Skip to main content

Full text of "Memórias do Instituto Oswaldo Cruz"

See other formats


A A i ketene mar 
? a carte + . micas o sintas 
parar peido eram set ~ a paren | resina 
PL A + o A 
det gta. u e De ru = e . . À q 7 o : pa 
oe | = ro un DER nn 
tete ar - | sé - : og Meh grt a éd codo Les 
AA DEP ES ses ; | - À : ad efe . DEEE RTE PALETTE SEE 
DITES whew , Leiter’ étape mir san mm ph ma » 5 a ER 7 tpl 
are 
Mera pe . , E CE 
em trente » né - beira - dead aê remo y - pr rp 
Mere y as ; - “ A 


qn 
” ue Pa à ps yey te à e 
Aa 
or MAL LE UPS 
AI Rs spalatramcteete 


a) ae ro etats) 


ta 


CUS 
Ns Pe 


x * 
248 date ligo Pair 78 ty haere . “40 7 + * - . A r É ed 

ha wr à te ta A . ‘ - “ apa ñ - . “ , pein E - “ Eca 

Mate Gn pinto Patriot oder es > > À , : e mer 0 y ‘ a > + 


; ‘ messi . - ENT a oram 
tata opt » R bars A . y 5 i " ” mess 
ee A UT A a a . 
GANA nina UNS 
ms Pro ae 
- a os 7 
others 


Agora se PM - . ¿AER ” 
oe et ae a ta > a, > Les ~ by apre eita y 
de à _ rpm , ” - nt mada 


RE 


PENE 
IE NS 


DA 


, 
DS ENO 
o Ce 


s qe 
Pa By 
A A 

QE 


NN CT 
“ba 


ee Sa € r 50 
M) NE 


OF THE 


wt y YE, (o 


SCHOOL OF HYGIENE AND PUBLIC HEALTH 


RIRE 
- 2,31) É POST CE ; x o 
AS 


> 


A y Care 7) 
MASS 


~ 


> (ES AN Il A 


3 ia ct a > : 
LRO et a NE ee 
GREC a OS as 
ENS LE ER ANA 
PA SAY E] 
ACs ra ) se (O Ney E . o 


4 > a S o 
ES A 


ç a! 


="0 
5 


e “ON 
Fee 
E “€ 


ARA 
A os Jc 
[ud o 
E D 24 
Eu » E 


€ à TES we" ] 
SAS PRA 


EC 2 


€ ai A E? 
iO, 
DA 7 » 


DA e 
PA, £ 7 
de 

7 < y € 3° 

€ DER 
À 

AE alt ” 4 
Zu E 


- 


M 
re 
à] o 
y» 


Ano 1913 


Tomo V 
Com 31 estampas 


| 
a 
(am 4 
¡E 
Y) 
et, = 
e ail 
o = 
Ss: 
= —_ 
Ed SS 
= 5 
— 
= 
o, 
eo 


Rio de Janeiro - Manguinhos 


tor NR ee 


MATTITTILLS | h 1 } 


Cox 43 6% 1) 


MAR 20 (09: UA 


HYGIENE. 


INDICE 


FACICULO I 


Dr. ASTROGILDO MACHADO—Sobre o ciclo evolutivo de Schizocystis spinigeri m. sp, gregarina do Intestino 
de uma especie de Spiniger (com as estampas n. 1, 2e 3). ... 

Drs. ARTHUR NEIVA e GOMES DE FARIA—Notas sobre um caso de miiase humana ocasionada por lar- 
vas de Sarcophaga pyophila n. sp. , , RATE AU 

Dr. ARTHUR NEIVA—Informaçôes sobre a biolojia da Vinchuca, “Triatoma infestans KLUG | ELO 

Dr. ASTROGILDO MACHADO-Citolojia e ciclo evolutivo da Chagasella alydi. Novo coccidio parasito 
dum hemiptero do genero “Alydus” (com as estampas 405), , , . 

Dr, ADOLPHO LUTZ—Contribuicáo para o estudo das Ceratopogoninas hematofagas do Brazil. ies nisto 
matica, segunda O AA E OO ete O EO OO OR DL 

Dr. A. NEIVA—Notas hemipterolojicas . . . SD io oo) o IO OO chloe 

Dr. ARTHUR MOSES—Tecnica e modificações da Penco de Meana O AO tale 


Dr. ASTROGILDO MACHADO—Ueber den Entwicklungskreis einer Gregarine, Schizocystis aii aus Spini- 
ger (mit Tafeln 1, 2 und 3). . . 
Drs. ARTHUR NEIVA und GOMES DE FARIA—Myiasis Gene ae rer area von Sarcophaga 


pyophila, n. sp. . TOS . 
Dr. ARLHUR NEIVA—Zur Kenntnis de Biologie de Tux fatextans’ KLUG, vaso inches ELO ls 
Dr. ASTROGILDO MACHADO—Zytologie und Entwicklungszyklus der Chagasella Alydi, einer neuen Kokzi- 
dienart aus einer Wanze vom Genus “ALYDUS” (mit Tafeln Nº. 4 und 5) . . +. . oie 


Dr. ADOLPHO LUTZ—Beitrage zur Kenntnis der blutsaugenden Ceratopogoninem Brasiliens. ie 

Teil, zweite Mitteilung (mit Tafeln Nº. 6,7 und 8). . . . . « «© © . .. © wo © +. 
Dr. A. NEIVA—Hemipterologische Notizen. . . . O ROO O OO 
Dr. ARTHUR MOSES—Technik und Methoden der ra 'achen Reaktion A OO 


FACICULO II 


Dr. ARISTIDES MARQUES DA CUNHA—Contribuicáo para o conhecimento da fauna de protozoarios do 
Brazil (com as estampas n. 9 e 10) . . . . SS 
Drs. GOMES DE FARIA e LAURO TRAVASSOS—Notas sobre a “presença “da larva ie iEingastaia serrata 
FROELICH no intestino do homem, no Brazil, eae de notas sobre os ie da 


coleção do Instituto (com a estampa 11) . . 
Drs. ADOLPHO LUTZ e ARTHUR NEIVA.—Contribuiçäo para a biolojia Ee ares com decos 
de duas especies novas . . Es A si ks PRE a, 


Dr. ADOLPHO LUTZ—Tabanidas do Brazil e de ga Esos ‘visinhos feia as datado pá 12 e 13). eng 
Drs ARTHUR MOSES e GASPAR VIANNA—Sobre nova micose humana, causada por cogumelo ainda não 
descrito: Proteomyces infestans (com as estampas 14 a 18). . . À 

Drs. HENRIQUE DE BEAUREPAIRE ARAGÃO e GASPAR VIANNA—Pesquisas sobre a lgrantions nero 
(com as Estampas 19 a 20). « ee 00. 


Dr. ARISTIDES MARQUES DA CUNHA—Beitraege zur Kenntnis der Protozoenfauna Brasiliens (mit Tafeln 9 

| 663 (1 ) e ah. 

Drs. GOMES DE FARIA und LAURO “TRAVASSOS-—Beobachtung de Larve von Late errada FROE- 
LICH als Darmparasit des Menschen in Brasilien. und Bemerkungen über die Linguatuliden 
der Institutssammlung (mit Taf 11) . . 

Drs. ADOLPH LUTZ und ARTHUR NEIVA—Beitrage zur Biologie de Megaeh tutes cad Beschreibung zucler 
neuer Arten . . . 5 aye onde proa el sur ec) SAL sis 

Dr ADOLPH LUTZ—Tabaniden Brasiliens card einiger NechGarsiwaten (mit Tafeln 12 und 13) . . . + 

Drs ARTHUR MOSES und GASPAR VIANNA—Neue Mycose des Menschen, verursacht durch Proteomyces 
infestans, einen noch unbeschriebenen Pilz (mit Tafeln 14 und 18) . . . AO 

Drs HENRIQUE DE BEAUREPAIRE ARAGÃO und GASPAR VIANNA—Untersuchungen debes das Granu- 
loma venereum (mit Tafeln 19 bis 25) . . 


O O O O porn ICAA EIA 


— e. 


101 


123 


129 
142 


192 


211 


101 


211 


Dr. 


FACICUL O III 


A. FONTES.—Sobre o bi-iodeto de cobre. Ensaios de farmacodinamica , , oo le 1 o lee 


. LAURO TRAVASSOS—Contribuiçôes para o conhecimento da fauna helmintilojica brazileira. Gigantorhyn- 


chus aurae n. sp. (com 1 fig. no texto.) . +. . E A H - . HEURE 


. ALCIDES GODOY,—Sobre a determinaçäo da acidez urluaria, Ansistente fra 2 tig. no terio) Ro 
. HENRIQUE DE BEAUREPAIRE ARAGAO,—Nota sobre algunas coleções de carrapatos brasileiros (com 1 


estampa) . . 


. LAURO TRAVASSOS, Sobre as A cios a” ‘subfamilia telas RAILLIET & HENRY, (eas 


95 estampas 2741315) SU Rol Ue MON SRE a a lah ONE MMS othe Nono bato 


. A, FONTES—Ueber Kupferjodid. Pharmakodynamische Untersuchungen , . . . Ae LE 
. LAURO TRAVASSOS.—Beitraege zur Kenntnis der Helminthenfauna Brasiliens. Gigautorkynthins PA 


n. sp. (mit 1 Textfigur.) . . . . . 3 atte! Vel kel ci: Loh Se 


. ALCIDES GODOY—Zur Aziditaetsbestimmung des aries! (mit 2 Textfig) . Ol e 


HENRIQUE DE BEAUREPATRE ARAGAO—Bericht ueber einige Zeckensammlungen ans Brazilien (mit 
Tafel 26.) . . 

LAURO TRAVASSOS > Uber die bravilauiechen Arteh. eo Subfamilie Heterakinae Railliet & Henry 
(mit Wake 27— Ble voo MO LI Bae 


ZE 


Ano 1913 
Tomo V 


Faciculo I 


Y” 
EL 
S 8 
[x] 
>> 


fee 
a 
Cd 
[as | 
es 
== 
(Dim) 
Cd 
os 
— 
— 
jp cena 
Joc 
ferran, 
— — 
rs 


Manguinhos 


Rio de Janeiro 


ie TE 


rr 
AWAY O 6 


SAEM A 


= 4 


Le NS 
agree SPOTL + 


MAR 2 0 1919 


Gift of Amthor, 


HYGIENE. 


« 


A A 


¿Aa 


— 


Sumario: 


— 


Sobre o ciclo evolutivo de Schizocystis spinigeri n. sp. Gregarina do intestino de uma AR de Spiniger. 


por ASTROGILDO MACHADO (com as estampas n. 1,2e3) .,.. 5 

II Notas sobre um caso de Miiase humana ocasionada por larvas de Sarcophaga pyophila à n. a pela Eira, 
ARTHUR NEIVA e GOMES DE FARIA, . . Bae (weary 16 
HI Informações sobre a biolojia da Vinchuca, Triatoma infestans KLUG nel Dr. ARTHUR NEIVA. Shel: 24 

IV Citolojia e ciclo evolutivo da CHAGASELLA ALYDI. Novo coccidio parazito dum hemiptero do genero “Alydus” 
pelo Dr, ASTROGILDO MACHADO (Com as estampas 4 e 5) . . . 32 

V Contribuição para o estudo das Ceratopogoninas hematofagas do Brasil. pelo Dr. ADOLPHO LUTZ, Parte 
sistematica. Segunda Memoria (com as Estampas 6,7e8)...........~... 45 
VI Notas hemipterolojicas pelo Dr. A. Neiva. . . DNS anes OR Se TA 
VII Tecnica e modificações da reação de ana o Dr. ARTHUR MOSES . IRIS A RAS 

Inhalt: 

I Ueber den Entwicklungskreis einer Gregarine, de spinigeri aus ins von ASTROGILDO MACHADO 
(mit Tafeln 1, 2 und 3)... . 5 

IH Myiase humana, verursacht durch Larven von Donne PART O n. = von ene "ARTHUR NEIVA und 
GOMES DE FARIA... . 16 


HI Zur Kenntnis der Biologie der Triatoma infestans KLUG, vulgo Vinciinies von Do ARTHUR NEIVA, Asaisibat, 24 
IV Zytologie und Entwicklungszyklus der Chagasella Alydi, einer neuen Kokzidienart aus einer Wanze vom 


Genus ,,ALYDUS’ von Dr. ASTROGILDO MACHADO (mit Tafeln No. 4 und 5) . . . . . . . 32 

V Beitráge zur Kenntnis der blutsaugenden Ceratopogoninen Brasiliens von Dr. ADOLPH LUTZ. Systemati- 
scher Teil. Zweite Mitteilung. (Mit Tafeln No. 6, 7 und 8) Sh De road o eb UT A AR 
VI Hemipterologische Notizen von Dr. A. NEIVA, Assistent am Institut. . . AE ME ROOT A 
VIH Technik und Methoden der Wassermann'schen Reaktion von Dr. ARTHUR MOSES, Actrice rey A CTT 


AVI O As « MEMORIAS» serão publicadas em faciculos, que não aparecerão 
S em datas fixas. No minimo, aparecerá um volume por ano. 


Na parte escrita em portugués foi adotada a grafia aconselhada pela Academia de Letras 
do Rio de Janeiro. 


Toda correspondencia relativa ás « MEMORIAS » deverá ser dirijida ao «Diretor do In- 
stituto Oswaldo Cruz — Caixa postal 926 — Manguinhos — Rio de Janeiro». Endereço tele 
grafico: « Manguinhos ». 


AVI S Les « MEMOIRES » seront publiés par fascicules qui ne paraitront pas en épos 
poques déterminées. Il paraitra chaque année, au moins, un volume. 
La partie portugaise est écrite selon la graphie adoptée par l’Académie brésilienne. 


Toute correspondance doit être adressée au «Directeur de l’Institut Oswaldo Cruz — Caisse 
postale 926 — Manguinhos — Rio de Janeiro». Adresse télégraphique «Manguinhos ». 


Orig A E PAR Ss sh Of! TU he Whe) CN #10 NICE ES 
»- ARE q SA é er dd 3) ity Pa à LA 


E, VANA id 
LE 


Eis CARTE 10 OAR DE ICRA TUE ME Deas 26 2 Ce 
; E Ee mn ata 


(ec el ye MTL + 


dd a 


ya 3 wes b 
E a A eee A 

| rt sur Ea Woy Br J 

ki E = E 

ana ad RA de RE 
A Cir EA e 


frevo Pa 


= > = 


Crm: ntl pá à 


si df o * 


Sobre o ciclo evolutivo de Schizocystis spinigeri n. sp. 
Gregarina do intestino de uma especie de Spiniger. 
por 
Astrogildo Machado 


(Com as estampas 1, 2 e 3) 


Uber den Entwicklungskreis einer Gregarine, Schizocystis spinigeri. 
aus Spiniger spec. 
von 
Astrogildo Machado 
(Mit Taf. 1, 2 und 3) 


Tese - 


i. Material e tecnica | I. Material und Technik. 


Em LASSANCE, Estado de MINAS, ti- | Wahrend eines Aufenthaltes in LAS- 
vemos ocasiao de encontrar no intestino dum | SANCE (Minas Geraes) fanden wir im 
hemiptero da familia Reduviidae e do genero | Darme eines Hemipterons aus dem Genus 
Spiniger, a esquizogregarina que constitue o | SPINIGER (Fam. Reduviidae) die Gregariner- 
assunto deste pequeno trabalho. . art; welche den Gegenstand unserer kleinen 

Os hemipteros hospedadores parecem ser | Arbeit bildet. Diese Wanzenart scheint sehr 
muito raros e, durante um ano, só conse- | Selten; wenigstens erlangten wir im Laule 
guimos colher dois exemplares, encontrados á | ones) anes DCR RE que ee 
noite pelas paredes do laboratorio, atraidos | ae den en nee A o 
pela claridade da luz. Ambos apresentavam-se | ne Me E EG es Foie Es E 
intensamente parasitados pela gregarina. Es LI h PÉ DAS one a ee HER 

Gin ARA A elos: tio zeigten sich mit unserer Gregarine hochgradig 


infiziert. 
segmento abdominal ao qual ficava aderente Bei der Untersuchung wurde das letzte 


um tubo fino, de pouco mais de 1 cm. de | Abdominalsegment mit dem anhângenden 
comprimento, que era o intestino. Dissociá- | Darme entfernt; derselbe bildet einen feinen 
mol-o cuidadosamente, deixando-o sempre | Schlauch von etwas über Zentimeterlänge. 
immerso em liquido da cavidade geral do in- | Er wurde sorgfáltig in der Coelomfluessig- 
seto. Depois, cobrindo com laminula, exami- | keit des Wirtes zerzupft und nach Auflegen 
navamos ao microscopio. eines Deckglaschens, mikroskopisch untersucht. 


Devemos notar, desde já, que não con- 
seguimos ver o protozoario fixado ás paredes 
intestinais, assim como não observámos ves- 
tijio algum de aparelho de fixação, em qual- 
quer de seus periodos de evolução. Vimos 
formas muito jovens já livres na cavidade 


intestinal. 
O exame do liquido da cavidade geral não 


mostrou parasitos, fato este que exclue a hi- 
potese de poder esta gregarina parasitar a 
cavidade celomica do inseto. Retirada a lami- 
nula era então fixada, a humido, no sublimado 
alcool de SCHAUDINN, e depois corada pela 
hematoxilina ferrea de HEIDENHAIN. Na 
ocasiáo, foi nos impossivel corar, depois do 
HEIDENHAIN, pelo ORANGE G., para obser- 
var as reações oranjeofilas dos gamontes, 


indicadas por LÉGER (1909). 
Ate hoje decorridos quasi dois anos, não 


conseguimos obter mais nenhum hemiptero. 
A escassez deste material justificará, as 
falhas que se notarem no decorrer deste 


artigo. 
Ii. — Esquizogonia. 


O esquizozoito, quando ainda reunido a 
outros no interior da forma segmentada (Est. 
2. fig. 25, 26,) apresenta-se como pequeno 
organismo arredondado, provido de nucleo 
com cariosoma compacto que, impregnando-se 
fortemente pelo córante, nada deixa distinguir 


em seu interior. 
Raramente se percebe, muito proximo 


dele, um pequeno granulo cromatico. 

A zona de suco nuclear é percorrida, ás 
vezes, por trabeculas de linina que se dirijem 
da face interna da membrana nuclear para o 


cariosoma. 
O plasma é finamente alveolar, não se 


percebendo ainda diferenciação fibrilar do 


periplasto. 
Conforme o esquizozoito evolve para a 


formação de esquizonte ou de gametócito, 
permanece o plasma ou indiferenciado ou acen- 
tuam-se as disposições fibrilares do periplasto 
(comparem-se na Est. 1, as figs. 1 a 3 que 
evolvem para gamontes e figs. 4 a 7 para 


esquizontes). 
Na evolução esquizogonica as celulas ofe- 


recem o plasma mais grosseiramente alveolar, 
ás vezes vacuolizado (fig. 4 e 6, Est.1). 


A 


Es muss gieich bemerkt werden, dass 
wir die Gregarinen weder an den Darm- 
wanden fixiert beobachteten, noch iiberhaupt 
in irgend einer Entwicklungsphase auch nur 
eine Spur eines Fixationsapparates wahr- 
nahmen. Wir sahen sehr junge Formen, 
welche sich bereits frei im Darmlumen vor- 
fanden. 

Die Untersuchung der Coelomfluessig- 
keit ergab keine Parasiten, was die Vermu- 
tung ausschliesst, dass derselbe in der Leibes- 
hóle lebe. 

Nach Entfernung des Deckgláschens fixier- 
ten wir feucht in Sublimat-Alkohol nach 
SCHAUDINN und farbten dann mit Eisen- 
haematoxylin nach HEIDENHAIN. Es war 
damals nicht móglich, eine Fárbung mit 
Orange G nachfolgen zu lassen, um so die von 
LEGER (1909) angegebenen Farbereaktionen 
der Gamonten zu beobachten. 

Auch in den seitdem verflossenen zwei 
Jahren konnten wir von dieser Wanzenart 
kein weiteres Exemplar erhalten. Móge des- 
halb das spárliche Material die Liicken in 
unserer Arbeit wenigstens teilweise entschul- 


digen. 
Il. Schizogonie. 


Solange sich die Schizozoiten noch nicht 
getrennt haben (Fig. 25 und 26, Taf. 2), er- 
scheinen sie als kleine, rundliche Organismen 
mit einem Kerne, der ein kompaktes Karyo- 
som aufweist; letzteres farbt sich so stark, 
dass man in seinem Innern nichts unter- 
scheiden kann. Sehr nahe an demselben kann 
man hie und da ein kleines Chromatinkorn 
erkennen. Die Kernsaftzone ist manchmal 
von Lininbälkchen durchsetzt, die von der 
Innenseite der Kernmembran zum Karyosome 
ziehen. Das Plasma ist fein alveolar und 
zeigt noch keine Faserbildung im Periplaste. 

Je nachdem sich der Schizozoit zum 
Schizonten oder Gametozyten entwickelt, bleibt 
das Plasma indifferenziert oder es akzen- 
tuiert sich eine Fibrillenbildung des Peri- 
plastes. (Vergl. Taf. I, Fig. 1-3: Bildung der 
Gamonten und 4—7: Schizontenbildung). Bei 
letzterer zeigt das Zellplasma gróssere Waben 
und manchmal sogar Vakuolen. (Taf. I, 
Fig. 4—6). Die Form ist bei allen Phasen 


Em qualquer dos estádios deste ciclo o 
protozoario apresenta, quasi constantemente, 
a forma arredondada, e constitue verdadeira 
raridade o aspeto alongado representado na 
fig. 4 . E” pelas razões dadas acima, au- 
sencia de fibrilas do periplasto e estrutura de 
grossos alveolos, que consideramos esta figu- 
ra como sendo joven esquizonte. 

O nucleo dos esquizontes oferece aspetos 
muito variados. Comumente se observa um 
granulo cromatico na zona do suco nuclear, 
quasi sempre muito proximo e ligado ao ca- 
riosoma por delgado filamento de cromatina 
(figs. 4, 6 e 8, Est. 1), muitas vezes ele se 
apresenta dividido, como vemos na fig. 5. 

Acreditamos serem eles os centriolos saídos 
do cariosoma, e, por isto, a grande massa es- 
ferica de cromatina a que, ás vezes, se acham 
ligados, representa um nucleolo [segundo 
HARTMANN & PROWAZEK (1907) 1. 

O papel de centriolos atribuidos a tais 
corpusculos justifica-se plenamente pela obser- 
vação da fig. 9, Est. 1, onde notamos o des- 
dobramento deles, achando-se um ao outro 
ligado por filamento cromatico, aspeto iden- 
tico ao observado no início de muitas divisões 
mitosicas. 


Nunca os vimos no apice de cone acro- 
matico-centrocone, constituindo aspetos analo- 
gos áqueles tão bem estudados por SCHE- 
LLACK, (1907), LÉGER, (1909), LÉGER & 
DUBOSCQ, (1908-1909), e outros protozoolo- 
jistas, em diversas gregarinas. 

E' verdade que não conseguimos surpre- 
ender grande numero de celulas em divisões 
nucleares, mas as figuras 9 e 22 nos mostram 
que o processo de mitose se realiza sem o 
aparecimento do centrocone. 

Tal processo, efetuado quando o centri- 
olo é extra-cariosomico, deverá aproximar-se 
daquele que se passa na Pelomyxa palustris 
[segundo BOTT (1907)]. A diferença estaria 
apenas em que o nucleolo, na Pelomyxa, não 
se encontra, no início do fenomeno, no eixo do 
filamento cromatico, que liga os centriolos, 
ao contrario do que se observa nas figuras 
Qe 22 

E” provavel tambem se realizar, ás vezes 
no esquizonte, quando não ha centriolo exteri- 


dieses Zyklus fast stets abgerundet; die läng- 
liche Gestalt, wie sie Fig. 4 zeigt, bildet eine 
seltene Ausnahme. Nur wegen der eben 
angeführten Griinde: Fehien der Fibrillengdes 
Periplastes und grosswabige Struktur, spre- 
chen wir dieses Bild als junge Schizonten- 
form an. 


Der Kern der Schizonten zeigt ein sehr 
wechselndes Aussehen. Gewohnlich sieht 
man in der Kernsaftzone ein Chromatinkorn, 
fast immer dicht am Karyosom und mit dem- 
selben durch einen Chromatinfaden verbunden 
(Taf. I, Fig. 4, 6 und 8); sehr háufig ist es 
geteilt, wie in Fig. 5. Es sind dies, wie wir 
glauben, aus dem Karyosom ausgetretene 
Zentriole, wáhrend die grosse runde Chro- 
matinmasse, mit der sie zuweilen in Ver- 
bindung stehen, nach HARTMANN und 
PROWAZEK (1907) einen Nukleolus dar- 
stellt. Die Zentriolennatur, welche wir diesen 
KOrperchen zuschreiben, wird durch eine ge- 
nauere Betrachtung von Fig. 9 bestatigt; hier 
erscheinen sie geteilt und durch einen Chro- 
matinfaden verbunden, ein Bild, wie man es 
zu Anfang vieler mitotischer Teilungen be- 
obachtet. Niemals fanden wir dies Koórper- 
chen an der Spitze des achromatischen Zen- 
trokonus, wie bei den von SCHELLACK 
(1907), LEGER (1909), LEGER und DU- 
BOSCQ. (1908 - 1909) und anderen Forschern 
bei verschiedenen Gregarinen so eingehend 
erórterten Bilder. Freilich ist es uns leider 
nicht gelungen, eine gróssere Anzahl von 
Zellen im Moment der Kernteilung zu beob- 
achten, doch zeigen uns die Figuren 9 und 
22, dass der mitotische Prozess ohne Auf- 
treten des Zentrokonus verlauft. Vollzieht 
sich dieser Prozess wahrend das Zentriol sich 
ausserhalb des Karyosoms befindet, so er- 
innert er an die Vorgânge bei Pelomyxa pa- 
lustris nach BOTT (1907), nur mit dem Unter- 
schiede, dass der Nukleolus bei Pelomyxa im 
Anfange nicht in der Achse des die Zentriolen 
verbindenden Chromatinfadens gefunden wird, 
wie es Fig. 9 und 22 fiir unsere Gregarine 
zeigen. 

Wahrscheinlich kommt es bisweilen beim 
Schizonten, wenn kein áusseres Zen- 
triol existiert, zu einer wirklichen 


or, uma promitose semelhante áquela descrita 
na Adelea ovata por JOLLOS, (1908) em que 
os centriolos divididos, ao se afastarem já se 
acham envolvidos pelos cromosomios do cari- 
osoma. Pensamos deste modo porque, não 
raro, se notam aspetos semelhantes ao da fig. 
10, onde se vê um estrangulamento muito 
- acentuado na zona mediana do cariosoma, 
o que dá a impressão de ele se dividir apenas 
. por estiramento. 


Em alguns esquizontes encontrámos gra- 
nulações de cromatina, cromidios, que lembram 
ser os derradeiros vestijos de nucleos destrui- 
dos no plasma (figs. 7, 8, 9, Est. 1). 


Quando vai adiantada a divisão nuclear, 
inicia-se a segmentação do plasma (figs. 22 a 
24, Est. 2), adquirindo os esquizontes, a prin- 
cipio, aspetos lobulados. Depois cada nucleo 
é envolvido por certa porção de plasma con- 
densado, formando-se desta sorte pequenas 
celulas arredondadas, que são os esquizozoitos; 
estes se acham colocados, em numero variavel, 
na periferia da massa do plasma residual e 
immediatamente abaixo do revestimento peri- 
plastico da primitiva celula (fig. 25, 26, Est. 2). 

Pelo que podemos observar, notamos que 
a evoloção esquizogonica, nesta gregarina, é 
muito menos frequente que a sexuada. 


111 — Gametogonia. 


Como acima referimos, os organismos que 
evolvem para gamontes oferecem o periplasto 
constituido por fibrilas lonjitudinais muito de- 
senvolvidas (figs. 1 a 3, 11 a 15, etc. Est. 1). 

Nos poucos preparados que possuimos 
são estas as formas que predominam. Pelo 
exame a fresco vimos que são dotados de 
certa mobilidade, deslocando-se no campo do 
microscopio, na direção de seu eixo lonjitu- 
dinal á custa de amplos e lentos movimentos 
de lateridade da extremidade anterior do corpo, 
que é a porção mais afilada. 


Os preparados corados mostram o endo- 
plasma constituido de finos alveolos, existindo 
ás vezes, zonas de rarefação do plasma, outras 
vezes grandes vacuolos. Ha grande diferenci- 
ação no plasma periferico determinada pela 
formação fibrilar, já referida; devemos notar a 


= 


Le 


ras 


Promitose, ahnlich der von JOLLOS (1908) 
bei Adelea ovata beschriebenen, wo die neu- 


gebildeten Zentriolen schon beim Auseinder- 
weichen von den Chromosomen des Karyo- 


soms umgeben sind. Wir neigen zu dieser 
Auffassung, weil man gar nicht selten Bilder, 
wie auf Fig. 10, beobachtet, welche eine starke 
Einkerbung des Karyosoms zeigen, die ganz 
den Eindruck einer Teilung durch Ausziehen 
macht. 

Bei einigen Schizonten beobachteten wir 
Chromatingranula, Chromidien, welche die 
letzten Ueberbleibsel im Plasma zerstórter 
Kerne zu sein scheinen (s. Taf. 1, 7, 8 u. 9). 

Wenn die Kernteilung schon vorgeschrit- 
ten ist, beginnt die Segmentierung des Plas- 
mas (Taf. 2, Fig. 22 bis 24), indem die 
Schizonten zunächst ein gelapptes Aussehen 
annehmen. Alsdann umgibt sich jeder Kern 
mit einer gewissen Menge kondensierten Plas- 
mas, wodurch kleine rundliche Zellen ent- 
stehen; es sind dies die Schizozoiten, welche 
in wechselnder Zahl an der Peripherie des 
Plasmarestkôrpers und unmittelbar unter der 
Periplasthülle der ursprünglichen Zelle liegen. 
(Fig. 25 und 26). 

Soweit ich beobachten konnte, ist bei 
dieser Gregarine die schizogonische Entwick- 
lung weit seltener, als die sexuelle. 


Hi. Gametogenie. 


Wie bereits erwahnt, zeigen die in Ent- 
wicklung begriffenen Gamonten ein aus gut 
entwickelten Langsfasern gebildetes Periplast. 
(Ta Big. 103, 11-15 ete). 

In den wenigen Práparaten, die wir be- 
sitzen, sind dieselben am zahlreichsten. Frisch 
untersucht zeigten uns dieselben eine gewisse 
Beweglichkeit; sie verschieben sich im Ge- 
sichtsfelde in der Richtung der Lángsachse 
durch langsame aber ausgiebige seitliche Be- 
wegungen des stárker zugespitzten Vorder- 
endes. 

Gefarbte Práparate zeigen das Endoplasma 
von feinwabiger Struktur; manchmal erscheint 
das Plasma stellenweise reduziert oder es 
zeigt grosse Vakuolen. An der Peripherie 


- zeigt es sich durch die bereits erwahnte Fase- 


rung stark differenziert; das anscheinende Feh- 


ausencia aparente de fibrilas transversais nestas 
celulas. 

Os gamontes são sempre organismos muito 
alongados e alguns estiram-se a tal ponto que 
o nucleo fica ocupando aproximadamente dois 
terços do diametro transverso da celula (fig. 
15; a fig. 15 a é continuação da precedente). 

Depois de certo desenvolvimento os ga- 
montes passam por modificações morioloji- 
cas interessantes que vamos referir. Seu endo- 
plasma, ao condensar-se aos poucos em torno 
do nucleo, forma volumosa esfera que, ás vezes 
fica situada na extremidade posterior da ce- 
lula (fig. 18, Est. 1); é, porém, mais comum, 
achar-se localizada na zona mediana (figs. 19, 
20, 21, 27, Est. 2), recoberta parcial ou to- 
talmente pelo periplasto. A's vezes este se 
rompe e ela faz hernia, em determinado ponto 
como se observa na fig. 16; outras vezes, 
ainda, o periplasto correspondente á porção que 
envolvia a extremidade posterior do gamonte, 
semelhante agora a um tubo, vazio de plas- 
ma, dobra-se, contornando a rejião mais di- 
latada (fig. 20, Est. 2). 

O nucleo dos gamontes muito jovens, é 
pobre em substancia cromatica e apresenta 
tenue membrana, que limita a zona clara de 
suco nuclear, em cujo-centro se acha o cario- 
soma, ou melhor, o nucleolo. Proximo deste 
se nota um ou dois granulos cromaticos que 
muitas vezes se acham a ele ligados por te- 
nue filamento (figs. 2, 3, Est. 1). 

Com o crecimento dos gamontes, o nu- 
cleo adquire certo acumulo de substancia 
acromatica, como nos mostram as figs. 12 a 21. 
Notam-se trabeculas de linina que, partindo 
do centro terminam na face interna da mem- 
brana, em cuja inserção se notam, ás vezes, 
granulações cromaticas. Outras vezes a linina 
se dispõe nitidamente sob aspeto reticulado, 
havendo nos pontos de cruzamento os mes- 
mos granulos de cromatina (fig. 19a, Est. 2). 
Frequentemente ela tambem se acumula em 
um dos polos do nucleo, simulando um cre- 
cente que abraça, pela parte concava, a zona 
de suco nuclear para onde envia alguns septos 
(ies. 12, 13, 15a 17, 22, Est.l e 2). 

O ou os granulos cromaticos existentes 
proximo ao nucleolo, acreditamos represen- 


9 


len transversaler Fibrillen verdient hervorge- 
hoben zu werden. 

Die Gamonten haben stets eine lângliche 
Form und einige erscheinen derart gestreckt, 
dass der Kern etwa zwei Drittel des Quer- 
durchmessers der Zelle einnimt (Fig. 15 und 
deren Fortsetzung 15 a). 

Auf einer gewissen Entwicklungsstufe 
zeigen die Gamonten interessante morpholo- 
gische Veránderungen: ihr Endoplasma ver- 
dichtet sich allmáhlich um den Kern und bil- 
det eine volumóse Kugel, welche manchmal 
am Hinterende der Zelle liegt (Taf. 1, Fig. 
18), haufiger aber ganz oder teilweise vom 
Periplast bedeckt, im mittleren Teile getroffen 
wird: (Figs .19).° 20,21, 27 auf Tak 2) 
Manchmal reisst das Periplast an einer 
bestimmten Stelle ein, wobei das Plasma vor- 
fallt, wie man auf Fig. 16 sieht; in an- 
dern Fallen biegt sich der Teil, welcher das 
Hinterende des Gamonten umhiillte, in Form 
eines Schlauches um und legt sich um. die 
erweiterte Portion (Taf. 2, Fig. 20). 

Der Kern der ganz jungen Gamonten 
enthalt wenig achromatische Substanz und zeigt 
eine zarte Membran, welche die klare Kern- 
saftzone umschreibt; diese enthalt im Zen- 
trum das Karyosom oder richtiger den Nu- 
kleolus. In seiner Nahe trifft man ein oder 
zwei Chromatinkórnchen, welche gar nicht 
selten durch einen diinnen Faden mit dem- 
seben in Verbindung stehen (Fig. 2 und 3, 
Pah 1) 

Bei der Weiterentwicklung der Gamonten 
hauft sich im Kern achromatische Substanz 
an, wie es Fig. 12—21 zeigen. Man sieht 
Lininfäden vom Zentrum nach der Innenseite 
der Membran verlaufen und an der Anhef- 
tungsstelle manchmal Chromatinkôrnchen. An- 
dere Male erscheint das Linin deutlch reti- 
kulir nnd an den Kreuzungsstellen finden 
sich dieselben Kórnchen chromatischer Sub- 
stanz. (Taf. 2, Fig. 19a). Manchmal hâuft sie 
sich auch an einem der Kernpole an, in Form 
eines Halbmondes, der die Kernsaftzone 
umfasst und einige Septa in dieselbe hinein- 
sendet (Taf. l und 2, Fig.12, 13, 15—17 und 22). 

Das oder die nahe am Nukleolus gele- 
genen Chromatinkórnchen spielen nach un- 


tarem o mesmo papel que aquele descrito nos 
esquizontes, isto é, consideramol-os como cen- 
triolos extra cariosomicos. Eles têm a mesma 
predominancia na divisão nuclear, orientando 
pelo seu desdobramento a cinese, como se vê 
em um dos nucleos da fig. 11, em inicio 
de mitose. 

E’ comum encontrarmos gamontes isola- 
dos providos de dois ou mais nucleos (figs. 11, 
13, 15, 27, Est. 1 e 2), sendo alguns destes de 
identica estrutura no mesmo individuo (fig. 
15). Ha destes nucleos que dejeneram no 
plasma, como se vê claramente pela observação 
das figuras 3, 16, 17 que mostram granulos 
volumosos de cromatina, os quais não passam 
de cariosomas de nucleos dejenerados, envol- 
vidos ainda pela orla clara que correspondia 
á zona de suco nuclear. Igual destino terá sem 
duvida, o nucleo mais anterior representado 
na fig. 13. Acontece, porem, ás vezes, que 
esses nucleos secundarios se dividem dando 
outros filhos (fig. 11, Est. 1). 

Pesquizas de BERNDT (1902) sobre as 
Eugregarinas vieram mostrar que os cistos 
solitarios não conseguem realizar sua com- 
pleta evolução, entrando logo em dejenera- 
ção. 

Interpretamos a existencia dos gamontes 
multinucleados no Schizocystis spinigeri como 
tendo identica significação dos encistamentos 
solitarios não alcançando, como estes, o termo 
de sua evolução. E é por isto que encon- 
tramos ás vezes, gamontes, cujo plasma está 
semeado de granulações cromaticas, sem ne- 
nhuma estrutura (fig. 34, Est. 3) e outros 
que só se podem reconhecer pela persisten- 
cia do periplasto fibrilar. 


A união dos gamontes realiza-se entre 
individuos de identica morfolojia. As celulas 
juntam-se pelas extremidades mais rombas 
(fig. 28, Est. 2). Nesta ocasião não sabemos 
si os gamontes perdem sempre o apendice 
periplastico observado nas figs. 19, 20 e 21, 
ou si eles persistem algumas vezes. 

Depois de unidos, os gamontes arredon- 
dam-se (fig. 20, Est. 2) e aparece a mem- 
brana cística comum que os envolve. Não 
podemos decidir se ha formação de septo 
mediano separando as duas celulas, ou se as 


serer Auffassung, dieselbe Rolle, wie die bei 
den Schizonten angegebene; es sind ausser- 
halb des Karyosoms gelegene Zentriolen. Für 
die Kernteilung sind sie eben so bedeutungs- 
voll, indem sie durch ihre Teilung die Rich- 
tung der Kinese bestimmen, wie es auf Fig. 
li bei einem im Anfangsstadium der Mitose 
befindlichen Kerne zu sehen ist. 


Ein haufiger Befund sind isolierte Ga- 
monten mit zwei oder mehr Kernen (Fig. 11, 
13, 15 und 27), deren einige bei demselben 
Individuum gleiche Struktur zeigen. (Fig. 15). 
Es gibt auch Kerne, welche im Plasma dege- 
nerieren, wie auf Fig. 3, 16 und 17 deutlich 
zu sehen; hier sieht man grosse Chromatin- 
kórner, welche nichts anderes als entartete 
Kerne sind, noch deutlich von einem hellen 
Saume, der früheren Kernsafizone, umgeben. 
Auch den auf Taf. 1 Fig. 13 nach dem Vorder- 
ende zu gelegenen Kern erwartet zweifellos 
dasselbe Geschick; es kommt aber auch vor, 
dass solche sekundáren Kerne sich weiter tei- 
len und Tochterkerne produzieren (Fig. 11). 

Die Untersuchungen von BERNDT (1902) 
úber die Eugregarinen haben gezeigt, dass 
solitare Zysten ihre Entwicklung nicht voll- 
enden kônnen, sondern bald der Degeneration 
verfallen. 

Wir betrachten das Vorkommen der multi- 
nukleáren Gamonten bei Schizoscystis spinigeri 
als gleichbedeutend mit den solitáren Inzystie- 
rungen, indem sie ebensowenig ihre Entwick- 
lung vollenden. Dies ist auch der Grund, wes- 
halb wir bisweilen Gamonten zu sehen be- 
kommen, deren Plasma von strukturlosen Chro- 
matinkôrnern durchsetzt ist (Taf. 3, Fig. 34) 
und andere die nur noch an dem persistie- 
renden fibrillären Periplast erkennbar sind. 

Die Vereinigung der Gamonten vollzieht 
sich zwischen morphologisch  identischen 
Individuen. Die Zellen verschmelzen mit dem 
stumpferen Ende (Fig. 28), worauf die gemein- 
same Hüllmembran erscheint. Es bleibt dabei 
unentschieden, ob die Gamonten immer den 
Periplastanhang, der in Fig. 19-21 sichtbar 
ist, verlieren oder ob er manchmal bestehen 
bleibt. 

Nach ihrer Vereinigung runden sich die 
Gameten ab (Taf. 2, Fig. 29); wir kónnen nicht 


paredes internas mais condensadas, vistas nas 
figs. 29 a 31, significam apenas condensação 
do periplasto que reveste cada uma das faces 
em contato. 

Em seguida os nucleos sofrem repetidas 
divisões para a formação dos gametos. Não 
pudemos verificar os processos iniciais que 
neles se passam; só conseguimos observar 
nucleos em reconstituição, como os das figu- 
ras 30 e 31. 

Não vimos tambem os gametos forma- 
dos, pelo que não sabemos si nesta grega- 
rina ha iso — ou anisogamia. 

Observamos na fig. 32 um cisto onde se 
notam ainda algumas copulas, que são re- 
conheciveis, além da forma oval, pela exis- 
tencia de nucleos em polos opostos, dos quais 
um é provavelmente o do microgámeto ainda 
não fundido ao outro. No mesmo cisto en- 
contram-se individuos em início de divisões 
nucleares, chamando-nos a atenção aquela 
forma cujos centriolos já se acham dividi- 
dos. 

O esporocistos tem forma oval, com as 
extremidades mais ou menos afiladas. O nu- 
mero deles é variavel e pudemos observar 
até 24 em cada cisto (fig. 33, Est. 3). 

Seu nucleo é fortemente cromatico; uns 
são constituidos por bloco compacto de cro- 
matina, outros por granulações dispostas ir- 
regularmente. 

O plasma é alveolar, isento de quaisquer 
especies de inclusões e muito siderofilo, per- 
manecendo ainda bem azulado depois de pro- 
longada diferenciação pelo alume ferrico. 

Na zona central dos cistos encontra-se a 
massa de plasma residual que muitas vezes 
apresenta granulações com pouca afinidade 
para a materia corante. 

Apesar do grande numero de esporocis- 
tos livres no intestino, nunca conseguimos 
verificar a formação de seus esporozoitos. 


IV — Considerações gerais. 


Pelo que fica exposto, verificámos certas 
particularidades na evolução desta gregarina: 
ausencia de aparelho de fixação ás celulas 
do intestino; fenomenos curiosos na evolução 
dos gamontes; e, sobretudo, processos de 


entscheiden, ob ein medianes Septum gebil- 
det wird oder ob die dichteren Innenwánde 
nur einne Verdickung des Periplastes darstell:, 
welcher jede der Kontaktfláchen überzieht. 

In der Folge voliziehen sich bei der 
Gametenbildung wiederholte Kernteilungen. 
Die ersten Vorgánge, die sich dabei abspielen, 
haben wir nicht verfolgen kónnen; wir beob- 
achteten nur eine Rekonstitution von Kernen 
(Fig. 30 und 31). 

Auch die fertigen Gameten trafen wir 
nicht an, so dass wir im Zweifel blieben, ob 


bei unserer Gregarine Iso-oder Anisogamic 
stattfindet. 
Fig. 32 zeigt uns eine Zyste, welche 


einige Copulae aufweist, welche durch die 
ovale Form und das Vorkommen von Kernen 
an entgegensetzten Polen kenntlich sind. Wahr- 
scheinlich gehdrt der eine Kern dem Mikro- 
gameten an. In derseiben Zyste findet man 
auch Individuen im Anfangsstadium der Kern- 
teilung, wobei die Form mit bereits geteilten 
Zentriolen beachtungswert erscheint. 

Die Form der Sporozysten ist ein Oval 
mit mehr weniger zugespitzten Enden. Ihre 
Zahl wechselt; wir haben bis 24 in einer 
Zyste beobachten kónnen (Taf. 3, Fig. 33). 
Der Kern: ist stark chromatinhaltig, manch- 
mal aus einem kompakten Chromatinb!ocke, 
andere Male aus unregelmássig angeordneten 
Kórnchen gebildet. 

Das Plasma ist alveolar und frei von 
Einschliissen, dabei stark siderophil, da es 
auch nach langer Differenzierung mit Eisen- 
alaun deutlich blau bleibt. Im Zentrum der 
Zysten findet sich eine Masse von Residual- 
plasma, welche häufig schwer farbbare Gra- 
nulationen enthalt. 

Trotzdem freie Sporozysten im Darme 
sehr zahlreich waren, haben wir die Bildung 
von Sporozoiten nie beobachten kônnen. 


VI. Allgemeine Betrachtungen. 


Wie unsere Darstellung zeigt, haben wir 
bei der Entwicklung dieser Gregarine manche 
Besonderheiten beobachtet, wie Fehlen eines 
Apparates zur Fixation an den Darmzellen, 
merkwiirdige Erscheinungen bei der Ga- 
montenentwicklung und besonders primitivere 


divisão nuclear muito mais simplificados que 
em outros protozoarios do mesmo grupo. 
Colocámos esta esquizogregarina no ge- 
nero Schizocystis apenas provisoriamente, e á 
espera de que estudos posteriores. realizaveis 
io go que dispuzermos de material, fornecen- 


do-nos outras minucias necessarias, venham 


decidir definitivamente sobre sua colocação 


nesse ou em outro genero. 

Bem sabemos que, atualmente, não se 
pode colocar a gregarina de Spiniger no ge- 
nero Schizocystis, cuja diagnose foi assim es- 
abelecida por LÉGER: «Schizogregarina de 
es quizontes extracelulares vermiformes e mo- 
veis, ou massiços (arredondados), com nu- 
m erosos nucleos, cuja multiplicação se rea- 
liza no decorrer do crecimento da celula: 
Gamontes ovoides terminados em ponta, pos- 
teriormente. Cistos ovoides ou sub-esfericos- 
Gametos aniscgamicos do tipo atinocefalídio. 
Fsporocistos pouco numerosos, octozoicos, 
de forma biconica do tipo atinocefalidio. Uma 
unica especie conhecida atualmente: Schizo- 
cystis gregarinoides.» 

Tivemos ocasião de notar, como já foi 
referido, a rara frequencia da evolução esqui- 
zogonica desta gregarina; pensamos que este 
fenomeno seja determinado pelas condições 
de vida extra-celular constante, que facilitam 
extremamente o contato reciproco dos ga- 
metócitos. Este fato vem confirmar as opi- 
niões de LÉGER que, opondo-se ás de FA- 
THAM 1908 sobre ser a esquizogonia um fe- 
nomeno posteriormente adquirido, acredita 
serem as Eugregarinas derivadas das esqui- 
zogregarinas pela perda do ciclo esquizogonico. 

Acreditamos que o estudo desta gregari- 
na veio mostrar, com a evolução abortiva de 
alguns gamontes, o vestijio remoto, o esboço 
ancestral do encistamento solitario das Eugre- 
garinas, fenomeno este que, na Porospora 
gigantea, atinjiu a tal aperfeiçoamento, ex- 
presso na formação completa de novos in- 
cividuos, que LÉGER foi levado a considerar 
como um estádio esquizogonico na evolução 
cessa eugregarina. 


Zellteilungsvorgánge, als sie bei andern Ver- 
tretern derselben Gruppe bekannt geworden 
sind. 

Wir stellen diese Schizogregatine nur 
provisorisch zum Genus Schizocystis, bis wei- 
tere Studien, deren Ausführung von neuem 
Material abhângt, uns andere notwendige 
Einzelheiten erkennen lassen, welche über 
die Klassifikation der Art endgiiltig zu ent- 
scheiden gestatten. Wir wissen auch, dass 
zur Zeit unsere Gregarine nicht in das Genus 
Schizocystis gestellt werden kann, fiir welches 
LEGER folgende Diagnose gab: «Schizo- 
gregarine mit extrazellularen, beweglichen, 
wurmfôrmigen oder massiven, abgerundeten 
Schizonten, mit zahlreichen Kernen, deren 
Vermehrung wahrend des Wachstums der 
Zelle erfolgt. Ovoide oder subspharische, 
hinten zugespitzte Gamonten. Ovoide oder 
subsphärische Zysten. Anisogame Gameten 
von actinocephaloidem Typus. Spárliche, octo- 
zoische Sporozoiten von bikonischer actino- 
cephaloider Form. Zur Zeit nur eine Spezies 
bekannt, namlich Schizocystis gregarinoides. 

Wie erwahnt, fiel uns bei dieser Grega- 
rine die Seltenheit der schizogonischen Ent- 
wicklung auf; wir glauben, dass diese Er- 
scheinung durch die Bedingungen des stets 
extrazellularen Lebens verursacht wird, wel- 
che den gegenseitigen Kontakt der Gameto- 
zyten begiinstigen. Diese Tatsache bestatigt 
die Auifassung von LEGER, der, im Gegen- 
satz zu den Ideen von FATHAM (1908), 
welcher die Schizogonie fiir eine spatere 
Acquisition hielt, der Ansicht ist, dass die 
Eugregarinen durch Verlust des 
Schizogoniezyklus aus den Schizo- 
gregarinen hervorgingen. 

Wir glauben, dass das Studium dieser 
Gregarine durch die abortive Ent- 
wicklung einiger Gamonten, das 
letzte Ueberbleibsel und die Andeutung der 
ursprünglichen solitären Inzystierung 
der Eugregarinen zeigt, ein Phânomen, wel- 
ches bei Porospora gigantea eine solche Vol- 
lendung erfuhr (wie die Erzeugung neuer In- 
dividuen beweist) dass LEGER  veranlasst 
wurde, sie als schizogonisches Stadium in 
der Entwicklung dieser Eugregarine anzuseher. 


1 


“sentar os mais sinceros agradecimentos aos 
“nossos mestres Drs. CARLOS CHAGAS e 
_A. LUTZ pelos inestimaveis auxilios que nos 
dispensaram para a realização deste tra- 
balho. . 


Manguinhos, 4—11—1912. 


LR espeto 


Zum Schlusse erfüllen wir die Pflicht, 
unseren Lehrern Drs. CARLOS CHAGAS 
und A. LUTZ fiir die unschátzbare Hilfe, A 
welche sie uns bei der Ausfiihrung obiger 
kurzer Arbeit leisteten, unseren aufrichtigsten 
Dank auszusprechen. 


Manguinhos, 4—11—1912, 


Explicação das figuras das Estampas 1-2 e 3 


Estes desenhos foram obtidos com Oc. 
comp. 4 e Obj. apocr., 2 mm. de ZEISS, 
exceção para a fig. 192 obtida com Oc. 
comp. 8 e mesma objetiva. 


Fig. 1 a 3--Formas jovens, evolvendo para 
gamontes. 

Fig. 4 a 6—Formas jovens, evolvendo para 
esquizontes. 

Fis. 1 —Joven esquizonte com nucleo 
em divisão. 

Fig. 8 a 10—Esquizontes mono—e binuclea- 
dos. Notar os centriolos dividi- 
dos na fig. 9. 

Fig. 11 a 18—Gamontes em diversas fases 


de evolução. 


11, 13 e 15—Gamontes, bi— e multinu- 
cleados que entrarão em dejene- 
ração. 


Fig. 


Fig. 15 a — Porção anterior da figura pre- 


cedente. 
Fig. 16, 18 a 21 e 27—Gamontes, cujo endo- 
plasma se condensou em torno 


do nucleo. 


19 a —Nucleo da figura precedente, 
obtido com maior aumento para 
mostrar a rede de linina com 


granulações cromaticas. 


Fig. 


22 e 24—Diversos periodos da esquizo- 
gonia. Notar as mitoses dos nu- 
cleos da fig. 22. 


Fig. 


Fig. 25 e 26—Estádio final da esquizogonia, 
vendo-se os esquizozoitos ainda 
reunidos. 

Fig. 28 —União dos gamontes. 

Fig. 29 a 31—Cistos em formação de game- 
tos. 

Fig. 32 —Cisto onde se vêm algumas 
copulas. 

Fig. 33 —Cisto com numerosos esporo- 
cistos. 

Fig. 34 —Gamonte dejenerado. 


A 


14 


Erklárung der Figuren auf den Tafeln i, 2, u.3. 


Diese Zeichnungen wurden mit Comp. 
oc. 4 und Apochr. obj. 2mm. von Zeiss ent- 
worfen; nur bei Fig. 19a kam Comp. oc. 8 
zur Anwendung. 


Fig. 1-3 Junge, zu Gamonten anwachsende 
Formen. 

Fig. 4-6 Junge zu Schizonten anwachsende 
Formen. 

Fig. 7 Junger Schizont mit Kernteilung. 

Fig. 8-10 Mono-und binukleáre Schizonten. 
Man beachte die geteilten Zen- 
triolen in der Figur 9. 

Fig. 11-18 Gamonten in verschiedenen Ent- 


wicklungsphasen. 


. 11-13 u. 15. Mono-und binukleãre Gamon- 
ten, die der Degeneration anheim- 
fallen. 


. 15 a Vorderpartie der vorigen Figur. 


Fig. 16-18-21. Gamonten, deren Endoplasma 
sich um den Kern herum konden- 
siert hat. 

Fig. 19 a Der Kern der vorigen Figur, 
mit grosser Vergrôsserung ge- 
sehen, um das Lininnetz mit den 
Chromatinkôrnern zu zeigen. 

Fig: 52228 Verschiedene Perioden der 
Schizogonie. Man beachte die 
Mitosen des Kernes auf Figur 22. 

Fig. 25-26 Schlussphase der Schizogonie, 
die Schizoiten sind noch bei- 
sammen. 

Fig. 28 Vereinigung der Gamonten. 

Fig. 20-31 Zysten mit Bildung von Game- 
ten. 

Fig. 32 Zysten mit einigen sichtbaren 
Copulae. 

Fig.133 Zyste mit zahlreichen Sporo- 
zysten. 

Fig. 34 Degenerierter Gamont. 


MEMORIAS DO INSTITUTO OSWALDO CRUZ 
Tomo Y - 1913 


ESTAMPA | 


HA 
e 
aed 
Bae 


CastroSilva. del. 


MEMORIAS DO INSTITUTO OSWALDO CRUZ 


ESTAMPA 2 


Tomo W - 1913 


CastroSilva. del. 


MEMORIAS DO INSTITUTO OSWALDO CRUZ 
Tomo V-|93 ————— ESTAMPA 3 


CastroSilva. del. 


BERNDT, A. 


BOTT 


FATHAM, H. B. 


HARTMANN, M. & 
PROWAZEK, S. VON 


JOLLOS 


LÉGER, L. 


LEGER, L. & 
DUBOSCA, O. 


LÉGER, L. € 
DUBOSCQ, O. 


SCHELLACK, C. 


1902 


1907 


1908 


1907 
1908 


1909 


1908 


1909 
1907 


i5 


BIBLIOGRAFIA, 


Beitrag zur Kenntnis der im Darme der Larven von 
Tenebrio molitor lebenden Gregarinen. 
Arch. f. Protistenkunde Bd. 1 


Pelomyxa palustris. 
Arch. f. Protistenkunde Bd. 18 


The schizogregarina: a review and a new classifica- 
" tion. 
Parasitology Vol. 1 N.o 4 


Blepharoplast, Karyosom u. Centrosom. 
Arch. f. Protistenkunde Bd. 10 


Multiple Teilung und Reduktion bei Adelea ovata 
(A. SCHN.). 
Arch. f. Protistenkunde Bd. 15 


Les Schizogrégarines des Trachéates. II. Le genre 
Schizocystis. 
Arch. f. Protistenkunde Bd. 18 


L’évolution schizogonique de PAggrégata ( Eucoccidium ) 
eberthi (LABBE ). 
Arch. f. Protistenkunde Bd. 12 


Etudes sur la sexualité chez les Grégarines 
Arch. f. Protistenkunde Bd. 17. 


Ueber Entwicklung und Fortpflanzung von Echinomera 
hispida (A. SCH.) 
Arch. f. Protistenkunde Bd. 9. 


Notas sobre um Caso de Milase humana ocasionada por larvas de Sarcoghaga Quoghila N. Sp 


pelos 


Drs. Arthur Neiva e Gomes de Faria. 


Mutasís humana, verursacht durch Laruen von aro ponha, A. Sp, 


von 


Drs. Arthur Neiva und Gomes de Faria. 


No presente trabalho rejistamos uma 
observação de. miiase por larvas de Sarcopha- 
ga, seguida de algumas considerações que 
nos parecem dignas de menção. 


Trata-se do caso duma menina de cerca 
de 10 anos de idade, que sofrera uma con- 
tusão na rejião parietal direita. Descuidado 
o tratamento estabeleceu-se abundante supu- 
ração, favorecida pela presença de longos 
cabelos. 


Foi nestas condições que procurou a cli- 
nica cirurjica da Policlinica das Crianças, on- 
de, reconhecida a miiase, foram as larvas ti- 
radas e enviadas ao Laboratorio onde chega- 
ram ainda vivas. Criadas pelo metodo que 


vai descrito mais adiante, deram moscas, que | 


não 
cies conhecidas; por isso criamos 


conseguimos identificar com as espe- 
nova es- 


Nachstehende Mitteilung enthalt einen 
Fall vom Myiasis durch Sarcophagalarven und 
einige einschlagige Bemerkungen, welche uns 
mitteilenswert erscheinen. 

Es handelte sich um den Fall eines Mad- 
chens, von 10 Jahren welches eine Kontusion 
der rechten Parietalgegend erlitten hatte. In 
Folge vernachlässigter Behandlung kam es zu 
starker Eiterung, weiche durch die langen 
Haare noch begiinstigt wurde. In diesem Zu- 
stande kam sie in die chirurgische Abteilung 
der Kinderpoliklinik, wo die Myiasis erkannt 
und einige Larven gesammelt wurden. Die- 


selben wurden dem Laboratorium úbersandt, 


| woselbst sie noch lebend ankamen. Bei nach- 


stehend beschriebener Ziichtungsweise ergaben 
sie Fliegen, die wir mit den bekannten Arten 
nicht identifizieren konnten; wir stellten da- 


pecie, cuja descrição passamos a dar, deixan- | fiir eine neue Art auf, deren Beschreibung 


do a sua discussão para outra parte do ar- 
tigo. 

Descrição: 

Sarcophaga pyophila n. sp.: Cabeça ama- 
relada; antenas castanho-escuras com pu- 
becencia esbranquiçada; terceiro articulo mais 
de 3 vezes mais longo que o segundo; 
arista plumosa nos dois terços bazais. Probo- 
cida e palpos castanho-escuros. 

Torax amarelo acinzentado sujo, com 3 
faixas lonjitudinais negras, bem distintas, sen- 
do que a do meio atinje o apice do escutelo. 
As pleuras e bordo do. escutelo com cerdas 
pretas, grossas e longas. Escutelo da côr 
geral do escudo. 

Abdome: o fundo igual ao do torax, 
percorrido por 3 linhas transversais e 3 lon- 
jitudinais negras brilhantes que formam um 
xadrez. Marjens apicais dos 2 ultimos se- 
gmentos revestidas de macroquétas. 

Azas com a costa amarela na base. Te- 
gula desenvolvida e de côr esbranquiçada. 

Pernas com os femures e tibias de fun- 
do amarelado, revestidos porém de pêlos e 
cerdas negras; tarsos pretos revestidos den- 
samente de pêlos grossos e negros; lado in- 
ferior dos femures acinzentado a olho nit. 

Descrição feita de 4 femeas, obtidas de 
culturas em laboratorio. As azas de todos os 
exemplares estavam mais ou menos enco- 
lhidas. 


Comprimento: 7 mm. 

Tipo no Instituto Oswaldo Cruz. 

No Brazil, ou, melhor, em toda a Ame- 
rica as moscas que mais ocasionam as miiases 
são; a Chrysomyia macellaria F. ea Derma- 
tobia hominis L.; a primeira produz as afe- 
ções conhecidas por bicheira ou bicheiro; a 
larva da outra é chamada berne por aqui e 
ura no Pará e Amazonas. Geralmente os cli- 
nicos descuidam-se de criar as larvas das 
bicheiras e por isso as miiases ocasionadas 
pelos dipteros do genero Sarcophaga não são 
mais conhecidas. 

E’ muito dificil determinar larvas dos 
dipteros produtores de bicheiras; por isso, é 
lamentavel que, geralmente, os observadores 
rejistem ter sido a miiase produzida pela 
C. macellaria, mesmo quando não obtiveram 


EA 


nachfolgt und weiter unten noch náher erórtert 
werden soll. 

Beschreibung: 

Kopf gelblich; Antennen dunkelbraun mit 
weisser Pubescenz, das dritte Glied mehr, als 
dreimal so lang, als das zweite; Borste gefie- 
dert mit Ausnahme des letzten Drittels; Riis- 


sel und Palpen dunkelbraun. 
Thorax schmutzig graugelb mit drei deut- 


lichen, glanzenden schwarzen Längsbinden, 
von denen die mittlere bis zum Ende des 
Schildchens reicht. Rand des letzteren und 
Pleuren mit dicken und langen Borsten von 
schwarzer Farbe. Farbe des Scutellums gleich 
derjenigen des Scutums. 

Abdomen: Grund, wie am Thorax, aber 
mit je drei schwarzen Langs und Querlinien, 
sodass eine Wiirfelung entsteht. Hinterrander 
der beiden letzten Abschnitte mit Makrocháten. 

Fliigel am Basalteil der Costa gelblich. 
Schiippchen gut entwickelt, weisslich. 

Beine: Schenkel und Schienen mit schwar- 
zen Borsten auf gelblichem Grunde; die schwar- 
zen Tarsen mit dicken schwarzen Haaren be- 
deckt; Unterseite der Schenkel, von blossem 
Auge gesehen, graulich. 

Die Beschreibung bezieht sich auf vier im 
Laboratorium geziichtete Weibchen, die alle 
etwas verkiimmerte Fliigel aufweisen. 

Gesammtlange 7 mm. 


Type im Instituto Oswaldo Cruz. 
In Brasilien, besser gesagt, in ganz Ame- 


rika sind die Fliegen, welche am haufigsten 
eine Myiasis erzeugen: Chrysomyia macellaria 
F. und Dermatobia hominis L.; erstere er- 
zeugt die als bicheiro oder bicheira bekannten 
Affektionen; die Larve der anderen heisst 
hier berne, in Pará und Amazonas ura. Ge- 
wohnlich  vernachlássigen - die praktischen 
Aerzte die Maden zu ziichten, weswegen durch 
Sarcophagaarten hervorgerufene Myiasen we- 


nig bekannt sind. 
Die im Myiasisherden gefundenen Maden 


zu bestimmen, ist sehr schwierig; deshalb 
ist es auch bedauerlich, dass die Beobachter 
die Chr. macellaria auch dann als Krank- 
heitserreger angeben, wenn die Fliege gar 
nicht geziichtet worden ist. Dabei ist die 
Zuechtung nach der bereits in dieser Zeit- 
schrift angegebenen Technik gar nicht schwie- 


o inseto adulto. No entanto ha uma tecnica 
facilima já exposta nestas Memorias: colhi- 
das as larvas, guarda-se parte em qualquer 
liquido conservador, como o alcool; as outras 
são colocadas vivas em um frasco contendo 
fragmentos de carne fresca. O fundo do vi- 
dro deve conter uma camada bastante alta 
de serrajem que serve não só para absorver 
o liquido resultante da deliquecencia da car- 
ne, como principalmente, para abrigo das 
larvas que ali se enterram quando se trans- 
formam. (Vid. LUTZ — Mem. Inst. Osw. Cruz. 
T. II, fac. I. p. 61). O vidro é rotulado com 
a indicação da data afim de se observar qual 
o tempo de duração dos diferentes estádios. 
Coloca-se gaze na abertura afim de permitir 
o arejamento e de impedir a fuga dos inse- 
tos que se transformarem. E’ indispensavel 
cobrir-se o frasco com uma campanula de 
vidro ou caixa de madeira, visto que moscas 
do exterior podem depositar larvas sobre a 
gaze, as quais por sua vez, procurando a 
carne putrefata, contaminariam a cultura com 
especie estranha. O fato já foi varias vezes 
observado por nós. Deste modo, obtêm-se as 
moscas que permitem fazer-se a diagnose da 
especie causadora da miiase, pelo estudo do 
inseto adulto. 


Mesmo para entomolojistas que se espe- 
cializaram no estudo dos dipteros, é tarefa 
dificil determinar as especies de Sarcophagi- 
dae, bastante numerosas, pouco distintas e 
incompletamente descritas nos documentos 
bibliograficos. Entre as sarcofagas causadoras 
de miiases humanas são conhecidas as seguin- 
tes especies: S. carnaria L., S. magnifica 
SCHINER; S. latifrons FALLEN na Europa; 
S. ruficornis na India; S. lambens, e a nossa 
Sarcophaga pyophila no Brazil; Sarcophaga 
sp.? colhida por DANIELS na Guyana. 

Esta lista ficaria maior se por ventura 
pretendessemos tratar das miiases em geral, 
incluindo portanto a intestinal; limitamo-nos 
porém excluzivamente á miiase cutanea. 

A maioria dos autores constitue uma 
familia a parte: Sarcophagidae, formada por 
muitos generos. O estudo biolojico das sar- 
cofajidas é muito incompleto; tem-se obser- 
vado, no emtanto, que as larvas podem se de- 


[#2] 


rig. Nachdem man von den gewonnenen 
Larven einen Teil in einer Flüssigkeit, wie 
z. B. Alkohol konserviert hat, werden die 
úbrigen unter Zugabe von rohem Fleisch in 
ein Glas gebracht, dessen Boden ziemlich 
hoch mit Sagespanen bedeckt ist. Letztere 
dienen nicht nur zur Absorption der beim 
Faulen des Fleisches abgesonderten Fliissig- 
keit, sondern auch zum Schutze der Larven, 
welche sich bei der Verpuppung darin ver- 
graben. (S. LUTZ, Mem. Inst. Osw. Cruz, 
T. II, Heft I. S. 61). Das Glas erhált eine 
Etikette, auf welcher das Datum angegeben 
ist, so dass man die Dauer der verschiedenen 
Phasen feststellen kann. Um die Flucht der 
Fliegen zu verhindern und den Luftzutritt zu 
gestatten, verschliesst man die Oeffnung jmit 
Gaze und bedeckt das Glas mit einer Glocke 
oder einem Kasten; es ist dies von Wich- 
tigkeit, weil sonst andere Fliegen, von dem 
faulenden Fleisch angezogen, Eier oder Lar- 
ven auf die Gaze ablegen kónnen, wodurch 
die Kulturen mit Larven fremder Arten infi- 
ziert werden, wie schon ófters beobachtet 
wurde. Auf diese Weise erhalt man leicht 
die Fliegen, welche gestatten, die Art zu be- 
stimmen, welche die Myiasis veranlasste. 


Selbst fiir Spezialisten auf dem Gebiete 
der Dipterologie ist es eine schwierige Auf- 
gabe die Sacophagaarten zu bestimmen, da 
dieselben zahlreich, wenig verschieden und in 
den Litteraturquellen nur unvollkommen be- 
schrieben sind. Von Sacophagaarten, welche 
beim Menschen Myiasis hervorrufen, kennt 
man die folgenden: S. carnaria L., magnifica 
SCHINER, Jatifrons FALLEN in Europa; 
ruficornis in Indien, dambens in Brasilien, 
unsere pyophila ebendaselbst und überdies 
eine unbestimmte Art von Daniels aus Guyana. 
Wir beschranken uns ausschliesslich auf die 
Myiasis cutanea; wollten wir alle Formen, 
wie z. B. dic intestinale besprechen, so wiirde 
die Liste noch langer. 

Die Mehrzahl der Autoren klassifiziert die 
Sarcophagidae als eigene Familie, welche 
zahlreiche Genera enthált. Ihr biologisches 
Studium ist noch sehr unvollkommen, man 
weiss jedoch, dass ihre Larven sich in Lei- 
chen von Wirbeltieren und Arthropoden und 


e De” 


senvolver nos cadaveres vertebrados e artro- 
podes; criam-se tambem nas fezes humanas 
e atacam até ovos de insetos, como observou 
RILEY no caso dum ortoptero, o Melanoplus 
spretus. Os cadaveres de molusco são tam- 
bem atacados e MIK observou a S. haemor- 


rhoa MG. parasitar um molusco ainda vivo, 
o Helix hortensis L. Algumas especies pare- 
cem viver a modo das Tachinidae, familia 
muito vizinha. 


BRAUER e V. BERGENSTAMM assim 
abrem a chave da classificação da seção Sar- 
cophaga : 

«Proboscis longa, margine inferiore ca- 
pitis duplo longior, apice acuta ut in G. 
Stomoxys, labellis nullis. Palpi longi, baculi- 
formes. Arista dimidio brevissime pilosa fere 
nuda, medio alba, articulus secundus brevis. 
Vena transversa posterior magis transversa 
quam apicalis, praeceps, sinuata. Cubitus ob- 
tusangulus non appendiculatus, vena trans- 
versa apicalis recta. Cellula posterior prima 
ad alarum apicem ad marginem clausa. Vena 
tertia tantum ad basin setulosa. Machrochetae 
tantum marginales. Antennarum articulus ter- 
tius secundo bis longior. Genae nudae vel tan- 
tum in superiore parte setis paucis brevibus, 
peristoma modice latum (1/3 altitudinis oculi). 
Margo oris paulum productus. Color cinereus, 
nigro striatus vel tesselatus. 


Em seguida estes autores dáo uma cha- 
ve de classificacáo para os generos e a dia- 
gnoze seguinte para o genero que mais 
nos interessa: 


«Sarcophaga: Abdomen cinereo nigroque 
plus minus argenteo vel aureo variegatum vel 
unicolor rubrum vel tantum ad apicem rubrum. 
Macrochaetae tantum marginales. Arista dis- 
tincta plumata, triente apicale nuda. Oculi 
maris approximati, nudi. Vena tertia plerum- 
que setulosa et cubitus appendiculatus. » 

A maior parte das sarcofajidas é de 
côr uniformemente mate com o escudo es- 
triado e abdome ladrilhado; todavia ha ge- 
neros que possuem especies de colorido 
metalecente como se observa entre os Cyno- 
myía e Onesia. As sarcofagas são viviparas. 


19 


in menschlichen Fázes entwickeln kónnen. 
Sie befallen auch Eier von Insekten, wie 
RILEY bei Melanopterus spretus, einer Orthop- 
terenart, beobachten konnte. Auch tote Mol- 
lusken werden verzehrt und selbst lebende 
befallen, wie MIK an S. haemorrhoa beob- 
achtete, welche in Helix hortensis schmarotzte. 
Mehrere Spezies scheinen, wie die Tachinen 
zu leben, mit denen sie nahe verwandt sind. 

BRAUER und VON BERGENSTAMM 
beginnen ihren Schlüssel zur Bestimmung 
der Sektion Sarcophaga mit folgender Defi- 
nition: 

«Proboscis longa, margine inferiore ca- 
pitis duplo longior, apice acuta ut in G. 
Stomoxys, labellis nullis. Palpi longi, ba- 
culiformes. Arista dimidio brevissime pilosa, 
fere nuda, medio alba, articulus secundus 
brevis. Vena transversa posterior magis 
transversa quam apicalis praeceps, sinuata. 
Cubitus obtusangulus, non appendiculatus, 
vena transversa apicalis recta. Cellula pos- 
terior prima ad alarum apicem ad marginem 
clausa. Vena tertia tantum ad basin setulosa. 
Macrochaetae tantum marginales. Antenna- 
rum articulus tertius secundo bis longior. 
Genae nudae vel tantum in superiore parte 
setis paucis brevibus, peristoma modice la- 
tum (1/3 altitudinis oculi). Margo oris pau- 
lum productus. Color cinereus, nigro stria- 
tus vel tesselatus.» 

Hierauf geben die Autoren einen Schlüssel . 
fiir die Bestimmung der Arten mit folgender 
Diagnose fiir die Art, welche uns am meisten 
interessiert: 

«Sarcophaga: Abdomen cinereo nigro- 
que plus minus argenteo vel aureo variega- 
tum vel unicolor rubrum, vel tantum ad api- 
cem rubrum. Macrochaetae tantum margi- 
nales. Arista distincta plumata, triente apicale 
nuda. Oculi maris approximati, nudi. Vena 
tertia plerumque setulosa et cubitus appen- 
diculatus.» 

Die Mehrzahl der Sarcophagiden haben 
eine einfórmige matte Farbe mit gestreiftem 
Seutum und gewiirfeltem Abdomen; doch 
gibt es auch Gattungen mit Metallglanz, wie 
Cynomyia und Onesia. Die Sarcophagaarten 
sind vivipar. 


AZARA referindo-se ás bicheiras no Pa- 
raguay narra o seguinte: 

«Por el mes de Enero, hallandome hacia 
los 280 de Lat., fui sorprendido por grandis- 
simo aguacero; poco despues, reapareció el 
sol entre las nubes y el calor se hizo terri- 
ble; vime entonces asaltado por uma tan 
grande cantidad de moscas de esta especie 
que, en menos de media hora, mis vestidos 
estaban completamente blancos, tantos eran 
los gusanos que habian depositado sobre 
ellos, y, para sacarlos, fué preciso raspar con 
un cuchillo como si aquello hubiése sido 
“barro.» 


ARRIBALZAGA, comentando esta pas- 
sajem diz que se relaciona com a Compso- 
myia, tendo AZARA tomado a queresa (ovos 
de moscas) por —larvas. As observações pos- 
teriores que demonstraram .ser as sarcofagas 
tambem produtoras de miiases humanas levam 
a interpretar o fenomeno presenciado por 
AZARA como tendo sido talvez produzido 
por moscas da familia Sarcophagidae, a não 
ser que se trate de um fato completamente 
novo e que moscas de outras familias pos- 
suam os mesmos habitos. Em certas zonas 
de Matto Grosso é corrente entre o povo, 
que moscas do genero Echinomyia depositam 
larvas sobre a pele humana, nela penetran- 
do por vezes. Não podemos desmentir ou 
afirmar, registamos a observação aliaz com 
a prevenção que temos sobre as observações 
desta orijem sempre mal feitas, segundo a 
nossa experiencia. 

Recentemente um de nós em viajem ao 
sul de Goyaz teve ocazião de ouvir a mesma 
observação popular; sendo possivel que haja 
engano com a Dermatobia. O povo ou não 
conhece a mosca que produz o berne ou des- 
creve-a com os caracteres da Echinomyia. 

A literatura nacional só encerra um caso 
de miiase ocasionada por larvas de Sarco- 
phaga; foi observado pelo Dr. A. SPLEN- 
DORE em S. Paulo e produzido pela Sar- 
cophaga lambens WIED. 

Sob o titulo: Sobre um caso de miyases 
dos orgãos genitaes externos com gangrena 
parcial consecutiva o Dr. ACYLINO DE LIMA 
publicou no N. 2, pp. 113-117 na Medicina 


Bei Erwahnung der bicheiras in Paraguay 
erzählt AZARA, wie folgt: 


«Por el mes de Enero, hallandome hacia 
los 280 de Lat., fui sorprendido por grandis- 
imo aguacero; poco despues, reapareció el 
sol entre las nubes y el calor se hizo ter- 
rible; víme entonces asaltado por una tan 
grande cantidad de moscas de esta especie 
que, en menos de media hora, mis vestidos 
estaban completamente blancos, tantos eran 
los gusanos que habian depositado sobre 
ellos, y, para sacarlos, fué preciso raspar con 
un cuchillo como si aquello hubiése sido 
barro.» 


Bei Besprechung dieser Stelle sagt ARRI- 
BALZAGA, dass diese Stelle sich auf Compso- 
myia beziehe und AZARA die Fliegeneier 
(«queresa») fiir Larven angesehen habe. Spa- 
tere Beobachtungen, welche zeigten, dass 
auch Sarcophagaarten beim Menschen Myiasis 
hervorrufen kônnen, gestatten die Vermutung, 
dass die von AZARA beobachtete Erscheinung 
vielleicht von einer Sarcophagidenart hervor- 
gerufen wurde, wenn es sich nicht um etwa 
eine ganz neue Tatsache handelt und Fliegen 
aus anderen Familien dieselben Gewohnheiten 
zeigen. In gewissen Zonen von MATTO 
GROSSO ist es eine landlâufige Behauptung, 
dass Fliegen von Genus Echinomyia Larven 
auf die menschliche Haut legen, welche zu- 
weilen in dieselbe eindringen. Wir kônnen 
dies weder bestátigen, noch in Abrede stellen 
und geben nur die Angabe wieder, tibrigens 
mit dem Misstrauen, welches wir gegen solche 
populäre Beobachtungen hegen, die, soweit 
unsere Erfahrung reicht, immer ungenau sind. 


Neuerdings fand einer von uns im Siiden 
von Goyaz dieselbe populáre Anschauung 
wieder; vielleicht handelt es sich um eine 
Verwechslung mit der Dermatobia. Das Volk 
kennt die Fliege der «berne» nicht oder 
schildert sie mit den Charakteren der Echino- 
myia. 

In der einheimischen Litteratur findet 
sich nur ein Fall von Myiasis durch Sarco- 
phagalarven. Die Beobachtung ist von Dr. A. 
SPLENDORE in Sao Paulo gemacht; es han- 
delte sich dabei um Sarcophaga lambens WIED. 


Militar do Rio de Janeiro, Julho de 1910, um 
artigo onde denunciava uma outra especie, a 
Sarcophaga magnifica LABOULBENE como 
a causadora da miiase; cremos tratar-se de 
um engano, porquanto, sob esta designação 
especifica só conhecemos a Sarcophila magni- 
fica SCHINER (S. Wohlfahrtia de varios au- 
tores) colocada posteriormente por BRAUER 
e BERGENSTAMM no genero Wohlfahrtia 
e que é especie européa. Acrece que a espe- 
cie foi determinada pelas larvas conserva- 
das em alcool. Acreditamos ser impossivel 
fazer-se, por emquanto, determinações especi- 
ficas na familia das Sarcophagidae por inter- 
medio de larvas e dos ganchos bucais. A 
determinação das larvas de moscas, bazea- 
da na estrutura da placa estigmatica acha-se 
ainda na faze inicial; o que ha de feito, 
apenas adianta para a determinação de al- 
guns generos entre as Muscinae. BRUMPT 
cita o cazo de uma Sarcophaga de especie 
ainda indeterminada, cujas larvas foram colhi- 
das por DANIELS na Guiana, nas mesmas 
condições em que se encontra a Wohlfahrtia 
magnifica SCH.; comparando a estrutura da 
placa estigmatica poude verificar, que se tra- 
tava de especia proxima da européa. E’ pos- 
sivel que a cultura tivesse revelado um dipte- 
ro pertencente a genero diferente da daquela 
especie, mas para o cazo pouco importa, o 
que ha de certo é que foi atribuido a uma 
Sarcophagidae e na America do Sul, onde as 
miiases são tão comuns. É digno de nota 
que o total conhecido ceja apenas de 3 cazos, 
incluindo o nosso. 

Esforçamo-nos para identificar a especie 


de que ora nos ocupamos com as anterior- 
mente descritas por varios autores, mas não 
nos foi possivel; a exiguidade das descri- 
ções, a auzencia de tipos, a propia dificulda- 
de em diferençar as especies, nos obrigam a 
considerar esta especie como nova. 

Na coleção do Instituto encontram-se va- 
rias especies brazileiras, já identificadas por 
intermedio . das descrições, e entre elas se 
acha a Sarcophaga lambens WIED.; pudemos 
então verificar a diferença da nossa especie, 


EL see 


Unter dem Titel: «Ueber eine Myiase 
der áusseren Genitalorgane mit nachfolgender 
partieller Gangraen» verôffentlichte Dr. ACY- 
LINO DE LIMA in «Medicina Militar» (N. 2, 
pag. 113—117, Juli 1910 — Rio de Janeiro), 
einen Artikel, in welchem er Sarcophaga mag- 
nifica LABOULBENE als Erreger der Myiasis 
beschuldigte; -wir glauben, dass es sich um 
einen Irrtum handelt; unter diesem Gattungs- 
namen kennen wir nur die Art von SCHI- 
NER, die bei manchen Autoren Sarcophaga 
Wohlfahrtia heisst. Sie wurde nachtraglich 
von BRAUER und V. BERGENSTAMM in 
das Genus Wohlfartia gestellt und ist eine 
europäische Art. Fragliche Art wurde úber- 
dies nach in Alkohol konservierten Larven 
bestimmt. Wir halten es zur Zeit fiir un- 
môglich Artbestimmungen bei Sarcophagiden 
bloss nach Larven zu machen. Die Unter- 
scheidung der Muscinenlarven, welche haupt- 
sachlich auf der Struktur der Stigmenplatten 
und der Kieferhaken beruht, befindet sich 
noch im Anfangsstadium; das Bekannte ist 
nur bei der Bestimmung einiger Muscinen- 
gattungen verwendbar. BRUMPT fiihrt den 
Fall einer unbestimmten Sarcophagaart an, 
deren Larven von DANIELS unter áhnlichen 
Verháltnissen gesammelt wurden, wie sie fiir 
die Wohlfahrtia magnifica SCH. bekannt 
sind; durch Vergleichung der Stigmenplatte 
konnte er feststellen, dass es sich um eine 
der europáischen nachstehende Art handle. 
Vielleicht hatte die Kultur eine Fliege aus 
einem anderen Genus ergeben, doch ist dies 
weniger wichtig, da es sich nach den An- 
gaben um eine Sarcophagine handelt und es 
bemerkenswert erscheint, dass in Siidamerika, 
wo doch Myiasis so haufig ist, mit unserem 
nur drei solche Falle bekannt sind. 


Wir bemiihten uns unsere Art nach den 
Beschreibungen frueherer Autoren zu be- 
stimmen, j-doch ohne Erfolg. Die Diirftig- 
keit der Beschreibungen, das Fehlen von Ty- 
pen und die Schwierigkeit die Arten zu unter- 
scheiden, zwingen uns, die Art als neu zu 
betrachten. 

In der Sammlung des Institutes befinden 
sich verschiedene noch den Beschreibungen 
identifizierte Arten und darunter die Sarcophaga 


pois o Dr. LUTZ que auxiliou a determinação 
no caso da miiase de S. Paulo, possue na 
sua coleção exemplares daquella Sarcophaga 
proveniente do material recolhido por SPLEN- 
DORE. 


O procedimento, adotado por nós neste 
cazo, já foi seguido por Van der Wulp; á 
pag. 266 da Biologia Centrali- Americana, Di- 
ptera, V. 11. Lond. 1903 ao se referir as Sar- 
cophagas diz este autor: The descriptions are, 
unfortunately, for the greater part imperfect, 
and do not give the most essencial characters 
to distinguish the apparentely homogeneous 
forms, and in many cases it is impossible to 
recognise the species intended by the authors. 
For this reason I am compelled to describe as 
new the whole of the Mexican species represen- 
ted in the collections before me. 


Manguinhos—20—XII—12, 


22 


lambens W1ED*; wir konnten so die Unter- 
schiede von unserer Art feststellen, da Dr. 
LUTZ, der bei der Bestimmung im Myiasis- 
falle von S. Paulo half, in seiner Sammlung 
Exemplare dieser Art besitzt, welche aus dem 
von SPLENDORE gesammelten Materiale 
stammen. 

Der Weg, den wir in diesem Falle ein- 
schlugen, wurde schon von VAN DER WULP 
befolgt; in der «Biologia Centrali-America», 
Abt. Diptera, Bd. II (London 1903) sagt dieser 
Autor über die Sarcophagaarten: «The des- 
criptions are unfortunately, for the greater 
part imperfect, and do not give the most 
essencial characters to distinguish the appa- 
rently homogeneous forms, and in many cases 
it is impossible to recognise the species in- 
tended by the authors. For this reason I am 
compelled to describe as new the whole of 
the Mexican species represented in the col- 
lections before me.» 


Manguinhos, 20—XII--12. 


NA aa ae 
BIBLIOGRAFIA, 


BRAUER F. und VAN BERGENSTAMM, E. J.: Die Zweifliiger des Kaiserlichen Museum- 
zu Wien. Muscaria Schizometopa (Exclusive Anthomyidae) Pars. II, III, IV 
Wien 1891, 1893, 1894. 

BRUMPT, E.: Précis de Parasitologie. Paris 1910. 

AZARA, F.: Voyages dans l'Amerique méridionale. — I pp. 215—217. 1809. 

ARRIBALZAGA, L. E.: Compsomyia macellaria F. Annales de la Sociedad Cientifica Argen- 
tina. T. X., pp. 82. Buenos Aires 1880. 

SPLENDORE, A.: Contribuzione allo estudio delle miasi. Nuova specie de mosca antropo- 


faga e caso di miasi intestinale verificate in S. Paulo. (Brazile). Arch. de Para- 
sitologie. Paris. 1908. V. XII, pp. 


Informações sobre a biolojia da Vinchuca, Triatoma infestans KLUG 


pelo 
Dr. ARTHUR NEIVA. 
Assistente. 


Zur Kenntnis der Biologie der Triatoma infestans KLUG, vulgo Vinchuca 
von 
Dr. ARTHUR NEIVA. 
Assistent. 


O nosso Diretor, Dr. OSWALDO CRUZ, 
recebeu de varias procedencias: Chile, Argen- 
tina e Brazil ( Estados de Rio Grande do Sul 
e São Paulo ) exemplares vivos de vinchuca, 
os quais nos foram dados para pesquizas bio- 
lojicas. Referindo os resultados destas, apro- 
veitamos a oportunidade para dar tambem o 
resultado das nossas pesquizas em varios mu- 
seus estranjeiros onde, além do itipo que se 
encontra no Kgl. Zoologisches Museum de Ber- 
lim, ainda em bom estado de conservação, 
pudemos reunir dados, não só sobre a des- 
tribuição geografica da especie, como tambem 
sobre es questões concernentes á sinonimia 
a qual ficará bem elucidada. 


No Naturhistorika Riksmuseet de Stock- 
holmo achámos o Cororhinus Renggeri H. S. 


© 
na coleção determinada por STAL e verificá- 
mos, se tratar certamente da 7. infestans. Da- 
mos aqui a sinomia: 


Unser Director, Dr. OSWALDO CRUZ, 
erhielt lebende Exemplare der «Vinchuca» 
von verschiedenen Fundorten aus Chile, Ar- 
gentinien und Brasilien (Rio Grande do Sul 
und São Paulo), welche mir zu biologischen 
Beobachtungen iibergeben wurden. Ich be- 
richte hier úber dieselben und benútze zu- 
gleich die Gelegenheit, um die Resultate 
meiner Nachforschungen in verschiedenen 
Museen des Auslandes mitzuteilen; ich sah 
dabei nicht nur den Typus, welcher sich im 
Kgl. Zoolog. Museum in Berlin noch in gu- 
tem Zustande befindet, sondern konnte auch 
Feststellungen iiber die Verbreitung der Art 
und über ihre Synonymie machen. Letztere 
wird dadurch in befriedigender Weise auf- 
geklárt. 

Im «Naturhistorika Riksmusset» in Stock- 
holm fanden wir in der von STAL bestimm- 


ten Sammlung den Conorhinus Renggeri H. S. 
und fanden, dass es sich unzweifelhaft um 


Triatoma infestans KLUG (1834) 


Sinonimia: Reduvius infestans KLUG ME- 
YER, Reise um die Erde T. I, p. 412— 1834. 
Reduvius sp. — POEPPIG, Reise in Chile, Peru 
etc. , 1, pp. 255 — 56 — 1835. Conorhinus Ren- 
ggeri Herr SCHAEFFER. Wanz. Ins, VIII p. 
71. PI. CCLXXI, fig. 838 (ins. comp. col.) 
1848. Conorhinus sextuberculatus. SPIN. GAY 
Hist. de Chile. Zool. Vol. VII, pp. 218 —21 — 


(1) 1852. Conorhinus Renggeri STAL. Berl. 
Ent. Zeitschr; Vol. HI p. 112 (10) 1859. Co- 
nurhinus infestans. PHIL. Reise durch die 
Wueste Atacama, p. 173 (1) 1860. Conorhi- 
nus sextuberculatus PHIL. Viaje al Desierto de 
Atacama, p. 156 (1)- 1860. Conorhinus gigas 
BURM. Reise durch die La Plata Staaten. 
—p. 167 e sp. inc. id ibidem p. 320-1861. 
(122) — 1863. Conorhinus Renggeri — SIGNO- 
RET, Am. Soc. Ent. France, T. III (4e), p. 
580 (122) — 1863. Conorhinus Renggeri— MA- 
YR, Nov. Hem., p. 151—1866 Conorhinus 


sextuberculatus STAL. Hem. Fabr, I p. 124 
(11) 1868—Enum. Hem. 11 p. 112 (13)— 
1872. Conorhinus Renggeri—WALK., Cat. 
Hem. Het. Vol. VIII, p. 13, 16 (17) — 1873. 
Conorhinus infestans BERG, Hem. Arg., p. 
165 (202)—1879 LET. & SEV, Cat. Hém 
Hét. p. 116 — 1806. 

Responsabilisamo-nos completamente pe- 
las citações bibliograficas pois consultámos 
sem exceção todos os autores referidos. 

A’ esta sinonimia poderá se acrecentar 
talvez as especies de PHILIPPI: Conorhinus 
gracilipes, C. octotuberculatus, C. Paulseni des- 
critas de larvas e cujas descrições são encon- 
tradas nas pp. 173—174 da obra citada: Reise 
durch die Wueste Atacama. 

Nos paizes hispano-americanos, onde 
existe, a 7. infestans é vulgarmente conheci- 
da sob a denominação de Vinchuca, no Bra- 
zil por barbeiro em S. Paulo e Minas; no Rio 
Grande do Sul a especie é encontrada sob as 
denominações de fincão, chupão ou barbeiro, 
segundo informa o Dr. ANTONIO RONNA. 

Os ovos são postos em intervalos, comtu- 
do, ás vezes, pode a Vinchuca desovar em dias 
sucessivos; um exemplar fez posturas durante 
5 dias consecutivos. 


25 


T. infestans handelt. 
Synonymie: 


Triatoma infestans KLUG (1834). 


Synonymie: Reduvius infestans KLUG 
— MEYER, Reise um die Erde, Bd. I, pg. 412, 
1834. Reduvius spec.— POEPPIG, Reise in 
Chile, Perti etc., I, pg. 255—256, 1835; Co- 
norhinus Renggeri, Herr SCHAEFFER, Wanz. 
Ins., VIII p. 71, Taf. CCLXXI, Fig. 838 (Ins. 
comp. col.) 1848. Conorhinus sextuberculatus 
SPIN.—GAY, Hist. de Chile. Zool. Vol. VII. 
pg. 218—221 (1), 1852. Conorhinus Renggeri 


STAL — Berl. Ent. Zeitschr., Vol. III, pag. 
112 (10), 1859. Conorhinus infestans PHIL. 
— Reise durch die Wiiste Atacama, pg. 173 
(1), 1860. Conorhinus sextuberculatus PHIL. 
— Viaje al Desierto de Atacama, pag. 156 (1), 
1860. Conorhinus gigas BURM.— Reise durch 
die La Plata Staaten, I, pg. 167 und spec. 
inc. id. ibidem pg. 320, 1861. Conorhinus 
Renggerí — SIGNORET, Ann. Soc. Ent. 
France, T. II (4e), pg. 580 (122), 1863. Co- 
norhinus Renggeri MAYR, Nov. Hem., 
pg. 151, 1866. Conorhinus sextuberculatus 


STAL, Hem. Fabr., |, pg. 124(11), 1868. 
Enum. Hem. II, 9g. 112 (13), 1872. Co- 
norhinus Renggeri WALK., Cat. Hem. Vol. 
VIII, pg. 13, 16 (17), 1873. Conorhinus infes- 
tans — BERG, Hem. Arg., pg. 165 (202), 1879. 
LET. € SEV., Cat. Hém. Hét., p. 116, 1896. 

Ich kann fiir die Zitate aus der Litteratur 
einstehen, da ich in jedem Falle die ange- 
fuhrten Autoren konsultiert habe. 


Ich gebe hier dessen 


Dieser Liste von Synonymen kann man 
vielleicht folgende Arten von PHILIPPI hin- 
zufiigen: Conorhinus gracilipes, octotuber- 
culatus, Paulseni, deren auf Larven basierte 
Beschreibungen auf pg. 173—174 des ange- 
führten Werkes, (Reise durch die Wiiste Ata- 
cama) stehen. 


In den spanisch-amerikanischen Landern 
ist 7. infestans, wo sie vorkômmt, unter dem 
Namen «Vinchuca» bekannt, in Brasilien dage- 
gen unter dem Namen «barbeiro» (S. Paulo und 
Minas). Nach Mitteilungen von Dr. ANTO- 
NIO RONNA wird er in Rio Grande «fincão», 
«chupão» oder «barbeiro» genannt. 


Outro exemplar conseguiu desovar 163 
ovos em 26 posturas, realizadas no decurso 
de 75 dias. Esta observação é excepcional; em 
geral, o total das posturas é muito inferior. 
Cada postura varia de 1— 21 ovos, os quais 
em regra desalagam. AQ pode desovar inde- 
pendente de copula. 


Os ovos são um pouco maiores que os da 
T. megista e sofrem a mudança de côr re- 
jistada para esta especie (Vide A. NEIVA 
Beitraege zur Biologie des Conorhinus me- 
gistus, BURM., Mem. do Instituto Oswaldo 
Cruz B. II. Heft II, 1910), geralmente de- 
salagam depois de 20-25 dias; mas já obser- 
vámos um minimo de 16 e maximo de 33 
dias. A temperatura do laboratorio onde pes- 
quizamos, sendo muito elevada noite e dia 
explica a evolução de ovo á larva em 16 dias; 
aliaz todas as funções são ativadas pelo calor. 

Em muitos pontos o desenvolvimento 
biolojico da T. infestans opera-se do mesmo 
modo que na 7. megista; assim, é indispen- 
savel o hematofajismo para que se opere a 
mudança de pele nas larvas; depois de cada 
ecdise, torna-se imprecindivel um periodo de 
repouso para que o inseto possa sugar. A 
4a mudança de pele tambem assinala o pe- 
riodo ninfal; esta fase dura para a 7. in- 
festans de 22 a 41 e geralmente de 30-35 
dias (o prazo de 22 dias foi observado só- 
mente em um caso). As ninfas que se vão 
transformar em dd parecem evolver mais 
demoradamente. 

No laboratorio a T. infestans se desen- 
volve de ovo a imajem em 220—240 dias; 
mas na vida livre o desenvolvimento se deve 
completar em um ano, porquanto, os insetos 
alados só são encontrados em determinados 
mezes. 

Após a ultima muda em que o inseto se 
transforma em imajem, esta só começa a su- 
gar depois de 2 dias, no minimo. Ao cabo 
de 1 mez depois da transformação a Y pode 
desovar. 

A alimentação faz-se tambem intervalada- 
mente; as larvas sugam durante 5’ no ma- 
ximo; as ninfas gastam cerca de 10' e os 
insetos alados podem levar 20’ sugando. Os 
intervalos variam de 4 dias a mezes. FAIR- 


26 


Die Eier werden in lângeren Zwischen- 
raumen abgelegt; doch kann die «Vinchuca» 
auch an aufeinanderfolgenden Tagen Eier le- 
gen; in einem Falle geschah dies an finf 
sukzessiven Tagen. 

Fin anderes Exemplar legte wahrend 75 
Tagen 26 mal, im Ganzen 163 Eier; es ist 
dies ein Ausnahmefall, da gewôühnlich die 
Eierablage weit unter diesen Zahlen bleibt. 
Die jeweilige Ablage schwankt zwischen 1 
und 21 Eiern, die gewóhnlich ausschlipfen. 
Die Eier kônnen auch ohne vorhergehende 
Copula geiegt werden. 


Die Eier sind etwas grósser als bei 7. 
megista und zeigen die bei jener Spezies an- 
geführte Farbenverânderung (S. A. NEIVA: 
Beitrage zur Biologie des Conorhinus me- 
gistus BURM. — Mem. do Inst. Osw. Cruz 
Bd. II, Heft II, 1910); gewóhnlich schlüpfen 
sie nach 20-25 Tagen aus, doch habe ich 
ein Minimum von 16 und ein Maximum von 
33 Tagen beobachtet. Da in unserem La- 
boratorium die Tages- und Nachttemperatur 
sehr hoch ist, so erklart sich dieses Minimum, 
wie auch sonst alle Funktionen durch Warme 
begiinstigt werden. 

In mancher Hinsicht verlauft die Ent- 
wicklung der 7. infestans in ahnlicher Weise, 
wie diejenige der 7. megista; so ist die Er- 
nahrung mit Blut fiir das zu Stande Kommen 
der Háutung bei den Larven unerlasslich und 
nach jeder Ecdyse gibt es eine notwendige 
Ruhepause bevor das Tier wieder saugen 
kann. Auch hier fiihrt die vierte Hautung 
zum Nymphenstadium; diese Phase dauert 
22—41; gewohnlich 30—35 Tage; 22 wurden 
nur einmal beobachtet. Es scheint, als ob 
die mannlichen Nymphen sich langsamer ent- 
wickelten. ê 

Im'Laboratorium verläuft die Entwicklung 
vom Ei bis zur Imago in 220—240 Tagen; 
im freien Leben muss sie ein Jahr dauern, 
da die geflügelten Individuen nur in bestimm- 
ten Monaten angetroffen werden. 

Nach der letzten Metamorphose, aus der 
die Imago hervorgeht, fängt diese, frühestens 
nach zwei Tagen, an, Blut zu saugen. Ein 
Monat nach dem Ausschlüpfen kann das 
Weibchen Eier legen. 


21 


MAIRE teve ocasião de apresentar á Socie- 
dade Entomolojica de França por intermedio 
de LABOULBENE, um exemplar vivo de T. 
infestans, proveniente da Argentina (Cordova), 
o qual havia 7 mezes não se alimentava. 

A vinchuca adulta procura alimentar-se 
semanalmente; comtudo se a refeição não 
fôr completa, este prazo é diminuido e al- 
guns exemplares sugam em dias sucessivos; 
quando isto acontece, as refeições são curtas. 
Todavia, um exemplar Y que se alimentou 
durante 10', repetiu a refeição 3 dias após, 
tendo sugado pelo espaço de 15’. 

As vinchucas chilenas, arjentinas e bra- 
zileiras comportaram-se praticamente do mesmo 
modo. 


São de DARWIN no «Journal of a Na- 
turalist> p. 330, 1845 as seguintes observações 
sobre o modo de se comportar da vinchuca: 

«We slept in the village of Luxan, which 
is a small place surrounded by gardens and 
forms the most southern cultivated district in 
the Province of Mendoza; it is five leagues 
south of the capital. At night I experienced 
an attack (for it deserves no less a name) 
of the Benchuca, a species of Reduvius, the 
great black bug of the Pampas. It is most 
disgusting to feel soft, wingless insects about 
an inch long crawling over one's body. Be- 
fore sucking they are quite thin, but after- 
wards they become round and bloated with 
blood and in this state are easily crushed. 
One which I caught at Iquique (for they are 
found in Chile and Perú) was very empty. 
When placed on a table and though surroun- 
ded by people, if a finger was presented, 
the bold insect would immediately protrude 
its sucker, make a charge and, if allowed, 
draw blood. No pain was caused by the 
wound. It was curious to watch its body 
during the act of sucking, as in less than 
ten minutes it changed from being as flat as 
a wafer to a globular form. This one feast, 
for which the benchuca was indebted to one 
of the officers, kept it fat during four whole 
months; but, after the first fortnight, it was 
quite ready to have another suck». 

FAIRMAIRE diz que a picada da vin- 
chuca é muito temida, porque faz inchar o 


Die Ernahrung erfolgt ebenfalls in Zwi- 
schenráumen. Die Larven saugen durch- 
schnittlich hóchstens wahrend 5’; die Nym- 
phen brauchen 10’ und die erwachsenen 
Wanzen kônnen 20’ saugen. Die Zwischen- 
raume wechseln von 4 Tagen bis zu Mo- 
naten. FAIRMAIRE konnte der Société En- 
tomologique de France durch LABOULBENE 
ein lebendes, aus Argentinien (Cordova) 
stammendes Exemplar von 7. infestans vor- 
zeigen, welches vier Monate ohne Nahrung 
geblieben war. 


Die erwachsene Vinchuca sucht wóchent- 
lich einmal Nahrung; war die letzte Mahlzeit 
ungeniigend, so wird diese Frist kiirzer und 
einige Individuen saugen an sukzessiven Ta- 
gen; dann dauern aber die Mahlzeiten kürzer. 
Doch sah ich ein mánnliches Individuum, 
das wahrend 10’ gesaugt hatte, schon nach 
drei Tagen wieder und diesmal wahrend 15’ 
saugen. 

Die Exemplare aus Chile, Argentinien 
und Brasilien zeigten keine Unterschiede des 
Verhaltens. 

DARWIN gab im «Journal of a Natu- 
ralist» (p. 330 1845) folgende Beobachtungen 
úber das Verhalten der Vinchuca: 

«We slept in the village of Luxan, which 
is a small place surrounded by gardens and 
forms the most southern cultivated district in 
the Province of Mendoza; it is five leagues 
south of the capital. At night I experienced 
an attack (for it deserves no less a name) of 
the Benchuca, a species of Reduvius, the great 
black bug of the Pampas. It is most dis- 
gusting to feel soft, wingless insects about 
an inch long crawling over one’s body. Be- 
fore sucking they are quite thin, but aiter- 
wards they become round and bloated with 
blood and in this state are easily crushed. 
One which I caught at Iquique (for they are 
found in Chile and Perú) was very empty. 
When placed on a table and though sur- 
rounded by people, if a finger was presented, 
the bold insect would immediately protrude 
its sucker, make a charge and, if allowed, 
draw blood. No pain was caused by the 
wound. It was curious to watch its body 
during the act of sucking, as in less than ten 


REA ys 


membro atacado de modo inquietador; a 
nossa experiencia está em desacordo com 
este observador, comtudo, não participamos 
do otimismo de DARWIN; 
dá-se o mesmo que com a T. megista; a fer- 


com a vinchuca 


Eq 


roada é suportavel e incapaz de despertar a 
quem esteja dormindo profundamente. 

KLUG assim se refere aos habitos da 
vinchuca : 


«Eine ausserordentliche Plage in den 
Hiitten dieser Gegend ist die Vinchuca, das- 
selbe wanzenartige Tier, das óstlich von der 
Cordilleren-Kette und zwar siidlich vom Rio 
de La Plata so ausserordentlich háufig ist 
und schon von D’AZARA beschrieben ist.» 


«Die Vinchuca ist geflügelt und hat eine 
Lange von 7 bis 8 Linien; bei Tage ver- 
steckt sie sich in den Ritzen und hinter 
Decken und Vorhangen, kommt aber Nachts 
hervor und saugt, nach Art der Wanzen, das 
Blut der Menschen. Reisende miissen oft die 
Wohnungen solcher Gegenden verlassen, wo 
sich dieses Tier befindet und sich unter freiem 
Himmel betten.» 


POEPPIG deste modo se refere: «Aus 
der Gattung der Reduvien des Fabricius 
gleicht sie an Gestalt der gróssten unserer 
Baumwanzen, an úblen Geruch der gewóhn- 
lichen Bettwanze, allein an Blutgierigkeit, 
List und Giftigkeit lasst sie diese weit hinter 
sich. In grósster Menge hált sie sich in den 
Strohdächern der Hútten auf und verbirgt sich 
am Tage so sorgfáltig in denselben, dass 
man umsonst nach irgend einer Spur suchen 
werde. Kaum ist aber das Dunkel einge- 
treten, so kommt sie aus ihrem Versteck her- 
vor und fliegt geráuschlos umher. Selbst auf 
einer minder empfindlichen Haut lásst ihr 
Biss Anschwellungen, die unter mehreren 
Tagen nicht verschwinden und peinlich schmer- 
zen. Niemand wagt daher, im hohen Som- 
mer innerhalb der Hauser zu schlafen. Die 
nächtliche Kúhle und ein Lager in Entfernung 
von zehn Schritten von der Hiitte gibt ziem- 
liche Sicherheit gegen das Insekt, welches 
nur im Innern der Wohnungen vorkommt. 
Das Klima von Chile scheint weiter nach der 


minutes it changed from being as flat as a 
wafer to a globular form. This one feast, 
for which the benchuca was indebted to one 
of the officers, kept it fat during four whole 
months; but, after the first fortnight, it was 
quite ready to have another suck». 

FAIRMAIRE gibt an, dass der Biss der 
Vinchuca sehr gefiirchtet werde, weil er zu 
einer beunruhigenden Schwellung des ver- 
letzten Gliedes führe; meine Erfahrung wi- 
derspricht dem, obgleich ich auch den Opti- 
mismus von DARWIN nicht teile; bei der 
Vichuca liegen die Verhältnisse, wie bei 
T. megista; der Stich ist ertráglich und daher 
nicht im Stande einen tiefen Schlaf zu unter- 
brechen. 


KLUG spricht sich über die Gewohn- 
heiten der Vinchuca in folgender Weise aus: 

«Eine ausserordentliche Plage in den 
Hiitten dieser Gegend ist die Vinchuca, das- 
selbe wanzenartige Tier, das óstlich von der 
Cordiilerenkette und zwar siidlich vom Rio 
de la Plata so ausserordentlich haufig ist und 
schon von D’AZARA beschrieben ist.» 

Ki tis Goods Die Vinchuca ist gefliigelt und 
hat eine Lange von 7 bis 8 Linien, bei Tage 
versteckt sie sich in den Ritzen und hinter 
Decken und Vorhângen, kommt aber Nachts 
hervor und saugt, nach Art der Wanzen, das 
Blut der Menschen. Reisende miissen oft 
die Wohnungen solcher Gegenden verlassen, 
wo sich dieses Tier befindet und sich unter 
freiem Himmel betten.» 

POEPPIG áussert sich folgendermassen: 
«Aus der Gattung der Reduvien des Fabricius 
gleicht sie an Gestalt der gróssten unserer 
Baumwanzen, am iiblen Geruch der gewóhn- 
lichen Bettwanze, allein an Blutgierigkeit, 
List und Giftigkeit lásst sie diese weit hinter 
sich. In grósster Menge halt sie sich in den 
Strohdáchern der Hiitten auf und verbirgt 
sich am Tage so sorgfáltig in denselben, dass 
man umsonst nach irgend einer Spur suchen 
werde. Kaum ist aber das Dunkel einge- 
treten, so kommt sie aus ihrem Versteck her- 
vor und fliegt geráuschlos umher. Selbst auf 
einer minder empfindlichen Haut lásst ihr 
Biss Anschwellungen, die unter mehreren 
Tagen nicht verschwinden und peinlich schmer- 


Kiiste zu der Vinchuca nachteilig, denn schon 
in Santa Rosa gehórt sie zu den selteneren 
Erscheinungen und ist eigentlich nur in den 
- Bauernhütten der Anden, ganz besonders um 
den Rio Colorado haufig, wohin sie ohne 
Zweifel erst in neuern Zeiten durch Reisende, 
die aus den Pampas kamen, verpflanzt wurde.» 


No Brazil a vinchuca comporta-se da 
mesma maneira, referida pelos observadores 
acima citados; sua distribuição pelo paiz não 
é tão larga como, por exemplo, na Argen- 
tina, onde no dizer de BERG abranje toda 
a republica: «a muita conhecida e detestada 
vinchuca possue distribuição muito vasta na 
Republica Argentina, encontrando-se nas pro- 
vincias ocidentais e boreais e na parte austral 
desde o territorio das Missões de Corrientes 
até o Rio Negro na Patagonia. Tambem é 
encontrada na Banda oriental do Uruguay, 
no Paraguay e no Chile desde o deserto de 
Atacama até a provincia de Valdivia. Em 
Buenos Aires é muito escassa». 

BERG diz ter encontrado larvas de vin- 
chuca em baixo de pedras e pedaços de ma- 
deira; todavia penso que a T. infestans, é em 
todas as fases, Gomiciliaria, abrigando-se nas 
frestas das paredes, na palha das choupanas ou, 
ocultando-se nas camas e outros moveis do- 
mesticos. 

Até hoje o Instituto recebeu exemplares 
sómente de 3 Estados, a saber: 

Minas Geraes (Alfenas) Dr. 
MACHADO. 

São Paulo (Itoby e arredores do Rio Doce, 
Dr. GOMES DE FARIA, S. João da Bôa 
Vista, Jahú, Ribeirão Preto, Descalvado, Pi- 
rajú, Pitangueiras, Mogyguassú, Inhahyba, 
material fornecido pelos Srs. BRUNO RAN- 
GEL PESTANA e Dr. ADOLPHO LUTZ.) 

Rio Grande do Sul: Pelotas Dr. A. DA 
NOVA GOMES. Barro Vermelho, Municipio 
da Cachoeira, Dr. PARREIRAS HORTA. 


NEREU 


29 


zen. Niemand wagt daher, im hohen Sommer 
innerhalb der Hauser zu schlafen. Die nácht- 
liche Kühle und ein Lager in Entfernung von 
zehn Schritten von der Hiitte gibt ziemliche 
Sicherheit gegen das Insekt, welches nur im 
Innern der Wohnungen vorkommt. Das Klima 
von Chile scheint weiter nach der Kiiste zu 
der Vinchuca nachteilig, denn schon in Santa 
Rosa gehórt sie zu den selteneren Erschei- 
nungen und ist eigentlich nur in den Bauern- 
hütten der Anden, ganz besonders um den 
Rio Colorado hâufig, wohin sie ohne Zweifel 
erst neuern zeiter durch Reisende, die ausden 
Pampas kamen, verpflanzt wurde.» 

In Brasilien verhalt sich die Vinchuca in 
derselben Weise, die von den-eben zitierten 
Beobachtern geschildert wird; ihre Verbrei- 
tung im Lande ist geringer, als in Argentinien, 
wo sie nach der Angabe von BERG die ganze 
Republik umiasst: «Die sehr bekannte und 
verabschente Vinchuca hat eine sehr weite Ver- 
breitung in der Argentinischen Republik und 
findet sich in den westlichen und nórdlichen 
Provinzen und im óstlichen Teile vom Ge- 
biete der Missionen von Corrientes bis zum 
Rio Negro in Patagonien. Sie findet sich 
auch in der Banda oriental von Uruguay, in 
Paraguay und in Chile von der Wiiste von 
Atacama bis zur Provinz Valdivia. In Buenos 


Aires ist sie sehr selten.» 
BERG gibt an, Larven der Vinchuca unter 


Steinen und Hoiz gefunden zu haben; doch 
bin ich der Meinung, dass sie in allen ihren 
Phasen ein Hausbewohner ist und sich im 
Stroh der Hiitten, in Betten und anderen 


Môbelstücken verbirgt. 
Bis jetzt hat das Institut nur aus drei 


Staaten Exemplare erhalten, namlich: 
Minas Geraes (Alfenas) von Dr. NEREU 


MACHADO. 
S. Paulo (Itoby und Gegend des Rio Doce 


von Dr. GOMES DE FARIA, fernerS. João da 
Boa Vista, Jahú, Ribeirão Preto, Descalvado, 
Pirajú, Pitangueiras, Mogyguassú, Inhahyba, 
gesammeit von den Hrn. BRUNO RANGEL 
PESTANA e Dr. ADOLPHO LUTZ.) 

Rio Grande do Sul (Pelotas von Dr. A. 
DA NOVA GOMES, Barro Vermelho im Mu- 
nicip von Cachoeira von Dr. PARREIRAS 
HORTA). 


E’ de supor que outros Estados do Sul 
do Brazil possuam a 7. infestans. No Norte 
ha uma especie, 7. brasiliensis NEIVA, que 
apresenta grandes afinidades com a vinchuca; 
nesta zona do paiz a 7. infestans não é en- 
contrada simplesmente pelo fato de ser uma 
rejiao muito quente. 

No estranjeiro a vinchuca é encontrada: 
no Uruguay, Arjentina, Paraguay e Bolivia. 

Provavelmente a area abranjida pela 
especie € muito maior; no Museu de Stock- 
holmo encontramos um exemplar rotulado com 
a procedencia de «Salvador»; talvez se trate 
da republica da America Central onde por 
informações do Dr. SISTO ALBERTO PA- 
DILLA a especie é encontrada. 

Manguinhos, Novembro de 1912. 


30 
| 


Man darf annehmen, dass noch andere 
Staaten im Siden Brasiliens die Vinchuca 
beherbergen. Im Norden gibt es eine Art, 
T. brasiliensis NEIVA, welche der Vinchuca 
sehr nahe steht, wahrend sich infestans wegen 
des sehr warmen Klimas nicht mehr findet. 


Im Auslande findet sich die Vinchuca in 
Uruguay, Argentinien, Paraguay und Bolivien. 


Wahrscheinlich ist das Ausbreitungsge- 
biet der Art noch viel grósser; im Museum 
von Stockholm fand ich ein Exemplar mit 
der Bezeichnung «Salvador»; vielleicht han- 
delt es sich um die mittelamerikanische Re- 
publik, wo die Art nach Dr. SISTO ALBERTO 
PADILLA vorkommt. 


Manguinhos, November 1912. 


A a EE 


BERG, CARLOS 1879 


FAIRMAIRE, L. 1876 
J. D. H. 1910 
KLUG 1908 


POEPPIG, EDUARD 1835 


REMY : sp REA 
BIBLIOGRAFIA. 


Hemiptera Argentina: Ensayo de una monografía de los hemi- 

pteros, heterópteros y homópteros de la República Argentina. 
Anales de la Soc. Cientifica Argentina T. VII Entrega VI 
—p. 266/67. 


Annales de la Soc. Entomologique de France, 
(5) T. VI pp. XXI— XXII — Paris. 


The blood sucking Conorhinus. 
Nature (The) Vol. LXXXIV p. 172 —London de 11 Agosto. 


In: Reise um die Erde in den Jahren 1830, 1831 und 1832, 
ausgefuehrt von Dr. J. F. Meyer. Teil I. p. 412— Berlin. 


Reise in Chile, Peru und auf dem Amazonenstrome waehrend 
der Jahre 1827 — 1832. 
Teil I. p. 255—256 — Leipzig. 


Citolojia e ciclo evolutivo da CHAGASELLA ALYD! 


Novo coccidio parazito dum hemiptero do genero "Alydus“, 
pelo 
Dr. ASTROGILDO MACHADO 
(Com as estampas 4 e 5) 


Zytologie und Entwicklungszyklus der CHAGASELLA ALYDI 


Einer neuen Kokzidienart aus einer Wanze vom “Genus Alydus”. 


von 
Dr. ASTROGILDO MACHADO 
(Mit Tafeln 4 u. 5) 


Introdução. 


Na rejião norte do Estado de Minas ti- 
vemos ocasião de encontrar, em pequeno 
hemiptero pertencente ao genero Alydus (fa- 
milia Coreídae), um coccidio que, a principio, 
nos pareceu ser da mesma especie descrita 
por CHAGAS sob a denominação de Adelea 
hartmanni, parazito do intestino do Dysder- 
cus ruficollis. 

Só encontrámos 4 intensamente parazi- 
tados; os outros que examinámos, em gran- 
de numero, não apresentavam nenhuma forma 
do coccidio. 

Destacavamos a extremidade do abdome 
do resto do corpo, por meio de agulha fina, 
pondo assim a descoberto quasi todo o con- 
teudo da cavidade abdominal do inseto (in- 
testino, organs genitais, tubos de MALPIGHI, 
etc. ). Isolando o intestino dos outros organs, 
dissociavamos aquele e estes separadamente, 
cobrindo com laminula para o exame a fres- 
co. O material era depois fixado no subli- 
mado-alcool de SCHAUDINN e corado pela 
hematoxilina ferrea de HEIDENHAIN. 


Einleitung. 
Im nordlichen Teile von Minas fand ich 


gelegentlich in den Wanzen vom Genus 


Alydus, (Fam. Coreidae) ein Kokzidium, wel- 
ches mir anfânglich dieselbe Art zu sein 
schien, welche CHAGAS unter dem Namen 
Adelea hartmanni beschrieben hat und welche 
im Darme des Dysdercus ruficollis lebt. Ich 
fand nur vier stark parasitenhaltige Exem- 
plare; zahlreiche andere zeigten bei der Unter- 
suchung keine Kokzidienform. 

Mittelst einer Nadel lósste ich das Hinter- 
ende des Abdomeits vom Reste des Kórpers 
ab, wodurch fast der ganze Inhaber des Bau- 
ches, Darm und Malpighische Gefasse, innere 
Geschlechtsorgane etc. freigelegt wurden. Der 
Darm wurde dann von den anderen Organen 
getrennt und beide Teile gesondert und im 
Deckglaspraeparat frisch untersucht. Nachher 
wurde das Material nach SCHAUDINN in 
Sublimatalkohol fixiert und nach HEIDEN- 
HAIN in Eisenhaematoxylin gefarbt. 


REV SN 


O exame das preparações, por este mo- 
do obtidas, nos convenceu que se tratava de 
protozoario de especie diversa da Adelea hart- 
manni CHAGAS, apezar de haver estádios 
evolutivos, no ciclo do parazito, que aproxi- 
mavam as duas especies. 

Ambas oferecem tres esporoblastas no 
esporocisto. Por isto, como CHAGAS já 
observára no coccidio do Dysdercus, não podia 
permanecer no genero Adelea (cujo esporo- 
cisto apresenta 4 esporoblastas), e LÉGER, 
no seu trabalho sobre a sistematica dos co- 
cidios, criou para elle o genero Chagasia. 

Em nota preliminar que publicámos no 
«Brazil Medico» (1911), sobre o coccidio por nós 
encontrado, fizemos ver que a denominação 
de Chagasia, proposta por LÉGER não po- 
dia permanecer, visto já ter sido dada a uma 
culicida — Chagasia Fajardoi, e criámos então 
a de Chagasella, em homenajem a nosso 
mestre Dr. CARLOS CHAGAS, incluindo 
neste genero os dois coccidios então conheci- 
dos: Chagasella hartmanni ( Adelea hartmanni 
de CHAGAS) e Chagasella alydi, cujo estu- 
do passamos a fazer. 

Esta especie é encontrada no intestino 
do inseto hospedador, mas parazita tambem 
seus organs genitais. O coccidio provavelmen- 
te atravessa as paredes do tubo intestinal, 
cáe na cavidade celomica e passa daí para 
os ovarios ou testiculos. É pouco provavel a 
infeção ter inicio nesses organs, si assim fos- 
se, a transmissão do protozoario, de inseto 
a inseto, talvez se fizesse por intermedio da 
copulação deles. 

Os generos Adelea e Chagasella são bas- 
tante aproximados entre si; distinguem-se 
principalmente pela existencia de 4 esporo- 
blastas no esporocisto daquelle e de 3 no 
deste. Ambos, de acordo com a classificação 
de LÉGER, (que é uma ampliação da de 
LUEHE) ficam incluidos na familia Adelei- 
dea. 

Ciclo asexuado. 


Macroesquizogonia. 


E’ bem evidente, na Chagasella alydi, 
a ,dupilicidade de aspetos nos processos es- 
quizogonicos, que foi, pela primeira vez, sor- 


Die Untersuchung der so erhaltenen Pra- 
parates bewies mir, dass es sich um einen von 
Adelea hartmanni CHAGAS verschiedenen 
Organismus handelte, obgleich bei demselben 
Entwicklungsformen, vorkamen, welche auf 
nahe Beziehungen beider Parasitenarten hin- 
wiesen. Beide zeigen 3 Sporoblasten im Sporo- 
cysten. Deswegen kann, wie schon CHAGAS 
bemerkte, das Kokzidium des Dysdercus nicht 
im Genus Adelea verbleiben, dessen Sporo- 
cyst 4 Sporoblasten zeigt und LEGER er- 
richtete dafiir in seiner Arbeit iiber die Syste- 
matik der Kokzidien das Genus Chagasia. 

In einer vorlaufigen Mitteilung úber unser 
Kokzidium, welche im Brazil-Medico (1911) 
erschien, zeigte ich, dass der von LEGER 
vorgeschlagene Name Chagasia nicht Geltung 
haben kônne, da er schon an eine Culicidenart 
vergeben war und ersetzte ihn durch denjeni- 
gen von Chagasella zu Ehren unseres Leh- 
rers, Dr. CARLOS CHAGAS; in dieses 
Genus kommt ausser der zuerst als Adelea 
hartmanni beschriebenen Art auch die hier 
studierte Chagasella alydi. 

Die letzt erwahnte Art wird im Darm 
des Wirtes gefunden, befallt aber auch die 
Geschlechtsdriisen. Wahrscheinlich durchsetzt 
der Parasit die Darmwánde, gerát ins Zoelom 
und tritt von da in die Ovarien und Hoden 
über. Es ist wenig wahrscheinlich, dass die 
Infektion in diesen Organen beginnt; wáre 
dies so, so kónnte die Uebertragung des Pa- 
rasiten bei der Copulation stattfinden. 

Die Genera Adelea und Chagasella stehen 
einander ziemlich nahe; der Hauptunterschied 
liegt in dem Vorkommen von 4 Sporoblasten 
bei ersterem und 3 beim letzteren. Beide 
kommen nach der Klassifikation von LÉGER 
(welche eine Erweiterung derjenigen von 
LUEHE ist) in die Familie Adeleidea. 


Ungeschlechtlicher Zyklus. 
Makroschizogonie. 
Bei der Cagasella alydi ist das Auf- 


treten zweier ver: chiedener Bilder bei den 


Schizogonievorgângen sehr deutlich. Eine 


prendida por SIEDLECKI na Adelea ovata, e 
posteriormente confirmada por outros pes- 
quizadores. 

Os macromerozoitos se apresentam como 
celulas alongadas, recurvadas, providas de nu- 
cleo com cariozoma muitas vezes formado 
pela reunião de pequenos granulos de cro- 
matina, que estão circundados pela orla clara 
da zona de suco nuclear. 

Esta é limitada externamente por tenue 
membrana (Est. 4, figs. 1, 2). O plasma 
apresenta grossos alveolos e, raras vezes, al- 
guns vacuolos com finos granulos cromaticos. 
Alguns individuos oferecem o nucleo com ca- 
riozoma compacto, fortemente impregnado de 
materia corante, o que impede de se tornar 
vizivel o centriolo (Est. 4, fig. 4.). Podemos 
considerar O parazito representado nesta fi- 
gura, apezar dele já ter penetrado numa ce- 
lula, como macromerozoito, visto não ter 
ainda sofrido nenhuma modificação de fórma 
e volume. 


O aspeto destes nucleos, com cariozoma 
indiviso, zona clara de suco nuclear e ime- 
diatamente para fóra dela a membrana, lem- 
bra, muito de perto, o trofonucleo dum binu- 
cleata. 

Penetrando na celula, o macromerozoito 
aumenta de volume, suas extremidades se 
atenuam, transformando-se em macroesqui- 
zonte que apresenta forma oval (fig. 13.) ou 
arredondada (figs. 10, 11, Est. 4). O aspeto 
do seu plasma é aproximadamente o mesmo 
do observado no macromerozoito, sendo ape- 
nas maiores os seus alveolos. O nucleo se 
modificou sensivelmente, apresentando agora 
rica zona acromatica provida de tenues tra- 
beculas de linina. Dentro dele o cariozoma, 
por ocasião da multiplicação da celula, fra- 
gmenta-se multiplas vezes, dando outros me- 
nores que, pela rutura da membrana nuclear, 
são expulsos para o plasma; aí, ás vezes, 
sofrem ainda posteriores divisões, e consti- 
tuem novos nucleos (figs. 13, 15, Est. 4). 
Em torno destes se junta certa porção de 
plasma que se segmenta depois, formando 
então um agregado de macromerozoitos (Est. 
4 e 5, figs. 22, 23, 24). Pela superposição 
destes elementos, na forma segmentada, tor- 


34 


solche wurde zuerst von SIEDLECKI bei 
Adelea ovata entdeckt und nachher von an- 
deren Forschern bestátigt. 


Die Makromerozoiten erscheinen als láng- 
liche gekriimmte Zellen mit Kern und Kar 
ryosom; letzteres besteht ófters aus einer 
Gruppe von kleinen Chromatinkórnern mit 
einem hellen Saume der Kernsaftzone. Das 
Plasma zeigt grosse Waben und in seltenen 
Fallen einige Vakuolen mit feinen Chromatin- 
kórnchen. Bei einigen Individuen hat der 
Kern ein kompaktes Karyosom, das von den 
Farbstoffen stark imprágniert wird, was das 
Erkennen des Zentriols verhindert (Taf. 4, 
Fig. 4). Den in dieser Figur ausgebildeten 
Parasiten kónnen wir, obschon er bereits in 
eine Zelle eingedrungen ist, als Makromero- 
zoiten ansprechen, da sein Volum noch un- 
verándert erscheint. 


Das Bild dieser Kerne mit ungeteiltem 
Karyosom, und heller, unmittelbar von der 
Membran umgebener Kernsaftzone erinnert 
sehr an den Trophonukleus der Binucleata. 


Nach dem Eindringen in die Zelle ver- 
gróssert sich der Makromerozoit, seine Enden 
runden sich ab und er wird so zum Makro- 
schizonten von ovaler (Fig. 13) oder runder 
(Fig. 10, 11; Taf. 4) Form. Sein Plasma gleicht 
im Aussehen dem des Makromerozoiten, nur 
sind einige der Alveolen grósser. Der Kern hat 
sich dagegen deutlich verándert, indem er 
jetzt eine reichliche achromatische Zone bie- 
tet, welche diinne Lininbálkchen enthált. In- 
nerhalb derselben sieht man bei der Zell- 
teilung das Karyosom in viele kleinere zer- 
fallen, welche durch Ruptur der Kernmem- 
bran ins Plasma austreten; hier teilen sie 
sich manchmal noch weiter und bilden neue 
Kerne (Taf. 4, Fig. 13, 15). Um dieselben 
háuft sich eine Plasmamasse, welche sich 
weiter teilt und dann ein Agregat von Ma- 
kromerozoiten bildet (Taf. 4 und 5, Fig. 22 
bis 24). In Folge ihrer Ueberlagerung bei 
der segmentierten Form wird es schwierig, 
ihre Zahl genau festzustellen. Fig. 22 zeigt 
ein vorgeriicktes Teilungsstadium, aber die 
Tochterzellen, welche sich dort abgerundet 
zeigen, werden wahrscheinlich weitere Teilun- 


na-se dificil saber exatamente o numero deles. 
A fig. 22 mostra um periodo adiantado de 
multiplicação, mas as celulas filhas, que aí se 
acham arredondadas, sofrerão provavelmente 
outras divisões até que cheguem aos aspetos 
das figs. 23 e 24. 

A disposição dos macromerozoitos, entre 
si, é, quasi sempre, diversa da dos microme- 
rozoitos; aqueles estão colocados em planos 
perpendiculares e obliquos, estes se acham 
dispostos em planos mais ou menos parale- 
los, as suas extremidades internas encaixam- 
se reciprocamente, como se observa pela 
comparação das figs. 18, 21 e 23, 24. 

Outra diferença consiste nos alveolos do 
plasma, que são mais grossos nos macro do 
que nos micromerozoitos, o que se nota ain- 
da pela comparação das mesmas figuras. 

As formas de segmentação esquizogoni- 
ca na Chagasella alydi são sempre envolvi- 
das por membrana, como verdadeira capsula 
formada pelo parazito. Adiante estudaremos 
sua natureza, apenas notando agora, que ela 
representa os restos da celula em que evolveu 
o coccidio. 

Nos diversos estádios do nucleo, na evo- 
lução do macroesquizonte, nunca pudemos 
observar aspeto algum que lembrasse, ao me- 
nos lonjinquamente, um processo de divisão 
binaria homopolar. O mesmo acontece na 
microesquizogonia e, por isso, acreditamos 
ser este coccidio desprovido de qualquer ou- 
tro processo de divisão nuclear, além do que 
se realisa por meio da formação de poli- 
carios. 

Microesquizogonia. 

O micromerozoito oferece aspeto um 
pouco diverso do macromerozoito. E’ de me. 
nor dimensão e seu plasma, sendo mais trans- 
parente, é mais finamente alveolado. 

O nucleo possue pequeno cariozoma 
formado, quasi sempre, por pequenos gra’ 
nulos de cromatina, o que torna impossive] 
saber qual deles seja o centriolo. 

Logo apoz a segmentação do microes- 
quizonte, os micromerozoitos, ainda reunidos 
entre si, já apresentam, ás vezes, o cariozoma 
com esse aspeto, como se vê em algumas 
celulas da figura 18. 


35 


gen eingehen, bis sie die Formen von Fig. 
23 und 24 erreichen. 


Die gegenseitige Lagerung der Makro- 
merozoiten ist fast immer von derjenigen der 
Mikromerozoiten verschieden; jene liegen in 
perpendikularen und schragen, diese in nahezu 
parallelen Ebenen, wobei die Enden der 
letzteren sich in einanderlegen, wie man auf 
den Fig. 18, 21, 23 und 24 sieht. 


Ein anderer Unterschied besteht in den 
Plasmaalveolen, welche bei den Makromero- 
zoiten grósser sind, als bei den Mikromero- 
zoiten, was ebenfalls aus den angegebenen 
Figuren ersichtlich ist. 


Die Teilstiicke sind bei der Schizogonie 
von Chagasella alydi immer von einer Mem- 
bran umgeben, welche wie eine, dem Para- 
siten angehórende Kapsel, aussieht. Ihre Na- 
tur soll spáter erórtert werden; hier geniigt 
die Angabe, dass es sich um die Reste der 
Zelle handelt, in welcher das Kokzidium sich 
entwickelte. 

Wahrend der Entwicklung des Makro- 
schizonten habe ich bei den verschiedenen 
Kernstadien niemals ein Bild beobachtet, 
welches auch nur entfernt an eine homopo- 
lare Zweiteilung erinnerte. Dasselbe trifft 
fiir die Mikroschizogonie zu und mir scheint 
deshalb, dass bei diesem Kokzidium keine 
andere Kernteilung vorkommt, als die durch 
Polykaryonbildung. 


Mikroschizogonie. 


Der Mikromerozoit unterscheidet sich 
einigermassen vom Makromerozoiten; er ist 
kleiner und sein Plasma ist durchsichtiger 
mit kleineren Alveolen. 

Der Kern hat ein kleines Karyosom, das 
fast stets aus kleinen Chromatinkórnern be- 
steht, weshalb es unmoóglich ist zu erkennen, 
welches dem Zentriol entspricht. 


Schon gleich nach der Segmentierung 
des Mikroschizonten zeigen die noch ver- 
bundenen Mikromerozoiten manchmal ein so 
gestaltetes Karyosom, wie man in einigen 
Zellen der Fig. 18 sieht. 


— 36 


Envolve o cariozoma a zona de suco nu- 
clear que se acha tambem limitada pela mem- 
brana nuclear. 

Penetrando na celula (fig. 5, Est. 4) o 
microesquizonte crece e adquire frequente- 
mente a forma ovoide, algumas vezes a arre- 
dondada (Est. 4, figs. 6, 7,8 e 9). Devemos 
notar, desde já, que as trez celulas represen- 
tadas na fig. 6 e as da figura 7, são micro- 
esquizontes, como bem nos mostra o aspeto 
finamente alveolar de seu plasma. Posterior- 
mente referir-nos-emos a tais associações. No 
estado adulto o microesquizonte apresenta o 
nucleo com zona acromatica bastante apre- 
ciavel (fig. 9, Est. 4), chegando, raras vezes, 
a se realisar uma verdadeira hipertrofia nesta 
parte dele, como nos mostra a fig. 12. 

O cariozoma, sempre envolvido por orla 
clara, ás vezes aparece compacto, outras vezes 
oferece a cromatina disposta frouxamente 
(fig. 9), sendo, neste estado, viziveis diver- 
sos centriolos no interior dele. 


Este fato representa, certamente, o inicio 
da formação dos cariozomas filhos anterior a 
esquizogonia da celula. Estes resultam da se- 
gmentação do primitivo cariozoma e ficam, 
a principio, como pequenos granulos de cro- 
matina disseminados dentro da membrana 
nuclear (fig. 14, Est. 4); posteriormente, pela 
rutura desta ou pelo seu atravessamento 
(como mostra a fig. 15), os novos cariozo- 
mas espalham-se no plasma (figs. 7, 15, 16, 
Est. 4), onde constituem os nucleos de no- 
vas celulas que são os micromerozoitos (figs. 
17, 18, 19, 21, Est. 4). Estes apresentam-se, 
como na macroesquizogonia, quasi sempre 
envolvidos por uma membrana. Raras vezes, 
ela não existe (fig. 19), o que indica, cer- 
tamente, ter se realizado a esquizogonia em 
parasito que se achava fóra da celula hospe- 
deira. 

Não encontrámos explicação razoavel 
para o aspeto observado na fig. 20, a não 
ser que ele represente a esquizogonia pre- 
coce dum microesquizonte ainda jovem. 

Em toda a evolução dos microesquizontes, 
como já tizemos notar nos macroesquizon- 
tes, não vimos nenhum estádio do nucleo que 
se assemelhasse a processo de divisão bina- 


Das Karyosom wird von der Kernsaft- 
zone umgeben, welche wieder von der Kern- 
membran begrenzt wird. 


Nach sein Eindringen in die Zelle (Taf. 4, 
Fig. 5) wachst der Mikroschizont und nimmt 
Ofters eine Ei-, seltener eine Kugelform an 
(Taf. 4, Fig. 6, 7 und 9). Es muss schon jetzt 
bemerkt werden, dass die drei Zellen in 
Fig. 6 und diejenigen der Fig. 7 Mikroschi- 
zonten sind, wie das feinwabige Plasma deut- 
lich zeigt. Spáter werden wir solche Asso- 
ziationen erórtern. Im ausgewachsenen Zu- 
stande zeigt der Mikroschizont einen Kern 
mit ziemlich deutlicher achromatischer Zone 
(Taf. 4, Fig. 9), selten vollzieht sich eine 
formliche Hypertrophie dieses Bestandteiles, 
wie in Fig. 10. Das immer von einem hellen 
Saume umgebene Karyosom, erscheint manch- 
mal kompakt, manchmal mit lose ange- 
ordnetem Chromatin (Fig. 9); in letzterem 
Falle sieht man verschiedene Zentriole in 
demselben. 


Dieser Befund entspricht zweifellos dem 
Beginne der Bildung der Tochterkaryosome 
vor der Schizogonie der Zelle. Sie entstehen 
durch Teilung des ursprtinglichen Karyosoms 
und bleiben zunáchst als kleine Chromatin- 
kórner innerhalb der Kernmembran verstreut ; 
spater nach Zerreissung oder Durchsetzung 
(Fig. 15) desselben, verteilen sich die neuen 
Karyosome im Plasma (Taf. 4., Fig. 7, 15 
und 16) wo sie die Kerne neuer Zellen bil- 
den, welche Mikromerozoiten sind (Taf. 4, 
Fig. 17, 19 und 21). Diese zeigen sich, wie 
die Makromerozoiten, fast immer von einer 
Membran umgeben. Selten fehlt dieselbe 
(Fig. 19), was zweifellos beweist, dass die 
Schizogonie sich bei eninem Parasiten vollzog. 
der sich ausserhalb einer Wirtszelle befand. 


Fiir das Bild, welches Fig. 20 zeigt, fin- 
den wir keine befriedigende Erklarung, es 
sei denn, dass dasselbe eine verfrühte Schizo- 
gonie bei einem noch jungen Mikroschizoiten 
darstelle. 

Wie aber schon fiir die Makroschizonten 
bemerkt, fand ich auch in der ganzen Ent- 
wicklung der Mikroschizonten kein Kern- 
stadium, welches an einen bináren Teilungs- 


ray AR Sie a 
1 


qu > 


ria. Estamos certo de que o unico processo 
de multiplicação, aqui, é ainda reprezentado 
pela formação de policarios. 


Ciclo sexuado. 


Os processos sexuados, na Chagasella 
alydi, aproximam-se dos conhecidos nos coc- 
cidios de genero Adelea: associação previa 
de micro a macrogametocito, com formação 
ulterior de microgametas no elemento macho 
e redução nuclear no macrogametocito. 

Tivemos ocasião de observar certo as- 
peto do parazito, que expressava, seguramen- 
te, um estádio de redução nuclear do macro- 
gametocito. Infelizmente não pudemos obter 
o desenho no momento e perdemos o ponto 
em que se achava na preparação, nunca mais 
nos sendo dado ver forma identica a essa. 
O macrogameta a que nos referimos, mos- 
trava, adhrente á periferia, pequena porção 
de plasma arredondada, tendo em seu inte- 
rior um granulo de cromatina que se achava 
ligado ao cariozoma por tenue fibrila croma- 
tica. 

O nucleo no macrogameta apresenta-se 
desprovido da abundante zona de linina que 
possuem os macroesquizontes (comparem-se 
os macrogametas das figs. 26 e 27 com os 
macroesquizontes das figs. 10 e 11). Nossa 
observação sobre esta minucia não nos auto- 
risa todavia a considerar como fenomeno 
constante. A fig. 25 mostra a celula femea 
ainda com o nucleo rico em substancia acro- 
matica, o que indica não se ter realisado ain- 
da a redução nuclear, representando este as- 
peto uma associação precoce de gametocitos 
jovens devida ao parazitismo deles na mesma 
celula. 

O microgametocito adere á superficie do 
macrogameta, ás vezes recurvando-se sobre 
este. Seu nucleo se divide, dando orijem á 
formação os microgametas (figs. 26, 27, est. 
5). O processo de formação e o numero 
deles não pudemos saber exatamente; as 
figuras 26 e 27 mostram apenas dois micro- 
gametas no elemento macho. 

Não sabemos si o granulo de cromatina 
situado proximo ao nucleo do macrogameta, 
na fig. 26, represente um microgameta, tendo 


an 


vorgang erinnerte. Ich bin sicher, dass auch 
hier die Polykaryumbildung den einzigen Ver- 
mehrungsvorgang darstellt. 


Sexueller Zyklus. 


Die geschlechtlichen Vorgânge nãhern 
sich bei der Chagasella alydi den schon von 
den Arten des Genus Adelea bekannten: 
vorhergehende Vereinigung von Mikro- und 
Makrogametozoten und folgende Bildung von 
Mikrogameten im mánnlichen Elemente und 
Kernreduktion im Makrogametocyten. 


Ich hatte Gelegenheit ein Bild des Pa- 
rasiten zu beobachten, welches zweifellos ein 
Stadium der Kernreduktion beim Makroga- 
metocyten darstellte. Leider konnte ich nicht 
sofort eine Zeichnung erhalten und verlor 
die betreffende Stelle des Präparates, ohne 
spáter eine entsprechende Form wieder fin- 
den zu kónnen. Der Makrogamet, auf den 
ich mich bezog, zeigte eine kleine, rundliche, 
der Peripherie adhaerirende Masse und in 
seinem Innern ein Chromatinkorn, welches 
durch eine zarte Chromatinfaser mit dem 
Karyosom verbunden ist. 


Dem Kerne der Makrogameten fehlt die 
betráchtliche Lininzone, welche die Makro- 
schizonten aufweisen. (Man vergleiche die 
Makrogameten der Fig. 26 und 27 mit den 
Makroschizonten der Fig. 10 und 11). Doch 
gestattet mir meine Beobachtung über dieses 
Détail nicht, dasselbe als konstante Erschei- 
nung aufzufassen. Fig. 25 zeigt die weib- 
liche Zelle noch mit einem, an achromatischer 
Substanz reichen Kerne, ein Zeichen, dass 
die Kernreduktion noch nicht statteefunden 
hat; dieses Bild zeigt eine frühzeitige Ver- 
einigung junger Gametozyten als Folge des 
Parasitismus in derselben Zelle. 


Der Mikrogametozyt haftet an der Ober- 
flache des Makrogameten, indem er sich ófters 
an deren Kriimmung anschmiegt. Sein Kern 
teilt sich und leitet die Bildung der Mikro- 
gameten ein (Taf. 5, Fig. 26 und 27). Ihre 
Zahl und Bildungsweise konnte ich nicht ge- 
nau erkennen; die Figuren 26 und 27 zeigen 
nur zwei Mikrogameten im mánnlichen Ele- 
mente, 


¡y RE + 


penetrado na celula; achamos tal hipoteze 
pouco provavel visto não observarmos, aí, o 
fuso de copulação. Este fato tambem nunca 
nos foi possivel verificar. 


Depois da fecundação forma-se o oocine- 
to (fig. 28, Est. 5), cujo nucleo oferece pro- 
cesso de divisão, uma verdadeira tríplice mi- 
toze, até o presente ainda não observado nos 
protozoarios. À cromatina nuclear se fragmen- 
ta em diversas porções; estas se afastam para 
a periferia da celula em trez direções opostas, 
como os raios duma estrela, ficando ligadas 
entre si, durante algum tempo, por delgadas 
fibrilas (figs. 28, 20, Est. 5). Não sabemos 
si estas fibrilas são provenientes do estira- 
mento de multiplos centriolos contidos nas 
diversas porções da cromatina, ou si elas 
têm a mesma orijem daquelas que formam 
o fuso cromatico nas mitozes comuns; ou 
por outra, si elas são homologas á cen- 
trodesmoze ou provêm da zona cromatica 
do nucleo. 


Os aspetos desta ¢riplice mitoze lembram, 
até certo ponto, aquele referido por HART- 
MANN, que se efetua em individuos jovens 
nas colonias de Collozoum. 


Em seguida, depois de formados os nu- 
cleos filhos, o plasma do oocineto se fen- 
de em trez pontos diversos e equidistan- 
tes da periferia para o centro, constituindo 
então trez celulas isoladas, que são os epo- 
roblastas. Estes apresentam o plasma muito 
transparente, podendo, apenas por este crite- 
rio, ser facilmente distinguidos dos outros 
estádios do parazito. 


Cada esporoblasta oferece sempre, mais 
de um nucleo; não apresentam, porém, por 
serem nucleos em organisação e em fase de 
atividade cinetica, aspeto tipico uniforme. São 
formados por volumosos granulos de croma- 
tina, de contornos variados, comumente en- 
volvidos por zona clara, espalhados irregular- 
mente no plasma (figs. 30, 31, Est. 5). 


A principio os esporoblastas têm forma 
arredondada ou ovoide e se acham envol- 
vidos e reunidos por uma membrana que se 
formára no oocineto; depois se alongam, seus 


Ich weiss nicht, ob in Fig. 26 das nahe 
ans Kerne des Makrogameten gelegene Chro- 
matinkorn einen eingedrungenen Mikroga- 
meten darstellt; ich halte diese Annahme fiir 
wenig wahrscheinlich, da man daselbst keine 
Kopulationsspindel beobachtet. Auch sonst 


konnte ich diese Erscheinung nie beobachten. . 


Nach der Befruchtung bildet sich der 
Okinet (Taf. 5, Fig. 28), dessen Kern den 
Teilungsprozess einer dreifachen Mitose 
zeigt, wie sie bisher bei den Protozoen noch 
nicht beobachtet wurde. Das Kernchromatin 
zerfallt in verschiedene Teile, welche in drei 
Richtungen nach der Peripherie der Zelle 
wandern, wie die Strahlen eines Sternes, in- 
dem sie noch einige Zeit durch einige diinne 
Fibrillen verbunden bleiben (Taf. 5, Fig. 28 
und 29). Ich kann nicht entscheiden, ob die- 
selben durch Ausziehen mehrerer in ver- 
schiedenen Chromatinportionen enthaltenen 
Zentriolen entstehen oder ob sie desselben 
Ursprungs sind, wie diejenigen, welche bei 
den gewóhnlichen Mitosen die Chromatin- 
spindel bilden oder anders gesagt, ob sie den 
Zentrodesmosen entsprechen oder aus der 
Chromatinzone des Kernes entstehen. 


Die Bilder dieser dreifachen Mitose 
erinnern einigermassen an die von HART- 
MANN erwáhnte, welche sich bei den jungen 
Individuen der Collozoumkolonien vollziehet. 

Nach der Bildung der Tochterkerne teilt 
sich dann das Plasma des Ookineten von der 
Peripherie nach dem Zentrum in 3 gleiche 
Teile, welche darauf drei isolierte Zellen, die 
Sporoblasten, bilden. Dieselben zeigen ein sehr 
helles Plasma und kónnen bereits durch dieses 
Kennzeichen leicht von den anderen Stadien 
des Parasiten unterschieden werden. 

Die Sporoblasten zeigen immer mehrere 
Kerne, welche aber, weil in der Organisation 
und in kinetischer Tátigkeit begriffen, kein 
einfórmiges und typisches Bild bieten. Sie 
bestehen aus grossen Chromatinkórnern von 
verschiedener Form, gewóhnlich von einem 
hellen Hofe umgeben und unregelmássig im 
Plasma verteilt (Taf. 5, Fig. 30 und 31). 

Anfánglich sind die Sporoblasten rundlich 
oder eifórmig, wobei eine, im Innern des 
Ookineten gebildete Membran sie umgibt und 


SSI | 


nucleos väo para as extremidades, sofrendo 
as celulas certo gráo de torsão em sentido 
lonjitudinal (fig. 34). 

E’ facil observar-se o cisto de esporo- 
blasta, envolvido pela membrana propria, den- 
tro daquela que foi proveniente da celula 
hospedadeira (fig. 33, Est. 5). Entre estas 2 
membranas, ás vezes, são observados os ves- 
tijios residuais do microgametocito. 


Muitas vezes se rompe a membrana pro- 
prie do esporocisto, provavelmente por pres- 


são determinada pelo crecimento dos espo- 
roblastas, e, neste caso, um só deles fica 
dentro da membrana cistica (fig. 32, Est. 5). 


Para a formação dos esporozoitos, os 
esporoblastas sofrem duas divisões: na pri- 
meira cada um dá orijem a 3 celulas; na se- 
gunda estas celulas se dividem por processo 
binario formando os esporozoitos. Quando se 
efetua essa primeira divisão cada esporoblas- 
ta apresenta uma nova membrana que en- 
volve as cetulas dai resultantes, (fig. 35). 


A’s vezes, os 3 esporoblastas, cada um 
envolvido por esta membrana, chegam a rea- 
lisar toda sua evolução dentro da antiga 
membrana que tivera orijem no oocineto, 
como nos mostra a fig. 35, onde, pela divi- 
são binaria de cada uma das celulas, ficarão 
constituidos 3 cistos de esporozoitos. Deve- 
mos notar que esta figura não mostra mais 
a membrana que representa os vestijios da 
celula em que evolveu o coccidio. 


Não soubemos minuciosamente os pro- 
cessos de divisão nuclear na multiplicação dos 
esperoblastas; parece que seus nucleos so- 
frem multiplos estiramentos, estrangulando-se 
em seguida (figs. 31, 32, 33, Est. 5). 

Cada esporoblasta dá um cisto de 6 es- 
porozoitos (fig. 36, Est. 5); todavia acredita- 
mos que, ás vezes, seja muito mais elevado 
o numero deles. Pensamos desse modo porque 
ha aspetos de cistos, como o da fig. 37, on- 
de se observa, além da maior riqueza cro- 
matica dos nucleos, um plasma cuja trans- 
parencia e feitio são absolutamente iguais 
aos dos esporozoitos dos cistos de 6 uni- 
dades. 


verbindet; nachher strecken sie sich, die Kerne 
wandern an die Enden und die Zellen er- 
leiden einem gewissem Grade von Torsion 
in der Lângsaxe (Fig. 34). 

Die Sporoblastenzyste, von der eigenen 
Membran umgeben, lásst sich leicht im In- 
nern derjenigen erkennen, welche von der 
Wirtszelle herrührt (Taf. 5, Fig. 33). Zwi- 
schen diesen beiden Membranen sieht man 
zuweilen Spuren der Residuen des Mikro- 
gametozyten. Manchmal zerreisst auch die 
Haut der Sporozyste, wohl in Folge des 
Druckes von Seiten der wachsenden Sporo- 
blasten; es bleibt dann nur einer derselben 
im Innern der Membran (Taf. 5, Fig. 32). 

Zur Bildung der Sporozoiten teilen sich 
die Sporoblasten zweimal; bei der ersten 
Teilung entstehen drei Zellen, bei der zwei- 
ten zerfallen diese in zwei Teile und bil- 
den die Sporozoiten, deren jede wiederum 
bei der Bildung der Sporozoiten in zwei 
zerfallt. Bei der ersten Teilung zeigt jeder 
Sporoblast eine neue Membran, welche die 
neu entstehenden Zellen umgibt (Fig. 35). 

Manchmal vollenden die drei von dieser 
Membran umgebenen Sporoblasten ihre Zwei- 
teilung im Innern der urspriinglichen, im 
Ookineten gebildeten Membran, wie Fig. 35 
zeigt, wo drei Zysten mit Sporozoiten zu 
sehen sind. Es ist zu bemerken, dass diese 
Figur die Membran nicht mehr zeigt, welche 
der urspriinglich von Coccidium befallenen 
Zelle entspricht. 

Den Kernteilungsvorgang bei der Ver- 
mehrung der Sporoblasten habe ich nicht ge- 
nau beobachten kônnen; es scheint, dass die 
Kerne: mehrfach in die Lange gezogen wer- 
den und sich dann durchschniiren (Taf. 5, 
Fig. 31—33). 

Jeder Sporoblast wird zu einer Zyste mit 6 
Sporozoiten (Tef. 5, fig. 36); doch glaube ich, 
dass gelegentlich ihre Zahl weit grôsser ist. Man 
sieht namlich Zysten (Fig. 37), wo man ne- 
ben grósseren Chromatinreichtum der Kerne 
ein Plasma erkennt, welches in Gestalt und 
Durchsichtigkeit demjenigen der Zysten mit 
6 Sporozoiten vóllig gleich sieht. 


Os esporozoitos são pequenos organis- 
mos alongados, recurvados, de plasma muito 
transparente e nucleo fortemente cromatico. 

Tivemos ocasião de encontrar uma vez 
o parazito representado na fig. 38, que pen- 
samos ser uma forma anomala de microes- 
quizonte ou gametocito, em virtude da estru- 
tura finamente alveolar de seu plasma. 


Considerações gerais. 


Verificamos, pelo que ficou exposto, di- 
ferenças existentes nos processos citolojicos 
da Chagasella alydi, Chagasella hartmanni e 
Adelea ovata, que basta fartamente para, jus- 
tificando o novo genero, individualisar aquela 


especie. 

Constatámos neste protozoario muitas 
das observações de SIEDLECKI, SCHAU- 
DINN, LÉGER, JOLLOS, CHAGAS, e ou- 
tros pesquizadores, realisadas no grupo dos 
coccidios, especialmente no genero Adelea, não 
tendo podido, porém, surpreender certas mi- 
nucias, como o processo de formação e nu- 
mero exato dos microgametas e o fuso de 
copulação no macrogameta. 

Uma das particularidades mais curiosas, 
neste parazito, é a ausencia de processos de 
mitose homopolar em qualquer dos estadios 
de sua evolução. 

A triplice mitoze que se realisa no ooci- 
neto (expressando certo gráo de polienerjia 
nuclear, apezar de se efetuar em nucleo re- 
sultante da fusão de duas cromatinas diver- 
sas), e a formação de policarios, nas multipli- 
cações de ambos os ciclos sexuados colo- 
cam a Chagasella alydi, em relação ás fun- 
ções de seu nucleo, em elevado gráo de aper- 
feicoamento no grupo dos coccidios, onde, já 
se havendo observado esse processo de mul- 
tiplicação, permanece todavia com predomi- 
nancia o de divisão binaria homopolar. 

Outro fato interessante, aqui verificado, 
é a existencia muito frequente duma mem- 
brana, como verdadeira capsula, que circun- 
da o parazito em diversos periodos de sua 


evolução. 
Na Chagasella hartmanni, CHAGAS obser- 


vou esta minucia e julga ser a membrana 
formada, provavelmente, pelo periplasto do 
coccidio. Na Chagasella alydi é possivel tal 
orijem, mas estamos certo de que, a maioria 


40 


Die Sporozoiten sind kleine lângliche und 
gebogene Organismen mit sehr hellem Plasma 
und chromatinreichem Kerne. 


Allgemeine Beobachtungen. 


Wie aus meiner Darstellung hervorgeht, 
konstatierte ich in den zytologischen Vor- 
gangen bei Chagasella alydi, Chagasella hart- 
manni und Adelea ovata Unterschiede, welche 
die Aufstellung der neuen Gattung und die 
Unterscheidung der neuen Art rechtfertigen. 
Ich bestatigte bei derselben viele Beobach- 
tungen, welche SIEDLECKI, SCHAUDINN, 
LEGER, CHAGAS und andere Forscher bei 
den Kokzidien und besonders beim Genus 
Adelea gemacht hatten; dagegen gelang es 
nicht, gewisse Einzelheiten, wie die Bildungs- 
weise und genaue Zahl der Mikrogameten 
und die Kopulationsspindel beim Makroga- 
meten festzustellen. 


Eine sehr merkwiirdige Eigenheit dieses 
Parasiten ist das Fehlen einer homopolaren 
Mitose in allen seinen Entwicklungsphasen. 


Die dreifache Mitose beim Ooki- 
neten (die eine gewisse Polyenergie andeutet, 
obwohl sie sich in einem Kerne vollzieht, 
der durch Verschmelzung von zwei Chroma- 
tinteilen verschiedenen Ursprungs gebildet 
wurde) und die Bildung von Polykarien bei 
Vermehrung der beiden ungeschlechtlichen 
Entwicklungskreisen stellen die Chagasella 
alydi, in Hinsicht auf die Kernfunktionen, 
auf eine hohe Stufe der Vervollkommnung in 
der Gruppe der Kokzidien. Zwar ist dieses 
Vermehrungsprozesses bei denselben bereits 
beobachtet ; doch bleibt derjenige der homo- 
polaren binaeren Teilung der vorwiegende. 

Ein anderes, hier beobachtetes, merkwiir- 
diges Faktum ist das Vorkommen einer Mem- 
bran, welche in Form einer eigentlichen Kap- 
sel den Parasiten wáhrend seiner verschie- 
denen Entwicklungsstadien umgibt. 


CHAGAS beobachtete dieses Vorkommen 
bei Chagasella hartmanni und halt dafür, 
dass die Membran wahrscheinlich vom Peri- 
plaste des Kokzidiums gebildet sei. Bei 
Chagasella alydi ist diese Entstehung zwar 
môglich, doch bin ich sicher, dass sie in der 


das vezes, ela provem dos restos da celula 
hospedadeira, sendo portanto extranha ao 
parazito. 3 

Os merozoitos penetram em uma celula, 
produzindo logo dejeneração do plasma, que 
se torna muito vacuolisado (figs. 4, 5, Est. 4 
— estas celulas são: a primeira dos ovarios, 
a segunda do testiculo do inseto). Em torno 
do parazito, ás vezes, se esboça verdadeira 
membrana de defeza que a celula produz. 
E' muito comum, dada a intensidade de in- 
feção nos insetos contaminados, as celulas 
serem invadidas por mais de um merozoito. 
Pelo crecimento, ai, eles se reunem; a mem- 
brana que os envolvia em separado, prova- 
velmente se destróe e o plasma celular, de- 
jenerado e liquefeito, é expelido da celula, 
persistindo sómente a membrana em torno 
dos parazitos figs. 6, 7, 8, 14, 16, Est. 4). 

Este fato torna-se muito evidente pela 
observação das figs. 6, 7, 8, onde, vemos in- 
dividuos do mesmo sexo, ou melhor, do 
mesmo tipo de esquizogonia, envolvidos por 
membrana, a qual não pode deixar de ser 
senão a da celula em que evoluiram esses 
parazitos. 


A fig. 6 representa trez microesquizontes, 
estando o da parte central mais desenvolvido 
que os dois laterais. 

A fig. 7 mostra dois parazitos em inicio 
de microesquizogonia, apresentando-se o nu- 
cleo da celula hospedadeira, muito dejenera- 
do, como duas manchas escuras nos polos 
opostos. 

A fig. 8, finalmente, oferece dois macro- 
gametocitos dentro da membrana comum. 

Outras vezes um só parazito evolue den- 
tro da celula e aprezenta tambem a mesma 
membrana, como nol-o mostram as figs. 14 
e 16. Chegado o estado adulto, o coccidio 
entra em esquizogonia, permanecendo as uni- 
dades de segmentação, quazi sempre, inclu- 
zas na referida membrana (figs. 17, 18, 21, 
22, 23,24, Est. 4, 5). 

Agora devemos referir a existencia fre- 
quente de diversos microgametocitos, dois e 
trez, associados ao macrogametocito, envol- 
vidos todos por uma membrana. Acredita- 
mos que este fato, muitas vezes, não signi- 


41 


Regel von den Resten der Wirtszelle her- 
rúhrt und deshalb dem Parasiten fremd ist. 

Beim Eindringen in eine Zelle bewirken 
die Merozoiten sofort eine Degeneration des 
Plasmas, das stark vakuolosiert wird (vergl. 
Taf. 4,| Fig. 4, eine Zelle des Ovariums und 
Fig. 5 eine solche des Hodens). Um den 
Parasiten markiert sich Ofters eine wirkliche, 
von der Zelle zur Abwehr gebildete Mem- 
bran. In Folge der intensiven Infektion ist 
es háufig, dass mehrere Merozoiten in die- 
selbe Wirtszelle eindringen. Hier nahern sich 
dieselben durch fortschreitendes Wachstum 
und die Einzelmembranen, welche sie tren- 
nen, gehen wahrscheinlich zu Grunde, wah- 
rend das degenerierte und verfliissigte Plasma 
aus der Zelle austritt und nur noch die 
Membran um die Parasiten übrig bleibt 
(Taf. 4, Fig. 6, 7, 8, 14 und 16). 

