"CASA
19 4 9
LYRA EDITORA"
SÃO PAULO
Mário Amarai Novais
Rev. Galdino Moreira
SÀO PAULO
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in 2014
https://archive.org/details/maconariaeocristOOmore
"UMA OBRA PRIMOROSA"
CARTA ABERTA aO SR. MÁRIO AIMARAL NOVAIS
(RÉPLICA)
Senhor:
Mãos amigas acabam de cnAÍar-me um exemplar do nobre órgão
oficial da iluslre Igreja Presbiteriana Independente do Brasil — "O
Estandarte", edição de 30-3-1918, por cujas colunas o senhor me dirige
longa, exhausliva e tremendíssima "Carta Aberta", a propósito de
recente "Apreciação" que tive a honra de fazer à obra primorosa do
Rev. Prof. Jorge Buarque Lyra, sob o título — "A Maçonaria e o Cris-
tianismo", e pelo talentoso autor publicada no fim do ano passado.
Li a sua carta, esparrimada por oito páginas compactas de "O
Estandarte", aliás dignas de uso mais edificante e útil. A impressão
que sua missiva trouxe ao meu coração de humilde cristão, pastor o
servo de N. S. Jesus Cristo, foi das mais penósas. Porque a sua missiva
não tem objetivo construtivo ou esclarecedor, não tem finalidade ele-
vada. O senhor se esforçou desesperadamente, nessa "Carta Aberta",
em realizar uma única e exclusiva obra — depreciar-me, e ao Rev.
Lyra, colocaudo-nos na ridícula situação — ou de cretinos, ou de igno-
rantes, ou de hipócritas. Tudo quanto o senhor ajunta como pretensa
argumentação foi para chegar, em síntese, a esta diabólica e maldosa
finalidade: — "O Rev. Galdino, cristão, é contra o próprio Rev. Gal-
dino, maçon; o Rev. Galdino, cristão, é contra o Rev, Jorge Lyra, ma-
çon; o Rev. Jorge Lyra, maçon, é contra o Rev. Galdino, cristão; o
Rev. Jorge Lyra, cristão, é contra o próprio Rev. Jorge, Lyra, maçon.
Os dois Reverendos contradizem-se um ao outro e cada um se contradiz
a si próprio." Em síntese, repito, tòda a sua "Carta" girou em torno
dessas conclusões.
Tudo isto, na verdade, senhor Mário Amaral Novais, é uma dolo-
rosa falta de verdade, é triste quebra flagrante do 9.° mandamento da
Lei de Deus, exarada em Êxodo, capítulo 20, como mais adiante mos-
Nota necessária:
O presente artigo toi escrito e enviado à redação da folha presbiteriana indepen-
dente "O Estandarte", na data que traz o original do Rev. Galdino Moreira, em res-
posta a um artigo do Sr. Mário Amaral Novais que, no dito jornal atacara o autor
gratuita e violentamente.
Não querendo a folha presbiteriana irídependente publicar a resposta do Rev. Ga!,
«lino, evidenciando dest'arte a sua imparcialidade sui generis e a sua probidade jorna-
listica às avessas, resolvemos inserir em nossa 2.* edição desta obra, na integra, o
trabalho do nosso irmão c colega, que também foi amplamente divulgado por nós em
milhares de folhetos.
JORGE LYRA
I
l ■
trarei. E que é que prova a sua arenga tôda? Nada prova, mesmo ad-
mitindo, apenas para argumentar, que eu e o Rev. Lyra somos uns po-
bres débeis mentais, uns contraditores de nós mesmos, uns coitados
que estamos a nos entestar um contra o outro. Porque, exmo. senhor,
nada disso prova contra a tese que o Rev. Lyra quis defender, na sua
obra: — "A Maçonaria não é incompativel com a profissão da fé
evangélica." O "fato", admila-se para discussão, de que somos — êle
e eu — uns pobres contraditores, não* prova nada, nem a favor nem
contra a Maçonaria! Logo, a sua "Carta" foi sem objetivo, não reali-
zou elucidação nenhuma e apenas evidenciou a sua fraqueza de "ini-
migo" DERROTADO. O senhor devia era ter tomado a obra do Rev.
Jorge Lyra e mais a minha modesta "Apreciação" favorável a ela e,
com boa-fé e coragem, se, pudesse, tentar destruir os nossos ARGU-
MENTOS, um por um, os meus e os do Rev. Jorge. Isto, sim, seria digno
de respeito. Mas, o senhor, não podendo derrubar a granitica e pode-
rosa argumentação do livro do Rev. Lyra, inventou uma saida: —
achincalhar, depreciar e desmerecer a idoneidade mental do Rev. Jor-
ge e a minha.
O primeiro impulso muito humano que tive, lendo a sua "Carta",
foi de repugnância e de desprezo. Foi o de pegá-la e atirá-la bem no
fundo de uma cesta que uso para papéis inúteis. Mas, anotando que
o senhor se diz crente, e, dessarte, meu possivel irmão em Cristo; tendo
em vista a dignidade do jornal que editou a sua "Carta", sob todos os
titulos, órgão respeitável do evangelismo nacional; considerando a ne-
cessidade moral inadiável de desfazer entre os leitores de "O. Estan-
darte" a péssima impressão que o senhor tentou dar a meu respeito
e a respeito„do Rev. Jorge B. Lyra, — resolvi ler de novo a sua "Carta"
e, depois de àqui esclarecê-la com humildade e franqueza — e Deus
sabe que digo a verdade e não minto — DEVOLVÊ-LA CRISTÃMENTE
AO SENHOR, porque não posso guardar comigo esse documento nem
posso constrangidamente manter o meu respeito para com um presbí-
tero ou irmão na fé em Cristo Jesus — como me informam que o senhor
se declara em nosso meio evangélico — sem cumprir pesarosamente
a Escritura, que me ordena a "responder ao insensato conforme a sua
insensatez, para que êle não seja sábio aos seus próprios olhos" (Pro-
vérbios, 26:4). Devolvo-lhe cristãmente a sua "Carta Aberta" porque
ela é FALSA em todos os pontos em que me assalta e assalta o Rev.
Jorge Lyra, É uma "Carta'' que acusa de graça, calcada em incoerên-
cias, na pressa em concluir e sem senso algum.
Passo às provas.
— 6 —
PRIMEIRA OBSERVAÇÃO
O senhor áLriu a sua bateria contra mim com a informação de
que me contradigo, porque em certa ocasião condenei a entrada de
crentes no Partido Comunista por nêle se exigir juramento e, na mi-
nha "Apreciação" à obra do Rev. Jorge Lyra, já admito juramentos
maçónicos.
Respondo-lhe:
Sua acusação acima, exmo. senhor Mário Amaral Novais, não tem
base; não é sincera, não é justa, não é verdadeira. Se o senhor citar,
em qiialquer obra ou escrito meu, em qualquer tempo, que cu haja en-
sinado ou afirmado que QUALQUER espécie de juramento, e sob
QUALQUER matéria ou forma, é ilícito para o crente evangélico, é
proibido, é inadmissível, então, a sua prova acima é justa, e eu terei
de curvar-me ante m.inha debilidade mental, contradizendo-me a mim
próprio. Mas, o senhor NUNCA poderá citar semeHiante ensino meu,
em lugar algum, em tempo algum. Ao contrário. Em "Lições Domini-
cais" que tenho escrito, desde 1932 até 1947 (1.° trimestre), em obras
minhas de doutrina, em artigos meus vários e esparsos, e no próprio
texto que o senhor citou, tenho afirmado, ensinado c doutrinado, com
as Escrituras, e com "Confissão de Fé", cap. 22, que há juramento
LÍCITO e admissível e há juramento ILÍCITO e inadmissível ao crente.
