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ftPl5M5'
I
Kumero 1— 8." Aduo Januiro aUarço— i90í
BOLETIM
uiHírníO 1)
PUBLICAÇÃO OFFICIAL TRIHENSAL
COIMBRA
lUPRENSA DA UNIVERSIDADE
1Q07
r
BI6LI0THEGAS E ifiCHIYOS NiCIOHAES
Publicações of&oiaes
INVENTÁRIOS DA BIBLIOTHECA NACIONAL DE LISBOA
Secçáío I — Historia e Geographia.
Serie !.• (Duineraçao preta) — !.• parte. Lisboa, 1889.
— 2.« parte. Lisboa, 1889.
Serie' 2." (numeração vermelha) — Lisboa, 1895.
Serie 3.' (namcração azul) — Lisboa, 1897.
Secção IV — ScicnciaB civis e politicas.
Serie !.• (numeração preta) — Lisboa, 1897.
Secção X — Philologia e BcUas-Lottras.
Serie 1.* (numeração preta) — Lisboa, 1890.
Serie 2.* (numeração vermelha) — Lisboa, 1893.
Serie 3/ (numeração azul) — Lisboa, 1894,
Secção XIIÍ — Manuscriptos por José António Moniz. Lisboa, 1896.
— Collecção Pombalina, por José António Moniz. Lisboa
1895, completo.
Inventario do Archivo de Marinha e Ultramar, pelo dr. Eduardo de Cas-
tro e Almeida.
Ilha da Madeira 1.** — Coimbra, Imp. da Universidade, 1903.
Relatório acerca da Bibliotheoa Nneionai de Lisboa e mais estabeleci-
mentos annexos, dirigido ao Ex.">" Sr. Ministro e Sixrfturio d'EBtHdo dos
Negócios do Keino, no l.*' de Janeiro de 1844 por José Feliciano de Cas-
tilho Ban-cto e Noronha. Tomo I-Officio — Tomos II, III e IV — Appensos
ao officio. Lisboa, Typographia Lusitana, J844.
Bibliotheea Nacional de Lisboa. Exposição Antoniana, 1895. Lisboa, 1895-
iLETIM
riM
\\m lACIDIAES
OFFICIAL
Jineiro i iarço— 1907
BOIjE1TI]ÍwíL
un i Aiiciiivos icioio
o d> Sacntirla Gtral du Biblíolhecu o Archiroi Nacionui, Ijuai.
«r J. A. CutdJo Dranm, Blliliulbecaiio Uór do Heino.
ifnifit e lafrtuãe na [mprcnu di UDÍ>«nid«d*.
OS senlQos da Bibliotbeu Madona) de Llsboi
no primeiro trimestre de 1907
"* Senhor: — Vai luctuo&amente principiado para
Hcional de Lisboa o anno 1907, — e é com ver<
que faço neste meu Relatório tal declaraçZo.
ee nossos desappareceram no primeiro trimestre,
morte.
primeiro a deixar-nos foi o servente Manuel
AIrará de 12 de Março de l!í06 intrára para o
>, depois de ter exercido durante annos, com
apre de seus superiores, as funcçSes de supra-
icea em 24 de Janeiro.
e, fallecída á meíit-noite de 4 para 5 de Feve-
laría Gertrudes Maria Maxíma, que desímpenhava
^elo e muito acerto o officio de dobradeira em
a que dos nossos Inventários nos remette a Im-
Braidade.
Fevereiro succumbíu José Angelo de Almeida
por longos annos, em sua modesta situaçito de
nou digno da nossa consideraçUo pelas aptidSes
a desimpenhando zelosamente e com muitíssima
■íTIH l>AB lllItLIOTllhCAS
e Contínuo -auxiliar, tanto nas eeeçSes dos
na doa luaniiBcnptos.
de Fevereiro, faltou-Dos também 0 Pn-
1 H^gino Rninos da Silva, — que era
igo no quadro buroi-ratico da Bibtiotlieca
ue nasceu em II de Janeiro de 1H45, e
í mocidade exercera a inglória mas prea-
itre de primeiraB-lettraa, foi nomeado, em
iW, Continuo supranumerário da Biblio-
irá que llio passou o Conservador António
amente investido nas func^Ses de Bibtio-
lendo (bSo do Alvjirá palavras textuaee)
e appiicaçiío bibliofírapliica do empregado
ttygino Ramos da Silva, que ha dez annoa
i de Contínuo da 2.' Repartiçíto, de Ama-
? de Escripturario doe Catalogoai.
de 1884 Francisco Caaassa, Conservador
scriptos e Antiguidades (também servindo
de Bibliotheeario-Mór), nomeou para O
bliotiieca {no quadro effectivo) o referido
itten^ão fpalavras textuaes do Alvará) ao
am que tem servido nesta RepartiçSo ha
itínuo supranumerário».
de 29 de Dezembro de 1887 que o labo-
u intrar para o quadro efTeetivo dos €on-
jcado como Contínuo de 1 * classe,
umptos bibltograpliicos, Ramos da Silva
eu espolio domestico um curioso maniis-
} longos annos traballiava, — repertório
í portugiiezes que anonymamente publi-
b pseudonymos, ou apenas com as inicíaes
os qiifitro funoeionarios fallecidos, deixo
a todos elles a niinba sincera saudade.
uitros assumptos, começarei por lembrar
va fora de propósito, como se vai ver),
que em Lisboa se está dando á estampa
mensal, publicada sob o titulo Serdes, —
sj recebem na Bíbliotheca, para garantia
.1, dois exemplares.
E AltCHlVOS NACIONAKS
D'e88a revieta o fascículo que ultimamente Bahiu a lume
(Fevereiro de 1907) inclue um curioso estudo eacripto pelo Sr.
António Francisco Barata (antigo funccionario da Bíbliotheca
Pdblica de Évora),- — curioso estudo a que seu auctor poz título
de Évora antiga — JaneUaa dos séculos xvi e xvii (artigo acom-
panhado por Iti vistas, reproduzidas em pho to- gravura).
E coro esse estudo abrange também o fascículo, entre outras
espécies, a terminação da substanciosa memoria que em fasciculos
antecedentes começou a imprimir-se, firmada pelo escriptor J.
Pereira de Sampaio (Bruno), e subordinada & epigraphe — A
Bíbliotheca Pública ão Potio,
Em tal memoria (il)ustrada por beJIas pbo to gravuras) faz o
anctor com muito elogio merecida referencia aos serviços pres-
tados naqueile instituto pelo seu erudito Bibliotliecario, Br. An-
tónio Augusto da Rocha Peixoto.
Entre os serviços citados avulta o de ter conseguido que
affluam á Biblíothuca do Porto numerosos productos das tjpo-
grapbias portuguesas, por ellas remettidos.
Isso me induz a rogar de V. Ex.* no mesmo sentido valiosa
intervençXo em prol da Bibliotbeca Nacional de Lisboa.
A obrigaçJlo legal que incumbe As typographias, tithographÍAs,
e officinas congéneres, de nos inviarem um exemplar de todos
os productos (todos, sem excepçílo) com que sahirem á luz,, está
hoje infelizmente sendo, por desmazelo imperdoável dos respe-
ctivos donos ou administradores, «letlra raoitai, — pois que ra-
risBÍmas se podem contar as ofBcinas que tal dever capricham
em cumprir.
Officiosamente me fenbo por vezes dirigido a alguns dos
delinquentes, — ofiiciosamente porque tal attribuiçSo official me
nSo compete, — e, com grande pezar meu, me tenho sempre
visto desattendido nas minhas ofliciosas solicitações.
Debalde exgottou egualmente meios suasórios, com o pro-
fundo interesse que lhe inspira o ingrandeci mento da Bibliotbeca
Nacional de Lisboa, o Ex."" Inspector das Bibliothecas e Ar-
chivoB Nacíonacs, no tt-mpo em que, por impedimento de V. Ex.',
esteve desimpenhando as funcçSes interinas de Bibliothecario-
Mór do Reino. Debalde se impenhou o Sr. Gabriel Pereira no
seu conciliatório propósito, porque também não logrou ver co-
roadas de bom êxito as suas reclamações.
A V. Ex,", pois, commiinico este facto, — fazendo votos por
qne V. Ex.* alcance, em augmento das nossas collecQSes, o
ILIOTHECAS
relevantiesimo beneficio que
heca Nacional de Lisboa.
Seio, — que por natural conae-
1 brevisBÍmo tempo, o espaço
lecies recebidas, — terá sem
tade que attender ás minhas
atorioa precedentes me tem
modo e com que rapidez pro-
0 para conveniente arrumação
a de que
ver-se-hia o Governo de Sua
de nos acudir, ampliando os
affluencia de espécies, com
içadissimos se nos n?lo fôsse
ia inatallaçSes para a hypo-
irem rigorosamente a lei, —
HoB nos incontrãmoB já-'gora,
I lapso nos faltarão completa-
contrário affirmasae, mentiria
lovellas de cavallaria), — poia
para outra, on esvaslar pra-
>s para o chão, não represen-
problema; poderiam por esse
ir-ae pbantasmagoncaa appa-
1 ao 2." trimestre de 1906,
ticas e mui louváveis que pela
tjnham sido postas em acção,
mtoB destínadoB á Bibliotheca
atir o que então relatei.
tar agora, como appendice, a
uida ás occorrenciaB no men-
ísso, peço licença para aqui
que sob o titulo « Btbliotbecaa
eít mui judicioaamente deu a
!o Commercio (Lisboa, 22 de
B ABCHIVOS KACIOHABS
istiaoto publicista, constante frequentador do nosso
^or esse facto, mui conhecedor de suas necessidades :
>r em breves dias entregue ao governo a representaçSo
a Real das Scienciaa relativa ás urgentes providen-
lecessitam o noaso Ãrchivo Nacional, principalmente,
9Ca Nacional de Lisboa».
úa, refuríodo-ee especialmente á Bibtiotbeca Nacional:
[o tem uma sala de leitura stifficien te mente espaçosa
. nilo tem onde realizar exposiçiJes bibtiograpbicas e
:a8, tendo-as feito em corredores por nSo baver salas
; nfto tem acommodaçSes convenientes para as suas
burocráticas; nXo tem acommodaçSes para os livros,
utras pubticaçSea que nnnualmente ali entram aos
lo tem um compartimento próprio para um guarda
)viar a esta situaçito precária da primeira bibliotbeca
os alvitres se teem apresentado, entre outros a acqui-
te do mesmo edifício onde está ínstallado o governo
'olongamento do edifício, em construcçSes económicas
iB, para o lado sul e poente. Qualquer d'estas me-
ipalmente a segunda, satisfaria as justas aspirações
interessam por essa tSo alta funcçSo intellectuai do
iblico illustrado, que a essas superiores manifestações
nacional desejam ver de preferencia attraidsB as
i8 poderes constituídos. Basla percorrer as principaes
Europa para ver o particular cuidado e carinbo que
ecido aos governos os edifícios destinados á instrucçSo
I paiz*.
to articulista, que subscreve suas reãexSes cora o
tCaro*, passa flepois a occupar-se do Real Archivo
< Tombo, e termina por estas palavras :
tal dos arcbivos e bibliothecas anda nHo só mal pago,
Imente pago, n&o faiando naquelle que anda desviado
iços, por mil e um processos da nossa emaranhada
lo. De maneira que os que trabalham acham-se sem
im futuro, sem recompensa condigna, equiparados ou
inferior os que trabalham, em relação aos que abau-
BOLernu DAS UIDLIOfHKCAS
E ARCHIVOS NACIONAKS
SaapendeDdo por agora o desínToivimento de minhas refle-
zSeB sobre o assumpto, — passo a intrar na enumeração dos
brindes mais notáveis com que a Biblíotheca Macional foi no
trimestre corrente regalada.
Por intermédio do Ministério doa Negócios do Reino, recebi o
Elogio histórico de Don António Jo»é Cav
pw la Real Socieãad Económica de Valência e
Su auior Jogé Pizcueta. (Madrid — 1906).
Constítue reimpressão executada a expensí
de Cõrrageria; e a esse illustre titular devemos A
De Argel vieram-me ofFerecidaa por seu au<
quioso intermédio do Secretario Geral do 15."
nacional de Medicina, as duas seguintes pubiicf
VHittérié de Sainte Thêrèse par le D^ Ro
1902).
Vérificnlion des miracles — La Salette — La
ze$. Par le DocieuT Rouhy. {Alger — 1903).
Ao Sr. Commendador António Padula, — Im
litauo que em várias publicações tem frequente:
seu amor pelo nosso paiz e pelas nossas lettras.
sivamente em prol do seu impc.nho a Socieíà <
— deveu a nossa Bibliolheca ofTerta do Discurso <
Internacional de Sciencias Historieis, realizac
quatro annos, elle teve ensejo de pronunciar. Ii
H Portogallo nella Storia delia Ctoiltà. (Na
Por amável interven^So do Sr. D. Luiz Mo
Bibliotheca Nacional de Sant'Iago do Chile) — i
permutas internacionnes — ^recebi etn Janeiro qu
obras quasi todas referentes a assumptos da ac
lena, quer no ramo judicial, quer no aduaneiri
mercial, quer no sanilano, quer linalmente n
pública ou inclusivamente no campo histórico.
Poucos dias depois, e ainda no mesmo Janeir
me chegou de cinco volumes, inviados pelo Sr, i
em que se tratam assumptos de estatística, econ
tiva, corographia, e etimologia.
Dos Estados Unidos da America pleonastico
intermédio do Instituto SmithsoDÍano, continuai
BOT.KIIM DAS BIBLIOTnECAS
rolumes de preciosas j;
bre todos os ramos d
proficiência que notavt
cente Republica Amet
jemos, Senador brazilt
ordia do Pará, veiu-no
smoriam (Belém — 19(
cavalheiro em celebra^
do Pará D. Frei Caetai
o retrato do Bispo (t
le um Crucifixo que f
ante o qual (segundo
preces mais fervorosaí
ice, logo em seguida s
asBÍm concebida :
s;anizar peio sr. Senad
de caridade Santa Caf
para hb festas do cur
nd&o, a celebrarem-se
voliime a seguinte m
Caetano, o seu Testa
aauguraçlto do hospita!
nos, a introducçSo de
ibSos e expostos do st
le Pio Vil, referente a
tos interessantes e ain
livro nos veiu tambei
memorativa mandada <
cunhada em metal-br
diâmetro O™, 050, — mi
I da Bibliolheca, e já
•r. Leite de Vasconcell
Numismática.
meio-corpo a figura
a legenda (em caract<
o da morte ãe D, F;
spo do Para (síc) • 1
B ABCHIVOS NACIONAES
nostra-noB a fachada do antigo hospital e a
e actualoieate fuocciona o piedoBO instituto com
da (egualmente em caracteres majneculoB):
de Misericórdia do Para (sic) ao Fundador do
hor Bom Jesva doa Pobre» em 1785.
0 reverso destacam-se três cédulas, em que ae
ite
ital
ai
Dezembro 1905.
do Rio-ãe-Janeiro, e offereeido pelo sen auctor,
o
Tackygraphia por Amaro Albuquerque — 2,'
ida. (Fortaleza — 1905).
rticularidades que notabilizam esse livro, men-
instancia de virem nelle tachygraphieamente re-
a modelos e exercícios da respectiva leitura)
os discursos, e outrosim pelo mesmo processo
esias dos illustres brazileiros Dr. Costa Noto e
ilella.
Manuel Cicero, erudito Director da Bibliotbeca
lo -de- Janeiro, continuam vÍsitando-me brindes
obremaoeira importantes, destacando-se entre
jSea relativas áquelle estabelecimento.
ia Bibliothsca Nacional do Rio de Janeiro, que
erito deram á luz seu Vol. XXVII, constituem
10 sen género um repositório monumental.
3a Pública Pelotense, florescente instituto fundado
1 Grande do Sul por iniciativa particular, tive o
>r o Vol. u dos neus interessantíssimos Ânnae$
), — publícaçíto que, álêm dos factos exclusiva-
los com a Bibliotbeca, abrange curiosas informa-
oação, curiosos relatórios e curiosas conferencias
umptos de natureza scientifica.
imendador Jofto Joaquim Salgado, nosso Cônsul
■Janeiro, tive occasiJlo de mencionar o nome no
itecedente. Volto neste a repetir-lh'o, arcliívando
i o prestimoso funccíonario me veiu pessoalmente
BOLETIM DAS BIBLIOTHECAS
uaodo me trouxe para a Bibliotheca oito espécies da
íi brazileira (seis de cobre, e duas de prata^.
8 indico:
a commemorativa do «Oumbate naval de Ríachueloi:
de 20 réis {1869)— 2 exemplares;
s 20 réis (1895);
j 20 réifl (1904);
j 40 réis (1897);
) 500 réis (1906);
i l:00aréia (1906).
luas últimas intraram na cireulaç&o (segundo me infor-
Commendador Salgado) em 1 de Janeiro do corrente
ido officialmente pela Imprensa Nacional do Estadc
'ortugueza, recebi um exemplar das
çJSeê indianas de Cintra — Nótulas de aràieologia his-
HiograpAia acerca doe templos hindus de Somnáth-Pa-
hantapor J. Herculano de Moura, (Nova Goa — 1 906).
irtancia do assumpto, e os altos créditos que Justa-
fruRta o auctor do livro, dispensam-me de reflexSes
acrescentar.
aa notarei que a célebre estela indiana, de que Jajme
presentou gravada a inscripçXo nas suas Traveú in
London — 1795) com a respectiva interpretação defi-
e proposta por Carlos Wilkins, — interpretação que c
de Juromenha trasladou em portuguez no seu livro
tureeca (Lisboa — 1838), — vem agora estudada pelo
ano de Moui'a, e acompanhada a respectiva inscripçSo
)or traducç^ em guzeratbe (devida ao pandita de Dia
^) e por versSo em portuguez (calcada pelo Sr. Moura
rs5o guzeratbe).
Xavier de Carvalho, nosso illustre compatriota,—
aris fundou sob o alto patrocínio de Sua Majestade
'ociêté des Êtuães Portugaises, instituto no qual occups
i Secretario Geral, — recebeu a Bibliotheca Nacional
a collecçlo dos quatro números já publicados da
de la Société des Etudes Portugaises.
quatro números se evidenciam os louváveis esforijoE
redita Sociedade tem constantemente impregado eu
propaganda afavor do nosso paiz.
t AU<;HtVOS KÃCIOUÁKS
Da Real Officina de S. José (do Porto) amaTelmente ren
tído, e na respectiva typograpliía impresso, recebeu-se o
Bosquejo histórico da fundado e desenvolvimento do h
ColUgio de Nossa Senhora da Graça dos Meninos Orphãos,
Porto, pelo Padre F. J. Patrício. (Poito — 1907).
Acerca d'e3te formoso opúsculo, que vem adornado eon
retrato do Padre Balthazar Guedes (fundador do Collegio), afí
ra-se-me dispensável prolixidade tecer encómios, depois
saber-ae qae é sen aactor o Rev. Francisco José Pstricio, gli!
brilhante do palpito portuguez.
Do Porto nos inviou também o Sr, Conselheiro José Fort
por elie escriptas, e todas ellas ornamentadas com estampas, I
memorias muito interessantes:
Necropole Lusitano-Romana da Lomba fConcdho de Ai
ranU). (Porto— 1906).
La SépuUwe de Q-tinta da Âgtia Branca prés Porto (F
tagal)"-(Age ãu cuivre). (Mâcon — -1906).
La tpircde préhistorique et autres signe» graves sur pierrt
Êtude sur les relationt antékistoriques de VIbérie avec Vlrlar,
(Mâcon — 1907).
Pelo Sr. Dr. Maximiano Lemos chegou-nos offerecido
livro de valia mui singular, — livro a que o illustre médico f
tuense poz o titulo seguinte:
Âmato Lusitano — A sua vida e a sua obra, (Porto — líM
Regosijo me por ver nesse livro confirmada (o que aliils
escriptos dos médicos fraucezes é muito vulgar) aquella sente
deveras conceitucsa do nosso António Ferreira:
(Não fazem damno as Musas aos Doutores;
Antes ajuda a suas lettras dSoi.
Entre os oSerentes do Porto figura egualmente um poet;
o Sr. A. Moreira Lopes — que sahíu ao terreiro com a segui
producçSo :
Alma Sonora (Sonetos e cançlfes). (Porto — 1907).
Formosos s&o os versos d'esBe volume ; e precede-os t
Carta do Sr. Dr. Theopliilo Braga ácSrca do auctor.
Em seguida i
Breve refutação ao livro do sr. BazUio Telles iDo Ultima
IAS BIBLIOTHKCAâ
relativa d revolta militar por Joõú
Menezes (EtUHo coronel ã'infanteria
mpto 86 relaciona com factos palpi-
temporanea, veiu o auctor pesaoal-
ares com destino á Bibliotheca Na-
d'E)ça, Professor da nosBa Escola
liar da seguinte communicaçSo que
le teve ensejo de ler perante o Club
» no atreito da guen-a mariiima.
Ferreira da Fonseca fíquei devendo
t offerta de dois exemplares de om
elegantemente redigido, e relativo a
I do século XIX. Intitula-ae :
Apontamentos para a sua biograpkia,
i inriquecida com o retrato (em pho-
iho e nJto menos insigne diploinatista.
I de MagalbKee Sepúlveda prosegue
mas patriótica tarefa de escrever e
e potUica do Exercito Poi-tugtiês.
:açSo nos oâereceu elle recentemente
iboa — 1906).
aniel Oelasio Dalgado, que tivemos
o 15." Congresso Internacional de
*e8poiidente du nossa Academia Real
iriosa memoria, sobremodo ciinoaa,
eguinte :
■i la Doctrine du Docteur Bratã sur
cdle de VÂbbé de Faria sur le Som-
documentalmente o auctor contra o
snda minguar e até lançar no esque-
noBSO compatriota na iniciativa dos
Ê AKCHIVOS NACIOKAÊS l7
Ao Dr. Dalgado, que é também um illustre compatriota
nossO; na índia nascido, e mui digno irmão de Monsenhor Se-
bastião Rodolpho Dalgado (que em 1905 publicou em Lisboa o
Diccionario Portuguez-Komkaní), tive gostosamente occasiSo de
me referir no meu Relatório concernente ao terceiro trimestre
de 1906, — e mais adeante hei de novamente referir me no de-
curso do Relatório actual.
Pelo Sr. Dr. Francisco Marques de Sousa Viterbo, — a quem
pertinaz doença não consegue arrefecer os enthusiasmos littera-
rios, — vieram me remettidas mais três publicações, interessantes
sempre como interessantes cumpre considerar todas aquellas a
que o indefesso trabalhador vincula o seu nome.
Começarei poj* mencionar a que tem por titulo:
Jayme de la Té y Sagau. (S. I. n. d.).
Entre as obras que doesse compositor de musica nos cita o
Sr. Dr. Viterbo, vem apontada uma espécie, de que elle nos diz
existir exemplar na Bibliotheca Nacional do Rio-de-Janeiro. Tal
espécie, bibliographicaraente rarissinia, intitula-se em castelhano
La comedia El poder de la Armonia, fiesta de zarzvela, que a
los fdices afios dei Rey Nuestro Setlor Don Juan V. Se represento
en su Real Palácio el dia 22. de Octubre de 1713, — e d'ella
existe egualmente na Bibliotheca Nacional de Lisboa um precioso
exemplar, pelo qual se me proporcionou em tempos o ensejo de
fazer lhe larga descripção no meu livro Impressdes Deslande-
sianas.
Na comedia El poder de la Armonia, cuja musica foi escripta
pelo barcelonez La Té y Sagau, a lettra pertence a Luiz Calísto
de Acosta y Faria, — sendo muito para notar que introu na res-
pectiva representação (como consta do próprio folheto), junta-
mente com várias Damas da corte, a Infanta D. Francisca (irman
â'£l-Rei D. João V), muitissiraos annos antes de haver appare-
cido no palco de Versailles a incantadora figurinha de Mari'-
Antonieta.
As outras duas publicações, com que o Sr. Dr. Sousa Viterbo
nos obsequiou, intitulam-se:
Os Mestres da Capella Real nos reinados de D, João III e
D. Sebastião, (Lisboa — 1906).
(D'este curioso estudo, publicado primeiramente no Archivo
Histórico Portuguez, fez-se uma separada estampagem de vinte
%
n
BOLETIM DAS BIBLIOTHECAS
e nm exempiaree numerados; e foi com o exemplar M.° 12 que
a Bibliotheca Nacional ficou pelo auctor contemplada).
Cruzeiro» de Portugal, Contribuições para o seu catalogo
deseriptivo=^ Segunda seri». (Lisboa — 1907).
(Esta (segunda seriei, que viu originariamente a luz pública
no BoUtim da Real Associação dos Archiltctos e Arcneologot
Portuguezes, vem (á similhança da «primeira serie* em tempos
impressa) adornada com estampas).
Do Sr. Dr. José Leite de Vasconcellos a quem dõvemos
sempre a ofTerta da Revista Ltiaitana e d'0 Archeologo Portu-
gu£si ultimamente recebi duas publicaçSee, cuja importância me
parece muito ocioso especificar, visto serem eJlas obra de sua
lavra.
£is os seus títulos:
Migalhas etknologicas a propósito dos seis primeiros fasdeuloê
da *Portitgaliat. (Lisboa — 1907).
(Constitue esse opusi^ulo uma i separata» de trabalhos primi-
tivamente incluídos no Vol. xi à'0 Archeologo Português).
O Livro de Esopo — Fahulario português medieveã publicado
confomte a um manuscripto do secula sv existente na BMiotheca
Palatina de Vienna d' Áustria. (Lisboa — 1906).
Tal (fabulario», profusamente commentado pelo Sr. Dr. Vas-
concellos, sppareceu primeiro em trechos interpolados nos Vols.
vni e IX da Revista Lusitana; e vem acompanhado com a repro-
ducçSo fac-eimile de alguns pedaços do manuscripto.
Para o Sr, Dr. Leite de Vasconcellos poder commodamente
proceder aos seus estudos, e accedenclo ás instamias do illustre
Conservador, o Consellio Administrativo das Bibhothecas e Ar-
chivoB Nacionaes approvon em 1902 que pela dotaçilo da Biblio-
theca Nacional de Lisboa se mandasse lirar em Vienna d'AuBtria
uma ctJpia photographica do manusciipto. Essa cópia, cuja im-
portância andou appioximadameiíte por 60^000 réis, ficou per-
tencendo (como era natural) á nossa Bibliotheca.
A minha pena, porém, a minha máxima pena, é que o Sr.
Dr. Leite de Vasconcellos, em vez de publicar aquelle seu tra-
balho nas paginas d' O Archeologo Português, nSo preferisse o
nosso Boletim, — o Boletim das BibUofhecis e Archivoi Nacio-
naes, que eu gostaria de ver sempre cullaborado pelos fiinccio-
oarios todos da Bibliotheca Nacional de Lisboa, do Real Archivo
da Torre do Tombo, e das outras Bibliothecas a V. Ex.' subor-
lidade d'69BeB AinccionarioB'
le aband"tiítdo, triatemeste
Certas se dignam beneficiar
corre-me o dever de nXo
sob o titulo de Assistência
stade a Senhora D. Maria
-inho e nZo menoa singular
tuto a publicaçUo de nm
luggestiva denominaçIU) de
raciosamente offerecído.
leodesícoB e Topographicoa
iotheca (em prosegni mento
ipre nos tem brindado) a
•ta de Portugal* na escala
:hograpliada que já figura
Ho de obra tSo importante,
ra a elevada competência
^al e a Hespanba um «tra-
umático se originou a for-
itituida por ofBcíaes portu-
Commisaão de limites com
Sr. Conselheiro Francisco
liosamente offerecído agora
nmísBSo deu à pnblicidade:
'ca do» limites de fronteira,
O deve abranger os terri-
> até á confluência do Caia
}u s publicação da impor-
lithographtda a zona dos
! Bndnjoz, e abrange 5 kí-
nteira.
ue a mencionada Folha 22,
ente do brinde, a Folha 21,
RC11IV03 MAllONABS
duas piiblicaçSea mandei vir de França,
ggestivoB tituloR baatftm para as recom-
imeil Ittcide ou Êtuãe de la Nature de
Faria, Brakmine, Docteur en Théologie
bre de la Société Mêdicnle de MaraetUe,
tophie à V Université de France, etc. —
n de 1819. Préface et introdaction par
Paris — 1906),
de 1'Abhé de Faria. EatplvxUion de ío
úteau d'If dans le roman Monte- Orieto—r
'.B documenfs hisloríques et Itttéraires, avec
'ampes. Par le D'' O. G. Dalgado. (Pari?
iiiniinciadas no frontispicio da obra, silo
niile) de duas caricaturas executadas em
1813, e a outra em 1816) por industria
ndiam ridiculizar, pondo-lhe a tacha de
íFudito José Custodio de Faria, precursor
tos recentemente procuram devassar os
e da suggeatHo.
o biogiapho no Cap. i da sua Memoria),
doclrine de la suggeítion en hypnotiame,
ugaig le» plua connus et les plus estimes
\t ecieníijiqtie d'auJQurd'huit,
iSciencias Philosophicas», comprei
Tl by Alfreã C. Haldon. (Edinburgh —
muitiasimo interessantes eob o
i publicação já principiou sem todavia ter
contrei annunciada, que me pareceu con-
% Bibliotheca, — ^e d'essa posso já effeçtí-
estudioBOs os dois primeiros tomos. E a
I (aliÃB, impressa em Mncon) escripta por
dssor de Historia da Lingua Francezana
3 Françatte des originet à 1900,
Picquet
li Fra$s(
rados, ei
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Te ãe n
lo pelo r
ille com
E AKCII1V03 NACIONAEB
1 Baiida^So festiva o Rev, P, Fidel Fita y Co-
) de reputação universal.
pa Ibérica Ante-Romana se occupam nos seus
1 dois académicos, — accrescendo porém que no
succeder ao fallecido e afamado D. José Maria
I, figura como appendice o elogio liistorico (bio-
'esse illustre escriptor, insigne cervantista e
a que em nossa Academia Real das Scienciaa
1 de Sócio Correspondente.
trata propriamente dos assumptos areheologicos,
vo académico incerra numerosas referenciae ao
re ellas me cansou profundo gosto incontrar por
mencionados 03 trabalhos do Sr. Dr. Leite de
u companheiro na Bibliotheca.
iustraç&o ao texto diversas phototypias, entra
açtlo fac-simile de uma das célebres estátuas
rada do antigo Jardim Botânico da Ajuda.
iecçSo das oBellas-Artca» adquiri, também re-
cado, e profusauiente illiístrado:
Art. Galérie ães C'hefs-d'cBuore, et préns de
t flit XIS' iiede, en France et ã l Étranger (1000
iches hors tex!e). Ouvrage publié eoua la ãirection
m Moremi. (Paris — S. d.}.
nui curioso, é todavia para lamentar que aos
'es nilo tenha o nosso paiz inspirado um capitulo
isto que autonomtcamente coordenado, constituo
ento de outro que em tempos adquiri, também
ris sob o titulo seguinte:
.rt. Galérie des Chefe d'(£uwe et précis de VHis-
piíts íes Origine» jitequ' au xix' aiècle (900 gra-
es hora lexle). Oiivrage publié eottí la direetion
iinlz, menibre de Vlnstitut.
volume, como no que recentemente sahiu & luz,
abilidades distincliaaimas.
lumental de A. Venturi — Storia deWArle Ita-
Milito se está dando a lume, ornamentada com
jciosas estampas, ultimamente nos veiu (já em
o Vol. V, que traz por titulo especial e por
ittttra ãet Trecento e le sue oríginíp.
BOLKTIM PAã BIDLIOTHKUAS
A obra de Venturi, começada a eelampar em 1901, t
epíeraphe especial no Vol. i — «Daí primordi delfArte Ci
>all' Arte Barbarica alia
Lrte RomsDÍca».
>to — «La ScuUura dei T
;ora, devem aeguir-ee (co
08 cinco volumes que ae
içar no anno 1905, escri
;ç!to de André Miehel (<
ofessor na Escola do Loi
•iremiera temps chiéttent^
mente illustrada com be
I prospecto) deve consl
9 volumes (dos qiiaes te
le ora está pulilicnda, ai
t Chrétien à la fín de la 1
aion et évolution de 1'^
lOB se deparam capítulos
at Portugal*, e um d'el
ivura em que se repree
ai de Alcobaça,
• Bellas-Artesi deram ii
rs françaU. 1292-1000-
■imiti/s à Bruges et à
de France et ães Pays
{que ambos sfto meml
1 de ante-mSo aquilatar i
mencionados.
par Jean Capart. (Brux
E 1HCII1V03 MACIONAKS Z5
ero da 191 ss estampas que tal obra iHufitram.
um. A guíde to the antiquitiea of the bronze age in
britisk and medieval antiquities. (Oxford — 1904).
nhado por 148 estampas este repositório.
blicaçSee periódicas, que no estrangeiro maiu se
or Beu me r«; cl mento intrínseco, por sua belleza,
te por sua barateza, é o Emporiunij — revista,
leneaes se estampam em Bergamo, delicadamente
ngendo artigos sobre assumptos de arte e litte-
e variedades.
licutoB correspondentes a Janeiro e Fevereiro do
em á luz nma curiosa memoria do Sr. Ã. Oor-
Altraverso il Portogallo (Impreasioni e RicordiJ.
lemoria 65 photo-gravuras, em que se represen-
I monumentos da nossa terra e se reproduzem
res de Portugal.
e ee publicou em Paris, elaborado pelo Conde
1 livro que particularmente nos interessa, e que
a alcançar para a Bibliotheca.
irloa I" intime; está illustrado com várias photo-
1 auctor o mesmo publicista que antecedentemente
lis outros livros do natureza análoga — Pie X
: ã'0)iéane intime.
lento d'esta resenha, s<5 me falta accrescentar
dos alfarrabistas Pereira da Silva & C.» me
28 espécies manuscriptas, que todas se referem
zas, e cujas datas se repartem pelos séculos xvi,
os < Man use ri p tos > deu íntrada também a disser-
te as ferias do Katal, escreveu, por incumbência
r, o alumno de Bibliologia Fideliuo de Sousa
) é subordinada á seguinte epigrapbe:
idices; lioros xitographicos; origenu da imprmta;
'ai; papel; formatos.
to ficou (á similhança do que tera acontecido,
'ítos, em relaç&o a espécies congéneres) devida-
na respectiva Secção da Bibliotheca,
BOLETIM DAS BIBI^IOTRECAS
Do nosso Invenlario Geral, que na Imprensa da Univei
'>, saliiu no corrente trimestre, c
livo de Marinha e Ultramar*, o
no com que esee volume fínaliza)
estampados os cadernos 12." & 1
ga ao N." 7:230).
rrente, começou em Coimbra a i
io parcial, — o Inventario da Seci
raes, Mathematicas e Phílosopbic
^rtesi.
icçfto comecei eu a occupar-me, cí
fcies, deade que em 1886 fui adn
ar na Bibliotlieca Nacional,— e nas
ser nomeado em 1902 Director
>u sincero prazer indereçar touvu
liarei a occasíito para aqui decla
po como auxiliar e collaborador i
lalogaçílo um dos mais intellígen
iigusto Meticio, Segundo-Conservai
' OfHcial em Janeiro de 1888,-
■íncipiára entSo a exercer na Bib
lonaervador-Diíeclor, fez-me a gr
ou, do offerecer-me por collaborai
amente na aurora da juventude,
trabalhos burocráticos, e era hóspi
) hábil 6 muitíssimo instruído, e{
poucos dias, a ingrenagem do ma(
3 eu só tive que regosíjar-me, pêra
gdsto, o zelo, e a assiduidade, c
idjuvava na feitura do meutrabal
ilou rapidamente o alcance das mi
eii resolvera, em beneticio dos eE
ogaçSo das espécies pertencente
Ho de confiar ao meu prestimoso i
ia na catalogaçilo doB livros peri
T»^
E AROHIVOS NACIONAKS 27
centes ao grupo da «Poljgraphía», eu fiquei lastimando o afas-
tamento de quem por tal transferencia deixava de me auxiliar,
e de quem me sempre mereceu conceito de fuuccionario mui
distíncto.
Como elemento proveitoso e não despiciendo, é meu dever
mencionar o antigo Amanuense Eugénio de Castilho, que nas
suas tarefas de copista iílustradissimo tinha recursos suí&cientes
para emendar, com todo o critério, qualquer lapso por mim
commettido na precipitação da escripta.
Eugénio de Castilho — que nascera em 27 de Abril de 1846
e era o mais novo entre os filhos varSes de António Feliciano de
Castilho (o immortal Poetn) — contava na edade Õ3 annos, e 27
de serviço, quando falleceu em 8 de Janeiro de 1900.
Affectado por teimosa paraplegia, elle esteve durante annos
tolhido de comparecer na Bibliotheca; — mas a irrequieta activi-
dade do seu espirito, e a honestidade do seu caracter, nSo lhe
consentiam ociosidades; por isso, elle próprio instava sempre,
com inexcedivel zelo, por que lhe remettessem para sua casa
trabalho de cópias, — cópias que elle executava calligraphicamente.
Por Decreto de 27 de Novembro de 1902, fez-me Sua Ma-
Í* estada a Rainha, Regente em nome d'EI-Rei, a graça de esco-
her-me para Director da Bibliotheca, — ficando portanto vago
um logar de Pxúmeiro Conservador.
Nessa vacatura foi provido por antiguidade (em obediência
ao artigo 34.® do Decreto N.« 6 de 24 de Dezembro de 1901)
o Sr. Alberto Carlos da Silva, que estava entSo classificado como
Segundo-Conservador, e que tinha a seu cargo a Secção das
cSciencias Civis e Politicas».
Mas porque, logo depois, introu por concurso, no logar de
Segundo-Conservador, o Sr. Dr. Augusto Pereira de Bettencourt
Ataíde, Bacharel formado em Direito, pareceu-me conveniente
para o serviço da Bibliotheca intregar a este meu novel compa-
nheiro a Secção das cSciencias Civis e Politicas», passando o
Sr. Silva a superintender na Secção que durante dezeseis annos
eu dirigira.
Assim se fez: e é com os verbetes por mim organizados, e
pelo Sr. João Augusto Melicio, que o Sr. Silva está superinten-
dendo agora na publicação do inventario respectivo.
Deus Guarde a V. Ex.* — Bibliotheca Nacional de Lisboa,
27 de Março de 1907.-111.™*' e Ex.™« Senhor Conselheiro Bi-
bliothecario-Mór do Reino. — O Director, Xavier da Cunha,
BOLETIM DAS BIBIJOTHKCAS
K ARCHlVOS MAClOMÁlJlS
'HECA NACIONAL DE LISBOA
ãn Cruz, SeguDdo Ainanuense-eBcripturano
;ional de Lisboa, exonerado, como requereu,
ti de janeiro de 1907.
trio do Qovtmo, n." 81 do 8 de fererríTO de 1907).
} Rxmos da Silva, Primeiro Continuo da Bi-
dé Lisboa, faliecea em 28 de fevereiro de
ÍCHIYO DA TORRE DO TOMBO
Segundo Sargento N.* 128 da 5.' brigada do
iro8 da Armada, claseifícado em 4.' categoria,
eto de 33 de fevereiro de 1907, na conformi-
de 19 de outubro de 1900, para o legar de
Archivo da Torre do Tombo, vago pelo falle-
LHtonio Roberto.
Diário do Governo, n.^W de 4 de nargo de 1907).
)LETIH DA8 DlBLtOTHECAS
lECA NACIONAL DE LISBOA
IO DE PROPRIEMDE UTTERARIi
Ltradas no anno de 1007
Janeiro
la Silva Graça, proprielarto da emp
íílor e proprietário, Maxime Villem
I. Lisboa, 1906. Propriedade da e
etú in-4.'' que alcança até paginas 8.
meida como autor, ZZ. iCumplemenl
étymologiques portugaiei. 1 folha d'
na typographia — Empresa Guedes.
lay Martins como proprietário O (
'pendente, litterario, noti(.'io80, commi
stribiiiçSo gratuita era Portugal, col
e proprietário, Fernando Burnay &
;.— 25 de dezembro de 1906. Editor, 1
) na Typographia Adolfo de Mendor
como editores: Alves Mendes. «On
volume. Porto, 1906. Imprensa Mi
ias sem numeração seguidas por ^67 ]
is 1 pagina sem numeração.
s Júnior, como autor, editor e propr
ara ueo do commercio e de todos os
partições publicas. Contendo as prr
re o servido do correio em totlos <
E ARCHIVOS NACIONAES 31
ramos, ao alcance de todos. 2.* edição, 1907. Por JoSo Joeé
Lopes Júnior, segundo official dos correios. Preço 200 réis.
1906. Typographia E. da Cunha e Sá, 53, Rua de S. Mar-
çal, 53-A. Lisboa. In-4.** de 56 paginas.
Por Frederico Carlos Moniz, como editor e proprietário. «Alma-
nach dos annunciantes», para 1907. (3.^ anno). Dedicado ao
commercio e industria. Director e proprietário, Frederico
Carlos Moniz. Lisboa. Imprensa Lucas, 39, Rua do Diário
de Noticias, 39. 1906. In 8.« de 192 paginas
•
Por Francisco Xavier de Ataíde Oliveira, como autor:
— Biographia de D. Francisco Gomes de Avelar, Arcebispo do
Algarve, por Francisco Xavier de Ataide Oliveira, bacharel
formado em theologia e direito, etc. Porto, Typographia Uni-
versal (a vapor). 1902. In-8.** de xv-4 13 paginas numeradas
seguidas por 3 paginas sem numeração.
— Contos tradicionaes do Algarve em verso. — Romanceiro e
cancioneiro do Algarve. (Lição de Loulé). Acompanhado de
importantes notas para esclarecimento do texto e onde se
reproduz tudo quanto ha publicado neste género pertencente
ao Algarve por Francisco Xavier de Ataíde Oliveira. Porto.
Typographia Universal (a vapor). 1905. In-8." de 432 paginas.
Por Aluisio Gomes da Silva como editor a Viva Jesus». — Archi-
confraria da Guarda de Honra do Sagrado Coração de Jesus.
— 2.* serie.— Bilhetes zeladores para uso dos seculares.
Approvados pelo Ex.""° e Rev."® Sr. D. António, Bispo do
Porto. Porto, 1906. In-8.® de 68 paginas sem numeraçSo.
Por Joaquim Rebello de Araújo, de Villa Real, como editor:
— Albino Chalot e José Velloso de Castro, alferes de infantaria.
' — f Manual para uso dos candidatos ao posto de segundo
sargento de infantariat , coordenado em harmonia com o pro-
gramma annexo ao regulamento para a pronioçíto aos postos
inferiores do exercito de 16 de julho de 1896. — Com appen-
dice relativo á nomenclatura do armamento. — 3.* ediçUo
consideravelmente melhorada. Porto. Typographia Gutten-
berg. 1903. In-8.° de 378 paginas.
— Albino Chalot e José Velloso de Castro, «Primeiros sargentos
L
LBTIH HAS BiSLtOTHECAS
Manual para uso doa candidab
D de infantaria. Coordenado
a annexo ao regulamento par
)re8 do exercito, de 16 de ju
ido pelo Ex.""' Sr. Alexandre J
íHh. — Porto. Typograpliia de
a. Rua da Cancella Velba, 7i
:inas sem numeração seguidat
e 1 folha sem numeração e <
4 fulhaa desdobráveis e sem
meraçSo.
Pontes, como autor e editor,
ieam prcecipue verto. — Verelo
i. Typographia da Cooperativa
ioas.
como autor, tOraeulo», (Ceit
leão Bonaparte). Traduzido, C'
io Pereira. Depositário: Alfre
[, Rua Serpa Pinto, Lisboa. T;
usto Rodrigues, Rua de S.
13 paginas sem numeração.
ir de Ataíde Oliveira, como ai
> AlgozD, por Francisco Xav
'\ formado em theoiogia e dir«
ustituto de Coimbra e conserv
1 da comarca de Loulé. — Lisl
do Diário de Noticias, 93, 1!
eradas e 1 pagina sem numer
Concelho de Olhão da Rest
' de Ataíde Oliveira, bachare
I pela Universidade de Coimbri
isto predial da comarca de
o Instituto de Coimbra. Porto
jr). Travessa de Cedofeita, 04
lumeradas e 2 paginas sem ni
Concelho de Loulé* , por Fri
bacharel formado em theologia
£ ARCHlVOS NâCIONÂÈS ^3
Universidade de Coimbra^ conservador privativo do registo
predial da comarca de Loulé e sócio correspondente do Ins-
tituto de Coimbra. Porto. Typographia Universal (a vapor).
Travessa de Cedofeita, 54. 1905. In 8.® de 358 paginas nu-
meradas e 1 pagina sem numeração.
Pela Typographia Lusitana Editora, como editora, L. C. Kura-
lien. — «Tratado pratico de gymnastica sueca. Para morrer
de velho e go;sar sempre de saúde, bastam alguns minutos
de exercicio quotidiano, sem apparelhos, segundo o methodo
sueco i>. 1907. Typographia Lusitana Editora. 11, Rua Ivens,
13. — Lisboa. 1 folheto in-8.° que alcança até paginas 32.
Pela redacção da a Voz de Santo António» , como editora, — «A gran-
diosa obra de Santo António. — Sua vida. Noticia sobre a Pia
União. Juventude Antoniana e Pão dos Pobres. — Trezena e
Novena em honra de Santo António. — Com approvação e
benção do Ex."® e Rev.*"** Sr. Arcebispo Primaz. — 2.* edição,
revista e aumentada.-- 1907. — Redacção da «Voz de Santo
António B. — Braga. — Todos os direitos reservados. Typogra-
phia Catholica, Rua da Picaria, 74. Porto. In-32.® de 64 paginas.
Por Manoel Pinto de Sousa Lei lo, como editor e proprietário,
1907 — 3 ° anno. — «Annuario do Commercio do Porto», para
a cidade do Porto, Gaia e demais concelhos do dístricto, con-
tendo: todas as indicações officiaes, commerciaes e industriaes,
inclusive os adresses telegraphicos e números telephonicos, e
roais de oito mil nomes individuaes nas moradas do Porto
(IV parte). — Publicado sob a direcção de Alexandre de Barros,
jornalista. Cartonado, 700 réis. — Editor e proprietário, Ma-
noel Pinto de Sousa Leilo. Imprensa Moderna, 53, Rua da
Rainha D. Amélia, 61. Porto. (Registado na conformidade da
lei). Ia-8.^ de xx paginas seguidas por 710 paginas numera-
das e entre ellas 1 folha de 4 paginas sem numeração, com
a planta da cidade do Porto e annuncios.
Pelo Visconde S. Luiz Braga, como proprietário. — A rajada».
Peça em 3 actos, de Henry Bernstein, traducção de Mello
Barreto. Lisboa. Typographia Lallemant. 1906. 1 folheto
in4.^ que alcança até paginas seis.
Pela Livraria Editora Fígueirinhas Júnior, como editora:
— «O cântico dos cânticos» (De Salomão). (Traducção), com
SOLBTIU DAS BIBUOTHECAS
licença da autoridade eccIeBÍaBttoa, pelo Padre
Porto. Livraria Editora de FJgiieirinhas Júnior,
Oliveiras, 77. — 1906, Typographia Universal (a
veasa de Cedofeita, 54. In 8." de 38 paginas.
— «Vida de Santa Tereea de Jesus», pela Estretl
Obra approvada pelo Ex."'° e Rev.""" Sr. D. Ai
do Porto. Porto, Livraria Figueirinlias, Rua das <
— 1907. Typograpliia Universal, Travessa de C
In-12,° de 3 paginas sem numeração, seguidas
ginaa numeradas.
Pela Viuva Tavares Cardoso como editora, Mário
«Divino amon. Peça histórica em 3 actos. Em
— Livraria Editora Viuva Tavares Cardoso, i
CamSea, 6, Lisboa. — Imprensa Operaria, Rua
In 8." de 16t)-XXViii paginas e 1 folha sem nui
o retrato do autor.
Por José da Silva Bandeira como autor, José da Sil
— «Auxiliar do charadista*. Livro indispensável
cifradores de charadas e utilisBÍmo para quem c
trar, rápida e facilmente, termos especiaes de ari
trajos, plantas, animaes, etc. — Lisboa. Emprezj
de Portugal, Sociedade Editora. Livraria Modei
Ivens, 47. — MDCcccvi. In-8." de vm, — 334 pi
radas e 1 pagina sem nuraeraçfio.
Por J. J. da Silva Graça, proprietário do jornal O '
editor e proprietário, Theodore Cahú. — «Her
Lisboa — Propriedade da Empresa O Século — 4
mosa, 43.— 1906. (Caderneta n." 1). 1 folhet
alcança até paginas 8.
Pela Livraria Chardron de Lello & Irmão, editores, c
Methodo de Ahn reÍMmado — «Curso de lingu
pelo professor H. Brunswick. — 7." ediçSo, inte
vista 6 reformada pelo autor. Porto- — Livraria
Lello A Irmão, editores — Rua das Carmelitas !
Imprensa Moderna. In-8.'' de 244 paginas.
Pela Livraria Chardron de José P. de Sousa Lello
r
K ARCH1V08 KACIOKAES 35
Editores, como editora, a O Seringador». Reportório critico-
jocoso e prognostico. Diário para 1907 (e 42.® anno da sua
publicação), por Jó2lo Manoel Fernandes de Magalhães. T —
Vende- se na Livraria Chardron de José P. de Sousa LelIo
& IrmEo — Editores, Porto. 1 folheto in-8.** de 32 paginas.
Pela Livraria Chardron de J. P. de Sousa Leilo & IrmSo — edi-
tores, como editora, «O Novo Seringador». Almanach para
1907, por Daniel Cardoso. — 23.® anno da sua publicação.
Vende-se na Livraria Chardron de J. P. de Sousa Lello &
Irmão — editores, Porto. 1 folheto in-8.® de 32 paginas.
Por Fidelino de Sousa Figueiredo como autor, «Notas elucida-
tivas aos poemas CaniSes e Retrato de Vénus» de Almeida
Garrett, por Fidelino de Sousa Figueiredo (Delfinio), alumno
do 7.® anno do curso complementar de letras. Lisboa — Em-
presa da Historia de Portugal, sociedade editora — Livraria
Moderna — R. Augusta 95 — Typographia — Rua Ivens, 45
e 47. — 1906. In 8.® de 186 paginas numeradas e 5 paginas
sem numeração.
Por Aillaud & C* como editores, «Novo diccionario latino-por-
tuguês», composto á vista dos diccionarios antigos e modernos
mais acreditados, por Francisco António de Sousa, ex-pro-
fessor de ensino livre. — Aillaud & C* — 96, Boulevard
Montpamasse, Paris. — Filial: 242, Rua Áurea, 1.**, Lisboa.
— Lello & Irmão, Porto. — Francisco Alves & C.*, Rio de
Janeiro. — In-18.® de 6 paginas sem numeração e 865 paginas
numeradas.
Keverelro
Por António José Fernandes como editor, Álbum bíblico. — Re-
gisto de anniversarios com versículos para todos os dias do
anno, extrahidos da Sagrada Escritura, colleccionados por
Albano de Sousa, precedido de um prologo do Ex'"* e Rev."*
Sr. F. A. Carlos das Neves, bacharel formado em theologia.
— Approvado pela autoridade ecciesiastica. — Porto. — Livra-
ria Popular Portuense. António José Fernandes, editor. — 44,
Largo dos Lóios, 45 — 1906. Typographia Catholica, Rua
da Picaria, 74, Porto. — In-4.® de vn-227 paginas numeradas
e 2 paginas sem numeração.
• •
BOLETIM DAS BI&U0THtC13
Pela A Eilítora, sociedade anonytua de responsabílid;
como editora:
— Ilypacio de Brion. — aDuas iiiil léguas no Hindual
— íA Editorai), 50, Largo do Conde BarXo, í
Jn^." de 4 follias de um sú I;ulo Impressas, seg
paginas sem numeraçS^o, 215 pagíiins numerada:
3 folhas de um só lado impressas.
— iHistoría das toiradaso, por Eduardo de Noroii
artística de Roque Gameiro. — Lisboa. — Secçiío
Companhia Nacional Editora. 1900. — In-folio di
um só lado impressas, reguidas por 396 pagina
e 33 estampas.
— «Leonor Telles», por Marcelliiio Mesquita. Romai
illustrado a câres, por Manoel Macedo e Roque
volumes in-4." de 002-1 pagina o I vol,, 678-1
vol. e 701-1 pagina o iii vol. — 1904 o i e 19(
volumes.
— uA ambição de um reis, por Eduardo de Noron}
histórico illustrado a cQres por Manoel Macedo
meiro. 1903. — A Editora. Lisboa. — Tomos 8
de paginas 204 a 721 os tomos 8 a 10 e de 71:
tomos 11 a 15.
— »0b mysterioB da inquisição^', por F. Gomes da
trado por Manoel de Macedo e Roque Gameiro. 1
— Tomos 14 e 15. In-4." de paginas 3(J5 a 614
— oO Marquês de Pombal». {Documentos inéditos),
rino BrandUo. Lisboa. — Typograpbia de A Editoi
do Conde BarSo, 50, 1905. — ln-4.", 5 paginai
raçílo, e 129 paginas numeradas.
— fTratado de contabilidade», pelo guarda-livros Ri
chefe da contabilidade geral do Banco Nacional 1
ex-professor proprietário da 5.* cadeira do Atlien
ciai de Lisboa, perito ante os tribunaes comme
publicista. Lisboa, Typographia de A Editora, i
Conde BarSo, 50. 1903. In-4." de 630 paginas
1 pa^na sem numeração.
ÍCHIVOS ÍÍACIOKAES
a por pm'tida& dobradaan. Coordenado
dos iiiellioreB autores, pelo regente pra-
Silva. Lisboa. Typograpliia de A Edi-
3 Banio, 50. 1905. In-S." de 23 paginas
I desdobráveis, de um a6 lado impressas
— «DoloresB. Segunda edição, com um
Oho e illustraçites de Alfredo Migueis.
.aigo do Conde Barão, 50. 1900. In^."
idas, 1 pagina sem niimeraçiío, 1 retrato
ç3es colladas em folhas separadas. (Im-
lia de A Kditora).
— aOs últimos escândalos de Paris».
matico. Traduzido por Joaquim LeitRo.
ioulevardo. A Editora. 50, Largo do
sboa. In-4.'' de 157-1 pagina.
— «Os últimos escândalos de Paris»,
matico. Traduzido por Joaquim LeitSo,
asaca». A JCditora. 50, Largo do Conde
n^." do 157-1 pagina.
— «Os últimos escândalos de Paris»,
matico. Traduzido por Joaquim Leitão.
. A Editora, 50, Largo do Conde BarXo,
! 157-1 pagina.
— lOs últimos escândalos de Paris».
matico. Traduzido por Joaquim LeitSo.
o!loB. A Editora. 50, Largo do Conde
n 4." de 157-1 pagina,
— lOs últimos escândalos de Paris».
imatieo inédito. Traduzido por Joaqnim
ler-lioraem». A Editora, 50, Largo do
sboa. In 4." de 157-1 paginas.
— aOs últimos escândalos de París».
matico inédito Traduzido por Joaquim
} te^^^strell. A Editora. 50, Largo do
■4," de 1Õ8-1 pagina.
llOmilM DAS IIIUUOTllKCAa
-Dubut de Lnfoiest. — tOs últimos escândalos d<
Grande roínance drnmatico inédito. Traduzido por
Leitão. VII — lO Dr. mata criançaai. A Editora, f
do Conde B.irSo, 50. Lisboa, ia é." de 157-1 pagí
- Dubut de Lnfoiest. — «Os ultiraoa escândalos d
Orande romance dramático inédito. Traduzido por
Leitílo. VIII — <0s vícios de um conselbeiroi. A EA
Largo do Conde BarSo, 50. Lisboa. In 4." de 154-
- Dubut de Laforest. — lOs últimos escândalos di
Grande romance dramático inédito. Traduzido por
Leitão. IX — oAb victiuias do prazer». A Editora. E
do Condo BarSo, 50. Lisboa. In-4.° de 156-1 pagi
-Dubut de Laforest. — »0d últimos escândalos di
Grande romance dramático inédito. Traduzido por
LeitSo. X — "Amores á beira-man. A Editora, 50.
Conde Barão, 50. Lisboa. ín-i." de 156-1 pagina
-Dubut de Laforest. — (Os últimos escândalos d<
Grande romance dramático inédito. Traduzido poi
LeitSo. XI. — «Os bailes do Sr. Deputados. A Ed
Largo do Conde BarUo, 50. Lisboa. In^." de 153-
- Dubut de Laforest. — «Os nttiraoB escândalos d
Grande romance dramático inédito, xii — «A estrang
A b^ditora. 50, Largo do Conde BarSo, 50. LUb
de 152-1 pagina.
-Dubut de Laforest. — iQs últimos escândalos d
Grande romance dramático inédito. Traduzido por
Leitflo. xni — bA rcsuscitada». A Editora. 50,
Conde BarSo, 50. Lisboa. In-4.'' de 150-1 pagina.
-Dubut de Laforest. — tOs últimos escândalos d
Grande romance dramático inédito. Traduzido poi
LeitSo. XIV — «A paixão de um bandido», A Ed
Largo do Conde Barão, 50, Lisboa. In^." de 151-
-Dubut de Laforest. — «Os últimos escândalos d
Grande romance dramático inédito, xv — «A sogra
E ARCHIVOS XACI0XAE8
:çSo de Cflbral dõ Quadros e MetrasB Campos. A
, Largo do Conde Barfto, 50. Lisboa. In-4.' de
[jaforest. — lOs iiltímos escândalos de Parisi.
ance dramático inédito, xvi — là adulterai. Tra-
'abral de Quadros e Metrass Campos. A Editora.
o Conde BarSo, 50. Lisboa. In-8.° de 160 paginas.
Laforest — tOs últimos escândalos de Pariss.
.ance dramático inédito, xvii — <0 banqueiro fim
Tradueçtlo de Cabral de Quadros e MetraBS Cam-
tora. 50, Largo do Conde BarXo, 50. Lisboa.
i9-] pagina.
I^aforest. — aOs ultímos escândalos de Parisi.
lance dramático inédito, xviii — bO 83». Traduc-
ral de Quadros e MelrasB Campos. A Editora,
do Conde BarSo, 50. Lisboa. In^.** de 161-1
!>aforest. — «Os últimos escândalos de Parisn.
ance dramático inédito. XIX — «A literata». Tra-
'abral de Quadros e Metrass Campos. A Editora.
} Conde Bar&o, 50, Lisboa. In-4.° de 163 paginas.
Laforest. — «Oe últimos escândalos de Paris»,
iince dramático inédito. XX — *0 protector deniu-
ducçllo de Cabral de Quadros e Metrass Campos.
50, Largo do Conde BarSo, 50. Lisboa. In-4.'*
tgina.
jafurest. — <0s últimos escândalos de París».
ance dramático inédito, xxi — f As meninas ridi-
tuG^So de Cabral de Quadros e Metrass Campos.
30, Largo do Conde Barão, 50. Lisboa. In-4.'>
)pe8 de Mendonça. — Theatro pitoresco. — «O
— Amor Louco. . . », Lisboa. 1900. Typographia
Ja Nacional Editora. Ia-8." âe-224 paginas.
RiiirjoritKCAS
ia«, por Emílio Augusti
Real de Lisboa. — A
Conservatório e pelo
liça. Para uso de porti:
!'ypogrBphia da Compa
1-1 pagina.
Leitura para o povo i
ro Chagas. Obra approi
'onsultiva de Instrut-^ltc
iO desenhos de Alberto i
'onde Bar.lo, 50. LÍBb<
rgia latina». IIluBtrafitf
^uesa de Carlos Elias I
ira, ÔO, Largo do Con<
Aríthraetica, systema i
liasse), por A. Ramos (
■ofessor de bydrognipbi,
) tenente da armada
irai de Instrucção Pub
ie Baríto, 50. Lisboa.
ulio Verne, — hO sobe
lal do Azevedo. Lisboj
argo do Conde BarSlo, !
Olespovar. Romance. 1
çno. 1905. A Editora, f
1. In-S." de 163 pagina
■nens». TraducçSo de H
'edição. — A Editora.
11-8." de 182 paginas.
». TradiieçSo de Ribeir
iii-ao, A Editora. 50, 1
Q-S." de 178 pa^nas.
B AKCHIVOS NACIONAKã
kt. — I Angustiai. (Pagiua da vida de um moleiro),
de Manoel de Macedo. 19o5. A Kditora — Largo
tarSo, 50. — Lisboa. Iii-S." de 172 paginas.
lO filho de NapoleSo I». Traducçíto de Domingos
Quadros. 1905. A Editora. — Largo do Conde
Lisboa. In 8.° de 176 paginas. (Neste volume se
) lauceíro Grieepach», por Quatreilts. — «A saia
or Teodoro de Banville. — «Os vidos do capitão>,
is Coppóe. — íA primeira casaca», por Alphonse
fO garrafSoi, por G. de Maupassant).
ludet, — «O cerco de Paris». TraducçSo de Ribeiro
3 e Moraes Rosa. A Editora — 50, Largo do Conde
Lisboa. In-S." de 209 paginas.
beau. — «O Calvário». TraducçSo de Ribeiro de
I Moraes Rosa. 1.' ediçSo. Lisboa. A Editora.
:;onde Barào, 50. 190Õ. In-S." de 238 paginas.
Balzac. — «O CorooRl Chabertu. TradncçSo de
Macedo. A Editora — õO, Largo do Conde BarSo,
In-S." de 186 paginas. (Neste volume se contém;
e lA mensagem», do mesmo autor).
Tolstoi. — <0 que eu penso da guerrai (Guerra
lesa), TraducçSo de Ribeiro de Carvalho e Moraes
edição. A Editora. Largo do Conde Bar&o, 50.
'8.° de 177 paginas.
reitas, — iMetIiodo completo de ensino de leitura»
ca. Primeira ediçílo, — Lisboa. Typographia da A
>, Largo do Conde Barilo, 50. 1905. In 8.° de 210
ta. — »A volt» do João». Comedia de abrir, ori-
rso. Representada pela primeira vez, no Theatro
ali, no dia 13 de janeiro de 1899. Lisboa. 1899.
ia da Companhia Nacional Editora. In-B." de 30
magaetism» pessoal. Domínio de si próprio e
BULETIM UAS UlUUOTIlKi AS
desenroIvimeDto do caraoterf. 4.' edig&o. L
Typographia de A Editora. — Lisboa. In-8.°
—Biblioteca Horas RomanticaB. — <A corda do <
Peto3Í«. TraducçSo de Manoel de Macedo. LU
A Editora. Conde Baríto, 50. — 1903. In-8.» i
— Alberto Pimentel, — oldillioB â beira de ag
original. (2.' edíçlo revista peto autor). Lisb
Conde Baríto, 50. In-S." de 140 paginas.
-Vicente Blasco Ibanez. — sTerraa malditasu.
Napolello Toscano. Lisboa. — A Editora, Cot
1903. — In-S." de 193 paginas.
—Padre Prévost. — «Miinon Leacaut». TraducçSo
Macedo. Volumes l e íl. Lisboa. — A Editora,
50. 1903. — In 8." de 151 paginas o i volim
ginas o II volume. (Contém este volume mais
pratas, de A. Janvier, e D. «iDuardos o Leal
H. Klein).
~A. Cottin, — uOs exilados da Sibéria». Traducj
de Noronha. Lisboa. — A Editora, Largo do
50, 1904. — In-S." de 142 paginas. (Contei
mais: <0 Indio>, de Alfred Breat).
— Biblioteca Horas Românticas. — Literatura su
um loucos, por .Selma Lagerlõf. TraducçSo
Macedo. Lisboa. — A Editora, Largo do Coe
— In-S." de 141 paginas.
-Adolpho Belot. — «MSe e filha». Traducçlo d
Anjos. Bibliotheca Horas Românticas. Lisboa
Largo do Conde Bário, 50. 1905. In-8.'' dí
(Contem este volume mais: (Um Bacrifieio», .
-Biblioteca Horas Românticas. — Henrique Sut
Moinho silencioso B. Traduc^ão de D. JoXodaC
—A Editora, Conde BarSo, 50. 1905. — In-8
nas. (Contem este volume mais: xKoubo indii
Reinhold, e «A mSo do macaco», por W. W.
K AlíClIlVOS NAClOMAKà 43
— Bibliotheca do Povo e das Escolas. — N.® 219. — «Os inimigos
das crianças. Regras hygienicas», por Guilherme Ennes. —
A Editora. Lisboa. 1903. — ln-32.« de 62 paginas.
— Bibliotheca do Povo e das Escolas. — N.® 220. — «Historia
Sagrada, Velho Testamento», por José V. de Sousa Albu-
querque, capitão de infantaria, commissionado na Guarda
Municipal de Lisboa. — A Editora. Lisboa. 1903. — In-32.*^
de 62 paginas.
— Bibliotheca do Povo e ias Escolas. — N.® 221. — «Os moUus-
eos», por Armando da Silva, director do aquário Vasco da
Gama. — A Editora. Lisboa. 1903. — In-32.^ de 62 paginas,
— Bibliotheca do Povo e das Escolas. — N.® 222. — «As aguas
e o mar na hygiene e na saúde», por Guilherme Ennes. —
A Editora. Lisboa. 1904. — In-32.^ de 62 paginas.
— Bibliotheca do Povo e das Escolas. — N.® 223. — «Noç8es
sobre calculo das probabilidades, theoria dos erros e methodo
dos minimos quadrados, por Rodolpho Guimarães, capitão de
engenharia. — A Editora. Lisboa. 1904. — In-32.° de 63 pa-
ginas.
— Bibliotheca do Povo e das Escolas. — N.'* 224. — ^.«A pesca,
por Carlos Dinis. 1905. In-32.** de 63 paginas.
— Bibliotheca do Povo e das Escolas. — N.° 225 e 226. — «Ta-
chygraphia» , por J. Fraga Pery de Linde. — tO melhor
methodo adaptável á lingua portuguesa». Segunda parte:
historia, bibliographia e paradigma de vários systemas. Lisboa.
A Editora. — 1906. In-32." de 62 paginas a primeira parte,
e 63 paginas a segunda parte.
— Os Diccionarios do Povo. — N." 6 e 7. — Diccionario latim-
português, etymologico, prosodico e orthographico. — A-0 e
P-Z. Lisboa. — 1900. In.l6.^ de 1:128 paginas os dois vo-
lumes.
Pela Livraria Figueirinhas, como editora, n.® 1. — «Caderno de
arithmetica». Pela redacção da «Educação Nacional». — Ty-
pographia Universal — Porto. 1 caderno in-4.® de 24 paginas.
■AS UUiMOTUl.l As
los Livres, como editora:
le Estudos Livres. — «Joaquim
religiosa em Portugal», por '
■ Arte JlusicaU, Lisboa. Typog
:ial«, 5, Cal^'ada da Gloria, 6,
1 de Estudos Livres. Xill. —
nvr-nto de Mafra o. (Brfviasin
para servir na exLMirsilo de 12
)01, — Imprensa Commercial.
. In-S." de 11 paginas.
'inheiro, como editor e propri
o».- — Bibliotlieca de Instrucçi
fiindidoro. Lisboa. Bibliothecj
Autor, Henrique Francem da
vens, 4Í-47. ln-18.° de 4-211
lado estampadas.
çào Profissional. — «ConstrucçS
Bibliotheca de IiistrueçSo Prí
, 6.", l.''Typograpliiíi, Rualvei
aginas e 7 follias dê um só la(
jenio Estanislau de Barros e A.
de Lello & Irmfto, como edito
IruiSos Pregadores. — «A aliua
lita^-Oes. Porto. Imprensa Mod
ginas.
aario da Companhia de Jesus.
icçBio de oragiíes, exames, med
ílo menos abundantes que op
0 ecciesiasticot. Nova ediçSo, ;
1 do Rev.™" Padre Gonçalo Alvi
a. 1907. In 8." de x-G78 pagi
irtas de Inglaterra s . — (Segund
■dron de Lello & Irmão, edíton
:. 1907. Imprensa Moderna.
K ARCHIVOS NACIONAES
— Syivío Romero. — lA America latinas. (Analyae do livro de
igual titulo do Dr. M. Bomlim). Furto. Imprensa Moderna.
In-ã.° àn 361 paginas.
Por Joaquim Sl.irqiifs do Coitto, oorao autor. — tTrigos, lavouras
e eirasD. Manual pratico, útil o indispensável aos cultivadores
d't;Bte cereal, por Joaquim Marques do Coitto. Évora. Mi-
nerva Commert-iai, 1907. In^." de 90 paginas.
^^a^ço
Pela Livraria Chardron de Leilo & Irmilo, como editora:
— J. E. Carvalho de Almeida, diplomado pela Escola Nacion&l
de Agricultura de Coimbra. — «Adubos e prados». — Porto,
1907. Imprensa Moderna. ln-8.° de XU-22G-1 pagina.
— Eça de Queiroz — «Contoso. Segunda edíçSo. — Porto, 1907.
Imprensa Moderna. In-8.° de 8 paginas sem numeraçfto, se-
guidas por 348 paginas numeradas e mais 1 pagina sem
numeraçSo. Com o retrato do autor em 1 foll^ separada.
Por Joaé Ilolbeche Cardoso Castello Branco, como autor: «Pri-
meira tentativa». — Contos originaes por José Holbeclie Car-
doso Castello Branco. Lisboa, Typographia da Casa Catho-
lica, 1907. In-8.'* de fiõ-l pagina.
Por Amâncio dos Santos Correia, coino autor; Livro a." 1 —
«Melhodica cartomancia colleccionada dos mais celebres au-
tores, e consideravelmente moditicada por Amâncio dos Santos
Correiai. Typographia do «Porto Medifoo. Porto (Portugal),
três livros. — Livro n." 1 : In-l^." de '2i) paginas numeradas,
seguidas por I folha cm branco e 130 folhas num só lado
impressas, — Livro n." 2: In-lolio de 5 paginas numerndas
6 36 folhas num só lado impressas. — Livro n." 3: In-folío
de õ paginas numeradas e 32 folhas num só Indo impressas.
(Todos 03 livros teem o retrato do autor).
Por Aceurcio Cardoso, como autor:' Accurcio Cardoso — Coplas
da revista do anno de 1906 «O Tesoa, em três actos e doze
quadros. — Original de Sá de Albergaria. Musica do maestro
lOLETIH DAS BIBLIOTHECAS
1. 1907. Typographia FeniQBular, 18, ]
Porto. In-8.° de 32 paginas.
como editoi-ee: «Petite histoire narrai
r H. Wurmser, professetir sgrégô d'l
luieDB. Illustrations de J. Mahieu. 1"''
ntx. Parie, Ltbrairie Aillaud, 96, Bou
1907. Imprimerie de SuresneB, Lamy f
n-8." de vi-217 paginas. — 2°"' parlie
de 3 paginas sem numeraçílo, Beduid
meradae. — 3"" partie : «Eome». In-8,
iieraç&o, seguida por 198 paginas num(
iilvea Pereira como autor: «O mestre p
o francês sem mestre era quatro mesi
s as íntelligencias e fortunasi, por Jc
dra, publicista. 3.* edição. Lisboa. Ei
estre Popular Aperfeiçoado». Rua do
' — 1906. In 4." de 2 paginas sem numt
retrato do autor e 437 paginas numera
dron, de Lello & IrmSo, como editor;
Branco. — «No Bom Jesus do Monte
1906. Imprensa Moderna. In-S." do
L folha com o retrato do autor.
dim Zoológico e de Acclimaç^o em Po
ria, 24 bilhetes postaes illustrados a
^ardim Zoológico e com os seguintes d
;ico de Lisboa*. — A Editora.
rigues Gaspar, como proprietário, «Pli
;hat e seus arredores. — Escala '/eooo'
ino de 60X70 centiraetros.
como autor: iF. Sá Chaves, Capitão
javallaria, Major da 4," Brigada. — A
(A cavHllaria na campanJia da Mandch
tos e uma carta do theatio das operaç
tas na Escola Pralica de Cavallaria no {
1-1906. Lisboa. Typographia Belenensi
146. — 1907. In-S.» de 194 paginas e
r
E ASCHITOS NACIONAES
volante com am cEsboço do theatro das operações na Man-
dcharia».
Por Joaquim Rebello de Araújo, como editor: aAlfi-res Albino
Cbalot e Vellnso de Ciistro. — Manual do segutido sargento
de infantaria. Coordtjoado em harmonia com o prograiuma
annexo ao regulamento para a promoção aos postos inferiores
do exercito de 20 de setembro de 1906..— 4.» ediçílo. 1907.
Registada nos termos do artigo 604." do Código Civil. Editor
■ Joaquim Rebello de Araújo, livreiro, Vílla Real. — Typo-
graphia da Empresa «Artes & Letras > — Rua da Fabrica,
2 a 10 — Porto. In-8." de 410-1 pa^na.
Por Thomãs Bordallo Pinheiro, como editor e proprietário, «Bí-
bliotheca de Instrucção Profissional. — IndusCiia da Stidai,
Lisboa. Autor — João Faustino Maeoni da Costa. Typographia
da Livraria Ferin. In-4.° de 3 paginas sem numeração, se-
guidas por U3-I1I paginas numeradas e 1 pagina sem nume-
ração.
Por Eduardo Ribeiro, como editor. Ãdministraç!lo, Raa das
Pretas, 17. Fascículo n." 1. — tO Evangelho Popular*. (Re-
sumida explicação do Evangelho das domingas e das prínci-
paes festas do anno), pelo Padre Lourenço de Matos, prior
resignatario de Alfundão e professor de moral na Real Casa
Pia de Lisboa. — Editor, Eduardo Ribeiro. — Volume i.
1905. Instituto Cooperativa de ProducçSo, Rua das Pretas,
17. Lisboa. In-S." de 306-1 pagina.
Por Eduardo Ribeiro, como editor, <0 Evangelho Popular».
(Resumida explicação dos Evangelhos das domingas e das
principaus festas do anno). Com a approvação e sob o patro-
cinio de Sua Eminência o Senhor Cardeal Patriarcha, pelo
Padre Lourenço de Matos, prior resignatario de Alfundão e
professor de moral na Real Casa Pia de Lisboa. — Editor,
Eduardo Ribeiro. — Volume ii e volume iii. — Instituto Coo-
perativa de Prodocção, Rua das Pretas, 17. Lisboa. — In-8,°
de 304-1 pagina o ii, e de 308-1 pagina o m volume.
Bibliotbeca Nacional de Lisboa, em 27 de março de 1907.
~-0 Director, Xavier da Cunha.
BOLETIM DAS BIBLtOTHECAS
Eslatlslica dos volatnes eoiiados pelas Secçles Estrangeiras dt
oaclonaes durante o 1." Irlmeslre de 1907 á Seofio ds
ircblvos Naelonaes
EatadoB Unidos dii Ainericft. .
Estados Unidos do Brazil . . . .
França
Bélgica
E ARCH1V03 NACIONAES
49
Estatística de leitura nas bibllotheeas abaixo designadas
darante o 1.® trimestre de 1907
Sw^Sm e tnas nb-dimõM
Historia, geographia
Cartas geograpliicas
I { Polygrapbia .*
Jornaes
Revistas nacionaes e estrangeiras
II . Scioncias civis e politicas
I
Sciencias e artes
III
J
Bellas artes.
jjT ( Philologia . . .
^^ I Bellas lettras
Y ( Namismatica.
I Estampas
VI
VII
Beligiões
Incunabulos . ,
Reservados . .
Manoscriptos .
Illuminados . .
Vni- CoIIecçâo Camoneana. . .
Total.
Eron
55
9
77
8
32
l
8
345
4
2
16
559
Braga
42
1
45
34
38
39
6
2
3
211
TOIa R«al
23
32
22
3
17
9
50
29
192
CaiMIo
Branco
182
48
23
73
50
376
Secretaria Geral das Bibliotbecas e Arcbivos Nacionaes em 1 de
abril de 1907.
Pelo Bibliothe cario -mor do Reino
O Inspector,
Gabriel Victor do Montt Pereira,
BOLETIU DAS BIBLIOTII FICAS
EsUtlstiea dos leitores di filbllotlieca Nacional de Lisboa
de 1907
pelos leitorea
Utm
»i«
Mt
ToU
1:004
8
227
739
59
861
5
358
390
30
1:865
13
585
i:129
89
Ih Cl 4:61
lltHÍIt4:2'
Mil 8:8!
6i7
545
1:192
1:380
79
1:195
91
2:575
170
143
2:103
145
á:208
4:311
30
5
37
30
35
13
48
28
179
1
28
180
324
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7õ
75
1l6S0
1:680
8:772
5:847
14:619
! Arcbivoa Naciouaee, em 27 à
bliotfae cario -mâr do B«íno,
O Inspector, '
i Vtcior do MoiUe Pertira.
Impreusa da Univbrsioack. 1907
Bíbliotheca Nacional de Lisboa. Exposição bibliographica no bi-ccnte-
oario do Padre António Vieira em 1897. Lisboa, Imprensa Nacional, 1897.
A Exposição Petrarchiana da BibUothcca Nacional de Lisboa. Catalogo
aammario pelo Director da mesma Bibliotheca Xavier da Cunha. Lisboa,
Imprensa Nacional, 1905.
Curso de Bibliothccario-Archivista. Sammario das lições de Bibliologia,
compiladas por José A. Moniz, professor interino da respectiva cadeira na
Bibliotheca Nacional de Lisboa, 2.* ediçio. Coimbra, Imprensa da Univer-
sidade, 1900.
Numismática Nacional. Lição inaugural do curao de Numismática da
Bibliotheca Nacional de Lisboa no anno lectivo de 1888-1889, por J. Leite
de Vasconcellos, professor proprietário da respectiva cadeira. Lisboa, Ty-
pographia do Jornal «O Dia», 10 e 12. Rua Anchieta, 1888.
Elencho das lições de Numismática dadas na Bibliotheca Nacional de
Lisboa por J. Leite de Vasconcellos, 1.' parte do curso (1888-1889). Lisboa,
Typographia do Jornal «O Dia», 1889.
Elencho das lições de Numismática dadas na Bibliotheca Nacional de
Lisboa por J. Leite de Vasconcellos do II curso do anno lectivo de 1889-
18ÍK) até ao VI curso do anno lectivo de 1893-1894. Lisboa, Typographia
do Jornal -O Dia«, 1894.
Relatório dos serviços da Bibliotlieca Nacional de Lisboa desde o segundo
trimestre de lí)03 até ao quarto trimebtre de 1906, por Xavier da Cunha.
Coimbra, Imprensa da Universidade, 1903 a 1906.
Boletim das Bibliothecas e Archivos Nacionaes, publicação oíBcial tri-
mensal. Publicados 5 annos. Coimbra, Imprensa da Universidade, 1902 a
1906.
Uma traducção inédita em latim do soneto «Alma minha gentil ...» Publi-
cada e prefaciada por Xavier da Cunha. Coimbra, Imprensa da Universi-
dade, 1904.
Uma carta inédita de Camòes. Apographo existente na Bibliotheca Na-
cional de Lisboa agora commentado e publicado pelo Director da mesma
Bibliotheca Xavier da Cunha. Coimbra, Imprensa da Universidade, 1904.
A Bibliotheca Nacional de Lisboa na Exposição Oceanographica. Cata-
logo sammario por Xavier da Cunha. Coimbra, Imprensa du Universidade,
1904.
A Bibliotheca Nacional de Lisboa no Congresso internacional de Liége
sobre reprodueçáu de manutjcriptos, medalhas e scllos. Relatório sobre a
legislação portugueza no tocante á reproduc(,ào dos nianuscriptos offerecido
ao Congresso pelo Director da mesma Bibliotheca Xavier da Cunha.
Coimbra, Imprensa da Universidade, 1905.
A Legislação tributaria em beneficio da Bibliotheca Nacional de Lisboa,
por Xa\'ier da Cunha. Coimbra, Imprensa da Universidade, 1903.
A medalha de Casimiro José de Lima em homenagem a Sousa Martins,
descripçâo numismática por Xavier da Cunha. Coimbra, Imprensa daUiii-
versidade, 11)03.
Espécies biblioíjfraphicaa e espécies bibliacas. (^onsidcraçocs sobre no-
menclatura por Xavier da Cunha. Coimbra, Imprensada Universidade, 1ÍK)3,
Concursos públicos para provimento de logares vagos de Segundos Con-
scrvadortís dos (piadros do Real Archivo da Torre do Tombo e da Biblio-
tlieea NncioiíJil de Lisboa, Legislação respectiva. Parecer de José Joaquim
d'A8Ct'iií;rio Valdez. Coimbra, Imprensa da Uuiversidade, 1ÍK)3.
Relíitoriu dos serviços desempenhados em Coimbra e Braga cm Junho
de VMKi por José Joaquim d'Asceusào Valdez. Coimbra, Imprensa da Uni-
versidade, 1904.
Gabinete Numismático da Bibliotheca Nacional de Lisboa (Notas e do*
cumentos) pelo dr. José Leite de Vasconcellos. — I. Moedas de ouro da
epocha germânica. Coimbra, Imprensa da Universidade, 1902.
A excelsa rainha D. Maria II na intimidade. Reflexões aproposito de nni
manuscripto existente na Bibliotheca Nacional de Lisboa por Xavier da
Cunha. Coimbra, Imprensa da Universidade, 1904.
Real Archivo da Torre do Tombo.
índice geral dos documentos conteúdos no corpo chronologico exis-
tente no Real Archivo da Torre do Tombo. Mandado publicar pelas
cortes na lei do orçamento de 7 de abril de 1838. Tomo l.** e único.
Lisboa, Typographia de Silva, 1843.
índice geral dos documentos registados nos livros das chancellarias
existentes no Real Archivo da Torre do Tombo, mandado fazer pelas
cortes na lei do orçamento de 7 de abril de 1838, Tomo 1.** e único.
Lisboa, 1841, na Typographia de G. M. Martins.
Extracto do Real Archivo da Torre do Tombo offerecido á Augus-
tissima Rainha e Senhora D. Maria I, por José Pedro de Miranda
Rebello, amanuense do mesmo Archivo. Coimbra, Imprensa da Uni*
versidade, 1904.
Bibliothoca Publica de Évora.
Catalogo dos manuscriptos da Bibliotheca Publica Eborense, por J.
H. da Cunha Rivára, tomo 1.°, Ultramar. Lisboa, Imp. Nacional, 1850.
Tomo 2.*» Litteratuva, Imprensa Nacional, 1868. — lomo 3.° Historia,
Imprensa Nacional, 1870.
Catalogo do Museu Archeologico da cidade de Évora, annexo de sua
Bibliotheca, composto por António Francisco Barata. Lisboa, Imprensa
Nacional, 1903.
Os reservados da Bibliotheca Publica de Évora, pelo director An-
tónio Joiíriuim Lopes da Silva Júnior. Coimbra, Imprensa da Univer-
sidade, 1907.
Venda avulso, no edificio da Bibliotheca Nacional de Lisboa.
Cada exemplar do numero do Boletim, in 8.** — 200 rélS.
lamero 2— (.'iino
ibrll a JODlio— 1907
BOLETIM
PUBLICIIÇÂO OFFICIAL TRIMENSAL
COIMBRA
Imprensa da Universidade
ieo7
BIBLIOTHECiS E ARCHIYOS MACIOMAES
Pablloagoes offioiaes
INVENTÁRIOS DA BIBLIOTHECA NACIONAL DE LISBOA
Secçio I — Historia e Geographia.
Serie 1.* (nameraçSo preta) — 1.* parte. Lisboa, 1889.
—2.* parte. Lisboa, 1889.
Serie 2.^ (numeração vermelha) — Lisboa, 1895.
Serie 3." (nameraçSo azul) — Lisboa, 1897.
Secção IV — Seiencias civis e politicas.
Serie 1.* (nameraçSo preta) — Lisboa, 1897.
Secção X — Philologia e Bellas-Lettras.
Serie 1.* (numeração preta) — Lisboa, 1890.
Serie 2.* (numeração vermelha) — Lisboa, 1898.
Serie 8.* (numeração azul) — Lisboa, 1894.
Secção XIII — Manuscriptos por José António Moniz. Lisboa, 1896.
— Collecção Pombalina, por José António Moniz. Lisboa,
icçao
1895,
completo.
Inventario do Archivo de Marinha e Ultramar, pelo dr. Eduardo de Cas-
tro e Almeida.
Ilhas da Madeira e Porto Santo, I — Coimbra, Imprensa da Universidade,
1907.
Relatório acerca da Bibliotheca Nacional de Lisboa e mais estabeleci-
mentos annexos, dirigido ao £x.>°<> Sr. Ministro e Secretario d*£stado dos
Negócios do Reino, no l.^ de Janeiro de 1844 por José Feliciano de Cas-
tilho Barreto e Noronha. Tomo I-Officio — Tomos II, III e IV — Appensos
ao officio. Lisboa, Typographia Lusitana, 1844.
Bibliotheca Nacional de Lisboa. Exposição Antoniana, 1895. Lisboa, 1895.
AbTll 1 Jubg— 110
BOIjETII^íI
\m I ARCHivos mmm
da Sacnluia GsnI du Bibliolbecu e Archivos NacioiUKi. L
- J. A. CaMello Branco, Bibliotbetarío Udr do Beioa.
Mijplo « /n^TMiSii na Imprenu di Unicenidiila.
serviços do Real ircbivo àa Tom do Tombo
no primeiro trimestre de 1907
' Senhor. — SSo de V. Ex.' bem conhecidas as
n que assumi a dírecçSo interina deBte Archívo.
doença do Ex."^ Senhor Roberto Augusto da
lem lamentável certamente, e as outras que só
ar e respeitar.
dever em que estou de relatar a V. Ex.* os
te Ârchivo se realisaram no passado trimestre,
ialmente, que V. Ex.' envidava os seus esforços
gnar no orçamento do Estado uma verba parA
'sbSo do nosso inventario geral, para ahi dirigi
minha attençSo. Devo confessar a V. Ex.' que
mpria, atem de um dever burocrático, um gra-
ellectual, porquanto supponho ter a noçSo per-
1 indiapensabilidade deste trabalho para, com
poder escrever a Historia da sociedade joortu-
onseguinte também supponho ter a noçlo do
que Y. Ex.* assim prestou immediatamente ao
lu dirigindo e, d'uraa forma mediata, ao desen-
studos de Historia Pátria no nosso paiz.
)0ÍB pelo inventario d'uma collecçílo de livros de
BOLBTnt DAS BIBLIOTHECAS
de meiados do século xvii, chamada Livros i
lo de que apenas havia imperfeitos siimmarios
quena parte do 2." Era portanto preciso, pari
oe fícar apto para impressSo, transformar o
tentes e continuar extrahindo os restantes •
filo.
sso fiz proceder.
anto trabalhnriím os empregados que do 1."
s 1G21 verbetes; do 2." 890, do 3.» 219 e <
iresenta um total de 3978 verbetes, ou seja
fuihas de impressSo!
mesmo tempo fiz começar com o inventario
chamada Cartas Missivas, cujo enorme inter
Dada de documentos originaes do século xvi,
lie nechuna outros, aspectos ciiriosoB da vic
de portugueza no período quinhentista,
lia havia já uns minúsculos summarios cheios
imperfeições, contrastando com os agora ex
im o maior numero poasivel de dados. SSo p
67, o que nada admira attenta por um la<
lade do assumpto e por outro lado u facto c
jue de tal serviço encarreguei, terem tido
rimestre os impediram. Espero que no proxi
inte bera mais o inventario de tal collecçao.
livraria pozeram-se em dJa algumas das pui
i que por offerta recebemos, requisitaram
os que faltavam e começaram-se esmpturai
IS. Da mesma maneira aa entradas dos n
0 aqui consignar o legado do falleuido monsei
lés depositados neate Arcliivo peio ar. Eugen
mtando maia cem registos de mercês, quiitzi
■a publica effectuada com toda a regutaridac
1 mençilo dos serviços que neate Real Ârchii
am no trimeatre de Abril, Maio e Junho do ar
IS Guarde a V. Ex.»— Real Archivo da Torr
de Junho de 1907. — 111.""' e Etí.."" Senhor B
Reino. — O Director interino, António Edi
■^^
"nr
Relatório dos serviços ôa BibliotlieGa Nacional de Lisboa
no segundo trimestre de 1907
III.™* e Ex.™° Senhor: — O incêndio que em 6 de Abril pró-
ximo passado se manifestou nas aguas-furtadas do prédio em
contiguidade com a Bibliotheca Nacional de Lisboa (prédio que
tem por serventia de escada a porta N.® 5 do Largo da Biblio-
theca Pública) veiu frizantemente avisar-nos dos perigos que
ameaçam o nosso instituto perante a circumstancia de não se
achar esse instituto num editício autónomo, completamente iso-
lado.
E mais um ensejo se me ofFerece para novamente aqui declarar
quanto seria conveniente que sem delongas o Governo de Sua
Majestade pensasse em mandar construir ab imis fundamentis
um edifício especial para segura accommodação das nossas pre-
ciosidades, edifício em harmonia com todas as prescripçcies da
moderna hygiene (hygiene em relação aos livros, hygiene em
relaç&o aos guardas do instituto e aos seus frequentadores).
Quando em meus antecedentes Relatórios tenho instado pela
ampliação dos nossos aposentos, claro está que a esse alvitre não
presidiu nunca, nem poderia por modo algum presidir, a idéa de
que ficasse perpetuamente alojada no actual edifício a Bibliotheca
Nacional. Similhante ampliação representaria apenas um remédio
provisório, um simples palliativo.
O ideal indispensável, — mas ideal cuja realização não poderia
efifectuar-se num lapso de tempo curtíssimo, — ó sem dúvida
alguma a construcção, que deixo dita, de um novo alojamento
irreprehensivelmente apropriado. ^
O incêndio a que me refiro, é um aviso que no ânimo dos
previdentes deve patrioticamente preponderar.
Atalhado intrepidamente pelos bombeiros, como tive occasião
de presenciar, — conseguiram elles circumscrever á parte supe-
rior do prédio incendiado os prejuizos e as damnifícaçdes.
A Bibliotheca Nacional, cujo angulo N.E. pega com o angulo
S.O. do prédio affectado, em nada felizmente padeceu com tal fogo.
Mas. ... se em vez de ser ao meio-dia, fôra de madrugada
-*^.
r
BOLETIM DAS BIBLIOTHECAS
O incêndio, — «, se em vez às soprar o veoto si
o nordeste, — atrevo-me a conjecturar que lan
ua Bibliotheca Nacional sensíveis prejuízos, cou
seriam protecçSo bastante as grossas paredes e
nosso edifício, pois que aa labaredas, projectando
dentro, certamente nos causariam funestíssimos
Aqui fica lavrada a minha prevenção, como
dever indeclinável. Oxalá nos poderes públicos
um echo sympatbico esta minha justa reclamaç!
E vem muito apropósito recordar o que acoí
dez annos, — e de que deixou memoria eacripta
nado ao «pontoi do pessoal litterario da BibH
quem nesse tempo sabiamente Uie dasimpenhav
CoDservador-Director:
iNa madrugada do dia 13 (Junho de 1897^
touio, ardeu o giande barrac&o situado ao sul
entre esta e o palácio Iglesías; queimando aindf
janellas, do lado sul, da secretaria e da Bala i
escada, e charauscando ainda outras. Apenas ut
que estava na sala das visitas, foi mulliado na j
incêndio foi rápido, começando pelas dez horas (
Valeu-nos nessa conjunctura a coincidência
.vento norte e nSo principiar o sinistro por horas
O que tudo está entretanto recommendando
perdi as esperanças de nos serem (como t;u tar
aidos os aposentos hoje occupados pelo GovCm
tudo está urgentemente aconselhando {e nSo ni
repetir), é que o Ciovêrno de Sua Majestade haja ]
a constnicção de um novo edifício para installaçí
Kacional de Lisboa.
à vizinhança do Governo Civil, aggravads
neucia dos calaboiços policiaes, por todos os mo
moda. Do nosso instituto os funccionarios, a quem
de serviço cabem gabinetes de trabalho com jai
para o pateo daqueJIa repartiçilo administrativa,
se me queixam, e com justificada razjlo, do estâi
no socêgo indispensável a seus laborRs, peran
algazarra dos reclusos, quer sejam desordeiros, et
ou alienados que amiúde alli acodem, e cujos inc
berreiros nSo ha maneira de eohibir,
A esta situação deplorável accresce que já (
E ARCHIVOS HÁCI0NÃE8
mais de uma vez tem TÍn<1o jtixtapôr-sd. E
mencionado pateo se teem accendido fogueiras
, ou como taes classificados, pertencentes á
rno Civil ! Nessas occasiSes, a única prevenção
d'ella tenho lançado mSo) é mandar cuidado-
as as janellas que da Bibliotheca abrem para
to de obstar a que papeis inflammados, arras-
ia, penetrem nos nossos aposentos. Nem se
ainha parte exaggêro em similbantes receios,
;casi&o das fogueiras, o Ex.""* Inspector das
hivos e eu, tivemos ensejo de verificar que,
vento, alcançaram a Rua Ivens abundantes
ipeis carbonizados.
no capítulo das dadivas.
lez de Valdeterrazo, Membro da Real Acade-
ncia e Legislação (de Madrid), foí-noa obse-
lo um exemplar da interessante conferencia
'mico alli pronunciou em 12 de Maio de 1905,
lio
tlee en el Derecho Intemaciomd, (Madrid —
raní (como a priori se poderia conjecturar)
i historia portuguesa.
ril do anão corrente, acabou de imprimir-se
ida com retratos e outras estampas, a
I de Gutierre Gomez de Fuensalida Èmhajador
ie$ é Inglaterra (1496-1009). Publicada por
■k y de Alba, Conde de Sii-uela.
'eciosa, e luxuosamente adornada, nos veiu
iplar por oíTerta generosa do Sr. Duque; e
tferencias a vultos da nossa historia, — taes
ffoQSO V, a Princeza D. Joanna (conhecida
«Mente Senborai, e entre os Hespanhoes por
eitranejap), El Rei D. Manuel, a Rainha sua
(filha aos Reis Catbolicos), e o mallogrado
(filho dos dois precedentes).
Nacional de Heapanha recebi um precioso
lia
retratos de jteraonajea etpailoleã que ee con-
UOLKTIH DAS DIBLI0THECA8
an en la Seccion ãe Estampas y de Bellas Arte» de la Biòlio-
Nacional por el Encargado de la Sección Ângtl M. de Barcia.
drid— 1901-1905).
Abrange 1994 Números ease íCatálogoi, — ma» nJIo deve
li concliiir-Be quã apenas 1994 retratos se acham nelle apon-
)8, pois que em miiitie^iiiioB d'aquelles Ntimeros (cada um
qunes se reTere a uma determinada individualidade, que
irsitica de Número para Número) figuram várias espécies
ticas.
O texto do interessante Catálogo traz por appendice diversos
ces que sobremaneira aproveitam a quem pretenda consultál-o.
Este bello trabalho do Sr. Barcia, mais e mais me estimula
lesejos, que nutro, de que também a Bibliotheca Nacional de
>>oa possa um dia publicar Catálogo de seus retratos.
Com relaçUo a tal especialidade possuímos nós uma obra im-
tante e assaz conhecida, elaborada por um illustre escriptor
na Bibliotheca Nacional desimpenhou com elogios merecidos
Ito cargo de Bibliothecario-Mór. Escusado me parece aceres-
tar que me retiro aoa
Estudos biogi-apkicos ou notícia das pessoas retratadas nos
dros históricos pertencentes á Bibliotheca Nacional de Lisboa
José Barbosa Uanaes de Figueiredo Castello- Branco. (Lisboa
1854).
E já depois d'ÍBso, modernamente, o Sr. Gabriel Pereira deu
irae ires inleraseantes opúsculos, que muito aproveitam aos
idiosoe, e de que passo a fazer mençFlo :
Catalogo dos desenhos e aguarellas do Alhum Cifka da B.
L. (Lisboa — 1903). Abrange esse Catálogo 171 Números,
re 08 quaes figuram alguns retratos.
Bibliotheca Nacional de Lisboa — Notícia dos retratos em tela
6. P. (Lisboa— S. d.). Abrange 229 Números.
Setratoa gravados. (S. 1. (Lisboa) n. d.). Abrange 235 Nu-
'OS, e constituo o indico do curioso e precioso volume que a
liotheca Nacional possue na Sub-SecçSo de Bellas-Artes, intt-
do — iRetratos de cardeaes, bispos, « varoens portuguezes
ítres era nobreza, armas, lettras e santidade — Coordenados
mezes de abril e maio do anno do Senhor 1791>.
Torna-se porém muito desejável & enumeraçUo de todos os
■atos (de todos) na Bibliotheca Nacional existentes, — -quer
ira retratos isoladamente estampados, quer sejam aquelles que
fusamente figuram dispersos por livros, por jornaes e revistas.
Quando o Sr. JoSo Augusto Melicio e eu oollaborámos na
E AECHIV08 HACIONAEâ
orgaoisaçXo do catálogo bibliogrsphico, relativo á Secção
Sciencías e Artes, — foi sempre nosso impenho accusar nos v
betes reRpectivoB a especialização de quantos retratos incontr.
semos nos livros que pelas mlíos noa paesaBsem.
Por esse processo eu tinha ein mira facilitar as buscas r
espécies bibllacas d'aquella Secção, quando opportunamenle cl
gasse o desejado momento de organizar o nosso inventa
iconographico, - — visto aasira me parecer que ficaria muito si
plificado o trabalho de investigação para quem de tal tarefa
incarregasse.
Esta observância foi sempre por mira rigorosamente manti
até ao ponto em que, pelo meu ingresso no cargo de Director
Bibliotbeca, deixei de superintender directamente na Secção
Sciencias e Artes.
Entre os visitantes estrangeiros que no trimestre correi
honraram com sua presença a nossa Bibliotbeca, figurou dist
ctamente o Sr. Dr. Manuel Cicero Peregrino da Silva, acti
Director da Bibliotheca Nacional do Rio-de-Janeiro, a cujos i
forços deverá o Brazil no anno próximo (1908) ver inaugura<
em brilhantes condíçdes de opulência, o novo edifício d'aque
importantiesimo estabelecimento.
O Sr. Dr. Manuel Cicero é um mancebo de privilegiada
telligencia, notável erudição, e actividade infatigável, zelosissii
no desimpenho das suas funcçSes, e enthusiasmadisBimo p<
ing rand eci mento da Bibliotheca a seu cargo.
Anda elle agora em vieíta ás principaes Livrarias da Euro
e dos Estados Unidos da America, no intuito de apreciar-ll
de viãu as respectivas organizaçSes.
No exame da nossa Bibliotheca se demorou elle alguns dii
colhendo minuciosas informações, e analysando preciosidades,
despertando as mais vivas sympathias em todos quantos tiveri
(e nesse número me conto eii) a fortuna de travar conhecimei
pessoal com tão distincto cavalheiro.
A elle devemos por dadiva um exemplar de cada um dos ti
módulos do ex-lihris que para a Bibliotheca Nacional do Rio-<
Janeiro artisticamente delineou e mandou executar: esses ti
muduloe irão fígurar no calbums que para tal especialidade est
organizando.
Do Sr. V, C. Scott 0'Connor, — um erudito irlandez e i
amabilissifflo gentleman que esteve em Lisboa algumas semai
BOLETIM DAS BIBLIOTHECAS
iBtndoa na Bibliotheca Kacioosl,—
ilavras.
te, por despedida, ao Sr. Gabriel ^
carta repassada de suprema gec
ueiro acolhimento que recebeu dd
ire em contacto.
miinlio da sua gratidão, e como
ibliotheca, remetteii-noe elle, artis
seuiplar da seguinte publicaçjlo,
intereseantiasima :
Eaat. A record of life and travei
Connor, ComplroUer of Assam. (L
e illuBtrada esta obra com abun
las qiiaes delicadamente coloridas,
'. R. Míddl9toD e duas senhoras (I
:iiDBamente impressa, abrange 2 g
30 nella referencias ao período
d, FernSo Mendes Pinto e Va8C(
irecem mencionados no decurso d
idio do Consulado de Portugal en
liotbeca, offerecido pelo respecti
a ãilatation adynamique de l'estofi
ínrique de Argaez — Deuxtèmeédii
lha nos proveiu, offerecido pelo Si
radonitz, um exemplar da obra qv
denominação :
Atias. Aknentafeln ett 32 Aknei
krer Gemahlintien. (Attenburg — I
iBo álbum genealógico, as ãs. 44
Majestades EIRei D. Carlos de
a Railiha D. Maria Amélia. A r
quartos avós.
pelo auctor, que era 1906 tomou
irnacional de Medicina, introu na '.
ria e&crípta pelo Sr. Dr. Roul
IIV08 NAClONAKã
:e contestam gratuitas affirma^SeB dos
. (Lisboa— 1907).
as com que a Bibliotheca Nacional foi
intemplada, ãgura uma espécie muito
kqui menção particular porque repre-
as lettias portuguezas recentemente
• Media noche. Comedia en ires acto»
ir J. Nomhela y Campo». (Madrid —
i o retrato phototypico do dramaturgo
da por um prólogo de critica litteraría,
a comedia, — O Sr. D. Júlio Nombela
essor da Universidade de Madrid, e
dois annos, esteve em Portugal pro-
ite na Bibliotheca Nacional de Lisboa,
icebi, offertada pelo auctor que reside
'ecediãa d'um breve estudo sobre a arte
fferadito Gomes — 2.* edição, revista
■ 1907).
lor dadira do respectivo anctor, pro*
wíe de Sciencias Phytico-Naiurats do
apresentada a S. Ex.* o Governador
ito de Queiroz Montenegro por António
■ãico naval de í.' classe cm eommissão,
Lyceu Nacional de Macau e Secretario
' 1907J.
pelo Sr. Conselheiro José Carlos de
leca dois exemplares de uma formosa
ublicada, e ornamentada com o retrato
— Affonso d'Alòuquerque (Poema em
:o — 1906).
ivêa, — que entre aa múltiplas fainas
BOLUTIH DAS BlltLlOTHHO
dfl agricultor, magÍBlrado, e político, tem E
iucontr&r momeatos de lazer para se íntreg
ao cultivo das btjjlas-lettrae, —o Sr. Conaelh
num preambulo em prosa a rsz&o-de-ser do
poema interlaça o auctor variadas formas
exemplo do que em tempos practicou Thoi
poema D. Jayme. Em remate do volume,
GonvSa addicionou, para illucidaçSo do tex
de Dotas históricas.
O Sr. Dr. Augusto Luciano SimSes de <
elevada competência de íngenheíro tem o
elevada competência de elegante escriptor,
Junho de 1906 perante a Aasociaçilo dos Eii]
tuguezes o elogio histórico do fallecido Candi
— e deu á luz no aiino corrente, ampliadoí
notas, os fructos do seu lavor, num volui
retrato do extincto.
Esse volume intitula se
Cândido Xavier Cordeiro — Elogio kistori
E d'ell6 recebeu a Bibiiotheca, por offer
O Sr. Commendador Annibal Augusto
na comarca da Figueira- d a Foz, obsequiou-r
brinde um exemplar do seu
Manual do Notário. (Figueira — 1907).
Do Sr. Alberto Carlos da Silva contin
offerta, com que elle nos favorece, das
PitbUcalione of the American jetcish ílit
Dessa importantissima collecçSo, que so'
Portuguezes, deu agora intrada na Bibliotb
timore— 1906).
Offertado peia Bibiiotheca da Universida<
tinuãmoB também a receber o seu Arckiv'
interessante repositório, interessantisaimo de
Neaae repoaitorto ae tem ultimamente pub
de composições inéditas, escriplas pelo céleb
Cruz, — o melliãuo poeta que na clauaura i
á cryatallina fluência do estro, dignamente b
irmilo Diogo Bernardes.
SCHIVOS NACIONASS
1, que do inspirado monge se estXo agora
lOB olhos aquella que no faeciculo 3." do
■g. 45 e BOguintes) appareueii publicada
!^alRpo>. Saltou-me aos olhos, sobretudo
vras de crítica espirituosa que um dos
já certamente no século xvi eram muito
lissimas seriam hoje em relaçSo ao século
natural dos priguiçosoB,
merecer n!lo trabalhando,
iigentes invejosos.
diligencia murmurando,
jizer que porventura
ito mais, não trabalhando.
< ser maior desaventura
rer louvar o que trabalha,
■ louvado o que murmura ! i
eza; parece que estamos contemplando
ICulo XX I
nclusSo a tirar: — é que o Sic vos non
rgilianos e o
ed — tiãit alter konoreêf
irica do (gralho impavonado», com appli-
)s e a todos os logares, nílo a simples
, mas a legitima expressSo de uma eterna
tgueza, que a impresa editora A'0 Secuto
loa sob a diligente direcçito do Sr. Carlos
odernamente apparecido notícias e refe-
.Bibliotheta Nacional, onde regularmente
rasciculos do mencionado hebdomadario.
ellas noticias dois artigos. D'esses dois o
em 6 de Maio de 1907, sob o titulo
\uguezas (artigo illustrado com a repro-
latro frontispieioB mui curiosos e biblio-
ignos de attençâo, — reproducçSo photo-
la sobre os preciosos exemplares da nossa
BOLEI IH DAS BIBLIC
O outro, publicado em 13 de Maio,
cisco Nogueira de Brito (Amanuense i
do-Tombo).
Está subordinado á epigraphe
Como Lisboa recebeu Filippe 2."
6 vem adornado cora a reproducção fa(
colhidas em um dos exemplares que a I
do livro de JoSo Baptieta Lavanha —
Magestade ãd Rey D. Filipe 11. N. ,
Por occBBÍ&o de recentemente nos
El Rei da Saxonia e ÍSua Alteza Real
da Rainha de Portugal D. Maria IIJ
Bettencourt (desvelado investigador da
em assumptos judaicos, e actualmente
theca d'Ajuda) fez estampar numa
(ex cl ubí vãmente destinados a brindes)
Voyage à Lisbonne du 1'rince f
(Auguste II) en Í688 — Extraií du m
Biblioihèqiie Royale ã'Ajudn, IVaãuit
Bettmcourt. (Lisbonne — 1907).
D'eata publicaçSo, executada em p
Bibliotheca Nacional um exemplar.
ÀOB 27 de Janeiro do anno correntt
realizou perante a «Sociedade de Sciei
tugal» uma substanciosa conferencia, i
primír Bob o título seguinte:
D. Luiz de Castro — Aapeeto» econo
(Lisboa— S. d.).
O auctor da conferencia, já de sol
pelas numerosas 'obraB que tem prod
distincto proiisBÍonal, mas um digtinct(
For epigraphe na sua brilhante con
tbeca recebeu por brinde um exemplai
aproveitou das Georgicas de Virgílio,
estes seis versos;
«Baccho, padre Lenêo, se de
Com pâmpanos a Hesperia ao
£ a vindima a espumar lhe ve
Digna-te boje, ó Lenêo, de faoi
e com semblante amigo
pés tingir commÍgo>.
i dando ao pralo, com aprecia-
a a que poz por titulo
0 OchideTite.
*ârecer, ha poacas semanas, o
le occupa ií'«A8 ciTiliaaçSes do
1 devem constituir matéria do
içado.
le Buas idéas, é o próprio auctor
idncçSoi por esta forma se ex-
ainado. Em todos os capitules
I sSo resultado do nosso estudo
. Dr. Arriaga me tronze, tat
)r muito especial vein elle ofiTe-
rrecadar no grupo dos divros
imentos manuscnptos por lettra
cente Maria ãe Moura Coutinho
ladiva um exemplar da oraçXo
eographia de Lisboa elle teve
ne de 14 de Janeiro próximo
rso vem ampliado com annota-
ãe Santarém. (Lisboa — 19t)7}.
Almeida d'Eça e pelo sympa-
(o Sr. Jacintho do Carmo de
rar na Bibliotbeca um exemplar
do com estampas, offerece no
farinhas e a sua bandeira (Âl-
zaçào da Escola Naval, (Lisboa
)Bt& e Victor Hugo de Azevedo
BOLBTIH DAS BlBLIOTHECll
Coutinho, amboe lentes profioientiBsimos naEB
a Biblíotheca Nacional dois exemplares das
Tahua» Náutica». (Lisboa — 1907).
Nesta secçlo das dadivas, mais uma vez
Sr. Eugénio do Canto, benemérito michaelen
diosoa devem bom serviço na publícaç&o <
documentos manuelinos.
Agora nos sahiu elle a terreiro com três
Epittola Helenea Aviw DauidU Preciosi i
Imperatori», aã Emmanudem Lusitanorttm,
anno miUesimo quingenlesimo nono. (Ponta D
Vem seguido o texto latino da Epistola
portuguez e em toscano.
Caiia de El Rei D. Manoel para o juiz, vere
jidalgoi, cavalleiros, escudeiros, homens bons i
da vinda da armada que foi á índia (Escrij:
19 de Junho de 1508). (Liaboa — 1907).
Vem acompanhttda pela reproducçSo fac-BÍ;
Copia literal de las dos cartas de/ Rey D
t'tgal existentes en la Real Biblioteca dei Escot
II-&-7,foh. 172 ai 177. (Lisboa— 1907).
As duas Cartas íncluidaB no folheto supn
gidas ao Arcebispo de Toledo em 2 de M
acompanhou-as o Sr. Eugénio do Canto com
simile de parte doa dois textos.
De todas as três publicações, dadas a lui
doador, foi a tiragem limitada a 60 exemp
quaes ÍDtrou no commercio.
A Direcção Geral dos Trabalhos Geodesic
prosegne sempre no impenho de nos remettei
E, ha poucos dias, nos brindou ella com a
íCarta de Portugali, estampada a cinco c€t
para 50:000, — folha que abrange o Bombai
vizinhos territórios.
Ka mesma escala de 1 para 50:000 tenho c
para a Biblíotheca as folhas publicadas pela iC
com a Hespanhat. Ko primeiro trimestre d(
viam-me sido iutregues as Folhas 31 e 22j n
vieram as Folhas 19 e 20.
os NAGIOHAES
:um grupo de amigos e admiradores
neato Rodolpho Hintze Bibeiroi, e
I insigne estadista, appareceu á luz
ir titulo
scurgog. (Lisboa — 1906-1907).
queltes que na Camará dos Dignos
beiro Hintze proferiu aos 6 de No-
ao «Discurso da CorSai, e, no dia
deantamentos á Casa Beali.
veiu destinado um exemplar d'entre
<n «para distribuiçSo grátis em todo
igueza recebi também um exemplar
ente se distribuiu, intitulada assim:
le do Conselho proferido na reunião
ior Liberal em 1 de junho de 1907.
Yaaconeellos intregou-me, para a
folbeto por esta fórma intitulado:
mologico PortugiiU. (S. I. (Lisboa)
elo Sr. Manuel Joaquim de Campos
assumptos numismáticos), apresen-
roducçíio fac-BÍmile de cinco meda-
ffigie do Principe Regente D. JoSo
e as d'EI-Rei D. Miguel, d'EI-Rei
}. Maria II,
B deve também a Bibliotheca duas
1 uma vez se exemplificam as espe-
ioso collectionador.
introu, foi a seguinte:
hitecloB Civis e Ái-cheologos Portw-
e medalhas do Museu do Carmo pelo
(Lisboa — 1907).
im excellente lavor, illustrado com
inverso e no reverso) do «Projecto
lo 25." annivereario da Real Asso-
) pelo Sr. Dr. Lamas, e adornado
BOLETIH DAS BIBLIOTHECA
com ilIu8tra{3eB maitisaimo intõresBantes, pe
meditas, intitula -se
Medalha commejiiorativa da instituição dt
Historia Portvgtteza — Collecção organizada
(Lisboa — 1907).
Entre os numeroaoe opuecuIoB que sobre m
t«m já publicado o auctor, este me parece ut
se nlto de todos o mais curioso.
Virgo Clemens — Sermão pregado na Saí
cordia do Porto pelo Padre F. J. Patrici
antigo deputado da nação. (Porto — 1907).
Aqui está um suggestivo e formoso foll
me invíou por offerta. Quem ha que xAa (
ornamento da nossa tribuna sagrada ? Ezcubí
recer os méritos do elegante discurso, em que
cfllebrou a influencia da caridade chriatan no
manidade.
O Sr. P. Francisco José Patrício nesse
— depoÍB de invocar por epigraphe o versi
S. Lucas Homo quidam feck ccenam magna
— começa pelaâ seguintes palavras:
•Notável é esta liçRo do evangelho em
Mundo nos conta que um homem de alta
tratando de realisar um grande banquete, ms
a fazerem ob oonvitea a muitas pesHoaa de bi
do-se estas desculpado sob diversos pretexl
chamar os pobres e aleijados para com elles
guiar deveria aer este banquete, como extraí
que revelap.
O discurso que tào interessantemente pri
uma nota histórica, não menos interessante, i
portugueza das Santas Casas de Misericórdia
cHa quatrocentos e nove annoe, deante
de Nossa Senhora, em uma das capellas da
Ihava uma formosa rainha, viuva já, e por iss
o traço do soffrimento no rosto que denotava
dos martyríos próprios a condolência dos mal
estava também um padre trinitarío, a quem
pae dos pobres ; ao lado el-rei D. Manoel com
e depois o arcebispo D, Martinho da Costa, I
hons, oa representantes do povo — Joíto Rodr
£ ARCHIVOS ItAClOKAEâ éd
do Poço, flamengo; Jofto Rodrigues, cerieiro; Gonçalo Fernandes,
livreiro ; e ainda outros. Oravam devotamente, e da oraçSo, ex-
pressão adorável da sua fé, resaltou este grande movimento da
caridade, a instituição da Misericórdia ! »
Evangelho social dos mais nobres quilates — é o que se in-
coDtra no formoso discurso do supra mencionado orador.
Evangelho social dos mais nobres quilates — é o que se nos
depara também na elegante conferencia que a Sr.^ D. Olga
Moraes Sarmento da Silveira realizou na Sala «Portugal» da
Sociedade de Geographia de Lisboa em 18 de Maio de 1906.
 impolgante conferencia, que por um selecto auditório foi
attentamente escutada e merecidamente applaudida, publicou-se
depois em folheto acompanhado pelo retrato da talentosa escri-
ptora.
In ti tuia- se:
Problema feminista, (Lisboa — 1906).
Doesse folheto logrou a Bibliotheca Nacional a fortuna de
receber por brinde um exemplar. >
Impolgante conferencia! torno a dizer. Impolgante confe^
rencia que, depois de entretecer em perfumada grinalda a enu-
meração de várias damas a quem muito devem progressos da
civilização, termina por estas memoráveis palavras:
«Vai longa a lista de nomes de mulheres celebres; mas desejo,
antes de a terminar, falar de um vulto luminoso, de uma Mulher
de coração, que representa na actual sociedade portugueza uma
gloria para o paiz e para o feminismo.
«Reíiro-me a Sua Majestade a Rainha que, com a fundação
da «Assistência Nacional aos Tuberculosos» — Associação que
visa principalmente a protecção á mulher e á creança, — revelou,
com a mais alta e categórica affirmação, não só o seu espirito
culto e comprehendedor, mas o grande e extraordinário valor
que a mulher tem no Ideal humanitário quando o talento a illu-
mina e o coração a guia.
«Terminarei por pedir, e muito especialmente, aos pães, que
olhem com mais amor e mais zelo pela educação de suas filhas,
— para que ellas, quando necessitem adquirir meios de subsis-
tência, não tenham apenas, deante de si, a machina que as tu-
berculiza, ou um caminho mais trágico, mais triste e mais
emocionante. ... o da perdição !
<E ficae inteiramente convencidos de que para a conquista
do progresso, para a redempção social, para a prosperidade futura
8
BOLETIM DAS BIBLI0THGCA8
dos poTOB, neceseítais contar nXo só com a in%e, como com a
ediícadorat.
E agora. . . . falemos saudosamente de alguém que, nas dis-
poBÍçSes da sua última vontade, teve uma lembranga amoravel
para a Bibliotheca Nacional de Lisboa.
Em 4 de Abril deu intrada na Bíbliutbeca um legado com
que se dignou contemplál-a o Conselheiro Monsenhor Joaquim '
Marin Pereira Butto, Cónego da Sé Patríarchal, e ura conceituado
ârcheologo, — fallecido em 23 de Janeiro do anno corrente.
Era elte um dos mais assiduos frequentadores do nosso ins-
títnto.
A collecç&o das espécies doadas veiu-noa acompanhada por
um ofBcio do Sr. Francisco Maria Pereira Botto, irmZo do fínado.
Eis a lista do que recebi:
1." — Religiosissimo Patri FrcEclarinsimo Viro Fr, Petro t/e
Castelbranco, Regalia Alcohacetitis Anhiccenobii Priori vigilan-
titsimo In amorií, tjratitudinis çue signum D, V.
O. C. Concluaione» Metapkigica» De AntePrcedicamentia, Praaide
Fr. Emmanuele À Domítia Nosfra Artium Leclore suatmlnturui
Fr. H'/ficÍnthua A Divo Ber^iardo In Regali Collegio Deiparentis
■De Ceiça integra ttie hiijua mensia. QihesUo ventilanda:
Utinam conceptua objectivua entit realia comniuniaaimi ait uniu,
(Conimbricse: Ex Typ. Regis Artium Collegio Societ. Jesu,
Anno Domint 174G).
Programma estampado no recto de uma folha de seda car-
mezim, — larga folha, na qual se dispuzeram em roquete as tree
paginas do in-folio destinado á impressão dos exemplares com-
mune, — o exemplar que nos fui legado por Monsenhor Botto
representa com certeza uma espécie raríssima, e talvea mesmo
espécie única.
Essa folha de seda carmezim, já desbotada pelo tampo, mandei
eu resguardál-a em adequada lucldura, juntamente com o retrato
photographico do tinado, — retrato que, a instancias minhas, nos
veiu gentilmente offerecido pelo Sr. Francisco Maria Pereira
Botto.
E de tal retrato fiz, por devida homenagem, tirar uma repro-
ducçSo em photogravura que, em testemunho de saudosa gratidão,
acompanha o presente Relatório.
2." — Francesco Marcaldi —Narratione dei stato delia Regina
di ScoHa (Maria, jigliola di Jacobo Quarto Re dei medeaímo
Regno) & dei Príncipe mo fgliolo. (Roma — 1580 — Ms, in-4.°).
(TL.
yv^jsr.
fi AKCHIVOS NAOlOUlÁIãS
71
■^¥.:
*A1
3." — Volame de miscellanea ÍQ-4.^, que abrange as seguinteB
peças :
a) Meriti delli Re di Portogallo Verso La Santa Sede Apos-
tólica. (S. 1. n. d.).
b) Svcesso delia gverra de' Portoghesi soleuati in Pernambuco
contra Olandesi, come appare per lettera dtl Maestro di Campo
Martin Soarez, & d'Andrea Vidal de Negreiros, indrizzata à
António Telles de Silua VAnno 1646, (S. I. n. d.).
c) Manifesto per la Maesta dei Re D. Giovanni IV, di Por-
togallo, Tradotto dalla língua Poi^ghese, neUa Italiana, per vn
suo humilissimo, & detiotissimo Seruitore, (S. I. n. d.).
d) Praeivdicivm Patrvm Ecclesioe Gallicanas Vtrvm vna Pro-
víncia in duas excrescere debeat Per Petrvm De-
marcq, (Parisiis — 1 626).
e) Memoirepour les sieurs Courtin & Barrillon Amhasscuieurs
extraordinaires de sa Majesté, & ses Plenipotentiaires pour le
Traifé de Paix à Cologne, (Paris — 1674).
f) (Notícias de politica enropéa, escriptas em italiano (sem
titulo) e datadas de Paris aos 6 de Abril de 1674). (4 pag. mss.
por lettra do tempo).
g) Traisté de la paix, faiste condue et arrestée entre les estatz
de ces pays bas, assemblez et la Ville de Bi^uxelles et le Seigneur
Prince d'orenges estatz de hollande et zelande, auecq deuers ajfairs
U publiée le 8^ jour de nouembre 1576 Auecq Vagreation et con-
Jirmation du Roy nostre sire sur ce ensuyuie,
h) Punti, et articoli deli' accordo delli paesi Bassi fatto et
concluso nella Villa delia Mareia in feminne li xij febraio 1577.
i) L' Imputationi et colpe contra li Coronelli Allemani Nicolao
Baron di polueiler, George Baron de fransberg. Cario fouere, et
Cornelio van Enden,
j) Capita Foederis intra Belgice Status et Principèni Auriacum
initi,
4.^* — Lepolitiche malatie delia monarchia delia Spagna e loro
medicine. (Ms. in folio, com ornatos desenhados á penna).
£ um memorial dirigido a EURei de Hespanha pelo Capitão
D. António de Somoza y Quiroga^ datado de Madrid aos 8 de
Junho de 1680.
6.® — Raguaglio di ciò che accadde in Roma VAnno 1642.
ira li Ministri di Filippo IV. Monarca delle Spagne e quello di
Qio: IV. Re di Portogallo nel Pontijlcato d'Vrbano VIII. Som.
Pontejice. Estratto dei Tom, XI. di Miscellania neW Arm.^ xv.
fra i Cod. m. s. Vrbinati coUa licenza di N. S. PP. Innoc, XIII.
■\*i
1 ■ i »i
. .'
'Í5
'.•
72 BOLETIM DAS BIBLIOTHECAS
VAnno III. dd svlo Ponteficato. MDCCXXIIL con h differenze,
€ aggiustamento tra Papa Vrbano VIILj e il Duca di Parma •
(Cod. mB. in-foiio).
6.® — Vifoí, et res gestce Ponfijicvm Romanorvm et S. R. E.
Cardinalivm Ab initio nasceniis Ecclesia vsque ad Clementem IX.
P, O. M. Alpkonsi Ciaconii Ordinis Praedicatorvm- & aliorum
opera descriptas, Ctnn vberrimia Notis, Ab Avgvstino Oldoino
Societatis lesv recognita, (Rom« — 1677).
£ obra adornada com excellentes gravuras, abertas em chapas
de cobre e de madeira, — e abrange quatro tomos in-folio dos
quaes infelizmente só recebi os três primeiros (por achar-se
truncado o exemplar).
Doesta edição existia já na Bibliotheca outro exemplar (com-
pleto),— assim como da obra de Âffonso Ciaconio possuímos
edições anteriores e posteriores.
Por compra introu no Gabinete Numismático um exemplar
da moeda de «8 reales» cunhada em prata no anno 1729 sob o
reinado de Filippe V de Hespanha.
O estado excellente de conservaç?lo que apresenta, e que a
torna mui adequada para exemplificação das licções na aula res*
pectiva, instigou o Sr. Dr. Leite de Vasconcellos a prop6r-me
a acquisiçâo de tal exemplar, por elie incontrado á venda, pro-
posta que promptamente perfilhei.
Gravada e cunhada em Paris por Tony Szirmai, adquiri
também para o mencionado Gabinete, num exemplar de cobre
prateado, a Medalha commemorativa do 15.® Congresso Inter-
nacional de Medicina.
O anverso oíFerece-nos o busto do soberano portuguez, com
a legenda (em versaes) Carlos I Rei de Portugal.
O reverso apresenta-nos agrupadas várias figuras allegoricas,
— grupo circumdado na parte superior por esta legenda: XV Con-
grés Intei^iiationál de Médecine. No campo destaca-se uma inscri-
pção : Lisbonne 19-26 Avril 1906.
A Oeselhckaft filr Romanische Literatiir, em cujo grémio
está inscripta a Bibliotheca Nacional de Lisboa, inviou-nos mais
cinco volumes das suas interessantes publicações (Tom. 9 a 13),
a saber:
a) Der Engadiniscke Psalter des Chiampel. Neu Herausgegében
von J. Ulrich. (Dresden — 1906).
E AKCHIV08 NACIONAES
Alixanãre. Manuscrit esp. 488 ãe la Bihlio-
e Paris puhlié par Alfred Morel-Fatio avec
íresde — 1906).
Rappraentazione ín Loguãorese. RUtampata
ra dei Prof. Mário Slerzi. (Dreaden — 1906).
■eproduz-se um opúsculo i-arissímo, impresso
da obra, escripla em dialecto de Logudoro é
Su Isclavamentu De 5tt |[ Sacrosantu Corpua
re lesu \\ Christu | Cun nnu inUrmesu de sa
santos II Padres dae hu Umbu \
seph. Herauegegehen von Ernat Sass, (Dresden
itzSsischen Motetle der Bramherger Haní
Herausgegthen von Alòert Stimming (Dresden
I publicaçUo Rerum Aetkiopicaivm Scríptoret
i a saeculo xvi aã six ciiraute C. Beccari
olilme nos appareceu publicado, o Vol. v da
especial esse volume:
i d'Almdãa S. I. — Historia Aetkiopiae —
e — 1907).
dre Manuel de Almeida vem precedida por
uctio, que abrange duas partes:
et opera p. Emmamtelis d' Almeida Commen-
AethiopicB patris ã'Almeida fontes, dotes et
critica» 8egue-«e em portuguez o texto da
io especial, assim disposto:
ílhiopia a Alta |[ na Abassia \\ Império do
ulgarmente he chamado || Preste Joam || JVoía
•a e da gente que a povoa \\ dos reys que neUa
Tam e tem e do muito que os Padres da Comp."'
ram poios reduzir á verdadeira e Sanfa Fé ||
Dedicada d Magestade d'El Rey || Dom Joam
• II Composta pelo Padre Manoel de Almeida ||
Jesus natural de Viseu \ .
illustrado com três folhas de reprodueçSo fac-
74 BOLETIM DAS B1BLI0THECA8
Do estrangeiro mandei vir também, sequencia dos volumes
que já possuíamos, aquelles que ultimamente haviam sabido á
luz, da preciosa publicação estampada em Berlim sob o titulo
Corpus Inscriptionvm Laiinarvm consilio et avctoritate Aca-
deniiae Litteraríce Eegice Borvesicce editvm,
«
Em prosegui mento do Annuaire de la Législation Françaisey
publicado pela Sociedade de Legislação comparada, mandei vir
de Paris os volumes últimos que faltavam na collecção da Biblio-
theca. Data de 1906 o derradeiro que se estampou.
E outrosim tratei de adquirir na mesma procedência o que
nos faltava do Annuaire de la Législation Êtrangère, cujo último
volume se estampou em 1905.
Da Histoire de VArt depuis lespremiers tentps chrétiens jusqu* à
nos joursj publicada sob a direcção de André Micliel, chegou-nos
agora a 2.* parte do Tom. ii (Paris — 1906), em que prosegue
o estudo da «formaçfto, expansão e evolução da arte christan».
Com respeito a cousas portuguezas tratadas por extrangeiros,
pareceu-me curioso e conveniente para a Bibliotheca adquirir
un;a publicação que recentemente appareceu :
Through Portugal. By Martin Huine. With 32 illustrations
in colourhy A, S. Forrest and 8 reproductions of photographs.
(London — 1907).
Traz no frontispício por epigraphe quatro versos de Lord
Byron, extrabidos do poema Childe HaroWs Pilgrimage, — versos
que dizem assim:
Oh Christ! it is a goodly sight to see
What heaven has donefor this delicious land;
What fruits of fragrance blush on every tree,
What goodly prospects o'er the hills expand.
Sirvam estes e outros elogios, que o egrégio Poeta fez da
nossa terra, como attenuante das injurias, com que elle amar-
gamente invectivou a nossa gloriosa nação.
O auctor do Through Portugal, tomando por epigraphe
aquelles quatro versos de Byron, mostra-senos a priorí sympa-
thico. E tal sympathia se justifica já pela captivante dedicatória
do livro:
€ThÍ8 record of a plcasure joumey through Europeus ^Garden
R AKCHtVUS HACI0XAE8
ht/ tke seat is dedicaled hy graciou» permitsion to Hia Majeity
The King of Porlugali
já outrosim pela Bua delicada amabilidade {tSo rara nos extran-
geiros!) para comnoeco.
O livro abraoge dez Capitulos, cujo interesse resalta euggee-
tivamente das matérias que versa cada um d'elteB:
Oporto ;
Braga anã Bom Je»u»;
Citartia and OuimarSe»;
Bussaco; ■ ,
Coimbra, Tkomar, and Leiria;
Batalha and Alcobaça;
Cintra ;
Lisbon ;
Setiihal, Troya, and Évora;
Hints to traveãers in Portugal.
Martinho Hunie, quando trata de Cintra, volve a citar incan-
tadoras remiDÍscencias de Bjron, e entre essas aqnelle inolvidável
trecho que principia pelos versos
Lo Cintra's glorious Éden interveues
In variegated maze of viount and glen.
E cita eguatmente palavras de Koberlo Southey, que chamou
a Cintra — ttke moit bletsed itpot in the kabitahle globes.
Por ólUmo, lembra os versos de Garrett no poema CamSet:
iCintra, amena estancia,
Throno da vicejante primavera,
Quem te nSo ama? quem, se em teu regaço
Uma hora da vida lhe ha corrido,
Essa hora esquecerá?i
£, como tributo de homenagem á memoria do glorioso Poeta
fortugnez, offerece logo traduzido o trecho supra-transcripto :
*Ak! Cintra, blest abode,
Tke throne of budding spring,
Wko loves thee not? anã wko
Can e'er forget in life
An hour passeã in thy lapft
Falei db Byron , — e de Byron ainda continuarei a occupar-me;
Publicada em Londres em Í90l , appareceu á luz uma oovft
BOLETIH DAS BIBLI0THECA8
.0 dâ obra a todoe os respeitos recommendavel, — obra em
se fazem a Portugal não poucas referencias:
"Afi life, letters andjournals of Lord Byron hy Thomas Moore,
)e Londres a mandei vir, — pois que, possuindo a Bíblio-
1, tanto no originai como eai traducçSea, as «obras pneticas»
lelle BÍngularissimo ingenho que entre nós passou alguns
e que tfto injusto fui para com os Portiiguezes (como j&
ereij, mas que de Portugal tSo lindas cousas escreveu quando
ioube extasiar-se ante as bellezas da nossa pátria, nKo tinha-
tod^via em nossa collecç&o exemplar da espécie a que n^te
ento me refiro.
fesaa nova impressSo «a complete editiont — (como ae diz no
ispicio) — íncontram-se por elementos decorativos numerosas
uras em aço, que representam vistas de logarea memoráveis
iionadoB com a aventurosa existência de Bjron, e retratos
mmortal Poeta em diversas phases da sua vida. Entre as
Taç3es figuram egualmente os retratos de Torc&to Taeao e
oito Jacques Rousseau.
^0 Catálogo que recebi de um alfarrabista londrino, deparou-
e annunciado á venda um exemplar da seguinte publicaçSo:
'HatkarinfE LvaitamcB, Magn(p, Britannice, Francim, et HUier-
Regina. Vía Regia DD. Aogosiini et Thomce Serto vnionum
ersce 'Iheologim ScolasHccB, Dogmaticoi, & Moralía slrata
la. {RomíB — 1677).
!!!oDBtitue o livro uma serie de «conclusões magnas e definiçSesi
icamente defendidas em Roma, — e, imbora nSo possuíssemos
>bra em nossa collecçSo de lavores theologieos, francamente
èsso que me n£o interessaria muitíssimo adquiril-a, ae.nlo a
) descripta com um ibello retrato* da excelsa Frlnceza a
n a publicBçXo fora dedicada.
[ncommendei-a portanto, — e dei-rae por feliz em alcançál-a
,nte o formoso retrato, formoso e formosissimo, que lhe acom-
la o frontispício, retrato gravado em cobre por ^, Bylli,
uto cujas feiçSes fazem um tanto lembrar as da nossa Bainha
liaria II.
Outra acquisíçSo, proveniente do extrangeiro, e que também
icularmente nos interessa;
Saint Antmiie de Lisbonne. >Aatot mygteré. Acte dramatique
ieux parties et irois tableaux par le liaron de "BanfAnna
y. (Livoume — 1905).
E ARCHIVOS NACIONAICS 77
O exemplar qae d'e8te livro introu na Bibliotheca, é o N.^ 84,
— e pertence a uma ediçSLo de 100 exemplares.
O cAuto» é prefaciado pelo Sr. António de Portugal de
Faria, e acompanhado pela Esquisse biographique sur Vauteur
(8a vie — Ses missione — Ses o&uvres), esboço redigido pelo refe-
rido escriptor que foi simultaneamente o editor da publicação.
Citarei mais, entre as diversas acquisiçclles realizadas por
compra no trimestre corrente :
La Civilización. Sus manifestaciones artísticas^ científicas y
literárias en todo el mundo, desde los tíempos más remotos hasta
nuestros dias, por Don Pelegrin Casabó y Pagés. (Barcelona —
1881-1893).
A edição é esplendidamente acompanhada com muitas chro-
mo-lithographias, distribuídas por 3 volumes.
n Sacro Romano Impero di Gi<zcomo Bryce, Tradotto da Ugo
Balzani, Seconda edizione italiana riveduta. (Milano — 1907).
Esta obra, — cujo original inglez conta já na Gran-Bretanha
vinte edições, — álêm de ter sido vertida em italiano, mereceu
egualmente ser traduzida em allemão e em francez, o que basta
para abonar sua importância. O seu derradeiro capitulo abrange
o navo Império Germânico.
Boyer d^Agen — Un prélat italien sous Vancien état pontifical.
Léon XIII d'aprls sa correspondance inédite — De Êénévent á
Perouse (1838--1845J, (Paris— S. d. (1907)— Vol. illustrado com
abundantíssimas gravuras).
Traz este livro (em pag. 429) uma nota curiosa relativamente
ao Cardeal Patriarcha D. Patrício da Silva.
Les enceintes romaines de la Oaule. Êtude sur Vorigine d^un
grand nombre de vtUes françaises par Adrien Blanchet, (Le Puy
— 1907).
O auctor, sobejamente conhecido e apreciado pelas suas pu-
blicações de archeologia e numismática, é «Bibliothecario Hono-
rário» da Bibliotheca Nacional de Paris; — e o livro, que deu
agora a lume, apparece inriquecido com diversas ilIustraçSes.
La vie medicais W autrefois par le Docteur Jules Roger (du
Havre). (Le Havre — 1907),
BOLETm UA8 BIBLIOTHECAS
Juleê Bois — Le Mirade modeme. (Évrenz — 1907).
Incluem -se neste lívro os seguintes tbemas: — *La Métapsy-
lAique — La Surãme et le Surhomme — La Télépathie et les fan-
tSmet deã viountã — Rayon» humaina — MaUons hantéea — Aven-
ttiret d'un revenanl — Un cfiapelet de volantes — Le myifère des
tt^lea toumaniei édairci—Le mécaninne du mirade de Lourde»
— Lee profeeeeure de volonté — Le mirade est en nous — Création
d'una kumanilé aupérieure».
fêvolulion créatrice par Henri Bergson (Chartres — 1907),
Eg»ai tur lea âément» principaux de la rt^éaentation par O.
Hamdin. {Evieux— 1907).
- Os títulos dos cinco Capitulos em que Be divide este livro,
inculcam bem a sua importância:
I — Relation, nombre, tempa.
II — TempSf eapace, mouvement.
III — Mouvement, qiialitê, altération.
IV — Altération, tpécijication, cauaalité.
V — Cwtialttéj jinalité, peraonnalité.
L' Electrieité, aes lois ef aes applicationa miaes à la portée de
toue par Ernest CouBlet. i,Évreux — S. d. (1907) — 2 vol. illns-
trados com retratos -e outras estampas).
Docieur Cabariis — Lea Indiacrétion» de l'HiatoÍrepar VAuteur
du tCabinet Secret*. (Saint-Amand (Cher) — 1907 — 4 vol. com
retratos e várias outras illustraçSes).
Ma loja do Sr. Caldas Cordeiro, — um illustrado alfarrabista
lisbonense, que reúne com muito louvor os dotes de bibliophilo,
biblíographo, e cultor das lettras, — adquiri para a Bibliotheca
as espécies que pasBO a mencionar :
l.'' — Pamphletoa. 1848. (Lisboa— 1848).
Conetitue esta publicaçíto, periodicamente distribuída com
intervallos irregulares, uma serie de 10 fascículos, o primeiro
dos quaes sahtu a lume em 16 de Janeiro e o último em 12 de
Agosto. Abrange artigos de historia, trechos de litteratura amena,
e chronícas politico-litterarias.
2.° — ^ Arte. (Lisboa- 1879-1880— 2 vol.)-
Culiaborada por diversos escriptores sob a direoção de A. de
Sousa e VascoDcellos, esta revista mensal, adornada com gravuras
Ê ÀKCUIVOS NACIONAES 79
abertas em laminas de metal e em chapas de madeira, forma
virtualmente uma espécie de continuação a outra que já possuiamos
sob o titulo Artes e Letras (Lisboa — 1872-1875).
£ ambas ellas se podem considerar precursoras da que em
1894 intitularam Arte Portugueza, dirigindo-a com supremo
acerto e supremo brilhantismo, dois beneméritos especialistas —
os Srs. Gabriel Pereira e Henrique Casanova.
Infíleiram-se todas essas três publicações no grupo a que
pertencem o Jornal de Bdlas Artes iniciado em 1843 sob influencia
de Garrett, e aquelToutro que sob egual titulo appareceu em 1857
por iniciativa de Rodrigo Paganino, a quem gostosamente auxi-
liaram nossos melhores artistas e alguns dos nossos mais notáveis
litteratos.
Jornal de Bellas Artes ou Mnemosine Lusitana se intitulou
também a publicação de que foi director-impresario Pedro Ale-
xandre Cavroé; mas, apezar do titulo com que a baptizaram,
não tem ella direitos legitimes a figurar no grupo que mencionei,
pois que na Mnemosine Lusitana o elemento histórico e o litte-
rario prevalecem sobremaneira, emtanto que o elemento artístico
apparece apenas por incidente. A Mnemosine é quando muito,
mutatis mutandis, a precursora d' O Panorama (começado em
1837), do Archivo Pittoresco (principiado em 1858), d'0 Occi-
dente (inaugurado em 1878).
3.® — Cinco plantas levantadas pelo fallecido ingenheiro João
António de Abreu, e lithographadas em Lisboa:
a) Planta da Eeal Quinta de Caxias (1844).
b) Planta do Real Palácio e Quinta ds Belém (1845).
c) Planta da Real Tapada d' Ajuda (1849).
d) Planta do Real Palácio do Pinheiro e das suas cercanias
(1852).
e) Planta do Real Paço e da Villa de Cintra (1850).
4.* — Aguarelladas em 1850 por A. E. P. as seguintes es-
pécies :
a) Planta e perfl da Fortaleza do Monte de Macáo.
b) Planta e perfil da Fortaleza da Barra de Macáo.
Na loja dos alfarrabistas Pereira da Silva d C^ comprei dois
lotes de manuscriptos que passo a indicar.
Um d'esses lotes é constituido por espécies que pertenceram
á livraria de José Maria Nepomuceno, livraria de que em 1897
se fez leilão. E são os seguintes manuscriptos:
1.** — (Pareceres dirigidos a El-Rei J). Filippe por João
\
BOLETIM UAS DIBLIOTHECAS
Agoetín delia Torre sobre ataumptoa monetários e áciêrca da for-
ti^açSo de Lisboa). In-folio por lettra de principíoe do eeculo
xvu).
2." — (Parecer do BiepoConãe, dirigido a El Sei em 2 ■!«
Junho de 1641, sobre a applicação da prata das égrejas para as
urgências do Estado). (In-folio),
3.° — (Parecer do Arcebispo Primaz de Braga, dirigido a
Bl-Rei em 4 de Junho de 1641, soh-e a applicação da prata àitt
egrejas ás urgências do Estado). (In-fo!ÍOj.
4."— I Livro \\ do Registo da Ocharia |{ áel] S. Magestade \\
q Deos g.''' ]i Feito por ordem de Tkomê de Souza || Conde de
Redonda, Vedor da caza do d.° \\ Silor. |] Sendo Escrivam da
Cozinha \\ António Reb." de Afojic." \\ Anno de 1707. j (In-folio,
cujos dizeres frontiepiciaes, calligraphicamente delíneadoB, se
apresentam circumscriptos por tarja ornamental, artisticamente
desenhada á penna).
O «registo», principiado em 1707, abrange successivamento
diversos annos, — e chega mesmo ao soculo xix, pois que s<S cm
1819 termina.
5." — (Carta do Senhor D. Gaspar (Arcebispo de Brugi)
dirigida ao Conde de Oeiras em 23 de Maio de 1765). (In-folio).
6." — (Officio escripto em Goa ao» 8 de Maio de 1789, e di-
rigido por Francisco da Cunha e Menezes a António Vicente
Rosa, incarregado das negoctaçdes para o restabelecimento do Rei
da CochinchinaJ. (In-folio; original, com assignatura autograplin).
7," — (Compromisso da Confraria de Nassa Senhora da P<iz
e Divino Espirito- Santo, erecta na sua Egreja, no togar dos
Afogados ^ 17.93). (In-folio, com assignaturas autographns, a
imagem do orago desenhada a nankim, e uma tarja frontispicíal
de flores em aguarella polychronica).
8.* — (Registo das patentes do Convento de Nossa Senlwiv
Madre de Deus (extramuros de Lisboa), iniciado em 18 de De-
zembro de 1800 e incerrado em 17 de Novembro de 1832). (Iii-folio,
com assignaturas autographaa, e sèllos sobre obreia).
9.° — Analysis Grafia' Orthoxa, e Demonstrativa de que sem
escrúpulo do menor erro Theologico, a Escultura, e Piv'ura,
podem, ao representar o Sagrada Mysterio da Encarnado figurar
vários Anjos. Dedicada Ao Príncipe Regente Nassa Senhor, pelo
Author da mesma Obra Joaquim Machado de Castro. (In-4,° —
autographo, com 2 estampas addieionaes gravadas em cobre
sobre desenhos do aiictor, e em todas as folhas o sêllo (a t!nta
d'oleo) do «Conselho Geral do Santo Officioi).
E ÁRGHIVOS NACIONAES 81
Esta obra veiíi a publicar-se na Impressão Régia em 1805.
10.° — (Exposi^o de Joaquim Ferreira doa Santos (Official
da Secretaria da Corte e Censura) dirigida em 17 de Julho de
1815 ao Príncipe Regente, participando acharem-se no Armazém
da Revisão livros rtmettidos do Maranhão ao Desimbargador João
Rodrigues de Brito). (OrigÍDal em meia-folha de almasso).
11.° — (Officio do Conde de Villa-Flor ao Bispo dó Pará
(D. Manuel de Almeida de Carvalho) em 16 de Abril de 1818,
sobre assumptos de eocpediente, (Original, com assignatura auto-
grapha).
12.® — (Requerimento do Professor António Maria do Couto,
dirigido a El Rei em 1820, sobre assumptos de propriedade litte-
raria). (Meia-folha de almasso).
13.° — (Officio de Francisco Luiz Antas Coelho (Corregedor
da Comarca de Ponta Delgada) dirigido no 1,^ de I^ovembro de
1825, sobre questão de cereaes, a Joaquim José Monteiro Torres,
Ministro e Secretario de- Estado dos Negócios da Marinha e Ul-
tramar). (Âiitographo, em 1 íl. de almasso).
14.® — Noites campestres. Licções de philosophia moral. Tra-
dacçSo portugaeza de Roque Ferreira Lobo. (In-4.°, com a
assignatura autographa do traductor e as respectivas «licenças»
passadas em 1825).
15.° — (Requerimento de Francisco José Pereira Guimarães
(mestre-chapeleiró estabelecido em Lisboa), no qual o requerente
expZe perante o Intendente Geral da Policia, em Julho de 1829,
a injustiça de sua prisão, e protesta sua adhesão á causa realista),
(Original; em meia-folha de almasso).
16.° — (Peças do processo instaurado contra José Satyro da
Cruz Sobral, que exercia a profissão de cirurgião sem as habili-
tações legaes, — preso por suspeito de conspirar contra o governo
miguelino. 1830), (In-folio, original).
17." — (Officio de Bernardo da Costa Monteiro (Juiz de fora
emVilla-Real de Sant' António), dirigido em 10 de Jidho de 1830
ao Intendente Geral da Policia da Corte e ReinO', sobre provi-
dencias a tomar contra a praga dos gafanhotos), (Original, em
meia-folha de almasso).
18.° — (Mappa de mortos, feridos, e extraviados na acção de
24 de Março de 1833, assignado no acampamento do Fojo por
Francisco Xavier da Silva Pereira j Coronel- graduado do Bata-
lhão N.^ 6 de Caçadores pertencente ao Exercito Libertador).
(Original, em meia-folha de almasso).
Este Coronel-graduado, Commandante do BatalhSo N.° 5 de
BOLETIM DÁS BUtLIOTHECAS
Caçadores, contava precisamente n&quelle tempo
de edade, e já nas campanhas da Guerra Peni
distinguido. Era elle o intrépido militar, que recc
cessivatnente os títulos de I," BarSo, 1," Viaconi
das Antas.
O outro lote de que fiz acquisiySo em casa c
Pereira da Silva & C.*, consta de espécies que
tivraria dos Condes de Linhares.
Aqui vai menção d'eBses manuscríptos :
1," — fíelazione topografica-idrometrica deli' A
Friti ddla maniera ãi aprire la Namgaxione da i
(Cod. io-folio, por lettra do século xviii).
2.' — Balancia do Commercio do Reyno de 1
Provindas unidas da America St^tentrional et
1783 the 1785. (In-foiio).
3.° — En8aio'3.° Sobre o uzo publico das P
que em Portugal se chamão Er.cl^iasticai. 179^
incadernado em marroquim vermelho).
Conetitiie memoria sobre assumptos de ec<
administrativa.
4," —(Memoria sobre a maneira de acudir c
agricultura em PoHugalJ. (In-é.', por lettra di
século xix).
5," — Colecção de Mappas da organização, ã
mento das Alfandegas de Portugal com o plano
nizaçào das mesmas Alfandegas. Copiados do G
aprezentado ao General Junot por Emylio Gui
que foi das Alfandegas de Portugal no tempo d
ceza neste Reyno no anno da 1S07. (Cod. in-folií
João Baptista de Lara em Lisboa aos 12 de A|
tí," — Papeis de Copenhagen (2 vol. de misceli
gem correspondência diplomática de D. Alexa
Holstein e D. Domingos de Sonsa Coutinho, así
informações e notas sobre diversos assuniptos,
essas notaa algumas espécies impressas).
Especificada notícia das matérias contidas nes'
dos «Papeis de Copenhagem incontra-se (em pj
talogo da importante Livraria dos Ex.'"°' Srs.
nhares (Lisboa ^1895).
Da Casa dos Condes de Linhares deve ter tai
fi ARCHlVOS NAClONAfiS S3
uma collecç^o de 363 Cartas originaee, datadas do Paço de
Qaeinz em 1798 a 1800, e escriptas por José Egjdío Alvares
d^Âlmeida (Secretario do Príncipe Regente) ao Ministro e Secre-
tario de Estado D. Rodrigo de Sousa Coutinho, sobre assumptos
de expediente administrativo.
Foi comprada essa collecçXo, em 15 de Abril, ao alfarrabista
António José da Silva.
Falta-me indicar o derradeiro grupo dos mannscriptos que
no trimestre presente adquiri por compra.
No Mercado de S. Bento é que appareceu á venda esse tal
grupo; e foi o barraqueiro JoSo Carvalho quem tal venda me
proporcionou.
O «Merciido de S. Bento», — que é uma verdadeira succnrsal,
ainda mais reles, da reles c Feira da Ladra» hebdomadariamente
realizada no Campo de Santa-Clara (Feira da Ladra, que nada
já se parece com a dos áureos tempos effectuada no Campo de
Sant'Anna), — o Mercado de S. Bento ainda uma vez por outra
apresenta na barraca do JoSo Carvalho espécies bibliacas e até
mesmo documentos manuscriptos de certa importância.
E torna-se tanto mais notável o facto, quanto é certo que o citado
barraqueiro é completamente analphabeto, posto que muito sagaz.
Onde vai elle desincantar os manuscriptos que vende? Nin-
guem o sabe, — nem elle o diz a ninguém, discreto e segredeiro
nesse ponto, systematicamente taciturno, posto que geralmente
estimado pelos frequentadores da baiucn, entre os quaes nHo es-
casseiam bibliophilos, que todos o conhecem pelo familiar cognome
de cMano João».
Foi o cMano JoSo» quem no pretérito Maio me vendeu para
a Bibliotheca os seguintes manuscriptos :
1.® — Memorias Dos successos que acontecerão em França, e
na mayor parte da Europa. No tempo que assisti na quella Corte
com a occupação de Inviado do Sereníssimo Príncipe Regente
despois Rey Dom Pedro II Nosso Senhor A Elrey Christianissimo
Luiz XIV O Autor Salvador Taborda Portugal. Summarío,
(1677-1679). (1 vol. in-folio).
2.** — MemoHas Dos Successos, que acontecerão em França,
& na mayor parte da Europa no tempo que assisti na quella
Corte com a occupação de Inviado do Serenissimo Principe lie-
gente, despois Rêy destes Reynos de Portugal D, Pedro, II. N, S,
A ElRêy Christianissimo Luiz XIV. Author Salvador Taborda
Portugal. (1678-1689). (4 vol. in-folio).
84 BOLETIM DAS BIBLIOTHEGAS
3.® — Cartas De Jozé da Cunha Brochado Sendo Inviado
d* El Rey Z>. Pedro II. (11 vol. in-4.°, que pertenceram a José
de Sousa de Castello-Branco (e doesse possuidor apresentam, em
sinete de lacre vermelho, nos frontispicios, o brazfto d^armas).
DVsses 11 vol. 5 referem-se a negociações na corte de França;
3 a negociaç(!les na corte de Inglaterra ; 2 a negociaçSes na de
Hespanha ; e finalmente 1 abrange cartas dirigidas de Lisboa ao
Conde de Vianna.
4.° — (Negociares e Cartas do Embaixador D. Luiz da
Cunha, Memorias da Paz de Utrecht offerecidas á Rainha Nossa
Senhora), (6 vol. in-folio).
5.® — Instrucçoens Sobre muitas Verdades da Religião Chris-
tãa Por hum Ecclesiastico zeloso do bem das Almas.
Lisboa. Anno de 1774. (1 vol. in-4.*).
6.® — (Memorias do Patriarchado). (1 vol. in-folio, em cuja
lombada se indica ser o aTom. 38» de uma collecç&o).
7.® — Memorías Históricas e Politicas, Ecclesiasticas e Secu-
lares do Reyno de Portugal Compiladas Por Jozé do Nascimento
Pereira da Silva de Menezes, (l vol. in-folio).
8.® — Negociação do Bispo do Porto D. Fr, Jozé de Évora
na Corte de Roma. (1 vol. in folio).
Este Bispo do Porto é D. José Maria da Fonseca e Évora,
mui conhecido entre os estudiosos.
9.® — Constituições dos Religiozos da ordem de Nosso Senhor
Jesu Christo, feytOÃ, & promulgadas no Cap. Geral q se celebrou
neste convento de Thomar este prezente Anno de 1684, Confirmadas
algumas, q vão separadas pelo Illm.^ s.°'' Núcio Marcello Durazo
no mesmo Anno de 1684. (1 vol. in-folio).
10.° — Privilégios e Oraças dos Srs. Reis a este Convento de
Santo Eloy. (1 vol. in-folio).
11." — Caraciefi'es dos Incrédulos e dos Espíritos Fortes mo-
dernos. Tirados ao natural dos seus Onginaes Rousseau e Vol-
taire, Descoh'indo-se o veneno que tem em si, e procurando que
este ou se previna, ou se cure. (1 vol. in-4.®).
Diz no ante-rosto: — «De íoze Caetano de Mesquita e Qua-
dros. Professo na Ordem de Christo, e Cónego da Basílica de
Santa Maria».
12.® — Historía da Jurisprudência Romana. (1 vol. in-4.*^).
13.® — Vida e morte de D. Affonso Castelbranco Bispo de
Coimbra Conde de Arganil, Senhor de Coja e Visorey deste Reino
de Portugal. (1 vol. infolio).
14.® — Elogio Que Ao Principe Regente Nosso Senhor Offerece
E ABCHIVOS kaciokaes 85
Em Dia de seus Faustissimos Annos O mais humilde Vassallo
Joamim Plácido Franco Bravo CavaUeiro Professo na Ordem
de Uhristo, e Fidalgo da Coza de 8. Magestade, seu Mosso da
Camará. Anno 1800. (Folheto in-4.**).
15.® — (CollecçSo de miscdlanea poética). (1 vol. in-4.®).
Principia osse volame pelo Espelho do Invisivd (poema sacro, ,
composto por Troillo de Vasconcellos da Cunha, e publicado em
Lisboa no anno 1714); incorra também várias outras composições
(em portuguez e castelhano) de diversos auctores.
Das espécies que entram na Bibliotheca por depósito de dois
exemplares para garantia de propriedade litteraria, em harmonia
com o art. 604.® do Código Civil Portuguez^ nXo costumo nestes
meus Relatórios occupar-me, visto que de todas as espécies
naquelle intuito registadas remetto mensalmente, para ser publi-
cada no Diário do Governo^ a competente relação, — relaçSo que
no Boletim das Bibliothecas e Archivos Nacionaes apparece depois
reproduzida.
Mas. . . . nSo posso furtar-me ao prazer de, por excepção,
mencionar aqui um livro precioso que ha poucas semanas sahiu
á luz, e cujo auctor, para segurança de seus direitos, depositou
dois exemplares (como preceitua a lei) na Bibliolheca Nacional.
Refiro-me á obra que traz por titulo :
José Queiroz — Cerâmica Portugueza. (Lisboa — 1907).
É livro meticulosamente noticioso, e profusamente adornado
com photo-gravuras representativas de exemplares cerâmicos e
reproducção fac-simíle (por zinco-gravura) das respectivas marcas,
— livro muito interessante e muito valioso, livro que constituo
em relaç&o ao nosso meio artístico uma formosa novidade.
Na secçSo que esse livro consagra exclusivamente aos « Azu-
lejos t folguei de ver apontado e descripto o magnifico painel que
no século xvi foi pintado para a Capella de Nossa Senhora da
Vida, outrora existente na Parochial Egreja de Santo André
(demolida, ha mais de sessenta annos) e na Bibliotheca Nacional
de Lisboa recolhido por louvável iniciativa do Conservador Fran-
cisco Martins de Andrade.
D'esse painel se tinham também já proficientemente occupado
o antigo Oflicial da Bibliotheca Nacional de Lisboa, Dr. José
Ribeiro Guimarães, no Tom. ii do Summario de varia historia
(Lisboa — 1872), — e o Sr. Qabriel Pereira no 2.® opúsculo das
interessantes «Noticiast por elle publicadas áoêrca da Bibliotheca
(Lisboa — 1903),
86 BOLETIM DAS BlBLIOTHECÁS
NSo menos folguei de incontrar, na obra do Sr. José Qaeiroz,
citados com merecido elogio dois illustres membros do Conselho
Administrativo das Biblíothecas e Archivos Nacionaes, — os Srs.
Gabriel Pereira e D. José Pessanha.
Resta-me informar V. Ex.^ ácêrca do movimento que teve,
durante o trimestre corrente, a impressão typugraphica do nosso
Inventario Geral.
Estamparam-se 9 cadernos (de 8 paginas cada um), a saber:
Na SecçSo de «Sciencias e Artes» os cadernos 2.^ e 3.^ da
1.* serie (numeração preta), alcançando-se o N.® 582 da inven-
tariação respectiva ;
Na Secçào de aPhiloIogia e Bellas-Lettras» os cadernos 101.®
a 103.^ da 1.^ serie, alcançando-se no derradeiro dos três o
N.« 11:213;
Na SecçSo do «Archivo de Marinha e Ultramar» os cadernos
15.® a 18.^ do Vol. ii, em que já se chega ao N.® 7:768.
Total : — 72 paginas.
Com esta informação me propunha eu terminar o presente
Relatório, — quando, pela mais agradável das surpresas, me introu
na Bibliotheca, disposto em volume autónomo, o valioso lavor
que o Director da Bibliotheca Pública de Évora tem andado a
publicar em successivos fascículos do Boletim das Biblíothecas e
Archivos Nacionaes.
Esses diversos trechos, em cuja leitura eu me tinha por in-
tervallos regalado, á proporçSo que no Boletim vinham appare-
cendo, — agora os incontro concatenados e reunidos, a offerece-
rem-me no frontispicio de um livro os seguintes dizeres:
Os Reservados da Bibliotheca Publica de Évora. Catalogo
methodico pelo Director da mesma Bibliotheca António Joaquim
Lopes da Silva Júnior. (Coimbra — 1905-1907).
Esse volume ficará constituindo, em nossa collecçfto de es-
pécies bibliographicas, uma espécie verdadeiramente modelar.
Nas 241 paginas que tal volume incerra, — paginas delineadas
com toda a proficiência de um erudito e com todo o carinhoso
amor de quem se apaixonou deveras pelo seu officio, — exempli-
fica-se e demonstra-se o alto merecimento de quem taes paginas
elaborou.
Sem outros estímulos, álêm da sua consciência e do zelo que
por condição innata o incansável Director da Bibliotheca d'Evora
constantemente revela em todos os seus actos de funccionario
^ -r-W ,
E ARCHIVOS NAGI0NAE8 87
exemplarissimo, — o Sr. Lopes da Silva prodazia naquellas pa-
ginas trabalho, qae representa um relevante serviço prestado á
Bibliographia, serviço que justamente merece dos poderes públicos
todo o louvor e toda a recompensa.
Deus Guarde a V. Ex.^ — Bíblíotheca Nacional de Lisboa*,
em 28 de Junho de 1907.— Ill."« e Ex.°»^ Senhor Conselheiro
Bibliothecario-Mór do Reino. — O Director, Xavier da Cunha.
I
o ircblYO de Marinha e Ultramar na Blbliotheca Raciooal de Lisboa
Está impresso o primeiro volume do inventario dos documentos
referentes á ilha da Madeira, que fazem parte do Archivo de
Marinha e Ultramar, incorporado na Bibliotheca Nacional de
Lisboa em 1889.
É um bello volume de (r,375xO",270, com XI— 402 pag.
Comprehende os summarios de 4913 documentos, no largo pe-
ríodo que decorre de 1613 a 1819. Alem dos summarios apresenta
largos extractos de muitas peças de importância histórica, poli-
tica e económica. No final do volume estão diversos Índices, de
nomes próprios de pessoas, remissivo por appellidos, e de assum-
ptos, que muito facilitam qualquer indagação. Ao sr. dr. Castro
e Almeida, primeiro conservador da Bibliotheca Nacional de
Lisbofl, e director da Secção IX, Archivo de Marinha e Ultra-
mar, é devido este vasto trabalho. Transcrevemos no Boletim o
prefacio que nos dá noticia da incorporação doeste importantíssimo
archivo e da sua classificação actual.
Inicia este volume a publicação do Inventario do Archivo de
Marinha e Ultramar.
A recente incorporação doesta valiosa e interessante secção
na Bibliotheca Nacional de Lisboa torna necessário que eu ex-
plique em breves palavras a origem da copiosíssima collecção de
manuscriptOB que constituo actualmente um novo núcleo de do-
cumentos officiaes da mais extraordinária importância, o seu
subido valor histórico e o plano que adoptei para a sua organi-
sação.
Consegui averiguar que durante muitos annos estiveram estes
documentos desordenadamente armazenados em dependências do
Ministério da Marinha e Ultramar, desde 1833, depois de extincto
por decreto de 30 de agosto o Conselho Ultramarino, creado por
Elrei D. João IV (decreto e regimento de 14 de julho de 1642),
ao qual pertencia uma considerável parte, até 1889, quando,
E ARGHIVOS KACIONAES 89
pela necessidade de ampliar as repartiçSes d^aquelle Ministério
foi preciso removel-os para aproveitamento do espaço que occu-
pavam e superiormente decidida a sua transferencia para a Bi-
bliotheca Nacional, por nSo hav^r alli, nem no Real Archivo da
Torre do Tombo, logar disponivel onde se podessem conservar.
Foi entfto encarregado pela Lispecção Geral deu Bibliothecas
e Archivos Públicos, o falleeido Conservador do Real Archivo,
o sr. Raphael Basto, de previa e summariamente relacionar os
respectivos volumes e maços de mss. avulsos e com todo o zelo
des' mpenhou f*ste distincto funccionario a sua missSo, pois apezar
da enorme confusão em que se encontravam os documentas,
baralhados os do Conselho Ultramarino com muitos outros rela-
tivos ás Colónias e á Marinha e dirigidos a diversas corporaçSes
e entidades dependentes da referida Secretaria d'Estado, conse-
guiu ao cabo de alguns mezes organisar a relação, que nos re-
velou a considerável importância de tão numerosa collecção e
que serviu de termo de entrega, á Inspecção Geral das Biblio-
thecas e Archivos, de 1099 volumes e 1857 maços de papeis
avulsos, que em 1889 deram entrada na Bibliotheca Nacional; e
aos quaes mais tarde se addicionaram 280 volumes e 160 maços
de documentos relativos á Africa portugueza oriental, remettidos
de Moçambique em 1892, pelo sr. Conselheiro António Ennes,
Inspector Qeral das B bliothecas e Archivos públicos, então Com-
missario Régio n'aquella provincia ultramarina.
Mais tarde, em 1897, a requisição da Secretaria do Conselho
do Almirantado (officio de 24 de outubro de 1896) ^ em cumpri-
mento do preceituado no artigo 5.° do decreto de 29 de dezembro
de 1887, foram ainda annexados mais 2176 volumes e 900 ma-
ços, provenientes do Archivo da Direcção Geral da Marinha, do
Commando Geral da Armada e dos Archivos de diversos navios
de guerra, de cuja transferencia foi incumbido o Inspector dos
Archivos, o sr. Roberto Au<çu8to da Costa Campos, que por sua
parte encarregou o Official do Archivo da Torre do Tombo, hoje
1.® Conservador, o sr. D. José da Silva Pessanha, de elaborar
as respectivas relações.
Durante muitos annos se conservaram pois estes documentos
em deposito na Bibliotheca Nacional, tendo ensejo o seu erudito
Director e prestimoso investigador, o sr. Gabriel Victor do Monte
Pereira, de poder confirmar pelas suas pesquizas o precioso
interesse que offerecia esta enorme collecção ie mss. oíHciaes,
publicando sobre elles um artigo em 1901, no ^.Boletim da So*
ciedade de Geographia de Lisboa^, intitulado o t Archivo deMa*
BOLETIM DAS BIBUOTBECAB
rinha» e outro em 1902 na Revista illustrada tBrcuàl-Portttgaltf
(numero extraordinário commemorativo do IV centenário do des-
cobrimento doBrazil), com aepígraphe tOArchivo Ultramarino».
N'eBte artigo dizia o sr. Qabriel Pereira : ■ . . . Creio ter
dado uma noticia condensada das riquezas documentaea hoje
depositadas no edÍfÍL-io da Bibliotheca Nacional. Com o Ãrchíro
de Marinha ainda ha pouco aqui entrado, essa colleoj^So ficoa
maÍB seguida e completa.
cO material fundamental para a historia da nossa extraordi-
nária expansSo colonial e da prodigiosa marinha portugueza está
reunido aqui; infelizmente faUa pessoal que/aça valer de prompto
esta legião de códices e maços de papeis que interessa a todos,
que tem um alto valor internacional.
■Algumas Colónias deixaram-nos e seguiram seus destinos;
s marinha definhou; consolação de estudiosoe, temos aqui os
documentos que nos mostram a ousadia, a sciencla, » energia
civilisadoras dos nossos antigos. . . Nos papeis ultramarinos ha
elementos que importam a Portugal, Brazil, Inglaterra, França...
ft todos OB paizes qne teem Colónias, visitadas e possuídas em
primeira mZo pelos portuguezeB>.
Quando em 1901 fui superiormente encarregado de elaborar
a reorganisaçilo doe serviços das Bibllothecas e Archivos Nacio-
naes, que se transformou depois no decreto com força de lei de
24 de dezembro d'e8Be anno, aquellas palavras do sr. Gai.riel
Pereira determinaram- me a propSr a creaçlo na Bibliotheca Na-
cional de uma nova secçSo, a tim de aqui incorporar definitiva-
mente os referidos documentos e assim garantir a sua conservação
6 a continuidade dos trabalhos a que era mister proceder, justi-
ficando o meu alvitre nas seguintes palavras que escrevi do re-
latório que precede o mencionado decreto:
«É oreada na Bibliotheca Nacional de Lisboa uma nova
secçSo, denominada tArckivo de Marinha e Ultramart, formada
pelos documentos do extincto Conselho Ultramarino, do Archivo
de Marinha, que alli se teem conservado em deposito e por
todos aquelles já recolbídos ou que de futuro o sejam, relativos
ás nossas Colónias.
nlncorpora-se assim na Bibliotheca Nacional essa valiosíssima
collecçSo de muitas dezenas de milhares de documentos de variada
proveniência, na sua maior pai te de importância capital, nSo só
relativos á vida, governo, economia e politica das nossas colónias,
como também das províncias que depois se tornaram indepen-
dentes e hoje constituem os Estados Unidos do Brazil.
1
nOt.ETIM DAS BIBU0THECA8
mccintamente explicadas a origem e a importanda
ivo e ant6e de expor o plano que tenho esboçado para
;anÍBaçSo, registarei aqui o nome illustre do beneme-
o do Reino, que decretoika sua creaçfto, o prestigioso
sr. Conbelbeiro Ernesto Eodolpho Híntze abeiro, a
z deve eí>te assignalado a valioso serviço.
tgado d'e3ta secçlto em janeiro de 1902 tive que me
primeiro logar da sua installaçílo, e como a ezecuçSo
a que foi preciso proceder e que fluperiormente requi-
approximadamente dois annos, aó em principioe de
começar com regularidade e aproveitamento os meus
laíío em que se encontravam os códices e documentos
;6rminon-me a proceder previamente à uma arrumaçíHo
pando por ordem cbronologica, quanto posaivel, os
1 collecçSes especiaes.
norosa e difScít tem sido esta tarefa, nSo só peio nu-
ordinário de códices e maços, mas também pelo mi-
ime que demanda tal coordenaçSo.
ÕJO ãe Marinha e Ultramar ache-se ínstallado no se-
nento da Bibliotheca Nacional occupando três extensas
Buaa dependências, ao longo das quaes se extendem
\ ferro, onde ae acbam dispostas as caixas em folha
B, em que se guardam os documentos, todos elles
de capas, contendo a indicação do grupo a que per-
1 extracto resumido do assumpto de que tratam, a
era d'ordem, sjstema que torna de uma simplicidade
lUBca de qualquer d'e]Íes por maior que seja o numero
lim se encontrem classifícados.
tureza especial dos aasumptos a que se referem, divi-
« documentos, em harmonia cora a denomínaçSo do
m dois grandes grupos: um d'elles comprebende os
administraçUo civil, ecclesiasttca e militar das antigas
portuguezas, sua economia, commercio, industrias e
. desde meados do século XYI até 1833; o outro os
Axa é. organisaçfto e serviços da nossa marinha de
respectiva Secretaria dTstado e de diversas corpora-
T^
E ARGHIVOS NACIONAES 93
ç5e8 da armada. Ambos os grupos constam de códices ou volumes
mss. e de muitas centenas de milhares de valiosos documentos
avulsos, cujo numero ainda se não pode hoje determinar.
Entre os códices do grupo Ultramar citarei como mais im-
portantes, 08 seguintes:
Copias de regin^entos, estatutos, leis e ordens regias, relativas
ao Governo da índia (1544-17Õ9), 13 vols.
Registo de officios, cartas, provisões, regimentos, etc. (1648-
1832), 66 vols.
Registo de mercês (1643-1824), 13 vols.
Registo de provisões (1644-1830), 20 vols.
Registo de constdtas (1617-1833), 66 vols.
Registo de documentos officiaes relativos aos governos das dif-
ferentes colónias (1673-1834), 69 vols.
Registo d'ordens regias (1752-1839), 27 vols.
Registo de consultas concernentes ás diversas Capitanias do
Brazil (1G65-1807), 13 vols.
Registo das consultas da índia (1639-1833), 7 vols.
Registo de avisos e ordens para differentes auctoridad^s (1752-
1807), 33 vols.
Registo de cartas do Reino para diversas pessoas (1758-1832),
8 vols.
Registo de cartas para a índia (1675-1833), 6 vols.
Registo de consultas do Conselho Ultramarino (1720-1802),
23 vols.
Registo de consultas do Desembargo do Paço (1755-1833),
3 vols.
Registo de constatas da Mesa da Consciência e Ordens (1755-
1833), 5 vols.
Registo de decretos (1 702-1828), 26 vols.
Escriptos (1752-1807), 54 vols.
Registo de Sesmarias (1795-1823), 5 vols.
Receita e despeza das Fortalezas da índia (1586-1592), 1 voh
Registo dos regimentos dados aos Governadores do Ultramar
(1629-1643), 1 vol. etc.
D'estes códices brevemente será publicado o inventario geral
e ir-se-hSo elaborando todos os Índices que se me antolhem ne-
cessários para o utíl aproveitamento da sua riqueza documental,
tomando assim mais accessiveis os valiosos subsidies históricos,
jurídicos 6 sociaes nelles contidos.
BOLBTUI DAS BIBU0THECA8
Uma grande parte dos documentos avulsos obedece á d
ficaçito geographica, formando as seguintes divisSes:
Madeira e Porto Santo (1752-1833).
Açores (1750-1833).
Cabo Verde e Guiné (1755-1833).
S. Thomé e l>rincipe (1723-1822).
Angola (1609-1833).
Moçambique (1737-1833).
índia (1722-1823).
Macau e Timor (1793-1811).
Berbéria (1776-1819).
BrazU (1750^1822).
A do Brazil, ainda classificada por Capitanias: Babia (1'
1822); Ceará (1781-1807); Goyaz (1750-1807); Mara
(1750-1807); Hatto Grosso (1751-1807); Minas Geraes (V.
1807); Pará (1753-1822); Parahyba (1753-1807); Pernam
(1757-1807); Piauhy (1759-1807); S. Pedro do Rio Grand
Sul (1752-1773); Rio de Janeiro (1751-1820); Rio Negro (1'
1795) 6 S. Paulo (1752-1805).
Além d'eetes, outros formam as collecçSea intituladas:
Sequerimmtos {lf;02-1833), 800 caixat.
Contultoa (1606-1833), 500 caixas.
LembreUg (1600-1833), 250 eaixa».
Papeia de aervi^ (1612-1833), 100 caixas.
MitceUanea, etc., ele.
De todas estas collecçSes se publicarSo inventários, de
serie é este o primeiro volume, estando o segundo e ultim
Madeira quaei concluído.
Indicando siinimariamente nos inventários o assumpto de
trata cada documento, referindo o que encerram de mais
ressante, extractando alguns e reproduzindo outros, julgo
seguir que os estudiosos encontrem n'estes trabalhos de in
tariaçSo todos os elementos necessários ás suas pesquiz;
informaçSes, que em muitos casos dispensarão a consulta dii
doe documentos, em cuja busca serão sempre valiosamente i
liadoB pelos índices de nomes, appellíãos e assumptos, que a<
panharSo cada volume.
Publicarei também succeesivamente a relação dos Mapj
Plantas geographicas, que tenho encontrado em grande nui
fíiv: ■
E ABGHIYOS NÂCIONAES 95
e de uma interessantíssima coUecçSLo de figurinos militares dos
regimentos coloniaes; 12 cartas originaes e inéditas do Cardeal
Rei, algumas relativas ao seu projectado casamento; relatórios
importantes dos nossos antigos Governadores do Ultramar;
narrativas de viagens de exploraçXO; tanto em África como no
Brazil, etc.
#
« *
Precioso auxilio teem já prestado os documentos d'este Ar-
chivo, para a solução das questSes diplomáticas suscitadas entre
o Brazil e a Republica Argentina sobre os limites do território
das Missões; entre o Brazil e a França, sobre a delimitação com
a Guyana franceza; entre o Brazil e a Inglaterra^ primeiramente
acerca da occupação da Ilha da Trindade e por ultimo sobre a
delimitação com a Guyana ingleza, cuja decisão foi confiada, por
arbitragem, a S. M. o Rei d'Italia, que por sua vez aqui se
dirigiu também.
Com os trabalhos de investigação dos emissários inglezes e
brazileiros e especialmente do intelligente e distinctissimo Con-
servador, o sr. José António Moniz, que como diz o sr. Gabriel
Pereira, n'um dos seus artígos, foi o primeiro piloto n'este oceano
de códices, maços e papeis avulsos, colheu-se grande copia de
documentos que interessavam a todas essas questSes e que á
evidencia provaram a sua extraordinária importância.
Depois da sua encorporação na Bibliotheca Nacional^ apesar
de recente e ainda pouco vulgarisada, muitos nacionaes e extran-
geiros teem consultado já com interesse e aproveitamento o
Archivo de Marinha e Ultramar, e alguns a elle se teem referido
nas suas publicações, entre os quaes me lembram os srs. Con-
selheiro Ayres d'Ornellas, actual Ministro da Marinha e Ultra-
mar, n'um artigo publicado no seu jornal a Jornal das Coloniasn
n.® 1081 de 9 de julho de 1904; Georges Scelle, na sua excel-
lente obra tLa traite négrière avx Indes de CaatiUe^^ Paris,
1906; dr. Justo Jansen Ferreira, illustre medico brazileiro, no
seu opúsculo 9iA propósito da Carta geographica do Maranhão^y
1904; o erudito académico Senna Barcellos, na sua aHistoriade
Cabo V€i'dei» ; o distincto advogado de Lisboa, dr. J. F. Azevedo
e Silva, na sua publicação ^Estvdos de Direito Commerciah^
Lisboa, 1906, pag. 79 e ainda os srs. Barão de S. Pedro, Vi-
cente d'Almeida d'£ça, Marquezes de Bisio e d'Albon, Conde
BOLKTIU DAS BIBU0THECA8
H. de Castríea, dr. H. Cicero Peregrino da f
0'CoDnor, dr, J. Deniicé, Charles Chandler, I
ker, etc.
Terminarei affirmando qnSo demaeiadamen
emprehendímeDto que me confiaram e quanto <
nimadora a certeza de que jamais o verei co:
persistentes que sejam os meuB trabalhos e [
que seja a mmha vida. Tamanha é a empreza,
eu tinha a incitar-me o desejo de justíficiar a r
as palavras que escrevi no relatório de 1901
prazer que tomo o compromisso de continuar a
minha actividade e espedal dedicação aos trab
de Marinha e Ultramar, a fim de que, nito f
por completo, deixe ao menos a minha obra t!
n&o Beja já posaivel perdel-a.
NSo lograrei talvez outra compensaçSo, mas
duvida aquella, que já agora me estimula, a cc
ç&o, permittn-se-me a vaidade, de que intentei
iheca Nacional e ao meu paiz um serviço de v
Lisboa, 31 de maio de 1907.
Eddabdo de Castb
E AOCHIVOS HACIORAES
iLlOTHECA NACIONAL DE LISBOA
REI1I8T0 DE FROPRIEDIDB UITERftRIi
as entradas no anno de 1007
a Editora Viuva Tavares Cardoso, como editora,
Xavier de Novaes. — «Inês de Horta*. Comedia
ica em 5 actoe. Com variações sobre motívos da
aBtroi, do maestro JoSo Baptista Qomes. — Obra
n verso. Prefaciada e seguida de um estudo biogra-
rario, onde tambera figuram peças nSo publicadas e
iSo sabidas, peto Visconde de Sanches de Frias. —
Liivraria Editora Viuva Tavares Cardoso. Õ, Largo
es, 6. — 1906. Imprensa Moderna, 53. — Rua da
. In-8.° de uma folha com o retrato do autor, 261
lumeradas e 4 paginas sem numeraçSo.
ria Ferreira, como autor, JoSo Maria Ferreira. —
ido. I. <0 Marquês de Pombal* (poema antt-jesui-
ifadado pela illustre poetisa D. Angelina Vidal. —
Livraria Avellar Machado, 19, Rua do Po^ dos
íl, — Lisboa. In-S." de 26 paginas.
íLivreaii. — Porto, como editora, n." 1. — EdíçJo
a «Livres». Porto. — aOs três da vigairada, TosSo,
I Tacada*. (Pacto na sombra). Ãnno da desgraça,
Keste jardim da Europa á beira-mar plantado Im-
u:ÍonaI. — Porto. In-4.° de uma folha sem numeraijilo
ia de um só lado e 8 paginas numeradas.
t Figneirinhas, como editora, «A civilidade*. — Pela
BOLETIH DAS BIBUOTHECAB
redacçXo da Educaçíto Nacional. Porto. Livraria 1
1907. Typographia Univeraai. — In-12.° de 74
Por António Sebastifto bidalgo, como editor, M. di
— (S. Clair das ilhas ou os desterrados de Ban
ç&o de Oscar Ney. 2 volumes in-4.'', tendo o i i
ginas sem numeração, seguidas por 298 pagínae
uma pagina sem numeraçXo e 5 folhas de um sd
p;,daa. Lisboa. 1891-1901. Typographia de *0
Por Bento Carqueja, como proprietário, «O Lavrai
moveis agrícolas Maria Cbristinai. Organizadas |
mercio do Porto. Director Bento Carqueja. Jor
N.''43. — Março de 1907. Officinaedo tCommerci
In-foUo de 4 paginas.
Por Francisco Franco, como editor :
— Biblioteca Dramática Popular. — N.* 192. — Fran
de Amorim. — lOdio de raça* . Drama em 3 acl
2.' ediçUo. Lisboa. In-S." de 40 paginas.
— N.* 193 — JhHo Guimarães. — tO casamento do
dens*. Aproposito em 1 acto, original. Lisboa,
paginas.
— N." 194— N. T. Leroy. — «NinÍB. Opereta em 1
e musica original. Lisboa. In-S." de 20 paginas.
— N.° 19Õ — Trindade de Lima. — «Um namorado
annos>. Comedia em 2 actos, imitação. Lisboa,
paginas.
— N." 196 — Luís Ferreira de Castro Soromenho.'
Drama em i acto, original. Lisboa. In-8." de 1
— N." 197 — Maximiano Rica (M. Cacir). — «A su
media original em 1 acto. Lisboa. In-S." de 15
— N." 198 —Francisco da Costa Braga. — «João,
Drama em 6 actos e 8 quadros. Traducç&o do frai
In-8.' de 70 paginas.
— N.' 199 — Francisco da Costa Braga. — iHotel c
E ARCHIV03 KACI0NAE9
TftTilhaBi. Opereta em 1 acto, troducçSo. Lisboa. In-4.° ãs
14 paginas.
— JI." 200 — A, J. P, Varella. — lUm marido que rapta sua
mollier*. Comedia original em 1 acto. 2.* «diçSo. Lisboa.
Íi-S." de 16 paginas.
— N." 201 — José Pinto de Campos. — tO filbo bastardo*. Co-
media-drama em '2 actos por Mareau e Delacour. TraducçSo.
Lisboa. InS." de 21 paginas.
