Skip to main content

Full text of "A batalha do Bussaco"

See other formats


Um'. 


-o 


-#4j 


íllPfTlf? 


A  BATALHA 


DO 


BUSSACO 

POR 

AUGUSTO   MENDES   SIMÕES  DE   CASTRO 


CAPITULO  ESPECIAL  E  OUTROS  IRECHOS 
EXTRAHIDOS  DA  4."  EDIÇÃO  (1908) 

DO   SEU 

GUIA  HISTÓRICO  DO  VIAJANTE  NO  BUSSACO 

COM  UMA  ESTAMPA,  COPIA  DE  OUTRA  RARÍSSIMA, 

REPRESENTANDO  A  BATALHA, 

PERTENCENTE   Á  PRECIOSA   COLLECÇÃO 

DO  SR.  ANNIBAL  FERNANDES  THOMAZ 


•COIMBRA 

IMPRENSA    DA     UNIVERSIDADE 

MDCCCCX 


OCTAVIANO   SA 

COIMBRA 

voi.  n.-^zoyy 

Est.  n.'        Y 
Prat.  n."     ^ 


li 


Digitized  by  the  Internet  Archive 

in  2010  with  funding  from 

University  of  Toronto 


http://www.archive.org/details/batalhadobussacoOOcast 


{  Copia  de  uma  estampa  raríssima  [lei 


collccçuo  lio  SI-.  Annil>al  1'eiiiaiulcs  Tlioiimz  ) 


A  BATALHA 


DO 


BUSSACO 

POR 

AUGUSTO   MENDES   SIMÕES   DE   CASTRO 

CAPITULO  ESl'i:CIAL  E  OUTROS  1RECH0S 
EXTRAHIDOS  DA  4.'  EDIÇÃO  (1908) 

DO    SEU 

GUIA  HISTÓRICO  DO  VIAJANTE  NO  BUSSACO 

COM  UMA  ESTAMPA,  COPIA  DE  OUTRA  RARÍSSIMA, 

REPRESENTANDO  A  BATALHA, 

PERTENCENTE      Á     PRECIOSA      COLLECÇÃO 

DO  SR.  ANNIliAL  FERNAM)i;S  THOMAZ 


COIMBRA 

IMPRENSA    DA     UNIVERSIDADE 

MDCCCCX 


^^..^.  -< 


^ 


R.  6:395 


BATALHA  DO  BUSSACO 


Aqui  a  águia  vencedora 
Offuscar  seu  brillio  outr'ora 
Por  nossas  armas  já  viu  ; 
—  Empolgava  quasi  a  Europa, 
Mas  á  forte  lusa  tropa 
O  colosso  snccumbiu. 

DkI.I  I.M   MaIUA   n'r>LIVEIRA  MaYA. 


'%(;UNTO  dos  mui  os  do  Buasaco  se  feriu  no  dia  27 


j*g  u  de  Setembro  de  1810  uma  famosa  batalha,  em 
j-^j.i  ^  que  o  exercito  luso-britanico,  sob  o  commando 
"■^K^^p  de  lord  Wellington,  oífuscou  pela  primeira  vez  a 
^  gloria  militar  do  afortunado  e  celebre  Masséna, 
—  o  filho  querido  da  Victoría,  como  lhe  chamava  Napo- 
leão. 

Havendo  as  tropas  francezas  invadido  por  duas  vezes 
o  nosso  paiz,  sem  que  obtivessem  vantagem  decidida, 
a  primeira  em  1807  capitaneadas  por  Junot,  e  a  segunda 
em  18o9  por  Soult;  resolveu  Napoleão  mandar  de  novo 
invadir  Portugal  por  um  grande  exercito  sob  o  com- 
mando do  marechal  Masséna,  que  eífectivamente  trans- 
poz  a  nossa  fronteira  em  Agosto  de  1810  depois  de 
tomar  Astorga  e  Ciudad  Rodrigo. 

Era  Masséna  precedido  pela  grande  fama  de  seus 
esplendidos  feitos  militares;  alcançara  victorias  assigna- 
ladas,  e  ufanava-se  de  ter  salvado  a  França  com  a  ba- 


talha  de  Zurich,  que  havia  ganhado  contra  os  russos, 
e  com  a  memorável  defesa  de  Génova,  com  que  facili- 
tara a  Napoleão  a  passagem  dos  Alpes.  Trazia  comsigo 
generaes  de  grande  perícia ;  e  suas  tropas  eram  nume- 
rosas, aguerridas  e  valentes.  Os  nossos  soldados  eram 
em  menor  numero,  grande  parte  recrutas,  que  nunca 
se  tinham  encontrado  em  campo  com  o  inimigo. 

Bem  desegual  era  pois  o  partido ;  todavia  os  brios 
da  nação  tudo  suppriram,  e  o  filho  querido  da  Victoria, 
que,  segundo  a  linguagem  soberba  de  Napoleão,  vinha 
arrojar  Wellington  para  o  Oceano,  teve  de  se  reconhe- 
cer vencido  e  de  evacuar  o  paiz  depois  de  muitos  e 
grandes  revezes. 