Dieser Verlauf ist deutlich in den Fi- 
suren 6—8 zu erkennen, wo man verschie- 
dene Individuen desselben Geschlechtes oder 
vielmehr desselben Schizogonietypus von der- 
selben Membran umgeben sieht, welche nur 
diejenige der Wirtszelle sein kann. 


Fig. 6 stellt drei Mikroschizonten dar, 
von denen der mittlere mehr entwickelt ist, 
als die beiden seitlichen. 


Fig. 7 zeigt zwei Parasiten im Beginn 
der Mikroschizogonie, wobei der Kern der 
Wirtszelle sehr entartet erscheint und an den 
entgegengesetzten Polen zwei dunkle Flecken 
aufweist. 

Fig. 8 zeigt endlich zwei Makrogameto- 
zyten im Innern einer gemeinschaftlichen 
Membran. 

In anderen Fallen entwickelt sich nur 
ein Parasit in der Zelle und zeigt dieselbe 
Membran, wie in Fig. 14 und 16 zu sehen. 
Im letzten Stadium angekommen, geht das 
Kokzidium zur Schizogonie iiber, wobei die 
durch Teilung gebildeten Individuen fast im- 
mer in der Membran verbleiben (Taf. 4 und 
5, Fig. 17, 18 und 21—24). 

Es bleibt jetzt noch zu erwáhnen, dass 
in einer gemeinschaftlichen Membran haufig 
zwei oder drei verschiedene Mikrogameto- 
zyten dem Makrogametozyten angelagert vor- 


fica nenhum fenomeno previo de fecundação, 
expressando apenas a coincidencia de evolu- 
ção, em uma mesma celula, de diversos pa- 
razitos. 


E’ frequente encontrarmos figuras, como 
verdadeiras asociações anomalas, constituidas 
de celulas diversas dentro de membrana 
comum; ás vezes acham-se reunidos dois 
macrogametocitos a um só microgametocito, 
outras vezes vimos uma celula em esquizo- 
gonia unida a gametocitos de sexos diver- 
sos. 


E’ possivel, é quasi certo, que a fecun- 
dação neste coccidio se realise dentro da ce- 
lula hospedeira, visto nunca se encontra- 
rem unidos gametocitos de sexos diversos, 
sem que estejam envolvidos por membrana. 

Pensamos não haver razão para consi- 
derarmos de natureza diversa a membrana 
existente nas formas que sofrem esquizogo- 
nia e aquella que se apresenta, envolvendo 
os gametocitos. 

Neste coccidio ha, realmente, duas mem- 
branas proprias: uma, se forma em torno do 
oocineto, a outra aparece envolvendo os es- 
poroblastas, quando se inicia a divisão deles. 

Ao terminar cumprimos o grato dever 
de rejistar nossos melhores e mais sinceros 
agradecimentos ao Dr. ADOLPHO LUTZ, 
pelos grandes auxilios que nos dispensou na 
realisação deste pequeno trabalho. 


PO Voie. 


kommen. Ich glaube, dass dies meistens 
nicht eine, die Befruchtung die einleitende 
Erscheinung ist, sondern nur einer gleich- 
zeitigen Entwicklung mehrerer Parasiten in 
derselben Wirtszelle entspricht. 

Haufig sieht man Bilder von ganz anor- 
malen Vereinigungen, bei welchen sich ver- 
schiedene Zellen in derselben Membran vor- 
finden; manchmal trifft man zwei Makro- 
gametozyten und nur einen Mikrogameto- 
zyten an; in anderen Fallen sahen wir eine 
Zelle in Schizogonie zusammen mit Gameto- 
zyten beiderlei Geschlechtes. 

Es ist móglich, ja fast gewiss, dass die 
Befruchtung bei dieser Kokzidie in der Wirts- 
zelle stattfindet, da man die Gametozyten 
verschiedenen Geschlechtes niemals ohne eine 
Hüllmembran antrifft. 

Ich glaube, dass kein Grund vorliegt, 
die Membran der Schizogonieformen für ver- 
schieden von derjenigen zu halten, welche 
die Gametozyten umgibt. 

Bei diesem Kokzidium gibt es tatsächlich 
zwei verschiedene Eigenmembranen; eine 
bildet sich um den Ookineten, die andere 
erscheint als Hiille der Sporoblasten, welche 
ihre Teilung eingehen. 

Zum Schlusse erfülle ich eine angenehme 
Pflicht, indem ich Herrn Dr. ADOLPH LUTZ 
fiir die mir bei Ausfúhrung dieser kurzen 
Arbeit gewáhrte Unterstiitzung meinen auf- 
richtigsten Dank ausspreche. 


20—V—1912. 


1 
À 
| 
| 
| 


Ds E mi ee Tá à. 


ne Sd: 


CHAGAS, CARLOS 


HARTMANN, MAX 


JOLLOS, V. 


LEGER, LOUIS 


LUEHE, M. 
MACHADO, A. 


SCHAUDINN, F. 


SIEDLECKI, M. 


me! de: SNS Ye CO le 
BIBLIOGRAFIA. 


1910 Estudos de citolojia em nova especie de coccidio, Adelea 


1909 


1909 


1904 


1906 
1911 


1900 


1899 


hartmanni, do intestino do Dysdercus ruficollis. L. 
Mem. do Instituto Oswaldo Cruz Tomo II, pag. 168. 


Polyenergide Kern. 
Biolog. Centralbl. Bd. 29. 


Multiple Teilung und Reduktion bei Adela ovata. 
Arch. f. Protistenkunde. 


Sporozoaires de "Embia Solieri. 
Arch. f. Protistenkunde Bd. 3. 


In «Handbuch d. Tropenkrankh.» de MENSE. 


Sobre um novo coccidio do intestino de um hemiptero. 
Brazil-Medico No 39. 


Untersuchungen ueber den Generationswechsel bei Coccidien. 
Zoolog. Jahrbuecher, Abt. f. Anatomie. 


Etude cytologique et cycle évolutif de Adelea ovata. 
Annales de l’Institut Pasteur. 


ESTAMPAS No. 4 e 5 
Explicação das figuras 


Os desenhos foram feitos com Obj. 
apocr. 2 mm. Zeiss e Oc. comp. 8. Alguns 
foram obtidos com Obj. hom. 1/12 de Zeiss 
e mesma oc. 

Figs. 1, 2: Macromerozoitos. 


» 3 : Macroesquizonte jovem. 

» 4 : Celula do ovario parazitada por 
macroesquizonte muito jovem. 

» 5 : Muito jovens microesquizontes, 
parazitando uma celula do tes- 
tículo. 

» 6 : Associação de trez microesqui- 
zontes. 

» 7 : Associação de dois microesqui- 
zontes em início de esquizo- 
gonia. 

» 8 : Associação de dois macrogame- 
tocitos. 

» 9 : Microesquizonte, em cujo cario- 


zoma são visiveis diversos centriolos. 
fios. 10, 11, 13: 
> 12,14,15,16: 


Macroesquizontes adultos. 
Microesquizontes em inicio 
de esquizogonia. 


» 17, 18,21: Formas segmentadas da 
microesquizogonia. 

» 19: Esquizogonia fora de ce- 
lula parazitada. 

» 20: Divizäo provavelmente pre- 
coce em microesquizonte. 

» 22, 23, 24: Formas segmentadas na 
macroesquizogonia. 

» 25, 26, 27: Associação de gametocitos 
de sexos diversos e for- 
mação de microgametas. 

» 28, 29: Oococineto em triplice mi- 


toze para formação de esporoblastas. 


Fig. 30, 31, 32, 33,34:  Esporoblastas no 


esporocisto. 

Fios. 35: Esporoblastas que já so- 
freram uma divizão para 
formar esporozoitos. 

Fgs. 36, 37: Cistos de esporozoitos. 
» 38: (?) Microesquizonte ou mi- 


crogametocito anomalo. 


TAFELN No. 4 und 5 


Erklarung der Figuren. 


Die Zeichnungen wurden mit Aprochr. 
obj. 2 mm. und Comp. oc. 8 von Zeiss ent- 
worfen; bei einigen wurde Hom. Imm. 1/12 
von Zeiss mit demselben Ocular verwendet. 


Fig. 1,2: Makromerozoiten. 

» 3: Junger Makroschizont. 

» 4: Ganz junger Makroschizont im 
Innern einer Ovarialzelle. 

Fig. 5: Ganz junge Mikroschizonten im 
Innern einer Hodenzelle. 

Fig. 6: Vereinigung dreier Mikroschi- 
zonten. 

Fig. 7: Vereinigung zweier Mikroschi- 
zonten im Beginn der Schizogonie. 

Fig. 8: 
metozyten. 

Fig. 9: Mikroschizont der im Karyosom 
verschiedene Zentriolen zeigt. 

Fig. 10—13: Erwachsene Makroschizon- 
ten. 

Fig. 12—16: Mikroschizonten im Be- 
ginn der Schizogonie. 

Fig. 17, 18 und 21: Mikroschizogonie. 
Teilungsformen. 


Vereinigung zweier Makroza- 


zelle. 

Fig. 20: Wahrscheinlich vorzeitige Tei- 
lung des Mikroschizonten. 

Fig. 20, 23 und 24: Makroschizogonie. 
Teilungsformen. 

Fig. 25—27: Vereinigung von Gameto- 
zyten verschiedenen Geschlechtes und Bil- 
dung von Mikrogameten. 

Fig. 28 und 29: Ookinet in dreifacher 
Mitose, welche die Sporoblastenbildung ein- 
leitet. 

Fis. "3034 
der Sporozyste. 

Fig. 35: Sporoblasten, die sich fir die 
Bildung der Sporozoiten schon einmal . ge- 
teilt haben. 

Fig. 35 und 37: Sporozoitenzysten. 


Fig. 38: Mikroschizont oder anormaler 
Mikrogametozyt ? 


Sporoblasten im Innern 


Fig. 19: Schizogonie ausserhalb der Wirts- 


MEMORIAS DO INSTITUTO OSWALDO CRUZ 
Tomo V -1913 


ESTAMPA 4 


Rub. FISCHER, del. 


à 


4 dE Os ré e 
a de 


e <: 


a 
$ 
e 
LIA 
] 


» 
© 
A 


| 
a 


MEMORIAS DO INSTITUTO OSWALDO CRUZ 
Tomo V -1913 


ESTAMPA 5 


RUD. FISCHER, del. 


C LITH. HARTMANN REICHENBACH. 5 PAULO RIO 


Contribuição para o estudo das Ceratopogoninas hematofagas do Brazil. 
pelo 


Dr. 


ADOLPHO LUTZ. 


Parte sistematica 
Segunda Memoria 
(COM AS ESTAMPAS 6, 7 e 8) 


Beitráge zur Kenntnis der blutsaugenden Ceratopogoninen Brasiliens. 


von 


DEADO' BP LUTZ 
Systematischer Teil. 
Zweite Mitteilung. 


(MIT TAFELN 6, 7 und 8) 


As Ceratopogonidas hematofagas 


algumas tem azas hialinas, igualmente cober- 
tas com pélos bastante densos e escuros. Por 
estas especies que tém tambem o corpo e as 
pernas de cór uniforme e escura estabeleci o 
genero Centrorhynchus que se distingue de 
Ceratopogon sensu strictiori por ter todos os 
estiletes bem desenvolvidos. A sua evoiução 
não é conhecida e tão pouco conhecem-se es- 


pecies marinhas, como são observadas entre | 


os Culicoídes e outros generos. 


As varias especies de Culicoides são bem 
caraterizadas; as diferenças, posto que mi- 
nuciosas, são claras e assaz constantes. Real- 
mente basta uma comparação cuidadosa das 


por | 
mim observadas no Brazil são todas peque- | 
nas. À maior parte tem azas manchadas e | 
pertence ao genero Culicoides LATREILLE; | 


| haart. 


Die von mir in Brasilien beobachteten 
blutsaugenden Ceratopogoniden sind durch- 
Die Mehrzahl hat gefleckte Flü- 
gel und gehórt zum Genus Culicoides La- 


wegs klein. 


treille ; bei einigen Arten sind sie hyalin, aber 
eleichmássig, ziemlich stark und dunkel, be- 


Für die hiehergehórigen Arten, bei 
denen auch Leib und Beine einfarbig und 
dunkel sind, habe ich das Genus Centrorhyn- 
chus errichtet, welches sich von Ceratopogon 
sensu strictiori durch die vollkommene Aus- 
bildung der Stechórgane unterscheidet. Ihre 
Lebensgeschichte ist noch unbekannt; marine 
Arten habe ich darunter nicht beobachtet, 
während solche nicht nur bei Culicoídes, son- 
dern auch bei anderen Gattungen gefunden 
werden. 


azas para distinguir as especies. Para este fim 
são necessarias boas estampas, que procurei 


dar de todas as nossas especies, repro- 


duzindo ao mesmo tempo as que ja fo- 
ram publicadas de especies exoticas. Assim 
se pode dispensar uma descrição, que é 
dificil e não dá uma ideia bem clara. Duas 
“especies do genero Culicoides não foram 
observadas no ato de chupar sangue, mas 
tem os estiletes completos e bem desenvol- 
vidos, o que, junto com os outros caracteres, 
garante a sua posição. Quanto aos outros 


generos, que contêm especies hematofagas, 


não pareciam existir entre nós: ultimamente, 
porém, recebi do Dr. ASTROGILDO MA- 


CHADO uma nova especie de Tersesthes do 
rio Tocantins. 

Passo á descrição das nossas especies, 
entre as quais só encontrei trez que já rece- 
beram nomes e uma destas tinha sido forne- 
cida por mim. Darei as indicações necessa- 
rias para completar as descrições já publi- 
cadas. 


Genero Culicoides LATREILLE. 
(Veja tambem a definição na parte geral ). 


Caracteres gerais: Pequenas especies pou- 
co pilosas com os caracteres gerais das Cera- 
topogoninae. O corpo mede em comprimento 
de um pouco abaixo de 1 até um pouco 
acima de 2 mm.; sua côr geralmente é cas- 
tanha ou enegrecida, raras vezes mais clara, 
côr de mogno. Tromba subcilindrica, com 
labelos pequenos, tendo todos os organs bem 
desenvolvidos; os da femea são maiores e 
apropriados ao ato de picar. Antenas com o 
tóro escuro e geralmente maior no macho; o 
flajelo mais claro, tendo no articulo terminal 
uma cerda apical ou subapical; o penacho 
do macho quasi alcança a ponta da antena. 
Palpos de cinco articulos, o primeiro menos 
destacado do que os outros; o terceiro es- 
pessado e quasi sempre munido dum orgam 
excavado, contendo cerdas ou bastonetes pe- 
quenos e situado no meio ou na metade api- 
cal; no primeiro caso o articulo tem a forma 


Die verschiedenen Culicoidesarten sind 
gut charakterisiert; die Unterschiede sind 
zwar minutiós, aber deutlich und nur ge- 
ringen Variationen unterworfen. Eigentlich 
genügt schon eine genaue Vergleichung der 
Flügel, um die einzelnen Arten von einander 
zu unterscheiden. Zu diesem Zwecke sind 
aber genaue Abbildungen unentbehrlich und 
ich werde daher solche von den Fliigel sámt- 
licher hier vorkommender Arten geben und 
bereits vorliegende von exotischen Arten re- 
produzieren. Es wird dadurch die schwie- 
rige und wenig anschauliche Beschreibung 
der Flügelzeichnnng entbehrlich gemacht. Un- 
ter den hier beschriebenen Culicoidesarten 
sind zwei, die niemals beim Biutsaugen be- 
obachtet wurden; sie gehdren indessen zwei- 
fellos zu diesem Genus, da sie wohl ent- 
wickelte Stechorgane haben. Die anderen 
Genera mit blutsaugenden Arten schienen 
hier zu Lande nicht vertreten zu sein; doch 
erhielt ich neuerdings durch Dr. ASTRO- 
GILDO MACHADO eine neue Tersesthesart 
vom Tocantins. 

Ich gehe nun zur Beschreibung der ein- 
zelnen Arten iiber. Ich habe unter denselben 
nur drei auffinden kónnen, welche bereits 
beschrieben waren und eine derselben war 
von mir entdeckt und eingesandt worden. In 
diesen Beschreibungen gebe ich noch eine 
Ergânzung, um sie von áhnlichen Arten un- 
terscheiden zu kónnen. 


Genus Culicoides LATREILLE. 
(Vergl. auch die Definition im allgem. Teile.) 


Allgemeine Kennzeichen: Kleine, wenig 
behaarte Arten mit den allgemeinen Cha- 
rakteren der Ceratopogoninen. Kórperlânge 
von wenig unter 1 bis etwas über 2 mm. 
Allgemeine Fárbung gewôhnlich braun oder 
schwärzlich, selten heller, mahagonyfarben. 
Riissel subzylindrisch, mit kleinen Labellen; 
alle Stechorgane wohi entwickelt, beim Weib- 
chen langer, zum Stechen und Blutsaugen 
geeignet. Antennen mit dunklem, beim Mann- 
chen gewôhnlich grósserem, Torus und hel- 
lerer Geissel, deren letztes Segment eine 
apicale oder subapicale Borste trágt; der 
Haarbusch des Mánnchen erreicht beinahe 


al 


ovoide. Ultimo segmento com algumas cer- 
das apicais. 


O escudo frequentemente deformado pela 
desecação, apresenta ás vezes desenhos cara- 
cteristicos. —O abdome geralmente um pouco 
mais escuro na rejião dorsal, mas sem cara- 
cteres distintivos. — As azas pouco mais com- 
pridas e largas no sexo feminino com a ner- 
vatura caracteristica; a costa passa um pouco 
da metade ou aproxima-se do apice, alcan- 
çando 3/5, 3/4 ou 2/3; as nervuras finas pou- 
co distintas, muitas vezes tarjadas de escuro 
e ladeadas de fileiras de pêlos, o fundo com 
grande numero de pêlos microscopicos e ou- 
tros maiores mais raros, ás vezes limitados a 
borda apical e franjas marjinais; mostram 
sobre o fundo enfumaçado algumas manchas 
escuras e outras hialinas, produzindo um as- 
peto muito característico, principalmente em 
certa iluminação, quando o fundo se torna 
azulado e as manchas amareladas ou doura- 
das. — Halteres compridos, de forma simples 
e geralmente de côr muito clara. Pernas oc- 
raceas, acinzentadas ou enegrecidas, ás vezes 
com manchas ou aneis escuros ou claros; no 
apice da tibia I ha sempre um pequeno es- 
porão, ora claro, ora escuro; apice da ul- 
tima tibia um pouco alargado, com dois es- 


DECT 


pinhos curtos e escuros, seguidos ‘dum pente 
de outros mais compridos; unhas simples. — 
Os machos, pouco menores do que as femeas, 
com que se parecem, não chupam sangue. — 
As dimensões do corpo são influenciadas pela 
conservação; é preferivel rejistar as das azas, 
que regulam em comprimento de 0,8 para 
1,5 e em largura de 0,36 para 0,5 mm. — As 
especies são caracterisadas pelas azas, contri- 
buindo a forma dos palpos, o desenho do 


escudo e das pernas, assim como os habitos, 


para uma determinação mais rapida. 


die Spitze der Antenne. Palpen mit fünf 
Segmenten, von denen das erste weniger ab- 
gesetzt erscheint; das dritte fast immer ver- 


dickt und mit einem napifôrmigen, innen mit 
Harchen oder Stábchen besetzten Organe 
ausgestattet; das letzte Segment mit einigen 
endstándigen Bórstchen. — Das Scutum zeigt 
oft charakteristische Zeichnungen, die aber 
zum Teil in Flüssigkeiten undeutlich werden; 
auch wird dasselbe sehr háufig beim Trock- 
nen deformirt.—Abdomen gewóhnlich oben 
dunkler, meist ohne auffallende Zeichnung.— 
Fliigel beim Weibchen etwas breiter und langer, 
als beim Männchen, mit charakteristischem 
Geáder; Costa etwas iiber die Mitte hinaus- 
gehend 3/5, 3/4 oder 2/3 der Randlange re- 
reichend; die feineren Adern wenig deutlich, 
oft braun gesáumt und von Reihen dunklerer 
Haare begleitet; Fliigelgrund von zahlreichen, 
feinsten Hárchen gleichmássig punktiert; da- 
neben finden sich weniger dicht und in ver- 
schiedener Weise angeordnet lángere Har- 
chen, welche ausnahmsweise auf den apika- 
len Flügelrand und die Flügelfransen be- 
schrankt sind; ausserdem sieht man dunklere 
und hellere Flecke, die ein sehr charakteris- 
tisches Bild geben, besonders bei gewisser 
Beleuchtung, welche den Grund bláulich und 
die hellen Flecken blasgelb oder golden er- 
scheinen lásst. — Halteren lang, einfach ge- 
bildet und gewóhnlich von sehr heller Farbe. 
—Beine ockergelb, grau oder bráunlich, manch- 
mal mit dunkleren Flecken und hellen Rin- 
gen; am Ende der ersten Tibia immer ein, 
bald heller, bald dunkler Sporn; Apex der 
letzten Tibia etwas verbreitert, vorne mit 
zwei kurzen und dunkleren Dornen, auf die 
ein Kamm von längeren und helleren folgt; 
Krallen einfach und gleich. — Die Mánn- 
chen, etwas kleiner, aber sonst dem Weib- 
chen áhnlich, saugen kein Blut. — Die Dimen- 
sionen des Kórpers werden durch die Kon- 
servation beeinflusst; es ist deshalb besser 
sich an diejenigen der Flügel zu halten, wel- 
che für die Linge 0,8—1,5, für die Breite 
0,36—0,5 mm. betrágt. — Die Arten sind 
schon durch die Fliigel gekennzeichnet, wo- 
bei noch die Formen der Palpen, die Zeich- 
nung des Skutums und der Beine, sowie die 


1. Culicoides maruim n. sp. 


Q : Cór geral enegrecida; comprimento 
do corpo ca.de 1,75; das azas ca de 1,4 mm. 
por 0,65 de largura. 

Tromba castanha; palpos pardo-acin- 
zentados, o artículo basal curto, o segun- 
do comprido, subcilindrico, o terceiro em 
forma de fuso truncado nas extremidades, 
sem depressão apreciavel, os ultimos re- 
lativamente curtos, cilindricos ou ovoides. 
Antenas pardo-acinzentadas, o tóro pardo- 
ocraceo, segundo e ultimo segmento mais 
compridos do que os visinhos, o ultimo com 
pequena cerda apical. Occiput com pêlos 
maiores. Olhos escuros com pigmento ver- 
melho. 

Torax pardo (na preparação microscopi- 
ca côr de mcgno); o escudo, com duas faixas 
lonjitudinais indistintas e o metanoto um 
pouco mais escuros, o escutelo um pouco 
mais claro. 

Abdome pardo, com indicação duma faixa 


dorsal, formada de manchas mais escuras. 
Pernas, inteiramente pardo-ocraceas nas 

preparações e enegrecidas nos exemplares 

secos. Esporões das tibias anteriores pardo- 


amarelos, tibias do meio com apice hialino, 
inermes; as posteriores têm no apice pouco 
dilatado um ou dois espinhos curtos e es- 
curos, sucedidos por um pente de espinhos 
claros, primeiramente compridos e tornando- 
se gradualmente mais curtos. 


Azas pontilhadas de pêlos microscopicos 
pretos, um pouco mais claros nas zonas hia- 
linas; os pêlos maiores, distribuidos entre as 
nervuras, muito caducos e deixando no cair 
um resto que aparece como escamula micros- 
copica. À costa, que ocupa 5/7 da marjem 
anterior, as nervuras lonjitudinais e transversal 
obliauas marcadas de côr escura. Às manchas 
hialinas de percepção menos facil do que em 
outras especies. Perto do apice ha uma man- 
cha parda com direção obliqua. 

Halteres claros na base, tornando-se par- 
do-acinzentados na extremidade. 


AO anna 


Gewohnheiten eine rasche Bestimmung er- 
môglichen. 


1. Culicoides maruim n. sp. 


Y Allgemeinfarbung schwärzlich. Lange 
des Kórpers ca. 1,75, des Flügels ca. 1,4 mm.; 
Breite des Flügels ca. 0,65 mm. 

Rüssel braun; Palpen graubraun, Basal- 
glied kurz, zweites Segment lang, subzylin- 
drisch, drittes abgestutzt spindelfürmig, ohne 
Vertiefung, die letzten beiden relativ kurz, 
zylindrisch bis eifórmig. Antennen graubraun, 
Torus mehr gelbbraun, die ersten acht Seg- 
mente der Geissel abgestutzt eifórmig, das 
basale etwas grósser und dicker; letzte 
fiinf Segmente mehr langgestreckt, das termi- 
nale am Langsten mit apikalem Bórstchen. 
Hinterkopf mit langeren Haaren. Augen 
dunkel mit rotem Pigment. 

Thorax braun, im mikroskopischen Prã- 
parate mahagonyfarben; das Scutum (mit 
zwei undeutlichen Langsbinden, und das Me- 
tanotum etwas dunkler, das Scutellum da- 
gegen heller. 

Abdomen braun, das Dorsum mit ziem- 
lich undeutlicher, aus dunklen Flecken ge- 
bildeter Langsbinde. 

Beine in toto bráunlich ockergelb, am 
nicht montirten Exemplare dunkler; Tibia I 
mit 1—2 graugelben Sporen, IJ ohne solche, 
mit hyalinem Apex, III am kaum verbreiterten 
Apex mit zwei schwarzen Doórnchen, und 
einem Kamme von hellen, langen, aber all- 
malig abnehmenden Dornen. 

Fliigel schwarz punktiert von mikrosko- 
pischen Hárchen, welche an den hyalinen 
Stellen etwas heller erscheinen; zwischen den 
Adern stehen langere Harchen, welche leicht 
abfallen, wobei ein Rest in Form eines klei- 
nen Schüppchens zurückbleibt. Costa, Langs- 
adern und die schrág gerichtete Querader 
braun pigmentirt; erstere erstreckt sich auf 
5/7 des Vorderrandes; die hyalinen Flecken 
sind weniger auffallend, als bei anderen 
Arten; daneben findet sich besonders ein 
schráger brauner Fleck nahe der Flügel- 
spitze. 

Halteren mit heller Basis und graubrau- 
nem K6pfchen. 


O macho se distingue apenas pelos ca- 
racteres sexuais e pelas dimensões menores. 
Pode ser apanhado á luz ou nas janelas 
dos quartos. 


Esta especie é o verdadeiro maruim dos 
Estados Rio de Janeiro e São Paulo, mas a 
sua zona estende-se muito mais lonje. Na 
Bahia é comum na zona do mangue. Recebi de 
WASHINGTON exemplares de TRINIDAD 
determinados como C. phlebotomus WILL., o 
que certamente é um erro. E’ sempre perio- 
dico e proprio da vizinhança do mangue, 
aparecendo ás vezes com tanta abundancia, 
que as outras especies parecem raras, com- 
paradas com ela. Pica indiferentemente pes- 
sOas e animais maiores, cavalos, mulas, bois 
e cães, atacando tambem passaros e animais 
menores. 


As larvas são dificeis de achar; vivem 
sem duvida no mar, mas muito escondidas 
no lodo; os casulos são encontrados vasios 
e, ás vezes, ainda cheios na superficie do 
lodo ou boiando; deitadas sobre areia humi- 
da, dão a imajem carateristica. Todavia a sua 
procura dá muito trabalho e o resultado não 
está em relação com a grande abundancia 
com a qual os adultos aparecem nas mesmas 
ocasiões. Obtive a postura in vitro mas nun- 
ca a observei no mangue. Os ovos de forma 
de banana são postos isoladamente e tornam- 
se completamente negros. O casulo na sua 
forma geral, se parece com os das outras es- 
pecies. 


À imajem se carateriza pela côr enegre- 
cida, as pernas escuras, o desenho das azas, 
e principalmente, a falta dum orgam palpal 
distinto. 


2. Culicoides reticulatus n. sp. 


Q . Cor geral ferujinea pardacenta. Com- 
primento do corpo ca. de 1,5, da aza ca. de 
1,2 mm. Antenas com o tóro castanho sobre 
uma saliencia pilosa, muito grande, o flajelo 
da forma do costume; tromba castanha com 
algumas cerdas, palpos com articulo basal 
curto e pouco destacado, segundo e terceiro 
segmentos duas vezes mais compridos do que 


al) Whe eee 


Das Manncnen unterscheidet sich durch 
die Geschlechtscharaktere und kleinere Di- 
mensionen; es lásst sich mit dem Lichtappa- 
rat oder an Fenstern fangen. 

Diese Art ist der wirkliche Maruim der 
Staaten Rio de Janeiro und São Paulo, hat 
aber eine weit gróssere Verbreitung. In Bahia 
ist sie in der Mangrovezone gemein. Von 
WASHINGTON erhielt ich Exemplare aus TRI 
NIDAD, welche als C. phlebotomus WILL. be- 
stimmt waren, was aber zweifellos unrichtig 
ist. Die Art tritt in der Nahe des Mangue 
und ausgesprochen periodisch auf, manchmal 
in solcher Menge, dass die andern Arten, 
mit ihr verglichen, selten erscheinen. Sie 
sticht ohne Auswahl Menschen und gróssere 
Haustiere, wie Pferde, Maultiere, Ochsen und 
Hunde, greift aber auch Vôgel und kleinere 
Tiere an. 

Die Larven sind schwer zu finden; sie 
leben zweifelsohne im Meer, aber sehr ver- 
steckt im Schlamm; die Puppen findet man 
leer oder, in seltenen Fallen, noch mit In- 
halt, schwimmend oder an der Oberflache des 
Schlammes ; auf feuchten Sand gelegt, liefern 
letztere die charakteristische Imago. Das Auf- 
suchen derselben ist aber sehr mühsam und 
das Resultat steht in keinem Verhältnisse 
zur Haufigkeit, welche die erwachsenen Muk- 
ken gleichzeitig zeigen. Ich erreichte eine 
Eiablage in vitro, beobachtete sie aber nicht 
in der freien Natur. Die Eier haben Bana- 
nenform und werden einzeln abgelegt; sie 
werden bald ganz schwarz. Die Puppe gleicht 
in ihrer Form derjenigen von anderen Arten. 

Die Mücke erkennt man an ihrer schwärz- 
lichen Farbung, den einfarbig dunkeln Beinen, 
der Zeichnung der Fliigel und besonders an 
dem Mangel eines deutlichen Palpenorganes. 


2. Culicoides reticulatus n. sp. 


©. Allgemeinfarbung bräunlich rostgelb. 
Lange des Kórpers ca. 1,5, des Flügels ca. 
1,2 mm. Antennen mit braunem Torus auf 
behaartem Protorus; Geissel heller, von der 
gewóhnlichen Form; Riissel braun mit eini- 
gen Borsten; Palpen: das Basalglied kurz, 
wenig abgesetzt, die beiden nachsten Glieder 
etwa doppelt so lang, wie die beiden letzten, 


os dois ultimos, todos de forma subcilindri- 
ca, apenas o terceiro dilatado e fusiforme, 
com excavação esferica muito distinta na base 
da metade terminal; olhos escuros, occiput, 
com algumas cerdas escuras. 


Torax em geral pardo ferujineo; sobre o 
escudo e invadindo as pleuras existe uma 
coloração pardacenta, incluindo varias manchas 
redondas ou ovais de côr ferujinea; quatro 
destas, situadas na parte posterior, são dispos- 
tas como uma folha de trevo com quatro 
foliolos. Escutelo manchado, prevalecendo 
o claro sobre o escuro; metanoto escuro. 
Este desenho é muito carateristico, mas pode 
ser dificil de apreciar, tratando-se de exem- 
plares antigos de côr bastante escura ou de 
preparados microscopicos. 


Todas as pernas ocraceas com cerdas e 
pêlos pardos, as extremidades articulares do 
joelho pardo-enegrecidos, com aneis claros 
dos dois lados; ha outro anel claro na ex- 
tremidade posterior da tibia do ultimo par. 
Unhas simples. Tibias do primeiro par com 
esporão terminal longo, de côr clara, as do 
meio inermes, as ultimas com apice dilatado, 
tendo adiante dois espinhos curtos e pretos, 
seguidos dum pente de espinhos mais claros 
e compridos, diminuindo gradualmente. Unhas 
simples. 

Azas com espinhos escuros, extremamen- 
te curtos e finos, que nas partes claras pa- 
recem deficientes ou muito reduzidos; na 
parte apical com numerosos pêlos mais com- 
pridos que, quando caem, deixam pequenas 
escamulas. As outras particularidades resal- 
tam do desenho (Fig. 2). 


Halteres amarelos, com mancha escura 
na extremidade. 


Os machos mostram apenas as diferen- 
ças usuais. 


À especie foi encontrada no Rio de Ja- 
neiro, em Santos e na Bahia. As larvas e ca- 
sulos são encontrados excluzivamente nos 
buracos de guaiami, situados na marjem do 
mangue e contendo agua mais ou menos 
doce. A imajem pode sair do casulo boiando 
e aparece muito na luz. A femea tambem 


alle subzylindrisch, nur das dritte spindel- 
fórmig angeschwollen, mit deutlicher kreis- 
fórmiger Einsenkung an der Basis der ter- 
minalen Hálfte, Augen dunkel, Hinterkopf 
mit einigen dunklen Borsten. 

Thorax im Ganzen braungelb, das Scu- 
tum mit auf die Pleuren iibergreifender brau- 
ner Zeichnung, die zahlreiche, langliche oder 
runde Flecke von rostgelber Farbe freilásst; 
vier derselben, die nach hinten liegen, erinnern 
in der Form an ein vierbláttriges Kleeblatt ; 
Scutum gefleckt, mehr hell, als dunkel; Me- 
tanotum dunkel. Die Zeichnung ist sehr 
charakteristisch, aber bei aelteren Exemplaren 
oder in mikroskopischen Práparaten nicht 
immer deutlich. 


Beine sámtlich mit feinsten braunen 
Haaren oder Borsten; die Gelenkenden am 
Knie schwarzbraun mit hellen Ringen auf 
beiden Seiten; ein ebensolcher am Apex der 
hintersten Tibiae. Vorderste Schienen mit 
endstándigem langem Sporn von heller Farbe, 
mittlere unbewafínet, letzte am Ende etwas 
verbreitert, vorne mit zwei kurzen schwarzen 
Dornen, nach hinten ein Kamm von langeren 
hellen Stacheln, die allmálig kiirzer werden. 
Krallen einfach. 

Flügel mit feinsten dunkeln Dôrnchen, 
an zahlreichen hellen Stellen fehlend oder 
ausserst reduziert; ausserdem an den Flügel- 
enden mit zahlreichen langeren Hárchen, die 
beim Abbrechen schuppenartige Gebilde zu- 
rücklassen. Das Geäder und die Form der 
hellen und dunkeln Flecken sind aus der Ab- 
bildung zu ersehen. (Fig. 2). 

Halteren gelb, am Ende mit braunem 
Flecken. 

Die Mannchen zeigen nur die gewóhn- 
lichen Unterschiede. 

Die Art wurde in Santos, in Rio de Ja- 
neiro und in Bahia gefunden. Die Larven 
und Puppen finden sich ausschliesslich in 
Krabbenléchern (von Cardiosoma guayamin), 
welche, am Rande der Mangrovesiimpfe liegen 
und mehr weniger siisses Wasser enthalten. 
Die Imago kann aus der schwimmenden 
Puppe ausschliipfen und erscheint haufig am 
Lichte. Das Weibchen sticht auch Menschen, 
besonders gewisse Individuen, wenn dieselbe 


pica pessóas, de preferencia certos individuos, 
quando estes se acham perto do mangue. 
Ataca tambem cavalos e bois. Não mostra 
periodicidade bem acusada e não se afasta 
muito do mangue. 


A côr mais amarela de mogno, o dese- 
nho carateristico do escudo, visivel já com 
aumento fraco e a conformação dos palpos 
permitem reconhecer facilmente esta espe- 
cie. 


3. Culicoides insignis n. sp. 


9 Cór geral pardo-enegrecida; compri- 
mento do corpo pouco menos de 2, da aza 
1,5 mm. Antenas pardo-acinzentadas; o tóro 
pardo avermelhado, de tamanho regular, a 
base dos segmentos um pouco mais clara. 
Palpos castanhos, o primeiro segmento curto, 
como tambem o quarto e quinto; o segundo 
e terceiro mais compridos, este ultimo um 
tanto dilatado, a abertura do orgam palpal 
no meio da metade apical e dirijida para 
diante. Tromba castanha, do comprimento 
dos palpos. 

Torax pardacento, em cima trez estrias 
escuras, formando um m fechado por di- 
ante. 


Abdome pardo, mais escuro em cima e 
com pêlos maiores no apice. 


Pernas pardo-amarelas, as tibias e o ul- 
timo femur mais escuros; os pares anteriores 
com os joelhos mais claros, amarelados, a 
tibia de traz nas duas extremidades com zona 
bastanta larga de côr amarela; unhas simples 
com angulo um pouco saliente. Tibia I com 
esporão comprido e escuro, II inerme, III 
um pouco alargado no apice com um espi- 
nho curto e escuro seguido de alguns mais 
compridos e claros. 


Azas em geral bastante escuras com de- 
senho muito carateristico; as zonas claras em 
forma de manchas ou estrias. Na costa trez 
manchas escuras. Nervuras normais e espu- 
rias marcadas de escuro, a veia transversal 
obliqua e em parte largamente marcada de 
preto. 


Halteres pardo-amarelados, a base mais 
clara. 


sich in der Nahe des Mangue aufhalten und 
verfolgt auch Pferde und Ochsen. Die Miik- 
ken zeigen keine deutliche Periodizitat und 
entfernen sich nicht weit vom Mangue. 

Die hellere Mahagonyfarbe, die charakte- 
ristische netzartige Zeichnung des Scutum, 
sowie die Bildung der Palpen lassen die Art 
leicht erkennen. 


3. Culicoides insignis n. sp. 


92 Allgemeinfarbung schwarzbraun; Lange 
des Kórpers etwa unter 2, des Flügels 1,5 mm. 
Antennen bräunlichgrau, Torus rotbraun, die 
Basis der Segmente etwas heller. Palpen 
braun, erstes, viertes und fiinftes Segment 
kurz, zweites und drittes langer, das dritte 
etwas erweitert, die Oeffnung des Palpen- 
organes in der Mitte der Apikalhálfte und 
nach vorne gerichtet. Riissel braun, so lang, 
wie die Palpen. 

Thorax braunlich, auf der Oberseite drei 
dunkle Striemen, die ein nach vorne ge- 
schlossenes m bilden. 

Abdomen braun, oben dunkler, am Ende 
mit langen Haaren. 

Beine gelbbraun, die Schienen und der 
letzte Schenkel dunkler, 
helleren, gelblichen Knieen, hinterste Tibia 
an beiden Enden mit ziemlich breiter Zone 
von gelber Farbe; Krallen einfach, mit etwas 
vorspringendem Winkel. Tibia I mit langem 


und dunklem Sporn, II unbewaffnet, III an 
der Spitze etwas verbreitert, mit kurzem und 
dunklem Dorn, auf welchen einige langere 
und helle folgen. 


Fliigel im Ganzen ziemlich dunkel, mit 
sehr charakteristischer Zeichnung; die hellen 
Zonen in der Form von Flecken und Streifen ; 
an der Costa drei dunkle Flecke; die rich- 
tigen und falschen Lángsadern braun be- 
zeichnet, die schráge Querader zum Teile 
breit und sehr dunkel markirt. 


Halteren gelbbraun, die Basis heller. 


vordere Paare mit 


O macho se distingue pelos caracteres de 
costume, a parte basal da pinça anal muito 
grossa. 

A especie se reconhece facilmente a olho 
nú pelo tamanho maior e as azas muito va- 
riegadas. As femeas picam o homem, mas 
não com muita frequencia e atacam tambem 
os bovinos; ambos os sexos são apanhados 
á luz com bastante facilidade. Podem tam- 
bem ser obtidos em aparelhos que cobrem 
o fundo do mar, a seco nas marés peque- 
nas. Ocorrem no Rio de Janeiro e na Bahia, 
onde pareciam mais abundantes. 


As ninfas são maiores que as ninfas das 
outras especies; as pontas terminais são diri- 
jidas para traz e têm a extremidade preta. A 
rejião do clipeo com espinhos finos e cur- 
tos. q 


4. Culicoides pusilius n. sp. 


Y : Côr geral parda. Comprimento do 
corpo 1,2, da aza pouco mais de 0,8 para 
uma largura de quasi 0,4 mm. 

Cabeça parda. Palpos e antenas mais 
acinzentados, apenas o tóro desta mais es- 
curo, quasi preto; segmentos dos palpos como 
de costume, apenas o terceiro pouco dilata- 
do, com a abertura circular do orgam na 
base da metade apical. Os estiletes bem de- 
senvolvidos. 

Torax pardo, em cima mais escuro, mas 
aparentemente sem desenho carateristico. 

Abdome pardo na sua totalidade. 

Pernas de pardo amarelado diluido, mar- 
cadas de escuro nas articulações e principal- 
mente nos joelhos. Os trocanteres e a base 
dos femures claros, dos dois lados dos joe- 
lhos aneis claros, faltando apenas no apice 
do femur de traz. Unhas e apice das tibias 
como de costume, as primeiras com esporões 
claros. 

Azas com a largura alcançando quasi a 
metade do comprimento; a costa terminada 
pouco além da metade (7:6); mancha do es- 
tigma, larga, curta e bastante escura; as man- 
chas claras pouco vistosas; pêlos maiores ape- 
nas na marjem apical. 

Halteres muito claros em todo o com- 
primento. 


52 


Männchen mit den gewóhnlichen Ge- 
schlechtscharakteren, an der zweigliedrigen 
Zange der Basalteil sehr dick. 


Die Art ist schon von blossem Auge 
durch bedeutendere Grósse und sehr bunte 
Flügel leicht zu erkennen. Die Weibchen 
stechen den Menschen, aber nicht besonders 
háufig, und greifen auch Rindvieh an; beide 
Geschlechter lassen sich ziemlich leicht am 
Lichte fangen. Man erhált sie auch in Ap- 
paraten, welche den, wahrend schwacher Ge- 
zeiten trocken gelegten, Meeresboden be- 
decken. Sie finden sich in Rio und in Bahia, 
am letzteren Orte scheinbar haufiger. 

Die Puppen sind grósser, als diejenigen 
anderer Arten, die endstandigen Spitzen sind 
nach hinten gerichtet und am Ende schwarz; 
die Gegend des Clypeus mit feinen und kur- 
zen Spitzen. 


4. Culicoides pusillus n. sp. 


? Aïlgemeinfärbung braun. K6rperlange 
ca. 1,2 mm. Flügel wenig über 0,8 lang und 
nahezu 0,4 breit. 

Kopf braun; Riissel, Palpen und An- 
tennen mehr grau, nur der Torus antennarum 
dunkel, fast schwarz; Segmente der Palpen, 
wie gewóhnlich, das dritte wenig erweitert, 
mit kreisfórmiger Oeffnung des Palpenorga- 
nes etwas apikalwárts von der Mitte. Stech- 
organe gut ausgebildet. 


Thorax braun, oben etwas dunkler, aber 
anscheinend ohne auffallende Zeichnung. Ab- 
domen durchwegs braun. 


Beine verwaschen gelbbraun, die Ge- 
lenkenden, besonders an den Knieen, dunkler 
markirt. Trochanteren und obere Femuren- 
den hell, auf beiden Seiten der Knie helle 
Ringe, nur der letzte Femur unten nicht deut- 
lich heller. Krallen und Bewaffnung der Ti- 
bien, wie gewóhnlich, Sporen der vordersten 
Tibiae hell. 

Flügel nahezu halb so breit, wie lang. 
Die Costa endet etwas nach der Halfte (7:6); 
Stigmenfleck breit, kurz und ziemlich dunkel. 
Helle Flecke wenig deutlich; langere Har- 
chen nur ganz am Spitzenrande. 

Halteren in ganzer Lange sehr hell. 


ha 
ar 


st Sá 


LIFE Sire Do 
ri} 


pie, 


(Descrito de preparados microscopicos ). 
Os machos se distinguem pelos caracteres 
de costume. 


A especie é certamente marinha, mas 
parece rara e, até hoje, só foi encontrada: em 
Manguinhos. Uma @ foi colhida no ato de 
picar; outros exemplares foram apanhados 
á luz ou criados da lama do mangue. Numa 
ocasião apareceram varios machos e femeas 
mas janelas dum quarto, no qual tinha ficado 
aberto, por bastante tempo, um balde cheio 
de lodo do mangue. 


A especie se distingue das outras mar i- 
nhas pelo tamanho pequeno e as azas cara- 
teristicas. Embora um tanto aberrante deve 
ser considerada como especie de Culicoides. 


5. Culicoides maculithorax WILLISTON. 


descrita por WILLIS- 
TON com o nome generico de Ceratopo- 


Esta especie foi 


gon, servindo de tipo um unico exemplar pro- 
veniente de São Vicente ( Antilhas). Examinei 
dois exemplares procedentes do Museu 
de Washington; foram determinados como 
Culicoides (Oecacta) furens POEY e levam 
CE’ a Isla 


dos Pinos perto de Cuba). Combinam tao 


o rotulo /s/. of Pines, Columbia. 
bem com muitos exemplares colecionados 
aqui e caraterisados por varias particularida- 
des que não pode haver duvida sobre a iden- 
tidade de especie. Visto isso tambem não se 
deve hesitar em identificial-os com a especie 
de WILLISTON, porque as diferenças são in- 
significantes, levando em conta que se trata 
dum só exemplar e este conservado durante 
bastante tempo. Trata-se evidentemente duma 
especie marinha que deve encontrar as mes- 
mas condições numa zona muito vasta. A 


comparação com a descrição orijinal exclue 
a identidade com a especie de POEY. Dou 
aqui uma tradução da descrição de WILLIS- 
TON, seguida de uma que fiz independente- 
mente antes da identificação. 


«Isl. 


(Beschreibung nach mikroskopischen Pra- 
paraten). 

Die Mannchen unterscheiden sich von 
den Weibchen in der gewôhnlichen Weise. 

Die Art ist zweifellos marin, scheint aber 
selten und wurde bisher nur in Manguinhos 
gefunden. Einmal wurde ein Y beim Ste- 
chen ertappt. Die andern Exemplare wurden 
im Lichtapparate gefangen oder aus dem 
Mangueschlamm geziichtet. Einmal fanden 
sich verschiedene Weibchen und Männchen 
am Fenster eines Zimmers, in welchem ein 
Eimer mit Mangueschlamm lângere Zeit ge- 
standen hatte. 


Von anderen marinen Arten ist diese 
durch ihre Kleinheit und die Beschaffenheit 
der Flügel leicht zu unterscheiden. Obwohl 
etwas abweichend, muss sie dennoch zu 
Culicoides gerechnet werden. 


5. Culicoides maculithorax WiLLISTON. 


Diese Spezies ist von WILLISTON nach 
einem Exemplare aus St. Vincent als Cerato- 
pogon maculithorax beschrieben und abgebil- 
det worden. Ich habe ferner zwei Exemplare 
aus dem Museum von WASHINGTON un- 
tersuchen kónnen, welche als Culicoides fu- 
rens POEY bestimmt sind und die Etiquette 
of Pines, Columbia» tragen. (Es ist 
dies die /sla dos Pinos bei Cuba). Sie stim- 
men mit zahlreichen hier gesammelten Exem- 
plaren so gut überein und die Art hat so 
viele Eigentiimlichkeiten, dass Zweifel an der 
Identitát kaum bestehen kónnen. Es ist da- 
her auch kein Grund an der Identität meiner 
Exemplare mit den von WILLISTON be- 
schriebenen Art zu zweifeln, da die kleinen 
Differenzen nicht über das Maass hinausgehen, 
welches bei der Beschreibung nach einem 
einzigen, obendrein langer konservirten Exem- 
plare zu erwarten war. Es handelt sich of- 
fenbar um eine weit verbreitete Spezies, was 
um so weniger befremden darf, als die Art 
streng marin ist und daher in weiter Aus- 
dehnung dieselben Bedingungen findet. Die 
Identifizierung mit der Art von POEY ist 
nicht gerechtfertigt, wie die Originalbeschrei- 
bung ergibt. Ich reproduzire die Beschrei- 
bung und Abbildung von WILLISTON und 


Es ndo do 


Ceratopogon maculithorax 1. sp. (E. IX, 
fig. 36, aza ). 
© : Aza com o apice piloso, nervura III 


contigua com I, terminando no meio da aza- 


ou perto desta. Nervura IV com prefurca 
pouco distinta; metatarsos do comprimento 
de todos os segmentos seguintes. Tromba, 
palpos, face, fronte e articulo basal das ante- 
nas pardo-amarelados; tromba delgada; se- 
gundo segmento dos palpos entumecido; an- 
tenas amarelas, mais curtas do que o torax. 
Mesonoto opaco, cinzento-amarelado com 
muitas manchas arredondadas, pequenas, par- 
do-escuras sobre fundo cinzento-amarelado; 
pêlo escasso e pouco comprido. Escutelo 
amarelo nos lados, pardo no meio. Halteres 
amarelo-claros. Pleuras pretas e amarelas com 
lijeira pruina cinzenta. Pernas amarelas; to- 
dos os femures e as tibias do primeiro e 
ultimo par com anel enegrecido largo; apice 
extremo dos femures tambem enegrecido. 
Azas com desenhos pardo-claros e manchas 
e estrias hialinas ou alvacentas; uma mancha 
enegrecida na extremidade das nervuras I e 
HI. Comprimento 2 mm. — Um exemplar.» 

Descrição de exemplares de Mangui- 
nhos feita por mim: 

Especie pequena e escura com os cara- 
cteres do genero. Comprimento do corpo 1,4, 
da aza pouco mais de 1 mm. 

2 : Cabeça e antenas cinzento de ardo- 
sia, o tóro das antenas e o occiput mais es- 
curos. Palpos: Segmento I curto, I] um pou- 
co mais comprido, subcilindrico, III um pou- 
co mais curto, entumecido, o orgam na me- 
tade apical com a abertura dirijida para di- 
ante, IV e V curtos, a soma dos comprimen- 
tos igual ao do II; IV um pouco mais 
grosso e V um pouco mais comprido. Ul- 
timo segmento da antena com cerda apical 
curta. 

Escudo: Com fundo pruinoso cinzento- 
amarelado, apresentando uma tarja escura e 
visto de lado duas estrias lonjtudinais largas 
e escuras; dos lados da linha media cerca 
de 20 manchas redondas, muito escuras. Os 
desenhos se modificam conforme a inciden- 
cia da luz, como se observa no dorso do 
abdome de muitas mucidas. Pronotum como 


nachher meine eigenen, unabhângis ge- 


machte. 
Ceratopogon maculithorax n. sp. (pl. IX, 


fig. 36, wing.) 

2 «Wings hairy at the tip; third vein 
contiguous with the first, terminating at or 
near the middle of the wing; fourth vein 
with a prefurca, though indistinct; metatarsi 
as long as the following joints together. 
Proboscis, palpi, face, front and basal joint 
of antennae yellowish-brown; proboscis slen- 
der; second joint of palpi thickened. An- 
tennae yellow, not as long as the thorax. 
Mesonotum opaque yellowish-grey, with nu- 
merous, small, rounded, dark-brown spots on 
a yellowish-grey ground, hair not abundant 
or long, yellow. Scutellum yellow on the 
sides, brown in the middle. Halteres light 
yellow. Pleurae black and luteous, lightly 
greyish pruinose. Legs yellow; all the fe- 
mora, and the front and hind tibae with a 
broad blackish ring; the immediate tip of the 
femora also blackish. Wings with pale brown 
markings with hyaline or whitisch spots and 
streaks; a spot a the tip of the first and 
third veins blackish. Length 2 mm. One 
specimen. » 

Culicoides maculithorax WILLISTON. Ei- 
gene Beschreibung. 

Dunkel gefarbte, kleine Spezies mit den 
Charakteren der Gattung. Lange der Fliigel 
1,4, des Kórpers etwas úber 1 mm. 

© Kopf und Antennen schiefergrau, das 
kugelige Basalglied der Antennen und der 
Hinterkopf etwas dunkler. Palpen: Glied 1 
kurz, 2 etwas langer, subzylindrisch, 3 wenig 
kürzer, verdickt, das Organ in der apikalen 
Hälfte mit vorwärts gerichteter Oeffnung, 
4 und 5 kurz, zusammen etwa, “wie 2: 4 


etwas dicker und 5 etwas länger. Letztes . 


Antennenglied mit kurzer endständiger Borste. 

Scutum: In seitlicher Richtung zwei breite 
dunklere Langsstreifen zeigend, graugelblich 
chagrinirt, jederseits der Mittellinie mit ca. 
20 dunklen Augenflecken und dunkel ge- 
säumt. Diese Zeichnungen verândern sich 
je nach der Beleuchtungsrichtung, áhnlich 
wie die Wiirfelung am dorsum abdominis 
vieler Musciden. Pronotum, wie das Scu- 


~ 


te ee Y EMIR 


o escudo, de cada lado uma mancha redon- 
da e uma tarja escura, escutelo com aparen- 
cia igual e muito proeminente. Pleuïas e es- 
terno de cinzento de ardosia escuro. 

Abdome de cinzento de ardosia escura, 
fortemente anelado. 

Pernas: as coxas e trocanteres claros, 
cinzento-amarelados, com pêlos escuros; nas 
articulações a parte superior com tarja api- 
cal estreita e escura; todos os femures e ti- 
bias um pouco mais escuros; os joelhos to- 
dos escuros, tendo dos dois lados um anel 
largo branco-amarelado. 


Azas muito variegadas com manchas es- 
curas e claras, pêlos escuros e nervuras par- 
das e tarjadas de pardo, na costa ha uma 
mancha escura bastante estreita, subquadra- 
tica. Um grupo de trez manchas claras na 
marjem anterior é muito carateristico. 

Halteres claros, um pouco mais escuros 


na parte terminal. 

Na preparação microscopica as pernas 
parecem mais claras e todas as partes mais 
amareladas, desaparecendo quasi completa- 
mente o desenho singular do escudo. 


O macho se distingue pelos caracteres 
sexuais primitivos e secundarios; é um tanto 
menor e mais claro, porém mais piloso. Os 
apendices genitais muito desenvolvidos, do 
comprimento dos trez aneis anteriores. 


Obtive numerosos machos e femeas, co- 
brindo o lodo do mangue, exposto durante 
o tempo das marés pequenas, por meio do 
aparelho descrito na parte geral. As femeas 
não parecem ser avidas de sangue humano. 


6. Culicoides paraensis GOELDI. 


Como já declarei, de acordo com a su- 
posição de outros autores, a especie, descri- 
ta por GOELDI sob o nome de Hae- 
matomyidium paraense é um Culicoides tipico, 
sendo por isso superfluo reproduzir a defini- 
ção do seu genero que, além de incompleta, 
é inexata no que se refere á nervatura das 
azas. Depois de muitos esforços, só neste 
ano consegui obter bastante material ( pela 
maior parte bem conservado em meio liqui- 
do ) desta especie que pode ser reconhecida 


tum, jederseits mit einem dunklen Augen- 
flecke und dunklerem Rande; Scutellum 
ebenso, stark prominent. Pleuren und Ster- 
num dunkel schiefergrau. 

Abdomen dunkel schiefergrau, stark ge- 
ringelt. 

Beine: Coxae und Trochantern hell, 
gelblich grau, aber mit dunkleren Haaren, 
nur an den Gelenken jeweilen der obere Teil 
mit apikalem, schmalen und dunklen Saum. 
Femur und Tibia aller Paare etwas dunkler; 
samtliche Knie dunkel, auf beiden Seiten mit 
breiter, gelblichweisser Binde. 

Flügel durch helle und dunklere Fleck- 
chen, dunkle Haare, sowie braune und braun 
gesaumte Adern sehr bunt; an der Costa ein 
relativ schmaler und dunkler, subquadratischer 
Fleck (S. Fig. ). Eine Gruppe von 3 hellen 
Flecken ist besonders charakteristisch. 

Halteren: weisslich, kaum am Ende et- 
was dunkler gefarbt. 

Im mikroskopischen Praparate erscheinen 
die Beine heller und alle Teile mehr gelblich, 
wahrend die eigentiimliche Zeichnung des 
Scutums fast vóllig verschwindet. 

S mit den primáren und sekundáren 
Geschlechtscharakteren, wenig kleiner, etwas 
heller gefarbt und starker behaart. Die Ge- 
nitalanhânge stark entwickelt, von der Lange 
der drei vorhergehenden Ringe. 

Durch Bedecken des zur Zeit kleiner Ge- 
zeiten anhaltend trocken liegenden Meeres- 
bodens mit dem im allgemeinen Teile be- 
schriebenen Apparate wurden zahlreiche Sd 
und 99 erhalten. Letztere scheinen nicht be- 
sonders blutgierig zu sein, wenigstens, so- 
weit der Mensch in Betracht kômmt. 


6. Culicoides paraensis GOELDI. 


Die von GOELDI als Haematomyidium 
paraense beschriebene Art ist, wie schon ge- 
sagt und auch von anderer Seite vermutet, 
ein typischer Culicoides; ich sehe daher von 
Wiedergabe der unvollständigen und in Be- 
ziehung auf das Geáder nicht richtigen Ge- 
nusdiagonose ab. Die Spezies, von der ich 
nach wiederholten Bemiihungen erst in die- 
sem Jahre reichliches und gutes, allerdings 
meist nass konserviertes Material erhalten 


O 


\ pela descrição e as figuras, tanto mais que 
se trata dum hematofago comum e bem 
conhecido na zona. Concordam não somente 
es desenhos carateristicos da aza e das per- 
mas, mas tambem a forma do terceiro se- 
gmento palpal, visivel na figura e que é cla- 
viforme, correspondendo á situação do orgam 
palpal, cujo orificio está perto do apice. A 
disposição das nervuras da aza tambem cor- 
responde ao tipo comum de Culicoides; jo 
que GOELDI considera como quarta nervu- 
ra lonjitudinal simples nacendo da base das 
azas, na realidade é o ramo posterior da 
forquilha da quarta nervura, cuja base é pou- 
co nitida nas preparações microscopicas. Nos 
exemplares secos reconhece-se claramente 
que o fundo do escudo é finamente granu- 
lado e de côr cinzento-amarela com trez faixas 
lonjitudinais escuras de forma um tanta ir- 
regular. 

GOELDI se inclina a considerar a sua es- 
pecie como marinha, o que me levou a com- 
paral-a com as conhecidas especies de mos- 
quitinhos do mangue, sem encontrar ne- 
#huma igual. Tenho todavia exemplares do 
interior do Estado de São Paulo (Piedade, 
perto de Tiété) que não podem ser distin- 
guidos do C. paraensis. Das informações dos 
colecionadores tambem resulta claramente 
que só aparece no tempo das chuvas, em 
quanto que nos climas quentes as especies 
marinhas, posto que periodicas, são observa- 
das em todos os mezes do ano. Durante os 
mezes secos não consegui obter material do 
Pará, embora fosse procurado assiduamente 


pela comissão de febre amarela, trabalhan- 
do nas condições mais vantajosas. Com o 
periodo de chuva adiantado recebi do Snr. 
A. DUCKE material de varios pontos do Es- 
tado do Pará e do Dr. ASTROGILDO MA- 
CHADO mais exemplares do rio Tocantins; 
foi somente em Janeiro que os mosquitinhos 


habe, lässt sich nach Beschreibung und Ab- 
bildung wiedererkennen, um so mehr, als es 
sich um einen daselbst gemeinen und wohl 
bekannten Blutsauger handelt. Ausser der 
charakteristischen Flügel- und Beinzeichnung 
und den iibereinstiminenden Dimensionen ist 
auch das, aus der Figur ersichtliche, Ver- 
halten des dritten Palpengliedes zu erwáhnen, 
welches keulenforinig erweitert ist, entspre- 
chend dem nahe dem Apex sich 6ffnenden 
Palpenorgane. Das Flügelgeäder entspricht 
dem gewóhnlichen Verhalten bei Culicoides ; 
was GOELDI als einfache, aus der Wurzel 
entspringende, vierte Langsader auifasst, ist 
der hintere Ast der vierten Langsader, deren 
Gabelung im mikroskopischen Praparate nicht 
deutlich erscheint, was aber auch sonst vor- 
kommt. Am getrockneten Exemplare lásst 
sich auf dem Scutum deutlich ein graugelber 
Reif erkennen, neben drei unregelmässigen 
in der Mitte erweiterten, dunklen Langsstrei- 
fen; der Rand des Scutellums ist ebenfalls 
heller, graugelb. 


GOELDI ist geneigt, die von ihm beob- 
achiete Art als marin auszusprechen. Dem- 
entsprechend habe ich sie mit den bisher 
bekannten Mangrovemiicken verglichen, aber 
nirgends eine Uebereinstimmung gefunden. 
Dagegen sind einige Exemplare aus Piedade 
in der Nahe des Tiété (Staat São Paulo) nicht 
von paraensis zu unterscheiden. Nach den 
Informationen, welche ich von den Sammlern 
meines Materiales erhielt, ist aber unzweifel- 
haft, dass die Art nicht marin ist. GOELDI 
selbst giebt an, dass sie in der Regenzeit 
auftrete, wahrend marine Arten im warmen 
Klima in jedem Monate beobachtet werden, 
selbst wenn sie periodisch sind. Während 
der trockenen Zeit konnte ich kein Material 
aus Pará erhalten, trotzdem - die Gelbfieber- 
kommission, welche unter den günstigsten 
Verháltnissen arbeitete, bestândig darauf ach- 
tete. Dagegen erhielt ich mit. vorgeschritte- 
ner Regenzeit sowohl von mehreren Orten 
im Staate Pará durch Hrn. A. DUCKE, als 
auch von den Ufern des TOCANTINS durch 
Hrn. ASTROGILDO MACHADO reichliches 
Material. Die Miicken traten erst im Januar 
in grósserer Menge auf. Die Vermutung des 


3 
a 


57 


apareciam em grande numero. À suposição | 


do Snr. DUCKE que eles se criem na agua 
de inundação, em vista disso, não deixa de 
ter bastante probabilidade. 

Dou em 'seguida a descrição do Snr. 
GOELDI copiada do orijinal. 

«Haematomyidium paraense nov. 
GOELDI (1905). 

Habitus geral da imago feminina ($) vi- 
sivel na figura 143. Colorido em vida um 

é atravessada de 


spec. 


azulado cinzento. A aza é 
cima para baixo, por quatro series de gran- 
des espaços claros redondos (janellas) em 
campo geral ligeiramente escuro. Estas 
conspicuas janellas disseminadas sobre os 
intervallos entre as veias da parte distal da 
aza conforme 'o schema 2, 3, 3, 3 (de fora 
para dentro), enchendo quasi os respectivos 
vãos. Campo das azas crivado de pequenis” 
simos cabellos curtos, entre os quaes se per 
cebem algo maiores, regularmente acompa. 
nhando o percurso longitudinal das veias | 
circumferencia guarnecida de cabellos um 
pouco mais fortes, os mais robustos encon- 
trando-se na margem antero-medial. Fitas 
claras transversaes atravez das articulações 
trochanter-femur e femur-tibia dos dois pares 
de pernas anteriores (I e II) e uma fita cla- 
ra atravez da parte medial da tibia do ter- 
ceiro par (III), perto da articulação tibio- 
femoral. Um forte espinho lanceolado pelo 
lado externo da tibia, na articulação tibio- 
tarsal. Dimensões: Comprimento total 1.54 
mm. — Comprimento da antenna 0,5 mm. — 
Largura do thorax 0,4 mm. -— Comprimento 
do abdomen 0,93 mm. -— Maior largura do 
abdomen 0,48 mm. — Comprimento da aza 
0,83 mm. — Largura da aza 0,36 mm. 
Pequena mosca invadindo as casas, im- 
pertinentissima chupadora de sangue; picada 
dolorosa, produzindo regularmente uma zona 
circular inflammada bastante grande. Fre- 
quente na epocha das chuvas, sobretudo nas 
horas de maré baixa, o que parece apontar 
para uma creatura littoral. Pará e arredo- 


res». 
(Observo que a tibia do ultimo par tem 


um anel bazal e o apice claros, o que está 
de acordo com a estampa mas não com a 


ersteren Herrn, dass sie sich im Ueber- 
schwemmungswasser der Flüsse entwickeln, 
erscheint durchaus wahrscheinlich in Anbe- 
tracht ihres massenhaften Auftretens.? 

Ich gebe hier die GOELDI’sche Artbe- 
schreibung in deutscher Uebersetzung wie- 
der: 


Haematomyidium paraense nov. 
GOELDI (1905). 

Allgemeiner Habitus der weiblichen Imago 
(2) aus Figur 143 zu ersehen. Farbung 
wahrend des Lebens bláulichgrau. Der Flü- 
gel wird von oben nach unten von vier Rei- 
hen grosser, runder heller Flecken (Fenster) 
in allgemein leicht verdunkeltem Felde durch- 
quert. Diese auffallenden Fenster in den 
Zwischenraumen der Adern des distalen Flü- 
gelteiles nach dem Schema 2, 3, 3, 3 (von 
aussen nach innen) verteilt, dieselben fast 
ausfiillend. Fliigelfeld von kleinsten und kur- 
zen Haaren besát, zwischen welchen man 
etwas gróssere sieht, welche regelmássig dem 
Laufe der Langsadern folgen; der ganze Rand 
mit etwas starkeren Haaren besetzt, von de- 
nen die starksten am antero-medialem Rande 
stehen. Helle Querbinden durch die Tro- 
chanter-Femur- und Femur-Tibia-gelenke der 
vorderen Beine (I und II) und eine helle 
Binde durch den Mittelteil der Tibia des drit- 
ten Paares (III), in der Nahe des Tibiotarsal- 
gelenkes. Ein starker lanzettlicher (lanceo- 
lado) Dorn an der Aussenseite der Tibia, am 
Tibio-tarsalgelenk. Dimensionen: Gesammt- 
lange 1,54 mm. — Lange der Antenne 0,5 
mm. — Breite des Thorax 0,4 mm. — Lange 
des Abdomens 0,93 mm. — Grósste Breite 
des Abdomens 0,48 mm. — Lange des Flü- 
gels 0,83 mm. — Breite des Fliigels 0,36 mm. 

Kleine in die Hauser eindringende Fliege, 
ausserst zudringliche Blutsaugerin; schmerz- 
hafter Stich, der regelmássig einen ziemlich 
grossen entziindlichen Hof veranlasst. Hau- 
fig in der Regenzeit, besonders in den Stun- 
den der Ebbe, was auf ein littorales Ge- 
schópf deutet. Pará und Umgebung.» 

(Ich bemerke, dass die dritte Tibia einen 
basalen hellen Ring zeigt und auch apikal 
hell ist, was mit GOELDI’s Abbildung, nicht 
aber mit der Beschreibung stimmt, in die 


spec. 


descrição de GOELDI, na qual se parece ter 
introduzido um erro. O esporão comprido 
está, como sempre, na tibia do primeiro par ). 

Aditamento: À especie combina em mui- 
tos pontos com C. stellifer COQ. mas uma 
comparação minuciosa com a descrição e a 
estampa não permite identifical-a. O desenho 
do tóro é dificil de descrever; parece um 
pouco variavel e modifica-se muito conforme 
a incidencia da luz. Em exemplares conser- 
vados só excecionalmente aparece distincto. 
Ao passo que a especie de COQUILLETT 
mostra no dorso do abdome duas series de 
pontos escuros, o paraense pode apresentar 
no mesmo lugar manchas transversais retan- 
gulares de côr escura. 


7. Culicoides guttatus COQUILLET. 


Y. Esta especie foi descrita de exemplares 
mandados por mim e colecionados em Ca- 
choeirinha, na Serra da Cantareira perto de 
São Paulo. A especie é caraterizada pelo ta- 
manho grande e o desenho esquisito da aza 
que se percebe na estampa e do qual a des- 
crição minuciosa de COQUILLET não con- 
segue dar uma idea clara. O escudo finamen- 
te granuluso tem a parte anterior ocracea ou 
amarelo-clara, para traz ha manchas, ora pre- 
tas, ora branco-nacaradas, mudando de aspe- 
to e forma segundo a incidencia da luz. A 
marjem do escudo é de côr clara; o escutelo 
preto com marjem branca; o protorax tesse- 
lado de branco e preto. As azas podem apa- 
recer distintamente amareladas. As pernas 
pardas têm os joelhos e as duas extremida- 
des da tibia de traz mais claras. Os palpos 
são finos, o terceiro articulo um pouco dila- 
tado em forma de clava, com orgam excava- 
do perto do apice, nem sempre distinto. 


Esta especie foi tambem encontrada em 
Xerém no Estado do Rio de Janeiro pelo 
Dr. NEIVA; costumava aparecer em casa. 


São Paulo gesammelt worden waren. 


sich ein Fehler eingeschlichen haben muss. 
Auch der lângere Sporn sitzt, wie immer, 
nur an der ersten Tibia.) 

Nachtrag. Diese Art zeigt mit Cerato- 
pogon (Culicoides) stellifer Coq. weitgehende 
Uebereinstimmung, darf jedoch nach den An- 
gaben in Beschreibung und Abbildung nicht 
mit demselben identifiziert werden. Die Zeich- 
nung des Thorax ist schwer zu schildern; 
sie scheint etwas variabel und verândert sich 
ausserdem ungemein je nach dem Einfallen 
des Lichtes. Bei konservirten Exemplaren 
ist sie nur ausnahmweise deutlich zu er- 
kennen. Sie kann derjenigen von stellifer 
ahnlich erscheinen, stimmt aber niemals ganz 
überein. Wahrend bei letzterer Art auf dem 
Dorsum abdominis zwei Reihen dunkler 
Punkte erscheinen, lassen sich bei paraense 
manchmal quergelagerte dunkle Rechtecke 
erkennen. 


7. Culicoides gutiatus COQUILLET. 


©. Diese Art wurde nach von mir ein- 
gesandten Exemplare beschrieben, die in Ca- 
choeirinha in der Serra da Cantareira bei 
Die 
Art ist durch ihre Grósse und die eigentúm- 
liche Fliigelzeichnung leicht erkennbar ; leiztere 
ist aus der Abbildung leicht zu erkennen, 
während die minutidse Beschreibung von CO- 
QUILLET doch keine klare Vorstellung da- 
von erwecken kann. Das fein chragrinirte 
Scutum ist im vorderen Teile cckerfarben 
oder heligelb, nach hinten zu finden sich 
teils schwarze, teils perimutterweisse Flecke, 
welche je nach der Beleuchtung in Form und 
Aussehen wechseln. Der Rand des Scutums 
ist hell; das Schildchen ist schwarz mit weis- 
sem Rande und der Prothorax ist weiss und 
schwarz gewiirfelt. Die Fliigel kénnen deut- 
lich gelblich erscheinen. Die Beine sind 
braun, die Kniee und die beiden Ende der 
letzten Tibia hell, gelblichweiss. Die Palpen 
sind dünn, das dritte Segment etwas keulen- 
fórmig verdickt, die Oeffnung des oft wenig 
deutlichen Organes liegt in der Nahe der 
Spitze. 

Diese Art wurde von Dr. NEIVA auch 
in Xerém im Staate Rio de Janeiro gesam- 


Apanhei-a tambem numa altura de 1200 me- 
tros na fazenda Bonito (serra da Bocaina), 
em cavalos nos quais procuravam o pescoço, 
ora em janelas onde eram atraidas pela luz. 
Não se pode considerar frequente; os ma- 
chos não foram encontrados. 

Os primeiros estadios são desconhecidos. 

Do em seguida a tradução da descrição 
de COQUILLET.: 


Ceratopogon guttatus nova especie. 

Preto, antenas e porção apical dos tarsos 
amarelo-pardacentas ; mesonotum pardo-amare- 
lado, hombros, escutelo e uma porção api- 
cal estreita das tibias amarelados, halteres es- 
branquiçados, todos os pêlos amarelos; antenas 
bastante mais longas do que a cabeça e o torax 
reunidos; mesonotum opaco, com pruina ama- 
rela, a parte posterior com pruina branca; abdo- 
me opaco; pernas delgadas, sem espinhos, com 
algnns pêlos bastante compridos nas tibias, 
o primeiro segmento dos tarsos posteriores 
quasi duas vezes mais comprido do que o 
segundo; o penultimo quasi duas vezes mais 
longo do que o ultimo, unhas iguais, peque- 


"nas, empodios faltam; azas com a metade 


apical pilosa, base da aza até aos apices da 
primeira e quinta nervura branco-hialina e 
marcada com cerca de oito manchas cinzen- 
tas, uma subtriangular, estendendo-se da cos- 
ta até a nervura quarta um pouco antes da 
transversa pequena, uma subquadrada, cor- 
rendo da costa até á terceira nervura um 
pouco antes do apice da primeira nervura, 
um risco sobre a nervura transversa pequena 
e outro sobre a quarta nervura a pouca dis- 
tancia desta, uma mancha pequena no lado 
superior da quinta nervura pouco além do 
meio e uma mais larga do lado inferior an- 


tes do meio, uma mancha larga seguindo a 
marjem posterior da celula axilar perto do 


meio e uma curvada no apice desta celula; 


59 


melt, wo sie in's Haus kam. Ich fing sie 
bei 1200 M. in Bonito (Serra da Bocaina), 
teils am Halse von Pferden, teils, vom Lichte 
angezogen, an Fenstern. Sie ist keineswegs 
háufig. Mánnchen wurden nicht gefunden. 
Die ersten Stânde sind noch unbekannt. 
Nachstehend reproduziere ich die Original- 
beschreibung von COQUILLET. 
Ceratopogon gutiatus, new species. 
Black, the antennae and apical portion 
of tarsi brownish yellow, mesonotum yellow- 
ish brown, humeri, scutellum and narrow 
ends of tibiae yellow, halteres whitish, all 
hairs yellow; antennae considerably longer 
than the head and thorax united; mesono- 
tum opaque, yellow pruinose, the posterior 
portion whitish pruinose; abdomen opaque; 
legs slender, devoid of spines, a few rather 
long hairs on the tibiae, first joint ol hind 
tarsi nearly twice as long as the second, the 
penultimate joint nearly as long as the last 
one, claws equal, small, empodia wanting ; 
wings hairy on about the apical half, base 
of wings to apices of first and fifth veins 
whitish-hyaline and marked with about eight 
gray spots, a subtriangular one extending 
from costa to the fourth vein a short dist- 
ance before the small crossvein, a subqua-. 
drate one extending from costa to the third 
vein just before apex of first vein, a streak 
on small crossvein and another on fourth 
vein a short distance beyond the latter, a 
small spot on upper side of fifth vein slightly 
beyond its middle and a larger one on the 
under side before its middle, a large one 
along hind margin of axillary cell near its 
middle and a curved one in apex of this cell; 
remainder of wing gray, a large whitish hy- 
aline spot at apex of third vein nearly cros- 
sing the first posterior cell and extending 
along the third vein to the hyaline portion 
at base of wing, a second large whitish 
hyaline spot midway between apices of third 
vein and upper branch of the fourth, almost 
crossing the first posterior cell, a small 
hyaline spot in apex of second posterior cell 
and another a short distance before it, a 
larger one on middle of lower branch of 
fourth vein, one in apex of third and ano- 


resto da aza cinzento, uma larga mancha es- 
branquiçada no apice da terceira nervura, 
atravessando a celula posterior e estendendo- 
se seguindo a terceira nervura até a porção 
hialina da base da aza, outra mancha larga 
branco-hialina entre os apices da terceira 
nervura e o ramo superior da quarta, atra- 
vessando quasi a primeira celula posterior, 
uma mancha pequena hialina no apice da se- 
gunda celula posterior e outra anterior a pou- 
ca distancia desta, uma maior no meio do 
ramo inferior da quarta nervura, uma no 
apice da terceira e outra perto do meio da 
marjem posterior da quarta celula posterior; 
ramo superior da quarta nervura, porção api- 
cul do ramo inferior e ambos os ramos da 
quinta nervura estreitamente tarjadas de hia- 
lino; terceira nervura reunida perto do seu 
meio á primeira por uma transversal, apice 
da terceira a mais de dois terços do com- 
primento da aza, da primeira perto do cen- 
tro do primeiro terço, a quarta nervura se 
bifurca pouco antes da transversal pequena, 
angulo axilar da aza bem desenvolvido; com- 
primento 1,4 mm. 

Trez femeas colecionadas pelo Dr. A. 
LULZ: 

Habitat — São Paulo, Brazil. 

Tipo — No. 7724, U. S. National Mu- 


seum.» 
8. Culicoides debilipalpis n. sp. 


© : Comprimento do corpo e da aza ca. 
de 1 mm., largura desta 0,36—0,38 mm. Cor 
geral parda. 

Antenas com pêlos de brilho branco; 
palpos com pequeno segmento basal, o 
segundo bastante comprido, o terceiro um 
pouco espessado com abertura subtermi- 
nal do pequeno orgam palpal, quarto e quin- 
to como de costume. Occiput mais escuro 
do que os apendices. 

Escudo mais escuro do que o resto do torax. 
Abdome pardo um pouco amarelado. 
Pernas com os joelhos escuros, os primei- 

ros pares com anel claro de cada lado, o ultimo 
com anel branco-amarelado só na base e no 
apice da tibia. Esporão do primeiro par claro. 

Azas com a costa terminada no fim dos 
3/5 basais, com muitas manchas claras e 


ther near middle of hind edge of fourth pos- 
terior cell; upper branch of fourth vein, api- 
cal portion of the lower branch, and both 
branches of fifth vein narrowly bordered with 
hyaline; third vein connected near its middle 
by a crossvein with the first, apex of third 
vein beyond two-thirds length of wing, apex 
of first vein near middle of the third, fourth 
vein forks slightly beyond the small cross- 
vein, axillary angle of wings well developed; 
length, 1,4 mm. 

Three female specimens collected by Dr. 
A. LUTZ. 

Habitat. — São Paulo, Brazil. 

Type. — No. 7724, U. S. National 
Museum.» 


8. Culicoides debilipalpis n. sp. 


Y Lange des Kórpers und der Flügel ca. 
1 mm., Breite des letzteren 0,36—0,38 mm. 
Allgemeinfarbung braun. 

Antennen mit weissglanzenden Haaren; 
Palpen mit kleinem Basalgliede, das náchste 
ziemlich lang und diinn, das dritte mássig 
verdickt, mit subterminaler Cefínung des 
kleinen Palpenorganes, Endglieder, wie ge- 
wôhnlich. Hinterkopf dunkler, als die An- 
hange. 

Scutum dunkler als der Rest des Thorax. 

Abdomen gelbbraun. 

Beine mit dunklen Knien, denen an den 
vordern Paaren jederseits ein heller Ring 
anliegt. Am dritten Paare tragt die Tibia 
an beiden Enden einen gelblichweissen Ring. 
Vorderste Tibien mit je einem hellen Sporn. 

Fliigel: Die Costa endet am Ende der 
basalen drei Fiinftel des Vorderrandes. Es 
inden sich viele helle Flecke und ein ziem- 
lich dunkler am Stigma, auch die Basis von 
Costa und Subcosta ist mit dunklen Strichen 


bezeichnet. Zwischen den sepiabraun ge- 


Se 
iii: 


uma bastante escura no estigma; costa e 
subcosta marcadas com riscos escuros. Al- 
guns pêlos entres a marjem da aza e as ner- 
vuras que são lijeiramente tarjadas de par- 
do sepia. 

Recebi esta especie de Anhemby no Es- 
tado de São Paulo e apanhei outras femeas 
em Formoso (Serra da Bocaina), em cavalos, 
na hora do crepusculo. Parece atacar tam- 
bem as pessõas. 


9. Culicoides horticola n. sp. 


© : Tamanho do corpo 1,2, da aza 0,8 
mm. Largura da aza 0,36 mm. Côr geral ene- 
grecida. Cabeça pardo de veado escuro, os 
apendices mais amarelados, apenas o tóro 
volumoso da antena mais escuro. O terceiro 
segmento dos palpos um tanto dilatado com 
abertura distinta do orgam palpal na base da 
metade apical. 

Escudo com pruina branca e pêlos cla- 
ros, com quatro manchas grandes de forma 
oval e de côr escura, converjindo para o meio; 
as anteriores são transversais, as posteriores 
orientadas obliquamente para traz e para 
fóra. Escutelo, pleuras e esterno pardos. Ab- 
dome pardo. 

Pernas de côr ocracea, mais ou menos, 
escura; os joelhos muito escuros e ladeados 
nos pares anteriores dum anel claro, tanto 
acima com abaixo, no terceiro par somente 
abaixo. Esporões nos apices das tibias ante- 
riores claros. 

Azas bastante curtas com a costa termi- 
nando pouco depois do meio, com manchas 
elaras e fileiras de pêlos maiores, acompa- 
nhando as nervuras. 

Halteres amarelados, 
noso em extensão variavel. 

Em Tatuhy (E. de São Paulo) foram 
apanhadas varias femeas numa horta, mas 
em anos posteriores não foram mais encon- 
tradas. Uma femea que parece da mesma 
especie foi apanhada em Formozo (Serra de 
Bocaina) em Janeiro deste ano quando chu- 
pava num cavalo, á tarde. Talvez se trate dum 
habitante de bromelias. 

À especie é bem caraterizada em estado 
fresco pelo desenho do escudo. A pequena 


tintos de feruji- 


61 


säumten Nerven und am Flúgelrande einige 
Haare. 


Ich erhielt einige Weibchen und ein 
Männchen von Anhemby im Staate São Paulo 
und sammelte andere in Formozo (Serra da 
Bocaina) des Abends an Pferden. Sie schei- 
nen auch Menschen anzugreifen. 


9. Culicoides horticola n. sp. 


2 Kôrperlänge 1,2 mm.; Flügellänge 0,8, 
Breite 0,36. Allgemeinfárbung schwärzlich. 
Kopf dunkel rehbraun, die Anhängsel heller, 
mehr gelbbraun, nur der grosse Torus der 
Antennen dunkler. Das dritte Segment der 
Palpen eifórmig erweitert, zeigt über der 
Mitte deutlich die Oeffnung des Palpen- 
organes. 


Scutum weiss bereift, mit hellen Haaren 
und vier, grossen und dunklen, eifôrmigen 
Flecken, der Spitzen nach der Mitte kon- 
vergieren; die vorderen sind transversal, 
die hinteren schrãg nach hinten und aussen 
gelagert. Scutellum, Pleura und Sternum 
braun. Abdomen braun. 

Beine heller oder dunkler ockergelb. 
Knie dunkel, an den vorderen Paaren auf 
beiden Seiten mit einem hellen Ringe, am 
letzten nur auf der Tibialseite. An der vor- 
dersten Tibia apikal ein heller Sporn. 

Fliigel: Die Costa endet wenig jenseits 
der Mitte. Mehrere helle Flecke und paral- 
lel mit den Adern angeordnete langere Här- 
chen. 


Halteren gelblich, die Basis in wechseln- 
der Ausdehnung rostfarben. 

Eine Anzahl von Weibchen dieser Art 
wurde in Tatuhy im Staate São Paulo in 
einem Garten gefangen. In spáteren Jahren 
konnte sie daselbst nicht mehr aufgefunden 
werden. Ein einzelnes Weibchen, welches 


derselben Art anzugehóren schien, wurde in 
Formoso, in der Serra da Bocaina im Januar 
dieses Jahres gegen Abend an einem Pferde 
gefangen. Es kónnte sich um einen Brome- 
lienbewohner handeln. 

In frischem Zustande ist die Art durch 
die Zeichnung des Schildes leicht zu erken- 
nen. Auch die kleine Statur, die Form und 


estatura, a forma das azas e o desenho des- 
tas e das pernas ajudam para caraterizal-a. 


10. Culicoides bambusicola n. sp. 


Q : Cór geral parda. Comprimento do 
corpo 1,6, da aza ca. de 1,2 mm. Cabeça 
parda. Tromba com os estiletes bem desen- 
volvidos, antenas pardo-claras, o tóro mais 
ocraceo, palpos com o terceiro segmento um 
tanto entumecido, com orgam distinto no 
meio da metade apical. 


Escudo mais escuro do que o resto do 
torax, mas com pruina clara e trez faixas Jonji- 
tudinais, cada uma com fileira de pélos es- 
curos, dos quais ha tambem alguns entre as 
faixas. 

Abdome pardo, as marjens dos segmen- 
tos e o lado inferior mais claros. 


Pernas pardo-claras, os joelhos com man- 
chas escuras e com anel claro de ambos os 
lados; o terceiro femur sem anel apical. 
Femur | e II com base clara. 


Azas com a costa alcançando a base do 
do ultimo terço, como forma tipica das ner- 
vuras e com pelos bastante compridos; as 
manchas claras pouco numerosas e incon- 
spicuas. 

Halteres com base chocolate, capitulo 
branco-amarelo (côr de rosa de chá). 

A larva do tipo comum, com mancha 
ocelar dupla e 8 cerdas anais, é encontrada 
frequentemente em grande numero na agua 
do faquarassú. A ninfa com tubos branquiais 
curtos em forma de azeitona; os segmentos 
abdominais na metade apical com pequena 
cerda ventral e mediana a ninfa termina, em 
dois apendices agudos que correm parale- 
los para traz. 

A femea não ataca ao homem de dia, 
mesmo na sombra escura do mato. 


Centrorhynchus n. g. (Typus C. stylifer 


n. sp.) 

Pequenas Caratopogoninas de côr escu- 
ra, bastante peludas, com estiletes bucais e 
empodios bem desenvolvidos, antenas com 
protóro; azas hialinas, sem manchas, mas 


62 


Zeichnung der Fliigel und die Zeichnung 
der Beine tragen zur Kennzeichnung bei. 


10. Culicoides bambusicola n. sp. 


© Allgemeinfárbung braun; Lange des 
Kórpers ca. 1,6, des Fliigels ca. 1,2 mm. 

Kopf braun, der Riissel mit wohlent- 
wickelten Stileten; Antennen hellbraun, der 
Torus mehr ockerfarben; Palpen mit etwas 
angeschwollenem dritten Segmente, welches 
in der Mitte der Spitzenhálfte ein deutliches 
Organ zeigt. 


Scutum dunkler, als der Rest des Thorax, 
aber hell bereift und mit drei dunklen Langs- 
streifen auf denen je eine Reihe dunkler 
Haare steht, wie sie sich auch in den Zwi- 
schenrâumen finden. 

Abdomen braun, die Rânder der Seg- 
mente und die Unterseite heller. 

Beine helibraun, die Knie mit dunklen 
Flecken, die jederseits von einem hellen 
Ringe begleitet werden; der driite Femur 
ohne apikalen Ring. Femur I und Ii mit 
heller Basis. 


Fliigel mit bis zur Basis des letzten Drit- 
tels reichenden Costa, mit typischen Geader 
und ziemlich langen Haaren; die hellen 
Fiecke wenig zahlreich und auffailend. 


Halteren mit brauner Basis und thee- 
rosengelbem Capitulum. 

Die Larve von gewôhnlichen Typus mit 
doppeltem Augenfleck und acht Analborsten, 
findet sich háufig und zahlreich im Wasser 
der kletternden Riesenbambus. Die Nymphe 
hat kurze, olivenférmige Respirationshórn- 
chen, die Abdominalsegmente zeigen in der 
Mittellinie oben je eine Borste in der Api- 
kalhalfte und endigen in zwei zugespitzte An- 
hange, welche parallel nach hinten laufen. 

Das Weibchen verfolgt dem Menschen 
bei Tage, selbst im dunkelsten Waldesschat- 
ten nicht. 


Centrorhynchus n. gen. (Typus C. sty- 
lifer n. sp.) 


Kleine, ziemlich behaarte, dunkelfarbige - 


Ceratopogoninen mit wohlentwickelten Stech- 
organen und Empodien, Antennen mit Pro- 
torus, einfarbigen Fliigeln mit diffuser Be- 


* 5 
Te te AS in vii a É 


AO ma 


com muitos pelos maiores, pelo resto como 
Culicoides e Ceratopogon s. str. 


11. Centrorhynchus stylifer n. sp. 


©: Cór geral pardo-enegrecida. Com- 
primento do corpo ca. de 1,5; o das azas 
de 1,5 por 0,45 mm. de largura. 

Cabeça chocolate, os olhos com brilho 
claro e os apendices de côr mais clara. An- 
tenas com o tóro situado numa eminencia 
(protóro), tóro grande com reflexos claros 
na sua parte interna; os segmentos basais 
do flajelo subesfericos, os ultimos cinco sub- 
cilindricos, o terminal com apendice apical 
estiliforme, todos com pêlos compridos de 
brilho claro. Palpos com o terceiro segmen- 
to fusiforme, a grande abertura circular do 
orgam cupuliforme situada no meio. 


Torax chocolate, o escudo quasi preto 
com reflexos claros e pêlos escuros, bastan- 
te compridos. Escutelo com macroquetas. 
Metatorax hemisferico, quasi preto. 


Abdome chocolate, em cima com pêlos 
assaz compridos de côr escura e reflexos bron- 
zeados claros. 

Pernas chocolate, os femures com mui- 
tos pêlos compridos, os pés mais claros, 
pardo-avermelhados, principalmente no ul- 
timo par. Unhas iguais e simples. Os empo- 
dios bem desenvolvidos, pinatifidos, afas- 
tando-se das unhas na base e voltando en- 
tre elas mais acima. Tibias do primeiro e 
ultimo par com esporões bem desenvolvidos, 
de côr parda. 

Azas sem desenho com numerosos pêlos 
escuros, bastante compridos (50-70 micros.) 
e distribuídos igualmente sobre toda a su- 
perficie. 

Halteres de côr chocolate; o capitulo 
muito claro na extremidade. 


A especie é muito escura, praticamente 
unicolor e abundantemente guarnecida de 
pelos escuros com brilho mais ou menos 
claro. E’ caraterizada pelo apendice do ultimo 
segmento das antenas como indica o nome. 


Em Lassance (Minas) apanharam-se umas 
vinte femeas na cabeça e nas orelhas de ca- 


63 


haarung; in den iibrigen Charaktaren wie 
Culicoedes und Ceratopogon s. str. 


11. Centrorhynchus stylifer n. sp. 


© Allgemeinfarbung braun bis schwarz. 
Lange des Kórpers ca. 1,5 mm. Flügel 1,5 
mm. lang, 0,45 mm. breit. 

Kopf braun, die Anhângsel etwas heller 
und die Augen mit hellerem Glanze. Torus 
der Antennen auf einer Erhebung (Protorus), 
gross, inwendig mit hellen Reflexen, die 
basalen Glieder des Flagellums nahezu 
kugelig, die letzten fiinf subzylindrisch, alle 
mit léngeren hell schimmernden Haaren be- 
setzt, das letzte Glied nur wenig linger, 
mit zylindrokonischem Spitzenfortsatz. Pal- 
pen fiinfeliedrig, die grosse Oeffnung des 
Organes in der Mitte des spindelfôrmigen 
dritten Segmertes wund. 

Thorax schokoladenbraun, das Scutum 
fast schwarz, mit dunkieren Haaren und hel- 
len Reflexen. Schilichen mit zahlreichen 
langen und dunkien Makrochaeten. 

Metathorax halbkugelig, fast schwarz. 

Abdomen schokoladenbraun, oben mit lan- 
gen dunklen, bronzeartig glânzenden Haaren. 

Beine schokoladenbraun, Femora stark 
und lang behaart, Fiisse, besonder die letzten, 
heller, rótlichbraun. Krallen einfach, gleich. 
Empodien ziemlich gut entwickelt, gefie- 
der:, an der Basis auswárts und dann wieder 
zwischen die Krallen zuriickgebogen. Die 
Tibien des ersten und letzen Paares mit 
gut entwickelten, braunen Sporen. 

Fliigel ohne Fenster, die einzelnen Haare 
dicht, dunkel und von betrachtlicher Lange 
0,05—0,07 mm, gleichmássig über die ganze 
Flache verteilt. 

Halteren schokoladenbraun; Capitulum 
am Ende ganz hell gefarbt. 

Die Art ist einfórmig dunkel gefarbt und 
stark behaart, die Haare sind dunkel mit 
hellem Glanze. Besonders charak.eristisch 
fiir die Ari ist das letzte Antennenglied, wie 
der Speciesname andeutet. 

In Lassance (Minas) wurden ca. 20 Exem- 
plare an Kopf und Ohren von Pferden ge- 
fangen; weitere Exemplare kamen aus der- 
selben Zone vom Eingange der Hôhle von 


Valos, outros exemplares foram colhidos em 
pessoas na entrada da gruta de Maquiné 
(Minas). Já muito antes tinha recebido de 
Anhemby (São Paulo) exemplares dum mos- 
quito polvora que parecem pertencer á mes- 
ma especie. Podia tratar-se duma especie 
bromelicola, faltando taquaras no seu habitat. 


12. Centrorhynchus setifer n. sp. 


Y : Cór geral pardo-amarelada, com pêlos 
pouco compridos e abundantes. Comprimen- 
to do corpo 1,5 mm. Aza longa de 1,2—1,3 
e larga de 0,5 mm. 

Cabeça parda, com os apendices mais 
claros, antenas com protóro, tóro e 13 se- 
gmentos, com pélos curtos; o segmento ter- 
minal um pouco mais comprido do que os 
anteriores, tendo uma cerda subapical igual 
em comprimento a metade do segmento. 
Palpos pouco mais compridos do que a 
tromba; o primeiro articulo claro, pouco des- 
tacado, segundo comprido e delgado, tercei- 
ro assaz comprido e espessado em forma de 
clava, sendo a maior espessura entre o meio 
e o apice, onde tambem existe a abertura 
do orgam cupuliforme, dirijida obliquamen- 
te para diante e para dentro; segmento 4 e 
5 curtos, subfusiformes, o ultimo com algu- 
mas cerdinhas na extremidade. 

Torax pardo-amarelado, apresentando lu- 
gares onde cairam as macroquetas. 

Abdome pardo de sepia, os aneis dor- 
sais mais claros na marjem anterior e pos- 
terior. 

Pernas pardo-claras, com marcas mais 
escuras nas juntas, principalmente nos joe- 
lhos; tibia anterior com dois esporões api- 
cais de côr pardacenta, as do meio inermes, 
as ultimas com dois espinhos curtos e es- 
euros, seguidos dum pente de espinhos mais 
elaros e compridos. Empodio pinatifido, 
muito fino mas assaz longo e recurvado en- 
tre as unhas. 

Azas pardacentas na rejião costal, os 
pêlos maiores só têm 0,02 a 0,03 micros. 

Halteres com o capitulo de pardacento 
muito diluido. 

O material era conservado a humido, 
tendo perdido muitos pêlos na viajem. Assim 


Maquiné, wo sie auch Menschen angriffen. 
Früher erhaltene Exemplare aus Anhemby 
(S'aat S. Paulo) scheinen ebenfalls hierher 
zu gehóren. 

Die Larve ist unbekannt; móglicherweise 
lebt sie in Bromeliaceen, wáhrend an den 
Fundorten keine Bambuse vorkommen. 


12. Centrorhynchus setifer n. sp. 


Y Allgemeinfirbung gelbbraun, Behaa- 
rung ziemlich gering. Kórperlânge 1,5 mm. 
Fliigel 1,2—1,3 mm. lang und ca. 0, 5 breit. 

Kopf braun, die Anhángsel etwas heller; 
die Antennen mit Protorus, Torus und 13 
Gliedern, kurz behaart; das letzte Glied et- 
was lánger, als die vorhergehenden, mit 
halb so langem subapikalem Bórstchen. Pal- 
pen wenig lánger, als der Riissel; erstes 
Glied wenig abgese'zt, hell, ziemlich kurz, 
zweites diinn und lang, drities mássig lang, 
keulenfoermig verdickt, die groesste Dicke 
zwischen Mitte und Apex, wo sich auch die 
schrág nach innen und vorn gerichtete Oeff- 
nung des Palpenorganes befindet, viertes 
und fiinftes Glied kurz, subfusiform, das 
letzte mit einigen Bórstchen an der Spitze. 

Thorax dunkel gelbbraun; das Schild- 
chen hell mit graugelb bestáubten Grund, 
die Makrochaeten bei meinen Exemplaren 
abgebrochen. 

Abdomen sepiabraun, am Dorsum Vor- 


der- und Hinterrand der Ringe etwas heller. 


Beine hellbraun, an den Gelenken, be- 
sonders an den Knien etwas dunkler mar- 
kirt; vorderste Tibia hinten mit zwei apika- 
Jen helibraunen Sporen, mitilere unbewaff- 
net, letzte mit zwei dunklen kurzen und 
einem Kamme langerer und heller Dornen 
am Apex. Empodien gefiedert sehr fein, 
aber ziemlich lang und zwischen die Kral- 
len gebogen. 

Fliigel an der Costa hellbraun, die lán- 
geren Hárchen nur 0,02—0,03 mm. lang. 

Halteren am Capitulum sehr verwaschen 
braunlich. 

Das Material war feucht konserviert und 
auf der Reise hatten sich viele Haare abge- 
stossen. Trotzdem ist es klar, dass die Art 
weniger lang behaart ist, als die beiden an- 


PE Cal de. bé de. 


E 


mesmo pode se perceber que a especie têm 
pêlos menos compridos do que as duas ou- 
tras, sendo tambem a côr mais clara. Dis- 


_tingue-se facilmente pela forma do ultimo 


segmento das antenas. 

Recebi muitas femeas dessa especie envia- 
das pelo Dr. E. VON BASSEWITZ em Santa 
Victoria do Palmar (Estado Rio Grande do 
Sul). Trata-se dum hematofago comum e abun- 
dante no verão, que, provavelmente, será en- 
contrado tambem no Uruguay e na Argen- 
tina. 


13. Centrorhynchus pusillus n. sp. 


Y : Comprimenio do corpo e da aza ca. 
de 1, largura da aza ca. de 1/3 de mm. Es- 
pecie peluda e preta a olho nú. 

Cabeça e apendices côr de chocolate até 
preto. Antenas muito pilosas, o segmento 
apical sem prolongamento, nem cerda api- 
cal. 

Torax chocolate escuro, em cima com 
pêlos isolados e compridos. Escutelo com 
pruina amarelo-pardacenta e ca. de seis ma- 
croquetas compridas e fortes. 

Abdome da côr do torax, ¿bastante pe- 
ludo. 


Pernas da mesma côr, apenas os pés 
um pouco mais claros. 

Azas parecidas com as de C. séylifer, os 
pêlos muito finos e direitos, francamente 
pretos, em comprimento de 50 micros. 
As nervuras mais grossas, pretas, o fundo 
hialino com reflexos amarelos. 

Halteres com a haste [parda e o capi- 
tulo da côr das rosas de chá. 


Esta especie se parece com o C. stylifer, 
distingue-se porém pelo tamanho menor, a 
côr geral mais escura, o escutelo claro e a 
forma do ultimo segmento palpal. Até hoje 
só foram observadas trez femeas, das quais 
uma se perdeu. Picam tanto o homem, como 
os cavalos. Foram observadas em Bonito, na 
Serra da Bocaina. 

Genero Tersesthes TOWNSEND (1893). 
Especie tipo 7. torrens TOWNSEND; Si- 
nonimos do genero: Centrotypus GRASSI 
(1900) e Mycterotypus NOÉ (1905). 


NINE 


dern, auch ist die Farbe etwas heller. Durch 
das letzie Antennenglied uníerscheidet sie 
sich leicht. 


Ich erhielt zahlreiche Weibchen durch 
Hrn. Dr. E. von BASSEWITZ in Santa Vic- 
toria do Palmar (Staat Rio Grande do Sul). 
Es handelt sich um einen im Sommer ge- 
meinen und lástigen Blutsauger, der auch in 
Uruguay und Argentinien vorkommen diirfte. 


13. Centrorhynchus pusillus n. sp. 


Y Lánge des Kórpers und der Fliigel 
ca. 1 mm., die Breite der letzteren ca. 1/3 
mm. Stark behaarte, makroskopisch schwarze - 
Art. 


Kopf und Anhángsel dunkel schoko- 
ladenbraun bis schwarz. Antennen siark 
behaart, das letzte Glied ohne Fortsatz oder 
endständige Borste. 


Thorax dunkel schokoladenbraun, oben 
mit einzeln stehenden langeren Haaren. 
Schildchen bráuniichgelb bereift, mit ca. 
sechs langen und starken Makrochaeten. 

Abdomen von der Farbe des Thorax 
ziemlich stark behaart. 


2 


Beine von derselben Farbe, nur die Füsse 
etwas heller. 

Fligel ähnlich, wie bei stylifer, die 
Haare fein, sehr gerade und schwarz, im 
der Lânge ca. 0,05 mm. Die dickeren Adern 
schwarz; Flügelgrund hyalin, mit gelben 
Reflexen. 

Halteren mit theerosenfarbenem Capi- 
tulum und braunem Stiel. 


Diese Art gleicht dem C. stylifer, unter- 
scheidet sich aber durch kleinere Statur, 
schwarzere Farbe, das hellere Schildchen 
und durch die Form des leizien Palpen- 
gliedes. Es wurden bisher nur drei Weib- 
chen beobachtet, von denen eines verloren 
ging. Sie stechen sowohl den Menschen, 
als die Pferde. Fundort Bonito in der Serra 
da Bocaina. 


Genus Tersesthes TOW NSEND (1893). (Ty- 
pus 7. torrens TOWNSEND. Syn. Centroty pus 
GRASSI (1900), Mycterotypus NOE (1905.) 


Tive ocasião de examinar exemplares de 
Tersesthes torrens TOWNSEND e das duas es- 
pecies italianas de Mycterotypus, recebendo 
a especie americana do Sr. HOWARD, di- 
retor do Bureau of Entomology em Washin- 
gton, e as italianas do Sr. Prof. MARIO 
BEZZ! em Turim. Concordando com a su- 
posição de KIEFFER, considero os generos 
identicos, tendo Tersesthes a precedencia 
cronolojica. Das diferenças citadas por 
KIEFFER uma que se refere a existencia 
duma nervura transversal não é de grande 
monta, a ou ra não tem absolutamente nada 
de distintivo para o genero Mycterotypus. 


As trez especies e uma nova, que des- 
creverei abaixo, têm os carateres seguin'es 
em comum. As antenas se distinguem de 
todos os outros generos por ter apenas o 
ultimo segmento alongado e os outros em 
forma esferica, um tanto achatada no eixo 
da antena, na femea falta um segmento; a 
tromba é completamente adatada á punção 
(tendo todos os estiletes) e todas as especies 
são avidas de sangue; os palpos parecidos 
nestas especies se distinguem dos dos outros 
generos por ter o numero de segmentos re- 
duzido. As tibias se distinguem por terem 
todas esporões; as unhas podem ser denta- 
das. As azas são caraterizadas pela falta de 
manchas e pêlos maiores; as nervuras, ás 
vezes um pouco indistintas, nacem na base 
existindo tambem a nervura II. O abdome 
atenuado na parte apical e munido de oos- 
capto é muito parecido em todas as especies 
formando um carater tipico. As especies 
tambem concordam na coloração parda uni- 
forme. 


14. Tersesthes brasiliensis n. sp. 


Q : Cor geral parda de sepia; compri- 
mento do corpo pouco mais de 2, da aza 
“1,1 mm., largura da aza 0,4—a 0,45 mm. 
Oviscapto ca. de 1/4 de mm. em ‘compri- 
mento. 

Cabeça e apendices pardos; antenas 
com protóro, tóro e 11 segmentos arre- 
dondados, seguidos dum cilindrico com ex- 
tremidades conicas; palpos com pequenos 


Ich hatte Gelegenheit ein Exemplar von 
Tersesthes torrens TOWNSEND und Exem- 
plare der beiden italienischen Mycterotypus- 
arten zu untersuchen. Ersteres erhielt ich 
von Hrn. HOWARD, Direktor des Bureau 
of Entomology in Washington und letztere 
von Hrn. Prof. M. BEZZI in Turin. Die 
Uebereins immung der Arten ist eine so 
weitgehende, dass ich in Uebereinstimmung 
mit der Ansicht von KIEFFER das Genus 
von NOE als Synonym von Tersesthes aut- 
fassen muss welches die Prioritaet hat. 

Den drei erwáhnten Arten und einer 
neu zu beschreibenden sind folgende Cha- 
raktere gemeinsam: Die Antennen haben 
nur das letzte Segment lang, die übrigen 
sind fast kugelig, beim 9 fehlt ein Segment ; 
der Riissel ist zum Stechen volls:ândig ein- 
gerichtet, wie denn auch alle Arten sehr 
bluigierig sind. Die Palpen sind von dem Ty- 
pus anderer Arten sehr verschieden, indem 
die Zahl der Segmente reduziert ist. Die 
Bewafinung der Tibiae ist auffallend, indem 
sie an allen Paaren Sporen tragen; dagegen 
ist das Vorkommen eines sekundären Kral- 
lenzahnes nicht konstant. Die Fliigel sind 
durch Mangel an Flecken und lângeren 
Haaren auffallend; das Geader ist im Gan- 
zen nicht sehr deutlich; alle Adern ent- 
springen an der Basis, auch eine zweite ist 
vorhanden. Das zugespitzte, mit einem 
Ooscapt versehene Abdomen ist bei allen 
Arten sehr áhnlich und sehr typisch. Auch 
in der einfórmigen braunen Fárbung stim- 
men sâmmtliche Arten überein. 


14. Tersesthes brasiliensis n. sp. 


© Gesammtfarbung sepiabraun, Lange 
des Kórpers etwas über 2, der Flügel 1,1; 
Breite der letzteren 0,4:0,45 mm. Oviscapt 
ca. 1/4 mm. lang. 


CT a 


> ee eS ET ae ee 


pelos laterais e subterminais; segmento I e 
II fundidos de côr clara e de comprimento 
ovalar; segue outro segmento comprido com 
anel basai claro que se pode considerar 
como fusão dos dois ultimos segmentos, pre- 
sentes em Outros generos. 

Torax pardo, mais escuro do lado dor- 
sal. 

Abdome em cima pardo-escuro, com a 
marjem anterior e posterior dos segmentos 
mais clara; face ventral pardo-clara, as 
membranas laterais mais claras ainda. Ovis- 
capto composto de duas partes, de pardo 
diluido com a base mais escura, formando 
um cone alongado, coberto de pêlos, ora 
muito finos, ora um pouco maiores. 


Pernas pardas, os pés um tanto mais 
claros, segmentos tarsais, tornando-se mais 
curtos em sentido do apice, apenas o ultimo 
aumentado outra vez; todas as tibias com 
esporões sendo os do ultimo par os mais 
compridos. Empodios curvados para traz, 
mais curtos do que as unhas inermes. 


Azas hialinas, na parte basal da rejião 
costai de pardo diluido; todas as nervuras 
presentes nacendo da base; com exceção 
das franjas não ha pêlos maiores no fundo; 
a costa não é bem definida, nervura Ie II 
pouco distintas não passando do meio da 
marjem anterior, a terceira nervura termina 
pouco antes do apice. 

Halteres com haste escura e capitulo 
claro. 

O Dr. ASTROGILDO MACHADO apa- 
nhou maior numero de femeas na parte in- 
ferior do Rio Tocantins. Trata-se de especie 
hematofaga, atacando tambem o homem. Os 
estadios anteriores são desconhecidos, mas o 
oviscapto indica que os ovos não são postos 
superficialmente. 


CAR E a 


Kopf und Anhangsel braun; Antennen 
mit Protorus, Torus, 11 rundlichen und einem 
zylindrischen, mit konischen Endflachen ver- 
sehenen Segmente, mit kiirzeren und lán- 
geren, wenig auffallenden Harchen; Palpen 
mit seitenstandigen und einigen subtermi- 
nalen Harchen; erstes und zweites Segment 
verschmolzen, lang, drities von hellerer 
Farbe, erweitert, nahezu eifórmig, mit gros- 
sem ovalen Palpenorgane; auf dieses folgt 
nur ein langeres Segment mit einem basalen 
hellen Ringe, das man als Verschmelzung 
der bei anderen Gaitungen vorhandenen 
zwei Endglieder auffassen kann. 


Thorax braun, oben dunkler. 


" Abdomen oben dunkelbraun, mit hellen 
Vorder- und Hinterrandern der Segmente, 
Unterseite hellbraun, die Seitenmembran 
noch heller. Oviskapt aus zwei Teilen be- 
stehend, verwaschen braun, nur die Basis 
dunkler, im Ganzen gestreckt kegeformig, 
mit teils grósseren, teils sehr feinen Här- 
chen besetzt. 


Beine braun, die Füsse etwas heller; 
Tarsalglieder apikalwárts kiirzer werdend, 
nur das letzte wieder langer; alle Tibien 
gespornt, die letzten am langsten. Empo- 
dien nach rückwäris gebogen, kürzer als 
die Krallen. 


Fligel hyalin, nur am Basalteil der 
Costa verwaschen gelbbraun; sammtliche 
Adern aus der Wurzel entspringend; langere 
Hãrchen fehlen ausser den Fransen. Costa 
nicht deutlich abgesetzt, erste und zweite 
Ader undeutlich, nicht über die Mitte des 
Vorderrandes reichend, dritte Ader miindet 
vor dem Apex. 


Halteren mit braunem Stiele und hellem 
K6pfchen. 

Dr. ASTROGILDO MACHADO brachte 
zahlreiche Weibchen von dieser Art vom 
un eren Teile des Tocantins. Es handelt sich 
um eine blutsaugende Art, welche auch den 
Menschen nicht verschont. Ueber die Lar- 
ven ist nichts bekannt, doch deutet das Vor- 
kommen einer Legeróhre darauf, dass die 
Fier nicht oberflächlich abgelegt werden. 


Aditamento : 
I 

De fins de Abril até principio de Julho 
fiz uma viajem ao Rio São Francisco de 
Pirapora até ao Joazeiro, seguindo depois 
pela estrada de ferro até a Capital de Bahia. 
Embora a estação não me favorecesse, ha- 
vendo lá uma seca bem acusada, sempre 
consegui fazer algumas observações sobre 
Ceratopogonidas hematofagas. De Culicoides 
foi encontrada uma especie, o paraensis de 
GOELDI, em numerosos exemplares na terma 
Paulista e com ele havia rarissimos exem- 
plares dum pequeno Centrorhynchus parecen- 
do ser o pusillus. É singular que tambem 
nos Estados Unidos foram encontrados Cu- 
licoides em dois lugares, cujo nome indica 
a existencia de termas. Paulista está no 
Estado da Bahia, cerca de 40 quilometros 
para dentro de Urubú, pequena cidade da 
marjem do São Francisco e muito distante 
do mar. No proprio rio peguei alguns exem- 
plares de C. guttatus 4 noite numa lampada 
de acetileno. A mesma especie foi colhida 
em Boqueirão, na confluencia do Rio Verde 
com o Rio Grande, tributario maior do São 
Francisco. Os mosquitos incomodavam de 
manhã cedo, picando as pessõas, mas desa- 
pareceram durante o dia. A natureza da re- 
jião indica que as larvas não precizam de 
agua de bromeliaceas ou taquaras para o 
seu desenvolvimento. 


Perto de Villa Nova, onde não havia 
seca, foram cupturados muitos exemplares 
de Centrorhynchus stylifer, na marjem dum 
corrego. Sentavam-se quasi que exclusiva- 
mente na face externa das orelhas dos ca- 
valos. 

Num artigo intitulado Notes on punkies 


de C. PRATT (U.S. Dep. of Agric, Bur. 
of Entomol. — Bull. N.o 64) encontram-se es- 
tampas de Ceratopogon (Culicoides) gutti- 
pennis e stellifer COQ., dos quais serão re- 
produzidas as azas. As larvas de guttipennis 
foram encontradas em coleções de agua em 
troncos de arvores. Tambem num trabalho 
de AUSTEN (Bull. of. Ent. Research 1912 


Nachtrag. 
] 
Von Ende April bis Anfangs Juli machte 


ich eine Reise auf dem Rio Sáo Francisce 
von Pirapora bis nach Joazeiro und von da 


per Bahn bis nach der Hauptstadt von Bahia. 
Obgleich wegen bereits eingetretener trocke- 
ner Jahreszeit die Verháltnisse wenig giinstig 
lagen, gelang es doch noch, einige Beob- 
achtungen iiber die blutsaugende Ceratopo- 
goniden zu machen. Von Culicoidesar em 
wurde C. paraensis GOELDI bei der Therme 
von Paulista in zahlreichen Exemplaren ge- 
funden. Daneben fand sich ganz verein- 
zelt ein kleiner Centrorhynchus, wahrschein- 
lich pusillus. Es ist auffállig, dass auch in 
Nordamerika Culicoidesarten zweimal an Or- 
ten gefunden wurden, deren Namen auf das 
Vorkommen von heissen Quellen deutet. 
Paulista lieg in Bahia, e'wa 40 Kilometer 
landeinwárts von dem Siadtchen Urubú am 
Sao Francisco, weit entfernt vom Meere. 
Auf dem Flusse selbs wurden einige Exem- 
plare von C. guítatus Abends an einer Ace- 
tylenlaterne gefangen. Dieselbe Art fand 
sich auch in Boqueirao, am Zusammenfluss 
des Rio Verde und Rio Grande. (Letzterer 
ist ein bedeutender Nebenfluss des São Fran- 
cisco, im Staaie Bahia). Die Verháltnisse 
zeigten, dass die Larven nicht auf die Was- 
seransammlungen in Bambus- oder Brome-. 
lienarten angewiesen sind. Die Miicken. 
mach.en sich am friihen Morgen durch ihre 
Stiche bemerklich, erschienen aber wahrend 
des Tages nicht wieder. 

In der Nahe von Villa Nova, wo keine 
Trockenheit herrschie, wurden zahlreiche 
Exemplare von Centrorhynchus stylifer in der 
Nahe eines Baches gefangen. Sie setzten 
sich fast ausschliesslich an die Ohren der 
Pferde und zwar an die Aussenseite. 

In einem Arikel: «Notes on punkies» 
von F C. PRATT (U.S. Deparim. of Agri- 
cult., Bur. of Entomol. — Bull. No. 64) 
finden sich Abbildungen von Ceratopogon 
(Culicoides) guttipennis Cog. und stellifer Coq., 
von denen ich die Fliigel reproduziere. Die 
Larven der ersteren Art wurden im Wasser 
gefunden, dass sich in Hóhlungen von Bäu- 


Vol. ill., No 1, pg. 99) ha uma descrição | 


de trez novas especies africanas de Culicoi- 
des, acompanhadas de estampas das azas. 
Cita tambem especies hematofagas de Cera- 


topogon que provavelmente deverão entrar | 
| nem Genus Centrorhynchus gehóren. 


no meu genero Centrorhynchus. 


Devo citar tambem duas novas especies 
africanas de Tersesthes (Mycteromyia), T. in- 
terruptus SCHULTZE e T. Laurae WEISS. 
(V. Denkschr. der med. naturw. Ges. Bd. 
XIII e Arch. de PInst. Past. de Tunis, 1912 1.) 
Com estas o numero de especies conhecidas 
chega a seis, das quais duas europeas, duas 
africanas, uma da America do Norte e ou- 
tra da America do Sul. 


H 
Culicoides acotylus n. sp. 


Y Cor geral parda, em grandes exem- 
plares o comprimento do corpo ca. de 1.6, 
da aza de 1,5 e a largura da aza de 0,6 mm. 

Cabeça chocolate, o occiput com brilho 
esbranquiçado e alguns pêlos mais claros; 
tromba cilindrica de 0,25 mm. de compri- 
mento; palpos pouco mais longos, com 5 
segmentos distintos, os ultimos quatro pro- 
gressivamente mais compridos na ordem se- 


guinte: 4, 5, 2, 3, o terceiro articulo entu- | 
mas sem orgam | 


mecido tóro fusiforme, 
cupuliforme. Antenas: O toro castanho, o flaje- 
lo pardo-acinzentado, tendo os oito primeiros 
segmentos bastante curtos, os outros pouco 
mais compridos com exceção do ultimo que 
é mais de 1 1/2 vezes mais comprido do que 
o penultimo, sem prolongamento, mas com 
cerda sub-apical bastante comprida. 


Torax chocolate, o escudo com pêlos 
claros espaçados e densamente pontilhad o 
de papilas microscopicas transparentes que 
macroscopicamente aparecem como incrus- 
tação de brilho branco, formando manchas 
ovalares cujos contornos mudam conforme a 
posição; no escudo são lonjitudinais, no es- 
cutelo e no metatorax transversais. 

Abdome com poucos pêlos, pardo, as 
membranas laterais enegrecidas com dobras 
e pontuações elevadas escuras, muito den- 
sas. 


69 


men angesammelt hatte. Ferner findet sich 
in einer Arbeit von AUSTEN (Bulletin of 
Ent. Research 1912, Vol. III, No. 1, pg. 99) 
die Beschreibung dreier neuer Culicoides- 
arten angeführt, d.e wahrscheinlich zu mei- 


Zu den angefiihrien Tersesthes- (Myctero- 
myia) Arten kommen noch zwei neue aus Afrika 


| hinzu, nâmlich 7. interruptus SCHULTZE 


und 7. Laurae WEISS. (S. Denkschr. de 
med. naturw. Ges., Bd. XII und Arch. de 
PInst. Past. de Tunis, 1912 I.) Damit steig , 
die Anzahl der bekannten Arten auf sechst 
je zwei aus Europa und Afrika und je eine 
aus Nord- und Siidamerika. 


il 
Culicoides acotylus n. sp. 


© Allgemeinfarbung braun, grosse Exem- 
plare zeigen folgende Masse: Lange des 
Kôrpers 1,6, des Flügels 1,5, bei einer Breite 
von 0,6 mm. 


Kopf schokoladenbraun, Hinterkopf weiss 


| glänzend, mit einigen helleren Haaren; Rüssel 


zylindrisch 0,25 mm lang; Palpen wenig 
lânger, mit fiinf deutlichen Segmenten, die 
letzten vier progressiv lânger in folgender 
Ordnung: 4, 5, 2, 3; der dritte Abschnitt 
spindelfórmig verdickt, aber ohne napffôrmi- 
ges Organ; Antennen: der Torus braun, die 
Geissel bráunlich grau, die acht ersten Ab- 
schnitte derselben ziemlich kurz, die anderen 
wenig linger, mit Ausnahme des letzten, der 
mehr als 11/2 mal so lang ist, als der vor- 
letzte und keinen Fortsatz, aber eine ziemlich 
lange subapikale Borste aufweist. 


Thorax schokoladenbraun, der Schild mit 
zerstreuten hellen Haaren und dicht gekórnt 
von mikroskopischen, durchscheinenden Pa- 
pillen, die dem blossen Auge als weisse reif- 
artige Kruste erscheinen, welche ovale Flecken 
bildet, deren Umrisse je nach der Licht- 
richtung wechseln; am Schilde sind sie langs-, 
am Schildchen und Metathorax quergerichtet. 

Abdomen braun, wenig behaart, die 
Seitenmembranen schwärzlich mit dicht ste- 
henden erhabenen Punkten und stark gefaltet. 


' 


Pernas de pardo de sepia, mais ou me- 
nos, carregado; a base de todos os femures 
mais clara, como tambem a das tibias, prin- 


cipalmente das quatro posteriores, e a do | 
maior numero dos tarsos. A ultima tibia tem | 


tambem o apice branco, porem um tanto 
amarelado. Tibias I e III] com esporões par- 
dos. Unhas sem particularidades. 


Azas: Terceira nervura separada da sub- | 


costal em toda a sua extensáo, muito espes- 
sada e enfuscada na sua parte apical, a 
quarta e quinta enforquilhada; todas elas, 
incluindo a transversal, marcadas de pardo. 


Pélos mais compridos em fileiras paralelas | 


ás nervuras e espalhados, principalmente no 
terco apical. 


tampa 8. 

Halteres bastante claros, apenas a face 
apical mais escura. 

Recebi numerosas Y Y colecionadas pelo 
Dr. MURILLO DE CAMPOS perto do 
Salto Augusto, no Rio Tapajoz. Náo estavam 
muito bem conservadas, porem o que se 
percebe basta para caraterizar a especie. O 
desenho da aza que se vé na figura é muito 
carateristico. 

Explicação das figuras: 

Estampa 6. Reprodução de desenhos de 
azas de especies já descritas de Culicoides 
LATREILLE. 

Fig. 1. Aza de femea de Ceratopogon 
(Culicoides) varius WYNNERTZ. 

Fig. 2. Aza de femea de Ceratopogon 
(Culicoides) fascipennis STAEG. 

Fig. 3. Aza de femea de Ceratopogon 
(Culicoides) pictipennis STAEG. 

Fig. 4. Aza de femea de Ceratopogon 
( Culicoides) arcuatus WINNERTZ. 

Fig. 5. Aza de femea de Ceratopogon 
(Culicoides) pulicaris L. 

Fig. 6. Aza de femea de Ceratopogon 
(Culicoides) marmoratus SKUSE. 

Fig. 7. Aza de femea de Ceratopogon 
(Culicoides) molestus SKUSE. 

Fig. 8. Aza de femea de Ceratopogon 
(Culicoides ) maculithorax WILLISTON. 

Fig. 9. Aza de femea de Ceratopogon 
(Culicoides) phlebotomus. 


70 


Beine von hellerem oder dunklerem Sepia- 
braun, Basis sâmtlicher Schenkel heller, ebenso 
die der Tibien, besonders der vier letzten, 
und der meisten Tarsen; die letzte Tibia am 
Tibia 1 und III mit 
braunem Sporen, Krallen ohne Besonder- 
heiten. | 


Apex gelblich weiss; 


Flügel: Dritte Längsader von der Sub- 
costalis in ganzer Ausdehnung getrennt, an 
ihrem Ende stark verdickt und gebräunt; 
vierte und fiinfte gegabelt, alle und auch die 
Querader braun markiert. Längere Haare in 


Reïhen längs der Adern und, besonders am 


O desenho apparece na fig. 1 da es- | Apikaldrittel, über die Fläche zerstreut. Die 


Zeichnung aus Fig. 1, Tafel 8, ersichtlich. 
Halteren ziemlich hell, nur die Endflache 
etwas dunkler. 


Ich erhielt zahlreiche 99, welche von 
Dr. MURILLO DE CAMPOS bei SALTO 
AUGUSTO am TAPAJOZ gesammelt wurden. 
Die Erhaltung war nicht sehr gut, doch ge- 
núgt sie zur Charakterisierung. Die Flúgel- 
zeichnung, welche aus der Figur zu ersehen, 
ist sehr charakteristisch. 

Erklarung der Abbildungen: 

Taf. 6. Reproduktion der Fliigel schon 
beschriebener Arten von Culicoides LATR. 

Fig. 1. Flügel von Weibchen von 
Ceratopogon (Culicoides) varius WINNERTZ. 

Fig. 2. Flügel von Weibchen von 
Ceratopogon (Culicoides) fascipennis STAEGER 

Fig. 3. Flügel von Weibchen von 
Ceratopogon (Culicoides) pictipennis STAEGER 

Fig. 4. Flügel von Weibchen von 
Ceratopogon (Culicoides) arcuatus WINNERTZ. 

Fig. 5. Fligel von Weibchen von 
Ceratopogon (Culicoides) pulicaris L. 

Fig. 6. Flügel von Weibchen von 
Ceratopogon (Culicoides) marmoratus SKUSE. 

Fig. 7. Flügel von Weibchen von 
Ceratopogon (Culicoides) molestus SKUSE. 

Fig. 8. Flügel von Weibchen von Cera- 
topogon (Culicoides) maculithorax WILLISTON 

Fig. 9. Flügel von Weibchen von Cera- 
topogon (Culicoides) phlebotomus WILLISTON 


Et 


OMAN ANNE PE da AT Ou AI 
Aa ON GA MO EH 
by? pues 


o 1e À » 


Fig. 10. Aza de femea de Haematomyi- 
dium (Culicoides) paraense GOELDI. 

Fig. 11. Aza de femea de Psychophaena 
(Culicoides) pictipennis PHILIPPI. 

Fig. 12. Aza de femea de 
Milnei AUSTEN. 

Fig. 13. Aza de femea de Culicoides Bru- 
cei AUSTEN. 

Fig. 14. Aza de femea de Culicoides 
Grahami AUSTEN. 

Fig. 15. Aza de femea de Ceratopogon 
(Culicoides ) stellifer COQUILLET. 

Fig. 16. Aza de femea de Ceratopogon 
(Culicoides) guttipennis COQUILLET. 

Os desenhos orijinais achão-se na litera- 
tura enumerada mais adiante, as de 1—5, no 
n.0 J, 6—7, no n.º II, 8—9 no n.º III, 1—0 
no n.º IV, 1—1 no n.o V, 12—14 no no VI, 
15—16 no n.º VII. Os desenhos de C. stelli- 
fer e guttipennis não estão bem de acor- 
do com a descrição orijinal. 


Culicoides 


Explicação das figuras. 
Estampa 7. 


1. Aza de Culicoides maruim 9. 
reticulatus $. 
insignis Y. 
pusillus Y. 
maculithorax 9. 
paraensis 92. 
guttatus 9. 
debilipalpis 9. 
horticola 92. 
bambusicola 9. 
Sendo as azas todas feitas do mesmo 
tamanho o aumento varia entre ca. de 40 
até ca. de 70 vezes. O tamanho natural está 
indicado no texto. 


» » » 


ae 

3. » » » 
4 

5 

6. > 
Tie » » » 
8 

9 

0 


10. 


Na fig. 1 no processo de redução houve 
uma pequena alteração nas proporções sain- 
do a aza lijeiramente larga demais. 


Explicação das figuras. 
Estampa 8. 


11. 
12. 


Culicoides acotylus, aza. Aum. 20 vezes. 
Centrorhynchus stylifer, aza. Aum. 40 vezes. 
setifer, » ADAL 


Fig. 10. Flügel von Weibchen von Haema- 
tomyidium (Culicoides) paraense GOELDI. 

Fig. 11. Fliigel von Weibchen von Psycho- 
phaena (Culicoides) pictipennis PHILIPPI. 

Fig. 12. Fliigel von Weibchen von 
Culicoides Milnei AUSTEN. 

Fig. 13. Fliigel von Weibchen von 
Culicoides Brucei AUSTEN. 

Fig. 14. Fliigel von Weibchen von 
Culicoides Grahami AUSTEN. 

Fig. 15. Flügel von Weibchen von Cera- 
topogon (Culicoides) stellifer COQUILLET. 

Fig. 16. Flúgel von Weibchen von Cera- 
topogon (Culicoides) guttipennis COQUILLET. 

Die Originalabbildungen finden sich in 
der unten angegebenen Litteratur in folgender 
Ordnung: 1—5 in No. I, 6—7 in No. II, 
8—9 in No. III, 10 in No. IV, 11 in No. V, 
12—14 in No. VI, 15—16 in No. VII. Die 
Zeichnungen von C. stellifer und guttipennis 
stimmen nicht recht mit der Originalbeschrei- 
bung. | 


Erklarung der Abbildungen: 


Tats 7 
1. Flüg. eines Weibch. v. Culicoides maruim 
2 » » » » »  reticulatus 
JE itis » » » » insignis 
4 > » » > » pusillus 
Ben's > » » »  maculithorax 
Gos > » » » paraensis 
7/ » » » » » guttatus 
8 > » » » » debilipalpis 
0. > » » »  horticola 
101: + » » » »  bambusicola. 
Da sämtliche Flügel in gleicher Grósse 


gezeichnet sind, wechselt die Vergrósserung 
und zwar von ca. 40 bis ca. 70 mal. Die 
natiirliche Grôsse ist aus dem Texte zu er- 
sehen. Bei Fig. 1 ist durch den Reduktions- 
prozess eine kleine Verschiebung der Pro- 
portionen entstanden, so dass der Flügel 
etwas zu breit erscheint. 


Erklarung der Abbildungen: 
Taf. 8. 
11. Culicoides acotylus, Flügel: Vergr. ca. 20, 


12. Centrorhynchus stylifer, Flüg: Vergr. ca. 40, 
13: » setifer, » » » 40. 


12 


14. Culicoides maruim, ovos. Aum. 25 vezes. | 14. Culicoides maruim, Fier. Vergr. 20. 


15: > reticulatus, Larva. Anm. 7 vezes. | 15. > reticulatus, Larve. Vergr. 7. 

16. » maruim, nympha » 15 » | 16. > maruim, Nymphe. Vergr. 15. 

17. » reticulatus,imajem 3.27 > | 17. > reticulatus, Imago d'. Vergr. 27. 
28. Tersesthes brasiliensis, >» 92.36 > 18. Tersesthes brasiliensis, » 9. >» 36. 
19. Culicoides maruim, palpo. Aum. 135 vezes. | 19. Culicoides maruim, Palpus-Vergr. 135. 
20. >» retichlatas 3» >» | 20. » reticulatus > > | 135 
21. > acotylus » » > 24. » acotylus > > > 408 
12. Centrorhynchus stylifer, palpo nes | 22. Centrorhynchus stylifer >» > 1195 


Manguinhos, Maio 1912. Manguinhos, Mai 1912. 


AA 


MEMORIAS DO INSTITUTO OSWALDO CRUZ 
Tomo V - 1913 


ESTAMPA 


2 


ES SSS 


aS 


da 


MEMORIAS DO INSTITUTO OSWALDO CRUZ 
Tomo V -I91]3 


ESTAMPA 


10 


© LUTA. HARTMANN - A 


ICRENGACH 3 PA 


Rub. FISCHER, del 


MEMORIAS DO INSTITUTO OSWALDO CRUZ 
Tomo Y - 1913 


ESTAMPA 8 


AT WP, 


GR 
{ Je] | Hi] # 


RUD. FISCHER, del. 


AUSTEN, E. 
GOELDI, E. 
PHILIPPI, A. 


PRATT, F. 


SKUSE, F. 


WILLISTON, S. 


WINNERTZ, J. 


ie 


BIBLIOGRAFIA, 
LITTERATURVERZEICHNIS. 


1909 
1905 


1865 


1911 


1889 


1896 


1852 


Illustr. of Afric. bloodsucking flies. London. 
Mem. Mus. Paraense. p. 137. 


Aufzaehlung der chilenischen Dipteren. 
Verhandl. der k. k. zool. bot. Ges. Vol. 15. 


Notes on Punkies 
U. S. Dep. of Agric. Bureau of Entom. Bull. N.o 64 
Washington. (Proc. of the U. S. Nat. Museum. Vol. 
23. Washington 1911) 


Diptera of Australia. 
Proc. Linn. Soc. N. S. Wales, Vol. 4. 


On the diptera of St.-Vincent. 
Trans. entom. Soc. London. 


Beitrag zur Kenntniss der Gattung Ceratopogon MEIGEN 
Linn. Ent. Bd. 6. 


Notas hemipterolojicas 
pelo 


Dr. 


A NEIVA 


Assistente. 


I. 


Hemipterologische Notizen 
von 
Dr. A. NEIVA 
Assistenten am Intitut. 


l: 


o 
Quando STAL publicou o notavel tra- 
balho Monographie der Gattung Conorhinus 
und Verwandten, entre os novos 5 generos 


que criou, encontra-se o Belminus, fundado 
na especie rugulosus. Sabendo que o tipo se 
encontrava no Museu de Berlim, tratámos 
de examinal-o; ficámos muito admirado ao 
deparar com um hemiptero já por nós conhe- 
cido e estudado como especie talvez nova, 
pertencente ao genero Triatoma LAP. (— 
Conorhinus. ) 


De fato no U. S. National Museum de |. 


Washington, encontrámos, na coleção de 
hemipteros a cargo do Snr. OTTO HEIDE- 
MANN, 2 exemplares dum pequeno hemi- 
ptero proveniente de Sparta (Costa Rica), o 
qual se nos afigurava como uma nova es- 


| 


In der wichtigen Arbeit von STÁL: 
Monographie der Gattung Conorhinus und 
Verwandtem stellte er unter fiinf neuen Gat- 
tungen auch das Genus Belminus mit dem 
Typus rugulosus auf. Da mir bekannt war, 
dass das Originalexemplar im Berliner Mu- 
seum existiere, suchte ich Gelegenheit, es 
zu untersuchen. Zu meiner Verwunderung 
erkannte ich in demselben ein mir bereits 
bekanntes und als, môglicherweise neue, 
Art des Genus Triatoma studiertes Hemip- 
teron. 

Ich hatte nâmlich in der, Hrn. OTTO 
HEIDEMANN unterstehenden Hemipteren- 
sammlung des U. S. National Museum in 


Washington zwei Exemplare einer kleinen, 
aus Sparta (Cosia Rica) stammenden Art 
gefunden, welche mir nach der Beschreibung 


| 
| 
| 


75 


pecie muito proxima, pela descrição, do 
Conorhinus diminutus WALK. 


Ora, na divisão que STAL estabeleceu 
para os generos no trabalho já citado, assim 
se encontra diagnosticado o genero Belmi- 
nus: Scutello prope basin utrimque obtuse 
spinoso; femoribus nonnihil incrassatis fusi- 
formibus, antennis capite parum longioribus ; 
ocellis nullis. 


Com grande interesse examinámos o 
hemiptero e, com surpreza verificámos fa- 
cilmente a presença de ocelos, cuja falta era 
o unico carater, que separava na referida 
monografia, o genero Belminus de todo o 
grupo. Desta maneira verificado o engano 


de STAL e a não razão da existencia do 
genero Belminus, procurámos resolver o ca- 
so da especie ser ou não nova e para esse 
fim, estudámos a coleção de hemipteros do 
British Museum of Natural History onde pro- 
curámos o tipo do Conorhinus diminutus 
WALK. 


Em 1902 DISTANT deu á publicidade 
in the Annals and Magazine of Nat. Hist., 
Vol. X, p. 191, ao novo genero 
que o autor considerava afim de 


Marlianus 
Rhodnius 


STAL e, baseado justamente sobre o Cono- 
rhinus diminutus WALK. Procedendo ao es- 
tudo do tipo do genero Marlianus, logo ve- 
rificámos se tratar da especie descrita por 


STAL, sob o nome de Belminus rugulosus; 
ao Snr.. DISTANT que nos acompanhava 
nestas pesquizas, podemos facilmente de- 
monstrar e identidade dos 2 generos Belmi- 
nus e Marlianus. 


Provada portanto a insubsistencia destes 
2 generos, procurámos colocar a especie 
como desde a principio se nos apresentava, 
i. é.: como uma Triaíoma e isto mau grado 


não ignorarmos que STAL em 1868 no He- 
miptera Fabriciana pars 1. p. 123 nota a, re- 
descreve o genero Belminus, adicionando-lhe 
alguns caracteres com a modificação «Ocellis 
obsoletissimis, aegerrime distinguendis» e que 
tambem WALKER, a p. 81 part VII do Cat. 
of Het. 1873 admite a nova diagnose pro 


dem Conorhinus diminutus WALK. sehr nahe 
zu siehen schien. 
Nun findet sich in der Einteilung, welche 


STAL in der oben erwáhnten Arbeit fiir die 
verschiedenen Gattungen gab, für das Ge- 
nus Belminus folgende Diagnose:» Scutello 
prope basin utrimque obtuse spinoso; femori- 


bus nonnihil incrassatis, fusiformibus, anten- 


nis capite parum longioribus; ocellis nullis». 

Mit grosser Gespanntheit un ersuchte icht 
das Exemplar und konstatierte ohne Schwie- 
rigkeit das Vorhandensein von Ocellen, de- 
ren Fehlen, nach obiger Monographie, allein 
das Genus Belminus von dem Reste der 


Gruppe trennte. Nachdem ich so konstatiert 


hatte, dass STAL sich geirrt hatte uud das 


Genus Belminus nicht zu Rechte bestand, 
suchte ich festzustellen, ob die Art neu sei 
oder nicht und studierte in der Hemipteren- 
sammlung des British Museum of Nat. Hist. 
den Typus von Conorhinus diminutus WALK. 


Im Jahre 1902 verôfientlichte DISTANT 
in den Ann. and Magaz. of Nat. Hist., (Vol. 
X, pg. 191) das neue Genus Marlianus, das 


er für verwandt mit Rhodnius STAL hielt; 
als Typus diente gerade der Conorhinus di- 
minutus WALK. Beim Studium dieses Ty- 
pus des Genus Marlianus konstati erte ich 


sofort, dass es sich um die vof STAL als 
Belminus rugulosus bestimmte Ar. handle. 
Hrn. W. C. DISTANT, der mich bei diesen 
Nachforschungen begleitete, konnte ich die 
Uebereinstimmung der Genera Belminus und 
Marlianus \eicht demonsirieren. 


Nachdem erwiesen war, dass die beiden 
Genera der Berechtigung entbehrten, ver- 
suchte ich, meinem ersten Eindrucke ent- 
sprechend, die Art in das Genus 7riatoma 
einzureihen, obwohl mir bekannt war, dass 


STAL in den Hemiptera Fabriciana (1, pg- 
123 Note a) das Genus Belminus wieder be. 
schrieb, wobei er einige Charaktere hinzu- 
fiigte und folgende Modifikation gab: «Ocel- 
lis obsoletissimis, aegerrime. distinguendis> 


posta por STAL. Este autor com o retoque 
que fez do novo genero, foi talvez sem 
querer exajerado porquanto, os ocelos são 
perfeitamente aparentes; note-se aliás que, 
trata-se da menor especie conhecida de to- 


do o grupo tratado por STAL na sua mo- 
nografia, (Belminus, Eratyrus, Rhodnius, 
Conorhinus, Meccus, Lamus), e o proprio no- 
me de C. diminutus WALK. é bem sujestivo; 
a especie em questão mede cerca de 10 mm. 
e'no grupo acham-se representantes que me- 
dem 35 mm. de comprimento e todas as 
outras especies conhecidas com exceção de 
Triatoma circummaculata (=Conorhinus cir- 
cummaculatus STAL), que mede 15 mm. pos- 
suem pelo menos quasi o duplo do tama- 


nho da Triatoma rugulosa STAL. Este nome 


em nossa opiniao deve prevalecer, porquan- 
to, por todos os caracteres, o hemiptero tao 


discutido entra neste genero. 

Na nova diagnose dada ao genero Bel- 
minus, STAL acrecenta : «femoribus nonnihl 
incrassatis, subtus versus apicem spinulis dua- 
bus vel tribus instructis» o que aliás é justa- 
mente a regra no genero Triatoma (=Co- 
norhinus) e basta reler as descrições e re- 


descrições que o proprio STAL faz das es- 
pecies deste genero, para facilmente se veri- 
ficar o que afirmamos. WALKER 20 descre- 
ver o Conorhinus diminutus que é identico ao 


Triatoma rugulosa STAL como já provámos, 
diz: «Closely allied to C, circummaculatus but 
differing from it in the markings of the conne- 
xivum.» Não é exato; examinámos tambem o 
tipo desta especie, que se acha em bom estado 
de conservação no Kgl. Zool. Museum de 
Berlim; trata-se duma especie muito diferente. 


Concluindo damos a sinonimia da es- 
pecie que tem sido encontrada em Colum- 
bia, Venezuela e Costa Rica: 


und dass auch WALKER im Cat of Het. 


(P. VII, pg. 81:1873) die von STAL ge- 
gebene Diagnose annimm'. Letzterer ging 
bei der Korrektor des neuen Genus, viel- 
leicht unwillkirlich, etwas zu weit, denn 
die Ocellen sind ganz deutlich; ausserdem 
ist zu bemerken, dass es sich um die kleinsie 


Art der von STAL in seiner Monographie 
besprochenen Gruppe (Belminus, Eratyrus, 
Rhodnius, Conorhinus, Meccus, Lemus) han- 
deit und auch der von WALKER gegebene 
Name diminutus weist darauf hin. Die frag- 


liche Art misst námlich 10 mm., während 
die Gruppe Arten von 35 mm. Lânge ent- 
hali; auch sind alle anderen bekannten Ar- 
ten (ausgenommen Triatoma circummaculata 


o 
(Conorhinus circummaculatus STAL), die 15 
mm. misst, mindestens annáhernd doppeli 


so lang, als Triatoma rugulosa STAL. Dieser 
Name muss, meiner Ansicht nach, gelten, 
da die viel besprochene Art allen Charak- 
teren dieses Genus entspricht. 


Bei der neueren Diagnose des Genus 


figi STÁL hinzu: «femoribus nonnihil in- 
crassatis, subtus versus apicem spinulis dua- 
bus vel tribus instructis», was eben beim 
Genus Triatoma (Conorhinus) die Regel ist. 
Es geniigt die alteren und neueren Beschrei- 


bungen zu lesen, welche STAL selbst von 
den Arten dieser Gattungen gab, um die 
Richtigkei. meiner Angaben zu bestátigen. 
Bei Besprechung von Conorhinus diminutus, 
der, wie oben gezeigt, mit Triatoma rugu- 


losa STAL indentisch ist, sagt WALKER: 
«Closelly allied to C. circummaculatus but 
differing from it in the markings of the 
connexivum. «Dies ist unrichtig, denn ich 
habe auch von dieser Art den Typus unter- 
sucht, der sich wohl erhalten im Kgl. Zool. 
Museum von Berlin befindet; es handelt sich 
um eine recht verschiedene Art. Zum Schlusse 
gebe ich die Synonyme der Art, welch in 
Columbia, Venezuela und Costa Rica ge- 
funden wurde. 


| 
py 
A 
E 
ú 
E 
J 


=. 


EY. 


oer oe 


PAR a RÃ E a tt o UE A Es 


- Triatoma rugulosa STÂL — 1859. 


- Triatoma rugulosa STÁL— 1859. 
Belminus rugulosus STAL 1859. 


Conorhinus diminutus WALK. 1873. 
Conorhinus rugulosus WALK. 1873. 


_ Belminus rugulosus (STAL) LEA: eh 
SEV. 1896. 


.  Conorhinus diminutus (WALK.) LET. et 
— SEV. 1896. 


Marlianus diminutus DISTANT 1902. 


Belminus rugulosus STAL 1859. iis 
Conorhinus diminutus WALK. 1873. 
Conorhinos rugulosus WALK. 1873. 
Belminus rugulosus (STAL BET e 
SEV. 1896. , 


Conorhinus diminutus (WALK.) LE Co 
SEV. 1896. pe 


Marlianus diminutus DISTANT 1902. — 4 


CAT 


Manguinhos, 25 de Novembro de 1912. Manguinhos, 25. November 1912. 


tye! 
LUN ta 
} 


Tecnica e modificações da reação de Wassermann 


pelo 


DR. ARTHUR MOSES 
Assistente 


Technik und Methoden der Wassermann'schen Reaktion 


von 


Dr. ARTHUR MOSES 
Assistent 


Nao visa este trabalho exclusivamente 
contribuir com os resultados de exames pra- 


ticados no correr de quatro anos, desde que | 


sobre o assunto publicámos a dissertação 
inaugural. Ocioso seria voltar a discutir com 
dados de estatistica o valor pratico da rea- 
ção, porque embora divirjam largamente os 
pesquisadores em questões de tecnica e so- 
bre seu mecanismo para o qual não en- 
contram explicação satisfatoria, predominan - 
do a opinião que a explica como combina- 
ção especial de lipoides, congregam se na 
maioria para afirmar a vantajem pratica da 
mesma. 


Apezar da entrada definitiva para as di- 
versas especialidades clinicas onde constitue 
auxiliar valioso, fornecedor de uteis indica- 
ções em grande serie de casos, quando ou- 
tro caminho não haveria para conseguir es- 


Diese Arbeit soll sich nicht darauf be- 
schranken, einen Bericht iiber die im Laufe 
von 4 Jahren — seit Publikation meiner 
Inauguraldissertation — gemachten Unter- 
suchungen mitzuteilen. Es ware ja wohl 
úberflissig an der Hana statistischer An- 
gaben den praktischen Wert dieser Reaktion 
nochmals zu besprechen; sind doch die 
meisten Autoren darin einig, dass sie den 
grossen praktischen Nutzen anerkennen. 
Allerdings gehen ihre Ansichten úber die 
Technik und das Wesen dieser Reaktion 
weit auseinander; im allgemeinen iiberwiegt 


| die Anschauung, welche sie durch eine be- 


sondere Verbindung der Lipoide erklart. 
Troizdem diese Reaktion in den ver- 


| schiedenen klinischen Spezialitáten endgúltig 


Eingang gefunden hat, indem sie in einer 


| ganzen Anzahl von Fallen wertvolle Anhalts- 


PASA nd ae 


clarecimento é entretanto erroneo conside- 
ral-o milagroso solvedor de todos os pro- 
blemas. 


Não msistiremos em fastidiosas questões 
de tecnica. Lembraremos apenas alguns cui- 
- dados que não podem ser abandonados des- 
de que se queira evitar a incidencia nas mais 
flagrantes causas de erros. 


E” indispensavel em cada reacáo empre- 
gar diversos antijenos, nunca em numero 
menor de trez. Ha quem tenha recomenda- 
do para dosagem a mixtura de extratos que 
denominam antijeno principal. E” pratica 
pouco recomendavel, porque é fato bem 
commum a adição de extratos exercer ação 
impediente em quantidade menor que o de 
cada um dos que entram na mistura. 


Deve-se usar .extratos de preparo diver- 
so, um poderá ser de coração humano, ou- 
tro de coração de boi, o terceiro de coração 
de boi reiorçado por uma solução de coles- 
terina. SACHS lembra adicionar a 1 gr. de 
coração de boi ou de cobaia 5 cc. de al- 
cool e conservar a— 100 durante dois dias. 
Decanta-se e filtra-se para adicionar uma 
solução de colesterinaja 1:1000 ou 1:2000. O 
extrato ás vezes precisa ser diluido e só então 
se adiciona colesterina na proporção de 
0,8 0/0. 

Cada extrato deve ser ensaiado com di- 
versos soros sifiliticos e muitos normais e 
principalmente com estalões bem conheci- 
dos porque só assim se pode ajuizar do 
valor do produto para a reação de Wasser- 
mann. Só nas mãos de pesquisadores expe- 
rimentados tem valor este ensaio que forma 
a base de qualquer trabalho. 


Não é recomendavel ensaiar o extrato 
com um só soro de sifilitico em periodo se- 
cundario em que o resultado é francamente 
positivo com um extrato estalão e sim com 
outros em que a reação anteriormente rea- 
lizada tenha acuzado fracamente positivo. A 
falta deste cuidado dá logar ao emprego de 
extrato de valor ocilante de modo a poder 
acusar resultado negativo com soro pobre 
em produtos especificos, assim como, forne- 
cendo hoje resultado positivo, poderá ama- 


79 


punkte bietet, wo ein Aufschluss auf keinem 
anderen Wege erreichbar ist, so ware es 
dennoch irrig, sie als ein iiber alle Probleme 
Aufklärung gebendes, sozusagen wunder- 
bares Mittel ansprechen zu wollen. 

Ich vermeide es auf ermiidende Einzel- 
keiten bei der Technik einzugehen; es sollen 
hier vielmehr nur einzelne Punkte erwahnt 
werden, die man nicht vernachlässigen darf, 
ohne in grobe Irrtiimer zu verfallen. 

Zuerst ist es fiir jede Reaktion unerlass- 
lich mindestens 3 verschiedene Antigene an- 
zuwenden. Manche Untersucher empfehlen 
zur Dosierung eine Mischung von Extrakten, 
welche sie als Hauptantigen bezeichnen. 

Das ist jedoch kaum zu empfehlen, ist- 
es doch durchaus nicht selten, dass die Mi- 
schung hochgradiger hemmend wirkt als die 
einzelnen Extrakte, welche sie zusammen- 
setzen. 


Es empfiehlt sich ferner Extrakte ver- 
schiedener Herkunf: zu verwenden; z. 
eines aus Menschenherz und ein zweites 
aus Ochsenherz; endlich eim drittes aus 
Ochsenherz, verstárkt durch Cholesterinló- 
sung. SACHS empfiehlt, zu 1 gr. Ochsen- 
herz oder Meerschweinchenherz 5 ccm. Al- 
kohol hinzufiigen und dann 2 Tage lang bei 
einer Temperatur zehn Grad unter Null auf- 
zubewahren. Nach dem Absitzen filtriert 
man und vermischt das Filtrat mit einer 
Cholesterinlósung von 1:1000 oder 1:2000. 
Zuweilen muss das Extrakt erst verdünnt 
werden; man setzt dann 0,8 0/0 Cholesterin zu. 

Jedes Extrakt sollte iiberdies mit ver- 
schiedenen Proben von syphilitischen und 
Normalseris gepriift werden; man wahle be- 


12e 


- sonders solche, die nach ihrem Werie be- 


kannt sind, da man nur so beurteilen kann, 
inwiefern sich das Produkt iür die Wasser- 
mannsche Reaktion eignet. Natürlich hat 
diese Priifung, welche die Basis jeder Unter- 
suchung bildet, nur dann einen vollen Wert, 
wenn sie durch geiibte Untersucher gemacht 
wird. Die Prüfung des Extrakt bloss mit 
einem Serum von sekundáres Syphilis — das 
mit einem Standardextrakt positive Resultate 
gibt — empfiehlt sich nicht, sondern man 
verwende auch andere, bei denen friiher ge- 


nhã não preencher as condições acusando 
um resultado negativo. 


Antes de fazer estes ensaios é preciso 
com a maxima cautela pesquisar o poder 
impediente do extrato porque a menor ação 
neste sentido pode determinar um resultado 
falso, devido á somação de efeitos de ação 
impediente de extrato e soro. Dá-se ás vezes 
o caso de um extrato impedidor proporcio- 
nar resultado negativo devido á presença de 
hemolisinas ou substancias auxiliticas no soro. 

Se possivel deve se usar ainda de rigor 
maior ensaiando o com soro de ação impe- 
diente. 


Na pratica corrente temos empregado 
as dozes aconselhadas na primitiva tecnica 
por WASSERMANN; recomendamos porem 
a dosagem quantitativa para verificar qual a 
maior quantidade que não impede ação he- 
mclitica para então, de acordo com o re- 
sultado, diluir ou concentrar o extrato. Nes- 
as diluições convem ter presentes os traba” 
lhos de SACHS — RONDONI que tivemos 
ocasião de confirmar. 


A diluição de um extrato alcoolico em 
solução tisiolojica quando fracionada dá lo- 
gar a um produto turvo e exerce forte im- 
pedimento. Apezar de todos estes cuidados 
não se deve esquecer de fazer um tubo tes- 
temunha com antijeno porquanto mais de 
uma verificação existe do extrato impedir 
subitamente a hemolise. 


São interessantes os trabalhos de BLACK 
e FRIEDEMANN que conseguiram reativar 
extratos, que guardados na geleira tinham 
provado inativos, colocando-os na estufa a 
370 durante 3 dias. Algumas horas a 400 ou 
vinte quatro horas a 370 não eram suficien- 
tes. Quando voltava para a geleira o extra- 
to de novo tornava se inativo. 

Alguns de nossos extratos conservados 
no «Frigo» e tornados inativos levados á es- 
tufa não puderam ser reativados. E” verdade 
que os autores citados confirmam que não 


conseguiram com qualquer extrato este re- 
sultado Apezar disto tivemos sempre o cui- 


machte Reaktionen ein schwach positives 
Resultat gaben. Vernachlassigt man diese 
Vorsichtsmassregel, so erhált man ein Ex- 
trakt von schwankendem Werte, welches mit 
einem an spezifischen Produkten armen Se- 
ruin eine negative Reaktion geben kann, oder 
es kann heute ein positives Resultat geben 
und vielleicht schon morgen negativ rea- 
gieren, wodurch es sich als den Anspriichen 
nicht geniigend erweist. 


Bevor man diese Versuche anstellt, soll 
man zuvor mit aller Genauigkeit auf hem- 
mende Wirkung priifen, da schon ein gerin- 
ger Grad derselben durch Summierung der 
hemmenden Wirkungen von Extrakt und Se- 
rum ein falsches Resultat herbeifiihren kann. 
Zuweilen kommt es vor, dass ein hemmen- 
des Extrakt wegen der Anwesenheit von 
Haemolysinen und auxilytischen Substanzen 
ein negatives Resultat gibt. 


Wenn moóglich, soll man noch strenger 
vorgehen, indem man es mit einem Serum 
von hemmender Wirkung ausprobiert. 


In der Regel habe ich die bei der ur- 
spriinglichen Wassermannschen Technik em- 
pfohlenen Dosen angewendet; jedoch em- 
pfehle ich die quantitative Dosieiung zur 
Bestimmung der gróssten Menge, welche die 
Haemolyse in keiner Weise hemmt, um als- 
dann je nach dem Resultate das Extraki zu 
diinnen oder zu konzentrieren. Bei diesen 
Verdiinnungen beriicksichtige man die Ar- 
beiten von SACHS — RONDONI, deren An- 
gaben ich bestatigen kann. 


Wird die Verdiinnung eines alkoholi- 
schen Extraktes mit Kochsalzlósung funktio- 
niert gemacht, so bildet sich ein triibes und 
stark hemmendes Produkt. Trotz aller Vor- 
sichtsmassregel vergesse man nicht, Kontroll- 
tubus mit Antigen auszusetzen, da zuweilen 
das alkoholische Extrakt plótzlich hemmend 
wirkt. 


Von Interesse sind hier die Arbeiten von 
BLACK und FRIEDEMANN, denen es ge- 
lang, Extrakte, welche nach Aufbewahrung 
im Eisschranke sich inaktiv zeigten, zu re- 
aktivieren, indem sie dieselben wáhrend 3 
Tage im Thermostat bei 370 aufbewaluten. 


À 
Be 


dado de retirar da geleira o extrato e deixal-o 
algum tempo no laboratorio empregando de- 
pois de adquirir a temperatura ambiente. 
Dos extratos o mais duravel é o alcoolico. 
Tivemos excepcionalmente ocasiäo de tra- 
balhar com o mesmo extrato alcoolico du- 
rante um ano. 

Os antijenos de constituição quimica de- 
finida não são recomendaveis nem mesmo O 
de SACHS e RONDONI, mistura de oleato 
acido de sodio, acido oleico, lecitina, agua 
distilada e alcool em proporções diversas. 
FACCHINI VALENTINO atribue-lhe poder 
hemolitico. Ainda é o melhor, mas longe de 
bom. 

Quanto ao soro do paciente um dos pon- 
tos muito discutidos é o da inativação bas- 
tando aquecel-o durante 1/2 hora a 560, em- 
bora queiram SACHS e ALTMANN que 
nesta temperatura e tempo se altere o poder 
de reação do soro. 

E” inexato que nesta temperatura o com- 
plemento não seja destruido deixando em 
liberdade o suficiente para provocar homo- 
lise como afirmam alguns pesquisadores. 
Exijem alguns aquecer o soro durante 1 hora, 
porque em 30 minutos resta no soro quan- 
tidade consideravel de hemolisinas. Não só 
o aquecimento durante 1 hora não retira as 
hemolisinas como a ação da temperatura de 
56° por tão dilatado prazo pode influir so- 
bre o poder da reação como em raros ca- 
sos pudemos observar. 


O emprego do soro ativo humano levou 
nos a proclamar positivos varios casos ve- 
rificados negativos com o soro inativado, 
fato verificado primeiramente por SACHS e 
confirmado depois por HALBERSTAEDTER, 
SWIFT, PLAUT E BOAS. RQ 

BOAS rejistou resultados positivos em 
individuos com intenso tratamento mercu- 
rial, quando o soro era ativo e o contrario, 
quando inativo. Existem ainda observações 


outras de resultados positivos com soro 
ativo de individuos com cancer, tuberculose 
e nefrite. 


mm SS 


Dagegen einige Stunden bei 400 oder 24 
Stunden bei 370 zu diesen Zwecke vermoch- 


ten das nicht. Brachte man das Extrakt in 


den Eisschrank zuriick, so wurde es wieder 
inaktiv. 

Einige meiner Extrakte, welche durch 
den Aufenthalt im «Frigo» inaktiv geworden 
waren, konnten im Thermostat nicht reakti- 
viert werden. Uebrigens ist auch den oben 
genansten Untersuchern dieser Versuch nicht 
bei jedem Extrakt gegliickt. Nichtdesto- 
weniger habe ich jedes Mal das Extrakt, 
nach der Herausnahme aus dem Eisschrank 
eine Zeit lang im Laboratorium stehen las- 
sen, sodass es bei Zimmertemperatur ange- 
wandt wurde. Am dauerhaftesten erweist 
sich das alkoholische Extrakt; so konnte ich 
ausnahmsweise ein solches Extrakt noch 
nach Jahresfrist verwenden. 


Die chemisch definierten Antigene, selbst 
das von SACHS und RONDONI (eine Mi- 
schung von saurem Natriumoleat, Olein- 
sáure, Lezithin, distilliertem Wasser und Al- 
kohol in bestimmien Verháltnissen) sind 
nicht zu empfehlen. FACCHINI VALEN- 
TINO glaubt sogar, dass es haemolytisch 
wirkt. Es ist zwar das beste, aber trotzdem 
durchaus nicht gut. 


Die Inaktivierung des Serums des Kran- 
ken bildet eine viel umstrittene Frage. Er- 
warmung desselben auf 560 wahrend einer 
halben Stunde geniigt vollkommen, obwohl 
diese Temperatur nach SACHS und ALT- 
MANN die Reaktion des Serums beeinflussen 
soll. Es ist nicht richtig, dass das Komple- 
ment bei dieser Tempera ur unvollstándig 
zerstórt werde, und, wie von einigen Unter- 
suchern behauptet wird, geniigend übrig 
bleibe, um Haemolyse zu bewirken. Einige 
Autoren empfehlen Erhitzen des Serums wáh- 
rend 1 Stunde, da nach 30 Minuten noch 
eine betráchtliche Menge von Haemolysinen 
im Serum verbleibt. Allein auch ein Er- 
hi zen während 1 Stunde schliesst Haemo- 
lysine nicht aus, und eine so lange andau- 
ernde Einwirkung von 56° kann den Reak- 
tionsgrad beeinflussen, wie ich es einige 
Male beobachten konnte. 