— N,* 202 — Salvador Uarques. — aP%o, pio, queijo, queijo».
Comedia em 1 acto, originai. Lisboa. In-8.° de 12 paginas.
— N.' 203 — N. T. Leroy. — lO mestre de dança*. Opereta
em 1 acto, original. Com musica coordenada pelo autor.
Lisboa. In-S." de 21 paginas.
— N." 204 — Francisco Gomes de Amorim. — iG-higí*. Drama
em 5 actos, original. 3.' e^çSo. Lisboa. In-8.° de 56 paginas.
-~N.* 205 — N. T. Leroy. — «A ultima modal». Opereta em 1
acto, imitaçSo. Lisboa. Id-8-° de 1& paginas.
—- N.' 206 — Joaquim Pereira. — «Que embrulhada!?. . .*, Co-
media em 1 acto, imitaçXo. Lisboa. In-8.° de 24 paginas.
— N.* 207 — Francisco Gomes de Amorim. — *A viuva*. Co-
media em 2 actos, original. 2.^ ediç^. Lisboa. In-S.** de 30
paginas.
— N." 208 — Venâncio Carlos dos Santos. — «O adultério*. Drama
em 1 acto, original. Lisboa. In 8.** de 12 paginas.
— N." 209 — Bessa Munné. — «Musica caracteristica*. Opereta
em 1 acto, ímitaçSo. Lisboa. In-8.° de 19 paginas.
— N.° 210 — E>luardo Garrido. — tUm velho amigo». Visita de
amizade em 3 actos, accomodada á scena portuguesa. Lisboa.
In-S." de 48 paginas.
— N.' 211 — José Joaquim da Silva. — tOs crepúsculos*. Come-
dia-drama em 1 acto, imitaçito. Lisboa, In-é." de 16 paginas.
BOLBTIH DA8 BIBLlOTBIfClS
-N." 212 — N. T. Leroj.— «o sol de owro». Oper*
acto. Letra e mueica original. Lbboa. In-8.° de lÕ
— K." 213 — JoSo da Camará. — (A Rosa enjeitada*
em 6 actoB, orí^nal. Lisboa. In-8.° de M pagioas.
-K.* 214 — Eduardo Garrido. — (Silencio calado». U
Carça em 1 acto, orígÍDal. Liaboa. Iii>4.'* de 8 pagii
-N.» 215~Augu8to Véraa. — «PantaleRo & C». Coi
1 acto, original. Lieboa, In-8.° de 11 pa^naa.
— N.** 3 16 -T- Joaquim Pereira. — lOs mentírosoB». Coi
1 acto, imitaçSo. Lisboa. In-8.'' de 20 paginas.
-N." 217 — Eduardo Schwalbach Lucci. — «Os Pt
Comedia em 3 actos, original. Liaboa. Id-S." de 53
-N.° 218 — Roraualdo de Figueiredo. — tOsdoídoecoí
Aproposito em 1 acto, original. Liaboa. In-8.*' de 19
— N." 219 — Penha Coutinho. — «Precisam-se dois hom
Comedia em 1 acto, original. Lisboa. In-S." de 16
-N." 220 — Rufino de Campoa, — iSe Jesua voltas
Comedia em 1 acto, original. Lisboa. In 4.* de 8 p
— N.° 221 — António D. Alves de Azevedo. — tAlhici
mSe>. Drama em 3 actos, original. Lisboa. Id-8
-N." 222— Laurentino M. SimSea. — «A Toreea». E
dramatico-comico, burlesco em verso, original. LÍsL>i
de 6 paginas.
-N." 223 — JoSo Borges. — lEaperteza femininai.
em 1 acto, original. Lisboa. In-S." de 16 paginaa.
— N." 224 — José Joaquim da Silva. — <A ãdalguinha d
Comedia em 1 acto, original, Liaboa. In-S." de 15
-K.» 225— Eduardo Fernandes (Vespao). — tO vi
cimai. Comedia em 2 actoa, arreglo do Irancêa.
In-8.° de 24 paginaa.
r'
fi ABCHIVOS KàCIONAES 101
•N/ 226 — Fernando Schwalbach. — cA preguiçosa». Comedia
em 1 acto, original. Lisboa. In-4.^ de 6 paginas.
•K.^ 226 — Eduardo Schwalbach Lucci. — c Anastácia d C.*,
Modas e confecções». Comedia em *à actos, original. Lisboa.
In<8.^ de 59 paginas.
N.° 227 — Jaime Bramfto.-->cA saudade». Drama em 1 acto,
imitação. Lisboa. In-8.^ de 15 paginas.
-N.® 228 — António Alves (Belgrado). — cQue meninos! • . . »•
Opereta em 1 acto, original. Com musica coordenada por
Seternio Marton. Lisboa. In-8.^ de 15 paginas.
N.* 229— Eduardo Schwalbach Lucci. — «A Sr.» Ministra».
Comedia em 3 actos, original. Lisboa. In-8.*^ de 64 paginas.
•N.** 230 — José da Camará Manoel. — «Para homem só. . .».
Comedia em 1 acto, originai. Lisboa. In-8.^ de 13 paginas.
•N.* 231 — José Joaquim da Silva. — aPor um cabello.*.».
Comedia em 1 acto, imitaçXo. Lisboa. In-S.^ de 13 paginas.
•N." 232 — António Alves (Belgrado) — «Entre namorados»,
opereta em 1 acto, original ; musica coordenada pelo maestro
Sternio Marton. Lisboa. In-8.^ de 14 paginas.
•N.^233 — Alexandre Dumas (Filho) — «A dama das camélias»,
drama em 5 actos, representado com extraordinário successo
em diversos theatros de Lisboa, Porto, Coimbra e Brasil, etc,
TraduoçSo livre de E. Nascimento Correia. Lisboa. In-8.® de
60 paginas.
-N.> 234 — José Joaquim da Silva — «Um anjo no 5.® andar»,
comedia em 1 acto, traducção. Lisboa. In-8.® de 12 paginas.
-M.® 235 — Marcelino de Mesquita — «A noite do Calvário (As
victknas)», peça em 4 actos, original. Lisboa. Li-8.® de 44
paginas.
-N.^ 236 — Joaquim Augusto de Oliveira — «Má cara e bom
coraçfto», comedia em 1 acto, imitaçfto. Lisboa. In-8.®del6
paginas.
102 BOLETIM DÁS BIBLIOTHECAS
fe
t '
— N.* 237 — Henrique de Macedo Júnior (Estevam Moniz) —
aScenas da miséria», drama popular em 3 actos, imitaçSo.
Lisboa. In-8.® de 30 paginas.
— N.* 238 — António Alves (Belgrado) — «Entre viúvos», vau-
deville em 1 acto, original, com musica coordenada pelo
maestro Pascoal Pereira. Lisboa. In-8.® de 13 paginas.
— N.*^ 239 — Maximiliano de Azevedo — «Purgatório de casados»,
comedia em 2 actos, de Ettore Dominici, traduzida livremente
do itaUano. Lisboa. In 8.® de 28 paginas.
— N.® 240 — Henrique de Macedo Júnior — «O operariado»,
drama em 1 acto, original. Lisboa. In-8.® de 15 paginas.
Pela Livraria Figueirinhas, como editora: Victor de Moigénie —
«A mulher em Portugal — Cartas de um estrangeiro». Porto.
Livraria Figueirinhas, 1907. Typographia Universal (a va-
por), 54, Travessa de Cedofeita, 56. In-8.® de 255-1 paginas.
NIa.io
Por H. Garnier, como editor:
— ff A bondade. Seu valor, seus caracteres, suas origens, suas
contrafacções», por J. Guibert. Rio de Janeiro, 1907. Typ.
H. Garnier, Paris. (A. It.). In-16.® de 4-163-1 paginas.
— «Cartilha de Doutrina ChristS», por António J. de Mesquita
Pimentel. Edição melhorada. Rio de Janeiro. Typ. H. Gar-
nier (A. Tours). In 8.® de 4 paginas sem numeração e 324
paginas numeradas.
— «O caracter. Definição, importância, ideal, origem, classifica-
ção e formação», por J. Guibert. Rio de Janeiro. Typ. H.
Garnier. Paris. (Alençon). In-8." de 230 paginas.
— «Novena efficassissima a Nossa Senhora do Perpetuo Soccorro»,
pelo padre Saint Omer. Traducção portuguesa. Rio de Ja-
neiro. Paris. In-48.® vii-92 paginas.
— «Compendio de Civilidade Chrístã», offerecido ás famílias bra-
,,-'-f-.---
fi ARCHIYOS KACIONAES 103
sileiras, por D. António de Macedo Costa, bispo do Pará.
Bio de Janeiro. Paris. Mayene, Imprimerie Ch. Colin. In-
12.^ de 4-193 paginas.
«Tratado da verdadeira devoção á Santíssima Virgem», pelo
bemaventurado Luis Maria Qrignion de Montfort. Traduzido
da 18.* edição francesa. Rio de Janeiro. Paris. Typ. !!•
Garnier (Sens). In-12.^ de xxiii-266 paginas.
«Cartilha Nacional. Ensino simultânea da leitura e escrita»,
por Hilário Ribeiro. Nova ediçfto. Rio de Janeiro. 1907. Typ,
H. Garnier (A. Tours). In-12.^ de 72 paginas.
«Segundo Livro de Leitura», por Hilário Ribeiro. Nova edição.
Rio de Janeiro. Typ. H. Garnier. (Ar. It.). In.l2.« de 109-3
paginas.
«Terceiro Livro de Leíturan, por Hilário Ribeiro. Nova edição.
Rio de Janeiro. Typ. H. Garnier. (Ar. It. Tours). In- 12.** de
4-119 paginas.
J. M. Goulart de Andrade. «Poesias». 1900-1905. Rio de
Janeiro, 1907. Typ. H. Garnier, Paris. (Ar. It.). In-18.^ de
17-162 paginas.
«Resumo da historia da America», por Nicolau Estevanez.
Tradueção brasileira de Costa Ferreira. Rio de Janeiro —
Paris. Typ. H. Garnier, Paris. In-18.® de 450 paginas.
«Conciliação internacional. Pela arbitragem. Discurso reitoral
dirigido aos estudantes da Universidade escocesa de Santo
André», por Sir Andrew Carnegie. Rio de Janeiro. — Paris,
In-18." 1 folha de um só lado impressa e 106 paginas.
«A renda. Historia da renda em diversas épocas e differentes
paises», por Madame Marguerite du Berry. Rio de Janeiro
-'Paris. 1907. Paris, Typ. H. Garnier. In 18.« vn-187-2
paginas.
«Tratado de marcenaria e de marchetaria», por Paulo Four-
nier. Tradueção brasileira. Rio de Janeiro — Paris. 1907.
Typ. H. Garnier. In-18.° de via-264 paginas.
104 BOLETIM DAS BlBLIOTHeCÁS
-*— Thomás Lopes. — «Historias da vida e da mortOB. Rio de
Janeiro — Paris. 1907, Typ, H. Garnier. In-18.« de 6-iv-
142 paginas.
— José Verissimo, da Academia Brasileira. «Estudos da Acade-
mia Brasileira». 6.* serie. Rio de Janeiro — Paris. 1907.
Tjp. H. Garnier. In-18.* de 4-271-2 paginas.
— Mello Moraes, Filho. — «Historia e costumes». Rio de Janeiro
— Paris. Typ. H. Garnier, Paris. In-18.*de xxv-233 paginas.
— H. G. Wells. — «O alimento dos deuses». Romance. Rio de
Janeiro— Paris. l^p. H. Garnier (Sens). In-18.« de 4-385-4
paginas.
— Ducray Duminil. — «O cego da Fonte de Santa Catarina».
Traducçfto portuguesa. Nova edição. Paris — Rio de Janeiro.
2 volumes in-18.® de 4-356 paginas o i volume, e de 4-438
paginas o ii volume, Typ. Garnier.
— «Sports athleticos». Por E. Weber. Rio de Janeiro — Paris.
1907. Typ. H. Garnier. In-18.** de 4-320 paginas.
— Padre António Vieira, da Companhia de Jesus. — «SermSes».
Rio de Janeiro. Typ. H. Garnier, Paris. 2 volumes in-18.*
de 4-514-1 pagina o i volume, e de 4-417 paginas o ii vo-
lume.
— Walter Scott. — «O talisman ou Ricardo na Palestina». VersSlo
portuguesa. Rio de Janeiro — Paris. Typ. H. Garnier. In-18.^
de d" 444 paginas.
— Walter Scott. — «Quintino Durward». Romance histórico,
vertido em português por K. de Avellar.^ Rio de Janeiro —
Paris. Imprensa P. Mouillot. 2 volumes in-18.® de 4-435-1
paginas o i volume e de 4-430-2 paginas o ii volume.
— Walter Scott. — «Waverley». Rio de Janeiro — Paris. Typ.
H. Garnier. 2 volumes in-18.® de 4-344 paginas o i volume
e de 4-336 paginas o ii volume.
— Walter Scott. — «A prisSo de Edimburgo». VersSo portuguesa
K ARCHIVOS KACIONAES
Ur. Rio de Janeiro — Farís. Typ. H. Garnier
. 2 Totumes íq-18.<* de 4-329 o i volume e de
o II volume.
-«Eenilworths. Rio de Janeiro — Paris. Typ.
volumes in-18.' de 4-341 paginas o i volume
ginas o II volume.
eiró*. Traducçilo do poeta latino por Manoel
Bs. Rio de Janeiro-:— Paria, In-8." de 4-759
0. Composto no anno 1G52 pelo Padre António
popular. Rio de Janeiro. — Paris. 1907. Typ.
1-8.° de 4-11-359 paginas.
aeirinhas como editora : — Pedro Tavares. —
13 lagrimas*. Porto, 1907. Typ. Universal de
irinhas. Id-8.° de 416 paginas.
ra Viuva Tavares Cardoso, como editora: —
a, dà' Academia Real de Bellas Artes. — «Lisboa
i6. Livraria Editora Viuva Tavares Cardoso.
!amSes, 6, Lisboa. In-8.° de 2-525-1 pagina.
! A. J. da Silva Teixeira, Successora.
les & C.*, como editores:
I automóveis e cyclistas. Lisboa a Bussaoo por
mar e Coimbra)). Escala 1:200.000. J. Castro,
ravel, de um só lado impressa.
automóveis e cyclistas. Campo Grande-Caldas
tcala 1:100.000. J. Caatro. l folha desdobrável
a automóveis e cyclistas. Figueira da Foz a
roo». Escala de 1:100.000. J. Castro. 1 folha
um eà lado impressa.
I automóveis e cyclistas. Figueira da Foz a
ílometroB». Escala 1:100.000. 1 folha desdo-
ló lado impressa.
106 BOLBTIM DAS DIBLIOTHECÁS
— tltinerario para automóveis e cjclistas. Cacilhas a Elvas
(ponte internacional sobre a Ribeira de Caia) por Setabal,
Aguas de Moura ou por Barreiro». Escala de 1:200.000. J.
Castro. SSio considerados falsos os exemplares que nSo tive-
rem a rubrica do autor. In-plano de um só lado impresso.
Pela Livraria Clássica Editora de A. M. Teixeira & Comman-
dita, como editora:
— Inácio de Abreu e Lima. — cBailatas». Porto — Imprensa
Portuguesa. Ia-8.® de 118 paginas. 1907.
— I Pequenas fontes de riqueza. — xi — G. V. Garola. A cultura
da terra. Traducção de Silva Fialho. Lisboa — 1906. Typ.
da Empresa Literária e Typographica — Porto. In-8.® de 217
paginas.
— Mário de ArtagSo. — «Janina». Drama em 3 actos. Lisboa —
1907. Porto — Imprensa Portuguesa. In-8.® de 191-1 pagina.
— Carlos Malheiro Dias. — ((Cartas de Lisboa», 3.* serie (1905-
1906). Lisboa — 1907. Porto — Imprensa Portuguesa. In-8.^
de 332 paginas.
— D. Roboredo Sampaio e Mello. — «Familia e divorcio». Lisboa
— 1906. Typ. a vapor da Empresa Literária e Typographica —
Porto. In-8.® de 414-1 pagina.
-—A. R. Gonçálvez Viana. — «Apostilas aos dicionários portu-
gueses. Tomo II. Lisboa — 1906. Porto — Imprensa Portu-
guesa. In-8.® de 3-599 paginas.
Pela Livraria Chardron, de Leilo & Irmão, como editora :
— Obras completas do Padre António Vieira. — «Sermões». Vo-
lume I. Prefaciado e revisto pelo Reverendo Padre Gonçalo
Alves. Porto — 1907. Imprensa Moderna. In-8.** de 1 folha
de um só lado impressa e LXxy-5-317-3 paginas.
— José Alves Bonifácio, lente da Academia Polytechnica do
Porto. — f Geometria elementar plana e no espaço», 2,* ediçilo.
Porto. Imprensa Moderna. In-8.® de 510 paginas.
Por J. J. da Silva Graça, como editor e proprietário, c Dramas
•^mm^^^^f^fm^mtmmm^im
£ ARCBIVOS NACIONâES 107
da revoluçSo», por Charles Mérouvel. — Lisboa — 1906. Um
folheto qae alcança até paginas 8.
Pela Livraria Chardron, de LelIo & IrmSo, como editora. —
«Ârithmetica commerciaU. — Tratado completo de arithme-
tica pratica e appHcada ao commerciO; aos bancos, ás finanças
e á industria, por José Nicolau Raposo Botelho e António da
Silva Dias. 3.* edição. Porto — 1906. — Imprensa Modeiiia.
In-8.^ de 394 paginas.
Por Arnaldo Bordalo, como editor :
— Ernesto Rodrigues. — aPouca sorte !>| cançoneta, 3.* edição.
Lisboa — 1907. Imprensa Lucas. In-4.* de 7 paginas.
—A. Armando. — «Umas calças...» Monologo. (ImitaçSo). 2.*
edição. Lisboa — 1907. Imprensa Lucas. In-4.^ de 8 paginas.
— A. Armando. — «A morte do Tibúrcio». Comedia em 3 actos,
imitação. Lisboa — 1907. Imprensa Lucas. In-8.^ de ÕO pa-
ginas.
— Alexandre da Costa 4 A. Armando. — «O processo Salgado».
Comedia burlesca em 3 actos (imitação). Lisboa — 1907.
Imprensa Lucas. In-8.^ de 54 paginas.
"Alexandre da Costa & Xavier Marques. — «O Senhor Juiz».
Comedia burlesca em 2 actos (imitação). Lisboa — 1907.
Imprensa Lucas. In-8.^ de 28 paginas.
"""^ Sncyclopedia Bordalo. — «Collecção de manuaes úteis». Vo-
lume II. — cManual do distillador e licorista». 11.^ edição.
Lisboa — 1907. Imprensa Lucas. In-8.^ de 285 paginas.
"oi^ Eduardo Ribeiro, como editor e proprietário da Biblioteca
Romances de Folhetim: — Silveira Moniz. — «A Justiça de
£1- Rei». Romance histórico. Editor — Eduardo Ribeiro. Lisboa.
Typographia do «Pimpão». — Rua Formosa, 150. 1906.
In-4.® de 2 folhas sem numeração, 406 paginas numeradas
e 1 folha de um só lado impressa.
"^^^ Joaquim Rebello de Araújo, como editor: — Alferes Albino
Ghalot e Velloso de Castro. — «Manual do primeiro sargento
•^
BOLETIM DAS BIBLT0THECA3
de infantaria*. 2/ ediçSo. 1907. Reviata pelo Ex.*^ Sr. Ale-
xandre José Sarefieid, tenente coronel de infantaria. Villa
Real. Typographia da Empresa Arte» e Letras — Porto.
In-8.* de 2 folhas sem numeração e 524-zxzi paginas nume-
radas e 2 folhas desdobráveis e impressas de um só lado.
la livraria f^gneírínhae, como editora: — Redacç&o da f Estrella
do Norte — *0 Evangelho». Com approvaç%o do Ex.™ o
Beverendissimo Sr. D. António, Bispo do Porto. Porto —
1907. Tjpographia Universal de António Figueirinhae. Ia-12.'*
de 4r-3l8 paginas e 1 folha de um só lado impressa.
r Fidelino de Sousa Figueiredo, como autor: — «Os amores
do visconde». Lisboa — 1906. Typographia da Cooperativa
Militar. In-S." de 5-v-l pagina.
r António Rodovalho Duro, como autor: — f Historia do tourão
em Portugal», por António Rodovalho Duro <Zé Jaleco».
Lisboa — Antiga casa Bertrand — Livraria editora. — 1907.
Lisboa. Typographia de Francisco Luis Gonçalves, ln-8.* 1
folheto que alcança até paginas 64.
r José Augusto Correia, como autor: — i Cidades de Portugal».
Lisboa. — Livraria clássica editora de A. M. Teixeira & Com-
mandita. Porto — Typographía a vapor do Porto Medico.
In-8.° de 606-2 paginas.
ir Fidelino de Sousa Figueiredo, como autor, editor e proprie-
tário:— DelBnio. — lO orf&o* (novela), (terceiro ensaio lite-
rário). Lisboa. Typographia da Cooperativa Militar. — 1906.
In-8,° de 35 paginas,
ir José Queiroz, como autor. — t Cerâmica portuguesa», Lisboa,
Typographia do Annuario Commercial, 1907. In-8.' de vui-
449 paginas numeradas e 7 paginas innumeradas.
)r Arnaldo Bordalo, como editor: Molière «Escola de mulheres»,
comedia em cinco actos, em verso. Vers&o libérrima de Coelho
ÁRCBIVOS KACIONAISS
npoeiçSo e impressão, Imprensa Liicaa. —
."de 71 paginas.
'alie, como autor: «Bovídeos portugaesesi,
ido da peoiiaría nacional, com 47 gravuras
cto, por José lUiranda do Valle, medico
ographía La Bécarre, Lisboa. In 8.* de
folhas desdobráveis.
aça, como proprietário: lO Século», 27.*
Quarta feira, 22 de maio de 1907, A cor-
ser dirigida a J. J. da Silva Graja, dire-
do «Século*. — Officínas de composiçXo e
irmosa, 43, Lisboa. In-folio de 6 paginas.
1, como editora: Abel Botelho, aPathologia
I dilemma*. — Porto, 1907. Imprensa Mo-
r-2 folhas sem numeração e 500 paginas
oomo editor: Biblioteca Dramática Popular:
A.ugusto de Oliveira: «Dae aos orfSos!*,
— Lisboa. In-S." de 20 paginas.
aim da Silva: lA caiza de prata*, comedia
'fio. — Lisboa. In-S.* de 18 paginas.
1 Campos: «A terrina», comedia em 1 acto,
>8. In^." de IO paginas.
Garrido: «Nove mil réis de alviçaraa!*,
>, imitação. — Lisboa. In-S." de 20 pa^nas.
augusto de Oliveira: «A partida de volta-
1 acto, traducçAo. — Lisboa. In^." de 16
iimara Manoel : iPor causa de um relógio* ,
), traducçSo livre. — Lisboa. In-8.° de 20
iugasto de Oliveira: «A dama doa cravos
110 BOLETm DAS BIBU0THECA8
brancos i, comedia em 1 acto, imitaçSo. — Lisboa. In-8.^ de
18 paginas.
— N.^ 248. José Joaquim da Silva: «Ás botinhas escocesas»,
comedia em 1 acto, traducção. — Lisboa. In-8.^ de 18 paginas.
— N,® 249. José da Gamara Manoel : cUma revoluçSol», comedia
em 1 acto, original. Lisboa. In-S.^ de 18 paginas.
— N.® 250. JoSo Borges: cUm hotel modelo», comedia em 1
acto, original. — Lisboa. In -8.° de 14 paginas.
— N.^ 251. José Carcomo Lobo: «Amor e gulodice», comedia
em 1 acto, original. — Lisboa. In-8.^ de 22 paginas.
— N.* 252, JoEo Borges: «Dueto. . . á força!», dialogo em verso,
original. — Lisboa. In-4.^ de 5 paginas.
— N.** 253. Faustino dos Reis Sousa (Tresqualtera) : «Casamento
inesperado. . .», comedia em 1 acto, original. — Lisboa. In-
8.® de 20 paginas.
— N." 254. Eduardo Schwaibach Luccí: «O filho da Carolina»,
comedia em 4 actos, original.— Lisboa. In-8.^ de 61 paginas.
— N.® 255. Joaquim Augusto de Oliveira: «O ultimo idolo»,
comedia-drama em 1 acto, traducçSo. — Lisboa. In 8.® de 15
paginas.
— N.° 256. N. T. Leroy: «O commissario é uma joial», comedia
em um acto, traducção livre. — Lisboa. In-8.° de 20 paginas.
— N.^ 257. Anto io Augusto da Silva: cAmor louco», drama
em 3 actos, original. — Lisboa. In-8.^ de 19 paginas.
— N.® 258. Salvador Marques: «Á hora do comboio», comedia
em 1 acto, original. — Lisboa. In 4.^ de 9 paginas.
N.® 259. José Pedro da Silva: «Fogo e metralha», comedia em
1 acto, original. — Lisboa. In-8.^ de 11 paginas
— N.* 260. E. Nascimento Correia: «D. César de Bazan», co-
mff^-
B ÂRCHIVOS NACIONAKS
111
media em 5 actos, original de Dumanoire e D^Ennery, tra-
dacçSo livre. — Lisboa. In-8.° de 37 paginas.
— N.° 261. L. F. Castro Soromenho: iNobreza do artista»,
comedia-drama em 3 actos, original. — Lisboa. ín-8.® de 16
paginas.
— N.® 262. Alfredo Soller: «Marido de occasiSo», comedia em 1
acto, traducção. — Lisboa. In 8.° de 16 paginas,
— N.® 263. Henrique de Macedo Júnior: «A rosa do adro»,
drama em 3 actos, baseado no romance do mesmo titulo. —
Lisboa. In-8.** de 43 paginas.
— N.® 264. Joaquim José da Silva: «O. mata-m ouros», comedia
em 1 acto, traducçSo livre. Lisboa. In-8.® de 21 paginas.
— N,* 26Õ. N. T. Leroy: «O artigo n.° 355 V2 6w»^ comedia
em 1 acto, imitação. Lisboa. In-8.^ de 19 paginas.
■^N.** 267. Augusto Noronha Marques: «Dor intima», drama
em 1 acto. Lisboa. In-8.^ de 13 paginas.
"^N.* 268. Alfredo Soller: «O foguete», comedia em 1 acto.
Lisboa. In-8.® de 16 paginas.
— ií.* 269. Celestino Gaspar da Silva (Scipifto) : «A capital fe-
deral», opereta de costumes brasileiros, em 1 acto, original.
Xisboa. In-8.^ de 12 paginas.
^^í.* 270. Porfírio A. Santos: «O proscrito», drama em 3 actos.
Xiisboa. In-8.^ de 30 paginas.
.^271. José da Camará Manoel: «O maestro Epaminondas»,
comedia em 1 acto, original. Lisboa. In-8.^ de 80 paginas.
.** 272. Eduardo Schwalbach Lucci: «A cruz da esmola»,
;(>eça em 3 actos, original. Lisboa. In-8.^ de 80 paginas.
.® 273. Armando Corvello: «O nariz do visconde», comedia
^m 1 acto, original. Lisboa. In-8.® de 16 paginas
J" 274. Pedro de Mello (Peromel): «Os dois medrosos»,
^ntre-acto cómico, original. In-4.° de 8 paginas.
112 BOLETIM DAS BIBLIOTHECAS
— N.^ 275. Armando Corvello: «Sem* mulher e sem bigode»,
comedia em 1 acto, original. Lisboa. In-8.° de 13 paginas.
— N."* 276. Aagnsto de Lacerda: «A flor dos trigaesB, comedia
em 1 acto, original. Lisboa. In-8 "^ de 16 paginas.
— N.° 277. Acácio Antunes: «Zan^tto», comedia lyrica em 1
acto, em verso, extrahida da comedia <Le Passantt, de F.
Coppée. TraducçSo livre. Lisboa. Imprensa Lucas. In-8.°
de 16 paginas.
— N.** 278. Porfírio A. Santos: «O expedicionário», drama em
3 actos^ original. Lisboa. In-8.^ de 43 paginas.
— N.*» 279. Marcelino Mesquita: «Uma anedocta», episodio dra-
mático, original. Lisboa. Imprensa Lucas, Rua Diário de
Noticias n.° 93. In-8.® de 16 paginas.
— N.° 280. N. T. Leroy: «Ora esta!», comedia em 1 acto,
imitaçSto livre. Lisboa. Imprensa Lucas. In-8.® de 18 paginas.
— N.® 281. Porfírio A. Santos: «Os afilhados de Bertoldo», co-
media em 1 acto, original. — Lisboa, Imprensa Lucas. In-8.**
de 19 paginas.
— N.*^ 282. Komualdo Figueiredo: «As primas do Jeremias! . . . »,
disparate cómico em 1 acto, original. — Lisboa, Imprensa
Lucas. In-8.® de 14 paginas.
— N.^ 283. Eduardo Schwalbach Lucci: «A bisbilhoteira», co-
media em 3 actos, original. — Lisboa. In-8.® de 46 paginas.
-^N.® 284. Guedes Vaz: «Nuvem que passa», comedia em 1
acto, original. Premiada no concurso dram^itico literário do
Atheneu Commercial do Porto. — Lisboa. In 8.® de 12 paginas.
— N.® 285. Porfírio A. Santos: «Os espirros», comedia em 1
acto, original. Lisboa. In-8.^ de 20 paginas.
— *N.® 286. Almeida Garrett: «Frei Luis de Sousa», drama em
3 actos, original. — Lisboa, Imprensa Lucas. In-8.° de 45
paginas.
£: ARGHÍVOS NACIONAES 113
— N.® 287. Pedro Cabral: «Os criançolas», comedia em 1 acto,
imitação do francês. — Lisboa. In-8.® de 16 paginas.
— N.® 288 Celestino Gaspar da Silva (ScipiRo): «Depois de
velha!...», comedia em 1 acto, original. — Lisboa. In-4.®
de 10 paginas.
— N.® 289. José da Camará Manoel: «Entre as dez e as onze. • . »,
comedia em 1 acto, original. — Lisboa. In-8.^ de 20 paginas.
— N.^ 290. Pedro Cabral: «Rosinha», comedia em 1 acto, imi-
tação. — Lisboa. In 8.*^ de 16 paginas.
— K.° 291. Augusto de Lacerda: «O BarSo de Irlac», comedia
em 2 actos, traducç&o em verso da comedia de Collin de
Harleville; cMonsieur de Crac en son petit CasteU. — Lisboa.
In-8.® de 43 paginas.
Por J. J. da Silva Graça, como editor e proprietário : «Amor
trágico», por Daniel Lesueur. — Lisboa. Propriedade do jornal
O Secuh — 1907. In-4.® de 8 paginas.
Por Alfredo Ansur, como autor: «O jogo real». Apontamentos
diversos para a tentativa de um tratadinho elementar de
xadrez, por Alfredo Ansur, antigo advogado. Composto e
impresso na Typographia do Commercio, de Leiria, Abilio e
Saraiva. — Lisboa, 1907. In-8.® de xvi-334 paginas numera-
das, 2 paginas numeradas e uma folha volante com um «Schema
de xadrez», 1907, por Baldaque. Revisto e editado por A.
Ansur.
-Por Henrique de Oliveira como autor: «AttribulaçSes de um
Anacleto», comedia em 1 acto, original. — Lisboa. Papelaria
6 Tjpographia Baeta Dias. 1907. In- 12.® de 20 paginas.
«k -^^la Livraria Clássica Editora de A. M. Teixeira & Commandita:
* Pequena biblioteca de vulgarização musical iniciada por Ale-
xandre Rey Colaço: «Conselhos aos jovens músicos», por
Roberto Schumann. — Lisboa, 1907. — Porto, Imprensa Por-
tuguesa. In-8.'' de 23 paginas.
**^ Pequena biblioteca de vulgarização musical iniciada por Ale-
114 BOLETIM DAS filBLIOTflECÁS
xandre Rey Colaço: <A fugai>, esboço hístorioo e technico
por Ernesto Vieira. — Lisboa, 1907. — Porto, Imprensa Por-
tuguesa, Iq-8.^ de 30 paginas.
— Pequena biblioteca de vulgarizaçSo musical iniciada por Ale-
xandre Rey Colaço: a A sonata», por José Vianna da Mota.
— Lisboa, 1906. — Porto, Imprensa Portuguesa. In-8.** de
14 paginas.
— Velhinho Correia: tO ensino e a educação em Portugal». —
Lisboa, 1907. — Porto, Typographia do Porto Medico. In-8.®
de 196 paginas numeradas e 4 paginas sem numeraçSo.
— Campos Lima: «A questão da Universidade», depoimento de
um estudante expulso. — Lisboa, 1907. — Composto e im-
presso na Typographia - do Porto Medico, de Magalhães d
Figueiredo. — Porto. In-8.^ de 23Õ paginas numeradas e õ
paginas sem numeração
— Biblioteca dos meus filhos, D. Virgínia de Castro e Almeida:
«Ceu aberto», illustraçSes de João Alves de Sá. — Lisboa,
1907. — Porto, Imprensa Portuguesa. In 8.® de 496 paginas.
Por Thomás Bordallo Pinheiro, como editor e proprietário: «Bi-
blioteca de instrucção profissional», nomenclatura de machinas
de vapor. Volume ii. — Lisboa, Typographia Rua Ivens, 45
e 47. In-4.^ de 111 paginas numeradas, 4 sem numeração,
1 folha de um só lado impressa e iii paginas numeradas.
Por Alfredo Pinto (Sacavém), como autor, editor e proprietário:
«A Moabita», scena biblica em duas partes, musica de An-
tónio Thomás de Lima. — Maio, 1907. — Composto e impresso
na Typographia A Publicidade. In- 12.° de 23 paginas.
Por Florêncio J. L. Sarmento: «A condessa de Villar», comedia
original portuguesa em três actos. — 1907, Lisboa, Imprensa
Libanio da Silva, Rua das Gáveas, 29 e 31. In-8.® de 4 pa-
ginas sem numeração, m paginas numeradas e mais 56 pa-
ginas também numeradas.
Por Thomás de Eça Leal, como autor e proprietário : «O Pa-
lhaço», monologo em verso, editora, viuva Tavares Cardoso,
E ARCHIVOS NACI0KÁE8 115
— Maio, 1907. Composto e impresso na Typographia  Pu-
blicidade.— Lisboa. In-4.® de 8 paginas.
Por Joaquim LeitSo, como autor: aPovoa de Varzim — Separata
do «Guia das praias, thermas, estancias de Portugal t. Em-
presa Francisco Coimbra & C.^, Rua da Nova Alfandegai
n.<> 70, l.^, Porto. In 8.® de 47 paginas numeradas, 1 pagina
branca, 16 paginas sem numerayfto e 1 folha desdobrável, sem
numeraçfto e de um só lado impressa.
Por Joaquim LeitSo, como autor: cGuia das Caldas de Vizella
— CollecçSo do cGuia das praias, thermas, estancias e sana-
tórios de Portugal». Empresa Francisco Coimbra & C.% Rua
da Nova Alfandega n.° 70, 1.", Porto. In-8.^ de 29 paginas
numeradas e 3 paginas sem numeração.
Pela Livraria Chardron de Leilo & IrmFLo, como editores :
— JoSo Gonçalves, medico: «A Penitenciaria perante a loucura»,
— Porto, 1907. Imprensa Moderna. In-8.*^ de xvi-182 paginas
numeradas e 2 paginas sem numeração.
^Silvino de Sousa e Pio de Passos e Silva: c Tratado de sabSes».
— Porto, 1907. Imprensa Moderna. In-8.® de x-1 86 paginas
numeradas e 4 paginas sem numeração.
— António Peixoto do Amaral: «A sciencia do operário». —
Porto, 1907. Imprensa Moderna. In-8.® de viii-220 pa-
ginas numeradas e 1 folha desdobrável e de um só lado
impressa.
"^ Obras completas do Padre António Vieira: a Sermões». Vo-
lume ii, revisto. pelo Padre Gonçalo Alves. — Porto, 1907.
Imprensa Moderna. In- 8.° de 400 paginas numeradas e 2
paginas sem numeração.
Francisco Coimbra & C.*, como proprietários e editores:
fPovoa de Varasím» — Separata do «Guia das praias, thermas,
estancias de Portugal». Empresa Francisco Coimbra 4 C.*,
Rua Nova da Alfandega n.® 70, l.«. Porto. In-8.** de 47 pa-
ginas numeradas, 1 pagina branca, 16 paginas sem numeração
e 1 folha desdobrável, sem numeração e de um só lado im-
pressa.
116 BOLETIM DAS BlBLIOTBECAS
Por Francisco Coimbra & C.*, como proprietários e editores :
Joaquim Leitão, «Guia das Caldas de Vizellat — CollecçSo
do «Guia das praias, thermas, estancias e sanatórios de Por-
tugal». Empresa Francisco Coimbra & C.% Rua da Nova
Alfandega n.** 70, 1.®, Porto. In-8.® de 29 paginas numeradas
e 3 paginas sem numeraçSo.
Por Annibal Augusto de Mello, como autor e editor : c Manual
do notário», por Annibal Augusto de Mello. — Figueira. Im-
prensa Lusitana, 1907. In-S.^ de 130 paginas.
Por António Cabreira, como autor: cDemonstração mathematica
do seguro Portugal Previdente», pelo actuario António Ca-
breira. Proprietária e editora a Companhia de Seguros Por-
tugal Previdente. Composto e impresso na Typographia
Bayard, 1907. In 4.® de 12 paginas.
Por António Cabreira, como autor, editor e proprietário: «AUo-
cução proferida na sessão de homenagem a Teófilo Braga,
realisada no Grande Club de Lisboa em 24 de fevereiro de
1907, pelo presidente António Cabreira». (Separata do Insti-
tuto).— Coimbra, Imprensa da Universidade, 1907. In-folio
de 3 paginas numeradas e^l em branco.
Bibliotheca Nacional de Lisboa, em 28 de junho de 1907.
— O Director, Xavier da Cunha,
B AECHIVOS NACIOMÁKS 117
LEI DE IIPREKSA DE 11 DE ABRIL DE 1907
Artigo 1.^ A todos é licito manifestar livremente os seus
pensamentos por meio da imprensa, independentemente de caução
ou censura, e sem necessidade de autorizaçfto ou babiiitaç&o
previa, guardadas as disposições da presente lei.
§ único. Para os effeitos doesta lei entende se por imprensa
qualquer forma de publicaç&o graphica, seja ou n&o periódica; e
por imprensa periódica ou periódicos, todas as publicações que
n&o tratem exclusivamente de assumptos scientiíicos, literários
ou artisticoB, cuja distribuiç&o se faça em períodos determinados
de tempo ou por series de exemplares ou. fasciculos.
Ârt. 2.^ Toda a publicação indicará os • stabeleci mentos onde
foi composta e impressa e o nome do seu proprietário.
§ 1.^ Os periódicos indicarão também o nome do seu director
ou redactor principal e a sede da sua administração; as outras
publicações o nome do editor.
§ 2.^ £xceptuam-se das disposições d'este artigo as listas
eleitoraes, bilhetes, cartas, circulares, avisos e outros impressos
análogos, que não contenham apreciação dos actos da vida pu-
blica ou particular de^^ualquer pessoa ou collectividade, diversa
do Beu autor.
§ 3.® As indicações a que se refere este artig > serão impressas
no alto da primeira pagina de todos os exemplares de cada pe-
riódico, ou na primeira pagina das restantes publicações.
S 4.^ Alem do d rector, ou redactor principal, poderá haver
em cada periódico um redactor especialmente encarregad t de
uma ou mais secções do mesmo periódico, previamente determi-
nados.
Esse redactor será considerado em relação áquellas secções
como director do jornal para todos os effeitos doesta lei^ devendo
a seu respeito observar- se o disposto no paragrapho antecedente.
Art. 33.^ O titulo de qualquer publicação faz parte da pro-
priedade d'esta, não devendo adoptar-se nenhum, sem ser distincto
dos já legalmente apropriados, de modo que não possa induzir
em erro.
§ único. O direito ao titulo dos periódicos prescreve pelo
lapso de dois annos, a contar da ultima publicação..
Art. 34.^
§ 1.^ Alem dos exemplares mencionados neste artigo, será
5
118 BOLETIM DAS BIBUOTHECA8
igualmente enviado um exemplar a cada uma das bibliotheca»
publicas de Lisboa e Porto, e i da Univi-rsidade de Coimbra.
2 2.° Das publicações nfto periódicas, com excepçXo das
mencionadas no § 3.* do artigo 2.®, será também enviado, sob
as mesmas penas, um exemplar ás bibliothecas mencionadas no
paragrapho antecedente.
§ 3.* Na entrega ou remessa das publicaç^s mencionadas
neste artigo observar-se-ha o disposto no artigo 1.^ do decreto
ie 12 de novembro de 1898.
{Diário do Governo, n.* 81 de 18 de abril de 1907).
DECRETO DE 12 DEUOYEIBRO DE 18911
Artigo 1.® A remessa dos periódicos aos magistrados, a que
se refere o artigo 16.^ da lei de 17 de jnlbo de 1898, será feita
gratuitamente, por intermédio da estaçfto postai da localidade»
onde a publicaçÂo dos mesmos periódicos se effectuar.
§ 1.^ Para este fim, o editor e, na sua falta, o administrador
ou o dono do estabelecimento em que o periódico tiver sido im-
presso, no próprio dia da sua publicação, ou no seguinte, quando
esta tenha lugar á noite, entregará na estaçfto postal mais pró-
xima, convenientemente sobrescríptados, os exemplares do perió-
dico, determinados pelo referido artigo d'aquella lei.
§ 2.* Esta entrega será comprovada por meio de recibo lan-
çado n'um livro ou caderno, fornecido e apresentado pelo por-
tador dos exemplares do periódico, contendo já escriptos o nome
do remettente, magistrado a que é feita a remessa, quantidade
dos exemplares remettidos, titulo ou' designaçSo do periódico,
numero de ordem doeste e a data em que é feita a sua publicaçfto.
§ 3.® O encarregado do serviço da estaçfto postal que recefier
os periódicos, conferirá estes com as declarações do recibo e,
verificada a sua exactid&o,- datai- o ha e assignará por extenso,
entregando- o em seguida ao apresentante,
§ 4.^ O mencionado livro ou caderno será apresentado ás
auctoridades judiciaes e ás administrativas e policiaes sempre
que estas o requisitarem, passando se ao seu apresentante decla-
ração d'essa entrega todas as vezes que nfto seja possível resti-
tuil-o desde logo.
(Diário do Governo, n.<^ 257 de 16 de novembro de 18d8).
E ÂKCHIVOS NACIONAES 119
BIBLIOTHECAS E ARCHIVOS NACIONAES
SEORSTARIA GERA.L
Em conformidade do n.® 7."* do artigo 6.^ do decreto n.^ 6
de 24 de dezembro de 1901 e do artigo 79.^ e n.'' 1.^ do Regu-
lamento do Real Ârchívo da Torre do Tombo, approvado por
decreto de 14 de junho de 1902, e em virtude do programma
do concurso para o provimento de um logar vago de segundo
conservador do Real Arcbivo da Torre do Tombo, publicado no
Diário do Oovemo de 7 de fevereiro ultimo, se publica a consti-
taiçSo do jury que, por despacho de 31 de maio ultimo, foi
nomeado para apreciar as provas dos candidatos ao mencionado
concurso :
PRESIDENTE
Conselheiro José d'Azevedo Castello Branco.
Bibliotiiecario-mór do Reino.
VOGAES
António Eduardo SimSes Baifto.
Pk-imeiro conservador e Director interino do Real Arcbivo da Torre
do Tombo.
Pedro Augusto de S. Barthoiomeu Asevedo.
Primeiro conservador do mesmo Archivo.
' D. José Maria da Silva Pessanha.
Primeiro conservador do mesmo Archivo.
Dr. José Leite de Vasconcellos Pereira de Mello.
Primeiro conservador da Bibliotheca Nacional de Lisboa.
VOGAL SUPPLENTE
José António Moniz.
Segando conservador da Bibliotheca Nacional de Lisboa.
120 BOLKTIM DAS BIBLIOTHE0A8
Candidatos admittidos ás provas do concnrso
José de Sousa Machado.
Bacharel formado em direito pela Universidade de Coimbra.
Possidonio Matheus Laranjo Coelho.
Bacharel formado em direito pela mesma Universidade.
Vasco Ferreira Valdez.
Na qualidade de alumno ordinário com os corsos de Bibliothecario-
archiviata e superior de Lettras.
Secretaria Geral das Bibliothecas e Ârchiyos Nacionaes, em
1 de junho de 1907 — O Conselheiro Bíbliothecario-mór do
Reino (a.) Johé de Azevedo Caêtello Branco,
(Diário do Governo, n.*" 122 de 3 de junho de 1907).
E ARCHITOS NACI0NAE8
doi TolamH esTlidos pelai Seefdes Ejírugelnia da Permatas [ater-
aes darute o 2,' Mmatn ds 1907 i Secfl» das Blblíotlieeas e
Dl Maetonaes
tnmmm
Iwc»
T«til
nidoB da America
108
50
187
345
BOLBTIM DAS BIBL10THECA8
EitatlitlM doi liltoru BI BlbllothKt Naelonil de L
M 1." trimestre de 1907
HÍBtoría, g;eographia
CatMb geographioaa
Polygraphi»
Jornaea
RcTÚtas iweioiíftes e ettrangeiru
n Sciencioe civis e politicas . .
ÍNomiimatíca . .
Estampas ....
/ IncUDabulos
I Beservadoe
y Colleeçfta Camoneana. .
a Elzeviriwia..
■ Bodoní
Collecçlo Foinbkltiia
■ dos Códices d'A)cobata.
TIII
IX
Serretaría Geral du Bíbliothecas e Archivos NaciaDa<
jnnbo de 1907.
Pelo Bíbllothecarío-mór do
O Inspector,
Oabría Victor do M<mU Pi
'V^TT
E ÁRGHIV08 NÁCIONAES
123
EstattsUea de leitura nas blbltotheess abaixo designadas
darante o 2.'' trimestre de 1907
■MXIfOtl 9 mm IMHniNVI
Historia, geographia
Cartas geographicas
I { Polygraphia
Jornaes
Revistas nacionaes e estrangeiras
II
m
Sciencias civis e politicas.
Scieneias e artes
(Bellas artes
I»- í Pliilologia . . .
*^ ^ Bellas lettras
y (Numismática.
I Estampas. ...
VI
VII
Beligiões
Incunabulos..
Reservados . .
Manascriptos.
Iliuminados . .
Vni-Ck^llecçáo Camoneana. . .
Total.
hvn
43
10
113
7
82
12
580
2
799
Bngt
46
2
48
42
46
49
2
2
5
6
250
VOlaRMl
85
26
41
15
88
44
89
18
252
174
48
11
22
112
20
882
Secretaria Geral das Bibliothecas e Archivos Nacionaes em 1 de
Junho de 1907.
Pelo Bibliothecarío-mór do Reino,
O Inspector,
Gahntl Victor do Monte Pereira.
Imprbnsa da Universidade, 1907
■i
Bibliotheca Nacional de Lisboa. Exposição bibliographica no bi-cente-
nario do Padre António Vieira em 1897. Lisboa, Imprensa Nacional, 1897.
A Exposição Petnircbiana da Bibliotbeca Nacional de Lisboa. Catalogo
sammario pelo Director da mesma Bibliotbeca Xavier da Canba. Lisboa,
Imprensa Nacional, 1905.
Curso de Bibliothccario-Arcbivista. Summario das lições de Bibliologia,
compiladas por José A. Moniz, professor interino da respectiva cadeira na
Bibliotbeca Nacional de Lisboa, 2.* ediçio. Coimbra, Imprensa da Univer-
sidade, 1900.
Namismatica Nacional. Liçio inaugural do curso de Numismática da
Bibliotbeca Nacional de Lisboa no anno lectivo de 1888-1889, por J. Leite
de Vasconcellos, professor proprietário da respectiva cadeira. Lisboa, Ty-
pograpbia do Jornal «O Dia», 10 e 12. Rua .ájachieta, 1888.
Elencbo das lições de Numismática dadas na Bibliotbeca Nacional de
Lisboa por J. Leite de Vasconcellos, 1.* parte do curso (1888-1889). Lisboa,
Typograpbia do Jornal «O Dia», 1889.
Elencbo das lições de Numismática dadas na Bibliotbeca Nacional de
Lisboa por J. Leite de Vasconcellos do II curso do anno lectivo de 1889-
1890 até ao VI curso do anno lectivo de 1893-189é. Lisboa, Typograpbia
do Jornal «O Dia», 1894.
Relatórios dos 8ei'viços da Bibliotbeca Nacional de Lisboa desde o secundo
trimestre de 1903 até ao segundo trimestre de 1907, por Xavier da Cunba.
Coimbra, Imprensa da Universidade, 1903 a 1907.
Boletim das Bibliotbecas e Arcbivos Nacionaes. publicação official tri-
mensal. Publicados 5 annos. Coimbra, Imprensa da Universidade, 1902 a
1906.
Uma tradncçSo inédita em latim do soneto «Alma minba gentil ...» Publi-
cada e prefaciada por Xavier da Cunha. Coimbra, Imprensa da Universi-
dade, 1904.
Uma carta inédita de Camões. Apograpbo existente na Bibliotbeca Na-
cional de Lisboa, agora commentado e publicado pelo Director da mesma
BibUotheca Xavier da Cunha. Coimbra, Imprensa da Universidade, 1904.
A Bibliotbeca Nacional de Lisboa na Exposic&o Oceanographica. Cata-
logo summario por Xavier da Cunha. Coimbra, imprensa da Universidade,
A Bibliotbeca Nacional de Lisboa no Congresso internacional de Liége
sobre reproducçao de mauuscriptos, medalhas e sellos. Relatório sobre a
legislação portugueza no tocante á reproducçao dos manuscriptos offerecido
ao Congresso pelo Director da mesma Bibliotbeca Xavier da Cunba.
Coimbra, Imprensa da Universidade, 1905.
A Legislação tributaria em benefício da Bibliotbeca Nacional de Lisboa^
por Xavier da Cunba. Coimbra, Imprensa da Universidade, 1903.
A medalha de Casimiro Josó de Lima cm homenagem a Sousa Martins,
descripçâo numismática por Xavier da Cunha. Coimbra, Imprensa da Uni-
versidade, 1903.
Espécies bibliographicas e espécies bibliacas. Considerações sobre, no-
menclatura por Xavier da Cunha. Coimbra, Imprensa da Universidade, 1903.
Concursos públicos para piovimento de Jogares vagos de Segundos Con-
servadores dos quadros do JReal Archivo da Torre do Tombo e da Biblio-
theca Nacional de Lisboa, Legislação respectiva. Parecer de José Joaquim
d' Ascensão Valdez. Coimbra, Imprensa da Universidade, 1903.
Relatório dos serviços desempenhados em Coimbra e Braga cm Junho
de 1903 por José Joaquim d'Ascen8ào Valdez. Coimbra, Imprensa da Uni-
versidade, 1904.
Gabinete Numismático dfi Bibliotheca Nacional de Lisboa (Notas e do-
cumentos) pelo dr. José Leite de Vasconcellos. — I. Moedas de ouro da
epocha germânica. Coimbra, Imprensa da Universidade, 1902.
A excelsa rainha D. Maria II na intimidade. Reflexões apropositodenm
manuscripto existente na Bibliotheca Nacional de Lisboa por Xavier da
Cunha. Coimbra, Imprensa da Universidade, 1904.
Real Archivo da Torre do Tombo :
índice geral dos documentos conteiidos no corpo chronologico exis-
tente no Real Archivo da Torre do Tombo. Mandado publicar pelas
cortes na lei do orçamento de 7 de abril de 1838, Tomo L» e único
Lisboa, Typographia de Silva, 1843.
índice geral dos documentos registados nos livros das chanceUarias
existentes no Real Archivo da Torre do Tombo, mandado fazer pelas
cortes na lei do orçamento de 7 de abril de 1838. Tomo 1.*» e único.
Lisboa, 1841, na Typographia de G. M. Martins.
Extracto do Real Archivo da Torre do Tombo offerecido á Angus-
tissima Rainha e Senhora D. Maria I, por José Pedro de Miranda
Rebello, amanuense do mesmo Archivo. Coimbra, Imprensa da Uni-
versidade, 1904.
Bibliotheca Publica de Évora :
Catalogo dos manuscriptos da Bibliotheca Publica Eborense, por J.
H. da Cunha Ri vara. Tomo l.''. Ultramar. Lisboa, Imp. Nacional, 18Õ0,
Tomo 2.« Litteratura, Imprensa Nacional, 1868. — Tomo 3.® Historia.
Imprensa Nacional, 1870.
Catalogo do Museu Archoologico da cidade de Évora, annexo de sua
Bibliotheca, composto por António Francisco Barata. Lisboa, Imprensa
Nacional, 1903.
Os reservados da Bibliotheca Publica de Évora, p<lo director An-
tónio Joaquim Lopes da Silva Júnior. Coimbra, Imprensa da Univer-
sidade, 1907.
Venda avulso, no edifício da Bibliotheca Nacional de Lisboa*
Cada exemplar do numero do Boletim, in-8.*^ — 200 rôis.
Homero 3 — 6." Anno
Julho a Setembro— 190r
BOLETIM
DAS
I
PUBLICAÇÃO OFFICIAL TRIMENSAL
^:^.
COIMBRA
Imprensa da Universidade
10O7
616LI0THEG&S £ &RCHIYOS HiCIONiES
Publioaçdes oífioiaes
INVENTÁRIOS DA BIBLIOTBECA NACIONAL DE LISBOA
Secção I — Historia e Geographia.
Serie 1.* (numeraçSo preta) — 1." parte. Lisboa, 1889.
— 2* parte. Lisboa, 1889.
Serie 2.» (Dumeração vermelha) — Lisboa, 1895.
Serie 3.* (numeraçSo azul) — Lisboa, 1897.
Secção III — Scieiíciaa e Artes. Serie l.* (numeração preta) — Coimbra,
1907.
Secção IV — Sciencias civis e politicas.
Serie 1.* (numeração preta) — Lisboa, 1897.
Secção X — Pliilologia e Bellas-Lettras.
Serie 1.* (mimeraçào preta) — Lisboa, 1890.
Serie 2." (numeração vermelha) — Lisboa, 1893.
Serie 3.* (numeração azul) — Lisboa, 1894.
Secção XIII — Manuscriptos por Josó António Moniz. Lisboa, 1896.
— Collecção Pombalina, por José António Moniz. Lbboa,
1895, completo.
Inventario do Archivo de Marinha e Ultramar, pelo dr. Eduardo de Cas-
tro e Almeida.
Ilhas da Madeira e Porto Santo, I — Coimbra, Imprensa da Universidade,
1907.
Relatório acerca da Bibliotheca Nacional de Lisboa e mais estabeleci-
mentos annexos, dirigido ao Ex."»^ gj.. Ministro e Secretario d^Estado doa
Negocio» do Reino, no l.^ de Janeiro de 1844 por José Feliciano de Cas-
tilho Barreto e Noronha. Tomo I-Officio — Tomos II, III e IV — Appensos
ao officio. Lisboa, Typographia Lusitana, 1844.
Bibliotheca Nacional do Lisboa. Exposição Antoniana, 1895. Lisboa, 1895.
r
Rafflaro 3— fi."" ínu Jolho a Setembro— 1907
DAS
BiBiiioTUEfiAs K ARfiHivos mmm
Propriedade e edição da SocroUria Geral das BiblioUiecas e ArcbÍTos Nacionaet. Lisboa.
Director J. A. Castello Branco, Bibliotbecario Mór do Reino.
CompotifSo e Imprtttâo na Imprensa da Universidade.
Relatório dos serviços da Bibliotheca Nacional de Lisboa
no terceiro trimestre de 1907
IH.™* e Ex.°**^ Senhor: — Dando principio ao Relatório que
a V. Ex.* tenho a honra de indereçar sobre os serviços da Bi-
bliotheca Nacional de Lisboa no terceiro trimestre do corrente
1907, — julgo do meu dever moral deixar nestas paginas exarado
o profundo sentimento de mágua que me acompanha ao recordar
o inesperado passamento do insigne estadista Ernesto Rodolpho
Hintze Bibeiro, fallecido repentinamente no 1.® de Agosto.
Por mais de uma ves em meus Relatórios tive ensejo de
mencionar com agradecimento os serviços relevantíssimos por
S. £z/ prestados á Bibliotheca Nacional, mormente no Decreto
em que aos 24 de Dezembro de 1901 se lhe determinou a remo-
delação dos serviços.
£ de que S« Ex.^ continuava impenhadissimo, no propósito
de prover ás necessidades urgentes do nosso instítuto, demons*
traçSo brilhante constítuem as palavras que o mesmo Ínclito
estadista se dignou dirigir-me na Academia Real das Sciencias
em sesafto de 9 de Fevereiro de 1905, — palavras que transcrevi
em meu Relatório de 30 de Junho do anno seguinte, publicado
no Yol. Y do Boletim das Bibliotheca» e Archivos Nadonaes.
126 BOLETIM DAS BIBLIOTHECAS
Commemorando saadosamente o nome d aquella notabillissima
individualidade, — tenho a plena certeza de que sou legitimo
interprete dos sentimentos que (sem excepçio nem distincçílo de
cores politicas) amargamente penalizam todo o pessoal da Biblio-
theca Nacional de Lisboa.
Foi neste sentido que á inconsolável viuva dirigi o seguinte
officio :
f 111.»» e Ex."»* Senhora ;
f
«O inesperado e pranteado fallecimento do Esposo de V. Ex/
representa uma irreparável perda nacional, — e perante essa
perda aeha-se involta em crepes a pátria portugueza, que elle
tanto honrou e nobilitou.
«Relevantissiuios serviços e beneficies inolvidáveis lhe ficou
devendo, — ao Ínclito estadista Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro,
— a Bibliotheca Nacional de Lisboa.
«Permitta pois V. Ex.» que, — em meu nome, como Director
doeste instituto, e em nome de todo o seu pessoal, — eu tenha a
honra de pôr aos pés de V. Ex/ a respeitosa homenagem da
nossa indelével mágua, da nossa consternaç&o, da nossa eterna
saudade, e das nossas profundissimas condolências.
cDeus Guarde a V. Ex.* — Bibliotheca Nacional de Lisboa,
em 5 de Agosto de 1907. — Xavier da Cunhait.
E foi ainda no mesmo sentido que aos 5 do presente mez,
em sessfto do Conselho Administrativo das Bibliothecas e Archi*
vos, eu propuz (o que foi unanimemente approvado):
1.° — Que na acta ticasse lavrado um voto de profundo sen-
timento pela perda do illustre Conselheiro;
2.^ — Que em testemunho de tal sentimento fôsse ímmedia-
tamente incerrada a sess&o;
3.® — Que á virtuosa viuva do finado se officiasse dando-lhe
participação do que a tal respeito se resolvesse em Conselho, e
transcrevendo lhe no officio os respectivos trechos da acta.
No conjuncto das condolências a que deu causa o luctuoso
acontecimento, de que venho fazendo mençAo, a imprensa joma-
listica tem justamente occupado um logar preeminente, — e
apropósito lembrarei que o N.° 206 da revista illustrada BroM-
Portugal (Lisboa, 16 de Agosto de 1907) é exclusivamente con-
sagrado á personalidade eminente do Conselheiro Hintze, e
constituo uma das mais significativas homenagens á sua memoria.
S ARCHIVOS NACIONÁBS 127
Nesse N.^ se incontram numerosos retratos, em que se reproduz,
nas diversas phases da sua existência, a sympathica pbjsionomia
do illustre açoriano.
Retrato d'elle tratei eu também de adquirir, para na Biblío-
theca Nacional se conservar em homenagem de reconhecimento
ao muito qun lhe devemos. Esse retrato, depois de conveniente-'
mente immoldurado, ficará figurando na sala em que suas sessões
realiza o Conselho Administrativo das Bibliothecas e Archivos.
Em Maio do anno corrente, principiou a pnblicar-se em
Madrid uma revista mensal sob a direcçfto litteraria do il lustre
Professor Dr. D. Júlio Nombela y Campos.
Vida Intdecttiál se intitula essa revista illustrada, que o
Sr. Gabriel Pereira tem feito a fineza de oíFerecer á Bibliotheca
Nacional de Lisboa.
De ooisas portuguesas se tem já occupadp por mais de uma
vez, nos fasciculos sabidos a lume, o erudito publicista.
Assim, no fasciculo de Junho, apresenta elle um estudo
critico ácêrca. d' O Annd de Folyerates, poema do Sr. Eugénio
de Castro; o estudo vem acompanhado pelo retrato do nosso
conterrâneo.
No fasciculo de Julho entra o Sr. Nombela 7 Campos a pu-
blicar (também acompanhada pelo retrato do auctor portuguez)
a traducçSo castelhana do drama escripto pelo Sr. Júlio Dantas
sob o titulo Palácio de Veiros.
No N.® 4 da Vida Intelectual (correspondente a Agosto) pro*
segue e finaliza a traducç&o do supra-mencionado drama.
■
No intuito de festejar condignamente o centenário natalício
do célebre Mazzini, resolveu por um decreto o Governo d'El-Reí
d^Italia publicar uma ediçfto nacional e complc^ta das obras
d'aquelle c apostolo da unidade italiana», — ediçSo limitada a
300 exemplares.
Intitula-se a collecçSo
Scritti edití ed inediti di Giueeppe Mazzini.
D'essa ediçfto nos foi amavelmente destinado o exemplar
N.« 142,— cujo Vol. I (Imola— 1906), illustrado com o retrato
do famoso patriota, recentemente nos appareceu inviado por
obsequioso intermédio da Legação d^Italia.
§
No mesmo dia em que me chegou ás mSos o mencionado
yolome, recebi a visita do Sr. D. Matheus, Bispo deCochio}
I
I • •
128 BOLETIM DÁS BIBLIOTHBCAS
que veia trazer á Bíbliotheca, offerècido em nome do auctor, um
exemplar da seguinte publicação :
Le Chribtianisme à Ceylan par P. Courtenay, M. A* (Lille
— 1900),
fP. Courtenay» representa um pseudonymo, sob o qual mo-
destamente se acoberta Monsenhor Ladislau Zaleski, Arcebispo
de Thebas e Delegado Apostólico das índias Orientaes.
Para se calcular o alto merecimento d'esta obra, que mui
particularmente nos interessa a nós Portuguezes, bastará pon-'
derar os títulos das septe secçSes que abrange: — «Notions pré-
liminaires — La Suzeraineté Portugaise — Le Protectorat Portu-
gais — LaDomination Portugaise — Les Hollandais — Les Anglais
— Appendices».
De 1.054 paginas se comp8e o volume; e nelle entram, por
elementos illustrativos, três cartas chorographicas chromo-litho-
graphadas: — «Ceylan en 1540 — Ceylan en 1640 — Ceylan au
18* siècle».
Em 9 de Julho o Sr. Tenente-Coronel JoSo Mana Jalles,
illustre Secretario da «Commissão de limites com Hespanha»,
veiu pessoalmente ofierecer á Bíbliotheca um exemplar da
Acta geral da ddinutação entre Portugal e Espanha Desde a
foz do Rio Minho até a confluência do Rio Caia com o Rio Gua-
diana assinada em Lisboa em 1 de dezembro de 1906. (Lisboa —
1907). Constituo esse livro o traslado portuguez da Ada general
de demarcación entre Espaha y Portugal, impressa em Madrid no
anno pretérito e mencionada no meu Relatório de 21 de Mai'(o
do corrente anno.
Da Carta chorographica dos limites de fronteira entre Por*
tugal e Hespanhu recebeu-se mais a folha N.^ 15 chromo-litho-
graphicamente estampada, — folha que rivaliza em primor com
as antecedentemente publicadas.
Ao Sr. Professor Miguel Bombarda ficou devendo Portugal
o grandissimo serviço de ter em Lisboa, no anno 1906, organi-
zado com assombroso brilhantismo o XV Congresso Internacional
de Medicina. Foi elle o activissimo, o incansável Secretarío-
Geral de tal Congresso, e legitímamente lhe pertence, mais do
que a ninguém, a glória do êxito alcançado.
D'elle recebeu a Bibliotheca por brinde uma coDecçXo das
publicações relativas aos trabalhos do mencionado Congresso,
B 1RCH1V08 NACIONAES 129
Abrange essa collecç&o 17 volumes (Lisbonne — 1906-1907),
correspondentes ás diversas SecçSes do Congresso :
I — Anatomie
II — Physiologie
III — Pathologie Générale, Bactériologíe et Anatomie Pa-
thologiqne
IV — Thérapeutique et Pharmacologie
V — Médecine
VI — Pédiatrie
VII — Neurologie, Psychiatrie et Anthropologie Críminelle
VIII — Dermatologie et Sjphiligraphie ,
IX — Chinirgie
X — Médecine et Chirurgie des Voies Urinaires
XI — Ophthalmologie
XII — Laryngologie
XIII — Obstétrique et Gynécologie
XIV — Hygiène et Epidémiologie
XV — Médecine Miiitaire
XVI — Médecine Légale
XVII — Médecine Colonialê et Navale,
Pelo Sr. Dr. Francisco Maria Namorado (medico em Estre-
moz) veiu-nos offerecído um folheto:
Vegetarismo — Cofnmunicação ao XV. ^ Congresso Internacio-
nal de Medieina. (Estremoz — 1907).
Elaborada pelo Sr. Conselheiro António de Sousa Silva Costa
Lobo, publicou-se uma interessante memoria, subordinada ao
título
Portugal e Miguel Angelo Buonarroti — Interpretação de um
grupo do Juizo Final na Capella Sixtina. (Lisboa — 1906).
Nesta memoria, de que me vieram offerecidos três exempla-
res, o auctor sustenta com argumentos plausiveis que um deter-
minado grupo do celeberrimo «fresco» (grupo de que nos apre-
senta o esboço graphico) symboliza a propagaçilo do Evangelho
effectuada pelos missionários portuguezes nas regiSes da Africa
e da Ásia.
Do Porto recebi, offertados por seu auctor, dois exemplares
de uma narrativa romântica :
Eusébio de Queirós — Stella (Amor sentimental). (Villa Nova
de FamaUcSo — 1907).
130 BOLBTIlf DÁS BIBLI0TRECA8
Má8 páqinas de Extremadura — Narraeionea y Poesioê por
Don Migud Torres Gonzalez de la Lacuna, Marquês de Torres
Cabrera, (Badajoz — 1907).
Ha nesse elegante volume, com qi\e seu auctor nos brindou,
variada collecçfto de bellos versos e bella prosa, — collecção
antecedida de um prólogo em decimas septisyllabas, escripto
pelo Sr. Marquez de Cerralbo.
Entre as composições métricas do livro, figuram versos dedi-
cados a um dos mais eruditos e dos mais prestimosos Conserva-
dores da Bibliotheca Nacional de I«isboa, o Sr. Visconde de
Castilho, que ha tempos requereu a sua reforma, — versos con-
gratulatorios que d'est'arte se intitulam: «Al Excmo. Sr. Yiz-
conde dei Castillo, Sócio Correspondiente de las Reales Academias
de Ia Lengua y de la Historia».
Júlio Breton, que falleceu ha cerca de um anno, publicou em
tempos um formoso livro, que diz no frontispício :
Juhs Breton — Jeanne, poème, (Paris — 1880).
Foi laureado esse poema pela Academia Franceza. E d'elle
nos veiu agora offerecido pela sua viuva um exemplar com a
seguinte dedicatória:
cSelon le désir exprime par mon mari, j'oflFre ce volume à
la bibliothèque de la ville de Lisbonne. Veuve Jules Breton».
O volume vem adornado com o retrato do poeta em finíssima
gravura.
O Sr. Clemente Bitz Teixeira de Freitas invíou-nos mais um
producto da sua inspiração poética num elegante volumínho,
quasi exclusivamente constituído por sonetos, que se intitula
Sonhos de Moço. (Curityba — 1907).
O Sr. Marcelliano César Malheiro ofi^ereceu-nos também um
livro de versos, a que deu titulo de
Álbum poético (Porto — S. d. — 1907).
Abrange versos septisyllal>os, decasyllabos, e alexandrinos,
— composições ora de caracter genuinamente lyrico, ora de
intuito philosophico.
• Remettido pelo Sr. Álvaro Pinheiro (de Espozende) recebi
um exemplar do livro de versos que esse escriptor ultimamente
publicou sob a epigraphe
Pétalas. (Villa Nova de Famalicão — 1907)r
E ARGHiVOS NACIONAB8 131
No Vol. X da Revista Lusitana estampou o Sr. Dr. Leite de
VasconcelloB uma curiosa memoria, de que fez separadamente
imprimir 104 exemplares em volume autónomo, a que poz por
titulo
Can^k» do berço com algumas das respectivas mtisicas —
Estudo de etknographia portuguesa. (Lisboa — 1907).
Constitue trabalho que summamente interessa a quantos se
occupam de assumptos ethnologicos. Álôm das musicas, por que
termina o volume, incontram-se nelle gravuras illustratívas.
O exemplar offerecido á Bibliotheca Nacional é um dos
quatro estampados em papel especial.
Do Sr. Conservador José António Moniz, que obteve licença
para ir no departamento francez dos Baixos-Pirenéos aproveitar
em beneficio de seu tratamento as aguas mineraes de Saint-
Christau, recebi, por elle inviados d'aquella estancia balnear,
três folhetos :
Saint- Christau (Toulouse — S. d.). (Guia illustrado com
mappas chorographicos e vistas de paizagens).
Du traitement externe des affections eczémateuses par les eaux
de Saint-Christau envisagées comme type de la médication hydro-
minérale cuivreuse par U D^ Bénard. (Chartres — 1907).
Conférence faite à Saint-Christau le 8 Septembre 1906
par le Docteur Landouzy (Paris — S. d.). (Discurso em que se
preconizam as virtudes therapeuticas das referidas aguas).
Este processo de acreditar estancias balneares, mercê de
conferencias realizadas por abalizados clinicos na própria locali-
dade das aguas, afigura-se-me original e muito suggestivo.
Entre nós não me consta que tenha sido posto em práctica,
— imbora já corram impressas memorias elogiativas das nossas
nascentes mineraes. Mas creio que, se médicos bem-falantes qui-
zeasem pôr hombros a tarefa similhante, coroadas ficariam do
melhor êxito essas tentativas. Ah! que formosos, que inegualaveis
trechos de eloquência nos poderiam proporcionar nesse campo,
se ainda lográssemos a fortuna de os contar entre os vivos, o
Dr. Thomaz de Carvalho, o Professor Arantes Pedroso, e o Pro-
fessor Magalhães Coutinho !
No regresso da sua digressão, o Sr. José António Moniz
offereceu-nos ainda, entre outras espécies, as seguintes:
Gaston Japy — InteUectvds exploiteurs. (Montbéliard — 1905).
rmtd de VUle de BruxeOes (Bruxelles — 1901).
132 BOLETIM DÁS BIBLI0THECÁ8
Caialogue da Muêée Plantín-Moretus par Max Rooses — Cin-
quième édition (Anvers — 1902).
Dans VIU des Amaurs (Bilhete postal illustrado, que
em homenagem ao pintor Âcacio Lino (portugaez, residente
agora em Paris) r6produ2s um quadro doesse pintor — cNa
Ilha dos Amores» — quadro inspirado no Canto ix d' Os Lu-
siadcu).
O Sr. Visconde de S. Bartholomeu de Messines, que é
Membro Honorário do Conselho Heráldico de França, costuma
obsequiar a Biblíotheca Nacional, offereoendo-lhe os t Annuarios»
d'aquelle instituto.
Em continuação de suas dadivas, recentemente me intregou
elle da referida coliecçfto o derradeiro volume publicado :
Annuaire du Conseil Héraldique de Franee — Vingtiin^e Année,
(Vannes — 1907).
Na secção bibliographíca doeste volume incontra-se (de pag.
378 a 379) um artigo critico ácêrca do liVro Carlos í^ intimej
livro de que fiz mençSo no meu penúltimo Relatório. E doesse
livro diz o articulista:
— «Cette étude se complete par une vue d'ensemble três
precise et des plus interessantes sur les institutions, la politique,
la defense nationale du Portugal. Ouvrage à lire et à conserver
par tous ceux qu^ntéresse ce pittoresque pays ancré comme un
navire à la pointe la plus occidentale de TEurope».
O Sr. António Vianna (da Silva Carvalho) o£fereceu-nos, por
elle escripta, a
Introducção aos Apontamentos sobre a Historia Diplomática
Contemporânea— 1789-18 15. (Lisboa — 1907).
O Sr. Eugénio do Canto prosegue infatigável na divulgaçSo
de documentos manuelinos.
Ultimamente nos inviou elle de Ponta- Delgada um exemplar
dos 60 em que deu á luz
Cartas diversas de el-rei D. Manoel de lõlO-lõlQ, (Lisboa
— 1907).
Sfto em número de cinco, essas cartas, e acompanhadas pela
reproducçSo fac-simile dos manuscriptos respectivos que se
guardam no Real Archivo da Torre-do-Tombo.
Photo-lithographicamente reproduzidas a expensas do offe-
B ARCRIVOS KACIONABS 133
rente (o mesmo Sr. Eugénio do Canto) mencionarei mais três
espécies raras :
1.^ — Petri PaêehaUci Vendi Oratori» ad Henmnvdem Lvn-
taniae Regem Oratio. (Venetiis — lõOl).
 allocuçSo (proferida em Lisboa aos 20 de Agosto de 1501)
termina pela declaração seguinte: — c Acta tertiodecimo calendas
Septembris apud Vlissiponem IDI».
2.* — De ara antárctica per regem Portiigallie pridem inuenta»
(Argentino — 1505).
A parte principal doesse opúsculo é constituída por uma Epis-
tola de Américo Vespucio a Lourenço de Medicis (cAlbericus
vesputius Laurentio petri de medicis salnte plurimS dicit»).
3.* — ^ Epistola serenissimi principie Hemanudis primi dei
gratia PartugaUie Regia excelUntiseimi* Responsoria ad aummu
RomanU Pontificem. Qua beatitudine suam in fidei hostes dehel-
lados, sanctUque septdchmm armis ab eis vendicandum: catholice
& potissimU adhortatur. (Ex vrbe nostra Ulixbona. xij. die iunij.
Anno Millesimo quingStesimo quinto).
Serviram de prototypos para as reproduoçSes que das três
mencionadas espécies se executaram em 1907 na Imprensa Na-
cional de Lisboa, o exemplar que das duas primeiras existe em
Londres no British Museum, e aquelle que da terceira espécie
possuimos entre os clivros reservados» da Bibliotheca Nacional.
Mediante o serviço das «Permutas Intemacionaes», inviou-nos
o Sr. D. Luiz Montt, de Santiago do Chile, onze espécies :
1.* — Revista de Instmcdón Primaria — Publicadón ofidah
— Aao XX. (Santiago de Chile — 1906). /
2.* — Estrado de un diário de viaje a Chile, Peru i Méjico
en los afios de 1820, 1821, 1822 por el capitan BasUio HalU
Traducido dd inglês por Federico Gana O. Tomo L (Santiago
de Chile — 1906).
3.* — Historia de las misiones apostólicas de Monsehor Juan
Mud en d Estado de Chile por José Sallusti. Traduceión dd
original italiano. (Santiago — 1906).
4.» — Anuário dd Observatório Astronómico Nacional de
Santiago para d câío de 1906. (Santiago — 1906).
5.* — Los Congresos Pan- Americanos — Artículos publicados
en €El MercurioTí por B. Viciiha Subercaseaux. (Santiago de
Chile — 1906).
6.* — El ^Esquilo» dei Presbítero se9lor don Juan Rafad
Salas E. Por R. R. SchuUer. (Santiago de Chile — 1906).
134 BOLETIM DAS BIBLlOTHEOAd
Tem esta memoria por assumpto: — cLas leyes fandamentales
de la primitiva poesia semítica i los coros de la trajedia griega».
7.*— ^J9.#R. Schídler — Nomu Orhiê ^de A, Montanus o de
O. Dapper ? (Santiago de Chile — S. d.).
Inclue a publicação este sub-titulo: — cMateriales para una
bibliografia dei idioma araucano».
8.* — Sobre los mitos i las leyenda» de los índios Sud-Ame^
ricanos. Por R. R. SchuUer. (Santiago de Chile — 1907).
9.* — The Thayer Family of Thombury. A study trying its
reconstUution hy Tomas Thayer Ojeda. (S. 1. (Santiago de Chile)
— 1907).
10.* — Rqftíblica de Chile, Qficina de Limites — La linea de
ftotUera eon la República Argentina entre las latitudes 27^ i 3P S.
Par Luís Riso Patron 8. (Santiago de Chile— 1907).
11.* — Obras completas de Don GuiUermo Bl^st Gana — Tomo
prtmsro. (Santiago de Chile — 1907),
Vem & frente doeste volume um prefacio litterario acerca do
poeta, escripto por D. António Orrego Barros.
Pelo Sr. Júlio Casanova (filho do insigne aguarellista hespa-
nhol D. Henrique Casanova que ha muitos annos reside entre
nós executando e divulgando primores d^arte) vieram-me offere-
cidos os dois seguintes volumes, devidamente incademados :
Collecçio geral das contas, orçamentos e documentos apresen-
tados á Camará dos Senhores Deputados na sessão ordinária de
mH oitocentos trinta e seis pelo Ministro e Secretario d^ Estado dos
Negócios da Famnda. (Lisboa — 1836).
CoUecçSo dos orçamentos e documentos apresentados ás Cortes
Geraês, Eoctraordinarías e Constituintes, da Naçio Portugueza,
pelo Secretario d*Estado dos Negócios da Faxenda Manoel da
Silva Passos. (Lisboa — 1837).
Remettido de Ottawa, e offertado pelo Governo de Sua Ma-
jestade Britannica nos domínios do Canadá^ recebeu-se o
Atlas of Canada. Prepared under the direction of James
WhUe.
É uma bellissima coUecçAo de mappas, que levou annos a
debuxar, e que no presente 1907 se ultimou.
Inviado pela Imprensa Nacional do Estado da índia Portu-
gueza, obtivemos o
^nnuario da Archidiocese de Goa e das dioceses stiffiraganeas
B AB0HIV08 KACIONABfl 135
para 1907 — Coordenado por deíérminaçào de S. Ex.^ Eevd.^ o
Sr» Arcebispo Primaz, Patriarcha daê índias Orientaes. (Nova
Goa— 1907).
Obtivemos também da mesma procedência :
Diu — Historia — 1.* parte. Por A. R, Pereira Nunes Ex-
Governador de Diu, Capitão-tenente da armadaj Capitão dos
Portos do Estado da índia Portuguesa. (Nova Goa — 1907).
Vem adornada com estampas esta pablícaçSo, da qual é muito
para desejar que brevemente appareça a lume a 2.* parte.
E da mesma procedência nos veiu outrosim remettida uma
obra do Sr. J. A. Ismael Gracias, — obra que traz por titulo :
Uma dona portugueza na côrte do Grão-Mogol — Documentos
de 1710 a 1719 precedidos d'um esboço histórico das relações
politicas e diplomáticas entre o Estado da índia e o Grão-Mogol
nos séculos xvi-^xvn. (Nova Goa — 1907).
Livro é esse que interessa nfto somente aos amadores dos
estudos históricos, mas inclusivamente aos cultores do foiklorismo.
E sobre este último ponto especializarei as curiosas notas
que o auctor nos offerece com respeito a lendas de que simul-
taneamente corre noticia na Europa e na Ásia, — documentos
irrefutáveis de uma visivel emigração.
Tal é por exemplo a formosa lenda dos dois pagens, que a
tradiçSo popular attribue em Portugal ao tempo d'£l-Rei D. Di-
niz,— lenda formosa e n&o menos trágica, de que o insigne
Schiller se inspirou, transportada a scena para os dominios do
Conde de Savem, nos versos d'aquella sua conhecida bailada
Der Gang nach dem Eisenhammer («Em caminho para a forja»),
bailada em que o piedoso Fridolino e o malvado Roberto equi-
valem parallelamente aos dois pagens da lenda portugueza. —
Na côrte do GrSU)-Mogol, citado pelo Sr. Ismael Gracias (em
pag. 186 a 187 do livro) depara-se-nos um caso perfeitamente
análogo, passado no século xvi com dois serventes do imperador
Âkbar, cujo erApradham o célebre Birbal (conhecido pelo cognome
antonomastico de «Salomão da índia»); se ha differença nos
accessorios (coroo aliás não deve causar extranheza), as duas
lendas apresentam-se idênticas no fundo, idênticas outrosim no
desfecho da aventura, idênticas na moralidade.
A cdona portugueza», a que o Sr. Ismael Gracias se refere,
existente na côrte do Grão-Mogol, era D. Juliana Dias da Costa
que no primeiro quartel do século xviii desfructava grande vali-
mento na assistência do monarcha, valimento que ella zelosamente
aproveitava em prol de seus compatrioios. E o que ha mais para
136 BOLETIM DAS BIBLIOTHECAS
admirar (assim o diz o Vice-Rei da índia na carta que de Ooa
escreveu em 20 de Novembro de 1710 a D. Pedro ii) che ser
eila portugueza, boa christft e virtuosissima, vivendo ha tantos
annos entre mouros no palácio do mesmo Rey».
Do Sr. Álvaro Neves recebi para a Bibliotheca vários bilhe-
tes-postaes illustrados (alguns coloridos), em que se representam
diversas vistas de Lisboa, de Cintra, e do Porto, assim como
também retratos de esoríptores notáveis.
O mesmo offerente nos brindou com quatro largas estampas
(gravuras em chapa de madeira) que representam a tomada de
Malakoff, a batalha de Montebello, a de Magenta, e a de Solferino.
Áos 11 de Dezembro de 1905 foi nomeado Cardeal Presby-
tero da Santa Egreja Romana o Reverendíssimo Arcebispo do
Rio-de-Janeiro D. Joaquim Arcoverde de Albuquerque Cavalcanti.
Para celebrar condignamente esse acontecimento notabilissimo
de caber ao Brazil o primeiro cardinalato sul-americano, organi-
zou-se no Rio-de-Janeiro uma Commissio executiva de festejos,
a qual publicou, adornado com o retrato do illustre prelado,
um opúsculo a que poz por titulo
Âs feêtas cardinalicias. (Rio-de- Janeiro — 1907).
D'esse opúsculo nos vieram por amável offerta dois exemplares.
Aqui temos agora, trazido pessoalmente pelo seu auctor,
um livrinho muito curioso, e ornamentado com photo-gravuras :
Coisoê da nossa terra. Breves noticias da viUa ds Aldeia
GaUega do Riba-Tejo por José de Sousa Rama, (Lisboa — 1906).
Registo de Honra dos protectores do Monumento ao Marquez
de Pombal na Villa de Pombal. (Pombal — 1907).
Foi o Sr. Dr. José Ferreira d'Andrade (Presidente effectivo
da Commissfto executiva do Monumento) quem nos fez essa offerta.
Inclue-se no opúsculo, adornada com duas estampas, a c Me-
moria descriptiva do Monumento».
Os dois exemplares que nos vieram destinados (K.^ 15 e
N.^ 16) trazem ambos elegantemente impressa a dedicatória á
Bibliotheca Nacional de Lisboa.
O Sr. Eduardo de Maciel Brito Nóbrega fez-nos offerecimento
do seguinte folheto :
Brito Nóbrega — Situação claríssima. Resposta á Situaçlo
clara do cidadão Dr. António José de Almeida. (Lisboa — 1907).
B ABOBIVOS NAGIOKAKS 137
Por intermédio do Ministério dos Negócios do Reino, deu
ingresso na Bibiiotheca um exemplar da seguinte publicasSo, que
seu illustrado auctor se dignou destinar-lhe :
Origenea y €»tado actuai de la Biblioteca dd Instituto de Jo-
véUanos — Monografia por Jesus F. MarHnez Morza. (Gijon —
1902).
É obra adornada com estampas, e merecedora de grandissima
estima.
Em sua passagem do Bio-de- Janeiro para a capital da França,
deixou-nos o Sr. Dr. José Carlos Rodrigues uma preciosa dadiva.
Foi ella o Exemplar M.® 24 dos 200 em que deu á luz publicação
merecedora de todo o applauso :
Bibiiotheca BrcuUiense — Catalogo annotado dos Livros sobre
o Brasa e de alguns Autographos e Manuscriptos pertencentes a
J, C, Rodrigues — Parte L Descobrimento da America: Brasil
Colonial. 1492-'1822. (Rio- de-Janeiro — 1907).
Na elaboraçfto doeste seu valioso Catálogo, cuja promettida
Parte ii oxalá brevemente saia dos prelos, o Sr. Dr. José Carlos
Rodrigues (Sócio Correspondente da nossa Academia Real das
Sciencias e de vários institutos brazileiros) mostra brilhantemente
pelas preciosidades e raridades que possue na sua opulenta
livraria, bem como pelo primor com que as descreve e commenta,
ser nfto somente um distincto bibliophilo, mas ainda um distin-
ctissimo bíbliographo.
Na Parte publicada, que abrange vi-680 paginas, apparecem
descriptas 2:646 espécies.
O Sr. Edgardo Prestage, illustre publicista inglez, que na
SQa dedicada affeiçSo pela terra portugueza tantos serviços lhe
tem litterariamente prestado, agora mais uma vez introu a visitar
nossa Bibiiotheca.
E da sua estimável visita me deixou por lembrança um bel-
lissimo brinde :
The Paston Letters 1422- lõ09 A. D. A Reprint of the
Edition of 1872-Õ, tvhich Contained upwards of Five Hundred
Letters, etc, tUl then unpublished, to tchich are now added others
in a Supplement after the Introduction. Edited by James Gairdner.
(E^inburgh — 1900-1901 — 4 vol. ornamentados com formosas
helio-gravuras, em que se representam as ruinas do castello de
Caister, e os retratos de Henrique vi, Eduardo iv, e Henrique Yli,
reis d'Inglaterra).
B0LBT1H DAS BIBLIOTHBCAS
Hais me trouxe por dadira o Sr. Prestago trea masícas ma-
nuBCriptAB :
1.' — Camoena. Sonnet xix.- Set to music hy Emett Walker
(1888). (ComposiçKo musical, escripta para piano e canto, cuja
lettra é o caleberrimo Soneto de ÕamSeB cAlma minha gentil
que te partiste' vertido para inglez pelo Capit&o Ricardo Burton),
2-" — Camoen». iSormel xii. Set to mune hy Emeêt Walker,
Voice pari. (Constituo separadamente a parte vocal da espécie
precedentein^Titt! nieticiímíifia).
á.* — Caiiçào do mcilio. (Composiç&o para piano e canto sobre
os conhecidos versos do brasileiro Gonçalves Dias «Minha terra
tem palmeiras — Onde canta o sabiá», eto.).
Também o Sr. Commendador JoRo Joaquim Salgado, que
recentemente recebeu de Sua Majestade o titulo de Visconde de
Salgado, — e cujo nome tenho tido o prazer de mencionar em
precedentes Relatórios, com muito reconhecimento meu por suas
repetidas offurtas de espécies biblfacas e numismáticas, — também
esse me veiu trazer agora uma nova dadiva de 30 moedas antigas
(7 arábicas, 13 portugnezas, e 10 castelhanas), canhadas duas
em bilhfto e vinte e oito em prata.
Por occasi&o de realizar se em Lisboa o 15." Congresso Ia-
temaoional de Medicina (a que já me referi) um dos cungressistas
extrangeiruB mandou á sua custa cunhar em cobre prateado nm
diãtiiictivn ;illetrorieo, para nas eessSes ser usado por todos os
membro» daquellu parlamento scientifico.
Desãe distiiictivo logrei alcançar por compra, destinado ao
nosso Gabinete Numismático, um exemplar.
Constituo elle uma espécie de medalha irregularmente qua-
drangular, com argola para ser pendurado no peito.
Representa-se no anverso d'este distinctivo um trecho de
Lisboa, observado de sudoeste (a Praça do Commercio no pri-
meiro plano; e em distancia, a cavalleiro, uma parte da cidade
oriental); como elemento decorativo, no alto, o brazXo de Lisboa;
na parte central, em baixo, a symbolica taça da Medicina com
a serpente; á esquerda d'este symbolo (direita do observador)
folhedos e fructos. Na parte inferior, a legenda (parcialmente
incoberta pelos fructos e folhedos) :
XV • CONGRESSO INTERNACIONAL DE
MEDICINA ' LISBOA - 1 9-26 - ABRIL - 1906
fi ABCHIV08 UrAOlONÁlSd tâ9
No reveno, a figura da Verdade Scientifica desvelando mo-
destamente o sen airoso basto. E, ao longe^ o sol nascente em
horizonte marítimo. Occnpa-Ihe a parte inferior do reverso uma
legenda em grego :
AnoKAArnTOM.vi . npos • kpevnqmas
cDescubro-me perante os investigadores»: — nto podia real-
mente incontrar-se um lemma que mais coneeituosamente syntlie-
tízasse a nobre missfto dos estudiosos.
Em Septembro de 1905 realizou-se na Bélgica (em Liége) o
c Terceiro Congresso Internacional da Arte Pública», — e nesse
congresso (conforme tivo já occasilo de informar no meu Rela-
tório do terceiro trimestre d'esse anno) me fiz inscrever como
Director da Bibliotheca Nacional de Lisboa e seu representante.
Os membros de tal congresso ficaram, por decis&o da assem-
blóv, considerados t membros natos» de uma corporação que allí
se fondou (com a eáde social em Bruxellas) sob a designaçlo de
InstíhU Iniermmtional d' AH Public,
Eiiw instituto iniciou os seus trabalhos dando i luz uma
suberbissima »revista», a que pez por titulo Revue Internationale
SAvi Public, — e já em Junho do anno corrente sahiu publicado
o seu 1.^ Número, do qual se acha devidamente depositado um
exemplar na Bibliotheca Nacional.
Tem tal revista uma collaboraçSo distinctissima, e é seu
director o Sr. Eugénio Broerman, Secretario-Qeral do indicado
instituto. Por intermédio d*este seu orgam periódico, e graças
também a outros recursos que constam dos respectivos Estatutos,
o flinstituto Internacional d' Arte Pública», do qual fazem parte
as mais altas summidades, prop3e-se tratar problemas de impor-
tância magna que no sobredito Congresso ficaram já apontados.
Prosegttindo na enumeração das principaes obras que no ter-
ceiro trimestre adquiri este anno por compra, citarei a
Histaire de la Littéraiure française par Ouêtave Lanson —
Huitíème édilion reví$e. (Coulommiers — 1903).
O auctor pertence ao corpo cathedratico da Universidade de
Paris, onde tem a seu cargo as prelecçSes sobre Litteratura
Franceza.
Eãpagne. Portugal. (Paris — S. d.)
140 BOLETIM DÁS BIBLIOYHfiGlS
Adornado oom abundantes cartas topographicas (quaei todas
ellas em folhas desdobráveis), pertence este volume (recentemente
publicado) á collecçSo dos Quides pratigues Canty, — e constituo
para os viajantes na Península um proveitoso roteiro, apezar dos
lapsos em que, de quando em quando, resvala sobre pontos his-
tóricos. Na pag. 236 intercala um breve artigo ácêrca da Biblio-
theca Nacional de Lisboa.
A. de FamUe — La Monnaie. (Mesnil (Eure) — 1907).
O auctor, que é Membro do Instituto de França, exerceu
em tempos no seu paiz o alto cargo de Director da Administração
das Moedas.
Les grandes institutions de France — La Bibliotíiijue NaHo-
nale. BaJtiments, coUectione, organisation, département des esiamr
pes, département des médailles et antiques» Par Henry Mareei •
Henri Bouchot et Emest Babdon. (Évreux — 1907).
Henrique Mareei é o Administrador Geral da Bibliotheca
Nacional de Paris ; Henrique Bouchot, o Conservador da SecçSo
de Estampas ; Ernesto Babejon, o Conservador da Secção das
Medalhas, — todos três, verdadeiras notabílidades.
A obra vem acompanhada por Õ9 gravuras, — e nSo consti-
tuem ellas o elemento menos interessante da publicaçSo.
Entre as gravuras nota-se a representaçfto de painéis, de
medalhas, e de varies objectos artisticos.
Este último grupo me faz lembrar que também nós temos no
Gabinete Numismático da Bibliotheca Nacional alguns exemplares
de curiosas antigualhas, — collecçfto que em tempos eu cheguei
a conhecer mais avultada, mas que (ha cerca de vinte annos)
ficou diminuída pela permissivo, que o Governo deu, de vir aqui
a Academia Real de Bellas-Artes escolher para o Museu Nacional
p que mais lhe aprouvesse.
Entre as espécies de que ficou privada a Bibliotheca merece
particular mençAo (e com muitas saudades a menciono) a riquís-
sima patena do celeberrimo Cálix de Alcobaça, — cálix de oiro
com esmaltes, preciosidade manuelina, ácêrca da qual escreveu
interessante memoria o Sr. D. José Pessanha, erudito funccio-
nario do Real Archivo da Torre do Tombo. Tem a memoria por
titulo : — O cálix de ouro do Mosteiro de Alcobaça» Por um de-
plorável conjuncto de fatalidades, que me dispenso de aqui
apontar, cálix e patena representam hoje para nós. . • . apenas
uma saudosa recordação!
fi AHCHÍVOS KACIOKAES . 14Í
Kas ilIustraçSes do livro que ora mencionei, concernente á
Bibliotheca Nacional de Paris, figuram (como disse) painéis e
medalhas, figuram desenhos, aguarellas, gravuras, moedas, es-
culpturas, exemplares de glyptica (intalhes e camapheus), terras-
cotas, bronzes antigos, marfins, etc. — Sq -um livro análogo
publicássemos, relativo á nossa Bibliotheca, ella ainda poderia
também fornecer nesse campo curiosas amostras.
De Alberto Cim continua a publicar-se Ia Livre — obra in-
teressantíssima, conforme tive já occasi^o de ponderar nalgum
de meus precedentes Relatórios.
E agora nos apparece o Tom. iv (Paris — 1907) que abrange
as seguintes matérias;
I cAchat des livres»;
c Aménagement d^une bibliothèque et Rangement des livres» ;
I cCatalogues et classificatíon».
D'esta obra o Tom. v brevemente deverá sahir á luz.
Descrevendo e critícando a intitulada aclassificaçSlo decimal»,
que t&o exaggerados enthusiasmos está hoje provocando nalgumas
bibliothecas, Alberto Cim com o seu finissima espirito e a sua
delicada sagacidade protesta contra aquelle exaggêro, e acaba
por se mostrar adverso a tal systema.
Bem hajal Pela minha parte sobra-me a consolaç&o de o
poder applaudir, ou, antes, de fortificar com o seu auctorizadis-
simo voto a opini&o em que, desde muito, assentei ácêrca do
referido systema, que com a minha acquiescencia nunca será
implantado na Bibliotheca Nacional de Lisboa.
O systema decimal, que ás operaçSes arithmeticas propor-
cionou vantagens assombrosas, — veiu a constituir uma base n2o
menos assombrosa quando em França um espirito superior fun-
damentou nessa base um novo systema de pezos e medidas (sys-
tema admirável!), indo buscar á decima-millíonesima parte do
quarto do meridiano terrestre a unidade inicial ; e a decimalidade
applicada aos múltiplos e sub-multiplos do metro na avaliaçSo
das extensões, do gramma na avaliaçUo dos pezos, do litro na
avaliação das capacidades e dos volumes, representa uma das
mais singulares concepções dos tempos modernos. Quem poderá
contestáUo? nem os InglezesI
Mas o systema metricodecimal, scienUficamente architectado
sobre bases puramente arbitrarias e convencionaes, nSo tem
pretençSes a estabelecer parallelismo entre o metro, o gramma,
e o litro.
149 BOLETIM' DAS BIBLIOTHEGAS
Na dassificaçSo decimal, inventada por Melvil Dewey para
a catalogaç&o methodíea dos livros nas bibliothecas, desapparece
O' principio ^ scientiíico, graças á preoccupaçSlo de subordinar
^artificialmente» ao N.^ 10 a distribuição dos grupos e dos sub-
grupos, ficando completamente prejudicado nessa forçada distri^
buiçAo. o parallelismo quando comparadas entre si as divisões
dos diversos grupos, as do sub-grupos, etc. etc. >
N%o me espanta por isso que auctoridades das mais compe-
tentes como Leopoldo Delisle (de Parísj, Henrique Steín (de
Bruxellas), José Fiimagalli (de Miifto), o afamado Arnim Graesel
(de Berlim), e muitos outros de vulto n&o menor, hajam conde-
mnado o systema americano.
f Nos próprios Estados-Unidos (pondera o citado Alberto Cim)
a f classificação decima!» está longe de alcançar o enthusiastico
acolhimento que á primeira vista se poderia imaginar, pois que
lá mesmo' tem incontrado numerosas objecções e resistências».
Relativos ao cirurgião Valentim Manuel de Paiva (filho de
Aiitonio de Carvalho, e natural de Lisboa) intraram na Biblio-
tlieca, por compra que fiz a um de seus descendentes, os seis
diplomas que passo a enumerar:
l.*' — Carta patente, assignada por El-Rei D. Miguel em 12
de Agosto de 1829, nomeando o Ajudante de Cirurgia Valentim
Manuel de Paiva para o logar de CirurgiSo-Mór do Regimento
de Cavallaria N.® 4.
2.* — Diploma da f Academia Nacional de Medicina j Cirnjfa
de Cádiz» passado a favor de Valentim Manuel de Paiva em 30
de Janeiro de 1841, notificando-lhe haver sido, septe dias antes,
eleito «Académico Corresponsal».
3.^ — Carta Patente assignada pela Rainha D. Maria ii em
30 de Agosto de 1842, nomeando o Cirurgião-Mór da extincta
Columna Movei ao Sul do Tejo, Valentim Manuel de Paiva, por
Cirurgião-Mór do Regimento de Infantaria N.^ 6.
4.^ — Carta Régia, assignada por D. Maria ii em 6 de Maio
de 1847, nomeando Cavalleiro da Ordem Militar de Nossa Se-
nhora da Conceição de Villa- Viçosa o Cirurgifto-Mór de Caval-
laria N.^ 2 Valentim Manuel de Paiva, «attendendo ao distincto
comportamento, e relevantes serviços praticados na gloriosa acçlo
de Torres Vedras no dia vinte e dois de Dezembro de mil oito-
centos quarenta e seis» (textuaes palavras do diploma).
5.^ — Carta mandada passar pelo «Director e Conselho da
Eschola Medico-Cirurgica de Lisboa» em 4 de Agosto de 1852.
e ARcmvos nacion^es 149
(Uo6tra-8e por 6lla qae cYalentim Manoel de Paiva» (é assim
que elle assigna o seu nome) fizera «exame de Cirurgiai perante
o Delegado do Cirurgião Mór do Reino em Lisboa nos dias 1, 2
e 3, de Junho de 1818, ficando plenamente approvado).
6.® — Carta Régia assignada por D. Maria li e passada em
28 de Septembro de 18Õ2, confirmando a nomeaçSo que em 14
de Janeiro doesse anno a Camará Municipal do Concelho de
Palmella fizera de Valentim Manuel de Paiva para o seu partido
de Cirurgia.
»
Mas de todas a espécie mais preciosa que por compra adquiri
no trimestre corrente foi aquella a que seus editores puzeram
por tjtulo :
Handiua World Map 1611 by Jodocus Honditts edited by
Edward Lutker Stevenson, Ph. D. and Joseph Fischer iS. Ja
Facsimile isaued under the joint nuspices ofThe American Oeogra-
phical Society and The Hispamc Society óf America. (New York
^1907).
0 valioso Mappa, descoberto em 1901 pelo Professor José
Fischer (jesuita de Feldkirch) no Castello de Wolfegg (Wiirt-
temberg), foi pacientemente restaurado das condições ruinosas
eta que se incontrava, — e agora primorosamente reproduzido
^lkl 19 fls., que sahiram acompanhadas por folheto explicativo e
adornado com illuçtrações.
No Mappa lê-se em duas linhas o titulo sep»uinte :
1 novíssima AC EXACTÍSSIMA TOTIUS OBBIS TEBt
RARUM DESCRIPTIO MAGNA || cura & industria ex optimis
quibusque tabulis Geographicis et Hydrographicis nuperrimipque
doctorum virorum observationibus duobus planisphaerijs delineata
Auct. J, Hondio. |
No folheto qna vera acompanhando as folhas componentes do
Mappa, os beneméritos editores fizeram publicar pormenores
ácêrea do venturoso achado e bem assim dos pacientissimos tra-
balhos a que foi mister proceder para a sua difiicultosa restauí*
ração. Traz o folheto por epigraphe :
Map of the World by Jodocus Hondiue. 1611. Edited by
Edward Luther Steveneon, Ph, D. and Joseph Fiacher <S, «7.
Facsimile issued under the joint auapicee of The American QeO'
graphical Society and The Hispanic Society of America» (New
York — 1907).
Em 1 de Agosto, acompanhada por Officio do Director Geral
• 9
Í44 BOLBtdl Dás SlBLlOTflBCAS
dõ Ultramar, deu ingresso na SecçSo ix da nossa Bibliotheca
nraa remessa de «Documentos anteriores a 1869, que foram re^
eebídosdo Governo da Provincia de S. Thomé e Prineipet.
f Do nosso c Inventario Geral» estamparam se durante o tri-
mestre que hoje finaliza :
'Na SecçSo de cScíencias civis e politicas» o caderno 42.^ da
serie preta (em que se ehega ao N.^ 6:367) ;
Na SecçSo de «Sciencias e Artes» os cadernos 4.^ e b."" da
serie preta (em que se attinge o N.^ 903);
Na SecçSo de «Philologia e Bellas-Lettrasit o caderno 64.^ da
serie vermelha (caderno que termina pelo N.® 6:498) ;
Na SecçSo do «Archivo de Marinha e Ultramar» os cadernos
19.** a 31. *> do Vol. ii (alcançando o N.® 10:755 da inventariaçSo
relativa ás ilhas da Madeira e Porto-Santo).
Ao terminar estas informações, e como feliz remate do pre-
sente Relatório, cabe-me a satisfacçSo de congratularme por
dois acontecimentos que muitíssimo aproveitam á Bibliotheca
Nacional.
Refiro-me a Decretos de 4 de Julho e 19 do Agosto de 1907.
Pelo primeiro (concernente á distribuiçSo das despezas ordi-
nárias e extraordinárias a cargo do Ministério dos Negócios do
Reino, no anno económico de 1907-1908) fica-nos elevada a
2:500^(000 réis a dotaçSo de 2:000^000 réis que tinha a Biblio-
theca Nacional cpara compra e incadernaçSo de livros, assigna-
turas, acquisiçSo de manusr^riptos, estampas, medalhas e moedas»).
Imbora eu considere ainda muito insuíBciente a verba de
2:500)91000 réis para as avultadas exigências de um instituto
como este nosso, — é todavia certo que o augmcnto agora alcan-
çado representa já uma notável melhoria.
Pelo outro Decreto, a que me refiro, e que sahiu publicado
no Diário do Governo do 24 de Agosto, — Decreto em que sSo
reorganizados os serviços superiores da in8tru<;çSo pública, —
determina-se que o intitulado «Conselho Superior de InstrucçSo
Pública» abranja cinco Secçdes, a última das quaes é a c SecçSo
especial de Bellas-Artes, Archivos, Bibliothecas e Museus».
Pelo art. 3.** do mencionado Decreto, estatue-se no § 4.° que
na referida SecçSo entrem (álêm dos outros que o Decreto espe-
cifica) os dois seguintes vogaes :
fl eleito entre os conservadores de 1.* classe da Bibliotheca
B AKGH1V08 NiACipNÂfiS 14Ò
Nacional de Lisboa pelos conservadores de 1 .^ e 2.' classe d'e8te
estabelecimento ;
cl eleito entre os conservadores de 1 .' classe do Real Ârchívo
da Torre do Tombo pelos conservadores de 1.^ e 2.^ classe do
archivo».
E no mesmo § 4.*^ se accrescenta:
«Um dos dois vogaes eleitos pelos conservadores da Btblio-
theca e do Archivo será escolhidlo entre os conservadores que
exercem ensino no curso de bibliothecario-archívi^ta».
As determinações que deixo mencionadas, — e menciono-as
aqui com ardente alvoroço e patriótico agradecimehto, — indu-
asem-me á convicçEo de que ao Governo de Sua Majestade còú-.
tinúa inspirando todo o interesse o prestantissimo instituto, a^
cujos serviços tenho a honra de presidir como Director.
Deus Guarde a V. Ex/ — Biblíotheca Nacional de Lisboa,,
em 30 de Septembro de 1907.-111.°»^ e Ex."*» Senhor Conselheiro
BibKothecario-Mór do Reino. — O Director, Xavier da Cunha^
l46 BOLETIM DÂ8 BIBLIOTHBCÁS
Relatório dos ser?lços do Real ircIílYO da Torre do Tombo
DO terceiro trimestre de 1907
111."® e Ex.*"® Senhor : — Os motivos a que alludi no prin-
cipio do passado relatório são os mesmos que me forçam ainda
agora a relatar a V. Ex.* os serviços doeste Archivo no 3.*
trimestre do anno corrente.
Infelizmente o Ex.™° Snr. Roberto Augusto da Coeta Campos
permanece enfermo.
Continuon-se com o inventario dos Livros de Portarias,
ficando completo o primeiro livro do qual se. tiraram 2.582 ver-
betes. Do 2.® livro tiraram-se mais 154, o que j une to aos ver-
betes tirados no trimestre anterior perfaz um total de 1.044;
do 3.» livro ha 1.092, do 4.« 582 e do 5.® 246. Na eloquente
simplicidade dos números representa este trabalho no trimestre
findo 2.978 verbetes, ou seja para mais de quinze folhas de
impressão.
Se a estas quinze junctarmos as dezoito do 2.® trimestre
teremos original para trinta e três folhas de impressão que
esperam o momento de ir para a typographia.*
Seja-me por isso permittido chamar a attençSo de V. Ex.*
para este ponto de interesse capital para o Archivo que estou
dirigindo. Tal demora causanos serio e grave transtorno e enorme
serviço seria para nós o faze la cessar.
Continuou se também com o inventario das Cartas Missivas
e d'ellas se extrahiram 133 verbetes com a possivel minuciosi-
dade e com todo o rigor scientifico.
Fiz proceder ás encadernações de varias obras cujas capas
pelo uso se tinham já deteriorado, assim como d^algmnas publi-
cações periódicas separadas em fascículos.
Com todo a regularidade se effectuou a leitura publica e se
respondeu a vários pedidos de estudiosos de assumptos históricos,
e entre elles ao senhor J. Block, sócio das Sociedades históricas
do Baixo Rheno, que desejou esclarecimentos sobre a tomada de
B ÁBCHiVM KAGIONAES 147
Lisboa e sobre o príncipe de Waldeck, que serviu no nosso
exercito.
Enumerando ainda sessenta e quatro registos de cartas tenho
Analisado o relatório dos serviços realisados neste Real Árchivo
no 3.^ trimestre de 1907.
Deus Guarde a V. Ex.*— Real Archivo da Torre do Tombo,
em 30 de Setembro de 1907.— III."'» e Ex."»" Senhor Bibliothe-
cario-mór do Reino. — O Director interino, António Eduardo
SimSes Baião.
148 BOLBTIM DAS BIBLIOTHBCAS
Pedro Nolasco de Seixas
O N,** 4:892 do Jornal do Commercio (Lisboa, 17 de Feve-
reiro de 1870) publica na secção do seu noticiário a seguinte
lacónica informação :
cFalleceu o Sr. Pedro Nolasco de Seixas, antigo empregado
da BibliothecH Nacional de Lisboa.
cO er. Seixas estava ha annos aposentado, e a sua saúde era
mui debíl.
«Era o sr. Seixas homem de muito espirito e chistoso poeta.
cEra sogro do sr. visconde de Liceia».
E nada mais!
Nada mais ácêrca do modesto mas prestantissimo funcciona-
rio! laconismo que tanto mais extranheza me causa perante a
circumstancia notória de estar naquelle tempo, a secção noticiosa
do referido periódico, sob a direcção do Dr. José Kibeiro Qui-
marães, o esclarecido auctor do Summario de vaiHa historia
(Lisboa — 1872-75 — 5 vol. in-8.*) e por todos os motivos oon-
ceituadissimo Official da Bibliotheca Nacional de Lisboa, compa-
nheiro portanto do fallecido.
Preenchamos nós a lacuna, graças aos elementos que se in-
centram nos antigos registos da Bibliotheca, e graças outrosim
ás informações obsequiosamente fornecidas pelo Sr. Capitão-de-
Fragata José Augusto Celestino Soares, neto materno de Pedro
Nolasco de Seixas.
Assim me cabe a honra de traçar uns paragraphos, que
offereço como subsidies a quem no futuro se proponha escrever
desinvolvidamente a historia da nossa principal Bibliotheca.
Em 31 de Janeiro commemora-se na Egreja Catholica o
venerado nome de S. Pedro Nolasco, fundador da Ordem de
Nossa Senhora das Mercês e Redempção dos Cnptivos. Ora, tendo
aos 31 de Janeiro de 1 794 nascido em Lisboa aquelle de quem
vou tratar, Pedro Nolasco lhe puzeram por nome em obediência
a um sentimento religioso que muito se harmonizava com a sin-
JTíyw"^»^
mm
B ARCHIV08 NACIONÂBd i49
oera devoção dos nossos avós, — e Pedik) Nolaisco de Sèixab se
ficou chamando, consoante o appellido paterno.
Bons créditos de officiál desfractava em nossa marinha-de-r
guerra Jofto Urbano de Seixas, b pae de Pedro Noiasco,— ^offi-r
ciai muito estimado que numa de suas viagens se apaixonara em
Cadiz pela filha do Governador da Praça.
Oarcia se appeliidava essa gentil gaditana, a quem na pia
baptismal tinham posto nome de Frar.cisca.
A donairosa «Chiquita», que rendera de amores o coração do
marinheiro portuguez, era certamente uma capti vante precursora
d^aquellas incantadoras andaluzas que, annos depois, protestavam
corajosamente nos salões da Hna sociedade contra as prepotências
da invasão napoleonica, intoando patrióticas canções com essa
desdenhosa altivez por que tanto se caracteriza o povo hespanhol
(desdenhosa altivez, e simultaneamente muchísimo salero) :
•
Con las bombas qxie dispara
d mariscai Soult
se kacen las Gaditanas
mantillas de ttiL
Inlevado nos attractivos da filha de Governador, e depois de
com ella matrimoniar-se, João Urbano de Seixas tinha vindo
fixar em Lisboa o seu domicilio conjugal, — tépido ninho em que
pipilavam três passaritos (Pedro Nolásoo, Urbano, e Joaquim),
três creanças que em tenros annos ficaram orphans do am[)aro
paterno e do materno.
Valeu- lhes nessa angustiosa crise um tio paterno, Joaquim
José da Silva, officiál de marinha muito hábil e muito conceituado
que na sua carreira pública chegou a ter o posto de Capitão de
Mar e Guerra.
E foi sob a protecção doesse valente officiál que Pedro Nolasco
introu no Seminário de Santarém a cursar o conjuncto de estudos
que naquelle tempo andava conhecido pela synthetica designação
de cHumanidades».
Terminado o curso, começou logo o joven estudantinho a
imbarcar na companhia do tio, como practicante de trabalhos
náuticos, — trabalhos em que foi revelando as mais louváveis
aptidões, — até ao ponto de intrar no quadro eflFeetivo dos Offi-
ciaes-pilotos da nossa marinha de guerra.
As suas viagens eSectnaram-se especialmente nas carreiras
150 BOLRTm DAS BIBL101*HE0ÁS
da índia e do Brazil. Com a instruoçSo preliminar qae Pedro
Nolasco recebera no Seminário, é fácil imaginar como aprovei^
taria, na circumstanciada observaçfto d'aquelias remotas paragens,
o cultivado espirito do moço official.
Em 1822 a 1823 desimpenhava elle as funcç3es de Primeiro'^
Piloto na viagem que a charrua cS. João Magnânimo» effectuava
de Lisboa á índia, passando pelo Brazil.
Joaquim Pedro Celestino Soares, que foi um dos nossos mari-
nheiros mais notáveis, e que á sua gloriosa profiss&o juntava as
condiçSes de erudito e picturesco escriptor, — Joaquim Pedro
Celestino Soares, que tomou por esposa D. Mariana Ignacia da
Silva (filha do supra-citado Joaquim José da Silva), — publicou
em Lisboa, de 1861 a 1869, quatro tomos de uma interessantís-
sima obra, a que poz por titulo Quadros Navaes ou Collecção de
Folhetins Mai^itimos do ^Patriotaib seguidos de huma epopeia
naval portugueza.
Ora no Cap. xxxn do Tom. ii (capitulo que se intitula
cAbarbado com a terra — Travessia») Celestino Soares faz dra-
mática descripçSo de um arriscado passo em que esteve a charrua
cS. JoSLo Magnânimo» na referida viagem.
Celestino Soares, que era ao tempo Tenente de Marinha,
fazia nessa viagem parte da guarnição. Â charrua levava por
commandante o Capitão de Mar e Guerra Joaquim José da Silva,
a quem o auctor dos Quadros Navaes tece grandes elogios, men-
cionando também com louvor o Primeiro-Piloto Pedro Nolasco
de Seixas.
De repente effectuou-se na existência de Pedro Nolasco
uma transformação radical.
Trocou as aventuras do Oceano (aventuras frequentemente
perigosas, como aquella em que Celestino Soares nos pintou com
vivissimas cores a viagem da charrua «S. João Magnânimo»),
trocou essas melodramáticas peripécias pelo socêgo da vida lis-
boeta. Resignou a sua posição de Official-Piloto.
Habituado ás fainas maritimas, em que demonstrara não
vulgar pericia, — mal se percebe, á primeira vista, que Pedro
Nolasco subitamente abandonasse a vida aventurosa das navega-
ções, para se concentrar sedentariamente no remanso do func-
cionalismo bibliothecario.
B ARCH1V08 NAGI0KAB8 151
Tal mudança, porôm, tal repentina transformaç&o nos seus
hábitos, poderemos facilmente explicál-a pelas exigências do lar
domestico.
Eu por mim.... com toda a franqueza o digo.... nunca
percebi as delícias de passar dias e dias ou mesmo de ás rezes
passar semanas (longas semanas!) sem ver mais do que céo e
mar, céo frequentissimamente inturvado pelos tenebrosos negru-
mes das nuvens tempestuosas, mar traiçoeiro e (quando menos
se espera) pavorosamente revolto, e sempre ameaçador, — sepa-
rados da morte os navegantes por uma frágil tabuinha ! Uma
existência de incertezas crudelissimas !
E entretant j .... ha muito quem — sem mesmo pertencer á
proíiss&o marítima — se apaixone por viagens sobre as salsas
ondas de Neptuno.
Sirva de exemplo aquelle excêntrico Lord Byron, a quem o
nosso Garrett, escrevendo as Viagens na minha terra, espirituOf-
samente chamou — fO poeta mais imbarcadiço, mais marujo que
ainda houve, e que até cantou o injôo, a mais prosaica e nau*
seante das misérias dfi vida».
Prosaica e nauseante ! — E me parece que tal misería bastaria
para legitimamente proscrever a práctica das navegaçSes.
Creio mesmo que a humanidade n?lo foi pelo Creador talhada
para viver nos dominios de Nereu, porque, se o fosse, teria
guelras. e barbatanas: antes cada vez me convenço mais de que
o mar pertence aos peixes, como pertencem ás toupeiras as tocas
subterrâneas. Ora o homem n2o é toupeira nem peixe: por isso
tantas vezes se afoga em naufrágios, e tantas morre sepultado
nas minas pelas explosSes do grístí!
Faça imbora de mim, quem me ler, o mais triste conceito
que lhe pareça, mas hei-de morrer abraçado a esta idéa: o homem
foi creado para viver na terra e não no mar, — na terra por
onde anda a raposa, que (segundo aíBrmam fabulistas) é o mais
sagaz dos animaes.
E Pélissier nas suas Poésies d*un sourd-muet faz bem sentir
as amarguras da navegação, quando nostalgicamente nos diz:
La mer boxís nous, la mer houleme,
Et 80U8 nou8 les Jlots écumeux!
La terre au loin. . . . tranquille, heureuse!
Sur noiM des nuages affreux!
Í52 BOLETm DAS BIBLIOTHECAS
Pedro NoIaBCo resolvera constituir família , matrimoniando-se
com D. Maria Cândida Lopes, filha de Valentim José Lopes (um
dos mais babeis constructores que de prédios havia naquelle
tempo em Lisboa).
Doesse consorcio brotaram quatro fructos, dois dos quaes (um
do sexo masculino^ e o outro do feminino) pereceram na edade
infantil.
Fructos que vingassem, foram:
D. Maria Salomé Cândida de Seixas (que ainda felizmente
existe) ;
e sua irman D. Maria da Glória Cândida de Seixas (que
falleceu, solteira, aos 10 de Fevereiro de 1902).
Perante as núpcias da £x.°*^ Senhora D. Maria Salomé com
o General José Pedro Celestino Soares, que em 1861 veiu a
receber o titulo de Visconde de Leceia, — Pedro Nolaseo de
Seixas, que já era por affinidade apparentado com a familia do
genro (pois que, segundo ficou dito num doa anteriores paragra-
phos, Joaquim Pedro Celestino Soares tinha casado com uma
filha de Joaquim José da Silva), Pedro Nolaseo de Seixas viu
duplicarem -se-lhe em 1849 os laços doesse parentesco.
 Ex.*"^ Viscondessa de Leceia deu a seu esposo quatro filhos:
Pedro Eugénio Celestino Soares, o primogénito, que nasceu
em 13 de Novembro de 1849, e que era Official do Secretariado
Militar, com a graduação de Capitão, quando no estado de sol-
teiro falleceu em 26 de Novembro de 1888 ;
José Augusto Celestino Soares, que nasceu em 6 de Dezembro
de 1853, e que abraçou a carreira marítima, onde hoje tem o
posto de Capit£o-de-Fragata ;
Júlio César Celestino Soares, que nasceu em 18õ9, e se finou
quando apenas contava dois annos de edade ;
D. Júlia Cândida Celestino Soares, que nasceu em 22 de
Fevereiro de 1862, e morreu solteira em 12 de Março de 1882.
O Sr. José Augusto Celestino Soares segue honrosamente as
brilhantes tradições da familia, — familia que tem constituído uma
espécie de dynastia intellectual, em que os ofiiciaes da armada
e os officiaes do exercito se revelam cultores das sciencias e
cultores, das bellas-lettras, reunindo sempre a esses dotes as
qualidades formosíssimas de uma inexcedivel probidade.
U AftCUlVÒS KACIOI^AES 153
O CapitUo-de-Fragata José Augusto Celestino Soares, e a
numerosa descendência que lhe tem dado sua esposa (a Ex.""^
Senhora D. Maria das Dores Simas Celestino Soares) constituem
hoje com a Ex.*"* Senhora Viscondessa de Leceia os únicos
representantes de Pedro Xolasco de Seixas, avô materno do meu
obsequioso informador.
Tradições marítimas de faniilia que Pedro Nolasco de Seixas
tinha briosamente continuado, cumpria que cedessem o passo ás
imposições da vida conjugal, — imposições que tanto mais eram
fáceis de acceitar, por isso mesmo que, versado nas lettras por-
tugnezas e nas latinas, versado nas lettras castelhanas e nas
itah'cas, o seu espirito devia sentir-se com propensfto natural para
o trato dos livros, condição primaria de quem numa bibliotheca
se proponha desimpenhar officios.
Emquanto lhe não surgiu ensejo de realizar esse desideratam,
— quer dizer, no tempo que mediou entre a finalização de suas
labutas náuticas e o ingresso na Bibliotheca Nacional, — Pedro
Nolasco dedicou-se a trabalhos de escriptu ração, como guarda-
livros, e no escriptorio de seu sogro exerceu essas funcçòes com
particular desvelo até que finalmente logrou trocar tal occupação
por lavores de bibliotheconomia.
Foi por Carta Régia de 29 de Abril, em 1839, e sobre pro-
posta do Conselho Administrativo da Bibliotheca (então presidido
pelo Bibliothecario-Mór Vasco Pinto de Balsemão), que Pedro
Nolasco de Seixas introu nomeado Official- Ajudante, — depois de
ter prestado provas prácticas e documentaes (conforme determi*
nava o Decreto de 7 de Dezembro de 1836), em concorrência
com João Baptista Antunes (Bacharel formado em Medicina e
Philosophia), José Maria Ferreira de Moraes Sarmento Pimentel,
João Nicolau de Carvalho Grenier, Cjpriano José Rodrigues das
Chagas, e Luiz Ludovice Cândido de Sá Pereira (como consta
da Acta da Sessão eíFectuada pelo Conselho Administrativo em
14 de Março de 1839).
E logo no l.^' de Maio principiaram seus trabalhos na Secção
das Sciencias Ecclesiasticas*
D'ahi a três annos, por Decreto de 5 de Agosto de 1842,
foi promovido a Official do Cartório, — situação em que se con*
servou até ser aposentado em 1 863 por Decreto de 31 de Dezembrot
154 BOLETIM DAS BIBLlOTflECÁS
PrecÍBamente d'abí a um mez completava septentâ áúnoB de
edade o aposentado funccionario.
! Era já tempo de repousar quem tio grande parte da sua
existência tinha dispendido em servir honrosamente a pátria.
Quando o cartorário Seixas se aposentou na Bíbliotheca
Nacional, figurava por Bibliothecario-Mór o Conselheiro José da
Silva Mendes Leal, que temporariamente se achava impedido no
exercício de taes funcçSes em consequência de sobraçar noQ
Conselhos da Coroa a pasta dos Negócios da Marinha e Ul-
tramar.
Com esse litterato, com António José Viale, e com António
da Silva Tullio, gostava muito o nosso Pedro Nolasco de trocar
impressões sobre assumptos litterarios, — mas nãlo somente por
aquelles três era elle estimadíssimo na Bibliotheca, onde todos
08 funccionarios lhe consagravam respeitosamente cordial aíFecto.
( Quem de todos porém mais familiarmente com elle convivia,
quem mais o visitava em casn desde que Seixas tinha recebido
aposentaçílo, era o seu particular amigo António José Colffs
Guimar&eSy — collega dos tempos antigos que singularmente se
lhe mostrara sempre dedicadíssimo.
Pedro Nolasco, apezar das viagens marítimas que tanto con-
correm para convenientemente inrobustecer organismos, tivera a
cada passo que transigir com as imposições de uma débil consti-
tuição,— e por isso, aggravado agora com os achaques da edade,
elle raras vezes sahia de casa desde que se aposentara; nem
sequer passeios hygienicos ou de simples distracção lhe consentia
já o seu estado valetudinário.
Morava em prédio seu, que intrára no casal por parte de sua
mulher, — prédio que ainda hoje pertence á estremecida íilha,
e que na Rua de S. João da Matta recebe o ingresso pela porta
N.® 19. Tinha alli, quando casou, estabelecido sua residência no
terceiro andar; depois, por occasião de consorciar-se a filha pri-
mogénita, passou a família toda a residir no andar nobre ; e lá
ficou Pedro Nolasco d^ahi por deante habitando; lá ficou sempre
acarinhado pela esposa, acarinhado pelas filhas e pelu genro,
acarinhado pelos netos e pela neta que successivamente lhe foram
desabrochando.
K AHCBIVOS NAdOKABS 155
. Ne88d viver domestico cifrava soa existência o aposentado
fanccionario.
Aos Domingos e dias santificados é que alguma vez sabia de
manhan, — e só por ouvir Missa na próxima Egreja Parochial
de Santos-o-Velho. Cumprido esse preceito, regressava em direi-
tura á sua residência, onde na convivência dos livros dispendia
gostosamente o melhor do seu tempo.
Modelo de fina educação e fina cortezia, elle tinha o condSo
de entreter — nas suas falas mansas e pausadas muito graves e
muito discretas, mas apar disso frequentemente joviaes e chis-
tosas,— elle tinha o condão de entreter quantos se lhe acercavam a
escutál-o. Sentiam todos agrado na presença d^aquelle bom velho»
No meio de suas falas doces e pacificas, — só uma coisa
havia que o fizesse arripiar e momentaneamente o exaltasse. Era
quando sentia escorregar nalguma syllabada um velho pedagogo
que o Visconde de Leeeia recebia em sua casa para ministrar aos
filhos noções de francez.
As licçoes davam se no gabinete contiguo áquelle em que o
avô dos pequenitos fazia habitualmente suas leituras. Quando
elle de lá percebia que o mestre ia fora do trilho, Pedro Noiasco
soltava instinctivamente, involuntariamente, um longo suspiro de
desconsolo.
E n2o passava d'isso.
Mas era o snfficiente para o improvisado preceptor de francea
exclamar logo, pondo as mãos na cabeça, e muito compungido 2
— Ai ! o avô I . . . ai ! o avô !
Afora o seu amigo CoIfFs Guimarães, — quem todos os mezes
costumava ir dar-lhe invariavelmente em dia certo noticias da
Bibliotheca, era o servente incarregado de levar- lhe a casa os
ordenados.
£ aconteceu que uma vez, precisamente no dia do pagamento,
amanheceu Lisboa fustigada por um temporal violentíssimo:
ventania medonha e chuva torrencial ! tempestade horrorosa t
Mas o servente da Bibliotheca não faltou no desimpenho da
sua obrigação.
Pedro Nolasco, ao vêl-o intrar incharcadissimo, não poude
conter-se que lhe não dissesse :
— Mas para que veiu cá num dia doestes?! não podia guardar
iaao para ámanhan? Ora valha-nos Deusl Coitado! coitadol..^
leiíha paciência com este incómmodo I
f56 BOLETIM DÁS BIBLIOT&ECáS
Ey metteiido-lli6 na m&o a espórtula oom que sempre oostu-
mava generosamente gratiíicál-o, repetiu outra vez :
— Coitado! tenha paciência.... tenha paciência com este
incómmodo I
— Paciência.... nenhuma, senhor Seixas! (exclamou o ser-
vente, imbolsando a gorgeta). Paciência. . • . nenhuma!
O que o pobre homem queria dizer na sua, era
— Incómmodo. . . . nenhum, senhor Seixas! Incómmodo. • ••
nenhum 1
Mas intaramelára se-lhe a lingua, e n?lo acertara com a phrase.
Nolasco de Seixas^ achando pilhéria naqueila inesperada
òéime do servente, não se cansava depois de a contar, — como
também contava em phrase picturesca, na sua jovial palestra
com os netos, as diabruras inoffensivas (ingraçadissimas algumas)
que elle e os irmãos tinham practicado quando alumnos do Se-
minário.
N&o vá porém cuidar-se que só de brincadeiras palestrava
com os netos. Na sua conversação muitíssimo instructiva, iam,
de involta com as jovialidades, mb sábios conselhos de um Mentor.
Averiguava-lhes do seu incarreiramento nos estudos; desbrava-
va-lhes difficuldades; indicava-lhes leitura de bons Uvros; e
Buggestivamente lhes infiltrava a paix&o pelo cultivo das belias-
lettras.
De tal suggestão, provocada em annos verdes, se deriva talvez
originariamente o iniêvo que por cousas litterarias sentiu sempre
o actual sobrevivente de seus netos, o meu bom amigo José
Augusto Celestino Soares, cujas producçdes poéticas sobredoiram
notavelmente as suas reconhecidas aptidões de marinheiro e de
professor.
Extremamente modesto, modestissimo, — e nisso também seu
neto lhe acceitou a herança, — Pedro Nolasco de Seixas a pou-
quíssimos dos seus amigos, e unicamente aos mais íntimos, dava
conhecimento dos lavores litteraríos em que, nas horas de lazer,
se entretinha.
Inéditos se conservam todos em poder da família, — e ao
favor do supra-cítado amigo meu devo a fortuna de poder aqui
triínscrever algumas das producçòes poéticas em que se desin-
tranhava a Musa de seu avô, — começando pelas quadras que
B iàUCHlVOS KAClOHAeS 1&7
elle intitulou Marília, e que foram dedicadas á eiposa (D. Mana
Cândida Lopes):
Sobre um álamo frondoso
Teu doce nome gravei,
E, depois d*elle gravado,
. Por três vezes o beijei.
E — Cresce — lhe disse entSo —r
Quanto este álamo crescer f
E mve quanto em meu peito - '
Decerto tens de viver.
O Qenio d'este logar,
Doeste nome tem cuidado :
NSo consintas elle seja
D^outros beiços profanado.
NSo consintas, — eu t*o peço,
Nilo augmentes meu pezar, —
Que possa do tempo a mão
TSo bello nome gastar.
Mas, se ao nome de Marília
O tempo não tem respeito.
N&o importa! qne elle vive
Eteinamente em meu peito.
• • •
Esta composição poética, no género arcadico, deve ter sem
<Iávida coincidido com os seus tempos de moço, com os seus
tempos de namorado e noivo.
A dama quo taes versos inspirou, veiu ainda a sobreviver
cinco annos ao poeta, pois que fallecea em 30 de Maio de 187Õ.
Em 18tí2, aos 24 de Outubro, por occasifto de festejar o
anniversario natalício da esposa, ainda Pedro Noiasco de Seixas
lhe indereçava a seguinte Decima:
As Graças nSo te'm edade :
E quem co' ellas se parece
De eidade também carece,
Que é um dom da divindade.
158 ÈOtíSrttíl DAS BlBLIOtâECÁS
D*68ta insigne qualidade
Gosa a Virtude também.
Ora quem tudo isto tem
Como tu, minha Maria,
Deve acceitar neste dia
O meu justo parabém.
Mas nKo somente em lyrismos desabotoava a inspiraçSo de
Pedro Nolasco.
Por vezes a jovialidade expandia-se-lhe em manifestaçSes
epigrammaticas ou mesmo satirioas.
Aqui v&o, como exemplo, três quadras que trazem no ma-
nnscripto a seguinte epigraphe : — Para o € Álbum» de uma senhora
que gostava de sentir pés pezados.
Quando sinto uns pés tSo graves
Retumbar no duro chfto.
De gosto sinto no peito
Palpitar-me o coraçfto.
Vejam, pois, que immensos gostos
Este meu peito nSo tem,
Quando sinto a cada instante
Os graves pés do meu bem I
Passos que elle tSo bem grava
No frio, insensivei ch&o,
Como nKo ficam gravados
Neste ardente coraçSo 1
Da sua veia epígrammatica apresentarei segunda amostra na
composíçfto a que poz o titulo de — Honra e honradez:
Tomando «honra» como cousa. . . .
É cousa que n&o havia ;
Até mesmo, como nome,
Não se usa hoje-em-dia.
Mas, para nfto esquecer
A coitada d'uma vez,
Chrismaram-n-a em San'-Bento,
E chamaram-ihe cfaonradez».
i
» ÀRCmiVOd* HldOtTASflí " 16d
Já- 'gora transcreverei também, noutras daais quadras áépti-
Syllabae, outro epigramma. Nfto ineerra, como o precedeatev
aliusio politica,. — mas unicamente visa a criticar o moderno
exaggêro dos tratamentos na sociedade portugueza* £ attendftmoB
a que o poeta escrevia no terceiro quartel do século xix : que
diria Pedro Nolosco a tai respeito se hoje vivera?!
— Dar a todos «Excellencia»
Parece grave defeito I
(Assim dizia um sujeito
Numa grande concorrência).
— Amigo, repare bem
^Responde sizudo velho)
Ser preceito do Evangelho
O darmos a quem nSLo tem.
Ás vezes mesmo a sua verve adquiria proporções de satírica;
e d' essa phase apresentarei por espécimen um Soneto escripto
na juventude, ao tempo em que Pedro Noiasco se intregava ás
fainas de marinheiro, — Soneto que faz lembrar as invectivas em
que se desatavam Camões e Bocage quando na índia.
O Soneto, composto em Qoa no anno 1823, diz por esta forma:
Irra. ... co' os cnobres» que povoam Goal
Que corja! que brejeiros! que matilha!
Que bando infame ! que infernal quadrilha
Te*m vazado as cadeias de Lisboa !
De insulso «Dom», que de fartum injôa,
É que canalha tal se maravilha !
(E a sua extracçfto nSk) os humilhai
Irra. ... co' os «nobres» que povoam Goa !)
Como no Reino a crápula a definha,
E nfto lhe dá futuro lisonjeiro.
Emigra para aqui, e aqui se aninha :
Nem outro escolher pode paradeiro
Que o único é de raça tíio mesquinha
— Ou índia, ou galéS| ou Limoeiro I
. .
VêO ÈOLertH t>A8: fití}tlOtfi£CAS
-!: Quando .Pedro' Nolasco' in troo a' áervir na Bibliothèca;, já
968tà'incontroii por companheiro Manuel Joaquim de Aguiar
Boberts^ qúe.na Repartição dos Impressos de^impenhava o cargo
fioiOffieialda 2^* Secção («Sciencias ISÍaturaes e Artes»).
'rr;i>Oom elle manteve sempre Pedro de Seixas (logo desde o
principio até. que Roberta falleceu em 30 de Junho de 1850)
cordiaes relaçSes de jovial familiaridade, como inculcam as três
quadras de que passo a fazer transoripçto, quadras em que o
poeta poz esta epigraphe : — A um amigo a quem mandou uma
canoêtrinha, em logar d^uma condeça, para uma» bolotas que lhe
tinha promeUião. .,
Dizem assim as quadras:
Perdoe, amigb RoberW,
Que esta vez desobedeça,
Mandando-lhe umia canastra
Em lògar d'uma condeça.
' ' O meu amigo tem cousas I . . . ;
£u nfto sou tolo, — e intendo-as:
Quiz começar por bolotas.
Para acabar por amêndoas.
. . Pois fique Vossê bem certo
Que por essa occasião
» Eu não mando uma canastra :
Hei de mandar um ceirão.
TraducçSes em verso, de composições francezas (a que Pedro
Noiasco era muito affeiçoado), também essas não escasseiam no
espolio manuscripto que logrei ver e manusear, mercê de quem
tal favor me proporcionou. Escolherei d'entre esse conjiincto a
seguinte que me parece muito ingraçada, e que traz por titulo
— Os três desgos.
•
— «Só três cousas eu quizera
(Disse a mulher ao marido)
P'ra vivermoà mais felizes
Que até-*qui temos vivido».
— «Pois é pedirem por bocca
(Boa fada dísàe então).
Que todas tri^s lhes farei
P'ra lhes dar. satisfacção».
E AR0HIV09 KÁCJ0KÂE8 IGl
— ftJm metro de bom chouriço .• J .
O mea pedido, éBse é que é».
E o chouriço já pendente
A eahir ^a chaminé f
— «Ó papalva, que pediste ? ! !
(Maguado o mando diz);
Por castigo . . « . qiie te fique
Pendurado do nariz!»
m
A mulher apalpa. . . . e sente
Em chourijio o nariz feito:
E puxa .... repuxa . . . . E chora
Por se ver còm tal defeito.
— «Que queres ^que &ça agora . .
Com um nariz nestes termos?»
-^ «Pede á fada ^ue te cAia
P'ra o assarmos e comermos». 1
E elle cái; como já tinha
Boa fada promettido ; *
E é, de prompto, logo assado, *'■•
Posto na mesa, e comido. >;^
E saber pedir com tento,
Nfto pedir cousas á toa,
Que é difficii de incontrar
Alguma fada tão boa.
Em. ... de Janeiro de 1869 (talvez no próprio dia do sen
anniversario natalício!), sentindose já muito doente, e prevendo
próximo o remate da sua existência (que no anno seguinte Veia
a finalizar em 16 de Fevereiro), Pedro Noiasco de Seixas compoz
ainda um Ôonéto, a que poz por titulo — Despedir da vida.'
Foram muito provavelmente os derradeiros versos que e^'
creveu, e com esses terminarei as minhas transcrípçSes.
Já quasi quinze lustros decorridos! *
Para o prazo fatal já pouco resta,
E pouco falta só que a Parca infesta '
Os anneis da tesoura veja unidos;
1 62 BOLETIM DAS BlBLIOTHfSOAS
. TrísteiB dias na Tidít tfto perdidos,
Que, .por tSo longa ser, é mais molesta !
Que sorte para mim é mais funesta
Que pela morte yêl-os esquecidos !
De achaques já cansado e de pesares,
Á uma vida que é toda anciedade
Eu prefiro o futuro e seus azares.
A morte é para mira a f licidade :
Abandono da vida os faustos larec^
Sem desgosto, sem pena, e sem paudade.
Como se vê, ha neste Soneto um sentimento de melancholica
resignação, mui comparável ao que inspirava o Cantor d* Os
Lanadas naquelles seus versos
«Os desgostos me vSo levando ao rio
Do negro esquecimento e eterno somnoi.
Além das suas composiçSes poéticas, Pedro Nolasco deixou
egualmente inédita, em portuguez, a traducção de um afamadis-
8Ímo romance, escripto pelo célebre Guilherme Godwin. Aventuras
de Caleb Williams — é o seu titulo.
Cora referencia a trabalhos oíBciaes, cá temos o archivo da
Bibliotheca Nacional, onde largamente se pode incontrar com-
provado o zelo do funccionario que no respectivo Cartprio supe-
rintendeu por muitos annos, e nessa qualidade redigiu as actas
do Conselho Administrativo.
Dados á estampa, existem do seu labor alguns documentos,
publicados no
Relatório dceixa da Bibliotheca Nacional de Lisboa, e mais
estabelecimentos annexos, dirigido ao Exm.^ Sr. Ministro e Secre-
tario d' Estado dos Negócios do Reino, No 1.^ de janeiro de 1844,
por José Feliciano de Castílho Barreto e Noronha (Lisboa — T7-
pographia Lusitana — 1844-45 — 4 vol. in-8.®).
Os documentos que José. Feliciano de Castilho inclue elabo-
G^^n» ^^^^*** Q^^fy
E ABCBIV08 NACIONAES l63
rados por Pedro Nolasco, incontram-se todos no Tom. iv d^aquelle
Buberbissimo Relatório, e sfto os seguintes:
(De pag. 133 a 139) ~ cRelaçlto das obras que se mandaram
incadernar no segundo semestre de 1843»;
(De pag. 157 a 160) — «RelaçSo das obras offerecidas n'e8te
semestre á Bíbliotheea, e nomes das pessoas que as offereceram»;
(De pag. 16õ a 170) — «Relaçílo das obras impressas fora
de Portugal e gratuitamente intregues pelos livreiros» ;
(De pag. 171 a 174) — c Relação de alguns dos jornaes que
existem truncados e incompletos, e d'outros ci|ja publicaçto tem
continuado, mas que faltam»;
(De pag. 175 a 180) — t Orçamento da despesa da Bibliotheca
Nacional de Lisboa e estabelecimentos annexos».
Com dois retratos do biographado vai acompanhada esta
notícia.
Um d'esses é reproducçSo, em photo-gravura, do desenho
que António Joaquim de Santa-Barbara executou a lápis quando
redro Nolasco estava prestes a completar 36 annos de idade. No
desenho original vem a seguinte subscripç&o: cEm 9 de Janeiro
de 1830 — António Joaquim, do Vivo Retrat». Subjacente A
reproduoçSU), figura o fac-simile da assignatura, tal qual a es-
crevia nos seus tempos de moço.
O segundo retrato, reproducçSo fac-simile de uma photogra-
phia, mostra-nos o venerável ancião nos derradeiros annos da
sua existência, — e subjacente lhe vai reproduzido um fac-simile
da assignatura coeva.
m
Pedro Nolasco de Seixas foi sepultado aos 17 de Fevereiro
de 1870 no Cemitério de Nossa Senhora dos Prazeres, onde seus
restos corporaes ficaram recolhidos em jazigo de familia, —
restos destinados (como acontece em tudo quanto é mortal) a
serem consumidos pela acçSo do tempo.
Mas o que o tempo não poderá consumir é a memoria honesta,
a memoria honrada que o prestantissimo ancião deixou entre
seus contemporâneos, e que aos vindouros ha-de transmittir-se
immarcescivel.
Bibliotheca Nacional de Lisboa:
26 de Julho de 1907.
Xavier da Cunha.
164 BOLETIM DAB BIBUOTHEOAS
BIBLIOTHECAS E ARCHIVOS NACIONAES
PESSOAL
SEAL ARCHITO DA TORRE DO TOHBO
Vasco Ferreira Valdez, nomeado, precedendo concurso, para
o logar de Segundo Conservador do Real Archivo da Torre do
Tombo, por Decreto de 4 de julho de 1907, vago pela promoção
por antiguidade, em 23 de agosto de 1906, do Bacharel António
'Eduardo SímSes Baião, a Primeiro Conservador do mesmo Real
Archivo, pelo fallecimento em 6 de agosto de 1906 do Primeiro
Conservador Albano Alfredo de Almeida Caldeira.
(Diário do Governo, n.^ 159 de 20 de jalho de 1907).
BIBLIOTHEGA PDfiLICA DE EYORA
Francisco Forte de Faria Torrinha, Bacharel formado em
theologia e Professor efFectivo do Lyceu Central de Évora —
nomeado por Decreto de 19 de setembro de 1907, para o logar
de Conservador da Bibliotheca Publica de Évora em conformi-
dade do artigo 60.", § 1.**, do Decreto n.® 6 de 24 de dezembro
de 1901, vago pela aposentação concedida por Decreto de 23 de
maio de 1907 a António Francisco Barata.
{Diário do Governo, n.^ 195 de 2 de setembro de 1907).
B AROmVOB KACI0NAK8 165
BIBLIOTHECA NACIONAL DE LISBOA
REGISTO DE PROPRIEDADE UTTERÍRI&
Obx*as entradas xio anuo de 190T'
Jt;ilhio
Pela Parceria António Maria Pereira, como editora :
— Jorge Ohnet. «Nemrod & C.*i TraducçSo de Luís Cardoso.
2 volumes. 1906. Officina typographica da Parceria António
Maria Pereira. Lisboa. — In-16.® de 27ò paginas o 1.® volume
e de 312 paginas o 2.® volume.
Paul Bonhomme. «Prisma de Amor». TraducçSo de «««. 1907.
Officina typographica da Parceria. Lisboa. — In-16.^ de 256
paginas.
•—Padre Senna Freitas. «A palavra do semeador». 1867-1 903«
Lisbon. — 1905-1906. — Officina typographica da Parceria.
— 2 volumes. In-8.* de xvn-280 paginas o 1.*^ volume e de
xvii-312 paginas o 2.® volume.
•
— Padre Senna Freitas. «A palavra do semeador», 1867-1903.
3.® e ultimo volume. 1906. Officina typographica da Parceria.
— Lisboa. In-8.® de xv-29l paginas.
— Silva Pinto. — «Combates e criticas». — Com um prologo de
Camilio Castello Branco, 2.^ ediçUo. Volume I. 1907. Officina
typographica da Parceria. — Lisboa. In-8.® de 363 paginas.
— Silva Pinto. — «Novos combates e criticas», 1875-1884. 2.'
ediçSo. 2.^ volume. 1907. Typographia da Parceria António
Maria Pereira. — Lisboa. In-8.^ de 358 paginas.
— ColIecçXo António' Maria Pereira: «Mendo Bem» (Mopiz de
166 BOLETin DAS BIBLIOTfll£CÁS
Betencourt). — dnsularest. Contos e historias. 1907. Officina
typograpbica da Parceria. — Lisboa. In 8.^ de 160 paginas.
cA injustiça das duas moraes sexuaesi, por Margarida Bodin.
TraducçSo de Constantino de Brito. 1906. Officina typogra-
phioa da Parceria. — Lisboa. In -8.^ de 216 paginas.
-Artur Lobo de Avila. — «Ministro Ideal». 1907. Officina ty-
pographica da Parceria. — Lisboa. In-8.<' de 324 paginas.
cO filho do Baldaia», por Arnaldo Gama. 2.* ediçSo. 1906.
Officina typographica da Parceria. — Lisboa. In-8.*^ de 424
paginas.
Camillo Castello Branco. — I. c Coisas espaqtosas». 4.*ediçSo.
— Lisboa. 1904. Officina typographica da Parceria. In -8.®
de 226 paginas.
II. cAs três irm&SB. Romance. 4.* ediçSo. Lisboa, 1905.
Officina typographica da Parceria. — In 8.° de 272 paginas.
-III. íA enjeitada». Romance. 5.* ediç&o. Lisboa, 1906. Offi-
cina typographica da Parceria. — ín-8.^ de 256 paginas.
IV. «Doze casamentos felizes». Romance. 4.^ ediçSo. Lisboa,
1907. Officina typographica da Parceria. — In-8.® de 212
paginas.
> V. «O esqueleto». Romance. 3.^ ediçSo. Lisboa, 1902. Typo-
graphia da Parceria. — In-8.® de 276 paginas.
VI. «O bem e o mal». Romance. 5.* ediçSo. Lisboa, 1902.
Typographia da Parceria. — In-8.** de 258 paginas.
-VIL «O Senhor do Paço de Nin&es». 3.' ediçSo. Lisboa, 1902.
— Typographia da Parceria. — In-8.® de 236 paginas.
VIII. «Anathemaw. Romance. 5.* edição. Lisboa, 1902. Ty-
pographia da Parceria. ^ In-8.^ de 400 paginas.
IX. «A mulher fatal*. Romance. 4.* ediçfto. Lisboa, 1902. —
In-8.® de 212 paginas.
E ABCHIVOS NACIONAKS 107
T^X. «Cavar em ruina^s». Roíúanoè. 2/ ediçKo. Lisboa; 1902.
Typographia da Parceria. — In-8." de 216 paginas.
— XI e XII. «Correspondência epistolar entre José Cardoso
Vieira de Castro e Camillo Castello Branco, escrita durante
os dois últimos annos da vida do illustre orador». Volume i
e II. Lisboa, 1903. Typographia da Parceria. — In-8.® de 232
paginas cada volume.
— XIII. «Divindade de Jesus e tradiçSo apostólica», por Camillo
Castello Branco. 2.* edição. Lisboa, 1903. Typographia da
Parceria. — In-8.° de 212 paginas.
— XrV. «A doida do CandaU. 4.* ediçSo. Lisboa, 1903. OflScina
typographica da Parceria. — In-8.** de 232 paginas.
— XV. «Duas horas de leiturat. 4." ediçSo. Lisboa, 1903. Ofi-
cina typographica da Parceria. — In-8.® de 176 paginas.
— XVI. «Fannyí. Estudos por Ernesto Feydeau. Romance
trasladado para português, da 18.^ ediçfto, por Camillo Cas-
tello Branco. 3.* ediçfto. Lisboa, 1903. Offieina typographica
da Parceria. — In-8.** de 160 paginas.
— XVII, XVIII e XIX. «Novellas do Minho». 2.» ediçao..3
volumes. Lisboa, 1903. Offieina typographica da Parceria.
— In 8.® de 244 paginas o 1 .° volume, 200 paginas o 2."
, volume e de 220 paginas o 3.^ volume.
— XX e XXI. «Horas de paz». 3.* edição, revista e emendada.
2 volumes. Lisboa, 1903. Offieina typographica da Parceria.
— In-8.® de 208 paginas cada volume.
— XXII. «Agulha em palheiro». 5.* edição. Lisboa, 1904. Offi-
eina typographica da Parceria. — In-8.® de 224 paginas.
— XXIII. «O olho de vidro». Romance histórico. 8.^ ediçSo.
Lisboa, 1904. Offieina typographica da Parceria. — In-8.* de
224 paginas.
— XXIV. € Annos de prosa». Romance. 3.^ ediçSo. Lisboa, 1904.
Offieina typographica da Parceria. — In-8.* de 240 paginas.
168 BOLETIM DAS BlBLIOTHECAS
• — XXY. cOs brilhantes do brasileiro». 4 ^ ediçlo. Lisboa, 1904.
Officína typographica da Pai*cería. — In-8.^ de 248 paginas.
— XXVI. c(Á bruxa do Monte Córdova». Romanoe. S.^ediçSo.
Lisboa, 1904. Officina typographica da Parceria. — In-8.* de
240 paginas.
— XXVn. «Carlota Angelat. Romance original. 5.* edíçXo.
Lisboa, 1904. Officina typographica da Parceria. — In-8.® de
232 paginas.
— XXVIIL «Quatro horas innocentes». 2.* ediçSo. Lisboa,
1904. Officina typographica da Parceria. — In-8.® de 232 pa-
ginas.
— XXIX. «As virtudes antigas ou a freira que fazia chagas e
o frade que fazia reis». «Um poeta português... rico!» 2.*
ediçSo. Lisboa, 1904. Officina typographica da Parceria. —
In-8.® de 184 paginas.
— XXX. «A filha do Doutor Negro». 3.* ediç&o. Lisboa, 1904.
Officina typographica da Parceria. — In-8.^ de 264 paginas.
— XXXI. «Estrellas propicias». 3.' ediçfto. Lisboa, 1904. Offi-
. cina typographica da Parceria. — In-8.^ de 208 paginas.
— XXXII. «A filha do regicida». Romance histórico. 4.* ediçXo.
Lisboa, 1904. Officina typographica da Parceria. — In-8.® de
224 paginas.
— XXXIII e XXXIV. «O demónio do ouro». Romance original.
2 volumes. 2.* ediçSlo. Lisboa, 1905. Officina typographica
da Parceria. — In-8.** de 220 paginas o 1.** volume e de 228
paginas o 2.® volume.
— LXII. «Vinte horas de liteira». 3.' ediçXo. Lisboa, 1907..
Officina typographica da Parceria. — In-8.® de 248 paginas.
— Alfredo Gallis. «Cartas de um japonês» (De Lisboa para
Tokio). (Critica de um oriental acerca do nosso pais). Lisboa,
1907. Officina typographica dá Parceria.— In-8.« de 376 pa-
■gin(i8.
n ABCHIVOS NACI0N4BS 169
Por M«Duel Thomé de Castro Janioi*, coiho èditdr, Augusto
Luso da Silva, c Últimos versos». Poesias inéditas com um
prefacio de José Pereira de Sampaio (Bruno), e o retrato do
autor. Porto. Imprensa Nacional, 1907. — In-8.® de xvi-160
paginas.
Por Júlio Ivo, como autor. cO monumento de Mafra». Guia
illustrado. Lisboa, 1906. Typographia A Editora. Texto: 1.^
parte, Júlio Ivo e 2.* parte, Santos Ferreira. Editor, Joaquim
Pedro Moreira. — In-8.° de 176 paginas e 16 folhas com
gravuras de um só lado.
Por Carlos Harrington, como autor € Versos de Carlos Harrington
para guitarra, orchestra ou piano». Lisboa. Imprensa Lucas.
In-8.^ de 8 folhas de um só lado impressas.
Por José Eliseu, como autor das musicas n.®' 1, 2, 3, 4 e 6
cCanç5es populares de Coimbra». 1907. Lithographía Mon-
teiro successor de Castro & C* Lisboa. — In-4.® de 8 paginas
sem numeraç&o.
Por D. Severino Ojea dei Prado, como auter e proprietário, «A
pronuncia inglesa pelo methodo differencial de D. Severino
Ojea dei Prado». Para uso das pessoas que desejem conhecer
praticamente o inglês. Espanha. Ribadavia, Beade. 1907.
Yilla Reai^ Imprensa Moderna. 1 folha de um só lado ím*
pressa e desdobraveL
Por Fidelino de Sousa Figueiredo, como autor «Os melhores
. > sonetos da língua portuguesa desde de Sá de Miranda, seii
introductor em Portugal no século xvi, a Jo&o de Deus no
século XIX», com os retratos dos autores e uma carta do
Dr. Cândido de Figueiredo. Lisboa. Typographia da Livraria
Central. 1907. — In-8.<* de 96 paginas*
•
Por L de Mendonça e Costa, como autor, «Manual do viajante
em Portugal», coordenado por L. de Mendonça e Costa, com
itinerários da viagem em todo o pais e para Madrid, Paris,
Vigo, S. Thiago, Salamanca, Badajoz e Sevilha, quatro
mappas a cores e cinco plantas. Lisboa. Typographia da
GazeU dos Caminhos de Ferro. 1907. — In-16.* de 6-32-
xxxviii-264 paginas e 9 folhas impressas de um só lado^
sendo 5 desdobráveis.
170 BOLKTm DAS BIBUOTHKOAS
Pela Livraria Chardron de Leilo & Irmão, como editora :
— Garcia Redondo (da Academia Brasileira). cSalada de frotas».
Porto. Imprensa Moderna, 1907. In-8.* de 276 paginas.
— Obras completas do Padre António Vieira. tSerm5es>, vol. Iii.
Porto. Imprensa Moderna, 1907. — In-8.^ de 400 paginas*
Por Thomás Bordallo Pinheiro, como editor e proprietário, Bi-
bliotheca de Instrucção Profissional, clndustria de cerâmica».
(Por Pedro Prestes). Lisboa. Typographia da Empresa da
Historia de Portugal, 1907. — In-4.« de 4-xxm-l-134-n
paginas.
Agosto
Pela Livraria Ferreira & Oliveira, Limitada, como proprietária
H editora, Carlos Dickens. — c Contos do Natal». VersSo de
J. J. Teixeira Botelho. Lisboa, Typographia do Annuario
Commercial. In-8.* de yi-214 paginas e 1 folha com o retrato
do autor.
Pela Parceria António Maria Pereira como editora :
— Camillo Castello Branco. — N.** 35. — «O regicida». Romance.
4.* ediçfto. Officina Typographica da Parceria. 1005. In-8.^
de 222 paginas.
— N.® 36. — f A filha do arcediago*. Romance. 5.' ediçfto. Lisboa.
Officina Typographica da Parceria. 1905. In-8.* de 296 pa-
ginas.
— N.® 37. — «A neta do arcediago». Romance. 5.* edição. Lisboa.
Officma Typographica da Parceria. 1905. In-8.® de 292 pa-
ginai.
— N.* 38. — «Delíctos da mocidade». 2.* edição. Lisboa. Officina
Typographica da Parceria. 1905» In-8.® de 264 paginas.
— N.^ 39. — cOnde está a felicidade?». Romance. 6.* ediçSo.
Lisboa. Officina Typographica da Parceria. 1905. In-8.® de
296 paginas.
È ARCBlVOS NACTONAfiS l7l
— N.® 40. — «Um homem de brios •. 5.» ediçtto. Lisboa. Officina
Typographica da Parceria. 1905. In-8.^ de 232 paginas.
— N.^ 41. — aMemorias de Gailherroe do ÂmaraU. Obra pos-
thuma. 4.^ ediçíiu. Lisboa. Officina Typographica da Parceria.
1905. In 8.^ de 200 paginas.
— N.®* 42} 43, 44. — cMysterios de Lisboa». 7.^ ediçSo. Lisboa.
Officina Typographica da Parceria. In-8.^ de 268 paginas o
primeiro volume, 268 paginas o segundo volume e de 272
paginas o terceiro volume.
Por Thomás Bordallo Pinheiro, como editor e proprietário. —
«Escrituração commercial-industriab , por Severiano Ivens
Ferraz. LislToa. Biblioteca de Instrucção Profissional. In-4.®
de 134 paginas e 1 folha desdobrável.
Por JoSo Inácio da Silva, como proprietário. — «The Wonderful
Ánhnatographo» . Proprietário, JoSLo Inácio da Silva, Rua
Gomes Freire n.^ 117-3.®, esquerdo. Lisboa. 1 folha volante
de um só lado impressa.
PoF Joaquim Rodrigues, como autor e proprietário. — «Estrella
tricolor marcadora do tempo». 1 folha de cartão impressa
dos dois lados.
Por Nicolau da Cunha Lobo como autor :
— Cunha Lobo. — Novo methodo legographico. «Guia para o
professor». Porto. Typographia Occidental. l907. In-8.® de
16 paginas.
— Cunha Lobo. — Novo methodo legographico. «Cadernos para
escrita», i a viii. Porto. Typographia Occident 1. In-16.® de
32 paginas os cadernos i a vi e in-8.® de 16 paginas os ca-
dernos vn e vni.
Pela Viuva Tavares Cardoso como editora, Le&o Tolstoi. — «Cor-
respondc-ncia». Traduzida por Joaquim Leitão. Lisboa. Ty-
pographia J. F. Pinheiro, 1906. In 8.® de 440 paginas..
Por António Cabreira como autor: «Sobre o calculo das reservas
mathematicas». Com o retrato do autor. Homenagem do
172 BOLBrilí OA8 BIBUOTfl£CAS
' Jornal de Seguros. Lisboa. 1907. Typographía A Publicidade.
Iq-8.° de 12 paginas.
Por António Cabreira como autor, editor e proprietário: cSur
.; . les corps polygonauz». Coimbre, Imp. de TUniversité. 1907.
In-8.^ de 12 paginas.
Por Thomás de Eça Leal como autor, editor e proprietário: «A
r. prisfto de um anarchista». Lisboa. 1907. Typographia A Pu-
blicidade* In-8.^ de 32 paginas.
Por J. J. da Silva Graça como editor e proprietário :
— f Mascara do crime i, por Paulo Segonzac. Romance. Lisboa.
Propriedade daEmpresade O Século, 1907. In-4.° de 8 paginas.
— cO resuscitadoi, por Paul Souget. Lisboa^ Propriedade da
Empresa de O Século. 1907. In-4.® de 8 paginas.
— cO feiticeiro da corte», por Zévaco. Lisboa. Propriedade da
Empresa de O Século, 1907. In-4.^ de 8 paginas.
Por Arnaldo Bordalo como editor e proprietário: cÁlmanach dos
palcos e salas para 1908». Lisboa. 1907. Imprensa Lucas.
In'8.° de 104 paginas.
Por Bamos ic Silva, como autores, editores e proprietários :
— c Vibrador mecânico portátil». 1 folheto. Lisboa. In-16.^ de
' 82 paginas.
— «Vibrador mecânico portátil». 1 cartaz. Lisboa. Typographia
da Viuva Costa Sanches. In-plano de uiu só lado impresso.
Por JoSo de Almeida Pinto como autor, Angela Pinto: «Esbo-
> çofl, homenagens e apreciações criticas». 1906. Livraria
Editora Viuva Tav^ires Cardoso. Lisboa. Imprensa Operaria.
In* 8.® de 198 paginas.
Por Maria G. Biemath como proprietária, Padre Luis Chasle,
capellão do Bom Pastor de Angers. — aIrmS Maria do Divino
Coração». VersUo da 2.* edição francesa por um devoto da
insigne serva de Deus. Porto. 1907. Typographia Catholicá»
I .. Id-8.® de 478 paginas.
E ARCHIVOS NACIOXAKS ' 173
Pela Empresa Editora do Annuario Fra co-Luso Brasileiro como
proprietária: «La revue royale. Diplomatique & aristocrati-
que». N ® 1. Aoút 1907. Lisbonne, Madrid, Paris, Londres,
Berlim, Rio de Janeiro, New- York. Composição e impressão,
Typographia Literari«, Largo da Feira, Coimbra. Rt-dacçâo
e administração, 84, Rua do Arsenal, 1.**, Lisboa. Directeur:
Comte Henry. Administrador: João de Proença Vieira. In-
8.** de 16 paginas de texto e 12 paginas com annuncios.
Setembro
Pela Parceria António Maria Pereira, como editora :
— Camillo Castello Branco. — N.®' 4õ e 46 — «Livro Negro do
Padre Dinist — Romance. 7.* edição, 2 volumes. — Lisboa,
1906. Officina typographica da Parceria. In-8.° de 232 pagi-
nas cada volume.
— N.°* 47 e 48 — «O Judeu» — Romance histórico, 3." edição,
2 volumes. — Lisboa, 1906. Officina typographica da Par-
ceria. In-8.® de 244 paginas o primeiro volume « de 254
paginas o segundo volume.
— N.° 49 — «Duas épocas da vida» — Incluindo o fo heto inti-
tulado «Hossana». 3.* edição. — Lisboa, 1906. Officina typo-
graphica da Parceria. In-8.° de 304 paginas.
— N.° 50 — «Estrellas funestas». 5.* edição. — Lisboa, 1906.
Officina typographica da Parceria. In- 8.** de 240 paginas.
— N ® 51 — «Lagrimas abençoadas» — Romance. 4.* edição. —
Lisboa, 1906. Officina typographica da Parceria. In-8.*^ de
232 paginas.
— N.*^ 52 — «Luta de gigantes». 4.* edição. — Lisboa, 1906,
Officina typographica da Parceria. In-8.® de 248 paginas.
— N." 53 e 54 — «Memorias do cárcere». 5.* edição, 2 volumes.
—-Lisboa, 1906. Officina typographica da Parceria. In-8.*^
de 228 paginas o 1.* volume e de 212 paginas o 2.® volume.
— N.® 55 — «Mysterios de Fafe»— Romance social. 5.* edição.
4 *
174 BOLETIM DAS BIBLIOTHECAS
— Lisboa, 1906. Officina typographica da Parceria, In-8.^ de
256 paginas.
— N.® 56 — «Coraçio, cabeça e estômago» — Romance. 3.' ediçSo.
— Lisboa, 1907. Officina typographica da Parceria. In-8.*
de 248 paginas.
— N.*^ 57 — fO que fazem mulherest — Romance philosophico.
4.' edição. — Lisboa, 1907. Officina typographica da Parce-
ria. In-8." de 220 paginas.
— N.® 58 — cO retrato de Ricardina». 4.* ediçSo. — Lisboa,
1907. Officina typographica da Parceria. In-8.*de 248 paginas.
— N.*^ 59 — «O sangue» — Romance. 3.* ediçXo. — Lisboa, 1907.
Officina typographica da Parceria. In-8.® de 256 paginas.
— N.® 60 — «O santo da Montanha». 3.* edição. — Lisboa, 1907.
Officina typographica da Parceria. In-8.^ de 264 paginas.
— N.® 61 — «Vingança» — Romance. 4.* edição. — Lisboa, 1907.
Officina typographi(?a da Parceria. In-8.'* de 244 paginas.
Pela Livraria Figueirinhas, como editora. — Luis de Camões,
a Os Lusiadas». Para as escolas e para o povo. Obra prefa-
ciada, parafraseada, annotada e com um vocabulário por José
Agostinho. Canto i. — Porto, 1907. Typographia Universal.
In-12.° de 152 paginas.
Pela Livraria Chardron, de Lello & Irmão, como editora. —
Obras completas do Padre António Vieira. «Sermões». Vo-
lume IV. Porto. 1907. Imprensa Moderna. In-8.** de 436 pa-
ginas.
Pela A Editora, sociedade anonyma de responsabilidade limitada,
como editora:
— Máximo Gorki. «Historia de um crime». Traducção de Ribeiro
de Carvalho e Moraes Rosa. 1.* edição. — Lisboa, 1907.
n-8.® de 196 paginas.
— L. Boussenard. «Os estranguladores de Bengala». Traducção
de Domingos Cabral de Quadros. 1.* edição. — Lisboa. In-
E ARCllIVOS NACIONAKS 175
8.** de 178 paginas. Volume 2.° Typographia de A Editora*
In-8.° de 192 paginas.
— Modern Style Bibliotlieca— N.® 1. Victorien du Saussay. «A
Rua da Paz (Mercados de amor)». Traducção de A. Leitão.
1.* edição. — Lisboa. Typographia de A Editora. In-8." de-
840 paginas e 22 gravuras.
— Dubut de Laforest. «Os últimos escândalos de Paris. N.^ 22^.
— cFarabinas». Traducç^o de Cabral de Quadros e Metras»
Campos. — Lisboa. In-4.^ de 164 paginas.
— N.® 23. íA criada para todo o serviço». Traducçâo de Cabral
de Quadros e Metrass Campos. — Lisboa. In-4.'* de 160 pa-
ginas.
— N.** 24. «A caixeira da loja de modas». TraducçSo de Cabral
de Quadros e Metrass Campos. — Lisboa. In-4.° de 160 pa-
ginas.
— N.® 25. «Modas e confecções». TraducçSo de Cabral de Qua-
dros. — Lisboa. In^." de 160 paginas.
— N.^ 26. a A traição da Zaragateira». Traducç&o de Cabral de
Quadros. — Lisboa. In 4.* de 164 paginas.
— «O 1.** de dezembro de 1640». Brinde do romance «Os mys-
terios dainquisiç&o». — Litliographia da Companhia Nacional
Editora. In-plano de 577X457 millimetros.
— «Leonor Telles deant* do cadáver do Conde de Andeiro».
Brinde do romance «Leonor Telles». — Lithographia de A
Editora. In-plano de 581X460 millimetros.
— «Batalha de Aljubarrota», Brinde de «A ambição de um rei».
— Lithographia A Editora. In-plano de 575X456 millimetros.
Por J. J. da Silva Graça, como editor. «Horas negras», por
Henri Demesse. — Lisboa, 1907. In 4.* de 8 paginas.
Por Eugénio Coelho de C.*, como proprietários e editores. —
Joaquim de Mello e Castro de Vasconcellos Gusmão. — «Dic-
176 BOLETUr DAS DIBLIOTHECAS
cionario legislativo ou compilaç&o da iegislaçUo portuguesa»,
devidamente alfabetada, Volumes i a v. — «Alemtejo — Mou-
rão». Volumes vi a x. — Lisboa, Typographia do Commercio,
1906-1907, 10 volumes íq-4.*, que alcançam até paginas
1120.
Por Francisco Romero, como editor. — tÁlmanach do Povo»,
para 1908. M).** anno da sua publicaçSLo. — Livraria de Fran-
cisco Romero, editor. — Lisboa. In 16.** de 144 paginas.
Por Palhares & Commandita, como editores, 1908. — «Papelaria
Palhares. Agenda gabinete». Typographia Rua do Ouro,
141-143. — Lisboa. In-8.® de 198 paginas.
Por Raul Martins, como editor. — t Segredos do Casamento».
Estudos scientifíco-privados, feitos nos recentes trabalhos
psychologos do distincto medico analysta Dr. Kraufiínan, por
Alfredo Albuquerque Júnior. — Deposito, Livraria do Povo,
Silva & Carneiro. — Lisboa, Typographia de J. R. Teixeira.
In-8.* de 96 paginas.
Pelo Padre António Rodrigues Pereira, como autor e proprietário.
— «Doutrina christSl; o catechista das crianças de tenra idade»,
pelo Padre António Rodrigues Pereira — Porto, 1907. Typo-
graphia Catholica. In- 8.*^ de 32 paginas.
Pela Livraria Figueirinhas, como editora. — «O Padre», pela
Estrella do Norte. — Porto, 1907. Typographia Universal.
In-12.® de 152 paginas.
Por Alexandre de Fontes, como autor, editor e proprietário. —
«Lyra Germânica» (versões). — Lisboa, 1907. Imprensa
Lucas. In-8.® de 54 paginas.
Por Francisco Simões Ratolla, como autor, editor e proprietário.
— «Noticia do Chafariz de Pedrouços», por Francisco Simões
Ratolla. Com gravuras. — Lisboa, 1907. Imprensa Luso-
Africana. In-12.° de 24 paginas.
Pela Livraria Chardron, de Lello éc IrmSo, como editora:
— Bruno, «A Questão Religiosa». — Porto, 1907. Imprensa Mo-
derna. In-8.<' de xxxii~452 paginas.
K ARCHIVOS NACIONAES 177
— aHistoria da Literatura Portuguesa». CamSea. Época e vida,
por Teófilo Braga. — Porto, 1907. Imprensa Moderna. In 8.**
de yiii-8õ2 paginas e 1 folha com o retrato do autor.
Por Tbomás Bordallo Pinheiro^ como editor e proprietário :
— cBiblioteca de InstrucçSLo Profissional — bllementos de Historia
da Arte». Volume i. «Arte Antiga», por João Ribeiro Chris-
tino da Silva. — Lisboa, Typographia da Empresa da Historia
de Portugal. In-4.® de 120 paginas.
— cBiblioteca de Instrucçfto Profissional — ConstrucçEo civil».
Volume I. Edificações. — Lisboa. Typographia da Empresa
da Historia de Portugal. In-4.® de 112 paginas e 1 folha
desdobrável e de um s<S lado impressa.
Por José Fructuoso da Fonseca, como editor. — <íH9ra8 de pie
dade ou oraç5es selectas», 12.^ ediç&o, pelo Dr. Cónego An-
tónio Joaquim Pereira. — Porto, 1907. Typogra|.hia de J.
Fructuoso da Fonseca. In-8.® de 416 paginas.
Por Faustino da Fonseca, como autor. — «Viagem maravilhosa».
Romance histórico. Livraria Central de Gomes de Carvalho.
— Lisboa, 1907. Imprensa Libanio da Silva. In-8.^ de 212
paginas.
Bibliotheca Nacional de Lisboa, em 30 de setembro de 1907.
— O Director, Xavier da Cunha,
178
BOLETIM DAS BIBLIOTHECAS
Estatística dos volumes enviados pelas Secçtes Estrangeiras de Permutas Inter-
naclonaes durante o S."" trimestre de' 1907 á Seeçio das Bibllotbecas e
Arclilvos Naclonaes
^•"^ i!7L
ToUI
Estados Unidos da America 605
Belirica 63
668
i
£ ABCHIVOS NACI0NAE8
179
Estatística de leitura nas blbllotbeeas abaixo designadas
durante o S."" trimestre de 1907
Smçmi 6 nu nb-dÍTÍsõeg
Historia, geogra4)hia
Cartas geographicaa
Polygraphia
Joriiaes
Revistas nacionaes e estrangeiras
Sciencias civis e politicas
IScieDcias e artes
Bellas artes
I
I Philologia
( Bellas lettras
Kumismatica
Estampas
Religiões
Ineunabulos
Reservados
Manuscriptos
liluminados
I
Vni- Collecção Camoneana
Total
II
III
IV
V
VI
VII
lni[%
23
21
67
22
1
278
413
Bkist
21
44
22
33
12
18
8
3
167
TiflaRMi
29
41
114
3
38
29
1
56
69
41
424
20
3
13
41
Secretaria Geral das Bibliothecas e Archivos Nacionaes, em 30 de
setembro de 1907.
Pelo Bibliothecario-mór do Reino,
O Inspector,
Oabríel Victor do Monte Pereira.
180
BOLETIM DAS BIULIOTHKGAS
Estatística dos leitores na Bibllotheca Nacional de Lisboa
no S."" trimestre de 1907
S«C(õcs t «uu Kuihdivisõcs
Historia, gcograpliin
Cartas geographicas
I { Poiygraphia
Jornaes
Revistas naciouacs o estrangeiras .
II
III
IV
V
VI
VII
e
VIII
Sciencias civis e politicas
Sciencias e artes
Be lias artos
\ Philologia. . .
j Bellas Icttras
( Numismática
{ Estampas . . .
Religiões
Incunabulos
Reservados
Collccção Camoneiína
» Elzeviriana
» Bodoiii
Manuscriptos (fundo geral) .
Códices illuminados
Collecção Pombalina
» dos Códices d^Alcobaça.
■ « • • •
IX Archivo de marinha e ultramar. . .
Total
Espécies requisitadas
peios leitores
Dia
946
1()
274
826
66
801
1:004
76
149
1:982
8
2
22
1
16
61
224
36
2:300
8:810
Noite
201
81
178
17
230
319
17
53
472
1:570
Total
Leiioni
DeBoitêl:07&
Total 5:415
1:147 D«dia 4:887
16 ^
355
l:00i
83
1:031
1:323
93
202
2:454 :
10
2
22
1
16
61
224
36
2:300
10:380
Secretaria Gc*ral «Ias Bibliothecas e Archivos Nacionaes, em 30 de
setembro de 1907.
Pelo Bibliothecarío-mó lo Reino,
O Inspector,
Gabriel Victor do Monte Pereira,
Bibtiotheea Nacional de Lisboa. Exposição bibliographica no bi-ccnte-
nario do Padre Aatooio Vieira em 1897, Lisboa, Imprensa Nacional, 1897,
A Exposição Petrarcbiana da Bibliotbeca Nacional de Lisboa. Catalogo
eomxnario pelo Directoi* da mesma Btbltotheea Xavier da Canha. Lisboa,
ífluprenaa Nacional, 1905.
Cnrso de Bibliothccario-ATcbivista. Sumroario das lições de Bibliologla,
compiladas por José A. Moniz, professor interino da respectiva cadeira OA
Bibliotbeca Nacional de Lisboa, 2.' edição. Coimbra, Imprensa da Univer-
sidade, 1900.
Numismática Nacional. Lição inaugural do curso de Numisma£k)ii da
Bibliotbeca Nacional de Lisboa no anno lectivo de 1888-1889, norJ. Lett«
de Vasconcellos, professor proprietário da respectiva cadeira. Lisboa, Ty-
pograpbia do Jornal «O Dia», 10 e 12. Rua Anchieta, 1888.
Elencho daa lições de Numismática dadas na Bibliotheea Nacional de
Lisboa por J. Leite de Vasconcellos, 1.' part.e do cujrso (1888-1889). Lisboa,
Typographia do Jornal «O Dia«, 1889.
Elencho das lições de Numismática dadas na Bibliotbeca Nacional de
Lisboa por J. Leite de Vasconceilos do II curso do anno lectivo de 1889-
1890 até ao VI curso do anno lectivo de 1893-1894. Lisboa, Typographia
4o Jornal »0 Dia«, 1894.
Relatórios dos serviços da Bibliotbeca Nacional de Lisboa desde o segundo
trimestre de 1903 até ao terceiro trimestre de 1907, por Xavier da Cunha.
Coimbra, Imprensa da Universidade, 1903 a 1907.
Boletim das Bibliothecas e Archivos Nacionaes, publicação official tri-
mensal. Publicados 5 annos. Coimbra, Imprensa da Universidade, 1902 a
1906.
Uma traducção inédita em latim do soneto «Alma minha gentil . . . »,Publi-
cada e prefaciada por Xavier da Cunha. Coimbra, Imprensa da Universi-
dade, 1904.
Uma carta inédita de Camões. Apographo existente na Bibliotbeca Na-
<úaQal de Lisboa, agora commentado e publicado pelo Director da mesma
Bibliotbeva Xavier da Cunha. Coimbra, Imprensa da Universidade, 1904.
A Bibliotbeca Nacional de Lisboa na Exposição Oceanographica. Cata-
logo summario por Xavier da Cunha. Coimbra, Imprensa da Universidade,
lim.
A Bibliotheea Nacional de Lisboa no Congresso internacional de Liége
flobre reprodacçau de manuscriptos, medalhas e sellos. Relatório sobre a
legislaç&o portagneza no tocante á reproducção dos manuscriptos offerecido
ao Congresso pelo Director da mesma Bibliotheea Xavier da Cunha.
Coimbra, Imprel. M.da Universidade, 1905.
A Legislacio tributaria em beneficio da Bibliotbeca Nacional de Lisboai
por Xavier da Cunha. Coimbra, Imprensa da Universidade, 1903.
A medalha de Casimiro José de Lima em homenagem a Sonsa Martins^
descripçâo numismática por Xavier da Cunlia. Coimbra, Imprensa da Uni-
versidade, 1903.
Espécies bibliographieas e espécies bibliacas. Considerações sobre no-
menclatura por Xavier da Cunha. Coimbra, Imprensa da Universidade, 1908.
Concursos públicos para provimento de logarea vagos de Segundos Con-
servadores dos quadros do Real Archivo da Torre do Tombo e da Biblio-
theca Nacional de Lisboa, Legislação respectiva. Parecer de José Joaquim
d' Ascensão Valdez. Coimbra, Imprensa da Universidade, 1903,
Relatório dos serviços desempenhados em Coimbra e Braga cm Junho
de 1903 por José Joaquim d' Ascensão Valdez. Coimbra» Imprensa da Uni-
versidade, 1904.
Gabinete; Numismático da Bibliotheca Nacional de Lisboa (Notas e do-
cumentos) pelo dr. José Leite de Vasconcellos. — l. Moedas de ouro da
epocha germânica Coimbra, Imprensa da Universidade, 1902.
A excelsa rainha D. Maria II na intimidade. Reflexões aproposito de um
manuscripto existente na Bibliotheca Nacional de Lisboa por Xavier da*
Cunha. Coimbra, Imprensa da Universidade, 1904.
Real Archivo da Torre do Tombo :
índice geral dos documentos conteúdos no corpo ehronologico exis-
tente no Real Archivo da Torre do Tombo Mandado publicar pela»
cortes na lei do orçamento de 7 de abril de 1838. Tomo 1.° e unlco.
Lisboa, Typographia de Silva, 1843.
índice geral dos documentos registados nos livros das chancellariàs
existentes no Real Archivo da Torre do Tombo, mandado fazer pelas
cortes na lei do orçamento de 7 de abril de 1838. Tomo 1." e único.
Lisboa, 1841, na Typographia de G. M. Martins.
Extracto do Real Archivo da Torre do Tombo offerecido á Augus-
tissima Rainha e Senhora D. Maria I, por José Pedro de Miranda
Rebello, amanuense do mesmo Archivo. Coimbra, Imprensa da L^ni-
versidade, 1904.
Bibliotheca Publica de Évora :
Catalogo dos manuscriptos da Bibliotheca Publica Eborense, por J.
H. da Cunha Ri vara. Tomo l.**. Ultramar. Lisboa, Imp. Nacional, 1850,
Tomo 2.'» Litteratura, Imprensa Nacional, 1868. — Tomo 3.° Historia*
Imprensa Nacional, 1870.
Catalogo do Museu Archeologico da cidade de Évora, annexo de sua
Bibliotheca, composto por António Francisco Barata. Lisboa, Imprensa
Nacional, 1903.
Os reservados da Bibliotheca Publica de Évora, polo director An-
tónio Joaquim Lopes da Silva Júnior. Coimbra, Imprensa da Univer-
sidade, 1907.
Venda avulso, no edifício da Bibliotheca Nacional de Lisboa.
Cada exemplar do numero do Boletim^ in-8.^ — 200 réis.
Iimtto i— 6." Uiio OQfnbro a Deimbro— 1907
BOLETIM
11 li
PUBLICAÇiO OFFICIAL TRIMENSAL
COIMBRA
Impressa da Universidade
1Q07
BIBLIOTHECiS E iRCHIYOS HiCIONAES
Pnbliofiições offioiaes
INVENTÁRIOS DA BIBLIOTHECA NACIONAL DE LISBOA
Secçio I — Historia e Geographia.
Serie 1.* (nameraçSo preta) — 1.* parte. Lisboa, 1889.
— 2.* parte. Lisboa, 1889.
Serie 2> (numeração vermelha) — Lisboa, 1895.
Serie 3.* (numeraç&o azul) — Lisboa, 1897.
1
Secção III — Scienciaa e Artes. Serie 1.* (numeração preta) — Coimbra
1907.
Secçâó IV — Sciencias civis e politicas.
Serie 1.* (numeração preta) — Lisboa, 1897.
Secção X — Philologia e Bellas-Lettras.
Serie 1.* (numeração preta) — Lisboa, 1890.
Serie 2.* (numeração vermelha) — Lisboa, 1893.
Serie 8.* (numeração azul) — Lisboa, 1894.
