisca  Miquelina  de  Souza  Rezende,  nascida 
em  Petrópolis,  a  23  de  Maio  de  1850;  filha  do 
Capitão  Luiz  Ribeiro  de  Souza  Rezende,  e  de 
D.  Genebra  de  Souza  Queiroz,  sua  prima  irman. 
Filho  de  Francisco  Fidelis  Barroso,  nascido  na  cidade 
do  Aracaty,  a  22  de  Maio  de  181 1,  fallecido  a  12 
de  Abril  de  1873,  Coronel  reformado  da  Guarda 
Nacional,  da  Capital  da  Província  do  Ceará,  que 
se  casou  no  Aracaty,  a  22  de  Abril  de  1837,  com  D.  Anna  Cândida  Ribeiro, 
nascida  no  Aracaty,  a  18  de  Junho  de  181 8,  e  fallecida  a  13  de  Maio  de  1834. 
Neto,  pela  parte  paterna,  de  José  Fidelis  Barroso  de  Mello,  Tenente-Coronel, 
e  Cavalleiro  Professo  da  Ordem  de  Christo.  Neto,  pela  parte  materna,  de 
Manuel  António  Alves  Ribeiro,  fallecido  em  Aracaty,  a  4  de  Novembro  de 
de  1835,  e  de  D.  Angela  Moreira,  fallecida  em  Pernambuco,  a  24  de  Março 
1846,  filha  do  Capitão  José  António  Moreira  e  de  D.  Martha  da  Costa  de 
Oliveira  ;  D.  Angela  Moreira,  casada  com  Manuel  António  Alves  Ribeiro, 
era  neta  paterna  de  José  Moreira  e  de  D.  Maria  Domingues  de  Lima,  e  neta 
materna  de  Amaro  José  da  Costa  e  de  D.  Josepha  Maria  de  Oliveira  ; 
esta,  filha  de  Pedro  Serrão  de  Carvalho  e  de  D.  Joanna  da  Silva  de  Mello;  e 
seu  marido,  filho  de  Domingos  da  Costa  e  de  D.  Catharina  de  Senne.  Bisneto 
paterno  de  António  Gonçalves  Barroso,  e  de  D.  Maria  de  Albuquerque. 
Terceiro  neto  de  Manuel  de  Mello  e  Albuquerque,  e  de  D.  Anna  Clara 
Cavalcanti.  Quarto  neto  de  Sebastião  Pereira  de  Mello,  e  'de  D.  Maria 
Tavares  ;  também  quarto  neto  do  Capitão- Mór  António  Feijó  de  Mello, 
Cavalleiro  da  Ordem  de  Christo,  que  serviu  na  guerra  contra  os  Hollandezes, 
e  de  D.  Laura  Cavalcanti.  Quinto  neto  de  Sebastião  Guimarães,  ede  D.  Luiza 
de  Mello  Albuquerque,  e  também  quinto  neto  de  João  Soares  Cavalcanti, 
Cavalleiro  da  Ordem  de  Christo,  e  de  D.  Catharina  de  Albuquerque. 
Sexto  neto  de  Baptista  Guimarães,  e  também  de  António  Pereira  da  Cunha 
e  de  D.  Isabel. 

Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Imperial ;  Bacharel  em  sciencias  physicas  c 
mathematicas  pela  antiga  Escola  Central,  do  Rio  de  Janeiro,  formado  em 
1862  ;  Engenheiro  Civil,  sócio  correspondente  do  Instituto  do  Ceará ;  membro 
da  Associação  dos  Engenheiros  Civis  de  Londres,  etc. 


575 


BRAZAO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro  e  quarto  quartéis,  as  armas  dos  Barrosos,  —  em 
campo  vermelho  cinco  leões  de  prata  rompantes,  postas  em  aspa,  cada  um  carregado  de  duas  faxas 
enxadresadas  de  purpura  e  ouro,  uma  pelo  precoço  e  outra  pela  barriga  ;  no  segundo  quartel,  as 
armas  dos  Mellos,  —  em  campo  vermelho  seis  besantes  de  prata  entre  uma  dobre  cruz  e  uma 
bordadura  de  ouro ;  no  terceiro  quartel  as  armas  dos  Albuquerques,  que  são  esquarteladas  :  no 
primeiro  as  armas  de  Portugal,  com  seu  filete  em  contrabanda  ;  no  segundo,  en  campo  sanguinho 
cinco  flores  de  liz  de  ouro  em  aspa,  e  assim  os  contrários.  Timbre  :  um  dos  leões  das  armas  do$ 
Barrosos  ;  e  por  differença  uma  brica  de  ouro  com  um  Z  de  sable.  (BrazSo  passado  em  i8  de  Março 
de  1867.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  75). 


BRANDÃO.  (António  Torquato  Leite). 
Filbo  de  Bernardo  Xavier  da  Silva  Ferrão  Brandão,  e  de  D.  Francisca 
Eulina  Lobo  Leite.  Neto  por  parte  paterna  do  Sargento- 
Mór  Manuel  da  Rocha  Brandão,  e  de  D.  Joanna  Rosa 
Marcellina  de  Seixas.  Bisneto  pelo  lado  paterno  de 
Francisco  da  Rocha  Brandão,  e  de  D.  Maria  da  Silva 
Figueiredo,  e  também  do  Tenente-Mestre  de  Campo, 
General  Bernardo  da  Silva  Ferrão,  e  de  D.  Francisca 
de  Seixas  da  Fonseca.  Terceiro  neto  por  parte  paterna 
do  Capitão-Mór  Francisco  Sanches  Brandão,  e  de 
D.  Maria  da  Rocha  Vieira,  e  também  terceiro  neto 
de  António  José  da  Silva  e  de  D.  Maria  d'Avila  da 
Silva  Figueiredo,  filha  d^  outra  do  mesmo  nome,  prima  do  Coronel  Garcia 
d'Avila-  de  Figueiredo,  senhor  da  illustre  casa  da  Torre,  da  cidade  da  Bahia  ; 
e  o  dito  António  José  da  Silva,  que  era  filho  de  D.  Francisco  António  e  de 
D.  Maria  da  Silva,  que  era  filha  do  Conde  de  Aveiras,  Luiz  da  Silva  Tello 
de  Menezes. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado:  no  primeiro  e  quarto  quartéis  as  armas  de  Brandões,  que  s3o 
as  de  varonia,  em  campo  azul  cinco  brandões  de  oiro  acezos  e  postos  em  santor ;  no  segundo  as  dos 
Silvas,  —  em  campo  de  prata  um  leão  de  purpura,  armado  de  azul  ;  no  terceiro  as  dos  Avilas,  — 
em  campo  de  oiro  treze  tortões  de  azul  em  três  palas.  (Brazão  passado  em  4  de  Outubro  de  1867. 
Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  72). 


CARDOSO.  (D.- Cândido  José). 
Nasceu  em  Itaguahy,  Província  do  Rio  de  Janeiro,  em  25  de  Abril 
de  1828. 
Falleceu  em  30  de  Janeiro  de  1877.  , 


576 


Filho  do  Commendador  Francisco  José  Cardoso  e  de  D.  Propicia  Francisca 
Carneiro  da  Fontoura  Barreto. 

Doutor  em  Medicina  pela  Faculdade  do  Rio  de  Janeiro  ;  proprietário, 
negociante  matriculado  e  Director  do  Banco  Rural  e  Hypothecario. 

BRAZAO  DE  ARMAS  :  Ver  o  de  seu  pae,  Francisco  José  Cardoso,  que  segue.  (Brazão  passado  em  20  de 
Setembro  de  i86o.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  47). 


CARDOSO.  (Francisco  José). 
Filho  do  Brigadeiro  Manuel  José  Cardoso,  Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa 
Real  de  Portugal,  Commendador  da  Ordem  de  Christo, 
e  de  D.  Maria  Francisca  de  Portugal  e  Castro.  Neto 
paterno  do  Coronel  Manuel  José  Cardoso,  Fidalgo 
Cavalleiro  da  Casa  Real,  Commendador  da  Ordem  de 
Christo,  Senhor  do  Morgado  da  Vaccaria,  com  assento 
no  Solar  desde  D.  AfFonso  \.  cujo  Solar  é  a  quinta  dos 
Cardosos  em  Lamego  ;  e  de  sua  mulher  D.  Anna 
Monteiro  de  Barros;  e  por  parte  materna  de  Christovam 
de  Portugal  e  Castro,  Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Real, 
Commendador  da  Ordem  de  Christo  ;  e  de  D.  Fran- 
cisca de  Assis  da  Nóbrega  Botelho. 
Casou  com  D.  Propicia  Francisca  Carneiro  da  Fontoura  Barreto. 

Negociante  matriculado  ;  proprietário  nesta  Corte,  e  na  villa  de  Itaguahy ; 
dono  do  Canal  de  S.  Pedro  de  Alcântara  ;  Presidente  da  Companhia  Sero- 
pedica  Fluminense;  Commandante  Superior  da  12.*  Legião  da  Guarda 
Nacional,  Commendador  da  Ordem  de  Christo. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  partido  em  três  palas,  as  quaes  sJo  partidas  em  faxa :  na  primeira,  tendo 
por  cima  as  armas  de  Portugal  (as  antigas  da  Casa  de  Bragança),  e  por  baixo  as  dos  Castros,  —  que 
trazem  em  campo  de  ouro  treze  arruelas  de  azul  em  três  palas  ;  na  segunda  as  armas  dos  Monteiros, 
—  em  campo  de  prata  três  cornetas  de  preto  em  roquete,  com  bocaes  de  ouro  e  cordões  vermelhos ; 
e  a  dos  Barros,  —  em  campo  vermelho  três  bandas  de  prata  e  no  campo  nove  estrellas  de  ouro, 
postas  I,  3,  3  e  2  ;  na  terceira  pala  as  armas  dos  Nobregas,  —  em  campo  de  ouro  quatro  palas  de 
goles,  e  a  dos  Botelhos,  —  em  campo  de  ouro  quatro  bandas  de  goles  ;  e  no  meio  um  escudete  com 
as  armas  dos  Cardosos,  —  em  campo  vermelho  dois  cardos  floridos  com  flores  e  raizes  de  prata, 
entre  dois  leões  de  ouro  batalhantes,  armados  de  goles.  Timbre  :  o  dos  Cardosos,  que  é  uma  cabeça 
de  leio  de  ouro,  sahindo-lhe  da  boca  um  cardo  de  verde  florido  de  prata.  (Brazão  passado  em  i6  de 
Agosto  de  1860.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  44). 


Archivo  Nobiliarchico  Brasileiro  73 


577 


CARDOSO.  (J.o-  Francisco  José). 
Nasceu  em  15  de  Janeiro  de  1826. 
Filho  de  Francisco  José  Cardoso  e  D.  Propicia  Francisca  Carneiro  da  Fontoura 
Barreto. 

Bacharel  em  Mathematicas  pela  antiga  Academia  Militar ;  Coronel  do 
Estado-Maior  de  i  .*  classe  ;  do  Conselho  de  S.  M.  ;  Official  da  Ordem 
da  Rosa,  da  de  S.  Bento  de  Aviz  ;  Commendador  da  Ordem  de  N.  S.  da 
Conceição  de  Villa  Viçosa  ;   Deputado  Provincial  do  Rio  de  Janeiro.  Foi 

Presidente  da  Província  de  Matto  Grosso  em  187 1. 

'0 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Vêr  o  de  seu  pae,  Francisco  José  Cardoso.  (BrazSo  passado  em  20  de  Setembro  de 
1860.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  47). 


CARDOSO.  (José  Francisco). 
Filho  do  Commendador  Francisco  José  Cardoso  e  D.  Propicia  Fran- 
cisca Carneiro  da  Fontoura  Barreto. 

Bacharel  em  sciencias  jurídicas  e  sociaes  pela  Faculdade  de  S.  Paulo  ; 
Cavalleiro  da  Ordem  de  Christo. 

Foi  Presidente  da  Província  do  Paraná  em  1859. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Vêr  o  de  seu  pae,  Francisco  José  Cardoso.  (Braxão  passado  em  20  de  Setembro  de 
1860.  Reg.  no  Cartorio^dâ  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  47). 


CARDOSO.  (Manuel  José). 
Filho  de  Francisco  José  Cardoso,  Commendador  da  Ordem  de 
Christo  ;  Commandante  superior  da  Guarda  Nacional  de  Itaguahy  e 
Mangaratiba  ;  dono  do  canal  de  S.  Pedro  de  Alcântara  ;  Presidente  da 
Imperial  Companhia  Seropedica  Fluminense  ;  e  de  D.  Propicia  Francisca 
Carneiro  da  Fontoura  Barreto. 

Commendador  da  Ordem  de  Christo  ;  Official  da  da  Rosa  ;  Presidente 
da  Camará  Municipal  de  Itaguahy  ;  negociante  matriculado ;  proprietário  nesta 
Corte  e  em  Itaguahy. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Vêr  o  de  seu  pae,  Francisco  José  Cardoso.  (Brazao  passado  em  ao  de  Setembro  de 
1860.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  46). 


S78 


c 


AR  VALHO.  (D.'  Carlos  Dias  Delgado  de). 
Nasceu  em  S.  Domingos,  Nictheroy,  a  }o  de  Janeiro  de  1854. 

Falleceu  em  Montreux,  naSuissa,  em  i  de  Maio  de  1915. 
Filbo  do  Major  José  Dias  Delgado  de  Carvalho,  natural 
de  Araruama,  Província  do  Rio  de  Janeiro,  onde 
nasceu  a  12  de  Julho  de  1825  e  falleceu,  no  Rio  de 
Janeiro,  a  7  de  Novembro  de  1896,  tendo  casado 
a  5  de  Fevereiro  de  1853,  com  D.  Maria  Carlota 
de  Azevedo  Torres,  nascida  a  7  de  Setembro  de 
1834  e  fallecida  em  29  de  Desembro  de  1892.  Neto 
por  parte  paterna  do  Coronel  Francisco  Dias  Delgado 
^  (1764- 1829)  e  de  D.  Maria  Columna  de  Carvalho 
■"''  (1794- 1866).  Neto  pelo  lado  materno  de  Joaquim 
José  Rodrigues  Torres,  Visconde  de  Itaborahy,  e 
de  sua  mulher  D.  Maria  Alvares  de  Azevedo  Macedo,  filha  de  João 
Alvares  de  Azevedo,  casado  com  sua  prima  D.  Maria  de  Macedo  Freire 
de  Azevedo  Coutinho,  que  era  filha  do  Sargento-Mór,  e  Mestre  de  Campo 
Alexandre  Alvares  de  Azevedo  e  de  D.  Anna  Maria  Joaquina  de  Lemos 
Duque  Estrada. 
Casou  em  primeiras  núpcias  com  D.  Lydia  Tourinho,  que  nasceu  a  3  de 
Agosto  de  1855  e  falleceu  em  Paris  a  8  de  Maio  de  1884  ;  e  em  segundas 
núpcias,  em  21  de  Outubro  de  1889,  com  D.  Luisa  Marcondes  Neves, 
nascida  no  Rio  de  Janeiro  a  3  de  Janeiro  de  1870,  que  reside  em  Territet, 
Suissa,  filha  de  José  Ferreira  Neves  e  de  D.  Cândida  Marcondes  ;  neta 
por  parte  paterna  de  António  Ferreira  Neves  e  de  D.  Luisa  Pereira  da 
Costa  e  pelo  lado  materno  de  Francisco  Machado  Marcondes  e  de  D.  Maria 
dos  Remédios  Marcondes. 

Doutor  em  Medicina  pela  Faculdade  do  Rio  de  Janeiro,  formado  em 
1875.  Abandonando  a  carreira  de  Medicina,  dedicou-se  á  diplomacia,  sendo 
nomeado  em  1880,  addido  de  i.*  classe  para  a  Legação  de  S.  Peters- 
burgo  ;  serviu  na  de  Lisboa  em  1881,  na  de  Paris  em  1882  passando  por 
ultimo  em  1886,  para  a  de  Bruxellas,  onde  permaneceu  até  a  queda  do 
Império. 

Era  Moço  Fidalgo  com  exercício  na  Casa  Imperial  (1887);  Commendador 
da  Ordem  de  Christo,  de  Portugal  (i  de  Outubro  de  1885) ;  Cavalleiro  da 
Legião  de  Honra  (25  de  Janeiro  de  1887) ;  Cavalleiro  da  O.  de  Leopoldo,  da 
Bélgica  (22  de  Janeiro  de  1891). 


579 


^\ 


BRAZÃO  OE  ARMAS  :  Escudo  partido  em  pala  :  na  primeira  em  campo  de  oiro,  uma  águia  de  negro 
aberta  e  coroada  da  mesma  cõr ;  na  segunda  de  azul,  três  bandas  de  oiro  carregada*  de  sete 
arminhos  negros,  três  na  primeira  e  dois  em  cada  uma  das  outras.  E  por  differença  uma  brica  aiul 
com  uma  estrella  de  "prata,  de  cinco  pontas.  Timlre  :  o  dos  Duque  Estradas,  que  é  a  águia  das 
armas.  Divisa  :  Ptus  bault.  Elmo  de  prata  guarnecido  de  oiro.  Paquife  :  dos  metaes  e  das  cores  do 
brazão.  (Brazão  passado  ao  D."^  Paulo  da  Motta  Duque  Estrada,  em  1 1  de  Maio  de  1766.  Reg.  no 
Cartório  da  Nobreza,  Liv.  1,  fls.  28'). 


C 


ARVALHO.  (D.  Úrsula  Maria  de  Almeida). 
Natural  do    Rio   de    Janeiro.    Casada   com   Joaquiiri   Caetano   da 
Silva,  proprietário  e  Escrivão  do  Tribunal  do  Jury  de 
Nictheroy. 

Filba  de  Eloy  Francisco  da  Silva,  e  de  D.  Maria  de 
Almeida  Carvalho,  também  naturaes  do  Rio  de 
Janeiro.  Neta  por  parte  materna  de  João  de  Almeida 
Carvalho,  natural  da  freguesia  de  Santa  Eulália  de 
Chaves,  bispado  de  Lamego,  no  Reino  de  Portugal ; 
e  de  D.  Domingas  Maria  da  Conceição,  natural  do 
Rio  de  Janeiro.  Bisneta  de  António  de  Almeida 
Carvalho  e  de  D.  Maria  Mendes.  Terceira  neta  de 
Manuel  de  Carvalho  e  de  D.  Domingas  de  Almeida.  Quarta  neta  de 
D.  Luisa  de  Carvalho.  Q_uinta  neta  de  D.  Maria  de  Carvalho.  Sexta  neta 
de  D.  Isabel  Carvalho  de  Assumpção.  Sétima  neta  de  António  Fernandes 
e  de  D.  Isabel  Carvalho.  Oitava  neta  de  João  Carvalho  e  de  D.  Anna 
Mendes  Vasconcellos,  e  também  de  Manuel  Gomes  Leite  do  Pascal,  e 
de  D.  Maria  Mendes  Solteira.  Nona  neta  de  Álvaro  de  Carvalho.  Decima 
neta  de  Ruy  Carvalho,  que  foi  Fidalgo  muito  honrado  dessa  geração 
dos  Carvalhos. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Lisonja  com  as  armas  dos  Carvalhos,  —  em  campo  azul,  uma  estrella  de  ouro  de 
oito  raios,  entre  uma  quaderna  de  crescentes  de  prata.  Timbre  :  um  cysne  de  prata  com  uma  estrella 
de  ouro  no  peito.  (BrazSo  passado  em  6  de  Julho  de  1867.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI, 
fls.  80).  " 


580 


c 


o  DECO.  (Cândido  José  Pereira). 
Natural  da  cidade  de  Campos  dos  Goytacazes. 

Filbo  de  Alexandre  José  Pereira  Codeço,  e  D. 

de  Souza  Rodrigues. 
Casou  com  D.  Anna  Francisca  Cândida  Torres. 


Maria 


BRAZÃO  DE  ARMAS:  Escudo  orlado  de  ouro,  em  campo  azul  cinco  estreites 
de  prata,  postas  em  aspa.  Timbre  :  um  leão  rompante  de  purpura  com 
uma  espada  de  ouro  na  garra  destra,  e  uma  estrella  de  prata  na  esquerda 
sobre  um  elmo  de  prata.  Paquife  :  das  cores  e  metaes  do  brazão.  (Bratio 
passado  em  ao  de  Setembro  de  1858.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza, 
Liv.  VI,  fls.  38). 


CODEÇO.  (José  Alexandre  Pereira). 
Natural  da  cidade  de  Campos  dos  Goytacazes. 
Filbo  de  Cândido  José  Pereira  Codeço,  Cavalleiro  da  Ordem  de  Christo,  e 
de  D.  Anna  Francisca  Cândida  Torres.  Neto  paterno  de  Alexandre 
José  Pereira  Codeço  e  de  D.  Maria  de  Souza  Rodrigues  ;  e  pela  lado 
materno  do  Guarda-Mór  Vicente  Torres  Homem,  e  de  D.  Joaquina 
Gomes  de  Souza.  Bisneto  paterno  do  Capitão  Estevão  Ribeiro  de  Alva- 
renga, a  quem  o  Rei  do  Portugal,  D.  Pedro  II,  concedeu  Brazão  de 
Armas  de  Nobreza  e  Fidalguia. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Ver  o  de  seu  pae.  Cândido  José  Pereira  Codeço.  (Brazão  passado  em  29  de  Desembro 
de  1866.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  (Is.  73). 


c 


ORDEIRO.  (Lopo  Diniz). 
Nasceu  a  14  de  Abril  de  1834  na  freguesia  de  N.  S.  da  Conceição  de 

Manbucaba,  município  de  Angra  dos  Reis,  Província 

do  Rio  de  Janeiro. 

Filbo  do  Capitão  António  Cordeiro  da  Silva  Guerra, 
natural  de  Guaratinguetá,  S.  Paulo,  fallecidoa  iode 
Agosto  de  1866,  e  de  D.  Henriqueta  de  Albuquerque 
Diniz,  nascida  a  )o  de  Desembro  de  1814  e  fallecida 
no  Rio  de  Janeiro  a  16  de  Novembro  de  1886,  filha 
do  Coronel  Joaquim  da  Silva  Diniz,  que  casou  a 
26  de  Setembro  de  181 2  com  D.  Maria  José  de 
Alencastro  Albuquerque,  nascida  a  10  de  Desembro 


s8i 


*^  !.-»>■ 


de  179^,  que  era  filha  do  Capitão  João  Baptista  SanfLago  RoHallo  Pacheco 
da  Silva,  natural  da  Bahia,  o  qual  provando  sua  ascendência  obteve  carta 
de  Brazão, -passada  a  13  de  Outubro  de  1795,  com  as  armas  dos  Pachecos, 
SanfLagos  Roballos  e  Silvas,  tendo  casado  na  Bahia,  a  5  de  Junho  de 
1792,  com  D.  Clara  Magdalena  de  Albuquerque,  filha  de  Pedro  de 
Albuquerque  da  Camará,  natural  da  Bahia,  Fidalgo  Cavalleiro  por  Alvará 
de  12  de  Desembroxle  1737. 
Casou  em  31  de  Maio  de  1862  com  D.  Maria  de  Nazareth  de  Araújo  Basto  ; 
filha  do  Coronel  António  Rodrigues  de  Araújo  Basto,  Commendador  da 
Imperial  Ordem  da  Rosa  e  da  do  Cruzeiro,  e  de  D.  Biriilia  Cândida 
Vianna.  ^' 

E'  Bacharel  em  sciencias  jurídicas  e  sociaes  pela  Faculdade  de  S.  Paulo 
(tSçó),  e  em  lettras  pelo  Imperial  CoUegio  D.  Pedro  II  em  1851  ;  Fidalgo 
Cavalleiro  da  Casa  Imperial  (1870) ;  Cavalleiro  da  Imperial  Ordem  da  Rosa 
(1874);  Cavalleiro  da  de  Christo,  de  Portugal  (1870),  e  Commendador  da 
Ordem  de  N.  S.  da  Conceição  de  Villa  Viçosa,  em  1875  ;  Conde  de  Diniz 
Cordeiro,  por  Breve  Apostólico  de  S.  S.  Leão  XIII,  de  1892.  E'  o  mais  antigo 
advogado  no  foro  do  Rio  de  Janeiro,  onde  trabalha  desde  1856. 