A formação de complementoides é um 
dos inconvenientes da inativação. Quando 
em grande proporção no soro podem falsear 
o resultado. 

Para esta causa de erro WECHSEL- 
MANN primeiro chamou atenção recomen- 
dando tratar o soro com sulfato de bario. 

BLUM acredita que do soro assim trata- 
do desaparecem tambem os amboceptores 
hemoliticos. 


Empregamos sempre o sulfato de bario 
de preparo recente adicionando para isto 
10 cc. de cloreto de bario a 5 oo a 15 cc. 
de sulfato de sodio em solução a 5 o/o. De- 
poiz de centrifugado lavamos com solução 
fisiolojica para fazer uma suspensão em 
25 cc. de sol fisiolojica. 

A 0,9 de soro inativado juntamos 3 de 
solução fisiolojica e 0,5 cc. de suspensão a 
7 0/o de sulfato de bario. 


Em 54 cazos em que empregámos com- 
parativamente o metodo de WASSERMANN 
e o de WECHSELMANN rejistámos 41 
casos positivos ou 75 º/o pelo primeiro me- 
todo e 44 ou 81 o/o pelo segundo. 


Outra questão importante a estudar é a 
dos amboceptores normais que sempre que 
possivel devem ser eliminados. De todos os 
metodos indicados para este fm o mais re- 
comendavel é o de saturação por estromas 
ou simplesmente por globulos lavados. 

ROSSI recomenda adicionar 0,5 cc. de 
globulos lavados a 1,5 cc de soro inativado 
centrifugando apoz 2—30 minutos de perma- 
nencia na geleira para então decantar. 

JACOBAEUS lembra adicionar 0,2 de 
soro, 1 cc de suspensão a 5 c/o de globulos 
lavados e 2,5 cc de solução fisiolojica visando 
com esta tecnica retirar do soro amboce- 
ptores e complementoides. 


82 


Bei Gebrauch eines aktiven Menschen 
serums gaben verschiedene Fälle ein posi- 
tives Resultat, wahrend es mit inaktiviertem 
Serum negativ ausfiel, was zuerst SACHS 
beobachtete, und spater von HALBERSTAED- 
TER, SWIFT, PLAUT und BOAS bestátigt 
wurde. Nach intensiver Quecksilberbehand- 
lung verzeichnet BOAS positive Resultate 
mit aktivem Serum, und negative mit inakti- 
viertem. 


Es gibt auch Beobachtungen úber posi- 
tive Resultate ¡mit aktivem Serum von Pa- 
tienten mit Karzinom, Tuberkulose und Ne- 
phritis. 

EinerFider Nachteile der Inaktivierung 
ist die Bildung von Komplementoiden; be- 
finden sich dieselben in grosser Menge im 
Serum, so kónnen sie zu einem falschen Re- 
sultate fiihren. 

Auf diese Fehlerquelle machte WECH- 
SELMANN zuerst aufmerksam und empfahl 
Behandlung des Serums mit Baryumsulfat. 


BLUM glaubt sogar, dass durch diese Be- 
handlung die haemolytischen Amboceptoren 
aus dem Serum verschwinden.; 

Ich habe das Baryumssulfat stets frisch 
zubereitet angewendet, indem ich 10 ccm. 
einer 5 0/o Lósung von Chlorbaryum 15 cem. 
einer 5 o/o Natriumsulfatlósung  versetzte, 
zentrifugierte und dann den Niederschlag in 
25 ccm. physiologischer Kochsalzlósung au- 
fldsste. 

Zu 0,9 inaktivierten Serums fiigte ich 3 
ccm. physiologischer Lósung und 0,5 ccm. 
einer 7 °/o Baryumsulfatsuspension. 

Bei 54 Fallen, wo zum Vergleiche die 
WASSERMANN’sche und die WECHSEL- 
MANN ’sche Methode benutzt wurde, waren 
bei Anwendung der ersten Methode 41 Falle 
positiv:(=75 0/0), bei der zweiten 44 (=81 o/0)* 

Eine andere wichtige Frage, die hier 
besprochen werden soll, betrifft die Nor- 
malamboceptoren, welche nach Móglichkeit 
ausgeschieden werden miissen. Von allen 


hierfür empfohlenen Methoden ist die Sát- 
tigung durch gewaschene Blutkórperchen 
oder das Stroma solcher, was einfacher ist, 
die beste. 


A SITE AZ EN 


“iS A 1 it, à 


Apoz meia hora de permanencia na es- 
tufa a 370 centrifuga e decanta. 

Outra tecnica lembrada é a de adicionar 
a 2 cc de soro inativado 8,9 cc de uma sus- 
pensão a 5 00 de globulos lavados, centri- 
fugar e decantar apoz 1/2 hora de perma- 
nencia na estufa a 370, 

MINTZ recomenda tratar o soro por glo- 
bulos de carneiro para retirar amboceptores 
e complementoides. A 0,4 de soro adiciona 
1,6 cc; de 
globulos de carneiro em suspensão a 5 9/o. 


solução fisiolojica e 2 cc de 


À permanencia na estufa é de 1/2 hora. 


A saturação dos amboceptores hemoliti- 
cos por estromas globulares forneceu nos 
muitas vezes, quando o soro era rico em 
hemolisinas, excelente resultado. Nunca 
vimos um soro normal dar resultado posi- 


tivo depois da absorção das hemolisinas. 


Nem todos os pesquisadores são parti- 
darios da jretirada dos amboceptores nor- 
mais do soro. BRIEGER e RENZ, pelo con- 
trario, lembram utilisal-os para a reação re- 
forçando os pelo clorato de potassio em 
solução a 1:150. GARBAT, MUNK, LEVY, 
HAYNN e SCHMITT negam a este produto 
quimico a ação que lhe atribuem. 


Negada por uns, aceita por outros o 
papel atribuido ao ¿clorato de potassio é 
exercido pelas proprias hemolisinas em quan- 
tidade maior ou menor. Retirámos do soro 
com estromas as hemolisinas e adicionámos 
clorato de potassio na proporção indicada 
e o resultado foi totalmente negativo. 


Continuando ainda a estudar o soro do 
doente lembramos outras precauções que se 
devem tomar. Uma delas é a pratica da 
reação nas 24 horas que se seguem á colhei- 
ta do sangue. 


Um soro, embora normal quando exa- 
minado, apoz conservação durante 36 ou 48 


83 


ROSSI empfiehlt, 1,5 ccm. inaktivierten 
Serum zu 0,5 cem. gewaschener Blutkór- 
perchen zuzusetzen, die Flüssigkeit 2—30 
Minuten im Eisschrank aufzubewahren und 
dann zu zentrifugieren und abzugiessen. 

JACOBAEUS schlagt vor, zu 0,2 ccm. 
Serum und 1 ccm. einer 5 °/o Suspension von 
gewaschenen Blutkôrperchen 2,5 ccm. einer 
Kochsalzlósung zu versetzen, um so die 
Amboceptoren und Komplementoide aus dem 
Serum zu entfernen. Nach einer halben 
Stunde im Thermostat bei 370, zentrifugiert 
man und giesst ab. 


Vorgeschlagen ist auch folgende Tech- 
nik: zu 2 cem. inaktivierten Serums fiigt 
man 8,9 ccm. einer 50° /o Suspension von 
gewaschenen Blutkórperchen, zentrifugiert 
und giesst ab, nachdem die Mischung eine 
halbe Stunde lang im Thermostat bei 370 
gestanden hat. 

MINTZ empfiehlt dem Serum Hammel- 
blutkórperchen zuzusetzen, um Amboceptoren 
und Komplementoide zu entfernen. 0,4 ccm. 
Serum werden mit 1,6 ccm. Kochsalzlosung 
u. 2 ccm. von einer 5°/o Suspension von Ham- 
melblutkórperchen gemischt und eine halbe 
Stunde im Thermostat aufbewahrt. Bei 
Sattigung der haemolytischen Amboceptoren 
durch Erythrocytenstroma habe ich Ofters 
ausgezeichnete Resultate erzielt, wenn das 
Serum reich an Haemolysinen war. Nie- 
mals sah ich ein Normalserum nach Ab- 
sorption der Haemolysine ein positives Re- 
sultat geben. 


Nicht alle Forscher sind Anhânger der 
Beseitigung der Normalamboceptoren aus 
dem Serum. BRIEGER und RENZ schlagen 
vielmehr vor, dieselben fiir die Reaktion zu 
verwenden, indem sie durch eine Lósung 
chlorsáures Kali (1:150) verstárkt werden. 
GARBAT, MUNK, LEVY, HAYNN und 
SCHMITT bestreiten die diesem chemischen 
Produkte zugeschriebene Wirkung. 

Die einerseits bestrittene Funktion, an- 
derseits behauptete des chlorsáuren Kali von 
Haemolysinen selbst in grósserem und klei- 
nerem Massstabe ausgeübt. Entfernte ich 
die Haemolysine aus dem Serum mittelst 
des Stromas von Erythrocyten und fügte 


horas na geleira, devido ao aparecimento 
dos denominados corpos impedientes poderá 
dar resultado fracamente positivo. Estes 
casos embora pouco comuns devem ser evi- 


tados. 

Muito se tem escrito sobre soros para- 
doxais que aparecem entre os soros que apoz 
inativação se guardam por longo tempo na 
geleira. 

Cuidadoso exame de antijeno, bem assim 
do soro hemolitico diminue consideravel- 
mente o numero destes soros. 


Não tivemos ocasião de observar a trans- 
formação do resultado francamente positivo 
para negativo ou vice-versa, quando preen- 
chidas todas as condições exijidas: empre- 
go de diversos antijenos, dosajem recente 
do soro hemolitico e do complemento. Se 
a tecnica não for rigorosa e os antijenos 
não tiverem sido experimentados com o cui- 
dado descrito pode se dar o cazo, conforme 
observação nossa, que um soro tendo reaji- 
do antes como fracamente positivo em ve- 
rificação posterior se manifeste positivo ou 
negativo. 


Hoje com o apuro da tecnica o numero 
destes casos diminue sensivelmente e embo- 
ra admitido que qualquer antijeno pode fa- 
lhar uma vez, tivemos na pratica o cuidado, 
e por “isto recomendamol-o, de eliminar 
qualquer antijeno que apresente ação impe- 
diente. 


Sobre o complemento digamos que é 
certamente util dozal-o, quer com o sistema 
hemolitico, quer em presença do extrato. A’ 
força de se repetir que o soro de cobaia é 
de todo o mais estavel o que constitue ver- 
dade tem se esquecido que ha variações in- 
dividuais de uma para outra cobaia. Para 
maior rigor poder se a fazer uma dosagem 
do poder absorvente de complemento que 
exerce o soro do doente, contribuindo assim 
para afasiar resultados positivos provenien- 
tes de somação de efeitos devidos a ação 
impediente de extrato e soro. 


84 


chlorsâures Kali in der oben angegebenen 
Weise zu, so war das Resultat ganz nega- 
tiv. Noch andere Vorsichtsmassregeln sind 
beim Studium des Serums der Patienten zu 
berücksichtigen: so soll z. B. die Ausfüh- 
rung der Reaktion in den nachsten 24 Stun- 
den nach der Blutentnahme ausgeführt wer- 
den. Selbst normales Serum kann bei der 
Untersuchung, wenn es 36 oder 48 Stunden 
im Eisschrank gestanden hat, infolge Auf- 
tretens der sogenannten Hemmungskorper 
ein schwach positives Resultat geben. Dieser 
Fall ist zwar selten, muss aber doch beriick- 
sichtigt werden. 

Viel besprochen sind auch die para- 
doxen Sera, das heisst, solche, welche man 
unter den nach ihrer Inaktivierung lange 
Zeit im Eisschrank aufbewahrten Serum- 
proben findet. Genaue Untersuchung des 
Antigens und des haemolytischen Serums 
führt zur grosser Verminderung solcher Fälle. 

Ich habe keine Gelegenheit zu beob- 
achten gehabt, dass ein deutlich positives 
Resultat in negativ umschlug oder umge- 
kehrt, selbstverstandlich unter der Voraus- 
setzung, dass alle nótigen Bedingungen rich- 
tig erfüllt wurden, wie die Anwendung von 
verschiedenen Antigenen, Dosierung des 
haemolytischen Serums und des Komple- 
ments kurz vor Anwendung. Wenn also 
die Technik nicht genau befolgt wird und 
die Antigene nicht zuvor sehr sorgiältig 
ausprobier' wurden, kann es geschehen, wie 
selber beobachtete, dass ein vorher schwach 
positiv reagierendes Serum bei spáterer 
Untersuchung positive oder negative Wir- 
kung zeigt. 

Heutzutage geht die Zahl solcher Fálle 
dak der Verfeinerung der Technik immer 
mehr zuriick, und wenn auch zugegeben 
werden muss, dass ein jedes Antigen gele- 


| gentlich ein Mal versagen kann, so trachtete 


ich doch bei meinen Arbeiten jedes hem- 
mend wirkende Antigen auszuschalten und 
kann diese Vorsichtsmassregel nur em- 
pfehlen. 


Was das Komplement anbetrifft, halte 
ich es entschieden fiir angebracht, dasselbe 


| zu dosieren, sowohl im haemolytischen Sys- 
| tem als auch in Gegenwart des Extraktes. 


Quanto aos globulos a variação individual 
do numero e da frajilidade das hematias 
de carneiro, nem sempre evitavel, deve ser 
cerceada o mais possivel, empregando car- 
neiros que tenham descansado algum tempo. 
Em carneiros muitas vezes sangrados não 
só se pode observar hemolise espontanea, 
mas ainda o que é fato mais curioso — aglu- 
tinação intensa dos globulos impedindo pro- 
nunciar-se sobre o resultado. 

Mudemos agora de rumo para estudo 
de algumas modificações que no correr dos 
estudos tivemos ocazião de empregar. 

Das modificações que se tem apresentado 
visam algumas simplificar a tecnica e outras 
aumentar a sensibilidade. As tentativas de 
simplificação tem provado prejudiciais porque 
redundam em sacrificio do rigor. 

Embora paradoxal, parece nos que não 
haveria inconveniente em tornar ainda mais 
complexa a tecnica desde que com isto 
aumente a sensibilidade e portanto a espe- 
cificidade, porquanto a reação não deve ser 
posta ao alcance de todos. 

Na Dinamarca é este o modo de enca- 
rar o problema pois o Instituto oficial re- 
servou para si o direito exclusivo de prati- 
car a reação. 


Aplaudimos os metodos que procuram 


85 


| rums bestimmen; 
| det man positive Resultate, welche durch 


In Folge der immer wiederholten Ver- 
sicherung, dass das Meerschweinchenserum 
von allen das stabilste — was allerdings 
der Wahrheit entspricht — hat man ganz 
vergessen, dass unter den einzelnen Meer- 
schweinchen individuelle Verschiedenheiten 
vorkommen. Behufs noch grósserer Ge- 
nauigkeit kann man die Absorptionsfähig- 
keit fiir das Komplement des Patientense- 
auf diese Weise vermei- 


Immunisierung der hemmenden Wirkung 
des Extraktes und des Serums entstehen. 
Die individuelle Schwankung der Blutkór- 
chenzahl und der Fragilitat der Hammel- 
hematien, die sich nicht ganz ausschliessen 
lásst, ist nach Móglichkeit eingeschrankt, 
indem man die Hammel einige Zeit aus- 
ruhen lásst. Bei Hammeln, denen oftmals 
Blut entnommen wurde, kann man nicht nur 
spontane Haemolyse, sondern auch, was 
besonders merkwiirdig ist, eine intensive 
Agglutination der Blutkôrperchen beobach- 
ten, wodurch die Beurteilung des Resultates 
gestórt wird. 

Ich wende mich nun zur Besprechung 
der Modifikationen, welche ich gelegentlich 
bei meinen Arbeite: benutzte. Dieselben 
streben einerseits eine Vereinfachung der 
Technik an, andrerseits eine Erhóhung der 
Empfindlichkeit der WASSERMANN’schen 
Reaktion. Die Versuche, die Technik zu 
vereinfachen, habe keine besondere Erfolge 


| gehabt, weil die Genauigkeit darunter leidet. 


tornar mais sensivel a reação. Não devemos | 


continuar no mesmo ponto em que estivemos | 
ha seis anos quando WASSERMANN publi- | 


cou o primeiro trabalho. Não é racional que se | fitit gesteigert wird, denn es ist gar nicht 


mantenha a reação rigorosamente dentro da 
primitiva tecnica com o fito unico de facilitar 
a estatistica. Sirva de baze o trabalho ori- 
tinal permitindo a introdução de alterações 
que a pratica tenha provado vantajosas. 


As modificações em que se procurou Empfindlichkeit der Reaktion zu erhóhen, 


diminur as doses a empregar tem a desvan- 
tajem de aumentar as causas de erro. Quan- 


Es mag vielleicht befremden, dass ich 
es nicht fiir unzweckmássig halte, die Tech- 
nik noch komplizierter zu gestalten, unter 
der Bedingung natiirlich, dass damit die 
Empfindlichkeit und damit auch die Spezi- 


nótig, dass die Ausfiihrung einem jeden zu- 
gánglich sei. In Dánemark ist dies die vor- 
herrschende Auffassung, denn dort reserviert 
sich das staatliche Institut das ausschliess- 
liche Recht der Ausführung dieser Reaktion. 


Alle Methoden, welche bezwecken, die 


verdienen meinen Beifall. Wir diirfen des- 
halb nicht auf demselben Standpunkte blei- 


to aos metodos que empregam o prejudicial 
sistema de gotas é tal a irregularidade das 
mesmas que, diversas vezes, repetindo o en- 
saio no mesmo dia, sempre com os mesmos 
elementos, obtivemos resultados diversos. Ha 
ainda a rejistrar a influencia da tensão su- 
perficial de modo que as microreações de 
WEIDANZ e ENGEL, de MULLER e ou- 
tros são segundo experiencia propria con- 
denaveis. 

Em dois grupos se dividem as modifi- 
cações aventadas conforme tomam por in- 
dice a fixação de complemento ou a preci- 
pitação de albuminas ou lipoides, salientan- 
do entre estas como das mais interessantesa 
a precipitação verificada ao ultra-microscopio 
por JACOBSTHAL, quando ao extrato junta 
soro de sifilitico, o que no dizer de proprio 
autor não pode substituir a reação de WAS- 
SERMANN. 

No primeiro grupo temos a modificação 
de BAUER que recomenda empregar a he- 
molisina normal do soro do doente. A rea- 
ção não permite o testemunha que visa ex- 
cluir a possibilidade de haver por parte do 
extrato ação impediente, de modo que em 
raros casos observámos quando comparati- 
vamente praticavamos a reação de WASSER- 
MANN e de BAUER que o extrato não fun- 
cionava e a ausencia de hemolise na reação 
de BAUER traduzir se ia por um resultado 
positivo se não tivessemos na ocasião a con- 
tra prova. Era isto o suficiente para conde- 
nar em absoluto o metodo. 

Acrece ainda a variação das hemolisinas 
dando se ás vezes o cazo de 0,1 cc de soro 
destruir 1 cc de suspensão a 5 0/0 de globulos 
e outras de haver no soro quantidade minima 
como acontece nas mulheres gravidas e cre- 
anças de peito. Alem das observações de 
diminuição de complemento tambem as ha 


ben, wie vor 6 Jahren, als WASSERMANN 
seine erste Arbeit verôffentlichte. 

Es ist nicht rationell, bei dieser Reak- 
tion die urspriingliche Technik stricte bei- 
zubehalten, nur um die Statistik zu erleich- 
tern. Die Originalmethode bleibe als Grund- 
lage, gestatte aber die Einführung derjeni- 
gen Modifikationen, welche die Erfahrung 


| als vorieilhaft erwiesen hat. 


Die Modifikationen, welche die Antigen- 
mengen zu verringern suchen, haben den 
Nachteil, dass sie an Fehlerquellen ver- 
mehren. 

Bei den Verfahren, welche sich der nicht 
zu billigenden Tropfenmethode bedienen, 
ist die Ungenauigkeit so gross, dass ich 
wiederholt verschiedene Resultate erhielt, 
wenn ich die Reaktion zweimal ausfiihrte, 
obgleich ich mit denselben Fakioren arbei- 
tete. Dabei ist noch die Oberflachenspan- 
nung zu beriicksichtigen, sodass die Mikro- 
reaktionen von WEIDANZ und ENGEL, 
von MULLER, u. a. nach meiner Meinung 
verworfen werden miissen. 

Man kann die vorgeschlagenen Aende- 
rungen in 2 Gruppen teilen, je nachdem 
man von der Komplementbindung oder von 
der Prazipitierung der Albumine und der 
Lipoide ausgeht; unter den letzteren, ist 
die interessanteste die Prazipitierung, wel- 
che JACOBSTHAL im Ultramikroskop be- 
obachtete, wenn er dem Extrakte Syphili- 
tikerserum zusetzte, was aber nach seiner 
eigenen Angabe die WASSERMANN’sche 
Reaktion nicht ersetzen kann. 


Zur ersten Gruppe gehórt die Modifi- 
kation von BAUER, welcher vorschlagi, die 
normalen Haemolysine des Patientenserums 
anzuwenden. Diese Reaktion gestattet keine 
Gegenpriifung, welche die Móglichkeit einer 
hemmenden Wirkung von Seiten des Ex- 
traktes ausschliessen kônnte, sodass ich, wenn 
zum Vergleiche die WASSERMANN’sche 
und BAUER’sche Reaktionen gemacht wur- 
den, in einzelnen Fallen beobachten konnte, 
dass das Extrakt keine Wirkung ausübte, 
und das Ausbleiben der Haemolyse in der 
BAUER’schen Reaktion als positives Resul- 
tat gelten miisste, wenn ich bei diesen Ge- 


à a 
À 


de amboceptor em casos de resfriamento, 
alcoolismo, molestias infetuosas diversas, 
entre elas a sifilis e desta diminuição deve 


participar mui as vezes o resultado. 


Observámos variações individuais muito 
largas na proporção de hemolisinas no soro. 
O proprio autor admi'e casos de insuficien- 
cia de amboceptores, lembrando entáo adi- 
E? 
curioso chamar de simplificação este metodo, 


cionar soro humano normal inativado. 
porque bem executado exije a dosagem de 
hemolisinas do soro a empregar e do soro 
que se tenha de adicionar e que deve ser 
rigorosamente normal o que nem sempre é 
facil obter. Exije portanto todas estas difi- 
culdades para evitar o preparo do soro he- 
molitico tão facil de se obter e conservar. 
Não se diga que a quantidade de soro ne- 
cessaria seja menor que na reação de WAS- 
SERMANN porque quem fizer todas estas 
dosajens precisará grande quantidade de soro 
e no final não terá as mais importantes tes- 
temunhas. Pareceria inutil empregar a rea- 
ção depois dos inconvenientes apontados, 
mas mesmo assim ensaiamol-a em compa- 
ração com a de WASSERMANN. Entre casos 
de sifilis nos tres periodos empregámos a 
reação em 50 doentes e obtivemos 37 ou 
74 o/o positivos na reação de WASSERMANN 
e 31 ou 62 %o na de BAUER. Estes porem 
não podiam merecer inteira fé. 


Em 3 casos de malaria e dois de pneu- 
monia em que tanto quanto é possivel acre- 
ditar na anamnese e no exame clinico se 
poderia excluir o diagnostico de sifilis o re- 
sultado foi fracamente positivo pelo metodo 
de BAUER e negativo pelo de WASSER- 
MANN. Tentámos ainda a modificação de 
STERN embora dosajens diversas nos tives- 
sem provado a variabilidade do poder com- 
plementar do soro humano. 


87 


legenheiten nicht die Gegenprobe gehabt 
hatte. Dieser Grund war hinreichend, um 
absolut das Verfahren zu verwerfen. 

Dazu kommen noch die grósseren oder 
kleineren Variationen der Haemolysinmenge, 
sodass einmal 0,1 ccm. imstande ist 1 ccm. 
von 5 0/o Blutkórperchensuspension zu zer- 
stóren, wáhrend ein anderes Mal, z. B. bei 
Schwangeren und Sâuglingen sich im Serum 
nur eine ganz minimale Menge vorfindet. 
Ausser den Beobachtungen, wo das Kom- 
plement vermindert war, gibt es auch sol- 
che mit Verminderung der Amboceptoren, 
z. B. bei Erkaltungen, Alkoholismus, ver- 
schiedenen Infektionskrankheiten, darunter 
auch die Syphilis, wodurch gar oft das Re- 
sultat beeinflusst wird. 


Sehr grosse individuelle Schwankungen 
habe ich im Gehalte des Serums an Hae- 
molysinen beobachtet. BAUER selbst gibt 
zu, dass Falle von Amboceptoreninsuffizicaz 
vorkommen, und in diesem Falle schlagt er 
vor, normales, aber inaktiviertes Menschen- 
serum hinzufiigen. Es ist iibrigens sonder- 
bar, ein solches Verfahren ein vereinfachtes 
zu nennen, denn seine exakte Ausführung 
verlangt die Dosierung der Haemolysine, 
sowohl im untersuchten, als auch im hinzu- 
gefügten Serum; letzteres muss überdies 
noch ganz normal sein, was auch nicht im- 
mer leicht zu erlangen ist. Mit alle diesen 
Schwierigkeiten muss man rechnen, um die 
Herstellung des haemolytischen Serums zu 
meiden, welches doch so leicht zu bereiten 
und zu konservieren ist. Auch sage man 
nicht, dass eine geringere Menge Serums 
nôtig als bei der WASSERMANN’ schen Re- 
aktion, denn wer alle diese Dosierungen 
macht, braucht eine grosse Menge von Se- 
rum und am Ende hat er doch nicht die 
wichtigsten Kontrollen. Bei den soeben ge- 
zeigten Nachteilen kônnte es zwecklos er- 
scheinen, diese Reaktion anzuwenden; trotz- 
dem aber habe ich sie erprobt, um sie mit 
der von WASSERMANN zu vergleichen. 
In 50 Syphilisfállen aller 3 Perioden habe 
ich diese Reaktion mit folgendem Resultate 
verwendet: 37 (= 74 0/0) waren positiv nach 
WASSERMANN und 31 (= 620/0) nach 


Tivemos realmente impedimento de he- 
molise por este metodo quando era negativo 
o WASSERMANN. Não sabemos porem se 
é possivel considerar positivos estes casos. 
Na sifilis como na maior parte das moles- 
tias infetuosas diminue muito o poder com- 
piementar do soro. Neste sentido ha cuida- 
dosos trabalhos de JOUSSET e PARASKO- 
VEPOULOS, JACOBAEUS, BACHMANN e 
KATHE. 

FRITZ HOEHNE e R. KALT viram ca- 
sos em que empregavam 0,2 cc de soro para 
ter o complemento necessario ao passo que 
em outros 0,01 cc possuia dose suficiente. 


83 


EAUER, doch konnte diese nicht als voll- 


| giltig betrachtet werden. 


In 3 Malariafällen und in 2 von Pneu- 
monie, wo man, soweit auf Grund der 
Anamnese und des klinischen Examens die 
Diagnose Syphilis ausgeschlossen werden 
konnte, war das Resultat mit der BAUER?”- 


| schen Methode schwach positiv und nega- 


tiv mit der WASSERMANN'schen. 


ich versuchte auch die von STERN an- 
gegebene Modifikation, obwohl mir ver- 
schiedene Bestimmungen die Variabilitát des 
Komplementengehaltes im menschlichen Se- 
rum gezeigt hatten. Taisáchlich erfolgte 
bei dieser Methode eine Hemmung der Hae- 


| molyse, wenn die WASSERMANN’sche Re- 


Pelo metodo de STERN empregado em | 


50 outros casos tivemos 25 ou 50 o/o positi- 
vos e 32 ou 64 0/0 pelo de WASSERMANN. 

TSCHERNOGUBOW e GURD FRAZER 
empregam hemolisina normal de soro huma- 
no para globulos de cobaia e complemento 
do soro do doente. Da discussão a proposi- 
to de outras modificações conclue se facil- 
mente os prejuizos do metodo em questão. 

Em 40 casos tivemos 29 ou 72,5 9/0 po- 
sitivos na reação de WASSERMANN e 18 
ou 45 0/0 na de TSCHERNOGUBOW. 

O metodo de HECHT que joga com o 
complemento e hemolisina para globulos 
de carneiro, do soro a examinar, sendo uma 
combinação de 2 metodos condenados, parti- 


aktion negativ war, doch weiss ich nicht, 
ob man solche Falle als positiv ansprechen 
darf. Der Komplementgehalt des Serums 
ist bei Syphilis, sowie auch bei den meisten 
Infektionskrankheiten betrachtlich abgesetzt. 
Ueber diese Frage sind von JOUSSET und 
PARASKOVEPOULOS, JACOBAEUS, 
BACHMANN und KATHE sorgfältige Un- 
tersuchungen ausgefiihrt worden. 

FRITZ HOEHNE und R. KALT brauch- 
ten in einigen Fallen 0,2 ccm. Serum, um 
die nótige Menge Komplement zu erhalten, 
wahrend in anderen schon 0,01 ccm. hin- 


| reichte. 


cipa dos defeitos de um e outro e por isto | 


resolvemos nao experimental-o na pratica. 


O metodo de FLEMING que emprega | 


extrato de coração humano que se prepara | fikationen sich zu erheben pflegen, ergeben 


adicionando 5 cc de alcool absoluto a 1 gr. 


de coração para depois aquecer a 600 durante | 
| (= 725 0/0) positive Ergebnisse mit der 
| WASSERMANN'schen Reaktion, bei der von 


uma hora. Deixa se sedimentar a 370 durante 
24 horas para depoiz diluir com solução fi- 
siolojica até atinjir o ponto do fixar com- 
plemento sem determinar hemolise devido ao 
alcool. 


In 50 Fallen, wo ich die STERN'sche 
Methode anwandte, waren nur 25 Fälle 
(= 500/0) positiv, wahrend diejenige von 
WASSERMANN 32 (= 640/0) ergab. 

TSCHERNOGUBOW und GURD FRA- 
ZER benutzten das Haemolysin eines Se- 
rums von normalen Menschen für Meer- 
schweinchenblutkórperchen und Komplement 
des Serums eines Patienten. Aus den Dis- 
kussionen, die bei Gelegenheit andere Modi- 


sich die Nachteile der respektiven Modifi- 
kation. In 40 Untersuchungen hatte ich 29 


TSCHERNOGUBOW dagegen nur 18 
(= 45 0/0). 

Ich unterliess es, die Methode von HECHT 
zu untersuchen, da sie eine Kombination 


Usamos de relativa asepsia na obtenção | 


de globulos de carneiro ao contrario do 
autor que recebe o sangue do matadouro e 
ainda o guarda durante sete dias no labora- 
torio. 


São utilisadas as hemolisinas normais e 
o complemento do soro do doente e quando 


kumano normal contendo complemento e 
amboceptor. 


Faltam os testemunhas de importancia, 


ha a possibilidade de se empregar excesso | 


de complemento e ha a obrigação de se pro- 
ceder á reação pouco depois de sangrado o 
doente, se bem que o autor afirme que em- 
pregou soro guardado no laboratorio ou na 
geleira durante uma semana. 


Em 40 casos examinados tivemos 30 ou | 


75 olo positivos pelo metodo de WASSER- 
MANN e 20 ou 50 o/o pelo de FLEMING. 


W. D’ESTE EMERY emprega comple- 


mento de soro do paciente e hemolisinas de | 


coelho para globulos humanos. O antijeno é o 
extrato alcoolico de coração normal. Trata 
se de uma reação de quantidades muito pe- 
quenas e que se passa em tubos capilares 
em termostato para opsoninas. A extrema 
simplicidade do processo que consta de dois 
tubo tendo alem do soro e sistema hemo- 
litico, um o extrato e outro solução fisiolo- 
jica, fez com que nem cojitassemos de em- 
pregal-o. 


RÉNÉ BERNARD e JOLTRAIN acon- 
selham o emprego de complemento e hemo- 
lisina de soro humano e globulos de car- 
neiro. Toda a reação se processa em 10-20 
minutos na estufa. No processo classico de 
WASSERMANN não conseguimos que na 
estufa os tubos tomassem neste tempo a tem- 
peratura ambiente. 


89 


D 


a= 


von bereits verworfenen Methoden ist, 
und die Fehler beider vereinigen muss: bei 
derseiben werden Komplement und Haemo- 
lysine fiir Hammelblutkórperchen und die 


| des zu untersuchenden Serums verwendet. 


Die FLEMMING'sche Methode gebraucht 
Extrakt von Menschenherz, welches dadurch 
gewonnen wird, dass man zu 1 gr. Herz 5 


A EM E | cem, Alkoho! ab- und hinzufiigt und dann 
faltam as primeiras adiciona se mais soro 8 


eine Stunde lang auf 600 erwármt. Dann 
lásst man bei einer Temperatur von 370 


| wáhrend 24 Siunden absitzen, um dann so- 


lange mit Kochsalzlósung zu verdiinnen, bis 
das Komplement gebunden wird und keine 
Haemolyse durch den Alkohol hervorgeru- 
fen wird. Ich habe die Blutentnahme beim 
Hammel mit relativer Asepsis ausgefiihrt, 
wahrend FLEMMING das Blut aus dem 
Schlachthause bezieht und ausserdem noch 
während 7 Tage im Laboratorium aufbe- 
wahrt. Man beniitzt normales Haemolysin 
und das Komplement des Krankenserums, 
und wenn erstere fehlen, fiigt man noch 
mehr normales Serum hinzu, welches Kom- 
plement und Ambozeptor enthált. Es feh- 
len die nótigen Kontrollproben bei der Ge- 
fahr einen Komplementeniiberschuss anzu- 
wenden; ausserdem muss die Reaktion bald 
nach Gewinnung des zu untersuchenden 
Blutes gemacht werden, obwohl FLEMMING 


| angibt, Sera verwendet zu haben, welche 


schon eine Woche im Laboratorium oder 
im Eisschrank gestanden hatten. In 40 von 
mir untersuchten Fallen waren 30 (= 750/0) 
positiv bei dem WASSERMANN’schen Ver- 
fahren und nur 20 (= 50 0/0) bei dem FLEM- 
MING'schen. 

Das Komplemeni, mit welchem W. 
D’ESTE EMERY arbeitete, stammt aus dem 
Serum des Kranken und das Haemolysin 
fiir die Menschenerythrocyten von Kanin- 
chenblut; das Antigen ist das alkoholische 
Extrakt eines normalen Herzens. Es han- 
delt sich dabei um sehr kleine Mengen, 
deren Reaktion im Thermostat und in Ka- 
pillarrôhrchen fiir Opsonine verfolgt wird. 
Das Verfahren, welches nur mit 2 Kapil- 
laren arbeitet, welches ausser dem Serum 
und dem haemolytischen System einmal Ex- 


FOIX lança mão das hemolisinas nor- 
mais para globulos de coelho existentes no 
soro humano. Substitue a pipeta graduada 
pelas gotas e é o quanto basta para que se 
lhe negue sanção. 

O metodo de VON DUNGERN não o 
empregámos nas condições por ele indi- 
cadas. 

Empregámos no emtanto em diversas 
ocasiões o extrato de coração de cobaia que 
não funcionava muito bem. Não é bom o 
emprego do antijeno embebido em papel. 


Varias vezes falhou nos o complemento se- | 


: a dl | graduirte Pipette durch die Tropfenmethode, 
co embebido em papel. Náo é orijinal, alem | 


, 


de condenavel, este processo de fixar os ele- 


mentos da reação em papel porque anterior- | 


mente empregado por NOGUCHI foi depoiz 
por ele abandonado. 


Ha alem destas uma serie de modifica- 


ções que se distinguem pelo sistema hemo- | 


lítico empregado e que não tivemos o cui- 


dado de verificar, tais são as de THOM- | 


SEN, DETRÉ, BALLNER, DECASTELLO, 
BROWNING, MCKENZIE, MASLAKOWITZ 
e LIEBERMANN. 

Uma das mais recentes e atraentes mo- 
dificações pela base cientifica apresentada é a 
de JACOBSTHAL que propõe realisar a pri- 
meira parte da reação em baixa temperatura. 

Obteve assim mais 2 o/o de resultados 
positivos. 

Em 20 casos em que 16 ou 80 oo foram 
positivos pelo processo de WASSERMANN 
tivemos 14 ou 70 o/o pele modificação de 
JACOBSTHAL. Dois que foram positivos 
pela reação de JACOBSTHAL foram nega- 
tivas pela de WASSERMANN e quairo po- 
sitivos pelo metodo clasico não o foram 
quando observada a reação na geleira. 

GUGGENHEIMER que acredita que em 


baixa temperatura creça o poder impediente 


trakt und das andere Mal eine Kochsalzló- 
sung enthalten, ist so primitiv, dass ich da- 
von absah, es zu erproben. 

RENE BERNARD und JOLTRAIN schla- 
gen vor, Komplement und Haemolysin von 
Menschenserums und Hammelblutkórperchen 
zu verwenden. Die ganze Reaktion dauert nur 
10—30 Minuten im Thermostat. Beim klas- 
sischen Verfahren von WASSERMANN ge- 
nügte diese kurze Zeit nicht, um die Róh- 


| ren im Thermostate auf die Bruttemperatur 


zu bringen. 

FOIX benutzt die im normalen Men- 
schenserum existierenden Haemolysine fur 
Kaninchenblutkórperchen und ersetzt die 


ein fiir mich geniigender Grund, um das 
Verfahren abzulehnen. 
V. DUNGERN?s Methode habe ich in 


| der von ihm angegebenen Weise nicht be- 


niitzt, habe aber zu verschiedenen Malen 
mit dem Extrakt aus Meerschweinchenherz 
gearbeitet, welches sich nicht besonders 
auglich zeigte. Auch die Verwendung des 
mit Antigen getrankten Papieres ist nicht 
zu empfehlen. Wiederholte Male hat das 
trockene am Papier fixierte Komplement 
sich nicht bewährt. Dieses Verfahren, die 
Elemente fiir die Reaktion von Papier auf- 
saugen zu lassen, ist weder neu noch zu 
billigen, wie denn auch NOGUCHI, der 
früher damit arbeitete, es spáter aufgab. 

Es gibt ausser den genannten noch eine 
ganze Reihe von Modifikationen, welche sich 
durch das System der Haemolysin unter- 
scheiden lassen und die ich nicht alle un- 
tersuchen wollte: so z. B. die von THOM- 
SEN, DETRE, BALLNER, DECASTELLO, 
BROWNING, MCKENZIE, MASLAKO- 
WITZ und LIEBERMANN. 

Eine ganz neue und wegen ihrer wis- 
senschaftlichen Grundlage anziehende Mo- 
difikation ist die von TACOBSTHAL; er 
schlagt vor, den ersten Teil der Reaktion 
bei niedriger Temperatur zu machen. Da- 


| bei stiegen die positiven Kesultate um 2 0/0. 


Bei 20 Syphilisfálien, wo das WACSER- 
MANN’sche Verfahren 16 (= 300/0) posi- 
tive Resultate ergab, erhielt ich mit der von 


do extrato rejista 8 o/o de cazos negativos 
pelo processo de JACOBSTHAL e positivos 
pela tecnica primitiva. 

Deixamos propositalmente para o fim o 
metodo de NOGUCHI que é uma das boas 
aquisições que tem feito a ciencia. Deixá- 
mos completamente de lado a tecnica do em- 
prego de complemento amboceptor e antijeno 
embebido em papel pela inconstancia do ti- 
tulo obtido na dosajem. 

SLEESWIJK, e SWIFT PEDERSEN acu- 
sam o metodo de fornecer resultados não 
especificos e outros a‘ribuem 4 precipitação 
formada entre a precipitina e o precipitino- 
jeno do soro humano os resultados rejistra- 


Eq 


dos, o que é evidentemente exajerado. 


Este metodo, que desde 1910 é oficialmen- 
te adotado no exercito americano, fornece 
resultados que muito se aproximam dos da 
reação de WASSERMANN. 

Em 100 casos examinados tivemos 76 
positivos pelo processo de WASSERMANN 
e 70 pelo de NOGUCHI. 


Não se pode censurar a NOGUCHI 
pelos resultados positivos na lepra e bouba 
por quanto com a tecnica orijinal nestas 
duas molestias obtem se resultados iden- 
ticos. 


Temos observação de quatro casos de 
bouba em que foi um positivo, um negativo 
e dois fracamente positivos. 


Embora secundario ha um ponto lem- 
brado por NOGUCHI que se poderia apro- 
veitar para os outros metodos é o do em- 
prego da mistura de soro de 2 cobaias em 
cada ensaio. 


Não nos parece que mereça a denomi- 
nação de simplificação o metodo de NO- 
GUCHi, porquanto a exijencia de um soro 
hemolitico para globulos humanos acarreta 
trabalho maicr que o preparo de um outro 
para globulos de coelho. O preparo do ex- 
trato acetonico é mais dificil que o do al- 
coolico. E” certamente um processo sensivel 
que se pode empregar ao lado do de WAS- 
SERMANN com grande vantajem. 


91 


JACOBSTHAL nur 14 (= 70 0/0). Zwei 
waren nach JACOBSTHAL positiv und bei 
WASSERMANN negativ, wenn die Reaktion 
im Eisschrank gemacht wurde. 


GUGGENHEIMER, welcher glaubt, dass 
niedrige Temperatur die Hemmungskraft des 
Extraktes steigert, verzeichnet 8 0/o der Fálle 
als negativ mit dem Verfahren von JA- 
COBSTHAL und als positiv mit der primi- 
tiven Technik. 

Absichtlich habe ich die Methode von 
NOGUCHI zu Schluss gelassen; dieselbe 
bildet eine wirkliche Errungenschaf: der 
Wissenschaft. Die Technik mit Komple- 
ment, Ambozeptor und auf Papier fixiertem 
Antigen habe ich wegen der Unsicherheit 
bei der Bestimmung des erhaltenen Titers 
ganz ausgeschlossen. 


SLEESWIJK und SWIFT PEDERSEN 
machen der Methode den Vorwurf, dass sie 
keine spezifische Resultate gábe und andere 
schreiben der Fällung, welche durch die 
Verbindung des Präzipitins mit dem Präzi- 
pitinogen des menschlichen Serums entsteht, 
die als positiv verzeichneten Falle zu, was 
augenscheinlich sehr iibertrieben ist. 

Diese Methode, welche seit 1910 beim 
Amerikanischen Heere offiziell angenommen 
ist, gibt Resultate, welche denen der WAS- 
SERMANN’schen Reaktion sehr nahe kom- 


| men. 


Von 100 untersuchten Fallen habe ich 


| mit der WASSERMANN ’schen Reaktion 76 


positiv gefunden und mit der von NOGU- 
CHI nur 70. 

Man kann NOGUCHI die positiven Re- 
sultate bei Lepra und Framboesie nicht vor- 
werfen, da solche auch mit der Original- 
technik erhalten werden. In 4 Fallen von 
Framboesie, die wir zur Beobachtung hat- 
ten, war das Resultat in einem Falle posi- 
tiv, beim anderen negativ und in 2 schwach 
positiv. 

Auch das Benutzen einer Serummischung 
von 2 Meerschweinchen fiir jede Reaktion, 


| wie NOGUCHI vorgeschlagen hat, ist, ob- 


wohl nebensächlich, doch bei anderen Me- 
thoden verwertbar. 


De todos os metodos é ainda o de WAS- 
SERMANN que nos merece mais confiança 
é o que recomendamos como metodo de 
diagnostico, que embora não sendo infalível 
não é menos Seguro que qualquer outro mo- 
todo biolojico. 

Em 23 casos de sifilis primaria obtive- 
mos 13 pozitivos ou 57 o/o, em 158 de sifilis 
secundaria 127 positivos ou 80 o/o e em 201 
de sifilis terciaria, 120 positivos ou 60 0/o. 
Diremos ainda algo sobre a transformação 
da reação de qualitativa em quantitativa. 
Seria de grande vantajem poder utilisar a 
dosajem quantitativa para indicações tera- 
peuticas e de prognostico clinico. 


Dos metodos de dosajem um dos mais 
antigos é o de NEISSER, BRUCK e SCHU- 
CHT que primeiro lembraram verificar qual 
a maior quantidade de antijeno que em pre- 
zença de quantidade fixa de soro sifilitico é 
capaz de fixar complemento. 


Secam no vacuo o soro e empregam no 
como estalão. Fazem então o estudo com- 
parativo entre o poder fixador de comple- 
mento do estalão e de outro soro que te- 
nham a pesquisar, em presença do extrato 
que se emprega em doses decrecentes desde 
0,2 até 0,005. 

SORMANI e JOHN RODDY dosam a 
menor quantidade de complemento necessa- 
ria para produzir hemolise em presença do 
extrato e de soro. Embora de tecnica escru- 
pulosa não nos parece que se possa ver nis- 
to uma dosajem qualitativa. 


ZEISSLER eleva gradualmente a quanti- 
dade de complemento e diminue o de extra- 
to e soro o que é sobremodo complicado. 

OLUF THOMSEN dosa complemento 
e hemolisina absorvido pelo extrato. Empre- 
ga depoiz quantidades decrecentes de soro 


92 


Mir scheint allerdings die Bezeichnung 
Vereinfachung fiir die Methode von NO- 
GUCHI unrichtig, denn sie fordert ein hae- 
molytisches Serum fiir menschliche Erythro- 
cyten, dessen Herstellung doch vielmehr 
Arbeit mit sich bringt als die eines Serums 
für Kaninchenerythrocyten. Die Bereitung 
eines Acetonextraktes ist doch schwieriger 
als eines alkoholischen. Es ist ein sehr 
empfindliches Verfahren, das mit grossem 
Nutzen neben dem WASSERMANN ’schen 
benutzt werden kann. 


Es ist doch immer die WASSERMANN?- 
sche Reaktion, welche sich unter allen Me- 
thoden als die zuverlássigste erwiesen hat; 
natúrlich ist sie nicht unfehlbar, bietet uns 
aber doch dieselbe Sicherheit wie die bio- 
logischen Verfahren im allgemeinen. 


In 23 Fallen von Primarsyphilis erhielt 
ich 13 (= 570/o) positive Resultate, in 158 
sekundärer 127 (= 800/0) und in 201 ter- 
tiárer Syphilis 120 (= 60 0/0). 

Nunmehr will ich zur Besprechung der 
Versuche, aus einer qualitiven eine quanti- 
tative Reaktion zu gestalten iibergehen. Es 
wiirde uns doch wohl grosse Vorteile bie- 
ten, wenn man aus der qualitativen Be- 
stimmung therapeutische und prognostische 
Schliisse fiir die Praxis ziehen kônnte. 


Eine der áltesten Methoden hierfür ist 
diejenige von NEISSER, BRUCK und 
SCHUCHT, welche zuerst das Maximum 
von Antigen zu bestimmen suchten, welches 
durch eine bestimmte Komplementmenge im 
Syphilitikerserum gebunden wurde. Als £tan- 
dard diente das im Vakuum getrocknete Se- 
rum. Hierauf wird des Standards Bindungs- 
kraft fiir Komplement untersucht, mit der 
des zu untersuchenden Serums verglichen, 
und zwar mit immer geringeren Mengen 
von Extrekt von 0,2 bis 0,005. 

SORMANI und JOHN RODDY be- 
stimmen die noetige Minimalmengen von 
Komplement, welche in Anwesenheit von 
Extrakt und Serum Haemolyse herbeifuehrt, 
Trotz der gewissenhaften Technik glaube ich 
doch nicht, dass man eine solche Dosierung 
eine qualitative nennen kann. 


a examinar: 0,2 0,1 0,05 0,025 0,012. O grão | 


da reação se exprime em porcento de hemo- 
lise comparando o resultado da reação com 
uma escola organisada com diversas dilui- 
ções de sangue de carneiro em agua disti- 
lada. 


E” dos metodos que bons resultados nos 
ofereceram. Não temos ainda observação su- 
ficiente para recomendal-o na pratica. Para 
terminarmos duas palavras sobre a ação do 


mente o resultado da reação. Em poucos ca- 
sos de individuos alcoolisados que nos pro- 
curaram para uma reação e em alguns do- 
entes da clinica hospitalar a quem facilita- 
mos durante um dia quantidade razoavel de 
vinho do Porto não observamos influencia 
manifesta. São tão poucas as observações 
neste capitulo que não podemos ter opinião 
a respeito. 


Outra questão contraversa que nos pren- | 
deu a atenção é a da ação do iodeto de | 


potassio sobre a reação. 


por HOHNE, BERNHARD, BLUMENTHAL, 
FISCHER e em raros casos por ENZO BIZ- 
ZOZERO. 


Em cinco casos observados na clinica 
civil e hospitalar o que constitue numero 
muito pequeno, submetidos exclusivamente 
ao tratamento iodado obtivemos ainda re- 
sultados positivos. 


Manguinhos — Janeiro de 1913. 


ZEISSLER steigert graduell den Kom- 


_ plementgehalt, dagegen vermindert er den 
| des Extraktes und des Serums, was hóchst 


kompliziert ist. 
OLUF THOMSEN bestimmt die durch 
das Extrakt absorbierte Menge an Komple- 


| ment und Haemolysin und benutzt dann 


immer kleinere Mengen des zu untersuchen- 
den Serums: 0,2—0,1—0,05—0,025—0,012. 
Der Grad der Reaktion wird durch den 
Prozentgehalt an Haemolyse ausgedrückt, 
welchen man an einer besonderen, aus 


alcool que segundo CRAIG altera notavel- | Hammelblut und distilliertem Wasser, in 


| verschiedenen Verdiinnungen, aufgestellten 


Skala abliest. 

Mit dieser Methode habe ich zwar gute 
Resultate erzielt, kann aber deren Anwendung 
aus Mangel an eigener Beobachtung nicht 
empfehlen. 


Zum Schlusse will ich noch kurz die 
Wirkung des Alkohols besprechen, welcher 


| nach CRAIG einen wesentlichen Einfluss 
| auf das Resultat der Reaktion ausüben soll. 


Bei den wenigen alkoholisierten Patien- 
ten, deren Reaktion ich machte, sowie bei 
anderen Kranken im Spital, welche während 
eines Tages ein beträchtliches Quantum 


| Portwein zu trinken bekommen hatten, beo- 
Negada por Mc. DONAGH, JAWORSKI, | 


MUHSAM,KAREWSKT e LESSERe admitida | 


bachtete ich keinen wesentlichen Einfluss; 
hieriiber jedoch sind meine Beobachtungen 
so sparlich, dass ich kein Urteil darueber 
geben moechte. 

Eine andere viel umstrittene Frage ist 
die Wirkung des Jodkaliums auf die Re- 
aktion: Mc. DONAGH, JAWORSKI, MUEH- 
SAM, KAREWSKI und LESSER bestreiten 
dieselbe, doch von HOEHNE, BERNHARD, 
BLUMENTHAL, FISCHER und ENZO BIZ- 
ZOZERO (in seltenen Faellen) wird sie 
angenommen. 

Bei 5 Patienten meiner Praxis und des 
Spitals war das Resultat positiv, obwohl 
ausschliesslich Jodbehandlung stattgefunden 
hatte. 


Manguinhos — Januar 1913. 


—————— “20 D) 0 <————— 


BERNARD, RÉNÉ & JOL- 
TRAIN, E. 


BLACK & FRIEDEMANN 


BRIEGER, L. & RENZ, H. 


BIZZOZERO, ENZO 


BROWNING, CARL H. 
& MCKENZIE, IVY 


BROWNING, CARL H. 
& MCKENZIE, IVY 


CRAIG, CHARLES F. 


DANIELS, POLAK L. 


EISENBERG, PHILIPP 


EMERY, W. D’ESTE 


FLEMMING, ALEXAN- 
DER 


FLEMMING, ALEXAN- 
DER 


dd Hiei 


BIBLIOGRAFIA. 


1910 


1910 


1910 


1910 


1909 


1909 


1910 


1911 


1910 


1910 


1909 


1909 


Résultats comparés de la méthode de WASSERMANN 
et d'une méthode de simplification pratique pour le 
diagnostic de la syphilis. 

Compt. rend. à. 1. Soc. de Biol. de Paris T. LXIX, 
N.o 28 pg. 241-243. 


Ueber thermoreversibile Zustandsaenderungen der bei 
der Wassermannschen Reaktion verwendeten alkoho- 
lischen Leberextrakte. 

Zeits. f. Immunitaetsf. Bd. IV Teil I Orig. pag. 108 
123; 


Chlorsaeures Kali bei der Serodiagnose der Syphilis. 
Deut. med. Wochenschr. N.o 2 p. 78. 


Ueber den Einfluss der lodkalibehandlung auf die Was- 
sermannsche Reaktion. 
Mediz. Klinik. N.o 31 pg. 1222-1223. 


The biological syphilis reaction, its significance and me- 
thod of application. 
The Lancet, May pg. 1521-1523. 


Modifications of serum and organ extract due to phy- 
sical agencies and their effect on the Wassermann 
reaction. 

The Journ. of Path. and Bacter. VOL. 13 p. 325. 


Observations upon the Noguchi modification of the Was- 
sermann complement fixation test in the diagnosis of 
Lues in the military service. 

The Journ. of exp, Med. Vol. 12 N.o 6 Nov. 1, pg. 
726-745. 


Ueber die Bedeutung der Verwendung von Antigenen 
verschiedener Herkunft bei der Wassermannschen Re- 
aktion. 

Zeits. f. Immunitaetsf. Bd. 2 S. 206-215. 


Zur Technik und Theorie der Wassermann'schen Reaktion. 
Zeits. f. Immunitätsf. Bd. IV pg. 331-348. 


The technique of a simplified form of the Wassermann 
reaction. 
The Lancet, Sept. 3 pg. 732-734. 


The serumdiagnosis of syphilis. 
Brit. med. Journ., Oct. 2, pg. 984-985. 


A simple methode of serumdiagnosis of syphilis. 
The Lancet, pg. 1512-1515. 


GUGGENHEIMER, HANS 


GURD, FRASER B. 


HAYNN, FR. & SCHMITT, A. 


HOEHNE, FR. & KALB, 
RICHARD 


JACOBAEUS, H. C. 


JACOBAEUS, H. ;C. & 
BACKMANN, E. LOUIS 


JACOBSTHAL, ERWIN 


JOLTRAIN, E. & BING, L. 


LANGE, CARL 


LESSER, FRITZ 


MASLAKOWITZ, P. & 
LIEBERMANN, J. J. 


MCDONAGH, J. E. B. 


MINTZ, S. 


1911 


1911 


1910 


1910 


1911 


1910 


1911 


1911 


1910 


1910 


1909 


1910 


1911 


ES SR ns 


Ueber den Einfluss der Temperatur auf die Wasserman- 
nsche Syphilisreaktion. 
Muench. med. Wochenschr. N.o 26 pg. 1392-1394. 


The use of active human serum in serumdiagnosis of 
syphilis. 

The Journ. of infect. diseases, June 15th, pg. 427 
443. 


Ueber die angebliche Brauchbarkeit des Chlorsaeurenka li 
fuer die Serodiagnose bei Syphilis. 
Dermat. Zeits. Bd. XVII, H. 5 Pg. 325-334. 


Vergleichende Untersuchungen der Originalmethode nach 
Wassermann mit den uebrigen gebraeuchlichen Modi- 
fikationen. 

Arch. f. Dermat. u. Syphilis, Bd. .CIV pg. 3837-412 


Die stoerende Wirkung der im Menschenserum enthalte- 
nen natuerlichen Ambozeptoren bei Wassermann’s Re- 
aktion. 

Zeits. f. Immunitaetsforsch. Teil I, Orig. Bd. VIII 
H. 5/6 pg. 615-625. 


Ueber verschiedene Modifikationen der Wassermannschen 
Reaktion. 
Zeits. f. Immunitaetsf. Bd. IV, H. 1/2 pg. 78-102. 


Versuche zu einer optischen Serodiagnose der Syphilis: 
Zeits. f. Immunitaetsf. Bd. VIII, H. 1 pg. 107-128. 


Méthodes de simplification du procédé de Wassermann 
pour le séro-diagnostic de la syphilis. Etude analyti- 
que et critique. 

Arch. f. Dermatol. & Syphilis. Bd. CVI, pg. 337-344. 


Ergebnisse der Wassermannschen Reaktion bei Vorbe- 
handlung der Sera mit Baryumsulfat nach Wechselmann- 
Deut. med. Wochenschr., N.o 5 Pg. 217-219. 


Verschiedene Modifikationen der Wassermannschen Re- 
aktion und ihre Bedeutung. 
Dermatol. Zeits., Bd. XVII, H. 7 p. 504-512. 


Zur Technik der Wassermannschen Reaktion. 
Zeits. f. Immunitaetsforsch., Bd. II. H. 5 p. 554-566. 


The value of Wassermann reaction. 
Brit. med. Journ., May, pg. 150-156. 


Zur Frage der Vervollkommnung der Wassermannschen 
Reaktion. 
Zeits. f. Immunitaetsforsch. Bd. IX, H. 1 p. 29-41. 


NOGUCHI, HIDEYO 


NOGUCHI, HIDEYO 


NOGUCHI, HIDEYO 


NOGUCHI, HIDEYO & 
BRONFENBRENNER, J. 


NOGUCHI, HIDEYO & 
BRONFENBRENNER, J. 


NOGUCHI, HIDEYO & 
BRONFENBRENNER, J. 


NOGUCHI, HIDEYO & 
BRONFENBRENNER, J. 


NOGUCHI, HIDEYO & 


BRONFENBRENNER, J. 


RODDY, JOHN 


ROSSI, OTTORINO 


SACHS, H. 


SORMANI, B. P. 


1909 


1910 


1911 


1911 


1911 


1911 


1911 


1911 


1911 


1911 


1911 


1909 


E QE ui 


A new and simple method for the serumdiagnosis of 
syphilis. 
The Journ. of exp. Med. Vol. II pg. 392-401. 


Weitere Erfahrungen mit vereinfachte Methode der Se- 
rumdiagnose der Syphilis. 
Zeits. f. Immunitaetsforsch. Bd. VII H. 3, pg. 353-372. 


Die quantitative Seite der Serodiagnostik der Syphilis mit 
Bemerkungen ueber den Globulin-und natuerlichen an- 
tihammel-Ambozeptorgehalt syphilitischer Sera sowie 
ueber die angebliche Gefahr von Auftreten des Neis- 
ser Sachsschen Phaenomen beim Verwenden des 
antimenschlichen Ambozeptors. 
Zeits. f. Immunitaetsf. Bd. O., H. 6 pg. 715-748. 


Variations in the complement activity and fixability of 
guinea pig serum. 
The Journ. of exp. Med., Vol. 13 pg, 69-77. 


The interference of inactive serun and egg white in the 
phenomenon of complement-fixation. 
Journ. of exp. Med., Vol. 13 pg. 92-98. 


The biochemical studies on so-called syphilis antigen. 
Journ. of exp. Med., Vol. 13 pg. 43-68. 


The comparative merits of various complemen s and am- 
boceptors in the serum diagnosis of syphilis. 
Journ. of exp. Med. Vol. 13 p. 78-91. 


Barium sulphate absorption and the serumdiagnosis of 
of syphilis. 
Jonrn. of exp. Med., Vol. 13 pgs 217-228. 


A resumé of one hundred Wassermann tests. 
N. Y. med. Journ., Sept. 23 pg. 634-636. 


Ueber die Methodik der Wassermannschen Syphilisre- 
aktion. Ein Verfahren zwecks Absorption der im Men- 
schenserum normalerweise enthaltenen Ambozeptoren 
gegen rote Hammelblutkoerperchen. 

Zeits. f. Immunitaetsf. Bd. X, H. 3 pg. 321-326. 


Ueber den Einfluss des Cholesterins auf die Verwend- 
barkeit der Organextrakte zur Wassermannschen Sy- 
philisreaktion. 

Berl. klin. Wochenschr. N.o 46 pg. 2066-2067. 


Quantitative Bestimmung der Luetischen Serumveraen- 
derungen mittels der Reaktion von Wassermann, Neis- 
ser und Bruck. 

Arch. f. Dermat. u. Syph. Bd. 98. pg. 73-90. 


4 


ee tite > she 


— se. ee a à: à À, 


As TE 


ERAN VAN 


STERN, MARGERETE 


THOMSEN, OLUF 


THOMSEN, OLUF & 
BOAS, HAROLD 


VALENTINO, FACCHINI 


1912 


1910 


1911 


1909 


RE AN AE 


Ueber die Brauchbarkeit der Baryumsulfatbehandlung von 
Leichenseren zwecks serodiagnostischen Untersuchung. 
Zeits. f. Immunitaetsf. Bd. 13, H. 6, pg. 688-694. 


Die quantitative Ausfuehrung der Wassermannschen Re- 
aktion. 
Zeits. f. Immunitaetsf. Bd. 7. H. 4 pg. 389-407. 


Ueber die Thermoresistenz der in der Wassermannschen 
Reaktion wirksamen Antikoerper in den verschiedenen 
Stadien der Syphilis und bei anderen Krankheiten. 

Zeits. f. Immunitaetsf. Bd. 10, H. 3 pg. 337-361. 


Beitraege zur Technik der Wassermannschen Reaktion. 
Zeits. f. Immunitaetsf., Bd. 2, H. 3 pg. 257-304. 


TORA TOS 


dE FE 3 finir La i 
Lie, pac 


OA 
A IO: 
EIN À 


y y 


Ano 1913 
Tomo V 
Faciculo II 


MEMORIAS 
INSTITUTOOSWALDO CRUZ 


Rio de Janeiro - Manguinhos 


ae #1 
di dx d 
A O eN da 
sa bin, tres te. AA 

Y he PART 

4 LE 

Pia 


Sumario: 


I Contribuição para o conhecimento da fauna de protozoarios do ipi pelo Dr. ARISTIDES MARQUES DA 
CUNHA (com as estampas n. 9 e 10) . . . 101 

Il otas sobre a presença da larva de Linguatula serrata FROELICH no intestine do ‘nomen no Brazil, 
seguido de notas sobre os linguatulideos da coleção do Instituto a Dr. GOMES DE FARIA 


e LAURO TRAVASSOS (Com a estampa 11) . . . y 123 
II Contribuição para a biolojia das megarininas com descrições de duas Cancela: novas pelos Dis. ADOLPHO 
LUTZ e ARTHUR NEIVA. : ...,, : 129 


IV Tabanidas do Brazil e de alguns Estados visinhos nate Dy! ADOLPHO LUTZ (icons as Sp 12 e 13). 142 
V Sobre nova micose humana, causada por cugumelo ainda não descrito: Proteomyces infestans pelos Drs. 


ARTHUR MOSES e GASPAR VIANNA (Com .as estampas 14 a 18). . . . 192 
VI Pesquisas sobre o Granuloma venereo pelos Drs. HENRIQUE DE BEAUREPAIRE ARAGÃO. e GASPAR 
VIANNA ¿(cont as Estampas taza) y ion e eV AE IA ay REA a SAN UBV DR RA RE 
Inhalt: 


I Beitraege zur Kenntnis der Protozoenfauna Brasiliens von Dr. ARISTIDES MARQUES DA CUNHA (mit 
Dafels 974.10) fee 0 101 

II Beobachtung der Larve von Linguatula ‘serrata FROELICH als Darth des Menschen in ‘Brasilien und 
Bemerkungen über die Linguatuliden der NT von Dr. GOMES DE FARIA und 


LAURO TRAVASSOS (Mit Taf. 11) ae 123 
WI Beitrage zur Biologie der Megarhininen und Beschreibung zweier neuer AE von ois ADOLPH LUTZ 

und ARTHUR NEIVA . . . . «ieee 
IV Tabaniden Brasiliens und einiger Naclba rien ted von DE ADOLPH LUTZ (mit Tafeln 12 ua 13) ANT 
V Neue Mycose des Menschen, verursacht durch Proteomyces infestans, einen noch unbeschriebenen Pilz 

von Drs. ARTHUR MOSES und GASPAR VIANNA (Mit Tafeln 14 und 18). . . . 192 
VI Untersuchungen ueber das Granuloma venereum von Dr. HENRIQUE DE BEAUREPAIRE ARAGAO ee 

GASPAR: VIANNA) (MitiTafeln, 19) DIS 28) Rm a Pen) Oumar ga, AN PR 


AVI S O As « MEMORIAS» serão publicadas em faciculos, que não aparecerão 


em datas fixas. No minimo, aparecerá um volume por ano. 


Na parte escrita em português foi adotada a grafia aconselhada pela Academia de Letras 
do Rio de Janeiro. 


Toda correspondencia relativa ás « MEMORIAS » deverá ser dirijida ao «Diretor do In- 
stituto Oswaldo Cruz — Caixa postal 926 — Manguinhos — Rio de Janeiro». Endereço tele- 
grafico: « Manguinhos ». 

AVI S Les « MEMOIRES » seront publiés par fascicules qui ne paraitront pas en épo- 
poques déterminées. Il paraitra chaque année, au moins, un volume. 

La partie portugaise est écrite selon la graphie adoptée par l’Académie brésilienne. 

Toute correspondance doit être adressée au «Directeur de l’Institut Oswaldo Cruz — Caisse 
postale 926 — Manguinhos — Rio de Janeiro». Adresse télégraphique «Manguinhos ». 


iy ay A non 


CE i il Meat era À Binds mis | 
À 


DAME A ial it VE yin 


UN oD 


Bi 
Le a Rendas, we to Mia iH 
“o Eh 


ER 


NOIA pn ua (ies erie 


Pau med, oi 


ns 1 o « 15 
; ' a 


ee at neg AYURE Ree ain u À 
ule RR! EAR LUO A Vip Wan) a ila 
(NE 28.) PIS et is ia 
(LT Se LP COPA 


Wi da! Ane 


es pee 1 PCT 


hn 
EN ors M 


DRM Main te ot RE 
RICAS tad e) 7e 
a ARO AMU , 


ER PRB dO Why RUE 


j LA 
PL AMA 


ALR dr 


Tet CAM] 

ne RE alums (ie AN 
j i k el 
ANA 


EN AA 


IHM, AFS {y Er 
MIE SAN it 
pave Prt wah 
A ARE 
lle UA Oh 
' 


TE pita a nr 


HOT PTT 5 


e 


A vit? oK lens Agi ti de, 
Ro Tout Ne 


paid Se Lt Meek ah Pra AE Se ote } 
Any! adds TOR ETR AA AO e pt se 1m 
$ 4 pi 4 UI q PA Y db fes 


A LATA 
ye ener y PR d'ou ye re: 


Cees AN 
AUS UN LR UE 
VU NICE ia 


A { ta) 
LOT LE 


NEC | 


CELA MX 


UPA i 
i ih 


Contribuição para o conhecimento da fauna de protozoarios do Brazil 
pelo 


Dr. Aristides Marques da Cunha. 


(Estampas 9 e 10) 


Beitraege zur Kenntnis der Protozoenfauna Brasiliens 
von 
Dr. Aristides Marques da Cunha. 
(Mit Tafeln 9 u. 10) 


As primeiras referencias 4 fauna de pro- 
tozoarios do Brazil datam de 1841 e devem- 
se a EHRENBERG. Esse autor assinalou as 
trez especies seguintes: 


Centropyxis aculeata, 

Euglypha alveolata, 

Trinema enchelys. 

Estas são as unicas mencionadas como 
existentes no Brazil por SCHEWIAKOFF em 


1893. 
DADAY, em 1905, encontrou no Estado 


de Matto Grosso 30 especies das quais 2 | 


novas. 


PROWAZEK (1910) cujo trabalho é o 
mais completo até então existente sobre o 
assunto assinala 91 especies nos arredores 
de Manguinhos e em algumas localidades do 
Estado de S. Paulo. 


Die ersten Angaben úber die Protozoen- 
fauna Brasiliens datieren von 1841. Wir 
verdanken sie EHRENBERG, der folgende 
drei Arten verzeichnete: 


Centropyxis aculeata, 
Euglypha alveolata, 
Trinema enchelys. 


Es sind dies auch die einzigen Arten, 
welche SCHEWIAFOFF 1893 als in Brasilien 
vorkommend verzeichnet. 


DADAY fand 1905 im Staate Matto 
Grosso dreissig Arten, darunter zwei neue. 

PROWZEK (1910), welchcr die umfass- 
endste Arbeit über diese Fauna verôffentlichte, 
führte 91 Arten aus Manguinhos und einigen 
Lokalitaten im Staate São Paulo an. 


Além disso ARAGÃO (1909-1910) men- 
ciona 2 especies novas e HARTMANN e 
CHAGAS (1910) 8 especies das quais 2 
novas. 
| Nas pesquizas que empreendemos sobre 
esse assunto conseguimos classificar 216 es- 
pecies 12 das quais consideramos novas. 

O material para esses estudos provinha 
das cercanias de Manguinhos, arredores des- 
ta capital e de algumas localidades dos es- 
tados de S. Paulo, Minas Geraes, Rio de 
Janeiro, Ceará, Piauhy e S. Catharina. 

Às especies encontradas constam da lista 
que abaixo transcrevemos: 


1 — Amoeba proteus ( ROESEL 1755). 
2 limax DU]. 1841. 

3 verrucosa EHRB 1838. 
4 — » striata PENARD 1890. 
5 
6 


= » 


—— » 


— Pelomyxa palustris GREEF 1874. 


— Cochliopodium echinatum KOROTT- 
NEFF 1877. 


7 — Pyxidicula operculata (AGARDH 1827.) 
8 — Arcella vulgaris EHRB. 1830. 


9 — discoides EHRB. 1830. 
10 — costata EHRB. 1847. 
11— > mitrata LEIDY 1876. 
12 — rota DADAY 1905. 
19 brasilienssis n. sp. 


14 — Difflugio acuminata EHRB. 1830. 


15 — > constricta EHRB. 1841. 

16 — » piriforme PERTY 1849. 

17 — » corona WALLICH 1864. 

18 — > tuberculata W ALLICH 1864. 
19 — urceolata CARTER 1864. 
20 — > elegans PÉNARD 1890. 
AO: curvicaulis PENARD 1899. 
22 — » limnetica (LEVANDER 1900). 


23 — gramen PÉNARD 1902. 

24 — D aculeata (EHRB. 1830). 
25 — » laevigata PÉNARD 1890. 
26 — > impressa (DADAY 1905). 
27 — Lecquereusia spiralis (EHRB. 1840). 
28 — Euglypha alveolata DUJARDIN 1841. 
29 — » brachiata LEIDY 1878. 

30 — Trinema enchelys (EHRB.) 1838). 

31 — Cyphoderia ampulla (EHRB. 1840). 
32 — Diplophys archeri BARKER 1868. 

33 — Actinophrys sol(O. F. MUELLER 1773). 
34 — Actinosphaerium eichorni (EHRB. 1840). 


Ausserdem erwähnt auch ARAGÃO 
(1906—1910) zwei neue Spezies und HART- 
MANN und CHAGAS bezeichnen acht Arten, 
darunter zwei neue. 

Bei meinen Untersuchungen gelang es 
mir 216 Arten festzustellen, von denen ich 
12 für neu halte. 

Das Material für diese Studien stammt 
aus der Umgegend von Rio, besonders Man- 
guinhos, sowie einigen Oertlichkeiten in den 
Staaten São Pauio, Minas Geraes, Rio de 
Janeiro, Ceará und Pyauhy. Die beobach- 
teten Arten ergeben sich aus nachfolgendem 
Verzeichnis : 


1 — Amoeba proteus (ROESEL 1755). 
2 — » limax DUJ. 1841. 

3 — » verrucosa EHRB. 1838. 
4 — > striata PENARD 1890. 
5 — Pelomyxa palustris GREE 1874. 
6 


— Cochliopodium echinatum  KOROT- 


NEFF 1877. 
7 — Pyxidicula operculatal ARGARDH 1827) 
8 — Arcella vulgaris EHRB. 1830. 


9— » discoides ERB. 1843. 
10 —  » costata EHRB. 1847. 
11 — > mitrata LEIDY 1876. 
12 — » rota DADAY 1905. 
ME brasiliensis n. sp. 


14 — Difflugia acuminata EHRB. 1830 


15 — » constricta EHRB. 1841. 

16 — piriforme PERTY 1849. 

17 — > corona WALLICH 1864. 

18 — tubercalata WALLICH 1864. 
19 — > arceolata GARTER 1864. 
OS elegans PÉNARD 1890. 

21 — curvicaulis PÉNARD 1899. 
22 — limnetica (LEV ANDER 1900). 
23 — gramen PÉNARD 1902. 


24 — CODE aculeata (EHRB. 1830). 
25 — > laevigata PENARD 1890. 
26 — > impressa (DADAY 1905. 
27 — Lecquereusia spiralis (EHRB. 1840). 
28 — Eugiypha alveolata DUJARDIN 1841. 
20 > brachiata LEIDY 1878. 

30 — Trinema enchelys (EHRB. 1838). 

31 — Cyphoderia ampulla (EHRB. 1840). 
32 — Diplophrys archeri BARKER 1868. 

33 — Actinophrys sol (O. F. MUELLER 1873) 
34 — Actinosphaerium eichorni (EHRB. 1840). 


103 


Raphidiophrys elegans HERTWIG e 


LESSER 1874. 
Clathrulina elegans CIENK. 1867. 


Mastigina setosa GOLDSCHMIDT 
1907. 


Cercobodo longicauda 
1841). 


Oicomonas termo (EHRB.) 
Monosiga ovata KENT 1881. 
Monas vivipara EHRB. 1835. 
Dendromonas laxa (KENT 1881). 


Anthophysa vegetans (O. F. MUELLER 
1786). 


Bodo saltans EHRB. 1831. 

» caudatus (DUJ. 1841). 
angustatus (DUJ. 1841). 
Rhynchomonas nasuta (STOKES 1888). 
Cyathomonas truncata (FRES. 1858). 

Polytomella agilis ARAGAO 1910. 
Rhipidodendron  splendidum STEIN 
1878. 
Poteriodendron petiolatum STEIN 1878. 
Tetramitus descissus PERTY 1852. 
Collodictyon triciliatum CARTER 1865. 
Trepomonas rotans KLEBS 1892. 
Spironema multiciliatum KLEBS 1892. 
fee viridis (O. F. MUELLER 1786). 
acus (O. F. MUELLER 1786). 
sanguinea EHRB. 1830. 
spirogyra EHRB. 1830. 
deses EHRB. 1833. 
geniculata DU]. 1841. 
> tripteris (DUJ. 1841). 
> oxyuris SCHMARDA 1846. 
pisciformis KLEBS 1883. 
gracilis KLEBS 1883. 
, velata KLEBS 1883. 
» variabilis KLEBS 1883. 
chrenbergi KLEBS 1883. 
» fusca KLEBS 1883. 
> terricola DANGEARD 1901. 
polymorphaDANGEARD 1901 
Pan ovum (EHRB. 1840). 
» texta (DUJ. 1841). 
» Jusiformis (CARTER 1859). 
» steini LEMM. 1901. 
» piriformis n. sp. 
mammillata n. sp. 


ris pleuronectes (O. F. MUELLER 
1773). 


(DUJARDIN 


35 — Raphidiophrys elegans HERTWIG und 


LESSER 1874. 
Clathrilina elegans CIENK. 1867. 
Mastigina setosa GOLDSCHMIDT 


Cercobodo longicauda 
1841 


Oicomonas termo (EHRB. 1829). 

Monosiga ovata KENT 1881. 

Monas vivipara EHRB. 1835. 

Dendromonas laxa (KENT 1881). | 

Anthophysa vegetans (O. F. MUELLER 
1786). 


(DUJARDIN 


Bodo saltans EHRB. 1831. 

»  caudatus (DU). 1841). 
angustatus (DUJ. 1841). 
Rhynchomonas nasuta (STOKES 1888). 
Cyathomonas truncata (FRES. 1858). 

Polytomella agilis ARAGÃO 1910. 


Rhipidodendron splendidum STEIN 
1878. 


Poteriodendron petiolatum STEIN 1878. 
Tetramitus descissus PERTY 1852. 
Collodictyon triciliatum CARTER 1865. 
Trepomonas rotans KLEBS 1892. 
Spironema multiciliatum KLEBS 1892. 
Euglena viridis (O.F. MUELLER 1786) 
> acus (O. F. MUELLER 1786). 
» sanguínea EHRB. 1830. 
» spirogyra EHRB. 1830. 
> deses EHRB. 1833. 
> geniculata DUJ. 1841. 
> tripteris (DUJ. 1841). 
» oxyuris SCHMARDA 1846. 
> pisciformis KLEBS 1883. 
>  gracilis KLEBS 1883. 
> velata KLEBS 1883. 
variabilis KLEBS 1883. 
> ehrenbergí KLEBS 1883. 
»  fusca KLEBS 1883. 
» terricola DANGEARD 1901. 
polymorphaDANGEARD 1901 
Beats ovum (EHRB, 1840). 
> texta (DUJ. 1841). 
» Jusiformis (CARTER 1859). 
> steini LEMM. 1901. 
» piriformis n. sp. 
mammillata n. sp. 


— Dh pleuronectes (O. F. MUELLER 
1773). 


7 — 
80 — 
Eire 
paie 
Due 
84 — 
85 — 
86 — 
Bree 
cee 
ye 
90 — 
91 — 
ae 


Phacus longicauda (EHRB. 1830). 
» pyrum (EHRB. 1830). 
»  triquetrus (EHRB. 1833). 
» hispidulus(EICHW ALD 1847). 
»  alatus KLEBS 1883. 
brevicaudatus KLEBS 1883. 
parvulus KLEBS 1883. 
orbiculatus (STOKES) 1886. 
gigas n. sp. 
bacillifer n. sp. 
Trachelomonas volvocina EHRB. 1831. 
» armata (EHRB. 1831). 
cylindrica EHRB. 1833. 
hispida (PERTY 1852). 
hispida var. cylindrica 
KLEBS 1883. 
» hispida var. crenulato- 
collis MASKELL 1886. 
cervicula STOKES 1890. 
affinis LEMM. 1898. 
» affinis var. lenisLEMM. 
1905. 


> intermedia DANGEARD | 
1901. 

elobularis AWERIN- 
ZEW 1901. 

obtusa PALMER 1905. 

curta n. sp. 


echinata n. sp. 
spinigera n. sp. 
> * tubulata n. sp. 
Colacium vesiculosum EHRB. 1833. 
Cryptoglena pigra EHRB. 1832. 
Astasia inflata DUJ. 1841. 
» curvata (KLEBS 1883). 
Menoidium pellucidum PERTY 1852. 
incurvum ( FRES. 1858). 
Peranema trichophorum (EHRB. 1830). 
Petalomonas mediocanellata STEIN 1878 


steini KLEBS 1892. 
Heteronema acus (EHRB. 1840). 

» globuliferum STEIN 1878. 
Anisonema acinus DUJ. 1841. 
Entosiphon sulcatum (DUJ. 1841). 
Synura uvella EHRB. 1831. 
Cryptomonas ovata EHRB. 1831. 
Chilomonas paramaecium EHRB. 1831. 
Chilomonas prowazeki n. sp. 


79 — Phacus longicauda (EHRB. 1830). 


80 
81 
82 
83 
84 
85 
86 
87 


100 
101 
102 
103 
104 
105 
106 
107 
108 
109 


110 
111 
112 
113 
114 
115 
116 
117 
118 


» pyrum (EHRB. 1830). 
» triquetras (EHRB. 1833). 
hispidulus (EICHW ALD 1847). 
>  alatus KLEBS 1883. 
»  brevicaudatus KLEBS 1883. 
»  parvulus KLEBS 1883. 
»  orbiculatus (STOKES) 1886. 
> gigas n. sp. 
»  bacillifer n. sp. 
hehe nos volvocina EHRB. 1831. 
armata (EHRB. 1831). 
cylindrica EHRB. 1833. 
hispida (PERTY 1852). 
hispida var. cylindrica 
KLEBS 1883. 
; hispida var. crenulato- 
collis MASKELL 1886. 
» cervicula STOKES 1890. 
affinis LEMM. 1898. 
affinis var. lenis LEMM. 


1905. 
> intermedia DANGEARD 
1901. 
globularis AWERIN- 
ZEW 1901. 
obtusa PALMER 1905. 
curta n. sp. 


echinata n. sp. 
spinigera n. sp. 
tubulata n. sp. 
oe vesiculosum EHRB. 1833. 
Cryptoglena pigra EHRB. 1832. 
Astasia inflata DUJ. 1841. 
curvata (KLEBS 1883). 
Menoidium pellucidum PERTY 1852. 
> incurvum (FRES. 1858). 
Peranema trichophorum (EHRB. 1830). 
Petalomonas mediocanellata STEIN 
1878. 
> steini KLEBS 1892. 
Heteronema acus (EHRB. 1849). 
globuliferum STEIN 1878. 
Anisonema acinus DUJ. 1841. 
Entosiphon sulcatum (DUJ. 1841). 
Synura uvella EHRB. 1833. 
Cryptomonas ovata EHRB. 1831. 
Chilomonas paramaecium EHRB. 1831. 
> prowazeki n. sp. 


119 — Chlamydomonas pulvisculus (O. F. 


MUELLER 1786). 


120 — Phacotus lenticularis (EHRB. 1831). 


121 
122 


em NA ont 


Polytoma uvella EHRB. 1831. 


Spondylomorum quaternariam EHRB. 
1848. 

Volvox aureus EHRB. 1831. 

Gonium pectorale O. F. MUELLER 
1773. 


Pandorina morum (O. F. MUELLER 
1786). 
Eudorina elegans EHRB. 1831. 
Gymnodinium fuscum (EHRB. 1833). 
> viride PENARD 1891. 
Glenodinium cinctum EHRB. 1835. 
Holophrya ovum EHRB. 1831. 
Urotricha farcta CLAP. e LACH. 1858. 
Spathidium spathula (O. F. MUEL- 
LER 1786). 


Lagynus elegans (ENGELMANN 1862). 
Lacrgmaria olor (O. F. MUELLER 
1786 ). 


coronata CLAP. & LACH, 
1859 var. aqua-dulcis ROUX 1901. 
Prorodon teres EHRB. 1833. 
Perispira ovum STEIN 1859. 
Actinobolus radians STEIN 1867. 
Coleps hirtus (O. F. MUELLER 1786). 
Dinophrya lieberkuehni BUETSCHLI 
1889. 


Didinium nasutum (O. F. MUELLER 
1786). 


. Mesodinium acarus STEIN 1862. 


Amphileptus incurvatus (DUJ. 1841). 
Lionotus lamella (O. F. MUELLER 
1786 ). 
fasciola (O. F. MUELLER 
1786). 
folium (DUJ. 1841). 


Loxodes rostrum (O. F. MUELLER 
1786). 

Trachelius ovum EHRB. 1833. 

Dileptus anser (O. F. MUELLER 1786). 

bivacuolatus n. sp. 

Nassula rubens (PERTY 1852). 

Chilodontopsis depressa (PERTY 1852). 

Chilodon cucullulus (O. F. MUELLER 
1773). 


119 — Chlamydomonas pulvisculus (O. F. 


MUELLER 1786). 


120 — Phacotus lenticularis (EHRB. 1831). 
121 — Polytoma uvella EHRB. 1831. 


122 


123 
124 


125 


126 
127 
128 
129 
130 
131 


Spondylomorum quaternarium EHRB. 
1848. 

Volvox aureus EHRB. 1831. 

Gonium pectorale O. F. MUELLER 
1773. 

Pandorina morum (O. F. MUELLER 
1786). 

Eudorina elegans EHRB. 1831. 

Cymnodinium fucum (EHRB. 1833). 
> viride PENARD 1891. 

Glenodinium cinctum EHRB. 1835. 

Holophrya ovum EHRB. 1831. 

Urotricha farcta CLAP. und LACH. 
1858. 

Spathidium spathula (O. F. MUELLER 
1786). 

Lagynus elegans (ENGELMANN 1862) 

Lacrymaria olor (O. F. MUELLER 
1786). 

> coronata CLAP u. LACH. 

1859 var. agua-dulcis ROUX 1901. 


Prorodon teres EHRB. 1833. 


Perispira ovum STEIN 1859. 

Actinobolus radians STEIN 1867. 

Coleps hirtus (O. F. MUELLER 1786). 

Dinophrya lieberkuehni BUETSCHL! 
1889. 

Didinium nasutum (O. F. MUELLER 
1786). 

Mesodinium acarus STEIN 1862. 

Amphileptus incurvatus (DUJ. 1841). 

Lronotus lamella (O. F. MUELLER 
1786.) 

fasciola (O. F. MUELLER 
1786). 
> folium (DUJ. 1841). 

Loxodes rostrum (O. F. MUELLER 
1786). 

Trachelius ovum EHRB. 1833. 

Dileptus anser (O. F. MUELLER 1786). 

> bivacuolatus n. sp. 

Nassula rubens (PERTY 1852). 

Chilodontopsis depressa (PERTY 1852). 

Chilodon cucullulus (O. F. MUELLER 
1773). 


Chilodon uncinatus EHRB. 1835. 
caudatus STOKES 1885. 
Loxocenhalus granulosus KENT 1881. 
Glaucoma sciniillans EHRB. 1830. 
Dallasia frontata STOKES 1885. 
Colpidium colpoda (EHRB. 1831). 
Colpoda cucullus O. F. MUELLER 1773. 
steini MAUPAS 1883. 
Frontonia leucas EHRB. 1833. 
Frontonia acuminata (EHRB. 1833). 
vesiculosa n. sp. 
Disematostoma  Buetschlii 
BORN 1894. 
Ophryoglena flava (EHRB. 1833). 
> atra LIEBERKUEHN 
1856. 
Cinetochilum margaritaceum ( EHRB. 
1831). 
Drepanomonas dentata FRES. 1858. 
Microthorax pusillus ENGELMANN 
1862. 
Paramoecium bursaria (EHRB. 1831). 
caudatum EHRB. 1833. 
Urocentrum turbo (O. F. MUELLER 
1786). 
Lembadion bullinum (O. F. MUEL- 
LER 1786). 
Pleuronema chrysalis (O. F. MUEL- 
LER 1786. 
Cyclidium glaucoma O. F. MUELLER 
1786. 
Cristigera pleuronemoides ROUX 1886. 
Cyrtolophoris mucicola STOKES 1885. 
Blepharysma lateritia (EHRB. 1831). 
Metopus sigmoidis CLAP. e LACH. 
1858. 
contortus LEVANDER 1894. 
bacillatus LEVANDER 1894. 
Spirostomum ambiguum (EHRB 1830). 
; teres CLAP. e LACH 


LAUTER- 


1858. 
Bursaria truncatella O. F. MULLER 
1773. 
Stentor polymorphus (O. F. MUEL- 
LER 1773). 
Stentor caeruleus EHRB. 1830. 
roeselii EHRB. 1835. 
Caenomorpha medusula PERTY 1852. 
Strombilidium gyrans (STOKES 1887). 


» uncinatus EHRB. 1835. 
caudatus STOKES 1885. 
Loxocephalus granulosus KENT 1881. 
Claucoma scintillans EHRB. 1830. 
Dallasia frontata STOKES 1885. 
Colpidium colpoda (EHRB. 1831). 
Colpoda cucullus O. F. MUELLER 1773 
steini MAUPAS 1883. 
Frontonia leucas EHRB. 1833. 
> acuminata (EHRB. 1833). 
» vesiculosa n. sp. 
Disematostoma buetschli 
BORN 1894. 
Ophryoglena flava (EHRB. 1833). 
> atra LIEBERKUEHN 
1856. > 
Cinetochilum margaritaceum (EHRB. 
1831). 
Drepanomonas dentata FRES. 1858. 
Microthorax pusillus ENGELMANN 
1862. 
Paramoecium bursaria (EHRB. 1831). 
» caudatum EHRB. 1833. 
Urocentrum turbo (O. F. MUELLER 
1786). 


LAUTER- 


- Lembadion bullinum (O. F. MUELLER 


1786), 
Pleuronema chrysalis (O. F. MUELLER 
1786). 
Cyclidium glaucoma O. F. MUELLER 
1786. 
Cristigera pleuronemoides ROUX 1889. 
Cyrtoloproris mucicola STOKES 1885. 
Blepharysma lateritia (EHRB. 1831). 
Metopus sigmoidis CLAP. u. LACH. 
1858. 
> contortus LEVANDER 1894. 
bacillatus LEVANDER 1894. 
Spirostomum ambiguum (EHRB. 1830). 
» teres CLAP. und LACH. 
1858. 
Bursaria truncatella O. F. MUELLER 
PS: 
Stentor polymorphus (O.F. MUELLER 
1773). 
caeruleus EHRB. 1830. 
» roeselii EHRB. 1835. 
Caenomorpha medusula PERTY 1852. 
Strombilidinm gyrans (STOKES 1887). 


ca 
a E 


e. 


191 


192 
193 
194 


195 
196 
197 
198 
199 


200 
201 
202 


203 
204 


205 


206 
207 


208 
209 
210 
211 
212 
213 
214 
215 
216 


Al 


Halteria grandinela (O. F. MUEL- 
LER 1776). 
Urostyla viridis STEIN 1859. 
Stichotricha secunda PERTY 1849. 
Uroleptus musculus (O. F. MUELLER 
Lite): 
piscis (EHRB. 1830). 
mobilis ENGELMANN 1862. 
Pleurotricha lanceolata (EHRB. 1835). 
Gastrostyla steini ENGELMANN 1862. 
Oxytricha pelionella (O. F. MUEL- 
LER 1713). 
platystoma EHRB. 1831. 
ferruginea STEIN 1859. 
Stylonychia mytilus (O. F. MUELLER 
1773). 
pustulata (O. F. MUELLER 
Balladina parvula KOWALEWSKY 
1882. 
Euplotes patella (O. F. MUELLER 
1773). 
charon (O. F. MULLER 1773). 
Aspidisca lynceus (O. F. MUELLER 
1773). 
costata (DUJ. 1841). 
Vorticella convallaria LINN. 1767. 
citrina O.F. MUELLER 1773. 
microstoma EHRB. 1830. 
campanula EHRB. 1831. 
Carchesium polypinum (LINN. 1758). 
Epistylis umbellaria (LINN. 1758). 
plicatilis EHRB. 1831. 
Opercularia nutans (EHRB. 1831). 


» 


» 


» 


ém das especies acima os autores que 


referimos encontraram no Brasil as seguintes 
(que não conseguimos rever): 


Amoeba quadrilineata CARTER 1856. 
villosa WALLICH 1863. 
hyalina DANGEARD 1900. 
diplomitotica ARAGAO 1909. 

Peni IO radiosum  (EHRB. 

1831). 

Arcella marginata DADAY 1905. 

Pena globulosa DUJ. 1841. 
lobostoma LEIDY 1879. 
avellana PENARD 1890. 
lebes PÉNARD 1899. 
capreolata PÉNARD 1902. 


107 


de 


192) 
193 
194 


195 
196 
197 
198 
199 
200 — 
201 
202 


203 


204 


205 
206 
207 


208 
209 
210 
211 
212 
PANG 
214 
215 
BIG 


- Vorticella convallaria LINN. 


Halteria grandinella (O. F. MUELLER 
1776). 
Urostyla viridis STEIN 1859. 
Stichotricha secunda PERTY 1849. 
Uroleptus musculus (O. F. MUELLER 
1773). 
piscis (EHRB. 1830). 
mobilis ENGELMANN 1862. 
Pleurotricha lanceolata ¡EHRB. 1835). 
Gastrostyla steini ENGELMANN 1862. 
Oxytricha pelionella (O. F. MUELLER 
1773). 
platystoma EHRB. 1831. 
ferruginea STEIN 1859. 
Stylonychia mytilus (O. F. MUELLER 


1773). 
pustulata (O.F. MUELLER 

1786). 
Balladina parvula KOWALEWSKY 

1882). 


Euplotes patella (O.F. MUELLER 1773) 
charon (O. F. MUELLER 1773) 
Aspidisca lynceus (O. F. MUELLER 
1773). 

costata (DUJ. 1841) 
1767. 
citrina O. F. MUELLER 1773. 
microstoma EHRB. 1830. 
campanula EHRB. 1831. 
Carchestum polypinum (LINN. 1758). 
Epistylis umbellaria (LINN. 1758). 
plicatilis EHRB. 1831. 
Opercularia nutans (EHRB. 1831). 


» 


» 


» 


» 


» 


Ausser diesen Arten fanden die ange- 
führten Autoren in Brasilien noch folgende, 
welche uns nicht wieder zu Gesicht kamen : 


OP WN ma 


= © © von © 


Dh bd 


Amoeba guadrilineata CARTER 1856. 

villosa WALLICH 1863. 

hyalina DANGEARD 1900. 

diplomitotica ARAGÃO 1909. 

Dactylosphaerium radiosum (EHRB. 

1831). 

Arcella marginata DADAY 1905. 

e Aan globulosa DUJ. 1841. 
lobostoma LEIDY 1870. 
avellana PENARD 1890. 
lebes PÉNARD 1800. 
capreolata PÉNARD 1902. 


> 


12 — Nebela collaris (EHRB. 1848). 

13 — Trinema lineare PENARD 1890. 

14 — Microgromia socialis HERTWIG e 
LESSER 1874. 

15 — Cercomonas parva HARTMANN e 
CHAGAS 1910. 


16 — Codonosiga botrytis (EHRB. 1831). | 

17 — Salpingoeca amphoridium J. CLARCK 
1868. 

18 — Colponema loxodes STEIN 1878. 

19 — Spongomonas uvella STEIN 1878. 

20 — Prowazekia cruzi HARTMANN e 
CHAGAS 1910. 


— Eutreptia viridis PERTY 1852. 

Trachelomonas annulata DADAY 1905. 

— Astasia margaritifera SCHMARDA 
1846. 

Ochromonas mittabilis KLEBS 1802. 

— Enchelys farcimen (O. F. MUELLER 

1773). 


B88 
| 


ù À 
| 


12 — Nebela collaris (EHRB. 1848). 

13 — Trinema lineare PENARD 1890. 

14 — Microgromia socialis HERTWIG und 
LESSER 1874. 

15 — Cercomonas parva HARTMANN und 
CHAGAS 1910. 


16 — Codonosiga botrytis (EHRB. 1831). 


| 17 — Salpingoeca ambhoridium J. CLARCK 


1368. 


| 18 — Colponema loxodes STEIN 1878. 
19 — Spongomonas uvella STEIN 1878. 


| 20 — Prowazekia cruzi 


HARTMANN und 
CHAGAS 1910. 


| 21 — Eutreptia viridis PERTY 1852. 


| 23 — Astasia margaritifera 


Trachelomouas annulata DADAY 1905. 
SCHMARDA 
1846. 


| 24 — Ochromonas mutabilis KLEBS 1892. 


26 — Enchelyodon farctus CLAP. e LACH. | 


1859. 

27 — Nassula elegans EHRB. 1832. 

28 — Leucophrys patula EHRB. 1830. 

29 — Stentor viridis 

30 — Urostyla flavicans WRZESNIOWSKI 
1770. 

31 — Onychodromus grandis STEIN 1859. 


32 — Trichodina pediculus EHRB. 1830. 


1. Árcella brasiliensis n. sp. (Estampa 9, 
figs. 1, la e 1b). * 


Carapaca de côr parda, hemisferica, com 
marjem em forma de aba plana; face inferior 
mais ou menos plana na periferia e lijeira- 
mente invajinada junto da boca. Esta é cir- 
cular e tem cerca dum quarto do diametro 
da carapaça. 
senta um desenho em pequenos hexagonos 
que se prolonga na marjem sob a forma de 
raios separados por espaços lisos. O proto- 
plasma apresenta dous nucleos e numerosos 
vacuolos contrateis. 


Dimensões: 


Diametro da face bucal com a marjem 80, 


Largura da marjem 8, Diametro da boca 20, | 


Altura da carapaça 40 p. 


25 — Enchelys farcimen (O. F. MUELLER 
1773). 

26 — Enchelyodon farctns CLAP. u. LACH. 
1859. 


27 — Nassula elegans EHRB. 1832. 


A superficie da ultima apre- | 


28 — Leucophrys patula EHRB. 1830. 

29 — Stentor viridis 

30 — Urostyla flavicans WRZESNIOWSKI 
1770. 

31 — Onychodromus grandis STEIN 1859. 


Trichodina pediculus EHRB. 1830. 
1. Arcella brasiliensis n. sp. (Taf. 9, Fig 1, 
la und 1b). 


Schale braun, hemispherisch mit flachem 
Randteil. 
in der Nahe des Mundes eingestiilpt. Mund 


Unterseite aussen ziemlich flach, 


rund, sein Durchmesser ca. ein Viertel des- 
jenigen der Schale. Letztere mit kleinen 
Sechsecken. welche am Rande in Strahlen 
úbergehen, welche durch glatte Felder getrennt 
Protoplasma mit zwei Kernen und 


Dimen- 


sind. 
zahlreichen kontruktilen Vakuolen. 
sionen, wie folgt: 

Durchmesser der Unterseite einschl. des 
Randes 80, Breite des Randes 8, Durchmesser 
des Mundes 20, Hôhe der Schale 40 p. 


PES Mm ee 


Pela marjem em aba esta especie distin- 
gue-se das demais do genero com exceção 
da Arcella marginata DADAY. Desta ela se 


distingue por não ter a face bucal fortemente | 
| eingesenkten Mundfläche, sowie einer farb- 


invaginada, nem ser a carapaça incolor e 
coberta de saliencias. 


Habitat: Manguinhos (Rio de Janeiro). 


2 Lepocinclis piriformis n. sp. (Estampa 10 
fig. 1). 


Corpo piriforme com a extremidade an- 
terior mais larga e arredondada e a posterior 
terminada em prolongamento hialino, longo, 
fino e ponteagudo. Membrana estriada em 
espiral. Cromatoforos discoides. Paramilo 
representado por dois corpusculos em anel 
colocados um de cada lado immediatamente 
abaixo da membrana. Mancha ocular situada 
na parte anterior. Flajelo de comprimento 
mais ou menos igual ao corpo. 

Em preparados corados observa-se que 


o nucleo se acha colocado para trás da par- | 


te media do corpo e é constituido por um 

cariosoma redondo cercado de abundante cro- 

matina periferica sob a forma de granulações. 
Dimensões: 


Comprimento com o prolongamento 35. | 


Largura 16. Comprimento do prolongamen- 
to 8 a 10 pn. 
Esta especie deve ser colocada junto das 
L. ovum (EHRB.) e L. Steini LEMM., delas 
se distinguindo pela forma do corpo. 
Habitat.— Manguinhos e Gavea (Rio de 
Janeiro). 


3 Lepocinclis mammillata n. sp. (Estampa 10 
fig. 2). 


Corpo ovoide com a extremidade poste- 


rior mais larga e terminada em um prolon- | mit kurzem und stumpfem, von der Langs- 


gamento curto e rombo, um tanto desviado 
do eixo lonjitudinal do corpo. Membrana es- 
triada em espiral. Cromatoforos discoides. 


Corpusculos de paramilo elipticos, numerosos, | 
kórper im Protoplasma zerstreut; ein grósserer 


esparsos pelo protoplasma, havendo sempre 


um maior junto do vacuolo principal. Man- | 
| Augenfleck gross und unregelmássig, im Vor- 


cha ocular grande, irregular situada na parte 
anterior. Flajelo longo, maior que o compri- 
to do corpo. 


Die Art unterscheidet sich durch den 
Randsaum von den übrigen derselben Gattung 
mit Ausnahme von A. marginata DADAY, 
von’ dieser aber durch das Fehlen einer stark 


losen, mit Erhabenheiten besetzten Schale. 
Fundort: Manguinhos (Rio de Janeiro). 
2. Lepocinclis piriformis n. sp. (Taf. 10, Fig. 1). 


Kórper birntórmig, das Vorderende brei- 
ter und abgerundet, das Hinterende in einen: 
hyalinen, langen, diinnen und spitzen Fortsatz 
auslaufend. Membran spiralig gestreift. Chro- 
matophoren scheibenfórmig, Paramylon in 
Form zweier ringfôrmiger Korperchen, welche 
beiderseits unmittelbar unter der Membran 
liegen. Augenfleck beiderseits im vorderen 
Teile gelegen. Geissel annahernd von Kôr- 
perlange. 

In gefarbten Praparaten sieht man, dass 
der Kern hinter der Mitte liegt und aus einem 
runden Karyosom besteht, welches von reich- 
lichem kôrnigem Chromatin umgeben ist. 

Dimensionen: Lange einschliesslich des 
Fortsatzes 35, Breite 16, Lange des Fort- 
satzes 8—10 p. 

Diese Art steht in der Nahe von L. ovum 
EHRB. und L. Steini LEMM., von denen sie 
sich durch ihre Form unterscheidet. 

Fundort: Manguinhos und Gavea (Rio 


de Janeiro). 
3. Lepocinclis mammillata n. sp. (Taf. 10, Fig. 2). 


Kórper eifórmig, das breitere Hinterende 
achse etwas abweichendem Fortsatze. Mem- 
bran spiralig gestreift. Chromatophoren schei- 


benfórmig. Zahlreiche eliptische Paramylum- 


Konstant in der Nahe der  Hauptvakuole. 


derende gelegen. Geissel lánger als der 


Kórper. 


Em preparados corados observa-se que 
o nucleo fica situado na parte media do fla- 
jelado, e é constituido por um cariosoma re- 
dondo cercado de abundante cromatina peri- 
ferica sob a forma de granulações. 

Dimensões: 

Comprimento 42. Largura 25 p. 

Pelos corpusculos de paramilo esta espe- 
cie distingue-se das demais do genero exce- 
tuando a £ texta (DUJ.) Desta ultima ela 
se distingue por possuir um prolongamento 
caudal. 


Habitat: Manguinhos e Cascadura (Rio 
de Janeiro ). 


4 Phacus gigas n. sp. (Estampa 10 fig. 3) 


Corpo achatado de forma oval muito 
larga com a extremidade anterior mais es- 
treita e arredondada e a posterior terminada 
em prolongamento longo, fino e inclinado 
em relação ao eixo lonjitudinal do corpo. 
Membrana com estrias lonjtidunais. Croma- 
toforos discoides numerosos e juntos na par- 
te ceniral tornando-se mais raros e esparsos 
para a periferia onde ha uma orla completa- 
mente hialina. Paramilo sob a forma de nu- 
merosos corpusculos em anel esparsos pelo 
protoplasma. Mancha ocular situada na parte 
anterior. Flajelo mais ou menos de compri- 
mento do corpo. 


O nucleo aparece a fresco sob a forma 
dum espaço circular mais claro situado na 
parte media do flajelado. Em preparados co- 
rados observa-se que a cromatina do nucleo 
acha-se disposta na parte media em blocos 
de forma irregular e na periferia em granu- 
lações. 

Dimensões: 

Comprimento, com o prolongamento, cer- 
ca de 100, largura 70, comprimento do pro- 
longamento 20 p. 

Pelos corpusculos de paramilo distingue- 
se esta especie das demais do genero. 

Habitat: Manguinhos (Rio de Janeiro). 


5 Phacus bacillifer n. sp. (Estampa 10 fig. 4) 


Corpo achatado de forma oval muito 
alongada terminada posteriormente em pon- 
ta. Membrana estriada em espiral, cromoto- 
foros discoides, Paramilo sob a forma dum 
corpusculo em bastonete, mancha ocular si- 
tuada na parte anterior, flajelo menor que o 
comprimento do corpo. 


110 


| 
| 


In gefarbten Práparaten erkennt man den 
Kern im mittleren Teile des Kórpers; er 
besteht aus einem runden Karyosom mit 
reichlichem peripheren Chromatin in Kórn- 
chenform. 

Dimensionen: Lange 42, Breite 25 y. 

Durch die Paramylonkórperchen unter- 
scheidet sich diese Art von den übrigen 
ausser L. texta DUJ.; von dieser aber durch 
den Schwanziortsatz. 

Fundorte: Manguinhos und Cascadura 
(Rio de Janeiro). 


4. Phacus gigas n. sp. (Tai. 10, Fig. 3). 


Kôrper abgeflacht, von oben gesehen 
breit oval, das diinnere Vorderende abge- 
rundet, das Hinterende in einen langen und 
diinnen, von der Langsachse abweichenden 
Fortsatz auslaufend. Membran mit Langs- 
streifen. Chromatophoren scheibenformig. 

Die im mittleren Teile zahlreichen und 
dicht gelagerten Chromatophoren werden 
nach aussen seltener und entfernter; der 
periphere Saum ist ganz hyalin. Das Para- 
mylon in Form zahlreicher ringfôrmiger Kor- 
perchen im Protoplasma zerstreut. Augen- 
flecken im vorderen Teile des Kórpers. Geissel 
ungefahr von Korperlánge. 

Der Kern erscheint im mikroskopischen 
Práparate als runder, heller Raum in der 
Mitte des Kórpers. Nach der Farbung sieht 
man das Chromatin im Zentrum in Form 
von unregelmássigen Brocken, an der Peri- 
pherie in Kórnchenform angeordnet. 

Dimensionen: Lánge des Kórpers mit 
Fortsatz ca. 100, Breite 70, Lánge des Fort- 
satzes 20 y. 

Von den anderen Arten der Gattung 
unterscheidet sich diese durch die Paramylon- 
kórper. 


Fundort: Manguinhos. 


5. Phacus bacillifer n. sp. (Taf. 10, Fig. 4). 


Kôrper abgeplattet, von oben gesehen 
langgestreckt eifórmig, hitten in eine Spitze 
auslaufend. Membran spiralig gestreift. Chro- 
matophoren scheibenfôrmig, Paramylon in 
Form eines Stábchens. Augenfleck im vor- 
deren Teile. Geissel kitrzer als der Kórper' 


Em preparados corados observa-se o nu- 
cleo que fica situado na parte posterior e é 
constituido por um cariosoma redondo cer- 
cado de abundante cromatina periferica sob a 
forma de granulações. 

Dimensões: 

Comprimento 36, largura 12 u. 

É a unica especie do genero que possue 
um corpusculo de paramilo em bastonete. 

Habitat: Manguinhos. 


6. Trachelomonas curta n. sp. (Estampa 10 
fig. 5). 


Capsula subglobulosa um pouco achata- 
da no sentido antero-posterior, côr parda es- 
cura, superficie lisa, abertura do flajelo com 
um espessamento anular. Cromatoforos dis- 
coidos numerosos. 

Mancha ocular grande, irregular situada 
proxima da parte media do flajelado, flajelo 
longo, maior que o comprimento da capsula. 

O nucleo que aparece a fresco sob a 
forma dum espaço circular mais claro acha-se 
colocado para trás e para o lado da mancha 
ocular. 

Não foi possivel obter preparados desta 
especie pelo que deixamos de descrever a 
estrutura do nucleo. 


Dimensões: 
Comprimento 30, largura 32 y. 


Esta especie aproxima-se muito da Tra- 
chelomonas Bernardi WOLOSYNSKA que é a 
unica achatada no sentido antero-posterior 
até então conhecida. 

Sendo, porém, na nossa especie o achata- 
mento menos pronunciado e as dimensões 
quasi duplas das daquela pensamos consti- 
tuir essa Trachelomonas especie indepen- 
dente. 

Habitat: — Manguinhos (Rio de Janeiro). 


7 Trachelomonas echinata n. sp. (Estampa 10, 
fig. 6). 


Capsula ovoide com a extremidade an- 
terior romba e um‘ pouco mais estreita que 
a posterior. Côr parda escura. Superficie co- 
berta de espinhos retos e pequenos nas par- 
tes laterais e anterior, longos na parte poste- 
rior. 


111 


In gefärbten Praparaten erscheint der im 
hinteren Teile gelegene Kern aus einem 
runden Karyosome bestehend, um welches 
reichliches, aus Kórnchen bestehendes peri- 
pherisches Chromatin liegt. 

Dimensionen: Lange 36, Breite 12 y. 

Diese Art ist die einzige ihrer Gattung, 
welche ein stâbchenfôrmiges Paramylon be- 
sitzt. 

Fundort: Manguinhos. 


6. Trachelomonas curta n. sp. (Taf. 10, Fig. 5). 


Kapsel nahezu kugelig, von vorne nach 
hinten etwas abgeflacht. Farbe dunkelbraun. 
Oberfläche glatt. Geisselófinung ringfôrmig 
verdickt. Chromatophoren zahlreich, scheiben- 
fôrmig. Nahe der Mitte ein grosser Augen- 
fleck. Geissel langer als die Kapsel. 

Der Kern, welcher im Leben als helle 
Liicke erscheint, liegt nach hinten zu und 
seitlich vom Augenfleck. 

Ich konnte von dieser Art keine Praparate 
erhalten und unterlasse daher die Beschrei- 
bung der Kernstruktur. 

Dimensionen: Lange 30, Breite 32 y. 

Diese Art steht Trachelomonas bernardi 
WOLOSYNSKA sehr nahe; letziere war 
bisher die eiuzige bekannte Art, welche im 
Langsdurchmesser abgeflacht ist. Da aber 
bei unserer Spezies die Abflachung geringer 
ist, wahrend die Masse fast das Doppelte 
betragen, glaube ich, dass sie eine eigene 
Trachelomonasart darstellt. 


Fundort: Manguinhos. 
7. Trachelomonas echinata n. sp. (Taf. 10, Fig. 8). 


Kapsel eifórmig, das Vorderende stumpf 
und etwas diinner, als das Hinterende. Farbe 
dunkelbraun. Oberflache mit geraden Dornen, 
dia vorne und seitwárls kurz, am Hinterende 
aber lang sind. Zwischen denselben ist die 
Oberfliche punktiert. Geisselofínung ring- 
fôrmig verdickt. Zahlreiche scheibenformige 
Chromatophoren. Augenfleck im vorderen 
Teile. Geissel zwei bis dreimal so lang als 
die Kapsel. Kern mit rundem Karyosom in 
der Mitte und zahlreiche Chromatinkórnchen 
um dasselbe. 


Entre os espinhos a superficie da capsula 
é pontuada. Abertura do flajelo com um es- 
pessamento anular. Cromataforos discoides 
numerosos, mancha ocular situada na parte 
anterior, flajelo longo, tendo 2 a 3 vezes o 
comprimento da capsula. 

O nucleo apresenta um cariosoma re- 
dondo central cercado de numerosas granu- 
lações de cromatina. 


Dimensões: 
Comprimento 42, largura 28 y. 


Esta especie aproxima-se das Trachelo- 
monas spinosa STOKES e Trachelomonas 
horrida PALMER, da primeira ela se distin- 
gue por não ter os espinhos curvos, da se- 
gunda pela forma da capsula, forma dos es- 
pinhos e dimensões relativas destes. 


Habitat: — Manguinhos (Rio de Janeiro). 


8 Trachelomonas spinigera, n. sp. (Estampa 10 
fig. 8). 


Corpo elipsoide tendo nos polos prolon- 
gamentos subcilindricos, um tanto estreitados 
na parte media e terminados em quatro pon- 
tas. O prolongamento anterior é um pouco 
mais largo que o outro dá passajem ao fla- 
jelo; em cada extremidade e na zona equa- 
torial da parte media do corpo existe uma 
cinta de espinhos; os espinhos da parte me- 
dia são menores que os outros e perpendi- 
culados á superficie da capsula. Os das ex- 
tremidades são inclinados, os anteriores para 
diante e para fóra e os posteriores para trás 
e para fora. Cor parda, cromatoforos discoi- 
des, mancha ocular situada na parte ante- 
rior. Flajelo mais longo do que a capsula. 


O nucleo é constituido por um cariosoma 
redondo central e abundante cromatina peri- 
ferica sob a forma de granulações: 

Dimensões: 

Comprimento 45 y, comprimento da par- 
te media 30 y, largura 20 p. 

Pela' formada capsula esta especie aproxima- 
seda Trachelomonas acanthophora STOKES, 
dela se distinguindo pela disposicáo dos es- 
pinhos. o 

Habitat : — Manguinhos (Rio de Janeiro). 


9 Trachelomonas tubulata n. sp. (Estampa 10 
fig. 7). 


Capsula cilindrica terminando anterior e 
posteriormente em cones sendo o anterior 
provido dum prolongamento tubular que dá 
passajem ao flajelo, côr parda clara. Superfi- 
cie lijeiramente rugosa. Protoplasma não 
ocupando toda a capsula. Cromotoforos dis- 
coides. Mancha ocular situada na parte an- 
terior. Flajelo mais longo que a capsula. 


BID" a 


Dimensionen: Lange 42, Breite 28 p. 

Die Art steht der 7rachelomonas spinosa 
STOKES uud der 77. horrida PALMER sehr 
nahe. Von der ersten unterscheidet sie sich 
durch nicht gebogene Dornen, von der letzte- 
ren durch die Form der Kapsel und der 
Dornen, sowie durch die Gróssenverháltnisse 
der letzieren. ‘ 

Fundort: Manguinhos. 


8. Trachelomonas spinigera n. sp. (Taf. 10, 
Fig. 8). 


Korger ellipsoid, an den Polen mit sub- 
zylindrischen Fortsátzen, die in der Mitte 
etwas eingezogen sind und in vier Spitzen 
enden. Der vordere Fortsatz lasst die Geissel 
austreten und ist etwas breiter, als der hintere. 
An jedem Ende und in der äquatorialen Zone 
des Kórpers befindet sich je ein Kranz von 
Dornen. In der Mitte sind sie dinner, als 
an den Enden und stehen senkrecht zur 
Kapseloberflache. An den Enden sind die 
vorderen nach vorn und aussen, die hinteren 
nach aussen und rückwärts geneigt. Farbung 
dunkelbraun. Chromatophoren scheibeniôr- 
mig. Augenfleck im Vorderende. Geissel 
langer als die Kapsel. 

Der Kern besteht aus einem zentralen 
runden Karyosom und reichlichen peripheren 
chromatinkôrnern. 

Dimensionen: Lange 45, Lange des 
Mittelstiickes 30, Breite 20 y. 

Durch die Form der Kapsel gleicht diese 
Art der Trachelomonas acanthophora STOKES, 
unterscheidet sich aber durch die Anordnung 
der Dornen. 

Fundort: Manguinhos. 


9. Trachelomonas tubulata n. sp. (Taf. 10, 
Fig. 7). 

Kapsel zylindrisch, vorn und hinten kegel- 
formig zulaufend, die Spitze des vorderen 
Kegels durch eine rôhrenfôrmige Verlanger- 
ung ersetzt, durch welche die Geissel austritt. 
Färbung hellbraun. Oberflache leicht ge- 
runzelt. 

Das Protoplasma ïjüllt die Kapse: nicht 
ganz aus. Chromatophoren scheibeniórmig. 
Augenfleck im vorderen Teile. Geissel langer 
als die Kapsel. 


DAS ah GANE 


O nucleo apresenta um cariosoma re- 
dondo, central, cercado de abundante croma- 
tina sob a forma de granulações. 

Dimensões: 

Comprimento total 46. Comprimento da 
parte cilindrica 20. Largura 16 y. 

Pela forma da capsula essa Trachelomo- 
nas distingue-se das demais especies do ge- 
nero. 

Habitat: — Manguinhos. 


10 Chilomonas prowazeki n. sp. (Estampa 9 
fig. 2). 


Corpo alongado, fortemente achatado la- 
teralmente sobretudo na parte posterior. Ex- 
tremidade anterior obliquamente cortada e 
terminada em saliencia curta e arredondada. 
Boca situada na extremidade anterior conti- 
nuando por um tubo até proximo da parte 
media do corpo. Vacuolo contratil na parte 
anterior. Flajelos em numero de dois, iguais, 
partindo da extremidade anterior. 


O comprimento dos flajelos é mais ou 
menos igual á metade do corpo. 


O nucleo, situado na parte media é cons- 


tituido por um cariosoma redondo central 
cercado por um nucleo exterior bastante de- 
senvolvido e formado por granulacóes de 
cromatina. 


Dimensões : 

Comprimento 50, largura 12 p. 

Pela sua forma e pela posição do nu- 
cleo esta especie distingue-se das demais do 
genero. 

Habitat: — Manguinhos (Rio de Janeiro) 
e Pacau (Estado de Minas Geraes). 


11 Dileptus bivacuolatus n. sp. (Estampa 9, 


fig. 3). 


Corpo alongado cilindrico, com um pro- 
longamento anterior em forma de tromba. 
Na parte porterior estreita-se gradualmente 
terminando em prolongamento caudal. A su- 
perficie do corpo é coberta de cilios finos, 
dispostos em linhas lonjitudinais que dáo ao 
ciliado um aspeto estriado. Na face ventral 
da tromba existe uma linha de cilios mais 
desenvolvidos que comeca na extremidade 
anterior, percorre a borda direita até á ex- 
tremidade posterior, contorna a boca para 
voltar pela borda esquerda até a extremidade 
anterior. Entre essas linhas de cilios ha uma 
linha de tricocistos. Existem ainda tricocistos 
esparsos pelo protoplasma. 


Der Kern zeigt ein zentrales rundes 
Chromosom und darum reichliche Chromatin- 
kôrner. 

Dimensionen: Gesamilânge 46, Lange 
des zylindrischen Teiles 20, Breite 16 y. 

Die Kapselform unterscheidet diese Spe- 
zies von den anderen Trachelomonasarten. 


Fnndort: Manguinhos. 


10. Chilomonas prowazeki n. 
Fig. 2). 


sp. (Taf. 9, 


Kôrper verlângert und seitlich, besonders 
im hinteren Teile stark abgeplattet. Das 
Vorderende schräg abgeschnitten und mit 
einer kurzen abgerundeten Erhebung endend. 
Mund am Vorderende durch eine Róhre bis 
zur Kôrpermitte fortgesetzt. Im Vorderteile 
eine kontraktile Vakuole. Zwei gleiche 
Geisseln, die vom Vorderende ausgehen und 
in ihrer Lánge ungefáhr derjenigen des halben 
Kôrpers entsprechen. 


Der im mittleren Teile gelegene Kern 
besteht aus einem zentralen Karyosom, um- 
geben von einem ziemlich entwickelten, aus 
Chromatinkórnern bestehenden Aussenkerne. 


Dimensionen: Lange 50, Breite 12 p. 

Durch ihre Form nnd die Lage des 
Kernes unterscheidet sich diese Art von den 
úbrigen derselben Gattung. 

Fundorte: Manguinhos (Rio de Janeiro) 
und Pacau (Staat Minas Geraes). 


11. Dileptus bivacuolatus n. sp. (Taf. 9, Fig. 3). 


Kôrper zylindrisch, vorne in einen rússel- 
fórmigen Fortsatz auslaufend. Das Hinter- 
ende verschmälert sich allmählig und endet 
in einen Schwanzfortsatz. Kórperoberfláche 
mit feinen, in Lângslinien angeordneten Zilien, 
durch welche dieselbe gestreift erscheint. 
An der Ventralseite des Rússels befindet sich 
eine Reihe stark entwickelter Zilien, welche 
am Vorderrand beginnt, dem Seitenrande bis 
zum Hinterrande folgt, um unter Umgehung 
des Mundes am linken Seitenrande zum Vor- 
derende zuriickzukehren. Hinter dieser Reihe 
von Zilien verläuft eine solche von Tricho- 
zysten; letztere finden sich auch zerstreut im 
Plasma. 


A boca acha-se situada no centro duma 
elevação circular existente na base da trom- 
ba e se continua por um farinje cercado de 
finos bastonetes. 


Macronucleo formado por duas massas 
elipsoides ligadas entre si. Micronucleos em 
numero de dois colocados respetivamente ao 


los contrateis tambem em numero de dois 
situados do lado dorsal um na parte ante- 
rior, outra na posterior. 


Dimensões: 


Comprimento 100150. Largura 20-30 y. 
Esta especie distingue-se das outras do 
. genero pela forma de macronucleo e pelo 
numero dos vacuolos contrateis. 

Habitat: — Manguinhos, Gavea (Rio de 
Janeiro), Merity (Estado do Rio de Janeiro) 
e Boituva (Estado de S. Paulo). 


( Estampa 9, fig. 4). 

Syn. Daliasia frontata STOKES 1886. 

Acreditamos ter observado esta especie 
mas achamos alguma diferenca na constitui- 
ção da boca. A abertura desta tem a forma 
de elipse cujo maior diametro forma um an- 
gulo agudo com o eixo do corpo. Segue-se 
uma excavacao que constitue o farinje cuja 
forma é a que se vê na figura 4. Ha duas 
membranas ondulantes: uma externa que se- 
gue as bordas esquerda e anterior em todo 
o seu comprimento e a metade anterior da 


borda direita; outra interna, situada no fa- | 


rinje. 
O macro nucleo é cilindrico; junto a ele 
ha dous micronucleos. 


A constituição da boca indica que esta | 


especie deve pertencer ao geneio Glaucoma 
ficando o genero Dallasia obsoleto. 


13 Frontonia vesiculosa n. sp. (Estampa 9, 
fig. 5). 


Corpo, achatado no sentido dorso-ven- | 


tral, com as extremidades arredondadas sen- 
do a anterior mais larga. Lado direito reto 
e o esquerdo convexo. 


finos dispostos em linhas lonjitudinais. Na 
face ventral essas linhas chegando á parte 
anterior curvam-se para dentro indo encon- 


Der Mund liegt in der Mitte einer rnnden 
Erhebung der Riisselbasis und setzt sich in 
einen feinen, von Stabchen umgebenen Pha- 
rynx fort. 

Der Makronukleus besteht aus zwei ver- 
bundenen ellipsoiden Massen, von denen 


lado de cada metade de macronucleo. Vacuo- | jede einen Mikronukleus zur Seite Hat. 


Auch von kontraktilen Vakuolen gibt es 
zwei; sie liegen dorsal, eine nach vorn, die 
andere nach hinten zu. 

Dimensionen: Lange 100—150, Breite 


| 20—30 y. 


Unsere Art unterscheidet sich von den 
úbrigen durch die Form des Makronukleus 
und die Anzahl der kontraktilen Vakuolen. 

Fundorte: Manguinhos und Gavea (Rio 
de Janeiro), Merity (Staat Rio de Janeiro) 


| und Boituva (Staat São Paulo). 
i2. Glaucoma frontatum (STOKES 1886). | 


12. Glaucoma frontatum (STOKES 1886). 
(Tafel 9, Fig. 4). 


Syn. Dallasia frontata STOKES 1886). 


Ich glaube diese Art beobachtet zu haben, 
finde aber den Bau des Mundes etwas ver- 
schieden. Seine Oefinung ist elliptisch und 
der grósste Durchmesser bildet mit der Kor- 
perachse einen spitzen Winkel. Unter dem- 
selben liegt der Pharynx, dessen Form aus 
der Figur 4 ersichtlich ist. Es finden sich 
zwei undulierende Membranen, eine áussere, 
welche dem ganzen linken und vorderen und 
der vorderen Halfte des rechten Seitenrandes 
folgt und eine innere, im Pharynx gelegene. 


Der Macronucleus ist wurstiórmig; dicht 
an demselben sieht man zwei Mikronuklei. 


Die Bildung des Mundes erweist, dsss 
dies Art in das Genus Glaucoma gehórt; 
das Genus Dallasia wird dadurch hinfállig. 


13. Frontonia vesiculosa n. sp. (Taf. 9, Fig. 5). 


Kórper dorsoventral abgeflacht und an 
den Enden abgerundet, das vordere derselben 
breiter. Rechte Seite gerade, linke konvex. 
Kôrperoberfläche von feinen, in Langslinien 


| angeordneten Linien bedeckt. An der Bauch- 
A superficie do corpo é coberta de cilios | 


seite krimmen sich die Linien am vorderen 
Teile nach innen und treffen sich mit den 
entsprechenden der anderen Seite, so dass 


| Bogen entstehen. 


E ual PILHA 
HO) MP hed 


trar-se com as linhas correspondentes do lado 
oposto, formando arcos. 

Na parte cortical do protoplasma existem 
numerosos tricocistos. A boca, situada no 
terço anterior da face ventral, tem a forma 
oval com a extremidade anterior terminada 
em ponta. 

Á boca segue-se uma excavação cujas 
bordas esquerda e posterior são talhadas a 
pique ao passo que as bordas direita e an- 
terior se aprofundam gradualmente. Na parte 
posterior da boca essa escavação se prolonga 
em uma cavidade sacciforme que constitue 
o farinje. Da parte inferior da borda direita 
da boca parte um longo sulco peristomiano 
que se dirijindo para traz prolonga-se até o 
terço posterior da face ventral. Presa á bor- 
da esquerda da boca existe uma grande mem- 
brana ondulante de forma triangular. Na boca 
e no sulco peristomiano existem 4 linhas de 
cilios mais fortes que os demais porem mais 
curtos. À primeira dessas linhas começa na 
parte posterior do sulco peristomiano, segue 
pela borda direita deste, borda direita da 
boca terminando na extremidade anterior 
desta. A segunda começa tambem na parte 
posterior do sulco peristomiano e segue 
pela parte media deste. Chegando á parte 
anterior da boca curva-se para trás paralela- 
mente a sua borda esquerda terminando após 
curto percurso. A terceira começando no 
mesmo ponto, segue a borda esquerda do 
sulco peristomiano até a parte anterior da 
boca. Aí curva-se para trás paralelamente á 
borda esquerda da boca e termina no farinjo. 
A quarta começa na extremidade anterior do 
sulco peristomiano e daí dirije-se para dian- 
te. Chegando á parte anterior da boca curva- 
se para trás paralelamente a borda esquerda 
deste para terminar no farinje. 

Os vacuolos contrateis em numero de 6 
a 8 formam uma fileira na borda direita do 
corpo. 

Macronucleo eliptico alongado. Micronu- 
cleos numerosos colocados junto do macro- 
nucleo. 

Dimensões : 

Comprimento 300 a 340, excionalmente 
chegando até 500. Largura 120160 y. 


115 


in der Rindenschicht des Protoplasma 
befinden sich zahlreiche Trichozysten. Der 


im vorderen Drittel der Ventralseit gelegene 
Mund ist ringfórmig, mit spitz endendem 
Vorderende. Auf den Mund folgt eine Ein- 
senkung, deren linker Seiten- und Hinterrand 
steil abfallen, wahrend Vorderrand und rechter 
Seitenrand sich alimahlig vertiefen. Am 
Hinterende des Mundes geht diese Einsenkung 
in eine sackfórmige Hôhle über, welche den 
Pharynx darstellt. 


Vom unteren Teile des rechten Seiten- 
randes des Mundes geht eine lange Peristo- 
malfurche aus, welche rückwärts bis zum 
letzten Drittel der Ventralseite verlauft. Dem 
linken Seitenrande das Mundes anliegend 
befindet sich eine grosse undulierende Mem- 
bran von dreieckiger Form. 


Im Munde und in der Peristomalfurche 
sieht man vier Reihen von Zilien, die starker, 
aber kiirzer sind, als die tibrigen. Die erste 
derselben begint am hinteren Ende der Peri- 
stomfurche, folgt ihrem rechten Rande und 
geht dann auf den rechten Seitenrand des 
Mundes über, um an dessen vorderem Ende 
aufzuhóren. Die zweite geht ebenfalls vom 
hinteren Ende der Peristomalfurche aus und 
verlauft in deren mittlerem Teile. Am vor- 
deren Ende des Mundes angelangt, biegt sie 
nach hinten um, parallel zum linken Seiten- 
rande, und endet nach kurzem Verlaufe. 
Die dritte beginnt am selben Punkte und 
folgt dem linken Rande der Peristomiurche 
bis zum vorderen Teile des Mundes. Hier 
biegt sie sich nach hinten um, parallel zum 
linken Mundrande, und endet im Pharynx. 
Die vierte beginnt am Vorderende der Peri- 
stomfurche und verlâuft von da nach vorn. 
Am vorderen Teile des Mundrandes angelangt, 
biegt sie nach hinten um, parallel zum rechten 
Vorderrande, und endet im Pharynx. 


Die kontraktilen Vakuolen, 6—8 an der 
Zahl, bilden eine Reihe am rechten Kórper- 
ende. 

Makronukleus lánglich ellipsoid; neben 
demselben liegen zahlreiche Mikronuklei. 

Dimensionen: Lange 300 — 340, aus- 
nahmsweise bis 500, Breite 120—160 p. 


Pela forma do corpo esta especie é muito | 


proxima da Frontonia leucas (EHRB.) Dela 
se distingue pelo nuimcro de vacuolos con- 
trateis. 

Habitat: — Manguinhos, Gavea (Rio de 
Janeiro), Parahyba do Sul (Estado do Rio 
de Janeiro ). 

Ao terminar cumpre-nos deixar consi- 
gnados nossos agradecimentos ao Dr. H. B. 
ARAGÃO pelo valioso auxilio que nos pres- 
tou no decorrer do presente trabalho. 


Manguinhos, Janeiro 1913. 


116 


Durch die Kórperformen steht diese Art 
der Frontonia leucas EHRB. sehr nahe, unter- 
scheidet sich aber durch die Zahl der Va- 
kuolen. 

Fnndorte: Manguinhos und Gavea (Rio 
de Janeiro), Parahyba do Sul (im Staate Rio 
de Janeiro). 

Zum Schlusse liegt mir noch ob, Herrn 
DR. H. B. ARAGÃO fir seine wertvolle 
Hilfe bei dieser Arbeit meinen besten Dank 
auszusprechen. 


Manguinhos, Januar 1913. 


an 


BIBLIOGRAFIA. 
Bibliographie. 
ARAGÁO, H. B. 1909 Sobre a Amoeba diplomitotica n. sp. 


Mem. do Inst. Oswaldo Cruz. Tomo I. facil. 
pp. 33—42 est. 2 Rio de Janeiro. 


ARAGÁO, H. B. 1910 Pesquizas sobre a Polytomella agilis n. g. sp. 
Mem. do Inst. Oswaldo Cruz. Tomo II fac. 1 
pp. 42—57 est. 3. Rio de Janeiro. 


AWERINZEW, A. 1901 Zur Kenntnis der Protozoenfauna in der Umgebung 
der biologischen Station zu Balogoje. 
Ber. d. biol. Siisswasserstat. d. K. Naturf. 
Ges. zu st. Petersbourg vol. I pp. 205—238. 


BLOCHMANN, F. 1895 Mikroskopische Tierwelt des Siisswassers. 
T. Abt. Protozoa. Hamburg. (2 Aufl.) 


BUETSCHLI, O. 1878 Beitrage zur Kenntnis der Flagellaten und einiger 
verwandten Organismen. 
Zeits. f. wiss. Zool. Vol. 30, pp. 205—281; Taf. 
XI—XV.. Lpz. 


BUETSCALI, O. 1887/9 Protozoa, BRONN'S Klassen und Ordnungen des 
Tier-Reiches. 
Bd. 1, Abt. I—III. Lpz. 


CARTER, H. J. 1859 On fecundation in two Volvoces, and their specific 
differences; on Eudorina, Spongilla, Astasia, Eu- 
glena and Cryptoglena. 

Annals and Mag. of Natural History, Ser. 3 No, 3, 
pp. 1—20; plate I. London. 


CIENKOWSKI, L. 1865 Beitrage zur Kenntnis der Monaden. 
Arch. f. mlkrosk. Anat. Bd. I. pp. 204—232. 
Taf. XII—XIV. Bonn. 


CIENKOWSKI, L. 1876 Ueber einige Rhizopoden und verwandte Organismen. 
Arch. f. mikrosk. Anat. Bd. XII pp. 15—232. 
Taf. IV—VII Bonn. 


CLAPAREDE & 1859—61 Etudes sur les infusoires et les rhizopodes. 
LACHMANN Geneve. 
CLARK, J. 1868 On the Spongiae ciliatae as infusoria flagellata. 


Annals and Mag. of Natural History Ser. 4 Vol. I 
pp. 133— 142, 188—215, 250 — 264 pl. V— VII 


London. 
DADAY, E. 1905 Siisswasser-Mikrofauna Paraguays. Protozoa. 
Bibliotheca zool. Heft 44 pp. 4—46 Taf. I. Stuttg. 
DADAY, E. 1907 Siisswasser-Mikrofauna Deutsch-Ost-Afrikas. Pro- 


tozoa. Bibliotheca Zool., Heft 59 pp. 6-38; Taf. I. 
Stuttg. 


DANGEARD, P. A. 


DANGEARD, P. A. 


DELAGE, Y. & 
HEROUARD 


DUJARDIN, F. 
EHRENBERG, CHR. G. 


ENGELMANN, W. 


FRANCE, R. 
FROMENTEL, E. 
HANSGIRG, A. 
HARTMANN, M. & 


CHAGAS, C. 


HARTMANN, M. & 
CHAGAS, C. 


HENDERSON, W. D. 


KENT, W. S. 
KLEBS, G. 


KLEBS, G. 


LAUTERBORN, R. 


LAUTERBORN, R. 


1889 


1901 


1896 


1841 
1838 


1862 


1897 


1874 


1886 
1910 


1910 


1905 


1880/2 
1883 


1892 


1896 


1894 


118 


Recherches sur les Cryptomanadines et les Euglenae. 
Le Botaniste, Sér. I. pp. 1—38 pl. I. 


Recherches sur les Eugleniens. 
Le Botaniste, Sér. 8. pp. 95—357 pl. I—IV. Poi- 
tiers. 


Traité de Zoologie concréte. Vol. I. La cellule et 
les protozoaires, Paris. 


Histoire naturelle des Zoophytes infusoires. Paris. 


Die Infusionstierchen als vollkommene Organismen. 
Lpz. 


Zur Naturgeschichte der Infusionstiere. 
Zeits. f. wiss. Zool. Bd. 11 pp. 347—393. 
Taf. XXYIII—XXXI. Lpz. 


Protozoen. Die Fauna des Balatonsees. 
pp. 1—64 Vienna. 


Etudes sur les microzoaires ou infusoires propre- 
ment dits. Paris. 


Prodromus der Algenflora von Boehmen. Prag. 


Estudos sobre flajelados. 
Mem. do Inst. Oswaldo Cruz. Tomo Il, fac. I. 
pp. 64—125, est. 4—9. Rio de Janeiro. 


Sobre a divizão nuclear da Amoeba hyalina DANG. 
Mem. do Inst. Oswaldo Cruz. Tomo II, fac. II. 
pp. 159—167. Est. 10 Rio de Janeiro. 


Notes on the Infusoria of Freiburg im Breisgau. 
Zool. Anzeiger Bd. 29, pp. 1—24. Lpz. 


A manual of the infusoria London. 


Ueber die Organisation einiger Flagellaten-Gruppen. 
Unters. aus d. nat. Inst. zu Tuebingen, Bd. I. 
pp. 234—362, Taf. II & III. 


Flagellaten—Studien. 
Zeits.f. wiss. Zool. Bd. 55: pp. 2653415 
352—445; Taf. XIII—XVIII Lpz. 


Diagnose neuer Protozoen aus dem Gebiete des 
Oberrheins. 
Zoolog. Anzeiger, Bd. 19, pp. 14—18. Lpz. 
Ueber die Winterfauna einiger Gewásser des Ober- 
rheins. Mit Beschreibung neuer Protozoen. 
Biolog. Centralbl., Bd. 14, pp. 3900-398. Lpz. 


LAUTERBORN, R. 


LEIDY, J. 


LEMMERMANN, E. 


LEMMERMANN, E. 


LEMMERMANN, E. 


LEMMERMANN, E. 


LEMMERMANN, E. 


LEMMERMANN, E. 


LEMMERMANN, E. 


LEMMERMANN, E. 


LEMMERMANN, E. 


LEMMERMANN, E. 


LEVANDER, R. M. 
MAUPAS, E. 


1908 


1879 


1898 


1898 


1899 


1901 


1905 


1905 


1908 


1910 


1894 
1883 


Ho ——— 


Protozoen-Studien. V. Teil. Zur Kenntnis einiger 
Rhizopoden und Infusorien aus dem Gebiete des 
Oberrheins. 

Zeits. f. wiss. Zool., Bd. 90 pp. 645—669. 
Taf. 41-43, Lpz. 


Freshwater Rhizopodes of North America. Wash- 
ington. 


Beitraege zur Kenntnis der Planktonalgen. 
Bot. Centralbl., Bd. 76, pp. 150—156. 


Der grosse Waterneverstorfer Binnensee. Eine bio- 
logische Studie. 
Forschungsber. der biol. Station an Ploen. 
Teil 6. Abt. II. pp. 166—205 Taf. V. Stuttgart. 


Ergebnisse einer Reise nach dem Pacific (H. 
Schauinsland 1895—97). Planktonalgen. 
Abh. Nat. Ver. zu Bremen. Bd. XVI. Heft. 2 pp. 
313—398. Taf. I—II Bremen. 


Beitraege zur Kenntnis der Planktonalgen. 
Ber. der Deutsch. bot. Ges. Bd. XIX, Heft 2. 
pp. 85—95; Taf. IV Berlin. 


Das Plankton schwedischer Gewaesser. 
Arkiv foer Botanik. Bd. 2 No 2. pp. 1—210 Taf. 
I e II. Stockholm. 


Brandenburgische Algen. III Neue Formen. 
Forschungsber. der biolog. Station zu Ploen, Teil. 
XII, pp. 145—153; Taf. IV. Stuttg. 


Beitraege zur Kenntnis der Planktonalgen. 
Forschungsber. der biolog. Station zu Ploen. 
Teil. XII. pp. 154—168. Stuttg. 


Ueber die von Herrn Dr. WALTER VOLZ auf 
seiner Weltreise gesammelten Suesswasseralgen. 
Abhd. Nat. Ver. zu Bremen, pp. 143—174. Bremen, 


Das Phytoplankton des Menan. 
Hedwigia Bd. 48 pp. 126—139. Taf. III. Dresden. 


Algen I. (Schizophyceen, Flagellaten und Peridi- 
neen). Kryptogamenflora der Mark. Brandenburg. 
Bd. 3. Lpz. 


Beitrage zur Kenntnis einiger Ciliaten. Helsingfors. 


Contribution à l'étude morphologique et anatomique 
des infussoires ciliés. 
Arch. de Zool. exp. et gén. Ser. 2, Tome I., pp. 
427—664; Planches XIX—XXIV Paris. 


MEYER, H. 


MOROFF, TH. 


PALMER, P. J. 


PALMER, P. J. 


PENARD, E. 
PROWAZEK, S. 


PROWAZEK, S. 


ROUX, J. 


ROUX, J. 


SCHEWIAKOFF, W. 


SCHEWIAKOFF, W. 


SCHEWIAKOFF, W. 


SCHOUTEDEN, FR. 


1897 


1904 


1902 


1905 


1902 
1903 


1910 


1899 


1901 


1889 


1893 


1896 


1906 


120 


Untersuchungen über einige Flagellaten. 
Rev. Suisse de Zool., Tome V., pp. 43—98, pls. II 
e III. Genève. 


Beitrag zur Kenntnis einiger Flagellaten. 
Arch. f. Protistenk. Bd. III, pp. 69—106, Taf. VII 
e VIII, Jena. 


Five new species of Trachelomonas. 
Proc. of the Acad. of Nat. Sc. of Philadelphia, 
Vol.54, pp. 791—795; pl. 35. Philadelphia. 


Delaware Valley Forms of Trachelomonas. 
Proc. of the Acad. of Nat. Sc. of Philadelphia, 
Vol.57, pp. 665—675 (with 1 plate). Philadelphia. 


Faune rhizopodique du bassin du Léman. 


Flagellatenstudien. 
Arch. f. Protistenk., Bd. II, pp. 195—212. Taf. V. 
u. VI. Jena. 


Contribuição para o conhecimento da fauna de pro- 
tozoarios do Brasil. 
Mem. do Inst. Oswaldo Cruz. Tomo II., fac. 2, 
pp. 149—158. Rio de Janeiro. 


Observations sur que e ques infusoires ciliés des 
environs de Genêve avec la description de nou- 
velles espèces. 
Rev. Suisse de Zoologie. Tome 6. pp. 557—635. 
pl. 13 e 14. Genêve. 


Faune infusoirienne des eaux stagnantes des envi- 
rons de Genêve. Genêve. 


Beitrage zur Kenntnis der holotrichen Ciliaten. 
Biblioth. Zool. Heft 5. pp. 1—78. Taf. I—VII. 
Cassel. 


Ueber die geographische Verbreitung der Siisswasser- 
Protozoen. 
Mém. de "Acad. Imp. des Sc. de St. Pétersbourg. 
Sér. VII, Tome 41, No. 8, pp. 1—201. Taf. I—IV. 
St. Petersbourg. 


Infusoria aspirotricha (Holotricha auctorum). 
Mer. Acad. Imp. des Sc., de S. Pétersbourg. 
Sér. VII. T. IV. No. 1. pp. 1—395. Taf. VII. 
S. Pétersbourg. 


Les Rhizopodes testacés d’eau douce d'aprês la 
monographie du Prof. A. AWERINZEW. 
Ann. de Biologie Lacustre, T. I. pp. 327—382. 
Bruxelles. 


SCHOUTEDEN, H. 


SCHROEDER, B. 


SCHMITZ, FR. 


SENN, G. 


STEIN, FR. 
STERKI, V, 


STEUER, A. 


STOKES, A. C. 


STOKES, A. C. 


STOKES, A. C. 


STOKES, A. C. 


WOLOSZYNSKA, J. 


WRZESNIOWSKI, A. 


1906 


1897 


1900 


1859—83 


1904 


1885 


1886 


1890 


1894 


1912 


1870 


A ee 


Les Infusoires aspirotriches d’eau douce. 
Ann. de Biologie Lacustre T. I. pp. 383—468. 
Bruxelles. 


Die Algenflora der Versuchsteiche. 
Forschungsber. der biol. Station zu Ploen. Teil 
V, pp. 29—66. Taf. II—IV. Stuttgart. 


Beitrage zur Kenntnis der Chromatophoren. 
Jahrb. f. wiss. Bot., Bd. XIL, pp. 1—177. Taf. 1. 
Berlin. 


Flagellaten, Engler und Prantl.: Natiirliche Pflanzen- 
Familien. 
Bd. I, Abt. la., pp. 93—192. Leipzig. 


Der Organismus der Infusionstiere. Leipzig. 


Beitráge zur Morphologie der Oxytrichinen. 
Zeits. f. wiss. Zool., Bd. 31.; 29 —58. Taf. IV. 


Ueber eine Euglenoide (Eutreptia) aus dem Canale 
Grande von Triest. 
Arch. f. Protistenkunde, 126—137. Jena. 


Some apparently undescribed Infusoria from fresh 
water. 
Amer. Naturalist. Vol. XIX, pp. 18—27. Phila- 
delphia. 


Some new Infusoria from American Fresh-Waters. 
Ann. and Mag. of Nat. History, Ser. 5. Vol. XVII, 
pp. 98—112 pl. 1. Philadelphia. 


Notices of new fresh-water Infusoria. 
Proc. of the Americ. Phil. Soc., Vol. XXVIII, 
pp. 74—80, pl. 1. Philadelphia. 


Notices of presumably undescribed Infusoria. 
Proc. of the Amer. Phil. Soc. Vol. XXXIII, pp. 
338—344, pl. 1. Philadelphia. 


Das Phytoplankton einiger javanischer Seen, mit 
Beriicksichtigung des Sawa-Planktons. 
Bull. Intern. de l’Acad. des Sc. de Cracovie, 
Sér. B. sciences naturelles, No. 6 et 7, pp. 648 
—709. PI XXXII-XXXVI. Cracovie. 


Beobachtungen über Infusorien aus der Umgebung 
von Warschau. 
Zeits. f. wiss. Zool., Bd. XX, pp. 467—51 1. Taf. 
XXI—XXIIL Leipzig. 


Explicação das figuras. 


Com exceção da fig. esquematica 1 b» 
est. 9, todas as outras foram desenhadas de 
preparados a fresco com a camara clara e na 
altura da mesa.Na est. 9 as fig. 1,1 a 2 foram 
desenhadas com oc. 2 e obj. D,3 e 4 com 
oc. 2 e obj. 1/12 e 5 com oc. 5e obj. A. Na 
est. 10 a fig. 3 foi desenhada com oc. 2 e 
obj. D, as demais com oc. 2 e obj. 1/12. O 
comprimento do tubo era de 14,5 mais a al- 
tura do revolver. 


Estampa 9. 


Fig. 1. Arcella brasiliensis em perfil. 
as à 3 » vista de cima. 

» 1b.Estructura da carapaça com aum. 
maior. 

Chilomonas prowazeki. 

Dileptus bivacuolatus. 

Glaucoma frontatum. 

Frontonia vesiculosa. 


Su ibs 


Estampa 10. 


Lepocinclis piriformis. 
» mammillata. 
Phacus gigas. 
» bacillifer. 
Trachelomonas curta. 
» echinata. 
» spinigera. 
» tubulata. 


A SL 


122 


Erklárung der Abbildungen. 


Alle Figuren, ausser der schematischen 
1b auf Tafel 9, wurden mit der Camara clara 
auf Tischhóhe gezeichnet. Auf Tafel 9 sind 
die Fig. 1, la und 2 mit Oc. 2. Obj. 3 und 
4 mit Oc. 2 und Obj. 1/12 und Fig. 5 mit 
Oc. 5 und Obj. A gezeichnet. Auf Tafel 10 
wurde Fig. 3 mit Oc. 2 und Obj. D, die 
úbrigen mit Oc. 2 und Obj. 1/12 entworfen. 
Die Tubuslánge betrug 14,5 und die Hóhe 
des Revolvers. 


Tafel 9. 


Fig. 1 Arcella brasiliensis im Profil. 

HN MRC » von oben 

» 1b Struktur der Schale bei stárkerer Vergr. 
» 2 Chilomonas prowazeki. 

» 3 Dileptus bivacuolatus. 

» 4 Glaucoma frontatum. 

» 5 Frontonia vesiculosa. 


Tafel 10. 


Lepocinclis piriformis. 
» mammillata. 
Phacus gigas. 
» bacillifer. 
Trachelomonas curta. 
» echinata. 
» spinigera. 
» tubulata. 


Oo] ON mm 


ESTAMPA 9 


Tomo V -1913 


INSTITUTO OSWALDO CRUZ 


sr 


MEMORIAS DO 


at el 
RD, 


A A 


IS 
Da 


"A:Cunhe del. 


© ATH. HARTMANN REIGHENBACH 5 PAULO RIO 


MEMORIAS DO INSTITUTO OSWALDO CRUZ 
Tomo Y - 1913 


ESTAMPA lO 


A.Gunha del. 


C.L/TH. HARTMANN -REICHENEACH. $ PAULO RIO 


Nota sobre a presença da larva de Linguatula Serrata FROELICH no intestino do homem, 


no Brazil, seguida de notas sobre os linguatulideos da coleção do Instituto 
pelo 


Dr. Gomes de Faria e Lauro Travassos, 


(Com a estampa 11) 


Beobachtung der Larve von Linguatula Serrata FROELICH als Darmparasit des Menschen 
in Brasilien und Bemerkungen über die Linguatuliden der Institutssammlung 


von 


Dr. Gomes de Faria und Lauro Travassos, 
(Mit Taf. 11) 


Recebemos em Janeiro 1912 do Dr. CE- 
ZAR GUERREIRO abundante material de 
nematoides colhidos em uma autopsia no Hos- 
pital da Misericordia, no qual pudemos 
reconhecer a existencia das duas bem conhe- 
cidas especies: Agchylostoma duodenale DUB. 
e Necator americanus STILES. Infelizmente 
não pudemos colher informações clinicas, nem 
o protocolo da autopsia, podendo apenas 
saber que se tratava de um caso de anci- 
lostomose, falecendo o individuo em conse- 
quencia da grave anemia provocada por aqueles 
parasitos. 


Entre os ancilostomos encontrámos um 
outro parasito, que se apresentava como um 
helminte achatado de seção convexo-concava, 
com uma estremidade alargada e outra mui- 
to afilada, de coloração esbranquiçada e de 


Im Januar 1912 erhielten wir von Dr. 
CEZAR GUERREIRO ein reichliches Material 
von Nematoden, welches die bekannten Arten: 
Agchylostoma duodenale DUB. und Necator 
americanus STILES enthielt; dasselbe stammte 
von einer im hiesigen Misericordiaspitale ge- 
machten Sektion. Leider konnten wir weder 
das Protokoll derselben noch klinische Notizen 
erhalten und erfuhren nur, dass es sich um 
einen Fall von Ankylostomiasis handelte, bei 
welchem der Tod infolge hochgradiger, durch 
die Parasiten herbeigefiihrter Anaemie ein- 
getreten war. 

Zwischen den Rundwiirmern fanden wir 
einen anderen Parasiten; derselbe zeigte die 
Form eines abgeplatteten Wurmes von weisser 
Farbe und einer Lange von ca. 4 mm. bei 
einer gróssten Breite von 0,9 mm. und konvex- 


cerca de 4 mm. de comprimento e 0,9 mm. 
de maior largura. O exame microscopico mos- 
trou a organisação tipica das larvas de Lin- 
guatula serrata FROELICH, apresentando cerca 
de 86 aneis. A nossa fotografia e o perfeito 
conhecimento que já se tem pelos diversos 
trabalhos dos autores da organisação deste 
parasito, nos dispensa dar a descrição com- 
pleta. 


O parasitismo das larvas de Linguatula 
serrata FROELICH no homem, é desde longa 
data conhecido na Europa pelos trabalhos de 
HESCHL, VIRCHOW, WAGNER e FRE- 
RICHS, o mesmo não acontecendo com a 
forma adulta da qual só se conhece o caso 
descrito por LANDON em 1878. 


Na America só dois casos são até hoje 
conhecidos e devidos ás observações de DAR- 
LING e CLARK, na zona do Canal do 
Panamá, sendo ambos em nativos da Ameri- 
ca Central. Nisto se resume todo o nosso 
conhecimento atual sobre a ocorrencia deste 
aracnideo no Novo Continente como parasito 
humano. 


Como é bem conhecido é a Linguatula 
serrata no estado adulto normalmente um 
parasito das fossas nasais de cão e outros 
carnivoros. 


Já ha bastante tempo procurámos este 
parasito no correr de outras pesquizas so- 
bretudo em cães, tendo até agora sido in- 
frutiferas essas investigações, razão pela qual, 
nada podemos informar sobre a sua frequen- 
cia entre nós, mesmo porque essas investi- 
gações limitam-se na sua maior parte a ani- 
maes desta cidade, e como FRIEDBERGER 
e FROEHNER assinalam, variam em fre- 
quencia de um lugar para outro. 


Sendo de toda atualidade a questão das 
porocefaloses no homem, fato comum na 
Africa, ainda não observado no Brazil, adita- 
mos a este trabalho uma nota sobre a ocor- 
rencia de diversos linguatulideos em animaes 
nativos no paiz, servindo-nos para isso do 
material já colecionado e presente na coleção 
do Instituto. Até este momento nada se sabe 
sobre a ocorrencia de larvas de pentastomos 
no homem na America do Sul, mas com isto 


124 


konkavem Durchschnitt; derselbe war an 
einem Ende verbreitert, am andern stark zu- 
gespitzt. Das Mikroskop zeigte die typische 
Struktur der Larven von Linguatula serrata 
FROEHLICH mit 86 Ringen. Die beigege- 
bene Photographie des Parasiten, dessen 
Organisation durch die Arbeiten verschiedener 
Autoren bereits geniigend bekannt ist, lassen 
eine eingehende Beschreibung unnótig er- 
scheinen. 

Das Vorkommen der Larven von Lingua- 
tnla serrata FROEHLICH 1789 als Parasiten 
des Menschen in Europa ist durch die Ar- 
beiten von HESCHL, VIRCHOW, WAGNER 
und FRERICHS langst bekannt; dagegen 
kennt man von der erwachsenen Form nur 
den 1878 von LANDON beschriebenen Fall. 

Aus Amerika kennt man nur zwei Fille, 
beide bei Eingeborenen von Zentralamerika ; 
sie wurden von DARLING und CLARK in 
der Zone des Panamakanals gemacht. Darauf 
beschrankt sich die gegenwártige Kenntnis 
vom Vorkommen dieses Parasiten beim 
Menschen in der neuen Welt. 

Wie allgemein benannt, ist Linguatula 
serrata im erwachsenen Zustande normaler- 
weise ein Parasit der Nasenhóhle von Hunden 
und anderen Fleischfressern. 

Schon vor lángerer Zeit haben wir wáh- 
rend anderer Untersuchungen auf diesen 
Parasiten besonders bei Hunden gefahndet, 
aber immer ohne Erfolg; wir kónnen daher 
über die Háufgkeit desselben hierzulande 
keine Angaben machen, um so mehr, als 
nur Hunde aus der Stadt untersucht wurden, 
wáhrend der Grad der Infektion, wie FRIED- 
BERGER und FROEHNER hervorheben, je 
nach dem Orte verschieden ist. 

Da Porocephalosen des Menschen aktu- 
elles Interesse besitzen und in Brasilien noch 
nicht beobachtet wurden, obwohl sie in 
Afrika háufig sind, so geben wir hier 
noch eine Notiz über das Vorkommen ver- 
schiedener Linguatuliden in einigen hiesigen 
Tieren, auf Grund der im Institute vorhan- 
denen Sammlung. Bis jetzt ist in Súdamerika 
über das Vorkommen von Pentastomalarven 
beim Menschen nichts bekannt; wir hoffen 
aber so auf diese Frage aufmerksam zu 


procuramos chamar a atenção, dada a possi- 
bilidade de se observar o fato em muitos pon- 
tos do interior de nosso paiz, onde pululam 
as cobras e outros animaes infetados e onde a 
falta de cuidados hijienicos certamente favo- 
rece a possibilidade da infeção no homem. 


Listas das especies. 


1. Linguatula serrata FROEHLICH, 1759. 

Intestino do homem. Rio de Janeiro 1913. 

2. Linguatula recurvata DiES. 1836. 

Sinonimia: Pentastomum recurvatum DIES., 
1836. 


Os aduitos desta especie não existem na 
nossa coleção. Em 1909 colecionámos algumas 
larvas de pentastomos no coração direito de 
um Dicotyles labiatus CUVIER caçado em 
apura (Estado de S. Paulo). 

Às larvas eram em numero de oito e 
foram encontradas livres apresentando gran- 
de mobilidade. Eram de côr branca leitosa 
translucidas, de dimensões pouco variaveis 
sendo que a maior medía 6,5 mm. de com- 
primento e 2,5 mm. de maior largura; a 
maioria media 5 mm. de comprimento e 
2 mm. de largura maxima. 


Corpo ovoide com a extremidade ante- 
rior arredondada e cauda muito afilada com 
extremidade bilobada. O corpo não é per- 
feitamente reto e em geral com a extremida- 
de posterior recurvada para cima e um pouco 
para fora. A face dorsal é fortemente conve- 
xa e a ventral concava. A superficie do corpo é 
regularmente anelada, podendo-se contar cerca 
de 112 aneis que se estendem por toda ela. 
A boca de forma eliptica é cercada de rebordo 
quitinoso quadrangular, distando cerca de 
0,27 mm. da extremidade anterior. Lateral- 
mente á boca ha, de cada lado, 2 grandes 
ganchos talciformes de contorno reforçado. 
Póro genital nos machos dista cerca de 
0,68 mm. da extremidade anterior. 


Comparámos este material com a des- 
crição dada por DIESING da Linguatula 
recurvata que aqui transcrevemos: 

Corpus lanceolatum retrorsum attenuatum 
recurvatum, apice caudali emarginatum, ventre 


125 


machen, da einschlagige Beobachtungen leicht 
an manchen Orten des innern gemacht werden 
kônnten, wo Schlangen und andere infizierte 
Tiere haufig sind und ungiinstige hygienische 
Zustánde die Môglichkeit einer Infektion be- 
gúnstigen. 


Liste der Arten. 


1. Linguatula serrata FROEHLICH 1759. 
Menschlicher Darm. Rio de Janeiro 1913. 
2. Linguatula recurvata DIES. 1836. 
Syn. Pentastomum recurvatum DIES. 1836. 


Erwachsene Exemplare dieser Art exi- 
stieren nicht in unserer Sammlung. Dagegen 
fanden wir 1909 einige Pentastomumlarven 
im rechten Herzen eines Dicotyles labiatus 
CUVIER, welcher in Itapura (Staat S. Paulo) 
erlegt worden war. 


Die Zahl der Larven betrug acht. Sie 
lagen frei und waren sehr beweglich, von 
durchscheinend milchweisser Farbe und etwas 
wechselnden Dimensionen. Die grósste war 
6,5 mm. lang und 2,5 mm. breit; die Mehr- 
zahl zeigte ein Lange von 5, bei einer Breite 
von 2 mm. 

Der Kórper war eifórmig, mit stumpfem 
Vorder- und sehr spitzem, am Ende zwei- 
lappigem, Schwanze, dabei nicht ganz gerade, 
indem das Hinterende nach oben und etwas 
nach aussen gekriimmt erscheint. Die Dorsal- 
seite ist stark konvex, die ventrale konkav. 
Die Oberflâche des Kórpers ist regelmassig 
geringeit und man kann 112 Ringe zahlen, 
welche über die ganze Lange verteilt sind. 
Der Mund ist elliptisch und von einer vier- 
eckigen chitinoesen Leiste eingefasst, welche 
ca. 0,27 mm vom Vorderende absteht. Zur 
Seite des Mundes stehen je zwei grosse 
chitinoese Hacken von Sichelform mit sehr 
deutlichem Umriss. Der Genitalporus beim 
Mannchen ca. 0,68 mm vom Vorderende. 


Wir verglichen dieses Material mit 
DIESING’S Beschreibung seiner Linguatula 
recurvata: Corpus lauceolatum  retrorsum 
attenuatum recurvatum, apice caudali emargi- 
natum, ventre planiusculum, dorso convexius- 
culum, annulato-plicatum, marginibus crenatum. 


planiusculum, dorso convexiusculum, annulato- 
plicatum, marginibus crenatum. Caput trunca- 
tum. Os ellipticum inter bothria arcuatim dis- 
posita, hamulos simplices vaginantia sítum. 
Tivemos a impressão de que estas larvas se 
ligassem a Linguatula recurvata de DIESING, 
o que os dados anatomicos parecem confir- 
mar. Outrosim, são justamente as onças os 
animaes que mais frequentemente e que com 
sucesso podem atacar um maniifero forte e 
grande como o Dicoytiles labiatus, fato que 
concorda com esta evolução do parasito. Não 


podemos encontrar descrição desta larva o 
que faz crer que até agora fosse desconhe- 
cida. 