Secção XIII — Manuscriptos por José António Moni«. Lisboa, 1896.
— CoIIeccão Pombalina, por José António Moniz. Lisboa,
1896^ completo.
Inventario do Archivo de Marinha e Ultramar, pelo dr. Eduardo de Cas-
tro e Almeida.
Ilhas da Madeira e Porto Santo, I — Coimbra, Imprensa da Universidade,
1907.
Relatório acerca da Bibliotheca Nacional de Lisboa e mais estabeleci-
mentos annexos, dirigido ao £x."^o Sr. Ministro e Secretario d*£stado dos
Negócios do Reino, no 1.^ de Janeiro de 1844 por José Feliciano de Cas-
tilho Barreto e Noronha, Tomo I-Officio — Tomos II, III e IV — Appensos
ao officio. Lisboa, Typographia Lusitana, 1844.
Bibliotheca Nacional de Lisboa. Exposição Antoniana, 1895. Lisboa, 1895.
Ak
tioBiero 4— é.^ Annó
Óotubro a Deiembro— 190?
DAS
BIBLiOTHIIlAS K ARIIHIVOS iCIOMIS
Propriedade e edifão da Sccrelarla Geral das Bibliolhecas e Arcbivos Nacionaoi. Luboa.
Director J. A. Gastello Branco, Bibliolbecario Mór do ReíDO.
Composição e Impressão na Imprensa da Universidade.
Relatório dos serviços da Blbllotheca Nacional de Lisboa
no quarto trimestre de 1907
Cabe-me hoje a honra e o prazer de mencionar neste mea
Relatório uma nova dístincçao que recahiu sobre a Bibliotheca
Nacional de Lisboa.
Floresce na cidade de Nova- York, fundado por generosa
iniciativa do Sr. Archer Milton Huntington e de sua esposa a
Sr.^ D. Helena Huntington, um esplendido instituto que se inti-
tula The Hispanic Society of America,
O Sr. Huntington, cujo nome por várias vezes tenho citado
nos meus Relatórios, é um benemérito bibliophilo que aos estu-
diosos tem proporcionado a reproducção fae-simile de obras ra-
ríssimas, portuguezas e castelhanas, mandando primorosamente
a expensas suas executar taes trabalhos, e repartindo depois em
gracioso brinde pelas principaes bibliothecas do mundo e pelos
seus amigos particulares os exemplares da reproducç2o.
Em Junho de 1903, atravessou elle o Atlântico para vir em
Lisboa na Bibliotheca Nacional examinar os três exemplares que
possuimos da ediç^o-prmc^s do Cancioneiro Oeral de Garcia de
Resende, com o intuito de ultimar o propósito, que realizou, de
Sublicar a reproducção fac-símile do referido Cancioneiro, repro-
ucç2o que amavelmente me fez a honra de me dedicar.
I
182 BOLETIM DÁS BIRLIOTHBGÁS
Aqui tive o gosto de lhe receber entfto a visita, a visita d'elle
e a da sua estimável esposa, — uiua intelligente dama, illustrada,
e gentilissima no trato.
Depois, voltando ambos ao seu paiz, elles opulentaram gran-
diosamente a cidade de Nova-York, fundando em 1904 a
«Sociedade Hispânica da Ámericai, — Sociedade cujo intuito
(conforme se lê nos seus Estatutos) é especialmente vulgarizar o
conhecimento das lettras portuguezas e das castelhanas.
Para esse nobilíssimo propósito cederam elles de seus bens,
o Sr. Huntington e a sua esposa, a quantia de um milhfto de
dollars, e mais accrescentaram a esta principesca dadiva a doaç&o
de riquíssimas obras d'arte (escuipturas, painéis^ medalhas, etc.
etc), — addicionando lhe outrosim a sua riquissima livraria,
constante do 40:000 volumes, entre os quaes se contam 5:000
de preciosas raridades e 300 que representam espécies únicas!
A «Sociedade Hispânica da America» acha-se funccionando
já num suberbissiniD edifício^ expressamente construido e formo-
samente adaptado ao seu mester.
Doesse instituto, por captivantissima proposta do Sr. Hun-
tington (Presidente perpétuo da Sociedade), foi em 10 do pretérito
Julho conferido o titulo de «Membro Honorário» á Bibliotheca
Nacional de Lisboa.
O elegante Diploma que recentemente recebi a notificar tal
distincção, e que na Sala das Sessões do Conselho Administrativo
mandei pendurar convenientemente incaixilhado, diz textualmente
assim numa folha de tinissimo pergaminho :
The Hispanie Society of America takes pleasure in notifying
the Bibliotheca Nacional de Lisboa that at a meeting of the Board
of Trustees hoJd in New York on the tenth day of July MCMVII
it toas duly elected an Honorary Member of the Society. In
witness whereof, the said Society kas caused iis seal to be hereto
affixed, and thia notification to be signed by its President and
attested by its Secretary (Seguem-se as assignaturas autographas
do Presidente Archer M, Huntington e do Secretario Mansfield
L, Hillhouse, — terminando tudo pelo sêllo branco em relevo,
com o emblema da Sociedade circumdado pela legenda the *:*
HISPANIC •:• SOCIETY *:• OF •!• AMERICA ':).
o escopo da Sociedade synthetiza-se nas seguintes palavras
da sua lei orgânica: — <LAdvancement offhe sfudy of the Spanish
and Portugutse languages, literature and history, and advoncc"
i
Ê ÍBÒ6tVõd ^ÀÚtO^AEÉ Idâ
ment of ihê $tudy of the countries uiherein Spanish and Portuguese
are or havs been spoken languages^.
Em 26 de Ontabro tive a honra de receber a visita de um
illu&tre dominicano hespanliol, que em tempos frequentou muito
a nossa Bibliotheca, onde procedeu a estudos valiosissimos.
Fruoto precioso d'esses estudos, e d'aquelles a que infatiga-
velmente 66 tem dedicado em bibliothecas e arcbivos de Hespanha
e de outros paizes, veiu elle offerecer-nos um brinde principesco:
Obras de Fr, LuU de Cfranada de la Orden de Santo Domingo
— Edición critica y completa por Fr. Justo Cuervo, de la misma
Orden, Doctor en Filosofia y Letras:^ Lector de Teologia,
Começada a publicar em Madrid no anno 1906, a edição
conta ji sabidos á luz nove tomos, aos quaes devem seguir-se
alguns outros com que brevemente espera apparecer a lume o
erudito escriptor, — devendo mesmo accrescer-lhes, como appen-
dices substanciosos, escriptos pelo Sr. Padre Cuervo, a «Vida
de Fr. Luís de Granada» e a «Bibliografia Granadina», Biblio*
grapbia para a qual forneceu óptimos subsidies no «gabinete
dos livros reservados» a Bibliotheca Nacional de Lisboa.
Na companhia do Sr. Padre Cuervo nos visitou também o
Sr. Marquez de Quintanar, egrégio Mecenas que de seu bolso
custeou as despezas da ediç&o.
Entre os inéditos, agora trazidos a lume, figura eloquen-
temente redigida (como eloquentissimos sSo todos os escriptos de
Fr. Luiz de Granada) a «Historia de las virtudes y oficio pas-
toral dei Serenisimo Cardenal Don Enrique Árzobispo de Évora
que después fué gloriosisimo Rey de Portugal».
No mesmo volume (o Tom. xiv da collecção) egualmente se
especializam dois escriptos muito interessantes: — «Vida de Don
Fr. Bartolomé de los Mártires Árzobispo de Braga» e c Vida de
la M. R. Madre Soror Ana de la Concepción, Monja en el Mo-
nasterio de nuestra Seiiora de la Esperanza en la ciudad de
Lisboa» .
Do Brazil recebi
Remsta do Instituto Histórico e Geographico de São Paulo —
Vol XI— 1896. (Sao Paulo— 1897).
A offerta, devemol-a ao obsequio da prestimosa corporaçSo
que tal revista publica.
Bemettida pelo Sr. Gaspar GuimarSes, que reside em Ma-
• t
184 BOLkTIM das BlDLlOTHKCAS
naas, tenho a registar uma publícaçZo, em cujo frontispício se
lê o seguinte complicadíssimo titulo:
A scieneia humana e o problema da vida — O néo-materíalismo
— A vida, a harmonia suprema, a reproducção e o aperfeiçoa-
mento das espécies — Conceito da eternidade, Nova intuição. As
vibrações injinitas — Uma doutrina consoladora baseada na
Sciencia Experimental e na Immortalidade, sem contestar os phe-
nomenos espintas, mas sem o Espirito — Os phenomenos espiritas
d luz da sciencia, (Manáos — 1907).
Pelo Sr. Visconde de Salgado foram-nos remettídos do Rio-
de-Janeiro 2õ volumes de natureza vária, concernentes alguns a
institutos portuguezes estabelecidos naquella capital.
D^entre a remessa destacarei as quatro seguintes espécies:
a) — Catalogo dos livros do Gabinete Portuguez de Leitura no
Rio de Janeiro, Seguido de um supplemento das obras entradas
no Gabinete depois de começada a impressão. (Rio de Janeiro —
1858).
b) — Catalogo siipplementar dos liwos do Gabinete Portuguez
de Leitura no Rio de Janeiro. (Rio de Janeiro — 1868).
c) — Álbum do Rio Grande do Sul organizado por Carlos A.
Reis, Director da € Revista do Suh — Politica, Funccionalismo,
Commercio, Industrias, Artes, Sciencias, Educação. (Porto Alegre
— 1905),
Constituo esse «Álbum» publicação muito interessante, ador-
nada com abundantes photo-gravuras, em que especialmente
predominam retratos de portuguezes e de brazileiíos que naquella
âorescentissima região teem deixado brilhantemente assignalados
os seus nomes.
d) — Manoel dos Santos Marques — Nas Trevas —2.'^ edição.
(Famalicão — 1906).
Ha neste livro uma collecçíto de poesias lyricas, ornamentada
com o retrato do auctor e com o fac-simile autographico de
carta que em 1895 lhe escreveu João de Deus. cNas Trevas»
intitulou seu livro o Sr. Santos Marques, por ser cego; e os
versos fel -os antecedei* de uma breve noticia a que poz o titulo
de «Systema de Ensino de Leitura ministrado por professores
cegos aos videntes analphabetos*.
A Bibliotheca «John Crerar» de Chicago (Tlie John Crerar
Lihrary) inviou-nos 17 volumes sobre assumptos bibliographicos
e bibliotheconomicos.
B ARCHIVOS NACIONAfiS 185
O Sp. Dr. Jayme Coolidge Cárter, distincto advogado noB
auditórios de Nova- York, propimha-se fazer, perante a Faculdade
de Jurisprudência da Universidade de Harvard, uma serie de
conferencias, que nfto chegou a realizar porque doesse propósito
foi pela morte impedido em 14 de Fevereiro de 190Õ. Mas o
texto das conferencias projectadas incontrava-se já escripto, e
em 1907 sahiu á luz em volume subordinado á seguinte epigraphe:
Law : Its Origin, Growth and Ftmction. Being a Course of
LecUires Preparedfor Delivery before the Late School of Harvard
University. By JarMs Coolidge Cárter,
Gentilmente offerecido pelos testamenteiros do auctor, introu
na Bibliotheca Nacional um exemplar doesta obra, — que se não
limita a ser um tratado technico de Jurisprudência, cujo assumpto
apenas interesse aos proiissionaes, mas comprehende uma larga
investigação das suas origens, do seu desinvolvimento scientíiico,
e da sua influencia poderosissima na civilizaçSlo dos povos.
Remettidos pela Bibliotheca Nacional de Habana, chegaram-
nos 55 volumes de variado assumpto, entre os quaes especializarei :
a) — Cuba primitiva, OHgen, lenguas, tr adiciones e historia
de los índios de las Antillas Mayores y las Lucayas, por Don
António BachiUer y Morales — Segunda edición corregida y aw-
mentada. {HahsíTia — 1883).
b) — Poesias de Don Francisco Javier Balrnaseda, con la
Biografia dei Autor. (Habana — 1887).
c) — Henrique Femández Granados — A Don Quijote. (Mé-
xico — 1905).
Esta producção poética, adornada com o retrato do immortal
Cervantes, foi premiada em concurso por occasiSo de celebrar-se
o terceiro centenário da pnblicaçRo do «Don Quixote».
Do Sr. D. Jesus Velasquez, Director da Bibliotheca Nacional
de Honduras, recebi, em serviço das Permutas Internacionaes :
a) — Historia documentada de los limites entre la República
de Honduras y las de Nicarágua, El Salvador y Guatemala,
escrita por António R. VaUyo. Tomo L (Tegncigalpa— 1905).
b) — Historia de Centro America por Eduardo Martinez'
Lopez. 1Õ02-1821. (Tegucigalpa — 1907).
Pela Bibliotheca Nacional de Santiago de Chile foram-nos
inviados 25 volumes, concernentes a assumptos consulares, colo-
niaes, e6tatisticoS; commerciaes, agronómicos, meteorológicos,
186 BOLETIM DAS BIBLIOTHBOAS
eic. etc, — avultando entre esses Tolumes as segaintes publica-
ções:
a) — Comienzo de arte en las selvas vírjenes — Dihujos hechos
a mano por índios, coleccionados por el doctor Teodoro Koch-
Grunherg (Berlin) — Noticia bibliográfica por Rodolfo R» SchuUer,
(Santiago de Chile — 1907).
b) — The Tkayer Family of Brockworth according to tJie
researcbes of Rev. Canon WiUiam BazcUy by Lais Thayer Ojeda,
(Santiago de Chile — 1907).
c) — Anuário de la prensa chilena puilicado por la Biblioteca
Nacional — 1901. (Santiago de Chile — 1904).
d) — Boletin de la BMioteca Nacional de Santiago (Chile)
coirespondiente á 1906, (Santiago de Chile — 1907).
Rematam-se as 101 paginas doeste Boletim por um artigo
interessantíssimo do Sr. Dr. Pedro Laútaro Ferrer, artigo subor-
dinado á seguinte epigraphe — cEl contajio de las enfermedades
por los libros*.
D'esse artigo transcreverei um trecho por muito se correla-
cionar com assumptos de administraçSo bibliotheconomica:
€El célebre doctor Brouardel, en una conferencia en Nancy,
en 1900, rdató una epidemia de tuberctdosis que se habia propa-
gado entre los empleados dd aArchivo de Kharkoft, en la Rusia
meridional. Los bacilos de Koch pvlulaban sobre las piezas. Los
empleados de los archivos, tuberculosos en segundo pertodo, tenían
la mala costumbre de dar vuelta las páginas tpor médio de los
dedos mofados con salivat, costumbre perniciosa que no deberia
tolerares en ninguna parte, y que por deegracia es de uso corriente
en los colégios y en las oficinas».
Costumbre perniciosa! Sestro pernicioso e por mil razSes
abominável ! sestro que só indica falta de asseio e falta de edu-
cação ! sestro que desgraçadamente vejo cultivado na Bibliotheca
Nacional de Lisboa, apezar da terminante prescripção com que
no seu art. 89.^ prohibe sirailhantes prácticas o vigente Regula-
mento.
Em conjugação com a doutrina alli expendida, fiz eu publicar
em 4 de Fevereiro de 1904 a «Ordem de serviço N.® li que
diz assim:
«Por determinação superior e conveniência do serviço, re-
commenda-se aos Conservadores da Bibliotheca Nacional de
Lisboa a rigorosa observância do artigo 89.^ do Regulamento
approvado pelo Decreto de 29 de Janeiro de 1903, especialmente
£ ARCHIVOS NACTONABS 187
na parte relativa ao detestável costume, que tSem certas pessoas,
de humedecerem os dedos com saliva para voltarem as folhas
dos livros, — práctica inconvenientíssima para a conservação
das espécies bibliacas e perigosissima para a saúde dos pró-
prios leitores. Outrosim se lhes recommenda a conveniência de
transmittirem a todo o pessoal subalterno instrucçSes neste
sentido».
E no meu Relatório de 30 de Março do mesmo anno 1904
eu dizia :
cParece incrível que acerca de similhante assumpto careça
de fazer observaçSes e formular prescripçSes o director de uma
bibliotheca, onde só pessoas cultas e bem educadas se imagina
deverem ter ingresso! Mas a experiência dos factos insurge-se
com a sua triste realidade contra o que poderia suppôr-se numa
capital civilizada».
Apezar porém das prescripçSes regulamentares, e apezar das
minhas advertências em harmonia com essas prescripç5es, la
mala costumbre (como lhe chama o citado articulista) vai preva<
lecendo irremediável!
Irremediável. . . . porquê? irremediável porque ha na Biblio-
theca funccionarios (sem mesmo exceptuar alguns dos mais ele-
vados em categoria), funccionarios que por aquelle inraizado
sestro mostram simplesmente não estarem na altura das funcçSes
oiBciaes a que o bamburrio os destínou !
Continuemos no rol das dadivas.
Pelo Sr. D. Romão Lopez Lomba^ Director Geral da Esta-
tística do Uruguay, foi-nos inviado o
Anuário Estadistico de la República Oinental dei Unigtiay.
(Montevideo — 1907).
Abrange os annos 1904 a 1906.
E para terminar as minhas referencias aos brindes, com que
da America tenho sido contemplado, só me resta accreseentar
que de Washington, por infatigável intermédio do Instituto
Smithsoniano, grande cópia de livros continua a visitarnos,
officialmente publicados em variadíssimos ramos do saber humano,,
e todos elles importantíssimos.
De Londres nos vieram offertadas pelo Museu Britannico as
eineo seguintes espécies:
a) — Catalogue of the Marathi, Oujaraii, Bengali, Aesamesej,
1Õ8 BOLETIM DAS BIBLIOTHECAS
Onya, Pushtu, aiid Sindhy Manuscripts in the Lihrary of the
British Museum. By J. F. Blumhardt, (London — 1905).
b) — Catalogue of Manuscript Music in the BHtish Museum
by Augustas Hughes- Hughes, VoL L Sacred vocal music. (London
— 1906).
c) — Catalogue of the GhreeJc Coins of Phrygia, By Barclay
V. Head, With one map and ffty-three plafes. (London — 1906).
d) — Suhject Index of the modei"n tvorks added to the Library.
ofthe British Museum in the years 1901" 1905. (London — 1*906) .
e) — Compota Thesaurariorum Begum Scotoinim — Accounts
of the Lord High Treasurer of Scotland, Edited by Sir James
Balfour Paul. Vol. VU. A. D. 1538-1541. (Glasgow— 1907).
Aqui temos agora um livro despretencioso mas elegante,
curioso na sua simplicidade, e sobretudo muito sjmpathico:
Enri Bouvet — Moun viH Avignoun. Tablhi d'esiiidi hucau
&tti uno prefaci pèr Jan de la Roco-di-Dom. (Vilo-Diéu-Veisoun
— 1907).
Na elaboração d'esta obra, que sahiu a lume posthuma, illus-
trada com vistas e retratos (entre esses o retrato do auctor), o
illustre provençalista Henrique Bouvet dispendeu mais de vinte
annos, segundo me informa em carta a Sr.^ D. Isidorina Bouvet,
irman do finado escriptor, — e foi ella quem do livro me oíFerecet
exemplar.
Remettido de Paris, e offerecido pelo seu auctor, chegou-nos
um exemplar do seguinte folheto, concernente á Princeza
D. Isabel, única filha que El-Rei D. Pedro II teve de sua pri-
meira esposa a Rainha D. Maria Francisca Isabel de Saboya:
V Infante Isabelle de Portugal et ses dix sept prétendants
(1669-1690). Par Louis Farges. (Paris — 1907).
Dezesepte pretendentes! E com dezesepte pretendentes acabou
por fallecer donzella! Jaz sepultada, com sua mSe, no extíncto
Convento das Francezinhas.
Do Ministério da Instrucçao Pública, Bellas-Ârtes e Cultos,
da Republica Franceza, veiu, por intermédio da Legação de
Portugal em França, a oiferta do mais um volume do
Inventaire general des richesses d'art de la France.
O volume agora inviado, e publicado era Paris no corrente
1907, constitue o Tom. iv dos «Monuments réligieuxi», das pro-
víncias francezas, — e contínua a inspirar o mesmo interesse que
B ÁRCmVOS NAClOlfÁEd 18d
nos tSem sempre despertado os volumes anteriormente appare-
eidos doesta monumental publicação.
A «edição nacional t que se publica em Florença, sob os
auspícios de Sua Majestade El-Rei d'Italia, de Le Opere di Oa-
lileo QaliUi, prosegue para comnosco em suas captivantes visitas.
E d'eiia nos vieram, ha pouco, por obsequioso intermédio da
respectiva Legação, o Vol. xix (Firenze — 1907) e do Vol. m
a Parte ii (que só também agora appareceu á luz).
Conjuntamente recebi por appendice :
Trent* aniii di Studi Oalileiani per António Favaro. (Firenze
— 1907).
O Sr. Commendador António Padula, que não cessa de nos
ser agradável inviando-nos producçSes em que attesta o seu
amor pelas coisas portuguezas, agora me remetteu exemplar da
seguinte publicação :
Visconte d^ Almeida Garrett — Camoena, Ti*aduzione dei porto-
ghese dei Conte Adriano di Valbranca con proemio dd Prof.
António Padula Segrttario Generale delia Società Liiigi Camoena.
(Napoli — 1907).
 tradueção italiana do formoso poema garrettiano é em
prosa, — como em prosa tinha sido a franceza que Henrique
Faure publicou em 1880 do mesmo poema.
O prefacio do Sr. Commendador Padula é constituído por
uma longa exposição biographico-critica acerca do Visconde de
Almeida Garrett.
O Sr. Luiz Zuccàro, Professor que reside em Alessandria, e
que devemos considerar um benemérito das lettras portuguezas
- pelo aíTecto que lhes consagra, vertendo para italiano producções
de alguns dos nossos conterrâneos (comprehendido nessa conta
o insigne Camillo Castello-Branco), presenteou-nos com um
exemplar do seguinte folheto :
Giudizi stdla Ibéria Letteraria e eu altre opere dd Prof. Luigi
Zuccaro, (Alessandria — S. d. — 1907).
Esse folheto representa uma grinalda de juízos críticos, pu-
blicados em jornaes de vários paizes (incluindo periódicos portu-
guezes), com respeito a uma obra de que também o Sr. Zuccaro
nos oíFereceu exemplar :
La Ibéria Letteraria» Brani scdti dei principali Prosatori e
Poeti Spagnuoli — Cenni axMe Lingue $ Lettere Iberiçke (Caetí-
190 BOLETIM DAS B1BLI0THECA8
gliana, Portoghese e CatalanaJ per Luigi Zuccaro. (Alessandria
— 1905).
De Portuguezes o Sr. Luiz Zuccaro cita especialmente no
Beu livro Vasco de Lobeira, Gil Vicente, Jorge de Monte-mór,
e D. Francisco Manuel de Mello, — transcrevendo por appendice
composições de Camões e de Garrett, assim como quadras ita-
lianas vertidas em portuguez pelo Sr. Dr. Cândido de Figueiredo.
Da Imprensa Nacional do Estado da Judia Portugueza veiu-
nos um volume de versos intitulado
Livro da Fé por Fernanda) Leal — Com excerptos de criticcu
aos sewt anteriores livros. (Nova Goa — 1906).
Da mesma procedência indiana especializarei| entre outras
publicações, o
Catalogo dos livros, opúsculos e manuscriptos — Pertencentes
á Bíbliotheca Nacional de Nova Goa. (Nova Goa — 1907).
Subscreve o prologo, como coordenador do Catálogo, o Bi-
bliothecario-Director Octaviano Guilherme Ferreira.
E abrange o livro quatro secções:
1 .• — € Livros impressos » .
2.* — «CoUecçSLo dos impressos e manuscriptos antigos (dos
séculos 17 e 18) ordenada em 1890 pelo entfto bibliothecario
Luiz Manuel Júlio Frederico Gonçalves; e agora revista, refun-
dida, remodelada e augmentada».
3.* — f Publicações periódicas».
4.* — «Catalogo das moedas pertencentes ao Gabinete Numis-
mático annexo á Bibliotheca Nacional de Goav comprehendendo
a) — Moedas de Goa
b) — Moedas de DamSo
c) — Moedas de Diu
d) — Moedas do continente do Reino
e) — Moedas das Ilhas Adjacentes (Madeira e Açores)
f) — Moedas de Angola
g) — Moedas de S. Thomé e Principe
h) — Moedas do Brazil (quando colónia, e quando reino unido
a Portugal)
i) — Moedas de Moçambique
j ) — Moedas extrangeiras (Allemanha, Áustria, Bélgica,
França, Grécia, Gibraltar, Hanover, Helvécia, Hespanha, Hol-
•landa. Ilhas Joçias, Inglaterra, Itália, Prússia, Roma (Estados
Pontifícios), Rússia, Turquia; Birmânia, Ceylfto, China, Cochin-
J
B ARCHIV08 NAGI0NÁE8 191
china, Companhia da índia Oriental, Hong-Kong, índia ingleza^
JapSo, Pérsia, Sarawack, Singapura; Congo (belga), Maurícias,
Mombaça; Bolivia, Brazil (Império, e Republica), Canadá, Chile,
Estados Unidos da America, México, Peru, Uruguay: Guernesey
(na Oceania), e índias Neerlandezas).
Do Sr. Wenceslau de Moraes^ residente no Japão, tive por
offerta a publicação seguinte :
Wenceslau de Moraes — A Vida Japoneza, Terceira serie de
Cartas do JapOo --(1900^1906). (Porto — 1907).
Da Caria de Portugal que se está publicando, organizada
pela Direcção Geral dos Trabalhos Geodésicos e Topographicos,
e chromo-lithographada na escala de 1 para Õ0:000, recebeu-se
a Folha iV.« le-^d.
Da Commissão do Serviço Geológico de Portugal proveiu-nos a
Noticia sobre a Carta Hypsometrica de Poiiugal por Pavio
Chojfat (Com uma carta tectonicaj — Versão do original francez
por Luiz Filippe d* Almeida Couceiro, (Lisboa — 1907).
Juntamente com o folheto da sobredita aNoticia» recebeu-se,
primorosamente chromo-lithographada em duas folhas, a
Carta Hypsometrica de Portugal (Segundo a carta chorogra-
phica na escala d-e 1:100000),
Esta «Carta Hypsometrica» foi executada em 1906 na escala
de 1 para 500:000).
Da Carta Chorographica dos limites de fronteira (entre Por-
tngai e a Hespanha) recebi a Folha 14.^ e a Folha 16.^, execu-
tadas com o mesmo apuro por que se recommendam as anterior-
mente publicadas.
!
Anhuario do Real Ccllegio Militar-^ Anno lectivo de 1900--
! 1906. (Lisboa — 1907).
Neste volume, de que nos foi offertado um exemplar pelo
Director do Collegio, inclue-se o «Discurso inaugural» pronun-
' ciado pelo Professor José Justino Teixeira Botelho em sessão
solemne da abertura das aulas.
Âs inspiradas producçSes poéticas, derramadas por vários
volumes de que é auctor o Sr. José Ramos-Coelho, meu antigo
oompanbeiro nos lavores profissionaes da Biblíotbeca Nacional|
1
192 BOLETIM DAS BIBLIOTHBCAS
erudito Conservador que eu já neste instituto incontrei quando
por concurso fui nelle admittido em 1886, funccionario modelar
cujo nome ha-de sor sempre aqui relembrado com saudade
indelével, — as inspiradas producçdes poéticas d'este iliustre es-
criptor tSem por muitas vezes incontrado um echo sympathico
em alguns dos mais notáveis postas que do nosso conterrâneo
verteram para diversas línguas uma avultada collecçfto de poesias.
Foi essa collecç&o que o poeta portuguez agora inglobou num
formoso livro, publicando juntamente com as versões o texto
original.
Dois exemplares me trouxe, doesse livro incantador, o Sr.
José Ramos-Coelho, livro em cujo frontispicio incontro estampados
estes dizeres :
Poesias de Ramos Coelho, Sócio ejffectivo da Academia Real
das Sciencias de Lisboa, Sócio correspondente do Instituto de
Coimbra e da Academia de Liicca, membro da Arcádia de Roma,
etc. Vertidas em italiano, hespanhol, stieco, allemão e francez
pelos Snrs, Thomaz Cannizzaro, Prot^pero Peragallo, Sólon Am-
hrosoli, Luiz Brignoli, José Bénoliel, Lamarque de Novôa, Gõran
Bjôrkman, Ouilhei*me Storck, Achilles Millien, e Henrique Faure.
(Lisboa — 1907).
Ás versões apresentam-se antecedidas por «Duas palavras»
do auctor portuguez — prologo em prosa — e logo por uma com-
posição poética do mesmo cÁos nleus traductores».
Esses traductores sSo todos extrangeiros, com excepçSo apenas
' do Sr. Professor José Bénoliel, insigne hebraista e nfto menos
insigne arabista que entre nós reside ha muitos annos, e que,
tendo nascido em Tanger, ha muitos annos está naturalizado
cidadSo portuguez.
Do Sr. Gabriel Pereira recebi, entre outras offertas, 24 bi-
Ihetes-postaes il lustrados, que todos reproduzem assumptos ebo-
renses,— intrando nessa conta a frontaria da Bibliotheca Pública
de Évora e a Sala do Museu.
Da Vida Intelectual, — revista mensal que o Sr. D. Júlio
Nombela y Campos publica em Madrid, e com que o Sr. Gabriel
Pereira contináa a brindar nos, mencionarei os N.** 5, 6 e 7,
correspondentes a três fasciculos.
Com o fascículo 5.** principia o Tom. II d'essa interessante
publicação. Termina aqueile fascículo pela secçSo «Portugal Li-
terário»,— e nesta secção vem uma apreciação circumstanciad»'
j
fi ÁRCUIVOS KAGIOKABS 193
ácêrca do poema de António Correia d'Oliveira cTentaçSo de
Sam Frei Gil» (apreciação acompanhada pelo retrato do nosso
conterrâneo).
Incluem-se outrosim na referida secçSo:
Noticia do c Divino Amor» (peça histórica em três actos e
em verso por Mário Monteiro) ;
Noticia ácêrca de Carlos Malheiro Dias, com a traducçSo
castelhana do conto cA Vencida» (em hespanhol, cLa Ilusión»);
£, por último, um artigo intitulado «La Instrucción pública
en Portugal».
O N.** 6 da Vida Intelectual (correspondente a Outubro de
1907) inclue, assignado pelo Sr. D. Gabriel Maria Vergara, um
artigo que traz por titulo — aRefranes, modismos j cantares
geográficos empleados en Espana, con relación á otros pneblos».
Nesse artigo vem ura .curioso capitulo exclusivamente relativo a
Portugal, capitulo de notável interesse para os folkloristas.
O N." 7 da Vida Intelectual (correspondente a Novembro)
nSo offerece artigos especiaes sobre assumptos portuguezes; mas
inclue na secção «Bibliografia» referencias a várias publicaçSes
da nossa terra, publicações que seus auctores inviaram por brinde
á redacção da revista madrilena.
Mais devemos ao Sr. Gabriel Pereira ofiferta da seguinte
obra:
J, Thovlet — UOcéan, ses lois et ses problèmes, (Évreux —
1904).
Este livro, qae sahiu acompanhado por bellas gravuras,
constituo (como diz o auctor no prefacio) «un resume» de
leçons de géographie physique faites á la Faculte des Lettres
de Nancy».'
O Sr. José António Moniz oíFereceu-nos várias photographias
(entre essas os retratos dos célebres patriotas José Mazzini e
José Garibaldi), photographias que ficam devidamente archivadas
na Sub-Secção das Estamj»as.
Do mesmo Sr. Moniz recebemos
Londres, ses environs et les principales vales d' Angleterre,
d'Écosse et d'Irlande. (Paris — 1886).
Pertence este volume á «Collection des Guides-Joanne».
E outrosim recebemos
JSpain and Portugal — Handbook for travellers hy Karl
Baedeker — With 6 maps and 46 plans, (Leipsic — 1898).
1 d4 fiOLBtm DAS BlfiLIOtHECÁd
O Sr. Dr. Augusto Pereira de Bettencourt Átaide oíFereeea-
no8 um exemplar das
Noçdes geraea sobre a hygiene dos arthiitieos e dos diabéticos
(baseada na observação clinica e urológica) por Virgilio Machado
'" — Segunda edição muito ampliada. (Lisboa — 1900).
O Sr. Visconde de S. Bartholomeu de Messínes presenteou-
nos com um retrato, em photo-gravura, do Marquez de Liveri
e de Yaldausa.
Pelo Sr. Augusto de Oliveira Vida, que na sua modesta
categoria de Continuo é um dos mais prestimosos funccionarios
da Bibliotheca Nacional, — funccionarío a todos os respeitos digno
do mais alto louvor, — foram-nos offerccidos 29 volumes, entre
os quaes es|)ecializarei os seguintes:
a) — Chimie des Demoiselles — Leçons professées à la Sorbonne
par MM. Cahours <& Riche, (Paris — S. d. (1868) — Com figuras).
b) — Ensaios de Pkilosophia actual por Manuel A. Ferreira-
Detisdado. (Lisboa — 1888).
c) — Principias geraes de PhUosophia por J. M, da Cunha
Seixas — Obra posthuma. Precedida de um esboço histórico da
PhUosophia em Portugal no século XIX e de uma noticie^ Jnogra-
phica do auctor por Ferreira-Deusdado. (Lisboa — 1897).
d) — Elementos de Geographia geral por Ferreira Deusdado,
(Paris — 1891 — Com figuras).
e) — O ensino carcerário e o Congresso Penitenciário Interna-'
cional em S, Peiei*sburgo por Ferreira-Deusdado. (Lisboa — 1891).
f) — A Anthropologia criminal e o Congresso de BruxeUaspor
Fei^reira-Detisdado . (Lisboa — 1894).
g) — A dominação ingleza em Portugal — O que i e de que
nos tem servido a aUiança da Inglaterra, Por um compatriota de
Gomes Freire d' Andrade. (Lisboa — 1883).
h) — L, J. Baldy — Perfis moraes. Devaneios poéticos, (Lisboa
I —1880).
' i) — Dr. Bernardo de Madureira — O Sol d^ Aquino — I, A
/ lenda. II, A doutrina. (Coimbra — 1884). (Poemeto, em alexan-
drinos, acerca do «Doutor Angélico»).
j) — J. Leite de Vasconcellos — Bailadas do Occidente. (Porto
— 1885).
k) — D. Manuel Femandez y Gomalez — O Marquez das Sete
Egryas. Romance hintorico do tempo dos Filippes III e IV de
Hespanha. (Lisboa — 1894-90 — 4 tomos com gravuras).
j
1t ARCfilVOS trACÍOKAÊd 195
o Sr. Oliveira Vida, que, por despacho de 9 de Outubro,
foi promovido do logar de Terceiro-Continuo ao de Segundo-
Contínuo, e que já por mais de uma vez tem sido elogiado nos
meus Relatórios, nutro a certeza de que ha-de no seu novo cargo
proseguir pela mesma forma digno de todos os encómios.
O Sr. Dr. Francisco Marques de Sousa Viterbo continua
brindandonos com fructos opimos do seu vergel ubérrimo.
Agora nos o£Pereceu elte o Exemplar N.* 10 (em uma tiragem
limitada a 21 exemplares) das
Occorrencias da vida mourisca. (Lisboa — 1907).
Trabalho é esse que originariamente sahiu á luz no Vol. iv
do Archivo Histórico Porivgtiez, — publicaçSo periódica, impor-
tantissima, de que é fundador, proprietário, e principnl redactor,
o Sr. Anselmo Braamcamp Freire, um erudito escriptor di primo
cartello.
E mais nos veiu ofTertado pelo Sr. Dr. Sousa Viterbo um
exemplar do seguinte opúsculo inicialmente publicado na cMedi-
cina Contemporânea» :
Sousa Viterbo — Medicos-Poetas. L Dr. Braz Nunes Manhans.
(Lisboa— S. d. — 1907).
A indicação de ser este o opúsculo l.^' de uma projectada
collecç&o, subordinada ao titulo «Médicos Poetas •, dá-me a in-
tender que o Sr. Dr. Viterbo se propõe dar a lume neste campo
interessantes communicayões.
O assumpto é deveras muito para tentar, e assenta de mais
a mais sobre um terreno que em Portugal está completamente
por explorar, — imbora não faltem no extrangeiro exemplos con-
vidativos, taes como a Dissertation sur les médecins poUes que o
Dr. Estevam Sainte-Marie fez sahir dos prelos em Lyon no
anno 182Õ.
Entre nós. . . . ninguém mais competente que o Sr. Dr. Vi-
terbo, em quem harmonicamente se conjugam as duas entidades:
médico e poeta.
E, já que falo em medicos-poetas, vem agora a talho de foice
mencionar um d^elles, mui distincto e por isso merecidamente
mui conceituado.
Por obsequioso intermédio do Sr. Dr. Vicente Rodrigues
Monteiro, um dos mais eminentes advogados que hoje florescem
nos auditórios portuguezes, inviou-nos a Sr.*^ D. Maria Moreira
Alves Crespo um exemplar do mimoso trabalho que seu marido
19(} BOLÊtUí DAS filBLlOTHECAS
publicou, ha dois annòB, numa elegante ediç&o de 251 exempl^ires
desliuadoB exclusivamente a offertas. Intitula-se:
François Coppée — O Sonho (Le Passant), Comedia em um
acto, em verso, Representada pela 1.^ vez no Odeon, em 14 de
Janeiro de 1869, pela eximia actriz Sarah Bemkardt e Âgar, com
grande applauso do auctor, pelo talento e ai^ com que desempe-
nharam 08 dois papeis creados pela phantasia do poeta — 2Va-
ducçao de Alves Crespo. (Lisboa — 1906).
A traducção, toda em verso, é precedida por «Uma expli-
cação» — prologo em prosa do traductor.
Do traductor Joaquim Pedro Alves Crespo, que foi na Eri-
ceira o caritativo médico dos xlesvalidos, e que apar dos lavores
clínicos se dedicava com extremado apuro ao cultivo dos lavores
litterarios, acha-se neste momento em via de publicação, por
saudosa homenagem da sua carinhosa viuva, a collecção completa
dos bellissímos versos em que o fallecido mostrou exuberante-
mente os seus dotes de espirito e de coração.
O Dr. Alves Crespo exemplificou por si, como aliás teem
muitos outros exemplificado, aquella eterna verdade proclamada
nos versos do Dr, António Ferreira :
«Não fazem damno as Musas aos doutores ;
Antes ajuda a suas lettras dSLo».
António Ferreira, mencionando as clettras» dos «doutores», re-
feria-se evidentemente aos «lettrados» — alettrados» naaccepç&o de
«jurisconsultos». Mas. . . . porque nítoha-de generalizar-se também
aos «médicos» a conceituosa affirmativa do illustre quinhentista?
O Sr. Dr. Arthur Lamas, — que nâo arrefece no seu caloroso
impenho de publicar interessantissimos opúsculos sobre assumptos
de Numismática e muito especialmente de Medalhistica, tomando
por base principal de seus estudos a opulenta collecção de moedas
e medalhas iniciada por seu pae, — deu recentemente aos prelos
um folheto, de que recebi para a Bibliotheca dois exemplares, e
que se intitula
Medalha de D. Carlos I covimemorativa da acclamação para
galardoar serviços. (Lisboa — 1907).
Vem adornado o folheto com a reproducção fac-simile da
medalha no anverso e no reverso.
O Sr. José Ferreira Braga deu a lume no Vol. xii d' O Ar-.
Ê AftÒHlVOS KAClOKAÊd 1^7
■t ■ I II ^ ■ r
çheçlogo FortvigúêB, que se pUblíca ^ob à <}irec^o do Sr. Dr; Leite
de Vasconcellòe, uma curiosa memoria, que separadamente repi^o^
daziu depois em folheto autónomo, e doesse folheto veiu intregar-m0
pessoalmente um exemplar com destino á Bibliotheca.
. Intitula-se o folheto
Numismática portuguesa — O real preto por Ferreira Braga»
(Li8.b0a — 1907),
Vem adornado esse opúsculo com 7 gravuras, — e constituo
natural sequencia d'aq.ueir outro que anteriormente pqblicou e
nos offerêceU; intitulado O ceita de cobre (Lisboa — 1903).
O Sr. Sebastião Joaquim Baçam, que por várias vezes nos
tem brindado com interessantes Números do quinzenário brazir
liense Vera-Cruz, agora nos offereceu d'elle o N.^ 20 do Anno IV
(S. Paulo, 27 de Outubro de 1907), — Número que mui parti-
cularmente despertou a minha attenção, pois que nelle o Sr. Baçam
deu á luz um artigo, a que poz por titulo cA Bibliotheca Na-
cional de Lisboa». .
Do mesmo oíFerente recebi também
Consagração f Numei^O' Único, dirigido por Fernão Botto Ma-
ckado e Gonçalves Neves, e dedicado ao Dr. Sebastião de Maga-
lhães Lima. (Lisboa — Dezembro de 1904).
Vem collaborado este «Número unicot por vários escriptores,
tanto nacionaes como extrangeiros, aèm disiin.cç&o de cores poli-
^cas, adornado com o retrato do jornalista a quem é offerecida
a «Consagração! , e outrosim acompanhado por três composiçSes
^lusicaes (o «Hymno de Ma;;alhSes Lima», «A Portuguezav, e
cA Marselhea^a»).
A lUustração Portugueza, cuja visita recebo sempre com
muito especial agrado, apresenta-me no seu N.® 91 (Lisboa, 18
de Novembro de 1907) um artigo anonymamente publicado sob
o titulo «Gravadores Portuguezes».
Vem adornado esse artigo com a reproducçJto fac símile, em
photo-gravura, de onze chalco- gravuras em que figuram os se-
guintes nomes (nomes dos auctores que ao respectivo trabalho
artístico se vincularam): — Agostinho Floriano Soares, Marquez
de Marialva (D. Pedro), Gregório Francisco Queiroz, António
Joaquim Padrfto, Joaquim Manuel da Rocha, Joaquim Carneiro
da Silva, Francisco Thomaz de Almeida, Eieutherio Manuel de
Barros, José Teixeira Barreto, João Caetano Rivara, e Jofto
Joaé dos. Santos.
i9â BQLBTDÍ DAS BIBLtOTHBCAS
A reprodaoçSo fac-simile das chalco-gravnras foi, para todaSi
feita sobre exemplares pertencentes á collecçlo da Bibliotheca
Nacional de Lisboa, — collecçio, ácêrca da qual tive o gosto de
ler, escriptas pelo articulista da lUustração PorUtgueza, as pala-
vras seguintes : ccollecçSo organisada na Bibliotheca Nacional
pelo sr. Gabriel Pereira, uma das auctoridades mais competentes
e eruditas em assumptos de archeologia e de arte nacional i.
O Sr. David Lopes, erudito Professor no Curso Superior de
Lettras, inviou-me
Trois faits de phofiétiqtie historique arabieo-kUpanique (E^iratt
da tome Ilides MÂctes du XIV* Congrès International des Orien-
talístes3j. (Angers— 1906).
Do Sr. Visconde d*Asseca recebi
Xotteia histórica acerca de Salvador Corria de Sá e Benê"
vides lida na sessão solemne da Sociedade de Geographii de
Lisboa em 14 de Janeiro de 1907 pdo sócio Visconde d'Asseca
(Salvado^'). (Lisboa— S. d. — 1907).
Constituo ff separata 1 (luxuosamente impressa em papel-de-
linbo) do discurso originariamente publicado no Boletim da So-
ciedade.
Offertas do Sr. Eugénio do Canto, acudiram-me em conti-
nnaç&o as seguintes (edições sempre limitadas a 60 exemplares,
que nlo entram no commercio):
a) — Epistola de El-Rd 7>. Manoel ao Doge de Veneza,
Agostinho Barbadico. 22 de Fevereiro de 1501. (Coimbra —
1907).
Abrange, com o texto latino, a traducçlo portuguesa de José
Pedro da Costa.
b) — Copia et sumario di una letera di Sier Domenego Pixani,
el Cavalier, orator nostro in Spagna a la Signoria. 27 de Julho
de lõOl. (Coimbra — 1907).
e) — Preito de obediência d'El'Rei D. Manoel ao Papa
Júlio II prestado pelo seu embaixador Diogo Pacheco em 4 de
Junho de lõCfõ. Traduzido por José Pedro da Costa. (Coimbra
— 1907).
d) — lõn^-lôlS. Cartas do Bispo Matheus a El-Rd D. Ma-
noel. (Coimbra — 1 907).
Remettido da Ilha Terceira pelo Sr. Dr. Manuel Ferreira*
j
1 1
B ÁRCHIV08 HACIOKAIiifl 199
Denadado, e por elle offerecido á Bibliotheca Nacional^ archivei
o seguinte folheto:
Lyceu Nacional de Angra do Heroísmo — Discurso da aher"
fura solemne recitado pelo Reitor interino, Dr, Ferreira-Deusdado,
na sessão publica de 16 de outubro de 1907, e Relatório referente
ao anno escolar de 1906-1907), (Angra do Heroísmo — 1907)*
Do Porto, como dadiva do auetor, veiu-me indereçado am
incantador opasculo :
Rursum vivat — Elogio fúnebre do Conselheiro Ernesto Ro-
dolpho Hintze Ribeiro, recitado na Real Capella de Nossa Senhora
da Lapa, no Porto, a 2 de Dezembro de 1907, por F, J. Patrido,
Pregador régio e antigo deputado. (Porto — 1907).
Qaem n&o conhecesse o Rev. Francisco José Patrício, teria
neste panegyríco (adornado com o retrato do Conselheiro Hintze)
cabal ensejo para aquilatar os dotes oratórios que no illustre
sacerdote rutilam, attestando simultaneamente apar da sua elo-
quência o seu patriotismo.
Outra dadiva do Porto :
Club Fenianos Portuenses — Relatório da Direcção. Gerência
de 1906 a 1907. (Porto — 1907).
Inclue (nas pag. 22 e 59 a 60) captivantes referencias á
Bibliotheca Nacional de Lisboa.
Foi a Direcção do Club que tal offerta me inviou.
O Sr. Commendador José António Vieira Marques remet-
teu- me de Braga dois exemplares da obra que passo a men»
cíonar :
O homem prehistorico por Zaborowski — Traducção de José
António Vieira Marques — Com uma advertência e
notas do traductor. (Braga — 1906).
O passado, o presente e o futuro da Escola Primaria Porta-
gueza por Alfredo Filippe de Mattos. (LouzS — 1907).
O auctor, de quem por offerta recebi a obra mencionadH,
desimpenha as funcçOes de professor official na povoaç&o do
Freixo (concelho da Louzan).
Eduardo de Carvalho — A boa nova (Esboço de um poema).
(Vizeu — 1906).
Á frente do livro, .cuja offerta de ventos ao auctor dos verdOft,
soo BOLETIM DA8 6iBLI0Th£CÁS
yeiÂ' umi^ carta do fallecido Heliodoro Salgado-^ carta que tem
por titulo e por assumpto «A poesia na actualidadet •
Passando agora a enumerar as principaes espécies que por
titulo oneroso deram ingresso na Bibliotheca durante o quarto
trimestre de 1907, principiarei por citar
José de Sousa Machado — Brasões inéditos. (Braga — 1906),
Abrange esta resenha Õ35 números.
De Inglaterra mandei vir cinco publicações :
a) — Lifeof Dom Barthulometv of the Martyrs, Rdigious of
ihe Order of St. Dommicy and Archbiskop of Braga, in Portu-
gal. Translated by Lady He^i^hert from ihe original of Father
Louis of Granada and four otker bíographies. — New edition.
(Lewes — 1890),
b) — The Discovery of Austrália. A criticai, documentary
and historie investigalion concerning the Priority of Discovery in
Axuiralasia by Europeans before the anival of Lieut. James
Cook, in the aEndeavour», in the year 1770 — By George Col-
lingbridge. (Sydney — 1895).
Curiosas illustraçoes, cartas e mappas, adornam primorosa-
mente esta obra, cuja singular importância me parece desneces-
sário pôr t;m relevo.
c) — The rise of portuguese power in Índia 1497^1550 by R,
Whiteway. (Westminster — 1899).
Adornando esta obra, vem um mappa geographico.
Pena é que, nas suas apreciações para com os Portuguezes,
se mostre tSLo azedo o auctor do livro, tilo azedo, tSlo injuriosa*
mente azedo! Pena é que tão aggressivo appareça este nosso
ctiel alliadoD, — tão aggressivo em vez de imparcial e justiceiro!
A inferir do prisma, atravez do qual apaixonadamente examina
e critica os gloriosos fastos do nosso paiz, — o Sr. Whiteway
deveria chamar-se antes Blackway.
Felizmente vem uma dama indemnizar-nos de iaes injustiças,
publicando recentemente o livro que vou indicar :
d) — Lisbon & Cintra. With some account of other cities and
historical sites in Portugal. Written by A. C. Inchbold, lUus-
trated by Stanley Inchbold. (London — 1907).
Neste livro, a illustre escriptora que o elaborou, e cuja visita
logrei o prazer de receber na Bibliotheca Nacional em Outubro
de 1906, não somente percorre Lisboa e Cintra, mas também seus
jirredores, taes como o picturesco trecho que á beira do Tejo vai
e ARCHIVOS KACI0NAE3 201
de Lisboa a Cascaes. Occupa-se egualmente de Almada^ Sétuba)^
Palmella, Évora, Santareiu, Thomar, Alcobaça, Batalha, Leiria^
Coimbra, o Bussaco, Porto, e Braga.
No seu percurso atravez de todas essas localidades, a viajante
mostra sympathizar com as coisas portuguezas, e entre os insti-*
tutos que relembra da bua digressão nílo se esquece de mencionar
a Bibliotheca Nacional com referencias muito amáveis.
No livro íiguram, como elemento illustrativo, trinta vistas
dos mais notáveis sitios percorridos pela auctora, — vistas colo-
ridas em que os nossos monumentos e as nossas paizagens pa^
recém defrontar-se-nos phantasticamente atravez de um prisma
em que predominasse o côr-de-rosa e o côr-de-oiro.
Das cinco espécies bibliacas, adquiridas na Inglaterra, fecharei
a resenha mencionando
e) — A Dicttonary of the anonymous ond pseudonymous lite*
r ature of Great Britain. Including the icorks offoreigners written
in, a$ translated into the english language. By the late Samuel
Halkett and the late Rev. John Laing.
Doesta obra importántissima, começada a estampar em 1 882,
— obra, cuja ediçSo está exgottada, e de que só possuiamos os
Vol. I e II, — pude agora por um feliz acaso alcançar para
complemento os Vol. iii e iv (Edinburgh — 1885-1888).* '
Cá temos em seguida o Vol. vi (Romae — 1907) da espiem
dida collecção
Rerum Aethiopicarum Scríptores Occidentales Inediti a saeculo
XVI ad XIX curante G. Béccari S. I.
Abrange esse volume os Livros v-viii da Historia Aethio-
piae pelo P. Manuel d'Almeida.
Ao Br. Manuel Antunes Ribeiro (merceeiro estabelecido em
Lisboa na Rua d'Alcantara) comprei alguns volumes de periódicos
das nossas provincias ultramarinas, entre os quaes se destacam
os três seguintes semanários:
a) — Noticiário de Moçambique, (Moçambique — 1873).
b) — Jornal de Moçambique. (Moçambique — 1873 á 1875),
c) — Afvica Oriental, (Moçambique- — 1876 a 1887).
Na Livraria do alfarrabista SebastiSio Soares Maia pude
alcançar, entre várias espécies interessantes, as que passo a in-
dicar:
a) — Marília de Dirceo. Lire di Tommaeo António .Gonzaga
202 BOLETIM DAS B1BLI0THECA8
brasUiano tradotte dal portoghese da Giovefiale Vegezzi-EúêcdUa»
(Torino — 1844).
Ab poesias da versão italiana apparecem antecedidas por um
formoso prologo biographico>critico, escripto pelo traductor, —
insigne lusophilo que ás lettras portuguezas forneceu tambeiUi
annos depois, a italiana versfto do Frei Luiz de Sousa de Garrett.
b) — Quattro Sonetti di ArUhero de Quental tradoUi per Don
Oioachino de Aravjo da E. Teza. (Padova — 1896).
O titulo indica somente c quatro sonetos», — mas o opúsculo
abrange «seis», com uma carta do traductor.
o) — Lorenzo Dé Baroni Leoni — Cintra. (Lisboa — 1898).
£ um poemeto em versos brancos, — poemeto que traz por
epigraphe um trecho do Canto v do Camdea de Garrett.
d) — Découvertee et conquêtes du Portugal dane les deux
mondes par le Baron Êdouard de Septenville. (Paris — 1 863).
Este escriptor é o mesmo que, cinco annos depois, publicou
em Bruxellas um livro intitulado — Êtude historique sur leMar-
quie de Pombal.
e) — Essais historiques sur le Portugal statistique par Edgard
Pourcelle & E. Bonnaventure. (Saint-Amand (Cher) — 1871).
f) — Le Marquis de Pombal par Clémence Robert (Bruxellcs
— 1844).
Ha d'este romance francez, em cujas peripécias avultam nfto
raro inexactidões de historia, traducçSo portuguesa publicada
em Lisboa.
Para a nossa cCollecçfto Camoniana» vieram da mesma pro-
cedência cinco espécies:
a) — Rozendo Moniz — Preito a CamZes, (Rio de Janeiro —
1880).
E uma coUecçio de versos e de prosas, publicada por occa-
siSo de celebrar-se ò Tricentenário Camoniano.
b) — Joaquim de Araújo — Luis de CamZes. Poemeto com uma
carta de Eça de Queiroz — Segunda edição. (Porto — 1887).
c) — Joaquim de Araújo — Luis de Camlks. Poemeto com uma
carta de Eça de Queiroz — 5.* edição. (Lisboa — 1894).
d) — Gioachino de Araújo — Luigi de Camoens. Poemetto con
una lettera di Eça de Queiroz. Traduzione dal portoghese di O.
Zuppone Sfrani. (Génova — 1895).
e) — Os Lusiadas de Luiz de CamSes. Edição commemorativa
do IV Centenário do Descobrimento Marítimo da índia. (Lisboa
— 1898).
B AliCHIVOS NACIONAES 203
Tem este exemplar, que adquiri, o N.® 72; e pertence $to
grupo dos estampados em almasso branco.
Na casa do alfarrabista Jofto d'Araujo Moraes, colhi oito
espécies, d'entre as quaes porei em relevo as três seguintes :
a) — Arco trivnfcU. Idtit, e aUegoria sobre a fabula de Hyppo-
menes e Athalanta; cuia fichara ha de seruir para o Arco, qve os
ourives do ouro celebram em applauso dos ftUcissimos desposonos
das Augustas Magestades de Portvgal — Descreve-o lacinto Pa-
checo RobrUvo, (Lisboa — 1708).
Constituo este opúsculo uma espécie raríssima. «lacinto Pa-
checo Robrilvo» é o pseudonymo (incompletamente anagramma*
tico) de Pascoal Ribeiro Coutinho.
b) — Jirynthe — Le palais préhistorique des róis de Tirynthe
— RésuUat des demieres fouilles par Henri Schliemann, Avee
une préface de M. le Professeur F, Adler et les contributions de
M. Docteur W, Dórpfeld — Illustré d'une carte, de 4 plans, de
24 planches en chromolithographie et de 188 gravures en bois.
(Paris — 188Ò).
O auctor d'este importantíssimo livro é o celeberrimo archeo-
logo que alcançou, em coUaboração com sua esposa, descobrir
na Asía-Menor as soterradas relíquias de Tróia.
c) — Eugène Mouton (MérinosJ — Aventures et mésaventures
de Joel Kerbaru, breion de Landemau en Bretagne, dans ses
voyages en Portugal, aux Lides Orientales, en Arabie, en Éthiopie,
en Chine, au Japou, au Tonkin, et en France — Ouvrage illustré
de 61 gravures. (Corbeil — J 893).
Compradas aos herdeiros de Albano Alfredo de Almeida
Caldeira, intraram na Bibliotheca várias espécies, quasi todas
manascriptas, d'entre as quaes apontarei :
a) — Poezias da lUm.^ e ExJ^^- Senhora D. CathaHna Mir
chaella de Souza Cezar de Lencastre. Anno de 1791. (Cod. ms.
in.4.*>).
b) — Poezias da Viscondessa de Balsemão D. Catharina,
publicadas por D. Maria Ernestina d' Almeida. Lisboa, 1842.
Este manuscripto (cuja lettra calligraphica é de Bartholomeu
Maria de Almeida Caldeira, pae do citado Albano Alfredo de
Almeida Caldeira, e também já fallecido) abrange, com variante^
importantíssimas (algumas das quaes chegam a constituir com-
pleta refundição), as peças poéticas incluídas na espécie supra*
jaencionada (Poezias da Illm,^ e Ex.^^ Senhora D. Catharina
204 BOLETIM DÁS lIlBLlOTHECAH
Miehadla de Sotiza Cezai' ãe Lencasire}^ — e parece, pelAs indi-
caç8es do frontispício, haver sido destinado a uma projectada
impressão qne nSo chegou a realizar-se.
c) — AduerteiicicLS politicas do Capitam Manoel da Cosia tra-
uaços. (Cod. ms. in-8.® — por lettra do seciilo xvii, cora a
assignatura antogrnpha do auctor, cujo nome n%o figura na Bi-
hliotheca Lusitana de Barbosa Machado, nem no Diccionario
Bibliographico de Innocencio).
O códice traz na primeira pagina ex-libris manuscripto, que
indica ter pertencido á a Livraria da Graça de Lisboa».
d) — (Miscellanea poética, sem titulo e sem a indicação dos
auotores cujas peças iiguram no volume). (Cod. ms. in-8.® por
lettra do século xviii).
Abre a compilação por um cProIogo ao Leitor» que termina
|)or estas palavras:
cNeste livro acharás (benévolo Leitor) varias Decimas, e
Sonetos, e Romances e darei por bem empregado (amigo Curioso)
meu trabalho se vôs me louvares (sic!) a minha curiosidade e
confiado que me haveis patrocinar com a vossa benévola attenção;
ficando agradecido ao seu Favor. Vale».
e) — O Hysope, Poema Heróico Cómico De António Diniz da
Cruz e S.^ Anno de 1774. (Cod. ms. in-4.** por lettra do tempo).
Constituo este códice uma das innumeraveis cópias que enxa-
meiam nas bibliothecas portuguezas.
Na presente cópia, o poema abrange apenas os septe cantos
primitivos.
Nas substanciosas paginas com que o Sr. José Ramos-Coelho
prefaciou a edição crítica (por elle revista e dirigida) d' O Hyssope
(Lisboa — 1879) diz o erudito escriptor que muitíssimas cópias
manuBcriptas do poema teve occasião de compulsar e confrontar,
mas que nenhuma dVllas lhe inspirou absoluta confiança, nenhuma
d*ellas se lhe offereceu irapeccavel e digna de fé.
O que faz verdadeiramente falta é o autographo. Cópias nas
condições d^aquellas que o Sr. Ramos-Coelho consultou, incon-
tram-se, como disse, a cada passo. Pode mesmo affirmar-se
quasi, que não ha livraria de certa importância em que pelo
menos não figure uma cópia manuscripta à'0 Hyssope (ora em
B0pte, ora em oito cantos). Até o obscuro funccionario, que está
redigindo o presente Relatório^ até esse possuo na sua mòdestis-
simá estante uma cópia do referido poema (em septe cantos)
trasladada no anno 1787 o para o Muito Reverendo Senhpr Padre
José Theotonio Canuto de Forjo por seu verdadeirp amigo J-ozé
B ARCHlVOd NÁCIONAES 205
Martiniano ()a Fonseca», — raànuscripto esse que pertenceu em
tempos ao 1.° Visconde de Castilho e que pelo 2.® Visconde foi
offerecido ao possuidor actual.
Só a Bibiiotheca Nacional de Lisboa tinha, á sua parte,
nem menos de quatro cópias, a saber : — uma em septe cantos
(1779 — In-4.'*); outra que também consta de septe cantos (S. d.
— In-4.°); outra que se incontra incorporada na collecç&o das
Obras poéticas do auctor (S. d. — In-fqlio) e abrange os oito
cantos ; finalmente, a que foi no anno 1 903 comprada (com outros
manuscriptos) a Carlos Ferreira Borges, e que sob o titulo
Hyzopaida (sem o nome do auctor) incerra apenas septe cantos
(S. d. — In 4/).
O códice que no espolio de Almeida Caldeira foi agora adqui-
rido, eleva ao número de cinco os apographos que do celebrado
poema heroi-comico ficámos possuindo na Bibiiotheca Nacional.
f) — A Tríplice- Corde-Lj/r a, Dadejada em dias de ffulosina
por B. M. A, Nova ediçÕo mais correcta e augmentada pelo mesmo
auctor, Lisboa. (Manuscripto calligraphicamente executado).
Essa collecçáo de poesias lyricas (Sonetos, Odes, Epigram-
mas, etc.) teve por auctor Bartholomeu Maria de Almeida Cal-
deira, que no Real Archivo da Torre-do-Tombo foi funccionario.
g) — Ensaio Sobre a Philosophia das Linguas (Cod. ms. in-
4.*, por lettra do seulo xviii).
Abrange três partes: — «As Linguas consideradas na sua
formaçilO; e origem»; «As Linguas consideradas segundo a sua
respectiva Organisação Logico-Grammatica»; «As Linguas con-
sideradas emquanto á sua organisaçSo harmónica» <
Termina o códice por três «questSesi: — 1.' «Qual será nas
Línguas o melhor sistema Orthographieo?» — 2.' «Se deve haver
nos idiomns hum Tribunal, a que devamos recorrer em qualquer
duvida, e nos sirva de regra segura? Qual deve ser este Tribu-
nal?»— 3.* oQue recursos ôerSo mais análogos, e conducentes
para o aperfeiçoamento, e conservação da pureza da Iiingua-
gem?ií
h) — Instrução Politica para Marco Ardonio de Azevedo Cou-
tinho Secretário de Esiado dos Negócios Estrangeiros e da Quenga,
Composto por D. Luis da Cunha Embaixador extraordinário e
Plenipotenciário dos Serenissimos Senhores Beis de Portugal
D. Pedro 2.°, e D. João 5.% na Corte de Londres, e Congresso
de Vtrecht. (Ms. in 4.<í).
i) — Valasci Ferdinandi vtriufiqiie júris Consulti Ulustrissimi
Segis Portugalics Oratoris, Oratio Hqbita Bomm coram Ponfifice
20f\ BOLKTIM DAS BIBUOTHECAS
Máximo Innocentio VIII, Anno 1486. Transeripta A' Fr. Antanib
á Luce Foz, Franciscano. Anno 1785, (Mb. in-8.®).
Tem no fim uma aathenticaçllo por lettra do Padre António
Pereira de Figueiredo.
j) — Solitano, Memorias de mi Viage á Francia, y regreso á
Espuha. (Ms. in- folio).
Este volume (iniciado por uma Advertência Preliminar, da-
tada em Lisboa aos 25 de Agosto de 1817) abrange informações
de caracter politico, redigidas pelo seu auctor D. Manuel Soli-
tano Torrado de Figueroa.
k) — Solitano. (Caderno in-4.®, sem titulo designativo).
Principia d'est'arte o manuscripto:
«Estamos en el primero dia dei penúltimo mes dei afio de
1790. Hoi mismo cumplo diez y seis anos, y apesar de mi corta
edad doi principio a Ia Historia de mi vida».
1) — Horto genealógico dos AviUezes em Portugal por B, M,
A. C. — Lisboa, 1870. (Ms. iu-folio, calligraphicamente execu-
tado^ e adornado com dois brazSes desenhados á penna).
Conforme indicam as quatro iniciaes do nome, o auctor doesta
resenha foi o citado Bartholomeu Maria de Almeida Caldeira,
que, álêm de funccionario do Keal Archivo, e álêm de caliigrapho,
e álêm de poeta, desimpenhou também funeçSes no Cartório da
Nobreza, cultivando com muito amor assumptos genealógicos.
m) — Mappa demonstrativo da força de cada hum dos Corpos
do Exercito Portuguez que entrarão nas acções da Guerra Penin-
sular com declarado dos nomes dos Officiaes que os commandavão»
(Ms. in-folio).
n) — (Mappa chorographico (sem titulo) das cercanias do
Coa). (Folha aguarellada e assignada por B. L.).
o) — (Uma pasta com 14 escripturas, — referentes aos séculos
XVII, xviii, e xix).
Entre as espécies nao manuscríptas, das compradas aos her-
deiros de Almeida Caldeira, particularizarei (toda gravada em
laminas de cobre) a seguinte publicaçSo:
Parallde des cinq ordres d^Architecture Tire des exemples
Antiques les plus excdens; et des quatre principaux auieurs ma-
dames qui en ont écrit scavoir Paládio, Scamozzi, Serlio et
Vignole Avec les Plans et Elevations de divers morceaux depen-
dans de VArchitecture Par le S,^ le Blond, (Paris — 1710).
£ m;iis especializarei, adquirida na mesma procedência, e
lithographada em Lisboa no anno 1849, uma composiç^Lo allego-
rica, coustítoida pelo agrupamento de varioe desenhosi e subor*
E ARCHIYOS KÁCI0NAE6 207
dinada á epigraphe seguinte (epigraphe que ji por si denota a
singular extravagância do assumpto):
B razão de Armas das duas geraçdens que á no mundo.
Representam- se nesta folha o intitulado «BrazSo de Armas
da Virtudes e o aBrazão de Armas do nosso primeiro Pai AdUo».
Entre os dois escudos arvora-se um pendílo, em que se lê o
conhecido Soneto de Jo&o Xavier de Mattos (vai a transcripçSo
oomo textualmente se iucontra na lithographia):
«Pobre ou rico, vassallo ou Soberano,
Iguaes são todos, todos s&o parentes,
Todos nascerílo ramos descendentes
Do tronco antigo, do primeiro humano.
cSaiba, quem de seus títulos ufano
Thomar por qualidade os accidentes,
Que duas geraçoens há so differentes,
Virtude e vicio, tudo mais he engano.
«Por mais que affecte a vX genealogia
Introduzir nas veias a nobreza
De melhor sangue, do que Adão teria,
«N&o fará, desmentindo a natureza.
Que seja, sem virtude, a Fidalguia
Mais que um triste fantasma da grandeza».
Na parte inferior da estampa lêem-se quatro quadras ou antes
pseudo-quadras septísyllabas, provavelmente improvisadas pelo
inventor dos desenhos que os authentica por esta subscripção :
— «J. P. Aragfto inv. e fez».
Em conformidade com o Ofiicio que recebi, datado aos 14
de Septembro do corrente anno, — Officio que me auctorizava a
mandar semanalmente publicar no Diaiio do Governo a lista das
«obras portuguezas entradas na Biblíotheca Nacional de Lisboa»,
— correspondendo assim aos desejos manifestados pelo Sr. Di*
rector Geral da InstrucçSo Pública em seu Officio de 10 de
Septembro, — deliberei que no principio de Outubro começasse
a referida publicação. E assim se fez, e assim se tem sempre
continuado a fazer, inserindo todas as semanas no Diário do
Governo a cRelaçSo das obras pablicadas em Portugal, e daB
208 fiOLETnr das bibliothecas
portuguezás ou em portuguez publicadas Do extrangeiro, que na
Bibliotheca Nacional de Lisboa vão dando era cada semana in-
gresso i.
Tal pubJicaçSo me parece muito vantajosa, — posto que ella
esteja longe, mui longe, de representar o movimento litterario
portuguez, perante a reluctancia que a maior parte das nossas
offiçinas typographicas oppSe sistematicamente «o cumprimento
da lei no tocante a remetterem para a Bibliotheca Nacional
exemplaras das espécies dadas á estampa! Desmazelo inqualifi-
cável, inexplicável, e deveras inadmissível! Desmazelo, e talvez
mesmo sórdida exemplificação de uma avareza harpagonica!
Ha inclusivamente, segundo já ouvi, por parte dos editores
o estúpido receio de que a existência de suas edições na Biblio-
theca Nacional concorra para lhes minguar a venda e cercear os
ganhos, — como se afinal, dado o caso de que assim fôsse^ não
bastasse qualquer exemplar, por nós comprado, para lhes deter-
minar idêntica perda nos lucros!!!
Extranhissimos calculismos, que a experiência dos factos fri-
zantemente contradiz! E, para isso, basta notar o que em 1904
succedeu por occasião da nossa «Exposição Garrettiana».
Conseguira eu que pnra essa Exposição nos offerecesse a
cimpresa da Historia de Portugah uma collecção das «Obras
completas de Almeida- Garrett» publicadas em volumes, illus-
trados com gravuras, pelo modesto preço de 200 réis cada um.
E que succedeu? succedeu que muitos dos visitantes (segundo
tive ensejo de averiguar), observando na Exposição a barateza
de taes livros, correram de prompto á livraria editora, no intuito
de 08 comprarem. Resultou, pois, que a cedência do exemplar á
Bibliotheca Nacional, mui longe de representar um prejuízo para
os editores, veiu pelo contrário a constituir-se um excellente
reclamo.
Nem todos porém assim pensam, nem todos infelizmente!
Algumas vezes^ por isso, me vejo constrangido a comprar, em
beneficio dos estudiosos, obras que na Bibliotheca deveriam gra-
tuitamente dar ingresso. Foi o que ultimamente aconteceu cora
,08 livros approvados pelo Decreto de 7 de Septembro para o
insino secundário: tive de os adquirir por compra, annuindo ás
repetidas instancias dos estudantes interessados,
Publicou-se no Diarío do Governo de 2 de Outubro o «Regu-
lamento do Conselho Superior da Instrucção Pública», approvado
4)or Decreto de 30 de Septembro dfi 1907. E,, em harmonia com
£ ABCHIVOS KACJONAES 209
as diisposiçSes doesse Regulamento, convoquei para o dia 31 do
mencionado Outubro a reuniào dos Conservadores da Bibliotheca
Nacional no intuito, de proceder-se á eleiçSo de um vogal para a
«Secção Especial de Bellas-Ârtes, Ârchivos, Bibliothecás e Mu-
seus». O Sr. Dr. Josó Leite de Vasconcellos Pereira de Mello,
que ficou eleito por maioria de seis votos (sendo septe os votantes),
mais uma vez terá occasiSo de evidenciar a sua competência,
advogando agora perante o Conselho Superior da Instrucçfto
Pública os interesses do instituto a que tenho a honra de pre-
sidir; e lisonjeia-me a certeza de que o meu illustrado collega
corresponderá plenamente aos meus desejos, — desejos que sin-
ceramente compartilham quantos se impenham pela florescência
e pelo progressivo ingrandecimento da Bibliotheca Nacional de
Lisboa.
Do nosso «Inventario Geral» imprimiramse, durante o tri-
mestre que h(»je finaliza, dezesepte cadernos de 8 paginas cada
um (ou seja: 136 paginas), a saber:
Na Secção de «Sciencias Civis e Politicas» os caderaos 43.^
e 44.^ da 1.* serie (em que já se attinge o N.® 6:541 da respectiva
inventariação);
Na Secção de «Sciencias e Artes» os cadernos 6.® a 9.^ da
1.* serie (em quo se chega ao N.® 1:435);
Na Secção de «Philologia e Bellas-Lettras» o caderno 65.^
da 2.* serie (que alcança o N.^ 6:557) e o caderno 65.® da 3.*
serie (em que já se abrange o N."" 3:911);
Na Secção do «Árchivo de Marinha e Ultramar» os cadernos
32.*» a 40.'' do Vol. n (que attingem o N.*» 12:084).
Frequentaram em 1907 a Bibliotheca Nacional 30:850 leitores
(18:593 em sessSes diurnas, e 12:257 em sessões nocturnas),
assim distribuidos :
Leitura diurna:
I Em Janeiro * 1:695 leitores
I Em Fevereiro 1 :427 »
' Em Março 1:484 »
Em Abril 1:490 »
Em Maio 1:782 »
Em Junho 1:254 »
Em Julho 1:646 »
Em Agosto • « 1:446 >
Em Septembro «..••. 1:245 »
210
BOLETIM DAB BIBLIOTH£CAS
Em Outubro 1:599 leitores
Em Novembro , ^ l:96õ »
Em Dezembro 1:560 >
Leitura nocturna :
Em Janeiro 1 :495 leitores
Em Fevereiro. 1:409
Em Março 1:379
Em Abril 975
Em Maio 1:023
Em Junho 786
Em Julho 1:078
Em Outubro 1:324
Em Novembro 1:600
Em Dezembro 1:188
Conforme determina o vigente Regulamento, nSío houve nos
mezes de Agosto e Septembro sessões de leitura nocturna.
Pelos leitores foram requisitadas, entre grossos volumes,
folhetos, e peças de menor tomo, 53:863 espécies (44:õ07 im-
pressas (27:219 de dia, e 17:288 de noite), e 9:356 manuscriptas).
A forma por que tal consulta se realizou, foi a seguinte :
Impressos requisitados para leitura diurna:
Em Janeiro 2:561 espécies
Em Fevereiro 2:542
Em Março 2:090
Em Abril 1:959
Em Maio 1:458
Em Junho 1:784
Em Julho 2:957
Em Agosto 2:140
Em Septembro 1:853
Em Outubro 2:585
Em Novembro 2:944
Em Dezembro 2:346
Impressos requisitados para leitura nocturna :
Em Janeiro 2:132 espécies
Em Fevereiro 1:920
Em Março 1:795
Em Abril 1:432
Em Maio 1:561
Em Junho 1:084
Em Julho 1 :570
Em Outubro.. 1:922
8 ARCBIV08 VACIONAKS 211
Em Novembro 2:106 espécies
Era Dezembro 1:766 i
ManuBcriptos requisitados para leitura diurna:
Em Janeiro 650 espécies
Em Fevereiro 968
Em Março 461
Em Abril 440
Em Maio 270
Em Junho 257
Em Julho 188
Em Agosto 563
Em Septerabro 1:109
Em Outubro '. 2:549
Em Novembro 876
Em Dezembro 1:025
Visitantes, entre nacionaes e extrangeiros, que da Biblio-
theca Nacional vieram neste anno admirar as preciosidades,
contam-se 112. A saber:
Em Janeiro 16 visitantes
Em Fevereiro 2
Em Março 10
Em Abril 14
Em Maio 12
Em Junho 3
Em Julho 6
Em Agosto 5
Em Septembro 1^
Em Outubro 11
Em Novembro 6
Em Dezembro 9
Os seus nomes constam do «Álbum» destinado a receber-lhes
as assignaturas autographas.
E agora, precisamente no ponto em que eu ia encerrar este
Relatório, vem um gratíssimo acaso impôr-me o dever de mais
algumas palavras accrescentar, suscitadas pela surpresa que
recebo de uma incantadora oíFerta para a Bibliotheca Nacional,
— offerta que, por chegar á última hora, nSo poude figurar men-
cionada apar das outras dadivas.
Mas, mencionada em remate, ella significa por sua incontes-
tável valia o melhor fecho que para o meu Relatório se poderia
deparar.
212 BOLETIM DA9 BlIlUOlUfKCAS
' Trata-fie da sojemne Be.ssSQ, em que, aos 26 doeste mes, o
Club Militar Naval saudou e festejou com discursos em prosa e
recitação de versos os heroes da Campanha do Cuamato.
Duas das poesias que alli se recitaram, — <)oís Sonetos, um
do Sr. Henrique Lopes de Mendonya e o outro do Sr. José Au-
gusto Celestino Soares, -r- ordenou a .DireççSo do Club que se
publicassem numa ^leganíQ plaquette^ pa.qual p Sr. JoSLo Braz
de Oliveira se prestpii. a improvisar upi b^llp dt^^enho allegorico
para ornato de frontispicio.
E foi elle, o auctor do desenho, quem me veiu agora mesmo
intregar, por offerta á Bibliotheca Nacional, um exemplar da
reíeridai plaquette (desculpe- se-me a insistência no termo francez,
porque nfto me occorre neste momento, equer-me até parecer
que não existe, em lingua pprtugueza vocábulo equivalente).
Na impossibilidade absoluta de reproduzir aqui a plaquette
em todo o seu conteúdo, limitar-me-hei a transcrever o Soneto
jio Sr. Celestino Soares, — e assim me proponho prestar indire-
ctamente homenagem á memoria de seu avô materno, Pedro
Nolasco de Seixas, que na Bibliotheca Nacional de Lisboa foi
benemérito funccionario.
O Soneto, que se intitula «Novos Feitos», — e que oflferece,
na sua elegância métrica, toda a cadencia, toda a energia, toda
a estructura impeccavel dos Sonetos de Bocage, — diz por esta
forma:
«Não morre a fama dos heroes qup um dia
O valor. do seu braço á pátria deram,
E tudo o que de grande elles. fizeram
Deve, a quem vem depois, servjr de guia.
aMas, se abundam liçSes de valentia
Noutros tempos que os nossos precederam.
Honra aos que essas lições comprehenderam,
Honra a quem fez quanto fazer podia !
«Bom é que seja o bem sempre lembrado.
Que d'altos feitos fique alta memoria,
Que o presente venere um tal passeado;
cMas melhor é que, após a antiga gloria,
Os novos juntem, como te'm juntado,
Um capitulo novo á velha historia!»
J
È ÁRCHlVOS NAi^ONAES 2Íà
Este Soneto constitue virtualmente o dou (como dizem os
Francezes), o ciou litterario da festa em que foi recitado, —
verdadeiro broche de remate, prego de oiro, prego a reluzir des-
lumbrante e delicadamente burilado.
Deus Guarde a V. Ex.* — Bibliotheca Nacional de Lisboa, em
31 de Dezembro de 1907. — Ill.™« e Ex.'"" Senhor Conselheiro
Bibliothecario-Mór do Reino. — O Director, Xavier da Cunha.
214 BOiSTlHOÁS 6l6LlOTfiECÁft
António José Colpfs Guimarães
Quando a Rainha D. Maria II traton de escolher com sagaz
critério quem seus filhos instruisse, dois professores competen-
tíssimos lhe proporcionou a Bibliotheca Nacional de Lisboa.
Chamavam-se elles António José Viale e António José Coiffs
GuimarSes: Viale foi quem aos Príncipes ministrou licçSes de
Grego, de Philosophia Racional e Moral e Direito Natural, assim
como de Rhetorica, Poética e Litteratura; Coiffs Guimarães teve
o incargo de adextrnl os em Calligraphia.
Do Conselheiro Viale tenho já escripto por mais de uma vez.
De António José Coiffs Guimarães escreverei agora; mas isto
que d'elle vou dizer, nfto tem por modo algum pretenç^es a in-
titular-se «biographia», — pois que representa apenas uma sin-
gella commemoração da sua passagem pela Bibliotheca Nacional,
onde o sympathico funccionario contava de serviço constante
quarenta e cinco annos quando victimado por uma bronchite
aguda falleceu de madrugada aos 17 de Janeiro de 1872.
No dia seguinte, ás 1 1 horas da manhan, eram transportados
os seus restos para o Cemitério de Nossa Senhora dos Prazeres,
e no cortejo fúnebre se incorporaram muitos funccionarios da
Bibliotheca, d'entre os quaes foi o Conservador António da Silva
Tullio proferir-lhe á beira da sepultura um saudoso adeus.
Naquelle mesmo dia (18 de Janeiro) publicára-lhe o Jornal
do Commercio (em seu N.** 5:467) um sentido necrológio, redigido
pelo Dr. José Ribeiro Guimarães (então Official da Bibliotheca).
E d'elle diz o necrologista:
«Empregado zeloso, em tão longo espaço de tempo, deu
sempre provas da sua intelligencia, e de inconcussa probidade».
Mais adeante, prosegue o articulista:
«Deploremos a morte do sr. Coiffs, um dos homens de cos-
tumes mais modestos, mais methodicos, e de mais esmerada e
e-S^»'^»».!^^^^ ^^á^^^^^^-^
I
È ÁSCHÍV08 KACIONÁÈd 215
fina educaçto que temos conhecido: á cortezia de suas maneiras^
reunia a mais extremosa amabilidade, e um agrado, que a todos
captivava. Por isso contava tantos amigos, e por isso era o
exemplar de um perfeito cavalheiro».
O artigo necrologíco termina assim :
ff Os empregados da bibliotheca lastimam a morte do seu
collega, o decano, de quem todos eram amigos sinceros, e que
de todos merecia as sympathias, pela amenidade do seu trato,
boa camaradagem, e provas de boa e leal amisade que a todos
dava.
«A sua desolada familia damos os mais sinceros pezames, e
acompanhamol-a na profunda angustia que a afflige».
Lavrado pelo Dr. Ribeiro Guimarftes, que era pouco pro*
penso a elogios, o testemunho do Jornal do Commercio é, por
isso mesmo, insuspeitíssimo, — e tanto mais insuspeito quanto é
certo que naquelle tempo não era ainda costume do jornalismo
tecer encómios a quem os nSo merecesse.
Com a apreciaçfto do Jornal do Commercio bem se harmoniza
a que o Diário de Noticias publicou em seu K.® 2:163 (Lisboa,
18 de Janeiro de 1872). Noticiando o fallecimento de ColíFs
GnimarSes, diz o redactor, d^aquelle periódico :
fEra um caracter nobre e respeitável. Os que com elle pri-
vavam, devem a esta hora estar na desolaçllo. Deixa viuva que
é uma virtupsa senhora. Daqui lhe dirigimos pezames».
Notícia do funeral incontra-se no N.® 5:468 do Jornal do
Commercio (publicado em 19 de Janeiro): com essa noticia coin-
cide nova affirmaçfto das recommendaveis qualidades por que se
distinguia o finado funccionario.
f Os seus amigos (escreve o auctor da noticia) prestaram-lhe
as derradeiras honras, e bem sinceras, porque nfto teve poder,
nem riqueza, nem deixa apoz si quem precize de ser lisongeado».
 Colfis Guimarães se refere várias vezes Francisco António
Martíns Bastos (Professor de Latim dos filhos de D. Maria II)
no livro que publicou sob o titulo de Memorias para a Historia
de El-Rei Fidelissimo o Senhor Dom Pedro V e de seus augustos
irmãos (Lisboa — 1863). «O meu Ulustre Collega António José
Colffs Guimarães» — é como (em pag. 16õ do livro) o insigne
latinista designa o. Professor que aos Príncipes dava licçSes de
Calligraphia.
Companheiros de Colffs GuimarSes na Bibliotheca Nacional
èíS BOiETlif DAS BIBtlOTHKCAS
ç-*-* companheiros 'que ainda hoje exÍ5ífani--cnntani-se íip^nns iwtí:
e Bsto elles os Srs. Luiz Carlos Rebello Trindade, José Ramosr
Coelho, e Visconde de Castilho. Confirmam todos elles, pelo seu
depoimento oral, os conceitos que deixo trauscriptos.
i . Altruísta por indolo natural, Colffs Guimarães era membro
da DirjBcção do ^Albergue dos Inválidos do Trabalho», — bene-
mérita instituição caridosamente fundada pelo architecto Joaquim
Possidonio Narciso da Silva. £, por isso, este saudo90 philan-
thropo (que álêm de architecto insigne era também abalisado
archeologo) foi no cemitério prestar homenagem ao fallecido,
pronunciando um discurso em que muito commovido lhe celebrou
as. singulares virtudes.
Eu com elle nunca cheguei a ter pessoaes relaçSes, nem
fiiquer falas com elle troquei, — mas lembro me perfeitamente
de o ter visto, quando elle em 1859 residia na mesma casa era
que, treze annos depois, veiu a soltar o derradeiro alento. Era
na Rua dá Cruz dos Poyaes, em prédio que tinha naquelle tempo,
como conserva ainda hoje, ingresso pela porta N.** 31.
Alumno da Escola Polytechnica, eu morava entíto na Rua da
Quintinha, onde me assistia por vizinho de escada um honrado
velho que se me affeiçoára, — Thomaz José Coelho Pereira por
nome, e de profissão Contador da Alfandega Grande de Lisboa.
Ora o meu vizinho cultivava estreitas relações com o seu
^migo Colfis Guimarães, de quem me dizia coisas captivantissinias.
Visitavam-se reciprocamente amiúde as duas familias ; resultava
d'ahi a frequência com que eu via penetrar no prédio da Rua da
Quintinha aquelle vulto elegante e garboso, muito aprumado,
muito delicado, muito eortez, muito insinuante, muito apurado
jio vestuário, — um verdadeiro typo de gentil palaciano, que
.deveria naturalmente incontrar-se á vontade quando no Paço
Real ia dar licçoes aos Principes.
Conservo nitidamente na memoria a sympathica physionomia
d^aquelle gentleman: delgado e de estatura mediana; umas suissas
á Lord Palmerston (como se usava nos seus tempos de moço, e
que elle ficara sempre conservando) ; o resto da barba escrupu-
losamente escanhoado; nos olhos brilhante viveza e não menos
doçura; nos lábios um surriso de constante bondade e simulta-
neamente de nHo vulgar intelligencia.
Contava elle a esse tempo 54 annos de edade, pois que em
Lisboa tinha nascido aos 21 de Septembro de 1805; mas...*
Ê AKCHIVOS NACI0NAE8 217
quem de menos lhe arbitrasse dez annos, obedeceria a uma con-
jectura perfeitamente lógica, perfeitamente plausivel, perante a
mocidade que sempre Colffs QuimarSes apparentava. Quando
elle falleceu, aos 66 de edade, ninguém presumiria que estava
alli um sexagenário.
Triumphavam officialmente as fórmulas absolutistas em Por-
tugal, quando aos 19 annos (em 1824) Colffs GuimarStes foi
admittido por Amanuense na Secretaria do Reino, — d'onde, pot
Decreto de 28 de Fevereiro de 1826, veiu occupar o logar de
Official na Real Bibliotheca Pública da Corte, logar de que tomou
posse em 17 de Abril.
Juntamente cora Quiraar^es, e por Decretos da mesma data
(28 de Fevereiro de 1826), foram despachados Officiaes da Bi-
bliotheca D. Benvenuto António Caetano de Campos, JoSo Xavier
Telles de Sousa, José António de Cerqueira e Silva, e José Er-
nesto da Silva Pessoa.
Ao tempo em que o Amanuense Colffs Guimarltes introu por
Official na Bibliotheca, juntamente com os quatro funccionarioé
supra-mencionados, incontraram elles por companheiros da sua
nova situação:
Monsenhor Joaquim José Ferreira Gordo, que por Decreto
de 29 de Maio de 1816 fora nomeado Bibliothecario-Maior da
Real Bibliotheca Púlilica, succedendo ao Desimbargador António
Ribeiro dos Santos que na mesma data se aposentara;
Joaquim Pereira Martim, que tinha a patente de Major no
Real Corpo de Ingenheiros quando por Decreto do 1.® de Dezem-
bro de 1818 lhe foi concedida a supervivencia do imprêgo de
Segundo-Bibliothecario da Real Bibliotheca Pública, logar de que
veiu a tomar posse em 6 de Março de 1820;
Francisco de Paula da Silveira, que por Aviso de 30 de
Abril de 1802 intrára a servir de Official Bibliographo, e que
por Aviso de 10 de Maio de 1820 havia recebido nos seus ven-.
cimentos o augmento annual de 69)9600 réis com a obrígnçílo de
substituir em seus impedimentos o Segundo-Bibliothecario;
Félix António Rodrigues, que intrára como Ajudante por
Aviso de 18 de Novembro de 1805, e passara a Official por Aviso
que do Rio-de- Janeiro o Conde de Aguiar expediu em 2 de Maio
de 1810;
218 BOLETIM DAS BIBLIOTH£CAS
Jo&o Manuel Alvares, presbytero secular, que intrára a servir
como Ajudante por Aviso de ] 7 de Maio de 1806, e que passara
a Oílicial por Aviso do Conde de Aguiar, expedido da Corte do
Rio-de- Janeiro em 22 de Novembro de 1810;
Fernando José Martins, que, por Aviso expedido do Kio-de-
Janeiro aos 2 de Agosto de 1810, fora provido no logar de
Contínuo, e por Aviso de 5 de Julho de 1824 passara a Official;
José Quintino dos Santos Emauz, que, por Aviso de 18 de
Maio de 1818, fora nomeado Official Bibliograpbo, e confirmado
nesse mesmo logar aos lõ de Janeiro de 1821 pela Junta Pro-
visional do Governo Supremo do Reino;
Rodrigo António Carneiro, que, por Aviso de 24 de Janeiro
de 1825, tivera ingresso no logar de Official;
António Lourenço Caminha, que, depois de aposentado como
Professor Begio de Rhetorica e Poética, obtivera a nomeação de
Official da Biblíotheca por Decreto de 20 de Junho de 182Õ;
António Feliciano Velho Oldemberg, que por Aviso de 9 de
Dezembro de 1809 (datado do Palácio do Governo, e expedido
por Joilo António Salter de Mendonça) £5ra nomeado (sem ven-
cimento) ajudante do 6uarda-Mór da Biblietheca (Feliciano Ber-
nardo Velho Oldemberg, seu pae), e que no logar de 6uarda-Mór
veiu a succeder por Aviso de 15 de Julho de 1824;
José Gonçalves Ramiro, que, por Aviso de 12 de Novembro
de 1806, tinha intrado a servir como Official Escripturario do
Cartório e Contadoria ;
António José Ferreira, que exercia as fiincções de Continuo
e Agente, nomeado em Portaria de 30 de Janeiro de 1795;
José Joaquim Xavier Soeiro, que, tendo intrado a servir de
Continuo em 1 de Agosto de 1796, passara a Official por Aviso
de 9 de Abril de 1802;
Ricardo António dos Santos Ribeiro, que por Aviso de 5 de
Maio de 1815 (expedido do Rio-de-Janeiro pelo Conde de Aguiar)
fora nomeado Continuo;
Francisco José Esteves, que de Continuo recebera a nomeaçXo
por Aviso de 24 de Maio de 1815 (expedido do Rio-de Janeiro
pelo Marquez de Aguiar);
António José Ferreira de Araújo, que, por Aviso de 22 de
Julho de 1819, intrára no exercicio de Continuo;
JoSo António Soares, que, por Aviso de 5 de Julho de 1824,
flSra despachado para o logar de Continuo ;
Henrique Ollegario Pinto, que, por Aviso de 18 de Maio de
1825, recebera a nomeaçfto de Continuo;
£ ABGHIVOS NÁCIONAES 2l9
Jorge José da Silva, que, por Aviso de 25 de Outubro de
1811 (expedido do Rio- de- Janeiro pelo Conde de Aguiar) obtivera
provimento no logar de Continuo, — e por Aviso de 22 de Julho
de 1819 (assignado pelo Secretario de Estado Thomaz António dè
Villanova Portugal) passara a desimpenhar o imprêgo de Porteiro.
Contava portanto em 1826 a Real Bibliotheca Pública vinte
e quatro funccionarios, sem nesta conta ficarem comprehendidos
08 impregados de categoria inferior, a quem pertenciam por
officio 08 serviços da limpeza no edifício.
Vinte e quatro funccionarios — e que funccionarios! Para
aquilatar-lhes o mérito, basta recordar que alguns d^elles, intrando
por Contínuos, foram julgados dignos de passar depois a Officiaes.
É que naquelie tempo os impregados da Bibliotheca tomavam
todos a serio o cabal desimpenho de suas funcções, sentindo pelo
respectivo serviço um pronunciado gosto e um carinhoso amor.
Mas, — se (conforme ponderei) triumphavam, quando Colffs
Guimarães introu na Bibliotheca, as fórmulas politicas do abso-
lutismo, — certo é todavia fermentarem já pronunciadissimas as
tendências liberaes, que, proclamadas em 1820, a imboscada
militar de Villa-Franca lograra escorraçar em 1823. Fermenta-
vam cada vez mais agitadas, cada vez mais vigorosas, — t%o
vigorosas, t&o imponentes, tão impolgantes, que aos 29 d'aquelle
mesmo Abril de 1826 as codificara D. Pedro IV na outorga da
sua «Carta Constitucional».
Não admira, por isso, que o joven Official da Bibliotheca
Pública, — illustrado como era e criteriosamente orientado, —
abraçasse com enthusiasmo o pendão do liberalismo, pendão que
militarmente defendeu, incorporando- se em 1833 nas fileiras do
Exercito Libertador, o que lhe valeu ser depois condecorado
com a Medalha N.° 2 das Campanhas da Liberdade.
Em 1836, por Decreto de 7 de Dezembro, passou Colffs
Guimarães a servir como Official na Segunda Divisão da Repar-
tição dos ManuBcriptoB e Antiguidades.
220 BOLETIM DAS BIRLIOTHKCAS
E naquella mesma data, — já transformada em Bibliotlieca
Nacional de Lisboa a Real Bibliotheca Pública, — realizou se no
pessoal d*esse instituto um accentuado movimento.
Assim por Decretos d'aquelle mesmo dia (7 de Dezembro) :
Vasco Pinto de Balsemão, que por Decreto de 8 de Abril de
1834 fora nomeado Director da Bibliotheca e por Decreto de 19
de Julho d'esse mesmo anno passara a ter a designaçíto de Bi-
bliothecario-Mór da Real Bibliotheca Pública, foi confirmado em
suas funcçSes com o titulo de Bibliothecario-Mór da Bibliotheca
Nacional de Lisboa;
Francisco Joaquim Pereira e Sousa, que, por Decreto de 19
de Julho de 1834, intrára para o logar de Conservador, passou
nessa categoria a ficar incarregado da Repartição dos Impressos
com o ordenaflo annual de 450<$í000 réis;
Francisco Martins de Andrade, que, por Decreto de 31 de
Agosto de 1836, intrára como Official supranumerário, incar-
regado especialmente do Gabinete de Antiguidades e Numis-
mática, foi nomeado Conservador- Ajudante na Repartição dos
Manuscriptos e Antiguidades com o ordenado de 360^000 réis
annuaes ;
Henrique Ollegario Pinto que (segundo já informei) tinha
intrado por Contínuo em 1825, e pela Portaria de 28 de Agosto
de 1833 fora promovido a Official, passou a servir na Segunda
Secção da Repartição dos Impressos (a Secção das Sciencias
Naturaes e Artes) ;
João Xavier Telles de Sousa (que já mencionei) foi destinado
para servir, em sua categoria de OíBcial, na Primeira Secção
da Repartição dos Impressos (a Secção de Sciencias Históricas
e Litterarias) ;
Rodrigo António Carneiro (a quem já fiz referencia) passou
a ser incarregado da escripturação dos Catálogos na Repartição
dos Manuscrtptos e Antiguidades ;
Thomaz Brown Soares, que por Decreto de 30 de Abril de
1827 fora nomeado OíTicial da Bibliotheca, passou a ficar incar-
regado da escripturação dos Catálogos na Repartição dos Im-
pressos ;
Manuel Joaquim de Aquino Roberts, — que, tendo intrado
na Bibliotheca a servir de Oflficial extraordinário e sem venci-
mento, pela Portaria de 14 de Septembro de 1833, passara
depois a perceber os competentes honorários por Decreto de 19
de Julho do anno seguinte, — foi, em 7 de Dezembro de 1836,
E AUCIIIVOS NACIONAICS 221
confirmado no seu Ioí?ar de Official, para servir na Segunda
Secção da Repartição dos Impressos;
José Joaquim do Valle, que por Decreto de 19 de Julho de
1834 introu para o logar de Official supranumerário, passou a
incarregar-se da Primeira Divisão da Repartição de ManiiscriptoEl
e Antiguidades ;
Jacob Frederico Dinkelaker, que por Decreto de 19 de Julho
de 1834 fôra nomeado Contínuo Ajudante dos Officiaes da BÍblio-
theca Pública, e passara a Official Honorário pela Portaria de 6
de Agosto de 1836, ficou declarado Official Ajudante, com d
vencimento de 288^000 réis, para servir na Primeira Secção da
Repartição dos Impressos;
Francisco Casassa, — que em Portaria de 23 de Janeiro de
1834 fôra admittido por Continuo da BibKotheca, e fôra depois
n( meado Continuo ajudante dos Officiaes por Decreto de 19 de
Julho do citado anno 1834, logar d^onde passara a Official Ho-
norário pela Portaria de 6 de Agosto de 1836, — recebeu a
nomcaçro de Official Ajudante, com o vencimento de 288^5000
réis, na Primeira Secção da Repartição dos Impressos;
O Padre António Marques da Silva foi nomeado Official
Ajudante, cora o vencimento anniial de 288i5000 réis, na Quarta
SecçSo da Repartição dos Impressos (Sciencias Ecclesiasticas) ;
Jono António Soares (a cujo nome tive já occasião de refe-
rir-me) ficou, em sua categoria de Contínuo, pertencendo á Pri-
meira Secção da Repartição dos Impressos, e percebendo o ven-'
cimento annual de 200j5000 réis;
Ricardo António dos Santos Ribeiro (de quem já egaalmentô
falei) foi, na sua categoria de Contínno, e com o ordenado annual
de 200íJOOO réis, destinado para a Quarta Secção da Repartição
dos Impressos;
Pedro Alexandrino de Mello, que em Portaria de 11 de Maio
de 1886 fôra admittido a exercer sem vencimento as funcçSes
de Contínuo, passou a ter o vencimento de 200^000 réis annuaes,
com serviço na Segunda Secção da Repartição dos Impressos;
Francisco José de Faria foi nomeado Continuo para servip'
na Primeira Divisão da Repartição de Manuscriptos e Antigui-
dades, vencendo annualmente 200j5000 réis;
Ernesto Frederico de Mesquita foi nomeado Contínuo da
Terceira Secção da Repartição dos Impressos (Secção das Scien-
cias Civis e Politicas), percebendo (á similhança dos outros Con-
tínuos, aeuB collegas) o vencimento annual de 2C0f'^0(X) réis;^ -
José António Branco foi nomeado,- petcebendo o-otdienàdo
222 nOLETUI DAS BTBLIOTHEOAá
annual de 200/JKX)0 réis, Contínuo da Seganda DivisSo na Re-
partiySo de Manuscriptos e Antiguidades ;
António José da Silva, que por De^^reto de 19 de Julho de
1834 intrára como Offioial supranumerário, passou a offectivo,
tendo a seu cargo, com o vencimento annual de 350^000 réis, o
serviço da contabilidade, e todo o outro expediente indicado no
respectivo Regulamento.
José Alves Freineda, que em Portaria de 28 de Agosto de
1833 fôra nomeado para o iogar de Porteiro da Bibliotheca, —
logar em cujo exercício se lhe annexára o cargo de Agente, por
Decreto de 19 de Julho de 1834, — ficou sendo, com o venci-
mento annual de 345f$6(X) réis. Fiel e Agente da Bibliotheca;
José António Monteiro foi nomeado, com o vencimento de
130f$000 réis, para exercer as funcçSes de Porteiro.
ficaram portanto figurando no pessoal efiectivo da Biblio-
theca Nacional de Lisboa, depois das nomeaçSes e collocaçíHes
3ue deixo mencionadas, vinte e dois funccionarios, — sem falar
o pessoal menor, indispensável aos serviços da limpeza.
Occupandose de Colffs Guimarftes em artigo especial no
Tom. I (pag. 167) do Diccionario Bibliographico Portuguez
(Lisboa*^ 1858), Innocencio Francisco da Silva menciona do
aprimorado calligrapho a seguinte publicação :
€ Regras para aprender a aparar pennas; para uso dos alu-
mnos do CóUegio de Humanidades sito na calçada do Marquez
de Tancos n.^ 7 — Em 1850. Na Lithographia de Lopes d Bastos,
rua nova dos Martjres n.^ 12. Lisboa. 8.® de 10 pag.i
Doesse folheto procurei baldadamente incontrar exemplar
algum ; nenhum se me proporcionou j&maís examinar. Mas, Han-
do-me na exactid&o do titulo que o bibliographo Innocencio
transcreve, sinto-me inclinado a crer que o auctor do opúsculo
seria por esse tempo Mestre de Calligraphia no citado Collegio,
— o afamado tCollegio do Dr. Cicouro», que naquella quadra
desfructava elevados créditos como instituto educativo, créditos
comparáveis aos do € Collegio de Nossa Senhora da Concei^fto»
(dirigido por Martins Bastos e por Carreira de Mello na Calçada
da Estrella), créditos somente comparáveis aos de pouquíssimos
collegios mais na capital.
e AUCH1V08 NACIONA£S 223
Innocencio, depois de citar o folheto, accrescenta:
cO sr. ColfiB nâo é menos insigne nas artes do desenho e
pihtura que íia da ealligraphia; do que s%o prova alguns primo-
rosos trabalhos por elle executados e que se conservam com
estimação na Bibl. Nacional».
Aqui porém ha um leve reparo a fazer. Innocencio deixou-se
inadvertidamente cahir numa inexactidíto, quando citou talguns
primorosos trabalhos que se conservam com esti-
mação na Bibl. Nacional».
Em vez do plural, deveria Innocencio ter-se exprimido no
singular: trabalhos vários de pintura, e primorosos sem dúvida,
executou Colffs Guimarães; mas na Bibliotheca Nacional de
Lisboa existe apenas um d'esses primores (e nfto me consta que
í&mais outro existisse, — trabalho mui delicado e apurado que
excita as attenções e os louvores de quantos o examinam.
Acerca d*essa pinturinha, escreve o citado collaborador do
Jornal do Commercio (Dr. José Ribeiro Guimar&es):
«Na bibliotheca está um pequeno quadro, que é o facsimile
da tarja de uma das folhas de umas preciosas Horas do século xvi,
illuminadas em pergaminho, com que o sr. D. João de Mello
Manuel da Camará, conde da Silva, presenteou a fallecida rainha
a sr.* D. Maria II.
«A tarja representa todas as moedas correntes no reinado
de el-rei D. João III : o fac-simile é admirável pela correcçfto
do desenho, e bellissimo colorido: a imitaçfto nSo pôde ser mais
perfeita.
iFoi em 1852 que o sr. Coiffs executou este trabalho, a
pedido do bibliothecario-mór, o sr. Cascaes, já fallecido».
cCanaes» (e n9o «Cascaes») queria dizer o erudito articulista.
Antes de Ribeiro Guimarães publicar esta informação, já o
illustre académico Manuel Bernardo Lopes Fernandes tinha
escripto algumas palavras ácêrca do códice ori^nal, d'onde Coiffs
Guimarães extrahira a sua cópia fac-simile.
Na Memoria das moedas correntes em Portugal, desde o tempo
dos Romanof, até o anno de 1856 (Lisboa — 1856), diz (em pag.
47) o erudito numismata:
«Na livraria do Sr. D. Francisco de Mello Manuel, que foi
224 nOLETIH DAS BIBLIOTHECAS
ultimamente coraprAda pelo nosBo Governo, e hoje existe na
Bibliotheca Publica de Lisboa, vimos um livro manuscripto em
pergaminho, contendo orações, e começado a escrever em Lisboa
no anno de 1517, com lindas vinhetas e bem coloridas estampas
de vários Santos, tendo uma d^essas ao redor algumas moedas
de ouro e de prata, exactamente desenhadas^ e muito bem dou-
radas e prateadas » .
Ao códice mencionado por Lopes Fernandes refere-se em
1874 o Dr. Augusto Carlos Teixeira de Aragão no Tom", i
(pag. 168) da Descripçao gei^al e histórica das moedas cunhadas
em nome dos Beis, Regentes e Governadores de Portugal.
Diz elle:
fSão umas Horas do século xvi, que pertenceram ao padre
Joaquim de S. Dâmaso, passando depois á livraria de D. Fran-
cisco de Mello Manuel, e pelo seu herdeiro oflFerecidas a El-Rei
D. Fernando f.
Conforme declara depois Lopes Fernandes, a Livraria de
D: Francisco de Mello Manuel da Camará foi effectivamente
comprada pelo Governo Portuguez em 1852, e quem a vendeu
foi D. João de Mello Manuel da Camará (que recebeu depois o
titulo de Conde da Silvan).
Comprada pelo nosso Governo, a Livraria foi por este des-
tinada á Bibliotheca Nacional, onde por muitos annos permaneceu
constituindo uma collecção especial e aparte; mas em 1888 o
Inspector Geral das Bibliothecas e Archivos Públicos ordenou
que as espécies constituintes d'aquella valiosa Livraria se disse-
minassem distribuídas pelas diversas Secções do nosso instituto.
Intrando na Bibliotheca Nacional de Lisboa, a «Livraria do
Cabrinha» (assim vulgarmente se chamava á sobredita collecçâo)
veiu prestar ao fundo já riquissimo da antiga a Bibliotheca Públic.i
da Corte» um novo accrescentamento de preciosidades e raridades
bibliacas, — imbora na compra não intrasse o códice das Horas
indicado pelo referido numismata, códice aliás mencionado no
Catálogo manuscripto que os sobreditos livros acompanhou e que
na mesma Bibliotheca ticou arrecadado.
Eis o que nesse Catálogo textualmente se lê (em pag. 22 a
23 da secção «Manuscriptos») com referencia á espécie de que
venho tratando e que pelo dono da Livraria foi offerecida a Suas
Majestades:
. i €Hpr0s — Soberbo mss. em Velem, forão comessadas em
Ê ARCHIVOS NACIONAES 225
1517,' OrnadaB de 2 miniaCui^as dós Sircoloa 12 do Calendário,
11 miniaturas do tamaijio da Pagina, entrando neste numero 2
em Camafeo e 31 mais pequenas circoladas de 54 Orlas, tudo
«legantem/® pintado por mui abil Pintor, com riquissimos doura^oç
•de Ouro fosco, alem ile h\v\ iinmencidade de Letras engraçadam.^
pintadas de Cores, e Ouro. A miniatura q. esta no OfF." dos
Pefuntos, reprezenta o Interro de D. Manoel, e a Orla da
adoração dos Reys lie composta de moedas antigas: está enca-
deiTiada em Veludo Carmezim 1 vol. em 8.®».
Modernamente o Sr. José Duarte Ramalho Ortigão, Biblio-
thecario da Real Bibliotheca da Ajuda, fez das mesmas Horas
uma descripção mui circumstanciada e commentada, que sahiu
(de pag, 60 a 79) em publicação anonyma, dada á estampa sob
o titulo seguinte:
Exposição de Arte Sacra Ornamental promovida pela Com-
missão do centenário de Santo António em Lisboa no anno de
1895, — Catalogo da Sala de Sua Magestade El Rei (Lisboa —
1895).
Referindo-se especialmente á illuminura em que figuram as
moedas, eis o que diz (em pag. 61 a 62) o afamado crítico:
«Na pagina Deus in adjutorium meiím intende, o quadro cor-
respondente representa a adoração dos reis magos n'um recinto
de architecturaneo-classica, em columnas de porphydo vermelho.
Ao longe, na paizagem, passa um cortejo de gala com elephantes
e dromedários. As margens doesta composição são decoradas com
moedas de ouro e de prata, entre as quaes duas de Fernando o
Isabel, com as armas de Leon e Castella, e dois poHuguezes de
ouro, de D. João IIL
«Foram os primeiros portuguezes de ouro mandados cunhar
em novembro de 1538, como resposta ao capitulo 170 das
Cortes Geraes em Torres Novas, que dizia assim: Que Vossa
Alteza mande prover sobre as moedas de ouro destes Reynos as
quaes se levão pêra fora, de maneira que se não acha um Cruzado
nem Portuguez, nem moeda de ouro dos ditos Reinos, somente
moeda de fora d^outros Reynos minguadas de pezo, e na Ley de
Ouro,
«A presença da referida moeda estabelece portanto entre o
tempo a que ella corresponde e a data do principio do códice,
1517-1538, um periodo de vinte e um annos, dados á elaboração
consecutiva ou entrecortada do livro t.
A minucioaa e curiosa descripção que o illustre Bibliothecario
I
226
BOLETIM DAS BIBLI0THBCÁ8
offerece do preciosíssimo códice, hoje pertencente a Sua Majes-
tade El-Rei, finaliza por estas palavras :
«Este códice está admiravelmente conservado e parece intacto
na virginal alvora das suas folhas. Apenas em uma das paginas
uma leve mancha de tinta. Parece a cada um que o examina ser
elle o primeiro que o folheia depois de um encerro de perto de
quatrocentos annos. Elle representa, seguramente, um dos mais
altos cumes a que jamais chegou a poesia, e é, sem contestação,
uma das três ou quatro mais primorosas e mais bellas obras
d'arte que Portugal inspirou e que existem em Portugal.
A illuminora — em que se representa a Adoração do Deus-
Menino pelos três Magos, que ao receranascido foram apresentar
no presépio suas ofi^erendas de myrrha, incenso, e oiro, — mos-
tra-nos pois na tarja por elemento decorativo e allegorico a
reproducçSLo de várias moedas, portuguezas quasi todas. E foi
precisamente por esse motivo que em 1852 o insigne Bibliothe-
cario-Mór José Barbosa Canaes de Figueiredo Castello-Branco
manifestou a Colffs Guimarães o impenho de Ver por elje copiada
a tarja sobredita.
Resultou d-ahi a píntuririha que na Bibliotheca Nacional se
conserva com todo o resguardo immoldurada no Gabinete Numis-
mático,— pinturinha em que o artista apenas aproveitou os ele-
mentos da tarja, substituindo a parte central (a scena evangélica
da Adoração) pela inscripção seguinte, executada a tinta branca
sobre fundo preto:
Spac^-sunife
da tarja diurna das folhas
do precioso livro que possue o
iZ/.*»*» e Ex."^ Shr. D. João de Mello
Manoel da Cantara, intitu-
lado — HorcB Beatas Marice Virginis,
ms, em pergaminho, do XVI sé-
culo, a qual, e consequência de
representar todas as moedas cor-
rentes no reinado do Senhor D. Jo-
ão III, entrando neste numero u-
ma do Senhor D, Diniz, que se .
tem por desconhecida, mandou o Bi-
hliothecario Mor copiar mui fieM^ •
226
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fi ARCBtVOS HACIONABd 227
A cópia da illuminura apresenta na base do rectângulo esta
subsoripçSo: — A. J, Colffs Gruim.^* pin, no anno de 1852.
Segundo informa o citado necrologista do Jornal do Com"
mercio, Colffs GuiinarSles collaborou com o seu lápis em vários
periódicos. «Desenhou e lithographou (sfto estas as palavras do
articulista) para differentes jornaes, e entre elles é notável o
Universo Pittoreacoí» .
O Universo Pittoresco («Jornal de InstrucçAo e Recreio» —
como elle apparece sub-intitulado) era uma interessante revista
mensal, adornada com gravuras em madeira e lithographias (re-
tratos e vistas), fundada pelo erudito Jo%o Ignacio de Vilhena
Barbosa, redactor de quasi todos os artigos que alli se publica-
ram. Começou a estanipar-se em Janeiro de 1839; e durou seis
annos, formando a collecçfto 3 vol. in-4.®
Carlos Legrand, Guglielmi, Michellis; Fonseca Júnior, e
Colffs Guimarães, foram os principaes desenhistas que para taes
lithographias forneceram desenhos: os de Colffs Guimarães figuram
assignados apenas por uni C, inicial ou pelas duas iniciaes C. G.
Reorganizada a Bibiiotheca Nacional de Lisboa por Decreto
de 31 de Dezembro de 1863 (como consta do Diário do Governo
de 4 de Janeiro do anno seguinte), — deu-se naquelle instituto o
movimento que passo a indicar.
Por Decreto de 8 de Janeiro de 1864 (publicado no Diário
do Governo de 18 doesse mez) foram classificados no quadro
effectivo da Bibiiotheca os seguintes funccionarios :
Bibliothecario-Mór — José da Silva Mendes Leal, que já
occupava esse logar para que fora nomeado por Decreto do 1.*
de Dezembro de 1857 (#);
(•) O ingresso de Mendes Leal na Bibiiotheca datava de tempos mui
anteriores, — pois qae, sem vencimento, fòra admittido por Official Hono-
rário do referido instituto em Portaria de 28 de Julho de 1886. Depois, por
Decreto de 26 de Julho de 1860, foi nomeado Bibliothecario-Mór da Bi-
biiotheca Nacional de Lisboa. Demittído por Decreto de 21 de Maio de
BOLGTIH DAS SIBUOTHECAS
Secretario (com a gi-aduaçSo de Primeiro-Ofiicial)^-^ António
Jo8Ú Colffs OiiiiiiarSesj
Amauueiise da Stícietaiia — José Joaquim Nepomuceno Ar-
sejas, que por Decreto de 19 de Maio de 1857 intrára na
Bibiiolheca a exercer o legar ile Portí-iro;
Conservador da llepartivrio de ScitncifiB e Artes — António
José Viale, qiie por Decreto de 17 de Março de 1846 intrára
nomeado Official daa Secções de Sciencias Ecclestasticas, Civis
e Politicas;
Primeiro-Official da Repartição de Sciencias e Artes — Hen-
rique Ollegario Pinto (de quem jA, nestas paginas, por duas
vezes falei);
Primeiro-OfBcial da BepartiçSo de Sciencias e Artes — José
Ribeiro GutmarSes, que na Bibliotheca tinha intrado como Offi-
cial por Carta Régia de 31 de Maio de 1854;
Continuo da Repartiçíto de Sciencias e Artes — Pedro Ale-
xandrino de Metlo (de quem tambt-m jú tratei);
Conservador da Reparti^íio de Historia e Litteratura — An-
tónio da Silva Tullio, que por Carta Kégia da 27 de Abril de
1844 havia na Bibliotheca dado ingresso como OfScial da
Repartição dos Manuscriptos ;
Primeiro-Official da RepartiçSo de Historia e Litteratura —
Francisco Casassa (a quem antecedentemente me referi), func-
cionario que ao tempo desfructava a categori.i de Official titular
por Apostilla de 31 de Maio de 1854;
Segundo-Official da RepartiçJlo de Historia e Litteratura —
Ernesto Frederico de Mesquita (de quem já falei anteriormente),
funccionario que desde 2b dt; Junho de 1850 (e por Decreto
d'es8a data) se conservava graduado era Official-Ajudante;
Continuo da Repartiçilu de Historia e Litteratura — José
Miguel (ou, desdobrando-] he o nome todo, José Miguel Alves de
Miranda), funccionario que desde aunos exercia na Bibliotheca
ogar de Servente, mas que já nesí^a modestíssima situaçílo
ivára com exuberância as suas especiaes aptidSes para o ex-
liente bibliothecario ;
Conservador da Repartiçrio de Manuscriptos e Antiguidades —
mcisco Martins de Andrade (cujo nome citei Já nas presentes
I, teve por Bucceasor, na meemH dnta nomeado, .laaú Barbosa Cauaes de
ueiredo Castello-Uranco, £, fallcccndo este em i'i de Novembro de 1857,
teu MendeB Leal a eer escolhido paru o seu antigo logar por Decreto
L.° de Dezembro do referido aano.
Ifi AKCâlVOS KACIOKAIiíS 220
paginas), faDccionario que ao tempo se incontrava já na eiFectiva
categoria de Conservador por Carta Kégia de 6 de Junho de
1862;
Frimeiro-Official da Repartição de Manuscriptos e Antigui-
dades— José Gomes Goes^ que por Carta Régia de 20 de
Dezembro de 1854 havia intrado como Official da Bibliotheca;
Segundo-Official da Repartição de Manuscriptos e Antigui-
dades — Luiz Carlos Rebello Trindade, que dera ingresso como
Official-Ajudante por Decreto de 26 de Março de 18Õ6;
Continuo da Repartiçfto de Manuscriptos e Antiguidades —
António Júlio Caminha, que na mesma graduação de Continuo
havia sido nomeado para a Bibliotheca por Decreto de 9 de
Janeiro de 1860;
Porteiro — José António Branco, que, depois de intrar por
Continuo (segundo já informei), passara a desimpenhar as func-
çSes de Fiel e Agente da Bibliotheca por Decreto de 16 de
Dezembro de 1857;
Ajudante do Porteiro — Henrique António Ferreira de Araújo,
que, tendo intrado a prestar serviços (Portaria de 9 de Junho
de 1843), fôra depois nomeado Continuo da Bibliotheca (Decreto
de 8 de Janeiro de 1860).
No Relatório que precede o Decreto de 31 de Dezembro de
1863 em que se approva o novo Regulamento da Bibliotheca
Nacional, — Relatório assignado pelo Ministro do Reino, Anselmo
José Braamcamp, em 28 de Dezembro do sobredito anno, —
incontro as seguintes palavras no tocante á verba destinada para
honorários dos impregados:
«Julgo haver distribuído por todos com equidade aquelFoutra
verbai, posto reconheça não ficarem ainda remunerados devida*
mente muitos dos que ali contam tilo longos annos de bom ser-
viço, exercido com exemplar probidade, a alguns dos quaes
supplico a Vossa Magestade se digne conceder um testemunho
honorifico da real munificência».
Tal Relatório, inibora assignado pelo Ministro (como é de
praxe), sabem todos que foi redigido por Silva TuUio, o iniciador
da citada reforma.
No Relatório indica-se de justiça, em prol de alguns funccio-
narios da Bibliotheca, «um testemunho honorifico da real muni-
ficência».
Esse testemunho nSo tardou em conferir-se, — verificando-se
4
230 fiOLtCTlM t>AS iSibLIOTtíKOAS
>*-■* ^ A^"- w^-
afavor de António José Coiffs Guimarftes, Francisco Casassa,
Henrique Ollegario Pinto, e Francisco Martins de Andrade, como
consta da Acta da Sessão realizada pelo Conselho Litterario e
Administrativo da Bibliotheca Nacional em 15 de Janeiro de 1864.
Receberam todos qiiairo o Hábito de Cavalleiros: Martins
de Andrade, na Ordem de Sant'Iago; Ollegario Pinto e Casassa,
na Ordem de Nosso Senhor Jesus-Christo; Coiffs Guimarães, na
Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Villa-Viçosa.
E querem saber de quem partiu a iniciativa? querem saber
de quem procedeu a proposta para todas aquellas quatro, conde-
corações? Do bom Silva Tullio, do companheiro amoravel e
altruista que ao tempo, occupando já na Bibliotheca o logar de
Conser^dor, desimpenhava nesse anno com supremo brilhan-
tismo as funcçSes de Bibliothecario-Mór interino.
Pela Reforma de 1863, a tabeliã dos ordenados annuaes
ficava sendo a seguinte:
Bibliothecario-Mór SOO^JOOO réis.
Secretario 450^51000 »
Amanuense da Secretaria 2õOf9iOOO b
Conservadores 600í5000 •
Primeiros-Officiaes 450í?(XX) »
Segundos-OfiSciaes 360^000 »
Contínuos 250,5000 »
Porteiro 400(í000 »
Ajudante do Porteiro , 300^000 »
Ao Conservador da Repartição de Manuscriptos e Antigui-
dades, por ter o ineargo de reger a cadeira de Numismática,
estipulou-se no referido Decreto a gratificação annual de
200í5000 réis.
£ a cada um dos dois Guardas (cuja nomeação ficou perten-
cendo ao BibliothecaríoMór) foi arbitrada a remuneração de
1 40^1000 réis annuaes.
Por Decreto da mesma data (31 de Dezembro de 1863),
publicado no Diário do Governo de 18 de Janeiro de 1864,
haviam sido aposentados com seus ordenados por inteiro os se-
guintes funccionarios :
Thomaz Brown Soares, Ofiicial da Bibliotheca já por mim
citado nestas paginas;
» Attcnivos itAcloUAEá âàl
Jacob Frederico Dinkelaker, Official-Âjudante já por mim
também mencionado ;
Francisco José de Faria, que deede 1836 desimpenhava o
logar de Contínuo, conforme egualmente já mencionado ficou;
e Pedro Nolasco de Seixas, que, nomeado Official-Ájudante
na Secçfto de Sciencias Ecciesiasticas por Carta Régia de 29 de
Abril de 1839, fôra promovido, por Decreto de õ de Agosto de
1842, ao logar de OíBeial do Cartório.
António José Coiffs Guimarães tinha já por essa occasião, na
sua larga folha de bons serviços, tempo de sobra para também
se aposentar, — mas, sentindo-se robusto e válido, não quiz
nunca aprovei tar-se de tal faculdade, e preferiu continuar sempre,
até fallecer, no cabal desimpenho de suas funcções como Secre^
tario da Bibliotheca Nacional de Lisboa, onde por todos os mo-
tivos a sua honrada memoria conquistou direitos incontestáveis
para ficar legitimamente archivada com respeitosa estima.
Bibliotheca Nacional de Lisboa:
em 27 de Novembro de 1907.
Xavier da Cunha.
632 UOLETIM DAS llIllUOTlll<:i;A8
BIBLIOTHECA NACIONAL DE LISBOA
ARCmvO DE MARINHA E ULTRAMAR
O vol. 1.® do Inventario d'eBte Archivo tem merecido lou-
vores a entidades officiaes e scientiticas. Da correspondência
recebida publicamos os dois officios seguintes, muito honrosos
para o sr. dr. Castro e Almeida, primeiro conservador da Biblio-
theca Nacional de Lisboa, e Dii*ector do Archivo de Marinha e
Ultramar.
III."® e Ex."** Sr. — A Sociedade de Qeographia de Lisboa^
recebeu um exemplar do Vol. i do Inventario do Archivo de
Marinha e Ultramar que V. Ex.^ se dignou offerecer-lhe para
a sua Bibliotheca. A Direcyão encarregou-me de transmittir a
V. Ex.* os melhores agradecimentos pela referida offerta con-
gratulando-se com V. Ex.*^ pela publicay&o de tão valioso subsidio
para o estudo das ilhas da Madeira e Porto Santo e fazendo
votos pelo próximo apparecimento dos volumes que dizem res-
peito ás outras ilhas adjacentes e possessões portuguezas do
Ultramar.
Deus Guarde a V. Ex.' — Lisboa, 22 de Novembro de 1907.
111."" e Ex.»" Sr. Dr. Eduardo de Castro e Almeida. Dig."*
Primeiro Const*rvador da Bibliotheca Nacional de Lisboa. — O
Director-Bibliothecario (a.) Silva Telles,
Secretaria d*Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar.
Direcção Geral da Marinha, 6.» Repartição— 111.™" e Ex."" Sr.
Encarrega-me S. Ex.' o IMinistro e Secretario d^Estado dos Ne-
gócios da Marinha e Ultramar, a quem apresentei o volume 1."
(lo ^Archivo de Marinha e Ultramarê por V. £x.' coordenado,
disposto e impresso, de significar-lhe que âcou muito agradavel-
mente impressionado com o seu vallosissimo trabalho, que dá
E ARCUIVOS NAClí»NAKS 233
prova do sea methodo, inteiligencia e ordem, e que constitue um
muito útil Bubsidio para o estudo das antiguidades da uossa his-
toria ultramarina e será sempre compulsado com interesse e
proveito pelos investigadores desses assumptos. Devo dizer mais
a V. Ex/ que é com muita satisfação que lhe dirijo esta com-
munieação, pois que partilho inteiramente as ideias do Ex."^
Ministro sobre o assumpto.
Deus Guarde a V. Ex.* — Direcção Geral da Marinha, 19
de Dezembro de 1907. Ill.™« e Ex.™<* Sr. Eduardo de Castro e
Almeida, 1.® Conservador da Bibliotheca Nacional, (a.) Augusto
de CastÚho,
234 BOLKTIM DAS BIDLIOTHKCAS
BIBLIOTHECA NACIONAL DE LISBOA
PESSOAL
Francisco Alberto da Costa Senna, segundo continuo da Bi-
bliotheca Nacional de Lisboa, collocado por Decreto de 29 de
dezembro de 1887 — promovido por Decreto de 9 de outubro
de 1907, na conformidade do artigo 39.^ do Decreto n.^ 6 de
24 de dezembro de 1901, ao logar de primeiro' continuo da
mesma Bibliotheca, vago pelo fallecimento, em 28 de fevereiro
do corrente anuo, de Manuel Hygino Ramos da Silva.
{Diário do Governo, n.» 288 de 22 de outubro de 1907).
Augusto de Oliveira Vida, terceiro. continuo da Bibliotheca
Nacional de Lisboa, collocado por Decreto n.® & de 24 de dezem-
bro de 1901 — promovido por Decreto de 9 de outubro de 1907,
por conveniência urgente de serviço, na conformidade do artigo
39." do referido Decreto n.® 6 de 24 de dezembro de 1901, ao
logar de segundo continuo da mesma Bibliotheca, vago pela pro-
moç&o de Francisco Alberto da Costa Senna.
(Diário do Governo, n.° 238 de 22 de outubro de 1907).
B AliCHlVOS KACIOKAES 235
REAL ARCHIVO DA TORRE DO TOMBO
PESSOAL
Roberto Augusto da Costa Campos, director do Real Árchivo
da Torre do Tombo, nasceu na freiçuezia de S. Pedro da cidade
do Funchal, em 27 de março de 1837.
Por Despacho do Ministério do Reino de novembro de 18Õ3
foi nomeado amanuense extraordinário do Real Árchivo da Torre
do Tombo: amanuense effectivo por Decreto de 27 de janeiro
de 1858.
Em 29 de maio de 1H61, foi nomeado, por Decreto, official
diplomático.
Em 11 de março de 1880 foi nomeado ajudante do official
maior.
Por Decreto de 29 de dezembro de 1887 foi nomeado con-
servador do Real Árchivo e inspector dos Archivos Públicos.
Por Decreto de 29 de dezembro de 1901, primeiro conser-
vador. Por Decreto de 28 de junho de 1902 nomeado director.
Falleceu em 19 de dezembro de 1907.
Roberto Campos presidiu por muitos annos a commissSo en-
carregada do cumprimento do decreto de 2 de outubro de 1 862,
relativo á incorporação no Real Árchivo dos cartórios e archivos
das corporações religiosas. O ultimo relatório dos serviços do
Real Árchivo assignado por elle é o de 20 de janeiro de 1906.
Já, nessa data, a enfermidade que o prostrou estava muito
aggravada.
António Freire Mergulhão Botelho, exonerado, como reque-
reu, de primeiro amanuense escripturario do Real Árchivo da
Torre do Tombo, por Despacho de 7 de Outubro de 1907.
{Diário do Governo, d.« 227 de 9 de outubro de 1907).
236 BOLETIM DAS BIBLIOTHECAS
Alberto Carlos Cerqueira, segundo amanuense escripturario
do Real Archívo da Torre do Tombo, nomeado por Decreto de
13 de novembro de 1903 — promovido por Decreto de 9 de ou-
tubro de 1907, e por conveniência urgente de serviço, na con-
formidade dos artigos 38.® e Õ4 ® do Decreto n.® 6 de 24 de
dezembro de 1901, ao logar de primeiro amanuense-escripturario
do mesmo Real Archivo, vago pela exoneraçSo concedida em 7
do mesmo mez de outubro a António Freire MergulhXo Botelho.
{Diário do Governo, ii.« 288 de 22 da outubro de 1907).
E ARGHIVOS NACIONAES 237
BIBLIOTHEOAS E ARCHIVOS NAOIONAES
SECRETARIA GERAL
Perante o Bibliothecario-mór do Reino está aberto concurso
publico, durante o prazo de trinta dias, a contar da data da
inserç&o doeste annuncío no Diário do Governo, para o provi-
mento de um logar de segundo amanuense escripturarío do Real
Ârchivo da Torre do Tombo^ com o vencimento annuai de
162fjíOOO réis.
O concurso constará das provas escriptas na conformidade dos
artigos 38.^ e 54.» do Decreto n.® 6 de 24 de dezembro de 1901
e do artigo 96.^ do regulamento do mesmo Real Árchivo, appro-
vado por Decreto de 14 de junho de 1902.
Os requerimentos deverfto ser instruídos com os seguintes
documentos :
I. Certidão de idade ;
II. Documento comprovativo de haver satisfeito ás prescri-
ções do recenseamento militar;
III. Âttestado de bom comportamento moral e civil e certi-
ficado de registo criminal ;
IV. Âttestado medico de ter sido vaccinado e nSo padecer
de moléstia contagiosa;
V. Certidão de exame de instrucção primaria do 2.^ grau,
e quaesquer outros documentos de habilitações literárias.
A forma do concurso será regida em conformidade com os
artigos 95.° e 96.^ do citado regulamento.
Secretaria Geral das Bibliothecas e Archivos Nacionaes, em
7 de novembro de 1907. — Pelo Conselheiro Bibliothecario-mór
do Reino, o Inspector, Gabriel Victor do Monte Pereira.
Perante o Bibliothecario-mór do Reino está aberto concurso
publico durante o prazo de trinta dias, a contar da data da in-
serção d'este annuncio no Diário do Governo, para o provimento
238 BOLETIM DAS RIBLIOTHIílCAS
de um iogar de segundo amanuense escripturarío da Bibliotheca
Nacional de Lisboa, com o vencimento annual de 162f$000 réis.
O concurso constará das provas escriptas na conformidade do
artigo 38.® do Decreto n.® 6 de 24 de dezembro de 1901, e do
artigo 144.® do regulamento da mesma Bibliotheca Nacional,
approvado por Decreto de 29 de janeiro de 1903.
Os requerimentos deverfto ser instruidos com os seguintes
documentos :
I. CertidSo de idade;
II. Documento comprovativo de haver satisfeito ás prescri-
çSes do recenseamento militar;
III. Áttestado de bom comportamento moral e civil, e certi-
ficado do registo criminal ;
IV. Áttestado medico de ter sido vaccinado e nfto padecer
de moléstia contagiosa;
V. CertidSo de exame de instrucçSLo primaria do 2.® grau,
e quaesquer outros documentos de habilitações literárias.
A forma do concurso será regida em conformidade com as
disposições dos artigos 129.® a 132.® e 144.® a 146.® do citado
regulamento.
Secretaria Geral das Bibliothecas e Archivos Nacionaes, em
7 de novembro de 1907, — Pelo Conselheiro Bibliothecariomór
do Reino, o Inspector, Gabriel Victor do Monte Pereira,
Perante o Bibliothecario-mór do Reino está aberto concurso
publico durante o prazo de trinta dias, a contar da data da in-
8erçKo doeste annuncio no Diário do Governo, para o provimento
de um Iogar de terceiro continuo da Bibliotheca Nacional de
Lisboa, com o vencimento annual de 120^000 réis.
O concurso constará das provas escriptas na conformidade
dos artigos 39.® do Decreto n.® 6 de 24 de dezembro de 1901 e
D.® 147.® do regulamento da mesma Bibliotheca Nacional, appro-
vado por Decreto de 29 de janeiro de 1903.
Os requerimentos deverão ser instruidos com os seguintes
documentos :
I. Certidão de idade em que prove ter menos de trinta
annos ;
II. Documento comprovativo de haver satisfeito ás prescri-
çSes do recenseamento militar ;
K AKCHIVOS NACIONAIlB 239
III. Attestado de bom comportamento moral e civil, e cer-
tificado do registo criminal;
IV. Attestado medico de ter sido vaccinado e não padecer
de moléstia contagiosa.
Secretaria Geral das Bibliothecas e Archivos Nacionaes, em
7 de novembro de 1907. — Pelo Conselheiro Bibliothecario-mór
do Reino, o Inspector, Gahrid Victor do Monte Pereira.
(Diário do Governo, n.« 252 de 8 de novembro de 1907).
240 nOT.KTIM DAS BIULIOTHKCAS
BIBLIOTHECA NACIONAL DE LISBOA
Relaçio das pessoas e corporações que, por seus donativos ou serviços
prestados em 1907, Scaram inscriptos no respectivo QUADRO DE HONR&
A. Moreira I»ope8 (Porto).
Prof. Abel Fontoura da Costa (Lisboa).
Acácio Lino (Paris).
Administração do Hospital Real de S. José (Lisboa).
Dr. Adriano Anthero de Sousa Pinto (Porto).
Alberto Carlos da Silva (Lisboa).
Alfredo Filippe de Mattos (Freixo — Louzan).
Alfredo Henrique da Silva (Porto).
Álvaro Neves ^Lisboa).
Álvaro Pinheiro (Espozende).
Amaro Albuquerque (Rio-de- Janeiro).
Commendador Dr. Annibal Augusto de Mello (Figueira da
Foz).
Aiinibal Fernandes Thomaz (Lisboa).
António da Costa Raymundo (Lisboa).
António Qomes Yianna (Lisboa).
Dr. António José Gonçalves Pereira (Ma«au).
António José de Lemos, Provedor da Santa Casa da Miseri-
córdia do Pará.
Prof. António Padula (Nápoles).
Conselheiro António de Sousa Silva Costa Lobo (Lisboa).
Dr. António Vianna da Silva Carvalho (Lisboa).
Dr. António Xavier Heraclito Gomes (Guirdolim).
Apostolado Pozitivista do Brazil.
Armando da Silva (Lisboa).
Dr. Arthur Lamas (Lisboa).
Arthur de Ramos Rosa (Lisboa).
Assistência Nacional aos Tuberculosos.
Associação Commercial e Industrial das Caldas da Rainha.
Associação Commercial dos Lojistas de Lisboa.
Associação dos Jornalistas e Homens de Lettras do Porto.
K AUCHIVOS NACIOKAES 241
ÁB80cíaç2o de Soccorros Mútuos de Empregados no Com-
mercio de Lisboa.
Associação de Soccorros Mútuos da Imprensa da Universi-
dade (Coimbra). *"*
Associação de Soccorros Mútuos Portuense c Almeida-Garrett» .
Associação de Soccorros Mútuos cUniSo Artística Conimbri-
cense i.
Augusto Epiphanio da Silva Dias (Lisboa).
Dr. Augusto Luciano de Carvalho (Lisboa).
Augusto Luiz de Figueirôa Rego (Lisboa).
Augusto Motta da Fonseca (Lisboa).
Augusto de Oliveira Vida (Lisboa).
Dr. Augusto Pereira de Bettencourt Ataide (Lisboa).
Banco Alliança (Porto).
Dr. Bernardo Lucas (Porto).
Bibliotheca «John Crerar» (Chicago).
Bibliotheca Nacional de Habana.
Bibliotheca Nacional de Hespanha.
Bibliotheca Nacional do Rio-de-Janeiro.
Bibliotheca Nacional de Santíago do Chile.
Bibliotheca Pública Pelotense (Pelotas — Brazil).
Bibliotheca da Universidade de Coimbra.
Camará Municipal de Coimbra.
Camará Municipal de Lisboa.
Carlos Aífonso, Secretario Honorário do Centro Commercial
do Porto.
Carlos J. Barr, Bibliothecario-adjunto da Bibliotheca «John
Crerar» (Chicago).
Centro Commercial do Porto.
Clement Andrews, Bibliothecario da Bibliotheca «John Cre-
rar» (Chicago).
Clemente Ritz Teixeira de Freitas (Curityba (Paraná) —
Brazil).
CoUegio Imperial Agronómico de Sapporo (Japão).
Companhia do Grande Hotel Club das Caldas da Felgueira.
Companhia de Seguros aA Urbana Portugueza» (Porto).
Custodio César de Meneses (Lisboa).
Dr. D. G. Dalgado (Londres).
Direcção da Academia de Estudos Livres (Lisboa).
Direcção do Circulo Aduaneiro da Africa Oriental.
Direcção Qeral do Ultramar.
Director do Real Collegio Militar*
242 BOLETIM DÁS BfBLiOTH&CAS
Directoria da Real Sociedade cClab Oymnastico Fortugaez»
(Rio-de-Janeiro).
Duque de Berwick e de Alba, Conde de Siruela (Madrid).
^ Edgardo Prestage (Manchester).
Eduardo de Carvalho (Vizeu).
Empresa Âgricola do Principe»
Epiphanio de Figueiredo e Sousa (Nasareth).
Escola de Medicina Tropical (Lisboa).
Eugénio do Canto (Ponta-Delgada).
Eusébio Queirós (Porto).
Conselheiro Francisco Augusto d'Olíveira Feijfto, Presidente da
DirecçSo da Real Associay&o Central da Agricultura Portuguesa.
Padre Francisco José Patrício (Porto).
Conselheiro Francisco Maria da Cunha, Presidente da Com-
miss&o de limites com Hespanha.
Dr. Francisco Maria Namorado (Estremoz).
Francisco Maria Pereira Botto (Lisboa).
Dr. Francisco Marques de Sousa Viterbo (Lisboa).
Gabriel Victor do Monte Pereira (Lisboa).
Qaspar Quimaríles (Manáos).
Qoverno de Sua Majestade Britannica no Canadá.
Prof. Guilherme Sickel (Strasburgo).
H. Verwée (Bruxellas).
Dr. Henrique de Argaez (Bogotá).
Imprensa Nacional do Estado da índia Portuguèza.
Imprensa Nacional de Moçambique.
InspecçHo Qeral dos Correios.
Instituto Histórico e Qeographico Brazileiro (Río-de-Janeiro).
Instituto Smithsoniano (Washington).
D. Istdorina Bouvet (Vílleneuve-Ies-Avignon).
Jacintho de Sá Penella (Lisboa).
D. Jesus F. Martinez Elorza (Qijóu).
D. Jesus Velazquez, Director da Bibliotheca Nacional de
Honduras.
JolU) Augusto Melicio (Lisboa).
Prof. Jofto Braz de Oliveira (Lisboa).
João Cardoso de Bettencourt (Lisboa).
Jolio E. Sotto-Maior Lencastre de Menezes (Lisboa).
João Maria Jalles (Lisboa).
Joaquim Aniceto da Silva (Lisboa).
Joaquim Cardoso de Sousa Gonçalves (Lisboa).
Monsenhor Joaquim Maria Pereira Botto (Lisboa).
K AllCmVOS KACJONAKS 243
Joaquim de Sousa Belford, Presidente do Mercado Central
de Productos Agricolas.
José António Moniz (Lisboa).
José António Rodrigues dr C.*, livreiros (Lisboa).
Comniendador José António Vieira Marques (Braga).
Dr. José d' Arriaga (Lisboa).
Conselheiro José Carlos de Gouvêa (Évora).
Dr. José Carlos Rodrigues (Rio-de-Janeiro).
Conselheiro José Curry da Camará Cabral (Lisboa).
Dr. José Ferreira d'Andrade (Pombal).
José Ferreira Braga (Lisboa).
Conselheiro José Fortes (Porto).
Dr. José Leite de Vasconcellos (Lisboa).
José Ramos-Coelho (Lisboa).
José de Sousa Rama (Aldeia-Qallega do Ribatejo).
Madame Jules Breton (Paris).
Júlio Casanova (Lisboa).
Dr. Fr. Justo Cuervo (Madrid).
Monsenhor Ladislau Zaleski, Arcebispo de Thebas, Delegado
Apostólico das índias Orientaes.
Luiz Cass Ledyard (Nova York).
D. Luiz de Castro (Lisboa).
Luiz Farges (Paris).
D. Luiz Montt, Director da Bibliotheca Nacional de Santiago
do Chile.
Dr. Manuel Cicero Peregrino da Silva, Director da Biblio-
theca Nacional do Rio-de-Janeiro.
Dr. Manuel Ferreira Deusdado (Angra do Heroísmo).
Marcelliano César Malheiro (Porto).
D. Maria Moreira Alves Crespo (Ericeira).
Marquez de Torres-Cabrera (Oliva de Mérida).
Marquez de Valdeterrazo (Madrid).
Martinho Augusto Ferreira da Fonseca (Lisboa).
Dr. Maximiano Lemos (Porto).
Prof. Miguel Bombarda, Secretario Geral do 15.^ Congresso
Internacional de Medicina (Lisbna).
Dr. Miguel de Leonissa (S. Paulo — Brazil).
Ministério da Fazenda — Direcção Qeral da Estatística e dos
Próprios Nacíonaes.
Ministério da Instrucção Pública de Itália.
Ministério dos Negócios Extrangeiros — Direcção Geral dos
Negócios Commerciaos e Consulares.
244 BOLKTIM DAS BIBUOTHEOAS
Ministério das Obras PúblicaS; Commercio e Industria —
Direcção Geral do Commercio e Industria.
Monte-pio Official.
Museu Britannico (Londres).
Obra da Santa Infância (Lisboa).
D. Olga Moraes Sarmento da Silveira (Lisboa).
Presidente da Direcção do «Club Fenianos Portuenses» (Porto).
Raphael das Dores (Lisboa).
Real Associaçfto dos Ârchitectos Civis e Archeologos Portu-
guezes (Lisboa).
Real Bibliotheca Nacional Central de Florença. .
Real Instituto Bacteriológico «Camará Pestana» (Lisboa).
Real Officina de S. José (Porto).
Repartição Superior dos Correios da Provincia de Moçam-
bique em Lourenço Marques.
D. Romão Lopez Lomba, Director Geral da Estatística do
Uruguay.
l3r, Rouby (Argel).
Prof. Sampachi Fiikuzawa (Tokio).
Sebastíão Joaquim Baçam (Lisboa).
Monsenhor Sebastião Rodolpho Dalgado (Lisboa).
Secretaria Geral do Governo da Provincia de Angola.
Secretaria do Mercado Central de Productos Agrícolas.
Sociedade dos Ârchitectos Portuguezes (Lisboa).
Sociedade de Geographia de Lisboa.
Sociedade Hispânica da America (Nova York).
Sociedade Nacional de Agricultura (Rio-de-Janeiro).
Sub Secretario d'£stado das Bellas-Artes da Republica Fran-
ceza.
V. C. Scott O' Connor (Londres).
Vicente Maria de Moura Coutinho Almeida d'Eça (Lisboa).
Victor Hugo de Azevedo Coutínho (Lisboa).
Visconde d'Asseca, Salvador (Lisboa).
Visconde de Salgado (Rio-de-Janeiro).
Visconde de S. Bartholomeu de Messines (Lisboa).
Dr. Wenceslan Alves Leite de Oliveira Bello (Rio-de- Ja-
neiro).
Bibliotheca Nacional de Lisboa, em 31 de Dezembro de 1907.
— O Director, Xavier da Cunha.
K ÁucliiVos káciokaií:!^ 24S
BIBLIOTHECA NACIONAL DE LISBOA
REGISTO DE PROPRIEDADE LITTER&RIA
Obi^as entx^aclas no anuo de 1G07
Outubro
I i
I
Pela Livraria Editora Viuva Tavares Cardoso, como editora:
— Henrique de Vasconcellos: aContos novos». — Lisboa, 1903.
— Porto, Typographia da Empresa Litteraria e Typogra-
phica. In 8.® de 240 paginas.
— JoSo Braz de Oliveira: f Portugal», romance cavalheiresco, com
um prologo por Xavier da Cunha. — Lisboa, 1903. — Porto,
Imprensa Portugueza. In-8.° de 160 paginas.
— Affonso Lopes Vieira: cMarques», historia de um perseguido.
— Lisboa, 1903, — Porto, Typographia da Empresa Littera-
ria e Typographica. In-8.® de 164 paginas.
-T- Teixeira Moutinho : «Em legitima defesa». — Lisboa, 1904. —
Porto, Typographia da Empresa Litteraria e Typographica.
In 8.' de 232 paginas.
— Paulino de Brito: «Historias e aventuras», 1902. — Porto,
Typographia da Empresa Litteraria e Typographica. In-8.**
de 280 paginas.
— Pedro Kropotkine : cA gente nova», versão de AíFonso Lopes
Vieira. -^ Lisboa, 1904. — Porto, Imprensa Portugueza. In-
8.® de 32 paginas.
— M. Borges Qrainha, professor do Lyceu Central de Lisboa :
«Instrucç&o primaria, secundaria e normal.^ — Os livros es-
colares».— Lisboa, 1904. In-8.® de 164 paginas.
â46 HOLKTÍM UAS filBLlOTHKCAS
João Gouveia: oEngano de alma», peça em 1 acto. — Lisboa^
1904. — Porto, Imprensa Portagueza. In-8.^ de 32 paginas.
J. M. Pereira de Lima: cPhenicios e Cartaginezes». — Lisboa,
1903. — Paris, Imprimerie E. Desgrandchamps. In-8.*^ de
3Õ6 paginas.
J. M. Pereira de Lima: cPhenicios e Cartaginezes». —Lisboa,
1904. — Paris, Imprimerie E. Desgrandchamps. In-8.® de
3Õ6 paginas.
Júlio Dantas: cO que morreu de amor», 2.* ediçfto. — Lisboa,
1904. — Porto, Imprensa ^ Portugueza. In-8." de 244 pa-
ginas.
c guerra russo-japoneza», narrativa histórica, militar, etc.,
com mais de setenta gravuras, feita e coordenada por Eduardo
de Noronha. — Lisboa, 1904. In-8." de 420 paginas.
•Pedro Vidoeira: <Â fidalga do Juncal»; romance contempo-
râneo.— Lisboa, 1904. — Porto, Typographia da Empresa
Litteraria e Typographica. In-8.® de 468 paginas.
Júlio Dantas: «A Severa», peça em quatro actos, 2.* edição.
— Lisboa, 1904. —Porto, Typographia da Empresa Litteraria
6 Typographica. In-8.® de 180 paginas.
•Emdst Eckstein: «Os Claudios», drama de familia, traducçSo
de Annibal de Az«vedo. — Lisboa, 1904. — Typographia Pi-
nheiro. In-8.® de 625 paginas.
Carrasco Guerra e Eloy do Amaral: «Exóticos», notas psy-
chicas. — Lisboa, 1904. — Setúbal, Typographia J. L Santos
& Commandita. In-8.^ de 224 paginas.
Ed. Moreira: «Pur Asbeston», poemeto em 4 cantos. Lisboa,
190Õ.— Typographia de F. L. Gonçalves. In-.12.* de 24
paginas.
-J. M. Pereira de Lima: «Annibal e Napoleão». — Lisboa,
1904. — Typographia d*A Editora. In 8." de 232 paginas
e 1 folha disdobravil.
K ARCHIVOS I^AClONÂfi» 24?
— J. M. Pereira de Lima: aÂnnibal e NapoleSo». — Lisboa,
1905, 2.* edição.— Typographia d'A Editora. In-8.* de 232
paginas e 1 folha desdobrável.
— J. M. Pereira de Lima: aAnnibal e NapoIeSo». — Lisboa,
1905, 3.* edição.— Typographia d'A Editora. In-S.^ de 232
paginas e 1 folha desdobrável. '
— Sacher Masoeh: tA tzarina sultfto», romance histórico, tra-
ducção do allemão, refundida por Eduardo de Noronha. —
Xiisboa, 1905. — Typographía de J. F. Pinheiro. In-8.® de
512 paginas e 1 folha de um só lado impressa.
— cOs cossacos», novella de Leão Toistoi, traduzida por Joaquim
Leitão. — Lisboa, 1905. — Porto, Typographia da Empresa
Litteraria e Typographica. In-8.® de 528 paginas.
— Francisco da Silva Passos: «O Evangelho Novo». — Lisboa,
1905. — Porto, Imprensa Portugueza. In-8." de 296 paginas.
— Alberto Pimentel: lAs alegres cançSes do norte». — Lisboa,
1905. — Typographia J. F. Pinheiro. In-8.* de 296 paginas.
— Leão Tolstoi: «A morte», novella, traducção por Joaquim
Leitão. — Lisboa, 1905. — Typographia da Empresa Litte-
raria e Typographica. In-8.^ de 288 paginas.
— fA porta do beijo» : escripto por John W. Harding, prefaciado
pelo Conde Robert de Montesquieu, traduzido por Joaquim
Leitão e publicado pela Livraria Editora Viuva Tavares
Cardoso. — Lisboa, 1905. — Typographia de F. L. Gonçalves.
In-8.'^ de 504 paginas.
— Eduardo de Noronha: cNo Brasil)), uma epopeia marítima,
romance histórico, illustrado com 50 photogravuras. — Lisboa,
1905. In-S.^ de 420 paginas.
— Lftão Tolstoi: «Polikonchka», novella (1860), traduzida por
Joaquim Leitão. — Lisboa, 1905 — Porto, Typographia da
Empresa Litteraria e Typographica. In-8.^ de 388 paginas.
— Bento Faria: «Missa Nova», peça em um acto, em verso. —
• •
248 BOLlâTlM DAS mtíLlOtHECAS
Lisboa, 1905. — Typographia de F. L. Gonçalves. In-8.*»
de 40 paginas.
-Alfredo Mesquita: «A Rua do Ouro», romance lisboeta. —
Lisboa, 1905. — Typographía Pinheiro. In-8." de 304 pa-
ginas.
-Afonso Lopes Vieira: tAr livre». — Lisboa, 1906. — Porto,
Imprensa Portugueza. In-8.® de 216 paginas.
-JoSo Chagas: c Posta -restante, (Cartas a toda a gente)». —
Lisboa, MCMVI. — Imprensa Operaria. In-8.® de 276 paginas.
Severo Portella: «Os condemnados». — Lisboa, 1906. — Im-
prensa Operaria. In-8.® de 228 paginas.
LeSo Tolstoi: «Os cavalleiros da guarda», novelia, traduzida
por Joaquim Leitão. — Lisboa, 1906. In*8.^ de 168 paginas.
— Eholstomier: «Historia de um cavalio», de paginas 169
a paginas 280. — «A incursfto», narrativa de um voluntário,
de paginas 281 a paginas 360. — «Um encontro no destaca-
mento com um conhecido de Moscou, de paginas 361 a pa-
ginas 422. — Porto, Typographia da Empresa Litteraria e
Typographica.
Augusto de Castro: «Caminho perdido», peça em 3 actos. —
Lisboa, 1906. — Imprensa de Libanio da Silva. In 8.^ de
144 paginas. (Tem junto um folheto de xvi paginas com o
titulo: «O caminho perdido», no Theatro de D. Maria ii e
a critica).
«Na Rússia», aspectos da guerra e da revolução, narrativa
histórica e anecdutica com 107 gravuras, feita e coordenada
por Eduardo de Noronha. — Lisboa, 1906. In-8.® de 388 pa-
ginas.
-Augusto de Lacerda: «A duvida», peça em 4 actos. — Lisboa,
1906. In'8.« de 282 paginas.
> «O Tio Jofto Gil», chronica de aldeia, por Barros Lobo (Fran-
cisco). — Lisboa, 1906, Typographia de F. L. Gonçalves.
In 8.^ de 032 paginas.
E ARCHIVOS KACIONAKA 249
— Raposo de Oliveira, tPJo!*. —^Lisboa, 1906. In-8.® de 16
paginas.
— Carrasco Guerra e Eloy do Amaral: <Á Derrocada», episodio
cruel. — Lisboa. Porto, Typographia da Empresa Litteraria
e Typographica. In- 8.® de 90 paginas.
— Carlos Frederico Parreira: cPoeiras». — Lisboa, 1906. Im-
prensa Operaria. In-8.^ de 118 paginas.
— c Jerusalém libertada», poema de Torqaato Tasso, vertido em
oitava-rima do original italiano, por José Ramos-Coelho, 2."
ediçfto, muito melhorada. — Lisboa, 190Õ, Typographia de
P. L. Gonçalves. In-8.® de 560 paginas e 1 folha com o re-
trato do auctor.
— Raphael Ferreira: cAs Portas do Paraiso», dialogo em verso.
— Lisboa, 1905. In-8.® de 24 paginas.
— Luiz Derouet: «Notas de reportagem», a excursão dos estu-
dantes portuguezes a Paris em 1906. — Lisboa, 1906. In-8.^
de 116 paginas.
Pela Livraria Chardron de Leilo & Irmfto, como editora — J. J.
Teixeira Botelho, capitaine d^artillerie, professeur du 3" groupe
au Real Collegio Militar: t Livre de lecture française à Tusage
des classes de i", de ii* et iii*. — Porto, 1907, Imprensa
Moderna. In-8.® de 264 paginas.
Por Arsénio Augusto Torres de Mascarenhas, como auctor,
editor e proprietário :
— cEnsino secundário oiBcial. Compendio de Historia de Por-
tugal», 4.^ ediçllo illustrada com gravuras, de harmonia com
o respectivo programma. — Lisboa, ltK)7, Imprensa Libanio
da Silva. In-8." de 280 paginas.
— «Ensino secundário official. Compendio de historia geral», para
uso dos alumnos das 4/ e 5.^ classes dos lyceiís. — Lisboa,
1907, Typographia do Annuarío Comraercial. In-8.° de 388
paginas.
250 BOLETIM DAS BIULIOTUICCAS
Novembro
Por António Joaquim Lopes da Silva, como auctor: cRepertorio
jurídico portuguez», coordenado por António Joaquim Lopes
da Silva, juiz de direito de 1.^ instancia e sócio correspon-
dente da Academia Real das Sciencias de Lisboa. Tomos vit
a XI, de dois fasciculos cada tomo. — Coimbra. — Francisco
França Amado, editor. 1892-1898 e 1900-1901, Imprensa
da Universidade. In-8.' de òOi paginas o 7.^ tomo, 520 pa-
ginas o 8.*^ tomo, 480 paginas o 9.* tomo, 480 paginas o 10.®
tomo, e 485 paginas o 11.® tomo.
Pela Livraria Chardron, de Lello & IrmSo, como editora:
— Eça de Queiroz: c Cartas familiares e bilhetes de Paris*. (1893-
1896). — Porto, 1907, Imprensa Moderna. In-8.° de 268
paginas.
— Guerra Junqueiro: aO crime», 3.* ediySo. — Porto, Imprensa
Moderna. In- 12." de 21 paginas.
— Guerra Junqueiro: cO século». I. «Baptismo de amor». 3.*
ediçlto. — Porto, Imprensa Moderna. In-8.® de 32 paginas.
— Guerra Junqueiro: «A lagrima». 4.* ediçUo. — Porto, 1905,
Imprensa Moderna. In- 8.^ de 14 paginas.
— aCentenario de Bocage. Historia de Paulo e Virginia». --
Porto, 1905, Imprensa Moderna. In 8 ° de 200 paginas.
— Teixeira Bastos: «Interesses nacíonaes». — Porto, 1897^ Im-
prensa Moderna. In^.'^ de 400 paginas.
— Teixeira Bastos: «Poetas brasileiros». — Porto, 1895, Typo-
graphia Cunha & Ç.^ In-S.^ de 144 paginas.
— Bruno: «A ideia de Deus». — Porto, 1902, Imprensa Mod-ma.
In-8.** de 552 paginas.
— Júlio Brandão: «O Jardim da morte». —Porto, 1898. In-8.®
de 124 paginas.
E AKOmVOS NACIONAK8 251
— Anthero do Quental: cCoiisideraçSes sobre a philosophia da
historia litteraria portuguesa». 2." edição. — Porto, 1904,
Imprensa Moderna. In-8.^ de 48 paginas.
— Joio Grave: «O ultimo Fauno». — Porto, 1906, Imprensa
Moderna. In-8.^ de 260 paginas.
— Camillo Castello Branco : « O general Carlos Ribeiro» . 2.* edição.
— Porto, 1906, Imprensa Moderna. In-8.® de 80 paginas.
— Camiljo Castello Branco: tEsboço de critica. Otbelo, o Mouro
de Veneza, de William Shakespeare», tragedia em 5 actos,
traduzida para portuguez por D. Luiz de Bragança. — Porto,
1896, Imprensa Moderna. In-8.® de 104 paginas.
— Camillo Castello Branco: tLivro de oonsoIaçlLo». — Porto,
1900, Imprensa Moderna. In-8.^ de 272 paginas.
— Camillo Castello Branco: cSeroens de S. Miguel de Seide».
— Porto, 1894, Imprensa Moderna. In-8.* de 80 paginas.
— «Elementos de zoologia», coordenados por Maximiano de
Lemos. 3.* ediçfto. — Porto, 1901, Imprensa Moderna. In -8.»
de 336 paginas.
— H. Brunswick: «O primeiro livro de francez». — Porto, 1904,
Imprensa Moderna. In-8.® de 128 paginas.
— «Exercício de perfeição e doutrina espiritual para extinguir
vícios e adquirir virtudes», do Padre Affonso Rodrigues. —
Porto, 1904, Imprensa Moderna. In 8.® de 532 paginas.
— c Praticas mandamentaes ou reflexões moraes sobre os man-
damentos da lei de Deus», etc, pelo Padre Frei Manoel da
Madre de Deus. 5.* ediçSo. — Porto, 1902, Imprensa Mo-
derna. In'8.® de 768 paginas.
— «Lunario prognostico perpetuo, para todos os reinos e pro-
víncias», por Jerónimo Cortez, valenciano; reformado e muito
acrescentado por António Coutinho. — Porto, 1901, Imprensa
Moderna. In-8.® de õ76 paginas.
— «Historia do Imperador Carlos Magno e dos Doze Pares de
252 BOLKTIM DAS BIBLIOTHECAS
França», traduzida do castelhano em português, por J. Mo-
reira de Carvalho. Nova edição. — Porto, 1901, Imprensa
Moderna. In- 8.^ de 452 paginas.
— A. Gratry: «O mez de Maio ou o mez de Maria». Nova ediçfto.
— Porto, 1904, Imprensa Moderna. In 8.* de 340 paginas.
— cCurso abreviado de religião ou verdade e belleza da religião
christã», pelo Padre F. X. Schonppe, tradueção portagueza
de Padre Manuel Joaquim de Mesquita Pimentel. 3.^ edição.
— Porto, Imprensa Moderna. ín-8.'* de 400 paginas.
Pela Livraria Chardron, de Lello d Irmão, como proprietária:
— fAs lendas christãsi», por Theophilo Braga. — Porto, 1892,
Typographia de A. J. da Silva Teixeira. In-8.*de 412 paginas.
— <iCam()es e o sentimento nacional», por Theophilo Braga. —
Porto, 1891, Typographia de A. J. da Silva Teixeira. In-8.°
de 332 paginas.
— «As modernas ideias da litteratura portugueza, por Theophilo
Braga, 2 volumes. — Porto, 1892, Typographia de A. J. da
Silva Teixeira. In 8.** de 456 paginas o primeiro volume e
de 516 paginas o segundo volume.
— «Theophilo Braga e a sua obra», por Teixeira Bastos. —
Porto, 1892, Typographia de A. J. di Silva Teixeira. In-8.'*
de 520 paginas.
— Teixeira Bastos: «A crise». — Porto, 1894, Typogr.iphia de
A. J. da Silva Teixeira. In-8.*' de 408 paginas.
— «Vaidades irritadas e irritantes», por Camillo Castello Branco.
2.* edição. — Porto, 1889, Imprensa Internacional. In-8.® de
80 paginas.
— Obras de Camillo Castello Branco — Collecção Ernesto Char-
dron: «Cancioneiro alegre de poetas portuguezes e brasileiros.
2.* edição. Dois volumes. — Porto, 1887, Typographia de A.
J. da Silva Teixeira. In-8.® de 336 paginas o primeiro vo-
lume e de 328 paginas o segundo volume.
— «Mata-a ou ella te matará ou homem-mulher ou mulher-homem,
lã AKCHIV08 NACIONAEd 253
etc.», tradacçXo aprimorada de Gervásio Lopes Canavarro.
— Porto, 1872, Typographia de A. J. da Silva Teixeira.
In-S.*^ de 48 paginas.
«Voltareis, ó Christo?», narrativa por Carnillo Castello Branco.
2.* ediçSo. — Porto, 1889, Imprensa Internacional. In-16.*
de 32 paginas.
«Mosaico e silva de cariosidades históricas» litterarias e biogra-
phicas», por Carnillo Castello Branco. — Porto, 1868. Editor
Anselmo de Moraes. In 8." de 212 paginas.
«Os ratos da InqnisiçSo», poema inédito do judeu português
António Serrfto de Crasto, prefaciado por Carnillo Castello
Branco. — Porto, 1883, editor Ernesto Chardron, Typogra-
phia Elzeviriana. In-8.® de 208 paginas.
«Compendio da vida e feitos de José Bálsamo, chamado o
Conde d^ Cagliostro ou o Judeu Errante», traduzido do ita-
liano.— Porto, 1874, Imprensa Litterario-Commercial. In-8.®
de 182 paginas.
Camillo Castello Branco: «Seroens de S. Miguel de Seidev.
— Porto, 1886. — Editor, Eduardo da Costa Santos. — Ty-
pographia de A. J. de Sousa & IrmSo, 2 folhetos ín-16.', de
72 paginas o primeiro e de 96 paginas o segundo, e 3 folhe^
tos in-8.®, de 80 paginas um, 100 paginas outro, e de 82
paginas o ultimo.
Camillo Castello Branco: «Echos humoristicos do Minho». —
lí.oi 1 a 4. — Editor, Ernesto Chardron. — Porto, 1880,
Typographia de A. J. da Silva Teixeira. In 8.® de 16 pagi
nas o n.® 1, 24 paginas o n.^ 2, 32 paginas o n.^ 3 e 24
paginas o n.® 4.
«D. António Alves Martins, Bispo de Viseu», esboço biogra-
phico por Camillo Castello Branco. — 2.* ediçSLo. — Porto,
1889, Imprensa Internacional. In-8.° de 36 paginas.
Camillo Castello Branco: «Luiz de Camões. Notas biographi-
cas». — Editor, Ernesto Chardron. — Porto, 1880, Typogra-
phia de A. J. da Silva Teixeira. In 8.^ de 80 paginas.
2Õ4 BOL.KTI.U DAS BIULIOTHRCAS
— cA Senhora Ratazzii) por CAmillo Castello Branco. — Porto,
1880, Typographia de A. J. da Silva Teixeira. In-S.* de 32
paginas.
Por Eurico Castello Branco, como editor e proprietário: cAlroa-
nach democrático, para 1908i. — Lisboa, Typographia Lamas
de Franklin. In-12.<> de 112 paginas.
Por Arthur LeitSo, como auctor, editor e proprietário : «Um caso
da lououra epiléptica». Typographia Bayard, 1907. In-8.° de
32 paginas.
Por Domingos Augusto Alves da Costa Oliveira, como auctor:
cAppendice ao livro — Raças cavallares da peninsula e marcas
a ferro», — Lisboa, 1907, Imprensa Libanio da Silva. In-8.^
de 112 paginas.
Por Libório José de Magalhães, como auctor:
— «O serincador por excellenoia». — Almanach para 1908. —
Porto, Imprensa CivilizaçUo. In-8.* de 32 paginas.
— «O Sábio Saragoçano». — Diário para 1908. — Porto, Im-
prensa CivilizaçSo, editora. In-B.^' de 16 paginas.
Por Raul Martins, como editor: cEncyclopedia do amor». —
Continuayfto dos preciosos estudos scientiíicos privados do
distincto medico analysta Dr. Krauffman, por Alfredo Albu-
querque Junipr. Typographia Sousa & Santos. In-8." de 88
paginas.
Dezembro
Pela Livraria Clássica Editora, A. M. Teixeira de Commandita,
como editora:
— José Maria de Sá: «O coqueiro». — Porto, typographia da
Empresa Littcraria e Typographica. In 8." de 324 paginas.
— Armaiido Erse (JoJlo Luso): «O amor», tragedia e farça. —
Porto, Imprensa Portugueza, 1907. In-8.° de 256 paginas.
E AUCUIVOS NACIONAE8 2Õ5
— Pereira de Almeida: cManual de prehistoria. — Porto, 1907,
Typographia da Empresa Litteraria e Typographica. In-8.®
de 336 paginas.
— Eurico de Seabra: «Historia summaria de Portugal». 1907.
In-8.^ db 192 paginas.
— Pedro Romano Folque: «Scienciocraciat. — Porto, 1907, Ty-
pographia da Empresa Litteraria e Typographica. In-8.° de
536 paginas.
— Júlio de Mattos: «Os alienados nos tribunaes», iii. — Porto,
1907, Typographia Santos. In 8.*^ de 296 paginas.
Por H. Garnier, como editor :
— Hilário Ribeiro: «Grammatica elementar e iiçSes progressivas
de composição». Nova ediç&o revista por Olavo Bilac. —
Paris, 1907, Typographia Garnier. In-18.^ de 188 paginas.
— Petrucelli delia Gatina: «Memorias de Judasv, 2 volumes. —
Paris, 1907, Typographia Garnier. In-18.® de 308 paginas o
1.^ volume e de 292 paginas o 2.* volume.
— Dante Álighieri: «A Divina Comedia», fielmente v^rtida do
texto pelo Bar&o da Villa da Barra. — Paris, 1907, Typo-
graphia Garnier. In-18.® de 526 paginas.
— Zeferino Meirelles: «Febre amarella». — Paris, 1907, Typo-
graphia Garnier. In-18.® de 2i)8 paginas e 9 folhas desdo-
bráveis.
— Elisio de Carvalho: «As modernas correntes estheticas na
litteratura brasileira». — Paris, 1907, Typographia Garnier.
In- 18.'' de 296 paginas.
— P. Commelin: «Nova mythologia grega e romana». — París^
Typographia Garnier. In- 18.® de 490 paginas.
— Eduardo Phillips: «Direito internacional publico», versSo de
Leopoldo de Freitas. — Paris, 1907, Typographia Garnier.
In 18." de 248 paginas.
— J. F. Fraser: «A America do Norte em trabalho», traducçlo
256 Boletim dás bibliothkcas
portuguesa de Álvaro de pastilho. — Rio de Janeiro, 1907.
Iq-18.^ de 324 paginas.
— Machado de Assis: cA mSo e a luvat. — Paris, Typographia
Oarnier. In- 18.^ de 200 paginas.
— Medeiros e Albuquerque: t Contos escolhidos». — Paris, 1907,
Typographia Garnier. In-18.^ de 272 paginas.
— Oscar Lopes: • Livro truncado». — Mayenne, Typographia
Garnier. In-18.® de 196 paginas.
Por GuimarftesDias, coroo auctor: cEducaçfio moral, physica e
social». — Porto, Typographia Fonseca & Filho, In-8.* de
86 paginas.
Por Magalhães Peixoto, como auctor: cExercioios práticos de
escriptnraç&o commercial», 1.* ediçFlo, 2.* serie, n.* 3. —
Lisboa, 1907, Imprensa Africana. — Editores, Pinheiro d
C* In-8.^ de 80 paginas.
Pela Livraria Figueirinhas, como editora:
— Estreita do Norte: «A vida de S. Francisco de Salles». —
Porto, 1907, Typographia Universal. In-12.<^ de 106 paginas.
— Luís de Camões: cOs Lusíadas», para as escolas e para o
povo. Obra prefaciada, parafraseada e annotada, e com um
vocabulário, por José Agostinho. — Cantos 2.**, 3.® e 4.* —
Porto, 1907, Typographia Universal. In-12.° de 96 paginas
o 2.^ volume, 120 paginas o 3.^ volume e 102 paginas o 4.®
volume.
Por Álvaro de Freitas, como auctor: cMethodo completo de en-
sino de leitura», 1.' ediçlto. — Lisboa, 1905, Typographia
d' A Editora. In-8.« de 210 paginas.
Por Aluisio Gomes da Silva, como editor:
— «Novena e triduo em honra de Santa Rita de Cássia», 2.'
edição. —Porto, 1907, Typographia de A. J. da Silva Tei-
xeira. In 8.^ de 40 paginas.
• — «Archiconfraria da guarda de honra do Sagrado CoraçSo de
K AKCtlIVOl» NAC10NAE8 257
Jesus», 4/ serie. Bilhetes zeladores. — Porto, 1907. In-8.^
de 68 paginas.
— cManual das noviças, por um eapellfto de uma communidade
religiosa», traduzido em portuguez por uma filha de Maria,
da diocese do Funchal. — Porto, 1907, Typographia Teixeira.
In-8.^ de 440 paginas.
Por JoSo de Brito e F. Á. Xavier Rodrigues, como auctores:
fCurso elementar de lingua latina», I. — Lisboa, 1907, Ty-
pographia Paulo Guedes & Saraiva. In<8.^ de 222 paginas.
Pela Livraria Editora, Viuva Tavares Cardoso, como editora,
Emilio Zola : • Fecundidade » , traducçSo autorizada pelo auctor ,
2.» edição. — Lisboa, 1906. In-8.* de 718 paginas.
Por José Vicente de Freitas, como auctor, editor e proprietário:
tÂtlas de desenho, 1.% 2/ e 3.^ classes». — Lisboa, 1907,
Typographia da Cooperativa Militar, Lithographia e estam-
paçfto, de £. Barrault. In-folio de 84 paginas.
Pela Livraria Chardron, de Leilo & Irmão, como editora :
— Coelho Netto: Tiíeatro. II. Peças em um acto. — Porto, 1907.
In 8.^ de 220 paginas e 1 folha com o retrato do auctor.
— Wenceslau de Moraes: <Â vida japoneza», 3.* serie de cartas
do JapJlo (1905-1906). — Porto, 1907, Imprensa Moderna.
In-8.® de 448 paginas.
— Padre António Vieira: Obras completas. cSermSes», volume 5.^
— Porto, 1907, Imprensa Moderna. In- 8.^ de 416 paginas.
Por H. Garnier, como editor: G.-H. Niewenglowski: «Tratado
element^ir de photographia pratica». — Paris, 1907, Tjpo«
grapbia Garnier. In 18.*^ de 428 paginas.
Por Â. Ramos da Costa, como auctor: c Tratado elementar de
trigonometria esférica para uso das escolas superiores».—
Lisboa, 1907, Tjpographia da Calçada do Cabra, n.® 7 —
In-8.^ de 64 paginas.
Por A. M. Silveira Moniz, coiuonuctor: • Terras açor eanasi,—
258 BOLETIM DJkS BlBLIOTHKCAS
Lisboa, 1906, Typographia do «PimpSo». — In-8.° de 68
paginaa e 27 folhas de um só lado impressas.
Por Eliseu Gonçalves Presa, como editor e proprietário : «Al-
manach de Vianna e seu districto para 1908». — FamalicSo,
Typographia Minerva. In-8.® de 284 paginas.
Por Raul Martins, como editor: cEscrípturaçfto commercial-in-
dustrial», sem mestre, em dez iiçSes, por A. P. Antello Jú-
nior. — Impressa na Calçada de S. Francisco, 13. In-8.^ de
60 paginas.
Por Arnaldo Bordalo, como editor:
— Ernesto Rodrigues: «Pouca vergonha!.. .», farça em 1 acto.
— Lisboa, 1907. Imprensa Lucas. In-8.® de 16 paginas.
— Alexandre da Costa: cO javali», comedia em 1 acto. — Lisboa,
1907. Imprensa Lucas. In-8.^ de 20 paginas.
— Júlio Menezes: cPrimeira dor», peça em 1 acto. — Lisboa,
1907. Imprensa Lucas. Iu-8.® de 16 paginas.
— «Manual de jogos», 5.* edição. — Lisboa, 1907. Imprensa
Lucas. In-8." de 272 paginas.
Por Faustino da Fonseca, como auctor da traducção: «Félix le
Dantec — O atheismo». — Lisboa, 1907. Typographia de F.
L. Gonçalves. In-8.® de 300 paginas.
Por Júlio Brandão, como auctor e editor: «Leituras portuguezas
illustradas e annotadas» (para as três primeiras classes). —
Porto, 1907. Typographia da Viuva de José da Silva Men-
donça. In-16.^ de 376 paginas.
Por Frederico Carlos Moniz, como editor e proprietário: «Alma-
nach dos annunciantes para 1908». — Lisboa, Imprensa Luso-
Africana. In-8.® de 186 paginas.
Pelo Visconde de S. Luiz Braga, como proprietário da traducçSo:
«Madame Gabriel Monrey. As duas Sr.^* Delauze», peça em
três actos, Iraducção de Portugal da Silva. — Lisboa, 1907,
Typographia do Diário Illuêtrado, in-4.° que alcança até
pagina 8.
K AJiCHlVOS KACIOKAKS 259
Pela Livraria Editora, Viuva Tavares Cardoso, como editora: —
Júlio Dantas. — aRosas de todo o anno», comedia em í acto.
— Lisboa, 1907, Typographia de Francisco Luiz Gonçalves.
In-8.® de 32 paginas e 1 folha com o retrato do auctor.
Por Emilio Canet, como proprietário: «Lisboa artística e indus-
trial».— Lisboa, 1908, Typographia da Empresa da Historia
de Portugal. In-4.^ de 48 paginas.
Pela Empresa Editora do Almanach Palhares, como editora :
«Almanach Palhares para 1908*, coordenado por Santos
Júnior (Santonillo) e A. Morgado. — Lisboa, 1907, Typo-
graphia da Papelaria Palhares. In-8.® de 1:094 paginas, e 5
folhas de um só lado estampadas.
Por Arnaldo Bordalo, como editor:
— Acácio Antunes: tSe eu fosse rapaz!», cançoneta, 2.* ediçSo.
Lisboa, 1907. Imprensa Lucas. In-4.® de 8 paginas.
— Francisco Pinto: «Os três amigalhaços», terceto, 2.* edição.
— Lisboa, 1907, Imprensa Lucas. In-4.^ de 8 paginas.
— Francisco Pinto: «O homem que não pode assobiar», monologo,
2.' ediç?lo. — Lisboa, 1907, Imprensa Lucas. In-4.® de 8 pa-
ginas.
— A. Armando: «O clarim», cançoneta, 2.* ediçSo. — Lisboa,
1907, Imprensa Lucas. In-4.® de 8 paginas.
Pela Viuva Tavares Cardoso, como editora e proprietária: Ro-
mances nacionaes. I. C. Castello Branco: cA caveira da
martyr», 2.* ediç2o. — Lisboa, 1902, Porto, Typographia da
Empresa Litteraria e Typographica. In-8.^ de 546 paginas.
Por Manuel Pinto de Sousa LelIo, como editor e proprietário:
< Annuario do Commercio do Porto, para a cidade do Porto,
Gaia e demais concelhos do districto». — Porto, Imprensa
Moderna. In--8.® de 722 paginas.
Por António Ataíde Silva, como proprietário: c O preto no branco»,
jornal critico, theatral, sportívo e noticioso, 1.^ anno —
— Lisboa, 12 de dezembro de 1907. N." 1, Typographia J.
Sousa. Jn folio de 4 paginas.
260 BOLIí/riM DAS BIltUOTUKCAS
Por Arnaldo Bordalo, como editor: «Flores de laranjeira», sai-
nete original. — Lisboa, 1907, Imprensa Lucas. In-8.* de 16
paginas.
Pela Livraria Figueirinhas, como editora: cAlmanach illustrado
do jornal pedagógico tEducaçSo Nacional» para 1908, 4.^
anno da sua publicaçfto. — Porto, 1907, Typographia Univer-
sal. In-12.® de 326 paginas,
Bibliotheca Nacional de Lisboa, em 31 de dezembro de 1907.
— O Director, Xavier da Cunha,
E ARCHIV08 NACIOKABS
261
EsUtisUea dos lolames enviados pelas Seefies Estrangeiras de Permutas Inter-
naelonaes dnrante o 4.^ trimestre de 1907 i Secçío das Blbiiotheeas e
ArcblTos Naelonaes
ProniMMÚi
Xinir»
dlTdUM
T«tal
fistadoB UnidoB d& Ainfiric&
481
171
48
Belsrica
Rotadofl Unidos do BrAzi) ............. r .■ - - t - r -
700
é
262
fiOLfetllt DAS filBLIOTHECAS
REAL ARCHIVO DA TORRE DO TOMBO
Ettatlstiea da leitura no anno de i906
CollMties
de peç
Dm.
Numero
as CODSU
Itadas
LiT.
Rsmre
dl liiUict
Alfand6firaB
1
4
96
85
4
112
171
6
17
1
587
10
27
4
7
1
10
15
334
6
3
5
6
4
56
118
1
13
Armftría
22
Atlas e Plantas
8
Autos de acdamaçio e de jarameuto
Avisos e ordens — Correspondência do
Archivo
Bullarium
Canellas da Coroa
1
3
Cartas missivas
Casa do Infantado
3
Casa das Rainhas
9
Casa da Tavola
Chancellarias reacs
96
Códices illuminados
6
Colleccão esnecial
3
CoUecções de S. Lourenço, S. Vicente e
Moreira
5
Commendas
Conselho da Fazenda
2
1
Conselho geral do Santo Officio
Conventos
102
29
Corpo chronologico
CorresDondencia dioloniatica
12
1
Cortes
Desembargo do Paço
Documentos orientaes
Documentos remettidos da índia
Ementas
Gavetas
18
G-enealofiias
41
Inconfidência
5
Inquisições — Lisboa, Coimbra e Évora.
Intendência Geral da Policia
5
1
Intei'ior dos Armários da Casa da Coroa
— Diversos
Jesuítas
7
Junta do Commercio
Legislação
8
B ABCHIVOS NACIONABS
263
Ctllec(ies
de peç
Dm.
Numero
as consu
PlfC.
Itadas
Ut.
Niiiiere
h leiUrei
Transporte
497
1
7
60
587
48
280
610
67
44
118
4
18
168
70
52
5
17
11
888
Leitura de Bacharéis
17
Livraria
85
Livros da Leitura uova
80
Manuscriotos da livraria
78
Matriculas dos Cavalleiros
1
Mercearias
Mesa censória. •
Môsa da consciência e ordens
4
Ministério da Guerra •
26
Ministério do Reino
20
Ordens Militares— Habilitações eChan-
cellarias
78
Patriarchal
Provedorias
6
Recolhimentos ^.
Rearisto do Archivo.
8
Reiristo de Mercês
8
Tombos da cidade de Lisboa
Tratados
11
Tribunal de contas (Cartórios remettidos
do)
«•w^ ••••••••••••••••••••«•••••••••■
Vineolos •
Total fferal
566
925
1174
695
Secretaria Geral das Bibliothecas e Archivos Kacionaes, em 81 de
dezembro de 1907.
Pelo Bibliothecario-mór do Reino,
O Inspector,
Gabrid Vietct do Morde Ptrtircu
1 1
264
BOLElUH OAS blSLI01'Ul£OAS
KEAL ARCHIVO DA TORRE DO TOMBO
EsUtistiea da leitura no anno de 1907
Cfllec{iei
Alfandegas
Armaria...
Atlas e Plantas
Aatos de acclamação e de juramento. . .
Avisos e ordens — Correspondência do
Archivo
BttUaríam
Capellas da Coroa
Cartas missivas
Casa do Infantado
Casa das Bainhas
Casa da Tavola
Chancellarias reaes
Códices illuminados
Collecção especial
Collecçoes de S. Lourenço, S. Vicente e
Moreira
Commendas
Conselho da Fazenda
Conselho geral do Santo Officio
Conventos
Corpo chronologico
Correspondência diplomática
Cortes
Desembargo do Paço
Documentos orientaes
Documentos remettidos da índia
Ementas
Gavetas
Genealogias
Inconfidência
Inquisições — Lisboa, Coimbra e Évora.
Intendência Geral da Policia
Interior dos Armários da Casa da Coroa
— Diversos
Jesuítas
Junta do Commercio
Legislação
(
Numero
de peças consultadas
Dtc.
3
224
11
184
5
3
1
Pnc.
529
88
128
LÍT.
22
10
27
461
7
8
51
15
Kiweri
k Icitirti
21
1
1
2
8
2
99
2
8
69
13
4
34
3
9
1
4
E ÁBCHIV08 NÁCI0SAE8
265
G*IlM(ies
Numero
de peças consultadas
Bie. Proc. Ur.