Entradas  as  tropas  francezas  em  Portugal,  o  seu 
primeiro  passo  foi  o  cerco  de  Almeida.  Uma  terrível 
explosão,  succedida  nos  armazéns  de  pólvora  d'esta 
praça  no  dia  26  do  mês  de  Agosto,  obrigou  a  guarnição 
a  capitular. 

Tractou  ]\Iasséna  immedia lamente  de  dispor  as  cousas 
para  realizar  o  seu  plano  de  invasão,  e  ordenou  aos  di- 
versos corpos  do  seu  exercito  fizessem  colheitas  e  se 
provessem  de  viveres  para  dezesete  dias  —  tempo  que 
calculara  o  necessário  para  a  conquista  de  Portugal. 

No  dia  20  de  Setembro  acamparam  as  tropas  juncto 
de  Vizeu.  Esta  cidade  fora  abandonada  pelos  habitantes, 
e  Masséna,  encontrando-a  deserta  e  sem  mantimentos, 
ficou  surprehendido  e  viu  transtornados  seus  planos, 
pois  contava  encontrar  facilmente  os  necessários  re- 
cursos para  o  exercito  proseguir  sem  embaraço  na 
sua  marcha  até  Lisboa. 

Convocou  Masséna  os  ofíiciaes  de  estado  maior,  e 
alguns  portuguezes  que  trazia  comsigo,  para  o  instruí- 
rem da  estrada  que  mais  conviria  seguir  em  direcção 
a  Lisboa,  e  deliberou  se  que  se  marchasse  pela  de 
Tondella  e  que  era  Santo  António  do  Cântaro  se  atra- 
vessasse a  serra  do  Bussaco, 

No  dia  25  poz  se  todo  o  exercito  era  movimento,  e  veiu 
acampar  em  Tondella  e  cercanias.  Encontrou  esta  villa 
deserta  e  completamente  desprovida  de  viveres. 


No  dia  26  continuaram  as  tiopas  a  sua  marcha.  Na 
ponte  do  Cri/,  achou  a  vanguarda  alguma  resistência 
por  parte  dos  alliados,  mas  depois  de  ligeiro  combate 
abandonaram  estes  a  ponte,  deixando-a  cortada.  Repa- 
raram-na  logo  os  tVancezes  e  por  ella  pôde  passar  a 
artilharia;  a  cavallaria  e  infantaria  passaram  num  vau 
pouco  acima  da  ponte. 

A  vanguarda  dos  alliados  continuou  a  afastar-se  até 
Santo  António  do  Cântaro,  e  neste  ponto  oppoz  forte 
resistência.  Viram  as  avançadas  francezas  que  lhes  era 
impossivel  vencer  esta  posição,  e  ao  mesmo  tempo 
descobriram  uma  força  superior  sobre  a  montanha  do 
Galhano.  Fizeram  então  reconhecimentos  para  todos 
os  lados,  mas  foram  rechassadas  successivamente. 

Nestas  circumstancias  participaram  a  Masséna  (que 
havia  ficado  muito  para  traz)  que  os  alliados  se  oppu- 
nham  á  passagem  da  montanha  com  forças  consideráveis. 
Veiu  Masséna  reconhecer  a  posição,  e  seguidamente 
perguntou  ao  general  t^amplona  se  julgava  que  os  allia- 
dos oífereceriaiu  batalha.  Respondeu  este  que  sem  du- 
vida, visto  como  sobre  a  montanha  se  descobriam  forças 
tão  consideráveis.  Disse  então  Masséna,  convencidís- 
simo e  em  tom  de  oráculo:  —  «Eu  não  me  persuado  que 
lord  Wellington  se  arrisque  a  perder  a  sua  reputação; 
mas  se  o  faz,je  le  tiens:  demain  noxis  finirons  la  conqitête 
du  Portugal^  et  en  peii  dejoursje  noyerai  le  Uopard  (1)». 

Mal  diria  Masséna  que  dentro  de  poucas  horas  ha- 
viam as  cousas  de  succeder  tanto  pelo  contrario  do  que 
esperava ! 

Antes  de  resolver  atacar  a  posição,  Masséna  convo- 
cou em  o  dia  26  o  marechal  Ney,  o  general  Regnier 
e  o  general  Junot  para  os  ouvir  e  conferenciar  com 
elles  acerca  do  que  conviria  fazer.  Ney  opinou  que  se 
não  atacasse  a  posição  no  dia  seguinte.  Bem  calculava 

(1)  Relação  de  alguns  acontecimentos  notáveis  da  campanha  de 
Masséna  em  Fortur/al,  escripta  por  um  official,  que  acompanhou  o 
mesmo  exercito,  impressa  no  Investigador  Porlvguez  em  Inglaterra, 
n.°  XXI,  de  Março  de  1813. 


que   durante   a  noite  se  reuniria  todo  o  exercito  luso- 
britanico  e  que  no  dia  iramediato  teriam  os  francezes 
de  arear  com  todas  as  forças  alHadas.  Regnier  e  Junot 
seguiram  o  parecer  de  Ney. 
Disse  então  Masséna: 

—  Eh  hien,  que  fant-il  fairef 

—  Prendre  position  à  Viseo,  respondeu  Ney,  ou  hien 
retourner  sur  nos  ^^as  à  Almeida  pour  contenir  VEspa- 
gne  et  écrire  à  Paris  que  nous  n'avons  pas  assez  de 
forces  pour  faire  la  conquête  du  Portugal. 