Seu  filho  Heitor  Basto  Cordeiro,  natural  da  cidade  do  Rio  de  Janeiro, 
onde  nasceu  a  17  de  Fevereiro  de  1863  e  falleceu  a  1  de  Fevereiro  de  1908  ; 
casou,  na  dita  cidade,  a  6  de  Maio  de  1893,  com  D.  Francisca  Carolina  Smith 
de  Vasconcellos,  que  nasceu  no  Rio  de  Janeiro  a  12  de  Julho  de  1875,  ^'ha 
primogénita  dos  2.°*  Barões  de  Vasconcellos.  Era  Bacharel  formado  em 
sciencias  jurídicas  e  sociaes  pela  Faculdade  de  Pernambuco;  formado  em 
26  de  Setembro  de  1885,  Moço  Fidalgo  com  Exercício  na  Casa  Imperial, 
Official  da  Imperial  Ordem  da  Rosa  por  decreto  de  22  de  Desembro  de  1888, 
e  Cavalleiro  da  Real  Ordem  de  Christo,  de  Portugal. 


BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro,  as  armas  dos  Pachecos,  —  em  campo  de  oiro, 
duas  caldeiras  de  negrc»,  com  três  faxas  cada  uma,  veiradas  de  oiro  e  contravciradas  de  vermelho,  e 
assim  as  azas ;  e  nos  encaixes  quatro  cabeças  de  serpes,  negras,  duas  para  dentro  e  duas  para  fora. 
No  segundo  quartel,  as  dos  Santiagos,  —  em  campo  de  prata  um  pendio,  que  é  metade  azul  e  outra 
metade  sanguinha,  haste  vermelha  segura  por  duas  maõs  de  sua  côr  cortadas  e  distilando  sangue. 
No  terceiro  quartel,  as  dos  Roballos,  —  em  campo  azul  um  roballo  de  prata  entre  duas  estrtllas  de 
oiro.  No  quarto,  as  dos  Silvas,  —  em  campo  de  prata  um  leão  de  purpura  armado  de  azul.  E  no 
meio  um  escodete  com  as  armas  dos  Albuquerques,  que  são  esquarteladas  :  no  primeiro  e  quarto  as 
,  armas  de  Portugal  com  seu  filete  e  contrabanda  acostumada,  no  segundo  e  terceiro  vermelhos,  cinco 
flores  de  liz  de  oiro  em  aspa.  Timbre  :  uma  aza  de  águia  extendida,  e  sobre  ella  as  cinco  flores  de 
liz  das  armas  ;  e  por  differença  uma  brica  azul  com  um  farpão  de  prata.  (Brazão  passado  em  15  de 
Fevereiro  de  1866.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  70). 


582 


c 


OUTINHO.  (Balthazar  Rangel  de  Souza). 
Natural  da  freguesia  de  S.  Salvador  do  Mundo  da  Guaratiba,  bispado 
do  Rio  de  Janeiro,   Capitão,  Cavalleiro  professo  na 
Ordem  de  Christo. 

Filho  do  Doutor  Miguel  Rangel  de  Souza  Coutinho, 
natural  da  dita  freguesia,  ao  qual  se  passou  brazão 
de  armas  das  mesmas  famílias  a  3  de  Março  de  1727, 
e  de  D.  Helena  da  Cruz  Freire.  Neto  paterno  de 
Julião  Rangel  de  Souza,  e  de  D.  Maria  Josepha 
Pereira  de  Mariz,  e  pela  parte  materna  do  Capitão 
Bento  Figueiroa  Bravo,  e  de  D.  Josepha  Freire. 
Bisneto  do  Capitão  Balthazar  Rangel  de  Souza,  e 
de  D.  Angela  de  Mendonça.  Terceiro  neto  de  Vasco  Fernandes  Coutinhb, 
senhor  e  donatário  da  Villa  e  Capitania  do  Espirito-Santo  ;  cujos  netos 
na  Corte  de  Lisboa  lograram  os  titulos  de  Almotaceis-Móres  do  Reino, 
e  a  dita  D.  Angela  de  Mendonça  era  filha  de  Francisco  de  Souza  Coutinho, 
que  era  segundo  neto  de  D.  Jorge  de  Souza,  irmão  de  D.  António  de 
Souza,  Conde  do  Prado.  Terceiro  neto  pela  parte  materna  do  Capitão 
Constantino  Machado  Sampaio,  e  de  D.  Josepha  da  Silva  e  Mariz  Pereira, 
filha  de  Duarte  Sodré  Pereira,  senhor  de  Aguas-Bellas. 


BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  esqu^rtelado  :  no  primeiro  quartel  as  armas  dos  Souzas  do  Prado,  que  sSo  : 
escudo  esquartelado  no  primeiro  e  quarto  em-  campo  de  prata  as  cinco  quinas  de  Portugal ;  no 
segundo  e  terceiro  quartéis,  em  campo  de  prata,  um  leio  rompante  de  vermelho.  No  segundo 
quartel  as  armas  dos  Coutinhos,  —  em  campo  de  oiro  cinco  estrellas  vermelhas  postas  em  santor. 
No  terceiro  as  armas  dos  Pereiras,  —  em  campo  vermelho  uma  cruz  de  prata  florida,  e  vasia  do 
campo.  No  quarto  as  armas  dos  Rangeis,  —  em  campo  azul  uma  flor  de  liz  de  prata,  com  uma 
orla  de  oiro,  e  nella  sete  romans  verdes  com  bagos  vermelhos.  Timbre:  dos  Souzas,  que  é  um  leào 
rompante  vermelho,  com  uma  grinalda  florida  de  verde,  e  por  differença  uma  brica  vermelha  com 
farpão  de  oiro.  (Brazão  passado  em  17  de  Setembro  de  1816.  Ríg.  no  Liv.  1.  a  fls.  66  do  Reg.  dos 
Brazões  e  armas  de  Fidalguia  do  Reino  Unido  e  suas  Conquistas). 


^83 


c 


OUTO.  (Luiz  Martinho  de  Azevedo). 
Natural  e  residente  na  Província  do  Pará.  Cónego  da  Sé  da  mesma 
Provincia,  vigário  collado  da  freguesia  da  Sé,  Cavalleiro 
Fidalgo  da  Casa  Imperial. 

Filbo  de  António  Bernal  do  Couto,  Cavalleiro  da  Ordem 
Imperial  do  Cruzeiro,  e  de  D.  Anna  Joaquina  de 
Carvalho. 


BRAZÀO  DE  ARMAS  :  Escudo  ovado  :  no  primeiro  quartel,  em  campo 
vermelho,  um  leào  de  ouro  faxado  com  três  faxas  de  azul.  No  segundo 
quartel,  em  campo  vermelho,  um  castello  de  prata  lavrado  de  negro 
com  as  portas  e  frestas  de  verde,  assentado  sobre  ondas  de  prata 
e  azul  em  contra  chefe.  No  terceiro  quartel  esquartelado  :  no  primeiro, 
em  campo  de  oiro,  uma  águia  negra  de  duas  cabeças  armada  de 
vermelho  com  um  crescente  de  prata  nos  peitos ;  no  segundo,  emVcampo  sanguinho,  três  escudetes 
de  prata,  carregado  cada  um  de  sua  cruz  sanguinha  chã  postos  em  roquete  ;  no  terceiro  quartel  também 
em  campo  sanguinho  um  castello  de  prata  ;  e  no  quarto,  no  mesmo  campo  vermelho,  três  vieiras  de 
prata  em  roquete.  No  quarto  quartel  em  campo  azul,  uma  estrella  de  oiro  de  oito  raios,  no  centro  de 
quatro  crescentes  de  prata  apontados.  Chapéo  de  Cónego,  e  por  differença  uma  hrica  de  prata  com 
um  L  de  preto.  (Brazio  passado  em  12  de  Fevereiro  de  1S70.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI, 
fls.  107). 


GAMA.    (Caetano  Maria  de  Paiva  Lopes). 
Natural  e  baptisado  na  cidade  do  Rio  de  Janeiro.  Moço  Fidalgo  da 

Casa  Imperial. 

Filbo  do  Visconde  de  Maranguape,  Caetano  Maria  Lopes 
Gama,  Grande  do  Império,  Membro  ordinário  do 
Conselho  de  Estado,  Senador  do  Império,  Ministro 
aposentado  do  Supremo  Tribunal  de  Justiça,  Grande 
Dignitário  da  Ordem  da  Rosa,  Official  da  Imperial 
Ordem  do  Cruzeiro,  Commendador  da  Ordem  de 
Christo,  Ministro  e  Secretario  de  Estado  dos  Negócios 
Estrangeiros,  natural  e  baptisado  na  cidade  do  Recife, 
Pernambuco,  e  da  Viscondessa  de  Maranguape. 

Neto  paterno  do  Doutor  João  Lopes  Cardoso  Machado,  natural  de  Lisboa, 
e  de  D.  Anna  Bernarda  do  Nascimento  Gama,  natural  e  baptisada  na  Pro- 
vincia de  Pernambuco. 

Bisneto  paterno  do  Capitão-Mór  José  Lopes  Cardoso,  natural  de  Guima- 
rães, Portugal,  e  de  D.  Águeda  Maria  de  Souza  Machado,  natural  da  Villa  de 
Soure,  ambos  do  Reino  de  Portugal  ;  e  pela  materna  do  Sargento-Mór  Pedro 


584 


# 


Fernandes  Gama,  e  de  D.  Theresa  Maria  de  Jesus,  ambos  naturaes  d'aquella 
mesma  Província ;  terceiro  neto  materno  do  Fidalgo  Cavalleiro  Pedro  Fernandes 
Gama,  e  de  D.  Maria  dos  Prazeres  Neves.  Quarto  neto  pelo  dito  lado  do 
Fidalgo  Cavalleiro  Manuel  Fernandes  Gama,  e  de  D.  Francisca  Gomes,  filha 
do  Coronel  do  Regimento  de  Linha  da  cidade  do  Porto,  Bento  Gomes ;  quinto 
neto  por  esta  mesma  parte  do  Fidalgo  Ayres  da  Silva  Coutinho,  morgado  de 
Azurara,  e  de  D.  Margarida  da  Gama,  filha  de  D.  Vasco  da  Gama,  }."  Marquez 
de  Niza. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  O  de  seu  pae.  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro  quartel  as  armas  dos  Gamas,  — 
quinze  escaques  de  oiro  e  vermelho  de  três  peças  em  faxa  e  cinco  em  pala,  tendo  as  vermelhas 
acoticadas  com  suas  faxas  de  prata,  e  no  meio  um  escudo  com  as  quinas  do  reino.  No  segundo,  as 
dos  Lopes,  —  em  campo  azul  uma  palmeira  de  oiro,  com  um  corvo  pousante  nella  com  azas  exten- 
didas.  No  terceiro,  as  dos  Cardozos,  —  em  campo  vermelho  dois  cardos  de  verde  floridos  com  flor 
e  raizes  de  prata  entre  duas  leões  de  oiro  batalhantes  armados  de  vermelho.  No  quarto  quartel,  as 
dos  Machados,  —  em  campo  vermelho  cinco  machados  de  prata,  manicados  de  oiro  postos  em  aspa. 
Elmo  de  prata,  guarnecido  de  oiro  em  relevo.  Timbre  ;  o  dos  Gamas,  um  naire  de  cintura  para  cima 
i  vestido  ao  modo  da  Índia,  com  o  escudo  das  armas  na  mão.  (Brazão  passado  em...  de  Novembro 

de  1857.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza.  Liv.  VI,  fls.  36). 


H 


ENRIQUES.  (João  António  de  Araújo  Freitas). 
Fílbo  do  Coronel  João  Joaquim  de  Freitas  Henriques. 

Bacharel  em  sciencias  jurídicas  e  sociaes.  Foi  Ministro 
do  Supremo  Tribunal  de  Justiça  ;  Presidente  das  Pro- 
víncias: do  Ceará  em  1869,  da  Bahia  em  1871,  de  Minas 
Geraes  em  1874  e  do  Pará  em  1886  ;  Deputado  á 
Assembléa  Geral,  representando  a  Província  da  Bahia, 
na  15.»  legislatura  de  1872-1875  e  na  16.^  de  1878. 

Era  Commendador  da  Imperial  Ordem  de  Christo 
e  do  Conselho  de  S.  Magestade. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  partido  cm  pala  :  a  primeira,  partida  em 
faxa,  tendo  em  cima  as  armas  dos  Freitas,  — em  campo  vermelho,  cinco 
estreitas  de  oiro  de  seis  pontas  postas  em  aspa  ;  e  por  baixo  as  dos  Henriques,  —  em  campo  de 
prata  dois  leões  de  purpura  batalhantes,  e  um  manteler  de  vermelho,  carregado  de  um  castello 
de  oiro,  lavrado  de  preto.  Na  segunda  pala,  esquartelada,  as  armas  dos  Esmeraldos,  que  são  :  no 
primeiro  quartel,  de  prata,  uma  banda  de  preto;  e  no  contrario  do  mesmo,  um  leão  do  mesmo,  e 
sobre  ella  um  filete  em  banda  ;  no  segundo  de  azul,  uma  faxa  de  oiro,  e  no  contrario  do  mesmo, 
uma  banda  de  prata  fimbrada  de  goles.  Timbre  :  o  dos  Freitas,  dois  braços  do  leão,  de  oiro,  em  aspa. 
Elmo  de  prata  guarnecido  de  oiro.  Paqjjife  :  dos  metaes  e  cores  das  armas.  (Brazão  passado  em 
»■}  de  Agosto  de  1860.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  45). 


Archivo  Nobititrchlco  Brasileiro  74 


585 


L 


^M" 


EÀO.  (José  Ribeiro  da  Silva).  "^  ^  *^ 

Filho  do  Capitão  Manuel  José  Ribeiro  da  Silva,  negociante  de  grosso 
trato,  e  proprietário,  e  de  D.  Senhorinha  Rosa  da 
Conceição  e  Silva. 

Neto  paterno  do  negociante  e  proprietário  João 
Ribeiro  da  Silva  e  de  D.  Catharina  Ribeiro  e  Silva,  e 
neto  materno  do  Capitão,  Cavalleiro  da  Ordem  de 
Santiago,  Jacintho  Gomes  Leão,  e  de  D.  Joaquina  do 
Amaral  Leão. 

Coronel  reformado  da  Guarda  Nacional  ;  Official 
da  I.  Ordem  da  Rosa,  Cavalleiro  da  de  Christo,  nego- 
ciante matriculado  e  proprietário. 

BRAZÂO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  ;  no  primeiro  quartel,  em  campo  vermelho,  Ires  estrellas  de 
ouro,  2  e  I.  No  segundo  e  terceiro,  em  campo  de  prata,  um  leão  sanguinho  armado  de  azul.  No 
quarto,  faxado  de  azul  e  de  ouro,  de  quatro  peças.  (Brazão  passado  em  j  de  Setembro  de  1863. 
Re^.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  60). 


L 


EÁO.  (Luiz  Filippe  de  Souza). 
Natural  da  Província  de  Pernambuco. 

Casou  com  D.  Maria  de  Figueiredo,  natural  do  Rio  de 

Janeiro,  irman  do  Conde  de  Figueiredo,  já  fallecida. 

Falleceu  no  Rio  de  Janeiro  a  30  de  Agosto  de  1898. 

Bacharel  em  sciencias  jurídicas  e  sociaes  pela  Facul- 
dade do  Recife. 

Representou  sua  Provinda  natal,  na  Camará  Tem- 
porária, em  4  legislaturas  :  na  10.'  de  1857-60,  12.*  e 
13."  de  1864-70,  e  na  16.*  de  1878  ;  e  no  Senado,  sendo 
nomeado  em  1880. 

Era  do  Conselho  de  S.  M.  o  Imperador,  e  Official 
da  Imperial  Ordem  da  Rosa. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro  e  quarto,  em  campo  de  prata,  as  quinas  de 
Portugal,  postas  em  aspa  ;  no  segundo  e  terceiro,  em  campo  de  oiro,  um  leão  de  goles  rompante. 
Timbre  :  o  leão  das  armas.  (BrazJo  passado  em  30  de  Agosto  de  1867.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza, 
Liv.  VI,  fls.  90). 


586 


LiSBÒA.  (Joaquim  Miguel  Ribeiro). 
Baptisado  na  freguesia  de  S.  João  Baptista,  de  Nictheroy,  Rio  de  Janeiro. 
Filho  de  Miguel  Maria  Lisboa,  Barão  de  Japurá,  natural 
da  cidade  do  Rio  de  Janeiro,  do  Conselho  de  S.  M.  o 
Imperador,  Grande  Dignitário  da  Ordem  da  Rosa, 
Commendador  da  Ordem  de  Christo,  Env.  Extra- 
ordinário e  Ministro  Plenipotenciário  do  Brasil  nos 
Estados  Unidos ;  e  de  D.  Maria  Isabel  de  Andrade 
Lisboa,  natural  desta  cidade. 

Neto  paterno  de  José  António  Lisboa,  natural  desta 
cidade,  do  Conselho  de  S.  M.  o  Imperador,  Commen- 
dador da  Ordem  de  Christo  ;  Deputado  da  Junta  do 
commercio,  agricultura,  fabricas  e  navegação,  o  qual  foi  chamado,  no  Conselho 
do  Senhor  D.  João  VI,  a  dar  conselho  no  Conselho  de  Estado  daquelle 
Augusto  Senhor,  e  no  reinado  do  Senhor  D.  Pedro  I,  Ministro  e  Secretario  de 
Estado  dos  Negócios  da  Fazenda  ;  e  de  D.  Maria  Euphrasia  de  Lima  Lisboa, 
natural  da  Província  do  Rio  Grande  do  Sul. 

Neto  materno  de  João  José  de  Andrade  Pinto,  natural  de  Lisboa,  Fidalgo, 
Cavalleiro  da  Casa  Real  de  Portugal,  Gentil-Homem  da  Imperial  Camará, 
Commendador  da  Ordem  de  Christo,  Official  da  da  Rosa,  e  de  D.  Maria  José 
de  Paiva  e  Andrade,  natural  da  cidade  da  Bahia,  Dama  Honorária  de  S.  M.  a 
Imperatriz. 

Bisneto  paterno  do  Capitão  José  António  Ribeiro,  natural  de  Famalicão, 
Portugal,  Cavalleiro  Professo  na  Ordem  de  Christo,  e  de  D.  Barbara  da 
Conceição  de  Jesus,  natural  da  Ilha  do  Pico  ;  também  bisneto  pela  parte 
paterna  do  Capitão  Francisco  Marques  Lisboa,  natural  de  Portugal,  Cavalleiro 
Professo  na  Ordem  de  Christo,  e  de  D.  Euphrazia  de  Azevedo  Lima,  natural 
da  Provinda  do  Rio  Grande  do  Sul. 

Bisneto  pela  parte  materna  de  Caetano  José  de  Campos  e  Andrade, 
natural  de  Lisboa,  Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Real,  Guarda  Roupa  de 
S.  M.  Fidelíssima,  e  de  D.  Isabel  Germana  Jorge,  natural  de  Lisboa ;  também 
bisneto  materno  de  António  Soares  de  Paiva,  natural  da  villa  da  Colónia,  na 
Província  de  Montevideo,  e  de  D.  Bernardina  de  Azevedo  Lima,  natural  da 
Província  do  Rio  Grande  do  Sul. 

Terceiro  neto  paterno  de  Manuel  Luiz  Seraphim  Ribeiro  e  de  D.  Maria 
Ribeiro  Fidalgo,  terceiro  neto  pela  parte  paterna  de  Luiz  Marques  de  Oliveira, 
Capitào-Mór  de  Famalicão,  e  de  D.  Thereza  Ribeiro  Fidalgo,  e  também 
terceiro  neto,  tanto  pela  parte  paterna  como  pela  materna,  de   Domingos 


587 


de  Lima  e  Veiga,  natural  de  Portugal,  e  Escrivão  da  Junta  da  Fazenda,  da 
Província  de  S.  Paulo,  e  ;de  D.  Gertrudes  de  Araújo  Paes  Leme,  natural  de 
Sorocaba,  S.  Paulo  ;  e  também  terceiro  neto  pela  parte  materna  de  José 
Caetano  Sérgio  de  Andrade,  natural  de  Lisboa,  Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa 
Real  e  Guarda  Roupa  de  S.  M.  Fidelíssima,  e  de  D.  Helena  Rita  Seixas  de 
Andrade. 

Qiiarto  neto  paterno  de  Manuel  Luiz  Ribeiro,  e  de  D.  Seraphina  da 
Conceição  ;  e  também  quarto  neto  pela  parte  paterna  de  Manuel  Francisco 
Arrojado,  filho  segundo  do  Morgado  da  Quinta  dos  Arrojados,  e  de  D.  Isabel 
Ribeiro  Fidalgo  ;  e  também  quarto  neto  pela  parte  paterna,  como  pela  materna, 
de  Marçal  de  Lima,  natural  de  Portugal  e  descendente  dos  senhores  de  Ponte 
de  Lima  ;  e  também  quarto  neto,  tanto  pela  parte  paterna  como  pela  materna, 
de  Pedro  de  Araújo  Paes,  natural  de  S.  Paulo,  e  de  D.  Marianna  Leme  Garcia  ; 
e  também  quarto  neto  pela  parte  materna  de  Caetano  de  Andrade  Pinto, 
natural  de  Portugal,  Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Real,  Guarda  Roupa  de 
S.  M.  Fidelíssima,  e  Aio  do  Senhor  D.  José  1,  e  de  D.  Maria  Theresa  Leonor 
da  Veiga  e  Cidade. 

Quinto  neto  pela  parte  materna  de  Manuel  Campos  e  Andrade,  natural 
"de  Lisboa,  Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Real  e  Guarda  Roupa  de  S.  Magestade 
Fidelíssima. 

Sexto  neto  pela  parte  materna  de  João  Carhpos  e  Andrade,  Fidalgo 
Cavalleiro  da  Casa  Real  e  Contador  do  Reino. 


