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Full text of "A Biblia no Brasil"

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JULHO,  AGÔSTO  E  SETEMBRO  DE  1958 


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THE0L0G1CÂL  SEL 


BI BLIA 


DEI  ANOS  DANDO  A  BÍBLIA  A  PATRIA 


DIA  DA  BÍBLIA 


13  DE  DEZEMBRO 


Com  o  objetivo  de  auxiliar  a  todos  os  pastores  e  obreiros  na  reali¬ 
zação  do  programa  do  Dia  da  Bíblia,  damos  abaixo  uma  sugestão  para 
o  culto  de  Ações  de  Graças  e  comemoração  do  Dia  da  Bíblia. 


1 

2 

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10 


Prelúdio  de  órgão  ou  harmónio 
Oração 

o 

Hino 

Leitura  responsiva,  Salmo  119:9-16 

Dados  informativos  sobre  a  obra  da  Sociedade  Bíblica 
do  Brasil  (veja-se  as  notícias  do  10.°  aniversário  da  Socie¬ 
dade,  onde  se  encontram  o  total  de  Escrituras  distribuí¬ 
das,  os  gastos  e  arrecadação  no  evangelismo  nacional). 
Hino 

Sermão  —  "Dar  a  Bíblia  à  Pátria  é  contribuir  para  um 


#/ 


Brasil  melhor' 

Apresentação  das  ofertas 


Bondoso  e  eterno  Pai,  nós 


1  1 


te  rendemos  graças  pela  distribuição  de  Escrituras  Sa¬ 
gradas,  feita  pela  Sociedade  Bíblica  do  Brasil  nos  seus 
dez  anos  de  gloriosa  existência.  Permite  nosso  Deus  que 
esta  distribuição  contribua  para  o  aprimoramento  do 
ccráter  do  povo  brasileiro;  para  abreviar  a  vinda  do  teu 
Reino;  para  aproximar  de  Ti  os  corações  humanos;  para 
preparar  dias  melhores  para  nossa  querida  e  extreme- 
cida  Pátria.  Permite  que  esta  seja  a  sementeira  da 
Salvação  e  da  vida  eterna,  mediante  Jesus  Cristo,  nosso 
Senhor.  Amém. 

Hino  —  sôbre  a  Bíblia. 

Oração  pelos  colportores  que  nos  mais  distantes  rincões 
de  nossa  Pátria,  afrontando  os  maiores  perigos,  distri¬ 
buem  a  Palavra  de  Deus.  Agradecendo  a  vida  de 
quantos  têm  se  devotado  ao  santo  labor  de  transmitir 
o  Recado  eterno.  Agradecendo  pelas  agências  Bíblicas 
em  tôdas  as  partes  do  mundo  que  contribuem  para  a 
disseminação  do  Evangelho.  Agradecendo  a  Deus  as 
bênçãos  prodigalizadas  à  Sociedade  Bíblica  do  Brasil  nos 
seus  10  anos  de  gloriosa  existência,  permitindo  uma 
das  maiores  circulações  de  Escrituras  Sagradas  no  mundo. 
Bênção. 


Nossa  capa:  Reprodução  do  cartaz  "Dia  da  Bíblia" 


2 


A  Bíblia  é  o  Livro  do  momento.  Não  há 
livro  de  maior  prestígio  no  mundo,  nestes 
últimos  meses,  do  que  a  Bíblia.  Senão,  ve¬ 
jamos  alguns  “instantâneos”  do  noticiário: 

Entre  os  livros  que  mudaram  o 
mundo,  está  a  Bíblia”,  afirma  o  autor  da 
Geografia  da  Fome,  Dr.  Josué  de  Castro. 
Notemos  as  suas  palavras  sôbre  o  Livro 
Sagrado:  “Para  o  mundo  ocidental  é  o 
Livro  por  excelência.  Escapando  ao  par- 
ticularismo  de  um  povo  e  às  circunstâncias 
de  uma  época,  a  Bíblia  se  universalizou 
influenciando  consciências  no  mundo  intei¬ 
ro  e  se_  atualizou  sempre,  através  das  inter¬ 
pretações  que  dela  fizeram  em  diferentes 
épocas  da  história. 

De  revelação  de  um  momento  histórico 
ela  passou  à  revelação  do  mundo”. 

O  mais  alto  grau  de  prestígio  da  Bíblia 
coincide  com  o  advento  da  Era  Atômica. 
Ela  não  é  apenas  o  Livro  de  maior  venda 
no  mundo,  (trinta  milhões  de  volumes  com¬ 
pletos  ou  em  parte,  vendidos  anualmente) 
é  também  um  dos  principais  interêsses  da 
ciência  moderna.  Haja  visto  os  grandes 
sucessos  de  livraria  “A  Bíblia  disse  a  ver- 


A  BÍBLIA 
NA  ERA 
A  TÒMICA 

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UBRAKY  OF  PRINCETOM 

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SEwaldo  Alves 

a  • 


dade”  por  Sir  Charles  Marston  e  “E  a  Bí¬ 
blia  tinha  razão”,  de  Werner  Keller.  À  luz 
dêste  trabalho  arqueológico  na  Mesopotâ- 
mia  a  Bíblia  deixa  de  ser  um  ponto  de 
interrogação  para  a  ciência,  e  se  transfor¬ 
ma  em  informações  inspiradoras  e  cheias 
de  certeza.  Assim  o  sentiu  Werner  Keller 
quando  disse,  em  meio  às  considerações  sô¬ 
bre  o  Livro  que  o  levou  a  rasgar  com  sua 
inteligência,  a  terra  dos  velhos  patriarcas 
hebreus  “Nenhum  livro  da  história  da  hu¬ 
manidade  já  produziu  um  efeito  tão  revo¬ 
lucionário,  exerceu  uma  influência  tão  deci¬ 
siva  no  desenvolvimento  de  todo  o  mundo 
ocidental  e  teve  uma  difusão  tão  universal 
como  o  “Livro  dos  livros”,  a  Bíblia.  Ela  está 
hoje  traduzida  em  1.120  línguas  e  diale¬ 
tos,  e  após  dois  mil  anos,  ainda  não  dá 
qualquer  sinal  de  que  haja  terminado  a 
sua  carreira  triunfal”. 

Nesta  Era  Atômica,  tomando  o  tempo 
das  maiores  estações  de  rádio  do  mundo, 
a  Bíblia  é  objeto  de  concurso  mundial,  com 
o  qual  o  govêrno  de  Israel  pretende  assi¬ 
nalar  o  transcurso  do  seu  10.°  aniversário 
de  fundação. 

Na  Itália,  onde  a  circulação  de  Escri¬ 
turas  Sagradas  foi  sempre  muito  pequena, 
duplicou  nestes  últimos  meses,  à  vista  dês- 
se  concurso.  Nos  Estados  Unidos,  mais  de 
20  estações  de  televisão,  estão  selecionando 
o  candidato  que  representará  aquêle  país, 
cujo  vencedor  receberá  ainda  um  prêmio  de 
64.000  dólares.  No  Brasil,  começam  a  apa¬ 
recer  os  primeiros  candidatos,  entre  êles 
a  conhecida  Sra.  Da.  Fúlvia  de  Cunto  Fadi¬ 
gas,  membro  de  uma  das  Igrejas  Batistas 


3 


de  São  Paulo,  e  que  já  participou  do  pro¬ 
grama  de  televisão  “O  Céu  é  o  Limite”,  res¬ 
pondendo  sôbre  a  Bíblia. 

Judeus  e  cristãos  desta  geração  que  se 
caracteriza  pelas  rápidas  transformações, 
participam  do  reaparecimento  do  Livro  que 
em  parte  lhes  é  comum.  Também  o  Papa 
Pio  XII,  na  Encíclica  “Divino  Spiritu”  reco¬ 
menda  às  famílias  cristãs  a  leitura  da 
Bíblia. 

A  Palavra  Divina,  nesta  Era  Atômica, 
contra  a  expectativa  do  materialismo  mo¬ 
derno,  estravaza  dos  púlpitos  para  o  ar,  aci¬ 
ma  das  suntuosas  catedrais,  para  fixar-se 
nas  telas  do  cinema.  Assim  é  que  o  tea- 
trólogo  norte-americano,  Henry  Denker, 
acaba  de  apresentar  440  capítulos  da  Bí¬ 
blia  filmados  em  cores,  abrangendo  parᬠ
bolas  e  outros  ensinamentos  do  Novo  Tes¬ 
tamento,  no  programa  intitulado,  “Bible 
Series”. 

Num  dos  concílios  mundiais  a  que  tive¬ 
mos  o  privilégio  de  assistir,  o  plenário  reco¬ 
nheceu  a  urgência  que  existe  por  parte 
daqueles  que  se  incumbem  de  distribuir  a 
Palavra.  E  não  poderia  ser  de  outro  modo 
se  levarmos  em  conta  o  aumento  de  .... 
25.000.000,  na  população  do  mundo,  anual¬ 
mente  e  os  20 . 000 . 000  de  adultos  que  apren¬ 
dem  a  lêr.  Não  obstante  as  1.127  línguas 
e  dialetos  em  que  a  Bíblia  tôda  ou  em  parte, 
está  traduzida,  ainda  existem,  cêrca  de 
1 . 500  línguas  e  dialetos  falados  por  100 
milhões  de  pessoas,  para  as  quais  ainda  não 
foi  traduzida  nenhuma  parte  das  Escrituras 
Sagradas. 

Que  dizer  da  América  Latina,  uma  das 
regiões  de  maior  progresso  do  mundo,  e 
atualmente  com  175  milhões  de  habitantes, 
cuja  população,  calcula-se,  nêstes  próximos 
20  anos  atingirá  a  300  milhões.  Quem  for¬ 
necerá  a  Palavra  de  Deus  a  esta  região  que 
em  1916  contava  com  uns  200  mil  evangé¬ 
licos  e  êste  número  agora  eleva-se  a  6  mi¬ 
lhões  e  meio. 

A  presente  geração  atingiu  não  so¬ 
mente  o  átomo,  fraccionando-o,  mas  as 
ideologias,  dissociando-as.  O  Correio  da 
Manhã,  numa  das  suas  notas  sôbre  o  que 
se  lê  nos  Estados  Unidos  da  América,  dava 
os  “gangsters”,  a  cozinha  e  a  religião,  co¬ 
mo  assuntos  prediletos  daquele  povo,  e 
acrescentava:  “a  Bíblia  continua  a  ser  o 
livro  mais  procurado  nos  Estados  Unidos, 
dela  se  vendem  7  milhões  por  ano,  e  os  es¬ 
tudos  que  inspira,  encontram  sempre  re¬ 


ceptividade  por  parte  de  numeroso  públi¬ 
co”.  Entre  histórias  de  “gangsters”,  recei¬ 
tas  de  cozinha  e  a  leitura  da  Bíblia,  não  é 
necessário  ser  muito  atilado  para  saber  que 
nos  rescaldos  do  incêndio  no  qual  está  para 
ser  envolvida  a  presente  civilização,  ficará 
para  a  reconstrução  do  mundo  de  ama¬ 
nhã  a  Palavra  de  Deus. 

À  beira  do  abismo  de  uma  guerra  atô¬ 
mica,  o  homem  de  nossos  dias  tem  a  intui¬ 
ção  das  cousas  eternas  e  jamais  procurou 
com  tamanha  sofreguidão  a  mensagem  que, 
filtrada  na  cultura  de  um  povo  particular, 
é  remédio  universal.  Foi  nesse  sentido  que 
Brailowsky,  como  solista,  abrilhantou  a  re¬ 
cepção  feita  a  parlamentares  brasileiros, 
quando  em  visita  ao  Instituto  Weisman  da 
Universidade  Hebraica,  examinavam  os 
mais  antigos  pergaminhos  da  Bíblia.  Da 
mesma  forma  a  Bíblia  serviu  ao  gênio  de 
Portinari  para,  em  seus  desenhos  inigua¬ 
láveis,  ver  Israel  de  hoje  no  Israel  dos  pa¬ 
triarcas  do  Velho  Testamento.  É  assim 
que  a  Bíblia  tem  tomado  parte  nas  prin¬ 
cipais  exposições  internacionais,  a  exem¬ 
plo  das  edições  protestantes  e  católicas  na 
Feira  de  Milão  e  na  Exposição  Internacio¬ 
nal  de  Bruxelas.  Somente  na  França,  no 
fim  do  ano  passado,  vieram  à  luz,  duas  edi¬ 
ções  da  Bíblia  —  a  da  Escola  Bíblica  de 
Jerusalém  e  a  organizada  por  Edouard 
Dhorme,  pela  Gallimard.  A  revista  “Le 
contract  Social”  publica  um  comentário  a 
uma  edição  da  Bíblia  de  1899,  em  que  diz: 
“Somente  a  Bíblia  possue  condições  para 
servir  a  instrução  do  povo,  convidando-o  à 
vida  heróica,  combatendo  as  tendências  de¬ 
letérias  do  utilitarismo”.  É  assim  que  Bo- 
ris  Pasternak,  considerado  o  maior  poeta 
vivo  da  Rússia,  entrevistado  por  um  repór¬ 
ter  alemão,  disse:  “Não  sou  um  ideólogo, 
sou  um  poeta  e  um  homem  de  letras.  Não 
acredito  no  materialismo  dialético,  creio  em 
Deus.  Os  séculos  são  degraus  para  os  pas¬ 
sos  de  Deus.  A  Bíblia  é  o  meu  livro  de  ca¬ 
beceira.” 