Por  esta  resposta,  que  tão  pouco  se  harmonisava  com 
a  intrepidez  de  Ney,  julgou  Masséna  que  o  fira  com  que 
se  pretendia  desvia-lo  de  combate  era  priva-lo  da  gloria 
da  conquistar  o  reino  e  torna-lo  mal  visto  de  Napoleão. 
Esta  desconíiança,  que  se  fundava  em  desintelligencias 
que  tinha  havido  entre  os  dois  marechaes  depois  da 
tomada  de  Ciudad  Rodrigo,  fez  com  que  Masséna  não 
somente  deixasse  seguir  o  parecer  de  Ney,  em  verdade 
inadmissivel,  mas  que  até  desprezasse  os  meios  de  tor- 
near a  posiyão,  o  que  indubitavelmente  sei'ia  mais  acer- 
tado. Ordenou  então  que  no  dia  seguinte  se  atacasse  a 
serra,  dizendo :  Je  ne  crois  là  que  1'arriere-garde  enne- 
mie;  si  toute  1'armêe  s'y  irouve,  tant  mieux,  le  bonheur 
de  Venfant  chéri  de  la  victoire  ne  Vahandonnera pas  !  (1). 

O  general  Freirion  e  o  general  Eble,  convencidos  da 
grande  vantagem  da  posição  dos  alliados,  também  acon- 
selharam a  Masséna  que,  em  vez  de  obrigar  Wellin- 
gton a  abandonar-lhe  a  sua  formidável  posição  por  meio 
de  uma  batalha  atacando  o  boi  pelos  paus,  tractasse  de 
tornear  a  montanha.  Masséna,  obstinado  no  seu  propó- 
sito, contentou-se  com  responder:  Vói^  que  sois  do  exer- 
cito do  Rheno,  vós  ou*ros  que  gostais  de  manobrar^  é  a 


(1)  Constam  estes  pormenores  do  cnriosissimo  livro  intitulado 
Aperçii  Nouveau  sur  les  Campaf/nes  des  Français  tn  Portiii/al,  eu 
1807,  180S,  1800,  1810  et  1811,  obra  impressa  em  Paria  eni  1818. 
Nào  traz  este  livro  o  nome  do  seu  auctor,  mas  consta  ter  sido 
escripto  pelo  general  portuguez,  Manuel  Ignacio  Martins  Pam- 
plona,  que  acompanhou  o  exercito  de  Masséna. 


primeira  vez  que  Wellington  j^arecf  disposto  a  dar  bata- 
lha; quero  portanto  aproveitar-me  da  occasião 

Masséna  animava  as  suas  tropas,  dizendo:  Meus 
amigos,  esta  montanha  é  a  chave  de  Lisboa,  é  'preciso 
ganha-la  com  aponta  das  bayonetas;  esta  victoria  ainda 
e  descansaremos  depois! 

Como  se  illudia ! 

No  dia  26  ticou  reunido  na  raiz  da  serra  do  Bussaco 
todo  o  exercito  france/;  e  no  mesmo  dia  também  todas 
as  tropas  alliadas  se  postaram  na  montanha. 

É  quasi  impossivel  determinar  precisamente  as  for- 
ças de  um  e  outro  exercito.  Variam  muito  neste  ponto 
as  asserções  de  vários  escriptores;  é,  porém,  certo  que 
os  francezes  eram  em  maior  numero. 

O  bispo  de  Vizeu,  D.  Francisco  Alexandre  Lobo, 
diz  que  nao  pode  ir  muito  longe  da  verdade  a  estima- 
tiva que  attribue  aos  francezes,  depois  da  reunião  dos 
três  corpos,  80  para  90:000  homens,  e  50  para  6O:OP0 
aos  alliados(l). 

Thiers  avalia  em  66:000  homens  os  três  corpos  de 
Masséna. 

A  força  do  exercito  francez  é  computada  por  Wel- 
lington em  72:000  homens,  computo  que  o  sr.  Simão 
José  da  Luz  Soriano  julga  exaggerado. 

O  mesmo  Wellington  diz  que  as  forças  que  no  Bus- 
saco teve  em  campo  se  compunham  de  49:275  homens, 
sendo  24:000  inglezes  e  25:275  portuguezes;  mas  o 
sr.  Simão  José  da  Luz  é  de  opinião  de  que  a  força 
portugueza  era  de  29:065  homens,  sendo  880  de  arti- 
lharia, 1:450  de  cavallaria  e  26:735  de  infantaria  (2). 

Um  official  que  acompanhou  o  exercito  de  Masséna 
faz  o  seguinte  computo  das  suas  tropas: 

uOrganisação   do   exercito  de  Masséna,  e  sua  força 

(1)  Veja  Sumrnario  histórico  da  campanha  de  Portugal,  desde 
Agosto  de  1810  até  Abril  de  1811  no  tomo  1.»  das  Obras  de 
D.  Francisco  Alexandre  Lobo. 