3. Linguatula subtriquetra DIESING 1836. 


Esta especie foi encontrada uma vez em 
material colecionado pelo DR. NEIVA em um 
Caiman sclerops GRAY apanhado no Rio 
Iguassú (Estado do Rio de Janeiro). 


4 Porocephalus crotali HUMBOLDT 1808. 
Esta especie existe na nossa coleção pro- 
veniente das seguintes cobras: 
Lachesis lanceolatus LACEP. 
Crotalus horridus L. 
Spilotes pullatus WAGLER. 


Este porocefalo se encontra principalmen- 
te nas cobras do Estado de S. Paulo donde 
recebemos muito material, principalmente cole- 
cionado pelo Dr. RUY LADISLAO na zona 
da Estrada Noroeste e do Instituto de Bu- 
tantan. No Estado do Rio de Janeiro parece 
ser raro ou não ocorrer visto nunca ter sido 
ai encontrado, apezar do grande numero de 
cobras examinadas. 

Sobre a biolojia desta especie existem 
observações ineditas, feitas ha muitos anos, 
em £40 Paulo, pelo Dr. ADOLPHO LUTZ. 
Observou que dum lote de ratos brancos, 
comprados na mesma ocasião, morriam logo 
todos em consequencia de uma infeção 
por larvas de Porocephalus. Estas eram bem 
desenvolvidas e bastante grandes, de côr 


branca. Tinham as extremidades um tanto 


AM ar 


Caput truncatum. Os ellipticum inter bothria 
arcuatim disposita, hamulos simplices vaginan- 
tia situm'. Wir hatten den Eindruck, dass 
diese Larven zur Linguatula recurvata DIE- 
SING'S gehórten, was die anatomischen An- 
gaben zu bestátigen scheinen. Aussesdem 
sind es gerade die Jaguare, welche am hau- 
figsten und leichtesten so kráftige Tiere wie 
diese Wildschweine anfallen kônnen, was zu 
dieser Entwicklungsweise des Parasiten passt. 
Eine Beschreibung der Larve haben wir nicht 
gefunden, was vermuten lásst, dass dieselbe 
noch unbekannt war. 


3. Linguatula subtriquetra (DIES. 1836) 


Diese Art wurde einmal von Dr. NEIVA 
unter dem Materiale aufgefunden, welches 
von einem im Staate Rio de Janeiro im 
Yguassúflusse gefangenen Caiman sclerops 
GRAY herstammte. 


4. Porocephalus crotali (HUMBOLDT, 1808). 


Wir besitzen diese Art in unserer Samm- 
lung aus folzenden £chlangen. 


Lachesis lanceolatus LACEP. 
Crotalus horridus L. 
Spilotes pullatus WAGLER. 


Dieser Porocephalus findet sich haufig 
in Schlangen aus dem Staate São Paulo, von 
wo wir viel Material erhielten. Dasselbe 
stammte grósstenteils von Dr. RUY LADIS- 
LAO, der in der Zone der Eisenbahn nach 
Matto Grosso sammelte und aus dem Insti- 
tute von Butantan. Im Staate Rio de Janeiro 
fehlt diese Art oder ist wenigstens selten, da 
sie trotz der Untersuchung zahlreicher Schlan- 
gen niemals gefunden wurde. 

Ueber die Biologie dieser Art hat Dr. 
ADOLPH LUTZ schon vor Jahren in Sao 
Paulo unverôffentlichte Beobachtungen ge- 
macht. Derselbe fand, dass einige angekaufte 
weisse Ratten in kurzer Zeit zu Grunde 
gingen und zwar ausschliesslich in Folge 
einer Infektion mit zahlreichen gut entwickel- 
ten Porocevaluslarven. Dieselben waren 
ziemlich gross, von weisser Farbe und an 
den Enden' eingerollt; sie lagen teils frei 
zwischen den Eingeweiden, teils im Innern 
der Lungen, wo sie eine tódliche Pneumonie 


enroladas e se achavam livres entre as vice- 
ras ou nos pulmões onde determinaram uma 
pneumonia fatal, caraterisada por um exsu- 
dato gelatinozo, de côr clara. Foi bem esta- 
belecido que a infeção só podia ter tido 
lugar numa gaiola, antes ocupada por cas- 
caveis que continham nos pulmões pentasto- 
mos adultos que pareciam corresponder ás 
larvas e produziam muitos ovos. Verificou-se 
experimentalmente que os ovos se desenvol- 
viam em pequenos roedores. Assim se ex- 
plica que o parasito é encontrado somente 
em cobras grandes capazes de engulir ca- 
mondongos. Escolheu-se então para uma ex- 
periencia uma pequena cobra coral, certa- 
mente não infectada. Introduziu-se no esto- 
mago dela algumas larvas vivas, o que não 
era dificil. A cobra morreu depois de algum 
tempo e o exame mostrou o mesmo numero 
de larvas, um tanto crecidas, fora do intesti- 


no estando já fechadas as aberturas produzidas. 
5 Porocephalus bifurcatus DIES. 1836. 


Esta especie foi encontrada em Itapura 
(S. Paulo) em uma cobra cuja determinação 
zoolojica não foi feita. 


6 Porocephalus lari MEGNIN 1883. 


Esta especie foi encontrada uma vez nos 
sacos aereos de Larus dominicanus LICHT. 
caçado na Bahia do Rio de Janeiro. Parece 
comtudo ser bastante rara nos animaes desta 
zona pois, já temos examinado para mais 
de duzentas destas aves tendo encontrado 
apenas uma deles infetada com dois parasitos. 

Ainda se encontra na literatura o Poro- 
cephalus gracilis DIES. que SHIPLEY pensa 
ser muito comum no Brazil, dado o numero 
extraordinario de exemplares que se encontra 
no Museu de Vienna na coleção DIESING. 


Até agora não temos podido encontral-o, 
apezar do grande material que temos subme- 
tido a estudo. 


127 


hervorgerufen hatten. Letztere war durch 
ein eigentümliches helles und gelatinóses 
Exsudat charakterisiert. Genaue Nachfor- 
schungen ergaben, dass die Infektion in 
einem früher von Klapperschlangen bewohn- 
ten Káfige erfolgt sein musste. Letztere ent- 
hielten ausgewachsene Pentastomen in den 
Lungen, welche den Larvenformen zu ent- 
sprechen schienen und viele Eier lieferten. 
Es liess sich auch experimentell feststelien, 
dass die Fier sixin kleineren Nagetieren zu 
Larven entwickeln. So erklart sich auch, dass 
die Pentastomen nur bei grósseren Schlangen 
gefunden werden, welche im Stande sind, 
Máuse herunterzuschlucken. Es wurde daher 
zu einem Experimente eine kleine Korallen- 
schlange gewáhlt, von der man sicher sein 
konnte, dass sie nicht infiziert war. Derselben 
wurden einige Penjastomenlarven lebend ein- 
gestopft, was leicht zu machen ist. Als die 
Schlange nach einiger Zeit zu Grunde ging, 
fanden sich die Larven, etwas gewachsen, 
ausserhalb des Darmkanals, an welchem die 
Durchtrittsstellen sich bereits geschlossen 
hatten. 


5. Porocephalus bifurcatus (DIES. 1836). 


Diese Art wurde in Itapura (St. S. Paulo) 
in einer zoologisch nicht bestimmten Schlan- 
genart gefunden. 


6. Porocephalus lari MEGNIN 1883. 


Diese Art wurde in zwei Exemplaren in 
den Luftsácken von Larus dominicanus LICHT. 
gefunden. Die Móve war auf der Bai von 
Rio erlegt worden der Parasit, scheint jedoch 
selten zu sein, da er in mehr als zweihundert 
Individuen derselben Móvenart umsonst ge- 
sucht wurde. Dagegen wurde er schon 
früher von LUTZ in Santos konstaiiert. 


In der Litteratur wird noch Porocephalus 
gracilis DIES. erwahnt, den SHIPLEY für 
hierzulande haufig halt, wegen der grossen 
Zahl von Exemplaren, welche das Wiener 
Museum in der Sammlung von DIESING 
besitst. Bis jetzt haben wir denselben trotz 
grossen Untersuchungsmateriales nicht auf- 
finden kônnen. 


DIESING 


DARLING, S. T. 


DARLING, S. T., and 
CLARK, F.C. 


ZO 


BIBLIOGRAFIA 
Litteratur. 


1836 Monographie der Gattung Pentastomum. Ann. des Wiener 
Museuns der Naturgeschichte. Wien. 


1912 A note on the presence of Linguatula serrata in man in 
Central America. Bull. de la Soc. de Path. Exot. T. V. 
N.o 2, p. 118. Paris. 


1912 Linguatula serrata (larva) in a Native Central American. 
The Arch. of Internal Medicine, V. 9, N.o 4, p. 401. 
Chicago. 


FRIEDBERGER & FROENER 1908 Veterinary Pathology, V. I, P. 21. London. 


LANDON 


SHIPLEY, A. E. 


STILES, CH. W. 


1878 Ein casuisticher Beitrag zur Aetiologie der Nasenblu- 
tungen. Berliner klinische Wochenschrift N.o 49, p. 730. 
Berlin. 


1898 An attempt to revise the Family “Linguatulidae”. Arch, 
de Paras.; TAL. p.:52:. Paris. 


1891 Bau und Entwicklungsgeschichte von Pentastomum pro- 
boscideum Rud. et P. subcylindricum Dies. 
Inaugural-dissertation der Universitat Leipzig. 


y 


MEMORIAS DO INSTITUTO OSWALDO CRUZ ESTAMPA II 
Tomo V - 1913 


Contribuições para a biolojia das megarininas tom descrições de duas especies NOVAS 


pelos 


Drs. ADOLPHO LUTZ e ARTHUR NEIVA. 


I 


Boitráge cur Biologie der Megarhininen und Besthrelbung zavel er never Arden 


von 


Drs. ADOLPHO LUTZ und ARTHUR NEIVA. 


| 


er ———— 


Até recentemente consideravam-se as me- 
garininas como hematofagas, atribuindo-se-lhes, 
provavelmente por causa do seu tamanho, 
picadas muito dolorosas, como indicam os 
nomes immuisericors e ferox, dados por WIE- 
DEMANN e WALKER a uma especie ori- 
ental e outra americana. Na publicação de 
GOELDI a mesma acusação é feita a uma 
especie do Pará (M. haemorrhoidalis F. = 
separatus ARR.), citando observações de 
DUCKE. Este conhecido himenopterolojista 
compara a dôr produzida com aquela que 
resultaria da picada duma vespa. Aqui toda- 
via ha uma explicação facil, supondo-se um 
simples equivoco com uma das especies me- 
talecentes de Psorophora que ocorrem nos mes- 
mos lugares e têm o mesmo tamanho; eram 
aliás pouco conhecidas naquele tempo. O 
proprio autor da observação admite a possi- 


Bis in den letzten Jahren sah man die 
Megarhinus - Arten als Blutsauger an und 
schrieb ihnen, wahrscheinlich ihrer Grosse 
wegen, sehr schmerzhafte Stiche zu, wie 
dies die Namen immisericors und ferox an- 
deuten, welche WIEDEMANN und WALKER 
einer indischen und einer amerikanischen 
Art verliehen. In einer Publikation von 
GOELDI wird diese Anklage fiir M. haemor- 
rhoidalis F. (= separatus ARR.) in Para wie- 
derholt, gestiitzt auf Beobachtungen von 
DUCKE. Dieser bekannte Hymenopterologe 
vergleicht den Schmerz mit demjenigen 
eines Wespens:iches. Diese Angabe erklárt 
sich indessen leicht, wenn man eine Ver- 
wechslung mit einer der metallisch glanzenden 
Psorophoraarten annimmt, welche dieselbe 
Grósse haben und in derselben Zone vor- 
kommen, übrigens damals nur wenig bekannt 


bilidade, visto que a especie não foi deter- 
minada na ocasião. Tambem AUSTEN, ba- 
seado em informações de Manaos, diz que o 
M. haemorrhoidalis F. dá picadas dolorosas; 
BLANCHARD o repete e THEOBALD em 
varios volumes da sua monografia se refere 
a este suposto habito das megarininas. 


De outro lado, nenhum de nós, em muitos 
anos de observações independentes, conseguiu 
verificar similhante fato. Não sómente não 
atacavam pessóas ou cavalos que se usa com 
muito proveito para atrair as especies hema- 
tofagas, mas PERYASSÚ e NEIVA, experi- 
mentando com diversas especies e numerosos 
individuos no laboratorio, sempre verificaram 
que eram incapazes de picar. Conseguiu-se 
conservar durante 39 dias um exemplar do 
M. fluminensis NEIVA, o que constitue um 
record para a vida em cativeiro, porque neste 
sentido apenas encontrámos uma observação 
de GREEN que conservou vivo um M. im- 
misericors WLK. durante 11 dias. 


As experiencias de LUTZ feitas com 
femeas, tanto criadas, como apanhadas, con- 
cordam perfeitamente. Foram feitas com va- 
rias especies, incluindo um exemplar de 
haemorrhoidalis F. 


São pouco numerosos os trabalhos que 
se referem á biolojia das megarininas. Os 
ovos foram descritos de quatro especies: M. 
haemorrhoidalis F., immisericors WLK., Mar- 
schallii THEOB. e speciosus SKUSE. São pos- 
tos isoladamente ou em grupos. O ultimo 
caso se daria para o haemorrhoidalis, segun- 
do observação de GOELDI, que obteve 19 
ovos agrupados aos quatro e aos seis; eram 
claviformes, longos de 1,02 mm. e tinham 
metade do comprimento revestido de tuber- 
culos. O M. immisericors, segundo GREEN 
que estudou muito bem a biolojia desta es- 
pecie, põe ovos isolados que medem 0,55 mm. 
de comprimento por 0,37 de largura, tendo 
o colorido branco-crême e a superficie granu- 
losa. BANCROFT verificou que o speciosus 
põe ovos isolados. THEOBALD publicou a 
respeito de M. Marschallii observações de 
BILLINGTON que criou a especie duas 


e A = 


waren. Diese Môglichkeit wird von dem 
Beobachter selbst zugegeben, da die Art 
nicht bestimmt wurde. Aber auch AUSTEN 
schreibt, nach Angaben aus Manaos, dass 
M. haemorrhoidalis F. empfindlich steche; 
BLANCHARD wiederholt dies und THEO- 
BALD spielt in verschiedenen Bánden seiner 
Monographie auf diese vermein:liche Ge- 
wohnheit der Megarhinusarten an. 

Dagegen konnten wir beide, während 
vieler Jahre unabhangiger Beobachtung, 
nichts dergleichen konstatieren. Nicht nur 
griffen sie weder Personen an, noch Pferde, 
welche blutsaugende Insekten sonst so 
sicher anziehen, sondern PERYASSU und 
NEIVA experimentierten auch mit zahl- 
reichen im Laboratorium geziichteten Indi- 
viduen verschiedener Arten und fanden sie 
immer unfahig zu stechen. Ein Exemplar 
von M. fluminensis NEIVA konnte dieser 
39 Tage am Leben erhalten, was fiir das 
Leben in der Gefangenschaft einen Rekord 
bildet, da wir nur eine einschlagige Be- 
obachtung von GREEN kennen, welcher, 
einen M. immisericors WLK. wahrend 11 
Tagen am Leben erhielt. 


Die von LUTZ mit .eils geziichteten, 
teils gefangenen Weibchen gemachten Be- 
obachtungen stimmen vóllig überein. Sie 
wurden mit verschiedenen Ar:en angestellt, 
worunter auch haemorrhoidalis F. einmal 
vertreten war. 

Die Zahl der Arbeiten, welche sich mit 
der Biologie der Megarhinusarten befassen, ist 
gering. Die Eier wurden von 4 derselben be- 
schrieben: M. haemorrhoidalis F., immisericors 
WALK., Marschallii THEOB. und speciosus 
SKUSE. Sie werden isoliert oder in Gruppen 
gelegt. Letzteres ist bei dem M. haemorr- 
hoidalis der Fall, nach einer Beobachtung 
von GOELDI, der 19 Eier in Gruppen von 
vier und sechs erhielt; sie waren 1,02 mm 
lang, keulenférmig und zur Hälfte mit Knôt- 
chen bedeckt. Nach GREEN, der M. immi- 
sericors sehr gut studierte, legt das Weibchen 
die Eier einzeln ab; sie sind 0,55 mm lang 
und 0,37 mm breit, rahmfarben, mit kórniger 
Oberfläche. BANCROFT konstatierte, dass 
speciosus die Eier einzeln legt. Ueber M. 


‘ Lo 
E 


4 


AI 


vezes, verificando que punha até 20 ovos iso- 
lados. O tempo até o desalagamento era de dois 
dias, o mesmo que GREEN notou no M. 
immisericors; a larva, ao sair, divide o ovo em 
duas partes, diferindo da do haemorrhoidalis, 
que, segundo GOELDI, escapa por uma dei- 
cencia lonjitudinal do ovo. O periodo do 
ovo até a imajem era de 3 semanas o que 
deve ser considerado como minimo, por- 
que, em outras larvas, o desenvolvimento pode 
durar mezes. 


LUTZ observou na agua da cavidade 
central de uma Aechmea tinctoria MEZ. 4 ovos 
bastante grandes boiando isoladamente. Eram 
de côr crême nacarada. Houve desenvolvi- 
mento de larvas, mas estas morreram antes 
de abandonar os ovos. Julga que se tratava 
de ovos de M. solstitialis, cujas larvas eram 
encontradas com muito regularidade nesta 
situação. 


As larvas, embora diferentes, parecem 
oferecer todas uma côr semelhante, devida a 
pontos vermelhos, situados principalmente 
na face dorsal. O fundo é amarelado. Além 
disso observam-se manchas brancas de leite 
e desenhos pretos; o M. violaceus WIED., a 
que corresponde indubitavelmento o M. Ma- 
riae de BOURROUL (como LUTZ verificou 
na Bahia), tem larvas vermelhas com brilhan- 
tes manchas nacaradas que rivalizam em 
beleza com as côres dos adultos. 


As larvas de Megarhinus têm sido obser- 
vadas em ôÔcos de arvores e mesmo em tinas. 
Todavia as nossas especies são todas ou bro- 
melicolas (a maior parte, incluindo o haemor- 
rhoidalis *) ou bambusicolas (duas especies). 
Estes dois habitat não se confundem, mesmo 
quando especies das duas categorias ocorrem 
no mesmo mato. De outro lado, temos varias 
observações, referindo-se a especies das duas 
categorias (haemorrhoidalis ** e fluminensis ***) 
onde as larvas se desenvolveram em tinas e 
tanques habitadas por outras larvas. Mas isso 
deve ser considerado como exceção, rara, 


* verificado por LUTZ em Marajó. 

** LUTZ, GOELDI e PERYASSU. 

**& T UTZ, no Estado dé São Paulo, PERYASSU e 
NEIVA no Rio. 


Marschallii verôffentlichte THEOBALD Be- 
obachtungen von BILLINGTON, der diese 
Species, welche bis zu 20 Eier einzeln legt, 
zweimal ziichtete. Die Zeit bis zum Aus- 
schlüpfen betrug zwei Tage, wie dies GREEN 
auch fiir immisericors beobachtete; dabei 
teilt die Larve das Ei in zwei Teile, wah- 
rend dagegen die von haemorrhoidalis nach 
GOELDI durch eine Lángesspalte das Ei 
verlasst. Die Periode vom Ei bis zur Imago 
betrug 3 Wochen, was als Minimum gelten 
darf, da bei anderen Larven die Entwicklung 
Monate dauern kann. 


LUTZ fand im zentralen Trichter einer 
Aechmea tinctoria MEZ. 4 ziemlich grosse Eier, 
die isoliert flottierten. Sie waren rahmfar- 
ben, mi Perlmuiterglanz. In denselben ent- 
wickelten sich Larven, die aber vor dem 
Ausschliipfen starben. Er glaubt, dass es 
sich um Eier von M. solstitialis handelte, 
der daselbst sehr regelmássig vorkam. 

Die Larven scheinen, trotz mancher Un- 
terschiede, alle dieselbe, aus roten Punkten 
bestehende, Fárbung zu haben, die besonders 
auf der Dorsalseite hervortritt. Der Grund 
ist gelblich. Ausserdem beobachtet man 
auch milchweisse Flecke und schwarze Zeich- 
nungen. Der M. violaceus WIED., welchem 
zweifellos der M. Mariae von BOURROUL 
entspricht (wie LUTZ in Bahia feststellte), 
hat rote Larven mit glanzenden Perlmutter- 
flecken, die an Schônheit den Farben der 
Imagines nicht nachstehen. 

Megarhinuslarven sind in Hóhlungen von 
Báumen und in Bottichen gefnnden worden. 
Doch sind unsere einheimischen Arten der 
Mehrzahl nach (darunter auch haemorrhoi- 
dalis*) Bromeliaceenbewohner, wáhrend we- 
nigstens 2 Arten in Bambus leben. Diese 
beiden Wohnorte werden nicht vertauscht, 
selbst wenn Arten beider Kategorien im 
selben Walde vorkommen. Zwar haben wir 
von haemorrhoidalis * und fluminensis ** 
mehrere Beobachtungen tiber das Vorkommen 
in Boitichen und Reservoirs, die andere 


*  Beobachtet von LUTZ auf Marajó. 

** [UTZ (Manaos), GOELDI und PERYASSÚ (Para). 

vs LUTZ (Staat S. Paulo), PERYASSÚ und NEIVA 
in Rio. 


quando comparada com as posturas normais, 
e observada apenas nestas duas especies. 
Dados os conhecidos e constantes habitos 
carnivoros das larvas, estas só podem existir 
onde ha outras larvas. No mesmo 6co de 
bambú ou de bromeliacea não se costuma 
encontrar mais de uma larva do mesmo tama- 
nho, porque estas se devoram entre si. É pro- 
vavel que nestas condições as posturas sejam 
em regra muito fracionadas, distribuindo os 
ovos sobre muitas cavidades, porque só assim 
ume reprodução suficiente pode ser garanti- 
da. LEICESTER, que foi o primeiro a men- 
cionar larvas de mosquitos de bambú, é 
tambem desta opinião. 


O fato, de serem as bromeliaceas o cria- 
douro de megarininas, foi observado primeiro 
por LUTZ e confirmado depois por varios 
autores. Entre nós, os Ankylorhynchus solsti- 
tialis em São Paulo e chrysocephalus no Rio 
(Manguinhos) são frequentes em bromelia- 
ceas, tanto terrestres. como arboreas. O An- 
kylorhynchus purpureus habita especies arbo- 
reas perto de Santos e na Serras do Rio eo 
neglectus é encontrado nas mesmas condições, 
porém em lugares mais elevados. Megarhinus 
violaceus WIED., descrito da Bahia, mas de 
modo insuficiente, foi criado por BOURROUL 
de agua de bromeliaceas e redescrito com o 
nome de M. Mariae; LUTZ verificou mais 
tarde que era comum em bromeliaceas, en- 
contradas em mangueiras da mesma rejião. 
Os M. guadelupensis e superbus de DYAR e 
KNAB foram criados por BUSCK e URICH 
de agua de bromeliaceas. 


O M. immisericors, conforme GREEN, 
habita um bambú (Dendrocalamus giganteus ), 
podendo tambem ser encontrado em 6cos de 
arvores. Entre nós, o taquarussú (Guadua 
tagoara KUNTH ), outra especie muito gros- 
sa, é o habitat de duas especies que descre- 
veremos mais abaixo. 


Às larvas ocupam, geralmente, posi- 
ção obliqua, aproximando-se mais ou menos 
da horizontal; as novas, como foi indicado 
por GREEN a respeito de M. immisericors, 
mostram, de preferencia, posição horizon- 


132 


Larven enthielten. Doch muss dies als eine, 
im Vergleich zu der normalen Eierablage 
seltene, Ausnahme gelten und wird iiber- 
dies nur bei diesen beiden Arten beobachtet. 
Bei der bekannten, stets râuberischen Lebens- 
weise kónnen die Larven nur in Gegenwart 
von solchen anderen Arten leben. In der- 
selben Wasseransammlung in Bromiliaceen 
oder Bambus pflegt man nur eine Larve 
derselben Grósse zu finden, da eine die 
andere auffrisst. Es ist deshalb auch wahr- 
scheinlich, dass unter diesen Bedingungen 
die Eier jeweilen in kleinster Zahl, aber über 
viele Hôhlungen verteilt abgelegt werden, 
weil nur so ein genúgender Nachwuchs 
garantiert wird. Dieselbe Ansicht vertritt 
LEICESTER, welcher zuerst Mosquitos aus 


Bambus erwáhnt. 
Dass die Bromeliaceen die Brutstatte von 


Megarhinen sind, wurde zuerst von LUTZ 
beobachte: und dann von verschiedenen Au- 
toren bestatigt. Hier zu Lande sind Anky- 
lorhynchus solstitialis bei São Paulo und 
chrysocephalus bei Rio (Manguinhos) in Erd- 
und Baumbromeliaceen háufig. Der Anky- 
lorhynchus purpureus findet sich bei Santos 
und in den Bergen von Rio in Aiten, die 
auf Bâumen wachsen und der neglectus eben- 
so, aber in hôheren Lagen. Megarhinus vio- 
laceus WIED., nach einem Exemplar aus 
Bahia ungeniigend beschrieben, wurde von 
BOURROUL aus Bromiliaceenwasser ge- 
ziichtet und unter dem Namen M. Mariae 
neu beschrieben. LUTZ stellie spáter fest, 
dass er in den auf Mangobáumen wachsenden 
Bromeliaceen derselben Gegend háufig ist. 
M. guadelupensis und superbus, beide von 
DYAR und KNAB benannt, wurden von 
BUSK und URICH aus Bromeliaceenwasser 
geziichtet. 


M. immisericors bewohnt nach GREEN 
den Riesenbambus, Dendrocalamus giganteus, 
kann aber auch in Hohlungen von Báumen 
gefunden werden. Beiuns ist es eine andere, 
ebenfalls dicke Art, die in Bergwáldern vor- 
kommt und unter dem Namen Taquarussú 
(Guadua tagoara KUNTH) bekannt ist, welche 
den Aufenthalt zweier nachstehend beschrie- 
bener Arten bildet. 


Die Larven verharren gewôhnlich in 
schrager, von der horizontalen mehr oder 


RR Too ee sy Ea 7 PA RO 


oe nes 


Eq 


tal. O tubo respiratorio é pouco comprido 
mas bastante grosso e bem distinto; os apen- 
dices branquiais, ao contrario, são reduzidos 
ou completamente ausentes. Tambem os olhos 
são apenas indicados, sendo de pouca utilida- 
de para as especies, que muitas vezes vivem 
em escuridão completa em internodios de bam- 
bús, porque estes têm apenas um furo peque- 
no; isto faz pensar que os ovos são deitados, 
sem que a femea entre completamente na ca- 
vidade. Sobre o clipeo de muitas especies 
vê-se uma figura de pigmento escuro, em 
forma de X, que falta em outras. 

O tamanho das larvas adultas das espe- 
cies maiores como haemorrhoidalis F. e flu- 
minensis NEIVA pode atinjir 17 a 18 mm. 


Às larvas podem permanecer muito tempo 
no fundo da agua, segundo PERYASSÚ 
5—8'. O mesmo menciona que as larvas de 
M. solstitialis LUTZ e chrysocephalus THEOB. 
agarram as larvas que vão devorar sempre 
pela nuca, ao contrario do que notou na 
Psorophora ciliata. F. Observámos o mesmo 
habito, como notámos tambem que o processo 
de deglutição é vagaroso e frequentemente 
se vê um fragmento da vitima protruzo da 
boca destas larvas. Todas as especies são 
carnivoras, alimentando-se de preferencia de 
larvas de mosquitos. 

As ninfas são naturalmente muito gran- 
des; apenas as das Psorophorae e as da 
Lutzia Bigoti têm o tamanho aproximada- 
mente igual. Todas apresentam o mesmo 
tipo, mas existem diferenças apreciaveis, prin- 
cipalmente na forma e na côr das palhetas 
caudais. 

GOELDI cita a evolução duma ninfa de 
M. haemorrhoidalis no curto espaço de 24 
horas, mas trata-se aqui certamente dum equi- 
voco, porque todos os autores rejistam pelo 
menos cinco dias para o estadio ninfal, o que 
está de acordo com as observações que fizemos 
independentemente. Segundo PERYASSÚ a 
ninfa do A. chrysocephalus pode ficar im- 
mersa durante 8— 0”, 

As imajens são sempre diurnas; os ma- 
chos voam frequentemente e com rapidez, 
ficando as femeas mais socegadas e escon- 


weniger abweichenden Lage; die jungen 
liegen, wie von GREEN fiir M. immisericors 
angegeben, gewóhnlich horizontal. Die At- 
mungsróhre ist nicht lang, aber dick und 
deutlich, dagegen sind die Branchialanhinge 
rudimentär oder fehlen ganz. Auch die 
Augen sind kaum angedeutet und fast ohne 
Nutzen fiir die Larven, welche in nahezu 
vollständiger Dunkelheit Bambusinternodien 
bewohnen, die nur ein so kleines Loch auf- 
weisen, dass man glauben móchte, das 
Weibchen lege die Eier ohne vollstándig in 
die Hohlung einzudringen. Auf dem Clypeus 
vieler Arten sieht man eine x-fórmige dunkle 
Pigmenifigur, die bei andern fehlt. Die 
Lange erwachsener Larven kann bei grósseren 
Arten, wie haemorrhoidalis F. und fluminensis 
NEIVA 17 bis 18 mm erreichen. 


Die Larven kônnen lange auf dem Grunde 
des Wassers bleiben, nach PERYASSU 5-8”, 
Derselbe erwáhnt auch, dass die Larven von 
solstitialis LUTZ und chrysocephalus THEOB. 
andere Larven, welche sie verzehren wollen, 
im Nacken erfassen, im Gegensatz zu dem, 
was er bei Psorophora ciliata F. feststellte. 
Wir beobachteten dieselbe Gewohnheit und 
überdies, dass der Schlingakt langsam vor 
sich geht, so dass man oft ein Stiick des 
Opfers aus der Mundôfinung hervorragen 
sieht. Alle Arten sind ráuberisch und 
nahren sich mit Vorliebe von Larven an- 
derer Miicken. 

Die Nymphen sind natiirlich sehr gross; 
nur diejenigen der Lutzia Bigoti und der 
Psorophoraarten haben eine áhnliche Grósse. 
Sie zeigen alle denselben Typus, doch gibt es 
deutliche Unterschiede in Form und Farbung 
der Schwanzflossen. 

GOELDI erwáhnt die Entwicklung einer 
Nymphe von M. haemorrhoidalis in der kurzen 
Frist von zwei Tagen, doch handelt es sich 
hier zweifellos um einen Irrtum, denn alle 
Autoren geben für den Nymphenzustand 
wenigstens 5 Tage an, was mit unseren un- 
abhangigen Beobachtungen übereinstimmt. 
Nach PERYASSU kann die Nymphe von A. 
chrysocephalus 8—9’ unter Wasser bleiben. 

Die Imagines sind Taginsekten; die 
Mannchen fliegen häufig und rasch, wahrend 


didas. Na ocasião de trovoadas e temporais 
procuram, ás vezes, abrigo nas casas, onde 
não são observadas em outras condições. En- 
contrámos as imajens, ora voando, ora sen- 
tadas em folhas e principalmente numa Rhyp- 
salis, cactacea pendente muito comun em 
mangueiras e produzindo pequenas bagas 
brancas em grande numero, que talvez sirvam 
para alimento destes mosquitos. Entre nós 
nunca foram observados em flores. 


Referindo-se ao M. haemorrhoidalis F. 
(M. separatus ARR.) diz THEOBALD no 
Vol. HI p. 114 da sua monografia: The pupal 
stage lasts eight days. They are called cara- 
pana and bite very badly in day-time and at 
night. 


Isso não é exato em relação ás megari- 
ninas; pelo resto, o nome indio Carapaná 
ou Carapanã significa culicideos em geral. 


O primeiro autor, que combate publica- 
mente a lenda das megarininas picarem, foi 
KNAB no Journ. of the New York Ent. Soc. 
Vol. 15, pg. 219. 


Em Abril de 1911 publicou um estudo 
relativo ao modo de alimentar-se das mega- 
rininas. Já em 1907 tinha observado o maior 
culicida norte-americano, o M. septentrionalis 
D. & K., alimentando-se em flores da Hy- 
drangea arborescens L.; informa agora que 
M. superbus e trinidadensis D. & K. foram 
vistos alimentando-se numa composta, conhe- 
cida em Trindade pelo nome de Christmas- 
bush, o Eupatorium odoratum. Em 1905 
GREEN, ocupando-se do M. immisericors 
WLK, já manifestara duvidas, dizendo : Though 
this species is popularly known by the name of 
«Elephant Mosquito» and «Stinging Elephant 
Mosquito», I have never experienced its bite, nor 
have I been able to induce it to bite me by the 
methods, successful with other biting Culicidae. 
Theobald quotes Captain James to the effect 
that «it bites very severely in South India and 
that its bite is very poisonous» (Mon. Cul. 
I, p. 226). J have been unable to ascertain the 
origin of the name Elephant Mosquito. Does 


o ia mr 


die Weibchen ruhiger und verborgen bleiben. 
Bei Gewittern und Stirmen kommen sie 
wo sie sonst nicht 
gefunden werden. Wir fanden die Imagines 
bald fliegend, bald auf Blattern sitzend oder 
an dem hangenden Stengel einer Rhypsalis. 
Es ist dies eine an Mangobaumen sehr hau- 
fige hángende Cactacee, deren zahlreiche 
weisse Beeren vielleicht zur Ernahrung dieser 


manchmal in Hauser, 


Mosquitos dienen. Dagegen sind sie hier 


noch nie an Blumen beobachtet worden. 


Ueber M. haemorrhoidalis F. (M. separatus 
ARR.) sagt THEOBALD in Bd. III, pag. 114 
seiner Monographie: ,,The pupal stage lasts 
eight days. They are called «carapana» and 
bite very badly in day-time and at night.“ 
Dies ist fiir die Megarhininen nicht richtig; 
iiberdies bezeichnet der indianische Name 
Carapaná oder Carapana alle Culiciden. 

Der erste Autor, der das Marchen von 
den blutsaugenden Megarhinen óffentlich be- 
kampfte, war KNAB im Journ. of the New 
York, Ent. Soc, Bd. 15, pag. 219. Im April 
1911 veróffentlichte er eine Studie über die 
Nakrungsaufnahme der Megarhininen. Schon 
in 1907 hatte er beobachtet, dass die grósste 
nordamerikanische Culicidenart, der Megar- 
hinus septentrionalis D. & K., an Bliten 
von Hydrangea arborescens L. sog. Er be- 
richtet, dass M. superbus und trinidadensis 
D. & K. beim Saugen an den Bliiten von 
Eupatorium odoratum beobachtet wurden. 
Diese Composte ist in Trinidad unter dem 
Namen Christmasbush bekannt. Schon 1905 
äusserte GREEN bei Besprechung des M. 
immisericors WALK. einige Zweifel mit fol- 
genden Worten: , Though this species is 
populary known by the name of «Elephant 
Mosquito» and «Stinging Elephant Moqui:o», 
I have never experienced its bite, nor have 
I been able to induce it to bite me by the 
methods, successful with other biting Culi- 
cidae. Theobald qnotes Capitain James to 
the effect that «it bites very severely in South 
India, and that its bite is very poisonous» 
(Mon. Culic., I, p. 226). 1 have been unable 
to ascertain the origin of the name «Elephant 


it attack the elephant? Or has its large size 
and bent proboscis earned for it this sobriquet ? 

BANCROFT em 1908, referindo-se ao 
M. speciosus SKUSE, é positivo: /t is not a 
biting mosquito. 

GRAHAM, citado por THEOBALD, apa- 
nhou o M. phytophagus em flores ás 9 horas 
da manhã. 


Além dessas observações, o exame das 
partes bucais vem ainda confirmar que estes 
bonitos mosquitos não se alimentam de san- 
gue, sendo antes uteis do que nocivos. 

As megarininas mostram mais dimor- 


fismo sexual do que se observa nos outros 
culicidas, o que pode fazer considerar como 
duas especies machos e femeas da mesma. 
A respeito do M. haemorrhoidalis, F. ARRI- 
BALZAGA cometeu o erro, de supor, que a 
femea devia ter pernas unicolores como o 
macho, o que provocou a confusão desta es- 
pecie com o M. separatus ARR. Não só a 
extensão na côr branca das pernas varia, 
mas pode haver tambem diferença na colo- 
ração do corpo, como se dá no M. fluminensis 
NEIVA. 


NEWSTEAD diz que os colecionadores 
do Congo afirmam a respeito do M. mars- 
challii THEOB.: The adults fly with a 
characteristic loud humming. Se não distin- 
guimos ao ar livre o zunido destes mosqui- 
tos, notamol-o todavia no cativeiro. 

As especies deste grupo acham-se em 
grandes altitudes. E. GREEN encontrou o 
M. immisericors WLK. a 1200 metros e WIL- 
LISTON capturou no Mexico, numa altura de 
2400 metros, exemplares duma especie que 
determinou como haemorrhoidalis e que cor. 
respondem ao superbus D. & K. Por nosso 
lado encontrámos na Serra dos Orgãos, a 
cerca de 2200 metros, na agua de bromelia- 
ceas, as larvas duma especie que não conse- 
guimos criar. 

GREEN verificou que uma ninfa de M. 
immisericors vivia durante 24 horas numa so- 
lução de formol a 4 o/o. PERYASSÚ tambem 
observou uma grande resistencia dos adultos 
para ajentes quimicos, verificando que os 
adultos do M. fluminensis NEIVA resistiam 
5’ aos vapores de cloroformio e 8’ aos de 
xilol. 


135 ——— 


Mosquito». Does it attack the elephant? 
Or has its large size and bent proboscis 
earned for it this sobriquet?“ 

BANCROFT sagt 1908 von Megarhinus 
speciosus SKUSE ganz bestimmt: “I: is not 
a biting mosquito.“ 

GRAHAM fing nach THEOBALD den 
M. phytophagus um 9 Uhr morgens an Blumen. 
Ubrigens beweist auch die Untersuchung 
der Mundteile, dass diese schônen Miicken 
kein Blut saugen und eher niitzlich als schãd- 
lich sind. 

Die Megarhininen zeigen mehr Ge- 
schlechtsdimorphismus, als die andern Culi- 
ciden, so dass man Mánnchen und Weibchen 
derselben Art als verschiedene Species an- 
sehen kônnte. So hat F. ARRIBALZAGA 
bei M. haemorrhoidalis irrtümlich angenom- 
men, dass das Weibchen einfarbige Beine 
haben miisse, wie das Mannchen, was die 
Verwechslung mit M. separatus ARR. her- 
beifiihrte. Es wechselt aber nicht nur die 
Ausdehnung der weissen Farbe an den 
Beinen, sondern es kommen auch Unter- 
schiede in der Kórperfárbung vor, wie bei 


M. fluminensis NEIVA. 
THEOBALD gibt nach NEWSTEAD an, 


dass die Sammler vom Congo von M. mar- 
schallii THEOB. sagen, dass «The adults 
fly with a characteristic low humming». 
Wenn wir dieses Summen auch nicht im 
Freien hóren konnten, so bemerkten wir es 
doch bei gefangenen Exemplaren. 

Die Arten dieser Gruppe kônnen bedeu- 
tende vertikale Erhebungen erreichen ; GREEN 
fand M. immisericors WLK. bei 1200 M. und 
WILLISTON fing in Mexiko bei 2400 M. 
Exemplare, welche er als /aemorrhoidalis 
bestimmte, die aber zu superbus D. & K, 
gehóeren. Unsererseits fanden wir im Orgel- 
gebirge bei ca. 2200 M. im Wasser von 
Bromeliaceen Exemplare einer Art, deren 
Zúchtung nicht gelang. 

GREEN stellte fest, dass eine Nymphe 
von M. immisericors 24 Stunden lang eine 
40/o Formollósung ertrug. Auch PERYASSU 
beobachtete eine bedeutende Resistenz der 
Imagines von M. fluminensis NEIVA, welche 
Dampfen von Chloroform 5 und solchen von 
Xylol 8? widerstanden. 


Com execção da Europa todos os con- 
tinentes possuem representantes desta sub- 
familia. A maioria das especies vive nas re- 
jiões tropicais, mas o M. septentrionalis su- 
porta até o clima do Canadá. 

Damos em seguida a descrição de duas 
especies novas de Megarhinus, ambas encon- 
tradas numa altura de 800 a 900 m. 

Megarhinus bambusicola n. sp. 

3 Probocida 7—8 mm. de comprimen- 
to, curvada na metade apical, muito fina e 
coberta principalmente de escamas violaceo- 
escuras. Palpos com pequeno articulo basal, 
soldado ao segundo em linha obliqua, este 
mais curto do que o terceiro, ambos retos, 
quarto como o segundo porém mais grosso, 
lijeiramente curvado para cima e dirijido obli- 
quamente para fora; quinto do comprimento 
do segundo e terceiro reunidos, em forma 
de sovela, um tanto achatado lateralmente e 
curvado para cima, dirijindo-se obliquamente 
para fora e para cima; côr metalica, violaceo- 
escura, articulos 2—4 em cima côr de ame- 
tista no apice, em baixo dourados com exce- 
cio das extremidades; comprimento total dos 
palpos ca. de 8 mm. Antenas: o toro com 
fundo preto e enduto granuloso com brilho 
de prata, flajelo com os verticilos enegrecidos 
com brilho de bronze; segmento basal 
com os verticilos mais curtos mas distribui- 
dos sobre toda a extensão; em cima, do lado 
externo, com escamas compridas e salientes, 
de côr escura e brilho metalico; segmentos 
2—11 mais curtos com verticilo bazal com- 
prido, 12 ca. de seis vezes mais longo do 
que estes, com verticilo bazal comprido e 
coberto de pêlos mais curtos, ultimo com 
poucas cerdas grossas e compridas na baze, 
no resto com pêlos finos e curtos, um tanto 
entumecido abaixo do apice e tendo em com- 
primento pouco mais da metade do penul- 
timo. Clipeo como o tóro das antenas. 


Olhos escuros, a marjem porterior em cima 
tarjada de azul, em baixo de branco nacara- 
do; o resto do occiput com refiexos de 
bronze, cobre e violaceo metalico. Ha 2 tufos 
de pêlos escuros com brilho claro na baze 
da tromba e na rejião mental. 


Torax com fundo chocolate, mais escuro 
em cima; os lobulos protoracicos em cima 
de azul brilhante; escudo aveludado, pardo- 
olivaceo escuro, com brilho de bronze, a me- 


O 


Mit Ausnahme von Europa weisen alle 
Kontinente Vertreter dieser Subfamilie auf. 
Die Mehrzahl der Arten lebt in tropischen 
Lándern, doch ertrágt M. septentrionalis sogar 
das Klima von Kanada. 


Nachstehend geben wir die Beschreibung 
zweier neuen Megarhinusarten, welche in einer 
Hoehe von 800—900 m. gefunden wurden. 


Megarhinus bambusicola n. sp. 


3 Riissel 7—8 mm lang, mit gebogener 
Apikalhálfte, sehr diinn, mit vorwiegend 
dunkelvioletten Schuppen. Palpen mit kurzem, 
mit dem nächsten in schräger Linie ver- 
schmolzenem Basalgliede, das zweite kiirzer, 
als das dritte, beide gerade; viertes, wie das 
zweite, aber dicker, dabei leicht nach oben 
gekriimmt und schrág nach aussen gerichtet; 
fünftes so lang, wie zweites und drittes zu- 
sammen, pfriementórmig, aber seitlich etwas 
abgeflacht und aufwárts gekriimmt, dabei 
schrág nach aussen und oben gerichtet; Fár- 
bung glânzend dunkelviolett, zweites bis 
viertes Glied an der Spitze amethystfarbig, 
unten mit Ausnahme der Enden mattgolden; 
Gesammtlánge der Palpen ca. 8 mm. An- 
tennen: Torus auf schwarzem Grunde mit 
feinkórnigem, silberglanzendem Belage, Geissel 
mit schwärzlichen, leicht bronzeschimmernden 
Quirlen, das Basalglied, verlangert, mit kur- 
zen, über seine ganze Lange verteilten Quirlen, 
oben und aussen mit langen abstehenden 
dunklen, aber metallisch glanzenden Schuppen; 
die Glieder 2—11 kiirzer mit langem basalen 
Quirle, das 12. ca. 6 mal langer, als diese, 
mit kurzen Haaren und langem basalen 
Quirle, das letzte an der Basis mit einigen 
dicken und langen Borsten, sonst kurz und 
fein behaart, vor der Spitze etwas verdickt 
und etwa halb so lang, als das vorletzte. 
Clypeus wie die Tori. Augen dunkel, der 
Hinterrand oben blau, unten perlmutterweiss 
gesäumt, der Rest des Hinterkopfes bronze-, 
kupfer oder metallisch violettglänzend. An 
der Basis des Riissels und in der Kinngegend 
dunkle, aber weiss schimmernde Haarbiischel. 


Thorax: Der Grund schokoladefarben, 
oben dunkler; Lobuli prothoracici oben 
glanzend blau; Scutum sammtartig, dunkel 
olivenbraun mit Bronzeglanz; hintere Hälfte 


tade posterior e o escutelo tarjados de azul 
celeste brilhante. Metatorax pardo, glabro. 
Pleuras e quadris branco-nacarados. 

Abdome estreito e um tanto achatado 
em cima, a metade apical, alargando-se até o 
fim do setimo anel; em cima o primeiro 
anel verde-pavão azulado, no segundo até ao 
quinto azul metalico muito escuro, passando 
depois ao escuro violaceo; a baze dos se- 
gmentos 8 e 9 côr de ametista; gonapofizes 
com o primeiro segmento grosso e o segun- 
do fino e quasi trez vezes mais comprido. 
No abdome ha filas laterais de cerdas 
finas e claras, tornando-se mais escuras no 
apice, sem formar apendices laterais bem ca- 
raterizados. Ventre com baze ocracea, mos- 
trando depois escamas violaceo-escuras numa 
faixa lonjitudinal mediana; dos lados são 
branco-nacaradas na baze, tornando-se de- 
pois ouro mate palido. Os ultimos aneis in- 
teiramente violaceo-escuros. 

Pernas com a face ventral desde a baze 
até ao joelho dourado mate, o resto violaceo. 
Unhas dos pares anteriores desiguais, a maior 
com grande dente bastante afastado da baze; 
nas pernas de trás as unhas são iguais e 


menores. 
Azas com a conformação tipica dos Me- 


garhinus, longas de 8 mm. e largas de pouco 
mais de 1 1/2 mm., bastante encolhidas no 
apice da quinta nervura. Nervura subcostal e 
a costal na marjem anterior pretas, as outras 
mais ou menos enegrecidas, com escamas 
bastante escassas, de côr escura e brilho 
violaceo; primeira celula forquilhada muito 
curta, não alcançando um terço do compri- 
mento do pedunculo, nem 2/3 da extensão da 
outra celula forquilhada, que tem quasi a me- 
tade do comprimento do respetivo pedunculo. 
As 3 nervuras transversais vizinhas em posi- 
ção um tanto variavel, a geralmente um tan- 
to obliqua e mais perta do apice ca. de 4 
vezes O seu comprimento; be c na mesma 
altura, formando ás vezes uma linha conti- 
nua obliqua no outro sentido, 6 é quasi 
transversal e c nace um tanto mais perto do 
apice. 

Halteres com a haste ocracea; o capi- 


tulo, mais ou menos enegrecido e coberto de 
escamas miudas. 


ICONS 


und Schildchen glänzend himmelblau ge- 
säumt. Metathorax braun, kahl. Pleuren und 
Coxae perlmutterweiss. 


Abdomen schmal, oben etwas abgeflacht, 
die Spitzenhälfte bis zum 7ten Ringe ver- 
breitert; der erste oben pfauengriin, aber 
etwas ins Blaue ziehend, 2—5 sind dunkel 
stahlblau, das nachher in dunkles Violett 
úbergeht; die Basis der Segmente 8 und 9 ist 
amethystfarben. Gonapophysen mit dickem 
basalen und diinnem, dreimal langerem, End- 
glied. Am Seitenrande des Abdomens jederseits 
eine Reihe diinner und heller Borstenhaare, 
die am Apex dunkler werden, aber ohne 
typische Seitenanhânge. Bauchseite an der 
Wurzel ockergelb, nachher eine mediane 
Langsbinde von violetten Schuppen, zur Seite 
derselben an der Basis perlmutterweiss, nach 


hinten zu in matte und blasse Goldfarbe 
úbergehend. Die letzten Ringe sind ganz 
violett. 


Beine ventral von der Basis bis zu den 
Knien mattgolden, der Rest violett. Krallen 
der vorderen Paare ungleich, die gróssere 
mit einem, von der Basis ziemlich entfernten, 
Zahn; das letzte Paar mit gleichen und 
kleinen Krallen. 


Flügel von der für Megarhinus typischen 
Bildung, 8 mm. lang und etwas’über 1 1/2 mm. 
breit. am Ende der 5ten Ader ziemlich stark 
eingezogen. Subcostalis und Costa am Vor- 
derrande schwarz, die iibrigen Adern mehr oder 
weniger schwärzlich, mit spärlichen dunklen, 
aber violettschillernden Schuppen ; erste Gabel- 
zelle sehr kurz, kiirzer als der dritte Teil 
des Stieles oder zwei Drittel der Lange der 
andern Gabelzelle, welche fast halb so lang 
ist, als ihr Stiel. Die drei benachbarten 
Queradern variieren etwas; gewóhnlich ist a 
etwas schrage und der Spitze um viermal 
ihre Lange genáhert; 6 und c stehen auf 
derselben Hóhe und bilden eine in umge- 
kehrter Richtung schráge Linie oder b liegt 
nahezu quer und c entspringt etwas naher 
der Spitze. 


Halteren mit ockerfarbenem Stiele; Ca- 
pitulum mehr weniger schwárzlich, mit kleinen 
Schuppen bedeckt. 


A femea, além dos caracteres sexuais pri- 
mitivos e secundarios, pouco difere do ma- 
cho. Talpos, tipicos de Megarhinus, o que 
quer dizer que falta o ultimo articulo do 
macho e o penultimo é rombo como no 
macho, porém sem escamas douradas. O fla- 
jelo das antenas muito menos plumoso, com 
14 segmentos iguais, o bazal com escamas; 
o apical subdividido. Abdome com as mes- 
mas côres, porém mais curto e mais largo, 
sem tufos, nem cerdas laterais. Unhas de to- 
das as pernas iguais e inermes, as do ultimo 
par bem menores. 

Damos aqui a côr das escamas como 
aparece macroscopicamente 4 luz direta. 
Como se sabe, trata-se aqui de côres que 
não são proprias, mas devidas á interferencia 
de luz e mudando conforme a incidencia des- 
ta, passando por exemplo o violaceo em azul 
de aço e cobre polido e o ametista em azul 
celeste ou lilaz esbranquiçado. Além disso 
ha, quasi sempre, uma mistura de escamas de 
varias córes e, mesmo quando prevalece uma 
côr, o microscopio costuma mostrar algumas 
escamas de outra côr. No escudo, por exem- 
plo, ha mistura de córes e percebe-se tambem 
o fundo escuro, de modo que o aspeto varia 
um tanto, sem que se possa falar em es- 
pecie variavel. Encontram-se raras vezes 
exemplares muito pequenos, devido á nutri- 
ção insuficiente, mas é raro, porque as lar- 
vas podem ficar muito tempo sem alimento, 
sem morrer ou transformar-se antes do tempo. 


A larva desta especie vive exclusivamen- 
te na agua dos internodios do taquarussú, 
alimentando-se das larvas ali existentes. Não 
é rara, porém não costuma haver mais de 
uma em cada internodio. Transforma-se em 
ninfa que apresenta a mesma côr vermelha 
como a larva; iorna-se finalmente parda 
e dá saida depois de ca. de cinco dias ao in- 
seto adulto. 

À nossa descrição é bazeada num ma- 
terial muito abundante, proveniente de Pe- 
tropolis e reunido na menor parte por um 
de nós e na maior parte pelo Snr. J. G. 
FOETTERLE, ali residente que, tambem tra- 
tou da criação que é o unico meio seguro 
de obter os adultos. 


138 


d bis auf die primaeren und sekundären 
Geschlechtsmerkmale vom Y wenig verschie- 
den. Palpen fir Megarhinus typisch, d. h. 
das letzte Glied fehlt und das vorletzte ist 
stumpf, wie beim Mánnchen, aber ohne 
goldene Schuppen. Geissel der Antennen 
weit weniger buschig, mit 14 gleichen Glie- 
dern, das erste mit Schuppen, das letzte 
segmentiert. Abdomen mit denselben Farben, 
ohne Borstenhaare und Seitenanhánge, kiirzer 
und breiter. Krallen an allen Beinen klein 
und zahnlos, an den hintersten kleiner. 


Die Farben sind hier so gegeben, wie 
sie dem blossen Auge bei direkter Beleuch- 
tung erscheinen. Es handelt sich hier be- 
kanntlich um Interferenzfarben, welche sich 
je nach der Beleuchtungsrichtung verándern, 
indem z. B. violett in stahlblau und kupfer- 
rot iibergeht, wahrend Amethyst himmelblau 
oder blasslila schillern kann. Ueberdies be- 
steht fast immer eine Mischung von Schuppen 
verschiedener Farben und selbst, wenn 
eine Farbe anscheinend vorwiegt, zeigt das 
Mikroskop doch einige anders gefaerbte 
Schuppen. So besteht am Skutum eine 
Mischung von Farben, wáhrend der dunkle 
Grund durchscheint, so dass das Aussehen 
etwas wechselt, ohne dass man von einer 
verânderlichen Art sprechen kônnte. Hie 
und da findet man Exemplare, welche in 
Folge ungenügender Nahrung sehr klein 
geblieben sind; doch ist dies selten, da die 
Larven lange hungern kónnen, ohne zu 
sterben oder sich vorzeitig zu verpuppen. 

Die Larve dieser Art lebt ausschliesslich 
im Wasser der Internodien das als «Taqua- 
russú» bekannten riesigen Kletterbambus und 
nahrt sich von den daselbst lebenden Larven. 
Sie ist nicht selten, doch findet man ge- 
wôhnlich nicht mehr als eine in demselben 
Internodium. Sie verwandelt sich in eine 
Nymphe, welche dieselbe rote Farbe zeigt, 


wie die Larve, aber spáter braun wird; die 
Miicke schlúpft nach fiinf Tagen aus. 


Die Beschreibung stützt sich auf ein 
sehr reiches Material von Petropolis, welches 
zum kleineren Teile von einem von uns 
gesammelt wurde. Den weitaus gróssten 
Teil verdanken wir Herrn FOETTERLE in 
Petropolis, der auch die Ziichtung durch- 
führte, welche den einzigen sicheren Weg 
bietet, um die Imagines zu erhalten. 


Megarhinus posticatus n. sp. 


Esta especie se parece muito com o M. 
bambusicola, distinguindo-se todavia pelos ca- 
rateres abaixo expostos. As larvas foram en- 
contradas em Petropolis na mesma localida- 
de em internodios de taquarussú e fornece- 
ram um material abundante de machos e 
femeas. Temos aqui uma especie bem defini- 
da que pode ser separada do conjunto de 
especies semelhantes que foram reunidas de- 
baixo do nome Megarñinus ferox WIED. Pa- 
rece diferente do M. fluminensis NEIVA, tan- 
to por carateres exteriores como pelo ha- 
bitat. 

d. Tromba e palpos como no M. bambu- 
sicola, apenas o penultimo segmento palpal 
com pêlos mais curtos e escassos; tambem 
as antenas um tanto menos plumosas. Occiput 
com escamas côr de bronze claro no meio, 
branco-nacaradas do lado e em baixo; na 
marjem orbital ha escamas com brilho azul 
celeste. 


Lobulos protoracicos em cima com bri- 
lho de cobre e violaceo, na marjem azul ce- 
leste. Escudo de olivaceo bronzeado, com li- 
nha mediana e tarja marjinal azul celeste; a 
linha é mais larga na marjem anterior, adel- 
gaça-se depois e termina no meio do escu- 
do; a tarja passa por cima do escutelo. No 
escudo as escamas são soltas, de bronze dou- 
rado ou escuro com algumas verdes; na li- 
nha mediana e na tarja, ha tambem algumas 
escamas verde-pavão. 


Abdome, no dorso, o primeiro segmento 
azul celeste, com escamas azuis e verdes, no 
segundo azul de aço escuro, virando nos sub- 
sequentes em violaceo, que predomina a par- 
tir do quinto segmento; ventre côr de ouro 
palido e mate, com faixa lonjitudinal mediana 
violacea. Não ha apendices laterais. 


Pernas violaceas, cambiando para azul 
de aço. Todos os joelhos, a face ventral dos 
femures Il e Ill e a da tibia Ii de dourado 
palido; segundo tarso do par II com esca- 
mas brancas na face ventral; tarsos 4 e 5 
do ultimo par brancos, o quinto com linha 
ventral e apice violaceos. Unhas como no 
M. bambusicola. 


Le 


Megarhinus posticatus n. sp, 


Diese Art ist dem M. bambusicola sehr 
ähnlich, unterscheidet sich aber durch die 
unten angegebenen Kennzeichen. Die Larven 
wurden in Petropolis an denselben Orten in 
den Internodien des Kletterbambus gefunden 
und ergaben ein reichliches Material von 
Männchen und Weibchen. Wir haben so 
eine gut umschriebene Spezies, welche von 
dem Gemenge áhnlicher Arten, welche unter 
dem Namen M. ferox WIED. vereinigt wurden, 
gctrennt werden kann. Sie scheint vom M. 
fluminensis NEIVA nach áusseren Merkmalen 
und nach dem Fundort verschieden. 

g'. Rüssel und Palpen, wie bei M. bam- 
busicola, nur das vorletzte Palpensegment 
mit kiirzeren und sparlicheren Haaren; auch 
die Antennen etwas weniger buschig. Am 
Occiput in der Mitte die Schuppen von 
hellem Bronze, seitlich und unten perlmutter- 
weiss; am Orbitalrande solche von glänzen- 
dem Himmelblau. 

Lobuli prothoracici in der Mitte kupfer- 
glänzend oder metallisch violett, am Rande 
himmelblau. Skutum olivenfarben mit Bronze- 
glanz, mit himmelblauer Mittellinie und eben- 
solchem Randsaume; die Linie ist vorn breiter, 
verschmálert sich dann und endigt in der Mitte, 
der Saum geht über das Schildchen. Auf dem 
Scutum sind die Schuppen lose, hell oder 
dunkel bronzefarben, mit einigen griinen ge- 
mischt. Auch in der Mittellinie und am Rand- 
saume stehen einige pfauengriine Schuppen. 

Abdomen, oben das erste Segment him- 
melblau, mit blauen und griinen Schuppen, 
das zweite dunkel stahlbiau, nach hinten 
zu allmáhlich in violett übergehend, welches 
vom fünften Ringe an vorherrscht; Bauch- 
seite blass und matt golden, mit violetter 
mittlerer Langsbinde. Seitenanhange fehlen. 

Beine violett, stahlblau schillernd. Alle 
Knie und die Unterseite der Schenkel am 
zweiten und dritten und der Schienen am 
zweiten Paare blassgolden; zweiter Tarsus 
des zweiten Paares mit weissen Schuppen 
an der Unterseite, am letzten der vierte und 
fiinfte Tarsus weiss, letzterer an der Spitze 
und unten in der Mittellinie violett. Krallen 
wie bei M. bambusicola. 


Na perna do meio, o branco pode inva- 
dir a baze do terceiro tarso; pode tambem 
desaparecer ou ser substituido apenas por 
algumas escamas azuladas. 

Azas do tipo das do M. bambusicola. 
Halteres com haste ocracea e capitulo ene- 
grecido. 

A femea se conhece pelos carateres sex- 
uais essenciais e acessorios e as diferenças 
seguintes: Occiput com marjem ocular verde, 
partes azuis do torax e do primeiro anel 
abdominal com verde-pavão claro, substituin- 
do o azul celeste; tambem o escudo com li- 
jeiro brilho verde-pavão. Todos os pés com 
branco, em extensão um tanto variavel, se- 
guindo a localização seguinte: 

Par 1: Segundo tarso e baze do terceiro. 

Rar Mo. - > » » metade do ter- 
ceiro. 

Par III: Quarto e quinto e, ás vezes, um 
anel apical do terceiro. Um pou- 
co violaceo no apice do quinto. 

A proporção das escamas brancas e de 
côres diferentes pode variar um pouco, toda- 
via dentro de limites bastante estreitos. As 
cores são sempre metalicas. 

A larva pouco difere da do M. bambu- 
sicola, mas a ninfa se distingue facilmente 
pelas palhetas natatorias. 


Manguinhos, Março 1913. 


IE 


Am mittleren Beinpaare kann das Weisse 
auf die Wurzel des dritten Tarsus uebergreifen; 
doch kann es auch fehlen oder nur durch 
einige blaeuliche Schuppen ersetzt werden. 


Flügel vom Typus von M. bambusicola. 
Halteren mit ockergelbem Stiel und schwärz- 
lichem Kôpfchen. 

Das 9 zeigt ausser den primaeren und 
sekundären Geschlechtscharakteren folgende 
Unterschiede: Hinterkopf mit griinem Augen- 
rande; am Thorax und ersten Abdominal- 
segment das Himmelblaue durch Pfauengriin 
ersetzt; auch der Riickenschild mit leichtem 
pfauengriinem Schimmer. Alle Füsse zeigen 
Weiss in wechselnder Ausdehnung, aber im 
Ganzen nach folgendem Schema: 


Erstes Paar: Tarsus II und Basis von Tar- 
sus III. 


Zweites Paar: Tarsus II und obere Hálfte 
von Tarsus III. 


Drittes Paar: Tarsus IV und V und manch- 
mal ein Ring an der Spitze von III. 
An der Spitze von V etwas violett. 

Das Verháltnis zwischen den weissen 
und bunten Schuppen wechselt etwas, aber 
in ziemlich engen Grenzen. Die Farben sind 
immer verschieden. 

Die Larve unterscheidet sich wenig von 
der des M. bambusicola, aber die Nymphe 
ist durch die Schwanzflossen deutlich ver- 
schieden. 


Manguinhos, Marz 1913. 


141 


BIBLIOGRAFIA. 
Litteratur. 
BANCROFT, L. T. 1908 List of the Mosquitos of Queensland. Annals of Queens- 


BLANCHARD, R. 1905 
BOURROUL, C. 1904 
GOELDI, A. E. 1905 
GREEN, E. 1905 
KNAB, F. 1907 
KNAB, F. 1911 
LEICESTER, F. G. 1903 
LUTZ, A. 1903 


NEWSTEAD, R. DUT- 1907 
TON, E. J.& TODD, L. J. 


PERYASSU A. G. 1908 


THEOBALD, V. F. 1901-1910 


WILLISTON, S. W. 1900 


land Museum, No. 8, pp. 16—18. 
Brisbane. 


Les moustiques. Histoire naturelle et médicale. Paris. 
Mosquitos do Brazil. Bahia. 


Os Mosquitos no Para. 
Memorias do Muzeu Goeldi. IV, pp. 124-127. Para. 


On Toxorrhynchites immisericors (Walker), the Elephant 
Mosquito. «Spolia Zeylanica», Vol. II, Part VIII. 


Mosquitoes as flower visitors. 
Journ, N. York. Ent. Soc., Vol. XIV, pp. 215-219, cf. 
p. 219, Dec. 


The food habits of Megarhinus. 
Psyche Vol. XVIII N.º 2, pp. 80, 82; April. 


- 


A breeding place of certain forest mosquitoes in Malaya. 
Journ. of trop. Med., Vol. IV, N.º 18, pp. 291. 
London. 


Waldmosquitos und Waldmalaria. 
Centralbl. f.. Bakt, Parasit. u. Infektionskrankh. Erste 
Abt., Bd. XXXIII, pp. 282-292. 


Insects and other Arthropoda collected in the - Congo 
Free State. 
Ann. Trop. Med. and Parasitology, Vol. I, p. II 
Liverpool. 


Os Culicideos do Brazil. Rio de Janeiro. 


A Monograph of the Culicidae of the World. 
Vols. I— V, London. 


Biologia Centrali-Americana. Diptera. Supplement, p. 224. 
London. 


—_=_A30-— 


Tabanidas do Brazil e de alguns Estados visinhos 


pelo 


Dr. ADOLPHO LUTZ, 
(Com as estampas 12 e 13.) 


Tabaniden Brasiliens und einiger Nachbarstaaten 


von 


Dr. ADOLPH LUTZ. 
(Mit Tafeln 12 und 13.) 


O trabalho seguinte é continuação da 
minha monografia de Tabanidas brazilei- 


ras. À primeira parte que trata das Tabani- | 


dae opisthacanthae (Pangoninae e Chrysopi- 
nae) apareceu nos Zoolog. Jahrbiicher, Suppl. 
X. Heft. 4 1909. Jena, Gustav Fischer. 
Houve em 1911 um suplemento nas Memo- 
rias do Instituto Oswaldo Cruz Vol. HI, N.o 1. 
Vou iniciar agora o estudo das Opisth- 
anoplae, compreendendo as outras subfamilias 
e tratarei em primeiro lugar das Diachlorinae. 
Constituo esta familia para as especies do 
genero Diachlorus. 


Il. Tabanidae opisthanoplae. 


As Opisthanoplae se distinguem das Pan- | 


goninae e Chrysopinae, já descritas, pela falta 
de esporões nas tibias do ultimo par. Cor- 
respondem ás Tabaninae e duas outras 


Nachfolgende Arbeit ist eine Fortsetzung 
meiner Monographie der brasilianischen Ta- 
baniden. Der erste Teil, welcher die Taba- 
nidae opisthacanthae (Pangoninae und Chryso- 
pinae) behandelte, erschien in: Zoolog. 
Jahrbiicher Suppl. X, Heft 4, 1909. (Jena, 
Gustav Fischer) Ein Nachtrag dazu findet 
sich in den Memorias do Instituto Oswaldo 
Cruz, Vol. HI, No. 1. Ich beginne jetzt das 
Studium der Opisthanoplae, welche die 
anderen Subfamilien umfassen, und wende 
mich zunáchst zu den Diachlorinae. Diese 
Subfamilie errichte ich fiir die Arten, welche 
dem Genus Diachlorus zugerechnet werden. 


Zweite Abteilung: Tabanidae opisthanoplae. 


Die Opisthanoplae unterscheiden sich von 
den bereits beschriebenen Pangoninen und 
Chrysopinen durch das Fehlen der Sporen an 


AS | 


subfamilias que fazem transição para as Chry- 
sopinae. Aproximam-se destas pelo tamanho, 
o aspeto geral e o desenho dos olhos de tal 
modo, que náo se pode estranhar, que certas 
especies fossem descritas pelos autores anti- 
gos no genero Chrysops. Estes dois grupos 
que merecem ser elevados a subfamilias, em- 
bora consistam de numero limitado de espe- 
cies, pertencentes geralmente ás zonas mais 
quentes do continente americano, são as Dia- 
chlorinae e as Lepidoselaginae. Em ambas as 
familias ha especies muito avidas de sangue, 
não somente dos animais maiores, mas tam- 
bem do homem, o que dá um valor pratico 
a este estudo. 

Dou em primeiro lugar uma definição das 


Diachlorinae. 


Especies pequenas, coradas em matizes 
amarelos, pardos ou pretos, tendo em regra 
uma calosidade oral distinta, calo frontal lar- 
go, abdome bastante estreito, pouco abau- 
lado e de comprimento medio, pernas ge- 


ralmente bicolores, com as tibias anterio- 


res mais ou menos curvadas e espessadas, e 

as azas na sua maior parte hialinas, marcadas 

com manchas bastante carateristicas. 
Antenas bastante compridas, quasi fili- 


formes e um pouco inclinadas, o primeiro 


articulo um pouco alongado, o segundo cur- 


to, o terceiro sem dente com o segmento 
basal comprido e os outros quatro curtos. 
Articulo terminal dos palpos de forma lan- 
ceolar, um tanto asimetrica, lijeiramente cur- 
vado. Olhos escuros, glabros, com desenhos 
verdes muito esquisitos. Faltam  ocelos. 
Escudo geralmente de duas côres, com 
faixas lonjitudinais ou transversais, frequen- 
temente apagadas. Abdome pouco mais largo 
do que o escudo, geralmente com as mar- 
jens laterais paralelas e brevemente arredon- 
dado atrás, com desenho composto de se- 
ries de manchas ou faixas lonjitudinais; 


den Hinterschienen. Das Hauptkontingent 
derselben wird durch die Tabaninen s. str. 
gestellt, doch sind von denselben zwei kleinere 
Gruppen abzutrennen, welche den Uebergang 
zu den Chrysopinen vermitteln. Diesen 
stehen sie in manchen Charakteren, wie Ha- 
bitus, Grósse und Augenzeichnung zum Teile 
so nahe, dass es begreiflich erscheint, wie 
manche Arten von fritheren Autoren irrtiimlich 
als Chrysops angefiihrt werden. Diese beiden 
Gruppen, welche auf den Rang von Sub- 
familien Anspruch erheben kônnen, obgleich 
sie nur aus wenigen, meist im wármeren 
Amerika vorkommenden Arten bestehen, sind 
die Diachlorinae und Lepidoselaginae. Bei 
beiden kommen sehr blutgierige, auch den 
Menschen nicht verschonende Arten vor, so 
dass ihre Kenntnis keineswegs der praktischen 
Bedeutung entbehrt. 

Ich gebe hier zuerst die Definition der 


Diachlorinae. 


Kleine Arten, deren Farben sich in gelben, 
braunen und schwarzen Tônen bewegen, mit 
fast stets vorhandener deutlicher Gesichts- 
und breiter Stirnschwiele, massig langem und 
ziemlich schmalem, dabei wenig gewólbtem 
Hinterleibe, gewôhnlich zweifarbigen, an den 
Vorderschienen auffallig gebildeten: Beinen 
und grossenteils nahezu hyalinen, meist mit 
ziemlich typischen Flecken  bezeichneten 
Fliigein. 

Antennen mássig lang, fast fadenfórmig 
und etwas nickend, das erste Glied mássig 
verlángert, das zweite kurz, das dritte ohne 
Zahn, mit langem Basal- und vier kurzen 
Endgliedern. Palpenendglied von, etwas un- 
symmetrisch, lanzettlicher Form und leicht 
gekniet. Augen nackt, mit sehr charakteristi- 
schen grünen Zeichnungen auf dunklem 
Grunde. Keine Nebenaugen. Rückenschild 
meist zweifarbig, mit, háufig verwischten, 
Längs- und Querzeichnungen. Abdomen 
kaum breiter, als der Thorax, meist mit 
parallelen Seitenrándern und hinten kurz ab- 


gerundet, die Zeichnung in Lângsstriemen 
oder Fleckenreihen bestehend, selten einem 
abgeplatteten Kegel áhnlich und dann auch 
mit Querbinden versehen. Die Beine zeichnen 


ás vezes em forma de cone achatado e com 
faixas transversais. As pernas se distinguem 
pelo contraste de segmentos claros e escuros, 
frequente tambem em especies de Tabaninae 
genuinas; as tibias anteriores com espessa- 
mento fusiforme sempre apreciavel e frequen- 
temente muito acusado, com convexidade an- 
terior, sendo quasi direitos atrás e um pouco 
achatadas lateralmente. As azas, meio aber- 
tas no descanso, quasi sempre apresentam 


Eq 


uma nuvem escura, limitada á marjem ante- 
rior e o apice da aza, algumas vezes fenes- 
trada; pelo resto são hialinas, lijeiramente 
amareladas ou enfumaçadas, apenas com o 
estigma e, ás vezes, com as veias transver- 
sais mais escuras; não ha apendice e as ce- 
lulas da marjem posterior são igualmente 


Eq 


abertas”; a anal todavia é fechada perto da 
marjem. 

As especies são pouco numerosas e se 
substituem, de modo, que, geralmente, num 
dado territorio existem uma ou duas, raras 
vezes mais especies. Têm uma grande pre- 
dileção para a visinhança da agua, principal- 
mente de rios, onde são observadas tanto nas 
marjens, como durante a navegação; abundam 
nas baixadas pantanosas do litoral. Procuram 
muito atacar pessõas a qualquer hora do dia; 
a picada é dolorosa, produzindo papulas in- 
flamatorias. Tambem penetram nas casas exis- 
tentes no territorio delas e picam os inqui- 
linos. 

Pelo que me consta, os machos deste 
genero são desconhecidos, como tambem os 
primeiros estados. 

O nome Diachlorus foi dado por OSTEN- 
SACKEN (1876). (Mem. Bost. Soc. Nat. Hist. 
II, 475), em substituição do nome dado por 
MACQUART que era Diabasis e caducava por 
já pertencer a um coleoptero. MACQUART 
criou seu genero com a seguinte definição: 

«Palpes Y alongés, subulés. Face courte, 


convexe, nue; point de fossettes; joues 
velues. Front assez étroit 9, a callosité un 


ee ae 


sich durch kontrastierende hellere und dunklere 
Abschnitte aus, wie sie áhnlich auch bei 
echten Tabaniden vorkommen; die vorderen 
Schienen sind immer etwas, meist ziemlich 
stark, spindelfórmig verdickt, nach vorn konvex 
nach hinten fast geradlinig verlaufend und 
auch seitlich etwas abgeplattet. Die, in der 
Ruhe halb offenen, Flügel zeigen meist eine 
schwarzliche Zeichnung, welche sich auf 
Vorderrand und Flügelspitze beschrankt und 
auch gefenstert auftreten kann; sonst sind 
dieselben mit Ausnahme des Randmales und 
manchmal der Queradern, ohne dunkle Zeich- 
nungen, hyalin, gelblich oder nur leicht und 
diffus getriibt; ein Aderanhang fehlt und die 
Hinterrandzellen sind gleichmássig offen, 
wahrend die Analzelle dicht vor dem Rande 
geschlossen ist. 


Die Arten sind nicht sehr zahlreich und 
lósen sich gegenseitig ab, so dass gewohn- 
lich in demselben Gebiete nur eine oder 
zwei, selten drei derselben vorkommen. Sie 
zeigen eine auffállige Vorliebe fiir die Náhe 
des Wassers, namentlich der Fliisse, wo man 
sie sowohl an den Ufern, wie auf dem 
Strome selbst beobachtet; besonders reich- 
lich kommen sie in den wasserreichen und 
háufig sumpfigen Niederungen in der Náhe 
der Meereskiiste vor. Dabei greifen sie den 
Menschen mit besonderer Vorliebe an und 
zwar wahrend des ganzen Tages; der Stich 
ist empfindlich und verursacht gerótete und 
schmerzhafte Papeln. Sie dringen auch in 
die Háuser, wenn dieselben in ihrem Gebiete 
gelegen sind und stechen dann auch in den 
Wohnráumen. 


Die Mánnchen sind von diesem Genus, 
soviel ich weiss, noch ganz unbekannt; das 
selbe gilt von den ersten Zustánden. 


Der Name Diachlorus stammt von OSTEN- 
SACKEN (1876) (Mem. Bost. Soc. Nat. Hist. 
II. 475), wahrend MACQUART die Gattung 
zuerst unter dem Namen Diabasis, der 
schon fiir ein Coleopteron vergeben war, 
unterschied und folgendermassen definierte : 


»Palpes $ alongés, subulés. Face courte, 
convexe, nue; point de fossettes; joues velues. 
Front assez étroit 9, à callosité un peu con- 


A 


peu convexe. Antennes couchées, alongées, 
insérées plus bas que la moitié de la hauteur 
de la téte; premier article um peu alongé, 
cylindrique, conique, deuxieme court, cya- 
thiforme; troisième triple du premier, coni- 
que, arqué, de cinq divisions, dont la pre- 
miére plus longue et plus épaisse a la base. 
Yeux ronds. Point d'ocelles. Jambes antérieures 
um peuarquées et élargies. Ailes écartées; deux- 
iéme cellule sousmarginale sans appendice, 
à nervure extérieure ordinairement presque 
droite.» 


No catalogo de KERTÉSZ (L. 20) ha 
vinte especies de Diachlorus citadas, entre as 
quais uma do Piemonte, uma de Maroccos, uma 
da Australia e uma das Philippinas que não 
parecem pertencer a este genero. Tres outras 
são da America do Norte e uma quarta exis- 
te tambem na America Central. De outro lado, 
das especies citadas como sul-americanas, uma 
do Chile e a globicornis WIED. do Brazil, 
não parecem entrar neste genero e outras, ou 
não pertencem ao territorio contemplado, ou 
não foram identificadas, de modo que achei 
apenas quatro das especies descritas. Ha 
mais duas especies citadas por WIEDE- 
MANN no genero Chrysops e seis especies 
minhas que parecem novas. Parece oportuno 
conserval-as ainda todas no genero Diachlorus, 
posto que algumas difiram no aspeto geral. 
O desenho dos olhos pode variar em espe- 
cies, aliás muito parecidas. Passo á enume- 
ração e descrição das especies observadas : 


1. Diachlorus ( Haematopota, Tabanus ) 
curvipes FABR. (Lit. 8). 
(Est. 12 n0 E) 


Descrições orijinais de FABRICIUS e 
WIEDEMANN: 

FABR. Syst. Anil. 107,3.—<H. fulva, 
alis albis, apice fuscis, tibiis anticis subclava- 
tis. — Habitat in America meridionali. 


Statura praecedentium. Antennae elonga- 
tae, flavae. Caput flavum, puncto medio atro. 
Thorax fulvo sublineatus. Abdomen fulvum 
linea dorsali albida, ano obscuriore. Alae albae, 


vexe. Antennes couchées, alongées, insérées 
plus bas que la moitié de la hauteur de la 
tête; premier article un peu alongé, cylindri- 
que, conique; deuxiême court, cyathiforme: 
troisieme triple du premier, conique, arqué, 
de cinq divisions, dont la premiêre plus 
longue et plus épaisse à la base. Yeux ronds. 
Point d’ocelles. Jambes antérieures un peu 
arquées ct élargies. Ailes écartées; deuxiême 
cellule sous-marginale sans appendice, à 


nervure extérieure ordinairement presque 
droite.» 


Im Kataloge von KERTESZ (L. 20) finden 
sich 20 Arten von Diachlorus angeführt, da- 
runter eine aus dem Piemont, eine aus 
Marocco, eine aus Australien und eine 
von den Philippinen, die wohl schwerlich 
hierher gehóren diirften. Von den übrigen, 
durchwegs amerikanischen, gehdren drei 
Nordamerika an, wahrend eine vierte aus- 
serdem auch in Centralamerika gefunden 
wurde. Von den iibrigen aus Siidamerika 
stammenden Arten gehóren eine aus Chile 
und globicornis WIED. aus Brasilien kaum 
zu diesem Genus; andere sind nicht sicher 
zu identifizieren oder kommen nicht im 
Gebiete vor, so dass ich von den an- 
gefiihrten nur vier nachweisen konnte. Da- 
zu kommen noch zwei von WIEDEMANN 
unter Chrysops angefiihrte Arten und sechs, 
die, soweit ich ersehen kann, neu sind. Es 
dürîte vorderhand angebracht sein, dieselben 
sâmtlich im Genus Diachlorus zu belassen, 
selbst, wenn der Habitus etwas abweicht. Die 
Zeichunng der Augen variiert im Détail bei 
einigen Arten, welche sonst nicht auffallend 
verschieden sind. Ich gehe nun zur An- 
führung der einzelnen Spezies über: 


1. Diachlorus (Haematopota, Tabanus) curvipes 
FABR. (Lit. 8). 
(Taf. 12, Fig. 1.) 


Originalbeschreibungen von FABRICIUS 
und WIEDEMANN: 

FABR. Syst. Antl. 107,3. —H. fulva, alis 
albis, apice fuscis, iibiis anticis subclavatis. 
— Habitat in America meridionali. 

Statura praecedentium. Antennae elon- 
gatae, flavae. Caput flavum: puncto medio 
atro. Thorax fulvo sublineatus. Abdomen 


apice late fuscae. Pedes flavi, tibiis anticis 
incurvis, subclavatis, atris.» 


WIEDEMANN, Aussereurop. zweifl. Ins. 
Vol. I, pg. 176: «Fulvus; thorace vittato; 
abdomine ferruginoso; vitta sulphurea; alis 
apice fuscis; tibiis anticis incrassatis. — Ama- 
relo dourado; escudo estriado, abdome pardo- 
ferujinoso com estria côr de enxofre; azas 
com a ponta parda; tibias anteriores espes- 
sadas. — 5 linhas $.—Da America do Sul. 


Pelo primeiro articulo das antenas mais 
comprido e o terceiro sem dente e a face 
glabra esta especie difere de algumas outras 
que serão descritas mais adiante. 


Antenas e palpos ferrujineos; face infe- 
rior liza, parda, as rejiões laterais com boni- 
ta côr amarelada; fronte quasi citrina, esbran- 
quiçada no meio, e em baixo com calosida- 
de oval, de côr parda. Escudo com estria 
media, dividida por uma linha côr de enxofre; 
por tráz de cada lado com outra estria parda, 
interrompida anteriormente e separada da es- 
tria mediana por uma linha côr de enxofre 
mais larga, e parecendo tambem coberta de 
tenue camada amarelada. Pleuras mais côr 
de mel, com grandes manchas opalecentes 
de côr parda; escutelo pardo. Abdome quasi 
côr de mel, os ultimos tres segmentos parda- 
centos dos dois lados. Azas um pouco ama- 
reladas com o estigma côr de mel e o apice 
pardacento; halteres côr de mel com o capi- 
tulo esbranquiçado. Pernas côr de mel, apice 
dos femures anteriores, tibias e tarsos pardos 
na sua totalidade, nas pernas do meio a base 
das tibias e tarsos esbranquiçada; as ultimas 
tibias pardas. — Na coleção de Fabricius.» 


A descrição de WIEDEMANN basta para 
que se reconheça a especie; observam-se pe- 
quenas variações no desenho do escudo e na 
estria mais clara do dorso do abdome e no 
enfuscamento do apice da aza. O meu desenho 
representa um exemplar, colecionado no Pará 
por BATES; a parte posterior do escudo e o 
desenho dos olhos, que não segue o tipo 
mais comum, foram copiados dum exemplar 
mais fresco. Tenho seis femeas do Pará; 
quatro destas peguei em novembro e dezem- 


146 


fulvum: linea dorsali albida, ano obscuriore. 
Alae albae, apice late fuscae. Pedes flavi, 
tibiis anticis incurvis, subclavatis, atris.» 

WIEDEMANN: (L. 8, Bd. I, pg. 176): 
»Fulvus; thorace vittato; abdomine ferrugi- 
noso; vitta sulphurea; alis apice fuscis; 
tibiis anticis incrassatis“. Goldgelb; Riicken- 
schild gestriemt; Hinterleib rostbraun mit 
schwefelgelber Strieme; Fliigel mit brauner 
Spitze; vorderste Schienen verdickt. — 5 
Linien Y. — Aus Siidamerika. 

Es ist dies eine, durch lângeres erstes 
und ungezahntes drittes Fiihlerglied und ein 
glattes Untergesicht von den übrigen ab- 
weichende Art, deren unten noch einige vor- 
kommen. 

Fiihler und Taster rotgelb; Untergesicht 
glatt, braun, Backen schôn gelblich; Stirne 
fast zitronengelb, mitten weisslich, unten 
mit eirunder brauner Schwiele. Riickenschild 
mit miitlerer, durch eine schwefelgelbe Linie 
geteilter und hinten an jeder Seite einer 
andern, braunen Strieme, welche vorn unier- 
brochen und von der mittleren durch eine 
breitere schwefelgelbe Linie geschieden und 
selbst gleichsam mit gelblich überlaufen ist. 
Brustseiten mehr goldgelb, mit grossen opa- 
lisierenden braunen Flecken; Schildchen 
braun. Hinterleib fast honiggelb, drei letzte 
Abschnitte an jeder Seite braunlich. Fliigel 
etwas gelblich mit honiggelbem Randmale 
und bräunlicher Spitze; Schwinger honiggelb 
mit weisslichem Kopfe. Beine honiggelb; 
vorderste Schenkel an der Spitze, Schienen 
und Fusswurzeln iiberall braun, an den mitt- 
leren Beinen sind Schienen und Fusswurzeln 
an der Wurzel weiss; hinterste Schienen 
braun. — In Fabricius Sammlung. 


Diese Beschreibung von WIEDEMANN 
geniigt zur Erkennung; es kommen kleine 
Variationen in der Zeichnung des Riicken- 
schildes und der hellen Strieme am dorsum 
abdominis vor, sowie in der Ausdehnung 
der Verdunkelung der Fliigelspitze. Meine 
Zeichnung stellt ein Exemplar dar, welches 
von BATES in Pará gesammelt wurde und 
bei dem der hintere Teil des Riickenschildes 
und die Augenzeichnung, welche von der 
gewohnlichen abweicht, nach einem frischen 


bro nas janelas dum quarto, onde não mos- 
travam disposição para picar. O comprimento 
é de 9—10 mm. 


Outra femea, muito escura, que foi trazi- 
da do Rio Madeira pelo Dr. OSWALDO 
CRUZ, não pertence a esta especie mas á 
outra, bastante parecida que descreverei mais 
abaixo. 

Sobre o Diachlorus curvipes escreve Miss 
RICARDO (L. 3) o que segue em tradu- 
ção portuguêsa: 


Tipo de Chrysops varipes $ WALKER 
de Pará (col. SAUNDERS) e de outra do 
mesmo lugar (BATES coll.), uma femea de 
S Paulo (BATES coll;) 5:. 9). 74; «uma 
femea de Mandos, 12. 2. 96 (AUSTEN); 
uma femea de Gurupá, 23. 1. 96 (AUSTEN). 
No tipo de WALKER as pernas de diante 
não são tão escuras, como costumam ser nes- 
ta especie, mas dum pardo-amarelado diluido. 
A especie se aproxima de D. ferrugatus, mas 
pode ser facilmente distinguida pelas estrias 
pardas sobre o escudo coberto de pêlos 
amarelos; consistem duma estria parda de 
cada lado, começando na altura dos hom- 
bros, distante da marjem anterior do torax, 
e continuando até a marjem posterior, com 
um ramo diverjente, dirijindo-se á base da 
aza, que é amarela na marjem anterior e tem 
o apice pardo mais largo, do que no D. fer- 
rugatus, mas o estigma é amarelo e não par- 
do, sendo tambem as nervuras amarelas; as 
pernas tambem são mais palidas, a base dos 
tarsos posteriores branca como as dos tarsos 
medios, como indicado por WIEDEMANN. 


Os lugares citados todos pertencem á 
rejião amazonica; combinados com os meus, 
os dados indicam que a especie aparece de 
Outubro até Fevereiro, mas este periodo pode 
bem ser mais longo. 


WILLISTON (L. 9) descreveu 4 exem- 
plares do Rio Paraguay (Leg. H. H. SMITH) 
como D. curvipes, mas não posso concordar 
com o diagnostico dele e tambem o habitat 
fala contra a identidade. Trata-se antes do 
Diachlorus ochraceus MACQUART. Dou em 


E ee 


Exemplare eingetragen ist. Ich besitze sechs 
Weibchen aus Pará, von denen ich vier im 
November und Dezember an Fensterscheiben 
fand, wahrend sie keine Lust zum Stechen 
zeigten. Lange 9—10 mm. 


Ein áhnliches, sehr dunkles Weibchen 
wurde von Dr. OSWALDO CRUZ am Rio 
Madeira gesammelt. Dasselbe gehórt indessen 
zu einer verschiedenen Art, welche ich nach- 
stehend beschreibe. 


Zu Diachlorus curvipes schreibt Miss 
RICARDO (L. 3): 


Type of Chrysops varipes, ©, WALKER 
from PARÁ (SAUNDERS Coll.), and another 
from the same place (BATES coll.); one 
female from St. Paul's (BATES coll.), 5.9.74; 
one female from MANAOS 12. 2. 96. (AU- 
STEN); one female from GURUPA, 23. 1.96 
(AUSTEN). In the WALKER type the fore 
legs are not so dark as is usual in the 
species, being a faint yellowish brown. This 
species is nearly allied to D. ferrugatus, but 
may de distinguished by the brown stripes 
on the yellowhaired thorax, consisting of a 
brown stripe on each side, beginning on a 
level with the shoulders far from the fore 
border of the thorax, continued to the poste- 
rior border, with a branch diverging from it 
and running to the base of the wing, which 
is yellow on the fore border, with the apex 
more widely brown than in D. ferrugatus, but 
the stigma is yellow, not brown, and the 
veins yellow; the legs are also paler, the 
base of the hind tarsi white besides those 
of the middle tarsi as stated by WIEDE- 
MANN. 


Die oben angegebenen Fundorte liegen 
alle im Gebiete des Amazonenstromes; in 
Verbindung mit meinen Beobachtungen kann 
die Flugzeit auf Oktober bis Februar ange- 
geben werden, doch dauert sie wahrschein- 
lich noch langer. 


WILLISTON (L. 9) hat vier Exemplare 
vom RIO PARAGUAY (Leg. H. H. SMITH) 
als D. curvipes beschrieben, doch kann ich 
seiner Diagnose nicht beistimmen und der 
Fundort spricht dagegen. Wahrscheinlich 
handelt es sich um die von MACQUART 


seguida uma tradução da descrição de WIL- 


LISTON: 
«Femea. Fronte um pouco mais larga em 


baixo, de amarelado opaco, o tuberculo ver- 
tical proeminente, revestido de pêlo preto 
curto, a calosidade preta ou pardo-escura 
brilhante, mais larga do que comprida. An- 
tenas vermelhas, o terceiro articulo preto na 
parte distal; o segundo apenas dum terço do 
comprimento do primeiro, o terceiro com- 
pletamente sem dente. Face largamente en- 
tumecida no meio, de pardo-amarelado bri- 
lhante, orbitas e rejiões laterais de amarelo 
opaco. Mesonotum dos lados, na frente e 
para trás numa zona estreita, como tambem 
numa estria media delgada, coberto com a 


mesma penujem amarela. Pleuras pela maior 
parte pretas, lijeiramente pruinosas ; em fren- 


te e por baixo das azas amarelas. Abdome 
de amarelo avermelhado ou pardacento bri- 
lhante com delgada estria mediana de penu- 
jem dourada. Todos os femures amarelo-aver- 
melhados ou pardacentos; as tibias anterio- 
res dilatadas, pardo-escuras, como tambem os 
tarsos; tibias de trás na maior extensão par- 
das; tibias do meio e tarsos, com exceção 
dos segmentos terminais, amarelo-claros. Azas 
hialinas, amareladas, na marjem anterior parda- 


centas, o apice pardo. Comprimento 9—10 mm. 
A descrição não combina plenamente 


com a descrição orijinal, nem por isso póde 
haver duvida sobre a identidade.» 


2. Diachlorus fuscistigma n. sp. 
(Est. 12, fig. 9.) 


Tromba preta; palpos ocraceos no pri- 
meiro articulo e na base do segundo, o res- 
to pardo-escuro. Antenas ocraceas com O 
apice do terceiro articulo enegrecido. Calosi- 
dade facial grande, preta. Barba amarelo-alaran- 
jada ao lado da tromba, tornando-se amarelo- 
clara mais para trás. Fronte ocracea atraz das 
antenas, enegrecida entre os olhos, semeada 


de pêlos curtos e finos; a parte anterior es- 
treita, alargando-se lijeiramente por trás. A 


calosidade sub-triangular parda, um pouco 
mais clara em frente, pequena e mal defini- 
da. Os olhos escuros, depois de amolecidos, 
com desenho verde muito simples, carateris- 
tico da especie. Occiput preio. 


148 


als ochraceus beschriebene Form. Zum Ver- 
gleiche gebe ich hier die Beschreibung von 
WILLISTON : 


, Female. Front a little broador below, 
light opaque yellow, the prominent vertical 
tubercle clothed with short black hair, the 
black or deep brown, shining callosity broa- 


der than long. Antennae red, the third joint 
blackish distally: second joint not more than 
one third the lenght of the first, the third 
wholly without tooth. Face broadly swollen 
in the middle, shining yellowish brown, the 
orbits and the cheeks opaque yellow. Meso- 
notum on the sides and in front, and narrowly 
behind, as also a slender median stripe, 
covered with the same yellow pile. Pleurae 
for the most part black, lightly pruinose; in 
front and below the wings yellow. Abdomen 
shining reddish or brownish yellow, with a 
slender median stripe ot golden yellow pile. 
All the femora reddish or brownish yellow; 
the dilated front tibiae and the tarsi dark 
brown; hind tibiae for the most part brown; 
middle tibiae and their tarsi, except the 
terminal joints, light yellow. Wings yellowish 
hyaline, brownish in front, the apex brown. 
Length 9—10 mm. 


The description does not fully agree 
with the original, nevertheless there can be 
little doubt of the identity.“ 


2. Diachlorus fuscistigma n. sp. 
(Tak. 12; Fig. 195) 


Riissel schwarz, Palpen am ersten Gliede 
und der Basis des zweiten ockergelb, der 
Rest dunkelbraun. Antennen ockergelb, Spitze 
des dritten Gliedes schwärzlich. Gesichts- 
schwiele gross, schwarz. Bart neben dem 
Riissel hochgelb, nach hinten zu heller. Stirne 
hinter den Antennen ockergelb, zwischen den 
Augen schwárzlich mit hellen Harchen, vorne 
sehr eng, nach hinten etwas erweitert. Schwiele 
subtriangulár, braun, vorne etwas heller, 
nicht gross und undeutlich abgegrenzt. Augen 
dunkel, nach dem Aufweichen mit eigen- 
tiimlicher und anscheinend sehr einfacher 
Zeichnung. Hinterkopf schwarz. 


Escudo desnudado, pardo-enegrecido, no 
meio com pêlos claros curtos e finos, como 
tambem a rejião subalar e grande parte do 
esterno. A parte escura dilatada entre as 
raizes das azas, mais acima estreitada por 
alargamento triangular da marjem ama- 
rela. Marjem anterior, hombros, pleuras e 
escutelo ocraceos com pêlos amarelos. 


Abdome, em cima amarelo-pardacento 
nos primeiros tres aneis e na base do quar- 
to, uma estria mediana e a face ventral dos 
mesmos aneis de amarelo mais claro; o res- 
to do abdome enegrecido, as marjens dos 
aneis em parte amareladas. 

Pernas em grande parte amarelas de 
mel, femures, tibias e tarsos do primeiro par 
pretos, mas a base dos primeiros e um pon- 
to no joelho amarelos; no terceiro par a 
tibia e o pé enegrecidos, porém a base da 
tibia e dois terços basais do metatarso de 
côr clara e os femures em cima com cilios 
pretos. 

Azas hialinas, área costal amarela, o es- 
tigma se destaca por sua côr muito escura. 
Ponta da aza cinzento-escura, a parte escura 
mais enegrecida na marjem anterior e pro- 
longada, na marjem posterior, em ponta que 
atinje a extremidade da celula anal; a celula 
axilar lijeiramente acinzentada. Escamula pe- 
quena, parda; halteres pardacentos. 

A descrição se refere a um exemplar 
femeo trazido do Rio Madeira pelo Dr. OS- 
WALDO CRUZ. 


3. Tabanus bivittatus WIED. (L. 8) 
(Est. 12, fig. 4.) 


Descrição orijinal: 

«Thorace fusco, utrinque flavido; abdo- 
mine flavo, vittis duabus brunneis; alis costa 
apiceque fuscanis. — Com escudo pardo ten- 
do o apice amarelado, abdome amarelo com 
duas estrias francamente pardas e azas par- 
dacentas na costa e no apice. —3 2/3 linhas 
°.— Do Brazil. 

Antenas côr de couro amarelo, pardas 
na extremidade; palpos e calosidade arre- 
dondada da face inferior de preto pardacen- 


to; fronte de cinzento, côr de mofo ou de 


ocraceo claro; com a calosidade quadrangu- 
lar um pouco alongada e preta e com linha 
elevada muito fina, dirijindo-se para o ver- 


RAM ese 


Riickenschild abgerieben, braunschwarz, 
in der Mitte mit helleren Harchen, ebenso 
eine Stelle unter den Fliigeln und der gróssere 
Teil des Sternums. An der Fliigelwurzel das 
Schwarze verbreitert und dariiber durch Ein- 
springen des gelben Saumes stark verengt. 
Vorderrand, Schultern, Brustseiten und Schild- 
chen ockergelb mit gelben Haaren. 


Hinterleib, oben die drei ersten Ringe 
und Basis des vierten bráunlich gelb, eine | 
mittlere Strieme oben und die Unterseite 
heller ; Rest des Hinterleibes schwärzlich, nur 
die Rander der Abschnitte zum Teile gelblich. 


Beine grossenteils honiggelb; am ersten 
Paare die Schenkel mit Ausnahme der Basis, 
ferner Tibia und Tarsen schwarz, nur am 
Knie ein gelber Punkt; am letzten Paare 
Schiene und Fuss schwárzlich, mit Ausnahme 
der Tibialbasis und der basalen zwei Drittel 
des Metatarsus, die hellgefarbt sind. Schenkel 
oben schwarz bewimpert. 


Fliigel hell, Rippenfeld gelblich. Stigma 
auffallend dunkelbraun. Fliigelspitze grau- 
braun, am Vorderrande dunkler, nach hinten 
zu heller, die Trübung am Hinterrande mit 
einer bis zur Analzelle verlaufenden Spitze; 
auch die Axillarzelle leicht getriibt. Schiipp- 
chen klein, braun, Halteren braunlich. 

Beschreibung nach einem Weibchen, 
welches von Dr. OSWALDO CRUZ am 
RIO MADEIRA gesammelt wurde. 


3. Tabanus bivittatus WIED. (L. 8) 
(Taf. 12, Fig. 4) 


Originalbeschreibung : 

» Thorace fusco, utrinque flavido: abdo- 
mine flavo, vittis duabus brunneis ; alis costa 
apiceque fuscanis. — Mit braunem an der 
Spitze gelblichem Riickenschilde, gelbem Hin- 
terleibe mit zwei reinbraunen Striemen, und 
an der Rippe und Spitze bráunlichen Flügeln. 
37/3 Linien $. — Aus Brasilien. 


Fühler ledergelb, an der Spitze braun; 
Taster und die rundliche Schwiele des Unter- 
gesichtes braunlichschwarz; Stirne schimmel- 
graulich, auch wohl licht ockergelb; mit 
wenig lânglich viereckiger schwarzer Schwiele 
und von ihr zum braunen Scheitel aufsteigen- 


EA aa 


tice pardo. Escudo pardo ou preto, em certa 
direção cinzento de mofo diluido com tres 
estrias esbranquiçadas, dos lados largamente 
amarelo com pêlos dourados; escutelo par- 
dacento, com larga marjem lijeiramente es- 
branquiçada. Pleuras e esterno pardo-enegre- 
cidos. Abdome amarelado claro, com pêlos 
amarelos e duas faixas lonjitudinais de par- 
do puro, ocupando todo o comprimento. 
Ventre amarelado translucido, com o apice 
pardo. Azas, na costa e no apice apenas na 
extensão da quarta parte, pardacentas; es- 
tigma mais carregado; escamulas e halteres 
de amarelado carregado, halteres com o ca- 
pitulo pardo. Pernas anteriores côr de pixe, 
os joelhos amarelo de couro; as do meio 
amareladas com os tarsos pardos no apice; 
ultimas pardas com femures, joelhos e base 
dos tarsos amarelos ; as ultimas em certa di- 
reção com brilho esbranquiçado. No Muzeu 
de Francoforte e na minha coleção.» 


Ha no Rio duas especies ás quais se 
pode aplicar a descrição de WIEDEMANN. 
Sem as diferenças evidentes do desenho dos 
olhos não as teria separado, porque as espe- 
cies de Diachlorus são um tanto variaveis e 
a aparencia, principalmente do escudo, de- 
pende muito do estado de conservação que 
raras vezes é perfeito, mesmo em exempla- 
res recemcapturados. Todavia, depois de se- 
parar os exemplares pelos olhos, percebe-se 
tambem outras diferenças, minuciosas, mas 
bastante carateristicas, que permitem mesmo 
decidir com probabilidade, qual será a espe- 
cie que WIEDEMANN descreveu. Esta é um 
tanto menor do que a seguinte sendo o 
comprimento de ca. de 8 mm. e as pernas 
do primeiro par são pretas em quasi toda a 
extensão, sendo todavia o primeiro anel 
abdominal completamente amarelo. As faixas 
lonjitudinais escuras do dorso do abdome 
são paralelas e não diverjem para trás. Pelo 
desenho muito menos complicado dos olhos 
esta especie facilmente se distingue de todas 
as outras, mas o desenho do escudo, que 
raras vezes é bem conservado, varia muito e 
por causa disso não permite diferencial-a 
de modo seguro. 


der äusserst feiner Leiste. Rückenschild 
braun oder schwarz, in gewisser Richtung 
wenig schimmelgraulich mit drei weisslichen 
Striemen, an den Seiten breit gelblich, gold- 
behaart; Schildchen braunlich, mit breitem 
aber schwach-weisslichem Rande; Brustseiten 
und Brust schwãrzlichbraun.  Hinterleib 
lichtgelblich, mit gelber Behaarung und 
zwei breiten, reinbraunen, die ganze Lange 
einnehmenden Striemen; Bauch gelblich 
durchscheinend, an der Spitze braun. Flügel 
an der Rippe und Spitze kaum iiber das 
Viertel der Lange hinauf braunlich; Rand- 
mal satter braun; Schiippchen und Schwinger 
sattgelblich, dieser mit braunem Kopfe. 
Vorderste Beine pechschwarz mit ledergelben 
Knien; mittlere gelblich mit an der Spitze 
braunen Fusswurzeln; hinterste braun, an den 
Schenkeln, Knien und Fusswurzelbasen gelb- 
lich; diese in gewisser Richtung weisslich 
schimmernd. Im Frankfurter Museum, auch 
in meiner Sammlung.‘‘ 

Es gibt in Rio zwei Arten, auf welche 
die vorstehende Beschreibung annähernd 
passt. Ohne die auffallenden Unterschiede 
in der Augenzeichnung wiirde ich dieselben 
kaum getrennt haben, da die Diachlorusarten 
gerne etwas variieren und ausserdem, nament- 
lich bei der Zeichnung des Scutums, viel 
von dem Erhaltungszustande abhangt, der 
gewôhnlich auch bei frisch gefangenen Exem- 
plaren zu wiinschen übrig lásst. Hat man 
aber erst die Exemplare nach den Augen 
sortiert, so findet man auch sonst einige 
kleine, aber ziemlich deutliche Unterschiede. 
Auf diese gestützt, kann man auch entschei- 
den, welche Art WIEDEMANN bei der Be- 
schreibung wahrscheinlich vorgelegen hat. 
Dieselbe ist kleiner, als die nachfolgende 
(ca. 8 mm lang) und das erste Beinpaar ist 
fast in ganzer Ausdehnung schwarz; dagegen 
ist der erste Abdominalring ganz gelb und 
die dunklen Streifen auf dem Dorsum abdo- 
minis sind parallel und nicht divergierend. 
Durch die viel einfachere Augenzeichnung 
unterscheidet sich diese Art sofort von allen 
anderen, wahrend die Scutumzeichnung, die 
selten gut erhalten ist und in Folge dessen 
sehr wechselt, eine sichere Unterscheidung 
nicht gestattet. 


La 5 
Es 


Esta especie não é rara na baixada do: 
Rio de Janeiro e de lá segue o litoral em 
direção do sul. No Estado de S. Paulo ainda 
é frequente e provavelmente será encontrada 
ainda mais para o sul. Voa uma grande par- 
te do ano como é a regra para as especies 
comuns do litoral. As femeas desta especie 
são muito agressivas e as suas picadas são 
dolorosas. 


4. Diachlorus distinctus n. sp. 
(Est. 12, fig. 2 e 3.) 


Esta especie se parece tanto com a an- 
terior que se confundem facilmente, na falta 
dum exame minucioso. Fazendo este, acham- 
se os seguintes carac.eres diferenciais: O ta- 
manho medio é um tanto maior (9-10 mm.), 
o primeiro segmento abdominal é de côr es- 
cura, mas a perna anterior só é castanho- 
escura a partir do apice do femur, sendo 
amarela mais acima. Os olhos mostram o 
desenho prevalecente nos Diachlorus. As 
faixas escuras do dorso do abdome diverjem 
para trás, embora nem sempre tanto, como a 
estampa o indica. 

O distinctus é pelos menos tão comum 
na zona do Rio, como a especie anterior, 
tendo os mesmos habitos e, frequentemente, 
o mesmo habitat. Não foi encontrado mais 
para o sul mas achou-se em Minas, mais 


para o norte e distante do litoral. 
Outras especies bastante vizinhas, que 


não achei descritas na literatura, são as se- 
guintes que passo a descrever: 


5. Diachlerus flavitaenia n. sp. 
(Esk 12. 119.5.) 


Comprimento 8-10 mm. Antenas lijeira- 
mente infuscadas; calosidade facial parda até 
preta. Olhos como na especie acima. 


Escudo pardo-enegrecido com estria me- 
dia amarela, marjens laterais e toda a mar- 
jem do escutelo com pélos dourados. 


Abdome geralmente de pardo escuro um 
pouco avermelhado ou preto, com estria media 
dourada, formada de triangulos cujo apice 
alcanca a marjem anterior dos segmentos; os 
pélos correspondem á cór do fundo sendo 
dourados nos triangulo se no resto escuros. 

Azas com a base e a celula costal ama- 
rela; do estigma pardo até ao apice a mar- 
jem apresenta uma tarja bastante fraca e mal 


151 


Diese Art kommt bei Rio de Janeiro 
nicht selten vor und geht von da lángs der 
Kiiste nach dem Süden. Im Staate São Paulo 
ist sie noch háufig und diirfte noch weiter 
siidlich an der Kiiste zu finden sein. Die 
Flugzeit ist eine lange, wie dies bei den 
gemeinen Arten der Kiistenzone die Regel 
ist. Die Weibchen dieser Art sind áusserst 
aggressiv und stechen empfindlich. 


4. Diachlorus distinctus n. sp. 
(Taf. 12, Fig. 2 & 3.) 


Diese Art sieht der vorigen so ähnlich, dass 
sie auf den ersten Blick leicht zu verwechseln 
ist. Sie unterscheidet sich aber durch die 
etwas bedeutendere Durchschnittsgrósse, die 
braune Farbung des ersten Abdominalringes 
und das vordere Beinpaar, welches erst von 
der Schenkelspitze an dunkel, weiter oben 
gelb gefarbt ist. Die Augen zeigen die bei 
Diachlorus gewóhnlichste Zeichnung. Die 
dunklen Langsbinden des Hinterleibes diver- 
giren nach hinten, wenn auch nicht immer 
in dem Masse, wie es die Zeichnung zeigt. 

Die Art ist bei Rio wenigstens eben so 
haufig, wie die folgende, zeigt denselben 
Charakter und findet sich haufig mit ihr 
zusammen. Weiter nach dem Siiden ist sie 
nicht gefunden worden, dagegen mehr nach 
dem Norden und von der Kiiste entfernt, in 
Minas. 

Dieser Art ziemlich nahe stehend sind 
die folgenden, von welcher ich in der Litte- 
ratur keine Beschreibung fand: 


5. Diachlorus flavitaenia n. sp. 
(Tak 127 Fis. 59 


Lange 8—10 mm, Antenne nur leicht 
gebráunt, Gesichtsschwiele braun bis schwarz. 
Augen wie oben. 

Rückenschild braunschwarz mit gelber 
Mittellinie, die Seitenrânder und der ganze 
Rand des Schildchens mit goldgelben Haaren. 


Abdomen gleichfôrmig und etwas rótlich 
dunkelbraun oder schwarz mit goldgelber 
Mittelstrieme; diese ist aus Dreiecken zu- 
sammen gesetzt, deren Scheitel den Vorder- 
rand der Segmente beriihrt ; die Haare sind, 
der Farbe des Grundes entsprechend, gold- 
gelb auf den Dreiecken und sonst dunkel. 

Flügel mit gelber Basis und Costalzelle 
und braunem Randmale; von diesem an bis 


limitada, confluindo com a mancha subapical 
fraca e ás vezes apenas visivel; as nervuras 
são em parte côr de couro, em parte fran- 
camente amarelas, a escamula é parda com 
marjem estreita mais clara; halteres pardo- 


amarelados com pedunculo mais claro. 
Bastante comum no interior de S. Paulo 


onde acompanha, principalmente, os rios maio- 
res e ataca tambem a gente. Voa durante 
todo o verão e provavelmente tambem gran- 
de parte do inverno. Em Jacutinga foi en- 
contrado junto com o bimaculatus. — Foi apa- 
nhado tambem no Paraguay, o que indica 
que provavelmente ocorrerá tambem no Es- 
tado de Matto-Grosso. 


6. Diachlorus altivagus n. sp. 
(Est. 12, Fig. 10). 


Tromba, palpos e calosidade facial pre- 
tos. Antenas pardas com pelos pretos; o ar- 
ticulo ultimo quasi preto acima da base. 
Olhos com desenho especial (V. fig.) O res- 
to da cabeça amarelo-pardacento ou pardo. 
Calosidade frontal preta, larga; a parte an- 
terior em forma de meia lua, a posterior 
formando uma ponta. Espaço interocular, 
tornandoso mais estreito do traz para di- 


ante. 
Torax preto; estria mediana e marjens 


laterais do escudo e todo o escutelo cober- 
tos de pelos dourados; pleuras castanhas 


abaixo da raiz da aza. 
Abdome quasi todo preto, tendo, porém, 


na marjem posterior dos cinco primeiros se- 
gmentos uma tarja ocracea, coberta de pêlos 
dourados, que no meio se alarga em trian- 
gulo pouco elevado. Ha outros triangulos 
similhantes, porém mais altos, nas marjens 
laterais dos dois primeiros segmentos. Lado 
ventral nos primeiros segmentos castanho- 


avermelhado. 
Pernas: Primeiro par, de cima até um 


pouco além do meio do femur e um ponto 
apical deste, côr de couro amarelo, o resto 
preto. Pares posteriores ocraceos, enegreci- 
dos apenas na metade apical dos femures. 
Porção apical dos pés pardacenta com unhas 


pretas. 
Azas hialinas; estigma e celula costal 


de amarelo carregado, apice e tarja larga da 


152 


zur Spitze zeigt der Vorderrand einen ziem- 
lich schmalen und undeutlich begrenzten 
Saum, der allmáhlich mit dem bei dieser Art 
sehr schwachen und manchmal kaum sicht- 
baren Subapicalfleck zusammenfliesst; die 
Adern sind teils rein gelb, teils lederfarben, 
das Schiippchen braun mit schmalem hellerem 
Saume; die Schwinger braungelblich mit 


hellerem Stiele. 
Haufig im Inneren von São Paulo, 


wo sie besonders die grósseren Fliisse be- 
gleitet und auch den Menschen belästigt. 
Flugzeit wahrend des ganzen Sommers und 
wahrscheinlich auch zum Teil in den Winter- 
monaten. In Jacutinga mit bimaculatus zu- 


sammen gefunden. 
Die Art wurde ausserdem auch in Para- 


guay gesammelt, was ihr Vorkommen im 
Staate Matto Grosso hóchst wahrscheinlich 
macht. 
6. Diachlorus altivagus n. sp. 
(Taf. 12, Fig. 10). 

Riissel, Palpen und Gesichtsschwiele 
schwarz. Antennen braun, schwarz behaart; 
letztes Glied oberhalb der Basis fast schwarz. 
Augen dunkel, mit eigentiimlicher ankerfor- 
miger Zeichnung (s. Fig.) Rest des Kopfes 
bráunlichgelb bis braun. Stirnschwiele 
schwarz, breit, vorn halbrund, hinten in 
Spitze auslaufend. Stirne nach dem Scheitel 
zu enger. 

Thorax schwarz; Mittellinie und Seiten- 
rânder des Scutums und das ganze Scutellum 
mit goldenen Hárchen bedeckt; Pleuren un- 


terhalb der Fliigelwurzel braun. 
Hinterleib nahezu ganz schwarz; oben 


am Hinterrande der fiinf ersten Segmenten 
ein ockergelber Saum mit goldgelben Haaren, 
der sich in der Mitte zu einem niedrigen 
Dreieck erweitert. Aehnliche oder etwas 
hóhere und mehr rótliche Dreiecke finden 
sich an den zwei ersten Segmenten auch 
seitlich. Bauch an den obersten Segmenten 


mehr rótlich braun. 
Beine: Erstes Paar oben bis iiber die 


Mitte des Femur und dessen áusserstes Ende 
ledergelb, der Rest schwarz. Hintere Paare 
ockergelb, nur an der apikalen Hälfte der 
Schenkel dunkel. Spitze der Fiisse braunlich 
mit schwarzen Krallen. 


—— 153 —— 


marjem porterior pardo-acinzentado, o apice 
muito mais escuro. As nervuras geralmente 
de pardo de couro. Escamulas pardacentas. 
Halteres castanho-avermelhadas, haste e face 
terminal um tanto mais claras. 


Desta especie ha apenas uma femea 
na coleção do Instituto; esta, porém, esta 
quasi perfeita. Foi apanhada pelo Dr. H. 
ARAGÃO em Pacáu (Estado de Minas), 
numa altura de cerca de 1270 metros acima 
do mar. 

Na coloração do abdome e das pernas 
esta especie difere do Diachlorus glaber de 
WIEDEMANN que aliás tem muitos carate- 
res semelhantes. 


7. Diachlorus bimaculatus WIED. (L. 8, 
citado como Chrysops). 
(Est. 12, fig. 8.) 


Descrição orijinal.: «Thorace nigello, 
flavo-limbato; abdomine luteo, basi maculis 
duabus fuscis; alis limpidis. Com escudo 
enegrecido tarjado de amarelo; abdome ama- 
relo de barro, apresentando na raiz duas 
manchas pardas e azas hialinas. —3 3/4 linhas 
2. — Do Brazil. 


Antenas amarelo de barro, pardas no 
apice extremo; palpos amarelo de barro, em 
cima pardos; face inferior quasi amarelo 
de mel, calosa. As partes laterais (genae) 
cinzento de mofo tirando sobre o amarelo, 
Fronte esbranquiçada, com brilho, ora lijeira- 
mente amarelado, ora um tanto acinzentado 
como mofo; o calo transversal atrás das an- 
tenas pardo, emitindo uma linha elevada ge- 
ralmente muito curta. Escudo com tres linhas 
amareladas, apenas perceptiveis; para trás 
de cada lado com estria polida resultando 
talvez de desnudação; a marjem amarela um 
tanto interrompida diante do escutelo e fal- 
tando na marjem anterior do escudo; em 
exemplares perfeitos co erta com pequenos 
pelos de dourado bonito; raiz do escutelo 
parda, marjem distintamente mais clara; 
pleuras e esterno enegrecidos. Abdome ama- 
relo (de barro), segundo segmento com 
duas grandes manchas arredondadas de côr 
branca; raiz do quarto segmento de cada lado 
pardo-enegrecida até as marjens laterais que 
conservam a mesma côr nos segmentos 5 e 6; 


Flügel hyalin; Stigma und Costalzelle 
satt gelb. Apex und ein breiter Hinterrand- 
saum graubraun getrúbt, der Spitzenteil weit 
dunkler. Adern meist lederbraun. Schiipp- 
chen braun. Haltern rotbraun, Endflache 
und Stiel etwas heller. 


Von dieser Art existiert in unserer 
Sammlung nur ein Weibchen, das aber ziem- 
lich perfekt ist. Dasselbe ist von Dr. H. 
ARAGÃO in Pacáu in Staat Minas bei ca. 
1270 m. über dem Meeresspiegel erbeutet. 

Wegen der verschiedenen Farbung des 
Abdomens und der Beine kann die Art, trotz 
ziemlich weitgehender Aehnlichkeit, nicht mit 
Diachlorus glaber von WIEDEMANN iden- 
tifiziert werden. 


7. Diachlorus bimaculatus WIED. (L. 8, als 
Chrysops bezeichnet). 
(Taf. 12, Fig. 8.) 


Originalbeschreibung : ,,Thorace nigello, 
flavo-limbato ; abdomine luteo, basi maculis 
duabus fuscis; alis limpidis. Mit schwarzlichem 
gelbgesäumtem Riickenschilde; lehmgelbem 
an der Wurzel zwei braune Flecken tragendem 
Hinterleibe und wasserklaren Flügeln.—3 9/4 
Linien © .—Aus Brasilien. 


Fiihler lehmgelb, an der áussersten Spitze 
braun; Taster lehmgelb, oben braun; Unter- 
gesicht fast honiggelb, schwielig. Backen 
gelblichschimmelgrau; Stirn weisslich, bald 
ein wenig gelblich, bald schimmelgrau schim- 
mernd; die Querschwiele hinter den Fühlern 
braun, eine gewôhnlich nur áusserst kurze 
Leiste geht von ihr aus. Riickenschild mit 
drei, kaum merklichen, gelblichen Linien; 
hinten an jeder Seite mit einer glatten Strieme, 
vielleicht durch Abreibung entstanden; der 
gelbe Saum vor dem Schildchen ein wenig 
unterbrochen, am Vorderrande des Riicken- 
schildes fehlend; in vóllig unabgeriebenen 
Exemplaren mit sehr schón goldnen Hárchen 
besetzt; Wurzel des Schildchens braun, Rand 
ungleich lichter;  Brustseiten und Brust 
schwärzlich. Hinterleib lehmgelb, zweiter 
Abschnitt mit zwei grossen runden braunen 
Flecken; Wurzel des vierten Abschnittes an 
jeder Seite bis zu den Seitenrândern, und 
die Seitenrânder des 5. und 6. Abschnittes 
bráunlich schwarz; Bauch gelblich. Flügel 


ventre amarelado. Azas hialinas, costa e es- 
tigma amarelos, apice da costa pardo, halte- 
res côr de barro amarelo. Pernas da mesma 
côr, tibia e tarsos do primeiro e ultimo par 
pardos, no ultimo a base dos tarsos esbran- 
quiçada; pernas do meio em toda a extensão 
amarelas (de barro), apenas no primeiro 
tarso esbranquicadas.— No Museu de Berlim. 


Possuo uma serie de exemplares que, 
embora sejam um pouco maiores, combinam 
bastante bem com a descrição de WIEDE- 
MANN, que erradamente colocou a especie 
entre os Chrysops. Por esta razão considerei 
a principio os meus exemplares como espe- 
cie nova, fazendo a descrição seguinte que 
pode servir para complemento da de WIE- 
DEMANN: 

«2. Comprimento cerca de 9 mm. Trom- 
ba preta, palpos cór de mel, enegrecidos no 
apice; antenas ferujineas com extremidade mais 
escura; face fronte e vertice com tomento ama- 
relado, o centro da face formado por calosi- 
dade grande cór de mel. Calosidade frontal 
quasi quadrada, com pequenos prolonga- 
mentos para trás. Olhos com o desenho habi- 
tual, como em D. bivittatus. Occiput com po- 
len dourado. 

Escudo dourado, mostrando o fundo es- 
curo em forma de 4 faixas lonjitudinais; 
pleuras e esterno pardo-escuros, com poucos 
pélos dourados em baixo da raiz das azas; 
escutelo com tomento da mesma cór. 

Abdome diafano, amarelo, enfuscado do 
quarto segmento para trás; no meio uma 
faixa lonjitudinal com tomento amarelo dou- 
rado, vistoso; no segundo segmento de cada 
lado uma mancha pardo-escura sub-quadran- 
gular de tamanho muito variavel. Na base 
do quarto segmento uma faixa transversal 
escura, interrompida no meio, as marjens la- 
terais do quarto ao setimo segmento da 
mesma cór. 

Pernas castanhas, com exceção dos qua- 
dris e femures anteriores e de quasi a totali- 
dade do par medio, assim como da base dos 
tarsos do ultimo par que sáo de branco, mais 
ou menos, amarelado. 

Azas de cinzento muito diluido, quasi 
hialinas; estigma, costa e algumas nervuras 


154 


wasserklar, Rippen und Randmal gelb ; Spitze 
der Rippe braun, Schwinger lehmgelb. Beine 
lehmgelb, vorderste und hinterste Schienen 
und Fusswurzeln braun; erstes Glied der 
hintersten Fusswurzeln weisslich; mittlere 
Beine úberall lehmgelb, nur am ersten Fuss- 
wurzelgliede weisslich.—Im Berliner Museum. 

Ich besitze eine Anzahl von Exemplaren, 
die, obwohl etwas grósser, doch im Ganzen 
mit der Wiedemann’schen Beschreibung über- 
einstimmen, wo irrtiimlicherweise der Genus- 
namen Chrysops gebraucht wird. Ich hielt 
sie deshalb zuerst fiir neu und entwarf davon 
folgende Beschreibung, welche die WIEDE- 
MANN’sche erganzen kann: 

»2 Lange ca. 9 mm. Rüssel schwarz, 
Palpen honiggelb, an der Spitze verdunkelt ; 
Antennen rostgelb, am Ende dunkler; Gesicht, 
Stirne und Scheitel mit gelblichem Tomente, 
die Mitte des Gesichtes von einer grossen 
honiggelben Schwiele eingenommen. Stirn- 
schwiele schwarz, fast quadratisch, nach 
hinten zu mit kleinen Fortsátzen. Augen 
mit der gewóhnlichen Zeichnung (d. h., wie 
bei D. bivittatus). Hinterkopf goldgelb be- 
stáubt. 

Thorax oben goldgelb, der schwarze 
Crund in Form von vier Lángsstreifen sicht- 
bar; Pleuren und Sternum dunkelbraun, nur 
unter den Flügelwurzeln mit wenigen gold- 
gelben Haaren. Schildchen mit ebensolchem 
Toment. 

Abdomen durchsichtig gelb, vom vierten 
Abschnitte nach hinten gebráunt; in der 
Mitte ein Langsstreifen mit schôn goldgelbem 
Tomente; auf dem zweiten Segmente auf 
jeder Seite ein dunkelbrauner subquadran- 
gulärer Fleck von sehr wechselnder Grósse. 
An der Basis des vierten Segmentes eine 
schmale, in der Mitte unterbrochene, dunkel- 
braune Binde, die Seitenránder vom 4ten 
zum 7ten Segment ebenso gefarbt. 

Beine kastanienbraun, ausgenommen die 
vorderen Coxae und Femora nnd fast das 
ganze mittlere Paar, sowie die Basis der 
hintersten Fusswurzeln, die mehr oder weni- 
ger gelblich weiss sind. 

Flügel sehr verwaschen grau, fast hyalin, 
Costa und einige Adern gelblich, die úbrigen 


amareladas, os outros cinzentos, a macula 
subapical parda bastante estreita e menos 
acusada do que em D. bivittatus; escamulas 
e halteres pardo-amarelados, as primeiras 


com marjem mais clara». 
Descrição tirada de algumas femeas pro- 


cedentes da lagoa de Mandicoré no Estado 
de Matto-Grosso. Parece bastante frequente 
em todo este Estado e foi tambem encon- 
trada no noroeste de São Paulo ( Jacutinga, 
fins de maio 1907), mas estes exemplares 
são um pouco maiores até 10,5 mm. Foram 
tambem colecionadas muitas femeas no nor- 
te de Minas perto de Lassance e Pirapora. 
Vi uma femea defeituosa de S. Antonio de 
Curary (Equador) que talvez pertença a esta 
especie. 


8. Diachlorus (Chrysops) immaculatus 
WIED. (Lit. 8.). 
(Est. 13, fig. 13 e 14.) 


A descrição abaixo segue á de bimaculatus. 

Descrição orijinal (L. 8.): 

«Parecido com o anterior, mas o escu- 
telo de côr uniforme, acinzentado como mofo, 
abdome sem manchas, bases do quarto e quin- 
to segmento pardas dos lados; no sexto e 
setimo apenas um vestijio da mesma côr na 
marjem lateral. Talvez apenas uma variedade 


do anterior.» 
Esta forma, que considero especie leji- 


tima, foi encontrada por mim em Buritys das 
Mulatas perto de Pirapora (norte de Minas ). 
Encontrava-se junto com a especie anterior 
porém em numero menor. Ambas as especies 


são um tanto variaveis. 
Dou em seguida a descrição orijinal do 


Diachlorus interruptus MACQ. (Lit. 2), que 
considero como sinonimo de immaculatus. 

«DIABASIS INTERRUPTA Nob. 

Antennis fulvis. Thorace cinereo-flavican- 
te. Abdomine rufo, fasciis tribus nigris, in- 
terruptis. Pedibus rufis; tibiis fuscis. 

Long. 3 1/2 1.9. 

Palpes fauves, épais, à extrémité pointue. 
Face luisante, jaune, à tache brune au milieu; 
côtés mats. Front d'un fauve grisatre, à cal- 
losité noire, cordiforme. Antennes fauves; 
les quatre derniéres divisions du troisiéme 
article un peu brunátres. Thorax noir, à duvet 


155 — 


grau, der subapicale braune Fleck ziemlich 
schmal und weniger ausgesprochen, als bei 
D. bivittatus; Schiippchen und Schwinger 
gelbbraun, erstere mit hellerem Rande.“ 
Beschreibung nach einigen Weibchen 
aus Matto Grosso (Lagoa de Mandicoré). 
Die Art ist in diesem Staate iiberhaupt 
nicht selten und wurde auch im Nordwesten 
von S. Paulo (Jacutinga, Ende Mai 1907) 
gefunden, doch sind die Exemplare von da 
grósser, bis 10,5 mm. Auch im Norden von 
Minas bei Lassance und Pirapora wurden 
zahlreiche Weibchen gesammelt. Vielleicht 
gehórt auch ein defektes Exemplar aus São 
Antonio de Curaray (Ecuador) hierher. 


8. Diachlorus (Chrysops) immaculatus 
WIED. (Lit. 8.). 
(Taf. 13, Fig. 13 & 14.) 


Die nachstehende Originalbeschreibung 


| folgt derjenigen von bimaculatus WIED. (L. 8.): 


»Dem vorigen vollkommen áhnlich; aber 
das Schildchen einfarbig schimmelgraulich, 
Hinterleib ohne Flecken, Wurzel des 4. und 
5. Abschnittes an jeder Seite schmal braun; 
am 6. und 7. kaum eine Spur von solchem 
Braun am Seiienrande. Vielleicht nur eine 
Abanderung des vorigen.“ 

Diese Form, welche ich als eine richtige 
Art ansehe, wurde von mir in Buritys 
das mulatas bei Pirapora im Norden von 
Minas gesammelt. Sie fand sich neben der 
vorigen, jedoch weit seltener. Beide Arten 
sind ziemlieh variabel. 

Nachstehend gebe ich auch die Original- 
beschreibung von Diachlorus interruptus 
MACQ. (Lit. 2), welchen ich als identisch mit 
immaculatus ansehe : 

»DIABASIS INTERRUPTA Nob. 

Antennis fulvis. Thorace cinereo-flavi- 
cante. Abdomine rufo, fasciis tribus nigris, 
interruptis. Pedibus rufis; tibiis fuscis. 

Long. 312 1. 9. 

Palpes fauves, épais, à extrémité pointue. 
Face luisante, jaune, à tache brune au milieu; 
cótés mats. Front d'un fauve grisátre, à 
callosité noire, cordiforme. Antennes fauves; 
les quatre derniéres divisions du troisiéme 
article un peu brunátres. Thorax noir, à 


jaunátre. Abdomen d'un fauve luisant; qua- 
trième, cinquième et sixième segments à 
bord antérieur noir, interrompu au milieu. 
Pieds fauves; jambes brunes, épaisses, arquées; 
tarses antérieurs bruns. Ailes claires; stigmate 
et petite tache, au bord postérieur près de 
l’extrémité, brunâtres ; deuxième cellule sous- 


marginale à nervure extérieure un peu arquée. 
Du Brésil, à l’ouest de la Capitainerie 
des mines». 
A’ descrição de MACQUART tenho de 


acrecentar o seguinte: 

As antenas são pardacentas no apice do 
ultimo segmento. O abdome descrito por 
MACQUART como fauve luisant é côr de 
mel; a tibia do meio não é parda como as 
outras, mas amarela. O comprimento num 


e 


dos meus exemplares é um pouco abaixo, 


no outro um pouco acima de 8 mm. Este 
ultimo tem uma faixa mediana e dorsal no 
abdome que é composta de triangulos forma- 
dos por pêlos amarelos. Estas diferenças se 
explicam de diferentes modos e a meu modo 
de vêr não prejudicam a identificação. 


9. Diachlorus conspicuus n. sp. 
CEsi 42, 19: TA. 


Comprimento total 11-12 mm. — Tromba 
curta, de côr preta; palpos pardos com pêlos 
dourados e segmento bazal em parte amarelo; 
calosidade facial muito grande, de preto lu- 
zidio; antenas amarelas, segundo segmento e 
face externa do terceiro pardacentas, apice 
do terceiro enegrecido; calo frontal muito 
pequeno, ovalar, preto; fronte e vertice com 
polen amarelo de ouro; rejião ocelar preta, 
sem vestijio de ocelos; olhos com fundo 
preto e desenho verde, semelhante ao de 
D. curvipes ; abaixo do angulo inferior des- 
tes ha um tufo de pêlos pardos; as marjens 
com poucos pelos de côr dourada, como se 
vê tambem na barba escassa; resto da face 
e occiput com pó dourado, mais ou menos, 
palido. 

Torax em cima com fundo preto e es- 
tria mediana dourada, principiando fina na 


+ 


duvet jaunátre. Abdomen d’un fauve luisant ; 
quatrième et sixième segments à bord an- 
térieur noir, interrompu au milieu. Pieds 
fauves; jambes brunes, épaisses, arquées; 
tarses antérieurs bruns. Ailes claires; stig- 
mate et petite tache, au bord postérieur 
près de l'extrémité, brunátres; deuxième . 
cellule sous-marginale à nervure extérieure 
un peu arquée. 

Du Brésil, à l’ouest de la Capitainerie 
des mines.» 

Der MACQUART'schen Beschreibung 
habe ich folgendes beizufügen : 

Die Antennen sind an der Spitze des 
letzten Abschnittes bräunlich. Das Abdomen, 
nach MACQUART «fauve luisant», ist honig- 
gelb, die mittlere Tibia ist gelb, nicht braun, 
wie die übrigen. Die Länge eines meiner 
Exemplare ist etwas unter, die des anderen 
etwas über 8 mm. Letzteres zeigt am dorsum 
abdominis eine mittlere Längsbinde, welche 
sich aus, von gelben Haaren gebildeten, Drei- 
ecken zusammensetzt. Diese Unterschiede 
erklären sich in verschiedener Weise und 
kônnen, meiner Ansicht nach, die Identifi- 
zierung nicht beeinträchtigen. 


9. Diachlorus conspicuus n. sp. 
(Pat 12 2107 7.). 

Gesamtlânge 11—12 mm. — Rússel kurz, 
von schwarzer Farbe; Palpen braun, mit 
goldenen Haaren besetzt und das Basal- 
segment teilweise gelb; Gesichtsschwiele 
sehr gross, glánzend schwarz; Antennen 
gelb, zweites Glied und Aussenseite des 
dritten bráunlich; die Spitze des letzten 
schwárzlich; Stirnschwiele sehr klein, ei- 
férmig, schwarz; Stirne und Scheitel gold- 
gelb  bestáubt;  Ocellenhôcker schwarz, 
ohne Spur von Ocellen; die Augen mit 
schwarzem Grunde und griiner, derjenigen 
von D. curvipes entsprechenden Zeichnung; 
unter ihrem nach abwárts gerichtetem Winkel 
ein Busch von braunen Haaren, an ihren Ran- 
dern wenig Haare von goldgelber Farbe, wie 
sie auch der schwachentwickelte Bart zeigt; 
der Rest des Gesichtes und der Hinterkopf 
mehr oder weniger blass goldgelb bestaubt. 

Thorax oben mit schwarzem Grunde 
und einer goldenen Langsbinde, welche am 


— 157 


marjem anterior e terminando larga na pos- 
terior; duas outras, submedianas, são unifor- 
mes, mais largas e ocupam apenas a metade 
anterior do escudo; uma zona larga da mesma 
côr se estende dos hombros ás raizes das 
azas, atraz das quais o escudo tem uma tarja 
dourada bastante larga; o escutelo, o resto 
das pleuras e o esterno são pretos. 


Abdome bastante comprido e estreito, 
os dois primeiros segmentos diafanos, de côr 
alaranjada pardacenta; o resto mais ou me- 
nos enegrecido, mas, em cima, com tomento 
dum dourado escuro, mais apreciavel na linha 
mediana, onde ha tambem indicação de tri- 


Eq 


angulos, cuja base corresponde á marjem 
posterior dos segmentos 3 a 5. 


Pernas : quadris e femures côr de mel, nos 
pares de traz mais escuros, cobertos com 
pelos amarelados finos; as tibias anteriores 
brilhantes, espessadas no meio, tornando-se 
mais finas nas extremidades, convexas por 
diante e achatadas por traz, de côr preta, 
como tambem os tarsos e o apice do femur; 
no segundo par, tibia e metatarso branco- 
amarelados, o resto pardo, no ultimo a base 
da tibia e do metatarso branco-amarelados, 
o resto preto. 


Azas hialinas, as celulas basais lijeira- 
mente amareladas, base da aza, costa e es” 
tigma mais escuros, côr de mel; as nervuras 
em parte da mesma côr, as outras mais ou 
menos enegrecidas, principalmente a primei- 
ra transversal no meio da aza; parte apical 
da aza com grande mancha preta, cuja mar- 
jem apical é um tanto mais clara e a basal 
concava e de contornos um tanto irregu- 
lares; para baixo esta mancha termina 
em ponta fina e mais clara que acompanha 
a marjem posterior da aza até a celula anal; 
a marjem concava passa bastante para fóra 
da celula discoidal sobre a bifurcação da 
celula forqueada, cujo ramo anterior não 
forma angulo, nem tem apendice. A primeira 
celula da marjem posterior é largamente aber- 
ta, a celula anal fechada antes da marjem; 


Vorderrande fein anfángt und am Hinter- 
rande breiter aufhórt; zwei andere sub- 
mediane sind gleichfórmig, breiter und nur 
auf der vorderen Hálfte des Schildes vor- 
handen; eine breite goldgelbe Zone erstreckt 
sich von den Schultern nach den Flügel- 
wurzeln; hinter den letzteren zeigt das 
Scutum einen ziemlich breiten goldenen 
Saum; das Scutellum, der Rest der Pleuren 
und das Sternum sind schwarz. 


Abdomen ziemlich schmal und lang, 
die zwei ersten Segmente durchscheinend, 
bráunlich orangefarben; der Rest mehr oder 
weniger schwárzlich, aber oben mit dunkel 
goldfarbenem Tomente, welches in der Mittel- 
linie deutlicher ist, wo sich auch Dreiecke 
angedeutet finden, deren Basis dem Hinter- 
rande des dritten bis fünften Segmentes 
entspricht. 


Beine: Hiiften und Schenkel honiggelb, 
an den hinteren Paaren etwas dunkler und 
fein gelblich behaart; die vordersten Tibien 
in der Mitte verdickt, nach den Enden zu 
dünner werdend, vorne convex und hinten 
abgeplattet, von glânzend schwarzer Farbe, 
wie auch die Tarsen und die Schenkelspitze; 
am zweiten Paare Tibia und Fusswurzel 
gelblichweiss, der Rest braun, am dritten 
die Basis der Tibia und Fusswurzel gelblich- 
weiss, der Rest schwarz. 


Flügel hyalin, die Basalzellen leicht 
gelblich, Basis, Costa und Stigma dunkler, 
honigfarben; ein Teil der Adern von der- 
selben Farbe, die andern mehr oder weniger 
schwärzlich, besonders die erste mittlere 
Querader; Spitzenteil der Fliigel mit einem 
grossen schwarzen Fleck, dessen Spitzenrand, 
namentlich am rechten Fliigel, etwas heller 
ist, während der basale im allgemeinen 
koncav, aber etwas unregelmássig kontouriert 
ist; nach unten zu endigt dieser Fleck in 
einer helleren feinen Spitze, welche den 
Fliigelhinterrand bis zur Analzelle begleitet; 
der concave Rand geht ziemlich nach Aussen 
von der Discoidalzeile iiber die Bifurcation 
der Gabelader, deren Vorderast weder Winkel, 
noch Fortsatz zeigt; die erste Hinterrandzelle 
ist weit offen, die Analzelle vor dem Rande 


escamula pardo-clara com marjem mais es- 
cura; halteres pardo-avermelhados. 

Trata-se duma especie bem caraterizada, 
aproximando-se do D. curvipes. A descrição 
foi feita do primeiro exemplar Y, apanhado 
em fins de 1909 pelo Dr. ARTHUR NEIVA 
em Magé, Estado do Rio de Janeiro. Des- 
cobri depois a mesma especie em Sarapuhy 
apanhando varias femeas e um macho, que 
achei pousado no chão. A configuração dos 
olhos pela qual se distingue da femea é re- 
produzida na estampa. As femeas se conhe- 
cem, quando voam, pela côr alaranjada do 
abdome. Procuram picar as pessôas que en- 
contram. 

E’ possivel que esta especie já exista em 
alguma coleção, mas não parece ter sido des- 
crita. Pelo que se sabe, ocorre somente na 
baixada que cerca a baia do Rio de Janeiro. 

As especies até agora descritas e enu- 
meradas formam um grupo bastante homo- 
jenio. Ha mais algumas especies aberrantes. 
Aqui os caracteres são modificados de modo 
a produzir uma semelhança com himenopte- 
ros, tendencia bastante comum entre os ta- 
banideos brazileiros. Achei no Pará uma 
das duas especies descritas de exemplares 
apanhados em outros paizes sul - america- 


nos e descreverei mais uma especie nova 
procedente do Matto-Grosso. 


10. D. scutellatus MACQ. (L. 2,7). 
(Est. 13, fig. 16.) 


Descrição orijinal: «Nigra. Antennis scu- 
telloque rufis. Pedibus nigris; tibiis posticis 
albis. Alis nervis transversalibus fusco mar- 
ginatis. (Tab. 18, f. 2.)» 

«Long. 3 1. 2.— D'un noir luisant. Front 
à léger duvet grisátre et callosité saillante. 
Thorax à tache triangulaire, jaune, de chaque 
côté, en avant des ailes; épaules brunes; bord 
postérieur fauve, à poils jaunes; écusson 
fauve. Abdomen d'un noir luisant. Pieds 
noirs; intermédiaires à jambes et premier ar- 
ticle des tarses blanc; postérieurs: jambes 


158 


geschlossen ;  Schüppchen hellbraun mit 


dunklerem Rande; Haltern rótlichbraun. 
Es handelt sich um eine wohl charak- 


terisierte, D. curvipes nahestehende Art. Die 
Beschreibung wurde nach dem ersten Weib- 
chen entworfen, welches von Dr. ARTHUR 
NEIVA in Magé im Staate Rio de Ja- 
neiro gefangen wurde. Spater entdeckte 
ich dieselbe Art in Sarapuhy, wo ich ver- 
schiedene Weibchen und ein am Boden 
sitzendes Mannchen fing. Die Bildung seiner 
Augen, welche es besonders vom Weibchen 
unterscheidet, ist auf der Abbildung wieder- 
gegeben. Die Weibchen, welche schon im 
Fluge durch die Orangefarbung des Abdomens. 


kenntlich sind, greifen auch Menschen an. 
Es ist wohl móglich, dass diese Art 


schon in einer Sammlung existiert; doch 
scheint sie bisher nicht beschrieben worden 
zu sein. Soweit bekannt, kommt sie nur 
in dem Tieflande vor, welches die Bai von 
Rio umgibt. 

Die bisher beschriebenen und aufgezahl- 
ten Arten bilden eine ziemlich homogene 
Gruppe. Es gibt indessen noch einige ziem- 
lich abweichende Arten, bei denen die ge- 
wôhnlichen Charaktere teilweise so ver- 
andert sind, dass dadurch eine Aehnlichkeit 
mit Hymenopteren entsteht, eine bei bra- 
silianischen Tabaniden recht haufige Tendenz. 
Von zwei aus anderen siidamerikanischen 
Landern beschriebenen Arten habe ich eine 
in Pará wiedergefunden; ausserdem be- 
schreibe ich noch eine neue Art aus Matto 
Grosso. 


10. Diachlorus scutellatus MACQ. (L. 2, 7). 
(Taf. 13, Fig. 16.) 


Originalbeschreibung: ,,Nigra. Antennis 
scutelloque rufis. Pedibus nigris; tibiis pos- 
ticis albis. Alis nervis transversalibus fusco 


marginatis. (Tab. 18, f. 2.) 
Long. 31. Y. — D'un noir luisant. Front 


à léger duvet grisátre et callosité luisante. 
Thorax à tache triangulaire, jaune, de chaque 
coté, en avant des ailes; épaules brunes; 
bord postérieur fauve, à poils jaunes; écusson 
fauve. Abdomen d'un noir luisant. Pieds 
noirs; iniermédiaires à jambes et premier 
article des tarses blanc; postérieurs: jambes 


blanches, à extrémité noirátre; premier arti- 
cle des tarses blanc. Balanciers jaunes. Ailes 
claires; bord extérieur jaunátre; stigmate brun; 
nervures transversales terminant les cellules 
basilaires bordées de brun; une bande trans- 
versale étroite, brune, passant sur la base de 


la deuxiême cellule sous-marginale. 
De Cayenne, Muséum. 


Il est probable que Pindividu que nous 
décrivons avait quelque duvet dont il a été 
dépouillé. 

Il ressemble au Bicincta; mais, outre que 
Pabdomen n’a pas de bandes, le premier ar- 
ticle des antennes est plus court.» 

Em 5 de Dez. 1907 apanhei um bom 
exemplar desta especie em Pará numa ja- 
nela. 


11. Diachlorus (Tabanus) bicinctus FABR. 
(L. 2, 7, 8 15). 
(Est. 12, fig. 6.) 


Descrições orijinais de WIEDEMANN e 
FABRICIUS: 

«Niger; thoracis maculis, scutello, fasciis- 
que duabas baseos abdominis albidis; alis 
costa fusca. 31/2 Linhas Y. — Da America 


meridional. 
FABR. Syst. Antl. 102. 42. Tabanus bi- 


cinctus: ater, thorace albo matulaio, abdo- 
minis segmentis duobus anterioribus albis. 

Caput albidum, puncto in medio frontis 
nigro. Antennae pallidae apice nigrae. Thorax 
ater, utrinque maculis duabus lateralibus pal- 
lidis. Scutellum basi atrum, apice album. 
Abdomen airum, segmentis duobus anticis 
margine albis. Alae albidae; costa late nigra. 
Pedes nigri, apice albi. 

Esta especie é intermediaria de Chrysops 
e Tabanus. Antenas amareladas, no extremo 
apice pretas; face inferior e fronte cinzentas, 
ambas com grande calosidade castanha, a 
da fronte quadrangular. Escudo preto com 
hombros amarelo de palha e uma estria bran- 
ca, emitindo na parte anterior de cada lado 
uma linha transversal espessa, de côr branca 
para o hombro; angulos posteriores do es- 
cudo transversalmente marcados de branco» 
pleuras preto-pardacentas com reflexos bran- 
cos; escutelo amarelo de palha com a base 
estreitamente preta. Abdome preto; a pri- 


op 


blanches, à extrémité noirátre; premier article 
des tarses blanc. Balanciers jaunes. Ailes 
claires; bord extérieur jaunátre; stigmate 
brun; nervures transversales terminant les 
cellulus basilaires bordées de brun; une bande 
transversale étroite, brune, passant sur la 
base de la deuxiéme cellule sous-marginale. 

De Cayenne. Muséum. 

Il est probable que l’individu que nous 
décrivons avait quelque duvet dont il a été 
dépouillé. 

Il ressemble au Bicincta; mais, outre 
que l’abdomen n’a pas de bandes, le premier 
article des antennes est plus court.“ 

Von dieser Art fing ich am 5. Dez. 
1907 ein gutes Weibchen in Pará an einem 
Fenster. 
11. Diachlorus (Tabanus ) bicinctus FABR. 

(E, 2753, 19) 
(Tar. 12, Fig:-0.) 


Originalbeschreibung von WIEDEMANN 


und FABRICIUS : 
»Niger; thoracis maculis, scutelle, fas- 


ciisque duabus baseos abdominis albidis; 
alis costa fusca. 312 Linien 9. —Aus Süd- 


amerika. 
Fabr. Syst. Antl. 102. 42. Tabanus bi- 


cinctus: ater, thorace albo maculato, abdo- 


minis segmentis duobus anterioribus albis. 
Caput albidum, puncto in medio frontis 


nigro. Antennae pallidae apice nigrae. Thorax 
ater, utrinque maculis duabus lateralibus 
pallidis. Scutellum basi atrum, apice album. 
Abdomen atrum, segmentis duobus anticis 
margine albis. Alae albidae: costa late nigra. 


Pedes nigri, apice albi. 
Diese Art steht zwischen Chrysops und 


Tabanus mitten inne. Fithler gelblich, an 
der äussersten Spitze schwarz; Untergesicht 
und Stirne greis, beide mit grosser brauner 
Schwiele, die auf der Stirne viereckig. Riicken- 
schild schwarz mit strohgelben Schultern und 
einer weissen Strieme, von welcher vorne 
auf jeder Seite eine dicke weisse Linie quer 
zur Schulter geht; hintere Riickenschildswin- 
kel querweiss; Brustseiten braunlichschwarz 
weissschillernd; Schildchen strohgelb, an der 
áussersten Wurzel schwarz. Hinterleib 
schwarz; die erste braunlichweisse Binde der 
Spitze des ersten und Wurzel des zweiten 


meira cinta branco-pardacenta comum ao 
apice do primeiro e a base do segundo se- 
gmento; a segunda, pouco mais larga, no 
apice do segundo segmento. No ventre os dois 
primeiros segmentos pardacento-amarelos, o 
resto preto. Azas quasi hialinas, a marjem ex- 
terior parda, com maior largura em direção 
ao apice; as veias transversais do meio e a 
base da nervura forqueada, com tarja parda. 
Pernas pardas, as tibias do meio e os metatar- 
sos posteriores brancos, estes, porém, parda- 
centos no apice. No Museu de Copenhague.» 

O exemplar figurado provem de Surinam. 


12. Diachlorus paradoxus n. sp. 
(Est. 13, fiz, 15) 


9. Fronte muito larga, abrindo-se para 
diante, com pelos cinzentos e fundo preto 
com polen cinzento-amarelado, como tam- 
bem a face, que apresenta, de cada lado, de- 
baixo do olho uma grande calosidade de preto 
luzidio; outro calo igual principia na base 
das antenas, extendendo-se para trás. A ca- 
losidade frontal normal é curta e larga, de 
forma ovalar. Tromba preta, palpos e ante- 
nas pardas, estas com a base do primeiro 
articulo amarelada, o ultimo falta em parte 
ou completamente. Olhos escuros com de- 
senho verde, diferente dos observados em 


outras especies. (V. a estampa). 
Torax e abdome pretos; escutelo, mar- 


jem posterior do escudo e parte da anterior, 
e tambem dos hombros cobertos com esca- 
mas nacaradas, a maior parte lineares e po- 
dendo fazer transição para pêlos; ha todavia 
outras mais curtas e mais largas. A parte 


posterior do abdome é mutilada. 
Todas as pernas enegrecidas até aos 


joelhos, destes para baixo ocraceas. Do par 
anterior falta a perna esquerda completamen- 
te e a direita abaixo da base da tibia que 


não parece ser espessada. 
Azas hialinas, lijeiramente enfumaça- 


das; a raiz parda, celula costal e estigma 
côr de couro amarelo, as outras nervuras 


pardas. 
A coleção do Instituto possue uma femea 


de Campos Novos (Matto-Grosso), bastante 
alterada em consequencia dos ataques dum 
inseto destruidor. Todavia mostra distinta- 


Abschnittes gemein; die zweite kaum breitere 
an der Spitze des zweiten Abschnittes. Zwei 
erste Bauchabschnitte bráunlichgelb, übrige 
schwarz. Flügel fast wasserklar, am Aussen 
rande und zwar gegen die Spitze hin breiter 
braun, Saum der mittleren Queradern und 
Wurzel der Gabeiader gleichfalls braun. Beine 
braun, mittelste Schienen und hintere Fuss- 
wurzeln weiss, diese an der Spitze wieder braun- 


lich werdend. Im Kopenhagener Museum.“ 
Das abgebildete Exemplar ist von Surinam. 


12. Diachlorus paradoxus n. sp. 
(Taf. 13, Fig. 15.) 


P. Stirne sehr breit, nach vorne diver- 
gierend, mit gelblichgrau bestaubtem dunklem 
Grunde und grauen Haaren. Gesicht ebenso, 
unter den Augen beiderseits eine grosse 
glanzendschwarze Schwiele; eine andere eben- 
solche Schwiele erstreckt sich von der An- 
tennenbasis nach hinten. Die gewóhnliche 
Schwiele kurz queroval. Rüssel schwarz, 
Palpen und Antennen braun; an letzteren 
die Basis des ersten Gliedes gelblich, das 
letzte ganz oder teilweise fehlend. Augen: 
Grund schwarz, die griine Zeichnung, wie 
aus der Abbildung ersichtlich, von derjeni- 


gen anderer Arten verschieden. (S. Abb.). 
Thorax undAbdomen schwarz; Scutel- 


lum und am Scutum der Hinterrand und 
einige Stellen des Vorderrandes, sowie der 
Schultergegend mit Perlmutterschiippchen 
besetzt, die zumeist lineãr sind und dann einen 
Uebergang zu Haaren darstellen kônnen; doch 
finden sich auch kiirzere und breitere darun- 


ter. Der hintere Teil des Abdomens ist defekt. 
Samtliche Beine bis zu den Knien schwárz- 


lich, von da an ockerfarben, die vordersten 
links ganz, rechts von der halben Tibia an 


fehlend, letztere anscheinend nicht verdickt. 
Flügel durchscheinend, leicht getriibt; 


Wurzel braun, Costalzelle und Stigma leder- 


gelb, die anderen Adern braun. 
Die Institutssammlung besitzt nur ein 


Weibchen aus Campos Novos in Matto 
Grosso. Obgleich dasselbe durch Insekten- 
frass ziemlich beschádigt ist, lässt es doch 
so viele Eigentiimlichkeiten erkennen, dass 
ich dasselbe nicht übergehen kann. Die Art 
bildet offenbar einen Uebergang zu Lepi- 


— 161 


mente tantas particularidades que não posso 
deixar de descrever a especie. Evidentemen- 
te forma uma transição para as Lepidosela- 
ginae, com as quais tem varios carateres em 
comum. Do outro lado o habitus, como tam- 
bem o desenho dos olhos e a semelhança 
com himenopteros (especialmente a Polybia 
scutellata), lembram muito mais os Diachlorus, 
especialmente o scutellatus, de modo que pre- 
firo incluil-a provisoriamente neste genero. 


13. Diachlorus vitripennis n. sp. 
(Est. 12, fig. 11.) 


Corpo em parte pardo de canela, em 
parte preto; azas sem manchas; comprimen- 
to 7-8 mm. 

Cabeça etromba pretas, palpos pardo de 
bolota, antenas tambem, os dois primeiros 
segmentos porém mais claros; o primeiro 
bastante comprido, o segundo, sem os pêlos, 
quasi esferico, o terceiro um tanto enegre- 
cido no apice. Toda a rejião facial compos- 
ta de calosidades abauladas, de preto luzidio, 
achando-se tambem uma muito larga logo 
atrás das antenas. Fronte larga, na parte an- 
terior pouco mais que para traz, preta; calo- 
sidade frontal e tuberculo ocelijero transver- 
sais e subovais; entre estes, como entre as 
calosidades faciais, o fundo preto mostra ves- 
tijios dum tomento esbranquiçado, curto e 
fino. Os olhos com desenho especial e ca- 
rateristico. 


Torax com poucos pêlos, côr de canela, 
mais clara em cima, mais escura por baixo ; 
o escutelo muito mais claro. 


Abdome preto, lijeiramente brilhante e 
sem desenho aparente. 


Pernas na totalidade pardas; as tibias 
anteriores, lijeiramente curvadas, na metade 
basal e as outras até perto do apice com 
fundo ocraceo claro e pêlos brancos; tam- 
bem a base dos 4 metatarsos posteriores e 
todos os empodios de côr muito clara; pés 


com pêlos pretos, unhas negras. 
Azas de cinzento muito claro, sem man- 


chas; as nervuras de pardo, ora mais claro, 
ora mais escuro; estigma pardacento, celula 
costal amarelada; ramo anterior da nervura 
forquilhada com angulo e, ás vezes, com 
apendice retrogrado curto; primeira celula 


doselaginen, mit denen sie verschiedene Eigen- 


tiimlichkeiten gemein hat. Andererseits er- 


innert sie in ihrem ganzen Habitus, sowie 
der Augenzeichnung und durch die Anklânge 
an Hymenopteren (spec. Polybia scutellata) 
weit mehr an Diachlorus und speziell an 
D. scutellatus, so dass ich es vorziehe, sie 
vorlaufig in diesem Genus unterzubringen. 


13. Diachlorus vitripennis n. sp. 
(Taf. 12, fig. 11.) 


Kórper zimmtbraun bis schwarz, Fligel 
ohne Zeichnung; Lange 7-8 mm. 

Kopf und Riissel schwarz, Palpen eichel- 
braun, Antennen ebenso, aber die zwei ersten 
Glieder heller; das erste ziemlich lang, das . 
zweite, ohne die Haare, fast kugelig, das 
dritte am Ende fast schwárzlich. Das ganze 


Gesicht glánzend schwarz, aus mehreren 


hóckerigen Schwielen zusammengesetzt, eine 
ebensolche breite hinter den Antennen ge- 
legen. Stirne breit, vorne etwas mehr als 
hinten, schwarz; Stirnschwiele quer suboval, 
ebenso der Ocellenhécker; zwischen beiden 
der Grund schwarz mit Spuren von weissli- 
chem Toment und ebenso zwischen den Ge- 
sichtsschwielen. Die Augen mit auffalliger 
fiir die Art charakteristischer Zeichnung. 


Thorax wenig behaart, oben hell zimmt- 
braun, unten dunkler; das Schildchen weit 
heller. 


Hinterleib schwarz und leicht glanzend, 
anscheinend ohne Zeichnung. 


Beine im ganzen braun; die leicht ge- 
bogenen vordersten Schienen bis zur Hälfte, 
die anderen bis fast zur Spitze mit hell 
ockergelbem Grunde und weissen Härchen; 
auch die Basis der vier hinteren Metatarsen 
und sámtliche Empodien heller; Fiisse schwarz 
behaart, Krallen schwarz. 


Fliigel sehr hell grau, ohne Zeichnung, 
die Adern heller oder dunkler braun; Stigma 
bráunlich, Costalzelle gelblich; vorderer Ast 
der Gabelader winklig gebogen, manchmal 
mit kurzem rückläufigen Anhange; erste 


da marjem posterior largamente aberta, anal 
fechada antes da marjem. 

Halteres com haste enegrecida e capitulo 
pardo-escuro. 

Descrição baseada em seis femeas, trazi- 
das pelo Dr. GOMES FARIA de Quixadá 
(Ceará). A conservação é bastante boa, 
apenas os pêlos parecem um tanto defici- 
entes. 

Dou em seguida as descrições orijinais 
das especies que não me foi possivel identi- 
ficar e que se costuma incluir no genero 
Diachlorus: 


14. Diachlorus (Haematopota) podagricus 
(-a) FABR. (L. 2, 3, 6, 8, 15). 

FABRICIUS Syst. Antl. 108.5: <Haema- 
topota podagrica: Nigra thoracis limbo, 
abdominisque basi ferrugineis, alis albis, apice 
fuscis, tibiis posticis incrassatis atris. 

Habitat in America meridionali Dom. 
Schmidt. Mus. Dom. Sehestedt. 

Parva. Antennae nigrae, basi flavae. 
Caput flavum, labio punctoque frontali atris. 
Thorax niger limbo scutelloque flavis. Abdo- 
men base flavum, dorso apiceque nigris. Alae 
albae, apice fuscae. Pedes flavi tibiis anticis 
vix incrassatis, posticis incurvis, crassioribus 
atris tarsisque niveis. 

WIEDEMANN (L. 1): «Preto; tarja do 
escudo e base do abdome amarelas, esta 
com mancha e apice pretos; azas com apice 
pardo; tibias do ultimo par entumecidas e 
côr de pixe. — 3 2/3 linhas Y. — Da America 
meridional. 

Antenas amarelas tornando-se pardas no 
apice. Face inferior dourada. Escudo tarjado 
de amarelo palido. Base do abdome côr de 
mel clara. Tibias e metatarsos das pernas 
anteriores piceas em vez de amarelas, as ti- 
bias do ultimo par igualmente piceas e não 
francamente pretas; os metatarsos do ultimo 
par não são niveos, mas de branco menos 
brilhante e com apices amarelados. — No 
Museu Real». 


15. Diachiorus (Tabanus) glaber WIED. 
(L. 2, 3, 6, 8). 


Descrição orijinal: «Escudo enegrecido, 
esbranquicado dos lados; escutelo com faixa 


162 


Hinterrandzelle weit offen, Analzelle vor 
dem Rande geschlossen. 


Halteren mit schwärzlichem Stiele und 
dunkelbraunem Capitulum. 