Num  inquérito  mundial  sôbre  os  efei¬ 
tos  possíveis  da  bomba  atômica,  as  respostas 
revelaram  que  a  Bíblia  em  muitos  exerceu 
influência. 

Perguntaríamos  ainda,  a  esta  altura, 
não  será  a  Bíblia  uma  espécie  de  Bomba 
Atômica  no  mundo  materialista  dos  nossos 
dias? 

(Introdução  ao  Relatório  do  Secretário- 

geral  à  Diretoria  da  S.B.B.) 


4 


Desejando  contribuir  para  "Dar  a  Bíblia  à  Pátria",  subscrevo-me  como  sócio  da 
Sociedade  Bíblica  do  Brasil,  na  seguinte  categoria: 


(Assinale  a  categoria  de  sua  preferência) 


□ 

Colaborador 

Cr$ 

50,00 

anuais 

a 

Auxiliar 

ii 

100,00 

// 

□ 

Cooperador 

ii 

200,00 

ii 

□ 

Solidário 

ii 

500,00 

a 

□ 

Mantenedor 

ii 

1  .000,00 

ii 

□ 

Vitalício 

ii 

10.000,00 

em  um  ou  mais  pagamentos 

o 

Contribuinte  mensal 

a  partir  de 

ii 

50,00 

(NOVA  CATEGORIA). 

ê 

Iqreia  local  a  que  pertence? 

Renovação 

ou  sócio  novo? _ 

. . . . . — . . . — • 

Nome _ 

«■■mfMMMMMM  Ml 

•**••• ••••••••• •♦♦•*•*••••••••• » »•••• • •♦•••••• « #«•••*••••••••• •••«••• 

Indicar  se  é  Senhor,  Senhora  ou  Senhorita 


Rua 


Bairro..„. 


Cidade... 


Estado 


É  proibido  por  lei  colocar  dinheiro  nos  envelopes  comuns. 


Sócio  proponente. 


A  Sociedade  Bíblica  do  Brasil  fornece  Bíblias  e  porções  bíblicas  muito  abaixo  do 
custo,  o  que  é  possível  mediante  as  ofertas  do  povo  de  Deus.  Ajude-nos  a  manter  êste 
trabalho  tornando-se  sócio  da  Sociedade  Bíblica  do  Brasil,  cuja  finalidade  é  "DAR  A 
BÍBLIA  À  PÁTRIA". 


Sociedade  Bíblica  do  Brasil 
Rua  Buenos  Aires,  135 
Caixas  Postais,  73  e  454 
Rio  de  Janeiro.  D.  F. 


-liwr! 
H  mt 


A  Rainha  Elisabeth  observa  a  embalagem  de  Bíblias  para  o  exterior. 


Há  mais  de  século  e  meio  que  a  Famí¬ 
lia  Real  da  Inglaterra,  através  de  seus  ante¬ 
cedentes,  tem  manifestado  grande  interês- 
se  na  obra  da  Sociedade  Bíblica  Britânica 
e  Estrangeira,  sendo  a  atual  Rainha  Eli- 
zabeth  patrona  da  Sociedade. 

Havendo  Sua  Majestade,  já  há  algum 
tempo,  expressado  o  desejo  de  visitar  a 
Casa  da  Bíblia  em  Londres,  foi  designado 
um  dia  do  mês  de  fevereiro  do  corrente  ano, 
ocasião  em  que  a  Rainha  e  seu  consorte, 
o  Príncipe  Philip,  foram  recebidos  na  sede 
da  Sociedade  por  membros  da  sua  Dire¬ 
toria  e  pelos  Secretários.  Visitaram  todos 
os  departamentos  e  mostraram-se  muito 
interessados  na  variedade  de  Escrituras  Sa¬ 
gradas  em  diversas  línguas,  que  estavam 
sendo  preparadas  para  exportação.  Ao 
examinarem  a  máquina  em  que  são  feitas 
as  matrizes  para  a  impressão  de  Escrituras 
em  Braille,  os  visitantes  Reais  manifesta¬ 
ram  interêsse  excepcional,  fazendo  pergun¬ 
tas  a  respeito  da  mesma. 

Na  cantina  da  Sociedade  havia  uma 
exposição  especialmente  preparada,  apre¬ 
sentando  aspectos  importantes  da  obra  Bí¬ 
blica,  tanto  na  Grã-Bretanha  como  em  ou¬ 
tros  países. 


O  último  filme  preparado  pela  Socie¬ 
dade  e  que  ilustra  como  a  Bíblia  Tigrina 
foi  traduzida,  impressa  e  divulgada  na  Eri¬ 
tréia,  África  Oriental,  também  foi  apre¬ 
ciado. 

Na  Biblioteca  examinaram  diversos  ma¬ 
nuscritos  antigos,  sendo  na  ocasião,  ofere¬ 
cido  à  Rainha  Elizabeth  um  exemplar  da 
Bíblia  impresso  pela  Sociedade  na  Ingla¬ 
terra,  em  1804,  e  ao  Príncipe  Philip  o  pri¬ 
meiro  exemplar  da  edição  recentemente  re¬ 
visada,  do  Novo  Testamento  em  grego  anti¬ 
go,  posta  à  venda,  pela  primeira  vez,  algu¬ 
mas  semanas  mais  tarde. 

Os  referidos  volumes  foram  especial¬ 
mente  encadernados,  com  gravação  apro¬ 
priada  para  a  ocasião. 

Por  fim,  foi  oferecido  um  chá  e  a  se¬ 
guir  a  Rainha  e  o  Príncipe  Philip  assinaram 
o  livro  de  visitas  no  hall  de  entrada  do  edi¬ 
fício. 

Ao  deixarem  a  Casa  da  Bíblia  foram 
aplaudidos  calorosamente  pelos  auxiliares 
da  Sociedade  e  assim  terminou  mais  uma 
visita  da  Realeza  Britânica  à  sede  da  Socie¬ 
dade  Bíblica,  no  coracão  de  Londres. 

/  3 


5 


_Â  BMi 


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raôi 


Isnard  Rocha 


Muito  se  tem  escrito  sôbre  êste  assunto  e 
acreditamos  haverá  oportunidade  para  novos 
artigos  em  tôrno  da  Biblia  em  terras  brasileiras. 

Não  sabemos  ainda  a  quem  se  deva  dar  a  pal¬ 
ma  da  vitória  no  tocante  à  introdução  da  Biblia 
no  Brasil,  pela  primeira  vez.  É  um  assunto  que 
tem  merecido  estudo  da  parte  de  muitos  obreiros, 
especialmente  das  organizações  que  cuidam  da 
distribuição  do  livro  sagrado  em  todo  o  mundo  — 
as  Sociedades  Biblicas. 

O  Dr.  H.  C.  Tucker,  de  saudosa  memória,  num 
artigo  publicado  nesta  mesma  revista  (vol.  III, 
n.°  3  de  1951)  faz  algumas  declarações  impor¬ 
tantes  sôbre  o  assunto  aqui  mencionado,  que  des¬ 
tacamos  as  seguintes  palavras  como  ponto  de  par¬ 
tida  em  nossas  considerações: 

“O  padre  Luiz  Gonçalves  dos  Santos,  em 
seu  livro  intitulado  “O  Católico  e  o  Metodista”, 
conta  que  o  Rev.  Daniel  P.  Kidder  em  cartas 
datadas  de  13  e  29  de  março  de  1838,  relatava 
que  a  venda  de  Bíblias  em  português  e  latim 
aumentava  muito”. 

Convém  notar  que  a  Sociedade  Bíblica  Bri¬ 
tânica  e  a  Sociedade  Bíblica  Americana,  somen¬ 
te  estabeleceram  suas  agências  no  Brasil  em 
1856  e  1876,  respectivamente.  Antes  dessas  da¬ 
tas  o  trabalho  de  distribuição  da  Bíblia  era 
feito  por  meio  de  comerciantes  ou  obreiros  cre¬ 
denciados  para  êsse  fim. 

Ainda  o  Dr.  Tucker,  nesse  mesmo  artigo, 
refere-se  a  um  relatório  que  êle  fêz  em  1906 
sôbre  a  distribuição  da  Bíblia,  num  período 
de  70  anos,  a  partir  de  1836,  ano  em  que  che¬ 
gou  ao  Brasil,  o  Rev.  R.  Justin  Spaulding. 

“Em  junho  dêsse  ano  de  1836,  na  cidade 
do  Rio  de  Janeiro,  o  Rev.  Spaulding  organizou 
uma  escola  dominical,  com  30  alunos,  dos  quais 
alguns  eram  brasileiros,  ensinados  na  sua  pró¬ 
pria  língua”,  segundo  nos  informa  Kennedy. 

No  ano  seguinte  vieram  novos  obreiros,  en¬ 
tre  êles  o  Rev.  Daniel  P.  Kidder,  como  repre¬ 
sentante  da  Sociedade  Bíblica  Americana,  aju¬ 
dar  na  obra  missionária.  O  Dr.  José  Carlos  Ro¬ 
drigues  escreveu  sôbre  o  trabalho  dêsses  obrei¬ 
ros  nos  seguintes  têrmos: 

“Parece  que  a  propaganda  dos  Srs.  Spaul¬ 
ding  e  Kidder  foi  bastante  enérgica,  não  só  pela 
pregação  verbal  como  pelo  derramamento  de  Bí¬ 
blias,  Testamentos  e  tratados  ou  opúsculos  reli¬ 
giosos  ...” 

O  mesmo  Kidder,  num  de  seus  livros,  publi¬ 
cado  em  sua  pátria  —  “Sketches  of  residence 
and  travei  in  Brazil”  —  que  hoje  está  no  ver¬ 
náculo,  sob  o  título  de  “Reminiscências  de  via¬ 
gens  e  Permanência  no  Brasil”,  diz  coisas  admi¬ 
ráveis  sôbre  o  trabalho  feito  no  pequeno  pe¬ 
ríodo  de  sua  permanência  no  Brasil,  do  qual 
destacamos  alguns  trechos,  como  seguem: 

“Logo  após  nossa  chegada  ao  Rio  de  Ja¬ 
neiro,  tivemos  a  honra  de  ser  admitidos  nos 
trabalhos  missionários  dirigidos  pelo  nosso  cole¬ 


ga  Rev.  Spaulding.  Ocupava-se  então  êle  de 
uma  escola  diurna  para  crianças  brasileiras  e  es¬ 
trangeiras  que  havia  aberto  na  Rua  do  Catete, 
além  de  uma  florescente  escola  dominical”. 

“A  circulação  das  Sagradas  Escrituras  em 
português  —  que  é  a  língua  do  país  —  cons¬ 
tituía  a  nossa  missão  precípua.  Até  então  ja¬ 
mais  se  haviam  feito  esforços  sistemáticos  para 
uma  larga  divulgação  da  Bíblia  nesse  vasto  e 
interessante  país.” 

“Em  épocas  anteriores,  diversas  centenas 
de  exemplares  da  Bíblia  e  do  Novo  Testamen¬ 
to,  impressos  pelas  Sociedades  Bíblicas  inglêsa 
e  norte-americana,  haviam  sido  introduzidos  no 
Brasil  por  intermédio  de  viajantes  comerciais  e, 
em  alguns  casos,  grande  foi  o  interêsse  mani¬ 
festado  pela  sua  divulgação,  conquanto,  num 
sentido  geral,  pouco  esforço  se  tenha  despen¬ 
dido  nêsse  sentido.  Apesar  de  tudo,  pode-se  com 
segurança  concluir  que  o  número  de  exemplares 
do  livro  sagrado  pôsto  nas  mãos  do  povo  foi 
maior  então  do  que  em  qualquer  outra  ocasião.” 

