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JULHO, AGÔSTO E SETEMBRO DE 1958
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BI BLIA
DEI ANOS DANDO A BÍBLIA A PATRIA
DIA DA BÍBLIA
13 DE DEZEMBRO
Com o objetivo de auxiliar a todos os pastores e obreiros na reali¬
zação do programa do Dia da Bíblia, damos abaixo uma sugestão para
o culto de Ações de Graças e comemoração do Dia da Bíblia.
1
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10
Prelúdio de órgão ou harmónio
Oração
o
Hino
Leitura responsiva, Salmo 119:9-16
Dados informativos sobre a obra da Sociedade Bíblica
do Brasil (veja-se as notícias do 10.° aniversário da Socie¬
dade, onde se encontram o total de Escrituras distribuí¬
das, os gastos e arrecadação no evangelismo nacional).
Hino
Sermão — "Dar a Bíblia à Pátria é contribuir para um
#/
Brasil melhor'
Apresentação das ofertas
Bondoso e eterno Pai, nós
1 1
te rendemos graças pela distribuição de Escrituras Sa¬
gradas, feita pela Sociedade Bíblica do Brasil nos seus
dez anos de gloriosa existência. Permite nosso Deus que
esta distribuição contribua para o aprimoramento do
ccráter do povo brasileiro; para abreviar a vinda do teu
Reino; para aproximar de Ti os corações humanos; para
preparar dias melhores para nossa querida e extreme-
cida Pátria. Permite que esta seja a sementeira da
Salvação e da vida eterna, mediante Jesus Cristo, nosso
Senhor. Amém.
Hino — sôbre a Bíblia.
Oração pelos colportores que nos mais distantes rincões
de nossa Pátria, afrontando os maiores perigos, distri¬
buem a Palavra de Deus. Agradecendo a vida de
quantos têm se devotado ao santo labor de transmitir
o Recado eterno. Agradecendo pelas agências Bíblicas
em tôdas as partes do mundo que contribuem para a
disseminação do Evangelho. Agradecendo a Deus as
bênçãos prodigalizadas à Sociedade Bíblica do Brasil nos
seus 10 anos de gloriosa existência, permitindo uma
das maiores circulações de Escrituras Sagradas no mundo.
Bênção.
Nossa capa: Reprodução do cartaz "Dia da Bíblia"
2
A Bíblia é o Livro do momento. Não há
livro de maior prestígio no mundo, nestes
últimos meses, do que a Bíblia. Senão, ve¬
jamos alguns “instantâneos” do noticiário:
Entre os livros que mudaram o
mundo, está a Bíblia”, afirma o autor da
Geografia da Fome, Dr. Josué de Castro.
Notemos as suas palavras sôbre o Livro
Sagrado: “Para o mundo ocidental é o
Livro por excelência. Escapando ao par-
ticularismo de um povo e às circunstâncias
de uma época, a Bíblia se universalizou
influenciando consciências no mundo intei¬
ro e se_ atualizou sempre, através das inter¬
pretações que dela fizeram em diferentes
épocas da história.
De revelação de um momento histórico
ela passou à revelação do mundo”.
O mais alto grau de prestígio da Bíblia
coincide com o advento da Era Atômica.
Ela não é apenas o Livro de maior venda
no mundo, (trinta milhões de volumes com¬
pletos ou em parte, vendidos anualmente)
é também um dos principais interêsses da
ciência moderna. Haja visto os grandes
sucessos de livraria “A Bíblia disse a ver-
A BÍBLIA
NA ERA
A TÒMICA
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UBRAKY OF PRINCETOM
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SEwaldo Alves
a •
dade” por Sir Charles Marston e “E a Bí¬
blia tinha razão”, de Werner Keller. À luz
dêste trabalho arqueológico na Mesopotâ-
mia a Bíblia deixa de ser um ponto de
interrogação para a ciência, e se transfor¬
ma em informações inspiradoras e cheias
de certeza. Assim o sentiu Werner Keller
quando disse, em meio às considerações sô¬
bre o Livro que o levou a rasgar com sua
inteligência, a terra dos velhos patriarcas
hebreus “Nenhum livro da história da hu¬
manidade já produziu um efeito tão revo¬
lucionário, exerceu uma influência tão deci¬
siva no desenvolvimento de todo o mundo
ocidental e teve uma difusão tão universal
como o “Livro dos livros”, a Bíblia. Ela está
hoje traduzida em 1.120 línguas e diale¬
tos, e após dois mil anos, ainda não dá
qualquer sinal de que haja terminado a
sua carreira triunfal”.
Nesta Era Atômica, tomando o tempo
das maiores estações de rádio do mundo,
a Bíblia é objeto de concurso mundial, com
o qual o govêrno de Israel pretende assi¬
nalar o transcurso do seu 10.° aniversário
de fundação.
Na Itália, onde a circulação de Escri¬
turas Sagradas foi sempre muito pequena,
duplicou nestes últimos meses, à vista dês-
se concurso. Nos Estados Unidos, mais de
20 estações de televisão, estão selecionando
o candidato que representará aquêle país,
cujo vencedor receberá ainda um prêmio de
64.000 dólares. No Brasil, começam a apa¬
recer os primeiros candidatos, entre êles
a conhecida Sra. Da. Fúlvia de Cunto Fadi¬
gas, membro de uma das Igrejas Batistas
3
de São Paulo, e que já participou do pro¬
grama de televisão “O Céu é o Limite”, res¬
pondendo sôbre a Bíblia.
Judeus e cristãos desta geração que se
caracteriza pelas rápidas transformações,
participam do reaparecimento do Livro que
em parte lhes é comum. Também o Papa
Pio XII, na Encíclica “Divino Spiritu” reco¬
menda às famílias cristãs a leitura da
Bíblia.
A Palavra Divina, nesta Era Atômica,
contra a expectativa do materialismo mo¬
derno, estravaza dos púlpitos para o ar, aci¬
ma das suntuosas catedrais, para fixar-se
nas telas do cinema. Assim é que o tea-
trólogo norte-americano, Henry Denker,
acaba de apresentar 440 capítulos da Bí¬
blia filmados em cores, abrangendo pará¬
bolas e outros ensinamentos do Novo Tes¬
tamento, no programa intitulado, “Bible
Series”.
Num dos concílios mundiais a que tive¬
mos o privilégio de assistir, o plenário reco¬
nheceu a urgência que existe por parte
daqueles que se incumbem de distribuir a
Palavra. E não poderia ser de outro modo
se levarmos em conta o aumento de ....
25.000.000, na população do mundo, anual¬
mente e os 20 . 000 . 000 de adultos que apren¬
dem a lêr. Não obstante as 1.127 línguas
e dialetos em que a Bíblia tôda ou em parte,
está traduzida, ainda existem, cêrca de
1 . 500 línguas e dialetos falados por 100
milhões de pessoas, para as quais ainda não
foi traduzida nenhuma parte das Escrituras
Sagradas.
Que dizer da América Latina, uma das
regiões de maior progresso do mundo, e
atualmente com 175 milhões de habitantes,
cuja população, calcula-se, nêstes próximos
20 anos atingirá a 300 milhões. Quem for¬
necerá a Palavra de Deus a esta região que
em 1916 contava com uns 200 mil evangé¬
licos e êste número agora eleva-se a 6 mi¬
lhões e meio.
A presente geração atingiu não so¬
mente o átomo, fraccionando-o, mas as
ideologias, dissociando-as. O Correio da
Manhã, numa das suas notas sôbre o que
se lê nos Estados Unidos da América, dava
os “gangsters”, a cozinha e a religião, co¬
mo assuntos prediletos daquele povo, e
acrescentava: “a Bíblia continua a ser o
livro mais procurado nos Estados Unidos,
dela se vendem 7 milhões por ano, e os es¬
tudos que inspira, encontram sempre re¬
ceptividade por parte de numeroso públi¬
co”. Entre histórias de “gangsters”, recei¬
tas de cozinha e a leitura da Bíblia, não é
necessário ser muito atilado para saber que
nos rescaldos do incêndio no qual está para
ser envolvida a presente civilização, ficará
para a reconstrução do mundo de ama¬
nhã a Palavra de Deus.
À beira do abismo de uma guerra atô¬
mica, o homem de nossos dias tem a intui¬
ção das cousas eternas e jamais procurou
com tamanha sofreguidão a mensagem que,
filtrada na cultura de um povo particular,
é remédio universal. Foi nesse sentido que
Brailowsky, como solista, abrilhantou a re¬
cepção feita a parlamentares brasileiros,
quando em visita ao Instituto Weisman da
Universidade Hebraica, examinavam os
mais antigos pergaminhos da Bíblia. Da
mesma forma a Bíblia serviu ao gênio de
Portinari para, em seus desenhos inigua¬
láveis, ver Israel de hoje no Israel dos pa¬
triarcas do Velho Testamento. É assim
que a Bíblia tem tomado parte nas prin¬
cipais exposições internacionais, a exem¬
plo das edições protestantes e católicas na
Feira de Milão e na Exposição Internacio¬
nal de Bruxelas. Somente na França, no
fim do ano passado, vieram à luz, duas edi¬
ções da Bíblia — a da Escola Bíblica de
Jerusalém e a organizada por Edouard
Dhorme, pela Gallimard. A revista “Le
contract Social” publica um comentário a
uma edição da Bíblia de 1899, em que diz:
“Somente a Bíblia possue condições para
servir a instrução do povo, convidando-o à
vida heróica, combatendo as tendências de¬
letérias do utilitarismo”. É assim que Bo-
ris Pasternak, considerado o maior poeta
vivo da Rússia, entrevistado por um repór¬
ter alemão, disse: “Não sou um ideólogo,
sou um poeta e um homem de letras. Não
acredito no materialismo dialético, creio em
Deus. Os séculos são degraus para os pas¬
sos de Deus. A Bíblia é o meu livro de ca¬
beceira.”