■^#■■ 


BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro  quartel  as  armas  dos  Ribeiros,  —  em  campo  de 
oiro  três  faxas  verdes.  No  segundo  as  armas  dos  Umas,  que  são  partidas  em  três  palas  ;  a  primeira 
de  Aragão,  quatro  faxas  vermelhas  ;  e  nas  outras  duas  palas,  o  escudo  esquartelado  dos  Silvas,  isto 
é,  em  campo  de  prata  um  leão  de  purpura,  armado  de  azul.  No  terceiro  as  armas  dos  Andrades,  — 
cm  campo  verde  uma  banda  de  góics  acoticada  de  oiro,  com  duas  cabeças  de  serpes.  No  quarto 
quartel  as  armas  dos  Pintos,  —  em  campo  de  prata,  cinco  crescentes  de  lua  de  goles,  postos  em 
aspa.  Timbre  :  o  dos  Oliveiras,  uma  aspa  de  prata  com  uma  flor  de  li^  de  ouro.  (Brazão  passado  em 
:o  de  Agosto  de  18Ó4.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  04). 


588 


LISBOA.  (José  Marques). 
Filho  de  Francisco  Marques  Lisboa,  Cavalleiro  da  Ordem  de  Christo, 
Patrão-Mór  do  Rio  Grande  do  Sul,  e  Coronel  de 
Milícias,  e  de  D.   Euphrazia  Joaquina  de  Azevedo 
Lima  e  Alarcão. 

Neto  paterno  de  Luiz  Marques  Lisboa  de  Oliveira, 
Capitão-Mór  da  Vilia  de  Famalicão,  e  de  Theresa  Maria 
de  Jesus  Bueno  da  Ribeira. 

Neto  materno  de  Domingos  de  Lima  Veiga,  Escrivão 

da  Provedoria  da  cidade  de  Porto-Alegre,  e  Guarda- 

Mór   das  terras  mineraes  daquella    Província,   e   de 

D.  Gertrudes  Paes  Leme  de  Araújo  Gusmão. 

Do  Conselho  de  S.  M.  o  Imperador,  Grande  Dignitário  da  Ordem  da 

Rosa,  Commendador  da  Ordem  de  Christo,  e  da  de  Leopoldo  da  Bélgica, 

-Enviado  Extraordinário  e  Ministro  Plenipotenciário  junto  a  S.  M.  Britânica. 

BRAZÃO  de  armas  :  Escudo  esquartclndo  :  no  primeiro  quartel  as  armas  dos  Limas,  que  são  o  escudo 
partido  em  três  palas  :  a  primeiro  de  Aragão,  e  as  duas  outras  esquarteladas  de  prata,  ao  primeiro 
um  leão  de  purpura  armado  de  azul,  ao  segundo  três  faxas  enxequetadas  de  ouro  e  vermelho  de  três 
peças  em  pala,  e  assim  os  contrários.  No  segundo  quartel  as  armas  dos  Azevedos,  que  são  uni 
escudo  esquartelado,  no  primeiro  e  quarto  de  oiro,  uma  águia  preta  estendida  ;  no  segundo  e 
terceiro,  de  azul,  cinco  estrellas  de  prata  postas  em  aspa,  com  bordadura  vermelha  carregada  de 
aspas  de  oiro.  No  terceiro  quartel,  as  armas  dos  Oliveiras,  —  em  campo  vermelho  uma  oliveira  verde 
com  azeitonas  de  oiro  e  raizes  de  praU.  No  quarto  quartil  as  arinas  dos  Souto-lVIaior,  —  em  campo 
de  prata  três  faxas  enxequetadas  de  oiro  e  vermelho  de  três  peças  em  pala,  com  uma  cinta  de  preto 
cada  uma.  Timbre  :  o  dos  Limas,  que  é  o  leão  das  armas.  (Brazão  passado  em  1 5  de  Janeiro  de  1847. 
Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  ó). 


L 


OBO.  (João  Baptista  Pereira). 
Natural  e  morador  na  cidade  do  Recife,  Pernambuco. 

Filho  de  João  Baptista  Pereira  Lobo,  e  de  D.  Maria 
Francisca  de  Gusmão,  ambos  da  mesma  cidade  de 
Recife.  Neto  paterno  do  Capitão  Manuel  Pereira  Lobo,, 
Rico-homem,  natural  da  cidade  de  Lamego,  em  Portu- 
gal, freguesia  da  Sé,  e  de  D.  Maria  do  Espirito  Santo, 
natural  da  dita  cidade  do  Recife,  e  por  parte  materna 
do  Sargento-Mór  Filippe  Rodrigues  Campello,  Fidalgo 
da  Casa  Real,  e  de  D.  Ignez  Francisca  de  Gusmão, 
filha  do  Capitão  Belchior  Mendes  de  Carvalho,  e  de 
D.  Maria  Tavares  de  Lira  Gusmão. 


S89 


1i¥- 


Bisneto  por  parte  paterna  do  Gà^iio  Manuel  Pacheco  da  Silva,  e  de 
D.  Theresa  de  Jesus  Corrêa  de  Brito,  naturaes  do  Recife  ;  e  por  parte  materna 
do  Sargento-Mór  Manuel  Rodrigues  Campello,  Cavalleiro  Professo  na  Ordem 
de  Christo,  e  Fidalgo  da  Casa  Real,  filho  de  outro  Sargento-Mór  António 
Rodrigues  Campello,  natural  de  Vianna  de  Lima,  e  de  D.  Ignacia  dos  Ramos 
Reis,  natural  do  Recife  ;  sendo  a  mulher  do  referido  Manuel  Rodrigues 
Campello,  D.  Innocencia  de  Brito  Falcão,  filha  do  Capitão  Luiz  Braz  Bezerra, 
c  de  D.  Francisca  Sanchez  dei  Poço.  Terceiro  neto  do  Capitão  Floriano  Corrêa 
de  Brito,  e  de  Luiza  Carneiro  da  Silva,  e  também  terceiro  neto  do  D.'  Domingos 
Filippe  de  Gusmão,  natural  da  cidade  de  Távora  (Portugal),  e  de  D.  Maria 
Tavares  de  Lira,  natural  do  Recife.  Quarto  neto  do  Capitão-Mór  Francisco 
Ribeiro  da  Silva,  natural  de  Braga,  e  do  Fidalgo  Manuel  Rodrigues,  natural 
■de  Refoios  de  Lima,  e  de  D.  Natália  Domingues  Campello,  natural  de  Vianna 
de  Lima,  e  do  Capitão  Francisco  Rebello  de  Barros,  natural  de  Caminha, 
e  de  D.  Maria  Rocha  de  Barros  Reis,  natural  daquella  mencionada  villa. 
Quinto  neto  do  Capitão-Mór  Pedro  Ribeiro  da  Silva,  natural  da  cidade  de 
Braga,  e  bem  assim  quinto  neto  de  Domingos  Gonçalves  Campello,  natural 
dQ  Prado,  casado  com  D.  Justa  Gonçalves  Campello  ;  e  de  sua  mulher  e 
prima  D.  Paschoa  de  Faria  Lobo,  filha  de  João  Lobo  Pinheiro  de  Faria,  e  de 
D.  Jeronyma  de  Antas  da  Silveira,  da  familia  dos  Pinheiros,  Alcaides-Móres 
de  Barcellos,  fidalgos  aparentados  com  a  maior  parte  dos  grandes  do  reino, 
descendentes  da  noblissima  familia  dos  Villas-boas,  senhores  da  casa  de  Ayró, 
dos  Annes  de  Moraes  do  Conselho  de  Baião,  e  quinta  do  Quelhas  em 
S.  Bartholomeu  de  Campello,  e  senhores  da  casa  de  Camprosa,  Marquezes 
deste  titulo,  enlaçados  com  as  illustres  varonias  dos  Lobos,  Silveiras,  Barões 
de  Alvito,  e  Condes  de  Oriola  e  Sarzedas. 

inspector  da  Thesouraria  Provincial  das  Rendas  Publicas  da  Província  de 
Pernambuco  ;  Official  da  Ordem  da  Rosa  ;  Cavalleiro  da  de  Christo. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquíkrttlado  :  no  primeiro  as  armas  dos  Campellos,  que  são  ao  mesmas  dos 
Moraes,  partidas  em  pala  ;  na  primeira  em  campo  vermelho  e  sobre  um  rio,  uma  torre  de  prata 
lavrada  de  preto,  com  um  telhado  de  ouro  e  bandeira  de  prata  ;  e  na  segunda  pala,  em  campo  de 
prata,  uma  amoreira  verde.  No  segundo  quartel,  as  armas  dos  Gamas,  —  quinze  escaques  de  ouro 
e  vermelho,  três  peças  em  pala,  e  cinco  em  faxa,  e  as  peças  vermelhas  acoticadas  com  duas  faxas 
de  prata,  e  um  escudo  das  armas  de  Portugal  no  meio.  No  terceiro  quartel  as  armas  dos  Regos,  — 
em  campo  verde,  uma  larga  banda  perfilada  de  prata  e  ondeada  de  agua  azul,  e  sobre  ella  três  vieiras 
de  oiro.  No  quarto  quartel  as  dos  Lobos,  —  de  prata,  cinco  lobos  pretos  postos  em  aspa  e  armados 
de  vermelho.  Timbre  :  dos  Campellos ;  a  amoreira  verde  de  suas  armas,  e  por  differença  uma  brica  de 
prata  com  trifolio  azul.  (BrazSo  passado  em  34  de  Novembro  de  184Ó.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza, 
Liv.  VI,  fls.  4). 


590 


-e-r 


L 


OBO.  (Francisco  Joaquim  Pereira). 
Natural  e  morador  na  cidade  do  Recife. 

Filbo  de  João  Baptista  Pereira  Lobo  e  de  D.  Maria 
Francisca  de  Gusmão.  (Ver  a  ascendência  de  João 
Baptista  Pereira  Lobo). 

Coronel  chefe  da  2.»  Legião  da  Guarda  Nacional  do 
Recife. 


BRAZAO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro  quírtel  as  armas 
do  Campellos,  que  s3o  as  mesmas  dos  Moraes,  partidas  em  pala  :  na 
primeira  em  campo  vermelho,  e  sobre  um  rio  uma  torre  de  prata  lavrada 
de  preto,  com  telhado  de  ouro,  e  bandeira  de  prata,  e  na  segunda  pala, 
em  campo  de  prata,  uma  amoreira  verde  ;  no  segundo  quartel  as  armas 
dos  Barros,  —  em  campo  sanguinho  três  bandas  de  prata,  entre  nove  estrellas  de  ouro;  no  terceiro 
as  armas  dos  Regos,  —  em  campo  verde  uma  larga  banda  perfilada  de  prata,  e  ondeada  de  agua 
azul,  e  sobre  ella  três  vieiras  de  oiro;  no  quarto  quartel,  as  dos  Lobos,  —  em  campo  de  prara  cinco 
lobos  pretos  postos  em  aspa,  e  armados  de  vermelho.  Elmo  de  prata  aberto,  e  guarnecido  de  ouro. 
Timbre  :  dos  Campellos,  que  é  a  amoreira  verde  de  suas  armas,  e  por  differença  uma  brica  de  prata 
com  trifolio  de  azul.  (BrazSo  passado  em  sé  de  Novembro  de  184o.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza, 
Liv.  VI,  fls.  5). 


LOBO.  (Francisco  Leopoldino  de  Gusmão). 
Natural  e  morador  na  cidade  do  Recife. 
Filbo  de  Francisco  Joaquim  Pereira  Lobo,  Coronel-Chefe  do  Estado-Maior 
da  Guarda  Nacional  de  Olinda  e  Jguarassú  ;  Commendador  da  Ordem  da 
Rosa,  e  da  de  Christo,"  de  Portugal,  condecorado  com  a  medalha  do 
exercito  cooperador  da  boa  Ordem  ;  e  de  D.  Leandra  Joaquina  de  Sá  Lobo, 
filha  do  negociante  Alexandre  José  de  Sá,  e  de  D.  Vicencia  Clara  de  Sá 
Pegado.  Neto  por  parte  paterna  de  João  Baptista  Pereira  Lobo,  e  de 
D.  Maria  Francisca  de  Gusmão.  Bisneto  paterno  do  Capitão  Manuel  Pereira 
Lobo,  Rico-homem,  natural  de  Lamego,  freguesia  da  Sé,  e  de  D.  Maria 
josepha  do  Espirito  Santo,  natural  do  Recife  ;  e  pela  parte  materna 
bisneto  do  Sargento-Mór  Filippe  Rodrigues  Campello,  Fidalgo  da  Casa 
Real,  e  de  D.  Ignez  Francisca  de  Gusmão,  filha  do  Capitão  Belchior 
Mendes  de  Carvalho,  e  de  D.  Maria  Tavares  de  Lira  Gusmão.  Terceiro 
neto  por  parte  paterna  do  Capitão  Manuel  Pacheco  da  Silva,  e  de 
D.  Theresa  de  Jesus  Corrêa  de  Brito,  naturaes  do  Recife;  e  por  parte 
materna  terceiro  neto  do  Sargento-Mór  Manuel  Rodrigues  Campello, 
Cavalleiro  Professo  na  Ordem  de  Christo,  Fidalgo  da  Casa  Real,  filho  de 


S91 


"f 


outro  Sargento-Mór  António  Rodrigues  Campello,  natural  de  Vianna  de 
Lima,  e  de  D.  Ignacia  de  Barros  Rego  (sua  prima)  natural  do  Recife, 
sendo  a  mulher  do  terceiro  avô  Manuel  Rodrigues  Campello,  D.  Inno- 
cencia  de  Brito  Falcão,  filha  do  Capitão  Luiz  Braz  Bezerra,  e  de  D.  Fran- 
cisca Sanches  dei  Poço.  Quarto  neto  do  Capitão  Floriano  Corrêa  de  Brito, 
e  de  D.  Luisa  Carneiro  da  Silva,  e  também  quarto  neto  do  Doutor  Domingos 
Filippe  de  Gusmão,  de  estirpe  illustre  na  cidade  de  Távora,  d'onde  era 
natural,  e  de  D.  Maria  Tavares  de  Lira,  natural  da  sobredita  cidade  do  Recife. 
Qiiinto  neto  do  fidalgo  Manuel  Rodrigues,  natural  de  Refoios  de  Lima, 
e  de  D.  Natália  Domingues  Campello  de  Barros,  natural  de  Vianna  de 
Lima,  e  do  Capitão  Francisco  Rebello  de  Barros,  natural  de  Caminha, 
e  de  sua  mulher  e  prima  D.  Maria  da  Rocha  de  Ramos  Rego,  natural  de 
Braga.  (O  resto  como  na  carta  de  João  Baptista  Pereira  Lobo). 

Bacharel  em  direito  pela  Faculdade  do  Recife.  Moço  Fidalgo  com  exercício 
e  Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Imperial. 

Foi  Promotor  Publico  da  capital  de  Pernambuco  ;  Deputado  á  Assembléa 
Geral  por  Pernambuco,  na  15."  legislatura  de  1872-1875. 

Era  Commendador  da  Imperial  Ordem  da  Rosa;  Official  da  Legião  de 
Honra,  Commendador  da  Conceição  de  Villa  Viçosa,  da  de  Leopoldo,  da 
Bélgica,  e  do  Santo  Sepulchro  de  Jerusalém  ;  Grande  Official  de  S.  Estanisláo, 
da  Rússia.  -n- 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Ver  o  de  seu  pae.   Francisco  Joaquim  Pereira  Lobo.  (Brazão  passado  em  i6  de 
Julho 'de  i8ó^.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  57). 


]\  /[  AlQR.  (João  Huet  Bacellar  Pinto  Guedes  Souto). 


Natural  e  baptisado  na  freguesia  de  S.  Martinho  de  Recezinhos  da 
cidade  do  Porto, 

Filho -át  Duarte  Cláudio  Huet  de  Bacellar  Souto-Maior, 
Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Real  de  Portugal,  senhor 
do  Morgado  de  Pavoiso,  d'aquelle  cidade,  e  de 
D.  Anna  Joaquina  Guedes  de  Carvalho  Vasconcellos 
e  Menezes,  senhora  do  morgado  de  Canavezes, 
ambos  moradores  na  quinta  do  Fofo.  Neto  paterno 
de  Lourenço  Huet  de  Bacellar  Souto-Maior,  e  de 
D.  Victoria  de  Lacerda  de  Pinho  Pereira  ;  e  pela 
materna,  de  Victoriano  José  Mendes  de  Carvalho, 


592 


e  de  D.   Angélica  Maria  Guedes,   ambos  naturaes  do   Porto.   Bisneto 
paterno  de  Duarte  Cláudio  Huet  Souto-Maior.  e  de  D.  Maria  losepha 
de  Freitas,  e  materno  de  Diogo  Moreira  Cardoso  de  Vasconcellos,  e  de 
D.   Josepha  Violanta  de  Vasconcellos.   naturaes  da  Villa  da  Feira,  da 
cidade  do  Porto  ;  e  bem  assim  bisneto  de  Bernardo  Mendes  de  Carvalho, 
e  de  D.  Maria  Camello  de  Souza,  e  mais  de  Luiz  Pinto  da  Fonseca, 
e  de  D.    Luisa  da   Fonseca   Pinto.   Terceiro  neto   paterno  da  Vicente 
Huet  de  Souto-Maior.  Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Real,  Commendador 
e  Alcaide-Mór  de  Villanova  de  Mil-Fontes,    Brigadeiro  e  Governador 
de  Valença  do  Minho,  c  de  D.  Theresa  Isabel  de  Almeida  Machado  Porto- 
Carreiro.   Qiiarto  neto  paterno  do  Fidalgo  Cavalleiro  Duarte  Cláudio 
Huet,   Cavalleiro  allemão  que  se  alistara  ao  serviço  do  Senhor  Infante 
D.  Duarte  de  Portugal,  a  quem  servira  como  seu  camareiro  na  prisão  do 
Castello  de  Milão,  com  tanto  amor  e  lealdade  que  por  morte  do  dito 
Infante  fora   nomeado    por  elle  seu   testamenteiro  ;   e  como  viesse  a 
Portugal  prestar  contas  desta  testamentária,  em  remuneração  destes  e 
outros  serviços  relevantes  fora  nomeado  Cavalleiro  da  Ordem  de  Christo, 
e  Commendador  de  S.  Gil  de  Portugal,  onde  casara  com  D.  Constança 
Malheiro  Souto-Maior,  filha  de  Marcos  Malheiro  Pereira  de  Bacellar,  Alcaide- 
Mór  de  Villanova  de  Mil-Fontes,  senhor  da  casa,  torre  e  honras  de  Mira 
da  Casa  de  Bacellar,  alem  de  senhor  tio  solar  e  paço  de  Antas,  e  da 
honra  e  solar  de  Coronéis. 

Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Imperial,  Coronel  graduado  e  reformado  do 
extincto  Corpo  da  Brigada,  Official  da  Imperial  Ordem  do  Cruzeiro,  Cavalleiro 
da  da  Rosa.  e  da  Ordem  de  S.  Bento  de  Aviz. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Kscudo  esquarteiado  :  no  primeiro  4Uartel  as  armas  dos  Huets,  —  em  campo  azul 
três  flores  de  liz  de  oiro,  postas  em  roquete.  No  segundo  as  dos  Bacellarcs,  —  em  campo  de  oiro  um 
bacello  verde  de  duas  verguntas  retorcidas  postas  em  pala,  com  quatro  cachos  de  purpura.  No 
terceiro  as  dos  Pintos,  —  em  campo  de  prata,  cinco  crescentes  de  lua  vermelhas  em  aspa.  No 
quarto,  as  de  Soulo-IVlaior,  —  em  campo  de  prata  três  faxas  enxequetadas  de  oiro  e  vermelho 
de  três  peças  em  pala.  Coroa  a  dos  Duques  de  Souto-Maior,  por  assim  ter  sido  concedida  á  sua 
descendência.  Paquike  dos  metaes  e  cores  das  armas.  Timbrr  :  o  dos  Huets  :  uma  flor  de  liz  de  oiro 
collocada  sobre  a  coroa.  (Brazão  passado  em  2s  de  Março  de  (849.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza 
Liv.  VI.  ns.  q). 


Archivo  Nobiliarcliico  Kr>sileira  75 


593 


MEIRELLES.  (D/  Joaquim  Cândido  Soares  de). 
Nasceu  a  5  de  Novembro  de  1797,  em  Sabará,  Minas  Geraes. 
Falleceu  a  13  de  Juliio  de  1868. 
Filbo  do  Cirurgião  Manuel  Soares  de  Meirelles  e  de 
D.  Anna  Joaquina  de  S.  José  Meirelles. 
Era  formado  pela  antiga  Academia  Medico-Cirurgica 
do  Rio  de  Janeiro  ;  Doutor  em  medicina  pela  Faculdade 
de  Paris  ;  Cirurgião-Mór  e  chefe  do  Corpo  de  saúde 
da  armada  com  a  graduação  de  chefe  de  Divisão  ; 
Medico  da  Imperial  Camará. 

Foi  Deputado  á  Assembléa  provincial  do  Rio  de 
Janeiro,  e  representou  sua  Provinda  na  Camará  tempo- 
rária, na  6."  e  7.*  legislaturas  de  1845  a  1848. 

Do  Conselho  de  S.  M.  o  Imperador  ;  Commendador  da  Ordem  da  Rosa, 
Official  da  do  Cruzeiro.  Cavalleiro  da  de  S.  Bento  de  Aviz ;  condecorado  com 
a  medalha  commemorativa  da  rendição  da  divisão  paraguaya  que  occupava 
Uruguay  em  i86s  ;  membro  honorário,  e  fundador  da  Imperial  Academia  de 
Medicina,  que  instalou  a  24  de  Abril  de  1830  ;  sócio  do  Instituto  Histórico  e 
Geographico  Brasileiro,  da  Academia  Medico-Cirurgica  de  Nápoles,  da  sociedade 
de  medicina  de  Louvain,  da  sociedade  Philomatica  de  Paris,  etc. 


BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro  e  quarto  quartéis,  as  armas  dos  Meirelles,  — 
em  campo  de  góles,  uma  cruz  florida  de  oiro.  No  segundo  e  terceiro,  as  dos  Soares,  —  também  em 
campo  de  góles,  uma  torre  de  prata  ;  e  no  meio  um  escudetc,  tendo  em  campo  de  oiro  uma  ancora 
de  sable,  carregada  de  uma  cobra  de  sinople,  enroscando  uma  verga  de  prata.  Elmo  de  prat 
guarnecido  de  oiro.  Timbre  :  um  lebreo  de  sable  com  a  boca  aberta.  Paquife  :  das  cores  e  metaes  da 
armas.  (Brazão  passado  em  i  de  Maio  de  i86j.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  52). 


S94 


M 


ENDONÇA.  (Jacintho  Paes  de). 
Natural  e  baptisado  na  freguesia  de  Nossa  Senhora  da  Apresentação, 
da  villa  do  Porto-Calvo,  Província  das  Alagoas. 
Filho  do  Tenente-Coronel  Bernardo  António  da  Men- 
donça, e  de  D.  Anna  Barbara  de  Mattos  Castello 
Branco.   Neto  paterno  do  Desembargador  José  de 
Mendonça  de  Mattos  Moreira,  Juiz  de  Fora  da  villa 
de  Odemira,  natural  de  Albufeira,  reino  do  Algarve  ; 
e  pela  parte  materna  do  Desembargador  Joaquim 
Pereira   de   Mattos   Castello    Branco.    Bisneto    do 
Sargento-Mór  José  de  Mendonça  Vieira  e  de  D.  Bar- 
bara Francisca  Xavier  de  Mattos  Moreira.  Terceiro 
neto  de  Francisco  Dias  Vieira  e  Souza. 