“Na  sede  de  nossa  missão,  muitos  livros  fo¬ 
ram  distribuídos  gratuitamente,  e,  em  diversas 
ocasiões,  deu-se  o  que  se  poderia  chamar  verda¬ 
deira  “corrida”  de  pretendentes  ao  Livro  Sa¬ 
grado.” 

“Um  padre  bastante  idoso  que  nos  foi  pro¬ 
curar  pessoalmente  e  a  quem,  por  especial  de¬ 
ferência,  demos  exemplares  em  português,  fran¬ 
cês  e  inglês,  disse-nos  ao  sair:  “Isto  nunca  se 
fêz  no  Brasil”.  Em  três  dias  distribuímos  du¬ 
zentos  exemplares  e  esgotamos  as  nossas  re¬ 
servas.” 

“Devemos  deixar  aqui  consignado  o  fato  de, 
durante  todo  o  tempo  em  que  residimos  no  Bra¬ 
sil  e  mesmo  durante  as  viagens  que  empreen¬ 
demos  no  desempenho  de  nosso  labor  missionário, 
jamais  termos  encontrado  o  menor  obstáculo  ou 
recebido  a  mais  leve  desconsideração  por  parte 
do  povo.” 

Diante  dêsses  testemunhos  insuspeitos  e  que 
se  acham  registrados  em  livros  que  se  divul¬ 
garam  em  nossa  terra  e  em  literatura  de  valor 
histórico,  podemos  dizer,  sem  mêdo  de  errar,  que 
cabe  aos  evangélicos  a  introdução  e  distribui¬ 
ção  do  livro  sagrado  ao  povo  brasileiro,  em¬ 
bora  depois  de  muitos  séculos  de  vida  nacional 
e  sob  a  direção  de  uma  igreja  que  aqui  chegara 
com  os  primeiros  descobridores  da  terra.  Êles 
aqui  chegaram  no  século  16  mas  a  palavra  de 
Deus  começou  somente  ser  espalhada  pelo  tor¬ 
rão  pátrio  a  partir  da  primeira  metade  do 
século  19. 

Dessa  época  até  nossos  dias  o  trabalho  de 
espalhar  a  Bíblia  ao  povo  brasileiro  não  tem 
cessado.  Basta  ver  os  relatórios  que  as  Socie¬ 
dades  Bíblicas  publicam  e,  particularmente,  a 
Sociedade  Bíblica  do  Brasil,  desde  a  sua  organi¬ 
zação  na  capital  de  nossa  República. 


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lAm  policial  que  não  uóa  revólver  e  carrega  óempr 


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Contando  histórias  da  Bíblia. 


Quem  teve  a  oportunidade  de  assistir  no 
dia  3  de  junho,  ao  programa  televisionado  — 
“Esta  é  a  sua  vida”,  há  de  ter  ficado  emocio¬ 
nado  diante  de  mais  uma  prova  eloquente  do 
poder  de  Deus  na  vida  do  homem. 

E  um  dos  fatos  impressionantes  foi  que  ao 
estúdio  da  TY  Tupi  do  Rio  de  Janeiro,  foi  tra¬ 
zido  o  irmão  Pedro  Frederico  Soares,  membro 
da  Igreja  Batista  de  Neves,  no  Estado  do  Rio, 
e  Guarda  Municipal  n.°  1057  da  Prefeitura  do 
Distrito  Federal.  A  humildade  deste  irmão  se 
revela  desde  sua  infância.  De  procedência  hu¬ 
milde,  filho  de  lavrador,  no  município  de  Nati¬ 
vidade  do  Carangola,  no  Estado  de  Minas,  onde 
ouviu  o  Evangelho  pela  primeira  vez,  veio,  já 
homem,  embora  bem  jovem,  para  o  Rio  de  Ja¬ 
neiro. 

Sempre  empolgado  pela  graça  maravilhosa 
da  salvação,  se  constitui  um  baluarte  no  evan- 
gelismo  da  Igreja  Batista  Central,  dirigindo  to¬ 
dos  os  domingos  o  culto  de  pregação  ao  ar-livre, 
no  Campo  de  Santana  até  fins  de  1957  quando 
se  mudou  para  S.  Gonçalo,  E.  do  Rio. 

Nas  suas  funções  de  Guarda,  soube  se  im- 
pôr  na  confiança  dos  seus  colegas  e  dos  seus  che¬ 
fes.  Responsável  pela  segurança  dos  alunos  do 
Grupo  Escolar  Rodrigues  Alves,  ao  lado  do  Pa¬ 
lácio  do  Catete,  vinha  sendo  observado  não  só 
pelos  pais  dos  alunos  daquele  grupo  mas  até  pela 
esposa  do  Presidente  da  República,  —  Sra.  Sara 


Lemos  Kubitsehek,  e  já 
se  tornou  figura  popular, 
respeitada  e  admirada  pe¬ 
los  moradores  do  bairro. 

Com  desvelo,  ele  se 
desdobra  durante  a  en¬ 
trada  e  saída  das  aulas. 
Apita,  gesticula  e  inter¬ 
rompe  o  trânsito  para  que 
os  “seus”  meninos  atra¬ 
vessem  sem  perigo.  Se  a 
criança,  velhinha  ou  alei¬ 
jado  titubeia,  corre  pres¬ 
tativo  e,  pela  mão,  os 
transporta  de  uma  para 
outra  calçada.  Jamais  an¬ 
da  armado  e  nunca  aban¬ 
dona  sua  Bíblia,  que  lê 
para  a  garotada,  nas  ho¬ 
ras  de  recreio. 

P  a  r  a  homenageá-lo 
esteve  presente  o  Sr.  Pre¬ 
feito  da  Capital,  Embaixador  Negrão  de  Lima, 
que  em  nome  dos  patrocinadores  do  programa, 
lhe  ofertou  um  apito  de  ouro ;  vários  companhei¬ 
ros  de  sua  corporação  desfilaram  perante  êle  e 
o  comandante  de  sua  unidade,  que  leu  o  boletim 

(CONTINUA  NA  PÁGINA  14) 

O  Guarda  n.°  1057  em  plena  atividade. 


BRILHANTES  SOLENIDADES  ASSINALARAM  O  TRANSCURSO  DO  10.° 
ANIVERSÁRIO  DA  SOCIEDADE  BÍBLICA  DO  BRASIL 

Grande  Culto  de  Ação  de  Graças  —  Crescente  o  interesse  do  povo  brasileiro 
pela  obra  da  Sociedade  Bíblica  do  Brasil  —  Estatísticas  que  falam  alto  — 

Mensagem  do  Presidente  —  Outras  notas 


Dez  anos  são  transcorridos  desde  que  se  fundou, 
sob  a  graça  de  Deus,  a  Sociedade  Bíblica  do  Brasil, 
organização  que  viria  continuar  a  obra  que  estava 
sendo  feita  pelas  Sociedades  Bíblicas  Unidas. 

A  cerimônia  de  instalação  da  nóvel  instituição  teve 
por  local  o  majestoso  templo  da  l.a  Igreja  Batista 
do  Rio  de  Janeiro,  na  noite  memorável  do  domingo 
10  de  junho  de  1948. 

Nova  etapa  histórica  deveria  ser  cumprida  pelo 
evangelismo  brasileiro,  que  recebia,  diretamente,  a 
incumbência  solene  de  se  lançar,  com  todo  o  em¬ 
penho,  à  tarefa  de  “Dar  a  Bíblia  à  Pátria”. 

CULTO  DE  GRATIDÃO 

As  bênçãos  divinas  não  tardaram,  e  a  obra,  rece¬ 


NÜMEROS  QUE  FALAM 

O  Secretário-geral  da  Sociedade  Bíblica  do  Brasil, 
Rev.  Ewaldo  Alves,  valeu-se  do  ensêjo  para  apresen¬ 
tar,  em  números  que  falam  eloquentemente,  o  trabalho 
realizado  neste  primeiro  decênio. 

Ouvimos  de  1.237.732  Bíblias,  de  832.326  Novos 
Testamentos,  de  15.081.034  Porções  Bíblicas,  perfazen¬ 
do  a  significativa  cifra  de  17.151.092  volumes  da  Pa¬ 
lavra  de  Deus,  entregues  ao  povo  de  nossa  Pátria. 

E  assim,  passa  a  ocupar  o  lugar  dos  mais  desta¬ 
cados  na  distribuição  bíblica  no  mundo,  o  que  nos 
leva  a  pensar  no  glorioso  dia  em  que  haveremos  de 
ver  nosso  povo  iluminado  pela  bendita  luz  da  Palavra 
de  Deus,  e  remido  pela  mensagem  sublime  da  Cruz. 


Parte  da  Assistência. 

bendo  o  amparo,  cresceu,  tomou  corpo,  agigantou-se, 
para  a  alegria  do  coração  dos  evangélicos  brasileiros 
que  a  apoiavam,  e  para  a  glória  de  Deus  que  a  sus¬ 
tentava.  Auxílio  indispensável  das  Sociedades  Coope¬ 
rantes,  na  pessoa  da  Sociedade  Bíblica  Britânica  e 
Estrangeira  e  da  Sociedade  Bíblica  Americana,  jamais 
faltou,  decretando  a  estabilidade  da  obra  maravilhosa 
da  disseminação  do  Sagrado  Volume. 

Forçoso  era,  portanto,  no  ensêjo  das  comemora¬ 
ções  da  primeira  década,  agradecer  ao  Eterno  tão 
grandes  dádivas  do  seu  amor.  A  tal  apêlo  acudiu  o 
povo  do  Distrito  Federal,  proporcionando  aquêle  am¬ 
biente  festivo  ao  templo  da  1.»  Igreja  Batista  do  Rio, 
na  tarde  abençoada  do  domingo,  22  de  junho  de  1958. 

O  mesmo  local  de  onde  se  havia  pedido  tantas 
bênçãos,  no  início  da  campanha,  agora  se  prestava 
para  agradecer  a  Deus  por  tais  bênçãos  que  não  fal¬ 
taram  à  grandiosidade  da  obra  nos  Í0  anos  nela  con¬ 
sumidos. 


FALA  O  PRESIDENTE  DA  SOCIE¬ 
DADE  BÍBLICA  DO  BRASIL 

Ponto  relevante  da  tarde,  foi  o 
sermão  oficial  proferido  pelo  Rev. 
Dr.  Benjamin  Moraes,  ilustre  pre¬ 
sidente  da  Sociedade  Bíblica  do 
Brasil. 

Em  inspirada  exposição,  o  co¬ 
nhecido  pregador  focalizou  a  Bíblia 
como  sendo  o  pão  divino  capaz  de 
mitigar  a  fome  da  alma  humana. 

As  palavras  do  orador,  repassa¬ 
das  de  fervor  e  entusiasmo,  culmi¬ 
naram  por  proclamar  que  a  maior 
necessidade  dos  homens  nos  dias 
atuais,  é  a  da  aceitação  das  ver¬ 
dades  sublimes  do  Livro  dos  livros. 

CANTA  O  CORAL  EXCELSIOR 

Apresentou-se,  sob  a  regência 
do  Maestro  Guilherme  Loureiro,  o 
Coral  Excelsior,  que  soube  abri¬ 
lhantar,  singularmente,  o  Culto  de 
Gratidão. 

A  congregação  também  entoou 
hinos  de  louvor  e  súplica  pela  obra 
da  evangelização  da  pátria  brasi¬ 
leira. 

Jamais  poderá  ser  esquecido  o  modo  vibrante 
com  que  foi  entoado  aquêle  hino,  jóia  da  nossa  mú¬ 
sica  sacra:  ...“Salve  Deus  a  minha  terra,  esta  terra 
do  Brasil...” 

Era  o  louvor,  era  a  gratidão  comovida  que  subia 
aos  céus,  brotando  de  corações  que  ardem  pela  sal¬ 
vação  da  pátria  amada. 

ENTUSIASMO  CRESCENTE 

A  correspondência  recebida  até  o  presente  mo¬ 
mento,  e  as  notícias  que  chegam  dos  mais  distantes 
recantos  brasileiros,  falam,  bem  alto,  do  entusias¬ 
mo,  sempre  crescente,  que  vai  dominando  o  nosso 
povo  pela  grande  obra  de  “Dar  a  Bíblia  à  Pátria”. 

Foi  por  isso  que  o  evangelismo  elevou  a  Deus 
os  seus  agradecimentos  sinceros  no  transcurso  do 
10.°  aniversário  da  Sociedade  Bíblica  do  Brasil. 

Porque  “Dar  a  Bíblia  à  Pátria”,  lema  sublime  e 
grandioso,  tem  sido  das  mais  radiosas  realidades  na 
terra  querida  do  Cruzeiro  do  Sul. 