Beschreibung nach sechs Weibchen, die 
Dr. GOMEZ FARIA von Quixadá im 
Staate Ceará brachte. Die Erhaltung ist 
eine geniigende, doch diirften die Haare 
zum Teile etwas abgerieben sein. 


Er folgen nun die Originalbeschreibun- 
gen der Arten, welche ich nicht identificieren 
konnte, die aber hierhergerechnet werden. 


14. D. (Haematopota) podagricus (-a) 
FABR. (L. 2;°3; 6,8, 15); 
FABRICIUS, Syst. Antl. 108. 5. ,,Haem. 
podagrica: Nigra thoracis limbo, abdominis- 
que basi ferrugineis, alis albis, apice fuscis, 
tibiis posticis incrassatis atris. 
Habitat in America meridionali Dom. 
Schmidt. Mus. Dom. de Sehestedt. 


Parva. Antennae nigrae, basi flavae. 
Caput flavum, labio punctoque frontali atris. 
Thorax niger limbo scutelloque flavis. Ab- 
domen base flavum, dorso apiceque nigris. 
Alae albae, apice fuscae. Pedes flavi tibiis 
anticis vix incrassatis, posticis incurvis, cras- 
sioribus atris tarsisque niveis.“ 


WIEDEMANN (L. 1): ,,Schwarz; Saum 
des Riickenschildes und Wurzel des Hinter- 
leibs gelb, dieser mit schwarzen Flecken und 
Ende; Fliigel mit brauner Spitze; hinterste 
Schienen verdickt und pechschwarz.— 333 
Linien © .—Aus Siidamerika. 


Fühler gelb, Spitze allmahlich braun. 
Untergesicht golden;  Rückenschildssaum 
bleich gelb. Hinterleibswurzel licht honig- 
gelb. Schienen und Fusswurzeln der vorder- 
sten Beine nicht gelb, sondern pechschwarz, 
hinterste Schienen nicht tief, sondern auch 
pechschwarz; Fusswurzeln der hintern Beine 
nicht schneeweiss, sondern minder blendend 
weiss mit gelblichen Spitzen.— Im Kônig- 
lichen Museum.“ 


15. D. (Tabanus) glaber WIED. (L. 2,3, 6, 8). 


Originalbeschreibung : ,,Rückenschild 
schwärzlich, an jeder Seite weisslich; Schild- 


cinzento de moio; abdome pardo com cin- 
tas amarelas, dilatadas em triangulos; azas 
com costa e apice pardacentos. — 3 3/4 linhas 
Q.—Do Brazil. 


Antenas amarelo de couro; palpos pre- 
tos. Calosidade facial grande, arredondada, 
de côr preta com marjem amarelada; fronte 
acinzentada com duas pequenas estrias ene- 
grecidas; calosidade não alargada, quasi qua- 
drangular, pardacento-preta; vertice enegre- 
cido. Escudo enegrecido, dos lados com zona 
esbranquiçada interrompida e pêlos amarelo- 
claros; escutelo com larga cinta de côr cin- 
zento de mofo; pieuras e esterno pardo-ene- 
grecidos. Abdome castanno luzidio, apice 
de todos os segmentos com cinta amarela, 
revestida de pelos amarelo-claros; no segun- 
do segmento os lados e a mancha amarela, 
em forma de triangulo agudo, em contato 
com a cinta, são dispostos assim que se po- 
deria tambem dizer que todo o segmento é 
amareko com duas manchas pardacentas al- 
cançando a base, onde confluem; nos aneis 
seguintes ha apenas uma mancha triangular 
saindo da cinta apical; nos dois ultimos a 
cinta coalece com as manchas de modo que 
somente os lados sejam pardacentos. Ventre 
pardo, com os dois primeiros segmentos 
amarelos e translucidas. Azas hialinas, com 
pouco mais do que o quarto apical parda- 
cento; marjem costal amarela até ao estigma 
da mesma côr, mas mais carregada; as ner- 
vuras transversais do meio lijeiramente tar- 
jadas da pardacento. Escamas e halteres par- 
dacentas. Pernas pardo-enegrecidas com joe- 
lhos amarelo de couro, tibias do meio com 
brilho branco, metatarsos posteriores brancos 
na base. — No Museu de Francoforte.» 

Esta descrição não pode ser aplicada ao 
Diachlorus altivagus, não obstante a concor- 
dancia de muitos carateres. 


16. Diachlorus (2?) (Chrysops) afflictus 
WIED. (L. 8, Vol. I, pg. 204). 


«Escudo cinzento de mofo com os lados 
e tres estrias ocraceas; abdome amarelo de 
mel, com duas manchas pardas na base e 
os lados com marjem parda; ponta das azas 


ia fi A 


chen mit schimmelgraulicher Binde; Hinter- 
leib braun, mit gelben dreieckigen Flecken 
ausgebenden Binden; Fliigel an Rippe und 
Spitze bráunlich.—33/4 Linien © .—Aus Bra- 
silien. 

Fiihler ledergelb; Taster schwarz; Unter- 
gesichtsschwiele gross rundlich schwarz mit 
gelblichem Rande; Stirne etwas haargreis, 
mit zwei kleinen schwárzlichen Striemen; 
Schwiele fast viereckig, nicht querliegend, 
braunlichschwarz; Scheitel schwãrzlich. Riik- 
kenschild schwárzlich, an jeder Seite unter- 
brochen weisslich mit lichtgelben Haaren; 
Schildchen schwárzlich mit breiter schimmel- 
grauer Binde; Brustseiten und Brust schwárz- 
lichbraun. Hinterleib glánzend braun, jeder 
Abschnitt an der Spitze mit gelber Binde, 
die auch mit lichtgelben Hárchen besetzt ist; 
am zweiten Abschnitte sind die Seiten und 
der spitzdreieckige mit der Binde zusammen- 
hângende gelbe Fleck so, dass man auch 
sagen kônnte, der ganze Abschnitt sei gelb, 
mit zwei die Wurzel erreichenden und da- 
selbst zusammenhângenden braunlichen Flek- 
ken; in den folgenden geht aus der Binde 
der Spitze nur ein dreieckiger Flecken hervor; 
in den beiden letzten fliesst die Binde so 
mit den Flecken zusammen, dass nur die 
Seiten bráunlich bleiben. Bauch braun, an 
den zwei ersten Abschnitten gelblich durch- 
scheinend. Fliigel wasserklar, kaum bis über 
das Spitzenviertel hinaus braunlich; Rand- 
mal satter gelblich; Rippenfeld bis zum Rand- 
male gelb, Saum der mittleren Queradern 
wenig bráunlich. Schiippchen und Schwinger 
bráunlich. Beine schwárzlichbraun mit leder- 
gelben Knien, mittlere Schienen weissschim- 
mernd, hintere Fusswurzeln an der Basis 
weiss.—Im Frankfurter Museum.» 

Trotz weitgehender Aehnlichkeit lässt 
sich die Beschreibung nicht auf Diachlorus 
altivagus beziehen. 


16. Diachlorus (?) (Chrysops) afflictus WIED. 
(L. 8, Vol. I, pg. 204). 


»Riickenschild schimmelgrau mit drei 
ockergelben Striemen und Seiten; Hinterleib 
honiggelb mit zwei braunen Wurzelflecken 
und Seitenrándern; Flügelspitze und Wisch 


e uma nuvem no meio da aza pardacentas. 
— 3 1/2 linhas. — Do Brazil. 

Um tanto parecido com Tab. ferrugatus, 
porém menor. Antenas côr de mel; o tercei- 
ro articulo pardo com ponta preta; face in- 
ferior e fronte muito mais largas, em relação 
ao tamanho do animal, do que no 7. ferru- 
gatus, com calosidades dum preto pardacen- 
to. Escudo, quando desnudado, de preto par- 
dacento, quando não, cinzento de mofo, com 
pêlos amarelos; escutelo cinzento de mofo; 
pleuras pardas, na parte anterior amarelas 
com pêlos dourados. Abdome côr de mel, 
muito clara na base e mais carregada em 
direção ao apice; de cada lado dos segmen- 
tos 2e 3. uma dupla mancha pardacenta, me- 
diana e um pouco obliqua, e do segundo se- 
gmento para trás uma estria marjinal bas- 
tante larga, de cór parda. Ventre cór de mel, 
os ultimos segmentos de cada lado com es- 
tria pardacenta. Azas hialinas, area costal e 
estigma amarelos, uma nuvem, incluindo as 
nervuras transversais e indistintamente limi- 
tada, pardacenta. Porção apical, incluindo a 
base da nervura forqueada, pardacenta, tornan- 
do-se muito clara em direção da marjem alar 
interna. Femures cór de mel; as tibias do 
meio esbranquicadas, as outras pardas, tarsos 
anteriores inteiramente pardos, posteriores 
apenas no apice e alvacentos na base. — No 
Museu de Berlim.>» 

Parece que aqui não se trata dum Chry- 
sops, mas de especie ou variedade, afim de 
Diachlorus bimaculatus e immaculatus. 

Das especies náo mencionadas de MAC- 
QUART a Diabasis ataenia («Carolines et 
Brésil») corresponde sem duvida ás espe- 
cies ferrugatus e curvipes; a fuscipennis me 
parece ser uma pequena especie de Tabanus. 
Diachlorus diversipes, não obstante algumas 
pequenas diferenças, concorda tão bem com 
o D. bicinctus FABR. que não se pode con- 
siderar especie independente. 


17. Diachlorus (Diabasis) ochracea 
MACA. (L. 2). 


(L. 2.) («Du Brésil, Corrientes. M. d’OR- 
BIGNY>) podia ser considerada sinonima 
de curvipes se certas diferenças e principal- 


ma ——— 


in der Mitte braunlich.—3 1/2 Linien © .— Aus 
Brasilien. 
Dem Tab. fcrrugatus einigermassen áhn- 


lich, aber kleiner. Fihler honiggelb; drittes 
Glied braun mit schwarzer Spitze; Unter- 
gesicht und Stirne ockergelb; Stirn nach 
Verháltnis der Grósse des Tieres viel breiter, 
als bei 7. ferrugatus, mit bráunlichschwarzen 
Schwielen. Riickenschild nach starkem Ab- 
reiben bráunlichschwarz, sonst schimmelgrau, 
gelb behaart; Schildchen schimmelgrau; Brust- 
seiten braun, vorn gelb und goldgelb behaart. 
Hinterleib an der Wurzel sehr licht, nach der 
Spitze hin allmáhlich satter honiggelb; auf 
jedem der Abschnitte 2. und 3. ein mittlerer 
schwacher bráunlicher etwas schrág liegender 
Doppelflecken, und vom zweiten Abschnitte 
an eine ziemlich braune Randstrieme. Bauch 
honiggelb, an jeder Seite der letzten Ab- 
schnitte eine braune Strieme. Flügel wasser- 
klar, Rippenfeld und Randmal gelb, ein die 
mittleren Queradern einschliessender, nicht 
scharf begrenzter Wisch lichtbráunlich; Spitze 
bráunlich, welches die Wurzel der Gabelader 
einschliesst, aber gegen den Innenrand des 
Fliigels áusserst licht wird. Schenkel honig- 
gelb; mittlere Schienen weisslich, die übrigen 
braun, vorderste Fusswurzeln ganz, hintere 
nur an der Spitze braun, hingegen an der 


Wurzel weisslich.—Im Berliner Museum.» 
Es scheint sich hier nicht um einen 


Chrysops, sondern um eine Diachlorus bima- 
culatus und immaculatus nahestehende Art, 


resp. Varietat zu handeln. 
Von den noch nicht erwahnten MAC- 


QUART'schen Arten entspricht Diabasis 
ataenia ( «Carolines et Brésil, environs de 
Pará») zum Teil ferrugatus, zum Teile curvipes 
und fuscipennis wahrscheinlich einer kleinen 


Tabanusart. 
Diachlorus diversipes MACQ. stimmt mit 


D. bicinctus FABR. so weitgehend überein, 
dass trotz einiger kleiner Unterschiede an 
eine andere Species nicht ernstlich gedacht 
werden kann. 


17. Diachlorus (Diabasis) ochracea 
MACQ. (L. 2). 


(Du Brésil, Corrientes. M. d'ORBIGNY) ware 
als Synonym von D. curvipes aufzufassen, 


+ es 


mente o habitat não causasse duvidas. Por 
isso parece acertado reproduzir a descrição 
orijinal: 

«Long. 4 1. ©. Palpes d'un fauve bruna- 
tre, atteignant l’extrémité de la trompe, assez 
épais à leur base. Face jaune, luisante. Front 
jaune, à duvet blanc; callosité brune. Anten- 
nes fauves, troisième article à extrémité brune. 
Thorax noir, à duvet jaunâtre; une bande 
ochracée passant audessus de l’insertion des 
ailes; poitrine noire; écusson ochracé; un 
peu de noir à la base. Abdomen ochracé, 
quelquefois brunâtre; bande dorsale d’un 
jaune pâle; ventre entièrement ochracé. 
Pieds fauves; jambes et tarses antérieurs 
e'un noir brunâtre; jambes postérieures 
brunes, à base testacée; tarses postérieurs et 
intermédiaires noirâtres, à metatarse blanc. 
Ailes claires, à bord extérieur jaune; une tache 
brunâtre à l’extrémité du bord extérieur.» 
Chrysops varipes WALKER é sem duvida um 
sinonimo ne D. curvipes, o que fica confirma- 
do por Miss RICARDO (L.3);a mesma de- 
clara que D. varius WALKER do Chile é 
uma Pangonina. 

D. varipes RONDANI, citado por Miss 
RICARDO (L. 9), mas não por KERTESZ 
(L. 20), segundo uma das minhas anotações 
seria identico com D. curvipes; a Dichelacera 
scutellata, que WILLISTON descreve como 
estando perto de Diachlorus, não tem nada 
de ver com este genero. 

A especie seguinte, incluida por KERTESZ 
no genero Diachlorus, me parecia a primeira 
vista de posição duvidosa porque a formação 
das antenas não concordava com a das especies 
conhecidas. Todavia esta se repete na nova 
especie vitripennis. Por isso dou em seguida 
a tradução da descrição de WIEDEMANN 
(LS): 

18. Diachlorus? (Tabanus) globicornis HFFG. 


Fuscus; abdomine vitta alba; alis costa 
apiceque fuscis; antennarum articulo secundo 


globiformi. — Fusco com estria branca do ab- 


16. —— 


wenn nicht einige kleine Unterschiede und 
besonders der Fundort zu Zweifeln Anlass 
gaben. Ob diese Form auf heutzutage bra- 
silianischem Gebiete vorkommt, bleibt vor- 
derhand ebenfalls dahingestellt. Zu grósserer 
Sicherheit reproduziere ich die Original- 
beschreibung: 

«Long. 4 1. ©. Palpes d'un fauve bru- 
nátre, atteignant Vextrémité de la trompe, 
assez épais à leur base. Face jaune, luisante. 
Front jaune, a duvet blanc; callosité brune. 
Antennes fauves; troisième article à extrémité 
brune. Thorax noir, à duvet jaunâtre: une 
bande ochracée passant au-dessus de l’inser- 
tion des ailes; poitrine noire; écusson och- 
racé; un peu de noir à la base. Abdomen 
ochracé, quelquefois brunâtre ; bande dorsale 
d'un jaune pale; ventre entièrement ochracé. 
Pieds fauves; jambes et tarses antérieurs 
d’un noir brunâtre; jambes postérieures 
brunes, à base testacée; tarses postérieurs 
et intermédiaires noirâtres, à metatarse blanc. 
Ailes claires, à bord extérieur jaune; une 
tache brunátre à Vextrémité du bord ex- 
térieur.» 

Chrysops varipes WALKER ist zweifel- 
los synonym für D. curvipes, wie auch von 
Miss RICARDO (L. 3) bestätigt wird; die- 
selbe erkläri auch D. varius WALKER aus 
Chile für eine Pangonine. 

Der nicht von KERTESZ (L. 20), wohl 


aber von Miss RICARDO angeführte D. 
varipes RONDANI soll nach einer meiner 
Notizen mit D. curvipes identisch sein, wah- 
rend die vor WILLISTON als Diachlorus 
nahestehend beschriebene Dichelacera scutella- 


ta absolut nicht zu den Diachlorinen gehórt. 
Folgende Spezies, welche von KERTESZ 


unter Diachlorus aufgezahlt wird, erschien 
mir zuerst in ihrer Stellung als zweifelhaft, 
da die Bildung der Antennen derjenigen 
der bekannten Diachlorusarten nicht zu ent- 
sprechen schien. Indessen beobachtete ich 
dieselbe neuerdings auch bei einer neuen 
Art: D. vitripennis. Ich gebe daher die nach- 
o Beschreibung von WIEDEMANN: 


18. Diachlorus? (Tabanus) globicornis HFFG. 


Fuscus; abdomine vitta alba; alis costa 
apiceque fuscis; antennarum articulo secun- 


dome, azas pardas na costa e no apice e an- 
tenas com o segundo articulo esferico.—3 1/3 
linhas 9— Do Brazil. 

Dois articulos basais das antenas de preto 
pardacento luzidio, o segundo esferico um 
tanto alongado; o terminal ferrujinoso, acha. 
tado e dilatado, sem dente; palpos côr de 


camurça muito clara; face inferior grisalha. 
fronte quasi grisalha, com mancha mediana 
parda e calosidade transversal. Escudo em 
certa direção azulado claro com tres estrias 
brancas. Abdome com larga estria alvacen- 
ta e as incisuras um tanto esbranquiçadas; 
ha alguns vestijios de tomento amarelado. 
Azas quasi hialinas, celula costal e apice 
pardos; estigma e nervuras transversais de 
pardo mais carregado. Femures pardacentos ; 
tibias mais ou menos amareladas, com ex- 
ceção dos apices; tarsos anteriores total- 
mante pardos, as posteriores na maior parte 
do apice.— No Museu de Berlim e na minha 
coleção.» 

Segue a descrição de duas especies, re- 
cebidas depois da conclusão deste trabalho. 


19. Diachlorus fascipennis n. sp. 
(Est. 12, fig. 12) 


Corpo preto e amarelo. Azas com faixa 
transversal escura. Comprimento pouco mais 
de 7 mm., sem as antenas. 


Tromba com fundo e pêlos pretos, pal- 
pos tambem em grande parte, mas fusco- 
ocraceos na base e uma parte da face ven- 
tral; antenas de côr de mel, o segundo ar- 
ticulo e o apice do terceiro pardos. Face 
preta, pela maior parte calosa e brilhante, 
apenas as genae e as marjens orbitais mates. 
Rejião atráz das antenas fusco-ocracea mate; 
o calo frontal grande, preto luzidio, por 
diante quasi semicircular, por trás terminan- 
do em ponto triangular, resto do espaço 
interocular e occiput preto mate. Barba muito 
escassa, cinzento-amarela ou enegrecida. 

Torax todo com fundo preto, apenas em 
cima um triangulo antes da base das azas, 
a marjem posterior do escudo e o escutelo 
com fundo ocraceo e pêlos côr de ouro. 


REDES e 


do globiformi. — Braun mit weisser Strieme 
des Hinterleibes, an der Rippe und Spitze 
braunen Fliigeln und kugelfórmigem zweiten 
Fihlergliede.—31/3 Linien 2.— Aus Brasilien. 

Zwei Wurzelglieder der Fiihler glanzend 
braunlichschwarz, das zweite wenig lânglich 
kugelfôrmig; Endglied rostgelb, zusammen- 
gedrückt, erweitert, ohne Zahn; Taster sehr 
licht gemsfarben; Untergesicht haargreis; 
Stirne fast haargreis, mit braunem Mittel- 
flecken und Querschwiele. Riickenschild in 
gewisser Richtung vorn hechiblaulich mit 
drei weissen Striemen. Hinterleib mit breiter 
weisslicher Strieme und wenig weisslichen 
Einschnitten; hin und wieder Spuren gelb- 
licher Behaarung, Fliigel fast wasserklar, 
Rippenfeld und Spitze braun; Randmal und 
Queradern satier braun. Schenkel braunlich; 
Schienen mehr weniger gelblichweiss mit 
Ausnahme der Spitzen; vorderste Fusswurzeln 
ganz, hintere am gróssten Teile der Spitze 
braun. — Im Berliner Museum und meiner 
Sammlung.» 

Nach Abschluss dieser Arbeit sind noch 
zwei neue Arten eingetroffen, deren Be- 
schreibung ich hier anschliesse. 


19. Diachlorus fascipennis n. sp. 
(Tar 12, Fig. 12) 


Kórper schwarz und gelb. Fliigel mit 
dunkler Querbinde. Lange, ohne Antennen, 
etwas über 7 mm. 

Riissel schwarz behaart; Palpen grossen- 
teils ebenso, aber an der Basis und an einem 
Teile der Unterseite braungelb; Antennen 
honiggelb, das zweite Glied ganz, das dritte 
am Ende braun. Gesicht glânzend schwarz, 
schwielig, nur Backen und Augenrânder matt. 
Raum hinter den Antennen gelbbraun, matt; 
die Stirnschwiele gross, glânzend, vorne fast 
halbrund, nach hinten in eine dreieckige 
Spitze ausgezogen; der úbrige Raum zwischen 
den Augen mattschwarz, ebenso der Hinter- 
kopf. Der spárliche Bart gelbgrau bis 
schwärzlich. 

Thorax überall schwarz, nur oben ein 
Dreieck vor den Flügeln; der Hinterrand 
des Scutums und das Schildchen ockerfarbig 
und goldgelb behaart. 


Ventre diafano, de amarelo corneo, pas- 
sando mais atrás em côr de mel; em cima 
ha, de cada lado, uma faixa lonjitudinal preta 
bastante estreita, acompanhando a marjem, 
do sexto até ao quarto anel; no terceiro 


converjem obliquamente, sendo todavia quasi 
apagadas; no segundo são distintas e unidas 
na base onde terminam; ventre enfuscado 
no apice, enegrecido nas marjens laterais do 
terceiro até ao sexto segmento. 


Pernas côr de mel, tibias anteriores to- 
talmente fuscas, as posteriores tambem, mas 
com exceção da base; pés de côr amarela, 
ora mais clara, ora mais escura, os ultimos 
enfuscados no apice, os primeiros fuscos 
com exceção da base. 

Azas quasi hialinas, apice e marjem pos- 
terior de cinzento muito diluido. Marjem 
costal côr de mel; abaixo desta as nervuras 
visinhas e o estigma formam uma barra lon- 
jitudinal enegrecida; antes do apice ha uma 
faixa transversal enegrecida, em forma de 
virgula larga, com marjens um tanto ondu- 
ladas; nace na marjem anterior, tornando-se 
gradualmente mais fraca e perde-se na se- 
gunda e terceira celula posterior na tarja 
cinzenta diluida que acompanha a marjem 
posterior. Nervuras em parte pardo de couro, 
em parte enegrecidas. Halteres pardacentos 
passando em côr de mel no apice. 


Descrita duma femea apanhada pelo Dr. 
NEIVA em Goyaz, no dia 20 de Julho 1912. 


20. Diachlorus Neivain. sp. 
(Est'13, fig.*17.) 


Comprimento (sem antenas) ca. de 7 
mm.; preto e amarelo; dorso do abdome com 
faixa lonjitudinal mediana ferrujinea, azas 
com faixa transversal escura. 


Antenas: os dois articulos basais parda- 
centos com pêlos amarelos e pretos, aqueles 
principalmente na face dorsal, estes no lado 
de fóra e no apice; articulo basal bastante 
comprido, segundo curto, subciatiforme; ter- 
minal um pouco achatado de lado a lado, 
sem dente e sem ponta aguda, sendo a parte 
terminal um pouco estreitada e arredondada 


167 


Hinterleib durchsichtig horngelb, nach 
hinten zu mehr honiggelb; oben finden sich 
zwei schmale schwarze Längsstreifen, die 
vom sechsten bis zum vierten Ringe rand- 
standig sind; am dritten Ringe wenden sie 
sich schrag nach innen, sind aber kaum an- 
gedeutet; am zweiten Ringe werden sie 
wieder deutlich und vereinigen sich in der 


‘ Mittellinie, wo sie am Vorderrande endigen; 


der Bauch wird gegen das Ende zu braun, 
die Seitenrander des dritten bis sechsten 
Ringes sind schwärzlich. 

Beine honiggelb, Vorderschienen ganz, 
hinterste, mit Ausnahme der Basis, braun; 
die Fiisse heller oder dunkler gelb, die letzten 
nach der Spitze zu bráunlich, die ersten, mit 
Ausnahme der Basis, braun. 

Fliigel fast glashell, die Spitze und der 
Hinterrand verwaschen grau. Vorderrand 
honiggelb, dahinter bilden die nachsten Adern 
und das Stigma einen schwárzlichen Langs- 
strich; nahe der Spitze eine schwärzliche 
breite kommafórmige Querbinde mit leicht 
gewellten Randern; sie entspringt am Vor- 
derrande und verschmilzt, allmählich schwá- 
cher werdend, in der zweiten und dritten 
Hinterrandzelle mit dem verwaschen grauen 
Saum des Hinterrandes. Adern zum Teile 
lederbraun, grósstenteils schwárzlich. Hal- 
teren bráunlich, an der Spitze in honiggelb 
übergehend. 

Beschrieben nach einem Weibchen, das 
am 20. Juli 1912 von Dr. NEIVA in Goyaz 
gesammelt wurde. 


20. Diachlorus Neivai n. sp. 
(Lat. 13," Fins 17.) 


Lânge ohne Antennen ca. 7 mm.; schwarz 
und goldgelb, dorsum abdominis mit mitt- 
lerer, hell rostroter Lângsbinde; die Fligel 
mit dunkler Querbinde. 

Antennen: die beiden ersten Glieder 
bráunlich, mit gelben und schwarzen Haaren, 
erstere besonders auf der Oberseite, letztere 
aussen und an der Spitze; Basalglied ziem- 
lich lang, das zweite kurz, nahezu napffôrmig, 
das letzte etwas seitlich abgeplattet, ohne 
Zahn und ohne scharfe Spitze, in der Spitzen- 
hálfte verschmälert und am Ende abgerundet ; 
Basis dieses Gliedes und Innenseite bis naeh 


no apice; a base deste articulo e a face in- 
terna até perto do apice é ferrujinea, o resto 
enfuscado. Tromba enegrecida, com pelos 
pretos. Palpos pardo-amarelados, tornando-se 
pretos em direção ao apice, com pelos, ora 
amarelos, ora pretos. Fundo da cabeça preto, 
na face luzidio, formando calosidade; genae e 
toda a marjem ocular, incluindo a interna, 
com enduto granuloso de amarelo acinzen- 
tado claro, a barba escassa da mesma côr, 
Atrás das antenas existe uma calosidade 
transversal oval, preta nas marjens laterais e 
no resto côr de mel; o calo normal atinje as 
marjens oculares; tem a côr preta e a forma 
quadrada com um prolongamento triangular 
posterior. Os olhos, que se afastam um pou- 
co na parte anterior do espaço interocular, 
têm o fundo escuro, com desenho verde cara- 
teristico. 

Torax com todo o fundo pardo-enegre- 
cido até preto. Escudo na parte anterior mais 
claro, com pélos amarelos; entre os hombros 
e a raiz das azas, nace de cada lado um pro- 
cesso triangular horizontal coberto com pó 
e pêlos de ouro mate que não atinje a linha 
mediana; na parte posterior até a base das 
azas ha tambem uma tarja larga de ouro 
mate; o resto do escudo é preto com lijeiro 
brilho de ouro. Escutelo, mais escuro na par- 
te anterior e dos lados, pelo resto de pardo- 
ocraceo claro e coberto com pêlos de ouro 
mate. 

Abdome, ocraceo nas marjens laterais da 
base do dorso e na porção anterior do ven- 
tre, tornando-se subferrujinoso numa faixa 
mediana que ocupa os tres quartos poste- 
riores do dorso e a metade apical do ventre. 
Em cima ha duas faixas lonjitudinais pretas, 
nacendo unidas no meio da base e diverjin- 
do para as marjens que alcançam na base do 
terceiro segmento, continuando paralelas até 
ao apice; em baixo ha outras duas marjinais 
e paralelas, apagadas na base, mas distintas 
a partir da base do terceiro segmento. A 
faixa dorsal ferrujinea é semeada de pêlos 
amarelo-claros que persistem, mesmo quando 
a propria faixa é apagada por descoloração 
do abdome, como acontece em individuos 
que chuparam sangue. 


168 


der Spitze rostrot, der Rest gebraunt. Riissel 
schwãrzlich, mit schwarzen Haaren. Palpen 
gelbbraun, nach der Spitze zu schwarz wer- 
dend, mit teils gelben, teils schwarzen Haaren. 
Der Grund des Kopfes schwarz, im Gesicht 
glanzend und eine Schwiele bildend; Wangen 
und Augenrander, einschliesslich der innern, 
hell graugelb chagriniert, auch der schwache 
Bart von derselben Farbe. Hinter den An- 
tennen liegt eine querovale Schwiele, die an 
den Seitenrandern schwarz und sonst honig- 
gelb ist. Die gewóhnliche Schwiele reicht 
bis an die Augen; sie ist schwarz und qua- 
dratisch, hinten mit aufgesetzter dreieckiger 
Spitze. Die Augen weichen nach vorne et- 
was auseinander; sie zeigen auf dunklem 
Grund eine charakteristische griine Zeichnung. 


Thorax iiberall mit schwarzlichbraunem 
bis schwarzem Grunde; Scutum in der vor- 
deren Hälfte heller, mit gelben Haaren; ein 
mattgold bestáubtes und behaartes Dreieck 
springt jederseits zwischen Schulter und 
Flügelwurzel nach innen vor, ohne die 
Mittellinie zu erreichen; auch der Hinterrand 
ist bis zu den Flügelwurzeln breit golden 
gesiumt, der Rest des Schildes ist schwarz 
mit leichtem goldenen Schimmer. Schildchen. 
vorne und an den Seiten dunkler, sonst ist 
der Grund bráunlich ockerfarben und mit 
mattgoldenen Haaren besetzt. 

Abdomen dorsal an den basalen Seiten- 
rândern und ventral am Basalteile ockergelb, 
an einer mittleren Langsbinde auf den hinte- 
ren drei Vierteln des Riickens und an der 
Apikalhälfte des Bauches ins rostrôtliche 
übergehend. Oben finden sich auch zwei 
schwarze Längsbinden, die vereint in der 
Mitte der Basis entspringen und nach den 
Seitenrändern divergieren, welche sie an der 
Basis des dritten Ringes erreichen, worauf 
sie parallel bis zur Spitze verlaufen; unten 
stehen zwei laterale schwarze Lângsbinden, 
welche erst vom dritten Segmente an ganz 
deutlich werden. Die rostrótliche Langsbinde 
ist mit hellgelben Haaren besát, welche auch 
dann erkennbar sind, wenn die Langsbinde 
verschwindet, wie dies manchmal durch eine 
Verfärbung nach erfolgter Blutaufnahme: 
vorkômmt. 


ESTEPE UAI Mer mio 


Pernas com base chocolate e femur par- 
do, um tanto ocraceo; base das tibias de 
diante e de trás, toda a tibia do meio e tres 
quartos basais do metatarso do meio e pos- 
terior com pó e pêlos brancos, sendo geral- 
mente tambem o fundo mais claro; o resto 
dos pés chocolate com alguns pêlos claros e 
os empodios ocraceos. 

Azas quasi hialinas; todas as nervuras 
transversais e a parte transversal do ramo 
anterior da nervura forqueada, assim como a 
celula costal, marcadas de pardo de sepia; 
estigma pardo-enegrecido. Na base do terço 
anterior da aza ha uma faixa triangular de 
pardo sepia com base na costa e apice, um 
tanto curvado na direção da base, situado na 
segunda celula da marjem posterior sem al- 
cançar esta marjem; o resto do apice lijei- 
ramente mais enfumaçado do que os terços 
basais da aza. Nervuras de pardo mais ou 
menos enegrecido. Primeiro ramo da celula 
forqueada com angulo obtuso sem apendice; 
primeira celula da marjem posterior larga- 
mente aberta, anal fechada muito perto á 
marjem. Escamula pardo sepia diluido. Hal- 
teres com haste parda e capitulo branco. 

Esta especie foi colecionada em Goyaz 
(de Duro até Natividade) pelo Dr. ARTHUR 
NEIVA a quem foi dedicada. Apanhou mui- 
tas femeas que procuravam os cavalos e, ás 
vezes, as pessoas durante o dia; mostram 
lijeiras variações. A descrição baseia-se prin- 
cipalmente num exemplar especialmente bem 
conservado. 

A especie lembra pelo corpo o D. bivit- 
tatus e pelas azas o D. scutellatus. Forma 
assim uma transição entre dois grupos bas- 
tante diferentes. Faltando a faixa subferruji- 
nosa distingue-se ainda facilmente do scutel- 
latus pela faixa transversal da aza que na 
nova especie é mais larga. 

Seguem agora as 


LEPIDOSELAGINAE. 


Em redor do genero homojeneo e bem 
definido denominado Lepiselaga por MAC- 
QUART grupam-se algumas especies sul- 
americanas, que, ao lado de certas diferen- 
ças, apresentam no seu habito geral bastantes 


Beine: Basalsegmente schokoladebraun, 
Schenkel braun mit Beimischung von ocker- 
gelb; die ganze mittlere, sowie die Basis der 
ersten und letzten Tibia und die oberen drei 
Viertel der Metatarsen der letzten Paare 
weiss bestáubt und behaart, auch der Grund 
etwas heller; Rest der Fiisse schokoladebraun 
mit einigen helleren Haaren und ockergelben 
Empodien. 

Flügel fast hyalin; sämtliche Queradern 
und der quere Teil des Vorderastes der 
Gabelader, ferner die Costalzelle sepiabraun 
markiert; Stigma schwärzlich braun. An der 
Basis des letzten Fliigeldrittels entspringt am 
Costalrande eine dreieckige sepiabraune Binde, 
deren etwas basalwárts gekriimmte Spitze 
in der zweiten Hinterrandzelle endigt, ohne 
den Rand zu beriihren. Rest der Spitze mehr 
getriibt, als die beiden ersten Drittel der 
Fliigel. Alle Adern mehr oder weniger 
schwärzlich braun. Erster Ast der Gabelader 
ohne Anhángsel stumpfwinklig ; erste Hinter- 
randzelle weit offen, Analzelle nahe am Rande 
geschlossen; Schiippchen verwaschen sepia- 
braun. Halteren mit braunem Stiel und 
weissem Koepfchen. 

Diese Art wurde von Dr. ARTHUR 
NEIVA, nach dem sie benannt ist, in Goyaz 
zwischen Duro und Natividade gesammelt. 
Er fing zahlreiche Weibchen, welche Pferde 
und Menschen während des Tages zu stechen 
suchten. Die Beschreibung stüizt sich beson- 
ders auf ein sehr gut erhaltenes Exemplar. 
Die Art ist etwas variabel. 

Die neue Art gleicht am Korper dem 
bivitlatus und an den Flügeln dem scufellatus 
und bildet so einen Uebergang zwischen 
zwei ziemlich abweichenden Gruppen. Auch 
bei Fehlen der rostrôtlichen Längsbinde 
unterscheidet sie sich von der letzten Art 
durch die breitere Querbinde des Flügcls. 

Es folgen nun die 


LEPIDOSELAGINAE. 


Um das homogene und gut charakteri- 
sierte Genus Lepiselaga MACQ. gruppieren 
sich einige siidamerikanische Arten, welche 
bei manchen Abweichungen doch in ihrem 
Habitus genügend übereinstimmen, um aus 


analojias permitindo estabelecer uma sub- 
familia separada. Esta não se limita ao con- 
tinente sulamericano, mas é representada 
tambem na Australia, sendo que na Africa 


ha outros tipos pertencentes a ela ou cons- 


tituindo, pelo menos, uma transição para as 
tabaninas. Não podendo nelas serem apro- 


veitados os caracteres, aliás tão uteis e cons- 
tantes, fornecidos pelas antenas e os olhos, 
prevalecem aqui o aspeto geral, o desenho 
das azas e a formação das pernas que, com- 
binadas com o integumento, em grande par- 
te glabro e frequentemente brilhante, per- 
tencem em comum a todas estas especies. 
A necessidade da separação deste grupo das 
tabaninas lejitimas certamente já foi senti- 
da, mas não parece ter sido declarada na 
literatura. Os caracteres comuns deste grupo 
podem ser resumidos do modo seguinte: 
Especies pequenas ou de tamanho me- 
dio, de forma curia e grossa e côr escura 
tendo o integumento em grande extensão 
liso e com brilho metalico. Antenas bastan- 
te curtas e um pouco inclinadas nacendo 
em ponto bastante baixo; os dois primeiros 
articulos pouco compridos, terminando em 
cima com pequena saliencia; o terceiro mais 
longo, lateralmente comprimido e formado 
de cinco segmentos, dos quais o primeiro 
excede em comprimento á totalidade dos 
outros. Palpos com segmento terminal fal- 
ciforme, bastante largo. Tromba curta, com 
labelos bem desenvolvidos. Olhos quasi ou 
totalmente glabros; ocelos faltam completa- 
mente. Cabeça singularmente curta e mais 
larga do que o torax; occiput muito concavo. 
Torax muito robusto, em cima quasi gla- 
bro. Abdome bastante largo e grosso perto 
do meio, os ultimos aneis muito reduzidos. 
Pernas curtas e unicolores (não levando em 
conta os tarsos ); todas as tibias dorsalmen- 
te convexas e lateralmente achatadas, cilia- 
das, mas somente as do meio com esporões. 
Azas compridas e largas, meio abertas no 
descanço, escuras na base, até ao fim do 
segundo (ou excecionalmente apenas do pri- 
meiro ), terço, mais intensamente na marjem 
anterior, havendo frequentemente gotas ou 
janelas claras na rejião escura; o resto da 
aza quasi hialino; primeiro ramo da nervura 


A 


denselben eine eigene Subfamilie zu 
bilden. Dieselbe ist nicht auf Siidamerika 
beschránkt, sondern auch in Australien ver- 


treten, wahrend sich in Afrika einige Typen 
finden, die ebenfalls in die Verwandschaft 
gehoren oder wenigstens einen Uebergang 


zu den Tabanninen vermitteln dürften. Wah- 


rend die sonst so konstanten und nützlichen 


Charaktere der Augen und Antennen uns. 


hier im Stiche lassen, sind es mehr der 
Gesamthabitus, die Fliigelzeichnung und die 


Bildung der Beine, welche in Verbindung. 


mit dem wenig behaarten und oft glanzenden 
Integumente den verschiedenen Arten ge- 


meinsam sind. Die Notwendigkeit der Ab- 
trennung dieser Gruppe von den echten 
Tabanien ist meines Wissens noch nicht 
ausgesprochen, wenn auch sicher vielfach 
empfunden worden. Die allen gemeinsamen 
Charakter lassen sich etwa, wie folgt, resu- 
mieren : 

Kleinere oder mittelgrosse Arten von 
gedrungener Form und dunkler Farbe, mit 
in grosser Ausdehnung glattem, metallglan- 
zendem Integumente. Fühler ziemlich kurz, 
tief angesetzt und etwas gesenkt, die zwei 
ersten Glieder kurz, oben zugespitzt, das 
dritte lánger, seitlich komprimiert, fiinf- 
gliedrig, das erste Segment langer, als 
der Rest. Palpen mit ziemlich breitem, sichel- 
fôrmigem Endgliede. Riissel kurz, mit stark 
entwickelten Labellen. Augen nackt oder 
kaum behaart; Ocellen gánzlich fehlend. 
Kopf auffallend kurz und breiter, als der 
Thorax, Hinterkopf stark konkav; Thorax 
stark gebaut und wenig behaart; Hinterleib 
nahe der Mitte sehr breit, die letzten Ringe 
stark verengt. Beine kurz und, hóchstens mit 
Ausnahme der Tarsen, einfarbig, sâmtliche 
Schienen oben konvex und seitlich abgeflacht, 
gewimpert, nur die mittleren mit zwei starken 
Sporen. Fliigel lang und breit, in der Ruhe halb 
offen, die ersten zwei Drittel (ausnahmsweise 
nur das erste), besonders nach dem Vorder- 
rande zu, stark verdunkelt mit hellen Tropf- 
chen oder Fenstern, das letzte nur leicht ge- 
triibt; erster Ast der Gabelader mit abge- 
rundeter Beugung und ohne Anhang; erste 
und vierte Hinterrandszelle breit offen, Anal- 
zelle kurz vor dem Rande ges chlossen. 


ce 


forqueada geralmente com angulo arredon- 
dado, sempre sem apendice; a primeira e 
quarta celula marjinal posterior largamente 
abertas, a anal fechada antes da mariem. 
Ha variações bem apreciaveis na forma- 
ção da face, da fronte, do espaço interocular 


e das suas calosidades, na forma do terceiro | 


articulo das antenas e no desenho dos olhos. 
A similhança com especies de Chrysops, Dia- 
chlorus e Tabanus tambem varia conforme 
os generos. 

Até hoje houve dois generos, aos quais 
junto mais dois novos; todos parecem bem 
fundados. A classificação de certas formas 
duvidosas será reservada ao futuro. 


Começo pela descrição do genero 

Lepidoselaga MACQ. (L. 2, pg. 157). 

A primeira especie deste genero foi des- 
crita por FABRICIUS que lhe deu o nome 
Haematopota crassipes. WIEDEMANN (L. 8) 
que reproduziu e aumentou esta descrição 
descreveu tambem um Tabenus lepidotus que 
parece ser a mesma especie. Para esta e o 


T. tibialis WIED. PERTY (L. 11) fez o ge- | 


nero Hadrus, nome já usado na coleoptero- 
lojia. MACQUART por isso deu o nome 
Lepiselaga, corrijido para Lepidoselaga por 
OSTEN-SACKEN. Segue a reprodução das 
descrições mais importantes: 

«H. crassipes Fabricius (Systema Ant- 
liatorum pg. 108.): H. atra, alis ad marginem 
crassiorem fuscis albo punctatis, tibiis com- 
presso incrassatis. Habitat in America meri- 
dionali Dom. Smidt, Mus. Dom. Lund. 

Statura praecedentis at paulo minor. 
Caput atrum, antennis ferrugineis. Thorax et 
abdomen, atra, immaculata. Alae ad margi- 
nem crassiorem, usque ad medium fuscae 
punctis aliquot minutis, albis. Pedes atri, 
tibiis incurvis incrassato compressis. Tarsi 
basi albi». 

Descrição de WIEDEMANN (L. 8.): 
«Haem. crassipes FABR. 

Picea; alis ad costam fuscis: albo sep- 
tempunctatis; tibiis anticis compresso dila- 
tatis. Preto de pixe; com azas fuscas na cos- 
ta com sete pontos brancos, e tibias anterio- 
res comprimidas e dilatadas. — 3 linhas $ — 
Da America do Sul. 


vá! 


Deutliche Verschiedenheiten finden sich 
in der Bildung des Gesichtes, der Stirne, 
des Scheitels, sowie ihrer Schwielen, in der 
Form des dritten Antennengliedes und in 
der Zeichnung der Augen. Die Aehnlich- 
keit mit Chrysops-, Diachlorus- und Tabanus- 
arten wechselt in den verschiedenen Gat- 
tungen. 

Zu den zwei bisher aufgestellten Gat- 
tungen kommt eine dritte, die ebenso, wie 
die ersten, gut begriindet ist. Die Unter- 
bringung zweifelhafter Formen muss dagegen 
der Zukunft tiberlassen bleiben. 


Ich beginne mit der Beschreibung des 
Genus 

Lepidoselaga MACQ. (L. 2, pg. 157). 

Die erste hierhergehórige Art wurde von 
FABRICIUS als Haematopota crassipes be- 
schrieben. WIEDEMANN (L. 8), der seine 
Beschreibung wiedergab und ergânzte, be- 
schrieb wahrscheinlich dieselbe Art als Ta- 
banus lepidotus. Für diesen und 7. tibialis 
WIED, stellte PERTY (L. 11) das bereits für 
einen Kafer vergebene Genus Hadrus auf. 
MACQUART gebrauchte den Namen Lepi- 
selaga, der von OSTEN-SACKEN in Lepido- 
selaga verbessert wurde. Ich gebe hier kurz 
die wichtigsten Beschreibungen wieder: 

«H. crassipes Fabricius (Systema Antliato- 
rum pg. 108.): H. atra, alis ad marginem cras- 
siorem fuscis albo punctatis, tibiis compresso 
incrassatis. 

“Habitat in America meridionali Dom. 
Smidt. Mus. Dom. Lund. 

Statura praecedentis at paulo minor. 
Caput atrum, antennis ferrugineis. Thorax 
et abdomen atra, immaculata. Alae ad 
marginem crassiorem, usque ad medium 
fuscae punctis aliquot minutis, albis. Pedes 
atri, tibiis incurvis, incrassato compressis 
Tarsi basi albi.“ 

Beschreibung von WIEDEMANN (L. 8.): 
«Haem. crassipes FABR. 

Picea; alis ad costam fuscis: albo sep- 
tempunctatis; tibiis anticis compresso dila- 
tatis. Pechschwarz; mit an der Rippe brau- 
nen weisssiebenpunktierten Fliigeln, und zu- 
sammengedriickt erweiterten vordersten Schie- 
nen.—3 Linien 2. — Aus Siidamerika. 


Cabeça inteiramente preta, brilhante, na 
proeminencia que suporta as antenas um pon- 
to saliente; vertice mate; o resto do corpo 
preto de pixe; no escudo existem ainda ves- 
tijios dum enduto ferrujineo. A parte fusca 
das azas alcança a marjem anterior antes do 
apice da aza, sendo aqui cortada por uma 
linha reta e limitada por uma linha muito 
hialina; o resto do apice é um tanto enfu- 
maçado. — No Museu real.» 

Os exemplares descritos evidentemente 
eram defeituosos sendo melhor conservado 
aquele cuja descrição segue agora: 

«Tab. lepidotus» (L. 8, 1 pg. 193) «Ni- 
ger, viridaureo-squamulosus ; alis nigris: gut- 
tulis albis, apice limpido. Preto, com esca- 
mas de verde dourado; com azas escuras, 
com gotas brancas, sendo hialinas no apice. 
— 3 1/3 linhas $. — Do Brazil. 

Antenas ferrujineas; palpos, face inferior, 
genae e parte inferior da fronte de preto lu- 
zidio; fronte com escamas verde-douradas, 
com calosidade preta. Torax, abdome e ven- 
tre pretos, com escamas de verde-dourado. 
Azas na metade da raiz preto-pardacentas, 
alargando-se o preto em direção ao apice e 
terminando em linha quasi reta com tarja 
branca, deixando o terço apical hialino; o 
limite do preto para a marjem interior menos 
claro, tocando a propria marjem interior das 
azas apenas em extensão pequena; o nume- 
ro das pequenas gotas brancas é de 8 para 
9; pernas pretas, a base dos tarsos branca; 
as tibias da frente espessadas. — Na minha 
coleção e no museu de Francoforte.» 

Do livro de PERTY (Delet. animal, 
brazil. L. 11) copio o seguinto: 

«Genus Hadrus Perty. Differt a tabanis 
tibiis incrassatis, antennarum articuli ultimi 
et palporum structura. 

Hadrus lepidotus Wiedemann. — Niger, 
viridi-aureo squamulatus; alis nigris; guttulis 
albis, apice limpido. Lg. 3 2/3”. Latid. alar. 
expans. 7 1/3”. — Hab. Bahiae». 

MACQUART (L. 2,1, pg. 157) escreve: 

«G. Lepiselaga, Nob.; Tabanus Wied. 

Car. gén. des Taons. Corps revétu d’écail- 
les. Palpes © allongés, ovales, obtus. Face 
courte, saillante, nue. Front alongé, un peu 


172 


Kopf überall glanzend schwarz, über der 
die Fühler tragenden Erhóhung ein vor- 
ragender Punkt; Scheitel matt; der übrige 
Kórper vollkommen pechschwarz; am Riicken- 
schild sind noch Spuren eines rostgelben 
Ueberzuges. Der braune Teil der Fliigel 
erreicht vor der Fliigelspitze den Innenrand 
und ist hier gradlinig abgeschnitten und von 
einer sehr wasserklaren Linie begrenzt; der 
iibrige Teil der Spitze ist ein wenig rauch- 
grau.—Im Kôniglichen Museum.“ 

Die Exemplare waren offenbar abge- 
rieben, wahrend das nachstehend beschriebene 
besser erhalten war. 

«Tab. lepidotus» (L. 8, I pg. 193) «Niger, 
viridaureo-squamulosus; alis nigris: guttulis 
albis, apice limpido. Schwarz, griingolden 
beschuppt; mit schwarzen weissgetropften 
an der Spitze wasserklaren Flügeln.— 313 
Linien 9.—Aus Brasilien. 

Fühler rostgelb; Taster, Untergesicht, 
Backen und Unterteil der Stirne glánzend 
schwarz; Stirne griingolden beschuppt mit 
schwarzer Schwiele. Mittelleib, Hinterleib 
und Bauch schwarz, mit grüngoldenen Schüpp- 
chen. Flügel an der Wurzel zur Hälfte 
bräunlichschwarz, das Schwarze nach der 
Spitze zu an Breite zunehmend und in einer 
fast geraden Linie von einem weissen Saume 
begrenzt, endigend, so dass das Spitzendrittel 
wasserklar bleibt; die Grenze des Schwarzen 
nach dem Innenrande hin weniger deutlich, 
aber den Innenrand der Flügel selbst nur 
an einem kleinen Teile beriihrend; die Zahl 
der kleinen weissen Trópfchen ist 8 bis 9. 
Beine schwarz; Basis der Fusswurzeln weiss; 
vorderste Schienen verdickt. — In meiner 
Sammlung und im Frankfurter Museum.» 


Aus PERTY (Delect. animal. brazil. 
L, 11, pg. 128) entnehme ich folgende An- 
gaben: 

«Genus Hadrus Perty. Differt a Tabanis 
tibiis incrassatis, antennarum articuli ultimi 
et palporum structura. 

Hadrus lepidotus Wiedemann. — Niger, 
viridi-aureo squamulatus; alis nigris; guttulis 
albis, apice limpido. Lg. 3213”. Latid. alar. 
expans. 71/3”. Hab. Bahiae'“ 

MACQUART (L. 2, I, pg. 157) schreibt* 


plus large que dans les Taons. Antennes in- 
sérées plus bas que les yeux sur une petite 
&lévation antérieure; troisiéme article non 
échancré, rétréci, mais sans pointe à Vex- 
trémité. Jambes élargies, surtout les antérieu- 
res, doit en dedans, arquées en avant. Ailes 
a demi ouvertes. 

Le Tabanus lepidotus Wied. diffère des 
autres Taons par ces divers caractéres et 
nous parait constituer un genre particulier 
-voisin des Diabases. Le port écarté des ailes 
-et leur coloration le font rassembler aux 
Chrysops et trompent d’abord sur son com- 
-pte; mais l’erreur se dissipe au premier exa- 
men. La forme du front, de la face, des an- 
tennes différe également de celle des Chry- 
sops et des Taons, et en joignant à ces ca- 
ractéres differentiels la dilatation des jambes 
et les écailles qui revétent le corps, il ne 
reste aucun doute sur la nécessité de consi- 
dérer ce Tabanien comme type d’un nouveau 
genre, auquel nous donnerons le nom de 
Lépisélage de Aertç et de Zerayéw, écailles 
‘brillantes. 

Ce joli diptère appartient à l’Amérique 
méridionale. M. Wiedemann a décrit des 
individus venant du Brésil. Celui dont je 
donne la figure et la description en diffère 
par les pieds: il a é.é rapporté de la Guyane 
par M. Leprieur et se trouve au Muséum 
d'histoire naturelle de Paris. 


1. Lepiselaga lepidota. Tabanus lepidotus, 
WIED., N.º 123. 


Viride auratus. (tab. 18, f. 3.) Long. 3 I. 

Noir à écailles d'un vert doré. Palpes, 
face et joues d’un noir luisant. Front à écail- 
‘les vertes, à partie antérieure et callosité 
noire. Antennes fauves. Pieds noirs; premier 
article des tarses antérieurs à ligne longitu- 
dinale blanche du côté antérieur; premier 
article des autres entièrement blanc Y. — De 
Ja Guyane et du Brésil.» 

A especie, descrita varias vezes acima, 
deverá chamar-se Lepidoselaga crassipes; ao 
“mesmo genero pertence L. albitarsis MACQ. 
(= parva WILL.) da Argentina e do Paraguay 
-e recta LOEW (= lepidota BELL.) do Mexico. 
Por falta de material não posso formar juizo 


| je ME 


«G. Lepiselaga, Nob.; Tabanus Wied. 

Car. gén. des Taons. Corps revêtu: 
d'écailles. Palpes © alongés, ovales, obtus. 
Face cour.e, saillante, nue. Front alongé, 
un peu plus large que dans les Taons. An- 
tennes insérées plus bas que les yeux sur 
une petite élévation antérieure; troisième 
artikle non échancré, rétréci, mais sans pointe 
à l'extrémité. Jambes élargies, sutout les 
antérieures, droites en dedans, arquées en 


avant. Ailes à demi ouvertes. 
Le Tabanus lepidotus WIED., diffère des 


autres Taons par ces divers caractères et 
nous paraît constiteur un genre particulier 
voisin des Diabases. Le port écarté des ailes 
et leur coloration le font ressembler au 
Chrysops et trompent d’abord sur son compte; 
mais l’erreur se dissipe au premier examen. 
La forme du front, de la face des antennes, 
diffère également de celle des Chrysops et 
des Taons, et en joignant à ces caractères 
différentiels la dilatation des jambes et les 
écailles qui revétent le corps, il ne reste aucun 
doute sur la nécessité de considérer ce Ta- 
banien comme type d’un nouveau genre, 
auquel nous donnons le nom de Lépiselage 
de Aertç et de Leruyéw, écailles brillantes. 

Ce joli diptère appartient à l’Amérique 
méridionale. M. Wiedemann a décrit des 
individus venant du Brésil. Celui dont je 
donne la figure et la description en diffère 
par les pieds: il a été rapporté de la Guyane 
par M. Leprieur et se irouve au Muséum 
d’histoire naturelle de Paris. 


1. Lepiselaga lepidota. Tabanus lepidotus, 
WIED., N.º 123. 


Viride auratus. (tab. 18, 1.3.) Long. 3 1. 

Noir, à écailles d'un vert doré. Palpes, 
face et joues d'un noir luisant. Front à 
écailles vertes, à partie antérieure et callosité 
noire. Antennes fauves. Pieds noirs; pre- 
mier article des tarses antérieurs à ligne 
longitudinale blanche du côté anterieur ; pre- 
mier article des autres antiérement blanc ©. 
De la Guyane et du Brésil.“ 

Die hier mehrfach beschriebene Art 
muss wohl unter dem Namen Lepidoselaga 
crassipes gefiihrt werden; zu demzelben Ge- 
nus gehórt L. albitarsis MACQ. (= parva 


sobre a diversidade da ultima especie; quan- 
to 4 primeira é sem duvida diferente, em 


174 


bora talvez possa ser encontrada na mesma | 


rejião. Selasoma tibiale não pode entrar neste 
genero, como julgava PERTY, e as diferenças 
da especie não são insignificantes como 


sadas. 

Para comparação dou em seguida os ca- 
rateres dos generos: 

1. Especies pequenas, com integumento 
escuro, revestido de escamas muito caducas, 
de brilho metalico. Face com calosidades fa- 
zendo uma saliencia na parte inferior. Olhos 
da femea com fitas transversais verdes sobre 
fundo escuro. 2do. Articulo palpal preto com 
brilho metalico. Antenas, destacando-se pela 
coloração ferrujinea, o ultimo articulo sem 
dente e de altura igual. Abdome de grossura 
media e largura quasi igual, até ao fim do 
quarto anel, depois triangular com apice 


curto. Tibias da frente especialmente grossas | 
| Basis heller. 
im dunklen Teile:..... Lepidoselaga MACQ.. 


e convexas em cima, os tarsos mais claros 


na base. Azas com gotas claras na parte es- | 
“Sais SE AS Lepidoselaga MACQ. | 
| tenteils glânzendem Integumente, ohne Schup-- 


2. Especie de tamanho medio com in- 


tegumento escuro, na maior parte brilhante, | 
| vorspringend. Augen ohne Zeichnung. An- 
tennen mit langem, seitlich komprim:ertem,. 
vorne abgerundetem und in der Mitte nicht. 


mas sem escamas. Face com calosidades mas 


não saliente em baixo. Olhos sem desenho. | 
Antenas com o articulo terminal comprido | 


e lateralmente achatado de altura igual e ar- 
redondado na extremidade (em forma de cor- 
reia). Segundo segmento palpal de côr parda, 
luzidia. Abdome muito abaulado, em cima 


| WILL.) aus Argentinien und Paraguay und’ 
| recta LOEW (=lepidota BELL.) aus Mexico. 
| Ob leiztere Art wirklich verschieden ist, 


kann ich aus Mangel an Vergleichsmaterial 
nicht entscheiden; erstere ist es aber un- 
zweifeihaft. Selasoma tibiale gehórt nicht 


| hierher, wie PERTY glaubte und die Genus- 
pensa WILLISTON (L.9), mas bem acu- | 


| am Ende zugespitzt. 


grosso perto da base e com o apice afilado. | 


Todas as tibias espessadas 
te abauladas, os tarsos mais claros do que 


e dorsalmen- | 


as pernas. Parte basal da aza escura, em ex- | 


tensão muito menor do que nas outras es- 


pecies, abaixo da metade e sem gotas hia- | 


A aoe Himantostylus n. gen. 


3. Especie bastante grande. Integumen- | 


to preto com brilho metalico, sem escamas. 
Segundo segmento palpal preto com brilho 
metalico. Antenas escuras, o ultimo segmen- 


| gender Ecke, nahe der Mitte auffallend hoch;. 
Gesicht matt, im Profil abgerundet; Augen: 


unterschiede sind nicht so «trivial», wie 


WILLISTON (L. 9) glaubt, sondern recht. 


ausgesprochen. 
Zum Vergleiche gebe ich nachfolgend die 
Kennzeichen der verschiedenen Genera: 


1. Kleine Arten mit dunklem Integumente, . 
metallisch. 


auf dem sich sehr hinfallige, 
glanzende Schiippchen finden. Gesicht schwie- 
lig, im Profil unten vorspringend. Augen 
des griinen Weibchens mit griinen Quer- 
bandern auf dunklem Grunde. 
penglied metallisch glanzend, schwarz. An- 


tennen auffallend rostgelb, das letzte Glied' 


ohne Zahn, der Hóhendurchmesser desselben 
nicht auffallig vergróssert. Hinterleib mássig 
dick, bis am Ende des vierten Ringes nahezu 
gleich breit, dann dreieckig mit kurzer'Spitze. 
Die vorderen Schienen besonders auffallend 
verdickt und oben konvex, d.e Tarsen an der 
Fliigel mit hellen Trópfchen 


2. Mittelgrosse Art mit dunklem, gróss- 


pen. Gesicht schwielig, aber unten nicht 


erhóhtem (riemenfórmigem) Endgliede. Zwei- 
tes Palpenglied glanzend braun. Hinterleib 
dorsal stark gewólbt, nahe der Basis dick, 
Samtliche Schienen 
verdickt und dorsal gewólbt, die Tarsen heller, 
als die Beine. Der basale dunkle Teil der 
Fliigel viel kiirzer, als bei den anderen Gat- 


tungen, nicht einmal die Halfte betragend,. 
ohne klare Tropfchen. . . Himantostylus n. gen. 


3. Ziemlich grosse Art. Integument me- 
tallglanzend, ohne Schuppen. 2tes Palpen- 
glied schwarz, metallglänzend. Aniennen 
dunkel, das letzte Glied oben mit vorsprin- 


Zweites Pal-- 


to em cima com angulo saliente, muito alto 
na parte media. Face mate com o perfil ar- 
redondado. Olhos unicolores. Pernas como em 
2e os tarsos da mesma côr escura. Azas na 
parte escura com algumas janelas, mas, sem 


gotas hialinas Selasoma MACQUART. 
4. Tamanho, forma do corpo e colora- 


ção geral como em 2, o corpo sem esca- 
mas, com algum brilho metalico, porém 
menos glabro do que nos outros generos. 
Segundo segmento palpal sem brilho me- 
talico; antenas escuras, o articulo termi- 
nal em cima com angulo saliente. Face mate 
com perfil arredondado. Olhos de côr es- 
quizita, divididos por uma facha transversal. 
Pernas e tarsos unicolores, mas as tibias 
apenas lijeiramente convexas em cima e 
pouco espessadas na parte media. Azas como 
Stigmatophthalmus n. gen. 
Segue agora a descrição das especies: 
1. Lepidoselaga crassipes FABR.= /epi- 
Hale Wise O 15273; 1; 11): 
(Est. 13, fig. 19.) 
Com os carateres do genero e as descri- 
ções reproduzidas compare-se tambem a fi- 


............ » 


gura feita de exemplares, colhidos no Pará. | 
Seguem tambem algumas observações suple- | 


mentares: 


Toda a face, incluindo os palpos e a fron- | 


te luzidia, espaço interocular de largura re- 
gular, a parte anterior não é distintamente 
alargada. O desenho dos olhos difere de tudo 
que se conhece em tabanideos de outros gene- 
ros (V. fig.). As escamulas, com brilho metali- 


co, amarelo, verde ou azulado, variam em tama- | 


Eq 


nho e parecem limitadas á cabeça e ao cor- | 


po. O infuscamento avermelhado da base e 
da rejião media da aza, que diminue bas- 
tante em direção á marjem posterior, varia 
em intensidade e extensão sendo que o pro- 
cesso pontudo, de côr mais diluida, que corre 
do meio para a marjem porterior, não raras 
vezes é pouco distinto ou falta completamen- 
te; tambem o numero e a disposição das 
gotas hialinas parece variavel. Tambem a 
extensão do branco nos tarsos anteriores não 
é constante; como MACQUART observou, 


frequentemente não se estende á face in- | 


ferior. 


175 


einfarbig; Abdomen sehr dick, nahezu 
ei fórmig; Beine, wie bei 2, aber ganz einfar- 
big; Flügel im dunklen Teile mit weni- 
gen grósseren Fenstern, ohne klare Trópt- 
Selasoma MACQUART. 

4- Grósse, Kórperform und Allgemein- 
farbung wie bei 2, Kórper schuppenlos. 


O Mele sae IAS 


| und glánzend, aber mehr behaart, wie bei 1 


und 2. Zweites Palpenglied nicht metall- 
glânzend. Antennen dunkel, das dritte Glied 


| oben mit zahnartig vorspringender Ecke. 


Gesicht matt, Gesichtsprofil abgerundet,. 
Augen auffallig gefárbt und durch ein Quer- 
band geteilt. Beine einfarbig, aber die 
Schienen in der Mitte nur wenig verdickt 
und oben nur leicht convex. Fliigel wie bei 
Stigmatophthalmus n. gen. 

Es folgen nun die Beschreibungen der 
Arten: 


1. Lepidoselaga crassipes FABR. =/epi- 
dota WIED. (E: 425357; 11) 
(Taf, 13; Fig. 19.) 


Zu den Gattungscharacteren und den 
obigen Beschreibungen vergleiche man auch 
die Abbildung, welche nach Exemplaren aus 
Pará gezeichnet ist. Im Uebrigen ware noch 


folgendes hinzuzufiigen : 
Das ganze Gesicht, inklusive Palpen und 


Stirne, glanzend, Scheitel mássig breit, in 
seinem Stirnteile nicht deutlich erweitert. 
Augenzeichnung (siehe Figur) von allen, nicht 
zur selben Gaitung gehórigen, Tabaniden ganz. 
verschieden. (S. Fig.). Die metallisch gelb, 
grün und bläulich schimmernden Schüppchen 
sind von wechselnder Breite und scheinen auf 
Kopf und Rumpf beschrânkt. Die rótlich 
braune Verdunkelung der Flügelbasis und. 
-mitte wird nach dem Hinterrande zu be- 
deutend schwácher und variiert in Intensitat 
und Ausdehnung, indem ein von der Mitte 
nach dem Hinterrande zu verlaufender, etwas 
verwaschener Zipfel oft wenig deutlich ist. 
oder ganz fehlt; auch die Zahl und Anord- 
nung der hellen Trópfchen scheint etwas zu 
wechseln. Auch das Weisse an den Vorder- 
tarsen variiert in seiner Ausdehnung; in 
Uebereinstimmung mit MACQUARTS An- 
gabe, erstreckt es sich meist nicht auf die: 
Unterseite. 


CCC 0. 


A femea persegue varios animais e ataca 
tambem o homem, chegando sem ruido e 
sentando-se de preferencia nas pernas, ao 
contrario dos Chrysops. Antes de picar é 
arisca, mas deixa-se apanhar facilmente no 
ato de sugar e, quando repleta, torna-se muito 
lerda. 

Habitat: no litoral a especie pode ser 
encontrada no Rio de Janeiro e um pouco 
mais para o sul, em Santos e Iguape, onde 
tadavia é escassa, como tambem no noroeste 
de Sáo Paulo, onde em companhia do 
Dr. NEIVA a encontrei nas marjens do 
Tieté e Paraná. Parece bastante comum no 
Matto Grosso principalmente no norte. Foi 
encontrada em Minas perto do Rio Doce 
pelo Dr. SOLEDADE. Mais ao norte torna- 
se comum e geralmente conhecida pelo nome 
de cabo verde. Os exemplares de WIEDE- 
MANN procediam da Bahia. BATES achou 
a especie no Amazonas, onde continua a ser 
comum, como tive ocasião de verificar. Tam- 
bem recebi muitos exemplares de S. Pedro 
do Pindaré em Maranhão e outros foram 
colhidos em Quixadá (Ceará) durante a 
viajem do Dr. FARIA. 

A especie é encontrada tambem fora do 
Brazil, tanto na America do Sul, como na 
‘Central. 

A estação em que se encontra parece 
comprida; no sul provavelmente corresponde 
a todo o verão; mais no norte provavelmen- 
te aparece durante todo o ano, sendo todavia 
mais rara no tempo da seca. 


2. Lepiselaga albitarsis MACQUART (L. 2). 
(Est. 13, fig. 20.) 


Descrição orijinal: LEPISELAGA ALBI- 
TARSIS, Nob. 

Nigricans. Tarsis albis. Alis dimidiato 
fuscis puncto albo, parte basilari interne excisa. 


Long. 2 1/21. 9. Palpes bruns. Face e 
front d'un noir luisant. Antennes insérées 
entre la ligne médiane et le bas des yeux; 
les deux premiers articles fauves; troisiéme 
noir à base fauve. Thorax et abdomen d'un 
noir luisant, a léger duvet roussátre. Pieds 
noirs; tarses blancs; les deux derniers artic- 
les brunâtres. Ailes: les deux tiers des ailes 


176 


Die Art greift verschiedene Tiere und 
auch den Menschen an, indem sie sich ge- 
ráuschlos náhert und, im Gegensatz zu den 
Chrysopiden, gerne an die Beine setzt. Vor 
dem Stechen scheu, lasst sie sich wahrend 
des Saugens leicht greifen und erscheint 
nachher ziemlich trag. 

Vorkommen: Diese Art ist an der 
Kiiste bei Rio de Janeiro und noch etwas 
weiter südwestlich (Santos, Iguape), in- 
dessen nur ziemlich sparlich zu finden. Das- 
selbe gilt vom Nordwesten von São Paulo, 
woselbst sie an den Ufern des Tiété und 
Paraná von mir und Dr. NEIVA nach- 
gewiesen wurde. In Matto Grosso, beson- 
ders im nórdlichen Teile scheint die Art 
sehr haufig. In der Gegend des Rio 
Doce wurde sie in Minas von Dr. SO- 
LEDADE gesammelt. Weiter gegen Norden 
wird sie haufiger und ist allgemein bekannt. 
Die WIEDEMANN’schen Exemplare stamm- 
ten aus Bahia. BATES fand sie haufig am 
Amazonenstrome, woselbst sie noch heute 
gemein ist, wie ich selbst konstatieren konnte. 
Auch aus dem Innern von Maranhão (São 
Pedro do Pindaré) erhielt ich zahlreiche 
Exemplare und andere aus Quixadá (Ceará) 
von der Reise von Dr. FARIA. 

Die Art findet sich auch ausserhalb von 
Brasilien, in Siid- und Centralamerika. 

Flugzeit: Die Flugzeit ist anscheinend 
eine lange und diirfte im Siiden des Gebietes 
dem ganzen Sommer entsprechen; mehr im 
Norden fliegt sie wahrscheinlich während 
des ganzen Jahres, ist aber wahrend der 
trockenen Zeit seltener. 


2. Lepiselaga albitarsis MACQUART (L. 2). 
(Taf. 13, Fig. 20.) 


Originalbeschreibung: LEPISELAGA 
ALBITARSIS, Nob. 


Nigricans. Tarsis albis. Alis dimidiato 
fuscis puncto albo, parte basilari interne excisa. 


Long. 21/2 1. ©. Palpes bruns. Face et 
front d'un noir luisant. Antennes insérées 
entre da ligne médiane et le bas des yeux; 
les deux premiers articles fauves; troisiéme 
noir à base fauve. Thorax et abdomen d'un 
noir luisant, à léger duvet roussâtre. Pieds 
noirs; tarses blancs; les deux derniers ar- 
ticles brunâtres. Ailes: les deux tiers des 


bruns, à point blanc; une échancrure blan- 
che, triangulaire au bord intérieur. 

De Buénos Ayres. M. d'Orbigny. Muséum. 
— Cette espéce est dénuée d'écailles brillan- 
tes.» ; 

Esta descrição parece ter escapado a 
WILLISTON, porque não a cita na descrição 
seguinte duma especie que ele considera 
nova. 

«Hadrus parvus 
dução ). 

«Femea. Face, genae e a calosidade onde 
nacem as antenas preto-escuro luzidio. Fron- 
te em baixo bastante mais larga, sendo a 
sua largura igual ao comprimento; na sua 
maior parte de pre.o luzidio (ha um pouco 
de pó acinzentado nas marjens laterais e 
abaixo da calosidade vertical). Antenas fer- 
rujineas, o terceiro articulo preto na extre- 
midade. Palpos preto de pixe escuro. Torax 
preto luzidio, o mesonoto mais pardo e com 
pouco brilho, revestido de tomento com iri- 
decencia amarelada. Azas fuscas e hialinas; 
o fusco extende-se até ao fim da primeira 
nervura lonjitudinal, não alcança completa- 
mente a marjem posterior e tem um proces- 
so angular extendendo-se até a quinta nervu- 
ra no meio da celula discoidal; uma mancha 
hialina se extende atravez da quarta nervura, 
um tanto em frente da celula discoidal. Per- 
nas de pardo escuro, os quatro tarsos pos- 
teriores amarelo-claros, o metatarso da frente 
amarelo ou amarelado ; todas as tibias dila- 
tadas. Comprimento 5,6 mm. 

Dois exemplares, Rio Paraguay, H. H. 
SMITH. A especie se distingue immediata- 
mente de S. lepidotus pelo tamanho inferior 
e a fronte mais larga. Da Haematopota cras- 
sipes WIED. pode ser distinguida pela man- 
cha hialina sinjela e os tarsos amarelados.» 


n. sp. (L. 9.). (Tra- 


Vê-se que nas descrições o tamanho, a 
côr das antenas e o desenho das azas estão 
de accordo; quanto as particularidades da 
fronte e do espaço interocular MACQUART 
pode ter deixada de reparar ou mencional-as; 
ele dá os tarsos, que WILLISTON acha ama- 
relos, como sendo brancos, mas um exemplar 
meu da Argentina os tem amarelados, de 
modo que esta diferença parece pouco im- 


177 


ailes bruns, à point blanc; une échancrure 
blanche, triangulaire au bord intérieur. 

De Buénos-Ayres. M. d’Orbigny. Mu- 
séum. — Cette espéce est dénuée d'écailles: 
brlllantes.> 

Diese Beschreibung von MACQUART 
ist wohl WILLISTON (L. 9.) entgangen, 
da er sie bei der nachfolgenden Beschreibung 
einer, nach ihm neuen, Art, nicht erwahnt. 

«Hadrus parvus, n. Sp. 

Female. Face, cheeks, and the callosity 
upon which the antennae are situated deep 
black, shining. Front considerably broader 
below, where the width is equal to the length; 
for the most part shining black (there is 
some grayish dust below the vertical callosity 
and on the tateral margins). Antennae ferru- 
ginous, the third joint black at fhe extremity. 
Palpi dark pitchy black. Thorax shining: 
black, the mesonotum more brown and but 
little shining, and clothed with yellowish 
irridescent tomentum. Wings brown and 
hyaline; the brown extends as far as the 
tip of the first longitudinal vein, does not 
quite reach the hind border, and has an an- 
gular sinus extending to the fifth vein at 
the middle of the discal cell; a hyaline spot 
extends across the fourth vein a little iu front: 
of the discal cell. Legs deep brown; the 
four hind tarsi light yellow, the front meta- 
tarsi yellow or yellowish; all the tibiae 
dilated. Length 5,6 mm. 

Two specimens, Rio Paraguay, H. H. 
SMITH. This sp-cies is at once distingui- 
shable from S. lepidotus by th smaller size 
and wider front. From Haematopota crassi- 
pes WIED. it will be distinguished by the 
single hyaline spots and the yellow tarsi.“ 


Wie man sieht, stimmen Grósse, Farbe 
der Antennen und Fliigelzeichnung überein; 
die eigentiimliche Bildung von Stirne und 
Scheitel kann MACQUART iibersehen oder 
zu erwáhnen vergessen haben; die Tarsen 
gibt derselbe zwar als weiss an, wahrend sie 
WILLISTON gelb findet; da ich aber ein 
Exemplar aus Argentinien besitze, bei welchem. 
sie gelblich sind, so ist der Unterschied kaum 
als wichtig anzusehen und der Fundort spricht 
mehr fiir, als gegen die Identitat der ver- 


portante e o habitat fala mais em favor do 
que contra a identidade, visto que o meu 
exemplar arjentino está bem de acordo com 
o de WILLISTON. Em todos eles as esca- 
mas metalicas parecem ter faltado, como se 
da tambem no meu, mas, sendo estas muito 
-caducas na especie comum, não se pode ex- 
cluir a sua presença em exemplares bem con- 
servados. O meu exemplar é um tanto maior 
com um comprimento de 7 mm. 

Genero Selasoma MACQUART. 

Já em cima dei alguns carateres deste 
genero; a descrição orijinal de MACQUART 
é a seguinte: . 

«Caracteres génériques des Taons. Corps 
comprimé, à couleurs métalliques. Tête Y 
déprimée, surtout en-dessus. Palpes Z épais, 
un peu relevés, convexes dans toute leur lon- 
gueur en-dessus, terminés en pointe mousse, 
courte. Face courte. Front Y assez étroit ; im- 
médiatement au-dessus des antennes une cal- 
losité arrondie, à sillon longitudinal; une 
autre callosité contigue à la première, plus 
petite, un peu longitudinale, à enfoncement 
triangulaire en avant; une troisième callosité 
s'étendant depuis le milieu du front jusques 
prês du vertex, terminée en pointe aux deux 
extrémités, et sillonnée longitudinalement. 
Point d'ocelles. Yeux nus. Antennes insérées 
vers le bas de la tête, sous le bord de la 
premiere callosité; premier article assez court, 
épais et cylindrique; deuxiéme tres-court, 
cyathiforme; troisième à première division 
très-large, comprimée, sans pointe, de forme 
ovalaire; les autres divisions courtes; le der- 
nier petit et pointu. Pieds: cuisses menues; 
jambes très larges, convexes et ciliées anté- 
rieurement; les postérieures un peu moins 
que les antérieures. Ailes à deuxième cellule 
sous-marginale appendiculée. 

Un Tabanus, tibialis FAB., que nous avons 
observé depuis la publication de la première 
parie, nous ayant offert tous les caractères 
que nous venons de décrire, nous croyons 
devoir le détacher de ce genre pour en faire 
le type de celui-ci. Parmi ses caractères plu- 
sieurs, à la vérité, se retrouvent dans d’autres 
Tabaniens. La dépression de la tête, l’inser- 
tion des antennes, la dilatation des jambes 


178 


schiedenen Exemplare, da das meinige aus 
Argentinien mit denen von WiLLISTON gut 
übereinstimmt. Bei allen scheinen die me- 
tallischen Schuppen gefehlt zu haben, wie 
dies auch bei meinem der Fall ist, doch 
lässt ihre Hinfälligkeit bei der gemeinen Art 
ein früheres Vorhandensein nicht ausschliessen. 
Mein Exemplar ist etwas grôsser, 7 mm. 


Genus Selasoma MACQUART. 


Ich habe oben bereits einige Charaktere 
dieses Genus gegeben; die Originalbeschrei- 
bung von MACQUART lautet wie folgt: 


«Caractères génériques des Taons. Corps 
comprimé, à couleurs mé alliques. Tête 2 
déprimée, surtout en-dessus. Palpes © épais, 
un peu relevés, convexes dans toute leur 
longueur en-dessus,terminés en pointe mousse, 
courte. Face courie. Front © assez étroit; 
immédiatement au-dessus des antennes une 
callosité arrondie, à sillon longitudinal; une 
autre callosité contigue à la première, plus 
petite, un peu longitudinale, à enfoncement 
triangulaire en avant; une troisième callosité 
s'étendant depuis le milieu du front jusques 
près du vertex, terminée en pointe aux deux 
extrémités, et sillonnée longitudinalment. 
Poin: d'ocelles. Yeux nus. Antennes insé- 
rées vers le bas de la tête, sous le bord de 
la première callosité; premier article assez 
court, épais et cylindrique; deuxième très- 
court, cyathiforme; troisième à première 
division trés-large, comprimée, sans pointe, 
de forme ovalaire; les autres divisions cour- 
tes; le dernier petit et pointu. Pieds: cuisses 
menues; jambes três-larges, convexes et 
ciliées anterieurement; les postérieures un 
peu moins que les antérieures. Ailes à 
deuxiéme cellule sous-marginale appendiculée. 


Un Tabanus tibialis, FAB., que nous 
avons observé depuis la publication de la 
premiére partie, nous ayant offert tous les 
caractéres que nous venons de décrire, nous 
croyons devoir le détacher de ce'genre pour 
en faire le type de celui-ci. Parmi ces carac- 
têres plusieurs, à la vérité, se retrouvent dans 
d'autres Tabaniens. La dépression de la 
téte, l'insertion des antennes, la dilatation 
das jambes ne lui appartiennent pas exclusi- 


Ate: 
TL 


ne & 


me lui appartiennent pas exclusivement; mais 
la conformation des palpes et des antennes 
et l’ensemble de l’organisation nous paraissent 
réclamer la séparation. Les jambes dilatées 
le font ressembier à quelques Taons et aux 
Lépiselages ; mais elles le sont d'une manière 
différente: toutes le sont, et de plus elles 
sont ciliées. L'éclat métallique dont brille le 
corps, non par des écailles dorées comme 
dans ce dernier genre, mais par le fonds 
même, qui, sur l’abdomen au moins, ne pré- 
sente pas de duvet, est assez remarquable 
dans une tribu qui n'offre guère d’autre 
exemple de cette sorte de beauté. Nous soup- 
connons que le 7. cyaneus WIED., qui en est 
également orné, appartient 4 ce nouveau gen- 
re; mais l’individu décrit par ce savant en- 
tomologiste était privé d’antennes et de pieds, 
c'est-à-dire des caracteres les plus propres à 


éclairer sur ses rapports avec le fibialis. 
Le nom que nous lui donnons fait al- 


lusion aux couleurs brillantes du corps.» 
3. Selasoma tibiale (= Tabanus tibialis 
FABR.) WIED. (L.8.). 
CES ie, 2. ) 


Descrição orijinal de FABRICIUS (em 


latim ): 
«T. ater alis apice albis, tibiis incrassatis. 
— Habitat in America meridionali. Dom. 


Smidt. Mus. Dom. de Sehestedt. 
Medius. Caput atrum, antennis nigris. 


Thorax niger, obscurus. Abdomen atrum, 
cyaneo nitidum. Alae basi atrae punctis duo- 
bus minutis hyalino albis, apice albae. Pedes 
atri tibiis omnibus crassis, gibbis.» 
Tradução da descrição orijinal de WIE. 


DEMANN: É 
«Chalybeo violaceus; alis fusco-nigris 


apice limpidis, tibiis incrassatis. Azul violaceo 
de aço, azas pardacento-pretas com apice 
hialino, e tibias entumecidas. — 5 1/4—5 1/2 


linhas S9.— Da America do Sul. 
Estatura mais compacta do que nos outros, 


Antenas muito grossas, com a base violacea 
e o articulo terminal preto; palpos violaceos; 
face inferior e fronte pretas, esta com linha 
elevada glabra; o escudo pelado violaceo- 
enegrecido com estrias lineares esbranquica- 
das muito fracas; escutelo mais claro na 
marjem, pleuras e peito violaceos, com pelos 


| 


Thorax niger, obscurus. 


179 —— 


vement; mais la conformation des palpes et 
des antennes et l’ensemble de l’organisation 
nous paraissent réclamer la séparation. Les 
jambes dilatées le font ressembler à quelques 
Taons et aux Lépiselages; mais elles le sont 
d’une manière différente: toutes le sont, et 
de plus elles sont ciliées. L’éclat métallique 
dont brille le corps, non par des écailles 
dorées comme dans ce dernier genre, mais 
par le fond même, qui, sur l’abdomen au 
moins, ne présente pas de duvet, est assez 
remarquable dans une tribu qui n'offro guères 
d’autre exemple de cette sorte de beauté, 
Nous soupconnons que le 7. cyaneus WIED., 
qui en est également orné, appartient á ce 
nouveau genre; mais Vindividu décrit par ce 
savant entomologiste était privé d'antennes 
et de pieds, c’est-à-dire des caractères les 
plus propres á éclairer sur ses rapports 


avec le tibialis. 
Le nom que nous lui donnons fait allu- 


sion aux couleurs brillantes du corps.» 
3. Selasoma tibiale (—Tabanus tibialis 
FABR.) WIED., (L. 8.). 

(Tak 137 Fis 2%) 
Originalbeschreibung von FABRICIUS: 
«T. ater alis apice albis, tibiis incrassatis. 

— Habitat in America meridionali. Dom. Smidt. 


| Mus. Dom. de Sehestedt. 


Medius. Caput atrum antennis nigris. 
Abdomen atrum, 
cyaneo nitidum. Alae basi atrae punctis 
duobus minutis hyalino albis, apice albae. 


Pedes atri tibiis omnibus crassis, gibbis. » 
Originalbeschreibung von WIEDEMANN: 


«Chalybeo violaceus: alis fusco-nigris 
apice limpidis, tibiis incrassatis. Veilchen- 
rótlich stahlbiau; Flügel bráunlich-schwarz 
mit wasserklarer Spitze und verdickten Schie- 
nen. — 514 bis 512 Linien SP. — Aus 
Siidamerika. 

Statur gedrungener als bei den andern. 
Fühler sehr dick, mit veilchenblaulicher Wur- 
zel und schwarzem Endgliede; Taster veil- 
chenblaulich ; Untergesicht nnd Stirne schwarz, 
diese mit glaiter Leiste. Der abgeriebene 
Riickenschild veilchenbláulich - schwarz mit 
äusserst schwach weisslichen linienartigen 
Striemen; Schildchen am Rande lichter, 
Brustseiten und Brust violblâulich, mi: brau- 


pardos. Abdome violaceo-azul de aço. Azas 
pardacento-pretas até além do meio, na base 
com pontos hialinos muito pequenos, outro 
maior sub-quadrangulare uma estria pequena 
no meio da marjem exterior. Pernas violaceo- 
azuis de aço com pelos pretos, as tibias cilia- 
das.—Na coleção de FABRICIUS e na mi- 
nha.» 


Observações de MACQUART (L. 2): 


«Chalybeo-violaceo seu viridi-aurea. Alis 
fusco-nigris, apice limpidis. 

Long. 5 1/4, 6 L. SY. 

La partie obscure des ailes a une tache 
hyaline, três petite, pres de la base de la 
cellule discoidale, et un petit trait hyalin a la 
base de la marginale. La partie claire des 


5 


ailes a un point brunátre à la base de la 


deuxiême sous-marginale. 

Du Brésil au milieu de la capitainerie de 
Goyaz.» 

Hadrus chalybeus PERTY (L. 11, pg. 138) 
deve ser considerado um sinonimo, como re- 
sulta da descrição abaixo: 


«HADRUS CHALYBEUS: Nigrocyaneus; 
alis dimidio basali fusco-nigro, apicali hyalino. 
Lg. 5 2/3”. Latit. alar. expans. 13>. 

Habitat in montibus Provinciae Minarum. 


Specie precedente plus duplo major. Hy- 
postoma cum palpis nigro-cyaneum. Thorax 
cyaneus, nitidus, cupreo-micans. Scutellum 
cyaneum. Abdomen nigrocyaneum, nitidum, 
parce nigro-pilosum. Subtus com pedibus 
nigro-cyaneus. Antennis articulis primis nigris» 
ultimo ferrugineo. Tibiae omnes valde incras- 
satae, nigro-pilosae.» 

Observações proprias: 

E” singular que tantos autores mencio- 
nem o macho (que eu não conheço), sem 
procurar descrevel-o. Isso faz supor que ele 
pouco se distingue da femea como se torna 
provavel pelo fato, de serem os olhos da 
femea unicolores e muito aproximados. Des- 
confio tambem que todos os autores se refi- 


ram ao mesmo exemplar. MACQUART pa- | 


rece ter disposto apenas duma femea de seis 
linhas de comprimento, citando as medidas 
inferiores de WIEDEMANN e FABRICIUS. 


| ner Behaarung. 


150: > 


Hinterleib veilchenrótlich- 
stahlblau. Flügel bis über die Halfte bráun- 
lichschwarz mit sehr kleinen wasserhellen 
Punkten an der Wurzel, einem grósseren 
fast viereckigen und einem kleinen Striem- 
chen mitten am Aussenrande. Beine stahl- 
veilchenblâulich, schwarz behaart, Schienen 
bewimpert. — In FABRICIUS und meiner 
Sammlung.» 

Bemerkungen von MACQUART (L. 2): 

«Chalybeo-violacea, seu viridi-aurea. Alis 
fusco-nigris, apice limpidis. 

Long. 54, 6.1. o 9. 

La partie obscure des ailes a une tache 
hyaline, três-petite, prês de la base de la 
cellule discoidale, et un petit trait hyalin 
à la base de la marginale. La partie claire 
des ailes a un point brunatre a la base de 
la deuxiéme sous-marginale. 

Du Brésil, au midi de la capitainerie 
de Goyaz.» 

Hadrus chalgbeus PERTY (L.11, pg. 138) 
muss als ein Synonym angesehen werden, 
wie aus nachfolgender Beschreibung hervor- 
geht. 

«HADRUS CHALYBEUS:  Nigrocya- 
neus; alis dimidio basali fusco-nigro, apicali 
hyalino. Lg. 523”. Latit. alar. expans. 13.» 

Habitat in montibus Provinciae Minarum. 

Specie precedente plus duplo major. 
Hypostoma cum palpis nigro-cyaneum. Tho- 
rax cyaneus, nitidus, cupreo-micans. Scutell- 
um cyaneum. Abdomen nigro - cyaneum, 
nitidum, parce nigro-pilosum. Subtus cum 
pedibus nigro - cyaneus. Antennis articulis 
primis nigris, ultimo ferrugineo. Tibiae om- 
nes valde incrassatae, nigro-pilosae.» 

Eigene Bemerkungen : 

Es ist auffallend, dass alle Autoren das 
mir unbekannte Männchen erwähnen, ohne es 
zu beschreiben. Man kônnte daraus schliessen, 
dass dasselbe sich vom Weibchen kaum 
unterscheidet, wie das bei der engen Stirne 
und den einfarbigen Augen nahe liegt. Wahr- 


| scheinlich beziehen sich auch samtliche Citate 


auf dasselbe Exemplar. MACQUART selbst 
hatte vielleicht nur ein Weibchen von sechs 
Linien Lânge und zitiert die kleineren Masse 
nach WIEDEMANN und FABRICIUS. Dies 


Isso é tambem indicado pelo fato que MAC- 
QUART na sua descrição diz «Corps com- 
primé>, O que se pode explicar apenas por 
uma deformação casual do seu exemplar (de 
Govaz), visto que precizamente nesta especie 
o corpo se mostra extraordinariamente arre- 
dondado nos córtes transversais. 

Conheço muitos exemplares que atinjem 
e até excedem um tanto o comprimento de 
14 mm., mas algumas femeas da cidade da 


Barra, no Estado da Bahia, são, geralmente, 
assas pequenas, as menores mal atinjindo 
o comprimento de 10 mm., o que parece 
consequencia de alimentação insufficiente 
(no periodo larval), talvez em- tempo de 
seca. — O escudo, mesmo em exemplares 
bem conservados, mostra poucos pêlos e 
estes principalmente dos lados; tem o brilho 
menos intenso do que o abdome onde ha 
pêlos microscopicos disseminados, um pouco 
mais ambundantes no apice. Na parte clara 
da aza as nervuras costal e subcostal são 
de côr ferrujinea clara, as outras nervuras 
pardacentas. Em alguns exemplares, principal- 
mente nos da Barra e de Xique-xique 
(Estado da Bahia), existe numa ou nas duas 
azas um pequeno apendice e, raras vezes, uma 
indicação da pigmentação, descrita por MAC- 
QUART, na parte basal do ramo anterior da 
nervura forquilhada; na regra, falta completa- 
mente. 


A especie é encontrada tambem fora do 
Brazil por exemplo na Venezuela. No Brazil 
existe nos Estados de São Paulo, Rio de Ja- 
neiro, Minas Gerais, Goyaz, Ceará e prova- 
velmente em todo o norte. Passa facilmente 
desapercebida por aparecer de preferencia no 
crepusculo e procurar sem muito barulho a 
barriga dos animais, como em companhia do 
Dr. NEIVA verifiquei muito bem em Itapura. 
Em alguns lugares é conhecida pelo povo que 
lhe dá o nome de motuca preta, por causa da 
sua côr escura que o brilho iriante não con- 
segue cobrir. 

No sul a especie voa durante o verão; 
os exemplares da Barra foram colecionados 
no mez de Maio. 


1h eee 


ist um so wahrscheinlicher, als MACQUART 
in der Genusbeschreibung sagt: «Corps com- 
primé», was ganz unverstándlich ist, wenn 
es sich nicht um eine zufallige Deformierung 
eines Exemplares handelt, da gerade bei dieser 
Art der Kórperdurchschnitt sich ueberall 


aussergewóhnlich rundlich erweist. 


Ich kenne zahlreiche weibliche Exemplare, 
die eine Grósse von reichlich 14 mm. errei- 
chen; einige Exemplare von Cidade da Barra 
im Staate Bahia sind durchschnittlich schwach 
entwickelt und die kleinsten sind kaum 10 
mm. lang; vielleicht ist dies die Folge ungiins- 
tiger Nahrungsverhältnisse waehrend der 
Larvenzeit, wie sie etwa durch anhaltende 
Trockenheit bedingt sein kônnte. Das Scutum 
ist auch bei gut erhaltenen Exemplaren kaum 
behaart (am Meisten noch an den Seiten) und 
weniger glânzend; auf den Abdomen stehen 
zerstreut mikroskopisch feine Haare, die am 
Hinterende reichlicher auftreten. Dem hellen 
Theile der Fliigel entsprechend ist Costa 
und Subcostalader sehr hell rostgelb, die 
andern Adern braunlich. Bei einem Theile der 
Exemplare, besonders solchen von Cidade da 
Barra und Xique-xique (Staat Bahia) findet 
sich auf einer oder auf beiden Seiten ein 
ganz kurzer Aderanhang und ganz verein- 
zelt eine Andeutung der von MACQUART 
erwaehnten Pigmentierung des Basalstiickes 
am Vorderast der Gabelader, welche gewóhn- 
lich ganz fehlt. 

Die Spezies ist wahrscheinlich weit tiber 
Brasilien hinaus verbreitet, z. B. in Vene- 
zuela; von Brasilien ist mir ihr Vorkommen 
aus den Staaten São Paulo, Rio de Janeiro, 
Minas, Goyaz, Ceará und Bahia bekannt. 
Sie fehlt sicher in keinem der nórdlichen 
Staaten. Doch wird sie leicht uebersehen, da 
sie (wie ich mit Dr. NEIVA in Itapura beoba- 
chten konnte) sich besonders an der Untersei- 
te des Bauches der Thiere zum Stechen hinsetzt. 
Mancherorts ist sie aber dem Volke doch als 
motuca preta (schwarze Bremse) bekannt, 
wegen der dunkeln Farbe, welche durch das 
Farbenspiel keineswegs verdeckt wird. 

Die Flugzeit ist im Siiden wahrend der 
Sommermonate; die Exemplare aus Barra 
waren im Mai gefangen. 


Selasoma giganteum n. sp. 
Côr geral muito escura, em parte preto 
brilhante. Comprimento, sem antenas, ca. de 


20 mm. 

Face apenas no meio um tanto brilhante, 
no resto fulijinosa, como a barba e a parte 
conservada dos apendices; a rejião por trás 
das antenas e a marjem ocular enegrecidas 
com vestijios de pó amarelado. Calosidade 
frontal de preto luzidio, claviforme. Não ha 
ocelos, nem tuberculo distinto. Olhos pardo- 
escuros. Os dois primeiros segmentos das 
antenas e o basal dos palpos formados como 
em S. tibiale; o resto falta. A tromba bastante 
comprida. Occiput preto. 

Torax, em cima enegrecido com brilho 
fraco e linhas lonjitudinais deprimidas, porém 
pouco distintas; dos lados e em baixo cho- 
colate, com muitos pêlos fulijinosos e algumas 
faixas mais claros. Escutelo luzidio com pe- 
queno proscutelo. Chamo assim uma for- 
mação comum nos tabanideos ; repete a forma 
do escutelo, porém inversa e reduzida, ficando 
em contato com a base deste. 


Abdome na sua totalidade com côr e 
brilho de antracite; lado dorsal muito abau- 
lado nos dois sentidos, ventre só trasversal- 
mente e apenas nos cinco primeiros aneis. 


Pernas pretas, na sua maior parte com 
pelos pretos, tibias polidas e entumecidas, 
principalmente as do primeiro par, com con- 
vexidade dorsal bem acusada. Empodios e 
alguns cilios nos tarsos pardo-avermelhados. 


Azas bastante mutiladas, de côr sepia, 
apenas algumas janelas e uma pequena porção 
apical translucidas, porém lijeiramente em- 
fuscadas; costa e nervuras mais grossas côr de 
pixe. Acima da parte anterior da escamula 
enegrecida um pincel de pélos claros. Halteres 
chocolate-escuros. 

Desta especie existem apenas duas femeas 
muito mutiladas que deixaria de descrever, se 
não se tratava de especie tão carateristica e, 
já pelo tamanho, de identificação facil. Não 
obstante a falta de partes importantes o aspeto 
geral permite incluil-a com bastante certeza 
no genero Selasoma. Os exemplares provem 


Selasoma giganteum n. sp. 

Allgemeinfarbung sehr dunkel, zum Teil 
glanzend schwarz. Laenge, ohne die Antennen, 
ca. 20 mm. 

Gesicht, nur in der Mitte etwas glanzend, 
sonst wie die Anhaengsel, soweit vorhanden, 
russchwarz; Partie hinter den Antennen und 
Rand der Augen schwärzlich mit Spuren 
gelber Bestäubung. Stirnschwiele glánzend 
schwarz, keulenfórmig. Ozellenhócker undeut- 
lich. Nebenaugen fehlen. Augen dunkelbraun. 
Die zwei ersten Antennenglieder und das 
Basalglied der Palpen in der Form, wie bei 
S. tibiale. Endglieder fehlen. Ruessel ziemlich 
lang. Hinterkopf schwarz. 

Thorax oben schwärzlich, mit matten 
Glanz und vertieften, wenig deutlichen Langs- 
linien, seitlich und unten chokoladebraun, teil- 
weise russchwarz behaart, dazwischen einige 
kleine Bueschel hellerer Haare. Schildchen 
glanzend mit kleinem Proscutellum. So nenne 
ich eine bei Tabaniden haufige Bildung von 
der Form eines umgekehrten und verkleinerten 
Schildchens, we!ches vor demselben liegt und 


mit dessen Basis im Kontakt steht. 
Hinterleib überall glânzend, anthrazit- 


schwarz, die Oberseite stark lângs und quer 
gewolbt, Bauch nur quer und nur an den 


fiinf ersten Ringen. 
Beine schwarz und grósstenteils schwarz 


behaart, Tibien, besonders die vordersten, 
dorsal stark konvex und glanzend. Empodien 
und einige Hárchen an den Tarsen hell 


rotbraun. 
Fliigel defekt, mit Ausnahme einiger 


Fenster und eines kleinen Apikalteils, sepia- 
braun, Fenster und Spitze durchscheinend, 
mit verwaschen bráunlicher Truebung ; Cos- 
ta und dickere Adern pechschwarz. Vorne 
ueber der Basis des schwärzlichen Schüpp- 
chen ein heller Haarpinsel. Halteren dunkel 


schokoladefarben. 
Von dieser Art existieren nur zwei, auss- 


erst defekte, Weibchen, deren Beschreibung ich 
unterlassen hatte, handelte es sich nicht um 
eine so charakteristische, schon durch ihre 
Grosse leicht zu erkennende Art. Obgleich 
einige wichtige Teile fehlen, lásst sie sich 
doch nach dem ganzen Habitus mit ziemlicher 
Sicherheit in das Genus Selasoma einreihen. 


«le Campos Novos (Matto Grosso), onde 
foram apanhados em 1 de Dezembro 1911. 

Devo ao obsequio do Snr. Ch. T. TOWN- 
SEND que a colecionou no Perú 
a especie seguinte. 


Oriental, 
E intermediaria entre 
as formas descritas e deve entrar num genero 
novo, distinguindo-se principalmente pela for- 
ma das antenas. Em seguida dou a descrição 
do unico exemplar conhecido. 


4. Himantostylus intermedius, n. g., n. sp. 


3. Cor geral pardo escuro de pixe ou 
preto brilhante. Comprimento sem as antenas 
ca. de 9 mm. 


S. Tromba preta; palpos com o primeiro 
articulo enegrecido, o segundo pardo-escuro 
brilhante, muito entumecido e dobrado para 
dentro e para cima. Antenas pardo-avermelha- 
das, pretas no apice; o primeiro articulo 
bastante comprido, o segundo curto, o terceiro 
lateralmente comprimido e arredondado no 
apice, em forma de correia. Face e barba 
preta; abaixo do olho de cada lado um 
calo preto brilhante, muito grande, obliquo, 
outro, mediana o transversal, logo atrás da 
base das antenas e por diante do triangulo 
frontal mate. Nos olhos, unidos na linha me- 
diana, a parte inferior com facetas pequenas é 
preta, formando apenas a quarta parte de todo 
o olho, a outra é antes chocolate, mostrando 
ambas-reflexos avermelhados; o occiput muito 
excavado, é preto. 


Torax preto de antracite, um tanto mate, 
em baixo e dos lados, com pélos mais com- 
pridos e densos. 


Abdome abaulado, subconico, cór de 
antracite, os tres primeiros aneis um tanto 
mates, o resto brilhante. 


Pernas pardacento-pretas com pêlos escu- 
ros; todas as tibias com entumecimento dorsal, 
mais forte no meio, a face ventral achatada. 
Todos os empodios amarelo-pardacentos e 
tambem os ultimos tres tarsos dos pares 
posteriores; os pés da frente pardo-averme- 
lhados; todos os metatarsos com o tarso se- 
guinte palido-ocraceo nos pés ha cilios pretos. 


Die Exemplare stammen aus Matto Gros- 
so (Campos Novos), woselbst sie am 1ten 
Dezember 1911 gesammelt wurden. 

Nachfolgende Form, welche ich Herrn 
CH. T. TOWNSEND verdanke, der sie 
im Ostlichen Peru sammelte, steht zwischen 
den beschriebenen Formen und wird, da 
besonders die Fuehler sehr abweichen, in ein 
eigenes Genus untergebracht. Ich gebe hier 
die Beschreibung des einzigen bekannten 
Exemplares. 


4. Himantostylus intermedius, n. g., n. sp. 


d'. Allgemeinfarbung glanzend pechbraun 
bis schwarz. Lânge ohne Antennen ca. 9 mm. 


S. Ruessel schwarz; Palpen am ersten 
Gliede schwärzlich, das zweite glanzend pech- 
braun, sehr verdickt und schrag nach innen 
und oben geschlagen. Antennen rótlich braun, 
am Ende schwarz; erstes Glied ziemlich lang, 
zweites kurz, drittes seitlich komprimiert und 
am Ende abgerundet, daher deutlich riemen- 
fórmig. Gesicht und Bart schwarz; jederseits 
unter dem Auge eine sehr grosse und glan- 
zend schwarze, schrag gestellte Schwiele und 
eine quere dicht hinter der Antennenbasis, auf 
welche ein mattschwarzes Stirndreieck folgt. 
An den zusammenstossenden Augen ist der 
kleinfazettierte untere Teil schwarz und 
betraegt kaum ein Viertel des ganzen Auges, 
der obere ist mehr schokoladenfarben; beide 
zeigen rótliche Reflexe. Der stark ausgehôhl- 
te Hinterkopf ist schwarz. 

Thorax anthrazitschwarz, aber ziemlich - 
matt, seitlich und unten mit lângeren und 
dichten schwarzen Haaren. 

Hinterleib gewólbt, subkonisch, die drei 
ersten Ringe oben matt, der Rest glânzend 
anthrazitschwarz. 

Beine etwas braunlich schwarz mit dunk- 
len Haaren, alle Tibien dorsal, nach der 
Mitte zunehmend, stark verdickt, ventral flach. 
Saemmtliche Empodien braunlich gelb, ebenso 
die letzten drei Tarsen der hinteren Paare; 
vorderste vótlichbraun, Metatarsen und nach- 
ste Tarsen iiberall hell, blass ockergelblich, 
die Fiisse schwarzbehaart. 


Azas lijeiramente infuscadas, a base e o 
estigma amare os; celula costal e as basais 
pardo de sepia com nervuras pretas, celula 
anal um tanto mais clara, a axilar mais escura, 
o resto das nervuras côr de couro amarelo; 
ramo anterior da nervura enforquilhada a 
esquerda com angulo arredondado, a direita 
quasi reto; primeira celula posterior larga- 
mente aberta, celula anal fechada antes da 
marjem. 


Halteres com a hasta escura e o capitulo 
pardo-avermelhado diluido. 
Procedencia: Yahuarmayo, Perú. 


5. Stigmatophthalmus altivagus n. gen., n. sp. 
(Para os carateres do genero v. acima.) 


Comprimento 17 a 19 mm. Cór geral 
preta em parte lustrosa. 


©. Probocida, palpos e antenas pretas, as 
ultimas no terceiro articulo com dente curto 
e agudo e estilo comprido; face e fronte com 
com fundo preto, polvilhado levemente de 
branco; vertice com calosidade lustrosa, cla- 
viiorme, mostrando na parte anterior duas 
linhas salientes; olhos, glabros, pretos nos 
exemplares secos, mas, quando frescos, dum 
verde brilhante cambiante para azul celeste, 
e dividido por uma linha transversal que dos 
dois lados não atinje completamente a peri- 
feria ; occiput preto, lijeiramente polvilhado de 
branco, barba insignificante, preta. 

Torax, em cima glabro, com quatro es- 
trias lonjitudinais mais claras sobre fundo 
preto; em baixo preto mate; escutelo preto 
brilhante; pleuras com pelos pretos. 


Abdome muito convexo em sentido lon- 
jitudinal e transversal; em cima preto bri- 
thante, quasi glabro, mas com pêlos no apice 
e nos bordos laterais; primeiro segmento em 
cima chanfrado adiante e atrás, a parte estreita 
dividida por uma depressão linear lonjitudi- 
nal mediana; a marjem posterior do segundo 
segmento apresenta dos lados e a do quarto 
e quinto no meio uma mancha linear trans- 
versal, formada por pequenos pelos brancos; 
o resto das marjens posteriores mostra alguns 
pelos pretos, principalmente no meio do ter- 
ceiro segmento; em baixo a côr é geralmente 


184 


Flügel leicht getrübt, Wurzel und Stigma 
gelb; Costal-und Basalzellen sepiabraun mit 
schwarzen Adern, die Analzelle etwas heller, 
die Axillarzelle mehr schwárzlich, die andern 
Adern ledergelb; vorderer Ast der Gabelader 
links mit abgerundetem Winkel, rechts fast 
gerade, erste Hinterrandszelle breit often, 
Analzelle vor dem Rande geschlossen. 

Halteren mit dunklem Stiele und hellem 
rótlichbraunem Koópfchen. 

Fundort: Yahuarmayo, Peru. 


5. Stigmatophthalmus altivagus (n. gen., n. sp. 
(Charactere des Genus siehe oben.) 


Allgemeinfárbung schwarz,  theilweise 
glânzend. Grosse 17-19 mm. 

Y. Ruessel, Palpen und Antennen schwarz,. 
das dritte Glied der letzteren mit kurzem und 
spitzen Zahne und langem Stylus; Gesicht 
und Stirne mit schwarzem, leicht weissbe- 
stäubtem Grunde; Scheitel mit glánzender 
keulenfórmiger Schwiele, die vorne zwei 
erhabene Linien zeigt; Augen unbehaart, an 
trockenen Stuecken schwarz, an frischen gruen, 
in’s Himmelblau e schillernd und durch eine 
dunkle Querlinie getheilt, welche beiderseits 
den Rand nicht erreicht; Hinterkopf schwarz, 
leicht weiss bestaubt; Bart unbedeutend,. 
schwarz. 

Thorax oben unbehaart, mit vier helleren 
Streifen auf schwarzem Grunde, unten matt-- 
schwarz, Pleuren schwarzbehaart, Scutellum 
glänzend schwarz. 

Abdomen in Langs-und Querrichtung stark 
convex; oben glánzend und fast unbehaart, 
an den Seiten und am Ende mit schwarzen 
Haaren; das erste Segment vorne und hinten 
ausgeschnitten, der enge Theil in der Mitte 
durch eine vertiefte Lángslinie geteilt; die 
Hinterránder der Segmente zeigen am vierten 
und fiinften in der Mitte, am zweiten dagegen 
an den Seitenrándern je einen Fleck in Form 
eines Querstriches, der von weissen Hárchen 
gebildet ist; der Rest der Hinterránder zeigt 
einige schwarze Haare, besonders derjenige 
des dritten in der Mitte; unten ist die Farbe 
durchwegs schwarz und ziemlich glánzend, 


\ 


preta, bastante lustrosa, apenas no bordo pos- 
terior dos segmentos mais mate e clara. 

Pernas pretas na sua totalidade, apenas 
com os empodios dum pardo ferrujinoso; 
tibias de todos os pares pouco espessadas, 
mas distintamente curvadas, as do ultimo par 
do lado exterior com cilios pretos densos, 
mas poucos comprido. 


Azas com apice cinzento claro ou mais 
escuro, o resto pardo mais ou menos enegre- 
cido; uma mancha linear, passando da celula 
discoidal para a quarta posterior e interrompi- 
da no meio pela nervura, uma faixa, entre o 
apice e a parte escura da aza, e o centro de 
algumas celulas são quasi hialinos. Esca- 
mulas pretas; balancins pretos. 


Descrito de tres exempiares femeos pro- 
cedentes de Petropolis e apanhados numa 
altura de 800 a 2150 metros no principio de 
Dezembro e na segunda metade de Abril. 
Dois outros exemplares foram apanhados em 
Janeiro e Março na Serra da Bocaina numa 
elevação acima de 1200 m. 

Ainda mais tarde recebi do Dr. PINTO 
GUEDES exemplares apanhados numa serra 
do estado de Santa Catharina. 

Si a especie, descrita em ultimo lugar, já 
se aproxima ás tabaninas, isso se dá ainda 
mais com o Tabanus fenestratus descrito por 
MACQUART. Esta especie, que MACQUART 
dá como brazileira, nunca mais foi observada 
e eu tenho algumas duvidas sobre a sua pro- 
cedencia, como tambem sobre a sua posição 
sistematica. 

Embora diferindo em diversos pontos das 
Lepidoselaginae e não podendo ser incluido 
num dos generos citados, parece-se muito com 
elas no seu aspeto total, pelo que se vê no de- 
senho que é pouco detalhado. Do outro lado 
lembra as especies africanas do grupo fascia- 
tus e latipes. As relações de parentesco destes 
tabanideos devem ser estudados mais minu- 
ciosamente. 


Dou em seguida a copia da descrição de 
MACQUART: 

“Tabanus fenestratus, Nob. (MACQUART) 
(1.21 po. 139,28; Tab. 16, fig: 3: 1,2). 


1938 Vte! 


nur an den Hinterrândern der Ringe heller 
und matter. 


Beine überall schwarz, nur die Empodien 
von bräunlicher Rostfarbe; Tibien aller Paare 
nur wenig verdickt, aber deutltch gebogen, 
die hintersten aussen mit dichten, aber kurzen 
schwarzen Harchen. 

Flügel mit heller oder dunkler grauem 
Spitzendrittel, sonst braum bis schwarz; 
von der Discoidalzelle geht ein heller, in der 
Mitte durch die Ader unterbrochener, Strich 
nach der vierten Hinterrandszelle; ein schmaler 
Saum zwischen dem dunkleren und helleren 
Theile des Flügels und die Mitte einiger 
Zellen sind fast hyalin. Schiippchen und Hal- 
teren schwarz. 

Die Beschreibung ist nach drei Exem- 
plaren gemacht, welche bei Petropolis in 
einer Hohe von 800 bis 2150 m. im Dezember 
und in der zweiten Halite des Aprils ge- 
fangen wurden. Zwei weitere wurden im 
Januar und Marz bei über 1200 m. in der 
Serra da Bocaina gefangen. 

Noch spáter erhielt ich von Dr. PINTO 
GUEDES Exemplare aus den Bergen von 
Santa Catharina. 

Wenn die letztbeschriebene Art bereits 
einen Uebergang zu den Tabaninen vermit- 
telt, so ist diess noch mehr mit dem von 
MACQUART beschriebenen Tabanus fenes- 
tratus der Fall, dessen systematische Stellung 
mir noch unsicher erscheint. Auch úber seine 
Heimat, nach MACQUART Brasilien, hege 
ich einige Zweifel; da er nie mehr gefunden 
wurde. Obgleich in mancher Hinsicht von 
den Lepidoselaginen abweichend, so dass er 
in keinem der angefiihrten Genera unterge- 
bracht werden kónnte, erinnert er doch in 
seinem Gesammthabitus auffaliend an diesel- 
ben, soviel man aus der wenig detaillirten 
Zeichnung entnehmen kann. Andererseits 
scheint er den afrikanischen Tabanus fasciatus 
und /atipes nahezustehen. Die verwandt- 
schaftlichen Beziehungen dieser verschiedenen 
Arten bediirfen sehr eines genaueren Studiums. 
Unterdessen rekapituliere ich hier die MAC- 
QUART ’sche Beschreibung: 

« Tabanus fenestratus, Nob.(MACQUART) 
(L. 2, L 1. pg. 139. 28, tab. 16 fig. 3; L. 2.) 


Testaceus. Antennis rufis. Pedibus nigris; 
tibiis anticis dilatatis. Alis fuscis, macula api- 
ceque hyalinis.—(Tab. 16, fig. 3) Long.61/21. Y. 

Palpes fauves. Face et front d'un fauve 
jaunátre; partie supérieure de ce dernier 
brunátre, a bande calleuse brune. Antennes 
fauves. Thorax violátre, a poils et bandes 
noires peu marquées et léger duvet blanc; 
cótés fauves. Abdomen testacé; les trois der- 
niers segments bruns; ventre fauve. Balan- 
ciers fauves, à extrémité brune. Cuillerons 
bruns. Ailes d'un brun noirátre depuis la base 
jusqu’un peu au delà de la cellule discoidale ; 
le reste clair; une petite táche hyaline a la 
base de la discoidale. — Du Bresil. 


6. Lepidoselaga aberrans n. sp. 
Recebida depois da conclusáo do manuscrito. 


Cór geral preta com parte do abdome 
subferrujinosa. Comprimento do corpo (sem 
antenas) 6-7 mm. 

Cabeca preta; face em forma de calosidade 
lustrosa, apenas na parte inferior com alguns 
pêlos claros ou escuros; no espaço entre a 
calosidade antenal e a da face e numa tarja 
estreita da marjem interna dos olhos o fundo 


coberto com pó esbranquiçado. O espaço 


entre os olhos muito largo atrás e alargando- 
se um tanto em direção anterior. A calosidade 


frontal preta, subquadrangular, ocupa um terço 
do espaço que, de cada lado desta, é um tanto 
lustroso e preto; o resto é pardo-enegrecido 
com exceção do tuberculo ocelar que forma 
uma barra transversal ocupando toda a marjem 
posterior. Em redor e principalmente para 
trás da base das antenas o fundo lustroso 
forma uma calosidade em forma de trapezio. 
Tromba preta, palpos pardo-enegrecidos com 
pélos pretos e segundo segmento lustroso; 
calo antenal e antenas de pardo-olivaceo bri- 
lhante, nos dois ultimos segmentos um pouco 
escondido por pelos pretos; o primeiro arti- 
culo bastante comprido, o segundo subglo- 
bular, o terceiro enegrecido na face anterior 


Testaceus. Antennis rufis. Pedibus nigris; 
tibiis anticis dilatatis. Alis fuscis, maculã 
apiceque hyalinis. (Tab. 16, fig. 3)-Long. 
6-12 LE: 

Palpes fauves. Face et front d'un fauve 
jaunâtre; partie supérieure de ce dernier 
brunatre, à bande calleuse brune. Antennes 
fauves. Thorax violatre, á poils et bandes 
noires peu marquées et léger duvet blanc; 
côtés fauves. Abdomen testacé; les trois 
derniers segments bruns; ventre fauve. Pieds 
noirs; jambes antérieures élargies et arquées 
antérieurement; jambes et tarses intermé- 
diaires et postérieures fauves. Balanciers 
fauves, à extrémité brune. Cuillerons bruns. 
Ailes d'un brun noiratre depuis la base 
jusqu’ un peu au delà de la cellule discoi- 
dale; le reste clair; une petite tache hyaline 
à la base de la discoidale. — Du Brésil». 


6. Lepidoselaga aberrans n. sp. 
Nach Schluss des Manuskriptes erhalten. 


Allgemeinfárbung schwarz, ein Teil des 
Abdomens rostrótlich. Lânge des Kórpers 
ohne Antennen 6-7 mm. 

Kopf schwarz; Gesicht in Form einer 
glânzenden Schwiele, nur nach unten zu mit 
einigen hellen oder dunklen Haaren; der 
Raum zwischen Gesichts - und Antennen- 
schwiele, sowie ein enger Saum am inneren 
Augenrande mit weisschagriniertem Grunde. 
Der Raum zwischen den Augen schon hinten 
sehr weit und nach vorne zu noch mehr 
erweitert; die schwarze subquadratische Stirn. 
schwiele nimmt nur einen Drittel der Breite 
ein, doch ist der Grund daneben ebenfalls 
schwarz und etwas glanzend; der Rest ist 
schwarzlich braun, nur der Ocellenhócker 
ist schwarz und begrenzt den ganzen Hinter- 
rand in Form eines Querstreifens. Um die 
Antennenwurzeln und besonders hinter den- 
selben bildet der glanzende Grund eine trapez- 
fórmige Schwiele. Riissel schwarz; Palpen 
schwärzlichbraun mit schwarzen Haaren und 
glanzendem zweiten Segmente; Antennen- 
callus und Antennen glanzend olivenbraun, 
welches an den beiden letzten Gliedern durch 
schwarze Haare etwas verdeckt wird; das 
erste Glied ist ziemlich lang, das zweite 


e no apice. Olhos com desenhos verdes ca- 
rateristicos sobre fundo escuro com reflexo 
vermelho. 

Torax de castanho muito escuro, um 
tanto lustroso, virando para preto na face 
dorsal, onde existem disseminadas as escamas 
típicas de genero com brilho nacarado. 

Abdome preto, com pelos amarelados no 
primeiro e nos ultimos aneis; os segmentos 


187 


| nahezu kugelig, das dritte an Aussenseite und 


Spitze schwãrzlich. Die Augen zeigen auf 
dunklem, rotglanzendem Grunde eine charak- 


teristische griine Zeichnung. 
Thorax sehr dunkel und etwas glanzend 


braun, auf der Riickenseite ins Schwarze 
úbergehend; daselbst finden sich auch, ziem- 
lich zerstreut, die fiir die Gattung charakteri- 
stischen perlmutterglanzenden Schuppen. 
Abdomen am ersten und an den letzten 


| Segmenten schwarz und gelbbehaart; der 


2-4, em cima, com uma côr viva entre mogno | 


do apenas as marjens posteriores escuras. 
Pernas de preto luzidio, com pêlos pretos; 


zweite bis vierte Ring zeigt oben eine lebhaft 


e ferrujinoso, em baixo amarelo de couro, sen- | Färbung zwischen Mahagony und rostrot, 


unten ist sie ledergelb; die Hinterrander 


| dieser Abschnitte sind oben dunkel. 


todas as tibias entumecidas, convexas no lado | 


dorsal e planas na face ventral; todos os pés 
ocraceos, ora bastante claros, ora pardacentos. 


Azas com os dois tergos basais pardo | 


sepia, terminando em linha irregular, tarjada | 


de branco, e espaco triangular branco na parte 
media da marjem posterior; a celula costal e 
parte da base amarelada; no escuro ha umas 
manchas claras, em numero variavel. Halteres 
pardos com apice mais claro. 

A cor especial do abdome, que deve ser 
considerada come resultante de mimicria de 
himenopteros, nao deixa logo apreciar a afi- 
nidade com as outras especies de lepidoselaga. 
Todavia a especie entra naturalmente neste 
genero, como provam as escamas e o desenho 
dos olhos. 

A descrição se baseia num grande ma- 
terial de femeas colecionadas pelo Dr. AR- 
THUR NEIVA no municipio de Santa Rita 
(Estado da Bahia) no mez de Julho de 1912. 
Foram pegadas ás tres horas da tarde em 
cavalos e pessõas, monstrando-se muito avidas 
de sangue. O seu habitat parece muito limi- 
tado. 


Beine glanzend schwarz und schwarzbe- 
haart; alle Tibien in der Mitte verdickt, 
dorsal konvex und ventral abgeflacht; alle 
Fiisse ockerfarben, zum Teil sehr hell, zum 


Teil braunlich. 
Flügel: die unteren zwei Drittel sepia- 


braun mit unregelmássiger Begránzung und 
weissem Saume, ferner mit einem hellen 
und zum Teile weissbegránzten, dreieckigen 
Ausschnitt. Costalzelle und ein Teil der Basis 
gelblich, im dunkeln Teile findet sich ein 


| heller Fleck oder deren mehrere, in wech- 


' nicht sofort erkennen. 


selnder, aber geringer Zahl. Halteren braun 


mit hellerem Ende. 
Die merkwiirdige Fárbung des Abdomens, 


die als Folge einer Hymenopterennachahmung 
aufgefasst werden muss, lasst die Verwandt- 
schaft mit den anderen Lepidoselagaarten 
Indessen kômmt die 
Art ganz natiirlich in dieses Genus, wie die 
Schuppen und die Augenzeichnung erweisen. 

Die Beschreibung stiitzt sich auf eine 
grosse Zahl von Weibchen, welche von Dr. 
ARTHUR NEIVA im Munizip Santa Rita (im 
Staate Bahia) im Juli 1912 gesammelt wurden. 
Sie wurden um drei Uhr Nachmittags an 
Pferden und Personen gefangen und zeigten 
sich sehr blutgierig. Ihr Vorkommen erscheint 


| lokal sehr beschränkt. 


Explicação das figuras. 


Est. 12. 
Fig. 1. Diachlorus curvipes FABR. 

2 » distinctus LUTZ. 

» 3: > » » exem- 
plar aberrante. 

4. » bivittatus WIED. 
AS: flavitaenia LUTZ. 

6. bicinctus FABR. 

Te conspicuns LUTZ. 
RITO, > bimaculatus WIED. 
A A fuscistigma LUTZ. 

10. altivagus LUTZ. 
Sad: » vitripennis LUTZ. 

12. > fascipennis LUTZ. 

Est 13. 
13: > immaculatus WIED. 
14. exem- 
plar muito fresco. 

US: » paradoxus LUTZ. 

16. scutellatus MACQ. 

TM > Neivai LUTZ. 


18. Lepidoselaga aberrans LUTZ. 

19. crassipes FABR. 

20. albitarsis MACQ. 

21. Selasoma tibiale WIED. 

22. Himantostylus intermedius LUTZ. 
23. Stigmatophthalmus altivagus LUTZ. 


» 


As figuras mostram de cada especie a 
cabeça, o corpo e as extremidades do lado 
direito na posição mais favoravel, de modo 
que a posição da cabeça não corresponde 
completamente á que se observa durante a 
vida e que se acha representada no desenho 
em perfil, que acompanha as figuras. Estas 
são mais ou menos aumentadas sendo o com- 
primento do corpo com a cabeça indicada 
por um risco ao lado. 

Os desenhos forão executadas debaixo 
da minha direcção, as fig. 1-6, 19-21 e 23 
por ZUCCHI, 9—18 e 22 por FISCHER e 
os outros por CASTRO SILVA. 


188 


Erklárung der Abbildungen. 
Tafel 12. 


Fig. 1. Diachlorus curvipes FABR. 
E distinctus LUTZ. 
a: » > » abwei- 
chende Form. 
4. bivittatus WIED. 
PS. » flavitaenia LUTZ 
6. bicinctus FABR. 
é > conspicuns LUTZ. 
ae bimaculatus WIED. 
9. fuscistigma LUTZ. 
10. altivagus LUTZ. 
10. > vitripennis LUTZ. 
12. fascipennis LUTZ. 
Tafel 13. 
119; immaculatus WIED. 
14. » sehr 
frisches “. 
15. paradoxus LUTZ. 
16. scutellatus MACQ. 
17. » Neivai LUTZ. 
18. Lepidoselaga aberrans LUTZ. 
19. crassipes FABR. 
put). albitarsis MACQ. 


21. Selasoma tibiale WIED. 
22. Himanthostylus intermedius LUTZ. 
23. Stigmatophthalmus altivagus LUTZ. 


Die Zeichnungen stellen Kopf, Kórper 
und rechtsseitige Extremitáten joder einzelnen 
Art in môglichst giinstiger Lage dar; in Folge 
dessen entspricht die Lage des Kopfes nicht 
ganz der natiirlichen Stellung, welche indessen 
auf der Profilzeichnung zu erkennen ist. Die 
Zeichnungen sind mehr oder weniger ver- 
gôsscrt, indessen ist die natürliche Lange des 
ganzen Kórpers durch einen Strich daneben 
angegeben. 

Die Zeichnungen sind alle unter meiner 
Kontrolle ausgeführt, Fig. 1—6, 19—21 und 
23 von ZUCCHI, 9—18 und 22 von FISCHER 
die übrigen von CASTRO SILVA. 


Additamento. 


Diachlorus afflictus (WIED.) Conforme | 


uma nota minha o tipo desta especie vem | 
da Bahia e foi colecionado por GOMEZ. Pa- | 


rece-se com o D. curvipes de FABRICIUS. 


| 


Recebi do Dr. PIRAJÁ um Diachlorus do | 


Sul do Estado da Bahia que corresponde á 
descrição de WIEDEMANN tendo porém uma 
terceira estria escura no meio do dorso do 
abdome a partir do quarto segmento. Prova- 
velmente será uma variedade que se pode 
chamar var. trivittata. 


| 
| 
| 
| 


Nachtrag. 


Diaclorus afflictus ( WIED.) Nach einer 
meiner Notizen stammt der Tipus aus Bahia 
und wurd e von GOMEZ gesammelt; derselbe 
gleicht dem D. curvipes von FABRICIUS. 
Aus dem Siiden des Staates Bahia erhielt ich 
von Dr. PIRAJA einen Diachlorus, welcher 
der Beschreibung von WIEDEMANN ent- 
spricht, aber auf dem Dorsum abdominis vom 
vierten Ringen an eine mediane dunkle Lang- 
sbinde zeigt. Ich betrachte ihn als eine Va- 


| rietat, welche ich Var. trivittata nenne. 


— 190 —— 
LITERATURA. 
Litteratur. 


Repertorios de especies descriptas e denominadas. 
Quellen fuer beschriebene und benannte Arten. 


1. BIGOT 1892 Mém. Soc. zool. de France, Vol. 5. 

2. MACQUART 1834-5 Diptêres exotiques nouveaux ou peu connus, Paris. 
Idem, Mém. Soc. Sc. Arts. Lille 1838, 1840, 1847, 
1849, 1855.) 

3. RICARDO, Miss G. 1900-5 Ann. & Mag. nat. Hist. 

4. RONDANI 1848 Studi entomologici. 

5. SCHINER 1868 Diptera, Reise der oesterr. Fregatte Novara, Zool. 
Theil. Wien. 

6. WALKER 1848-55 List of the specimens of dipterous insects in the 
collection of the British Museum, London. 

7. WALKER 1850-6 Insecta Saundersiana. Diptera. London. 

8. WIEDEMANN 1828 Aussereuropaeische zweiflueglige Insecten, Hamm. 


(contem tambem as especies de Fabricius, Syst. 
Antliator ). 


(enthaelt auch die Arten aus Fabricius, Syst. Antl.) 


© 


WILLISTON 1905 Exotic Tabanidae. Kansas Univ. Quart. Journ. 
Vol. III. 


Repertorios para descrições de especies isoladas ou recapituladas na literatura acima. 
Quellen fiir einzelne oder in obiger Litteratur rekapitulierte Beschreibungen. 


10. GUERIN Voyage de la Coquille, Zool. Vol. 2. 

11. PERTY, MAXIMILIAN 1830-4 Delectus animalium quae... collegerunt Dr. SPIX 
und Dr. MARTIUS. Monachi. 

12. ROEDER, V. 1892 Dipteren, ges. etc. von ALPHONS STUEBEL. Berlin.. 

13. RONDANI 1850 Nuovi Ann. Soc. Sc. nat. di Bologna. 

14. WALKER Description of the insects collected by Captain KING. 


in the survey of the Straits of Magellan. 
Trans. Linn. Soc. London XVII. 


15. WIEDEMANN 1824 Diptera exotica. Kiliae. 


Notas sobre a classificação de tabanideos exoticos encontram-se nos trabalhos seguintes:. 
Angaben ueber die Klassifikation auslaendischer Tabaniden finden sich in folgenden Werken:. 


16. BIGOT 1874-83  Diptères nouveaux et peu connus. 
17. LOEW 1860 Dipterenfauna Sued-Afrikas, Berlin. 


MEMORIAS DO INSTITUTO OSWALDO CRUZ 
Tomo Y - 1913 


ESTAMPA 12 


MEMORIAS DO INSTITUTO OSWALDO CRUZ 
Tomo Y - 1913 


ESTAMPA 13 


RUD. FISCHER et ZUCCHI del. 


A A ea 


18. OSTEN-SACKEN, V. 1875-78  Prodrome of a monograph of the Tabanidae of the 
United States. 
Mem. Boston Soc. nat. Hist. 


19. RONDANI 1864 Dipterarum genera aliqua exotica etc. — Archivio 
Canestrini, Vol. 3, Fasc. 1, 1864. 
(Diptera exotica, Modena 1863) 


Catalogo das especies conhecidas com referencias : 


Katalog der bekannten Arten mit Litteraturangaben: 


20. KERTESZ 1900 Catalogus Tabanidarum orbis terrarum universi- 
Budapestini. 


Dos tabanideos indijenas tratam as communicações seguintes: 


Angaben ueber die hiesigen Tabaniden finden sich in folgenden Mitteilungen: 


A LUTZ, AD. 1905-6 Beitraege zur Kenntnis der brasilianischen Tabaniden. 
Revista da Soc. scient. de São Paulo. N.o 1 & 3-4. 


22> LUTZ, AD. 1907 Bemerkungen ueber die Nomenklatur und Bestim- 
mung der brasilianischen Tabaniden. | 
Centralbl. f. Bakteriol. etc. Berlin (G. Fischer) 
Bd. XLIV. 


237 LUTZ, AD. 1909 Tabaniden Brasiliens und einiger Nachbarstaaten. 
Zoolog. Jhrb., Suppl. X, Heft 4. 


24. LUTZ & NEIVA 1909 Memorias do Inst. Osw. Cruz, Vol. I, Fasc. 1. 
25.0 LUTZ, AD. 1911 Ibidem, Vol. II], Fase. 1. 


Sobre nova micose humana, causada por 


PRA O A ET Wear 
ts: UA 


cogumelo 


ainda não descrito: Proteomyces infestans 
pelos 


Drs. ARTHUR MOSES e GASPAR VIANNA 


Assistentes. 


(Com as estampas 14 a 18) 


Neue Mycose des Menschen, verursacht durch Proteomyces infestans, 
einen noch unbeschriebenen Pilz 


von 


Drs. ARTHUR MOSES und GASPAR VIANNA 
Assistenten. 
(Mit Taf. 14 und 18) 


As micoses até hoje rejistadas no homem | 


contribuimos com um caso novo pelo seu 
«quadro clínico e determinado por cogumelo 
cuja descrição não encontrámos na literatura. 

Começamos pela historia clínica. Trata-se 
de um doente (B. S. L.), natural do Rio de 
Janeiro, de cor preta e de 18 anos de idade. 


Zu den bisher verzeichneten Mycosen des 
Menschen geben wir nachstehend einen neuen 
Beitrag in einem Krankheitsprozess, der nach 


| seinem klinischen Bilde neu erscheint und 


Empregado de cocheira, ocupava-se diariamen- | 


te em cuidar de cavalos. 


No dia 18 de Fevereiro de 1911, procurou 
a Santa Casa de Misericordia e obteve entrada 
para o serviço clinico do Prof. FERNANDO 
TERRA, sendo nesta ocasião examinado pelo 
assistente da clinica dermatolojica, Dr. VICTOR 
TEIVE, a quem devemos a gentileza das 
presentes notas clinicas. 


Nada informou o doente sobre antece- 
dentes hereditarios ou pessoais. 


dessen Erreger wir in der Litteratur nicht 
beschrieben fanden. 

Mit dem klinischen Bilde zu beginnen, 
handelte es sich um einen 18-jaehrigen, in 
Rio geborenen Neger, der in seiner Stellung 
taglich mit Pferden umzugehen hatte. 


Am 18-ten Februar 1911 suchte er den 


| hiesigen allgemeinen Spital auf und wurde in 


der klinischen Abteilung von Prof. FERNAN- 
DO TERRA aufgenommen. Bei dieser Gele- 
genheit wurde er von Dr. VICTOR TEIVE, 
Assistenten der dermatologischen Klinik unter- 
sucht, dessen Guete wir nachstehende Notizen 
verdanken. 


Dificil era mesmo obter esclarecimentos 
sobre o estado morbido devido á confusão 
de ideas e a pouca facilidade que tinha o 
doente de falar. 

Apenas conseguimos saber que era grande 
a fraqueza dos membros inferiores, forte a cefa- 
lea, acusando ainda o paciente mão estar geral. 

Com dificuldade locomovia-se, simulando 
nesta ocasião a incoordenação motora dos 
tabidos. 

A inspeção permetia o rejisto de grande 
numero de abcessos pequenos, endurecidos e 
fortemente aderentes ao tecido subjacente e 
localizados de preferencia nos membros supe- 
riores e inferiores. 


Ueber Hereditát und persônliche Ante- 
zedentien gab der Patient keine Auskunft und 
selbst über den bestehenden Prozess war 
wegen bestehender geistiger Verwirrung und 
Schwierigkeiten bei Sprechen nur wenig Auf- 
klarung zu erhalten. Doch wurde festgestellt 
dass grosse Schweche der unteren Extremi- 
táten, starker Kopfschmerz und allgemeines 
Úbelbefinden verspiirt wurde. Das Gehen war 
schwierig und erinnerte an die Koordina- 
tionsstórungen der Tabetiker. 


Fie! 

A palpacao indicava que havia tambem 
pontos de empastamento profundo, intensa- 
mente dolorosos. Havia alem disto numerosas 
flictenas. 

Dos abcessos, diversos estavam abertos e 
deles saia liquido purulento, contendo sangue. 
Das flictenas, algumas facilmente se rompiam, 
deixando escapar liquido claro. 


Fig. 2 


Die Inspection liess besonders an dem 
Extremitáten zahlreiche kleine Abszesse er- 
kennen, welche sich hart anfiihlten und dem 
unterliegenden Gewebe adhãrierten. Durch 
die Palpation erkannte man auch tieferliegende, 
sehr schmerzhafte Infiltrationen. Ausserdem 
bestanden zahlreiche Phlyktanen. 


Muito edemaciados estavam os membros 
superiores e inferiores, principalmente os pés 
e as mãos, as quais nos ultimos dias de 
molestia já não era mais possivel fechar. 


Dias apoz a entrada na enfermaria nota- 
vam-se no torax, face anterior e posterior, 
formação de pequenos abcessos semelhantes 
aos encontrados nos membros e de flictenas 
que predominavam na face (Fig. 1 e 2 do texto). 
Nos ultimos dias multiplicaram-se de modo 
extraordinario as lesões cutaneas e subcuta- 
neas, aparecendo a face crivada de abcessos. 
Dada a ruptura expontanea das flictenas 
formavam-se dias depois crostas escuras. 

Desde o dia em que se apresentou o 
doente no hospital esteve sempre em estado 
de subdelirio que ainda mais nos embaraçou 
a colheita de informações; a temperatura 
esteve sempre elevada, ocilando entre 39 e 400, 

O exame clinico acusou lingua saburrosa, 
forte timpanismo abdominal, acompanhado de 
constipação intestinal que só se manifestou 
dias antes da morte e abolição de respiração 
em alguns pontos, revelados pela asculta do 
pulmão. 

Ás 3 horas da madrugada do dia 16 de 
Fevereiro faleceu o doente. Cinco horas apoz 
a morte realizou-se a autopsia da qual daremos 
sucinta nota. 


Inspeção. Cadaver de homem adulto de côr 
preta, bem desenvolvido, com os membros 
superiores e inferiores fortemente edemacia- 
dos e com fenomenos pouco pronunciados 
de rijidez cadaverica. Dos orifícios naturais 
liquido algum transudava. 

Disseminados na superficie cutanea com 
predomínio nos membros superiores e infe- 
riores apresentava o cadaver vesiculas forma- 
das por elevação da pele. A’ menor abertura 
delas escapava liquido de côr amarela clara. 
Quando isolados o volume não excedia o de 
uma avelã: quando confluentes formavam 
extensa lesão sendo que a maior, do diametro 
de 6 cm., estava localisado no hombro esquer- 


194 o 


Verschiedene Abszesse hatten sich geóff- 
net und liessen blu igen Eiter austreten, 
wahrend sich aus einigen geplatzten Phly- 
ktânen eine klare Fliissigkeit ergoss. 


Die Extremitáten waren sehr ódematós, 
besonders die Fiisse und Hände; letztere 
konnten wáhrend der letzten Tage der Krank- 
heit nichtmehr geschlossen werden. 


Einige Zeit nach der Aufnahme bemerkte 
man an Brus.-und Riickenseite des Thorax 
die Bildung von kleinen Abszessen, áhnlich 
denjenigen der Extremitáten und von Phly- 
ktanen, die an der Brustseite zahlreicher 
waren. In den letzten Tagen nahmen die 
kutanen und subkutanen Herde ausserorden- 
tlich zu und das Gesicht erschien von Absze- 
ssen besat (Textfig. 1 u 2). Wenn die Phlyk- 
tanen spontan aufbrachen, bildeten sich nach 
einigen Tagen dunkle Krusten. 


Vom Tage der Aufnahme an befand sich 
der Patient bestandig in einem Zustande von 
Subdelirium, der die Aufnahme der Kranken- 
geschichte noch mehr erschwerte; die Tem- 
peratur war immer ho h und bewegte sich 
zwischen 39 und 400. 


Die Untersuchung ergab eine belegte 
Zunge, starken Meteorismus, begleitet von 
Verstopfung, welche erst einige Zeit vor dem 
Tode auftrat und bei der Auscultation der 
Thorax Unterdriickung der Atmungsgerausche 
an einigen Stellen. 

Patient starb am 16ten Februar, 3 Uhr 


Morgens. Fünf Stunden spater fand die Auto-~ 


psie statt, úber welche wir kurz berichten. 


Inspection: Gut entwickelte Leiche eines 
erwachsenen Mannes von schwarzer Haut- 
farbe. Leichenstarre gering. Die Extremitaten 
stark ódematós. Kein Erguss aus einer der 
natürlichen Kôrperôffnungen. 


Uber die Hautoberfláche zerstreut, aber 
besonders an den Extremitäten finden sich 
durch Abhebung der Haut entstandene Bläs- 
chen, aus denen bei der geringsten Verletzung 
hellgelbe Flüssigkeit aussickerte. Isolirt waren 
sie nicht über haselnussgross; beim Zusam- 
menfliessen bildeten sie ausgedehnte Läsionen, 
von den die grósste mit einem Durchmesser 
von 6 cm. an der rechten Schulter lokalisiert 


— , 105 


do. Abertas estas extravasava-se o liquido, 
deixando descoberto tecido francamente in” 
flamatorio. Nas mãos, principalmente na 
direita, eram muito pronunciadas estas lesões, 
ocupando quasi todo o dorso. Estendiam-se 
ainda sobre os dedos, principalmente o me- 
dio, onde havia foco purulento bastante pro- 
gundo. Entretanto, mesmo ai não atinjia o 
tecido osseo. 


Em pontos varios do corpo, sem predile- 
ção para este ou aquele, encontravam-se por 
palpação zonas endurecidas que se não des- 
jocavam no tecido onde estavam situadas. 
O volume variava do de azeitona ao de ovo 
de galinha, alias raro e apenas percebido na 
parte infero-externa da perna esquerda. 


À propria inspeção ocular muitos delas 
se apresentavam sob a forma de saliencias 
mais ou menos claras. 


Destes abcessos alguns, supraaponevro- 
ticos, se assentavam no tecido celulo-gordu- 
roso, outras, subaponevroticos, situados prin- 
cipalmente nas pernas e nos braços, continham 
denso puz, não havendo entretanto a rejistar 
destruição notavel da massa muscular. 


Nos musculos estriados encontravam-se 
focos purulentos, perfeitamente isolados ás 
vezes, em numero pequeno, outras, em nu- 
mero elevado, como acontecia no deltoide 
esquerdo; sempre pouco volumosos, atinjiam, 
no maximo, a dimensão de ervilha. 


Nos musculos profundos era total a 
ausencia de tais focos. É curioso assinalar a 
falta de correspondencia entre os focos intra- 
musculares e os subaponevroticos. Coração 
normal. Pulmões de volume pouco aumentado 
e consistencia maior que a normal; a super- 
ficie coberta de pequenas granulações de côr 
clara, de volume de ervilha e, mais raramente, 
de outras maiores de volume de avelã. 


Cortado o pulmão, granulações similares 
eram encontradas em toda superficie de seção, 
em numero relativamente menor que na parte 
periferica. Ganglios do mediastino de côr 
escura carregada, aumentados de volume. 

Rins de volume aumentado, capsula fi- 
brosa destacando-se com certa dificuldade 
apresentam ao corte desenho de coloração 


war. Nach Erófínung und Abfluss der Flússi- 
gkeit erscheint eine stark entzündete Ge- 
websflache. An den Hánden, besonders an 
der rechten, waren die Veránderungen sehr 
ausgesprochen und nahmen die ganze Dor- 
salseite ein. Sie erstreckten sich über die 
Finger, besonders den Mittelfinger, wo ein 
ziemlich tiefer Eiterheerd vorlag, der aber 
auch hier nicht bis auf den Knochen reichte. 


An verschiedenen Koórperstellen, ohne 
Bevorzugung einer bestimmten Gegend, fühlte 
man Infiltrationen, welche sich innerhalb der 
Gewebsschichten nicht verschieben liessen. 
Ihre Volume schwankte von Oliven bis zu 
Hiihnereigrósse; letztere war selten und wurde 
nur im unteren Teile der Aussenflache des 
linken Beines beobachtet. Schon bei der Besi- 
chtigung traten viele derselben als mehr oder 
weniger deutliche Erhebungen hervor. 


Von diesen Abszessen lagen einige úber 
den Fascien im Paniculus adiposus; andere, 
besonders an Armen und Beinen, waren 
unter der Fascie gelegen, und enthielten dicken 
Eiter, doch war keine deutliche Zerstórung 
der Muskelmasse zu beebachten. 


Ganz isoliert fanden sich in den quer- 
gestreiften Muskeln Eiterheerde, bald sparlich, 
bald in grosser Zahl, wie im linken Deltoi- 
des; sie waren sehr klein, hóchstens erbsen- 
gross. In den tiefer liegenden Muskeln fehlten 
sie vollständig. Das Fehlen eines Zusammen- 
hanges zwischen subfascialen und intramus. 
kularen Heerden verdient hervorgehoben zu 
werden. 


Herz normal. Lungen etwas volumôser 
und konsistenter wie gewóhnlich; die Ober- 
flache besat mit kleinen hellen Granulationen 
von Erbsen-und seltener von Haselnussgrósse. 
Auf der Schnittflache zeigen sich überall 
ahnliche Granulationen, jedoch in geringerer 
Zahl, als an der Oberflache. Mediastinal- 
driisen sehr dunkel gefarbt und vergróssert. 

Nieren vergróssert, die Kapsel nicht leicht 
abziehbar; auf der Schnittflache eine helle 
gefarbte Zeichnung mit deutlichen Gefassen. 
Leber normal. Milz vergróssert, blutreich und 


miirbe. Nebennieren und Schilddriisen ohne 


clara com vasos bem nitidos. Figado normal, 
Baço aumentado de volume, rico de sangue 
e muito friavel. Nada havia a rejistar nas 
capsulas suprarenais e na g'andula tireoide. 
Ganglios inguinais de volume exagerado. 


Cerebro com as meninjes pouco turvas, 
existindo na subaracnoide grande quantidade 
de liquido. Os vasos estavam fortemente 
distendidos pelo sangue. Aspeto das meninjes 
medulares identico ao das do cerebro. 

De todos os organs, pontos lesados e 
abcessos foram retirados fragmentos e fixados 
em formol a 10 0/0 e liquido de ZENKER para 
ulterior exame histolojico. De dois abcessos 
foi colhido abundante material para ensaios 
de cultura. 

Fizemos na mesma ocasião esfregaços de 
tecido, corando-os pelo metodo de GIEMSA 
e observámos bastonetes, na maior parte 
curtos, outras mais compridas, ás vezes dico_ 
tomos (Est. 17 Fig. 2), constituídos por proto. 
plasma que se corava em azul claro, semeiado 
de granulações de cromatina que tomavam 
coloração vermelha intensa. 

Bastante variavel é o numero destas gra- 
nulações; ás vezes numerosas, outras não 
passam de duas, colocadas nos polos do 
bastonete. 

Em continuação vemos ainda outras for- 
mas parasitarias, verificadas em cortes corados 
pela hematoxilina ferrea. Estas foram bem 
observadas nas capsulas suprarenais, onde 
existiam em numero grande e tambem no 
baço e pulmão. 

Formadas, ás vezes, por uma granulação 
de cromatina, corada em negro pela hemato- 
xilina e dispondo-se no extremo de uma 
parte protoplasmica clara (Est. 17 Fig. 5 e 7); 
outras vezes dividiam-se, o que se depreende 
da fig. 6 da mesma estampa, onde se encon- 
tram duas massas de cromatina intensamente 
coradas, bem separadas por um septo. Em 
estados mais adiantados de desenvolvimento 
vimos outras constituidas por segmentos 
diversos. São verdadeiras cadeias, onde se 
observam massas bem grandes de cromatina 
que podem ocupar toda extensão do segmento. 

Pelo que posteriormente foi observado 


nos animais inoculados acreditamos que 


5 


do, ss 


Besonderheiten. Inguinaldriisen ungewóhnlich 
gross. 

Am Gehirn die Háute etwas getriibt, im 
Subarachnoidalraum reichliche Fliissigkeit. 
Gefässe mit Blut iiberfiillt. Die Riickenmark 
haute bieten dasselbe Bild wie diejenigen 
des Gehirnes. 

Von allen Organen, sowie von den Lásio- 
nen und Abszessen wurden Stiicke entnommen, 
welche zur histologischen Untersuchung in 
10 o/o Formol und ZENKER’scher Flüssigkeit 
fixiert wurden. Aus zwei Abszessen wurde 
reichliches Material fiir Kulturen entnommen. 

Gleichzeitig wurden auch Ausstrichspra- 
parate gemacht und nach GIEMSA gefárbt. 
Wir beobachteten in denselben Stabchen, 
welche der Mehrzah! nach kurz, in der Min- 
derzahl lânger und manchmal gegabelt waren 
(Taf. 17, Fig. 2). Sie bestanden aus Proto- 
plasma, welches sich hellblau färbte, und 
eingeschlossenen, intensiv rotgefarbten Chro- 
matinkórnern. Die Zahl dieser Korner war 
ziemlich schwankend; manchma! betrachtlich, 
manchmal auf zwei beschrankt, welche sich 
an den Polen der Stabchen befanden. 

Ausserdem sind noch andere parasitáre 
Formen in mit Eisenhamotoxylin gefarbten 
Schnitten zu verzeichnen. Diese wurden deu- 
tlich in den Nebennieren beobachtet, wo sie 
sehr zahlreich waren; ausserdem in Milz und 
Lungen. Manchmal bestanden sie aus einem 
durch Hämatoxylinlôsung schwarz gefárbten 
Chromatinkorn, am Ende einer hellen Proto- 
plasmaportion gelegen (Taf. 17, Fig. 5 & 7); 
andere Male waren sie in Teilung, wie an 
Figur 6 ersichtlich, wo zwei stark gefarbte 
Chromatinmassen deutlich durch ein Septum 
getrennt erschienen. Auf einer weiteren Ent- 
wicklungsstufe sahen wir andere aus ver- 
schiedenen Segmenten bestehen. Sie bilden 
wirkliche Ketten, in denen man grosse Chro- 
matinmassen sieht, welche die ganze Lange 
derselben erfüllen kónnen. Nach spateren 
Beobachtungen an geimpften Tieren glauben 
wir, dass die Teilung des Pilzes an den 


=" 


nestes pontos, onde se aglomera a cromatina, 
é que se processa a divisão do cogumelo. 

Das formas observadas nos tecidos pas- 
semos para aquelas observadas no puz dos 
abcessos e que, de acordo com posteriores 
verificações em cultura e esfregaços de ani- 
mais de experiencia, julgamos-nos autorisados 
a interpretar como formas de cultura. Corados 
pelo metodo de GIEMSA apresentam-se, nos 
esfregacos de puz, longos filamentos septados 
e corados em azul com pontos diversos de 
cromatina, esparsos. 


Destes filamentos micelianos nacem bro- 
tos arredondados sem distribuição precisa, 
pontos de orijem de novo micelio que se dico- 
tomiza dando ramos claviformes, o que niti- 
damente se vé na Est. 17 fig. 1. 


Nesta mesma figura chamou nos atenção 
um ponto, onde existe reunião de formas 
isoladas, em que o protoplasma e cromatina 
são muito nitidos e que constituem provavel- 
mente formas em evolução dos bastonetes 
anteriormente descritos. 

Este modo de pensar é corroborado pelo 
exame das formas em cultura (Est. 16 Fig. 
59, 60, 61) e em tecido de animal inoculado 
(Est. 17 Fig 33, 34, 35). 

As figuras 3 e 4 da Est. 17 representam 
ainda esfregacos de puz do cadaver em que 
o desenho foi feito com ampliação maior, o 
que permitiu melhor verificar longos filamen- 
tos micelianos com septos mais proximos, 
limitando curtos segmentos, constituidos por 
protoplasma e cromatina bem evidenciados, 
estando alguns em via de divisão, 

A principio a segmentação se faz no inte- 
rior de membrana bem visivel, que só mais 
tarde acompanha a divisão, permitindo a 
separação de segmentos que, a nosso ver, 
nada mais são que aquelas formas, que em 
cultura constituem pontos de orijem de mice- 
lio. Anterior a esta segmentação, rejistámos, 
que o protoplasma em alguns pontos se 
estrangula para em seguida se dilatar. 

Justamente nos pontos de estrangula- 
mento processa-se a segmentação, que, termi- 
nada, permite que se isole o segmento no 
interior da membrana, que então se apresenta 


197 


Stellen stattfindet, wo sich das Chromatin 
anhauft. 

Von den im Gewebe beobachteten Formen 
gehen wir zu den im Abszesseiter beobach- 
teten über. Nach spateren Untersuchungen 
von Kulturen und Ausstrichspraparaten von 
Versuchstieren halten wir uns fiir berechtigt, 
dieselben als Kulturformen zu erkláren. Bei 
GIEMSAfarbung sieht man in den Ausstri- 
chspraparaten lange septirte Faden von blauer 
Farbe mit zerstreuten Chromatinpunkten. 

Aus diesen Mycelfâden entspringen unre- 
gelmassig verteilte, rundliche Sprossen, aus 
denen ein neues Mycel hervorgeht, welches 
unter Zweiteilung keulenformige Aeste bildet, 
welche man auf Taf. 17, in Fig. 1 deutlich 
erkennt. Ebendaselbst fallt ein Punkt auf, 
wo eine Ansammlung von isolierten Formen 
besteht, bei welchen Protoplasma und Chro- 
matin deutlich hervortreten; wahrscheinlich 
bilden sie Entwicklungsformen der friiher 
beschriebenen Stâbchen. 

Diese Auffassungsweise wird durch die 
Uniersuchung der Kulturformen ( Taf. 16, Fig. 
59, 60 und 61) und solcher von geimpften 
Tieren (Taf. 17, Fig. 33-35) gestützt. Fig. 3 & 4 
auf Taf. 17 zeigen noch Ausstriche von Eiter 
aus der Leiche, die bei stárkerer Vergrósserung 
gezeichnet wurden; man erkennt so deutlich 
lange Mycelfáden mit nahe zusammenstehen- 
den Septen, welche kurze Teilstiicken begren- 
zen, die deutlich aus Protoplasma und Chro- 
matin bestehen und teilweise in Teilung be- 
griffen sind. 


Anfânglich erfolgt die Teilung im Innern 
einer deutlichen Membran, die erst spater die 
Teilung begleitet und die Trennung von Se- 
gmenten gestattet, welche nach unserer Auff- 
assung eben die Formen sind, welche in der 
Kultur die Ausgangspuukte des Myzels bilden. 
Vor dieser Teilung bemerken wir, dass sich 
das Protoplasma an einigen Stellen eins- 
chniirt, um sich nachher wieder auszudehnen. 
Gerade an diesen Einschniirungen findet die 
Segmentation statt, welche nach ihrer Voll- 
endung gestattet, dass sich das Segment im 
Innern der Membran isoliert, welche dann 
besonders deutiich erscheint, da zwischen ihr 
und dem Protoplasma ein heller Zwischenraum 


muito mais nitida, havendo entre o proto- 
plasma e a membrana um espaço claro. Facil 
é verificar este fato na figura 3 Est. 17 enas 
formas individualisadas em muitos dos mice- 
lios da fig. 4. À fig. 25 Est. 16 indica clara- 
mente que ainda em cultura seguimos estes 
fatos. 

Na fig. 4 dois fatos curiosos se salientam: 
a presença de celulas redondas limitadas por 
membranas, de onde parte micelio, o que 
ainda verificámos em rato inoculado e em 
cultura (Est. 16 Fig. 16), e a presença de mi- 
celio esteril, em que o protoplasma, inteira- 
mente descorado, apresenta rara cromatina 
esparsa em finas granulações e outras muitas 
granulações que, pela reação corante, certa- 
mente não são de cromatina. Fato identico 
se verifica em cultura. 

Descritas as formas verificadas no cadaver 
passemos áquelas rejistadas em animais ino- 
culados com puz colhido na autopsia. 

Salientemos que nunca em animal conse- 
guimos reproduzir abcessos de marcha lenta 
semelhantes aos do doente, razão pela qual 
julgamos explicado, não termos verificado 
formas identicas ás descritas no puz humano. 

_ As figuras numero 12 a 30 da Est. 17 
referem-se todos a esfregaços de gomas no 
pulmão de ratos brancos inoculados com puz 
humano e corados pelo metodo de GIEMSA. 

Do exame microscopico cuidadoso de 
esfregacos de organs diversos concluimos que 
só ro pulmão deste animal se encontravam 
as formas micosicas que descreveremos. Alem 
deste nenhum outro germe foi observado. 

A figura 12, Est. 17 representa uma forma 
isolada com protoplasma e nucleo central; a 
figura 13 nada mais é que a precedente que 
se divide e de 14 a 19 o germe crece, os 
nucleos se afastam e novamente se dividem 
dando logar ás figuras 20, 21 e 22. 

Divisões successivas de cromatina dão 
lugar á formação de filamentos semeiados de 
cromatina que se asemelham ao descrito no 
puz humano (Fig. 23, 24-25-26-27-29 Est. 17). 

À figura 30 oferece o caso interessante 
de filamentos que se segmentam nos pontos 
em que se divide a cromatina cuja distribui- 
ção nos permite concluir pela formação de eie- 


198 


besteht. Man kann dies leicht in Fig. 3 auf 
Taf. 17 konstatieren und fiir die individuali- 
sierten Formen bei vielen der Myzelien der 
Fig. 4. An Taf. 16, Fig. 25 geht deutlich 
hervo:, dass wir diese Vorgánge auch in den 
Kulturen verfolgten. 


In Fig. 4 fallen zwei eigentiimliche Er- 
scheinungen in die Augen: das Vorkommen 
runder, von einer Membran begrenzter Zellen, 
von welchen Myzel ausgeht (welches wir 
auch bei geimpften Ratien und in Kulturen 
beobachteten) Taf. 16 Fig. 16 und dasjenige 
eines sterilen Myzeles, in welchem das ganz 
entfarbte Protoplasma wenig in feine K6rn- 
chen verteiltes Chromatin aufweist neben 
vielen anderen K6rnern, welche nach der 
Farbungsreaktion zu schliessen, sicher kein 
Chromatin sind. Ein ähnliches Verhalten 
wird auch in der Kultur beobachtet. 


Von der Beschreibung der Leiche festge- 
stellten Formen gehen wir zu denjenigen 
über, welche bei Tieren beobachtet wurden, 
welche mit dem bei der Autopsie gewonnenen 
Eiter geimpft wurden. 


Wir heben hervor, dass es uns niemals 
gelang, beim Tiere langsamverlaufende Abs- 
zesse hervorzurufen, wie sie bei dem Kranken 
bestanden; aus diesem Grunde scheint es uns 
erklárlich, warum wir niemals Formen beoba- 
chteten, welche den aus menschlichem Eiter 
beschriebenen entsprachen. 

Die Figuren 12-30 auf Tafel 17 beziehen 
sich alle auf Ausstriche von Knótchen aus 
den Lungen mit menschlichen Eiter geimpfter 
weisser Ratten, bei Anwendung der GIEMSA- 
fárbung. 

Aus der genauen Untersuchung von Ausstri- 
chen der verschiedenen Organe schliessen 
wir, dass die von uns zu beschreibenden 
Pilzformen sich nur in den Lungen dieser 
Tiere vorfanden. Ausser diesen wurden keine 
anderen Keime gefunden. 

Fig. 12 auf Tafel 17 zeigt eine isolierte 
Form mit Protoplasma und zentralem Nu- 
cleus; 13 die vorhergehende in Teilung; von 
14-19 wáchst der Keim, die Kerne entfernen 
sich und teilen sich dann auf's neue, wie Fig. 
20-22 zeigen. 


mentos isolados constituidos por protoplasma 
com duas granulações polares de cromatina 
como já acima foi descrito no puz humano. 
Da figura 28 depreende-se a existencia no 
rato de uma forma inicial da cultura. 


Descrito o que observámos em tecidos e 
puz humano em exame microscopico direto 
diremos do resultado das culturas e das ino- 
culações em animal de laboratorio do material 
colhido em autopsia. 


Semeiado o puz nos meios habituais para 
isolamento de cogumelo, pois do quadro cli- 
nico nos tinha nacido a idea de se tratar de 
uma afeção micosica, estereis resultaram todas 
as culturas. 


Inoculámos o puz colhido de abcessos 
superficiais e profundos em coelhos, cobaias 
e ratos brancos e cinzentos por via subcuta- 
nea, peritoneal e intraarticular. 


Os coelhos morreram um mez depois, 
sendo que o primeiro, embora apresentasse 
no ponto de inoculação uma zona ulcerada 
rica em puz espesso foi despresado devido a 
contaminação por numerosos bacterios. 


O segundo apresentava ao exame micros- 
copico granulações pequenas no pulmão e nos 
esfregacos dos rins multiplas formas micosi- 
cas, algumas das quais em divisão. 


As cobaias foram inoculadas nas articu- 
lações das extremidades posteriores com puz 
de cadaver, morrendo ambas vinte dias depois, 
apresentando nos pontos de inculacáo focos 
supurados e grande inflamação em todos os 
membros. 


Outra cobaia com inoculação no peritoneo 
morreu, cerca de um mez depois. 


À autopsia deste animal mostrou nas duas 
articulações dos membros posteriores e na 
de um membro anterior artrite purulenta e 
inflamação de todo o membro. No peritoneo 
grandes massas limitadas por espessas mem- 
branas, fortemente aderentes ao peritoneo 
constituidas por substancia caseosa de côr 
amarela suja e delas um aderia inteiramente 
ao figado. 