Nos dois casos que o senhor citou, não me contradigo. Porque, se
condenei e condeno o juramento exigido pelo Partido Comunista, dei
a seguir a razão, e lá está nas próprias palavras que o senhor copiou
e tresleu: "É juramento DE SUBMISSÃO ao Partido. . . é ENTREGA
a êle da CONSCIÊNCIA CRISTÃ, que só pertence a N. S. Jesús Cristo."
É, pois, juramento ilícito, na fórma o no fundo. Ora, no caso das JU-
RAS maçónicas (foi ate a frase que usei, e o senhor citou), não há
ilicitude, pois ai não se exige nada contra a consciência cristã; ao
contrário, a Maçonaria estipula, constitucionalmente, absoluto respeito
à consciência do homem. Os juramentos maçónicos, veja bem, exmo.
senhor Amaral, eu até os igualei com os que há admissíveis no Estado,
na Famíjia e na própria Igreja! O senhor mesmo copiou essas pala\Tas
minhas! Será que a Igreja Cristã permite na sua vida privativa, pe-
culiar, interna, o uso de juras, de compromissos de honra, ou de votos
cristãos, como os há, inadmissíveis? Ilícitos? Proibidos pela Palavra
de Deus? Absurdo. Ora, se eu igualei os JURAMENTOS maçónicos a
tais juras, é claro, é evidente^ é curial que eu admito, admito mesmo.
como mnçon e cristão, que há na Maçonaria e na Igreja e na Família
e no Estado juramentos LÍCITOS e compatíveis com a profissão de fp
cristã.- Logo, quando o senhor uniu temas diferentes como ifjunis,
quando o senlior não distinguiu o que eu próprio distingui, quando o
senlior não separou o que eu separei e separo, quando o senhor tomou
o que eu disse ser ILÍCITO com o que eu disse ser LÍCITO, quando o.
senhor agarrou o preto e o branco e pôs tudo numa côr única, o senhor
fez de duas uma — ou má fé deliberada, ou tremenda pressa leviana
em concluir, fôsse como fôssei. . . O juramento comunista é ilicito.
O juramento maçónico c licito, pelo menos assim o encaro como cris-
tão, pastor e prégador do Evangelho, porque eu jamais estaria no meio
maçónico, se a Maçonaria exigisse de mim qualquer juramento ilicito.
Fique sabendo disto para sempre, senhor Mário Amaral Novais. Nunca
fiz juras ILÍCITAS em lugar algum. Repilo, pois, a sua primeira pu-
nhalada, e punhalada que o senhor me deu de graça e pelas costas.
SEGUNDA OBSERVAÇÃO
Logo a seguir, o senhor me enfiou nova punhalada gratuita. Pois
o senhor citou trechos de certa Lição Dominical (1947), escrita por
mim, na qual condenei vivamente as reservas, os segredos e a falta de
publicidade nos assuntos referentes "ao Culto de Deus... à Fé, ao
Evangelho, à vida eclesiástica, à propaganda da Religião de Cristo".
Perfeitamente. Depois, tenta colocar-me em litigio comigo mesmo,
porque admito reservas, segredos, matérias privativas e particula-
ridades na Maçonaria.
Respondo-lhe:
O senhor cometeu neste caso uma falta grave, a qual destrói por
completo a sua comparação. E é esta. No priméiro txecho, condeno
segredos na Religião, no. Evangelho, no Culto Cristão, em matérias
eclesiásticas. No segundo, admito segrêdos na Maçonaria. Diga-me:
Maçonaria é Culto? É Religião? É Evangelho? É sistema eclesiástico?
Não. Não é, nunca foi. Logo, as duas cousas são diferentes, são o re-
verso uma da outra! Releia os trechos mesmo que citou e misturou,
e verá qno os termos aí se explicam por si! Pois seria. eu um louco
se condenasse segrêdos, reservas, particularidades privativas que exis-
tem na vida, nas sociedades e nas relações humanas. Segrêdos, parti-
cularidades privativas, íntimas, e assuntos pessoais ou de grupos, sem-
pre houve. O senhor os tem, eu tenho, tôda gente tem. A Maçonaria
i
adola jntsnio segredos e parlicularidadcs em alguns assuntos doulri-
nários, disciplinares, internos e privalioos dc seus associados, nos quais
uão há nada ILÍCITO nem contra a con-sciência cristã ou a dignidade
ijidividual, conforme dou testemunho de ciência prójjria. Logo, esta
acusação do scnhoi-, feita sem pé nem cabeça, sem disUngnir o qne foi
c é distinto, c nula e clamorosamente falsa. Não procede.
TERCEIRA OBSERVAÇÃO
■ O senhor mc pergunta se eu concordo com as orações maçónicas,
nos iêrmos admitidos pelo Rev. Jorge, em sua obro, págs. 131, 117 e 128.
E o senhor se apressa a rcsponder-me, citando minha nota em Lição
Dominical, 1037, onde eu digo: "NOSSAS orações só devem ser feitas
em Nome de Cristo."
Respondo-llie :
Não posso concordar com o ensino truncado, mutilado, espatifado
e sonegado que o senhor põe à conta do Rev. Lyra. Onde o Prof.
■Jorge usa 25 páginas compactas^ sérias e explicitas, desde a de número
110 até 134, com centenas de linhas coesas, na explanação das orações
maçónicas (chamadas assim), o senhor usou apenas 3 citações, com 14
linhas, em tópicos separados c completamente fora dos contextos do
autor! Com esta horrível e feia macaqueação da doutrina em lide,
senhor Amaral, eu não concordo, nem podia concordar, POIS É FAL-
SIFICAÇÃO. Mas, concordo com a explicação dada pelo Rev. Lyra,
em sua obra, desde a página 110 até 134, sem cortes. Desafio-o a pu-
blicar todo esse trecho, se o senhor deseja ser homem de bem e probo
de atitudes. A explicação do assunto em lide, dada na obra do Rev.
LjTa, na sua integra, é teologicamente exata, certa e bíblica, e o senhor
não é homem, nem aqui nem na China, ])ara rebatê-la. Faça isto pri-
meiro, e volte, para merecer consideração. Porque, senhor Amaral,
pelo seu método de cortes e furtos de contextos e de textos, prova-se
tudo, até que a Biblia afirma, de pés juntos, "que não há Deus" e "que
Jesus não é divino..." Os impios têm usado isso, exatamente, exmo.
pi esbitero Amaral, pelo SEU processo-ladrão. Será que o senhor virou
Ímpio também? Deus não deixe que tal continue a acontecer! Publi-
que na integra o debate do Rev. Lyra. Sem isto o senhor não pode
merecer atenção neste ponto.
QUARTA OBSP:RVAÇãO
O senhor dU en\ seiíuida que o Rov. Lyra admite na Maçonaria,
em sua obra. pãiís. 76, 119 e 17G, a salvação pelas obras, e que eu, em
uma Lição Dominical de 1937, não admito tal cousa. E, dessarte, con-
clue o senlior, eu eloijiei uma obra heterodoxa e me contradigo.