(2)  Veja  Historia  da  guerra  civil  e  do  estabelecimento  do  governo 
parlamentar  em  Portugal,  por  Simão  José  da  Luz  Soriano,  se- 
gunda epocha,  guerra  peninsular,  tomo  m,  pag.  177,  nota. 


antes  do  sitio  d'AImeida,  no  principio  de  Agosto  de  1810, 
que  julgo  exacta  por  ter  visto  e  examinado  o  mappa 
que  era  dado  diariamente  a  Masséna  em  casa  do  general 
Freirion,  chefe  do  estado  maior. 

O  2  corpo — 17:000   homens,   commandante   Re- 

gnier, 
O  6  corpo  —  19:000  —  commandante  o  marechal 

Ney. 
O  8  corpo  —  27:000  —  commandante  Junot. 
Divisão  Serras  —    7:000 
Divisão  Bosiet  —    8:000 

Cavallaria —    5:600 — commandante  Montbrun. 

Total  — 83:600.), 

O  mesmo  official  faz  a  seguinte  narração  da  batalha : 
«No  dia  27  pelas  duas  horas  da  noite  todo  o  exercito 
se  poz  em  movimento,  e  foi  tomar  a  ordem  de  batalha 
que  se  segue : 

O  6  corpo  formava  a  direita  sobre  a  estrada  que 
conduz  ao  convento  do  Bussaco.  O  8  corpo  formava  o 
centro  e  a  reserva.  O  2  corpo  a  esquerda  sobre  a  es- 
trada de  Santo  António  do  Cântaro,  e  a  cavallaria,  que 
era  nulla  em  razão  do  terreno,  tomou  posição  na  reta- 
guarda do  centro  da  linha.  Ao  romper  do  dia  começou 
o  ataque  na  direita  pelas  divisões  Loison  e  Merme,  que 
foi  ferido :  o  terreno  foi  disputado  passo  a  passo  por 
alguns  batalhões  portuguezes,  vestidus  de  pardo,  e 
algumas  tropas  inglezas :  porém  a  força  das  columnas 
francezas  obrigou  estas  tropas  a  retirar  se  para  o  alto 
da  montanha,  onde  estava  a  linha  de  batalha  dos  allia- 
dos.  No  meio  d'esta  montanha  ha  uma  pequena  aldêa 
onde  08  dictos  batalhões  alliados  se  fortificaram  e  de- 
fenderam heroicamente  por  mais  de  três  quartos  de  hora 
contra  toda  a  força  inimiga,  que  soffreu  uma  perda 
muito  considerável,  até  que  vencidos  pelo  numero  supe- 
rior largaram  esta  posição  e  continuaram  (disputando 
o  terreno)  a  retirar-se  até  que  se  reuniram  á  sua  linha. 
Esta,  com  um  sangue  frio  e  firmeza  digna  de  admira- 


cão,  esperou  o  inimigo  até  á  distancia  de  cincoenta  pas- 
sos para  começar  um  fogo  de  filas  tão  hem  sustentado, 
que  (junto  com  a  metralha  da  sua  artilharia)  num  mo- 
mento as  duas  columnas  francezas  fora)n  desordenadas, 
e  fostas  em  comjyleta  derrota,  e  sem  perder  um  momento 
fizeram  meia  volta,  e  desceram  a  montanha  mais  depressa 
do  que  a  tinham  subido,  abandonando  os  seus  feridos 
entre  os  quaes  estava  o  general  Simon.  Chegadas  que 
foram  ao  fundo  da  montanlia,  as  columnas  francezas  se 
reunii'am,  e  tomaram  posiyão  a  coberto  do  fogo  dos 
alliados  (que  tinham  de  novo  mandado  os  atiradores  em 
seu  seguimento),  onde  esperaram  o  resultado  do  ata- 
que, que  o  2  corpo  fazia  ao  mesmo  tempo  na  esquerda. 
Este  ataque  foi  mais  sério,  pois  que  o  general  Kegnier 
carragou  com  todas  as  suas  forças.  A  montanha  neste 
sitio  tem  um  contraforte,  o  qual  depois  de  uma  longa 
disputa  foi  tomado,  e  continuando  os  francezes  o  ataque 
para  vencerem  de  todo  a  posição,  acharam  tal  resistên- 
cia, que,  depois  de  perderem  o  general  Graindorge,  e  ali 
somente  vuiis  de  1:000  soldados  mortos,  e  3:000  feridos, 
cederam  ao  valor  das  tropas  alliadas,  que  com  uma  pe- 
quena 23erda  inutilisuram  a  violência  do  ataque  dos  fran- 
cezes. Vendo  então  Massóna  que  não  podia  realizar  a 
sua  profecia,  convocou  Ney,  Regnier,  Junot  e  Freirion 
para  deliberarem  o  que  se  devia  fazer,  e  foi  decidido 
que  se  torneasse  a  posição.  Foram  então  chamados  os 
officiaes  superiores  portuguezes,  para  indicar  o  cami- 
nho que  se  devia  seguir ;  e  como  dissessem  que  o  não 
sabiam,  Masséna  partiu  com  elles  de  uma  maneira  assas 
forte  e  desagradável,  e  mandou  chamar  o  general  Mont- 
brun  para  lhe  ordenar  que  fosse  com  um  forte  destaca- 
mento descobrir  um  caminho,  e  que  mandasse  o  general 
St.  Croix  e  o  general  Laraote,  cada  um  para  seu  lado, 
encarregados  da  mesma  commissao,  e,  em  quanto  não 
tinha  resposta,  ordenou  aos  caçadores  que  entretives- 
sem  os  alliados  tiralhando.  Passou-se  o  dia  27  e  o  dia 
28  até  ás  três  horas  sem  haver  uma  resposta  da  com- 
missão  dada  aos  três  generaes,  até  que  St.  Croix  che- 
gou, tendo  descoberto  o  caminho  que  vai  por  Boi-alvo. 