8 


DIA  DA  BÍBLIA 


O  Dia  da  Bíblia  de  1958,  terá  um  cunho  todo 
especial,  pois  êste  ano,  comemora-se  também  o 
10.°  aniversário  da  Sociedade  Bíblica  do  Brasil. 
Não  é,  portanto,  apenas  o  Dia  da  Bíblia,  mas  o 
marco  que  assinala  as  grandes  vitórias  alcan¬ 
çadas  pela  Sociedade  Bíblica,  na  distribuição  de 
mais  de  17  milhões  de  Escrituras  Sagradas  — 
Bíblias,  Novos  Testamentos  e  Porções,  e  que, 
aproximadamente,  um  têrço  da  população  do 
Brasil  deve  ter  sido  alcançada  por  esta  grande 
circulação  que  representa  uma  das  primeiras  do 
mundo. 

Teríamos  idéia  muito  mais  exata  do  traba¬ 
lho  da  Sociedade  nestes  10  anos,  se  pudéssemos 
alcançar  até  onde  chegaram  as  publicações  da  So¬ 
ciedade  Bíblica,  representadas  por  1.237.732 
Bíblias  completas,  832.326  Novos  Testamentos, 
15.081.034  Porções  bíblicas,  num  total  exato  de 
17.151.092  volumes  de  Escrituras  Sagradas. 

Milhares  de  livros  poderiam  ser  escritos  se 
pudéssemos  saber  a  história  de  grande  parte  desta 
distribuição.  Quantos  corações  elas  confortaram! 
Quantas  almas  ampararam  no  seu  desespêro,  nas 
dificuldades  desta  vida!  Quanta  orientação  foi 
dada  por  essa  volumosa  circulação  de  Escrituras 
Sagradas  que  representa  um  recado  de  Deus  aos 
homens!  Quantas  lágrimas  aflitas  estas  páginas 
sagradas  enxugaram  nos  olhos  consumidos  pela 
dor!  Quantos  passos  trôpegos  estas  páginas  divi¬ 
nas  ajudaram  a  endireitar!  Não  haveria  fim,  se 
fôsse  possível  publicar  a  história  de  cada  volume 
sagrado  distribuído  nestes  10  anos  de  existên¬ 
cia  da  Sociedade  Bíblica  do  Brasil.  Só  Deus,  o 
grande  e  eterno  Pai  tem  o  segrêdo  dos  benefí¬ 
cios,  das  bênçãos  desta  grande  distribuição. 

O  alvo  da  Sociedade  Bíblica  do  Brasil  é  Dar 
a  Bíblia  à  Pátria.  Porém,  não  desejamos  que 
êste  alvo  seja  permanente,  perpétuo  na  Socie¬ 
dade  Bíblica  do  Brasil,  pois,  assim  como  estamos 
recebendo  auxílio  indispensável  das  Sociedades 


Bíblicas  cooperantes  —  Sociedade  Bíblica  Ame¬ 
ricana  e  Sociedade  Bíblica  Britânica  e  Estran¬ 
geira,  devemos  também  ter  presente  não  só  em 
nossas  mentes  mas  no  coração  que,  quando  os 
recursos  levantados  no  evangelismo  pátrio  forem 
suficientes,  o  nosso  alvo  deverá  ser  “Dar  a  Bí¬ 
blia  à  América  Latina”.  Isto  porque  a  Sociedade 
Bíblica  do  Brasil  tem  o  grande  privilégio  de  ser 
a  primeira  e  única  Sociedade  Bíblica  nacional, 
na  América  Latina.  Mas  enquanto  não  há  essa 
possibilidade,  as  nossas  vistas  estão  voltadas 
para  êste  grande  Brasil  que  cresce  em  tôdas  as 
dimensões,  e  é  justo,  urgente  e  necessário  que 
cuidemos  do  seu  crescimento  espiritual,  tenha¬ 
mos  no  futuro  um  Brasil  grande  como  certa¬ 
mente  será  no  desenvolver  da  sua  imensa  poten¬ 
cialidade,  na  atualização  das  suas  incalculáveis 
reservas  e  nas  atividades  múltiplas  do  seu  povo. 
Um  Brasil  grande,  mas  de  alma  voltada  para  o 
Eterno  doador  de  tôdas  as  bênçãos,  de  tôdas  as 
grandezas  permanentes  e  eternas. 

Comemorar  pois,  o  Dia  da  Bíblia,  é  distri¬ 
buir  a  Palavra  de  Deus,  entregando  uma  Bí¬ 
blia,  um  Novo  Testamento,  ou  uma  Porção  Bí¬ 
blica  ao  amigo  que  ainda  não  tenha  conheci¬ 
mento  do  Recado  divino. 

Contribuir  para  a  Sociedade  Bíblica  do  Bra¬ 
sil,  é  contribuir  para  um  Brasil  melhor,  e  pre¬ 
parar  o  terreno  para  lançar  a  semente  do  ali¬ 
mento  que  saciará  a  fome  espiritual  dos  nossos 
patrícios. 

Que  o  Dia  da  Bíblia  seja  um  dia  de  oportu¬ 
nidades  para  cada  evangélico,  para  cada  sim¬ 
patizante  da  causa  bíblica  em  nossa  pátria.  Dei¬ 
xemos  também  um  pouco  da  nossa  gratidão  em 
forma  de  oferta,  sacrifício  agradável,  e  com  o 
pensamento  voltado  para  o  altar  da  Graça,  lem¬ 
bremo-nos  que  estamos  comemorando  neste  Dia 
da  Bíblia  —  10  anos  dando  a  Bíblia  à  Pátria. 


Diretores  presentes  ao  culto  de  Ação  de  Graças  pelo  10.°  aniversário  da  SBB.  De  pé,  Dr.  Benjamin  Moraes,  quando 

proferia  o  sermão. 


9 


DIRETORIA  DA  SOCIEDADE  DÍDLICA  DO  DRASIL 


Da  esquerda  para  a  direita  —  ao  alto:  Prof.  Domingos  Peixoto  da  Silva,  Rev.  Rodolfo 
Nogueira,  Dr.  Daso  Coimbra,  Dr.  Antônio  Teixeira  Gueiros,  Dr.  Edilson  Brasil  Soá- 
rez,  Pastor  José  Pimentel,  Rev.  Diocleeiano  Cavalcanti,  Rev.  Archibald  Tipple, 
Sr.  C.  H.  Morris;  ao  centro:  Dr.  Eder  Accorsi,  Sr.  Benno  Kersten,  Rev.  Synésio  Lyra, 
Rev.  Sebastião  Moreira,  Rev.  Albérico  de  Souza,  Rev.  Benedito  Natal  Quintanilha, 
Rev.  Rodolfo  Anders,  Dr.  Oliver  K.  K.  Nelson,  Rev.  José  Viana  de  Paiva;  sentados: 
Brigadeiro  Claas  Leegstra,  Rev.  Ewaldo  Alves,  Rev.  Euclydes  Deslandes,  Dr.  Ben- 
jamin  Moraes,  Dr.  Remígio  de  C.  Fernandes  Braga,  Sr.  Emílio  Conde,  Tte.-Cel. 

Gilbert  Abadie. 


No  dia  17  de  junho 
p.p.,  a  Diretoria  da  So¬ 
ciedade  Bíblica  do  Bra¬ 
sil  realizou  a  sua  reu¬ 
nião  anual,  que  contou 
com  a  presença  de  bom 
número  de  diretores,  al¬ 
guns  vindos  de  lugares 
distantes,  todos  deixando 
seus  múltiplos  afazeres  a 
fim  de  atenderem  à  con¬ 
vocação  da  Sociedade. 

Assuntos  de  grande 
interesse  foram  tratados, 
visando  o  maior  desen¬ 
volvimento  do  trabalho. 
Os  relatórios  dos  Secretᬠ
rios-geral,  cooperantes  e 
regionais  foram  bastante 
apreciados,  merecendo  vo¬ 
tos  de  louvor,  pois  todos 
eles  continham  informa¬ 
ções  e  dados  expressivos 
do  que  se  realizou  no  pe¬ 
ríodo  de  um  ano  de  ati¬ 
vidades. 


DEPARTAMENTO  FEMININO  AUXILIAR  DE  SALVADOR 


Instalou-se  no  dia  5  de  maio  último,  com 
solenidade  festiva,  o  Departamento  Feminino 
Auxiliar,  na  cidade  do  Salvador,  Bahia,  orga¬ 
nizado  pelo  esforço,  dedicação  e  entusiasmo  do 
elemento  feminino  de  todas  as  igrejas  evangé¬ 
licas  daquela  cidade. 

Este  novel  Departamento  já  está  demons- 


Primeira  Diretoria  do  Departamento  Feminino  Auxiliar  de 
Salvador,  tendo  à  esquerda  o  Sr.  Paulo  D.  Macêdo,  Secre¬ 
tário  Itinerante  da  S.  B.  B.  e  à  direita  o  Rev.  Hercílio 
Arandas,  Presidente  da  Comissão  Local  especialmente  con¬ 
vidado  para  dar  posse  à  referida  Diretoria. 


trando  o  quanto  pode  fazer  a  mulher  brasilei¬ 
ra,  quando  empenha  o  seu  coração  numa  causa 
gloriosa  como  a  de  “Dar  a  Bíblia  à  Pátria”! 
É  a  seguinte  a  diretoria  eleita : 

Sra.  Maria  Marinho  Maciel  —  Pres. 

Sra.  Júnia  Machado  Caria  —  Vice 
Sra.  Artêmia  do  N.  Silva  —  Tes. 

Srta.  Kleide  Mendes  Lopes  —  Sec.  Cor. 
Srta.  Diralva  Santos  —  Sec.  Arq. 


Côro  Infantil  da  Igreja  Batista  Sião,  dirigido  pela  Srta. 
Elide  Cabral  Leal,  que  muito  concorreu  para  abrilhan¬ 
tar  a  reunião  do  Dept.  Feminino  de  Salvador. 


10 


A  Bíblia  na  Assembléia  Legislativa  do  Estado  de  São  Paulo 


< - 

Curitiba  —  Posse  da 
Diretoria  do  Departa¬ 
mento  Feminino  Auxi¬ 
liar,  quando  falava  o  Dr. 
Sátilas  do  Amaral  Ca¬ 
margo. 


Discurso  pronunciado  pelo  Deputado 
Camilo  Ashcar  na  sessão  de  26/12/57  da 
Assembléia  do  Estado  de  São  Paulo: 

“Sr.  Presidente,  Srs.  deputados:  re¬ 
cente  discurso  que  pronunciei  nesta  Assem¬ 
bléia,  e  no  qual  citei  vários  textos  bíblicos, 
provou  uma  interessante  controvérsia  en¬ 
tre  dois  ilustres  parlamentares,  que  deseja¬ 
vam  conhecer  se  eram  exatas  ou  não  as 
citações  bíblicas  que  eu  havia  feito. 

Um  dos  parlamentares,  que  parece  afei¬ 
to  à  leitura  bíblica,  solicitou  à  Biblioteca 
desta  Assembléia  um  exemplar  das  Escritu¬ 
ras  Sagradas  para  a  verificação  dos  textos, 
no  original.  E  recebeu,  de  um  dos  funcio¬ 
nários,  a  resposta  de  que  não  havia,  na  bi¬ 
blioteca,  nenhum  exemplar  da  Bíblia;  e 


acrescentou  que  a  “Bíblia  desta  Casa  é  o 
Regimento  Interno”  . .  . 

Sendo  eu  um  leitor  perseverante  e  assí¬ 
duo  das  Sagradas  Escrituras  que  devem 
constituir,  para  todos  os  cristãos,  a  regra 
única  de  fé;  e  testemunhando  a  veracidade 
da  expressão  do  salmista,  segundo  o  qual 
as  palavras  do  Senhor  são:  lâmpada  para 
os  pés  e  luz  para  os  caminhos  (Livro  dos 
Salmos  119:105),  quero  ter  a  honra  de, 
em  meu  nome  pessoal  e  cumprindo  meu  de¬ 
ver  de  evangélico,  oferecer  uma  edição  es¬ 
pecial  da  Bíblia  Sagrada,  na  excelente  tra¬ 
dução  de  Almeida  à  Assembléia  Legislativa 
do  Estado  de  São  Paulo,  a  fim  de  que  passe 
a  figurar  em  sua  biblioteca  e  possa  ser,  a 
qualquer  tempo,  manuseada  pelos  Srs. 

deputados  e  outros  in¬ 
teressados,  integrantes 
do  quadro  de  funcio¬ 
nários  desta  Casa. 