Respondo-lhe:
Não c. exata a acusação. O senhor cometeu aqui a mesma falta
grave já e\ideuciada na "Terceira Observação" acima, isto é, muti-
lação e roubo do pensameiito do Rev. Jorge. O senhor citou 3 páginas
esparsas e fóra dos contextos, ou 17 linhas, onde o Rev. Lyra tem 100
páginas elucidativas do assunto, as de números 76 a 176! Nesses lon-
gos períodos o Rev. Jorge explica com segurança o tema em apreço;
o não há abiolatamente contradição entre êle e miuí, nessa forma com-
pleta do assunto. Repto-o, pois, a publicar as páginas lôdas citadas
acima — 7(3 até 176, e desde já lhe declaro que, se o não' fizer, demons-
trará a sua falta de probidade cristã. Não se acusa a ninguém dêsse
modo, senhor Amaral. É surpreendentemente estarrecedora semelhan-
te atitude, própria só de ímpios.
QUINTA OBSERVAÇÃO
O senhor diz depois que "eu SEI que há imágens na Maçonaria"
e que "o Rev. Lyra ADMITIU e CONFESSOU isto em sua obra". E me
põe contra o Rev. Lyra e contra mini mesmo, citando trecho de minha
Lição Dominical de 1937, onde condeno os idoles e a idolatria em ter-
mos formais c conservadores.
Respondo-lhe: . - '
O senhor falta com a verdade, nesia acusação, três vêzes numa só
vez. Primeiro, eu não SEI que haja ídolos ou irnágcns na Maçonaria.
SEI que X.\0 há. Na Maçonaria há símbolos, mas nenhum dèles, um
só ao menos, c usado com fins de adoração ou culto religioso. Símbo-
los, senhor Amarai, não são proibidos pela Escritura,- e sim, idolos,
imagens, representações, figuras e símbolos para fins de culto religioso.
Foi isso o que eu condenei e condeno. Segundo, o Rev. Jorge não AD-
MITE nem CONFESSA Iiaver ídolos e imágens na maçonaria. Ao con-
trário, repele tal acusação, com veemência, em sua obra, em inúmeros
lugares, especialmente em páginas 50, in fine, 107, 110, 178 e,em tôda
— 10 —
a "Quinta Parte" do seu livro, onde êle explana o simbolismo maçó-
nico desde pá!»iiia ate página 39G — CEM (100) PÁGINAS! Ter-
ceiro, o senhor quis provar unia doutrina, atribuída ao Rcv. Jorge, pelo
seu método confuso de MISTIFICAÇÃO dos textos do autor. De fato.
Onde Q Rev. Lyra usa, no mínimo, IHO páginas, nas quais estuda e
recusa a acusação de haver idolatria no sistema, regime e ensino maçó-
nicos — (vimos isto linhas atrás) — o senhor desencava, em lugares
desconexos do autor, APENAS uns trcchinhos de 4 páginas com APE-
NAS e total de 15 linhasl Use o senlior o remédio já receitado nas
"Observações" anteriores, publicando na íntegra o pensamento do Rev.
Lyra, se deseja merecer qualquer acatamento dos homens de bem.
E, mais esta vez, o senhor acusou em falso.
SEXTA OBSERVAÇÃO
Apunhalou-me de novo o senhor, em reprovável emboscada, quan-
do me citou, na "Apreciação" que fiz à primorosa obra do Rev. Jorge,
e onde eu digo, em síntese: "A Maçonaria é ura FRUTO do Cristia-
niismo. Voluníàriamente ou não, ela ENCARNA NO SEU IDEAL MA-
ÇÓNICO — (o de fazer ao próximo o maior bem, explico) — , o Cris-
tianismo de Cristo." E, a seguir, o senhor diz que, todavia, o Rev.
Prof. Jorge Buarque Lyra e outros informam que a Maçonaria SE
ORIGINOU de mistérios antigos e de crenças pagãs.
Respondo-lhe :
Sua acusação, também nesta parte, não me atinge, nem de leve.
Bem conheço e admito quanto o senhor citou sobre, as ORIGENS da
Maçonaria, na sua GRANDE PARTE; sei que ela recebeu muita cousa
do paganismo, ao nascer. Mas, a minha afirmação, que o senhor tam-
bém copiou, não trata das ORIGENS da Maçonaria e sim do IDEAL
MAÇÓNICO na sua vigência, do fruto maçónico! Eu escrevi: "A i\Ia-
çonaria é o FRUTO do Cristianismo... Porque, o que encarna o
IDE.A.L MAÇÓNICO não é nada senão CONSEQUÊNCIA (o contrá-
rio de ORIGE^I, não é Verdade?) do Cristianismo de Cristo, conse-
quência voluntária ou não dele." ■■^
Vê a diferença, senhor Amaral, e diferença como entre água e
vinho? Algumas ou grandes ORIGENS da Maçonaria são pagãs. Certo.
Mas, na Maçonaria, assim originada remotamente, existe um IDEAL
cristão, uma influência cristã, um fruto cristão, uma consequência cris-
tn, volunlàriamenle ou não. É o falo. Pouco importam as origens
pogus da Maçonaria. O que ela chegou depois a ser e agora é — en-
carna o fruto do ideal Cristão. Sim, a Maçonaria começou pagã, e com
isto concordo plenamente. Mas, não ficou no paganismo. Evoluiu,
cresceu, corrigiu-se e acabou recebendo, no tempo próprio, tal influên-
cia do Cristianismo, que o ideal maçónico hoje é FRUTO do Crislia-
nisiiio, quer queira ou não o senlior Amaral. Ora, eu tratei do FRUTO
e o Rev. L}Ta das ORIGENS. Êste falou sòbre o INÍCIO remoto da
Maç(;iiaria; eu falei sôbre a Maçonaria existente. Onde a contradição?
Onde o conflito? Onde a incoerência? Não vê, senhor Amaral, que aí
estão duas causas absolutamente separadas c diferentes'? Vou exem-
plificar, para esclarecer. Eu digo que eu tive ORIGENS RELIGIOSAS
pagãs, romanistas, mundanas, sem fé e sem Deus. Minhas origens espi-'
rituais foram péssimas, em religião. Mas, acabei recebendo a IN-
FLUÊNCIA benfeitora do Cristianismo de Cristo e hoje sou um FRUTO
dêsse Cristianismo, uma INFLUÊNCIA dele, uma CONSEQUÊNCIA
déle. Está certa a frase ou não? 'Está. Perfeitamente certa. Pois o
caso, em que o senhor Amaral me achou em briga com o Rev, Lyra, é
idêntico, é igual, c do mesmo sentido! As ORIGENS da Maçonaria,
em rjrande parte, são pagãs, afirma o Lyrh. A Maçonaria, hoje, que-
rendo ou não, pouco importa, é FRUTO do Cristianismo no seu ideal
Maçónico, declarei eu. Onde o conflito? Onde a contradição? Onde
o absurdo? Não existe. Logo, ainda nèste ponto o senhor falta com
a verdade,
SÉTIMA OBSERVAÇÃO
O senhor Amaral procurou, a seguir, acusar-me e ao Rev. Lyra, com
uma "esmagadora" e tremenda estatística. Resumo assim, em síntese,
esta punhalada do professor Amaral: "O Rev, Galdino, decerto im-
pressionado COMI o volunião da obra do Rev. Lyra, um livro imenso de
28 X 19 cts., afirmou que nêle o Rev. Jorge respondeu "ao pé da letra"
— argumento por argumento, tese por tese, acusação por acusação e
cita por cita à obra do Rev. Eduardo. Mas, isto não é fato, 1°, porque o
livro do Lyra, na parte genuinamente controversa, só tem 148 páginas,
ao passo que o do Eduardo tem 218 páginas; 2.°, porque mesmo dessas
148 páginas do Lyra temos que tirar 73, citações do Rev. Jorge, tiradas
da obra do Rev. Eduardo,. ficando de saldo menos de ICO páginas, ou
sejam exatamente 75 páginas, unicamente; 3.°, porque, na realidade
o Lyra não comentou as teses e os argumentos do Rev. Eduardo em 127
páginas, que. assim, ficaram intátas no livro do Rev. Eduardo." E' a
acusação.