10 


Deram-se  logo  as  ordens  para  a  execução  do  movi- 
mento, ao  qual  se  deu  principio  pela  uma  hora  da  ma- 
drugada do  dia  29(1).» 

Wellington,  percebendo  o  movimento  do  exercito 
francez,  operou  logo  uma  prompta  retirada,  para  evitar 
que  elle  lhe  tomasse  o  passo,  e  foi  occupar  as  formidá- 
veis linhas  d«  Torres  Vedras,  barreira  invencível  deante 
da  qual  o  inimigo  estacou  attonito,  vendo  impotentes 
todos  os  seus  esforços. 

Na  batalha  do  Bussaco  comportaram-se  os  nossos 
soldados  com  a  maior  galhardia  e  heroísmo.  Apezar  de 
quasi  todos  recrutas  e  imberbes,  mostraram-se  pos- 
suídos de  notável  valor,  firmeza  e  disciplina,  rivalisando 
com  as  tropas  inglezas,  segundo  o  testemunho  insus- 
peito do  próprio  Wellington  e  do  marechal  Beresford, 
que  em  suas  participações  oífieiaes  exaltam  o  seu  com- 
portamento e  lhes  tributam,  subidos  elogios. 

Calcula-se  que  na  batalha  do  Bussaco  as  perdas  das 
tropas  luso  britânicas  foram  de  1:250  homens,  e  que  as 
do  inimigo  se  elevaram  a  perto  de  4:500, 

Os  resultados  porém  que  da  batalha  do  Bussaco  pro- 
vieram ás  tropas  de  Napoleão  fizeram-se-lhes  sentir, 
mais  que  no  desfalque  das  suas  fileiras,  numa  perda 
mais  importante  e  irreparável :  a  visível  e  profunda 
quebra  da  sua  força  moral.  Desde  então  o  astro  de 
gloria,  que  brilhara  fulgurante  ao  moderno  César, 
começou  a  declinar  até  que  de  todo  se  eclipsou. 

Fallando  da  batalha  do  Bussaco,  diz  o  sr.  Joaquim 
da  Costa  Cascaes  que  ella  fora  a  aurora  resplendecente 
.  dos  feitos  de  armas  praticados  pelo  nosso  exercito  desde 
1811  a  1814;  e  que  foi  ali  que  pela  primeira  vez,  e 
com  tamanha  honra,  nos  desforçámos  do  immerecido 
desprezo  com  que  os  nossos  alliados  nos  haviam  tra- 
ctado  na  celebre  convenção,  vulgarmente  chamada  de 
Cintra.  Aqui  a  desconsideração ;  ali,  nessa  outra  Cintra, 
não  menos  decantada  e  pittorescn,  a  rehabilitação  (2). 

(1)  Relação  citada  na  nota  da  pag.  5. 

(2)  Vide  um  artigo  do  sr.  Cascaes  intitulado  Monumento  Na- 
cional publicado  no  Jornal  do  Exercito  e  transcripto  no  Jornal 
do  Commercio,  n.°  4177. 