Num inquérito mundial sôbre os efei¬
tos possíveis da bomba atômica, as respostas
revelaram que a Bíblia em muitos exerceu
influência.
Perguntaríamos ainda, a esta altura,
não será a Bíblia uma espécie de Bomba
Atômica no mundo materialista dos nossos
dias?
(Introdução ao Relatório do Secretário-
geral à Diretoria da S.B.B.)
4
Desejando contribuir para "Dar a Bíblia à Pátria", subscrevo-me como sócio da
Sociedade Bíblica do Brasil, na seguinte categoria:
(Assinale a categoria de sua preferência)
□
Colaborador
Cr$
50,00
anuais
a
Auxiliar
ii
100,00
//
□
Cooperador
ii
200,00
ii
□
Solidário
ii
500,00
a
□
Mantenedor
ii
1 .000,00
ii
□
Vitalício
ii
10.000,00
em um ou mais pagamentos
o
Contribuinte mensal
a partir de
ii
50,00
(NOVA CATEGORIA).
ê
Iqreia local a que pertence?
Renovação
ou sócio novo? _
. . . . . — . . . — •
Nome _
«■■mfMMMMMM Ml
•**••• ••••••••• •♦♦•*•*••••••••• » »•••• • •♦•••••• « #«•••*••••••••• •••«•••
Indicar se é Senhor, Senhora ou Senhorita
Rua
Bairro..„.
Cidade...
Estado
É proibido por lei colocar dinheiro nos envelopes comuns.
Sócio proponente.
A Sociedade Bíblica do Brasil fornece Bíblias e porções bíblicas muito abaixo do
custo, o que é possível mediante as ofertas do povo de Deus. Ajude-nos a manter êste
trabalho tornando-se sócio da Sociedade Bíblica do Brasil, cuja finalidade é "DAR A
BÍBLIA À PÁTRIA".
Sociedade Bíblica do Brasil
Rua Buenos Aires, 135
Caixas Postais, 73 e 454
Rio de Janeiro. D. F.
-liwr!
H mt
A Rainha Elisabeth observa a embalagem de Bíblias para o exterior.
Há mais de século e meio que a Famí¬
lia Real da Inglaterra, através de seus ante¬
cedentes, tem manifestado grande interês-
se na obra da Sociedade Bíblica Britânica
e Estrangeira, sendo a atual Rainha Eli-
zabeth patrona da Sociedade.
Havendo Sua Majestade, já há algum
tempo, expressado o desejo de visitar a
Casa da Bíblia em Londres, foi designado
um dia do mês de fevereiro do corrente ano,
ocasião em que a Rainha e seu consorte,
o Príncipe Philip, foram recebidos na sede
da Sociedade por membros da sua Dire¬
toria e pelos Secretários. Visitaram todos
os departamentos e mostraram-se muito
interessados na variedade de Escrituras Sa¬
gradas em diversas línguas, que estavam
sendo preparadas para exportação. Ao
examinarem a máquina em que são feitas
as matrizes para a impressão de Escrituras
em Braille, os visitantes Reais manifesta¬
ram interêsse excepcional, fazendo pergun¬
tas a respeito da mesma.
Na cantina da Sociedade havia uma
exposição especialmente preparada, apre¬
sentando aspectos importantes da obra Bí¬
blica, tanto na Grã-Bretanha como em ou¬
tros países.
O último filme preparado pela Socie¬
dade e que ilustra como a Bíblia Tigrina
foi traduzida, impressa e divulgada na Eri¬
tréia, África Oriental, também foi apre¬
ciado.
Na Biblioteca examinaram diversos ma¬
nuscritos antigos, sendo na ocasião, ofere¬
cido à Rainha Elizabeth um exemplar da
Bíblia impresso pela Sociedade na Ingla¬
terra, em 1804, e ao Príncipe Philip o pri¬
meiro exemplar da edição recentemente re¬
visada, do Novo Testamento em grego anti¬
go, posta à venda, pela primeira vez, algu¬
mas semanas mais tarde.
Os referidos volumes foram especial¬
mente encadernados, com gravação apro¬
priada para a ocasião.
Por fim, foi oferecido um chá e a se¬
guir a Rainha e o Príncipe Philip assinaram
o livro de visitas no hall de entrada do edi¬
fício.
Ao deixarem a Casa da Bíblia foram
aplaudidos calorosamente pelos auxiliares
da Sociedade e assim terminou mais uma
visita da Realeza Britânica à sede da Socie¬
dade Bíblica, no coracão de Londres.
/ 3
5
_Â BMi
ia no
raôi
Isnard Rocha
Muito se tem escrito sôbre êste assunto e
acreditamos haverá oportunidade para novos
artigos em tôrno da Biblia em terras brasileiras.
Não sabemos ainda a quem se deva dar a pal¬
ma da vitória no tocante à introdução da Biblia
no Brasil, pela primeira vez. É um assunto que
tem merecido estudo da parte de muitos obreiros,
especialmente das organizações que cuidam da
distribuição do livro sagrado em todo o mundo —
as Sociedades Biblicas.
O Dr. H. C. Tucker, de saudosa memória, num
artigo publicado nesta mesma revista (vol. III,
n.° 3 de 1951) faz algumas declarações impor¬
tantes sôbre o assunto aqui mencionado, que des¬
tacamos as seguintes palavras como ponto de par¬
tida em nossas considerações:
“O padre Luiz Gonçalves dos Santos, em
seu livro intitulado “O Católico e o Metodista”,
conta que o Rev. Daniel P. Kidder em cartas
datadas de 13 e 29 de março de 1838, relatava
que a venda de Bíblias em português e latim
aumentava muito”.
Convém notar que a Sociedade Bíblica Bri¬
tânica e a Sociedade Bíblica Americana, somen¬
te estabeleceram suas agências no Brasil em
1856 e 1876, respectivamente. Antes dessas da¬
tas o trabalho de distribuição da Bíblia era
feito por meio de comerciantes ou obreiros cre¬
denciados para êsse fim.
Ainda o Dr. Tucker, nesse mesmo artigo,
refere-se a um relatório que êle fêz em 1906
sôbre a distribuição da Bíblia, num período
de 70 anos, a partir de 1836, ano em que che¬
gou ao Brasil, o Rev. R. Justin Spaulding.
“Em junho dêsse ano de 1836, na cidade
do Rio de Janeiro, o Rev. Spaulding organizou
uma escola dominical, com 30 alunos, dos quais
alguns eram brasileiros, ensinados na sua pró¬
pria língua”, segundo nos informa Kennedy.
No ano seguinte vieram novos obreiros, en¬
tre êles o Rev. Daniel P. Kidder, como repre¬
sentante da Sociedade Bíblica Americana, aju¬
dar na obra missionária. O Dr. José Carlos Ro¬
drigues escreveu sôbre o trabalho dêsses obrei¬
ros nos seguintes têrmos:
“Parece que a propaganda dos Srs. Spaul¬
ding e Kidder foi bastante enérgica, não só pela
pregação verbal como pelo derramamento de Bí¬
blias, Testamentos e tratados ou opúsculos reli¬
giosos ...”
O mesmo Kidder, num de seus livros, publi¬
cado em sua pátria — “Sketches of residence
and travei in Brazil” — que hoje está no ver¬
náculo, sob o título de “Reminiscências de via¬
gens e Permanência no Brasil”, diz coisas admi¬
ráveis sôbre o trabalho feito no pequeno pe¬
ríodo de sua permanência no Brasil, do qual
destacamos alguns trechos, como seguem:
“Logo após nossa chegada ao Rio de Ja¬
neiro, tivemos a honra de ser admitidos nos
trabalhos missionários dirigidos pelo nosso cole¬
ga Rev. Spaulding. Ocupava-se então êle de
uma escola diurna para crianças brasileiras e es¬
trangeiras que havia aberto na Rua do Catete,
além de uma florescente escola dominical”.
“A circulação das Sagradas Escrituras em
português — que é a língua do país — cons¬
tituía a nossa missão precípua. Até então ja¬
mais se haviam feito esforços sistemáticos para
uma larga divulgação da Bíblia nesse vasto e
interessante país.”
“Em épocas anteriores, diversas centenas
de exemplares da Bíblia e do Novo Testamen¬
to, impressos pelas Sociedades Bíblicas inglêsa
e norte-americana, haviam sido introduzidos no
Brasil por intermédio de viajantes comerciais e,
em alguns casos, grande foi o interêsse mani¬
festado pela sua divulgação, conquanto, num
sentido geral, pouco esforço se tenha despen¬
dido nêsse sentido. Apesar de tudo, pode-se com
segurança concluir que o número de exemplares
do livro sagrado pôsto nas mãos do povo foi
maior então do que em qualquer outra ocasião.”
“Na sede de nossa missão, muitos livros fo¬
ram distribuídos gratuitamente, e, em diversas
ocasiões, deu-se o que se poderia chamar verda¬
deira “corrida” de pretendentes ao Livro Sa¬
grado.”