NiBcn
de IdttrM
Transporte
884
Õ5
749
93
20
44
4
285
607
45
12
99
1
108
38
82
3
6
5
7
277
Leitora de Bacharéis
'9
Livraria
18
Livros da Leitura nova
8
Mannscriotos da livraria
36
Matriculas dos Cavalleiros
1
Mercearias
Mesa censória
Mesa da consciência e ordens
Ministério da G-uerra
18
Ministério do Reino ,
12
Ordens militares — Habilitações e Chan-
cellarias
35
Patriarchal •
1
Provedorias
23
Recolhimentos
Recristo do Archivo
2
Registo de Mercês
Tombos da cidade de Lisboa • . . . .
4
Tratados
2
Tribunal de contas (Cartórios remettidos
do)
^*^'j •■•*•••• •••••••••••••••••••••
Vinculos
1
Total ireral
439
1195
1013
447
Secretaria Geral das Bibliothecas e Archivos Nacionaes, em 81 de
dezembro de 1907.
Pelo Bibliothecario-mór do Reino,
O Inspector,
Gabrid Victor do Monte Pereira,
266
BOLETIM DAS BIBLIOTHECAS
Estatística de leltnra nas blbliotheeas abaixo designadas
durante o 4.^ trimestre de 1907
lõM e nu nb-diíiiõM
Historia, gQOgi'aphia
Cartas geographicas
I { Polygraphia
JornB.es
Revistas nacionaes e estrangeiras
II
Sciencias civis e politicas <
fTT ( Sciencias e artes.
"^ I Bellas artes
J
1^ I Philologia . . .
^^ Bellas lettras
y ( Numismática,
I Estampas . . . .
VI
VII
Religiões
IncunabuloB .
Reservados .
Manuscriptos
lUaminados
T
do
yni- Collecç&o Camoneana. . .
Total.
Iwi
32
1
52
81
4
20
4
210
354
Bn§;i
49
1
43
43
46
1
60
6
4
4
256
Tia BmI
49
42
117
15
63
36
69
63
31
492
OuiiilU
Bniei
78
10
3
2
20
4
117
Secretaria Geral das Bibliothecas e Archivos Nacionaes, em 2 de
janeiro de 1908.
Pelo Bibliothecario-mór do Reino,
O Inspector,
Gabriel Victor do Monte Pereira.
E ABCHIVOS NACT0NAE8
267
Estatística dos leitores na Blbllotheea Nacional de Lisboa
no i^ trimestre de 1907
Sm{3« t nu
Historia, geographia
Cartas geographicas
1 1 Polygraphia
Jornaes
Revistas nacionaes e estrangeiras .
Espécies requisitadas
pelos leitores
Dii
II
Sciencias civis e politicas
wjj \ Scienci
"^ I Bailas
Sciencias e artes
artes ....
I
IV
PhUoloeia
I
Bellas íettras
gii
let
Y I Numismática
I Estampas . . .
VI
vn
e
VIII
IX
Religi5es
Incnnabnlos ,
Reservados . . ,
CoUecç&o Camoneana.
» Elzeviriana
» Bodoni
Manuscriptos (fando geral)
Códices iUaminados
Collecção Pombalina
» dos Códices d* Alcobaça.
Archivo de marinha e ultramar. . .
Total
933
3õ
329
930
99
906
1:687
97
208
2:422
3
12
39
7
48
120
119
31
4:300
12:325
Hoite
735
8
292
361
40
591
1:510
16
149
2:082
Totil
8
5:794
1:668
43
621
1:291
139
1:497
3:197
113
357
4:504
4
12
47
7
48
121
119
31
4:300
Laitorei
De dia 5124
DeB«íU4112
Total 9236
18:119
Secretaria Geral das Bibliothecas e Archivos Nacionaes, em 31 de
dezembro de 1907.
Pelo Bibliothecario-mór do Reino,
O Inspector,
Oabrid Victor do Monte Pereira,
lIvrDIOE
Alberto Carlos Cerqueira.
Primeiro amanuense escripturario do Beal Árchivo da Torre
do Tombo — 236.
António Eduardo Simões Baiio.
Director interino do Real Archivo da Torre do Tombo —
— 54, 119, 147.
António Freire Hergnlhão Botelho.
Primeiro amanuense escripturario do Real Archivo da Torre
do Tombo — 235.
António José Coiffs GnimarSes.
Antigo Secretario da Bibliotheca Nacional de Lisboa.
Breve noticia biographica por Xavier da Cunha — 214.
Archifo da Torre do Tombo.
Vid. Real ArchiYO.
ArchiTo (O) de Marinha e Ultramar na Bibliotheca Nacional de
Lisboa — 88, 232.
Angasto de OliTein Vida.
Segundo continuo da Bibliotheca Nacional de Lisboa*^ 234.
270 BOLETIM DAS BIBL10THKCÁ8
BiUIotheca Naeioaal de Lisbct.
Concursos — 238.
Estatística dos leitores — 50, 122, 180, 267.
Exonera(io — 29.
Falleclmento — 29.
Romeaçio — 234.
Registo de propriedade Utterarla— 30, 35,45, 97, 102, 108, 165,
170, 173.
Relatórios — 5, 55, 125, 181. •
Bibliotheca Publica de Braga.
Estatística dos leitores— 49, 123, 179, 266.
Bibliotbeca Publica de Caslello Branco.
EsUtlstlca dos leitores — 49, 123, 179, 266.
Bibliotbeca Publica de EYora.
Estatística dos leitores — 49, 123, 179, 266.
Nomeaçio — 164.
Blbliethecá Publica de Villa Real.
Estatística dos leitores — 49, 123, 179, 266.
Carlos Ayres.
Continuo do Real Archivo da Torre do Tombo — 29.
Concurso de um logar vago de segundo conservador do Beal Ar-
chivo da Torre do Tombo,
innnnclo publicado no Diário do Governo de 7 de fevereiro
de 1907 — 28.
Jary para apreciar as provas do concurso — 1 1 9.
Candidatos admlttldos — 120.
Concurso de um logar vago de segundo amanuense escripturario
do Real Archivo da Torre do Tombo.
AnnnnclO publicado no Diário do Governo de 7 de Novem*
bro de 1907—237.
Concurso de um logar vago de segundo amanuense escripturario
da Bibliotbeca Nacional de Lisboa.
E ÁRCHIVOS NACIOMAES 271
innoneio publicado no Diário do Governo de 7 de Novem-
bro de 1907 — 238. ^
Concurso de um logar vago de terceiro continuo da Bibliotheca
Nacional de Lisboa,
innaneio publicado no Diário do Oovemo de 7 de novembro
de 1907 — 238.
Decreto de 12 de Novembro de 1898; sobre a remessa gratuita
dos periódicos aos magistrados — 118.
Eduardo de Caslro e Almeida.
Primeiro Conservador da Bibliotheca Nacional de Lisboa
e encarregado da direcção do Archivo de -Marinha e
Ultramar — 96.
Eatatistici da leitura no Real Arckivo da Torre do Tombo :
No anno de 1906 — 262.
No anno de 1907 — 263.
Batatistica dos leitores nas Bibliothecas e Ârohivos Nacionaes em
1907:
No primeiro trimestre— 49, 50.
No segundo trimestre — 122, 123.
No terceiro trimestre — 179, 180.
No quarto trimestre — 266, 267.
Batatistica dos Tolumes enviados pelas SecçSes Estrangeiras de Per-
mutas Internacionaes á Secç&o das Bibliothecas e Ar-
chi vos Nacionaes em 1907:
No primeiro trimestre — 48.
No segundo trimestre — 121.
No terceiro trimestre — 178.
No quarto trimestre — 261.
Francisco 4lberto da Costa Senna.
Primeiro continuo da Bibliotheca Nacional de Lisboa — 234.
Fraacisco Forte de Faria Torrinha.
Conservador da Bibliotheca Publica de Évora e professor
do Lyceu Central da mesma cidade — 164
272 BOLETIM DAS BIBLIOTHEGÁS
Gabriel Victor do lODle Pereira.
Inspector das Bibliothecas e Ârchivos Nacionaes — 49, 50,
•122, 123, 179, 180, 237, 238, 239, 263, 265, 266, 267.
José António Moniz.
Segundo Conservador da Bibliotheca Nacional de Lisboa
e professor da aula de Bibliologia — 119.
José d'AieTedo Gastello Branco.
Conselheiro Bibliothecario-mór do Reino — 28, 119, 120.
José Leite de Vasconcelios Pereira de Mello.
Primeiro Conservador da Bibliotheca Nacional de Lisboa
e professor da aula de Numismática — 119.
B. José Maria da Silva Pessanha.
Primeiro Conservador do Real Archivo da Torre do Tombo
e professor da aula de Diplomática — 119.
Lei de Imprensa de 11 de Abril de 1907 — 117.
Mannel flygino Bamos da Silva.
Primeiro continuo da Bibliotheca Nacional -de Lisboa
—29.
Pedro Noiasco de Seiías.
Antigo empregado da Bibliotheca Nacional de Lisboa.
Traços biographicos por Xavier da Cunha — 1 48.
Pedro Augusto de S. Bartholomen AzoTodo.
Primeiro Conservador do Real Archivo da Torre do Tombo
e professor da aula de Paleographia — 119.
Beal ArchiTO da Torre do Tombo
Concursos —28, 237.
Jury — 119.
Candidatos — 120.
Estatística dos leitores — 262, 263, 264, 265.
Exoneraçlo — 235.
Falleclmento — 235.
£ ARGHIVOS NACIOKAEâ 273
Homeaçíes — 29, 164, 236.
Relatórios — 53, 146.
Registo do propriedade litterarií.
Obras entradas na Bibliotkeca Nacional de Lisboa:
Janeiro de 1907 — 30.
Fevereiro de 1907—35.
Março de 1907 — 45.
Abril de 1907 — 97.
Maio de 1907 — 102.
Junho de 1907—108.
Julho de 1907 — 165.
Agosto de 1907 — 170.
Setembro de 1907 — 173.
Outubro de 1907 — 245.
Novembro de 1907 — 250.
Dezembro de 1907 — 254.
Reliçio das pessoas e corporações que, por seus donativos ou ser-
viços prestados á Bibliotheca Nacional de Lisboa, ficaram
inscriptos no respectivo Quadro de Honra:
Em 1907 — 240.
Relatórios dos serviços da Bibliotheca Nacional de Lisboa, pelo
Director Xavier da Cunha:
No primeiro trimestre de 1907 — 5.
No segundo trimestre de 1907 — 55.
No terceiro trimestre de 1907 — 125.
No quarto trimestre de 1907 — 181.
Relatórios dos serviços do Real Archivo da Torre do Tombo, pelo
Director interino António Eduardo SimSes Baião :
No primeiro trimestre de 1907 — 53.
No terceiro trimestre de 1907 — 146.
Ricardo Lopes da Cru.
Segundo amanuense escripturario da Bibliotheca Nacional
de Lisboa —29.
Roberto Aagusio da Costa Campos.
Director do Real Archivo da Torre do Tombo — 235,
274 BOLETIM DÁS BIBLIOTHECÀS
Vasco Ferreiri Valdei.
Segundo Conservador do Real Archivo da Torre do
Tombo — 164.
XaYier di GoDhi.
Director da Bibliotheca Nacional de Lisboa — 27, 47, 87,
116, 145, 163, 177, 213, 231, 244, 260.
'. CORRECÇÃO
Na pag. 227 do presente volume, onde por inadvertência minha ficou
erradamente aocrescentado o nome do erudito fundador e principal redactor
do Universo PtUoresco, — deve ler- se, em vez de Joãojgnacio de Vilhena
Barbosa, simplesmente Ignacio de Vilhena Barbosa, que assim se chamava
o insigne escriptor de quem na sobredita pagina se fala, e de quem saudo-
samente se recordam quantos lograram a fortuna de o conhecer.
Xavier da Cunha.
Imprensa da Universidade, 1907
Sibliothecfi Nacional de Lisboa. Exposição bibliographica no bi-cente-
nario do Padre António Vieira em 1897. Lisboa, Imprensa Nacional, 1897,
A Exposição Petrarchiana da Bibliotheca Nacional de Lisboa. Catalogo
sammano pelo Director da mesma Bibliotheca Xavier da Cunha. Lisboa,
Imprensa Nacional, 1905.
Curso de Bibliothccario-Archivista. Summario das liçòcs de Bibliologia,
compiladas por José A. Moniz, professor interino da respectiva cadeira na
Bibliotheca Nacional de Lisboa, 2." ediçio. Coimbra, Imprensa da Univer-
8ida46^ 1900.
Numismática Nacional. Líç2o inaugural do curso de Numismática da
Bibliotheca Nacional de Lisboa no anno lectivo de 18S8-1889,por J. Leite
de Yasconcellos, professor proprietário da respectiva cadeira. Lisboa, Ty-
pographia do Jornal «O Dia», 10 e 12. Rua Anchieta, 1888.
Elencho das lições de Numismática dadas na Bibliotheca Nacional de
Lisboa por J. Leite de Vasconcellos, 1.* parte do curso (1888-1889). Lisboa,
Typographia do Jornal «O Dia», 1889.
Elencho das lições de Numismática dadas na Bibliotheca Nacional de
Lfiaboa por J. Leite de Yasconcellos do II curso do anno lectivo de 1889-
1890 até ao VI curso do anno lectivo de 1893-1894. Lisboa, Tjpographia
do Jornal «O Dia», 1894.
Belatorios dos serviços da Bibliotheca Nacional de Lisboa desde o sespindo
trimestre de 1903 até ao terceiro trimestre de 1907, por Xavier da (Amha.
Coimbra, Imprensa da Universidade, 1903 a 1907.
Boletim das Bibliothecas e Archivos NacionaeeL publicação officiál tri-
mensal. Publicados 5 annos. Coimbra, Imprensa da Universidade, 1902 a
1906.
Uma traducç2o inédita em latim do soneto «Alma minha gentil ...» Publi-
eada e prefaciada por Xavier da Cunha. Coimbra, Imprensa da Universi-
dade, 1904.
Uma carta inédita de Camões. Apographo existente na Bibliotheca Na-
cional de Lisboa, agora commentado e publicado pelo Director da mesma
Bibliotheca Xavier da Cunha. Coimbra, Imprensa da Universidade, 1904.
A Bibliotheca Nacional de Lisboa na Exposiç2o Oceanographica. Cata*
logo summario por Xavier da Cunha. Coimbra, imprensa da Universidade,
1*4.
A Bibliotheca Nacional de Lisboa no Congresso internacional de Liége
sobre reproducçio de manuscriptos, medalhas e sei los. Relatório sobre a
legislação portugueza no tocante á reproducção dos manuscriptos offerecido
ao Congresso pelo Director da mesma Bibliotheca Xavier da Cunha.
Coimbra, Imprensa da Universidade, 1905.
. A Legislação tributaria em benefício da Bibliotheca Nacional de Lisboa*
por Xavier da Cunha. Coimbra, Imprensa da Universidade, 1903.
^
A medallia de Caeimiro José de Limn em ho
desoripção numismática por Xavier da Cunha,
versidade, 1903.
CoDCursoa públicos para provimeotD de lognr
■ervadorea dos qiiudrus do Real Archívo da Tc
theca Nncionn! de Lisboa, Lej^ialaçío respertiv
d' Ascensão Valdez. Coimbrii, Imprensa da Unii
BeUtoVio dos gerfiços desempenhados em C<
de 1903 por Jnaé Joaquim d' Ascensão Valdez. (
versidade, 1904.
Gabinete Numismático da Hibliotheca Nacioi
eumentos) pelo dr. José Leite de Vasconcelloi
epocha gerniAniea. Coimbra, Imprensa da Univi
A excelsa rninha D, Maria II na intimidade.
manuscripto eiialfiite na Bibliotheca Nacional
Cunha. Coimbra, Liiprenaa da Universidade, 19
Real Archifo da Torre do Tombo:
índice f:ernl dos documentos contetldos l
tente no Real Avchivo da Torre do Tombi
cortes na lei do orçamenta de T de abril
Lisboa, Typograpbia de Silva, 1843.
índice gerni di>8 documentos registados i
existentes no Real Arcbivo da Torre do T<
cortes na lei do orçamento de 7 de abril
Lisboa, 184:1, ua Typograpbia de G. M. M
Extracto do Real Arcbivo da Torre do '
tiasima Rainha e Senhor» D. Maria I, pa
Rcbello, ariiHiiuciiso do mesmo Arcbivo. C
versidade, lUOl.
Bibliotheca Publica de Evor& ;
Catalogo dos mannscriptoa da Bibliothec
H. d«-Cuulia RivAra. Tomo 1.°, Ultramar. L
Tomo 2.° LittrrHtura, Imprensa Nacional,
Imprensa Nacional, 18T0.
Catalogo do Museu Archeoloçico daeidtl
Bibliotheca, composto por Antomo Francisc
Nacional, 1003.
Oa reserviidoa da Blbllotlieca Publica dl
tonto Joaquim Lopes da Silvo Júnior. Coic
íidade, 1907,
Venda avulso, no edifício da Biblíothf
Cada exemplar do numero do Bohtini, í
tmm i— 7.'iMio Janeiro a Mirto— H08
BOLETIM
iumcís I mil MCiis
PUBLICAÇÃO OFFICIU. TRIHENSAL
COIMBRA
Imprensa da Universtdadi
leos
/
1
\
BIBLIOTHECiS E ARCHIYOS NACIONiES
Publioaçoes offioiaes
INVENTÁRIOS DA BIBLIOTDECA NACIONAL DE LISBOA
Secção I — Historia e GeograpLia.
Serie 1.* (numeração preta) — !.■ parte. Lisboa, 1889.
—2.» parte. Lisboa, 1889.
Serie 2.* (numeração vermelha) — Lisboa, 1895.
Serie 3." (numeração azul) — Lisboa, 1897.
Secção III — Scienciaa e Artes. Serie 1.» (numeração preta) — Coimbra,
1907.
Secção IV — Sciencias civis e politicas.
Serie l.» (numeração preta) — Lisboa, 1897.
Scícção X — Philologia e Bellas-Lettras.
Serie !.• (numeração preta) — Lisboa, 1890.
Serie 2." (numeração vermelha) — Lisboa, 1893.
Serie 3.» (numeração azul) — Lisboa, 1894.
Secção XIII — Manuscriptos por José António Moniz. Lisboa, 1896.
— Collecoão Pombalina, por José António Moniz. Lisboa,
1895, completo.
Inventaiio do Archivo de Marinha e Ultramar, pelo dr. Eduardo de Cas-
tro e Almeida.
Ilhas da Madeira e Porto Santo, I — Coimbra, Imprensa da Universidade,
1907.
Relatório acerca da Bibliotheca Nacional de Lisboa e mais estabeleci-
mentos annexos, dirigido ao Ex."^® Sr. Ministro e Secretario d'Estado dos
Negócios do Reino, no l.<* de Janeiro de 1844: por José Feliciano de Cas-
tilho Barreto e Noronha. Tomo I-Officio — Tomos II, III e IV — Appensos
ao officio. Lisboa, Typographia Lusitana, J844.
Bibliotheca Nacional de Lisboa. Exposição Antoniana, 1895. Lisboa, 1895.
•
BOLETIM
E incpos í
BOLETIM
DAS
BiBLiomECAS [ mmi
ONAFS
PUBLICAÇÃO OKKICIAIv
SÉTIMO ANNO
1908
Composto e impresso
NA IMPRENSA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA
1908
R. 5:194
Numero 1—7.'^ Anno Janeiro a Março— i 908
DAS
BIBLIOTIllillMi K AlimilVOii lílCIOiO
Propriedade e edição da Secretaria Geral das Bibliolhecas e Arcbivos Nacíonaes. Lisboa.
Director J. A. Caslello tíranco^ Bibliolhccario Mór do Reino.
Composição e Impressão na Imprensa da Universidade.
Relatório dos serviços do Real ArcbiTO da Torre do Tombo
no qoarto trimestre de 1907
III."*** e Ex.™*^ Sr. — Comera este meu Relatório por uma
noticia lutuosa que envolveu este Archivo no passado trimestre.
Refirorae á morte do nosso saudoso Director, Roberto de Campos.
De ha muito que uma doença pertinaz o ia minando e só
uma organizaçílo como a sua, verdadeiramente athletica, conse-
guiria resistir aos duros golpes que a enfermidade lhe vibrou
cruel e desapiedadamente. Elle, que em vida foi de uma activi-
dade enérgica, soube luctar ainda a beira da campa como um
valente e um destemido.
E se é certo que a sua morte nos encheu de luto não é menos
certo que nos encheu de desconsolação. Roberto Campos era um
chefe querido; timbrava pelo seu caracter lhano, em eaptivar as
sjmpathias de todos os funccionarios a elle subordinados. A
ultima vergontea, ainda que por afinidade, d^essa dymnastia
Basto^ que durante grande parte do século xix predominou na
Torre do Tombo, elle o era. Ainda é cedo para a Historia se
pronunciar sobre os grandes serviços por elles prestados ao nosso
Archivo; ainda, mercê de Deus e para bem da Sciencia, é vivo
o Ex.™" Sr. José Manuel da Costa Basto a quem Roberto Campos
succedeu no seu elevado cargo. Mas, se os archivos da Academia
Real das Sciencias podessem fallar^ muito certamente diriam. • ..
BOLETIM DAS BIBLIOTHKCAS
A figura de Herculano é gigantesca, mas nSo pode encobrir
as dos seus preciosos auxiliares.
Da mesma maneira que raramente o mesmo espirito é a um
tempo investigador histórico e historiador, quer dizer reaiisador
de syntheses da vida colleotiva e enunciador de leis sociaes cor-
relativas, da mesma maneira, dizemos, o nosso fallecido Director
nSlo deixou livros, nílo deixou artigos, nada deixou por onde se
podesse aquilatar o seu saber e a sua erudição. E porque toda
a sua vida burocrática que foi longa, toda a sua actividade que
foi muita, se exgotaram no recolhimento de cartórios dos con-
ventos e repartições extinctos.
A outros pertencerá o sabe-los aproveitar condignamente.
Quantas dificuldades, quantos dissabores lhe traria tal missão
facilmente se advinha, quando tivermos presente que Augusto
Seromenho, collega de Roberto Campos, levantou celeuma de
tal ordem que teve de fugir de Braga, salvo erro, e que nem
todos eram como essas sanctas velhinhas de Lorvão, que espon-
taneamente entregaram a Herculano o precioso Commentario ao
Apoealypse hoje ainda admirado neste Archivo.
Que descance pois em paz o nosso defuncto Director.
E prestada desta forma a devida homenagem ao saudoso
morto volvamos as nossas attenções para os serviços doeste Ar-
chivo no passado trimestre.
Continuámos com o inventario geral, trabalho que acima de
todos nos preocupa. E tenho o prazer de communicar a V. Ex.*
que o primeiro livro da collecção PoHarias está já concluído;
que o segundo ficou em folhas 25õ, o terceiro também concluído,
o quarto em folhas 202, o quinto em folhas 40õ, o sexto em
folhas 32, o sétimo em folhas 66 v.^ e o oitavo em folhas 34.
E que preciosas indicações históricas elles conteem, indica-
ções totalmente desconhecidas, ver-seha a seu tempo.
Dos documentos da collecção Cartas missivas ficaram extra-
hidos 294, também com destino ao inventario geral. Injustiça
seria regatear os devidos louvores a todos os empregados que
doeste serviço se teem occupado.
Passaram-se quatro certidões, registaram-se 64 diplomas e
effectuou-se a leitura na salla publica com toda a regularidade e
sem incidentes.
Deus Guarde a V. Ex.* — Real Archivo da Torre do Tombo,
em 18 de Janeiro de 1908.— III.'"^ e Ex.*"^ Senhor Bibliothe-
cario-mór do Reino. — O Director interino, Antoíiio Eduardo
SimSes Baião.
K ARCHirOS NACTONALS
Relatório dos serviços da Bibliotheca Maoional de Lisboa
no primeiro trimestre de 1908
III.™* e Ex.™* Senhor: — O monstruoso e abominável atten-
tado, com que^ no primeiro dia do passado Fevereiro, a estúpida
malvadez de cannibalescos sicários iniuctou as doiradas paginas
da nossa Historia victimando cobarde e traiçoeiramente dois
membros da Família Real Portugueza, impõe-me o dever de
iniciar este meu Relatório archivando nelle o testemunho da
consternaçSio que avassalla todos os funccionarios da Bibliotheca
Nacional de Lisboa.
Este sentimento manifesta-se tanto mais sincero, quanto é
certo que deixou aqui um rasto luminoso de sympathia e de
respeito a visita memorável com que em 16 de Janeiro de 190Õ
honraram a Bibliotheca Nacional, por occasiílo de nella incerrar-se
a «Exposição Garrettiana», Sua Alteza Real o Prini-ipe D. Luiz
Filippe (presumptivo herdeiro da coroa) e Sua Alteza o Sere-
níssimo Infante D. Manuel (que hoje preside aos destinos da
Naçfto Portugueza).
Compartilhando os sentimentos que nesta hora intenebrecem
e amarguram os corações de todos os bons Portuguezes, a Bi-
bliotheca Pública Pelotense dignou-se indereçarnie o seguinte
Officio que, por ser captivantissimo documento de confraterni-
zação,,aqui transcrevo:
cBibliotheca Publica Pelotense fundada em 14 de Novembro
de 1875. —Pelotas, 10 de Fevereiro de 1908. —Á Bibliotheca
Nacional. — Lisboa. — Satisfazendo o solemne dever que nos
impSe a sociabilidade humana, vimos apresentar a YV. EE ,
em nom3 da Bibliotheca Publica Pelotense, os nossos sinceros
sentimentos de pezar pelo golpe tremendo que soíFreu Portugal
com o nefando crime que poz íim ás existências preciosas do
seu soberano S. M. D. Carlos I e seu Augusto Filho D. Luiz
Filippe. — Esta instituição, interpretando o sentimento de toda
uma população, rendeu todas as homenagens devidas a tfto dignas
personalidades, elevados representantes da Pátria Portugueza,
BOLETÍM DÁS BIBLIOTHKCAS
intimamente vinculada á nossa por tantos laços de affectuosa
ascendência histórica. — Octávio Augusto de Faria, 2.® secretario i .
Como remate da ininha referencia ao angustioso lance por
que passou em 1 de Fevereiro o nosso atribulado paiz, seja-me
licito accrescentar a expressão de um voto ardentissimo.
Aquelle araoravel Prineipe, que tinha quando Infante o titulo
de Duque de Beja e que sob o nome de D. Manuel II ascende
ao throno de seus maiores pelas tétricas contingências de um
cruel desastre, — como analogamente aconteceu a D. Manuel I
que, sendo também Duque de Beja, succedeu inesperadamente
a D. João II pelo desastroso passamento do presumptivo herdeiro
o Príncipe D. Affonso, — oxalá venha egualmente a obter na
Historia o cognome de «Venturoso», á similhança do seu afortu-
nado homonymo quinhentista.
E passarei desde já^ neste meu Relatório, á enumeração das
principaes dadivas com que, no primeiro trimestre do anno cor-
rente, a Bibliotheca Nacional foi contemplada, — começando por
mencionar as que recebi do Sr. Visconde de Salgado (nosso
Cônsul no Rio de-Janeiro), entre as quaes se destacam:
1.* — Noiíveau manuel complet de NumismaUque ancienne par
J, B. A. A, Barthélemy Ouwage accompagné d\in atlas
renfermcmt douze planckes, (Paris — 1866).
2.* — Nouveau manuel complet de Numismatique du moyen
âge et moderne par J, B. A. A, Barthéleniy Ouvrage
omé d*un atlas renfermant douze planches, (Paris — S. d.).
Pertencem as duas citadas espécies á conhecida collecção dos
cManuels-Boreti».
3.* — Gabinete Portuguez de Leitura no Rio de Janeiro —
Catalogo da Exposição Cervantina realizada a 12 de Junho de
190Ô por occasiào do Cenfenarío do D. Quixote, (Rio de Janeiro
— 1905 — Exemplar N.® 4õ da tiragem especial em «papel aper-
gaminhado»).
O Sr. Commendador Joaquim Gil Pinheiro, residente em
San'-Paulo (Brasil) obsequiou-nos com dois livros de sua lavra:
1.** — Roteiro de Lisboa histórico, hydrographico, chorogra-
phico, archeologico e estatistico, com minuciosas instrucqZes ao
viajante por Joaquim Gil Pinheiro. (S. Paulo (Brasil) — 190Õ —
Com o retrato do auctor e diversas outras gravuras).
Este livro, que inclue (de pag. 175 a 176) noticia concerr
E ARCHIVOS NACI0NAE3
nente á Bibliotheca NacioDal de Lisboa (noticia em que tive o
desprazer de incontrar algumas inexactidões), abrange também
apontamentos respectivos a algumas povoações circumvizinhas
da nossa capital.
2.® — Primícias. Poema doa principaes factos da historiado
Brasil até á sua independência por Joaquim Gil PinheirOj pi'e-
fadado com algumcu passagens da sua vida, (São Paulo — 1900
— Com o retrato do auctor e duas outras gravura»).
O Sr. Dr. Miguel de Leonissa, medico brasileiro, também
residente em San'-Paulo, inviou-nos de lá a sua recente publi-
cação
Muscideos e Culicideos, As Myiasis, (S. Paulo — 1907).
E o Sr. Dr. José Mendes, que egualmente reside na supra-
citada povoação e lá exerce advocacia^ presenteou-nos offere-
cendo-nos os
Ensaios de Philosophia do Direito, (S. Paulo — 1905 — 2 vol.
— Com o retrato do auctor).
Do a Instituto Histórico e Geographico Brazileiro», fundado
no Kio de Janeiro em 1838, continuamos a receber a importan-
tissima Revista, da qual ultimamente nos foi inviada a Parte 2.^
do Tomo Lxvm (Rio de Janeiro — 1 907).
Em Outubro de 1884 fundou-se no México, por iniciativa
particular, uma brilhante academia sob o titulo Sociedad Cienti-
fica • António Alzatei», — academia que publica uma estimável
collecção de «Memorias».
Porque não tínhamos relações com esse instituto, deliberei
officiar ao Sr. D. Raphael Aguilar y Santillán, Secretario-Geral
perpétuo e um dos beneméritos fundadores d^aquella prestantis-
sima agremiação, rogando-lhe para a Bibliotheca Nacional de
Lisboa a concessão das suas publicações.
Não se fez esperar acquiescencia amável, e em Janeiro tive
o gosto de receber
Memorias y Revista de la Sociedad Cientifica t António Al-
zatei^ — Tomos 23 y 24, (México — 1905-1907).
Remettidas pela Bibliotheca Nacional de Honduras, em ser-
viço das Permutas Internacionaes, recebi as duas seguintes pu«
blicaçSes :
10 UOLKTIM DAS BIBLIOTHBCAS
Apuntes para la Historia de Honduras por Robustiano Vera,
(Santiago de Chile — 1899).
Ligeras observaciones ai Curso Eleniental de Historia de la
Lengua Espafíola publicado eu el Salvador hechas por el Licen-
ciado António R. Vallejo, (Tegucigalpa — 1 907).
Ao Sr. Dr. JoSlo B. Peaslee, que em teropos exerceu em
CiDcinnati o cargo de Superintendente das Escolas Públicas^ devo
a remessa de uma obra a que o iliustre americano poz o titulo de
Thoughts and experiences in and out of school by John B,
Peaslee — Accompanied by letters from Longfellow, Whiitier,
Holmes, and other american auihors, (Cincinnati (Ohio) — 1899).
Neste livro, que appareceu illustrado com o retrato do auctor
e várias outras estampas, figuram d'involta com a prosa alguns
versos.
Proveniente dos Estados Unidos da America, recebi também,
remettido pelo «Instituto Americano do Mentalismo» e como
offerta do Sr. Dr. Francisco Maria Namorado (de Estremoz), o
livro seguinte:
La Loi du Mentalisme — fJxpoté pratique et scientifique de la
pensée ou force de Vesprit; la loi qui gouverne toute actíon et
phenoméne nientale et physique: la cause de la vie et de la mort.
Par A. Victor Segno, (Los Angeles — S. d.).
Expedida pela Bibliotheca da Universidade de Paris, clie-
gou-noB a seguinte publicaçtio:
Année scolaire 1907-1908 — UUniversité de Paris el les
établissenients parisiens d'enseighement supérieur — Livret de Vétu^
diant — Programmes sommaires, Renseignements dlvers. (Evreux
— S. d.).
Da Bélgica proveiu-nos, como ofFerta do auctor, e por amável
intermédio do Sr. Dr. António Augusto de Carvalho Monteiro,
UOrdre de Notre-Dame de la Conception de Villa Viçosa —
Abrégé de son histoire par H, Verwée. (Bruxelles — 1907).
De Varsóvia me remetteu o Sr. Dr. Estanislau Belza um
exemplar dos 100 numerados (unicamente 100) com que appa-
receu a lume, estampada em papel-do-Japfío, a seguinte publi-
ca^íio polaca:
Ostatnie chtvile Mickiewicza. (Kraków — 1908).
E ARCHIV08 NACIONAES 11
D'este opúsculo em que o auctor doBcreve cOs últimos mo-
mentos dos Mickiewicz» — opúsculo adornado com delicadas gra-
vuras — pertenceu-nos o Exemplar N.® 29.
Do mesmo offerente haviamos, tempo antes, recebido a se-
guinte dadiva :
Stanislaw Belza — W Dolinach Krwi. (Kraków — 1906).
D'esse livro, que seu auctor baptizou com o suggestivo titulo
«Nos campos de sangue» (campos em que especializa as batalhas
de Waterloo, Solferino, e Sédan), a estampagem foi executada
(como a do opúsculo que antecedentemente citei) em papel-do-
Japâo, servindo-lhe de ornato várias ilhistraç<5es (umas interca-
ladas no texto, e outras em folhas aparte).
Em fins de 1907 (precisamente nos fins) tive o gosto de re-
ceber a visita do Sr. Dr. Isaac Collijn, funccionario subalterno
mas illustradissimo que na Bibliotheca da Universidade Real de
Upsala tem procedido a trabalhos mui valiosos, e que reúne ás
mais louváveis prendas de erudito as incantadoras condições de
um trato insinuantíssimo.
Visitando a nossa Bibliotheca, elie formulou-me o desejo de
que entre o instituto lisbonense e a Bibliotheca da Universidade
de Upsala se travassem relações de permuta relativamente a
publicações bibliographicas ou bibliotheconomicas.
A proposta não poderia, para mim, ser mais captivante e
lisonjeira. OíFereci-lhe naquelle mesmo dia um exemplar das
minhas modestíssimas producções, — e prometti-lhe que, por
intermédio do consulado sueco, lhe seria remettido o nosso Bo-
letim das Bibliothecas e Archivos Nacionaes,
Depois, era 30 de Janeiro do anno corrente, escreveu-me o
Sr. L. Bygdén (Director da supra-citada Bibliotheca) agrade-
cendo com palavras muito amáveis as espécies recebidas.
Diz assim a carta do illustre Bibliothecario :
«Kungl. Universitetets i Uppsala Bibliotelc — le 30 janvier
1908.
^A Moíisieur Xavier da Cunha Directeur de la Bibliotheca
Nacional de Lisboa.
« Três honoré Monsieur,
9. Par mon collègue^ M. I, Collijn^ fapprends VaccueU char-
mant qite vous lui avez fait dans votre bibliotkèqu^ lors de sa
visite à Lisbonne au móis de décembre de Vannée passée* II m'a
aussi transmis la coUection d'ouvrages — c Relatórios dos serviços»
12 BOLETIM DAS BIBUOTRECAâ
et un grand nombre de vos propres travaux — que votis aviez des-
tinée pour ma hiblioíKèqtie, Je voas prie, Monsieur le Directeur,
de vouloir bien accepter mes plns profond^ remereiements de ce
précieux don ainsi qtie de votre gracieiísefé de vouloir entrer en
rdation avec notre bibliotheque, Je me permets de vous adreeser
aujourd^hui une collection de publications de cette Université^ qui
e
pourraient être d'intéret pour votre bibliotheque. Dans les Arsre-
dogõrelser vous tr0uvei'ez les rapports annuels sur notre biblio-
theque.
aM, Collijii m^a en outre parle de votre «Boletim das Biblio-
thecas e Arrihivos Nacionaes», qui pour nous sserait d'uH intérêt
tout spécial. Comme malheureusement nous ne publions pas encore
ici une revue analogue, je vou^ envoie en échange du Boletim les
«AllmânnaSvenska boktryckarefbreningensMeddelanden» (Com-
pte-rendus de la Société des imprimeurs Suédoise) qui nous sert
en partie comme organe hibliographique^ vu que nous y publions
nombre d*articles sur des matières bíblia gr aphiqiies, pour la plus
grande partie tirées de notre bibliotheque. Cette revue va vous être
adressée dorénnvant mensuelleinent,
aje ne cesserai pas de vous recommander chaleureusement ma
bibliotheque, dont le ãépartement portugais en effet n^esl pas trop
riche. Toufes nos publications — thhses, revues scienfijique» dnvs
tous les domaines, de, efe — pouront être viises à votre disposi-
tion pour un futur échange plus étendu.
*En vous répétant mes sinch^es remereiements je vous pria,
Monsieur le Directeur, de vouloir bien ogréer Vassurance de ma
haute considérarion et de mes sentiments três distingues,
nLe Directeur de la Bibliotheque de VUniversiié Roy. d* Upsala
aL, Bygdén».
Em conformidade com esta estimável carta, aos 12 de Março
intraram-me pela porta dentro, livres de toda a despeza, õ8
espécies (contando-se nesse grupo grossos volumes e tomos do
menores dimensões, em muitos dos quaes se incontram por ele-
mento illustrativo primorosas estampas) — 58 espécies, d^entre
as quaes particularizarei aquellas, cujos titules passo a men'rionar:
a) — liibliothecce Upsaliensis Historia, auctore Olavo O, Celsio.
(Upsalise— 1745).
b) — Códices Arábici, Persici tt Turcici Bibliothecoj Hegia*
Universitatis Upsalensis. (Lundse — 1849).
Resenha bibliographica elaborada pelo Prof. C. J. Tornberg.
(j) — Les Enfances Vivien, Chanson de geste — Pvhliée pour
t: AtiCHívos kac1(»Kâes 13
la premihre fois dUipréê les manuscrits de Paris, de Baulogne-
tur-fner, de Londres et de Milan, par Cari Wahlund & Hugo
von Feilitzen professeurs agrégés à VUniversité d^Upsala. Êdition
précédée d'une tJièse de doctorat, servant d'introduction par Alfred
Nardfelt. (Stockholm — 1895).
d)-^Up8ala Universitet. 1872-1897.— FesUkrift vied an-
ledning af Konung Oscar II:s Tjugofemârs Regeringyvbileum den
18 September 1897. — Enligt det stõrre akademiska konsistoriets
uppdrag utgifve^i af Reinhold Oeijer. ((Jpsala — 1897 — Com for-
mosas illustrações, entre as qiiaes sobresái um bellissimo retrato
d'EURei Oscar).
e) — Katalog ofver Vãsterãs Lãroverks-biblioteks Inkunabler
tipprãUad af ]):r Isak Collijn, (Upsala — 1904).
Abrange 134 Números esse Catálogo, organizado pelo intel-
ligente bibliothecario que emi Dezembro de 1907 me visitou.
f) — Katalog der Inkunabeln der Kgl. UniversUdts-Bibliothek
zu Uppsala von Dr. Isak Collijn. (Uppsala — 1907).
Abrange 1528 Números este Catálogo, e vem antecedido por
um estudo preliminar do illustre funccionario que tal Catálogo
elaborou.
g) — Linnéportrãtt — Vid Uppsala Universitets ^Minnesfest pa
tvahundraarsdagen af Cari von Linnés fõdelse « A Universitetets
Vãgnar af Tycho TuZZòergr. (Uppsala— 1907).
Este curioso livro, que se aformoseia com a reproducção
icónica de alguns dos retratos do célebre naturalista sueco,
abrange a descripção tecfanica de 515 Números.
h) Allmãnna Svenska Boktryckare-fõreningens Meddelanden,
D'essa revista mensal que se publica em Stockholmo, ador-
nada com bellas illustraçfUes, vieram-nos inviados os fascículos
concernentes a 1905, 1906 e 1907, — fascículos interessantíssi-
mos pelos elementos que incerram de grande proveito para quem
pretenda estudar os primórdios e as subsequentes manifestações
da arte typograpbica. Nessa revista figuram (como o sr. L.
Bygdén indica na carta que transcrevi) contribuições valiosas da
Biblíotheca Universitária de Upsala.
Por intermédio da Secretaria dos Negócios Extrangeiros, e
remettido pelo Cônsul de Portugal em Barcelona, recebeu-se
La Peste Bubónica, Memoria sobre la epidemia ocurrida en
Porto en 1899 por Jaime Ferrán Director dei Laboratório Micro-
biológico municipal y Federico ViHas y Cxisi y Rosendo de Orau
14 BOLETIM DAS BIBLIOTHECAS
Médicos municipcães por oposición, Comisionadoa por d Exemo,
Ayuntamiento de Bai'celona para d estúdio de la misma. (Bar*
celona — 1907 — Com estampas).
Da Vida Intdectual, publicada em Madrid sob a direcçllo do
Sr. Dr. D. Júlio Nombela y Campos, continua o Sr. Gabriel
Pereira a fazer-nos offerta.
D^essa coliecçHo o fascicuio 8.° (correspondente a Dezembro
de 1907) é um dos mais interessantes que para nós Portuguezes
teem apparecido, e talvez mesmo de todos elles o mais interes-
sante.
Basta citar, entre as espécies que incerra: — 1.% o artigo
(assignado por M. F.) subordinado ao titulo «Rodriguez Marín
y Mateo Alemán» (artigo em que se fazem referencias ao facto
de ter durante alguns tempos residido em Lisboa o celebrado
novellista do «Guzmán de Alfarache»); 2.^, o artigo de J. Alonso
ácêrca de «Doiia Estefânia la DesdichadaB (cuja lenda ap parece
pela primeira vez no «Nobiliário» do nosso Conde D. Pedro);
3.®, a secção «Páginas humoristicas» (em que se nos apresenta
uma «Carta de Eça de Queiroz» vertida para castelhano e ador-
nada com o retrato doesse nosso conterrâneo).
Com o fascicuio 9.® da Vida Intelectual (correspondente a
Janeiro de 1908) inicia-se o Tom. iii da publicação; e nesse
fascicuio continuam a deparar-se-nos páginas de especial curio-
sidade para os leitores portuguezes. Tal é o desinvolvido artigo
que traz por titulo cEn Portugal» e vem firmado por ajuan de
Tavares, — artigo que se divide em duas partes: «Vida social y
politica» e «Vida literária». Esta segunda parte adorna-se com
os retratos do nosso conterrâneo Augusto de Lacerda e do fal-
lecido D. João da Camará, ambos poetas e dramaturgos.
No fascicuio 10.** da Vida Intelectual (fascicuio relativo a
Fevereiro) começa a traducção hespanhola da comedia «Os Ve-
lhos» de D. João da Camará («Los viejos»). E nesse mesmo
fascicuio a secção bibliographica «Letras Portuguesas» (subscripta
pelo Sr. D. Juan de Tavares) occupa-se de alguns dos nossos
^' escriptores, taes como António Correia de Oliveira, Eça de
Queiroz, e Álvaro Pinheiro — sobresahindo entre todas as apre-
ciações aquella que se refere á illustre escriptora D. Olga Mo-
raes Sarmento da Silveira, aprupósito do seu último livro publi-
cado «A Marqueza de Alorna»: essa apreciação vem acompanhada
pelos retratos (em photo-gravura) da auctora do livro e da for-
mosa «Alcippe».
J
15 ARCHlVOS KAC10KAI2S 15
O Sr. Gabriel Pereira offereceu-nos outrosim um exemplar
da seguinte obra valiosissima :
C<mde de Ficalho — Viagens de Pêro da ComUian, (Lisboa
— 1898).
Foi esse o derradeiro lavor dos muitos com que o fallecido
académico honrou as lettras pátrias.
Ao Sr. Sertório do Monte Pereira, illustre Professor do Ins-
tituto de Agronomia e Veterinária, que por muitas e muitas
vezes nos tem brindado com suas dadivas, fiquei devendo, neste
primeiro trimestre do anno corrente, quinze offertas:
1.* — Virgílio Bugalho Pinto — Dcdgumas questões relativas
ás Associações vinícolas de prodttcção. (Évora — 1902).
2.* — Breve estudo sobre as gadankeiras. Pelo agrónomo Al-
berto Corrêa Pinto de Almeida. (Coimbra — 1904).
3.* — Gruia pratico das associações agrieolas em, Portugal por
Pedro Ferreira dos Santos. (Lisboa — 1904).
4.* — A exploração das abelhas. Por Pedro de Castro Pinto
Bravo. (Porto — 1905).
5.* — Um caso especial de arborisaçao. Por Aerisio Cannas
Mendes, (Lisboa — 1905).
6.* — António Romão dos Passos — Elogio do Conselheiro
João Ignacio Ferreira Lapa proferido em sessão solemne de 20
de maio de 1906 na Sociedade de Sciencias Agronómicas de Por-
tugal, (Lisboa — S. d. — Com o retrato do elogiado, ^m gravura
de madeira).
7.* — Eduardo Alberto Lima Basto — A Cultura do Tabaco
em paizes tropicaes, (S. I. — 1906 — Com figuras).
8.* — A Garroba, sua cidtura. Por António Augusto Oarcia
d^ Andrade. (Coimbra — 1906).
9.» — Les maladies r auges duporc dans le département d' Évora
en Portugal. Par Romão do Patrocínio Ramalho, (Lisbonne —
1906 — Com estampas).
10.* — A debulha dos cereaes no Norte Alemtgo. Por Pedro
Celestino Caldeira de Castel- Branco, (Lisboa — 1906).
11.' — Estudo sobre os látex borrachiferos e os meihodos de
fabrico da borracha (Seguido de uma noticia sobre uma nova
espécie borrachifera descoberta pelo auctor no sertão de Benguella)
por Carlos Eugénio de Mello Geraldes, (Lisboa — 1906 — Com
estampas).
12.' — Cultura e eocploração do sobreiro. Por António Blanco
Fialho. (Lisboa — 1906).
16 BOLETIM DAS BlBLIOTHEOAS
13." — C. de Lino Alves — Plantas Úteis, Sua distribuição
geographica. (Famalicão — 1906).
14.* — Sessão Publica da Academia Real das Sciencias de
Lisboa em 26 de Ma) ço de 1906 — Relatório dos trabalhos da
Academia pelo Secretario Geral Adriano Augusto de Pvia Vidal,
(Lisboa — 1906).
15.* — O coqueiro na índia Portuguesa. Por Eduardo Alberto
Lima Basto. (Coimbra — 1908).
Em Janeiro de 1905 o Sr. Henrique Casanova, associado
com o Sr. Gabriel Pereira, fundou num rapto de enthusiasmo
artístico uma revista de curioso alcance, a que puzeram elles por
titulo — Arte Portugueza. «Revista de Archeologia e Arte Mo-
derna»— era o seu sub-titulo.
Elegante se mostrava tal publicação, elegante e sobremodo
graciosa; agrupa vam-se- lhe nas páginas, descriptos com sagaz
critério e graphicamente representados com singular mestria,
elementos artisticos de supremo interesse (muitos d'elles colhidos
na Biblíotheca Nacional de Lisboaj; pode mesmo aíSrmar-se que
havia nessa revista uma deslumbrante novidade, uma auspiciosa
impresa como no seu género nunca outra em Portugal se tinha
iniciado; e tudo conspirava para fazer conjecturar-lhe um êxito
brilhantíssimo.
E brilhantissimo foi realmente o êxito no que tocava á parte
artistica e litteraria! Mas. . . . quando se esperava que o público
soubesse corresponder á coragem dos dois que tal imprehendi*
mento iniciaram.... o público retrahiu-se num incolhimento
boçal que pouquissimo recommenda as suas qualidades pensantes:
ao passo que a maioria buscava afanosamente leituras de assum-
ptos pornícos ou escandalosos, dissolventes ou incendiários, — a
formosíssima revista dos Srs. Gabriel Pereira e Henrique Casa-
nova limitou- se a estampar seis fasciculos, seis fasciculos apenas,
que entretanto representam seis primores, nunca até hoje exce-
didos nem mesmo egualados por congéneres tentativas.
Pois bem! os «clichés» das lindas illustraçSes que tal revista
ornamentaram, briosa e generosamente os offereceu agora á Bi-
bliotheca Nacional o Sr. Henrique Casanova, — cujo nome ficará
figurando, com mais que sobejo motivo, no «Quadro de Honra»
do referido instituto.
Inspirado pelas commemovaçSes com que a nossa pátria
lamentou a perda recente de ura dos nossos mais notáveis esta-
is ÁUClilVOS ^AClONAKd 17
di&tas, recebeu-se na Bibliotheca, offerecido por seu auctor, o
seguinte opúsculo:
Doutor Augusto Joaquim Alves dos Santos — Elogio fúnebre
do Conselheiro de Estado Ernesto Rodolpho Hintze RtMro, Pror
ferido nas Exéquias Soltmnes mandadas celebrar pelo Partido
Regenerador no Templo de S. Domingos em Lisboa no dia 18
de Novembro de 1907. (Coimbra— 1907).
Subordinado ao mesmo escopo, tenho a registar também o
folheto seguinte, a que servem de illustração o retrato do pane-
gyrisjta é o do elogiado:
Cónego Gonçalves Vaz — Vivet et non morietur — Elogio* fú-
nebre recitado na real capella de San*a Cruz em 29 de Novemln^o
de 1907, por occasião das exéquias que o partido regenerador
local .mandou celebrar por alma do seu Ulustre e chorado chefe, o
conselheiro de Estado Ernesto Rodolpho Hintze Ribeiro. (Porto
— 1907).
Commemorando o 53.^ anni^ersario do passamento de GarrQtt,
publicou o Sr. Alberto Bessa um substancioso opúsculo, que
intitulou
Garrett dia a dia — Ephemerides Garrettianas. (Lisboa — 1907).
Constituo subsidio muito importante para a biographia do
excelso poeta, — e d^elle nos veiu gentilmente ofíerecido por seu
auctor o Exemplar que na especial tiragem de trinta exemplares
Tem marcado com o N.^ 3.
O Sr. Sebastião Joaquim Baçam offereceu-nos uma preciosa
collecção d' O Serrote^ hebdomadario humorístico e adornado com
Uthographias que no Porto se publicou de 20 de Maio de 1877
a 5 de Março do anno seguinte, — collecção que representa hoje
(como todas as suas congéneres) uma espécie rara, e que na
Bibliotheca Nacional veiu preencher uma lacuna sensível.
O offerente quiz mesmo ter a gentileza de mandar a expensas
suas incadernar a collecção, antes de tal dadiva nos entregar.
O Sr. Dr. Francisco Marques de Sousa Viterbo mimoseou-
nos com uma nova memoria, apresentada perante a Academia
Real das Sciencias dt; Lisboa :
A Armaria em Portugal — Noticia documentada dos fabri-
cantes de armas brancas que exerceram a sua profissão em Por'
iugal. (Lisboa — 1907).
?.• ANNO, n.» 1 2
lâ âOL£TlM DAS ÈtfiLtOTfiEdAâ
E mais nos oíFereceu:
Mestres da CapeUa Real desde o domínio flippino (inclusive)
até D. José I por Sousa Viterbo. (Lisboa — 1 907 — Exemplar
N.^ 11 numa tiragem especial de 21 exemplares).
Máximo José dos Reis o xdtimo CtipUãoMór de Cintra por
Sousa Viterbo. (Lisboa — 1908 — Exemplar N.^ 13 numa tiragem
especial de 21 exemplares).
Tanto esta como a precedente espécie foram primeiramente
publicadas no cÂrchivo Histórico Portuguez»,
O Sr. Capit&o de Mar e Guerra JoSo Braz de Oliveira, cujo
nome tenho já tido occasiilo de eitar com muito elogio no decurso
dos meus Relatórios, e que ó na Escola Naval um dos mais
illustrados professores, veiu trazer-me pessoalmente nove pro-
ducções de sua lavra, todas ellas sobremodo interessantes:
1.* — Algumas pídavras acerca da marinha portugueza e da
sua influencia na prosperidade da nação, (Lisboa — 188ô).
2.* — Os navios de Vasco de Gama. (Lisboa — 1892 — Com
estampas).
Trabalho foi este, que o auctor executou, quando o tive por
companheiro na «Commissão Portugueza da Exposiçfto Colom-
bina», e que em Madrid (na commemoração quadricentenaria de
Descobrimento da America) alcançou a merecida distincçfto de
ser laureado e premiado com amedalha de prata». Depois o
incorporou também nas suas «Memorias» a Academia Real das
Sciencias de Lisboa, que desde muito, a meu ver, deveria ter
conferido ao illustre auctor o diploma de Sócio.
3.^ -T- Influencia do Infante D. Henrique no progresso da ma-
rinha portugueza. Navios e armamentos, (Lisboa — 1894).
4.* — Modelos de navios existentes na Escola Naval que per-
tenceram ao Museu de Marinha. (Lisboa — 1 896 — Com estampas).
O texto portuguez do Sr. Oliveira vem acompanhado por
traducçao franecza do seu illustre camarada José Augusto Celes-
tino Soares.
5.* — Da utilidade do desenho no ensino naval. (Lisboa —
1900^.
6.* — O Contra- Almirante Joaquim Pedro Celestino Soares.
(Lisboa — 1902 — Com o retrato do biographado e o fac-simile
da sua assignatura).
7.* — Apparelho e manobra dos navios. (Lisboa — 1902).
8.* — Portugal — Romance cavalheiresco. (Lisboa — 1903).
Constituo esse livro uma concatenada serie de xácaras
IS ÁUGUIVOS NAOlONAlflS 19
historico-épicas (admitta-se-me o termo) — e vem uma d^ellas
acompanhada pela traducção, em formosos versos francezes, do
Sr. José Augusto Celestino Soares.
9.* — Campos Rodrigues, Discurso pivnunciado por oecasião
(la inauguração do seu retrato no Club Militar Naval em 12 de
Março de 1906. (Lisbou— 1906).
Elaborados pelo mesmo escriptor, e lithographados para insi-
namento dos alumnos da Escola Naval, recebi, como offerta do
Director d'esse instituto:
Apontamentos para algumas lições da 11.^ cadeira da Escola
Naval (Arte da guerra — Fortificação — Estratégia e Táctica
naval) por João Braz d' Oliveira, Officicd da Armada» (S. 1.
(Lisboa)— 1906).
Ainda, por obsequioso intermédio do referido Professor JoZo
Braz de Oliveira, tive a satisfacçSo de ver intrar na Bibliotheca
uma estimável dadiva, estimável e preciosa, cujo oiFerente foi o
Sr. Capitão-de-Fragata Hypacio Frederico de Brion, benemérito
Secretario do cReal Instituto de Soccorros a Náufragos >.•
Dizem respeito a esse Real Instituto as seis espécies que
recebi :
1.^ — Modelo dos Diplomas conferidos aos Sócios.
2.^ — Modelo dos Diplomas conferidos aos que, por actos
valorosos em soccorro de náufragos, merecem ser premiados.
3.* — Medalha de prata, conferida por benemerência aos
«Sócios subscriptores» em testemunho da sua «philanthropia e
caridade 1.
4.' — Medalha de cobre, para ser conferida por benemerência
aos «Sócios subscriptores».
5.* — Medalha de cobre, para ser conferida por «coragem,
abnegação e humanidrde», em soccorro de náufragos.
6.* — Medalha de prata, para ser conferida por motivos ana*
logos aos da medalha precedentemente mencionada.
O Sr. Tenente-Coronel João Maria Jalles offertounos 107
volumes, d^entre os quaes não posso furtar me a especializar os
seguinte doze:
1.* — Direcçoens que ham de servir Para os Senhores Coro^
neis, Tenentes Coronéis, e Majores dos Regimentos de Infantaria
dos Exércitos de Sua Mageatade Fidtlissima executarem com pre-
cizào os grandes movimentos das Tropas, Estabelecidas por Ordem
0D BOLÊTlll DAS âlfiLlOTHECAd
do mtsíúo Senhor por Sua Alteza o Conde Reinante de Schauni'
bourg Lippe. ....... E traduzidag do Original de S. A> na
língua l*oHxigueza por Z>. Joaquim de Noronha Sargento mordo
Regimento de Schaumbourg Lippe. (Lisboa — 1767 — Com 68-
tampas).
2." — Novo methodo para dispor hum corpo de Infantaria, de
80)'te que possa combater com a Cavallaria em Campanha raza,
Estabelecidas (sie) por Sun Alteza o Conde Reinante de
Schaumbourg Lippe, ........ E traduzidas do Original de S, A*
na lingua l'ortugueza por D. Jcaquim de Noronha. (Lisboa —
1767 — Com estampas).
3.* — Ordenança, que determina as obngaçoens dos Inspectores
das tropas de Sua Magestnde Fidelissima: Estabelecida por Or-
dem do mesmo Senhor pelo Conde Reinante de Schaumbourg
Lippe, (Lisboa — 1767).
4." — Regulamento para o exercido e disciplina dos Regimen-
tos de Cavallaria dos Exércitos de Sua Magèstade Fidelíssima,
Feito por Ordem do mesmo Senhor por Sua Alteza o Conde Rei^
navfe de Schaumbourg Lippe, Marechal General, (Lisboa — 1798
— Cam estampas).
5.* — Instrucçoes para a formatura, exercido, e movimentos
dos regimentos de infante»'ia por ordem do Excellentissimo Senhor
Guilherme Carr Beresford, (Lisboa — 1809).
6.® — Instrucçdes para a infantaria de linha. (Lisboa — 1809).
7.° — Regulamento provisional do Real Corpo de Engenheiros,
(Lisboa— 1812).
Vem assignado esse Regulamento por D. Miguel Pereira
Forjaz.
8.^ — Rhglement sur le service des armées en campagne annoté
d'apres les meuilleurs auteurs qui ont tcrit sur VaH militaire, par
Charles de Savoie — Deuxièvie édition revue et augmentée, (Bru-
xelles — 1866).
9.^ — Le tir de Vartillerie de campagne (Das Schiessen der
Feld-Artilierie) par le Major H, Rohne — Traduction du capi-
taine G. Bodenhojst, de Vartillerie belge. (Bruges — S. d. (1882)
— Com estampas).
10.® — Ètude sur le tir d'une batterie de campagne par A.
Lottin. (Gand— 1884).
11.® — O exercito e as finanças do Estado — Pelo capitão do
exercito J. E, Xavier Machado, (Lisboa — 1892).
1 2.* — Jusé Monk — Visão politica, [ Lisboa — 1898).
IS ARCHIVOS NACTONABS 21
aJosé Monk» é o pseudonyiuo do oíBoial (actualmente falle-
cido) Joaquim Emygdio Xavier Machado.
*
Da Carta Chorographica dos limites de fronteira (entre Por-
tugal e Uespanha) recebemos no primeiro trimestre de 1908 mais
uma folha — a tFuIha N.^ 17» chromo-lithographada com a
mesma perfeição das que antecedentemente sahiram publicadas.
Da cUniáo Velocipedica Portugueza» tenho a registar duas
offertas:
1.* — A velocipedia no exercito — Conferencia realisada em
23 de Maio de 1907 por João Carlos Brandeiro de Figueiredo.
(Lisboa — 1907 — Com o retrato do auctor, que ó Tenente da
Administração Militar).
2.* — Carta de Portugal contendo as estradas de macadam e
caminhos de ferro — Publicada para commemorar o 6* anniver-
sario da fundação da União Velocipedica Portugueza — CoordC"
nada por Henrique Loureiro. (Na escala de 1 para 2:000000).
A «Liga Nacional contra a Tuberculose» inviou-nos oito pu-
blicações:
1,* — Da utilidade dos sanatórios. Os sanatórios populares
por Carlos Santos, (Lisboa —1901),
2.* — Congresso contra a Tuberculose — Actas e documentos
do 1.^ Congresso dos Nudeos da Liga Nacional contra a Tuber-
culose. (Lisboa — 1901).
3.* — 2.® Congresso contra a Tuberctdose — Actas e documen-
tos do 2.** Congresso dos Núcleos da Liga Nacional contra a
Tuberculose. (Lisboa — 1903).
4.* — Manual d'Hygiene para as Escolas Primarias por Cân-
dido da Cruz. (Lisboa — 1903).
5.* — O contagio da Tuberculose — Conferencia realisada na
Escola Nacional de Lisboa para o sexo feminino por D, Amélia
Cárdia. (Lisboa — 1903).
6.* — Perigos da Syphilis (conselhos populares) por Thomaz
de Mello Breyner. (Lisboa — 1905).
7.** — Habitações operarias em Portugal. Relatório
por António de Azevedo. (Coimbra — 19()5).
8* — Problemxs de Hj/giene — /. Falsificações alimentares
por Cardoso Pereira. (Famalicão — 1907).
Da Revista de Seiencias Naturaes e Sociaes, que no Porto se
32 BOLE nu DAS BIBLIOTHECAS
publicou sob a direcçfto dos Srs. Wenceslau de Lima, Ricardo
Severo, e António Augusto da Rocha Peixoto, possuiamos na
Bibliotheca Nacional apenas os três primeiros volumes (cuja
ebtampagem teve começo em 1889).
Sias d^essa interessantíssima c Revistai sahiram mais dois
volumes, os Vol. iv e v, publicados de 1895 a 1898; e d* esses
me fez agora offerta, completando-nos a truncada collecçào, o
Sr Dr. António Augusto da Rocha Peixoto, distinctissimo Biblio-
thecario da Real Bibliotheca Pública Municipal do Porto.
E, já que do Porto falei, mencionarei aqui o brinde que
d'aquella cidade nos veiu remettido pela Secretaria da Escola
Medico -Cirúrgica :
Annuarío da Escola Medico- Cirúrgica do Porto — Anno
lectivo de 1906-1907. (Porto — 1907).
Inclue esse volume, álêm de várias informações mui provei-
tosas, os seguintes elementos:
1." — «Prof. Clemente Pinto» (Estudo bio-bibliographico por
Thiago d'Alnieida, com o retrato do biographado);
2.** — c Noticia histórica da Escola Medico-Cirurgica do Porto»
por Maximiano Lemos;
S.** — «OraçSo proferida pelo Professor Carlos Alberto de
Lima na sess&o soleume da abertura das aulas, em 15 de outubro
de 1906»;
4.* — t Valor da constítuiçUo chimica e das propriedades phy-
sicas dos medicamentos, na explicação dos seus effeitos phjsío-
lógicos — Oração académica na sessão solemne da abertura das
aulas da c Escola Superior de Pharmacia do Porto», em 17
d'Outubro de 1906 pelo Prof. Alberto d'Aguiar».
Offerecida pelo instituto a que diz respeito, archivei a seguinte
publicação :
A Escola Medico-Cirurgica de Lisboa em 1900-1906 — An-
ntMrio coordenado sob a direcção de P. A, Bettencourt Raposo
Lente cathedratico e Secretario da mesma Escola. (Lisboa — 1907).
De género análogo, imbora concernente a outro instituto do-
cente, recebi também a publicação que passo a mencionar:
Annuario do Real CoUegio Militar — Anno lectivo de 1906-
1907. (Lisboa — 1907).
Inclue-se no volume o «discurso inaugural» pronunciado pelo
Prof. Luiz Augusto Leitão na sessão solemne de abertura das
K ARCniVOS KACIONAEfi 23
aulas e distribniçllo de prémios, sessão a que se dignaram assistir
Sua Alteza Real o Senhor D. Luiz Filippo e Sua Alteza àSere-
nissima o Senhor Infante D. Manuel.
Do Sr. CapitAo Alfredo Augusto de Oliveira Machado e Costa,
Professor no supra-meneionado Beal CoUegio Militar, vieram-me
oiFertados dois exemplares do discurso que elle proferiu na
abertura das aulas d'aquelle instituto em referencia ao anno
lectivo 1907-1908:
A educação do caracter, (Lisboa — 1908).
O Sr. Prof. David Lopes veiu pessoalmente offerecer-nos um
exemplar do seguinte opúsculo («separata» do que se estampou
no «Boletim» da Sociedade de Geographia de Lisboa):
Cartas de Roja Singn II, Rei de Condia aos hollandezes
(1636- 1660) y publicadas por Donald Ferguson — Precedidas de
uma hibliographia do editor por David Lopes, (Lisboa — S. d.).
Aqui temos agora um folheto constituído por 30 paginas
apenas; mas nessas poucas paginas o auctor que tal folheto
elaborou, e que d'elle nos veiu ofFerecer um exemplar, justificou
mais uma vez o muitissimo que vale por sua vasta illustraçfto.
Intitula-se o folheto
O Orago da Egreja dos Anjos pelo Dr. Santos Farinha.
(I^isboa— 1908).
Ao Sr. Dr. Manuel José dos Santos Farinha, — erudito sa-
cerdote que exerce com singular estima dos seus parochianos o
cargo de Prior na Parochial Egreja de Santa Isabel, e que ás
suas carinhosas funcçSes de pastor d'almas addíciona o condão
de occupar no púlpito um dos legares mais proeminentes, —
ficou a Bibliotheca Nacional devendo também, por oíFerta, uma
abundante coUecção de «diplomas» em branco (diplumas de asso-
ciações e patentes de confrarias) destinados ao «Álbum» quede
siroilhantes espécies tenho determinado organizar.
Para o «Álbum» que deixo mencionado, forneceu-me egual-
mente valiosos elementos o Sr. Jo%o Capello Jalles, Amanuense
da Contadoria da Misericórdia de Lisboa.
O Sr. Martinho Augusto Ferreira da Fonseca presenteou-nos
com várias photographias, entre as quaes se especializam duas
ooncementes á Bibliotheca da Universidade de Coimbra (em uma
24 BOLETIM DAS BIULIOTHKCAS
das quaes se representa o formoso portal de intrada, e na outra
a perspectiva das três elegantes salas de leitura).
O Sr. Henrique Marques, proprietário da «Empresa da His-
toria de Portugal», prosegue obsequiando-nos com as suas dadivas.
Agora nos inviou elle um volume adornado com 403 gravuras:
Lisboa. Compilado e estudo por Alfredo Mesquita. (Lisboa
— 1903).
Entre as gravuras vem uma, na pag. 173, que representa o
aspecto exterior do edifício em que actualmente se acha instai-
lada a Bibliotheca Nacional de Lisboa; e de pag. 411 a 412
depara-se-nos a respectiva notícia.
Juntamente com esse livro, o oflferente remetteu-me a conti-
nuação dos volumes, em que a mencionada «Empresa» está
dando a lume a collecç^o das Ohras completas de António Feli-
ciano de Castilho, annotadas e commentadas pelo seu filho pri-
mogénito, o Sr. Visconde Júlio de Castilho. São já em número
de 54 03 volumes que d^essa collecçâo appareceram publicados,
— volumes de uma edição popular adornada com plioto-íçravuras,
volumes baratíssimos que o editor expõe á venda pelo módico
preço de 200 réis cada um ! Quem nâo ha-de por este módico
preço adquirir os primores litterarios do glorioso Poeta?
Ao Sr. Dr. José Francisco Trinda^le Coelho devo o oflFere-
cimento da seguinte dadiva :
Trindade Coelho — Manual Politico do Cidadão Poriuguez —
2. '^ edição actualisada e muito augmentada — Prefacio de Alberto
d' Oliveira. (Porto— 1908).
O Sr. Alfredo Duarte Rodrigues mandou expressamente vir
de França, para nos offerecer:
Le mal de mer. Comment on se preserve, comment on se soigne,
comment on en guérit — Guide hygiéiiique et medicai complet du
voyageur a hord des navires publié par le Comité de la •Ligue
contre le mal de me**» sous la direction du Docteur Madeuf —
2.^édition. (Paris — S. d.}.
O Sr. Francisco Adolpho Coelho, Professor de Philologia no
Curso Superior de Lettras, inviou-nos de sua lavra a seguinte
producção :
F. Adolpho Coelho — Casos de analogia na língua portuguesa
, — Eoctrait de la tltevue Hispanijueií, tome XV. (Mâcon — 1907).
E ARCHIVOS NAGI0NAB8 26
O Sr. Baptista de Lima (residente na Povoa de Vàrsim)
também de sua lavra nos inviou a seguinte dadiva:
Bem-me-queres (Versos). (Villa do Conde — 1908).
O Sr. Visconde de Sanches de Frias offereceu-nos ura exem-
plar de três producçSes suas, que nSo possuíamos na Bibliotheca,
— dadiva tanto mais para agradecer por isso mesmo que todas
três correspondem a edições totalmente exgottadas.
E s%o ellas:
1.* — Jorge de Aguilar. Dranm em um prologo e três actos
por D, C. Sanches de Fi-ias. (Porto — 1878).
2.* — O sello da roda. Drama em um prologo^ três actos e um
epilogo — Exlrahido do noiavel romance do mesmo nome, original
de Pedro Ivo, por Z). C, Sanches de Frias. (Porto — 1878).
3.* — Quadros á Penna. Contos e Nai^ativas por Sanches de
Frias. (Porto -1891).
O Sr. Dr. Ârthur Lamas apresentou* se-nos doesta vez a
oíFerecer-nos uma substanciosa memoria, em que se fazem repe-
tidamente referencias a folhetos raros da Bibliotheca Nacional.
A memoria, que sahiu primitivamente publicada nas paginas
d' O Archeologo Português, diz no frontispício da respectiva «se-
parata» :
Ârthur Lamas — Medalha commemorativa do casam&nto de
D. João VI — Da collecção organizada por José Lamas, (Lisboa
— 1908).
Na elaboração do seu opúsculo, o Sr. Dr. Ârthur Lamas nilo
se limita a descrever-nos a medalha de que se trata, e cujo
anverso e reverso nos publica em photo-gravura fao-simile, —
mas congloba-nos em circumstanciada minúcia todas as interes-
santes particularidades que logrou apurar ácêrca dos preparativos
e festejos relativos ao principesco inlace. E termina o folheto
pela reproducçSo fac-8Ímíle (era zinco- gravura) de uma espécie
biblfaea mui rara, — tão rara que ainda até hoje nfto teve o Sr.
Lamas occasíão de incontrar mais do que o exemplar existente
em nossa Bibliotheca.
Essa espécie raríssima, constituída por uma folha de almasso
dobrada in-4.** (s. 1. n. d. — mas cora todos os visos de haver sido
impressa na Hespanha e provavelmente era Madrid), tem sua
impressão a duas columnas por página, incluindo o próprio fron-
tispício que diz na primeira columna :
Lamina que representa la medalla acunada eon motivo de los
26 BOLETIM DAS filBLIOTHECAS
aagustop desposorios de los Sererdsimos Séíores InfanUs d$ Es-
paíía, Doha Carlota, y Don Gabriel, y los Selares Infantes de
Portugal Don Juan, y Dj^ Mariana Viciaria, celebrados eti las
cortes de Madrid y Lisboa en los dias 27 de Marzo, y 12 de
Abril dei aho de 1786, explicacion y ciroinstancias de eUos.
A columna segunda oiFerece*nos em francez e por esta forma
a interpretação do título castelhano que &ea transcripto:
Planche qui represente la médaille frappée à Voccanion du
mariage de Don Gabriel, Infant d^Espagne, avec Vlnfante de
Portugal Dóha Marie-Victoire, et de Don Jean, Infant de Por-
tugal, avec Vlnfante d'Espagne Do^a Charlotte, dont la cérémonie
a été faite respectivement a Madrid le 27 du mais de Mars et a
Lisbonne le 12 du móis d'Avril de Vannée 1786, oú Von repré-
sente tovtes hs circonstances de ces deux évenemem.
Finalmente fecharei esta resenha trimestral das dadivas prin-
cipaes, com que a Bibliotheca foi contemplada, mencionando fi^s-
tivamente a formosissima grinalda de perfumadas flores cora que
uma notável dama consagrou a gloriosa memoria de outra dama
nSo menos notável.
A Sr.* D. Olga Moraes Sarmento da Silveira, — que, nSo só
entre conterrâneos mas entre extrangeiros também, desfructa
com justificada razão foros de brilhante escriptora, — propoz-se
dar a lume successivas monographias ácêrca das cmulheres illus-
três» portuguezas.
£ d'essa opulenta galeria o primeiro vulto que suggestivA*^
mente lhe surriu, foi o da célebre aAlcippe», — a cuja gloriA-
caç&o determinou aquella talentosa escriptora dedicar um livro,
de que nos oífereceu exemplar, e que diz assim no frontispício:
A Marqueza de Aloimi (Sua influencia na sociedade partu-
gueza). 1760-1839. (Lisboa — 1907;.
Vem antecedido o texto do livro por uma tCarUi-Prefacío»
do Sr. Dr. Theophilo Braga; e servem-lhe de adorno o retrato
da auctora e o da biographada, juntamente com vários outros
retratos da familia de cAlcippe», assim como diversas photo-gra-
vuras em que se representam assumptos que com cAlcippe» ou
com sua familia se relacionam de perto.
De acquisiçSes por compra, passarei agora a informar.
Em 1906 se começou a estampar eiu Paris o
Bulletin des BibliotKèques Populaires publié saus les
QMSpices de la Bibliaihlque de 1'Enseignement Public et de Fins-
pection Géfiérale des Bibliothèques.
£ ÁRCHIVOS NACIONÁES 27
Tal publicação conta já dois volumes (concernentes a 1906
e 1907).
Por me parecer importante o seu assumpto, importante ainda
mais para o pessoal technico da nossa Bibliotheca do que pro-
priamente para os leitores communs, resolvi tomar do referido
Boletim assígnatura permanente.
A Oeselhchaft filr Romanische Literatitr publicou em 1907
dois novos volumes, que a Bibliotheea Nacional de Lisboa recebeu
como subscriptora d'aquella sociedade litteraría.
E são elles:
António Mwhoz — Aventuras en verso y prosa, Nach d-em
Druek von 1739 neu Herausgegeben von O. Baist, (Dresden —
1907).
Cancionero y Obras en prosa de Fernando de la Torre, Pvr
hlicado por A, Paz y Mélia, (Dresden — 1907).
The lUustrated London Neics — uma das mais interessantes
publicações que no seu género apparecem á luz — constituíam na
nossa Bibliotheca em tempos uma espécie que por certa classe
de leitores era avidamente consultada. E d^essa curiosa espécie
possuímos a collecç&o desde seu principio (Maio de 1842) até
1887, — anno em que mandou suspender a assignatura respectiva
quem por essa occasião superintendia nos serviços do nosso insti-
tuto como Bibliothecario-Mór da Bibliotheca Nacional de Lisboa.
Imbora tenhamos assignatura permanente de duas clllustra-
ç8es» extrangeiras, também notavelmente curiosas, — taes como
Uniustration que se publica em Paris, e La IltAstración Espa-
ííola y Americana que se publica em Madrid, — afigurou se-me
todavia de grande interesse, e conveniência imprescindível, vol-
tarmos a receber a flllustraçSo» londrina de que faço mençSo,
pois que esta se caracteriza por uma especial feiç&o que das
outras duas a distingue; e no principio do anno corrente mandei
reabrir d'ella assignatura permanente.
De Londres mandei vir os dois últimos volumes publicados
— volumes que se referem a 1906 e 1907 — da obra que annual-
mente alli se estampa sob o titulo
The Statesman^s Year-Booh edited hy J, Scott Kd-
tie with the assistance of L P. A, Reninick,
Constituo sempre uma parte curiosa nestes ((Ânnuarios» o
capitulo que se refere a Portugal.
28 BOLETIU DAS BIBUOTHECA8
E terminarei a lista das obras que de Londres mandei vir,
citando uma publicação esplendida:
Fratieeêco Bartoíozzi, R. A. — A Biograpkiecd Efsay By J.
r. Herbert Baily. With a Cutalogiie ofthe PríncijMzl Prinis, and
a Six Yeavh' Record of Auction Prices. (London — 1907).
Era número de cem se contam as galantissimas estampas,
com que esta elegante edição nos apparece illustrada, coloridas
muitas d^ellas, e entre essas a reproducçâo do bel lo retrato de
Bartoíozzi pintado por Joshua Reynolds e gravado pelo não menos
notável Roberto Marcuard.
A obra, que muito -se prende cora a historia da gravura era
Portugal (pois que em Portugal residiu Bartoíozzi muitos annos,
aqui charaado a convite de D. Rodrigo de Sousa Coutinho, e era
Lisboa veiu a fallecer numa edade avançada), abrange quatro
secçSes: — Esboço biographico de Bartoíozzi; Bibliographia de
publicações relativas ao dito gravador; Lista de gravuras por
elle executadas; e Lista de gravuras vendidas entre 1901 e 1907
(com 08 respectivos preços).
Lamentável é todavia que o auctor de obra tão interessante
haja deixado ommissos, na parte bibliographica, os nomes dos
escriptores portuguezes (v. g., o de Cyrillo Volkmar Machado,
que largamente se occupa de Francisco Bartoíozzi na sua Col-
lecção de memorias relativas ás vidas dos pintores e esculptores,
architectos e gravadores portuguezest ^ e dos estrangeiros que esti-
veram em Portugal), — como lamentável me parece que, na lista
das chapas abertas pelo illustre gravador florentino, nenhuma se
incontre mencionada das que elle com tanta maestria executou
quando em Portugal residente.
Na Bélgica mandei comprar :
L. Maeterlinck — Le genre satirique dans la peinture Jlamande
— Deuxième édition revue, corrigée et considérahlenient augmentte.
(Anvers — 1907 — Com muitas estampas, quer intercaladas no
texto, quer em fls. aparte).
Em França adquiri as obras que passo a mencionar:
Herculanum et Pompéi. liecueil general des peintures, bronzes,
mosatques, etc, découveiis jiisqnà ce jour, et reproduits d^après
Le Antichílà di Ercolano, li Sluseo Borbonico et tous les ouvra-
ges analogues, uugmenté de sujets inédits graves au trait sur cuivre
par IL Rotix ainé Et accompagné d*un Texte explicatif par M.
L. Barre. (Mesnil (Eure) — 1 8161-62 — 8 vol.).
E ARCHIVOS NACIOKÂBS 20
Exgottada desde muito a ediçSo doesta curiosa obra que nfto
possuíamos na Bibliotheca Nacional, debalde a procurei obter
durante largo tempo, e só agora logrei alcançar d'elia um
exemplar.
Dictionnaire de Médecine, de Chirurgie, de Pharmacie et. des
Sciences qui sy rapportent. Par Ê, Littré — Vingt et unième
édition enfièrement refondue yav A, Gilbert. i^Corbeil — 15)00).
Do velho fDiccionariu» de Nysten, siiocessi vãmente modifi-
cado e ti*an2>rormado por Carlos Rubin e por Emiiió Littré, pos-
sulamos na Bibliotheca edições anteriores; mas os progressos
sempre crescentes, sempre ininternipto.s, e cada vez mais assom-
brosos, da scicncia médica e das scieiícias naturaes qud com ella
se relacionam, tornavain-nos indispt;nsavel adquirir esta nova
ediçSLo, cujo refundidor é na Faculdade de Medicina, em Paris,
Professor de Therapeutica.
VAme et le Curps par Alfred Binef. (Paris — 1906).
O auctor ex^írct na Sorbonne o cargo de Director do Labo-
ratório de Psychologia, — e a obra pertence á collecçâo aBiblio*
thèque dtí Philosophie Scientitique», collecçfto muito estimada, e
dirigida pelo Dr. Gustavo Le Bon.
F, de Montessiis de Ballore — Les fremllemenh de terre —
Géographie séiêmologiquc — Avec une Préface par M, A, de Lap-
parent. (Evreux — 1906 — Com cartas illustrativas, e várias
outras figuras).
Comte de Montessus de Ballore — La science séismologiqne ~-^
Les tremblemenfs de terre — Avec une Préface par M, Ed, Suess.
(Paris — 1907 — Com cartas illustrativas, e outras diversas
figuras).
Emile Haug — Traité de Géologie — /. Les phénomènes géolo-
giques, (Coulommiers — 1907 — Coui cartas e figuras).
Vargot ancien (14Ô5-1850). Ses éUments constitutifs, ses
rapporis avec les langues secrèfes de VEurope méridionale et Vargot
fáoderne.' Avec un Appendice sur VArgot jugé par Victor Hugo
et Balzac. Par Lazare Sainéan, (Abbeville — 1907).
A apreciação de Balzac ó extrahida do romance La dernierig
30 BOLBTlH DAS UlBLlOTItKCAS
incamation de VaiUrin; a de Victor Hugo tem por procedência
Les Miêérables.
Táin bó Cúalnge — Enlèvement [du taureau divin et] des va-
cJies de Cooley, la plue ancienne tpopée de VEurope occideutale,
IVaduetion par H. d'Arbois de JubainvUle. (Première livraison
publiée avec la coUaboration de M, Alexandre Smirnof, (Mâcon
— 1907 — Com estampas).
Livres d*Heureê imprimes au XV* et au XVP nècle conserves
dans les bibliotKèques publiques de Paris — Catalogue par Paul
Laeombe, (Paris — 1907),
Abrange 595 Números esse precioso Catálogo, elaborado e
largamente prefaciado por quem na Bibliotheca Nacional de Paris
tem o titulo de Bibliotheca rio Honorário,
Baron de MaricouH — Madame de Souza et sa famille —
IVoisième édition. (Tours — 1 907).
cM«'idame de Souza» é a conhecida e celebrada escriptora
com quem se iniaçou em segundas núpcias D. José Maria de
Sousa Botelho, o afamado «Morgado de Matteus» que em 1817
briosa e patrioticame'nte deu á luz em Paris, exclusivamente
destinada a brindes, a mais luxuosa^ a mais sumptuosa ediç?lo
d* Os Lusíadas.
Incerra pois grande interesse para Portuguezes o livro que
ora menciono, e que se publicou adornado com uma heliogravura
em que se representa o retrato da biographada («M*"* de Souza
d^après un portrait en miniature appartenant à M""" la vicom-
tessa d^Asseca»).
■
Frédéric Loliée — La vie d'une impératrice, Eugénie de Mon-
tijo, d'apres des mémoires de cour inédits. (Tours — 1907 — Com
abundantíssimas illustrações).
Albert Savine et Frnnçois Bournand — Le 9 Thermidor d'après
les Documents d'Archiues et les Mémoires. (Grand-Montrouge
(Seine) — 1907 — Com iilustraçSes documentárias).
Cours d^Economie Politique professe à VÉcoh NationáU des
Ponts et Chaussées par C Colson — Deuxième édition revue et
augmenfée. (Lavai — 1907 — 6 vol.).
E ÁRCniVOS NÁCIOKAES 31
O auctor é em França o Ingenheiro- Chefe das Pontes e Cal-
çadas; e a obra faz parte da «Encyclopédie des Travaux Publica»
fundada pelo Inspector Geral das Pontes e Calçadas C. Lechalas.
Piei^re Quentin-Bauchart — Lamartine et la politique étran-
gere de la Révolution de Février (24 février — 24 juin 1848),
(Tours — S. d. — 1907).
Colonel Biottot — Ze» Grands Inspires devant la Science —
Jcanne d' Are. (Paris — 1907).
Êtudts d'histoire et de psychologie du mysticisme, Les granas
mystiques chrétiens. Par Henri Delacrolx. (Chartres — 1908).
Poésie et Folie. Essai de psychologie et de critique par A.
Antheaume et G, Droniard (Tours — 1908).
Os dois auctores sfto ambos clínicos ein hospitaes de alienados.
Les femmes homicides par le D^ Pauline Taímoicski — Avec
40 planches hors texte contenant 161 figures et. 8 iableaux anthro-
pométriqties . (Evreux — 1908).
Science de hi Mor ale par Ch. Renoitvier — Nouvdle édition.
(Chartres — 1 908 — 2 vol .).
Les pvincipes de Vévolution sociale par Dicran Aslanian.
(Paris -1908).
Identité et Réalité par Éniile Meyerson, (Evreux — 1908).
VIdée de Dieu, Essai sur le príncipe de Vart moral rationnel
par Albert Bayet. (Paris -Lille — 1908).
Alhert Savine et François Boumand — Fouquet surintendant
general des finances, d'apres les Documents d'Archives et les
Mémoires, (Grand-Montrouge (Seine) — 1908 — Cora ilIustraçSes
documentárias).
Louis-Sébasiien Mercier — Tableau de Paris. Édition abrégée,
Avec reproduction des gravures d*i Dunker et des caricatures faites
sur Mercier — Préface et notes par Lncien Roy. (Paris — S. d,
— 1908).
32 BOLETIM DAS BIBLIOTHKCAS
La question d^ Extreme- Orient par Édouard DriauU» (Cou-
lommiers — 1908).
Na «Livraria Antiga e Mudernav cio alfarrabista Caldas Cor-
deiro fiz acquisição de doz espécies:
a) — Exposé des motifs qui ont empêché h Maréchal-de-Camp
Joseph-Marie de Moura, d*aUer rejoindre à Portq Varmée de S,
M, T, F. la Reine de Portugal, sons le commandement de son
auguste phe, S. M. L le Duc de Bvagance, (Dunkerke — 1 833).
b) — Diccionario Numismograjico Lusitano, Em que se des-
trevem as Moedas antigas de Portugal^ duo se noticias curiosas a
respeito do dinheiro em geral; e se prova que nunca em Portugal
houve dinheiro de sola. Por F, F. P. da Villa de Favaios
(Lisboa — 1835).
As iniciaes cryptonymicas, sob as quaes quiz acobertar-se o
auctor .d'este folheto, correspondem ao nome de Fr. Francisco
dos Prazeres Maranhão, frade franciscano que no século se cha-
mara Francisco Fernandes Pereira e na villa de Favaios tinha
nascido (como informa o bibliographo Innocencio Francisco da
Silva no Tom. III do seu Diccionario Bihliographico^PortuguezJ*
c) — Eocposiçao histórica da creaçflo do Museo Portuense,
Com Documentos Officiaes para servir á Historia das Bellas
Artes em Portugal, e á do Cerco do Porto, Por João Baptista
Ribeiro. (Porto — 1836).
d) — Funeral que pela infausta e sentida morte da Senhora
Dona Maria Segunda, de saudosissima memoria, fizeram os Por-
tuguezes residentes n'esta cidade, (Recife — 18Õ4;.
e) — Parnaso Maranhense — Collecçao de poesias, (S. I. (Ma-
ranhão)—1861).
Incerra producçSes de cincoenta e dois poetas, íigurando no
conjuncto quatro composições do célebre António Gonçalves Dias.
f) — Gramática de la lenqua arábiga, por Dpn José Morena
Nieto, Catedrático que ha sido da dicho idioma en la Universidad
de Granada, (Madrid— 1872).
g) — Estúdio sobre el valor de las letras arábigas en el alfa''
beto castellano y regias de lectura por D. Leopoldo Egudlaz y
E AKCUlVOS NACÍONAÈS 33
Anguas Catedrático de Literatura general y espahola en la Uni-
versidad de Granada. (Madrid — 1874).
h) — Boletim da Sociedade Propagadora de Conhecimentos
Geographico-Africanos de Loanda. (Loanda — 1881),
i) — Estudos Historico-Militares. I. Defensa de Campo Maior
em 1801. Por Pedro Manuel Tavares. (Elvas— 1890).
j) — Estudos Historico-Militares. IL Acção dos PadrSes da
Teixeira em, 1808. Por Pedro Manuel Tavares. (Elvas — 1892).
Na loja dos alfarrabistas Pereira da Silva & C.^ comprei :
c Carta de Brazão de Armas passada afavor de António Jozé
de Afonceca Mimozo em 6 de Abril de 177õf (Pergaminho com
illuminuras).
Esta Carta de brazão d'armas iica em nossas colIecçSes
constituindo um bello pendant d^aquelPoutra que adquiri em 9
de Janeiro de 1904, comprada a Augusto Henrique Santos, —
Carta que na Regência da Senhora Infanta D. Isabel Maria foi
passada afavor de «António Roberto dos Reys Tavares» em 1
de Agosto de 1827.
Ao nosso «Inventario Geral» accresceram, durante o trimestre
que hoje finaliza, mais onze folhas impressas:
Na Secção de «Sciencias Civis e Politicas» (suspendendo-se
temporariamente a continuação dos cadernos relativos á Serie 1.^
(numeração preta), visto que já nessa temos 44 cadernos estam-
pados) principiou a impressão da Serie 2.^ (numeração vermelha)
e d'ella se imprimiu já o 1.° caderno (em que se alcança o
N.*^ 178 da respectiva inventariação).
Na Secção de «Sciencias e Artes» imprimiram-se os cadernos
10." e 11.^ da Serie 1.* (attingindo-se já o N.^ 1:596).
Na Secção de oPhilologia e Bellas-Lettras)) estamparam-se
os cadernos lOG.® a 108.'' da Serie 1.^ (em que se alcança o
N.*^ 11:447) e o caderno 66.** da Serie 2.* (em que se chega ao
N.' 6:623).
Na Secção do aArchivo de Marinha e Ultramar» ultimou- se
a impressão dos cadernos 41.^ a 44.^ (em que se attinge o
N.® 12:846), e assim termina o texto do Vol. ii relativo aos
documentos do archipelago madeirense.
?.• ANNO, N.» 1 3
84 fiOLfiTlM DAS BIBLtOTHECAS
Em remate do mea Relatório, nelle porei agora uma nota
que me enche de cordial satisfacçílo.
Em 7 de Outubro de 1907, por demiss&o do respectivo func-
cionario, vagou na Bibliotheca Nacional um logar de Amanuense-
Escripturario.
Para seu preenchimento se abriu concurso, cujas provas
prácticas se effectuáram em 27 de Janeiro do anno corrente, —
ficando provido no cargo por Decreto de 18 de Março, publicado
no Diário do Governo de 26 d'este mez, o Sr. António Raphael
Ferreira, que nesse mesmo dia tomou posse.
As excellentes provas que deu no concurso o nomeado, e os
attestados que apresentou de louvor em várias commissSes de
serviço público, auctorizam-me a confiar que este meu novo
companheiro de trabalhos será um zeloso e laborioso funccionario.
Deus Guarde a V. Ex/ — Bibliotheca Nacional de Lisboa, em
31 de Março de 1908. — 111."" e Ex."" Senhor Conselheiro
Bibliothecario-Mór do Reino. — O Director, Xavier da Cunha.
£ ARCmVOS KÀGIOKAÊd 35
i Exposição Gemntlna da Bibllotheca Nacional de Lisboa
em Maio de 1900
Em 1605 appareceu pela primeira vez a lume o singularis*
BÍmo livro do immortal Cervantes — El ingenioso hidalgo Don
Quixote de la Mancha — livro que naqueile anno teve seis edi-
çSes: duas em Madrid, por JoSo de la Cuesta; duas em Lisboa,
a primeira das quaes por Jorge Rodrigues (e ha nesta duas mo*
dalidades, variantes com respeito á vinheta decorativa da pagina
frontispicial e com respeito egnalmente á folha em que figuram
exaradas as censuras); e a outra por Pedro Crasbeech; finaU
mente duas em Valência, ambas impressas na officina de Pedro
Patrício Mey.
Doestas todas passa geralmente por edição'^primeira, entre
os bibliographos, uma das estampadas em Madrid por JoSo de
la Cuesta; mas não falta quem (com argumentos n%o despicien-
dos) se incline a suppôr eilç^o-jíyríneeps (de preferencia ás ediçSes
madrilenas) a edição lisbonense de Jorge Rodrigues.
Sem agora me aventurar nessa discriminaçSo de primazias,
e restringindo-me ao limitadíssimo intuito das breves linhas que
vou escrever, direi apenas que, para acompanhar a nossa vizinha
Hespanha nos ruidosos e calorosos festejos com que, em Maio
de 1905, celebrou saudosamente o tri-centenario da publicaçSo
do immorredouro livro, determinei eu organizar na Bibliotheca
Nacional de Lisboa e patentear durante o referido mez uma
cExposição Cervantina» — Exposição que inaugurei aos 8 de
Maio e que d'ahi a vinte dias incerrei.
Nessa Exposição apresentei as ediç5es todas que a Biblio-
theca possue do D. Quixote, quer no original, quer em traduc-
çSes, incluindo nestas as ediç5es que existem de traducçSes por-
tuguezas, entre as quaes sobremaneira se destaca a do Visconde
António Feliciano de Castilho (continuada pelo Visconde de
Azevedo e concluída por Manuel Pinheiro Chagas), assim como
a do Visconde de Benalcanfor (effectuada em collaboraçSo com
o Sr. D. Luiz Bretòn y Vedra). Por esse motivo figurou na sala
da Exposição o busto de Castilho, talhado era mármore de Car-
rara pelo esculptor José SimSes de Almeida, (busto que genere^
36 BOLBTÍlt DAS BlULlOTHlCCAS
sãmente foi offerecido em tempos á Bibliotheca Nacional de
Lisboa pelo Conservador da mesma, o Sr. Visconde JuIio de
Castilho), e figuraram egualmente os retratos photographicos do
fallecido Visconde de Benalcanfor e de D. Luiz Breton 7 Vedra
(retratos por este cavalheiro offerecidos á Bibliotheca sob instan-
cias minhas).
Tratei de conjuntamente expor todos os exemplares que pos-
Buimos das novellas de Cervantes, das suas composições poéticas,
e de quaesquer outros escriptos seus, tanto no texto original,
como em versSes (e, entre as versSes, lá se destacava a traduc-
ySo portugueza da Galatéa, pelo nosso insigne Manuel Maria de
Barbosa du Bocage, traducção primorosamente elaborada sobre
a interpretação franceza de Florian, — como também se desta-
cava a traducçSo anonyma que temos, em códice manuscripto,
da Hiatoria dos Trabalhos de Persãis e Sigismunda).
Juntei-lhes egualmente importantíssimas monographias de
auctores portuguezes e auctores extrangeiros, — já particular-
mente .sobre o D. Qiiigeote, já sobre as outras producçoes de
Cervantes, já finalmente sobre a vida e os méritos litterarios do
glorioso novellista.
Âccresceram em seguida as composições que do D, Q^iQcote
derivaram sua origem, quer no campo das novellas, quer no
campo das obras dramáticas, — e entre estas avulta brilhante-
mente uma das mais afamadas «operas do Judeu». £efiro-me á
Vida do Grande D. Quixote de la Mancha, e do Gordo Sancho
Pança, Opera que se representou no Theairo do Bairro Alto de
Lisboa, no mez de Outubro de 1733.
E, porque em 8 de Maio se commemorava também o bi-cen-
tenario natalício do Dr. António José da Silva (o desditoso dra-
maturgo que aos 19 de Outubro de 1739 foi, sob pretexto de
judaísmo, victimado nas fogueiras do Santo-Ofiicio), reuni em um
dos mostradores as obras theatraes d'aquelle infeliz e as de
alguns dos seus mais notáveis commentadores.
Em outro mostrador agrupei diversos livros referentes ao
hjpothetico incontro de Cervantes nos cárceres argelinos com o
célebre Manuel de Sousa Coutinho (aquelle que na clausura
jdominicana havia de ulteriormente florescer em lettras sob o
nome de Frei Luiz de Sousa). Neste grupo era natural que figa*
E ARCHIV08 NÀCIONAES 37
rassem (por isso os fiz figurar) eschptos concernentes á identifi-
cação (triumphantemente rebatida por Camillo Castello Branco)
entre o mencionado Frei Luiz de Sousa e o portuguez Manuel
de Sousa Coutinho, protagonista da narrativa romântica introdu-
zida por Miguel de Cervantes Saavedra no Cap. x de Los Tra-
hajos de Persiles y Segismunda,
Um grupo que nSo descurei foi aquelle das obras que Cer-^'
vantes descreveu como existentes na livraria do seu cavalleiro-
andante, — muitas das quaes (conforme se lê no Cap. vi dá
•Primeira Partei do D. Quixote) foram pelo cura condemnadas
ao fogo, emtanto que outras, graças aos elevados quilates do seu
merecimento litterario, lograram privilegiadamente escapar incó-
lumes do auto-de-fé a que pretendiam condemnálas o barbeiro
e a sobrinha do tresloucado manchego. Por esse motivo se deparou
aos olhos dos visitantes, na «Exposição Cervantina», um mos-
trador em que se patenteavam obras, que nada tinham directa-
mente cora o platónico adorador da imaginária Dulcinéa, mas
que só incidentemente se relacionavam com elle pelo facto de
haverem sido incontradas entre os volumes da sua livraria.
E agora, — ao receber de Madrid, como preciosa dadiva para
a Bibliotheca Nacional de Lisboa, um exemplar do Catálogo de
la Expotnción celebrada en la Biblioteca Nacional en el tercer
centenário de la publicación dd Quijote (Madrid — 1905), — sin-
to-me feliz em ver que também a mesma idéa acudiu natural-
mente ao cCuerpo facultativo de Árchi veros, Bibliotecários 7
Arqneólogosi, na organizaçfto do seu brilhantíssimo trabalho: lá
vem (de pag. i a LV), sob o titulo «Biblioteca de Don Quixote»,
uma secção curiosissima.
Por analogia de assumptos, e como pretexto para denunciar
aos visitantes uma secção de clironicas e novellas que possue a
Bibliotheca Nacional de Lisboa na secção dos seus códices ma-
nuscriptos, pertencentes umas ao género cavatleiresco, outras ao
pastoril, e mesmo algumas ao jovial e burlesco, mandei collocar,
á ilharga do mostrador em que estavam as espécies pertencentes
á «Livraria de D. Quixote», um mostrador appenso para expo-
sição d^aquelFoutras, — o que representou decerto uma novidade
bem acolhida por quantos ignorassem a existência de taes ele-
mentos.
38 BOLBTUf DAS BIBUOTHEOÁS
Inaugurada em 8 de Maio a cExposiçilo Cervantínai da
Bibliotheca Nacional de Liaboa^ foi logo nease dia concorrida por
21 visitantes, e por 27 no dia seguinte. No dia 10 diminuiu a
concorrência^ porque só appareceram 16 pessoas; em 11 do mez,
vieram 14; em 12, intraram 16; e 15 visitantes, no dia 13.
Seguiu-se um Domingo, em que não esteve patente a Expo-
siçSo, e em que O Século publicou acerca das espécies alli apre-
sentadas um minucioso artigo, illustrado com a zinco-gravura
representativa do aspecto geral da sala; suggestionada pela res-
pectiva leitura, avultou no dia immediato a concorrência, porque
ascendeu a 49 o número dos visitantes. Aos 16 do mez, tornou
a concorrência a baixar, comparecendo tào somente 10 pessoas;
seguiram-se o dia 17 com 4 visitantes, o dia 18 com 5, o dia 19
com 3, e o dia 20 com 8. Ao dia 21 correspondeu novo Domingo,
em que a Exposição não abriu suas portas, — e durante os seis
dias úteis da semana immediata a somma total dos visitantes
assumiu apenas a conta de 35.
Resolvi então, perante o decrescimento da concorrência, in-
cerrar no Domingo seguinte a Exposição, — mas logrei fechál-a
com a festiva assistência de numerosos visitantes, pois que nesse
Domingo (28 do mez) a «Academia de Estudos Livres •, repre-
sentada por uma cohorte de 72 pessoas (entre damas e cavalnei-
ros), veiu percorrer em passeio artistioo-scientifico os aposentos,
da Bibliotheca Nacional de Lisboa e observar de perto as prin-
cipaes preciosidades que nella se arrecadam.
Teve por conseguinte a mencionada Academia occasião de
também visitar a Sala da cExposição Cervantinai, — o que fez
com que subisse a 295 o número total dos visitantes, correspon-
dente aos dezenove dias em que a Exposição esteve aberta.*
Nesses 295 visitantes cumpre não esquecer que figuraram 47
damas ornamentando, abrilhantando, e perfumando com a sua
gentilissima presença o sympathico grupo dos concorrentes, —
concorrentes que, por fagueiras palavras de benevolente animação,
mais de uma vez significaram, a quem esta breve noticia está
escrevendo, o desejo de que similhantes exposições, exposições
análogas, se repetissem na Bibliotheca Nacional de Lisboa.
Sirvam esses amoraveis incitamentos como suave contrapo-
B ABCHIVOS HAaOKAES 39
siçlo á estúpida malevolencia da quem, somente censuras tolas
sabendo fazer ao trabalho honesto e sincero, capricha em dar
assim razSo áquelles dois conceituosos versos de Boileau:
Un êot trouve Un^oun un pluê sot qui Vadmrt,
XJn sot pour Vimprimer d des êoiê pour le Urel
Entre as espécies jomalisticas, accrescidas no decurso da
Ezposiç&Oy — espécies de que se fará mençSo no respectivo Ca*
tilogo, — abundam noticias encomiásticas, muito para agradecer.
Áté de longinquas localidades me vieram obsequiosamente
saudaçSes. A esse número pertence um telegramma do estimável
jornalista Alberto Bessa, que ao tempo andava em picturesca
villeggicUura entre os arvoredos do «Bom Jesus» de Braga. E
porque as suas palavras redundam em crédito da Bibliotheca
Nacional, e porque redundam ellas egualmente em justo louvor
de quem me aconselhou, secundou, e auxiliou no meu imprehen-
dimento, apraz-me aqui transcrevei- as muito penhorado; na sua
transcripç&o cumpro inclusivamente um dever.
Diz assim o telegramma expedido em 15 de Maio ás 11 horas
da manhan:
f Dr. Xavier da Cunha. Bibliotheca Nacional. Lisboa.
cFelicito illustre consócio amigo ExposiçSo Cervantina cujo
êxito chegou até esta estancia onde encontro alguns dias. Bessai.
A Academia de Estudos Livres, que já em 8 de Janeiro me
tinha honrado visitando na Bibliotheca Nacional a c Exposição
Garrettiana» por mim organizada, costuma, para estas suas ex-
cursSes de interesse artistico ou scientifico, destinar de preferencia
08 dias santificados, — e fez-me constar que muito e muito dese-
java ser nalgum d'elles admittida a examinar e admirar as pre-
ciosidades e raridades na Bibliotheca existentes.
Pelos Directores da Academia me foi outrosim manifestado o
impenho de que me prestasse eu a ir, na própria sede social
d'aquelle instituto, fazer-lhes uma conferencia preparatória da
visita que desejavam realizar.
Accedi gostosamente. Combinou-se o Domingo da visita;
40 BOLETIM DAS B1BLIOTHECA8
combinou-se a noite da conferencia. E já a cExpoâçlo Cervan-
tinai estava prestes a fechar saas portas, quando recebi a segainte
participação :
c Academia de Estados Livres (Universidade Popular) —
Lisboa, 22 de Maio de 1905 — Sr. Dr. Xavier da Cunha
— Temos a honra de communicar a V. . . . que vae ser annun-
ciada para a próxima quinta-feira 25 do corrente a conferencia
que* se digna fazer no seio d'esta Academia acerca da Bibiiotheca
Nacional de Lisboa. — A Academia, confiando na muita bondade
de y . . . . e segura do seu extremado zelo pelo bem publico e
pela sagrada causa da instrucçSo nacional, conta com a sua
annuencia para visitar seguidamente, no domingo 28 pela 1 hora
da tarde, sob sua direcção, o edifício d'aquelle importante esta-
belecimento, a que tão superiormente preside, e a Exposição
Cervantina que ali se abriu por sua esclarecida e indefessa ini-
ciativa.— Queira V. . . . acceitar ae homenagens da nossa consi-
deração e respeito. — De V.... muito attentos veneradores
obrigados — Pela Direcção : Joaquim Cardozo de Souza Gonçal-
ves, F, Paula e Mello p.
Em 25 de Maio, á noite, na sala principal da Academia tive
effecti vãmente a honra de lhes expor uma resumida historia do
estabelecimento a que presido como Director, e de lhes indicar
por alto as mais estimáveis espécies que, no Domingo aprazado,
eu me propunha mostrar-lhes.
D'essa conferencia, — em que se me proporcionou ensejo de
offerecer á Bibiiotheca da Academia, de involta com humildes
opúsculos meus, escriptos mui valiosos firmados pelo Sr. Gabriel
Pereira (Inspector das Bibliotheeas e Archivos Nacionaes) e pelo
Sr. José Joaquim de Ascensão Valdez (OflScial-Chefe da Secção
de Contabilidade na Secretaria Geral das Bibliotheeas e Archivos),
opúsculos todos elles em referencia a palpitantes assumptos da
Bibiiotheca Nacional de Lisboa, — deram conta na manhan se-
guinte os principaes periódicos da capital, sufficientemente infor-
mativos no que respeita ao conjiincto do meu discurso, imbora
incidentemente inexactos num ou noutro ponto da sua informação
ou da sua interpretação em referencia ás doutrinas enunciadas,
quero dizer, nem sempre verdadeiros espelhos na reflexão das
imagens expostas por mim, nem sempre gramophonicos repro-
ductores das minhas idéas ; em todo o caso, porém, sempre affe-
otuosos e benévolos, sempre carinhosos, credores portanto do
meu cordial agradecimento.
E ÂRCHIV08 NACI0NAE8 41
Depois, aos 28 do mez, coube-me o gosto de receber é de
guiar 08 raeus bóspedes no seu exame, acompanhando por tiovas
indicações (in loco) a apresentaçUio das variadas espécies bibliacas
e icónicas; (|ue adrede na véspera eu lhes tinha agrupado para
melhor aproveitamento de quantos comparecessem a observar o
nosso opulento pecúlio.
Nesse passeio atravez da Bibliotheca principei por conduzir
os visitantes á «Sala da Rainha», onde — em aparadores expres-
samente dispostos — lhes patenteei riquissimos livros de artisticas
ornamentações, entre elles o célebre exemplar que possuimos da
Physica Sacra Johannis Jacohi Schevchzeri (AugU8ta3 Vindeli-
corvm 4 Ulm» — 1731-1735), exemplar dado em 1793 pelo
Duque de ííorthumberland aos cistercienses Monges de Alcobaça,
e descripto pelo Sr. Gabriel Pereira no opúsculo publicado sob
o titulo Bibliotheca Nacional de Lisboa — Noticias por G. P. —
//(Lisboa — S. d. (189...?); e (2.» edição) Lisboa — 1903).
Na «Sala da Rainha» puderam egualmente os visitantes exa-
minar os retratos a óleo, que lá existem, do Marquez de Ponte
de Lima (primeiro Inspector da Real Bibliotheca Pública da
Corte), do Dr. António Ribeiro dos Santos (organizador e pri-
meiro Bibliothecario-Mór do referido instituto), assim como tam-
bém os oito painéis em que se acham representados o Arcebispo
de Évora D. Frei Manuel do Cenáculo, o Bispo do Algarve
D. Francisco Gomes de Aveliar, o Bispo de Angra D. Frei
Alexandre da Sagrada Família, o insigne pregador e diplomata
Padre António Vieira, o eruditíssimo diccionarisla D. Raphael
BInteaU; o escriptor suavíssimo Padre Manuel Bernardes, o illustre
prosador D. José Barbosa e o nfto menos illustre seu irmSo
Ignacio Barbosa Machado. Ao exame da Academia não escapa-
ram porfim as interessantes gravuras, que na referida sala se
incontram immolduradas, e os notabilissimos diplomas (por egual
forma incaixilhados), entre os quaes notavelmente se distingue
um documento (em pergaminho) coevo dos princípios da nossa
monarchia. A todos estes elementos se refere o Sr. Gabriel Pe-
reira no opúsculo que já mencionei — Bibliotheca Nacional de
Lisboa — Noticias por O. P. — //.
Depois intrámos na «Sala de Leiturai, percorrendo de sul
para norte o «corredor JP» que lhe fica parallelo, — corredor em
que se incontram arrumados grande parte dos livros pertencentes
42 BOLETIM DAS BIBU0THECA8
i sacçto de cSoíencias phjsicas e mathematicaa, sciencias nata-
raes ou com estas intimamente relacionadas, sciencias moraes e
philosophicas, artes indastriaes e bellas-artes».
Torneando em seguida para a esquerda, na direcç&o léste-
oeste, cortámos pelo c corredor Ev, onde proseguem livros da
secçSo já mencionada, fronteiros aos livros da secçSo de «Scien-
cias civis e politicas».
Ao cabo do corredor penetrámos na «Sala dos Jornaes»,
presidida pelo busto de Almeida-Garrett; e lá lhes mostrei, sobre
larga mesa abertos, os quatro volumes da obra grandiosa e mo-
numentalissíma, com que em tempos foi presenteada a Bibliotheca
Nacional — The Birds of America from original drawings, hy
John Jaines Audubon (Lòndon — 1827-1838).
Seguindo logo á direita pelo «corredor D» na direcção de
sul para norte, — corredor em que principalmente avulta a secção
das f Sciencias religiosas», — torneámos em angulo recto, de
oeste para leste, pelo ccorredor C», onde começam as estantes
destinadas aos livros de «Pliilologia e Bellas-Lettras», secçfto
que ainda se continua no ccorredor J3», corredor disposto na
linha norte-sul.
Aos olhos dos visitantes se deparou alli o magnífico painel
de azulejos polvchromicos, que pertenceram á Capella de Nossa
Senhora da Vida (outrora existentes na parochial Egreja de
Santo André (de Lisboa) em 1845 demolida), — painel do século
XVI, em que se representam as scenas incantadoras da Annun-
ciaçSo e da Natividade, painel que o Dr. José Ribeiro Guimarães
(c;ntigo Official da Bibliotheca Nacional de Lisboa) minuciosa-
mente descreve no Tom. il do Summario de varia historía (Lisboa
-1872).
No ponto em que perpendicularmente o ccorredor B* se cruza
com o ccorredor £» (já percorrido pelos visitantes), passa-se da
secçfto de cPhilologia e Bellas-Lettras* para a secç&o de c His-
toria e Geographia». Isto fiz eu notar aos meus hóspedes; e,
porque na recepção d'elles me acompanhava obsequiosamente o
Sr. João Augusto Melicio, Conservador a cuja direcção está con-
fiada a secção sobredita, aproveitei gostosamente o ensejo de
apresentar aos visitantes aquelle meu prestimoso coUaboradoFi
B ÁRCHIVOS NACIONAES 43
pondo em relevo oom toda a justiça as bellas qualidades intelle*
ctuaes e moraes que tal fímocionario distinguem.
Ao cabo do c corredor J3>, voltámos á esquerda, seguindo
pelo c corredor A^ que abrange com os de c Historia e Qeogra-
phia» livros da secçfto de «Polygraphia». Por este modo se
attingiu novamente o ponto de partida^ depois de havermos per-
corrido os seis corredores que em-tôrno dos dois antigos claustros
franciscanos (hoje convertidos em pateos do Qovêrno Civil e da
Academia Real de Bellas-Artes) descrevem geometricamente uma
espécie de 8 gothico.
Chegando ent&o em frente do vestibulo destinado ao Por-
teiro, admiraram os visitantes a majestosa estátua da augusta
fundadora do instituto, a Rainha Dona Maria I, — estátua pri-
morosamente esculpida em mármore de Carrara por Joaquim
Machado de Castro e offerecida á a Real Bibliotheca PÚDlica
da Corte» em 1799 pelo Marquez de Ponte de Lima, estátua
que o Sr. Gabriel Pereira (op, ciiato) minuciosamente descreve.
No mesmo vestibulo os visitantes observaram também o é Qua-
dro de Honra» que, ha dois annos, institui para nelle se inscre-
verem os nomes dos que beneficiam com dadivas ou com serviços
de qualquer natureza a Bibliotheca Nacional de Lisboa, — assim
como egualmente lhes fiz ver a inscripção commemorativa do
generoso legado com que em 1902 o Dr. Augusto César Alves
de Azevedo contemplou a Bibliotheca.
Subiu-se depois ao segundo pavimento, — e nelle se princi-
piou a excursa pelos c corredores & e ^T», em cujas paredes
se patenteiam dependurados numerosos mappas de altissimo
interesse, notabilizando-se entre elles os que no século xvin,
em relação ao Reino do Algarve, foram sumptuosamente deli-
neados por ordem do respectivo Óovernador, Conde de Val-de«
Reis, e delicadamente desenhados pelo ingenheiro militar José
de Sande Vasconcellos.
Ao internarmo-nos em aposentos que aos «Reservados» se des-
tinam, e aos fflncunabulos», e aos tManuscriptos», — cresceu
de ponto o inlêvo dos visitantes, perante as riquezas que eu pre-
viamente lhes tiuha disposto e agrupado em condições de com-
modamente as examinarem.
Passámos em revista o precioso exemplar da raríssima Biblia
44 BOLETIM DAS BIBLIOTHECAR
Mogàntiná (a cdas 42 linhas»), impressa (em 1455?) por Guten-
berg, — exemplar que approximadamente vale hoje 20 contos
de réis, exemplar que o fallecido António da Silva Tullio (Con-
servador da Bibliothèca) esmeradamente descreveu no Vol. iv
do Archivo Pittoresco (Lisboa — 1861) publicando ahi, com a
respectiva gravura, um conceituoso artigo subordinado ao ti-
tulo — Fac símile da Bíblia de Outenberg, que possue a Biblio-
thèca Nacional de Lisboa,
Passámos depois em revista, nos exemplares que possuímos
(em pergaminho um d^elles), o Liuro de Uita Christi (Lixboa —
1495), — esplendida impressão que no Catalogo da Livraria do
fallecido distincto bibliographo e bíbliophilo José Maria Nepo-
muceno (Lisboa — 1897) vem niinuciosamente descripta (de
pag. 138 a 142) pelo Sr. Luiz Trindade (a esse tempo Conser-
vador da Bibliothèca Nacional de Lisboa, e hoje Director da
Secretaria Geral das Bibliothecas e Archivos Nacionaes).
Em revista passámos ainda o Almanach perpetuum motuum
astronomi zacuti (Leyree — 1496) ; — e bem assim a Estaria de
muy nobre Vespesiano emperador de romã (Lisboa — 1496), im-
pressão de que apenas se conhece o exemplar descripto pelo
insigne archeologo e numismata Francisco Martins de Andrade
(Conservador da Bibliothèca) no Catalogo das obras do xr. sé-
culo que possua a Bibliothèca Nacional de Lisboa, interessante
resenha que forma quasi integralmente o volumoso Tom. ii do
esplendido Relatório acerca da Bibliothèca Nacional de Lisboa,
e mais estabelecimentos annexos por José Feliciano de Cas-
tilho Barreto e Noronha (Lisboa — 1844-45).
 esteS; que deixo mencionados, associei vários outros pa-
ieotjpos de apregoado merecimento e notável raridade, tanto
nacionaes como extrangeiros, tanto em pergaminho como em
papel.
E em revista, não menos demorada, passámos também a
ediçfío princeps d^Os Lusíadas (Lisboa — 1572), bem como a
edição (egualmente rarissima, ou talvez ainda mais rara) attri-
buida falsamente ao anno da princeps; — passámos porfim a
edição chamada «dos piscos* (Lisboa — 1584), a edição-pnncqos
das Rhythmas de Luís de Camões (Lisboa — 1595), e muitas
outras espécies camonianas de subido apreço, entre as quaes
me não esqueceu apontar a formosa edição A^Os Lufadas lu-
xuosamente estampada a expensas do célebre Morgado de Matteus
(Paris— 1817).
Impressões Aldinas, Eizevirias, Plantinianas e Bodonianas,
S AKCHIVOS KACIOKAkS 4Õ
vieram em seguida offerecer-se ao cariosò exame dos circum*-
stantjes.
 secçSo dos cManascriptos» proporcionou-nos a iií^pecçSo
de códices formosissimoa, que o Sr. Gabriel Pereira já enumerou
e descreveu em um de seus opúsculos — A coUecçào dos códices
com íUufninurcuí da Bibliotkeca Nacional de Lisboa (Lisboa —
1904). Entre esses tratei de mormente especializar a celeber-
rima «Biblia hebraica» iiluminada por Josef Açarfati (Cervera
— 1299), bem como diversas outras sBiblias» em latim, Missaea
e Breviários, Livros de Horas, etc, etc. Da collecçâo dos cha-
mados «Códices de Alcobaça» escolhi, entre outros, a famosa
«Biblia latina» que, segundo a tradição, fez parte dos despojos
tomados pelos Portuguezes ao Rei de Castella em 14 de Agosto
de 1385 na gloriosa batalha de Aljubarrota.
Dma das coisas que também despertaram sobremodo a atten-
çSo dos visitantes, foi a opulenta collecção, que lhes expdz, de
incadernaç5es muito e muito variadas, amostras de typos di-
versissimos : — incadernaçSes grosseiras de coiro cru ; incader-
nações em tábua ; incadernaçSes^ de moscovia com finíssimos la-
vores; incadernaçSes de pergaminho a simularem no relevo
bellas esculpturas de marfim antigo ; incadernações em velludo,
em seda, em setim, com pinturas ou com bordados, com pregos
e broches, com chapas de prata ou ferragens doiradas, com doi-
raduras e cinzeladuras no corte das folhas, etc, etc, — amostras
da industria estrangeira e da portugueza.
Entre as incadernaçSes de industria nacional, folguei de
poder mostrar o exemplar precioso que possuímos do Floreto de
sant Francisco (Seuilla — 1492), — 'precioso não só pela sua ra-
ridade, mas precioso ainda pela incadernaçâo que o reveste,
incadernação de tábua com fôrro de coiro preto vincado e la-
vrado, incadernação executada em Xabregas no anno 1493, como
se infere de uma nota manuscripta, assignada por Fr. JoSo da
Povoa (célebre confessor de El-Rei D. JoSo II), e como larga-
mente explica o Sr. Qabriel Pereira em communicação que (sob
o titulo Utíui encadernado portugueza do século XV) veiu a
lume (firmada pelo cryptonymo «A. Vero») no N.^ 6 do 1,®
anno do «Boletim mensal da Livraria M. Gomes» (Lisboa —
1894).
Entre as modernas de procedência portugueza, figurava a
opulenta incadernação de chagrín vermelho, com que mandei
46 BOLETIM DÁS BIBLIOTOECAS
resguardar am brinde gentílíssimo da nossa augusta Soberana,
a Senhora Dona Maria Amélia de Oriéans, — um exemplar d'0
Paço de Cintra, d'aquella incantadora publicaç&o que Sua Ma-
jestade'illustrou com desenhos seus, — um exemplar que a ex-
celsa Rainha se dignou amavelmente offerecer á Bibliotheca Na-
cional de Lisboa, acompanhado por carta do seu Veador.
Algumas das incademaçSes expostas (e até, por signal, das
mais curiosas) pertencem á Secçllo do cArchivo de Marinha e
Ultramari ; de lá vieram separadas expressamente para que em
sua visita á Bibliotheca as pudesse a Academia de Estudos Li-
vres apreciar agrupadas na grande cSala dos Manuscríptos»,
a que preside o busto de Alexandre Herculano.
Todo o espaço que nas mesmas salas me sobrou disponivel,
preenchi-o dispondo nelias abertos alguns enormes e ponde-
rosos volumes^ escolhidos d'entre os que o Sr. Gabriel Pereira
descreve em monographia a que poz por titulo Bibliotheca Na-
cional de Lisboa — Cottecçào dos livros de coro dos convénios ex-
tinctos (Lisboa — 1904).
Ao penetrarmos no cGabin'ete Numismáticos, interinamente
confiado á solícita direcçfto do Sr. José Joaquim de AscensSo
Valdez — que apezar de nfto pertencer já hoje ao quadro da
Bibliotheca Nacional (pois que na Secretaria Geral das Biblio-
thecas e Archivos desimpenha o logar de Chefe da Contabili-
dade) também diligentemente se prestou a acompanhar-me na
recepç&o da Academia de Estudos Livres, — pedi-lhe que fôsse
elle o apresentante das preciosidades numismáticas e archeolo-
gicas, de que se incontra repleto o mencionado Gabinete. Illu-
minados pela auctorizada palavra de tal prelector, lá tiveram
os nossos visitantes ensejo de examinar detidamente, nfto só
moedas e medalhas, mas outrosim monumentos da antiguidade
romana, aras e lápides epigraphicas, amphoras de argila, urnas
cinerarias e outros artefactos de vidro, lucernas de barro e de
metal, estatuetas de bronze, anneis, camafeus, utensílios prehis-
toricos, etc., etc.
Entre as espécies mais notáveis, apresentadas pelo Sr. Val-
dez, não esqueceram (como era de plenissima justiça) as deli-
cadas aguarellas em que o falleeido José Valentim (desenhador
das Obras Públicas) mimosamente representou algumas das
preciosidades romanas que no Gabinete Numismático se arre-
cadam.
B ARCH1V08 KACIOKAEd 4?
Ooncomitantemente mostrou elle também a fiel cópia em que
António José Colffis Guimarães (antigo Oficial da Bibliotheca)
reproduziu de um c Livro de Horas» uma illumínura que repre-
senta várias moedas de oiro e prata, portuguesas e castelhanas.
Executada em 1 852, por convite do Bibiiothecario-Mór José
Barbosa Canaes de Figueiredo Castello-Branco, a reproducç&o
abrange apenas a tarja que no códice original circumscreve a
ÂdoraçSo do Menino Deus pelos Magos. Na cópia Col£fÍ3 Qui-
marSeS) limitando-se ao impenho de reproduzir a tarja das
moedas, substituiu a illuminurá central da scena evangélica pela
seguinte inscripçfto a tinta branca sobre fundo preto :
cFac-simile da tarja d'uma das folhas do precioso livro que
possue o III.'"^ e ExJ^^ Sfir. D. JoSo de Mello Manoel da Ca-
mará, intitulado — Hor» Beat» Mari» Virginis, ms, em per*
gaminho, do XVI. século, a qual, e consequência de representar
todas as moedas correntes no reinado do Senhor D. JoRo III,
entrando neste numero uma do Senhor D. Diniz, que se tem
por desconhecida, mandou o Bibliothecarío Mór copiar mui
fielm.**».
D'aquelle códice illuminado faz mençSo Manuel Bernardo
Lopes Fernandes (em pag. 47) na Memoria das moedas correntes
em Portugal, desde o tempo do Romanos, até o anno de 1866
(Lisboa — 1856).
E diz assim : — iNa livraria do Sr. D. Francisco de Mello
Manuel, que foi ultimamente comprada pelo nosso Qoverno, e
hoje existe na Bibliotheca Publica de Lisboa, vimos um livro
manusoripto em pergaminho, contendo oraçSes, e começado a
escrever em Lisboa no anno de 1517, com lindas vinhetas e
bem coloridas estampas de vários Santos, tendo uma dessas ao
redor algumas moedas de ouro e de prata, exactamente dese-
nhadas, e muito bem douradas e prateadas ; sendo algumas de
D. Fernando V e D. Isabel de Hespanha entRo aqui correntes,
e as outras dos nossos Reis, o Sr. D. JoSo 11, o Sr. D. Ma-
nuel, e o Sr. D. Jo2o III, e, alem destas, uma de ouro com
dezesete millimetros de diâmetro, tendo o escudo com as cinco
Quinas e a Cruz de Áviz, em tudo semelhante ás do Sr.
D. Joio I, e a legenda = Diniz B, Por. = NSo é possível ser
lavrada pelo primeiro Sr. D. Diniz, porque nessa epocha ainda
se nlo havia posto a Cruz de Áviz no escudo das nossos armas.
NSo é provável que o desenhador, tendo copiado com a maior
exactidSo todas as outras moedas, se enganasse na legenda desta.
Parece ser lavrada pelo Sr. D. Diniz iilho do Sr. D. Pedro I,
48 BOLETIM DAS BiBLIOTH£CAS
pretendente á Coroa de Portugal, por n2o haver outro com
quem se confunda ; e o moedeíro que a lavrou, ou copiaria b
escudo das armas do Sr. D. João I, ou o levaria para Hespa-
nha, tendo sido aqui feito : em todo o caso esta moeda de ouro
entra nas duvidosas».
Á Livraria de D. Francisco de Mello Manuel da Camará foi
effectivamente comprada pelo nosso Governo em 18õ2 para a
Bibliothecta Nacional de Lisboa; mas na compra não iutrou o có-
dice illuminado que tem a tarja das moedas.
O Dr. Augusto Carlos Teixeira de AragEo, no Tom. I
(pag. 168) da De9cripção geral e histórica das moedas cunhadas
em nome dos Reis, Regentes e Gove^madores de Portugal (Lisboa
— 1874), offerece-nos em nota a seguinte informação com res-
peito ás tHoras« d'onde Colffs Guimarães copiou a tarja illu-
minada: — cSão umas Horas do século xvi, que pertenceram
ao padre Joaquim de S. Dama&o passando depois á livraria de
D. Francisco de Mello Manuel, e pelo seu herdeiro offerecidas
a El-Rei D. Fernando».
E no texto da obra (loc. citat.) diz o Dr. Teixeira de Aragão
em reft^rencia ao trecho que transcrevi de Lopes Fernandes :
«Para melhor fundamentar a sua opinião recorre Lopes Fer-
nandes a um fac-simile existente na bibliotheca nacional de Lis-
boa, representando a tarja do frontespecio de umas Horas, come-
çadas a escrever em pergaminho em 1517, onde achou, entre
outras, o desenho de uma moedinha, com 17 millimetros de diâ-
metro, tendo no escudo das quinas a cruz de Aviz, em tudo
similhante ás de D. João I e com a legenda : DINIZ R POR.
O referido auctor não escrupulisou em attribuir esta moeda ao
filho de D. Ignez de Castro, apesar de lhe ver a cruz de Aviz,
divisa especial do seu contendor!))
Aqui ha porem que distinguir e que rectificar. Lopes Fer-
nandes não fez o seu estudo pelo fac- símile existente na Bi-
bliotheca Nacional, mas teve presente (como elle próprio declara)
o livro das Horas original. Cumpre outrosiai advertir que a
c tarja das moedas» não pertence tal (comu por involuntário lapso
se lê no trecho que ora acabo de transcrever) não pertence tal
ao afrontispicio» das Horas, mas sim a uma das preciosas illu-
minuras intercaladas entre as folhas do texto (conforme tive
acima occasião de expor).
Proseguindo nas suas informações relativamente ás moedas
da tarja, diz-nos Aragão :
«Pelo exame feito na estampa verificámos conter quatorze
K ÁKClílVOS KAClOKÁEâ 49
moedas bem visíveis, e a orla de oatras muitas, que figuram
estar em monte. As quatorze patentes sSo duas de Fernando e
Isabel ; cruzados de D. Affonso V ; meios vinténs em prata de
D. Manuel ; portuguezes em oiro, tostdes e vinténs de D. Jo&o III.
O desenhador não guardou proporções relativas no tamanho das
moedas, doirou e prateou alternadamente como lhe conveiu ao
melhor effeito. Uma das moedas doiradas tem as quinas sem
escudo e a legenda lOHANES R. que só pôde ser o meio tostão
em prata de D. Jofto III. Outra, também doirada, de pequeno
diâmetro, com o escudo das quinas sem coroa, é pelo typo um
ceitil de D. JoUo II até D. Sebastião. A moeda que chamou a
attençlo de Manuel Bernardo, e que não conheceu, foi copiada
de um real de D. João I, que o mesmo auctor designa na sua
Memoria : fracção do real (?). O desenhador, que muito prova-
velmente não era numismático, interpretou Ihns por DINIS (e
não DINIZ como vem na referida Metnoria), e doirou esta
moeda de bilhão como doirou algumas de prata e o ceitU de
cobre. O resto da legenda, que Lopes Fernandes diz ser R.
POR, é indícifravel no desenho. N'aquella epocha não era cos-
tume escrever as legendas das moedas em portuguez, o que
prova mais o erro do copista».
Mas intenda-se bem: o âdesenhador», o «copista», a quem
Teixeira de Aragão se refere, não é Colffs Guimarães; é o
da illuminura. Colffs Guimarães copiou «mui fielmente» o que
íncontrou na illuminura do códice proveniente da Livraria de
D. Francisco de Mello.
E no catálogo manuscripto da dita Livraria, — catálogo
que hoje existe no archivo da Bibliotheca Nacional, — incontro
a seguinte nota elucidativa em referencia ao mencionado có-
dice:
tHoras — Soberbo mss. em Velem, forão comessadas em
1517, Ornadas de 2 miniaturas dos Sircolos 12 do Calendário,
1 1 miniaturas do tamanho da Pagina, entrando neste numero
2 em Camafeo e 31 mais pequenas circoladas de 54 Orlas, tudo
elegantem.^' pintado por mui abíl Pintor, com riquissimos dou-
rados de Ouro fosco, alem de hua immencidade de Letras en-
graçadam.^ pintadas de Cores, e Ouro. A miniatura q esta no
Off.^ dos Defuntos, reprezenta o Interro de D. Manoel,, e a Orla
da adoração dos Reys he composta de moedas antigas: está en*^
cademada em Veludo Carmezim 1 Vol. em 8.^».
Descripção minuciosa do singnlarissimo códice, apresentou-a
o Sr. José Duarte Ramalho Ortigão (de pag. 60 a 79) na pu-
7.* ANNO, !!.• 1 4
50 BOLETIM t)A8 BlBLlOtHECAS
blicaçSo anonjinaineiite dada a lume sob a seguinte epigraphe :
— EoBpoiição de Arte Sacra Ornamental promovida pâa Com-
missão do centenário de Santo António em Lisboa no anno de
1896. — Catalogo da Sala de Sua Magestade El-Rei (Lisboa —
1896).
Nas ilIucidaçSes e nos commentarios, com que o Sr. As-
censSo Valdez acompanhou a apresentação de todos aquelles
objectos, manifestou elle a proficiência que o distingue, profi-
ciência que deixou incantados quantos lograram escutál-o. Aqui
lhe Agradeço portanto sua efficaz coadjuvação, e nella poude a
Academia de Estudos Livres verificar quanto eram justos os elo-
gios com que antecipadamente eu lhe tinha falado ácêrca do eru-
dito funccionario.
Proseguindo no seu passeio, ao longo do f corredor N^
occupado por livros recolhidos no espolio dos extínctos conventos,
deram depois ingresso os visitantes na «Galeria dos painéis»,
— corredor desafogado e largo, que tem na planta do edificio a
designação de c corredor O», — corredor que no segundo pavi-
mento, agora percorrido, corresponde topographicamente ao «cor-
redor F9 do pavimento inferior.
Na «Galeria dos painéis» foram as nossas visitas observando
os numerosos retratos (em meio-corpo e em corpo-inteiro) que,
pintados a óleo, figuram pendurados nas paredes longitudinaes,
— retratos de monges e padres, doutores, abbades, prelados,
príncipes e monarchas, — painéis que todos (ou quasi todos) pro-
cederam dos supprimidos cenóbios, e que foram cuidadosamente
enumerados pelo Bibliothecario-Mór José Barbosa Canaes de
Figueiredo Castello-Branco em seus Estudos biographicos ou no-
ticia das pessoas retratadas nos quadros históricos pertencentes á
BibliotJieca Nacional de Lisboa (Lisboa — 18Õ4).
Na mesma «Galeria» poude egualmente a cohorte dos visi-
tantes saudar os bustos, que alli se deparam sobre apropriados
plinthos, do Imperador D. Pedro (D. Pedro IV de Portugal) e
da sua augusta filha a Rainha D. Maria II, os bustos do saudoso
Rei D. I|edro V e da angelical Rainha D. Estephanía, o busto
de El-Rei D. Luiz e o busto de El-Rei D. Carlos.
A visita da Academia, cujos pormenores logo no dia imme-
diato appareceram descriptos em os principaes periódicos de
£ ARCHIV08 NAClOKAKS 61
Lisbofl; finalizou pela sala em que se achava disposta e organi-
zada a «Exposição Cervantina», — secção esta em que não menos
interesse mostraram, do que nas outras secçSes da Bíbliotheca,
08 nossos hóspedes d^aquelle dia.
Das impressões que elles receberam na sua visita, e na con-
ferencia preliminar que tive a honra de fazer-lhes, testemunha o
seguinte agradecimento com que a Direcção me distinguiu :
«Academia de Estudos Livres (Universidade Popular) — Lis-
boa, 6 de Junho de 1905 — Sr. Dr. Xavier da Cunha —
Em nome da Direcção da Academia de Estudos Livres cum-
pre-me o grato dever de vir testemunhar a V ... . todo o nosso
intimo agradecimento por se ter dignado realisar n'esta asso-
ciação a notável conferencia preparatória da visita á Bibliotheca
Nacional, de que é muito digno director, e acompanhar e di-
rigir depois na mesma visita os sócios da Academia. — O que
significam estas demonstrações publicas de deferência de quem
occupa uma elevada e proeminente posição no nosso meio litte-
rario e scientifíco, sabe-o bem esta collectividade, que com ellas
ganhou prestigio e' forças para poder desenvolver efiicazmente
a sua propaganda. — Por isso, e por sentirmos que da parte de
y . . . . houve um excesso de consideração que não merecemos,
proporcionando-nos ver e examinar de perto tantas maravilhas,
que lá fora só se mostram atravez de montras devidamente fe-
chadas, o sentimento da nossa gratidão é verdadeiramente sin-
cero, porque representa o reconhecimento de uma divida, que
nunca poderemos saldar. — A Academia dè Estudos Livres, es-
tamos certos, saberá mais tarde patentear toda a consideração
que merece quem tão nobremente a auxilia no difficil desem-
penho da sua missão. — Queira V . . . . acceitar os protestos
da nossa sincera estima. — De V . . . . muito attento venerador
— O Secretario da Direcção, Joaquim Cardozo de Souza Ghn-
çalve89.
E agora — antes de finalizar esta breve noticia ácêrca da
«Exposição Cervantina» — cumprirei o dever gratíssimo de as-
signalar aqui, testemunhando-lhes meu indelével reconhecimento,
os nomes das pessoas que por generoso impulso me offereceram
preciosos brindes especialmente destinados á referida Exposição.
52 BOLETÍM t)AS BlBLlOTHÊCÁS
'Foram elles os dos Srs. :
Christovam Ayres de Magalhftes Sepúlveda.
Director da Bibliotheca Nacional de Hespanha.
Gabriel Victor do Monte Pereira.
José Ramos-Coelho.
D, Luiz Breton y Vedra.
Luiz Rodrigues Béraud.
Martinho Augusto Ferreira da Fonseca.
D. Pedro Maria Torres-Cabrera.
Presidente da Directoria do Qabinete Portuguez de
Leitura no Rio-de-Janeiro.
Sertório do Monte Pereira.
Dr. Theophilo Braga.
Onze offerentes !
Onze beneméritos !
D'estes beneméritos offerentes houve dois, que me brinda-
ram com seus preciosos antographos, — autographos de poesias
propositadamente consagradas ao Tri- centenário Cervantino, au-
tographos que na Exposição figuraram patentes, e que hoje so
conservam religiosamente archivados entre os mais valiosos ma-
nuscriptos da Bibliotheca Nacional.
Elaboradas ambas no 1.^ de Maio, e constituída uma das poe-
sias por treze quadras decasyllabas, quadras escriptas pelo Sr. José
Ramos-Coelho, Conservador que foi (hoje aposentado) na Biblio-
theca Nacional de Lisboa, onde prestou relevantes serviços, ser-
viços inolvidáveis ; a outra é um Soneto que seu auctor, o Sr.
D. Pedro Maria Torres-Cabrera, poeta hespanhol de finissimos
quilates, amavelmente me dedicou.
Porque sSo inéditas as duas composições, aqui as transcrevo
ambas, — sentindo que, a esmeraldas de tanto preço, não possa
eu dar o devido ingaste de oiro e de pérolas, mas apenas a des-
valiosa ganga da minha humilde prosa.
£ ÁRCHIVOS KÂCTOKAKS 53
Começarei pelas quadras do Sr. José Ramos-Coellio :
A Cemntes
Ao meditar teu livro, ó bom Cervantes,
Através do seu rir prantos eu vejo,
E creio entre ais, imprecações distantes.
Passar das suas graças o cortejo.
E que elle foi da desventura o filho
Velado pelo manto da alegria;
E que também as lagrimas te'm brilho ;
E que, escrevendo-o, o coração gemia.
Sonhaste glorias; empunhaste a espada; *
Pela Fé, pela Pátria combateste ;
Sonhaste amores; e encontraste o nada;
Que em tudo, sim, desillus5es colheste!
Era pouco! Faltava>te o desterro,
A indiffrença, a miséria, ser captivo;
E dos grilhões experimentaste o ferro
No exilio, pobre, só, sem lenitivo!
Mas, lasso de soffrer, ó alma forte,
Emfim um dia sacudiste a algema;
E a nova lucta provocaste a sorte ;
E escreveste, immortal, o teu poema.
 sorte, que te havia por domado,
Mas que pelo teu génio foi vencida.
Porque trocaste o âmbito acanhado
Da passageira pela eterna vida !
O teu poema, o teu poema em prosa.
Que do verso e da rima suppre o encanto
Com o espirito e forma caprichosa,
Que attráe, que prende, que fascina tanto;
54 BOLETIM DAS BIBLIOTHECAS
Poema singular , inconfundivel,
A que nenhum dos outros se assemelha,
Só para a Pátria feito, intraduaivel,
Pois nelle um poro e o seu auctor se espelha!
E a Pátria o desprezou quasi ! £ deízou-te
Na pobreza morrer, no esquecimento !
Presa ao passado, injusta, condemnou-te !
Não podia alcançar o pensamento
Do teu livro, protesto de revolta
Contra o que era, onde o fel, onde a aspereza
Da ironia mordaz ia d'envolta
Co' o sorriso, e das flores na belleza.
Mas quando ella sahiu da treva funda
Em que jazeu, qual tu, no captiveiro.
Viu, saudou tua luz que o espaço inunda,
E ufanou-se de ti no mundo inteiro.
Mas hoje o nome teu ella memora ;
Mas seu filho querido hoje te chama;
E d'essa luz se veste encantadora;
E jubilosa te coroa e acclama.
Tal ás naçSes o génio se antecipa ;
Tal exerce contra ellas a vingança;
Vivo, pharol, a sombra lhes dissipa ;
E deixa-lhes a gloria como herança.
Transcripta a composiçXo portugueza, passarei agora a trans-
crever a castelhana.
O humorístico Soneto do Sr. Torres-Cabrera é assim con-
cebido :
En el centenário dei Qnyote
Llena el orbe los ecos de la fama
De tu ingenioso andaute aventurero,
Que, á la par de tu pátria, el mundo entero
Por príncipe de ingenios te proclama.
B ABGHIVOS XACT0KAK3 5Õ
>4mM
Esa pátria, Cervantes^ que te aclama,
l Es espejo dei rústico escudero ?
^Se mofa dei Hidalgo caballero
Esclavo dei honor j de bu dama ?
De tu obra, Miguel, te arrepentieras
Si á la vida volver te fuera dado ;
Desoyendo las justas alabanzas
] Cuan distinto tu libro hoy escribieras I
Al ver que los Quijotes se han trocado
En rústicos, groseros Sanchos Panzas.
Intercalando estas duas formosas producçSes poéticas no re-
mate da presente noticia, rejubilo e sinto-me feliz em a poder
assim finalizar com lettras luminosas.
Bibliotheca Nacional de Lisboa :
15 de Julho de 1905.
Xavikr da Cdnha.
56 BOLETIM DÁS BIBLIOTHECAS
BIBLIOTHECÀS E ARCHIVOS NACIONAES
SECRETARIA GERAL
Em conformidade do n.® 7.** do artigo 6.® e do artigo 38.**
do decreto n.** 6 de 24 de dezembro de 1901, e dos artigos 130.**
a 132.** e 144.° a 146.** do regulamento da Bibliotheca Nacional
de Lisboa, approvado por decreto de 29 de janeiro de 1903, e
segando o programma do concurso publicado no Diário do Go-
verno n.** 252, de 8 de novembro de 1907, para o provimento
de um logar vago de segundo amanuense escriturário da mesma
Bibliotheca Nacional, se publica a constituição do jnry para
apreciar as provas dos candidatos, a relação dos admittidos ao
concurso e o dia em que se realizarão as provas do mesmo
concurso.
PRESIDENTE DO JUBY
Xavier da Cunha, d.rector da Bibliotheca Nacional de
Lisboa.
VOGAES
Eduardo de Castro e Almeida, primeiro conservador da
mesma Bibliotheca.
Eduardo Frederico Schwalbach Lucci, primeiro conservador
da mesma Bibliotheca.
VOGAL SUPPLENTE
José António Moniz, segundo conservador da mesma Biblio-
theca.
Candidatos admittidos ao concurso, cujas provas deverão ser
E ARCHIVOS NACIOKABS Õ7
realizadas no dia 27 do corrente mès, pelo meio dia, no edificio
da Bibliotheca Nacional de Lisboa :
Alfredo Luís Nascimento Ramos.
António Justino da Fonseca.
António Rafael Ferreira.
Artur José Tiburcio de Oliveira.
Augusto Hed viges do Amaral.
Eduardo Augusto Calisto.
Francisco António Guilherme Dinis Ivo.
Inácio Teodomiro de Sousa e Brito.
JoSo Mendes Valente.
Jorge Augusto Malheiro.
Manoel Moreira Guedes.
Mário de Vasconcellos e Sá Ferreira.
Secretaria Geral das Bibliothecas e Archivos Nacionaes, em
13 de janeiro de 1908. =^ O Conselheiro Bibliothecario-Mór do
Reino, José de Azevedo Castelh Branco.
Em conformidade do n.® 7.** do artigo 6.** e do artigo 39.*
do decreto n.*^ 6 de 24 de dezembro de 1901, e do artigo 147.®
do regulamento da Bibliotheca Nacional de Lisboa, approvado
por decreto de 29 de janeiro de 1903, e segundo o programma
do concurso publicado no Diário do Governo n.® 252, de 8 de
novembro de 1907, para o provimento de um logar vago de
terceiro continuo da mesma bibliotheca, se publica a constituição
do jury, para apreciar as provas dos candidatos, a relaçSlo dos
admittidos ao concurso e o dia em que se realizarão as provas
do mesmo concurso.
PRESIDENTE DO JURY
Xavier da Cunha, director da Bibliotheca Nacional de
Lisboa.
VOGAES
José Leite de Vasconcellos Pereira de Mello, primeiro con-
servador da mesma Bibliotheca.
58 BOLETIM DAS BIBLIOTHECAS
Joto Augusto Melicio, segundo conservador da mesma Bi-
bliotheca.
VOGAL SUPPLENTE
José António Moniz, segundo conservador da dita Biblío-
theca.
Candidatos admittidos ao concurso, cujas provas deverão ser
realizadas no dia 20 do corrente mês, peio meio dia, no edificio
da Bibliotheca Nacional de Lisboa :
Alfredo Augusto Fernandes.
Carlos Nunes Morgado.
Secretaria Geral das Bibliothecas e Archivos Nacionaes, 13
de janeiro de 1908. =0 conselheiro Bibliothecario-Mór do Reino,
José de Azevedo CoêteUo Branco.
Em. conformidade do n.^ 7 do artigo 5.® do decreto n.® 6
de 24 de dezembro de 1901 e do artigo 96.® e seu paragrapho
do regulamento do Real Archivo da Torre do Tombo, appro-
vado por decreto de 14 de junho de 1902, e segundo o pro-
gramma do concurso publicado no Diário do Governo n.° 252
de 8 de novembro de 1907, para o provimento de um logar
vago de segundo amanuense escriturário do mesmo Real Ar-
chivo, se publica a constituição do jury para apreciar as provas
dos candidatos, a relação dos admittidos ao concurso e o dia em
que se realizarão as provas do mesmo concurso.
PRESIDENTE DO JURY
António Eduardo Simões Baião, director interino do Ueal
Archivo da Torre do Tombo.
VOGAES
Pedro Augusto de S. Bartolomeu Azevedo, primeiro conser-
vador do mesmo Real Archivo.
B ARCHIVOS NAGIONAKS 59
D. José Maria ^a Silva Pessanha, primeiro conservador do
mesmo Real Archivo.
VOGAL SUPPLENTE
Balbino Manoel Pedro da Silva Ribeiro, segundo conservador
do mesmo Real Archivo.
Candidatos admittidos ao concurso, cujas provas deverSo ser
realizadas no dia 20 do corrente mês pelo meio dia no edifioio
do Real Archivo da Torre do Tombo:
Alfredo Luis Nascimento Ramos.
António Justino da Fonseca.
António Rafael Ferreira.
Artur José Tiburcio de Oliveira.
Artur Napoleão Pereira da Silva.
Augusto Hedviges do Amaral.
Eduardo Augusto Callisto.
Inácio Teodomiro de Sousa e Brito.
João Mendes Valente.
Jorge Augusto Malheiro.
Manoel Moreira Guedes.
Mário de Vasconcellos e Sá Ferreira.
Paulo Cirillo Rego Cordeiro.
Secretaria Geral das Bibliothecas e Archivos Nacionaes, em
13 de janeiro de 1908. == O Conselheiro Bibliothecario Mór do
Reino, Jozé de Azevedo CasteUo Branco,
(Diário do Oovemo, n.* 11 de 15 de janeiro de 1908).
60 BOLETIM DAS BIBLIOTHKCAS
PESSOAL
António Mourato Qrave — exonerado por despacho de 17
de fevereiro de 1908, como requereu, do íogar de continuo da
Bibliotheca Publica de Castello Branco, para o qual foi nomeado
por Decreto de 7 de março de 1901, por ter sido, por Decreto
de 7 de setembro de 1907, nomeado notário privativo da co-
marca de Lourenço Marques.
Padre José Nunes Branco Pardal — nomeado, por despacho
de 17 de fevereiro de 1908, na conformidade do § 2.® do ar-
tigo 2.® do Decreto de 7 de março de 1901, para o logar vago
de continuo da Bibliotheca Publica de Castello Branco, pela exo-
neração concedida a António Mourato Grave.
{Diário do Governo, n.« 40 de 19 de fevereiro de 1908).
Arthur José Tiburcio de Oliveira — nomeado por Decreto
de 22 de fevereiro de 1908, tendo precedido concurso, para o
logar de segundo amanuense escripturario do Real Archivo da
Torre do Tombo, vago pela promoç&o de Alberto Carlos Cer-
queira, a primeiro amanuense escripturario do mesmo Archivo,
por Decreto de 9 de outubro de 1907.
(Diário do Oovcrtw, n,^ 49 de 29 de fevereiro de 1908).
Carlos Ayres, 1.® sargento supranumerário n.® 102 da
5.* brigada do Corpo de Marinheiros da Armada, por Despacho
de 11 de março de 1908 acceita a renuncia, conforme o dis-
posto nos §§ 1.*" e 2."* do artigo 10.^ do Decreto regulamentar
de 19 de outubro de 1900, do logar do continuo do Real Ar-
B ARCHIV08 KAGI0KÁE8 61
chivo da Torre do Tombo, para o qual havia sido nomeado por
Decreto de 23 de fevereiro de 1907.
{Diário do Governo, n.<* 59 de 13 de março de 1908).
Alfredo Augusto Fernandes — nomeado por Decreto de 22
de fevereiro de 1908, tendo precedido concurso, para o logar
de terceiro continuo da Bibliotheca Nacional de Lisboa, vago
pela promoçfto de Augusto de Oliveira Vida, a segundo continuo
da mesma Bibliotheca, por Decreto de 9 de outubro de 1907.
{Diário do Governo, n.^ 49 de 29 de fevereiro de 1908).
Henrique Matheus Cansado, segundo amanuense escriptu-
rario da Bibliotheca Nacional de Lisboa, nomeado por Decreto
de 27 de setembro de 1901, demittido por Despacho de 11 de
março de 1908, por se achar incurso na penalidade do artigo 2.®
do Decreto n.® 4 de 16 de dezembro de 1894.
{Diário do Governo, n.® 59 de 13 de março de 1908).
António Eduardo SimSes BaiFío, bacharel formado em Direito
pela Universidade de Coimbra, Primeiro Conservador do Real
Archivo da Torre do Tombo, por Decreto de 23 de outubro de
1906, nomeado, por Decreto de 10 de março de 1908, Director
do mesmo Real Archivo, vago pelo fallecimento de Roberto Au-
gusto da Costa Campos.
{Diário do Governo, n.o 64 de 20 de março de 1908).
António Raphael Ferreira, nomeado por Decreto de 18 de
março de 1908, tendo precedido concurso, para o logar de se-
gundo amanuense escripturario da Bibliotheca Nacional de
Lisboa, vago pela exoneração concedida em 7 de outubro de
1907 a Ricardo Lopes da Cruz.
{Diário do Governo^ n/* 68 de 26 de março de 1908).
62 BOLETIU DAS BIBLIOTHECAS
BIBLIOTHECAS E AROHIVOS NACIONAES
Na conformidade do artigo 16.® do Regulamento do Curso
de Bíbliothecario Árchivista, approvado por decreto de 3 de
outubro de 1902 (Boletim dag Bibliotkecas e Archivos Nacionaeê,
1.® vol. 1902, pag. 160), se publica a dissertaçSo do alumno de
biblíología Benjamin de Carvalho Vasques de Mesquita, sobre
— A invençfto da imprensa; sua utilidade e antecedentes gené-
ticos — .
A iDTeDçio da imprensa; sua Dtilidade e antecedentes genéticos
Uma perfunctoria analyse das vantagens emergentes da in-
venção da imprensa é suíBciente para se avaliar a importância
de tal invento.
Com efftíito, até esse momento, que bem poderemos reputar
um dos mais felizes da vida social, as minas ubérrimas da scien-
cia só podiam ser exploradas por uma pequena parte da huma-
nidade. A acquisição dos manuscriptos era, pela raridade doestes
e, como consequência, pelo seu subido preço, incouipativel com
a exiguidade de recursos pecuniários da máxima parte dos ho-
mens. E, como se o ingenho, a perspicácia ou a assimilação
fossem exclusivo património das classes abastadas, estas somente
podiam tocar nos ricos filões saídos de cérebros fecundos. D'ahi
a natural superioridade de certas castas, como a sacerdotal na
índia e jio Egypto cuja i Ilustração lhe dava a primazia entre as
restantes e cujos vestígios se encontram ainda na Edade-media
em que classes havia com as quaes não podiam nivelar-se as
outras, desprovidas de meios materiaes para se collocarem a par
d'aquellas que o feliz acaso do nascimento superiorisára capri-
chosamente.
Ora para que haja progresso scientifíco é indubitavelmente
mister que as conquistas d'uns aproveitem a outros que, por sua
£ ARCHIVOS HACJOKAES 63
▼es, oontínuar&o a arrotear eTolutívamente o vasto oampo em
que vive a sciencia. Ê esse progresso será tanto maior quanto
mais rápida for a diffusão das ideias emanadas de espíritos su-
periores. Nfto resalta, portanto, com crjstalina evidencia o valor
do vehiculo dos conhecimentos humanos? Â Itália, por exemplo,
poderia prestar ás letras o serviço que prestou no século xvi, se
por ventura a imprensa não fizesse a rápida exhibiç&o das suas
excavaçSes litterarias nos differentes mercados da Europa culta?
Ella que, com effeito, soiFrera a escravisaçSlo imposta pela Alle-
manha e pela França e que sentira, a despeito d'isso, a necessi-
dade de viver, conjugou todas as suas energias para fazer resurgir
pela erudiçSlo o passado, refugiando-se no mundo ideal das con-
eepçSes artísticas e em todas as manifestaçSes litterarias cujo
thema dilecto eram a independência e a unidade naoionaes. £
assim, revivendo pela Arte, procurou dominar e em verdade
dominou pelas creaç^es da Litteratura. É entSo que ella — o
formoso sanctuario da tradíç&o clássica — nos offerece o grandioso
espectáculo da appariçfto de Horácio de braço dado com Pindaro,
de Virgílio com Homero (#) e Hesiodo, d'Aristophanes com
Flauto e Terêncio e opera-se, pelo seu impulso, o assombroso
movimento da Renascença.
Seria possível, porém, a tSo rápida propagaçfto das novas
ideias se estas nSo encontrassem na imprensa um auxiliar poten-
tíssimo ?
Os manuscriptos, além do preço elevado por que se vendiam,
eram por vezes quasi il legíveis. O tempo que até ent2o se em-
pregava na sua interpretação começou, mercê do notável invento,
a ser aproveitado na assimilação das ideias emittidas e no esforço
dos estudiosos em procurar nellas a necessária inspiração afim
de, por sua vez, contribuírem com uma pedra mais para a cons*
trucção do edificio scientifico, litterario ou artistíco.
Foi a imprensa que arrancou aos conventos o monopólio da
conservação das grandes elaboraç5es do pensamento e o da ex-
clusiva contemplação das intensas scintillaçSes geníaes. Foi a
imprensa que offereceu á humanidade o seu poderoso auxilio na
(«) Longe de mim querer manifestar-me partidário da doutrina que
defende a unidade individual de Homero, nome que na phase actual da
sciencia histórico -litteraria se considera como personifícante d*um conjuncto
de compositores cantores.
64 BOLETIM DAS B1BLIOTUECA8
reconquista da liberdade e na acquisiçfto da independência das
consciências cujos fructoã opimos estamos felizmente usufruindo.
Foi ella que, facilitando a transmissJlo das ideias, fez que as
producçSes intellectuaes fossem saboreadas por todas as classes.
Foi por ella que, entretidos os espirites na cultura scíentifica,
se começou a procurar meios de evitar tanto quanto possível dar
repasto ao prazer das guerras cruentas, .que levaram o luto ao
seio de tantissimas famílias, ferindo fundo no coração da pátria.
A prova provada do que affirmo é que, embora os séculos
medievaes nXo fossem, como muitos crêem, um período de trevas,
uma noite cerrada para a intelligencía humana, mas antes um
período em que se esteve preparando o comburente que havia
mais tarde de alimentar a chamma do espirito, é certo que só
apés a invençfto da imprensa as sciencias avançaram a passos de
gigante.
Historiar, portanto, a invenção da imprensa é fazer a historia
d'uma das fontes primaciaes da civílisação moderna ; é traçar o
horizonte onde repontou o sol nascente das ideias fecundas, pro-
ductoras de princípios com que as grandes cerebraçSes, depois
de theorisarem, procuram systematisar beneiicamente para a
humanidade.
Quem foi o inventor da imprensa ? Quem foi esse homem
cujo ingenho descreveu a recta que divide o mundo antigo do
mundo moderno? Eis o que foi e tem sido motivo de grandes
controvérsias. Varias cidades disputam a honra de ser seu berço^
o que é mais uma prova da excellencia de tal invento. Sem em-
bargo dos muitos argumentos adduzidos em contrario, vamos
ver que só a cidade de Mayença se pôde ufanar d 'essa gloria e
que, sendo a xylographia a natural precursora da arte typogra-
phica, e embora os antigos se houvessem approxímado doesse
ideal, tão somente ao século xv coube a honra de entoar hosannas
pela vez primeira á deusa veneranda da nova arte.
£ como todos os factos da vida da humanidade tem os seus
antecedentes genéticos procuro neste trabalho estabelecer os an-
tecedentes do genial invento, tentando demonstrar que a arte
typographica, com quanto fosse o producto d 'uma grande cere-
bração, não deixou por isso de obedecer á lei que regula todos
os phenomenos physicos e intellectuaes.
£ AROHlVOS NACIONAIS 66
A toda a phenomenalídade cósmica preside uma lei constante,
pôde até dízer-se invariável — a lei da evolução. E nSo pôde
contestar-se que o mundo psychico obedece, tal qualmente o
mundo physico, a essa lei. De qualquer protozoário, da amiba,
por exemplo, aos animaes superiores quantas phases, quantos
seres intermediários? quantos séculos decorridos para se consti-
tuir a escala zoológica tal como hoje a conhecemos ? Da mesma
forma, que diSerença entre a psychologia do Cro-magnon e a da
humanidade actual? £ se as observações scientificas não pude-
ram ainda determinar os differentes estádios percorridos desde o
anthropoide até o homem do período paleolithico, nfto deixa to-
davia a sciencia de alimentar a esperança de vir um dia a poder
determina-los, esperança que a descoberta d'um craneo, dois
molares e um fémur na ilha de Java em 1894 por Eugène Du-
bois(#) veiu radicar mais ainda pelo reconhecimento de que o
respectivo índice cephalico accusava superioridade ao do gorílla
ao mesmo tempo que era inferior ao de qualquer homem primi-
tivo, e de que o fémur, nSo sendo próprio d'um trepador, devera
ter pertencido a um ser que caminhava em posição quasi vertical.
Identicamente, se perlustrarmos os céos da Arte, vemos a
observância mais ou menos rigorosa da mesma lei. Examine-se
o que se passa com os instrumentos musícaes, com o bem conhe-
cido piano vertical, por exemplo. Oesde o psalterio até elie é
interessante a serie d'instrumentos inventados. Assim encontram-se
como intermédios o clavicordio oif manicordio, o virginal, a es-
pineta ou cravo de pennas (feito com pennas principalmente de
corvo), o cravo de martellos de Mattias Boston (1786), o piano
de mesa (denominado também piano forte), o piano império (com
augmento d'escala) e o piano vertical primitivo (já com pedaes
como o piano império).
Sem duvida a invenção da imprensa deveu ser effeito da
mesma lei, relacionando-se por consequência mais ou menos inti-
mamente com algum processo graphico anterior.
E, com effeito, quem observar os trabalhos xylographicos vâ
(*) Como pôde vêr-se no Boletim da Sociedade de Anihropologia de
Paris, 1896.
?.• ANNO, n.» 1 5
66 BOLETIM DÁS BtnLiOtHKCÁS
immediatamente que é a xylographia o antecedente genético da
arte typographiea.
A ideia da impressão dos antigos sinetes e de sellos usados
por alguns senhores medievaes, como Guilherme o Bastardo,
inspirou certamente á industria das cartas de jogar (•) a ideia de
estampar essas cartas em tábuas convenientemente preparadas
que, por meio da tinta necessária, as reproduziriam em numero
illimitado. D'ahi provém naturalmente a ideia da reproducç&o
das imagens de sanctos e de legendas pias, o que originou uma
nova profissão — a dos imaginários. Foi a gravura em madeira,
inventada para esse fim, que pur seu turno inspirou a impressão
tabular ou xylographia. Ficar.í por esse facto empanado o brilho
com que a Historia nos apresenta o nome do inventor da im-
prensa ? Basta observar a differença entre o caracter d'um e o
do outro processo para que logo sobresaia o fulgor genial doesse
inventor. A mobilidade é basilar na arte typographiea; a fixidez
é a característica da xylographia. E esta differença é tã i funda-
mental que, sendo a xylographia conhecida pelos chineses, segundo
parece, três séculos a. C., nunca conseguiram realisar esse nota-
bilissimo aperfeiçoamento. O mundo greco-romano foi até mais
longe: chegou a ter a ideia dos caracteres moveis. E, pelo menos,
a illação a tirar-se das passagens d'auctores como Cicero, Quin-
tiliano e S. Jeronymo. Assim o primeiro, repudiando a ideia
da fortuitidade da constituição do mundo pela theoria atómica,
defendida por Epicuro e Demócrito e cantada por Lucrécio,
considera tão explicável a harmonia entre os phenomenos cós-
micos por essa theoria como ^ disposição harmónica dos Annaes
d'Ennio pela simples queda das 21 letras, d' ouro ou de qualquer
outra substancia, do alphahefo^
Por seu lado S. Jeronymo {Epistola ad Lcefam, i, vii, 4) e
Quintiliano {De Instit. Orai,, i, i, 2õ) referem-se claramente ao
uso dos caracteres moveis para as creanças fazerem a sua apren-
dizagem de leitura, recommendando o emprego das letras de
marfim ou de buxo. Ebúrneas litterarum formas, diz o primeiro;
jiant littercB huxece, diz o segundo.
E não são somente as palavras de Cicero, Quintiliano e
S. Jeronymo que provam existir a ideia da mobilidade dos cara-
cteres no espirito de gregos e romanos. A descoberta d'in8crípç8e8
(*) Inventadas, segundo se affirma, para distrahir Carlos vi de França
durante o seu estado pathologico mental, afirmativa que, todavia, não está
Bufficientemente provada.
Ê ARCHtVOS KACIONÁEd 67
com letras voltadas e a existência de espaços em brancO; onde
devia estar uma letra, corroboram os termos com que aquelies
auctores se referem ao emprego de cada um dos caracteres al-
phabeticos separadamente dos outros. E se sSo estéreis as inves-
tigaçòeSi de Bénard de Malinckrot sobre a origem mythica da
arte typographica para lhe dar foros de divina^ nSU) é, a meu ver,
inteiramente desprezável a lenda que attribue ao rei Ágesilau o
facto de ter escripto a negro a palavra vex£=:victoria, imprimiu-
do-a depois no figado d'uma victima para assim dar alento ás
suas tropas, segundo affirma Robert Mentel. É que as lendas,
se não correspondem a uma realidade histórica, têem sempre um
fundo de verdade e baseiam-se geralmente numa tradição nacio-
nal. Por isso, embora não admittamos o facto tal qualmente
Robert Mentel no-lo transraittiu, devemos comtudo; em que peze
a Paul Lacroix, Edouard Fournier e outros, considerar essa
lenda como tendo a sua génese na ideia, concebida por algum ou
alguns gregos ignorados, relativa á impressão de caracteres,
ainda que não seja a de caracteres moveis cujas marcas são
todavia muito antigas, como attesta a descoberta de pnncçSes
d^uma só letra applicaveis e pelos gregos e romanos empregadas
no pão^ tijolos, lâmpadas de barro e vários outros objectos d'ar-
gila. Este facto e o da impressão seca, a frio ou a quente, que
elles muito bem conheceram, e ainda o uso que faziam dos sine-
tes levam-nos a afiírmar que elles estiveram prestes a exclamar,
relativamente á invenção da imprensa, o mesmo suprjxa que Ar-
chimedes exclamou ao descobrir a lei da gravidade dos corpos
mergulhados em liquides, applicada mais tarde a todo o fluido.
Porque não a descobriram elles? Talvez porque, como pon-
dera Léon de la Borde, sendo essas letras cavadas em marfim
ou na madeira, não podiam servir para a impressão e, sendo
assim, não podiam suggerir a ideia da reproducção graphica
pelos typos moveis. E não seria também porque o papyrus, então
usado, não se prestava a receber, como mais tarde o perga-
minho e, melhor ainda, o papel, a gravura dos caracteres?
Como quer que fosse não ha duvida de que foi mister o de-
curso de muitos séculos para que o bom Génio da Arte viesse
presentear a humanidade com tão benéfico invento.
• «
68 BOLETIM DAS BlBLlOTUÊCAS
Quem, para remontar ás origens do livro impresso, examinar
ps livros de imagens vê imme<l latamente que estes assignaiam a
transição da arte da gravura para a da imprensa. Nas differentes
bibliothecas europeias estão archivadas essas espécies de livros.
Não têm data nem indicação de auctor nem de localidade e é
variável o logar em que está impresso o texto; este encontra-se,
com effeito, ora lateral ora mt^dial ora inferiormente collocado
em relação ás imagens e por vezes sae da boca das iiguras com
manifesto intuito explicativo. Vê-se claramente que foram gra-
vados em tábuas Hxas de madeira e são anopistographos. Os
simples traços no gosto, chamado gothico, com que as figuras são
representadas, revelam tanto rudimentarismo artístico como a
explicação latina que as acompanha e as folhas, visto que são
anopistographicas, têem collados os respectivos versos.
Segundo investigações bem dirigidas foi este género d'impres-
são — a tabular ou xyiographica — o meio de publicação diurna
grammatica que durante muito tempo esteve em voga na França,
na Allemanha e na HoHanda — a grammatica de Donato que
servia para aprendizagem doB estudantes d'aquelles países.
Ora, já pela importância doesta grammatica, já principalmente
pela sua prioridade, estendeu-se o nome de DonatosÇ*) a todas
as obras impressas como aquella grammatica. Assim se denomi-
(#) A corroborar a conclusão a que por um simples exame se chega de
que foi o processo xvlographico o empregado para a impressão doestes li-
vros ha na bibliotheca nacional de Paris duas tábuas xylographicas que
evidentemente serviram para a impressão d'um Donato. Foram compradas
na Allemanha por Foucault, conselheiro de Luís xiv e sabe-se que perten-
ceram successivamente ao presidente Mainons, Du Fay, Muraud e duque
de La Vallière. A primeira d^essas tábuas é em 4.° e tem 20 linhas e em
ambHS ellas os caracteres sào esculpidos em relevo e ás avessas. Vê-se que
aquella 1.* tábua reproduziu a 3.* pagina do livro nella impresso, porque
ainda conserva nitidamente a letra C ao fundo. 8abe-se que era então cos-
tume paginar-se por lettras alphabeticas como acontece com o Ars memO'
randi. O que ahi ha de mais curioso é o inicio do emprego da pontuação,,
pois que esta não apparece nem no Speculum nem nos livros dlmagens. £
tal a relativa perfeição do texto que M. Léou de La Borde presume que
essas duas tábuas serviram posteriormente ás primeiras publicações tjpo-
graphicas de Mayença.
É ARCHIVOS NACI0NAE8 69
naram d 'um modo genérico o Speculum SalvationU, o Catholi-
con, a Bíblia pauperum, etc.
Onde foram impressos esses livros d'imagens, esses Donatos,
esses primitivos exemplares do Speculum, da Biblia pauperum e'
congéneres?
Ánalysando as figuras que se encontram na primeira ediçSa
da Biblia pauperum e confrontando- as com as Hirschauchen Fe-
nestergemalde (pinturas das janellas de Hirschau) de Schwarz-
wald (Floresta Negra), o notável escriptor do século xviii, da
Álta-Lusacia, Lessing, concluiu que essa ediçSo deve ter sido
feita na Suabia.
Provada, porám, a origem allemâ da Biblia pauperum pro-
vada está a do Specidum^ já pelo desenho, já pela forma de
gravar de que o artista se serviu. Nenhuma duvida deve haver
e^m affirmar que rs mesmos artistas cooperaram nas duas obras.
E esta a illaçâo tirada por Paul Lacroix, Édouard Fournier e
Ferdinand Seré (Histoire de VImprimerie) e ainda por M. Gui-
chard, citado por aquelles. E, a despeito do seu antagonismo
com a preconisaçSo da origem allemâ dada á imprensa, concor-
dam plenamente com aquella illaçSio os polemistas Meermann,
Hfinecken e Ottley.
Com os Donatos, porém, o caso muda de figura. M. Léon
de la Borde, apoiado no texto d'um chronista anonymo do antigo
principado allemfto de Cologne, pronuncia-se pela origem hollan-
dêsa d'aquelles livros, relativamente á sua impressão. Diz esse
chronista que foi pelos Donatos e, segundo elles, que a imprensa
começou ; que esses livros foram a primeira vez impressos na
Hollanda e que, portanto, embora ca arte da imprensa, tal como
a praticamos hoje, tenha sido inventada em Mayença», é todavia
á Hollanda que cabe a honra de ser o pais em que aquella ideia
foi pela primeira vez encontrada. Ponderam os já citados Paul
Laoroix, Edouard Fournier e Ferdinand Seré que, sendo esse
chronista allemâo e nâo tendo, por consequência, conveniência
moral em lisongear uma naç^o, rival da sua neste assumpto, e,
por outro lado, escrevendo elle em 1499, estava próximo dos
, acontecimentos de que tracta ; por consequência devemos cre-lo
piamente, concluem aquelles escriptores, conferindo á Hollanda
toda a honra da imprensa incipiente. Com licença da auctoridade
d'e8ses escriptores nSo me parece lógica a conclus&o tirada do
facto de ser allemão aquelle chronista. A moderna critica histó-
rica opp5e-se a esse processo de fazer Historia, nfto só porque o
princípio de fallibilidade admitte a ideia do erro em todo o es-
TO BOLI£TIH DAS BlBLlOTHCCAd
criptor como ainda porque nos fallecem as provas de probidade
doesse chronista. Quanto á vizinhança da época em que os factos
se deram, devemos ponderar que muitas narrativas feitas por
coevos têem sido adulteradas por elles próprios e só mais tarde
as fontes indirectas vêem fazer luz sobre esses factos. Seja, po-
rém, como fôr, é certo que Léon de la Borde acceita também a
opinifto do chronista anonymo.
Mas, acceitando mesmo o opinião d'esse chronista, podemos
nós concluir d'ahi que a invenção dos typos moveis deve attri-
buir-se á Hol landa na pessoa de João Lourenço (Coster) de
Harlem como pretende Adriano Junio na sua Batavia? E a elle
que deveremos conferir as honras de proto-typographo ? Seria
uma asseveração que, dignificando os hollandêses, muito depri-
miria o censo histórico do seu auctor, embora devamos perdoar
a Meermann, a Ottley e a Koenig a obcecação d'espirito que os
propelliu a faze-la, pelo amor pátrio que determinou o seu erro.
As mais serias investigações conduzem-nos ao asserto de que
foi em Strasburgo. e em Mayença ou Moguncia que a arte typo-
graphica alvoreceu e é nesta ultima cidade que devemos coUocar
o berço, como é também nella que se encontra o tumulo d'aquelle
que teve o condão de abrir novos horizontes ao pensamento.
*
£ com effeito Hans Gens-Fleisch de Sulegoch, vulgarmente
conhecido pelo nome de Guttenberg, em razão do logar do seu
nascimento, que em 1436 de sociedade com André Dryzehn,
João RiiFe e André Helmasperger começou em Strasburgo a
entregar- se á arte typographica. Tinha então 36 annos e, sendo
natural de Moguncia, emigrara para Strasburgo, havia 12 annos,
em virtude d'uma guerra civil que a petição dos direitos do povo,
a este sonegados, suscitara e com tal ardor que muitas famílias
nobres, entre as quaes se contava a de Guttenberg, foram obri-
gadas a abandonar a terra natal.
Objectar-se-me ha, porém, que a asserção de se entregar
Guttenberg em Strasburgo á arte typographica societariameute
com Riffe, Dryzehn e Plelmasperger é tanto mnis gratuita quanto
é certo que o contracto entre elles firmado, segundo as notas do
tabellião Helmasperger, tinha por fim o exercício das artes ma-
£ ÁSCHIVOS KACflOKAES 71
ravilhosas sem que o nome d^imprensa viesse a lume. Esta obje-
cção cae por terra perante o seguinte :
Um dos sócios falieceu tempos depois do começo dos tra-
balhos, e tendo os respectivos herdeiros reclamado a parte que
o sócio fallecido, Dryzehn, tinha dado para a exploração indus-
trial da sociedade, aconteceu que Guttenberg não teve o di-
nheiro necessário para integral pagamento da parte que per-
tencera a Dryzehn. Os herdeiros recorreram aos tribunaes e ahi
tiveram de depor os operários que trabalhavam por conta da
empresa. Interrogados estes sobre a arte que cultivavam na
officina de Guttenberg e seus sócios, responderam que se consa-
gravam ao mister de aperfeiçoar uns espelhos. Este termo foi to-
mado á letra pelos juizes, que condemnaram Guttenberg a en-
tregar aos herdeiros de Dryzehn uma parte do quinhão por
elles reclamado. Os estudiosos, após uma serie de investigações,
apuraram, porém, que a palavra espelhos de que os operários se
serviam não significavam de maneira nenhuma os objectos conhe-
cidos commumente por tal designação. Como havia então varias
obras com o titulo de Speculum, o Speculum Salvationis, por
exemplo, o Speculum Sacerdotum, etc, os operários que, segundo
averiguações posteriores, eram ajuramentados para guardarem
absoluto sigillo sobre a arte em que iam trabalhar^ para não
serem perjuros, serviram-se no tribunal d'aquelle termo que evi-
dentemente significava a ideia reservada da impressão d'obras
litterarias designadas então por aquelle nome genérico. É este
até um dos fios conductores dos eruditos na pesquiza da verdade
sobre a origem da imprensa.
Extincta a sociedade e não podendo Guttenberg continuar
na exploração do seu invento, retirouse de Strasburgo para
Mayença em 1445. Cinco annos depois associou-se com Fust ou
Fausth, ourives rico e ambicioso que, fornecendo a Guttenberg
o dinheiro necessário para este pôr em pratica a sua ideia, assi-
gnou com elle um contracto evidentemente pernicioso para o
genial inventor — o de ser este obrigado a restituir-lhe dois terços
do capital e todos os utensilios com a divisão de lucro ou perda
entre ambos, além do juro de 6 %, que Fust receberia desde a
data do contracto sobre todo o capital com que entrara, logo
que houvesse desaccordo entre os dois.
Foi então publicada a Bíblia Latina de 42 linhas, sendo esta
circumstancia que determinou a designação por que é hoje co-
nhecido este incunabulum, um dos exemplares do qual se encontra
na Bibliotheca Nacional de Lisboa. O typo de madeira primiti-
72 BOLETIM DAS BIBLIOTH£CAS
vãmente empregado foi sabstitaido pelo de chumbo; mas este,
pela sua grande flexibilidade, carecia de frequente renovação e
Pedro SchoBffer, de Gernszhein^ do eleitorado de Mayença, rapaz
intelligente e culto, que então trabalhava na oíficina, consagrou
as horas d'ocio á descoberta d^um metal ou liga com a necessária
resistência para obviar áquelle inconveniente. Encontrada a liga
necessária para a gravura dos caracteres e o meio mais fácil
de reprod acção doestes, apresentou á Empresa a sua descoberta,
pelo que foi admittido em sociedade, casando até com uma neta
de Fust. Estes factos são-nos attestados por Fischer e por um
historiador contemporâneo de SchoeíFer. Crê-se geralmente que
a primeira obra impressa pelo novo systema foi o Durandi Ra-
tionale officionim, in-folio, em 1459. Parece também que á nova
sociedade deve ser attribuida a publicação das Litterce indulgen-
ciariim Nicolai V, Pont, Max, pro rege Chypri, datce ErffurduB,
anno 1454^ 15 novemb. O prof. Jebhurdi, de Luneburgo, des-
cobriu uma segunda carta indulgenciaria que, segundo declara-
ções de Heinecke e BrertkopíF, foi vista por estes. Ha também
uma carta cuja data é anterior áqnella e que é dirigida por Pau-
lino Chappe a Godofredo Becker, presbytero de Verden (ducado
de Luneburgo), cujo assumpto é o incitamento á defêsa da fé e
do reino de Chypre que Chappe faz a Becker. Tem a data de
1405 e foi publicada pela sociedade dos três.
Fust, porém, sempre ambicioso, tendo por isso em maior
conta o dinheiro do que o excellente serviço que Guttenberg
havia prestado a elle e á humanidade, pensou em desligar-se do
grande inventor para continuar com o marido de sua neta a ex-
plorar a nova industria, obrigando por isso o seu primeiro sócio
ao cumprimento rigoroso do contracto, isto é, a entregar-lhe o
capital com que entrara, ficando assim Guttenberg em lucta com
novas difficuldades. Encontrou este, todavia, um novo sócio — o
Dr. Conrado Humery, syndico de Mayença — e pubUcou em ca-
racteres, differentes dos usados até então, o Hermann Saldis fpe^^
culum sacerdotum, sem data mas com a indicação do logar —
Mayença. Ainda publicou o Summa qiuF voccUur Catholicon e
talvez outros trabalhos, sobre o que ha comtudo algumas duvidas.
Diffamado pelos copistas e perseguido pelos inimigos, teve
comtudo Guttenberg a felicidade, aliás rara nos grandes homens,
de encontrar na pessoa do eleitor Âdolpho ii de Nassau um
amigo dedicado que, fazendo-o fidalgo de sua casa, estabeleceu-
Ihe uma pensão e nomeou-o seu camarista pelo que cedeu aos
seus companheiros de trabalho na imprensa a parte que lhe
E ARCHIVOS NACIONAES 73
cabia. Parece que morreu em Mayença na obscuridade de que
todavia os pósteros o salvaram, proclamando-o mais tarde ura
doB maiores bemfeitores da humanidade.
A fama do grande invento em breVe se espalhou pela Alle-
manha toda, e o rei de França,. Luiz xi, reconhecendo as aitis-
simas vantagens da instituiç&o, encarregou Nicolau Jenson,
director da casa da moeda de Tours, de ir estudar a Mayença
o segredo da nova arte. Encontrava- se ali Jenson quando pela
morte de Luiz xi subiu ao throno francês Carlos viii. Rebentando
então em França a guerra civil, filiou- se Nicolau Jenson no
partido do duque de Barri, denominado a liga do bem publico.
Jenson, receiando os furores do rei, passou-se para Venêsa
onde foi estabelecer- se como impressor e ahi fez fortuna. Em
Roma foi a arte de Guttenberg implantada por Conrado Sweyn-
heim, Arnold Pannartz e UIrico Han que ali tiveram um magni-
fico acolhimento.
Nlo podia Portugal também deixar de reconhecer a vantagem
da arte typographica. Parece mesmo positivo que foi a cidade
de Leiria a primeira cidade da peninsula que conheceu aquelle
invento, poisque foi ahi que se assentou o primeiro prelo e que
foi Portugal o primeiro país, depois da AUemanha e da Hollanda,
em que aquelía arte foi exercida. Ignora-se, porém, apezar das
investigações dos eruditos, qual fosse a primeira ediçRo dada á
luz em Leiria. A mais antiga edição doesta cidade por nós conhe-
cida positivamente é a dos Prophetas prímeiros, mas está averi-
guado que não foi esta a primeira edição portuguesa.
A Leiria seguiu-se Lisboa na ordem chronologica das ediçSes
portuguesas, sendo a primeira nesta ultima cidade a edição he-
braica de Secher Orach ou Livro do caminho da vida de Jacob
Ben Ascer em 1485 da nossa éra.
Lisboa, 30 de Junho de 1908.
Benjamin de Carvalho Vasques de Mesquita.
74 BOLETIM DAS filBUOTHEOAS
BIBLIOTHEOA NACIONAL DE LISBOA
REGISTO DE PROPRIEDADE UTTERiRIA
Obx*as entr^adas no anuo de 190S
Janeiro
£m cumprimento do disposto no artigo 60b.^ do Código Civil
se faz publico que no mês sobredito foram depositados nesta
bibliotheca dois exemplares de cada uma das seguintes publica-
ções:
Por Áillaud & C, como editores:
— «Curso elementar de botânica», 2.* edição, 1.% 2.* e 3.*
classes, por António Xavier Pereira Coutinho. — Aillaud de
C/, Paris-Lisboa. In 8.° de 304 paginas.
— «Curso elementar de botânica», 2.^ edição, 4.^ e 5/ classes,
por António Xavier Pereira Coutinho. — Aillaud & C.*, Pa-
ris-Lisboa. In-8.^ de 176 paginas.
— «Curso elementar de botânica», 2.* edição, 6.» e 7.* classes,
por António Xavier Pereira Coutinho. — Aillaud & C.*, Pa-
ris-Lisboa. In-8.® de 312 paginas.
— «LiçSes elementares de zoologia», 1.*, 2.* e 3.* classes do
curso dos lyceus, por F. Matoso Santos e Baltazar Osório.
— Aillaud & C.*, Paris-Lisboa. In-18.® de 364 paginas.
— «Lições elementares de zoologia», 4.^ e 5.* classes do curso
dos lyceus, por F. Matoso Santos e Baltazar Osório — Ail-
laud & O.*, Paris-Lisboa. In-18.® de 100 paginas.
— cLiçS^B elementares de zoologia», 6.^ e 7.^ classes do curso
£ AKCHIVOS NAClONAlãS iO
dos Ijceus, por F. Matoso Santos e Baltazar Osório. — Ail-
laud & C.*, Paris-Lísboa. Typographia Ailiaud & C.*, 1907.