Noticias  e  reflexões 

acerca  da  batalha  do  Bussaco 

escriptas  pela  Duqueza  de  Abrantes 


Cette  position  de  Bussaco  est  formée  par  une  rnon- 
tagne  fort  élevée,  au  sommet  de  laquelle  est  situe  le 
couvent  de  Bussaco,  habite  par  des  religieux  tr.appis- 
tes.  Cette  montagne  peut  avoir  quatre  lieues  de  France, 
environ,  d'étendue,  depuis  les  bords  du  Mondego 
jusquà  la  route  d^Opporto.  Elle  est  sillonnée  dans 
presque  toute  cette  éteiidue  par  de  profonds  précipices 
et  des  détilés  tellenient  étroits,  que  les  troupeaux  de 
chèvres  n'y  peuvent  quelquefuis  passer  que  sur  deux 
et  trois  dtí  front,  Ce  fut  cependant  par  ces  déíilós  que 
Masséna  fit  passer  ses  soldats,  au  lieu  de  leur  faire 
prendre  la  route  de  Mealhada  pour  tourner  la  gaúche 
de  Tarmée  anglaise,  au  risque  de  les  faire  foudroyer 
par  les  troupes  qui  occupaient  le  haut  de  la  montagne. 
J'ai  eu  à  cette  époque  en  ma  possession,  et  pendant 
fort  long-temps,  un  plan  et  une  vue  de  la  montagne 
de  Bussaco.  Ce  plan  était  fait  par  un  Français ;  mais 
i'en  avais  un  autre  tout  aussi  curieux,  car  il  était  fait 
par  un  Anglais.  Un  jour,  en  1812,  quelque  temps  avant 
le  départ  pour  la  Russie,  Junot  me  les  demanda  tous 
trois,  et  il  ne  me  les  rendit  pas.  J'ai  lieu  de  croire  que 
c'étaitpour  expliquer  à  Tempereur  Taífaire  de  Bussaco. 

Un  officier -general   anglais   de   mérite,    et   dont  ses 
ennemis  reconnaissaient  eux-mêmes  le  talent,  le  marquis 


12 


de  Londondtíi-iy,  dit  dans  son  ouvrage  siir  la  guerre 
de  la  Péninsule : 

aQuand  bien  même  Masséna  aurait  agi  daprès  les 
«avis  de  Wellington,  il  n'aurait  pu  préparer  sa  défaite 
«par  un  moyen  plus  efficace.» 

Mais  ce  qui  ne  fut  pas  connii  alors  en  France,  parce 
que  le  silence  de  la  tombe  environna  les  cadavres  des 
malheureuses  victiraes  de  Bussaco,  ce  fut  Tadmirable 
intrépidité  des  regimens  et  des  officiers-généraux  qui 
fournirent  la  première  attaque  faite  le  27  à  six  heures 
du  matin.  Cétaient  le  32«,  le  36®  et  le  70®,  qui,  seus 
les  ordres  du  general  Merle,  un  de  nos  officiers-géné- 
raux les  plus  distingues,  entreprirent  de  forcer  la  po- 
sition  occuppée  par  les  Anglais.  Ces  héros  admirables, 
sans  faire  un  murmure,  sans  observer  qu'ils  marcliaient 
à  la  mort,  furent  TaíFronter  avec  le  courage  qui  est  un 
don  du  ciei  dans  des  ames  françaises.  lis  gravirent  les 
rochers  de  Bussaco  sous  une  pluie  de  raitraille,  une 
grele  de  boulets  qui  les  mettaient  en  morceauxl.  .  . 
Les  membres  palpitans  de  ces  infortunes  tombaient  sur 
le  crâne  déjà  fracasse  de  leurs  frères  d'armes  qui 
étaient  au-dessous  d'eux,  et  souvent  des  rangs  entiers 
roulaient  ensemble  dans  les  abimes.  Cependant  ils  par- 
vinrent  au  sommet  du  plateau,  ces  vaillans  honimes,  et 
là,  à  peine  échappés  à  une  mort  terrible,  ils  la  retrou- 
vèrent  sous  une  forme  encore  plus  certaine.  Ils  furent 
reçus  par  des  troupes  anglaises  et  portugaises. . .  Là 
eut  lieu  un  carnage  aífreux ! .  . .  Nos  soldats,  chassés 
par  des  forces  supérieures,  et  d'ailleurs  fatigues,  es- 
souíflés,  n'en  pouvant  plus,  furent  culbutés  par  Ten- 
nemi  et  roulèrent  de  rochers  en  rochers  jusqu'au  fond 
des  précipices  dont  les  pointes  aiguês  portèrent  dans 
cette  cruelle  journée  d'affreuses  et  de  sanglantes  dé- 
pouilles,  tandis  que  nonseulement  les  sabres  et  les 
baionnettes  ennemies  étaient  rouges  du  sang  français, 
mais  les  mains  de  soldats  anglais  en  étaient  baignées!... 
Oh !  ce  fut  une  horrible  journée  ! . .  . 

Ce  furent  les  troupes  du  general  Reignier  qui  reçu- 
rent  d'abord   en  ce  lieu  la  couronne  de  martyre . . . 


13 


Puis  ensuite  deux  autres  divlsions  de  Ney,  sous  les  or- 
dres  du  general  Loison,  et  Tautre  du  general  Mermet, 
se  portaient  vers  le  corps  du  general  Crawford.  Celui 
de  Junot  ne  donna  pas  ce  jourlà 


Retirada  do  exercito  francez 
depois  da  batalha  do  Bussaco 


Guingret,  militar  francez  que  fazia  parte  do  exer- 
cito de  Masséna,  escreveu  acerca  da  desastrada  expe- 
dição militar  d'este  marechal  em  o  nosso  paiz  uma  obra 
ouriosissima,  notável  pela  elegância  do  estylo,  abun- 
dância de  noticias  escriptas  por  testemunha  ocular,  e 
pela  competência  e  imparcialidade  que  revela  o  seu 
auctor,  Intitula-se  Relation  historique  et  militaire  de  la 
campagne  de  Portugal  sous  le  marechal  Masshia,  prince 
d'.Esdin;/ .  .  .,  ])ar  M.  GuhKjret,  chef  de  hataillon,  en 
demi  actii-ité,  et  officier  de  Vordre  royal  de  la  Légion 
dlionneur,  Limoges,  1817.  O  seguinte  trecho,  em  que 
tão  eloquentemente. se  descreve  a  retirada  do  exercito 
francez  depois  da  batalha  do  Bussaco,  é  copiado  d'este 
excellente  livro  : 