Bacharel  em  leis  pela  Faculdade  do  Recife,  foi  Commandante  Superior 
da  Guarda  Nacional  de  Porto-Calvo  ;  2.°  Vice-Presidente  da  Província  das 
Alagoas.  Representou  a  dita  Província  na  Assembléa  Geral,  nas  14.^'  legisla- 
turas de  1869-1872  e  II.»  de  1 86  i-i  864  e  no  Senado,  sendo  nomeado  em  187 1. 

Era  Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Imperial  ;  Commendador  da  Imperial 
Ordem  de  Chrísto  e  da  Rosa.  Irmão  do  Barão  de  Anadia,  Manuel  Joaquim 
de  Mendonça  Castello  Branco. 

BRAZAO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro  quartel  as  armas  dos  Mcndonças,  que  são  o 
escudo  franxado,  ao  primeiro  de  verde,  uma  banda  vermelha  coticada  de  ouro  ;  no  segundo 
um  S  preto,  em  campo  de  ouro;  e  assim  dos  contrários.  No  segundo  quartel,  as  armas  dos  Vieiras, 
—  em  campo  vermelho  seis  vieiras  de  ouro  em  duas  palas.  No  terceiro  as  dos  iVlattos,  —  em  campo 
vermelho  um  pinheiro  de  verde,  com  fructos,  perfis  e  raizes  de  ouro  entre  dous  leões  do  mesmo, 
armados  de  azul.  No  quarto  as  dos  Moreiras.  em  campo  vermelho  nove  escudetes  de  prata,  e  sobre 
cada  um,  uma  cruz  florida  verde,  como  as  do  Aviz,  em  três  palas.  E  no  meio  um  cscudete  com  as 
armas  dos  Castellos  Branco,  que  sSo,  em  campo  azul  um  leão  de  ouro  rompante,  armado  de  goles. 
Elmo  de  prata  aberto,  guarnecido  de  ouro.  PAciuifE  :  dos  metaes  e  cores  das  armas.  Timbre  :  o  leào 
dos  Castellos  Branco.  (Brazão  passado  em  i^  de  Setembro  de  i8ói.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza, 
Liv.  VI,  ns.  4.,). 


59  5 


\/l  ENEZES.  (Pedro  António  Telles  Barreto  de). 


Cavalleiro  da  Ordem  de  Christo  sub-delegado  e  Juiz  de  Paz  da 
freguesia  de  S.  João  de  Merity  ;   Proprietário  nesta 

Corte  e  fazendeiro  do  municipio  de  Iguassú. 

Filho  de  Luiz  Telles  Barreto  de  Menezes,  Juiz  de 
Orphãos,  e  de  D.  Maria  Rita  Felicidade  da  Gama  e 
Freitas,  neto  paterno  do  D.'  Francisco  Telles  Barreto 
de  Menezes.  Juiz  de  Orphãos,  e  de  D.  Francisca 
Joaquina  de  Oliveira  Brito,  e  por  parte  materna  de 
Pedro  António  da  Gama  e  Freitas,  e  de  D.  Anna 
Maria  Gurgel  do  Amaral. 


BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado :  no  primeiro  quartel  em  campo  de  prata,  um  leão  de  purpura 
rompante.  No  segundo  em  campo  verde,  uma  handa  de  gólcs  acoticada  de  ouro,  saindo  das  bocas 
de  duas  cabeças  de  serpes.  No  terceiro  em  campo  azul,  cinco  estrellas  de  ouro  de  seis  pontas,  em 
aspa.  No  quarto,  de  ouro,  com  seis  lobos  de  gólcs,  postos  cm  duas  palas ;  e  no  meio,  um  escudete, 
tendo  em  campo  de  oiro  um  anel  encoberto.  Timbre  :  uma  meia  donzclla  vestida  do  oiro,  com 
um  escudo  nas  mãos;  c  por  difíerença,  uma  brica  de  azul  com  a  leltra  P  de  ouro.  (Brazão  passado 
em  27  de  Abril  de  1868.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  97). 

N.  B.   As  armas  são  copiadas  da  escuiptura  da  pedra  tumular  do  Doutor  António  Telles  Barreto 
de  Menezes,  no  seu  jazigo  na  Capella  do  Convento  da  ilha  do  Senhor  Bom  Jesus. 


IV  4  ESSEDER.  (Manuel  de  Azevedo  Coutinho). 


Natural  e  baptisado  na  Sé  do  Rio  de  Janeiro.  Cavalleiro  da  Ordem 
de  Christo. 

Filho  de  Nicoláo  Coelho  Messeder  ;  negociante  de 
grosso  trato  na  dita  cidade,  e  de  D.  Francisca 
de  Paula  Rangel  de  Azevedo  Coutinho.  Neto  paterno 
de  Zacharias  Messeder.  depositário  e  recebedor  das 
rendas  de  S.  M.  Britânica  em  Londres,  e  do  Coronel 
António  Coelho  da  cidade  do  Porto  ;  e  por  parte 
materna  do  Tenente-Coronel  do  extincto  regimento 
de  Tapocorá  Francisco  Martins  da  Cunha  Tenreiro, 
Fidalgo  da  Casa  Real,  e  do  Capitão-Mór  António 
da  Cunha  Falcão,  Cavalleiro  da  Ordem  de  Christo.  Alem  destes  quatro 
avós  nobres,  é  sobrinho  em  terceiro  gráo  do  Desembargador  do  Paço,  e 
Procurador  da  Coroa  João  Pereira  Ramos,  e  do  Bispo  Conde  de  Arganil, 
e  sobrinho  em   segundo  grau  do    Brigadeiro  Domingos  de  Azevedo 


sgb 


Coutinho  Souza  Chichorro,  Monsenhor  Miguel  José  Corrêa  de  Lima 
Azevedo,  e  do  Gentil-Homem  da  Imperial  Camará  Marianno  de  Azevedo 
Coutinho. 

BRAZAO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro  as  armas  dos  Azevedos,  —  em  campo  dí  ouro 
sete  barras  de  azul  lançadas  ao  vicz  ;  no  segundo  as  dos  Coutinhos,  —  também  em  campo  de  ouro 
cinco  cstrcllas  de  vermelho  de  cinco  pontas  cada  uma,  postas  em  aspa  ;  e  assim  os  contraries. 
Timbre:  meio  leão  rompante  de  azul,  coticado  de  ouro.  (Brazão  passado  em  19  de  Outubro  de  1855. 
Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  14). 


P 


EIXOTO.  (Francisco  Maria  dos  Guimarães). 
Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Imperial ;  Capitão  da  2.»  Companhia  de 
Fusileiros. 

Filho  do  Barão  de  Iguarassú,  D.-^  Domingos  Ribeiro 
dos  Guimarães  Peixoto. 

BRAZAO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro,  enxequetado  de 
ouro  e  azul,  de  cinco  peças  em  faxa.  No  segundo  e  terceiro,  em  campo 
de  goles  um  leão  de  ouro  rompante.  No  quarto  de  prata,  fretado  de  negro, 
com  uma  pala  de  goles,  carregada  de  um  leão  de  prata  com  uma  espada 
ensanguentada  nas  mãos.  Timbre  :  o  mesmo  leão,  com  uma  maça  de 
ouro  em  ambas  as  mãos.  Divisa  :  Quascunque  fiiidit.  (Brazão  passado 
em  18  de  Agosto  de  1862.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI, 
fls.  M). 


PEIXOTO.  (Pedro  Leopoldo  dos  Guimarães). 
Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Imperial ;  negociante  matriculado  e  banqueiro 
na  praça  do  Rio  de  Janeiro. 
Filho  do  Barão  de  Iguarassú,  D.'  Domingos  Ribeiro  dos  Guimarães  Peixoto. 

(Brazão  de  armas  passado  em  14  de  Agosto  de  1862.   Reg.   no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  53). 
Descripçào  :  vêr  o  de  seu  irmão  Francisco  Maria  dos  Guimarães  Peixoto. 


597 


REIS.  (Francisco  Telles  Cosme  dos). 
Juiz  de  Paz  com  exercicio  na  freguesia  de  Jacarépaguá  ;  Cavalleiro  da 
Ordem  da  Rosa  e  da  de  S.  Gregório  Magno  ;  fazendeiro  e  proprietário  na 
freguesia  de  Jacarépaguá  no  municipio  neutro. 

Ascendência  e  brarão,  vêr  Paschoal  Telles  Cosme  dos  Reis  ;  e  por  differença  no  escudo  uma  brica  de  azul 
com  a  letra  F  de  ouro.  (Brazão  passado  em  2  de  Setembro  de  1868.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza, 
Liv.  VI,  Hs.  101). 


REIS.  (Paschoal  Telles  Cosme  dos). 
Fazendeiro  na  freguesia  de  Jacarépaguá,    no  municipio  neutro,  em 
cuja  fazenda  tem  na  respectiva  capella  a  permanência  do  Santíssimo  Sacra- 
mento por  Breve  de  S.  S.  Pio  IX,  de  14  de  Outubro  de  1861  ;  proprietário 
nesta  Corte,  condecorado  com  o  habito  da  Ordem  de  S.  Gregório  Magno. 
Filho  de  Nicolau  António  Cosme  dos  Reis,  e  de  D.  Theresa  Telles  Cosme 
dos  Reis.  Neto  paterno  do  Sargento-Mór  Nicolau  Cosme  dos  Reis,  e  de 
D.  Leonidia  Angélica  do  Espirito  Santo,  e  por  parle  materna  do  Commen- 
dador  Paschoal  Cosme  dos  Reis.  e  de  D.  Catharina  Josepha  de  Andrade 
Telles.  Bisneto  paterno  de  Carlos  Cosme,  e  de  D.  Theresa  das  Dores, 
e  por  parte  materna  do  D.'  Francisco  Telles  Barreto  de  Menezes  e  de 
D.  Francisca  Joaquina  de  Oliveira  Brito.  Terceiro  neto  por  parte  materna 
do  D.'   António  Telles  Barreto  de  Menezes;   padroeiro  do  Convento 
da  ilha  do  Senhor  Bom  Jesus,  em  cuja  egreja  existe  a  Carneira  para  elle  e 
sua  descendência,  mandada  fazer  por  seu  filho  o  D."^  Francisco  Telles 
Barreto  de  Menezes  ;  e  de  D.  Catharina  Josepha  de  Andrade.  Quarto  neto 
do  D.'  Luiz  Telles  Barreto  de  Menezes.  Quinto  neto  de  Francisco  Telles 
Barreto  de  Menezes,  e  de  D.  Maria  da  Silveira,  filha  de  André  de  Villalobos 
e  de  D.  Isabel  do  Souto.  Sexto  neto  de  Diogo  Lobo  Telles  de  Menezes. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro  quartel  em  campo  de  prata,  um  leão  de  purpura, 
rompante.  No  segundo,  em  campo  verde  uma  banda  de  goles,  acoticada  de  oiro,  saindo  das  bocas 
de  duas  cabeças  de  serpes.  No  terceiro,  em  campo  azul,  cinco  estreitas  de  oiro  de  seis  pontas  em 
aspa.  No  quarto,  de  oiro,  seis  lobos  de  goles  em  duas  palas.  E  no  meio  um  escudete,  tendo  em 
campo  de  oiro  um  anel  encoberto.  Timbre  :  uma  meia  donzela  vestida  de  oiro,  com  um  escudo  nas 
mãos,  e  por  ditíerença  uma  brica  de  azul  com  a  letra  P  de  ouro).  Brazão  passado  em  2ç>  de  Agosto 
de  1868.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  ro8). 

N.  B.  As  armas  são  copiadas  da  esculptura  da  pedra  tumular  do  Doutor  António  Telles  Barreto 
de  Menezes,  no  seu  jazigo  na  Capella  do  Convento  da  ilha  do  Senhor  Bom  Jesus  (L.  A.  Boulanger). 


598 


REZENDE.  (Luiz  Ribeiro  de  Souza). 
Nasceu  a  i6  de  Abril  de  1827. 

Falleceu  no  Rio  de  Janeiro  a  15  de  Fevereiro  de  1891. 
Casou  a  1 1  de  Agosto  de  1849,  com  sua  prima  irman 
D.  Genebra  de  Souza  Queiroz,  nascida  em  13  de 
Março  de  1826,  e  em  segundas  núpcias  com  D.  Maria 
Ambrosina. 
Filho  de  Estevão  Ribeiro  de  Rezende,  Marquez  de 
Valença,  e  de  D.  Ilidia  Mafalda  da  Souza  Queiroz. 
Neto  paterno  de  Severiano  Ribeiro,  natural  de 
Lisboa,  e  de  D.  Josepha  Maria  de  Rezende,  natural 
da  freguesia  dos  Prados,  bispado  de  Marianna.  Bisneto 
paterno  de  Estevão  Ribeiro,  e  de  D.  Leonarda  Maria,  naturaes  de  Lisboa  ; 
e  bem  assim  de  João  de  Rezende  Costa,  natural  de  Santa  Maria,  e  de 
D.  Helena  Maria  de  Rezende,  natural  da  Ilha  do  Fayal. 
Pae  de  D.  Francisca  Miquelina  de  Souza  Rezende  que  casou  com  Zozimo 
Braulio  Barroso. 

Era  Moço  Fidalgo  com  exercício  na  Casa  Imperial ;  Cavalleiro  da  Imperial 
Ordem  da  Rosa,  Capitão  da  Guarda  Nacional  e  sérvio  como  Voluntário  na 
guerra  do  Paraguay. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  partido  de  azul  e  oiro  ;  no  primeiro,  as  armas  de  Damião  Dias  Ribeiro,  — 
um  leopardo  de  prata  passante,  e  um  chefe  de  oiro  com  três  estrellas  de  vermelho  :  no  segundo,  as 
dos  Rezendes,  —  duas  cabras  em  pala  de  preto,  gotadas  de  oiro.  Timbre  :  o  leopardo  das  armas  com 
uma  estrella  na  espadoa  ;  e  por  differença  uma  brica  azul  com  uma  fl6r.  (Brazão  passado  em  22  de 
Abril  de  1832.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  10). 


s 


ALGA  DO.  (Paulo  de  Amorim). 
Natural  e  baptisado  na  freguesia  de  Una,  Província  de  Pernambuco. 
Filho  de  Paulo  de  Amorim  Salgado,  Coronel  Comman- 
dante  Superior  da  Guarda  Nacional  dos  municípios 
do  Rio  Formoso  e  Palmares,  Commendador  da 
Ordem  de  Christo,  Official  da  da  Rosa,  proprietário 
abastado  na  Comarca  do  Rio  Formoso,  e  de  D.  Fran- 
cisca de  Paula  Wanderley.  Neto  paterno  do  Capitão 
José  de  Barros  Pimentel,  e  de  D.  Margarida  Francisca 
Paes  de  Mello.  Bisneto  paterno  de  Fernando  Pereira 
do  Rego,  e  de  D.  Euphrazia  Rita  Maria  da  Conceição. 
Terceiro  neto  do  Capitão-Mór  Cosme  Damião  de 


S99 


Barros  ;  e  pelo  lado  materno  do  Coronel  Francisco  Paes  de  Mello,  Fidalgo 
Cavalleiro,  e  de  D.  Maria  Rita  Wanderley.  Bisneto  do  Mestre  de  Campo 
José  Luiz  Paes  de  Mello,  Fidalgo  Cavalleiro,  e  de  D.  Ánna  Florencia 
Wanderley.  Terceiro  neto  do  Tenente-General  Francisco  Xavier  Paes 
de  Mello,  e  de  D.  Anna  Mauricia  Wanderley.  Qiiarto  neto  do  Fidalgo 
Cavalleiro  José  Luiz  Paes  de  Mello.  QLiinto  neto  de  João  Paes  Barreto  de 
Mello,  Fidalgo  Cavalleiro.  Sexto  neto  do  Fidalgo  Cavalleiro  Christovão 
Paes  Barreto. 

Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Imperial  ;  Major  do  Command®  Superior  da 
Guarda  Nacional  da  Comarca  do  Rio  Formoso,  onde  é  um  dos  principaes 
proprietários. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado :  no  primeiro  quartel  as  armas  dos  Amorims,  —  em  campo 
vermelho  cinco  cabeças  de  mouros  em  aspa,  com  toucas  de  prata,  barbas  de  oiro,  rostos  encarnados. 
No  segundo,  as  armas  dos  Salgados,  —  em  campo  verde,  duas  torres  de  prata  com  janellas  pretas  e 
uma  cadêa,  tendo  no  meio  um  saleiro  de  oiro  e  sobre  ellc  uma  águia  de  sua  côr  com  os  pés  nas 
torres.  No  terceiro,  as  armas  dos  Mellos,  —  em  campo  de  goles  seis  besantes  de  prata  em  uma  dobre 
crur  c  uma  bordadura  de  oiro.  No  quarto,  as  armas  dos  Barretes,  —  campo  de  prata,  semeado  de 
arminhos  negros.  Timbre  :  a  águia  das  armas  dos  Salgados.  (Brazão  passado  em  2S  de  Janeiro  de 
1867.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  7>). 


S 


ILVA.  (Thomaz  José  da). 
Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Imperial  ;  Commendador  da  Ordem  de 
S.  Bento  de  Aviz  ;  Official  da  Imperial  Ordem  do 
Cruzeiro,  Cavalleiro  da  da  Rosa,  condecorado  com  as 
medalhas  das  Campanhas  do  Uruguay  e  Cisplatina  ; 
Marechal  de  Campo  do  exercito  Imperial. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro,  partido  em  faxa, 
tendo  por  cima  em  campo  azul  quatro  estrellas  de  ouro  (a  constellação 
do  Cruzeiro),  e  por  baixo,  em  campo  vermelho,  duas  espadas  de  oiro  em 
aspa.  No  segundo,  em  campo  de  prata,  uma  oliveira  ao  natural,  junta 
a  um  serro  de  verde,  tendo  ao  pe,  um  rio  de  prata,  ondado  de  azul.  No 
terceiro,  em  campo  de  oiro,  uma  fortaleza  de  vermelho.  No  quarto,  em 
campo  azul,  uma  fortaleza  de  prata.  Timbre  :  a  fortaleza  de  vermelho. 
(Brazão  passado  em  7  de  Novembro  de  1854.  (Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  tis.  16). 


600 


SILVEIRA.  (D.  Francisco  Balthazar  da): 
Nasceu  na  Bahia  a  20  de  Junho  de  1807. 

Falleceu  no  Rio  de  Janeiro  a  27  de  Fevereiro  de  1887. 
Filho  de  D.  Luiz  Balthazar  da  Silveira,  Coronel  refor- 
mado da  I .»  Linha  do  Exercito ;  Cavalleiro  da  Ordem 
de  S.  Bento  de  Aviz  ;  e  de  D.  Joanna  Maria  de  Araújo. 
Neto  de  D.  Carlos  Balthazar  da  Silveira,  Brigadeiro 
dos  Reaes  Exércitos  ;  Commandante  do  Regimento 
da  Bahia  ;  e  de  D.  Xnna  Michaela  Joaquina  da  Silveira. 
Bisneto  de  D.  Luiz  Thomé  da  Silveira.  Terceiro  neto 
de  D.  Braz  Balthazar  da  Silveira  (N.  3  de  Fevereiro 
de  1674,  F.  7  de  Agosto  de  1751),  Senhor  de 
S.  Cosmada,  na  Comarca  de  Lamego  ;  Commendador  de  Ranhados,  e 
das  mais  commendas  que  teve  seu  Pae  ;  Mestre  de  Campo  General ; 
Conselheiro  de  Guerra,  Governador  e  Capitão  General  de  S.  Paulo  ; 
Governador  das  armas  da  Beira  ;  e  de  D.  Joanna  Ignez  Vicencia  de 
Menezes,  filha  de  Aleixo  de  Souza  da  Silva,  2.°  Conde  de  Sanflago. 
Quarto  neto  de  D.  Luiz  Balthazar  da  Silveira  (N.  5  Agosto  de  1647, 
F.  18  de  Janeiro  de  1737),  Veador  da  Rainha  D.  Maria  Anna  d'Austria, 
Commendador  de  S.  Thomé  de  Corrilhão,  S.  Cosme  e  Damião  de  Garfe, 
Santo  Estevão  de  Oldroens,  S.  Thomé  de  Penalva,  S.  Vicente  de  Figueira, 
da  Ordem  de  Christo,  e  de  sua  mulher  D.  Luiza  Bernarda  de  Lima 
(F.  14  de  Fevereiro  de  1737). 

Bacharel  em  sciencias  jurídicas  e  sociaes  pela  Faculdade  de  S.  Paulo 
em  26  de  Outubro  de  1832,  tendo  feito  os  primeiros  estudos  de  direito  em 
Coimbra.  Era  do  Conselho  de  S.  Magestade,  e  Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa 
Imperial. 

Abraçou  a  carreira  da  magistratura,  subindo  até  o  Supremo  Tribunal  de 
Justiça,  onde  trabalhou  até  Novembro  de  1886  quando  foi  aposentado  por  ter 
mais  de  75  annos  de  idade  e  50  annos  de  serviços,  segundo  a  lei  então 
vigente. 

Quiz  o  governo  Imperial,  por  esta  occasião  dar-lhe  um  titulo  nobiliar- 
chico  ;  mas  D.  Francisco  ponderou,  que  não  persuia  meios  sufficientes  para 
manter  o  brilho  de  ostentosa  posição,  e,  contentando-se  com  a  nobreza  que 
lhe  vinha  dos  illustres  avós  e  de  sua  velha  ascendência  portuguesa,  só  acceitou 
a  Grã-Cruz  da  Ordem  de  Christo. 

Foi  Deputado  á  Assembléa  Geral  pela  Província  do  Maranhão,  na  9.*  legis- 
latura de  1853-1856,  e  sócio  do  Instituto  Histórico  e  Geographico  Brasileiro. 


Archivo  Noblllarchico  Braiiteiro  76 


601 


BRAZAO  DE  ARMAS  :  Escudo  esquartelado  :  no  primeiro  e  quarto  quartéis  as  quinas  de  Portugal  ;  no 
segundo  e  terceiro  as  armas  de  Leão.  Timbm  :  um  leão  das  armas.  (Brazao  passado  em  5  de  Agosto 
de  1854.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI,  fls.  14). 


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ERNECK.  (D.'  Luiz  Peixoto  de  Lacerda). 
Nasceu  na  Provincia  do  Rio  de  Janeiro. 

Falleceu  em  Locarno,  Suissa,  em  22  Julho  de  1885. 

Filho  de  prancisco  Peixoto  de  Lacerda  Werneck,  Barão 

da   Paty  do  Alferes,  com  as  honras  de  grandeza, 

Commendador  da  Ordem  da  Rosa,  Cavalleiro  da  de 

Christo,  e  de  D.   Maria  Isabel  de  Lacerda.    Neto 

paterno  de  Francisco  Peixoto  de  Lacerda,  Capitão 

de  Cavallaria  da  2.-''  Linha  em  181 1,  reformado  Major 

da  mesma  arma  em  1818,  Cavalleiro  da  Ordem  de 

Christo  em  1824,  e  de  D.  Anna  Mathilde  Verneck. 