Iq-16.® de 208 paginas.
— « Enino secundário*. Leituras portuguesas colligidas por J.
Barbosa de Betencourt, 1.*, 2.* e 3.^ classes. — Aillaud de
C.» — Paris, 1907. In-8.« de 290 paginas.
— «Trechos escolhidos de autores portugueses para uso da 4.*
e 5.* ciasses», por J. Barbosa de Betencourt. — Paris- Lisboa,
Typographia Aillaud & C.% 1907. In-18.^ de 594 paginas.
— «Resumo de grammatica francesa», por R. Foulché-Delbosc
e A. R. Gonçalves Vianna. — Paris, Typographia Aillaud &
C.*, 1907. In-ie.*» de 208 paginas.
— «Grammatica inglesa», por A. R. Gonçalves Vianna, 2.' e
3.* classes. — Paris, Typographia Aillaud, 1907. In-Í8.® de
108 paginas e 7 folhas estampadas de um só lado.
— «Selecta inglesa», colligida por J. C. Berkeley Coter e anno-
tada por A. R. Gonçalves Vianna, 2.* e 3.* classes. — Paris,
Typographia Aillaud & C.% 1907. In-18.^ de 364 paginas e
16 folhas estampadas de um só lado.
Pela Empresa Literária e Typographica, como editora: Dr. An-
tSo de Vasconcellos: «Memorias do Mata-carochas». — Porto,
Typographia da Empresa Literária e Typographica. In-8.*
de 432 paginas.
Por Francisco Cardoso de Azevedo,, como autor : «Novo diccio-
nario chorographico de Portugal, continental e insular», 4.*
ediçSo. — Porto, Typographia de José da Silva Mendonça,
1906. In-8.^ de 1:192 paginas.
Por Raul Martins, como editor: «O coração das mulheres», con-
tinuação dos preciosos estudos scientificos privados do distíncto
medico analysta Dr. Krauffman, por Alfredo Albuquerque
Júnior. — Lisboa, Typographia Rua Luz Soriano, 26. In-8.*»
de 80 paginas.
Pela Livraria Chardron, de LelIo & Irmão, como exlitora :
— «Gomes Freire», drama histórico por Theophilo Braga.—
76 BOLETDf DAS BIBLI01*HKCAS
Porto, Imprensa Moderna, 1907. In-8.* de 316 paginas e 1
folha com o retrato do autor.
— Mayer Garção: «EIxcelsior», (carteira de uma idealista). —
Porto, Imprensa Moderna, 1907. In-8.^ de 326 paginas.
— Coelho Neto: «Fabulario». — Porto, Imprensa Moderna, 1907.
In-8.* de 248 paginas.
— Obras completas do Padre Antonio Vieira: cSermSesB. Vol.
6.® — Porto, Imprensa Moderna, 1907. In-8.® de 420 paginas.
Pela livraria editora Viuva Tavares Cardoso, como editora, Mer-
cedes Blasco : aMemorias de uma actriz». Proprietária a
autora. — Lisboa, Typographía de Francisco Luiz Gonçalves,
1907. In-8.® de 304 paginas e 17 folhas com retratos da
autora.
Por Eliseu Gonçalves Preza, como editor: c Almanach de Vianna
do Castollo e seu districto, 1898i. — Vianna do Castello,
1897. In-1.* de 216 paginas.
Por Emiiio Augusto Vecchi, como autor, editor e proprietário :
c Antonio Cabreira». Noticia succinta da sua vida e obras. —
Lisboa, Typographia Bayard, 1907. In-8.^ de 32 paginas e
1 folha com o retrato do biografado.
Por João José Lopes Júnior, como editor e proprietário: cGuia
postal», 3/ediç&o, 1908. Typographia do Commercio, 1907.
In-16.® de 88 paginas.
Por Sam B. Newman & J. E. Fugman, de Cleveland: cOhio U.
S. A.>, como proprietários: «The calcules universal calcula-
ting tables». — Copyright, 1907, 10 folhas encapadas e de
um só lado impressas e tendo de altura 420 millimetros e de
comprimento a 1.* e a 5.*, 3:15õ millimetros, a 2.*, 3.^ e
4.*, 2:210 millimetros, e a 6.% 7.% 8.*, 9.* e 10.*, 2:395
millimetros.
Por José Joaquim de Almeida, como proprietário: «Almanach
da chronica, para 1907». — Lisboa, Typographia da Empresa
da ilistoria de Portugal, 1906. In- 8.** de 96 paginas.
£ ARCHIVOS KACIONABS 77
Por F. Â. Xavier Rodrigues, como autor: «Curso elementar da
lingua latina. Exercícios grammaticaes e de leitura». — Lis-
boa, Typographia Paulo Guedes 4 Saraiva, 1907. In-8.® de
460 paginas.
Por António da Silva Santos, como editor e proprietário : cÁl-
manach do Borda Leça», por Raphael Carlos Pereira de
Sousa, para 1908. — Porto, Typographia Peninsular. In-8.*
de 16 paginas.
Por José Miguel de Abreu, como autor: «ProjecçSes ortogonaes» .
Editores Lopes & C* — Porto, Imprensa Moderna. In-4.® de
56 paginas.
Peta A Editora, como editora :
— Dubnt de Laforest: «O cabelleireiro mundano», traducçSo de
A. Metrass de Campos. — Lisboa. In-4.^ de 160 paginas.
— a A Rússia Vermelha», por John Foster Fraser, traducçSo de
Marcelino Mesquita, 1.* edição. — Lisboa, Typographia A
Editora, 1907. In-8.^ de 228-4 paginas e 47 folhas com es-
tampas.
Por José Vicente de Freitas, como autor, editor e proprietário :
«Atlas de desenho, 4 ^ e 5.* classes». Typographia da Coope-
rativa Militar, lithographia E. Barrault. — Lisboa, 1908. In-
folio de 48 paginas e lõ folhas estampadas de um só lado.
Por João da Silva Soares, como autor: c Apologia». Versos. —
Lisboa, Typographia A. M. Rodrigues, 1907. In-8.® de 64
paginas.
Por JoSlo Duarte Rhodes e Raul Annaia Cardoso, como autores^
editores e proprietários: «Guia do timoneiro». — Lisboa, Ty-
pographia A Publicidade, 1907. In-8.° de 52 paginas.
Por António Vianna, como autor da musica: «Versos de Accursio
Cardoso. Bailada de amor». Musica de António Vianna (Dr.).
Lithographia Artistica. — Lisboa. Imprensa Crevet Frères,
Paris. In-folio de 8 paginas.
Í8 BOLKTIM DAS BlBLIOTHECAS
Fevereiro
Por Âloisio Gomes da Silva, como editor :
— fA voz do Evangelho», vol. ii. — Porto, 1906. — In-8." de
16 paginas.
— iO padre junto aos doentes e moribundos», coordenado por
F. A. Carlos das Neves. — 1.' parte: Assistência corporal.
— Porto, 1907. — Typographia A. J. da Silva Teixeira. —
In-8.*^ de 544 paginas.
— cNovena do martyr S. Sebastião», composta por José de
Aquino Velloso de Sequeira, 3.* edição. — Porto, 1908. —
Typographia Teixeira. — In-8." de 32 paginas.
— a Novena efficacissima a Nossa Senhora do Perpetuo Soccorro»,
pelo Padre Saint-Omer, traduzida por D. Maria da ConceiçSo
Machado Castello Branco, 2.* edição. — Porto, 1908. In-8.<*
de 96 paginas.
— iO padre junto aos doentes e moribundos», coordenado por
F. A. Carlos das Neves. — 2.* parte: Assistência espiritual.
— Porto, 1907. — Typographia A. J. da Silva Teixeira. —
In-8.<» de 280 paginas.
Por Manoel dos Santos Marques, como auctor: «Nas trevas»,
2.* edição. — Famalicão, 1906. — Typographia Minerva. —
In-8.® de 184 paginas e 1 folha com um retrato.
Pela Livraria Editora Viuva Tavares Cardoso, como editora e
proprietária :
— Júlio Dantas: «Rosas de todo o anno», comedia era 1 acto,
em prosa, 2.* edição. — Lisboa, 1908. — Imprensa Portu-
guesa. — In-8." de 36 paginas e 4 estampas.
— Júlio Dantas: «Mater dolorosa», peça em 1 acto. — Lisboa,
1908. — Imprensa Portuguesa. — ln-8." de 56 paginas e 1
folha, com o retrato do autor.
Pela Livraria Chardron, de Lello á Irmão, como editora:
— D. F. Strauss : «Nova vida de Jesus», traducção da versão
£ AROHIVOS 1IACI0NA£S 79
francesa de NeíFtzer e DoUfuS; por Heliodoro Salgado. —
Porto, Imprensa Moderna. — In 8." de 504 paginas o volume i
e de 464 paginas o volume ii.
— António E. de Almeida Azevedo: cReforma Jadiciariat. —
Porto, 1908. — Imprensa Moderna. — In-8.<> de 96 paginas.
Por Maximiliano de Azevedo, como autor e proprietário: «Inês
de Castro», drama em 5 actos. — Lisboa, 1908. — Imprensa
Luso- Africana. — In-8.® de 126 paginas.
Por F. A. de Miranda e Sousa, como editor — René Emery:
«Santa Maria Madalena». TraducçSo de Moraes Leal. —
Lisboa, 1907. — Typographia Lusitana. In-8.® de õ34 paginas.
Pela Livraria Figueirinhas, como editora :
— M. Abundio da Silva: «O dever presente». — Porto, 1908.
— Typographia Universal. In-8.° de 280 paginas.
— Victor de Moigénie: «O homem em Portugal». — Porto, 1903.
— Typographia Universal. In- 12.® de 406 paginas.
Por JoSo da Silva Soares, como autor:
— «Poesias». — Lisboa, Typographia A. M. Rodrigues, 1907.
In-8.^ de 28 paginas.
— «As nymphas e o Deus Cupido». — Lisboa, 1907. — Typo-
graphia A. M. Rodrigues. In-12.° de 20 paginas.
— «Queixumes de amor». — Lisboa, 1907. — Typographia A.
M. Rodrigues. In'8.° de 28 paginas.
Por José Fernandes Cabral, como autor. — «Quadro graphico —
Diagrammico demonstrando os principies rudimentares da
contabilidade diagraphica de uma casa commercial», dese-
nhado por Lourenço Porto- Carrero. — Uma folha de 607
millimetros de largura por 464 millimetros de altura.
Por José Miguel de Abreu, como autor : «Desenho linear e de
ornato para o ensino nas escolas normaes e nas de habilitaçfto
para o magistério primário». Porto, 1906. In-4.^ de 84 pa-
ginas.
80 BOLETIM OA8 BIBLIOTHBCAS
Por José Duarte de Araújo, como autor, editor e proprietário:
— «Methodo simultâneo de leitura e escrita». Parte theorica.
Lisboa, 1908. — Imprensa Nacional. In-8.® de 64 pa^as.
— cMethodo simultâneo de leitura e escrita». Parte pratica.
Lisboa, 1908. — Imprensa Nacional. In-8.*^ de 48 paginas.
— cMethodo simultâneo de leitura e escrita». Três cadernos ín-
8.^, tendo o primeiro 20 paginas e o segundo e terceiro 16
paginas cada um. Lisboa, 1908. — Imprensa Nacional.
Por Fernando de Lacerda, como autor, editor e proprietário :
«Do pais da lua». Communicações medianimicas obtidas por
Fernando de Lacerda, com ura prologo do Dr. Sousa Couto.
Volume I. — Lisboa, 1908.— Typographia de F. L. Gon-
çalves. In-8/* de 344 paginas.
Nlarço
Por Manuel José da Silva, como proprietário: fÂnnuario com-
mercial de Portugal, ilhas e ultramar, ou annuario do milhão
de endereços». — 2 volumes in-8.** de 1:342 paginas e 2 fo-
lhas desdobráveis o primeiro volume, e de 1:202 paginas e
3 folhas desdobráveis o segundo volume.
Por Tavares & C.% como administradores: cO Benguella». —
Semanário noticioso, literário e annunciador, n.^ 1, 17 de
novembro. — Typographia, Rua Paula Cid, Benguella. — In-
folio de 4 paginas.
Por Tavares A C.*, como proprietários: a Annuario de O Ben-
guella», para 1908. — Benguella, Typographia Benguellense.
In-12.® de 156 paginas.
Por Frederico Carlos Moniz, como proprietário: «Gazeta de
Lisboa». — Quinzenário, 1.® anno, n.*» 1, 3 de fevereiro de
1908. — Imprensa de J. ^ousa. In-folio de 4 paginas.
Pela Livraria Chardron, de Lello & Irmão, editora :
'— Coelho Neto : «Jardim das oliveiras». — Porto, 1908. — Im-
J
£ ARGHÍVOS NACIOKAEd êl
prensa Moderna. In-S.^ de 260 paginas e 1 folha com o re-
trato do autor.
— iBodas de ouro na literatura» (1858 a 1908). — Teófilo Braga.
— Vififto dos tempos. VersSes espanholas, italianas, france-
sas, allemfts e suecas. — Porto, 1908. — Imprensa Moderna.
— In-8.^ de 336 paginas e 2 folhas com retratos de Teófilo
Braga.
Por Augusto Saraiva de Oliveira, como editor : 1 bilhete postal
reproduzindo em miniatura a primeira pagina do n.^ 251 de
Og RidimloB. — Lisboa^ Imprensa Commeroial.
Por Joaquim Pereira Pimenta de Castro, como autor: cRemedio
aos males pátrios». — Famalicfto. — Typographia Minerva.
In-8.^ de 16 paginas.
Pela Viuva Tavares Cardoso, como editora :
— Maria de Eça ÓNeill: «Nimbes*. — Lisboa, 1908. — Typo-
graphia de F. L. Qonçalves. In-12.® de 216 paginas.
— Victorino Coelho: «A soienoia da roleta». — Lisboa, 1908. —
Porto, Imprensa Portuguesa. In-8.^ de 140 páginas.
Por Arnaldo Bordalo, como editor:
— Semfim: aCatrapuz», cançoneta. 2.' ediçSo. — Lisboa, 1908.
— Imprensa Lucas. In-4.® de 8 paginas.
— A. de Lacerda: «Ser pontual», monologo, 2.^ ediçfto. — Lisboa,
1908, Imprensa Lucas. In-4.^ de 8 paginas.
— A. de Lacerda: «A thesoura», monologo, 2.*ediç&o. —Lisboa,
1908, Imprensa Lucas. In-4.^ de 8 paginas.
— L. de Araújo: «O jantar do meu compadre», monologo, 2.'
edição. — Lisboa, 1908, Imprensa Lucas. In -4.° de 8 paginas.
— cMethodo de dança», 8.* ediçSo. — Lisboa, 1908, Imprensa
Lucas. In-8.^ de 144 paginas.
— «Manual do photographo», por Alberto Pereira de Carvalhal.
— Lisboa, 1908, Imprensa Lucas. In 8.® de 264 paginas.
?.• AWNo, n.» 1 6
BOLETIM DÁS BIBLI0THECA8
■ — «Mantial de civilidade e etiqueta», 8/ ediçSo, por Beatriz
Nazareth. — Lisboa, 1908. Id-8.° de 280 paginas.
Pela Livraria Portuense, de Lopes & C ", Buccessor, como editora.
— J. LeitSoí (D. Carlos, o Desventuroso». Notas íntimas. —
Porto, 1908, Typographia Occidental. In-8.° de 208 paginas.
Por Fidelino de Figueiredo, como autor: tSonatasi, prosas va-
rias. — Lisboa, 1908, Typographia da Cooperativa Militar.
In-8.'' de 316 paginas.
Por António Pinto de Oliveira, como editor e proprietário: «Officio
breve da Immacuiada ConeeiçSo*, em latim e português.
Nova traducçHo por um presbytero Filho de Maria. Colli-gio
de Santa Quitéria, Felgueiras. — Porto, 1908, Typographia
Catholica. In-12.° de 24 paginas.
Bibliotheca Nacional de Lisboa, em 31 de março de 1908. —
O Director, Xavier da Gunka.
B ARCHIVOà NAClOKÂLâ
83
Eatatlstlea dos volumes enviados pelas SeefSes Extranjeiras de Permutas
IflternaciODaes durante o 1.® trimestre de 1908 i Secçio das Blbllotheeas
e ireUvos Naelonaes
Estados Unidos da America
França
Bélgica
Total
698
Estatística dos sellos e formulas de franquia dos palzes da Unlío Postal Uni-
versal entrados na secção de Numismática da Blbliotheca Nacional de
Lisboa, durante o 1.^ trimestre de 1908
Foraolu
Sellos
Bilhetes postaes
Cartdes postaes.
Sobrescriptos. . .
Cintas
Vales
Total
994
98
26
86
10
1
1:165
84
BOLBTIM DAS BIBUOTHECAâ
Estatística dos leitores u Blbllotheea Naelonal de Lisboa
no 1.* trimestre de 1908
• Ml nMínÉÍ«
Historia, geographia
Cartas geograpbicas
I { Polygraphia
Jornaes
Revistas nacionaes e estrangeiras
II
ml
Sciencias civis e politicas
Sciencias e artes
{ Bellas artes
f«T ( Philologia —
^^ Bellas lettras
y ( Numismática
( Estampas . . .
VI
VII
e
vm
IX
Religiões
Incunabulos
Reservados
Collecçâo Camoneana.
» Elzeviriana.
» Bodoni . . . .
Manuscriptos (fundo geral)
Códices iuuminados
Collecçâo Pombalina
» dos Códices d* Alcobaça
Archi vo de marinha e ultramar . .
Total,
Espécies requisitadas
pelos leitores
Dii
966
2
377
1:035
94
869
1:816
92
116
2:627
20
1
25
27
92
228
26
3
4:800
13:216
M»
788
2
241
341
52
452
1:264
36
114
2:535
22
5:852
MI
1:754
4
618
1:376
146
1:321
3:080
128
230
5:162
25
1
47
27
92
228
26
3
4:800
Leitini
ToUl 9:905
19:068
De dia 5:839
De i«te 4:566
Secretaria Geral das Bibliothecas e Arcbivos Nacionaes, em 1 de abril
de 1908.
Pelo Bibliotheeario-mór do Reino,
O Inspector,
Gàbrid Victor do Monte Pereira.
E ARCHIVOS NACI0NAE8
85
Estatística de leitura nas blbllothecas abaixo designadas
durante o 1.^ trimestre de 1908
SecfiM 6 nni iib^iulÍM
Historia, geographia
Cartas geógraphicas
I { Polygraphia
Jornaes
Revistas nacionaes e estrangeiras
II
Sciencias civis e politicas
jYj ( Sciepcias e artes.
"^ JBellas artes
j^ l Philologia . . .
^^ Bellas lettras
VI
vn
Namismatica.
Estampas —
Religiões
Incanabulos . ,
Reservados . .
Manascriptos.
Illuminadbs . .
Vni- Collecçfio Camoneana. . .
Total.
Ifon
29
58
88
1
7
85
242
405
Kng&
38
1
22
80
88
45
1
179
fíDilUil
67
58
98
24
57
48
56
56
88
482
OmíiHo
BtlMO
10
72
8
65
15
63
228
Secretaria Qeral das Bibliothecas e Archivos Nacionaes, em 1 de
;ibrU de 1908.
Pelo Bibliothecario-mór do Reino,
O Inspector,
Gabrid Vietor da MatUe Pereira.
1
Imfrbnsa da Umiysbsidade, 1908
r
Bibliotheca Nacional de Lisboa. ExpOBÍç2o bibliographica no bi-cente-
nario do Padre António Vieira em 1897. Lisboa, Imprensa Nacional, 1897.
A Exposição Petrarcbiana da Bibliotheca Nacional de Lisboa. Catalogo
summario pelo Director da mesma Bibliotheca Xavier da Cunha. Lisboa,
Imprensa Nacional, 1905.
Carso de Bibliothccario-Archivista. Summario dds lições de Bibliologia,
compiladas por José A. Moniz, professor interino da respectiva cadeira na
Bibliotheca Nacional de Jiisboa, 2." ediçio. Coimbra, Imprensa da Univer-
sidade, 1900.
Numismática Nacional. Liçio inaugural do curso de Numismática da
Bibliotheca Nacional de Lisboa no anno lectivo del888-1889, por J. Leite
de Vasconcellos, professor proprietário da respectiva cadeira. Lisboa, Ty-
pographia do Jornal •O Dia», 10 e 12. Rua Anchieta, 1888.
Elencho das lições de Numismática dadas na Bibliotheca Nacional de
Lisboa por J. Leite de Vasconcellos, 1.* parte do curso (1888-1889). Lisboa,
Typogruphia do Jornal «O Dia», 1889.
Elencho das lições de Numismática dadas na Bibliotheca Nacional de
Lisboa por J. Leite de Vasconcellos do II curso do anno lectivo de 1889-
1890 até ao VI curso do anno lectivo de 1893-1894. Lisboa, Typographia
do Jornal *> O Dia», 1894.
Relatórios dos serviços da Bibliotheca Nacional de Lisboa desde o segundo
trimestre de 1903 até ao terceiro trimestre de 1907, por Xavier da Cunha.
Coimbra, Imprensa da Universidade, 1903 a 1907.
Boletim d«s Bibliothecas e Archivos Nacionae», publicação official tri-
mensal. Publicados 6 annos. Coimbra, Imprensa da Universidade, 1902 a
1907.
Uma traducçao inédita em latim do soneto «Alma minha gentil ...» Publi-
cada e prefaciada por Xavier da Cunha. Coimbra, Imprensa da Universi-
dade, 1904.
Uma carta inédita de Camões. Apographo existente na Bibliotheca Na-
cional de Lisboa, agora commentado e publicado pelo Director da mesma
Bibliotheca Xavier da Cunha. Coimbra, Imprensa da Universidade, 1904.
A Bibliotheca Nacional de Lisboa na Exposição Oceanographica. Cata-
logo summario por Xavier da Cunha. Coimbra, Imprensa da Universidade,
1904.
A Bibliotheca Nacional de Lisboa no Congresso internacional de Liége
sobre reproducção de manuscriptos, medalhas e sellos. Relatório sobre a
le^idlaçâo portugueza no tocante á reproducção dos míinuscriptos offerecido
ao CongresBO pelo Director da mesma Bibliotheca Xavier da Cunha.
Coimbra, Imprensa da Universidade, 1905.
A Legislação tributaria em beneficio da Bibliotheca Nacional de Lisboa,
por Xavier da Cunha. Coimbra, Imprensa da Universidade, 1903.
A medalha de Casimiro José de Lima em homenagem a Soofa Martins,
descripção numismática por Xavier da Cunha. Coimbra, Imprensa da Uni-
versidade, 1903.
Espécies bibliograpbicas e espécies bibliacas. Considerações sobre no-
menclatura por Xavier da Cunha. Coimbra, Imprensa da Universidade, 1903.
Concursos públicos para provimento de logares vagos de Segundos Con-
servadores dos quadros do Real Archivo da Torre do Tombo e da Biblio-
theca Nacional de Lisboa, Legislação respectiva. Parecer de José Joaquim
d'Ascen8ào Valdez. Coimbra, Imprensa da Universidade, 1903.
Belatorio dos serviços desempenhados em Coimbra e Braga em Junho
de 1903 por José Joaquim d' Ascensão Valdez. Coimbra, Imprensa da Uni-
versidade, 1904.
Gabinete Numismático da Bibliotheca Nacional de Lisboa (Notas e do-
cumentos) pelo dr. José Leite de Vasconcellos. — I. Moedas de ouro da
cpocha germânica. Coimbra, Imprensa da Universidade, 1902.
A excelsa rainha D. Maria II na intimidade. Reflexões aproposito de um
manuscripto existente na Bibliotheca Nacional d 3 Lisboa por Xavior da
Cunha. Coimbra, Imprensa da Universidade, 1904.
Real Archivo da Torre do Tombo :
índice geral dos documentos conteúdos no corpo chronologico ezia-
tente no Real Archivo da Torre do Tombo. Mandado publicar pelas
cortes na lei do orçamento de 7 de abril de 1838. Tomo 1.* e único.
Lisboa, Typographia de Silva, 1843.
índice geral dos documentos registados nos livros das chancellarias
existentes no Real Archivo da Torre do Tombo, mandado fazer pelas
cortes na lei do orçamento de 7 de abril de 1838. Tomo !.*> e único,
Lisboa, 1841, na Typographia de G. M. Martins.
Extracto do Real Archivo da Torre do Tombo offerecido á Augua-
tissima Rainha e Senhora D. Maria I, por José Pedro de Miranda
Rebello, amanuense do mesmo Archivo. Coimbra, Imprensa da Uni-
versidade, 1904.
Bibliotheca Publica de Évora :
Catalogo dos manuscriptos da Bibliotheca Publica Eborense, por J.
H. da Cunha Rivára. Tomo 1.°, Ultramar. Lisboa, Imp. Nacional, 18Ô0,
Tomo 2.<* Litteratura, Imprensa Nacional, 1868. — Tomo 3.** Historia.
Imprensa Nacional, 1870.
Catalogo do Museu Archeologico da cidade de Évora, annexo de sua
Bibliotheca, composto por António Francisco Barata. Lisboa, Imprensa
Nacional, 1903.
Os reservados da Bibliotheca Publica de Évora, pelo director An-
tónio Joaquim Lopes da Silva Júnior. Coimbra, Imprensa da Univer-
sidade, 1907.
Venda avulso, no edificio da Bibliotheca Nacional de Lisboa.
Cada exemplar do numero do Boletim, in-8.^ — 200 réis.
Homero i—l."" Anuo ibrll a Jonho— 1908
DAS
BIBLIOTHmS II ARIIHIVOS ifilONm
Proprieéaie 9 edição da Secretaria Geral das BiblioUiecas e Archivos Nacionaes. Lisboa.
Director J. A. Gastetlo Branco^ Bibliolbecario Hór do Reino.
Composição e Impressão na Imprensa da UniTersídado.
Relatório dos serviços do Real ArohiYO da Torre do Tombo
no qnarto trimestre de 1907
111.™*^ e Ex.™*^ Senhor : — Começarei por fazer, em primeiro
lógar, referencia ao trabalho de impressão do nosso Inventario
Geral. Ficaram d^eile impressas, no passado trimestre, doze
folhas.
Áo mesmo tempo que se reviam as provas, continuou-se
arranjando material para a impressão. O livro 2.^ das Portaricu
do Reino ficou quasi concluido; concluiu-se o livro 1U.°; o livro
7.® ficou em folhas cento e quatorze, o livro 8.^ em folhas 215
e o livro 9." em folhas 100. De sorte que espero dentro em breve
ter concluido o inventario d'esta collecção.
Das Cartas Mistivas concluiu-se o inventario do primeiro
maço e do segundo ficaram já tirados cincoenta e seis verbetes.
Um outro trabalho, a meu ver de muita importância, se ini*
3U no passado trimestre. Foi a organisação da lista, tão com-
leta quanto possivel, dos documentos doeste Archivo já impressos.
ulgo esta lista um preparatório indispensável para a publicação
> Inventario de grande numero de collecçSes.
?.• AMNO, N.« 2 1
90 BOLETItf DliB BlBLlOTHftCAB
Passaram-se duas certidSes, regístarain-se setenta e seis di-
díplomas. E aqui estfto synthetisados os trabalhos doeste Archivo
no 2.^ trimestre de 1908.
Deus Guarde a V. Ex.* — Real Archivo da Torre do Tombo,
em 16 de julho de 1908.— 111."** e Ex."° Senhor Bibliothecario-
mór do Reino. — O Director, António Eduardo Simdes Baião.
£ ARCHIVOS KACI0KAE8 91
Relatório dos seniços da Bibllotheca Racional de Lisboa
no segnndo trimestre de 1908
111."* e Ex.°® Senhor: — Aos 2 de Março do corrente anno
o Heraldo de Madrid no Beu N.* 6:S04 publicava um artigo lar-
gamente noticioso, incimado pelo titulo «Bibliografia zaragozana
dei siglo xv».
Nesse artigo, assignado pelo Sr. D. Alexandre Larrubiera
dava-se idéa da obra que sob aquelle titulo apparecêra impressa
em Madrid numa luxuosa ediçfto de «cem exemplares» exclusi-
vamente destinados a offertas. E mais se dizia que, perante a
importância bibliographica do livro, perante o sen mérito intrín-
seco, real y efectivo, solemnemente evidenciado pelo Sr. D. Jofto
Pérez de Guzmán, illustre polygrapho e Membro da «Academia
de Historia», esta resolvera galardoar o auctor da obra, publi-
cando em seu Boletín o encomiástico parecer formulado por
aquelle académico.
Foi o Sr. Gabriel Pereira quem amavelmente me denunciou
a noticia do Heraldo. E, aguçando-se-me a cubica de alcançar
similbante livro para a Bibliotheca Nacional de Lisboa, resolvi
dirigir-me por carta ao seu auctbr, áoêrca de quem o articulista
do jornal madrileno me dava as seguintes informações, ao falar-
nos da obra:
ffSu autor j editor, D. Juan Manuel Sánchez, que se ampara
con modéstia ejemplar en el seudónimo de Un bibUójUo aragonês,
es hombre cultisimo, que posee excepcionales conocimientos en
literatura, que siente avasalladora pasión por los libros y a ellos
consagra todo su tiempo, habiendo formado una de las bibliotecas
más valiosas de Madrid, en la que fíguran manuscritos de mérito
indiscutible, incunables j ejemplares únicos de obras antiquisi-
mas, adquiridos, j después de múltiplos pesquisas, i peso de oro.
No conformándose con ser solo un amante platónico de las bellas
letras, hace en las mismas sus primeras armas con este libro,
en el cual, empleando un estilo simpático por su sencillez, que
no excluje la galanura, estudia concienzudamente, clasifica y da
92 fiOLEtíH DAS BíBUOTflÊGAS
muy curiosaB noticias acerca de Ia impresión de las obras de
Aristóteles, Esopo, Bocaccio, Séneca, Juan de Mena, Salostio,
António de Nebríja y otros, verificada en Zaragoza en los albo-
res de la tipografia, desde 1475 á 1500, por los impresores
Mateo Flandro, Pablo j Juan Hurus, Jorge Coei, Lupo Appen-
tegger y Leonardo Heriz».
Escrevi-lhe manifestando-lhe o meu desejo de possuir na Bi-
bliotheca Nacional um exemplar de obra t&o interessante.
Mas onde morava o bibliophilo ?
Sem prompta maneira de o averiguar, mandei minha carU
ao. acaso, sobresoriptando-a «AI Excelentisimo é Illustrisimo
Seilor D. Juán Manuel Sánchez insigne bibliófilo- — Madrid».
;.. A carta regressou a meu poder, poucos dias depois, devol-
vida pela Direcção Geral dos Correios Hespanhoes com a decla-
ração (!) de ser tdesconocidot em Madrid o destinatário da minha
missiva.
Surprehendeu-me o caso. Pois, quê?! desconhecido na capital
de uma nação illustradissima um insigne bibliophilo, em que for-
mosamente concorrem as prendas descriptas pelo articulista do
HeraldolH
f Confesso que não fiquei apenas pasmado : fiquei sobretudo
irritado.
Mas determinei logo impenhar no meu intento os amáveis
serviços do Sr. Dr. Júlio Nombela y Campos (o Director da
revista madrilena Vida Intelectual)^ — e por seu obsequioso in-
termédio consegui fazer chegar a carta ao destino desejado.
E de prompto recebi amabilissima resposta do Sr. D. João
Manuel Sánchez com a remessa de um dos pouquíssimos exem-
plares, que ainda possuia disponíveis, da sua publicação esplen-
dida e monumental.
Bibliografia Zaragozana dei Siglo XV por un bibliófilo ara-
gonês. (Madrid — 1908 — Com variadissimas reproducçSes, em
fac-simile, dos paleotypos apontados).
A obra vem antecedida por um prólogo «AI Lector», — pró-
logo doutissimo, sobremaneira substancioso e conceituoso, prólogo
que por estas palavras começa :
«El culto dei pasado se practíca entre otros sítios en los Ar-
chivos, Bibliotecas y Museos; lo existente en ellos es património
de todos, pêro ai heredarlo hemos contraído la obligación de
mejorarlo y enriquecerlo : para cumplir esta obligación lo pri-
mero que necesitamos es conocer lo heredado, inventariando
luego y después clasificando»«
e ARCHIV08 NAGIONAES 93
Sensatiesimas e suggestivas palavras que incerram em si unr
completo evangelho I
Abrangem-se na resenha bibliographiea do Sr. Sánchez 83
Números (distribuídos por três secções: — cLibros ciertosi,
•Libros dudosoB», 7 cLibros falsost). £ termina a obra por um
additamento, em que o auctor menciona e descreve quatro espé-
cies impressas na povoaçXo aragoneza de Hijar.
Entre os livros de irapressSLo saragoçana o Sr. Sánchez nfto
se esquece de amavelmente mencionar os exemplares que de tal
estampagem possue a Bibliotheca Nacional de Lisboa.
Como appendice da sua generosa offerta, o Sr. D. João Ma-
nuel Sánchez accrescentou espontaneamente um interessantissimo
folheto, estampado na restricta edição de ccem exemplares» ^ e
por esta forma intitulado:
Juan M. Sánchez. Investígadones Bibliográficas, Publicado
en la revista Cultura Espahola. (Madrid — 1908).
Neste elegante opúsculo se occupa também de alguns incuna-
bulos o illnstre bíbliophilo, — cuja visita me coube o gosto de
receber em 2 de Maio, por occasifto de vir aqui o Sr. Sánchez
examinar nos c livros reservados» da Bibliotheca Nacional as
espécies saragoçanas que possuimos estampadas no século xvi,
pois que ás impressSes d'esse tempo está elle agora dedicando
especialmente seus estudos.
Pleonastico é dizer que a todos nos deixou na Bibliotheca
incantados o Sr. Sánchez por sua erudita conversação e delicada
cortezia.
O Sr. D. Alberto Nin Frias, que desimpenha em Washington
as funcçSes de Secretario da Legação do Uruguaj, fez-me a
tineza de — visitando em Maio a nossa Bibliotheca — offerecer-lhe
duas producções da sua actividade litteraria.
São ellas:
Nuevos ensayos de critica literária y filosófica. (Montevideo
— 1904).
La vida dd estudiante y la moral. (Montevideo — S. d.).
E mais se dignou também offertar alguns ex-libris para o
c Álbum» que d'essa especialidade estou organizando.
De Elizabethtown (Nova* York) inviou-nos o auctor
The Critics versus Shakspere. A brief for the defendant by
Francis A. Smith. (New- York — 1907).
O clnstituto Smithsoniano» continua a encher copiosamente
94 BOLETIM DAS BIBLIOTHECA8
nossas prateleiras com as suocuientaB pablicaçSes dadas á laz
sob iniciativa do Governo dos Estados Unidos da America.
Do México temos continuado a receber a obsequiosa remessa
da interessante publicaçUo — Memorias y RevUia de la Sodedad
OienHJica •António Ahatet*
Do Sr. Visconde de Salgado recebi, entre várias espécies
(tanto portuguezas como brasileiras), um grosso e ponderoso
volume intitulado
Actas e pareceres do Congresso da Instrucção do Bio de Ja-
neiro^ (Rio de Janeiro — 1884).
E outrosim recebi do mesmo offerente :
a) — Augusto Forjaz (Pereira de Sampaio) — lUuminuras*
(Porto — 1904). (Exemplar N.® 205 de uma edição limitada a
262 exemplares).
b) — 1865-1906* Jubileu do Hospital Portuguez de Benefi-
cência de Pernambuco (Notas de sua fundação e dos 50 annos de
sua existência). (Recife — 190Õ — Com retratos e vistas em pho-
to-gravura).
c) — Besumo histórico da Venerável Ordem Terceira de S.
Francisco da Penitencia. (Rio de Janeiro — 1905).
Doeste repositório de noticias foi organizador António Ramos
Machado.
d) — A. J. Barbosa Vianna (Da Ac<Mdemia Pernambucana)
— Trapalhadas — Notas de humorismo — Edição ojfereáda pela
Junta do Hospital Portuguez de Pernambuco em 1905, (Porto
— 1906).
O livro é de versos, e precede-os um anteloquio em prosa de
Carneiro Vilella.
e) — Bdatorio da Becd e Benemérita Sociedade Portuguesa
de Beneficência no Bio de Janeiro apresentado d Assembléa Qeral
de 25 de Novembro de 1907 pelo Presidente Manuel António da
Costa Pereira — Biennios de 1903-1904 e 1905-1906. (Rio de
Janeiro — 1907).
Veiu este volume resguardado por uma luxuosa incadernação
de marroquim azul, que representa formosa amostra da industria
brasileira, e que por isso mandei agrupar no ^lostrador de expo-
sição que para incadernaçSes notáveis reservei.
Em continuação de espécies análogas, anteriormente recebi-
daS| veiu para meu poder o
E AB0HIVO8 NACIONAES 96
Anuário dei Observatório de Madrid para 1908. (Madrid — •
1907).
Constituo obra dada a lume sob iniciativa da cDireoción Ge*
neral dei Instituto Geográfico y Estadistico».
O Sr. Paulo Pellot, Bibliothecario-archivista de Rethel,
invion nos duas publicações:
a) — Louis Pommery, Membre Tíivlaire de VAcadémie de
ReifM, ISdl^-lQO?. Notice par M. Paul PeUot, Membre Corres*
pondant de VAcadémie de Êeims, lue à la Séance de cette Société
le 13 Décembre 1907. (Reims — S. d.).
b) — Comm. António Padula — Les Ordres Ch&oaleresques du
Royaume de Portugal — Traduit de Vltalien avec Vautorisation
de VAuiteur, (Reims — 1908).
Esta publicação vem acompanhada com a representação (em
gravura) das insígnias correspondentes ás diversas Ordens Por-
tuguesas.
No Capítulo respectivo á Ordem da Torre- e-Espa da, lê-se
este paragrapho mui conceituoso :
«L'illu8tre poete portugais Castilho regardait corome un três
grand honneur d'être affilié à un Ordre dont Timmortel Almeida
Garrett avait rédigé les statuts patriotiques».
António Feliciano de Castilho era effectivamente condecorado
com o grau de Cavalleiro na Ordem da Torre-e*Espada.
O «Instituto Internacional de Bibliographia», estabelecido em
Bruxellas, inviou-nos o
Rapport sur V Institui International de Bibliographie et VOr-
ganisation systématique de la Documentation. (Bruxelles — 1908).
Adornada com photo-gravuras, esta memoria foi elaborada
para figurar na «Conferencia Internacional de Bibliographia e
Documentação» que em Bruzellas se realisará (como está annun-
ciado) nos dias 9 e 10 do próximo Julho.
Offerecidos pelo «Ministério da InstrucçSo Pública» dltalia,
receberam-se, em continuação, os Vol. ii e iii (Imola — 1907) dos
Scritti editi ed inediti di Oiuseppe Mazzini,
Trazem por ilIustraçSes retratos do célebre patriota, e várias
reproducç5es (em fac-simile) de espécies mui curiosas.
Conforme no meu Relatório de 30 de Septembro de 1907 já
tive occasíão de informar, a edição é de 300 exemplares nume*
rados, entre os quaes nos vem destinado o N.^ 142.
96 BOLETIM DAS BIBLIOTHBCAS
Mencionarei agora uma obra primorosa que da Itália nos veiu
offerecida por seu insigne auctor, — um virtuoso e nSo menos
erudito sacerdote que, mesmo depois de recolhido á sua Génova
natal,. nfto deixa apagar nem esmorecer a carinhosa affeiçfto que
sempre consagrou a Portugal durante os trinta annos que paro-
chiou em Lisboa na italiana Egreja de Nossa Senhora do
Loreto.
A producçfto com que ultimamente nos sahiu á luz, e cuja
a£Fectuosa dedicatória eu individualmente lhe agradeço penhora-
dissimo, traz por titulo no frontispicio :
Cenni intomo alia Colónia Italiana in PortogaUo nei secoli
XIV, XV e XVI — Studi di Prospero Peragallo — Nuova edizione
notevolmente aumentata, (Génova — 1907).
A primeira ediçSo doesta memoria importantíssima tinha sa-
bido em Turim, três annos antes, com o titulo seguinte:
Cenni intorno alia Colónia Italiana in PortogaUo nei secoK
XrV, XV e XVI—Studi di Prospero Peragallo. (Torino — 1904).
Prospero Peragallo 1 Quem ha da sociedade culta lisbonense,
que nfto admirasse e deveras estimasse este insigne cultor das
lettras italianas e portuguezas ? quem ha d'entre nós que, ten-
do-lhe falado uma vez, nSo ficasse incantado pelo seu muito saber,
pelo seu delicado ingenho, pela sua integridade de caracter, pelo
seu génio bondoso e affectuoso, e pelo seu captivantissimo trato?
Elle aproveitava em Lisboa todos os momentos que alcançava
disponíveis, para excavar nos seus archivos e bibliothecas, publi-
cando obras de incontestável valia.
E é com profundíssima saudade que todos hoje aqui lamen-
tam a sua retirada para Itália, onde continua a ser um prodnctor
infatigável.
O seu nome ficará sempre ocoupando um logar distinctissimo
entre os dos mais distinctos lusitanophilos.
Da sua cordial dedicaç&o pela gente portugueza offerece-nos
elie um público testemunho, ao dizer-nos (em pag. 17 do livro
que ora deu a lume) quanto lhe era agpradavel a residência em
Lisboa: — cil soggiorno di Lisbona in mezzo ad uno stuolo di
dotti, di cari, generosí e nobili amici, dei quali conservo una
profonda saudade che solo morte extinguerà».
Aquelle nosso Prospero Peragallo (deveras «nosso» porque,
ao partir para a sua pátria Génova, já tSLo portuguez se consi-
derava como italiano), aquelle nosso Prospero Peragallo completou
no dia 23 do passado Abril 85 annos de edade, — uma formosis-»
£ ÁBGHIV08 NÁCI0NAB8 97
sima Benectúde com todos os enthusiasmos da edade juvenil,
sen^ctude formosa como o seu coraçfto, formosa como o. seu es-
pirito, formosa como o seu talento, formosa como as suas quali-
dades rooraes, formosissima emfim como formosos e prestimosos
teem sido todos os actos da sua existência.
Doze annos vão quasi decorridos, doze annos, desde que na
estaçfto central de Lisboa lhe foram dizer «adeus» grande número
dos seus amigos e seus admiradores. Eram septe horas da tarde,
áos 26 de Julho de 1896, quando o comboio partiu, deixando
no coraçSo dos que ficavam cá um vazio impreenchivel ; por sua
parte o bom Peragallo sentia-se esmorecer com a idéa de nos
abandonar, — e muito nervoso, muito sensibilizado perante a
sincera tristeza que via no rosto dos circumstantes, tinha tainbem
lagrimas nos olhos, e beijava commovido aquelles de quem se
despedia, muitos dos quaes (e entre esses me conto eu infeliz-
mente) nunca mais lograrilo a fortuna de tornar a vôl-o.
Mas o seu nome ficará immorredouro. E, para justificação
doesta minha affirmativa, bastará citar os títulos das obras, que
no actual momento me occorrem, produzidas por este incansável
escriptor, — obras que passo a mencionar, sem nessa menção
incluir os artigos dispersos em páginas de c revistas» litterarias,
históricas, scientificas, ou religiosas:
1 •• — Oraziane panegírica. (Savona — 1 852).
2.* — Delia liberta civile e religiosa neUe loro rdazioni coUa
Chieea Cattolica, Discorse due di P. P, (Firenze — 1853).
3.^ — La misatone, il manachismo e la donna cattolica, (Fi«
renzê — 1859).
4.* — II matrimonio cattolico. (Génova — 1859).
5.* — La Chiesa e la liberta auizzera. (Firenze — 1859).
6.* — DeUa liberta di cosâenza. (Firenze — 1859).
7.* — Letture tratte dal giomah L'Amico — Delle rdazioni
tra la Chiesa e lo Stato in un governo libero. (Génova — S. d.
— Subscripto pelas iniciaes P. P.).
8.* — Geografia generale delV Europa, e speciale delV Itália.
(Firenze— 1862).
9.* — Annali delle Invenzioni e Scoperte Qeografiche — Fram-
menii di una raccolta deUe scoperte, invenzioni e novità. (Génova
— 1862).
10.* — Lezioni popólari di Geografia Astronómica e Fisica,
(Génova— 1865-1870).
11.* — Statuto deUa Società Italiana di Benefit^^enza in lAs-
bona. (Lisboa — 1873 — Com um esplendido Relatório histórico,
98 BOLBTIM DÁS BIBUOTHECAS
redigido pelo Rev» Prospero Luiz Peragallo em 15 de Deaembro
de 1872).
12/ — Criõtoforo Colombo in PortogaUo — Siudi critieL
(Génova— 1882).
13.* — O Soneto de Ltds de Camlòee MÁlma minha gentíl9
traduzido em versoê italianoê. (S. 1. (Lisboa) b. d. (1884) — A
tradncçSo, com variantes nos tercetos, vem acompanhada pelo
texto portaguez).
14.* — VAutenticUà delle HUtorie di Fernando Colombo e le
eritiche dei Signor Enrico Harrisêe con ampli frammentí, dei
ieêto epagnuolo di D. Fernando. (Génova — 1884).
15/ — Riconferma deWAtUentieità deUe Historie di Fernando
Colombo — Risposta alie osêervazioni deWUff. Prof. Dott. Pielro
Arata. (Génova — 1885).
16.<^ — Sonetos Escolhidos de Luiz de CamZes traduzidos em
Sonetos italianoê com variantes, (Lisboa — 188Õ).
17.* — Florilégio de Bibliophilos — Alma minha gentil. (Lis-
boa— 1886 — Neste florilégio que tive oceasião de coordenar, e
em que figuram, apar do texto portugiiez do célebre soneto ca-
moniano, quarenta versões em linguas e dialectos diversos, onze
traducçSes italianas pertencem ao Rev. Prospero Peragallo).
18.* — Origine, patina e gioventií di Cristoforo Colombo.
Studi critici e documeiítati con ampla análisi degli Atti di Sali-
nerio per Celsus. (Lisboa — 1886 — cCelsus» foi o cryptonymo
adoptado pelo Bev. Peragallo, na triumphal resposta a um dos
escriptos de Harrisse (cL^Origine de Christophe Colomb») publi-
cado sob o cryptonymo cSejusi.
19.' — Cristoforo Colombo e la sua famiglia — Rivista gene-
rale degli errori dei Sig. E. Harrisse. Studi storico-critici. (Lisboa
— 1888).
20.* — Poesias de Luiz de Cambies e outros vertidas a italiano.
(Lisboa — 1890 — Com o retrato do traductor Peragallo em pho-
totypia).
21.* — €Cristóbal Colón — Sus viajes, sus descubrimientost
por D. José Maria Asensio. (S. 1. (Firenze) n. d. (1891 ou 1892?)
— Apreciação crítica, redigida em italiano pelo Rev. Prospero
Peragallo ácêrca da obra do escriptor hespanhol).
22.* — Poesias de Luiz de Camões e oxCtros vertidas a italiano
— Segunda serie. (Lisboa — 1892).
23.* — Carta de El-Rei D. Manuel ao Rei Catholico narran*
do lhe as viagens portuguezas d índia desde lõOO até lõOÔ —
Reimpressa sobre o protótipo romano de 1606, vertida em lingua-
fi ARGHIV08 NAClONAIfiS 99
gem e annotada por Prospero PeragaUo — Seguem em appendice
a Belação análoga de Lunardo Cha Masser e dois documentos de
Cantíno s Pasqucdigo. (Lisboa — 1892 — Trabalho incluído na
collecç&o das «Memorias» publicadas pela Academia Real das
Sciencias de Lisboa, a cujo grémio o Rev. Peragallo pertence
como Sócio Correspondente).
24.' — Alguns Documentos do Archivo Nacional da Torre do
Tombo acerca deu Navegaçdes e Conquistas Portuguezas publicados
por ordem do Oovemo de Sua Majestade Fidelíssima ao celebrar-
se a commemoração quadricentenaria do descobrimento da America.
(Lisboa — 1892 — Este volume, abundantemente illustrado com
elementos de reproducção fac-simile, volume cuja apresentação
na Exposição Colombina de Madrid alcançou para o Archivo da
Torre-dO'Tombo diploma de «medalha d'oiro», deve-se á colla-
boraçSo eruditíssima do Rev. Prospero Peragallo e do illustre
académico José Ramos-Coelho, collaboraç%o em que tive a honra
de também, posto que obscuramente, tomar parte).
25.* — Due Documenti riguardanti le relazioni di Génova col
Portogallo, (Génova— 1892).
26.* — Leitere di A. de Brito et di P. Centurione ed appunti
archivistici communicaii alia Sodetà Geográfica Italiana, (Roma
— 1892).
27,* — .Fhres de Poesia Portugueza Traduzidas em italiano,
(Lisboa— 1893).
28.* — J. Ramos-Coelho — A Ckristovam Colombo. Poesia
para a commemoração quadrícentenaria do descobrimento da Ame-
rica, celebrada pda Arcádia de Roma, (Lisboa — 1893 — Vem
acompanhado o texto portuguez pela versão italiana «A Cristo-
foro Colombo» do Rev. Peragallo).
29.» — Léone Pancaldo. (Roma— 1893).
30.* — Disquisizioni Colombine — N.** 1, La nuova scuola
spagnuola anticolombina. (Lisbona — 1893).
31.* — Gongraiulatio canum coUa versione italiana di Pros-
pero PeragaUo, (Lisbona — 1893 — A versão italiana d'este hu-
mortstíco poemeto vem acompanhada pelo texto latino do Dr.
Thomaz de Carvalho, e precedida por uma carta do traductor
ao editor).
32.* — Pretidão de amor — Endechas de Camões a Barbara
escrava seguidas da respectiva traducção em varias linguas e an-
tecedidas de um preambulo, (Lisboa — 1893-1895 — Neste volume
que, luxuosamente publicado a expensas do illustre camonianista
Dr. António Augusto de Carvalho Monteiro, tive ensejo de coor«
100 BOLETIM DAS BIBU0THECA8
denar, o Rev. Peragallo collaborou brilhantemente proporcionando
formosa verslo italiana das célebres cEndechasi).
33.* — LHniziativa delTinfante D. Enrico e Cristoforo Co-
lombo. (Famalicão — S. d. — 1894).
34.* — AfUhero dê Quental — Zara. EãiçSopolyglotta. (Lisboa
— 1894 — Ao Rev. Peragallo pertencem nesta coliecçSo poljglot-
tica duas das traducçSes italianas e uma das genovezas).
35.' — DUquisizioni Colombine — NJ 2 e 3. Época àdlar-
rivo dl Colombo in Portogallo — La Sfera di Dante de Rinaldi,
e il Sig. Harriêse. (Lisbona — 1894).
36.* — Oioachino de Araújo — Canzone delia culla. Tradotta
da Prospero Peragallo. (Padova — 1895).
37.* — Disçtdsizioni Colombine — ^.** 4. Lafavola di Alonso
Sanehez precursore e maestro di C. Colombo — Parte prima —
Con appendice extra intomo a Giovanni Verrazzcmo erroneamente
confuso col corsário Giovanni Florin. Nuovi documenti. (Lisbona
— 1896).
38.* — Lampyos. Poesias de Ramos-Coelho. (Lisboa — 1896
— Incluo uma producção vertida em italiano pelo Rev. Peragallo).
39.* — Cambiantes. Poesias de Ramos-Coelho. (Lisboa — 1897
— Incluo vertidas para italiano pelo Rev. Peragallo três compo-
siçSes).
40.* — Documenti abissinici tradotti in portoghese. (Roma —
1897).
41.* — Intomo alia supposta identità di Giovanni Verrazzano
col corsário francese Giovanni Florin. (Roma — 1897).
42.* — Reflexos. Poesias de Ramos-Coelho, (Lisboa — 1898
^- Incluo cinco versSes italianas do Rev. Peragallo).
43.* — O Gigante Adamastor — Episodio d* Os Lusiadas de
Luiz de Camões com a traducção em versos italianos de Prospero
Peragallo e um prefacio de Xavier da Cunha. (Lisboa — 1898).
44.* — A Epopéa das Navegações Portuguezas — Estrophes
por Xavier da Cunha S. S. G. L. com traducçlks em italiano,
hespanhol e francez, por Prospero Peragallo, D. José Lamarque
de Novoa e José Bénoliel. (Lisboa — 1898).
45.* — Saggio di Poesie Sivigliane tradotte in Italiano. (Gé-
nova—1898).
46.* — Uisquisizioni Colombine — N.^ 6. I PaUastrdU di
Piacenza in Portogallo e la moglie di Cristoforo Colombo. (Gé-
nova—1898).
AT ."^ — Centenário di GarreU (1799^1899). Camdes. Canto V.
FramiMniti di versione. (Padova — 1899).
£ ARCHIVOS KACIOKAES 101
48.» — Leonello ' Modona — Almeida Garrett (ITBO-ISOO).
(Parma — 1 899 — Termina o opasculo do illustre professor de
Parma pela poesia garrettiana «As minhas azas» com* a respe-
ctiva traducçSo em versos italianos pelo Rev. Peragallo).
49.* — Poesie Fortogheai e Sivigliane tradotte in ItaUano —
Nuava Serie. (Génova — 1899).
50.* — Gabriel Ghramer: Lee voyages de Qiovanni Verrazzano
9ur les cotes d^Amérique. (Roma — 1899 — Apreciação critica,
escripta em italiano pelo Rev. Peragallo).
õl.* — Ancora suUa distinta personcàità di Qiovanni Verraz-
zano, navigatore, e di GKovanni Florin, corsário, (Roma — 1900).
Õ2.* — Alhcuzione dd Sac. Prospero Peragallo benedicendo
le nozze ddVAvvocato Goffredo Cereseto colla Signorina Erina
Sangiacomo, (Génova — 1900).
Õ3.* — Mazzolino di Poesie Portogkesi e Sivigliane tradotte
in Italiano — Parte Seconda delia Nuova Serie. (Génova—
1900).
54.* — Desde mi retiro — Poesias de José Lamarque de Novoa.
(Sevilla — 1900 — Inclue, entre as composiç5es do poeta sevi-
IhanO) oito versões italianas pelo Rev. Peragallo).
55.* — AUocuzione dd Sacerdote Prospero Peragallo nd be»
nedire le Nozze dd Dottore Cav, Vittorio Cereseto coUa Signorina
Eugenia Carrezzano. (Génova — 1901).
56.* — Intomo ai saggio storico critico Leon Pancaldo di
Qiovanni Jachino. (Spezia — 1901).
57.* — La Bibbia dos Jeronymos e La Bibbia di Clemente
Semigi — Studi comparativi, (Génova — 1901).
68.* — Cintra — Carme Latino tradotto in versi italiani» (Gé-
nova— 1901 — Vem com a traducçllo italiana do Rev. Peragallo
o texto latino do Cardeal Domingos Jacobini, precedidas as duas
peças por uma Carta em qae o traductor se refere encomiasti-
camente ás bellezas de Cintra).
59.* — Viaggio di Geronimo da Santo Stefano e di Geronimo
Adorno in índia nel 1494-99, (Roma — 1901).
60.* — Viaggio di Matteo da Bergamo in índia sulla flotta
di Vasco da Gama (1602- 1Õ03). (Roma — 1902).
61.* — Disquizioni Colombine — N.^ 6. Cristoforo Colombo e
le accuse dd Dotíor Cesare Lombroso, (Génova — 1902).
62.* — Alcuni documénti inediti pubblicati da Prospero Pe-
ragallo. (S. I. n. d. — 1903 — Sâo cinco documentos: três em
latim, copiados do Árchivo da Torre do-Tombo; e dois em ita-
liano, copiados da «CoUecçfto Pombalina» existente na Bibliotheca
lOã BOLBTIH DÁS BlfiUOTHBCAS
Nacional de Lisboa. A publicaçfto vem acompanhada por inte-
ressantes notas do erudito publicador).
63.* — Maria jB.* Tixe de Ysem — Penêamientos marchiios.
(Sevilla — 1903-^Inclae, entre os Sonetos da illustre poetiza
sevilhana, cinco versSes italianas pelo Rev. Peragaiio).
64.* — Due episodi dei poema I Lusiadi di Camões ed altre
poeaie straniere coUa tradussione in verso italiano. (Génova — 1904
— Os dois episódios camonianos, aqui vertidos pelo Rev. Pera«
gallo, s£o o da «Batalha do Saladoí e o de «Ignez de Castro» ;
no resto do florilégio figuram traduzidas poesias de auctores por-
tuguezes e auctores hespanhoes).
65.* — Cintra. Carme Latino dei Cardinale* Domenico Jaco-
bini tradotto in versi italiani — Secanda edizione, (Génova — 1905).
66.* — Benedieendo le seconde nozze deWAwocato Goffredo
Cereseto colla gentil Signorina Angela Pestarino — AUocussione.
{Génova — 1905).
67.* — Nelle Nozze ddV Awocato Cario Peragaiio coUa Gentil
Signorina Egle Bidati — Alloctmone. (Génova — 1905).
68.* — Epistola di D, Emamiele Re di Portogallo ai Papa
Leone X Annunziandogli Venirata solenne ddV Ambasciata Por^
ioghese in Abissinia — La riproduce da una antica edizione con
note bibliografiche e storiche Prospero Peragaiio. (Génova — 1906).
69.* — Poesias de Ramos- Coelho Vertidas em ita-
liano, hespanhol, sueco, allemão e francez pelos Snrs. Thomaz
CannizzarOj Prospero Peragaiio, Sólon Ambrosóli, Luiz BrignoU,
José Bénoliel, Lamarque de Novôa, Gõran Bjorkman, GfuiUierme
Storck, AchiUes Millien, e Henrique Faure. (Lisboa — 1907 —
Do Rev. Peragaiio figuram no volume 18 versões italianas).
O livro de «Poesias», que ora acabo de mencionar, abre por
uma epistola em verso — «Aos meus traductores» — epistola em
que o auctor das composições traduzidas se dirige ao Rev. Prós*
pêro Peragaiio nos termos seguintes :
«A ti v2o pois estes singelos versos,
O Peragaiio amigo,
Que viveste comnosco tantos annos,
E emfím buscaste abrigo
«Longe d'aqui na tua illustre Génova,
Mas de nós não te esqueces.
Antes, de quando em quando, algum tributo.
Saudoso, lhe offereces,
Ê ÁRGHlVOS NAG10NAÍ5S 103
«De Ljsia aos fastos já volvendo a cinza,
Já manejando o plectro».
E porque cito de memoria (memoria que já muito me vai
atraiçoando) inclino-me a suspeitar que nesta summarissima re-
senha involuntariamente ficariam omittidos alguns dos mais no-
táveis trabalhos do Sr. Prospero Peragallo. Será o caso de
apropriar aquellas palavras que o auctor do Hernâni pSe na bOocA
de Don Ruy Gomes da Silva no dialogo com £1-Rei (na scena
dos retratos):
J*en passe, et des mciUeurs!
O Sr. Professor Pedro Carducci Teisser, que em Roma dirige
a «Rivista Fraterna Latina» e outrosim a «Galleria Biográfica
Internazionale», inviou-nos o fascículo 5.^ do Anno viu doesta
segunda publicação, — fascículo quasi exclusivamente occupado
pelo artigo que o referido professor nelle escreveu, subordinado
ao titulo S, M. Maria Amélia ãfOrUans Regina Madre di Porto-
gallo (Roma — 1908), e adornado com o retrato da nossa augusta
soberana.
Ao Sr. Alberto dei Prato fiquei devendo a ofierta da seguinte
memoria que a Portuguezes, nSlo menos do que a Italianos,
sobremaneira interessa :
Alberto dei Prato — R testamento di Maria di Portogallo
moglie di Alessandra Farnese. (Parma — 1908).
Tal memoria, originariamente publicada no «Archivio Storico
per le Provincie Parmensi» (Parma — 1908), vem acompanhado
pelo retrato da testadora (photo-gravura do painel que em Parma
se incontra na Real Galeria de Bellas-Artes). Vem também, no
texto da obra, o fac-simile da rubrica da excelsa Princeza.
O Sr. Francisco Mucci (italiano residente em Paris) inviou-
nos de presente:
Francesco Mucci — II mio esilio volontario (Poesia — Proso-
dia) — Libro primo. La Visita ai Cimitero. (Paris — 1908).
Prefaciando os escriptos do Sr. Mucci, abrange o livro uma
biographia do auctor e um artigo de critica ácêrca da sua per-
sonalidade e dos seus trabalhos.
104 BOLfiTIH DAS B1BU0THECA8
Da Noruega recebi, por offerta do aactor :
Sundi*y geological Problems by G. Henriksen Inspector of
Mines. (Chriatiania — 1908).
Remettidos pelo Governo Geral de Angola, e por elle offe-
recidos, recebi dois exemplares da seguinte publicaçAo, adornada
com várias photo-gravuras (entre ellas uma que representa cO
commandante Roçadas nas trincheiras de Aucango»):
Alferes VeUoso de Castro — A Campanha do Cuamato. (Loanda
— 1908).
O Sr. Eugénio do Canto continua a inviar-nos de Ponta-Del-
gada as soas preciosas reproducçSes (sempre feitas numa restricta
edição de 60 exemplares).
As que recebi no segundo trimestre d'este anno, sSo as que
constam dos três seguintes folhetos:
1." — Carta de el-rei D, Manoel para os juizes , vereadores^ ete.,
da cidade do Porto, ordenando para se fazer uma procissão so-
lemne em acção de graças pelas victorias havidas sobre o rei de
Calecut.
A Carta foi escripta em Lisboa aos 8 de Junho de 1505 ; e
a respectiva cópia extrahiu-se do Archivo Municipal do Porto.
No mesmo folheto accresce:
Carta de el-rei D. Manoel aos juizes e vereadores de Elvas
para solemnizarem as victorias havidas na índia (Datada em
Setúbal aos 26 de Maio de 1506).
A impressão das duas «Cartas» fez-ee em Lisboa no corrente
1908; e vem acompanhada pela reproducçSo fac-sunile dos res-
pectivos autographos.
2.^ — Carta de el-rei D. Manoel para o Juiz, Vereadores e
Procurador da villa d'Elva^, dando parte da tomada do Reino
de Ormuz (Escripta no Lavradio aos 30 de Janeiro de 1509).
A cópia, extrahida do Archivo da Camará Municipal d^Elvas,
foi typographada em Coimbra no corrente 1908.
3.® — Relacion de la lornada Expvgnacion, y Conquista de
la Islã Tercera, y las dema^ circunuezinas, q hizo don Albaro de
Baçan, Marques de Santacruz Y de los enemigos
que auia en la dicha Islã, y de los fuertes, artilleria, y municio-
nes, y armada Francesa y Portuguesa: y dei sitio y disposidon
de la ciudad de Angra, y ViUas y Lugares de su contorno, y de
los moradores delias, y castigos que se hizieron en eUos.
Remata a Relação pelas seguintes palavras: — «Fecha en la
E ARCHIV08 NAC10NÂI£S 105
ciudad de Angra de la lala de Ia Tercera, a onze de Agosto, mil
y quínientOB j ochenta y três».
A rt*prodiicç&o executou-se em Lisboa no corrente 1908 por
cópia do raríssimo exemplar que existe na Bibliotheca Bodleyana
da Universidade de Oxford.
Remettído pela respectiva Reitoria, introu em nossa Biblio-
theca o
Annuario do Lyceu Central de Lisboa — 3:^ Zona Escolar, á
Lapa-- Anno escolar de IQOT-IOOS. (Lisboa— 1908).
Nelle se incluem o Rnlatorio do Reitor (Sr. Dr. António
Joaquim de Sá Oliveira) Irdo na sessão solemne de 16 de Outubro
de 1907 e o Discurso inaugural pronunciado pelo Sr. Dr. António
Augusto Gonçalves Braga (Professor do Lyceu).
A Direcção Geral dos Trabalhos Geodésicos e Typographicos
ínviou-nos da Carta de Portugal (na escala de 1 para Ô0:000)
duas folhas chromo-lithographadas : — a Folha N/* 16-b (que tem
por núcleo a villa das Caldas da Rainha), e a Folba N* 17-d
(Chouto e seus arredores).
Da Carta Chorographica dos limites de fronteira entre Por-
tugal e a Hespanha inviou-nos a respectiva Commiss&o mais duas
folhas : — a Folha N."" 6 e a Folha N.<* 13.
A «Commissílo do serviço geológico de Portugal» remetteu-
nos dois exemplares da sua recente publicação :
Commission du service géolotjique du Portugal — Efsai sur la
tectoniqne de la chaíne de l' Arrábida par Paul Choffat. (Lisbonne
— 1908 — Com phototypias e chromo-lithographias).
A Direcção da «Associação Industrial Portuense» obsequiou^
nos remettendo-nos um exemplar da seguinte obra que, por
iniciativa da mesma associação, ora se publicou intitulada
Recopilação de todos os documentos relativos á Revisão Pautal
desde 1U03 a*é 1907. (Porto — 1908).
Do Sr. Dr. Adriano Anthero de Sousa Pinto recebi
Adriano Atifhero — Entre o breviário (Do livro inédito — O
Poema da Vida). (Porto — 1 908).
Parte integrante de obra mais avultada (como no referido
titulo declara seu auctor), constitue esta publicação um poemeto
em que predominam versos alexandrinos, mas em que se inter-
?.• ANNO, N.« 2 2
106 BOLKim DAS BIBLIOTHECA8
/Balam também ver&os de seis e de Fepte syllabas, terminando a
composição por ura soneto decasyllabo.
Por offerta do auctor, tive o gosto de receber ama interes-
sante raonographia:
Manud Monteiro — S. Pedro de Rates. Com uma introdueçSo
acerca da Architectura românica em Portugal — (Com 1 planta
e 15 iUugtraçdes no texto. (Porto — 1908).
Da Figueira da Foz foi-me inviado um folheto, offerta do
auctor (o Sr. Manuel Augusto Cardoso Martha):
M. Cardoso Martha — Desenhadores portuguezes de ex-Ubris,
(Fiprueira da Foz — 1908).
Constituo esse folheto uma «separata* da cOazeta da Fi^
gueira-, — «separata» limitada a cincoenta exemplares, entre os
qtiaes o nosso traz o N/ 48.
O Sr. Visconde de Sanches de Frias trouxe-me pessoalmente
o seguinte rípusculo de sua lavra :
V, de 8. de F. — Os partidos que se partem e repartem —
Bosqufjo patriótico. (Lisboa — 1 908).
Diz Victor Hugo, nSo me lembra de prompto em qual das
suas composições poéticas:
Quand Vcdã du corps s^éteint, VcríI de Vesprit s^allume.
De tal verdade, que á primeira vista poderá talvez afígurar-
se paradoxal, incontro uni bello exemplar demonstrativo na labo-
riosidade indefessa do Sr. Dr. Sousa Viterbo.
Opulentador constante das lettras desde sua adolescência,
(•lie proseguiu sempre devotadíssimo nessa faina, emquan to a luz
dos olhos o poude auxiliar em seus estudos.
Mas. . . . phenomeno realmente assombroso !. • • . desde que
se lhe inturvou a visSo, e mormente desde que a visão se lhe
apagou de todo, elle — como se na exuberância dos lavores in-
eontrasse um lenitivo para o desconsolo de se achar em trevas
— redobrou de actividade, redobrou de productividade.
Nos Vol. Liii e Liv d' O Instituto (Coimbra— 1906-1907) foi
o Sr. Dr. Francisco Marques de Sousa Viterbo interpoladamente
publicando vários capítulos, que poriim agrupou em yohime au-
tónomo, de que nos offereceu exemplar :
Sousa Viterbo — A Jardinagem em Portugal — Apontamentos
para a sua historia. (Coimbra — 1906-1908).
J
E ABCHIVOS NÁCI0NAB8 107
c Apontamentos» sub-intitulou elle por modéstia as paginas do
sen livro, — livro que representa uma volumosa memoria, copio-
samente circumstanciada.
E mais nos offereceu de sua lavra :
Tangedor da Capdla Real — Manuel Rodrigues Coelho* (S. 1.
n. d. — Lisboa, 1908).
O dote de D, Beatriz de Portugal Duqueza de Saboya. (Lisboa
— 1908).
Este segundo opúsculo constituo c separata» do cArchivo His-
tórico Portuguez».
O Sr. Pedro Wenceslau de Brito Aranha, erudito continuador
de Innocencio Francisco da Silva na elaboraçllo do «Diccionario
Biblíógraphico Portuguez», offereceu-nos duas espécies:
Resenha euecinta ou guia do que se contém nos volumes de
miscellaneas apresentadas na exposição do Rio de Janeiro como
amostra da bagagem de umjomalista. Pelo expositor Brito Aranha
premiado em diversas exposições. Côllecçào única em homenagem
aos que estudam e trabalham. (Lisboa — 1908).
O Marquez de Pombal e o seu centenário. Notas bio-bibliogror
phicas — Separata do Tomo iix do Diccionario Bíbliographico
por Brito Aranha. (Lisboa — 1908 — Com o retrato do Marquez
em gravura de madeira, e profusSo de várias outras estampas
mui curiosas).
Ao Sr. Conselheiro Adolpho Ferreira Loureiro devo a offerta
de uma publicaçfto muito importante, como importantíssimas sSo
todas aquellas a que o distincto ingenheiro vincula seu nome:
Porto de Leixdes — Projecto do melhoramento do porto de
abrigo e criação de um poHo commercial annexo, elaborado pelos
engenheiros Adolpho Loureiro e António dos Santos Viegas. (Lisboa
— 1908 — Com mappas chromo-lithographados em 4 fls. desdo-
bráveis).
O Sr. Álvaro Neves fez-me offerta de duas publicaçSes :
Zacharias d' Aça — Lisboa Moderna (Lisboa — 1906 — Exem-
plar que pertence (conforme declara o offerente numa nota ma-
nuscripta) a uma tiragem especial de 5 exemplares).
Victorino Coelho — A sciencia da roleta. (Porto — 1908 —
Exemplar que (segundo a manuscripta declaraçSo do ofierente)
pertence a uma tiragem especial de 20 exemplares).
••
108 BOLETIM DÁ8 3lfiUOTH£CA8
Do Sr. Alváro d'01iveira recebi um folheto, que dÍ2 assim no
frontispioio :
Álvaro éC Oliveira — Corja. (Porto — 1908).
Aqui está agora uma publicação interessantíssima, interessan-
tíssima sob qualquer ponto-de-vista em que haja de considerar-se:
Cartoê inéditas d'EURei D. Pedro V prefaciadas e annotadas
por Mendes dos Remédios e seguidas d'um estudo psychologieo por
■Ernesto Loureiro. (Coimbra — 1903).
O offerente foi o Sr. Henrique Loureiro, filho de quem re-
digiu no livro o 8upra-mencion;ido cestudo psychologicoi.
As íCartast que neste volume se publicam, do saudoso Rei
D. Pedro V, são em número de vinte e nove, e todas indereçadas
ao Conselheiro José Jorge Loureiro, — pessoa a quem o illustrado
monarcha dedicava singular affeição. Foram todas escriptas em
1856, e versam variado assumpto de pública administração.
O Sr. Sebastião Joaquim Baçam remetteu-me o N.** 22 do
Anno IV da revista Vera-Cruz (São Paulo (Brasil), 15 de Março
de 1908), — Número em que se incontram amáveis referencias á
Bibliotheca Nacional de Lisboa.
O Sr. Eduardo Augusto da Rocha Diists, reiterando os seus
bons serviços prestados á Bibliotheca Nacional, fez-nos offerta
de dois manuscriptos (autographos) devidos ao ing^nho do illustre
e fallecido publicista, Conselheiro José Silvestre Ribeiro, que nas
lettras pátrias conquistou glorioso logar.
São elles:
1.^ — Apontamentos para a historia dos estudos nas Ordens
religiosas de Portugal — Estudos Tia Companhia de Jesus em
Portugal.
2.® — Oregorio VIL Esboço rmramente histoinco.
A Sr.* D. Amélia Duarte dé Carvalho offereceu-nos um vo-
lume de miscellanea manuscripta, — volume que não traz titulo
especial, mas cujo conteúdo ficou circumstanciadamente indicado
na seguinte nota illucidativa, escripta pelo Sr. José António Mo-
niz (intermediário da offerta) :
c Contêm este volume:
«1. Notas particulares sem importância.
«2. Recibos de renda de terra pertencente a uma capella da
Coroa, sita em Valle-de-Pereiro (Lisboa). 1791-1796-1811.
B AR0HIV08 KACIOMACS 109
«3. ReciboB de rendas da horta e terrenos do Hospício do
Monte Olivete na Rua do Salitre, pertencente ao Convento da
Cartuxa de Laveiras. De 1808 a 1832».
E accrescenta o Sr. Moniz na sua nota :
c — Na Horta do Salitre, que fazia esquina para a Travessa
das Vaccas, esteve construido o Circo Price. Fica hoje no logar
destinado ao monumento de Fontes Pereira de Mello ; no logar
da horta está o prédio que faz esquina para a Travessa do Sali-
tre (antigamente das Vaccas).
c — A vinha e terras do Hospicio começavam á esquina da
Travessa do Moreira (hoje R. Júlio César Machado). No logar
do Hospício construiu uma casa o livreiro Francisco Ârthur da
Silva; hoje pertencem estes terrenos a vários donos, entre os
quaes os herdeiros do Conde do Alto Mearim».
O Sr. Henrique José Monteiro de Mendonça brindou-nos com
dois exemplares da sua obra intitulada
África Occidental Portugueza — S. Thomé — A Roça tBoa
Entrada*. (Lisboa— 1906).
E outrosim nos inviou (offerta d'elle e do traductcfr inglez)
um exemplar da seguinte espécie:
The Boa Entrada Plantations Translated from
the original portuguese hy J, A, Wyllie, (Edinburgh — 1907).
Original e traducçlo apresentam-se ornamentados com muitas
photo-gravuras.
Do Sr. Manuel Joaquim de Campos recebi por dadiva cinco
opúsculos, concernentes á célebre causa vulgarmente conhecida
pela desigiiaçXo de «QuestSo Conde-do-Farroboi e relativa ao
agío do papel-moeda.
Sfto pela ordem chronologica os seguintes :
1.® — Questão acerca do ágio do papd moeda entre o Ex.^^
Conde de Farrobo R, e L, SUveira e M. J. Pimenta e C* AA.
contendo as peças principaes d*acção (Lisboa — 1842).
2.^ — Refutaçào Analytico-Juridica do folheto intitulado
Questão acerca do ágio do papel moeda, que, em Novembro de
1842, foi publicado por parte de L. Silveira, M. J, Pimenta e
Comp.^ (Lisboa — 1 843).
3.® — Principaes, e importantes peças do processo do ágio do
papel-moeda, movido pdos Srs. Lino Silveira & C e Manoel
Joaquim Pimenta & C* contra o Conde de Farrobo. (Lisboa —
1843).
110 BOLETIM DAS BIBLIOTHECAS
4.® — CarUintutção ias príncipaes e imporiantêê peçoM do pro-
cesso do agU) do papel-fnoeda, movido pdos Srs. Lino Silveira &
C* 6 Manuel Joaquim Pimenta & (7/ contra o Conde do Far-
robo. (Lisboa — 1844).
5.* — A acção do Conde do Farrobo contra a Fazenda Nn^
cional. Ágio do papd-moeda, (Lisboa — 1865).
O Sr. Dr. Arthur Lamas, infatigável productor de excelientes
monographias sobre assumptos de Medalhistica, offereceu-nos
ttitímamente os dois seguintes opúsculos de seu intelligente
lavor:
Julius Meili — Noticia necrologica. (Lisboa — 1908).
Centenário de uma medalha da Guerra Peninsular — 1808"
1908 — MedaUia-insignia usada pelos estudantes da Universidade
de Coimbra que se aUstaram no Batalhão Académico do tempo dos
Franceses. (Lisboa — 1908 — Com 7 phototypias).
Nesta memoria o Sr. Dr. Lamas apresentanos curiosas e
minuciosas informações de caracter histórico, muito e muito
apreciáveis, e nfto só de caracter histórico mas inclusivamente de
caracter bibliographico, recolhidas em parte nas espécies que
possue a Bíbliotheca Nacional de Lisboa. E constituo o trabalho
do Sr. Dr. Lamas uma das mais formosas contribuiçSes para a
celebração do c Centenário da Campanha Peninsular», — com-
memoraçSo em que andam agora impenhados Portugal, Hespanha,
Inglaterra, e mesmo a própria França.
O Sr. Padre Manuel Fernandes Ferreira veiu pessoalmente
offerecer á Bibliotheca um exemplar do
Resumo da Historia Sagrada em Português e em Tétum para
uso das crianças de Timor compilado pdo PJ Manuel F. Ferreira,
Missionário do Real Padroado. (Lisboa — 1908).
Ornamentam-lhe o texto várias photo gravuras, e precedem-
n*o «Regras para ler o Tétum».
O Sr. Dr. Augusto Pereira de Bettencourt Ataíde offereceu-
nos duas espécies que a Bibliotheca Nacional n&o possuia:
Instituições de Direito Ecdesiastico do Padre Amaro de
Schenld accommodadas principalmente á AUemanha
e á Baviera — Tomo I contendo os prolegomenos e o Direito Pu-
blico — TVadtACção portugueza do Dr. Manuel de Oliveira Chaves
e Castro~2.^ edição. (Coimbra— 1888).
Elementos de Direito Ecclesiastico Portuguez e seu respectivo.
£ ABCHIYOS NACIONABS- 1 1 1
processo pelo Dr. Bernardino Joaquim da Silva Carneiro.
(Coimbra — 1888).
Da Vida Intelectual publicaram-se três fascículos, que o Sr.
Gabriel Pereira me intregou em continuação de suas offertas. E
são elles 08 N.*»" 11 a 13 (Madrid — Março a Maio de 1908).
O N.® 11 inclue o proseguímento (2.® acto) da comedia Los
Viefos (traducção castelhana á*Os Velhos do nosso fallecido con-
terrâneo D. João da Gamara).
No N."^ 12 finaliza a mencionada versão (3.® acto da comedia).
No N.^ 13 apresenta-nos Juan de Tavares sob o titulo c Le-
tras Portuguesas» uma apreciação critica ácêrca de três livros
escriptos por conterrâneos nossos (c Fonte do Satyro» por
Eugénio de Castro; aO pão e as rosas» por ÁíFonso Lopes
Vieira; e cA arvore cortada» por Paulino de Oliveira). Em ho-
menagem ao auctor do livro de versos «O pão e as rosas» — vem
o seu retrato acompanhando a apreciação crítica.
Do seu próprio lavor, sempre indefesso, offereceu-nos o Sr.
Qabriel Pereira a seguinte monographia que por todos os motivos
e sob todos os pontos-de- vista se recommenda:
S. Domingos de Bemjica, (Lisboa — 1 905).
O Sr. Gabriel Pereira, que no seu elevado cargo de Inspe-
ctor das Biblíothecas e Archivos traz a sua existência toda con-
sagrada ás múltiplas exigências de suas funcçSes oí&ciaes, incontra
ainda ensejo para lucubraçSes interessantíssimas, ora alheias á
sua occupação, ora com ella mais ou menos directamente rela-
cionadas. E já outrotanto lhe acontecia quando, anteriormente á
minha gerência, aquelle distíncto funccionario desimpenhava, com
suprema vantagem do serviço público, o logar de Director da
Bibliotheca Nacional de Lisboa.
Em beneficio dos estudiosos apresentarei aqui uma resumi-
dissima resenha dos trabalhos publicados em volumes autónomos
pelo Sr. Gabriel Pereira, — não me fazendo cargo de mencionar
08 muitos e não menos valiosos que d'elle se incontram dissemi-
nados por jornaes e revistas.
Eis aquelles de que tenho agora lembrança (que a modéstia
de S. Ex.' me releve e se não melindre; mas trata-se de uma
questão bibliographica, e é esse um campo a que não podem ser
extranhos estes meus Relatórios):
1.® — Dolmens ou antas dos arredores d' Évora, (Évora —
1875).
112 BOLETIM DAS BIBLIOTHBCAd
2/ — Invcuies dos Normandos na Peninêula Ibérica por
Moouer — Prefacio e versão de Oabrid Pereira. (Évora — 1876).
o." — Contos singelos. (Lisboa — 1876).
4/ — Descripção da Peninstãa Ibérica. Livro 3.® da Oeogra-
phia de Strabão (1,^ parte) — Versão de Gabriel Pereira. (Évora
— 1878).
5** — Biographia de Quinto Sertório por Plutarcho de Chá-
ronia traduzida em poriuguez segundo a versão de E. Talbot e
precedida de algumas observações sobre a romanisação da Penin-
svla Ibérica por Oabrid Pereira. (Évora — 1878; na capa im-
pressa da brochura^ 1879).
6.® — Narrativas para operários. (Lisboa — 1878).
7.® — Notas d^Archeologia — Os casteílos ou montes fortifica--
dos da Colla e Castro Verde. O dolmen furado da Candieira.
Ruinas da (Xtania de Briteiros. (Évora — 1879).
8.® — Contos de Andersen — Traducção. (Lisboa — 1879).
9." — Fragmentos relativos á Historia e Oeograpkia dn Pe-
nínsula Ibérica — Caius Plinius Secundus. Pomponius Mela.
(Évora — 1879; na capa da brochura, 1880).
10.* — Fragmentos relativos á Historia e Oeograpkia da Pe-
ninsula Ibérica — Livro Ilida Oeograpkia de Strabão (2.^ parte).
(Coimbra— 1880).
11." — Fragmentos relativos á Histoiia e Oeograpkia da Penifi"
sula Ibérica — Floro j Sallastio, Eutropio, Aurélio Victor, Scylax,
Hannon, Ptolomeu; Itineraiio de Antonino. (Coimbra — 1880).
12." — Catalogo provisório dos pergamvikos do Cartório da
Universidade de Coimbra (1.^ parte). (Coimbra — 1880).
13." — Catálogo dos pergaminhos do Cartório de Fazenda da
Universidade de Coimbra. (Coimbra — 1881).
14." — Estemma de perpetuas na campa do Dr. Augusto JR-
lippe Simdes por A. F. Barata e Oabiriel Pereira. (Lisboa —
1884 — Com o retrato do fallecido archeologo).
Ib,"" — Estudos eborenses. (Évora — 1884-1893).
16." — Documentos históricos da cidade de Évora. (Évora —
1886-1895).
17." — Madrugadas. (Évora — 1888 — Com o retrato do
aactor, em photographia).
18." — Elogio histórico do Conde João Oozzadini. (Lisboa —
1888).
19." — Os cartularios das cathedraes. (Lisboa — 1890).
20." — Roteiros portuguezes da viagem de Lisboa á índia nos
séculos XVI e xvii. (Lisboa— 1898).
£ ARGHIV08 NAGIOHARA 113
21/ — Btbliatheea Nacional de Liiboa. (S. 1. (Lieboa) —
1898).
22.® — Bibliotkeca Nacional de Lisboa. Notidas por G. P. —
// — A eãtaitua da rainha D, Maria I, Sala doa viritcu. Oabi"
nete do Director. 8<ãa de leitura pubUca. Oahinete de BeUae-
Artes, Jomaes. Os azulejos de N. S,^ da Vida, Manuscriptos,
Camoniana. Os códices dos monges de Alcobaça. Livros com iUu'
minaras. CoUecçdes Elzevir e Bodoni. Livros orientaes. Incuna»
buhs, A Bíblia de Guttenberg. Os livros reservados. Oabhiete de
numismática. Gabinetes do Inspector e do Secretario. Secretaria
e Thesouraria. Cartas geographicas. Os terraços. (Lisboa — S. d.
— 1898).
23.* — O lindo sitio de Camide. (Lisboa— S. d. — 1898).
2A.'' — Noticias de Camide. (Lisboa — S. d.— 1900).
25.^ — Conselho superior dos monumentos nadonaes. (Lisboa
— 1900).
26.® — As ilhas do Atlântico — Chronicas de Valentim Fer*
nandesy allemão. (Lisboa — S. d.).
27.* — Diogo Gomes — As relações do descobrimento da Guiné
e das Ilhas dos Açores, Madeira e Cabo Verde — Versão do laHm
por Gabriel Pereira. (S. 1. (Lisboa) n. d.).
28." — O Museu Archeologico do Carmo. (Lisboa — 1900 —
Com 2 zinco-gravuras de Pires Marinho, reproducçfto de estampas
antigas, em que se figura o exterior do velho convento carmeli-
tano).
29.® — Bibliotheea Nacional de Lisboa — Noticia dos retratos
em tela. (Lisboa — S. d. — 1900)!
30.® — Retratos gravados (índice do volume que na Biblio-
theea Nacional de Lisboa (sub-secçSo de Bellas-Ârtes) tem por
titulo: cRetratos de Cardeaes, Bispos, e Varoens Portugnejees
íllttstres Em Nobreza, Armas, Letras, e Santidade. — Coorde-
nados nos mezes de Abril, e Maio. Do anno do Senhor
M«D.CCLXXZXI>). (Lisboa — S. d. — 1901).
31." — O Archivo de Marinha. (Lisboa — 1901).
32.* — Bibliotheea Nacional de Lisboa — O Archivo UUramor
rino. (Lisboa — 1902).
33.® — Monumentos nadonaes — // — Q^estíonarios. O ultimo
decreto. Restaurar e conservar. Classificqição. Legislação estran-
geira. Museus d' antiguidades. (Lisboa — 1902).
34.® — Lisboa e arredores. Inquirições do reinado, de D, Af-
fonso 3.^^—Com observares de G. P. (Lisboa — 1902).
35,® — Bibliotheea Nacional de lisboa. Noticias por G, P.
114 BOLETÍU DAS BIBLI0THECA8
— n. — A eHatua da rainha D. Maria L Sala de visitas. Ga-
binete do Conselho. Sala de leitura publica. Gabinete de BeUas-
Artes. Jomaes. Os azulejos de N. S.^ da Vida. Manuscriptos.
Camoniana. Os códices dos monges de Alcobaça. Livros com illu-
minaras. CoUecção Elzevir e Bodoni. Livros orientaes. Ineuna-
bulos. A Bíblia de Guttemberg. Os livros reservados. Gabinete de
numismática. Gabinetes do BibUothecario-mór e do Inspector. Se-
cretaria e Thesouraria. Cartas geographicas. Os terraços. — 2.*
ediçào. (Lisboa — 1903).
36.* — Catalogo dos desenhos e aguarellas do Álbum Cifka da
B. N. L. (Lisboa — 1903).
37.* — Bihlioihecas e Archivos Nacionaes — Os códices dos
chronistas António Brandão e Francisco Brandão, A livraria
manuscripta do conde do Vimieiro — O Âpparato da Historia
Genealógica. O decreto de 2 de outubro de 1862. O relatório de
A, Herculano. As bihlioihecas publicas de Braga, Ponta Delgada
e CasteUo Branco. (Lisboa — 1903).
38.^ — A coUecção de desenhos e pinturas da Biblioikeca
d'Evora em 1884. (Lisboa — 1903).
39.® — A coUecção de pinturas do Sr. Duque de PalmeUa.
(Lisboa — 1903).
40.® — Eaposição de Cartographia da Sociedade de Geogra-
phia de Lisboa em Novembro de 1903 — CoUecção PalmeUa.
(Lisboa — 1903).
41.® — Festas Reaes em Évora no casamento de D. Maria
Sophia de Neubourg com D. Pedro U. (Lisboa — 1903).
42.® — En ora buena que dio Évora Ciudad a la Serenissima
Seilora Princesa dei Brasil nuèstra Sehora por Pedro Vaz Rego.
— Lisboa Occidental en la Impresion de la Musica y à su costa
a9ío de 1729. (Lisboa — 1903 — Com uma noticia preliminar
Bubscripta pelas iniciaes G. P.).
43.® — ^ villa da Ericeira. (Lisboa — 1903).
44.® — Museu Nacional de Bellcu- Artes. Aspecto geral. (Lisboa
— 1903),
4õ.® — Museu Nacional de BeUas- Artes. Aspecto geral f2.*
edição). — Lisboa — 1904).
46.® — Importância da Cartographia Portugueza. (Lisboa —
1904).
47.® — A coUecção dos códices com iUuminuras da Bibliotheca
Nacional de Lisboa, (Lisboa — 1904).
4S.°— Bibliotheca Nacional de Lisboa — CoUecção dos Livros
de Coro dos conventos extinctos. (Lisboa — 1904).
C ARCHIV08 NACIONAEd 115
49.* — De Bemfica á Cluinta do Correio-Már. (Lisboa — 1905).
50/ — Torres Vedras — Notas d'arte e archeohgia. (Lisboa
— 1906).
Passarei agora á enumeração das principaes espécies que no
segundo trimestre do anno corrente me coube ensejo de adquirir
por compra, destinadas á Bibliotheca Nacional.
A Manuel José Paes Júnior comprei, reunidos no mesmo
volume sob incadernaç&o de moscovia com relevos (incademaçko
quinhentista), dois folhetos que certamente representam duas
raridades biblíacas.
O primeiro dos dois, composto em caracteres gothicos, ador-
nado com septe capitulares decorativas, sem numeraç&o de folhas
nem reclamos, mas com rubricas por lettra alphabetíca, abrange
ttes cadernos, no 1.*^ dos quaes se contam 8 fls., no 2.® se contam
6, e no 3.® (que forma appendice dos dois primeiros) 8 fls.
Abre esse folheto por frontispício ornamental, circumdado
por quatro peças de taija decorativa, rectangularmente dispostas.
Ao centro do rectângulo se lê, sobrepujado por gravura aberta
em chapa de madeira, o seguinte lettreiro:
fLibéUus de egritadinibvs puerorum.
escripto esse «Libellus» pelo Mestre Paulo Bagellardo.
O appendice, formado pelo 3.® caderno, carece de frontispício,
e começa d'est'arte :
Indpiunt recepte magistri Petri de tusignano (sic) super nono
Almansoris,
Nem logar de impressXo, nem anno, se acham indicados
neste primeiro folheto.
D^essas indicações carece também o segundo folheto, egual-
mente composto em caracteres gothicos, ornamentado com vinte
e uma iniciaes decorativas, sem numeraç&o de folhas nem recla-
mos, e com rubricas por lettra alphabetica. Abrange elle cinco
cadernos, cada um dos quaes é constituido por 8 fls. — á exce-
pçSo do último caderno, em que só intraram 6 fls. (e d'essas
fallece a derradeira no exemplar que adquiri, — folha que talvez
fftsse era branco).
O frontispicio d'este segundo folheto incontra-se immoldurado
peias mesmas quatro peças da tarja decorativa, que no primeiro
figuram, mas dispostas por ordem diversa.
Ao centro da pagina frontispicial, em guisa de titulo, e sobre*
116 BOLETIM DAS BIBLIOTHEGAS
pujados por gravurínha allegorica (aberta em chapa de madeira),
lêem-se os dois segaintes lettreiros:
Domini OenHUs fulginatU singtdare consiUum contra pesH-
Eiuidem jueêtio perutilis de resistentija seu de contra ope-
rantiJB.
A perfeita identidade, incontestavelmente reconhecida, com
respeito ás quatro peças que figuram na tarja frontispiciai dos
dois folhetos, — e, coincidindo com isto, a repetição, no segundo
folheto, de iniciaes decorativas que pertencem ao alphabeto im-
pregado no folheto primeiro, — deixam plausivelmente pensar que
seriam estampados ambos os folhetos na mesma officina ^po-
graphica.
Juntamente com o rarissimo volume que tive a fortuna de
adquirir, — volume que traz numa das guardas a indicação ma-
nuscripta de haver sido em 1893 comprado ás herdeiras do faU
lecido colleccionador Olympio de Sampaio Leite^ e que anterior-
mente pertenceu á Bibliotheca da Academia Real das Sciencias
de Lisboa (cujo sêllo ainda conserva, competentemente inutilizado
pela apposição (em contra-marca) de egual sêllo em sentido con-
trário,— o que indica ter sido o volume outrora vendido pela
Academia), — vem manuscripta uma informação bibliographica
relativa aos dois folhetos nelle incluidos, informação que me
consta haver sido redigida por um dos nossos mais intelligentes
bibliophilos, o Sr. Major Guilherme Luiz dos Santos Ferreira.
A titulo de curiosidade, peço licença para aqui transcrever
essa informação.
Diz assim o Sr. Santos Ferreira:
aO volume contém 2 folhetos distinctos, cada um dos quaes
comprehende duas obras de medicina também distinctas. O papel
é todo igual, e a impressão é da mesma officina. Nenhum dos
folhetos tem data, nem logar da impressão.
1 1 .^ folheto — in-8.° {*) de 22 foi. não numeradas, contém :
(•) O illustrado bibliophilo que redigia eeta informação^ na dassifícaçio
3ue attribae ao «formato* dos dois folhetos, intende que, pela contagem das
s. induidas em cada caderno, tal formato é in-8°f — emtanto que outros
biblioin^aphos, attendendo de preferencia á a marca do papel» {SLfiUgrane
dob Fraucezes), assim como ás alinhas d^agua» (pontuseaux e vergeurea),
preferem consuetudinariamente classificál-o por in-4,^
E ARCHIV08 NACIONAES 117
tPauU BageUardi — «De egritudinibuB puerorum», pelo au«
otor dedicada a Leonardo Lauredano, doge de Veneza.
«No prefacio, diz Fr. Thiago de Bonavento, religioso do
convento de Sta. Maria .da Caridade, estra-muros de Ciadad-
Real, bacharel em artes, medicina e theologia, que, possuindo em
manuscripto o livro «De egritudinibus puerornmo composto pelo
sábio Bagellardo, o corrigiu e emendou, conforme poude, dos
muitos erros de que os copistas o tinham maculado, e resolveu
dál-o á estampa p^ra uso dos jovens médicos, a quem dedica a
ediçSo.
tParece, portanto, que foi esta a primeira impressSo do livro
de Bagellardo. Nem será difficil averiguál-o, confrontando com
esta edição a de 1472 (que até agora tem passado por ser a pri-
meira). A uniformidade dos dois textos tornaria evidente a prio-
ridade da nossa edição.
«E digna de notar-se, no final da obra (foi. 14), a falta de
impressão de uma vinheta ou colophon, de que apenas se observa
a cravação por não haver chegado ai li o rolo da tinta. É possivel
que, em outros exemplares, se encontre em tal logar a assigna?
tura do impressor ou outra indicação interessante.
«Mais contém este 1.^ folheto:
^Petri de Tusignano (dic) — cRecept» super IX Almansoria».
«Comquanto impressa em typo differente, esta segunda obra
não constituia volume separado, como se vê da rubrica da folha.
«2.® folheto — in*8.® de 38 foi. não numeradas (*), contém:
tGentilis de Fulgineo — «Contra pestilentiam Consiliumi.
«Mesmo auctor — «De resistentiis seu de contra operantiisi.
«Parece concluir-se do exame do livro, que Fr. Thiago de
Bonavento, animado pelo bom acolhimento que teve a publicação
da obra de Paulo Bagellardo, resolveu, mais tarde, prosegnir na
impressão dos seus manuscriptos, addicionando áquella (que sem
duvida foi impressa em separado) uma nova folha com a de Pedro
de Lusignano, para formar de ambas um só foJheto; imprimindo
(•) Nesta contagem de 38 âs. o bibliophilo snpra-citado inclue a íblha
que falta no derradeiro caderno (folha que, segando adverti, talvez fosse
branca). Relativamente á c]a88Í6caç2o do formato, sub-intendam-se aqoi
as r^exòes que fiz na precedente nota.
118 B0L£T1H DAS BIBLIOTUECÀS
depoÍB — de uma só vez — o segundo folheto com as doas obras
de Gentil de Fulgineo (ou Fulginatis), que possuía manuscríptas,
em códices dístinctos.
«É provável que ambos os folhetos fossem impressos em Es-
panha».
Âo mesmo vendedor comprei a seguinte obra^ de que nSo
existia exemplar algum na Bibliotheca Nacional:
Memarioà de las Reynaa CatkoUcas, Historia Genealógica de
la Casa Real de Castilla, y de Leon, Todos los Infantes: trages
de las Reynas en Estampai: y ntievo aspecto de la Historia de
Espaha. For d P, Mro. Fr. Henrique Florez. (Madrid — 1761
— 2 vol. — Ás estampas são abertas em laminas de cobre).
A um extrangeiro que exerce em Portugal o cultivo das
bellas-artes, e que recentemente resolveu prescindir de parte da
sua livraria, comprei alguns volumes da referida especialidade,
que todas se recommendam notavelmente, e de que passo a men-
cionar os titules:
a) — Les Mélamorphoses d'Omde, représentées tn eent quarante
£stampes Gravées au burin, sur les desseins des meilleurs Peintres
f rançais, par les plus hábiles graveurs; accompagnies de la ira-
duction française de M. Vabbé Banier, (Paris — 1807 — 2 tomos
— Edição em que a singular belleza das gravuras constituo o
principal objecto do seu muitíssimo apreço).
b) — {Mangua. Desenhos, estudos, primeiras impressSes, por
Okusai — 10 cadernos).
Âcêrca do afamado pintor japonez Okusai (que nasceu em
Yeddo em 1760 e falleceu em 1834), — e ácêrca das suas pro-
ducçSes artísticas, bem como da influencia que na arte japonesa
elle exerceu, — pode com vantagem consultar-se o derradeiro
capítulo da obra UArt Japonais par Louis Gonse. (Paris — S. d.).
c) — Triunfo de la Religion de Jesucristo. Once composiciones
por Mr, Joseph Fuehrick grahadas por J, Pi y Margall, (Madrid
— 1865),
As gravuras apresentam-se acompanhadas por fls. (impressas)
de texto histórico e explicativo.
d) — Las Bellas Artes. — Historia de la Arjuiteciura^ la
IS ARCH1V08 NA€IOHABS 119
Escultura y la Pintura par D. José de JUanjarrés, (Barc^tona
— 1875 — Com 200 gravuras).
•
e) — AUégoriés et Emhlèmes par Martin OeHach. Desjsins
'originaux par les artistes Tnedemes Usplus céleres, reproductiovs
d'anciens mmblèmes de corps de mitiers, et dessins m&demes d'ar-
moiries de eorporations, style Renaissance. Texte eouplicatif par
le Docteur Albert Hg, Conservateur et IHvecteur des ^eoUections
historiques-artistiques de la Maison Impériaik 4e Vienne. (Leipsig
— 1882 — 2 vol.).
f
f) — Histoire des Q^aire Fils At/man Três Nobles et trls
Vaillans Chevaliers lUustrée de campositions en couteurs par Eu-
ghie Grasset, Ghravure et Itnpression par Charles Qillot. Intro-
duetian et Notes par Charles MarciUy. (Paris — 1883),
As paginas doesta sumptuosa edição apresentamos e todas re-
camadas de immolduramentos e opulentas ilIustraçSes no género
moyen-âge, que a tomam verdadeiramente monumental e origi-
nalíssima.
g) — Les Plantes dane leurs applications à VArt et è VlnduS'
trie — Monographie des Plantes les plus beUes et les plus riches
de formes qui se reneonirent dans les div&i^s styles et dans la na-
ture, pour servir á lear applicaHon pratique aux beaux-arts ea
general et aux arts industrieis, Ouvrage richement ãlustré en cou-
teurs, or et argent, publiépar Martin Gerlach — Dessins originaux
par les artistts les plus célebres, Dessins de style et d^omement
par le PiHjfesseur A. Seder. Avec une préface du Dr. Alb. Ilg.
(Vienne — S. d. — 1886?).
h) — Fantaisies déeoratives par Hábert-Dys. (Paris — S. d.
(1886-1887?) — 48 estampas polychromicas; de variado assumpto)»
i) — Historia dei Arfe por D. Francisco de P. Valladar. Es-
cultura. — Pintura. Obra ilustrada con 333 grabados, (Barce-
lona—1896).
j) — Álbum de los industriales . (Barcelona — S. d,).
CullecçXo de lithographias, em que se representam modelos
de marcenaria, obras de talha, decorações para várias artes,
serralharia, trabalhos em metaes e mármores, ourivesaria, joa-
Iheria, e architectura.
1
120 BOLETIM UAS 31BUOTHECAS
Entre as espécies incluídas nesta acquisiçâo figuram várias
peças manusoriptaS; que passo a mencionar:
a) — (Vinte e três Cartas originaes d'EI-Kei de Hespanha em
1620, 1G21 e 1622, escríptas vinte e duas a Manuel de Vascon-
eellos (Regedor das Justiças de Portugal) e uma ao Dr. Joào
Pinheiro (Desimbargador da Casa da Supplicaçfto), todas assi-
gnadas pelo monarcha).
b) — Carta da Senhora Infante para a Bahiha de Inglaten^a
na occaziào da mofie da Bainha sua Mày, de mão propna,
(Cópia do século xviii).
Trata-se aqui de carta que a Infanta D. Isabel (iilha de El-
Rei D. Pedro II e dt) sua primeira esposa, a Rainha D. Maria
Francisca Isabel de Sabóia) escreveu, por morte de sua m&e, a
sua tia D. Catbarina de Bragança (esposa de Carlos II dln-
glaterra).
c) — Tradução da Carta escrita de mão própria de Madama
Real de Saboya para a Senhora Infante quando morreo a Rainha
sua Mãy. (Cópia do século xviii).
Madama Real de Sabóia era a tia materna da supra-citada
Infanta D. Isabel.
d) — Reposta da Senhora Infante para Madama Real, (Cópi.i
do século xviii).
Vem datada esta carta (na cópia) aos 2 de Abril de 1664, —
data evidentemente errada. Em 1664 era ainda solteira a Prin-
ceza D. Maria Francisca, pois que só em 1666 veiu casar com
El-Rei D. Áffonso VI, e em 1668 (anniillado o primeiro matri-
monio) passou a segundas núpcias com seu cunhado. Falleceu a
Rainha aos 27 de Dezembro de 1683: portanto a carta da In-
fanta a Madama Real, se foi realmente datada aos 2 de Abril,
só poderá ter sido escripta em 1684, anno que por lapso do
copista ficou inadvertidamente alterado na cópia.
e) — Tratado Provizional entre os Serenissimos Príncipes
Luís XIV Christianissimo Rey de França e de Navarra efe.* e
Dom Fedro II Rey de Portugal e dos Algarve», feito em Lisboa
em 4 de Março de 1700. «Cópia por lettra do sectilo xvili).
Refere se ao estabelecimento de limites «das terras do Cabo
do Norte citas entre Cayana e o Ryo das Amazonas».
j
. £ ARCHIVOS KACIOKAKS 121
fi — %Funerál, morte, e enterro (ta Infanta D: TherezaJUha
dê El Rey D. Pedro 2.^ e da Rainha D, Maria Sophia que fcLr
leceo Sábado 16 de Fevereiro de 1704 de 8 annoa de idade qu^
compria Domingo 24 do dito mez. (Cópia do século xvm). ,
g) — Memoriar do Funeral do Senhar Infante D. João, (Lettra
do século xvixi). >
Em casa do livreiro portuense Moreira da Costa mandei
comprar três espécies que nSo possuíamos:
1,* — Manifesto, e apologia sobre a reforma doe hábitos do
Mosteiro de Santa Clara de Coimbra. Em que se descobre e ma-
.nifesta ao Mundo d engano , è ignorância, em que ategm^a tem
estado as contradictoras ; è se mostrad nuUos, è de nenhum vigor
certo breve, è sentença fundada Ndle, Author o P. M. D, Fr.
SebastiáS de S. Plácido. (Barcelona — 1738).
2,* — Padre Senna Freitas — A carta e o homem da cart<Â —
Analyse critica da miasiva dingida pelo Snr. A, Ennes ao Snr.
Conselheiro Cardoso de Menezes, digníssimo Presidente do Con-
servatório Dramático do Rio de Janeiro. (Porto — 1876).
3.* — O BibliophUo — Mificellanea poética e litteraria collabo-
radapelob nossos mais distinctos escriptores, N.^ 1. (Porto — 1907).
Abrange a preciosa amemoria» escripta por Garrett sob o
titulo «Os Figueiredos», e originariamente publicada nas coluuinas
d'^ Illustração (Lisboa — Julho de 1845); e abrange outrosím
(anonimamente elaborados) c Apontamentos biograpliicos do Vis-
conde d'Almeida Garrett».
Egualmente no Porto, em casa dos livreiros Victoriao da
Motta & C.'"^, adquiri as doze publicações seguintes:
1.* — Lo stato presente di tutti i paesi e popoli dei mondo
naturále, politico, e morale, con nuove osservazioniy e con*ezioni
degli antichi, e moderni viaggiatori. Vol. xv, Del Regno di Pov;-
togaUo. (Venezia — 174Õ — Com gravuras em lamina de cobre).
2.* — A Pesca, poema, que a seus illustres, e presados collegas
O. D. C, Francisco António Martins Bastos — Segunda ediçSo.
(Lisboa— 1837).
7.* AKNO, N.« 2 3
123 BOLETIM DAS BlBLIOTttEOAfl
3.* — Ai EêtaÇki do Anno, poema eompo$to, e tUuõtrado com
algumas notas por Francisco António Martins Bastos — Segunda
edição. (Lisboa — 1837 — Com o retrato do auctor, lithographado
sobre desenho de Maurício Joté Sendim).
i 4.* — As Satyras de Aulo Pérsio Flacco príncipe dos saJtyricos
romanos traduzidas e annotadas por Francisco António Martins
Bastos. (Lisboa — 1837).
5.* — As Satyras de Decio Jiinio Juvenal, príncipe dos poetas
satyricos, traduzidas por Francisco António Martins Bastos.
'(Lisboa— 1839 — 2 vol.).
6." — Compendio histórico da litterátura clássica latina, por
Francisco António Martins Bastos^ (Lisboa — 1840).
7.* — Tobias. Poema original de Mr. Le Clerc. Traduzido
por Francisco António Martins Bastos, (Lisboa —
1843).
8.* — Francisci Antonii Martins Bastos, Hihernico Beati Pa-
tricii in CoUegio Lingum latince Professoris Cainnina. (Oli^ipone
— 1844).
9.' — Interpretação dos cinco primeiros livros da Historia Ro-
mana do famoso escriptor Tito Livio Patavino por
Francisco António Martins Bastos, (Lisboa — 1846).
10.* — Ernesto Pinto d' Almeida — O Sonho de Camões (Poema
posthumo). (Porto — 1885).
11.* — Visconde de Almeida Garrett — O ^Impromptut de
Cintra. Composto e representado em 8 de Abril de 1822 na Quinta *
da Cabeça, em Cintra. (Lisboa — S. d. — 1899),
12.* — Arnaldo Fonseca — Eça de Queiroz — Ospanegyristasda
sua obra, e os censores da sua Carcassa. (Lisboa — S. d. — 1900).
Na loja do alfarrabista lisbonense Jo&o d'Araujo Moraes foram
' adquiridas as dez espécies^ de que passo a fazer indicaçZo :
1.* — Notice historique des peintures et dss sculptures du pa-
e ARCHIVOS KÁGIONAES 123
lais de Vereaílles. (Paris — 1837 — Com plantas do Real Palácio^
em 3 fls. desdobráveis).
2.* — Portugal EiHnnerungen atis dem Jahre 1842. (Mainz
— 1843).
Este é o livro que ácêrca do nosso paiz escreveu, transmit-
tíndonos suas «impressões de viagem •, o prussiano Príncipe
Lichnowski, — assim apreciado por Aimeida-Garrett no ingraçaao
e conceituoso prologo das Flores semfructo:
« o aventureiro que aqui andou ha dous annos a
rabiscar sem8aboi*ías a respeito da nossa terra^ mettendo para o
sacco toda quanta calumnia e mentira lhe deram os extrangeiros
e extrangeirados que nos devorara e detestam, para as espalhar
depois pela Europa, aíim de que o mundo diga: «Muito favor
«lhe fazem os oppressores d'aquelle bruto e estúpido Portugal
cem o governarem a pontapés e lhe tirarem o último cruzado-
«novo de que elle não sabe usar!».
E continua o Garrett:
«Bemditta seja a nobre e gf^nerosa princeza que tractou o
bandoleiro como elle merecia, e que não tolerou deante de si o
calumniador da sua família e da nação que a adoptara! Assim
fizessem os outros!»
Garrett referiase á viuva Imperatriz do Brasil, a Senhora
D. Amélia de Beauharnais.
O livro do príncipe foi traduzido em portuguez pelo acadé-
mico Daniel Augusto da Silva, — e a traducçSo alcançou, no
curto espaço de dois annos, duas ediçSes (ambas com prefacio
do tr»ductor):
a) — Portugal. Recordardes do anno de 1842 — Pelo Príncipe
Lichnowski/, — Traduzido do aUemão. (Lisboa — 1844).
b) — Portugal. Recordares do anno de 1842 — Pelo Príncipe
Lichnowsky. — Traduzido do allemão — Segunda edição, correcta
e annotada, (Lisboa — 1845).
3.* — íris clássico, ordenado e offerecido aos mestres e aos
alumnos das escolas brasileiras, por José Feliciano de Castilho
Barreto e Noronha, (S. I. (Lisboa) — 1859).
Tudo quanto escreveu e publicou o insigne José Feliciano de
Castilho, que da Bibliotheca Nacional de Lisboa foi Bibliothecario-
Mór, é sempre lavor de proveitosíssima consulta; superfluidade
seria pois accentuar o merecimento do livro que deixo mencio-
nado, e que sahiu á luz ornamentado com gravurinhas.
124 BOLBtIM DAS dlBLÍOTfiÊGÁS
^P"^FVr«V^V«
f ' 4.*'^-0è'vàr9e8 UltistreB do Brazil durante os tempos cclomàes
por J. M. Pereira da tSilva — Terceira ediçSo, muito mais ou-
gmentada e correcta. (Pariz — 1868 — 2 vol.).
6.* — Dom Luís de Camoens — ProJUo critico-biografico di
'Cario Catamaro. (Firenze — 1881).
cDom Luís»! — E que o auctor do tPoriil crítico biographico»
suppoz provavelmente (á similhanç» do que suppõem, não sei se
por ignorância ou por malevolencia, vários outros extrangeiros)
que Portugal ó uma dependência da Hespanha ! ! !
6/ — Notice des tableaux exposés dans les galeries du Musie
National du Louvre (Par le Vicomte Both de Tauzia et Frédéric
Villot). (Paris— 1889 — 3 partes).
Á 1/ parte refere-se ás escolas d'Italia e d'Hespanha; na 2/
entram as escolas alleman, flamenga e hollandeza; a 3.^ é des-
tinada á escola franceza.
7.* — Carlos Sertório — Duas chronicas. (Lisboa — 1890).
8.* — A, Costa Santos — D. Diniz — (Poemeto histórico),
(Portalegre — 1891).
Escripto em versos alexandrinos, com alguns decasyllabos
intercalados; — o poemeto offerece por assumpto uma aventura
-amorosa do nosso «Rei Lavrador», do rei que apar das fainas
da administraçUo pública se intregava outrosim ao cultivo da
cgaia sciencia».
9.* — Manoel Duarte d' Almeida — Henrik Xavigator. Stanzer
ofversatta af Gõran Bjõrkman, ((Jpsala — S. d. — 1894).
O Sr. Dr. Gõran Bjõrkman, que por muitas e variadas ma-
nifestações litterarias se tem sympathicamente mostrado um dos
mais estimáveis lusophilos, fez-nos em 9 de Maio de 1904 a
iineza e a honra de visitar a Bibliotheca Nacional de Lisboa.
Individualmente devo-lhe a distincção de collaborar no meu livro
«Pretid&o de amorv, vertendo em sueco as «Endechas de Ca-
mSes á escrava Barbara»,
10.* — Les pedais nationaux. Fontainebleau — ChantiUy —
Compiègne — Saint-Oermain — Rambouillet — Pau, etc, etc. Par
Louis Tarsot et Maurice Charlot Ouvrage omé de 55
gravures par Líbonis, (Paris — S. d.).
fi ARCHtVOâ !7ÀCTONAE8 125
Na loja do alfarrabista Caldas Cordeiro foram feitas daas
acquisiçSes :
1/ — A tomada de Cayenna pelas tropas do Pará ajudadas
pelas dos h^gues Voador, é Real Joào cmnbincídas com as dá
fragata ingleza A Confiança. Ode offerecida ao Principe Regente
nosso Senhor^ Por seu author José Eugénio de Aragd^o e Lima
Professor Régio de Filosofia do Pará. (Rio de Janeiro — 1810),
Folheto raríssimo.
• *
2/ — OonJtos sem arte. Obra posthuma de D. José d' Almada
e Lencastre, (Lisboa — 1861).
Em seguimento da popular encyclopedia Nouveau Larousse
iUustré, que em tempos adquiri, mandei inscrever a Bibliotheca
Nacional entre os assignantes da revista Larousse mensud illustré
(revista, cujo fascículo 1." appareceu á luz em Março de 1907).
Em continuação de precedentes volumes, recebi :
Histoire de VArt depuis les premiers temps chrétiens jusqu'à
nos jours publiée sous la direction de André Michel — Tome III.
Le Réalisme. Les Débuts de la Renaissance — Première partie.
(Paris — 1907 — Com abundantíssimas illustraçSes).
Item, em continuação:
Rerum Aethiopicarum Scriptores Occidentales inediti a saeculo
XVI ad iix curante C. Beccari S. I. — Vol. VIL (Romse — 1908).
Incorra este volume os Livros ix e X da «Historia da Ethio-
pia» pelo Padre Manuel d^Álmeida.
Em Janeiro do corrente anno principiou a publicar-se em
Paris uma revista mensal, de que mandei tomar assignatura por
me parecer interessante o seu programma:
Revue des études ethnographiques et sociologiques.
Tal revista, illustrada com estampas, abrange quatro secçSes:
— cMémoires et articles de fondi»; <Descriptions d'objets, courtes
Communications, correspondance» ; cBibliographie» ; «Rensei-
gnements concemant les personnes, les institutions, les con-
grés, etc.».
De Paris me vieram egualmente as espécies que passo a
enumerar :
Librairie Rationaliste. Essai de Mbliographie contemporaine
1
126 BOLETIM DAS BIBLIOTHECAS
9ur le réêumé de nois eonnaissances depute Vantiquiiè jUsju^à nos
jours. CToure — 1906).
O prologo, intitulado cNotre programme», vem eubscripto
pelos editores cSchleicher frères».
Albert am — Le Livre — V. (Paris — 1908).
Com este õ.® volume finaliza a interessantissima publicaçSo,
de que já em meus antecedentes Relatórios me tenho occupado.
Um dos mais curiosos capitules, que neste volume figuram,
é aquelle em que se trata dos c insectos bibliophagosi, e dos
recursos que contra elles se podem numa biblíotbeca adoptar: o
capitulo vem adornado com o desenho d^esses diversos parasitas.
La techniqxie du livre (Typographie — lUustration — Reliure
— Hygiène). Par Albert Maire, (Évreux — 1908 — Com abun-
dantíssimas estampas).
Á natureza da obra, e a circumstancia de ser elaborada pelo
erudito Bibliothecario da Universidade de Paris, tornam indis-
pensável em todas as bibliothecas este precioso livro.
Le Dossier du Roi publié par M. Jean de Bonnefon — Le
Baron de Richemont, Fils de Louis xvi. (Saint-Amand (Cher) —
S. d. (1908) — Com muitos retratos e documentos).
André Lebey — Louis-Napoléon Bonaparte et la Révolution
de 1848. Avec des documente et des portraits inédits. (Paris —
S. d. (1908) — 2 vol.).
(?. de Beaur et L. de Fouchier — Voyage en Portugal. Ouvrage
iUustré de 46 gravures et 1 carte tirées hors texte. (París-
Montrouge— 1908).
O livro traz por epigraphe, traduzido em prosa franoeza, um
trecho da estancia 11.^ do Cant. i à^Os Lusíadas: — cÉcoutez:
vous ne trouverez point ici de ces fictions fantastiques ou men-
songères, utilisées par d'autres Muses soucieuses d'abord de se
grandir».
Na lista dos institutos lisbonenses, que os auctores da obra
dizem ter visitado, citam elles (em pag. 42) a Bibliotheca Na-
cional de Lisboa.
Uma das photo-gravuras apresenta-nos, em seus trajes aca-
démicos de capa-e-batina, um grupo de três estudantes da Uni-
versidade de Coimbra, — e entre esses três é fácil reconhecer,
B ARCHTVOS KACI0KÁE8 127
pelas feiçSôB phjsionomicas, a figura do poeta Joio de Deus nos
tempos da mocidade.
O livro, escripto em 1907 (conforme dizem no avantprapo^
seus auctores), vem offerecido (em Fevereiro de 1908) a Saa
Majestade El-Ptei o Senhor D. Manuel II com a seguinte dedi-
catória :
tSire,
€Ce grand noin de Manuel, le plus illustre de la dyna$tie
d^Aviz et de toute Vhiittoire portugaUe, que, pour lapremièrefois,
depuis qiuUre aiècles, vous ramenez sur le trone, est, pour Votre
Majeeté, comnie pour le Portugal lui-même, un présage de bonheur
et de gloire.
iiNous sommes heureux d'en saluer à la foia Vantique éclat et
leejeunee esperances.
•Nous sommes fiers et reconnaissants de ce que vous ayez
daigné nous permettre de Vinscrire en tête de cepetit livre, modeste
résumé de souvenirs charmants pour nous, mais aussi témoignage
d'affecfion et de gr atitude pour votre admirable pays»,
P. Jousset — VEspagne et le Portugal Ulustrés, (Paris <—
S. d. — 1908).
Ha nesta publicaçfto, em que abundam mappas chorographi-
cos, e planos, e photo-gravuras, 70 paginas exclusivamente con-
sagradas a Portugal e suas possessões ultramarinas. Ascendem
a 1Õ7 08 assumptos que, relativos ao nosso paiz, alli se acham
tratados pela photo-gravura.
CamiUeJullian — Histoire dela Gavh. (Coulommiers — 1908).
Dos dois volumes, em que a publicaç&o se desdobra, abrange
o primeiro cLes invasions gauloises et la colonisation grecque»;
no segundo estudarse cLa Gaule indépendante».
O auctor da obra é, em Paris, Professor no cColIegio de
França».
Êtudes d^histoire des sciences et d'histoire de la philosophie
par A. Hannequin. (Paris — 1908).
Dois volumes abrange esta putílicaçSo, cujo auctor pertenceu
distinctamente ao corpo docente da Faculdade de Lettras na
Universidade de Lyfto : o seu retrato vem á frente do primeiro
volume.' .
Traz a obra um prefacio escripto pelo Reitor da Academia
de Bordéus (R, Thamin)| — e uma larguíssima introducs&o crítica,
128 BOLETIM DAS BIBLIOTHECAS
ácdrca da obra e do auctor, elaborada por J. Grosjean. Efttrii
08 capítulos do texto figura um que se intitula — «Frágment d'uné
étude sur Spinozai. '
Le mobiliame modeme par A, Chide. (Tours — 1908)»
O seu escopo avalia-se pela indícaç&o das matenas que
versa:
clntroductíon.
cLivre I. — L'un et rimmuable (Chapitre I, Dieu dans riiòiume
et rhomme dans Dieu — Chapitre II. Les forces dans Thomme
et rhomme dans leô forces).
fLivre II. — Le mouvement (Inti*oduction — (Chapitre I.
L'idée hégélienne — Chapitre II. L^idée darwinienne — Chapitre
II (• L*idée bej*gsoníenne).
fConclusion».
. La suhcomcience par Joseph Jastrow — TraduU
de Vanglais par JE. Philippi, (Paris — 1908).
O auctor desimpenha na Universidade de Wisconsin (Estados
ITnidos da America) o logar de Professor de Psychologia, — e a
traducção vem prefaciada pelo Dr. Pedro Janet que no cCollegio
de França» (em Paris) lecciona sobre o mesmo assumpto.
Pst/chologie d'une religion par G. RevauU d^Allonnes. (Sens
— 1908).
Abrangem-se nesta obra os seguintes assumptos: — -«GuiU
laume Monod (1800-1896) — Sa divinité — Ses prophètes — Son
égiise — Le messianismo et le prophétisme anciens et modernos
— La psychologie de la révéiation et de rinspiration».
r
Z.-F. Gofflot — Le theatre au coUège du moyen âge à nos
jours. (Le Mans — '1907). .
Vem o livro acompanhado por numerosas illustraçSes, e pre-
faciado pelo erudito Júlio Claretie (illiístre ornamento da Aca-
demia Franceza).
La science an théatre. Êtude sur les procedes scientífiques en
usage dans^ le théatre modeme par A. de Vaulabdle et Ch, Hêmar-
dinquer, (Evreux — 1908 — Com muitas illustrações).
Na Bélgica mandei adquirir o Exemplar N.° 214 (numa ediçSo
Jimitada a Õ20 exemplares) da seguinte monumental publicaçSo
E ARCHIVOÔ NAÒIOlíAES 129
que, Bob varíos pontos-de-vista, a nós Portugaezes muito espe-
cialmente interessa:
Les chefs-âfoRuvre d'art áncien à VExpmition de la ToUon
d*Or à Bruges en 1907. (Anvers — 1908 — Com preciosas illus-
traçSes).
Luxuosamente estampado, é collaborado este livro por espe-
cialistas notabilissimos, taes como: — o Bar&o H. Kervyn de
Lettenhave, Pol de Mont, J. Van den Gheyn, J. Florit y Árizcun,
E. Van Overloop, L. Maeterlinck, Ch.-Lóon Cardon, G. Macoir,
V. Tourneur, A. Mesdagh, ô o Bar?lo A. Van Zuylen van Nyevelt.
Da Allemanba mandei vir :
Geschichtè Johanns des Sechsten Kdnigê von Portugall von
seiner Gtburt an bis zu seinem intr Jahre 1826 erfolgten Tode
nebst besondem Nachrichten iiber sein Prívatleben und die haupt-
sãchlichsten Ereignisse seiner Regierung — Aus dem Franzõsischen.
(Stuttgart— 1827).
Da Gran Bretanha provieram-me :
Broton'8 Madeira, Canary Islands and Azares, A practiccd
and complete guidefor the use aftaurists and invalids with twenty
coloured maps and plans and numerous sectional and other
diagrams by A. Samler Brown» Eigkth and revised edition.
(London — 1905).
The Nelson Navy Book by J. Cuthbert Hadden. With many
illustrations in colour and in black andwhite, (London — 1906).
Constituo este livro uma curiosa historia (resumida) ácêrca
da Marinha Ingleza desde os tempos primitivos até ao presente,'
— e foi elle publicado em solemne commemoraçSo anniversaria
da célebre Batalha de Trafalgar: d'ahi o titulo com que o auctor
baptizou a sua obra.
A History of the Jews in England by Albert M. Hyamson,
(Edinburgh & London — 1908 — Com mappas, retratos, e várias
outras estampas).
Figuram nesta resenha abundantemente Judeus de origem
portugueza.
A History ofthe Peninsular War by Charles Oman — Vol. III
(Oxford — 1908).
O presente volume d'esta obra — cujos dois primeiros (Oxford
130 BOUSmi DÁS BIBL10THBCA8
— 1902 e 1903) ea tínha já preced^itemente adquirido — abrange
o período que vai de Septembro de 1809 a Dezembro de 1810.
Traz por ilIustraçSes diversos mappas^ figurinos de aniformes
militares, reprodacç3e8 de espécies nomismaticas, e um magnifico
retrato do Daqne de Wellington.
Pcrtugueêe Arehiteetare by WaUer Crum Watãon. (Edinbargfa
— 1908).
Adornado com profusas ilIustraçSes, o livro fas-nos percorrer
as várias povoações do nosso reino que por bellezas de archite-
ctura mais se notabilizam, — livro que nos apresenta as impres-
sSes pessoaes do seu auctor perante os legares por elle visitados,
em confronto com as obras consultadas por elle sobre o assumpto.
Catherine of Bragança Infanta of Portugal & Queen-Cotisori
of England by Lillias CampbeU Davidson. With portraiis and
Uluêtrations. (London — 1908).
Entre os retratos, com que se ornamenta a obra, figuram
septe da iliustre princeza que veiu na sua viuvez fallecer em
Portugal, e cuja memoria o auctor do livro amavelmente louvou
na seguinte dedicatória:
f To the Peofle of Portugal who gavs their Princess ihroughout
her life love, loyálty, devotion, and by tchom in her death she iã
not forgottenw .
O texto, amplamente noticioso, apresenta-se inríquecido com
a publicaçlo de várias cartas da Rainha (traduzidas em inglez).
The HarmsvDOfih Atlas and Qazetteer. 500 maps and diagrams
in colouTj with commercial statuttics and gazetteer index of 105,000
namea, (Iiondon — S. d.).
Do nosso c Inventario Geral» eis o que se imprimiu:
Na Secçfto de cSiencias Civis e Politicas» o 2.^ caderno da
serie 2.' (alcançando- se nelle o N.^ 327 da inventariação respe-
ctiva) ;
Na SecçSo de cPhilologia e Bellas-Lettras» o caderno 109.®
da 1.* serie (em que se chega ao N.® 11:599), o caderno 67..® da
2.* serie (em que se attinge o N.® 6:802), e o caderno 66.® da
3.^ serie (caderno que finaliza pelo N.® 3:934) ;
Na Secçfto aArchivo de Marinha e Ultramar» os cadernos
45.^ a 48.® (occupados por «indico») do Vol. u concernente aos
documentos madeirenses.
1
B ARCH1V08 NACIONAES 131
Finalizarei este Relatório por uma nota sobremodo sympathíca.
No dia 6 do corrente Junho^ recebi do Sr. Manuel Borges
Grainha, erudito Professor no Lyceu do Carmo, inesperada e
mui captivante distincçâo. Appareceu-me elle de súbito, acom-
panhado por quatorze alumnos da sua aula, eolicitando-me visitar
com elles a Bibliotheca Nacional para neíla examinarem o que
mais digno fosse de attenç&o.
Acompanhei-os gostosamente nessa visita, — e pude notar,
com muito aprazimento meu, que alguns dos alumnos visitantes
se esmeraram cuidadosamente em recolher por escripto aponta-
mentos do que iam examinando e das reflexões com que tal
exame eu lhes auxiliava.
Essa visita a que o Sr. Borges Grainha tencionava consagrar
uma hora, — mas que, por meu convite, se prolongou durante
duas horas, — ficará por mim agradecidamente recordada, como
agradecidamente recordo aquellas que em Dezembro de 1904
fizeram á «Exposição Garrettiana n da Bibliotheca Nacional os
alumDOs leccionados pelo Sr. Dr. António Joaquim de Sá e Oli-
veira (que hoje brilhantemente desimpenha as funcçSes de Reitor
no Lyceu da Lapa).
Deus Guarde a V. Ex.^ — Bibliotheca Nacional de Lisboa,
em 30 de Junho de 1908.-111."'^ e Ex.™« Senhor Conselheiro
Bibliothecarío-Mór do Reino. — O Director, Xavier da Cunha.
CURSO SUPERIOR DE BIBLIOTHECARIO ARCHIYISTA
BREVE LIÇAO DE DIPLOMÁTICA
Origem da lingna portngnêsa— Latim Tolgar e latim litterario
—Primeiros documentos portogaêses
As ideias e os sentimentoB — essas duas ordens de meteoros
da vida — constituem os elementos essenciaes da humanidade,
cujo desenvolvimento se opera no meio do tempo. Embora coe-
xistentes, porém, nSo podem esses elementos desenvoiver-se si-
multaneamente. A ideia de tempo involve, com effeito, a da
successSLo de phenomenos, e esta successão implica por seu turno
o predomínio d'um d^esses elementos que a si subordina todos
os demais. Nem d'outra forma seria explicável a diversidade de
épocas na Historia. O que é uma época senSo o desinvolvimento
singular d'ym elemento que no theatro da Historia occupa um
espaço de tempo mais ou menos considerável, desempenhando
nesse theatro o papel que lhe foi destinado e desinvolvendo nelle
tudo aquillo de que elle é capaz?
Um exame retrospectivo ás três grandes épocas da Historia
— polytheistica, medieval e moderna — confirma esta doutrina.
Na primeira predomina a ideia da variedade e do finito que
imprime o seu caracter a todas as manifestações da actividade
humana: ás sciencias, cultivando a physica e a psychologia; á
industria, tomando-a progressiva; ao commercio, desinvolvendo
as relaçSes entre os homens; ás grandes empresas marítimas
j
£ AUCHIVOS NAC10NAE8 133
porque o mar representa o movimento e é o maior laço do com-
mercio ; á arte que prefere o bello ao sublime, o movei e pro-
gressivo ao immovel e uniforpe, o regular e humano ao colossal
e ^gantesco. Nessa época a immobilidade do Estado desapparece
perante o individualismo dos cidadãos ; a liberdade e a democracia
substituem a unidade absoluta das leis e dos governos, quebrando
o jugo diurna uniformidade despótica.
Na época medieval predomina a ideia do infinito, do absoluto.
A religifto inocula nos espirites o sentimento de desprêso pela
vida, que é movei, variada, activa. A arte prefere o gigantesco
porque o artista arremessa-se para o infinito. Em sciencia só a
astronomia e a mathematica se desinvolvem porque se coadunam
mais com o ideal, com o abstracto, com o infinito. O Estado im-
pera com leis fixas e o individualismo quÀsi desapparece. Pouco
commercio interno, quasi nenhum commercio marítimo, A indus-
tria agonisa porque representa ideias concretas.
Vem a edade moderna cuja característica é a mescla do finito
com o infinito. E entSo que a arte e a industria revivem e pro-
gridem. A philosophia estuda a psychologia com a ontologia.
Todas as sciencias naturaes se cultivam a par das mathematicas.
Progridem o poder territorial e o poder marítimo, e a força pre-
ponderante do Estado coexiste com a liberdade individual. Por
ultimo, a applicaç&o do dogma á moral religiosa nSío repudia a
ideia da conservação da vida presente, embora em suas relaçSes
directas com a Divindade.
Nenhuma doestas épocas pôde, comtudo, ser estudada isola-
damente, porque uma época é incompleta quando estudada em si
mesma. E mister que seja addiccionada á subsequente como á
anterior para que a representaç&o da natureza humana seja com-
pleta.
Sendo, pois, successiva, a Historia é ipso facto diversa, e essa
diversidade, se nem sempre é feita no sentido progressivo, obe-
dece pelo menos ás leis naturaes da evolução, oe a poesia gene-
siaca colloca na proto-historia o Éden, imagem viva e sagrada
do espontâneo desinvolvimento da razão na sua energia negativa,
anteriormente ao seu desinvolvimento reflexo, os dífferentes es-
tádios da Historia offerecem-nos o desinvolvimento gradual das
artes, das industrias, das differentes manifestaçSes religiosas e da
formação dos Estados.
134 BOLETIM DAS BIBLIOTHEGAS
#
# «
Se, em face do exposto, ^ incontestável a successSo gradaal
era todos os phenomenos sociaes que constituem o objectivo da
Historia, vejamos agora se a linguagem, obedecendo á lei rythmica
que preside a esses phenomenos, se desinvolve também gradual
e progressivamente.
Ás investigações da linguistica a que se entregaram Fred.
Schelegel, Wilhelm Humboldt, Bopp, Giacomo Grimm, Bour-
nouf, Ernest Renan {De V origine du langage — ^ Paris, 18õ8) e
Alfred Gilly {La seience du langage — Paris, 1865) estabelecem
o principio de que as línguas, consideradas nos seus elementos
basilares, nSLo são o resultado d'um desinvolvimento gradual e
progressivo de muitos séculos. Nfto ha, com effeito, um exemplo
único d'nma lingua formada gradual e progressivamente. Seja
qual fôr a época d'uma lingiia que se procure estudar, apparece-
nos sempre constituida com todas as suas qualidades essenciaes
e características.
Deve observar-se, porém, que este facto é somente verdadeiro
na parte relativa aos elementos formativos e que sfto o funda-
mento da lingua. E claro que, sendo um dos requisitos das lín-
guas a regularidade na formação das palavras, tanto os derivados
como os compostos devem corresponder por modificações seme-
lhantes a modos similares do pensamento. Também por isso as
palavras que exprimem differentes modificações ou filiações d^uma
ideia principal deverão ter o mesmo elemento thematico. £ esta
constituição tem o caracter d'immutabilidade, embora se não deva
concluir d'ahi que as linguas crystalisem. De modo nenhum se
pode contestar a variedade na riqueza dos termos, na sonoridade
dos vocábulos e na harmonia da construcção. Á medida que um
povo progride nas differentes manifestações da sua actividade
deve progredir também a linguagem. E a formação d*uma bngua
é inquestionavelmente obra do povo. É por esse facto um phe-
nomeno inconsciente, cujo primordial agente é a grande massa,
a massa anonyma de qualquer agrupamento ethnico. Sem deixar,
porém, de obedecer á lei geral da phenomenalidade humana, a
linguagem, essencialmente a mesma nos seus elementos prima-
ciaes, atravessa os séculos sem perder nenhum dos seus princi-
pies basilares. Não pôde elia, é certo, pela sua natureza e fins
S ABCHiyOS HACIONÁfiã 135
ser extranha ao seu tempo e ás ideias que o dominam; tem por
isso de reflectir luminosamente o caracter da industria, da arte,
da religião, das letras e das sciencias dominantes em cada época;
é do seu tempo como tudo o mais. Todavia a matéria prima,
digamos assim, dn sua constituição intima subsiste invariável no
meio das alteraçSes accidentaes que soffre através dos tempos.
Pergunta-se agora : em caso nenhum sobrevoem alterações
radicaes ? Sobrevêm sem duvida ; mas esse facto importa a for-
mação d'uma língua nova, cujo nascimento, como bem pondera
o Cardeal Wiseman (*), fica envolto em veu mais ou menos espesso.
Foi o que succedeu com a passagem da lingua pregermanica
para o alto e baixo allemão. Foi este o phenomeno causa da
conversão do latim nas línguas românicas e por consequência da
passagem para o português.
Tentar levantar uma ponta doesse veu será o objecto d'este
modestíssimo trabalho. Para a realisação do meu intento procurarei
examinar, embora perfunctoríamente, os primeiros documentos
portugueses. Antes d'isso, porém, devo procurar determinar a
distincç&o a estabelecer- se entre o latim erudito e o vulgar, se
tal distincção tem existência real, visto que em Roma, como em
todas as nações civílisadas, havia as duas classes de população
— a culta e a illetrada*
(*] Discursoê sobre Oê rdaçlks da êdencia com a religião revelada — Trad.
firaucesa — 2.* discurso.
1
136 BOLETIM DAS BIBLlOTHEOAS
■■*~^*^
Veruntamen quid tibi ego in epis-
tulis videur? NoDoe plebeio eeimone
Hgere tecum ? . . . Quid enim simile
habet epistula aut iudicio aut eon-
tioni?... epietulas vero cotidianis
verbis texere solemas.
M. T. Cicero (Ad Famil.,— ix, 21).
Os romanistas que defendem a existência de duas formas
linguisticas no latim poderão fazer d'aquella passagem do tão
notável orador quão interessante epistolographo romano um ba-
luarte, apparentemente irreductivel, para a defesa da sua doutrina .
£ o próprio Cicero, dirão, quem estabelece uma lingua dentro
da lingua, ou antes, uma língua plebeia, vulgar, quotidiana, rus-
iica, a par d'outra que bem poderemos considerar jpoZiría^ erudita,
urbana.
Se observarmos o que se passa nas línguas vivas não pode-
remos, com effeito, deixar de reconhecer que a linguagem em-
pregada nos discursos differo da que se usa na conversação, e
que a linguagem oral é geralmente menos cuidada do que a lin-
guagem escripta. Poderemos, comtudo, inferir logicamente doesse
facto que ha, por exemploi dous idiomas portugueses? Ha, sim,
diversos graus, formas diíFerentes do português commummente
falado, como differentes são os graus e formas que se observam
no uso das varias linguas. Kãc será licito concluir por analogia
que deveu ser este o phenomeno produzido na lingua do Lacio?
A mais racional hermenêutica applicavcl, portanto, ás pala-
vras de Cicero é que então, como hoje, a linguagem usada no
f5ro ou nas assembleias não era a linguagem comesinha, corrente,
empregada em família, e, cuino o estylo epistolar é caracterisado
pelas formas empregadas nos usos da vida quotidiana, elle, o
orador eloquente, que na tribuna sabia empolgar d auditório com
a sua palavra inebriante, que arrebatava as multidões com o
deslumbramento da phrase grandiosa e pura, empregava nas
fi AKClIlVOS tíAÒlÓ^AKá Í3f
cartas as formas triviaes da língua, as formas conhecidas de
todos e por todos usadas, como soe faze-lo quem, muito criterio-
samente aliás, prefere a naturalidade á affectaçSo.
E sem duvida um erro suppôr-se que ao lado d'uma lingua
falada, mais nobre e culta, vive outra mais grosseira e humilde
de cujo aperfeiçoamento ninguém se occupa, emquanto a outra,
fixa em normas fundamentaes, vae sendo burilada através dos
tempos, caminhando as duas separadamente, á maneira de dous
cursos d'agua inconfundíveis, um dos quaes vae successivamente'
diminuindo no seu volume até extinguir-se, ao passo que o outro,
mais abundante e veloz, irrompe e dilata-se para se ramificar
por ultimo.
Os linguistas que assim seccionam um idioma, querendo ver
nelle duas partes nitidamente distinctas — lingua litteraria e lingua
vulgar — complicam o que por natureza é simples. Pois o que é
uma lingua litteraria mais do que a disciplinaçlo da lingua po-
pular? Referindo-nos, por consequência, ao latim, o que vem a
ser o latim litterario senão a discipliuação do latim popular? E
se quizermos definir com termos precisos uma lingua popular ou
vulgar facilmente o conseguimos, admittindo com os mais dis-
tinctos linguistas, como Díez, Augusto Schleicher, Seelmann e
Schuchardt, aos quaes podemos addiccionar o Doutor Egídio
Gorra, que é a lingua falada por todos os individues do mesmo
grupo ethníco, embora com differenças accidentaes phoneticas ou
syntacticas.
É isto o que se conclue do estudo analytico da linguistica, é
isto o que visivelmente se manifesta na historia das línguas de
todos os povos civílisados, é isto o que se observa nas línguas
existentes. Ha, é certo, variedades dialeetaes, que representam
não uma lingua dentro da lingua ou que com ella viva paralle-
lamente, n%o uma unidade independente, mas antes a diversidade,
a pluralidade dentro da unidade. Pois não é incontestável que a
linguagem do camponês differe apparentemente da linguagem do
citadino? A isto accresce ainda a technologia profissional que
determina variedade de formas, como acontece com o vocabulário
das sciencias medicas, da jurisprudência, da ingenharia e das
di£ferentes artes. Estas differenças não podem, todavia, ser con-
sideradas fundamentaes, não só pelo restricto numero dos seus
elementos morphologicos mas porque não alteram radicalmente
a sjntaxe estabelecida.
Quanto ao latim, a existência de differenças dialeetaes é ji
indiscutível na época romana. Testemunham-na Cicero e Quintí-
?.• AHNO, N.» 2 4
138 JBOLBTíM i>Á8 àmiiottiteCAd
liano e mais tarde S. Jeronymo. O primeiro, referíndo-ee á
accentoaçSo latina característica doe gaalêees, escreve : êed Jubc
mutari dediêcigue poêsunt. Contesta, porém, a possibilidade de
corrigirem a tonalidade na sua particular pronuncia latina. Se
reconhece qne os oradores gauleses do foro romano podiam bem
evitar os puvincianismos, censurando, por exemplo, qne Tinca
de Placenza proferisse preada em vez de pergula, admitte, to-
davia, a impossibilidade de perderem a pronuncia do seu pais
natal. Quintiliano reforça a opinião de Cícero quando obeerva
(11, 3-31) que todos os que nSo eram romanos se conheciam bem
pelo som como pelo timbre se conhece o metal. I)So fes rir Adriano
quando, durante a sua questara, leu no senado com a sua accen-
tuaçUo provençal uma mensagem do imperador? Em Porcio La-
trfto reconhecia-se claramente um espanhol. Bem diz S. Jeronvmo
que ipêa latinita$ et regionibuê guotidie mutetur et tempore. £ ao
latim litterario que S. Jeronymo se refere nesta passagem? £
sufficien temente clara a expressSo em que o termo latinitas só
pôde significar o latim fallado.
Se quizermos acumular testemunhas de que o latim se rami*
ficou em varias formas dialectaes ainda na época romana, bastaria
citarmos os que Schuchardt colligiu no seu Vokalismus des Vul-
gârlateina (i, p. 83-84). Seria, porém, uma evidente superflui-
dade, attendendo a que nenhuma língua diffundida num determi-
nado território é falada pela mesma forma ; ora, sendo certo que
a língua latina deveu estar subordinada a esta que bem podere-
mos considerar uma lei natural que rege a phenomenalidade da
dííFus^ das línguas, devemos sem ter^versaçSo admittir varie-
dades locaes dentro do próprio Lacio.
Mas se o facto é verdadeiro com relaçfto ao território circum-
jacente de Roma, por maioria de razUo teremos de admitti-lo
como tal, relativamente aos povos extra-italicos que soffreram a
romanisaçSo.
£ como o meu ponto de vista principal é o estabelecimento
da origem do português, vejamos o que se passou na península
ibérica.
Diz-nos a Historia que desde 196 a 169 a. C, isto é, no
È AÀChIvOS NACiONÁES Í39
decurso de trinta annos pouco mais ou menos, foram enviados
da Itália para a nossa península cento e cincoenta mil soldados
seguramente. Sabe- se também que muitos d^elles estabeleceram
ahi a sua residência, e as differentes cidades peninsulares foram
testemunhas das intimas relações entre elies e os naturaes. A sua
prole foi numerosa e a occupaç^o militar, por elles feita, ainda
alliciou grande numero de romanos e de povos itálicos que ahi
foram procurar trabalho, mormente na exploração das minas.
Entre os immigrantes vieram homens de todas as classes : nego-
ciantes, operários, arrematantes, pastores, empregados de diffe-
rentes cathegorias. Ora estes homens nSo fallavam certamente
do mesmo modo; entre elles havia citadinos e aldeftos e vinham
de pontos diversos. Os negociantes deveriam ter um vocabulário
differente do dos artiíices; estes deveram differir, na linguagem,
dos agricultores; os empregad)S públicos deveram certamente,
segundo o seu grau de cultura intellectual e de educação domes-
tica, differenciar-se, na sua linguagem, de todos os restantes. E
o numero d'esses immigrantes foi enorme, segundo Cicero, que
a esse facto se refere quando enumera os indivíduos que levaram
o latim ás provincias. Ora, se os diversos usos ou antes as formas
differentes d'uma lingua constituissem outras tantas línguas diver-
sas, deveríamos admittir que da lingua latina sahiram centenas
d'ellas.
 estas considerações accresce que nos paises conquistados
nem todos aprendiam o latim tal qual elle era faltado pelos eru-
ditos. Se a aristocracia e a plutocracia tinham recursos para fazer
a aprendizagem da correcta latinidade com os bons mestres que
ao mesmo tempo a ensinavam aos filhos ; se os moços gauleses
das famílias nobres e abastadas iam a Roma para se aperfeiçoa-
rem no uso do latim, é certo que a grande maioria das popula-
ções sujeitas ao domínio de Roma, já por falta de recursos
pecuniários, já por ausência do gosto íitterario, circumscreviam
a sua aprendizagem ao que lhe fornecia o commercio quotidiano.
Além de que, como pondera Bonet, cada qual aprendia o latim
que convinha ao seu estado. As populações pre-romanas da Es-
panha estavam, é certo, em relações com todas as classes d'ím-
migrantes, mas cada um dos indivíduos d^essas populações com
aquella ou aqiiellas que mais se harmonisavam com a sua posição
social, não deixando, todavia, nenhum d'elles de adaptar a sua
linguagem á dos seus interlocutores. A isto junte-se a circum-
stancia de cada um escrever de forma differente da que empregava
fallando e ainda a differença entre as formas usadas no estylo
140 BOLETIM DAS BlBLIOtHkCÁS
familiar e as empregadas nos discursos, e teremos assim oma
infinita variedade de formas dentro da onidade linguistica.
£ poderá causar-nos extranhésa essa Taríedade, se, além das
consideraçSes retro-adduzidas, repararmos em que os immigrantes
tinham ainda por soa vez de ceder alguma cousa ás linguas in-
dígenas? Nenhum povo abandona subitamente a lingua materna.
£ a posíçSo regional, a influencia climática e o modo de viver
nio actuaram também nos orgios da língua? É claro que as
variedades dialectaes nXo eram tSo múltiplas nem tSo profundas
como hoje, nfto só pela acçlo que aquelle grande centro, como
era Roma, exercia nos povos subjugados, mas também por serem
menores as relações de província para província e ainda pela
falta de nacionalidade constituída. £m todo o caso, porém, deve-
mos, conformemente aos dictames da sciencia, nXo só conceber
amplas divisSes e admíttir que, se na Itália se £illava um latim
vulgar itálico e na Gallia um latim vulgar gaulês, na península
íspanica se fallava um latim vulgar ispanico, mas ainda esta-
belecer dentro d'e8ta variedade dialectal algumas formas subdia-
lectaes ; a pouco e pouco dentro de cada regiSo as diversidades
fizeramse sempre cada vez maiores.
Devemos, portanto^ relegar como profundamente errónea a
idêa d'immutabilídade no latim de que saíram as línguas româ-
nicas e por consequência a lingua portuguesa. Além de tudo o
que precede devemos, com effeito, notar ainda que a própria
lingua dos escriptores, longe de ter qualquer cousa de fixo, evo-
lucionou, transformando-se sob influencias diversas, chegando
mesmo a acceitar formas e locuções da linguagem commum. Se
o latim litterario representa' uma phase rígida do latim fallado,
se punham óbices ás frequentes innovaçSes do povo, formando
uma reacçSo contra as tentativas revolucionarias no sentido de
alterarem a lingua, restaurando formas negligenciadas, é todavia
certo que a lingua nSo ficou immutavel quer na formação da
palavra, quer na syntaxe, quer ainda na evoluç&o dos significados.
For outro lado nHo podemos considerar como independente
da lingua escripta a lingua falada. Então, como hoje, os grandes
modelos da latinidade, as regras grammaticaes e os preceitos dos
rhetoricos deveram influir na cultura e no pensamento do escre-
vente. E esta acção exercida pela escripta na linguagem oral
deveu ser mais ou menos vigorosa, segundo a cultura e condições
de quem a applicava; a reproducção das formas escolásticas ficou
certamente mais ou menos fiel e os erros foram diversos segundo
a cultura de cada um.
Á
C: ARCHIVOS NACIONABS 141
Parece-mei pois, sufficientemente justificada a definiçSò que
na primeira parte doeste trabalho dei de lingua vulgar. Não ha
duvida em que ella nSo é exclusivamente própria da Ínfima plebe,
nXo obstante ser a plebe quem, pela sua preponderância numé-
rica num determinado grupo ethnico, mais influencia exerce no
sen desenvolvimento. Essa lingua nSo pode deixar de ser a lingua
falada na sua mais ampla accepçfto com as suas innumeras va<
riedades de logar e tempo.
#
Se, como fica dito, o latim vulgar deveu ser o latim falado
por todos os romanos que o difFundiram pelas provincias conquis-
tadas, devemos peremptoriamente affirmar que foi esse o latim
originário das línguas denominadas por esse facto românicas e,
por consequência, da lingua portuguesa.
K&o ha, porém, nenhum documento directo do latim vulgar
porque os antigos não fizeram tractados ou grammaticas que se
ocoupassem do estudo directo dos dialectos. Mas viveram ainda
na época romana escriptores cuja cultura ou era apoucada ou
era differente d'aquella que é mister a quem se preoccupa com
as cousas puramente litterarias e cujos escriptos, se por um lado
revelam que os seus auctores pretenderam seguir as normas
clássicas ou observar pelo menos as leis grammaticaes, demon-
stram que elles não souberam evitar vocábulos e locuções da
lingua falada. Eram architectos, agrónomos, médicos e mathe-
maticos que n&o quizeram certamente escrever em vulgar, sem
que, todavia, se pudessem eximir ao emprego das formas cor-
rentes. Fornece-nos d'Í8So um exemplo frisante Vitruvio que
se desculpa dizendo : nan enim arekitectua potest esse gramma-
tums.
Outros monumentos preciosos são os escriptos em que, pelas
condiçSes das pessoas que ahi obram, pensam e faliam, se nota
a lingua da vida quotidiana ; taes sSo as comedias de Flauto e
de Petronio, as satyras, as epistolas e romances cuja forma dia-
logistíca dão ensejo á reproducção das expressões correntes. A
isto podem mesmo juntar-se alguns clássicos. Cicero, por exem-
plo, revela-se nos ditos zombeteiros, nas palavras espirituosas e
das formas proverbiaes muito diversamente do que se manifestava
142 BOLETIM DÁS B1BLI0THECA8
na tribuna. Tito Livio procura também pôr na boca das suas
personagens as expressões mais correntes da língua.
SSo também fontes notabilissimas as inscripçSes latinas que
tanto em Portugal como ná Espanha e ainda nos outros paizes,
que receberam a dominação romana, abundam, testemunhando
bem claramente a existência de formas differentes das formas
clássicas. Os túmulos christSLos, principalmente os posteriores ao
sec. VII depois de Christo, estfto repletos d^inscripçSes latinas. O
Corpus inscriptionum laiinarum dá nos minuciosa conta d'es8as
inscripç5es.
Mas é claro que essas formas evolucionaram, soSrendo mo-
dificações mais ou menos importantes. Nas inscripçSes acima
referidas nota-se, por exemplo, o mesmo som indicado por modos
diversos ; um dos mais importantes é o í alongado. E ainda
muito precioso para este estudo o que os antigos nos legaram
sobre a natureza dos sons ; as invectivas dos gramm<iticos, por
exemplo, aos erros do povo. O Formulce para o século viii, toda
a litteratura latina medieval, a dos Padres da Egreja, a traducçSo
da Biblia, a orthographia dos numerosos códices, os contractos,
finalmente, e as doações, tudo isto forma um rico museu onde
podemos observar directamente a lingua da vida quotidiana das
populações romanisadas.
Resta-nos observar que não devemos confundir o latim vulgar,
que n&o é, em sjnthese, mais do que o latim fallado por doutos e
indoutos, com o latim bárbaro. Houve realmente quem susten-
tasse a opinifto de que havia perfeita identidade entre um e outro.
Uma analyse minuciosa, porém, dos documentos escriptos em
latim bárbaro conduznos ao asserto de que tal opinião é intei-
ramente destituída de fundamento. Transparece effectivamente
nesses documentos a lingua popular sem que de forma alguma
a reflicta.
Esse latim é obra de tabeliSles ignorantes que, desconhecendo
os casos e a verdadeira construcção sjntactica, alteravam pro-
fundamente a lingua, introduzindo-lhe até neologismos.
Em Portugal o mais antigo documento escripto em latim
bárbaro remonta ao século ix. E de Ordinho i publicado no
IB AttCHlVOS KACIONAfià 14â
ParítigaluB mowammta hUtcrica na secçSo intitulada Diplomata
êí CharicB. Ob formulários e o ensino tradicional dos cartórios
provam bem que as formas tabeliôas nfto correspondiam ás que
esses formulários e ensino auctorisavam. Assim vemos que o for-
mulário exara a expressSo nuUius que cogente império para indicar
a plenissima liberdade d'acç&o do doador. Pois bem; nos documen-
tos feitos por esses tabeliXes em vez d'aquella expressfto veem-se
estas: mdu$ que congentis império e nuUue quoquo gentis iirvperio.
Essas formas barbaras do latim seriam provenientes da con-
veniência em que só os clérigos soubessem bem a lingua latina
e que era de toda a utilidade que aos leigos se falasse obscura-
mente? Assim o dá a intender um documento medieval que se
pretendeu ser do século x, mas que parece ser do sec. xii ou
do começo do sec. xiu.
Seja como fôr, é certo que o latim barbarO; língua perfeita-
mente inorgânica, cedeu o passo a breve trecho á lingua vulgar
(latim popular) que^ como lingua organisada, tendeu a pre-
ponderar.
Âpezar mesmo da invasão muçulmana a transformação do
latim continuou na sua marcha progressiva até que no íim do
século xil apparecem documentos caracterisados por formas es-
peciaes differentes das feiçSes próprias da lingua latina propria-
mente dita. Esses documentos revelam alterações importantes
nas formas originarias. Vê-se bem que uma nova lingua surge —
é a lingua portuguesa,
SSo dous documentos, um dos quaes tem a data do mês de
março de 1230 (era de César) que corresponde a 1192 da era
ohristft e outro sem data, mas que J. Pedro Ribeiro attribue á
época em que reinou D. Sancho i. O primeiro é uma noticia ou
carta de partilhas; o outro é uma noticia vulgarmente conhecida
por noticia do torto porque esse documento começa pelas pala-
vras ^noticia de torto que fecerum a Laurencius Femandiz. . •>.
Em ambos elles apparecem ainda formas tradicionaes de
mistura com formas de latim bárbaro. É certo, porém, que alguns
dos caracteres do português se revelam neiles. Assim, por
exemplo, já apparece a forma desinencial latina onem. apocopada
em on que mais tarde evolucionou para ào. O d intervocalico já
nSo apparece em seem (de eedent)^ o qu è ]k substituido por c^
apparecendo já a forma latina quomodo transformada em como;
o i da preposição in já desapparece para se juntar, ao artigo
derivado de xUoe, iUas formando as palavras nos, nas, embora
haja hesitaç3eS; principalmente na noticia do torto, relativamente
144 BOLETIM DAS BlELlOTHECAli
ás formas do artigo que ora é escripto com u ora oom o; a
metathese que se encontra em atdre (que se conservou a par de
entre até o século xvi) de inter, é finalmente uma das caracte-
rísticas da nova lingua que de sapatharius fez sapateiro, eic.
Ha ainda um outro documento que é datado de 1222 (era de
César) correspondente a 1260 da era christã. E uma carta de
'foral dada pelo mosteiro de S. Christovam, de Coimbra, aos
povoadores, caseiros e lavradores do outeiro. Mas este documento
é indiscutivelmente falso. Basta observar a forma de exarar a
data, forma usada entre nós somente desde o reinado de D. Fer-
nando, para se concluir sem hesitação que é apocrípho. Podia
ser uma copia; o signal publico, porém, que nelle se encontra
tira todas as duvidas.
A partir de 1293 (era christS) encontram-se bastantes
documentos escríptos em português e cuja authenticidade é indu-
bitável. E certo que existem ainda diplomas em latim no livro 1.®
de doaç5es d'este soberano, mas a par d^esses ha também 31
documentos em vulgar, sendo um d'elles sem data e 30 cujas
datas estSo comprehendidas entre 125Õ e 1279 (era de César).
Mas o reinado em que os documentos escriptos em português
apparecem em grande numero é o reinado de D. Dinis; nSo que
este rei legislasse sobre o emprego obrigatório da lingua portu-
guesa, como muitos suppuzeram, mas pelo desinvolvimento da
cultura litteraria e pelo seu emprego nas composições poéticas e
nas composiçSes em prosa. Foi o primeiro rei português que soube
ler e pela sua relativa illustraçSo deu incitamento áquella cultura.
Do reinado anterior ha ainda documentos em que se empre-
gavam as duas linguas — latina e portuguesa. — Sirva d'exemplo
uma doaç&o redigida em português por um notário publico de
Celorico de Basto em 1262 (era de Christo), doaçSo que foi
reconhecida 13 annos depois em latim por um tabeliilo de Gui-
marães. Do próprio reinado de D. Dinis ha documentos laicos
em latim ; ha outros também que são escriptos parte em latim e
parte em português. E uma prova d'este asserto um instrumento
ou documento de 1288 escripto e reconhecido em latim mas com
uma declaração na mesma data em português por outro notário.
E ambos esses tabeliães eram de Gaia. É claro que os documentos
ecdesiasticos continuaram a ser escriptos em latim. E que o
português não foi extranho ao influxo do latim da Egreja attesta-o
o suffixo iêsa, ista (de que derivou o suffixo eesa) que, sendo
d'origem hellenica, nos veiu por intermédio do latim eccle-
siastico.
E ARCUIV08 KACIOKAES 145
Enriquecido com rarioB elementos — indígenas e extranhos —
como provam os suiSxos arro, arra, orro, urro, que parecem
ser procedentes do easkaro, e o saffixo engo que apparecen nas
palavras mulherengo, realengo, reguengo, etc. e que é d' origem
germânica, o português, elevado finalmente á dignidade de lingua
escripta, segue a sua evolução natural durante todo o período
syncretico, que vae desde o século xii até o começo do século xv,
até que recebe da revoluçfto litteraria, operada neste seoulO| as
definitivas formas de disciplinaçXo grammatical, sem todavia
crystaiisar ahi, mas antes, evolucionando sempre, vae cada ves
mais augmentando a sua morphologia.
Lisboa, 30 de Junho de 1908.
fiKKJÁHIN D£ CáBVALHO VaSQUES PB MsS^mTA,
o TISCORDI DB SARTABKI COIÓ GDAIDA-I6I DA TOIII DO TOUO
De simples leitor a Gnarda-Iir
Entre as figuras notáveis da nossa historia litteraria na pri-
meira metade do século xix destaca-se singularmente o 2.^ Vis-
conde de Santarém; figura principalmente posta em foco apoz a
ultima exposição de cartographia nacional. £ se algum estabele-
cimento do Estado tem jus a orgulhar-sa com as homenagens
prestadas á sua memoria esse é seguramente o Ârchivo da Torre
do Tombo.
Qual a sua missão nesse Árchívo, quaes os trabalhos da sua
gerência, tal é o assumpto que nos propomos estudar e que até,
por dever profissional, nos cumpria abordar. Outros lhe farão a
biographia, estudarão o papel que desempenhou na sociedade
portugueza sob variados aspectos, que nós, mais restrictos no
nosso plano, queremos apenas ve-lo sob o ponto de vista buro-
crático e litterario, como chefe do Archivo Geral do Reino. E,
para isso, nada melhor que publicar a parte mais interessante
da sua correspondência official, já boje de interesse puramente
histórico, precedida apenas doesta despretenciosa e ligeira expo-
pição.
Teria o Visconde de Santarém 28 annos de edade quando,
do paço do Rio de Janeiro, foi expedida uma ordem (1) para na
Torre do Tombo lhe extrahirem todas as copias que necessitasse
e pedisse para os seus estudos. Propunha-se elle em tão verdes
annos, fazer uma compilação de todos os actos diplomáticos por-
tuguezes desde o inicio da nossa monarchia.
A ordem era de 31 de Março de 1819.
Não foi todavia sem embaraços que ella se executou. Ao que
(1) Documento I.
fi ÁRCHIVOS NAOlONABS 147
parece o filfto que o Visconde de Santarém agora explorava era
mais abnndante do que á primeira vista supporia quem, como
elle, tinha já examinado vários archivos e cartórios. Ás copias
que elie requisitava iam de tal maneira augmentando em numero
que o escrjvSio do Archivo, Gaspar Feliciano de Moraes, em
officio de 1 de julho de 1820(1), ponderava ao entSLo Guarda-
Mór, Visconde de Azurara, as difficuldades com que luctava para
as satisfazer. Os escripturarios eram poucos e, além d'is80, tfto
mal remunerados, que grave injustiça era obriga-los, sem retri-
buiçíto especial, a fazer trabalho que todas as casas donatárias,
incluindo a Casa de Bragança, e todos os titulares costumavam
gratificar. Por isso o Visconde de Santarém se viu forçado a
pagar os competentes emolumentos e a nlo exigir copias dos
escripturarios com prejuízo do expediente do Archivo.
Da parte dos empregados superiores d'este havia evidente
má vontade para com estudioso tão investigador e que obtinha
privilégios tão latitudinarios. A questão dos emolumentos das
copias serviu a Francisco Nunes Franklin para patentear em
documento official(2) os seus sentimentos quanto aos trabalhos
do Visconde. £ foi uma queixa em forma o que da penna lhe
sahiu em õ de julho de 1820. Todavia — oh ironia do destino! —
ainda aquelle de quem agora se queixava viria a ser seu prote-
ctor, ainda, como veremos, lhe pediria o augmento d^ordenado,
reconhecendo o sen valor intelectual e os seus altos serviços
prestados ao Archivo. O Visconde de Santarém nSo se limitava
nas suas indagações aos assumptos diplomáticos, procurava tam-
bém versar os genealógicos e não se satisfazia senão com a
inspecção dos ori^naes, nada se importando que a guarda da
casa da Coroa a elle Franklin estivesse. confiada! Em vista das
suas exigências necessário se tornava augmentar o pessoal por-
quanto o Visconde de Santarém pretendia o que nenhum sócio
da Academia Keal das Sciencias tinha exigido, sendo certo que
o próprio Guarda-Mór para os seus trabalhos históricos fazia
pessoalmente as suas copias! £ por ultimo Nunes Franklin cahia
directamente sobre a obra que Santarém se propunha realisar.
Suppo-la de grande importância para o Estado portuguez? Puro
engano. Antes d'elle já Diogo Vieira de Tovar e Albuquerque
se occupara dos documentos diplomáticos; alguns d'elles acham-se
íl) Documento II.
(2) Documento III.
148 BOLETIM DAS BIBLIOTHECAâ
,W I ■■ .77,
impressos em varias collecçSes e qaanto aos mais existentes na
Torre do Tombo ahi estava elle Franklin que nõo demitto dizia
elle a gloria que posêo ter em dizer que nada do que existe neUe
eêtá longe do meu conhecimento e sobre o objecto tenho a maior
eoUecçào de Memorias, adquiridas debaixo do mesmo plano de
Tovar sem que nos tivéssemos entendido no principio dos nossos
trabalhos,
É aqui que deve estar a explicaçSo da má vontade de Fran-
klin. Santarém vinha-se-lhe adeantar num estado para que já
contava elementos valiosos !
Finalmente ainda o ofScial maior da Torre do Tombo via
nas pretensSes do Visconde de Santarém um bem grave incon-
veniente. Entre os documentos diplomáticos existiam instrucçSes
secretas e dever-se-hiam ellas publicar sem censura alguma, para
mais em paiz extrangeiro? Estes foram os embaraços que o Vis-
conde de Santarém sentiu nos seus estudos na Torre do Tombo,
que a Índole do nosso trabalho nos força a ver de corrida. No
emtanto bem cabal foi a resposta que lhes deu.
Vimos já que se viu obrigado a pagar os emolumentos das
copias, mas o seu triumpho completo nfto se demorou muitos
annos. Por decreto de 13 de julho de 1824 foi nomeado para
futuro successor do Visconde de Azurara e pelo de 27 de julho
foi mandado entrar em exercicio logo que o Visconde de Azurara
se achasse impedido, o que aconteceu em 1 de agosto, começando
o Visconde de Santarém em exercicio no dia 2 de agosto de
1824(1).
Os cartórios do Santo Offlclo — Vingança que ae tira d'am Rival
Uma das primeiras questSes que se antolhou ao novo Guarda-
Mór foi o recolhimento dos cartórios da Inqnisiçfto, extincta
havia poucos annos. Com effeito o Aviso Re^o de 30 de julho
de 1824 tinha determinado que o Guarda-Mór da Torre do Tombo
informasse se nesse Archivo haveria espaço para os taes cartó-
rios, que se conservavam no armazém destinado ao expediente
da censura (2). Por isso o Visconde de Santarém, respondendo a
(1; Registos da Torre do Tombo, liv. 40, fl. 90.
(2) Documento IV.
É AftCHlVOS srAGÍONÀES 149
esse aviso em 4 de agosto, ponderava a pequenez do edifioío do
Ârchivo e ao mesmo tempo a urgência de o alargar á custa do
mosteiro de S. Bento, pois os papeis de que se tratava, sendo
de muita importância, deviam ser guardados na Torre do Tombo,
em especial, escrevia o Visconde, os pertencentes ao Conselho
Oeral, Adeante veremos o motivo principal doesta preferencia.
Todavia entendia o Guarda-Mór que esse recolhimento se
devia começar immediatamente pelos documentos da inquisiçto
de Lisboa e do Conselho Geral do Santo Of&cio, guardados na
salla dos manuscriptos da Bibliotheca Publica da capital, emquanto
se arranjava alojamento para os cento e vinte e dois caixotes
onde dormiam os processos das inquisiçSes de Cvora e Coimbra.
Tudo isto porém levou seu tempo a realisar.
O Bibliothecario-Mór propoz, como de maior utilidade para
o publico, que o parecer do Visconde de Santarém nfto fosse
inteiramente cumprido, continuando na Bibliotheca os impressos
qne fizessem parte do espolio inquisitorial. Com isso, concordou
o guarda-mór, fazendo apenas uma restricçHo (1) : se dos Regi-
mentos houvesse duplicados deveria vir para o Archivo um
exemplar de cada um d'elles. E, na mesma data doeste parecer
— 13 de setembro de 1824 — o Visconde de Santarém propunha
que a destrinça d^esses impressos devia ser feita na presença de
dois officiaes diplomáticos que, para o caso, eram os represen-
tantes dos interesses do Archivo.
O caso porém dos impressos nSo era senSo um tropeço no
projecto do Visconde, que, todavia, não perdia de vista o assum-
pto. E por isso, em 26 de novembro, voltava a offioiar queixan-
do-se de que ainda não tinham sido recolhidos os papeis do
Conselho Geral do Santo Officio e Inquisição de Lisboa (2).
' Ainda alguns mezes permaneceu tudo na mesma. Em 5 de
maio do anno seguinte novamente o zeloso funccionario officiava
a pedir a remessa dos referidos dacumentos, tanto mais que já
se concluirão todas as estantes e ai^ranjos no Real Archivo feitos
com tal fim. Em 12 de julho finalmente já elle podia dizer que
se tinham recolhido 46 caixotes dos cartórios da Inquisição.
Este assumpto porém não o absorvia tão completamente que
descurasse outros de importância capital para o Archivo. Assim,
em 16 de novembro de 1824, officiava pedindo a remessa das
(1) Documento Y.
(2) Documento TI.
150 BOLETIM DAS BIBUOTHECAd
balias dos reinados de D. José e D. Haría I qae nlo ftTJsliam
no ÁrchÍYo. No dia eegointe £i2Ía idêntico o£B<âo com respeito
ás Chancellarias Beaes posteriores ao reinado de D. Joio V,
qae egoalmente nSo existiam no Árchivo. Incambido ao mesmo
tempo, pelo Atíso Régio de 27 de agosto de 1824, de fazer am
Begulamento para a Torre do Tombo, d'onde melhor resaltam
os serviços do Archivo nesse tempo é do officio de 23 de
novembro (1) de egaal anno.
Dois assamptos preoccapavam principalmente o Visconde de
Santarém, como Goarda-Mór: a reforma de innumeros documentos
que o decurso dos séculos tem deteruyrado, e a formado de índices
de mtiiios outros do mesmo Archivo Real dos quaes ainda não
existem nem os extractos. Quer-se porventura plano mais ponde-
rado e mais scientificamente concebido? Isto não faliando no re-
colhimento de cartórios que, como os da Inquisição, tanto interesse
lhe mereceram. Por isso, nos primeiros mezes da direcção do
Visconde de Santarém, além das copias dos tratados e dos privi-
légios que se remetteram á secretaria doestado dos negócios extran-
geiros, da satisfação prompta das exigências da Academia Real
das Sciencias e de todos os registos em dia, ultimaram-se de alpha-
betar as memorias extractadas dos livros das LiegitimaçSes de
D. Sebastião e D. Henrique, começaram-se a alphabetar as dos
livros de Philippe I e a extractar os de Philippe II, assim como
toda a chancellaria de D. João V. Da mesma maneira continua-
ram a tirar a limpo o indice geral das chancellarias antigas da
Ordem de Christo e o parcial de toda a chancellaria da mesma
ordem, pertencente ao reinado de D. Maria I: Índices que, sem
duvida alguma, hoje não nos satisfazem, mas que para o tempo
representavam um progresso immeneo.
Kão contente com isto o Visconde de Santarém relatava os
trabalhos a que tinha procedido para o Corpo de Direito Publico
Diplomático externo doesta monarchia que ficou sendo official pelos
reaes decretos de 13 e 17 de julho do presente anno. Fiz formar,
escrevia o illustre fiinccionario, pelos meus Índices, as synopses
de 800 documentos pertencentes a este trabalho e que existem no
corpo das Gavetas. Ordenei 223 outros de bulias para a secção
das nossas relaçdes com a cúria de Roma. Exiractei tudo o que
havia neste ramo no Livro de Extras; e no de Demarcações e
Pazes para as suas respectivas secções e procedi ao primeiro exame
(1) Documento VII.
B ARCHIVOS NACIOKABS 151
dos primeiros 20 livros que vieram da secretaria do governo da
Índia e que entraram para o Real Archivo por Aviso de 2 de
Março de 1778 no qual se ordenou que se examinasse o seu con-
theudo e se desse parte a S. Majestade, o qus me não consta se
fizesse.
Tal ia elle realisando o vasto plano que concebera e cuja
execuçSo, não nos dizem os documentos que temos presente, a
impressfto que causam no nosso já conhecido Nunes Franklin.
Todavia, a avaliar peio procedimento correctíssimo de Santarém,
nSo devia ser de todo má. Este, com uma generosidade e um
amor á justiça muito louváveis, logo apoz a sua ascensSo á
direcçSio superior da Torre do Tombo, em 12 de Agosto de 1824,
dirigindo-se ao Ministro do Reino fallava nos seguintes termos
do conhecido auctor da Memoria sobre Foraes: €Nfto devo guardar
em silencio antes de terminar este officio pelo muito interesse
que tenho pelo Archivo o pedir a V. Ex.* se digne ter em lem-
brança os longos e importantíssimos serviços feitos ao mesmo
Archivo pelo official maior Francisco Nunes Franklin, a quem o
Regulamento Provisional de 30 de abril de 1823 diminuiu os
vencimentos emquanto os augmentou a outros empregados. Dos
seus serviços sSo terminantes provas os mui bem trabalhados e
systhematicos Índices que tem ordenado de muitos corpos de
documentos e das Memorias que tem visto a luz publica pela
Imprensa da Academia Real das Sciencias». Estas palavras porém
de nada serviram porque a flagrante injustiça continuou de pé e
em 5 de novembro de 1825 escrevia o mesmo Visconde de San-
tarém, informando uma petiçSo de Franklin ; cRestringi-me ent&o
a propor este pequeno augmento (200^91000 reis), contando que
y. Magestade fosse também servido confirmar a proposta de
huma folha addicional em que entrassem nSo só os aposentados
d'esta Repartíçfto, mas também alguns dos effectivos que o mere-
cessem pelos seus bons serviços com aquelles augmentos que V.
Magestade fosse servido mandar-lhes dar pelos mesmos serviços. O
supplicante n2o só tem muita intelligencia, mas também serve a
V. Magestade com hum zelo raro e com disvelo mui distincto,
n&o faltando hum só dia á frequência diária e penosa do Real
Archivo, apezar do seu padecimento, como tenho frequentes vezes
observado, pelo que se faz digno que V. Magestade seja servido
attende-lo>. A petiç&o de Franklin, tSo bem apadrinhada, como
se está vendo, pelo Guarda-Mór, foi a informar ao BarSo de
Sobral, ao Thesouro Publico. O actUrol estado do Thezouro e a
proximidade da convocaqdio das camarás não permitem tomar este
152 BOLETIM DAB BIBLIOTHÊCAd
(êic) negocio huma decizSo definitiva. Por isso obteve dò Hmistro
do Reino o seguinte despacho: Esperado para a abertura da»
côrteê. Passado qoasi um anno porém a questfto estava no mesmo
pé e por isso, em 26 de novembro de 1826, fez nova petiçSo
que obteve o seguinte despacho : Este negocio hade »er tomado
em consideraçdío com o plano geral do Archivo^ que hade serpro-
poêio á» camaraê. 4 de dezembro de 1826. Ainda no mesmo mec
Franklin voltou á carga, mas já nem despacho obteve.
Assim se recompensava um funccionario zeloso e cumpridor!
Recolhimento de cartórios — Goarda do ArehlTO
— Outros assumptos de Interesse para este
Vimos já o grande interesse com que o Visconde de Santarém
advogou, patrocinou e acompanhou a entrada para a Torre do
Tombo de muitos documentos que lá se deviam receber como
bulias, livros da Chancellaria Real e os importantíssimos cartórios
do Santo Officio.
Que difficuldades n&o encontrou no seu caminho ! !
Chegou a vez aos livros de registo das leis existentes na Chan-
cellaria-Mór do Reino. Requereu-os o Visconde e ahi se levantou
o Chanceller-mór, sob intormaçfto do EscrivSo(l), a protestar
dizendo ser costume de ha muito usado nfto mandar d'aquella
Repartiçfto os livros do Registo das leis porque os originaes, que
passam pela Chancellaria, se usam guardar no Real Arehívo, e
também por nSo ser conveniente para o real serviço existirem
no mesmo logar as leis e os competentes registos por causa da
possibilidade de desastre que os aniquille a todos.
A resposta do Guarda-Mór foi porém triumphante: as rasSes
do Chanceller eram, sem duvida alguma, ponderosas, mas ahi
estava disposição legal, ahi estava o alvará de 12 de julho de 1707,
que talvez por provocar reparos semelhantes, foi reforçado com
o assento de 26 de agosto de 1709, em virtude do qual se reco-
lheram á Torre do Tombo não só os livros dos registos das leis
de D. Pedro II, como também os restantes até ao reinado de
D. Sebastião. Não admira por isso que neste sentido se pronun-
ciasse o reitor do collegio dos Nobres, Ricardo Raymundo No-
(1) Documento VIU.
E ÁRCHlVOS KAClOKÁEâ 15^
gueira, em 5 de janeiro de 1826, dizendo que a pretençSo do
Guarda-Mór da Torre do Tombo, era justa e merecia ser favo-
ravelmente deferida (1).
A esta acquisição convém junctar-se cincoenta e cinco tratados
com naçSes extrangeiras, e oito ractificaçSes originaes, diplomas
para os quaes, em 16 de junho de 1826, o Visconde de Santa-
rém, pedia a devida accomodação que n2o existia no Ârchivo(2).
A sua actividade porém não descançava. Em 27 de outubro de
1826 pedia para se enviarem ordens á Mesa da Consciência
para se recolherem no Archivo os livros findos das três ordens
militares pertencentes ao reinado de D. João VI (3). E, em 13
de novembro de 1826(4), propunha que se estabelecesse como
regra que todas as resoluções tomadas pelo governo, em conse-
quência de reclamações dos Guarda-Móres, fossem communicadas
of&ciaimente ao Archivo.
A fortuna que acompanhou o Visconde de Santarém nas suas
pretensões de augmentar as collecções do Archivo abandonou-o
ao tratar do recolhimento d'um manuscripto pertencente á muni-
cipalidade do Porto. Reinando D. Affonso V, os municipes por-
tuenses obtiveram da Torre do Tombo, dirigida entfto pelo celebre
chronista FernSo Lopes, uma certidão de vários documentos que
lhe interessavam. A certidão foi passada em 192 folhas de per-
gaminho e o códice, por ella formado, é conhecido pelo Livro
Grande. A importância histórica doesta certidão avultava porque
bastantes documentos nella tresladados tinham desapparecidO|
devido ao vandalismo do escrivão Thomé Lopes (5). Conhecedor
d'este facto o illustre Guarda-Mór, em 30 de novembro de 1824,
dirigindo-se ao Ministro do Reino propunha que o códice fosse
recolhido na Torre do Tombo e á camará do Porto se desse uma
(1) Documento IX.
(2) Documento X.
(3) Documento XI.
(4) Documento XII.
(5) Hoje está isso definitivamente apurado, em contrario das afiirmaçoes
no officio do Visconde de Santarém (doe. XIII), que, seguindo J. P. Ribeiro,
attribue o vandalismo ao chronista e Guarda-mór Azurara. O códice que
constitue a certidão de Lopes vimo-lo ha poucos mezes na secretaria da
camará do Porto, mercê da amabilidade do digno secretario e meu amigo
Dr. José Marques. E, honra ás vereações portuenses, acha- se em óptimo
estado de conservação e começou-se já a publicar. Falta-Ihe apenas o sêllo
pendente que o devia authenticar, o aue é commum até em códices muito
mais modernos, como os foraes manuelinos.
?.• ANHO, N.» 2
#
154 âoLEtni t>As smtiioiiiECÁA
cópia authentica do mesmo. Nilo faltavam precedentes para o
facto, argnmentaya Santarém. Por aviso de 11 de Março de 1776
mandaram-se recolher ao Archivo importantíssimos documentos
originaes da camará de Santarém e recolheram-se os livros 1 .^ e
3.* das ordenações originaes de D. Affonso V pertencentes ao
convento de S/^ António da Merceana. Além d'is8o, em 20 de
Março de 1795, vieram para a Torre do Tombo os títulos origí-
naes das commendadeiras de Santos, ficando no seu cartório
copias authenticas d^elles, e, por portaria de 20 de julho de 1820,
recolheu- se de Santarém o tombo original dos bens da Real Coroa.
Taes exemplos porém não colheram no presente caso. O
Marquez de Palmella, então ministro do Reino, julgou de seu
dever mandar informar o corregedor e provedor do Porto, José
Joaquim Rodrigues de Bastos. Este foi de opiniUo que só o que
se podia era ordenar á camará do Porto que remetia uma relação
dos documentos que elle (códice) contém, examinar-se depois á vista
d'esta certidão quaes são os de que o Real Archivo carece, e man-
dar se extrahir d'elles huma copia authentica para se juntar aos
existentes. Neste sentido se procedeu mas não nos consta que á
Torre do Tombo chegasse a certidão desejada, sendo certo no
emtanto que o Visconde de Santarém não insistiu, talvez porque
pouco confiasse nos conhecimentos paleographicos do escrivão da
camará do Porto.
A forma elevada como o illustre Ouarda-Mór entendia o seu
alto cargo, que para outros tinha sido uma deleitosa sinecura,
fez com que a sua actividade aqui não parasse e fosse até
remetter, era 26 de novembro de 1824, uma relação circurnstan-
ciada de todos os documentos pertencentes á nossa Historia que,
não se achando no Real Archivo da Torre do Tombo tm constasse
existirem na Bihliotheca Real de Paris ou na coUecção de, sir
Charles StuartÇL).
Para todos estes trabalhos do Archivo tão conscientemente
timonado eram precisos empregados idóneos. Já vimos a forma
generosa e justa como Santarém se referia aos merecimentos de
Franklin, é ver agora como se refere a um pretendente a legares
da Torre do Tombo, pretendente que, tendo trabalhado comigo
16 annos successivos, não só na redacção da obra offidal que
emprehendi do corpo de Direito Publico Diplomático Externo de
(1) Documento XIV.