O exame microscopico revelou a existen- 
cia de ce'ulas dejeneradas, detritos celulares 


Ly aia mas 


Sukzessive Chromatinteilungen führen zur 
Bildung von mit Chromatin besáten Faden, 
welche den aus menschlichem Eiter beschrie- 
benen gleichen (Taf. 17, Fig. 23-29). 


Fig. 30 bildet den interessanten Fall von 
Faden, welche sich an den Stellen segmen- 
tieren, wo sich das Chromatin teilt; seine 
Verteilung lasst uns auf die Bildung isolierter 
Elemente schliessen, welche aus Protoplasma 
mit zwei polaren Chromatinkórnern bestehen, 
wie sie schon oben aus menschlichem Eiter 
beschrieben wurden. Aus Fig. 28 kann man 
auf das Vorkommen einer initialen Kulturform 
bei der Ratte schliessen. 

Nach Beschreibung dessen, was wir bei 
mikroskopischer Untersuchung des Eiters des 
Kranken beobachteten, wollen wir das Resultat 
der Kulturen und der mit dem bei der Sektion 
gewonnenem Materiale geimpften Laborato- 
tiustiere besprechen. 

Der Eiter wurde auf die gewóhnlichen 
zur Isolierung von Pilzen gebrauchten Medien 
geimpft, da das klinische Bild die Méglichkeit 
mykotischer Affektion nahe gelegt hatte; doch 
blieben alle Kulturen steril. 

Wir verimpften den aus oberflachlichen 
und tiefliegenden Abszessen gewonnenen Eiter - 
auf Kaninchen, Meerschweinchen, weisse und 
graue Ratten subcutan, intraperitoneal und 
intraarticular. 

Die Kaninchen starben nach einem Monat, 
doch wurde das erste wegen Verunreinigung 
durch zahlreiche Bakterien vorworfen, obwohl 
dasselhe an der Inokulationsstelle eine an 
dickem Eiter reiche geschwiirige Zone zeigte. 

Das zweite zeigte bei mikroskopischen 
Untersuchung kleine Granulationen in der 
Lunge und auf Ausstrichen der Nieren zahl- 
reiche Pilzformen, von denen einige in Teilung 
begriffen waren. 

Die Merschweinchen wurden mit dem 
Eiter aus der Leiche in die Gelenke der 
hinteren Extremitáten geimpft; beide starben 
nach zwanzig Tagen, wobei sie Eiterherde 
an dem Impístellen und eine starke Ent 
zündung oder Extremitäten zeigten. Ein 
anderes, ins Peritoneum geimpftes, Meersch- 
weinchen starb nach einem Monat. Die Sektion 
dieses Tieres zeigte an beiden Gelenken der 


e leucocitos, nada adiantando quanto 4 pes- 
quisa etiolojica. 

Retirámos deste material o suficiente para 
inocular coelho que morreu 15 dias depois, 
tendo o exame microscopico revelado muitas 
formas micosicas nos esfregaços de rim. 

Em quatro ratos, dois brancos e dois 
cinzentos inoculámos puz do cadaver na arti- 
culação uns e no peritoneo outros. Os dois 
brancos morreram 32 dias depois e os outros 
cerca de 60 dias apoz a inoculação. 

Todos apresentavam os pulmões inçados 
de focos purulentos miliares semelhante ao 
que se dá na esporotricose experimental, 
contendo puz viscoso que ao microscopio 
revelou formas identicas ás já observadas e 
descritas no puz humano. 


Em esfregaços de pulmão, rim, figado e 
baço as formas acima mencionadas eram 
muito abundantes. 

Foi semeiado em agar com maltose, de 
SABOURAUD, o material das gomas pulmo- 
nares, aparecendo as primeiras manifestações 
de cultura 20 dias depois. 

Com o pulmão deste rato fizemos ino- 
culação por via peritgneal em cobaia, coelho 
e ratos, morrendo os ultimos em dois dias, o 
que não permitiu tirar conclusões. 

As cobaias apresentaram no peritoneo 
coleções purulentas, espessas e esverdeadas 
e os coelhos morreram 42 dias depois com 
formas micosicas, em esfregacos de pulmão 
e rim. 

Daremos agora a descrição macroscopica 
da cultura que transplantada para agar com 
maltose de SABOURAUD em balão de 
ERLENMEYER, rapidamente se desenvolveu 
de modo a se ter em 24 horas impressão de 
crecimento vizivel. Em poucos dias (3-4) a cul- 
tura começa a tomar o aspeto que a carateriza, 

De côr havana clara e aspeto cerebriforme, 
elevando-se suficientemente acima do nivel 
do meio de cultura, apresenta contorno 
redondo. (Est. 15 Fig. 4). 


200 


hinteren und einem der vorderen Extremitaten 
purulente Arthritis und Entziindung des ganzen 
Gliedes, im Peritoneum ein grosses Exsudat 
welches aus einer kásigen Masse von schmutzig 
gelber Farbe bestand und von dicken, dem 
Peritoneum fest anhaftende Pseudomem- 
branen begrenzt war. Eine derselben war ganz 
mit der Leber verklebt. 


Die mikroskopische Untersuchung zeigte 
degenerierte Zellen, Detritus von soichen und 
Leukozyten, ohne fiir die Aetiologie etwas zu 
ergeben. 

Mit diesem Materiale impften wir ein 
Kaninchen, welches 15 Tage spater starb und 
bei der mikroskopischen Untersuchung zahl- 
reiche Pilzformen in den Nieren zeigte. 

Vier Ratten, zwei weisse und zwei graue, 
impften wir mit dem Eiter aus der Leiche, 
erstere intraperitoneal, letztere intraarticular. 
Die weissen starben 32, die anderen ca. 60 
Tage nach der Impfung. 

Alle zeigten die Lungen von miliaren 
Eiterheerden durchsetzt, ahnlich wie bei der 
experimentellen Sporotrichose ; der in dense- 
Iben enthaltene záhe Eiter zeigte unter dem 
Mikroskope ahnliche Formen, wie sie bereits 
im Eiter von der Leiche beobachtet und 
beschrieben wurden. 

In Ausstrichen von Lungen, Nieren Leber 
und Milz fanden sich die oben erwáhnien 
Formen sehr reichlich. 

Material von Lungenknotchen wurde auf 
Maltoseagar nach SABOURAUD verimpft 
und nach 20 Tagen erschienen die ersten 
Anzeichen einer Kultur. 

Mit Lunge von dieser Ratte impften wir 
Meerschweinchen Kaninchen und Ratten intra- 
peritoneal; letztere starben schon nach zwei 
Tagen und waren daher nicht zum Studium 
verwendbar. 

Die Meerschweinchen zeigten im Peri- 
toneum dicke, grünliche Eiteransammlungen 
und die Kaninchen starben nach 42 Tagen 
mit Pilzformen in Lungen-und Nierenausstri- 
chen. 


Wir lassen hier die makroskopische Beschrei- 
bung der Kultur fo'gen. (Est. 15 Fig.4) Auf 
SABOURAUD'schen Maltoseagar in ERLEN- 
MEYER'schem Kólbchen iibertragen, entwi- 


Posteriormente forma-se a zona periferica 
que se dispõe numa zona circular bem larga 
em que alternam numa disposição radiaria 
elevações e sulcos mais ou menos profundos. 
Na parte mais externa desta zona passa-se; 
sem solução de continuidade para outra mais 
lisa ménos humida que insensivelmente ter- 
mina no meio de cultura. 

Em culturas antigas a zona periferica em 
primeiro logar cobre-se de enduto branco mais 
ou menos continuo, depois na parte central 
algumas das circumvoluções se apresentam 
pulverisadas de branco. 


Nunca a cultura fica inteiramente branca 
como acontece na de Mastigocladium. Nem 
sempre as zonas central e perifericas são limi- 
tadas por duas linhas circulares concentricas, 
assim como ás vezes as circumvoluçôes da 
parte central podem ser bem mais elevadas. 


A cultura acima descrita é a tipica. No 
mesmo meio porem outros aspetos se apresen- 
tam embora mais raramente. Descreveremos 
tres obtidos com mais frequencia no correr 
das transplantações. | 

Uma pouco se eleva acima do nivel do 
meio. Não apresenta zona periferica lisa com 
a distribuição de raios anteriormente falado, 
não tem contorno regular e termina mergu- 
lhando no meio de cultura. A côr é havana 
clara, as circumvoluções muito finas em nu- 
mero maior e muito mais enoveladas. É raro 
encontrar se ponto esbranquiçado. 

Outras vezes o aspeto é de uma seção 
de cone, cortado proximo a base, sendo que 
a face interior é constituida por circumvolu- 
ções dispostas de modo mais regular. A côr 
que é escura, aproxima-se da do chocolate e 
é mais esbranquiçado na periferia e pulveri- 
zada de pontos brancos no centro. A parte 
periferica no ponto onde se encontra com a 
superfície de seção apresenta pequena salien- 
cia. À superficie de seção mais escura com 
circumvolugóes mais iregulares apresenta-se 
fracamente pontilhada de branco. Destes 


ckelte sie sich rasch, so dass anscheinend 
schon nach 24 Stunden etwas Wachstum 
erkennbar war. In 3-4 Tagen beginnt die 
Kultur das charakieristische Aussehen zu zei- 
gen. Sie hat einen runden Kontour, hellbraune 
Farbe, hirnartige Oberfláche und ist deutlich 
erhoben. Spáter bildet sich eine peripherische 
Zone, die breit ringfôrmig erscheint und in 
welcher radiár gestellte Erhebungen und 
Furchen von verschiedene Tiefe mit einander 
abwechseln. Nach aussen geht diese Zone 
kontinuirlich in eine glattere und weniger 
feuchte über, welche allmählich im Nährboden 
aufhort. à 

In alten Kulturen bedeckt sich zuerst die 
Peripherie mit einem weissen, mehr oder 
weniger zusammenhängenden, Belage; nachher 
erscheinen einige der Windungen im zentralen 
Teile weiss bestäubt. Niemals wird die Kultur 
ganz weiss, wie dies bei Mastigocladium der 
Fall ist. Die zentrale und die peripherische 
Zone sind nicht immer von zwei konzentri- 
schen Kreisen begrenzt; auch konnen man- 
chmal die Windungen in der zentralen Zone 
mehr erhoben sein. 

Die soeben beschriebene Kultur isttypisch. 
Doch erscheinen auf demselben Nährboden, 
allerdings seltener, auch solche von anderem 
Aussehen. Wir werden drei beschreiben, wel- 
che im Verlaufe der Uberimpfungen haufiger 
auftraten : 

Eine derselben erhebt sich iiber den 
Náhrboden und zeigt weder die erwahnte 
periphere glatte Zone mit der radiáren Stru- 
ktur, noch den regelmássiggen Kontour und 
endet indem sie in den Nährboden eindringt. 
Die Farbe ist hellbraun, die Windungen sind 
zahlreicher, feiner und komplizierter. Selten 
finden sich weissliche Punkte. 


Andere erinnern in der Form an einen 
nahe der Basis gemachten Kegelschnitt, wobei 
der Kegelmantel aus regelmássige angeor- 
dneten Windungen besteht. Die dunkle, fast 
schokoladenbraune Farbe ist an der i eri- 
pherie mehr weisslich und im Zentrum weiss 
bestaubt. Der peripherische Teil zeigt einen 
leichten Vorsprung, wo er mit der Oberflache 
des £chnittes zusammentrifft. Diese ist dunkler 
mit unregelmässigeren Windungen und 


dois, transplantando o germe, ora se obtem 
o mesmo tipo, ora o primitivo que tomámos 
por carateristico. 

Outro aspeto mais curioso é o da Est. 15 
Fig. 3 que consideramos de involução. Dela 
em transplantações successivas só se consegue 
o mesmo tipo sem nunca voltar ao primitivo. 
A cultura é côr castanha escura, muito hu- 
mida, com as circomvoluções de dobras muito 
mais largas, limitando ás vezes, partes, da cul- 
tura de superficie lisa e de côr escura tocando 
ao negro. 

Agar de SABOURAUD com glicoze. Cul- 
tura côr de creme muito elevada, contorno 
regular, circumvoluções numerosas e aproxi- 
madas. (Est. 15. Fig. 1). 

Meio de conservação. — À cultura não se 
“eleva acima do nivel do meio. A parte central, 
quasi inteiramente lisa, apresenta raros pontos 
que pouco se salientam e alguns sulcos que 
se dispoem como raios de circulo. À parte 
periferica estreita apresenta curtos sulcos por 
vezes muito proximos uns dos outros e que 
se dispoem ainda como raios, outras vezes 
os sulcos são muitos afastados e constituem 
continuação dos assinalados na parte central. 
Em parte da porção periferica ha a notar o 
aspeto branco que aparece tambem ainda em 
alguns pontos do centro. (Est. 15 Fig. 2). 

Cenoura. — O meio é muito favoravel, 
obtendo-se em pouco tempo ricas culturas 
côr de creme com circumvoluções muito altas, 
bem largas e que rapidamente se cobrem de 
um enduto branco. Desenvolve-se bem na 
agua glicerinada no fundo dos tubos, formando 
uma espessa pele que pela ajitação se destaca. 
O liquido ás vezes se turva, mas em geral 
mantem-se claro. (Est. 14. Fig. 2 e 3.) 

Em batata, meio igualmente favoravel, o 
aspeto é identico, sendo de assinalar que se 
produzem em algumas das culturas elevações 
piliformes o que se observa bem na Est. 14 
Fig. 1. No mais, a cultura é bastante semelhante 
a da cenoura, verificando-se ainda o mesmo 
aspeto na agua glicerinada. 


202 


schwach weiss bestäübt. Ubertragt man diess 
beiden Kulturen, so erhalt man entweder 
denselben Typus oder den ursprünglichen, 
von uns als charakteristisch angesehenen. 

Ein anderes, sehr sonderbares Bild, ist 
dasjenige von Fig. 3 Taf. 15, welche wir als 
Involution auffassen. Man erhält von diesen 
Kulturen bei weiterer Ubertragung immer 
dasselbe Bild und der primitive Typus erscheint 
niemals wieder. Diese Kulturen sind dunkel- 
braun, sehr feucht, mit breiteren Windungen, 
welche manchmal Stellen umgeben, welche 
glatt und sehr dunkel, fast schwarz sind. 

Auf Agar von SABOURAUD mit Glykose 
erscheint die Kultur rahmfarbig, sehr erhoben, 
mit regelmássigem Umriss und zahlreichen, 
dicht stehenden Windungen. (Est. 15. Fig. 1). 

Auf dem Náhrboden fiir die Konservierung 
ist die Kultur nicht erhoben; im nahezu ganz 
glatten zentralen Teile erscheinen wenige 
leicht erhobene Punkte und einige radiare 
Furchen. Der schmale peripherische Teil zeigt 
kurze, manchmal dicht stehende und ebenfalls 
radiáre Furchen; andere Male sind die Furchen 
sehr entfernt und bilden eine Fortsetzung 
der im zentralen Teile beschriebenen. An 
einem Teile der peripherischen Zone bemerkt 
man ein weisses Aussehen, wie es auch an 
einigen Stellen im Zentrum erscheint. (Est. 15 
Fig. 225): 

Rúben bilden einen sehr giinstigen Náhr- 
boden, auf welchem man in kurze Zeit úppige, 
rahmfarbene Kulturen erhált; die Windungen 
sind breit und hoch und bedecken sich rasch 
mit einem weissen Belag. Sie entwickelt sich 
gut im glyzerinhaltigen Wasser am Grunde 
der Róhrchen und bildet eine dicke Haut, 
welche sich beim Schiitteln ablóst. Die Fliissi- 
gkeit trübt sich zuwe:len, bleibt aber gewóhn- 
lich klar. (Est. 14. Fig. 1 u 3). 

Auf Kartoffel, welche ein eben so guen- 
stiges Nährmedium bilden, ist das Aussehen 
dasselbe, nur dass man bei einigen Kulturen 
das Aussehen von haarartigen Erhebungen 
bemerkt, wie Fig. 1, Taf 14, deutlich erkennen 
lásst. Der Nährboden ist demjenigen der 
Riiben iibrigens sehr áhnlich und man beoba- 
chtet auch dasselbe Bild auf dem glyzerinhai- 
tigen Wasser. 


weak ATO); ppa 


Agar simples e agar de LOEFFLER — 
Germinação abundante, côr de creme com a 
superficie rugosa e resistente. 

Gelatina. — Germina na superficie, lique- 
fazendo o meio. 

Caldo maltosado. — Na superficie forma 
se pele muito espessa com abundantes cir- 
cumvoluções largas e elevadas. 

Caldo cenoura. — O germe se cultiva 
bem neste meio, assim como na agua pepto- 
nada, formando na superficie pele que adere 
ás paredes dos tubos e que pela ajitação se 
desprende. 

Abordemos agora á descrição microsco- 
pica da cultura. Oito horas de cultura em 
meio de SABOURAUD permitiu nos verificar 
formas iniciais de cultura que se reproduziam 
de modo analogo ao dos levedos o que nos 
foi permitido verificar em outras preparações 
de culturas mais antigas (Fig. 2, 22, 23, 24 e 
28 Est. 16). Alem disso, conseguimos ainda ve- 
rificar formacáo de micelio. Em geral o esporio 
torna-se piriforme com a cromatina dissemi- 
nada como se vé da figura 3-9. Em outras 
figuras 11, 13 e 14 dispõe se a cromatina em 
faixa no ponto onde posteriormente se vae 
processar a divisão. 

O conidio continua com pouca cromatina, 
alonga-se o micelio para depois se segmentar. 
Os segmentos estão sempre constituidos de 
protoplasma e cromatina (Fig. 18, 19, 26, 27). 
Na figura 25, vêm-seno interior do filamento 
miceliano muitos conidios. 


Posteriormente rompem-se os filamentos, 
dando saida aos conidios, como bem se veri- 
fica nas figuras 24, 27, 28. 

Dos conídios em liberdade nace o micelio, 
como nitidamente se observa na figura 28. 

Da figura 29 a 52 Est. 16 estão represen- 
tadas formas de culturas de quatro dias. Ao 
lado de conidios eliminados, encontram-se 
filamentos segmentados e alguns dos segmen- 
tos mais longos em via de ramificação. Alem 
destas, rejistamos ainda a presença de mi- 
celio esteril. (Fig. 47 e 52). 

As figuras 53 a 59 são de cultura de seis 
dias. Ha a assinalar entre estas a presença de 
formas inteiramente analogas ás verificadas 
no tecido humano e de animais inoculados. 


Auf einfachem Agar und solchem nach 
LOEFFLER erhált man üppige, rahmfarbige 
Kulturen mit runzeliger und resistente Ober- 
flache. 

Auf Gelatine wachst der Pilz unter Ver- 
fliissigung. 

Auf Bouillon mit Maltose bildet sich an 
der Oberflache eine Haut mit breiten und 
hohen Windungen. 

Auf Riiben dekokt wáchst der Pilz gut, 
ebenso, wie in Peptonwasser, indem er an 
der Oberfiáche eine Haut, bildet, welche der 
Wand des Róhrchens anhaftet und sich beim 
Schiitteln ablóst. 


Wir wenden uns nun zur Beschreibung 
der Kulturen im mikroskopischen Praparate. 
Acht Stunden nach Ubertragung auf den 
Nährboden von SABOURAUD konstatierten 
wir initiale Kulturformen, welche sich nach 
Art der Hefen vermehrten, wie wir es auch 
in anderen Praparaten von 4lteren Kulturen 
beobachteten (Taf. 16, Fig. 2, 22, 23, 24 & 28). 
Ausscrdem konnten wir auch Myzelformen 
konstatieren. Gewôhnlich wird die Spore 
birnfórmig mit zerstreutem Chromatin, wie 
Fig. 3-9 zeigen. Anderemale (Fig. 11, 13 & 
14) lagert sich das Chromatin in Bandform 
da, wo nachher die Teilung stattfindet. 

In den Konidien bleibt das Chromatin 
spárlich; das Myzel streckt sich und teilt 
sich darauf. Die Teilstiicke bestehen immer 
aus Protoplasma und Chromatin (Fig. 18, 
19, 26 & 27). In Figur 25 sieht man zahlreiche 
Konidien im Innern eines Myzelfadens. 

Spáter zerreissen die Faden und lassen 
die Konidien austreten, wie die Fig. 24, 27 
& 28 deutlich zeigen. Aus den frei gewor- 
denen Konidien entwickeln sich die Myzelien, 
wie in Fig. 28 klar zu sehen ist. 

In Fig. 29-52 der Taf. 16 sind Formen aus 
viertagigen Kulturen wiedergegeben. Es sind 
darunter Formen hervorzuheben, welche denen 
im menschlichen Gewebe und bei geimpften 
Tieren beobachte‘en vollstandig entsprechen. 

Die Fig. 59-61 stammen einer noch 
álteren Kultur von 15 Tagen und zeigen 
dieselben Formen, wie sie bereits von 
Nierenausstrichen von mit Kulturfiltrat 
geimpften Tieren beschrieben worden sind. 


As figuras 59, 60, 61 são de cultura ainda 
mais antigas, de 15 dias e apresentam formas 
identicas áquelas já descritas em esfregaços de 
rim de rato inoculado com filtrado de cultura, 


As demais figuras da estampa nada mais 
são que restos de cogumelo dejenerados e 
observados em cultura de 8 mezes. 


e 


A evolução do germe é extremamente 
rapida, a ponto de uma cultura de 8 horas 
oferecer esbocada toda evolução e em poucos 
dias (3-4) observarmos formas adiantadas de 
dejeneração. 


Os desenhos da cultura foram todos rea- 
lisados com obj. de 2 mm. Ocul. comp. 3 e 
platina ao nivel da mesa de desenho. 


Sobre a biolojia do cogumelo pouco 
adiantamos. Alem da liquefagao da gelatina 
e coagulação do leite verificámos a não pro- 
dução de indol, mesmo em culturas antigas, 
e a ausencia de fermentação em meios de 
cultura, contendo glicose lactose e manita. 


Foi tambem verificada a resistencia ao 
calor, tendo sido notado que o aquecimento a 
800 destruia o germe em uma hora, ao passo 
que apoz aquecimento de 1/2 hora conseguia 
se não só cultura em meio artificial mas 
ainda infetar animais sensíveis. 


O que de mais curioso temos a rejistar 
é a filtrabilidade em velas BERKEFELD e 
CHAMBERLAND F. 


Preparavamos para filtração fortes emul- 
sões e inoculavamos quantidades grandes do 
filtrado por via peritoneal e em grande pro- 
porção dos animais inoculados conseguimos 
infeção. 

Nunca do filtrado por mais larga que 
fosse a semeiadura, conseguimos cultura. 


Estudada a cultura, digamos agora das 
inoculações. 


Inoculámos pombos, galinhas, ratos, coe- 
lhos, cobaias e saguis. Com exceção dos 
dois primeiros que não contraiam a infeção 
todos os outros morriam em espaço variavel 
de tempo segundo a dose inoculada, tendo 
um sagui morrido 6 dias depois da inoculação. 


Certo é que para se observar lesões 
comparaveis aos dos animais inoculados com 


204 


Die übrigen Figuren derselben Tafel 
zeigen nur Reste degenerierter Pilze, wie sie 
in einer acht Monate alten Kultur beobachtet 
wurden. 

Die Entwicklung des Pilzes ist eine 
ausserst rasche, so dass schon eine achtstun- 
dige Kultur die Umrisse der Entwicklung zeigt 
und bereits nach 3-4 Tagen beobachteten wir 
vorgeschrittene Degenerationsformen. 


Die Zeichnungen der Kulturen wurden 
alle mit einem Obj. von 2 mm., Comp. oc. 
3 auf der Hóhe des Objekttisches gezeichnet. 


Úber die Biologie des Pilzes haben wir 
nicht viel festgestellt. Neben Verflüssigung 
der Gelatine und Gerinnung der Milch beoba- 
chteten wir das Fehlen von Indolbildung 
selbs in alten Kulturen, sowie der Gahrung 
in Náhrbóden, welche Glykose und Mannit 
enthielten. 


Es wurde auch die Resistenz gegen 
Hitzegrade geprúft und konstatiert, dass 
Erwarmen auf 800 wáhrend einer Stunde den 
Pilzes tótete, wahrend nach einer halben 
Stunde derselbe noch auf kiinstlichen Náhr- 
bóden wuchs und empfangliche Tiere infi- 
zierte. 

Als besonders merkwiirdig miissen wir 
die Filtrabilitat durch BERKEFELD filter und 
CHAMBERLAND'sche Kerzen (F) verzeich- 
nen. 

Fúr die Filtration bereiteten wir starke 
Emuisionen und verimpften grosse Quantitaten 
des Filtrates intraperitoneal und erhielten so 
die Infection eines grossen Teiles der geim- 
pften Tiere. 


Im zentrifugierten Filtrate fanden wir 
Pilzformen, doch gab uns dasselbe auch in 
reichlichster Aussat niemals Kulturen. 

Nach Besprechung der Kulturen wenden 
wir uns zu den Tierversuchen. 

Wir impften Tauben, Hiihner, Ratten, 
Meerschweinchen, Kaninchen und Seidenaf- 
chen. Die Vôgel liessen sich nicht infizieren, 
aber die andern Tiere starben alle in verschie- 
denen Zeitraumen nach der Infektion, das 
eine Afichen schon nach sechs Tagen. 

Will man Veranderungen erzicien, wie 
sie denjenigen entsprechen, welche bei den 


4 


——— «205 


material humano era necessario inocular dose 
muita pequena para que fosse lenta a evolu- 
ção da infeção, como tivemos ocasião de 
observar em um rato, onde é fato curioso a 
pobreza de germes nos esfregaços. 


Assim mesmo, deste material tão pobre 
pudemos isolar o germe cuja cultura era em 
tudo semelhante ao do isolado do rato inocula- 
do com puz humano. 


Alem das formas já descritas em animais 
inoculados com puz humano, nos inoculados 
com a cultura encontrámos ainda outras que 
convem salientar. 


São entre estas, mais interessantes as 
verificadas em esfregaços de rim de rato branco 
inoculado com filtrado de cultura em vela 
CHAMBERLAND F. posteriormente aquecido 
a 800 durante 1/2 hora. 


Desta figura torna-se clara a evolução 
do cogumelo o que aliás já foi descrito em 
cultura. 

Dos conidios alguns ainda protejidos de 
membrana, tendo cromatina ás vezes em di- 
visão (Est. 17 fig. 32, 33) nacem pequenos 
brotos, constituidos a principio exclusivamente 
por protoplasma (Est. 17 fig. 36, 37,38) possuin- 
do depois um nucleo, como se observa nas 
figuras 39 e 40 da mesma estampa. Observa-se 
tambem que de outros conidios ainda não 
inteiramente libertados já começa a nacer 
micelio. (Fig. 48). Da figura 41 a 54 acompanha 
se a evolução do micelio até que terminada 
a segmentação se formam os elementos indi- 
vidualizados. 


Pelo descrito facilmente se evidencia a 
dificuldade em colocar o cogumelo citado 
entre qualquer das especies já conhecidas. 

Aproveitámos os ensinamentos de MA- 
TRUCHOT a proposito da classificação do 
genero Mastigocladium e colocámos o cogu- 
melo entre as mucedineas hialosporas. 


Consideramol-o ascomiceto imperfeito 
que se aproxima do genero Mastigocladium 
e portanto dos generos Cephalosphorium e 
Verticilliuam. Propomos para ele novo ge- 
nero e nova especie pela impossibilidade de 
identifical-o com qualquer dos cogumelos 
patojenicos descritos. 


mit menschlichen Material geimpiten Tieren 
vorkamen, so muss man zweifellos sehr kleine 
Dosen einimpien, damit die Infektion langsam 
verlaufe, wie wir Gelegenheit hatten bei 
einer Ratte zu beobachten, wo die Armut der 
Ausstrichpraparate an Pilzen ganz merkwiirdig 
war. Dennoch konnten wir aus diesem so 
armen Materiale einen Pilz isolieren, dessen 
Kultur ganz derjenigen glich, welche von der 
mit menschlichem Eiter geimpften Ratte 
isoliert wurde. 


Ausser den schon beschriebenen Formen 
bei mit menschlichem Eiter geimpften Tieren, 
fanden wir bei den mit Kultur geimpften noch 
andere, welche hervorgehoben zu werden 
verdienen. Zu den interessantesten gehóren 
diejenigen in Ausstrichspraparaten aus den 
Nieren weisser Ratten, welche mit durch die 
CHAMBERLAND’sche Kerze geimpften und 
wáhrend einer halben Stunde auf 800 er- 
hitzten Kultures geimpft waren. Auf diese 
Weise kann man die Entwicklung des Pilzes, 
welche iibrigens schon in den Kulturen 
beschrieben wurde, gut verfolgen. 


Aus den Konidien, welche zum Teil noch 
von der Membran umgeben sind, zum Teil 
auch Chromatin in Teilung zeigen (Taf. 17, 
Fig. 32 & 33) entstehen kleine Sprossen, 
welche urspriinglich nur aus Protoplasma 
bestehen (Taf. 17, Fig. 36-38), spater aber 
einen Kern erhalten, wie Fig. 39 & 40 der- 
selben Tafel zeigen. Man sieht, dass auch 
Myzel aus andern, noch nicht vóllig frei 
gewordenen Konidien entspringt. In den 
Fig. 41-54 kann man die Entwicklung des 
Myzels bis zur Vollendung der Segmentierung 
und Bildung isolierter Formen verfolgen. 

Aus der Beschreibung erkennt man die 
Schwierigkeit unseren Pilz bei einer der 
beschriebenen Arten unterzubringen. Gestiitzt 
auf die Lehren von MATRUCHOT über 
die Klassifikation des Genus Mastigocladium 
stellen wir den Pilz zu den Muzedineen mit 
hyalinen Sporen und taxieren ihn als imper- 
fekten Askomyzeten, der dem Genus Masti- 
gocladium und daher auch Cephalosporium 
und Verticiilium nahe steht. Da er sich weder 
mit diesen noch mit einem der bekannten 
pathogenen Pilze identifizieren lásst, stellen 


Seguindo a proposição do Dr. ADOLPHO 
LUTZ, a quem muito agradecemos o inte- 
resse que tomou por nosso trabalho e os 
ensinamentos que nos ministrou, denomina- 
mos o novo cogumelo Proteomyces infestans, 
nome este que se explica pelas formas ru- 
dimentares de reprodução apresentadas e pela 
intensa ação patojenica observada. 

Diremos agora o que observámos em 
exame histo-patolojico. 

Os abcessos cutaneos, referidos na au- 
topsia erão difusos e atinjindo o tecido ce- 
lular subcutaneo. Na parte mais central 
existiam muitas celulas migradoras, principal- 
mente polimorfonucleares, ao lado de de- 
tritos celulares. Viam-se ai raras formas mi- 
cosicas, quasi sempre isoladas. A proporção 
que se aproxima da periferia encontram-se 
tecido conjuntivo e gorduroso, invadidos por 
muitas celulas fagocitarias cujo numero di- 
minue até insensivelmente passar para o te- 
cido são. 

As celulas proprias do tecido sofrem ás 
vezes divisão, e não raro na parte periferica 
de alguns abcessos existem fibroblastas em 
formação. 

Na zona mais externa é intensa a vas- 
cularisação formada por vasos muito dila- 
tados e completamente cheios de sangue, dos 
quais alguns sofreram rutura da parede de 
onde sair sangue que se infiltrou até a parte 
central do abcesso. Entre as fibras dos ner- 
vos, invadidos pelos abcessos ha numero 
elevado de celulas inflamatorias. 

Nos pontos, onde o abcesso não chega e 
não ha lesão do epitelio, este pode apresentar 
altura redusida, devido á compressão. Nos 
pontos onde a lesão se estende á epiderme, 
esta apresenta as celulas dissociadas por 
substancia liquida coagulada peios fixadores. 
Esta dissociação é tanto mais notavel, quanto 
mais proximo se chega das camadas mais 
externas. 

Os vasos das papilas estão fortemente dis- 
tendidos por sangue. O tecido da papila 


POO) Sea 


wir fiir denselben ein neue Genus auf. Wir 
folgen einem Vorschlage von Dr. A. LUTZ 
welchem wir auch sein Interesse fiir unsere 
Arbeit und seine Belehrungen bestens ver- 
danken, nennen wir den neuen Pilz: Proteomy- 
ces infestans, ein Name, der sich aus der 
Vielgestaltigkeit seiner Formen und der in- 
tensiven und progressiven pathogenen Eigen- 
schaft erklárt. 

Wir schliessen hier noch einige histo- 
pathologische Beobachtungen zu: 

Die bei der Autopsie beobachteten Abs- 
zesse waren diffus und griffen auf das sub- 
kutane Bindegewebe iiber. In ihrem Zentrum 
fanden sich neben Zelldetritus Wanderzellen, 
besonders solche mit polymorphen Kernen. 
Man sah hier spárliche Pilzformen, die fast 
immer isoliert waren. Bei Annáherung an die 
Peripherie findet man Binde-und Fettgewebe 
von vielen Phagozyten erfiillt, deren Zahl 
allmáhlich abnimmt, wáhrend das Gewebe 
nach und nach normal wird. 

Die Gewebszellen selbst gehen manchmal 
Teilungen ein und nicht selten beobachtet 
man an der Peripherie der Abszesse die 
Bildung von Fibroblasten. In der äussersten 
Zone ist die Vaskularisation sehr intensiv, die 
Blutgefásse sind sehr erweitert und mit Blut 
überfüllt; einige derselben sind geplatzt und 
lassen Blut austreten, welches den Abszess 
bis zu seiner Mitte infiltriert. Zwischen den 
Nerven, welche von den Abszessen erreicht 
wurden, finden sich entziindliche Zellen in 
grosser Zahl. Wo die Abszesse das Epithel 
nicht erreichen, kann dieses in Folge des 
Druckes in seiner Hóhe stark reduziert erschei- 
nen. Wo sich die Veránderungen auf die 
Epidermis erstrecken, sind die Zellen derselben 
durch eine Fliissigkeit getrennt, welche in 
Folge der Fixierung geronnen erscheint. Diese 
Anordnung wird um so deutlicher, je mehr 
man sich den áussersten Schichten náhert. 

Die Blutgefásse der Papillen sind stark 
injiziert. Das Gewebe derselben ist mit Fltissi- 
gkeit durchtrankt, welche nach der Fixierung 
ein Fibrinnetz mit sehr dicken Balken zeigt. 
Hámorrhagien sind daselbst sehr haufig. 

In den Muskeln, welche unter den sub- 
aponeurotischen Abszessen liegen, haben wir 


está infiltrado por liquido que, apoz fixação, 
apresenta uma rede de fibrina, de traves muito 
espessas. 

Muito frequente é a hemorajia nas papilas. 

Nos 'musculos, situados abaixo dos ab- 
cessos subaponevroticos, temos a assinalar a 
intensa reação inflamatoria no ponto corres- 
pondente á coleção purulenta e á destruição 
de varias fibras musculares. Nos musculos, 
onde se assestam lesões limitadas, o processo 
está perfeitamente circumscrito. Por vezes em 
plena massa muscular observa-se bem limitado 
foco supurado, formado pela destruição de 
fibras musculares, não se verificando reação 
inflamatoria ao redor do nodulo. Este contem 
na sua parte central restos de fibras muscu- 
lares, leucocitos integros ou em destruição, 
celulas conjuntivas alteradas e raras hematias, 
Mergulhados neste tecido em destruição, en- 
contra-se em muitos pontos capilares finos 
não destruidos. Na parte mais externa deles, 
vêm-se fibras musculares destruidas por celulas 
migradoras. Para fóra desta zona, o tecido 
não apresenta a menor alteração. 

Dos organs descrevemos a capsula supra- 
renal, baço e pulmão que ao microscopio 
apresentavam lesões. 

A capsula suprarenal estava profunda- 
mente alterada em todas as camadas. 

As celulas perderam as conexões intimas 
e, em alguns pontos estavam completamente 
destacadas. 

As celulas glandulares em todo o orgam 
coravam-se com dificuldade. 

Principalmente na zona faciculada vêm-se 
numerosas formas micosicas, ora isoladas, ora 
dispostas em feixes. (Est. 18. Fig. 1.) 

Baço: Raros pontos hemorajicos disse- 
minados no parenquima e nestes pontos, ás 
vezes infiltrações lencocitarias. Raras formas 
micosicas, irregularmente dispostas. 

Pulmão: Abcessos bem limitados no pa- 
renquima pulmonar e, ao redor deles, os alveo- 
los cheios de exsudato fibrinoso, rico em 
celulas epiteliais e polinucleares. Em varios 
pontos dos tecidos pequenos focos de hepa- 
tisação vermelha. 

No pulmão de animais de experiencia 
verifica-se bronco-pneumonia, pneumonia com 


207 == 


eine intensive Entziindungsreakiion an den, 
der Eiteransammlung am Nächsten gelegenen, 
Stellen und den Untergang verschiedener 
Muskelfasern zu verzeichnen. Wo in den 
Muskeln gut begrenzte Eiterherde existieren, 
ist der Prozess scharf umschrieben. Manchmal 
beobachtet man in der Mitte der Muskelmasse 
einen scharf begrenzten Eiterherd, in welchem 
die Muskelfasern zerstórt sind, wahrend man 
um das Knôtchen keine entziindliche Reaktion 
erkennt. Letzteres enthált im zentralen Teile 
Reste von Muskelfasern, veránderte Bindegé- 
webszellen und spárliche rote Blutkórperchen, 
wahrend mancherorts inmitten dieses zerstór- 
ten Gewebes feine Kapillaren erhalten sind. 
Ganz nach aussen sieht man durch Wander- 
zellen zerstórte Muskelfasern, wahrend ausser- 
halb dieser Zone das Gewebe nicht die 
geringste Veránderung zeigt. 

Die Nebennieren waren in allen Schichten 
stark verándert. Die dichte Verbindung der 
Zellen erscheint gestórt und manchmal liegen 
dieselben vollstándig frei. Die Driisenzellen 
farben sich überall schwer. Besonders in der 
faszikuláren Zone sieht man zahlreiche Pilz- 
formen, bald isoliert, bald in Biindeln geordnet. 
(Taf. 18. Fig. 1.) 

Im Milzparenchym findet man spárlich 
kleine Hámorrhagien, manchmal von leuko- 
zytáren Infiltrationen begleitet, und unregel- 
mássig verteilte Pilzelemente in geringer 
Zahl. 

Die Lungen zeigen im Parenchym gut 
abgegrenzte Abszesse und um dieselben 
Alveolen, die mit einem, an Epithelien und 
polynukleáren weissen Blutkórperchen reichen, 
fibrindsen Exsudate erfiillt sind. An ver- 
schiedenen Stellen finden sich kleine Herde 
mit roter Hepatisation. 

In den Lungen von Versuchstieren kon- 
statiert man Bronchopneumonie, rot oder 
grau hepatisierte Pneumonien, Knótchen und 
Abszesse. In solchen Verânderungen findet 
man die Parasiten immer in geringerer oder 
grósserer Zahl. In den Abszessen wird die 
an von Pilzfâden reiche Wandung von Leuko- 
zyten mit polymorphen Kernen und oft sehr 
zahlreichen Plasmozyten durchsetzt Eine 
andere merkwiirdige Beobachtung ist auf 


208 


hepatisação vermelha ou cinzenta, nodulos e | Taf. 18, Fig. 2, abgebildet, wo die Wand 
abcessos. Nestas lesões sempre se encontra | einer Arterie von den Pilzen befallen erscheint. 


o parasito com maior ou menor frequencia. 
No abcesso, a parede cheia de filamentos 
micosicos, é invadida por celulas polimorfo- 
nucleares e plasmocitos, ás vezes muito 
abundantes. 

Outro fato curioso se vê representado na 
Est. 18 Fig. 2, onde se observa a parede de um 
vaso arterial invadida pelo cogumelo. Obser- 
vámos fato identico em paredes de bronquio. 

Que seja o Proteomyces infestans o cau- 
sador do quadro morbido observado, prova-se 
pelo resultado positivo da inoculação em rato, 
coelho e cobaia, peia ausencia de outro cogu- 
melo ou de bacterio nos pontos lesados, pela 
cultura pura, obtida de animais inoculados, 
pelo quadro histo-patolojico e finalmente pelo 
reisolamento do cogumelo de animais inocu- 
lados com a cultura pura. 

Trata-se pois de nova micose humana. 


Prof. FERNANDO TERRA que sempre nos 
permite a mais absoluta liberdade de tra- 
balho no serviço clinico que dirije e ao Dr. 
VICTOR TEIVE que muito nos auxiliou, 
fornecendo a observacáo do doente. 


Manguinhos, Janeiro de 1913. 


Ahnliche Beobachtung machten wir auch an 


| den Bronchien. 


Die Griinde, welche dafiir sprechen, dass 


| das beobachtete Krankheitsbild durch den 


Proteomyces infestans hervorgeruten wird, 
sind folgende: Positives Resultat der Uber- 
tragung auf Ratten, Kaninchen und Meer- 
schweinchen, Abwesenheit von anderen Pilzen 
oder Bakterien an den verânderten Stellen, 
Gewinnung von Reinkulturen von den geim- 
pften Tieren, das histopathologische Bild und 
endlich die Wiedergewinnung des Pilzes aus 
den Geweben der mit Reinkulturen geimpften 
Tiere. 


Es liegt also eine neue Mykose des Men- 
schen vor. 
Zum Schlusse sprechen wir Hrn Prof. 


; . | TERRA, der uns in seiner Krankenabteilung 
Ao terminar, nossos agradecimentos ao | 


stets vóllige Arbeitsfreiheit gestattete, unse- 
ren besten Dank aus und ebenso Hrn. Dr. 
VICTOR TEIVE, der uns durch Mitteilung 
der Krankengeschichte einen wichtigen Bei- 
trag lieferte. 


Manguinhos—Rio de Janeiro, Januar 1913. 


Est. 14 — Fig. 1. 


» 


> 


Explicação das estampas: 


Cultura em batata. 
> 283. > » 


» — cenoura. 
15 — » 1. > >» agar de SA- 
BOURAUD com glicose. | 
» — » 2. Cultura em meio de con- | 


servação. 


BOURAUD com maltose. 


Pl Nee 


» 3&4. Cultura em agar de SA- | 


16 — Formas de culturas em diferentes | 


estadios de evolução 
pelo metodo de GIEMSA. 
17. — Fig. 
de cadaver. Coloração pelo me- 
todo de GIEMSA. 
== » 


das em cortes de organs huma- 


1-2-3 e 4. Preparações de puz | 


corádas | 


5-11 Formas micosicas encontra- | 


nos. Coloração pela hematoxilina | 


ferrea. 


metodo de GIEMSA, 


ÿ 
Y 


branco inoculado com filtrado 
de cultura em vela CHAMBER- 
LAND F. Coloração pelo me- 
todo de GIEMSA. 

» 1. Capsula supra-renal invadida 
pelo cogumelo. 

» 2. Parede de vaso arterial inva- 
dido pelo cogumelo. 


17 


» 12-30 Esfregaços de gomas pul- | 
monares de rato, córados pelo 


31-54 Esfregaços de rim de rato | 


> 


» 


Erklaerung der Abbildungen 


| Taf. 14—Fig. 1. Kultur auf Kartoffel. 


»— 2283 » » Riibe. 
15— » 1. » » Glykoseagarnach 
SABOURAUD. 
»—> 2. Kultur auf Conservirungs- 
medium. 
» — » 3&4 Kultur auf Maltoseagar nach 
SABOURAUD. 


16 —Kulturformen verschiedener Entwi- 
cklung. GIEMSAfarbung. 

17 —Fig. 1, 2, 3 & 4: Praparate von Eiter 

aus der Leiche, nach GIEMSA 

gefarbt. 

5-11: Pilzformen, die in Schnitten 

menschlicher Organe gefunden 


wurden. Eisenhamatoxylinfar- 
bung. 
—» 12-30: Ausstrichpráparate von 


Knótchen aus der Rattenlunge. 
GIEMSA. 

31-54: Ausstrichpraparate aus 
der Niere einer mit durch CHAM- 
BERLAND'sche Kerze (F.) fil- 
trierten Kultur. 

1. Von dem Pilz befallene Ne- 
benniere. 

2. Von dem Pilz befallene Arte- 
rienwand. 


AA 


=> AA > 


o En Me 
BIBLIOGRAFIA, 


Bibliographie. 
BLOCH, BR. UND VISCHER AD — 1911. Die Kladiose, eine durch einen bisher nicht 
bekannten Pilz (Mastigocladium) hervorgem- 
fene — Dermatomykose. 


Arch. I. Dermat u Syphilis Bd 5 CVill 
H 3 Pg. 477-512. 


MEMORIAS DO INSTITUTO OSWALDO CRUZ 
spo WZ SS) ==> ESTAMPA |4 


. ON Co 
AA 


4 
4 


Rub. FISCHER, del 


MEMORIAS DO INSTITUTO OSWALDO CRUZ 


Tomo Y - 1913 ESTAMPA 15 


Rup. FISCHER, del. 


MEMORIAS DO INSTITUTO OSWALDO CRUZ 
Tomo Y - 1913 


ESTAMPA |G 


CastroSilva. del. 


MEMORIAS DO INSTITUTO OSWALDO CRUZ 


ESTAMPA |7 


Tomo V - 1913 


CastroSilva. del. 


MEMORIAS DO INSTITUTO OSWALDO CRUZ 


ESTAMPA 18 


Tomo Y - 1913 


CastroSilva. del. 


YUE E LU 


PARTIR - RETCMENERES, S. 


A LITA 


Pesquizas sobre o Granuloma venereo 


pelos 


Drs. HENRIQUE DE BEAUREPAIRE ARAGÃO e GASPAR VIANNA. 
(Com as estampas 19 a 25.) 
Assistentes. 


Untersuchungen ueber das Granuloma venereum 


von 


Drs. HENRIQUE DE BEAUREPAIRE ARAGAO e GASPAR VIANNA. 
( Mit Tafeln 19 bis 25.) 
Assistenten. 


As investigações que desde algum tempo 


vimos fazendo, no Hospital da Misericordia 
do Rio de Janeiro, sobre o granuloma venereo, 


serviram de assunto a duas pequenas notas | 


anteriormente publicadas (Brazil Medico 22- 
6-12 e 5-2-13). Até hoje já conseguimos obser- 
var 8 casos de molestia, o que nos per- 
mitiu tornar mais completas as nossas pes- 
quizas a respeito da etiolojia e tratamento 
do granuloma. O presente trabalho tem por 
fim dar conta dos resultados até agora alcan- 
cados. Comecamos pelas 


Observacóes dos doentes. 


Doente I. A. R., espanhol, solteiro, com 
21 anos de idade, cozinheiro, morador no Rio 


Die Untersuchungen, welche wir seit 
einiger Zeit im Misericordiaspitale in Rio 
über Granuloma venereum  anstellten, bil- 
deten bereits den Gegenstand zweier kurzer 
Mitteilungen im Brazil Medico (22-V1-12 und 
5-I1-13). Bis jetzt konnten wir schon acht 
Falle. Von dieser Krankheit beobachten 


und in Folge dessen unsere Versuche úber 


| deren Atiologie und Behandlung vervoll- 


standigen. Die bis jetzt erzielten Resultate 
sollen in nachstehender Arbeit auseinan- 
dergesetzt werden. Wir beginnen mit den 


Krankenbeobachtungen. 


Fall 1. A. R., 21 Jahre alt, unverheiratet, 
Koch; von Geburt Spanier, aber seit vielen 


de Janeiro ha muitos anos. O pai ainda vive 
e goza de boa saude, mãi já falecida ha bas- 
tante tempo. Teve 7 irmãos dos quais 4 ainda 
vivem e são sadios; ignora de que faleceram 
os seus 3 irmãos. Ha cerca de 4 anos teve 
blenorrajia e cancros venereos seguidos de 
adenites crurais e cervicais que foram opera- 
das; diz ter sofrido, depois disso de reuma- 
tismo e duma afeção vesiculosa na parte 
inferior do corpo, cuja natureza não póde 
precizar. Ausencia de sinais de sifilis. A reação 
de WASSERMANN, feita duas vezes, em 
periodos diferentes, foi sempre negativa. 


O doente adquiriu o granuloma no Rio 
de Janeiro, donde nunca se afastou, ha cousa 
de 16 mezes. Diz que as primeiras manifesta- 
ções começaram 8 dias depois de ter tido 
relações sexuais com uma mulher, aliás, não 
portadora de lesão ulcerosa alguma. 


As lesões iniciais da molestia se apre- 
sentaram sob a forma de pequenas vesiculas 
na glande e prepucio e que se romperam 
dando saida a um liquido claro. Uma vez 
aberta uma dessas vesiculas não cicatrisava 
mais, cedo apareceram nas proximidades das 
primeiras outras que se foram rompendo igual- 
mente e assim se formaram nos primeiros 
pontos de ataque as ulcerações que o doente 
aí apresentava. Do prepucio e da glande a 
molestia propagou-se ás rejiões inguinal e 
escrotal, onde, pelo mesmo processo não tar- 
daram a se formar novas ulcerações. Estas se 
ampliaram com mais rapidez ainda que as 
primeiras e ao cabo de dois mezes atinjiam 
um tamanho quasi igual ao que fomos obser- 
var depois dum ano de molestia. 


Vendo o doente seu mal progredir, reco- 
lheu-se ao Hospital da Misericordia, onde 
esteve em varias enfermarias sofrendo raspa- 
jens e tratamentos diversos sem resultado, 
cada vez se depauperando mais. Nestas con- 
dições o fomos encontrar em Junho de 1912 
no serviço do professor DOMINGOS DE 
GOES, que julgando o caso digno de estudo 
colocou o doente á nossa inteira disposição. 
O doente se apresentava então muito ane- 
miado, extraordinariamente magro e enfra- 


212 


is a 

a à 

Jahr. in Rio ansässig. Vater noch lebend 
und und, Mutter vor lângerer Zeit ver- 
storb Von 7 Geschwistern sind vier am 


Leber. uid gesund, die Todesursache der 
úbrigen ist nicht bekannt. Vor ca. 4 Jahren 
hatte er eine Blennorrhoe und Schanker, mit 
inguinalen und cruralen Bubonen, welche 
inzidiert wurden. Nachher will er an Rheu- 
matismus und einer Blascheneruption an 
der unteren K6rperhalfte gelitten haban; über 
die Natur der letzteren kann er nichts angeben. 
Anzeichen von Syphilis sind nicht vorhanden, 
Die zweimal, in verschiedenen Zeitráumen 
angestellte WASSERMANN, sche Reaktion 
blieb stets negativ. — 

Das Granulom acquirierte er in Rio, von 
wo er sich nicht mehr entfernt hat, vor ca. 
18 Monaten. Er gibt an, dass die ersten 
Ausserungen 8 Tage nach einem Koitus auf- 
traten; doch habe die Frau keine Geschwiire 
gehabt. 

Die Krankheit begann mit kleinen Bla- 
schen an Eichel und Vorhaut, die platzten 
und eine helle Flüssigkeit austreten liessen. 
Dieselben schlossen sich nicht und in ihrer 
Umgebung traten andere auf, die ebenfalls 
platzten. Diese Lasionen fúhrten dann zu den 
Geschwiiren, die noch an denselben Stellen 
bestehen. Von Glans und Praputium breitete 
sich die Krankheit auf Inguinal und Skrotal- 
gegend aus, wo bald in derselben Weise neue 
Geschwiire entstanden. Dieselben breiteten 
sich noch rascher aus, als die ersten, und 
zeigten nach zwei Monaten fast dieselbe 
Grósse, welche wir nach einjährigem Bestande 
der Krankheit beobachteten. 

Da der Patient sah, dass sein Leiden 
Fortschritte machte, liess er sich im Miseri- 
cordiaspitale aufnehmen, wo er auf verschie- 
denen Stationen verweilte und ohne Erfolg 
Auskratzungen und andere Behandlungen 
erduldete, wáhrend er immer mehr herunter- 
kam. In diesem Zustande fanden wir im Juni 
1912 auf der Abteilung von Prof. DOMIN- 
GOS DE GOES, der den Fall fiir genaueren 
Studiums wert hielt und den Patienten ganz 
zu unserer Verfiigung stellte. Derselbe war 
sehr anámisch und ungewóhnlich mager und 
schwach, so dass er kaum mehr gehen konte. 


quecido, quasi já não podendo andar. Tinha 
então 7 ulceras de tamanho variado na glande, 
no prepucio, no escroto, na rejião pubiana e 
no abdome pouco acima da arcada de Poupart 
esquerda, medindo a maior 12: 7 cm. O aspeto 
geral destas lesões era mais ou menos o mes- 
mo, com fundo muito elevado, ás vezes plano, 
outras vezes, nas ulcerações maiores, com o 
centro deprimido e anfratuoso. Nas ulcerações 
aparece tecido finamente granuloso, de colo- 
rido roseo vermelho, sangrando com facilidade 
e coberto de secreção purulenta que se acu- 
mula nas partes deprimidas. As bordas são 
estreitas, de côr avermelhada, pouco infiltradas 
e rodeadas de tecido normal. As ulcerações, 
quando tocadas, são muito dolorosas, não 
provocam prurido. Não ha enfartamento gan- 
glionar. 

Do aspeto e sede das lesões se pode ter 
uma idea muito precisa examinando a fig. 1 
da estampa 24, reprodução fotografica, e a 
estampa N.0 21 em que apresentamos uma 
copia colorida das ulcerações que apresentava 
o doente. 

Depois de vermos pela primeira vez este 
doente ele ainda permaneceu no Hospital 
durante 8 mezes. Nos primeiros 5 mezes o 
seu estado tornou-se bastante precario. As 
ulcerações cada vez creceram mais, o depau- 
peramento se acentuava, o doente já não 
podia andar e finalmente entrou em franca 
cachexia. Neste estado permaneceu até que 
o tratámos pelo processo que descreveremos 
mais abaixo. 

Doente II. F. M., de côr parda, 33 anos, 
brazileiro, morador no Rio de Janeiro. 

Deu entrada para o serviço de dermato- 
lojia da Faculdade de Medicina, a cargo do 
professor F. TERRA ,em 10-7-912, já agonizante 
em consequencia duma infeção estreptococica. 

Não foi por isto possivel colher com o 
doente informação alguma a respeito dos seus 
antecedentes pessoais e hereditarios e sobre 
o granuloma do que era portador. As lesões 
granulomatosas neste caso, ao contrario do 
precedente, eram baixas, deprimidas e menos 
humidas. Elas consistiam em uma estreita 
perda de substancia de 1 a 3 cm. de largo, 
começando na sinfise pubiana e se estendendo 


Er hatte sieben Geschwiire verschiedener 
Grósse an Glans, Práputium, Skrotum, Pubes 
und am Abdomen etwas oberhalb dem rechten 
Poupartschen Bande, von denen das grósste 
12:7 cm. mass. Das Aussehen derselben war 
ziemlich gleichfôrmig, der Grund sehr erha- 
ben, bald flach, bald (bei den grôsseren 
Geschwiiren) im Zentrum deprimiert und 
buchtig. In den Ulzerationen erscheint das 
Gewebe fein granuliert, blassrot, leicht blutend 
und mit eitrigem sekrete bedeckt, welches 
sich in den Vertiefungen anhauft. Die Rinder 
sind in geringer Breite gerótet und infiltriert, 
aber von normalen Gewebe umgeben. Die 
Geschwiire jucken nicht, sind aber auf Beriih- 
rung sehr sehmerzhaft. Die Lymphdriisen sind 
nicht vergróssert, 


Eine gute Vorstellung vom Aussehen nnd 
Sitz der Geschwiire gibt Fig. 1, Taf. 24 in 
photographischer Reproduktion und Fig. 21, 
welche sie in Farben wiedergibt. 


Nachdem wir den Patienten zum ersten 
Male gesehen hatten, blieb er noch acht 
Monate im Spitale. In den ersten fiinf Monaten 
war sein Zustand ziemlich prekãr; die Ge- 
schwúre nahmen immer zu, das Befinden 
verschlimmerte sich, der Patient konnte nicht 
mehr gehen und war ausgesprochen kachek- 
tisch. Der Zustand blieb derselbe, bis wir die 
unten beschriebene Behandlung einleiteten. 


Fall Il. F. M. 33 jahriger Mulatte, Bra- 
silianer und in Rio ansássig. 


Patient war bereits agonisierend in Folge 
einer Streptokokkeninfektion, als er (10 VII 
1912) auf der Abteilung von Prof. F. TERRA 
aufgenommen wurde. Es war daher nicht 
môglich von dem Kranken Informationen 
úber Anamnese und Krankheitsgeschichte zu 
erhalten. Die granulierenden Stellen waren 
bei diesen Kranken im Gegensatz zum ersten 
Falle, vertieft und wenigor feucht. Sie bestan- 
den aus einem schmalen, 1-3 cm. breiten 
Substanzverluste, welcher an der Symphyse 
begann und sich beiderseits oberhalb des 
Poupartschen Bandes bis zur Spina anterior 
superior ossis itei erstreckte. Von hier verliefen 


para ambos os lados, por acima do ligamento 
de Poupart indo até a espinha iliaca anterior 
e superior. Daí decia de ambos os lados, ca- 
minhando pela rejião inguinal, até atinjir a 
dobra escrotal, e continuando depois pela 
rejião perineal até proximo ao anus. A raiz 
do penis em toda a circumferencia estava to- 
mada pela lesão. 

O doente faleceu no dia seguinte ao da 
entrada em consequencia septicemia estrepto- 
cocica, cujo germe, muito provavelmente, teve 
como porta da entrada as ulceras que apre- 
sentava. 

O cadaver foi autopsiado pelo prof. 
DUERCK, então entre nós, sendo por essa 
ocasião colhido material para estudo. 

Doente III. J. A., 18 anos, trabalhador, 
de côr branca, natural de Montes Claros, 
Estado de Minas, onde adquiriu a molestia. 
Entrou para o serviço de dermatolojia da 
Faculdade de Medicina a cargo do prof. Dr. 
F. TERRA em 12 de julho de 1912. 

Projenitores falecidos, o pai repentina- 
mente e a mãi de tuberculose. Tem 3 irmãos 
vivos e sadios. 

O doente é um individuo alto, bem consti- 
tuido, um pouco palido e portador dum lijeiro 
bocio. 

Teve em criança sarampo e cataporas, 
durante muito tempo, até cerca dum ano 
apresentou periodicamente epistaxis. Mostra 
na parte posterior e inferior da perna esquerda 
a cicatriz duma ulcera que teve ha 4 anos 
em consequencia dum ferimento. WASSER- 
MANN e mais indagações com fim identico 
negativas. 

O doente diz que as lesões granuloma- 
tosas tiveram inicio em uma pequena espinha 
que se formou proximo ao anus. Esta lesão 
inicial depois se ulcerou, permanecendo porem 
durante os primeiros 4 mezes sem tendencias 
invasoras. Só depois deste prazo é que a 
ulceração começou a se ampliar, invadiu o 
perineo e avançou até a base do escroto e 
cercou completamente o anus não se exten- 
dendo porem em torno dele a mais de 3 cm. 
Neste estado entrou o doente para o Hospital. 

A lesão que apresenta é hipertrofica, de 
côr rosea, sangrando com facilidade, dolorosa, 


214 — 


sie beiderseits in der Leistengegend bis zur 
Skrotalfalte und über den Damm bis zum 
After. Die Wurzel des Gliedes war ringsum 
ergriffen. 


Der Kranke starb am náchsten Tage in 
Folge der Streptokokkeninfektion, deren Ein- 
gangspforte wahrscheinlich in den Geschwiiren 
gelegen war. 


Die Sektion wurde von Prof. DURCK 
gemacht, welcher sich damals hier aufhielt. 
Dabei wurde auch das Studienmaterial ge- 
wonnen. 


Fall Ill. J., 18jahriger Arbeiter, weisser 
Hautfarbe, gebiirtig aus Montes Claros (Mi- 
nas), wo er auch seine Krankheit acquirierte, 
wurde 12 VIII 1912 auf die dermatologische 
Klinik der medizinischen Fakultát, Abteilung 
von Prof. TERRA, aufgenommen. 


Vater plotzlich, Mutter an Tuberkulose 
verstorben. Drei Geschwister sind gesund. 


Patient ist gross und gut gebaut, aber 
etwas blass und hat einen kleinen Kropf. 
In seiner Kindheit hatte er Masern und 
Varizellen; bis vor ungefahr vor einem Jahre 
litt er an periodischem Nasenbluten. Am 
linken Beine, hinten und unten, eine Narbe, 
die von einem, vor vier Jahren nach einer 
Verletzung eutstandenen Geschwiire herrührt. 
WASSERMANN’ sche Probe und Nachfragen 
in Bezug auf Syphilis negativ. 


Der Kranke gibt an, dass das Granulom 
mit einer kleinem Pustel in der Nahe des 
Afters begann, welche dann ulzerierte, aber 
wahrend der ersten vier Monate keine Ten- 
denz zum Fortschreiten zeigte. Erst nach 
dieser Frist begann das Geschwiir um sich 
zu greifen, befiel zuerst den Damm, indem es 
bis zur Basis des Skrotums fortschritt und 
umgab den After, um welchen es sich aber 
nicht,mehr, wie 3 Cm. weit, ausbreitete. In 
diesem Zustande trat er ins Spital ein. 

Die bestehende Lásion ist hypertrophisch, 
blassrot, leicht blutend und bei Beriihrnng 
schmerzhaft, aber nicht juckend. Die Ober- 


quando tocada; não é prurijinosa. A super- 
ficie é granulosa sem haver contudo forma- 
ção de papiloma; é um pouco irregular, e só 
lisa nas partes em contato e em torno ao 
anus. Na base das ulcerações não ha dureza 
e tão somente enfartamento dos tecidos. 

O doente permaneceu pouco mais ou 
menos neste estado até que nele foi iniciado 
o tratamento eficaz. 

Doente IV. B. R.S., brazileiro, preto de 
28 anos de idade, carregador, natural da ci- 
dade do Rio de Janeiro. Diversas entradas 
para o Hospital, sendo a ultima para o ser” 
viço do professor F. TERRA em 13-8-12. 

O pai já falecido era alcoolista inveterado; 
a mãi e uma irmã estão vivas e com bôa 
saude. 

O doente é um individuo de pequena 
estatura, porem robusto, teve em criança sa” 
rampo, nenhum acidente venereo; reação de 
WASSERMANN negativa. É alcoolista. 

As primeiras manifestações do granuloma 
começaram segundo ele entre 1906 e 1907, 
nao sabe precizar bem. Foram a principio 
alguns pequenos furunculos, na porção supe- 
rior e interna da rejião inguinal esquerda; 
eles se formaram proximos uns aos outros, 
eram prurijinosos, e estavam situados no meio 
duma zona de coloração avermelhada. Devido 
ao prurido o doente, coçando provocou a 
formação da ulceração. Uma vez constituida 
esta, foi ela, aos poucos, aumentando, auxi- 
liada por cauterisações e outros tratamentos 
locais, que teve ocasião de fazer durante os 
varios periodos, que esteve em tratamento 
no Hospital. Lentamente a lesão se propagou 
para o sulco escrotal e o prepucio tambem 
foi atacado. 

Em 13 de Agosto de 1912 o doente veiu 
ter pela 4.2 vez ao Hospital depois de cerca 
de 6 anos de molestia e foi internado no 
serviço do professor TERRA, aonde tivemos 
ocasião de o observar. Apresentava então 
varias lesões granulomatosas, mas todas elas 
baixas e deprimidas como no doente II 
e não salientes e vejetantes como nos demais 
que temos observado. A maior destas lesões 
estava situada entre a porção superior interna 
da rejião inguinal e a rejião pubiana e daí 


215: 


fláche ist granulós, aber nicht papillomartig, 
etwas unregelmássig und nur an den sich 
beriihrenden Fláchen in der Náhe des Afters 
glatt. Der Geschwiirsgrund ist nicht induriert, 
aber etwas infiltriert. 


Der Zustand des Patienten blieb ziemlich 
derselbe, bis die wirksame Behandlung ein- 
geleitet wurde. 

Fall IV. B. R. S., 28jahriger Neger aus 
Rio, Gepacktrager, war mehrmals in Spital- 
behandlung, das letzte Mal von 13 VIII 12 
an bei Prof. F. TERRA. 


Vater war Potator und ist bereits ver- 
storben; Mutter und eine Schwester sind 
gesund. 


Patient ist von kleiner Statur, aber kraftig ; 
als Kind hatte er Masern. Von Geschle- 
chtskrankheiten ist nichts bekannt und die 
Wassermann’sche Reaktion ist negativ. Pota- 
torium zugegeben. 


Nach seinen unsicheren Angaben traten 
die ersten Erscheinungen des Granuloms 
zwischen 1906 und 1907 auf. Zuerst bestanden 
sie in einigen kleinen Furunkeln im obern und 
innern Teile der linken Leistengegend. Sie 
traten nahe beisammen auf, in der Mitte einer 
rot gefarbten Zone, und waren mit Juckreiz 
verbunden. Patient kratzte in Folge dessen, 
was zur Bildung von Geschwiiren fiihrte. 
Dieselben nahmen dann nachtzu,wozu Kautund 
nach terisationen und andere Behandlungen, 
welche Patient im Hospital durchmachte, 
beitrugen. Allmahlich breitete sich die Lasion 
auf die Skrotalfalte aus und auch die Vorhaut 
wurde befallen. 

Am 13 August 1912 kam Patient nach 
sechsjahriger Krankheit zum 4ten Male ins 
Spital und zwar auf die Abteilung von Prof. 
TERRA, wo wir Gelegenheit hatten, ihn zu 
untersuchen. Er zeigte nun verschiedene 
Granulomlokalisationen, welche aber alle 
niedrig und vertieft waren, nicht erhaben und 
wuchernd, wie in anderen, von uns beoba- 
chieten, Fallen. Die grósste Lásion lag zwi- 
schen dem obern und inneren Teile der 


se prolongava pelo sulco escrotal esquerdo. 
Media a ulcera cerca de 10 cm. de compri- 
mento por 4 cm. de largura. O centro era 
vermelho, deprimido, granuloso, limpo e um 
pouco humido ; as bordas, lijeiramente roseas, 
sangram faciimente e são pouco infiltra- 
das. Tocada a ulceração o doente sente 
fortes dores. A lesão do prepucio pouco 
difere no aspeto e caracteres da anteriormente 
descrita. 

A fotografia N.o 1 da estampa 25 e a 
estampa colorida N.º 22 dão uma idea muito 
clara do aspeto e sede das lesões que apre- 
sentava o doente. O estado geral era bom; 
o doente apenas se achava um pouco mais 
magro do que habitualmente. 

Doente V: M. de C., preta, com 21 anos 
de idade, solteira, criada, natural de Ouro 
Preto, Estado de Minas. Projenitores vivos 
e sadios; assinala que seu pai teve numa 
perna uma ulcera causada pela picada dum 
inseto e que só cicatrizou depois de 2 anos 
de tratamento. A doente é baixa mas bem 
constituida, sempre gozou de bôa saude e 
nega qualquer acidente venereo ou sifilitico. 
Reação de WASSERMANN negativa. Narra 
que as primeiras manifestações do granuloma 
apareceram após 5 dias duma febre intensa 
seguida de dores de cabeça e cuja causa 
ficou obscura. Depois disto observou ela que 
se tinham formado na rejião perineal e junto 
ao anus algumas vesiculas acompanhadas de 
prurido e que coçadas pela doente se rom- 
peram, dando saida a um liquido claro. Não 
houve cicatrização nesse ponto e aí se for- 
maram pequenas ulceras, que depois conflui- 
ram e tomaram uma marcha invasora. Ao 
cabo de 3 mezes as ulcerações tinham inva- 
dido o anus, o perineo, o orificio vajinal, 
uma bôa parte dos grandes e pequenos labios 
e o clitoris. Contaminações isoladas geraram 
ulcerações granulomatosas nas rejiões ingui- 
nais de ambos os lados. Neste estado fomos 
encontrar a doente, já com um ano de mo- 
lestia, em agosto de 1912 no serviço de 
cirurjia de mulheres do Hospital da Mizeri- 
cordia a cargo do Dr. DANIEL DE ALMEIDA. 

As ulcerações nesta doente eram franca- 
mente vejetantes, de fundo muito elevado 


—— 216 


Leistengegend und der Regio pubica, von 
wo sie sich auf die linke Skrotalfurche fort- 
setzte; sie war ungefahr 10 Zm. lang. und 4 
Zm. breit. Das Zentrum war vertieft, granu- 
liert, von roter Farbe, ganz rein und etwas 
feucht deibei, mit leicht gerôteten, leicht 
blutenden und wenig infiltrierten Rándern, 
Bei Beriihren des Geschwiires fühlt Patient 
heftige Schmerzen. Das Geschwiir am Prapu- 
tium unterscheidet sich im Aussehen und 
anderen Eigentiimlichkeiten kaum von dem 
eben beschriebenen. Abbildung 1 auf Tafel 
25 und die farbige Abbildung N.o 22 geben 
eine deutliche Vorstellung von Aussehen 
und Sitz der Lásionen des Patienten. Der 
Allgemeinzustand war gut, nur war der Patient 
etwas magerer, als gewóhnlich. 

Fall V. M. de C., unverheiratete, 21jáhrige 
Schwarze aus Ouro Preto gebürtig, von Beruf 
Dienstbote. Eltern gesund, nur hatte der Vater 
am Beine ein durch Insektenstich veranlasstes 
Geschwiir, welches erst nach zweijáhriger 
Behandluug heilte. Patientin ist klein, aber 
gut konstituiert, war stets gesund und stellt 
venerische oder syphilitische Antezedentien in 
Abrede. Die WASSERMANN'sche Reaktion 
ist negativ. Sie berichtet, dass die ersten 
Erscheinungen des Granuloms nach 5tágigem, 
von Kopfschmerzen gefolgtem, Fieber aus 
unbekannter Ursache auftraten. Nach diesem 
bemerkte sie, dass sich am Damm und in 
der Nahe des Afters einige juckende Blaschen 
gebildet hatten, welche sie zerkratzte, wobei 
eine helle Fliissigkeit austrat. Die Stelle heilte 
nicht zu; vielmehr bildeten sich kleine Ge- 
schwiire, welche spáter zusammenflossen und 
um sich griffen. Nach drei Monaten waren 
After, Damm, Scheidendffnung, ein grosser 
Teil der grossen und kleinen Labien und die 
Klitoris befallen. Durch sprungweise An- 
steckung waren auch beiderseits in der Leisten- 
gegend granulomatóse Geschwiire entstanden. 
Im August 1912, ein Jahr. nach Beginn der 
Krankheit, fanden wir die Patientin in diesern 
zustend im Misericordiaspitale auf der chirur- 
gischen Frauenabteilung des Dr. DANIEL DE 
ALMEIDA. 

Bei dieser Kranken waren die Geschwiire 
deutlich gewuchert mit stark erhabenem, 
blassrotem, und fein granuliertem Grunde, 


CAES 


roseo vermelho, finamente granuloso, anfra- 
tuoso e purulento; sangravam com facilidade, 
não provocavam prurido. Nos grandes labios 
o tecido em torno das ulcerações se acha 
infiltrado e endurecido. As ulcerações das 
rejiões inguinais, uma de cada lado, eram 
pequenas, não medindo mais de 4 a 5 cms. 
de comprimento por 2 de largura; no aspeto 
se assemelhavam ás já descritas. Na estampa 
7 apresentamos uma reprodução fiel do aspeto 
e sede das lesões que tinha esta doente. 


Doente VI. A.M.C., preta, com 20 anos 
de edade, solteira, lavadeira, natural do Es- 
tado do Rio de Janeiro. Entrou pela 3.2 vez 
para o hospital da Misericordia a 21-3-1913, 
para o serviço do Dr. WERNECK MACHADO. 


Pai já falecido, ignorando a doente de 
que morreu ele; tem mãi e 3 irmãos vivos 
e sadios. A doente é bem constituida e sadia; 
nega de ter tido molestias venereas. Em 
criança teve sarampo. 


Narra a doente que o seu mal começou 
ha cerca de um ano e meio. A primeira 
manifestação do granuloma venereo de que 
é portadora apareceu sob a forma de uma 
pequena espinha no perineo, junto a vulva. 
Depois em torno a esta primeira espinha 
outras apareceram que confluiram e final- 
mente se ulceraram. Essas espinhas provo- 
cavam forte prurido e, quando comprimidas, 
deixavam sair com facilidade um liquido 
claro. Uma vez formada a ulceração, esta se 
foi extendendo, invadiu as partes genitais, 
tomando a lesão o aspeto que nos foi dado 
observar, quando pela primeira vez vimos a 
doente. Apresentava então ela uma vasta 
lesão ulcerosa de fundo granuloso e elevado 
que se extendia pelo perineo, propagava-se 
até o orificio vajinal, abranjia, depois a 
parte interna dos grandes labios, os pequenos 
labios, e o clitoris. A extensão das lesões 
era de cerca de 15 cms. do lado direito elas 
eram continuas e do lado oposto interrom- 
pidas por partes de tecido não atacadas. 


As ulcerações eram elevadas, tinham a 
superficie humida, de colorido vermelho e 
sangrando com facilidade. O tecido que cer- 
cava as lesões não se apresentava alterado. 


217 


dabei stark eiternd nnd buchtig; sie bluteten 
leicht, juckten aber nicht. Um die Geschwiire 
der Labia maiora ist das Gewebe infiltriert 
und verhartet. Die Geschwiire in den Leisten- 
gegenden waren klein, nicht mehr als 4-5 
Zm. lang und 2 breit; im Aussehen glichen 
sie dem soeben beschriebenen. Fig. 7 gibt 
eine getreue Abbildung von Asusehen und Sitz 
der Geschwiire bei unserer Kranken. 

Fall VI. A. M. C. 20jahrige, unverheiratete 
Wascherin, schwarzer Rasse, aus dem Staate 
Rio de Janeiro, kam 21-3-1913 zum dritten 
Male in Spitalbehandlung und zwar auf der 
Abteilung von Dr. WERNECK MACHADO, 

Vater schon früher an unbekannter 
Krankheit verstorben, Mutter und drei Ge- 
schwister lebend und gesund. Patientin, gut 
gebaut und gesund, gibt an keine Geschle- 
chtskrankheiten gehab: zu haben; dagegen 
machte sie als Kind Masern durch. 

Patientin berichtet, dass ihre Krankheit 
von ungefahr anderthalb Jahreb begann. Die 
erste Aeusserung des Granuloma venereum 
zeigte sich als ein kleiner Pickel am Damm, 
nahe der Vulva. Um diesen herum traten 
andere auf, welche verschmolzen und schliess- 
lich ulserierten. Diese Lasionen juckten sehr 
und liessen auf Druck eine klare Flissigkeit 
austreten. Das gebildete Geschwiir dehnte 
sich aus und griif auf die Geschlechtsteile 
ueber, so dass zur Zeit der ersten Untersu- 
chung, das bestehende Bild zu Stande kam, 
námlich eine grosse Geschwiirsflache mit 
granulôsem und erhabenem Grunde. Sie 
erstreckte sich auf den Damm und verbreitete 
sich bis zur Scheidendffnung und umfasste 
die Innenflache der Labia maiora, die Nym- 
phen und die Klitoris. Der Durchmesser der 
Lásionen betrug ca. 15 cm.; rechterseits 
waren sie zusammenhángend; links durch 
verschont gebliebenes Gewebe unterbrochen. 
Die Oberflache der erhabenen Geschwiire 
war feucht, von roter Farb und leicht bletend; 
das umgebende Gewebe war nicht verán- 
dert. 


—— 218 


Doente VII. S. F. F., branco com 24 anos 
de edade, solteiro, guarda de estrada de ferro» 
natural do Estado do Rio de Janeiro. Entrou 
pela 5.2 vez para o hospital da Misericordia 
a 12-4-1913 para o servico do Prof. F. Terra. 

Projenitores já falecidos; o pae de tu- 
berculose e a máe de afecáo cardiaca. O 
doente é um individuo de compleicáo franzina 
e magro; narra que crianca teve sarampo, 
coqueluche e reumatismo; aos 18 anos teve 
furunculose reacio de WASSERMANN fran- 
camente positiva. À primeira manifestação do 
granuloma venereo neste doente, apresentou- 
se ha cerca de 9 anos. Notou então ele o 
aparecimento de uma pequena espinha no 
perineo, junto ao anus. Não tardou a que» 
junto a esta primeira espinha, outras se for- 
massem que cOnfluiram entre si e se ulcera- 
ram constituindo o granuloma venereo. As 
espinhas acima mencionadas eram pruri- 
jinosas e quando comprimidas deixavam 
sair um liquido claro. A lesão não tardou 
a se propagar no perineo, formando uma 
faixa, de cerca de 2 dedos de largura, em 
torno ao anus e se estendeu egualmente para 
a rejião pubiana com a mesma largura, 
contornando o saco escrotal e penis. As 
ulcerações neste docente, são deprimidas 
dolorosas ao toque, tem o fundo granuloso, 
de côr vermelho-rosea; a superficie é pouco 
humida e sangra com facilidade. As bordas 
da lesão se apresentam apenas lijeiramente 
inflamadas. Da ulceração se desprende um 
cheiro fetido. 


Doente VIII. E. O., branco, com 26 anos 
de edade, pedreiro, natural da Cidade do 
Rio de Janeiro. Entrou em 30-4-1913 no hos- 
pital da Misericordia para o serviço do Prof. 
Domingos de Goes. 

O doente tem pais vivos e sadios. Tra- 
ta-se de um individuo bem constituido porem 
magro e um tanto anemiado; em criança 
teve sarampo e já adolecente foi atacado de 
variola. Nega de ter tido molestias venereas; 
reação de WASSERMANN negativa. 

Quando vimos este doente a sua molestia 
datava apenas de mez e meio; tambem as 
ulcerações que apresentava eram relativa- 
mente reduzidas. Narra o doente que as 


, 


Fall VII S. F. F. 24jahriger, lediger Eisen- 
bahnwärter, weisser Rasse, aus dem Staate 
Rio de Janeiro, 12-4-1913 zum fünften Male 
im Misericordiaspitale auf genommen, jetzt 
auf der Abteilung von Prof. F. TERRA. 

Eltern verstorben, der Vater an Tuber- 
kulose, die Mutter an einen Herzleiden. Pa- 
tient, mager und von schwáchlicher Konsti- 
tution, gibt, an als Kind Masern, Keuchhusten 
und Rheumatismus durchgenacht zu haben, 
mit zwanzig Jahren hatte er Furunkulose 
WASSERMANN'sche Reaktion schwach po- 
sitiv. 

Die ersten Erscheinungen des Granuloma 
venereum traten bei diesem Patienten vor 
neun Jahren auf. Er beobachtete damals das 
Auftreten eines kleinen Pickels am Damme, 
nahe beim After. Bald traten neban demselben 
neue auf, welche verschmolzen, ulzerierten 
und so das urspriingliche Granuloma vene- 
reum bildeten. Die erwáhnten Pickel juckten 
und liessen auf Druck eine klare Fliissigkeit 
austreten. Die Lasion breitete sich bald am 
Damme aus, indem sie einen, ca. zwei Finger 
breiten, Streifen um den After bilden und in 
derselben Breite um Scrotum und Penis auf 
die Regio pubia uebergreifen. Bei diesem 
Patienten sind die Geschwiire vertieft, auf 
Berührung schmerzhaft, der Grund granulós 
und von rosiger Farbe, mit kaum feuchter 
und leicht blutender Oberflache. Die Rander 
der Lasion sind nur leicht entziindet. Das 
Geschwiir ist uebelriechend. 

Fall VIII. 26jahrigen Steinhaiir, weisser 
Rasse, aus der Staate Rio de Janeiro, 30-4-1913 
im Misericordiaspitale auf der Abteilung von 
Prof. Domingos de Goes aufgenommen. 

Die Eltern des patienten leben und sind 
gesund. Er selbst ist von guter Konstitution, 
aber abgemagert und etwas anaemisch. Als 
Kind hatte er Masern und als junger Mann 
Pocken. Venerische Krankheiten stellt er in 
Abrede; die WASSERMANN ’sche Reaktion 
ist negativ. 

Als wir den Patient sahen, war seine 
Krankheit anderthalb Monate alt, daher waren 


lesões que apresenta se iniciaram em espinhas 
que davam saida a liquido claro e que 
ulieriormenie se ulceraram. As ulcerações 
que apresentava o doente eram em numero 
de cinco a saber: uma de cerca de 5 cms. de 
comprimento por um e meio de largura 
colocada acima, pararelamente e na parte 
externa da arcada de Poupart, esquerda; do 
lado oposto, em posição quasi simetrica a 
precedente se vê uma outra ulceração, esta 
porem circular e medindo apenas dous e 
meio centimetros de diametro; uma terceira 
lesão granulomatosa se vê assestada sobre 
a simfise pubiana e mede um e meio cen- 
timetros de diametro; com as mesmas di- 
mensões desta se vê uma outra na porção 
media e lateral direita do escroto; finalmente 
a 5.2 e ultima ulceração está situada na face 
dorsal do penis, ao nivel da base da glande, 
e tem 3 cms. de diametro. Todas estas lesões 
começaram quasi ao mesmo tempo e apresen- 
tam o mesmo tipo; são salientes de fundo 
granuloso, roseo-vermelho, humido, sangran- 
do com facilidade recoberto de uma ligeira 
secreção purulenta. A pele em torno das le- 
sões está apenas lijeiramente inflamada, com 
exceção da do penis que se acha edemaciada. 
As ulcerações não são prurijinosas mas em 
compensação dolorosas quando tocadas. 


Diagnostico. 


O diagnostico de granuloma venereo nos 
doentes acima mencionados, foi baseado não 
só no aspeto clinico, bastante carateristico, 
dos casos observados, como pelo estudo 
anatomo-patolojico das lesões e pelas veri- 
ficações microbiolojicas. 


Causador do granuloma. 


A etiolojia microbiana do Granuloma 
venereum tem sido anteriormente assunto de 
não poucos trabalhos e outras tantas opiniões 
correm a respeito dela. Somente de algum 
tempo para cá começa a haver uma certa 
unidade de vistas entre os diferentes pesqui- 
zadores sobre o assunto. 


A opinião de que o granuloma era uma 
manifestação sifilitica deu lugar a que os 
treponemas fossem procurados por muitos 
autores nas lesdes. WISE (1906) e MAITLAND 


ra 


auch die Geschwiire, welche er hatte, relativ 
klein. Nach fseiner ¿Angabe begannen die 
Veránderungen mit Pickeln, welche eine klare 
Fliissigkeit absonderten uns spáter ulzerierten. 
Die Zahl der Geschwiire betrug fiinf, nám- 
lich ein 5 cm. langes und 1 !/2 cm. breites 
oberhalb und parallel dem aeusseren Teile 
des linken Poupart’schen Bandes; auf der 
andern Seite, fast symmetrisch gelegen, sieht 
man ein anderes Ulcus, das jedoch rund ist 
bei einem Durchmesser von ca. 2 12 m., ein 
drittes Granulom sitzt auf der Symphyse und 
hat 1 '/2 m. Durchmesser, ein eben so grosses 
rechts auf dem mittleren Teile des Scrotums; 
ein fiinftes Geschwiir von 3 m. Durchmesser, 
befindet sich endlich auf der Riickseite des 
Penis, in der Hohe der Eichelbasis. Alle 
diese Lásionen entstanden beinahe zur selben 
Zeit und zeigen denselben Typus; sie sind 
erhaben, ihr Grund ist rosig. granuliert, feucht, 
leicht blutend und von leicht eitriger Sekretion 
bedeckt. Die Haut der Umgebung ist nur 
leicht entziindet, ausser am Penis, oedematós 
ist. Die Geschwiire jucken nicht, sind aber 
bei Beriihrung schmerzhaft. 


Diagnose. 


Die Diagnose des Granuloma venereum 
stützte sich bei unseren Kranken auf das 
ziemlich charakteristische klinische Bild, 
ausserdem aber auch auf die pathologisch- 
anatomischen Verânderungen und den bak- 
teriologischen Befund. 


Erreger des Granuloms. 


Úber die Erreger des Granuloms exis- 
tieren verschiedene áltere Arbeiten und eben 
so viele Ansichten. Erst neuerdings beginnen 
die Ansichten der Untersucher einigermassen 
úbereinzustimmen. 

Die Vermutung, dass das Granulom sy- 
philitischer Natur sei, liess zahlreiche Autoren 
nach Treponemen suchen. WISE (1906) und 
MAITLAND (1906) behaupten das Vorkom- 


5 ES 


(1906) assinalam a presença de Treponema 
pallidum nas ulceras. MAC LENNON (1906) 
encontrou o Treponema refringens, CLELAND) 
e BOSANQUET são de opinião que a mo- 
lestia está em relação com treponemas pecu- 
liares a ela. 


JEANSELME compara o granuloma ao 
Lupus e LE DANTEC (1905) chegou mesmo 
a conseguir obter infeções tuberculosas em 
animais inoculados com material colhido nas 
ulceras granulomatosas. 


Na verdade, porém, nenhum destes ger- 
mes tem iogrado ser aceito como causador 
do granuloma. A existencia de treponemas 
nas ulceras é de todo acidental e inconstante 
e a do bacilo da tubercuiose não tem sido 
confirmada. Atualmente, o que tende a ser 
unanimamente aceito como ajente etioloj:co 
do granuloma, são os microbios muito cara- 
teristicos, encontrados no interior de celulas, 
nos tecidos granulomatosos e que foram pela 
primeira vez vistos por DONAVAN (1905) 
e mais tarde bem descritos por SIEBERT 
(1907) e recentemente por FLU (1911). O 
mesmo germe foi sempre encontrado no 
Brazil pelo prof. E. RABELLO (1912), que 
primeiro entre nós o assinalou e tambem 
nos nossos casos, ele nunca deixou de estar 
presente, quer nos esfregaços, quer nos cortes. 


O aspeto do microbio do granuloma é 
muito especial. Ora, mais raramente ele se 
apresenta sob a forma de pequenos cocos de 
2 a 3 decimos de micros de diametros cerca- 
dos duma capsula, ora de bastonete, de ex- 
tremidades arredondadas, medindo cerca de 
Y a 1» de comprimento, cercadas igual- 
mente duma capsula bem limitada ou desprovi- 
do dela. Além desta forma em bastonete se 
observam outras com aspeto de haltere ou 
então de diplococo sempre tambem encapsu- 
ladas conforme a fase mais ou menos adian- 
tada da divisão. A forma em bastonete, em 
haltere e diplococo pertencem a fases sucessi- 
vas de bipartição transversal do germe. Nas 
fases adiantadas da segmentação do microbio 
a capsula tambem se divide transvelsalmente, 
estreitando-se na parte central. As formas de 
repouso do germe são redondas e medem 


men des Treponema pallidum in den Ge- 
schwiiren. MAC LENNON (1906) fand Tre- 
ponema refringens, wahrend CLELAND und 
BOSANQUET die Krankheit mit einer beson- 
deren Treponemaart in Beziehung bringen. 

JEANSELME vergleicht das Granulom 
mit Lupus und LE DANTEC (1905) gelang 
es sogar, bei den mit Granulommaterial geim- 
pften Tieren tuberkulôse Infektionen fest zu 
stellen. 

Tatsachlich wurd jedoch keiner von diesen 
Keimen als Erreger des Granuloms anerkannt. 
Das Vorkommen von Treponemen in den 
Geschwiiren ist vóllig zufállig und inkonstant 
und das Vorkommen des Tuberkelbazillus 
bestatigte sich nicht. Was gegenwártig ein- 
stimmig als Erreger des Granuloms ange- 
sehen wird, ist ein sehr charakteristisches 
Bakterium, welches im Innern der Zellen des 
Granulnmgewebes vorkômmt, zuerst von 
DONAVAN (1905) gesehen, spáter von 
SIEBERT (1905) und neúrdings von FLU 
(1911 ) gut beschrieben wurde. Dieser Keim 
wurde hier regelmássig von Prof, E. RA- 
BELLO (1912) gefunden, der ihn zuerst in 
Brasilien feststellte und auch in unseren 
Fállen, einschliesslich der in der Anmerkung 
angeführten, wurde er, sowohl in Ausstrichs- 
práparaten, als in Schnitten, stets gefunden. 

Der fragliche Keim sieht Ausserst chara- 
kteristisch aus. Bald zeigt er sich in der Form 
kleiner von einer Kapsel umgebener, Kokken 
von 0,2-0,3 Mikren Durchmesser, bald als 
Stábchen mit abgerundeten Ecken, welche 1/2 
bis 2 Mikren lang und ebenfalls von einer 
gut umschriebenen Kapsel umgeben sind. 
Ausser Stábchen beobachtet man auch Halte- 
renformen und Diplokokken im Innern der 
Kapseln, je nachden die Teilung mehr oder 
weniger vorgeschritten ist. Stabchen, Halteren 
und Diplokokken entsprechen sukzessiven 
Teilungsformen. In den spáteren Phasen des 
Teilungsvorganges schniirt sich die Kapsel 
in der Mitte ein und teilt sich ebenfalls quer. 
Die Ruheformen des Keimes sind rund und 


4 
{ 
Î 
4 
L 
4 


ge 


com a sua capsula 1 a 1!/2 » ao passo que 
as que estão em fase de divisão são ovais e 
medem 2 a 2,5 de comprimento. As formas 
em repouso do germe são em geral menos 
numerosas do que as em periodo de segmen- 
tação. 

Em face da morfolojia especial do germe 
do granuloma e especialmente por causa do 
processo particular e proprio de sua divisão, 
diferente do que se observa em outros bacte- 
rios julgamos acertado colocar o microbio 
do granuloma em um genero especial de 
bacterios para o qual propuzemos a denomina- 
ção de kalymma-bacterium (de Kalymma man- 
to), que deve ser emendado em Calymmato- 
bacterium e á especie que nos ocupa terá a 
denominação de Calymmatobacterium granu- 
lomatis. 

A estrutura do germe, tal como a descre- 
vemos, só aparece claramente nos preparados 
corados pelo GIEMSA e quando não é feita 
supercoloração, nem tão pouco o preparado 
é corado de menos. 

Alcançadas as boas condições de colo- 
ração, a capsula aparece com o colorido ver- 
melho carregado muito bem jimitado e o 
microbio no seu interior toma então um 
colorido vermelho quasi preto. 

O microbio do granuloma não toma o 
Gram; cora-se pelas cores de anilina comuns, 
porem muito francamente, principalmente no 
que se refere a sua capsula, de modo que, 
neste caso, ele se apresenta com uma estru- 
tura muito menos clara do que quando corado 
pelo GIEMSA. As vezes mesmo parece se 
estar diante dum germe completamente dife- 
rente quando náo se obtem ao menos uma 
lijeira coloracáo da capsula. 

Um carater muito tipico do germe do 
granuloma é a sua localização nos tecidos 
granulomatosos; tem sido por isso assinalado 
por todos os autores e chama logo a atenção 
de quem o observa pela primeira vez. O mi- 
crobio do granuloma é geralmente encontrado 
no interior do protoplasma de celulas, e isso 
tanto nos esfregaços como muito especial- 
mente nos cortes. Nos preparados os micro- 
bios livres são em geral menos abundantes 
do que os inclusos em celulas conjuntivas e 


messen, die Kapsel eingeschlossen, 1-1 1/2 p, 
wahrend die in Teilung begriffenen, ovalen 
2-2 1/2 messen. Die Ruheformen sind 


gewôhnlich seltenr, als die Teilungsformen. 

Mit Rücksicht auf die eigentiimliche 
Morphologie des Granulombakteriums und 
seinen eigenartigen Teilungsprozess, der sich 
von demjenigen anderer Bakterien unter- 
scheidet, erschiten es uns angebracht, dieses 
Bakterium in einem eigenem Genus unter- 
zubringen, fiir welches wir den Name 
Kalymmabacterium (von Kalymma-Mantel) 
vorschlugen, der in Calymmatobacterium 
verbessert werden muss. Die uns bescháfti- 
gende Spezies wiirde dann Calymmatobacte- 


rium granulomatis heissen. 


Die von uns beschriebene Struktur des 
Keimes erscheint in GIEMSApräparaten nur 
deutlich, wenn dieselben weder überfärbt 
sind, noch die Farbung zu schwach ausgefallen 
ist. ist dieselbe richtig, so erscheint die 
Kapsel gutumschrieben und intensiv rot, 
wahrend der eingeschlossens Keime schwarz- 
rot erscheint. 


Das Granulombakterium farbt sich nicht 
nach Gram. und mit den gewóhnlichen 
Anilinfarben nur schwach; besonders gilt 
dies fiir die Kapsel, so das dann seine Struktur 
weit weniger deutlich ist, als bei der GIEMSA- 
farbung. Ja manchmal, wenn sich die Kapsel 
nicht im Geringsten gefarbt hat, glaubt man 
einen ganz anderen Keim vor sich zu haben. 

Ein typisches Kennzeichen des Granulo- 
merregers ist seine Lokalisation in den gra- 
nulomatósen Geweben; sie wurde von allen 
Autoren hervorgehoben und fállt schon bei 
der ersten Beobachtung auf. Das Granulom- 
bakterium wird gewóhnlich im Zellplasma 
gefunden, sowohl im Ausstrich, als auch 
ganz besonders in Schnitten. Freie Keime 
sind in den Práparaten seltener, als die in 
Bindegewebszellen und Leukozyten einge- 
schlossenen. Die im Granulomgewebe immer 


leucocitos. Quanto ás celulas plasmaticas 
sempre tão abundantes nos tecidos granulo- 
matosos elas não apresentam microbios in- 
clusos no seu protoplasma, diverjindo neste 
ponto as nossas observações das de FLU. 

No interior das celulas os germens apa- 
recem ás vezes, destituidos de envolucro, 
que só ulteriormente nace em torno deles. 

Os microbios formam então uma zooglea, 
de tamanho variavel, a principio junto ao 
nucleo da celula, lembrando o aspeto dos 
clamidozoarios, como assinalou FLU (Est. 
19, fig, 1-4). 

Ulteriormente os elementos destas zoo- 
gleas se isolam mostrando então as capsulas 
caraterísticas. (Est. 19, fig. 5-6). 

As celulas em cujo protoplasma estao 
incluidos muitos germes, a principio se hiper- 
trofiam acentuadamente, mais tarde o seu 
plasma se rompe e se desfaz. O nucleo é a 
principio recalcado para um ponto da peri- 
feria da celula e ulteriormente tambem se 
altera e fragmenta. 

Nao sao de todo raras as celulas em 
que se pode ver massas azuis semelhantes 
á plastina como igualmente assinalou aquele 
autor. 

Si, por um lado, as celulas frequentemente 
são destruidas pelo germe, não raro estes 
dejeneram naquelas. Por isso se vêm celulas 
com grandes massas de bacterios completa- 
mente alterados, fragmentados, reduzidas a 
simples corpos vermelhos ou então os germes 
reduzidos apenas a vestijios quasi irreconhe- 
civeis. 

O microbio do granuloma é encontrado 
na ulcera granulomatosa em toda a extensão 
da lesão e principalmente nos pontos em 
progressão. Nos casos em franca vejetação a 
sua abundancia é verdadeiramente surpreen- 
dente e, sob este ponto de vista, os cortes 
fornecem um aspeto dos mais demonstrativos. 
Nos casos de marcha lenta, menos invasora, 
ou nos pontos, em que a molestia regride, a 
regra é a escassez do germe. 


222 —— 


sehr háufigen Plasmazellen zeigen in ihrem 
innern keine Keime. In dieser Hinsicht stimmen 
unsere Beobachtungen mit denjenigen von 
FLU nicht iiberein. 

Im Innern der Zellen sieht man die Keime 
ohne Hiille, welche erst nach- 
Sie bilden 
dann eine Zooglóa von wechselndem Umfang, 
zúrst in der Naehe des Zellkernes, ein Bild, 


manchmal 
traglich um dieselben erscheint. 


welches demjenigen der Chlamidozôn glei- 
cht, wie zuerst FLU hervorhob (Taf. 19. 
Fig. 1-4). 

Spater trennen sich die Elemente dieser 
Zooglóen und zeigen dann die charakteris- 
tischen Kapseln. (Taf. 19 Fig. 5-6). 


Die Zellen, welche in ihrem Protoplasma 
zahlreiche Keime einschliessen, werden zuerst 
deutlich hypertrophisch, spáter platzen sie 
und desaggregieren sich. Der Kern wird 
zuerst nach der Peripherie verdrângt, bis er 
sich ebenfalls verândert und zerfallt. 


Auch die von demselben Autor angege- 
benen Zellen, in welchen man plastinâhnliche 
blaue Massen sieht, sind keineswegs unge- 
wohnilich. 

Wenn einerseits die Zellen durch die 
Keime zerstórt werden, so kónnen letztere 
auch nach der Aufnahme degenerieren. So 
sieht man Zellen mit grossen Massen von 
Bakterien, die vóllig verándert, fragmentietr 
un din rote Schollen verwandelt sind; anderer- 
seits werden auch die Bakterien auf fast 
unkenntliche Reste reduziert. 


Der Granulomerreger wird in der ganzen 
Ausdehnung der Läsionen gefunden und 
besonders da, wo dieselben fortschreiten. 
Bei den lebhaft wuchernden Prozessen ist 
deren Menge eine ganz erstaunliche und die 
Schnitte zeigen dann ein sehr iiberzeugendes 
Bild. Verläuft die Krankheit langsam, ohne 
Neigung, um sich zu greifen, so sind die 
Keime in der Regel sparlich, besonders da, 
wo man ein Zuriickweichen konstatiert. 


ETN ES Va PO] 
ds ee 
dia ( 


Nos oito doentes citados neste trabalho 
o microbio do granuloma sempre foi encon- 
trado. A estes podemos juntar mais dois casos 
ainda em estudo tambem com verificação 
positiva. Por colegas temos informações de 
mais 3 doentes com verificação do mesmo 
microbio, sendo dois do Prof. RABELLO e 
um dos Drs. A. MACHADO, LEOCADIO 
CHAVES e E. VILLELA. 

Nas figuras 1a 6 da estampa 19 e fig. 1 
da estampa 20 damos diversos desenhos do 
germe no interior de celulas, em esfregaço. 

Alem do germe do granuloma só temos 
visto nos esfregaços e cortes das lesões dos 
nossos casos e sempre em menor numero 
que aquele, alguns germes comuns em todas 
as ulceracóes como sejam estreptococos, 
estafilococos e um ou outro bacilo. Vimos 
alguns raros treponemas grossos, de espiras 
largas, e pouco abundantes, sem a minima 
semelhança com o Treponema pallidum, nos 
esfregaços do nosso 2.º doente e, quanto ao 
bacilo da tuberculose, ele não foi encontrado 
até agora em nenhuma das lesões, nem verifi- 
cado pelas inoculações em animal. 


Cultura do microbio do granuloma venereo. 


As primeiras pesquizas culturais com o 
microbio do granuloma foram feitas por 
FLU que conseguiu obter 2 vezes em agar 
acite colonias muito pequenas, constituidas 
por bastonetes pequenos sem capsula e náo 


tomando o Gram. O germe era só cultivavel. 


em agar e caldo acite e morria depois de 3 
passajens nesse meio de cultura. FLU consi- 
dera os seus resultados ainda muito incertos 
para poder tirar qualquer conclusáo. 
Fazendo pesquizas culturais com material 
de granuloma venereo chegámos a resultados 
muitos diferentes dos de FLU. Conseguimos 
tambem cultivar um germe das lesóes de 3 
dentre os 8 doentes que temos Observado, 
mas o nosso microbio é totalmente diferente 
do descrito por FLU não tendo obtido 
culturas do germe por ele isolado. Ele tem 
a seu favor apresentar a capsula e todos os 


223 


Bei den acht in dieser Arbeit angefiihrten 
Kranken wurde das Granulombakterium 
immer konstatiert. Zu diesen kônnen wir 
noch die zwei Falle rechnen, deren Studium 
noch nicht beendet ist. Von Kollegen besitzen 
wir noch Mitteilungen úber drei weitere 
Patienten, bei welchen derselbe Keim gefun- 
den wurde: von diesen verdanken wir zwei 
Hrn. Prof. E. RABELLO und einen den 
Herren Drs. A. MACHADO, LEOCADIO 
CHAVES und E. VILLELA. 

In Fig. 1-6 auf Taf. 19 und Fig. 1 auf Taf. 
20 geben wir verschiedene Zeichnungen der 
Keime im Innern von Zellen aus Ausstrichs- 
praparaten. 

Ausser dem Granulomerreger sahen wir 
bei unseren Fallen in Ausstrichen und 
Gewebsschnitten nur in geringerer Zah einige 
Keime, die bei allen Geschwiiren vorkommen, 
wie Streptokokken, Staphylokokken und verein- 
zelte Bazillen. Wir sahen auch in Ausstrichen 
des zweiten Falles einige Treponemen mit 
spárlichen und weiten Windungen, welche 
mit pallidum gar keine Ahnlichkeiten hatten; 
hatten; dagegen wurde der Tuberkelbazillus 
weder in Präparaten, noch durch Imptung 
von Tieren nachgewiesen. 


Kultur des Erregers des Granuloma venereum. 


Die ersten Versuche, dan Erreger des 
Granuloms zu kultivieren, machte FLU, dem 
es gelang, auf Ascitesagar zweimal sehr kleine 
Kolonien zu erhalten, welche aus kleinen, 
kapsellosen und nach Gram nicht farbbaren 
Stábchen bestanden. Der Keim liess sich 
nur auf diesem Medium kultivieren und ging 
nach drei Uberimpfungen ein. FLU fand 
seine Erfolge noch nicht geniigend, um daraus 
irgend welche Schliisse zu ziehen. 

Bei unserem Kulturversuchen mit Granu- 
lommaterial kamen wir zu ganz anderen 
Resultaten, als FLU. Es gelang uns ebenfalls 
aus den Lásionen von drei unter den acht 
Fallen einen Keim zu isolieren, aber derselbe 
ist von dem von FLU beschriebenen ganz 
verschieden während wir die von ih beschrie- 
benen Kulturen nicht erhielten. Zu seinen 
Gunsten spricht, dass er eine Kapsel und 


demais minucias morfolojicas do microbio 
encontrado nos tecidos e isso tanto nas 
culturas como nos animais por ele infetados, 
mas, por outro lado, tem contra si, em desa- 
cordo com a facilidade com que vejeta, só 
ter proliferado em tres dos oito casos posto 
que os microbios nos tecidos fossem sempre 
muito abudantes. Isso nos leva actualmente 
a duvidar um tanto da especificidade do 
microbio, que muito se aproxima do pneu- 
mobacilo de Friedlander. Só ulteriores pes- 
quizas poderão resolver esta questão. (Fig. 11, 
estampa 19 e fig. 2, estampa 20). 


Para o isolamento inicial do germe 
temos recorrido ao meio maltosado de 
SABOURAUD que tem a propriedade de 
impedir o desenvolvimento dos germes banais 
encontrados nas ulceras granulomatosas, ao 
passo que em nada prejudica o do microbio 
que isolamos do granuloma venereo. 

As sementeiras são feitas com material 
colhido na base da ulcera e os tubos são 
colocados na estufa a 370 por 24 horas. 
Uma vez obtida a cultura inicial no meio de 
SABOURAUD, o microbio é passado para os 
outros meios nos quais geralmente se desen- 
volve bem. 


As colonias do germe isolado do granuloma 
no meio de SABOURAUD, ao cabo de 24 horas 
já são perfeitamente carateristicas. Elas apa- 
recem então sob a forma de pequenos discos 
de 1 a 1,5 mms. de diametro; são muito 
humidas, brilhantes, de côr esbranquiçada ou 
amarelada e têm a consistencia duma pasta 
rala e um pouco viscosa. Com o decorrer do 
tempo as colonias aumentam de tamanho, 
vão aos poucos perdendo o aspeto humido 
e brilhante e tomando um colorido e aspeto 
de chocolate. Nos tubos de agar inclinados, 
semeados por estria, a cultura não raro escor- 
rega e se acumula na agua de condensação. 


Caldo simples, glicerinado e glicosado : 
o germe se desenvolve bem em qualquer 
destes meios e turva-os ao começo, formando- 
se uma pelicula esbranquiçada que sobe pelas 
paredes do tubo, na superficie, ao mesmo 
tempo que no fundo se forma um deposito 


andere morphologische Details des im Ge- 
webe beobachteten Keimesaufweist und dies 
sowohl in den Kulturen, als auch bei mit 
demselben infizierten Tieren dagegen aber, 
im Gegensatz zu der Leichtigkeit, mit der 
er wáchst, der Umstand, dass er nur in 
drei von den acht Fallen anging, obgleich 
die Keime im Gewebe immer sehr zahlreich 
waren. Deswegen sind wir gegenwärtig 
etwas im Zweifal ueber die Spezitizitat 
des Keimes das grosse âhnlichkeiten mit dem 
friedlândische Pneumobazillen. (Taf. I, Fig. 11 
und Taf. II, Fig. 2). 

Zur ersten Isolierung des Keimes ver- 
wandten wir den maltosehaltigen Nahrbodem 
von SABOURAUD. Er hat die Eigenschaft, 
die gewóhnlichen Keime, welche in den 
Geschwiiren vorkommen, nicht auswachsen 
zu lassen, wahrend er dem Gedeihen des 
Keimes, welchen wir esoberten haben, nichts 
in den Weg legt. 


Zur Impfung verwenden wir Material 
von der Basis des Geschwiires und bringen 
die Róhrchen dann fiir 24 Stunden in einen 
auf 370 eingestellten Briitschrank. Die, auf dem 
Nährboden von SABOURAUD gewonnene, 
erste Kultur wird auf andere Nährbôden 
iibertragen, auf welchen sie sich gewóhnlich 
gut entwickelt. 


Die Kulturen des Keim das wir von 
Granulom isolierten auf dem SABOURAUD’- 
schen Medium sind nach 24 Stunden ganz 
charakteristisch. Sie haben dann die Form 
kleiner Scheiben von 1-15 mm. Dur- 
chmesser und die Konsistenz einer diinnen, 
etwas klebrigen Paste: dabei sind sie sehr 
feucht, glânzend und weisslich oder gelbiich 
gefarbt. Mit der Zeit vergróssern sie sich, 
verlieren das feuchte und glânzende Aussehen 
und nehmen dafür Fárbung und Aussehen 
von Schokolade an. Auf dem schrägen 
Abschnitte der Róhrchen fiir Strichkulturen 
kann die Kolonie herabgleiten und sich im 
Kondensationswasser anháuten. 

In Bouillon, einfach oder, mit Glyzerie 
und Glykose, entwickelt sich der Keim unter 
Trúbung und Bildung einer weisslichen 
Kahmhaut, welche an den Wanden dos Tubus 


ara), eS 


esbranquiçado, viscoso, cada vez mais abun- 
dante. Com o correr do tempo o meio vai 
clareando. O caldo glicosado é fermentado. 

Agar simples: o germe se desenvolve 
bem neste meio, quando semeado em placa; 
as colonias profundas são lenticulares, homo- 
jeneas, amareladas; as superficiais apresentam- 
se grandes, homojeneas, lijeiramente viscosas, 
brancas, um pouco salientes, com as bordas 
regulares. Em tubo de agar inclinado a cul- 
tura se desenvolve, muito abundante, ao longo 
da estria e, no agar em pé, tanto na superficie, 
como ao longo da picada. No agar glicosado 
e latosado a cultura se faz do mesmo modo 
que no agar simples, porem com grande pro- 
dução de gazes. 

Gelatina: em placa já ao cabo de 24 
horas se podem ver diminutas colonias, pun- 
tiformes, homojeneas, amarelas; ulteriormente 
as que se espraiam são brancas, elevadas, 
redondas, brilhantes e um pouco viscosas; 
podem atinjir até 2 a 3 mms. de diametro 
O meio não é fluidificado. 

Batata: cultura muito abundante sob a 
forma dum induto pardacento, acompanhado 
de forte produção de gazes; a batata escurece. 


Cenoura: cultura branca, suja, menos 
abundante e com menor produção de gazes 
do que na batata. 

Leite: Coagulação do meio ao cabo de 
48 horas. 

Meios com acite: vejetação abundante. 

Meios com sangue: o germe prolifera 
bem e os hemoliza. 

Meios turnesolados: envermelhecimento 
duradouro. 

A morfolojia do germe varia um pouco 
nos diferentes meios e conforme a natureza 
deles e idade de cultura. Nos meios liquidos 
e na agua de condensação se bem que não 
seja a regra, muitas vezes o microbio apre- 
senta tendencia a formar filamentos mais 
ou menos longos; geralmente porem são os 
germes arredondados e isolados; cadeias de 
microbios não tem sido vistas. No inicio da 
vejetação, quando mais rapida é a multipli- 
cação do microbio, ele aparece um pouco 


in die Hohe steigt. Zu gleicher Zeit bildet 
sich am Boden ein weisslicher, záher Nie- 
derschlag, der immer reichlicher wird. Mit 
der Zeit helit sich das Medium auf. Die 
glycosehaltige Bouillon geht in Gahrung iiber. 

In gewóhnlichem Agar auf Platten aus- 
gesat, entwickeln sich die Bakterien gu; die 
tief gelegenen Kolonien sind linsenférmig, 
homogen und gelblich, die oberflachlichen 
gross, homogen, leicht klebrig, weiss, etwas 
erhaben und regelmássig begrenzt. In Tuben 
mit schragem Agar entwickeln sich die Kul- 
turen reichlich lângs des Striches und in 
Stichkulturen sowohl an der Oberfláche, als 
lângs des Impfstriches. Auf Glykose-und Lak- 
toseagar entwickelt sich die Kultur, wie auf 
einfachem Agar, aber mit starker Gasbildung. 

In Gelatineplatten sieht man schon nach 
24 Stunden, kleine punktformige, homogene 
und gelbliche Kolonien; zuletzt sind die 
oberflachlichen weiss, erhaben, rund, glanzend 
und etwas klebrig; sie erreiehen einen Durch- 
schnitt von 2-3 Mm. Der Nährboden wird 
nicht verflüssigt. 

Auf Kartoffeln wird die Kultur sehr iippig 
und bildet einen braunlichen Belag mit starker 
Gasentwicklung, wahrend die Kartoffel dunkel 
wird. 

Auf Rúben ist die Kultur schmutzigweiss 
und weniger üppig, als auf Kartoffeln; auch 
ist die Gasentwicklung geringer. 

Milch gerinnt nach 24 Stunden. 

Auf Ascitesnãhrbôden findet ein reich- : 
liches Wachstum statt. 

Auf Blutnährbôden tritt unter starker 
Entwicklung Hamolyse ein. 

Nährbôden mit Lakmuszusatz werden 
dauernd rot. 

Die Morphologie der Bakterien wechselt auf 
den verschiedenen Náhrbóden einigermassen, 
je nach dem Substrat und dem Alter der Kultur. 
In fliissigen Nährbôden und im Konden- | 
sationswasser zeigt der Keim ausnahmsweiss 
die Tendenz mehr oder weniger lange Faden 
zu bilden; gewóhnlich sind die Keime jedoch 
rund und isoliert; Kettenbildung wurde nicht 
beobachtet. Im Beginne des Wachstums, wenn 
die Vermehrung rascher ist, erscheint derselbe 
langer, mit wenig deutlicher Kapsel und 


mais longo, com a capsula pouco visivel e 
então é menos tipico. Depois, porém, a capsula 
torna-se muito aparente e o germe se apre- 
senta com aspeto e morfolojia identicas 
áquelas, que se veem nos tecidos granuloma- 
tosos (estampa 19, fig. 11). 

O microbio que isolámos dos nossos 
casos de granuloma é facultativamente aero- 
bio e vejeta bem a temperatura de 37º; dotado 
de propriedades fermentativas enerjicas, não 
produz indol, nem acido sulfidrico; a sua 
produção de acidos no meio de cultura 
“aumenta nos primeiros dias e depois decrece 
até um certo ponto, mantendo-se porem, daí 
em diante, constante. A vitalidade do germe 
é grande; ao cabo de 6 mezes as culturas 
ainda permanecem vivas. 


Poder patojenico. 


O germe que isolámos dos 3 casos de 
granuloma é patojenico para os animais de 
laboratorio. Os coelhos, cobaias, ratos e 
saguis, inoculados por via peritoneal com 
Io a 1 cc. de cultura recente em caldo, morrem 
em 24 até 48 horas e, ás vezes, em menos 
tempo. Depois deste prazo, os animais, que 
sucumbem ás inoculações morrem já sem 
microbios no organismo. Nos animais que 
morrem rapidamente as lesões são em geral 
pouco caraterísticas; cifram-se a conjestões 
de organs e aumento do figado e baço. Em 
todos os organs destes animais encontra-se 
o microbio inoculado. 

Muito recentemente E. MARTINI (1912 
e 1913) isolou dum caso de granuloma vene- 
reo, por meio de culturas, em agar sangue, 
um diplococo encapsulado, formando cadeias 
e não tomando o Gram. O microbio se 
desenvolve mal nos meios comuns, não turva 
o caldo e só vejeta, nele, na profundidade. 
Não é patojenico para coelhos e cobaias. 
Em 50 0/0 dos camondongos, inoculados com 
esse microbio obteve MARTIN! a formação 
dum abcesso, que se rompia para o exterior, 
dando lugar a formação duma pequena ulcera, 
que ele compara a do granuloma, mas que, 
finalmente cicatriza. Só um dos animais 


daher weniger typisch. Spáter wird aber die 
Kapsel sehr deutlich und die Bakterien glei- 
chen nach Aussehen und Struktur denen, 
welche man im Granulomgewebe beobachtet 
(Taf. 19, Fig. 11). 


Das Bakterium das wir aus Granulom 
zúchten ist fakultativ aérob und wáchst gut 
bei 370; es ist ein kráftiger Gáhrungserreger, 
bildet aber weder Indol, noch Schwefel- 
wasserstoff. Die Sáurebildung in den Kulturen 
nimmt in den ersten Tagen zu, sinkt dann 
bis zu einem gewissen Punkte, von dem an 
sie konstant bleibt. Die Lebensfáhigkeit der 
Kulturen ist bedeutend; nach sechs Monaten 
sind sie noch lebensfáhig. 


Pathogene Eigenschaften. 


Der Keim, den wir aus drei Granulom- 
fallen isolierten, ist fiir Laboratoriumstiere 
pathogen. Kaninchen, Meerschweinchen, 
Ratten und Uistitis, welche intraperitoneal 
mit 1/2 —1 kzm. frischer Bonillonultur geimpft 
werden, sterben in 24-48 Stunden und man- 
chmal noch schneller. Tiere, welche nach 
dieser Frist der Impfung erliegen, zeigen 
bereits keine lebenden Keime mehr. Bei 
raschem Tode sind die Veranderungen in der 
Regel wenig charakteristisch und beschranken 
sich auf Milz-und Leberschwellung und 
Hyperamie Organe. Der eingeimpfte Keim 
wird in allen Organen dieser Tiere wie- 
dergefunden. 


Neuerdings isolierte MARTINI (1912-1913) 
von einem Granulomfall auf Blutagar einem 
eingekapselten, kettenbildenden und gramne- 
gativen. Diplokokkus, der sich auf gewóhn- 
lichen Nahrbôden schlecht entwickelt, Bouil- 
lon nicht trúbt und darin nur in der Tiefe 
wachst. Fiir Kaninchen und Meerschweinchen 
ist er nicht pathogen. Bei 50 o/o der mit 
diesem Keime geimpften Mãuse erzielte 
MARTINI die Bildung eines Abszesses, wel- 
cher sich nach aussen óffnete und zur Bildung 
eines kleinen Geschwiires fithrt, welches er 
mit dem Granulom vergleicht, das aber 
schliesslich heilt. Nur eines der Tiere starb 
in Folge Eindringens der Eiterung ins Peri- 


morreu por invasão do peritoneo. O mi- 
crobio é encontrado no puz do abcesso. O 
microbio cultivado por MARTINI é absolu- 
tamente diverso do que isolámos e mais se 
assemelha ao de FLU. 

As nossas pesquizas para o isolamento 
do germe assinalado por MARTINI foram 
completamente negativas. Assim, a questão 
da cultura do causador do granuloma per- 
manece indecisa em vista dos diversos resul- 
tados obtidos pelos varios investigadores. 


Tratamento do granuloma. 


A dificuldade em se obter a cura com- 
pleta do granuloma venereo é um fato reco- 
nhecido unanimamente por todos os que se 
têm ocupado do assunto. Numerosos têm 
sido os metodos terapeuticos recomendados; 
mas todos dão pouco resultado. Muitas 
aplicações locais, antiseticas ou causticas, 
foram tentadas e tambem tratamentos gerais 
pelo mercurio, iodeto de potassio, 606 e 
outros. 

À cirurjia recomenda a extirpação com- 
pleta da lesão, mas esta, nem sempre pode 
ser empregada dada a extensão que apresen- 
tam, ás vezes, as lesões e a sua sede. 


Só um tratamento tem sido reconhecido, 
ultimamente, ser de eficacia, é o emprego 
dos raios X. Com o uso deste meio tera- 
peutico já se tem obtido a cura de numerosos 
casos, se bem que em prazo ás vezes bastante 
longo. Mas se o metodo de aplicação dos 
raios X é eficaz, tem contra si, depender dum 
aparelhamento complicado e que nem sempre 
se pode ter á mão, além do incomodo e 
tempo que requisita para produzir a cura 
do granuloma. Nestas condições desde que 
começámos a observar os nossos doentes 
tivemos como principal objetivo conseguir 
melhor metodo de cura da molestia. 


Ensaiámos ao começo a vacinoterapia 
com o microbio que isolavamos do granu- 
loma, mas sem obter o sucesso desejado. 
Resolvemos então recorrer ao tratamento por 
meio de injeções de tartaro emetico, cuja 
eficacia está provada na cura das ulcera” 
ções cutaneas produzidas pela Leishmania 


ey cee 


toneum. Das Bakterium wird im Abszesseiter 
gefunden. Der von MARTINI kultivierte 
Mikroorganismus ist von dem unsrigen total 
verschieden und gleicht mehr demjenigen 
von FLU. y 

Unsere Untersuchungen zwecks Isolierung 
des von MARTINI angegebenen Keimes blie- 
ben ohne Resultat. So bleibt also die Frage 
der Kultus des Granulomerregers noch unen- 
tschieden, mit Riicksicht auf die verschiedenen 
Resultate der einzelnen Beobachter. 


Behandlung des Granuloms. 


Die Schwierigkeit, eine vollstaendige 
Heilung des venerischen Granuloms zu erzi- 
elen, wird von Allen, die sich mit dem 
Gegenstande beschäftigten, einstimmig zuge- 
geben. Die empfohlenen Behandlungsmetho- 
den sind zahlreich, aber der erzielte Erfolg 
ist gering. Lokale Behandlung mit Antisepticis 
und Causticis wurdeu vielfach versucht, ebanso 
Allgemeinbehandlungen mittelst Quecksiber, 
Jodkalium, 606 und anderen Mitteln. 

Chirurgisch wurde die Totalextirpation 
der Lasion aber, in Folge des Sitzes derselben 
und ihrer oft sehr grossen Ausdehnung, kann 
dieselbe leider nicht immerangewandt werden. 

Nur eine Behandlung wurde neuerdings 
wirksam befunden, nâmlich die, mit Rôntgens- 
trahlen, durch welche schon zahlreiche Fálle 
geheilt wurden, obwohl oft erst nach langer 
Zeit. Aber, wenn dieselben auch wirksam 
sind, so haben sie den Nachteil von kompli- 
zierten Apparaten abhângig zu sein, die man 
nicht immer zur Hand hat, abgesehen von 
der Múhe und Zeit, welche fiir die Heilung 
des Granulome erforderlich sind. Wir verfol- 
gten deshalb, seitdem wir mit der Beobach- 
tung der Kranken begannen, als hauptsäch- 
lichstes Ziel eine geeignetere Methode zur 
Heilung der Krakheit. 

Wir versuchten zuerst die Vaccinotherapie 
mittelst des isolierten Bakteriums, ohne indess 
den gewiinschten Erfolg zu erreichen. Wir 
entschlossen uns dann die Injektionen mit 
Brechweinstein zu versnchen, deren Wirksam- 


keit bei den durch Leishmannia verur- 


(GASPAR VIANNA) e com este metodo 
colhemos o resultado o mais brilhante possi- 
vel, pois os doentes em que aié agora em- 
pregámos este tratamento todos curam-se 
completamente. 

As injeções intravenosas de tartaro eme- 
tico nenhum perigo oferecem para o doente 
e só são dolorosas quando o liquido sai da 
veia. Repetidas inoculações com pequeno 
intervalo são perfeitamente suportadas. 

A solução de tartaro emetico, que mais 
comumente empregamos, tem o titulo de 1 
por mil, é feita em agua fisiolojica e esteri- 
lisada nor filtração. 

Faziamos as injeções nos nossos doentes 
em dias alternados. A quantidade da solução 
inoculada de cada vez ocilando entre 60 a 120 
ccs. o que corresponde a 0,06 a 0,12 de tartaro 
emetico. Ulteriormente resolvemos, afim de 
simplicar a tecnica, empregar a mesma dose 
de emetico em solução mais concentrada. Ve- 
rificámos então que as soluções a 1 0/0 em 
soro fisiolojico eram perfeitamente suportadas 
talvez mesmo melhor do que as primeiras, 
pois os acessos de tosse, as dôres reumati- 
cas e outras que os doentes apresentavam 
com a solução a um por mil desapareceram 
quasi por completo com o uso do medi- 
camento concentrado. Geralmente na primei- 
ra injeção empregavamos uma dóse menor 
de tartaro para avaliar da resistencia do 
doente ao medicamento e depois então ele- 
vamos a quan idade. 

Os doentes de granuloma, em que até 
agora empregámos o tartaro emetico, viram 
todas as suas lesões cicatrisarem rapidamente. 
A pratica nos ensinou, porém, que não se 
deve parar com as injeções no momento, 
em que as ulceras aparecem cicatrisadas, 
porque isso não prova o desaparecimento 
de todos os germes e, parando o tratamento, 
ha toda probabilidade de uma reincidencia. 
Convem então continuar com mais dez a doze 
injeções afim de assegurar a cura compteta. 

Aos 7 casos de granuloma por nos tra- 
tados com tartaro emetico juntamos uma 
observação feita em Lassance (Minas) pelos 
Drs “A. MACHADO, L. CHAVES"e E. 
VILLELA. 


sachten Hant geschwiiren durch GASPAR 
VIANNA erwiessen wurde. Mit dieser Me- 
thode erzielien wir die glânzendsten Resulta- 
te, denn sammtliche Kranke, bei denen wir 
bisher diese Behandlung versuchten, wurden 
vollstandig geheilt. 

Die intravenósen Injektionen von Tartarus 
emeticus sind ohnc Gefahr fiir den Patienten 
und nur schmerzhaft, wenn die Fliissigkeit 
aus der Vene austritt. 

Gewohnlich wenden wir bei der ersten 
Injektion eine geringere Dose an, um die 
Empfindlichkeit des Patienten gegen das 
Mittel zu erproben erproben und erhóhen 
dann spater die Dosis. 


Neiirdings beschlossen wir, behufs, Ve- 
reinfachung der Technik, die gleiche Dose 
der Brechweinstein in konzentrierterer Form 
anzewenden; dabei stellten wir fest, dass 
1 o/oige Lósungen in physiologischem Serum 
sehr wohl ertragen wurden, vielleicht soger 
besser, als die ursprünglichen, da die Hus- 
tenanfalle, rheumatische Schmerzen und an- 
dere Erscheinungen, welche die Patiente bei 
der schwächeren Lósung gezeigthatten, bei 
der stárkeren ganz verschwanden. 

Die Granulompatienten, bei welchenwir 
bisher den ( Brechweinstein anwandten, sahen 
alle Geschwiire rasch verschwinden. Die 
Erfahrung zeigte uns aber, dass man die 
Injectionen nicht in dem Momente unterbre- 
chen darf, in dem die Ueberháutung einge- 
treten ist, wail die se nicht das Verschwinden 
samtlicher Keime beweist; vielmehr folgt 
auf die Unterbrechung mit grósster Wahrs- 
cheinlishket ein Riickfall. Man muss daher 
noch 10 oder 12 Einspritzungen machen, um 
eine vóllige Heilung zu garantieren. 

Zu den sieben Granulomfallen, welche 
mittelst Brechweinstein behandelt wurden, 
figen wir noch eine Beobachtung, welche 
in Lassance (Minas) von Drs. A. MACHA- 
DO, L. CHAVES und E. VILLELA gemacht 
wurde. 


| 
: 
i 


As injeções de tartaro emetico nos doentes 
de granuloma são seguidas de fenomenos 
locais dos mais interessantes. Logo depois 
das 1.4 e 2.2 injeções a secreção das feridas 
aumenta, o doente começa a sentir picadas 
e formigamento na base das ulceras; com as 
inoculações seguintes estes fenomenos con- 
tinuam, mas observa-se que a secreção começa 
a diminuir; da quarta inoculação em diante, 
a secreção se reduz muito ea cicatrização 
começa. Esta se inicia não só pelas bordas 
das ulcerações como tambem no centro das 
lesões, proliferam os epitelios de elementos 
glandulares que não foram destruidos; for- 
mam-se então ilhotas epiteliais que crecem 
na periferia, confluem uma com as outras e 
cicatriza finalmente a lesão. A cicatrização 
pelo modo que descrevemos se faz rapida- 
mente e, ás vezes, 10 injeções de emetico já 
são suficientes para que ela seja completa. 
Com os primeiros sinais da cicatrização das 
ulcerações coincide uma rapida diminuição 
dos microbios do granuloma dos tecidos 
lesados e já muito antes da cura completa 
do mal o exame microscopico é negativo. 
Esta ação do emetico sobre igranuloma e o 
seu microbio é toda especial, porquanto não 
é observada em outras ulcerações com exceção 
das leishmannioses. 

Em seguida vamos resumidamente apre- 
sentar as notas relativas aos 7 doentes que 
tratamos pelo emetico e cujas observações 
já foram dadas no começo deste trabalho. 

Doente I. A. R. Este doente se achava 
extremamente depauperado, anemiado e 
magro quando nele resolvemos fazer o trata- 
mento pelo emetico. Já não mais se levantava 
da cama e a grande ulcera que apresentava 
no abdome a todo o momento aiieacava 
propagar-se, á cavidade peritoneal terminação 
não muito rara no granuloma. A molestia 
datava de dois anos e até então o doente 
tinha empregado sem sucesso variados trata- 
mentos antiseticos locais, cauterizações pelo 
termo cauterio, aplicações topicas de cloreto 
de zinco, raspajens, além do tratamento geral 
pelo iodeto, arenal etc. Devido ao estado 
de fraqueza do doente e ao tamanho das 
ulceracóes o tratamento foi mais demorado; 


HO 


Die Injektionen führen bei den Granu- 
lompatienten zu interessanten lokalen Reak- 
tionen. Kurz nach der ersten und zweiten 
Einspritzung nimmt die Wundsekretion zu 
und der Patient beginnt im Geschwürsgrunde 
Stiche und Kriebeln zu fühlen; bei den 
spateren Injektionen dauern diese Erscheinun- 
gen fort, aber man bemerkt eine Abnahme 
der Sekretion. Von der vierten an wird die- 
selbe sehr gering und die Vernarbung beginnt. 
Lettere aussert sich nicht nur an den Randern 
der Ulcera, sondern auch in deren Mitte 
wuchern die Epithelien nicht zerstórter Drii- 
senreste; es bilden sich dann Epithelinseln, 
welche sich peripher ausbreiten und mit 
einander verschmelzend zur Vernarbung führen. 
ist. Die Vernarbungen geht in der von uns 
beschriebeneu Weise rasch vor sich und 
manchonal genuegen schon zehn Injektionen, 
um eine vollstandige Heilung herbeizufiihren. 
Mit den ersten Anzeichen der Heilung der 
Geschwiire koinzidiert ein rasches Verschwin- 
den der Granulombakterien aus den kranben 
Geweben und der mikroskopische Befund 
wird schon lange vor der vólligen Heilung 
negetiv. Diese Wirkung des Brechweinsteins 
auf das Granulom und seinen Erreger ist 
ganz spezifisch und wird bei anderem nicht 
durch Lishmanniose hervorgerufenen Gesch- 
wiiren nicht beobachtet. 

Nachfolgend geben wir kurze Notizen 
úber die vier von uns beobachteten Patienten, 
úber deren Krankengeschichten wir schon zu 
Anfang dieser Arbeit berichteten : 

Fall I. A. R. Dieser Patient war schon 
ausserordentlich heruntergekommen, anâmisch 
und mager, als wir die Behandlung mit Tar- 
tarus emeticus begannen. 


Er konnte bereits nicht mehr aufstehen 
und das grosse Gerchwiir am Unterleib drohte 
plótzlich ins Peritoneum durchzubrechen, ein 
bei Granulom nicht seltener Vorgang. Die 
Krankheit war schon zwei Jahre alt und 
Patient hatte ohne Erfolg verschiedene lokale 
Behandlungen mit antiseptischen Mittel, 
Thermocauter und Chlorzink, sowie Auskra- 
tzungen versucht, neben Allgemeinbehandlung 
mit Jodkalium, Arrhenal etc. In Folge der 
Schwache des Patienten und der Grosse der 


começou em 8 de Novembro de 1912 e ter- 
minou em 4 de Março de 1913; durou por- 
tanto quasi 4 mezes. 

Durante este periodo o doente recebeu 
21 injeções intravenosas de tartaro emetico, 
sendo a 1.2 injeção de 0,05 grm. de emetico, 
a 2.2 de 0,08. da 3.4 a 13.4 injeções a dose 
foi de 0,1 grm., da 14.4 a 17a a dose foi 0,08 
de 18.2 a 21.2 de 0,1 grm. Ao todo portanto 
cerca de 1,8 grm. de tartaro. 

Logo em seguida á primeira injeção o 
doente se queixou de formigamento e picadas 
nas ulcerações e a secreção aumentou; a 
partir da 6.4 injeção começou lentamente a 
cicatrização, os microbios desapareceram dos 
tecidos e ao mesmo tempo que o doente 
recuperava as forças e engordava a olhos 
vistos. Ao fim do tratamento estava perfeita- 
mente robusto, as feridas se apresentavam 
de todo cicatrizadas como se pode ver com- 
parando as fotografias 1 e 2 da estampa 24 
tiradas antes e depois do tratamento. 

Este doente retirou-se a 4 de Março, 
apenas terminada a cicatrisação das ulcera- 
ções alegando necessidade de trabalhar: 
Voltou ao hospital em 4 de Junho com pe- 
quenas ulceracóes nos pontos por ultimo 
cicatrisadas. Esfregaços destas ulcerações re- 
velaram a presença do microbio carateristico. 
Recomecou-se o tratamento em 5—VI—13,a 
principio com solução a 1 por mil e depois 
com outra a 1 0/0. Recebeu, ora em dias alter- 
nados, ora em dias seguida quatorze injeções 
de 0,1 e uma de 0,8, ao todo 1,48 de sal. 
Logo depois das 6 primeiras injeções os 
pontos ulcerados cicatrisaram, porem o tra- 
tamento ainda foi continuado por mais nove 
injeções para assegurar uma cura completa. 

Durante o tratamento salvo algumas 
lijeiras dores de cabeça e reumaticas nenhuma 
outra alteração notavel teve o doente durante 
o tratamento pelo emetico. Raramente teve 
tosse e sempre dormiu bem. 

Doente II. J. de A. Quando começámos 
neste doente o tratamento pelo emetico a 
sua molestia já datava dum ano e quatro 


230 


Geschwiire daürte die Behandlung lânger, 
namlich vier Monate, von Sten Nov. 1912 
bis zum 4ten Marz 1913. 

Wahrend dieser Zeit erhielt Patient 21 
Injektionen von Tartarus emeticus, die erste 
von 0,05, die zweite von 0,08; bei der dritten 
bis dreizehnten Einspritzung war die Dose 
0,1 bei der vierzehnten bis siebenzehnten 
0,08, bei der achtzehnten bis einundzwanzig- 
sten betrug sie 0,1, im Ganzen also 1,8 
Gramm. 


Gleich nach der ersten Injektion beklagte 
sich der Patriente über Kriebeln und Stiche 
in den Geschwiiren, wahrend die Sekretion 
zunahm ; von der sechsten Injektion an fingen 
diese langsam an, sich zu iiberhauten, die 
Bakterien verschwanden, wáhrend Patient 
seine Krafte wieder gewann und zusehends 
dicker wurde. Am Ende der Behandlung war 
er ganz kráftig und alle Geschwiire vernarbt, 
wie man durch Vergleichung der Photogra- 
phien 1 und 2 auf Tafel 24 ersehen kann. 

Dieser Patient trat am 4ten Mai, nach 
kaum erfolgter Ueberháutung, aus, da er 
angab, seine Arbeit wieder aufnehmen zu 
musen. Am 4ten Juni kehrte er zurück mit 
kleinen Ulzerationen an den zuletzt vernabten 
Steller. Daselbst entnommenes Material zeigte 
im Ausstrich den spezifischen Keim, Die 
Behandlung wurde 5—VI—13 wieder auf- 
genommen, ziirst mit der schwacheren und 
dann mit der stárkeren Lósung; im Ganzen 
erhilt er 1,48 Tartarus emeticus in 14 Eins- 
pritzungen von 0,1 und einer von 0,8, welche | 
taeglich oder jeden zweiten Tag gemacht 
wurden. Schon nach den ersten sechs injek- 
tionen waren die ulzerierten Stellen wieder 
vernarbt, doch wurden noch weitere neun 
Injektionen gemacht, um eine vóllige Heilung 
zu garantieren. 

Ausser einigen leichten Kopf-und Glie- 
derschmerzen zeigte Patient wahrend der 
Behandlung keine weitere Reaktion. Husten 
trat selten auf und der Schlaf war immer 
gut. 

Fall Ii. J. de A. Als bei diesem Patienten 
die Behandlung mit Tartarus emeticus einge- 
leitet wurde. war die Krankheit schon ein 
Jahr und vier Monate alt. Lokale applika- 


Os tratamentos antiseticos locais, 


mezes. 
vaporizações de iodo nas ulcerações, o 606 e 
o iodeto de potassio já tinham sido usadas 


sem sucesso. À primeira inoculação de eme- 
tico foi feita a 26-10-12 e a dose foi de 0,09 
grms- e a seguir de 0,1 gr. em 30-10-12 e 1,5, 
8, 12, 14, 16, 21, 23, 26 e 28 de novembro, 
1, 7 e 10 de dezembro, ao todo 15 injeções 
de emetico ou 1,49 grms. do medicamento. 
Em meiados de dezembro o doente estava 
completamente curado. As melhoras come- 
caram a se manifestar nele a partir da 4. 
injeção; a cicatrização apareceu tanto nas 
bordas como no centro das ulcerações e os 
microbios desapareceram rapidamente. Em 
fins de dezembro o doente deixou o Hos- 
pital sem que houvesse a menor tendencia 
de recidiva das lesões. O tratamento deste 
doente correu igualmente sem complicações; 
logo ás primeiras injeções sentia prurido na 
garganta e picada na base das lesões, ulte- 
riormente sentia nauseas á simples vista do 
frasco com a injeção, mas nunca chegou a 
vomitar. O estado geral deste doente me- 
lhorou bastante com a cura do granuloma, 
ficando ele mais robusto do que antes do 
tratamento. 

Doente III. B. R. S. Este doente era 
particularmente interessante por se tratar dum 
caso muito antigo e rebelde da molestia 
datando de quasi 7 anos. Todos os trata- 
mentos locais e gerais nele tinham igualmente 
falhado, especialmente as cauterizações, os 
antiseticos e as raspajens locais e as medica- 
ções ioduradas e mercuriais muito intensas. 

A primeira injeção de tartaro emetico foi 
feita a 12-11-12 e as seguintes a 14, 23, 26, 
28, 30 de novembro e 3 e 5 de dezembro. 
Recebeu ao todo 10 injeções de 0,1 grms. 
de emetico cada uma ou 1 grm. do medi- 
camento. 

As primeiras injeções foram seguidas de 
prurido nas lesões e de algumas doses mus- 
culares, depois tudo desapareceu. A partir 
da 4.2 injeção a ferida estava completamente 
seca, começou a cicatrizar rapidamente, os 
microbios desapareceram e em menos dum 
mez (10-12-12) o doente parecia curado. 
Em maio de 1913 o doente voltou ao 


tionen, Behandlung der Geschwiire mit 
Joddámpten, 606 und Jodkalium warem bereits 
erfolglos versucht worden. Die erste Injektion 
von 0,09 machten wir 26 X 12, die úbrigen 
von 0,1 erfolgten 30 X, 1, 5, 8, 12, 14, 16, 
21, 23, 26, 28 XI und 1, 7, 10 XII, im Ganzen 
waren es 15 Einspritzungen mit einem Ver- 
brauch von 1,49 des Medikamentes. Mitte 
Dezember war der Patient vollstandig geheilt. 
Von der vierten Injektion an begann eine 
deutliche Besseru::g; die Uberhautung zeigte 
sich sowohl an den Rándern, wie in der 
Mitte der Geschwiire, wáhrend die Bakterien 
rasch verschwanden. Ende Dezember verliess 
Patient das Spital, ohne dass sich sie geringste 
Neigung zu Rezidiven gezeigt hátte. Auch 
bei diesem Patienten verlief die Behandlung 
ohne Komplikation; gleich bei den ersten 
Einspritzungen verspürte er Kitzel im Halse 
und Stiche im Geschwiirsgrunde, spáter 
empfander auch Ekel beim blossen Anblick 
der Flasche mit der Injektionsfliissigkeit ; 
doch kam es niemals zum Brechen. Der 
Allgemeinzustande besserte sich bedeutend 
durch die Heilung des Granuloms, so dass 
Patient nach der Behandlung kráftiger war, 
wie zuvor. 

Fall IM. B. R. S. Dieser Patient war 
besonders interessant, weil es sich um einen 
alten und sehr hartnáckigen Granulomfall 
handelte, der schon fast acht Jahre daiirte. 
Auch bei diesem war jede lokale und allge- 
meine Behandlung erfolglos gewesen, unter 
welcher Antiseptica, Kauterisationen und 
Auskratzungen, sowie sehr intensive Queck- 
silber-und Jodbehandlung zu nennen sind. 

Die erste Injektion erfolgte 12 XI 12 und 
die übrigen 14, 23, 26, 28, 30 XI und 3 und 
5 XII. Im Ganzen erhielt er 10 Einspritzungen 
jede von 0,1, also im Ganzen ein Gramm 
Tartarus emeticus. 

Auf die ersten Injektionen folgte Jucken 
in den Lásionen und Muskelschmerzen; 
verschwand dies. Nach der vierten Einspri- 
tzung erschien das Geschwiir trocken und 
Uberháutung begann sehr rasch, wáhrend die 
Bakterien verschwanden. Am 10 XII 12, nach 
weniger als einem Monate war Patient geheilt. 
Im Mai 1913 kam Patient ins Spitalzuriick; 


hospital, narrando que a lesão recidivou um 
mez depois de terminar o tratamento, mas o 
processo foi tão lento, que ele não julgou 
necessario, submeter-se a novas injeções. 

Começou a tratar-se com topicos até que 
o mal o obrigou a voltar ao hospital. Apre- 
sentava agora uns pontos ulcerados sobre a 
antiga cicatriz. Foi novamente tratado pelo 
tartaro emetico a partir de 14 V 13, recebendo 
16 injeções de 0,05, 0,08 e 0,1 em dias alter- 
nados, ao todo 1,35 do sal. Com as seis 
primeiras injeções as lesões estavam fechadas 
mas se deram mais 10 para garantir a cura. As 
fotografias 1 e 2 da Est. 25 tiradas neste doente 
antes e depois do tratamento, evidenciam o 
resultado alcançado. 

Doente IV. M. de C. doente ha cerca de 
2 anos. Foi injetada 3 vezes com o 606, ao 
todo recebeu 120 centigr., sofreu tratamento 
iodetado e mercurial intensos. Localmente 
foi submetida a variados tratamentos antise- 
ticos, cauterizações etc., tudo como nos casos 
anteriores, sem suceso. 

Nesta doente tentámos com resultado 
negativo a vacinoterapia por meio do micro- 
bio cultivado das lesões; chegámos a fazer 
nela 5 injeções partindo de 50 e chegando 
até 400 milhões de microbios no periodo 
dum mez. 

Apesar da doente apresentar traços de 
albumina na urina, resolvemos fazer nela o 
tratamento pelo emetico. A primeira injeção 
foi feita a 7-1-13 e foi de 0,06 grm., a seguir 
foi ela injetada em 9, 15, 19, 22, 24, 27 de 
Janeiro de 1913 com 0,1 grm. de emetico e 
em 1, 13 e 15 de fevereiro com 0,06 gr., 
0,08 e 0,08 gr. respetivamente. 

As primeiras injeções foram seguidas de 
tonteiras, ardor nas ulcerações, aumento de 
secreção, formigamentos e picadas. Nas in- 
jeções seguintes estes fenomenos diminuiram. 
A partir da 5.2 injeção era notavel a dimi- 
nuição da secreção e começou rapidamente 
a cicatrização das ulceras tanto no centro 
como na periferia um pouco mais lentamente 
porem na mucosa. 

No fim do tratamento a doente apresen- 
tou alguns edemas em varios pontos e cuja 
formação era precedida de prurido. Uma vez 
erminado o tratamento tudo desapareceu, a 


er gab an, dass ein Monat nach Schluss der 
Behandlung ein Rückfall aufgetreten sei, doch 
war der Prozess so langsam, dass er es nicht 
fiir nótig hielt, sich einer neiin Injektionsbe- 
handlung zu unterziehen. Er behandelte sich 
lokal, bis die Zunahme des Uebels ihn auf’s 
Neue inos Spital führte, Erzeigte jetzt auf 
der Narbe einige neue geschwiirige Stellen. 
Vom 14 V 13 an wurde er wieder mit Injek- 
tionen behandelt; er erhielt deren 16 jeden 
zweiten Tag mit 0,05, 0,08 und 0,1, im Ganzen 
1, Tart, emet, Nach den ersten sechs waren 
die Geschwiire vernarbt, doch wurden noch 
zehn Einspritzungen gegeben, um die Heilung 
zu garantieren. Die Photographien 1 u 2 Taf. 
25 welche vor und nach der Behandlung auf- 
genommen wurden, beweisen Resultat, wel- 
ches bei diesem Patient erreicht wurde. 

Fall IV. M. de C., seit 2 Jahren krank, 
hatte 3 Injektionen von 606, im Ganzen 1,2 
erhalten und ausserdem eine intensivo Queck- 
silber-und Jodbehandlung durchgemacht. Wie 
bei den obigen Fallen, wurden auch lokal 
Antiseptica und Atzungen ohne Erfolg ange- 
wandt. Bei diesem Patienten versuchten wir 
die Vaccinotherapie mittelst des aus den 
Lasionen gewonnenen Bakteriums doch eben- 
falls ohne Resultat; wir machten innerhalb 
eines Monates fiinf Injektionen, indem wir 
von 50 auf 400 Millionen anstiegen. 

Obgleich Patient Spuren von Eiweiss im 
Urin zeigte, entschlossen wir uns zur Behand- 
lung mit Tartarus stibiatus. Die erste Injek- 
tion, am 7 I 13, enthielt 0,06, weitere erfol- 
gten 9, 15, 19, 22, 24, 27 I mit 0,1 und 1,13 
und 15 Il mit je 0,06, 0,08 und 0,08. 

Auf die ersten Injektionen folgte Sch- 
windel, Brennen in den Geschwiiren mit 
vermehrter Sekretion, Kriebeln uud Stichen; 
diese Erscheinungen nahen bei den nãchsten 
Einspritzungen ab. Nach der fiinften war die 
Abnahme der Sekretion auffallend, die Ges- 
chwiire überhäteten sich sowohl von den 
Randern, wie von der Mitte aus diejenigen 
der Mukosa indessen etwas langsamer. 

Mit dem Ende der Behandlung schwanden 
alle Lasionen; Patientin nahm zu und konnte 


doente engordou bastante e a partir dos 
meiados de fevereiro pode ser considerada 
completamente curada. Deixou o Hospital 
um mez e meio depois a 31 de março, pa- 
receu absolutamente definitiva a cura alcan- 
çada. 


Doente V. A. M. C., doente ha um ano 
e sete mezes, tendo sido durante este tempo 
sumetida sem resultado aos mais variados 
tratamentos locais antiseticos, á cauterisações 
e medicada internamente com preparações 
mercuriaes e iodetadas, pois o seu mal foi 
a principio considerado como manifestação 
luetica. O tratamento pelo emetico começou 
em 24 de abril de 1913 porem, por motivos 
independentes da nossa vontade, neste mez 
e no de maio a doente só recebeu 2 injeções; 
o tratamento regular dela foi feito em junho 
e julho. Nestes dous mezes recebeu a doente, 
ora em dias seguidos, ora espaçados, 22 
injeções de emetico, variando a quantidade 
de sal de 0,05 a 0,1 grs. ao todo 2,03 grs. 
do medicamento. Já ao cabo das 10 primeiras 
injeções as lesões granulomatosas estavam 
francamente cicatrizadas, mas nós julgámos 
util, para manter a cura, fazer ainda mais 
12 injeções na doente. Nenhum acidente foi 
observado durante o tratamento da doente; 
ela apenas acusava ligeiras nauseas após as 
injeções, o seu estado geral robusteceu-se 
visivelmente com a cicatrisação das lesões. 

Doente VI. S.F. F., acha-se atacado de 
granuloma ha cerca de 9 anos, tendo dado 
durante esse periodo diversas entradas no 
hospital da Misericordia, onde foi sumetido, 
sem resultado, aos mais variados tratamen- 
tos locais e gerais; internamente tomou em 
largas doses mercurio e iodeto de potassio, 
foi injetado com 606 e trez vezes com 914 ao 
todo 1,35 grs., recentemente aconselhado por 
SABELLA (1913) no tratamento do granu- 
loma venereo, porem sem resultado algum. 
Egualmente sem sucesso foram as cauteri- 
sações e as mais variadas aplicações antise- 
ticas locais, empregadas na cura do granu- 
loma venereo neste doente. 

O tratamento pelo emetico neste doente 
começou em 21-6-1913 e se prolongou ora 
em dias seguidos, ora com interrupções, até 


233 


von Mitte Februar an als vollstandig geheilt 
gelten. Sie verliess das Spital 1 ‘2 Monat 
spáter, am 3lten Marz, anscheinend definitiv 
geheilt. 

Fall V. A, M.C. Patientin erkrankte vor 
einem Jahr und sieben Monaten und unter- 
warf sich seitdem ohne Erfolg den verschie- 
densten Lokalbehandiungen mit Antisepticis 
und Causticis, bei innerlicher Anwendung 
von Quesilber-und Jodpraparaten, da man 
ihr Leiden urspriinglich fiir syphilitisch hielt. 
Die Brechweinsteinbehandlung begann 24 IV 
13, doch erhielt die Patientin gegen unseren 
Willen in diesem und dem nachsten Monate 
nur 2 Injektionen. ,Die regelmassige Behan- 
dlung erfolgte ert im Juni und Juli; in diesen 
Monaten erhielt sie taglich oder in lângeren 
Zwischenraumen 22 Injektionen von 0,05 
oder 0,1 im Ganzen 2,03, Tart. emet. Schon 
nach den ersten 10 Injektionen waren die 
Lasionen ganz geheilt, doch hielten wir es 
fiir angebracht, zum Zwecke einer bleibenden 
Heilung, noch 12 Injektionen zu machen. 
Wahrend der Behandlung trat keine Stórung 
ein; sie empfand nach den Injektionen nur 
leichte Nausea und der Allgemeinzustand 
besserte sich wahrend der Vernarbung der 
Geschwiire zusehend. 

Fall V. S.F.F. Patient leidet ca.9 Jahren 
an Granulom und hielt sich wáhrend der- 
selben verschiedene Male im Misericordia- 
hospitale auf, wo er ohne Erfolg den ver- 
schiedenten lokalen und allgemeinen Behand- 
lungen unterworfen wurde. Er nahm Merkur 
und Jodkali; erhielt Injektionen von 606 und 
neiirdings drei von 0,45 grs. von 914, welches 
von SABELLA 1913 fiir die Behandlung des 
Granuloms empfohlem wurde. Ebenso erfol- 
glos blieben die Kauterisationen und die 
verschiedenen lokal angewandten Antiseptica. 

Die Behandlung des Patienten mittelst 
Tartarus emeticus begann 21 VI 1 und wurde, 
táglich oder mit Unterbrechungen, bis 21 
VIII 13 fortgesetzt, so dass der Patient wäh- 
rend dieser Zeit in 26 Injektionen 2, 125 


qye 


ee AR. 


21-8-913, recebendo ele durante esse periodo 
em 26 injecóes 2,125 grs. de tartaro emetico. 
A serie das injecóes foi a seguinte: junho 
de 21, 24, 26, 27, 28, doses de 0,1 gr. de 
emetico. Julho 3 0,1 gr. 5 e 7, 0,09 grs. 10» 
14, 16, 18, 19 com 0,1 gr. 22, 23, com 0,05 
grs. 25 e 26 com 0,1 gr. Agosto 4 com 0,05 
grs. 5 0,085 grs. 6 0,05 grs. 7, com 0,08 grs. 
8, 9, 13, e 15 0,05 grs. 17 com 0,07 grs. 21 
com 0,05 grs. O doente suportou perfeita- 
mente o tratamento pelo emetico, a partir 
da 5.4 injeção as lesões começaram a sarar 
e ao fim da 16 estavam de todo cicatrisadas. 
Ficou o doente assim livre do mal, que o 
perseguia ha 9 anos. Desde que começou a 
cura das ulcerações tambem se acentuaram 
as melhoras no estado geral do doente: ele 
começou a se alimentar com melhor apetite 
e a engordar a olhos vistos, apresentando-se 
logo perfeitamente bem nutrido. 

Durante o tratamento o doente apresen- 
tou algumas vezes após as injeções um pouco 
de tosse, salivação mais abundante e dores 
em um dente cariado fenomeno estes de 
pouca duração. Tambem acusava ele ao co- 
meço do tratamento picadas e formigamentos 
ao nivel das lesões por ocasião das injeções. 


Doente VII. E. O., este doente era porta- 
dor do granuloma mais recente dentre os casos 
tratados pois apenas tinha a molestia ha 4 
mezes quando nele iniciámos o tratamento 
pelo emetico. As lesões granulomatosas neste 
doente eram bastantes reduzidas porem mui- 
tas ricas de germes, principalmente de for- 
mas zoogleicas juxta nucleares e talvez por 
isso as lesões cicatrisaram mais lentamente, 
sob a ação do emetico, do que nos casos 
anteriormente citados. O tratamento começou 
aser feito a partir de 16-7-13 recebendo o 
doente neste dia e no dia 18, 0,05 grs. de 
emetico, no dia 19 a dose foi de 0,1 gr.; 
dai em diante, nos dias 22, 24, 25, 26, 28, 
30, 31, de julho e nos dias 4, 7, 11,13, 15, 
17, 21, 23, 25, 28, 30 de agosto o doente 
foi inoculado com 0,1 gr. de tartaro emetico 
porem em solução a 1°/o em agua fisiolo- 
jica. Ele recebeu ao todo durante o trata- 
mento 21 injeções e 2, 1 gr. de tartaro ao 
todo. Desde as primeiras cinco injeções co- 


Brechwenstein erhielt und zwar in folgender 
Weise: 21, 24, 26, 27, 28 V je 0,1.3 VI: 0,1.5 
und 7 VI: 0,09, 10, 14, 17, 18, 19 VI je 
0,1'22 und 23 je 0,5 und 25 und 26 je 0,1-4 
VII: 0,05-5 VII: 0,085-6 VII: 0,05-7: 08-8, 
13 und 15 VIII je 0,05-17 VII: 0,7. VIII: 0,05. 
Er vertrug die Behandlung sehr gut; nach 
fiinf Injektionen begannen die Geschwiire zu 
heilen und nach 16 waren sie ganz ueber- 
hâutet und der Kranke war von dem uebel 
geheilt, an welchen er seit 9 Jahren gelitten 
haite. Mit Beginn der Heilung der Gesshwiire 
besserte sich auch das Allgemeinbefinden 
zusehends, der Appetit nahm zu, der Erna- 
hrung szustand hob sich und wurde zusehends 
vollkommener. Während der Behandlung 
hatte Patient einige Male nach der Einsprit- 
zung etwas Husten und Schmerzen in einem 
kariôsen Zahn, doch waren die Erscheinungen 
von kurzer Daiir. 

Auch gab er zu Beginn der Behandlung 
nach den Einspritzungem Stiche und Amwei- 
senlaufen in der Gegend der Geschwiire an. 

Fall VII. E. O. Unter unseren Patenten 
zeigte dieser den kiirzesten Bestand des Gra- 
nulome, da seine Krankheit erst seit vier 
Monaten bestand, als die Behandlung mit 
Brechweinstein begann. Die Lasionen waren 
bei diesem Patienten ziemlich geringfiigig, 
aber sehr reich an Keimen, besonders an 
jutanukleáren Zooglóen; vielleicht war diess 
der Grund, warum bei diesem Falle die 
Lasionen bei der Brech wein steinbehandlung 
langsamer heilten, als bei den anderen Pa- 
tienten. Die Behandlung begann 16 VII 13; 
an diesem Tage und am 18ten erhielt der 
Patient je 0,05, am 19ten 0,1 Tart. emet.; 
von da an am 22, 24, 25, 26, 28, 30, 31 VII 
und (4, 1,11, 13, 15, 17, 21, 23, 25; 220008 
30 VIII je 0,1 aber von 1 o/o Tart, emet. in 
physiologischer Kochsalzlônung, Im Ganzen 
erhielt er 21 Einspritzungen und 2,1 Tart. 
emet. Schon nach den ersten fiinf Injektionen 
begann die Vernarbung des Granuloms, war 
aber erst ach 15 vollendet, obwohl die ge- 


meçou a cicatrisação das ulcerações granulo- 
matosas do nosso doente porem ela só se 
tornou completa depois de 15 injeções ao 
passo que o pequeno tamanho das lesões em 
relação aos demais casos fazia prever uma 
cura mais rapida. Depois de cicatrizadas as 
ulcerações ainda fizemos mais 6 inoculações 
de tartaro no nosso doente para garantia da 
cura. O tratamento decorreu sem o menor 
acidente tendo ele deixado o hospital mais 
forte e bem dispoto do que quando nele en- 
trara. 

A's 7 observações, acima citadas de cura 
do granuloma pelo tartaro emetico temos a 
juntar mais uma que foi feita pelos Drs. A. 
MACHADO, LEOCADIO CHAVES e E. 
VILLELA em Lassance, Estado de Minas. 
Esses colegas, tendo conhecimento dos nossos 
resultados com o tartaro aplicaram esse tra- 
tamento em uma doente de granuloma, al- 
cançando igualmente cura completa e rapida 
da molestia. O Dr. LEOCADIO CHAVES 
substituiu a esterilização da solução de 
tartaro emetico pela filtração por uma es- 
terilização previa do sal colocando em clo- 
roformio por algum tempo e depois eva- 
porando esta substancia. Uma vez privado 
o tartaro emetico do cloroformio, era ele 
dissolvido, na proporção de 10/00 em agua 
fisiolojica e estava pronta a solução para ser 
injetada. Esta modificação simplifica muito 
a tecnica das injeções e as torna possiveis 
com recursos muito limitados e que se en- 
contram por toda a parte. 

A observação da doente tratada pelos 
nossos colegas é a seguinte: 

MARIA ANNA, brazileira, de 25 anos» 
solteira, residente em Lassance, Estado de 
Minas. Apresenta na entrada da vajina uma 
ulcera de fundo granuloso e bordas um pouco 
salientes, datando de 10 mezes. Os esfrega- 
ços desta ulcera revelaram a presença do 
germe de granuloma. Submeteu-se a varios 
tratamentos antisifiliticos e a diversas aplica- 
ções locais, sem sucesso. Foi tratada com 10 
injeções de tartaro emetico num periodo de 
30 dias. A cura foi completa tambem neste 
caso e se deu pelo mesmo processo que nos 
nossos. 


DNS 


ringe Grósse der Lásionen eine raschere 
Heilung hätte erwarten lassen. Nach Ver- 
narbung der Geschwüre machten wir noch 
vier Einspritzungen, um die Heilung zu 
garantiren. Die Behandlung verlief ohne den 
geringsten Zwischenfall und Patient verliess 
das Spital kräftiger und besser dispomiert, 
als er eingetreten war. 

Den oben angeführten vier Granulom- 
heilungen durch Tartarus emeticus ist noch - 
eine anzureihen, welche von den Drs. A. 
MACHADO, LEOCADIO CHAVES und E. 
VILLELA in Lassance, Staat Minas, erzielt 
wurde. Diese Kollegen, welchen unsere Erfolge 
bekannt waren, wandten in einem ähnlichen 
Falle die Brechweinsteinbehandlung bei einem 
Granulomkranken an und erreichten ebenfalls 
eine vollstândige und rasche Heilug der 
Krankheit. Dr. LEOCADIO CHAVES ersetzte 
die Sterilisation der Lósung durch Fil- 
trieren durch eine vorhergehende Sterili- 
sierung des Salzes, welches einige Zeit in 
Chloroform gebracht wurde, welches man 
dann verdampfen liess. Dann wurde- der 
chloroformfreie Brechweinstein im Verhóltniss 
von 1 promille in physiologischem Serum 
gelóst und war so zur Injektion fertig. Diese 
Modifikation erleichtert die Injektionstechnih 
bedeutend und gestattet ihre Anwendung mit 
Hilfsmitteln, die iiberall zu beschaffen sind. 