“Um padre bastante idoso que nos foi pro¬
curar pessoalmente e a quem, por especial de¬
ferência, demos exemplares em português, fran¬
cês e inglês, disse-nos ao sair: “Isto nunca se
fêz no Brasil”. Em três dias distribuímos du¬
zentos exemplares e esgotamos as nossas re¬
servas.”
“Devemos deixar aqui consignado o fato de,
durante todo o tempo em que residimos no Bra¬
sil e mesmo durante as viagens que empreen¬
demos no desempenho de nosso labor missionário,
jamais termos encontrado o menor obstáculo ou
recebido a mais leve desconsideração por parte
do povo.”
Diante dêsses testemunhos insuspeitos e que
se acham registrados em livros que se divul¬
garam em nossa terra e em literatura de valor
histórico, podemos dizer, sem mêdo de errar, que
cabe aos evangélicos a introdução e distribui¬
ção do livro sagrado ao povo brasileiro, em¬
bora depois de muitos séculos de vida nacional
e sob a direção de uma igreja que aqui chegara
com os primeiros descobridores da terra. Êles
aqui chegaram no século 16 mas a palavra de
Deus começou somente ser espalhada pelo tor¬
rão pátrio a partir da primeira metade do
século 19.
Dessa época até nossos dias o trabalho de
espalhar a Bíblia ao povo brasileiro não tem
cessado. Basta ver os relatórios que as Socie¬
dades Bíblicas publicam e, particularmente, a
Sociedade Bíblica do Brasil, desde a sua organi¬
zação na capital de nossa República.
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fcòC sA
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lAm policial que não uóa revólver e carrega óempr
e a
'Bibl i
a
Contando histórias da Bíblia.
Quem teve a oportunidade de assistir no
dia 3 de junho, ao programa televisionado —
“Esta é a sua vida”, há de ter ficado emocio¬
nado diante de mais uma prova eloquente do
poder de Deus na vida do homem.
E um dos fatos impressionantes foi que ao
estúdio da TY Tupi do Rio de Janeiro, foi tra¬
zido o irmão Pedro Frederico Soares, membro
da Igreja Batista de Neves, no Estado do Rio,
e Guarda Municipal n.° 1057 da Prefeitura do
Distrito Federal. A humildade deste irmão se
revela desde sua infância. De procedência hu¬
milde, filho de lavrador, no município de Nati¬
vidade do Carangola, no Estado de Minas, onde
ouviu o Evangelho pela primeira vez, veio, já
homem, embora bem jovem, para o Rio de Ja¬
neiro.
Sempre empolgado pela graça maravilhosa
da salvação, se constitui um baluarte no evan-
gelismo da Igreja Batista Central, dirigindo to¬
dos os domingos o culto de pregação ao ar-livre,
no Campo de Santana até fins de 1957 quando
se mudou para S. Gonçalo, E. do Rio.
Nas suas funções de Guarda, soube se im-
pôr na confiança dos seus colegas e dos seus che¬
fes. Responsável pela segurança dos alunos do
Grupo Escolar Rodrigues Alves, ao lado do Pa¬
lácio do Catete, vinha sendo observado não só
pelos pais dos alunos daquele grupo mas até pela
esposa do Presidente da República, — Sra. Sara
Lemos Kubitsehek, e já
se tornou figura popular,
respeitada e admirada pe¬
los moradores do bairro.
Com desvelo, ele se
desdobra durante a en¬
trada e saída das aulas.
Apita, gesticula e inter¬
rompe o trânsito para que
os “seus” meninos atra¬
vessem sem perigo. Se a
criança, velhinha ou alei¬
jado titubeia, corre pres¬
tativo e, pela mão, os
transporta de uma para
outra calçada. Jamais an¬
da armado e nunca aban¬
dona sua Bíblia, que lê
para a garotada, nas ho¬
ras de recreio.
P a r a homenageá-lo
esteve presente o Sr. Pre¬
feito da Capital, Embaixador Negrão de Lima,
que em nome dos patrocinadores do programa,
lhe ofertou um apito de ouro ; vários companhei¬
ros de sua corporação desfilaram perante êle e
o comandante de sua unidade, que leu o boletim
(CONTINUA NA PÁGINA 14)
O Guarda n.° 1057 em plena atividade.
BRILHANTES SOLENIDADES ASSINALARAM O TRANSCURSO DO 10.°
ANIVERSÁRIO DA SOCIEDADE BÍBLICA DO BRASIL
Grande Culto de Ação de Graças — Crescente o interesse do povo brasileiro
pela obra da Sociedade Bíblica do Brasil — Estatísticas que falam alto —
Mensagem do Presidente — Outras notas
Dez anos são transcorridos desde que se fundou,
sob a graça de Deus, a Sociedade Bíblica do Brasil,
organização que viria continuar a obra que estava
sendo feita pelas Sociedades Bíblicas Unidas.
A cerimônia de instalação da nóvel instituição teve
por local o majestoso templo da l.a Igreja Batista
do Rio de Janeiro, na noite memorável do domingo
10 de junho de 1948.
Nova etapa histórica deveria ser cumprida pelo
evangelismo brasileiro, que recebia, diretamente, a
incumbência solene de se lançar, com todo o em¬
penho, à tarefa de “Dar a Bíblia à Pátria”.
CULTO DE GRATIDÃO
As bênçãos divinas não tardaram, e a obra, rece¬
NÜMEROS QUE FALAM
O Secretário-geral da Sociedade Bíblica do Brasil,
Rev. Ewaldo Alves, valeu-se do ensêjo para apresen¬
tar, em números que falam eloquentemente, o trabalho
realizado neste primeiro decênio.
Ouvimos de 1.237.732 Bíblias, de 832.326 Novos
Testamentos, de 15.081.034 Porções Bíblicas, perfazen¬
do a significativa cifra de 17.151.092 volumes da Pa¬
lavra de Deus, entregues ao povo de nossa Pátria.
E assim, passa a ocupar o lugar dos mais desta¬
cados na distribuição bíblica no mundo, o que nos
leva a pensar no glorioso dia em que haveremos de
ver nosso povo iluminado pela bendita luz da Palavra
de Deus, e remido pela mensagem sublime da Cruz.
Parte da Assistência.
bendo o amparo, cresceu, tomou corpo, agigantou-se,
para a alegria do coração dos evangélicos brasileiros
que a apoiavam, e para a glória de Deus que a sus¬
tentava. Auxílio indispensável das Sociedades Coope¬
rantes, na pessoa da Sociedade Bíblica Britânica e
Estrangeira e da Sociedade Bíblica Americana, jamais
faltou, decretando a estabilidade da obra maravilhosa
da disseminação do Sagrado Volume.
Forçoso era, portanto, no ensêjo das comemora¬
ções da primeira década, agradecer ao Eterno tão
grandes dádivas do seu amor. A tal apêlo acudiu o
povo do Distrito Federal, proporcionando aquêle am¬
biente festivo ao templo da 1.» Igreja Batista do Rio,
na tarde abençoada do domingo, 22 de junho de 1958.
O mesmo local de onde se havia pedido tantas
bênçãos, no início da campanha, agora se prestava
para agradecer a Deus por tais bênçãos que não fal¬
taram à grandiosidade da obra nos Í0 anos nela con¬
sumidos.
FALA O PRESIDENTE DA SOCIE¬
DADE BÍBLICA DO BRASIL
Ponto relevante da tarde, foi o
sermão oficial proferido pelo Rev.
Dr. Benjamin Moraes, ilustre pre¬
sidente da Sociedade Bíblica do
Brasil.
Em inspirada exposição, o co¬
nhecido pregador focalizou a Bíblia
como sendo o pão divino capaz de
mitigar a fome da alma humana.
As palavras do orador, repassa¬
das de fervor e entusiasmo, culmi¬
naram por proclamar que a maior
necessidade dos homens nos dias
atuais, é a da aceitação das ver¬
dades sublimes do Livro dos livros.
CANTA O CORAL EXCELSIOR
Apresentou-se, sob a regência
do Maestro Guilherme Loureiro, o
Coral Excelsior, que soube abri¬
lhantar, singularmente, o Culto de
Gratidão.
A congregação também entoou
hinos de louvor e súplica pela obra
da evangelização da pátria brasi¬
leira.
Jamais poderá ser esquecido o modo vibrante
com que foi entoado aquêle hino, jóia da nossa mú¬
sica sacra: ...“Salve Deus a minha terra, esta terra
do Brasil...”
Era o louvor, era a gratidão comovida que subia
aos céus, brotando de corações que ardem pela sal¬
vação da pátria amada.
ENTUSIASMO CRESCENTE
A correspondência recebida até o presente mo¬
mento, e as notícias que chegam dos mais distantes
recantos brasileiros, falam, bem alto, do entusias¬
mo, sempre crescente, que vai dominando o nosso
povo pela grande obra de “Dar a Bíblia à Pátria”.
Foi por isso que o evangelismo elevou a Deus
os seus agradecimentos sinceros no transcurso do
10.° aniversário da Sociedade Bíblica do Brasil.
Porque “Dar a Bíblia à Pátria”, lema sublime e
grandioso, tem sido das mais radiosas realidades na
terra querida do Cruzeiro do Sul.
8
DIA DA BÍBLIA
O Dia da Bíblia de 1958, terá um cunho todo
especial, pois êste ano, comemora-se também o
10.° aniversário da Sociedade Bíblica do Brasil.