È ARCfilVOS l^ACIOilAÈâ 155
Portugal, em que me tenho de preferencia occupadoj ma9 ainda
em diversos assumptos Utterarios concernentes ás nossas antigui-
dades e aii seguindo-me nas minhas viagens na Europa durante
os annos de 1819, 1820 e 1821 em que me serviu de secretario
particular, adquirindo assim uma pratica mui larga das mixterias
doeste género, dando-se com extremo afinco ao trabalho e desempe-
nhando'0 sempre com mui paHicular distincçào (l). Esto preten-
dAnte era Thomaz Caetano Rodrigues Portugal que tinha feito o
curso lectivo da aula de Diplomática, conhecia varias linguas e
tinha, durante muitos annos, trabalhado em antigos documentos
de diversos cartórios do reino (2).
Um dos assumptos que muito chamou também a attençio do
illustre funccionario superior da Torre do Tombo foi a guarda
para o Archivo. Em 12 de Agosto de 1824 escrevia elle: «Hó
também de grandíssima consideração que a guarda d'este precio-
síssimo deposito se reduza ao numero de homens de que se com-
punha antigamente, porque, achando-se reduzido a 4 ou 5 homens
fica a parte mais importante do Archivo inteiramente desamparada
e sem sentinella, sendo mui façil lançar huma escada e arrombar
as janellas d^aqueile lado onde existem os armários com os tra-
tados celebrados com diversas naç(!Ses, sellados com riquissimos
sellos de oiro, as Bulias Áureas, etc, de modo que eu não fico
responsável por qualquer desastre que possa sobrevir por não
haver reclamado de preferencia esta providencia». Em vista de
tal reclamação passou a guarda a ser composta de 8 homens e
um ofHcial inferior, mas pouco tempo assim se conservou, porque,
em 11 de novembro de 1825, novamente o Visconde se queixava
por lh'a terem reduzido (3). Finalmente as luctas politicas, em
1834, fizeram com que fosse substituído pelo cardeal Saraiva,
quem podia ainda prestar tantos e tão valiosos serviços ao Archivo
que dirigia. Não conhecemos pormenores do facto mas é certo
que da correspondência conhecida de Santarém resalta uma
grande má vontade contra o seu successor. £ é bem natural que
ao illustre Guarda-Mór fosse muito penoso abandonar um posto
que tanto a caracter lhe estava.
(1) Documento XV.
(2) Documento XVI.
(3) Documento XVII.
1 Ô6 ÊOLBTÍlí DAS 6lSL10Tâ£0Àâ
Uma restltnlçto : Segunda vez Goarda-Iór — Garrett e Herenlaio
na Torre do Tombo — Conclosto e Doeomentos
Como claramente se tem visto era com justo motivo que San*
tarem^ escrevendo ao Conde da Ponte, em 15 de janeiro de 1842(1)|
se orgulhava dos relevantes serviços prestados ao Archivo no
primeiro período da sua gerência. A sua exoneração de logar
tHo elevado, e que tanto a peito tomara, não devia ter concorrido
pouco para lhe azedar o espirito e carregar o conceito que for-
mava dos nossos homens e das nossas coisas. Por isso elle
escrevia fiestar decidido a considerar o que àhi em Portugal se
diz e se escreve como de nenhuma importância desgraçadametite
neste mundo scientijlco cá de fora. Por isso se referia aos seus
compatriotas tão ingratos e invejosos e a si mesmo se intitulava
em Paris um extrangeiro victima das guerras civis da sua pátria,
um extrangeiro que nada mais desqa do que socego{2). Ainda
mais longe o levava o seu pessimismo: ao desdém por Garrett e
Herculano, talentos que então alvoresciam e que tiveram a gloria
de fundar em Portugal uma escola litteraria! Era que bem amar-
gos lhe foram os annos do exilio só compensados pela conside-
ração que o mundo scientifíco tributava á sua extraordinária
erudicção.
Que nós saibamos, foi o mesmo Conde da Ponte quem foi
encarregado, nesse período, das suas investigaçSes na Torre do
Tombo.
Em 42 porem a nova nomeação para Guarda-Mór do Archivo
já o não satisfazia. Queria mais. Na viinha actual posição, escrevia
elle, uma simples restituição d'aquelle emprego, com obrigação de ir
residir, e sem mais nada a que me tomasse, não me parece nem
conveniente, nem que tal arhitrio podesse aproveitar ao serviço. Pelo
contrario, a minha nomeação ou antes restituição d*<iquelle emprego,
continuando aqui as commissoes de que estou encarregado, seria o
melhor arhitrio, até pela facilidade que havería no serviço, enten-
dendo me eu directamente com o Archivo. Isto era escripto em 15
de janeiro ; em 8 de septembro já o Visconde de Santarém, ao
Conde da Ponte, escrevia : Dou-lhe parte que todos os meus nego*
cios de Archivo estão perfeitamente regulados, tendo- se o governo
(1) Algumas cartas inéditas do Visconde de Santarém^ pag. 76.
(2; Vide cartas referidas.
K AKCIIIVOS NACrOKÀBd 157
conformado eom as propostas quejiz, ejá estou em correspondência
seguida com o official maior d'aquella repartição.
Com effeito, neste intervallo, por decreto de 30 de Março de
1842, foi nomeado Guarda-Mór da Torre do Tombo (1).
O Ârchívo d^entSo diferia porém muito do que elle tinha
governado. Estava-lhe juncta a Secretaria do Registo geral das
Mercês e respectivo expediente; e, com a extincçio de varias
repartiçSes e expuls&o das ordens religiosas, tinha-se tomado
numa espécie de Babylonia para cuja arrumaçSío se demandavam
muitos empregados e muito boa vontade. £ todavia, empregados
eram os mesmos que determinava o Alvará de 23 de Abril de
1823! Taes eram os cumprimentos que para Paris enviava ao
seu novo chefe o official-maior d'então, José Manoel Severo Aure-
liano Basto. Quem conhecer a disposição pessimista do Visconde
a respeito de coisas da nossa terra avaliará a resposta enviada
a José Severo Basto (2). E com quanta precisão se applicariam
ainda hoje as suas justas palavras! O importantissimo archivo
era muito mal avaliado e muito pouco conhecido, sendo aliaz um
dos mais preciosos e ricos depósitos de monumentos históricos. Como
complemento das suas considerações, em 3 de outubro, novamente
se dirigia ao oiHcial-maior(3) a pedir-lhe informações da qualidade
de documentos provenientes dos conventos e, se entre elles,
havia alguns de caracter diplomático. Eram esses os que mais
interessavam á sua obra, que já o fizera nSo acceitar o logar de
Guarda-Mór senão com a condição de continuar residindo em
Paris, e que agora o fazia instar pelas copias da Torre do Tombo,
e em especial pelos summarios dos últimos tomos da collecção de
S. Vicente de Fora, especialmente dos documentos relativos ás
relações diplomáticas de Portugal.
Esta remessa não se fez esperar. Em 19 de dezembro agra-
decia-a o Visconde de Santarém (4), assim como a noticia de
que, ao logar de Guarda-Mór do Archivo foram annexas. as obri-
gaçSes de Chronista do Reino (5).
(1) Documento XVIII.
(2) Documento XIX.
(3) Documento XX.
(d) Documento XXI.
(5) Nio conhecemos o theor da carta que acompanhou esta remessa. Para
o estudo que estamos fazendo servimo-nos da correspondência original de
Santarém e das minutas das respostas feitas pelo official-maior Severo
Basto.
158 BOLETIM DAS BIBLIOTHKCAS
Á68Ím rezava o decreto :
— € Sendo certo que as obrigações do logar de Chronista do
Reino, que ora se acha vago, podem ser com grande vantagem
desempenhadas pelo Guarda-Mór do Ârchivo da Torre do Tombo,
por isso quê é ahi que existem todos os documentos, Registos
antigos, e mais elementos, de que infalivelmente carece, e deve
ter á sua disposiç&o quem houver de escrever a historia das
cousas pátrias ; sem que a outro algum respeito seja incompatível
a tarefa litteraria do Chrouista com os deveres do Guarda-Mór
d'aqttelle Estabelecimento; e sendo outrosim actualmente da
maior necessidade, para equilibrar os rendimentos, e as despesas
do Estado, diminuir estas ultimas por meio de todas as prudentes
e bem intendidas economias, que poderem effectuar-se sem pre-
juízo do serviço publico: Hei por bem que, supprimido o Logar
de Chronista do Reino, fiquem d'ora em diante as obrigações
d'este emprego annexas ás de Guarda-Mór do Archivo da Torre
do Tombo, elevando por esse accrescirao de trabalho o diminuto
ordenado de seiscentos mil reis, que até agora a este competia,
á quantia de oitocentos mil reis ; com o que ficará com mais
decentes meios de subsistência a pessoa em quem concorrerem
as letras, estudo, e mais partes necessárias para bem desempe-
nhar este logar; e ao mesmo tempo resultará á Fazenda Publica
uma economia de quatrocentos mil reis. O Ministro e Secretario
d^Estado dos Negócios do Reino o tenha assim intendido, e faça
executar. Paço das Necessidades em trinta de Novembro de mil
oitocentos quarenta e dois. Rainha — António Bernardo da Costa
Cabral. Está conforme. Bar&o de Tilheiras(l).
Assim de Paris via o Visconde de Santarém augmentarem
08 seus proventos, na verdade bem modestos.
Nos primeiros dias do anno seguinte, 1843, deu-se um facto
na Torre do Tombo que muito impressionou o illustre Guarda-
Mór. Vamos narral-o com a imparcialidade de historiador e sem
preoccupações de espécie alguma. O deputado Dr. José Feliciano
de Castilho era nomeado em coramissâo para coordenar os
documentos das repartições extinctas, fazendo-lhes os competentes
Índices, podendo chamar em seu auxilio os empregados d^essas
mesmas repartiç(!íes(2). Severo Basto recebeu tal nomeação com
agrado. Demais tinha elle feito arrumando os documentos e pro-
(1) M. 21 de Ordens, n.» 87.
(2) Documento XXII.
J
B ARCHIVOS NACIONAES 1Õ9
068S08 sem confusSío! Além d'isso José Feliciano dei Castilho ia
com elle na melhor harmonia ambos de accordopara o mesmo fim.
Tal noticia foi recebida pelo Visconde com apparente con-
tentamento. Deixando outras instrucçSes uma coisa só o preocT
cupava: que lhe fossem envj|tdos os summarios dos documentos
mais importantes relativos ás relações de Portugal com as po-
tencias extrangeiras, que porventura se fossem encontrando (1).
£ por fim, para satisfazer o pedido d'um amigo, Guérard, pedia
Santarém copia do diploma da creação da cadeira de Diplomatícai
pois a esse erudito custava acreditar que Portugal se tivesse
antecipado á França nalguns annos. Todavia não nos chega ao
conhecimento se Santarém, fazendo o confronto das datas da
creaçSo das duas cadeiras, o teria também feito dos fructos obtidos,
como fez na sua carta de 6 de Abril de 1840 para o Conde da
Ponte (2). CreaçSío antiga sim, mas fructos bem estéreis!
Na carta de Santarém soube no emtanto o officíal maior ler
nas entrelinhas, ou talvez por outra via lhe constasse a impressão
do Visconde quanto a essa invasão castUhana, como pitoresca-
mente lhe chamava depois Severo Basto, logo que lhe passou o
primeiro enthusiasmo e viu com nitidez o projecto de Castilho.
A darmos credito ao zeloso official maior (3), José Feliciano de
Castilho, então deputado ás cortes, precisou d^alguns documentos
archivados na Torre do Tombo <? como o funccionario superior
da repartição, em exercício, lhe ponderasse as difficuldades de
busca pelo pequeno numero de empregados destinados á elabo-
ração de Índices, Castilho promptamente se offereceu, como advo-
gado do Archivo nas Camarás, dizendo somente que, para seu
melhor conhecimento, lhe era indispensável um apontamento das
necessidades da Torre do Tombo. Forneceu-lh*o Severo Basto e
logo no dia seguinte, com grande surpreza sua, o protector do
Archivo lhe appareceu, dizendo estar ttudo arranjado. Mas ttido,
o quê? Castilho, conhecedor das delongas parlamentares, procurou
o ministro e este mandou que fossem admittidos, a serviço no
Archivo, os empregados das repartições extinctas. Assim trium-
phantemente se apresentava o deputado, na ignorância de que
taes empregados, desconhecedores da Paleographia, para pouco
serviriam! A portaria que tal determinava seguiu-se a de 5 de
Janeiro. Era de tal ordem que Severo Basto teria pedido a
(1) Documento XXUI.
(2) Vide cartas citadas, pagina 52.
(d) DoGiimento XXIV.
160 BOLETIM DAS BIBLIOTHECAS
demíBsIo, escrevia elle, ee nSo f5ra o peso dos annos e da nume-
rosa família a seu cargo ! Entretanto que ninguém se lembrasse
de tocar num documento sem sua licença, já que o Guarda-Mór
estava ausente, aliás, esquecendo quaesquer consideraç5es, aban-
donava o logar.
Continuemos porém a narração do incidente, seguindo a carta
de Basto.
Quinze foram os empregados que se apresentaram e a todos
o official-maior distribuiu trabalhos urgentes, como: o Índice dos
livros do Registo das Mercês, índice nominal dos processos do
Dezembargo do Paço, Índice da Mesa de Consciência e Ordens
e a conferencia d'uma grande collecçSo de copias de cortes an-
tigas com a dos maços das mesmas. Todavia este ultimo trabalho
nSlo poude continuar, pela falta dos taes conhecimentos paleogra-
phicos, nem tSo pouco o exame do cartório de Palmella e d'ou-
tros conventos, incumbido a dois egressos do mesmo. Nestas
alturas Castilho ideou, como de grande vantagem para a Torre
do Tombo, um relatório em que se mostrasse a importância do
Archivo e o despreso que tinha sofFrido. Severo Basto forneceu-
Ihe todos os esclarecimentos e com effeito sahiu no Diário do
Oovemo de 2 de fevereiro esse extenso relatório, precedido d*uma
portaria elogiosa para o mesmo Castilho, em que se dá plena
approvaçSo ao seu programma de trabalhos.
O relatório de Castilho foi ultimamente reeditado no Boletim
das Bibliothecaê e Archivos Nacionaes e achamos indispensável
fazer-Ihe a critica.
A sua parte mais valiosa é um complemento á memoria de
Jo&o Pedro Ribeiro que Castilho actualisa. De resto nSo faltam
nelle as insinuações, as criticas justas, os erros de doutrina e até
os elogios porventura forçados. Assim, por exemplo, Castilho no
final do relatório, refere-se vagamente á recompensa de ingratidão
eom que alguém pretenda desgostar -me e frustar reaes intençSes;
a alturas tantas chama, com justificado motivo, á Torre do Tombo
escuro e immsnso labirintho e mais adeante, vfma arca santa em
gue era crime tocar. O seu programma de trabalhos, tSLo elogiado
officialmente, é no emtanto destítuido da exacta comprehensXo
dos fins d'um Archivo. Começa por se nào comprehender a dif-
ferença existente entre as duas divisões dos trabalhos: os do
estabelecimento em relação comsigo mesmo e em relação com o pu-
blico. Porventura o Archivo não é exclusivamente para interesse
do publico, actual ou vindoiro?
Mas José Feliciano explica : na primeira ordem entra o pôr
E ARCHIVOS NAGIONARS 161
rótulos nas casas d'aqtiellas innumeraveis estantes (sic) ; a reforma
de documentos antigos; investigar^ reconhecer e classificar os pa-
peis de cada repartido; redigir catálogos em especial da livraria.
Certamente qne ninguém ousará dizer, em face de tal exposiçSo^
que 08 trabalhos propostos como pertencentes á primeira ca thegoria
n&o possam ser contidos na segunda divisão proposta: trabalhos
do estabelecimento em relação com o publico.
Censura Castilho a publicaçSLo dos simples catálogos nominaes
e entende que essa publicação deve ser substituida pela de três
obras: um quasi bullario, uma collecçao dos tratados e uma col-
lecção dos assentos das antigas cortes. Acompanhamos em parte
a critica de José Feliciano aos catálogos nominaes, começados
no tempo do Guarda-Mór Manuel da Maia, n?lo desconhecendo
entretanto os serviços por elles prestados, a muitos investigadores;
entendemos serem de utilidade manifesta a publicação por elle
proposta, mas entendemos também que antes de tudo se deve
publicar um inventario, scientiíicamente organisado do Archivo,
como actualmente se começou e está praticando.
Em dois pontos porém estamos completamente de accordo
com Castilho: um é quando elle manifesta o pezar de que das
480 casas religiosas do paiz nem todos os cartórios se tivessem
recolhido á Torre do Tombo, faltando-lhe talvez frisar a neces-
sidade de se lhes respeitar a integridade; outro é quando mani-
festa o desejo de que a verba do orçamento destinada a publica-
ç3es fosse elevada a dois contos de réis.
Nesse programma figura, como vimos, um Bullario ou quasi
buUario. Ponderou apoz a publicação do relatório o illustre official
maior as suas diíBculdades de realisação, porém Castilho, não se
conformando com taes considerações, pediu uma reunião de ho-
mens doutos a que presidiu o próprio Ministro do Reino, para
darem sobre o assumpto o seu parecer.
Logo se dirá quem foram esses eruditos e contaremos porme-
nores da reunião em que a derrota de Castilho foi completa.
Em vista d'ella limitou-se o trabalho a um pequeno mappa
de summarios de bulias do Archivo, comparando as suas datas
com os annos dos reinados dos soberanos portuguezes. Tal tra-
balho foi depois á revisão de Severo Basto.
Quanto a tratados o official maior ponderou que ninguém
mais competente que o seu Guarda-mór para tratar do assumpto.
Em resposta a esta exposição, datada de 2 de abril (1), o
(1) Documento XXY.
162 BOLBTIU DAS DIBUOTHECAS
Visconde de Santarém abría-se completamente. Tinha sido oom
Bobresalto que vira a portaria creando a commissSo de Castilho,
na qual viu logo perigos para o Archivo, principalmente pela
latitude que elle lhe pretendia dar. No entretanto o fiicto de Se-
vero Basto lhe affirmar gue ia com dle de accordo em tudo,
deminuin-lhe o sobresalto, tanto mais que o nfto suppunha capaz
de deixar invadir as suas attribuições burocráticas, e pelo con-
trario lhe parecia o official maior idóneo para o annuUar e reduzir
á sua sujeiç&o, quasi á condição de seu êuhordinado.
O sobresalto porém converteu-se no Visconde de Santarém
em snrpreza, e snrpreza desagradável, em vista do relatório de
2 de fevereiro. Era porventura possível que Severo Basto esti-
vesse d'accordo com tudo o que nelle se escrevia? Não certamente;
e a sua carta de 27 de janeiro dava-lhe a chave do enygma.
Castilho entrara com pésinhos de lã, — para nos servirmos d'uma
phrase vulgar mas expressiva — obtivera ardilosamente a por-
taria do Ministro, procurara captar o official-maior com elogios
hypocritas e por fim tentara arrogar-se a direcção inteira do
Archivo . . .
£ uma coisa não podia Santarém levar a passo : era que se
pensasse na publicação de obras em que trabalhava ha mais de
30 annos e de cuja publicação estava solemnemente encarregado
por vários decretos!
Por fim o Guarda-mór deseja bem desembrulhada a meada,
que Severo Basto lhe mande o apontamento fornecido a Castilho,
que lhe diga quem foram o? eruditos convidados á reunião da
Torre do Tombo e termina dizendo: espero que V. S.* não só
contínvará a informar-me regularmente de tudo quanto se passar
no Archivo mas também gue se não prestará mais a dar osfructos
das suas luzes e experiência a quem d'elles faz tal e tão inaudito
abuso.
Era evidentemente uma reprimenda, a que Basto respondeu
em 22 de abril (1). Nella não se occuita o desgosto soffrido, quer
pela forma illusoria porque se portou Castilho, quer pela maneira
porque Santarém lhe escreveu e appella-se para a aposentação,
como termo de desgostos e soffrimentos. Diz-se também quaes as
entidades que tinham assistido á reunião, a que já fizemos refe-
rencia, por causa do propqsto BuUario. A convite do ministro
do reino deram sobre tal assumpto opinião os bispos do Algarve
(1) Documento XXVI.
J
E ÂRCHIVOS NACIONAE8 163
e áe Beja; cónego Annes de Carvalho, Castello Branco^ Lacerda,
Garrett, Herculano, Pereira dod Reis, Bartholomeu dos Martjres
e o capellão Kutsmann. Faltaram o Patriarca, Padre Marcos e
Macedo, que dizia não ter sido convidado, e o próprio Basto que
foi substituido por Caetano Portugal que também ajudou muito bem
a derrotar o Castilho.
Só em lõ de Maio o Visconde respondeu a esta carta. En-
tretanto, em 17 de abril, responde á carta de 18 de março (1).
Deseja o Visconde saber se na Torre do Tombo existia, além da
sua Memoria sobre a prioridade dos descobrimentos dos portu-
guezes, um exemplar do magnifico Atlas, composto pela maior
parte de cartas e monumentos geographicos inéditos da geographia
tirados em fac-similes e coloridos, que acompanham a dita obra,
ou antes a edição franceza que publiquei em um volume de 430
paginas com o titulo: Recherches sur la découverte^des pays situes
sur la cote occidentale d* Afrique au dela du Cap Bojador, et sur
les progrés de la science géographique apr^s les navigations des
portugais au XV siècle. E, além d'ísso, o illustre Guarda-Mór
deseja saber se para o Árchivo foram remettidos os três primeiros
volumes da sua obra diplomática e ainda outros esclareoimentos.
Infelizmente porém o official-maior só resposta negativa podia
dar a taes perguntas, pois que, para existir a chronica de Azu-
rara fora mister compra-la (2).
Em carta de 15 de maio o Visconde de Santarém responde
com elogiosas explicações á carta do official-maior, em que elle
manifestava desejos de se aposentar logo que concluisse os trinta
annos de serviço (3). E, com o interesse com que elle, apezar de
ausente, acompanha o Archivo, deseja saber as objecções apre-
sentadas ao projectado bullario de Castilho e se da Bibliotheca
teriam vindo alguns manuscriptos para a Torre respeitantes ás
relações com a cúria romana.
Com esta carta deu-se Severo Basto por satisfeito, desistiu
do sen pensamento de aposentaçfto e, quanto ás objecçSes apre-
sentadas ao Bullario, respondeu serem as difficuldades do assumpto
que faziam com que, para a sua realisaçfto, fosse preciso muito
tempo, muito trabalho, muita gente e muita despeza (4). Oome-
íl) Documento XXVII.
2) Documento XXVIIL
(8) Documento XXIX.
(4) Documento XXX»
164 BOLETIM DÁS BIBLIOTHECAS
cava por as bulias estarem espalhadas por varias coUecçSes, era
preciso confronta-las com as dos differentes bullarios impressos e
separar depois as que dissessem respeito ao direito publico, das
relativas ás ordens militares, fundações dos conventos, etc.
Em 19 de junho ainda o illustre Guarda-Mór se refere ao
incidente Castilho, como quasi liquidado. Todavia, como ponto
final, promettia escrever ao ministro do reino pedindo que os
empregados temporários da repartiçfto ficassem somente subor-
dinados ao official-maior (1).
Santarém no entretanto não esqueceu o caso, não occultou o
seu resentimento e nesse mesmo mez, escrevendo ao Conde da
Fonte, dizia : «Que tem dito os Castilhos Doutores e n&o Douto-
res, Poetas e prosaicos na Revista Universal? Ainda vive?3
José Feliciano de Castilho, passados poucos annos, — em
1 847 (2), era nomeado para ir em commiss&o ao Brazil, visitar
todos os archivos principaes e examinar os documentos que
possam interessar a historia portugueza; d'elles devia fazer
uma relaçSto contendo os seus extractos, reUçSo que devia ser
enviada ao ofiicial-maior da Torre do Tombo e ao primeiro con-
servador da Bibliotheca Nacional, para dizerem quaes d'esses
documentos existiam nas respectivas repartições. Também a Cas-
tilho incumbia a confecção d'um relatório que mensalmente devia
remetter ao ministro do reino.
Ainda durante 13 annos o Visconde de Santarém foi, a bem
dizer nominalmente, Guarda-Mór da Torre do Tombo e d'esse
período de pouca correspondência nos chega noticia. Sabemos
somente que tfto insólita situação — um funccionario publico por-
tuguez exercendo de Paris as suas attribuiç5es — pouco agradava
ao official-maior, muito escaldado já com o caso Castilho. Todavia
só findou em 17 de janeiro de 18Õ6, dia em que se finou o
doutissimo Guarda-Mór.
De duas vezes exerceu elle tSo árduo e elevado mister. £,
se é certo que da primeira vez a sua gerência é notável pelo
zelo, pela actividade, pela comprehensão nitida dos seus deveres
e pela orientação larga imprímida aos trabalhos do Archivo —
grande exemplo para uns e grande estimulo para outros — não é
menos certo que a Historia lhe não pode prodigalisar os mesmos
elogios da segunda vez que exerceu o logar. Para o facto ha
(1) Documento XXXI.
(2) Documento XXXII.
fi ABOHlVOS naCíonaes 165
todavia attenuantes: Santarém preoccupava-se entSo principal-
mente com a saa obra colossal e, quando lhe fallaram em exercer
o logar, poz as suas condições provenientes d^essa preoccnpaç&o.
Para qae as acceitaram?
Ficou no emtanto sobejamente demonsirado o valor inestimável
que o Visconde de Santarém dava ao Archivo da Torre do
Tombo, o interesse com que via augmentar as suas collecçSes.
£, se em 1842, Santarém lhe chamava um dos maia preciosos e
ricos depósitos de monumentos históricos que lhe chamaremos agora,
quandO; mais de sessenta annos volvidos, a Torre do Tombo
está enriquecida com milhares de documentos e processos prove-
nientes dos conventos que snccessivamente se foram extinguindo
e acabando ? I
Outubro de 1908.
ÂNTOMIO BaiZO.
DOCUMENTOS
Ex.'"'* e Rev."® Snr. — Tendo-se proposto o Visconde de San-
tarém a fazer uma compilaçíto de todos os nossos Actos Diplo-
máticos desde o primeiro período da Monarchia até aos nossos
dias e faltando-lhe ainda para o complemento d'este interessante
trabalho varias copias de Diplomas e outros Títulos, que existem
no Real Ârchivo da Torre do Tombo, donde se não podem ex-
trahir as referidas copias sem especial licença regia. E El- Rei
Nosso Senhor Servido attendendo a representação do mesmo
Visconde Determinar que os Governadores do Reino de Portugal
expessam as ordens que forem necessárias para que do sobredito
Archivo se possam extrahir as copias que o Visconde de Santa-
rém necessitar e pedir. P que portanto participo a V. Ex.* para
que assim seja constante aos Governadores do Reino e o façam
executar — Deus Guarde a V. Ex.* — Palácio do Rio de Janeiro
em 31 de Março de 1819 — Thomaz António de Villa Nova
Portugal — Senhor Palriarcha Eleito de Lisboa.
II
111.'"° e Ex.*"® Snr. — Havendo obtido o Visconde de Santarém
o Aviso da Copia Junta para do Real Archivo da Torre do Tombo
se poderem extrahir as copias que eile pedir para o complemento
da Obra Diplomática, que está compilando, principia agora a
exigir algumas, que se augmentarão em grande numero para o
futuro á vista das indagações que elle tem feito; e para proceder
na dita extracção com aquella coherencia e regularidade que
Ê ARCHIVOS KACÍONAÊS 167
sempre pratico, devendo de ante-mão dizer a V. Ex.^ que os
principaes Donatários, como a Casa de Bragança, Casa das Se-
nhoras Rainhas e Sereníssima Casa do Infantado; alguns Gran-
des Titulares do Reino como Duques e Marqueses Parentes, se
em alguns tempos obtiveram semelhantes Avisos foi sempre sem
prejuizo dos emolumentos dos Empregados do Ârchivo; necessito
saber se as ditas Copias, sendo gratuitas como talvez o dito
Visconde 9upp5e, hão-de ser extrahidas pelos poucos Esoriptu-
rarios, que ha no Ârchivo, distrahidos dos muito úteis trabalhos,
de que est&o encarregados, ou se ellas hSLo-de ser feitas pelos
meus Amanuenses, empregados no Expediente das Partes e a
quem eu satisfaço do meu dinheiro todo e qualquer trabalho que
lhes mando fazer, porque nSlo têm outro algum estipendio ou
salário. O meu zelo, o meu amor pelo Real Serviço, o meu desin-
teresse emfim são tfto constantes e notórios que me põem ao
abrigo de qualquer suspeita de ambição; porem tirando doeste
Officio menos de 300:000 reis annuaes quando a intenção de
Sua Magestade, quando me fez d'elle mercê foi dar-me mais
3:000 cruzados de renda, como teve a incomparável bondade de
me dizer, dóe-me o ver distrahidos dos seus trabalhos, esses
poucos Escripturarios, que ha no Archivo, ou ser obrigado a
concorrer com as minhas apoucadas posses para o complemento
das curiosidades alheias se bem que muito úteis sejam. Porem a
tudo me sugeitarei com a mais submissa resignação e fiel vontade,
logo que V. Ex.^ me insinue, que é essa a Regia e Suprema
Intenção de Sua Magestade.
III."** e Ex.""* Snr. Visconde de Azurara. Em o 1.** de Julho
de 1820. — O Escrivão do Real Archivo — Oaspar Feliciano de
Moraes.
Este officio tem a nota seguinte :
Assentou se q a ordem não manda passar as copias sem os
devidos emolumentos; nem pelos escripturarios com prejuizo do
R. Arch.
III
III."** e Ex."" Snr. — Como não entro em duvida do cabal
conceito, que V. Ex.^ tem feito, com toda a justiça, sobre o
maior empenho, com que me presto no Real Archivo a bem do
Real Serviço; de todas as Repartições Publicas, dos Grandes
Senhores, dos Sábios e de toda outra Parte, que do mesmo Real
n
168 BOLETIM DAS BlfiLlOTHfiCÁS
Arclúvo defende para todo e qualquer fim que seja justo, com a
mais completa probidade, honra e absoluto desinteresse, também
nSo duvido levar á presença de V. Ex.* as ponderaçSes que
sobre as pretensões do Visconde de Santarém passarei a relatar
para V. Ex/ as considerar e deliberar novamente ou obter Or-
dens mais terminantes do Governo e até immediatas de Sua
Magestade ao mesmo i^espeito.
V. Ex.* terá presente o Aviso de 30 de Agosto de 1819 ex-
pedido pela Secretaria d^Estado dos Negócios Extrangeiros,
auctorisando poderem-se extrahir do Real Archivo as copias de
Documentos Diplomáticos que o Visconde de Santarém pedir,
cuja providencia se repetiu pelo outro de 29 de Fevereiro d'este
anno, expedido pela Secretaria d'Estado dos Negócios do Reino.
Dos mesmos Avisos só se concluo, que Sua Magestade querendo
promovtsr a facilidade nos trabalhos do mesmo Visconde, dispensou
a ordinária forma (por ProvisSLo do Desembargo do Paço mais
dispendiosa e demorada) para o expediente das copias que elle
pedisse. Depois do ultimo Aviso tem concorrido o mesmo Vis-
conde cinco vezes ao Real Archivo para exame de objectos Ge-
nealógicos e alguns Diplomáticos, e até pedido os originaes des-
viando-se d'este modo ao que litteralmente se mandou nos
sobreditos Avisos e mesmo por um modo alheio do que parecia
devido ; pois tendo-me V. Ex.* confiado a guarda da Casa da
Coroa, o mesmo Visconde se tem valido do Escrivão do Real
Archivo, para a satisfação da sua vontade, sem nenhuma attenção
ter com a pessoa auctorisada para os casos de ter havido ordem
positiva, que annullasse os Decretos do Snr. Rei D. João 4.^ do
1.^ e 9 de Outubro de 1641 que prohibem as devassidões dos
Documentos do Real Archivo etc.
A minha repugnância de apparecer e levar á presença de
V. Ex.* objectos que se poderiam reputar escrupulosos e de
etiqueta me fazia tolerar aquelle procedimento, porém agora que
o sobredito Visconde pede algumas copias e ou pretende lesar o
Escrivão nos seus emolumentos, o que Sua Magestade não tem
concedido á Real Casa de Bragança, do Infantado, das Senhoras
Rainhas e a grandes Senhores do Reino, ou quer que as mesmas
copias sejam feitas pelos Empregados do mesmo Real Archivo,
o que só se tem verificado nos negócios da Coroa e da Pessoa
de Sua Magestade, represento a V. Ex.* qud para assim se fazer
é necessária nova Ordem e n^este caso já requeiro novas Provi-
dencias para augmento de Empregados e de Pessoas capazes;
porquanto o numero dos actuaes Escripturarios é tão pequeno,
is ÁltCtUVOS HàcionakH l6d
4somo nimcft esteve, attendendo-se aa urgências presentes do
Estado e assim mesmo se acham destinados em seis diversos
trabalhos de summa necessidade, havendo outros muitos a entra-
rem de novo, quando aquelles depois de dezenas de annos, se
findarem, advertindo que dos actuaes escripturarios, quando
muito só quatro sSo oe residência effectiva e trez ou quatro
capazes para qualquer trabalho. V. Ex.* bem sabe qufto graves
prejuízos resultarão se se interromperem os trabalhos que actual-
mente se fazem no Real Archivo e de certo nunca será da mente
de Sua Magestade, quando seja informado doestas verdades, des-
truir a bôa ordem com que V. Ex.* tanto se enipenha a fazer
milagres em se concluir o muito que se faz e é de extrema ne-
cessidade &zer-8e no Real Ârchivo, com os poucos meios que se
facilitam pelas sobreditas urgências do Estado. Em melhores
circunstancias quando V. Ex.* exercitava o Logar de Procurador
da Real Coroa, para os seus mais importantes trabalhos, oon-
corria em pessoa a fazer as copias, no Real Ârchivo, para. as
suas collecç5es, em que se occupava com tanta assiduidade como
qualquer Escripturario e nunca exigio a dístracçSo dos trabalhos
do Real Ârchivo. O mesmo tem succedido aos Sócios da Real
Academia, da qual é Sua Magestade o Protector etc, etc. Sobre
os trabalhos em Documentos Diplomáticos, bem approvados se
achavam por Sua Magestade os feitos por Diogo Vieira de Tòvar e
Albuquerque (1), que obtendo todos os favores de Sua Magestade
nunca chegaram aos que pretende o mesmo Visconde, porém
dado o caso que Sua Magestade queira em tudo satisfazer a von-
tade doeste, continuarei religiosamente a obedecer as novas ordens
do mesmo Soberano Senhor e as de V. Ex.^ como sempre tenho
praticado e V. £x.* mesmo é a primeira testemunha, advertindo
que se o Visconde, que já tem tirado antes d'aquelles Avisos,
algumas certidões, por Provisão do Desembargo e pago os res-
pectivos emolumentos de Tratados, alguns dos quaes se acham
já impressos em differentes collecçSes, quer inculcar serem estes
seus trabalhos importantes ao Estado, nenhuma necessidade se
(1) Innocencio, vol. 2.<*, pag. 178 fiilla no segainte livro doeste aactor:
Memoria sobre o plano da colUcção do» Traladoê poliiieo» de Portugal deêáe
o principio da monarchia, dividida em treê partcê: í,^ QtAol a matéria mit
deve servir de assumpto á colleeçào dos tractados e o mdhodo de a arrastar
e addidonar: 2.» Utilidades que desta eoUecção se seauem: 8.^ (iuaes os tra-
balhos que se devem empregar para se obter o complemento da referida eol-
leoção.
?.• AMNO, N.« 8 6
1*?0 BOLETllt DAS BlBLlOrHECÁg
deve reconhecer, porquanto Saa Magestade tem a fortana de
hoje em dia ter abalieados Ministros Diplomáticos, bem reconhe-
cidos no mundo inteiro, os quaes sem falha, de certo possuem
todo o cabedal para lhe darem as mais exactas informaçSes de
que o Estado precise informar-se, entrando n'este numero o
mesmo Diogo Vieira de Tovar e pelo que pertence ao Real Ar-
chivo, não dimitto a gloria que posso ter em dizer que nada do
que existe n'elle está longe do meu conhecimento e sobre o objecto
tenho a maior Collecção de Memorias, adquiridas debaixo do
mesmo Plano de Tovar sem que nos tivéssemos entendido no
principio dos nossos trabalhos. Permitta me mais V. Ex.* a se-
guinte ponderação. No Real Archivo, na classe de Documentos
Diplomáticos, existem algumas Instrucçôes secretas dos Snrs. Reis
Passados para os seus Ministros nas Cortes Extrangeiras e ou-
tros Documentos igualmente mysteriosos e dever-se-hllo dar
Copias d*elles sem ordem positiva e talvez para serem impressos,
como me consta, em um Jornal, em Paiz Extrangeiro, isento
das Censuras por Sua Magestade constituidas no Reino para as
ImpressSes? Sem Sua Magestade approvar os resultados de
qualquer trabalho em matérias politicas poderão ser impressos
como quer adiantar o sobredito Visconde? Pela Real Academia de
certo não, pois não tem cabimento em nenhuma das suas três
classes: não sei que Sua Magestade tenha nomeado Censores
privativos para uma tal obra, logo é mais necessário toda a fís-
calisação nas copias que se houverem de dar do Real Archivo
por evitar que em alguma impressão se imprima o que não for
primeiro approvado por Sua Magestade. Deus Guarde a V. Ex.*
Lisboa, 5 de Julho de 1820. — Francisco Nunes Franklin,
IV
Senhor
Sendo V. Magestade servido ordenar por Avizo expedido
pela Secretaria d^Estado dos Negócios do Reyno em data de 30
de Julho próximo passado, que o 6uarda-Mór do Real Archivo
da Torre do Tombo informasse se no Edifício do mesmo Archivo
se poderião recolher os caixotes que contem os papeis perten-
centes ás extinctas Inquisições que actualmente occupão o Ar-
mazém que d^antes servia para o expediente da censura; orde-
nando outrosim que o mesmo Quarda-Mór interpozesse o seu
£ ARCHIVOS KÁCIOl$rÁ£S iH
parecer. Nesta conformidade levo á Real Prezença de V. Mages-
tade as seguintes ponderaçSes.
O Edificio em que actualmente se acha o Seal Archivo, hé
inquestionavelmente o mais próprio e resguardado pela sua óptima
oonstrucçSo d'abobadas em todos os pavimentos, mas nSo tem
comtudo a vastidão necessária para hum Estabelecimento de tSo
grave importância e para onde se recolhem successlvamente os
Diplomas de maior interesse da Monarchia, e da posteridade,
nesta conformidade já em outro tempo havia occorrido ao Con-
selheiro Fi'ancÍ8co José d'Horta Machado, servindo de Guarda^
Mór interino, a idea de Reprezentar a V. Magestade que o mesmo
Archivo se alargasse em acomodaçSes, havendo-as dó Mosteiro
de S. Bento da Saúde, abrindo-se uma porta no Archivo que
comunicasse com algumas casas d^aqueiie mosteiro. No actual
edificio apenas existe desoccupada huma pequena caza em que
segundo o calculo aproximado que fiz poderão caber os maços
de vinte caixotes, sendo impossível recolherem-se cento e vinte
e dous, que tantos são os que existem no Armazém da Censura.
Sou pois de parecer que, sendo os Papeis de que faz menção
a Real Ordem de V. Mage&tade de muita importância, devem
ser recolhidos no Real Archivo como V. Magestade julgou na
sua alta sabedoria ser o local mais próprio para este preciozQ
deposito e principalmente os pertencentes ao Conselho Geral, que
existem na sala dos Manuscriptos da Bibliotheca Publica de
Lisboa, e que V. Magestade seja servido determinar que o Real
Archivo se extenda em acomodações, havendo-as do mencionado
Mosteiro de S. Bento: Mandando outrosim que os papeis perten-
centes á Extincta Inquisição de Lisboa, e Conselho Geral que se
achão na mencionada sala se principiem a recolher no Real Ar-
chivo e que os cento e vinte e dous caixotes que existem no
Armazém da Censura, que são pertencentes ás Inquisições de
Coimbra e Évora passem interinamente para a dita sala da Bi-
bliotheca Publica em quanto se não preparão as novas e indis-
pensáveis acomodações do Real Archivo. V. Magestade porem
mandará o que for servido. Archivo Real da Torre do Tombo 4
d' Agosto de 1824. — O Visconde de Santarém,
. 9
Itã ^LÉtiM ÚAÚ BiBUOTaSCÁd
Senhor
Manda V . Magestade* pela sua R. Ordem expedida em âyizo
da Secretaria d'£8tado dos Negócios do Reyno em 7 do corrente
que ea dê o meu parecer sobre a reprezentação que havia levado
á prezença de Y. Magestade o Bibliothecario-Mór em que pro-
Eunha como mais utii para o Publico que ficassem na Real Bi-
liotheca Publica os impressos que fazem parte do espolio da
Inquisição e Santo. Officío de Lisboa, remettendo-se para este
Archivo Real somente os manuscriptos e outros objectos que
compõem o mesmo espolio, o que era na conformidade de outra
Representação que o mesmo Bibiiothecario-Mór havia já levado
á Prezença de V. Magestade para serem recolhidos a este Real
Archivo os referidos Papeis da Inquizição de Lisboa e Conselho
Geral.
Sou pois de parecer que V. Magestade seja servido Mandar
que os Regimentos impressos dados ás InquiziçSes pelos Inqui-
zidores Geraes D. Pedro de Castilho, D. Francisco de Castro,
e Cardeal da Cunha, e quaesquer outros livros dados á estampa
que se achem no Espolio da Inquisição de Lisboa fiquem per-
tencendo em património á Real Bibliotheca Publica, como propSe
o Bibliothecario-Mór, mandando V. Magestade outro sim que dos
mencionados Regimentos havendo duplicados se recolhão a este
Archivo hum exemplar de cada hum, e que devendo effectuar-se
a separação dos impressos que ficão na Bibliotheca, dos Manus-
criptos que, segundo as ordens de V. Magestade se recolhem a
este Real Archivo esta separação se faça d*acordo com dois dos
officiaes diplomáticos que o Guarda-Mór nomeie para irem receber
por inventario os ditos manuscriptos. V. Magestade porem man-
dará o que fôr servido. Deus Guarde a V. Magestade muitos
annos. Archivo Real da Torre do Tombo em 13 de setembro de
1824. — O Visconde de Santarém.
VI
111."* e Ex."* Snr. — Devendo recolher-se ao Real Archivo
da Torre do Tombo em cumprimento das Reaes Ordens de 30
de Julho d'este anno, e de outras posteriores os Papeis do Es-
B AROHIVOS KáCIOKáBS 17S
polio do Extíncto Conselho Geral e InqnisiçSo de Lisboa que
existem depositados na Real Bibliotheca Publioa de Lisboa, será
necessário (se V. Ex.^ assim o julgar justo) que V. Ex/ se sirva
fazer expedir as ulteriores ordens ao Conselheiro Bibliothecario*
Mór, para o referido effeito prescrevendo-se-lhe que faça previa-
mente a entrega do Inventario Alphabetico dos referidos Papeis,
formado pela Commissão que os principiou a classificar, aquelle
offioial do Real Ârchivo que o Ouarda-Mór nomear, devendo
entregar do mesmo modo sem dependência de outra ordem os
Papeis que formam o mencionado Espolio, logo que o dito Guar-
da-Mór lhe officiar sobre este objecto. Convém outrosim que V.
Ex.^ se sirva também mandar expedir ordem ao Intendente das
Obras Publicas para se fazerem com a brevidade possivel as
Estantes para os mencionados Papeis no local do Real Ârchivo
que o Ouarda-Mór designar. Deus Guarde a V. Ex.* muitos
ânuos. Ârchivo Real da Torre do Tombo 26 de Novembro de
1824.— Ill."<> e Ex."^ Snr. Marquez de Palmella.— O Visconde
de Santarém.
VII
111."^ e Ex.™<» Snr. — Permitta-me V. Ex.» que eu lhe pon-
dere que me pareceu ser mui conveniente ao Real serviço que
V. Ex.* por meio doeste meu oíBcio tivesse um conhecimento
positivo dos trabalhos que se hXo feito no Real Ârchivo da Torre
do Tombo nestes últimos três meses que tenho tido a honra de
reger este estabelecimento. Para esse effeito ordenei ao official
Maior por uma Portaria em data de 19 do corrente que me
desse uma Resenha circunstanciada dos mesmos trabalhos, pro-
vandose pela mesma a urgente necessidade de prover de prompto
ao mais interessante trabalho, como é o da reforma de innumeros
documentos que o decurso dos séculos tem deteriorado, ficando
também por esta forma previamente justificado (ainda quando
nfto fosse a disposiçSo da real ordem de 3 de Agosto de 1813)
que tenho para levar a maior numero o dos Empregados d'esta
ÉepartiçSo no Regulamento permanente que Sua Magestade foi
servido mandar-me minutar por Aviso de 23 de Agosto do pre-
sente anno, e que em breve porei por intermissXo de V. Êx.*
na presença do mesmo Augusto Senhor. Tem-se pois satisfeito
sem perda de tempo a todos os trabalhos mandados fazer por
immediata ordem de Sua Magestade e entre estes foram, as co-
Í74 BOLETIM DAS BIBL10THEGÁS
pias dos Tratados e dos Privilégios que se remetteram á Secre-'
taria d^Estado dos Negócios Estrangeiros e os que se têm feito
em virtude do Real Decreto de 13 de Julho do corrente anno.
Alem d'isto a Real Academia das Sciencias tem achado sempre
prompta satisfação em tudo que tem dependido do Real Archívo,
bem como as diversas commissSes cujos trabalhos se acham ligados
com esta Repartição por immediatas ordens de Sua Magestade.
Nos trabalhos de Expediente, não só se tem procedido com
promptidão no que é de natureza a fazer-se periodicamente, taes
como o das Folhas, como também a outros, achando-se todos os
Registos em dia, e até os officiaes do Archivo têm algumas vezes
prestado auxilios ao Expediente das Partes segundo as ultimas
ordens de Sua Magestade. Ultimaram-se de alpha5etar n'este
periodo as Memorias Extractadas dos Livros das legitimações
dos Reinados dos Senhores Reis D. Sebastião e D. Henrique,
para se passarem a limpo quando se proporcionarem os meios e
já se estão alphabetando os que se extractaram de iguaes Livros
de El-Rei D. Felippe 1.® e já se vão fazendo extractos dos outros
de El-Rei D. Felippe 2.® Alem d'e8tes effectivamente se estão
fazendo os Extractos de toda a Chancellaria do Senhor Rei
D. João 5.^ para se formar um índice Geral com o qual se
obtenha n'um instante qualquer noticia desejada com todas as
essenciaes circunstancias em logar dos parciaes que existem des-
tituidos d'illustração e de systema.
Tem-se também continuado a tirar a limpo o índice Geral
das Chancellarias antigas da Ordem de Christo, e a parcial de
toda a chancellaria da mesma Ordem pertencente ao Reinado da
Senhora D. Maria 1.^ Para cada um doestes trabalhos seriam
poucos todos os officiaes empregados hoje no Real Archivo e por
este motivo, apesar da sua actividade e de todo o zelo que se
empregue em promover o progresso dos mesmos trabalhos, o
resultado com um numero tão diminuto será sempre tardio e
obra de muitos annos, sendo não só da maior urgência, como
deixei ponderado a prompta reforma de muitos documentos, mas
também a da formação de índices de muitos outros do mesmo
Archivo Real dos quaes ainda não existem nem os Extractos. Não
devo deixar também de dar parte a V. Ex.* do adiantamento
dos trabalhos a que tenho procedido no mesmo periodo para o
Corpo de Direito Publico Diplomático Externo doesta Monarchia
que ficou sendo Offieial pelos Reaes Decretos de 13 e 27 de
Julho do presente anno. Fiz formar pelos meus índices, as Si-
nopses de 800 documentos pertencentes a este trabalho e que
£ ABCHIVOS NACIONAES 17&
existem no Corpo das Gavetas. Ordenei 223 outros de Bailas
para a Secção das nossas relações com a Cúria de Roma. Extra-
ctei tudo o que havia n^este ramo no livro de Extras ; e no de
Demarcações e Pazes para as suas respectivas Secções e procedi
ao 1.*^ Exame dos 1.°' 20 livros que vieram da Secretaria do
Governo da índia e que entraram para o Real Archivo por Avizo
de 2 de Março de 1778 no qual se .ordenou que se examinasse
o seu contheudo e se desse parte a Sua Magestade, o que me
não consta se fizesse. Espero que o referido n'este officio seja
d'approyaçfto de V. Ex.* e se o fôr, rogo a benevolência de V.
Ex.*^ se digne leval-o á Augusta Presença de Sua Magestade.
Deus Guarde a V. Ex.^ muitos annos. Archivo Real da Torre
do Tombo 23 de Novembro de 1824.-111."*^ e Ex.»« Snr.
Marquez de Palmella — O Visconde de Santarém.
VIII
Senhor
Pela Real Ordem expedida pela Secretaria de Estado
dos Negócios do Reino em data de 10 do corrente, foi Vossa
Magestade Servido Mandar-me remetter a resposta do Chanceller
Mór do Reino acerca da remessa para o Real Archivo da Torre
do Tombo dos Livros do Registro das Leis acompanhada da
informação do escrivão da Chancellaria Mór em que a mesma se
fundamentou, para dar o meu parecer á vista das razões expen-
didas pelo mesmo Chanceller Mór. Dois são os fundamentos da
resposta do Chanceller Mór sobre a informação do escrivão; 1.^
de ser costume longamente usado de se não mandarem d'aquella
Repartição os Livros do Registo das Leis, porque todas as Leis
originaes que passam pela Chancellaria se recolhem no Real
Archivo — 2.® de que não é conveniente ao Real Serviço que
existam no mesmo togar os originaes das Leis com seus Registos
pela possibilidade de um desastre que possa aniquilar uns e ou-
tros. Estas ponderações são importantes, porém estão em con-
tradicção com a Lei e estylo, e por isso servirá de base para
produzir o meu parecer o Alvará de 12 de Julho de 1707 que
tenho a honra de levar á Presença de Vossa Magestade por copia,
em que é expressa a doutrina de que — todos os Livros do Re-
gisto da Chancellaria Mór findos os reinados se devem recolher
ao Real Archivo, e tanto é clara esta doutrina, que tendo pro-
vavelmente na mesma época, a Chancellaria Mór feito outra
176 BOLETDf DAS BIBLIOlUfiCAS
semilhante tentativa, oomo se colhe do Assento de 26 d' Agosto
de 1709 que também tenho a honra de levar á presença de Vossa
Magestade se recolheram os Livros do Registo das Leis nSio só
do reinado findo do Senhor Rei D. Pedro II mas outros qae
remontarfto até ao reinado do Senhor Rei D. Sebastião. Estabe-
lecida assim legalmente a doutrina de que findos os reinadon se
devem recolher todos os Registos da Chancellaria Mór, devo
accrescentar que tem havido muitas interrupções na remessa das
Leis originaes para o Real Ârchivo, de modo que se n3o pode
dizer restrictamente falUndo que no Real Archivo existem as Leis
originaes e os seus Registos. Sou pois de parecer que Vossa Ma-
gestade Se Digne Dar a Sua Real Consideração á generalidade
do dito Alvará de 12 de Julho de 1707 e ao aresto de 26 d'Agosto
de 1709. Vossa Magestade porém Mandará o que For Servido.
Deus Guarde a Vossa Magestade muitos annos. Archivo Real da
Torre do Tombo em 14 de Janeiro de 1825. — O Vkconde de
Santarém.
IX
III.™® e Ex."** Snr. Por aviso de 11 de Outubro próximo pas-
sado Ordena Sua Magestade Imperial e Real que eu informe,
interpondo o meu parecer, a representação inclusa do Guarda
Mór da Torre do Tombo. O objecto doesta RepresentaçAo con-
siste era requerer o Guarda Mór que da Chancellaria Mór da
COrte e Reino se remettam para o Real Archivo os livros do
Registro das Leis que n'ella houver; fundando a sua pertençílo
no Alvará de 12 de Julho de 1807, de que ajunta a copia.
Oppõem-se porém á dita pertenção o Chanceller Mór do Reino,
representando que é costume longamente usado não se mandarem
da Chancellaria Mór da Corte e Reino para o Real Archivo da
Torre do Tombo os livros do Registro das Leis, pois que não há
uma só Lei publicada na mesma Chancellaria, cujo original não
esteja mandado guardar no dito Archivo: e não seria conveniente
que os originaes das Leis estivessem juntamente com os seus
Registros depositados em um mesmo logar, com manifesto risco
de perecerem uns e outros no caso de um incêndio, ou de outro
Jualquer desastre. Estas razSes seriam certamente muito atten-
iveis se se tratasse de alterar a Lei existente. Elias porém perdem
a sua força á vista do citado Alvará de 12 de Julho de 1807 ;
parecendo-me portanto que a pertenção do Guarda Mór da Torre
B ÁÈCHIVOS NAOIONÁES 177
etãm^^i^niÊi'
do Tombo é justa e merece ser favoravelmente deferida : sendo
outrosim de desejar que Sua Magestade Imperial e Real tomando
em consideração os gravíssimos -inconvenientes que o Chanceller
Mór do Reino pondera na sua resposta, se digne dar as provi-
dencias próprias para os remover. É este o meu parecer sobre
o qnal Sua Magestade Imperial e Real Resolverá o que for do
seu Real Agrado. Deus Guarde a V. Ex.* Collegio Real dos
Nobres em 5 de Janeiro de 1826. 111.°»^ e Ex.™« Snr. José Joaquim
de Almeida e Araújo Corrêa de Lacerda — Ricardo Raymundo
Nogueira.
Hl."® e Ex.™® Snr. Havendo-se recolhido a este Real Archivo
da Torre do Tombo, na conformidade do estylo, e em conse-
quência da minha reclamaçfto em officio de 25 de Setembro de
1824, da Secretaria de Estado dos Negócios Extrangeiros 55
Tratados, e outros Actos celebrados entre Portugal e as Potencias
extranhas, e tendo ultimamente sido remettidas mais oito ratifi-
caçSes originaes, cujos sellos occupam grande espaço, e nSo
cabendo, nSo só por este motivo, mas também pela grandeza de
volume de quasi todos, no armário para isso destinado, além de
se lhes nfto poder dar uma conveniente classificação, se torna
impossível a sua conservaçiCo, uma vess que se lhes nfto construa
um outro armário para os sobreditos fins, por isso que também
é já mui numerosa esta classe de documentos. Por estes respeitos
rogo a V. Ex.^ que se digne fazer expedir as ordens necessárias
para o referido effeito, afim de se conservarem estes mais impor-
tantes, e respeitáveis monumentos das Naç3es. Deus Guarde a
y. Ex.' muitos annos. Archivo Real da Torre do Tombo 16 de
Junho de 1826. 111."'* e Ex."* Snr. José Joaquim de Almeida e
Araújo Corrêa de Lacerda. — O Viitconde de Santarém,
XI
111."" e Ex."** Snr. Havendo-se recolhido ao Real Archivo da
Torre do Tombo em virtude do Decreto do 1 ." de Setembro de
1694 e das Provisões de 28 de Julho de 1791 e de 12 de Março
de 1792, alem de outras determinações, 390 livros ásiA ChanceU
178 BOLETIM DAS BIBLIOTHECAB
larias antigas das Três Ordens Militares, e 84 da Chancellaria
das mesmas Ordens, pertencente^ ao Reinado da Augnstissima
Rainha a Senhora D. Maria 1/ e não devendo interromper-se a
serie doeste importantissimo Corpo de Documentos, o que seria
de mui grave prejuizo publico, cumpre, que V. Ex/ se digne
expedir as convenientes ordens, á Mesa da Consciência para se
recolherem na forma do estylo a este Real Archivo os livros
findos das Chancellarias das 3 Ordens, pertencentes ao reinado
do Augustissimo Senhor Imperador e Rei D. João 6.^ que Deus
chamou á sua Santa Gloria. Deus Guarde a V. Ex/ muitos
annos. Archivo Real da Torre do Tombo, 27 de Outubro de
1826—111."* e Ex."*» Snr. Francisco Manuel Trigoso de Aragão
Morato. — O Visconde de Santarém.
XII
111.°*® e Ex.'^^ Snr. Sendo o Real Archivo da Torre do Tombo
um dos mais antigos estabelecimentos da Monarchia, e um Depo*
sito Documental de innumeraveis subsidies legaes para os diversos
ramos da sciencia do Homem e do Governo, seria por estes e
outros respeitos por certo mui conveniente facilitar ao conheci-
mento da posteridade todas as noções e arestos para a sua His-
toria Methodica, tirando aos vindoiros a incerteza, em que nos
deixaram as gerações passadas das Leis^ arestos e resoluções
tomadas nos 1.*" Reinados a respeito dos differentes Estabeleci-
mentos do Estado. Para se conseguir d'algum modo este impor-
tante fim, é do meu dever indicar aqui singelamente a V. Ex.*
a primeira medida que previamente importaria adoptar se. Possue
o Real Archivo, alem da legislação que lhe é peculiar e que
existe dispensa nas chancellarias dos differentes Reinados e em
outros códices e Papeis, 51 livros chamados do Registo de De-
cretos, Cartas Patentes, Avisos, Ordens e outros arestos concer-
nentes á sua direcção administrativa e económica, os quaes come-
çaram no Reinado dos Filippes; e alem destes 13 Maços, em
que se contêm do mesmo modo, Alvarás, Decretos, Portarias,
Instrucções dos Guardas-Móres e outros arestos, comprehendendo
o total de 1307 documentos. Seria pois mui conveniente, que se
efstabelecesse em regra, que todas as resoluções tomadas pelo
Governo em consequência das reclamações dos Guarda-Móres
fossem logo communicadas officialmente a esta Repartição afim
£ ÁBCmVOS NAaONAES 179
de 86 evitarem n&o só a faHa de arestos históricos para o futuro»
mas também para prevenir outros inconvenientes, que sSo óbvios.
Sobre todo o expendido V. Ex.» se dignará pois promover, que
Sua Alteza Haja de Resolver o que lhe parecer mais acertado.
Deus Guarde a V. Ex." muitos annos. Archivo Real da Torre
do Tombo, 13 de Novembro de 1826.-111."*° e Ex."* Snr. Fran-
cisco Manuel Trigoso de Aragflo Mo rato. — O Visconde de San-
tarém,
XIII
Ill."« e Ex."^ Snr. No reinado do Senhor Rei D. Affonso V
nas Cortes de Lisboa do anno de 1459 fizeram os povos a incon-
siderada supplica de que faziam grandes despezas, buscando
algumas cousas na Torre do Tombo pela razão — da grande
prolixidade dos escripturas que se continham nos Livros dos
Registos dos reis passados que jaziam na mesma Torre — mandou
o mesmo soberano — que dos ditos livros se tirassem aquellas
que substanciaes fossem para perpetua memoria, e que as outras
ficassem, que não havia razão de aproveitar. Esta fatalidade deu
occasiào ao irreparável destroço que no mesmo Real Archivo fez
o Guarda Mór Gomes Eannes d^Azurara, d'onde resultou per-
derem-se os livros originaes com incalculável perda dos interesses
do Estado, da Posteridade e da Uistoria dos primeiros tempos
da Monarchia, sendo para lamentar que em um reinado mui
brilhante nos nossos fastos se executasse um plano digno do bar-
barismo da Meia Edade. Felizmente tinha lembrado n'esse mesmo
reinado aos vereadores da camará do Porto alcançar do Senhor
Rei D. Affonso V, em data de 23 de Março de 1447 uma cer-
tidão de todos os documentos do mesmo Real Archivo que d^alguma
forma interessavam o Conselho do Porto, a qual se expediu em
25 de Dezembro de 1453, sendo Guarda Mór o celebre FernSo
Lopes, anterior portanto á proscripçào de Gomes Eannes de
Azurara, salvando- se alguns documentos que hoje faltam n'este
Archivo, e que na mesma se acham tresladados em 192 folhas
de pergaminho, e o códice em que existe, é conhecido na camará
do Porto pela denominação de — Livro Grande — . Seria pois
mui útil mandar-se recolher o mesmo códice ao Real Archivo, e
dar-se á camará do Porto uma copia authentica, do mesmo modo
que por aviso de 11 de Março de 1776 se mandaram recolher
ao Real Archivo numerosos importantissimos documentos origi-
L
180 BOLETIM DAS BIBUOTBEGA8
naes da camará de Santarém, e ae recolheram os livros 1.* e 3.®
das Ordenações oríginaes do Senhor D. Âffonso V que eram do
convento de Santo António da Merceana a diligencias do Ouarda
Mór Jollo Pereira Ramos d'Âzeredo Coutinho, bem como se
mandaram recolher por Provisão do Desembargo do Paço de 20
de Março de 1795 os Títulos originaes do Real Mosteiro das
Commendadeiras de Santos, ficando no Cartório do dito Mosteiro
copias anthenticas, e do mesmo modo que se recolheu também o
Livro do Tombo original dos Bens da Real Coroa da comarca
de Santarém por uma portaria do Conselho da Real Fazenda, de
20 de Julho de 1820. Digne-se V. Ex.* sobre este assumpto dar.
as providencias que julgar de maior utilidade para o Real serviço.
Deus Guarde a V. Ex.* muitos annos. Archivo Real da Torre
do Tombo, 30 de Novembro de 1824. III.»* e Ex.™« Snr. Mar-
quez de Palmella — O Visconde de Santarém.
XIV
111.°*° e Ex.°* Snr. Em observância da Real Ordem que por
Aviso da Secretaria d'Estado dos Negócios Extrangeiros me foi
transmittida em data de 21 de Setembro passado para enviar á
mesma Secretaria uma Relação circunstanciada de todos os do-
cumentos pertencentes á nossa Historia que nSo se achando no
Real Archivo da Torre do Tombo me constasse existirem na
Bibliotheca Real de Paris, ou na Collecç&o de Sir Charles Stuart:
tenho pois a honra de levar ao conhecimento de V. Ex.* para
principio de remessa a Memoria e RelaçSos inclusas e uma Nota
d'um importantíssimo livro que existe na Bibliotheca de Madrid
que seria de muita importância haver em Portugal uma copia,
para que V. Ex.* se sirva dar-lhe aquelle destino que merecem
da sabedoria do Ministério de V. Ex.* Deus Guarde a V. Ex.^
muitos annos. Archivo Real 26 de Novembro de 1824 — 111."*° e
Ex."^ Snr. Marquez de Palmella — O Visconde de Santarém,
Memoria para aooiúpanhar as 2 RelaçSes dos Mss. da Biblio-
theca Real de Paris e Archivos de França. — Para se recolher
um resultado proficuo assim na extracção das copias dos
documentos e livros apontados da Bibliotheca Real de Paris como
na continuação da descoberta de novos e importantes subsidies
para a nossa Historia, que n'aquella preciosissima collecção devem
precisamente existir, cumpre que a pessoa, ou pessoas a quem
EL.
..^j
S ARCHIVOS NACIONA1ES 181
este trabalho for encarregado tenham presentes — 1.^ Que sendo
namerícos os Catálogos d'aquella CoUecçSo — os códices que vJLo
desde L.^ 1 até 6700 silo Manuscriptos Hebraicos, Seriacos, Cal-
daicoSy Pamaríticos, Armenioos, Êthiopes, Cophiticos ou Egy-
pcianos, Arábicos, Turcos, Persianos, Chinezes, Canarins, Gregos
e Latinos. Comtudo este numeramento (sie) é posterior ao tempo
em que escreveu Montfacou, porque veio na sua Bibliotheca citados
alguns que pertencem a Portugal entre os 2 números marcados,
como slU), os códices 134Õ, ]346« 138õ e 1386. Entre os mesmos
números marcados existem suplementos como se verifica no có-
dice supplemento N.^ 137 e N.® 940 e alem d'estes a coUecçSo
dos Manuscriptos de Baluzio dos quaes não só serviu o mesmo
Baluzio, mas também os auctores da Notícia de Alguns Manua»
cripto8 da Bibliotheca Real que ordenaram em 5 tomos das Col-
lecções da Academia Franceza. — 2.^ Que quem iuttjiitar este
trabalho deve consultar a Bibliotheca Bibliothecarum ManuecH-
ptorum nova de Montfacon. Eu examinei 125 códices na dita
Bibliotheca Real, nSo encontrando cousa alguma concernente a
Portugal nos 42 da Relação N.® 1 que vae segundo o numera-
mento que alli tem nos Catálogos e de 83 em que achei documentos
relativos ao nosso paiz já em relaçSes exteriores, já em Historia
e Litteratura Nacional, etc. Ordenei doestes uma Noticia Critica
que publiquei nos tomos 12, 13 e 15 dos Annaes das Sciencias
e formei os additamentos que se conservam inéditos por se haver
acabado a redacção d^aquelle Jornal. Tinha ordenado um Cata-
logo numérico de 667 Códices da dita Bibliotheca que pretendia
examinar entre os números marcados 8432 e 10349 ao que teria
procedido se me houvesse demorado em Paris. O curto periodo
da minha residência n'aquella Capital não me permittiu concluir
este importante trabalho, cujo proseguimento sendo agora orde-
nado vigorosamente pelo Ministério e alli seguido debaixo d'um
plano systematico, analysando os documentos inéditos e indicando
os que já foram publicados como segui na mencionada noticia
que produzi, colheria Portugal uma incrível riqueza documental
e as lettras, a Diplomática e a Historia Nacional os maiores
auxilies. Como. porem este trabalho é penoso, exige muito tempo
e o socorro das nossas Chronicas e Escríptos pátrios seria de
parecer que se mandassem ordenar previamente índices Remis-
sivos, do que se fosse encontrando concernente a Portugal, directa
ou indirectamente e que os mesmos índices parciaes sucessiva-
mente se remettessem á Secretaria dos Negócios Extrangeiros
de 3 em 3 meses e d'esta Repartição para o Real Archivo afim
1
182 BOLETIM DA8 BIBLIOTHBCAS
■ -- '-■ '■' I — ^^
•de eu proceder aos exames necessarioB. Quanto ás investígaç!^
a qae se deve proceder nos Archivos da França convém exa-
minar os índices ordenados pelo celebre Depuis na Secretaria
dos Monumentos Históricos e o InverUaire des Registres de
Chartes em 4 volumes que é remissivo aos documentos desde
Fiiippe de Valois até Carlos 9.^ Seria do mesmo modo muito
importante que a licença que eu obtive por intermissiLo do Em-
baixador o Snr. Marquez de Marialva, para poder examinar os
Archivos da Secretaria dos Negócios Extrangeiros até certa
epocha e de que me não pude utilizar, podesse obter para alguém,
que procedesse a este interessantissimo trabalho. Nenhuma Em-
preza Litteraria em beneficio d'um paiz poderá haver de maior
magnitude do que esta, nem mais digna do benéfico Reinado de
El-Reí Nosso Senhor e do Ministério de V. Ex.*
N.^ 1 — RelaçAo dos Códices que examinei na Bibliotheca
Real de Paris, nos qiiaes nada existe que pertença a Portugal —
Números, 8395=5; 8409=2; 8456; 8577=4; 8928; 8959
8961; 8963; 8964; 8966; 8967; 8968; 8969; 9014; 9015
9016; 9017; 9723=2; 9727; 9734; 9018; 9019; 9139; 9349
9350; 9724; 9728; 10345; 9351; 9353; 9354; 9355; 9594
9725; 9732. 1)688; 9691; 9692; 9695; 9720; 9726; 9732 = 2.
N.® 2 — Para extrahir da Casa dos Manuscriptos da Biblio-
theca Real de Paris. — 1.*^ Códice 10245 a fl. 26—0 Pleno
poder para Gonsalo Vasgues de Mello e Affonso Ânnes Nogueira.
2.* Códice dito — A Relação com o titulo — Como no anno de
1428 vieram os Embaixadores do Duque de Borgonha Fiiippe o
Bom para o casamento da Princeza D. Isabel, *ò.^ Códice 10242
— Catalogo das Cartas sobre os negócios de Portugal desde 1622,
4.® Códice 10243 — Registo concernente ás índias Orientaes per-
tencentes aos Portuguezes.
N.*» 3 — Para extrahir do Archivo de França — 1.** N.^ 279
do registo 153 citado no índice tomo 2.^ fl. 468 vs. entre os
annos de 1397 e 1398. Salvo conducto concedido aos Mercadores
do Reino de Portugal e Castella, 2.° Entre os annos de 1420 e
24 citado a fl. 103 do tomo 3.® do índice, debaixo do N." 560
do Registo 172. Privilégios para os habitantes de Harefleu e
Mercadores do Reino de Portugal e Algarve. 3.® Entre os annos
de 1444 e 1446 a fl. 143 do índice, debaixo do N.« 108 do Re-
gisto m— Carta de Carlos 7.®
4.^ No tomo 7 do índice de Depuis, Art. Dinamarca, cita
com a data de 7 das kalendas de Julho de 1229 a Carta N,^ 529
de Weddemaro Rei de Dinamarca, approvando o que seu JHho
£ ARCUIVOH KACIOKABS 183
Waldemaro 2.^ dera em dote a sua mulher. 5.^ No mesmo índice,
debaixo do Art. Portugal, Tratado de Confederação, feito em
AlcoiUim a 31 de Março de 1371 entre o Snr, Rei D. Feimando
e El-Rei de Cobtella, sendo parte contractante El-Rei de França.
N.^ 4 — Para extrahir da CollecçlU) de Cortes de Sir Charles
Stwart. 1.^ Ás Actas e Assentos do Braço da Nobreza nas
Cortes de 1668. 2.° As Actas e Assentos dos Braços Ecclesias-
ticos e dos Povos nas Cortes de 1679.
N.^ 6 — Para extrahir da CoUecçfto Manusoripta da Biblio-
theca Real de Madrid. Livro 4 da Embaixada sobre a SuccessSLo
do Reino de Portugal desde o 1.* de Fevereiro de 1580 — Es-
tante E — N.« 60.
Está conforme — Franklin.
Está conforme o Livro 40 de Registo a fls. 105 vs. — O
Offlcial Maior, Francisco Nwies Franklin.
XV
Senhor
Por aviso expedido pela Secretaria dEstado dos Negócios do
Reino em data de 30 de Julho próximo passado foi V. Magestade
servido mandar que eu informasse, interpondo o meu parecer,
sobre o requerimento junto de Thomaz Caetano Rodrigues Por-
tugal em que pede ser admittido a amanuense do Real Archivo
da Torre do Tombo. Terei pois a honra de levar ao soberano
conhecimento de Vossa Magestade o seguinte : O supplicante nfto
só se acha nas circumstancias do Alvará com força de Lei de
21 de Fevereiro de 1801 habilitado para poder entrar no Real
Archivo, e nas do % 6.° do Regulamento Provizional de 30 de
Abril de 1823 ainda nXo derrogado, como elle exactamente expõe
no seu requerimento, mas também posso affirmar respeitosamente
a Vossa Magestade que a admissão do supplicante seria muito
conveniente ao Real Serviço, por quanto, tendo trabalhado comigo
14 annos successivos, não só na redacção da Obra Official que
emprehendi do Corpo de Direito Publico Diplomático Externo de
Portugal^ em que me tenho de preferencia occupado, mas ainda
em diversos assumptos litterarios concernentes ás nossas anti-
guidades, 6 até seguindo-me nas minhas viagens na Europa
durante os annos de 1819, 1820 e 1821, em que me serviu de
secretario particular, adquirindo assim uma pratica mui larga
184 BOLBTDf DAS BIBUOTHEGAS
das matérias doeste género, dando-se com extremo afinco ao
trabalho e desempenhando-o sempre com mui particular distinçlo^
A estes motivos, que em minha consciência entendo nlo dever
Dccultar a Vossa Magestade, accresce que, tendo Vossa Magos-
tade sido servido conceder uma licença de um .anno sem venci-
mento ao official Januário Luiz da Costa pela sua real ordem de
26 de Maio próximo passado, o qual segundo me consta tem
ideia de ser empregado em outro lugar na provincia do Minho,
e havendo quasi sempre algum doente, o Beai Archivo existe
actualmente reduzido a menos de metade dos empregados que
tinha antes de 1820, existindo entfto, alem de um maior numero
d'officiaes, a faculdade ordenada no Avizo de 3 de Agosto de
1813, que tenho a honra de levar á Keal presença de Vossa Ma-
gestade por copia. Portanto se antigamente, e mesmo em cir-
cumstancias apertadas pela gloriosa guerra que sustentamos, se
sentiu muito a necessidade de múor numero de empregados para
os trabalhos de maior importância d 'esta laboriosissima repartiçSo,
actualmente o Real Archivo, reduzido ao estado que pondero, e
tendo entrado não só infinitos documentos depois da dita epocba,
mas também havendo-se recolhido agora o vastíssimo Cartório
do Conselho Geral e Inquísiçfto de Lisboa, contendo milhares
de documentos na maior confusSo e desordem aos quaes cumpre
dar alguma classificaçio para que o Estado e o Publico possam
colher da parte d'elles incalculáveis interesses, sou de parecer
que Vossa Magestade se digne mandar admittir o supplicante na
classe dos amanuenses do mesmo Real Archivo como requer,
n%o só pelos motivos ponderados, mas por se achar também nas
circumstancias da Lei. Vossa Magestade porém mandará o que
for servido. Deus Guarde á pessoa de Vossa Magestade muitos
annos. Archivo Real da Torre do Tombo 2 de Agosto de 1825.
— O Visconde de Santarém.
XVI
Senhor
Diz Thomaz Caetano Rodrigues Portugal, que, havendo no
decurso de muitos annos trabalhado em os antigos documentos
de diversos Cartórios do Reino, tendo-se applicado ao estudo
das línguas latina, franceza, hespanhola e italiana, tendo ultima-
mente feito o curso lectivo da aula de diplomática de modo que
mereceu do respectivo lente a singular attestação, documento
E AKGHlVOS NACIOKAES 185
junto, passada na conformidade das reaes ordens de Vossa Ma-
gestade de haver distinctamente aproveitado no mencionado
curso ; e achando-se o supplicante assim, nSo só habilitado na
conformidade do Alvará com força de lei de 21 de Fevereiro de
1801 para entrar no fieal Archivo da Torre do TombO; mas
também nas circumstancias do § 6.®, ainda n2o derogado n'esta
parte, do Regimento Provizional de 30 de Abril de 1823 e cons-
tando egualmente ao supplicante o haver Vossa Magestade sido
servido conceder licença de um anuo sem vencimento ao official
diplomado Januário Luiz da Costa, ficando assim mui diminuto
o numero dos empregados d^aquella repartição ; por todos estes
motivos e por achar se o supplicante onerado de familia, Pede a
Vossa Magestade seja servido fazer mercê ao supplicante de o
mandar admittir em o numero dos Amanuenses do Real Archivo
da Torre do Tombo. E. R. M." — Thofnaz Caetano Rodrigues
Portugal.
xvipí
Ilh*"^ e Ex.*"** Snr. Exigindo a segurança do Real Archivo
da Torre do Tombo, que, por meio da guarda militar, se evite a
possibilidade de um desastre, não só semilhante ao que aconteceu
em 1693 no reinado do Senhor Rei D. Pedro II em que se
arrombou a porta do Archivo e se queimaram os Livros do Al-
moxarifado de Sacavém, mas também o de se roubarem outros
documentos de grande valor em sellos, como sfto os Tratados
com as Potencias estrangeiras, as Bulias áureas e outros, cum-
preme, portanto, levar ao conhecimento de V. Ex.^ que a dita
guarda militar foi sempre composta de 8 homens e um official
inferior, como se vê dos officios de 12 e 19 d' Agosto de 1757,
sendo este numero o menor que se pode destinar para a devida
segurança doeste precioso deposito dos monumentos documentaes
da Monarchia; logo porém que comecei a reger este estabeleci-
mento notei que o mencionado numero se havia alterado pouco
tempo antes, e, tendo logo também todo o receio pela segurança
do Real Archivo, e attendendo ás repetidas representações dos
commandantes de quanto era penoso e quasi impossivel o serviço
ordenado com menor numero, officiei a Sua Ex.^ o Ministro do
Reino em data de 11 de Agosto de 1824 sobre este assumpto, e
tendo Sua Magestade Sido Servido, em consequência da minha
representação, mandar expedir as Suas Reaes Ordens, e resti-
?.• ANNO, N.« 2 7
186 fiOLBTÍM DAS BlBLlOTHECAS
tair assim a dita guarda ao seu antigo e jnecessario numero,
acontece agora que se tornou a alterar. Rogo portanto a V. Ex.*
se digne dar as providencias que julgar mais acertadas sobre
este assumpto. Deus Guarde a V. Ex.^ muitos annos. Archivo
Real da Torre do Tombo 11 de Novembro de 1825. III."* e
Ex."^'^ Snr. José Joaquim d' Almeida d' Araújo Corrêa de Lacerda.
— O Visconde de Santarém,
XVIII
II!."® e Ex."*® Snr. Quando li no Diário do Governo o Decreto
de 30 de Março ultimo julguei que teria em breve tempo o
prazer de ver a V. £x.*, porém não succedeu assim, e finalmente
me desinganei quando recebi a portaria de 23 do passado, a
qual determina que metta na folha do Archivo a V. Êx.^ o que
fiz contando o mez por inteiro; porém tive que reformar a folha,
e contar o vencimento desde o dito dia 23. Eu nSo sei se dê a
y. £x.^ os parabéns, se os pezames, porém quasi que tem mais
logar os últimos, porquanto o Archivo de hoje differe absoluta-
mente do Archivo que V. Ex.* governou; e por nâo tomar o
tempo a V. Ex.* só lhe direi que pela junção da Secretaria do
Registo Geral das Mercês e seu expediente ; pelos innumeraveis
papeis, livros das repartições extinctas e parte dos cartórios de
vários Conventos, poderá V. Ex." ajuizar o trabalho que eu
teria para dar alguma espécie de arrumaçfto a esta Babylonia
sem ter quem me ajudasse, pois ninguém tinha obrigação de
estar de pela manhS até á noute aqui mettido, como eu estive
por espaço de 6 annos sem outro proveito mais do que evitar a
confusão dos papeis, aproveitando todos os vãos onde os podesse
coUocar. Accresce ao sobredito a diminuição de empregados,
pois, tendo-se augmentado quadruplicadamente o trabalho, acho-
me com 1 ajudante, 4 officiaes diplomáticos e 4 amanuenses,
isto é, com os empregados que determinou o Alvará do Regula-
mento de 30 de Abril de 1823. Finalmente, quanto a interesses,
o ordenado de V. Ex.* está reduzido a ÓOOfJOOO réis de que
paga decima, e nós temos os ordenados antigos com o abatimento
da decima, alem de 20 mezes que foram capitalisados, e se não
fôra o haver alguns emolumentos (ainda que muito menos do
que deviam ser, e isto pelo desprezo que muitos agraciados
nizem de vir registar os seus títulos) não sei o que teria sido de
Jimj
IC AKCHIVOS KAC10NÁE8 187
nós* Portanto deixo á illustrada consideraçXo de V. Ex/ dar o
devido valor ao expendido, e peço-lhe me determine os boub
preceitos, que íielme*nte cumprirá quem tem a honra de ser De
V. £x/ Submisso, reverente e Servidor Obrigado. 9 de agosto
de 1842 (1).
XIX
Paris 29 d' Agosto de 1842.
111.°*^ Snr. Tive o gosto de receber a sua estimável carta de
9 do corrente e que me causou um vivo prazer, vendo por ella
renovadas as minhas relaçSes directas com o Archivo e oom V.
S.*, a quem sempre estimei pelas suas boas qualidades. A alegria
que a renovay&o doestas communicaçSes em mim produuu, mo-
dificou algum tanto a impressa que me fez tudo quanto V. S.*
me refere relativamente ao estado actual d^essa importantíssima
RepartiçSlo, tSo mal avaliada e tfto' pouco conhecida em a nossa
terra, sendo aliás um dos mais preciosos e ricos depósitos de
monumentos históricos. Os serviços que V. S.* tem feito e que
mui resumida e modestamente me refere sfto immenfeosi Acerca
d^elles conto pedir a V. S.^ em outra mais circunstanciadas
notícias.
Tendo recebido ultimamente a conveniente auctOriáttçHo official
do Ministério do Reino, expedida em data de* 8 do corrente para
tratar dos objectos que dizem respeito ao Archivo, tendo-se.o
Oovemo conformado com o que propuz relativamente a V. S.%
esta auctorisação me habilita a escrever-lhe d'aqui em diante.
Pela Secretaria d*£stado dos Negócios Extrangeiros V. S.^ re-
ceberá d'aqui em diante as minhas cartas e lhe rogo queira
mandar do mesmo modo para a dita Secretaria as suas cartas
para me serem remettidas para esta Corte emquanto estiver
ausente o meu collega o Snr. Macedo (2). Quando este voltar a
Lisboa será talvez mais regular mandar-m'as por via d'este
Académico pois existe entre nós uma correspondência regular
(1) Este documento e alguns dos seguintes, que nZo tSo asBiffnados,
sâo as minutas feitas pelo illostre officiai- maior do Arehiyo^ José Manoel
Severo Anreliano Basto.
(2) É Costa de Macedo que depois veio a ser Guarda-Mór da Torre do
Tombo.
188 BOLETIM DAS ÉIBLIOTHECAS
por todos 08 Paquetes. Inclno n^esta uma lista de documentos
de que necessito copia com a possível brevidade para nfto parar
a impress&o d' um dos volumes da minha* obra. V. S.* terá a
bondade de me remetter as copias de modo que façam pouco
volume, e isto i medida que se forem ultimando. Aproveito esta
occasião para lhe dirigir as expressões de estima com que sou
de V. S.^ Att.° Venrd.**' — Visconde de Santarém.
XX
Paris 3 de Outubro de 1842.
111.°^ Snr. Na carta que V. S.* me escreveu em data de 9
d'Agosto ultimo, dizia-me que se tinham recolhido no Real Âr-
chivo parte dos Cartórios de vários Conventos. Quando tiver
algum momento mais desembaraçado, queira ter a bondade de
me dizer a que Conventos pertenceram os ditos Cartórios e a
importância litteraria dos documentos que d'elles vieram para o
Árchivo. Sei qu9 entre outros se recolheu ahi o mui precioso de
S. Vicente de Fora, no qual existe uma importantíssima Collecç2o
de documentos Diplomáticos. Tenho doesta alguns extractos dos
6 primeiros tomos, mas muito desejo e necessito ter os Summa-
rios dos que se seguem nos outros volumes da collecçfto em folio,
mas só dos documentos puramente relativos ás relações diplo-
máticas de Portugal. Recommendo de novo ao seu zelo e activi-
dade a remessa successiva das copias que pedi na lista que lhe
remetti em 29 de Agosto ultimo. Aproveito mais esta occasiSo
para repetir que sou de V. S.* Muito Attento Servidor — Vis-
conde de Santarém.
XXI
Paris 19 do Dezembro de 1842.
111.*"^ Snr. Agradeço a V. S.^ a promptidSo da remessa dos
índices dos Manuscriptos de S. Vicente de Fora que acompa-
nharam a obsequiosa Carta de V. S.* de 3 do corrente. Com
esta recebi também a Copia do Decreto de 30 de Novembro
annexando ao logar de Guarda-Mor do Real Archivo as obriga-
ções de Chronista do Reino. V. S.^ foi quem primeiro me deu
esta noticia, pois pelo ultimo Paquete ninguém me escreveu a
E AHCHIVOS NACI0NAE8 169
este respeito. Vamos entretanto continuando com os nossos tra-
balhos históricos e para ilIustraçSo de alguns pontos dos mesmos,
remetto a V. 8/ sob N.^ 1 uma lista d'aquelles documentos de
que necessito saber simplesmente a data; e sob N.** 2 outra dos
documentos de que necessito copias e que V. S.* terá a bondade
de mandar tirar em seguimento ás que anteriormente pedi.
Queira V. S.* agradecer da minha parte ao Dr. Vicente Pedro
Noiasco o presente que me fez e a lembrança que teve. Renovo
por esta occasiSo as seguranças de estima com que sou De V,
S.' Att.** Servidor. — Visconde de Santarém,
XXII
111.»*^ e Ex.">^ Snr. Lisboa 27 de Janeiro de 1843 É
natural que V. Ex.' leia os Diários do Ghvemo de 9 e 12 do
corrente, n'elles encontrará as novas providencias que tomou o
Governo afim de progredirem os trabalhos do Archivo, que foram
nomear em commissSo o Deputado ás Cortes Dr. José Feliciano
de Castilho Barreto auctorisando-o para chamar empregados das
extinctas repartições afim de se coordenarem os immensos papeis
das mesmas repartiçTles aqui recolhidos e fazerem- se os indis-
pensáveis Índices, para os quaes ha mais de 9 annos ando a
requerer me dêem gente, pois eu só muito fiz em arrumai os em
confusão, dando-lhes a primeira demSo. Já compareceram bas-
tantes, aos quaes tenho distribuído os trabalhos mais urgentes,
e posso asseverar a V. £x.^ que o dito commissionado tem feito
comigo A melhor harmonia indo ambos de accordo para o mesmo
fim. Fico prompto para executar as ordens de V. Ex.^ pois me
lisonjeio de ser de V. Ex.* Súbdito reverente e Servidor obri-
gado. — J.
XXIII
Paris 18 de Fevereiro de 1843.
Pelo ultimo Paquete tive o gosto de receber a carta de V. S.*
de 27 do passado e as 13 copias, bem como a indicaçSo das
datas que lhe pedi na minha Carta de 28 de Novembro do anno
passado. Agradeço, infinitamente a promptidSo doesta remessa.
190 BOLETIM DAS BlBLIOlllKCAS
Vi eom inexpUeoíed prazer pela Bua carta qae V. S/ se achava
em perfeita harmonia com o Dr. Castilho e trabalhando com a
sua experiência das coisas do Archívo e com as suas lozes, em
pôr em ordem tantos dooamentos que d'ella necessitam. Dos
seus trabalhos reunidos, tenho e concebo as melhores esperanças
e por este motivo agradeço também a V. S/ esta bôa noticia,
pedindo-lhe entretanto queira ter a bondade, quando tiver algum
momento vago, de me ir annunciando o que porventura se for
descobrindo nas ditas coUecçSes de mais importante relativo ás
negociaçSes com as Potencias Extrangeiras e á nossa historia. O
meu collega n'este Instituto Real de França, Monsieur Guérard,
Professor da Aula de Diplomática, deseja muito ter uma copia
da Lei da CreaçSo da Cadeira da nossa Aula Diplomática. Rogo
a V. S.* o favor de m'a remetter com os Estatutos, pois tem-lhe
custado a acreditar que este Estabelecimento entre nós seja mais
antigo do que o da ÉcoU des Chartea, de Paris. Renovo as ex-
pressSes de consideraç&o com que sou de V. S.* Muito Attento
Servidor. — Viêconde de Santarém.
XXIV
Lisboa 18 de Março de 1843.
111.'»^ e Ex."* Snr. Pela carta de V. Ex/ datoda de 18 de
Fevereiro que recebi a 6 do corrente, vim no conhecimento de
que V. Ex.* tinha tomado assaz ao pé da letra as minhas pala-
vras da de 27 de Janeiro relativas á commissão do Deputado
Castilho n'este Archivo ; e portanto cumpre-me narrar a V. Ex/
tudo quanto se tem passado a este respeito.
Por occasiUo de vir aqui o dito Deputado tratar de certo
negocio, dizendo-lhe eu a difficuldade que h>ivia em apparecerem
papeis de certas repartições extinctas por nSo haver numero
sufficiente de empregados que fizessem índices, offereceu-se-me
o mesmo Deputado para ser o advogado doesta repartiç&o nas
Cortes logo que se tratasse do orçamento, porém que carecia de
um papel por onde conhecesse as necessidades mais urgentes do
\rohivo, fiz com effeito esse papel e é o da copia junta, porém
qi %1 foi a minha surpresa quando logo no dia seguinte o mesmo
De^ *itado me procurou dizendo-me que estava tudo feito pois
elle c ^nhecendo as delongas do Parlamento procurara logo o
Snr. M.nistro do Reino o qual dera immediatamente as provi-
E ARGHIVOS KACIONAES 191
dencias mais salutares mandando que se admittissem empregados
das repartiçSes extinctas para o que fizera passar uma portaria;
fiz- lhe ver o pouco fructo que tiraria o Archivo de tal acqnisiçfto
porquanto existia em efifectividade a aula de Diplomática de que
eu era regente e que só os alumnos approvados da mesma aula
podiam ser admittidos no Archivo segundo o Alvará com força
de lei de 21 de Fevereiro de 1801; a isto respondeu-me que o
Snr. Ministro não alterava o quadro effectivo nem podia augmen-
tar a verba do orçamento em vista das economias que se estavam
fazendo mas que com estes novos empregados alguma cousa se
faria. No dia seguinte recebi a Portaria de 5 de Janeiro e pôde
V. Ex^ crer que se tivesse mais saúde, menos annos e menos
família não a cumpria ; porém sahia logo do Archivo ; no emtanto
armei-me de paciência e condescendi com o que se queria fazer,
firme porém no propósito de que no instante em que alguém
quizesse mexer n'um livro ou n'um papel do Archivo sem eu
lh'o distribuir (attenta a ausência de V. Ex.*) eu me demittia, e
depois fizessem o que quizessem pois eu já n&o respondia por
cousa alguma. Seguiuse o convite aos empregados das reparti-
çSes extinctas e concorrendo bastantes foram acceites 15 sem
vencimento ou gratificaçUo alguma, e só com a chamada vanta-
gem de receberem com menos atrazo os seus subsidios, e até
alguns sem estes; a todos distribui trabalhos urgentes, como o
índice dos Livros do Registo Geral das Mercês^ um índice no-
minal dos papeis do Dezembargo do Paço, outro dito dos da
Meza da Consciência e Ordens, uma grande collecção de copias
de Cortes antigas para conferir com as dos Maços das mesmas
(trabalho este ultimo que nSo pôde continuar por serem os mais
d'elies de lettra que os novos admittidos nfto sabem ler) e a 2
egressos de Palmella distribui os papeis e livros do que foi seu
cartório e d'outros dos extinctos conventos para lhes darem uma
segunda demfto^ não podendo passar d'aqui por elles também nSo
entenderem das letras antigas. Dizendo-me depois o dito Casti- .
lho que seria bom fazer um relatório em que mostrasse a impor-
tância d'este Estabelecimento, e despreso que tinha soffrido, pe-
diu-me lhe ministrasse os necessários esclarecimentos, o que fiz
por nSo resaltar d^aqui mal algum ao Archivo, e ent2o elle fez
e imprimiu o extenso Relatório que V. Ex.* havia de ver no
Diário de 2 de Fevereiro em seguimento de uma portaria que
plenamente approvava o programa dos trabalhos projectados
pelo mesmo Castilho (nenhum dos quaes tem ido nem espero que
vá a effeito) louvando muito o seu zelO| etc. Como o 1.® projecto
192 BOLETIM DAS BIBLIOTHECAâ
era um BuUario ou qua$i BuUario, apesar das difficuldades por
mim ponderadas indnziu o dito Castilho o Snr. Ministro do Beino
para se Cuser no Arcbivo uma reuniSo de homens eruditos para
se tratar d'esta matéria, e com effeito no dia 19 de Fevereiro
teve legar esta reuniSo, a que nSo assisti por estar doente mas
assistiu até o próprio Ministro, soffirendo o mesmo Castilho uma
completa derrota pois em nenhum dos convidados encontroa
apoio: limitouse então a fazer um mappa de pequenos summa-
rios de Bulias do Ârchivo, comparando os annos das Bulias com
os dos Reinados dos Soberanos Portuguezes incumbindo esta
tarefa a um egresso da Congregação do Oratório também admit-
tido, a6m de ser impresso este trabalho com um prologo por
elle feito; como porém receasse a censura publica por alguma
inexactidfto pediu-me para lhe mandar verificar á face das Bulias
originaes os summarios e datas comparativamente com as dos
Soberanos, trabalho de que eu me encarreguei unicamente para
o demorar quanto poder, e procurar mesmo que nào chegue a
publicar-se. Quanto a Tratados ííz-lhe ver que ninguém como
V. Ex/ podia sahir bem d'es8a árdua e difficilima empreza e
que mesmo actualmente se occupava n^ella, sendo tudo quanto
se fizesse mera ociosidade; e como elle está agora com o furor
das Bulias nSo trata de mais nada. Finalmente £x."^ Snr. va-
nitas i5anitatum et omnia vanitas e eu no fim de tanto trabalho
a soffrer tanta loucura, e o Ârchivo uma invas&o não merecida;
no entanto só me resta a esperança de que poderão os taes
novos admittidos, emquanto quizerem trabalhar pelo amor de
Deus, adiantar alguns índices de documentos modernos e nada
mais. Remetto õ copias e o Alvará da creação da Aula, de Di-
plomática e fico prompto para executar as ordens de V. Ex.*
como quem se presa de ser. De V. Ex.* Sub.*^ reverente e
servo obrigadissimo. — J.
XXV
Paris 2 d' Abril de 1842.
III.™® Snr. Pelo penúltimo paquete recebi a sua importante
carta em resposta á minha de 18 de Fevereiro e que me remetteu
o meu collega o Sr. Macedo com a que me escreveu em data de
13 de Março passado. Com esta recebi 5 copias de documentos
e o Alvará da creação da Aula de Diplomática que muito agra-
E ARCHIV08 NACIONAES 193
deço a V. S.^ — V. S.^ tem razSlo em dizer que eu tomara aesaz
no pé da lettra as suas palavras da de 27 de Janeiro relativas
á commissSo do deputado Castilho, n^este ArohiVo, eis aqui as
razões que a isso me induziram. Estremeci, por mais de uma
razão, quando li no Diário do Governo de 9 de Janeiro o annuncio
feito por aquelle Snr. e até pelas palavras — reforma dos docu-
mentos do Nacional e Real Archivo etc. Recebi depois a portaria
de 5 que creava a commissâo, a qual veiu acalmar algum tanto
a minha inquietação pois ella restringia a dita commissSo aos
papeis das extinctas repartições recolhidos ao Ârchivo e nfto
tinha uma só palavra que auctorisasse o commissionado a tomar
a menor ingerência no antigo Archivo. NSLo deixei de ver entre*
tanto pela desharmonia que havia entre o annuncio por elle feito,
e o theor da portaria, os perigos a que o Archivo se achava
exposto com a presença de um homem que dava tal latitude ao
titulo pelo qual fora encarregado da commissSo. Quando me ator-
mentavam estes cuidados, recebi a carta de V. S.* de 27 e n'ésta
mé dizia V. S.* o seguinte : «E natural que V. Ex.* leia os Diários
do Governo de 9 e 12 do corrente, n'elle8 encontrará as novas provi-
dencias que tomou o Governo aíim de progredirem os trabalhos do
Archivo, que foram nomear em commissão o deputado ás Cortes,
Dr. José Feliciano de Castilho Barreto, auctorisando-o para chamar
empregados das extinctas repartições, afim de se coordenarem
immensos papeis das mesmas repartições aqui recolhidos, e faze-
rem-se os indispensáveis Índices, para o que ha mais de 9 annos
ando a requei^er me dêem gente, pois eu só muito fiz em arrumal-os
sem confusão, dando-lhes a primeira demão. Já compareceram
bastantes, aos quaes tenho distribuido os trabalhos mais urgentesi^
(accrescentando V. S.^ terminantemente) «e posso assegurar a
V. Ex/ que o dito commissionado tem feito comigo a melhor
harmonia, indo ambos de accôrdo para o mesmo Jim*. Ora conhe-
cendo eu por experiência o seu zelo pelo Archivo, e os seus
conhecimentos d'esta repartição importantíssima, e reflectindo
alem d^isso, que V. S.* nem pelo seu caracter, nem pelo seu
emprego, e achando-se ao mesmo tempo fazendo as funcçSes de
Guarda-Mór, pela minha ausência, poderia consentir em uma
invasão nas cousas do Archivo, contraria alem de tudo á mesma
portaria, assentei por estes respeitos e pelas expressões da sua
carta que acabo de transcrever, que não só não tinha consentido
invasão alguma, mas que até tinha annulado o individuo de que
tratava, e isto de maneira que o tinha reduzido dentro do Archivo
quasi á condição de seu subordinado, e por isso tomei as suas
194 BOLETDi DÁS BIBLIOTHECAS
palavras tanto ao pé da lettra. Mas qual foi a minlia surpresa
quando depois de ter partido a minha carta, apenas 24 horas
eram passadas, me vêem trazer o Diário do Oovemo de 2 de
Fevereiro com o famoso Relatório de 21 de Janeiro !!!... NXo
cabem nos limites de uma carta as reflexSes que eu fiz ao con-
theudo d'aquelle extraordinário papel. Entretanto parecia- me
impossível que V. S.^ podesse concordar com tudo que seu auctor
tinha introduzido sobre as noções indubitáveis que só V. S/ com
a sua experiência das cousas do Ârchivo lhe podia ter fornecido.
Pela sua ultima vejo porém que me não enganei no conceito que
fiz antes de receber a sua carta de 27 de Janeiro dando*me V.
S.* na que me acaba de escrever, a chave doeste extraordinário
negocio, contando-me parte da historia particular d'elle. De
maneira que o tal individuo começou por enganar a V. S/ afim
de se introduzir no Archivo, servindo-se para isso do conheci-
mento e experiência que V. S.* tem d'esta repartição, surprehende
depois e leva de salto o Ministro, occultando-lhe as suas vistas
ulteriores, obtém por surpresa (como julgo) a portaria restricta,
e com esta trata de se arrogar a direcção inteira de todo o Ar-
chivo, tratando dos trabalhos d^elle, do pessoal, etc. etc. servin-
do-se de V. S.^ a coberto de hypocri ticos mas bem merecidos
elogios^ como de um instrumento indispensável para obter os seus
fins, e de mais a mais não contente com tudo isto, pretende
arrogar se a publicação de obras em que trabalho ha mais de 30
annos, e de cuja publicação estou solemnemente encarregado por
vários decretos etc. e isto tirando as ideias das introducções dos
2 primeiros volumes da minha obra que elle já conhecia. Taes
são os factos que os documentos demonstram e muito principal-
mente o histórico da importante carta de V. S.^ a que estou
respondendo. Sinto que V. S/ me não tivesse mandado a copia
do papel que lhe deu, e que me diz na sua carta tel-a incluído
na mesma, mas que não recebi. Desejo ter bem desembrulhado
todo este negocio, e por isso rogo a V. S.^ queira ter a bondade
de me remetter a dita copia, e dízer-me quem foram os homens
eruditos que foram convidados para dar o seu parecer sobre o
quasi Bullario pois tenho a maior curiosidade em saber quem
elles eram, e espero que V. S.^ não só continuará a informar-me
regularmente de tudo quanto se passar no Archivo mas também
que se não prestará mais a dar os fructos das suas luzes e ex-
periência a quem d^elles faz tal e tão inaudito abuso. Renovo as
expressões de consideração com que me preso ser. De V. S.^
Muito Attento e antigo servidor. —Visconde de Santarém.
E ARCHIYOS NAGIONAES 19Õ
XXVI
LÍBboa 22 de Abril de 1843.
111.™^ e Ex."^ Snr. Recebi 2 cartas de V. Ex.» uma de 26
de Março e outra de 2 decorrente: quanto á 1.* cumprirei o
que V. Ex.* determina, e quanto á 2.* permitta-me V. Ex.» que
eu lhe diga o seguinte. Â minha vida publica tem sido uma serie
n&o interrompida de desgostos, já pelas intrigas que se me tem
armado, já por injustiças que tenho soffrido, etc. e creia V. Ex.^
que muito desejo ver chegar o dia 16 de agosto próximo no qual
faço 30 annos de serviço no Ârchivo, aâm de poder requerer a
minhaí aposentadoria logo que me sobrevenha algum novo des-
gosto, pois só assim poderei passar com algum descanço o tempo
que me restar de vida. Aceitando pois como devo a reprehensão
de V. Ex.* devo com tudo affirmar a V. Ex.^ que ninguém era
capaz de escapar ao laço armado por Castilho, porquanto apre-
sentando-se elle como protector na Camará, e passando repenti-
namente a ser commissionado do Governo, tornava-se indispen-
sável ou uma resistência declarada, cujos resultados de certo
seriam funestos para o Archivo ou uma dissimulação bem sus-
tentada afim de que inutilisando eu pela demora todos os planos
conservasse a integridade do mesmo Archivo, salvando-se d' este
modo talvez da sua total ruina: fui portanto o Marcello cunctator
e assim consegui afugentar Annibal dos muros de Roma; e creia
V. Ex.* que foi um dos maiores serviços que podia fazer ao
Archivo seguir o caminho que segui, e se tivesse o gosto de vêr
a V' Ex.^ então lhe explicaria mais miudamente o resto. O papel
de que V. Ex.^ me falia foi com a minha de 18 de Março tendo
cá ficado quando foi a minha de 10, o que não obstante remetto
outra copia; desejo comtudo saber se V. Ex.*^ recebeu a 3.*
carta bem como a do 1.^ do corrente, em que lhe participava
ter Castilho sido despachado Bibliothecario-Mór da Bibliotheca
de Lisboa, onde Deus o conserve por largos annos ; restando
agora accrescentar que depois de nomeado só veiu aqui uma vez
para dizer-me que passava a requerer ser exonerado da com-
missão e emquanto veiu ao Archivo só 2 vezes entrou na caza
da coroa, e foram na minha companhia, não tendo ingerência
alguma nos empregados nem nos trabalhos. Remetto 7 copias da
2.* lista da carta de V. Ex.^ de 19 de Dezembro, e em breve
irão as outras. Os homens sábios convidados pelo Snr. Ministro
do Reino, (o qual também assistiu), para tratarem do BuUario
196 BOLETIM DAS BIBLIOTHECAS
OU gu€ui BvUario Romano-Lusitano do Castilho (o qual ficou in
fien, apesar de terem vindo para o auxiliar 42 livros ín-folio da
Biblíotheca Publica) e que compareceram no Ârchivo no dia 19
de Fevereiro foram os Snrs. — Bispo do Algarve, dito de Beja
— os cónegos Annes de Carvalho — Castello Branco — Lacerda
— Garrett — Herculano — Pereira dos Reis — Bartholomeu dos
Martyres e o capellSo da Snr.<^ Imperatriz Eutsmaun : faltaram
os Snr.®' Patriarcha, P.^ Marcos e Macedo (este ultimo diz que
não foi convidado) e também faltei eu que dias antes adoeci e
fiz a doença maior do que era só para nSo ir, e fez as minhas
vezes o meu ajudante Thomaz Caetano que também ajudou muito
bem a derrotar o Castilho. Sou de V. Ex.' súbdito reverente e
servo obrigadissimo. — «/.
XXVII
Paris 17 de Abril de 1843.
III.™"* Snr. Apresso-me em accusar a recepçSo da carta de
V. S.^ de 18 do passado e muito particularmente as noticias que
me dá relativamente ao Dr. Castilho. Achei muito interessante
e opportuno o papel que V * S.* lhe deo e agradeço a V. S." a
remessa d^elle. Sei que da Secretaria d'Estado se remettera ha
mais d'um anno um exemplar da minha Memoria sobre a priori-
dade dos nossos descobrimentos, para o Archivo, entretanto as
communicaçòes que tive posteriormente nao me indicavam d'um
modo bem claro, se se tinha também mandado para o Archivo
um exemplar do magnifico Atlas, composto pela maior parte de
Cartas e emolumentos geographicos inéditos da Geographia tira-
dos em fac-similes e coloridos, que acompanhava a dita obra ou
antes a EdicçSo Franceza que publiquei em um volume de 430
paginas com o titulo — Recherches sur la découverte des pays
situes sur la Cote oceidentale d' Afrique au ddá du Cap, Bojador,
et sur les progrés de la science geographique aprés les navigations
des Portugais au XV Siéde.
Rogo pois a V. S.^ queira ter a bondade de me dizer se
estas obras foram remettidas para o Archivo e se ahi se rece-
beram também os 3 primeiros volumes da minha Obra Diplomá-
tica. Aproveito também este correio para pedir a V. S.' o favor
de me dizer que numero de volumes manuscriptos da minha
Livraria se recolheram ao Archivo em 1833 quando sahí d^essa
J
E ARCHIVOS NÁCI0NÁB8 197
Capital y 08 quaes sendo propriedade minha se me offerecea por
este respeito (no tempo em que o Snr. Patriarcha eleito regia
essa Repartição) a entrega d^elles. Julguei entfto que estando os
ditos manuscriptos mais seguros no Archivo do que em cainha
caza; deviam continuar a guardar-se na mesma Repartição até á
minha volta para Portugal. Necessito entretanto de ter aqui o
mais depressa que fôr possivel os volumes em que se encontram
muitas copias e extractos dos manuscriptos da Bibliotheca Pu-
blica de Lisboa e das CollecçSes dos Barbosas que se acham na
Bibliotheca Real do Rio de Janeiro d'onde os fiz extrahir. Apro-
veito esta occasião para remetter a V. S.<^ a Introducção qu« fiz
a um dos códices portuguezes mais sumptuosamente executados
que tenho visto. Renovo as expressões de estima e consideração
com que sou de V. S.* Muito Attento Servidor — Visconde de
Santarém.
XXVIII
Lisboa 12 de Maio de 1843.
III.'"*' e Ex.™® Snr. Com a maior satisfação recebi 2 cartas
de V. Ex.^ uma de 17 outra de 24 de Abril. Quanto á 1.^ devo
assegurar a V. Ex.* que nenhuma das suas obras vieram para
o Archivo e para haver n^elle a chronica de Q ornes Eannes de
Azurara tive de a comprar. A respeito dos livros de V. Ex.*
que se recolheram aqui em 1833 constam da relação que remetto
por copia, advertindo que onde diz 53 volumes são 52, e os 3
últimos são 2 pois o outro por ser dos manuscriptos de S. Vicente
juntei á coUecção ; como porém estes livros vieram em virtude
de uma portaria do Governo digo a Macedo que solicite outra
igual para a entrega, e será opportnno que V. Ex.^ o authorise
para recebel-os. Agradeço muito a introducção que V. Ex.<^ se
dignou remetter-me com a dita carta. Quant ) á 2.* tendo-se
examinado miudamente 4 volumes de cartas dirigidas por diffe-
rentes a Marco António de Azevedo para ver se vinham também
as d^elle, foi trabalho baldado, no emtanto continuo a ver se
descubro alguma cousa da sua missão de Paris de 1737 como
V. Ex.^ me tinha ordenado. Remetto a ultima copia da 2.* lista
da carta de V. Ex.* de 19 de Dezembro e fico examinando se
resta para ir alguma outra. Sou com toda a consideração e estima
de V. Ex.^ Súbdito reverente e Servo Obrigadissimo. — <7.
198 BOLETIM DAS SlBLIOTUECAS
XXIX
Pftrís 15 de Maio de 1843.
111,'^ Snr. Recebi pelo ultimo paquete a carta de V. S.' de
22 do passado e as 7 copias da 2.^ lista da minha carta de 19
de Dezembro do anno passado, cuja importante remessa muito
agradeço a V. S.* Vi com magua o projecto que V. S.» me
annuncia de requerer d'aqui a tempos a sua aposentadoria no
caso que lhe sobrevenha algum novo desgosto. Entretanto espero
3ue esta ideia nascida em algum momento de melancholia será
e todo desvanecida á vista de considerações dignas do zelo que
V. S.* tem pelo Archivo e accrescentarei com franqueza e até
por uma certa retribuição de sentimentos para commigo, porque
apenas nomeado para reger de novo o Árchivo, pedi logo official-
mente ao Snr. Ministro Jb Reino que V. S/ ficasse fazendo as
minhas vezes em tudo durante a minha ausência. Espero pois e
confio que V. S.* n&o tornará a pensar em tal. Quando se serve
30 annos em uma Repartição tal, o maior de todos os desgostos
deve ser o remorso de a ter deixado. Nfto imagino que V. S.*
na sua vida publica tenha tido desgostos que se possam comparar
aquelles que eu tenho tido. Mas qual tem sido o partido que tenho
tomado? Tenho-os sempre vencido todos e triumphado d'elles á
força de philosophia e de constância. Acredite que se eu tivesse
sonhado que V. S. haveria de tomar por uma reprehensfto o que
Uie escrevi na minha carta de 2 d^Abril em resposta á sua em que
me dizia circunstanciadamente o que se tinha passado, de certo
lh'a não teria escripto. Eu disse então o que lhe diria em uma
conversa, se tivesse o gosto e o prazer de o ver. Desde o prin-
cipio do celebre episodio que deu iogar aquellas cartas vi que
ninguém era capaz de escapar ao laço armado por Castilho como
V. S.* diz. Eu no seu Iogar cahiria também no mesmo. V. S.*
obrou impellido por um sentimento que lhe faz muita honra;
obrou por zelo pela Repartição que merece os seus disvelos e
onde tem passado e gasto os melhores dias da sua vida. A sua
conducta ulterior em relação aquelle primeiro passo foi igualmente
a única que havia a seguir, distinguindo-se esta por uma grande
prudência e habilidade e com a qnal V. S.* fez como diz e eu
reconheço um dos maiores serviços que podia fazer ao Archivo,
salvando-o como V. S.^ observa da sua total ruina. Portanto o
que eu queria dizer na minha carta era que V. S.*^ tinha sido
enganado e V. S.^ o reconhece e eu acrescentava com toda a
£ ABCHIVOS NÁCI0NAE8 199
franqueza o qae^lhe teria dito conversando^ que quem engana,
nSo merece confiança. Tenho recebido regularmente todas as
suas cartas como Y. S.^ verá pelas minhas respostas. Agradeço
a V. S.^ o favor que me fez em me indicar os nomes das pessoas
que foram convidados para darem o seu parecer acerca da pu-
blicação do Bailar io ou quasi BuUario do Castilho. M&o me
admira que o seu Ajudante Thomaz Caetano ajudasse com boas
razões e vigor a derrotar o projecto do Castilho, como V. S.*
diz pois elle sabe por experiência que taes trabalhos, n&o se
improvisam e que tudo quanto elle publicasse n'este género seria
imperfeitíssimo e sem nexo, nem relação ás grandes transacções
diplomáticas que deram causa á expedição de taes diplomas. Ora,
como todas as particularidades relactivas a este assumpto me
interessão em summo grau, muito principalmente para completar
as noticias sobre este objecto rogo a V. S.^ queira dizer me
quando tiver para isso algum momento; 1.® quaes foram as
objecções que os convocados fizeram ao projecto de Castilho, 2.®
Se os 4t2 livros in-folio que vieram da Bibliotheca Publica para
auxiliar aquelle trabalho, são manuscriptos e se são todos rela-
tivos ás relações com a Cúria de Roma. Resta-me pedir a V. S.*
o obsequio de me mandar pelo 1.^ Paquete depois de receber
esta, a copia do seguinte documento, pois necessito d'ella com
urgência. 1525 — Maço 14, Carta do Emperador Carlos 5.^ a
El-Rei D. João 3,^ dando-lhe parte de ter ganho a Batalha de
Pavia e de ter feito prisioneiro Francisco 1.^ Rei de França.
Archivo Real — Çorpu Chronologico — Parte 1.* Maço 32
Documento 7.
Dê-me V. S.^ sempre noticias suas e accredite que sou com
estima de V. S.* Muito Attento Servidor — Visconde de Santarém,
XXX
Lisboa 3 de Junho de 1843.
111.™^ e Ex."*^ Snr. As obsequiosíssimas e delicadas expres-
sões que V. Ex.^ se dignou empregar na sua carta de 15 do
passado e que muito agradeço, de tal modo me captivaram que
posso dizer a V. Ex.* que se até agora fiz sacrifícios no serviço
doesta Repartição, de hoje em diante serão redobrados e só porei
em pratica o que por V. Ex.* me for ordenado : no entanto como
me consta que o tal Castilho ainda quer ter ingerência no Archivo
200 BOLETIM DAB BIBLIOTHECAS
apesar de estar Bibliothecario-Mór^ seria bom' que V. Ez.^, se
lhe parecesse, officiasse ao Snr. Ministro do Keíno afim de que
os empregados temporários, fazendo como um corpo auxiliar,
ficassem tSlo somente subordinados a quem está á testa d'este
estabelecimento. Peço desculpa de ter excedido um pouco no
desafogo que tive com V. Ex.* na minha carta de 22 de Abril,
e creia V. Ex.* que muito me custou a tal intrusão Castilhana,
e tanto que estou resolvido a ser um perfeito egoista a respeito
de conhecimentos do Archivo As objecções ou antes contrarie-
dades que fizeram a Castilho os convidados para a conferencia
de 19 de Fevereiro, foram a impossibilidade que ha de fazer um
completo Bullario, ou mesmo quasi Bullario por estarem as
Bulias muito espalhadas e ser necessário confrontar as do Archivo
com os differentes BuUarios impressos; alem d^isso era necessário
extremar as que dizem respeito ao Direito Publico; as das ereçòes
dos Bispados e seus provimentos ; as relativas ás Ordens Milita-
res; as das fundações dos conventos, etc. e como para isto era
mister muito tempo, muito trabalho, muita gente e muita despeza,
era inquestionável não ser possivel fazer-se. Os 42 livros que
vieram da Biblíotheca Publica s2o todos impressos e só tratam
de Bulias contendo 30 doestes o Bullario Romano. Remetto a
copia que V. Ex.* determinou na sua de 15 de Maio. Fico ás
ordens de V. Ex.* pois tenlio a honra de ser De V. Ex.? Súbdito
Reverente e A. obrigadissimo. — </.
XXXI
Paris 19 de Junho de 1843.
III.™® Snr. Grande prazer me deu V. S.* com a sua estimável
Carta de 3 do corrente por ver por ella que V. S.** reconheceu
a sinceridade e interesse com que a seu respeito mo expliquei
na resposta á sua Carta de 22 de Abril. Agradeço muito a V.
S.* as noticias que me dá do que se passara na Conferencia para
a publicação do Bullario do Castilho, bem como o aviso que me
faz acerca d'este individuo pretender ingerir-se de novo, no
Archivo, apezar de ser Bibliuthecario Mór. Sobre o assumpto de
ficarem os Empregados temporários subordinados somente a
V. S.* escreverei ao Snr. Ministro do Reino, Quanto á ingerência
de Castilho, não sei como esta se poderá combinar com as expli-
citas e obsequiosissimas seguranças que me foram dadas. Vou
E! AROHIVOS ^ACIOÍSÃEA 2Õ1
agora ènoommendar a V. S.* o segointe negocio relativo a um'
Empregado no Archivo, para satisfazer ao pedido do benemérito^
Secretario d'esta legaç&o, Nuno Barbosa de Figaeiredo, nomeado
Ministro para Broxellas. António Isidoro de Moraes Ancora, irmXo
doeste Ministro, vae ser admittido na 4.^ Secçfto do Exercito em
virtude da lei ultimamente promulgada em favor dos amnistiados.
Em consequência d'esta nova collocaçSo não pode ser conservado
na Commissfto Civil da Torre do Tombo sem preceder consenti-
mento do Ministro da Guerra. Escrevo em consequência pelo
Correio' de hoje ao Duque da Terceira conforme prometti ao
Barbosa em desempenho do seu pedido; ro;;arei pois a V. S.*
que se n'is30 não tiver duvida, de procurar alguns dias depois
da chegada' d'este Paquete o dito Ministro e soUicitar d'elle este
negocio, o que eu não posso fazer de t&o longe. Resta-me agra-
decer a promptidão da remessa da copia da Carta de Carlos 5.^
sobre a famosa batalha de Pavia. Tenha Y. S.^ tudo quanto
merece e lhe deseja quem é de V. S.^ Muito Attento e Obrigado
servidor — Visconde de Santarém^
XXXII
Ministério do Reino — 1.* Direcção — 1.* Repartição — L.* 5.*
— N.*^ 153 — Havendo nos diversos archivos da Corte do Rio
de Janeiro muitos e preciosos documentos relativos ao tempo em
que o Império do Brazil formava parte da Monarchia Portugueza,
e que muito importa, não só á historia, mas também aos interes-
ses doeste Reino e suas Possessões Ultramarinas, haver d^elles
conhecimento, para se resolver convenientemente com conheci-
mento de causa, em presença de informações seguras, sobve o
que convenha obrar, — Manda S. M. A Rainha, pela Secretaria
d' Estado dos Negócios do Reino, que o Doctor José Feliciano
de Castilho, Bibliothecario-Mór da Bíblíotheca Nacional de Lisboa,
acompanhado de outro empregado de reconhecida aptidão, que
poderá competentemente requisitar, sem prejuízo do serviço, se
transporte áquella Cidade e Corte, Esperando do seu zello e
intelligencía, que desempenhará satisfatoriamente esta Commis-
são, — sendo todavia entendido, que, attentas as apuradas cir-
cumstancias do Thesouro, além do seu ordenado legal, que já
tem, nenhum outro vencerá; — devendo outrosim o referido Bi-
bliothecario-Mór regular-se pelas instrucçSes que acompanham a
?.• AMNO, N.« 2 8
202 fiOLBtlM DAS filBLlOTHBCAS
presente Portaria. Paço das Necessidades em 20 de Setembro
de 1847. António de Azevedo Mello e Carvalho.
Instrneçtes pelas qaaes se regolari o BiUiotheeario-lér sa Conunissio
de qae em Portaria de 20 de Setembro de 1847, é encarregado
O Bibliothecario-MÓFy o Doctor José Feliciano de Castilho,
auctorísado por oi&cio do Governo Portuguez ao Enviado Extra-
ordinário na Corte do Império do Brazil, acompanhado de outro
Empregado, que para este fim requisitará competentemente,
transportar-se-Ua á Cidade e Corte do Rio de Janeiro. Alcançada
a previa auctorisaçâo do Governo Brasileiro, visitará todos os
Archivos principaes, e examinará todos os documentos manu-
scriptos, que possam importar á historia, ou aos interesses doeste
Reino. Irá successivamente formando relações d^esses documentos,
com uma clara indicação do assumpto de cada um, e com extra-
cto, sendo possivel, das suas principaes matérias. Remetterá cada
mez ao Ministro e Secretario d'Estado dos Negócios do Reino
um relatório do que n'esse mez houver apurado; e ao mesmo
tempo enviará ao Official Maior, servindo de Guarda-Mór da
Torre do Tombo, e ao primeiro Conservador da Bibliotheca
Nacional de Lisboa, aquellas relações de documentos, para que
estes Funccionarios, que satisfarão ás requisições, que a este
respeito lhes forem feitas pelo referido Bibliothecario-Mór, possam
informal' o, se esses documentos existem ou não n^aquelles depo-
sitas. Os ordenados legaes, emquanto durar a Commissfto, pode-
rão ser satisfeitos no Rio de Janeiro pela Folha da Legação
Portugueza. Paço das Necessidades em 20 de Setembro de 1847.
António d' Azevedo Mello e Carvalho, Está conforme. Joaquim
José Ferreira Pinto da Fonseca Telles.
(M. 23 de Ordens, n.» 70).
fi ARCttiVOS KÁCIOKAKfi SOâ
ÂRGHIYO DE MARINHA £ ULTRAMAR
ClTÁLOdO Dl liiriS, PUKT18, DISIliHOS I IflDlULUS
PARTE PRIMEIRA
Hadelra e Porto Santo
1-2. — Planta de uma parte da Ilha da Madeira, em que
se representa a nova estrada, mandada projectar pelo Qover-
nador Luiz Beltr?to de Gouvêa e Almeida, para communicar o
Funchal com as freguezias do^ norte. Porto da Cruz, Fayal e
Sant'Ánna. Por Paulo Dias de Almeida, CapitSo d'artilharia.
(1813).
O^jôTÔ X 0°,200. 2 exemplares coloridos, apresentando entre
si algumas differenças no desenho e na indicação dos logares. —
(F. officio do referido Governador datado do Funchal, 18 de
novembro de 1813. Madeira doe, n.^ 3280). Emm.
3. — Frojeoto da Egreja protestante que os inglezes resi-
dentes no Funchal pretenderam edificar em 1813.
0",260xO™,120. (F. o^cío do Governador da Madeira, Pedro
Fagundes Bacellar d' Antas e Menezes, datado do Funchal^ 24
de abril de 1813). Ene. /.
4. — Mappa geológico da Ilha do Porto Santo e suas adja-
centes, levantado pelo Sargento-Mór Engenheiro Francisco d'A-
lincourt e desenhado pelo Ajudante Engenheiro Faustino Salus-
tiano da Costa.
0™,735 X (r,480. Colorido.
• •
204 BOLETIM DAS BlBUOTfiECAS
Açores
5. — Oarta da Ilha de S. Miguel, para reconhecimento da
utilidade da. fundaçSo da Aldeia da Achada das Fuma».
0",415 X 0",310. Colorida. (V. informação do Corregedor da
Ilha de S. Miguel João José da Veiga, datada de Ponta Delgada,
3 de fevereiro de 1817). Ebb.
6. — Plano do Campo de S. Francisco da Cidade de Ponta
Delgada, na Ilha de S. Miguel, para nelle se ver o novo adro
que 08 Religiosos de S. Francisco pretendem continuar. Em 12
de junho de 1801.
0"*,410xO",285 (F. officio do Governador Ignacio Joaquim
de Coêtro, daiado de S. Miguel, 6 de outubro de 1801). Ene. /.
7. — Plano da Caldeira e sua entrada do Cães da Alfandega
ao sul da cidade de Ponta Delgada na Ilha de S. Miguel, onde é o
embarcadouro e desembarcadouro geral da referida cidade, para
nelle se vêr o estado de ruina e de entulho em que se achava a
mencionada Caldeira em 20 de Julho de 1802. Por Ignacio Joa-
Íuim de Castro, Governador e Coronel de artilharia na mesma
lha. Copiado do Plano original por Guilherme Harding Read,
negociante inglez na cidade de Ponta Delgada, em 1 de março
de 1804.
0",530xO™,415. Colorido (F. ofp^io do Governador Ignacio
Joaquim de Castro, datado de S. Miguel, 11 de abril de 1801).
Ene. /.
8. — Plano do molhe e caldeira do areal do Castello de
São Braz, da cidade de Ponta Delgada, na Ilha de S. Miguel,
em que se mostra a sua extensão superficial, o seu fundo, tanto
dentro como na sua entrada e mais logares, perto da mencionada
caldeira, como igualmente o Plano do dito Castello e parte da
dita cidade, com a distancia delle Castello ao ancoradouro. Por
Ignacio Joaquim de Castro, Governador da mesma Ilha e Coronel
de artilharia, era 24 de julho de KSOi. P. H Read, f.
0^,595 X 0^,435. Colorido ( V. officio do Goveimador, Ignacio
Joaquim de Castro, datado de ò'. Mijucl, 26 de março de 1805).
Ene. /.
E ARCraVOS NAC10NAE8 205
9. — Planta para a construpção da Esplanada do Castello
de SSo Braz na cidade de Ponta Delgada.
O",830 X (>",400. Colorida. (F. offido do Governador, Ayres
Pinto de Sousa, datado de Angra, 14 de agosto de 1812). Eoe. /•
10. — Planta e perfil do Cães da cidade de Ponta Delgada.
0°",295xO»,210. Colorida. (F. officio do Corregedor de 8.
Miguel, João José da Veiga, datado de Ponta Delgada, 24 de
janeiro de 1814). Ene. L
11. — Planta do Cães da Alfandega da Ilha de S. Miguel e
projecto de um molhe para pequenas embarcações.
0™,50õ X O^^jSOO. Colorida. (F. officio do Corregedor, João
José da Veiga, datado de Ponta Delgada, 10 de dezembro de 1817).
Ene. /.
12. — Projecto para o Passeio publico da cidade de Ponta
Delgada. Contém a planta do jardim e a perspectiva da Ermida
da Mfte de Deus.
0™,710x 0^500. Colorido. (F officio do Goveimador da Ilha
de S. Miguel, José d* Arriaga Brum da Silveira, datado de Ponta
Delgada, 26 de janeiro de 1816). Ene. /.
13. — Planta do Ilhéo de Villa Franca, fronteiro á Ilha de
S. Miguel.
0"»,365 X 0^,250. Ene. /.
14. — EsbOQO da planta anterior.
0",34õ X 0"^,220. Ene. /.
15. — Aguarella representando a con6guraçSo de um Ilhéo,
formado por erupção vulcânica, próximo da Ilha de S. Miguel,
(a). A. J. Sousa. 1811.
0'",215x(>°,255. (F offidjo do Governador da Ilha de 8. Mi-
guel, José Francisco de Paula Cavalcanti de Albuquerque, datado
de Ponta Delgada, 21 de acosto de f811). Ene. L
16. — Planta da Bahia da Villa da Horta, na Ilha do Fayal,
onde se mostram a sua configuração, a defeza militar do porto e
os legares onde ancoram os navios mercantes e os .de guerra.
Pelo Capitão d'Infantaria com exercicio de Engenheiro, Francisco
Xavier Machado, 1769.
0",705 X 0"^,330, Colorida. Ene. //.
206 BOLETIM OA8 BIBLIOTHECAS
17. — Planta do Forte de Santa Cruz na Ilha do Fayal.
Pelo Capitão Francisco Xavier Machado. 1769.
(P,310x0'°,210. Colorida. Ene. U.
18. — Planta do Forte de Nossa Senhora da Ouia, na Ilha
do Fayal. Pelo CapitXo Francisco Xavier Machado. 1769.
0»,330 X (r,205. Colorida. Ene. //.
19. — Planta do Forte da Cruz dos Mortos, na Ilha do
Fayal. Pelo CapitSo Francisco Xavier Machado. 4769.
0",305 X 0",200. Colorida. Eoc. 11.
20. — Planta do Forte da Carrasca, na Ilha do Fayal. Pelo
Capitão Francisco Xavier Machado. 1769.
0'°,2(X) X 0°»,305. Colorida. Ene. //.
21. — Planta do Forte da Ponta Furada, na Ilha do Fayal.
Pelo Capitão Francisco Xavier Machado. 1769.
0",200x 0^310. Colorida. Ene. //.
22-23. — Plantas dos 2 Fortes da Peleira, na Ilha do
Fayal. Pelo Capitão Francisco Xavier Machado. 1769.
0%205 X 0'",305. Coloridas. Ene. II.
24-25. — Plantas dos 2 Fortes de Castello Branco, na Ilha
do Fayal. Pelo Capitão Francisco Xavier Machado. 1769.
O'",200 X O^^jSOÕ. Coloridas. Ene. //.
28. — Planta do Forte de N. S. Jesus Christo ou da Praia
do Almoxarife, na Ilha do Fayal. Pelo Capitão Francisco Xavier
Machado. 1769.
(r,200 X 0^,305. Colorida. Ene. H.
27. — Planta do Forte de N. S.* dos Remédios da Praia
do Almoxarife, na Ilha do Fayal. Pelo Capitão Francisco Xavier
Machado. 1769.
(r,200 X (r ,310. Colorida. Ene. U.
28. — Planta do Beducto de N. S.* da Conceição da
Alagôa, na Ilha da Fayal. Pelo Capitão Francisco Xavier Ma-
chado. 1769.
0",200 X 0",305. Colorida. Ene. //.
E ÁBCUlVOtt NACIOKABS 207
29. — Planta do Forte novo na Bahia do Porto da Villa da
Horta, na Ilha do FayaL Pelo CapítSo Francisco Xavier Ma-
chado. 1769.
0»,310 X 0«,205. Colorida. Inc. //.
30. — Planta do Forte do Porto da Villa da Magdalena, na
Ilha do Pico. Pelo CapitSo Francisco Xavier Machado. 1769.
0^,200 X 0",305. Colorida. Ene. II.
31. — Planta do Forte do Porto da Villa de Lagos, na Ilha
do Pico. Pelo Capitão Francisco Xavier Machado. 1769.
0'»,200 X 0"»,305. Colorida. Ene. //.
32. — Planta do Forte da Prahínha da Ilha do Pico. Pelo
CapitSo Francisco Xavier Machado. 1769.
0",200 X 0",305. Colorida. Ene. //.
33. — Planta do Forte do Cães da Ilha do Pico. Pelo Ca-
pitSo Francisco Xavier Machado. 1769.
0",2(X) X Cr,300. Colorida. Ene. //.
34-66. — Plantas (33) dos Fortes e Rednctos que guarnecem
e defendem a costa da Ilha Terceira. 1777.
0™,220x0™,320. Coloridas. Contém aa plantas dos Fortes do
Espirito Santo, Santa Cruz, N. 5.* da Luz, S. Francisco (2),
S. Antão, Santa Catharina (2), S. Thiago, S. Bento, S. Fer-
nando, S. Sebastião, Pesqueiro dos Meninos, Boni Jesus, Cfruta,
Canninhas, Covallos, Salga, S. António do Porto Judeu, Lapi^
nha, S. Matheus, Terreiro, Negrito e N. /S.* do Pilar e dos
Reductos de N. /S\* da Conceição, S. Jorge, Santo António, N.
S.^ da Nazareth, Ribeira Secca (2), Casa da Salga, Má Ferra-
menta e S, Matheus. Ene. ///.
67. — Planta da Bahia da Praia.
0™,530 X 0"\380. Colorida, (F. officio do Governador e Ca-
pitão General dos Açores, Diniz Gregório de Mello Castro e
Mendonça, datado de Angra, 10 de junho de 1793). Ene. /.
68. — Esboço da planta anterior.
0»,490 X 0",270. Ene. /.
69. — Projecto de ama enfermaria no Hospital Militar da
Boa Nova, na Cidade de Angra.
^08 BOLETIM DAS BIBLlOTHECAS
0*,475 X 0",580. ( V. offido do Governador, Francisco António
d' Araújo Azevedo, datado de Angra, 27 de agoeto de 1817). be. /.
70. — Perspectiva, da Ilha de S. Jorge, vista da do Fayal.
Planta imaginaria da planta da dita Ilha em 1808.
. 0",415x0«»,310. Colorida. (F. offido do Governador, D. Mi-
guel António de Mdlo, datado de Angra, 6 de maio de 18S8).
Ene. /.
Cabo Verde
71. — Planta da Cidade da Ribeira Grande da Ilha de Cabo
Verde, com as suas fortifícaçSes.
0"»,410 X O^^jSlõ. Colorida. (F. offido de Manuel Gonçalves
de Carvalho, datado da Ribeira Grande, 24 de junho de 1769).
Emm.
72. — Planta da Fortaleza real da Cidade da Ribeira Grande,
na Ilha de Santiago de Cabo Verde.
0'",295 > 0°»,220. Colorida. ( V. offido do Governador de Cabo
Verde, Joaquim Salema de Saldanha Lobo, datado de Santiago,
15 de julho de 1770). Ene. IV.
73. — Plantas dos Fortes de S. Veríssimo e do Presidio, que
ficam mais próximos do ancoradouro e porto principal de em-
barque e desembarque, que tem a Cidade da Ribeira Grande da
Ilha de Santiago. <
0°»,275 xO°*,170. Colorida. (F. offido do Governador, Joaquim
Salema de Saldanha Lobo, datado de Áantiago, 16 de julho de
1770). Ene. IV.
74. — Planta dos Fortes de S. JoSo dos Cavalleiros, de
Santo António, de S. Braz e de S. Lourenço, que guarnecem a
costa da Cidade da Ribeira Grande dai Ilha de Santiago.
0",270xO"\210. Colorida. (V. offido do Governador, Joaquim
Salema de Saldanha Lobo, datado de Santiago, 16 de julho de
1770). Ene. IV.
75. — Planta do Porto da Villa da Praia da Ilha de San-
tiago.
0",320 < 0^,195. Esboço a lápis. (V. offi^io do Governador
B ARCHIVOS NAGIONAES 209
ãe Cabo Verde, D. António Covtínho de Lencastre, datado da
VtUa da Praia, 13 de outubro de i808). Ene. IV.
76-77. — Plantas (2) das Baterias da Ponta da TemeroBa
e da Ponta da Mulher Branca da Villa da Praia da Ilha de
Santiago.
O", 145 X O™, 115. (V. officio do Governador, D. António Cou-
tinho de Lencastre, datado da Villa da Praia, 18 de oíitubro de
1808). Ene. IV.
78. — Perspectiva do Quartel da Villa da Praia.
(y»,230 X 0"^,200. (F. officio do Governador, Marcdlino An-
tonio BastOf datado cie Santiago de Cabo Verde, 8 de agosto ãe
1798). Edc. IV.
79. — Planta das Ilhas de S. Vicente e de Santo AntSo.
0™,345x0",220. Colorida. (F. officio do Governador de Cabo
Verde, MarceUino António Basto, datado de Santiago de Cabo
Verde, 16 de agosto de 1798). Ene. IV.
80. — Planta da Povoação de D. Rodrigo, na Ilha de
S. Vicente.
0^,445 X 0'°,345. (F. officio do Govei^nador MarceUino António
Basto, datado de Santiago de Cabo Verde, 8 de agosto de 1798).
Ene. IV.
81. —Planta do Porto Real da Ilha de S. Vicente.
0°»,210 X 0'",280. (V. officio do Governador de Cabo Verde
António Pusich, datado da Villa da Praia, 16 de dezembro de
1819). Ene. IV.
82. — Perspectiva do Quartel do Cacheu.
0",435x0"*,160. (F. officio do Governador, o Coronel João
da Matta Chapuz, dafddo de Santiago de Cabo Verde, 9 de abril
de 1825). Ene. IV
S. Thomé & Príncipe
83. — Plano da Bahia de Anna de Chaves, comprehendendo
a planta da Cidade de S. Thomé e a perspectiva e planta da
Fortaleza de S. SebastiSo.
210 BOLBilM DAS BIBL10THEGA8
0"*,425 X 0"*^686. Colorido. É assignado pelo Governador doê
llhcu de S. Thomé e Príncipe, João Rosendo Tavares Leote,
(1788-96). Emni.
84. — Planta geographica da Ilha do Príncipe. Por José
António Caldas.
0"',425 X 0",290. Colorida. ( V. officio de J. A. Caldas, datado
da BcMa, 15 de maio de 1757). Emiii.
85. — Planta iconographíca da Cidade de Santo António, na
Ilha do Príncipe. Por José António Caldas.
0~,270xO",420. Colorida, (F. officio de J. A. Caldas, datado
da Bahia, 15 de maio de 1757). Emm.
86. — Plano da Ilha do Príncipe por Joaqaim de Sonsa
Braga. Copia do Capitllo José Maria da Silva Paulete, em ja-
neiro de 1814. •
0™,29 x 0",18. Colorido. (F. officio do Governador, Luiz Joa-
quim Lisboa, datado da Ilha do Principe, 21 de março de 1814).
87. — Planta de uma parte de Oeste da Ilha do Principe
por Joaquim de Sousa Braga. Copia do Capitão José Maria da
Silva Paulete, em janeiro de 18i4.
0™,28xO™,19. Colorida. (F. offimo do Governador, Luiz
Joaquim Lisboa, datado de 21 de março de 1814). Emm.
88. — Perspectiva da Cidade de Santo António da Ilha do
Principe e dos montes que lhe ficam próximos. Por José António
Caldas.
(r,'335 X (r,225. Colorida. (F. offi^^ de J. A. Caldas, da-
tado da Bahia, 15 de maio de 1757). Emm.
89. — Plano da Cidade de Santo António da Ilha do Prin-
cipe, tirado por Joaquim de Sousa Braga. Copia de José Maria
da Silva Paulete (1814).
0™,27x(r,18. Colorido. {V. offido do Governador^ Luiz
Joaquim Lisboa, datado da Ilha do Principe, 21 de março de
1814). Emm.
90. — Planta da Bahia e Cidade de Santo António da Ilha
j
B ARCHIVOS NACIONAES 211
do Príncipe, comprehendendo as Fortalezas de SanfAnna e da
Ponta da Mina ou Santo António. Por José António Caldas.
(r,415 X O^jôlb. Colorida. (F. officio de J. A. Caldas, da-
todo da Bahia, 15 de maio de 1757). Bmm.
91-93. — Planta do Porto da Ilha do Príncipe, pelo Sar-
gento-mór de Milícias, António Ramos de Qaeiroz. 1800.
(r,310 X 0'",195. (F. officio do Governador de S. Thomé, o
Coronel d' Artilharia António Franco de Castro, daiado da Ilha
do Príncipe, 11 de julho de Í80S). 3 ex. com pequenas differenças.
Ebc. V.
94. — Plano do Porto da Ilha do Príncipe, tirado por
Joaquim de Sousa Braga. Copia de José Maria da Silva Paulete,
em janeiro de 1814.
0™,23 X 0°",19. Colorido. (V. officio do Governador, Luiz Joa-
quim Lisboa, datado da Ilha do Príncipe, 21 de m^rço de 1814).
Emiu.
95. — Plantas e perspectivas das Fortificações projectadas
em 1757, para defeza da Cidade de Santo António, na Ilha do
Príncipe.
(r,275 X O"", 275. Coloridas. (V. officio de José António Cal-
das ^ datado da Bahia, 16 de maio de 1757). Edc.. V.
96. — Perspectivas da Fortaleza de Santo António da
Ilha do Príncipe. Desenhadas pelo Major de Milícias, António
Ramos de Queiroz.
(r,200 X 0",215. (F. officio do Major Ramos de Queiroz,
datado da Ilha do Príncipe, 28 de fevereiro de 1800). Ebc. V.
97-99. — Planta da Fortaleza de Santo António, na Ponta
da Mina da Ilha do Príncipe, que defende a entrada da barra.
Pelo Sargento-mór de Milícias, António Ramos de Queiroz. 1800.
0°»,210 X 0™,340. (F. officio do Governador, António Franco
de Castro, datado da Ilha do Príncipe, 11 de julho de 1805). 3
ex. com pequenas differenças. Ene. F.
100-101. — Plantas do Reducto de N. Senhora da Naza-
reth e do Qaartel da Fortaleza da Ponta da Mina da Ilha do
Príncipe, construído este em dezembro de 1809.
0'",S40 X 0™,215. Coloridas. (F. offi^ios (1^ e 2.* via) de
212 BOLETIM DAS BIBUOTHECAS
Laiz Joaquim Lisboa, datadoê da Ilha do Frineipe, 30 de junho
de 1810). 2 ez. Ene. V.
102. — Planta da Ilha de Fernando Pó.
0",515 > 0«,380. Colorida. (V. officio do Capitio mor das
Ilhas de S. Thomé e Príncipe, Vicente Gomes Ferreira, datado
de 8. Thomé, 28 de fevereiro de 1772). Emn.
103.— Planta da Ilha de Fernando Pó.
0«,615 X 0",385. Colorida. Ene. XXVL
Angola
104. — Perspectiva da parte da Cidade de S. Paalo d' As*
Bumpção de Loanda, comprehendida entre a Sé e o Reducto de
K. S.* da Guia. Feita e desenhada pelo Sargento-mór Guilherme
Joaquim Paes de Menezes, em 20 de março de 1785.
O^^jTSO xO"»,260. Colorida. {V. officio do Governador de An-
gola, D. António Alvares da Cunha, datado de 8. Faulo d^ As-
sumpção de Loanda, 24 de março de 1755). Emoi.
105-110. — Plantas diversas (6) de uma projectada Forta-
leza que cruzasse com o Reducto de N. S.^ das Necessidades,
Fortaleza de S. Pedro da Barra, Reducto de N. S.* do Cabo e
a Cidade de S. Paulo d' Assumpção de Loanda, 3 projectadas e
desenhadas pelo Sargento-mór Engenheiro, Christoyão Martins
Figueira e as outras 3 pelo Sargento-mór d'Infantaria, Guilherme
Joaquim Paes de Menezes, em 1754.
0",580 X 0»,400 e 0'",590 X 0°»,465. Coloridas. (V. officio do
Governador d' Angola, D. António Alvares da Cunha, datado de
8, Faulo d'As8umpção, 8 de dezembro de 1758). Ene. VI.
111-116. — Plantas (6) eguaes ás antecedentes e annexas
á 2.* via do referido officio do Governador D. António Alvares
da Cunha. Ene. VI.
117. — Planta do novo Forte, no sitio do Penedo da Cidade
de S. Paulo d'Assumpç3o do Reino de Angola. Projectado e
desenhado pelo Sargento-mór d^Infantaria, com exercício de
Engenheiro, Guilherme Joaquim Paes de Menezes, em 17SS.
j
£ ÁRCHIVOS NACIONAES 213
0",835 X 0",635. (V. officio do Oovemador D. António Al-
vares da Cunha, datado de S. Paulo d' Assumpção 12 de março
de 1756). Ene. VI.
118-119. — Perspectiva e planta docatafalco armado na
Sé de Loanda para a celebração das exéquias por alma de
D. Pedro IV.
0"*,200 X 0^,350. Coloridas. (F. officio do Governador,
Conde de Lavradio, datado de Loanda, 29 de março de 1781),
Eac. VI.
120-121. — Perspectiva e planta do Quartel do Regi-
mento de Infantaria paga da cidade de S. Paulo d' Assumpção
de Loanda.
0»,700 X 0",200 e O^jGgO x 0",380. (F. officio do Governa-
dor, D. António Alvares da Cunha, datado de S. Paulo d^As-
sumpção, 4 de março de i75o). Ene. VI,
122. — Perspectiva do pórtico e gradeamento do Passeio
Publico da Ponta da Isabel, na Cidade de Loanda.
1",025 X 0",330. (F. ojgficio do Governador, Luiz da Moita
Feo, datado de Loanda, 11 de dezembro de 1818). Ene. VL
123-124. — Plantas (2) de uma parte do Canal intentado
pelos hollandezes, para conduzir agua do Rio Quanza até á Cidade
de S. Paulo d^Assurapção de Loanda. Pelo 2.*^ Tenente d'Arti-
Iharia Bernardo José da Costa.
0",410 X 0°*,270. Coloridas. (F. officio do Governador do
Reino de Angola, Manuel Vieira de Albuquerque e Távora, datado
de 8. Paulo d' Assumpto, 31 de outubro de 1819). Emm.
125. — Planta do Edifício do Terreiro Publico de Loanda,
mandado construir pelo Governador e Capitão General, D. Fran-
cisco Innocencio de Sousa Coutinho.
0°,200 X (T ,300. Colorida. (F. offi4^io do Goveimador, Nicoláo
d' Abreu Castello Branco, datado de S. Paulo d^ Assumpção, 1
de fevereiro de 1830). Ene. VI.
126. — Planta de uma parte da Costa do Congo, em que se
notam os três portos em que se devem construir as três Forta-
lezas de S. José de Cabinda, S. SebastiSo do Mulenbo e S. Mar-
tinho, do Luango. Desenhada pelo Sargento-mór de Infantaria
n
214 BOLETIM DAS BIBLIOTHECÁ8
com exercício de EngenheirOi Luiz Cândido Cordeiro Pinheiro
Fartado, em 4773.
O^^fiOb X 0",195. Colorida. (V. officio do Governador e Capitão
General do Reino de Angola, D. António de Lencastre, datado
de 3. Paulo d' Assumpção, 31 de março de 4773). Ebdi.
127-129. — Plantas (3) das Fortalezas de S. José de Ca-
binda, de S. Sebastião do Molenbo e de S. Martinho do Loango,
na costa do Congo. Desenhadas peio Sargento-mór dlnfantaría,
Luiz Cândido Cordeiro Pinheiro Furtado.
0°>,290 X (r,180. Coloridas. (F. officio do Governador do
Seino de Angola, D. António de Lencastre, datado de S. Paulo
d' Assumpção, 31 de março de 1773). Ene. VIL
130. — TopogrrapMa e descripção exacta e verdadeira da
Costa, Rios, Terras e Sobas que ha do rio Quanza até ao rio
Dande e uma parte da Provincia da Quissama, para n'ella
mostrar o sitio da ensaca e cerco que o Governador do Beino
de Angola, João Corrêa de Sousa poz a Manicassanze, cabeça
dos sobas que se haviam rebellado em.1621. (Contém noticias da
guerra do Cassanza, da Cidade de S. Paulo, dos Rios Quanza,
Bengo e Dande).
O^jSSô X 0'»,46õ. ColoHdo. Emm.
131. — Plano do acampamento da Expedição militar, sob o
commando do Coronel Paulo Martins Pinheiro de Lacerda, en-
viada pelo Governador e Capitão General de Angola, Manuel de
Almeida e Vasconcellos, para castigar os rebeldes Namboan-
gongo, Quinguengo, Lundo, Zaia e outros até Gimga e Eólo.
0°*, 135x0"*, 135. (F. officio do mesmo Coronel Paulo Martins
Pinheiro de Lacerda, datado do Arraial de N. Senhora da Na-
zareth e Santo António no Campo do Dondo, 12 de junho de
1793). Ene. VL
132. — Plsuata da Fortaleza de Benguella. Desenhada pelo
Capitão Tenente Frederico Jacob de Weinholtz;
0'°;420 X 0™,315. Colorida, (F. officio do Governador d' An-
gola, António de Vasconcellos, datado de 25 d^outuòro de 1788).
Ene. VL
133-134. — Planta da Fortaleza de N. S.* da Conceição de
E ARCHlVOS NACIONAES 215
S. Filippe de Bengaella, na qual se observam as suas grandes
ruínas e pai*tes que estam por acabar. 1 de janeiro de 1798.
0"*,335 X CP,205. (F. officio do Governador, Alexandre José
Botdho de VasconceUos, datado de 8, Filippe de BengueUa, 28
de março de 1798). 2 ex. i.* e 2.» via. Ene. VII.
135. — Plano do estado presente da Fortaleza de S. Filippe
de Benguella, em que se projecta em amarello o parapeito, que
se deve executar para ficar em estado de defeza. Desenhada pelo
Tenente Coronel Engenheiro Luiz Cândido Cordeiro em 1779.
0"*,485 X 0"*,280. Colorido. ( F. officio do Governador de An-
gola, José Gonçalo da Camará/ datado de S. Paulo d* Assumpção,
12 de janeiro de 1780). Ene. VI.
136. — Planta da Fortaleza de N. Senhora da Conceiçfto de
S. Filippe de Benguella.
0'°,3S5 X 0'°,220. (F. officio do Governador de Benguella Ale-
xandre Botelho de Vasconcellos, de 27 de jvlho de 17)16). Ene. VÍI.
137. — Planta da Fortaleza de Benguella, levantada em
1797 e novamente examinada e desenhada, por ordem do Go*
vemador e Capitão General do Reino d'Ángola, António de
Saldanha da Gama, pelo Sargento-mór do Real Corpo de Enge-
nheiros, Justino José d^Ândrade, em 1807.
0",535 X 0^,380. Caloira. (F officio do mesmo Governa-
dor, datado de 8. Paulo d' Assumpto, 29 d'outuhro de 1807).
Ene. VI.
138. — Planta da Fortificação projectada para a defeza da
Cidade de S. Filippe de Benguella. Pelo Sargento-mór de Enge-
nheiros, Justino José d'Andrade, em 1S07.
0°*,535 X 0",380. Coloidda. (F. offi^cio do Goveimador de An-
gola, António de 8aldanha da Gama, datado de 8. Paulo d' As-
8uny[>çào, 29 de outubro de 1807). Ene. VI.
139. — Planta do Hospital, que os moradores da cidade de
S. Filippe de Benguella pretendem mandar edificar sob a protec-
ção do Governador Francisco Paim da Camará e Ornellas. 1791.
0",600 X 0™,360. Colorida. (F. officio do mesmo Governador,
datado de 8. FUippe de Benguella, 23 de abril de 1792). Ene. VL
140. — Planta do novo Hospital de S. ChristovSo, em
216 BOLETIM DAS BIBLlOTflECAS
S.-Filippe de Benguella, a qual demonstra as suas enfennarias e
mais commodidades. Anno de 1798.
0",335 X 0",210. (F. officio do Governador, Alexandre Jo»i
Botelho de Vaeconcdlos, datado de S. Filippe de BengueUa, 28
dé março de 1798). 2 ex. 1.* e 2.» via. Ene. VI.
141. — Mappa da derrota que fez a H&a de guerra N. S.^
da Natividade no anno de 17õ3. Abrange a parte occidental da
Europa, desde a barra de Lisboa á costa occidental da Africa
até ao Cabo da Boa Esperança, parte do Brazil, as Ilhas dos
Açores, Canárias, Cabo Verde, etc. Feita em Loanda pelo Sar-
gento-mór Guilherme Joaquim Paes de Menezes.
0",185 X 0",260. Colorido. (V. offido de Guilherme Paes de
Menezes, datado de S. Paulo d^ Assumpção, 1 de novembro de
17S3). «mm.
Moçambique
142. — Planta parcial da Africa, indicando as PossessSes
portuguezas nas costas oriental e occidental. i768.
0™,286 ^ 0",220. É copia de uma planta franceza, feita pelo
dr. Francisco José de Lacerda e Almeida para n*ella ir indicando
o itenerario da sua viagem, a que se referem as plantas seguintes.
Ene. VIU.
143-165. — Plantas geographicas (23) mostrando o roteiro
da viagem que seguiu de Tete até ao Cazembe a Expedição
commandada pelo dr. Francisco José de Lacerda e Almeida,
Governador dos Rios de Sena.
O", 240 X 0",360. Sào todas ellas evidentemente desenhadas
pelo dr, Lacerda e executadas durante a viagem. O dr. Lacerda
que chegara a Quelimane a 2 de novembro de 1797 (officio de 12-
11-1797) partiu de Tete com a expedição em 3 de julho de 1798,
chegando a Cazembe pouco depois do dia 4 de outubro, onde
morreu a 18, deixando covimandante da expedição o CapeUao
P.^ Francisco João Pinto, que se conservou no Cazembe até agosto
de 4799^ regressando a Tete a 22 de novembro. O diário do dr.
Lacerda e a sua continuação pelo P.^ Francisco João Pinto,
acham- se publicados nos aAnnaes maritimos e coloniaes» 1844 —
4,' serie, pag. 309 e seguintes e 1813 — 5.* serie pag. 149 e se-
guintes. Ene. VIII.
r
È AKOtílVOS NACiONÁiSS 21?
166. — Planta parcial da África, comprehendendo as Pos-
BessSes portuguezas nas costas oriental e Occidental. Por Joaquim
José Gomes Viza Brand&o.
0"*,320 X (y°,205. (F. requerimento de Viza Brandão, offere-
cendo-se para tentar a travessia de Costa a Contra costa» g. d.)»
Ene. VIU.
167. — Planta da Ilha de Moçambique e da parte da Costa
que lhe fica fronteira desde o Rio Mocambo até á Ponta de Qui-
tangonha. Por António José da Silveira e Menezes.
O^jlSôxO^^.iSO. (F. carta de Filippe José da Gama, datada
de Moçambique, 28 de agosto de 17S4). Ene. X.
168. — Plano da Ilha de Moçambique, situada na Costa d'A-
frica oriental, em 48^ e 28' de longitude do meridiano de Lisboa
e na latitude de 15® e 1' ao sul da Linha, que mandou tirar o
Governador e Capit&o General da mesma Ilha e seus Continentes
Jsidro d^Almeida Sousa e Sá, por Carlos José dos Reis e Gama,
Sargento-mór e Commandante do Corpo d^artilharia, que guar-
nece a dita Ilha. Feito em Moçambique em julho de 1803.
0",640 X 0™,820. Colorido. Emm.
169-170. — Plano do Forte de Santo António, na Ilha de
Moçambique e croquis da configuração topographica da mesma
Ilha.
0™,210 X 0",310. (F. officio do Governador, João da Costa
Brito Sanches, datado de Moçambique, 26 de fe/vereiro de 1820).
2 ex. Ene. VIII.
171. — Perspectivas das fachadas e planta do Edifício da
Alfandega de Moçambique.
0",400xO™,2ôO. Colorídas. (F. officio dos' Governadores in-
terinos, Fr. Amaro José de Santo Thomaz, António José de Mo-
raes Durão e Vicente Caetano da Maia e Vasconcellos, datado
de Moçambique, 6 d' agosto de \1%\). Ene. VIIL
172. — Risoo do Cães que se pretende fazer junto á Alfan-
dega de Moçambique. Delineado por Carlos José dos Reis e
Oama, Capit&o Commandante do Corpo de artilharia de Moçam-
bique, em 28 de outubro de 1801.
0",825 X 0™,390. ( F. officio do Governador Isidro d' Almeida
?.• ANHO, N.» 2 9
218 BOLETIM DÁS B1BLIOTH£CáS
Sousa e Sá, datado de Moçamhiaue, 1 de outubro de I80l)« !■€•
VIII.
173. — Planta do Aquartelamento e Fortaleza da Ilha de
Moçambique. Feita por Carlos José dos Reis e Gama, Sargento-
mór e Commandante do Corpo de artilharia em 1802.
0-,525 X O-jCaO. Colorida. Emm.
174. — Plano e prospecto do Cemitério que por ordem de
3. Alteza Real se hade fazer na ponta da Ilha de- Moçambique
e por mandado do Governador Isidro d' Almeida Sousa e Sá foi
desenhado por Carlos José dos Reis e Gama, Cavalleiro da
Ordem de S. Bento d^Aviz, Inspector das Fortificações, Sar-
gento-mór e Commandante do Corpo de artilharia, que guarnece
a dita Ilha. Feito em 8 de março de 1804.
0°',455x0°,690. (F. officio do mesmo Governador, datado de
Moçambique, 16 dejuUio de 1805). Edc. VIIL
175. — Planta da Fortificação de Inhambane.
0°*,415 xO°*,660. (F. officio do Governador, Izidro Manuel de
Carrazedo, datado de Inhambane, 11 de abril de 1821), Ene. VIIL
176. — Carta plana de Mossuril e Cabaceiras. Por José
Amado da Canha, Sargento-mór graduado. Anno de 1802.
0°»,600xO>",670. Emm.
177-178. — Planta do Forte de S. José de Mossuril em que
se mostra o estado em que se achava em 8 de setembro de 1801.
Feita pelo Capitão e Commandante do Corpo de Cipais, José
Amado da Cunha.
O^^jSlõxO^^jéSõ. Colorida, (F. officio do Governador, Isidro
d^ Almeida Sousa e Sá, datado de Moçambique, 8 de novembro de
1 801). 2 ex. 1.* e 2.* via. Ene. VIIL
179. — Planta do Forte de Mossuril por José Amado da
Cunha, Sargento-mór graduado. Anno de 1802.
(r,230 X 0™,380. Ene. VIIL
180. — Planta de uma parte da Costa da Capitania de Cabo
% Delgado na Africa oriental, comprehendendo uma parte da Costa
de Querimba e a Ilha do Ibo, capital da dita Capitania| com a
»
r-
J
Ê ÁRcmvos nácionaès 2ld
descripçSo da soa Barra. Tirada em maio de 1817| pelo CapitSo
de artilheria, António FranciBOO de Paula e Hollanda Cavalcanti.
0~,775 X O*,610. Colorida. (F". offido do Governador, José
Francisco de Pavia Cavalcanti de Albuquerque, datado de Mo^
çamlnjue, 16 de setembro de 1817). Bmin.
181. — Planta do Forte Velho da Ilha do Ibo, capital das
de Cabo Delgado.
O", 245x0", 390. Colorida. (F. officio do Governador, António
Manuel de Mello e Castro, datado de Moçambique, 22 de agosto
de 17W). Ene. VIIL
182. — jPlano e perfil da Fortaleza que o Governador e Ca-
pitSo General de Moçambique, António Manuel de Mello e Castro,
mandou fazer na Ilha do Ibo, capital das de Cabo Delgado, que
desenhou o Capití&o da 1.^ companhia de Granadeiros da Praça
de Moçambique, António José Teixeira Tigre.
0'",380 X O^jéOô. Colorido. ( V. officio do mesmo Governador,
datado de 22 d' agosto de i79i). Eoc. VIIL
183. — Planta da Fortaleza de S. Jo2o da Ilha do Ibo.
Levantada em maio de 1817, pelo CapitSo de artilharia, António
Francisco de Paula e Hollanda Cavalcanti.
0"»,365x0",230. Colorida. {V. offido do Governador, José
Francisco de Paula Cavalcanti de Albuquerque^ datado de Mo-
çambique, 16 de setembro de 1817). Ene. VIIL
184. — Planta da Fortaleza de S.Jofto do Ibo das Ilhas
do Cabo Delgado, tirada em 6 de julho de 1831 e oíFerecida á
correcçfto do Governador e Capitão General da capitania de
Moçambique, Paulo José Miguei de Brito.
0°»,330 X 0-,330. Ene. VIIL
185. — Planta da Ilha de Mombaça.
0'",280 X 0'»,420. Ene. XXVL
índia
186. — Mappa da Ilha de Bombaim. Indica a terra e a Barra
320 AOLíStlU Dás BlBLlOTHKCAft
de Bombainii o Rio de Tani| a Ilha de BaraglO| a Paaeageiii
do Mar, Bandorá, terra firme, etc.
P''f740xO",õ20. Colorido. CòUado iobre cartão. Deteriorado.
Desenhado na índia. Sec. XVIL Ebib.
187. — Planta de ama parte do território de Gôa. Compre-
hende a parte da Costa entre a Praça da Aguada e o Forte do
Tíracol e para o interior, Pernem, Bardez, Bicholim, Sanque-
Hm, Us^rilO) Gôa, Pondá, Sattaiy e Mannarim.
O^^ôOOxO^jSáO. Coloinda, {V. officio do Conde de Rio Pai^,
datado de Gôa, 12 de fevereiro de 1hÍ7). Emm.
188-189. — PlantR de Molondi, 12 léguas ao norte de Gôa.
0'",520 X 0^,330. Colorida. {V. officios de Francisco da Cu-
nha e Menezes j datados de Oôa, 22 de fevereiro e 21 de novembro
de 1790). 2 ex. i.* e 2^ via. 188 — tne. XI— 189 — tmm.
m
190. — Planta da Praça do Piro^ tomada em 30 de janeiro
de 1791.
0^,535 x0™,335. Colorida. (V. officio de Francisco da Cunha
Menezes, datado de Oôa 18 de abril de 1791). Emm.
191-192. — Mappa demonstrativo da situaçSo das Fortalezas
de Bicholim e Sanquelim e da disposiçUo das tropas sob o com-
mando de António d'Alva Castelbranco.
0'°,426 X 0"*,335. Colorido. (V. carta de António d' Alva
Castélhranco, datada do Campo de Candiapar, 23 de fevereiro
de 1779). 2 ex. í.* e 2.» via. Ene. XI.
193. — Plano do ataque e da defeza da Fortaleza de Serin-
gapatam, desenhado pelo Capitfto Laurens.
O™, 295 X O™, 230. Colorido. (V. officio de Francisco António
da Veiga Cabral, datado de Margào, 10 de março de 1793).
Ene. XI.
194. — Plantado terreno comprehendido entre as Fortalezas
do Tiracoi e Barim. Pelo Sargento-mór Engenheiro, Francisco
Augusto Monteiro Cabral.
O^^jáôO X 0",500. (F. oj^cío do Conde do Rio Pardo, datado
de Gôa, 23 de dezembro de 1817;. Ene. XI.
195-199. — Plantas (5) de uma parte do Arsenal de Gôa e
K AlíUHIVOS NACIONAES 221
de um Laboratório que ai li se projectara construir. Levantadas
por José Baptista Vieira Godinho e tiradas a limpo pelo Coronel
Theodosio da Silva Reboxo.
0»,425x0°»,330 e O^^jSSãxO^jlSõ. {V. instrucçSes do mesmo
Coronel Silva Reboxo^ datadoB do Q^artd d^í Sanita Ignez (Oôa),
8 de janeiro de 1779). Erc. XI.
200. — Planta da Fabrica da Pólvora na Praça de Mor-
mugão. Pelo Capitão Engenheiro Filippe Catalani.
0",260 X O^^^SQO. (F. officio do Conde da Ega, datado de
CKa, 12 de janeiro de 1762). Ene. XI.
201. — Planta da Fabrica de Tecidos da Ilha de Cumbarjua.
0"*,305x 0^,400. Colorida. (F. officio do Bispo D. Francisco,
datado de Gôa, 30 de abril de 1800). Ene. XL
202. — Mappa das marchas, acampamentos, choques, desem-
barques e rendição de Praças, que na Ásia alcançou o Marquez
de Castello Novo, Vice-Rei e CapitSo General da India^ nas duas
campanhas que principiaram' em 3 de maio e 20 de novembro
de 1746.
0",415x0°^,320. Colorido. Ene. XI.
203. — Planta das evoluções que o 2.® Regimento d*infan-
taria de Gôa executou sob o commando do Coronel Ignacio de
Sousa e Brito, em 5 de fevereiro de 1776 e na presença do Go-
vernador D. José Pedro da Camará.
0™,480xO°,410. Colorida. Ene. XL
Macau
204. — Planta do Bispado de Macau, oomprehendendo a
Ilha de Haynan.
0",355 x 0™,27O. (F officio do Bispo D. Francisco, datado
de Macau, 15 de março de 1811). Emm.
205-207. —Plantas (3) das Fortalezas do Monte, Santiago,
N. S.* da Guia, N. S.* do Bom Porto, S. Francisco e dos Ba-
i'2'2 BOLETIM DÁS BIDUOTHECAS
laartes de S. Pedro e da Muralha, que guamecem a cidade de
Macau. Pelo 1.® Tenente Carlos Juli2o.
0",165xO"',215. Coloridoê. (F. officio do Bi$po de Macau,
datado de 29 de dezembro de 1791). Ene. XIL
208. — Perspeotiva e alçado da Cathedral de PeUm.
Projecto elaborado e desenhado por artistas chinezes.
1",035 X 0",635. Aguardla. {V. officio do Biepo D. Alexan-
dre, QoveiTiador de Macau, datado de 30 de dezembro de 1777).
Ene. XIIL
209. — Vista interior da projectada Cathedral de Pekim.
Desenhada pelos mesmos artistas chinezes.
0™,390 X 0",440. AauareUa. (V. referido ojffício do Biepo
D, Alexandre). Ene. XIII.
210. — Planta geral da projectada Cathedral de Pekin.
2'»,030xO"*,425. (F, referido officio do Biepo D. Alexandre).
Ene. ICin.
Timor
211. — Planta da regifto da Ilha de Timor entre as Ribeiras
de Lôis, Lamaquito e Marrôbo, mostrando as operações de guerra
entre indígenas e portuguezes, commandados pelo Capit&o mór
da província Gonçalo de Magalhães de Menezes, CapitÂo mór do
Campo, Joaquim de Mattos e Sargento mór da gente sicca,
Lucas da Canha: acampamentos, batalhas, tranqueiras, povoa-
çSes incendiadas, etc.
0"»,820xO",515. Colorida. S. d. (1725-1727). Trajos europeus
do principio do sec. XVIII. Deve talvez representar a Tomada
da Pedra de Cailaco importante fortaleza, muito bem defendida,
de que os portuguezes se apossaram em 1727. Emm.
Marrocos
212. — Embaroaoiones apresadas por el Javeque de la
Dotacion de Ceuta, nombrado N. S. de Africa, su commandante
D. Melchor de Mesa en este bloqueo de Gibraltar. — £1. P. Fr.
>J4
K ABGHIV08 NÁCI0NAE8 223
António Álvares de S. Ramon la inv. y delin. — Petnis Emma-
naele á G-ongoiti Sculp, 1783.
(r,450 X O°,270. Qrav. em metal. (F. officio de Jorge P.
Colaço, datado de Tanger, 25 de junho de 1786). Bmm.
Bahia
213. — Topograpllia da Bahia de todos os Santos, na qual
está situada a cidade de S. Salvador. Feita pelo Sargento mór
Engenheiro José António Caldas e copiada e reduzida pelo Aju-
dante d'Engenheiro José Francisco de Sousa em 1774.
0°»,330 X 0'»,440. Colorida. Emm.
214. — Perspeotiva de uma parte da Cidade da Bahia, na
qual se mostram os edifícios comprehendidos na parte superior e
inferior da cidade, algumas ruinas e o projecto de um novo pa-
redão. Pelo Ajudante d^Engeuheiro, Manuel Rodrigues Teixeira.
0",460xO°»,300. Colorida. {V. officio do Governador e Capi-
tão General Rodrigo José de Menezes, datado da Bahia, 18 de
janeiro de 1786). Emm.
215. — Planta e prospecto da obra que pretendem fazer os
negociantes da cidade da Bahia. (Cães, guindastes, armazéns e
carreiras para a construcçfto de navios).
0",700xO",485. (F. officio do Governador e Capitão General
Manuel da Cunha Menezes, datado da Bahia, 18 de abril de 1776).
Eo€. XIV.
216. — Planta, perfil e corte da Casa que servira de fabrica
da refinaçUo da pólvora na Bahia e que se projectara adaptar
para a preparação do salitre que se explorava no sert&o. Deli-
neada pelo Capitão Engenheiro Bernardo José Jordão.
0'",295x0'°,410. (F. oj^io do Intendente Geral do Ouro,
Wencesláo Peixeira da Silva, datado da Bahia, 7 de julho de
1755. Documentos da Bahia n.<" 1894 e 1897). Ene. XV.
(
1
324 BOLKTIM DÁS BIBLIOTHECAS
217. — Planta das Ribeiras situadas entre os Rios Pardo e
Jequitinhonha e da ribeira Piauhj Bravo, por Fedro Leolino
Mariz.
0",24õ X 0",245. Colorida. (V. carta do tnesmo Pedro Leo-
lino para o Conde de Athouguia, Vice Rei do BrazH, datada da
Villa do Bom Successo, õ de maio de 1752. Documentos da Ba-
hia n^ 256). Edc. XXVI.
218. — Planta do território da Capitania da Bahia, compre-
hendido entre o Rio de S. Francisco, o Rio Verde Grande e o
riacho chamado Gavião, que divide o termo da Villa do Fanado
da Vilia do Rio das Contas. Tem indicados os rios, as serras, as
estradas e o acampamento do Vice Rei Conde dos Arcos.
0",69õx0",530. Coloiida. {V. caria de Pedro Leolino Mariz
datado da Villa do Bom Successo, 10 de fevereiro de 1758, annexa
ao officio do Vice Rei Conde dos Arcos de 24 de maio de 1758.
Documentos da Bahia n."" 3478 e 3477. Ene. XIV.
219. — Planta da freguezia de S. Bartholomeu da Villa de
Maragogipe, no Recôncavo da* Bahia. (1757).
0™,165xO",265. (F. Noticia sobre a freguezia de S. Bartho-
lomeu da ViUa de Maragogipe. Documentos da Bahia n.*** 2700 e
2701). Ene. XV.
220. — Planta da freguezia de Santo António de Orubú de
Baixo, do Rio de S. Francisco, no Arcebispado da Bahia. (1757).
0",630 X O^jSOO. {Documento da Bahia n.« 2709, annexo ao
2666). Emm.
221. — Planta da Ilha de Itaparica, abrangendo as Ilhas
do Sal, de Burgos e parte da Costa (1757).
0%42õxO™,310, (F. Relação da freguezia de Santo Amaro
da Ilha de Itaparica, pelo Vigário João Vieira de Barros. Do-
cumentos da Bahia n." 2688 e 2690). Emm.
222. — Planta chorographica da Estrada, que principiando
na Serra dos Montes Altos, vem Analisar no Porto de S. Félix,
defronte da villa da Cachoeira, no rio Paraguassu, que vem fazer
barra no mar defronte da Ilha de Itaparica na enseada, em que
o mar se recolhe a fazer o Porto da cidade da Bahia. Obser-
vada e delineada por Manuel Cardoso de Saldanha, Sargento
£ ARCHIVOS NÂCIONAES 22Õ
mór de Infantaria oom exercioio de Engenheiro, Lente actaal da
Academia Militar e feita por José António Caldas, Académico da
Academia Militar desta cidade da Bahia aos 16 de setembro de
i7Sg.
0",325 xO-^jõSO. Colorida. (F. officio do Vice Rei, Conde dou
Arcos, D, Marcos de Noronha, datado da Bahia, 16 de setembro
de l7oS. Documentos da Bahia n.""* S587 e 3608), Emm.
223. — Planta topographica e prospectos da Serra dos
Montes Altos, na qual se mostram os iogares examinados pelos
Commissarios encarregados da exploração do salitre. Observada
e delineada por Manuel Cardoso de Saldanha, Sargento maior
de Infantaria com exercício de Engenheiro, Lente da Academia
MilTtar desta cidade e Commíssario dos exames da sobredita
Serra para a averiguação do salitre que n'ella existe e feita por
José António Caldas, Académico numerário da Academia Militar
da Bahia, aos 19 de setembro de 1758.
0°»,õ80xO™,350. Colorida. {V. officio do Vice Rei, Conde dos
Arcos, D. Marcos de Noronha, datado da Bahia, 15 de setembro
de i758. Documentos da Bahia n^^ 3587 e 3607). Eoc. XIV.
224. — Roteiro cosmographico que por ordem do Desem-
bargador Thomaz Roby de Barros Barreto fez Manuel Alvares
da Rocha das duas pedreiras de salitre já descobertas, a saber no
Rio Sipo a pedreira chamada de Góes e no Ria Paraná a cha-
mada do Arco.
0'",855x0'",590. Colorido. (F. documentos da Bahia n.^« 3529
e 3586). Ene. XIV.
225. — Planta do Quilombo chamado o Buraco do Tatu para
a Costa do Itapoam, que a 2 de setembro de 1763 foi atacado pelo
Capitão mór da conquista do gentio bárbaro Joaquim da Costa
Cardoso.
0°*,590 X 0",430. Colorida. (V. officio do Governo interino da
Bahia, datado de 14 de janeiro de 1764). Edc. XIV.
226. — Elevação e faxada que mostra em prospecto a Ilha
do Anno Bom. Por José António Caldas.
0»,29õxO",170. Colorida, {V. officio de José António Caldas,
datado da Bahia, 6 de setembro de 1757. Documentos da Bahia
n." 2662 e 2663). Emin.
226 BOIJCTUI DAS BIBU0THBCA8
227<-229.— Mappas (3) da costa maritima da Capitania do
Espirito Santo.
I. — Barra da Capitania do Espirito Santo até á villa da
Victoria. 0«,665xO",345.
II. — Barra do Rio Gaaraparim. 0",455 x 0",345.
UI. — Barra do Rio Benavente e a parte deste rio até Villa
Nova de Benavente.
O»,455x0",345. Coloridos. (V. officio do Governador D. Fer-
natido José de Portugal, datado da Bahia, 4 de setembro de
1790). Emm.
230. — Planta da Villa de Alcobaça, na antiga Capitania
de Porto Seguro.
0",870 X 0»,675. Colorida. Ene. XIV.
231. — Planta da Villa do Prado, na Capitania de Porto
Seguro.
0",850 X O^ôTO. Colorida. (F. officio do Ouvidor, José Xa-
vier Machado Monteiro, datado de Porto Seguro, 2 de abril de
1772). Eoc. XV.
232. — Planta da Villa de Portalegre, na Capitania de
Porto Seguro.
1",010 X 0",670. Colorida. (F. officio do Ouvidor, José Xa-
vier Machado Monteiro, datado de Porto Seguro, 2 de abril de
1772). Eiic. XV.
233. — Planta de Villa Viçosa, na Capitania de Porto Se-
guro.
I"'x0",600. Coloinda. (V, officio do Ouvidor, José Xavier
Machado Monteiro, datado de Porto Seguro, 24 de fevereiro de
1769). Ene. XV.
Ooyaz
234. — Planta geral da Capitania de Goyaz.
0'",365xO",500. Colorida. (F. officio do Governador, Conde
dos Arcos, D. Marcos de Noronha, datado de Goyaz, 12 de se-
tembro de 1753). Emm.
235. — Planta geral da Capitania de Oojas.
0",360 X 0",510. Colorida. (F. officio do Governador ^ Conde
I
B ASCHIVOB KACI0KAB8 227
ÍA9 Árcoê, D. Marcos de Noronha, datado de Goyaz, 12 de se*
tembro de 1753). Emm.
236. — Carta geographica de todo o terreno conhecido que
medeia entre Villa Boa de Goyaz e Villa Bella de Matto GroBso,
em que se mostram todos os rios, ribeirões e alguns corgos
mais notáveis.
O",770 xO»,245. Colorida. (V. officio do Governador da Ca-
pitania de Ooyaz, José d' Almeida e Vasconcdlos, datado de 26
de agosto de 1775). Emm.
237. — Planta de Villa Boa de Goyaz e seu termo.
O^jSOO X 0",390. Colorida, (V. officio do Ouvidor, António
da Cunha SoUomayor, datado da Meia Ponte, 20 de abril de
1758). Emm.
»
238-240. — Faoliada e plantas (2) da Casa da Camará e
Cadeia de Villa Boa de Goyaz.
0-,404 X 0",260 e O",370 x 0"»,170. (F. officio do Ouvidor
geral da Camará de Qoyaz, António José de Araújo e Sousa,
datado de ViUa Boa, 18 de julho de 1766). Ene. XVI.
241. — «Mappa topographico da campanha do Rio Piloens e
Rio Claro diamantinas, com todas as suas vertentes, pertencentes
á comarca de Villa Boa de Goyaz^ mandado tirar por D. Fran-
cisco de Assis Mascarenhas, Governador e CapitSo General
d 'esta Capitania, sendo examinados ambos os rios e suas ver-
tentes pelo Ouvidor e Corregedor dr. Manuel Joaquim d' Aguiar
MourSo e por José Maria da Silva e Oliveira. Villa Boa no
anno de 1805».
0">,410xO",300. Colorido. (F. officio do Governador D. Fran-
cisco Assis Mascarenhas, datado de Villa Boa de Ooyaz, 4 de
junho de 1805). Emm.
242. — cOarta topographica do Paiz dos Rios Claro e
Piloens, que o 111.'°'' e Ex.'"'' Snr. José d'Almeida de Vascon-
cellos. Governador e Capitfto General da Capitania de Goyaz
mandou fazer, depois de mandar averiguar aquelle continente,
na qual se mostrfto os legares ou cadeia das guardas que demarcão
as terras diamantinas, prohibidas de se minerar n'ella8. Compre-
hende também a jornada que fez Francisco Soares de Bulboens
228 BOLETIM DAS BIBLIOTUECAS
em junho do presente anno de 1772, buscando o descoberto de
Urbano do Couto».
0°*,510 X 0™,390. (V. offieio do Governador, José de Almeida
de VaeconceUos, datado de Villa Boa de Ooyaz, 12 de fevereiro
de 1773). Emni.
243. — Planta da Aldeã de Sant'Ánna na Capitania de Gojaz,
0",410x0"',530. Colorida, {V. offieio do Governador e Capino
General, José de Almeida e Vasconcellos, datado de 25 de agosto
de 1778). Ene. XXVL
244. — Mappa topographieo em que se demonstra a extensão
de terreno que oecupa na Capitania de Goyaz o Regimento Ge-
neral e o primeiro de Cavallaria Âaxiliar da mesma capitania,
divididos por Companhias tanto na capital, como nos seus respe-
ctivos arraiaes que vão declarados e que são: Villa Boa, Anta,
Corrigo de Jaraguá e Meia Ponte, na forma e regularidade em
que ficou pela regularisação que d'elle se fez no anno de 1782.
0'°,200xO'",lõ5. Colorido, (V. offieio do Governador, Luiz da
Cunha Menezes, datado de Villa Boa de Goyaz, 10 de fevereiro
de 1783 e o n.® 399 d[este, catalogo). Emm.
Maranhão
245. — Planta do Rio Amazonas, desde Quito até á Barra
do Pará. 1637.
0",285xO°,215. Esboço colorido. (V. offieio do Governador
geral Jacome Raymundo de Noronha, datado de S. Luiz do Ma-
ranhão, 29 de maio de 1637). Ene. XVL
246. — Mappa da costa do Brazil, da Jericoáquára até á Ilha
de S. João. 'Offerecido ao III.'»^ e Ex.'»« Snr. D. Diogo de Sousa,
Fidalgo da Casa de S. M. e do seu Conselho, Coronel dos seus
Exércitos, Governador e Capitão General do Estado do Mara-
nhão, pelo Capitão António Joaquim Simões da Veiga, Académico
da Real Academia das Sciencias Mathematicas de Marinha. 1798.
0™,535xO™,407 Colorido. (V, offieio do Governador D. Diogo
de Sousa, aatado do Maranhão, õ de maio de 1799). Emm.
247. — Mappa de toda a terra que se comprehende entre
fi ÁRCHIVOS KACIOKAES 229
05 dois Rios Parnahiba e Tocantins e dos Rios Miarim, Pindaré,
6 Quajau do Estado do Maranhão. Suas terras e campos tSo
extensos que coníinão com a comarca de Goyaz.
0",540x 0,445. Colorido. {V. officio do Governador da Capi-
tania do Maranhão, António Corrêa Furtado de Mendonça, datado
de 28 de abril de i79i;. Ene. XVI.
248. — Mappa do corte que principiou a fazer-se para as
canoas evitarem a perigosa passagem da Ponta do Itaqui. Com-
prehende a parte da Costa entre a Ilha Pequena e a Fortaleza
de S. Francisco eai frente da cidade de S. Luiz do Maranh&o.
0°,305xO™,190. {V, officio do Governador D, António de
SaUes e Noronha, datado do Maranhão, 7 de setembro de i780).
Edc. XVI.
249. — Planta do Arsenal da Marinha da cidade do Mara-
nhão, levantada em Í8I5 pelo Chefe da Divisão e Intendente da
Marinha Manuel do Canto e Castro Mascarenhas e desenhado
pelo Mestre das obras nacionaes e reaes Manuel Joaquim de
Sousa, em maio de 1822.
O^jôTOxO^jõõô. Colorida. Representa a perspectiva dafron-
taria e as plantas do primeiro pavimento constrtiido e a do segundo
projectado. Ene. XXVI.
Matto OrosBo
250. — cideia topographica do Rio Paraguay, desde o Pre-
zidio de Nova Coimbra até á Villa Real, novo estabelecimento
espanhol sobre a margem oriental do Paraguay, 5 legoas supe-
rior á bocca do Rio Ipané, que pelo mesmo lado desagua n^elle.
Pelo pratico e antigo certanista o Cabo de Esquadra de Dragões^
João d'Álmeida Pereira no anno de 1791».
I",165x0",403. Colorida. (V. officio do Governador da Ca-
pitania de Matto Grosso, João d' Albuquerque de Mello Pereira,
datado de Villa Bella, 23 de junho de 1792). Ene. XVI.
251. — Conflgaragão da Chapada das Minas do Matto
Grosso.
(r,355 X (y",270. Ene. XVI.
n
230 BOLETIM DAS BlBLlOTHfiCÁS
Minas Oeraes
252-255. — Mappas (4) da Capitania de Minas Geraes,
abrangendo os territórios banhados pelos Bios de S. Francisco,
Guarapiranga, dos Corvados, Paraopeba, das Velhas, Gaalaxo,
Pardo, Pardo Pequeno, Arassuali, Giqaitinonha, Tucambíra,
Arhii etc
0°»,325xO",200. Coloridos. Incompletos. Ene. XVII.
256. — Oarta geographica do Termo de Villa Rica, em qae
se mostra que os arraiaes das Catas Altas, da Noroega, Itaberava
e Carijós lhe ficam mais perto, que os da Villa de S. José a que
pertencem, e egualmente o de Santo António do Rio das Pedras,
que toca ao do Sabará.