Die Beobachtung des von unseren Kolle- 
gen behandelten Falles folgt nachstehend : 

MARIA ANNA, 25 Jahre alt, unverhei- 
ratet, Brasilianerin, wohnhaft in Lassance, 
zeigt am Scheideneingang ein Geschwiir mit 
granulierendem Grunde und etwas erhabenen 
Randern, welches seit 10 Monaten besteht. 
Sie unterzong sich ohn Erfolg verschiedenen 
Behandlungen fiir Syphilis und lokalen Appli- 
kationen. Sie erhielt dann 10 Injektionen mit 
Tartarus stibiatus in einem Zeitraume von 30 
Tagen. Die Heilung erfolgte in derselben 
Weise, wie ben anderen Fallen und war eine 
vollstándige. 


Agora, ao terminar, é o nosso dever tes- 
temunhar, ainda uma vez os nossos mais 
sinceros agradecimentos aos Snrs. Professores 
Drs. DOMINGOS DE GOES, FERNANDO 
TERRA, EDUARDO RABELLO, DANIEL 
DE ALMEIDA e WERNECK MACHADO 
por terem colocado á nossa inteira disposi- 
ção os doentes dos seus serviços, para todos 
os estudos e pesquizas que quizessemos em- 
preender, facilitando por todos os modos o 
nosso trabalho e acompanhando com o maior 
interesse os nossos resultados. 


Rio, Setembro de 1913. 


236 


Zum Schlusse bezeugen wir noch einmal 
den Herrn Professoren Drs. DOMINGOS DE 
GOES, FERNANDO TERRA, EDUARDO 
RABELLO, DANIEL DE ALMEIDA und 
WERNECK MACHADO unseren aufrichti- 
gsten Dank dafiir, dass sie uns die Kranken 
ihrer Abteilung fiir alle unsere Stndien und 
Untersuchungen vollstandig zur Verfiigung 
stellten, indem sie unsere Arbeit in jeder 
Hinsicht erleichterien und unsere Erfolge mit 
grôsstem Interesse verfolgten. 


Rio, im September 1913. 


= PEO] 


Explicação das estampas: 


Estampa 19 (Zeiss Ocul 6 Obj. apochromat. 
2 mm.) 


Fig. 1 a 6: Diferentes aspetos do microbio 
do granuloma no interior de 


celulas — GIEMSA; 1 a 4 zoo- 


gleas. 
Fig. 5-6:  Microbios encapsula dos isolados. 
Fig. 7: Esfregaço de cultura do micro- 


bio de granuloma mostrando o 
germe com o mesmo aspeto que 
nos tecidos. GIEMSA. 


Estampa 20 (Zeiss ocul. 6 Objec. apochrom 
2 mm.) 


Fig. 1: 
ma venereo GIEMSA. 


Esfregaço de ulceração de granulo- | 


Fig. 2: Esfregaço de figado de coelho in- | 
fetado com cultnra do microbio do | 
granuloma venereo. 

Estampa 21: Aspeto das lesões do doente I. | 

q 22: Aspeto das lesões da doente 
Iv. 

á 23: Aspeto das lesões do doente | 
WV; 

Estampa 24. 

Fig. 1: Doente I antes do tratamento. 

Fig. 2: Doente I depois de curado. 

Estampa 25. 

Fig. 1: Doente IV antes do tratamento. 


Fig. 2: Doente IV depois do tratamento. 


Erklaerung der Abbildungen : 


Tafel 19 (ZEISS, Oc. 6, Apochrom. Obj. 
2 mm. 


Fig. 1-6: Verschiedene Bilder des Granu- 
lombakteriums im Innern von Zel- 


len bei GIEMSA faerbung; fig. bis 


4 zoogleeu. 
Fig. 5-6: Isoheste microbeu mit Kopseln. 
Fig. 7: Ausstrichpraeparat aus einer Kul- 


tur des Granulombakteriums, in 
welchem es dasdelbe Aussehen 
zeigt, wie im Gewebe. (GIEM- 
SAfaerbung). 


Tafel 20 (ZEISS Oc. 6, Apochr. Obj. 2 mm.) 


Fig. 1: Ausstrichpraeparataus einem Granu- 


lomgeschwuer ( GIEMSAfaerbung). 


Ausstrich aus der Leber eines Ka- 
ninchens, welches mit eienr Kultur 
des Granulombakteriums infiziert 
wurde. 


Fig. 2: 


| Tafel 21: Bild der Laesionen von Fall I. 


o area a 5 ie’ | os 
RAE Goa RD ET se BROS? Vd o 
Tafel 24. 
Abb. 1: Fall I vor der Behandlung. 


Si 2: 
Tafel 25. 


Abb. 1: 
eS 


Ders. nach der Behandlung. 


Fall IV vor der Behandlung. 
Ders. nach der Behandiung. 


“E NP 
aa 
¥ pee 
E eee 
BIBLIOGRAFIA. 

Bibliographie. 
CLELAND, J. 1909 On the etiology of ulcerative granulom of pudendi. 

Journ. of trop. Med. & Hygiene Vol. XII N. 10. 
DANOVAN 1905 Indian med. Gazette. Vol. 39 Nov., cit por FLU. 
BRU: PC. 1911 Die Etiologie des Granuloma venereum. 

Archiv f. Schiffs u. Tropen Hygiene. Beiheft 9. 
LE DANTEC 1905 Précis de pathologie exotique. 
MAC LENNAN, A. 1906 Memorandum on the observation of spirochaeta in yaws 

and granuloma pudendi. 

Brit. med. Journal Vol. II 20 de Outubro 
MAITLAND 1908 Etiology of granuloma pudendi. 

Brit. med. Journal. 
MARTINI, E. 1912 Reinkultur des Erregers von Granuloma venereum. 

Muench. med. Wochenschr N. 14. 
MARTINI E. 1913 Ueber ein Fall von Granuloma venereum und seine 


Ursache. 
Arch. f. Schiffs- u. Tropenhygiene Vol. 17 Heft 5. 


RABELLO, E. 1912 Pesquizas sobre o granuloma venereo. 
Comunicação á Sociedade brazileira de Dermatologia. 


SABELLA P. 1913 Due casi di “Granuloma ulcerosi delle pudendi” guariti 
col neo-salvarsani a Tripoli. 
Malaria (ital) 1913 anno 4 N.o 2. 


SIEBERT 1912 Zur Aetiologie des infektioesen oder venerischen Gra- 
nuloms. 
Arch. f. Schiffs- u. Tropenhygiene Vol. 16 N. 8. 


SIEBERT 1907 Zur Aetiologie des venerischen Granuloms. 
Arch. f. Schiffs- u. Tropenhygiene Vol. II N. 12. 


WISE, K. S. 1906 A note on the etiology of granuloma pudendi. 
Brit. med. Journ. Vol. I, 2 de Junho. 


MEMORIAS DO INSTITUTO OSWALDO CRUZ 
== OM er WEIS) Fs 


8 ® © “e SS > 
Va 88 PAN o, PRES ® © © 
ES Sº* 0% 9G! “4 & 
arg Ss o Ge 0 pa 
A Ne, En” sie 
0 ©0 © ® @° ® 
0 y e O e od 
Ly @ ego 0 © 
ASS ge ® 
0) ar 0 & ® 0 99 9 Y o 8 
95 © 9 a? % « da 
St Se Rev a” E o. & © 
e Y do ae 7 2” =e ef 
2 00 8 £ soe “e o 
0 Y . a ANS Lo > es e 00 
ISS @ Pg A . ® = | 
o © © 0 o e 0 
9 oa A | L 4 
| a». .º o Ra A | 
E 


C LATA HARTMANN -REICHENBaArH S PAULO- CID 


CastroSilva. del. 


ESTAMPA I9 


MEMORIAS DO INSTITUTO OSWALDO CRUZ 
TOMOM OS ESTAMPA 20 


CastroSilva. del. 


MEMORIAS DO INSTITUTO OSWALDO CRUZ 


ESTAMPA 21. 


TOMO V - 1913 


RUD. FISCHER, del 


Py 

as. Al É 

Mba E | | à 

a na a | 
Pret = À | E 
AA à 
DO bs 7e | 
+ 


MEMORIAS DO INSTITUTO OSWALDO CRUZ 


ESTAMPA 22 


Tomo VW - 1913 


Rub. FISCHER, del 


MEMORIAS DO INSTITUTO OSWALDO CRUZ 
Tomo VW - 1913 


ESTAMPA 23 


Rub. FISCHER, del 


MEMORIAS DO INSTITUTO OSWALDO CRUZ 
Tomo V - 1913 


ESTAMPA 24 


Ano 1913 
Tomo V 
Faciculo III 


MEMORIAS 
INSTITUTO OSWALDO CRUZ 


Rio de Janeiro - Manguinhos | 


Sumario: 


I Sobre o bi-lodeto de cobre. Ensalos de farmacodinamica, pelo Dr. A. FONTES. Assistente. . . . . . 239 
II Contribuições para o conhecimento da fauna helmintilojica brazileira. Gigantorhynchus aurae n. sbi Dr. 
LAURO TRAVASSOS (com lfig. no texto.) . . a ian Aa 


III Sobre a determinação da acidez urinaria, pelo Dr. ALCIDES GODOY, tdo: (cond 2 fig. no pen 2) a ee 
IV Nota sobre algumas coleções de carrapatos brazileiros, pelo Dr. HENRIQUE de BEAUREPAIRE ARAGÃO, 


Assistente. (com 1 estampa) . . 263 
V Sobre as especies brazileiras da subfamilia torbe RAILLIET & HENRY, elo Dr. LAURO TRAVASSOS, 
(contas estampas Zara II aye) ta EN ROM SL UNS ‘ IAS 2 RUN 271 
Inhalt: 
I Ueber Kupferjodid. Pharmakodynamische Untersuchungen, vom Dr. A. FONTES (Assistent) . . . 239 
Il Beitraege Zur Kenntnis der Helminthenfauna Braziliens. Sa eet EN aurae n sp. vom Dr. LAURO 
TRAVASSOS. (Mit1 Textfigur.) . aie sa NRA 
II Zur Aziditaetsbestimmung des Harnes. vom Dr. ALCIDES GODOY, Restate (Mit 2 Textfig.) PERES o D 
IV Bericht ueber einige Zeckensammlungen aus Brazilien vom Dr. HENRIQUE de BEAUREPAIRE ARAGÃO, 
Assistent, (Mit Tafel 26.) . . . . oi Behe ABRE UI O Chek 
V Uber die brazilinianischen Arten der Subfamilie cab “Railliet e PART vom De LAURO TRA- 
VASSOS: (MIE Ta 227-310), cs: viet MINS ONE E RO le a aL, hts EN GA A MR PR ET 


AVI SO As «MEMORIAS» serão publicadas em faciculos, que não aparecerão em 
datas fixas. No minimo, aparecerá um volume por ano. 

Na parte escrita em português foi adotada a grafia aconselhada pela Academia de Letras 
do Rio de Janeiro. 

Toda correspondencia relativa ás «MEMORIAS» deverá ser dirijida ao «Diretor do Ins- 
tituto Oswaldo Cruz — Caixa postal 926 — Manguinhos - Rio de Janeiro». Endereço telegrafico: 
«Manguinhos». 

AVIS Les «MEMOIRES» seront publiés par fascicules qui ne paraitront pas en épo- 
poques déterminées. Il paraitra chaque année, au moins, un volume. 

La partie portugaise est écrite selon la graphie adoptée par l’Académie brésilienne. 

Toute correspondance doit être adressée au «Directur de l’Institut Oswaldo Cruz — Caisse 
postale 926 — Manguinhos — Rio de Janeiro». Adresse télégraphique «Manguinhos». 


Un 
| ' | 
cent 2 OA 
ATA RI, 
VO AL O 


\ 


Kt D ES UNE HER 


, 


| HONTE BAR MEN A yh: CA LT Ait BARRE PLU GA yl e epee Yi 
MO | Hi o E 4“ e oa ul avs. ey, Matin od DA ia et Y ‘ . ae 1 
CN dO PER EN E ent MT RAT Sty ely pa od A i A NAG AEE 


| | LULU AA RATE 
Muda «4 


+ 


A ANR UIE D 


LM tty 
MA 


Rs 


in 
“ay INIA 


UN fy 


Sobre o bi-iodeto de cobre. 


Ensaios de farmacodinamica 


pelo 
DR. A. FONTES 


(Assistente). 


Ueber Kupferjodid. 


Pharmakodynamische Untersuchungen 


| von 
DR. A. FONTES 


(Assistent). 


O corpo em questão (Cul?) só póde 
existir em dissolução que, sendo concentrada 
pela evaporação do veiculo deixa precipitar 
o iodeto de cobre, ficando parte do iodo 
em liberdade (Cul--I). Entretanto, em so- 
lução conveniente é relativamente estavel, 
conservando-se bem durante mezes. Resiste á 
ação dos acidos fortes. 

As condições nas quais se fórma este 
hidrosol são por demais interessantes e 
foram referidas por TRAUBE na comunica- 
ção em que apresentou esse composto 


cuprico. Assim, misturando uma solu- 
ção de sulfato de cobre a 1 9% e outra 
de iodeto de potassio sob o mesmo ti- 


tulo, determinar-se-á por dupla decomposição 
a formação de iodeto de cobre, sulfato de 
potassio e iodo livre: 


CuSO!t+2KI=K?SO*+-Cul-HI 


Die chemische Verbindung Cu]? kann 
nur geloest bestehen; wird dieselbe durch Ein- 
dampfen konzentriert, so faellt Kupferjodid 
aus, wobei ein Teil des Jods in Freiheit 
gesetzt wird (CuJ-+-J). Doch besitzt sie in 
geeigneter Loesung eine relative Stabilitaet 
und haelt sich selbst Monate lang ganz gut. 
Gegen die Einwirkung starker Saeuren ist 
sie resistent. 

Die Verhaeltnisse, unter denen dieses 
Hydrosol zu Stande kommt, sind aeusserst 
interessant. In seiner Mitteilung darueber aeus- 
sert sich TRAUBE bei Vorzeigung der Ver- 
bindung, wie folgt: «Mischt man eine 1-pro- 
zentige Loesung von Kupfersulfat mit einer 
1—prozentigen Loesung von Jodkalium, so 
bewirkt man durch eine doppelte Zersetzung 
die Bildung von Kupferjodid, Kaliumjodid 
und freiem Jod: 


CuSO+-+-2KJ=K250'4-CuJ+-J> 


Pensa OSTWALD que se pode re- 
presentar o fenomeno como se o ion cuprico 
perdesse uma carga positiva e neutralizasse 
deste modo a carga negativa do ion iodo; o 
ion cuproso assim produzido forma logo com 
um outro ion iodo o iodeto cuproso que 
se deposita. 

O ion cuproso (Cu') é, pois, monova- 
lente e como tal funciona nessa reação. 

Se, porém, se empregam os dois sais, 
CuSO‘ e KI (ou Nal) em diluições adequa- 
das, poderá funcionar oion cuprico como diva- 
lente (Cu) e então combinar-se-á pela sua 
segunda valencia com o ion iodo livre, 
correspondendo á ligação Cul?. É o que se 
consegue pela adição de H2O, em quantidade 
suficiente para que o iodo livre desapareça 
na solução, o que se reconhece pelo amido 
soluvel. A formação do bi-iodeto de co- 
bre poderá ser explicada pela dissolução do 
iodeto cuproso (Cul), formando com- 
binação com o acido iodidrico, represantavel 
pelo acido cupro — iodidrico Cu (2H1), seme- 
lhantemente ao que sucede com o cloreto 
cuproso (CuCl) em solução no HCl, ou pela 
iodação direta do sal cuproso que se 
consegue pela agua iodada, a quente (cerca 
de 80°C) junto á ação de grande excesso 
de iodeto cuproso. Este deve ser junto á 
solução aquosa do iodo até que ela se 
descore. Pela adição de agua suficiente, con- 
segue-se fazer desaparecer o iodo livre res- 
tante e certa quantidade do iodeto cu- 
proso se transforma em bi-iodeto que per- 
manece em solução. A reação assim se dá 
em virtude do aumento de carga eletrolitica 
produzida pelo excesso do ion cuproso o 
que orijina a formação do ion cuprico, de 
carga eletrolitica mais enerjica. As soluções 
que usámos eram preparadas pela iodação 
direta do Cul, pelo iodo metalico. Juntava- 
se depois tanta agua distilada quanta fosse 
necessaria para desaparecimento do I livre, o 
que era reconhecido pela ausencia de reação 
com a solução de amido. 


Dosajem da solução. 


100 cc. de solução foram evaporados em 
B.M. e o residuo depois de seco entre 1000 


240 re 


OSTWALD meint: «On peut se repré- 
senter le phénomène comme si lion cuivri- 
que perdait une charge positive et neutrali- 
sait ainsi la charge négative de Vion iode; 
Vion cuivreux ainsi produit forme aussitót, 
avec un autre ion iode, de l’iodure cuivreux 
qui se dépose ». (OSTWALD, Eléments de 
Chimie inorganique, traduit par LAZARD, 
ll, Ss 258): 

Das Cuproion (Cu') ist also 
und zwar auch bei dieser Reaktion. 

Kommen aber beide Salze, CuSO! und 
KJ (oder NaJ) in entsprechenden Verduen- 
nungen zur Anwendung, so kann das Cupriion 
als zweiwertig (Cu'*) funktionieren und mit 
dieser 2ten Valenz das freie Jodion binden, 
entsprechend der Formel CuJ? Durch einen 
genuegenden Zusatz von H?O gelingt es, 
das freie Jod in der Loesung zum Verschwin- 
den zu bringen, was durch Staerkekleister 
nachgewiesen wird. Die Entstehung des 
Kupferjodids kann entweder als Loesung des 
Kupferjoduers (CuJ) gedacht werden, welches 
mit Jodwasserstofisaeure eine Verbindung 
eingeht, die man als Kupferjodwasser- 
stoffsaeure Cu (2HJ)auffassen kann, entspre- 
chend dem, was beim Kupferchloruer (CuCJ) 
in HCJ—Loesung stattfindet, oder als direkte 
Jodierung des Kupiersalzes, erhalten durch 
den Kontakt ungefaehr 80°C warmen Jod- 
wassers bei grossem Ueberschuss an Kupfer- 
joduer. Dieses soll solange der waessrigen 
Jodloesung zugesetzt werden, bis sie ganz 
farblos wird. Durch genuegenden Wasser- 


zusatz bringt man den Rest von freiem 
Jod zum Verschwinden, waehrend ein Teil 


des Kupferjoduers sich in Kupferjodid 
umsetzt und in Loesung bleibt. Diese Reak- 
tion kommt zustande, weil durch den Ueber- 
schuss an Cuproionen eine Erhoehung der 
elektrolytischen  Ladung bewirkt wird, 
welche ihrerseits die Entstehung der elek- 
trolytisch energischeren Cupriionen veran- 
lasst. 

Die von uns angewandten Loesungen 
wurden durch direkte Jodierung des CuJ 
mittelst metallischen Jodes erhalten. Dann 
wurde die zum Verschwinden des freien Jods 
noetige Mangevon Aqu. dest. zugesetzt, was 


einwertig 


me RI ee 


e 1500 C, foi pesado sob a forma de Cul. 


Foi ele igual a 0,0475 gr. Calculado o sal 
cuprico correspondente obteve-se como resul- 


tado 0,0792 gr de Cul? que se aproxima sen- 
sivelmente do resultado obtido por TRAUBE 
(1884.) que foi igual a 0,0789 gr. 

Reações gerais. 

O Cul? resiste aos acidos fortes, preci- 
pita pela ação das bases. A agua oxijenada, 
quando juntada a ele em doses que variam 
de 0,3 a 1 cc. de solução a 1/100/0, o que 
equivale ao volume de 0,0060003 a 0,00001 
de H202, o decompõe, pondo o l em liber- 
dade. A ação do bi-iodeto de cobre sobre a 
agua oxijenada neutra a 1 9 (Perhydrol) 
resulta da seguinte serie : 


Posto em contato durante 2 horas á 

360,5 centígrados, e na ausencia de luz. 
Balão I 

10cc.HºO? + 10cc.Cul? + 20cc.H2O = 2,91 
Balão Il 

10cc.H?02 + 20cc.Cul2? + 10cc.H?O = 4,97 
Balão Ili 

20cc.H?0? + 10cc.Cul? + 10cc.HºO = 5,33 
Balão IV 

2eqh?O* |" 20ce;CuP = 6,71 
Balão V 


20cc.H202 + 20cc.H?0 = 0,06 

A luz o decompüe lentamente. O oxijeno 
do ar atmosferico não o decompõe, ainda 
mesmo sujeitando a solucáo em questão a 
uma corrente de ar que por ele borbulhe por, 
21 horas. 


Ação da solução cuprica sobre a hematia 


Se se faz um preparado de sangue 
fresco entre lamina e laminula e se, por ca- 
pilaridade se põe em contato com ele, a solu- 
ção em questão, verifica-se que as hematias 
se descoram rapidamente á proporção que a 
solução vai entrando em contato com elas; 
os estromas globulares que quasi não se al- 
teram em sua forma, continuando discoides, 
se apresentam transparentes, sendo só reco- 
nhecidos pela sua refrinjencia. A hemo globi- 
na desaparece. 

A solução de Cul? (0,0949/o) será isotonica 
com o sangue humano ? 

Fizemos para verificar isso as seguintes 
experiencias: 


am Fehlen der Staerkereaktion erkannt wurde. 
Quantitative Analyse der Loesung. 


100 ccm. Loesung wurden im Wasser- 
bade eingedampit, der Rueckstand bei einer 
Temperatur von 1000—1500 C. getrocknet 
und als Cu] gewogen. Das Gewicht betrug 
0,0475 gr. . Bei der Berechnung des respekti- 
ven Cuprisalzes bekam ich als Resultat 0,0792 
gr. CuJ? welches dem Resultate TRAU- 
BE’S (0,0789 gr.) sehr nahe kommt. 


Allgemeine Reaktionen des CuJ?2. 


CuJ? wird vonstarker Saeure nicht ange- 
gritfen, dagegen durch Basen gefaellt. Zusatz 
von Wasserstoffsuperoxyd, in Mengen von 
0,3—1 ccm. einer 0,1°/o Loesung ( einem Vo- 
lumen von 0, 00003—0.00001 H202 entspre- 
chend), zersetzt es, wobei Jod in Freiheit ge- 
setzt wird. Die Wirkung des Kupferjodides 
auf neutrales H202 zu 19/0 (Perhydrol) ist aus 
nachfolgender Versuchsreihe zu erkennen. 


Bei Lichtabschluss und 36,5º bleiben 
waehrend 2 Stunden in Kontakt: 
Ballon I 
10 Kzm. Hº0: + 10 Kzm. CuJ?+- 20 Kzm. H:0 
=O 
Ballon Il 
10 Kzm. H°02+ 20 Kzm. CuJ? + 10 Kzm. HºO 
=4,97 
Ballon HI 
20 Kzm. Hº0º + 10 Kzm. CuJ? + 10 Kzm. HºO 
=5,33 
Ballon IV 
20 Kzm. H*%0: + 20 Kzm. CuJ? = 6,77 
Balion V 


20 Kzm. H°0° + 20 Kzm. H:20 — 0,06 

Bei Belichtung tritt eine allmaehliche 
Zersetzung ein. Der atmosphaerische Sauer- 
stoff ist ohne Einfluss, selbst wenn man 24 
Stunden lang einen Luftstrom durch die 
Loesung treibt. 


Wirkung der Kupferloesung auf die roten 
Blutkoerperchen. 


Bringt man einen Tropfen frischen Blu- 
tes zwischen Objekttraeger und Deckglaes- 
chen durch Kapillaritaet mit obiger Loesung 
in Beruehrung, so bemerkt man, wie sich 
die Blutkoerperchen rasch entfaerben, sobald 
sie mit der Loesung in Beruehrung kommen; 
das in seiner Form fast unveraenderte Stroma 
bleibt rund, wird aber durchsichtig und nur 
durch seine Lichtbrechung erkennbar; das 
Haemoglobin verschwindet. 

Zur Beantwortung der Frage, ob die 
Kupferjodidloesung ( 0,094 0/0) fuer Men- 
schenblut isotonisch ist, haben wir folgende 
Untersuchungen angestellt: 


242 


- Soro do 
Sangue 5 
humano DAE Cul2(0,94 0/00) Resultado 


1 gota 


2 gotas 


1 gota 1 gota 


3 gotas | 2 gotas | pequeno descora- 
mento das hema- 
tias que conser- 


Observações 


As gotas eram medidas 
por pipetas gemeas. 
Às gotas eram exami. 
nadas ao microscopio 
entre lamina e laminula. 
Empregava-se como ve- 
iculo diluidor o soro 
do sangue e não o san- 
gue em natureza para 
que as hematias, por 
uma diminuição relativa 
de seu numero pudes- 
sem ser mais facilmente 
observadas. 

“O” significa não ter 
havido alterações nas 
hematias 

— — == dissolução com- 


Bemerkungen 


Die Tropfen wurden 
durch genau entsprechen- 
de Pipetten gemessen 

und mikroskopisch un- 


Als Verduennungsflues- 


vam comtudo sua pleta. 
forma 
Z M h Tsai [a 
DR CA gesselhen CuJ2(0,94 0/00) Resultat 
such blut 
Blutes 
1° 1 Tropfen 0 
2 2 Tropfen IS 
tersucht. 
3. |1 Tropfen|1 Tropfen|1 Tropten 0 


4. [1 Tropfen|3 Tropfen 2 Tropfen| Geringe Entfaer- 
bung der morpho- 
logisch unveraen- 
derten Blutkoer- 
perchen. 


sigkeit wurde statt Blut 
nur Serum benutzt, da- 
mit die Blutkoerperchen 
in Folge relativer Ver- 
minderung ihrer Zahl 
leichter beobacht wer- 
den konnten. 

20” bedeutet, dass kei- 
ne Veraenderung an 
den Erythrozyten zu se- 
hen waren. 

— — = Komplette Auf- 
loesung. 


A solução em questão não altera a 
forma das hematias, quando empregada 
em partes iguais ao sangue (14 experien- 
cia.) Quando empregada no dobro do vo- 
lume do sangue, ela se mostrou hemolitica 
(22 experiencia). A ação hemolitica não 
dependia ai da quantidade absoluta do 
sal como poderia decorrer da experiencia 
2 e sim da quantidade do veiculo, co- 
mo se vê pelas experiencias 3 e 4 que 
guardam a mesma relação de 2:1. O com- 
posto em questão não se mostrava veneno 
para a hematia considerada morfolojicamente, 
pois que em determinada concentração ele 
não altera sua forma. 

A contraprova foi tirada do seguinte 
modo : sea uma solução de Cul? se junta- 
va 0,8%o de NaCI tornava-se essa solução 
isotonica. Verifica-se então que não se dá 
mais a precipitação da hemoglobina. Os 
globulos vermelhos se reunem no fundo do 
frasco, conservando sua forma. Ajitando-se a 
emulsão de globulos e levando-se-a ao espe- 
ctroscopio as faixas de oxiemoglobina não 
sofrem alteração. Decorre pois que a ação do 
sal sobre a hemoglobina só se exerce após a 
dissolução desta á custa da agua distilada 
que serve de veiculo ao sal cuprico. Isso 
ainda nos foi demonstrado pela experiencia 
que instituimos com hematias de carneiro 
lavadas. As hematias eram destruidas e a 
hemoglobina precipitada quando se juntavam 
globulos lavados na proporção de 50/0 4 solu- 
ção de Cul2. Se se fazia a mistura de emul- 
são de tais globulos, sob o mesmo titulo, em 
agua fisiolojica, com a solução de Cul? a 
redução de hemoglobina era mais ou menos 
fraca de acordo com a quantidade de agua 
fisiolojica que se juntava 4 solução de Cul? 

Não se dava hemolise quando se tornava 
isotonica a solução de Cul? pela adição de 
NaCl. 

As hematias se reuniam no fundo do 
frasco, por fenomeno analogo á aglutina- 
ção. Transvasado o liquido e substituido por 
agua distilada dava-se a hemolise, sendo a 
hemoglobina muito lentamente reduzida pe- 
los ultimos vestijios de bi-iodeto que havia 
ficado aderente ao tubo, o que nos mostrou 
mais uma vez que a ação do Cul? sobre a 
hemoglobina só se dava após sua saida da 
hematia. 

Em traços gerais essas conclusões se dedu- 


zem ainda da seguinte tabela, organizada 


243 


Man konnte demnach die betreffende Loe- 
sung als dem untersuchten Blute isotonisch 
betrachten, wenn sie mit demselben zu glei- 
chen Teilen gemischt wurde ( Iste Untersu- 
chung ). 

Wurde eine doppelte Menge benutzt, so 
wirkte sie haemolytisch ( 2te Untersuchung). 
Doch haengt in diesem Falle die haemo- 
lytische Wirkung nicht vom absoluten Salz- 
quantum ab, wie es aus der Untersuchung 
2. hervorzugehen scheint, sondern von der 
Fluessigkeitsmenge; dies geht aus Untersu- 
chung 3 und 4 ( welche dasselbe Verhael- 
tnis 2: 1 zeigen) hervor. Diese Verbindung 
hat also keine toxische Wirkung auf die 
Morphologie der Erythrozyten, denn in einen 
bestimmten Konzentrationsgrade veraendert 
sie deren Form keineswegs. Als Gegenprobe 
wurde eine CuJ?--Loesung durch Zutat von 
0,8°/o NaCl isotonisch gemacht; Praezipita- 
tion des Haemoglobins wurde dann nicht 
mehr beobachtet; die Blutkoerperchen senk- 
ten sich zu Boden, behielten aber ihre Form 
bei. Schuettelt man eine Blutkoerperchene- 
mulsion und untersucht sie spektroskopisch, 
so aendern sich die Baenderdes Oxyhaemo- 
globins nicht. Es folgt daraus, dass das Salz 
nur dann seine Wirkung auf das Haemoglo- 
bin entfaltet, wenn sich dieses in dem de- 
stillierten Wasser aufgeloest hat, welches dem 
Kupfersalz als Vehikel dient. Diese Tatsache 
wurde noch durch einen anderen Versuch 
bewiesen, welcher mit gewaschenen Hammel- 
blutkoerperchen - vorgenommen wurde. Die 
Erythrozyten wurden naemlich zerstoert und 
das Haemoglobin gefaellt, wenn man der 
CuJ?-Loesung 5 %/o gewaschener Blutkoerper- 
chen zusetzte. Bei Mischung einer in Koch- 
salzloesung gemachten gleichwertigen Blut- 
koerperchenemulsion mit CuJ?-Loesung trat 
eine mehr oder minder starke Reduktion des 
Haemoglobins ein, je nach der Menge der 
zugesetzten Kochsalzloesung. Es fand keine 
Haemolyse statt, wenn die CuJ?-Loesung durch 
Zutat von NaCl isotonisch gemacht wurde. Die 
Erythrozyten sammelten sicham Boden des 
Roehrchens an, aehnlich wie bei der Agglu- 
tination. Wurde die Fluessigkeit abgegossen 
und durch Aqua dest. ersetzt, sostellte sich 
Haemolyse ein: hierbei wurde das Hae- 
moglobin ganz allmaehlich reduziert und 
zwar durch die letzten Reste des an den 
Waenden zurueckbleibenden Kupferjoduers ; 
das ist ein weiterer Beweis dafuer, dass das 
Kupferjodid nur dann eine Wirkung auf das 
Haemoglobin ausueben kann, wenn dieses aus 
den Erythrozyten ausgetreten ist. 

Im grossen und ganzen folgen dieselben 
Schluesse aus nachfolgender Tabelle, auf 


2.Loesung, 


0,13413 % Cu] 


welche durch direkte Jodierung des CuJ er- 
halten und deren Titer aus dem Rueckstande 


von 100 ccm. berechnet wurde. 


Titer der CuJ?-Loesung 


CuJ?-Loesung und von physiologischer Koch- 
Loesung A 


welcher verschiedene Konzentrationen von 
salzloesung verzeichnet sind. 


244 


2 


ão não só 


direta do Cul e do- 


ão 
sada pelo residuo de evaporação de 100 cc. 


de concentração de solução de 
iodaç 


Cul? a 0,13413 0/0. Esta solução foi 


Gráos 


o 
de 


da solução de Cul? como da de agua fisio- 


com diferentes gráos de concentrac 
lojica preparada com NaCl. 


preparada por 


Cul 
Sol.A 


*J9)y9eqosq usla13 

-NIUIZ ulap yoru surgo3 

-OULH SIP UOPANPIY 218qP} 

Er = y Jun ysou “9sÁ[OMIPH 19PIM 
BIN 

PSOE Cale *SUIQO[3OUIIBH sap uonyNpay 

313419835 pun ssAjoursepy 


“UoyynpaJuigoSom 
“22H 33un93 pun asájomovk 


» 


Loesung B = 
Loesung C = 


» 
*3SÁ[OWIPH 


Loesung D 


> > 0/0 08‘T 
2 > > 0/0 560 ‘Vv 
E > » 0/0 580 V 
» » » 0/0 GLO a 
» » Suns20[ZESH20M 0/0 GO 9 
UOIS[NUT-"H}N[Y OH a 


ae |nsoy 


‘99 GQ U349493d.1909)N/q/911 118 y 
3)19/10/S|NUI 

02:1 Sunssojzjesysoy ul *n ou 

“OYISBMIN) ISÁJOMIDBH *P xapuy 


‘99 | IDENHO:H 
[9MJYIA SIWS|U0J0S] 


‘1199 | 
Sunsoo1=:[n9 


:0e3e3nJ11 us) 
sode sepeoyrioa ‘eyerpouir oes 


0/0 O8‘I E 


-NP91 Wau ISIPOLMIY aAnoy OPU » » > > "sy OBSNJOS ap ‘29 | Y ap ‘0 1 
*eurqo¡ doy op 0/0 S6'0 & 
9}IOF SIBur ovSnpa.t à aSIOUIDY » » > > » "Sly OBSNIOS 9p ‘29 [ Y op ‘0 1 
<lja aja ola sauqoisomtay op 0/0 S8‘0 E 
ogônpas euonbad à astouay > » > > » "sy ov3njos ap ‘22 I Y op '9 1 
| | | wo SL'Q Y 
ISI[OUIDY > > > » » "sy OBSNIJOS 9p ‘22 [ gap 
= O a 90 SO & 
ar ISIOWIHY » » > » » *SIJ OLÔN]OS ap ‘NI 9 2p ‘39 I 
[e] Y y 
YN 3SIJOUIIY SPIJELUOU ap oes¡nu ep GO KH 2p "99 I d ep ‘99 I 
‘1199 GO . 
Gra put (99 1) 
sope}nsay BolfojoIs!] ende wa sepeuols 1) N-+0H 


[NS 9 SUPUAU] OJJQUIB) op 


199 ap ouinjos 
SUB) “ISO ap IPUI 


QJUESIUOJOS! OJNIPA 


= pio 


Por essa tabela vemos que se torna ne- 
cessario elevar a dose de NaCl a 
1,80 0/0, isto é, a cerca do dobro da quan- 
tidade empregada na solução fisiolojica nor- 
mal, entre nós usada, afim de que misturada 
a igual volume de solução A pudesse consti- 
tuir um estado de equilibrio, entre a concen- 
tração salina e a hematia. 

Vemos por outro lado que, a despeito da 
elevação sempre ao dobro da quantidade de 
Cul? o gráo de hemolise não acompanhava 
essa concentração. 

Outrotanto não sucedia com a redução 
de hemoglobina que era dependente, na 
sua intensidade, do gráo da concentração 
de Cul?. 

Verificou-se tardiamente que no tubo 
onde não houvera hemolise a hemoglobina se 
reduzira, ao cabo de 3 horas de contato, o 
que pode ser atribuido á dissociação electro- 
litica do NaCl. Em realidade, uma solução de 
Cul? isotonisada por NaCl ao cabo de algum 
tempo deixa depositar Cul e nessas condi- 
ções os ions I e Cl poderão ajir, indepen- 
dentemente ou combinados ao ion H, sobre 
a hematia. 

Ação do Cul? sobre a hemoglobina. 

Se se trata uma solução concentrada de 
oxiemoglobina pelo Cul? em solução dilui- 
da obtem-se precipitação incompleta do pig- 
mento hematico. 

Separando-se por centrifugação a parte 
liquida do deposito, aquela revela ao exame 
espetroscopico o espetro de metemoglobina. 

O deposito dissolvido em agua alcalini- 
zada pela soda apresenta o espetro de hema- 
tina alcalina, que pela adição do sulfureto 
de amonio, reduzir-se-á ao estado de hemo- 
cromojeno. 

Pela ação de corrente de ar obter-se- 
á o espetro da hemoglobina reduzida, depois 
o da metemoglobina. 

Por oxidação convenientemente feita 
pelo H202 (não empregar em excesso) obter- 
se-á, finalmente, o espetro da oxiemoglo- 
bina. E” o que resulta da seguinte tabela: 


Aus der vorstehenden Tabelle geht 
also hervor, dass das Chlornatrium auf 1,8 °%/o 
( also fast das Doppelte des Prozentsatzes) 
erhoeht werden muss, damit bei einer 
Mischung mit dem gleichen Volumen der 
Loesung A ein Gleichgewichtsverhaeltnis der 
Salzloesung und der Erythrozyten zustande 
kommt. 

Andererseits ersieht man, dass, trotz der 
stetig verdoppelten Menge von CuJ?, die 
Intensitaet der Haemolyse mit der Konzen- 
tration nicht gleichen Schritt hielt. Anders 
verhielt es sich mit der Haemoglobinreduk- 
tion, deren Intensitaet vom Konzentrations- 
grade der CuJ?-Loesung abhing. Erst spaeter 
ergab sich, dass das Haemoglobindes Roehr- 
chens, in welchen keine Haemolyse statt- 
gefunden hatte, reduziert worden war ( nach 
3—stuendigen Kontakte), wahrscheinlich in 
Folge einer elektrolytischen Dissoziation des 
Chlornatriums. In Wirklichkeit laesst eine 
durch Chlornatrium isotonisch gemachte Kup- 
ferjodidloesung nach einiger Zeit Cu] aus- 
fallen, sodass die Jod- und Chlorionen unab- 
haengig oder in Verbindung mit dem Was- 
serstoffion auf die Erythrozyten wirken koen- 
nen. 

Einwirkung des Kupferjodids auf 

Haemoglobin. 

Behandelt man eine konzentrierte Oxyhae- 
moglobinloesung mit verduennter CuJ?-Loe- 
sung, so erhaelt man eine unvollstaendige 
Praezipitierung des Pigmentes der Blutkoer- 
perchen. Bei spektroskopischer Untersuchung 
der abzentrifugierten Fluessigkeit zeigen sich 
die Absorptionsbaender des Methaemoglo- 
bins, Eine, durch Natronlauge alkalisch ge- 
machte, waessrige Loesung des Rueckstandes 
zeigt im Spektroskop die Baender des alka- 
lischen Haematins, welches durch Zusatz 
von Ammoniumsulfat auf Haemochromogen 
reduziert wird. Beim Durchleiten von Luft 
zeigt das Spektroskop zuerst reduziertes Hae 
moglobin, dann Methaemoglobin. 

Durch zweckentsprechende Oxydation 
mittelst H202 (nicht zuviel!) erhaelt man 


schliesslich das Oxyhaemoglobinspektrum. 
Das ergibt sich auch aus nachfolgender 
Tabelle : 


246 


Oxiemoglobina (solução concentrada) + Cul? (solução diluida). 
Precipitação incompleta 
Centrifugação e exame ao espetroscopico. 


parte liquida — Metemoglobina 


parte solida (Hematina alca-f Hemocrome- { Hemoglobina { Metemoglo- (Oxiem oglobina 
dissolvida lina jeno reduzida bina 
em H20 + se E 

alcalinisada | sulfureto de 

pela NaOH amonio corrente de ar ' corrente de ar H20? 


Oxyhaemoglobin (konzentrierte Loes.) + CuJ? (verduennte Loes). 
Inkomplette Praecipitierung. 


Zentrifugierung und spectroscopische Bestimmung. 


Fluessiger Teil: Methaemogiobinspectrum 


Fester Bestand-f Alkalisches Í Haemochro- 

teil geloest Haematin mogen 

in alkalischem{ + ) — 
Wasser | Schwefelam- Durchleiten 
(NaOH) monium | von Luft 


Esses fenomenos não são apreciaveis 
quando se injeta a solução na veia do coelho 
pois, que o sangue examinado ao espetros- 
copio mostra as faixas de absorção da oxi- 
emoglobina sem alteração alguma. 


Ação sobre os leucocitos. 


Sobre os leucocitos exerce o sal ação 
fixadora. Se se faz um preparado de sangue 
espalhado em lamina e se se deixa atuar a 
solução de Cul?, as hematias se dissolvem e 
os leucocitos fixados sedeixam corar pelos 
corantes de anilina (tionina fenicada). 

Sobre os albuminoides do soro do san- 
gue exerce o Cul? ação precipitante. 

Quanto aos fermentos do sangue, foi in- 
vestigada a ação do bi-iodeto de cobre 
sobre o fibrin-fermento e sobre a catalase. 

Se a solução é misturada em partes iguais 
com o sangue em natureza, este não coagula 
imediatamente. Entretanto, se se deixa gote- 
jar sangue em um tubo que contenha a so- 
lução de Cul? a coagulação se dá instanta- 
neamente e se acompanha de precipitação 
de hemoglobina. 

Se se junta 1 parte de sangue, 1 parte 
de soro do proprio sangue e 2 partes de so- 
lução cuprica, as hematias se mostram conser- 
vadas e o coagulo se forma em condições 
normais : o fermento da fibrina não é, pois, des- 
truido. 

Reconhece-se tambem que a catalase não 
é destruida, mesmo após precipitação da 
hemoglobina e coagulação do sangue, por- 
que, se se adiciona a mistura algumas gotas 
de H202 esse corpo se decompõe, pondo em 
liberdade o iodo que azulece o amilo. 


| 


Reduziertes | Methaemoglo- Oxyhaemoglo- 
Haemoglobin bin bin 
— - 
Durchleiten | 
von Luft H20?2 


Diese Erscheinungen werden nicht beob- 
achtet, wenn die Loesung einem Kaninchen 
intravenoes injiziert wird ; das Blut zeigt spek- 
troskopisch die Absorptionsstreifen des 
Oxyhaemoglobins, ohne irgend welche Ver- 
aenderung. 


Wirkung auf die Leukozyten. 


Auf die weissen Blutkoerperchen wirkt 
das Kupferjodid fixierend. Wird ein Blutstrop- 
fen auf einem Objekttraeger ausgestrichen 
und mit CuJ?-Loesung uebergossen, so wer- 
den die roten Blutkoerperchen zerstoert, die 
weissen aber fixiert, sodass sie sich durch 
Anilinfarbstoffe (Karbolthionin) faerben las- 
sen. 

Die Albuminoide des Blutserums werden 
durch CuJ? gefaellt. 

Hinsichtlich der Blutfermente beschraenk- 
ten sich die Untersuchungen auf den Einfluss 
des CuJ? auf Fibrinferment und Katalase. 
Werden gleiche Mengen frischen Blutes und 
Loesung mit einander vermengt, so érift nicht 
sofort Gerinnung des Blutes ein. Dagegen 
kann man das Blut sofort, unter Ausfallen 
des Haemoglobins, zur Gerinnung bringen, 
wenn man es tropfenweise in ein Roehrchen 
mit Kupferjodidloesung fallen laesst. Mischt 
man 1 Teil Blut, 1 Teil Serum desselben 
Blutes und zwei Teile der Kupferloesung, so 
behalten die Erythrozyten die urspruengliche 
Gestalt und die Gerinnung kommt, wie ge- 
woehnlich, zustande: das Fibrinferment wird 
somit nicht zerstoert. Auch die Katalase wird 
nicht zerstoert und zwar weder nach Faellung 
des Haemoglobins, noch nach Gerinnung des 
Blutes, denn bei Zusatz einiger Tropfen 


Sobre esse fermento a ação do Cul? 
pode ser melhor estudada pelas seguintes 
series, onde foi investigada por dosajem ri- 
gorosa a quantidade em peso, do oxijenio 
do peridrol que era decomposto pela ação 
catalitica do sangue. 

Em 4 balões de ERLENMEYER, conten- 
do cada um 10 cc. de sangue ao 1/1000, em 
agua fisiolojica esterilisada (a 8,5: 1000) 
ajuntaram-se: a dois balões 10 cc. de solução 
de Cul’, aos outros dois 10 cc. de agua dis. 


tilada esterilisada. 

A cada balão foram adicionados, poste- 
riormente, 20 cc. de solução de peridrol a 
1 9/o. 

Titulo da solução de peridrol empregada: 
20 cc. = 80,8 de KMnO* a 3.7195 : 1000. 

Resultado da titulação : 


cur] H2O | Resultado 


Peridrol a 1 9/0 


Ib 10 cc. 
II b 10 cc. 


Sangue a 1/1000 
Ill b 
IV b 


Balão 
« 
« 
« 


247 


HO? zersetzt sich dasselbe unter Freiwerden 
von Jod und Blaeuung der Staerke. 

Die Einwirkung von CuJ? auf diases Fer- 
ment, ist am Besten aus nachfolgenden Se- 
rien zu ersehen, wo durch genaue Dosierung 
das Gewicht des Sauerstoffs bestimmt wurde, 
welcher aus dem durch die katalytische Wir- 
que des Blutes zersetzten Perhydrol frei wur- 

e. 

Zwei ERLENMEYER’ schen Ballons mit 
je 10 Kzm. einer Blutloesung von 1/1000 in 
sterilisierter physiologischer Kochsalzloesung 
von 0,85 9/o erhielten einen Zusatz von 10 
Kzm. CuJ?, waehrend zwei anderen gleichen 
Inhaltes 10 Kzm- Aq. dest. zugesetzt wurden. 
Hierauf wurde den vier Ballons je 20 Kzm. . 
einer Perhydrolloesung von 10/o zugefuegt. 

Titer der verwandten Perhydrolloesung : 
20 Kzm. = 80,8 KMnO‘ zu 3, 7195 Pro- 
mille. Resultat der Titrierung: 


Resultat 


Perhydrol 1 0/o 


10 « 
10 « 
10 « 
10 « 


Blutloesung 1/1000 
II b 
HI b 
IV b 


« 
« 
« 


Ballon I b 


Dessas experiencias se conclue que o 
Cul? decompõe o peridrol, que a catalase do 
sangue não é destruida por esse composto 
cuprico, que ele tem um pequeno poder im- 
pediente sobre a ação catalitica do sangue, 
pois que se assim não fosse, as ações dele 
e da catalase sobre o peridrol deveriam ser 
somadas. 


Ação da solução de Cul: sobre os 
animais. 


O corpo quimico em questão era per- 
feitamente tolerado por cobaias, coelhos, 
ratos e cãis, quando injetado por via venosa 
ou cardiaca. As cobaias de cerca de 300 grs. 
de peso suportavam perfeitamente a injeção 
de 5 cc. da solução em questão por via 
intracardiaca. Coelhos de 1 quilo suportavam 
10 a 20 cc. por injeção na veia marjinal da 
orelha sem apresentarem indisposição grave. 
Outrotanto sucedia aos cãis. Ratos de cerca 
de 20-30 grs. suportavam bem injecóis re- 
petidas de 2 cc., sob a pele, sem indisposi- 
cáo imediata. 

No entanto, a via hipodermica mostrou- 
se sempre impropria por determinar a solu- 
cáo em questáo uma zona de necrose, mais 
ou menos extensa, que chegava á formacáo 
de ulcera, de cicatrização bastante lenta. Isso 
sómente não se deu no cão. 

A solucáo náo era tolerada por via pe- 
ritoneal; nos casos experimentados os ani. 
mais morreram sempre no decurso das pri. 
meiras 24 horas que se seguiam á injecáo. 

Em virtude de razôis teoricas referentes 
4 bio-quimica dos tecidos tuberculizados 
(UNNA JNR. & GOLODETZ, WEISS) e 
dos resultados experimentais obtidos pela 
escola de FINKLER (Prof. Graefin VON 
LINDEN) e dos resultados clinicos apresen- 
tados por MEISSNER e STRAUSS fui levado 
a pensar que a associacáo do iodo ao cobre 
poderia ser de grande vantajem no tratamen- 
to da tuburculose e das infeções micosicas. 

Na verdade as condições impostas: 

a) facil solubilidade, 

b) rigorosa dosajem, 

c) pequena toxidez, 


ZAS ——— 


Aus diesen Versuchen folgt, dass das 
CuJº das Perhydrol zersetzt; dass die Katala- 
se durch diese Kupferverbindung nicht zersetzt 
wird; dass sie auf die katalytische Wirkung 
des Blutes etwas hemmend wirkt, weil sonst 
ihre Wirkung sich mit derjenigen der Katala- 
se auf das Perhydrol summieren muesste. 


Wirkung der CuJ?-Loesung auf Tiere. 


Meerschweinchen, Kaninchen, Ratten 
und Hunde vertrugen ohne Schaden die In- 
jektion von CuJ2, intravenoes oder ins Herz. 
Fuer Meerschweinchen von ungefaehr 300 gr. 
Gewicht war die Injektion von 5 ccm. der 
erwaehnten Loesung ins Herz ganz unschaed- 
lich. Kaninchen von 1 Kilo Gewicht wiesen 
keine sch weren Schaedigungen auf, wenn 10-20 
ccm. der Loesung in eine Ohrvene inji- 
ziert wurden. Das Gleiche wurde bei Hunden 
beobachtet. Wiederholte subkutane Injektionen 
von 2 ccm. hatten bei Maeusen von 20-30 gr. 
Gewicht keine unmittelbaren Beschwerden 
zur Folge. 


Ganz ungeeignet erwies sich aber die 
subkutane Injektion, da die Injektionsflues- 
sigkeit eine mehr oder weniger ausgedehnte 
Zone von Nekrose hervorrief, welche bis zur 
Geschwuersbildung ging, mit ziemlich langsa- 
mer Narbenbildung; die Hunde bilde- 
ten davon die einzige Ausnahme. 

Intraperitoneale Injektion wurde nicht er- 
tragen; der Tod der Tiere erfolgte stets bin- 
nen 24 Stunden. 

Theoretische Betrachtungen ueber die 
Biochemie tuberkuloeser Gewebe ( UNNA 
JR. & GOLODETZ, WEISS), experimentelle 
Resultate aus der FINKLER schen Schule 
( Prof. Graefin VON LINDEN), sowie 
die klinischen Erfolge von MEISSNER u. 
STRAUSS brachten mich auf den Gedanken, 
dass die Verbindung von Jod mit Kupfer von 
grossem Vorteil fuer die Behandlung der 
Tuberkulose und mykotischer Krankheiten 
sein koenne. Denn tatsaechlich erfuellte das 
Kupferjodid folgende Anforderungen : 


a) grosse Loeslichkeit, 
b) genaue Dosierbarkeit, 
c) geringe Giftigkeit, 


d) grande instabilidade, que facultasse a 
facil dissociação dos seus ions positivos e 
negativos, 

seriam preenchidas pelo bi-iodeto de 
cobre. 

Na pratica, no entanto, mostrou-se 
esse sal de absoluta ineficacia nos referidos 
processos morbidos, como decorre das expe- 
riencias que fiz sobre ratos e cobaias in- 
fetadas com esporotricose os primeiros e com 
tuberculose as segundas. 

E’ o que demonstram as seguintes ex- 
periencias: 

Ratos infectados com esporotricose. 

I. 5 ratos infetados com esporotricose no pe- 
ritoneo. Suportaram 10 cc. da solução 
sob a pele, distribuidos sobre o periodo 
de um mez. 

5 ratos infetados no peritoneo (Testemu- 
nhas). Não houve diferenças aprecia- 
veis na marcha da infeção e na duração 

dela. 

5 ratos infetados por picada na base da cau- 
da: Suportaram 10 cc. da solução sob a 
pele distribuidos sobre o periodo de um 
mez. 

5 ratos testemunhas: Não houve diferença 
apreciavel na marcha da infeção, nem 
na duração dela. 

As injeções eram espaçadas por causa 

das zonas de necrose formadas nos pon- 

tos de injeção. 

II. 5 Cobaias, inoculadas com tuberculose 

humana, por via sub-cutanea, não apre- 

sentaram a menor modificação no decurso do 
processo infetuoso, a despeito das injeções 
do corpo em questão em dóses maximas de 

5 cc. por via cardiaca. 

Resumo: 

O Cul? prepara-se sob a forma de 
hidrosol cuja dosajem pode ser rigorosa. De 
suas propriedades quimicas já estudadas por 
TRAUBE é mais notavel a sensibllidade 
desse corpo ao oxijeno nacente. Basta em 
verdade 0,00001 de H2O2 para que o Cul? 
se decomponha desprendendo-se I. Inversa- 
mente ele decompõe a agua oxijenada em 
solução neutra a 1 o/o (Perhydrol MERCK). 


249 


d) grosse Instabilitaet, welche eine rasche 
Dissoziation von positiven und negativen 
lonen gestattet. 

Trotz dieser vorteilhaften Eigenschaften 
hat sich jedoch das Kupfersalz fuer die The- 
rapie der erwaehnten Krankheiten als absolut 
wirkungslos herausgestellt, wie folgende Ver- 
suche mit infizierten Ratten ( Sporotrichose) 
und Meerschweinchen ( Tuberkulose) gezeigt 
haben. 


Resultate : 


Mit Sporotrichosis infizierte Ratten: 


I. 1. 5 mit Sporotrichosis intraperitoneal infizi- 
erte Ratten: 10 ccm. der Loesung, im 
Verlauf eines Monats subkutan injiziert, 
wurden gut ertragen. 


2. Kontrollversuche: 5 intraperitoneal infizier- 
te Ratten : Kein Unterschied des Ver- 
laufes und Dauer der Infektion erkenn- 
bar. 

3. 4 Ratten, an der Basis des Schwanzes 
durch Stich infiziert: 10 ccm. der Loe- 
sung, im Verlauf eines Monats subkutan 
injiziert, wurden gut ertragen. 

4. 5 Kontrollratten: Kein deutlicher Unter- 
schied iu Dauer und Verlauf der Infektion 
wahrzunehmen. 

Die Injektionen mussten wegen der an 
den Injektionsstellen entstehenden Nekrosen 
in groesseren Zwischenraeumen vorgenommen 
werden. 

II. 5 mit Tuberculosis humana infizierte Meer- 

schweinchen ( subkutane Injektion) zeigten, 

trotz ins Herz gemachter Einspritzung von 

Kupferjodidloesung in hoechsten Dosen ( 5 

ccm. ), gar keine Beeinflussung. 


Zusammenfassung. 


Kupferjodid wird als Hydrosol herge- 
stellt und gestattet eine genaue Dosierung. 
Von den chemischen Eigenschaften, deren 
Studium schon TRAUBE gemacht hat, ist die 
auffallendste die Sensibilitaet fuer Sauerstoff 
in statu nascendi, denn es genuegt schon ein 
Zusatz von 0,00001 H202, um eine Zersetzung, 
mit Freiwerden von Jod, herbeizufuehren. Der 
Luftsauerstoff zersetzt es nur sehr langsam; 


O oxijeno do ar atmosferico só o de- 
compõe muito lentamente. As soluções se 
conservam bem por 6 mezes em vidro es- 
curo. Mesmo em 24 horas, uma corrente de 
ar não o altera. 


A ação hemolitica desse hidrosol depen- 
de principalmente da H?O distilada que 
entra em sua composição. Em uma solução 
isotonisada pelo NaCl, a ação hemolitica di- 
minue proporcionalmente ao aumento de 
concentração de NaCl, ainda mesmo que se 
aumente a concentração em Cul?. 


A concentração em Cul? só tem influen- 
cia manifesta sobre o fenomeno da precipita- 
ção da hemoglobina, sobre a qual ele aje 
como redutor. 

Tem ação fixadora sobre os leucocitos, 
e aglutinante sobre as hematias. 

Não destroe o fermento da fibrina nem a 
catalase do sangue. Precipita os albuminoi- 
des do soro, pelo menos in vitro, In vivo» 
esses fenomenos não são aparentes. Fo! 
possivel a aplicação do Cul? por via venosa, 
sem que isso tivesse determinado acidentes 
nos animais experimentados (cão, cobaia, 
coelho, rato). 


Por via peritoneal não era suportado 
pelo coelho, nem pela cobaia, morrendo os 
animais dentro das primeiras 24 horas. 

Por via subcutanea não era tolerado fa- 
cilmente por cobaias e ratos. Formava-se 
sempre escara no ponto da 
O cão tolerava bem as 
cutaneas. 

Mostrou-se esse hidrosol ineficaz na 


esporotricose e tuberculose experimentais. 


inoculação. 
inoculaçõis sub- 


Ao terminar, deixo aqui consignado ao 
distinto colega Dr. ANTONIO PINTO JNR. 
os meus agradecimentos pelo valioso con- 
curso prestado em toda a parte experimental 
por ele acompanhada com a maior dedicação 
e boa vontade. 


Manguinhos, Agosto 1913 


250 


in Loesung und in einem dunklen Glase 
aufbewahrt, haelt es sich waehrend einer 
Zeit von 6 Monaten. Auch 24-stuendiges 


Durchleiten von Luft zersetzt es nicht. 


Die haemolytische Wirkung dieses 
Hydrosols haengt in erster Linie, von dem 
dest. Wasser ab. Die haemolytische Kraft 
einer durch Chlornatrium isotonischen Loe- 
sung nimmt im Verhaeltnis zur steigenden 
NaCI-Konzentrierung stetig ab, selbst wem 
die Konzentration der CuJ?-Loesung gestei- 
gert wird. Der Konzentrationsgrad der Kup- 
ferjodidloesung uebt nur auf die Faellung 
des Haemoglobins einen deutlichen Einfluss 
aus ; dasselbe wird durch CuJ? reduziert. 


Die weissen Blutkoerperchen werden 
fixiert und die roten agglutiniert. Es zer- 
stoert weder das Fibrinferment, noch die Ka- 
talase des Blutes. Serumalbuminoide werden 
gefaellt, wenigstens ix vitro; in vivo kann man 
dies nicht beobachten. 


Die intravenose Injektionvon CuJ? ging 
glatt von statten, ohne irgend einen schaed- 
lichen Einfluss aufdie Tiere ( Hunde, Meer- 
schweinchen, Kaninchen u. Ratten) erken- 
nen zu lassen. 

Die intraperitoneale Injektion hatte beim 
Kaninchen und Meerschweinchen binnen 
24 Stunden den Tod zur Folge. 

Auch die subkutane Injektion war bei 
Meerschweinchen und Ratten keineswegs 
guenstig, denn es entstanden immer Ge- 
schwuere an den Injektionsstellen. Hunde 
ertrugen die subkutanen 
Nachwirkungen. 


Injektionen ohne 


Das Hydrosol erwies 
menteller Sporotrichose 
ganz wirkungslos. 


sich bei experi- 
und Tuberkulose 


Zum Schlusse bezeuge ich meinem geehr- 
ten Kollegen, Dr. ANTONIO PINTO JR., 
meinen verbindlichsten Dank fuer seine wer- 
thvolle Mitarbeit bei den Experimenten, wel- 
che er mit groessten Eifer verfolgte. 


Manguinhos, Agosto 1913. 


GOLODETZ, L. 
& UNNA 
JNR. 


LINDEN, GRAE- 
FIN V. 


MEISSNER € 
STRAUS 


OSTWALD, W. 
TRAUBE, MO- 
RITZ 


WEISS 


1912 


1912 


1912 


1904 
1884 


1912 


251 


BIBLIOGRAFIA. 
LAtteratur. 


Ueber Peroxydase und Katalase innerhalb der Zelle, 
Berl. klin. Wochenschr. Jahrg. 49, N. 24. 


Congresso de Roma. 
Beitraege zur Klinik der Tuberkulose Bd. XXIII, N. 2. 


Eléments de chimie inorganique, trad. de Vallemand par 
LAZARD, L. 

Ueber Kupferiodid. 
Berichte d. Deut. Chem. Ges., Bd. I p. 1064. 


Ueber die biochemische Grundlage der besonderen Disposition 
des Lungengewebes zur tuberkuloesen Erkrankung. 
Wiener klin. Wochenschr. N. 19. 


Contribuições para o conhecimento da fauna helmintilojica brazileira. 


pelo 
DR. LAURO TRAVASSOS. 


Gigantorhynchus aurae n. sp. 


(Com 1 fig. no texto). 


Beitraege zur Kenntnis der Helminthenfauna Brasiliens. 


von 


DW. 


LAURO TRAVASSOS. 


Gigantorhynchus aurae n. sp. 


(Mit 1 Textfigur). 


= — 


Entre o material colecionado pelo Dr. A. 
NEIVA no Estado de Piauhy encontrámos 
exemplares de um Gigantorhynchus que de- 
pois de minuciosos estudos julgámos perten- 
cer a nova especie. O material, infelizmente, 
constava apenas de fragmentos de machos e 
femeas e de uma femea adulta perfeita o que 
nos permitte dar a seguinte descrição sumaria: 


S 92. O corpo cilindroide, 
dilatado na parte media, 
transversais. 


lijeiramente 
apresenta rugas 


A probocida globular, com diametro de 
230 u mostra 12 series lonjitudinais de 3a 4 
ganchos em disposição pouco regular. Apre- 
sentam 4 tipos principais, a saber: (Vide fig.) 


Unter dem, von Dr. NEIVA in Piauhy 
gesammelten Materiale fand ich auch einen 
Gigantorhynchus, den ich nach laengeren 
Studium fuer neu ansehen muss. Leider bes- 
tand das Material nur aus einem perfekten 
ausgewachsenen Weibchen und im Uebrigen 
aus Bruchstuecken von Maennchen und Wei- 
bchen, welche mir gestatteten, nachstehende 
kurze Beschreibung zu entwerien : 

3 92. Koerper zylindrisch, im Mittel- 
stueck etwas verdickt, ueberall mit queren 
Runzeln. 

Ruessel kugelig, 230 u im Durchmesser, 


“mit 12 Laengsreihen von 3-4, etwas unre- 


gelmaessig angeordneten Haken, von folgen- 
den vier Formen: (S. Textfig.) 


1. Ganchos da primeira serie transversal: 
São muito robustos e munidos de duas raizes 
das quais a posterior é mais volumosa. A dis- 
tancia das extremidades destas raizes importa 
em 61 u;a do apice da raiz posterior para a 
ponta terminal em 181 «; o comprimento da 
parte livre é de 61 « para 20 u de largura, ao 
nivel da cutícula. 

2. Ganchos da segunda serie transversal: 
Distancia entre os apices das raizes 61 u; do 
apice da raiz posterior á ponta do gancho 98 
“; comprimento da parte livre 49 « para 20 u 
de largura, ao nivel da cutícula. 

3. Ganchos da terceira serie transversal. 
Distancia entre os apices da raizes 36u; do apice 
da raiz posterior á ponta do gancho 90 «; com. 
primento da parte livre 41 y e largura maxima 
MON 

4. ganchos da quarta e quinta serie trans- 
versais: As raizes são substituidas por um 
nodulo; comprimento total dos ganchos 65 u, 
da parte livre 28 uw para uma largura maior de 
8 u. 

O pescoço é curto, sendo apenas duas 
vezes mais comprido que o diametro maior 
da cabeça. 


1. Haken der 
kraeftig, mit zwei 
hintere 


ersten Querreihe: Sehr 
Wurzeln, von denen die 
staerker ist. Distanz zwischen den 
Spitzen derseben 61, von der Spitze der hin- 
teren Wurzel bis zum Ende des Hakens 181 
u; der freie Teil 61 u lang und im Niveau 
der Haut 20 u breit. 


2. Haken der zweiten Querreihe: Entfer- 
nung zwischen den Spitzen der Wurzeln 61, 
vom Ende der vorderen Wurzel bis zur Spit- 
ze des Hakens 98 u; Laenge des freien Tei- 
les 49, groesste Breite 20 y. 


3. Haken der dritten Querreihe: Groess- 
ter Abstand der Wurzeln 36 y; Entfernung 
vom Ende der hintern Wurzel bis zur Spitze 
des Hakens 90 q; Laenge des freien Teiles 
41, groesste Breite 16 y. 

4. Haken der vierten und fuenften Quer- 
reihe : An Stelle der Wurzeln zeigen die Ha- 
ken blos ein Knoetchen. Gesammtlaenge des 
Hakens 65 u; freier Teil 28 u lang und 8 
breit. 

Hals kurz, kum doppelt so lang, als der 
Durchmesser des Kopfes. 


?. Eier elliptich, mit drei Huellen, 66 u 
lang und 44 breit. 


© Os ovos são eliticos, com tres envolu- 
cros, longos de 66e largos de 44 ut. 

Só encontrámos referencias a dous Gigan- 
torhynchus de aves: G. mirabilis MARVAL 
1905 e compressus (RUDOLPHI 1802), este de 


seriema e aquele de um abutre. O mirabilis | 


é parasito da mesma familia de aves, mas dis- 
tingue-se facilmente por ser a unica especie 
com ganchos de uma só raiz. O compressus, 
embora seja parasito de especie de ave bem 
diferente. aproxima-se muito do aurae; dis- 
tingue-se, sobretudo, por suas dimensões su- 
periores, a forma achatada, os ganchos robus- 
tos, com farpa subterminal e raiz anterior mais 
volumosa que a posterior. Tivemos ocasião 
de comparar a especie que descrevemos com O 
compressus que se acha na coleção do Instituto. 

Habitat: Intestino de Cathartes aura 
L. Tipo no Instituto OSWALDO CRUZ. 


Manguinhos, Abril 1913. 


A ee 


Ich finde aus Voegeln nur zwei Gigan- 
torhynchus arten erwaehn:: G. mirabilis MAR- 
VAL 1905 und G. compressus (RUDOLPHI 
1802), ersterer aus einem Geier, dieser aus 
der Seriema. G. mirabilis \ebt in einem Vo- 
gel derselben Familie, ist aber als einzige Art 
mit blos einwurzeligen Haken leicht zu un- 


| terscheiden. Degegen bewohnt G. compressus 


einen ganz verschiedenen Wirt, ist aber sonst 
mit aurae nahe verwandt. Er unterscheidet 
sich besonders durch bedeutendere Groesse, 
abgeplattete Form, subterminalen Widerhaken 
und staerkere Vorderwurzel, welche die hin- 
tere uebertrifit. Ich hatte Gelegenheit die Art 
zu vergleichen, da sie sich in der Instituts- 
sammlung vorfindet. 

Der Typus wurde in Cathartes aura L. 
gefunden und befindet sich in der helmintho- 
logischen Sammlung des Institutes OSWAL- 
DO CRUZ. 


Manguinhos, April 1913. 


ui 


HAMANN, OTTO 1892. 
MARVAL, L. DE 1905. 
PORTA, A.- 1907. 

» 1909. 


14 1909, 


255 
BIBLIOGRAFIA, 


Litteratur. 


Das System der Acanthocephalen. Zoologischer Anzeiger, V.XV, p. 
105. 


Monographie des Acanthocéphales d'oiseaux. Revue suisse de Zoo- 
logie,V,13, p. 194. 


Contributo allo studio degli Acantocefali dei Pesci. Biologica, V.Lf. 
IP. 

Gli Acantocefali degli Anfibii e dei Rettili. Archivio Zoologico, V. 
HI, p. 225. 


Gli Acantocefali dei Mammiferi. Archivio Zoologico, V.IV,f.2: p.239. 


Sobre a determinação da acidez urinaria. 


pelo 
DR. ALCIDES GODO Y. 


Assistente. 


(Com 2 fig. no texto.) 


Zur Aziditaetsbestimmung des Harnes. 


von 


DR. 


ALCIDES GODOY 


Assistent. 


(Mit 2 Textfigur.) 


A urina normal é manifestamente acida; 
o gráo desta acidez é um pouco variavel, 
sendo sempre, porém, pequeno. Se procurar- 
mos julgar, pela literatura, da acidez urinaria 
aí encontraremos, na maioria dos autores, 
exposição insuficiente, algumas vezes falsa. 


J. ANDRÉ (1904) faz notar queaurina é 
acida, apezar de não conter acidos livres; a 
acidez seria devida aos sais acidos. Não é, 
isto, inteiramente verdade; na urina existem 
acidos livres, de constante de dissociação 
muito baixa. A acidez da urina é, apenas, 
indicada pela envermelhecimento do papel de 
turnesol. A urina não tem ação sobre o fenol 
de ftaleina, tropeolina ou a heliantina. 


GÉRARD (1907) faz ainda notar que, ao 
contrario do que pensam IMBERT e ASTRUC, 
a acidez da urina não póde ser atribuida, so- 
mente, ao fosfato acido que ela contem, por- 
que, a acidez deste liquido é superior a de 
um liquido que contenha a mesma quantida- 


Der normale Harn zeigt einen deutlichen 
Saeuregehalt; allerdings schwankt, die Azidi- 
taet ein wenig, aber doch immer in 
engen Grenzen. Suchen wir uns aus der Li- 
teratur ueber den Saeuregrad zu orientieren, 
so finden wir bei den meisten Autoren un- 
genuegende oder selbst unrichtige Angaben. 

J. ANDRE (1904) macht darauf aufmer- 
ksam, dass der Harn sauer reagiert, obwohl 
er keine freie Saeuren enthaelt, und schreibt 
diese Aziditaet den sauren Salzen zu. Dem 
verhaelt sich nicht ganz so, denn im Harne 
existieren freie Saeuren, von sehr niedriger 
Dissoziationskonstante. Der Saeuregehalt des 
Harnes wird nur durch Lackmuspapier eben 
angegeben; auf Phenolphthalein, Tropeolin 
und Helianthin hat derselbe keinen Einfluss. 

Im Gegensatze zur Ansicht von IM- 
BERT und ASTRUC, hebt GERARD (1907) 
hervor, dass der Saeuregehalt des Urins nicht 
nur dem im Urin befindlichen sauren Phos- 
phate zuzuschreiben sei, weil der Saeuregrad 


de de fosfato mono-metalico. Assim, julga, deve 
ter a sua parte, na acidez total, o acido carbo- 
nico, urico, hipurico e seus sais acidos e os 
pigmentos. 

TYSON (1895) acha que outros elementos 
podem contribuir para a reação acida da uri- 
na. Cita, entre outros, os acidos latico e aceti- 
co. É evidentemente falso, visto o gráo eleva- 
do de dissociação desses acidos. Encontramos 
neste autor, referido o fato de certa urina po- 
der apresentar reação alcalina ao papel de 
turnesol e, no fim de algum tempo, a colora- 
ção violeta reaparecer. Neste caso, a alcalini- 
dade é devida a alcali volatil. 


SPAETH (1908) cita o processo de NAE- 
GELI comoomais aconselhavel para se obter 
informação sobre a reação urinaria. Este 
processo é, em resumo, determinar-se quanto 
de acido é necessario se adicionar a dada 
quantidade de urina para que se determine 
a virajem do vermelho de alizarina; isto 
informa sobre a quantidade total de fosfatos 
secundarios, oxalatos, etc. O mesmo, feito 
com o fenol de ftaleina como indicador e 
adição de alcali, informa sobre a quantidade 


de fosfatos, uratos, oxalatos existentes sob a | 


forma de sais acidos. 

Em AUERBACH e FRIEDENTHAL (1903) 
está relatado que possue a urina reação fra- 
camente acida devida ao acido carbonico livre, 
assim como a acidos fracos. Neste caso, 
feitaa prova com a tintura de turnesol ela 
é acida, com o papel, alcalina. 

À urina nunca é alcalina, mesmo quando 
o individuo absorva grandes doses de car- 
bonatos alcalinos e seja vejetariano exclusivo. 
Em todos os casos em que a urina é alcalina 
ao fenol de ftaleina, trata-se de urina 
que sofreu fermentação microbiana. 

Toda urina não decomposta reaje como al- 
calina ao oranje de metila e acida ao fenol de 
ftaleina. 

Pode-se, pois, pelo emprego de fenol 
de ftaleina determinar quanto de lixivia é 
necessario adicionar para que se dê a vira- 
jem; o mesmo em relação ao oranje de me- 


251 


hoeher sei, als bei einer Fluessigkeit, welche 
dieselbe Menge monometallischen Phospha- 
tes enthalte. Aus diesem Grund glaubt er, 
dass Kohlen—, Harn, — Hippursaeure und 
ihre sauren Salze, sowie die Pigmente an der 
Gesamtaziditaet mitbeteiligt sind. 


Nach TYSON (1895) koennen noch an- 
dere Elemente zur sauren Reaktion des Urins 
beitragen, und zwar zaehlt er zu diesen auch 
die Milch— und Essigsaeure. Das ist jedoch 
sicher falsch, wenn man den Dissoziations- 
grad dieser Saeuren in Betracht zieht. Der- 
selbe Autor berichtet uns, dass ein Urin 
gegen Lackmuspapier alkalisch reagieren 
kann, waehrend nach Verlauf einiger Zeit, 
die violette Farbe wieder erscheint; in diesem 
Falle haengt die alkalische Reaktion von 
einem fluechtigen Alkali ab. 


Als empfehlenswerteste Methode fuer 
Untersuchung des Saeuregehaltes empfiehlt 
SPAETH (1908) die von NAEGELI. Kurz 
gefasst besteht der Prozess darin, die Saeu- 
remenge zu bestimmen, welche man einem 
gegebenen Harnquantum zusetzen muss, um 
den Umschlag des Alizarinrots zu bewirken; 
auf diese Weise erfahren wir die Totalmenge 
von sekundaeren Phosphaten, Oxalaten, u. 
s. w. Macht man dasselbe mit Phenolphthalein 
als Indikator und Zuzatz von Alkali, so be” 
kommt man Aufschluss ueber die Menge von 
Phosphaten, Uraten, Oxalaten, u. s. w., welche 
in Form saurer Salze vorkommen. 


Bei AUERBACH und FRIEDENTHAL 
(1903) lesen wir, dass die schwach saure 
Reaktion des Uris von freier Kohlensaure und 
anderen schwachen Saeuren abhaenge. Macht 
man in diesem Falle die Reaktion mit Lack- 
mustinctur, so ist sie sauer, dagegen mit 
Lackmuspapier alkalisch. 

Der Harn ist niemals alkalisch, selbst 
wenn man hohe Dosen von alkalischen 
Karbonaten einnimmt und bei aussch- 
liesslicher vegetarianischer Ernaehrung. In 
allen Faellen, wo sich der Harn gegen 
Phenolphthalein alkalisch verhaelt, handelt es 
sich um bakterielle Fermentation. Jeder un- 
zersetzte Harn reagiert alkalisch gegen Methyl- 
orange und sauer gegen Phenolphthalein. 


en Pe 


tila, pela adição de acido. Por este pro- 
cesso não se determina a acidez da urina, 
nem o total das bases ai existentes, mas só- 
mente a parte de bases que não estava li- 
gada a acidos fortes. 

Quando a determinação é feita pela a- 
dição de acido, é a capacidade de ligação de 
acidos, no caso de se ajuntar acali, é a 
capacidade deligação de bases. Se em dada 


urina estas duas capacidades forem eguais 
trata-se de urina 


capacidade de neutralisação para as bases 


neutra, se, porém, a 


for maior a urina é acida. 


Neste trabalho, procuraremos demonstrar | 


que se pode conhecer a reação pela deter- 
minação das capacidades acima referidas. 
Para isto, a 100 cm. de urina adicionavamos 
quantidades variaveis de acido cloridrico nor- 
mal e determinavamos a reação pelo metodo 
eletrometrico; de modo analogo fizemos no 
caso de adição de soda normal. O resultado 


está no grafico 1. 


| 


| 


URINA — HARN 


| vermoegen 


Bei Anwendung von Phenolphthalein kann 
man also diejenige Menge Lauge bestimmen, 
welche man zusetzen muss, damit der Um- 
schlag eintritt, ebenso wie bei Methylorange 
die Saeuremenge. Durch diesen Prozess wird 


allerdings weder die Aziditaet des Harnes 
noch die Gesamtheit seiner Basen festge- 
stellt, sondern nur derjenige Teil wel- 


cher nicht an starke Saeuren gebunden war. 


Bei Saeurezusatz wird das Saeurebindungs 
bestimmt, bei Zusatz eines 
Alkaiis aber das Bindungsvermoegen fuer 
Basen. Ist bei einer Probe das Bindungsver- 
moegen der einen dem der anderen gleich, so 
handelt es sich um einen neutralen Urin; ist 
jedoch das Neutralisierungsvermeegen fuer 
Basen groesser, so ist derselbe sauer. 

In dieser Arbeit suchen wir also zu zei- 
gen, das man die Reaktion durch Bestimmung 
der oben erwaehnten Bindungsvermoegen 
feststellen kann. 

Zu diesem Zwecke fuegten wir zu 100 
Kzm. Urin verschiedene Mengen normaler 
Salzsaeure und bestimmten die Reaktion nach 
der elektrometrischen Methode; in entspre- 
chender Weise verfuhren wir, wenn Normal- 
lauge zugesetzt wurde. 

Das Resultat ersehen wir aus der gra- 
phischen Darstellung No 1. 


Grafico N.1 


Gr. Darstellunng 1. 


Neste grafico as ordenadas indicam as 
quantidades de HCl e de NaOH que se 
ajuntam e as abcissas a reação observada ex- 
pressa em expoente do ionio hidrojenio e 
representado por pH: À adição de 
determinada quantidade de HCl ou NaOH 
produz sempre a mesma variação na reação, 
dentro dos limites de pelo menos pH: = 4 a 
DEE — 4: 

Seja-nos permitido expor, o mais rapida- 
mente possivel, a noção de reação debaixo 
do ponto de vista fisico-quimico. Tomemos, 
por exemplo, o acido cloridrico e imajinemos 

ue, em solução normal, em lugar de mo- 
leculas HCl só existam ionios H' e Cl’- o 
ponto indica ionio positivo e a virgula 
ionio negativo. —- Tal solução teria tantos H- 
quanto 1 litro de hidrojenio. A solução 
0,01 normal teria H' = 107, ou segundo a 
notação de SCERENSEN (1909) pH'—2. A agua, 
sabemos, se acha normalmente dissociada de 
modo a ter o valor de pH: = 7, aproxima- 
damente. Neste liquido, como existe o mesmo 
numero de H: OH” ele deve possuir o 
valor de pOH’ — 7, sendo o tipo da neutra. 
lidade. Notemos, ainda, que se tomarmos 
pH: = 8, já se trata de liquido alcalino 
e igual a pOH’ = 6, isto devido a existir 
sempre uma relação, tal que, 


= constante 


Dada a relação simples entre a adição 
de acido ou base e a reação, como ficou ex- 
posto, e sendo muito simples determinar 
quando uma urina atinje pela adição de 
acido o valor pH: — 4, visto que, então, se 
dá a virajem do oranje de metila, assim como, 
quando se adiciona alcali o valor de pH:=3, 
corresponde a mudança de cor do fenol de 
ftaleina, nada é mais simples que determinar 
a reação atual de uma urina. 

Tecnica. A 10 cm3 de urina adicionam. 
se tantos cm3. de solução 0,1 normal de 
HCl até virajem do oranje de metila, pre- 
viamente ajuntado como indicador. Do mes. 
mo modo, a 10 cm3, de urina adicionam-se 
tantos cm3 de NaOH 0,1 normal até colo- 


2 


9 


In dieser graphischen Darstellung reprae 
sentieren die Ordinate die zugesetzten HC1 
—und NaOH —Mengen und die Abszissen 
die beobachtete Reaktion, in Wasserstoffion- 
Exponent ausgedruckt und durch pH’ ange- 
geben. Dar Zusatz einer bertimmten Menge 
HCl oder NaOH hat immer dieselbe Varia- 
tion in der Reaktion zur Folge, und zwar 
innerhalb der Grenzen von mindestens 
pib = 4 bis pH = 9. 

Es sei uns nun gestattet, in aller Kuerze 
die Reaktion vom  physikalisch-chemischen 
Standpunkte aus naeher zu erlaeutern. Nehmen 
wir z. B. Salzsaeure und stellen uns vor, 
dass in einer Normalloesung von derselben, an- 
stattder HCI— Molekuele, nur Hr und Cl’ Io- 
nenexistierten, wobei der Punkt positive und 
das Komma negative Ionen darstellt. Eine solche 
Loesung muesste soviel H* haben, wie 1 
Liter Wasserstoff. Eine !/100—Normalloesung 
wuerde H. — 10° haben, oder nach der Be- 
zeichnung von SCERENSEN (1909) pH: = 2. 
Wie wir wissen, hat das Wasser bei normaler 
Dissoziation den Wert von ungefaehr pH’=7, 
Wenn in dieser Fluessigkeit die gleiche An- 
zahl H* nnd pH’ vorhanden sind, so muss 
¡hr Wert pOH’ = 7 sein, entsprechend dem 
Typus der Neutrallitaet. Es muss noch be- 
merkt werden, das, wenn wir pH’ = 8 setzen, 
die Fluessigheit schon alkalisch uud gleich 
pOH’ — 6 ist, und zwar weil immer das 
Verhaeltnis besteht. 


H: . OH’ = Konstante 
OH 


In Anbetracht des einfachen Verhaeltnis- 
ses des Zusatzes von Saeure oder Base zur 
Reaktion, wie schon erklaert wurde, und da 
manes sehr leicht bestimmen kann, wann 
ein Harn durch Saeurezusatz den Wert pH: 
= 4 erreicht, naemlich durch den Umschlag 
von Methylorange, ebenso wie bei Alkalizu- 
satz der Wert von pH: = 8 wird und durch 
den Farbenwechsel von Phenolphthalein er. 
kannt wird, ist nichts einfacher als jetzt die 
Reaktion eines Harnes zu bestimmen. 


Technik: Zu 10 Kzm. Harn setze man 
soviel Kubikzentimeter einer 0,1 Normalloe- 


——— 260 


ração vermelha do fenol de ftaleina. A soma 
dos dois valores da o que é necessario 
adicionar a essa urina para fazel-a passar de 
pil 4a pli’ =. 

O valor da soda só, indica, estabele- 
cida a proporção, quanto essa urina está dis- 
tante de pH: = 8. Exemplo : para 10 cm3 de 
urina foram necessarios8 cm? de NaOH 0,1 n. 


para o ponto de fenol de ftaleina e 4 cm? | 


de HCI 0,1 n. para o de oranje de metila. 
Sejam pois, 12 cm3 o necessario para de 
DENT passar a pil ="8 e's: cm? 
atinjir pH: = 8. 
8 — 4 X 


4X8 
X= Css 


12 8 12 


O valor de X,—3 neste caso — indica o 
quanto de variação é capaz de produzir a 
adição de 8 cm3 de soda 0,1 n. em 10 cm3 
de urina que precisa de 
zer variar de 4 a seu valor pH’. Quer dizer, 
que adicionando 8 cm3 de soda 0,1 n. a 


12 cm? para fa- 


tal urini ela atinje um valor pH’ supe- 
rior de 3 ao que tinha antes, ou que a rea- 
ção era egual a 8-3 ou 5. Reunindo os dois 
calculos em uma formula e representando, 
para generalizar, por s o valor da soda e por 


S o da soma, temos: 


4Xs 
DD Eos Ss 
S 
Aplicado á urina acima: 
4X 8 
pH =8 — ———=8—3=5 
12 


Esta mesma urina, dosada a reação pelo 
metodo eletrometrico possuia valor de pH. 
= 4.9. 

Com o fim de julgar do papel do fosfa- 


to acido na ligação das bases fizemos com 


para | 
| 8 Kzm. von 0,1 n. Lauge fuer den Punkt des 


sung Salzsaeure, bis ein Umschlag des Me- 
thylorange, welches man schon vorher als 
Indikator zugesetzt hat, eintritt. 

In derselben Weise setzt man zu 10 cem. 
Harn soviel Kubikzentimeter einer 1/10 Nor- 
mallauge bis sich das Phenolphthalein rot 
faerbt. 

Die Summe der beiden Werte ergibt 
den notwendigen Zusatz, um den Harn von 
pH: = 4 auf pH: = 8 zu bringen. 

Nach Feststellung der Proportion, zeigt 
uns der Alkaliwert allein wie weit dieser 
Harn von pH’ = 8 ist. 

Beispiel: Zu 10 Kzm. Harn musste man 


Phenolpthaleins und 4 Kzm. 0,1 n. Salzsaeure 
fuer den Punkt des Methylorange zusetzen. 
Angenommen, also, dass man 12 Kzm. zu- 
setzen muss, damit pH: = 4 auf pH: = 8 
kommt und 8 Kzm., damit pH: = 8 erreicht 
wird : 
4+8 
A 
12 

so zeigt uns der Wert von x,—in diesem 
Falle 3—, wie gross die Variation sein kann, 
welche ein Zusatz von 8 Kzm. einer 0,1 n. 
Lauge zu 10 Kzm. Harn zur Folge hat, denn 
12 ccm. sind noetig, um seinen Wert pH. 
um 4 zu aendern. Setzt man naemlich 8 Kzm. 
einer 0,1 n. Lauge einem solchen Urin zu, 
so bekommt diesser einen um 3 hoeheren 
pH: —Wert als er vorher hatte, oder die 
Reaktion betraegt 8-3, d. h. 5. Setzt man 
nun beide Berechnungen in eine Formel und 
nennen wir, allgemein ausgedrueckt, G den 
Wert der Lauge und S den Wert der Summe, 
so bekommen wir: 


4Xs 
pH: = 8 - —— 
S 
Und wenn wir diese Formel auf oben 
genannten Harn anwenden, erhalten’ wir 
4x8 
pH: = 8 — —— = 8—3=5 
12 


Derselbe Urin hatte bei Anwendung der 
elektrometrischen Methode in der Reaktion 
fuer pH’ einen Wert von 4,9. 


ele o que haviamos feito com a urina. Na 
solução que empregámos a concentração de 
NaH*PO!* era tal que 10 cm3 necessitavam 
11 cm3 de soda 0,1 nm. 


pH: = 4 a pH: = 8, valor este, proximo do 


para passar de 


da urina. O resultado esta no grafico 2, 


TOR 


Um uns nun darueber klar zu werdem, 
inwiefern das saure Phosphat an der Bin- 
dung der Basen mitbeteilligt ist, gingen wir 
damit in derselben Weise, wie beim Urin, 


vor. Bei der von uns benutzten Loesung war 
die Konzentration von NaH?PO eine solche, 
dass 11 Kzm. von 0,1 n. Lange noetig waren, 
um pH. — 4 auf pH: = 8 zu bringen, was 
den Annaeherungswert des Harnes darstellt. 

Das Resultat sehen wir in der graphi- 
schen Darstellung N. 2. 


Grafico N. 2. 


Como se verifica, pelo grafico, o efeito 
da adição de alcali e a variação de reação 
não são rigorosamente proporcionais, senão en- 
tre pH’ = 6 e pH: = 7.5. Existe, pois, na 
urina, como vimos, em limites mais extensos 
que no fosfato acido a faculdade de resistir 
ás variações de reação. 

O processo de determinação da reação 


acima não é unicamente aplicavel á urina; 
nós já fazemos correntemente a determinação 


da reação dos meios de cultura, com ele. 


Manguinhos, Maio de 1913, 


Gr. Darstellung 2. 


Wie aus der graphischen Darstellung 
hervorgeht, steht die Wirkung des Alkalizu- 
satzes nicht in ganz genauem Verhaeltnis zur 
Variation der Reaktion, ausser pH: = 7,5 ist, 

Der Harn hat also, wie wir gesehen 
haben, in groesserem Masse das Vermoegen, 
den Reaktionsvariationen Widerstand zu lei- 
sten, als das saure Phosphat. 


Der oben erwaehnte Prozess zur 
Bestimmung der Reaktion ist nicht aus- 
schliesslich fuer Urin anwendlbar, wie man viel- 
leich denken koennte, sondern wir benutzen 
ihn alltaeglich zur Bestimmung der Reaktion 
in den Naehrboeden der Kulturen. 


Manguinhos, Mai 1913. 


ANDRE., J. 


AUERBACH., A. e FRI- 
EDENTHAL., H. 


GERARD., E. 
NAEGLI., O. 


SOERENSEN.,'S. P. L, 


SPAETH,, E. 


TYSON,, J. 


——— 262 — 


BIBLIOGRAFIA. 
Litteratur. 

(1904) Conférences pratiques d’urologie clinique. 

(1903) Ueber die Reaktion des menschlichen Harnes unter vers- 
chiedenen Ernaehrungsbedingungen und ihre quan- 
titative Bestimmung. Engelmann Archiv. 

(1907) Traité des urines. 

(1900) Zur Aciditaetsbestimmung des Harnes. 

Zeitschr. f. physiol. Chemie. vol. XXX, p. 366. 

(1909) Ueber die Messung und die Bedeutung der wasserstofi 
ionenconzentration bei enzymatischen Prozessen. Bio 
chemische Zeitschr. vol. 21, p. 201 

(1908) Die chemische und mikroskopische Untersuchung des 
Harnes. 

(1895) Guide pour l’éxamen pratique de l’urine. Tradução de 


E. Gautrelet e A. S. Clarke. 


Nota sobre algumas coleções de carrapatos brazileiros 
pelo 


Dr. 


Henrique de Beaurepaire Aragão, 


Assistente, 


(Com a estampa 26.) 


Bericht ueber einige Zeckensammlungen aus Brasilien 


von 


Dr. Henrique de Beaurepaire Aragão, 


Assistenten. 


(Mit Tafel 26.) 


O presente trabalho é baseado no estu- 
do de 3 coleções de ixódidas, apanhadas em 
pontos diversos do territorio brazileiro. 

Devemos esse material aos Drs. MU- 
RILLO DE CAMPOS, medico da Comissão 
telegrafica, a cargo do Sr. coronel C. RON- 
DON e aos nossos colegas do Instituto Drs. 
ARTHUR NEIVA e GOMES DE FARIA. A 
todos esses colegas deixamos aqui assina- 
lados os nossos mais sinceros agradecimentos 
pelo precioso material que nos trouxeram de 
suas excursões cientificas. 


I. 

Coleção de carrapatos feita pelo Dr. MURILLO DE 
CAMPOS nos Estados de Goyaz e Matto Grosso. 
Esta coleção, a cujo respeito já publicá- 

mos uma pequena nota (Brazil Medico 1—11 
1912), compõe-se de 10 lotes de exempla- 
res secos, em geral bem conservados, cuja 
determinação e orijem-damos a seguir. 


Vorliegende Arbeit befasst sich mit dem 
Studium dreier Zeckensammlungen, welche 
aus verschiedenen Gegenden Brasiliens stam- 
men. Ich verdanke sie Dr. MURILLO DE 
CAMPOS, Arzt der telegraphischen Kommis- 
sion unter Leitung des Obersten C. RON- 
DON, und unseren Kollegen am Institute 
Drs. ARTHUR NEIVA und GOMES DE 
FARIA, denen ich hier fuer das von ihren 
Forschungsreisen mitgebrachte Material mei- 
nen verbindlichsten Dank ausspreche. 


le 
Zeckensammlung von Dr. MURILLO DE CAMPOS aus den 
Staaten Goyaz und Matto Grosso. 

Diese Sammlung, welche ich schon im 
Brazil Medico (1-11-1912) kurz besprach, um- 
fasst 10 Gruppen von meist gut konservier- 
ten, trockenen Exemplaren, ueber deren Be- 
stimmung und Herkunft ich nachstehend be- 


| richte. 


Lote 1:1 © de Amblyomma fossum Nn., 
apanhado no cão; 1 Qe 3 ninfas de Ornitho- 
dorus rostratus ARAG. Esta ultima especie, se- 
gundo nos informou o Dr. MURILLO DE 
CAMPOS, vive enterrada na areia, no chão 
das tapéras, donde sae periodicamente para 
sugar o homem, ou qualquer animal que ve- 
nha ter a esses lugares. Os habitantes das 
zonas, em que é encontrado o Ornithodorus di- 
zem que a picada dele é dolorosa e seguida 
de formação de ulceras. 

Não existem outros dados sobre o para- 
sitismo dessa especie. 


Todos os exemplares deste lote foram ca- 
pturados em Indayá, no suldo Estado de 
Goyaz em 24—6—1911. 

Lote 2: 4 gd e 2 9 de Amblyomma fossum 
Nn., apanhados no cäo, 1 © de Amblyomma 
maculatum apanhada em veado, em Utiaretey, 
no noroeste do Estado de Matto Grosso, em 
2-9-1911. 

Lote 3: 1 Y de Amblyomma conspicuum n. 
sp. e4 gel Y de Amblyomma fossum Nn. 
apanhados no cão, em Corrego Flor, no 
noroeste do Estado de Matto Grosso. 

Lote 4: 23 de Amblyomma fossum Nn. ca- 
pturados em 29—11—1911,1 Y de Amblyomma 
maculatum KOCH apanhada no cão, em Maria 
Molina, no noroeste do Estado de Matto 
Grosso. 


Lote 5: 2 Q de Amblyomma maculatum 
KOCH, 1 2 de Amblyomma oblongoguttatum 
KOCH, 1 G de Amblyomma cayennense KOCH. 
capturados em Lageadinha, no sul do Estado 
de Goyaz. 


Lote 6: 1 GS de Amblyomma fossum Nn. 
apanhado no cao, na foz do Arinos, no Esta- 
do de Matto Grosso. 

Lote 7: 1 Q de Amblyomma maculatum 
KOCH, encontrada no veado, e 3 ninfas de 
Ornithodorus rostratus ARAG., de Rio Manso no 
Estado de Matto Grosso, em 19—7—1911. 

Lote 8:1 Je 1 Y de Amblyomma cayen- 
nense FABRICIUS, apanhados no homem, em 
Ponta da Pedra, no noroeste do Estado de 
Matto Grosso. 

Lote 9: 29 de Amblyomma fossum Nn. e 
13 de Amblyomma maculatum KOCH, apanha- 


264 


Gruppe 1: 1 Q von Amblyomma fossum 
Nn., auf einem Hunde gefunden; 1 © und 
3 Nymphen von Ornithodorus rostratus ARAG. 

Nach den Angaben von Dr. MURILLO 
DE CAMPOS lebt diese Spezies im Boden 
der Huetten (tapéras), im Sande vergraben, 
den sie periodisch verlaesst, um Menschen 
oder Tiere, welche in ihre Naehe kommen, 
anzufallen. Die Einwohner solcher Gegenden, 
wo dieser Ornithodorus vorkoemmt, geben an, 
dass der Stich schmerzhaft und von Ge- 
schwuersbildung gefolgt sein soll. Ueber den 
Parasitismus dieser Art liegen sonst keine 
Angaben vor. Saemmtliche Exemplare dieser 
Gruppe wurden in Indayá, im Sueden von 
Goyaz, gesammelt. Datum: 24-6-1911. 


Gruppe 2: 4 Y und 2 Y von Amblyom- 
ma fossum Nn.; auf einen Hunde, 1 © von 
Amblyomma maculatum auf einem Hirsche in 
Utiaretey (N. W. von Matto-Grosso) gefunden, 
Datum 2-9-1911. 


Gruppe 3:13 von Amblyomma conspicuum 
n. sp. und 4 Y 19 von Amblyomma fossumNn., 
welche aufeinem Hundein Corrego Flor im 
N. W. von Matto Grosso gefunden wurden. 

Gruppe 4.: 2 Y von Amblyomma fossum 
Nn., am 29-11-1911, gesammelt; 1 2 von Ambly- 
omma maculatum KOCH, gefunden auf einen 
Hunde in Maria Molina, im N. W. von Matto 
Grosso. 

Gruppe 5: 2 Y von Amblyomma macula- 
tum KOCH, 1 2 von Amblyomma oblongo- 
guttatum KOCH, 1 d von Amblyomma cay- 
ennense KOCH, welche in Lageadinha, im 
Sueden von Goyaz, gesalmmelt wurden. 

Gruppe 6: Amblyomma fossum Nn. 1 
d, von einen Hunde; Fundort: Muendung 
des Arinos, im Staate Matto Grosso. 


Gruppe 7: 1 2 von Amblyomma macu- 
latum KOCH von einen Hirsche und 3 Nym- 
phen von Ornithodorus rostratus ARAG. ; Rio 
Manso, im Staate Matto Grosso. Datum: 
19-7-1911. 

Gruppe 8:1 Sund1 © von Amblyomma ca- 
yennense FABRICIUS, vom Menschen ;Fundort: 
Ponta da Pedraim N. W. von Matto Grosso. 

Gruppe 9.:2 2 von Amblyomma fossum 
Nn,, und 1 Y von Amblyomma maculatum 


dos em Mimoso, ao sul de Cuyabá, no Estado 
de Matto Grosso, em 9—8—1911. 

Lote 10: 8 2 de Amblyomma fossum Nn., 
23e29 Amblyomma maculatum KOCH, colhi- 
dos no cão, em Commemoração Floriano no 
noroeste do Estado de Matto Grosso. 

Damos aqui a descrição da especie nova: 


Amblyomma conspicuum ARAGÃO. 


Macho: (estampa 26). Corpo em forma 
oval alongada, medindo 8 mm. de comprimen- 
to por 4,8 mm. de largura, ao nivel do quarto 
par de patas. 

O escudo glabro cobre todaa face dorsal 
e tem o fundo castanho escuro brilhante, com 
manchas de colorido amarelado, que desenham 
anteriormente um pseudo-escudo femeo. Na 
porção da face dorsal, situada por traz desse 
pseudo-escudo, existem diversas elevações; 
sendo uma maior, linear, mediana e poste- 
rior, cercada de 10 outras menores. Na face 
dorsal de cada lado da linha mediana e 
pouco acima da elevação mediana, se vê 
uma pequena área porosa, de forma circular. 
Em todo o escudo existem numerosas pon- 
tuações, pequenas e iguais, ás vezes conflu- 
entes. Sulcos cervicais, sob a fórma de duas 
fossetas profundas, dirijidas para traz e para 
dentro. Os olhos são pequenos, amarelados 
e estão colocados na marjem do escudo, ao 
nivel do 20 par de patas. Sulco marjinal au- 
sente, apenas uma pequena depressão do 
escudo circumda anteriormente os festões. 
Estes têm o mesmo colorido que a face 
dorsal, são retangulares, pouco mais longos 
do que largos e separados por sulcos distintos. 

Uma pequena saliencia quitinosa da face 
ventral, abaixo do festão mediano, torna-o 
um pouco mais saliente, posteriormente, que 
os demais. Face ventral um pouco mais clara 
que a dorsal, brilhante e glabra. 

Orificio genital ao nivel do espaço, 
que separa os dois primeiros pares de patas. 
Sulco genital superficial e regularmente 
diverjente, atéo 4º par de patas, aonde se 
volta para fóra, indo se perder a certa distancia 
da borda do corpo. O anus está situado 
ao nivel dos peritremas. Sulco ano-marjinal 
distinto e terminando na base do festão 


265 ——— 


KOCH. Fundort: Mimoso, im Sueden von 
Cuyabá (Matto Grosso). Datum: 9-8-1911. 
Gruppe 10.: 8 2 von Amblyomma fossum 
Nn., 2 © und 2 G von Amblyomma macula- 
tum KOCH, vom Hunde. Fundort: Comme- 
moracao Floriano im N. W. von Matto Grosso. 
Ich gebe die Beschreibung neuen Art: 


Amblyomma conspicuum ARAGAO. 


Maennchen (Tafel 26): Koerper laen- 
glich-oval, von 8 mm. Laenge und 4,8 mm. 
Breite, in der Hoehe des viertem Beinpaares 
gemessen. 

Das unbehaarte Skutum bedeckt die ganze 
Rueckenseite und ist von glaenzend dunkel- 
brauner Farbe, mit gelblichen Flecken, wel- 
che vorn einen, dem weiblichen Schilde 
aehnlichen, Teil abgrenzen. Auf der Ruecken- 
seite finden sich hinter diesem falschen Schil- 
de mehrere Erhoehungen, von denen eine, 
groessere und hintere, median und rueck- 
waerts gelegen und von 10 kleineren umge- 
ben ist. Zu beiden Seiten der Medianlinie 
und etwas oberhalb der medianen Erhebung 
sieht man dorsal eine kleine, runde area po- 
rosa. Zerstreut findem sich zahlreiche, kleine 
und gleichmaessige, zuweilen konfluierende 
Punktierungen. Die Zervikalfurchen, in Form 
zweier kleinen, tiefer Einsenkungen, sind nach 
hinten und innen gerichtet. Die kleinen, gel- 
blichen Augen sitzen am Rande des Schildes, 
auf der Hoehe des 2. Beinpaares. Eine Rand- 
furche fehlt, doch findet sich eine kleine 
Einsenkung des Schildes vor den Randlaep- 
pchen. Diese zeigen dasselbe Kolorit, wie 
der Rest des Rueckens, sind rechteckig, etwas 
laenger, als breit, und durch deutliche 
Furchen getrennt. 

Eine kleine chitinoese Erhoehung an der 
Bauchseite unterhalb des medianen Randla- 
chens laesst dieser nach hinten zu etwas ueber 
die anderen vorspringen. Die Bauchseite ist 
etwas heller, als die Rueckenseite, glatt und 
glaenzend. 

Geschlechtsoeffnung auf der Hoehe des 
Raumes zwischen dem 1. und 2. Beinpaar. 
Die seichte Genitalfurche divergiert regelma- 
essig bis zum vierten Beinpaar; hier wendet sie 
aussen und verstreicht in einiger Entfernung 


——— 2006 === 


mediano. Os peritremas estão situados atraz 
um pouco fóra do 40 par de patas; têm a 
forma duma virgula estreita, de fundo branco 
acinzentado. O rostro é longo, tem o colorido 
castanho escuro, mede 1,22 mm. de comprimen- 
to dos quais 0,42 para a base, que é retangular, 
mede 0,9 de largura e tem os angulos pos- 
teriores um pouco salientes. Os palpos medem 
0,8 de comprimento; o 1° articulo é muito 
curio, o 2º é cerca de 11/2 vezes maior que o 
terceiro. Hipostomio espatulado, com 3 filas 
de 7a 8 dentes de cada lado. 

Patas longas e fortes, de cor castanha 
brilhante, salvo junto ás articulações, em que 
as porções distais são cercadas por um anel 
amarelo. Quadril do 1º par armado de duas 
pontas curtas, mal atinjindo a externa, que é 
mais forte, o articulo seguinte; uma ponta es- 
pessa e curta no 20e 3º quadris e umespinho 
curto, tão longo quanto largo, no 4º. Tarsos 
um pouco bruscamente atenuados na extreini- 
dade, providos em todos os pares, salvo nos 
do 1º de pequena ponta e de 2 espinhos con- 
secutivos na face ventral. Caruncula pequena, 
atinjindo a cerca de 1/3 do comprimento da 
unha. 

Femea desconhecida. 


Descrição de 1 od bem conservado, apa- 
nhado pelo Dr. MURILLO DE CAMPOS no 
cão, em Corrego Flor, no noroeste do Estado 
de Matto Grosso, e de 3 G, sem pernas, vin- 
dos do rio Xingú, no Estado do Amazonas, 
e remetidos ao Instituto pelo Dr. ABEN- 
ATHAR. 


Il. 


Coleção de carrapatos feita pelo Dr. ARTHUR NEIVA 
nos Estados da Bahia, 
Pernambuco, Piauhy e Goyaz 


Compreende esta coleção 25 lotes de 
numerosos exemplares secos ou conservados 
em alcool, cuja determinação e orijem são 
as seguintes: 

Lote 1: 82 d, 9 Pe 9 ninfas de 4m- 
blyomma cayennense FABR.; 1 Y de Amblyomma 
parvum ARAG., colhidos sobre capivara (Hy- 
drochoerus capibara) em Parnaguá, Estado do 
Piauhy a 23-6-1912 (exemplares conservados 
em alccol). 


vom Rande. Der Anus liegt auf der Hoehe 
der Peritremen. Die anomarginale Furche ist 
dentlica und endet an der Basis des medi- 
anen Laeppchens. Die Peritremen, von der 
Form eines schmalen Kommas, liegen etwas 
nach aussen vom 4. Beinpaar und haben eine 
grauweisse Farbe. Der Ruessel ist lang und 
dunkelbraun; die Laenge betraegt 1,22, von 
denen 0,42 auf die Basis kommen. Letztere 
ist rechteckig, 0,9 mm. breit, mit etwas vor- 
springenden hinteren Ecken. Die Palpen sind 
0,8 mm. lang; das erste Glied ist sehr kurz, 
das zweite ungefaehr anderthalbmal so gross, 
als das dritte. Hypostom spatelfoermig, je- 
derseits mit 3 Reihen von 7-8 Zaehnchen. 

Beine lang und kraeftig, von glanzend 
brauner Farbe; nur an den Gelenken zeigt der 
distale Teil einen gelben Ring. Coxae des 1. 
Beinpaares mit 2 kurzen Spitzen, von denen 
die aeussere zugleich die staerkere ist, aber 
kaum das naechste Glied erreicht; an 
der 2ten. und 3ten. Hueite eine kurze und 
plumpe Spitze und ein kurzer, ebenso langer, 
wie breiter Dorn an der 4ten. Huefte. Tarsen 
am Ende ziemlich ploetzlich verschmaelert, 
und, mit Ausnahme des ersten Paares, ueber- 
ali mit einer kleinen Spitze und 2 hinterei- 
nander stehenden ventreden Dornen. Die 
kleine Haftscheibe erreicht etwa ein Drittel 
der Krallenlaenge. 

Weibchen unbekannt. 

Beschreibung nach einem gut erhaltenen 
Maennchen, welches Dr. MURILLO DE 
CAMPOS auf einen Hunde in Corrego Flor, 
im N. W. von Matto Grosso, fand, und 3 G 
(denen die Beine fehlten) aus dem Gebiete des 
Xingúflusses im Staate Amazonas, welche 
das Institut von Dr. ABEN-ATHAR erhielt. 


Zeckensammlung von Dr. ARTHUR NEIVA aus den 
Staaten Bahia, 
Pernambuco, Piauhy und Goyaz. 


Diese Sammlung enthaelt 25 Gruppen 
von zahlreichen trockenen oder in Alkohol 
konservierten Exemplaren, deren Fundort und 
Bestimmung hier folgt: 

Gruppe 1: 82 G, 9 © und 9 Nymphen 
von Amblyomma cayennense FABR., 1 Y von 


— 267 — 


Lote 2 : 12 Y e192 de Amblyomma concolor 
Nn. apanhados sobre tatú bola Dasypus conurus 
em Parnaguá, Estado doPiauhy a9—5—1912 
(exemplares conservados em alcool). 

Lote 3: 5 J e3 © de Amblyomma con- 
color Nn. apanhados sobre tatú bola (Dasvpus 
conurus) em Duro, Estado de Goyaz, em Julho 
de 1912 (Exemplares secos). 

Lote 4: 1 6, 1 Y de Amblyomma longi- 
rostre KOCH e 1 © de Amblyomma cayennense, 
apanhados sobre porco espinho Cercolabes vi- 
llosus)no Estadode Goyaz (Exemplares secos). 

Lotes: Jd, 22 e 1 nino de Am: 
blyomma concolor Nn. e 1 © de Amblyomma cay- 
ennense FABR. apanhados sobre tatú peba (Da- 
sypus setosus) no Estado de Goyaz. 


Lote 6: 2ninfas de Amblyomma cayennen- 
se FABR. colhidas sobre cão no Estado de 
Goyaz (Exemplares secos). 

Lote 7:1 © de Amblyomma fossum Nn., 
19 de Margaropus microplus CANN. e 1 ninfa de 
Amblyomma cayennese FABR. (Exemplares secos). 

Lote 8: 193, 52Z e 1 ninfa de Am- 
blyomma cayennense FABR., 1 P de Amblyomma 
parvum ARAG., colhidos sobre anta (Tapirus 
americanus) em S. José, no Estado de Goyaz 
em Agosto de 1912 (Exemplares secos). 

Lote 9 :1G,12e1 ninfa de Amblyomma 
concolor Nn. colhidos sobre cangambá (Mephitis 
suffocans) em Caracol, no Estado do Piauhy, 
(exemplares conservados em alcool). 


Lote 10: 37 3, 73 Y e 4 ninfas de Am- 
blyomma cayennense FABR. 1 ge 99 de Mar- 
garopus microplus CANN., apanhados sobre ca- 
valo em Parnaguá, no Estado do Piauhy, 
29-6-1912 (Exemplares conservados em alcool). 

Lote 11: 10 9 de Margaropus microplus 
CANN., apanhadas sobre veado mateiro em 
Duro, no Estado de Goyaz (exmplares secos). 

Lote 12: 6 Q de Margaropusmicroplus 
CANN., apanhadas sobre veado em Duro, 
Estado do Goyaz em Julho de 1912 (exem- 
plares secos). 


Lote 13:49 e 1 ninfa de Amblyomma con- 
color Nn., apanhados sobre tatú bola (Dasypus 
conurus) em Parnaguá, Estado do Piauhy a 8 
de Junho de 1912 (exemplares conservados em 
alcool). 


Amblyomma parvum ARAG., 23-6-1912 auf 
Hydrochoerus capibara in Parnaguá, im 
Staate Piauhy, gesammelt. Alkoholkonser- 
vierung. 


Gruppe 2.: 12 S und 1 2 von Ambly- 
omma concolor Nn., von Dasypus conurus; 
Fundort: Parnaguá im Staate Piauhy; Da- 
tum: 9-5-1912. Alkoholkonservierung. 

Gruppe 3. : 5d und3 © von Amblyomma 
concolor Nhn., im Juli 1912 in Duro, in Goyaz, 
auf Dasypus conurus; gesammelt. Trockene 
Exemplare. 

Gruppe 4.: 1 3,1 9 von Amblyomma 
longirostre KOCH und 1 2 von Amblyomma 
cayennense, im Staate Goyaz auf Cercolabes 
villosus gefunden. Trockene Exemplare. 

Gruppe 5:3 Y , 2 9 und 1 Nymphe 
von Amblyomma concolor Nn. und 1 9 von 
Amblyomma cayennense FABR. in Goyaz 
aut Dasypus setosus gefunden. 

Gruppe 6: 2 Nymphen von Amblyomma 
cayennense FABR., in Goyaz, auf einem 
Hunde gefunden. Trockene Exemplare. 

Gruppe 7.:1 9 von Amblyomma fossum 
Nn.; 1 2 von Margaropus microplus CANN. 
und 1 Nymphe von Amblyomma cayennense 
FABR. Trockene Exemblare. 

Gruppe 8. : 19 9,529 und 1 Nymphe 
von Amblyomma cayennse FABR., 1 © von 
Amblyomma parvum ARAG. auf Tapirus 
americanus gesammelt. Fundort: S. José im 
Staate Goyaz; Datum: August 1912. Trockene 
Exemplare. 

Gruppe 9.: 1 SJ, 1 9 und 1 Nymphe von 
Amblyomma concolor Nn. auf Mephitis suf- 
focans. Herkunft: Caracolin Piauhy. Alkohol- 
konservierung. . 

Gruppe 10. : 37 SJ, 73 9 und 4 Nymphen 
von Amblyomma cayennense FABR.; 1 Y und 
9 © von Margaropus microplus CANN., voa 
einem Pferde. Fundort: Parnaguá im Staate 
Piauhy. Datum 29 -6- 1912. Alkoholkonser- 
vierung. 

Gruppe 11:10 © von Margaropus mi- 
croplus CANN. von einem Hirsche, aus Duro 
in Goyaz. Trockene Exemplare. 

Gruppe 12.: 69 von Margaropus microplus 
CANN., von einem Hirsche aus Duro in 
Goyaz. Datum: Juli 1912. Trockene Exemplare. 


Lote 14: 10ninfas e 2 larvas de Ambly- 
onma cayennense FABR., apanhadas sobre Gu- 
ariba (Mycetes sp? ) em Antigo, no Estado do Pi- 
auhy 3 de Julho de 1912 (Exemplares secos). 

Lote 15: 8 © de Murgaropus microplus 
CANN. apanhadas sobre veado no Estado 
ds, Piauhy a 21 —-6— 1912 (exemplares conser- 
vados em alcool). 

Lote 16:8 © de Margaropus microplus 
CANN. e 2 ninfas de Amblyomma cayennense 
FABR. apanhadas sobre boi em Parnaguá, no 
Estado do Piauhy a 3—6—1912. (exemplares 
conservados em alcool.) 

Lote 17 : 21 9,55 ninfas e 9 larvas de 
Amblyomma cayennense FABR., 19 de Margaropus 
microplus CANN. apanhada sobre cavalo em 
Parnaguá, Estado do Piauhy. (Exemplares con- 
servados em alcool). 

Lote 18:14 © de Margaropus microplus 
CANN. trazidas de Formoza no Estado da Ba- 
hia (exemplares secos). 

Lote 19 : 37 exemplares de Ornithodorus 
talaje GUERIN - MÉNEVILLE, apanhados em 
tocas de mocó (Kerodon rupestris) no Estado 
do Piauhy (exemplares conservados em alcool). 

Lote 20:5 de 18 © de Amblyomma cay- 
ennense FABR., apanhados sobre cavalo, em 
Parnaguá no Estado do Piauhy (exemplares 
conservados em alcool). 


Lote 21:17 3,49 9 larvasde Amblyomma 
concolor Nn., colhidos sobre tatúpeba (Dasypus 
selosus) em Tigre, no Estado de Pernambuco 
(exemplares conservados em alcool). 

Lote 22:5 G,5 Qe 1 larvade Amblyomma 
concolor Nn. apanhadas sobre tatú bola (Dasypus 
conurus), em Onça, no Estado do Piauhy (e- 
xemplares conservados em alcool). 

Lote 23: 12 de 2 ninfas de Margaropus 
microplus CANN., 5 ninfas de Amblyomma cay- 
ennense FABR., apanhados sobre veado, sem 
indicação de localidade (exemplares secos). 

Lote 24: 5 Ninfas de Amblyomma cayennense 
FABR. apanhadas sobre rato Punaré, no Esta- 
do do Piauhy em 22 de Junho de 1912 (exem- 
plares conservados em alcool). 

Lote 25:3 9, 1 Ge 10 ninfas de Am- 
blyomma cayennense FABR., 10 3,5 9 e 1 nini” 
de Margaropus microplus CANN., colhidos sobre 


| 


DS = 


Gruppe 13. : 4 G und 1 Nymphe von 
Amblyomma concolor Nn. von Dasypus conu- 
rus. Fundort: Parnaguá im Piauhy. Datum: 
8—6—1912. Alkoholkonservierung. 


Gruppe 14.: 10 Nymphen und 2 Larven 
von Amblyomma cayennense FABR. von einem 
Bruellafien (Mycetes sp.?) Fundort Antigo in Pi- 
auhy. Datum: 3-7-1912. Trocken e Exemplare. 

Gruppe 15.: 8 9 von Margaropus micro- 
plus CANN. von einen Hirsche aus dem 
Staate Piauhy. Datum: 21-6-1912. Alkohol- 
konservierung. 


Gruppe 16: 8 Q von Margaropus mi- 
croplus CANN. und 2 Nymphen von Am- 
blyomma cayennense FABR.von einem Ochsen. 
Fundorte Parnagua in Piauhy. Datum: 30-6- 
1912. Alkoholkonservierung. 

Gruppe 17: 21 9, 55 Nymphen und 9 
Larven von Amblyomma cayennense FABR» 
1 © von Margaropus microplus CANN. von 
einen Pferde aus Parnagua im Piauhy. Al- 
koholkonservierung. 

Gruppe18: 14 Y von Margaropus micro- 
plus CANN. aus Formosa in Bahia. Trockene 
Exemplare. 

Gruppe 19.: 37 Exemplare von Ornitho- 
dorus talaje GUERIN-MENEVILLE, welche im 
Bau von Mocós (Kerodon rupestris) in Piauhy 
gefunden wurden; Alkoholkonservierung. 


Gruppe 20.: 5 Y und 189 von Ambly- 
omma cayennense FABR. von einen Pferde aus 
Parnaguá im Piauhy; Alkoholkonservierung. 

Gruppe 21:17 9, 49 une9 Larven von 
Amblyomma concolor’ Nn. auf Tatúpeba 
(Dasypus setosus) von Tigre, im Staate Per- 
nambuco ; Alkoholkonservierung. 


Gruppe 22.: 5 3,5 © und 1 Larvevon 
Amblyomma concolor Nn., von einem Tatú- 
bola» (Dasypus conurus). Fundort: Onça im 
Piauhy ; Alkoholkonservierung. 

Gruppe 23: 12 Y und 2 Nymphen von 
Margaropus microplus CANN., 5 Nymphen von 
Amblyomma cayennense FABR. von einen 
Hirsche, ohne Angabe des Ortes. Trockene 
Exemplare. 

Gruppe 24.: 5 Nymphen von Amblyom- 
ma cayennense FABR. von einer einheimis- 
chen Rattenart, vulgo Punaré; Datum: 22 - 


cavalo em Formoza, no Estado da Bahia, em 
Julho de 1912 (exemplares conservados em 
alcool). 


Coleção de carrapatos, feita pelo Dr. GOMES DE FARIA 
nos Estados do Ceará e Piauhy. 


. Encerra esta coleção 12 lotes. A determinação 
e orijem deles são as seguintes: 

Lote 1: 8 © e muitosovos de Margaropus 
microblus CANN. 
10—9— 1912. 

Lote 2: Numerosos exemplares secos de 


(conservados em alcool) 


Argas persicus, apanhados em um galinheiro em 
Agua Doce (Estado de Ceará) 24—-5-— 1912. 

Lote 3: Diversos exemplares de Orni- 
thodorus talaie GUÉRIN — MÉNEVILLE, apa- 
nhados em ninho de Mocó (alcool). 

Lotes 4 a 7: Numerosos exemplares do 
Margaropus microplus com gd, P P e ninfas apa- 
nhados sobre boi e cavalo em Ipú e S. Pedro 
no Estado do Ceará (alcool). 

Lote 8: 5 Ninfas de Amblyomma cayennense 
FABR., apanhadas sobre cão em Therezina 
alcool; 15—7—1912. 

Lote 9: Diversos od, 2 © e ninfas de 
Margaropus microplus CANN., apanhados sobre 
veado no Estado de Piauhy. 

Lote 10: Numerosas larvas de Ornithodorus 
talaje GUÉRIN — MÉNEVILLE retiradas das 
palpebras dos mocós em Floriano, no Estado 
de Piauhy (alcool). 

Lote 11 : Diversas femeas e ninfas de 
Margaropus microplus CANN., apanhadas sobre 
carneiro em Floriano (alcool). 

Pote 12; 
na maioria vivos, de Árgas persicus, apanhados 


Numerosissimos exemplares, 


em galinheiros em Lagoa Grande e S. Pedro 
na cidade de Sobral. 


Manguinhos, Março de 1913. 


269 


6— 1912; 
vierung. 

Gruppe 25: 3 9,1 dSund 10 Nymphen 
von Amblyomma cayennense FABR., 10 3, 5 
2 und 1 Nymphe von Margaropus  micro- 
pius CANN. von einen Pferde aus Formoza, 
in Bahia; Datum: Juli 1912; Alkoholkonser- 
vierung. 


Fundort: Piauhy. Alkoholkonser- 


Zeckensammlung von Dr. GOMES DE FARIA aus den 
Staaten Ceara und Piauhy. 

Diese Sammlung enthaelt 12 Gruppen, 
deren Fundort und Bestimmung hier folgt: 

Gruppe 1: 8 9 undviele Eier von Mar- 
garopus microplus CANN., Datum 10-9-1912. 
Alkoholkonservierung. 

Gruppe 2: Zahlreiche trockene Exem- 
plare von Argas persicus aus einem Hueh- 
nerhof in Agua Doce (Staat Ceará): Datum: 
24-5-1912. 

Gruppe 3: Mehrere Exemplare von 
Ornithodorus talaje GUERIN-MENEVILLE 
aus dem Lager eines Mocó; Alkoholkonser- 
vierung. 

Gruppe 4-7: Zahlreiche Exemplare von 
Margaropus microplus CANN., dd, PP und 
Nymphen von Ochsen und Pferden aus Ipú 
und S. Pedroim Staate Ceara. Alkohol. 


Gruppe 8: 5 Nymphen von Amblyom 
ma cayennense FABR. von einem Hunde aus 
Therezina (Alkohol), Datum: 15-7-1912. 

Gruppe 9: Meherere dd, PSP una 
Nymphen von Margaropus microplus CANN. 
von einem Hirsche aus Piauhy. 

Gruppe 10: Zahlreiche Larven von Or- 
nithodorus talaje GUERIN-MENEVILLE, 
welche den Augenlidern von Mocés 
in Floriano, Piauhy, entnommen wurden. 
Alkohol. 

Gruppe 11: Mehrere Weibchen und Nym- 
phen von Margaropus microplus CANN. von ei- 
nen Schafe aus Floriano (Alkohol). 

Gruppe 12: Zahlreiche, groesstenteils 
lebende Exemplare von Argas persicus aus 
Huehnerhoefen bei Sobral, Ceará, (Lagoa 
Grande und S. Pedro.) 


Manguinhos, Maerz 1913. 


210 


Explicação da estampa 26. Erklaerung der Tafel 26. 
Fig. 1 — Amblyomma conspicuum a. Fig. 1 — Amblyomma conspicuum n. sp. 3 
sp. d. Face dorsal. Rueckenseite. 
Fig. 2 — Idem. Face ventral. Fig. 2 — Idem. Bauchseite. 


MEMORIAS DO INSTITUTO OSWALDO CRUZ 
Tomo Y -1913 ——— : ESTAMPA 26 


RUD FISCHER, del. 


Sobre as especies brazileiras da subfamilia Heterakinae Railliet & Henry. 


Dr. 


pelo 


Lauro Travassos. 


(Com as estampas 27 a 31). 


Uber die brasilianischen Arten der Subfamilie Heterakinae Railliet & Henry. 


von 


Dr. Lauro Travassos. 
(Mit Tafeln 27-31). 


Subfamilia HETERAKINAE RAILLIET & 
HENRY, 1912. 


Em 1912, RAILLIET & HENRY, criaram 
a subfamilia Fleterakinae para os Ascaridae 
providos de uma ventosa preanal, e nela in- 
cluiram os seguintes generos: Aspidodera 
RAILLIET & HENRY, 1912; Heterakis DU- 
JARDIN, 1845; Ascaridia DUJARDIN, 1845; 
Subulura MOLIN, 1860 e Cissophyllus RAIL- 
LIET & HENRY, 1912. 


Estes autores estabeleceram a seguinte 
chave para determinação dos diversos ge- 
neros: 


1. Espiculas sem peça acessoria; ventosa 
preanal com rebordo quitinoso . . 2 

Espiculas acompanhadas de pega aces- 

soria; ventosa sem rebordo quiti- 
A ence ia On sine ie 


2. Labios sem apendice: macho com azas 
caudais. . PEAR, de ea À 
Labios com apendices posteriores : ma- 
chos sem azas caudais LARGE 
Aspidodera 
3. Bulbo esofajiano; azas caudais bem 
deséavoluidas sas e volante 
Heterakis 


Subfamilie HETERAKINAE RAILLIET & 
HENRY 1912. 


Fuer die Ascaridae mit praeanalem Saug- 
napf errichteten RAILLIET & HENRY im 
Jahre 1912 die Subfamilie Heterakinae und 
stellten dahin folgende Genera: Aspidodera 
RAILLIET & HENRI, 1912; Heterakis DU- 
JARDIN, 1845; Ascaridia DUJARDIN, 1845; 
Subulura MOLIN, 1860 e Cissophyllus RAIL- 
LIET & HENRY, 1912. Zur Bestimmung der 
verschiedenen Gattungen gaben sie folgenden 
Schluessel : 

1. Spicula ohne akzessorisches Stueck; praea- 
naler Saugnapf mit chitinoesem Rand- 


24 A eM am A NES AT 21 2 
Spicula mit akzessorischen Stueck; prae- 

analen Saugnapf ohne chitinoesen 

RRANGSA A oo ay aero eee 4 


2. Lippen ohne Anhaengsel; Maennchen 
mit gefluegeltem Schwanzende . .. 3 

Lippen nach hinten mit Anhaengseln; 

Schwanzende des Maennchens nicht 


SCM ERENT a Ma ria aos, EA es na a AS 

Aspidodera 

3. Oesophagus mit Bulbus; caudale Flue- 

gel out ventwitkele. ae) ta 
Heterakis 


alae PEE 3 PA 


Sem bulbo esofajiano; azas caudais pe- 
EMOS AN eis Si EA 

Ascaridia 

4. Com bulbo esofajiano . . . "08 
Sem bulbo esofajiano; boca dre 


Dacnitis 
5. Boca hexagonal ou elitica sem lami- 
LES A PC E ee AE E 
Subulura 
Boca com 3 dentes dorsais, laminas la- 
TE TE US MEN NA 
Cissophyllus 
Os generos Dacnitis e Cissophyllus, têm 
conformação bucal muito diversa da do ge- 
nero Heferakis tipo da subfamilia; por isso, 
somos de opinião que estes dois generos não 
devem fazer parte dos Heterakinae. 


Os Heterakinae têm organisação muito 
semelhante á das Ascarinae. 

O corpo é revestido exteriormente pela 
cuticula, mais ou menos espessa, quitinosa e 
disposta em diversas camadas. A camada ex- 
terna apresenta estriações transversais, que 
em algumas especies são muito aparentes. 

Segue-se depois, a camada subcuticular 
que forma os campos laterais e as linhas me- 
dianas. 

Abaixo da camada subcuticular, encontra- 
se o envolucro musculo-cutaneo que é do 
tipo polimiario; o sistema nervoso, é repre- 
sentado por um colar esofajiano, donde par- 
tem filetes lonjitudinais; os organs sensitivos 
são representados pelas papilas que no ma- 
cho, têm disposição carateristica para cada es- 
pecie. 

O tubo dijestivo é quasi retilineo, come- 
ça na boca que é triangular e guarnecida de 3 
labios. Segue-se o esofago, orgam musculoso 
dilatado na parte posterior, onde pode existir 
um bulbo mais ou menos esferico ou pirifor- 
me, de dimensões variaveis. Ha algumas ve- 
zes na parte anterior do esofago, um vesti- 
bulo que pode ser provido de dentes; o eso- 
fago funciona como orgam de sucção. 

Em seguida, vem o intestino, formado 
por celulas cilindricas revestidas interiormen- 
te de cuticula, sem musculos proprios na 


Oesophagus ohne Bulbus; caudale Flue- 
gel Te. 2 Le OUR O ae o 


4. Oesophagus mit Bulbus 
Oesophagus ohne Bulbus; Mund 
O O 

Dacnitis 

5. Mund hexagonal oder elliptisch, ohne 

Seitentamellenis INT 

Subulura 

Mund mit drei dorsalen Zaehnen 
und Seitenlamellen . :... : a 3c 

Cissophyllus 

Die Mundbildung bei Dacnitis und Cis- 
sophyllas weicht von derjenigen der—fuer die 
Subfamilie typischen—Gattung Heterakis, be- 
deutend ab, weshalb, nach meiner Ansicht, 
erstere Gattungen nicht zu den Heterakinae 
gerechnet werden sollten. 

Die Organisation der Heterakinae steht 
derjenigen der Ascarinae sehr nahe. 

Der Koerper ist aussen von einer chiti- 
noesen Cuticula bekleidet, welche eine wech- 
selnde Dicke und verschiedene Lagen auf- 
weist. Die aeusserste derselben ist geringelt, 
bei einigen Arten sehr deutlich. 

Es folgt darunter eine Subcuticularschicht, 
welche die Seitenfelder und Medianlinien 
bildet. 

Unier der Subcuticularschicht stoesst man 
auf den Hautmuskelschlauch, welcher den 
Typus der Polymyarier zeigt; das Nerven- 
system besteht aus einem Oesophagealring, 
von welchem Laengsnerven ausgehen; die 
Sinnesorgane sind durch Papillen vertreten, 
welche beim Maennchen eine, fuer die ein- 
zelnen Arten charakteristische, Anordnung 
zeigen. 

Der Darmkanal ist fast gerade und be- 
ginnt mit dem dreieckigen und dreilippigen 
Munde. Auf diesen folgt der Oesophagus, 
ein muskuloeses und in seinem hinteren Tei- 
le erweitertes Organ, an welchem sich ein 
rundlicher oder birnfoermiger Bulbus von 
wechselnder Groesse vorfinden kann. Im vor- 
deren Teile des Oesophagus findet sich manch- 
mal ein Vestibulum, welches Zaehne enthalten 
kann. Der Oesophagus hat die Funktion. 
eines Saugorganes. 

Es folgt hierauf der Darm mit zylindri- 
schen, innen von einer Cuticula bedeckten 
Zellen, aber ohne eigene Muskeln; in seinem 


A O. ——— 


qual existe, em algumas especies, uma dila- 
tação vesiculosa na parte anterior. 


Em continuação ao intestino encontra-se 
o reto, separado deste por estrangulamen- 
to musculoso, o qual se abre para o exte- 
rior, juntamente com os organs genitais ma- 
chos, pelo póro anal que se acha situado per- 
to da extremidade posterior. 


Não ha aparelho circulatorio; o liquido 
nutridor se acha na cavidade geral e circula 
a custa dos movimentos do animal. 


4 


O aparelho excretor, é representado por 
canais que correm pelos campos laterais e se 
abrem no exterior, pelo póro excretor que 
se acha situado, mais ou menos, ao nivel da 
parte posterior do esofago. 


Os organs genitais machos constam dum 
tubo muito longo e disposto em muitas voltas, 
que ocupa grande porção da parte central 
do corpo. Divide-se em diversas partes: a 
primeira, mais delgada representa o testículo 
e se acha repleta de celulas formadoras de 
espermatozoides; a segunda representa o ca- 
nal deferente; a terceira é a vesicula seminal 
e serve de deposito de esperma. 


Da vesícula seminal, parte o canal eja- 
culador que se abre juntamente com o in- 
testino, na parte posterior do corpo; os es- 
permatozoides são corpusculos arredondados 
sem prolongamento caudal e que se deslo- 
cam por movimentos ameboides. 


Os organs copuladores, são representa- 
dos pelas espículas que são organs quitino- 
sos em numero de dois, de forma alongada 
e curvados em arco. As espiculas ou são lon- 
gas e delgadas, ou curtas e fortes e podem 
ser acompanhadas de outro orgam quitinoso 
de dimensões inferiores, a peça acessoria. 
Podem sei retraidas para dentro da bainha 
propria que se acha situada junto do canal 
ejaculador. 

O aparelho genital femco, consta de dois 
tubos muito longos diferenciados em tres 
partes : a primeira parte representa o ova- 
rio, a segunda o oviduto e, a terceira, de 
maior diametro é o utero, onde se encontra 
o receptaculo seminal de LEUCKART. 


vorderen Teile zeigt er bei einigen Arten eine 
blasige Erweiterung. 


Am Ende des Darmes und von diesem 
durch eine muskuloese Einschnuerung ge- 
trennt, sieht man das Rektum, welches beim 
Maennchen, zusammen mit den Geschlechts- 
organen, durch den, nahe am Hinterende 
gelegenen, Analporus nach Aussen muen- 
det. 


Ein Gefaesssystem ist nicht vorhanden; 
die Ernaehrungsfluessigkeit findet sich in der 
Leibeshoehle und zirkuliert nur in Folge der 
Bewegungen des Tieres. 

Der Exkretionsapparat besteht aus Ge- 
faessen, welche in den Seitenfeldern verlau- 
fen und durch den, ungefaehr auí der Hoehe 
des Endteiles des Oesophagus gelegenen, 
Porus excretorius nach aussen muenden. 


Die maennlichen Geschlechtsorgane be- 
stehen aus einer sehr langen und stark gewun- 
denen Roehre, welche den mittleren Teil des 
Koerpers zum grossen Teile ausfuellt und 
in drei Abschnitte zerfaellt. Der ersie laenge- 
re entspricht dem Hoden und ist voll von 
Spermatoblasten; der zweite stellt das Vas 
deferens dar, waehrend der letzte eine Vesi- 
cula seminalis bildet und zur Aufspcicherung 
des Spermas dient. 

Vom letzten Abschnitte geht der Ductus 
ejaculatorius aus, der zugleich mit dem Dar- 
me, am Hinterende des Koerpers muendet. 
Die Spermatozoen sind rundliche Koerper 
ohne Schwanziaden, welche amoeboide Be- 
wegungen zeigen. 


Die Kopulationsorgane bilden zwei laeng- 
liche und bogenfoermig gekruemmte, chiti- 
noese Spikula. Sie sind bald lang und duenn, 
bald kurz und dick; manchmal findet sich 
neben ihnenein drittes kleinerer Chitinorgan, 
das akzessorische Stueck. Die Spikula koen- 
nen in eine, neben dem Ductus ejaculatorius 
gelegene, Scheide zurueckgezogen werden. , 

Die weiblichen Organe bestehen aus 
zwei sehr langen, in drei Abschnitte geteilten 
Roehren, von denen die erste das Ovarium, 
die zweite den Eileiter und die dritte, groes- 
sere, den Uterus mit dem LEUCKARTschen 
Receptaculum seminis darstellt. 


EAN 7 ARTE 


Os dois uteros se reunem para formar 
a vajina que se abre no exterior pelo póro 
genital, situado na parte central do corpo. 

Os ovos, em corte otico são eliticos, mais 
ou menos alongados, de casca pouco espessa, 
não apresentando desenvolvimento no mo- 
mento da postura. 


Em poucas especies de Heterakinae pro- 
curou-se estudar a biolojia. Estas tentativas 
referem-se principalmente ao Heterakis vesicu- 
laris e a Ascaridia perpicilla. Do primeiro 
LEUCKART verificou a transmissão direta, 
observação esta que RAILLIET confirmou. 


Quanto á segunda especie, as experi- 
encias de transmissão que RAILLIET fez não 
deram resultado; comtudo observou a for- 
mação da larva dentro do ovo, a qual se 
conservava viva durante muitos mezes. 


Nós tentámos verificar a evolução da 4s- 
caridia lineata, porém, até agora, apenas pu- 
demos verificar a formação de larva que se 
observa no fim de 10 a 15 dias. No primeiro 
mez, observaram-se larvas que sahiram da 
casca e conservavam-se immoveis nas culturas 
humidas, adicionando-se, porém, um pouco 
d'agua tornavam-se bastante moveis. 


Genero Heterakis DUJARDIN, 1845. 


( éregos, diferente, azéc, espicula ) 
Sin. Ascaris L. 1759, pro parte. 


O genero Heterakis foi criado em 1845 
por DUJARDIN, que tomou por tipo o 
Ascaris vesicularis FROELICH. 


DUJARDIN incluiu no novo genero 
mais tres especies : A. dispar SCHRANK, A. 
acuminata SCHRANK e Fusaria brevicauda- 
ta ZEDER; destas porém, só a primeira deve 
permanecer no genero, como já havia previsto 
o proprio DUJARDIN. 

Mais tarde este genero, foi enriquecido 
por MOLIN, SCHNEIDER, DRASCHE, 
LINSTOW e outros. Passaram tambem para 
o genero Heterakis muitas especies que RU- 
DOLPHI havia incluido no genero Ascaris 
L.. DIESING, a principio, não o aceitou (Sys- 
tema helminthum), mais tarde, porém, veiu a 
adoptal-o ( Revision der Nematoden). 


Die beiden Uteri vereinigen sich zur Bil- 
dung einer Vagina, welche durch den Porus 
genitalis im mittleren Teile des Koerpers 
ausmuendet. 

Die Eier sind im optischen Durch- 
schnitt elliptisch, von kuerzerer oder laengerer 
Eiform und haben eine duenne Schale; vor der 
Ablage zeigen sie keine Entwicklung. 

Die Biologie ist nur bei wenigen Hete- 
rakisarten studiert worden; die Untersuchun- 
gen bezogen sich besonders auf Fleterakis 
vesicularis und Ascaridia perspicilla. Bei erste- 
rer wies LEUCKART eine direkte Uebertra- 
gung nach, was spaeter von RAILLIET be- 
staetigt wurde. Bei der zweiten An haben die 
Uebertragungsversuche von RAILLIET kei- 
nen Erfolg gehabt; doch beobachtete er in 
den Eiern die Entwicklung einer Larve, wel- 
che mehrere Monate am Leben blieb. 

Ich versuchte die Entwicklung der Asca- 
ris lineata festzustellen, konnte aber bisher 
nur die Bildung eines Embryos beobachten, 
welche 10--15 Tage in Anspruch nimmt. 
Waehrend des erten Monates sieht man Em- 
bryonen, welche die Schale verlassen und in den 
feuchten Kulturen anscheinend leblos verhar- 
ren; fuegt man aber etwas Wasser hinzu, so 
werden sie ziemlich beweglich. 


Das Genus HETERAKIS DUJARDIN, 1845. 


( étegos, verschieden, äyés Spiculum. ) 
Syn. Ascaris L. 1759, pro parte. 

Das Genus Heterakis wurde 1845 von 
DUJARDIN aufgestellt und zwar mit Asca- 
ris vesicularis FROELICH als Typus. Zu 
demselben Genus rechnete er noch drei Ar- 
ten, naemlich A. dispar SCHRANK, A. acumi- 
nata SCHRANK und Fusaria brevicaudata 
ZEDER; doch kann von denselben nur die erste 
in der Gattung verbleiben, wie diess auch 
DUJARDIN seibst erkannte. 

Die Gattung wurde spaeter von MOLIN, 
SCHNEIDER, DRASCHE, V. LINSTOW 
und anderen weiter bereichert. Auch kamen 
spaeter viele RUDOLPHische Arten hinzu, 
welche er zu Ascaris L. gestellt hatte. DIE- 
SING nahm zuerst im Systema helmintium die 
Gattung Heterakis nicht an, wohl aber spae- 
ter in der Revision der Nematoden. 


meme 215 —— 


Muitas especies que foram consideradas 
por SCHNEIDER, STOSSICH e outros co- 
mo fazendo parte do genero Heterakis, devem, 
segundo o criterio dos autores modernos, 
ser incluidas em outros. 


Os Heterakis apresentam a boca provida 
de 3 labios, 6 papilas na extremidade ante- 
rior, das quais duas submedianas e quatro la- 
terais situadas no mesmo plano transversal, 
sendo duas na base do labio dorsal e uma 
na base de cada um dos ventrais. 

Ao longo do corpo, correm duas mem- 
branas laterais mais ou menos aparentes, 
que nos machos, dão orijem a azas cuti- 
culares que formam a bolsa caudal. O esofa- 
go tem um bulbo na extremidade posterior. 

Os machos apresentam bolsa caudal am- 
pla, ventosa preanal circular com rebordo 
quitinoso, no qual geralmente existe, na 
borda posterior, um nodulo de aspeto papi- 
lar. Ha tambem papilas em numero variavel 
cuja disposição e numero, são carateristicos pa- 
ra cada especie. Excecionalmente observam-se 
papilas supranumerarias ou afastadas da po- 
sição normal ou mesmo a falta de algumas. 

Os organs genitais masculinos se abrem 
na parte posterior do corpo, por um orificio 
comum ao intestino e, apresentam duas 
espiculas que nem sempre são desiguais. 


À femea tem a vulva situada na parte 
central do corpo, abaixo ou acima do meio, 
sendo, em algumas especies, protejida pos- 
teriormente por pregas papiliformes da cuti- 
cula ( H. valvata SCHN., H. monticelliana 
STOSS., H. psophiae mihi). 

Especie tipo : Heterakis vesicularis (FRO- 
ELICH,1789). 

Habitat : Intestino de aves, mamiferos e 
repteis. 


Lista das especies do genero Heterakis. 


1. H. dispar (SCHRANK, 1790). 

Sin. Ascaris dispar SCHRANK, 1790. 
Fusaria dispar ZEDER, 1800. 
Heterakis dispar DUJARDIN, 1845. 

2. H. vesicularis (FROELICH, 1791). 
Sin. Ascaris papillosa BLOCH, 1782, nec 
MOLIN, 1860. 


| 
| 


Viele Arten, welche von SCHNEIDER, 
STOSSICH und anderen noch zu Heterakis 
gerechnet wurden, muessen, nach der Auf- 
fassung der neueren Autoren, in andere Gat- 
tungen versetzt werden. 

Heterakis zeigt am Munde drei Lippen 
und am Vorderende 6 Papillen, von denen 
zwei submedian sind und vier seitlich auf 
derselben Hoehe liegen, naemlich zwei an 
der Basis der dorsalen Lippe und je eine an 
derjenigen der ventralen. 

Laengs des Koerpers verlaufen zwei, 
mehr oder weniger deutliche, Seitenmembra- 
nen, von welchen bei den Maennchen die 
Hautfluegel entspringen, welche die Bursa 
copulatrix bilden. Der Oesophagus zeigt am 
Hinterende einen Bulbus. 

Die Maennchen zeigen eine weite Bursa 
copulatrix und einen runden praeanalen 
Saugnapf mit chitinoesem Randsaum,an dessen 
Hinterrande gewoehnlich ein papillenartiges 
Knoetchen liegt. Daneben finden sich auch 
Papillen in wechselnder Zahl, die, zugleich 
mit der Anordnung, fuer die einzelnen Arten 
charakteristich ist. Ausnahmsweise finden 
sich Abnormitaeten der Anordnnng und Zahl; 
es kommen ueberzaehlige vor oder es koen- 
nen auch einige fehlen. 

Die Geschlechisroehre des Maennchens 
muendet am Hinterende zugleich mit dem 
Darme und die beiden Spicula sind nicht 
immer gleich. Beim Weibchen findet sich die 
Vulva etwas ober- oder unterhalb der Mitte 
und ist bei einigen Arten (H. valvata SCHN., 
H. monticelliana STOSS., H. psophiae mihi) 
durch papillenartige Hautfalten geschuetzt. 

Typische Art : Heterakis vesicularis (FROE- 
LICH, 1789). 

Vorkommen: Darm von Saeugetieren, 
Voegeln und Reptilien. 


Liste der Arten des Genus Heterakis: 


1. H. dispar (SCHRANK, 1790). 

Syn. Ascaris dispar SCHRANK, 1790. 
Fusaria dispar ZEDER, 1800. 
Heterakis dispar DUJARDIN, 1845. 

2. H. vesicularis (FROELICH, 1791). 
Syn. Ascaris papillosa BLOCH, 1782, nec 
MOLIN, 1860. 


—— 216 ——— 


Ascaris teres minor GOEZE, 1782. 

Ascaris vesicularis FROELICH, 1791, 
pro parte. 

Heterakis vesicularis DUJARDIN, 
1845. 

Heterakis papillosa RAILLIET, 1885. 

Heterakis papillosa RAILLIET 1895. 

3. H. (?) retusa (RUDOLPHI, 1819.) 

Sin. Ascaris retusa RUDOLPHI, 1819. 
Ascaris retusa DUJARDIN, 1845. 
Ascaris retusa DIESING, 1851. 
Heterakis retusa SCHNEIDER, 1866. 


4. H. (?) uncinata (RUDOLPHI, 1819.) 
Sin. Ascaris uncinata RUDOLPHI, 1819. 
Ascaris uncinata DUJARDIN, 1845. 
Ascaris uncinata DIESING, 1851. 
Heterakis uncinata SCHNEIDER 
1866. 
Heterakis uncinata STOSSICH, 1888. 
5. H. (?) laticaudata (MOLIN, 1860). 
Sin. Ascaris laticaudata MOLIN, 1860. 
Ascaris laticaudata DIESING, 1860» 
Ascaris laticaudata DRASCHE, 1883. 
Heterakis laticaudata STOSSICH, 
1888. 


6. H. (?) valdemucronata (MOLIN, 1860). 
Sin. Ascaris valdemucronata MOLIN, 1860. 
Ascaris valdemucronata DIESING, 


1860. 
Heterakis valdemucronata STOS- 
SICH, 1888. 
7. H. serrata SCHNEIDER, 1866. 
8. H. (?) flexuosa SCHNEIDER, 1866. 
9. H. valvata SCHNEIDER, 1866. 
10. H. alata SCHNEIDER, 1866. 
11. H. arquata SCHNEIDER, 1866. 
12. H. spumosa SCHNEIDER, 1866. 
13. H. (?) turgida SCHNEIDER, 1866. 
14. H. longecaudata LINSTOW, 1879. 
15. H. curvata LINSTOW, 1883. 
16. H. (?) tenuicaudata LINSTOW, 1883. 
17. H. macrura LINSTOW, 1883. 
18. H. (?) gracilis LINSTOW, 1883. 
19. H. monticelliana STOSSICH, 1892. 
20. H. sonsinoi LINSTOW, 1894. 
21. H. ornata LINSTOW, 1897. 
22. H. (?) australis LINSTOW, 1897. 
23. H. campanula LINSTOW, 1899, 


Ascaris teres minor GOEZE, 1782. 

Ascaris vesicularis FROELICH, 1791, 
pro parte. 

Heterakis  vesicularis 
1845. 

Heterakis papillosa RAILLIET, 1885. 

Heterakis papillosa RAILLIET, 1895. 

3. H. (?) retusa (RUDOLPHI, 1819). 

Syn. Ascaris retusa RUDOLPHI, 1819. 
Ascaris retusa DUJARDIN, 1845. 
Ascaris retusa DIESING, 1851. 
Heterakis retusa SCHNEIDER, 1866. 


4. H. (?) uncinata (RUDOLPHI, 1819.) 
Syn. Ascaris uncinata RUDOLPHI, 1819. 
Ascaris uncinata DUJARDIN, 1845. 
Ascaris uncinata DIESING, 1851. 
Heterakis uncinata SCHNEIDER, 
1866. 
Heterakis uncinata STOSSICH, 1888. 
5. H. (?) laticaudata (MOLIN, 1860). 
Syn. Ascaris laticaudata MOLIN, 1860. 
Ascaris laticaudata DIESING, 1860. 
Ascaris laticaudata DRASCHE, 1883. 
Heterakis laticaudata STOSSICH, 
1888. 


6. H. (?) valdemucronata (MOLIN, 1860). 
Syn. Ascaris valdemucronata MOLIN,1860. 


DUJARDIN, 


Ascaris valdemucronata DIESING, 
1860. 
Heterakis valdemucronata STOS- 
SICH, 1888. 
7. H. serrata SCHNEIDER, 1866. 
8. H. (?) flexuosa SCHNEIDER, 1866. 
9. H. valvata SCHNEIDER, 1866. 
10. H. alata SCHNEIDER, 1866. 
11. H. arquata SCHNEIDER, 1866. 
12. H. spumosa SCHNEIDER, 1866. 
13. H. (?) turgida SCHNEIDER, 1866. 
14. H. longecaudata LINSTOW, 1879. 
15. H. curvata LINSTOW, 1883. 
16. H. (?) tenuicaudata LINSTOW, 1883. 
17. H. macrura LINSTOW, 1883. 
18. H. (?) gracilis LINSTOW, 1883. 
19. H. monticelliana STOSSICH, 1894. 
20. H. sonsinoi LINSTOW, 1894. 
21. H. ornata LINSTOW, 1897. 
22. H. (7) australis LINSTOW, 1897. 
23. H. campanula LINSTOW, 1899. 


—— 2N — 


24. H. stroma LINSTOW, 1899. 

25. H. (?) francolina LINSTOW, 1899. 
26. H. (?) cristata LINSTOW, 1901. 

27. H. (?) aegyptia LINSTOW, 1902. 
28. H. (?) orthocerca STOSSICH, 1902. 
29. H. (?) dolichocerca STOSSICH, 1902. 
30. H. circularis LINSTOW, 1903. 

31. H. (?) trilabium LINSTOW, 1904. 
32. H. (?) styphocerca STOSSICH, 1906. 
33. H. caudata LINSTOW, 1906. 

34. H. hamulus LINSTOW, 1906. 

35. H. circumvallata LINSTOW, 1906. 
36. H. isolonche LINSTOW, 1906. 

37. H. (?) cordata LINSTOW, 1906. 

38. H. (?) paradoxa LINSTOW, 1906. 
39. H. (?) pusilla LINSTOW, 1906. 

40. H. (?) granulosa LINSTOW, 1906. 
41. H. stylosa LINSTOW, 1907. 

42. H. (?) magnipapilla LINSTOW, 1907. 
43. H. africana GENDRE, 1909. 

44. H. elegans, GENDRE, 1909. 

45. H. (?) cylindrica BLOME, 1909. 

46. H. brevispiculum GENDRE, 1911. 
47. H. dahomensis GENDRE, 1911. 
48. H. parisi BLANC, 1913. 

49. H. fariai n. sp. 

50. H. psophiae n. sp. 


De algumas especies mencionadas na 
lista acima não nos foi possivel, devido á 
deficiencia das descrições, verificar se deviam 
permanecer no genero Heterakis ou passar 
para o genero Ascarídia. Estas especies le- 
vam o sinal (?) entre o nome do genero e o 
da especie; de uma não conseguimos 
obter bibliografia : esta, além do sinal (?) 
vai grifada. 


Das especies do genero Heterakis são 
encontradas no Brazil as seguintes, das quais 
daremos descrição e figuras orijinais, ou, 
quando não nos foi possivel obter material, 
uma descrição que é a resultante das exis- 
tentes, e a figura que melhor a essa correspon- 
der. 

. De algumas especies não obtivemos 
exemplares e as descrições são insuficientes, 
para estabelecer em qual genero da subfami- 
lia Heterakinae devem ser incluidas. Conser- 


24. H. stroma LINSTOW, 1899. 

25, H. (?) francolina LINSTOW, 1899. 
26. H. (?) cristata LINSTOW, 1901. 

27. H. (?) aegyptia LINSTOW, 1902. 
28. H. (?) orthocerca STOSSICH, 1902, 
29. H. (?) dolichocerea STOSSICH, 1902. 
30, H. ¢ircularis LINSTOW, 1903. 

31. H. (?) trilabium LINSTOW, 1904. 
32. H. (?) styphocerca STOSSICH, 1906. 
33. H. caudata LINSTOW, 1906. 

34. H. hamulus LINSTOW, 1906. 

35. H. circumvallata LINSTOW, 1906. 
36. H. isolonche LINSTOW, 1906. 

37. H. (?) cordata LINSTOW, 1906. 

38. H. (2) paradoxa LINSTOW, 1906. 
39. H. (?) pusilla LINSTOW, 1906. 

40. H. (2) granulosa LINSTOW, 1906. 
41. H. stylosa LINSTOW, 1907. 

42. H. (?) magnipapilla LINSTOW, 1907. 
43. H. africana GENDRE, 1909. 

44. H. elegans, GENDRE, 1909. 

45. H. (?) cylindrica BLOME, 1909. . 
46. H. brevispiculum GENDRE, 1911. 
47. H. dahomensis GENDRE, 1911. 
48. H. parisi BLANC, 1913. 

49. H. fariai n. sp. 

50. H. psophiae n. sp. 


Von einigen der in obiger Liste ange- 
fuehrten Arten war es mir, in Folge ungenue- 
gender Beschreibungen, unmoeglich, festzu- 
stellen, ob sie im Genus Heterakis bleiben 
koennen oder zu Ascaridia gestellt werden 
muessen. Bei diesen Arten steht zwischen 
Gattungs und Artnamen: (?), waehrend die- 
jenigen, ueber welche ich keine Litteratur 
kenne, ausserdem in Kursivschrift angefuehrt 
sind. 

Vom Genus Heterakis finden sich in Bra- 
silien folgende Arten, von denen ich Be- 
schreibung und Originalzeichnungen gebe ; wo 
dies aus Mangel an Material, nicht moeglich 
war, ist die Beschreibung aus den in der Lit- 
teratur enthaltenen zusammengestellt und eine 
derselben am besten entsprechende Figur ge- 
geben. 

Unter den Arten, von denen ich kein 
Material finden konnte, sind einige zu wenig 
genau beschrieben, um zu entscheiden, in 


vamol-as no genero Heterakis e vão assina- 
ladas com uma interrogação entre o nome 
do genero e o da especie. 


RENA eae ee O CE 


A AL 


Heterakis brazileiros. 


. vesicularis [FROELICH, 1791]. 
. alata SCHNEIDER, 1866. 

. arquata SCHNEIDER, 1866. 

. spumosa SCHNEIDER, 1866. 
. valvata SCHNEIDER, 1866. 

. serrata SCHNEIDER, 1866. 


campanula LINSTOW, 1899. 
fariai n. sp. 

psophiae n. sp. 

(?) retusa (RUDOLPHI. 1819). 
(?) uncinata (RUDOLPHI, 1819). 


. (?) laticaudata (MOLIN, 1860). 
. (?) valdemucronata (MOLIN, 1860). 


(?) flexuosa SCHNEIDER, 1866. 


. (2) turgida SCHNEIDER, 1866. 
. (2) orthocerca STOSSICH, 1902. 


Chave para determinação dos HETERAKIS 


brazileiros. 


A. Parasitos de aves: 
AA. com 10 papilas de cada 


lado: 


30 a 60 mm. de com- 


primento: 
a) 3 papilas preanais Jaticaudata 
b) 4 papilas preanais serrata 


Comprimento inferior a 30 mm.: 


c) 20 mm. de compri- 


mento, no maximo  psophiae 


BB. Com 12 papilas de cada lado: 


Comprimento superior a 20 mm.: 


a) com 3 papilas preanais arquata 
b) com 5 papilas preanais orthocerca 


Comprimento inferior a 20 mm: 


c) as tres ultimas papilas 
formam um grupo 
perto da extremida- 


de fariai 
d) as 2 ultimas papilas 

formam um grupo 

perto da extremi- 

dade vesicularis 


278 


welches Genus der Subfamilie Heterakinae 
dieselben einzureihen sind. 

Ich belasse sie im Genus Heterakis und 
bezeichne sie mit? zwischen Genus und 
Speziesnamen. 


£ 


De aj CO A OT a q 


pedo cee pao pul cd 
ad tS rae 


ot 
nf AS 


16. 


pá 
— 


ooo a pere 


Brasilianische Arten : 


. vesicularis [FROELICH, 1791]. 

. alata SCHNEIDER, 1866. 

. arquata SCHNEIDER, 1866. 

. spumosa SCHNEIDER, 1866. 

. valvata SCHNEIDER, 1866. 

. serrata SCHNEIDER, 1866. 

. campanula LINSTOW, 1899. 

. fariai n. sp. 

psophiae n. sp. 

. (?) retusa (RUDOLPHI. 1819). 

. (?) uncinata (RUDOLPHI, 1819). 
. (?) laticaudata (MOLIN, 1860). 

. (?) valdemucronata (MOLIN, 1860). 
. (?) flexuosa SCHNEIDER, 1866. 
. (?) turgida SCHNEIDER, 1866. 
. (?) orthocerca STOSSICH, 1902. 


Schluessel zur Bestimmung der brasilla- 


nischen Heterakisarten: 


A. Parasiten von Voegeln: 
AA. Mit 10 Papillen jederseits : 
Laenge 30-60 Mm. 


BB. 


a) 


b) Vier praeanale Papillen 


c) 


Drei praeanale Papillen laticaudata 
serrata 


Laenge hoechstens 20 Mm. psophiae 


Mit 12 Papillen jederseits 


Laenge mehr als 20 Mm. 


a) 


b) Fuenf praeanale Papillen 


Laenge 22-31 Mm. arquata 


orthocerca 


Laenge weniger als 20 Mm. 


c) 


Die drei letzten Papillen 
bilden eine Gruppe nahe 


am Schwanzende fariai 


d) Die beiden letzten Papil- 


len bilden eine Gruppe 


nahe am Schwanzende vesicularis 


CC. Com 13 papilas de cada lado valvaía 
DD. Com 14 papilas de cada lado alata 
B. Parasitos de mamiferos: 
a) com 8 papilas de: cada 
lado retusa 
b) com 10 papilas de cada 
lado spumosa 
C. Parasitos de repteis: 
a) com 7 papilas de cada 
lado campanula 
b) com 8 papilas da cada 
lado turgida 
c) com 10 papilas de cada 
lado flexuosa 
Especies dubias: valdemucronata 


e uncinata 
Heterakis vesicularis (FROELICH, 1791). 
Sin. Ascaris papillosa BLOCH, 1782, nec 
MOLIN, 1860. 


Ascaris teres minor GOEZE, 1782. 
Ascaris vesicularis FROELICH, 1791, 


pro parte. 
Heterakis  vesicularis DUJARDIN, 
1845. 


Heterakis papillosa RAILLIET, 1885. 

Heterakis papillosa RAILLIET, 1895. 

Comprimento: 3 6 a 7 mm.; $ 8 a 10 
mm. 

Cabeça com tres labios pequenos e 
iguais. Esofago com bulbo piriforme de cerca 
de 0,630 a 0,680 mm. de maior largura; a 
parte delgada mede cerca de 1,6 mm. Intes- 
tino com a extremidade anterior enormemente 
dilatada, que se percebe a olho nu, como 
mancha translucida. 

Femea com póro genital mais ou menos 
no meio do corpo; ovos com cerca de 0.066 
mm. de comprimento por 0,037 de largura, 


não segmentados no momento da postura. | 


A extremidade caudal dista do anus cerca 
de 0,6 mm. 

Macho com bolsa grande e ventosa cir- 
cular com diametro de cerca de 0,075 mm., 


219 


apresentando um nodulo papiliforme na borda | 


CC. Mit 13 Papillen jederseits valvata 
DD. Mit 14 Papillen jederseits alata 
B. Parasiten von Saeugetieren: 
a) 8 Papillen jederseits : retusa 
b) 10 Papillen jederseits : spunosa 
C. Parasiten von Reptilien : 
a) 7 Papillen jederseits : campanula 
b) 8 Papillen jederseits : turgida 
c) 10 Papillen jederseits : Jlexuosa 
Zweifelhafte Arten valdemucronata 
uncinata 
Ohne Litteratur orthocerca 


Heterakis vesicularis (FROELICH, 1791). 
Sin. Ascaris papillosa BLOCH, 1782, nec 
MOLIN, 1860. 


Ascaris teres minor GOEZE, 1782. 
Ascaris vesicularis FROELICH, 1791, 


pro parte. 
Heterakis  vesicutaris DUJARDIN, 
1845. 