Tenho  a  convicção 
experimental  de  que 
todo  o  contato  de  cada 
criatura  sincera  com  a 
Palavra  Inspirada  será, 
hoje  e  sempre,  um  fa¬ 
cho  de  inspiração,  um 
estímulo  para  a  reden¬ 
ção!  ” 


EXEMPLO  A  SER  IMITADO! 

A  fotografia  é  do  belo  templo  da  Igreja 
Batista  da  Encruzilhada,  em  Recife,  Per¬ 
nambuco,  cujo  pastor  é  o  Rev.  Dr.  Silas 
Falcão,  digno  presidente  da  Comissão  Lo¬ 
cal  da  Sociedade,  naquele  bairro.  Esta 
Igreja  que  tem  no  seu  pastor  um  grande 
entusiasta  do  trabalho  de  distribuição  da 
Palavra  de  Deus  em  nossa  terra,  destinou 
5 %  da  sua  renda  mensal  para  a  Sociedade 
Bíblica  do  Brasil.  E’,  pois,  com  imensa  sa¬ 
tisfação  e  reconhecimento  que  registamos 
o  decidido  apoio  que  aquêles  irmãos  estão 
dando  à  causa  da  Bíblia  em  nossa  Pátria, 
formulando  votos  para  que  outras  igrejas 
venham  a  imitá-los. 


Resumo  dos  relatórios  dos  secretários  da  Sociedade  Bíblica 
do  Brasil  apresentados  à  reunião  anual  da  diretoria  em  17/6/58 


Secretário-geral  -  Rev.  Ewaldo  Alves  —  Um  dos  perío¬ 
dos  no  Brasil  de  maior  interêsse  para  a  distribuição  da 
Palavra  de  Deus,  encontra  a  Sociedade  Bíblica,  lamen¬ 
tavelmente,  numa  fase  de  transição,  quando  passamos  a 
imprimir  a  Bíblia  revisada  no  Brasil,  cujos  preparativos, 
correções,  revisões  e  demais  ajustamentos  para  a  im¬ 
pressão  tomaram  mais  tempo  de  que  o  calculado.  E  assim 
é  que,  na  história  da  distribuição  bíblica  em  nossa  Pᬠ
tria,  nestes  últimos  20  anos,  não  tivemos  circulação  de 
Escrituras  tão  pequena,  quanto  a  que  se  está  verificando 
êste  ano,  principalmente  quando  lembramos  que  no  l.° 
triénio  de  existência  a  nossa  distribuição  foi  de  4.278.200 
exemplares  das  Escrituras  Sagradas,  no  2.°  triénio  4.131.662 
e  no  3.°  triénio  7.574.463,  num  total  de  15.984.325  de 
Escrituras  até  30/4/57.  É  justamente  no  momento  em  que 
o  interêsse  pela  palavra  Divina,  no  Brasil  é  cada  vez 
maior,  que  nos  vem  surpreender  uma  circulação  muito 
reduzida,  motivada,  como  já  dissemos,  pelos  trabalhos 
de  revisão,  e  pela  falta  de  variedade  de  tipos.  Estamos 
convencidos  de  que,  passado  êste  período,  a  que  chama¬ 
mos  de  crítico,  a  Sociedade,  no  campo  da  distribuição, 
passará  a  uma  nova  fase. 

Comissões  Locais  —  Mantivemos  durante  o  ano,  atra¬ 
vés  de  correspondência,  contacto  com  estas  Comissões, 
principalmente  pela  passagem  do  10.°  aniversário  da  So¬ 
ciedade. 

Departamento  Feminino  Auxiliar  —  Êste  Departamen¬ 
to,  iniciado  no  Rio  de  Janeiro  em  agosto  de  1955,  já  pro¬ 
vou  ser  um  grande  auxiliar  no  levantamento  de  fundos 
para  o  trabalho  da  Sociedade  Bíblica.  Atualmente  a  So¬ 
ciedade  conta  com  7  Departamentos  localizados  no  Dis¬ 
trito  Federal,  São  Paulo,  Pôrto  Alegre,  Niterói,  Curitiba, 
Salvador  e  Fortaleza.  De  agosto  de  55  a  maio  de  1957, 
o  Departamento  Feminino  Auxiliar  do  Distrito  Federal, 
arrolou  3.526  entre  novos  sócios  e  reformas  e  recebeu  a 
importância  de  Cr$  97.700,00.  No  mesmo  período,  o  de 
São  Paulo  arrolou  439  sócios,  e  o  de  Pôrto  Alegre  no  pri¬ 
meiro  trimestre  de  1957,  conseguiu  186  novos  sócios,  no 
2.°  trimestre  362  sócios  e  no  4. o  trimestre  234  sócios,  numa 
arrecadação  financeira  de  cêrca  de  Cr$  60.000,00,  num  to¬ 
tal  geral  de  4.164  sócios  com  a  importância  de  Cr$  128.458,00 
arrecadados. 

A  secretaria  mantém  correspondência  com  êsses  De¬ 
partamentos  cumprimentando-os,  encorajando-os  e  en¬ 
viando  material  de  propaganda. 

Propaganda  —  A  propaganda  da  Sociedade  como  as 
demais  atividades,  estão  em  função  do  volume  do  seu 
trabalho,  assim,  para  uma  despesa  de  propaganda  de 
Cr$  881.401,60  em  1955  e  de  Cr$  622.903,20  em  1956,  temos 
em  1957,  uma  despesa  de  Cr$  1.222.926,70,  incluindo-se  a 
revista,  a  propaganda  do  dia  da  Bíblia,  cartazes,  envelopes, 
etc.,  reuniões  e  concentrações,  sendo  que  mais  ou  menos 
um  têrço  destas  despesas  foram  de  viagens  dos  Secre¬ 
tários,  Regionais  e  Itinerante,  e  também  despesas  com  ex¬ 
posições,  impressão  de  formulários  de  sócios  e  folhetos. 

Êste  ano  a  Sociedade  está  experimentando  uma  pro¬ 
paganda  nos  bondes  do  Distrito  Federal  e  colocou  em  50 
dêstes  veículos  um  cartaz. 

A  maior  propaganda,  todavia,  é  aquela  que  não  tem 
sido  paga  pela  Sociedade,  referimo-nos  à  propaganda  da 
Bíblia  e  da  Sociedade  Bíblica  nos  jornais  evangélicos  e 
seculares.  No  ano  passado,  mais  do  que  em  qualquer  ou¬ 
tro  da  história  da  Sociedade  Bíblica  do  Brasil,  foi  tão 
elevado  o  número  de  jornais  evangélicos  e  seculares  que 
se  ocuparam  do  tema  —  A  Bíblia,  ou  a  Sociedade  Bí¬ 
blica,  que  nos  causou  admiração. 

Secretarias  Regionais  —  A  Comissão  Executiva  deci¬ 
diu  criar  mais  três  Secretarias  Regionais,  e  enviar  ao 
México  os  candidatos  a  êstes  cargos,  para  fazerem  o  curso 
de  treinamento  de  colportagem  no  Instituto  Penzotti.  Uma 
comissão  especial,  nomeada  pela  Executiva,  está  encarre¬ 
gada  de  selecionar  os  nomes  apontados.  Já  existem  qua¬ 


tro  nomes  a  serem  estudados  e  depois  de  receberem  a 
aprovação  da  Comissão  Especial,  serão  levados  à  Executiva, 
para  a  decisão  final. 

Dia  da  Bíblia  —  Vai  se  tornando  uma  das  datas  mᬠ
ximas  do  evangelismo  pátrio  e  grandes  concentrações  são 
levadas  a  efeito  tanto  no  Norte  como  no  Sul  do  Brasil.  As 
duas  maiores  concentrações  do  Dia  da  Bíblia  do  ano  pas¬ 
sado  que  tivemos  notícias,  foram,  em  São  Paulo  e  em 
Recife.  Disseram-nos  que  em  São  Paulo,  na  praça  do  Pa¬ 
triarca,  a  assistência  era  de  umas  10.000  pessoas,  e  em 
Recife,  na  praça  Dantas  Barreto,  calculamos  em  5.000 
pessoas. 

Secretário  de  Colportagem  —  Enviado  ao  México,  no 
ano  passado,  o  Rev.  Luiz  Antônio  Giraldi,  para  fazer  o 
curso  de  colportagem  no  Instituto  Penzotti,  deverá  che¬ 
gar  ao  Brasil  por  êstes  dias.  Depois  de  instalar  o  seu 
centro  de  trabalho  na  cidade  de  São  Paulo,  segundo  apro¬ 
vação  da  Comissão  Executiva  o  Rev.  Giraldi,  dará  início 
às  suas  atividades  de  Secretário  de  colportagem  da  So¬ 
ciedade  Bíblica  do  Brasil.  Cremos  que  será  uma  grande 
bênção  para  as  igrejas  evangélicas  nas  suas  campanhas  de 
distribuição  das  Escrituras  Sagradas,  bem  como  na  orien¬ 
tação  dos  futuros  pastores,  quanto  ao  modo  mais  pro¬ 
veitoso  de  se  distribuir  a  Palavra  de  Deus.  Será  uma  opor¬ 
tunidade  para  o  evangelismo  pátrio,  dar  novo  sentido  ao 
trabalho  de  colportagem,  aproveitando  melhor  os  volumes 
distribuidos  na  propaganda  do  Evangelho. 

Aproveitamos  a  oportunidade  para  pedir  a  esta  ilus¬ 
tre  Diretoria,  todo  o  apôio  ao  Rev.  Luiz  Antônio  Giraldi, 
a  fim  de  que  o  seu  trabalho  sirva  de  marco  inicial  ao 
novo  modo  de  encarar  a  distribuição  das  Escrituras  Sa¬ 
gradas  em  nossa  Pátria.  Tomamos  a  liberdade  de  suge¬ 
rir  que  a  Diretoria,  envie  ao  Instituto  Penzotti,  e  ao  seu 
diretor,  o  Rev.  Samuel  Nelson  e  também  à  Sociedade  Bí¬ 
blica  Americana,  os  agradecimentos  profundos  desta  So¬ 
ciedade,  por  ter  possibilitado  melhor  preparo  a  um  dos 
nossos  Secretários. 

Contribuintes  —  Em  data  de  13/5  dêste  ano,  recebe¬ 
mos  de  um  dos  encarregados  dêste  Departamento,  que 
está  sob  a  direção  geral  do  Sr.  C.  H.  Morris,  informação 
de  que  a  Sociedade  desde  a  sua  fundação  em  1948,  já 
tinha  arrolado  63.600  contribuintes,  dos  quais  51.821  já 
reformaram  mais  de  uma  vez  as  suas  contribuições.  Ha¬ 
vendo  muitos  que  contribuem  regularmente  desde  1948.  A 
Sociedade  conta  com  48  sócios  vitalícios,  isto  é,  sócios  que 
contribuem  de  uma  vez  ou  parceladamente  com  a  quan¬ 
tia  de  Cr$  10.000,00. 

Temos  a  informar  ainda,  que  mantemos  uma  campanha 
permanente  de  endereços,  que  consiste  em  enviar  apê- 
lo  a  pessoas  estranhas  para  que  se  tornem  sócios  da 
Sociedade,  cujos  nomes  e  endereços  nos  são  fornecidos 
pelos  contribuintes,  também  a  nosso  pedido.  Esta  é  uma 
campanha  permanente  e  que  está  dando  ótimos  resul¬ 
tados. 

Cooperação  —  Como  em  anos  anteriores  recebemos  a 
cooperação  indispensável  e  cordial  das  sociedades  coope¬ 
rantes,  Sociedade  Bíblica  Americana  e  Sociedade  Bíblica 
Britânica  e  Estrangeira.  Em  têrmos  financeiros  elas  re¬ 
presentam  a  cobertura  de  mais  de  80%  das  nossas  des¬ 
pesas  totais.  Em  têrmos  pessoais  é  esta  cooperação  feita 
através  de  nossos  irmãos  Sr.  C.  H.  Morris  com  mais  de  28 
anos  de  trabalho  na  distribuição  da  Palavra  de  Deus  no 
Brasil  e  do  Dr.  Oliver  K.  K.  Nelson  que  há  cêrca  de  ano 
e  meio  em  nossa  pátria,  tem  cooperado  em  dar  a  Bíblia 
ao  Brasil. 