0"»,405 X 0",495. Colorida. (V. offido do Governador da Ca-
pitania de Minas Geraes, Luiz Diogo Lobo da SUoa, datado de
Villa Bica, 2õ de agosto de 1766). Emm.
•
257. — Planta da Aldeia de S. Sebastião na Capitania de
Minas Geraes, 1732.
0»,325xO'»,195. Colorida. Edc. XVIL
258. — Planta da Aldeia do Sumidouro na Capitania de
Minas Geraes, 1732.
(r,325x0",195. Colorida. Ene. XVU.
259. — Planta da Aldeia de S. Caetano, na Capitania de
Minas Geraes, 1732.
0"",325x0'",195. Colorida. Ene. XVIL
260. — Demaroação diamantina. Planta dos cursos dos Rios
Giquítinonha; Rio Pardo Grande, Rio Pardo Pequeno e Pe-
rauna. (Minas Geraes).
0»,430 X O»,520. Colorida. {V. officio de Luiz Beltrão de'
Gouvêa d' Almeida, datado do Tejuco, 27 d'abril de 1787). Ene. XVIL
261-262. — Oarta da Nova Lorena Diamantina. C. R. X.
D. Villas Boas des.
0",40xO",33. (V. offido do Governador da Capitania de
Minas Geraes de 6 de fevereiro de 1802, JV.^ 7). 2 ex. Um d'eUes
K ÁRGHIVOS KACiOMAES 231
anneoso á t Memoria sohre ob minaa da Capitania de Minae Geraet,
suae descripçZes, ensaios e domicilio próprio á maneira de Itine-
rário com um Àppendice sobre a nova Lorena Diamantina, sua
descripção, suas producçSes mineralógicas e utUiOades^ que deste
Paiz possa resultar ao Estado. Por ordem de S. A. È. por José
Vieira Couto, i80i^ e assignada por C. L. Miranda, pint.^ Emm.
263. — Demaroaçfio da terra que produz diamanteB.
0-,330 X (r,260. ColoHda.
«A Villa do Principtt capital da comarca do Serro do Frio, se
«{andou em 1714 no sitio das Lavras Vdkas, descoberto por Lucas de
aFreitas. Ao arraial do Tijuco deu nome Jeronymo Corrêa, natural da
«Bahia em 1713. O arraial do Milho Verde descobrio Manuel Rodrigues
«Milho Verde, natural uo Minho em 1713. O arraial de S. Oonçalo des-
«cobrio Domingos Barbosa, natural do Minho, donde fundou uma Ermida
«a este Santo em 1729. Tomou nome o arraial do Bio Manso da man-
«sidâo com que pelo meio d*elle corre o tal rio, e d'elle foi primeiro po-
«voador José de Groáoj Passo, Paulista em 1719. Descobno Kademey,
«António Baposo, Paulista em 1714. Foi o l.o situador do arraial do
«iHynhahy e quem lhe deu o nome o tapuyo Thomé Ribeiro em 1716.
«De uma viuva chamada fulana de Gouvêa, natural de Portugal, houve
«o nome e principio o arraial de Oouvta em l71õ. A povoaç&o do rio
iiParahuna foi principiada em 1713 por Jo&o Borges Delgado». Emm.
264. — Mappa da demarcaç&o diamantÍDa.
Cr,19õ x0",160. (K. offido de João da Rocha Dantas e Men-
donça, datado do Tguco, 15 de fenyereiro de 1775). Edc. XVIII.
265. — Planta do arraial do Tejuco.
O",190 x0",146. (F. o mesmo offido de João da Rocha Dan-
tas). Ene. XVin.
266. — Aguarella representando um grupo de pretas lavando
diamantes.
0'",195xO",150. (F. o referido offido de João da Rocha Dan-
tas). Ene. XVIII.
267. — Agruarella representando o processo da extracçSo
do minério, para a pesquiza dos diamantes.
0",195xO"»,150. (F. o referido offido de João da Rocha Dan-
tas). Ene. XVUI.
268. — Planta da nova Cadeia de Villa Rica, principiada
232 BOLETIM DAS BlBLlOTHfclCAS
no aano de 1784. Desenhada por C. Manuel Bibeiro Gníma-
rftes.
0"-,615xO",400. (V. officio do Governador da Capitania de
Minas Geraes, Luiz da Cunha Menezes, datado de ViUa Rica, 6
de setembro de 1786). Edc. XIX.
269. — Mappa topographico do Orto Botânico do Ouro Preto,
por Manuel Ribeiro Guimar&es, i799.
0'",415 x0",455. (F. officio do Governador, Bernardo José de
Lorena, dcUado de ViUa Rica, 4 de julho de 1800j. Ene. XVII.
«
270. — Oarta da viagem que pelo Rio Doce até ás Escadi-
nhas fez o Tenente Coronel Jo&o Baptista dos Santos e Araújo
de ordem do 111.™® e Ex.°»® Snr. Bernardo José de Lorena,
Governador e CapitUo General da Capitania de Minas Geraes,
ofiferecida ao mesmo senhor por Manuel José Pires da Silva Pontes,
que acompanhou a expedição no anno de isOO.
0",445xO'°,375. (F. officio do Governador, Bernardo José de
Lorena, datado de Villa Rica, 17 de ábHl de 4801). Edc. XVIL
271. — Modelos dos armamentos dos Corpos de Milícias da
Capitania de Minas Geraes.
O^jSlOxO^jSOS. Coloridos. (F. oj^cío do Governador, Luiz
Diogo Lobo da Silva, datado de Villa Rica, 24 d' agosto de 1766).
Ene. XIX.
Pará
272. — Carta de parte da Costa da Ilha Grande de Joannes,
desde o Igarapé Grande até ao Rio Cambú e das villas e fazendas
que se acham situadas entre os ditos rios.
0"',330xO'",210. Colorida. (V. officio do Goveiiiador, Manuel
Bernardo de Mello de Castro, datado do Pará, 28 de novembro
de 1761). Edc. XVIL
273. — «Carta do Lago e Cabeceiras do Rio Arari e das
Cabaceiras do Rio Anajaz do Tajiperu e das Fazendas que se
acham situadas nas ditas terras e das que de novo se hâo de
situar conforme a ordem de S. M. F».
0»,33õ X 0°,205. Colorida. (F. officio de Bernardo de Mello
de CoÃfro, datado do Pará, 23 de novembro de 1761). Ene. XVIL
£ ARCH1V08 NACJOKáES 233
274. — H appa do curso dos Bios Tocantins, Âraguaja,
Madeira e Amazonas e seus aíEuentes, desde o Equador até aô
parallelo 20.
0-,285 X 0",300. Colorido. Emm.
275. — «Planta da Cidade de Belém do Gram Pará, fortifi-
cada pelo methodo mais simples e de menor despesa que póde^
admittir a irregularidade da sua figura e inegualidade do seu
terreno, em parte pantanoso e em parte cheio de obstáculos e
difiiculdades, principalmente sobre a margem do Rio. Projecto
offerecido ao Governador do Gram Pará, Maranhfto e Piauhy,^
JoSo Pereira Caldas, pelo Sargento mór Engenheiro Gaspar
JoXo Geraldo de Gronfeld».
O",410x0™,315. Colorida. (F. officio do mesmo Governador,
datado do Pará, 18 de maio de 1773, ri.<» 60). Ene. XVII.
276. — Projecto de fortificaçSo da Cidade de Belém do
Grão Pará, pelo Sargento mór Engenheiro Gaspar Jofto Gronfeld.
0"',410x0",315. Colorido. (F. offido do Governador João
Pereira Caldas, datado do Pará, 18 de maio de 1773). Ene. XVII.
277. — Planta da Fortaleza da Barra do Pará, por José
Coelho de Azevedo (1696).
0",285 X 0"',420. (F. consulta do Concelho UUramaríno de 2
de março de 1696). Ene. XVII.
278.— Planta da Fortaleza da Cidade do Pará (1696).
0",410 X 0",280. (F. consulta do Conselho Ultramarino de 2
de março de 1696). Ene. XVII.
279-281. — Plantas (3) do edifício da Administração da
Companhia geral do Gr&o Pará.
(y°,308 X (P,445. Coloridas. (F. officio do Govetmador da
Capitania do Pará, João Pereira Caldas, datado de 8 de novembro
de 1773). Ene. XIX.
282. — Planta e perfil do Arsenal para a construcçíio de
uma Náu de 50 peças na Cidade do Pará.
0»500xO™,710. Colorida. (F. officio do Governador da
Capitania do Pará, Manuel Bernardo de Mello de Ctstro, de 26
de junho de 1761). Ene. XIX.
?.• ANKO, N.» 2 10
St34 BOLBTIM DAS B1BLI0THKC18
283. — Planta de uma cortina baixa entre os dois Fortins
da Marinha da cidade de Belém do GrSo Pará, feita por ordem
do Governador Francisco Xavier de Mendonça Furtado, peios
Officiaes Engenheiros, Sebastiio José, Gregório EebeUo Guer-
reiro Camacho e Filippe Sturm.
0",445x0",220. Colorida. {V. officio do Governador D. Fran-
eUeo de Souea Coutinho ^ datado do Pará, 20 de abril de 1798).
Sac. XVII.
284. — Planta da Villa de S. José de Macapá, tirada por
ordem do Governador do Estado do Pará, Manuel Bernardo de
Mello de Castro em o anno de 1761 pelo CapitSo Engenheiro
Gaspar João Gronfeld.
0",440 X 0^,300. Colorida, (V. officio do Governador João
J^ereira Caldas, datado do Pará, 18 de maio de 1773). Eoe. XVII,
285. — Planta da Fortaleza de S. José de Macapá (1772).
0",310x(r,4l5. Colorida. (V. officio do Governador João
Pereira Caldae, datado do Pará, 16 de dezembro de 1772). EiC. XVII.
286. — Agnarella representando um rapaz indígena ma-
tando pássaros á setta.
0™,155 xO*,290. (Annexo da Historia do Rio Branco (Anui-
zonas) por Francisco Xavier Ribeiro de S. Payo (1778). Ene. XXI.
287. — Agnarella representando uma planta trepadeira,
denominada «Primavera».
0",160xO™,260. {V. offi^cio do Governador da Capitania do
Pará, João Pereira Caldas, datado de 27 de junho de 1775). Eac.
XVII.
Parahiba
288. — Planta da Bahia da Traiçfto (Âcejutíbiró), na Capi-
tania de Parahiba. Feita por Dionizio Ferreira Portugal.
0",425 X 0",320. Colorida. (F. offi^^io do Governador, Antó-
nio de Lemos de Brito, datado de Parahiba, 12 de maio de 17S5).
Eoe. XVII.
K ÁKCHIVOS KáCIONAKS 235
Fernambaoo
289. — Demonstraçfto da Costa de Pernambuco, desde a
Cidade de Olinda até á Barra de Itamaracá.
O°,270x0",'39õ. Colorida. (V. officio do Engenheiro, Luiz
Francisco Pimentel, datado do Recife, 6 de novembro de 4702).
Bae. XX.
290. — Planta do Forte do Brum, na Capitania de Pernam-
buco.
0»,420 X 0"»,300. (V. officio do Engenheiro, Luiz Francisco
Pimentel, datado do Recife, 6 de novembro de 4702). Eoc. XX.
291. — Planta de uma projectada Fortaleza na Barra do
Páo. Amai*ello, na Capitania de Pernambuco.
0™,445 X O",560. Colorida (4702). Eoc. XXj
292. — Planta e explicação das Enseadas de Jaragôa e Pa*
jurará.
0",965 X O^jeõO. Colorida. (F. officio do Governador da Ca-
pitania de Pernambuco, Luiz Diogo Lobo da SUva, datado de 25
de abiil de 17S>7). Ene. XX.
293. — Mappa topographico do logar do Gayabú, no qual
se mostra o plano do Beduoto de N. S.* do Monte do Carmo e
S. Thomé, sobre a Ponta do Gayabú, que defende a enseada do
mesmo nome e foi construido por ordem do Qovernador D. Tho-
maz José de Mello. Por José Francisco de Paula Cavalgante de
Albuquerque, Capitão Commandante da Artilharia. Anno de 1799.
0"',635 X 0'",435. (F, officio dos Governadores interinos da Car
pitania de Pernambuco, de 20 de junho de 4799). Ene. XX.
294-295. — Plantas (2) de um novo Edifício da Alfandega
de Pernambuco.
0'",595x0",430. (F. officio do Governador da Capitania de
Pernambuco, Thomaz José de Mello, datado de 10 de agosto de
i789). Ene. XIX.
296. — Planta da Fortaleza velha de Fernando de Noronha»
0"»,475 X 0^,300. Colorida. Ene. XXVI.
Ô36 boLetdi dás bibliotb&cás
297. — Planta do Forte de Nossa Senhora da ConceiçSo,
na Ilha de Fernando de Noronha.
0",485x(r,345. Colorida. Ene. XXVI.
298. — Planta do Forte de Nossa Senhora dos Remédios
na Ilha de Fernando de Noronha.
0»,590 X (r,385. Colorida. Ene. XXVI.
299. — Planta do Forte de Santo António na Ilha de Fer-
nando de Noronha, que defende o porto principal da Ilha.
0°^,485 X 0",300. Ene. XXVI. j
Piauliy
300. — Mappa exacto da Villa de S. Joilo de Pamaiba. 1798.
(r,560x0»,435. Colorido. (V. officio do Governador, D. João
de Amorim Pereira, datado de Oeiras de Piauhy, 22 de novembro
de I7D8). Ene. XVII.
Rio Orande de S. Pedro
301. — Planta da Costa marítima desde a Barra de Para-
naguá até ao Rio da Prata, indicando, para o interior, o curso
d'e8te rio e dos rios Uruguay e Paraná e seus affluentes.
0»,745 X 0°,410. Colorida. Emm.
302. — Villa (A) da Laguna e a Barra do Taramandi, na
Costa do Brazíl e America Portugueza. Abrange a parte da Costa
entre a Ilha do Coral e o Rio Grande do Sul e para o interior
até ao Rio Taquari. Pelo padre Diogo Soares, da Sociedade de
Jesus, Geographo régio no mesmo Estado. 1738.
0°»,315xO",235. Colorida. Ene. XXII.
303. — Mappa do caminho novo que vae do Passo de Turi-
lama ao de Santo António na Capitania do Rio Grande de
S. Pedro. Feito por Manuel Vieira Leão, discípulo do Coronel
JoBé Fernandes Pinto Alpoim.
* O",340 X O",320. Colorido. {V. officio do Oove^^nador, Gomes
de Andrade, datado de Colónia, 16 de fevereiro de 17o3). Ene. XX.
E ABCHIVOS NACIONABS 237
304. — Planta da Fortaleza de Jesus Maria José (no Rio
Pardo) da Capitania do Rio Grande de S. Pedro.
0",320xO%195. Colorida. (F. officio do Governador, Gomes
de Andrade, datado do Rio Grande de S. Pedro, 18 de fevereiro
de 17S5). Ene. X.
305. — Plano do terreno em que se fizeram experiências da
cultura do linho cânhamo na Capitania de S. Pedro do Rio
i9rande. Feito por Alexandre Eloy Portelli, Capitão dlnfantaria
com exercicio de Engenheiro.
(T^aiOxO^.AOO. Colorido. (V. officio do Governador Sebastião
Xavier da Veiga Cabral da Camará, datado de 2 de outubro de
17U). Bdc. XX.
*
Rio de Janeiro
306. — Plano da raia marcada nos Estados do Brazil pelos
Officiaes da segunda Divisfto pertencente ao Partido do Rio
Grande de S. Pedro, na expedição do anno de 17S0. Copiado do
próprio original que se elevou na campanha.
0^,395 X 0°*,700. Colorido. Este mappa serviu de elemento
importante na questão suscitada entre o Bruzil e a Republica
Argentina, acerca da deniarcaçào territorial da região das mis-
sões. Emm.
307. — Oarta da Costa do Brazil, ao meridiano do Rio de-
Janeiro. Desde a barra do Ibepetuba até á Ponta da Guarupaba,
na enseada de Sjri. Pelo Padre Diogo Soares, da Sociedade de
Jesus, Geographo régio no Estado do Brazil.
0",320xO'»,195. Colorida. Ene. XXIV.
308. — Oarta da Costa do Brazil, ao meridiano do Rio de
Janeiro. Desde a Ponta de Araçatuba até á Barra do Gnaratuba.
Pelo P. M. Diogo Soares, S. J. G. R. do Estado do Brazil.
0",315xO™,l90. Colorida. Ene. XXIV.
309. — Oarta da Costa do Brazil, ao meridiano do Rio de
Janeiro. Desde a Barra de Bertioga até á Ponta de Guaratuba.
Pelo Padre Mestre Diogo Soares, S. J. G. R. no Estado do
^jirazil
(rÍ326 X 0",190. Colorida. Bic. XXIV^
238 BOLETIM DAS BIBLIOTHECAS
310. — Oarta da Costa do Brazil, ao meridiano do Rio de
Janeiro. Desde a Barra de Santos até á da Marambaja. Pelos
P. P; Diogo Soares e Domingos Capacy, da Sociedade de Jesus,
Geographòs régios no Estado do Brazil.
0°»,315x 0^190. Colorida. Ene. XXIV.
311. — Carta da costa do Brazil, ao meridiano do Rio de
Janeiro. Desde a Barra de Marambaya até Cabo Frio. Pelos P.
P. Diogo Soares e Domingos Capacy. S. J. G. R. no Estado
do Brazil.
0™,315xO™,190. Colorida. Ene. XXIV.
312. — Planta da Costa do Brazil desde a Ponta de Araca-
tuba, Ilha de Santa Catharina, Rio de S. Francisco, Paraaguá
até á Barra de Ararapirá.
0",310xO™,230. Colorida. Ene. XXII.
313. — Planta da Ilha a que huns chamão Ascenç^o, outros
Trindade.
0^,608x0^,420. (F. officio de José António Freire d' Andrade,
datado do Rio de Janeiro, 26 de maio de 17<i7). Ene. XXII.
314. — Planta da Cidade do Rio de Janeiro, capital dos
Estados do Brazil e projecto com que pode ser fortificada.
0%485 X 0"',395. Colorida. {V. officio de Francisco João
Roscio, datado do Rio de Janeiro, 6 de janeiro de 1770). Enni.
315. — Planta da Cidade do Rio de Janeiro.
0^,370 X 0^,270. Esboço colorido e incompleto de M. Massé.
Ene. XXII.
316. — Planta da Barra do Rio de Janeiro.
0°,400 X 0™,275. Colorida. {V. officio do Vice-Rei e Capitão
Oeneral, Conde de Bobadella, datado do Rio de Janeiro, 20 de
fevereiro de 1761). Emm.
317. — «Demons traçam fucil e concludente do direito, que
tem a Coroa de Portugal ao domínio dus Terras, sobre que se
fez o Tratado provisional em 1681, as quaes forUio cedidas na
alliança de 1701 e restituidas pela paz de 1715». (Abrange esta
planta a parte da Costa do Brazil entre o Cabo Frio e ò Rio da
Prata).
0»,*315 X 0»,44a, Ene. XXII.
-r .- ■■ ■■ '■ ■
E ARCHIVO» KAGK^AKS 239
318. — Planta do Forte do Villeganhon na enseada do Rio
de Janeiro. i730.
0",310xO",186, CoUrida. Ene. XXIV.
319. — Planta do Forte de S. Diogo na Barra do Rio de
Janeiro. 1730.
0™,310xO"»,186. Colorida. Edc. XXIV.
320. — Planta da Fortaleza ou Bateria da Praia Vermelha
na costa do Sul da Barra do Rio de Janeiro. 1730.
(r,310x(r,185. Colorida. Edc. XXIV.
321. — Planta da Fortaleza da Lage na Barra do Rio de
Janeiro. 1730.
0»,310x 0^185. Colorida. Ene. XXIV.
322. — Planta da Fortaleza de Nossa Senhora da Conceição
na Cidade do Rio de Janeiro. 1730.
0'»,310xO™,185. Colorida. Ene. XXIV.
323. — Planta das Fortalezas de terra no morro de S. JoSo^
Barra do Rio de Janeiro. 1730.
0°,310x0",185. Colorida. Ene. XXIV.
324. — Planta da Fortaleza de S. SebastiSo na Cidade do
Rio de Janeiro. 1730.
0^,310 x(r,l85. Colorida. Ene. XXIV.
325. — Planta do Forte de S. João, na Barra do Rio de
Janeiro. 1730.
0°>,310xO",185. Colorida. Ene. XXIV.
326. — Plano da Fortaleza de Santa Cruz, novamente reedi-
ficada pelo Conde da Cunha em o anno de 176$.
0'°,725 X 0",480. Colorido. {V. officio do Vice-Rei, Conde
da Canha, dcUado do Rio de Janeiro, 20 de outubro dô 1763).
Ene. XXIL
327. — Planta das obras novamente propostas no Forte de
Villagalh&o. Pelo Brigadeiro Engenheiro Jacques Funck.
O^jéGõ X 0'",300. (F. officiò do Vice-Rei, Conde da Cunha,
datado do Rio de Janeiro, 30 de outubro de 1767). Ene. XXIL
'240 BOLETIM DAS BIBLIOTHECAS
328. — Planta do Rio de Janeiro, com as suas Fortalezas
6 uma parte da Bahia. Por J. Funck. 1768.
O^jTOO x<P,380. Colorida. {V. Rdation generale de touteê
les Placêê fottijUeM autour Is Port et la Ville de Rio de Janeiro,
àvec leur eituation et leur état presenL Rio de Janeiro le 7 d^o-
ctobre de 17S8. (aj Jaeqaee Funck). Ene. XXIIL
329. — Planta da Fortaleza de Santa Cruz, situada á en*
trada do Porto do Rio de Janeiro. Por J. Funck. 1768.
0",470>cO",375. Colorida. {V. citada Relation de$ Pia-
ce» fortifiées de Rio de Janeiro, por J. Funck* fTfiS).
Eoc. XXIIL
330. — Planta das FortificaçSes na Peninsula de S. JoSo,
que defendem a entrada do Porto do Rio de Janeiro. Por J.
Funck. 1768.
0™,700 X 0»,375. Colorida, (V. citada Relation des Pia-
cee fortifiées de Rio de Janeiro por J. Funck, 1768).
Eoc. XXIIL
331. — Planta da Fortaleza da Lage, situada sobre um ro-
chedo, á entrada do Porto do Rio de Janeiro. Por J. Funck. 1768.
(r,23b X O", 380. Colorida. (F. citada Relation des Pia-
ces fortifiées de Rio de Janeiro, por J. Funck. 1768).
Edc. XXIIL
332. — Planta àa Fortaleza da Praia Vermelha situada fora
da Bahia do Rio de Janeiro. Por J. Funck. 1 768.
0'»,475xO™,375. Colorida. (V. citada Relation des Pia-
ces fortifiées de Rio de Janeiro por J. Funck. 1768).
Ene. XXIIL
333. — Planta da FortiGcaçSo principiada sobre a Praia de
Fora, a este da Bahia do Rio de Janeiro.
0'",47r) x 0™,380. Colorida. (V. citada Relation des Pia-
ces fortifiées de Rio de Janeiro, por J. Funck. 1768).
Edc. XXIIL
9
334. — Planta da Fortaleza da Peninsula da Boa Víagemi
a este da Bahia do Rio de Janeiro.
0"',235 X 0»,360. Colorida. (F. citada Relation des Pia-
B ARCH1V08 NACI0NAB8 241
cês foHifiitê de Rio dê Janeiro, por- J, Funch. i768).
IBC. XXIII.
335. — Planta da Fortaleza de Garavatá, situada sobre um
promontório a este da Bahia do Rio de Janeiro.
0°>,235xO°»,380. Colorida. (V. eitada Rd^iion des Pia-
ees fortifiées de Rio de Janeiro, por J. Funck. i768).
Eae. XXIII.
336. — Planta da Fortaleza da Ilha de Villagalhfto, na Bahia
do Rio de Janeiro.
0",235 X 0",380. Colorida. (F. citada Relation des Pia-
cee fortifiées de Rio de Janeiro, por J. Funck. 1768).
Ene. XXIII.
337. — Planta da Fortaleza da Ilha das Cobras na Bahia
do Rio de Janeiro.
0",695xO«,380. Colorida. {V. citada Relation des Pia-
ees fortifiées.. de Rio de Janeiro, por «7. Funck. 1768).
Knc. XXIII.
338. — Planta da Fortaleza de S. Sebastiio do Rio de Ja-
neiro.
0™,235x0",380. Colorida. (7. citada Relation des Pia-
ees fortifiées de Rio de Janeiro, por J. Funck. 4768).
Ene. XXIII.
339. — Planta da Fortaleza da ConceiçSo do Rio de Janeiro.
0™,235 X 0°,380. Colorida. ( V. citada Relation des Places
fçrtifiées de Rio de Janeiro, por J. Funck. 4768).
Ene. XXUI.
. 340. — Planta da Fortaleza do Calhabuço, situada sobre um
promontório ao Sul da cidade do Rio de Janeiro.
0",235xO",380. Colorida. (F. citada Relation... .des Places
fortifiées de Rio de Janeiro, por J. Funck. 4768).
Ew.'^ XXIII.
341. — Planta do paiol da pólvora da Ilha de Santa Bar-
bara, na Bahia do Rio ae Janeiro.
0",235xO»,380. Colorida. (V. citada Relation. . .. des Places
n
242 BOLKTIM DAS BIBLIOTHRCAS
fortifiéeB de Rio de Janeiro, por J. Funck. 1768).
Ene. XXIII.
342. — Planta das FortíficaçSes projectadas do morro de
S. Diogo, para defeza da Cidade do Rio de Janeiro.
0"»,7l5xO'°,380. Colorida. (F. Proposition et Plans pour
fortijier la Ville de Rio de Janeiro fout aiUour et prineipalemeni
vers la campagne edon lee avantages du terrein. Rio de Janeiro
le 7 de decembre 1769. (a) Jacques Funck). Ene. XXIII.
343. — Planta das FortlficaçSes projectadas no morro de
Santa Thereza, para defeza da Cidade do Rio de Janeiro.
0^,715 xO°*,380. Colorida. (V. citada Proposition et Plans
pour fortijier la Ville de Rio de Janeiro, por J. Funck. 1769).
Ene. XXiil.
344. — Perfis dos morros de S. Diogo, Santa Thereza,
Santo António e Fedro Dias, do Rio de Janeiro.
I",045x0".380. Coloridos. (F. citada Proposition et Plans
pour fortijier la Ville de Rio de Janeirs, por J. Funck, 1769).
Ene. XXIIL
345. — Plano da Fortaleza de Silo João, na Barra do Rio
de Janeiro. (1768).
0",614 X (r,430. Colorido. (V. officio do Conde d' Azambuja,
daiado do Rio de Janeiro, 1 de maio de 176S). Ene. XXIL
346. — Planta do Forte de Santo António, na Praia de Fora
do Rio de Janeiro.
0"»,515 X 0™,350. (F. ofjicio do Vtce-Rei, Conde da Cunha,
datado do Rio de Janeiro, 30 de outubro de 1767). Ene. XXII.
347. — Demonstração do Arsenal que mandou fazer nesta
Cidade do Rio de Janeiro o 111."® e Ex."»^ Conde da Cunha, do
Conselho de Sua Majestade e do de Guerra, Tenente General
de seus exércitos e General da Artilharia do Reino, CapitSo
General de Mar e Terra e Vice-Rei de todo o Estado do Brazil.
0",645xO'»,363. (F. officio do Vice-Rei, Conde da Cunha,
datado do Rio de Janeiro, õ de setembiv de 1764). Ene. XXII .
348. — Planta dos Armazéns da Pólvora que mandou fazer
o Conde da Cunha na Ilha das Pombas, em o anno de 176d.
E AKCHIV08 NAC10NAK8 243
l'",375 X 0",455. Colorida. (F. officio do Vice-Rei, Conde da
Cunha, datado do Rio de Janeiro, 20 de outubro de Í76S).
Ene. XXII.
349. — Plano do Rio do Espirito Santo^ comprehendida a
Barra, suas Fortalezas e Yillas.
0",850 y 0",510. Colorido. {V. officio do Conde da Cunha,
datado do Rio de Janeiro, 18 de janeiro de 1766). Eflini.
350. — Planta da Fortaleza de Itapema, no Bio defronte
da Villa de Santos.
0»,180 X 0™,270. Colorida. Ebc. XXI.
351. — Plano da Egreja matriz da Ilha de Santa Catharina.
0",300 X 0«°,460. Colorido. (V. officio do Vice-Rei Conde da
Cunha, Rio de Janeiro, 28 de outubro de 1865). Ene. XIX.
352. — Acampamento dos Castelhanos defronte da Colónia,
com o nome de S. Carlos.
0",430 > 0™,340. Colorido. {V. officio do Conde de Bobaddla,
datado do Rio de Janeiro, 20 de abril de 1762). Ene. XXII.
353. — Planta do acampamento das duas primeiras DivisSes
Espanhola e Portugueza da demarcação de limites da America
Meridional, junto ás margens do Ârroyo de Chiiy em fevereiro
de 1784.
0™,420 X 0",325. Colorida. {V. officio do Governador, Luiz
de Vasconcellos e Sousa, datado do Rio de Janeiro, 26 de março
de 1784). Edc. XXII.
Rio Negro
354. — Mappa em que se mostrSlo 3 communicaySes do Rio
Negro para o Japurá por 3 boccas superiores á do Rio Vaupés:
a primeira pelo Rio Xie, a segunda pelo Rio Iffana e a terceira
pelo Rio Thomon. Pelo Coronel Manuel da Gama Lobo de Almada.
0™,165x0'",2l0. Colorido. Copia do Capitão Engenheiro José
Simdes de Carvalho. {V. officio do Governador da Capitania do
Rio Negro, João Pereira Caldas, datado de BarceUos, 26 de julho
de 1784). Emni.
244 BOLKTIH DA8 BIRLIOTHKCAS
355. — Conununloação do Rio Vaupés para o Japurá,
pelo Rio Yucari ou Pururé-Paraná. Por Manuel da Gama Liobo
d' Almada. i784.
OVlOxO^jieS. (F. officio do Governador, Joio Pereira
Caldas, datado de Barcelloe, 13 de janeiro de Í78S).
356. — Mappa em que se demonstrfU) duas communicaçSes
do Rio Vaupés para o Japurá, pelo Rio Yucari e pelo Tiquié.
Esta segunda se pôde também fazer descendo pelo Rio Teraira.
Por linhas de pontos vai marcada a direcçSo que se seguiu na
descoberta e reconhecimento das sobreditas duas communicaçSes.
Por Manuel da Grama Lobo d'Almada.
0"»,370 X 0%27õ. {V. officio do Governador, João Pereira
Caldas, datado de BarceUos, 28 de janeiro de 1785). Iflifli.
357. — Mappa em que se demonstra o reconhecimento do
Rio Vaupés, desde a Foz do Rio Yucari ou Pururé-Paraná para
cima e a communicaySo mais alta do mesmo Vaupés para o
Japurá pelo Rio Unhunham, até ao Rio Ussaparaná, que desagua
no Apaporis. Por Manuel da Gama Lobo de Almada.
(r,370 X (r,252. (V. offi^ do Governador, João Pereira
Caldas, datado de BarceUos, 30 de setembro de Í78S). Ema.
358-363. — Mappas (6) dos Rios Amazonas, Rio Negro,
Jupurá, Veunuixi, Teia, Irubaxi, Apaporis, Capori, Vaupés,
Tiquie, Pirá-Paraná, Vaivana, etc.
0",280xO",l60. Coloridos. (F. offi/do do Governador, João
Pereira Caldas^ datado de BarceUos, 27 de abril de 1788). Emni.
364. — Configuração da bocca inferior da primeira Ca-
choeira do Rio dos Enganos (Cumiarj). Obtida no anno de 1782,
por J. S. C.
0'",3õ xO'",25. Desenho á penna. (V. officio do Governador,
João Pereira Caldas, datado de Barcdlos, 21 de fevereiro de 1785).
Ene. XX.
365. — Oonfigaragão da Cachoeira de Cupáti no Rio Ja-
purá. Obtida no anno de 1784, por J. S. C.
0",355 X O", 182. Desenho á penna. (F. offixíio do Governador,
João Pereira Caldas, datado de Barcdlos, 21 de fevereiro de 1785).
Eac. XX.
E ARCHIVÒ8 NACI0NAK8 245
366. ^Planta da Aldeia do Principal de Majuri. 1728.
O» j420 X 0»,275, Ene. XX.
367. — Planta na nova Fortaleza dos Marabitenas. Pelo
Engenheiro Filippe Sturm.
0",480 X 0",3(X). (F. ojgiicio de Joaquim Tinoco Valente, datado
de BarceUos, 10 de agoeto de 1767). Inc. XX.
S. Paulo
368. — llappa da Capitania de S. Paulo, em que se mostra
tudo o que ella tinha antigamente até o Rio Pana.
0«,415 X 0^,530. (F. officio da Junta da Fazenda da Capi-
tania de S. Paulo, datado de 12 de janeiro de 1773). Emm.
•A linha recta encarnada mostra a divisio que teve pelo Morro
fido Caehumbv, quando a Camará de Guaratinguitá de S. Paulo foi
«crear a do Rio das Mortes nas Minas Qeraes. A linha curva encar-
«nada mostra tudo quanto a Capitania de Minas Geraes tem no tempo
«presente usurpado á de S. Paulo, deixaudo-lhe somente as terras que
«cahem & costa do mar».
■
369. — TopograpUa da Ilha de Santa Catharina e da terra
firme que lhe fica fronteira desde a Enseada das Tijucas até á
Ponta da Aratuba, que forma com a ponta do sul da m.sma
Ilha a barra chamada do sul .... Esta Ilha fui tomada aos por-
tuguezes pelos hespanhoes no anno de 1777 e restituída em 1778.
Em 15 de março de 1779.
(r,415x0",315. Colorida. Enio.
370. — DemonstraQfto do caminho que vae de ViamSo até
á Cidade de S. Paulo. Indica o curso de muitos rios e seus affluen-
tes e a parte da costa desde a foz do Rio da ConceiçUo até á do
Rio Taramandy. Pelo Sargento Jofto Baptista.
0",310x0°>,500. Emm.
371. — Mappa do certSo entre a Barra do Rio Jaurú, que
desagua no Paraguay até á margem Occidental do Rio Quaporé
na paragem em que desemboca o Sararé, com as serras e rioe
mais conhecidos d'aquelia regifto, pela qual deve correr a linha
divisória entre as Coroas de Portugal e Castelia.
0«»,300xO-,225. Emm.
?46 BOLBTIlf DAS BIBUOTflKCÁS
372. — Carta geographica em que se demonstram mb cor-
rentes dos Rios, que sabem da Capitania de S. faulo, soa extenslo
e carão, e os grandes rios em que entram ; os certSes e as pro-
▼inoias por onde passam. Comprehende a parte da costa do
Brazil desde a Ilha do Marambaia até Taramandi.
0",420 X 0»,320. Colorida, tmm.
373. — Planta da Bahia de Paranaguá, comprehendendo as
barras de Soporagui e de IJbupetuba, as Ilhas do Mel, das Peças,
das Cobras, das Gamelas, Basa Ibírarema e a perspectiva da
Cidade de Paranaguá.
0^,300 x0",410. Colorida. (F. ojgicio do Governador da Ca-
pitania de 8. Pavio, datado da Vala da Conceição, 20 de moto
de 16S3). EoiDi.
374. — Planta da nova descoberta de S3o João de Jacubj.
Abrange a parte da costa do Brazil entre a Uha Grande e o Rio
de Una e para o interior até á confluência dos Bios Sapueahy
e o Rio Grande Paraná.
0",390 X 0»,620. Colorida. Bbb.
Santa Oatliarina
375. — Configuração da parte do cert&o pertencente ao
.Governo da Ilha de Santa Catharína, que fica entre o Rio Bi-
guasBu e o Rio CubaUlo, aonde se intentko fazer as novas povoa-
cSes
Ó-jSlO A 0",485. Colorida. Ene. XXL
376. — Conflgrnração do terreno que pareceu mais conve-
niente para a primeira povoação das que se intent&o fundar no
cert&o de Santa Catharina.
0"*,240 X O" ,400. Colorida. Inclue a planta da povoação.
Ene. XXL
377. — Barra da Laguna no mar do sul. Por Ambrósio
Mernyn. 1737.
0",335 X 0",230. Colorida. Ene. XXI,
378. — Planta do Rio de S. Francisco Xavier (S. Fran-
E ARCHIVOS NAdONABS 247
cisco do Sul), na America Austral e Portuguesa. Pelo P* M.
Diogo Soares. S. J. Geographo Régio do Estado do Brazil.
(Comprehende a parte da costa desde o Rio Sahi e a Bahia de
Japica e a Ilha de S. Francisco).
0«',325 X O™, 195. Colorida. Ene. XXIV.
379-382. — Plantas (4) da Casa do Governo da Ilha da
Santa Catharina. '
0^,210 X 0",150 e 0'",270. Coloridas. (7. carta do Brigadeiro,
José da Silva Paes, Governador da Ilha de Santa Catharina,
datado de 4 de agosto de i747). Ene. XXV.
383. — Fachada e planta dos Quartéis na Fortaleza de •
Santa Cruz, na Ilha de Anható-Mirim.
0",310x0",209. Colorida. (V. citada carta do Governador,
José da Silva Paes). Ene. XXV.
»
384-388. — Plantas (5) da Egreja matriz da Villa do Des-
terro, na Ilha de Santa Catharina.
0™,270 X On>,18õ. Colorida. (V. citada carta do Governador,
José da Silva Paes). Ene. XXV.
389. — Planta da Villa de Santos^ do seu porto e fortifica-
ções. S. d.
0^,625 xO",440. Ene. XXI.
390. — Verdadeira descripçXo dos campos geraes de Cori-
tiba desde o Campo Largo até Cambajú, com os arrayaes que
havia em 4728. Pelo dr. António dos Santos Soares.
0°,365x0",305. Ene. XXL
391. — Salto do Itapura no Rio Tietê, de 44 palmos de
altura.
0",173 xO™,310. Colorido. {V. Diário da Viagem de ViUa
BeUa do Matto Grosso até d Cidade de S. Pendo, em 1788-1789,
por Francisco José de Lacerda e Almeida). Ene. XXL
Varia
392. — Planta da Barra do Rio da Prata.
248 BOLETIM DAS BIBLlOTHfiCAS
0'",325 X 0",23'>. Colorida. Incompleta. Abrange umã parU
do Uruguay e da Argentina e o curso dos rios da^ Prata, Uru-
guay e Negro. Parece ser pelo desenho e colorido do jesuíta Diogo
Soares (1738?). Bnc. XXVI.
m
393. — Planta da Barra do Rio da Prata até á Cidade de
Buenos Ayres.
O"', 700 X 0^,460. Tem a seguinte nota: Risco que dizem ser
do Pendão, hum dos melhores práticos d'este Rio. Koc. XXVI.
394. — Prospecto da Cidade de Buenos Ayres e Ilhas do
Grande Rio da Prata na America Austral.
0",330 X 0",195. Colorido. Bmn.
395. — Oarte des Frontières entre les Etats-Unis du Brésil
et la Guyane Britannique. (Tem assi||^alada a vermelho a parte
do território contestado entre a GrI Bretanha e o Brazil).
0«,270 X 0",340. Lithog. Eam.
396. — Plan (An accurate) of the country between New Tork
and Philadelphia, with the dispositions of the Forces.
Extracto from the Gaz^te of Tues-day Feb. y 2 5,^^
0",290x9",165. Grav. Eac XXVI.
397. — Derrota da Guarda Costa da Fragata Princeza do
Brasil, feita por Francisco d' Araújo Leitão, CapitSo Tenente da
Armada Real. Anno de 178S. Comprehende a parte Occidental
da Europa desde o cabo Finisterra até ao Cabo de Santa Maria
(Africa Occidental) e as ilhas da Madeira, Açores, Canárias e
0",410><0'»,330. Colorida. Emm.
398. — Derrota que fizeram as Fragatas de Guarda Costa.,
Tritão e Cisne, respectivamente com mandadas pelos CapitXes de
Mar e Guerra, Francisco Bettencourt Perestrelk) e Francisco de
Paula Leite. Feita pelo Tenente do Mar da Fragata Tritão
Joaquim José Damazio. (Comprehende a parte da costa desde o
Cabo Finisterra até ao Cabo Cantim, a Madeira, Porto Santo e
os Açores (I78S).
0°,650 X 0",490. Colorida. Ene. XXVI.
399. — Mappa topogrHphieo em que se demonstra a extensSo
K AkClUVOS l(AClOKAl£â â4d^
de terreno que occitpa na Capitania de Goyaz o segundo Regi-
mento de Cavallaria auxiliar da mesma Capitania, dividido por
Companhias nos seus arraiaes, que v&o declamados como silo
Crixá, Pilar, TrairaS; S. José de Tocancins, Sv Feii, Natividade,
Cavalcante, na forma e regularidade em que ficou pela creaçfto
que d^elle se fez no anno de 1782.
0",235 X 0",496. Colorido. (V. officio do Governador, Luiz
da Cunha Menezes, datado de ViUa Boa de Ooyaz, 10 de feve^
reiro de 1783). Vide n.^ 244. Ettim.
400. — Planta de um proJec*tado Cães junto ao Castello de
Santa Cruz, na Villa da Horta (Ilha do Fayal), indicando a
perspectiva do mesmo Ca^tello.
ír,47õ X 0%220. Colorida. {V. officio do Governador dos
Açores, Manuel Vieira d'Âlbuquerque Tovar, datado de Angra,
25 de julho de \m). %u. XXVI.
(Coniinba)
7.» ANNO, N.» 2 11
2õO BOLETIM DAS BIBUOTUECAS
BIBLIOTHECA NACIONAL DE LISBOA
REGISTO DE PROPRIEMDE LITTERARIâ
01>]?as en tiladas no Anno de IGOS
Abril
Em cumprimento do disposto no artigo 605. «^ do Código Civil
se faz publico que no mês sobredito foram depositados nesta
bíbliotheca dois exemplares de cada uma das seguintes publica-
ções :
Pela Parceria António Maria Pereira, como editora:
— Silva Pinto: fNa travessia». — 1906-1907, Lisboa. Officina
typographica. Rua Augusta, 44 a 54. In-8.^ de 392 paginas.
— Guy de Maupassant: <d]istoria de uma mulher», traducçSo
de Domingos Guimarães, Lisboa, 1907. Officina typograpkica
da Parceria. In-8.® de 344 paginas.
— cAlbum João de Deus». (Honionagem ao grande poeta), com-
filaçUo de A. C. — Lisboa, 1908. Typographia da Parceria-
n-S.** de 228 paginas e uma folha com o retrato de Jo&o de
Deus.
— «Um anjo sem asas». Texto de Solano de Abreu e ilIustraçSos
de José Motta. — Lisboa, 1 907. Officina typographica da Par-
ceria. In-8.® de 376 paginas.
«
— Guizot: cHistoria da civilização na Europa», versc^o do Mar-
quez de Sousa Holstein. 2.* ediçíito. 2 volumes — In-S." de
ft*nv
È ÀKCÍllVOS NAClONAlCií
âôl
244 paginas e uma folha com o retrato de Gaizot, o primeiro
volame, e de 196 paginas e uma folha com a estampa da casa
de Guizot; o segundo volume.
Raul de Azevedo: «Tríplice alliança», — Lisboa, 1907. OflS-
cina tjpographica da Parceria. In-8.® de 216 paginas e uma
folha com o retrato do autor.
Silva Pinto: ((Terceiro livro de combates e criticas». 2.* ediç&o.
Volume III e ultimo. — Lisboa, 1907. Officina typographica
da Parceria. Li-8.° de 346 paginas.
Brito Aranha: «Factos e homens do meu tempo». Tomo 1.*^
— Lisboa, 1907, Officina typographica da Parceria. In-8.*
de xvi-312 paginas e 16 folhas estampadas de um só lado.
Gazeta de Almada: «Uma recordação dos tempos de Junot»,
colligida por João Braz de Oliveira. — Lisboa, 1907. Officina
typographica da Parceria. In 8.*^ xle 80 paginas.
Camillo Castello Branco: «Â queda de um anjo». — Lisboa,
1907. 5." edição. Officina typographica da Parceria. In-8.*
de 260 paginas.
João Júnior: «Solemnia verba». 5.* edição. — Lisboa, 1907.
Officina typographica da Parceria. In-8.^ de 248 paginas.
• Camillo Castello Branco: «Scenas contemporâneas». 4.^ edição.
— Lisboa, 1907. Officina typographica da Parceria. In-8.®
de 244 paginas.
Octávio Feuillet: «O romance de um rapaz pobre», traducção
de Camillo Castello Branco, 3.* edição. — Lisboa, 1907. —
Officina typographica da Parceria. — In-8.® de 2õ6 paginas.
Camillo Castello Branco : «Aventuras de Basilio Fernandes
Enxertado», 3.* edição. —Lisboa, 1907. — Officina typogra*
phica da Parceria. — In 8.® de 240 paginas.
Camillo Castello Branco: «Noites de Lamego», 3.* edição. —
Lisboa, 1908. — Ofticiíla typographica da Parceria. — In-8;*
de :14H paginas.
25â fiOLKTlk DAS BlÚLIOTHKCAS
— Camillo Castello Branco: «Sceiuis innocentes da comedia ha-
mana», 3.* ediçSo. — Lisboa, 1908. — Officina typographica
da Parceria. — In-8.<> de 248 paginas.
Por John M. Sumner de C.% como editores e proprietários: tCa-
talogo illastrado», n."^ 106, 108, 109, 111 a 115 e 118, noTO
folhetos in^.^"
Pela Viuva Tavares Cardoso, como editora: cPortagaeses a
£1-Rei D. Manuel II». — Porto, Imprensa Portuguesa, 1908.
— In-8.^ de 20 paginas. Autor Manuel Telles.
Pela Viuva Tavares Cardoso, como editora e proprietária: cOs
partidos que se partem e repartem», por V. de S. de F. —
Porto, 1908. — Imprensa Portuguesa. — In-8.' de 64 pa^as.
Por Victoriano J. César, como auctor: t Estudos de historia mi-
litar», dois volumes. — Lisboa, Typographia da Cooperativa
Militar, 1903. — In-8.« de 164 paginas o 1.* volume, e de 78
paginas o 2.^ volume.
Por Guimarftes de C/, como editores: cA cidade», versos, —
Lisboa, 1908. — In-12.'' de 80 paginas.
Maio
Por Álvaro de Azeredo Leme Pinto e Mello, como autor, editor
e proprietário: «Os meus parentes». Exemplares n.^ 1 e 2.
Composto e impresso na Officina Typographica da Calçada
do Cabra, 7. Lisboa. — In-4.^ de 14 paginas e 5 folhas des-
dobráveis.
Pela Livraria Chardron, de Lello & Irmilo, como editora. —
cSermSes do Padre António Vieira». Volume viii. Porto,
1908. Imprensa Moderna. — In-8." de 405 paginas.
Por Cardoso & C.*, como proprietários, editores e directores :
fO Informador». Anno 1.** Nova serie. N." 1. 31 de março
E ÁRCHIVOS NAdONAES 253
de 1908. Tjpographia do Ánnuario Commercial. — In-4.^ de
12 paginas.
Por Francisco M. Moita de Almeida, como autpr, editor e pro-
prietário: cA carne na alimentação». Lisboa, 1907. Tjpo-
graphia Baeta Dias. — In-8.^ de 288 paginas.
Pela Yiava Tavares Cardoso, como editora. Mercedes Blasco :
cMusa hysterica». Porto, 1908. Imprensa Portuguesa. — In-
8.^ de 96 paginas.
Por A. de Miranda e Sousa, como editor e proprietário:
— Jean de Merlin: cEstroinices de mulher», traducçSLo de Luiz
Cardoso. Lisboa, 1907. Typographia Lusitana Editora. —
In-8.^ de 163 paginas.
— Jean de la Vaudère: cAs sacerdotizas deMylitta». 2 volumes.
Lisboa, 1908. Typographia Lusitana Editora. — In-8.^ de
177 paginas o 1.® volume e de 198 paginas o 2.® volume.
— Victorien du Saussaj: c Supremo abraço». Lisboa, 1908. Ty-
pographia Lusitana Editora. — In-8.^ de 188 paginas.
— Saint Médard: cFlor de Volúpia», traducçSo de Luiz Cardoso.
Lisboa, 1908. Typographia Lusitana Editora. — In-8.® de
169 paginas.
Pela Viuva Tavares Cardoso, como editora:
— Mercedes Blasco: tMemorias de uma actriz». 2.' edição. Lisboa,
1908, Porto, Imprensa Portuguesa. — In-8.® de 285-54 pa-
ginas.
— Mercedes Blasco: c Memorias de uma actriz». 3.* ediçlo, es-
pecialmente destinada ao Brasil. Lisboa, 1908. Porto, Im-
prensa Portuguesa. — In-8.® de 285-54 paginas.
Por Cesário Lopes Palma Marques como autor: cRecreaçíto fa-
miliar». N.® 1. Cezimbra. Setúbal, 1908. Typographia Mas-
carenhas. — In-8.^ de 32 paginas.
2õ4 BOI.KTIM DAS Blin.IOTIIKCAS
Pela Livraria Fernandes, como editora: a Puerilidades», por
Angelo Vidal (El-Vidalonga). Porto, 1908. Typographia Pro
gresso. — In-8.® de 62 paginas.
Pela Livraria Chardron, de Lello & Irmão, como editora:
— Bento Carqueja: «O capitalismo moderno e as suas origens
em Portugal». Porto, 1908. Officina do Commercio do Porto.
— In-8.^ de 221 paginas.
— Manuel Arão: «Transfiguração». Porto. Impronoa Moderna.
— In-8.® de 573 paginas.
Por F. A. de Miranda e Sousa, como editor: H. Irving Hancock,
c Jiu-Jitsu» , traducção de Bernardo de Alcobaça. Lisboa, 1908.
Typographia Lusif ana Editora. — In 8.® de xx-2 a 44 paginas.
Por José Bastos & C.*, como editores: tA chimica na vida
diária, do professor Dr. Lassar Cohn», versão portuguesa de
R. Spengler. Lisboa, Typographia F. L. Gonçalves. — In-8."
de x-372 paginas.
Por Almeida & Sjí, como editores: Reinaldo Vieira, «Significados
da selecta inglesa», compilada por J. C. Berkeley Cotter e
annotada por A. R. Gonçalves Vianna. Porto. Typographia
Rua das Carmelitas, 102 a 106. — In-8.® de 360 paginas.
Pela Livraria Chardron, de Lello & Irmão, como editora: Ernest
Haeckel, «Origem do homem», traducção de Fonseca de
Araújo. Porto, 1908. Imprensa Moderna. — In-8.® de 141 pa-
ginas.
Por João Maria Ferreira, como autor, editor e proprietário:
«Tristezas». Lisboa, Escola Typographica das Officinas de
S. José. — In-8.® de IIG paginas.
Por Aloysio Gomes da Silva, como editor; aRosario dos devotos
do Santíssimo Coração de Jesus», 2.* edição. Porto, 1908,
Typographia de A. J. da Silva Teixeira. — In-12.** de 24
paginas.
Por Aloysio Gomes da Silva, como editor: «O Lirio da Pureza».
E ARCHIVOS NAGlONAeS 255
2.* ediç»o. Porto, 1908. Typographia de A. J. da Silva Tei-
xeira.— In- 8.* de 40 paginas.
Por Alfredo Pinto (Sacavém), como airtor, editor e proprietário r
«TelaB da vidai. Lisboa, Typographia da Livraria Ferin. —
In-8.^ de x-91 paginas.
Jtintio
Por Aillaud & C.*, coroo editores — Gomes Leal : «O Anti-Christor;
2.* ediçSto. — Porto, Imprensa Moderna, 1907. — In-8.' de
516 paginas.
Por Álvaro Júnior, como autor, editor e proprietário: cCalcu-
letai, 1908. — Lisboa, Typographia Eduardo Rosa. — In-8."
de 56 paginas.
Por L. de Mendonça e Costa, como autor: «Manuel du voyageur
en Portugal», deuxième édition. — Lisbonne, Imprimeri» de
la Gazeta dos Caminhos de Ferjv, éditeur, 1908. — In- 16.* de
316 paginas, 5 folhas desdobráveis e 2 folhas de um só lado
impressas.
Por Ferreira, Limitada, como editora:
— JuIio Baptista Ripado: a Os meus versos». — Lisboa, 1908|
Typographia do Annuario Commercial. — In-8.° de 48 paginas.
— Afonso Lopes Vieira: aO pSo e as rosas». — Lisboa, 1908,
Typographia do Annuario Commercial. — In-8.® de 172 pa«
ginas.
— Teixeira Pascoaes: «As sombras». — Lisboa, 1908, Typo-
graphia do Annuario Commercial. — In-8.* de 212 paginas.
— Antero de Figueiredo: «Cómicos». — Lisboa, 1908. Typo-
graphia do Annuario Commercial. — In 8.® de 264 paginas.
— Alfred Rambaud: «Historia da Revolução Francesa», traducçSo
256 BOLETIM DAS BI&LKKTHlSCAS
de Joio Barreira. — Lisboa, 1908. Typographia do Ánnaarío
Commercial. — In-8.^ de 332 pagíme.
— Grégor Caiky: cPeccados YéHios», ^aducçSo de Manuel de
Macedo. — Typographia do Amittirío Commercial, Lisboa.
— In S."" de 208 paginas.
— Hoffman: cContoB noctumoB», tradncçSo de J. À. de Oliveira.
— Lisboa, 1907, Typographia do Annuario Commercial. —
In^."" de 298 paginas.
«
— A. Conan Doyle: «Memorias de um policia amador. A alliança
do casamento», versUío de Henrique Lopes de Mendonça. —
Lisboa, 1907. Typographia do Annuario Commercial. — In-
8.^ de 172 paginas.
— A. Conan Doyle: «Memorias de um policia amador. Aventuras
de Sherlock-Holmes», versfto de Manuel de Macedo. — Lisboa,
1907. Typographia do Annuario Commercial. — In-8.<^ de 192
paginas.
— A. Conan Doyle: «Memorias de um policia amador. Sherlock^
Holmes triunfante», versfto de Augusto Gil. — Lisboa, 1908.
Typographia do Annuario Commercial. — In-8.* de 208 paginas.
— Conde de Sabugosa: «Embrechados». — Lisboa, 1907. Typo
graphia do Annuario Commercial. — In-8.® de 200 paginas.
— Luiz da Camará Reis: «Cartas de Portugal. (Para o Brasil)».
— Lisboa, 1907. Typographia do Annuario Commercial. —
In-8." de 296 paginas.
— António Correia de Oliveira: «O pinheiro exilado». — Lisboa,
1907. Typographia do Annuario Commercial. — In-4." de 24
paginas.
— Cónego Chouzal : « El-Rei D. Carlos I e Príncipe Real D. Luiz
Filipe», oração Fúnebre recitada nas exéquias feitas em Évora.
— Lisboa, 1908. Typographia do Annuario Commercial. —
In-8." de 56 paginas.
Por JoSo Carneiro, como editor. — Biblioteca Sexual. N.® 1. —
E ÂRCHIYOS MACIOKAES 257
.Dr. Désormeaux: cVirghidaâe e desfioraç&a» . — Lisboa, Ty-
pographia de António JAaria Antunes. — In«16.^ de 64 paginas.
Por Eduardo de Barros Lobo (Beldemonio), coroo traductor :
— H. de Balzac: <TJm conchego de solteirXo». — Lisboa, 1906.
— In-S."" de 284 pagpnas.
— H. de Balzac: «Um começo de vida». — Lisboa, 1907. Iib-
prensa Libanio da Silva. — In-8.* de 226 paginas.
— H. de Balzac: clIlusSes perdidas». — Lisboa, 1907. 2 volu-
mes. — Typographia do Porto Medico. — In-8.® de 272 pa-
ginas o 1.® volume e de 264 paginas o 2.^ volume.
— H. de Balzac: «Esplendores e misérias das cortesãs», 2 vo-
lumes.— Lisboa, 1907, Lnprensa Libanio da Silva. — In-8.*
de 216 paginas cada volume.
— H. de Balzac: «Â ultima incarnaçSo de Vautrin». — Lisboa,
1908, Typographia do Porto Medico, — In-8.® de 924 paginas.
Por Faustino da Fonseca, como autor e proprietário da obra: cA
descoberta do Brasil •, 2.* ediç&o. — Porto, Typographia de
A. J. da S. Teixeira, Successores. — In-8.^ de 362 paginas.
Por António Cabreira, como autor: «Relatório da secçSo portu-
gueza da Liga Latino-Slava». — Lisboa, 1908, Typographia
Bayard. — In-12.® de 24 paginas.
Por JoSo da Silva Soares, como autor: «AlInsSes», analyse cri-
tica. — Lisboa, 1908, Typographia A. M. Rodrigues. — In-8.®
de 16 paginas.
Por José Frutuoso da Fonseca & Filho, como editores :
— «Horas de piedade», pelo Cónego António Joaquim Pereira.
— Porto, 1907, Typographia de J. F. da Fonseca & Filho.
— In-8.® de 420 paginas.
— clmitaçSo de Christo». Novissima ediçlo, confrontada com o
2Õ8 BOLETIM DAS BIBLIOTHKCAS
texto latino e annotada por Monsenhor Manuel Marinho. —
Porto, 1908, Typographia Catbolica.— In-8.'' de 480 paginas.
— € Catecismo para os parochos», traducçXo por Monsenhor Ma-
nuel Marinho, 2 volumes. — Porto, 1906-1907, Typographia
de J. F. da Fonseca 4 Filho. — In-B.® de 434 paginas o 1.*
Yolume e de 432 paginas o 2.^ volume.
Pela Livraria Chardron, de Lello & IrmSo, como editora: fFa-
ctos soeiaes», por Alfredo Pimenta. — Porto, 1908, Imprensa
Moderna. — In-8.^ de 276 paginas.
Bibliotheca Nacional de Lisboa, em 30 de junho de 1908. ~
O Director, Xavier da Cunha,
E ARCHIVOS NACIONAES 259
BIBLIOTHEGAS E ARCHIVOS NACIONAES
SECRETARIA GERAL
Perante o Conselheiro Bibliothecario-Mór do Reino está
aberto, durante trinta dias, a contar da data da inserção d'est6
anituneio no Diarío do Governo, concurso publico, para o provi-
mento de um logar vago de segundo conservador do Real Archivo
da Torre do Tombo, com o ordenado annual de 450i$0(X) réis.
Poderão concorrer a este concurso os individues habilitados
com um curso supefior, e, sem esse curso, os amanuenses-pa-
leographos, com cinco annos de serviço, se apresentarem certidão
de informaç5es distinctas, no exercício das suas funcç5es, ouvido
o conselho administrativo, preferindo, em igualdade de condiçTíes,
os candidatos que tiverem o curso de bibliothecario-archivista e
o conhecimento de maior numero de idiomas.
O concurso, na conformidade do artigo 55.^ do decreto
n.^ 6 de 24 de dezembro de 1901, constará de provas escritas
e oraes.
A prova escrita constará de:
I. Uma dissertação sobre um ponto de bibliologia ou de
administração applicada ao serviço dos archivos;
II. Extracção e classificação de verbetes de manuscritos de
varias épocas.
A prova oral versará sobre pontos de :
I. Paleographia ;
II. Diplomática;
III. Classificação de códices e manuscritos ;
IV. Leitura de documentos;
V. Sigillographia.
A forma de concurso será regida em conformidade com os
artigos 78.® a 92.® do regulamento do Real Archivo da Torre
do Tombo, approvado por decreto de 14 de junho de 1902.
Secretaria Geral das Bibliothecas e Archivos Nacionaes, em
8 de abril de 1908. — O Conselheiro Bibliothecario Mór do
Reino, José de Azevedo Castdlo Branco.
{Diário do Governo, n.» 81, de 10 de abril de 1908).
260 BOLETIM DAS BIBLI0THECA8
BIBLIOTHECAS E ARCHIVOS NACIONAES
SECRETARIA GERAL
Em conformidade do n.® 7.® do artigo 6.® do decreto n.® 6
de 24 de dezembro de 1901 e do artigo 79.®, n.* 1.®, do regu-
lamento do Real Archivo da Torre do Tombo, approvado por
decreto de 14 de junho de 1902, e em virtude do programma
do concurso para o provimento de um logar vago de segundo
conservador do Real Archivo da Torre do Tombo, publicado no
Diarío do Governo n.° 81, de 10 de abril ultimo, se publica a
constituiçfto do jurj para apreciar as provas dos candidatos do
mencionado concurso:
PRESIDENTE
Conselheiro José de Azevedo Castello Branco, bibliothecario
mór do reino.
VOGAES
António Eduardo Sim5es Baifto, director do Real Archivo da
Torre do Tombo.
Pedro Augusto de S. Bartholomeu Azevedo, primeiro con-
servador do Real Archivo da Torre do Tombo e professor da
cadeira de Paleographia.
José Maria da Silva Pessanha, primeiro conservador do Real
Archivo da Torre do Tombo e professor da cadeira de Diplo-
mática.
José António Moniz, segundo conservador da Bibliotheca
Nacional de Lisboa e professor da cadeira de Bibliologia.
£ ABCHIVOS KÂCI0NAE8 26 í
VOGAL SUPPLENTE
Balbino Manuel Pedro da Silva Ribeiro, primeiro conservador
do Real Archivo da Torre do Tombo.
CANDIDATOS ADMITTIDOS AS PROVAS DO CONCURSO
Francisco SimSes Ratolla, primeiro amanuense escripturariò
da Bibliotheca Nacional de Lisboa, habilitado com os cursos
superior de lettras e bibliothecario archivista,
Possidonio Matheus Laranjo Coelho, bacharel formado em
direito pela Universidade de Coimbra.
Jo2Lo Mathias de Freitas (se opportunamente apresentar todos
os documentos necessários).
Secretaria Oeral das Bibliothecas e Archivos Kacionaes, em
21 de maio de 1908. — O Conselheiro Bibliothecario Mór do
Reino, José de Azevedo Caatello Branco.
{Diário do Governo, n.° 117, de 2õ de maio de 1908).
362 BOLETUÍ DAS BIBLIOTHECA8
BEAL ARGinYO DA TORRE DO TOMBO
Balbino Manuel Pedro da Silva Ribeiro, segando conservador
do Real Archivo da Torre do Tombo, promovido por Decreto
de 26 de março de 1908, na conformidade dos artigos 34.® e 54.*
do Decreto n.° 6 de 24 de dezembro de 1901, a primeiro con-
servador pela vaga da nomeação ao logar de Director do mesmo
Real Archivo, por decreto de 10 de março de 1908, do primeiro
conservador António Eduardo Simões Bailio.
Alfredo Augusto Marques Sopinha, nomeado por decreto de
26 de março de 1908, tendo precedido concurso, para o logar
de Continuo do ReaJ Archivo da Torre do Tombo, vago pela
exoneração concedida a Carlos Ayres, por despacho de 11 de
março de 1908.
{Diário do Governo, n.» 74, de 2 de àbrit de 1906).
Bacharel Possidonio Matheus Laranju Coelho, nomeado por
decreto de 11 de junho de 1908, tendo precedido concurso,
para o logar de segundo conservador do Real Archivo da Torre
do Tombo, vago p?la promoção a primeiro conservador por decreto
de 26 de março do mesmo anno de segundo conservador, Bal-
bino Manuel Pedro da Silva Ribeiro.
(Diaiio do Governo f n.<» 136, de 19 de junho de 1908).
£ ARCHIVOS ;íACI0NAE8
263
EsUQstla doi leitores na Blbliotheea Nacional de Usboa
no 2.'' trimestre de 1908
Sm^ÕCI « UU lllb-«IÍTÍNN
Historia, geographia
Cartas geojipraphicas
I { Polygraphia
Jornaes
Revistas nacionaes e estrangeiras
II
Sciencias civis e politicas
ijf ( Sciencias e artes
^^^ i Bellfts artes
I
IV
Philoloiria
Bellas lettras
S
Y 1 Numismática
I Estampas . . .
VI
VII
e
VIII
IX
Religiões
Incunabulos
Reservados
Collecção Camoneana
» Elzeviriana
» Bodoni
Manuscriptos (fundo geral)
Códices illuminados
Collecçfto Pombalina
» dos Códices d* Alcobaça
Archivo de marinha e ultramar. .
Total
Espécies requisitadas
pelos leitores
Dii
1:091
9
397
948
63
947
1:848
94
101
2:403
29
2
18
39
102
1
230
8
113
lõ
7:550
Me
587
4
245
222
2»
427
1:251
22
65
1:721
8
16:058
4:580
Tofad
1:678
13
642
1:170
91
1:374
3:099
116
166
4:174
34
2
21
39
102
1
230
8
113
15
7:550
20:638
LàUni
D«dii 6:848
DenoH* 8:481
ToU) 8:884
Secretaria Geral das Bibliothecas e Archivos Nacionaes, em 80 de junho
de 1908.
Pelo Bibliothecario-mór do Reino,
O Inspector,
Gabriel Victor do Monte Pereira,
BOLETIH DÁS BiaUOrVHKCAÃ
n
Estallitlei doi toIdidu nvlidos pelu SeefíM Sitrugelm it Vmaílu
laternaclonaes durute o 2." trimutre da 1908 i Steçio du Blbllotlitui
e AreblTOi Nicloniei
8«^
1^
W
554
14G
46
Bélgica
746
EsMstl» dn toIdium enrlidos darula o l." trimestre de 1908 peli Secfi»
du Blbllotheeu e trcblvos N&eioiíiei ii Secfjes Eitrugalru
EstadoR Unidos da America
Estados Unidos do Bruil . .
França
Bélgica
Urngaay
EittílBttea doB lellot e foraolu de innqtííi doi piliei da Dniío Postal Dil-
verial eDlridos na seeç&o de Nnmlsmallea da BlblIoUieea Nieloiil de
Lisboa, durute o t" trimestre de 1908
SelloB 96
Bilhetes postaes 18 -
Carldee postaes
Sobrescriptoa
Cintai
Vale»
Infrensa da Uhivbrbidade, 19QB
I
J
iBiDtri) 3 — T.° Inio jQlbo a Setembro — Mt
BOLETIM
iumtis I lifflii Mciiis
PUBLICAÇXO OFFICÍAL TRIMENSAL
COIMBRA
Imprensa da Universidade
iGOe
BIBLIOTUECAS E ARCHIYOS MCIOHiES
PnblicaQôes offioiaes
INVENTAItlOS DA BIBLHlTHEr.A NACIONAL RE LISBOA
Secçào I — Historia c Geograpliia.
Serie !.• (numeração preta) — !.■ parte. Lisboa, 18^9.
— 2.* parte. Lisboa, 18^9.
Serie 2.*» (numeração vermelha) — Lisboa, 1895.
Serie 3." (numeração azul) — Lisboa, 1897.
Secção III — Scicnciaa e Artes. Serie 1." (numeração preta) — Coimbra,
1907.
Secção IV — Sciencias civis e politicas.
Serie 1.* (numeração preta) — Lisboa, 1897.
Secção X — Philologia e Bellas-Lettras.
Serie 1." (numeração preta) — Lisboa, 1890.
Serie 2." (numeração vermelha) — Lisboa, 1893.
Serie 3.* (numeração azul) — Lisboa, 1894.
Secção XIII — Manuscriptos por José António Moniz. Li&boa, 1896.
— Colleccão Pombalina, por José António Moniz. Liaboa,
lé95, completo.
Inventario do Archivo de Marinha e Ultramar, pelo dr. Eduardo de Cas-
tro e Almeida.
Ilhas da Madeira e Porto Santo, I — Coimbra, Imprensa da Universidade,
1907.
Relatório acerca da Bibliotheca Nacional de Lisboa e mais estabeleci-
mentos annexos, dirigido ao Ex.'"» Sr. Ministro e Secretario d^Estado dos
Negócios do Reino, no l.« de Janeiro de 1844 por José Feliciano de Cas-
tilho Baneto e Noronha. Tomo I-Officio— Tomos II, III e IV— Appensos
ao officio. Lisboa, Typographia Lusitana, J844.
Bibliotheca Nacional de Lisboa. Exposição Antoniana, 1895. Lisboa, 1895.
Namero 3— f."" Annô Julho a áetembro— 190i
JJHJ
DAK
fiiBLioTiiecAs li Âitmiivoii mmm
Propriedade e edição da Sccrelarta Gi^ral du BibiioUiecaa e Arehivos Nacionaet. Luboi.
Director J. A. CasleUo Branco, DililiotlM>cario Mór do Reino.
Composição e Impressão na Imprensa da Universidade.
Relatório dos serviços do Real ArchiTO da Torre do Tombo
no qoarto trimestre de 1908
III ™* e Ex."*® Senhor. — No terceiro trimestre do anno cor-
rente nSLo se descarou a impressão, já começada, do nosso Inven-
tario geral. Ficaram impressas trinta folhas.
Tfto pouco se nSLo descurou o arranjo de material para e^sa
impressão e tanto assim que tenho o prazer de communicar a
V. Ex." que a collecyão Porcarias do Reino, com excepção dos
livros 4.^, 7.^ e 1).^ bastante adiantados, se a(*ha completamente
summariada. Por isso fiz começar com outra niuito importante
collecção, muito importante e muito vasta, a Chancellaria da
Ordem de Christo.
Das Cartas Missivas c«ntinuou-8e cora o inventario do segundo
raaço e começou-se com o inventario da interessante collec^-ão
Cartas dos Vice- Reis.
Parecerá á primeira vista um pouco falta de methodo da
minha parte o empregar a actividade dos funccionarios doeste
\rchivo em extractar varias collecçòes ao mesmo tempo, mas é
erto que procedo nisso com toda a consciência, conjugando as
tid5eB dos empregados com as necessidades do Archivo, como
seu tempo se irá vendo.
?.• ANNO, N.* 3 l
iaô llOt.Í£tlM DÁS iiihLiotHEcAâ
■ ■■ i»
Continuoii-Be a organisaçSo da lista, completa o mais possivel,
dos documentos d'este Archivo já impressos.
Por fim passaram-se quatro copias authenticas e duas certi-
dSes e registaram-se sessenta diplomas.
Deus guarde a V. Ex.* — Real Arcliivo da Torre do.Tombo,
em 20 de outubro de 1908. — Ill/"" e Ex.™" Snr. Bibliothecario
mór do Reino. — O Director, António Eduardo Simdea Baião.
k AÍiClliVOS ilAGlOitAKâ ^6?
Relatório dos serviços da Bibliotheca Nacional de Lisboa
no terceiro trimestre de 1908
111."* e Ex.™** Senhor: — O Relatório que hoje tenho a honra
de indereyar a V. Ex.*, concernente aos serviyos do terceiro
triíntistre do corrente 1908, quasi exclusivamente se occupará
das offertas e das acquisições por compra que durante o mesmo
trimestre deram ingresso na Bibliotheca Nacional de Lisboa.
E, começando pelo rol das offertas, mencionarei em primeiro
logar aquella que devemos de 110 volumes ao Sr. Coronel de
Artilharia Joào Maria Jalies, — 110 volumes quasi todos relativos
a upsumptos de organizaçj\o militar. D^entre elles especializarei
os que passo a indicar:
1 .® — Notice 8ur la lecture des cartes topoyraphiques à Vtisage
fies lycées, collèges et des étahlissements universitaires. (Mesnil
(Eure) — 1879 — Com estampas).
2.® — ManuH des connaissances militaires pratiques. Destine
à MM, les officiers et sous-ojfficievs de Varmée active, de la reserve
et de Varmée territorinle, airisi qn attx engagés conditionnels — iif
édition entièrement refondue, augmentée tt mise à joiír. (Paris —
1880 — Com figuras).
3.^ "- Règlement sur les manoBuvres des batteries attelées ap'
prouve par le Ministhre de la Guerre le 20 mars 1880. (Paris —
j 880 — Com figuras).
4.* — Coiisti^cção de baterias por Pedro Manoel Tavares.
(Lisboa — 1884 — Com Kguras em fls. desdobráveis). .
5.^ — Aide-mémoire à Cxisuge des officiers d^artillerie — Qua-
torzilme édition. (Paris — 1880-1882 — 2í3 voI. com figuras).
6.® — Vtilgarisation de Véqnitation st dressage des cavalitrs et
des chevaux par Pigouche, (Paris — 1881 — Com figura»).
7.* — Décret du 26 octobre 1883 portant rhglement sur h ser^
vice deê armées en campagne. (Paris — 1885 — Com figuras).
8.® — Armamento da Infanteriu por José Nunes OonçalveSé
(Lisboa — 1887).
9.' — Artilheria Krupp e Ariílheiia de Bange— Notas para
â(>8 ÚOLÉTlU DÁS DlftLlOTtíÈCÀd
um estudo comparativo doestes dois systemas d'artíUuria por J.
Nunes Gonçalves. (Lisboa — 1888 — Com figuras).
10.® — A verdadeira situação militar de Portugal por Luiz
PUito de Mesquita Carvalho. (Porto — 1889).
11.® — Joaquim Emygdio Xavier Machado — These militar.
(Lisboa— 1889).
A these defendida e sustentada pelo auctor do livro é a res-
posta ao seguinte quesito: — «Dentro da verba de õ.000:000i$000
réis poderá reorganisar-se o exerc*ito, adoptando-se outras bases
que melhor permittam a sua mobilisaç&o » mais seriamente cor-
respondam ás multiplices exigências da paz e da guerra?i
12.® — Oénéral T, Bonie — Les remontes françaises — Eisto-
rique et projets de reforme — 1890. (Paris — 1890).
13.® — Memoria sobre a theoria da Balistica apresentada á
Academia Real das Sciencias de Lisboa por José Manuel Rodri-
gues. (Lisboa — 1884).
14.® — Elementos de Balistica — Theoria elementar do tiro e
suas applicaçdes por José Nunes Gonçalves. (Lisboa — 1891 —
Com figuras).
lô.® — Escola do Exercito — 5.^ Cadeira — Theoria do movi-
mento de rotação dos projecteis oblongos — (Por) J. Nunes Gonçal-
ves. (S. I. (Lisboa) — 1893-1894 — Lithographado^ com figuras).
16.® — Escola do Exercito — 6.^ Cadeira — Introducção ao
estudo dos effeitos dos projecteis — Probabilidade do tiro — (Por)
J. Nunes Gonçalves. (S. 1. (Lisboa) — 1894-1895— Li thogra-
phado, com figuras).
17.® — Pólvoras, explosivos modernos e suas applicaçoes, por
Luiz Mardd. (Lisboa — 1893-1896 — 2 vol. com estampas litho-
graphadas, e em parte coloridas).
18.® — Effeitos dos projecteis por José Nunes Gonçalves.
(Lisboa — 1899 — Com figuras).
19.® — Estudo do movimento dos projecteis na alma das boccas
de fogo por José Nunes Gonçalves. (Lisboa — 1903 — Com figuras).
20." — O projecto de itorganisação do exercito — Discursos
pronunciados nas sessões de 7 e 11 de AbiHl de 1899 na Camará
dos Senhores Deputados por José Estevão de Moraes Sarmento.
(Lisboa— 1899).
21.® — Legislação militar — Principaes disposições que cons-
tituem matéria de execução permanente de 1864 a 1896 colleccio-
nadas dos documentos officiaes por João Chrgsostomo Pereira
Franco. (Lisboa — 1898 — 2 volumes).
22.® — Guia da legislação dos serviços da Fisccdisação Externa
K ÀUOH1V08 NAClOMÁES â6d
d(M Alfandegas pelo Capitão da Gruarda Fiscal Miguel Victorina
Pereira Garcia. (Lisboa — 1904).
23.® — Estudo histórico sobre a campanha do Marechal Soutí
em Portugal considerada nas suas relaçdts com a defeza do Porto
— Memoria publicada na ti Revista do Exercito e da Armada w
por A, P. Taveira, (Lisboa — 1898 — Com mappas iithographados
em fls. desdobráveis)
24." —Doze volumes pertencentes á colleeção ^Petite Biblio-
thèque de l*Armée Françaiset, a saber:
a) — Manuel d*instruction militaire à Vusage des écoles secon-
doires. (Paris — S. d. — Com figuras).
b) — liôle, organisation, atfaque et defense des places fortes.
(Paris — 1886 - Cora figuras).
c) — Armées étrangh'es contemporaines — Par A, Garçon —
Tom. I. (Paris— S. d.).
Abrange noticias ácêrca dos exércitos alIemSlo, inglez, austro-
húngaro, belga, búlgaro, dinamarquez, hespanhol, grego, boi-
landez, italiano, montenegrino, norueguez, portuguez, romeno,
russo, sueco, suisso e sérvio.
d) — Notice sur VArmée Belge, (Paris — 1884 — Com figuras).
e) — VArmée des Pays-Bas. Notices militaires et géographi-
quês. (Paris — 1886 — 2 vol.).
f) — UArmée Suisse. Son himtoire, son organisation actudle.
Par le Capitaine A. Heumann — 2^ édition, (Paris — 1888).
g) — UArmée AUemande. Son histoire, son organisation
actudle. Troisihne édition. (Paris — S. d.).
h) — UArmée Italienne, Son organisation actuelle, sa mobili-
sation. (2^ éditionj, (Paris — 1886).
i) — Notice sur VArmée Russe — Tome premier — 2^ édition.
(Paris — 1886).
j) — UArmée Ottomane contemporaine. Par Ch. Le Brun-
Renaud, (2^ édition), (Paris — 188(5).
k) — UArmée Portugaise, Par A. Garçon. (Paris — 1887).
Abrange os oito seguintes capítulos:
I — «Le Portugal et les Portugais».
• II — «Histoire du Portugal».
III — iÉtat major general et écoles militaires».
IV — «Organisation et composition de Tarmée active».
V — «Forces de seconde ligne».
VI — «Divisions militaires et defense du territoire».
VII ^ f Armoíries, drapeauX; pensions, distinctions honori-
fiques».
37o BOLBTIM DAS BIBLIOTHKCAS
VIII — Marine et coloniest.
De interesse especial para os camonianÍBUs, incontra se neste
livrinho (««in pag. 35) o trecho s«rguinte, depois de mencionado
0 triste desfecho de Alcaeer-Keliir:
tLe grand poete portugais Canioens, Tauteiir des Lusiade»,
qui fut aiissi suldat et dont un vtiyageur franyais de Tépo^jiie
(Vincent Blanc) parlait avec Uint d^éloges, mourut eu apprenant
la noiívelle de cette défaite».
Aqui h;i, porem, uma inexactidSo: o desastre de Alcacer-
Kebir realizou se em 1Õ78 ; e o fallecimento do Poeta fui em 1580.
Passarei agora a mencionar as offertas que rtfcebi, remettídas
pelo Sr. Visconde de Faria.
E são ellas as seguintes:
1.* — Christophe Colovib et les écrivains gaditans par António
de Portugal de Faria. (St-Valery-en-Caux — 1891).
2.* — Les champs d*or (Afrique Portugaife) par A. P, Paiva
e Pana Tradiiif du ^BuUdin de la Sociéfé de Géographien
par António de Portugal de Farta. (Lisbonne — ^1891».
3.* — Oenealogin da Familia «iPossoUo» (1673 a 1898) man-
dada publicar por António de Portugal de Faria. (Buenos Aires
— 1892).
4.* — Mon séjour à Cadix. 1886-92, Par António de Faria.
(Baugé (Main«-et-Loire) — 1893 — Separata dos cAnnales de
1 Alliance Seientiíique»).
5.* — Republicas Ch^ietital do Ui^uguay, Argentina e do Pa-
raguay — Biographias dos Representantes de ò'. M. Fidelíssima,
Navios de Guerra, Tratados e ConvençSes. Sociedades de Beneji-
cencia. Jomaes Portuguezes, Por António de Portugal de Faria.
(Buenos Ayres — 1893).
6.* — Gen^cdogia da Familia € Arrobas* por António de
Portugal de Faria. (Buenos Aires — 1895).
7.* — Apontamentos genealógicos sobre a Família Portugal
da Silveira por António de Portugal de Faria. (Buenos Aires —
1895).
8.* — Genealogia da Familia Faria por António de Portugal
de Faria. (Lisboa — 1896).
9.* — Genealogia da Familia Barreiros — (2.^ edição) Por
António de Portugal de Faria. (Lisboa — 1896).
10.* — Genealogia da Familia dos Quinhones por António de
PoHugal de Faina. (Paris — 1896).
n.''— Genealogia da Familia €Po8SoIIob (1673 a 1896) por
■J.L«jea~j_'^^'í^" _
tt AUCHIVOH KaCíónaes 271
António de Poréuyal de Faria, (S«infc-Valery-en-Caux — 1896
— Com o respectivo bras&o).
12.* — Parentesco da Viscondesna de Fat^ia com os 3oa7'es
por António de Portugal de Faria. (PloiubièreB-les-Bains — 1896)t
13.* — Parentesco da Viscondessa de Faría com os Soares de
Albergaria — Soares Oama e Faria entroncados por Soares de
Albergaria (Por linha materna). Por António de Portugal dê
Faria. (PIombíères-leB-Baine — 1896).
14/ — Parentesco da Viscondessa de Faria com os Soares de
Albergaria — Soares de AlbergaHa entroncados com Oama e
Faria (Por linha paterna). Por António de Portugal de Faria.
(PIombièreR-les-Bains — 1896).
lõ.* — Parentesco da Viscondessa de Faria com os Soares de
Albergaria da Gama. (Plombière8-le8-Bain8-^-1896).
16.* — Parentesco da Viscondessa de Faria com os Soares da
Gama e Faria por António de Portugal de Faria. (Ploiiibières-
les-Bains — 1896).
17.* — Parentesco da Vixconde:<sa de Faria com os Britos de
Aquino entroncados com Soares de Albergaria da Oama e Faria
(e com Horta Cabral) Vor António de Portugal de Faria.
(Ploinbières-Ies-Bains — 1896).
18.* — Pareniesco da Viscondessa de Faria com os Barros
(de Alemquer) (Por linha materna). Por António de Portugal,
de Faria. (Plombières-les-Bains — 1896).
19.* — Parentesco da Viscondessa de Faria com a Casa dos
Marquezes de Castdh Melhor Por António de Portugal
de Faria. (PIombières-les-BAins — 1896).
20.* — Documentos relativos ao cfisamento de António de
Portugal de Faria com Dona Mai%a Elisa de Marchi. (Mi-
Ifto — 1896 — Com os brasões dos nubentes, em gravura).
21.* — Casamento de D. Maria do Carmo de Portugal de
Faria com D. Thmaz de Saint^George Armsirong. (MilAo —
1896 — Com brasões).
22.* — Casamento de D. Júlia de PoHugal de Faria com o
1.^ Visconde de Silvares. (Milào — 1896 — Com dois brasões).
23.* — Genealogia da Família Portugal da Silveira — (2»^
ediçào) Por António de Portugal de Faria. (Lisboa — 1896).
24.* — Biographia de meu avô materno Guilhei'me Fre-
derico de Portugal da Silveii*a BaiTos e Vasconcellos Por
António de Portugal de Faria. (PIombières-les-Bains — 1896).
25.* — Biographia do Conselheiro Visconde de Fana. (Plom-
bières«*les-Bain8 — 1896).
373 BOLETIM DAS BIBLIOTHEOAS
26.* — Genealogia da Familia Corrêa de Lacerda — Par An-
tónio de Portugal de Faria. (LisboA — 1897).
27.* — O Episodio do Adamastor'' nos •Ijwtuidast de Luiz de
Camões. (Livonio — 1897 — Com retratos, incluído entre elles
o do Poeta).
O texto portuguez camoniano vem acompanhado pela versio
italiana dn Adriano Bnnaretti.
28.* — Certidões que formam a arvore de costado da Viscon-
dessa de Faria. (Livurn*» — 18Í>7),
29.* —-Francisco de Borja Garção Stockler — Elogio de José
Joaquim Soares de Barros e Vanconcellos, Com notas de António
de Purlugrã de Ftk-ia. (Leorne — 1 897).
30." — António de Portugal de Faria — Quelques notes sur
les rapporfs entre tes Portuga is et la Province de C^dix depuis
les temps les plus reculés. (Livourne — 1897).
31.* — Portugal e a Republica Argentina — Quentão diplo-
mática satisfactoriamente resolvida pelo Visconde de Faria —
(Estracto do Boletin Olícial da la Republica Argentina de 2 de
Junho de 1894). (Leorne — 1897).
32.* — António de Portugal, de Faria — C/i/ia carta, de Jacob
de Brito a Aarão Motiseca. (Leorne — 1897).
33.* — António de Portugal de Faria — Um retrato de D,
Constantino de Bragança Viso Rey da índia, (Livorno — 1897
— Cora 2 gravuras).
34. • — Cotite Luigi Cibrario — Nutizie di Matilde di Savoia
moglie d*Alfonso Enriquez primo Re di Portogallo — Reproducção
de António de Portugal de Faina. (Livorno — 1897).
35.* — António de Portugal de Faria — A lucta de 1828-34.
Tentativa de auxUiar bibliographico. (Leorne i 8^7 — Com o
fac-simile de dois ex-libris: o de Manuel Paes d'Arag%o Trigoso
Pereira e Magalhães, e o de SebastiUo d'Almeida e Brito).
36.' — António de Portugal de Faria — Extracto do Maré
Magnum di Francisco Marucelli — Lusitânia. (Leorne — 1898).
37.* — António de Portugal de Faria — Lettre à Messieurs
les auteurs da Journal des Sçavane sur la navigation des Portu-
gais aux Indes Orientales par José Joaquim Soares de Barros e
Vasconcellos — (Réimprimée en commémoration du Centenaire de
Vinde). (Livourne— 1898;).
38.* — Documentos relativos ao nascimento e ao baptismo de
D. Maria Emilia Carlotta de Marchi de Portugal de Faria.
(Livorno — 1898 — Cora brasSes).
39.* — António de Portugal de Faria — Centenário da índia
E ARCHIV08 NACI0KAE8 273
— Bartholo/neu Vdho, DescobeHa d'um planispherio de 1661.
(Leorne — 1898 — Cora duas photo-grayuras de reproducçSo fac-
BÍmíle).
40.* — António de Portugal de Faria — Cadix—^(Étude his-
toriqiiej. (Saint-Valéry-en-Caux — 1898 — Oom uma gravura
em que se representa a «Arbol de la genealogia de Jesu Christo
deducida de muger natural de Cadiz»).
41.* — António de Portugal de Faria — Ouvrages de José
Joaquim Soares de Barros. (Livoume — 1899 — Com figuras).
42.* — Instjnicçdes que Sua Magestade El-Rei o Senhor Dom
Pedro V de saudosíssima memoria compoz, escreveu e deu ao Gs'
neral Fortunato José Barreiros para se guiar na mitsão scienti'
jico-militar que por ordem do mesmo augusto Senhor foi fazer a
paizes estrangeiros nos annos de 1856 e 1867. (Leorne — 1899
— Com a reproducçâo fac-simile da primeira pagina do manus-
cripto autographo).
43.* — António de Portugal de Faria — Note per la storia
deUa Famiglia de Marchi e dei Comune di Astano sua pátria,
(Livorno — 1900).
44.* — António de Portugal de Faria — Notes généalogiques
et documente pour Vhistoire de rascendance de Madame Maríe
Rose de Croharé de Marchi, (Livourne — 1900).
45.* — PoHugal e Brazil — Para a historia d'um conflicto
diplomaíico — Certidão da inquisição de testemunhas e da sentetiça
proferida pelo Juiz do 2.^ Districto Criminal de Lisboa decla-
rando a não existência de crime algum e mandando archivar os
autos de parftcipação para coipo de ddicto pelo cmme dè dar fuga
a revoltosos nos quaes era arguido o Cônsul de Portugal em Mon^
tevideu Aiitonio de Portugal de Faria. (Leorne — 1901 — Com o
retrato do Cônsul na capa da brochura).
46.* — Le Déchs du Vicomte de Faria — Paris, 26 Stptembre
1901, (Paris — S. d.).
47.* — Preuves defiliation des Familles d'Hertauli de Beaufort
et de Marchi delia Costa. (Matha (Ch.-Inf.) — 1901 — Com 2
brasSes).
48.* — Colonie porfugaise à Paris le 1^ Novembre 1902. (S.
1. n. d.).
49.* — Colonie portugaise à Paris le 15 Avril 1903. (S. 1.
n. d.).
50.* — A. de Faria Consta de S. M. le Roi de Portugal à
Livoume (Toscane). (Livourne — 1 903 — Com o retrato do bio-
graphado).
274 BOLETllá DAS BlBLIOTHBCAS
51/ — Documentoê relaiivoê ao naêdmênto e baptitmo de
D. Maria Antónia Marco de Marchi de Portugal de Faria.
(Leome — 1903 — Com estampas).
02/ — A. de Faria — Apontamenfoã genealogieoê eóbre ae
famUiae do Viêconde e da Viscondessa de Almeida-GarreU. (Hi-
Ifto — 1904 — Com Taríos retratos; e com a reproducçlo fac-si-
mile de aatographos garrettianos).
53/ — A. de Fqria — Resume généidogique de qudques-nns
des frè» nobles ascendances portugaises (de Lemos — de Lacerda
— de Araújo) de Monsieur le Duc de Bellune. (Livourne — 1904
— Com 2 retratos).
64.* — Vicomte A. de Faria — Notice génialogique sur la Fa-
mille des Comtes d'HertauU de Beaufort. (Paris — 1905 -Com
2 retratos em pfaototypia).
55* — António de Portugal de Faria — Portugal e Itália.
Litteratos Portuguezes na Itália ou Collecçao de subsidias para
se escrever a Historia LUiernria de Portugal, que dispunha e
ordenava F. F, M. C. (Frei Fortunato Monge CistercienseJ.
''Leome — 1905 — Cora trechos de reproducçSo fac-simile do
manuscripto origÍDal).
56/ — Saint Antoine de Lisbonne, Auto mystère. Acte dra-
matique en deux parties et trois tableaux par le Baron de Sant'
Anna Nery — Esquisse biographique sur Vauteur Préfaee
de A. de Faria. (Livourne — 1905).
57/ — A, de Faria — O dragão dos Soares de Albergaria
(Cartas trocadas com Joaquim de Araújo, Polemica «^ inter ami-
eost). (Bordighera — 1906).
58.» — A. de Faria — Deu>x lettres du Landgrave Fridéric
de Hesse Oinéral de cavalerie prussien (1820^1884) au Vicomte
de Faria Chargé d'Affaires de PoHugal (1823-1901). (Milan —
1906 — Com o fac-simile das duas cartas, acompanhado pt^los
retratos do Landgrave e de sua esposa, do Visconde de Faria
(pae), e do auctor do folheto).
59.* — Nobiliaire univereel de France ou recueil géniral des
généalogies kistoriques des maisons nobles de ce royaume par M.
de Saint- Aliais. (Trecho do Tomo 18/, concernente á Familia
• De PréauxD — Réimpression: Tirage à 50 uniques exemplai res
par le Vicomte de Faria — Paris — 1906).
60/ — A. de Faria — y^otes sur le nom Portugal porte par
q^ic^fpies familles en France, (Milan — 1906).
ol.* — A. de Faria — Notas para a genealogia da Família
Possollo (de origem genoveza). (Leorne — 1906 — Com 2 retratos
e 1 brasSo).
E ARCHIV08 NACIONABS 275
62.»— La lÀngua di Sant' António. (S. I. (Padova?)— 1907).
O opúsculo Tem subscripto por Dom Camillo Battaglia, Se-
cretario do Cardeal Boschi.
63.* — i4. de F.—Colonie Portugaise à Paris. 1907. (Milan
- S. d.).
64.* — A. de Faria — Con/toli e Vice Conauli di PoHogallo
in Itália nel 1907. (Milano — 1907 — Com o retrato do auctor e
08 de 36 outros fiinccionarios consulares).
65.* — -á. de Faria — Notas para a genetãogia da Família
Barreiros. (Leorne — 1908 — Com vários retratos).
66.* — A. ae Fana — Notas para a genealogia da Família
Arrobas, (lieome — 1908 — Com vários retratos)^
O Sr. Visconde de Sanches de Baêna deu á luz no anno
pretérito um folhetvi por esta forma intitulado:
SuppJemento ás Noras e documentos inéditos para a biographia
de JocLo Pinto Ribeiro. (Porto — 1907).
D*esse opúsculo nos ofTereceu elle dois exemplares, e conjun-
tamente o original autographico de um dos documentos no refe-
rido folheto transcriptos, — documento passado em Lisboa aos
23 de Dezembro de 1640, e assignado pelo Capitão-Mór António
de Saldanha e pelo Capitão de Infantaria Manuel de Sousa de
Castro.
Refere se tal documento aos gloriosos acontecimentos do dia
1.® de DezembroT; e o seu conteúdo vem justificado em 26 de
Janeiro de 1643 pelo Dr. Jorge de Araújo Estaco, do Conselho
da Fazenda de Sua Majestade e Juiz das justificações d'ella.
Elaborada com aquella proficiência por que se caracterizam
todos os trabalhos do auctor, offereceu-nos o Sr. Anselmo Braam-
camp Freire a seguinte publicação, originariamente dada a lume
no «Boletin da Sociedade de Geographia de Lisbuai:
Emmeiifa da Casa da índia por A. Braamcamp Freira,
(Lisboa— 1907).
No grupo dos livros mais estimáveis, amavelmente ofiertados
por seus auctores, figura o volume das
Peregrinardes (1868 a 1908). Versos de Cândido de Figuei-
redo (Escolhidos, con*igidos e anotados) — Edição definitiva.
(Porto — 1908 — Com o retrato do auctor em photo-gravura e
o fiic-simile de sua assignatura autographa).
Neste volume incerra-se, adrede apartado, um florilégio das
27G BOLETIM DA8 BU)LIOTHECA8
composiçSes que o insigne Poeta mais prezou d'entre as prece-
dentemente publicadas. O que vale a obra do auctor, n&o serei
eu quera o diga; dizem-no auctoridades, cujas opiniões o Dr. Cân-
dido de Figueiredo transcreve no seu livro (António Feliciano
de Castilho, Alexandre Herculano, o Bispo de Vizeu (D. António
Alves Martins), o Conselheiro António José Viale, o Conselheiro
José da Silva Mendes Leal, Cainillo Castello-Branco, Anthero
do Quental, Manuel Pinheiro Chagas, o Dr. Trindade Coelho,
D. Maria Amália Vaz de Carvalho, o Dr. Pereira de Lima, o
Dr. Theophilo Braga, e Rajmundo de Bulhão Pato).
Entre as peças originaes do auctor figuram mimosamente
algumas composições em francez, — e figuram também publicadas
versões do texto portuguez por Marco-Antonio Canini (em ita-
liano), por Guilherme Storck (em allemão), e por Gõran Bjõrk-
man (em sueco).
Citarei seguidamente, oíFerecida pelo seu auctor (o Sr. Mar-
quez do Funchal), a seguinte obra :
Marquez do Funchal — O Conde de Linhares Dom Rodrigo
Domingos António de Sousa Coutinho. (Lisboa — 1908 — Com
o retrato do^biographado (reproducç%o de gravura antiga), a vista
do c Salão central da Bibliotheca dos Condes de Linhares i no
palácio de Arrojos, e a reproducção fac-simile de vários textos
manuscriptos).
0 escopo d'este livro (conforme se diz no respectivo • Pre-
facio») é — cfazer justiça posthuma á plêiade illustre que se
estabeleceu na corte do Rio de Janeiro em 1808, em que avultam
dois personagens pertencentes á sua e nossa historia» (a do
Brasil e a de Portugal), «um, o Imperador e Rei D. João VI,
que tão erroneamente tem sido apreciado pelos historiadores con-
temporâneos, e outro, o seu Secretario d'Estado e Ministro da
Guerra e dos Negócios Estrangeiros, Dom Rodrigo de Sousa
Coutinho, Conde de Linhares».
Do Sr. Prof. Sertório do Monte Pereira, incansável nas suas
offertas á Bibliotheca Nacional, cumpre-me archivar mais as
seguintes :
1 .* — Cultura e exploração do sobreiro — Dissertação inaugu-
ml j)or António Blanco Fialho, (Lisboa — 1906).
2.* — João da Camará Pestana — Fermentação do Tabaco
— Dissertado de concurso. (V. N. de Famalicão — 1Q06).
£ ARCHIVOS NACIOKAES 277
3/ — António Augusto Oarcia d'Andrade — A Enxertia. Dis^
seriação de concurso, (Coimbra — 1907).
Do Sr. Gabriel Pereira, em continuação de offertas ante-
riores:
Vida intelectual — Num. 14 (Madrid — Junio 1908).
E com este N.® findará provavelmente a interessante revista,
— pois que, logo era seguida á pubiioaçfto do referido fascículo,
falleceu em Madrid o erudito fundador da «Vida Intelectual t,
Prof. D. Júlio Norabela y Campos, um moyo trabalhador de
quem muito havia ainda a esperar.
O Sr. João Costa trouxe-nos duas dadivas:
1.* — Matadouro Mania pai de Lisboa — Abattoir municipal
de Lisbonne. (Álbum de 12 grandes photographiás, prect^didas
por uma folha lithographada).
2.* — Tricentenário de Camões. 10 de Junho de 1880 — Col-
lecção de 10 grandes photographiás, em que se representam: —
1.®, o busto do Poeta; 2.^, o seu monumento (executado pelo
esculptor Victor Bastos); 3.", os oito carros triumphaes que figu-
raram no cortejo civico do Tricentenário.
Ao Sr. Prof. Augusto Epiphanio da Silva Dias fiquei devendo:
Fõgl d'Engiadina (Organ dei public). (Samedan — 1889,
1890, 1891, 1892, 1893, 1894, 1895, 1901, 1902, 1903).
Com estes volumes se preenchem lacunas existentes na col-
lecção da Biblíotheca.
P.* Santos Lourenço — Por Deus e Santa Maria! Discuno
pronunciado na Egreja de Nossa Senhora doa Martyres de Lisboa
em 13''V''1908. (Lisboa-- 1908).
Offerta do reverendo auctor.
Florêncio J. L, Sarmento — No Tempo dos Francezes, Co-
media-drama original em 4 actos e 6 quadros. (Lisboa — 1908
— Com o retrato do auctor e o fac-simile da sua assignatura).
Fui o Sr. Florêncio José do Lago Sarmento (nas lettras co-
nhecido por ff Florêncio Sarmento») quem nos offereceu esta
comedia que em Dezembro de 1864 elle fez representar no
Theatro de D. Maria II, e que publicou agora como tributo para
a commemoraçilo do Centenário da Guerra Peninsular. A comedia
278 BOLETllí DAS BlBLlOTHECAâ
notabiliza-Be especialmente por uma suggeativa pintara dos cos-
tumes do tempo.
Centenário da Ouerra Peninêvlar. 1808-1908 — Contribuição
da Camará Municipal de Aveiro para a sua historia — Notas e
documentos por Marques Gomes. (Aveiro — 1908 — Cum 16 pho-
to-gravuras).
Offerta do Sr. Marques Gomes.
Programma para a commemoraçào da Guerrg Peninsular e
respectivo Relatório elaborado pela CommissiHo nomeada por por-
taria de 2 de maio de 1908. (Lisboa — 1908).
Offerta da Commise&o, cujo Presidente é o Sr. General Jo&o
Carlos Rodrigues da Costa.
Uma das propostas apresentadas nesse c Programma» é a
«Organização de uma exposição, sob a direcçSo da Biblio-
theca Nacional de Lisboa, de livros, folhetos, manuscriptos,
gravuras, etc, relacionados com a guerra da Península, sendo
obrigatório o concurso das outras bibiiothecas do pais. Serão
concedidas mençSes honrosas aos particulares que concor-
rerem».
Remettida pela Bibliotheca da Academia Real das Sciencias
de Lisboa, recebeu- se a offerta seguinte:
Histoi'ia e Memorias da Academia Real das Sciencias de
Lisboa — Nova Seine, 2.^ Classe. Sciencias Moraes e Politicas,
e Bellas Lettras — Tom^ XI, Parte I (Volume LIX da coUecçàoJ.
(Lisboa — 1907).
Além dos relatórios e alIocuçSes que se leram nas sessões
solemnes em Fevereiro de 1905 e Março de 1906, incerram-se
no Tomo:
a) — Almeida Oarrett. OraçSo commemorativa por José de
Sousa Monteiro.
b) — Elogio histórico de Mommsen. Por José de Sousa Mon-
teiro.
c) — Elogio histórico do Conde de Ficalho. Por Eduardo
Burnay.
d) — Duarte G<dvão e a sua família. Memoria por Sousa
Viterbo.
e) — Noticia de alguns pintoi*es portuguezes e de outros que
sendo estrangeiros, exerceram a sua arie em PoHugal — Segunda
Serie. Memoria por Sousa Viterbo.
Ê ÁliCHlVOS NAClOKA£S 279
Da Cixrta Charographica doa limitei de fronteira (entre Por-
tugal e a Hespanha) recebeu-se a c Folha N.^ 1», que abrange
um largo trecho do Rio Minho (na sua parte maie Occidental)
com os respectivos terrítovíos limitrophes.
A cCommissao Organisadora da Secção Portugueza na Ex-
posição do Rio de Janeiro i — CommissílLo presidida pelo Sr. Con-
selheiro Ernesto Driesel Schrõter — inviou-nos dois exemplares
da seguinte publicação:
JExpoaiçào Nacional do Rio de Janeiro eni 1908 — Catalogo
Official da Secção Portugueza organisado e elaborado por B. O,
Cincinnato da Costa. (Lisboa — 1908 — Com illustrações).
Nessa Exposição brilhantíssima com que a Republica dos
Estados Unidos. do Brasil está nest'hora festejando o centenário
da abertura dos portos brasileiros ao commercio universal, figu-
ram com productos de supremo interessa artístico os ourives
portuguezes Leitão & Irmão, que mandaram imprimir, illustrada
com bellas photo-gravuras, uma noticia dos artefactos por elles
apresentados no referido certamen.
Essa noticia traz por titulo
Leitão & Im^ joalheiros da Coroa — Na Exposição Nacional
do Rio de Janeiro. (Lisboa — 1908).
O opúsculo mostra-nos ainda um sub-titulo:
A casa Leitão & Irmão no Brazil — A sua influencia na res-
tauração da Ourivesaria Portugueza.
E foi o Sr. Visconde de Salgado quem do Brasil nos inviou
por offerta um exemplar do opúsculo sobredito.
O Governo da Provincia de Cabo- Verde mandou imprimir:
Noticia da Flora das Ilhas de Cabo Verde> I. Fogo e Brava
por Alfredo da Costa e Andrade. (Praia — 1908).
O exemplar que recebi, constitue offerta do auctor.
José Joaquim Fragozo — Nódoa de sangue. (Nova Goa — 1908).
Refere-se á luctuosa tragedia de 1 de Fevereiro do corrente
anno esse opúsculo (um poemeto), de que intraram na Biblio-
theca, por seu auctor offerecidos, dois exemplares.
tSociedade Archeologiea Santos Rocha» se denomina hoje
um instituto que em 1898 foi fundado na Figueira da Foz sob o
titulo tSociedade Archeologiea da Figueira >•
280 BOLETIM DAS BlBLIOtHÊCAS
Em 1904 deu elle principio á publicaçXo do interessantissimo
Boletim da Sociedade Archeologica Santos Mocha.
Doesse excellente repertório, illustrado com estampas, recebi
agora por amável offerta do Presidente da Direcç&o os fasciculos
publicados— N.^ 1 a N.» 7 (Figueira — 1904-1908).
A Camará Municipal de Guimarftes brindou-nos com uma
publicaçfto utilíssima, — publicaç&o, cujo alvitre patriótico se deve
ao Sr. Dr. Ânthero Campos da Silva (Vice- Presidente da Camará
em 1898), e cuja coordenação fui felizmente incumbida ao eru-
dito e benemérito Abbade de Tagilde, Bev. Sr. Jo&o Gomes de
Oliveira Guimarães.
Essa publicação, cujo apparecimento ha indeclinável obrigação
de todos festejarem e applaudirem, e cuja «Primeira Parte» agora
sahiu a lume, deixa nos ler no frontispicio os seguintes dizeres
(e bastam elles para lhe definirem o merecimento e a opportu-
nidade) :
Vimaratiis Monvmenta Hiêtorica a saecvlo nonopoêt Ckristvm
v&qve ad vicesimvm ivasv Vimaravensis Senatvs edita. (Vimarane
— MDCCCCVIII).
Oxalá tal exemplo fôsse devidamente comprehendido, e enthu-
siasticamente imitado por todos os outros municípios de Portugal!
O Rev. Sr Manuel Ernesto Ferreira (sacerdote residente em
Villa Franca do Campo) inviou-nos dos Açores duas producções
de sua lavra:
1.* — Elogio hisioríco de Bento de Ooes. (Ponta Delgada —
1907).
2.' — EURei D. Carlos I — Elogio fúnebre, (Ponta Delgada
— 1908).
O Sr. D. Augusto Eduardo Nunes, Arcebispo d'Evora, offer-
tou-nos como esmerado producto du seu estro poético a seguinte
publicação, que originariamente viu a luz nas paginas d'Õ Ro-
sário (excellente revista mensal, dadra a lume sob iniciativa e
direcção dos Dominicanos Irlandezes que em Lisboa residem no
Hospiciu do Corpo Santo.:
Augusto, Arcebispo d* Évora — Rosas mysticas. Poemeto reli*
gioso, (Lisboa — 1908).
O Sr. Lyster Franco (de Faro) inviou nos de sua lavra o
seguinte livro:
£ ARCuiVOs UÁOíÚtfAk^ 2èi
lUuminuras. CorUos e novdlas. (Villa Kova de FamalicSo — *
1907 — Com o retrato. do auctor).
J. E. Carvalho d' Almeida (Epiphanio d' Almeida) — Coisas
agrícolas — Fragmentos de uma colíabfh^ação agrícola na % Folha
de Torres Vedras», (Torres Vedras — 1906).
OíFerta do auctor.
AngeloJoxge — Dor Humana (Heresias em verso com um
prefacio)y^^fío — 1908).
Offerta do auctor.
Em continuação de remessas anteriores, que me são profun-
damente gratas, recebi :
Revista do Instituto Histórico e Geographico BrazUeiro —
Tomo LXIX—1906. Parte II. (Rio de Janeiro — 1908).
Inclue-se neste volume, entre outras memorias de muito no*
tavel interesse, a seguinte que de perto nos diz respeito:
cJulius Meili e a Numismática Brazileira pelo Dr. Alfredo
de Carvalho».
Vem adornada a memoria com o retrato do famoso numismata
suisso, recentemente fallecido, e a reproducção fac-simile de
várias espécies numismáticas (pertencentes algumas aos tempos
coloniaes, incorporáveis portanto na numária portugueza).
Revista da Academia Cearense publicada sob a direcção dos
Drs, Thomaz Pompeu, Barão de Studart e Pedro de Queiroz —
Tomo XIII. 1908. (Fortaleza — 1908).
Interessantíssimo é o volume, e interessantíssimas as espécies
que o compõem, — entre as quaes particularizarei o valioso artigo
do Sr. Barão de Studart, subordinado á epigraphe «Inéditos do
Padre António Vieira».
Dr. Miguel de Leonissa — A vida, a morte apparente e a
morU rftal. (8. Paulo— 1908— Com o retrato d'EI-Rei D. Carlos,
a cuja memoria é oíFerecido o livro).
Brinde remettido pelo seu auctor, que é um distincto medico
brasileiro.
Da Bibliotheca Nacional do Chile, em serviço das Permutas
?.• ANHO, N.» 3 ?
282 BOLETIM DAS BlBUOTHKCAS
IniernacionaeSy provieram-nos onze Tolames, d'eiitre os qoaes
mencionarei as duas seguintes espécies:
1/ — El conquistador Francisco de Aguirre por d Pbo. Luis
Silva Lezaeta. (Santiago de Chile — 1904 — Com o retrato do
biograpfaado (em líthographia) e o fac-simile da sua assigna-
tura).
2.* — Diccionario de Chilenismos y de otras vocês y locuciones
viciosas por Manuel Anionio Román — Tomo I: ABC y suple-
mento á estas três leiras. (Santiago de Chile — 1901-8).
Da Universidade de Pennsylvania:
University of Pennsylvania — The George Leib Han^ison
Foundation for the Encuuragement of Liberal Studies and the
Advanceitient of Knotcledge. 1896-1906, (Philadelphia — 1908 —
Com o retrato do benemérito Harrison, em gravura).
Aqui entra agora um illustre Professor dos Estados Unidos
da America, o Sr. Jorge Lansing Raymond.
Offereceu-nos elle três volumes das suas composições poé-
ticas :
1.* — Ballads and other Poenis hy George Lansing Raymond
— Third edition. (New York — 1908).
2.® — A Life in Song hy George Lansing Raymond — Third
edition. (New York— 1908).
3.* — The Aztec God and other Dramas hy George Lansing
Raymond. (New York— 1908).
Este último volume abrange três dramas: — «The Aztec
God»; «Colurabus»; e tCecil the Seer».
E o mesmo offerente nos inviou também
The Psychology of Inspiration. An a^ttempt to distinguish reli-
giousfrom scientijic truth and to harmonize Christianity tcith modem
thought. By George Lansing Raymond. (New York — 1908).
De Nova- York recebi por dadiva de seu auctor:
John Watts de Peyster by Franlc Allalen. (New York — 1908
— 2 vol. iliustrados com vários retratos e outras estampas).
Ofierecido pela Bíbliotheca da Universidade de Paris :
Académie de Paris — Conseil de VUniversitá de Paris. Conseil
Açadémique — /. Rapport presente au Ministre de Vlnstruction
£ AUCIlivOS NACIONAÉS 283
Publique sur la situation de Venseignement supérieur en 1906-^
1907 par le Coneeil de V Univerrité de Pariê — II. Bapports pri*
sente» au Conseil académique $ur les travaux et les odes des
établisaemenJts d^enseignement supérieur pendant Vannie scolaire
1906^1907 par MM. les Doyens des Facultes etc, (Me-
lun — 1908).
OflFerta do Ministério da InstrucçSo Pública e das Bellas-
Artes da Republica Françeza — era continuaçfto dos preciosos
volumes anteriormente publicados, e na Bibliotfaeca Nacional de
Lisboa recebidos por intermédio da Legaç&o de Portugal em
Paris :
Inventaire general des rickesses d*art de la France — Province
— Monuments civils — Tome VIL (Paris — 1908).
Offerecido pela «Société des Études Portugaises» (fundada
em Paris pelo Sr. Xavier de Carvalho no anno 1902):
Paul Théodore- Vibert — Au pays du caoutehouc — Le nord
du Brasil. La région de VAmazone, du Para et de Matto-Orosso.
Uavenir du pays. Uálliance des peuples latins. (Paris — S. d.
(1908) — Com o retrato do auctor e o do coronel brasileiro
Constantino Nérj, antigo Presidente do Estado do Amazonas).
O Sr. Dr. Caetano Carlos Mezzacapo, illustre publicista na-
politano, inviou nos o seguinte opúsculo que originariamente sahin
publicado em La Rassegna Italiana (Napoli — 1908) :
Qaeiano Cario Mezzacapo — II Portogallo ndVora presente.
(Napoli — S. d.).
O Sr. Estanislau Belza, que já por vezes nos tem obsequiado
com suas dadivas, inviou-nos a*gora a seguinte publicação :
Stanislaw Belza — Wziemi Maurón Hiszpanskich. (Warszawa
— 1908 — Com photo-gravuras).
Por occasiSo de realizar-se em Lisboa a 10.* Conferencia
Telegraphica Internacional, cunhou-se em Paris uma commemo-
rativa medalha, de que o Sr. Conselheiro Alfredo Pereira, Di-
rector Geral dos Correios e Telegraphos, gentilmente me offereceu
para o Gabinete Numismático da Bibliotheca Nacional um exem-
plar cunhado em bronze.
Circular é a medalha, e medo approximadamente 0^,045 no
seu diâmetro. O anverso apresenta-nos, ladeada á direita (esquerda
284 DOLBTllf DÁS filBLlOTHfiCÁS
do observador) por am ramo de palmeira, e sobrepujada pelo
escudo portnguez das armas reaes, a seguinte inscripçSo :
UNIÃO TELEGRÁPmCA INTERNAaONAL
X
CONFERENCIA
LISBOA
MCMYIII
No reverso destaca se elegantemente, coroada por uma es-
trella de raios fulgurantíssimos, a figura da Telegraphia, á direita
da qual viceja um ramo de carvalho, e á esquerda se observa
um apparelfao telegraphico (systema de Morse), que da figura
está recebendo um despacho, mergulhado o respectivo fio em
agua fluvial.
Por uma espécie raedalhistica terminei a enumeração das
offertas que recebi no terceiro trimestre do auno corrente, — e
por outra espécie da mesma natureza incetarei a relação das
acquisiçoes que no mesmo periodo effectuei por compra.
Ao incerrar-se o XV Congresso Internacional de Medicina,
que em Lisboa se realizou no anno 1906, e cujo singular bri-
lhantismo se deve especialmente á enthusíastica iniciativa do
respectivo Secretario Geral, — o Sr. Prof. Miguel Bombarda, —
resolveram muitos dos Congressistas Portuguezes mandar cunhar
a expensas suas, em homenagem áquelle benemérito, uma me-
dalha d'oiro.
D^essa medalha, que solemnemente lhe foi intregue, cunha*
ram-se também, por conta do gravador, vários exemplares em
bronze, um dos quaes adquiri para o Gabinete Numismático da
Bibliotheca Nacional.
A medalha é circular, e mede em seu diâmetro 0^,070.
No anverso destaca-se em perfil, olhando para a esquerda
(direita do observador), o busto do eminente médico, trajando
as vestes officiaes de Professor da Escola Medico-Cirurgica de
Lisboa, sobre as quaes lhe pende o collar de Sócio da Academia
Real das Sciencias.
Tem por legenda o anverso :
Pbof. MIGUEL BOMBARDA
No campo lê-se a assignatura do alridor: 8imde$ (sol) 1906.
E ÁRCHIVOS NACI0NÁE8 285
O reverso figura um génio alado e du, — génio de corpora*
tura infantil, que na dextra impunha o facho ardente da Sciencia;
circumdam esse génio ramos de louro e emblemas hippocraticos.
Tem por legenda:
XV CONGRESSO INTERNACIONAL DE MEDICINA.
LISBOA— 1906.
E subjacente a seguinte inscripção:
AO
PROF. MIGUEL BOMBARDA
OS
MÉDICOS E CONGRESSISTAS
PORTUGUEZES
Para a Sub-Secção das Estampas^ comprei a um particular:
N. S/^ da Piedade da Mercianna, Gravura em lamina de
cobre, com as duas seguintes subscripçSes : — cj. C. Silva inv.»
e «G. F. Machado sculp. Olisip. in Typ. Reg. An. 1774».
Representa o milagroso appareeimento da imagem de Nossa
Senhora da Piedade (a Virgem Santíssima e JesusChristo morto
em seus braços) na ramagem de um copado carvalho, a cujo pé
se prostram em adoração um pastor e um touro.
O auctor do Santuário Mariano, Fr. Agostinho de Santa-
Maria, dá-nos do acontecimento minuciosa relação no Tom. II
da sua obra (pag. 326 a 330), d'onde peço licença para aqui
transcrever alguns paragraphos recortados, por me parecerem
pioturescamente illucidativos da estampa:
«Sete legoas distante de Lisboa, d duas da Villa de Alem-
quer fica o lugar da Merciana, conhecido neste Reyno de Por-
tugal pelo celebre appareeimento da Sagrada Imagem de nossa
Senhora da Piedade, que alli se venera. Sobre a etymologia do
nome deste lugar se refere que o tomou do nome do Boy, que
se vio ajoelhado diante da Senhora, quando se descubrio, ao qual
chamava seu dono Merciano; cousa muyto usada nos lavradores,
de camponezes. No meyo deste lugar que fica no destrito das
terras das Rainhas, por serem estas da jurisdiçaS das Rainhas
de Portugal, está o sumptuoso Templo de nossa Senhora, no
qual se conserva, & venera aquella devotissima Imagem sua,
cujo appareeimento foy no anno de 1305. reynando ElRey
d8<t BOLK-fllf DAS BIBLIOTHKCAS
D. Dinis, a hnm pastor, cnjo nome n2o ficoa nos lÍTros da torra;
mas he certo pela fama, qae ficou o da saa grande virtude na
lembrança dos homSs, & por causa desta estará escrito nos livros
do Ceo.
cFoy o caso, que faltandolbe a este pastor, ou lavrador por
muytas vezes hum boy da sua manada, -dr sempre ás mesmss
horas, & julgando que naS era isto acaso, foy em hua oceasiaS
em seu alcance; quando em huas matas topou com elle postrado
de joelhos, como se fosse creatura racional, diante de hua devota
Imagem de nossa Senhora da Piedade, à qual hum tosco Car-
valho servia de tribuna, de altar, & de peanha. Admirado o
camponez deste estranho successo, depois de adorar, postrado
em terra, a MSj, & juntamente ao Filho precioso, que tinha
morto em seus braços, se veio ao lugar da sua manada a dar a
alegre nova aos seus amigos, visinhos, & companheyros de Al-
deã Galega; que de entSlo para cá teve, por distinção de outra
3ue fica alem do Tejo, da Merciana; donde o Prior da Matriz
aquella Villa convocando o Clero, de mais povo juntos em pro-
cissaS, & guiados do venturoso pastorinho, forad a buscar aquelle
thesouro manifestado, & até entaS escondido em o tronco de hua
arvore.
«Descuberta a Sagrada Imagem, a adorarão com grande
devoçXo, de alegria de suas almas, & a trouxera? para a Matris
de Aldeã Galega, ou Alda Galega, recolhendoa no Sacrário.
Porém como a Senhora tinha escolhido aquelle lugar, para nelle
ser venerada, & queria obrar nelle as suas maravilhas, como
obra continuamente; o mesmo foy fechala, que desapparecer.
Sentidos aquelles devotos Sacerdotes desta fuga, a forào desco-
brir outra vez no mesmo lugar, em que havia apparecido. Desta
prodigiosa fuga, entendera? que a Senhora queria ser alli vene-
rada, d servida dos seus devotos, & assim se resolvera? de lhe
fazer alli naquelle lugar hua Ermida, como logo fizerão, em cuju
altar foy logo col locada, com o milagroso successo de sua admi-
rável appariça? entalhado em pedra; para que a todo o tempo
constasse da assinalada mercê, que o Ceo fizera aquelles ditosos
moradores.
«Divulgado o successo, & crescendo a fama das muytas ma-
ravilhas, que a Senhora obrava, foy também crescendo cada vez
mais a devoça? da Senhora; & assim se reedificou a Ermida
mais aventajadamente pela grande devoça? de hum Prior da
Matriz de Aldeã Galega, a que era annexa, a que na? faltàraS
também as esmolas dos fieis. Nesta Ermida perseverou alguls
fi ARCHIVOB NACI0NAK8 287
215. annoB a devoçaS da Senhora, atè que a eximia piedade da
Serenissima Rainha D. Leonor mulher delRey D. JoaS o II. lhe
mandou fabricar no anno de 1520. o magnifico Templo de três
naves, que hoje persevera: & posto que se lhe deu lugar conve-
niente no altar mòr, em hua ambula de vidro, aonde se mostra
ao povo, que alli concorre todo o anno, obrigado das infinitas
maravilhas, que Deos obra por meyo desta Imagem de sua San-
tíssima M&y; com tudo na5 consentio a devota Rainha, se desfi-
zesse o antiguo altar, (que era o próprio lugar aonde a Senhora
appareceo), antes ordenou se conservasse servindo de coUateral
à parte direita. E de novo sobre a porta, & frontispício mandou
(para memoria) lavrar em pedra, contra as injurias do tempo, o
miraculoso apparecimento, como realmente succedido».
Isto escrevia o frade em 1707: vão decorridos dois séculos.
E mais adeante accrescentava, como complemento da sua
descripção:
<0 santo pastorinho acabou a sua vida em serviço, & obsequio
da mesma Senhora, nilío se apartando nunca da sua presença,
atè que morreo, & depois de morto foy sepultado debayxo do seu
altar ; da qual sepultura ainda agora, com a fama da sua santa
vida, tiraõ terra os devotos por medicina, que reconhecem ser
provada pela experiência de mais de 3õO. annos, para diversas
enfermidades. Tudo isto se conserva por traição nas gentes
daquelle lugar, & mais visinhos, & consta do antiguo compromisso
daquella santa Casa».
Picturesca e formosa é a lenda, como se mostra pelas pala-
vras de Fr. Agostinho, — e formosa outrosim a estampa que
logrei adquirir, estampa rectangular (cuja lamina mede 0"^,360
de altura por 0™,345 de largura), estampa que faz honra ao seu
delineador Joaquim Carneiro da Silva e ao gravador (entSo
apenas com 15 annos de edade) Gaspar Froes Machado.
O Instituto Internacional d'Arte Pública (fundado em Bru-
xellas) — instituto em que me fiz inscrever como representante da
Bibliotheca Nacional de Lisboa — publicou já o 2.® volume (Bru-
xelles — 1908) da interessantíssima revista que organizou sob o
titulo UArtPuhlic, volume que opportunamente recebi, e que tanto
por seu texto como por suas ilIustraçSes não cede em coisa alguma
primazias ao volume maugural distribuído no anno pretérito.
iÒÒ BOLKTIM PA8 BlBUOTHECAS
De Braga mando! vir, adquiridas na loja de um alfarrabista,
quatro espécies :
1/ — Les byaux indiscrets. (Au Monomotapa (logar simulado)
— S. d. — 2 tom. com gravuras em cobre).
A obra é do célebre Diderot (Diniz Diderot). E a ediçSo
(conforme indica o bibliographo Barbier) foi impressa em Paris
no anno 1748).
2.' — Russell de Albuquerque. Conto morai par um Porti^guez,
(Cintra (aliás, Londres) — 1833).
O auctor foi Alexandre Thomaz de Moraes Sarmento, Vis-
conde do Banho.
3.' — Os Lusíadas. Poema epieo de Luis de Camlks. Nova
edição conforme á de 1817, in-é.*^, de Dom José Maria de Souza
Botelho, Morgado de Matteus. Correcta e dada á luz por Patdino
de Souza. (Pariz — 1873 — Com o retrato do Poeta em lamina
de metal ; e gravuras em chapa de madeira, uma para cada canto
do poema).
4, a — Estatuas sepulchraes de D. Pedro I e de D. Ignez de
Castro sobre os seus túmulos no Mosteiro de Alcobaça — Tricen-
tenário de Luiz de Camdes — Edição commemorativa do terceiro
anniversario. 10 de junho de 1883. (S. I. — 2 gravuras em ma-
deira, precedidas por frontispicio impresso).
Exemplar N.® 15 (em ipapel-Chinat) de uma edição de 24
exemplares numerados, exclusivamente destinados a offertas pelo
Sr. Annibal Fernandes Thomaz.
Na f Livraria Nacional e Extrangeira» de José António Ro-
drigues & C.^ adquiri também duas espécies para a nossa «Ca-
moniana» :
1/ — Obras de Luis de Camões — Os Lusiadas. (Strasburgo
— S. d. (1908?) — 4 voL).
Pertence esta ediç&o á coUecção que em Strasburgo se está
publicando sob o titulo tBibliotheca Românica». O poema vem
antecedido de uma larga introducção critica, assignada pelas
inicíaes C. M. de V. (sob as quaes se acoberta a Senhora
D. Carolina Michaelis de Vasconcellos).
2.* — Luiz de Camdes — Sonetos. Edição escrupulosamente
revista e com as mais notáveis variantes. (Lisboa — S. d. (1908?)
— Com o retrato do Poeta).
Na loja do alfarrabista Jo&o d'Araujo Moraes comprei:
1.^ — Álbum phototypico e descriptivo das obras de Soares dos
E ARCHIVOS MACI0NAE3 289
Reis* Precedido d*um perJU do grande artista pelo Dr. Alves
Mendes. (Porto — 1889).
2.^ — ia Truffe — Par Ad, Chatín. (Corbeil — 1892 — Com
muitas figuras coloridas).
3.® — (7 volumes inoadernados, em que se colleccionaram
dissertações sobre assumptos de medicina ou de sciencias aeces-
sorias, escríptas algumas em francez, e a maior parte em por-
tuguez por alumnos da Escola Medico-Cirurgica de Lisboa : —
37 peçaS; cujos títulos, por brevidade, aqui nfto especifico).
 Livraria de Manuel Gomes (em liquidação) vendeu-me :
1." — Mapa Dos confins do Brasil, com as terras da Coroa
de Espanha na America Meridional. Pelo Ajud^ Engenheiro lozê
Monteiro de Carvalho Anno de 1762. (Manuscripto inçai-
xilfaado em moldura).
2.* — Hispânia Antiqua Auctore N. Sanson ChrisUa-
niss. Gall. Regis Qeographo, (Paris — S. d.).
3.° — Carte des Royaumes d'Espagne et de Portugal dans
laquelle sont tracées les Routes des Postes. Par le S''. Rohert. (S.
1. (Paris) — 1757).
4.° — Neuente Generalkarte vo^i Portugal und Spanien. Nach
den astronomischen Beobachtungen und Karten des Herm Thomas
Lopez. (Wien — 1790).
5.* — Carte Oéographique, Physique & Politique des Royau-
mes d'Espagne et de Portugal, indiquant Toutes les Routes prin-
dpales et la Divisian par Provinces. Accompagnée d'une partie
de l' Afrique, donnant toute V Algérie depuis le Detroit de Gibral-
tar, jusqu^atix Frontières de Tunis. Dessinéepar Girard et Charle,
Géographe. Nouvelle édition. (Paris — S. d.).
6.® — Carte des routes de postes et itinéraire d'Espagne et de
Portugal ; par Ch. Picquet, Géographe ordinaire du Roi
Dressée par Lapie, IngS Géographe. Nouvelle édition. (Paris —
1822).
7." — Adolpho Frederico, Conde de Schack — Camdes em
Cintra. (Lisboa — 1891 — Exemplar N.® 27 de uma ediçEo de 50).
Apar da traducção portugueza (em prosa), figura o texto
alIemSo (em verso) do auctor.
8.** — Bibliographie Brésilienne — Catalogue des ouvrages /ran-
çais & latíns relatifs au Brésil (1600 — 1898) par A. L. Gar-
raux. (Paris — 1898).
9.° — Manud des Institutions Romaines par A. Bouché-
Leclercq. (Bourloton — 1886).
290 BOUBTIM DAS BiBLlOTHKCAâ
10.* — Mêtaire de la phãoêophie médUévaU préeêdie d'icii
aperçu sur la phUoêophie ancienne par M. de Wv^f. (Loavain —
1900).
11.^ — Henri de Tourmlie — Histoire de la forwkitian parti'
adariête — L' Origine de» grande peuplee actude. (Hesnil (Eare)
— S. d.).
Meste lirro interessa-nos muito especialmente o Cap. XXIV
(cLa décoaverte dei Jpdes Orientales et Occiden tales •).
12.* — Leê ctdlure» de Varchipd de» Camare». Rappori de IL
le D^ Lafont. (Mâcon— 1902).
13.* — Leccione» de Navegacúm precedida» de una» ligera»
nodone» de A»tronomia y seguida» de una» tabla» para facUitar
lo» cálculo» náutico» por d teniente de navio D» JSamón E»trada.
(Madrid — 1885 — Com figuras).
14.^ — Paul Gourret — Le» pecherie» et le» poi»»on» de la
Méditerranée (Provence). (Corbeil — 1894 — Com 109 figuras).
15.* — Rivière» canalisée» par F. B. de Ma». (Lavai — 1903
— Com figuras).
16.* — Le» oi»eaux de »port. Par Pierre-Amédée PichoU (Ver-
sailles — 1 903 — Com gravuras).
17.* — C7o(íe de la marine marchande iiidien promulgue le 24
octobre 1877, modijié par le décret royal du 3 avrU 18o 1 et par
la loi du 11 avril 1886 - Traduit, annoté et précédê d'une
introduction par Henri Prudhomme. (Saint-Dizier — 1896).
18.^ — Le» matíère» première» emptogée» en peinture artistique
et induetridle — Elude, préparation, et remarque» sur le» huilei,
vemi», e»»ence» et couleiír» par Baoul Lemoine inginieur-chimiete
(et) Ch. de Manoir critiçtie d'art. (Rouen — 1893).
19.* — H,~L.^Alph. Blanchon — Uindustrie de» fleur» artifi-
cieUe» et de» fleur» coneervées, (Poitiers — 1900 — Com 134 figuras).
20.* — Baron de Vaux — Le» tireur» au pi»tolet, Préfojce par
Quy de Maupa»»ant, (Paris — 1883 — Exemplar N.* 95 de uma
edição de 600).
Vem adornada a obra com muitos retratos (entre esses, o do
auctor).
21.''— Traité de Vépée par Claude La Marche, (Paris— 1884
— Com gravuras — Exemplar N.* 179 de uma edição de 200).
22.® — Théoi*ie pratique de Vescrime par Camílle Prévost,
Avec préface et notice par Eme»t Legouvé, (Corbeil — 1886 —
Com gravuras).
23.* — Vigeant mattre d* arme» à Pari» — Ma CoUecticn d'Es'
crime. Préface d*Émile Gautier, Poé»ie de Loui» TierceUn. De»»ins
K AKCHIVOS NAOIOKAKH 291
de Frid. Régamey. (Paris — 1892 — Exemplar N.* 78 de uma
ediçfto de 200).
Entre as gravuras figura uma, que representa no seu gabi-
nete de trabalho o auctor do livro.
24.*^ — Anfiguos tratados de Esgrima (siglo xvii) nitevamente
impresos por D, L. d'Orvenipe, (Madrid — 1898).
Abrange este volume a reproducç?lo de três atratadosi», a
saber :
a) Modo fácil y nvevo para examinarse los Maestros en la
Destreza de las Armas, Y Entender sus den conclusiones, 6 formas
de saber Por Don Lvis Pacheco de Naruaez. (Madrid —
1625).
b) Advertências para la enséHanza de la filosofia, y destreza
de las armas, assi á piá como á cavaUo Por D, Lvis Pa-
checo de Narvaez. (Pamplona— 1642).
c) Desengano de la espada y norte de diestros compvesto por
Christoval de Cala. (Cadiz — 1642).
25.* — Uescrime à Vépée — TVaité d' armes adopte par VÉcole
d'EscTÍme à VÈpée de Paris, Par A. Spinnetoyn et Paul
Manoury, (Tours — 1 898 — Com gravuras).
26.® — Conseils pour les duels à Vépée, au Jleuret, au sabre et
au pistolet par le Prince George Bibesco et le Duc Féry
d'Esclands, (Paris — 1900).
27.® — General Bourelly — Le duel et Vescrime dans Varmée
en France et à Vétranger, Les trihunaux d*honneur. (La Rochelle
— 1900).
28.® — Une vieãle cite de France. Meims, Monuments et his*
toire par Hippolyte Bazin Avec la collaboration de M. P.
Aubin» Ouvrage orne de 257 héliogravures en camaíeu, (Paris —
1900 — Exemplar N.® 159 de uma ediçfto de 1000).
29.® — Progr^ de la defense des Êtats et de la fortifcation
permanente depuis Vauban par le General Brialmont, (Bruxelles
— 1898). •
O volume do texto vem acompanhado por um atlas de figuras
lithographadas.
30.® — Deiíx cents patiences NapoUon, (Paris — S. d. — Com
as respectivas figuras que, estampadas a vermelho e preto, indicam
a disposiçUo das cartas).
31.® — Monuments primitifs des lies Baleares par Emile Car-
tailhac — Avec 61 photogravures hors texte et 80 plans ou dessins,
(Paris — 1892).
32.® — Nids et Berceaux, Par les Auteurs des tjleures En-
292 BOLETIM DÀ8 B1BU0THECA8
fantinest et de ^Quenottee et Menottea*, Texte par Emest d^Her-
viUy IHustrations par Harriett M. Bennett. (Paris — S. d.).
Uma appetitoea publicação, appetitosa e luxuosa, appetítosa
nSo somente para creanças, mas inclusivamente para adultos!
33.® — Anatomie ãémeniaire de la main et du pied par
Etienne Ràbaud, (Tours — 1901 — Com figuras chromo-lithogra-
pfaadas em laminas sobrepostas).
34.® — E. Doyen — Étiologie et Traitement du Câncer. Avec
174 photo-micrographies. (Paris — 1904).
35.® — John Crrand- Cárter et — Vieux Papiers^ Vieilles Images.
Cartone d'un CoUectioneur — 461 Oravures documentaires dans
le texte & 6 Planches hore texte dont 6 coloriies, (Paris — 1896).
Publicaç&o interessantíssima, que oxalá tentasse algum dos
nossos colleccionadores imitar em relaç&o a coisas portuguezas,
— publicação interessantíssima, e originalíssima, e fundamental-
mente suggestiva!
Í6.^ — lUustrirte Mythólogie Von Dr. Heitnann GôU.
(Leipzig — ^1870 — Com abundantíssimas e mui curiosas gra-
vuras).
37.® — Novo Diccionario Portug^iez-Allemio e Allemão-Por-
taguez por A. Enenkel e Souza Pinto. (Paris — 1900).
38.® — Di-alogos de Portuguez e Africanse — Samespraak in
Portugees en Afrikaans — Por Deur Paião Amado de Mdlo
Ramalho, (Aveiro — 1901),
39.® — Henri Loi^in — L' Afrique à Ventrée du vingtième siècle.
Lepaye et lee indighie». La pénétration européenne. (Dijon — 1901
— Com o respectivo mappa geograpbico, em fl. desdobrável).
De França mandei vir as espécies que passo a mencionar
(qnatorze em número):
1.' — Achile Luchaire — Innocent III — Lee royautée vassales
du Saint-Siige. (Coulommiers — 1908).
Pertence ao Instituto de França, e é mui conceituado publi-
cista, o auctor d'esta obra, que abrange cinco longos capítulos,
no primeiro dos quaes (subordinado á epigraphe — «Les États
de la Peninsule Ibérique») se tratam assumptos da Historia Portu-
guesa, concernentes aos reinados de D. Sancho I e D. Affonso U.
2.* — Albert Savine — La Cour Galante de Charles IId'après
Us Documente d'Archives et les Mémoires, (Qrand-Montrouge —
S. d. — 1908).
Eutre as muitas gravuras que este volume illustram (retratos
e vistas) figura duas vezes retratada (em reprodncçSo de espécies
E AKGHIVOS NAGIONAES 293
ioónicas do tempo) a nossa Infanta D. Catharina, filha d'El-Rei
D. Joio IV, e esposa do monarcha ínglez.
3.* — Albert Savine — UAbdication de Bayonne d'après les
Documente d^Archives et les Mémoires. (Grand-Montrouge (Sei*
ne) — S. d. (1908) — Com abundantes retratos, caricataras e
vistas).
4/ — Anthologie des chefs-d^oauvre daseijueê de toxUee les
qpoques et de tous les pays — Vinde. La UUérature sanscrite par
Georges FriUey — Préface de E. Ledrain avec un essai
sur Vinde et V Occideiit par Charles Simond. (Paris — S. d. (1908)
— Com estampas).
5.* — Anthologie des chefs-d^ceuvre dassigues de toutes les épo*
guês et de tous les pays — La Grèce littércríre par Raoid Vèze
avec Préface de Fatd Risson et une Êtude sur le génie grec
par Charles Simond, (Paris — S. d. (1908) — Com estampas).
6.* — Charles Lemire — Jules Verne. 1825-1905 — UHomme.
UÊcrivain. Le Voyageur. Le Citoyen. Son Oeuvre. 8a Mémoire.
Ses Monuments. (Nancy — 1908 — Com illustraçSes, entre as
quaes o retrato do auctor e vários retratos do biographado).
7,* — Paulus. Trente ans de Café-Concert — Souvenirs re-
cueUlis par Octave Pradier. (Paris — S. d. (1908?) — Com 300
illastrações ; e 60 cançonetas, acompanhada a lettra da poesia
pela respectiva musica).
Em pag. 358 a 360 refere este livro o apparecimento de
Paulus nos palcos lisbonenses.
8.* — La VaUur de VArt par QuiUaurne Dubufe, (Paris —
1908).
9.* — Essais sur le regime des custes par C. Bauglé. (Char-
tres—1908).
10.* — Sociologie de Vaction. La génese sociaU de la raison et,
les origines ratioiídles de Vaction. Par Euglne de Roberty. (Cou-
lommiers — 1908).
11.* — Physionomie d^un caractere. Essai de physiognomonie
scientijique par le D'' Paul Hartenberg. (Chartres — 1908 — Com
figuras).
12.* — La Psychologie inconnue. Introduction et contribution
à Vétude expéi^imentale des sciences psychiques par Èmile Boirac.
(Évreux— 1908).
13.* — Psychologie d'uue rdigion par O. Revault d^AUonnes*
(Sens — 1908).
Abrange:— «Quillaume-Monod (1800-1896) — Sa divinitó
— Ses prophètes — Son église — Le Messianismo et le Prophé-
BOLETIll DAS llI&LIOtHECAS
tieme ancians et moderoes — La psjoliologie de la révélation et
de l'inBpiratioiii.
14,* — Etudeê d'hUtoire et de paychologie du Myiticitme. La
grandt myttiquea chrétiem. Par Henri Delaeroix. (Chartres —
1908).
Abrange: — ^^«Sainte Thérèse — Madame Gu^on — Subo — Le
développement ães étata myBtiques — L'expérieDce mystiquei.
De Inglaterra (uma espécie) :
Portugwne East Africa. Tke kistory, scenet-i/, & great game
ofManica and Sofala. By R. C. F. Maugkam H. B. M. Contai
for the dittríctt of Mozambiqve and Zamhezia, and for the Urri-
tory of Manita and Sofala. (London — 1 906 — Com am nappa
do território de Manica e Sofala, e abundantes phototypiaa).
Da Suissa (uma espécie):
Manuel de gymnastiqite Èuéãoise ã 1'taage det écoUê prímaire*
par C fí. Liedbeck — Traduit sur la seconde édition médoiie
par M. le ly Jentzer et M"' Stína Béronius — TroisKme
idition revue et augmeidée. (tíenève — S. d. — Com figuras).
Da Ãllemanha (uma espei-ie):
Dat Einzeluoknhaug der Neuzeit. Herauêgegeben von Etich
Haenel vnd Heinrich Tscharmann. (Lieipzig — 1907 — Com muitas
illustraçSes, coloridas parte d'ellas).
Da Áustria (uma espécie) :
Die MeUterwerke der Bavkunai ín Portugal — Nach photo-
grapkischen Axtfnahmen herauêgegeben von ly F. W. Feilchenfeld.
I. Dai Kloster tãoi Jeront/mof ai Betem. HO Tafeln m Licht-
druck. (Wien— 1907).
Conatitue este volume collecçào de 30 lithographiaB formosis-
aimaa, — e representa o primeiro de uma annunciada serie de
projectados yolumes em que devem figurar outras obras-primas
de monumentos portuguezes.
Da Itália (trea espécies):
1,' — £«enijg' dí Scrilfitra Latina dei aecolo ./. deWera mo-
' ma ai .XVlil. racolti da E. Monaci — Nuova ediziane. (Roma
■S. d.).
Abrange 43 exemplares de reproducçilo fac-simile esta coU
:{Jto organizada por Ernesto Monaci.
H ARCtltVOS KACI0NAK8 295
2.* — Comm. Cario nobile Padiglione -^ Motti degli Ordini
cavallereschi, deUe Medaglie e Croci decorative di tutto U Mondo
e di iutti i ternpu (NapoU — 1907).
O titulo da obra implicitamente nos indica o interesse das
matérias que eila contêm, — interesse que mais e mais se avoluma
pela conhecida erudição do auctor, o Sr. Commendador Carlos
Padiglione, Bibliothecarío- Chefe na Bibliotheca Nacional de Ná-
poles.
Incontram-se nesse livro descriptas várias medalhas portu-
guezas.
3.* — Oaetano Cario Mezzacapo — Storia dei Poi-toghesi.
Volume I. (Napoli— 1907-1908).
Sub-intitula-se este primeiro volume : — «LWigine e Taffer*
mazione nazionale (dai piu antichi tempi ai 138õ d. C.)>.
Três volumes deve comportar (segundo se annuncia no res-
pectivo prospecto) a «Historia dos Portuguezes» que o Sr. Dr.
Caetano Carlos Mezzacapo está dando á publicidade.
Do nosso «Inventario GeraU publicaram-se ínais 20 cadernos,
assim distribuidos :
Na Secç&o de «Sciencias civis e politicas» o caderno 3.® da
2.^ serie (alcançando-se nesta o N.^ 542 da inventariação res*
pectiva) ;
Na SecçSò de «Sciencias e Artes» os cadernos 12.^ a 20.®
da 1.* serie (em que se attinge o N.® 2:523):
Na Secção de «Philologia e Bellas-Lettras» o caderno IIO.^'
da serie 1.* (onde já entra o N.® 11:676), o caderno 68.® da
serie 2.* (em que se chega ao N.® 6:900), e o caderno 66.° da
serie 3.^ (em que se alcança o N.® 3:951) ;
Na Secção do aÂrchivo de Marinha e Ultramar» os cadernos
49.® a 55.® (exclusivamente occupados pela continuação dos «Ín-
dices» de nomes) do Yol. ii concernente aos documentos da
Madeira e do Porto-Santo.
Foi pelo nome do Sr. Coronel d'Ârtilharia João Maria Jallcs
que tive o gosto de incetar o presente Relatório; e por esse
mesmo nome se me offerece agradável ensejo de o rematar, —
pois que, no momento preciso em que eu me propunha incerrar
minha escripta, me appareceu obsequiosamente aquelle generoso
doador oiFerecendo á Bibliotheca mais 15 publicações, de que
passo a fazer menção :
1 .* — Des moyens d^augmenter la production ei de prolonger
296
fiOLKTlM DAS BIBLIOTHKCAS
la conservatíon du cheval de guerre — ErUretien par M»
E, Decraix véterinaire militaire. (Paris — 1874),
2/ — La production et Vélevage du eheval de guerre en France,
Par Mauriee de Oasté. (Paris — 1888).
3.^ — Le eheval d'Arfillerie. Par P. C. (Paris — 1889).
4.* — Le Prince Kraft de Hohenlohe-Ingelfingen — Lettre$
sur 1'ArtUlerie — Traduites par Eniest JaegU, (Coulom-
miers — 1886).
5.' — Le Prince Kraft de Hohenlohe-Ingelfingen — Lettres 9ur
VArtUlerie — Supplément (Réponse à différentes questione). (Cha-
tillon-sur-Seine — 1888).
6.* — Eviploi de Vartillerie tur le champ de bataille en Franee
et à Vitranger (Àllemagne, Autriche, Russie) — Conférence faite
par M. le lieutenaut-colonel Lebon. (Nancy — 1894).
7.* — Etude eur le service de Vohsei^vation, le service de sureti
et la tranemiesion des ordrespar l'aríillerie de campagne allemande.
Par L. FerruB. (Nancy — 1894 — Com 1 estampa).
8.* — A perequaçào nas promoções dos officicíes do exerdio —
A propósito do folheto, ha pouco publicado, que condemna o pro-
jecto de lei militar denominado adas graduações 9, (Lisboa — 1880).
Prodacç&o anonyma do Capitão de Artilharia (já hoje falle-
eido) Augusto César de Andrada Mendoça.
9.* — Breve noticia de Portugal sob o ponto de vista geogra-
phico t militar por Joaquim Eviygdio Xavier Machado. (Lisboa
— 1880).
10.* — O requerimento dos coronéis — Compilação dos artigos
que acerca doeste assumpto foram publicados em números succes-
sivos do jornal «O Povo Ultramarino», (Lisboa — 1881).
Producç&o anonyma de Sebastião Chaves de Aguiar.
11." — Questões militares — Tratadas na Camará dos Senho-
res Deputados nas sessões de ô, 7 e 9 de junho de 1888 pelo
Ex,*"^ Sr. Deputado Sçbastiao de Sousa Dantas Baracho, Major
do estado maior de cavallaria na parte que diz respeito ao Poly-
gono das Vendas Novas e eatábdecimenios fabris. (Lisboa — 1889.)
Producyão ànonyma de João Manuel Cordeiro.
12.* — O folheto € Africa Orientah do Sr. Joaquim Narciso
Renato Descartes Baptista, Engenheiro da Gamara Municipal de
Lisboa, sócio de varias sociedades e associações, etc, etc, etc. e
o Commandante do corpo expedicionário a Moçambique. (Lisboa
— 1894).
Producção de Manuel d' Azevedo Coutinho (então Coronel
d'Infantaria).
k AUCBivos NACioHÀiââ 2Ô7
13.* — O que é e o que deve ser o sargento. Por J. li. C
(Lisboa — 1903).
Sob as três iniciaes crjptonymicas acoberta-se o anctor José
Maria Carrilho.
14.* — These sociológica — Synopse extrahida d'um manu*
scripto de correspondência particular entre dois professores mili*
tares, (Lisboa — 1906).
Producçfto do General reformado José Maria Couceiro da
Costa.
15.* — Na Turkestina — Aventuras de Fajardo. (S. 1. — 1898).
Constitue este folheto uma verrina violentíssima de auctor
anonymo, contra certo Ministro d^Estado (já hoje fallecido).
Deus Guarde a V. Ex/ — Bíbliotheca Nacional de Lisboa,
em 30 de Septembro de 1908. — 111.*^ e Ex.™« Senhor Conse-
lheiro Bibliothecario-Mór do Reino. — O Director, Xavier da
Cunha.
7.« ANNO, N.» 3 9
298 BOLKtlil UAS BlliLlOtllECAS
BIBUOTHEGAS E ARCHIVOS NACIONAES
SECRETARIA GERAL
Perante o Conselheiro Bibliothecario-Mór do Reino está
aberto concurso publico, durante o prazo de trinta dias, a contar
da data da inserção doeste annuncio no Diário do Governo, para
o provimento de um logar de segundo amanuense-escripturario
da Bibliotheca Nacional de Lisboa, com o vencimento annual de
162jJ000 réis,
O concurso constará das provas escriptas, na conformidade
do artigo 38.° do decreto n.* 6, de 24 de dezembro de 1901 e
do artigo 144.** do regulamento da mesma Bibliotheca Nacional,
approvado por decreto de 29 de janeiro de 1903.
Os requerimentos deverão ser instruidos com os seguintes
documentos :
I. Certidão de idade;
II. Documento comprovativo de haver satisfeito ás prescri-
pçõis do recenseamento militar;
III. Attestado de bom comportamento moral e civil e certi-
ficado do registo criminal;
IV. Attestado medico de ter sido vacinado e nâo padecer de
moléstia contagiosa ;
V. Certidão de exame de instrucçâo primaria do 2.® grau
e quaesquer outros documentos de habilitaçSes litterarias.
A forma do concurso será regida em conformidade com as
disposições dos artigos 129.'* a 132.'* e 144. <> a 146/* do citado
regulamento.
Secretaria Geral das Bibliothecas e Archivos Nacionaes, em
10 de julho de 1908. — O Conselheiro Bibliothecario Mór do
ReinO; José de Azevedo Castello Branco,
(Diai-io do Governo, n.° 153, de 13 de julho de lò08).
K ÁKCH1V08 ífÁClO^ÂEÉ S9d
BIBLIOTHEOA NACIONAL DE LISBOA
REGISTO DE PROPRIEDADE IITTER&RU
Ol>]?as entr^adas no anno de 190S
Jullio
Em cumprimento do disposto no artigo 605.® do Código Civil
86 faz publico que no mês supradito foram registadas nesta
bibliotheca as seguintes publicações :
Pela Livraria Editora: «Para as crianças», Setúbal, como editora.
— «A arvore cortada», por Paulino de Oliveira. Typographia
'do Annuario Commercial, 1908. — In-12.** de 20 paginas.
Pela Livraria Clássica Editora de A. M. Teixeira e Commandíta,
como editora:
— FernUo Corte Real: «Suave castigo», Lisboa, 1908. — Porto,
Imprensa Portugueza. — In-8.* de 80 paginas.
— Pereira Barreto: «Selvas e Céus», Lisboa, 1908. — Porto,
Imprensa Portugueza. — In-8.® de 232 paginas.
— Cândido de Figueiredo: «A ortographia no Brasili, Lisboa,
1908. — Porto, Typographia da Empreza Literária e Typo-
graphica. — In-8.° de 200 paginas.
— Moysés Marcondes: «Poesias», Lisboa, 1908. — Porto, Im-
prensa Portugueza. — In-8.® de 2Õ6 paginas.
—r Charles Gide: (tAs sociedades cooperativas de consumo»,
I
1
300 BOLETIM DAS BIBLIOTHECAS
Lisboa, 1908. — Porto, Typographia da Empreza Literária
e Typographica. — In-8.® de 204 paginas.
— Júlio Moreira: «Estudos da lingua portugueza». — Lisboa,
1907. — Porto, Typographia da Empreza Literária e Typo-
graphica. — In-8.® de 232 paginas.
— Júlio Ribeiro: «Cartas sertanejas». — Lisboa, 1908. — Porto,
Typographia Santos. — In-8.® de 230 paginas.
-—Paulo Doumer: «O livro de meus filhos». — Lisboa, 1908. —
Porto, Imprensa Portugueza. — In-8.* de 428 paginas.
— Ad. Baptista Ramires: «Leitaria moderna». — Lisboa, 1908.
Porto, Typographia Santos. — In-8.® de 276 paginas.
Por José Miranda do Valle, como autor :
— «Influencia do Herd-Books no aperfeiçoamento das raças bo-
vinas».— Lisboa, 1908, Typographia Mendonça, — In-12.®
de 24 paginas.
— «Notes sur l'anesthésie des animaux domestiques». — Lisbonne,
1907, Imprensa La Bécarre. — In-12.^ de 24 paginas.
Por António A^ R. da Cunha, como editor: «Cynthia», dois
tomos. — Lisboa, 1907, Imprensa Africana. — In-8.*» de 36
paginas o primeiro tomo e de 32 paginas o segundo tomo.
Por Gregório Augusto de Sousa Mendonça, como autor: «Lista
geral de antiguidades dos sargentos», etc. — Lisboa, 1908,
Imprensa Nacional. — In-8.** de 82 paginas.
Por Manuel Henriques, da Trafaria, como editor: «16 bilhetes
postaes illustrados».
Por António Álvaro de Oliveira Neves, como autor, editor e
proprietário: «Coija». Lisboa, 1908. Typographia Moraes,
Porto. — In-8.° de 16 paginas.
Por José Duarte Ramalho OrtigSo, como autor: «Rei D. Carlos,
£ ÂBCHIVOS KACIONAES 301
0 Martyrisado». Lisboa, 1908. Typographia A Editora. —
In-12.'' de 20 paginas.
Por Thomás Bordallo Pinheiro, como editor e proprietário :
— «Manuel do electricista». Lisboa. Typographia, Rpa Ivens,
n.® 45. — In-12.® de 380 paginas. Autor, Alberto de Castro
Ferreira.
— ((Elementos de historia da arte», volume 2.®, Lisboa, Typo-
graphia, Rua Ivens, n.® 45. — In-4.* de 140 paginas.
-- «Industria alimentar», por Pedro Prestes. Lisboa, Typogra-
phia, Rua Ivens, n.® 45. — In-4.*^ de 116 paginas.
— «Construcçâo civil», por J. E. dos S. Segurado. Volume il.
Lisboa. Typographia, Rua Ivens, n.® 45. — In-4.*' de 124
paginas.
Por Joaquim José Teixeira Bastos, como editor e proprietário :
A. Aires Pacheco: ((No templo dos Jerónimos», oração fú-
nebre. Lisboa, 1908. — Typographia Castro Irmão. — In-12.**
de 24 paginas.
Pela Empreza Nacional de Navegação, como editora e proprie-
tária: «Guia do viajante em Portugal e suas colónias em
Africa». — Lisboa, 1907. Typographia de Christovam Au-
gusto Rodrigues. — In-8.® de 482 paginas.
Por Valentim Júnior, como autor:
— f Geometria no espaço». — Lisboa, Lythographia Borges. —
1 folha de465"'™xl84"".
— c Geometria plana». — Lisboa, Lythographia Borges. — 1 folha
de 466"»™ X 180'"".
Pela Livraria Chardron, como editora:
— Ernesto Haeckel: «Religião e evolução». — Porto, Imprensa
Moderna. — In-8.* de 160 paginas.
302 BOLETIM DAS BmLiOTItECAâ
— Padre António Vieira: iSerinSeB». Volume ix. — Porto, Im-
prensa Moderna, 1908. — In 8.^ de 416 paginas.
Por *E. Coelho, como editor: José Bacellar: tTerra livre». —
Lisboa, Imprensa LucaS| 1908. — In-8.® de 16 paginas.
Por António Augusto de Barros Almeida e José Eugénio Car-
deira, como autores: «Ligeiras noções de seiencias naturaesi.
2.* edição. — Lisboa, 1905. Typographia Adolpho Mendonça.
— In-8.® de 74 paginas.
Pela Livraria Chardron, como editora: Garcia Redondo: a Através
da Europa. Impressões de viagem». — Porto, 1908. Imprensa
Moderna de Manuel Lello. — In-8.° de 338 paginas.
Como rectificação ao registo de propriedade literária relativo
ás obras registadas em junho próximo passado, declara-se que o
deposito das cinco obras seguintes foi feito/ não pelo respectivo
traductor Eduardo de Barros Lobo, mas sim por Guimarães &
C.*, como editores:
1.^ cUm conchego de solteirão».
2.* fUm começo de vida».
3.' clllusões perdidas».
4.* «Esplendores e misérias das cortesãs».
5.* «A ultima encarnação de Vautrin».
Agosto
Por Abilio Monteiro, como autor, editor e proprietário: «O ca-
racter revelado». — Porto, Typographia Universal, 1908. —
In-8.** de 370 paginas.
Por Eugénio da Cunha Pimentel, como autor e proprietário:
«Grammatica ingleza, 1.* edição». — Porto, Typographia
Carmelitas, 102 a 106. — In-8.^ de 91 paginas.
E ARCHIVOS NACIONAEg 303
Por Jo^o CarneirOy como editor: tGeraçJlo e fecundação », pelo
Dr. Désormeaux. — Lisboa, Typographía de A. M. Antunes
— In- 16.® de 52 paginas.
Por D. José de Sousa Coutinho, como autor: cA questão das
joiasD (impropriamente chamadas de D. Miguel). — Lisboa,
Imprensa Lucas, 1908. — Iu-8.* de 106 paginas.
Por D. José de Sousa Coutinho, como autor: «Relatório sobre
os direitos que os herdeiros da Sereníssima Senhora Infanta
D. Anna de Jesus Maria teem ao quinhão que á mesma
Augusta Infanta pertenceu do espolio de seus Augustos
Paes». — Lisboa, Imprensa Lucas, 1908. — In-8." de 106
paginas.
Pela Parceria António Maria Pereira, como editora:
— Guy de Maupassant: «Historia de uma mulher». — Lisboa,
Typogi^aphia da Parceria, 1907. —In-8..® de 344 paginas.
— Sanches de Frias: «Ersilia ou os amores de um poeta». —
Lisboa, Typographia da Parceria, 1908. — In-8.° de 516 pa-
ginas.
— Caiei: «Retalhos de verdade». — Lisboa, Typographia da
Parceria, 1908. — In-8.° de 254 paginas.
— Visconde de S. Boaventura. «A pasta de um jornalista». —
Lisboa, Typographia da Parceria, 1908. — In-8.® de 226
paginas.
— Brito Aranha: «Factos e homens do meu tempo», tomo ii. —
Lisboa, Typographia da Parceria, 1908. — In 8." de 294
paginas.
— Ladislau Batalha: «O negativismo». — Lisboa, Typographia
da Parceria, 1908. — In-8.® de 462 paginas.
— Padre Senna Freitas: «Ao veio do tempo». — Lisboa, Typo
graphia da Parceria, 1908. — In-8.® de 359 paginas.
304 BOLETIM DAS SUlLiIOTHECAS
— Camillo Castetio Branco: «Os martyres», tradosido de Cha
teaabríand, 3/ ediçlo, 2 volumes. — Lisboa, Typographia
da Parceria, 1908. — Iq-8.® de 272 paginas o 1.* volume, e
de 268 paginas o 2.^ volume.
— Camillo Castello Branco: «Um livro», 5.* ediçio. — Lisboa,
Typograpbia da Parceria, 1908. — In-8.* de 266 paginas.
— Camillo Castello Branco: c sereia», 4.^ ediç^. — Lisboa,
Tjpographia da Parceria^ 1908. — In-8.' de 263 paginas.
Por António Pinto de Oliveira, como editor : «Directório do re-
tiro mensal», por um presbytero Filho de Maria, l.^ediçlo,
Felgueiras. — Porto, Typographia Fonseca & Filho, 1908.
— In-8.* de 302 paginas.
Pela Livraria Ferreira, como editora: «Lux Perpetua», écloga
á memoria de D. Jo2o da Camará. Versos de Henrique Lopes
de Mendonça, musica de Augusto Machado, desenho de
Columbano. — Lisboa, Typographia do Annnario Commercial,
1908. — In-12.« de 23 paginas.
Setembro
Por Florêncio J. L. Sarmento, como autor: «No tempo dos
francezes». Comedia-drama. — Lisboa, Imprensa Libanio da
Silva, 1908. In-8.'' de 86 paginas.
Por Martins & Silva, como editores: cEl-Rei D. Manuel II».
Dois bilhetes postaes com o retrato de Sua Majestade.
Por José António Rodrigues <Jc C.*, como editores: «D. Manuel
II, Rei de PortugaU. Um bilhete postal representando Sua
Majestade montado a cavallo.
Por António Palhares, como editor: aSua Majestade EI-Reí
D. Carlos I e a sua obra artística e scientiiica». — Lisboa,
1908, Typographia da Empreza da Historia de Portugal,
In-4.** de 94 paginas.
K ARCHIVOS NACIONAES 305
Por JoSo Carneiro, oomo editor: tÁmor e segurança», pelo Dr.
Brennus, traducçSo de A. de Castro. — Lisboa^ Typographia
de A. M. Antumes. In-16.^ de 32 paginas.
Por Amália Luazes dos Santos Monteiro Leite, como autora,
editora e proprietária: cMethodo legográphico. Cadernos
n.^' 1 e 2. Jn-8.® oblongo de 16 paginas cada.
Por Lello & Irmfto, como editores: cPadre António Vieira, Ser-
mões». Vol. X. — Porto, 1908, Imprensa Moderna. In-8." de
408 paginas.
Por J. J. da Silva Graça, como proprietário da traducçfto —
Míchél Zevaco: a A heroina». —Lisboa, 1908. In-4.® de 8
paginas.
Por Gomes de Carvalho, como editor — T^r. Antão de Mello :
«A imbecilidade e a degenerescência nas familias reaes». —
Lisboa, 1908. Imprensa de Libanio da Silva. In-8.® de 108
paginas.
Pela Viuva Tavares Cardoso, como editora e proprietária —
JuIio Dantas: «Auto de £I-Bei Seleuco», de Luiz de CamSes.
— Lisboa, 1908. Typographia Gonçalves. In-8.* de 56 pa-
ginas.
Por A. M. Teixeira & Commandita, como editor ^-Dr. J. Leite
de Vasconcellos : «Textos archaicos», 2.' ediçSo. — Porto,
1907. Imprensa Portugueza. In-8.® de 160 paginas.
Por Alexandre de Fontes, como autor, editor e proprietário: cA
escrita nacional». — Lisboa, Typographia das Officinas de
S. José. In-8.® de 212 paginas.
Por Martins & Silva, como editores: Bilhetes postaes (20 bilhe-
tes), illustrados com costumes de Portugal.
Pela Academia de Estudos Livres, como editora : «Relatório da
direcção e parecer do conselho fiscal», relativos ao anno de
1906 e 1.® semestre de 1907, da Academia de Estudos
Livres — Lisboa, 1908, Imprensa Commercial. In-8,® de
62 paginas.
H06 BOLETIM DAS BIBLIOTHECÁS
Por Joaquim LeitSo, como autor: «Guia illustrada da Foz, Ma-
tosinhos, Leça e Lavadores». — Porto, 1907, Tjpographia
Progresso. In-12.® de 72 paginas.
Por Joaquim Leitão, como autor: «Guia illustrada de Barcellos.
— Porto, 1908, Typographia da Empreza Literária e Typo
graphica. In-8.® de 36 paginas.
Por Augusto Carolino Correia de Lacerda, como autor, editor e
proprietário: aÁs duas pátrias», poema. — Porto, 1908,
offieinas do Commercio do Port4). In 4.' de 216 paginas.
Por JoRo de Brito e F. A. Xavier Rodrigues, como autores:
aOramatica elementar de lingua latina». — Lisboa, 1907,
Typographia de Paulo Guedes e Saraiva. In- 8.^ de 386 pa-
ginas.
Por Arnaldo Bordalo, como editor: «Almanach dos palcos e salas,
para 1909. — Lisboa, Imprensa Lucas, 1908. In-8.** de 104
paginas.
Por Arnaldo Bordalo, como editor, Decio Feio: cA gramática»,
comedia. — Lisboa; 1908, Imprensa Lucas. In-8.^ de 24 pa-
ginas.
Bibliotheca Nacional de I^isboa, em 30 de setembro de 1908.
— O Director, Xavier da Cunha.
K AKCHIVOS NACIONAES
307
Estatística de leitara nas blbllotliecss abaixo designadas
durante o 2.^ trimestre de 1908
Sn^ o soai ub-dÍTiíSM
Historia, geographia
Cartas geographicas
I { Polygrapliia
Jornaes
Revistas nacionaes e estrangeiras
II
III
Sciencias civis e politicas
Sciencias e artes
Bellas artes ,
1^ ( Philologia . . .
^^ Bellaslettras
( Numismática
I Estampas
VI ; Religiões ,
VII
Incunabulos .
Reservados .
Manuscriptos
inominados . .
VIII- Collecçâo Camoneana. . .
Total.
Ifora
279
48
58
221
33
15
6
11
9
182
863
Draga
46
20
1
32
25
20
.22
3
3
6
3
181
TiUalUal
45
bl
80
8
40
39
55
38
14
356
Gistdio
Branco
143
48
21
134
16
85
22
15
110
32
635
Secretaria Qeral das BibliothecaB e Archivos Nacionaes, em 80 de
janho de 1908.
Pelo Bibliothecario-mór do Reino,
O Inspector,
Gàbrid Victor do Monte Pereira,
308
BOLETIM DÁS BIBUOTHECAS
EstiUsUa da leltort nas blblioUieeis ibtixo designadis
dorinte o a."" trimestre de 190S
SicfiM • nu HMirnSei
Historia, geographia
Cartas geographicas
I { Polygraphia
Jornaes
Revistas nacionaes e estrangeiras
II
III
Sciencias civis e politicas
Sciencias e artes.
Bellas artes
y^ ( Philologia . . .
^^ I Bellas lettras
y 1 Nomismatica.
I Estampas. ..<
VI
VII
Religiões
Incunabulos . ,
Reservados . .
Manascriptos
I Iluminados . .
Vni - Collecção Camoneana. . .
Total.
ínn
37
171
81
1
13
5
i81
791
Bngi
42
1
33
42
32
50
2
5
11
10
228
Tliliil
83
42
136
7
44
47
61
48
30
4
505
Cntillt
19
8
80
11
18
18
2
30
18
205
Secretaria Geral das Bibliothecas e Archivos Nacionaes, em 30 de
setembro de 1908.
Pelo Bibliothecario -mordo Reino,
O Inspector,
Gabriel Victor do Monte Pereira.
fC AftCHlVOa KÁClOKAes
309
Estalistlea dos leitores na Bibliotlieea Nacional de Lisboa
no a."" trimestre de 1908
Sm^õm • niai Mib-dÍTÍ8Stt
Historia, geograpbia
Cartas geographicas
1 1 Polygraphia
Jornaes
Revistas nacionaes e estrangeiras
II
ml
Sciencias civis e politicas
Sciencias e artes
{ Bel las artes .
j«r ( Philologia. . .
^^ Bellas lettras
y ( Numismática
I Estampas . . .
VI
vn
e
VIII
Religiões
Incunabulos
Reservados
Collecç&o Camoneana.
» Elzeviriana.
» Bodoni . . . .
Manuscriptos (fando geral)
Códices illaminados
Collecçâo Pombalina
» dos Códices d* Alcobaça
Espécies requisitadas
pelos leitores
Dii
I
IX Archi vo de marinba e ultramar . .
Total
838
27
364
1:709
42
1:222
2:194
103
lõO
2:314
10
101
32
25
44
146
13
83
2
4:000
13:469
loile
203
4
94
191
8
231
445
35
53
701
Ml
1:972
1:041
31
458
1:950
50
1:453
2:639
188
203
3:015
11
101
38
25
44
146
13
83
2
4:000
Laitoni
De «a 6:219
DcMitt 1:387
Total 7:606
15:441
Secretaria Geral das Bibliotbecas e Arcbivos Nacionaes, em 30 de se-
tembro de 1908.
Pelo Bibliothecario-mór do Reino,
O Inspector,
Gabriel Victor do Monte Pereira,
310
BOLETIM DAS BIBLIOTHÊCÁS
Estatística dos volames enviados pelas SeeçSes Estrangeiras de Permiitas
Internaelonaes dnrante o 3."^ trimestre de 1908 á Secçlo das Bibllotheeas
e Archlvos Naclonaes
Sec^
Kdmto
^ Toiunei
Total
Kstados Unidos da America
53S
64
166
JBstados Unidos do Brazil
Belfirica
^^''•0**"~ •••••••••••••••••••••••••■ •••••••••••
766
Estatística dos sellos e formolas de franquia dos países da Dnláo Postal Uni-
versal entrados na secçio de Namlsmatica da Bibllotheca Nacional de
Lisboa, darante o S."" trimestre de 1908
Formalai
Total
SelloB
Bilhetes postaes
Cartões postaes.
Sobrescriptos. . .
Cintas
178
21
1
3
2
20Õ
Imprensa da Universidade, 1909
Biblíotlicea Nacional de Lisboa. £xpo8Í<;ao blbliographica no bi-cente-
narío do Padre António Vieira em 1897. Lisboa. Imprensa Nacional, 1897.
A Exposição Petrarcbiana da Bibliotbeca Nacional de Lisboa. Catalogo
summario polo Director da mesma Bibliotbeca Xavier da Cunba. Lisboa,
Imprensa Nacional, 1905.
Curso de Dibliothecario-Archivista. Summario dns liçors de Bibliologia,
compiladas por José A. Moniz, professor interino da respectiva cadeira Da
Bibliotbeca Nacional de Lisboa, 2." edição. Coimbra, Imprensa da Univer-
sidade, 1900.
Numismática Tencionai. Lição inaugural do curso de Numismática da
Bibliotbeca Nacional de Lisboa no anno lectivo de 1888-1889, por J. Leite
de Vasconcellos, professor proprietário da respectiva cadeira. Lisboa, Ty-
pograpbia do Jornal «O Dia», 10 o 12. Rua Anchieta, 1888.
Elencbo das lições de Numismática dadas na Bibliotheca Nacional de
Lisboa por J. Leite de Vasconcellos, 1." parte do curso (1888-1889). Lisboa,
Typograpbia do Jornal «O Dia», 1889.
Elencbo das liçòes de Numismática dadas na Bibliotbeca Nacional de
Lisboa. por J. Leite de Vasconcellos do II curso do anno lectivo de 1889-
1890 até ao VI curso do anno lectivo de 1893-1894. Lisboa, Typograpbia
do Jornal *0 Dia*, 1894.
Belatorios dos serviços da Bibliotheca Nacional de Lisboa desde o segundo
trimestre de 1903 até ao terceiro trimestre de 1907, por Xavier da Cunha.
Coimbra, Imprensa da Universidade, 1903 a 1907.
Boletim das Bibliothecas e Archivos Nacionnos, publicação oíficial tri-
mensal. Publicados 6 annos. Coimbra, Imprensa da Universidade, 1902 a
1907.
Uma tradacção inédita cm latim do soneto «Alma minha gentil . . . • Publi-
cada e prefaciada por Xavier da Cunha. Coimbra, Imprensa da Universi-
dade, 1904.
Uma carta inédita de Camues. Apographo existente na Bibliotheca Na-
cional de Lisboa, agora commentado e publicado pelo Director da mesma
Bibliotheca Xavier da Cunha. Coimbra, Imprensa da Universidade, 1904.
A Bibliotheca Nacional de Lisboa na Exposição Occanographica. Cata-
logo summario por Xavier da Cunha. Coimb.*'a, Imprensa da Universidade,
A Bibliotheca Nacional de Lisboa no Congresso internacional de Lióge
sobre reproducçãu de manuscriptos, medalhas e scllos. Relatório sobre a
legislação portugueza no tocante á reproducção dos manuscriptos ofierecido
ao Congresso pelo Director da mesma Bibliotheca Xavier da Cunha.
Coimbra, Imprensa da Universidade, 1905.
A Legislação tributaria em benefício da Bibliotheca Nacional de Lisboa,
por Xavier da Cunha. Coimbra, Imprensa da Universidade, 1903.
A medalha de Casimiro José de Lima em homenagem a Sousa MartiiM,
descripçào numismática por Xavier da Cunha. Coluibra, Imprensa dalJni-
versidade, 1903.
Espécies bibliographicas e espécies bibliacas. Considerações sobre no-
menclatura por Xavier da Cunha. Coimbra, Imprensa da Universidade, 1903
Concursos públicos para provimento de logares vagos de Segundos Con-
servadores dos quadros do Real Archivo da Torre do Tombo e da Bibiio*
theca Nacional de Lisboa, Legislação respectiva. Parecer de José Joaquim
d'A8cen8âo Valdez. Coimbra, Imprensa da Universidade, 1903.
Relatório dos serviços desempenhados em Coimbra e Braga em Junho
de 1903 por José Joaquim d' Ascensão Valdez. Coimbra, Imprensa da Uni-
versidade, 1904.
Gabinete Numismático da Bibliotheca Nacional de Lisboa (Notas e do-
cumentos) pelo dr. José Leite de Vasconcellos. — í. Moedas de ouro da
epocha germânica. Coimbra, Imprensa da Universidade, 1902.
A excelsa rainha D. Maria II na intimidade. Reflexões apropositodeum
manuscripto existente na Bibliotheca Nacional de Lisboa por Xavier da
Cunha. Coimbra, Imprensa da Universidade, 1904.
Real Archivo da Torre do Tombo :
índice geral dos documentos conteúdos no corpo chronologico exii-
tente no Real Archivo da Torre do Tombo. Mandado publicar pelai
cortes na lei do orçamento de 7 de abril de 1838. Tomo !.• e udíco.
Lisboa, Typographia de Silva, 1843.
índice geral dos documentos registados nos livros das chancellarias
existentes no Real Archivo da Torre do Tombo, mandado fazer pelas
cortes na lei do orçamento de 7 de abril de 1838. Tomo l.* e único.
Lisboa, 1841, na Typographia de G. M. Martins.
Extracto do Real Archivo da Torre do Tombo offerecido á Augas-
tissima Rainha e Senhora D. Maria I, por José Pedro de Miranda
Rebello, amanuense do mesmo Archivo. Coimbra, Imprensa dA Uni-
versidade, 1904.
Bibliotheca Publica de Évora :
Catalogo dos manuscriptos da Bibliotheca Publica Eborense, por J.
H. da Cunha Rivára. Tomo 1.**, Ultramar. Lisboa, Imp. Nacional, 1850,
Tomo 2." Litteratura, Imprensa Nacional, 1868. — Tomo S.*» Historia,
Imprensa Nacional, 1870.
Catalogo do Museu Archeologico da cidade de Évora, annexo desna
Bibliotheca, composto por António Francisco Barata. Lisboa, Imprensa
Nacional, 1903.
Os reservados da Bibliotheca Publica de Évora, pelo director An-
tónio Joaquim Lopes da Silva Júnior. Coimbra, Imprensa da Univer-
sidade, 1907.
Venda avulso, no edifício da Bibliotheca Nacional de Lraboa«
Cada exemplar do numero do Buleiim, in-8.^ — 20OréÍS.
\
Hnmero 4-^7." Aimo
Ontnbro/a Dezembro— 1908
BOLETIM
DAS
/
í
PUBLICAÇÃO OFFICIAL TRIMENSAI
/
COIMBRA
Imprensa da Universidade
10O9
BIBLIOTHECiS E ARCHIYOS HAGIONAES
Publicações offioiaes '
/^
/
j»'
INVENTÁRIOS DA BIBIIOTHECA NACIONAL DE LISBOA .
Secção I — Historia e Geographia.
Serie !.• (numeração preta) — !.• parte. Lisboa, 1889.
— 2.» parte. Lisboa, 1889.
Serie 2.* (wiineracao vermelha) -—Lisboa, 1895.
Serie 3." (numerarão azul) — Lisboa, 189t. ^
Secção ni — Sciencias e Artes. Serie !.• (nameração preta) — Coimbra,
1907. /
Secção IV — 'Sciencias civis e politicas.
^' Serie l.* (numeração preta) — ; Lisboa, 1897,
y
Secção X — Philologia e BelIas^Lettras.
. Serie 1.* (numeração preta) — Lisboa, 1890, )
Serie 2.* (numeração vermelha) — Lisboa, 1893.
Serie 3.* (numeração azul) — Lisboa, 1894.
Secção XIII — Manuscriptos por José António Moniz, Lisboa, 1896.
)
— Colleccâo Pombalina, por José António Moniz. Lisboa,
1895, completo.
/^
Inventario do Archivo de Marinha e Ultramar, pelo dr. Eduardo de Cas-
tro e Almeida. ••
Ilhas da Madeira e Porto Santo, I — Coimbra, Imprensa da Universidade,
1907.
Kelatorio acerca da Bibliotheca Nacional de Lisboa e mais estabeleci-
mentos annexos, dirigido ao Ex."»" Sr. Ministro e Secretario d'Estado dos
Negócios do Reino, no 1.^ de Janeiro de 1844 por José Feliciano de Cas-
tilho Barreto e Noronha. Tomo I-OflScio — Tomos II, III e IV — Appensos
ao officio. Lisboa, Typographia Lusitana, 1844.
Bibliotheca Nacional de Lisboa. Exposição Antoniana, 1895. Lisboa, 1895.
/
^
Nam«ro 4— 7.'* Imo Ògtnbro a Deiembro— 190S
boXíEtiim:
DAS
BIBLIOTIIKIIIÍS ií UltllIlIVOS UmUll
Propriedade e edição da Secretaria Geral das Bibliolhecas o Archifos Nacionaes. Uiboa.
Director J. A. Castello Branco, Bibliolhecario Mór do Reino.
Composição e Impressão na Imprensa da Universidade.
Relatório dos serviços do Real ArcbiYO da Torre do Tombo
no qnarto trimestre de 1908
Começarei este meu relatório referindo-me ao trabalho de
impressão do inventario, cujo primeiro volume já ficou com cin-
coenta folhas impressas. E, como o indice tem seguido pari passu
essa impressão, logo qi)e ella esteja concluida, poderá immedia-
tamente entrar no prelo.
Felizmente é em grande abundância o original para a publi-
cação. Pena é que a verba não dê para ella mais se adiantar.
Da collecção Portarias do Reino só os livros 7 e 9 estam
ainda por extractar ; mas qualquer dos dois está muito adiantado
e creio bem que se linali^arão no próximo trimestre.
Tenho mandado ao mesmo tempo proceder á inventariação
dos livros de Moradias da Casa Real, precisamente da mesma
epocha das Portarias do Reino, E creio que, com os inventários
doestas duas collecçoes, ficarão publicados bellos elementos de
estudo da nossa Historia no scculo xvii.
Da mesma maneira para o estudo do século xvi com a publi-
cação dos inventários das Cartas Missivas e das Cartas dos
Vice-Reis.
Das primeiras fizeram se uns cincoenta summarios do maço
?.• ANHO, «,• 4 1
dl4 ÍUíiUtnU t>A8 6l^LlOtHfeCA8
2/ e das segundas, contidas num maço único , extractaram-se
trinta e sete.
Cincoenta e dois foram os diplomas que se registaram no
ultimo trimestre de 1908, destribuidos desta forma: outubro,
vinte e um; novembro, quatorze e dezembro dezesete.
Também se passaram cinco oertídSes, e tenho assim oonclaido
o relatório dos serviços d'este Archivo no ultimo trimestre de
1908.
Deus guarde a V. Ex.* — Real Ârcbivo da Torre do Tombo,
em 16 de janeiro de 1909. — 111.""* e Ex.'"'' Snr. Bibliothecarío
mór do Reino. — O Director, António Eduardo Simdeê BaiiLo.
B ARCmVOS KÁCtONAÊd 3l5
Relatório dos serf íços da BlbliotlieGa Nacional de Lisboa
Bo qoarto trimestre de 1908
IH."® e Ex.""» Senhor: —Ao Director da Bibliotheca Nacional
do Lisboa acodem frequentemente consultas (e n%o vai nisso
uma das suas menores tarefas), quer por parte de conterrâneos,
quer a instancias de extrangeiros, quer sejam simples estudiosos
alheios ao funccionalismo bibliothecario, quer sejam nas biblio-
thecas confrades meus que desejam colher informaçSes sobre
assumptos de sua especialidade em que andem porventura impe-
nhad^s.
Em Outubro de 1904 recebi eu de Leipzig num bilhete
postal a seguinte rogativa:
^Leipzig, le 28 sept. 1904,
tMonsieur le directeur,
nEtant occtipê à faire une hibliographie des Contes moraux
(ef' Nouveaux Contes moraux) de Marmontel^^e vous seteais trhs
obligé, $i vous vouliez bien me faire parvenir une liste des éditions
et traduetions de ces contes qu^il y a dans votre bibliothèque sur
la carte adjointe, Uexistence de traduetions en portugais m^inté-
ressefi^ait tout particulièremeutj je n'en ai pu découvrir encore
aucune,
c VeuUlez agrier, Monsieur, Vexpression de mes meUleurs sen*
timents et de mes remerciements d'avance.
a Max Freund
•professeur au Queen^s College^ Belfastt.
O postal recebido era d'esses bilhetes duplos — bilhetes de
resposta paga — que trazem na metade nSo escripta o logar des-
tinado para o que haja de responderse. D^essa metade, porâm, «
me nfto pude aproveitar, porque nfto cabiam nella as informaçSes
precisas.
316 BOLEtlH DÁS BlBLIOTHfiCÁS
Escrevi portanto essas informaçSes em looga carta, compen-
diando nella a nota bibliograpkica das ediçSes de Marmontel qne
a Bibliotheca Nacional possue, tanto relativamente aos cContosi
como a quaesqaer outras producçSes marmontelianas, e tanto no
originai como em tradacçSes portuguezas.