— 12 —
Respondo-lhe :
Em primeiro lugar, c de se recusar in limine a simplista compa-
ração que o senlior Amaral acima cstaljclece entre as duas obras em
a])reço, porque ])cca pelo absurdo.- Como simples matéria de falo, não
é possível comparar o tamanho e, conse<]uenteniente, o valor das pá-
ginas em SI, cm quaisquer edições, dos dois valumcs, pois o livro do
Rev. LjTa é do (amanho — 28 x 19 e o do Rev. Eduardo (3.° edição,
1945) é do tamanho 18 x 13.; aípièle, no total, contem 581 (QUINHEN-
TOS E OITENTA E UMA) paginas e o do Pereira, o referido acima,
apenas 169 (CENTO E SESSENTA EXOVE) páginas. E o livro do
Lyra vale, em cada página, cerca de página e meia da obra do Eduar-
do. Logo, não é possivcl a comparação fcila núa e crúa, sem relação
proporcional, entre as rínas obras, como fez o senhor Amarad.
Em segundo lugar^ o senhor Amaral fez a comparação liniitando-a
"à parte genuinamente controversa" da obra do Rev. Lyra. Concordo;
e, para ser justa a igualdade do exame, tainbém se há de tomar "a par-
te genuinamente controversa" do Rev. Eduardo. Pois bem. O senhor
Amaral dá para o Lyra só 148 páginas, nesse caráter (as de 52 a 196)
e para o Eduardo 218 páginas. Isto, porém, não é exato. O Rev. Lyra
tem as páginas 52 até 196 direias contra o Eduardo e ainda a éle res-
ponde, mediante notas remissivas, no rodapé e no corpo da obra, nas
respostas dadas a Egg, Brown e Bertrand (de 199 até 295), como é de
fácil verificação. O Rev. Eduardo tem apenas como parte controversa
as páginas de 51 a 138 e mais 149 a 151, ou seja o total de 90 páginas
controversas, na 3.* edição, que é completa, e que temos à mão. Logo,
o senhor Amaral foi incorreto nesta infoi-mação e injusto, portanto,
nas conclusões.
Em terceiro lugar, não é exato absolutamente que o Rev. Lyra não
haja respondido TÓDAS as téses e acusações do Rev. Eduardo, feitas
no seu livrinho ou folheto. Respondeu, sim. NOVE foram as téses,
NOVE foram as acusações do Eduardo; pois NOVE foram as contra
teses e NOVE as defesas do Rev. Lyra à obra eduardense. É só ver,
'quem quiser, as páginas já mencionadas — 52 a 196 e ainda as páginas
nas quais êle responde a Egg, a Brown, a Bertrand, ou sejam as pági-
nas — 199 até 295, na sua primorosa obra. É inverdade chocante a
acusação- do senhor Amaral ainda nesta parte de seu leviano libelo.'
Em quarto lugar, o senhor Amara*l foi ridículo e infantil. Se é
matematicamente certo, como diz (e admito o argumento só para dis-
cutir) que o Lyra usou em suas 148 páginas controversas de 75 pági-
nas só para cópia do Eduardo; se deixou de fora e sem resposta 127
— 13 —
(CENTO E VINTE E SETE) páginas eduardianas. cliega-se à conclu-
são absurda. A parte genuinamente controuersa do Eduardo, na 3.'
edição de sua obra, tem 90 páginas. Tirando-se, destas, 73 páginas, que
o Lxjra copiou e respondeu, ficam apenas de fora c sem resposta 17
(DEZESSETE) páginas. Onde, pois, foi o senhor Amaral acharas tais
127 (CENTO E VINTE E SETE) páginas em 17 (DEZESSETE)?! Só
um milagre será capaz de explicar Ião supina matemática. . . Senhor
Amaral, onde é que está o bom senso? Afinal, esta sétima acusação
é também injusta.
OITAVA OBSERVAÇÃO
O senhor diz, em seguida, que eu me bato, na obra do I-yra, pela
sã e legítima liberdade de discordar que os homens possuem; no en-
tanto, elogio o Lyra, que não adota essa liberdade, pois é intolerante
no modo de tratar os que não concordam com èle, dando-lhes epítetos
fortes e até declarando que "quem é contra a Maçonaria — ou é j©~
suita ou é ignorante."
Respondo-lhe:
Não há nessa acusação nenhuma justiça de sua parte, senhor Ama-
ral. Prmieiro, porque eu mesmo reconheci, no meu prefácio, que o
senhor tenta comentar, o falo de ser o Rev. Lyra, às vezes, na sua obra,
"contundente", "enérgico", "dinâmico", "demolidor", "inexorável" e
"tremendo" para com os adversários, inclusive o Rev. Eduardo. Logo,
o senhor choveu no molhado, porque eu já vira esta veemência do
Rev. Jorge, em sua obra. Isto, porém, não retira do seu livro o valor
que eu julguei haver nêle, na argumentação, na defesa da verdade, no
método de concluir. Há mesmo pessoas que não podem suportar certas
infâmias, inverdades, injustiças e asserções tão falsas, sem aplicar
logo a isto os nomes certos, com tôdas as letras. São Paulo foi um
désses, João Batista, idem. Cristo também. Paulo não tolerava os
maus adversários, e até "cachorros" lhes chamou! Não é exato? Dis-
cordarmos das idéias alheias é uma cousa; mas, admitirmos cretinice
no modo de se fazer isso, não é direito. Explica -se, pois, a justa vio-
lência de epítetos que o Rev. Lyra usou, no seu arrebatamento. Achei
e acho explicável o FOGO do Lyra, e ressaltei isso na minha "Aprecia-
ção", honestamente, quando eu disse: "A porção genuinamente coú-
troversa do livro do Rev. Jorge Lyra é, DE VERDADE, enérgica", etc.
Lá está a minha ressalva. Para quo, pois, se sai o senhor Amaral com
uma cousa que, dantemão, eu já havia elucidado, como se está verifi-
cando? Esta acusação, pois, não procede. Não Icm cabimento.
— 14 —
Quanto à acusação de que o Rev. Jorge declare quo "quem fôr con-
tra a Maçonaria é — ou jesuita ou ignorante — repilo a injúria, repilo
a infamante declaração, repilo enojado essa intriga que o senhor de-
seja fazer indiretaniente contra mim e dirctamcnte contra o Rev. Lyra.
O senhor citou como prova as páginas 37, 217 e 310 da obra do Rev.
Jorge. É sempre o mesmo tremendo método do senhor! Mutila o pen-
samento alheio, tira-Ihe os contextos, corta-lhe o fio da meada, sola-
pa-o de propósito e, depois, grita: "Está vendo? O senhor concorda
com isto? É isto cousa direita ou digna?" Por êsse método, senhor
Amaral, não há santo, não há justo, não há ninguém que escape de
suas punhaladas pelas costas. Sou obrigado a e.xigir do senhor, em
nome da probidade cristã e pela honra da gloriosa fé que ambos abra-
çamos e devemos honrar, sou obrigado a exigir que o senhor publique,
na íntegra, sem tirar, nada, as páginas 37, 38, 39 e 40; as páginas 217
e parte da 218, onde o Rev. L}Ta explica a sua frase — "ou é jesuita ou
é ignorante", aliás bem aplicada, no caso, dentro do contexto; a página
310, no trecho central, onde começa: "A sintese dos objetivos", até a
frase — "hem público". Diante dêsses trechos completos, os leitores
verão que o senhor foi infehcissimo nesta parte de sua acusação. O
sentido das frases acima, ESCANDALOSAS, de fato, sem outra expli-
cação, ali aparece cristalino, perfeito, justo, certo, bem acabado e den-
tro de restrições muito claras, fixadas pelo autor.