Finalmente  —  Êste  relatório  é  uma  “vista  de  pássa¬ 
ro”  sôbre  o  trabalho  feito  por  muitos  e,  pouco  foi  dito  do 
quanto  a  Sociedade  deve  ao  Presidente  de  Honra  e  ao 
Presidente  em  exercício,  Vice-Presidentes  Honorários  e  aos 
em  exercícios,  Diretores,  Sócios,  Sociedades  e  Secretários- 
-cooperantes  e  funcionários.  É  dêles  êste  relatório.  E  a 
Deus,  nosso  bondoso  Pai,  a  nossa  profunda  gratidão  pela 


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bênção  extraordinária  que  nos  concedeu  de  contar,  sin¬ 
gela  e  descoloridamente,  o  que  muitos  fizeram  com  en¬ 
tusiasmo  e  fé,  por  êste  alvo  de  Dar  a  Bíblia  à  Pátria. 


Secretário  Cooperante  -  Sr.  C.  H.  Morris  —  Distri¬ 
buição  e  Finanças  —  Nêste  mês  de  junho,  enquanto  co¬ 
memoramos  o  décimo  aniversário  da  Sociedade  é  sequên¬ 
cia  natural  que  contemplemos  algo  do  caminho  pelo  qual 
passamos,  do  trabalho  que  temos  realizado,  e  de  até  onde 
temos  progredido  em  busca  do  nosso  alvo  de  “Dar  a 
Bíblia  à  Pátria”,  e,  ao  mesmo  tempo  compreender  o  pouco 
que  temos  alcançado  em  comparação  com  o  muito  que 
nos  resta  a  fazer.  Ao  nos  recordarmos  do  que  esta  Socie¬ 
dade  tem  alcançado  do  seu  objetivo  desde  a  sua  orga¬ 
nização,  tomamos  novo  ânimo  para  enfrentar  no  futuro  a 
vasta  tarefa  que  nos  está  proposta,  como  também  re¬ 
ceber  incentivo  novo,  sagrado,  para  vencermos  nas  difi¬ 
culdades  do  presente. 

Êstes  gráficos  foram  preparados  com  vistas  a  infor¬ 
mar  aos  prezados  Diretores,  num  relance,  do  trabalho 
realizado  na  distribuição  das  Escrituras  Sagradas;  do  au¬ 
mento  ano  após  ano  do  custo  da  obra  em  que  estamos 
empenhados;  como  também  da  cooperação  financeira,  cada 
vez  maior  do  evangelismo  brasileiro. 

Distribuição  —  Êste  relatório  ocupa-se  especificamen¬ 
te  com  o  movimento  do  ano  financeiro  de  1957,  isto  é,  dos 
12  meses  de  novembro  de  1956  a  outubro  de  1957  inclu¬ 
sive.  Neste  período  a  distribuição  das  Escrituras  no  ter¬ 
ritório  nacional  foi  de:  154.803  Bíblias,  62.085  Novos  Tes¬ 
tamentos,  1.429.287  Porções,  no  total  de  1.646.175,  no 
valor,  segundo  o  catálogo,  de  Cr$  11.804.515,60. 

Esta  distribuição  de  Escrituras  é  pouco  mais  de  50% 
do  volume  do  trabalho  realizado  no  ano  anterior,  o  ano 
récorde  de  1956.  O  ano  récorde  também  na  distribuição 
de  Bíblias  completas  foi  1956,  com  191.515  volumes.  Em 
1951  foi  vendido  o  número  récorde  de  Novos  Testamen¬ 
tos,  sendo  118.894  volumes,  e  em  1956  a  maior  quan¬ 
tidade  de  Porções  distribuidas,  sendo  a  grande  maioria 
Evangelhos,  no  total  de  2.911.754  volumes.  Portanto,  em 
1956  conseguimos  a  maior  distribuição,  isto  é,  de  Bíblias, 
Novos  Testamentos  e  Porções,  num  total  de  3.213.739 
volumes. 

Durante  o  ano  passado  a  distribuição  das  Escritu¬ 
ras  foi  conseguida  da  seguinte  maneira: 

Por  meio  de  Livrarias  398.729  volumes,  no  valor  se¬ 
gundo  catálogo  de  Cr$  6.364.990,40,  sôbre  os  quais  cede¬ 
mos  descontos  de  Cr$  1.749.616,60.  Por  meio  de  colporta- 
gem  869.130  volumes,  no  valor  segundo  catálogo  de  Cr$ 
2.656.552,50,  sôbre  os  quais  cedemos  descontos  de  Cr$ 
1.001.094,10.  Pelo  sistema  de  simples  revendagem  376.808 
volumes  no  valor  de  Cr$  2.704.599,20,  sôbre  os  quais  ce¬ 
demos  descontos  de  Cr$  449.698,40. 

Embora  a  distribuição  de  1957  tenha  sido  somente 
pouco  mais  de  50%  do  resultado  do  trabalho  do  ano  an¬ 
terior,  o  valor  dos  volumes  foi  maior. 

Presentemente,  a  Sociedade  está  passando  por  um  pe¬ 
ríodo  de  transição,  não  estamos  recebendo  mais  do  es¬ 
trangeiro  Bíblias  em  português,  e  os  nossos  estoques  de 
tais  edições,  estão  para  todos  os  efeitos,  esgotados,  menos 
o  restinho  de  volumes  que  reservamos  para  venda  no 
nosso  próprio  balcão  aqui,  no  Edifício  da  Bíblia.  Se  ti¬ 
véssemos  em  estoque  poderiamos  vender  milhares,  e  mais 
milhares,  das  Bíblias  pequenas  de  Almeida,  com  refe¬ 
rências.  Além  dêste  fato,  é  necessário  declarar  que  até 
o  presente  a  Sociedade  publicou  no  Brasil,  somente  Bí¬ 
blias  sem  referências,  que  nunca  são  tão  procuradas  como 
as  edições  com  referências.  Também  a  Bíblia  Revisada 
ainda  não  está  pronta.  Já  por  alguns  anos  há  menor 
procura  do  Novo  Testamento  do  que  antigamente,  e  além 
disto,  há  bastante  tempo  não  tínhamos  Testamentos  com 
Salmos. 

Quanto  a  Evangelhos,  a  Sociedade  sentiu-se  obrigada 
a  aumentar  o  preço  de  venda  e  ao  mesmo  tempo  dimi¬ 
nuir  os  descontos,  e  a  procura  dêstes  livrinhos  última- 
mente  tem  sido  menor.  Em  vista  destas  circunstâncias, 
o  volume  do  nosso  trabalho  na  época  presente  está  bas¬ 
tante  reduzido  em  comparação  com  o  que  tem  sido  atra¬ 
vés  dos  anos. 


Mas,  mesmo  assim,  tomando  isso  em  consideração,  no 
período  de  9  anos  e  11  meses  distribuímos  1.237.732  Bí¬ 
blias,  832.326  Testamentos,  15.081.034  Porções,  num  total 
de  17.151.092,  no  valor,  segundo  o  catálogo  de  Cr$ 
53.307.497,20. 

Temos  enviado  milhares  de  volumes  em  português 
para  o  estrangeiro,  Portugal,  África  Portuguêsa,  Estados 
Unidos  e  Inglaterra  —  porém,  tais  livros  não  fazem  parte 
da  distribuição  da  Sociedade  Bíblica  do  Brasil,  mas  da 
distribuição  das  Sociedades  às  quais  foram  vendidas. 

Na  recente  Feira  do  Livro  vendemos  Escrituras  em  24 
Línguas  diferentes  —  1.359  Bíblias,  405  Testamentos  e 
1.737  Porções,  no  valor  total  de  Cr$  113.230,00. 

Finanças  —  Agora  passamos  a  considerar  o  movi¬ 
mento  financeiro  da  Sociedade.  Como  nos  anos  anterio¬ 
res,  todos  os  nossos  livros  de  contabilidade  foram  rigo¬ 
rosamente  examinados  pelos  peritos  contadores,  Price,  Wa- 
terhouse,  Peat  &  Co.,  de  renome  mundial,  e  o  relatório 
completo  dêstes  auditores  está  sôbre  a  mesa  para  veri¬ 
ficação  e  consulta  dos  Diretores.  Estas  contas  do  ano  fi¬ 
nanceiro  de  1957  foram  apresentadas  à  Comissão  de  Fi¬ 
nanças  em  sua  reunião  no  dia  11  de  março,  e  por  reco¬ 
mendação  desta,  aprovadas  pela  Comissão  Executiva  no  dia 
31  de  março  do  corrente  ano. 

A  receita  durante  o  ano  foi  de  Cr$  13.748.884,40  in¬ 
cluindo  o  valor  segundo  o  catálogo  das  Escrituras  ven¬ 
didas,  num  total  de  Cr$  11.804.515,60.  A  receita  orçada 
foi  de  Cr$  16.055.000,00. 

Em  contribuições  e  anuidades  recebemos  do  evan¬ 
gelismo  brasileiro,  e  de  outros,  o  total  de  Cr$  1.823.025,50, 
o  que  constitue  novo  récorde.  Ao  mesmo  tempo  podem 
yer  que  no  período  desde  a  organização  da  Sociedade  até 
o  dia  30  de  abril  p.p.  foi  recebida  em  contribuições  e 
anuidades,  a  importância  de  Cr$  9.849.460,30. 

No  primeiro  semestre  do  corrente  ano  recebemos  Cr$ 
1.730.658,50,  e  visto  que  no  mês  de  maio  as  contribui¬ 
ções  e  anuidades  somavam  mais  de  Cr$  180.000,00  é  logo 
aparente  que  em  sete  meses  ultrapassamos  o  total  rece¬ 
bido  em  1957. 

Quanto  às  despesas  do  ano  passado  somaram  a  Cr$ 
18.080.275,60.  O  déficit  do  ano  era  de  Cr$  4.331.391,20  o 
que  foi  coberto  pelas  Sociedades  Cooperantes. 

Os  descontos  cedidos  em  1949  através  das  3  catego¬ 
rias,  colportagem  simples  revendagem  e  livrarias,  foram 
de  Cr$  673.698,40,  mas  em  1957  atingiram  o  total  de  Cr$ 
3.200.409,10. 

A  receita  total  por  contribuições  e  anuidades,  no  pe¬ 
ríodo  de  9  anos  e  11  meses,  foi  de  Cr$  9.849.460,30,  mas  no 
mesmo  período,  através  das  três  categorias  já  referidas,  a 
Sociedade  cedeu  descontos  no  valor  de  Cr$  16.089.920,10. 
Isto  quer  dizer  que,  às  igrejas,  aos  obreiros  em  serviço 
de  colportagem  e  às  livrarias,  a  Sociedade  devolveu,  somente 
em  descontos,  60  %  mais  do  que  o  total  recebido  no 
Brasil  para  desenvolver  a  obra. 

O  total  das  contas  a  Receber  em  31  de  outubro  do 
ano  passado  era  de  Cr$  4.186.486,00,  mas  foi  reduzido  para 
Cr$  3.345.186,50,  em  30  de  abril  p.p. 

O  orçamento  para  1959  foi  aprovado  pela  Comissão 
Executiva  em  reunião  especial  no  dia  15  de  abril. 

Terminando,  espero,  que  as  muitas  cifras  citadas  não 
tenham  sido  enfadonhas,  e  que  o  que  tive  o  privilégio  de 
dizer,  e  a  mensagem  dos  gráficos  apresentados,  que  por 
si  só  me  parecem  eloqüentes,  possam  contribuir  para  tor¬ 
nar  a  Palavra  Divina  mais  conhecida  em  todo  o  terri¬ 
tório  nacional. 


Secretário-cooperante  -  Dr.  Oliver  K.  K.  Nelson  — 

Produção 

Publicação  no  Brasil  —  Desde  a  sua  organização,  a  So¬ 
ciedade  Bíblica  do  Brasil  publicou  as  seguintes  Escrituras: 
388.302  Bíblias;  513.424  Testamentos;  11.340.202  Porções, 
perfazendo  um  total  de  12.241.928  volumes  no  valor  to¬ 
tal  de  Cr$  22.083.840,20. 

Nêsse  mesmo  período  também  houve  importação  de 
Escrituras,  a  maior  parte  da  Inglaterra  e  também  dos 
Estados  Unidos,  por  meio  das  Sociedades  Bíblicas,  Bri¬ 
tânica  e  Americana.  Algumas  foram  importadas  de  ou- 


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tros  países.  Atingiu  os  seguintes  números:  Bíblias  ... 
1.099.447;  Testamentos  448.086  e  Porções  6.167.554,  no  valor 
de  Cr$  38.705.197,80. 