Bisneto  do  Capitão  André  Peixoto  de  Lacerda,  e  de 

D.   Gertrudes  Marianna  da  Silveira  Bittencourt ;   também   bisneto  do 

Sargento-Mór  Ignacio  de  Souza  Verneck  e  de  D.  Francisca  das  Chagas. 

Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Imperial,  Commendador  da  Ordem  de  Christo, 
Cônsul  Geral  do  Brasil  junto  a  Confederação  Helvética,  Baviera  e  outras 
Estados  da  Confederação  Germânica,  Doutor  em  direito  civil  e  canónico  pela 
Universidade  de  Roma,  Bacharel  em  direito  pela  Academia  de  í^aris,  ex-director 
da  Companhia  "da  Estrada  de  Ferro  de  D.  Pedro  11. 

BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Vér  o  do  Barão  de  Paty  do  Alferes.  Escudo  esquartelado  :  nos  primeiro  e  quarto  quar- 
téis, as  armas  dos  Peixotos,  —  enxequetado  de  ouro  e  azul  de  seis  peças  em  faxa;  e  nos  segundo  e  terceiro 
quartéis,  as  dos  Lacerdas,  que  são  de  castella  e  leão,  em  campo  partido  com  as  armas  antigas 
de  França.  (Brazão  passado  em  24  de  Agosto  de  1865.  Reg.  no  Cartório  da  Nobreza,  Liv.  VI, 
(Is.  59). 


603 


w 


ERNECK.  (Luiz  Quiiino  da  Rocha). 
Filho  do  Tenente-Coronel  Luiz  Quirinoda  Rocha,  Fidalgo  Cavalleiro 
da  Casa  hnperiaL  Cavalleiro  da  Ordem  de  Christo, 
e  de  D.  Francisca  das  Chagas  Verneck.  Neto  paterno 
de  Francisco  Quirino  da  Rocha,  Barão  de  Palmeiras, 
com  grandeza,  Commendador  da  Ordem  de  Christo, 
e  por  parte  materna  do  Sargento-Mór  Francisco  das 
Chagas  Verneck,  Commendador  da  Ordem  de 
Christo. 

Fidalgo  Cavalleiro  da  Casa  Imperial  ;  proprietário  e 
fazendeiro  no  município  de  Vassouras. 


BRAZÃO  DE  ARMAS  :  Escudo  com  .is  armas  dos  Rochas,  —  em  cimpo  de  prata  uma  aspa  de  vermelho, 
e  sobre  ella  cinco  vieiras  de  ouro  bordadas  de  azul.  Elmo  de  prata,  guarnecido  de  ouro.  Timbre  :  a 
aspa  das  armas,  com  uma  vieira  por  cima.  (Brazão  passado  em  27  de  Fevereiro  de  1866.  Reg.  no 
Cartório  da  Nobreza.  Liv.  VI,  fls.  71). 


íío^ 


ÍNDICE 


ABREVIATURAS  :  D. 


Duque.  —  M.  =  Marquez.  —  C.  =  Conde.  —  V.  =  Visconde.  —  B.  :=  Barão. 


Pag. 

Abreu,  António  Paulino  Limpo  de.   V.  de 

Abaete 24 

—  D.'  Francisco    Bonifácio    de.    B.  da 

Villa  da  Barra 535 

—  D.''  Francisco  Ferreira  de.  B.  de  There- 

sopolis 504 

—  Francisco  Pedro  de  B.  de  Jacuhy  230 

—  José  de.  B.  do  Serro  Largo  478 

—  José  Coelho  da  Gama  e.  B.  de  Marajó.  J73 

—  Marcos  António  de  Araújo  e.  2.°  B. 

de  Itajubá 204 

Affonio,    Francisco    António.    B.   de  Villa 

Isabel 540 

Aguiar,  JoSo  José  Ferreira  de.  B.  de  Catuama.  123 
Albano,   José    Francisco    da    Silva.    B.    de 

Aratanha 58 

Albarnaz,   Manuel  Francisco.   B.  de  Santa 

Clara 412 

Albuquerque,  António  Francisco  de  Paula 

e   Hollanda  Cavalcanti  de.  V.  de 

Albuquerque 31 

—  António  Joaquim  Pires  de  Carvalho  e. 

V.  de  Torre  de  Garcia  d'Avila  .  510 

—  António  Joaquim  Pires  de  Carvalho  e. 

B.  da  Villa  Viçosa s44 

—  António  Pedroso  de  Albuquerque  J."'     571 

—  Diogo  Velho    Cavalcanti    de.   V.   de 

Cavalcanti 125 

—  Estevão  Cavalcanti  de.  B.  de  Marepy.     277 

—  Francisco    de   Barros    Falcão    Caval- 

canti  571 

—  Francisco  Elesbào  Pires  de  Carvalho  e . 

I."  B.  de  Jaguaripe 234 

—  Francisco  Elesbâo  Pires  de  Carvalho  e . 

2.°  B.  de  Jaguaripe 234 


Pag. 
Albuquerque,    Francisco   de   Paula    Caval- 
canti de.  V.  de  Suassuna    .  490 

—  Joaquim   Pires  de  Carvalho  e.  V.  de 

Pirajá 360 

—  José  Egydio  de  Moura.  B.  de  S.  Anto- 

tonio  da  Barra 433 

—  José  Joaquim   Pires    de  Carvalho    e. 

2.»  B.  de  Pirajá  .....     360 

—  Lourenço  de  Sá  e.V.  de  Guararapes  .      170 

—  Manuel   Arthur  de   Hollanda  Caval- 

canti de.  B.  de  Albuquerque     .     32,   549 

—  Manuel  Ignacio  Cavalcanti  de  Lacerda. 

B.  de  Pirapama 361 

—  Manuel    Francisco  de   Paula    Caval- 

canti de.  B.  de  Muribeca  303 

—  Pedro  Alexandrino  de  Barros  Caval- 

canti de  Lacerda 572 

—  Pedro  Francisco  de  Paula  Cavalcanti 

de.  V.  de  Camaragibe    ....       98 
Alencar,  Leonel  Martiniano  de.  B.  de  Alen- 
car     3Ó,  55' 

Almeida,    Alpheu   Adolpho   Monjardím   de 

Andrade  e.  B.  de  Monjardim  290 

—  Caetano  Vicente  de.  B.  de  Mucury    .     301 

—  Francisco  Martins  de 572 

—  Francisco  Paulo  de.  B,  de  Guaraciaba.      169 

—  João  Carlos  Pereira  de.  V.  de  S.  Amaro.     430 

—  João  Pereira  de.  B.  de  Nonahy     .      .     314 

—  João  Ribeiro  de  Almeida  J.'"'.  2.°  B. 

de  Ribeiro  de  Almeida  .  385 

—  João    Rodrigues    Pereira    de.    B.    de 

Ubá 517 

—  Joaquim   Leite  Riberio  de.  i."  B.  de 

Ribeiro  de  Almeida 385 

—  José  de  Avellar  e.  B.  do  Ribeirão  .      .     384 


607 


Pag. 
Almeida,  José   Egydío  Alvares  de.    M.   de 

S.  Amaro 429 

—  Laurindo  de  Avellar  e.  b.  de  Avellar 

e  Almeida     .      .      ^    .      .      .      .       66 

—  Marcellino  de  Avellar  e.  B.  de  Massam- 

bará 271) 

—  Miguel    Calmon    du    Pin   e.    M.    de 

Abrantes 26 

—  Paulo  Martins  de.  V.  de  Almeida      .       38 
Alvarenga,  D.''  Albino  Rodrigues  de.  B.  de 

S.  Salvador  de  Campos.  V.  de  Alva- 
renga  41,  465 

AlTim,  Francisco  Cordeiro  da  Silva  Torres  e. 

V.  de  Jerumirim 243 

—  Francisco  Cordeiro  Torres.  B.  de  Igua- 

temy 186 

Amaral,  Ignacio  António  de  Souza.   B.  de 

Guandu 168 

—  Joaquim  Bonifácio  do.  V.  de   Indaia- 

tuba 188 

—  Joaquim  Thoinaz  do.  2.°  V.  de  Cabo 

Frio 88 

—  José  Luiz  Campos  do 573 

—  D."'    Paulino    Franklin    do.     B.     de 

Canindé 107 

Amorim,  António  João  do.  B.  de  Casa  Forte.      1 16 

—  Manuel   Affonso    de    Freitas.    V.   de 

S.  Vietoria 428 

Andrada,  Francisco  Xavier  da  Costa  Aguiar 

de.  B.  de  Aguiar  de  Andrada  .  29 

Andrade,   Carlos  Gabriel   de.   B.   de  Sara- 

menha 471 

—  Francisco  das   Chagas.   B.   de  Bam- 

buhy 70 

—  Gomes  Freire  de.  B.  de  Itabira     .  199 

—  Hilário  Joaquim  de.  B.  de  Piabanha  .     352 

—  Joaquim    Carlos    da    Cunha.    B.    de 

Affté 37.  549 

—  Joaquim  Ferreira  de  Camargo.  B.  de 

Ibitinga 181 

—  Marcellino  de  Britto  Ferreira  de.  B.  de 

Monte  Mário 297 

—  D.'' Vicente  Navarro  de.  B.  Inhomirim.     191 
Andrea,  Francisco  José  de  Souza  Soares  de. 

B.  de  Caçapava 89 

Antiquera,     Domingos    de    Castro.    V.    de 

laguary 235 

Aragão,  António  Muniz  Barreto  de.   B.  de 

Mataripe 280 

—  Francisco  Muniz   Barreto  de.   V.   de 

Paraguassú 328 

—  José  Araújo  de.  i.°  B.  de  Belém  .  77 

—  José  Joaquim  Muniz  Barreto  de.  B.  de 

Itapororóca 219 


Pag. 
Arag&o,  Pedro  Muniz  Barreto  de.  B.  do  Rio 

de  Contas 395 

—  Salvador    Muniz    Barreto   de.    B.    de 

Paraguassú 327 

Aranha,  Joaquim  Egydio  de  Souza.   M.  de 

Três  Rios 514 

—  Joaquim    Policarpo  de  Souza.   B.   de 

Itapura 220 

—  Manuel    Carlos    de    Souza.     B.     de 

Anhumas 47 

—  D.  Maria  Luisa  de  Souza.   2."  ti.  de 

Campinas 102 

Arantes,  António  Bellort  de.  1 ."  B.  de  Cabo 

Verde 89 

—  António    Belfort    Ribeiro   de.   V.    de 

Arantes 53 

Araripe,  Gualter    Martiniano    de    Alencar. 

B.  de  Exú 150 

Araújo,  André  Dias  de.  B.  dejundiá  345 

—  António   Eloy   Casemiro    de.    B.   de 

Ponte  Alta 368 

—  Euphrasio  Lopes  de.  B.  de  Sào  José 

do  Norte 436 

—  Francisco  Lourenço  de.  B.  de  Sergy.     474 

—  Francisco    Xavier    Lopes    de.    B.   de 

Parima 338 

—  João  Rodrigues  de 573 

—  Joaquim  Henrique  de.  B.  de  Pirassi- 

nunga 364 

—  Joaquim   Henrique  de  Araújo,  filho. 

V.  de  Pirassinunga 364 

—  José  António  de.  V.  do  Livramento  .     258 

—  José  Joaquim  Nabuco  de.  B.  de  Ita- 

poan 218 

—  D.  Manuel  do  Monte  Rodrigues  de. 

Bispo  C.  de  Irajá 196 

—  Marcos  António  de.  V.  de  Itajubá  204 
Arêas,  José  Carlos  de  Almeida.  V.  de  Ourem .  320 
Argollo,  António   da    Rocha    Pitta.   C.   de 

Passe 342 

—  Francisco  António  Rocha  Pitta.  V.  de 

Passe 342 

—  Miguel  José  Maria  de  Teive  e.  B.  de 

Paramirim 340 

Armond,  D.''  Camillo  Maria  Ferreira.  C.  de 

Prados    .      .  373 

—  Honório  Augusto  José  Ferreira,  a."  B. 

de  Pitangui 366 

—  Marcellino   José    Ferreira.    1."   B.   de 

Pitangui 365 

Arruda,  Joaquim  António  de.  B.  de  Atibaía.  65 
Assumpç&o,  D.''Joaquim  José  de.  B.  dejaráo.  239 
Avellar,    Bernardino   Rodrigues  de.   V.   de 

Cananéa 106 


608 


Pag. 
Avellar,  Cláudio  Gomes  Ribeiro  de.  B.  de 

Guaribú 1^5 

—  JoãoGomesRibeirode.V.deParahyba.  329 

—  Joaquim  Ribeiro  de.  V.  de  Ubá   .  518 

—  Joaquim  Ribeiro  de.  B.  deCapivary  .  109 

—  PauloGomesRibeirode.  B.deS.Luiz.  4^9 
Ayrota,  Manuel  António.  B.  de  Sapucaia  470 
Azevedo,  António  Luiz  de.  2."  B.  do  Pontal.    368 

—  António  Rodrigues  de.  B.  de  Ivahy  .  225 

—  Francisco  de  Paula  Vicente  de.  B.  da 

Bocaina 82 

—  Joaquim  José  de.  M.  Jundiahy           .  245 

—  José  da  Costa.  B.  do  Ladario  .            .  248 

—  Manuel   António   Alvares   de.    B.   de 

Itapacorá 212 

Bahia,  José  Lopes  Pereira 574 

—  Manuel  Lopes  Pereira.  V.  de  Merity  .  285 
Bandeira,    D.    Francisca    de    Assis   Vianna 

Moniz.  B.  de  Alemquer.     ...  35 

—  Pedro  Ferreira  de  Vianna.  2.°  B.  de 

Fiaes.  V.  de  Ferreira  Bandeira.  151 
Baptista,  Bonifácio  José.  B.  de  Monte  Car- 

mello 293 

—  D.''    Lourenço    Maria    de    Almeida. 

B.  de  Miracema 287 

Barboia,  António  Teixeira  de  Freitas.  B.  de 

Itaparica 214 

—  D.    Bernardina    Alves.    V.    de   Santa 

Justa 420 

—  Cândido  Ribeiro.  B.  de  Ribeiro  Bar- 

bosa   386 

—  Francisco  Alves.  2."  B.  de  Santa  Justa.  419 

—  FranciscoVillela.  i.oM.deParanaguá.  334 

—  Jacintho  Alves.  i.°B.  de  Santa  Justa.  419 

—  José  Alves  da  Silveira.  3."  B.  de  Santa 

Justa 421 

—  José  Ignacio  Gomes.  B.  deSuassuhy  .  489 

—  José  de  Oliveira.  B.  do  Passeio  Publico 

e  V.  do  Rio  Comprido  .      .      .  342,  394 

—  José.  Rodrigues  Alves.  B.  de  Santa  Fé .  417 
Barbuda,  Francisco  Maria  Gordilho  Velloso 

de.  M.  Jacarépaguá.     .       228,  260,  343 

—  José  Egydio  Gordilho  de.  2.°  V.  de 

Camamú 97 

—  José    Egydio   Gordilho   Velloso    de. 

i.°V.  de  Camamú 96 

Barcello*,  D.''  Miguel  Rodrigues.  B.de  Itapi- 

tocay 218 

Barreto,  Francisco  Paes.  M.  de  Recife  .      .381 

—  João  de  Deus  Menna.  V.  de  S.Gabriel.  443 

—  João  Propicio  Menna.  B.  de  S.  Gabriel .  444 

—  José  Joaquim.  B.  de  Soubará.      .      .  484 

—  D.' José  Maria.  B.de  Anajatuba  .  45 
Barro»,  António  de  Aguiar.  M.  de  Itú   .      .  224 


P«g. 
Barro*,   António   Paes  de.  1 ."  B.  de  Piraci- 
caba  358 

—  António    Pereira    de    Souza."  B.    do 

Engenho  Novo 145 

—  Benjamin  Franklin  Torreão  de  574 

—  Bento  Manuel  de.  B.  de  Campinas    .      101 

—  Bento  Paes  de.  B.  de  Itú  ....     223 

—  Constantino  Pereira  de.  B.  de  S.  João 

de  Icarahy 449 

—  D.'  Domingos  Borges  de.  V.  de  Pedra 

Branca 344 

—  Francisco  do  Rego.  C.  de  Boa  Vista  .        81 

—  Francisco    Xavier    Paes    de.     B.     de 

Tatuhy 4^^ 

—  Gabriel   António  de.    B.   de   S.  José 

dei  Rey 456 

—  Ignacio  Borges  de.  B.  de  Rio  Fundo.      397 

—  João  de  Figueiredo  Pereira  de.  B.  do 

Fonseca 153 

—  João  Joaquim  da  Cunha  Rego.  3.°  B. 

de  Goyanna 162 

—  João  do  Rego.  B.  de  Ipojuca  .      .      .      195 

—  Jordão  Pereira  de.   B.  de   Pereira  de 

Barros 5=0 

—  José  Bernardino  de.  B.  das  Três  Ilhas .     513 
-—     D.i^José  Júlio  de  Albuquerque.  B.  do 

Sobral 48, 

—  José  Manuel   Fernandes   Pereira   de. 

V.  da  Gamboa içó 

—  D.  José  Pereira  da  Silva.  Bispo  Conde 

de  Santo  Agostinho 428 

—  Lucas  António   Monteiro  de.    B.   de 

Santa  Alda 410 

—  Lucas   António   Monteiro  de.   V.   de 

Congonhas  de  Campos.      .      .      .      133 

—  Luiz  de  Souza   Monteiro  de.   B.   de 

Monteiro  de  Barros 294 

—  D.  Luiza  Margarida  Portugal  de.  C.  de 

Pedra  Branca 345 

—  Manuel  Pereira  de  Souza.  B.  da  Vista 

Alegre 544 

—  Raphael  Tobias  de  Aguiar  Paes  de. 

2.°  B.  de  Piracicaba      ....     359 

—  Romualdo  José  Monteiro  de.    B.   de 

Paraopeba 33^ 

—  Silvino  Guilherme  de.  B.de  Nazareth.     309 

Barrozo,  Zozimo  Braulio 575 

Battos,  António  José  Gomes.  2."  B.  de  Cattas 

Altas 121 

—  João  José  Pereira  Bastos  J.""".   B.  de 

Itaóca 211 

—  Luiz  Paulo  de  Araújo.  1."  B.de  Fiaes.      151 
Belém,  José  Maria  de  Almeida.   3.°  B.  de 

Belem 78 


Archivo  NobilUrehico  Brasileiro  77 


609 


Pag. 
Belfort,  António  Raymundo  Teixeira  Vieira . 

B.  de  Gurupy.  V.  de  Belfort    .  17Ó,  559 

—  Joaquim    Raymundo    Nunes.    B.    de 

Santa  Rosa 420 

—  Manuel  Gomes  da  Silva.  B.  de  Croata.      137 
Bernarde*,  José  Francisco.    B.  de  S.  Joa- 
quim   454,  567 

Berquò,  João  Maria  da  Gama  Freitas.  M.  de 

Cantagallo 107 

Bittencourt,    Angelo    de    Quadros.    B.    de 

Gorutuba 160 

Boaa,  Bento  de  Araújo  Lopes  Villas.  B.  de 

Maragogipe 273 

Borges,  D.'  Abilio  César.  B.  de  Macahubas.    264 

—  António   Pedro   de    Carvalho.    B.  de 

Carvalho  Borges 115,  55o 

—  Francisco  de  Assis  e  Oliveira.  V.  de 

Guaratinguetá 173 

—  Francisco    de    Pinho.    B.    de    Pinho 

Borges 357 

—  José  Luiz.  2."  B.  do  Dourado.  .  144 
Botelho.  António  Carlos  de  Arruda.   C.  do 

Pinhal 351; 

—  António  Machado  Botelho  Sobrinho. 

B.  de  Macabús 262 

Braga,  João   Francisco  Vieira.  C.   de    Pira- 

tinim 365 

Bragança,  D.  Maria  Isabel  de.  Duqueza  do 

Ceará 129 

Branco,  Augusto  da  Cunha  Castello.   B.  de 

Campo  Maior 105 

—  D.  Francisca  Joanna  de  Lacerda  Cas- 

tello. M.  de  Taquahy   ....      496 

—  Manuel  Alves.  V.  de  Caravellas  .  113 

—  Manuel  Joaquim  de  Mendonça  Cas- 

tello. B.  de  Anadia.  550,  44 

—  Mariano  Gil  Castello.  B.  de  Castello 

Branco 117 

Brandão,  António  Torquato  Leite  576 

—  Augusto  de  Souza.  B.  de  Cantagallo.      108 

—  Bernardo  Duarte.  B.  do  Crato.     .  137 

—  José  de  Souza.  B.  de  Apparecida  .      .       49 

—  Luiz  de  Souza.  B.  do  Porto  Novo  .  371 
Brant,  Ildefonso  de  Oliveira  Caldeira.  V.  de 

Gericinó 159 

—  Pedro  Caldeira.  C.  de  Iguassú  .  .  185 
Brasileira,   D.   Isabel   Maria  de   Alcântara. 

D.  de  Goyaz 558,   Í03 

Breves,  Francisco  de  Assis  Monteiro.  B.  de 

Louriçal 261 

—  Luiz  José  de  Souza.  B.  de  Guararema.  170 
Bricio,  Marcos  António.  2."  B.  dejaguarary .  253 
Brito,    Anthero    José     Ferreira    de.    B.    de 

Tramandahy 512 


Pag. 
Brito,  António  Ferreira  de,  B.  da  Bôa  Espe- 
rança   81 

—  Cândido  Xavier  Pereira  de.  2.°  B.  de 

Cimbres .      130 

—  Luiz    Saldanha    da    Cama    Mello    e 

Torres  Guedes  de.  M.  deTaubaté.      500 

—  Thomaz  Fortunato  de.  V.  de  Arinos  .       61 
Bueno,  Francisco  da  Cunha.  V.  de  Cunha 

Bueno 221,  140 

—  D.' José  António  Pimenta.  M.  de  S. 

Vicente 468 

Bulcão,  António  Araújo  de  Aragão.  3.°  B. 

de  S.  Francisco 442 

—  Joaquim  Ignacio  de  Siqueira.    i.°  B. 

de  S.  Francisco 441 

—  Joaquim   Ignacio  de   Aragão.    B.   de 

Matuim 280 

—  José  de  Araújo  Aragão.  2.°  B.  de  S. 