NONA OBSERVAÇÃO
O senhor ocupa depois duas páginas e meia de "O Estandarte",
citando trechos da obra do Rev. Jorge, com o fito de provar que êle
trata deshumanamente os próprios maçons que déle divergem. E cita
uma fieira de nomes e de autores, contra os quais o Rev. Lyia ergue a
sua pena veemente, às vêzes. E põe o Rev. Lyra contra o Lyra que,
diz. com isto mostra falta da fraternidade preconizada por êle próprio
para com os seus irmãos maçons em discordância.
Respondo-lhe :
Em primeiro lugar, o senhor continuou, nesta parte, a mesma fria
e reprovável prática de desconjuntar os textos do Rev. Lyra, mutilar-
Ihe a argumentação completa, tirar-Ihe um pedacinho escolhido a dedo
aqui, outro ali, outro acolá, e, depois, fazer orgulhosamente, a acusa-
ção. Se o senhor não publicar sòbre CADA PE^SÔA citada na sua
"Carta Aberta" e sòbre cada ALTORIDADE renegada pelo Rev. Lyra,
TòDAS ns rnzôes, que para isso cie aprescnla, TÒDAS as declarações
feitas i>oi ò!c, o senhor não merece acatamento, nem respeito, nem
consido: .'u;ãn, porque, no caso. o senhor está i)rocedendo de má fé e
ocultnncio :i verdade integral que foi dita. O Rev. Jorge explica bem
CADA UAÍA de suas recusas de tais autores, e o faz de maneira expli-
cita; c as íuas conclusões são legitimas e certas, embora, às vezes,
veeuieiítcs contra verdadeiras infâmias de alguns dos tais autores, ati-
radas à ccrila tia ^Maçonaria. O chicote do Rev. LjTa cài em cheio nos
erros aponiados, mas, nem sempre nos que erram. Às vêzes, cái em
uns c outros, e nesses casos, com absoluta justiça. A fraternidade não
pode ser capa de caridade para gente que faz infâmias consciente-
mente. Cile, pois. TUDO o que o Rev. L\Ta escreveu sobre C.\DA caso,
sem c.rcc^âú de uma vírgula. E estou certo que, diante dessa nova in-
forinaç;l'i, i-> seu aresto ou libelo não fica valendo nada, absolutamente
nafhx, soiltor Mai-io Amaral Novais.
Eiii secundo lugar, nos trechinhos que o senhor copiou em pedaços
descoivixus, repita-se, o Rev. Lyra provou, à saciedade, que os autores
citados fcilaram PARTICULARMENTE e não côm a autoridade legal,
doutrinária e constitucional da Maçonaria. Déram opiniões SUAS, al-
gumas mo^^mo absurdas, à luz do próprio sistema do maçonismo. Justo,
pois, que o Rev. Jorge renegasse tal gente. Justíssimo. Fez o que devia.
DÉCIMA OBSERVAÇÃO
Ijued.ir.tamenle passa o senhor a acusar o Rev. Jorge Lyra e, indi-
retauiejjic a mim, como elogiadnr apressado da obra jorgeana, porque,
diz, o Iles'. Eduardo, jjara debater a tése ANTÍ-maçònica, leu, enguliu
e citou livros, autores e autoridades em quantidade igual a 33 (TRIN-
TA E TRÊS) volumes ou documentos, ao passo que o Rev. Lyra apenas
CITOU 9 (NOVE) volimies, embora apresente no fim de sua obra ex-
tensa bibíiografia, d.a (jual a maior parte nada tem a ver com a Maço-
naria c seus ensinos.
Respondo-lhe: *
Em primeiro lugar, esta sua acusação, senhor Amaral, peca pela
falta de verdade. O Rev. Jorge leu, enguliu e aplicou na explanação da
sua íése, ])eJo menos. 81 (OITENTA E ()UATRO) volumes, autores ou
docunienl(js, como òle os relaciona na Bibliografia mencionada no fim
de seu livro. Se o senhor nega que éie leu e usou estas obras, CITA-
DAvS, militas delas, como obras oficiais ou reconhecidas pela Maçona-
ria, o seniinr faz o Rev. Lyra uni mentiroso. E com que autoridade
cristã nega gratuitamente o senhor aquilo que o seu irmão Lyra AFIR-
MA? É acusação injusta. É quebra do 9.° mandamento do Decálogo.
O senhor não tem o direito de negar o que um seu irmão afirmo, a
menos que dê as provas de que ele enumera 81 (OITENTA E QUATRO)
obras lidas, mas só leu mesmo umas 9 (NOVE). Isto é de estarrecer,
senhor Amaral! Em segundo lugar, é falso que, excctuadas as 9
(NOVE) obras das 84 (OITENTA E QUATRO), que o senhor citou,
as outras 75 (SETENTA E CINCO) não "interpretam a Maçonaria nem
compreendem os seus ensinos", como declara o senhor. Tôdas as ou-
tras — as 75 (SETENTA E CINCO), excetuadas 6 (SEIS), se não me
engano, tratam da Maçonaria, de assuntos maçónicos. O senhor faltou
com a verdade dolorosamente nêste alegado, e desafio-o a publicar a
Bibliografia citada pelo Rev. Lyra no fim de seu volume, para que os
leitores de "O Estandarte" vejam com seus próprios olhos a falta gra-
víssima que o senhor cometeu. Isto chega a arrepiar! Em último lu-
gar, ainda há mais uma cincada no seu pifio argumento de depreciação
do caráter alheio. Pois, o senhor mesmo, ua sua "Carta Aberta", com
tôdas as letras, cita bom número de autores e de autoridades usadas
pelo Rev, Eduardo, entre suas 33i (TRINTA E TRÊS) autoridades, e
que também foram mencionadas e discutidas pelo Rev. Lyra! E o se-
nhor mesmo até enumera páginas desse autor onde êle cita êsses livros!
Entretanto, exceto 3 (TRÊS) de tais autoridades, o senhor não incluiu
as demais na lista dos "únicos" 9 (NOVE) VOLUMES atribuídos ao
Rev. Lyra! Logo, o Rev. Jorge leu mais de 9 (NO\'E) autores, e CITOU
mais de 9 (NOVE) autores, pela sua própria confissão e confirmação!
E como é que o senhor não fic-a ruborizado nem lhe dóe a consciência
quando falta assim com a verdade? NO\TE (9) autores só!!! Senhor
Amaral, arrependa-se desse feio pecado e rogue a Deus que lhe perdoe
tão grave falta. Isto, para o bem de sua alma e do seu caráter. E, as-
sim, também esta sua acusação cái por terra.
DÉCIMA PRIMEIRA OBSERVAÇÃO
O senhor encerra a sua catilinária terrível contra o Rev. Lyra, e
indiretamenlc contra mim, apresentando mais de 2 (DUAS) PÁGINAS
de "O Estandarte" com a coleção inédita de 12 (DOZE) CONTRADI-
ÇÕES átribuidas ao Rev. Jorge Lj-ra, no seu primoroso volume. E me
j>ergunta, ingenuamente, se a "minha memória cansada" esqueceu
essas contradições, ou se eu não as vi e li.