Peudant  Tliiver,  j 'avais  supportó  des  nuits  bens  ter- 
ribles  en  AUemagne  et  dans  la  Pologne,  mais  celle  ou 
nous  quittâmes  la  position  de  Boussaco  est  une  des 
époques  de  ma  vie  oíi  je  fus  le  plus  pénibleraent  affe- 
cté.  La  marche  lente  et  grave  de  notre  armée,  occupée 
à  transporter  ses  nombreux  blessés  sur  des  brancards, 
oífrait  Taspect  d'une  longue  suite  des  convois  fúnebres. 
Le  silence  morne  de  Tobscurité  était  troublé  par  le 
bruit  sourd  et  lúgubre  des  roues  de  rartlllerie.  De 
malheureux  soldats  seíforçaient  en  vain  de  cóntenir 
Texpression  de  leurs  suífrances;  les  cris  déchirans  de 
la  douleur,  à  moitió  comprimes  par  les  efforts  du  cou- 


14 


rage,  s'échappaient,  par  intervalles,  du  fond  de  leurs 
entrailles,  et  faisaient  tressaillir  de  compassion  le  cceur 
le  inoins  sensible.  Les  cadavres  de  ceux  dont  la  raort 
terminait  les  maux  au  milieu  de  cette  marche  affli- 
geante,  déposés  sur  le  bord  des  fosses,  servaient  à 
faire  reconnaítre  la  route,  à  travers  Tobscurité,  aux 
troupes  qui  nous  suivaient.  Les  cris  aigus  des  oiseaux 
de  proie  qui  fuyaient  leur  refuge  et  abandono aient 
leurs  aires  à  mesure  que  nous  avancions,  et  dont  quel- 
ques-uns  accompagnaient  audacieusement  Tarmée,  en 
convoitant  leurs  proie,  ajoutaient  encore  quelque  chose 
de  sinistre  à  cette  scène. 


A  batalha  do  Bussaco 

avaliada  pelo  historiador  francez 

Bouchot  (1) 


Cependant  Masséna  s'avançait  vers  les  murs  de  Lis- 
bonne,  sans  rencontrer  aucun  enipéchement  sérieux. 
Les  paysans  s'enfuyaient  de  toutes  paris  devant  lui ; 
les  villes  ouvraient  leurs  portes,  et  il  semblait  que  le 
pays  fút  iuhabité,  lorsqu'en  approchant  de  Coímbre, 
il  se  trouva  devant  toute  Tarmée  des  Anglo-Portugais 
(soixante-quatre  niille  liomraes  et  quatre-vingts  canons), 
à  l'entrée  des  redoutables  déHlés  d'Alcoba.  A  Taspect 
de  cet  obstacle  inattendu,  Ney  et  Junot,  qui  comman- 
daient  sous  lui,  n'osèrent  pas  assuraer  la  responsabilitó 
de  Tattaque:  ils  perdirent  toute  la  journée  en  hésita- 
tions.  Masséna,  qui  n'arriva  que  le  soir,  entendit  leur 
rapport,  examina  les  positions,  el  malgré  les  effrayan- 
tes  difficultés  qu'elles  présentaient,  il  commanda  Tassaut 

(1)  Histoire  du  Foringal  et  de  sescolonies,  par  Auguste  Bou- 
chot, professeur  d'histoire  au  lycée  Napoleon.  Paris,  1854. 


15 


pour  le  lendemain  au  point  du  jour.  Vainqueur,  jus- 
qu'alors,  en  toute  occasion  et  en  tout  pays,  il  lui  sem- 
blait  trop  pénible  de  reculer  cette  fois.  II  coraptait  sur 
la  constanee  de  la  fortune,  et,  séduit  par  les  souvenirs 
de  sa  gloire  passée,  il  refiisa  jusqu'au  bout  d'écouter 
les  sages  conseils  du  marquis  d'Alorna,  qni  lui  garan- 
tissait  le  moyen  de  tourner  Ia  montagae  au  lieu  de 
Taborder  de  front. 

Masséna  expia  bien  cruellement  cette  confiance. 
V/ellingtou  cuuíprenait  trop  la  valeiír  des  positions 
qu'il  occupait,  pour  se  laisser  entraíner.  II  se  borua  à 
les  déíendre  corame  une  forteresse,  et  sa  prudente  té- 
nacité  finit  par  triompher  de  Tintrépidité  des  Français. 
Masséna  renonça  entin  à  le  forcer,  et,  vaincu  par  la 
première  fois,  il  se  retira  avec  quatre  mille  morts  et 
blessés.  De  quel  orgueil  une  telle  victoire  dut-elle 
reuiplir  le  coeur  des  Anglais  et  des  Portugais!  Wellin- 
gton devint  tout  d'un  coup  le  héros  de  TEurope.  L'on 
vit  en  lui  le  seul  horame  capable  de  rivaliser  avec 
Napoléon  (27  septembre  1810). 