Francisco 441 

—  Rodrigo  António  Falcão.   2.*'   B.   de 

Belem 78 

Burgos,  José  Félix  Pereira  de.  B.  de  Itapicurú- 

Mirim 217 

Caldas,  António  de  Cerqueira.  B.  de  Diaman- 
tina    143 

Calmon,  D.  Anna  Romana  de  Aragão.  Con- 
dessa de  Itapagipe 212 

Camará,  Bernardo  José  da.  B.  dos  Palmares.     324 

—  José  António  Correia  da.    2."  V.    de 

Pelotas 347 

—  Patricio  José  Correia  da.    i."   B.   de 

Pelotas 346 

Camargo,  António  de  Sá.  V.  de  Guarapuava.     160 
Camboim,  Francisco  Alves  Cavalcanti.  B.  de 

Buique 87 

Campello,  Manuel  Thomas  Rodrigues.  i.°B. 

do  Rio  Formoso 396 

Campos,  Carlos  Carneiro  de.  3.°  V.  de  Cara- 
vellas  114 

—  Francisco  das  Chagas.  B.  de  Itapecirica    214 

—  Francisco  Gomes  de.    B.  de  Campo 

Grande 104 

—  João  Baptista  Gonçalves.  V.  de  Jary  .     239 

—  Joaquim   Honório  de.  2.°  B.  do  Rio 

Pardo 400 

—  José  Ferraz  de.  B.  de  Cascalho  .  116 

—  José    Joaquim   Carneiro    de.     M.     de 

Caravellas 112 

—  José  Luiz  de.  B.  de  Montes  Claros.  296 

—  D.''  Manuel  José  de.  B.  de  Guahyba  .      167 
Capanema,   Guilherme   Schiich   de.    B.   de 

Capanema 108 

Cárdia,  José  Emygdio  de  Almeida.   B.  de 

Avanhandava     ...  65 


610 


Pag. 

Cardoío,  D.'' Cândido  José 577 

—  Francisco  Alves.  B.  de  Itapema    .  215 
--     Francisco  José 577 

—  Francisco  José  Cardozo  Júnior  578 

—  José  Francisco 578 

—  Manuel  José 578 

Carneiro,  António  José  Dias.  V.  do  Salto    .  409 
Carrero,    Hermenegildo     de     Albuquerque 

Porto.  B.  do  Forte  de  Coimbra.     .  154 

Carvalho,  Alexandre  Vieira  de.  C.  de  Lages.  250 

—  António  Félix  de.  B.  de  Comorogy   .  131 

—  António  Teixeira  de.  B.  de  Rio  Pomba.  401 

—  D."'  Carlos  Dias  Delgado  de    .      ,      .  579 

—  Delfim  Carlos  de.  B.  da  Passagem  341 

—  Francisco  Moreira  de.  C.  de  Subahé  .  491 

—  Francisco  de  Paula  Magessi  Tavares 

de.  B.  de  Villa  Bella     ....  536 

—  João    Evangelista    de.    B.  de  Campo 

Formoso 104 

—  João  Gomes  de.  V.  de  Barra  Mansa    .  74 

—  João  Gualberto  de.  i."  B.  de  Cajurú  .  04 

—  João  Vieira  de-  M.  de  Lages   .      .      .  249 

—  Joaquim  Gomes  Leite  de.    2.°  B.  do 

Amparo 44 

—  José  António  Barrozo  de.  V.  de  Rio 

Novo 399 

—  José  da  Costa.  M.  de  Monte  Alegre    .  201 

—  José  Freire  de.  B.  de  Pojuca   .      .      .  3Ó7 

—  José  Rezende  de.  B.  da  Conceição  da 

Barra 132 

—  Luiz  José  Pereira  de.  B.  de  Sepé  .      .  472 

—  Manuel  Gomes  de.  1 ."  B.  do  Amparo.  43 

—  Manuel  Gomes  de.  B.  do  Rio  Negro  .  398 

—  Militâo  Honório  de.  2."  B.  de  Cajurú.  95 

—  D.  Úrsula  Maria  de  Almeida  .      .      .  580 
Castello,   D.  Francisca  Joanna   de   Lacerda . 

M.  de  Taquahy 496 

Castilho,    D.'   António   Moreira   de.   B.   de 

S.  Roque ^  463 

Castro,  António  Emiliano  de  Souza.   B.  de 

Anajaz 45>  55' 

—  António  José  de.  B.  de  Bemfica   .  79 

—  Carlos  Baptista  de.  B.  de  Itahype  203 

—  Joaquim    Barboza    de.    B.    de   Alem 

Parahyba 35 

—  José  Mendes  de  Oliveira.  B.  de  Oliveira 

Castro 319 

—  José  Ribeiro  de.  V.  de  Santa  Rita      .  426 

—  Lauriano   Correia   de.   B.  de  Campo 

Bello 104 

—  Lucas  António  Monteiro  de.   2.°  B. 

de  Congonhas  de  Campos  .  133 

—  Luiz    de    Mattos    Pereira   de.   B.   do 

Flamengo 152 


Pag. 
Castro,  Manuel  Jacintho  Domingues  de.  B. 

de  Parahytinga 331 

—  Manuel  losé  Monteiro  de.    1 .°  B.  de 

Leopoldina 255 

—  Manuel  António  Ribeiro  de.  i.  B.  de 

Santa  Rita 425 

—  Pedro  Correia  de.  i."  B.  de  Tinguá  .  508 
Cavalcanti,  António  da  Rocha  de  Hollanda. 

B.  de  Gindahy 160 

—  Henrique  Marques  de  Hollanda.  2.  °B. 

de  Suassuna 491 

Chagas,  Francisco  Manuel  das.  B.  de  Itaipú .  203 

—  Luiz  Gonçalvas  das.  B.  de  Candiota.  107 
Chaves,   Francisco  Lopes.    i.°  B.  de  Santa 

Clara 4" 

—  Francisco    Lopes.    2."    B.    de   Santa 

Clara 411 

—  Licínio  Lopes.  2.°  B.  dejacarehy.     .  228 

—  Pedro    Rodrigues    Fernandes.    B.    de 

Quarahim 374 

Chermont,  António  Lacerda  de.  V.  de  Arary .  57 
Cintra,    António    Pinheiro     Ulhôa.    B.     de 

Jaguára 231 

—  Joaquim  Pinto  de  Araújo.   2.°  B.   de 

Campinas 102 

—  José  Joaquim  da  Silveira.  B.  de  Cintra.  131 
Cochrane,     Lord     Thomas    John.     M.     do 

Maranhão 275 

Codeço,  Cândido  José  Pereira      ....  ç8i 

—  José  Alexandre  Pereira 581 

Coelho,  António  Maria.  B.  de  Anhambahy.  47 

—  José  Joaquim.  B.  da  Victoria  .      .      .  534 

—  Manuel   Ignacio    de    Andrada    Souto 

Maior  Pinto.  M.  de  Itanhaem  .  .  188 
Conceição,  Francesco  José  da.   B.  de  Serra 

Negra 475 

Cordeiro,  Domingos  Alves  Barcellos.   B.   de 

Barcellos 74 

—  Heitor  Basto 581 

—  Lopo  Diniz.  C.  de  Diniz  Cordeiro  581 
Correia,  D.  Anna  Rufina  de  Souza  Franco. 

B.  de  Cametá 101 

—  António  Epaminondas  de  Barros.  B.  de 

Contendas 134 

—  António  José.  3.°  B.  do  Rio  Pardo     .  401 

—  António  José.  B.  de  Campo  Alegre    .  103 

—  Francisco  Accacio.  B.  de  Guamá.    167,559 

—  Ildefonso  Pereira.  B.  do  Serro  Azul   .  477 

—  José  Caetano.  B.  de  Tapajoz  .      .      .  496 
Costa,  António  Moreira  da.  B.  de  Paraiina.  338 

—  Astrogildo  Pereira  da.  B.  de  Aceguá.  27 

—  Francisco  António  Gomes  da.  B.  de 

Arroyo  Grande 62,  482 

—  Fructuoso  Pinto  da.  B.  do  Catú  .      .  123 


611 


Pag. 
Costa,  Jesuino  Lamego  da.  2."  B.  da  Laguna     252 

—  João  Gualberto  Martins  da.   B.  de  S. 

José  da  Lagoa 456 

—  D.' João  Severiano  Maciel  da.  M.  de 

Queluz 376 

—  João  de  Souza  da  Fonseca.  V.  da 

Penha 349 

—  João  Tavares  Maciel  da.  V.  de  Queluz.     377 

—  losé  Feliciano  de  Moraes  V.  de  Bene- 

vente 80 

—  D.'' José  Maria  Lopes  da.  2.°  B.   Pira- 

quára 363 

—  José  Rodrigues  da.  B.  da  Conceição.      132 

—  D.  Josephina  da  Fonseca.  V.  da  Fon- 

seca Costa 154,  558 

—  Mariano  José   de    Oliveira   e.    B.    de 

Pouso  Frio 373 

—  Manuel  António  da  Fonseca.  M.   da 

Gávea 157 

—  Manuel  José  da.  B.  das  Mercês    .      .     285 
Coutinho,  Aureliano  de  Souza  e.  Oliveira. 

V.  de  Sepetiba 473 

—  Balthazar  Rangel  de  Souza  .      .      583 

—  D.    Francisco    Affonso    Maurício    de 

Souza.  M.  de  Maceió     ....     265 

—  João  Baptista  Ferreira  de  Souza.  i.''B. 

de  Cattas  Altas 121 

—  José   Theodoro   Correia  de  Azevedo. 

B.  de  Mearim 282 

—  D.  Marianna  Carlotta  Verna  de  Maga- 

lhães. C.  de  Belmonte  ....       78 

—  Sebastião  da  Cunha  de  Azevedo.  B. 

de  Azevedo  Coutinho   ....       67 
Couto,  João  José  de   Almeida.  B.  do   Des- 
terro  142 

—  Luiz  Martinho  de  Azevedo  .  584 
Crux,  Manuel  Dias  da.  2."  B.  da  Sáude.      .     472 

—  Manuel  Pinto  Netto.  B.  de  Muriahé  .     302 

—  D.  Rachel  Francisca  de  Castro  Netto. 

V.  de  Muriahé 302,  303 

Cunha,  Ambrósio  Leitão  da.  B.  deMamoré.     270 

—  António  Luiz  Pereira  da.  M.  de  Inham- 

bupe 188 

—  António  Rodrigues  da.  B.  de  Aymoré.       66 

—  António  Vieira  da.   B.  de  Araripe.  55 

—  Epaminondas  Vieira  da.  B.  de  Itapis- 

suna 218 

—  Filisberto  Ignacio  da.  B.  de  Corren- 

tes      134 

—  D.''  Franciseo  Lopes  da.    B.  de  Ca- 

tumby 124 

—  João  Ignacio  da.  V.  de  Alcântara.  33 

—  José  Feliciano  Pinto  Coelho  da.B.  de 

Cocaes    .  ■ 131 


Píg. 
Cunha,  José  Lustosa  da.  B.  de  Santa  Philo- 

mena 425 

—  José   Vieira  Marchado  da.    i.°  B.  do 

Rio  das  Flores 39o 

—  Manuel  Joaquim  Carneiro  da.  B.  de 

Vera  Cruz 532 

—  Manuel  Nunes  da.  B.  de  Paconé  .      .     366 

—  Manuel   Vieira    Machado    da.    B.   de 

AUiança 37 

—  Misael  Vieira  Machado  da.  2.°  B.    do 

Rio  das  Flores 390 

—  Silvino   Elvidio   Carneiro   da.    B.  de 

Abiahy 25 

Curado,  Joaquim  Xavier.  V.  de  S.  João  das 

Duas  Barras 448 

Dantas,  João  Gualberto.  2."  B.  do  Rio  Real.     403 

—  Miguel  Ribeiro.  B.  de  Mipibú.     .      .     287 

Dias,  Diniz.  B.  de  S.  Jacob 443 

Diniz,  António  Teixeira.   B.  de  Campo  Mys- 

tico 105 

Dodsworth,  Jorge  João.  2."  B.  de  Javary  241 

Dória,    Franklin    Américo  de   Menezes.   B. 

de  Lorcto 260 

Drummond,    João   Baptista   Vianna.   B.   de 

Drummond 144 

Duarte,  Francisco  Pinto.  2.°  B.  de  Tinguá.     509 

—  José  Garcia.  B.  de  Franca.      .      .      .      155 

—  D.'  José  Rodrigues  de   Lima.  V.   de 

Lima  Duarte 256 

Dutra,  Ignacio  Rodrigues  Pereira.  2.°  B.  de 

Iguape 184 

Eça,  João  Maria  da  Gama  Lobod'Eça.  B.  de 

Saican 400 

—  Manuel   de  Almeida  da  Gama   Lobo 

d' Eça.  B.  de  Batovy  ....  75 
Escobar,  Pedro  Pereira  de  B.  de  S.  Lucas  .  458 
Escragnolle,    Gastão    (Luiz.    Henrique    de 

Robert)  de.  B.  de  Escragnolle.  557,  148 
Faria,  Anacleto  Correia  de.  B.  de  Itapiruma.     217 

—  Francisco    Dyonisio    de.    2.°    B.    de 

Abbadia 23 

—  Manuel  António    da    Rocha.  C.    de 

Nioac 310 

—  Thomé    Ribeiro   de.    B.    de    Guapi- 

mirim 169 

Farinha,  Manuel  António.  C.  de  Souzel.  489 

Faro,  João  Pereira  Larrique   de.   V.  do  Rio 

Bonito 388 

—  Joaquim  José  Pereira  de.  2.°  B.  do  Rio 

Bonito 387 

—  José  Pereira  de.  3.°  B.  do  Rio  Bonito.     389 
Feijó,  António  Doutel  de  Almeida  Machado 

e  Vasconcellos    Madureira.   V.    de 
Mirandella 288 


612 


Pag. 
Feijó,  D/  Luiz  da  Cunha.  V.  de  Santa  Isabel .  418 
Ferrão,  Alexandre  Gomes  de  Argollo.  B.  de 

Cajahyba. ^4 

—  Alexandre  Gomes  de  Argollo  Ferrão 

Filho.  V.  de  Itaparica  .  .      .     213 

Ferraz,  Angelo  IVIoniz  da  Silva.  B.  de  Uru- 

guayana 520 

—  António   de   Barros.    B.   de   Piracica- 

mirim ,cq 

—  Cândido  José  de  Campos.  B.  de  Porto 

Felix •,_, 

—  Francisco  Ignacio  de  Araújo.   B.  de 

Araújo  Ferraz -g. 

—  José     Bonifácio    de    Campos.    B.    de 

Monte-Mór 2P4 

—  D.''  Luiz  Pedreira  do  Couto.  V.   de 

Bom  Retiro gó 

Ferreira,  António   Pedro   da  Costa.    B.   de 

Pindaré ,-. 

—  António  Rodrigues  de  Azevedo.  B.  de 

Santa  Eulália >,- 

—  Domingos  Malaquias  de  Aguiar  Pires. 

1."  B.  de  Cimbres i^o 

—  João  Luiz  Gonçalves.  B.  de  Araribá  .       55 

—  Joaquim  António.  V.deGuaratiba.  170,530 

—  Joaquim  José.  B.  de  Guaratiba     .      .      172 

—  Quintiliano  Alves.  B.  de  S.  Roberto  .  463 
Ferro,  Manuel  Duarte  Ferreira.  B.  dejequiá.  241 
Figueiredo,  Affonso  Celso  de  Assis.  V.  de 

Ouro  Preto ,22 

—  Francisco  de.  C.  de  Figueiredo    .      .      152 

—  Gabriel  Garcia  de.  3.°  B.  de  Monte 

Santo 296 

—  D.' José  Bernardo  de.  B  de  Alhandra.       37 

—  José    Bento    da  Cunha.   V.  de   Bom       83 

Conselho 

—  José  da  Silva.  B.  de  Carmo  .  .  .  115 
Foiueca,    D.     Anna    Joaquina    do    Prado. 

2.»  Baroneza  de  Jundiahy  ...     246 

—  Marianojosé  Pereira  da.  M.  de  Maricá.      277 

—  Scveriano  Martins  da.  B.  de  Alagoas.        30 

—  Zeferino  Urbano  da.  B.  de  Gurupá  .  175 
Fontes,  D.'  António  José  Gonçalves.  B.  do 

Rio  Doce ,0- 

—  D.'    José    Ribeiro   de  Souza.    V.    de 

Souza  Fontes 48c 

Forte»,   Carlos  Theodoro  de  Souza.    B.   de 

Santa  Clara 4, , 

—  Francisco  Libanio  de  Sá.  B.  do  Ribei- 

rão Fundo jg^ 

—  Hilário  Pereira.  B.  de  Viamão.     .      .     533 

—  D.  Maria   Thercsa   de   Souza.    V.   de 

Monte  Verde ^qi 

Frade,  António  Pereira  da  Silva.  B.deMuaná.     301 


Fraga,  Porphirio  Pereira.  2.°  B.  deCapivary.      1 10 
Franklin,   Leocadio  Gomes.  B.  do  Vai  For- 
moso  Ç2J 

França,    D.'    Clementino    Ferreira.    M.   de 

Nazareth ,08 

Franco,   Bernardo  de   Souza.  V.   de  Souza 

Franco 486 

—  Luiz  António  Pereira.   B.  de  Pereira 

Franco ,çq 

—  D.' Pedro  Affonso.B.de Pedro  Afifonso.  ■  345 

—  QuintilianoRodriguesdaRocha.  i.^B. 

de  Santa  Luzia 42 1 

Freire,  Ernesto  Justiniano  da  Silva.  2.°  B. 

de  Itambé 209 

—  Felisberto  de  Oliveira.  B.  de  Laran- 

geiras 254 

—  Flávio    Clementino   da   Silva.   B.   de 

Mamanguape 269 

—  Joaquim  da  Cunha.  B.  de  Ibiapaba  .  179 

—  JoaquimJoséMeirelles.  B.doCurvello.  141 

—  José  António  da  Silva,  i."  B.  do  Dou- 

rado  ,4^ 

—  José  Joaquim  da  Silva.   B.  de  Santa 

Maria  Magdalena 423 

Freitas,    António    Manuel    de.    B.    de   Rio 

Claro ^^y 

Galeáo,  Manuel  Caetano  de  Almeida.  B.  de 

Almeida  Galeão jn 

Galvão,  António  Enéas  Gustavo,  B.  do  Rio 

Apa 387 

—  D.''  Benjamin  Franklin  Ramiz.  B.  de 

Ramiz ^80 

—  Rufino  Enéas  Gustavo.  V.  de  Mara- 

cajú 272 

Gama,  Bernardo  José  da.  V.  de  Goyanna     .      16  r 

—  Braz  Carneiro  Nogueira  da  Costa  e. 

C.  de  Baependy (,q 

—  Caetano  Mário  Lopes.  V.  de  Maran- 

guape 274 

—  Caetano  Maria  de  Paiva  Lopes     .      .     584 

—  D.  Francisca  Maria  do  Valle  Nogueira 

da.  B.  de  S.  Mathens    .      .      .      .     4Ó1 

—  Francisco  Nicolau  Carneiro  Nogueira 

da.   B.  de  Santa  Mónica  .      .     424 

—  Manuel  Jacintho   Carneiro   Nogueira 

da.  B.  dejuparanã 247 

—  Manuel  Jacintho  Nogueira  da.  M.  de 

Baependy 53 

—  Nicolau  António  Nogueira  Valle  da. 

V.  de  Nogueira  da  Gama    .       .     .      313 

—  Paulo    José    da    Silva.    1.»    B.     de 

Bage 70 

—  Paulo    José    da    Silva    Gama    Filho. 

2.°  B.  de  Bagé yo 


613 


Pag. 
Góe«,  António   Calmon   de   Araújo.   B.    de 

Camaçary gó 

—  .Innocencio  Marques  de  Araújo.  B.  de 

Araújo  Góes 59,  553 

—  Paulino  de  Araújo.  B.  de  S.  Miguel  .  462 
Gomea,  Boaventura  José.  B.  de  itaquatiá     .  220 

—  Jacintho  José.  B.  de  Monção  .      .      .  289 

—  João  José  de  Araújo.  i.°B.  de  Alegrete.  33 

—  José  Luiz.  B.  de  Mambucaba.      .      .  269 
-    José  Maria  de  Araújo.  2."  B.  de  Ale- 
grete   34 

Gonçalves,  António  Marcellino  Nunes.  V.de 

S.  Luiz  do  Maranhão     ....  460 

Gondim,  António  José   Duarte  de  Araújo. 

B.  de  Araújo  Gondim    ....  ío 

Gordilho,    Luiz   Adriano   Alves    de    Lima . 

B.  de  Itapoan 219 

Gouveia,  João  Alves  de.  B.  de  Lavras  255 

—  José  Dias  de.  B.  de  Alienas  .  .  .  3Ó 
Graça,  José  Pereira  da.  B.  de  Aracaty  51 
Guedes,  Rodrigo  Pinto.  B.  do  Rio  da  Prata.  401 
Guerra,     Luiz    Gonzaga    de    Brito.     B.    de 

Assú 63 

Guimar&es,  António  Diniz  da  Costa.  B.  de 

Santa  Isabel 418 

—  Bento  de  Lacerda.  B.  de  Araras   .      .  54 

—  Clementino  José   Pereira.    B.  de  Ma- 

náos 271 

—  Domingos  Custodio.    1 ."  V.  do  Rio 

Preto 402 

—  Domingos  Custodio  Guimarães  Filho. 

B.  do  Rio  Preto 403 

—  José  Agostinho  Moreira.  B.  de  Gui- 

marães      175 

—  José  Auto  da  Silva.  B.  de  Jaguarão   .  233 

—  José  de  Lacerda.  2.°  B.  de  Arary.  57 

—  José  de  Lacerda.  2.°  B.  de  Japy   .      .  238 

—  José  Luciano  de  Souza.  B.  de  S.  Fran- 

cisco da  Gloria 442 

—  Manuel  António.  V.  de  Nácar.  307 

—  Manuel  de  Castro.  B.  dos  Cataguazes.  121 

—  Miguel  António   Pinto.    B.   de   San- 

tarém   425 

Henriques,  João  António  de  Araújo  Freitas.  585 
Homem,  D''.  Francisco  de  Saltes  Torres.  V. 

de  Inhomirim 191 

—  D."'  João  Vicente  Torres.  V.  de  Torres 

Homem 511 

Hoonholtz,  António  Luiz  von.  B.  de  Teffé.  503 
Horta,    Felisberto    Caldeira    Brant    Pontes. 

Oliveira  e.  M.  de  Barbacena    .    71,  553 

—  José  Caetano   Rodrigues.   V.  de  Ita- 

tiaya 221 

Ignacio,  Joaquim  José.  V.  de  Inhaúma  .  189 


Pag. 
Itapicurú,  José  Dantas  de.  B.  do  Rio  Real  .  403 
Jaguaribe,  Domingos  José  Nogueira.  V.  de 

jaguaribe 233 

Jobim,  António    Martins    da    Cruz.    B.    de 

Cambahy 100 

Jordão,    Amador    Rodrigues    de    Lacerda. 

B.  de  S.  João  do  Rio  Claro.      .      .     4:53 

—  Polydoro    da    Fonseca  Guintanilha. 

B.  de  Santa  Theresa  .      .     427 

Junqueira,  Francisco  Ribeiro.  B.  de  Chris- 

tina 130 

—  Gabriel  Francisco,  i."  B.  de  Alienas  .        36 

—  Luiz     Francisco     Gonçalves.     B.    de 

Jacuipe 251 

Lacerda,  D.  Pedro  Maria  de.   Bispo  Conde 

de  Santa  Fé 410 

Lamare,  Joaquim    Raymundo    de.    V.    de 

Lamare 252 

Leáo,  António  de  Souza.  B.  de  Morenos  298 

—  Augusto  de  Souza.  B.  de  Caiará  .      .       93 

—  Braz  Carneiro.  B.  de  S.  Braz   .      .      .     436 

—  Domingos  Francisco  de  Souza.  V.  de 

Tabatinga 49? 