— 17 —
Respondo-llie:
Não tinha achado, antes dèste seu "notável" trabalho contra a
obra jorgeann, contradição nenhuma. E ciucro afirniar-llie aqui e ago-
ra, com tôdas as responsahi]i'!ades do meu caráter cristão, que exa-
minei, uma por uma, as pretensas contradições que o senhor alinhou
contra o Rev, Lyra, e não acfic.i, c não vi, e não consegui ao menos lo-
brigar, mesmo de longe, unia só e única das 12 contradições apresen-
tadas! Não há tal cousa no volmne do Rev. Lyra, absolutamente,
não há.
Achei, sini, tri*s infelicidades suas. Primeira, o senhor — ou não
sabe ler, ou lè c de proiiósito faz obra de má fé. Segunda, o senhor,
neste ponto. — corao sempre faz na sua "Carta", — continua mutilando
os textos, eliminando os contextos e citando o autor a prestação, a
dedo, como cokha de retalho, misturando alhos com bugalhos e jun-
tando branco com preto. Assim, o senhor vai achar contradição até na
Bíblia! Não escnpa nada, nijiguém! Terceira, o senhor revela só uma
vontade — acliincalhar, menoscabar, depreciar. Três infelicidades, se-
nhor presbítero Amaral, que o estão levando à beira de grandes abis-
mos.. . VoJte a tempo desse caminho, emende a mão e arrependa-se!
Mas, vejamos, em síntese, e só para amostra, as 12 contradições.
Vamos à 1.^ que o senhor abfibue ao Rev. Jorge. Èste amigo faz
referência ao fato de que a Maçonaria não alicia adeptos, não faz pro-
paganda de catequeses (ou scclarista) , não apresenta lucros nem ar-
rasta ninguém ao seu meio (Lyra, págs. 8.3, 201-203). Depois, em págs.
465 e 473, falaiuio úos máus maçons, maçons indesejáveis, explica que
o esforço de muitos maçons em ver o aumento das Lojas, quase sempre,
os leva a tolerâncias que, mais tarde, dão mau fruto; e, NOTE-SE,
CENSURA certas alas dissidentes de MAÇONS que, desejosos de en-
grossar a Maçonaria, AD^vHTEM nela elementos indesejáveis (Lyra,
pág. 473). Onde a contradição? De um lado, declara o Rev. Jorge que
a Maçonaria, a Instituição, não faz propaganda de catequese (ou secta-
rista) e sim só recebe adeptos espontaneamente. De outro, condena,
não a Maçoriuria, veja-í,e bem, mas MxVÇONS tolerantes e que ADMI-
TEM (note-sc!), ADMITEM em Lojas elementos indesejáveis ou que
s& revelam tais mais tarde. Onde a contradição? É o mesmo que se dá,
mutatis mnlandis, com a Igreja Evangélica, que, por exemplo, como
Igreja, como In.stifuição, está acimã e fora de Partidos Políticos e não
faz politica; todavia, crentes aos miliiarcs há que, dentro das Igrejas,
fazem politica partidária e entram em Partidos Políticos. Há nisto
contradição? Absolutamente, não há. As duas cousas são separadas
■ — a Instituição em si e atos de seus membros. Maçons há que fazem
— 18 —
propaganda, até secíarisla, e creio que alguns a fazem mesmo. Mas, a
Maçonaria não faz e até censura quem faz tal cousa, como vimos no
próprio texto do Rev. Jorge! Logo, não há contradição nenhuma ncslc
ponto.
Vamos ver a 2.' contradição, O Rev. Lyra, em págs. 50, 03 c 1G7,
diz que a Maçonaria ORTODOXA não admite ateus no seu seio. E em
págs. 285 c outras, que o senhor Amaral cita, o Rev. Lyra informa, e
CONDENA, que há e tem havido dissidências na Maçonaria, Lojas cor-
rompidas e heterodoxas, Lojas materialistas e com ritos positivistas,
onde entram até ateus disfarçados. Onde a contradição? Não há. É
o mesmo que acontece no meio protestante. Há o Protestantismo or-
todoxo, fiel, conservador, como há um protestantismo dissidente,
agnóstico, racionalista, modernista e semelhantes. Mas, que culpa tem
o legitimo Protestantismo de haver essas anomalias no mundo? E que
cplpa tem a Maçonaria ortodoxa de haver erros e dissidências maçó-
nicas no mundo? Não, senhor Amaral, não há contradição nenhuma
do Rev. Lyi-a neste ponto também.
A 3.^ contradição é quase igual à 2.^ O Rev. Lyra diz que a Maço-
naria não é "viveiro de racionalismo" (pág. 53). Depois, informa que
a Maçonaria admite em seu seio racionalistas e todos os ci'edos, exceto
o ateismo, "porque ela não é religião, e não é responsável pela crença
particular de qualquer dos seus agremiados" (Pág. 167), Ora, se cada
niaçon, em fé, em crença, em religião, não interfere na vida e na ação
da Maçonaria, pois a crença de cada um é particular, c sua, e não da
responsabilidade da Maçonaria, claro é que esta nem endóssa nem de-
saplaude a fé pessoal de seus adeptos, e, assim, dentro da Maçonaria
pode haver e há racaionalistas,_mas, êles não são a Maçonaria. Eu, por
exemplo, sou funcionário público (Inspetor Federal do Ensino) e te-
nho de viver relacionado com dezenas de pessoas com fé, credos e
idéias diferentes, até ateus, dentro do Ministério da Educação e Saúde;
aí cada um pode manter a crença ou descrença que quiser, em parti-
cular, mas, nunca com o endosso do Ministério. Posso, pois, dizer, sem
contradição: "O Ministério da Educação e Saúde, como tal, não ad-
mite racionalistas nem ateus, mas há, nêle, muitos racionalistas e ateus,
isto é, funcionários que sob sua única responsabilidade particular, são
racionalistas, ateus, etc. Onde a contradição? Não há.
A 4." contradição atribuida ao Rev. Lyra e esta. Em pág. 197, esse
autor diz que a opinião de padre é suspeita; e já em outras págs. (152,
429-431), cita a opinião de vários padres. Lendo-se os lugares apre-
sentados, vê-se que o senhor Amaral fez das suas — desprezou o sentido
do texto. No 1° caso, o Rev. Lyra diz que a opinião de padre é sempre
suspeita, quando afirme que a Maçonaria é Religião. Perfeitamente.
— 19 —
Jã nos outros lugares, êle se refere a padres maçons, o que já faz di-
ferença capital, no caso; o cita-os, para mostrar o apreço que acharam
na Maçonaria e que a reconheceram como não sendo Religião. O pen-
samento é claro. Padre não maçon e da Maçonaria até adversário não
tem autoridade para negar ou afirmar o que não sabe, visto não estar
na Maçonaria nem saber o que ela é e faz. Padres maçons, esses, sim,
são autoridades em assuntos maçónicos, pois, se ingressaram na asso-
ciação, foi por tê-la achado compatível com a sua crença particular.
Onde a contradição? Não há.
Vamos à 5.* clivagem jorgeana. Diz o senhor Amaral que o autor,
em págs. 201 e 397, afirma que aMaçonaria não combate a Igreja Ro-
mana nem a Religião Católica, e sim, o jesuitismo e iodas as suas mani-
festações e correntes. E depois, em págs. 59, 410, 435, afirma o Rev.
Lyra que "os maçons e a Maçonaria combatem a IGREJA CLERICAL,
intolerante, quando procede como os jesuítas, não como Religião, mas,
pelo seu jesuitismo". Por amor de tudo quanto é clareza neste mundo,
senhores, onde está a contradição, onde o conflito? As citas são de tal
modo explicitas e nítidas, que dispensam explanações. Num e noutro
ponto, diz-se uma só cousa: "A Maçonaria não combate a Religião Ca-
tólica e sim o seu clericalismo intolerante e jesuítico." Onde a con-
tradição? Não há.