Avant  de  nous  séparer  de  ce  grand  capitaine,  rap-- 
pelons-nous  ce  que  Napoléon  a  dit  de  lui  à  Sainte- 
Hélène  (9  dócembre  181 7j.  «Si  la  réputation  de  Mas- 
séna finit  en  Portugal,  c'est  à  la  maladie  seule  qu'il 
faut  attribuer  cette  subite  décadence.  Ne  pouvant  alors 
ni  monter  à  clieval,  ni  voir  par  lui-même  ce  qui  se 
passait,  il  n'était  plus  en  effet  lui-même.  Sil  eút  été 
encore  ce  qu'il  était  autrefois,  il  n'aurait  ni  attaqué  les 
lignes  inexpugnables  d'Aleoba  (ou  Bussaco),  ni  laissé 
Wellington  3'afFermir  dans  celles  de  Torres  Vedras,  et 
la  carapagne  aurait  produit  des  résultats  tout  diffé- 
rents.fl 


GUIA  HISTÓRICO  DO  VIAJANTE  NO  BUSSACO 


o  (líuia  Histórico  do  Viajante  no  Bussaco  por  Augusto 
Mendes  Simões  de  Castro,  bacharel  formado  em  direito,  etc. 
■i.^  edição,  da  qual  é  extractado  este  folheto,  é  um  vol.  em  8." 
de  244  pag.,  acompanhado  de  um  mappa  ou  planta  desdobrável 
oude  apparecem  todas  as  ruas  do  Bussaco  e  se  indicam  os  di- 
versos edifícios,  fontes  e  capellas  que  se  encontram  na  floresta. 

É  acompanhado  de  12  formosas  estampas  separadas  do  texto, 
cujos  assumptos  são:  Grande  Hotel  —  Porta  das  Lapas  —  Porta 
da  Rainha  —  Portaria  da  Mala  ou  Portas  de  Coimbra  —  Ave- 
nida dos  Cedros  —  Mosteiro  —  Bustos  de  S.  Pedro  e  de  S.*"  M." 
Ma;idalena  na  ir/reja  —  Galeria  do  Grande  Hotel  —  Capella  de 
Caiphás  e  torre  próxima  —  Fonte  Fria  —  Retrato  de  Lord 
Wellington,  o  vencedor  de  Masséna  na  batalha  do  Bussaco  — 
Chalet  de  Emygdio  Navarro. 

No  livro,  entre  outros  assumptos,  trata-se  dos  seguintes : 
Fundação  do  Deserto  do  Bussaco  —  A  Floresta  —  O  Mosteiro 
—  Pinturas  do  Claustro  —  A  Igreja  —  Annexos  do  Convento, 
Monumental  Hospedaria  —  Cascata  e  Valle  dos  Abetos  —  Er- 
midas—  Os  Cedros  —  O  Calvário  —  A  Cruz  Alta  —  A  Gruta 
do  Negro;  Etymologias  de  Bussaco  —  Fonte  Fria  —  Diário  dos 
acontecimentos  observados  em  Bussaco  por  occasião  da  batalha, 
cscripto  por  fr.  José  de  S.  Silvestre,  religioso  do  mesmo  con- 
vento, que  foi  testemunha  de  tudo—  Ordem  do  dia  datada  do 
Bussaco  em  28  de  setembro  de  1810  relativa  á  batalha  —  Offi- 
cio  de  Lord  Wellington  fazendo  o  relatório  da  batalha  —  Idem 
de  Beresford  —  Idem  de  Masséna  —  O  Botânico  Link  e  o  Bus- 
saco —  Napoleão  e  a  batalha  do  Bussaco  — Poesias  relativas  ao 
Bussaco  por  D.  Amélia  Janny;  Cândido  de  Figueiredo;  Borges 
de  Figueiredo;  Bingre  Duarte  Ribeiro  de  Macedo;  fr.  António 
das  Chagas ;  Luiz  Carlos ;  António  Feliciano  de  Castilho  ;  Soa- 
res de  Passos  ;  Ayres  de  Sá ;  João  de  Lemos ;  Mendes  Leal ; 
Kobert  Southey  ;  Ramos  Coelho. 

Termina  o  livro  com  um  Itinerário  do  Bussaco,  destinado  aos 
indivíduos  que,  indo  ali  em  visita  rápida,  não  tenham  tempo 
para  leitura  demorada  e  se  satisfaçam  com  um  elucidário  resu- 
mido, segundo  o  qual,  auxiliados  pelo  mappa  ou  planta,  poderão 
ver  em  3  ou  4  horns  o  que  ali  ha  de  notável. 


m 


\^ 


PLEASE  DO  NOT  REMOVE 
CARDS  OR  SLIPS  FROM  THIS  POCKE 


UNIVERSITY  OF  TORONTO  LIBRAR