Não é, portanto, apenas o Dia da Bíblia, mas o
marco que assinala as grandes vitórias alcan¬
çadas pela Sociedade Bíblica, na distribuição de
mais de 17 milhões de Escrituras Sagradas —
Bíblias, Novos Testamentos e Porções, e que,
aproximadamente, um têrço da população do
Brasil deve ter sido alcançada por esta grande
circulação que representa uma das primeiras do
mundo.
Teríamos idéia muito mais exata do traba¬
lho da Sociedade nestes 10 anos, se pudéssemos
alcançar até onde chegaram as publicações da So¬
ciedade Bíblica, representadas por 1.237.732
Bíblias completas, 832.326 Novos Testamentos,
15.081.034 Porções bíblicas, num total exato de
17.151.092 volumes de Escrituras Sagradas.
Milhares de livros poderiam ser escritos se
pudéssemos saber a história de grande parte desta
distribuição. Quantos corações elas confortaram!
Quantas almas ampararam no seu desespêro, nas
dificuldades desta vida! Quanta orientação foi
dada por essa volumosa circulação de Escrituras
Sagradas que representa um recado de Deus aos
homens! Quantas lágrimas aflitas estas páginas
sagradas enxugaram nos olhos consumidos pela
dor! Quantos passos trôpegos estas páginas divi¬
nas ajudaram a endireitar! Não haveria fim, se
fôsse possível publicar a história de cada volume
sagrado distribuído nestes 10 anos de existên¬
cia da Sociedade Bíblica do Brasil. Só Deus, o
grande e eterno Pai tem o segrêdo dos benefí¬
cios, das bênçãos desta grande distribuição.
O alvo da Sociedade Bíblica do Brasil é Dar
a Bíblia à Pátria. Porém, não desejamos que
êste alvo seja permanente, perpétuo na Socie¬
dade Bíblica do Brasil, pois, assim como estamos
recebendo auxílio indispensável das Sociedades
Bíblicas cooperantes — Sociedade Bíblica Ame¬
ricana e Sociedade Bíblica Britânica e Estran¬
geira, devemos também ter presente não só em
nossas mentes mas no coração que, quando os
recursos levantados no evangelismo pátrio forem
suficientes, o nosso alvo deverá ser “Dar a Bí¬
blia à América Latina”. Isto porque a Sociedade
Bíblica do Brasil tem o grande privilégio de ser
a primeira e única Sociedade Bíblica nacional,
na América Latina. Mas enquanto não há essa
possibilidade, as nossas vistas estão voltadas
para êste grande Brasil que cresce em tôdas as
dimensões, e é justo, urgente e necessário que
cuidemos do seu crescimento espiritual, tenha¬
mos no futuro um Brasil grande como certa¬
mente será no desenvolver da sua imensa poten¬
cialidade, na atualização das suas incalculáveis
reservas e nas atividades múltiplas do seu povo.
Um Brasil grande, mas de alma voltada para o
Eterno doador de tôdas as bênçãos, de tôdas as
grandezas permanentes e eternas.
Comemorar pois, o Dia da Bíblia, é distri¬
buir a Palavra de Deus, entregando uma Bí¬
blia, um Novo Testamento, ou uma Porção Bí¬
blica ao amigo que ainda não tenha conheci¬
mento do Recado divino.
Contribuir para a Sociedade Bíblica do Bra¬
sil, é contribuir para um Brasil melhor, e pre¬
parar o terreno para lançar a semente do ali¬
mento que saciará a fome espiritual dos nossos
patrícios.
Que o Dia da Bíblia seja um dia de oportu¬
nidades para cada evangélico, para cada sim¬
patizante da causa bíblica em nossa pátria. Dei¬
xemos também um pouco da nossa gratidão em
forma de oferta, sacrifício agradável, e com o
pensamento voltado para o altar da Graça, lem¬
bremo-nos que estamos comemorando neste Dia
da Bíblia — 10 anos dando a Bíblia à Pátria.
Diretores presentes ao culto de Ação de Graças pelo 10.° aniversário da SBB. De pé, Dr. Benjamin Moraes, quando
proferia o sermão.
9
DIRETORIA DA SOCIEDADE DÍDLICA DO DRASIL
Da esquerda para a direita — ao alto: Prof. Domingos Peixoto da Silva, Rev. Rodolfo
Nogueira, Dr. Daso Coimbra, Dr. Antônio Teixeira Gueiros, Dr. Edilson Brasil Soá-
rez, Pastor José Pimentel, Rev. Diocleeiano Cavalcanti, Rev. Archibald Tipple,
Sr. C. H. Morris; ao centro: Dr. Eder Accorsi, Sr. Benno Kersten, Rev. Synésio Lyra,
Rev. Sebastião Moreira, Rev. Albérico de Souza, Rev. Benedito Natal Quintanilha,
Rev. Rodolfo Anders, Dr. Oliver K. K. Nelson, Rev. José Viana de Paiva; sentados:
Brigadeiro Claas Leegstra, Rev. Ewaldo Alves, Rev. Euclydes Deslandes, Dr. Ben-
jamin Moraes, Dr. Remígio de C. Fernandes Braga, Sr. Emílio Conde, Tte.-Cel.
Gilbert Abadie.
No dia 17 de junho
p.p., a Diretoria da So¬
ciedade Bíblica do Bra¬
sil realizou a sua reu¬
nião anual, que contou
com a presença de bom
número de diretores, al¬
guns vindos de lugares
distantes, todos deixando
seus múltiplos afazeres a
fim de atenderem à con¬
vocação da Sociedade.
Assuntos de grande
interesse foram tratados,
visando o maior desen¬
volvimento do trabalho.
Os relatórios dos Secretá¬
rios-geral, cooperantes e
regionais foram bastante
apreciados, merecendo vo¬
tos de louvor, pois todos
eles continham informa¬
ções e dados expressivos
do que se realizou no pe¬
ríodo de um ano de ati¬
vidades.
DEPARTAMENTO FEMININO AUXILIAR DE SALVADOR
Instalou-se no dia 5 de maio último, com
solenidade festiva, o Departamento Feminino
Auxiliar, na cidade do Salvador, Bahia, orga¬
nizado pelo esforço, dedicação e entusiasmo do
elemento feminino de todas as igrejas evangé¬
licas daquela cidade.
Este novel Departamento já está demons-
Primeira Diretoria do Departamento Feminino Auxiliar de
Salvador, tendo à esquerda o Sr. Paulo D. Macêdo, Secre¬
tário Itinerante da S. B. B. e à direita o Rev. Hercílio
Arandas, Presidente da Comissão Local especialmente con¬
vidado para dar posse à referida Diretoria.
trando o quanto pode fazer a mulher brasilei¬
ra, quando empenha o seu coração numa causa
gloriosa como a de “Dar a Bíblia à Pátria”!
É a seguinte a diretoria eleita :
Sra. Maria Marinho Maciel — Pres.
Sra. Júnia Machado Caria — Vice
Sra. Artêmia do N. Silva — Tes.
Srta. Kleide Mendes Lopes — Sec. Cor.
Srta. Diralva Santos — Sec. Arq.
Côro Infantil da Igreja Batista Sião, dirigido pela Srta.
Elide Cabral Leal, que muito concorreu para abrilhan¬
tar a reunião do Dept. Feminino de Salvador.
10
A Bíblia na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo
< -
Curitiba — Posse da
Diretoria do Departa¬
mento Feminino Auxi¬
liar, quando falava o Dr.
Sátilas do Amaral Ca¬
margo.
Discurso pronunciado pelo Deputado
Camilo Ashcar na sessão de 26/12/57 da
Assembléia do Estado de São Paulo:
“Sr. Presidente, Srs. deputados: re¬
cente discurso que pronunciei nesta Assem¬
bléia, e no qual citei vários textos bíblicos,
provou uma interessante controvérsia en¬
tre dois ilustres parlamentares, que deseja¬
vam conhecer se eram exatas ou não as
citações bíblicas que eu havia feito.
Um dos parlamentares, que parece afei¬
to à leitura bíblica, solicitou à Biblioteca
desta Assembléia um exemplar das Escritu¬
ras Sagradas para a verificação dos textos,
no original. E recebeu, de um dos funcio¬
nários, a resposta de que não havia, na bi¬
blioteca, nenhum exemplar da Bíblia; e
acrescentou que a “Bíblia desta Casa é o
Regimento Interno” . . .
Sendo eu um leitor perseverante e assí¬
duo das Sagradas Escrituras que devem
constituir, para todos os cristãos, a regra
única de fé; e testemunhando a veracidade
da expressão do salmista, segundo o qual
as palavras do Senhor são: lâmpada para
os pés e luz para os caminhos (Livro dos
Salmos 119:105), quero ter a honra de,
em meu nome pessoal e cumprindo meu de¬
ver de evangélico, oferecer uma edição es¬
pecial da Bíblia Sagrada, na excelente tra¬
dução de Almeida à Assembléia Legislativa
do Estado de São Paulo, a fim de que passe
a figurar em sua biblioteca e possa ser, a
qualquer tempo, manuseada pelos Srs.
deputados e outros in¬
teressados, integrantes
do quadro de funcio¬
nários desta Casa.
Tenho a convicção
experimental de que
todo o contato de cada
criatura sincera com a
Palavra Inspirada será,
hoje e sempre, um fa¬
cho de inspiração, um
estímulo para a reden¬
ção! ”
EXEMPLO A SER IMITADO!