—  Domingos  de  Souza.  2.°  B.  de  Villa 

Bella 537 

—  Francisco  José   da  Rocha.    1  .">  B.  de 

Itamaraty 206 

—  D.' Henrique  Hermeto  Carneiro.  B.  de 

Paraná 333 

—  Honório    Hermeto    Carneiro.    M.    de 

Paraná 331 

—  Ignacio   Joaquim    de    Souza.    B.    de 

Souza  Leão 487 

—  Joaquim    de    Souza.    V.    de    Campo 

Alegre 103 

—  José    Alexandre    Carneiro.    V.   de  S. 

Salvador  de  Campos      ....     464 

—  José   Fernando  Carneiro.  C.  de  Villa 

Nova  S.  José 541 

—  José  Ribeiro  da  Silva 586 

—  José  de  Souza.  B.  de  Gurjabá.      .  175 

—  Luiz  Filippe  de  Souza 586 

—  Nicolau  Netto  Carneiro.    B.  de  Santa 

Maria 423 

—  Umbellino  de  Paula  de  Souza.  B.  de 

Jaboataó 226 

Lecor,  Carlos  Frederico.  V.  de  Laguna  .      .     250 
Leite,  Custodio  Ferreira.  i.°  B.  de  Ayuruóca  .        67 

—  Francisco  José   Teixeira.   B.   de  Vas- 

souras  332 

—  Guilherme  Augusto  de  Souza.  B.  de 

Aguas  Claras 28 

—  João  José.  B.  de  Sanipe     ....     410 
— •    João  José  de  Oliveira.  B.  do  Timbó  .     508 


614 


Magalhães,  Manuel  de  Souza  Pinto  de.  B.  de 

Tury  Assú 517 

—  D.  Maria  Leonor  Teixeira  de.   V.  de 

Camargos 99,  100 

Maia.  D."-  Cláudio  Velho  da  Motta.  C.  de 

Motta  Maia 300 

—  Honório    de    Araújo.    B.    de   Araújo 

Maia 59 

Mallet.  Emilio  Luiz.  B.  de  Tapevy  .  .     216 

Maranhão,    Lourenço  Cavalcanti   de  Albu- 
querque.   B.  de  Atalaya     ...        64 
Marinho,   Joaquim    Elysio    Pereira.    V.   de 

Guahy 166 

Martin*,  D."'  António  Feliz.  B.  de  S.  Feliz  .     439 

—  Cicero  Dantas   B.  de  Geremoabo  .      .      1 59 

—  Francisco  Gonçalves.   V.  de  S.  Lou- 

renço  458 

—  Gualter.  B,  do  Grão  Mogol  .      .      164 

—  Ignacio    António    de    Assis.     V.    de 

Assis  Martins 63,  333 

—  Manuel  Miguel.  B.  de  Itacurussá.  201 

—  Manuel  de  Souza.   V.  da  Parnahyba.     339 
Mascarenhas.    António  Cândido  da  Silva. 

V.  de  Sete  Lagoas 479 

—  D.  Francisco  de  Assis.   M.  de  S.  João 

da  Palma 451 

Mattos,  Firmo  José   de  B.  de  Casalvasco.      116 

—  João  Wilkens  de.  B.  de  Maruiá    .  279 
Meireiles,  D.' Joaquim  Cândido  Soares  de  .      594 

—  Luiz  António  Simões  de.  B.  de  Assú 

da  Torre 63 

Mello,  António  Bento    Dias  de.   2.°  B.  de 

Çametá 101 

—  António  Cândido  de.  B.  de  Toropy  .     510 

—  António    Dias   Coelho    de.     B.     da 

Estancia 149 

—  Domingos  Dias  Coelho  e.  B.  de  Ita- 

porangá 210 

—  D.  Domitilla  de  Castro  Canto  e.  M. 

de  Santos 433 

—  Francisco  Homem  de.  V.  de  Pinda- 

monhangaba 354 

—  Francisco  Ignacio  Marcondes  Homem 

de.  B.  Homem  de  Mello     .      .   178,  560 

—  JoãodcCastroCantoe.  i."V.deCastro.      118 

—  João  de  Castro  Canto  e.   2.°  V.  de 

Castro 119 

—  João  Gomes  de.  B.  de  Maroim     .  278 

—  João  Machado  de  Novaes.   B.  de  Pias- 

subussú 352 

—  Luiz  José   Carneiro  de    Carvalho  e. 

2."  V.  da  Cachoeira 91 

—  Luiz    José    de   Carvalho    e.    1.°    V. 

da  Cachoeira 90 


P»g- 
Mello,  Manuel  Joaquim  Cabral   de.   b.    de 

S.  Francisco  das  Chagas     .      .      .     443 

—  Manuel  Marcondes  de  Oliveira  e.  B. 

de  Pindamonhangaba   ....     353 

—  Pedro  Justiniano  Carneiro  de  Carvalho 

c.  3.°  V.  da  Cachoeira.      ...       91 
Mendes,  Joaquim  Eloy.  B.  da  Varginha   .     528 

—  Luiz  José   de  Oliveira.  B.  de  Monte 

Santo 293 

—  Luiz  Manuel   de  Oliveira,   i."  B.  de 

Itapicurú  de  Cima 217 

—  Luiz  Manuel  de  Oliveira.  B.  de  Tra- 

ripe 513 

—  Manuel  de  Oliveira.  V.  de  Itapicurú 

de  Cima 217 

Mendonça,  Jacintho  Paes  Moreira  de.   B.  de 

Muricy 304 

—  João  Gomes  da  Silveira.  V.  do  Fanado. 

M.  de  Sabará 150,  406 

—  José  António  de.  B.  de  Jaraguá    .      .     238 

—  José  António  de.  B.  deMundahú.      .     302 

—  Jacintho  Paes  de 595 

Menezes,  António  Telles  da  Silva  Caminha 

e.  V.  de  Rezende 382 

—  Bento  Martins  de.  B.  de  Ijuhy     .      .  187 

—  D.^BalduinoJoaquimde.B.deMenezes.  284 

—  Egas  Moniz  Barreto  de  Aragão  e.  B. 

de  Moniz  de  Aragão      ....     290 

—  José  Feliz  da  Cunha.   B.  do  Rio  Ver- 

melho      405 

—  Luiz   Barbalho  Moniz   Fiúza   Barreto 

de.  B.  de  Bomjardim    ....       85 

—  Manuel    Ignacio    da    Cunha.   V.   do 

Rio  Vermelho 404 

—  Pedro  António  Telles  Barreto  de  .      .  596 

—  Serafim  José  de  B.  de  Arassuahy.      .  58 
Mesquita,   Jeronymo  José  de.   C.    de  Mes- 
quita   286 

—  Jeronymo   Roberto  de.    B.    de    Mes- 

quita   286 

—  José  Francisco  de.  M.  de  Bomfim      .  84 

—  José  Jeronymo  de.  B.  de  Bomfim.  .  84 
Messeder,  Manuel  de  Azevedo  Coutinho  .  596 
Miranda,  António  Manuel  Correia  de.  B.  de 

Cairary 94 

—  Gregório  Francisco  de.  B.  de  Abbadia.       23 
— •     Luiz  da   Rocha   Miranda,   Sobrinho. 

B.  do  Bananal 71 

Monteiro,    António  de   Maia.    B.   de   Maia 

Monteiro 268 

—  D."'  António  Peregrino  Maciel.   2."  B. 

de  Itamaracá 205 

—  D.''  Cândido  Borges.  V.  de  Itaúna     .     222 

—  João  do  Rego.  B.  de  Gurgueia  175 


616 


Pag. 
Leite,  Luiz  de  Souza.  B.  de  Soccorro     .      .     482 

—  Pedro  de  Alcântara  Cerqueira.   B.  de 

S.  João  Nepomuceno     ....     450 
Leme,  Pedro  Dias  Paes.  M.  de  Quixeramo- 

bim 378 

—  Pedro  Dias  Paes.  M.  de  S.João  Marcos.  449 
Lemos,  João  António  de.  B.  de  Rio  Verde  .  404 
Letia,  D.  Benedicta  Bicudo  Salgado.  V.  de 

Parahybuna 330 

—  Custodio  Gomes  Varella.  B.de  Parahy- 

buna  330 

—  Eloy  Bicudo  Varella.  B.  de  Lessa  256 

—  Francisco  José  de  Vasconcellos.  B.  de 

Diamantina 142 

—  Pedro    Emiliano    da    Silveira.    B.  de 

Gravata 164 

Leyerger,  Augusto.  B.  de  Melgaço  .  283 

Lima,  António   Moreira    de    Castro.    B.   de 

Castro  Lima 120 

—  D.  Carlota  Leopoldina  de  Castro.  V.  de 

Castro  Lima 120 

—  César  Sauvan  Vianna.   B.  dejaurú.     240 

—  Cypriano  de  Medeiros.   B.  de  Jequi- 

tahy 242 

—  Francisco  Xavier  Pinto.   B.  de  Pinto 

Lima 357 

—  Joaquim  José  Moreira.  C.  de  Moreira 

Lima •     .     297 

—  Joaquim  Luiz  de.  B.  de  Inhandnby  .      189 

—  Joaquim    Marcellino  da  Silva.   B.   de 

Itapemirim 215 

—  José  António  de  Souza.  B.  de  Souza 

Lima 488 

—  José  Caetano  de.  B.  de  Mogy-Guassú .     289 

—  José   Gomes  de  Oliveira.    1 ."  B.   de 

S.  José 455 

—  José  Elias  de  Toledo.   B.  do  Descal- 

vado 14' 

—  Leopoldo  Augusto  da  Camará.  B.  de 

S.  Nicolaó 462 

—  Luiz  Siqueira  da  Silva.   B.  de  Itape- 

mirim      216 

—  Manuel  Bernardino  de  Almeida.  B.de 

Almeida  Lima 39 

—  Pedro  de  Araújo.  M.  de  Olinda  .  317 
Lins,  Belmiro  da  Silveira.  B.  da  Escada.  147 

—  D.'  Francisco  de  Caldas.   B.  de  Ara- 

çajy.  V.  do  Rio  Formozo   .      .    50,  397 

—  Florismundo  Marques.  B.  de  Utinga  .     523 

—  Henrique  Marques.  V.  de  Utinga  .  523 

—  Presciliano  de  Barros  Accioli.  2.°  B.  do 

Rio  Formozo 396 

—  D.'  Sebastião  António  Accioli.  4.°  B. 

de  Goyanna 163 


PaS- 

Lisboa,  Bento  da  Silva.  B.  de  Cayrú  129 

—  Joaquim    Marques.    M.    de    Taman- 

daré 494,  56S 

—  Joaquim  Miguel  Ribeiro    ....  587 

—  José  Marques 589 

—  José  da  Silva.  V.  de  Cayrú           .      .  128 

—  Miguel  Maria.  B.  de  Japurá          .  236,  564 
Lobato,    Francisco  de   Paula   de  Negreiros 

Sayão.  V.  de  Nictheroy.     .      .      .  310 

—  João  Evangelista  Negreiros  de  Sayão. 

V.  de  Sabará 407 

Lobo,  Francisco  Joaquim  Pereira.     ...  591 

—  Francisco  Leopoldino  de  Gusmão  591 

—  João  Baptista  Pereira 589 

Lopes,  João  Simões.  V.  da  Graça.  163 

—  José  António.  B.  de  Una  .  519 

—  D.    Rosa   de  SanfAnna.    2.»    B.    de 

SanfAnna 410 

Loureiro,  J0.10  Alves.  i.°  B.  de  Javary  .  240 
Louzada,  Manuel  Alves  dos  Reis.   i.°  B.  de 

Guahiba 167 

Lucena,  Henrique  Pereira  de.  B.de  Lucena.  261 

Macedo,  Diogo  Teixeira  de.  B.  de  S.  Diogo.  439 

—  D.    Francisco    da    Costa    de    Sousa. 

M.  da  Cunha 140 

—  Francisco   Pereira    de.   V.   do    Serro 

Formozo 477 

—  D.  Maria  Rosa  Alexandrina  de.  B.  de 

Maria  Rosa 277 

Machado,  António  (bandido  da  Cruz.  V.  do 

Serro  Frio 478 

—  António  José  de  Azevedo.  B.  de  Aze- 

vedo do  Machado 67 

—  Bento  Lúcio,  i  .•  B.  de  Jacarehy  .      .  227 

—  João  da  Silva.  B.  de  Antonina           .  48 

—  Josephino  Vieira.  B.  de  Guaycuhy    .  174 

—  Manuel  Francisco.  B.  de  Solimões  483 
Maciel,  Annibal  Antunes.  B.  dos  Três  Ser- 
ros       514 

—  António  Dias.  2.°  B.  de  Araguary  52 

—  Francisco  Antunes.  B.  de  Cacequy    .  90 

—  Justo  Domingues.  B.  de  Maciel    .  266 

—  D.'    Leopoldo    Antunes.    2.°    B.    de 

S.  Luiz 460 

Madureira,   Izidro   de  Senna.    B.  de  Jequi- 

riçá 241 

Magalhães,  António  José  de.  B.   de  Goyta- 

cazes 163 

—  D.'^  António  Teixeira  de  Souza.  2.°  B. 

de  Camargos 100 

—  D.''  Domingos  José  Gonçalves  de.V.de 

Araguaya 52 

—  João  da  Cunha.  B.  de  Aguas  Bellas  .  28 

—  João  José  de.  B.  de  Ouro  Branco  .      .  321 


615 


Pag- 
Monteiro,  José  Feliz.  V.  de  Mossoró,     .      .     299 

—  José  Francisco.  V.  de  Tremembé.      .     513 

—  José  Joaquim  de  IVlaia.  B.  da  Estrella.      149 

—  José  de  Rezende.   2.°   B.   da  Leopol- 

dina   256 

—  Luiz  Fernandes.  B.  de  Sahy  .      .      .     408 

—  Luiz  IVlanueL  B.  de  Santa  Eugenia   .     4' 5 

—  Thomas  António   MacieL    1 ."   B.  de 

Itamaracá 205 

—  Victorino   José   Carneiro.    B.    de    S. 

Borja 435 

Montenegro,  D.'  Caetano  Pinto  de  IVtiranda. 

M.  de  Villa  Real  da  Praia  Grande.     54: 

—  Caetano  Pinto  de  Miranda.  V.  de  Villa 

Real  da  Praia  Grande  ....  543 
Montezuma,    Francisco    Gé    Acabaya    de. 

V.  de  Jequitinhonha  ....  242 
Morae*,  Elias  António  de.  2.»  B.  das  Duas 

Barras i44 

—  João  António  de.    1°.    B.    das  Duas 

Barras i44 

—  José  António  de.  V.  de  Imbé  .      .      .      187 

—  José  Gonçalves  de.  B.  de  Pirahy  .      .     3Ó0 

—  José  Joaquim  de.  B.  deGuarulhos.  174,558 
Moreira,  D.'   Francisco   Ignacio  Carvalho  . 

B.  de  Penedo 348 

—  Guilherme  José.  B.  de  Juruá  ...      248 

—  José  António.  C.  de  Ipanema .  192 

—  José  António  Moreira.  B.  de  Ipanema.      193 

—  |osé  António.  B.  de  Butuhy   ...        88 

—  Buiz  da  Cunha.  1."  V.  de  Cabo  Frio.       88 
MotU,  Arthur  Silveira  da.  B.  de  Jaceguay  .      229 

—  Ignacio  Francisco   Silveira   da.  V.  da 

Villa  Franca 539 

—  Manuel  Ribeiro  da.  V.deS. Sebastião.      465 
Moura,  Joaquim   Augusto   de.   B.   de   Villa 

Velha 544 

Nabuco,  Pedro  Leopoldo  de  Araújo.  2.°  B. 

de  Itabayana •    .      '99 

Napoleão,  D.  Augusto  Carlos  Eugénio.  D. 

de  Santa  Cruz 4' 3 

Natcimento,    Manuel    Varcllà    do.     B.    de 

Ceará-Mirim '29 

Navarro,  Luiz  António  de  Moraes.  2.°  B.  de 

Cabo  Verde 89 

Negreiro*,  Joaquim  de  Campos.   2.»  B.  da 

Cruz  Alta "39 

Neiva,  António  dos  Santos.    B.    das   Minas 

Novas í86 

Netto,  Felippe  Lopes.  B.  de  Lopes  Netto     .     258 

—  José  António  Gomes.  B.  de  Caetité    .       92 

—  D.' José  Francisco.  B.  de  Coromandel     134 
Noto»,  António  Vieiri  de  Oliveira.    B.  de 

Taubaté 5°' 


P«g. 
NeTet,  Joaquim  Lourenço  Baeta.   2.°   B.  de 

Queluz 377 

—  José   Joaquim    de    Andrade.     B.    do 

Triumpho 5' 5 

Nioac,  Alfredo  da  Rocha  Fariade.  B.deNioac.  312 
Nogueira,    João    Ataliba.     B.     de    Ataliba 

Nogueira 64 

—  Pedro  Ramos.  B.  de  Joatinga  .  244 
Novaes,  Elias  Dias.  B.  de  Novaes  .  .  .  314 
Nunes,  D.'  Braz  Pereira.  B.  do  Rio  do  Ouro.     399 

—  Carlos  Pereira.  B.  de  S.  Carlos     .      .     437 

—  António    Gonçalves.    B.    de   Igarapé- 

mirim '83 

Oliveira,    António    Cândido     Antunes    de. 

V.  de  Mecejana 282 

—  António  Pinto  de.  B.  de  Santo  António.     433 

—  Estanisláo  José  de.   2.°  B.  de  Arara- 

quara 54 

—  Felisberto  Ignacio  de.  B.  de  Cruangy.      138 

—  Francisco  António  de.  B.  de  Beberibe.       77 

—  Francisco  Gomes  de.  B.  de  Sincorá   .     480 

—  Francisco   Xavier  de.    B.   de  Campo 

Verde loó 

—  João  Baptista  de.  B.  de  Aguapehy      .        28 

—  Joaquim  José  Ferraz  de.  B.  de  Guapy.      168 

—  José  Caetano  de.  B.  de  Tibagy    .   505,  506 

—  José  Joaquim  Seguins  de.  B.  de  Ita- 

pary •       ...      214 

—  Luiz  António  de.  B.  de  Trontahy  .  516 

—  Luiz  António  de.  V.  de  Caldas    .  95 

—  Luiz  José  de  Mello  e.  B.  de  Mello  e 

Oliveira 284 

—  Manuel   Claudiano  de.   B.  de  Mogy- 

mirim 289 

—  Manuel  Ignacio  de.  B.  de  Ouricury  .     32 1 
Osório,  Manuel  Luiz.  M.  do  Herval.  177 
Oyenhausen  Gravenburg,  João  Carlos  Au- 
gusto de.  M.  de  Aracaty     ...       50 

Pacheco,  David  dos  Santos.  B.  de  Campos 

Geraes 554.  '05 

—  Francisco  José.  V.  de  S.  Francisco     .     442 

—  Manuel  António.  B.  de  Sabará  407 
Paes,  Joaquim  da  Motta.   B.  de  Camandu- 

caia 554.  97 

—  José  Ribeiro  da  Motta.  B.  de  Motta  Paes.      301 
Paim,  Honorato  António  de  Lacerda.  B.   de 

Lacerda  Paim 248 

Paiva,  Joaquim  Simões  de.  2.°  B.  de  Monte 

Santo 290 

—  Olindo   Gomes    dos    Santos.    B.    de 

Timbahy 5°8 

Palmeira,  Miguel  Soares.  B.  de  Coruripe  .  135 
Paranaguá,  João  Lustosa  da  Cunha.   2.°  M. 

de  Paranaguá 335 


Archivo  Nobiliarchico  Brasileiro  78 


617 


Pag. 
Paranaguá,  José  da  Cunha  Lustosa.  B.  de 

Parahim 328 

Paranhos,  António  de  Freitas.  B.  de  Palma.  324 

—  José    Maria    da    Silva.     B.     do    Rio 

Branco 392 

—  José    Maria    da    Silva.    V.    do    Rio 

Branco 390 

Passos,  António  Pereira.  B.  de  Mangaritaba.  271 

Paula,  Francisco  Manuel  de.  1 .°  B.  da  Saúde .  472 

Pavão,  António  Dias.  C.  de  Itaguahy  202 
Pederneiras,    Innocencio    Vellozo.     B.     de 

Bojurú 83 

Pedroza,  Manuel  Gomes  da  Cunha.  B.   do 

Bonito 87 

Peixoto,  Francisco  Maria  dos  Guimarães     .  597 

—  D.''   Domingos    Ribeiro    dos   Guima- 

rães. B.  de  Iguarassú                      .  184 

—  Pedro  Leopoldo  dos  Guimarães  .  .  597 
Penha,  Francisco  Gonçalves.  B.  de  S.  Thomé .  467 
Penna,  Belisario  Augusto  de  Oliveira.  V.  de 

Carandahy 110 

Penteado,  Joaquim  Ferreira.  B.  de  Itatiba   .  221 

Pereira,  Alcides  Rodrigues.  B.  do  Lamin    .  253 

—  António  Barrozo.  B.  de  Entre  Rios     .  146 

—  António  Barrozo  Pereira  Filho.  B.   de 

Entre  Rios 147 

—  António  Caetano.  B.  de  Ibyrapuitan.  182 

—  António  Francisco.  B.  de  Bujary  .      .  87 

—  António     Rodrigues.     B.    de     Pouso 

Alegre 373 

—  Bento  de  Mello.  B.  de  Cotinguiba     .  137 

—  Boaventura  Delfim.  B.  de  Sorocaba  .  484 

—  D.  Engracia  Maria  da  Costa  Ribeiro  . 

C.  da  Piedade 352 

—  Francisco  Alves  da  Silva.  B.  de  Monte 

Alto 2Q2 

—  João  Baptista  da  Silva.  B.  de  Grava- 

tahy "65 

—  João  Marciano  de  Faria.  B.  de  Piumhy.  366 

—  José  Manuel  Fernandes.  B.daGambôa.  156 

—  Manuel  Gonçalves.  B.  de  Maracanã   .  273 

—  Vasco  Alves.    B.   de  Santa  Anna  do 

Livramento 411 

—  Vicente  Ferreira  de  Sillos.  B.  da  Casa 

Branca 116,  556 

Persiani,  D."' César.  B.  de  Itiúba.  .  .  223 
Pessoa,  Manuel  Rodrigues  Gameiro.  V.  de 

Itabayana 198 

Picanço,  D.'' José  Correia.  B.  de  Goyanna  .  160 
Pimenta,  Francisco  José   de   Mattos.    B.  de 

Bôa  Viagem 81 

Pimentel,  D.''  Manuel  de  Valladão.    B.   de 

Petrópolis .351 

Pinheiro,  Ignacio  da  America.  B.  de  Potingy .  372 


Pag. 
Pinheiro,  Joaquim  Luiz.   B.  de   Paquequer. 