Isto foi, como já declarei, em 1904. E, como depois tivessem
passado quasi quatro annos sem eu tornar a ter noticias do meu
amável correspondente, occorreu-me escrever-lhe a pedir-lh^as.
Recebi entSo, de França, outro postal assim concebido:
^St. Ouen VAumône (Seine et OUe) le 10 sqpt. (1908).
9.M<m8Íeur,
«t/e V0U8 remercte pour votre carte du 26 aoút Uintéret que
V0U8 témoigmz à msn travail sur les Contes moraux de Marmon-
tel, nihonore. H est en effet puhlié il y a 2 ou 3 ans, Je me per-
mettrai de vous en faire parvetiir un exemplaire aussitôt que je
serai rentré à Belfast, c'est à-dire à la fin de ce móis, Vous aUez
trouver sur la pag* 95 les renseignements que vous avez eu la
grande bonté de me fournir.
« Veuillez bien agréer, Monsieur, Vescpression de mes sentiments
distingues et de mes remerciments renouveUs,
tMax Freund3.
E em 14 de Outubro chegou-me effectivamente de Belfast,
offerecido pelo obsequioso Professor, um exemplar da sua publi-
cação.
Mas, porque o exemplar me vinha pessoalmente dedicado,
ousei solicitar-lhe outro que na Bibliotheca Nacional ficasse ar-
chivado.
NSo se fez esperar sua acquiescencia. Em 23 de Outubro
tive o gosto de receber, com destino á Bibliotheca, o solicitado
exemplar.
Traz a obra por titulo :
Die moralischen Erzãhlungcn Marmontels. Eine u>eit verbreitete
NoveUensammlung, ihre Entstehungsgeschichte, Charakteristik und
Bihliographie vnn Dr. Phil, Max Freund klg. Professor der
neuertn Sprachen am Queen^s College, Belfast, (Halle a. d. S.
— 1905).
E no exemplar offerecido á Bibliotheca Nacional vem a se-
guinte carinhosa dedicatória :
c la Bibliothèque Nationale de Lisbonne, dont Faimable
directeur, Monsieur Xavier da Cunha, a fourni de précieux ren*
seignements à Tauteur Max Freund».
«Belfast, le 19 oct. 1908».
n
E ARCHIVOS NACI0KAE8 317
Se Marmontel hoje fôra vivo e nos proporcionasse d'aqaelles
ccontos» que de nossos bisavós fizeram as delícias no derradeiro
quartel do século xviii e ainda no primeiro do século xix, Mar-
montel seria, entre os nossos críticos do século xx, infallivel-
mente proclamado príncipe da insipidez.
E todavia elle foi no seu tempo um dos mais estimados con-
tistas, um dos mais estimados e festejados; — exactamente como
aconteceu a Florian.
Pela pureza de seus moldes, JoSo Pedro Claris de Florian e
JoSo Francisco Marmontel figuram no rol dos contistas francezes
que em Portugal mais conseguiram desafiar o impenho dos tra-
ductores, — e talvez o supra-mencionado Professor de Belfast
houvesse d'isBO conhecimento quando se resolveu a honrar-me e
obsequiar-me indereçando-me a sua consulta.
Fdsse como fôsse, eu apurei nessa occasião todas as espécies
que da clitteratura marmonteliana» possue a nossa Biblíotheca
Nacional.
E, por me parecer que tal resenha poderá talvez aproveitar
a outros estudiosos, aqui a reproduzo.
Abrange essa resenha (em que as ediçSes vSo dispostas pela
ordem chronologica da respectiva impressão) 39 números, dos
quaes pertencem 23 á secçSo dos uriginaes francezes e 16 á das
versSes em portuguez.
Comecemos pela secçSo franceza:
1. Bélisaire. Par M. Marmontel, De VAcadémie Françaiae.
AParis— Chez Martin, Libraire— M.DCC.LXVII.— In.l2.«
2. Bélisaire. Par M. Marmontel, De VAcadémie Françoise.
A Amsterdam — Aux depens de la Compagnie — M. DCC.
LXVII. — In-8.«
Ao texto do Bélisaire seguem-se nesta edição os Fragmens
de Philosophie Morale do mesmo auctor (comprehendendo : —
fDe la Gloiret; «DesGrands»; e «De la Urandeun»). Termina
o volume pelos Ver» eur la condamnation de Bélisaire projettée
en Sorbonne.
3. Bélisaire, par M. Marmontel, de VAcadémie Française,
NouveUe édition, corrigée et augmentée.
A Paris — Chez Merlin, Libraire — M. DCC. LXXV.—
In-12.«
318 BOLKTIH DAS BIBLICy^EGAd
4. Contes moraux, Par M, Marmontd, de VAcadénUe Fran-
l çoise.
j A Paris — Chez Merlin, Libraire — M. DCC. LXXV. — 2
; tom. in-12.«
! A estes dois tomos (1.^ e 2.^) accresce um 3." sem a indi-
caçfto de «dernière édition», e com a data M. DCC. LXV, —
quer dizer, um 3.® tomo pertencente a ediç&o anterior.
Abrange o 1.® tomo nove contos; outros tantos o 2.*^; e cinco
contos o 3.^ Cada um dos contos se apresenta illnstrado por sua
gravura, aberta em lamina de cobre.
O Tom. I incerra:
Aldbiade
Soliman II
Le Scrupule, ou VAmour mécontent de lui-même
Les quatre Flaeons, ou les Aventures d'Aleidonis de Mégare
Lausus <& Lydie
Le Mari Sylphe
Heureusement
Les deux Infortunées
Totd ou rien>
Vem precedido o volume por um c Prefacio» do auctor.
No Tom. II incontram-se :
Le PhilosopJie soi-disant
La Bergère des Alpes
La ínauvaise Mh-e
La bonne Mire
UÊcole des Pires
Annette & Lubin
Les Mariages SanmUes
Laurette
Le Connoisseur.
No Tom. III deparam-se-nos :
Uheureux Divorce
Le hon Mari
La Fefmme cotnme U y en a peu
UAmitié à Vépreave
Le Misanthrope corrige.
Posteriormente á estampagem dos volumes, juntaram-lfaes
um retrato do auctor (gravado em 1766), retrato qiie figura á
frente do 1.® tomo.
Eaccrescen taram, para cada um dos três tornos, um elegan-
fi ABCHIVOS NAC10KA£8 310
tisBÍmo frontispicio ornamental (todo gravado em lamina de cobre),
no qual se lê :
Oonteg moraux, Par M, Marmontel, de VAcadémie Fran^ise.
A Paris Chez Brunet Libraire, Rue des Ecrivains, M, DCC.
LXXVL
O retrato é gravado por Augusto de Saínt-Âubin sobre de-
senho de C. N. Cochin; Duelos foi quem abriu na chapa o fron*
tispicio decorativo, delineado por H. Gravelot; e foi também
sobre desenhos de Qravelot que diversos artistas abriram nas
laminas do metal as figuras illustrativas dos contos.
O exemplar que a Bibliotheca Nacional possuo, doirado no
oórte das folhas, e com a incadernaçSo do tempo, tem collado na
guarda frontispicial de cada um dos três volumes o ex-líbrii de
fCypriano Ribeiro Freire».
5. Les Incas, ou la Destruction de VEmpirs du Pérou; Par
M. Marmontel, Historiograpke de France, Vun des Qua/rante de
VAcadémie Françoise.
Paris — De rimprimerie de- Stoupe — M. DCC. LXXVII.
— 2 tom. in-8.°
Servem-lhes de adorno, a estes dois tomos, onze estampas
delineadas por J. N. Moreau, e abertas em laminas de cobre por
vários gravadores.
6. Contes moraux, par M, Marmontel, Nouvelle édiiion, Revue,
corrigée, & considérablement augmeniée.
A Paris — Chez J. Merlin, Libraire — M. DCC. LXXVIII.
— 3 tom. in-12."
A disposiçSo dos contos incontra*se pela mesma ordem que
o editor adoptou na espécie descripta em N.^ 4 da presente re-
senha.
7. Contes moraux, par M. Marmontel, suivis D' une Apologie
du Théatre,
Nouvelle édition, Corrigée et augmeniée,
A La Haye — M. DCC. LXXVIIL — 4 tom. in-12."
Incorra esta ediçXo no Tom. I septe contos :
Alcibiade ou le Moi
Soliman II
Le Scrupide, ou VAmour méconteni de lui-même
Les quatre Flacons, ou les Aventures d'Alcidonis de Migare
Lausus et Lydie
320 BOLETIM DAS BIBLIOTHECAS
Heurenêement
Tout ou Rien.
No Tom. II oito contos :
Les deux Inforiuniea
Le Philosophe soi-disant
La mauvaiêe Mire
La honne Mire
Le hon Mari
La Berglre des Alpes
Uheureux Divoree
Annette & Lubin.
No Tomo III, seis contos:
Les Mariagee Samnitee, anecdote ancienne
Le Connoisseur
L'Êcole des Pires
Le Mari Sylphe
Laurette
La Femme eomme il y en a peu.
No Tom. IV, dois contos :
L'Amitié à Vépreuve
Le Misanthrope corrige,
A estes dois contos segue-se (no mesmo Tom. IVj :
Apologie du Tkéâtre, ou Anályse de la Lettre de M. Rousseau,
Citoyen de Geneve, à M. d'Alembeet., au sujet des Spectades,
8. Nouveaux contes moraux, par Marmonfel,
A Paris — Chez J.-B. Garneiy, libraire, et Maradan, libraire
— An. 9. (1801). 4 tom. in.l2.»
OíFerece esta edição, para cada um dos quatro volumes, uma
gravura aberta em lamina de cobre. A do Tom. I representa um
bello retrato de Marmontel, gravado por Tassaert, cópia de re-
trato pintado por Boilly; as dos outros tomos devem -se ao buril
de L'Épine.
Três contos abrange o Tom. I, a saber:
ia Veillée
Le Trépied d'Hélhne
La Leçon du Malheur,
No Tom. II incerram-se qnat2*o contos :
UÉcole de VAmitié
Í6 franc Brefon
VErreur d'un hon Pire
La Cassette,
B ARCHIYOS NACIONAbS 321
No Tom. III oatros quatro contos:
Les Rivaux d^ettx-mêmea
Les Déjeunerê du VUlage
Les Bateliers de Besona «
II le falloit,
E no Tom. iV ainda quatro contos :
Les SoUtaires de Murcie
Palémon
Les Souvenirs du coin du feu
La Cote des deux Amans,
9. (Euvres poathumes de Marmontel, Hiatoinographe de Fran-
ce, 8ecrétaire perpetuei de VAcadémie Française, Imprimées sur
le manuacrit autograpke de VAuteur. — Mémoires.
Paris — De riraprimerie de Xhrouet — An. XIII. -1804.
— 4 tom. in-8.*
A collecçSlo d'e8tas interessantes «Memorias» traz por sub-
título : — 9 Mémoires d'un pire pour servir à Vinstruction de ses
enfansp,
E termina pela inserção da Opinion de Marmontel sur le
libre exercice des Cultes. Nesse manifesto, dirigido aos represen-
tantes do povo, incontram-se como remate, e como synthese de
doutrina, as seguintes palavras: — <Je vote à ce qu'on laisse
auz cultes toute la liberte qui leur est accordée par Tacte oons-
títutionnel, sans demander à leurs ministres d'autres garans de
leur fidélité que leur religion, leur conscience et leur Dieu».
10. Bélisaire, Par Mai^mantel, de VAcadémie Française.
A Paris — De rimprimerie de Firmin Didot— 1821 — In-8.®
Com uma gravura, em lamina de cobre, assignada por P.
Tardieu.
11. Les Héraclides, tragedie en cinq actes par Marmontel,
Représentée, pour la première fois, au Théâtre-Français, le 24
mai 1702,
Publicada (em pag. 51 a 114) no Tom. 2. da Suite du Réper-
toire du Théâtre Français, avec un choix des pièces de plusieurs
autres théaires, arrangées et mises en ordre par M, Lepeintre, et
précédées de notices sur les auteurs; le tout teinniné par une table
générale (Senlis — Imprimerie de Tremblay — 1822-1823 — 81
tom. in-12.°). Essa coiiecção constitue sequencia do Répertoire
general du Théâtre Français (Senlis — 67 -tom. in-12.'*). Em
322 BOLETIM DAS BIBU0THECA8
continuação da Suite du Réperíoire, sabia ainda a imne terceira
collecção, intitulada Fin du Répertoire du Théâtre Françaii
(Senlis — 4õ tom. in-12.^). £, como complemento, se lhe pode
também bíbliographícamente ag;*upar a collecçfto Chefs-d^cRuvre
du Répertoire des Mélodrames joués à différens théatres (Senlis
— 20 tom. in-12.^).
12. Numitor, tragedie en cinq actes, par Marmontel,
Publicada (de pag. 115 a 195) no citado Tom. 2. da Suite
du Répertoire du Théâtre Français. (Vid. N." antecedente (N.^ 11)
da presente resenha).
13. Didon, tragédie-lyrique en trois actes; par Marmontel,
musique de Piccinni, Représentée à Fontainebleau, pour la pre-
mière fois le 16 octobre 1783, et à Paris, le premier décembre
même année.
Vem (de pag, 95 a 135) no Tom. 15. da Suite du Répertoire
du Théâtre Français. (Vid. N,^ 11 da presente resenha).
14. Penélope, tragédie-lyrique en trois actes, par Marmontel,
musique de Piccini père; Représentée pour la premihre fois, à
Fontainebleau, le 2 novembre 1785, et à Paris, le 6 décembre
même année.
Sahiu (de pag. 137 a 176) no citado Tom. 15. da Suite du
Répertoire du Théâtre Français. (Vid. N.° antecedente (N."" 13)
da presente resenha).
15. Silvain, comédie en un acte, mêlée d'arieUes, par Mar-
montel, musique de Grétry, Représentée, pour la première fois,
au ThéâJtre-Itaiien, le 19 février, 1770.
Publicada (em pag. 1 a 46) no Tom. 33. da supracitada
Suite du Répertoire du Théâtre Français, e acompanhada por
uma aNotice sur Marmontel». (Vid. N.^ 11 da presente resenha).
16. UAmi de la Maison, comédie en trois actes, mêlée d'aríettes,
par Marmontel, musique de Orétry, Représentée pour la première
fois, sur le Théâtre-Italien, le 26 octobre 1771.
Incluída (em pag. 47 a 106) no supra-citado Tom. 33. da
Suite du Répertoire du Théâtre Français. (Vid. na presente re-
senha o N.® antecedente, N.^ 16).
17. Zémire et Azor, comédie en quatre actes, mêlée d^arieites.
E ABCHIVQS NAGIONAES 323
par Marmontd, musique de Orétry, Bepi'éêentée, pour lapremiire
foi», sur le Théâtre-Italien, le 16 décembre 1771,
Vem (de pag. 107 a 170) no citado Tom. 33. da Suite du
Répertoire du Tkéâtre Fravçais. (Vid. N.° 16 da resenha pre-
sente).
18. (Euvres choisies de Marmontel,
A PariB— De llmprimerie d'Hippolyte Tilliard— 1824-1825
— 10 tora. inS.^
Esta colleccão das «(Euvres choisiesB de Marmontel, adornada
com gravuras abertas por vários artistas em chapas de cobre
sobre desenhos de Choquet e de Â. Desenne, pode consíderar-se
dividida em quatro grupos.
O primeiro grupo abrange quatro tomos, illustrados com oito
gravuras (duas para cada tomo), e sub-intitula-se (nos frontispí-
cios especiaes dos tomos) : — Conteê vwraux, par Marmontel, de
VAcadimie Françaiêe; aecompagnés d*une notice sur la vie et les
ouvrages de Vauteur, par M. JSaint-Svrin (Paris — 1824).
Esses c Contes moraux» trazem successi vãmente por titules:
Alcibiade, ou le Moi
Soliman II
Le Scrupule, ou, VAmour méeontent de lui-même
Lee Quatre FlaconSy ou les Aventures d*Alcidoni$ de Mégare
Lausus.et Lydie
Le Mari sylphe
Heureusement
Tout ou rien
Le PhiloBophe soi-disant
La Bergire dea Alpes
La mauvaise Mère
La bonne Mère
UÉcole des Peres
Annette et Lubin
Les Mariages samnites, aneedote ancienne
Laurette
Le Connaisseur
L^heureuaj Divorce
Le bon Mari
La Femme comme il y rni a peu
L'Amitié à Vépreuve
Le Misanthrope corrige
La VeiUie
324 BOLETIU DAS BIBL10THECÁS
Le Tripied d'HéUm
La Leçon du Malheur
VÉcoU de VAmitié
Ia franc Breton
VErreur d'un bon père
La Cassette
Les Rivaxix d^euxfnêmes
Lea Déjeuners du ViUage, ou les Aventures de VInnocence
Les Bateliers de Besons
II le faUait
Les Solitaires de Murcie
Pcdémon, conte pastoral
Les Souvenirs du coin du feu
La Cote des deux Amants
Le petit voyage
Les promenades de Platon en Sicile.
O segundo grupo da collecçfio, adornado com quatro gra-
vuras, é constituido por um volume, em cujo frontispicio espe-
cial se lê: — Bélisaire, suívi de Mélanges en prose et en vers,par
Marmoniel, de VAcadémie Française (Paris — 1825).
Sob o titulo «Mélanges» abrangem-se :
Dicours de Marmontel à VAcadémie Française
Réponse de Marmontel au Discours de La Harpe
Lettre de Marmontel sur les Cérémonies du Sacre de Louis XVI
De la Gloire
De la Grandeur
Des Grands
Essai sur le Bonheur
Essai sur les Romans
Les Charmes de VÈtude, Épitre qux Poetes
Léopold de Brunswick, Poème
Daphnè, Romance
Bovquet à Madame la Comtesse de S * * *
O terceiro grupo é formado pelo Tom. VI da collecçSo, em
cujo rosto especial se lê o seguinte sub-titulo: — Les Incas, ou
la Destruction de VEmpire du Pérou, Par Afarmantel, de rÀca-
démie Française (Paris — 1824). Adornam essa narrativa quatro
gravuras.
Pertencem ao quarto grupo os quatro derradeiros tomos
(Paris — 1825), subordinados todos (no frontispicio especial) ao
sub-titulo seguinte : — Éléments de Littérature, par Marmontel^
de VAcadémie Française, Estes «Éléments» são precedidos pelo
fi ÁRCHIVOS NACIOKAÊS 325
Essai sur h Qoút, adrede escripto para lhes servir de in-
troducçSo.
19. L'Ami de la Maison, comédie en troia actes et en vers,
mêleé d'arietteB, repréeeiíiée pour la premièi'e fois le 26 octobre
1771.
Vem esta comedia, antecedida por uma «Notice sur Mar-
monteU, no Tom. vii da publicação Chefs-d^ceuvre dea auteurs
comiquea (Paris — Typographie de Firmin Didot Frères — 1845-
1846 — 7 tom. in-18.«).
20. Lé^ona françaiaea de Litiérature et de Morale, ou recueil,
en proae et vera, dea plua beaiix morceaux de notre langue dana
la litiérature dea deux derniera aièclea par AI. Noêl
et de La Place — Vingt-neimême edition.
Paris — Imprimerie de Ch. Lahure et C^*' — 1862 — 2 tom.
in.8.«
Trechos em prosa de Marmontel incerra o Tom. i doeste
florilégio (em pag. 1 a 4, 25 a 26, 31 a 33, 94 a 96, 127, 218
a 222, 307 a 310, 508 a 511, 522 a 524, e 540 a 543).
O Tom. II abrange também de Marmontel vários trechos
em prosa pag. 12 a 17, 172 a 177, 249 a 252, 281 a 288,
317 a 320, 443 a 446, 493 a 496, 592 a 596, e 621 a 623).
D'esta collecção de trechos os didácticos (e são esses os que
nella predominam) foram extrahidos dos ÉUmenta de LUtérature;
os descriptivos foram colhidos no livro Lea Incaa.
Ha por último no Tom. ii supracitado trechos em verso
(pag. 654, 664 a 665, e 666 a 668), — trechos todos derivados
da Êpitre, qux Póttea, trechos em que Marmontel critica elo-
giosamente as personalidades poéticas de Horácio, de Molière,
de Quinault, e de La Fontaine.
21.« Marmontel — Lta Incaa ou la Destruclion de VEmpire
du Pérou.
Paris — Imprimerie Nouvelle — 2 tom. in-16.®
Do exemplar que existe na Bibliotheca Nacional de Lisboa,
o Tom. I foi estampado em 1884, e dois annos antes (em 1882)
o Tora. II.
Pertence esta espécie á colIecçSlo publicada em Paris sob o
titulo de aBibliothèque Nationale».
22m Marmontel — La Société Littéraire au XVIII* aiècle,
Angers — Imprimerie A. Burdin — S. d. — In-18.®
1 •
I
l
326 BOLBTIll DA8 BIBLlOTflECAS
CoDstitae o K/ 373 da iNonvelle Biblioth^Qe
editada em Paris por Henrique Gaatier.
Esse fascículo abrange, precedida por um estudo crítico-
bíographico acerca de Marmontel (estudo escrípio por Mauricio
Languereau), uma concatena{Io de capítulos extrahidos da obra
Mémaireê d^un père. (Víd. N.^ 9 da presente resenha).
Como appendice i lista, chronologicamente organiaada, de
«espécies marmontelíanas^ publicadas em francês, — seja-me
licito accrescentar, por indirecta correlaçJlo, a seguinte :
88. Zophileite. Conte de Mr, Marmontel MU en ^chie ét eu
ArieUes, & represente le 17 Mai 1765.
A Paris — 1768 — In-8.^
Constitue a ZophUette uma comedia em treze scenas, de
auctor anonymo, fundada sobre o conto Laurette de Marmontel.
Obras de Marmontel, traduzidas em portuguez, ha na Biblio-
theca Nacional de Lisboa as seguintes :
34. Belizario escrito em francez por Marmontel, da Aca-
demia Franceza, E traduzido na língua Portugueza por J, N.
T. M. Fidalgo da Caza de Sua Magestade Fidelíssima, do seu
Concelho, e Professo na Ordem de Christo, dtc. dtc. ékc.
Lisboa — Na Typografia Rollandiana — MDCCLXXIX.
In-8.* de XV-314 paginas numeradas, seguidas por 6 (sem
numeração) que se destinam ao c Catalogo dos livros impressos
á custa de Francisco Rolland, Impressor-Livreiro em Lisboa,
na esquina da Rua do Norte t.
Para descortinar quem fosse o traductor que sob as inicíaes
J. N. T. M. pretendia occultar-se na versXo do cBelísario»,
consultei o Diccionaino Bíbliographico Portuguez de Innocencio
Francisco da Silva, continuado pelo Sr. Pedro Wesceslau de
Brito Aranha, — e não pude lá descobrir nome algum que ás
quatro lettras se adaptasse. Consultei egualmente os Subsidios
para um Diccionario de pseudonymos, inicíaes e obras anonymas
de escríptores portuguezes pelo Sr. Martinho Augusto da Fon-
seca, — e também alli nSo achei resposta á minha pergunta.
Nestas circumstancias occorreu-me pedir ao Sr. José Ramos-
Coelho, meu antigo companheiro de saudosas recordações (cada
vez mais saudosas) nos trabalhos da Bibliotheca Nacional (hoje
S ÁRCHIV08 KACIOKAKS 327
aposentado), oocorreu-me pedir-lhe qae no Real Archivo da
Torre-do-Tombo me fizesse a fineza de proceder a investigsçSes
DO rol dos habilitandos a professos da Ordem de Chrísto, visto
que nessa Ordem se inculcava por Cavalleiro o traductor de
Marmontel.
Com a sua habitual obsequiosidade e captivante promptidSo
aqueile meu bondoso amigo e mestre prestou-se logo a pon-
par-me tempo e trabalho, acceitando amavelmente o inoargo.
E logrou elle descobrir o desejado nome do traductor : — *
José de Nápoles Tello de Meneses.
Aqui lhe agradeço peuhoradissimo o favor que me prestou,
e que fiquei juntando aos muitos, aos muitíssimos, de que lhe
sou inolvidavelmeute devedor.
O que vai ler-se é tudo fructo das investigaçSes a que o
erudito académico procedeu no Documento 1.® do Maço 59.® das
«HabilitaçSes da Ordem de Christop.
Com esses preciosos subsidies, alguém que o deseje, poderá
roais facilmente agora esquadrinhar elementos biographicos ácêroa
do mencionado traductor.
José de Nápoles Tello de Meneses, que no Convento de
Nossa Senhora da Luz (junto a Camide) recebeu o Habito de
Cavalleiro Professo na Ordem de Chrísto por Decreto de 6 de
Julho de 1776, deveria contar de edade nesse tempo cerca
de 28 a 30 annos, conforme se apura das inquiriçSes indispen-
sáveis á sua habilitação, o que induz a calcular que teria nas-
cido pelos annos de 1746 a 1748.
Era natural de Vizeu, em cuja cathedral foi baptizado, —
e, ao tempo de lhe ser lançado o habito, morava no sitio da
Ajuda, em companhia de seu irm&o Filippe Xavier de Nápoles
Tello de Meneses, que tinha o posto de Capitão, emtanto que
José de Nápoles era Tenente de uma Companhia do Regimento
de Cavallaria de Almeida.
Tinham elles ambos o fôro de Fidalgos da Casa Real, fôro
que lhes provinha de seus maiores.
Eram filhos legítimos de Luiz Xavier de Nápoles e Me-
neses (natural da villa de Penacova) e de D. Francisca Xavier
de Nápoles e Lemos de Macedo (natural de Vizeu) ; netos pa-
ternos de Bernardo de Nápoles Lemos e Meneses (natural de
Penacova) e de D. Mariana de Lemos e Nápoles (natural de
Vizeu); netos maternos de Francisco de Lemos de Nápoles (na-
328 S ARCHIVOS NACIONáES
tarai de Vizéu) e de D. Luíza Maria Pinheiro de Figueiredo
(natural de TourSes — no Bispado de Coimbra).
Nas inquisições se declara lambem que o habilitando era
pessoa muito illustre e das principaes da Beira.
. Seguindo agora as indicações fornecidas pelo referido pro-
cesso de habilitação, — e consultando na Bibliotheca Nacional o
Nobiliário de Diogo Rangel de Macedo (manuscripto que per-
tenceu á casa dos Marquezes de Pombal), — incontro neste, em
titulo de a Nápoles», que
Luiz Xavier de Nápoles e Meneses, íilho primogénito de
Bernardo de Nápoles, succedêra na casa de seu pae, e casara
com sua prima D. Francisca Xavier de Nápoles e Macedo
(filha de Francisco de Lemos de Nápoles (Fidalgo da Casa
Real) e de sua mulher D. Luiza Maria Pinheiro de Figuei-
redo) ;
Bernardo de Nápoles (pae do antecedente) foi o segando
filho de Estevam de Nápoles, e veiu a herdar os bens do pri-
mogénito Jorge de Nápoles (que morrera sem geraç&o legitima);
casou com sua parenta D. Mariana de Nápoles (filha de Fran-
cisco de Lemos de Nápoles (Fidalgo da Casa Real e Cavalleiro
na Ordem de Christo) e de sua mulher D. Catharina de Me-
neses) ;
Estevam de Nápoles (pae do referido Bernardo de Nápoles)
era filho sexto de Diogo Esteves da Veiga e Nápoles, e ter-
ceiro filho de sua segunda mulher D. Maria de Sampaio. tViueo
em Penacoua (diz o auctor do Nobiliário) e casou antes da
acclamaçâo com D. Maria de Lemos Ramiro, irmSa do D. Fran-
cisco de Lemos gouernador de Aueiro, e filha de Jorge de Le-
mos e de Paula Baracho naturais de Almeyda».
Para não impacientar quem porventura haja de ler-me, deixo
de copiar a lista dos antecessores.
E limito-mo a transcrever as palavras por que Rangel de
Macedo principia o «Titulo de Nápoles» :
«Não com menos cuidado, intentey descreuer esta genea-
logia, vendo que a antiguidade, e nobresa de seus progenitores
convida ua, a fazer hum largo discurso de sua descendência,
inda que todos os Nobiliários reconhecem nella a mesma esti-
mação, e lhe dão o mesmo principio, o qual nos pudéramos
È ÁRCEiVÒS NÁCJÕNÍE8 32^
Ba*.
avantajar, deacreuendo os Ascendentes de Carlos 2.^ em quem
a começamos^ mas como para mostrar quanto hé esclarecida
basta ter por Cabeça os Princepes que lhe asinamos, prenci-
piaremos donde o faeem os que melhor a descreuerão. As Armas
de que uzfto sXo o escudo esquartelado, no primeiro huoaa Águia
de ouro entendida em campo vermelho, no segundo três flores
de lis de ouro em roquete em campo azul, e assim os contrá-
rios; e por timbre a Agnia das Armas».
E continua Rangel de Macedo:
«Carlos 2.® Rey de Nápoles, Hjerusalem, e Cisilia, Duque
de Apúlia, e de Calábria, Princepe de Capua, e de Trento iby
coroado Rey no anno de 1289 pelo Papa Nicoláo 1.^, morreo
a 6 de Majo do anno de 1309 no seu Palácio da casa noua
juncto a Nápoles. Casou no anno de 1270 com Maria filha de
Esteuão 5.^ Rey de Vngria, e da Raynha Tenuena, de quem
foy herdeira por morte de seu irmfto Ladisláo 1.^ Rey do dito
Reyno. Teue o dito Rey Carlos 2.^ da dita sua mulher noue
filhos cujas descendências nlo descreueremos, tractando só do
filho 8.® que lançou o primeiro progenitor desta familia em
Portugal o qual foy o Infante JoKo».
Pelo Infante Jofto se deriva pois de Carlos II de Nápoles o
traductor de Marmontel.
35* BdizaHo escrito em francez por Mmrmantel, e traduzido
em portuguez por J. N. 1\ M. Fidalgo da Casa de Sua Ma-
gsétade, do seu Conselho, e professo na Ordem de Christo,
&c. c0e. dkc.
Segunda EdiçaS correcta, e emendada.
Lisboa — Na Typografia Rollandiana — 1785.
In-8.^ de xv-293 pag. adornado com uma gravura em la-
mina de cobre, gravura sem nome de gravador e collocada junto
ao frontispicio. A pagina do «índice dos Capitules» (pag. 293.^)
seguem-se innumeradas 9 paginas destinadas á lista dos «Livros
modernos que se vendem em casa de Francisco Rolland, Im-
pressor-Livreiro em Lisboa ao Bairro Alto, na esquina da Rua
do Norte».
36. Contos moroês para Entertimento, e InstrueçaZ das pes*
?.• ANNO, N.» 4 S
330 BOLSTIM DAS BIBUOTHfiCAS
êoa$ curioioê. Exlráhiãot dos melhore» Âuetorea, çne lem iradaio
de$ia matéria. Traduzidoi em português
Porto — Na Ofl&c. de António Alvares Ribeiro — Anno de
1785. ■
In-8.^ de 265 pag. nameradas, antecedidas por 4 Ab. sem
numeraçXo (fls. occapadas por ante-rosto, rosto, cAdvertenda
do Tradnctor», e c Index i). O verso da pag. 265, innumerado,
destina-se á indicaçlo dos erros typographicos e respectivas
emendas.
De Marmontel ha quatro contos neste livro:
O Bom Marido (pag. 1 a 53)
A Boa Mãi (pag. 54 a 95)
A Má Mii (pag. 96 a 124)
Aê Duoê DeêafortunadoM (pag. 125 (erradamente mareada
por 225) a 154).
Nflo vem declarado o nome do traductor.
S7« O viajante êueco, e os soUtarios de Murcia; eonio moral
de Mnrínontel, Traduzido em Portuguez da Dicção Franceza pelo
Traductor do Filosofo Inglez, e das NoveUas Orientaes»
Lisboa — Na Officina de Joaquim Thomaz de Aquino Ba-
IhSes — M.DCCCIII.
In-8.* de 210 pag.
28. A prova de hwna amizade, conto moral de Mr. de Mar-
montel, Traduzido do Idioma Francez por F, V. de A. e P.
Lisboa — Na Nova Of. de JoSo Rodrigues Neves — Anno
M.DCCCIV.
In-8.* de 80 pag.
29» Belizario escrito em francez por Marmontd, e traduzido
em portuguez por J. N. T. M. Fidalgo da Casa de Sua Mages-
tade Fidelissima, do seu Conselho, e professo na Ordem de Christo,
ákc. Ac, Sc,
Terceira Ediçad coíTecta, e emendada,
Lifiboa — Na Typografia Rollandiana — 1814.
In-8.® de xv-293 pag. numeradas, seguidas por 11 que nSo
trazem numeraçfto e se destinam a relacionar os «Livros Im-
pressos á custa de Francisco Rolland, Impressor-Livreiro sm
Lisboa, e que se achaS de venda no seu armazém; na Rua Nova
dos Martyres, Num. 15i.
£ ÁRCHIVOS KÁCIONAÊS 331
30. A Caixinha, conto moral de Marmontd, traduzido por
António Maria do Couto, Professor Régio.
Lisboa — Na Irapressfto Regia — Ânno 1815.
In-8.^ de 46 paginas.
Vem precedida a traducçSo por uma Carta do traductor,
dedicatória a Bernardo Ribeiro de Carvalho Braga.
31. A Pastora dos Alpes, conto traduzido do francez.
. Lisboa — Na ImpressSo Regia — Anno 1815.
In-8.® de 55 paginas.
Vem nesta espécie oraittido o nome do auctor (Marmontel)
e o do traductor (que talvez fosse António Maria do Couto).
32. Contos moraes para entretimento, einstrucçad das pessoas
curiosas, extrahidos dos melhores auctores, que tem tratado desta
matéria. Traduzidos em portuguez.
Lisboa — Na Typografia Rollandiana — 1817.
In-8.° de 267 pag. numeradas, precedidas por 4 fls. sem
numeraçllo (destinadas para ante-rosto, frontispício, «Âdver*
tencia do Traductor», e c índice»), e seguida no fim por 2 fls.
também ínnumeradas (destinadas á relação dos «Livros que se
vendem em casa de RoUand, Rua Nova dos Martyres, N. 10,
abaixo do Theatro de S. Carlos»).
Entre as peças que neste volume figuram, ha qnatro contos
de Marmontel, a saber :
O Bom Marido (de pag. 1 a 53)
A Boa Mãi (de pag. 54 a 95)
A Má Mãi (de pag. 96 a 124)
As Duas Desafortunadas (de pag. 125 a 154).
O livro é reproducçSLo da espécie mencionada em o N.^ 26
da presente resenha, e nelle se continua a omittir o nome do tra-
ductor dos contos.
83. Contos moraes. Por.** ♦
Lisboa — Na ImpressSo Regia — Anno 1817.
In-8." da 97 pag.
Abrange o volume dois contos de Marmontel, publicados sem
o nome do auctor nem o do traductor. E sZo elles :
O bom matido (pag. 3 a 55)
A boa mãi (pag. 56 a 97).
As versSes são as mesmas que dos dois contos ficaram apon-
tadas no N.^ 26 da presente resenha.
â3â BOLfaTlk bÀ8 falBLtOtâECASl
34. A mài má. Conto moral traduzido do francez. Por* •*
Lisboa — Na Impressllo Begia — 1818.
In-8.'' de 31 pag.
Publicado Bera o nome do auctor (Marmontel) nem o do
traductor.
Esta versio é a mesma qae| sob o titulo A má mãi, ficou
apontada no N.^ 26 ía resenha presente.
35. As duas desafortunadas. Conto moral traduzido do fran-
cez. Por * * ♦
Lisboa — Na ImpressSo Regia — 1818.
In-8.'' de 32 pag.
Publicado sem nome de auctor (Marmontel) nem de tra-
ductor.
A traducçfto é a mesma que sob egual titulo figura apontada
no N.^ 26 da presente resenha.
36. O honrado negociante, novella de Marmontel,
Lisboa — Na Typografia Rollandiana — 1819.
In-8.^ de 149 paginas, das quaes somente 143 sSo occupadas
pelo conto, seguindo-se-lhes 1 em branco, e õ destinadas ao
cCatalogo de alguns Livros que ha para venda brochados em
Casa do Editor F. B. O. de M. Mechas, Mercador de Livros no
Largo do Cães do Sodré, N. 3. Ai.
A nota que o livreiro-editor Francisco Baptista Oliveira de
Mesquita (Mechas, por alcunha) inseriu em pag. 3 a 5 do livro,
deixa-nos plausívelmente suppôr que foi elle próprio o traductor
do conto marmonteliano, — ^. conto que em francez se intitula Le
franc Breton.
37« A experiência da amizade. Conto moral de Marmontel:
traduzido por J. J. C P. e S. Obra posihuma.
Lisboa — Na Typografia de António Rodrigues Galhardo —
182Õ.
In 8.° de 47 pag.
O traductor foi Joaquim José Caetano Pereira e Sousa
(Vid. (em pag. 78) o Tom. xii do Diccionario Bibliographico
Portuguez de Innoceneio Francisco da Silva, continuado por
Pedro Wenceslau de Brito Aranha; e vid. também (na pag. 134)
os Subsidias para um Diccio^iario de pseudonymos, iniciaes e
obras ananymas de escriptores portuguezes por Martinho Augusto
da Fonseca).
e ARCHlVOa NACIONAES 333
cObra poBthumat se chama, no frontispício do livro^ á tra-
docç&o de Pereira e Sousa, por ser elle effectivamente já falle-
cido qaando a traducçSo veiu a Inme (fallecido em 17 de Outubro
de 1819, conforme se declara (em pag. 77) no citado Tom. zii
do Diccionario Bihliographico Portugxiez),
38. O viajante sueco, e ob soliiarioe de Murcia. Canto moral
de Marmontel. Traduzido em Portuguez pelo Traductor do Filo-
sofo IngleZj e deu Novdias Orientaes.
Dado novamente á luz com huma estampa por Joei Pedro de
Carvalho.
Lisboa — Na.Typografia CarvalhenRe — Anno 1833.
In-8.* de 135 pag. numeradas, seguidas por 1 sem nume-
ração (occupada por annuncio de outra publicaçSo que breve-
mente deveria sanir a lume).
 c estampai é, em fl. aparte, uma tosca gravura aberta em
chapa de cobre e sem nome de gravador.
39. BelizaHo escrito em. fracez por Marmontel da Academia
Franceza. Traduzido na Lingua Portugueza por J, N, 2\ M.
Fidalgo da Caza de Sua Magestade Fiddissima, do seu Con^
sdko, e Professo na Ordem de Christo, ébc,
Nova edição.
Lisboa -Na Typographia Rollandiana— M.DCCC.XXXVII.
In- 8.® de 263 paginas, illustrado com 1 gravura em lamina
de cobre (a mesma que figura na c segunda ediçílo do livro —
N,\ 26 da presente resenha).
Coordenando a presente noticia das ediçSes que a Biblio-
theca Nacional possue em relaç&o ás obras de Marmontel (quer
no texto original, quer traduzidas, n&o tratei (claro está) de
inserir as espécies todas que na mesma Bibliotheca existem cor-
relacionadas com a cBibliographia Marmonteliana, — pois que,
nesse caso, teria de incluir as notas biographicas e as aprecia-
çSes criticas, disseminadas por encyclopedías e revistas littera-
rias, o que muito longe me deveria condussir, e nSo é esse aqui
o propósito das minhas consideraçSes.
334 fiOLETIlC OA8 SIBLIOTHECA8
Continuando a enumerar as dadivas com que no derradeiro
quartel de 1908 foi contemplada a Bibliotheca Kacional de Lisboa,
cabe-me a satisfacçSo de archivar com mmto louvor as offertas
com que nos brindou o Sr. Carlos Rangel de Sampaio, — nome
que já por outra vez tive ensejo de citar como benemérito da
Biblíotheca.
Offereceu-nos elle, em primeiro logar, duas publicaçSes de
incontestável merecimento :
1.* — Da Politica e da Economia em Portugal por Cario»
Rangel de Sampaio. (Lisboa — 1898).
2.' — João Augusto Ferreira Rangel — Poesias (Com um es-
tudo de Camillo CasteUo Branco). (Lisboa — 1900).
A esses dois livros juntou depois o offerente uma collecçSo
deveras curiosa de todas as espécies impressas ou manuscríptas,
bibifacas ou icónicas, que elle recebeu em Haya como Secretario
da DelegaçSo de Portugal na cSegunda Conferencia da Pazi,
incluida nessa collecç£Íio a formosa medalha de prata que Sua
Majestade a Kainha da Hollanda mandou em 1907 cunhar para
ser coinmemorativamente distribuída entre os conferentes.
A medalha, de prata fôsca, é elliptiforme : no seu eixo maior
(vertical) mede 0",038; e mede 0",027 no eixo menor (trans-
versal).
No anverso representa a fachada do «Ridderzaal» (palácio
em que se realizaram as sessões da Conferencia). O logar do
exergo 6 occupado pelos seguintes dizeres (em duas linhas):
HA6AE COMITÍS MCMVII.
O reverso apresenta, immoldurada por folhedo com flores
e fructos, a seguinte inscripçfto (em cinco linhas): in meuobiaií
SKCUNDI PACis CONVKNTUS. Abaixo da inscripçâo ha elegante-
mente recortada uma cédula, e nella aberto em concavo o nome
do destinatário da medalha Caulos Raxqísl de Sampaio (nome
que duas linhas occupa).
Juntamente com a medalha foram-me intregues pelo amável
offerente as duas seguintes espécies :
1.* — O Officio que a sobredita medalha acompanhava, assig-
nado pelo Ministro dos Negócios Extrangeiros da Hollanda^ e
indereçado ao Sr. Carlos Rangel de Sampaio.
2.* — A cópia (impressa em velino da Hollanda) do Decreto
em que Sua Majestade a Rainha dos Paizes-Baixos determinou
aos 19 de Novembro de 1907 mandar cunhar a referida me-
dalha.
E ABOHIVOS NACIONABS 335
Ouirosim me coube agradecer ao Sr. Sampaio aa espécies
que passo a mencionar, e que durante o período festival da Con-
ferencia lhe foram offerecidas :
a) — Le Parlement de VHumaniíé (La Conférence de la
Paix à la Haye) 1907 — Lee Déléguée, Biographie» et Photo-
graphics. Rédigé par William 7. Stead. (Amsterdam — 1907
— Com abundantíssimos retratos e várias outras estampas em
photo-gravura).
b) — Le Parlement de VHumanité (La Conférence de la Paix
à la Haye 1907). Supplément (Amsterdam — 1907 — Com muitos
retratos).
c) — Souvenir de la Fête on^ganieée par la ViUe de Rotterdam
en rhonneur dês Memores de la 2* Conférence de la Paix — Le
26 Juillet 1907. (S. 1. — 1907 — Com muitas photo-gravuras',
e dois mappas am fls. dssdobraveis).
d) — Scénario du Pae de rArbre d*Or par le B^** A, van
Zuylen van Nyevélt van de Haar. Fêtee inatigurale$ de$ porte de
Bruges 24-28 JiiUlet 1907. (Bruges — 1907 — Com interessan-
tíssimas estampas).
e) — Bracke Doelen Hotd à Amsterdam. — Un Cabinet à
travei*s les sièclee par Eduard Van Biema. (S. 1. n. d. -— Opús-
culo que sahiu a lume com luxuosas illustraçSes, e que nXo foi
destinado a vendas).
Como remate de tfto importantes dadivas, accresce (como já
informei) a oollecçSo muito curiosa, rauitissimo interessante, das
variadas peças concernentes ao expediente da Conferencia e
aos diversoss festejos que lhe andaram annexos, — peças que
na Bibliotheca fíoarXo agrupadas convenientemente. D'entre essas
peças destaca-se, pela sua execução mui formosa, uma enorme
photo-gravura publicada em Londres por Barcley Brothers no
anno 1907.
Essa primorosa photo-gravura, em que se representam agru-
pados os Membros da Conferencia, vem acompanhada por folha
aparte (De^xiènie Conférence de la Paix à la Haye 1907), —
schema lithographado em que se indicam typographicamente
os nomes dos Conferentes (entre os quaes figuram, pela parte
de Portugal, o Marquez de Soveral, o Conde de Sélir, Alberto
de Oliveira, Thomas António Garcia Rosado, Ivens Ferraz,
F. Quintella de Sampaio, Carlos Rangel de Sampaio, e Luiz
Henriques de Lancastre).
No mesmo dia em que o Sr. Carlos Rangel de Sampaio
896 BOLETIM DÁS BIBLIOTneCAd
brindou com a medalha de prata, qae mencionada fica, o Masea
Numismático da Bibliotheoa Nacional, também o Sr. Dr. José
Leite de Vasconcellos lhe fez amaTel e generosa offerta de ama
medalha de barro vermelho, que elle de sen bolsinho oomproa
em Lamego durante a digressfto que realisou de mez e meio,
nas provincias do norte, em serviço do Museu Etimológico
Fortuguez.
A medalha é elliptiforme e caprichosamente contornada ; na
parte superior tem um orificio 'para se dependurar por fita ao
peito dos fieis que em 8 de Septembro costumam concorrer á
célebre romaria do Sanctuario de Nossa Senhora dos Bemedios.
Recentemente moldada, a medalha incontra-se á venda por baixo
preço numa das lojas de Lamego.
Representa no anverso a estátua da padroeira de Lamego,
com a legenda N. s. dos reusdios. No reverso apresenta por
inscripção a palavra lamego subjacente ao brasko da velha ci-
dade lameconse.
No Vol. II á*As Cidadeê e ViUa$ da Monarchia Portuffiíeta
qitê tem brasão doarmos (Lisboa — 1860) diz (em pag. 8) o eru-
dito Ignacio de Vilhena Barbosa, referindo-se a Lamego :
cTem por brasSo d*armas um escudo coroado, e n'elle em
campo azul um castelio de prata com três torres sobre campo
negro. Ao lado está uma arvore com pomos, que dizem cha-
mar-se Lamegueiro; e na parte superior do escudo tem de um
lado o sol, de oiro, e do outro a lua, de prata».
Com esta descripçSk) combina o escudo moldado na medalha
' de barro que deixo mencionada.
Do c Lamegueiro» diz o Padre D. Raphael Bluteau no sen
Vocabulário Portugxiez & Latino :
c Arvore que se dá em algumas partes da Beira. Tem a
folha como a do Limoeiro verde escura, & essa tesa, & áspera,
com quatro ou cinco bicos cada folha; nSo cahe no Inverno. Dá
algum género de flores, mas sem fruto».
Como se vê, Bluteau nfto attribue fructo ao Lamegueiro;
mas no bras&o lamecense figura elle carregado de pomos.
Voltando ainda ao Sr. Dr. Leite de Vasconcelhos, direi que
nos offereceu egualmente, com destino á «Camoniana» da Bi*
bliotheea Nacional e com dedicatória autographa, três frag-
mentos por elle recortados nos N.^" 1:066, 1:076, e 1:082, do
jornal Noticias de Lisboa, (N.*^' correspondentes a 31 de Julho,
12 de Agosto, e 20 de Agosto de 19Q8).
E ÁRCHIV08 NÁCIONABâ 337
Nesses ires fragmentos incontram-se os ires artigos que o
Sr. Dr. Vasconcellos alli publicou, subordinados ao titulo geral
— O plano doê Lunadas.
O Sr. Prof. Augusto Epiphanio da Silva Dias, álêm de
▼arios jornaes que nos offertou colhidos na sua recente digressSo
pela Catalunha, por Itália, por Malta e por Tunis, trouxe-me
em lingua raalteza o seguinte almanaque, litterariamente muito
curioso e abundante em prodacçSes poéticas:
Pronoêteti MaUi — AlmarMCc ia Media u Ghaudex Qhas-Sena
1909. (Malta— 1908).
O Sr. Dr. Arthur Lamas favorecen-nos com dois exemplares
da seguinte memoria:
Arihur Lamas — Uma medalha de Fr. D. Anionio Manoel
de Vilhena ChBo-Meeire Poriuguie da Ordem de S. João de
Jerusalém inédita no livro de Furse — Da eoU-ecção organizada
por José Lamas. (Lisboa — 1908 — Com a reproducçSo fac-si- •
mile do anverso e do reverso).
O Sr. Prof. Sertório do Monte Pereira, incansável nas suas
dadivas á Bibliotheca Kvcional, inviou-nos duas dissertações
inauguraes, apresentadas no Instituto de Agronomia e Vete-
rinária por aluranos doesse estabelecimento :
1.* — Breve esiudo sobre adubos do irigo Por Fer-
nand-o de ^ani'Anna da Lança Cordeiro (Lisboa — 1908).
2.' — Algumas palavras acerca da raiva Por Luiz
Filippe Nunes (Lisboa — 1908).
Do Sr. Gabriel Victor do Monte Pereira tive o gosto de
receber :
O Museu Archeologico do Carmo por Oabriel Pereira. (Lis-
boa-^ 1900 — Com duas zinco gravuras de Pires Marinho, re-
producçKo fac-simile de gravuras antigas em que se representa
o velho convento carmelitano).
O Sr. José António Moniz ojOTereceu :
Rei D. Carlos o mariyrisado (Lisboa-^ 1908 — Opúsculo do
Sr. José Duarte Ramalho OrtigSo, com o retrato do monarcha
em. photo-gravura).
O Sr. Luiz Ripado inviou-nos um livrinho de versos, es*
338 BOLBTtM DAS BlBUOirHKCAS
eripto por sea mallogrado inn2o que^ vicUma da tuberculose
na aurora da juventude, nSo chegou a vêl-os publicados :
Jnlio Baptuia Ripado — Oê meus versos. Com prefacio dé
D. João da Camará. (Lisboa — 1908).
O Sr. Martinho Augusto Ferreira da Fonseca possuía na sua
collecçSo de papeis curiosos e preciosos uma poesia autogra|Aa
do fallecído Ânthero.do Quental, por este dedicada ao glorioso
Alexandre Herculano em 1861, — poesia que trás por titulo cAs
Campas i e é toda conatituida por versos brancos.
Ora o f Numero especial» que a lUustraçSo Portugueza pu>
blicou, pelo Natal de 1907, deu-nos a lume esea producçSo poé-
tica, immoldurada graciosamente por desenhos allegoricos.
E tanto dos desenhos, como da composição métrica, se fes
em 2õ exemplares uma elegante c separata». D'es8es exemplares
nos foi recentemente ofFerecido o N.^ 16.
A c separata» diz assim na pagina frontispicial : — Uma poesia
inédita de Anthero de Quental.
Ao mesmo Sr. Ferreira da Fonseca devo também a offerta
de cinco espécies destinadas ao nosso c Álbum» de ex-libris.
Nesse c Álbum» tomará logar outrosim o picturesco 6a;-2í(rú
que para seu uso mandou gravar em Paris o Sr. Henrique de
Campos Ferreira Lima, — ex-libris muito elegante e muito for-
moso que faz lembrar as madrigalescas decorações do século
XVIII.
Pelo Sr. Dr. António Augusto da Rocha Peixoto, erudito
Director da Real Bibliotheea Pública Municipal do Porto, me
foi também offerecida uma prova do carimbo exlibiis, que elle
mandou executar para distinctivo das espécies biblíacas perten-
centes á sua livraria particular, — carimbo em que se lêem
caprichosa e artisticamente dispostas as lettras do appellido
«Peixoto».
Menção egualmente me cumpre fazer do conceituoso ex-libris
que o Sr. SebastiSo da Silva Leal adoptou para com elle au-
thenticar os livros de sua propriedade. Aqui lhe agaadeço o
exemplar com que doesse ex libris elle obsequiou, a pedido meu,
a Bibliotheea Nacional.
B ABCHIVOS NACIONAES 339
Do mesmo Sr. Silva Leal recebeu a Bibliotheca o Exemplar
N.® 30 (pertencente a uma edição de cincoenta exemplares
numerados que não intraram no commercio) do seguinte fo-
lheto :
SUva Leal — Um verso dos tLusiadasit. (Lisboa — 1908).
Neste seu opúsculo o auctor discute e critica o 6.^ verso da
estancia 21.* do Canto ix, verso que tantas interpretações tem
suscitado e tantas hypotheses aos commentadores da epopéa
camoniana.
A «Sociedade Nacional Camoneana» fundada no Porto aos
10 de Junho de 1880 (por commemoraçfto tricentenária do fal-
lecimento de Luiz de Camões) publicou modernamente, numa
ediçilo de cem exemplares, a
Sessão de 10 de Junho de 1908. (Porto — 1908).
Nessa publicação, de que nos vieram offerecidos dois exem-
plares pelo Sr. António Moreira Cabral (desveladissimo Secre-
tario da Sociedade), figuram as seguintes espécies litt«rarias:
a) — «Discurso do Sr. Conde de Samodàes, Presidente».
b) — a Soneto de CamSes» lido na sessão pelo Sr. Joaquim
de Vasconcellos. (É aquelle que assim começa: — «Quanta in-
certa esperança! quanto engano !» etc).
c) — «Canção xi de Luis de CamSes» («Vinde cá, meu tão
certo secretariei etc ), segundo a revisão critica da Sra. D. Ca-
rolina Michaelis de Vasconcellos.
d) — «Propriedades do Amor. Capitulo de Luis de CamSes»,
(Trecho da Egloga ii).
e) — «A Livraria de um admirador de Camões». Noticia por
Joaquim de Vasconcellos. (O admirador, a que se refere a no-
ticia, é o Sr. António Moreira Cabral, um dos mais enthusias-
ticos camonianistas do Porto).
f) — «O brilho de Camões». Soneto por A. F. de Araújo
e Silva.
g) — «Sonho de Camões». Soneto por José de Azeredo.
h) — «Nosso culto a Luiz de Camões». Décima por A. Mo-
reira Cabral.
i) — «O Livro da Pátria». Reflexões em prosa por José Dias
de Castro.
O Sr. Xavier de Carvalho, Secretario- Geral da «Société
des Études Portugaises», publicou modernamente em Paris
(uliás estampado na Bélgica) um formoso livro de suas pro-
340 fiOLETnf DAS BIBU0THECA8
dacçSes poéticas, e doesse livro nos remetten por offerta um
exemplar :
Xavier de Carvalho — Poesia humana. (Nivelles (BelgiqUe)
— 1908).
Abrange a obra quatro secç^s: — cTodas as Almas»;
cTodas as Gammast ; cTodas as Cores» ; e cApotheose Ca-
moneana».
Ka derradeira secçio comprehendem-se nove composiçSes
que se intitulam
cA Renascença»
fNos Paços da Ribeira»
cNathercia»
ff O Episodio de Ignez»
ffO Adamastor»
«Ilha dos Amores»
«Longe da Pátria»
cO Jau»
cOs Lusiadas».
Cada uma d'essas nove peças é constituída por um soneto,
com excepção da primeira, em cuja formaçAo entram quatro
sextilhas de versos alexandrinos.
Do Sr. Dr. António Augusto da Rocha Peixoto, sempre
amável e obsequiador para com a Bibliotheca Nacional de Lis-
boa, já neste Relatório falei apropósito do seu ex-libris. E agora
torno d'elle a occupar-me, citando por elle escriptas quatro me-*
moridis summamente valiosas, e originariamente publicadas no
Tom. II da interessantíssima revista Portvgalia, — revista que
rivaliza coro o que ha de melhor nos outros paizes.
De todas as quatro memorias nos inviou elle um exemplar.
E são ellas as seguintes :
!,• — O traje serrano — (Norte de Portugal). (Porto — 1907
— Com 55 ilIustraçSes).
2.* — Os cataventos. (Porto — 1907 — Com 46 ilIustraçSos).
3.* — As filigranas. (Porto — 1908 — Com 53 ilIustraçSes).
4.^ — Noticia acerca das explorações archeologicaê da Civi-
dade de Terroso e do Castro de Laundos no Concelho da Povoa
de Varzim (1906-1907). (Porto — 1908 — Com 8 photo-gravu-
ras, entre ellas 5 retratos).
O Sr. Dr. Sérgio de Castro offereceu-nos :
Sérgio de Castro — Dietaduras e Dictador — Discurso pro-
È AttÒHlVOS t^AClOUABd â4Í
&^B«jka^BaHU
nunciado na Camará doa Senhores Dentados nas sessdes dt 28
e29 de Julho de 1908. (Lisboa— 1908).
Offerecidos pelo auctor, apparecerain-nos dois exemplares dos
Ensaios de Orotéctoniea — Evoluçõio geral dos systhemas de
plicaturas no continente europeu por Alfredo Augusto d* Oliveira
Machado e Costa (Lisboa — 1908 — Cora dois mappas, o da Eu-
ropa e o de Portugal).
A cDirecçfto Geral dos Trabalhos Qeodesicos e Topogra*
phicosf inviou-nos da Carta de Portugal, que na escala de 1
para 50:000 está publicando polyohromicamente lithographada,
a Fl. N,^ 14^C (Leiria e territórios circumvizinhos).
Da Carta Chorographica dos limites de Portugal, publicada
pela respectiva Commissfto na escala métrica de 1 para 50:000,
recebeuse a Fl. N.^ 2, que (em continuaçfto da FL N,^ 1 an-
tecedentemente offerecida) abrange a secçSo oriental da fronteira
luBO-hespanhola determinada pelo rio Minho.
Pela referida Commissfto nos foi outrosim oíFerecido o se-
guinte brinde estimabilissimo :
Commissdio Intemaciotial de Limites entre Portugal e Hes-
panha — Planta do Rio Minho desde sua foz afé a confluência
do Rio Troncoso, Levantada na escala de n-^prp^ pelos officiaes
d,uOO
em serviço na Commissão Major de Estado Maior, Gaspar An-
tónio d* Azevedo Meira, e Commandante de Estado Maior, D, Mi-
guel Corrêa. Em cumprimento e para a execução do Tratado de
29 de Septembro de 1864 e anexo, segundo as insti^ucçZes dos
Commissarios General de Divisão, Sebastião Lopes de Ca-
Iheiros e Menezes, e Coronel de Estado Maior, D. Ignacio Sa-
Unas, 1898. .
Constituem esta obra 63 fls. de larguíssimas dimensões, in-
cluídas na conta a fl. do ante-rosto, a do rosto, e a dos signaes
convencionalmente adoptados.
A c Commissfto da Secçfto Portuguesa na ExposiçSo Nacional
do Rio de Janeiro de 1908» mandou imprimir luxuosamente
uma obra, adornada com photo-gravuras e mappas chromo-
lithographados, — obra que se intitula Notas ssbre Portugal, e da
qual se acha publicado já o Vol. i (Lisboa — 1908).
342 BOLETIM DAS BIBLIOTHECAS
Doesse Vol. i nos remetteu a CommissSo dois exemplares.
E contêm elle os seguintes trabalhos:
I — cAdvertencia preliminar» por Ánt(>nio Teixeira Júdice.
II — «IntroducçXo geographica», por Silva Telles.
III — «Anthropologia portuguesa», por Arthur da Fonseca
Cardoso.
IV — cFormas da vida communalista em Portugal i, por An-
tónio Augusto da Rocha Peixoto.
V — ((Azeite, óleos e condimentos «, por Ramiro Larcher
Marçal.
VI — <A producçSo agricola» por Sertório do Monte Pereira.
VII — cA industria leiteira», por Joaquim de Assampçfto
Rasteiro.
Vni — «Breve noticia sobre alguns materiaes de construcçSo
nfto metallicos, nacionaes», por José da Paixfto Castanheira das
Neves.
IX — «Correios», pelo Conselheiro Paulo Benjamim Cabral.
X — «Telegraphos» pelo Conselheiro Paulo Benjamim Cabral.
XI — «Geodesia», por Fernando Carlos Costa.
XII — «Jazigos de minérios», por Manoel Roldan.
XIII — «Nascentes thermo-mineraes de Portugal», por An*
tonio Maria da Silva.
XIV — «As pescas em Portugal — As salinas», por Vicente
de Moura Coutinho Almeida de''Eça.
XV — «A aquicultura em Portugal», por Augusto Nobre.
XVI — «A silvicultura em Portugal», por Joaquim Ferreira
Borges.
XVII — «A producçfto vinicola», por Sertório do Monte
Pereira.
XVIII — «A olivicultura em Portugal», por Ramiro Larcher
Marçal.
XIX — «A evolução da industria portuguesa», pelo Con-
selheiro J. de Oliveira Simões.
XX — «Madeira e Porto Santo», por JoSo da Motta Prego.
XXI — «O archipelago dos Açores», por JoXo Viegas Paula
Nogueira.
XXII — «Associações agrícolas», por D. Luis de Castro.
XXIII — «Industria pecuária», por Jofto Tierno.
XXIV — «O ensino primário em Portugal», pelo Dr. Alves
dos Santos.
XXV — «A instrucç&o secundaria em Portugal» , pelo Dr. José
Maria Rodrigues.
£ ARCRIV08 KACIONAES 343
XXVI — tO Curso Superior de Letras e os cursos de ha-
bilitação para o magistério secundário», por Francisco Adolfo
Coelho.
XXVII — «O ensino medico», por Bello de Moraes.
XXVIII — «Ensino industriai e commercial», por Carlos
Adolfo Marques Leitão.
XXIX — cO ensino das artes plásticas em Portugal», por
D. José Pessanha.
XXX — cA medicina em Portugal», por Bello de Moraes.
XXXI — cA cirurgia em Portugal», por José Qentil.
XXXII — c Assistência publica e hospitalização», pelo Con-
selheiro Curry Cabral.
XXXIII — ff Saúde publica», pelo Conselheiro Guilherme
José Ennes.
XXXIV — «Prophylaxia em Portugal das doenças infecto-
contagiosas», pelo Conselheiro Guilherme José Ennes.
XXXV — «Os alienados em Portugal», por Júlio de Mattos.
XXXVI — fA luta contra a tuberculose», por D. António
Maria de Lencastre.
XXXVII — «Evolução da engenharia civil em Portugal»,
por A. Luciano de Carvalho.
XXXVIII — «Navegação exterior», pelo Conselheiro Adolfo
Loureiro.
XXXIX — «Caminhos de ferro», pelo Conselheiro Fer-
nando de Sousa.
XL — «Viação ordinária», pelo Conselheiro João da Costa
Couraça.
XLI — «Edifícios públicos», por A. Luciano de Carvalho.
Da «Assistência Nacional aos Tuberculosos» — caritativo
instituto fundado, patrocinado, e presidido por Sua Majestade
a Rainha Senhora Dona Maria Amélia, — tenho continuado a
receber o seu «boletim» Tuberculose.
E ultimamente nos brindou também, offerecendo-nos em três
•exemplares
The Fight against Tuberculosis in Portugal hy Dom António
Maria de Lancastre, (Lisbon — S. d. — 1908).
A «Companhia de Moçambique» inviou-nos dois exemplares
do seguinte folheto:
Tkê Rubber Induètry in the ierritories of Manica and Sofala
by W. H. Johnson. (London — 1908).
ã44 fiOtSl^íM DAS BibLiOTâECÁS
Do Ljcea Nacional de Setúbal recebeu-se:
Annuario do Lyceu Nacional de Setúbal — (7,* anno) — Anno
lectivo de IQOT-^IQOS. (Setúbal — 1908).
Por offerta do auctor, mencionarei agora:
Summario histórico sobre a Defeza de Portugal considerada
sob o ponto de vista da preparação da guerra — Primeira parte
(1640-1816) — Pelo Coronel do Estado Maior Alfredo Pereira
Taveira — Segunda ediçõio revista e augmentada. (Lisboa —
1906).
Summario histórico sobre a Defeza de Portugal considerada
sob o ponto de vista da preparação da guerra — Segunda parte
(1816^1906). (Lisboa — 1»05 — Em continuaçXo).
0 Sr. António Augusto do Amaral FrazXo inviou-nos o re-
trato do setubalense Jacob Frederico Torlades Pereira d' Al-
meida, cujo zelo e patriotismo durante a invasSo franceza (como
se declara na legenda que acompanha o referido retrato) lhe
grangeou ser agraciado com a Ordem de Christo por Decreto
de õ de Junho de 1810.
Elaboradas pelo Sr^ Dr. Francisco Marques de Sousa Vi-
terbo, e por elle offerecidas, archivei as quatro seguintes pu-
blicaçSes :
1 .• — Artes e industrias metallicas em Portugal — - Serra-
lheiros e ferreiros. (Coimbra — 1908).
2.* — Fr. João das Chagas ou Frey Juan de las Llagas.
(Coimbra — 1908).
3.* — Músicos do appdido Palácios. (S. 1. n. d.).
4.* — Três médicos poetas. (Lisboa — J 908).
Doesta memoria, que primeiro se estampou no «Arohivo
Histórico Portuguez», separadamente se fez uma ediçSo, limi-
tada a 21 exemplares numerados, d'entre os quaes pertenceu á
Bibliotheca Nacional o exemplar N.^ 13.
Os «três médicos poetas, são: — Domingos Pereira Braça-
mente, o Dr. JoSo Sucarello Claramonte, e o Dr. Fernando
Cardoso.
O Sr. Saul José Mário Jorge offereceu-nos de sua lavra :
Um Brado (poemeto anarchistaj. (Lisboa — 1908).
Este poemeto é constituído por versos alexandrinos impa-
relhados.
fi ÁKCmVOS KÁCIOtTAES 345
Pelo Sr. Rodrigo Beça, residente em Coimbra, veia-noB ' offe-
tecida esta publicação:
Rodrigo Beça — Intermezzo (Optis I), (Porto — 1908).
O Intermezzo abre por um prologo em prosa, no princípio
do qual se incontram estas palavras :
«O Intermezzo é uma colIecçAo de versos d'am6r.
«Nfto só amor da mulher, mas o amor das coisas, da lus,
•do ar, das gottas d'agua, das manhãs de primavera, das tardes
d'outono, dos humildes, dos pobres, de tudo que tenha um
aroma de Belleza ou um perfume de Bondade».
»
De Coimbra nos veiu também (offerta do Sr. Christovam
Ayres), por occasifto da visita de Sua Majestade El-Rei o Se-
nhor D. Manuel II iquella cidade, um exemplar do N.^ 45 do
Anno xxxvii da Correspondência de Coimbra (20 de Novembro
de 1908).
Constituído por 4 paginas (como costumam ser todos os
Números do mencionado periódico), destina-se exclusivamente
o N.® 45 nas suas três paginas primeiras a saudar o excelso
monarcha, do qual publica em photogravura dois retratos.
Subscrevendo os artigos (uns em prosa, e outros em verso)
figurara, além do offerente, o Dr. Costa Alemão, o Dr. António
de Vas^oncellos, o Conde de Monsaraz, o Conde de FelgueiraS|
o Cónego Dias de Andrade, Eugénio de Castro, João Corrêa
d'Oiiveira, A. F. Carneiro Pacheco, Manuel Massa, e Sousa
Gomes. Aos nomes d'estes onze collaboradores aocrescem ele-
gantemente, como perfumada grinalda, os nomes da Sr.* D. Amé-
lia Janny, da Sr.* Marqueza de Pomares, e da Sr*. D. Cândida
Ayres de Magalhães.
.0 Sr. Arthnr Dória inviou-nos de Vizeu, subscripta pelo seu
nome, a seguinte publicação:
Imposto de Sangue (Novdla social), (Famalicão — 1908).
Entram no livro 15 Capitules. E, em seguida ao respectivo
c Índice», diz o auctor:
c Apesar da concatenação da matéria exposta, cada capitulo
constituo um conto, integro, completo. Assim o leitor pôde cotf-
.tentar-se com este ou com aquelle, sem preoccupação de maior» •
Provenientes do Porto, já neste Relatório mencionei por
.dUas vezes offertas do Sr. Dr. António Augusto da Rocha Pei-
xoto. Mencionarei agora dadivas de outros offertantes.
?.• ANHO, N.» 4 8
$46 BOLKTIU DA6 &mLlOTH£CÁS
Assim, começarei por citar a firma commercial dos editores
Lemos & C* que continuam brindando a Bibliotheca Nacional
com a remessa de dois exemplares da Encydopedia Portugueza
Illxtstrada — Diccionario Universal publicado sob a direc^ de
Maximiano Lemos.
Ultimamente recebi eu d'esta ezcellente publicaçXo o Vol. x
que já attinge o final da letra U, e que prosegue justificando
08 elevados créditos de competência por que se distingue o
illustre Professor da Escola Medico- Cirúrgica do Porto.
O Sr. Alberto Velloso d' Araújo, distincto publicista da cidade
invicta, inviott-nos de sua lavra:
Duas conferencias — A Bedempçào dos Cegos — A Eaj>0'
siçSo internacional de MHão e o Simplon. (Santo Thyrso — 19(>3).
Ainda outra offerta, procedente do Porto, — um livro de que
nos vieram, por mercê do auctor, dois exemplares :
Oesar de Medina* — Debaixo das araucárias — (Scenas da
Vida do Prado). (Porto — 1908).
Diz no prologo o auctor:
€ Debaixo das araucárias é uma serie de estudos psycholo-
gicos sobre casamentos e as ideias geraes que perturbam o amor,
filho da natureza^ n^este século xx».
A cLiga d^InstrucçSo de Vianna do Casteilo» inviou-nos um
exemplar do conceituoso discurso que o Sr. João da Rocha
pronunciou na Avenida cLuiz de CamSes» por occasi&o de se
realizar naquella florescente cidade aos 2õ de Outubro do cor-
rente anno a commovente e suggestiva «festa das arvoresi:
João da Rocha — Homens e Arvores, (Vianna — 1908).
Do Funchal remetteu-nos a Typographia do «Diário de No-
ticias», num folheto elegantemente impresso, a
Resenha Chronologica do Jornalismo Madeirense. (Funchal
— 1908).
Nesse opúsculo, que muito interessa á fiibliographia, incon-
tra-se a «Resenha chronologica de todos osjornaes publicados
na Madeira com as datas dos seus primeiros e últimos números».
Dos Açores recebi por offerta do auctor
Alfredo César Macedo de Faria — A Reforma da PoUeia,
(Ponta-Delgada — 1908).
e ÁRCHIVOS KÁCI0KAK8 34?
o Sr. Philoteio Pereira d' Andrade inviou-nos de S. Thomé
de Salcete (índia Portugneza) quatro publicações:
1.' — Os Santos Martyres de Cuncolim. (Subsídios para a
historia da sua vida). Ordenados por Philoteio Pereira d* An-
drade. (MargSo — 1894).
2.* — 1497-98 — Centenário da índia — 1897-98 — Do-
cumentos hmkanis para a Historia de Goa por Philoteio Pereira
d' Andrade — I— (Bastorá — 1898).
3.* — Contribuirdes para a Bibliographia Indo'Poi*tugueza
por Ignacio Salvador Leonardo Dias — Fasciculo I. (Bastorá
— 1899).
4.* — Estudos histórico archeologicos por PhUoteio Pereira
d' Andrade. (Bastorá— 1901).
0 Sr. Francisco Ribeiro da Cunha adquiriu no espolio do
fallecido' Rodrigo Vicente de Almeida, que durante muitos annos
exerceu com louvável competência e louvável zelo as fimcçSes
de Official da Bibliotheca Real da Ajuda, um manuscripto me-
recedor de toda a estima, como de toda a estima era merecedor
quem o elaborou.
Doesse manuscripto, agora intregne aos prelos, inviou nos o
Sr. Cunha um exemplar impresso:
A Cruz de Villa Viçosa — Monographia histórica redigida á
vista de documentos inéditos existentes na Bibliotheca Real da
Ajuda pelo Official da mesma Bibliotheca Rodrigo Vicente d' Al-
meida. (Lisboa — 1908).
A monographia — ornamentada com o retrato do prestimoso
anctor (bellissimo retrato em que fielmente transluz a bondade
insinuante e amoravel por que se recommendava o finado bi-
bliothecario) — offerece por illustraçoes também duas gravuras
representativas da Cruz (vista pela sua face anterior e pela face
posterior). E vem acompanhada a monographia por uma «Adver-
tenciao do benemérito editor, em que se dá justa noticia das
excellentes qualidades que todos reconheciam no saudoso Rodrigo
Vicenjte d* Almeida.
Pelo Sr. Coronel JoSlo Maria Jalles fui brindado com três
espécies em accrescentamento das muitas outras que nos tem
oflFerecido. Aqui menciono agora as três que recebi :
1 .* — Breves estudos sobre Balistica Exterior redigidos par
João Pereira Mousinho de Albuquerque, (Lisboa — 1890).
2.* — Xavier Machado — Critério do Soldade sobre a táctica
â48 BOLETIM DAS BIBLlOTHECAâ
raciocinada t êua incidência natural na e9(ructura deu unidades.
(Lisboa — 1894).
3.' — Ligeiraê considerardes sobre o futuro dos i.** sargentos
de artilharia e engenharia e alguns alvitres para a reorganizaçUo
do respectivo quadro por José MarceUino Carrilho. (Lisboa —
1897).
Os Srs. José Pinto de Sousa LelIo d IrmSo, li\rreiro8-edi-
tores que no Porto concorrem desveladamente para que a sua
profissão mais e mais se ingrandeça e cada vez mais se nobilite^
offereceram-nos por brinde um exemplar do seguinte romance
dado por elles ao prelo.
OoeUio Netto — Esphinge. (Porto — 1908 — Com o retrato
do anctor).
Por intermédio da Secretaria do Ministério dos Negócios
Estrangeiros inviou-nos a LegaçSo de Portugal em Madrid um
exemplar de
Los JSitios de Zaragoza ante d Derecho internacional por
2>. Migud Allué Salvador — Con vários fotograbados y un plano
.de la ciudad en aqiieUa época. (Zaragoza — 1908).
O exemplar veíu-nos o£ferecido pelo auctor do livro, em
cujo texto se fazem rasgadamente elogios ao valor e ao brio dos
soldados portuguezes.
De Hespanha recebi também^ offerecida peio seu auctor, a
seguinte obra:
El dos de Mayo de 1808 cn Madrid — Eelacián histórica do-
cumentada mandada publicar de orden dei Excmo, SeOnr Conde
de P^alver, Alcaide Presidente de su Excmo. Ayuntamiento, y
por acuerdo de la Comisión Organizadora dd Primer Cfsntenario
de su gloí^sa efeméride y escrito por Don Juan Pérez de Chízmán
y Oallo. (Madrid — 1908).
^ A obra apresenta-se adornada com muitos retratos, várias
outras estampas, e algumas folhas de reproducç&o fac-simile.
Seu auctor é Académico da Real Academia da Historia.
Ainda de Hespanha :
Discursos leídos ante la Real Academia Gallega en la re-
.cqpción pMica dd Sehor D. Manuel Diez Sanjurjo verificada en
la ciudad de Orense ' d dia 20 de Junio de 1908. (La Coru&a
.— 1908).
« I
K AKCHIVOS NACI0KAB8 349^
Dois discursos abrange esse opascalo, que por seus auctores
nos foi offertado : — o discurso do recipiendario D. Manuel Diez
Sanjnrjo «sobre el tema Epílogo de la Historia dei fuero de Al-'
larizt ; e aquelle que em resposta pronuncion D. Francisco
Tettamancy.
Pelo erudito Director da Real Bibliotheca Nacional Central
de Florença veiu-nos offerecido um exemplar da seguinte publi-
caçlUi, commemorativa do tricentenário natalicio de Evangelista
Torricelli :
Djíe insigni avtografi di Galileo Galilei e di Evangelista Tor-
ricelli m A facsimiU dagli originali deUa Biblioteca Nasdonale
Cèntrale di Firenze • Omaggio deUa Biblioteca ai Secondo Con-*
gresso deUa Società Italina per il Progresso deUe Scienze * Fi^
reme # NelVOttobre dd MCMVIIL (Firenze — 1908).
O fac-simile dos dois autographos (um de Galileu, e o outro
de Torricelli) vem precedido pela reproducçKo de gravura an-
tiga, em que se incontra representado o retrato do insigne sabia,
a cnja memoria prestou tal tributo de veneraçfto a Bibliotheca
úe Florença.
Ao Sr. Professor Pedro Carducci Teisser devo o favor do
Fascículo xviii do Anno vui da GaUería Biográfica Interna-
zionaU (Roma — Settembre 1908).
Nesse fasciculo vem redigida pelo editor e director da pu-
blicaçlo (o referido Professor Teisser) um artigo biographíco
icêrca do nosso actual monarcha, artigo acompanhado pelo re.-
trato do soberano (em gravnra de madeira).
O artigo intitula-se — «S. M. Don Manoel ii Re di Por-
togallo».
O Sr. Commendador Carlos Padiglione (Bibliothecario da Bi-
bliotheca Nacional de Nápoles) offerecen-nos :
Dd Orandato di Spagna — Nota dd Oomm. Cario NobíU
Padiglione. (Napoli — 1908).
De Nápoles nos enviou também o Sr. Commendador António
Padula duas prodncç5es de sua lavra:
1.* — Prof, António Padula — Camoens e Teófilo Braga —
(Estratto ddla tRassegna Italiana»). (Napoli — 1908).
Constituo essa publicação um estudo critico.
2." — Del poema mI Lusiadià di Camoens due opuscoli -^
850 BOLETIM DA8 BIBLIOTHKCAS
Traduzione in verso italiano di António Padvla). (Napoli —
1908 — EdiçSlo de cem exemplares qne dSo entram no com-
mercio).
Os dois cepisodiosf , em cuja tradueçlio o Sr. Padala apro-
yeítou versos d^aquelia que em tempos publicou o Sr. Prospero
Peragallo (Due Ejfisodi dd poema 1 Lusiadi di Camões
coUa traduzione in verso italiano per Prospero Peragallo —
Génova, 1904), sSo o da «Batalha do Saladoí e o da cLinda
Ignez».
Lettres inédites de M,^ de Stael à Henri Meister pubUéespar
MM. Paul Usteri et Eugene Ritter — Deuxième édition.
(Coulommiers — 1904).
Vem adornado o volume com o fac-simile de um formoso
medalhão em que se acha representada a effigie de Henrique
Meister; e o exemplar, qne recebi, foi- me gentilmente offerecido
pelo Sr. Eugénio Ritter, Professor na Faculdade de Lettras em
Genebra.
A Bibliotheca Nacional do Rio-de-Janeiro inviou-nos, em ser-
serviço das «Permutas Interuacionaes», septe espécies:
1 .* — Arihur Dias — // Brasile atfuale — Infomiazioni Geo-
grajiche, Politiche e Commerciali. Impressioni di Viaggio, Dati
e Descrizioni delle Principiai Ciità Brasiliane, Uomini e cose di
attualità, Statisticke e Prospeiti Orafici. (Nivelle — Belgio —
1907 — Com retratos nnmerosos, e varias outras estampas, em
photo-gravura).
2.* — O Brasil. Siuu riquezas naturaes. Suas industrias —
Vol, L Introducçao — Industiia extractiva. (Rio de Janeiro —
1907 — Publicação do «Centro Industrial do Brasil»).
3." — F. A. Pereira da Costa — João Fernandes Vieira 4
luz da histoiia e da critica. (Recife — 1907).
4.* — Remijio de Bellido — Catalogo dos Jomaes Paraenses.
1822^1908. (Pará — 1908).
5.* — Ministério da Marinha — Relatório apresentado ao
Presidente da Republica dos Estados Unidos do Brasil pelo
Vice- Almirante graduado Alexandrino Faria de Alencar, Mi-
nistro de Estado dos Negocias da Marinha, em Abril de 1908.
(Rio de Janeiro — 1908).
6.* — Ministério da Marinha — Annexo ao Relatório apre-
sentado ao Presidente da Republica dos Estados Unidos do
Brasil pelo Vice-Almirant-e graduado Alexandrino Faria de
£ ARGMIV08 NACI0NÁC8 351
Alencar, MinUtro de Êitado do$ Negócios da Marinha^ em Abril
de 1908. (Rio de Janeiro— 1908).
T.^ — Imprenêa Nacional (Officina official) ISOS-^lOOS —
Apontamentos histoiHcos por Oliveira BeUo redactor do Diário
Official, (Rio de Janeiro — 1908 — Com retratOB e outras es-
tampas).
Entre os retratoSi com que esta última obra se apresenta
illustrada, figura o de El-Rei D. Jofto VI.
O clnstituto Histórico e Geographico Brazileiro» remetteu-me
em continuaçlo de suas obsequiosas offertas :
Bevista do Instituto Histórico e Geographico BrazUeiro fun-
dada no Bio de Janeiro em 1838 — Tomo consagrado á Ex*
posição Commemoratíva do Primeiro Centenário da Imprensa
Periódica no BrazU promovida pelo mesmo Instituto — 1908.
(Rio de Janeiro — 1908).
Abrange em volumes separados duas «Partes» interessan-
tíssimas.
A Parte I contêm c Génese e progressos da imprensa pe-
riódica no Brazil». Vem adornada com o retrato do Príncipe
Regente D. João (que era 1816 ascendeu ao throno sob o nome
de D. JoSo VI), o retrato do Conde de Linhares (D. Rodrigo
Domingos António de Sousa Coutinho), e a reproducçSo fac-
simile da primeira pagina de vários periódicos a começar na
cGazeta do Rio de Janeiro» (que foi o primeiro jornal impresso
no Brasil, e cujo N.^ 1 sahiu á luz pública em 10 de Septembro
de 1808).
Da Parte II o Vol. i (que deve ter continuaç&o) abrange :
— «Annaes da Imprensa Periódica Brazileira. Estados do Ama-
zonas, Pará, Maranhão, Piauhy, Ceará, Rio Grande do Norte,
Parahyba, Pernambuco, Alagoas e Sergipe».
A substanciosa memoria («Génese e progressos da imprensa
periódica no Brazil»), que occupa da Parte I quasi toda a ex-
tensão, é escripta pelo Dr. Alfredo de Carvalho, e vem ante-
cedida por um anteloquio de Max Fleiuss.
O Vol. I da Parte II incorra, com respeito a jornaes, re-
vistas, e outras publicações periódicas: — o Catalogo do Estado
do Amazonas, por João Baptista de Faria e Souza; o do Pará,
pelo Dr. Manoel de Mello Cardozo Barata; o .do Maranhão,
pelo Dr. Augusto Olympio Viveiros de Castro ; o do Piauhy,
pelo Dr. Abdias Neves; o do Ceará, pelo Barão de Studart;
o do Rio Grande do Norte, pelo Dr. Luiz Fernandes; o da
362 BOLETIM DÁS BIBLIOTHECAS
Parahyba pelo Dr. Diógenes Caldas ; o de Pemambaoo, pelo
Dr. Alfredo de Carvalho; o de Âlagdas, pelo Dr. Joaquim
Thomaz Pereira Diegues; e o de Sergipe, pelo Desimbargador
Manoel Armindo Cordeiro Guaraná.
O Sr. Paulo Orosimbo de Azevedo, Coronel brasileiro e Di-
rector dos Correios do Estado de S. Paulo, presenteou-nos com
a seguinte obra : > •
Paulo Orosimbo — Ry^ertorio êynúuiico da Legislação Postal
BraeOeira. (SXo Paulo— 1908).
De Montevideu chegou-nos offerecida a
Rdaeión Oficial dd Primer Congreso Intemaeional de E^
ttídiantes Americanos celebrado en Montevideo de 26 de Enero
4 2 de Febrero de 1908. (Montevideo — 1908).
É um grosso volume, adornado com muitos retratos e vistas
em pfaoto-gravura ; e foi a « Asociación de los Estudiantea de
Montevideo» que tal offerta nos inviou. Constituo parte inte-
grante da Evolución («Revista mensual de Ciências j Letras»)
nos seus N.""* 21 a 24 do Anno III (Março a Junho de 1908).
Do México me provieram, por dadiva de seu illustre auctor,
as três publicações que passo a mencionar :
1.' — Dorada Nébtda (Faz de Amor) — Monólogo original
y en verso de Ramón N, Franco, (México — 1907).
2.* — Pictóricas. Poesias de Ramón N. Franco (dd Ateneo
Mexicano) — i.* Edición. (México — 1907 — Na capa da bro-
chura, 1908).
3.^ — Lampos de Almas. Idilio en diálogo oiHginal y en
verso de Ramón N. Franco. (México — 1908).
Todas as três producçSes se publicaram acompanhadas pelo
retrato do auctor.
Inviado pelo Sr. D. Jesus Velázquez, Director da Biblio-
theca Nacional de Honduras, recebi, em serviço das c Permutas
Internacionaes', um volume:
Honduras — Descripción hutorica, geográfica y estadística de
esta república de la America Central poi* E. O. Sguier —
Edición corregida y anotada por J. M. C. (Tegucigalpa) —
1908).
E do Instituto Smithsoniano que direi ? que prosegue infa-
E ARCHIVOS NACIOKAES d53
tigavelmente generoso a locupletar nossas estantes oom profiiôSo
indescriptivel de preciosos livros, oificialmente publicados nos
E&tadoB Unidos da America, sobre assumptos variadissimos.
Esta lista das principaes ofiFertas que a Bibliotheca Nacional
de Lisboa recebeu no derradeiro quartel de 1908^ vou termi-
nál-a archivando com muito agradecimento os nomes ie dois
illustres doadores: — o Sr. José Augusto Celestino Soares, dis-
tincto official da nossa marinha-de-guerra ; e o Sr. Francisco
Júlio BorgeS; distincto agrónomo e distincto publicista.
O Sr. CapitSo-de-Fragata José Augusto Celestino Soares,
cujo nome já por mais de uma vez tem honrado as paginas
doestes meus Relatórios, veiu hontem oíFerecer-me por brinde,
com destino á secção dos nossos manuacriptos, a seguinte espé-
cie muitíssimo recommendavel :
Plano Da Organização do Exercito de 8ua Mageêiade Em
tempo de Páz, e de Guerra: E De hum Systema para o Extc^
heUcimento de huma Caixa Militar, em tempo de Páz; Oonsiàr
tindo em 17 Mefinorias. Off&reddo a Sua AUeza Real O Princepe
do Brazil. Anno de 1792. Pelo Conde d' Oeyi^hausen*
Manuscripto in-folio, primorosamente calligraphado e ador-
nado com formosos mappas deaguarella mui delicada, executados
pelo illustrado ingenheiro Pedro Celestino (avô paterno de quem
este códice me veiu amavelmente ofiFerecer).
Pedro Celestino (como elle subscreve nos mappas o seu
nome) ou Pedro Celestino Soares (como realmente era o seu
nome por extenso) foi o tronco de uma djnastia scientifico-
litteraria que ainda hoje tem florescentissimos representantes,
— djrnastia em que nSo escassearam professores, marinheiros,
militares, litteratos.
Finalmente hoje, 31 de Dezembro de 1908, o Sr. Júlio
Borges, erudito cultor das seiencias agronómicas, e funccionario
intelligentissimo que nos serviços dos Correios e Telegraphos
deixou recordaç8es indeléveis da sua prestimosa actividade e
do seu inexcedivel zelo pelo bem público, trouxe ao meu gabi-
nete as três seguintes publicações, todas merecedoras do mais
caloroso applauso :
1.* — Revista da Exposição Agrícola de Lisboa de 1884*
(lisboa— 1885).
354 B0L8T1M DAS B1BUOTHECA8
Nesta interessantíssima c revistai foi o Sr. Jnlio Borges um
dos mais enthnsiasticos e dos mais infatígaves redactores.
2.* — Exposição Agrícola de Lisboa em 1884 — RelaUnio
do Jury do Grupo VIII — Instrucção agrícola. (Lisboa — 188Õ).
O redactor d'este Relatório foi o Sr. Júlio Borges.
3.' — Questdes de administração publica — LA reorgani-
sação dos serviços telegrapho-postaes de 1 de dezembro de 1892
no quadro das reducçdes das despezas do Estado, Por F. JuUo
Borges, (Lisboa — 1893).
Falei das offertas ; falarei agora das principaes acquisiçSes
por compra, com que durante o derradeiro quartel de 1908 ficou
ampliado o pecúlio da Bibliotheca Nacional.
£ entre essas merece especial mençUo, por sua particularís-
sima importância, aquella que passo em primeiro logar a es-
pecificar.
O Visconde de Álmeida-Garrett, que foi o apresentante e o
patrocinador de Francisco Gomes de Amorim nas lides da lit-
teratura portugueza, mimoseou em tempos este seu patrocinado
com a dadiva de dois volumes manuscriptos, — autograpkos
(em rascunho) d'aquelle insigne escriptor, gloria da nossa
pátria.
Esses dois volumes preciosos, que incorram producçSes iné-
ditas do egrégio Poeta, logrei eu a fortuna de adquirir, como
jóias de inestimável preço, para a secçíio dos nossos ma-
nuscriptos.
São dois volumes, constituidos por folhas de almasso do-
bradas in-4.®, e resguardados por pastas de meia-incaÂernaçio
que revela os moldes adoptados entre 1840 e 1850.
Um dos volumes incerra seis espécies, que sfto:
1.* — Ãtala, Dramma (incompleto). 1817,
Talhada em versos descasjllabos soltos, e antecedida por
uma «Prefação» em prosa («Prefação» que traz por data —
«Porto 16 d*Oatubro 1820), abrange esta composição (no ma-
E ÁHGHIVOS NACIONâIlS 355
nuscripto que adquiri) somente o Acto i e aB duas primeiras
Bcenas do Acto ii.
2.* — Lucrécia, Tragedia: Representada pda primeira vezem
Coimbra em de Fevereiro de 1819.
Composiçílo, toda em decasyllabos soltos, constituida por um
Prologo e cinco Actos.
3.' — Affonso d* Albuquerque. Tragedia em 6 actos. Porto —
Jtdho — 1819.
O manuscrípto abrange apenas^ precedidos por um cPrologoi
(em prosa), o Acto i (em decasyllabos soltos) e as três pri-
meiras scenas do Acto ii (egualmente em decasyllabos brancos).
Segue-se a isto o resumido esboço de uma projectada opera
sobre o mesmo assumpto.
4.' — Sophonisba. Tragedia. Começada no Porto — Agosto
— 1819.
O manuscripto contêm apenas o Acto i (em decasyllabos
soltos), antecedido por uma «Advertência» prefaciai (em prosa).
5.* — O Amor da Pátria. Elogio Dramático para sa festqar
<m Coimbra o nascimento da Princeza da Beira em de
1819.
Esta «Princeza da Beira» ^ Princeza da Beira e do Gram-
Pará — a que o Poeta se refere, foi a Senhora D. Maria da
Gloria, que nasceu no Rio de Janeiro aos 4 de Abril de
1819, e que em 1826 por abdicaçSo de seu pae (ElRei
D. Pedro IV) succedeu ao throno portuguez sob o nome de
D. Maria II.
Escripto em decasyllabos soltos (como era quasi constante
norma em producçSes do mesmo género), o mencionado «Elogio
Dramático» apresenta por interlocutores as cinco seguintes per-
sonagens :
D. Jofto II, Rei de Portugal
CaraSes
Affonso d'Albuquerque
D. Diniz, Rei de Portugal
Minerva.
E decorrem as scenas num templo dos Campos Elysios.
6.* — Manuscripto, em cuja pagina frontispicial poz o Poeta
os seguintes dizeres:
La lezione agli amanti
Opera bufa
356 BOLBTDf DAS BIBUOTHECAS
Da rapresentarêi nd
R. Theatro di. . .
Perêonaê q hablan en eUa
O 8nr. Manoel
A Sobred.^ Sra q faz anno8
Este ê€u criado
Cdro.
A êcena i onde fôr poêiivd.
Abrange a cópera» venos de quatro syllabas, de seis, e
de dez, alguns na língua italiana, mas quasi todos em por-'
tnguez.
O outro volume incerra abundantes trechos, truncados, de
um poema cujo texto completo (ou quasi completo) ee perdeu
afundado na barra do Douro em 1832, e ácêrca do qual dix
Oomes de Amorim no Tom. i (a pag. 320) do seu livro Garrett
— Memorias biographicae :
«Em Warwick começou um trabalho, que seria dos mais
notáveis da moderna litteratura portugueasa, se o tivesse con-
cluido, ou se nSlo se perdesse a maior parte do que estava feito.
Beiiro-me ao poema Magriço»,
Sobre o assumpto, eis o que diz a biographia anonyma de
Garrett, pnblicada com o retrato do biograpfaado no Tomo lU
do Universo Pittoresco (Lisboa — 1843-1844).
cChegou a Londres pelo meio do verfto de 1823: e o de-
sejo de profundar o estudo da língua, das leis, e da litteratura
Jngleza, o levaram a viver no campo. No bello condado de War-
wick residiu até quasi ao fim do inverno seguinte, estudando,
e escrevendo. Sabemos, pelo onvir da própria boca do author,
que neste pacifico retiro começou a delinear, e a colligir os roa-
teriaes de duas notáveis obras, que talvez seriam, se chegasse
a acaba-las, os seus mais distinctos titules litterarios. (Jma delias
já em parte é conhecida pela publicaç&o do i.^ tomo (que veiu
a imprimir-se em Londres em 1829) do Ti'actado da Edticação.
A outra era um poema de um género caprichoso entre o Or-
lando de ArioRto e o D. JoUo de Lord Byron ; e o seu titulo e
acção principal era o Magriço e os doze de Inglaterra; mas,
excêntrico e indeterminado na sua esfera, abraçava todas as
coisas antigas e modernas, e ora philosophava austeramente
fi 1RCHIV08 NACIOKAES 357
jiobre os desvarios deste mando, ora se ria com elles ; umas
vezes se remontava ás mais sublimes regiSes da poesia do
coraçSo ou do espirito ; outras descia a seus mais humildes valles
a colher uma flôr singela, a apanhar talvez ás bordas do ri-
beiro a pedrinha, que só era curiosa ou extravagante. Este
poema, de que por intervallos sabemos que o anthor se andou
oocupando até ao anno de 1832 (nove annos da sua vida), em
que tinha consignado as impressSes de suas variadas viagens,
e que era finalmente uma rica e immensa collecçSo de varia-
díssimos estylos poéticos, veiu a perecer, com muitos outros
trabalhos litterarios e scientifioos do author, na entrada da barra
do Porto com a perda de nm navio, que no fim desne anno
(1832) vinha dos Açores, e ahi metteram a pique as baterias
inimigaci. Grandes fragmentos d'aquello poema foram. vistos por
muitas pessoas de quem houvemos estas informaçSes. É uma
verdadeira perda para a litteratura portugueza, que dos vinte
e tantos cantos, que já estavam compostos, e que levavam o
heroe até ás portas da estacada de Smithfieid em Londres (onde
se pretende, que fora o combate dos doze), é pena, dizemos,
que nfto possa salvar alguns a reminiscência do author. Mas
temos-lhe ouvido protestar, que nunca mais poderia achar-se
nas diversas disposições de animo, em que estivera ao compor
aquelles variados cantos. Lamentámos que assim seja».
Na primeira pagina do códice que adquiri, escreveu Al-
meida-Garrett :
Magriço
Começado em Birmingham 1823
Continuado Londres 1831
Perd^ no Poíio 1832
Começado a restaurar em Paris 188^.
£, logo abaixo, põz Amorim a seguinte declaraçSo :
cA letra acima e toda a do presente manuscripto é do punho
do Auctor J. B. de Almeida Garrett, como se*pode ver compa-
rando-a com a da correspond.* que possuo do mesmo. F. Gomes
de Amorim».
A exactid&o do que fica affirmado pelo dilecto discipulo de
Garrett, relativamente á legitimidade do autographo, pode qual-
Jiuer também verificál-a confrontando a lettra com a reproducçio
ao-simile, que frequentes vezes tem apparecido a público, de
escripta garrettiana.
A sociedade que em Lisboa taplora a industria editora sob
358 B ARCHIVOS KACIOKÁes
o titalo cEmpresa da Historia de Portagal», den á laz em
1904 duas ediçSes (ornadas ambas com gravuras) das Obra$
eompletoê de Almeida Oarrett, — e de cada uma d'e8sa8 ediçóes
nos oflFerecen ella, a instancias minhas, um exemplar que figurou
na tExposiv^o Garrettiana! com que solemnisei em Desembro
du referido anno o quinquagenario do faliecimento do Poeta.
Nessas duas edições apparece por vez primeira publicado um
trecho de 28 versos (o trecho por que abre o poema de que
estou falando) : a esses 28 versos se reduz tudo quanto d' O
Magiiço ha divulgado.
Devo entretanto advertir que, na iicçlo do manuscripto por
mim agora adquirido para a Bíbliotheca Nacional, o trecho inicial
incorra 3õ decasyllabos.
Seguem-se depois, no manuscripto, numerosos trechos, mas
truncados, fragmentados, incompletos, — trechos que a remi-
niscência do auctor buscava pouco a pouco reproduzir no papei,
desde que em Paris tentara, no anno 1833, effectuar a reconsti-
tuição do poema.
Referem-se apenas aos seis primeiros cantos os truncados
trechos do códice, — mas, truncados mesmo, elles equivalem a
pérolas que se houvessem desinfiado do precioso collar em que
primitivamente figuravam, pérolas soltas mas nem por isso menos
valiosas.
Proseguindo na enumeração das compras, passarei a men-
cionar outra de não somenos importância, posto que mui difie-
rente no género.
A similhança do que, ha dois annos, practicaram combinadas
em Nova- York a • Sociedade Geographica Americana» e a cSo-
cidade Hispânica da America» relativamente ao cMappa-Mundi»
do afamado Hondius, deram eilas recentemente á luz em repro-
ducção facsimile o interessante cMappa-Mundi» de Canerio, —
publicação essa 'de que adquiri por assignatura um exemplar
para a Bibliotheca Nacional de Lisboa.
Intitula-se a publicação :
Marine World Chart 1502 (circa) hy Nicolo de Canerio
Januensis edited by Edward Luther Stevenson, Ph. D. Facn-
mile isBued under tke joint auspices of tke American Oeographical
Society and The Hispanic Society of Ameinea. (New York —
1907).
O Mappa-Mundi acha-se distribuido por dez folhas em con-
tinuidade. Antecede essas dez folhas uma folha preliminar, em
e ÁRCHtVOS VACÍONÁES 359
qne redazidamente se representam unidas as dez folhas par-
cellares.
O programma da publicaçSo abre pelas seguintes palavras:
fin the series of maps illustrating early discovery and ex-
ploratíon in America, issuedin facsimile nnder the jointauspices
of the American Geograpbical Society and the Hispanic Societj
of Americai we have had the pleasure of announcing as the
first namber of the series the large World Map of Jodocus Hon-
dius, drawn bj that master not later than 1611, of which map
but one original copy is now knownt .
E accrescenta o programma :
cAs the second in the series we beg herewith to annoiínce
the great Portugnese Chart of Nicolo de Canerio, representing
the world as it was known at the beginning of the sixteenth
century. In size it measures 22õ by 115 cm. It bears no date,
but there is good reason for believing it was drawn as early as
1502. €OpiLS Nicolay de Canerio lanueiiBtÊw is the legend appea-
ring in the lower corner on the left, which legend gives us the
name of the author».
As folhas do Mappa vêem acompanhadas por um volume
impresso, que se intitula :
Marine World Chart of Nicolo de Canefno Januenais 1602
(circo). A criticcU sttidy with facsimile by Edward Luther Ste-
venson, Ph, D. Professor of History in Rutgers College. (New
York — 1908— Com vArias e mui curiosas iilustraçSes).
O possuidor do autographo antheriano, a que já me referi
neste Relatório quando mencionei entre as espécies recebidas
Eor oíFerta ura exemplar d'cAs Campas», cedeu-me para a Bi-
liotheca Nacional esse autograplio, todo pelo punho do fallecido
michaelense, datado em Coimbra no anno 1861 (isto é, quando
o illustre académico incetava na Universidade o seu curso de
jurisprudência), e subscripto pela assignatura (sic) Antero do
Quental,
O texto do manuscripto é constituído por 4 fls. (8 paginas)^
a que antecede uma fl. frontispicial assim concebida :
Ao Sa/ Alexandre
Hei^culano,
Ao Philosopho — ao homem de bem
Respeito.
Ao Sábio — ao poeta
Adhesão e amizade»
360 BOLBTItf DAS BIBUOTHECAS
Quando a mão, jtM obedece ao impulêo
D'um affecto, procura outra mão
E em êilencio eloquente se apertão ;
É que em troca outro affecto reeponde. . .
É que ai almas lá tem êeti quiiúAo!
Para a Secçlo dos Manascriptos comprei outrosim na loja do
alfarrabista Caldas Cordeiro as ires seguintes espécies :
1.^ — Noticia verdadeira do ornato que ee vio nas caxae da
Madre Soror Paula Maria Religiosa no Mosteiro de Odivelas,
Senhora, a quem ElRei D. João o 5.^ tratou com as mais dis-
tinctas honras, obrigado de um amorozo affecto.
In-folio, por lettra da segunda metade do século xvin.
2.* — Tombo de alguns Prédios urbanos, e rústicos, que
possue nos Termos de CabreUa, PalmeUa, e Vendas Novas o
Illustrissimo e Esecellentissimo Senhor Sebastião Jozé úe Car-
valho e Mdlo, Marquez do Pombal, Conde de Oeiras, Ministro,
Secretario de Estado dos Negócios do Reino.
In-folio de elegantissíma calligraphia, com desenhos á penna
no frontispicio, — e subscripto em Lisboa por JoSo Vidal dá
Costa e Sousa aos 18 de Dezembro de 1772.
3.' — Carta da Provinda do Minho para intelligencia das
operaç<ks da Defeza projectada em 1807.
Mappa manuscripto que pertenceu á colIecçSo do fallecido
bibliophilo Thomaz Norton.
Na cLivraria Antiga e Moderna» do mencionado Caldas
Cordeiro adquiri, por occasifto de comprar os três supra-citadoB
manuscriptos, as seguintes espécies (umas de caracter bibliaco,
e outras de caracter icónico):
1.* — Plano de Lisboa no século xvi, segundo a gravura do
Theatrum Urbium de J, Braunio.
Reproducçfto photo lithographica, executada nas oficinas da
Imprensa Nacional de Lisboa em fins do século passado.
2.^ — Vista de Lisboa no século xvi, segundo o Theatrvim
Urbium de J. Braunio.
. RéproducçSo photo-Iithographica, executada nas mesmas cir-
cumstancias da espécie antecedente.
1& ÁBCHlVOS l^AClOHAKS 361
3.* — Panorama de Lisboa et» 1640.
Lithograpfaia em duas largaa fls. que reciprocamente ee com*
pletam, representando o aspecto da margem direita do Tejo
desde os limites orientaes da cidade (San^-Vicente-de-Fóra e
Campo da Forca) até á barra de Lisboa.
4/ — Nova Carta do BrazU e da America Portugueza. Anno
de 1821.
Folha gravada em lamina de metal.
5.' — Nova Carta reduzida da Costa da Provinda do Ma-
ranhão por observaçoene astronómicas e trigonométricas
Levantada e construída Pelo Coronel de Real Corpo de Enge*
nheiros António Bernardino Pereira do Lago 1821.
Folha estampada em Liverpool.
6.* — Carta Corografica Plana da Provinda de Qoyaz e
dos Julgados de Araxá e Desemboque da Provinda de Minas
Oeraes organisado (sic) pelo Brigaddrò Raimundo Jozé da Cunha
Mattos para acompanhar os seus Itinerários escritos em
1826 e publicados no anno de 1836.
Folha iithographada em 1875.
7.* — Carta geo-hydrographica Da Ilha e Canal de S.^ Ca-
tharina levantada por H, L. de Niemeyer BeUegarde 1830.
Folha Iithographada.
8.* — Quadro estatístico do Império do BrazU conforme aos
relatórios officiaes e outros documentos em 1866.
9/ — Nova Carta Corographica do Império do BrazU con-
feccionada a vista dos trabalhos existentes por ordem do lU. ^°
Ex.^^ Snr. Tenente General Marquez de Cachias pelo
Coronel Engenheiro Conrado Jacob de Niemeyer e seus ajttdantes.
(Eio de Janeiro — 1857).
Lithographada em 4 fls. que se adaptam e corographicamente
se continuam.
Incluem-se nesta «Carta», entre as partes componentes», os
dois trechos seguintes :
a) — Quadro estatistico do Império do BrazU conforme aos
relíUorios officiaes e outros documentos em 1866.
b) — Planta da Cidade do Rio de Janeiro.
7.* ANNO, N.« 4 4
â&2 60LETIM DÁS fil6LlOtll£0Aâ
10.* — Carta do Império do BrazU redusdda no Archivo
Militar em conformidade da publicada pdo Coronel Conrado
Jacob de Niemeyer em 1846, e das especiaes das fronteiras com
os Estados Umitrophes Organisadas tdtimamente pelo Conselheiro
Duarte da Ponte Ribeiro, Rio de Janeiro 1873.
Folha lithographada.
II.* — Carta corografica da parte da Capitania de 8, Paulo
que confina com a Capitania de Minas Geraes, em que se mostram
as diversas divisdes que em differentes tempos se tem feito entre
estas duas Capitanias.
Folha lithographada em 1874.
12.* — Descripção topographica de Villa-Nova de Oaya, e
da solemnissima festividade, que em acçcb de graças pela glo-
riosa Restauração de Portugal se celebrou na Igreja Matriz da
mesma ViUa no dia 11 de Dezembro de 1808 • Terceira edição
(augraentada) Offerecida a S. A. Real o Príncipe Regente
Nosso Senhor, por João António Monteiro e Azevedo. (Lisboa
— 1813).
13.* — Memoria da vida publica de Lord Wellington, Prín-
cipe de Waterloo, Duque da Victoria, Duque de Wellington,
Duque da Ciudad Rodrigo, Marechal General dos Exércitos de
Portugal contra a Invasão Franceza Por José da Silva
Lisboa, (Rio de Janeiro — 1815 — 2 vol. com o retrato do bio-
graphado em gravura de cobre).
14.' — Braganceida, poema em XII, cantos : cujo assumpto
he a elevação da Serenissima Casa de Bragança ao throno de
Portugal na sempre augusta pessoa do Senhor D, João IV,
Restaurador, e verdadeiro Pai da Pátria. Obra, que ao Prin»
dpe Regente Nosso Senhor dedica, e offerece seu author Fran-
cisco Roque de Carvalho Moreira, (Lisboa — 1815-1816 —
2 tomos).
O poema é todo constituído por estancias de oitava-rima.
Ântecedem-n-o uma cPrefacçãov em prosa e uma Dedicatória
<Â Sua Alteza Real o Príncipe Regente» (Dedicatória formada
por 49 estanciaS; de oitava-rima também).
15, ft — Exposição analytica, e justificativa da conducta, e
vida publica do Visconde do Rio Secco, desde o dia 25 de No-
Ê AÈCtílVOS XÀCiOKAÈiS 303
vemhro de 1807, em que Sua Magestade FideUssima o incumbio
dos arranjamentos necessários da sua retirada para o Rio de
•Janeiro, até o dia 15 de 1821, em cujo anno dimittírá todos os
lugares e empregos de responsabilidade de fazenda Publi-
caída por eUe mesmo, (Rio de Janeiro — 1821).
16,' — O Subalterno. Traduzido do inglez. (Liverpool —
1830).
Constituo interessante narrativa de alguns episódios da Guerra
Peninsular.
17.* — Napier's glorious triumph over the Migtielite Sguadron.
(.Liondon — S. d.).
CollecçHo de 3 lithographias, desenhadas por C, P. Reinagle.
18.* — Chefs d*ceuvre de la gravure modeme par les princi-
paux artistes de la France et de Vétranger, (Paris — 1869).
Abrange o volume 56 gravuras executadas em chapa de
madeira, estampadas em largas folhas, e precedidas por texto
plicativo.
19.* — Archivo Portuguez- Oriental — Appendice á coUecção
do Conselheiro «7. H. da Cunha Rivara. Publicado por AnnÚHil
Fernandes Thomaz e J. A. da Craca Barreto. (Coimbra —
1882).
20.* — Memorial biographico de um mãitar illustre o General
Claudino Pimentel por Júlio Máximo de Oliveira Pimentd Vis-
conde de Villa Maior. (Lisboa — 1.884 — Com o retrato (em
gravura de madeira) e o fac-simile da assignatura do bio-
graphado).
.Q ^^'^ — Joaquim Leitão— O Almirante dos Mares Orientaes.
Gamar ^ '^^ ~ ^^^^ — ^^^ ^ retrato de D. Vasco da
..ar. ^* '^^^ ^^ «'íarrabista JoEo d'Araujo Moraes adquiri dez
p^í' ~r ^"r ^^^^ J^^''«ffrina. Segundo Âpoealypse de Dio$,
^^axatriz dei Ciel^ Santa BHgidhe Suécia, Princesa de Ne-
neta. Ir aduzida deZ idioma Itãiano Por el Padre Gaspar de
364 SOLBTDÍ I>ÁS BlBUOTHfiCÁS
San Anianio Dedicada a la Puriãsíma ConeqKÍam ie
Maria Santiãtima por D, Jvliana Maria de San Anioniú.
(Lisboa— 1714).
Vem precedida a obra por ama c Dedicatória» (em por-
tagaez) da referida D. Juliana e por am «Prologo dei Tra-
dactor».
2/ — Defeza do Regionalismo e anafyãe da Fé por Pedro
Amorim Vianna. (Porto — 1866).
3/ — A gravura de madeira em Portugal. Eêtvdoê em toda»
as eipedalidadeê e diverêo» estylos por J. Pedrozo. (Lisboa —
1872).
Abrange 2õ gravuras e 1 chromo-tTpographia (devidas á
industria artística de João Pedrozo Gromes da Silva) com ama
noticia descriptiva (elaborada por Pedro Wencesiau de Brito
Aranha).
4.* — Da Imitação de Chriêto — Quatro livros traduzidos do
original latino em linguagem portugueza por Emesio Adolfo de
Freitas. (Lisboa— 1878).
Versáo profundamente recommendavel pela saa vemacali-
dade, — e inriquecida com o substancioso c Prologo» do traductori
um dos mais notáveis jurisconsultos do sea tempo.
5.* — Eha. A Story of the Dark Ages. By Viscount deFi-
ganière. (London — 1878).
O Visconde de Figanière, que publicou várias obras tanto
em portuguez como na lingua franceza e na ingleza, juntava
elegantementOi ás suas qualidades incontestáveis de diplomata
mui distincto, dotes n&o menos notáveis de publicista, de jaris-
consultOi de historiador, de bibliographo, e simultaneamente os
de novellista e poeta.
Essa derradeira prenda nos mostra elle no poema Eiva que
deixo mencionado.
6.* — Anselmo d' Andrade — Sciencia prehistorica — Primeira
parte. Paleontologia humana. As populações lacustres. (Lisboa
— 1882).
Exemplar com dedicatória autographa do auctor.
7.* — A Guerra da Ptninsula, 1808-1814. Estudo estrate-
E ARCHlVOS KACIOKAES â66
gico doê 8uaê differenUs campanhas explicado em liçdes aos
Âlumnos do real coUegio militar de Sandhurst pelo Capitão
C. W. RobifUfon. Traducção do inglez por «7. Mathias Isuties
Capitão de artUkeria. (Lisboa — 1883 — Com 6 mappas litbo-.
graphados em fl. desdobráveis).
Vem acompanhada a traducçSo por ura «Prefacio do tra-
ductori, traductor que justamente desfructa créditos de militar
illustradissimo, e que já durante algum tempo fez parte dos Con-
selhos da Coroa sobraçando com geral appiauso a pasta dos Ne*
gocios da Guerra.
8.' — A niustração. Revista de Portugal e do Brazil, (Paris-
Lisboa — 1884-1891 — 8 vol. Com formosas gravuras).
9." — O Visconde de contrabando e a revolta de 1896 em
Goa, Por um indo-portugtiez. (S. 1. (provavelmente Pangim) —
1896).
10.* — Faria e Silva (Filippe Nery) — A Egreja da Con-
ceição Velha e varias noticias de Lisboa. (Lisboa — 1900 — Com
várias photogravuras).
Comprados a Pompeu Santos adquiri, em segunda mSo, 65
volumes de obras que nito possuíamos na Bibliotheca, — obras
que versam assumptos variados, em latim, em portuguez, em
hespanhol, em italiano, em francez, e em inglez.
E por intermédio da «Livraria Nacional e Extrangeirat de
José António Rodrigues de C* foram-me fornecidas as seguintes
publicações :
1.' — Deuxihne Supplément du Dictionnaire de Chimie puré
et appliquée de Ad. Wurtz pvhlié sons la direction de Ch.
Friedd et C. Chabrié. (Paris — í 892-1908 — 7 grossos vol.
com figuras).
Esta obra monumental vem collaborada por notabilissímos
especialistas.
2.* — Thermodynamique. Leçons professées à la Sorbonne en
189Õ-1896 par H. Pellat, (Rédigées par Duperray et GoisotJ.
(Évreux — 1 897 — Com figuras).
3.* ;— Histoire militaire de Massena — La premiére cam»
366 BOLETIM DÁS B1BLI01'HBCA8
pogne d'Italie (1796 à 1798). Par Edouard Gachot. (Toara
— 1901).
Obra acompanhada por cartas chorograpfaicas, planos, e
gravuras diversas (entre essas o retrato do General Massena
em 179Õ, cópia de um quadro pertencente ao Príncipe de
Essling).
4/ — Hiatoire mUitaire de Massena — La campagne d^Hd-
vétie (1789). Por Edouard Gachot. (Chartres — 1904).
Com planos, cartas chorographicas, e diversas gravuras (entre
as quaes o retrato do General, cópia de miniatura pertencente
ao Príncipe de Essling).
6.' — La crise de VÉtai modeme — Uorganisafiwi du tra-
vail — Tome premier — Le travail, le nombre et VEtat. Enqutte
sur le íravail dans la graiide industrie. Mines de houille — Mé*
tcdlurgie — Construction mécunique — Verrerie — Industrie iextile.
Par Charles Benoist. (Paris— 1905).
6.* — Manuel des jeux scolaires ^et d'exercises physiqttes à
Vusage des familles et de tous les Etablisseinents d'instruction.
Par O. Cruciani — Troisième édition. (Paris — S. d. — Com
abundantes figuras).
7/ — Les jeux. Jeux historiques, jeux nationaux, sports mo-
demes. Par Louis Barron, (Corbeil — S. d. — Com muitas
gravuras).
8.* — Laum-Tennis par tLetít. Qaatrième édition. (Coulom-
miers — 1907 — Com figuras).
9.* — Salomon Reinach — Apollo. Histoire généràle des arts
plastíques professes à VÉcole du Louvre. Cinquiòme édition.
(París — 1907 ~ Com 606 figuras).
10.' — Paulys RealEncyclopãdie der cUusischen Altertums-
toissenschaft. (Stuttgart — 1 893-1907).
D'esta encydopedia, que está em via de continuaçSo, acham se
publicados por*emquanto seis tomos, em que se abrangem as
lettras A^È, — e foram esses os que presentemente se adqui-
riram.
£ ÁRCH1VÓ8 KACiONÁES B67
11." — G. Ferrero — Grandeur et décadence de Rome. Tra-
duit de rUalien par M. Urbain Meugin. (Paris — 1907-1908
— 6 vol).
Á Academia Franceza laureou com o premio tLangloie»
esta obra que, para alguns de seus volumes, conta já 13
ediçSes.
12.* — Albert Cim — Petit manuel de Vamateur de livres,
(Paris — S. d. — 1908).
Alberto Cim, que exerce em Paris o cargo de Bíbliothecario
no Sub-Secretariado de Estado dos Correios e Telegraphos, re-
sumiu, condenson, e synthetizou neste volume o principal das
matérias tratadas desinvolvidamente nos cinco tomos da sua
importantissima obra Le Livre, — obra de que em tempos fui
fazendo acquisiçâo á proporção que successivamente se publi-
cavam em França os volumes respectivos, conforme opportu-
namente me coube occasião de mencionar nalguns de meus pre-
cedentes Relatórios.
13.* — Ruskin — Pages choisies. Avec une Iniroduction de
Robert de la Sizeranne. (Corbeil — 1908 — Com o retrato de
João Ruskin).
14.® — Marie-Anne de Bovet — Trois móis en Irlande.
(Coulommiers — 1908 — Com 41 gravuras e 1 carta choro-
graphica).
lõ.* — Ch,'M. Couyha — Lea Beaux-ArU et la Natiou,
(Paris — 1908).
16.* — Les Muses Françaises — Anthologie des femmes-poiies
(1200-1891) — Morceaux choisis accompagnés de notices biogra-
phiques et bibliographique par Alpkonse Séché — / — (Paris —
S. d. (1908) — Com retratos de 36 poetizas).
A elegância litteraria doeste 1.^ tomo suscita-nos o desejo
de vermos em breve apparecer a lume o 2/ que já está
annunciado.
17.* — Robert-Hugh Beiíson — Le Maitre de kt Terre. Raman
Traduit de Vanglais avec Vautorísation de 1'auteur Par T, de
Wizewa. (Tours— 1908).
368 BOLBTIM DÁS BIBLI0THBCA8
18.* — Le probJimé dê la miêhrê et Ie$ phénamhuê naturds
par J, Novicow. (Êvrenx — 1908).
19.» — B. Wurtz (et) H. Bmargêi — Ck qu'U faut êovoir
éChygxène. (Coulommiers — 1908 — Com figaras intercaladas no
texto).
20.* — M.'N. Bauillet — Dictionnaire Univerãd JCHiHaire
et de Oéographie Refondu êous la directum de L.-O. Oaur-
raigne —Trente-traiêième éditian eorrigée, compUíée et augmêntíe
d^un nauveau iupplément. (Paris — 1908).
21.' — M.-N. Bouillet — Dictionnaire Univeredde» Sdencee,
deê Lettreê et des Arte Refondu sous la direction de E.
Faguet (ei)J, Tannery — Dix-septième éditum corrigeé, campUtée
et augmentée d^un nouveau supplément, (Paris — 1908).
22.* — Dictionnaire Universal des Contemporains contenant
toutes les personnes notables de la France H des pays étran-
gers Par O. Vapereau — Sianème édition. (Paris — 1893).
Este grossíssimo volume introu-nos gratuito como brinde
annunciado nos catálogos do livreiro-editor para quem simulta-
neamente compre as duas espécies que antecedentemente men-
cionei ÇS.^* 20 e 21).
23.* — Qeoffroy de Orandmaison — UEspagne et Napoléon,
1804-1809 — Deuxième édition. (Paris — 1908 — Com uma he-
liogravura, em que se representa a familia de Carlos IV de
Hespanha, cópia do quadro de Goya existente em Madrid no
Museu do Prado).
24.® — Almanach de Gotha. — Annuaire généalogiçue, diplo-
maiique et statistíque. 1909. (Gotha — S. d. — 1908).
Traz por illustraçSes os retratos (gravados em aço) de Vi-
ctoria (Rainha da Suécia), Gustavo V (Kei da Suécia), Hilda
(Gran-Duqueza de Baden), e Frederico 11 (GrSo-Duque de
Baden).
25.* — Guillaume Vasse — Trois amnées de chasse en Mo-
ssambigue. (Paris — 1909 (aliás, 1908) — Com 55 gravuras, e
1 mappa chorographico em fi. desdobrável).
E AEOHIVOS NACIONAES S69
26.* — Syndtcaliame révotutionnaire et synd%càli$me réfor»
mUte par Fãicien Challaye. (Paria — 1909, aliás 1908).
27/ — Les trusts et les syndicaJts de producteurs par J.
Chastin. (Paris — 1909, aliás 1908).
28.» — Espèces et variétés, leur naisaance par mutation. Par
Hugo de Vries. Traduit de Vanglais par L. Blaringhem. (Paris
— 1909, aliás 1908).
29.* — Lee principalee théories de la logique contemporaine
par P. Hermant et A. Van de Wade. (Paris — 1909, aliás
1908).
30.* — U ideal du xixsiècle par Mariue-Ary Leblond, (Toutb
— 1909, aliás 1908).
Esta publicaçFHo apresenta-nos frontispicialmente o seguinte
subtítulo (synthese das matérias nella expendidas): — aLe rêve
du bonheur d'après Rousseau et Bernardin de Saint-Pierre ; les
théories primíti vistes et Tidéal artistique du socialismo t.
Para incorporar na opulenta coUecção das aBiblias» coibprei
A Bíblia Sagrada contendo o Velho e o Novo Testamento.
Traduzida em portuguez segundo a Vulgata Latina pelo Padre
António Pereira de Figueiredo — Nova edição. (Porto — 1902).
Extranheza causará talvez que eu ande, não raras vezes,
adquirindo por cotnpra obras impressas em Portugal, — quando
a legislação vigente obriga os proprietários ou administradores
das typographias a inviarem á Bibliotheca Nacional de Lisboa
um exemplar de tudo quanto produzam, sensata disposição que,
a principiar no Alvará de 12 de Septembro de 1805, tem sido
incluida em successivos diplomas (conforme largamente especi-
fiquei no Relatório por mim redigido, quando Conservador da
Bibliotheca, em 30 de Junho de 1902, e publicado no Vol. i
do Boletim das Bibliothecas e Archivos Nacionaes)^ disposição
que ainda ultimamente veiu confii*mada no art. 34.^ da Lei de
11 de Abril de 1907.
Mas (triste é dizêl-o, tristíssimo!).... tal disposição
parece verdadeiramente lettra morta (como tenho já, por mais
de uma vez, lamentado nos meus Relatórios), visto que, devido
a má-vontade ou a incúria dos administradores ou donos das
offlcinas (a quem a responsabilidade cabe da transgressão), deixam
BOLSTIM DAS BIBUOTBECAS
de intrar na Bibliotheca Nacional talvez 90 por 100 daa eapedea
que em Portugal se typographam !
A (Société des ancien» textes françaist, em cujo grémio
está iiiscrípta como aabecriptora a mencionada Bibliotheca,
inviou-nos mais um volume das suas interessantiasimaB pu-
blicações.
Inlítula-s» o volume
Leê deux potme$ de la FoUe Trittan. (Le Puy — 1907).
Incerram se nelle duas partes: — iLa Folie Tristão d'Os-
fordi e tLa Fulie 'Trístan de Bemei.
Em proseguimento da ezcellente obra que na Itália se eatA
publicando — Storiu ãeWArte Italiana por A. Venturi — che-
gou-nuBj lia pouco, direL-tamente ínviado pelo editor Ulríco Hoeplí,
o Tom. VI (Mitano — 1908) subordinado á «pigraphe iLa Scul-
tura de] QuatrocentOf e adornado com 781 pbototypiaa.
Moldado pelo eeculptor José SimiJea d'Almeida (Sobrinho)
adquiri o busto de Sua Majestade El-Reí o Senhor D. Manuel II,
— DUBto que ficará figurando om nossa f galeria de retratosi
apar dos bustoB de D. Pedro IV, D. Maria II, D. Pedro V,
D. EBtephania, D. Luiz e D. CarloB.
Do nosBO actual monarcha, — do Bympatbico príncipe em
que tantas esperançaB deposita o BÍncero patriotismo doe bons
Porluguezes, — tenho incommendado também já um retrato de
meio-corpo (em tamanho natural), que opportunamente mandarei
circumdar por moldura doirada.
Retrato e busto hSo de festivamente presidir á ExposiçSo
Bíblio-iconographica que em 1909, Bob a minha direcçKo (con-
forme eetipúla o rBSpectivoprogramma oSScial), deverá effectuar-aa
na Bibliotbeca Nacional de Lisboa por commemoraçito centenária
da Guerra Peninsular.
£ ABCHIVOS xSÂClONAfiâ 371
Do nosso «Inventario Geral» ímprímiram-se, durante o der-
radeiro trimestre de 1908, oito cadernos (64 paginas), a saber:
Na Secção de aSciencias e Artess os cadernos 21.° a 24.°
da 1.^ serie (onde se alcança o N.° 2:799 da inventariação res-
pectiva) ;
Na Secção de cPhilologia e Bellas-Lettras» o caderno 69.°
da 2.* serie (em que se chega ao N.° 6:945) ;
Na Secção do «Archivo de Marinha e Ultramar» os ca-
dernos Õ6.° a 58.° do Vol. ii relativo a documentos madeirenses
(cadernos em que prosegue a estampagem dos «Índices»).
E, recapitulando o movimento annual que teve na Imiprensa
da Universidade a estampagem do «Inventario Geral •, direi que
em 1908 se imprimiram ao todo 46 cadernos (368 paginas),
assim distribuidos :
Na Secção de «Sciencias Civis e Politicas», 3 cadernos da
2.' serie (numeração vermelha);
Na Secção de «Sciencias e Artes», 15 cadernos da 1.* serie
(numeração preta) ;
Na Secção de «Philologia e Bellas-Lettras» , 10 cadernos,
— sendo 5 da 1.* serie (numeração preta), 4 da 2.* serie (nu-
meração vermelha), e 1 da 3.* serie (numeração azul);
Na Secção do «Archivo de Marinha e Ultramar», 18 cadernos.
Concorreram á Bibliotheca, durante o anno que hoje fina-
liaa, 134 visitantes (entre nacionaes e extrangelros) :
Em Janeiro 4 visitantes
Em Fevereiro 2 »
Em Março 6 »
Em Abril 16
Em Maio 24
Em Junho 31
Em Julho 3
Em Agasto 15
Em Septembro , 11
372 ISOLiniM DAS bibuothecas
Em Oatubro 8 visítanteB
Em Novembro 11 »
Em Dezembro 3 •
Compareceram na Biblíotheca, durante o anno 38:369 lei-
tores (23:523 nas sessSes diurnas — e 14:846 nas nocturnas).
As espécies por elles requisitadas ascenderam a 81:383 (in-
trando neste número, apar de grossos volumes, simples folhetos
ou mesmo peças volantes).
Na conta das 81:383 espécies solicitadas, figuram por 54:766
as impressas (35:299 de dia — e 19:467 de noite) ; figuram por
26:617 as espécies manuscriptas (consultadas todas nas sessSes
de leitura diurna).
Aqui vai agora a estatística respectiva, distribuida por mezes.
Leitores durante o dia :
Em Janeiro 1:784
Em Fevereiro 1:451
Em Março 2:104
Em Abril 1:482
Em Maio 1:947
Em Junho 1:914
Em Julho 2:197
Em Agosto 2:112
Era Septembro 1:910
Em Outubro 2:340
Em Novembro 2:449
Em Dezembro '. 1833
Leitores durante a noite :
Em Janeiro 1:651
Em Fevereiro 1:195
Em Março 1:720
Em Abril 780
Em Maio 1:632
Em Junho 1:069
Em Julho 1:387
Em Outubro 1:745
Era Novembro 2:160
Em Dezembro 1 :507
B AROHIVOS KAClOKAflS 373
Impressos consultados na leitura diurna :
Em Janeiro ., 2:71 7
Em Fevereiro 2:404
Em Março 3:038
Em Abril 2:249
Em Maio 2:867
Em Junho 3:026
Em Julho 3:416
Em Agosto 2:837
Em Septembro 2:972
Em Outubro 3:347
Em Novembro 3:894
Em Dezembro 2:632
Manuscriptos consultados na leitura diurna :
•
Em Janeiro 1 :854
Em Fevereiro 642
Em Março 2:560
Em Abril 90fi
Em Maio 3:382
Em Junho 3:626
Em Julho 2:586
Em Agosto 82
Em Septembro í:576
Em Outubro 3:148
Em Novembro 3:163
Em Dezembro 3:090
Impressos consultados na leitura nocturna:
Em Janeiro 2:098
Em Fevereiro j ^522
Em Março 2:232
Em Abril 953
Em Maio 2:167
Em Junho 1:460
Em Julho 1:972
Em Outubro 2:217
Em Novembro 2:917
Em Dezembro 1:929
374 BOmU DAS StBUOTHECAS
Por agradável remate d'este Relatório, e em teetemanbo da
lealdade e gratidão que em todos os meus actos me préxo de
professar, só me resta aqoi ponderar com muito reconhecimento
que no desímpenho das minhas tarefas tenho sempre desfimctado
a fortuna de incontrar no Sr. Gabriel Victor de Monte Pereira,
Et."* Inspector das Bibliothecas e Ârchivos Nacíonaes, toda a
coadjuvação e todo o bom conselho da sua provada experiência
e competência, — podendo eu, a respeito d*elle, repetir aquellas
conceituosas palavras com que o auctor da Divina Comedia se
indereça no Canto n do Inferno ao auctor da Eneida:
c Tu Duea, tu Signore, e tu Maetiro^,
m
Deus Guarde a V. £z.^ — Bibliotheca Nacional de Lisboa,
em 31 de Dezembro de 1908. — III.»* e Ex."* Senhor Conae-
Iheiro Bibliothecario-Mór do Reino. — O Director, Xavier da
Cunha.
& AftClUVOS NACI0KAE3 375
BIBLIOTHECA NACIONAL DE LISBOA
REGISTO DE PROPRIEDADE LITTERARIA
Ol3i?as entr^adas no anuo de lOOS
Outiabro
Em cumprimento do disposto no artigo 605.^ do Código Civil
se faz publico que no mês supradito foram registadas nesta
bibliotheca as seguintes publicações :
Por Gomes de Carvalho como editor: — Rafael Ferreira: «Criada
politica» f monologo. — Lisboa, Typographia da Livraria Cen-
tral, 1907. In-4.*» de 8 paginas.
— Fidelino dô Figueiredo : t Arte moderna. i — Lisboa, Typo-
graphia de Manuel Duarte, 1908. In-8.^ de 40 paginas.
— A. do P. de S. Lacerda: a Viagem á serra da Estrella». —
Lisboa, Typographia de Manuel T>uarte, 1908. In-8.'* de
124 paginas.
— Orlando Marçal: «IlIuminurasD. — Lisboa, Typographia de
Manuel Duarte, 1908. In-8.^ de 172 paginas.
— L. J. da C. e S. Lambim: aSubsidios grammaticaes para os
estudantes de português». — Lisboa, Typographia de Manuel
Duarte, 1908. In-8.° de 44 paginas.
— Claude Farrère : «Os civilizados». — Lisboa, Typographia da
Livraria Central, 1907. In-8.° de 400 paginas.
376
BOLETIM DAS BIBLIOTHECáS
— Severo Portella: «Bocas do Mundo». — Lisboa, Imprensa Li*
banio da Silva, 1907. In-S."" de 240 paginas.
— D. Alberto Bramão: € Casamento e divorcio. — Lisboa, Ty-
pographia de Manuel Duarte, 1908. In-8.® de 400 paginas.
— Alfredo Gallis: «O marido virgem». — Lisboa, Tjpographia
de F. L. Gonçalves, 1908. In-8.^ de 276 paginas.
— LeSo Tolstoi: tA próxima revolução». — Lisboa, Typograpbia
de F. L. Gonçalves. In-8.* de 88 paginas.
— Faustino da Fonseca: c Viagem maravilhosa». — Lisboa, Im-
prensa Libanio da Silva, 1907. In-S.*^ de 212 paginas.
— Fideiino de Figueiredo: a Os melhores sonetos da lingua por-
tuguesa».— Lisboa, Typograpbia da Livraria Central, 1907.
In-8.* de 96 paginas.
— J. Â. Bentes: «Sociologia fundamental», Lisboa. — Porto,
Typograpbia da Empresa Literária e Typographica, 1907.
In-8." de 940 paginas.
— Félix le Dantec : «O atheismo». — Lisboa, Typograpbia de
F. L. Gonçalves, 1907. In-8.* de 300 paginas.
— Faustino da Fonseca: «Â descoberta do Brasil». — Lisboa,
Typograpbia de A. J. da Silva Teixeira, 1908. In-8.« de 346
paginas.
— Portugal da Silva: «Contos de um nevrotico». — Lisboa,
de Manuel Duarte, 1907. In-8.*^ de 368 paginas.
— J. Reis Gomes: «Historias simples». — Lisboa, 1907. —
Funchal, Officina do Heraldo da Madeira, In-16.* de 216
paginas.
— F. Correia Pinto: «O Agitador». — Lisboa, Typographia de
F. Luís Gonçalves, 1906. In-8.^ de 396 paginas.
— Júlio Navarro y Monzó: «Catalunha e as nacionalidades ibe-
£ ÁKCHlVOS NACIONAÊS 377
ricas». — Lisboa, 1908. — Porto, Typographia de A. J. da
Silva Teixeira. Id-8.® de 648 paginas.
— F. da Silva Passos: «A pobre idiota». — Lisboa, Typogra-
phia de Manuel Duarte, 1907. In-8.® de 16 paginas.
— Mário Monteiro: «Altiva. ..».— Lisboa, Typographia de
Manuel Duarte, 1907. — In-8.° de 16 paginas.
— Ilidio Perfeito : cfistrelias mortas». — Lisboa, Typographia
Manuel Duarte, 1908. In*8.^ de 16 paginas.
— cZamperineida», segundo um manuscrito da Bibliotheca Na*
cional de Lisboa, publicado e annotado por Alberto Pimentel*
— Lisboa, 1907. In-8.« de 240 paginas.
Por JoUo Carneiro, como editor: cDr. Désormeau. — O casa-
mento». — Lisboa, Typographia de A. L. Antunes. In-16.<*
de 68 paginas.
Por José de Figueiredo, como antor: «Algumas palavras sobre
a evolução da arte em Portugal; por José de Figueiredo».
— Lisboa, Typographia A Editora, 1908. In- 8.* de 72 pa-
ginas.
Por António Cabreira, como autor: «Noticia de alguns docu-
mentos inéditos sobre a guerra da Peninsula», separata da
Revista Militar. — Lisboa, Typographia Universal, 1908.
In-4.® de 8 paginas.
Por Augusto Ramos Certa, como editor e proprietário: — «O
Tramway-Reclame», revista commercial e industrial, auno l.°|
n.® 1, maio de 1908. — Impresso na Rua da Atalaia, 150.
In- folio de 4 paginas.
— «Tramway-Reclame, revista commercial e industrial, anno
1.^, n.° 1, maio de 1908. — Impresso na Rua da Atalaia,
150. In-folio de 4 paginas.
Por Eugénio Coelho, como editor: «José Bacellar. Pa2sl» Lis-
boa, Imprensa Lucas, 1908. In-8.® de 16 paginas.
7." ANNO, N.» 4 5
d7Ô BOLETIM DAS BlBLlOTHfiCAS
Por Eagenio Coelho, como editor e proprietário: tGoia dos pro-
prietários»! compilado por C. C. Pereira. — Lisboa, Imprensa
Lacas, 1908. — Iq-8.^ de 66 paginas.
w
Por J. Pereira da Silva, como editor : cManascrito das escolas
primarias», por Angelo Vidal. Porto, Typographia Progresso,
1908. In^."" de 92 paginas.
Por A. Moura de Commandita, como proprietária: cAuto», re
vista quinzenal de automobilismo e sport, 1.** anno, n.® 1,
Porto, 1 de setembro de 1908. — Porto, Typogi-aphia Occi-
dental. In-4.^ de 8 paginas de texto e 8 paginas com
annuncios.
Por Lazaro Correia, como autor, editor e proprietário: iQues-
tSes praticas de fazenda, vinte annos de vida publica». —
Lisboa, Imprensa Commercial. In-8.*^ de 108 paginas.
Novembro
Por Bebiana da Conceição Rodrigues, como proprietária : cln-
dice da legislação publicada de 1 de janeiro de 1898 a 31
de dezembro de 1907, alfabético e cbronologico», coordenado
por J. Garcia de Lima. — Lisboa, 1908. Typographia de A.
J. Rodrigues, Imprensa Africana. — In-4.® que abrange até
paginas 40.
Por François Híppolyte Garnier, como editor: — Oscar Wilde:
f Salomé», poema. — Paris, Garnier Hermanos, 1908. —
In- 18.^ de 84 paginas.
H. G. Wells : «A machina de explorar o tempo», romance.
— Paris, H. Garnier. — In-18.® de 157 paginas.
— Augusto Meira: tPhalenas e nenuphares». — Paris, Typo-
graphia H. Garnier. — In-18.® de 193 paginas.
— Dilermando Cruz: Poesias». — Paris, 1908. Typographia H.
Garnier. — In-18.<> de 90 paginas.
Ê ARCHlVOS NAÒÍONAfiS 379
Augusto Meira: cÂlcyonest. — Paris, 1908. Typographia H.
Garnier. — In-18.® de 226 paginas.
Alfredo Ermy: «O psychismo experimental», estudo dos phe-
nomenos psychicos. — Paris, Typographia H. Garnier. —
In-18.° de 2Õ4 paginas.
Dickens: cO abysmo», seguido de «O homem e o espectro»,
nova ediçSo. — Paris, 1908. Typographia H. Garnier. —
In-18.** de 326 paginas.
José Veríssimo: «Que é literatura?*, e outros escritos. —
Paris, 1907. Typographia H. Garnier. — In 18.^ de 294
paginas.
Machado de Assis: «Memorial de Aires». — Paris, H. Garnier.
In-18.« de 273 paginas.
Bossuet: «Discursos sobre a historia universal ao Monsenhor
o Delfim». — Paris, H. Garnier. — In-18.® de 548 paginas.
Walter Scott: cA formosa donzella de Perth», traducçSo de
Faucompret, seguida do cMisanthropo». — ParíS; 1907. Ty-
pographia H. Garnier. — In-18.^ de 309 paginas tA formosa
donzella» e de 182 o «Misanthropo».
M. A. Coelho da Rocha: «r Instituições de direito civil por-
tuguês», nova edição. Tomos i e ii. — Paris, 1907. Typo-
graphia Garnier. — In-8.° de 338 paginas o tomo i e de Õ27
paginas o tomo ii.
Dante Alighieri: «A Divina comedia». Paris, 1908. Typo-
graphia H. Garnier. — In-8.® de 597 paginas.
Leopoldo Noronha : «Segundo livro de leituras correntes».
Paris, 1908. H. Garnier. — In-18.* de 148 paginas. •
Leopoldo Noronha: «Terceiro livro de leituras correntes. —
Paris. Typographia H. Garnier. — In-18.® de 222 paginas.
Hilário Ribeiro: «Quarto livro de leitura». Nova ediçXo. —
Paris. Typographia H. Garnier. — In- 18.® de 148 paginas.
380 BOLETIM OAS SIBUOTHECAS
Pela A Editora, como editora: — c Historia da cívilizaçSof. —
Folheto n.*» 227 da Bibliotheca do Povo. Lisboa. — In-32.«
de 63 paginas.
— Vicente Blasco Ibafiez : < A Cortesã de Sagunto», 2 Tolumes,
!.• ediçSo. Lisboa, 1908. Typographia A Editora. — Li-8.*
de 180 paginas o i volume, e de 169 paginas o u.
— Dabut de Laforest: «Os últimos escândalos de Parisi. Tra-
balho e voluptuosidade. Lisboa. A Editora. — In-4,® de 160
paginas.
-— Dubut de Laforest: «Os últimos escândalos de Paris. O mo-
derno caixeiro viajante». Lisboa. A Editora. — Li-4.^ de 163
paginas.
— W. Pessoa Allen: f Durante a acaimaçSo». Lisboa, 1908.
Typographia A Editora. — In-8." de 164 paginas.
— Oliveira Lima: c Cousas diplomáticas». — Lisboa, 1908. Ty-
pographia A Editora. — In-8.** de 290 paginas.
Por H. Garnier, como editor: — Paulo Feval: «O corcunda, ou
um drama de regência». Tomos i eii. — Paris. Typographia
H. Garnier. — In-18.° de 425 paginas o tomo i, e de 506 o
tomo II.
— A. de Almeida Oliveira: a A assinaç^o de dez dias no foro
commercial e civil». — Paris. Typographia Garnier. — In-8.*
de 240 paginas.
— c Código Penal da Republica dos Estados Unidos do Brasil,
commentado por Oscar de Macedo Soares». 5.^ ediçSo. Paris,
1908. Typographia H. Garnier. — In-8.° de 852 paginas.
Dezembro
Por E. Coelho, como editor: José Bacellar «Terra livre»
Lisboa, 1908. Imprensa Lucas. In-8.^ de 16 paginas.
£ AUCHIVOS NÁCI0NÂB8 381
Por António Ernesto Dias da Silva, como editor : Jean Grave,
cA sociedade moribunda e a anarquia». — Lisboa, 1908,
Typographia do Commercio. In 8.^ que alcança até pa-
gínas 8.
Por Álvaro Neves, como editor e proprietário: cinco photo-gra-
vuras representando os actores Augusto Rosa e Eduardo
BrasSo na peça: «A Ceia dos Cardeaes».
Por Francisco José Góes, como editor e proprietário : vinte
bilhetes postaes illustrados com vistas de Villa Nova de
Ourem.
Por Francisco SimSes Ratolla, como autor, editor e proprietário:
cRoteiro de Pedrouços». — Lisboa, 1908, Imprensa Luso-
Afrioana. In-4.® de 8 paginas.
Por Thomás Bordallo Pinheiro, como editor e proprietário : — -
«Manual do automobilista», por Eugénio Estanislau de Barros.
— Lisboa. In- 12.° de 296 paginas.
— tElementos de projecções», por João António Piloto. Vo-
lume II. — Lisboa, Typographia da Empresa da Historia de
Portugal. In-4.® de 144 paginas.
— f Elementos de modelação de ornato e figura», por Josef
Fuller. — Lisboa, Typographia da Empresa da Historia de
Portugal. In-4.° de 128 paginas.
— «Material agrícola», por Henrique Francem da Silveira. —
Lisboa. In-4.® de 182 paginas.
— «Construcção civil», por João Emilio dos Santos Segurado.
Volume III. Lisboa, Typographhia da Empresa da Historia
de Portugal. In-4.^ de 160 paginas.
— «Elementos de historia da arte», por J. Ribeiro Christino. —
Lisboa, Typographia da Empresa da Historia de PortugaU
In-4.** de 146 paginas. "^
Por António Figneirinhas, como editor e proprietário : — Luís
de CamSes : «Os Lusíadas para as escolas e para o povo».
382 BOLBTIM DAS BIBLIOTHECAS
obra prefaciada, parafraseada e annotada e com um yoca-
bulario, por José Agostinho. Canto i a x. — Porto, 1907,
Typographia Universal. In-12.^ de 552 paginas o primeiro
volume, que tem o retrato de Camões, e de 432 paginas o
segundo volume.
— José Agostinho: «O caminho das lagrimas». — Porto, 1907,
Typographia Universal. In-8.® de 416 paginas.
— José Agostinho : «Tragedia marítima», 1.® volume. — 1908,
Typographia Universal. In-12,® de 296 paginas.
— José Agostinho: «Padre António», 2.* edição, refundida. —
Porto, 1908. Typographia Universal. In-8.® de 364 paginas.
— José Agostinho : «O homem em Portugal». — Porto, 1908,
Typographia Universal. In-12.^ de 406 paginas.
I — José Agostinho : <A mulher em Portugal. — Porto. 1908,
Typographia Universal. In-8.° de 258 paginas.
— Maria Pinto Figueirinhas : «Contos das crianças», 2.^ ediçSo.
— Porto, 1907, Typographia Universal. In-8.* de 208 pa-
ginas.
— EducaçSo Nacional: «Os provérbios explicados». — Porto,
1904, Typographia Universal. In-8.® de 64 paginas.
— Pinto Ribeiro : «Os nossos maiores». — Porto, 1908, Typo-
graphia Universal. In'8.^ de 164 paginas.
— Vidal Oudinot: «Natureza». — Porto, 1903, Typographia Uni-
versal. In-8.^ de 56 paginas.
— António de Lemos: «Theatro Infantil». N.® 1 — Porto, 1907,
Typographia Universal. In-12.'^ de 24 paginas.
— Jtíygino Lagido: «Theatro Infantil», N.*^ 2. — Porto, 1907,
Typographia Universal. In-12.® de 40 paginas.
— Higino Lagido: «Theatro Infantil». N.^ 3. «Pátria.» — Porto,
1908, Typographia Universal. In-12.^ de 24 paginas.
E ARCHIVOS NACIONAES 383
— Henrique de Macedo Júnior: tO bem e o mal». — Porto,
1908, Typographia Universal. In-12.'' de 28 paginas.
— António de Lemos: «Diálogos e monólogos». — Porto, 1908,
Typographia Universal. In-12.^ de 24 paginas.
— Vidal Oudinot: tUm dialogo e monólogos». — Porto, 1908,
Typographia Universal. In-12.° de 24 paginas.
— Manuel de Mello: ftO sonho». — Porto, 1908, Typographia
Universal. In-12.® de 24 paginas.
— RedaçSto da Estrella âo Norte: «Mês de Maria». — Porto,
1906. Typographia Universal: In-8." de 310 paginas.
— Redacção ía EstreUa do Norte: «O Evangelho». — Porto,
1907, Typographia Universal. In-12.® de 320 paginas.
— Estrella do Noi^te: «Vida de Santa Teresa de Jesus. — Porto,
1907, Typographia Universal, ln-12.*^ de 160 paginas.
— Pedro Marques: «A fé». — Porto, 1908^ Typographia Uni-
versal. In*8.° de 44 paginas.
— J. Augusto Coelho: «Manual pratico de pedagogia». — Porto,
1907, Typographia Universal. In-8.® de 520 paginas.
— Jules Paroz: «Historia Universal da pedagogia». — Porto,
1908, Typographia Universal. In 8.** ee 460 paginas.
Por Francisco SimSes Ratolla, como autor, editor, e proprie-
tário : «Os melhoramentos da Rua das Mercês, em Ajuda».
— Lisboa^ 1908, Imprensa Luso Africana. In-8.* de 8
paginas.
Bibliotheca Nacional de Lisboa, em 31 de dezembro de 1908.
— O Director, Xavier da Cunha,
384 BOLETIM DÁS BIBLIOTHECAS
BIBLIOTHEOA NACIONAL DE LISBOA
ReUçio das pessoas e eorporaçies qae, poi seus donativos ollertados
em 1908, flearam Inserltas no respectivo QUADRO DE HONRA
Administração do Hospital de S. José (Lisboa).
Conselheiro Adolfo Loureiro (Lisboa).
Dr. Adriano Antero de Sousa Pinto (Porto).
Alberto Bessa (Lisboa).
Alberto Carlos da Silva (Lisboa).
Dr. Alberto Nin Frias (Washington).
Alberto dei Prato (Parma).
Alberto Velloso de Araújo (Porto\
Alfredo Augusto de Oliveira Macnado e Costa (Lisboa).
Alfredo César Macedo de Faria (Ponta Delgada).
Alfredo da Costa e Andrade (Praia, Cabo Verde).
Alfredo Duarte Rodrigues (Lisboa).
Conselheiro Alfredo Pereira, director geral dos correios e
telegraphos.
. Alfredo Pereira Taveira de MagalhSes (Lisboa).
Álvaro Neves (Lisboa).
Álvaro de Oliveira (Lisboa).
Angelo Jorge (Porto).
Anselmo Braamcamp Freire (Lisboa).
António Augusto do Amaral Fraz&o (Lisboa).
Dr. António Augusto da Rocha Peixoto, bibliothecario da
Real Bibliotheca Publica Municipal do Porto.
António Cabreira (Lisboa).
António Gomes Vianna (Lisboa).
António Moreira Cabral, secretario da Sociedade Nacional
Camoneana (Porto).
Commendador António Padula (Nápoles).
Armando Ribeiro (Lisboa).
Arthur Dória (Viseu).
E ARCJínVOS NA0I0NAE8 385
Dr. Arthur Lamas (Lisboa).
Assistência Nacional aos Tuberculosos.
Associaçllo dos Estudantes de Montevideu.
D. Augusto Eduardo Nunes, Arcebispo de Évora.
Professor Augusto Epifânio da Silva Dias (Lisboa).
Augusto Luís de Figueiroa Rego (Lisboa).
Dr. Augusto Pereira de Betencourt Ataíde (Lisboa).
Baptista de Lima (Povoa de Varzim).
Bibliotheca da Academia Real das Sciencias de Lisboa.
Bibliotheca da Universidade de Coimbra.
Bibliotheca da Universidade de Paris.
Dr. Caetano Carlos Mezzacapo (Nápoles).
Camará Municipal de GuimarSes.
Dr. Cândido de Figueiredo (Lisboa).
Commendador Carlos Padiglione, bibliothecario da Biblio-
theca Nacional de Nápoles.
Carlos Rangel de Sampaio (Lisboa).
César Correia (Viseu).
César de Medina (Porto).
Christovam Aires de MagalhSes Sepúlveda (Lisboa).
Commiss%o internacional dos limites entre Portugal e a
Espanha.
CommissSo official do centenário da guerra peninsular
(Lisboa).
Commissão organizadora da secç2o portuguesa na ExposiçSo
do Rio de Janeiro.
Companhia de Moçambique.
Cônsul de Portugal em Barcelona.
Cooperativa dos Empregados no Commercio e Industria
(Lisboa).
Custodio César de Menezes (Lisboa).
Professor David de Mello Lopes (Lisboa).
DirecçSLo da Associação Industrial Portuense.
Direcçíío da Companhia da Roça Alliança (Lisboa).
DirecçHo Geral dos Trabalhos Geodésicos e Topographicos.
Direcção Geral do Ultramar.
Direcçíto do Montepio Geral.
Director da Escola de Minas de Ouro Preto (Brasil).
Director da Real Bibliotheca Nacional Central de Florença.
Eduardo Augusto da Rocha Dias (Lisboa).
Empresa Agricola do Principe.
Conselheiro Ernesto Driesel Schrõter (Lisboa).
386 BOLETIM DAS BIBLIOTHECÀS
Escola Medico-Cirargica de Lisboa.
Escola Medico-Cirurgica do Porto.
Dr. Estanislau Belza (Varsóvia).
Eugénio do Canto (Ponta Delgada).
Professor Eugénio Ritter (Genebra).
Florêncio José do Lago Sarmento (Lisboa).
Francisco A. Smith (Elizabethtown, Nova- York).
Francisco A£fonso Chaves, director do Serviço Meteorológico
dos Açores (Ponta Delgada).
Francisco Alberto da Costa Senna (Lisboa).
Francisco JuIio Borges (Lisboa).
Conselheiro Francisco Maria da Cunha (Lisboa).
Dr. Francisco Maria Namorado (Estremoz).
Dr. Francisco Marques de Sousa Viterbo (Lisboa).
Francisco Muccí (Paris).
Francisco Ribeiro da Cunha (Lisboa).
Professor D. Francisco Tettamarcy (Corunha).
Frank Allaben (Nova York).
Gabriel Siroen (Tolosa-França).
Gabriel Victor ao Monte Pereira (Lisboa).
Governo Geral de Angola.
Governo Geral da província de Moçambique.
Henrique de Campos Ferreira Lima (Lisboa).
D. Henrique Casanova (Lisboa).
Henrique José Monteiro de Mendonça (Lisboa).
Henrique Loureiro (Barreiro).
Hipacio Frederico de Brion, secretario do Real Instituto de
Soccorros a Náufragos).
Instituto Histórico e Geographico Brasileiro (Rio de Janeiro).
Instituto Internacional de Bibliographia (Bruxellas).
J. E. Carvalho de Almeida (Epifânio de Almeida) (Torres
Vedras).
D. Jesus Velasques, director da Bibliotheca Nacional de
Honduras.
JoXo Augusto Botto, director da Escola Naval.
Professor JoSo Brás de Oliveira (Lisboa).
João Capello Jalles (Lisboa).
Jofto Costa (Lisboa).
D. João Manuel Sanchez (Madrid).
Coronel João Maria Jalles (Lisboa).
D. JoXo Perez de Gnsman y Gallo (Madrid).
Commendador Joaquim Gil Pinheiro (S. Paulo, Brasil).
E ARQUIVOS NACIONAES 387.
Joaquim Pereira Pimenta de Castro (Lisboa).
Professor Jorge LaDsingRaymond (Nova- York).
José António Moniz (Lisboa).
José António Rodrigues & C.*, livreiros (Lisboa).
José Augusto Celestino Soares (Lisboa).
Dr. José Francisco Trindade Coelho (Lisboa).
José Joaquim Fragoso (Nova Goa).
Dr. José Leite de Vasconcellos (Lisboa).
Dr. José Mendes (S. Paulo, Brasil).
José Pinto de Sousa Leilo & IrmSlo. livreiros-editores (Porto) «
Legação de Portugal em Madrid.
Lemos & C.*, livreiros-editores (Porto).
Liga Nacional contra a Tuberculose.
Luís Ripado (Lisboa).
Lyceu Central de Lisboa (3.* zona escolar).
Lyceu Nacional de Setúbal.
Lyster Franco (Faro).
M. Cardoso Marta (Figueira da Foz).
Majoria General da Armada.
D. Manuel Diez Sanjurlo (Corunha).
Padre Manuel Ernesto Ferreira (Villa Franca do Campo).
Padre Manuel Fernandes Ferreira (Lisboa).
Manuel Joaquim de Campos (Lisboa).
Reverendo Dr. Manuel José dos Santos Farinha (Lisboa).
Manuel Monteiro (Porto).
Marquês do Funchal (Lisboa).
Martinho Augusto Ferreira da Fonseca (Lisboa).
Max Fleiuss, secretario perpetuo do Instituto Histórico e Geo-
graphico Brasileiro (Rio de Janeiro).
Professor Dr. Max Freund (Belfast — Inglaterra).
D. Miguel AUué Salvador (Saragoça).
Dr. Miguel de Leonissa (S. Paulo, Brasil).
Ministério da InstrucçSLo Publica e das Bellas Artes de
França.
Ministério dos Negócios Estrangeiros — Direcção Geral dos
Negócios Commerciaes e Consulares.
Paulo Orosinho de Azevedo (S. Paulo, Brasil).
Paulo Pellot (Rethel).
Professor Pedro Carducci Teisser (Roma).
Philoteio Pereira de Andrade (S. Thomé de Salcete).
Presidente da CommissSo da Secção Portugueza na Exposição
Nacional do Rio de Janeiro em 1908.
388 BOLETIM DAS BIBLIOTHECÁ8
Presidente da DirecçXo da Sociedade Archeoiogíca cSantos
Rocha» (Figueira da Foz).
Presidente da Liga da Instmcç&o de Vianna do Castello.
R. Tello Mendoza (Caracas).
Ramachondra Pandaranga Waidja (Pondá).
D. Rafael Águilar Santillán, secretario geral perpetao da
Sociedade Scientifica f António Alzate» (México).
Real Collegío Militar.
Repartição Superior dos Correios e Telegraphos da pro-
yincia de Moçambique, em Lourenço Marques.
Rodrigo Beça (Coimbra).
Dr. Rodrigo Veiloso (Lisboa).
D. Romfto N. Franco (México).
Dr. Santos Lourenço (Lisboa).
Saul José Mário Jorge (Lisboa).
Sebastião Joaquim Baçam (Lisboa).
Sebastião da Silva Leal (Lisboa).
Dr. Sérgio de Castro (Lisboa).
Professor Sertório do Monte Pereira (Lisboa).
Sociedade Literária Almeida Garrett (Lisboa).
D. Teodósio Parodi M. (Santiago de Chile).
União Velocipedica Portuguesa (Lisboa).
Universidade de Pennsjlvania.
Visconde de Faria (Paris).
Visconde de Salgado (Rio de Janeiro).
Visconde de Sanches de Baena (Lisboa).
Visconde de Sanches de Frias (Lisboa).
Xavier de Carvalho (Paris).
Bibliotheca Nacional de Lisboa, em 31 de dezembro de 1908.
— O Director, Xavier da Cunha,
£ ARCHIVOS NACIONAfiS
389
Estatistiea de leitura nas blbllotheeas abaixo designadas
darante o 4.^ trimestre de 1908
8m{Sm • ini nb-finiSei
Historia, geographia
Cartas geographicas
I { Poljgraphia
Jornaes
Beyistas nacionaes e estrangeiras
II
Sciencias civis e politicas
III i ^^^®°^^^B ® artes.
I Bellas artes. . .. .
I
T^ { Philologia
*^ Bellas lettras...
y [ Namismatica.
f Estampas . . . .
VI
vn
Religiões
Incunabulos
Reservados .%
Manuscriptos
lUuminadoB
iripi
aao
yiII-CoUecçSo Camoneana
Total.
Ifon
64
1
321
43
3
.14
5
815
3
772
Bngft
27
1
29
22
28
33
1
1
3
3
2
151
TiSa RmI
72
44
117
8
44
37
110
43
14
10
500
GàlcHi
Bkiict
141
14
200
42
88
4
10
70
23
592
Secretaria Geral das Bibliotbecas e Archivos Nacionaes, em 30 de
junho de 1908.
Pelo Bibliothecario-mór do Reino,
O Inspector,
Gabríel Victor do Monte Pereira.
390
BOLETIU DAS DtBUOTRECAS
REAL ARCHIVO DA TORRE DO TOMBO
Estatlstlea da sala de leltara bo anno de 1908
C«ll€cçies
Alfandegas
Armaria
Atias e Plantas
Autos de acclamaçio e de juramento. . . .
Avisos e ordens — Correspondência do
Archivo
Bullarium
Capellas da Coroa
Cartas missivas
Casa do Infantado
Casa das Rainhas
Casa da Tavola
Chancellarias reaes
Códices illuminados
Collecção especial
CoUecções de S. Lourenço, S. Vicente e
Moreira
Commendas
Conselho da Fazenda
Conselho geral do Santo Officio
Conventos
Corpo chronologico
Correspondência diplomática
Cortes
Desembargo do Paço
Documentos orientaes
Documentos remettidos da índia
Ementas
Gavetas
Genealogias
Inconfidência
Inquisições — Lisboa, Coimbra e Évora.
Intendência Geral da Policia
Interior dos Armários da Casa da Coroa
— Diversos
Jesuítas
Junta do Commercio
Legislação
Numero
de peças cousuitadas
Dk.
86
202
23
6
Prac.
475
152
Xncn
~ ! ée lâttm
LiT.
32
20
3
176
7
17
36
32
19
2
54
2
74
2
21
25
5
9
18
6
i
B ÁRCRIVOS KACIOKAM
391
C«ilec(ici
•
de pe{
Bfc.
Numero
.as consultadas
Pnc. Ur.
Niaen
h leitoni
Transporte
Leitura de Bacharéis
021
33
627
4
4
5
305
47
39
52
5
4
187
70
11
25
2
274
2
Livraria :
19
Livros da Leitura nova
22
Manuscriptos da livraria
30
Matriculas dos Cavalleiros
3
Mercearias :
Mesa censória
24
Môsa da consciência e ordens
1
Ministério da Guerra
54
Ministério do Reino
20
Ordens militares — Habilitações e Chan-
cellarias
G
Patriarchal
Provedorias
4
Recolhimentos
Resisto do Archi vo
12
Refiristo de Mercês ,
1
Tombos da cidade de Lisboa
Tratados
Tribunal de contas (Cartórios remettidos
do)
Universidade
1
Total creral
354
640
747
470
Secretaria Geral das Bibliothecas e Archivos Kacionaes, em 81 de
dezembro de 1908.
Pelo Conselheiro Bibliothecario-mór do Reino,
O Inspector,
Gabriel Victor do Monte Pereira,
392
BOLETIM DAS BIBL10TUECÁ8
Estatística dos leitores na Blbllotheca Nacional de Lisboa
no 4.^ trimestre de 1908
Snç9« • nftinb^mSci
Historia, geograj^hia
Cartas geographicas
I { Polygraphia
Jornaes ; • • •
Revistas nacionaes e estrangeiras
II
Sciencias civis e politicas
rfT ( Sciencias e artes
"^ { Bellas artes
*^ ( Ptiilologia...
^^ j Bellas lettras,
y ( Numismática
I Estampas . . .
VI
vn
e
Religiões
Incunabulos
Reservados
Colleoç&o Camoneana
» Elzeviriana
» Bodoniana
Manuscriptos (fundo geral)
Códices illuminados
[ Collecçio Pombalina
» dos Códices d* Alcobaça
IX
Arcbivo de marinha e ultramar. .
Total,
Hlspecies feqaisitadaB
pelos leitores
Dia
1:054
19
402
1:146
43
1:385
2:153
178
203
2:956
19
41
36
2
71
64
1
254
9
138
2
9:000
19:174
Noi(«
930
5
371
396
26
395
1:669
39
139
3:052
41
Tolal
LeHiiii
1:984 De& 6:622
24 D«MÍU 5:412
778
7:063
1:542
69
1:780
3:822
217
342
6:008
19
41
77
2
71
64
1
254
9
138
9:000
26:237
T«U1 12:034
Secretaria Geral das Bibliothecas e Archivos Nacionaes, em 31 de de-
zembro de 1908. , , ^ T> .
Pelo Bibliothecano-mór do Keuio,
O Inspector,
Gabriel Victor do Monte Pereira.
Ê ÁRCHlVOS llAClONÁEd ãÔS
EsUtistiea dos volames enTiadcs pelas Secçdas Estrangeiras de Permatas
Internaelonaes darante o 4^ trimestre de 1908 á Seeçio das Blbllotheeu
e AreUfos Naelonaes
rrVfMMMM
Bélgica
78
Estatística dos sellos e formalas de fran4ala dos palies da Unllo Postal Dnl-
Tersal entrados na seeçto de Numismática da Blbllolheca Nacional do
Lisboa, durante o 4.^ trimestre de 1908
IichIii
Sellos
Bilhetes postaes.
Cartas postaes. .
Sobrescriptos . . .
Cintas
Vales
T«U
174
38
2
10
2
11
282
■■
?.• ANÍfO, N.« 4 ' fl
INIDIOE
Alfredo Augusto FerDondes.
Terceiro continuo da Bibliotheca Nacional de Lisboa — 61».
Alfredo Aogosto Marques Sopioba.
Contínuo do Real Archivo da Torre do Tombo — 262,
AbIobío Eduardo SiinSes Baiio.
Director do Real Archivo da Torre do Tombo — 6, 68,
61, 90, 165, 260, 266, 3l4.
António Horato Grare.
Continuo da Bibliotheca Publica de Castello Branco — 60.
António Rapbael Ferreira.
Segundo amanuense escrípturario da Bibliotheca Naciona(
de Lisboa —61.
ArchiTO da Torre do Tombo. ;
Vid. Real ArebiTO.
Artbur José Tibnrcio de Olifoira.
Segundo amanuense escrípturario do Real Archivo da
Torre do Tombo — 60.
Balbino Hannel Pedro da Silva Ribeiro.
Primeiro Conservador do Real Archivo da Torre do Tombo
— 69, 261, 262.
Bibliotheca Nacional de Lisboa.
.Concursos — 298.
Jnrys — 56, 57.
Candidatos — 57, 58.
EstaUstlca dos leitores — 84, 263, 309, 392.
••
396 BOLETIM DAS BlBLIOTUKCAâ
Exonençlo — 61.
Nomeaçies — 61.
Quadro de Honra — 384.
Registo de propriedade litteraria— 74, 78, 80, 260, 252, 255,
299, 302, 304, 375, 378, 380.
Relatórios — 7, 91, 267, 315.
BiUiOthecâ Publica de Braga.
EsUtlstlea doa leitores— 85, 307, 308, 389.
BíUlotheea Pnblica de Caalello Branco.
Estatística dos leitores — 85, 307, 308, 389.
EiOBcraçlo — 60.
Nomeaçlo — 60.
BifclioUieca PoUica de ETora.
Estatisttca dos leitores — 85, 307, 308, 389.
AíUiotheca Publica de Villa Real.
Estetlstlea dos leitores — 85, 307, 308, 389.
Carlos Ayres.
Continuo da Real Archivo da Torre do Tombo — 60.
Catalogo de mappas, plantas, desenhos e aguarellas do Archivo
de Marinha e Ultramar por Eduardo de Castro e Al-
meida—203.
Concurso de um logar vago de segundo amanuense escriptnrario
da Bibliotheca Nacional de Lisboa.
Jary para apreciar as proTas do concarso —56.
Candidatos admittidos — 57.
iunancio publicado no Diário do Governo de 13 de julho
de 1908—298.
Concarso de um logar vago de terceiro continuo da Bibliotheca
Kacional de Lisboa.
Jary para apreciar as proTas do concurso — 57.
Candidatos admittidos — 58.
• »
E ARCHIVOS NACI0NAE8 397
Gonenrso de um logar vago de segundo amanuense escripturarío
do Real Archivo da Torre do Tombo.
Jary para apreciar as provas do eoncurso — 58.
Candidatos admlttldos — 59.
Concurso de um logar vago de segundo conservador do Real Ár-
chivo da Torre do Tombo.
AnnonclO publicado no Diário do Oovemo de 10 de abril de
1908 — 259.
Jury para apreciar as provas do concarso — 260.
Candidatos admlttldos — 261.
Eduardo de Castro e Almeida.
Primeiro Conservador da Bibliotheca Nacional de Lisboa
— 56, 203.
Bdnardo Frederico Sehwaibach Incei
Primeiro Conservador da Bibliotheca Nacional de Lisboa
—56.
Bstalislica dos leitores nas Bibliothecas e Ârchivos Nacionaes em
1908:
No primeiro trimestre — 84, 85.
No segundo trimestre — 263, 307.
No terceiro trimestre — 308, 309.
No quarto trimestre — 389, 390, 391, 392.
Estallstiea dos sellos e formulas de franquia dos paízes da UpiSo
Postal Universal entrados na Secção de Numismática
da Bibliotheca Nacional de Lisboa em 1908 :
No primeiro trimestre — 83.
No segundo trimestre — 264.
No terceiro trimestre — 310.
No quarto trimestre — 393.
Kstalistica dos Tolnmes enviados pelas SecçSes Estrangeiras de Per-
mutas Internaciçnaes á Secç&o das Bibliothecas e Âr-
chivos Nacionaes em 1908:
No primeiro trimestre — 83.
No segundo trimestre — 264.
No terceiro trimestre — 393.
No quarto trimestre — 393.
398 BOLETIM DAS BIBLIOTHECAS
Estatistica dos volomes enviados peia Secç&o das Bibliothecas e
ÂrchivoB Nacionaes ás SecçSes Estrangeiras de Per-
mutas Intemacionaes em 1908:
No segundo trimestre — 264.
Eipo8Í{io (Â) Cervantina da Bibliotheca Nacional de Lisboa em
maio de 1905, por Xavier da Cunha — 35.
fiabriel Victor do Moiile Pereira.
Inspector das Bibliothecas e Ârchivos Nacionaes — 84, 85,
263, 307, 308, 309, 389, 381, 392.
Henrigoe Vatheos Cansado.
Segando amanuense escripturario da Bibliotheca Nacional
de Lisboa — 61.
lDTen{io (Â) da imprensa; sua utilidade e antecedentes genéticos.
Dissertaçfto pelo alumno de Bibliologia, Benjamin de
Carvalho Vasques de Mesquita — 62.
Joio Aogvsto Melido.
Segundo Conservador da Bibliotheca Nacional de Lisboa
—58.
José António Vobíz.
Segundo Conservador da Bibliotheca Nacional de Lisbo^
e professor da aula de Bibliologia — 56, 58, 260.
José d'Aie?edo Castelio Branco.
Conselheiro Bibliofhecario-mór do Reino — 57, 58, 59,
259, 260, 261, 298.
José Leite de Vaseoncellos Pereira de Mello.
Primeiro Conservador da Bibliotheca Nacional do Lisboa
e professor da aula de Numismaica — 57.
D. José Varia da Silva Pessanha.
Primeiro Conservador do Real Archivo da Torre do Tombo
e professor da aula de Diplomática — 59, 260.
Padre José Nunes Branco Pardal.
Continuo da Bibliotheca Publica de Castelio Branco
— 60.
>
£ ARCUIVOS KACIOKAES 399
Origem da lingaa portuguesa — Latim vulgar e latim litterario
— Primeiros documentos portugueses. Breve lição de
Diplomática pelo alumno da aula Benjamin de Car-
valho Yasques de Mesquita — 132.
Pedro Aognsto de S. Rarlholomeii Aiefedo.
Primeiro Conservador do Real Árchivo da Torre do
Tombo e professor da aula de Paleographia — Õ8,
260.
PossidoDio Hathens Laranjo Coelho.
Segundo Conservador do Real Árchivo da Torre do
Tombo — 262.
Real Árchivo da Torre do Tombo
Concumos— 259.
Jury — 58, 260.
Candidatos — 59, 261.
Estatística dos leitores — 390, 391.
Exoneração — 60.
Nomeações — 60, 262.
Relatórios — 5, 89, 265, 313.
Registo de propriedade litteraria.
Obras entradas na Bibliotheca Nacional de Lisboa:
Janeiro de 1908 — 74.
Fevereiro de 1908—78.
Março de 1908 — 80.
Abril de 1908 — 250.
Maio de 1908 — 252.
Junho de 1908 — 255.
Julho de 1908 — 299.
Agosto de 1908 — 302.
Setembro de 1908—304.
Outubro de 1908 — 375.
Novembro de 1908 — 378.
Dezembro de 1908 — 380.
Relaçio das pessoas e corporaçSes que, por seus donativos ou ser*
viços prestados á Bibliotheca Nacional de Lisboa, ficaram
inscriptas no respectivo Quadro de Honra :
Em 1908 — 384.
nOLKTlH DAS BlBLlOTBSCAS
IteItttritB doB BãrriçoB da Bibliotheca Nacional de
Director Xavier d& Cunha:
No primeiro trimestre de 1908 — 7,
No segundo irimefitre de 1908 — 91.
No terceiro trimestre de 1908—267.
No quarto trimeelre de 1908 — 3l5.
Rdaloriu dos serriçoa do Real ArchiTo da Torre A
Director António Eduardo SimSea BstSo :
No quarto trimestre de 1907 — 5.
No segundo trimestre de 1908 — 89.
No terceiro trimestre de 1908 — 265.
No quarto trimeati-e de 1908 — 313.
Visconde (O) de Santarém como gusrda-miír da To
por António Eduardo SimSea BaiKo — 1'
XaTier da Cbiú.
Director da Bibliotheca Nacional de Lisboa-
57, 131, 258, 297, 306, 374, 384, 388.
iHFSEirsÀ DA Unitbbsidade, 1909
/
I
/'
Bibliothêiia NacionAl d« LiBboà: Exposição bibli(^raphica no bi-cente-
nario do Padre António Vieira em 1897. Lisboa, Imprensa K^cional, 1897.
f
A Eiposiçã^ Petrarchiana da Bibliotheca Nacional de Lisboa. Catalogo
summario neK) Director da mesma Bibliotheca Xavier da Cunha. Lisboa, v
Imprensa Âaòional, 1905. ^^
[ Curso de Bibiiothecario-Archivista. Summario das liçpes de Bibliologia, ^
compiladas por José A. Moniz, professor interino da respectiva cadeira na
^ Bibuotheca Nacional de Lisboa!!, 2.<> ediçlo. Coimbra, In^irensa da Univer-
— sidade, 1900. , , ^
Numismática Nacional. Liçio inaugural do curso de Numismática da
Bibliotheca Nacional de Lisboa no anno lectivo de 1888-1889, polrJ. Leite
^ { de Vasconcellos, professor proprietário da respectiva cadeira. Lisboa, Tj- \ \
j pographia do Jornal '«O Dia», 10 e 1?. Rua Anchietai 1888.
*t Elencho das lições de Numismática dada^ na pibliotheca Nacional de
Lisboa por J. Leite de Vascòncellos, 1.* parte do curso (1888-*1889). Lisboa,
Typographia do Jornal ¥> Dia», 1889. ,
Elencho das liçdes de Numismática dadas na Bibliotheca Nacional de ^
Lisboa por J. Leite de Vasconcellos do II curso do anno lectivo de 1889-
1890 até ao VI curso do anno lectivo de 1893-1894. Lisboa, Typographia
do Jornal «O Dia.^ 1894. '^
V . ~- "N
Belatorios/dos serviços da Bibliotheca Nacional de Lisboa desde o secundo
ti:imestre de 1903 até ao terceiro trimestre, -de 1907, por Xavier da Cunha.
Cpimbra, Imprensa da Universidade, 1903 a 1907.
Boletim dks Bibliothecas e Archivos Nacionaes, publicação official tri-
mensal. Publicados 6 annos. Coimbra, Imprensa da Universidade, 1902 a
■ 1907.
Uma traducçao inédita em latim do soneto «Alma minha gentil ...» Publi- ;
cada e prefaciada por Xavier da Cunha. Coimbra, Imprensa da Universi-
dade, 1904.
\
Uma carta inédita de Camões. Apographo existente na Bibliotheca Na- ' i
cional d^ Lisboa, agora commentado e publicado pelo Director da mesma
Bibliotheca Xavier da Cunha. Coimbra, Imprensa da Universida^de, 1904,
A Bibliotheca Nacional de Lisboa na Exposição Oceanographica. Cata-
logo summario por Xavier da Cunha. Coimbra, Imprensa da Universidade,
1904.
A Bibliotheca Nacional de Lisboa no Congresso internacional de Liége /
sobre reproducçâo de manuscriptos, medalhas e selloís. Relatório sobre a
legislação portugueza no tocante á reproducçâo dos manuscriptos offerecido ^^
ao .Congresso pelo Director da mesma Bibliotheca Xavier da Cunha.
Coimbra, Imprensa da Universidade, 1905.
A Legislação tributaria em benefício da Bibliotheca Nacional de Lisboa,
por Xavier da Cunha. Coimbra, Imprensa da Universidade, 1903.
i
A medalha de Casimiro José de Lima em homenagem a Sousa Martins,
^ descri pção numismática por Xavier da Canha. Coimbra, Imprensa da Uni-
versidade, 1908.'
i Espécies bibliographicas e espécies Mbliacaa. Considerações sobre no-
menclatura poÀXavier da Cunha. Coimbra, Imprensa da Universidade, ldu3.
\ Concursos públicos para provimento de logares vagos de^egundos Con-
servadores dos quadros do Keal Archivo da Torre do Tombo e da Biblio-
tbeca Nacional de Lisboa, Legislação respectiva. Parecer de José Joaquim
d'Ascensào Valdez. Coimbra, Imprensa da Universidade, 1903.
Relatório dos serviços desempenhados em Coimbra e Braga em Junho
de 1908 por José Joaquim d' Ascensão Valdez. Coimbra, Imprensa da Uni-
versidade, 1904,
Gabinete Numismático da Bibliotheca Nacional de Lisboa (Notas e do-
cumentos) pelo dr. José Leite de Vasconcellos. — I. Moedas de ouro da
j epocha germânica. Coimbra, Imprensa da Universidade, 1902.
A excelsa rainha D. Maria II na intimidade. Reflexões aproposito de um
manuscripto existente na Bibliotheca Nacional de Lisboa por Xavier da
Cunha. Coimbra, Imprensa da Universidade, 1904.
Real Archivo da Torre do Tombo :
índice geral dos documentos conteúdos no corpo chronologico exis-
tente no Real Archivo da Torre do Tombo. Mandado publicar pelas
cortes na lei do orçamento de 7 de abril de 1838. Tomo !.• e uuico.
Lisboa, Typographia d-e Silva, 1843.^
índice geral dos documentos registados nos Urros das chancellari^is
existentes no Real Archivo da Torre do Tombo,' mandado fazer pelas
cortes na lei do orçamento de í de abril de 1838. Tomo 1.* e unieo.
Lisboa, 1841, na Typographia de Gr. M. Martins.
Extracto do Real Archivo da Torre do Tombo offcrecido á Augus-
tissima Rainha e Senhora D. Maria I, por José Pedro de Miranda
Rebelk), amanuense do mesmo Archivo. Coimbra, Imprensa da Uni-
versidade, 1904.
Bibliotheca Publica de Évora :
Catalogo dos manuscriptoa da Bibliotheca Publica Eborense, por J.
H. da Cunha Rivára. Tomo 1.", Ultramar. Lisboa^ Imp. Nacional, 1850,
Tomo 2.^ Litteratura, Imprensa Nacional, 1868. — Tomo S.*» Historia.
Imprensa Nacional, 1870.
Cafalogo do Museu Archeologico da cidade de Évora, annexo de sua
Bibliotheca, composto por António Francisco Barata. Lisboa, Imprensa
Nacional, 1903.
Os reservados da Bibliotheca Publica de Évora, pelo director An-
tónio Joaquim Lopes da Silva Júnior. Coimbra, Imprensa da Univer-
sidade, 1907.
Venda avulso, no edifício da Bibliotheca Nacional de Lisboa.
Cada exemplar do numero do Boletim^ in-8.® — 200 réis.
I
1
A medalha de Casimiro José de Lima em homenagem a Sousa Martins,
descri pçao numismática por Xavier da Cmiha« Coimbra, Imprensa da Uni-
versidade, 1908/
Espécies bibliographicas e espécies bibliacas. Considerações sobre no-
menclatura poÀXavier da Cunha. Coimbra, Imprensa da Universidade, 19<)3.
Concursos públicos para provimento de logares vagos depegondos Con-
servadores dos quadros do Keal Arehivo da Torre do Tombo e da Biblio-
theca Nacional de Lisboa, LegisIaçKo respectiva. Parecer de José Joaquim
d'A8censào Valdez, Coimbra, Imprensa da Universidade, 1903.
Kelatorio dos serviços desempenhados em Coimbra e Braga em Joiíbio
de lfK)3 por José Joaquim d^Ascensâo Valdez. Coimbra, Imprensa da Uni-
versidade, 1904.
' Gabinete Numismático da Bibliotheca Nacional de Lisboa (Notas e do-
cumentos) pelo dr. José Leite de Vasconcellos. — I. Moedas de ouro da
epocha germânica. Coimbra, Imprensa da Univer^dade, 1902.
A excelsa rainha D. Maria II na intimidade. Reflexões aproposíto de um
manuscripto existente na Bibliotheca Nacional de Lisboa por Xavier da
Cunha. Coimbra, Imprensa da Universidade, 1904.
Real Arehivo da ToiTe do Tombo :
índice geral dos documentos conteúdos no corpo ebronologico exis-
tente no Real Arehivo da Torre do Tombo. Mandado publicar pelas
cortes na lei do orçamento de 7 d^ abril de 18^8. Tomo l.<* e uuico.
Lisboa, Typograpbia áe Silva, 1843.^
índice geral dos documentos registados nos livros das chancellarias
existentes no Real Arehivo da Torre do Tombo,^ mandado fazer pelas
cortes na lei do orçamento de Í de abril de 1838. Tomo 1.^ e unieo.
Lisboa, 1841, na Typographia de G. M. Martins.
Extracto do Real Arehivo da Torre do Tombo offerecido á Augus-
tissima Rainha e Senhora D. Maria I, por José Pedro de Miranda
Rebello, amanuense do mesmo Arehivo. Coimbrai Imprensa da Uni-
versidade, 1904.
Bibliotheca Publica de Évora :
L
Catalogo dos manuscriptos da Bibliotheca Publica Eborense, por S,
H. da Cunha Uivara. Tomo 1.°, Ultramar. Lisboa, Imp. Nacional, 18Õ0,
Tomo 2.<> Litteratura, Imprensa Nacional, 1868. — Tomo 3.** Historia.
Imprensa Nacional, 1870.
Catalogo do Museu Archeologico da cidade de Évora, annexo de sua
Bibliotheca, composto por António Francisco Barata. Lisboa, Imprensa
Nacional, 1903.
Os reservados da Bibliotheca Publica de Évora, t)elo director An-
tónio Joaquim Lopes da Silva Júnior. Coimbra, Imprensa da Univer-
sidade, 1907.
Venda avulso, no edifício da Bibliotheca Nacional de Lisboa.
Cada' exemplar do numero do BoUtivi, in-8.®-^200 rÓls.
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