A fotografia é do belo templo da Igreja
Batista da Encruzilhada, em Recife, Per¬
nambuco, cujo pastor é o Rev. Dr. Silas
Falcão, digno presidente da Comissão Lo¬
cal da Sociedade, naquele bairro. Esta
Igreja que tem no seu pastor um grande
entusiasta do trabalho de distribuição da
Palavra de Deus em nossa terra, destinou
5 % da sua renda mensal para a Sociedade
Bíblica do Brasil. E’, pois, com imensa sa¬
tisfação e reconhecimento que registamos
o decidido apoio que aquêles irmãos estão
dando à causa da Bíblia em nossa Pátria,
formulando votos para que outras igrejas
venham a imitá-los.
Resumo dos relatórios dos secretários da Sociedade Bíblica
do Brasil apresentados à reunião anual da diretoria em 17/6/58
Secretário-geral - Rev. Ewaldo Alves — Um dos perío¬
dos no Brasil de maior interêsse para a distribuição da
Palavra de Deus, encontra a Sociedade Bíblica, lamen¬
tavelmente, numa fase de transição, quando passamos a
imprimir a Bíblia revisada no Brasil, cujos preparativos,
correções, revisões e demais ajustamentos para a im¬
pressão tomaram mais tempo de que o calculado. E assim
é que, na história da distribuição bíblica em nossa Pá¬
tria, nestes últimos 20 anos, não tivemos circulação de
Escrituras tão pequena, quanto a que se está verificando
êste ano, principalmente quando lembramos que no l.°
triénio de existência a nossa distribuição foi de 4.278.200
exemplares das Escrituras Sagradas, no 2.° triénio 4.131.662
e no 3.° triénio 7.574.463, num total de 15.984.325 de
Escrituras até 30/4/57. É justamente no momento em que
o interêsse pela palavra Divina, no Brasil é cada vez
maior, que nos vem surpreender uma circulação muito
reduzida, motivada, como já dissemos, pelos trabalhos
de revisão, e pela falta de variedade de tipos. Estamos
convencidos de que, passado êste período, a que chama¬
mos de crítico, a Sociedade, no campo da distribuição,
passará a uma nova fase.
Comissões Locais — Mantivemos durante o ano, atra¬
vés de correspondência, contacto com estas Comissões,
principalmente pela passagem do 10.° aniversário da So¬
ciedade.
Departamento Feminino Auxiliar — Êste Departamen¬
to, iniciado no Rio de Janeiro em agosto de 1955, já pro¬
vou ser um grande auxiliar no levantamento de fundos
para o trabalho da Sociedade Bíblica. Atualmente a So¬
ciedade conta com 7 Departamentos localizados no Dis¬
trito Federal, São Paulo, Pôrto Alegre, Niterói, Curitiba,
Salvador e Fortaleza. De agosto de 55 a maio de 1957,
o Departamento Feminino Auxiliar do Distrito Federal,
arrolou 3.526 entre novos sócios e reformas e recebeu a
importância de Cr$ 97.700,00. No mesmo período, o de
São Paulo arrolou 439 sócios, e o de Pôrto Alegre no pri¬
meiro trimestre de 1957, conseguiu 186 novos sócios, no
2.° trimestre 362 sócios e no 4. o trimestre 234 sócios, numa
arrecadação financeira de cêrca de Cr$ 60.000,00, num to¬
tal geral de 4.164 sócios com a importância de Cr$ 128.458,00
arrecadados.
A secretaria mantém correspondência com êsses De¬
partamentos cumprimentando-os, encorajando-os e en¬
viando material de propaganda.
Propaganda — A propaganda da Sociedade como as
demais atividades, estão em função do volume do seu
trabalho, assim, para uma despesa de propaganda de
Cr$ 881.401,60 em 1955 e de Cr$ 622.903,20 em 1956, temos
em 1957, uma despesa de Cr$ 1.222.926,70, incluindo-se a
revista, a propaganda do dia da Bíblia, cartazes, envelopes,
etc., reuniões e concentrações, sendo que mais ou menos
um têrço destas despesas foram de viagens dos Secre¬
tários, Regionais e Itinerante, e também despesas com ex¬
posições, impressão de formulários de sócios e folhetos.
Êste ano a Sociedade está experimentando uma pro¬
paganda nos bondes do Distrito Federal e colocou em 50
dêstes veículos um cartaz.
A maior propaganda, todavia, é aquela que não tem
sido paga pela Sociedade, referimo-nos à propaganda da
Bíblia e da Sociedade Bíblica nos jornais evangélicos e
seculares. No ano passado, mais do que em qualquer ou¬
tro da história da Sociedade Bíblica do Brasil, foi tão
elevado o número de jornais evangélicos e seculares que
se ocuparam do tema — A Bíblia, ou a Sociedade Bí¬
blica, que nos causou admiração.
Secretarias Regionais — A Comissão Executiva deci¬
diu criar mais três Secretarias Regionais, e enviar ao
México os candidatos a êstes cargos, para fazerem o curso
de treinamento de colportagem no Instituto Penzotti. Uma
comissão especial, nomeada pela Executiva, está encarre¬
gada de selecionar os nomes apontados. Já existem qua¬
tro nomes a serem estudados e depois de receberem a
aprovação da Comissão Especial, serão levados à Executiva,
para a decisão final.
Dia da Bíblia — Vai se tornando uma das datas má¬
ximas do evangelismo pátrio e grandes concentrações são
levadas a efeito tanto no Norte como no Sul do Brasil. As
duas maiores concentrações do Dia da Bíblia do ano pas¬
sado que tivemos notícias, foram, em São Paulo e em
Recife. Disseram-nos que em São Paulo, na praça do Pa¬
triarca, a assistência era de umas 10.000 pessoas, e em
Recife, na praça Dantas Barreto, calculamos em 5.000
pessoas.
Secretário de Colportagem — Enviado ao México, no
ano passado, o Rev. Luiz Antônio Giraldi, para fazer o
curso de colportagem no Instituto Penzotti, deverá che¬
gar ao Brasil por êstes dias. Depois de instalar o seu
centro de trabalho na cidade de São Paulo, segundo apro¬
vação da Comissão Executiva o Rev. Giraldi, dará início
às suas atividades de Secretário de colportagem da So¬
ciedade Bíblica do Brasil. Cremos que será uma grande
bênção para as igrejas evangélicas nas suas campanhas de
distribuição das Escrituras Sagradas, bem como na orien¬
tação dos futuros pastores, quanto ao modo mais pro¬
veitoso de se distribuir a Palavra de Deus. Será uma opor¬
tunidade para o evangelismo pátrio, dar novo sentido ao
trabalho de colportagem, aproveitando melhor os volumes
distribuidos na propaganda do Evangelho.
Aproveitamos a oportunidade para pedir a esta ilus¬
tre Diretoria, todo o apôio ao Rev. Luiz Antônio Giraldi,
a fim de que o seu trabalho sirva de marco inicial ao
novo modo de encarar a distribuição das Escrituras Sa¬
gradas em nossa Pátria. Tomamos a liberdade de suge¬
rir que a Diretoria, envie ao Instituto Penzotti, e ao seu
diretor, o Rev. Samuel Nelson e também à Sociedade Bí¬
blica Americana, os agradecimentos profundos desta So¬
ciedade, por ter possibilitado melhor preparo a um dos
nossos Secretários.
Contribuintes — Em data de 13/5 dêste ano, recebe¬
mos de um dos encarregados dêste Departamento, que
está sob a direção geral do Sr. C. H. Morris, informação
de que a Sociedade desde a sua fundação em 1948, já
tinha arrolado 63.600 contribuintes, dos quais 51.821 já
reformaram mais de uma vez as suas contribuições. Ha¬
vendo muitos que contribuem regularmente desde 1948. A
Sociedade conta com 48 sócios vitalícios, isto é, sócios que
contribuem de uma vez ou parceladamente com a quan¬
tia de Cr$ 10.000,00.
Temos a informar ainda, que mantemos uma campanha
permanente de endereços, que consiste em enviar apê-
lo a pessoas estranhas para que se tornem sócios da
Sociedade, cujos nomes e endereços nos são fornecidos
pelos contribuintes, também a nosso pedido. Esta é uma
campanha permanente e que está dando ótimos resul¬
tados.
Cooperação — Como em anos anteriores recebemos a
cooperação indispensável e cordial das sociedades coope¬
rantes, Sociedade Bíblica Americana e Sociedade Bíblica
Britânica e Estrangeira. Em têrmos financeiros elas re¬
presentam a cobertura de mais de 80% das nossas des¬
pesas totais. Em têrmos pessoais é esta cooperação feita
através de nossos irmãos Sr. C. H. Morris com mais de 28
anos de trabalho na distribuição da Palavra de Deus no
Brasil e do Dr. Oliver K. K. Nelson que há cêrca de ano
e meio em nossa pátria, tem cooperado em dar a Bíblia
ao Brasil.
Finalmente — Êste relatório é uma “vista de pássa¬
ro” sôbre o trabalho feito por muitos e, pouco foi dito do
quanto a Sociedade deve ao Presidente de Honra e ao
Presidente em exercício, Vice-Presidentes Honorários e aos
em exercícios, Diretores, Sócios, Sociedades e Secretários-
-cooperantes e funcionários. É dêles êste relatório. E a
Deus, nosso bondoso Pai, a nossa profunda gratidão pela
12
bênção extraordinária que nos concedeu de contar, sin¬
gela e descoloridamente, o que muitos fizeram com en¬
tusiasmo e fé, por êste alvo de Dar a Bíblia à Pátria.