V.  de  Pinheiro 32Ó,  35o 

—  José  de  Aquino.  B.  de  Aquino     .  40 

—  |osé     Feliciano     Fernandes.     V.     de 

S.  Leopoldo 457 

—  José  Martins.  B.  da  Lagoa  Dourada   .  250 

—  Peregrino   José    da    America.    V.   de 

Ipiabas 193 

Pinho,   José  João   Martins   de.    B.   de   Alto 

Mearim 40 

Pinto,  D.  Anna  Gregoria  de  Miranda.  V.  de 

S.  Francisco  de  Paula   ....  469 

—  António  Clemente.   B.  de  Nova   Fri- 

burgo 315 

—  António  Clemente.  C.  de  S.  Clemente.  437 

—  António  Clemente  Pinto  Filho.  B.  de 

S.  Clemente 438 

—  António  da  Costa.  V.  de  Oliveira      .  318 

—  António    da    Costa.    C.    de    Sergy- 

Mirim 474 

—  António    Joaquim    da    Silva.    B.    de 

S.  Fidelis 440 

—  Bernardo  Clemente.  C.  de  Nova  Fri- 

burgo 316 

—  Custodio  de  Souza.  B.  de  Ingahy  188 

—  Domingos  Ferreira.  B.  de  Guaraúna  .  173 

—  Francisco  Pereira.  B.  de  Ivinheima    .  225 

—  José  António  da  Silva.  B.  da  Bertiogá.  81 

—  José  Ignacio  da  Silva.  2."  B.  de  S.José.  45o 

—  Manuel  Ferreira.  B.  de  Carmo      .  114 

—  Manuel  Lopes  da  Costa.  V.  de  Ara- 

maré 53 

Piquet,  Luiz  Maria.  B.  de  Santa  Martha.  424 
Pombo,  Ambrósio  Henriques  da  Silva,  i."  B. 

de  Jaguarary 233 

Pontes,    Felisberto    Caldeira    Brant.    V.   de 

Barbacena 73 

Pontual,   António    dos    Santos.  B.    de   Fre- 

cheiras 155 

—  Bernardino  de  Senna.  B.  dePetrolina.  351 
Portinho,  José  Gomes.  B.  da  Cruz  Alta.  138 
Porto,  Francisco  Ferreira.  B.  de  Cahy  .  .  93 
Porto  Alegre,    Manuel    de    Araújo.    V.   de 

Santo  Angelo 432 

Portugal,  José  Gomes  de  Souza.  B.  do  Turvo.  516 
Prado,    Bento    Dias    de     Almeida.     B.     de 

Itahim 203 

—  António  da  Silva.  B.  de  Iguape   .      .  183 

—  José  Ignacio  Accioli  do.  B.  de  Aracaju.  50 

—  José  da  Trindade.  B.  de  Própria  .  .  374 
Primo,  António  Mariani.  B.  de  Campo  Largo.  104 
Quartim,  António  Thomas.  B.  de  Quartim  .  375 
Queiroz,  Francisco  António  de  Souza.  B.  de 

Souza  Queiroz 488 


618 


Pag. 
Queiroz,    Francisco   Rodrigues    Pereira    de. 

B.  de  Santa  Cecília ..jia 

—  Joaquim   iVIarinho  de.    B.   de   Monte 

Bello 292 

—  Vicente  de  Souza.  B.  da  Limeira.  .  257 
Quintanilha,  José  Thomaz  da  Silva.   B.  de 

Paquetá  ........     327 

Rabello,  Joaquim  António  de  Souza.   B.  de 

Patrocinio     .......     343 

—  José  Joaquim  Ferreira.  B.  do  Serro  .  476 
Raiol,  Domingos  António.  B.  de  Guajará  167 
Ramalho,     D."    Joaquim     Ignacio.     B.    de 

Ramalho.  B.  de  Agua  Branca  .    27,  379 
Ramos,  David  Lopes  da  Silva.  B.   de  Jam- 
beiro  235 

—  João  Evangelista  de  Almeida.   B.  de 

Santa  Barbara 411 

—  D.'' Joaquim  de  Almeida.  B.  de  Almeida 

Ramos 39 

—  José    Ildefonso    de    Souza.    V.     de 

Jaguary 235 

Rangel,  Francisco  José  Alves.  V.  de  S.  João 

da  Barra 447 

—  José  Alves.  B.  de  S.  João  da  Barra  .  446 
Rapozo,    D.'    Francisco    António.     B.     de 

Caruaru 115 

Rego,  Feliciano  Cavalcanti  da  Cunha.  B.  de 

Timbahuba 507 

—  D. '■José  Pereira.  B.  do  Lavradio  .  .  2154 
Reit,  António  Dias  Coelho  Netto  dos.  C.  de 

Carapebús 111,  555 

—  Francisco  Telles  Cosme  dos   .  .     598 

—  Joaquim    Pinto    Netto    dos.     B.     de 

Carapebús 1  10 

—  José  Joaquim  de  Andrade.  B.  de  Ponte 

Nova 368 

—  José  Miranda  da  Silva.  B.  de  Miranda 

Reis 287 

—  Paschoal  Telles  Cosme  dos    .      .      .     598 

—  SalustianoJeronymo  dos.  B.  de  Cama- 

quan 9^ 

—  Simão  Dias  dos.  B.  de  Simão  Dias  .  480 
Retse,  Victor.  B.  de  S.  Victor  ....  468 
Rezende,  Estevão  Ribeiro  de.  M.  de  Valença .     524 

—  Estevão  Ribeiro  de.  B.  de  Lorena      .     259 

—  Estevão    Ribeiro    de    Souza.     B.    de 

Rezende 383 

—  Geraldo  Augusto.  B.  de  Retiro     .      .     382 

—  Geraldo  Ribeiro  de  Souza.  B.  Geraldo 

de  Rezende 558,  158 

—  José  Augusto  de.  B.  do  Rio  Novo      .     399 

—  José  Ribeiro  de.  B.  de  Juiz  de  Fora    .     244 

—  Luiz  Ribeiro  de  Souza  .      .     599 

—  Pedro  Ribeiro  de  Souza.  B.  de  Valença.    526 


Pag. 
Rezende,  Quirino  de  Avellar  Monteiro  de. 

B.  de  Avellar  Rezende  ....  ó6 
Ribeiro,  D.'  Carlos  Fernandes.  B.  de  Grajahú .     1 64 

—  Domiciano  Leite.  V.  de  Araxá.      .  60 

—  D.'   Duarte   da   Ponte.    B.   de   Ponte 

Ribeiro 368 

—  Fernando   Vidal    Leite.    B.   de   Santa 

Margarida 422 

—  Joaquim  Vidal  Leite.  B.  de  Itamaran- 

diba 20Ó 

—  José  António  Soares.  B.  de  Inohan     .      190 

—  José  Cesário  de  Miranda.  V.  de  Ube- 

raba   518 

—  José  de  Araújo.  V.  do  Rio  Grande     .      397 

—  Luiz  Vidal  Leite.  B.  de  Vidal.  .     534 

—  Manuel  da  Cunha  Lima.  B.delmbuhy.      187 

—  Manuel  Gomes.  B.  de  Traipú.      .      .      512 

—  Manuel  Luiz.  B.  de  Castello    .     .      .      117 
Rimei,    Manuel    António    Cláudio.    B.    de 

Rimes 38Ó 

Rocha,    D.''    António    Teixeira    da.     B.    de 

Maceió 266 

—  Estevão  José  da.  B.  de  Araruna    ,      .       57 

—  Francisco  José  da.  C.  de  Itamaraty    .     207 

—  Francisco    Quirino    da.    B.    de    Pal- 

meiras      325 

—  D.  Maria  Romana  Bernardes  da.  M.  de 

Itamaraty 208 

Rodrigues,  José  António  de  Calazans.  2."  B. 

de  Taquary 498 

—  Manuel  Jorge,  i."  B.  de  Taquary.     .     497 
Rohsui,   Henrique  (Pedro  Carlos)  de  Beau- 

repaire.  V.  de  Beaurepaire  Rohan  .  75 
Rolemberg,  Gonçalo  Faro  de.  B.  de  Japara- 

tuba 236 

Romeiro,  Manuel  Ignacio  Marcondes.  B.  de 

Romeiro 405 

Rosa,   António  Joaquim  da.    B.   de    Pirati- 

ninga 365 

Rosário,  João  José  do.  B.  do  Rosário     .  406 

—  Joaquim  José  do.  B.  de  S.  Francisco 

de  Paula 443 

Roxo,  José   Gonçalves   de    Oliveira.    B.    de 

Guanabara 168 

—  Luiz  Octávio  de  Oliveira.   2."  V.  da 

Vargem  Alegre 528 

—  Mathias  Gonçalves  de  Oliveira.  B.  de 

Oliveira  Roxo 320 

—  Mathias  Gonçalves  de  Oliveira,  i."  B. 

da  Vargem  Alegre 527 

Sá,  D.  Cherubina  Rosa  Marcondes  de.  V.  de 

Tibagy 505,  506 

—  Miguel    Ribeiro    de.    B.    de    Ribeiro 

de  Sá 386 


619 


Pag. 
Sabóia,   D/  Vicente   Cândido   Figueira  de. 

V.  de  Sabóia 408 

Salgado,  Ignacio  Bicudo  de  Siqueira.  B.  de 

Itapeba 214 

—  João  Mendes.  8.  de  Corumbá.  135 

—  D.'' José  de  Amorim.  B.  de  S.  André.  431 

—  Paulo  de  Amorim 599 

Salle»,  José  Luiz  Cardoso.  B,  de  Irapuá.  197 

—  José   Luiz   Cardoso   de   Salles   Filho. 

B.  de  Ibirámirim      ....  560,  180 
Sant'Anna,  D.  Maria  )osé  de.  B.deSanfAnna.  410 
Santos,  António  Tertuliano  dos.  B.  de  Sil- 
veiras        480 

—  Elysiario  António  dos.  B.  de  Angra  .  46 

—  D. '■João  Baptista  dos.  V.  de  Ibituruna.  182 

—  João  da  Cruz  e.  B.  de  Urussuhy  .  522 

—  José  Pereira  dos,  B.  de  Saquarenia  471 

—  D.   Luiz  António  dos.   M.   de  Monte 

Paschoal 295 

Say&o,  losé  Pedro  da  Motta.  B.  do  Pilar  355 
Seabra,  Joaquim  António  de  Oliveira.  2.°  B. 

de  Itapcmirim 215 

Seixa*,  D.  Romualdo  António  de.  Arcebispo. 

M.  de  Santa  Cruz 414 

Sertório,  João.  B.  de  Sertório 479 

Silva,  Amaro  Velho  da.  V.  de  Macahé   .  2Ó; 

—  Andrelino  Pereira  da.  B.  de  Pajehu   .  324 

—  António  Alves  da.  B.  de  Amaragy  41 

—  António  Ferreira  da.  V.  de  Embaré    .  145 

—  António  Salgado  da.  V.  da  Palmeira.  324 

—  António  Theodoro   da.    B.   do    Alto 

Muriahé 41 

—  António    Zacharia    Alvares.    B.     de 

Indaiá 188 

—  Bento     Carneiro     da.    C.     de     Ara- 

ruama     .      .  ....     552,  56 

—  Domingos  Américo   da.    B.    de    São 

Thiago 467 

—  D.'    Eduardo    Ernesto     Pereira     da. 

B.  S.João  d'El  Rey 4^3 

—  Felippe  Nery  de  Carvalho  e.   B.  de 

Serra  Branca 475 

—  Francisco  António  de  Barros  e.  B.  de 

Pirangy 361 

—  Francisco  Manuel  Barrozo  da.  B.  de 

Amazonas 552,  42 

—  Francisco  de  Paula  e.  B.  de  Ibicuhy  .  180 

—  Francisco  Theodoro  da.  B.  de  Pouso 

Alto 373 

—  Francisco  Xavier  Cabral  da.  1 ."  B.  de 

Itapagipe 212 

—  Francisco  Xavier  Calmon  Cabral  da. 

2.°  B.  de  Itapagipe  .  213 

—  Henrique  José  da.  V.  de  Ariró.     .  61 


Píg. 
Silva,  D.  Ignez  de  Castro  Monteiro  da.  B.  de 

S.  José  do  Rio  Preto 457 

—  João  Carneiro  da.  B.  de  Ururahy.      .     521 

—  João  José  Carneiro  da.  B.  de   Monte 

Cedro 293 

—  Joaquim  António  de  Araujó  e.  B.  do 

Cattetc 122 

—  D.'  Joaquim  José  Alvares  dos  Santos. 

B.  de  S.  Geraldo 440 

—  Joaquim  José  Gomes  da.  B.  da  Villa 

Maria.     ...  ....      540 

—  Joaquim  José  dos  Santos.  B.  de  Itapeti- 

ninga 210 

—  Joaquim  Pereira  da.   2."  B.  de  Monte 

Alegre 202 

—  Joaquim  Pereira  da.  2.°  B.  de  Monte 

Verde 297 

—    José  Carneiro  da.  i."  V.  de  Araruama.        55 

—  José  Caetano  Carneiro  da.  V.  de  Quis- 

saman 377 

—  José  Joaquim  de  Lima  e.  V.  de  Magé.     267 

—  José  Joaquim    Monteiro    da.    B.   de 

Santa  Helena 417 

—  José  Manuel  da.  B.  de  Tietê  .      .      .      507 

—  José  Joaquim  de  Lima  e  Silva  Sobrinho 

C.  de  Tocantins 500 

—  Júlio  de  Miranda  e.  B.  de  Miranda  287 

—  Luiz  Alves  de  Lima  e.  D.  de  Caxias  .      120 

—  Luiz  .António  Vieira  da.  V.  de  Vieira 

da  Silva 535 

—  Lourenço   Bezerra    Alves    da.    B.    de 

Caxangá 120 

—  Manuel  António  dos  Passos  e.  B.  de 

Tacaruna 494 

—  Manuel  Barbosa  da.  B.  do  Limoeiro  .     258 

—  Manuel  Carneiro  da.  V.  de  Ururahy.     522 

—  Manuel    Freire    Barbosa    da.    B,    de 

Taquaretinga 497 

—  Manuel  da  Fonseca  e.  B.  de  Suruhy  .    492 

—  D. ■■  Manuel  Pacheco  da.  B.  de  Pacheco.    322 

—  Thomas  José  da 600 

Silveira,  Alexandre  José  da.  B.  de  Itaberava.      19Q 

—  Coriolano    Vellozo    da.    B.    de    Seri- 

nhaem 47S 

—  D.  Francisco  Balthazarda.  .     601 

—  D.  Manuel  Joaquim  da.  C.  de  S.  Sal- 

vador  4Ó3 

Sinimbu,  D.'' João  Lins  Vieira  Cansanção  de. 

V.  de  Sinimbu 481 

Siqueira,    Belarmino    Ricardo    de.     B.    de 

S.  Gonçalo 445 

—  Luiz  António  de.  B.  de  Itabapoana    .      198 
Soarei,  Joaquim  Celestino  de  Abreu.  B.  de 

Paranapancma 33Ó 


620 


Sodré,  Francisco  Pereira.  B.  de  Alagôinhas.  }\ 
Souto-Maior,  Manuel  Ignacio  de  Andrade. 

M.  de  Itanhaeni íio 

—  João  Huet  Bacellar  Pinto  Guedes.      .  592 
Souza,  Ananias  de  Oliveira  e.  B.  de  S.  João 

do  Principe 452 

—  Francisco   José    Brandão    de.    B.    de 

Souza 485 

—  Gregório  de  Castro  Moraes  e.  B.  de 

Piraquára 363 

—  Irineu  Evangelista  de.  V.  de  Mauá    .  281 

—  Jeronymo  de  Mello  Pereira  e.  B.  de 

Passos 343 

—  João  Bernardes  de.  B.  de  Guandu      .  168 

—  João    Cândido    de    Mello    e.     B.    de 

Cambuhy 554,  'O" 

—  João  Cardoso  de   Menezes  e.    B.  de 

Paranápiacaba 336 

—  João  Manuel  de.  B.  de  Villa  Flor.      .  539 

—  José  Eleuterio  de.  B.  de  S.  Romão     .  463 

—  José  Guedes  de.  B.  de  Pirapitinguy   .  363 

—  Manuel   Ignacio  de   Mello  e.   B.  do 

Pontal 367 

—  ManuelMarquesde.C.dePortoAlegre.  369 

—  Manuel  Teixeira  de.  1."  de  Camargos.  99 

—  Militão  Máximo  de.  V.  de  Andarahy.  45 

—  Militão  Máximo  de  Souza  J.'"'.  B.  de 

Andarahy 4Ó 

—  Paulinojosé  Soares  de.  V.  de  Uruguay.  510 
Taunajr,    Alfredo    Maria    Adriano    d'Escra- 

gnoUe.  V.  de  Taunay  ....  501 

TaTare*,  João  Nunes  da  Silva.  B.  de  itaquy .  221 

—  João  da  Silva.  V.  de  Serro  Alegre      .  476 

—  Joaquim  da  Silva.  B.  de  Santa  Tecla.  427 
Teixeira,  António  Torquato.  B.  de  Ribeirão 

Vermelho 385 

—  Francisco  José.  B.  de  Itambé  .      .  209 

—  Jeronymo  José  Teixeira  Júnior.  V.  do 

Cruzeiro 556,  139 

—  Manuel  de  Souza.  B.  de  Capiberibe  .  109 
Tellet,  António  de  Queiroz.  B.  dejundiahy.  246 

—  AntoniodeQueiroz.  C.  daParnahyba.  339 

—  Francisco  Pinto  da   Fonseca.    B.  da 

Taquara 497 

—  Joaquim  Benedicto  de  Queiroz.  1 ."  B. 

de  Japy 237 

Tenório,  Paulo  Jacintho.  B.  de  Palmeira  dos 

Índios 325 

Thomten,  Christiano.  B.  de  Thomsen   .  ^05 

Tinta,  António  Francisco.  B.  de  Taítinga  .  494 
Toledo,   José    de    Aguiar.    V.    de    Aguiar 

Toledo.  I ."  de  Bella  Vista  .  .  29,  78 
Torre*,    Cândido    José    Rodrigues.    B.    de 

Itaniby 210 


P»g. 
Torro»,  Joaquim  António  de  Siqueira.  i.°  B. 

de  Agua  Branca 27 

—  Joaquim  José  Rodrigues.  V.  de  Itabo- 

rahy 200 

—  José  Carlos  Pereira  de  Almeida.  2."V. 

de  Macahé 263 

Tosta,  Francisco  Vieira.  B.  de  Nagé.  308 

—  Manuel  Vieira.  M.  de  Muritiba    .  305 

—  Manuel  Vieira.  Tosta  Filho.  B.deMuri- 

tiba 306 

Toste*,  Marcellino  de  Assis.  B.  de  S.  Mar- 

cellino 461 

Totta,  João  António  Mendes.  B.  de  Mendes 

Totta 284 

Vahia,  Bento  António.  C.  de  Sarapuhy  .  434 

Valdetaro,  Manuel  de  Jezus.  V.  de  Valde- 

taro   . 523 

Valente,  Thomas  Joaquim   Pereira.   C.   de 

Rio  Pardo 399 

Valle,  Francisco  de  Assis.  B.  de  Juquiry     .     241 

—  José  Maria  de  Cerqueira.  B.  de  Santa 

Mafalda 4^2 

—  Luiz  de  Freitas.  B.  de  Ibirocahy  .      .      181 

—  Manuel  Joaquim  Ribeiro  do.  B.  das 

Dores  de  Quaxipé 143 

Vallim,    Luciano  José    de   Almeida.   B.  de 

Almeida  Vallim 40 

—  Manuel    de    Aguiar.    B.    de    Aguiar 

Vallim 30 

Vamhagen,  Francisco  Adolpho  de.   V.  de 

Porto  Seguro 372 

Vasconcello*,  António  Augusto  de  Barros  e. 

B.  de  Penalva 34* 

—  D.''  Jayme    Luiz  Smith  de  Vascon- 

cellos.  3.°  de  Vasconcellos.      .      .     530 

—  Joaquim   José    Pinheiro    de.    V.    de 

Montserrate 290 

—  José  Miguel  de.  B.  de  Parangaba.  337 

—  José  Teixeira  de.  B.  de  Maraú.     .      .     276 

—  José   Teixeira    da   Fonseca  e.  V.   de 

Caethé 92 

—  Rodolpho    Smith    de    Vasconcellos. 

2."  de  Vasconcellos 529 

Veiga,   D.'  Manuel   Bernardes   Pereira  da. 

B.  de  Jacotinga 230 

Velloso,    D.''  João    Gomes   Ferreira.   B.   de 

Villa  do  Conde 538 

Vergueiro,  Nicoláo  de  Campos.  V.  de  Ver- 
gueiro      533 

Vianna,   Cândido  José    de    Araújo.    M.    de 

Sapucahy 469 

—  Carlos   Américo  de  Sampaio.   B.   de 

Sampaio  Vianna 409 

—  Francisco  Vicente.  B.  de  Vianna  .      .     533 


631 


Pag. 

Vianna,  Francisco  Vicente.  B.  do  Rio  das 

&)ntas 395 

—  Francisco  de   Paula  Fonseca.  V.  do 

Rio  das  Velhas 404 

—  João  Caldas  Vianna  Filho.  V.  de  Pira- 

petinga 562 

—  José  Pereira.  2.°  da  Soledade  .      .      .  483 

—  Manuel  Ribeiro.  B.  de  Santa  Luzia    .  421 

—  Paulo    Fernandes     Carneiro.    C.    de 

S.  Simão 466 

Viçoto,  D.   António   Ferreira.   Bispo  C.  da 

Conceição 132 

Vieira,  Francisco  Fernandes.  V.  de  Icó  .      .  182 

—  Gonçalo  Baptista.  B.  de  Aguiraz  .      .  49 

—  JoaquimdeMattos.B.deMattos  Vieira.  280 

—  Manuel  Gomes.  B.  da  Pedra  Negra    .  345 

—  Vicente  de  Paula.  B.  da  Rifaina  .      .  386 
Viveiro»,    Francisco   Marianno    de  Viveiros 

Sobrinho.  B.  de  S.  Bento    .      .      .  435 

Wandenkolk,  José  Maria.  1 ."  B.  de  Araguary .  52 
Wanderley,  João  Cavalcanti  Maurício.  B.  de 

Tracunhaem 511 


Pag. 
Wanderley,   João    Mauricio.    B.    de    Cotc- 

gipe 136 

—  José   Manuel  de   Barros.   B.   do  Gra- 

nito   164 

Wemeck,   Francisco   Peixoto    de    Lacerda. 

2.°  de  Paty  do  Alferes  ....     343 

—  Francisco  Pinheiro  de  Souza.  2.°  B. 

de  Ipiabas 194 

—  Ignacio    Barboza    dos  Santos.   B.  de 

Benevente 80 

—  João  Quirino  da  Rocha.  B.   de   Pal- 

meiras      32Ó 

—  José  Quirino  da   Rocha.  B.  de  Wer- 

neck 545 

—  D."'  Luiz  Peixoto  de  Lacerda   .      .      .     602 

—  Luiz  Quirino  da  Rocha     .      .      .      .     603 
Xavier,  Demétrio  José.  B.  de  Ipacarahy.  192 

—  D.   Francisca   Elisa.    \.°  B.  da   Sole- 

dade   482 

Zenha,  Manuel  de  Salgado.   B.  de  Salgado 

Zenha 409 

Zuniga,  Thomaz  Garcia  de.  B.  de  Calera     .        95 


622 


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