A 6.' clivagem achada pelo senhor Amaral no livro do Rev. Lyra
é do pasmar. O senhor Amaral cita págs. 324-S2Ô, onde o Rev. Lyra diz
que o gráu 19 não foi CRIADO em homenagem ao Papa. E, em págs.
188 e 169, o Rev. Lyra argumenta de novo no sentido de provar que o
gráu 19 haja sido CRIADO em homenagem ao Papa; e passa, como
argumento, a fazer uma concessão hipotética, só para diíicutir, que SE
o gráu 19 tivesse sido CRIADO em homenagem ao Papa — (SE. . . no-
te-se bem!)'" — explicar-se-ia tal cousa como isto e aquilo, etc; mas,
êste isto e aquilo o Rev. Lyra recusa a aceitar \ Onde a contradição?
Não há.
Vamos à 7.* clivagem. O Rev. Lyra. em pág. 1C6, não aceita o
autor R. de Schio como "autoridade DE PESO", o qual falou por sua
conta e não da Maçonaria sôbre o ponto em debate na página referida.
Mais adiante, o Rev. Lyra, em pág. 446, argumentando e tratando de
referir autor que é TIDO e citado tantas vêzes como grande autoridade
em assuntos maçónicos — (e porque o Rev. Pereira nêle se apoiou), —
cita também êste autor, embora, para êle, Lyra, como se vê à pág. 16G,
o Schio não tenha grande peso. Onde a contradição, se é comum êste
processo de se argumentar com as armas do próprio adversário? Foi
o que fez o Rev. Lyra. Perfeitamente correto! Não há contradição
nenhuma!
A 8." clivagem c que o Rev. hyra, eni págs. 5G e 90, diz que a Riblia
é aceita na Maçonaria; e em págs. 99 e 229, já lanienla que na Maço-
naria a Riblia não seja obedecida como devia ser, não seja conhecida
como devia ser nem é tomada no mesmo papel que exerce na Igreja
de Cristo. Onde a contradição? Aceitar a Riblia, ou reconhecê-la, é
lima cousa; não obedecê-la, outra. Uma ideia não briga com a outra.
Não acontece isto, tantas vêzc«, infelizmente, no próprio meio evan-
gélico? Não há contradição, absolutamente.
A 9.' clivagem é — que o Rev. Lyra nega haver imágens e idolatria
na Maçonaria (Pág. 178) ; e em págs. 50,299, 365 e 477 admite simbolis-
mos na Maçonaria e até os explica. Onde a contradição? SIMBOLIS-
MO nunca foi IMÁGEM DE IDOLATRIA! A Randeira Rrasileira é
símbolo, mas, não é imagem. A aliança de casados é simbolo, mas nun-
ca foi nem é ídolol Êsse senhor presbítero Amaral tem cada uma, que
só êle!
A 10.* clivagem é — que o Rev. Lyra, em págs. 80 e 226, nega a tôda
força que haja na Maçonaria salvação pelas obras; e em págs. 119 e 176
já admite que os maçons romanistas aceitam essa doutrina. Onde a
contradição? A Maçonaria não é religião, nem trata de doutrinas reli-
giosas, deixando à liberdade de consciência dos seus adeptos a fé PAR-
TICULAR de cada qual. Que tem uma cousa com a outra? O maçon
romanista tem a SUA doutrina, como o maçon protestante tem a sua;
nunca, porém, a MAÇONARIA. Não há clivagem nêste ponto, portanto.
A 11." contradição é — que o Rev. Lyra admite, em págs. 77, 101,
126 e 370, que Cristo tem na ^laçonaria lugar de honra e de destaque,
e que sua moral é aceita e também as suas virtudes, e que seu Nome é
respeitado pela Maçonaria; e, em págs. 101, 137 e 229, o Rev. Lyra
admite também que o Cristo, reconJiecido pela Maçonaria, apesar disto,
não é estudado lá como devia ser; que maçons há que não O honram,
mas, diz, "disto a Maçonaria não tem culpa, porque na Maçonaria não
se prégam doutrinas religiosas especificas". Onde a contradçião? A
MAÇONARIA aceita, honra e respeita a Cristo, mas, há MAÇONS que
não O honram como devia ser. Onde a clivagem? Não há!
A última contradição é — que o Rev. Lyra, em muitas passagens
de sua obra, recusa que a Maçonaria seja Religião; mas, em outros
lugares, já admite que na Maçonaria se realizam certos ritos e. atos de
caráter religioso, de conceito religioso, de concepção religiosa. Onde
a contradição? Pode-se fazer muita cousa que tenha um cunho reli-
gioso, um conceito religioso, uma concepção religiosa, sem se ter uma
Religião. Os ateus e incrédulos, quando vão a Templos, tiram o chapéu,
seguem os ritos aí em uso, acompanham os religiosos, mas isto não os
— 21 —
faz ter aquela Religião nem qualquer Religião. É claro. A Maçonaria,
como já vimos, querendo ou não, recebeu como FRUTO muita cousa,
nmitas concepções do Cristianismo. Mas, não é o Cristianismo. Logo,
não há contradição neste ponto também. O Rev. Lyra, aliás, elucida
todos esses fatos com máxima franqueza, lealdade e lógica. Esta c que
é a verdade, que o senhor Amaral não viu, não vê e não quer vêr.
FINALMENTE
Encerrando a sua "Carta", o senhor Amaral me faz algumas per-
guntinhas de algibeira, A elas. Eis a primeira: "Concorda o senhor
com o objetivo supremo da Maçonaria, tal como o propõe o Rev. Lyra
e outros autores maçons?"
Respondo-lhe: * .
No campo da ação puramente social e terrena, da vida em socie-
dade e das relações humanas, o que tudo é o campo exclusivo da Maço-
naria, como se vê das próprias frases que o senhor cita na sua "CARTA
Aberta", nessa forma e dentro desses limites, concordo, e dou' graças a
Deus que ainda haja homens na terra DESEJOSOS de pôr em prática
o 2." preceito de Cristo: "Amarás a teu próximo como a ti mesmo."
No campo humano e terreno, tudo o que concorrer para o bem social,
dignamente, merece minha consideração e respeito e até louvor. A
Maçonaria está nêste caso exato, e eu a considero boa, nesses limites.
Nunca pensou a Maçonaria em usurpar o campo espiritual, religioso,
cristão e bíblico, o lugar da fé e do Evangelho. Ela não é Religião.
Está satisfeito?
O senhor fecha a sua "Carta Aberta" pedindo-me colocar à sua
disposição as fontes puras do maçonismo para o senhor escavar bem a-s
verdades maçónicas.
Respondo-lhe:
Dou-lhe parabéns por êsse gesto. Assim, está certo. Ninguém
deve acusar os outros sem estar seguro na acusação. Oxalá o senhor
faça mesmo um exame- sério, sereno, cristão e imparcial das fontes
puras da Maçonaria, isto é, das obras idóneas, legais e constitucionais,
adotadas oficialmente pela Maçonaria, enfim, do seu acervo oficial.
Mas, não é preciso que o senhor espere por mim, para obter luzes, po-
dendo e devendo pesquisar por si mesmo, aí perto de sua mão, em Lo-
jas e organizações oficiais maçónicas, as fontes puras da Ordem. O
senhor já é grandezinho, maior, alfabetizado, certamente eleitor, tal-
— 22 —
vez pai de fatnilia, prcsLitero de Igreja, fazedor de "Carias Abertas"
e outras cousas,.. Bem i)ode cuidar por si mesmo dc aprender — •
(quererá mesmo?) — tanto mais quanto o senhor próprio acha que cu
jó ando com o miolo mole e a memória cansada...