A  publicação  das  Escrituras  tem  sido  feita  de  vᬠ
rias  formas.  Em  São  Paulo  a  Sociedade  usou  as  se¬ 
guintes  Casas  Publicadoras:  W.  M.  Jackson  &  Sons;  Reis, 
Cardoso  Botelho,  &  Cia.;  Imprensa  Metodista;  IMPRES 
(Companhia  Brasileira  de  Impressão  e  Propaganda) ,  Impren¬ 
sa  Independente  Editora,  e  as  seguintes  firmas  no  Rio  de 
Janeiro:  Editora  Dois  Irmãos,  Imprensa  Bíblica  Brasi¬ 
leira,  Gráfica  Betei  e  O  Mundo  —  Gráfica  Editora  Ltda. 

Ao  ensejo,  os  preços  são  coletados  de  várias  firmas 
e  quando  a  publicação  das  Escrituras  está  planejada, 
abre-se  concorrência  entre  as  várias  firmas  que  apre¬ 
sentam  os  seus  preços.  Bíblias  e  Novos  Testamentos 
são  publicados  em  papel  importado  da  Europa.  A  Socie¬ 
dade  tem  uma  cota  para  importação  de  papel.  Até 
agora,  produzimos  sòmente  edições  populares  de  Bíblias, 
com  exceção  de  algumas  em  couro,  impressas  em  São 
Paulo  e  encadernadas  pela  Imprensa  Bíblica  Brasileira. 

Os  Novos  Testamentos  também  têm  sido  de  edição  po¬ 
pular,  alguns  em  brochura  e  outros  encadernados  com 
capa  dura.  Êstes  últimos  impressos  na  Imprensa  Bíblica 
Brasileira. 

Porções  publicadas  pela  Sociedade  Bíblica  do  Brasil: 
os  4  Evangelhos  em  tamanho  pequeno,  separados;  Evan¬ 
gelho  Ilustrado  —  Marcos  e  João  e  os  Atos  dos  Após¬ 
tolos,  Evangelho  de  João,  com  tipo  de  letra  graú¬ 
da,  para  recém-alfabetizados;  A  História  do  Natal;  O 
Sermão  do  Monte;  Epístolas  de  Paulo;  A  Bíblia  Falada  — 
Discos  em  série  de  5,  selecionados  do  Velho  e  Novo  Tes¬ 
tamentos. 

Escrituras  para  Cegos  —  A  Sociedade  Bíblica  do  Bra¬ 
sil,  não  poderia  deixar  de  lado  as  publicações  em  Braille. 
Assim,  por  meio  da  Sociedade  Bíblica  Americana,  já  pu¬ 
blicou  o  Novo  Testamento  e  Salmos  em  Braille  português 
que  são  grandemente  procurados  por  cegos,  aqui  no  Bra¬ 
sil.  Houve  certa  dificuldade  com  a  Alfândega  na  che¬ 
gada  de  alguns  volumes,  hoje  porém,  chegam  quase  que 
diariamente,  volumes  e  mais  volumes  dessas  Escrituras, 
que  são  vendidos  por  preço  abaixo  do  custo.  A  diferença 
é  coberta  pela  Sociedade  Bíblica  Americana,  que  ainda 
ofereceu  por  meio  de  nossa  Sociedade,  ao  Instituto  dos 
Cegos,  “A  Bíblia  Falada”  em  inglês,  em  discos  (“The 
Talking  Book”). 

A  Revisão  da  Versão  de  Almeida  —  Para  dar  a  Bíblia 
à  Pátria,  deve  ser  de  forma  que  o  povo  possa  entender. 
Uma  das  mais  importantes  tarefas  da  Sociedade  Bíblica 
do  Brasil  tem  sido  a  Revisão  da  Versão  da  Bíblia  de 
Almeida.  Era  uma  necessidade  sentida  por  muitos,  espe¬ 
cialmente  desde  que  a  reforma  da  ortografia  foi  oficia¬ 
lizada.  Após  estudos  e  pesquisas  entre  evangélicos  bra¬ 
sileiros  e  muita  oração  e  consideração,  foi  determinado 
fazer-se  a  revisão  da  Versão  de  Almeida,  a  fim  de  pro¬ 
ver  a  Bíblia  ao  Brasil,  de  forma  autêntica,  porém  em 
linguagem  atualizada. 

Num  período  de  12  anos,  êste  árduo  trabalho  foi 
feito  com  assiduidade  e  dedicação.  Há  três  anos  publi- 
cou-se  o  Novo  Testamento  revisado,  sendo  recebido  en- 
tusiàsticamente  pelos  evangélicos  em  geral. 

Foi  completado  o  Velho  Testamento  e  sua  publicação 
já  está  em  andamento.  O  Rev.  Antônio  de  Campos  Gon¬ 
çalves  e  Dr.  Paul  W.  Schelp,  Secretários  da  Comissão  de 
Revisão,  supervisionaram  a  composição  final,  a  fim  de 
garantirem  o  êxito  perfeito  desta  obra.  Esperamos  tê-la 
pronta  para  distribuição,  até  o  fim  do  ano.  Esta  ver¬ 
são  será  verdadeiramente,  uma  versão  brasileira,  no  que 
diz  respeito  à  língua  portuguêsa.  Os  estrangeiros  inte¬ 
grantes  da  Comissão,  tiveram  suas  atividades  limitadas 
no  que  se  refere  ao  conhecimento  especializado  do  grego 
e  hebraico. 

A  Comissão  de  Revisão  também  foi  escrupulosa  no 
estudo  dos  assuntos  a  revisar.  No  estudo  do  texto  de 
Almeida,  reportaram-se  às  outras  20  traduções  da  Bí¬ 
blia,  comparando-as  com  os  textos  originais  em  grego  e 
hebraico.  A  impressão  da  nova  Versão,  está  confiada  à 
IMPRES,  em  São  Paulo.  Há  três  grupos  independentes  de 
leitores,  dois  em  cada  grupo,  e  já  leram  as  provas  pre¬ 


liminares.  A  prova  final  foi  lida  pelo  Rev.  Oswaldo  da 
Silva  que  foi  designado  pela  Sociedade  Bíblica  do  Brasil. 
Esta  leitura  entretanto,  foi  só  tipográfica.  Tudo  o  que 
se  refere  ao  texto,  foi  determinado  pela  Comissão  Re¬ 
visora. 

A  nova  versão  da  Bíblia,  será  publicada  primeira¬ 
mente  em  edição  popular  numa  tiragem  de  80.000  exem¬ 
plares,  de  capa  preta  e  40.000  com  capas  de  várias  côres. 
10.000  terão  a  Concordância  que  está  sendo  preparada 
especialmente  para  esta  edição. 

Planos  de  produção  de  Escrituras  para  o  futuro  — 
A  produção  de  Escrituras  nos  últimos  2  anos,  foi  sustada, 
aguardando-se  o  lançamento  da  versão  revisada.  A  Co¬ 
missão  Executiva  determinou  que  tôda  Escritura  produ¬ 
zida  pela  Sociedade  Bíblica  do  Brasil,  de  agora  por  diante, 
seja  na  nova  versão.  Em  conseqüência,  nossos  estoques 
dos  diversos  tipos  de  Escrituras  estão  esgotados,  e  há 
planos,  para  que  outros  tipos  sejam  publicados. 

A  Comissão  de  Produção  da  Sociedade  Bíblica  do  Bra¬ 
sil  estuda  o  problema  da  apresentação  em  variadas  for¬ 
mas,  ainda  que  não  seja  necessário  um  grande  número. 
Há  sempre  procura  das  edições  de  luxo,  em  tamanho 
pequeno,  Testamentos  com  Salmos,  Bíblias  e  Testamen¬ 
tos  com  capa  de  couro  especial,  de  vaqueta,  em  dife¬ 
rentes  côres.  Planeja-se  o  lançamento  da  chamada  Bíblia 
de  Púlpito,  usada  nas  Igrejas  e  em  muitos  lares.  Todos 
êstes  assuntos  estão  sendo  estudados  e  planejados,  e 
dependerão  do  montante  das  finanças  arrecadadas.  Pla¬ 
neja-se  também  uma  nova  edição  da  Bíblia  Falada,  em 
discos. 

Jamais  o  mundo  teve  número  suficiente  de  Bíblias. 
Para  que  o  Brasil  tenha  um  suprimento  eficiente,  é  ne¬ 
cessário  que  os  cristãos,  tanto  individualmente,  como 
igrejas  organizadas,  sejam  despertadas  para  um  senso 
de  responsabilidade  de  “Dar  a  Bíblia  à  Pátria.” 

A  Sociedade  Bíblica  do  Brasil  não  é  uma  Sociedade 
separada  das  Igrejas,  mas  é  parte  integrante  da  Comu¬ 
nidade  cristã.  Pertence  às  Igrejas  e  não  pode  existir 
sem  elas.  Solicitamos  orações  e  ofertas  sacrificiais  àque¬ 
les  que  estão  interessados  na  difusão  do  Evangelho  de 
Nosso  Senhor  Jesus  Cristo,  no  Brasil. 


ESTA  É  A  SUA  VIDA 

(CONCLUSÃO  DA  PÁGINA  7) 

da  ordem  do  Dia,  exaltando  as  suas  qualidades  de 
funcionário  zeloso  e  exemplar.  Estavam  presentes  os 
pastores  Manoel  Bento  e  Alberto  Araújo,  o  côro  de 
crianças  da  Igreja  Batista  de  Neves  que  entoou  ma¬ 
gistralmente  o  hino  “Vinde  meninos,  vinde  a  Jesus”. 
A  Exma.  Sra.  Sara  Lemos  Kubitschek  enviou  uma 
mensagem  que  foi  lida,  fazendo-lhe  entrega  de  uma 
casa.  Inúmeros  alunos  da  Escola  Rodrigues  Alves, 
também  estiveram  presentes  com  as  professoras. 

Terminando,  queremos  fazer  justiça  às  palavras 
do  grande  locutor  Carlos  Frias,  que  entrevistando 
o  referido  irmão  disse;  —  Guarda  Pedro,  temos  co¬ 
nhecimento  que  o  senhor,  não  anda  armado  e  quando 
seu  chefe  recomenda  que  se  muna  de  arma,  o  senhor 
pede-lhe  que  o  dispense.  É  verdade? 

—  Sim,  respondeu.  Por  que  guarda  Pedro?  Ao 
que  êle  respondeu:  eu  já  tenho  uma  arma  da  qual 
nunca  me  separo. 

Que  arma  é  essa?  O  irmão  Pedro  tira  do  bôlso 
um  exemplar  das  Sagradas  Escrituras  e  mostra  aos 
telespectadores,  dizendo;  a  Bíblia,  que  é  a  Palavra 
de  Deus. 

E,  finalmente,  transcrevemos  do  Diário  da  Noite, 
as  palavras  com  que  o  locutor  encerrou  a  homenagem: 

“Aí  estão,  Guarda  Pedro,  as  suas  crianças,  cujas 
vidas  você  protege.  Na  adolescência  você  aprendeu 
a  ser  Babá;  como  soldado  você  aprendeu  a  ser  o  bom 
dragão  dos  contos  infantis  que  protege  as  crianças 
contra  a  maldade  dos  homens;  como  homem  de  fé, 
você  aprendeu  no  livro  de  todos  os  ensinamentos, 
aquela  palavra  de  amor:  “Deixai  vir  a  mim  os  peque¬ 
ninos.  . .  Guarda  Pedro  Frederico  Soares,  anjo  da 
guarda  n.°  1057,  anjo  negro  da  Escola  Rodrigues  Al¬ 
ves,  esta  é  a  sua  vida.” 

(Extraído  de  um  artigo  do  Dr.  Eliezer  C. 
de  Oliveira,  publicado  no  Jornal  Batista) 


14 


O  CANON  SAGRADO 

OOOCOOCOGOOGCOSeOSOOSOOCCCOOeOOGGCCCOOSCOOeOGOGOGOOOSOGOOOGOSOQOOSOOGO* 

(CONCLUSÃO) 


O  Senhor  Jesus  não  os  incluiu  nas  suas  cita¬ 
ções  das  Antigas  Escrituras,  pois,  lemos  em  S.  Lu¬ 
cas  24:44:  “São  estas  as  palavras  que  vos  disse 
estando  ainda  convosco:  Que  convinha  que  se 
cumprisse  tudo  que  de  mim  estava  escrito  na  lei 
de  Moisés,  e  nos  profetas  e  nos  Salmos”.  Justa- 
mente  fazendo  tríplice  divisão  do  Antigo  Testa¬ 
mento  adotada  pelos  judeus,  sem  a  inclusão  de 
apócrifos. 