Heterakis papillosa RAILLIET, 1885. 
Heterakis papillosa RAILLIET, 1895. 


Laenge: 3 6-7 Mm., 2 8-10 Mm. 


Mund mit drei kleinen und gleichen Lip- 
pen. Oesophagus mit birnfoermigem Bulbus 
von 0,63—0,68 Mm. groesster Breite; Laenge 
des engen Teiles ca.1,6 Mm.. Darm am Vor- 
derende enorm erweitert und als durchschei- 
nender Fleck erkennbar. 


Weibchen mit nahezu zentralem Porus 
genitalis. Eier ca. 0,066 Mm. und 0,037 breit, 
zur Zeit der Ablage nicht segmentiert. 
Schwanzspitze etwa 0,6 Mm. vom Anus ent- 
fernt. 


Maennchen mit grosser Bursa und rundem 
Saugnapfe von 0,075 Mm. Durchmesser, der 
am Hinterrande ein papillenartiges Knoetchen 
aufweist. Jederseits 12 Papillen in nachste- 


E an E 


posterior. Papilas, em numero de 12, de cada | hender Anordnung: drei praeanale, von wel- 


lado, assim dispostas: 3 preanais, das quais 
uma adiante da ventosa, uma sobre a borda 
lateral da mesma e a ultima perto do anus; 
5 ao lado do anus; duas sobrepostas perto da 
extremidade e duas entre estes dois grupos. 
Espiculas de cerca de 0,270 mm. Extremidade 
caudal, distando do anus cerca de 0,450 mm. 

Esta especie é cosmopolita sendo bas- 
tante comum no Rio de Janeiro. 


Habitat : Coecum e grosso intestino das se- | 


guintes aves: 

Gallus domesticus L. 
Meleagris gellopavo L. 
Phasianus colchicus L. 

« pictus L. 

« nycthemerus L. 
Numida meleagris L. 

Pavo cristaius L. 
Tetrao urogallus L. 

« bonasia L. 
Perdix cinerea BRISS. 

« saxatilis M.W. 
Coturnix dactylisonans MEYER 
Ortyx virginianus GOULD 
Otis tarda L. 


« fetrax L. 
Anas boschas dom. L. 
« tadorna L. 


Chenopsis atrata LATH. 
Lagopus mutus LEACH 


Heterakis alata SCHNEIDER, 1866. 


Comprimento: d 17 a20 mm.; $ 35 a 
37 mm. 

Cabeça com 3 labios pequenos e iguais 
e provida de membrana lateral larga. Eso- 
fago com bulbo mais ou menos esferi- 
co, cuio diametro é de cerca de 0,240 mm. 
a 0,300 mm.; a parte delgada mede cerca de 
1,2 mm. de comprimento. 

Femea com vulva situada na uniáo do 


terco anterior com os dois terços posteriores. | 


Ovos eliticos e com cerca de 0,059 mm. de 
comprimento por 0,037 mm. de maior largu- 
ra. À extremidade caudal dista do anus cerca 
de 0,460 mm. 

Macho com bolsa copuladora ampla, ven- 
tosa circular de cerca de 0,180 mm. de dia- 


chen eine vor dem Saugnapf, eine an dessen 
Seitenrand und die letzte in der Naehe des 
Afters, fuenf zur Seite desselben, zwei (im 
Profil sich deckend) nahe der Spitze und 
zwei zwischen den beiden letzten Gruppen. 
Spicula ca. 0,27 Mm. lang. Schwanzspitze ca. 
0,45 Mm. von Anus. 
Diese Art ist kosmopolitisch und in Rio 
de Janeiro ziemlich haeufig. 
Vorkommen : Blinddaerme und Dickdarm 

der folgende Voegel: 
Gallus domesticus L. 
Meleagris gellopavo L. 
Phasianus colchicus L. 

« pictus L. 

« nycthemerus L. 
Numida meleagris L. 
Pavo cristatus L. 
Tetrao urogallus L. 

« bonasia L. 
Perdix cinerea BRISS. 

« saxatilis M.W. 
Coturnix dactylisonans MEYER 
Ortyx virginianus GOULD 
Otis tarda L. 

« tetrax L. 
Anas boschas dom. L. 
« tadorna L. 

Chenopsis atrata LATH. 
Lagopus muíus LEACH 


Heterakis alata SCHNEIDER, 1266. 


Laenge: S 17-20 Mm., 9 35-37 Mm. 

Kopf mit drei gleichen und kleinen Lip- 
pen und breiter Seitenmembran. 

Oesophagus mit rundlichem Bulbus von 
ca. 0,240 — 0,300 Mm. Durchmesser; der 
schmale Teil von ca. 1,2 Mm. Laenge. 

Vulva des Weibchens am Ende des 
ersten Koerperdrittels. Eier ca. 0,059 Mm. 
lang, bei einer groessten Breite von 0,037. 
Abstand von Anus und Schwanzende ca. 
0,460 Mm. 

Maennchen mit weiter Bursa und run- 
dem Saugnapf von ca. 0,180 Mm. im Durch- 


TST ee 


metro, com um nodulo papiliforme na borda 
posterior. Apresenta 14 papilas de cada lado 
assim dispostas: 10 postanais das quais 4, 
muito grandes, colocadas lateralmente, uma 
pequena e pouco visivel junto a segunda 
destas; duas tambem pequenas, proximas da 
linha mediana e um grupo de 3, ainda pe- 
quenas, perto da extremidade. 

Espiculas delgadas, medindo cerca de 
0,630 a 0,650 mm. de comprimento. Extre- 
midade caudal, distando do anus cerca de 
0,270 mm. 

SCHNEIDER diz ter esta especie apenas 
9 papilas de cada lado, porém, em sua fi- 
gura representa 10. As tres outras são faceis 
de passar despercebidas. 

Esta especie não é comum, comtudo 
obtivemos otimo material. 

Habitat: Intestino de 

Crypturus sp.? 

Tinamus sp.? 


Heterakis arquata SCHNEIDER, 1866. 


Comprimento: Y 14 a 22 mm.; 2 22 a 
31 mm. 

Cabeca com tres labios pequenos e 
iguais. Esofago com um bulbo pequeno e 
lijeira dilatação na parte anterior; mede de 
1,35 a 1,44 mm. de comprimento. 

Femea com o póro genital saliente, 
situado pouco acima do meio do corpo; 
ovos eliticos com cerca de 0,029 mm.de lar- 
gura por 0,052 mm. de comprimento; o anus 
dista da extremidade caudal cerca de 1,12 mm. 

Macho com a ventosa circular de 0,09 
mm. de diametro com um nodulo papilifor- 
me na borda posterior. Extremidade posteri- 
or com 12 papilas de cada lado, dispostas 
da seguinte maneira : 3 preanais, das quais 
duas ao lado da ventosa e proximas do anus; 
4 laterais, sobrepostas duas a duas, ao lado do 
anus, uma logo atrás deste, proxima da linha 
mediana, uma outra lateral mais abaixo e 
um grupo de tres, pequenas perto da extre- 
midade. 

Espiculas iguais e delgadas, com cerca 
de 0, 26 mm. de comprimento. 

A extremidade caudal dista do anus cerca 
de 0,27 mm. 


messer, am Hinterrande mit einem papil- 
lenartigen Knoetchen; 14 Papillen in nachste- 
hender Anerdnung : 10 sind postanal, davon 
stehen vier sehr grosse seitlich und neben 
der zweiten eine kleine und undeutliche; zwei 
andere kleine nahe der Mittellinie und eine 
Gruppe von drei kleineren nahe der Schwanz- 
spitze. 

Spicula fein und ca. 0,63—0,65 Mm. 
lang. Schwanzspitze ca. 0,27 Mm. vom Anus 
entfernt. 

SCHNEIDER gibt fuer diese Spezies je- 
derseits 9 Papillen an, bildet aber deren 10 ab. 
Die anderen vier koennen leicht uebersehen 
werden. 

Diese Art ist nicht haeufig, doch verfuege 
ich ueber sehr gutes Material. Vorkommen: 
Darm von 


Crypturus sp.? 
Tinamus sp. ? 


Heterakis arquata SCHNEIDER, 1866. 


Laenge: Y 14-22 Mm., 2 22-31 Mm. 

Mund mit drei gleichen und kleinen Lip- 
pen; Oesophagus mit kleinem Bulbus und 
leichter Dilatation im vorderen Teile, 1,35- 
1,44 Mm. lang. 

Weibchen mit vorstehender Geschlechts- 
oeffnung nahe vor der Mitte: Eier ca. 0,052 
Mm. lang, bei einer groessten Breite von 
0,029; Anus ca. 1,12 Mm, von der Schwanz- 
spitze. 

Maennchen mit rundem Saugnapfe von 0,09 
Mm. Durchmesser, an dessen Hinterrande 
ein papillenartiges Knoetchen steht. Schwanz- 
ende jederseits mit 12 Papillen in folgender 
Anordnung; drei praeanale, von denen zwei 
neben dem Saugnapf und nahe am Anus, 
vier neben demselben, in zwei Paaren, wel- 
che sich im Profile decken, eine etwas wei- 
ter rueckwaerts, nahe der Mittellinie, eine 
seitlich noch weiter zurueck und eine Grup- 
pe von drei kleinen nahe dem Ende. 


Spicula gleich und duenn, ca. 0,26 Mm. 
lang. 

Abstand von Anus und Schwanzende ca. 
0,27 Mm. 


Esta especie é bastante rara; obtivemos 
abundante material proveniente de Porto- 
Velho, Rio Madeifa, colecionado pelo Dr. 
OSWALDO CRUZ. 


Habitat: Intestino de Crypturus tupreus 
e Psophia viridis SPIX. 


Heterakis spumosa SCHNEIDER, 1866. 


Comprimento: ¢ 7 mm.; Y 9 mm.. 

Cabeça com tres labios pequenos e iguais 
e azas laterais bem desenvolvidas. Esofago 
com cerca de 0,82 mm. de comprimento, 
apresentando um bulbo piriforme. 


Femea com a vulva situada mais ou 
menos no meio do corpo; ovos quasi re- 
dondos com 0,044 mm. de largura por 0,059 
mm. de comprimento. 


A extremidade caudal dista do anus cerca 
de 0,63 mm.. 


Macho com bolsa copuladora ampla e 
ventosa circular de cerca de 0,054 mm. de 
diametro, provida de um nodulo papiliforme 
na borda posterior. 


Papilas em numero de 10 de cada lado 
dispostas da seguinte maneira: duas preanais 
ao lado da ventosa; duas pequenas internas 
ao lado do anus, 3 grandes laterais e um 
grupo de 3, pequenas, perto da extremidade. 

Espiculas pequenas mais ou menos 
iguais com cerca de 0,27 mm. de comprimen- 
to. A extremidade caudal dista do anus 
cerca de 0,27 mm. 

Esta especie é bastante comum no Rio 
de Janeiro. 


Habitat: Caecum e grosso intestino de 
Mus decumanus PALL.. 


Heterakis valvata SCHNEIDER, 1866. 


Comprimento: ¢ 10 mm.; 2 12 a 
15 mm.. 

Cabeca com tres labios pequenos e 
iguais. Esofago com bulbo de cerca de 
0,217 mm. de diametro, a parte delgada me- 
de cerca de 1,45 mm.. 


Femea com a vulva situada pouco 
abaixo do meiodo corpo e guarnecida na 
parte inferior de duas pregas papiliformes. 


Se 


Die Art ist ziemlich selten; doch erhielt 
ich reichliches Material von Porto Velho am 
Rio Madeira, welches Dr. OSWALDO CRUZ 
gesammelt hatte. 

Vorkommen: Darm von 

Crypturus cupreus, und 

Psophia viridis SPIX. 


Heterakis spumosa SCHNEIDER, 1866, 


Laenge: & 7 Mm., 2 9 Mm. 

Kopf mit drei gleichen und kleinen Lip- 
pen und gut entwickelten Seitenmembranen. 
Oesophagus ca. 0,82 Mm. lang, mit birnfoer- 
migem Bulbus. 

Weibchen mit nahe der Mitte gelegener 
Vulva; Eier fast rundlich, 0,059 Mm. lang 
und 0,044 breit. 

Schwanzspitze von Anus ca. 0,63 Mm. 
entfernt. 

Maennchen mit weiter Bursa und rundem 
Saugnapf von ca. 0,054 Mm. Durchmesser, 
der am Hinterrand ein papillenartiges Knoet- 
chen ausweist. 

Jederseits 10 Papillen in folgender Anor- 
dnung: zwei praeanale zur Seite der Saug- 
napfes, zwei kleine mehr nach Innen, zur 
Seite des Anus, drei grosse seitlich und eine 
Gruppe von drei kleinen nahe der Spitze. 

Spicula klein, annaehernd gleich, von za. 
0,27 Mm. Laenge. Abstand von Anus und 
Schwanzspitze ca. 0,27 Mm. 

Diese Art ist in Rio de Janeiro ziemlich 
gewoehnlich. 

Vorkommen : Blind—und Dickdarm von 
Mus decumanus PALL. 


Heterakis valvata SCHNEIDER, 1866. 


Laenge: d 10 Mm., Y 12-15 Mm. 

Kopf mit drei gleichen und kleinen Lip- 
pen. Oesophagus mit Bulbus von za. 0,217 
Mm. Durchmesser, der duenne Teil za. 1,45 
Mm. lang. 

Vulva des Weibchens etwas hinter der 
Koerpermitte, rueckwaerts mit zwei papillen- 
artigen Falten besetzt. 


EE ri 


Ovos eliticos de 0,074 mm. de compri- 
mento por 0,037 mm. de maior largura. À ex- 
tremidade caudal dista do anus cerca de 
0,780 mm. . 

Macho com bolsa copuladora pequena, 
com ventosa circular de cerca da 0,090 mm. 
de diametro provida de nodulo papiliforme 
na borda posterior. Apresenta 13 papilas de 
cada lado das quais 4 preanaes, sendo tres 
ao lado da ventosa e uma perto do anus; 
um grupo de 4 ao lado do anus, uma para 
dentro destas proxima do anus, tres na ex- 
tremidade e uma equidistante destas e do 
grupo de cima. 


Espiculas desiguais, a maior mede cerca de 
2,60 mm.; a menor mede cerca de 1 mm. 
A extremidade caudal, dista do anus cerca 
de 0,170 mm. 

Esta especie é rara. 

Habitat: Intestino de Crypturus cupreus 
e C. noctivagus (WIED). 


Heterakis serrata SCHNEIDER, 1866. 


Comprimento: SY 41 mm.; © 58 mm. 

Cabeça com tres labios desiguais; dor- 
sal mais largo do que os outros. Extremida- 
de caudal conica. 

Femea com a vulva situada um pouco 
adiante do meio do corpo. 

Macho com 10 papilas de cada lado da 
extremidade posterior. 

Habitat: Intestino de Penelope humeralis. 


Heterakis campanula von LINSTOW, 1899. 


Comprimento: d 5,5 mm.; 9 7,1 mm. 

Esofago delgado, apresenta, na parte pos- 
terior, um bulbo esferico, mede de 1/4 a 1/5 
do comprimento do corpo. 


Femea com a vulva situada na parte an- 
terior do corpo. Extremidade caudal muito 
afilada. Ovos com cerca de 0,088 de compri- 
mento por 0,053 de largura. 

Macho com ventosa mais ou menos cir- 
cular. Tem 8 papilas de cada lado da extre- 
midade posterior, das quais 4 preanais, sendo 
duas acima e duas abaixo da ventosa, e 4 
postanais, perto da extremidade. Espiculas 
com cerca dé 0,46 mm. de comprimento, são 


283 


| spitze. 


Eier mit elliptischem Umriss, 0,074 Mm. 
lang, bei einer groessten Breite von 0,037 Mm. 
Schwanzspitze ca. 0,78 Mm. von Anus ent- 
fernt. 

Maennchen mit kleiner Bursa, und run- 
dem Saugnapf von ca 0,09 Mm. Durchmesser, 
der am Hinterrande ein papillenartiges Knoet- 
chen aufweist. Jederseits 13 Papillen, da- 
von vier praeanal, drei neben dem Saugnapf 
und eine in der Naehe des Anus; eine nach 
innen von diessen und sehr nahe am Anus; 
drei nahe der Spitze und eine in gleichem 
Abstande von dieser und der vorderen Grup- 
pe. 

Spicula ungleich, das groessere ca. 2,6, 
das kleinere ca. 1 Mm. lang. 

Schwanzspitze ca. 0,17 Mm. von Anus 
entfernt. 

Die Art ist selten. Sie findet sich im 
Darme von Crypturus cupreus und noctivagus 
(WIED.). 


Heterakis serrata SCHNEIDER, 1866. 


Laenge: Y 41 Mm., 9 58 Mm. 

Kopf mit drei Lippen, die dorsale brei- 
ter, als die andern. Schwanzende konisch. 
Vulva des Weibchens oberhalb der Koerper- 
mitte. 

Vorkommen: Darm von Penclope hume- 
ralis, 


Heterakis campanula VON LINSTOW, 1899. 


Laenge: d 5,5 Mm., 9 7,1 Mm. 

Oesophagus duenn, von 1/4 bis 1/5 der 
Laenge des Koerpers, am Hinterende mit 
rundlichem Bulbus. 

Weibchen mit Vulva im vorderen Teile 
des Koerpers und sehr spitzem Schwanzende. 
Eier ca. 0,088 Mm. lang und 0,053 breit. 

Maennchen mit rundlichem Saugnapf. 
Jederseits 8 Papillen, von denen vier praeanal 
(zwei oberhalb und zwei unterhalb des Sau- 
gnapfes) und vier postanal, nahe der Schwanz- 
Spicula ca. 0,46 Mm. lang, mit 


providas dum aparelho de sustentação. A cloa- 
ca termina-se em uma formação campanular, 
onde faz saliencia o aparelho de sustentação 
das espiculas. 


Habitat: Intestino de Lacerta campestris? 


Von LINSTOW tem duvidas sobre o ver- 
dadeiro hospedador deste parasito; acha que 
deva ser uma especie do genero Agama. 


Não conseguimos obter material deste 
Heterakis. 


Heterakis fariai n. sp. 


Comprimento: ¢ 6 mm.: $ 7 mm. 


Cabeca com tres labios iguais. Esofago 
com cerca de 0,9 mm. de comprimento, pro- 
vido de um bulbo. 


Femea com a vulva mais ou menos no 
meio do corpo. Ovos eliticos com 0,074 mm. 
de comprimento sobre 0,033 mm. de largura 
maxima ; extremidade caudal distante do anus 
cerca de 1 mm. 


Macho com bolsa copuladora ampla; 
ventosa circular com diametro de cerca de 
0,036 mm. e modulo papiliforme na borda 
posterior. 


A extremidade posterior termina em 
ponta muito fina e apresenta de cada lado 12 
papilas assim dispostas: 3 preanais, das quais 
duas ao lado da ventosa, sendo a anterior 
muito longa. e uma perto do anus; 5 em 
torno do anus, 3 formando um grupo perto 
da extremidade e uma, longa, equidistante 
destes dois grupos. 


Espiculas longas delgadas e desiguais 
medindo 0,17 mm. e 0,81 mm. de com- 
primento. A extremidade caudal dista do anus 
de cerca de 0,488 mm. 


Especie bastante rara. E” muito carate- 
ristica, dispensando a comparação com as 
demais. O material que nos serve para des- 
crição é pouco abundante, mas bem conser- 
vado. Foi-nos cedido pelo Dr. GOMES DE 
FARIA, a quem dedicamos a especie. 

Habitat: Intestino de Odontophurus ca- 
pueira (SPIX). Sta. Cruz, Estado do Rio. 


Tipo no Instituto OSWALDO CRUZ. 


einem Stuetzapparat versehen. Kloake am 
Ende mit glockenfoermiger Bildung, in wel- 
che der Stuetzapparat der Spicula vorspringt. 

Vorkommen: Darm von Lacerta campes- 
tris (?) 

VON LINSTOW ist ueber die Natur 
des Wirtstieres im Zweifel, glaubt aber, dass 
es sich um eine Art von Agama handle. 

Es gelang mir nicht, Material von die- 
ser Art zu erhalten. 


Heterakis fariai n. sp. 


Laenge G 6, 27 Mm. 

Kopfende mit drei gleichen Lippen. Oe- 
sophagus ca. 0,9 mm. lang, mit Bulbus. 

Weibchen mit Vulva nahe der Koerper- 
mitte. Eier 0,074 Mm. lang, bei groesster 
Breite von 0,033. Schwanzspitze etwa ein 
Mm. vom Anus entfernt. 

Maennchen mit weiter Bursa, rundem 
Sauguapf von ca. 0,036 Mm. Durchmesser 
und einem papillenartigen Knoetchen am 
Hinterrande des letzteren. 

Das Hinterende sehr fein zugespitzt, je- 
derseits mit 12 Papillen in folgender Anor- 
dnung: drei praeanale, zwei davon neben 
dem Saugnapf (die obere derselben sehr lang) 
und eine nahe am After; ferner fuenf, die 
den Anus umgeben, eine Gruppe von drei 
nahe der Schwanzspitze und eine lange in 
der Mitte zwischen diesen Gruppen. 

Spicula lang, duenn und ungleich. je 0,17 
und 0,81. Mm. Abstand von Anus und Schwanz- 
spitze ca. 0,488 Mm. 


Die Art ist ziemlich selten, aber so charak- 
teristisch dass eine Abgrenzung gegen die 
anderen unoetig erscheint. Das Material, wel- 
ches der Beschreibung zu Grunde liegt, ist 
spaerlich, aber gut konserviert. Ich erhielt es 
von Dr. GOMES DE FARIA, nach dem ich 
die Art benenne. 

Vorkommen: Darm von Odontophorus 
capueira (SPIX), Sta. Cruz im Staate Rio. Ty- 
pus im Institut OSWALDO CRUZ. 


Heterakis psophiae n. sp. 


Comprimento: Y 10 mm.; © 12 mm. 

Boca com tres labios pequenos e iguaes. 
Esofago, com pequeno bulbo e tendo de 
1,13 a 1,26 mm. de comprimento. Parte ante- 
rior do intestino enormemente dilatada, apre- 
sentando-se a olho nú, com mancha translu- 
cida. 

Femea com vulva situada pouco abaixo 
do meio do corpo, guarnecida posteriormen- 
te por pregas da cutícula, de aspeto papilar, 
em numero variavel de 1 a 6 (mais comu- 
mente 4) sendo, ás vezes, reduzidas a ves- 
tijios. Distancia do anus á extremidade cau- 
dal 0,8 a 0,9 mm. Ovos longos de cerca de 
0,052 mm. e largos de cerca de 0,039 mm. 

Machos com ventosa circular, de cerca de 
0,09 mm. de diametro, provida na borda pos- 
terior, de um nodulo papiliforme. Apresenta, 
de cada lado, 10 papilas assim destribuidas : 
3 preanais, das quais duas ao lado da vento- 
sa e uma perto do anus; 7 postanais, sendo 
3 grandes laterais e uma, pequena, interna 
perto do anus, e um grupo de 3, muito pe- 
quenas, perto da extremidade. Espiculas cur- 
tas, robustas e iguais, medem cerca de 0,630 
mm; distancia do anus á extremidade caudal 
cerca de 0,352 mm. 

Esta especie, encontrada em material 
colecionado pelo Dr. OSWALDO CRUZ pro- 
vem de Porto Velho, Rio Madeira. Aproxi- 
ma-se um pouco do H. arquata SCHNEI- 
DER do qual se distingue, facilmente, sobre- 
tudo, pelas particularidades da vulva, nume- 
ro e disposição das papilas e dimensões do 
corpo. Aproxima-se tambem, pelas pregas 
papiliformes da femea, dos H. monticelliana 
STOSSICH e H. valvata SCHNEIDER dos 
quais se distingue principalmente pela cauda 
do macho. 

Habitot : 
SPIX. 

Tipo no Instituto OSWALDO CRUZ. 


Intestino de Psophia viridis 


285 


Heterakis psophiae n. sp. 


Laenge: ¢ 10, © 12 Mm. 

Mund mit drei kleinen und gleichen Lip- 
pen. Oesophagus 1,13 - 1,26 Mm. lang, mit 
kleinem Bulbus. Vorderstes Stueck des Dar- 
mes sehr stark erweitert, mit blossem Auge 
als durchscheinender Fleck erkennbar. 

Weibchen mit nach der Koerpermitte 
gelegener Vulva, welche hinten papillenar- 
tige Cuticularfalten aufweist. Die Zabl der- 
selben wechselt von 1 bis 6, gewoehnlich 
sind es vier; manchmal sind sie nur angedeu- 
tet. Abstand von Anus und Schwanzspitze 
0,8—0,9 Mm. Eier ca. 0,052 Mm. lang, 0,039 
breit. 

Maennchen mit rundem Saugnapf vom 
0,09 Mm. Durchmesser, am Hinterrande des- 
selben ein papillenartiges Knoetchen. Jeder- 
seits 10 Papillen in folgender Anordnung: 
drei praeanal, davon zwei seitlich vom Saug- 
napf und eine in der Naehe des Anus; sie- 
ben postanal, davon drei grosse seitlich und 
eine kleine mehr nach innen, nahe an Anus; 
endlich eine Gruppe vom drei sehr kleinen 
in der Naehe der Schwanzspitze. 

Spikula gleich, kurz und dick, ca. 0,630 
Mm. lang; Abstand von After und Schwanz- 
spitze ca. 0,352 Mm. 

Die Exemplare dieser Art wurden im 
dem von Dr. OSWALDO CRUZ gesammel- 
ten Materiale gefunden und stammen aus Por- 
to Velho am Rio Madeira. Sie steht der A. 
arquata SCHNEIDER ziemlich nahe, unter- 
scheidet sich aber leicht, besonders durch 
die Eigenthuemlichkeiten der Vulva, Zahl 
und Anordnung der Papillen, endlich durch 
ihre Dimensionen. Durch die papillenartigen 
Falten des Weibchens naehert sie sich auch 
H. monticelliana STOSSICH und HA. valvata 
SCHNEIDER, unterscheidet sich aber nament- 
lich durch den Schwanz des Maennchens. 

Vorkommen: Darm von Psophia viridis 
SPIX. 

Typus im Instituto OSWALDO CRUZ. 


Heterakis orthocerca STOSSICH, 1905. 


Comprimento: 35 a 40 mm.. 

Boca com tres labios subiguaes. Corpo 
com estriações transversaes. 

Femea com a vulva proeminente situa- 
da na parte posterior do corpo; ovos eliticos 
de casca lisa; extremidade caudal conica. 

Macho com bolsa caudal pouco desen- 
volvida, ventosa lijeiramente elitica com um no- 
dulo papiliforme na borda posterior. Ha 12 
papilas de cada lado, sendo 5 preanais e 7 
postanaes das quais a primeira é dupla. Es- 
piculas muito longas com as extremidades 
lijeiramente curvas. 


Habitat: Intestino de Rhea americana 


(L.). 
Heterakis retusa (RUDOLPHI, 1819), 


Sin. Ascaris retusa RUDOLPHI, 1819. 
Ascaris retusa DUJARDIN, 1845. 
Ascaris retusa DIESING, 1851. 
Heterakis retusa SCHNEIDER, 1866. 


Comprimento: ¢ 5 mm.; © 10 mm. 

Cabeça grande, boca sem labios. Mem- 
brana lateral estreita que se estende até o 
anus. 


Femea com vulva a 3 mm. da extre- 
midade anterior; extremidade caudal conica. 

Macho com a extremidade posterior 
truncada obliquamente ; bolsa copuladora pe- 
quena, ventosa circular, 8 papilas de cada 
lado. 

Habitat: Nodulos do grosso intestino do 
Dasypus novemcinctus L. 

Não conseguimos obter exemplares desta 
especie; SCHNEIDER, que examinou os 
exemplares tipos de RUDOLPHI, diz que 
estavam em máu estado de conservação; por 
isso julgamos dever consideral-a como espe- 
cie dubia. 


Heterakis uncinata (RUDOLPHI, 1819). 


Sin. Ascaris uncinata RUDOLPHI, 1819. 
Ascaris uncinata DUJARDIN, 1845. 
Ascaris uncinata DIESING, 1851. 
Heterakis uncinata SCHNEIDER, 

1866. 


286 


Heterakis orthocerca STOSSICH, 1905. 


Laenge: 35-40 Mm. 

Mund mit drei fast gleichen Lippen. Koer- 
per transversal gestreift. 

Vulva des Weibchens in der hinteren 
Koeperhaelfte gelegen, vorspringend; Eier 
elliptisch, mit glatter Schale; Schwanzende 
konisch. 

Beim Maennchen die Bursa caudalis we- 
nig entwickelt, der Saugnapf elliptisch, mit 
papillenartigem Knoetchen am Hinterrande. 
Jederseits 12 Papillen, davon 5 prae— und 7 
postanal, von letzteren die vorderste doppelt. 
Spicula sehr lang, mit etwas gebogenen En- 
den. 

Fundort: Darm von Rhea americana L. 


Heterakis retusa (RUDOLPHI, 1819). 


Sin. Ascaris retusa RUDOLPHI, 1819. 
Ascaris retusa DUJARDIN, 1845. 
Ascaris retusa DIESING, 1851. 
Heterakis retusa SCHNEIDER, 1866. 


Laenge: Y 5 Mm., $ 10 Mm. lang. 

Kopf gross, Mund ohne Lippen. Seiten- 
membran schmal, bis zum After reichend. 

Vulva des Weibchens drei Mm. von 
Vorderende; Schwanzende konisch. 

Maennchen mit schraeg abgestutztem 
Hinterende; Bursa klein, der Saugnapf rund, 
jederseits mit acht Papillen. 

Vorkommen: Knoetchen im Dickdarm 
von Dasypus novemcinctus L. 

Von dieser Art konnte ich keine Exem- 
plare erhalten; SCHINEIDER, welche die Ty- 
penxemplare von RUDOLPHI untersuchte, 
sagte, dass sie schlecht erhalten waren; ich 
glaube, sie als zweifelhafte Art ansehen zu 


muessen. 


Heterakis uncinata (RUDOLPHI, 1819). 


Sin. Ascaris uncinata RUDOLPHI, 1819. 
Ascaris uncinata DUJARDIN, 1845. 
Ascaris uncinata DIESING, 1851. 
Heterakis uncinata SCHNEIDER, 

1866. 


~~ 


ESET 


Heterakis uncinata STOSSICH 1888. | 
Comprimento: Y 13 mm.; © 16 mm. 
Boca com tres labios; membrana lateral 
com um terço do comprimento do corpo. 

Os exemplares tipos estão, segundo 
SCHNEIDER, em pessimo estado de con- 
servação, não permitindo descrição mais mi- 
nuciosa. 

E” evidentemente especie dubia. 

Habitat : Caecum de Cavea aperea ERXH. 
e Agouti paca L. 


Heterakis laticaudata (MOLIN, 1860). 


Sin.: Ascaris laticaudata MOLIN, 1860. 
Ascaris laticaudata DIESING, 1860. 
Ascaris laticaudata DRASCHE, 1882. 
Heterokis laticaudata STOSSICH, 

1888. 


Comprimento: 9 30 a 45 mm.; d 35 à 
60 mm. 

Boca com tres labios grandes; membra- 
na lateral larga e semilanceolada. 

Femea com a extremidade caudal reta, 
conica e aguda. Vulva proeminente situada 
na parte posterior do corpo. 

Macho com a extremidade caudal aguda; 
bolsa copuladora ampla. Ventosa grande, 
provida de nodulo papiliforme no bordo 
posterior. Tem 10 papilas de cada lado, sendo 
3 preanais e 6 postanais; destas 4 são gran- 
des. 

Habitat : Intestino de 

Microdactylus cristatus (L.). 


Heterakis valdemucronata (MOLIN, 
1860). 


Sin. Ascaris valdemucronata MOLIN, 1860. 
Ascaris valdemucronata DIESING, 


1860. 
Heterakis valdemucronata STOS- 
SICH, 1888. 


Boca com tres labios; cabeca alada. Cor- 
po atenuado anteriormente. Macho com a 
extremidade posterior conica e de apice 
agudo. 

Habitat: Proventriculus de Enxenura 
maguari (GM.). 

Esta especie é dubia. 


Heterakis uncinata STOSSICH, 1888. 

Laenge: Y 13 Mm., 2 16 Mm. 

Mund mit drei Lippen, Seitenmembran 
so lang wie ein Drittel des Koerpers. 

Die Typen befanden sich nach SCHNEI- 
DER in sehr schlechtem Zustande und ge- 
statteten keine eingehendere Beschreibung. 

Es handelt sich offenbar um eine zwei- 
felhafte Art. 

Vorkommen: Coecum von Cavia aperea 
ERXH. und Agouti paca L. 


Heterakis laticaudata (MOLIN, 1860). 


Sin.: Ascaris laticaudata MOLIN, 1860. 
Ascaris laticaudata DIESING, 1860. 
Ascaris laticaudata DRASCHE, 1882. 
Heterokis laticaudata STOSSICH, 

1888. 


Laenge: 2 30-45 Mm., Y 35-60 Mm. 

Mund mit drei grossen Lippen; Seiten- 
membran breit, halblanzettlich. | 

Weibchen mit geradem und spitz kegel- 
foermigem Schwanzende. Vulva in der hinte- 
ren Koerperhaelfte, vorspringend. 

Maennchen mit spitzem Schwanzende 
und geraeumiger Bursa. Saugnapf gross, mit 
papillenartigem Knoetchen am Hinterrande. 
Jederseits 10 Papillen, drei prae-und 6 posta- 
nal; vier der letzteren gross. 

Vorkommen: Darm von Microdactylus 
cristatus (L.). 


Heterakis valdemucronata (MOLIN, 
1869). 


Sin. Ascaris valdemucronata MOLIN, 1860. 
Ascaris valdemucronata DIESING, 


1860. 
Heterakis valdemucronata STOS- 
SICH, 1888. 


Mund mit drei Lippen; Kopf gefluegelt 
Maennchen mit zugespitztem, konischem Hin- 
terende. Vorkommen: Proventriculus von Eu- 
xenura maguari (GM.). 


Die Spezies ist zweifelhaft. 


fp ggg 


Heterakis flexuosa SCHNEIDER, 1866. 


Comprimento : d 40 mm.; 2 56 mm. 

Boca com tres labios desigualmente lar- 
gos. 

Macho com a bolsa copuladora pouco 
desenvolvida, apresentando de cada lado da 
extremidade posterior 10 papilas. 

Habitat : Intestino de Crotalus sp. ? 
(Crotalus terrificus. LANS. ?). 


Heterakis turgida SCHNEIDER, 1866. 


Comprimento: g 7 mm.; 9 10 mm. 
Boca com tres labios pequenos; membra- 
na lateral presente. 


Femea com-vulva mais ou menos no 
meio do corpo; macho sem bolsa copulado- 
ra; com 8 papilas de cada lado da extremi- 
dade posterior, sendo as postanais asime- 
tricas. 

Habitat: Intestino da Tejus teguixim. 


Genero Ascaridia DUJARDIN, 1845. 


Sin. Ascaris L. 1758, pro parte. 
Heterakis SCHNEIDER, 1866, pro 
parte. 
Heterakis STOSSICH, 1888, pro parte. 
Ascaridia RAILLET & HENRY, 1912. 


DUJARDIN, em 1845, tomando como 
tipo a Ascaris truncata ZEDER, 1803, creou 
com o nome de Ascaridia um subgenero de 
Ascaris. 

Mais tarde, SCHNEIDER e,depois, STOS- 
SICH reuniram este subgenero de DUJAR- 
DIN ao genero Heterakis do qual RAILLIET 
& HENRY recentemente o separararam. 

Caracteres : Cabeça com 3 labios mais ou 
menos iguais; esofago sem bulbo; membra- 
nas laterais bem desenvolvidas. Femea com 
a vulva na parte central do corpo, ovos eliti- 
cos de casca espessa e sem segmentação 
antes da postura. 

Macho com espiculas nem sempre iguais; 
ventosa mais ou menos circular de rebordo 
quitinoso, na borda posterior da qual se en- 
contra, geralmente, um nodulo papiliforme; 
extremidade posterior com bolsa caudal pou- 
co desenvolvida; papilas geralmente funjifor- 


Heterakis flexuosa SCHNEIDER, 1866. 


Laenge: Y 40 Mm., © 56 Mm. 

Mund mit drei ungleich breiten Lippen. 

Maennchen mit wenig entwickelter Bursa, 
am Hinterende jederseits 10 Papillen. 

Vorkommen: Darm von Crotalus sp.? 

(Crotalus terrificus LANS. ?). 


Heterakis turgida SCHNEIDER, 1866. 


Laenge: Y 7, 9 10 Mm. 

Mund mit drei kleinen Lippen: Seiten- 
membran vorhanden, 

Vulva des Weibchens nahe der Koeper- 
mitte; Maennchen ohne Bursa, mit 8 Papil- 
len jederseits am Hinterende, die postanalen 
assymetrisch. 

Vorkommen: Darm von Tejus teguixin. 


Genero Ascaridia DUJARDIN, 1845. 


Sin. Ascaris L. 1758, pro parte. 

Heterakis SCHNEIDER, 1866, pro 
parte. 

Heterakis STOSSICH, 1888, pro parte. 

Ascaridia RAILLET & HENRY, 1912, 

DUJARDIN errichtete 1845 unter dem 
Namen Ascaridia ein Subgenus vom Ascaris, 
indem er Ascaris truncata ZEDER, 1803 als 
Typus bezeichnete. 

SCHNEIDER und darauf STOSSICH 
vereinigten spaeter dieses Subgenus von DU- 
JARDIN mit dem Genus Heterakis, von wel- 
chem RAILLIET & HENRY es neuerdings 
wieder trennten. 

Kennzeichen: Kopf mit drei ungefaehr 
gleichen Lippen; Oesophagus ohne Bulbus; 
Seitenmembranen gut entwickelt. Vulva des 
Weibechens nahe der Koerpermitte; Eier el- 
liptisch, dickschalig, vor der Ablage nicht 
segmentiert. 

Spicula des Maennchens nicht immer 
gleich ; Saugnapf annaehernd rund mit chinitoe 
sem Rande, der im hinterem Teile gewoehn- 
lich ein papillenartiges Knoetchen aufweist; 
Hinterende mit wenig entwickelter Bursa; 
Papillen gewoehnlich  pilzartig, in einer fuer 


ore 


ALL BI 


mes em numero constante para cada especie; 
comtudo se observam algumas anomalias de 
forma, posição e numero. 

Especie tipo: Ascaridia truncata (ZE- 
DER, 1803). 

Habitat: Intestino de aves. 


O genero Ascaridia consta das seguintes 
especies: 


1. A. columbae (GMELIN, 1789). 
Sin. Ascaris teres GOEZE, 1782. 

Ascaris columbae GMELIN, 1789. 

Ascaris maculosa RUDOLPHI, 1802. 

Heterakis maculosa SCHNEIDER, 
1866. 

Heterakis columbae NEVEU-LEMAI- 
RE, 1912. 


2. A. compar (SCHRANK, 1790). 
Sin. Ascaris compar SCHRANK, 1790. 
Ascaris lagopodis FROELICH, 1802. 
Fusaria compar ZEDER, 1803. 
Heterakis compar STOSSICH, 1888. 


2. A. truncata (ZEDER, 1803). 
Sin. Ascaris hermaphrodita FROELICH, 

1796. 

Fusaria truncata ZEDER, 1803. 

Ascaris truncata RUDOLPHI, 1810. 

Ascaris (Ascaridia) truncata DUJAR- 
DIN, 1845. 

Ascaris truncata DIESING, 1851. 

Heterakis truncata SCHNEIDER,1866. 


Heterakis truncata STOSSICH, 1888. | 


4. A. perspicilla (RUDOLPHI, 1803). 


Sin. Ascaris gallopavonis GMELIN, 1789. | 


Fusaria reflexa ZEDER, 
parte. 

Fusaria strumosa ZEDER, 1800. 

Ascaris perspicillum RUDOLPHI, 
1803. 

Ascaris gibbosa RUDOLPHI, 1809. 

Ascaris inflexa RUDOLPHI, 1819, 
pro parte. 

Ascaris funiculus DESLONG- 
CHAMPS, 1824. 

Heterakis inflexa SCHNEIDER 1866. 

5. A. lineata (SCHNEIDER, 1866). 
Sin. Heterakis lineata SCHNEIDER, 1866. 
Heterakis lineata STOSSICH, 1888. 


1800, pro | 


jede Art konstanten Zahl: doch koennen 
Form, Lage und Anzahl Unregelmaessigkei- 
ten aufweisen. 

Typische Art: Ascaridia truncata (ZE- 
DER, 1803). 

Vorkommen: Darm von Voegeln. 

Das Genus Ascaridia besteht aus den 
folgenden Arten: 


1. A. columbae (GMELIN, 1789). 
Sin. Ascaris teres GOEZE, 1782. 

Ascaris columbae GMELIN, 1789. 

Ascaris maculosa RUDOLPHI, 1802. 

Heterakis maculosa SCHNEIDER, 
1866. 

Heterakis columbae NEVEU-LEMAI- 
RE, 1912. 


2. A. compar (SCHRANK, 1790). 
Sin. Ascaris compar SCHRANK, 1790. 
Ascaris lagopodis FROELICH, 1802. 
Fusaria compar ZEDER, 1803. 
Heterakis compar STOSSICH, 1888. 


3. A. truncata (ZEDER, 1203). 
Sin. Ascaris hermaphrodita FROEL'CH, 

1796. 

Fusaria truncata ZEDER, 1803. 

Ascaris truncata RUDOLPHI, 1810. 

Ascaris (Ascaridia) truncata DUJAR- 
DIN, 1845. 

Ascaris truncata DIESING, 1851. 

Heterakis truncata SCHNTIDER,1866. 

Heterakis truncata STOSSICH, 1888. 


4. A. perspicilla (RUDOLPHI, 1803). 
Sin. Ascaris gallopavonis GMELIN, 1789. 
Fusaria reflexa ZEDER, 1800, pro 
parte. 
Fusarta strumosa ZEDER, 1800. 
Ascaris  perspicillunm RUDOLPHI, 
1503. 
Ascaris gibbosa RUDOLPHI, 1809. 
Ascaris inflexa RUDOLPHI, 1819, 
pro parte. 
Ascaris funiculus DESLONG- 
CHAMPS, 1824. 
Heterakis inflexa SCHNEIDER 1866. 
5. A. lineata (SCHNEIDER, 1866). 
Sin. Heterakis lineata SCHNEIDER, 1866. 
Hetzrakis lineata STOSSICH, 1888. 


o 


. A. compressa (SCHNEIDER, 1866). 
Sin. Heterakis compressa SCHNEIDER, 
1866. 
Heterakis compressa STOSSICH,1888. 
A. (?) longecirrata (LINSTOW, 1879). 


= 


Sin. Heterakis longecirrata LINSTOW, 
1866. : 
Heterakis longecirrata STOSSICH, 
1888. 


(ee) 


. À. (?) amblimoria (DRASCHE, 1882). 
Sin. Heterakis amblimoria DRASCHE, 
1883. 
Heterckis 
1888. 
. A. brasiliensis (MAGALHÃES, 1892). 
Sin. Heterakis brasiliensis MAGALHAES, 
1892. 
Heterakis brasiliensis RAILLIET, 1895. 
10 A. (?) brevicaudata (RATZ 1897). 
Sin. Heterakis brevicaudata RATZ 1897. 
11. A. brasiliana (LINSTOW, 1899). 
Sin. Heterakis brasiliana LINSTOW, 1899. 
12. A. numidæ (LEIPER, 1908). 
Sin. Hetarakis numide LEIPER 1908. 
Heterakis calcarata GENDRE, 1909. 
13 A. magalhãesi n. sp. 


amblimoria STOSSICH, 


o) 


Na lista acima, váo acompanhadas duma 
interrogação as especies que parecem per- 
tencer ao genero Ascaridia, não havendo nas 
descrições menção da ausencia do bulbo. 


Incluimos tambem nesta lista o Hetera- 
kis brevicaudata RATZ, parasito de peixes, 
por não apresentar bulbo esofajiano, comtu- 
do, o fato deste nematoide parasitar peixes 
e a falta de descrição bastante minuciosa da 
extremidade anterior, nos deixa em duvida 
sobre a sua colocação no genero Ascaridia. 


Tivemos oportunidade de verificar que o 
Heterakis calcarata GENDRE, 1909, é a mes- 
ma especie descrita por LEIPER em 1908 sob 
o nome de Heterakis numidae. 


Segue-se a esta lista uma outra das es- 
pecies deste genero, encontradas no Brazil, 
das quais daremos descrições e figuras que 
são quasi todas orijinais; quanto ás especies, 
de que não conseguimos obter exemplares, re- 
produziremos a descrição mais minuciosa exis- 
tente, bem como a melhor gravura. 


290 


6. A. compressa (SCHNEIDER, 1866). 
Sin. Heterakis compressa SCHNEIDER, 
1866. 
Heterakis compressa STOSSICH, 1888. 
7. A. (?) longecirrata (LINSTOW, 1879). 
Sin. Heterakis longecirrata LINSTOW, 
1866. 
Heterakis longecirrata STOSSICH, 
1888. 
8. A. (?) amblimoria (DRASCHE, 1882). 
Sin. Heterakis amblimoria DRASCHE, 
1883. 
Heterakis 
1888. 
9. A. brasiliensis (MAGALHÃES, 1892). 
Sin. Heterakis brasiliensis MAGALHÃES, 
1892. 
Heterakis brasiliensis RAILLIET, 1895. 
10 A. (?) brevicaudata (RATZ 1897). 

Sin. Hetcrakis brevicaudata RATZ 1897. 
11. A. brasiliana (LINSTOW, 1899). 

Sin. Heterakis brasiliana LINSTOW, 1899. 
12. A. numide (LEIPER, 1908). 

Sin. Hetarakis numidæ LEIPER 1998. 

Heterakis calcarata GENDRE, 1909. 
13. A. magalhãesi n. sp. 

Die Arien, welche zum Genus Ascarídia 
zu gehoeren scheinen, waehrend das Fehlen 
des Bulbus in den Beschreibungen nicht er- 
waehnt ist, sind in obiger Liste mit ? bezei- 
chnet. 

Ich fuehre in dieser Liste auch einen Fisch- 
parasiten, Heterakis brevicaudata RATZ an, 
welcher keinen Bulbus oesophagi hat; indes- 
sen laesst mich der Unstand, dass er in 
Fischen lebt und eine genuegend genaue 
Beschreibung des Vorderendes fehlt, ueber 
en Stellung im Genus Ascaridia im Zwei- 
el. 

Ich hatte Gelegenheit festzustellen, dass 
Heterakis calcarata GENDRE 1909 mit der 
von LEIPER 1908 beschriebenen Heterakis 
numidae identisch ist. 

Auf diese Liste folgt eine andere der 
Arten dieser Gattung, welche in Brasilien ge- 
funden wurden und von welchen ich Be- 
schreibungen und Figuren gebe, welche zum 
groessten Teile Originale sind; konnte ich 
von einer Art keine Exemplare erlangen, so 
reproduziere ich unter den vorliegenden Be- 
schreibungen die eingehendste, zugleich mit 
der besten Abbildung. 


amblimoria 


STOSSICH, 


Especies brazileiras do genero Asca- 
ridia: 


. columbae (GMELIN, 1789). 

. truncata (ZEDER, 1803). 

. lineata (SCHNEIDER, 1866). 

. (2) amblimoria (DRASCHE, 1883). 
. brasiliensis (MAGALHAES, 1892). 
. brasiliana (LINSTOW, 1899). 

. geotrigonae n. sp. 


NO UP À D = 
> >» à D à à à 


Chave para determinaçäo das especies brasi- 
leiras do genero Ascaridia. 


Cauda do Y com 9 papi- 


las de cada lado amblimoria 
Cauda do Y com 10 papi- 
las de cada lado: 
a) tres preanais lineata 
b) duas preanais brasiliana 
c) uma papila impar en- 
tre o ultimo par. brasiliensis 
Cauda do 3 com 12 papi- 
las de cada lado magalhãesi 
Cauda do g com 14 papi- 
las de cada lado. columbae 
Cauda do Y com 15 papi- 
las de cada lado. truncata 


Ascaridia columbae (GMELIN, 1789). 


Sin. Ascaris teres GOEZE, 1782. 
* Ascaris columbae GMELIN, 1789. 
Ascaris maculosa RUDOLPH, 1802. 


Heterakis maculosa SCHNEIDER, 
1866. 

Heterakis columbae NEVEU-LEMAI- 
RE, 1912. 


Comprimento: Y 16 a 26 mm.; 2 20a 
34 mm. 

Boca com tres labios mais ou menos 
iguais; extremidade anterior com azas late- 
rais semieliticas. 

Femea com vulva situada pouco acima 
do meio do corpo. Ovos com cerca de 0,068 
mm. de comprimento por 0,042 mm. de lar- 
gura. 

O macho tem a ventosa circular e 14 
papilas de cada lado da extremidade poste- 
rior. Espiculas iguais, com 1,58 mm. de com- 
primento. 


291 


Brasilianische Arten des Genus Ascari- 
dia: 


. columbae (GMELIN, 1789). 

. truncata (ZEDER, 1803). 

. lineata (SCHNEIDER, 1866). 

. (?) amblimoria (DRASCHE, 1883). 
. brasiliensis (MAGALHÃES, 1892). 
. brasiliana (LINSTOW, 1899). 


. magalhãesi n. sp. 


NOT Rw! = 
ee D ER 


Schluessel zur Bestimmung der brasilianischen 
Arten des Genus Ascaridia. 


Schwanz des d mit 9 Papillen jederseits 


a amblimoria 

Schwanz des 3 mit 10 Papillen jederseits 
a) drei praeanale lineata 
b) zwei  < brasiliana 


c) eine ungerade Papille 
zwischen den letzten ge- 


paarten brasiliensis 
Schwanz des 3 jederseits mit 12 Papillen 
magalhãesi 


Schwanz des G jederseits mit 14 Papillen 
columbae 

Schwanz des g jederseits mit 15 Papillen 
truncata 


Ascaridia columbae (GMELIN, 1789). 


Sin. Ascaris teres GOEZE, 1782. 

Ascaris columbae GMELIN, 1789. 

Ascaris maculosa RUDOLPHI, 1802. 

Heterakis maculosa SCHNEIDER, 
1866. 

Heterakis columbae NEVEU-LEMAI- 
RE, 1912. 

Laenge: Y 16-26, Y 20-34 Mm. 

Mund mit drei annaehernd gleichen Lip- 
pen; Vorderende mit halbelliptischen Seiten- 
fluegeln. 

Vulva des Weibchens etwas oberhalb der 
Koerpermitte. Eier ca. 0,068 Mm. lang und 
0,042 breit. 

Maennchen mit kreisrundem Saugnapf 
und jederseits 14 Papillen am Schwanzende. 
Spikula gleich, 1,58 Mm. lang. 


Habitat: Intestino de Columba livia do- 
mestica L. 


Ascaridia truncata (ZEDER, 1803). 


Sin. Ascaris hermaphrodita, FROELICH, 

1796. 

Fusaria truncata ZEDER, 1803. 

Ascaris truncata RUDOLPHI, 1810. 

Ascaris (Ascaridia) truncata DUJAR- 
DIN, 1845. 

Ascaris truncata DIESING, 1851. 

Heterakis truncata SCHNEIDER,1866. 

Heterakis truncata STOSSICH, 1888. 


Comprimento: Y 25 a 30 mm.; 2 27 a 
32 mm. 

Corpo duro. Cabeça com tres labios 
mais ou menos iguais; esofago com cerca de 
1,58 mm. de comprimento. 

Femea com vulva no meio do corpo. 
Ovos de cerca de 0,081 mm. de comprimento 
por 0,051 mm. de maior largura. À extremida- 
de caudal dista do anus cerca de 0,86mm. 


Macho com bolsa copuladora regular- 
mente desenvolvida; ventosa com cerca de 
0,250 mm. de diametro, provida dum nodulo 
papiliforme no bordo posterior. Ha 15 papi- 
las de cada lado assim dispostas: 5 preanais 
das quais tres ao lado da ventosa e duas 
entre esta e o anus; 4 centrais e uma lateral 
muito grande ao lado do anus, 3 centrais e 
duas laterais (sendo uma muito grande) entre 
o anus e a extremidade caudal. Espiculas 
subiguais, delgadas com 2,30 mm. de com- 
primento. Extremidade caudal distante do 
anus cerca de 0,43 mm. 

Habitat: intestino de: 

Ara arauna L. 

Ara macéo L. 

Ara chloroptera GRAY. 

Conurus haemarrhous (SPIX). 

Conurus solstitialis (L.). 

Conurus leucophthalmus (MUELL.). 

Conurus aeruginosus (L.). 

Phyrrhura leucotis (KUHL). 

Amazona vinacea (KUHL.). 

Amazona farinosa (BODD.). 

Amazona aestiva (L.). 

Amazona festiva (L.). 


292 ——— 


Vorkommen: Darm von Columba livia 
domestica L. 


Ascaridia truncata (ZEDER, 1803). 


Sin. Ascaris hermaphrodita, FROELICH, 

1706. 

Fusaria truncata ZEDER, 1803. 

Ascaris truncata RUDOLPHI, 1810. 

Ascaris (Ascaridia) truncata DUJAR- 
DIN, 1845. 

Ascaris truncata DIESING, 1851. 

Heterakis truncata SCHNEIDER, 1866. 

Heterakis truncata STOSSICH, 1888. 

Laenge: d 25-30, 9 27-32 Mm. 

Koerper hart; Kopf mit drei nahezu 
gleichen Lippen; Oesophagus za. 1,58 Mm. 
lang. 

Vulva des Weibchens in der Mitte des 
Koerpers. Eier za. 0,081 Mm. lang bei 0,051 
groesster Breite. Schwauzspitze vom Anus 
za. 0,86 Mm. entfernt. 

Maennchen mit ziemlich entwickelter 
Bursa; Saugnapf za. 0,250 Mm. im Durch- 
messer, am Hinterrande mit papillenartigem 
Knoetchen. Jederseits 15 Papillen in folgen- 
der Anordnung: fuenf praeanal, davon drei 
neben dem Saugnapf und zwei zwischen die- 
sem und dem Anus; ferner vier nahe der Mit- 
iellinie, eine sehr grosse seitlich vom After, 
endlich drei submediane und zwei seitliche, 
worunter eine sehr grosse, zwischen Anus 
und Schwanzspitze. Spicula nahezu gleich, 
duenn, 2,30 Mm. lang. Distanz zwischen A- 
nus und Schwanzende za. 0,43 Mm. 

Vorkommen: Darm von: 

Ara arauna L. 

Ara macéo L. 

Ara chloroptera GRAY. 

Conurus haemarrhous (SPIX). 

Conurus solstitialis (L.). 

Conurus leucophthalmus (MUELL.). 

Conurus aeruginosus (L.). 

Phyrrhura leucotis (KUHL). 

Amazona vinacea (KUHL). 

Amazona farinosa (BODD.). 

Amazona aestiva (L.). 

Amazona festiva (L.). 


y 


993 — 


Pionus menstruus (L.). 
Pionus fuscus (MUELL.). 
Psittacus dominicensis L. 
Psittacus phoenicurus NATT. 
Psittacus sulfureus L. 


Tivemos ocasiáo de examinar numerosos 
exemplares desta especie, nos quais notámos 
frequentes variações na cauda do macho. Es- 
tas variações constam de modificações na for- 
ma, tamanho, posição e mesmo numero das 
papilas. 

O fato destas alterações, não atinjirem 
sempre as mesmas papilas e a circunstancia 
das referidas anomalias, não recairem sobre as 
mesmas papilas e, a constancia dos demais 
caracteres, levou-nos á convição de não se 
tratar de especies diversas. 


Ascaridia lineata (SCHNEIDER, 1866). 


Sin. Heterakis lineata SCHNEIDER, 1866. 
Heterakis lineata STOSSICH, 1888. 


Comprimento: ¢50a60mm.; © 60 mm. 
a 90 mm. 

Boca com tres labios lijeiramente des” 
iguais. Esofago com 3 a 4 mm. de compri- 
mento e cerca de 0,4 mm. de largura. 

Femea com a vulva situada mais ou me- 
nos no terço anterior do corpo. Ovos eliticos, 
medindo cerca de 0,080 mm. de comprimento 
por 0,05 mm. de maior largura. 

A extremidade caudal dista do anus 
cerca de 1,08 mm.. O macho com a ventosa 
mais ou menos circular, com diametro de 
cerca de 0,217 mm., tendo um nodulo papili- 
forme na borda posterior. 

Apresenta 10 papilas de cada lado das 
quais 3 preanais, sendo uma acima, uma ao 
nivel e outra abaixo da ventosa: as 7 outras 
são postanais sendo 3 maiores perto do anus, 
3 pequenas quasi na extremidade e a res- 
tante equidistante destes dois grupos. 

Espiculas delgadas, com pequena dilata- 
cão na extremidade; medem cerca de 1,4 
mm. de comprimento. A extremidade caudal 
dista do anus cerca de 0,54 mm. 

Habitat : Intestino delgado de 

Gallus demesticus L. 

Anas boschas dom. L. (TEDTSHENKO). 


Pionus menstruus (L.). 

Pionus fuscus (MUELL.). 

Psittacus dominicensis L. 

Psittacus phoenicurus NATT. 

Psittacus sulfureus L. 

Ich hatte Gelegenheit zahlreiche Exem- 
plare dieser Art zu untersuchen und dabei 
haeufig Abaenderungen am Schwanzende des 
Maennchens zu beobachten. Dieselben betref- 
fen Form, Groesse, Stellung und sogar An- 
zahl der Papillen. 

Der Umstand, dass diese Anomalien und 
Abaenderungen bald diese, bald jene Papil- 
len betrafen, waehrend die uebrigen Charak- 
tere sich gleich blieben, fuehrte mich zur der 
Ueberzeugung, dass es sich nicht um ver- 
schiedene Arten handelt. 


Ascaridia lineata (SCHNEIDER, 1866). 


Sin. Heterakis lineata SCHNEIDER, 1865. 
Heterakis lineata STOSSICH, 1888. 
Laenge: Y 50-60, © 60--90 Mm. 
Mund mit drei etwas ungleichen Lippen. 
Oesophagus 3-4 Mm. lang und ca. 0,4 breit. 
Vulva des Weibchens ungefaehr im er- 
sten Koerperdrittel. Eier elliptisch. ca. 0,080 
Mm. lang bei 0,050 groesster Breite. Schwanz- 
spitze vom Anus ca. 1,08 Mm. entfernt. 


Maennchen mit nahezu rundem Saugnapí 
von ca. 0,217 Mm. Durchmesser, am Hin- 
terrande mit papillenartigem Knoetchen. 

Es finden sich jederseits 10 Papillen, da- 
von drei praeanal und zwar je eine oberhalb 
und unterhalb des Saugnapfes und eine auf 
der Hoehe desselben; die anderen sieben sind 
postanal, darunter drei groessere in der Naehe 
des Afters, drei kleine ganz nahe der Spitze 
und die uebrigen in gieichem Abstande von 
beiden Gruppen. 

Spicula duenn und am Ende etwas er- 
weitert, vom ca. 1;4 Mm. Laenge. 

Vorkommen: Duenndarm von: 

Gallus domesticus L. 

Anas boschas dom. L. (FEDSCHENKO). 


Especie bastante comum e de que tivemos 
ocasião de examinar numerosos exemplares. 
E” proxima da A. perpicilla (RUDOLPHI, 
1803), tambem parasito da galinha. Em caso 
de duvida entre estas duas especies o exame 
das laminas cortantes de que são providos os 
labios, será decisivo. 


Ascaridia amblimoria (DRASCHE, 1882). 


Sin. Heterakis amblimoria DRASCHE, 
1882. 

Heterakis amblimoria STOSSICH, 
1888. 


Comprimento: d 40 mm.; © 39 mm. 

Boca com tres labios de contorno semi- 
circular e providos de laminas cortantes. La- 
bio dorsal com duas grandes papilas, mede 
0,16 mm. de largura na base e 0,09 mm. de 
altura. 


Macho com a extremidade posterior rom- 
ba. Ventosa, grande, mais ou menos circular 
e provida de anel quitinoso. 


Tem 9 papilas de cada lado, das quais 
3 preanais, sendo duas ao lado da ventosa e 
uma perto do anus; uma ao lado deste e 5 
postanais, das quais 3 perto do anus, uma 
perto da extremidade e a ultima entre esta e 


as outras. As espiculas são desiguais e rom- 
bas. 


Habitat: Intestino de Caprimulgos cam- 
pestris LIT. 


Ascaridia brasiliensis (MAGALHÃES, 
1892.) 


Sin. Heterakis brasiliensis MAGALHÃES, 
1892. 
Ascaridia brasiliensis RAILLIET & 
HENRY, 1913. 
Só foi visto um exemplar macho que 
media 24 mm. de comprimento. 
E” a seguinte a descrição dada pelo au- 


tor: 
« Heterakis brasiliensis ( intestino Galli 


gallinacei PALLAS). 


Longueur du male, 24 mm.; larguer 0,6 
mm. au milieu du corps. 

Arrondi, jaunatre, avec les deux extrémi- 
tés amincies, surtout la postérieure. 


294 


Eine ziemlich gemeine Art, von welcher 
ich zahlreiche Exemplare untersuchen konnte. 
Sie steht der A. perspicilla (RUDOLPHI, 
1803) welche ebenfalls im Haushuhne lebt, 
sehr nahe. Bei einem Zweifel ueber die vor- 
liegende Art, kann die Untersuchung der 
schneidenden Platten an den Lippen entschei- 
den. 


Ascaridia amblimoria (DRASCHE, 1882). 


Syn. Heterakis amblimoria CRASCHE, 
1882. 

Heterakis amblimoria STOSSICH, 
1888. 

Laenge: d 40, 2 39 Mm. 

Mund mit drei halbkreisfoermigen Lip- 
pen mit schneidenden Platten. Dorsale Lippe 
mit zwei grossen Papillen, 0,09 Mm, hoch 
und an der Basis 0,16 breit. 

Maennchen mit abgestutztem Hinteren- 
de. Saugnapi gross, annaehernd rund und 
mit einem chitinoesen Ringe versehen. 

Jederseit stehen neun Papillen, von denen 
drei praeanal und zwar zwei seitlich vom 
Saugnapf und eine nahe am Anus; ferner 
eine Papille seitlich von letzterem und fuenf 
hinter demselben, davon drei in seiner Nae- 
he, eine am Schwanzende und eine zwischen 
dieser und den drei anderen. Die Spicula 
sind ungleich und stumpf. 

Vorkommen: Darm von Caprimulgus 
campestris LIT. 


Ascaridia brasiliensis (MAGALHAES, 
1892.) 


Syn. Heterakis brasilienis MAGALHÃES, 
1892. 
Ascaridia brasilienis RAILLIET € 
HENRY, 1913. 
Es wurde nur ein, 24 Mm. langes, Maen- 
nchen beobachiet. 
Der Autor 
schreibung : 
“Heterakis brasiliensis (intestin Galli ga- 
llinacei PALLAS). 
Longueur du male, 24 mm.; largeur 0,6 
mm. au milieu du corps. 
Arrondi, jaunátre, avec les deux extrémi- 
tés amincies, surtout la postérieure. 


gab die nachfolgende Be- 


nat: pie 


Bouche avec trois grosse lêvres inégales; 
avec les papilles submédianes bien distinctes. 
Oesophage long de 2 mm. Ventouse cauda- 
le circulaire, excavée, ayant 0,09 mm. de di- 
ametre interne, et 0,11 mm. de diamétre ex- 
terne, de rebord à rebord; dans la partie pos- 
téricure de son rebord, on voit une papille 
cachée. L’existence d'une papille dans la par- 
tie postérieure du rebord de la ventouse des 
Heterakis est aussi admise par SCHNEIDER. 


Bursa fort peu marquée. Deux spicules 
un peu inegaux. Neuf paires de papilles la- 
térales: une en avant de la ventouse; deux 
paires três rapprochées, en arriére de la ven- 
touse; une autre plus postérieure, pres de 
Pouverture donnant passage aux spicules; 
deux paires tres rapprochées et situées en 
arriere du cloaque; une autre paire plus dis- 
tante, suivie de deux paires de papilles três 
petites et voisines; enfin, une autre paire, la 
dernière, plus près de l’extrémité de la 
queue. Entre les deux derniéres, se voit une 
papiile asymétrique, médiane.» 

O autor diz ter o parasito 9 pares de 
papilas, porém em seguida, na descrição re- 
fere-se a 10 e na gravura representa igual- 
mente 10. 


Parece-nos ter havido equivoco e tratar- 
se de um exemplar muito novo de A. lineata. 
A descrição, se bem que um pouco falha, 
corresponde de um modo notavel ás formas 
novas daquele parasito, sendo que nelas 
existe, entre o ultimo par de papilas, uma 
formação um pouco refrinjente que pode 
com facilidade ser confundida com uma pa- 
pila. 


Ascaridia brasiliana (LINSTOW, 1899) 
Sin. LINSTOW, 


S Heterakis brasiliana 
1899. 
Comprimento : 9 19,5 mm.; Y 34 mm. 
Boca com tres labios pequenos. Esofago 
com cerca de 1,70 mm. de comprimento. 
Extremidade posterior, terminando em 
um prolongamento dijitiforme. 
Femea com a vulva situada na parte an- 
terior do corpo. Ovos eliticos com cerca de 


0, 065 mm. de comprimento por 0,44 de lar- 


Bouche avec trois grosses lêvres inégales; 


| avec les papilles submédianes bien distinctes. 


Oesophage long de 2 mm. Ventouse cauda- 
le circulaire, excavée, ayant 0,09 mm. de di- 
amétre interne et 0,11 mm. de diamétre ex- 
terne, de rebord à rebord ; dans la partie pos- 
térieure de son rebord, on voit une papille 
cachée. L’existence d’une papille dans la par- 
tie postérieure du rebord de la ventouse des 
Heterakis est aussi admise par SCHNEIDER. 

Bursa fort peu marquée. Deux spicules 
un peu inegaux. Neuf paires de papilles la- 
térales : une en avant de la ventouse; deux 
paires très rapprochées, en arrière de la ven- 
touse; une autre plus postérieure, près de 
l’ouverture donnant passage aux spicules; 
deux paires très rapprochées et situées en 
arrière du cloaque; une autre paire plus dis- 
tante, suivie de deux paires de papilles très 
petites et voisines; enfin, une autre paire, la 
dernière, plus près de l'extrémité de la 
queue. Entre les deux dernières, se voit une 
papille asymétrique, médiane.» 1 

Der Autor sagt, dass der Parasit neun 
Papillenpaare habe, erwaehnt aber nachher 
in der Beschreibung deren zehn, wie sie auch 
auf der Abbildung dargestellt sind. 

Es scheint mir hier ein Jrrtum vorzulie- 
gen, indem es sich um ein sehr junges Exem- 
plar von A. lineata handelt. Die Beschreibung, 
obgleich etwas ungenuegend, entspricht auf- 
fallend den jungen Formen dieser Art, indem 
bei diesen zwischen den beiden letzten Pa- 
pillen eine etwas glaenzendes Gebilde exis- 
tiert, welche leicht mit einer Papille verwech- 
selt werden kann. 


Ascaridia brasiliana (LINTOW, I899). 


Sin. Heterakis brasiliana LINTOW, 1899. 

Laenge: Y 19,5, 9 34 Mm. 

Mund mit drei kleinen Lippen. Oesopha- 
gus za. 1,70 Mm. lang. 

Hinterende in einem fingeraehnlichen 
Fortsatze endend. 

Vulva des Weibchens in der vorderen 
Koeperhaelfte. Eier elliptisch, 0,065 Mm. lang 
und 0,44 breit. Abstand des Anus von der 


gura. A extremidade caudal dista do anus 
cerca de 1,35 mm. 

Macho com a ventosa de cerca de 0,20 
mm. de diametro. Tem 10 papilas de cada 
lado da extremidade posterior, das quais duas 
preanais, longas, ao lado da ventosa; 4 ao 
lado do anus, sendo duas maiores e duas 
menores colocadas alternadamente, um gru- 
po de 3 perto da extrmidade e uma entre 
estas e o anus. Espiculas curtas e largas, 
medindo cerca de 0,26 mm. de comprimento. 


Aextremidade caudal dista do anus cerca 
de 0,450 mm. 

Habitat : Intestino de Rhynchotus rufes- 
cens (TEMM.). 


O material desta especie; que obtivemos 
é pouco abundante e mal conservado. 


Ascaridia magalhãesi n. sp. 


Comprimento: d 35 mm.; © 41 a 48 
mm. 

Boca com tres labios mais ou menos 
iguais. Extremidade cefalica com duas azas 
laterais de cerca de 0,5 mm. de largura por 
3 mm. de comprimento, esofago com cerca 
de 3,5 mm. de comprimento. 


Corpo muito espesso e duro, com estria- | 


ção transversal bem distinta e com cerca de 
1,50 mm. de grossura. 


Femea com póro genital pouco acima do 
meio do corpo. Ovos eliticos, medindo cerca 
de 0,074 mm. de comprimento por 0,044 mm. 
de largura; distancia do anus á extremi- 
dade caudal cerca de 1,07 mm. 

Macho com ventosa de cerca de 0,162 
mm. de diametro, tendo um nodulo papili- 
forme na borda posterior. Ha 12 papilas de 


cada lado dispostas da seguinte maneira: | 


5 preanais colocadas em linha entre a ven- 
tosa e o anus; 4 ao lado do anus e tres 
equidistantes entre o anus e a extremidade. 


Espiculas iguais e delgadas com cerca 
ce 1,66 mm.; distancia do anus á extremida- 
de caudal cerca de 0,454 mm. 

Esta especie, encontrámos em material 
da coleção do Instituto, proveniente do Es- 
tado do Rio. 


Schwanzspitze ca. 1,35 Mm. 

Maennchen mit einem Saugnapf von ca. 
0,20 Mm. Durchmesser und jederseits 10 Pa- 
pillen am Hinterende. Von diesen sind zwei 


lang, praeanal und seitlich vom Saugnapf 


gelegen; vier stehen zur Seite des Anus, von 
denen zwei laengere und zwei kuerzere 
abwechseln, ~waehrend nahe der Schwanz- 
spitze drei und eine vierte zwischen dieser 
und dem Anus stehen. Spicula kurz und 
breit, ca. 0,26 Mm. lang. Abstand des Afters 
von der Schwanzspitze ca. 0,450 Mm. 

Vorkommen: Darm von Rhynchotus ru- 
fescens (TEMM.). 


Das Material, 
Spezies erhielt, ist 


ich von dieser 
und schlecht 


welches 
spaerlich 


konserviert. 
Ascaridia magalhãesi n. sp. 


Laenge: Y 35, Y 41-48 Mm. 
Mund mit drei annaehernd gleichen Lip- 


9 


pen. Kopfende mit zwei Seitenfluegeln von 3 
Mm. Laenge und 0,5 Breite. Oesophagus 


ca. 3,5 Mm. lang. 

dick, hart und deutlich 
transversal gestreift. Die Dicke betraegt ca. 
1,50 Mm. 

Genitalporus des Weibchens etwas ober- 
| halb der Koerpermitte. Fier elliptisch, ca. 
| 0,074 Mm. lang und 0,044 breit; Abstand der 
Schwanzspitze vom Anus ca. 1,07 Mm. 

Saugnapf des Maennchens ca. 0,162 im 


Koerper sehr 


Durchmesser, mit papillenartigem Knoetchen 
am Hinterrande. Jederseits 12 Papillen in 
folgender Anordnung: fuenf praeanale stehen 


| in einer Linie zwischen Saugnapf und Anus, 
| vier andere neben demselben und die letzten 


drei zwischen Anus und Schwanzspitze. 
Spikula gleich, duenn, ca. 1,66 Mm. lang. 
Abstand der Schwanzspitze vom Anus ca. 
| 0,434 Mm. 
Ich fand diese Art 
mlung unter Material, welches ausdem Staa- 


in der Institutssam- 


| te Rio stammte. 


REAL, o a 


Aproxima-se da A. amblimoria (DRAS- 
CHE), da qual se distingue sobretudo pelo 
numero e disposição das papilas. 

Dedicamos esta especie ao Prof. PEDRO 
SEVERIANO DE MAGALHÃES. 

Habitat: Intestino de Geofrygon monta- 
na (L.). 

Tipo no Instituto OSWALDO CRUZ. 


Genero Subulura MOLIN, 1860. 


Sin. Heterakis SCHNEIDER, 1860, pro 
parte. 

Heterakis STOSSICH, 1888, pro parte. 
Este genero creado por MOLIN em 1860, foi 
posteriormente fundido com o Heterakis, cons- 
tituindo o grupo dos Heterakis Acheilostomi. 

Caracteres : Boca hexagonal ou elitica de 
situacio dorso ventral; com tres labios pe- 
quenos mais ou menos iguais. Apresenta 
uma capsula bucal guarnecida no fundo por 
tres dentes. Esofago com um bulbo na extre- 
midade posterior; membrana lateral bem 
desenvolvida. 

Femea com a vulva na parte central do 
corpo; ovos eliticos de casca delgada, não 
segmentados no momento da postura. 

Macho com espiculas desiguais acompa- 
nhadas de uma peca acessoria ; ventosa prea- 
nal elitica sem rebordo quitinoso; bolsa cau- 
dal pequena; papilas em numero constante 
para cada especie. 

Especie tipo: Subulura acutissima MO- 
LIN, 1860. 

Habitat : Intestino de aves e mamiferos. 


Lista das especies do genero Subulura 


1. S. distans (RUDOLPHI, 1819). 

Sin. Ascaris distans RUDOLPHI, 1819. 
Heterakis distans SCHNEIDER 1866. 
Heterakis distans STOSSICH, 1888. 

2. S. strongylina (RUDOLPHI, 1819). 
Sin. Ascaris strongylina RUDOLPHI, 
1819. 

Ascaris forcipata RUDOLPHI, 1819. 
Ascaris strongylina DUJARDIN, 1845. 
Ascaris forcipata DUJARDIN, 1845. 
Ascaris strongylina DIESING, 1851. 
Ascaris forciparia DIESING, 1851. 


Ich widme diese Art Hern. Prof. PEDRO 
SEVERIANO DE MAGALHAES. 

Vorkommen: Darm vom Geotrvgon mon- 
tana (L). 

Typus im Institut OSWALDO CRUZ. 


Genus subulura MOLIN, 1860. 


Syn. Heterakis SCHNEIDER, 1866, pro 
parte 
Heterakis STOSSICH, 1888 pro par- 
te. 
Diese Gattung, 1860 von MOLIN errich- 
tet, wurde spaeter mit Heterakis vereinigt, 


mit welcher sie die Gruppe Heterakinae achei- 
lostomae bildet. 


Kennzeichen: Mund hexagonal oder dor- 
so-ventra! elliptisch, mit drei kleinen, annae- 
hernd gleichen Lippen. Derselbe zeigte eine 
Mundkapsel mit drei Zaehnen am Grunde. 
Oesophagus mit einem Bulbus am Hinteren- 
de; Seitenmembran gut entwickelt. 

Vulva des Weibchens in der Mitte des 
Koerpers ; Eier elliptisch mit duenner Schale, 
ohne Furchung zur Zeit der Ablage. 

Maennchen mit zwei ungleichen Spicuia 
und einem akzessorischen Stuecke; praeanaler 
Saugnapf ohne chitinoesen Saum; Bursa klein; 
Papillen in fuer die Arten charakteristischer 
Anzahl. 

Typische Art: Sabulura acutissina MO- 
LIN 1860. 

Vorkommen: 
und Saeugetieren. 


Im Darme von Voegeln 


Liste der Arten des Genus Subulura. 


1. S. distans (RUDOLPHI, 1819). 

Sin. Ascaris distans RUDOLPHI, 1819. 
Heterakis distans SCHNEIDER 1866. 
Heterakis distans STOSSICH, 1888. 

2. S. strongylina (RUDOLPHI, 1819). 
Sin. Ascaris strongylina RUDOLPHI, 
1819. 

Ascaris forcipata RUDOLPHI, 1819. 
Ascaris strongylina DUJARDIN, 1845. 
Ascaris forcipata DUJARDIN, 1845. 
Ascaris strongylina DIESING, 1851. 
Ascaris forciparia DIESING, 1851. 


a 


——— 298 ——— 


Heterakis forcipara SCHNEIDER, 
1866. 

Heterakis forciparia STOSSICH, 1888. 

Subulura strongylina RAILLIET & 

HENRY, 1912. 


S. suctoria (MOLIN, 1860). 

Sin. Heteracis suctoria MOLIN, 1860. 
Heteracis suctoria DRASCHE, 1882. 
Heterakis suctoria STOSSICH, 1888. 


Heterakis forcipara SCHNEIDER, 
1866. 

Heterakis forciparia STOSSICH, 1888. 

Subulura strongylina RAILLIET € 

HENRY, 1912. 


. S. suctoria (MOLIN, 1860). 


Sin. Heteracis suctoria MOLIN, 1860. 
Heteracis suctoria DRASCHE, 1882. 
Heterakis suctoria STOSSICH, 1888. 


WE o 


4. S. acutissima MOLIN, 1860. 4. S. acutissima MOLIN, asi 
Sin. Subulura acutissina MOLIN, 1860. Sin. Subulura CEUTESSHaD N, 18 pi 
Subulura acutissima DIESING, 1860. Subulura acutissima DIESING, 1860. 
, ae Subulura acutissima DRASCHE 1882. 
Subulura acutissima DRASCHE 1882. ? EA OSSICH 1888 
Heterakis acutissima STOSSICH, 1888. A a Gee à 
Subulura acutissima RAILLIET & SAUT agia 
HENRY, 1912. SR wa 
: 5. S. papillosa (MOLIN, 1860). 
5. S. papillosa (MOLIN, 1860). : E So 
Sin. Ascaris papillosa MOLIN, 1860, nec Sin. Ascaris papillosa MOLIN, 1860, nec 
BLOCH, 1782. 
BLOCH, 1782. PR arya sie) 
Ascaris papillosa DRASCHE, 1882. Pata ph deus e Are ont ee 
Heterakis papillosa STOSSICH, 1888. TARN a canis 1 <= 
6. S. annulata (MOLIN, 1860). 
6. S. annulata (MOLIN, 1860). ; 5 
E iets Sin. Heterakis annulata MOLIN, 1860. 
Sin. Heterakis annulata MOLIN, 1860. y 
: Heterakis annulata DIESING, 1860. 
Heterakis annulata DIESING, 1860. Heteraki lata STOSSICH, 1888 
Heterakis annulata STOSSICH, 1888. Sa Mies | : 
? =} 
7. S. (?) perarmata (RATZEL, 1868). ee ee 
E : Sin. Heterakis perarmata RATZEL 1868. 
Sin. Heterakis perarmata RATZEL 1868. à 
: 8. S. differens (SONSINO, 1890). 
8. S. differens (SONSINO, 1890). k ASE 
e SA Sin. Heterakis differens SONSINO, 1890. 
Sin. Heterakis differens SONSINO, 1890. 
9. S. recurvata (LINSTOW, 1901). 
9. S. recurvata (LINSTOW, 1901). : É 
; igs Sin. Heterakis recurvata LINSTOW, 1901. 
Sin. Heterakis recurvata LINSTOW, 1901. ‘ A 
. 10. S. rimula (LINSTOW 1903). 
10. S. rimula (LINSTOW 1903). ; > 
E NES Sin. Heterakis mula LINSTOW, 1903. 
Sin. Heterakis rimula LINSTOW, 1903. : 
: / 11. S. rima (LINSTOW, 1906). 
11. S. rima (LINSTOW, 1906). É AGA 
: Pit Sin. Heterakis rima LINSTOW, 1906. 
Sin. Heterakis rima LINSTOW, 1906. E 
JA 12. S. leprincei (GENDRE, 1909). 
12. S. leprincei (GENDRE, 1909). E À ae 
: 22 QUA Sin. Heterakis leprincei GENDRE, 1909. 
Sin. Heterakis leprincei GENDRE, 1909. id se 
Tae 13. S. similis (GENDRE, 1909). 
13. S. similis (GENDRE, 1909). p USC hw oe 
É ROT Sin. Heterakis similis GENDRE, 1909, 
Sin. Heterakis similis GENDRE, 1909. : 
: 14. S. schebeni (LINSTOW, 1909). 
14. S. schebeni (LINSTOW, 1909). E à É 
: : : Sin. Heterakis schebeni LINSTOW, 1909. 
Sin. Heterakis schebeni LINSTOW, 1909. 
15. S. pocullum (LINSTOW, 1909). 
15. S. pocullum (LINSTOW, 1909). E : 
: à Sin. Heterakis pocullum LINSTOW, 1900. 
Sin. Heterakis pocullum LINSTOW, 1909. ; 
: 16. S. boueti (GENDRE, 1911). 
16. S. boueti (GENDRE, 1911). ; : : 
in. Heterakis boueti GENDRE Sin. Heterakis boueti GENDRE, 1911. 
Sin. deterakis boueti GENDRE, 1911. Sie steht der A. amblimoria (DRASCHE) 
Mencionámos na lista das especies do | nahe, unterscheidet sich aber von derselben 
genero Subulura, um parasito que RATZEL 


besonders durch die Zahl und Anordnung 
der Papillen. 


descreveu em 1868 com onome de Heterakis | 


perarmata e que STOSSICH colocou entre os 
Heterakis Acheilostomi. Este nematoide apre- 
senta grande parte dos caracteres do genero 
Subulura; comtudo, dele se afasta, pela pre- 
sença dum rebordo quitinoso na ventosa, por 
isso, ficámos em duvida sobre a sua perma- 
nencia neste genero. 

Pareceu-nos, pela comparação das gravu- 
ras e descrições, que as especies S. strongyli- 
na (RUD.), S. suctoria (MOLIN), S. acutissi- 
ma MOLIN eS. similis (GENDRE) são si- 
nonimas. Obtivemos numerosos exemplares 
duma especie proveniente de diversos hospe- 
deiros e que correspondiam ás descrições da 
S. strongylina dadas por RUDOLPHI (Ent. 
syn. p. 659) e SCHNEIDER (Mon. d. Nem. 
p. 75) e ficavam perfeitamente intermediarios 
entre a do S. suctoria (MOLIN) e acutissima 
MOLIN. As diferenças notadas por MOLIN 
entre as suas duas especies são minimas e 
podiam ser devidas á deficiencia da tecnica de 
então. Assim, uma fixação má, pode alterar 
completamente a forma da boca e tornar in- 
visíveis muitas papilas. 

Quanto á S. similis (GENDRE) nos parece 
que, as diferenças estabelecidas pelo autor da 
especie, não são suficientes para definir uma 
especie, tratando-se talvez apenas duma va- 
riedade. 

Comtudo, mantivemos na lista estas es- 
pecies por julgarmos que, uma questão desta 
natureza, só poderá ser resolvida pela com- 
paração dos exemplares que serviram de tipo 
aos diversos autores, 

Das 16 especies conhecidas deste genero, 
apenas uma é peculiar a animais domesticos 
(S. differens, parasito de Gallus domesticus), 
duas outras porém, podem, acidentalmente, 
parasitar a galinha, S. suctoria (MOLIN) (se- 
gundo GENDRE) e S. strongylina (RUD.), 
por nós verificada em material colecionado 
em Goyaz pelo Dr. A. NEIVA. 


Especies brazileiras do genero Subu- 


lura. 
1. S. strongylina (RUDOLPHI, 1819). 
2. S. distans (RUDOLPHI, 1819). 
3. S. acutissima MOLIN, 1860. 
4, S. suctoria (MOLIN, 1860). 


299 


In der Liste des Genus Subulura er- 
waehne ich eine Parasiten, den RATZEL 
1868 unter dem Namen Heterakis pararmata 
beschrieb und den STOSSICH zu den Hete- 
rakine acheilostomae stellt. Dieser Nematode 
zeigt einen grossen Teil der Merkmale des 
Genus Subulura, unterscheidet sich aber durch 
das Vorkommen eines chitinoesen Saumes 
am Saugnapfe, wesswegen ich bezweifle, dass 
er in diesem Genus bleiben kann. 

Bein Vergleichen von Abbildungen und 
Beschreibungen schien es mir, dass S. stron- 
gylina (RUD.), S. suctoria (MOLIN), S. acu- 
tissima MOLIN und S. similis (GENDRE) 
nur eine Art bezeichneten. Ich erhielt, von 
verschiedenen Wirtstieren, zahlreiche Exem- 
plare einer Art, welche den Beschreibungen 
entsprachen, welche RUDOLPHI (Ent. syn. 
p. 659) und SCHNEIDER (Mon. d. Nem. p. 
75) gaben und welche zwischen denjenigen 
von S. suctoria MOLIN und acutissima MO- 
LIN in der Mitte stehen. Die von MOLIN 
zwischen den beiden Arten gefundenen Un- 
terschiede sind minimal und koennen den 
Fehlern der damaligen Technik zugeschrieben 
werden. So kann eine schlechte Fixation die 
Umrisse des Mundes vollstaendig veraendern 
und viele Papillen nicht wahrnehmen lassen. 

Betreffs der S. similis (GENDRE) scheint 
mir, dass die von ihm aufgestellten Un- 
terschiede fuer die Umschrcibung einer Art 
nicht genuegen; vielleicht handelt es sich nur 
um eine Varietaet. 

Trotzdem habe ich in der Liste diese 
Arten heibehalten, weil ich glaube, dass der- 
artige Fragen nur durch Vergleichung der 
Exemplare, welche den Autoren als Typen 
dienten, entschieden werden koennen. 

Von den sechszehn bekannten Arten die- 
ses Genus ist nur eine auf Haustiere be- 
schraenkt (S. differens, Parasit von Gallus do- 
mesticus) ; zwei andere koennen aber gelegent- 
lich im Haushuhne vorkommen, naemlich S. 
suctoria MOLIN) (nach GENDRE) und S. stron- 
£gylina (RUD.), welche ich unter dem Materiale 
fand, das von Dr. A. NEIVA in Goyaz ge- 
sammelt wurde. 


Brasilianische Arten des Subulura. 


. strongylina (RUDOLPHI, 1819) 
. distans (RUDOLPHI, 1819). 

. acutissina MOLIN, 1860. 

. suctoria (MOLIN, 1860). 


Ca OU Cn 


de 
2; 
EN 
4, 


E pga ee 


Chave para determinação das especies brazi- 
leiras do genero Subulura. 


I. Parasitos de aves: 
A — Extremidade posterior do 4 com 11 
papilas de cada lado: 
a) Vulva na parte anterior do corpo 
strongylina 


b) Vulva na parte posterior do corpo | 


acutissima 


B—Extremidade posterior do & com 10 | 


papilas de cada lado: 
IL. Parasites de mamiferos 


suctoria 
distans 


Subulura distans (RUDOLPHI, 1819). 


Sin. Ascaris distans RUDOLPHI, 1819. 
Heterakis distans SCHNEIDER, 1865. 
Heterakis distans STOSSICH, 1888. 


Comprimento: Y 11 a 25 mm.; 2 17a. 


25 mm. 


Boca com 3 labios pouco aparentes. | 


Esofago provido dum bulbo esferico 
com diametro de cerca de 0,210 a 0,270 mm.; 
a parte delgada mede cerca de 0,86 a 1 mm. 
Extremidade anterior do intestino dilatada. 

Femea com a vulva um pouco para trás 
do meio do corpo; ovos de forma elitica com 
cerca de 0,066 mm. de comprimento com 
0,044 mm. de largura. A extremidade caudal 
dista do anus cerca de 0,80 a 1,0 mm. 

Macho com ventosa elitica, sem rebordo 


primento por 0,054 mm. de largura. Apre- 


| Schluessel zur Bestimmung der brasili- 
anischen Arten des Genus Subulura. 


| 1. Parasiten von Voegeln: 
A. Hinterende des ¿Y jederseits mit 11 


Papillen: 
a) Vulva in der vorderen Koerper- 
haelfte strongylina 
b) Vulva in der hinteren Koerper- 
haelfte acutissima 
B. Hinterende des ¢ mit 10 Papillen 
jederseits suctoria 
IL. Parasit von Saeugetieren distans 


Subulura distans (RUDOLPHI, 1819). 


Sin. Ascaridia distans (RUDOLPHI 1819). 
Heterakis distans SCHNEIDER, 1866. 
Heterakis distans STOSSICH, 1888. 

Laenge: Y 11-25, © 17-25 Mm. 

Mund mit drei nicht sehr deutlichen Pa- 
pillen. 

Oesophagus mit sphaerischem Bulbus 
von ca. 0,210-0,270 Mm. im Durchmesser 
der duenne Teil ca. 0,86-1,0 Mm. lang. Vor- 
derende des Darmes erweitert. 

Vulva des Weibchens etwas hinter der 
Koerpermitte ; Eier elliptisch, ca. 0,066 Mm. 
lang und 0,044 breit. Abstand des Anus von 


| der Schwanzspitze ca. 0,80-1,0 Mm. 


Maennchen mit elliptischem Saugnapf 


| ohne chitinoesen Saum, ca. 0,270 Mm. lang 
quitinoso, mede cerca de 0,270 mm. de com- | 


senta 10 papilas de cada lado assim dispostas: | 


3 preanais, das quais uma ao nivel da vento- 
sa, outra entre esta e o anus e, aultima, perto 


und 0,054 breit. Jederseits 10 Papillen in 
folgender Anordnung: drei praeanal, davon 
eine auf der Hoehe des Saugnapies, eine 


| zwischen dems2iben und dem Anus, aie letze 


deste; duas ao lado do anus, 3 formando um | E : 
| After, endlich drei am Hinterende gruppiert 


grupo na extremidada e duas entre este grupo 
e o anus. 

Espiculas finas e longas, medindo cerca 
de 1,6 a 1,8 mm.; À extremidade caudal dista 
do anus cerca de 0,290 mm. 

SCHNEIDER em sua Monographie der 
Nematoder descreve esta especie como tendo 
11 pares de papilas; nós, porém, verificámos 
a existencia de 10 pares apenas. 

Temos ainda a notar que sáo raros os 
exemplares que apresentam a dimensáo dada 
por SCHNEIDER: 25 mm. 


nahe an diesem; ferner zwei seitlich vom 
und zwei zwischen diesen und dem Anus. 

Spicula fein und lang, ca. 1,6 und 1,8 
Mm. lang. Abstand des Afters von der 
Schwanzspitze z. 0,290 Mm. 

In seiner Monographie der Nematoden 
beschreibt SCHNEIDER bei dieser Spezies 
11 Papillenpaare; ich konnte deren aber nur 
10 feststellen. Auch muss ich bemerken, dass 
Exemplare mit der von SCHNEIDER abge- 
gebenen Groesse (25 Mm.) selten sind. 


Esta especie é bastante comum e tivemos 
ocasião de examinar numerosos exemplares. 
Habitat : Intestino de: 
Callithrix jacchus L. 
chrysoleucos NATT. 
melanurus GEOFF. 
Callicebus galigata (WAGNER). 
Cercopithecus sabaeus L. 
Cercocebus fuliginosus GEOFF. 
Midas bicolor SPIX. 


Subulura strongylina (RUDOLPHI, 1819). 


Sin. Ascaris strongylina, RUDOLPHI, 
1819. 
Ascaris forcipata RUDOLPHI, 1819. 
Ascaris strongylina DUJARDIN, 1845. 
Ascaris forcipata DUJARDIN, 1845. 
Ascaris strongylina DIESING, 1851. 
Ascaris forciparia DIESING, 1851. 
Heterakis forciparia SCHNEIDER, 
1866. 
Heterakis 
1888. 
Subulura 
HENRY, 1912. 


Comprimento: y 10 a 14mm.; 2 15a 
25 mm. 


« 


< 


forciparia STOSSICH, 


Boca com 3 labios iguais. Esofago com 
um vestibulo na parte anterior de cerca de 
0,036 mm. de comprimento provido no fundo 
de tres dentes; com bulbo de cerca de 0,1 
mm. de diametro; a parte delgada mede cer- 
ca de 0,9 mm. a 1,0 mm. de comprimento. 
Azas laterais bem desenvolvidas. 

Femea com póro genital acima do meio 
do corpo. 


A extremidade caudal dista do anus cerca 
de 1,4 mm. Ovos elíticos, de cerca de 0,100 
mm. de comprimento por 0,074 mm. de lar- 
gura, com embrião bem desenvolvido no 
momento da postura. 


Macho com ventosa elitica de cerca de 
0,270 mm. de comprimento por 0,036 mm. de 
largura. Tem 11 papilas de cada lado assim 
dispostas : tres preanais, das quais uma ao 
lado da ventosa e duas entre esta e o anus; 
duas ao lado do anus, duas pequenas perto 
da extremidade, duas sobrepostas um pouco 


“Ui spo 


strongylina RAILLIET 8. 


| 


| drei 


Diese Art ist ziemlich haeufig, so dass 
ich zahlreiche Exemplare untersuchen konn- 
te. 

Vorkommen: Darm von 

Callithrix jacchus L. 
chrysoleucos NATT. 

« melanurus GEOFF. 

Callicebus galigata (WAGNER). 
Cercopithecus sabaeus L. 
Cercocebus fuliginosus GEOFF. 
Midas bicolor SPIX. 


Subulura strongylina (RUDOLPHI, 1819). 


Sin. Ascaris strongylina, RUDOLPHI, 
1819. 
Ascaris forcipata RUDOLPHI, 1819. 
Ascaris strongylina DUJARDIN, 1845. 
Ascaris forcipata DUJARDIN, 1845. 
Ascaris strongylina DIESING, 1851. 
Ascaris forciparia DIESING, 1851. 
Heterakis forciparia SCHNEIDER, 
1866. 
Heterakis 
1888. 
Subulura strongylina RAILLIET & 
HENRY, 1912. 
Laenge: G 10-14, Y 15-25 Mm. 
Mund mit drei gleichen Lippen. Oeso- 


« 


forciparia  STOSSICH, 


| phagus im vorderen Teile mit einem Vesti- 


bulum von ca. 0,036 mm. Laenge, welches 
am Grunde drei Zaehne hat, und einem Bul- 
bus von ca. 0,1 Mm. im Durchmesser; der 
duenne Teil misst 0,9-1,0 Mm. im Durchmes- 
ser. Seitenfluegel gut entwickelt. 

Porus genitalis des Weibchens vor der 
Koerpermitte. Abstand des Afters vom 
Schwanzende ca. 1,4 Mm. Eier elliptisch, ca. 
0,100 Mm. lang und 0,074 breit, mit gut entwic- 
keltem Embryo zur Zeit der Ablage. 

Maennchen mit elliptisciem Saugnapf 


| von 0,270 Mm. Laenge und 0,036 Breit. Je- 


derseits 11 Papillen in folgender Anordnung: 
praeanal und zwar eine neben dem 
Saugnapf und zwei zwischen diesem und 
dem Anus; ferner zwei zur Seite des letz- 
teren, zwei kleine nahe der Schwanzspitze, 
zwei ueber einander gelegene etwas weiter 


acima destas e duas entre estas e o anus. Espi- 
culas desiguais medindo 1,08 e 1,44 mm. de 
comprimento. A extremidade caudal dista do 
anus cerca de 0,320 mm.. 
Esta especie varia muito de dimensões 
segundo o hospedeiro. 
Habitat: Intestino das seguintes espe- 
cies : 
Gallus domesticus L. 
Cripturus sp. ? 
Microdactylus cristatus (L). 
Caprimulgus ruficolis TEM. 
« urutáo LATH. 
« nacandua LATH. 
Cuculus melanorhynchus VIEILL. 
« tinguaçu NATT. 
Bucco capensis L. 
swainsoni GRAY. 
melanoleucos L. 
rufiventris NATT. 
striolatus NATT. 
« tamatia (GM). 
Monasa leucops TEMM. 
Nonnula rabecula (SPIX). 
Chelidoptera tenebrosa (PALL.). 


R RAR À 


Malacoptila torquata HAHN & KUERST. | 


Monasa tranguilla VIEILL. 
Odonthophurus capueira (SPIX). 
Podager nacunda (VIEILL.). 
Crypturus tatuapa (TEMM.). 


Subulura suctoria (MOLIN, 1860). 


Sin. Heteracis suctoria MOLIN, 1860. 
Heteracis suctoria DRASCHE, 1882. 
Heterakis suctoria STOSSICH, 1888. 
« Caput strictura a corpore reliquo dis- 
cretum, os orbiculare, magnum, corpus fili- 
forme, densissime transversim striatum; ex- 
tremitas anterior attenuata, apice incrassata, 
alis utrinque latiusculis linearibus transversim 
striatis, caudalis maris longe subulata, fovea 
magna suctoria acetabuliformi, papillis utri- 
que 6, quarum 2 ante, 4 post aperturam 
genitalem ; penis brevis subrectus ; extremita 
caudalis feminae. Long. mar. 0,012, crass. 
0,0002. » 

Já nos referimos a esta especie mais 
atrás. Transcrevemos aqui a descripção ori- 
jinal de MOLIN e as figuras de DRASCHE. 


302 


oben und zwei zwischen diesen und dem 
Anus. Spicula ungleich, von ca. 1,44 und 1,08 
Mm. Laenge. Abstand des Afters von der 
Schwanzspitze za. 0,320 Mm. 

Diese Art variirt, je nach dem Wirte, 
bedeutend in ihren Dimensionen. Vorkom- 
men: Im Darme der folgende Vogelarten: 

Gallus domesticus L. 

Cripturus sp. ? 

Microdactylus cristatus (L). 

Caprimulgus ruficolis TEM. 

« urutáo LATH. 
« nacandua LATH. 

Cuculus melanorhynchus VIEILL. 

« tinguaçu NATT. 
Bucco capensis L. 
« swainsoni GRAY. 
«  melanoleucos L. 
«  rufiventris NATT. 
«  striolatus NATT. 
« tamatia (GM). 

Monasa leucops TEMM. 

Nonnula rubecula (SPIX). 

Chelidoptera tenebrosa (PALL). 

Malacoptila torquata HAHN 8: KUERST 

Monasa tranquilla VIEILL, 

Odonthophurus capueira (SPIX). 

Podager nacunda (VIEILL.). 

Crypturus tatuapa (TEMM.). 


Subulura suctoria (MOLIN, 1860). 


Sin. Heteracis suctoria MOLIN, 1860. 
Heteracis suctoria DRASCHE, 1882. 
Heterakis suctoria STOSSICH, 1888. 

« Caput strictura a corpore reliquo dis- 
cretum, os orbiculare, magnum, corpus fili- 
forme, densissime transversim striatum; ex- 
tremitas anterior attenuata, apice incrassata, 
alis utrinque latiusculis linearibus transversim 
striatis, caudalis maris longe subulata, fovea 
magna suctoria acetabuliformi, papillis utri- 
que 6, quarum 2 ante, 4 post aperturam 
genitalem; penis brevis subrectus; extremita 
caudalis feminae... Long mar. 0,012, crass. 
0,0002 » 

Ich habe diese Spezies bereits oben er- 
waehnt und gebe hier die Originalbeschrei- 
bung von MOLIN und die Figuren von 
DRASCHE wieder. 


O 


Habitat: Intestino de: 
Caprimulgus campestris e 
Microdactylus cristatus (L.). 


Subulura acutissima MOLIN, 1860. 


Sin. Subulura acutissima MOLIN, 1860. 
Subulura acutissima DIESING, 1860. 
Subulura acutissima DRASCHE, 1882. 
Heterakis acutissima STOSSICH, 1888. 
Subulura acutissima RAILLIET & 

HENRY, 1912. 


“Caput corpore continuum, epidermide 
stricte adnata, os terminale orbiculare, parvum 
papillosum; corpus filiforme, utrinque retror- 
sum magis attenwatum; extremitas anterior 
apice rotundada caudalis maris subulata apice 
acutissimo, inflexa acetabulo, suctoria maximo 
ab apice caudaliremoto, aptera,paribus 4 papilla- 
rum, quorum duo inter acetabulum et aperturam 
genitalem ; duo ante apicem caudalem; vagina 
penis dipetala, cruribus longis et latis, aequa- 
mibus, spiraliter tortis, ex apertura genitali pro- 
minula papillis circumdata ; extremitas caudalis 
feminae longissime subulata, recta, apice acu- 
tissimo, anus ab apice caudali valde remotus ; 
apertura vulvae in posteriori corporis parte 
ante anum, eique propingua (?) Long. mar. 
0,007, fem. 0,012, crass. 0,0003. » 

_ Janos referimos a esta especie no princi- 
pio. 

Reprodusimos a descrição orijinal de MO- 
LIN e as figuras de DRASCHE. 

Habitat: Intestino e proventriculus de Piso- 
rhina atricapilla (TEMM.) e Coccyzus mela- 
coryphus VIEILL. 


Genero Aspidodera RAILLIET & HENRY, 1912. 


Sin. Aspidocephalus DIESING, 1851, no- 
men preoc. 
RUDOLPHI, em 1819, mencionou como 


especie dubia com o nome de Ascaris Didel- 
phidis um nematoide parasito de Didelphis 


murina referido no catalogo do Museu de Vi- 
enna. 

DIESING, em 1851, trabalhando em mate- 
rial colecionado por NATTERER, no Brazil, 
descreveu uma nova especie para a qual criou 
genero novo, Aspidocephalus scoleciformis, 
parasito das seguintes especies : Dasypus sex- 


Vorkommen: Darm von 
Caprimulgus campestris e 
Microdactylus cristatus (L.). 


Subulura acatissima MOLIN, 1550. 


Sin. Subulura acutissima MOLIN, 1860. 
Subulura acutissima DIESING, 1860. 
Subulura acutissima DRASCHE, 1882. 
Freterakis acutissima STOSSICH, 1888. 
Subulura acutissima RAILLIET € 

HENRY, 1912. 


“ Caput corpore continuum, epidermide 
stricte adnata, os terminale orbiculare, parvum 
papillosum; corpus filiforme, utrinque retror- 
sum magis attenuatum; extremitas anterior 
apice rotundada caudalis maris subulata apice 
acutissimo, inflexa acetabulo, suctoria maximo 
ab apice caudaliremoto, aptera,paribus 4 papilla- 
rum, quorum duo inter acetabulum et aperturam 
genitalem ; duo ante apicem caudalem; vagina 
penis dipetala, cruribus longis et latis, aequa- 
mibus, spiraliter tortis, ex apertura genitali pro- 
minula papillis circumdata ; extremitas caudalis 
feminae longissime subulata, recta, apice acu- 
tissimo, anus ad apice caudali valde remotus ; 
apertura vulvae in posieriori corporis parte 
ante anum, eique propinqua (?) Long. mar. 
0,007, fem. 0,012, crass. 0,0093, » 

Diese Art habe ich bereits aniangs er- 
waehnt. Hier folgen die Originalbeschreibung 
von MOLIN und die Figuren von DRASCHE. 

Vorkommen: Darm und Proventriculus 
von Pisorhina atricapilla (TEMM.) und Coc- 
cyzus melacoryphus VIEILL. 


Genus Aspidodera RAILLIET & HEN- 
RY, 1912. 


Syn. Aspidocephalus DIESING, 1851, no- 
men praeocc. 

RUDOLPHI erwaehnte 1819 unter dem 
Namen Ascaris didelphidis als zweiteihafte 
Art einen Nematoden aus Didelphis murina, 
der im Katalog des Wiener Museums ange- 
fuehrt ist. 

Bei Bearbeitung des von NATTERER in 
Brasilien gesammelten Materiales beschrieb 
DIESING 1851 eine neue Art, die er auch 
in ein neues Genus steilte, als Aspidocepha- 
lus scoleciformis. Sie findet sich in folgenden 
Wirten: Dasypus sexcinctus L.; D. villosus 


De Due." ae 2 


cintus L.; Dasypus villosus (FISCHER); Da- 
sypus unicinctus L.; Tolipeutes tricinctus (L.); 
Didelphis murina L. e Didelphis domestica 
(WAG.). 

DIESING identificou a esta especie o 
Ascaris Didelphidis RUDOLPHI 1819, nomen 
nudum. 


MOLIN, em 1860, descreveu com o nome 
de Histiocephalus sabulatus um novo parasito 
de Didelphis nudicaudata (GEOFF); SCH- 
NEIDER em 1866, descreveu com o nome de 
Heterakis fasciata um parasito do Tatus no- 
yemcinctus L. 


DRASCHE em 1883, revendo as coleções 
de MOLIN, verificou que o parasito descrito 
por este helmintolojista com o nome de 
Histiocephalus subulatus, não pertencia ao ge- 
nero Histiocephalus e sim ao Aspidocephalus. 
Tendo DRASCHE nesta ocasião procurado 
os tipos de DIESING sem os encontrar. 


RAILLIET & HENRY, em 1912, verifi- 
caram que o nome Aspidocephalus já tinha si- 
do usado (MOTSCHOULSKY, 1839); deram 
entao ao genero de DIESING o nome de 
Aspidodera e o incluiram na subfamilia Hete- 
rakinae. 


Mais tarde (1913), estes autores, estudan- 
do material de Dasypus villosus (FISCHER) 
encontraram duas especies pertencentes ao 
genero Aspidodera, uma delas foi conside- 
radacomo Aspidodera scoleciformis (DIESING, 
1851) e outra como nova foi descrita com o 
nome de Aspidodera binansata n. sp. muito 
proxima da Aspidodera fasciata (SCHNEI- 
DER, 1266). Ficou então o genero Aspidode- 


ra constituido pelas seguintes especies: A. | 


fasciata SCHN. e A. binansata RAILLIET € 
HENRY. 

RAILLIET & HENRY, quando descreve- 
ram a Aspidodera binansata serviram-se de 
material em máu estado de conservação, por 
isto não puderam observar as papilas da ex- 
tremidade caudal dos machos. 

Aproveitando o material de Dasypodidae, 
existente no Instituto, muito abundante e em 
optimo estado de conservação, encontrámos 


duas especies de Aspidodera, uma que corres- | 


(FISCHER); D. unicinctus L.; Tolipeutes tri- 
cinctus (L.); Didelphis murina L. und D. do- 
mestica (WAG.). 

Mit dieser Art identifizierte DIESING 
Ascaris didelphidis RUDOLPHI 1819, nomen 
nudum. 

MOLIN beschrieb 1883 unter dem Namen 
Histiocephalus subulatus einen neuen Parasi- 
ten von Didelphis nudicaudata (GEOFF.); 
SCHNEIDER dagegen beschrieb 1886 einen 
Parasiten von Tatus novemcinctus L. unter 
dem Namen Heterakis fasciata. 

Bei Revision der Sammlung von MOLIN 
stellte DRASCHE 1883 fest, dass der von 
jenem Helminthologen unter dem Namen 
Histiocephalus subulatus beschriebene Para- 
sit nicht zum Genus Histiocephalus, sondern 
zu Aspidocephalus gehoert, waehrend es ihm 
nicht gelang, die Typen von DIESING auf- 
zufinden. 

RAILLIET und HENRY konstatierten 
1912, dass der Name Aspidocephalus bereits 
vergeben war (MOTSCHOULSKY, 1839); 
sie gaben dann dem Genus von DIESING 
den Namen Aspidodera und stellten es zur 
Subfamilie Heterakinae. 

Spaeter (1913) fanden dieselben Autoren 
bei dem Studium von Material aus Dasypus 
villosus (FISCHER) zwei Arten des Genus 
Aspidoderus, von denen eine als Aspidodera 
scoleciformis (DIESING, 1851) angesehen und 
die andere als neu unter dem Namen 4. bin- 
ansata bechrieben wurde, welche der À. fas- 
ciata (SCHNEIDER, 1866) sehr nahe steht. 
So besteht das Genus Aspidodera aus den 
folgenden Arten: A. scolcciformis (DIES.); 


scoleciformis (DIES.), A. subulata (MOL.) A. | 4: subulata (MOD.), A. fasciata SCHN. und 


A. binansata RAILLIET & HENRY. 
Bei der Beschreibung von A. binansata 


| benutzten RAILLIET & HENRY schlecht 
| erhaltenes Material, weshalb sie sie die Pa- 


pillen am Schwanzende des Maennchens 
nicht beobachten konnten. 
Bei Untersuchung des reichlichen und 


gut konservierten Materiales aus Dasypodi- 


| den, welches im Institut existiert, fand ich 


zwei Arten von Aspidodera, deren eine genau 


AL tao o ARRET 


ponde exatamente á descrição da Asp. scole- 
ciformis (DIES.) de RAILLIET & HENRY e 
outra que corresponde á descrição dos mes- 
mos autores para a Asp. binansata e cuja dis- 
posição das principaes papilas é exatamen- 
te a dada por SCHNEIDER para o Het. fas- 
ciata, por isso, somos de opinião quese trata 
de uma só especie. Quanto á diferença que 
notaram RAILLIET e HENRY nas alças 
dos cordões da extremidade anterior, parece” 
nos insuficiente para distinguir duas especies 
pois, uma fixação má, póde com facilidade 
deformar estas alças. 

Encontrámos, parasitando o Didelphis au- 
rita WIED, uma Aspidodera que consideramos 
nova e que mais adiante descreveremos. 

São estes os caracteres do genero Aspi- 
dodera : Boca com 3 labios; rejião cervical 
com cordões, semelhantes aos das Acuaria, 
descrevendo 6 alças lonjitudinais. De tres das 
voltas anteriores partem canais que vão ter- 
minar nos espaços interlabiais. Esofago com 
um bulbo na extremidade posterior. Membra- 
nas laterais pouco aparentes. 

Femea com a vulva na parte central do 
corpo, acima ou abaixo do meio; ovos eliticos 
de casca fina, sem segmentação na ocasião 
da postura. 

Macho sem bolsa caudal; espiculas iguais, 
acompanhadas duma peça acessoria; ventosa 
mais ou menos circular, de rebordo quitinoso 
com um ou dois nodulos papiliformes. 

Especie tipo : Aspidodera scoleciformis 
(DIESING, 1851) 

Habitat: Intestino de Desdentados e Ma- 
surpiais. 

Este genero consta das seguintes especies, 
das quais apenas uma (A. subulata) ainda 
não foi encontrada no Brazil, onde é possivel 
que se venha a encontrar visto, o seu hospe- 
deiro, habitar tambem este paiz. 

1. A. scoleciformis (DIESING, 1851). 
Sin. Aspidocephalus scoleciformis DIE- 
SING, 1851. 
Aspidodera scoleciformis RAILLIET & 
HENRY, 1912. 
2. A. subulata (MOLIN, 1860). 
Sin. Histiocephalus subulatus MOLIN, 
1860. 


der RAILLIET & HENRY” schen Bechrei- 
bung von A. scoleciformis entspricht, (DIES.), 
indessen die andere mit der Beschreibung der 
A. binansata derselben Autoren uebereinstim- 
mt, waehrend die Anordnung der Hauptpapillen 
derjenigen entspricht, welche Schneider fuer 
H. fasciata gab, so dass ich glaube, dass es 
sich um dieselbe Spezies handelt. Die von 
RAILLIET & HENRY angegebenen Unter- 
schiede an den Schleifen der Krausen des Vor- 
derendes scheinen mir nicht genuegend, um die 
beiden Arten zu unterscheiden, da eine 
schlechte Fixierung diese Schleifen leicht 
deformieren kann. 

In Didelphis aurita WIED. fand ich eine 
Aspidodera, weiche mir neu scheint und wei- 
ter unten beschrieben wird. 

Folgendes sind die Merkmale des Genus 
Aspidodera: Mund mit drei Lippen, Halsge- 
gend mit Krausen, aehnlich, wie bei Acuaria 
welche sechs Laengsschleifen bilden. Von 
drei der vorderen Windungen gehen Kanaele 
aus, welche in den Zwischenraeumen der Lip- 
pen endigen. Oesophagus mit einem Bulbus 
am Hinterende. Seitenmembranen wenig ent- 
wickelt. 

Vulva des Weibchens nahe der Koerper- 
mitte, vor oder hinter derselben; Eier ellip- 
tisch mit duenner Schale und ohne Furchung 
zur Zeit der Ablage. 

Maennchen ohne Bursa caudalis; Spicu- 
la gleich, mit kleinem akzessorischem Stueck; 
Saugnapf mehr oder weniger rund, mit chi- 
tinoesem Saum und einem oder zwei papil- 
lenarigen Knoetchen. 

Typische Art: Aspidodera scoleciformis 
(DIESING, 1851) 

Vorkommen: Im Darm von Edentaten 
und Marsupialien. 

Diese Gattung enthaelt folgende Arten, 
von denen nur A. subulata nicht in Brasili- 
en beobachtet wurde, wo sie aber auch noch 
gefunden werden kann, da ihr Wirt auch hier 


einheimisch ist. 
1. A. scoleciformis (DIESING, 1851). 
Sin. Aspidocephalus scoleciformis DIE- 
SING, 1851. 
Aspidodera scoleciformis RAILLIET 
& HENRY, 1912. 
2. A. subulata (MOLIN, 1860). 
Sin. Histiocephalus subulatus MOLIN, 
1860. 


GRAIG)", pets ANG 


Histiocephalus subulatus ee ees 
1883. 
Aspidodera subulata RAILLIET & 
HENRY, 1912. 
3- A. fasciata (SCHNEIDER, 1866). 
Sin. Heterakis fasciata SCHNEIDER, 1866. 
Heterakis fasciata STOSSICH, 1888. 


Aspidodera fasciata RAILLIET & 


HENRY, 1912. 


| 


Aspidodera binansata RAILLIET & | 


HENRY, 1912. 
4. A. raillieti n. sp. 


Aspidodera scoleciformis (DIESING, 
1851). 


Sin. Aspidocephalus scoleciformis DIE- 
SING, 1851. 
Aspidodera scoleciformis RAILLIET 


& HENRY, 1912. 
Comprimento: ¢ 7 mm.; 2 8 mm. 
Boca com tres labios pequenos e iguais. 

Alças da extremidade cefalica se estendendo 
até cerca de 0,199 mm. da extremidade an- 


um bulbo de forma arredondada de cerca de 
0,217 a 0,235 mm. de diametro; intestino 
com uma dilatação piriforme na extremidade 
anterior. 


Femea com a vulva pouco acima do | 


meio do corpo; ovos eliticos com cerca de 
0,040 mm. de comprimento por 0,027 mm. de 
largura. 


Macho com ventosa circular de cerca de 
0,090 mm. de diametro, provida de pequeno 
nodulo papiliforme no bordo posterior. Apre- 
senta 9 papilas de cada lado, sendo 5 pre- 
anais, das quais duas acimae uma abaixo da 
ventosa, bem visiveis; tres ao lado do anus, 
tres postanais, sendo uma muito pequena | 


| 
| 
| 


| 
| 


| rande ein papillenartiges 


Histiocephalus subulatus DRASCHE, 
1883. 
Aspidodera subulata RAILLIET & 
HENRY, 1912. 
3- A. fasciata (SCHNEIDER, 1866). 

Sin. Heterakis fasciata SCHNEIDER, 1866. 
Heterakis fasciata STOSSICH, 1288, 
Aspidodera fasciata RAILLIET & 

HENRY, 1912. 
Aspidodera binansata RAILLIET & 
HENRY, 1912. 
4. A. raillieti n. sp. 


Aspidodera scoleciformis (DIESING, 
1851). 


Sin. Aspidocephalis scoleciformis DIE- 
SING, 1851. 

Aspidodera scoleciformis RAILLIET 
& HENRY, 1912. 

Laenge: 3 7, 2 8 Mm. 

Mund mit drei gleichen,kleinen Lippen. 


Schleifen des Kopfendes bis 0,199 Mm. vom 


: À iched. Oesophagus am Hinter- 
terior. O esofago tem na extremidade posterior | OS TO PA 


ende mit einem rundlichen Bulbus von ca. 


0,217-0,235 Mm. Durchmesser; Darm am 


| Vorderende mit birnfoermiger Erweiterung. 


Vulva des Weibchens etwas vor der 


Koerpermitte; Eier elliptisch, 0,040 Mm. lang 


| und 0,027 breit. 


Maennchen mit rundem Saugnapf von 
ca. 0,000 Mm. Durchmesser, der am Hinter- 
Knoetchen zeigt. 
Jederseits neun Papillen fuenf sehr deutliche 


| praeanal, von denen zwei vor und eine hin- 
ter dem Saugnapfe stehen, ferner drei neben 


| und drei hinter dem Anus, darunter eine sehr 


proxima da extremidade e as outras entre esta | 


e o anus. Espiculas iguais, longas e delgadas; 
medem cerca de 0,905 mm. de comprimento; 
peça acessoria de cerca de 0,181 mm. de 
comprimento. A extremidade caudal dista 
do anus cerca de 0,362 mm. 


Esta especie encontrám empr - | À 
A UE A zusammen gefunden, von der sie makrosko- 


ciada á A. fasciata com a qual se confunde 
macroscopicamente. 


aida diesem und dem Anus. 
| gleich lang und duenn, ca. 
| das akzessorische Stueck nur 0,181, 


_kleine nahe am Schwanzende, die andern 
Spicula 
0,905 Mm. lang, 


Abstand 


| des Afters vom Schwanzende ca. 0,362 Mm. 


| 


| 


Diese Art habe ich nur mit À. fasciata 


pisch nicht zu unterscheiden ist. 


ee nr 


Habitat: Caecum de: 

Tatus novemcinctus L. 

Tolypeutes tricinctus (L.) 

Dasypus (Dasypus) sexcinctus, L. 

Dasypus (Chaetophractus) villosus (FIS- 
CHER). 

Dasypus (Cabassus) unicinctus L. 

? Didelphys (Mormosa) murina L. 

? Didelphys (Peramys) domestica (WAG- 
NER). 


Aspidodera subulata (MOLIN, 1860). 


Sin. Histiocephalus subulatus MOLIN, 

1860. 

Histiocephalus subulatus DRASCHE, 

1883. 

Aspidodera subulata RAILLIET & 

HENRY, 1912. 

Cabeça com 3 labios, sendo: o dorsal me- 
nor que os ventrais; cordões da extremidade 
cefalica em numero de 8. 

Macho com ventosa circular de rebordo 
quitinoso. Espiculas quasi iguais com a pon- 
ta romba. Papilas em numero de 3 de cada 
lado, sendo duas preanais, das quais uma 
junto ao bordo anterior da ventosa e outra 
postanal. 

DRASCHE diz, que havia na coleção de 
MOLIN, um exemplar macho desta especie 
o qual estava com a extremidade caudal par- 
tida. Refere este autor a existencia de oito 
alças na extremidade anterior, porém, é bem 
provavel, como salientam RAILLIET & HEN- 
RY, que se trate de erro. 

Habitat: Didelphis (Metachirus) nudicau- 
data (GEOFF.) 

Aspidodera fasciata (SCHNEIDER, 1866). 


Sin.: Heterakis fasciata SCHNEIDER, 
1866. 
Heterakis fasciata STOSSICH, 1888. 
Aspidodera fasciata RAILLIET € 
HENRY, 1913. 
Aspidodera binansata RAILLIET & 
HENRY, 1912. 
Comprimento : Y 7 a8mm.; 9 9 a 10 
mm. 
Boca com 3 labios. As alças dos cordões 
da extremidade cefalica estendem-se até cer- 


| 
| 


Vorkommen: Coecum von 

Tatus novemcinctus L. 

Tolypeutes tricinctus (L.) 

Dasypus (Dasypus) sexcinctus, L, 

Dasypus (Chaetophractus) villosus (FIS- 
CHER). 

Dasypus (Cabassus) unicinctus L. 

? Didelphys (Mormosa) murina L. 

? Didelphys (Peramys) domestica (WAG- 
NER). 

Aspidodera subulata (MOLIN, 1860). 
Sin. Histiocephalus subulatus MOLIN, 
1860. 

Histiocephalas subulatus DRASCHE, 

1883. 

Aspidodera subulata RAILLIET € 

HENRY, 1912. 

Kopf mit drei Lippen, die dorsale kuerzer, 
als die ventralen; am Kopfende acht Krau- 
sen. 

Saugnapf des Maennchens rund, mit chi- 
tinoesem Saum. Spicula fast gleich, mit abge- 
rundeter Spitze. Jederseits drei Papillen, eine 
hinter und zwei vor dem Anus; von letzte- 
ren eine nahe am Vorderraude des Saugna- 
pfes. 

DRASCHE sagt, dass sich in der Sam- 
mlung von MOLIN ein Maennchen dieser 
Art vorfand, bei welchem das Schwanzende 
abgebrochen war. Derselbe erwaehnt das 
Vorkormmen von acht Schleifen am Vorde- 
rende, doch ist es, wie RAILLIET € HENRY 
betonen, sehr wahrscheinlich, dass hier ein 
frrtum vorliegt. 

Vorkommen: Didelphis (Metachirus) nu- 
dicaudata (GEOFF.) 

Aspidodera fasciata (SCHNEIDER 1866). 

Sin.: Heterakis fasciata SCHNEIDER, 

1866. 

Heterakis fasciata STOSSICH, 1888. 

Aspidodera fasciata RAILLIET & 
HENRY, 1913. 

Aspidodera binansata RAILLIET & 
HENRY, 1912. 

Laenge: d 7 a 8 mm.; Y 9 a 10 mm. 

Mund mit drei Lippen. Die Schleifen 
der Krausen am Kopfende erstrecken sich bis 


— 308 ——— 


ca de 0,450 mm. da extremidade anterior. 
Esofago, com cerca de 1,44 mm. de compri- 
mento, é provido, na extremidade posterior, 
dum bulbo mais ou menos esferico de diame- 
tro de cerca de 0,20 mm.; o intestino tem 
uma dilatação piriforme na extremidade an- 
terior. 


Femea com a vulva pouco acima do meio 
do corpo; ovos eliticos com cerca de 0, 052 
mm. de comprimento por 0,043 mm. de lar- 
gura. A extremidade caudal, dista do anus 
cerca de 0,48 mm; macho com ventosa circu- 
lar de cerca de 0,090 mm. de diametro, pro- 
vido dum pequeno nodulo papiliforme no 
bordo posterior. Tem cerca de 40 papilas de 
-cada lado; das quais 12 preanais, sendo duas 
entre o anusea ventosa e 6 acima e 4 ao lado 
desta ; 26 postanais dispostas em tres filas lon- 
jitudinais. Espiculas iguais, curtas e curvas 
em arco, medem cerca de 0,36 mm. de com- 
primento. Peça acessoria de cerca de 0,150 
mm. de comprimento. A extremidade caudal 
dista do anus cerca de 0,270 mm. 


Habitat : 
ctus L. 


Tolypentes tricinctus (L.) 


Intestino de Tatus novemcin- 


Aspidodera raillieti n. sp. 


Comprimento: g 4 a 5 
mm. 


mm.; d 5a 6 


Boca com tres labios pequenos sub- 
iguais. As alças dos cordões da extremidade 
cefalica estendem-se até cerca de 0,126 mm. 
da extremidade anterior. Esofago com cerca 
de 0,9 mm. de comprimento, com um bulbo 
de cerca de 0,1 mm. de diametro. Intestino 
com uma dilatação piriforme na extremidade 
anterior. 


Femea com a vulva abaixo do meio do 
corpo; ovos eliticos com cerca de 0,050 mm. 
de comprimento por 0,037 mm. de maior lar- 
gura; a extremidade caudal dista do anus 
cerca de 0,9 mm. 


Macho com a ventosa circular de diame- 
tro de cerca de 0,071 mm., tendo dois nodu- 
los papiliformes, um do bordo posterior e 
outro no anterior. 


ca. 0,45 Mm. vom Vorderende. Oesophagus ca. 
1,44 Mm. lang, am Hinterende mit mehr oder 
za. 0,20 Mm. 
birnfoermiger Er- 


weniger rundem Bulbus von 
Durchmesser; Darm mit 
weiterung am Vorderende. 

Vulva des Weibchens etwas vor der Koer- 
permitte ; Eier elliptisch, ca. 0,052 Mm. lang 
und 0,043 Mm. breit. Abstand von Anus und 
Schwanzspitze za. 0,48 Mm. 

Maennchen mit rundem Saugnapf von 
za. 0,090 Mm. Durchmesser, am Hinterrande 
mit einem papillenartigen Knoetchen. Jeder- 
seits za. 40 Papillen, davon 12 praeanal, zwei 
derselben zwischen Anus und Saugnapf, 6 
vor und 4 neben demselben, ferner 26 pos- 
tanal, in drei Laengsreihen angeordnet. Spi- 
cula gleich, kurz und gebogen, za. 0,36 Mm. 
lang, akzessorisches Stueck za. 0,150. Abstand 
von Anus und Schwanzende za. 0,270 Mm. 

Vorkommen: Darm von 

Tatus novemcinctus L. 
Tolypentes trincinctus (L.) 


Aspidodera raillieti n. sp. 


Laenge: d 4-5, Q 5-6 Mm. 

Mund mit drei, kaum verschiedenen Lip- 
pen. Die Schleifen der Krausen am Kopiende 
erstrecken sich bis ca. 0,126 Mm. vom Vor- 
derende. Oesophagus ca. 0,9 Mm. lang, mit 
einem Bulbus von ca. 0,1 Mm. im Durchmes- 
ser. Darm mit birnfoermiger Erweiterung 
am Vorderende. Vulva des Weibchens hinter 
der Koerpermitte; Eier elliptisch, von ca. 
0,050 Mm. Laenge und 0,037 groesster Bret- 
te; Abstand von Anus und Schwanzspitze 
ca. 0,9 Mm. 

Maennchen mit rundem Saugnapf von ca. 
0,071 Mm. Durchmesser, am Vorder und Hin-. 


terrande je ein papillenfoermiges Knoetchen. 


Tem 10 papilas de cada lado, sendo 
tres preanais, bem visiveis, situadas : uma acima 
outra junto ao bordo anterior e outra junto 
ao bordo posterior da ventosa; uma muito 
pequena ao lado do anus; 6 postanais 
muito pequenas, sendo uma logo abaixo do 
anus e 4 equidistantes entre si perto da extre- 
midade. Espiculas muito grandes, medindo cer- 
ca de 0,76 mm. de comprimento. Peça acessoria 
com cerca de 0,144 mm. de comprimento. 

A extremidade caudal dista do anus 
cerca de 0.36 mm. 

Habitat : 
WIED. 

Esta especie não é comum e existe sem- 
pre em pequeno numero nos animais parasi- 


tados; o nome foi dado em homenajem ao 
Prof. A. RAILLIET. 


Genero Dacnitis DUJARDIN, 1845. 


Sin. Pleurorinchus NAU, 1787. 
Pleurorhynchus RUDOLPHI, 1810. 
Stelmius DUJARDIN, 1845. 
Dacnitis V. BENEDEN, 1858. 
Heterakis SCHNEIDER, 1866 pro 

parte. 
Heterakis STOSSICH, 1888 pro parte. 


Genero criado por DUJARDIN em 1845; 
foi mais tarde fundido ao Fleterakis por 
SCHNEIDER e STOSSICH. 

Boca elitica de situação dorso ventral, 
com duas vaivas laterais; esofago sem bulbo. 


Caecum de Didelphis aurita 


Femea com a vulva no meio do corpo. 

Macho com espiculas iguais, acompanha- 
das de peça acessoria; ventosa sem rebordo 
quitinoso. 

Especie tipo: 
JARDIN, 1845. 

Habitat : Intestino de peixes. 

Como dissemos atrás, somos de opinião 
que este genero deva ser retirado desta sub- 
familia. Nunca foram encontradas no Brazil, 
especies deste genero. 


Genero Sissophyilus RAILLIET & HENRY, 1912. 


Dacnitis esuriens DU- 


Boca com tres labios complexos arma- 
dos de dentes e laminas. Esofago dividido 


309 


Jederseits 10 Papillen, davon drei sehr deu- 
tiiche praeanal, von denen je eine vor dem 
Vorderrande, sowie nahe am Vorder- und 
Hinterrande des Saugnapfes steht, ferner 
eine sehr kleine neben dem After und sechs 
kleine hinter demselben, eine ganz in seiner 
Naehe und vier andere in gleichen Abstaen- 
den nahe der Schwanzspitze. Spicula sehr 
gross, ca.. 0,76 Mm. lang, das akzessorische 
Stueck 0,144. Abstand von Anus und Schwanz- 
spitze za. 0,36 Mm. 

Vorkommen: Coecum von Didelphis au- 
rita WIED. 

Diese kleine Art ist nicht haeufig und 
findet sich in jedem Wirte nur in geringer 
Zahl; sie wurde Hrn. Prof. A. RAILLIET 
gewidmet. 

Genus Dacnitis DUJARDIN, 1845. 


Sin. Pleurorinchus NAU, 1787. 
Pleurorhynchus RUDOLPHI, 1810. 
Stelmius DUJARDIN, 1845. 
Dacnitis V. BENEDEN, 1858. 
Heterakis SCHNEIDER, 1866 pro 

parte. 
Heterakis STOSSICH, 1888 pro par- 
te. 

Die Gattung wurde 1845 von DUJAK- 

IN errichtet und spaeter von SCHNEIDER 
und STOSSICH zu Heterakis gezogen. 

Mund laengselliptisch mit zwei Seiten- 
klappen; Oesophagus ohne Bulbus. Vulva 
des Weibchens in der Mitte des Koerpers. 

Spicula des Maennchens gleich, von ei- 
nem akzessorischen Stuecke begleitet; Saug- 
nepf ohne chitinoesen Saum. 

Typische Art: Dacnitis esuriens DUJAR- 
DIN, 1845. 

Vorkommen: Darm von Fischen. 

Wie schon oben gesagt, glaube ich, dass 
dieses Genus aus unserer Subiamilie entfernt 
werden muss. Arten desselben wurden in 
Brasilien niemals beobachtet. 


Genus Sissophyllus RAILLIET € HEN- 
RY, 1912. 


Mund mit drei komplizierten, mit Zaeh- 
nen und Platten versehenen Lippen. Oeso- 
phagus in drei Teile geteilt, mit einem Bul- 
bus im letzten. 


—— 310 — 


em tres partes e com um bulbo na parte 
posterior. 

Femea com vulva situada no terco pos- 
terior; ovos de casca delgada, segmentados 
no momento da postura. 

Macho sem azas caudais; espiculas quasi 
iguais, acompanhadas duma peca acessoria; 
ventosa preanal sem rebordo quitinoso. 

Especie tipo: Sissophyllus laverani RAIL- 
LIET & HENRY, 1912. 

Deve ser incluido neste genero, o para- 
sito de Testudo sp. ?, descrito em 1890 por 
SONSINO sob o nome de Heterakis feae. 
Não são conhecidas especies brazileiras de 
Sissophyllus. Somos de opinião que este ge- 
nero não deve fazer parte da subtamilia Hete- 
rakínae. 


Damos em seguida a lista dos animais 
hospedadores das especies de Heterakinae en- 
contradas no Brazil; nesta lista vão tambem 
os nomes dos hospedeiros exoticos das es- 
pecies cosmopolitas. 

Não foi facil procurar os nomes atuais 
das aves brazileiras e alguns ha, de que não 
encontrámos referencia nos diversos traba- 
lhos que consultámos, como por exemplo, 
Crypturus cupreus que é evidentemente um 
sinonimo, porém, dele, não encontrámos 
nenhuma referencia. Muitas aves se apre- 
sentavam com dois nomes, como verificámos, 
sobretudo na familia Psittacidae. 

Servimo-nos para a confeção da lista, dos 
trabalhos de HAGMANN, publicados no 
Boll. do Museu Goeldi, dos de v. IHERING 
publicados pelo Museu Paulista, dos de 
GOELDI sobre a fauna brazileira e do ca- 
talogo de mamiferos de TROUESSART. 


Vulva des Weibchens im hinieren Drittc 
gelegen; die duennschaligen Fier bei der 
Ablage gefurcht. 

Maennchen mit ungefluegeltem Schwan- 
ze; Spikula fast gleich, von einem akzesso- 
rischen Zwischenstueck begleitet; Saugnapt 
ohne chitinoesen Saum. 

Typische Spezies: Sissophyllus laverani 
RAILLIET & HENRY, 1912. 

Der Parasit von Testudo spec., welcher 
1890 unter dem Namen Heterakis feae von 
SONSINO beschrieben wurde, muss in die- 
ses Genus gestellt werden, von welchem bra- 
silianische Arten nicht bekannt sind. Ich 
glaube, dass die Gattung nicht in die Subfa- 
milie Heterakis gehoert. 

Nachtraeglich gebe ich eine Liste der 
Wirte der brasilianischen  Heterakisarten, 
welche bei den kosmopolitischen Arten auch 
die Namen der exotischen Wirte einschliesst. 

Es war nicht leicht, die aktuellen Namen 
der Wirtstiere der hiesigen Arten festzustel- 
len; einige der angegebenen Namen, die 
offenbar Synonyma sind, wie Crypturus cu- 
preus, kounte ich in der konsultierten Litte- 
ratur nicht anffinden. Viele Voegel waren mit 
zwei Namen vertreten, wie ich besonders bei 
den Psittaciden feststelite. 

Bei Auístellung der Liste benutzte ich die 
Arbeiten von HAGMANN in Boll. do Museu 
Goeldi, die im Museu Paulista publizierten von 


V. IHERING, die von GOELDI ueber die 
brasilianische Fauna und den Katalog der 
Saeugetiere ven TROUESSART. 


MAMMALIA. 


CEBIDAE 


Callicebus caligata (WAGNER). (Uapussá). 
Subulura distans (RUDOLPHI, 1819). 


CERCOPITHEC!DAE 
Cercopithecus sabaeus L. 


Subulura distans (RUDOLPHI, 1819). 


Cercocebus fuliginosus GEOFF. 


Subulura distans (RUDOLPHI, 1819). 


311 


CALLITRICHIDA E 
Callithrix jacchus L. (Sagui). 
Subulura distans (RUDOLPHI, 1819). 
Callithrix melanurus GEOFF. 
Subulura distans (RUDOLPHI, 1819). 
Callithrix crysoleucus (NATT.). 
Subulura distans (RUDOLPHI, 1819). 
Midas bicolor SPIX. 
Subulura distans (RUDOLPHI, 1819). 
CAVIDAE 


Cavia aperea ERXL. (Preá). 
Heterakis uncinata (RUDOLPHI, 1819). 
AGOUTIDAE à 
Agouti paca L. (Paca). 
Heterakis uncinata (RUDOLPHI, 1819). 
MURIDAE 


Mus decumanus PALL. (Rato comum). 
Heterakis spumosa SCHNEIDER, 1866. 
DASYPODIDAE 


Dasypus yey sexcinctus L. pia dade 
spidodera scoleciformis (DIESING, 1851). 
Dasypus (Caetophractus) villosus (FISCHER). 
Aspidodera scoleciformis (DIESING, 1851). 
Dasypus (Cabassus) unicinctus L. 
‘ Aspidoderu scoleciformis (DIESING, 1851). 
Tatus novemcinctus L. (Tatá galinha). 
Aspidodera scoleciformis (DIESING, 1851). 
Aspidodera fasciata (SCHNEIDER, 1866). 
DIDELPHYIDAE 
Didelphys (Mormosa) murina L. 
Aspidodera scoleciformis (DIESING, 1851). 
Didelphys (Peramys) domestica (WAGNER). 
Aspidodera scoleciformis (DIESING, 1851). 
Didelphys (Metachirus) nudicaudata (GEOFF.). (Cuica) 
Aspidodera subulata (MOLIN, 1860). ; 
Didelphys (Didelphys) aurita WIED. [Gambá (Rio), sariguê (Bal. ia), mucura (Pará] 
Aspidodera raillieti mihi. 


AVES 


RHEIDAE 
Rhea americana der (Nandú-Ema). 
Heterakis orthocerca STOSSICH, 1904. 
TINAMIDAE 


Tinamus n. sp. ? (Macuco). 

Heterakis valvata SCHNEIDER, 1866. 
Crypiurus sp. ? (Inhambú, Inambú). 

Heterakis alata SCHNEIDER, 1866. 

Subulura strongylina (RUDOLPHI, 1819) 
Crypturus tataupa (TEMM.). (Inambá chitam). 

Subulura strongylina (RUDOLPHI, 1819). 
Crypturus noctivagus (WIED.) (Jaó). 

Heterakis valvata SCHNEIDER, 1866. 
Crypturus cupreus ? 

Heterakis arquata SCHNEIDER, 1866. 

Heterakis valvata SCHNEIDER, 1866. 
Rhynchotus rufescens (TEMM.) (Perdiz). 

Ascaridia brasiliana (LINSTOW, 1899). 

CRACIDAE 


Penelope humeralis (TEMM.) (Jaci). 


ME 


Heterakis serrata SCHNEIDER, 1866. 
Meleagris gallopavo L. (Perú). 
é Heterakis vesicularis (FROELICH, 1791). 


ODONTHOPHORIDA E 
Odonihophorus capueira (SPIX.). (Capoeira, Uri). 
Heterakis fariai mihi. 
Subulnra strongylina (RUDOLPHI, 1819). 
PHASIANIDA E 
Phasianus colchicus L. 
Heterakis vesicularis (FROELICH, 1791). 
Phasianus pictus L. 
Heterakis vesicularis (FROELICH, 1791). 
Phasianus nyctemerus L. 
Heterakis vesicularis (FROELICH, 1791). 
Pavo cristatus L. (Pavão). 
Heterakis vesicularis (FROELICH, 1791). 
Gallus domesticus L. (Galo domestico). y 
Ascaridia brasiliensis (MAGALHÃES, 1892). 
Ascarídia lineata (SCHNEIDER, 1866). 
Heterakis vesicularis (FROELICH, 1791). 
Subulura strongylina (RUDOLPHI, 1819). 
Subulura suctoria (MOLIN, 1860). 
Numida meleagris L. (Galinha d’Angola). 
Heterakis vesicularis (FROELICH, 1791). 
TETRAONIDAE 


Teirao urogallus L. 

Heterakis vesicularis (FROELICH, 1791). 
Tetrao bonasia L. 

Heterakis vesicularis (FROELICH. 1791). 
Perdix cinerea BRISS. 

Heterakis vesicularis (FROELICH, 1791). 
Perdix saxatilis M. W. 

Heterakis vesicularis (FROELICH, 1791). 
Lagopus mutus LEACH. 

Heterakis vesicularis (FROELICH, 1791). 
Coturnix dactylisonans MEYER. 

Heterckis vesicularis (FROELICH, 1791). 
Ortix virginianus GOULD. 

Heterakis vesicularis (FROELICH, 1791). 

COLUMBIDAE 

Columba livia L. 

Ascaridia columbae (GMELIN, 1789). 
Columba livia domestica L. (Pombo domestico). 

Ascarídia columbae (GMELIN, 1789). 
Columba gutturosa. 

Ascarídia columbae (GMELIN, 1789). 
Coluinba speciosa GM. (Rola pedrez). 

Ascaridja columbae (GMELIN, 1789). 
Columbula picui (TEMM). (Picui peba, rolinha). 

Ascaridia columbae (GMELIN, 1789). 
Columbigallina apa te & KNIP.). (Picui-caboclo, Pomba cabocla, 

olinha). 

Ascaridia columbae (GMELIN, 1789). 
Turtur risorius SSW. 

Ascaridia columbae (GMELIN, 1789). 
Stictoenas arquatrix. 

Ascaridia columbae (GMELIN, 1789). 
Geotrygon montana (L.). (Juriti). 

Ascaridia magalhãesi mihi. 


313 


PSOPHIIDAE 
Psophia viridis SPIX (Jacamin una). 
Heterakis arquata SCHNEIDER, 1866. 
Heterakis psophiae mihi. 
CICONIIDAE 
Euxenura maguari (GM.). (Cabeca de pedra, Jabirti-moleque). 
Heterakis valdemucronata (MOLIN, 1860). 
ANATIDAE 


Anas boschas L. (Marreco). 

Ascaridia lineata (SCHNEIDER, 1866). 

Heterokis vesicularis (FROELICH, 1791). 
Anas tadorna L. 

Heterakis vesicularis (FROELICH, 1791) 
Chenopsis atrata LATH. 

Heterakis vesicularis (FROELICH, 1791). 

CARIAMIDAE 


Microdactylus cristatus (L.). (Siriema). 
Heterakis laticaudata (MOLIN, 1860). 
Subulura strongylina (RUDOLPHI, 1819). 
Subulura suctoria (MOLIN, 1860). 
Otis tarda L. 
Heterakis vesicularis (FROELICH, 1791). 
Otis tetrax L. 
Heterakis vesicularis (FROELICH, 1791). 
BUBONIDAE 


Pisorhina atricapilla (TEMM.) 
Subulura strongylina (RUDOLPHI, 1819). 
PSITTACIDAE 


Ara arauna (L.). (Ararauna, Canindé). 

Ascaridia truncata (ZEDER, 1803). 
Ara macao (L.). (Arara vermelha, Arara piranga, Macao). 

Ascarídia truncata (ZEDER, 1803). 
Ara chloroptera GRAY. (Arara vermelha, Arara piranga). 

Ascaridia truncata (ZEDER, 1803). 
Conurus haemorrhous (SPIX.). (Maitaca) 

Ascaridia truncata (ZEDER, 1803). 
Conurus solstitialis (L.).(Quijuba). 

Ascaridia truncata (ZEDER, 1803). 
Conurus leucophthalmus (MUELL). (Araguahy). 

Ascaridia truncata (ZEDER, 1803). 
Conurus aeruginosus (L.). 

Ascaridia truncata (ZEDER, 1803). 
Phyrrhura leucotis (KUHL.). (Tiriba pequena). 

Ascaridia truncata (ZEDER, 1803). 
Amazona vinacea (KUHL.). (Juro-eba, Peito roxo). 

Ascaridia truncata (ZEDER, 1803). 
Amazona farinosa (BODD.). (Juruassú). 

Ascaridia truncata (ZEDER, 1803). 
Amazona aestiva (L.). (Papagaio verdadeiro). 

Ascaridia truncata [ZEDER, 1803]. 
Amazona festiva (L.). 

Ascaridia truncata [ZEDER, 1803]. 
Pionus menstruus [L.]. (Maitaca). 

Ascaridia truncata [ZEDER, 1803]. 
Pionus fuscus [MUELL.]. 

Ascaridia truncata [ZEDER, 1803]. 
Psittacus dominicensis L. 

Ascaridia truncata [ZEDER, 1803]. 
Psittacus phoenicurus NATT. 

Ascaridia truncata [ZEDER, 1803]. 
Psittaccus sulfureus L. 


Ascaridia truncata {ZEDER, 1803]. 
CAPRIMULGIDAE 


Podager nacunda [WIEILL.]. (Corucão). 

Subulura strongylina (RUDOLPHI, 1819]. 
Caprimulgus campestris 

Ascaridia amblimoria [DRASCHE, 1883]. 

Subulura suctoria [MOLIN, 1860]. 
Caprimulgus ruficollis TEMM. 

Subulura strongylina [RUDOLPHI, 1819]. 
Caprimulgus nacandua 

Subulura strongylina [RUDOLPHI, 1819]. 
Caprimulgus urutau LATH. (Urutão). 

Subulura strongylina [RUDOLPHI, 1819]. 

CUCULIDAE 


Coccyzus melanocoryphus VIEILL. 
Subulura acutissima MOLIN, 1860. 
Subulura strongylina [RUDOLPHI, 1819]. 
Cuculus tinguaçu NATT. 
Subulura strongylina [RUDOLPHI, 1819]. 
BUCCONIDAE 


Bucco campensis L. 

Subulura strongylina [RUDOLPHI, 1819]. 
Bucco swainsoni GRAY. (João do mato). 

Subulura strongylina [RUDOLPHI, 1819]. 
Bucco tamatia GM. 

Subulura strongvlina [RUDOLPHI, 1819]. 
Bucco striolatus PELZ. 

Subulura strongylina [RUDOLPHI, 1819]. 
Bucco melanoleucus L. 

Subulura strongylina [RUDOLPHI, 1819]. 
Bucco rufiventris NATT. 

Subulura strongylina (RUDOLPHI, 18191. 
Malacoptila torquata HAHAN & KUERT. (João barbudo). 

Subulura strongylina [RUDOLPHI, 1819). 
Nonula rubecola [SPIX.]. 

Subulura strongylina [RUDOLPHI, 1819]. 
Chelidoptera tenebrosa [PALL.]. (Andorinha do mato). 

Subulura strongylina [RUDOLPHI, 1819]. 
Monasa leucops TEMM. 

Subulura strongylina [RUDOLPHI, 1819]. 
Monasa tranquilla VIEILL. 

ubulura strongylina [RUDOLPHI, 1819]. 


REPTILIA, 


VIPERIDAE 
Crotalus sp. ? (Cascavel). 
Heterakis flexuosa SCHNEIDER, 1866. 
TENDAE 
Tupinambis teguixin L. (Lagarto). 
Heterakis turgida SCHNEIDER, 1866. 
Lacerta campestris ? 
Heterakis campanula LINSTOW, 1899. 


Manguinhos, Setembro 1913. 


BLOME 
DIESING 
DIESING 


DRASCHE 


DRASCHE 


DUJARDIN 


GENDRE 
GENDRE 
GENDRE 
GENDRE 
GENDRE 
LEIPER 


LINSTOW 
LINSTOW 


LINSTOW 
LINSTOW 
LINSTO 77 


LINSTOW 


LINSTOW 
LINSTOW 
LINS TOY 


LINSTOW 


LINSTOW 


1899 


1901 


—— 315 — 


BIOGRAFIA. 


Ueb. zwei neue Wurmspezies: Trichosomum papillosum und 

Heterakis cylindrica. 
Inaugural-Dissertation. Bern. 

Revision der Nematoden. 

Sitz. — Ber. Akad. Wiss. Wien. Mathemat.—naturw. Classe 
Vol, 42 (28) pp. 595-736. 

Sechzehn Gattungen von Binnenwiirmern und ihre Arten. Denkschr. 
d. k. k. Akad. d. Wiss. Wien. Mathem,—naturw. Classe 
Bd. 9, Abt. 1. 

Revision der in der Nematoden -Sammlung des K. K, zoologi- 
schen Hofcabinetes befindlichen Original Exemplare Diesin- 
g’sund Molin's. 

Verhandl. k. k. zool. -bot. Ges. Wien, 

Helminthologische Notizen 
Verhandl. k. k. zool. -bot. Ges. Wien. 

Histoire naturelle des helminthes. Paris. 


Notes d’helminthologie africaine. 
Proc.—Verb. Soc. Linn. Bordeaux. Janvier 
Notes d’helminthollogie africaine. 
Proc. - Verb. Soc. Linn. Bordeaux. Avril. 
Notes d’helminthologie africaine ( 2me note ), 
Proc. Verb. Soc. Linn. Bordeaux. Janvier 
Notes d’helminthologie africaine ( 3me note ). 
Proc. Verb. Soc. Linn. Bordeaux. Avril. 
Sur quelques espéces d’Hétérakis du Dahomey. 
Proc. Verb. de la Soc. Linn. de Bordeaux. 
An account of some helminthes contained in Dr. C. 
Wenyon’s collection from the Sudan. 
3rd Report Wellcome Res. Labor. Gordon Mem, Coll. 
Khartoum p. 187 
Compendium der Héminthologie — Hannover. 


Helminthologische Studien. 
Arch. f. Naturges, Bd. 44. p. 165 
( Taf. XI u. XII fig. 22,224 & 13) 
Nematoden, Trematoden und Acanthocephalen, gesammelt von 
Prof. Fedtschenko in Turkestan. 
Arch. f. Naturges. Bd. 49. p. 274 
Helminthologisches. 
Arch, f. Naturges. Bd. 50 p. 125 
Compendium der Helminthologie — Hannover. 


Parasiten, meistens Helminthen, aus Siam, 
Arch. f. mikrosk. Anat. u. Entwickl. 
Bd. 62. p. 108 (T.V., fig. 5 & 6). 
Heterakis sonsinoi. 
Centralbl. f. Bakt. u. Parast. Orig. Bd. 15 p. 733. 
Nemathelminthen, groesstenteils in Madagaskar gesammelt, 
Arch. f. Naturges. Bd. 63 p. 27 (Taf. IV, fig. 5). 
Nemathelminten, gesammelt von Herrn Prof. Dr, 
F. Dahl im Bismarck — Archipel. 
Arch. f. Naturges. Bi. 63 p. 191 (Taf. 1, fig. 10), 
Nematoden aus der Berliner zoologischen Sammlung beschrieben. 
Mitt. aus d. Zool. Mus. f. Naturkunde Berlin, 
Bd. |. Heft 2. ( Taf. IL Fig. 16,19,20,21), 
Helminthen von den Ufern des Nyassa—Sees. Ein Beitrag zur 
Helminthen — Fauna von Sued — Afrika. 
Zeits. 1. Maturwiss, hrsg. von der med. -nat. 
Ges, zu Jena. Bd. 35. p. 409. (Taf. XIII, Fig. 7,8,9). 


LINSTOW 


LINSTOW 
LINSTOW 
LINSTOW 


LINSTOW 


LINSTOW 
LINSTOW 


MAGALHÃES 


PARONA 


RAILLIET 


1902 


1904 
1906 
1906 


1906 


1907 
1909 
1892 
1890 


1895 


16 


Beobachtungen an neuen und bekannten Nemathelminthen. 
Arch. f. mikroskop. Anatomie u. Entwickl. Bd. 60 
p. 217 ( Taf. XIII, Fig. 2). 
Nematoda in the collection of the Colombo Museum. 
Spol. Zeyl Vi fips Ol: 
Nematoden des zool. Mus. in apna CR 
Arch. f. Naturges. Bd.72, p. 249 ( Taf.XVI & XVII, Fig. 4 a 8). 
Neue Helminthen. 
Centraibl. f. +4 u. Parasit. Orig. Bd.41 p. 794 [ Taf. 1, 
Fig. 1-2). 
Helminthes font the collection of the Colombo Museum. Spolia 
Zeylanica, Vol. III, p. 163. 
[ Pl. I, fig. 9 & P. UT, Fig. 49]. 
Nematoden aus den Kgl. zoologischen Museum zu Berlin. 
Mitt. aus dem Zool. Mus. in Berlin. Bd. 111, Hit. 3 pg. 250. 
Neue Helminthen aus Deutsch Suedwest-— Afrika. 
Centralbl. f. Bakt. u. Parasit. Orig. Bd.50 hft.4 p. 448. 
Notes d’Helminthologie Brésilienne [II note]. Bull. de la Soc. 
Zool. de France. V. 17, p. 219. 
Sopra alcuni elminti di vertebrati Birmani raccolti da Leonardo. 
Annali del Museo Cívico di Storia natur. di Genova Ser. 
2. V. VII [ XXVII]. 
Traité de zoologie médicale et agricole — Paris. 


RAILLIET & HENRY 1912 Quelques Nématodes parasites des Réptiles. Bull. Soc. Pathol. 


RAILLIET & HENRY 1913 


RAILLIET & LUCET 1802 
RATZ, STEFAN VON 1897 


RATZEL 


RUDOLPHI 
SCHNEIDER 


STOSSICH 


STOSSICH 
STOSSICH 
STOSSICH 


1868 
1819 
1866 
1888 
1892 
1904 


1905 


éxot. p. 151. 
Observations sur les Nématodes parasites du genre Aspidodera 
Raill. et Henry, 1912. 
Bull. du Muséum nation. d’Hist. natur. No.2 p.93. 
Observations et expériences sur quelques helminthes du genre 
Heterakis Dujardin. Bull. de la Soc. zool. de France. Vol.17 p.117. 
Beitraege zur Parasitenfauna der Balatonfische Centralbl. f. 
Bakt. u. Parasit. Bd.22 p.443. 
Beschreibung einiger neuen Parasiten— Arch. f. Naturges. Bd. 
34 p. 150. 
Entozoorum synopsis — Berlin. 
Monographie der Nematoden — Berlin. 
ll genere Heterakis Dujardin. 
[ Prestampano iz “ Glasnika Hrv. Naravoslovnoga Druztva’’] 
ZAGREB. 
Osservazioni elmintologich [ Bapasa stampano iz “ Glasnika 
Hrvatakoga Neravoslovnoga Druztiva”? ZAGREB. 
Sopra alcuni nematodi Annuario del Mus. Zool. d. R. Univ. 
di Napoli [ Nuova Serie] Vo. I. * 15, p. 1. 
Sopra alcuni nematodi della collezione elmintologic del prof. 
dott. CORRADO PAROMA. Boll. dei Mus. di Zool. e Anat, 
Comparata. 


317 


Explicação das Figuras. Erklaerung der Abbildungen. 


Estampa 27. Tafel 27. 
Fig. 1 Heterakis vesicularis Schwanz des Maenn- 
. 1 Heterakis vesicularis cauda do macho. chens. 
2 « alata « « « ee « alata « « « 
3 « arquata « « « « 3 « arquata « « « 
4 « spumosa « « « « 4 « spumosa « « « 
5 « valvata « € « « 5 « valvata « « « 
6 « serrata « « « « 6 « serata « « « 
7 « campanula « « « « 7 « campanula « « « 
8 « retusa « « « « 8 « retusa « « « 
9 <« flexuosa « « « « 9 « flexuosa « « « 
Tafel 28. 
Pleo ER Fig. 10 Heterakis fariai Schwanz des Maenn- 
Fig. 10 Heterakis fariai cauda do macho. chens. 
11 « psophiae « « « « 11 « psophiae « « « 
12 « « vulva. « 12 ie « Vulva. 
13 « laticaudata cauda do macho. « 13 « laticaudata Schwanz des 
14 « turgida « « « Maennchens. 
15 « orthocerca « « « « 14 « turgida « 
16 Ascaridia columbae « « « «15 « ortliocerca « 
17 « brasiliana « « « « 16 Ascaridia columbae « 
« 17 « brasiliana « 
Estampa 29. Tafel 29. 
8 Ascaridia truncata Cauda do macho. | Fig.18 Ascaridia truncata Schwanz des Maenn- 
19 « lineata « « « chens. 
20 « amblimoria« « « « 19 « lineata « « « 
21 « magalhäesis « « « 20 «  amblimoria « « « 
22 Subulura strongylina« + « « 21 « magalhães! « « « 
23 . distans « < « « 22 Subulura strongylina « « « 
24 « acutissima« « « « 23 «  distans ar pe 
25 « < Boca. « 24 « acutissima  « « « 
« 25 « « Mund. 
Estampa 30. Tafel 30. 
Fig. 26 Subulura suctoria Schwanz des Maenn- 
Fig. 26 Subulura suctoria Cauda do macho. chens. 
« 27 PAS E Boca. 27 « « Mund. 
« 28 Aspidodera subulata Cauda do macho. « 28 Aspidodera subulata Schwanz des 
« 29 « Jasciata Cauda do macho, Maennchens. 
vista de face. 29 « fasciata K., von vorne ge- 
« 30 « raillieti Cauda do macho, sehen. 
vista de face. 30 « raillieti lí. , von vorne ge- 
sehen. 
« 31 « « Cauda do macho, , 
; . 31 « « It., von der Seite 
vista de perfil. 
gesehen. 
Estampa. 31. , . Tafel 31. : 
Fig. 32 Aspidodera scoieciformis Schwanz des 
Fig.32 Aspidodera scoleciformis Cauda do ma- Maennchens, von 


cho, vista de face. | 


vorne gesehen. 


ao 


Fig. 33 Aspidodera scoleciformis Cauda do ma- | Fig.33 Aspidodera scolecifor:ris Schwanze des 
cho, vista de perfil. Maennchens, von 
der Seite gesehen. 


« 34 « subulata Cabeça. 
« 34 « subulata Kopf. 


« 35 «  fasciata Cauda do macho, 
/ y « 35 « fasciata It., von vorne ge- 
vista de perfil. 
: L sehen. 
« 36 Aspidodera scoleciformis Cabeça. « 36 Aspidodera scoleciformis Kopf. 
« 37 «  Jfasciata « « 37 «  fasciata « 
« 38 « raillieti « « 38 « raillieti « 
EM ans totam féiias como Behufs besserer Vergleichung wurden 
o a diese Figuren mit derselben Ver- 
aumento para melhor comparacao. groesserung entwurfen. 


“> 


ESTAMPA I 


Castro Silva del, 


2 - r 
RCE RP 


+ 
VE 
a 


Se ee el 
- ae 


Te + 


MEMORIAS DO INSTITUTO OSWALDO CRUZ 
TOMO 2 ESTAMPA 28 


Castro Silva del, 


MEMORIAS DO INSTITUTO OSWALDO CRUZ 
> TOMO! V-1013 


ESTAMPA-:#. 


1 


+ 


NES 2 
SN 23 
SS Ze 
== Sr, 
ES SA 
0,52 3 
CAS à 

E ARS 
AS 
Y q 
A NS 

24 


SS 
MIS 


NA 
MN 


Vo) 


AN 
AM 


il ll 


(1 


Castro Silva del, 


MEMORIAS DO INSTITUTO OSWALDO CRUZ 
SOMO Sep! 


ESTAMPA 30 


a, 


WZ 


277 \\] 


[US 


IM 


Castro Silva del, 


IA A 
ou E ES Rad A 


ar e 


MEMORIAS DO INSTITUTO OSWALDO CRUZ 


TOMO V-1913 ESTAMPA 31 


Castro Silva del, 


ne 

MERA A 

pó ae 
a 

ET 


RAN 


7 © 


«a, ‘ 

- Fl \ 
TN 
c J 


el ae ROUE 
LP de . os E CS eY (CN KE NS Eat E 6 


on SKS y qn oo = 3, 


o 
Pp - 
YU 


E XO, A 5 - El e E. > 

af 7 -+ x y y 

Ra ARE RS D 
“SS AAS E De n SE 


Gor 


t 
9h 


+ 


SoM 
3 we 
POS Ed 


à CL 


ve | 
3 


o = 


NE. 
Re. 
re 


a eS op 
0) A MU o 
AS 52; L LA 


2 
EX. 
Oa = 


es 


do e 
r « VA > 
E « 


o Pe 
E 
> 

bY. ur 
-E 
AS) 
Y 
A À 


A 


a o 


y byt. 
beta erre 


TE 
nara