Secretário Cooperante - Sr. C. H. Morris — Distri¬
buição e Finanças — Nêste mês de junho, enquanto co¬
memoramos o décimo aniversário da Sociedade é sequên¬
cia natural que contemplemos algo do caminho pelo qual
passamos, do trabalho que temos realizado, e de até onde
temos progredido em busca do nosso alvo de “Dar a
Bíblia à Pátria”, e, ao mesmo tempo compreender o pouco
que temos alcançado em comparação com o muito que
nos resta a fazer. Ao nos recordarmos do que esta Socie¬
dade tem alcançado do seu objetivo desde a sua orga¬
nização, tomamos novo ânimo para enfrentar no futuro a
vasta tarefa que nos está proposta, como também re¬
ceber incentivo novo, sagrado, para vencermos nas difi¬
culdades do presente.
Êstes gráficos foram preparados com vistas a infor¬
mar aos prezados Diretores, num relance, do trabalho
realizado na distribuição das Escrituras Sagradas; do au¬
mento ano após ano do custo da obra em que estamos
empenhados; como também da cooperação financeira, cada
vez maior do evangelismo brasileiro.
Distribuição — Êste relatório ocupa-se especificamen¬
te com o movimento do ano financeiro de 1957, isto é, dos
12 meses de novembro de 1956 a outubro de 1957 inclu¬
sive. Neste período a distribuição das Escrituras no ter¬
ritório nacional foi de: 154.803 Bíblias, 62.085 Novos Tes¬
tamentos, 1.429.287 Porções, no total de 1.646.175, no
valor, segundo o catálogo, de Cr$ 11.804.515,60.
Esta distribuição de Escrituras é pouco mais de 50%
do volume do trabalho realizado no ano anterior, o ano
récorde de 1956. O ano récorde também na distribuição
de Bíblias completas foi 1956, com 191.515 volumes. Em
1951 foi vendido o número récorde de Novos Testamen¬
tos, sendo 118.894 volumes, e em 1956 a maior quan¬
tidade de Porções distribuidas, sendo a grande maioria
Evangelhos, no total de 2.911.754 volumes. Portanto, em
1956 conseguimos a maior distribuição, isto é, de Bíblias,
Novos Testamentos e Porções, num total de 3.213.739
volumes.
Durante o ano passado a distribuição das Escritu¬
ras foi conseguida da seguinte maneira:
Por meio de Livrarias 398.729 volumes, no valor se¬
gundo catálogo de Cr$ 6.364.990,40, sôbre os quais cede¬
mos descontos de Cr$ 1.749.616,60. Por meio de colporta-
gem 869.130 volumes, no valor segundo catálogo de Cr$
2.656.552,50, sôbre os quais cedemos descontos de Cr$
1.001.094,10. Pelo sistema de simples revendagem 376.808
volumes no valor de Cr$ 2.704.599,20, sôbre os quais ce¬
demos descontos de Cr$ 449.698,40.
Embora a distribuição de 1957 tenha sido somente
pouco mais de 50% do resultado do trabalho do ano an¬
terior, o valor dos volumes foi maior.
Presentemente, a Sociedade está passando por um pe¬
ríodo de transição, não estamos recebendo mais do es¬
trangeiro Bíblias em português, e os nossos estoques de
tais edições, estão para todos os efeitos, esgotados, menos
o restinho de volumes que reservamos para venda no
nosso próprio balcão aqui, no Edifício da Bíblia. Se ti¬
véssemos em estoque poderiamos vender milhares, e mais
milhares, das Bíblias pequenas de Almeida, com refe¬
rências. Além dêste fato, é necessário declarar que até
o presente a Sociedade publicou no Brasil, somente Bí¬
blias sem referências, que nunca são tão procuradas como
as edições com referências. Também a Bíblia Revisada
ainda não está pronta. Já por alguns anos há menor
procura do Novo Testamento do que antigamente, e além
disto, há bastante tempo não tínhamos Testamentos com
Salmos.
Quanto a Evangelhos, a Sociedade sentiu-se obrigada
a aumentar o preço de venda e ao mesmo tempo dimi¬
nuir os descontos, e a procura dêstes livrinhos última-
mente tem sido menor. Em vista destas circunstâncias,
o volume do nosso trabalho na época presente está bas¬
tante reduzido em comparação com o que tem sido atra¬
vés dos anos.
Mas, mesmo assim, tomando isso em consideração, no
período de 9 anos e 11 meses distribuímos 1.237.732 Bí¬
blias, 832.326 Testamentos, 15.081.034 Porções, num total
de 17.151.092, no valor, segundo o catálogo de Cr$
53.307.497,20.
Temos enviado milhares de volumes em português
para o estrangeiro, Portugal, África Portuguêsa, Estados
Unidos e Inglaterra — porém, tais livros não fazem parte
da distribuição da Sociedade Bíblica do Brasil, mas da
distribuição das Sociedades às quais foram vendidas.
Na recente Feira do Livro vendemos Escrituras em 24
Línguas diferentes — 1.359 Bíblias, 405 Testamentos e
1.737 Porções, no valor total de Cr$ 113.230,00.
Finanças — Agora passamos a considerar o movi¬
mento financeiro da Sociedade. Como nos anos anterio¬
res, todos os nossos livros de contabilidade foram rigo¬
rosamente examinados pelos peritos contadores, Price, Wa-
terhouse, Peat & Co., de renome mundial, e o relatório
completo dêstes auditores está sôbre a mesa para veri¬
ficação e consulta dos Diretores. Estas contas do ano fi¬
nanceiro de 1957 foram apresentadas à Comissão de Fi¬
nanças em sua reunião no dia 11 de março, e por reco¬
mendação desta, aprovadas pela Comissão Executiva no dia
31 de março do corrente ano.
A receita durante o ano foi de Cr$ 13.748.884,40 in¬
cluindo o valor segundo o catálogo das Escrituras ven¬
didas, num total de Cr$ 11.804.515,60. A receita orçada
foi de Cr$ 16.055.000,00.
Em contribuições e anuidades recebemos do evan¬
gelismo brasileiro, e de outros, o total de Cr$ 1.823.025,50,
o que constitue novo récorde. Ao mesmo tempo podem
yer que no período desde a organização da Sociedade até
o dia 30 de abril p.p. foi recebida em contribuições e
anuidades, a importância de Cr$ 9.849.460,30.
No primeiro semestre do corrente ano recebemos Cr$
1.730.658,50, e visto que no mês de maio as contribui¬
ções e anuidades somavam mais de Cr$ 180.000,00 é logo
aparente que em sete meses ultrapassamos o total rece¬
bido em 1957.
Quanto às despesas do ano passado somaram a Cr$
18.080.275,60. O déficit do ano era de Cr$ 4.331.391,20 o
que foi coberto pelas Sociedades Cooperantes.
Os descontos cedidos em 1949 através das 3 catego¬
rias, colportagem simples revendagem e livrarias, foram
de Cr$ 673.698,40, mas em 1957 atingiram o total de Cr$
3.200.409,10.
A receita total por contribuições e anuidades, no pe¬
ríodo de 9 anos e 11 meses, foi de Cr$ 9.849.460,30, mas no
mesmo período, através das três categorias já referidas, a
Sociedade cedeu descontos no valor de Cr$ 16.089.920,10.
Isto quer dizer que, às igrejas, aos obreiros em serviço
de colportagem e às livrarias, a Sociedade devolveu, somente
em descontos, 60 % mais do que o total recebido no
Brasil para desenvolver a obra.
O total das contas a Receber em 31 de outubro do
ano passado era de Cr$ 4.186.486,00, mas foi reduzido para
Cr$ 3.345.186,50, em 30 de abril p.p.
O orçamento para 1959 foi aprovado pela Comissão
Executiva em reunião especial no dia 15 de abril.
Terminando, espero, que as muitas cifras citadas não
tenham sido enfadonhas, e que o que tive o privilégio de
dizer, e a mensagem dos gráficos apresentados, que por
si só me parecem eloqüentes, possam contribuir para tor¬
nar a Palavra Divina mais conhecida em todo o terri¬
tório nacional.
Secretário-cooperante - Dr. Oliver K. K. Nelson —
Produção
Publicação no Brasil — Desde a sua organização, a So¬
ciedade Bíblica do Brasil publicou as seguintes Escrituras:
388.302 Bíblias; 513.424 Testamentos; 11.340.202 Porções,
perfazendo um total de 12.241.928 volumes no valor to¬
tal de Cr$ 22.083.840,20.
Nêsse mesmo período também houve importação de
Escrituras, a maior parte da Inglaterra e também dos
Estados Unidos, por meio das Sociedades Bíblicas, Bri¬
tânica e Americana. Algumas foram importadas de ou-
13
tros países. Atingiu os seguintes números: Bíblias ...
1.099.447; Testamentos 448.086 e Porções 6.167.554, no valor
de Cr$ 38.705.197,80.