Nos  acanhados  limites  desta  despretensiosa 
palestra,  sem  pompas  de  erudição,  sem  lugar  para 
uma  documentação  minuciosa,  apresentaremos, 
todavia,  mesmo  em  síntese,  um  perfuntório  exame 
dos  livros  apócrifos  para  que  os  leitores  notem, 
sem  esforço  mental,  quanto  se  afastam  da  linha 
dos  livros  inspirados,  por  apresentarem  um  as¬ 
pecto  totalmente  estranho  aos  canônicos. 

Por  exemplo,  no  Eclesiástico,  denominado 
Livro  da  Sabedoria,  não  o  Eclesiastes  de  Salo¬ 
mão,  livro  canônico,  lê-se:  “Eu  vos  exorto,  etc., 
etc.,  a  que  me  perdoeis  naqueles  lugares  em 
que  seguindo  a  imagem  da  sabedoria  parece  que 
desfalecemos  na  contextura  das  palavras”.  O 
Espírito  Santo  pedindo  perdão  por  possíveis  erros 
cometidos?  Um  tal  livro  não  pode  ser  inspirado. 

Os  livros  dos  Macabeus,  escritos  originalmen¬ 
te  no  hebraico,  mas,  logo  traduzidos  para  o  gre¬ 
go,  cuja  versão  é  a  única  conhecida,  além  de 
conter  erros  de  geografia  e  história,  apresenta  a 
seguinte  desculpa:  “Se  a  minha  narrativa  está 
bem  organizada  e  convém  à  história,  isso  é  tam¬ 
bém  o  que  desejo,  mas,  se  pelo  contrário,  foi  com 
menos  dignidade  deve-se-me  perdoar”.  O  Espírito 
Santo  pede  perdão  por  se  haver  portado  com  me¬ 
nos  dignidade?  E  neles  ainda  se  louva  Razias, 
nobre  judeu,  que,  para  não  ser  prêso  por  seu  ini¬ 
migo,  rasga,  como  Catão,  as  próprias  entranhas  e, 
arrancando-as,  lança-se  sôbre  o  povo  e  morre. 
Dêle  diz  o  escritor:  “escolhendo  antes  morrer  no¬ 
bremente  do  que  ver-se  sujeito  a  pecadores”.  O 
Espírito  Santo  louvando  o  suicídio? 

Os  livros  de  Tobias  e  Judite  estão  repletos 
de  erros  geográficos,  cronologia  e  história.  O 
de  Tobias  revela  a  influência  danosa  de  supersti¬ 
ções  persas  na  abundância  de  visões  de  anjos. 
Nêle  se  narra  que  o  anjo  Rafael  induziu  Tobias 
a  mentir  e  que  um  espírito  mau  se  apaixonou 
de  tal  modo  de  uma  mulher  que,  enciumado, 
mata  os  que  com  ela  se  casam.  Mas,  o  coração 
e  o  fígado  fumegantes  do  peixe,  afastam  o  de¬ 
mônio  tanto  do  homem  como  da  mulher.  Que 
incidência  de  crendices  assimiladas  do  paganis¬ 
mo!  Como  destoa  dos  livros  canônicos  na  sobrie¬ 
dade  de  suas  narrativas!  No  de  Judite  se  esta¬ 
belece  o  princípio  imoral  de  que  os  fins  justi¬ 
ficam  os  meios  na  utilização  da  falsa  história 
que  ela  conta  a  Holofernes  e  de  seus  encantos 


Josibias  Fialho  Marinho 


pesoais  para  alcançar  o  que  deseja,  mesmo  à 
custa  do  embuste  e  do  crime.  Nele  ainda  se 
louva  o  crime  de  Simeão,  condenado  no  cap.  49 
e  v.  5  do  Gênesis. 

Quanto  ao  acréscimo  feito  ao  livro  canônico 
de  Ester,  contém  justamente  aquilo  que  alguém 
entendeu  faltava  nele,  a  palavra  DEUS.  Entre¬ 
tanto,  os  críticos  mais  abalizados  afirmam  que 
não  há  livro  na  Bíblia  em  que  a  providência  de 
Deus  na  história  seja  mais  claramente  ensinada. 
Essa  parte  S.  Jerônimo  colocou  no  fim  do  livro  de 
Ester,  por  considerá-la  apócrifa,  uma  vez  que  foi 
escrita  no  grego  e  não  foi  incluída  no  cânon 
judaico.  Daí  por  que  só  encontrada  na  versão 
grega  e  na  Vetus  Latina. 

Os  acréscimos  a  Daniel  apresentam  três  fᬠ
bulas,  no  dizer  de  Jerônimo:  a  oração  dos  3  mo¬ 
ços  na  fornalha  de  fogo  ardente,  sem  apoio  em 
a  narrativa  genuína;  a  história  de  Susana,  im¬ 
própria  e  inverossímil,  contendo  um  trocadilho 
que  prova  haver  sido  escrita  no  grego,  e  a  lenda 
de  Bei  e  o  Dragão  não  só  absurda  como  ridícula. 

Portanto,  caros  leitores,  as  sociedades  Bíbli¬ 
cas  não  divulgam  Bíblias  falsas.  Elas  não  exis¬ 
tem.  Há,  apenas,  edições  que  incluem  os  apó¬ 
crifos  que  o  próprio  Antônio  Pereira  de  Figuei¬ 
redo,  tradutor  da  vulgata,  reconhece  como  infe¬ 
riores,  pois,  a  êles  assim  se  refere  na  Prefação 
Geral,  na  Parte  I,  cap.  I,  pág.  2:  “A  diversidade, 
porém,  e  discrepância  que  se  observa  entre  os 
primeiros  e  segundos  catálogos  sôbre  o  número 
dos  livros  sagrados,  deu  ocasião  aos  teólogos  es¬ 
criturários  para  dividirem  os  mesmos  livros  em 
duas  classes:  Uma  protocanônicos  que  quer  dizer 
canônicos  de  primeira  ordem;  outra  deuteroca- 
nônicos,  que  quer  dizer  canônicos  de  segunda 
ordem”. 

E  é  a  Bíblia  Sagrada,  traduzida  do  original, 
que  as  Sociedades  Bíblicas  oferecem  ao  povo  bra¬ 
sileiro.  É  esta  Bíblia  que  queremos  dar  à  Pátria. 
É  ela  que  ensina  o  Caminho  da  Felicidade,  não 
da  Felicidade  relativa  porque  objetiva,  mas,  a 
felicidade  absoluta  porque  subjetiva  —  no  tempo 
e  na  eternidade. 

É  esta  Bíblia  a  Revelação  Divina  aos  ho¬ 
mens,  a  sua  mensagem  de  amor  e  de  perdão,  o 
seu  convite  ao  arrependimento  e  à  fé  em  Cristo, 
êsse  Cristo  que  deixou  a  sua  glória,  desceu  a 
êste  vale  de  lágrimas  para  substituir  o  pecador 
no  cumprimento  da  lei  divina  que  êle  não  po¬ 
dia  cumprir,  na  satisfação  da  integérrima  jus¬ 
tiça  de  Deus,  pelo  sacrifício  na  cruz,  cujo  valor 
infinito  assegurou  pela  sua  ressurreição  ao  ter¬ 
ceiro  dia. 

Nesta  Bíblia,  portanto,  revela  claramente 
o  único  meio  de  salvação,  o  único  caminho  para 
a  vida  eterna  —  CRISTO! 


15 


Q  BÍBLIA  EM  1.127  LÍNGUAS! 


Até  dezembro  de  1957,  era  o  seguinte 
o  número  de  línguas  em  que  a  Bíblia,  no 
todo  ou  em  parte,  já  foi  publicada: 
Línguas  em  que  a  Bíblia  completa 

foi  publicada .  215 

Línguas  em  que  o  Novo  Testamento 

completo  já  foi  publicado  ....  270 

Línguas  em  que  pelo  menos  um 
Evangelho  ou  outro  livro  com- 
leto  já  foi  publicado  .  642 


Total  de  línguas  em  que  alguma 
parte  da  Bíblia  já  foi  publi¬ 
cada  .  1 . 127 


Brrníl 

(ÓRGÃO  DA  SOCIEDADE  BÍBLICA  DO  BRASIL) 

Pela  maior  divulgação  das  Sagradas  Escrituras 
Redator  Responsável 
REY.  EWALDO  ALVES 

Redação 

EDIFÍCIO  DA  BÍBLIA 

RUA  BUENOS  AIRES,  135  —  3.®  ANDAR 
Caixa  Postal,  73  ou  454 
End.  Telegráfico:  Escrituras 
RIO  DE  JANEIRO 

Vol.  XII  -  Julho,  Agosto  e  Setembro  de  1958  -  N.°  41 
Assinatura  anual  . Cr$  50,00 


Secretaria  Regional  do  Recife 
Rev.  José  Viana  de  Paiva,  Secretário  Regional 
Rua  da  Conceição,  53  -  Recife  -  Pernambuco 

Secretaria  Regional  de  São  Paulo 
Rev.  Benedito  Natal  Quintanilha,  Secretário  Regional 
Rua  Barão  de  Paranapiacaba,  93  -  s/  81  e  82 

São  Paulo 


LEITURAS  DIÁRIAS  DA  BÍBLIA 


NOVEMBR O 


DIA 

LIVRO 

CAP. 

1  . 

. .  Salmos  . 

......  16:1-11 

2  Domingo  .  . . 

. .  Isaias  . 

.  11:1-16 

3  . 

. .  Isaias  . 

.  52:1-15 

4 

Oséias  . 

. 4:1-11 

5  . 

. .  Oséias  . 

.  11:1-12 

6 

. .  Oséias  . 

.  14:1-9 

7 

Amós  . 

.  5:1-27 

8  . 

. .  Miquéias  . 

.  4:1-13 

9  Domingo  .  . . 

. ,  Miquéias  . 

.  7:1-20 

10  . 

. .  Zacarias  . 

.  8:1-23 

11  . 

. .  Malaquias  . 

.  3:1-18 

12  . 

. .  Lucas  . 

.  1:1-38 

13  . 

. ,  Lucas  . 

.  1:38-80 

14  . 

. .  Mateus  . 

.  2:1-23 

15  . 

. .  Mateus  . 

.  11:1-30 

16  Domingo  . . . 

. .  Mateus  . 

. .  13:1-30 

17  . 

. .  Mateus  . 

.  13:31-58 

18  . 

. .  Salmos  . 

.  65:1-13 

19  . 

Salmos  . 

.  67:1-7 

20  . 

Salmos  . 

.  73:1-28 

21  . 

. .  Salmos  . 

.  107:1-43 

22  . 

Salmos  . 

.  1:1-6 

23  Domingo 

Isaias  . 

.  35:1-10 

24  . 

João  . 

.  15:1-27 

25  . 

João  . 

.  17:1-26 

26  . 

. .  I  Coríntios  . 

.  15:1-58 

27  . 

. .  Salmos  . 

23U-6 

28  . 

Salmos  . . 

27-1-14 

29  . 

Salmos  . 

46-1-11 

30  Domingo  .  . . 

. .  Salmos  . 

.  103:1-22 

DEZEMBRO 


DIA 

LIVRO 

CAP. 

1  . 

Salmos 

121:1-8 

2  . 

Isaias 

.  40:1-31 

3  . 

Isaias 

53:1-12 

4  . 

Isaias 

55:1-13 

5  . 

Miquéias  . 

.  6:6-15 

6  . 

Mateus 

5:1-48 

7  Domingo  . 

Mateus  . 

.  6:1-34 

8  . 

Mateus 

7:1-29 

9  . 

Mateus 

25:1-46 

10  . 

Marcos 

15:1-47 

11  . 

Lucas 

10:1-42 

12  . 

Lucas 

15:1-32 

13  . 

Lucas 

24:1-53 

14  Dia  da  Bíblia 

João  . 

.  3:1-36 

15  . 

João 

14:1-31 

16  . 

Atos 

.  2:1-47 

17  . 

Romanos 

8:1-39 

18  . 

Romanos  . 

12:1-21 

19  . 

I  Corintios 

13:1-13 

20  . 

Efésios  . 

6:1-24 

21  Domingo  . 

Filipenses  . 

.  4:1-23 

22  . 

Tiago  . 

.  1:1-27 

23  . 

I  João  .  . . 

3-1-24 

24  . 

Lucas  . 

2-1-52 

25  Natal  . 

João  . 

1:1-51 

26  . 

Gênesis  .... 

1:1-31 

27  . 

Êxodo  . 

20-1-20 

28  Domingo  . 

Deuteronômio  .... 

.  6:1-25 

29  . 

Salmos 

91-1-16 

30  . 

Hebreus 

11-1-40 

31  . 

Apocalipse  . 

.  21:1-27 

16 


' 


.