Faça-o!
E, termino.
Termino entristecido, mas sem mágoa nem ressentimentos. Espe-
ro que o senhor Amaral não repita nunca mais o seu méiodo de acusar
em falso ao seu próximo. E, no mais, que a graça do chvino Redentor
guarde, santifique e ilumine o signatário da "Carta Aberta" a mim (di-
rigida,com tanta rudeza e infelicidade, em ''O Estandarte", de 30-3-9 Í8.
Rio dc Janeiro, 12 de abril de 1948.
REV. GALDINO MOREIRA
• ^ »
— 23 —
EDIÇÕES DA CASA LYRA EDITORA
(Autor e Editor — Rev. Prof. Jarge Buorque Lyro — Do Acaúcinia da Letras de São Pouto)
N.° DE ORDEM DAS EDIÇÕES
1 — "A Divindade de Cristo" (3.a ed.) —
Prefácio de Goldir>o Moreira.
2 — "100 Mcnsoqcns do Polavro de Deus"
— 3.0 ed. melhorado e cmpliodj.
3 — "A Tríplice V.arovilho do Homem c o Trí-
plice Ministério do Mulher" — Prefócio
do Revdmo. Biípo Cesar Dccorso F.° e
de Geneviève Morchont.
4 — "A Liberdade de Consciência e o Ultra-
montonismo" (Conferência).
5 — "Verdodes Solenes" ou o Arrependinnen-
to, a Vinda d^ Cristo e o Fim do Mundo
— Prefócio de Erodice de Queiroz.
6 — "Horrores da Guerra e Esplendores da
Foz" (Conferêrcio).
7 — "Conselhos de Mesire" (Oração cos Mo-
ços).
8 a 1 1 — "Uctim Ginasial Pelos Textos" (em
4 tomos, de colaboração com o Prof.
Reymundo Cintra) — Prefócio de Frei
Luiz de Scnfona.
12 — "Lcstim Sem Mestre" (Tomo do princi-
piante).
13 — "Latínitas" ou Lotim Sera Mestre, obra
completa, pcro todo o cur?o do latim;
em colaboração com o Prof. Dr. Luiz
Barreto. Prefócio de José Bento de Assis
e Vieira de Souza.
14 — "Hisfórios Çuo Ensinom o Ler" — De M.
Conceição Nobre. Leitura do 1 .° livro
primário.
15 — "Protesto" ou Razões contra os Presbi-
térios Sul de Minas e de BotMcoii''. (Dis-
tribuição grátis e exclusivamente para
colegas e irmãos no Fé).
16 — "O Redentor do Kurnanidodc" — Grande
poema sacro-histórico.
17 — "A Mesa Batista" — Polemica com o
Rev. Dr. \V. C. Taylor.
13 — "Celeste Meredo" — Vida e obras do A.
e de Joocju^m Nabuco. Sua recepção na
Acodcmio de Letras. Prefácio de Salomõo
Jorge.
19 — ."O Romonlrnio à Borra do Evarirjclho"
— Grande poema histórico a d:Aitrinário
sóbre os prevaricações do Rcmcni^m.o, q.
luz do Palavra do Deus. (Tomo 1).
20 — "Qiicndo a Musa Canta ..." — Poesios
Tricas, patrióticos e religiosas. Tomo II.
Prefócio do princesa da poesia brasileira
— Maria de Lourdes Macedo.
21 — "Excelêneios do C-istianismo" — A mais
subsfonciosa cpologio da Religião Cristã.
22 — "As Joios do Cornélia" — Gronde poema
da Prof.a D.» Cccilía R. Siqueira.
23 — "Um Capitulo daj Excelêncios do Cris-
tianismo" (folheto).
24 — "Discursos Acodcmicos" — Tomo II —
Vido e Obres de Solomõo Jorge.
25 — "Discursos Acodcmicos" — Tomo III —
Vido e Obres do Revdmo. Bispo Cesár
Docorso Filho e do Rev. Alvaro Reis.
26 — "A Moçonoria e o Cristianismo" — com
replico, ao pé do letra, oo livro — "A
Maçonaria e o Içrejo Cristã" do Rev.
Eduardo C. Pereira e breve resposta oo
de L. Bcrtrond — "A Maçonaria - Seito
Judaica". "í. a mais substancioso defeso
que se há escrito, oté hoje, sôbre o
Subi.:. 0'1.:., e, contém, outrossim, os
argumentes mais fcrtes em favor da di-
vino outenticidcde do Cristianismo". Pre-
fócio do Prof. Dr. Benedito P. M. Toloza,
Grão Mestre do Gr.:. Or.:. de São Paulo,
do D.'. Latino Esccbar, Grão Mestre Adjun-
to do Gr.:. Or.:. de Sôo Paulo, do jor-
nolisfo Arnaldo 8. Crisfionini e do Rvdmo.
Bispo César Docorso Filho.
27 -— "A Cigarro do Ncrfe" — Poesias líricos
do festejotlo poeto pemombucono Joôo
Neves, irmõo ds Jorge Lyra. Prefácio de
expoentes da poesia brasileira — Morio
de Lourdes Macedo — da Academia de
Letras de Sco Poulo e Adoufo Borreto —
ca Academia de Letros de Ccmpina Grorv-
de. Obro de puríssimo sentimenfalismol
28 — "Os Homens da Cruz Vermelha* — por
Ccrics Pinto, de Almeida — sensacional
obra romôníico e h'stórica, com cerca de
600 'pagines, contendo excelentes episó-
dios da Mcçonario na Europa. (A Casa
adquiriu os direitos de venda da última
edição), pois esta obra não é edição do
Cosa.
29 — "Síntese Histórica da Maçonaria Univer-
sal" — por Arnoldo 8. Cristionini. Exce-
lente cbro sintética dos lances c doutri-
nes mais importontes sóbre a Subi.:.
Crd.:. Maçôn'ca.
30 — "Uma Obra Primorosa" (fosciculo) da peno
brilhontíssima do mestre Galdino Moreira,
cpreciando o obro — "A Maçonaria e o
Cristianismo". Verdadeiro jóia literária!
3! — "Umo Cbro Primcosa" — (fosciculo II)
— Tréolica o Mór:o Amorol Novais —
pe'o Rev. Goidin-, Moreira. Verdadeiro
bcinba oíom co nos arraiais "independentes"
NO PRELO :
"Dicior.crio Lotim-PortuçLiés e Porfuguéj-Lotim"
(em colaboração cem o Prof. José Pinto
de Carvolho).
E AGUARDEM PA=íA MUiiO BREVE:
OS SERMõíS MAGISTRAIS DO REV.
GALDINO MOREIRA I I I
VALIOSO PARECER DO MAIOR CRÍTICO
eRASILSl.'lO :
"Rio 6-12-46
Prezado Prof. Jorge Lyro:
Lí os seus be'cs liv.-os.' E esteja
certo de aue admiro cedo vez mois o
sua erudição, a fjQ produtiv dode, o
seu crdor combativo. Dó-me prozer
ccntá-lo entro cs meus patrícios, entre
os meus conteirporcreos. Contnue...
Sempre para frente, poro o alto! £ mui-
tas felicitações sinceras do
Agripino Grieco".
PEDIDOS à "Coío Lyro Sdiíoro" R. J. A. Oliveiro, 1 045 * Fone: 9-4307 * S.Paulo
Ateride-se pedidcs acompanhados de Cheque cu Vale Postei.