A publicação das Escrituras tem sido feita de vá¬
rias formas. Em São Paulo a Sociedade usou as se¬
guintes Casas Publicadoras: W. M. Jackson & Sons; Reis,
Cardoso Botelho, & Cia.; Imprensa Metodista; IMPRES
(Companhia Brasileira de Impressão e Propaganda) , Impren¬
sa Independente Editora, e as seguintes firmas no Rio de
Janeiro: Editora Dois Irmãos, Imprensa Bíblica Brasi¬
leira, Gráfica Betei e O Mundo — Gráfica Editora Ltda.
Ao ensejo, os preços são coletados de várias firmas
e quando a publicação das Escrituras está planejada,
abre-se concorrência entre as várias firmas que apre¬
sentam os seus preços. Bíblias e Novos Testamentos
são publicados em papel importado da Europa. A Socie¬
dade tem uma cota para importação de papel. Até
agora, produzimos sòmente edições populares de Bíblias,
com exceção de algumas em couro, impressas em São
Paulo e encadernadas pela Imprensa Bíblica Brasileira.
Os Novos Testamentos também têm sido de edição po¬
pular, alguns em brochura e outros encadernados com
capa dura. Êstes últimos impressos na Imprensa Bíblica
Brasileira.
Porções publicadas pela Sociedade Bíblica do Brasil:
os 4 Evangelhos em tamanho pequeno, separados; Evan¬
gelho Ilustrado — Marcos e João e os Atos dos Após¬
tolos, Evangelho de João, com tipo de letra graú¬
da, para recém-alfabetizados; A História do Natal; O
Sermão do Monte; Epístolas de Paulo; A Bíblia Falada —
Discos em série de 5, selecionados do Velho e Novo Tes¬
tamentos.
Escrituras para Cegos — A Sociedade Bíblica do Bra¬
sil, não poderia deixar de lado as publicações em Braille.
Assim, por meio da Sociedade Bíblica Americana, já pu¬
blicou o Novo Testamento e Salmos em Braille português
que são grandemente procurados por cegos, aqui no Bra¬
sil. Houve certa dificuldade com a Alfândega na che¬
gada de alguns volumes, hoje porém, chegam quase que
diariamente, volumes e mais volumes dessas Escrituras,
que são vendidos por preço abaixo do custo. A diferença
é coberta pela Sociedade Bíblica Americana, que ainda
ofereceu por meio de nossa Sociedade, ao Instituto dos
Cegos, “A Bíblia Falada” em inglês, em discos (“The
Talking Book”).
A Revisão da Versão de Almeida — Para dar a Bíblia
à Pátria, deve ser de forma que o povo possa entender.
Uma das mais importantes tarefas da Sociedade Bíblica
do Brasil tem sido a Revisão da Versão da Bíblia de
Almeida. Era uma necessidade sentida por muitos, espe¬
cialmente desde que a reforma da ortografia foi oficia¬
lizada. Após estudos e pesquisas entre evangélicos bra¬
sileiros e muita oração e consideração, foi determinado
fazer-se a revisão da Versão de Almeida, a fim de pro¬
ver a Bíblia ao Brasil, de forma autêntica, porém em
linguagem atualizada.
Num período de 12 anos, êste árduo trabalho foi
feito com assiduidade e dedicação. Há três anos publi-
cou-se o Novo Testamento revisado, sendo recebido en-
tusiàsticamente pelos evangélicos em geral.
Foi completado o Velho Testamento e sua publicação
já está em andamento. O Rev. Antônio de Campos Gon¬
çalves e Dr. Paul W. Schelp, Secretários da Comissão de
Revisão, supervisionaram a composição final, a fim de
garantirem o êxito perfeito desta obra. Esperamos tê-la
pronta para distribuição, até o fim do ano. Esta ver¬
são será verdadeiramente, uma versão brasileira, no que
diz respeito à língua portuguêsa. Os estrangeiros inte¬
grantes da Comissão, tiveram suas atividades limitadas
no que se refere ao conhecimento especializado do grego
e hebraico.
A Comissão de Revisão também foi escrupulosa no
estudo dos assuntos a revisar. No estudo do texto de
Almeida, reportaram-se às outras 20 traduções da Bí¬
blia, comparando-as com os textos originais em grego e
hebraico. A impressão da nova Versão, está confiada à
IMPRES, em São Paulo. Há três grupos independentes de
leitores, dois em cada grupo, e já leram as provas pre¬
liminares. A prova final foi lida pelo Rev. Oswaldo da
Silva que foi designado pela Sociedade Bíblica do Brasil.
Esta leitura entretanto, foi só tipográfica. Tudo o que
se refere ao texto, foi determinado pela Comissão Re¬
visora.
A nova versão da Bíblia, será publicada primeira¬
mente em edição popular numa tiragem de 80.000 exem¬
plares, de capa preta e 40.000 com capas de várias côres.
10.000 terão a Concordância que está sendo preparada
especialmente para esta edição.
Planos de produção de Escrituras para o futuro —
A produção de Escrituras nos últimos 2 anos, foi sustada,
aguardando-se o lançamento da versão revisada. A Co¬
missão Executiva determinou que tôda Escritura produ¬
zida pela Sociedade Bíblica do Brasil, de agora por diante,
seja na nova versão. Em conseqüência, nossos estoques
dos diversos tipos de Escrituras estão esgotados, e há
planos, para que outros tipos sejam publicados.
A Comissão de Produção da Sociedade Bíblica do Bra¬
sil estuda o problema da apresentação em variadas for¬
mas, ainda que não seja necessário um grande número.
Há sempre procura das edições de luxo, em tamanho
pequeno, Testamentos com Salmos, Bíblias e Testamen¬
tos com capa de couro especial, de vaqueta, em dife¬
rentes côres. Planeja-se o lançamento da chamada Bíblia
de Púlpito, usada nas Igrejas e em muitos lares. Todos
êstes assuntos estão sendo estudados e planejados, e
dependerão do montante das finanças arrecadadas. Pla¬
neja-se também uma nova edição da Bíblia Falada, em
discos.
Jamais o mundo teve número suficiente de Bíblias.
Para que o Brasil tenha um suprimento eficiente, é ne¬
cessário que os cristãos, tanto individualmente, como
igrejas organizadas, sejam despertadas para um senso
de responsabilidade de “Dar a Bíblia à Pátria.”
A Sociedade Bíblica do Brasil não é uma Sociedade
separada das Igrejas, mas é parte integrante da Comu¬
nidade cristã. Pertence às Igrejas e não pode existir
sem elas. Solicitamos orações e ofertas sacrificiais àque¬
les que estão interessados na difusão do Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo, no Brasil.
ESTA É A SUA VIDA
(CONCLUSÃO DA PÁGINA 7)
da ordem do Dia, exaltando as suas qualidades de
funcionário zeloso e exemplar. Estavam presentes os
pastores Manoel Bento e Alberto Araújo, o côro de
crianças da Igreja Batista de Neves que entoou ma¬
gistralmente o hino “Vinde meninos, vinde a Jesus”.
A Exma. Sra. Sara Lemos Kubitschek enviou uma
mensagem que foi lida, fazendo-lhe entrega de uma
casa. Inúmeros alunos da Escola Rodrigues Alves,
também estiveram presentes com as professoras.
Terminando, queremos fazer justiça às palavras
do grande locutor Carlos Frias, que entrevistando
o referido irmão disse; — Guarda Pedro, temos co¬
nhecimento que o senhor, não anda armado e quando
seu chefe recomenda que se muna de arma, o senhor
pede-lhe que o dispense. É verdade?
— Sim, respondeu. Por que guarda Pedro? Ao
que êle respondeu: eu já tenho uma arma da qual
nunca me separo.
Que arma é essa? O irmão Pedro tira do bôlso
um exemplar das Sagradas Escrituras e mostra aos
telespectadores, dizendo; a Bíblia, que é a Palavra
de Deus.
E, finalmente, transcrevemos do Diário da Noite,
as palavras com que o locutor encerrou a homenagem:
“Aí estão, Guarda Pedro, as suas crianças, cujas
vidas você protege. Na adolescência você aprendeu
a ser Babá; como soldado você aprendeu a ser o bom
dragão dos contos infantis que protege as crianças
contra a maldade dos homens; como homem de fé,
você aprendeu no livro de todos os ensinamentos,
aquela palavra de amor: “Deixai vir a mim os peque¬
ninos. . . Guarda Pedro Frederico Soares, anjo da
guarda n.° 1057, anjo negro da Escola Rodrigues Al¬
ves, esta é a sua vida.”
(Extraído de um artigo do Dr. Eliezer C.
de Oliveira, publicado no Jornal Batista)
14
O CANON SAGRADO
OOOCOOCOGOOGCOSeOSOOSOOCCCOOeOOGGCCCOOSCOOeOGOGOGOOOSOGOOOGOSOQOOSOOGO*
(CONCLUSÃO)
O Senhor Jesus não os incluiu nas suas cita¬
ções das Antigas Escrituras, pois, lemos em S. Lu¬
cas 24:44: “São estas as palavras que vos disse
estando ainda convosco: Que convinha que se
cumprisse tudo que de mim estava escrito na lei
de Moisés, e nos profetas e nos Salmos”. Justa-
mente fazendo tríplice divisão do Antigo Testa¬
mento adotada pelos judeus, sem a inclusão de
apócrifos.
Nos acanhados limites desta despretensiosa
palestra, sem pompas de erudição, sem lugar para
uma documentação minuciosa, apresentaremos,
todavia, mesmo em síntese, um perfuntório exame
dos livros apócrifos para que os leitores notem,
sem esforço mental, quanto se afastam da linha
dos livros inspirados, por apresentarem um as¬
pecto totalmente estranho aos canônicos.
Por exemplo, no Eclesiástico, denominado
Livro da Sabedoria, não o Eclesiastes de Salo¬
mão, livro canônico, lê-se: “Eu vos exorto, etc.,
etc., a que me perdoeis naqueles lugares em
que seguindo a imagem da sabedoria parece que
desfalecemos na contextura das palavras”. O
Espírito Santo pedindo perdão por possíveis erros
cometidos? Um tal livro não pode ser inspirado.
Os livros dos Macabeus, escritos originalmen¬
te no hebraico, mas, logo traduzidos para o gre¬
go, cuja versão é a única conhecida, além de
conter erros de geografia e história, apresenta a
seguinte desculpa: “Se a minha narrativa está
bem organizada e convém à história, isso é tam¬
bém o que desejo, mas, se pelo contrário, foi com
menos dignidade deve-se-me perdoar”. O Espírito
Santo pede perdão por se haver portado com me¬
nos dignidade? E neles ainda se louva Razias,
nobre judeu, que, para não ser prêso por seu ini¬
migo, rasga, como Catão, as próprias entranhas e,
arrancando-as, lança-se sôbre o povo e morre.
Dêle diz o escritor: “escolhendo antes morrer no¬
bremente do que ver-se sujeito a pecadores”. O
Espírito Santo louvando o suicídio?
Os livros de Tobias e Judite estão repletos
de erros geográficos, cronologia e história. O
de Tobias revela a influência danosa de supersti¬
ções persas na abundância de visões de anjos.
Nêle se narra que o anjo Rafael induziu Tobias
a mentir e que um espírito mau se apaixonou
de tal modo de uma mulher que, enciumado,
mata os que com ela se casam. Mas, o coração
e o fígado fumegantes do peixe, afastam o de¬
mônio tanto do homem como da mulher. Que
incidência de crendices assimiladas do paganis¬
mo! Como destoa dos livros canônicos na sobrie¬
dade de suas narrativas! No de Judite se esta¬
belece o princípio imoral de que os fins justi¬
ficam os meios na utilização da falsa história
que ela conta a Holofernes e de seus encantos
Josibias Fialho Marinho
pesoais para alcançar o que deseja, mesmo à
custa do embuste e do crime. Nele ainda se
louva o crime de Simeão, condenado no cap. 49
e v. 5 do Gênesis.
Quanto ao acréscimo feito ao livro canônico
de Ester, contém justamente aquilo que alguém
entendeu faltava nele, a palavra DEUS. Entre¬
tanto, os críticos mais abalizados afirmam que
não há livro na Bíblia em que a providência de
Deus na história seja mais claramente ensinada.
Essa parte S. Jerônimo colocou no fim do livro de
Ester, por considerá-la apócrifa, uma vez que foi
escrita no grego e não foi incluída no cânon
judaico. Daí por que só encontrada na versão
grega e na Vetus Latina.
Os acréscimos a Daniel apresentam três fá¬
bulas, no dizer de Jerônimo: a oração dos 3 mo¬
ços na fornalha de fogo ardente, sem apoio em
a narrativa genuína; a história de Susana, im¬
própria e inverossímil, contendo um trocadilho
que prova haver sido escrita no grego, e a lenda
de Bei e o Dragão não só absurda como ridícula.
Portanto, caros leitores, as sociedades Bíbli¬
cas não divulgam Bíblias falsas. Elas não exis¬
tem. Há, apenas, edições que incluem os apó¬
crifos que o próprio Antônio Pereira de Figuei¬
redo, tradutor da vulgata, reconhece como infe¬
riores, pois, a êles assim se refere na Prefação
Geral, na Parte I, cap. I, pág. 2: “A diversidade,
porém, e discrepância que se observa entre os
primeiros e segundos catálogos sôbre o número
dos livros sagrados, deu ocasião aos teólogos es¬
criturários para dividirem os mesmos livros em
duas classes: Uma protocanônicos que quer dizer
canônicos de primeira ordem; outra deuteroca-
nônicos, que quer dizer canônicos de segunda
ordem”.
E é a Bíblia Sagrada, traduzida do original,
que as Sociedades Bíblicas oferecem ao povo bra¬
sileiro. É esta Bíblia que queremos dar à Pátria.
É ela que ensina o Caminho da Felicidade, não
da Felicidade relativa porque objetiva, mas, a
felicidade absoluta porque subjetiva — no tempo
e na eternidade.
É esta Bíblia a Revelação Divina aos ho¬
mens, a sua mensagem de amor e de perdão, o
seu convite ao arrependimento e à fé em Cristo,
êsse Cristo que deixou a sua glória, desceu a
êste vale de lágrimas para substituir o pecador
no cumprimento da lei divina que êle não po¬
dia cumprir, na satisfação da integérrima jus¬
tiça de Deus, pelo sacrifício na cruz, cujo valor
infinito assegurou pela sua ressurreição ao ter¬
ceiro dia.
Nesta Bíblia, portanto, revela claramente
o único meio de salvação, o único caminho para
a vida eterna — CRISTO!
15
Q BÍBLIA EM 1.127 LÍNGUAS!
Até dezembro de 1957, era o seguinte
o número de línguas em que a Bíblia, no
todo ou em parte, já foi publicada:
Línguas em que a Bíblia completa
foi publicada . 215
Línguas em que o Novo Testamento
completo já foi publicado .... 270
Línguas em que pelo menos um
Evangelho ou outro livro com-
leto já foi publicado . 642
Total de línguas em que alguma
parte da Bíblia já foi publi¬
cada . 1 . 127
Brrníl
(ÓRGÃO DA SOCIEDADE BÍBLICA DO BRASIL)
Pela maior divulgação das Sagradas Escrituras
Redator Responsável
REY. EWALDO ALVES
Redação
EDIFÍCIO DA BÍBLIA
RUA BUENOS AIRES, 135 — 3.® ANDAR
Caixa Postal, 73 ou 454
End. Telegráfico: Escrituras
RIO DE JANEIRO
Vol. XII - Julho, Agosto e Setembro de 1958 - N.° 41
Assinatura anual . Cr$ 50,00
Secretaria Regional do Recife
Rev. José Viana de Paiva, Secretário Regional
Rua da Conceição, 53 - Recife - Pernambuco
Secretaria Regional de São Paulo
Rev. Benedito Natal Quintanilha, Secretário Regional
Rua Barão de Paranapiacaba, 93 - s/ 81 e 82
São Paulo
LEITURAS DIÁRIAS DA BÍBLIA
NOVEMBR O
DIA
LIVRO
CAP.
1 .
. . Salmos .
...... 16:1-11
2 Domingo . . .
. . Isaias .
. 11:1-16
3 .
. . Isaias .
. 52:1-15
4
Oséias .
. 4:1-11
5 .
. . Oséias .
. 11:1-12
6
. . Oséias .
. 14:1-9
7
Amós .
. 5:1-27
8 .
. . Miquéias .
. 4:1-13
9 Domingo . . .
. , Miquéias .
. 7:1-20
10 .
. . Zacarias .
. 8:1-23
11 .
. . Malaquias .
. 3:1-18
12 .
. . Lucas .
. 1:1-38
13 .
. , Lucas .
. 1:38-80
14 .
. . Mateus .
. 2:1-23
15 .
. . Mateus .
. 11:1-30
16 Domingo . . .
. . Mateus .
. . 13:1-30
17 .
. . Mateus .
. 13:31-58
18 .
. . Salmos .
. 65:1-13
19 .
Salmos .
. 67:1-7
20 .
Salmos .
. 73:1-28
21 .
. . Salmos .
. 107:1-43
22 .
Salmos .
. 1:1-6
23 Domingo
Isaias .
. 35:1-10
24 .
João .
. 15:1-27
25 .
João .
. 17:1-26
26 .
. . I Coríntios .
. 15:1-58
27 .
. . Salmos .
23U-6
28 .
Salmos . .
27-1-14
29 .
Salmos .
46-1-11
30 Domingo . . .
. . Salmos .
. 103:1-22
DEZEMBRO
DIA
LIVRO
CAP.
1 .
Salmos
121:1-8
2 .
Isaias
. 40:1-31
3 .
Isaias
53:1-12
4 .
Isaias
55:1-13
5 .
Miquéias .
. 6:6-15
6 .
Mateus
5:1-48
7 Domingo .
Mateus .
. 6:1-34
8 .
Mateus
7:1-29
9 .
Mateus
25:1-46
10 .
Marcos
15:1-47
11 .
Lucas
10:1-42
12 .
Lucas
15:1-32
13 .
Lucas
24:1-53
14 Dia da Bíblia
João .
. 3:1-36
15 .
João
14:1-31
16 .
Atos
. 2:1-47
17 .
Romanos
8:1-39
18 .
Romanos .
12:1-21
19 .
I Corintios
13:1-13
20 .
Efésios .
6:1-24
21 Domingo .
Filipenses .
. 4:1-23
22 .
Tiago .
. 1:1-27
23 .
I João . . .
3-1-24
24 .
Lucas .
2-1-52
25 Natal .
João .
1:1-51
26 .
Gênesis ....
1:1-31
27 .
Êxodo .
20-1-20
28 Domingo .
Deuteronômio ....
. 6:1-25
29 .
Salmos
91-1-16
30 .
Hebreus
11-1-40
31 .
Apocalipse .
. 21:1-27
16
'
.